Edição de janeiro de 2021

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Promoção válida de 13 de Maio a 31 de Julho de 2019. Para as colecções das marcas Pull and Bear, Amichi, Pepe Jeans, Mango, Custo BCN, Victorio & Lucchino, Pedro del Hierro e Hackett disponíveis em cada estabelecimento Opticalia. Para monofocais: Lentes monofocais orgânicas brancas com índices de refracção 1,50 / 1,60 ou 1,67, com tratamento AR, da linha Vistasoft da Opticalia. Para progressivos, as lentes serão sempre lentes progressivas orgânicas brancas com índice de refracção 1,50 ou 1,60 com tratamento AR, das linhas Basic, Quality ou Prestige, da linha Vistasoft da Opticalia. Para ambos casos, as lentes deverão estar, nos intervalos de fabrico disponíveis dos fabricantes Vistasoft em stock e de fabrico. Financiamento mínimo de 12 prestações e máximo de 60 prestações mensais. TAN E TAEG DO CARTÃO DE CRÉDITO OPTICALIA: 0%. A utilização do crédito está condicionada a uma mensalidade mínima de 9,95€. Crédito disponibilizado pela Abanca Servicios Financieros e sujeito à sua aprovação. As ópticas OPTICALIA atuam como intermediárias de crédito a título acessório e sem carácter de exclusividade.

Ano 14 - n.º 175 - janeiro 2021

Preço 0,01€ Mensal

Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida PARQUE NASCENTE, loja 409 EMPORIUM PLAZA, Loja 101

Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: geral@vivacidade.org

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FIQUE EM CA SA! Nós levamos a informação até si.

293 mortos | 15.073 infetados

27/01/2021

Pedro Vieira:

"Neste contexto de pandemia e a esta distância, a questão da candidatura não se coloca. A seu tempo apresentaremos os nossos melhores candidatos"

CUMPRA A REGRA DOS 5

> Págs. 20 e 21

Sociedade

Reportagem

Desporto

Cultura

Os momentos mais marcantes do ano 2020

Marco Martins: "Lamentávelmente só no nosso concelho já faleceram mais de 170 pessoas com Covid-19"

Paulo Ferreira: Clube Desportivo São Pedro "O meu objetivo, e é importante que isto da Cova recupera Estádio fique claro, é mostrar que há esperança" do Laranjal

> Págs. 6 e 7

> Pág. 28

> Págs. 30 e 31

> Pág. 40 PUB


VIVACIDADE

JANEIRO 2021

Editorial José Ângelo Pinto Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT

Caros e caras leitores, Terminei o isolamento após ter sido testado positivo para o vírus COVID 19 há mais de 10 dias. No meu caso nunca tive qualquer sintoma. Espero que todos pudessem ter este vírus como eu o tive. Sem ser importante, porque com a disseminação que o Vírus já tem qualquer pessoa o pode apanhar, mesmo com todos os cuidados, penso que o vírus veio por uma tia que teve que ir ao hospital. Consegui perceber muito cedo o que estava a acontecer e bloquear todos os contactos, não tendo infetado ninguém. Mas tive sorte porque sendo completamente assintomático só soube que estava infetado porque a minha mulher teve sintomas parecidos com uma gripe e foi ao hospital. No meu caso tive muita sorte. Porque apesar de assintomático e de ter estado em diversos eventos antes de saber que poderia estar infetado (nomeadamente em aulas com mais de 20 alunos) e de ter almoçado e jantado com diversas pessoas NENHUMA foi por isso infetada, acima de tudo, acho, por ter sempre tido muito cuidado a utilizar máscara e a não facilitar os contactos próximos. E todos os casos que conheço hoje de pessoas próximas foram infetados por outros focos. Todos os meus colegas e amigos que estão infetados (e eu próprio, que já estive) foram contaminados por focos diferentes, não relacionados e que até este momento não houve qualquer contaminação que tenha ocorrido no âmbito escolar ou profissional. Com o confinamento geral que hoje vivemos e com o seu inevitável prolongamento, associado à vacinação geral e à relativa imunidade de grupo que os já infetados têm, brevemente o número de novos casos vai começar a descer. Acima de tudo é preciso que todos estejam muito atentos aos sintomas e, no caso de ser confirmada a presença do COVID 19, garantir que o nosso sistema imunológico vence a batalha com o vírus porque se não estiver a vencer deve procurar ajuda imediatamente (médico, hospital, o que for necessário). Votos de melhoras rápidas para todos os infetados. E continuem a respeitar distancia social (2 metros); máscara sempre bem colocada e desinfeção das mãos muito frequente. Continuem protegidos,

PRÓXIMA EDIÇÃO 25 FEVEREIRO

SUMÁRIO: Breves Página 4 Sociedade Páginas 6 a 28 Entrevista Páginas 12 e 13

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org POSITIVO

Foto: TN

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As eleições presidenciais decorreram em todo o concelho sem incidentes, de forma organizada e tendo em conta as normas da DGS.

Destaque Páginas 20 a 21 Reportagem Páginas 24 e 25 Cultura Páginas 30 a 35 Política Páginas 36 a 39

NEGATIVO

Desde o início da pandemia mais de 11.900 Gondomarenses já foram atingidos pelo vírus, estando ativos, à data de hoje, cerca de 3100 casos. A esses acrescem mais de 21.000 casos suspeitos nos últimos 10 meses e 170 mortes.

Desporto Página 40 Empresas & Negócios Páginas 41 a 43

Viva Saúde

Lazer Página 44

Paulo Amado*

Opinião Páginas 46 e 47

* Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Professor Doutor em Medicina e Cirurgia Mestre em Medicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIO TINTO

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

COVID 19 nos LARES E CENTROS DA TERCEIRA IDADE

ANUNCIE AQUI Tel.: 910 600 079 pedro.barbosa@vivacidade.org geral@vivacidade.org

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A PANDEMIA que atravessamos, tem vitimado variados grupos e idades, mas especialmente os Lares da Terceira idade, tem sido centro de atenção, dadas as características especiais, quer dos seus utentes, com idades avançadas e sofrendo de varias patologias, quer da dependência que estes utentes tem de terceiros e de quem dependem para os cuidados básicos. Desde o inicio da Pandemia, no Lar em que sou responsável clinico, resistimos, sem que tenha sido detetado algum sinal ou teste positivo para o Covid. Lembrar-se-ão os estimados leitores que fomos dos primeiros a fazer testes, quando estes apareceram, na primeira fase da Pandemia, sendo sempre com resultados negativos. Desde o inicio de Março iniciamos uma dinâmica de atitudes e regras que levaram a evitar o contacto com este vírus. Os óbitos, sempre presentes nestas instituições que são frequentados por grupo etário de idosos, foram em numero habitual e sem nenhuma morte direta ou indiretamente por Covid 19. Em boa hora a equipe de Enfermagem foi reforçada, num esforço louvável organizativo e até económico por parte da gestão do Lar e Centro Paroquial de Baguim do Monte, já tão fustigado pelo gasto extra de equipamento de segurança que desde Março foi necessário instaurar no Lar. Desta forma os recursos financeiros destas Instituições se tor-

nam muito reduzidos. Há cerca de 3 semanas após testar toda a instituição, foi detetado um elemento positivo com todos os outros negativos e desde aí, entramos num processo de alastramento quase incontrolável deste vírus pelo lar, após noticias da existência de uma variante Britânica do vírus, que será muito mais contagiosa do que a variante anterior. Graças a um apoio louvável de várias instituições desde já o Delegado de Saúde de Gondomar Dr. Manuel Castro e a toda a sua equipe, Câmara de Gondomar, Junta de Freguesia de Baguim do Monte, INEM, ARS Norte, Segurança Social, Proteção Civil de Gondomar e várias instituições de Bombeiros que foram essenciais no deslocamento de nossos utentes que conseguiram manterem-se negativos no teste. Não posso esquecer os funcionários do Lar, desde a direção e a todos os outros funcionários que foram e estão a ser inexcedíveis no seu trabalho com marcado sacrifício pessoal e até com implicação na sua própria saúde física e psíquica. Tudo isto aconteceu a uma semana de sermos vacinados... Bem resta-nos continuar a lutar para termos o menor numero possível de óbitos pois a SAUDE e a VIDA é o nosso maior bem a preservar. Até breve, estimados leitores…

FICHA TÉCNICA Registo no ICS/ERC 124.920 | Depósito Legal: 250931/06 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) | Diretor Adjunto: Carlos Almeida Redação: Carlos Almeida e Gabriela Monroy | Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 | Paginação: Rita Lopes | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/vivacidade | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 | Sede do Editor: Travessa do Veloso, nº 87 4200-518 Porto | Sede do Impressor: Tv Anselmo Braancamp 220, 4410-359, Arcozelo Vila Nova de Gaia, Porto | Colaboradores: André Rubim Rangel, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Beatriz Oliveira, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Frederico Amaral, Gabriela Monroy, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves e Sofia Pinto. | Impressão: Unipress | Tiragem: 10 mil exemplares | Sítio: www.vivacidade.org | Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar | E-mail: geral@vivacidade.org


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VIVACIDADE

JANEIRO 2021

Breves Biblioteca ao domicílio A Biblioteca de Fânzeres está a levar livros ao domicílio dos seus leitores. Caso seja residente na União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova e, se necessitar ou desejar ler um livro, pode contactar a Biblioteca de Fânzeres através do nº 935663999 ou e-mail biblioteca@fanzeres-saopedrodacova.pt, que os responsáveis entregam em segurança em casa e de forma gratuita.

A visita ao Museu Mineiro de São Pedro da Cova está agora à distância de um clique A União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova reforça a comunicação do Museu Mineiro de São Pedro da Cova com a população e os seus visitantes. Assim, disponibilizaram um vídeo com cerca de 13 minutos, onde é possível conhecer as coleções e ouvir relatos de antigos trabalhadores das minas de carvão. Este Documentário foi produzido e realizado pelo realizador Paulo Ferreira e foi possível devido ao apoio da Liga de Amigos do Museu Mineiro de São Pedro da Cova e Globaltrade – Imobiliária.

União de Freguesias organiza exposição em homenagem aos trabalhadores das Minas de Carvão Desde o dia 22 de janeiro, na secretaria da Junta de Freguesia de Fânzeres estão expostas algumas fotografias de Mário Sousa, que fizeram parte da exposição temporária, “Complexo Mineiro de São Pedro da Cova – Um berço a preservar…”. Mário Sousa, natural de São Pedro da Cova, encontrou esta forma para homenagear as Mulheres, Homens e Crianças que trabalharam nas minas de carvão de São Pedro da Cova e alertar para a necessidade urgente de recuperar e reaproveitar estas instalações.

Tomada de posse do Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres Tomou posse no dia 14 de janeiro os novos dirigentes do Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres. Filipe Mota assume o cargo de Presidente do único clube que promove a prática de Hóquei em Patins no concelho. O GDC Fânzeres ocupa neste momento o 1º Lugar da Série A da Terceira Divisão Nacional, liderando só com vitórias. Além de hóquei em patins, também tem a secção de Patinagem Artistaca que tem vindo a obter bons resultados a nível nacional.

Agendada discussão sobre a proposta de lei de desagregação

Doe Sangue, Doe vida! Para o mês de fevereiro, a população interessada poderá proceder à doação de sangue nos seguintes locais: dia 6 de fevereiro, no Centro Escolar em Baguim do Monte, entre as 9h e as 12h 30 min; no dia 14 de fevereiro, na Escola E.B. 2/3 de São Pedro da Cova, entre as 9h e as 12h 30 min; e no dia 15 de fevereiro na Escola E.B. 2/3 de São Pedro da Cova, entre as 15h e as 19h.

75º Aniversário da Vitória sobre o Nazi-Fascismo A União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, organizou uma exposição, em colaboração com o Conselho Português para a Paz e Cooperação, sobre o 75º Aniversário da Vitória sobre o Nazi-Fascismo. Há 75 anos terminou a mais mortífera e destrutiva de todas as guerras ocorridas até aos dias de hoje falamos da II Guerra Mundial. A exposição poderá ser visitada até março de 2021, na Junta de Freguesia em São Pedro da Cova. Esta exposição estará disponível para uma itinerância entre instituições, devendo para o efeito contactar esta Junta de Freguesia.

Está agendado para discussão no Plenário da Assembleia da República, no próximo dia 29 de janeiro, a Proposta de Lei n.º 68/XIV/2.ª do Governo sobre a autonomia das freguesias. A Plataforma Nacional Recuperar as Freguesias de que faz parte o Movimento Cívico Pensar Fânzeres pretende que a reposição das freguesias extintas de acordo com a vontade das populações e dos órgãos autárquicos, sem imposições. De acordo com Manuel Oliveira, coordenador do Movimento Cívico Pensar Fânzeres, o que querem é que "se houver populações que pretendam manter a atual freguesia, isso será respeitado, como será respeitada a posição das populações e dos órgãos autárquicos que se opuseram à extinção das freguesias e que continuam a defender a reposição da sua freguesia".

Candidaturas abertas para o Programa de Reabilitação de Instalações Desportivas De 22 de janeiro a 22 de fevereiro, estão abertas candidaturas ao Programa de Reabilitação de Instalações Desportivas (PRID), uma iniciativa direcionada a clubes e associações desportivas de Portugal continental, com o objetivo de promover a requalificação das instalações desportivas ao serviço das comunidades, tendo em vista melhorar as condições de prática desportiva. Todas as informações sobre o regulamento, tipo de intervenções, documentação necessária e condições de candidatura, poderão ser consultadas no portal do IPDJ: https://ipdj.gov.pt.

Lançamento do livro Caminhando em Missão No dia 30 de janeiro, Sábado, pelas 15h, será realizado um lançamento online do livro Caminhando em Missão. O momento poderá ser visualizado nas plataformas digitais (Youtube e Facebook) da Paróquia de Gondomar (São Cosme).

Junta de Rio Tinto possui novo método de Pagamento Com o início de 2021, a Junta de Freguesia de Rio Tinto anunciou a adoção de um novo método tecnológico que tem o intuito de facilitar na hora de realizar pagamentos junto à sede desta Autarquia. Apelidado por MBWay este formato permite que o cidadão tenha o menor contacto possível na hora de efetuar a sua transação monetária.


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VIVACIDADE

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Sociedade

O Agrupamento de Escolas nº1 de Gondomar , ao elaborar o seu Plano Curricular de Desenvolvimento das Aprendizagens, teve em mente documentos legislativos como o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Para isso, é fundamental a abertura do AEG1 ao meio, seja às famílias, seja às empresas ou às diversas instituições. Pretende-se, assim, que todos os alunos encontrem espaços onde, de forma integrada, inovadora e criativa, possam desenvolver as suas maiores apetências e talentos e crescer como cidadãos capazes de contribuir para a construção de uma sociedade centrada na Pessoa e na Dignidade Humana como

Coordenado pelo Agrupamento de Escolas nº1 de Gondomar (AEG1),

valores inestimáveis. Promove caminhos educativos que respondam aos desafios especialmente exigentes do século XXI, sobretudo ao nível da evolução tecnológica. É neste contexto que, no AEG1, professores e alunos promovem e abraçam parcerias, dinamizam e a participam em múltiplos projetos.

MEGAFEIRA DE CIÊNCIA no AEG1, 22-01-2021 Apesar do súbito encerramento das escolas no dia 22, devido ao agravamento da pandemia, o Agrupamento de Escolas de Gondomar nº1 realizou uma Megafeira de Ciência (programa sujeito a algumas reformulações), no âmbito do Clube de Ciência Viva na Escola (CCVnE). Tiveram lugar palestras, workshops, atividades laboratoriais de Física, Química e de Geologia, em português e em inglês, show de Física e de Química, atividades Dotys (Do it

yourself), contos com ciência e sessões temáticas no planetário portátil do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto. Todos os eventos estavam programados para se realizarem presencialmente com um número restrito de alunos e professores, todavia, dado o estado de emergência decretado, foram transmitidos em direto para toda a comunidade educativa (professores, alunos, pais e assistentes operacionais).

Participação do Labi9, num stand virtual, do I FÓRUM NACIONAL – REDE DE CLUBES CIÊNCIA VIVA, 23-01-2021 Esta iniciativa levada a cabo pela Ciência Viva e pela Direção-Geral da Educação é uma celebração do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, desde 2018, nos Clubes Ciência Viva na Escola. Estes espaços abertos de contacto com a ciência e a tecnologia são uma via rápida de acesso à investigação que se faz hoje no nosso país em instituições científicas, Universidades e empresas de base tecnológica. Envolvem toda a comunidade educativa e visam a melhoria do ensino experimental das ciências nas nossas escolas. O Diretor-Geral da Educação, José Victor Dos Santos Duarte Pedroso

https://labi9aeg1.wordpress.com/

ao longo de 24 meses de implementação, o projeto "FREE KIDS - Allow your children to make mistakes", financiado no âmbito do Programa Erasmus+ - Parcerias Estratégicas para a Educação de Adultos - Projeto nº 2020-1-PT01-KA204-078497, envolve 8 parceiros de 5 países diferentes (Portugal, Eslovénia, Roménia, Lituânia e Turquia). O principal objetivo do "FREE KIDS" é melhorar o bem-estar físico e emocional das crianças, promovendo o seu crescimento como indivíduos autónomos e independentes, através da diminuição dos comportamentos de superproteção dos pais. O desenvolvimento e a implementação dos resultados do projeto visam equipar professores e pais com ferramentas e conhecimentos benéficos em diferentes espectros na educação das crianças e, ao mesmo, tempo diminuir os fatores de stress dos pais. Pesquisas realizadas a nível nacional e europeu mostraram que a “superproteção” na paternidade é a principal causa da falta de independência das crianças, o que, consequentemente, leva a dificuldades em lidar com os obstáculos diários. Os pais devem envolver-se na vida dos filhos, to-

davia, a superproteção ou o controlo excessivo atrasa o desenvolvimento das crianças, pois vivenciam lições de vida essenciais, como perder o medo do fracasso ou de agir de forma independente, de ver e vivenciar por si o que é certo ou errado e entrar em contato com as responsabilidades. Do nosso projeto, resultará • Um Manual de Boas Práticas na prevenção da paternidade superprotetora e na melhoria do bem-estar das crianças; • Cursos de Formação "FREE KIDS" para professores; • Um Manual para professores com planos de aulas; • Um Manual de Boas Práticas para pais; • A criação de um portal eletrónico "FREE KIDS", em colaboração com o E-twinning, para uma intervenção rápida em situações de stress parental.

TESTEMUNHOS

O que dizem os ex-alunos da ESG?

Filipe Fernandes A minha passagem pela Escola Secundária de Gondomar permitiu-me adquirir as competências necessárias para a minha carreira tanto académica como profissional. Tenho orgulho em ter sido aluno nesta instituição onde a competência, o rigor e o brio profissional marcam uma classe docente que sempre foi de excelência. Na altura, fui convidado para pertencer ao “Ecos do Crasto”, um grupo formado por alunos, professores e funcionários da ESG, que tinha como fundamento, para além da vertente musical, fomentar o convívio entre a classe docente e discente da escola. Um exemplo que deveria continuar e ser propagado por outras escolas. Fica a saudade dos professores, dos funcionários e sobretudo dos colegas. Ficam as memórias do excelente ambiente e camaradagem que existia entre todos. Foi, sem dúvida, aqui que passei alguns dos melhores momentos da minha vida. Músico e professor Há 25 anos a lecionar no Conservatório do Vale do Sousa Há 20 anos como maestro do Grupo Coral da Faculdade de Economia Maestro e ensaiador do grupo coral Quirius Diretor da Banda Musical de Gondomar

Miguel Ângelo Santos Quando entrei na ESG, desejava seguir uma área artística, pois gostava muito de desenho e de pintura. No entanto, com o passar do tempo, fui descobrindo que outras áreas, nomeadamente, Línguas e Humanidades seriam uma boa opção, tendo em conta o percurso académico que pretendia fazer. Hoje, estudo Teologia na Universidade Católica Portuguesa e também Filosofia na área do grande Porto. Posso garantir que devo a minha progressão, enquanto estudante, ao empenho e à ajuda dos professores que encontrei na ESG. Tornei-me, sem dúvida, um aluno mais aplicado. Guardo com carinho os momentos passados nas salas de aulas, nos corredores e também nas visitas de estudo que se realizaram. Os meus professores na ESG demarcaram-se pelo seu humanismo e pela busca constante de um ensino com vista ao desenvolvimento de cada aluno.


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VIVACIDADE

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Sociedade

Gondomar com novo Ecocentro Móvel O primeiro mês do ano de 2021 chegou com uma nova iniciativa inaugurada no dia 13 de janeiro na Avenida 25 de abril, em Gondomar (São Cosme) – o Ecocentro Móvelque resulta de uma parceria “ECO+PERTO” entre o Município de Gondomar e a LIPOR. Este projeto pretende preencher uma lacuna na recolha de resíduos do concelho de Gondomar. Neste Ecoponto o utente poderá reciclar materiais como latas, lâmpadas, Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE’s), CD’s, DVD’s, pilhas e pequenos acumuladores, tinteiros e tonners, bem como rolhas de cortiça. Segundo o vereador José Fernando, os objetivos desta parceria “é que o munícipe saiba que nas datas que estão definidas e nas suas freguesias esse

contentor está colocado e podem retirar da fração do indiferenciado os resíduos perigosos (material eletrónico) porque há sempre muita dificuldade sobre o local onde os depositar”, para o responsável do ambiente esta é a melhor forma de reciclar estes produtos, possibilitando a reentrada dos mesmos novamente no mercado, sendo que outros serão reencaminhados para o local de tratamento próprio para não contaminar os resíduos indiferenciados que “normalmente são encaminhados para a central da valorização da Lipor”. Até ao momento, José Fernando faz um balanço positivo sobre a colocação deste Ecocentro Móvel, “teve uma aderência muito forte por parte dos munícipes”. O mesmo acredita que “é uma iniciativa que vai ter um sucesso absoluto, porque a mensagem separar resíduos em Gondomar, tornar Gondomar num Município verde já chegou às pessoas já chegou às famílias e, portanto já o acolheram”, o vereador reforça a ideia explicando que “já começamos a incutir

às pessoas o intuito de que é muito importante separar e já há condições de separar, o que antes não havia”. “É uma iniciativa que é para se manter no concelho” de forma móvel, o responsável explica que neste momento o Ecocentro encontra-se em Rio Tinto, depois irá passar para Fânzeres e São Pedro da Cova e de freguesia em freguesia irá estar constantemente a percorrer o Município de Gondomar. José Fernando afirma ainda que a próxima etapa é “criar condições para que este equipamento chegue ao Alto Concelho”, dado que na rota atual ain-

da não se encontra patente nenhuma freguesia do Alto concelho, no entanto o vereador explica que “vamos também fazer essa experiencia e colocá-lo uma semana numa freguesia do alto concelho, a seguir à data de Baguim do Monte, porque queremos perceber a adesão que irá ter, mas a ideia principal é focar-nos nas freguesias mais urbanas”. Para os interessados saberem a localização do Ecocentro móvel, basta aceder ao site da Câmara Municipal de Gondomar e ver o mapa do percurso do mesmo. ▪

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VIVACIDADE

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Viva Prevenido Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália

Já afasto os braços para ler… isso é Presbiopia? Já deu por si a afastar uma folha de papel para conseguir ler? Não consegue ver as letras pequenas dos rótulos ou das bulas dos medicamentos? Os seus braços já não são suficientemente compridos para poder ler o jornal? Esta dificuldade é normal e resulta da evolução das estruturas oculares – Presbiopia. Costumo dizer aos meus pacientes que é como ter cabelos brancos ou rugas... A boa notícia é que a presbiopia não é uma doença, corresponde a um processo natural de envelhecimento que atinge todas as pessoas a partir dos 40/45 anos. A má notícia é que não há como evitar a presbiopia e tende a agravar-se até cerca dos 60/65 anos, altura em que pode estabilizar. Além da dificuldade em ler, sintoma que se agrava quando se tenta ler com pouca luz e ao final do dia, pode ocorrer fadiga ocular, lacrimejo, ardor e mesmo dores de cabeça, sobretudo se a profissão exigir muita leitura. Manchas na visão de perto e visão turva momentaneamente quando existe transição entre a visão de perto e de longe, também são sintomas frequentes. Para lermos ou fazer algo ao perto (a uma distância de cerca de 40 cm) precisamos de ter uma capacidade de acomodação de cerca de 3 dioptrias. Quando começamos a perder essa capacidade de acomodar, vamos ter a imagem desfocada ao perto. Isto acontece porque o cristalino fica maior e menos flexível, os músculos ciliares, por mais que se contraiam, não conseguem torna-lo tão curvo de forma a aumentar o “zoom” e a imagem não se forma na retina, mas atrás desta e a visão ao perto está diminuída. Chegou a hora de usar consultar o seu especialista da visão. Habitualmente o problema corrige-se com a utilização de óculos. Para muitos será a primeira vez. Existem vários tipos de lentes correctoras da Presbiopia, como as lentes simples de leitura ou lentes de meia-distância, as lentes progressivas ou também lentes de contacto multifocais. Para o aconselhar sobre as lentes mais adequadas às suas necessidades e expectativas, o especialista terá de conhecer as suas actividades, quer profissionais, quer de lazer. Se acha que está a passar pelo processo da presbiopia consulte um optometrista ou oftalmologista de forma promover o diagnóstico e tratamento adequados para o seu caso.

Sociedade

Empresários criam iniciativas para manter viva a Avenida 25 de Abril O intuito dos empresários é dinamizar a Avenida 25 de abril, atrair pessoas, criar um elo de proximidade com os consumidores. Para José Queirós, Frederico Abreu e Pedro Martins a intenção é fazer desta Avenida mais dinâmica para que a zona não fique esquecida como outras zonas do país e do concelho. A génese do trio remete-nos há 15 anos, quando José Queirós, proprietário do Visagisme Studio, Frederico Abreu, dono da Gomomania, e Pedro Martins, proprietário da Magnólia, decidiram começar as iniciativas que promovessem o comécio local, “estas ações são o nosso Marketing é aquilo que nos permite que as pessoas venham cá”. Já foram diversas as atividades organizadas ao longo dos últimos anos, algumas delas foram: outlets de rua, desfiles de Golden Fashion, colaborações com a Noite Branca, comemoração do dia da criança com atividades para todas as escolas de Gondomar e até iniciativas solidárias, entre outras. Para os empresários o primordial é manter esta ligação de proximidade com a comunidade. A mais recente foi realizada no Natal. Primeiramente, e segundo os empresários, a ideia era decorar a rua para demonstrar à população que, face à situação que enfrentamos “conseguimos chegar ao Natal, o in-

tuito era trazer o espírito natalício, devolver um pouco a esperança”. Associada a esta ideia inicial, os empresários decidiram realizar uma recolha de produtos de higiene. “Inicialmente, estávamos a pensar em fazer esta ajuda através de produtos alimentares, neste tipo de situações pedimos sempre colaboração quer para ocupar a via pública, quer a nível de logística” foi nesse sentido que requisitaram a ajuda do “Pelouro do Ambiente que nos forneceu as árvores. Depois contactamos o Pelouro do Desenvolvimento Económico que ao manifestar a nossa intenção da recolha, a Vereadora Cláudia Vieira referiu-nos que, nesta altura, já havia apoios suficientes para alimentos, mas que havia uma grande escassez de produtos de higiene. São produtos que duram devido à validade e que pretendem preencher as lacunas já existentes” na comunidade. Para a iniciativa de recolha, cerca de 11 empresas da Avenida mobilizaram-se para con-

tribuir neste projeto. Esta ajuda é destinada à população mais carenciada do concelho e que se encontra previamente referenciada pela Câmara Municipal. De momento, os produtos recolhidos encontram-se armazenados no Auditório Municipal de Gondomar e estão sob tutela da Autarquia: “logisticamente não saberíamos como é que haveríamos de fazer a distribuição, porque nós pretendíamos realizar um contributo equilibrado e justo, e nada melhor que a própria Câmara para saber a quem é que devemos distribuir”. Os proprietários aproveitaram o momento para deixar um agradecimento a todos os que ajudaram com a iniciativa, “isto foi uma iniciativa em que nós tivemos de envolver os clientes, nós só conseguimos fazer esta ligação porque os clientes nos ajudaram. Por isso é que o slogan do cartaz era “ajude-nos a ajudar”. Os mesmos dirigem um agradecimento extra a todas asentidades envolvidas “quer à Junta de Freguesia (quando é respeitante a situações mais locais), às Associações, e neste caso pedimos a colaboração ao Pelouro do Ambiente da Câmara Municipal que nos cedeu as árvores para as decorações de Natal e depois tivemos a colaboração do Pelouro do Desenvolvimento Económico que nos ajudou com a recolha e na distribuição dos cabazes” Quanto a projetos futuros, os empresários revelam que, devido ao confinamento implementado, a iniciativa previamente planeada teve que ser adiada, “tínhamos uma ação de consciencialização que iriamos desenvolver, provavelmente, junto com a escola de Gondomar, já estamos em contacto, mas é algo que ainda está a ser planeado, mas não vamos revelar ainda todos os detalhes, porque queremos deixar alguma surpresa no ar”. ▪


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VIVACIDADE

JANEIRO 2021

Engº João Soares Pires Diretor-Geral RRG Portugal

Renault Retail Group Portugal, uma das maiores referências do retalho automóvel, conta com mais de 17 anos de presença e influência na região de Gondomar. A Renault Retail Group é uma empresa com 100% do capital Renault, está presente em 13 Pais da Europa, com 240 Estabelecimentos, com mais de 10.000 colaboradores, 350.000 veículos novos, 150.000 veículos usados com um volume de negócios 8.000 milhões de Euros. A Renault Retail Group Portugal (RRG Portugal) é uma das maiores referências nacionais do retalho automóvel. Com cerca de 400 colaboradores e um volume de negócios de 243 milhões de euros em 2019, os 9.585 automóveis novos comercializados corresponderam a 27,6% das vendas totais da Rede de Concessionários Renault e a 3,7% do mercado total de automóveis novos em Portugal. A RRG Portugal integra seis estabelecimentos: três em Lisboa (Renault Chelas, Renault Telheiras e o satélite Renault Areeiro), um em Loures (a mais recente novidade) e dois no Grande Porto (Renault Boavista e Renault Gondomar). Graças aos 9.585 automóveis novos (Renault, Dacia e Alpine) transacionados em 2019, se a RRG Portugal fosse uma marca, teria sido a 13ª mais vendida no país. Com efeito, apenas quatro estabelecimentos (Renault Chelas, Renault Telheiras, Renault Boavista e Renault Gondomar) e um satélite (Renault Areeiro) sedeados em três concelhos (Lisboa, Porto e Gondomar) foram responsáveis por 27,6% das vendas de todos os concessionários no país, correspondente a 3,7% do mercado total de automóveis novos em Portugal. Mas para além dos 400 colaboradores, outros números confirmam a RRG Portugal como um dos mais importantes grupos da distribuição automóvel do país: em 2019, 3.544 automóveis usados e seminovos comercializados e um total de 57.368 entradas na oficina. O que a juntar às 9.585 unidades novas vendidas, resultou num volume de negócios de 243 milhões de Euros. A importância estratégica da Renault Retail Group Portugal, alicerçada no facto de ser um dos maiores grupos nacionais no retalho automóvel, fizeram com que, em 2018, lhe fosse confiada a distribuição, em exclusivo, da marca Alpine para Portugal. Todos estes números não poderiam estar completos sem falar na presença da RRG em Gondomar. São 17 anos de compromisso e de história, seja com a comunidade de Gondomar e arredores, sejam com os habitantes e as empresas da zona; assim como com os nossos colaboradores que fazem parte de uma equipa especializada e pronta para melhor servir a região. É de enorme importância, para nós, estarmos juntos da comunidade e fazermos parte da vida desta cidade. Seja qual for o motivo, seja para garantir a sua mobilidade; pode sempre contar com a equipa da Renault Gondomar.

Sociedade

Carência de dádivas faz Instituto apelar aos portugueses à Doação de Sangue Na semana anterior, o Instituto Português de Sangue apelou à população portuguesa à doação de dádivas, dado à escassez das mesmas nos bancos de sangue. Segundo a entidade, as suas reservas dariam para quatro a 19 dias. Segundo o Instituto, os grupos sanguíneos mais afetados são o A positivo, o A negativo, o O negativo e o B negativo. Os de tipo 0-, A+ e A- daria apenas para uma semana de necessidades hospitalares e respeitante ao tipo B, daria apenas para 4 dias. Os responsáveis pelo Instituto revelaram que os meses de janeiro e fevereiro são mais exigentes para a manutenção de reservas de sangue e que o panorama pandémico veio a agravar esta situação, dado as medidas de confinamento e as regras implementadas que visam garantir a segurança dos doadores e dos profissionais de saúde. Estivemos à conversa com Vítor Freitas, responsável pela Associação de Dadores de Sangue de Gondomar. Na perspetiva de Gondomar, Vítor adianta que “nas colheitas promovidas pela Associação de Dadores de Sangue de Gondomar, durante o ano de 2020, verificamos uma redução no número de dadores e consequentemente no número colheitas, no entanto, não da forma tão acentuada como esperávamos. Neste ano de 2021 tivemos 2 colheitas, onde os resultados foram fracos, mas tratamse de locais onde habitualmente a adesão é fraca”, o responsável revela que em comparação com a média nacional, Gondomar possui um número aceitável de dadores, porém “esses dadores fidelizados, devido à pandemia, também acabam por faltar, ou por estarem em isolamento, ou por terem contraído a doença, ou mesmo por receio

de contágio”. O representante da Associação sublinha que “os dadores de sangue estão autorizados a deslocarem-se para dar sangue, mas como atrás dizia, haverá certamente dadores, ou por receio, ou porque diretamente ou indiretamente foram apanhados por este vírus e não poderão sair para dar sangue. Sem dúvida que o confinamento baixará a assiduidade dos dadores”. Nos casos em que um dador contrai o vírus da Covid-19, Vítor elucida-nos constatando que “terá de aguardar 28 dias, para poder voltar a dar sangue, um dador que por ter estado em contacto com um infetado e tenha de estar em isolamento profilático, terá de aguardar 14 dias”. A Associação faz questão de relembrar à população que “não podemos esquecer que as cirurgias, tratamentos oncológicos carecem de muito sangue, não pararam e é necessário existirem reservas, para que seja o sangue a esperar

pelo dador e não o dador pelo sangue”. Os mesmos deixam um apelo: “Àqueles que nunca deram sangue, mas que têm condições para fazê-lo, que venham contribuir para que tenhamos autossuficiência de sangue e não se perca uma vida por este faltar, neste período tão crítico no nosso país. O apelo que aqui deixamos é que se um dador não puder doar em determinada data, poderá fazê-lo na data seguinte, pois existe muitas alternativas de calendário”, concluiu o representante. Para doar sangue, os requisitos principais são: ter entre 18 e 65 anos (60 anos para uma primeira dádiva); ter mais de 50 kg; ser saudável e ter hábitos de vida saudáveis. Todos os procedimentos para a dádiva de sangue estão ajustados às normas da DGS, por isso é seguro vir dar sangue. Para o ano de 2021, a Associação de Dadores de Sangue de Gondomar tem 32 dias de colheitas de sangue. ▪


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Sociedade

Sável e Lampreia regista aumento na Ribeira do Abade Segundo dados do Posto de Controlo e Registo de Pescado de Valbom demonstram que desde o dia 16 de janeiro até ao dia 18 de março de 2020, em 37 dias de atividade, foram pescadas 1913 lampreias o que demonstra um aumento de 23.1%, quando comparado ao ano transato.

Estes números demonstravam que seria uma temporada de ouro para a pesca da lampreia em Gondomar. Das pescas realizadas até 18 de março o valor das vendas era superior a 41 mil euros, um aumento de 22,7%. No entanto, com a pandemia, o setor de atividade foi sus-

penso o que obrigou a interrupção desta temporada que aparentava que iria ser positiva. Para o ano de 2021, devido à pandemia que Gondomar enfrenta que originou no decréscimo da atividade da restauração, a época de pesca do sável e da Lampreia não teve início. ▪

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Hospital Fernando Pessoa NOVO CONFINAMENTO Deslocações permitidas por motivos de saúde Face à imposição das restrições de circulação, informamos todos os nossos utentes que as mesmas NÃO SE APLICAM às deslocações por motivos de saúde dado que as idas aos hospitais sempre foram uma excepção à regra de ficar em casa. Assim, poderá realizar todos os atos médicos agendados, sendo que o Hospital Fernando Pessoa irá enviar uma SMS com esta informação a reforçar a marcação de qualquer ato médico agendado, podendo utilizar esta SMS como comprovativo para o caso de necessitar justificar qualquer deslocação. Estamos aqui SEMPRE para Si!

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VIVACIDADE

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Entrevista

Cuca Roseta:

saber na altura. Nada acontece por acaso na vida. Se repetiria, não, porque não era o estilo que mais gostava, mas aceito que fez parte do caminho e teve a sua relevância. A minha paixão é o fado, a minha vida é o fado e eu sou tudo o que tenha a ver com fado em personalidade e em forma de estar: o único género pelo qual me faria apaixonar para me poder dedicar.

“A primeira, «Noite Branca», em Gondomar talvez tenha sido dos espetáculos mais incríveis em que cantei. ”

FOTO: DR

Considera que se não tivesse tido sucesso num concurso de fadistas, em 2005, dificilmente se dedicaria ao Fado? Pelo menos nesse ano, ou tentaria mais tarde? Não concordo. Eu nasci para cantar fado. Por acaso, foi esse o clique, mas se não fosse nesse segundo seria depois, noutro qualquer. Naquela altura, eu estava destinada a encontrar-me a mim própria no fado: fosse de que maneira fosse, eu acabaria por ir lá parar.

Texto: André Rubim Rangel

Sendo o seu nome ‘Maria Isabel’, qual o motivo de ter adotado o nome artístico de ‘Cuca’? E dedica-o a alguém em especial? O nome Cuca não foi adotado como nome artístico por ser especial. Por essa lógica, o nome artístico seria mais depressa «Maria Isabel» do que Cuca. Cuca é o meu nome desde o primeiro minuto que vim ao mundo. Nasci sem nome por ter já três irmãs meninas, e os meus pais já não terem imaginação para nomes de rapariga. A minha mãe diz que, quando eu nasci, a minha irmã Rita se pendurou no berço e me chamou «Cuca». E assim fiquei o resto da vida. Nunca os meus pais me chamaram outro nome até hoje. Não me reconheço por Maria Isabel, embora

ache um nome bonito. Esse nome serviu apenas porque, por lei, não me poderia chamar Cuca. Por isso, Cuca Roseta é o meu verdadeiro e único nome pelo qual me reconheço quando me chamam. O seu primeiro projeto musical a sério foi precisamente há 20 anos, cofundando os «Toranja» com o Tiago Bettencourt. Nessa altura, apesar de saber que se queria entregar à música, ainda estava à procura do seu estilo musical, da sua marca artística? Sente saudades dessa experiência e repeti-la-ia? Nessa altura, eu ainda não queria entregar-me à música. Eu fazia vozes nacionais por hobbie, porque adorava música, mas eu queria ser psicóloga. Foi a minha primeira experiência a sério nos palcos e na estrada e isso foi uma aprendizagem interessante para compreender este mundo, onde mais tarde viria a enveredar sem

O seu gosto e interesse pelo Fado devese a alguém em particular, como a diva Amália Rodrigues e a quem homenageou com o título do seu penúltimo álbum, mais do que a influência que ela teve em si? Amália é a minha grande inspiração, sim, mas também Lucília do Carmo, Maria Teresa de Noronha, Alfredo Marceneiro. Porém, foi pela escola dela, pelas músicas dela, que me fez mais sentido, seja pelo gosto dos poemas, como pelas músicas que se adequavam mais tecnicamente à minha voz. O fado tradicional é algo que admiro muito, mas onde a minha voz nunca brilhou muito. Era quando cantava Amália que a sala reagia, por isso foi a minha grande inspiração e, igualmente, uma naturalidade ou identificação a todos os níveis. Adoro Amália como cantora, mas também adoro Amália como pessoa, como poetisa. Amália inspira-me de todas as formas, e fazia falta à minha carreira uma homenagem a Amália: ela faz parte do início, do meio e do fim. Entende que a celebração do centenário de nascimento de Amália, em 2020, teria ou poderia ter tido outro impacto e abrangência alargada pelo país se não fosse a pandemia? De que formas concretas? Poderia, com certeza, e ter-se-iam feito milhares de concertos em homenagem a Amália. Eu tive uma tour marcada para 14 países, na América Latina, que foi toda cancelada. Tive milhares de outros concertos com esse tema cancelados. Naturalmente. Mas festejou-se de outras formas. Eu, por exemplo, festejei com um disco de homenagem. Quando refere que o fado não é tristeza, mas intensidade que vem da alma como o amor, não está a contradizer a rainha do Fado, Amália, quando ela canta “tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado”?

Não, não estou a contradizer Amália, porque eu não sou Amália e Amália não iria querer que eu fosse igual – ou sequer parecida com ela – na minha forma de ser. Pois ninguém é igual, nunca ninguém será Amália. Amália foi única e sempre será única, fez pelo país o que muito poucos fizeram na nossa história. Abriu as portas do fado ao mundo. Mas sim, Amália gostava muito de cantar a tristeza. Eu não gosto tanto de cantar só a tristeza: sou uma pessoa mais positiva, apesar de gostar muito de cantar os sentimentos, a nostalgia, a vida. E a tristeza também faz parte dela. Não é algo que consiga cantar um espetáculo inteiro. Emociona-me muito a melancolia dos acordes no fado, emociona-me muito a cultura portuguesa e a nossa tradição, mas gosto de cantar na tristeza a esperança. Por isso, não se encontrará nas letras das minhas músicas algo que começa triste e não acaba em esperança. Passando agora à área deste jornal, Gondomar, esta já foi palco - pelo menos 2x - de atuações da Cuca («Noite Branca» 2015 e concerto no auditório municipal em 2019). Que memórias e histórias lhe ficam, oxalá boas, desses espetáculos e do público gondomarense? Gostaria de voltar a esta cidade? A primeira, a «Noite Branca», talvez tenha sido dos espetáculos mais incríveis em que cantei. Pelo ambiente, pela energia, pela simpatia das pessoas. O auditório, foi noutro estilo mais intimista. Eu tenho a felicidade de ter muitos fãs no norte e de ser feliz a cantar no Norte. O público do Norte é especial e os gondomarenses ficaram no meu coração. E que volte em breve. Soube-se há poucos dias que a Universidade do Porto vai expandir-se e terá no futuro um polo em Gondomar. De que modo analisa esta notícia? Considera que estes sinais de descentralização deveriam ser alargados a outras instâncias nacionais? Não tenho conhecimento específico sobre o tema, mas o alargamento e a difusão do ensino pelo país, sob todas as formas, é um passo em frente para o futuro da nossa sociedade. A Cuca vai-se revelando em ter mais do que um fado na sua vida, enquanto destino. Vamos por partes. Além do canto, sente a família como fado primordial, desde que optou por fazê-la crescer, ou o fado musical é o principal? São os dois principais. E ainda tenho muitas outras paixões que também tomo como principais. Podemos fazer muita coisa na vida com dedicação: é uma questão de organização e de método. Mas sim, tanto ser mãe como cantar são as grandes paixões da minha vida. É também conhecido um outro seu fado


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Entrevista

Sente, portanto, que o facto de ser católica não colide nem impede a prática regular duma atividade com outra espiritualidade inerente? E que riqueza espiritual busca sempre que o exerce? O ioga não é uma religião. Isso é um assunto que já está mais que falado e até já foi dito pelo Papa Francisco que praticar ioga não tem nada a ver com ser católico ou não. O ioga é uma modalidade como outra qualquer: ballet, futebol, taekwondo. Eu sou cinturão preto de taekwondo e seria a mesma coisa perguntarem-me se o taekwondo é uma atividade com uma espiritualidade inerente coreana, neste caso. É maravilhoso que a sabedoria do mundo, e essencialmente do Oriente, se tenha espalhado e possamos todos tirar benefícios disso. E mudar a nossa vida para melhor. Aplica-se a si e dentro de si aquilo que consta nos sânscritos hindus: o ioga como equanimidade da mente e recolhimento das suas atividades; como unidade da respiração, da consciência e dos sentidos? Sim, a nossa mente é como um macaco sempre a saltar de galho em galho: sempre nos diz coisas que não são a nossa verdade e que nos deixam confusos, ou tristes, ou eufóricos demais. Respirar, parar, fazer meditação em movimento, traz-nos clareza e traz-nos ao centro, onde a mente acalma e podemos ver a verdade exatamente como ela é. E viver sem ilusão. O ioga também desintoxica o corpo, prepara-o fisicamente de forma incrível e saudável; mas, acima de tudo, o ioga é um encontro connosco mesmos, com o nosso interior. É um caminho que se faz, como a vida, de experiências, de sair da zona de conforto, de erros e falhas, até se conseguir atingir mais e mais e mais, de controlo do medo. O ioga é o momento em que chegamos a casa no silêncio e nos olhamos ao espelho, e temos de nos deparar com tudo aquilo que somos e tudo aquilo que fomos no passado, com a possibilidade de poder mudar o agora.

Outro seu fado que vai partilhando nas redes sociais é o jeito para versos poéticos e inspiradores. É uma faceta do seu ser romântico e apaixonado pela vida, ou vai mais para além disso, mostrando que a escrita e a literatura também podem ser um dos seus ofícios mais profissionais? Desde muito nova que sempre observo o mundo e as pessoas e escrevo sobre elas. Licenciei-me em Psicologia por essa paixão que tenho pelo comportamento humano. Escrever sobre a vida e sobre o que vejo é algo que preciso fazer desde sempre: é a minha forma de partilhar. Naturalmente que, ao me tornar cantora, comecei a compor e a escrever os meus temas. Mas é algo que faz parte da minha personalidade desde muito pequenina e que as redes sociais, hoje em dia, levam aos outros, não é? Mais de nós mesmos. Isso é interessante. E outro fado, ainda – como figura pública –, é aquele que a apresenta como jurado de um dos maiores e melhores programas televisivos do mundo, «The Got Talent» (Portugal), na sua faceta mais emotiva, sensível e de justeza … Como é avaliar tantos talentos e não poderem passar todos às fases finais de cada edição? É um desafio maravilhoso que a vida me trouxe. Realmente ali sabemos, assim como no ioga, quais as nossas convicções. E temos nas nossas mãos o futuro de artistas extraordinários. É muito difícil dizer que não, porque muitas vezes, para ganhar só um, muitos extraordinários fi-

cam para trás. Mas faz parte das regras do jogo. É uma das experiências mais ricas da minha vida. Adoro esse programa e a alegria que ele me traz: sinto-me uma privilegiada em estar naquela primeira fila, a assistir a um dos maiores espetáculos do mundo! E por falarmos em “avaliação”, como avalia os portugueses e os demais cidadãos que vivem em território nacional perante os sinais de cansaço e desleixo já demonstrados nestas últimas fases de confinamento geral, em que tantos se refugiam mais nas várias exceções previstas às regras de ficar em casa? É natural que haja deslizes: o ser humano não tem como instinto ficar preso. Nós fomos feitos para sermos livres e quem nos tira a liberdade tira-nos tudo. Mas claro! Há que ser responsável e consciente, e temos um país a sofrer horrores por essa falta de responsabilidade que houve, milhares a morrer. Uma fase que espero que agora abrande e que tudo acabe depressa. Que seja apenas a memória de maus tempos passados, com a consciência que há um sentido maior para tudo na vida e que este recolhimento, este olhar para dentro, também terá a sua importância na devida altura em que se revelar. Ao longo dos últimos meses pandémicos, a Cuca foi uma das artistas que soube reinventar-se e adaptar-se às circunstâncias, sem deixar de trabalhar e de nos brindar com as suas artes. Para este 2021, em que continuaremos esta luta nos próximos meses, como pensa

continuar a reinventar-se? Com certeza alguma coisa há de surgir. Não gosto de estar quieta: é preciso estar sempre a criar. Adaptando-nos naturalmente ao que temos, faremos qualquer coisa para poder chegar aos outros. Para podermos levar a nossa música e aquilo que sei fazer. O que importa é não desistir. E logo a abrir este ano um outro gigante senhor e voz do Fado partiu para a eternidade, Carlos do Carmo, que «No teu poema» escreveu e cantou: “Existe (…) um verso em branco à espera de futuro”. Para a Cuca, e enquanto mensagem final, como alimentar esta esperança? Que verso é este, para si, a fim de não mais ficar em branco? E qual o futuro que deseja para essa sua esperança e esse seu verso? O meu futuro é o meu agora. Cada passo que dou, em cada segundo que passa, não se repete e terá de ser o mais inteiro e feliz possível, a fim de me garantir um futuro no qual me vejo realizada e feliz. Daí a importância de viver em consciência plena. Daí a importância de não viver na ilusão da mente e de ter os pés bem assentes na terra, no que realmente somos e para onde vamos. Somos nós que escolhemos, a cada minuto, como vamos escrever as nossas páginas em branco: que elas sejam a nossa verdade e, que acima de tudo, elas se virem para tornar um mundo melhor, em cada ato, em cada passo, em cada palavra, em cada momento que somos. Temos dons para serem partilhamos com o outro. Que assim seja sempre. Viver de amor, morrer de amor. ▪

FOTO: DR

que a acompanha por todo o lado: o ioga. Porquê o ioga, em concreto? Até porque ele tem uma base hindu – cultura e religião – e igualmente vivido pelos budistas… O ioga é algo que prático todos os dias de manhã, duas horas por dia. Foi um dos maiores presentes que a vida me deu: sem o ioga não conseguiria ser tão boa mãe nem tão boa profissional. A sabedoria hindu é das mais incríveis do mundo e eu sempre tive uma ligação grande com a Índia, desde muito nova, e com a sua sabedoria. O ioga é algo que faço primeiro, ao acordar, e só depois me sinto tranquila para viver bem, feliz e tomar as decisões certas. É magnífico. A vida muda para dez vezes melhor.


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Festas e Romarias do concelho de Gondomar Estas são as principais romarias das freguesias do nosso concelho. A primeira (São Brás), infelizmente ainda não se irá realizar devido à pandemia que assola o nosso país. Esperamos que as restantes possam vir a ser uma realidade.

Baguim do Monte

• São Brás • 3 de fevereiro • Confraria de S. Brás e do Imaculado Coração de Maria

Gondomar (São Cosme)

• Romaria a Nª Srª do Rosário (Festas do Concelho) • Setembro/outubro • Comissão de Festas do Concelho

Melres

• Festa a Nª Srª da Assunção • 15 de agosto • Vilarinho - Comissão de Festas

Covelo

• São Gonçalo • junho • Comissão de Festas

Jovim

• Festa de Santa Cruz de Jovim • Romaria a Stª Cruz • 14 de setembro

Rio Tinto

• Romaria a S. Bento das Pêras e S. Cristovão • 5 a 13 de julho • Comissão de Festas

Foz do Sousa

• Festa a S. Roque • 3ª semana de agosto • Gens - Comissão de Festas

Lomba

• Festa a Santo António • 13 de junho - Dom. Seg. • Lomba

S. Pedro da Cova

• Romaria a S. Pedro e S. Paulo • 29 de junho • Covilhã - Comissão de Festas

Fânzeres

• Festa ao divino Salvador • 6 de agosto • Paço

Medas

• Natividade de Nª Senhora • 1º domingo de setembro • Comissão - Igreja Matriz de Medas

Valbom

• Festa a S. Pedro dos Pescadores • 29 de junho • Ribeira D'abade


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Tomada de posse dos órgãos sociais do Centro Social de Soutelo Realizou-se no dia 11 de dezembro as eleições para os Órgãos Sociais do Centro de Social de Soutelo, num ato eleitoral que contou com uma lista única. A Assembleia Geral, a Direção e o Conselho Fiscal continuarão, até 2024, com as lideranças de António Mira de Sousa, Sandra Felgueiras e Luiz Gonzaga Martins, respetivamente.

A tomada de posse decorreu no dia 9 de janeiro, pelas 10.30h. A cerimónia decorreu sem convidados, para além dos Presidentes da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca e da Junta de Freguesia de Campanhã, Ernesto Fortunato. Foi apresentado um plano estratégico para os próximos quatro anos que pretende responder às necessidades da instituição e que tem em conta a contenção financeira que tem marcado os

últimos anos de trabalho, principalmente o de 2020 devido à pandemia. O projeto apresentado baseia-se no princípio de “não virar as costas” à instituição nos momentos mais difíceis. Os responsáveis acreditam que para tal, “precisamos da ajuda de todos, de forma a focarmos a nossa ação na consolidação dos serviços e projetos em curso pretendendo melhorar os mesmos. A melhoria urgente dos serviços de apoio a idosos lançou-nos na candidatura ao Programa PARES – Programa para o Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais – através do qual pretendemos obter financiamento para a construção do Centro Geriátrico, há muito desejado”. Assim, segundo o apresentado, o Objetivo Geral para o quadriénio será: Desenvolver, Sustentar e Qualificar as respostas sociais existentes. Para os representantes estes quatro anos serão de desafios, de redobrada atenção à gestão e ao planeamento estratégico, de melhoria da comunicação organizacional, de sinergias cada vez mais “fortes” entre os diversos serviços, de trabalho de proximidade com parceiros e associados de forma a alcançarmos os nossos objetivos. ▪

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Município de Gondomar aposta na vacinação Neste mês de janeiro, iniciou-se em Gondomar o Plano de Vacinação contra a Covid-19. Para além disso, o executivo municipal optou por dar a possibilidade da Proteção Civil, da Polícia Municipal e dos funcionários das escolas levaram a vacina da gripe gratuitamente. No que diz respeito ao Plano de Vacinação contra a COVID-19, a operação foi montada com o apoio do Município para a logística e gestão de recursos e, iniciou-se junto dos profissionais de saúde da Unidade de Cuidados Continuados (UCC) do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa e na Clínica de Repouso-Lar de Idosos "O Aconchego do Forno", em Rio Tinto, tendo contado

com a total colaboração e disponibilidade do Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) de Gondomar. As primeiras vacinas que chegaram ao concelho foram distribuídas “inicialmente aos colaboradores do ACES e depois para as estruturas residenciais para idosos (ERPI), feita pelos profissionais do ACES, com o apoio logística da Câmara”, constatou Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar. Para o autarca a chegada desta vacina é “uma esperança redobrada e uma lufada de ar fresco que quer os profissionais de saúde, quer os nossos lares para idosos muito ansiavam”, o mesmo garante que todos os lares, independentemente de serem da esfera pública ou privada serão abrangidos, “independentemente da forma jurídica e estarem ou não devidamente legalizados”. “Estou convencido que até ao final de março/início de abril todos os idosos serão vacinados”, afirma o edil. O Município deu a possibilidade aos cola-

boradores do Serviço Municipal de Proteção Civil, da Polícia Municipal e aos funcionários das escolas do concelho a tomarem de forma gratuita a vacina da gripe. O intuito da iniciativa é reforçar as medidas preventivas no âmbito da segurança e saúde no trabalho. As vacinas foram fornecidas ao Município pelo ACeS de Gondomar e estão a ser administradas com a colaboração do Hospital-Escola

da Universidade Fernando Pessoa, entidade que alocou uma carrinha e uma equipa de enfermagem para a realização da vacinação nas escolas. Para o autarca responsável pelo Município esta iniciativa é “uma forma de proteção aos nossos assistentes operacionais, quer aos que trabalham na rua, quer principalmente aos que trabalham nas escolas!” ▪

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Madalena de Lima, Advogada com larga experiência em Direito Criminal, Civil, Família e Menores, Administrativo, Comercial, Urbanismo e Internacional. Inscrita na Ordem dos Advogados desde 1983, abriu novo escritório em Rio Tinto. Registo Comercial Registo Predial Registo Automóvel Reconhecimentos Autenticações Procurações Certificações Traduções Contratos

Escrituras Doações Testamentos Partilhas Sociedades Empresas na Hora Registo de Insolvências Recuperação de Créditos

Email: madalenadelima.advogados@gmail.com

CONFIANÇA CONFIANÇA

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Facebook: @advogadamadalenadelima

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LEALDADE

ESCRITÓRIOS 1: Travessa da Ferraria, 9 – Venda Nova – 4435-468 Rio Tinto 2: Rua Dr. Pedro Dias, 45 – Paranhos – 4200-441 Porto 3: Largo do Campo Lindo, 13 – Paranhos – 4200-142 Porto

222 434 035 220 932 196 220 171 364


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Empresários Gondomarenses sentem impacto da Covid-19 Por todo o país, a pandemia tem vindo a afetar a classe empresarial. Com os confinamentos, muitos empresários veem-se obrigados a trabalhar ou ficar de porta fechada. Há meses em que a faturação é zero ou quase zero. Segundo os mesmos, as ajudas são poucas para contornar esta situação. O VivaCidade foi perceber o panorama de alguns empresários Gondomarenses. Falamos com, Paulo Costa, proprietário do restaurante Igreja para perceber como é que está a ser esta fase para a área da restauração. Na perspetiva do empresário, “dado os encargos que uma casa destas dimensões acarreta é difícil manter o negócio em funcionamento”, para Paulo a quebra na fraturação já está a fazer-se sentir “o futuro parece um pouco negro”. Segundo o responsável há medidas que não têm cabimento “o encerramento às 13.00 horas, num restaurante?! Não faz sentido”, Paulo acredita que “eu acho que o facto do comercio fechar, é a "morte" do pequeno comercio consequentemente da economia castigados por culpa de alguém que não se respeita nem a si próprio, nem aos outros”. Na opinião do proprietário era possível manter o funcionamento do espaço, “Sim, acredito que sim. Falo por mim! No meu espaço, trabalho com toda a segurança possível, desde a desinfeção ao distanciamento social”. O mesmo afirma ainda que os apoios são insuficientes, “não se consegue manter um negócio quando a faturação reduz para 1\3. Existem despesas que não se conseguem reduzir, como salários, renda, luz, água, segurança social etc.” Saindo do setor da restauração, recolhemos o ponto de vista de José Conceição, proprietário da Magic Barber sobre o impacto económico da pandemia na sua barbearia. O empresário começa por referir que “tem sido bastante difícil tendo em conta que da primeira vez não tive qualquer tipo de apoio por parte do estado e as contas são as mesmas. Houve muito investimento para cumprir as normas da

DGS quebras na ordem dos 40%, este segundo confinamento veio numa altura em que estava numa fase ascendente (recuperação)”. O responsável adianta ainda que as quebras foram altas e “com este fecho é zero”. Relativamente ao futuro José descreve-o como incerto “ninguém tem culpa que o vírus tenha aparecido, mas na minha opinião as normas que foram aplicadas não são coerentes”. O proprietário afirma ainda que possui todas as condições necessárias “não há nada que indique que sejamos uma fonte de contágio? Trabalhos com marcação e sempre com máscaras ou viseiras, temos todos os desinfetantes que foram solicitados, e também uma prestação de serviço higiénico essencial para o cliente. Uma capa de telemóvel não é um bem essencial bem como outras áreas que ainda se encontram abertas”. Para José Conceição as medidas tomadas pelo governo “não são as ideais pois não estão a fazer diferença nenhuma. Se é para confinar então que seja tudo pois só assim se consegue baixar a tão famosa curva”. Outro setor da área comercial que tem sentido os efeitos da pandemia são os ginásios. Estivemos à conversa com André Freire, proprietário do Base Fit. O empresário começa por referir que “neste momento estamos a trabalhar nos moldes possíveis, online. Conseguimos apenas, que seja presencial, nos casos das reabilitações físicas com receitas médicas (lesões, operações cirúrgicas, etc.). Obviamente, que em termos motivacionais se torna mais complicado trabalhar, mas o nosso foco é sempre a saúde dos nossos clientes e fazemos os possíveis para que não parem nunca a atividade física, principalmente nesta fase, quanto mais fortes estiverem mais facilmente combatem esta pandemia”. Quanto a quebras de faturação, André revela que “ainda é um pouco cedo para falar sobre isso. Como é óbvio notamos sempre uma quebra, que nos preocupa. Mas o futuro é risonho, acreditamos sempre no melhor e no nosso trabalho”. Na perspetiva do responsável sobre as medidas implementadas, “Neste momento temos tudo preparado, desde higienização do espaço, distâncias de segurança, material individual, etc.”, para André as medidas não são “exageradas, é uma questão de segurança”, no entanto rebate referindo que “sabemos que, uma boa condição física pode ajudar a combater o vírus, acreditamos que limitar as pessoas ao exercício, talvez não seja a melhor forma de o fazer, mas temos que respeitar”, para o respon-

sável as medidas “são medidas tardias e não muito organizadas” e explica que “Um confinamento total e mais curto, a meu

> Na foto: Base, ginásio na freguesia de Fânzeres

> José Conceição, proprietário da Magic Barber

> Na foto: Restaurante Igreja na freguesia de Fânzeres

ver, resolveria as coisas de forma mais rápida, não obrigando os pequenos negócios a uma quebra tão grande e prolongada”. ▪


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Águas de Gondomar mantem atendimento presencial com marcação prévia O Atendimento presencial nas lojas físicas, será mantido por prévia marcação. Salienta-se que, para além das prioridades gerais, será dada especial prioridade ao designado atendimento prioritário Covid, de acordo com a legislação em vigor. Mantendo a qualidade e a normalidade dos habituais serviços, os clientes podem entrar em contacto com a Águas de Gondomar, S.A. (AdG), através do atendimento telefónico (224660200 e 224660295), cujas linhas em regime de teletrabalho se mantêm reforçadas, de email (geral@aguasdegondomar.pt) e do novo CHAT ONLINE (www.aguasdegondomar. pt), para dar seguimento a questões relacionadas com esclarecimentos de faturação, comunicação de leituras, solicitação de meios alternativos de pagamento (mesmo que a data limite da fatura tenha sido ultrapassada, antes de se dirigir às instalações da AdG, poderá con-

tactar a empresa para lhe serem fornecidos novos dados para pagamento) e pedidos de ligação urgentes. LOJA RUA 5 DE OUTUBRO: Horário – das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 16h30, de segunda a sexta. Atendimento efetuado por prévia marcação telefónica (224660200 / 224660295). Os Pagamentos em Tesouraria são realizados por marcação, com a restrição de entrada de apenas um cliente de cada vez em loja. BALCÃO LOJA DO CIDADÃO: Dado o agravamento da pandemia e por decisão do Governo, de modo a reforçar as medidas de confinamento, o balcão de atendimento da AdG na loja do cidadão de Gondomar, encerrou tem-

porariamente a partir do dia 22 de janeiro, até ordem contrária. Informamos, no entanto, que o atendimento presencial na loja sita na rua 5 de outubro, será mantido por prévia marcação. Privilegie o contacto telefónico (Tel. 224 660 200; Linha de Apoio ao Cliente: 224 660 295; Avarias ou Roturas 24h: 800 206 438), o correio eletrónico (geral@aguasdegondomar.pt) e as plataformas digitais da empresa (www.aguasdegondomar.pt, chat online e myaqua).A AdG, de modo a reforçar o seu atendimento, destaca um novo canal de comunicação que pode ser acedido através da página eletrónica da empresa: www.aguasdegondomar.pt – CHAT ONLINE.

O chat online é um serviço de atendimento pelo site, que permite obter respostas e solucionar problemas em tempo real. Este serviço é mais uma alternativa de contato direto com a empresa, tendo a vantagem de ser mais cómodo e prático para o cliente, para além de ser a melhor opção para solucionar dúvidas e pequenas dificuldades de forma ágil. O objetivo é o de promover a adoção de comportamentos responsáveis, acautelando a proteção individual e coletiva e a segurança sanitária, através de medidas de prevenção e segurança, que ajudem a quebrar a cadeia de transmissão do coronavírus e que protejam os clientes, colaboradores, parceiros, gondomarenses e a sociedade, em geral. ▪

soas com deficiência”, disse Abílio Cunha, endereçando mais uma vez os sentimentos à família e amigos. Quanto ao futuro, Abílio Cunha adivinha “um desafio grande para os próximos quatro anos...”. Não colocando como objetivo principal a construção da nova Sede Social, mas indicando tal como “propósito fundamental e necessário”, defendendo ainda

que tal estrutura é uma “peça” fundamental para a constante melhoria de serviços e de valências da Associação do Porto de Paralisia Cerebral. “Será tempo, agora, de todos colaborarem e trabalharmos com dedicação”, finalizou Abílio Cunha. As eleições para a APPC realizaram-se no dia 18 de dezembro – em ato eleitoral que contou com lista única. ▪

Tomada de posse na APPC A Associação do Porto de Paralisia Cerebral realizou a cerimónia de tomada de posse dos seus Órgãos Sociais. Abílio Cunha assume, mais uma vez, a liderança da instituição. Para o presente quadriénio a grande aposta centra-se na nova Sede Social – “num mandato que se adivinha repleto de trabalho e de projetos”, disse o responsável pela instituição. Em “tempos diferentes”, cerimónias e atos devidamente adaptados a toda uma “nova realidade” em termos de saúde pública... Foi assim a Tomada de Posse dos Órgãos Sociais da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC), evento que aconteceu ao final da tarde de dia 13 de janeiro. O ato, realizado nas instalações do Centro de Reabilitação, contou com a presença dos elementos empossados – e, via digital, com

muitos mais amigos, colaboradores e associados da APPC a assistirem à cerimónia. Abílio Cunha assume, em mandato que durará até 2024, os destinos da Direção da APPC. A Assembleia Geral será presidida por José Joaquim Alvarelhão e o Conselho Fiscal por Ricardo Freitas. A cerimónia começou com José Joaquim Alvarelhão a agradecer as presenças (na sala e via digital, em transmissão da cerimónia realizada digitalmente). “Será uma cerimónia breve para que de imediato a nova equipa comece a trabalhar”, disse o Presidente da Assembleia Geral. O agora empossado Presidente da Direção da APPC, Abílio Cunha, destacou que “este não é apenas mais um mandato, mas um mandato que se adivinha repleto de trabalho e de projetos – um verdadeiro desafio para todos nós”. De referir que durante a cerimónia de Tomada de Posse houve um minuto de silêncio em memória (pelo falecimento) de Manuel Augusto Almeida Monteiro, sócio da APPC que iria, também, assumir funções na Mesa da Assembleia Geral da instituição. “A APPC perdeu uma pessoa entusiasta e defensora das causas das pes-


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Destaque

Pedro Vieira:

“Saímos de cabeça erguida, com as contas em dia como sempre, não é de agora. Por parte da Junta de Freguesia quem assumir em outubro de 2021, tem todas as garantias que pode fazer um bom trabalho"

Texto: Gabriela Monroy Fotos: Frederico Amaral

Neste mês de janeiro, o VivaCidade acompanhou o dia com o Presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Pedro Vieira. Ao longo do dia, o edil revelou a sua opinião sobre assuntos atuais importantes e investimentos que foram realizados em ambas as freguesias. A União de Freguesias é a única do concelho que veste a camisola do partido da CDU. Eram 9 horas quando o VivaCidade chegou à Junta de Fânzeres para acompanhar o dia de Pedro Vieira. No local deu-nos um breve comentário sobre os últimos anos de mandato, “estamos aqui a chegar ao final do mandato, já se passaram três anos” iniciou por constatar, “há naturalmente aqui questões que, quando tomamos posse em 2017, estavam no nosso plano eleitoral, havia alguns assuntos e muito importantes, como os resíduos perigosos de São Pedro da Cova”. O primordial

para o autarca quando assumiu a pasta era continuar com a luta que segundo o mesmo sempre foi “da população de S. Pedro da Cova” e acrescenta ainda que “na altura a denúncia partiu da população e da Junta de Freguesia”. Pedro Vieira explica que “há aqui um momento nesta última fase, em que a Câmara aproveitou a oportunidade, e bem, de adquirir os terrenos. Dado que a área onde estão depositados os resíduos são privados, e, portanto, a Câmara Municipal aproveitando esta questão da segunda fase da remoção estar um pouco empancada, decidiu comprar parte dos terrenos onde estão depositados os resíduos, como também todo o património mineiro. Portanto a aquisição que a Câmara fez dos edifícios, foi um processo que foi realizado ao longo dos anos. Portanto, a Câmara aproveitou, e bem, aqueles terrenos que eram privados, colocou-os na esfera pública para aí sim poder realizar investimentos e para poder haver uma requalificação daquele espaço”. O autarca acrescenta ainda que “a CDU quando retomou novamente ao poder da freguesia de S. Pedro da Cova, em conjunto com a população que já tinha dado o alerta e feito a denúncia, assumiu também na íntegra essa luta. “Assim foi ao longo destes anos todos, tanto mais que a junta de freguesia é assistente no processo que está neste momento ainda em tribunal, para saber-se efetivamente quem são os culpados do depósito

dos resíduos perigosos e das análises aos lenções freáticos. A Junta desde logo demonstrou-se disponível a ajudar as autoridades e mostrou-se disponível para ser assistente no processo, e assim foi. E a Câmara Municipal nunca foi. A Câmara tem agora algum protagonismo porque de facto teve a oportunidade de adquirir os terrenos. E adquiriu-os”, o Presidente afirma que a população merece uma recompensa por tudo o que passou nesta luta e “pelo grave crime ambiental” que foi praticado e essa compensação deveria ser a requalificação daquele espaço. Outro tema que o Presidente aproveitou para trazer para cima da mesa, foi a questão da desagregação das freguesias, “havia outro tema da nossa candidatura que era o facto de exigirmos a desagregação das freguesias, com o desígnio de proximidade”, para o edil a agregação de Fânzeres e São Pedro da Cova não tem cabimento, dado que “é unânime e considerado por todos, que de facto S. Pedro da Cova tem uma identidade muito própria e devia estar

"A população merece uma recompensa por tudo o que passou nesta luta" sozinha. Portanto, se estamos a falar de critérios de agregação, S. Pedro da Cova nunca devia ter sido agregada devido à sua população, às suas características,

"A agregação “prejudica seriamente as populações, seja aqui, seja em Vila Real, seja na Lomba" à sua identidade, ao seu património, portanto nunca devia ter sido agregada com nenhuma freguesia, aliás, nós não defendemos as agregações”. Para o autarca esta decisão de agregação deveria ser responsabilidade dos órgãos eleitos, responsabilidade de “cada partido, de cada força política”. Pedro explica que a agregação “prejudica seriamente as populações, seja aqui, seja em Vila Real, seja na Lomba, seja onde for, de facto onde houver agregações prejudica seriamente essa relação de proximidade que as Juntas têm de ter com as populações”. Sobre o tema o autarca acrescenta que “o governo desde 2015 que anda a prometer que iria criar uma lei que permita que é isso que pretendemos, é uma lei que permita, a desagregação. Não de todas, mas aquelas que o queiram. O governo desde 2015 que anda a adiar um problema que de facto já se chegou à conclusão, com dois mandatos de agregações que não houve ganhos nenhuns para ninguém. Portanto, até 31 de março, ainda é possível desagregar ou sair a lei cá para fora, sair a lei para que as Assembleias de Freguesia retifiquem esse pedido da Junta para desagregar, mas de facto começa a haver pouco tempo”. Saímos de Fânzeres em direção à Junta de Freguesia de São Pedro da Cova. No local, como habitual cumprimenta a equipa e é o seu momento de resolver qualquer situação que esteja pendente. Desta vez, um dos assuntos em cima da mesa era a candidatura da União das Freguesias à bandeira da ECO Freguesias, galardão este que a União tem vindo a receber nos últimos anos. Ainda na Junta de São Pedro, surge o tema do preço praticado nas faturas das água, onde começa por explicar que é “uma luta legítima da população”, o edil revela que as reclamações por parte dos habitantes é constante, “vamos recebendo muitas reclamações dos serviços que foram privatizados, falo das águas como também da recolha do lixo, que também foi privatizado”. Sobre o tema o responsável da União dá nota que: “os preços de custo que é a ligação à rede de saneamento, à rede pública, os custos que tem o consumo da água e tudo que está em volta dos contratos que as pessoas fazem com a Entidade de facto é muito caro. Mas o problema aqui é a privatização, na-


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Destaque turalmente, como é óbvio muitos não têm as condições financeiras” para pagar as faturas ao final do mês. Após a hora do almoço, partimos em direção ao cemitério da Mó, em São Pedro da Cova, onde estão a construir umas campas. O autarca começa por contextualizar que o cemitério da Mó está a sofrer esta intervenção por falta de espaço e constata que o cemitério da Covilhã está a ser totalmente remodelado e o valor que está a ser investido ronda os 20 a 30 mil euros. Quanto aos cemitérios de Fânzeres o responsável dá nota de que esse é mais recente e não necessita de nenhuma intervenção. Ao longo da tarde fomos visitar algumas obras que estão a ser realizadas nas freguesias, sendo uma delas o parque que está a ser realizado na zona do Seixo em Fânzeres e que visa ser inaugurado em meados de março e pretende vir ao encontro das necessidades da população. A intenção do edil é “dar aqui uma imagem mais bonita à freguesia e não tão suja. De facto, já está muito suja pela má recolha ou mau serviço de recolha do lixo, mas se podermos dar aqui também uma imagem melhor dos jardins,

"A intenção do edil é “dar aqui uma imagem mais bonita à freguesia e não tão suja. De facto, já está muito suja pela má recolha ou mau serviço de recolha do lixo"

das nossas rotundas nós fazemos esse investimento”. Ainda no tema dos investimentos, a Cultura é para o executivo da União de Freguesias muito importante. Daí que para Pedro é importante os apoios aos Movimentos Associativos, o investimento realizado no Museu Mineiro e a criação de atividades culturais para a população. O autarca explica que a União realiza “muitas atividades, nos vários quadrantes na área da cultura e da arte. É música, é teatro, é exposições, é belas artes, é poesia, é cinema, é escrita, portanto temos várias temáticas na área da cultura, não estamos cingidos só a uma parte”. Para Pedro é essencial trazer a cultura para perto dos seus fregueses, porque “é a formação do homem que está aqui em causa”. Quanto aos investimentos camarários, Pedro começa por referir que “perante o tamanho da nossa União de Freguesias, estamos a falar de quarenta e dois mil pessoas, estamos a falar de um território que tem cinquenta coletividades, estamos a falar de um território que tem dez conjuntos habitacionais e onde é a junta de freguesia que tem que fazer as limpezas, estamos a falar de um conjunto de duas freguesias, que têm cinco agrupamentos de escola, estamos a falar de freguesias que têm serras, rios, ribeiros linhas de água, património cultural histórico, e portanto estamos aqui a falar de duas freguesias que necessitam naturalmente de investimento” e para o autarca esse investimento camarário é muito curto face “às necessidades que estamos a viver. De facto, há aqui um desinvesti-

> Na foto: Pedro Vieira e Micaela Santos

mento ou um pouco investimento, por parte de todos: Câmara e Governo. É muito pouco e isso naturalmente nós fazemos questão de referir isso à Câmara e às entidades competentes, que efetivamente é muito pouco aquilo que as Juntas de Freguesia recebem para o que fazem diariamente”, o Presidente explica que não sabe a realidade das outras freguesias do concelho, mas quanto à sua União as propostas estão “bem sinalizadas” e que compete à Câmara Municipal de Gondomar realizar um investimento equilibrado pelas doze. Antes de darmos o dia como concluído, confrontamos o autarca com as eleições de outubro de 2021, o mesmo revela que “neste contexto de pandemia e a esta distância, essa questão não se coloca. A seu tempo apresen-

"E para o autarca esse investimento camarário é muito curto face “às necessidades que estamos a viver." taremos os nossos melhores candidatos autárquicos”. O edil explica que é um assunto que ainda está a ser dis-

> Visita às obras do futuro parque na zona do Seixo

> Obras no cemitério da Mó

“Neste contexto de pandemia e a esta distância, essa questão não se coloca. A seu tempo apresentaremos os nossos melhores candidatos autárquicos”. cutido para ser bem decidido “é essa a nossa forma de trabalhar, nós não nos pomos em bicos de pés, a nossa vontade pessoal aqui é o que menos interessa, interessa sim o serviço que é feito… Uma coisa é ter vontade e não ter vontade, outra coisa é ter gosto ou não ter gosto. Efetivamente, nós para fazermos bem as coisas temos de ter gosto pelo que realizamos." Ao terminar o dia, Pedro Vieira revelou ao VivaCidade que “saímos de cabeça erguida, com as contas em dia como sempre, não é de agora. Por parte da Junta de Freguesia quem assumir em outubro de 2021, tem todas as garantias que pode fazer um bom trabalho e normal porque efetivamente a começar logo pelas contas estão todas equilibradas e certinhas, e portanto, também é esse um dos objetivos que temos, o de não endividar as Juntas”. ▪


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Emílio Ferreira: “Falta-nos aqui um projeto global que una todo o concelho, estaríamos a salvaguardar o nosso futuro” Neste mês de janeiro, o VivaCidade entrevistou o Rancho Folclórico da Nossa Senhora da Piedade de Melres. Estivemos à conversa com o Presidente António Castro e com o secretário da direção Emílio Ferreira que nos revelaram as particularidades do Rancho, as dificuldades em tempos de pandemia e a cultura no concelho de Gondomar. Comecemos então pela história da Associação, qual é a génese deste Rancho Folclórico? Emílio Ferreira: Como todo e qualquer projeto cultural nasce das pessoas, da convivência, do bairrismo. Este lugar de ‘’Moreira ‘’, é um lugar que tem essa especificidade, é unido, tem dinâmicas muito próprias e então este folclore nasceu, exatamente da vontade das pessoas, no convívio, no carater festivo e também da sua união. Nos anos 80, as pessoas uniram-se e viram a necessidade de construir alguma coisa comum, organizaram-se, sempre em torno do folclore, porque aquilo que nos une são as nossas raízes e à noite estávamos a fazer o primeiro ensaio, de uma forma muito informal trouxeram os seus instrumentos e os trajes dos seus antepassados e foi o primeiro ensaio do nosso rancho. O dia 1 de junho de 1986 é a data referência para nós. Tínhamos já mais ou menos 45 elementos, não só elementos dançarinos, como também da tocata e da cantata. E, portanto, foi assim de uma forma muito genuína, muito transparente, muito popular que nasceu este projeto que de certa forma resume a cultura, as tradições da nossa terra, do nosso concelho e também que se identifica com aquilo que a Federação Portuguesa de Folclore apelida da área do Douro Litoral. Este é basicamente um projeto que vai passando de país para filhos, atualmente quantas pessoas integram o vosso Rancho? António Castro: Normalmente nunca é menos, ou nós não queremos trabalhar com menos de 35 elementos convém ser sempre daí para cima. Já tivemos 47, agora é muito difícil de arranjar elementos tanto para tocar, como para dançar ou cantar, porque não é fácil arranjar cantadores, nem cantadeiras e, assim vamos vivendo conforme as possibilidades e

conforme o pessoal que nós temos. Vocês consideram que conforme os anos passam e com as novas gerações, há o perigo iminente de perder esta arte? Ou com a vossa experiência vocês tem outra opinião? EF: Essa é uma dificuldade do movimento associativo como um todo. Em geral é uma dificuldade transversal, não só no desporto ou na música, mas também no folclore, nós sentimos um bocadinho essa dificuldade. Em todo o caso, continuamos a dizer que esta riqueza, esta paixão, passa de família, em família e é um bocado a nossa herança. Queria destacar que a nossa média de idades é uma média baixa e ainda bem, o que contraria um pouco a tendência do Folclore Nacional. Portanto, há aqui um trabalho fantástico dos órgãos sociais, nomeadamente do Presidente António Castro que está cá já algum tempo e que merece aqui uma medalha, mas é um legado que se deixa às gerações mais recentes, no entanto a complexidade da vida prática das pessoas, por vezes estorva um pouco a nossa dinâmica. Num ano atípico como este e já que abordou a questão dos festivais pergunto como tem sido esta temporada que passou e que estamos a passar de momento por causa da pandemia, sendo que a Cultura é um dos setores mais afetado? EF: Devido ao arrojo do Rancho, nós temos parceiros importantes e nas mais diversas dimensões, temos aqui uma parceria muito forte é com o Inatel. O Inatel permite-nos nesta altura de confinamento, algumas deslocações a nível da cantata, mas são deslocações muito limitadas relativamente aquilo que são os nossos naipes. Quanto à nossa atividade artística os ensaios, como é óbvio esses estão cancelados. Este tempo de confinamento permite-nos repensar a nossa história, a nossa identidade, permite-nos lançar metas e objetivos para o futuro e permite-nos reforçar de certa forma os nossos laços. Dou um grande elogio ao Presidente da Direção porque é ele que tem feito esse trabalho ao longo destes meses. Desde março há uma grande preocupação da direção, nomeadamente do Presidente em manter todos os componentes unidos, através de telefonemas, de deslocações às casas, com a distribuição por exemplo, na altura do Natal, distribuímos pelas famílias que constituem o nosso folclore, uma garrafa de vinho do Porto e um bolo rei, que é uma tradição da nossa casa. Há aqui um esforço para manter todos nesta família e esperemos que este confinamento termine o mais depressa possível, porque há muita fome de convívio, de toque, de ouvido, de música. Por-

> Na foto: António Castro e Emílio Ferreira

tanto, estamos todos aqui à espera de que haja um sinal positivo, para que regressemos aos nossos projetos. O que é que vos destaca de outro rancho que esteja presente no concelho e no país, qual é a vossa particularidade? EF:O Folclore tem o seu ADN, em qualquer comunidade o Folclore é quase como um fato que só serve a uma pessoa e, portanto, tem as suas características idiossincráticas. Nós estamos inseridos na grande área do Douro Central, mas mesmo no Douro Litoral cada concelho tem os seus pontos genuínos, por exemplo como nós dançamos aqui o malhão, mais ninguém dança igual a nós e é esta a preocupação que nós temos que é o de recolher com maior pureza, com maior naturalidade aquilo que são os gestos técnicos dos nossos antepassados, como eles dançavam, como eles se trajavam, como eles tocavam e como eles letreavam também as suas músicas. É muito simples. Há já ciência suficientemente evoluída no folclore, mas é muito simples identificar a que região portuguesa pertence através de uma simples dança e, claro que nós aqui em Gondomar temos bons agrupamentos de folclore e há uma preocupação em recuperar as nossas raízes, aliás essa preocupação técnica é transversal a todos, não precisamos de perder muito tempo para dizer que o nosso folclore é genuíno, é nosso e corre-nos nas veias. E quanto ao vosso futuro?

EF: Relativamente ao nosso futuro, nós temos um sonho, não só o de rejuvenescer esta família, mas temos aqui um projeto muito interessante para o concelho, que era fazer da cultura uma disciplina curricular de escola, nós gostávamos e queríamos dar o nosso contributo. Pretendíamos que as escolas desenvolvessem junto das crianças dos mais diversos ciclos, disciplinas, projetos de cidadania, de cultura onde o folclore fizesse parte. Nós adorávamos ter aqui uma escola de folclore, não só um rancho. É um sonho nosso, que dificilmente podemos concretizá-lo sozinho, precisamos aqui sempre de parceiros. Falta-nos aqui um projeto global que una todo o concelho, estaríamos a salvaguardar o nosso futuro. Portanto, se houvesse aqui um projeto transversal e a Câmara aqui tem essa capacidade e Know-How de chamar as partes para este projeto educativo e de cariz municipal. Julgo que esta iniciativa seria qualquer coisa de inovadora em Portugal a nível da cultura. Também, já agora queremos dizer que em todos os nossos projetos, nomeadamente o projeto da sede que é o nosso rosto, nós queremos elogiar e enfatizar aquilo que tem sido o apoio impecável da Câmara Municipal de Gondomar, ao longo dos diversos mandatos, e também da nossa Junta de Melres que agora é União de Freguesias de Melres e Medas, porque o nosso concelho é muito forte no Movimento Associativo Popular. ▪


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O último videoclube de Gondomar Há 54 anos que Luís Santos e Maria Santos abriram uma loja em Valbom de eletrodomésticos e reparações, que mais tarde nasceu a vertente de videoclube. Atualmente, este é o último videoclube do concelho de Gondomar. O VivaCidade foi descobrir esta profissão com história. O empresário começa por explicar que a vertente de Videoclube veio mais tarde, “porque era uma novidade na época e estava a começar a funcionar muito bem”, Luís Santos viu uma boa oportunidade de negócio e não pensou duas vezes em investir. Apesar de trabalhar na área o responsável admite que nunca foi uma pessoa que

consumia muito cinema, no entanto o seu género preferido continua a ser um filme de ação, enquanto que para Maria Santos, os filmes de eleição são os de romance. Na realidade, Luís explica que veio para este sector pela “parte comercial, nunca perdi muito tempo com o cinema, na época tinha funcionários que percebiam muito de cinema e eles é que ajudavam as pessoas a escolher filmes, porque percebiam mais sobre o assunto, mas eu não era tanto assim, eu sou de uma altura em que era só trabalhar”. Foi por volta de 2008/2010 que a perspetiva do empresário mudou, “senti a diminuição da procura, quando começou a realizar-se pirataria em grande escala e quando começaram a vender nas feiras. Enquanto era em VHS era difícil fazer uma cópia, quer dizer era fácil, mas demorava muitas horas. Com a vinda do DVD, as cópias eram muito mais fáceis de fazer, em segundos fazia-se uma cópia”. Ao recordar os tempos passados, Luís relembra que “antigamente, era centenas de

pessoas que cá vinham, chegava a ser filas e filas de pessoas, quando era pelo Natal as empregadas andavam descalças porque já não podiam. Chegamos a ter muita coisa, eram muitas caixas e caixas, porque antes na noite de natal não havia nada a passar na televisão como hoje há”. “Havia pessoas que gastavam centenas de euros em filmes mensalmente, foi um erro grande porque podíamos ter começado a reduzir logo na altura, mas convencemonos que não ia acabar e investíamos, até

não podermos mais”, o empresário revelou ainda que, em tempos, o concelho chegou a ter quatro videoclubes ativos e que, entretanto, o único que resta é o seu. Quanto o futuro, o empresário revela que enquanto a saúde deixar irá continuar a trabalhar, porque “isto também é uma distração para a minha mulher e porque também sou uma pessoa que está habituada a trabalhar e, enquanto puder, vou continuar, quando deixar de conseguir, vou fechar as portas e entregar a loja ao senhorio”. ▪

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Reportagem

O ano de 2020 em rev JAN

OUT

• Seleção masculina qualifica-se para Jogos Olímpicos de Tóquio no Multiusos de Gondomar.

• Dia h Cova. A ção da f da segu síduos p Cova. N sejam re

JUN FEV

ABR

MAI

• Executivo camarário anuncia a segunda maior obra do mandato, depois do Parque Urbano- A requalificação do espaço urbano do Centro da cidade de Gondomar. O custo da empreitada atinge os 2.4 milhões de euros.

• Passados 60 dias, o Município atingiu os 1000 casos positivos. Gondomar decide realizar testes à COVID-19 aos lares de idosos, com o intuito de prevenir contágios.

• Após dois meses, os alunos do secundário sujeitos a exame nacional voltam às aulas presenciais. Volta a ser aberto ao público os Passadiços, os Mercados e as Feiras em Gondomar.

MAR

• A pandemia do século chega a Portugal- a COVID-19. O país entrou pela primeira vez em confinamento, onde foi encerrado equipamentos municipais, escolas, feiras e mercados. Quando noticiado pelo VivaCidade, Gondomar tinha 98 casos ativos.

JUL

• Executivo anuncia a amortização da dívida do concelho em mais de 28 milhões de euros, o que originou à saída do endividamento excessivo. O resultado foi obtido através de um acordo com a EDP. • A luta sem fim pela remoção dos resíduos perigosos depositados em São Pedro da Cova. Autarquia anuncia o processo de expropriação dos terrenos e a Junta de Freguesia de São Pedro da Cova recorre à decisão do tribunal que absolveu os cinco arguidos e reabriu novamente o processo.

• No dia 22 de julho, a Câmara Municipal toma posse definitiva de 19 hectares de terreno em São Pedro da Cova. Com o intuito de remover 125 toneladas de resíduos do local.


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Reportagem

vista

histórico para São Pedro da Após anos de luta, a populafreguesia presenciou o início unda fase da retirada dos reperigosos de São Pedro da Num total é expectável que etiradas 125 500 toneladas.

NOV • Hospital Fernando Pessoa serve de retaguarda aos hospitais públicos nos casos da Covid-19.

DEZ

• Metro até São Cosme é aprovado, um dos projetos mais esperados pelos Gondomarenses está aprovado, no total será um percurso de 6.7 quilómetros, nove estações e um investimento de aproximadamente 140 milhões de euros.

• Autarquia adere ao projeto-piloto com a ARS-Norte (Administração Regional de Saúde do Norte) apelidada por “Vamos Salvar Portugal”. O projeto é composto por uma equipa de vinte pessoas que têm a responsabilidade de contactar todos os casos que testaram positivo à COVID-19 e quebrar as cadeias de transmissão. • Gondomar chega aos 2100 casos positivos. • Câmara Municipal de Gondomar aprova orçamento de 124 milhões de euros.

• No dia 13 de outubro, os autarcas de Gondomar foram chamados a votar no processo de eleição da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR). Na eleição para este novo mandato, o processo de eleição foi alterado e os autarcas de todos os concelhos do país serão chamados a votar nas listas apresentadas.

SET • Equipa de voleibol da Ala de Nun’Alvares foi apurado à 1ª divisão nacional com a prestação obtida pela equipa no play off de acesso à 1ª divisão, com três vitórias e apenas uma derrota. • Parque das Serras do Porto recebe um investimento de 230 mil euros para a realização de Percursos Pedestres, um percurso que constitui uma grande rota de 257 km que abrange os três Municípios (Gondomar, Valongo e Paredes). • Bairro Mineiro de São Pedro da Cova comemora 100 anos. • Atletas gondomarenses valem 85 milhões de euros. Os futebolistas Diogo Jota e Fábio Silva fizeram as malas e partiram em direção a destinos internacionais. Fábio Silva, foi vendido ao Wolverhampton por 40 milhões de euros e Diogo Jota, deixou o Wolverhampton e rumou para o Liverpool por 45 milhões de euros. Empresa de Rio Tinto, a Outside Works constrói a maior ponte pedonal e suspensa do mundo situada em Arouca- a Arouca 516.

AGT

• Um grupo de Gondomarenses, descontentes com a situação do preço das faturas das águas, criam Movimento Cívico em Defesa dos Interesses dos Consumidores das Águas de Gondomar.

• O realizador Gondomarense Paulo Ferreira é premiado em Hollywood, Los Angeles, Estados Unidos da América, através da sua curta “This is our Time”.


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Panorama do segundo confinamento nas ruas de Gondomar Com o agravamento da situação pandémica, o governo central decidiu implementar a solução do confinamento para conter e controlar a propagação do vírus. O país vive neste mês de janeiro o segundo confinamento e apesar disso as pessoas não estavam a cumprir as normas. O VivaCidade, no dia 19 de janeiro, foi para campo falar com as pessoas que circulavam na rua e perceber o porquê de não estarem a acatar as ordens. Dado ao desrespeito por parte da população portuguesa o governo central decidiu reforçar as medidas já impostas, no dia 21 de janeiro.

Joaquim Costa- Residente em São Cosme

Olivia Gomes- Residente em Baguim do Monte

Maria Teixeira- Residente em Fânzeres

António Cardoso- Residente em São Cosme

Eu concordo perfeitamente com este confinamento, acredito que deveríamos todos contribuir para isso. Eu também faço por isso, neste momento não é o caso, vim registar o Euromilhões e encontrei aqui o meu amigo e estávamos a conversar, mas tenho estado por casa, mas, entretanto, vou embora porque o tempo está fraco. Quanto ao controlo nas ruas, passa um carro ou outro, mas não é suficiente, já quando foi da outra vez, no outro confinamento em março/abril não achei que fosse o suficiente, considero que o policiamento deveria de ser mais reforçado. Se houvesse mais controlo dessa parte, provavelmente as pessoas viam-se mais obrigadas a cumprir. Haveria mais bom senso.

Hoje vim à rua fazer fisioterapia. Não acho piada nenhuma porque está na mesma tudo aberto, só implica fechar os cafés, mais nada, porque de resto está tudo aberto. Sinto que perante esta situação poderia ser feito muito mais. Acredito que o que está mais a falhar são as pessoas, porque elas não têm juízo, porque se elas tivessem consciência do que se está a passar nem saiam de casa, eu infelizmente tenho que sair porque tenho que vir à fisioterapia, porque se não, ficava em casa. As pessoas é que não respeitam. Eu não vejo polícia na rua e isso, faz muita falta para implementar respeito na rua. Há um café em Baguim que continua a servir pessoas, eu não consigo perceber porque é que uns podem e outros não.

Contactado pelo VivaCidade, o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, referiu que “a PSP, a GNR e a PM tem feito os possíveis. Infelizmente faltava um instrumento muito importante para que pudessem trabalhar e que eu reclamei há várias semanas e que só a semana passada o Governo aprovou:

multas para quem não cumpre, até aqui as autoridades apenas podiam sensibilizar”, Marco Martins explica que os recursos são limitados, mas “a excelente cooperação institucional permite suprir falhas”. O mesmo acredita que com a implementação das multas será mais fácil de resolver estes problemas. ▪

Estou aqui hoje porque vim a uma consulta de fisioterapia. Acho que tudo o que está a acontecer é por culpa das pessoas, porque quem pode estar em casa deve ficar em casa, eu tenho de sair todos os dias, porque venho todos os dias para a clínica realizar fisioterapia. Sinto que há pessoas que não estão a respeitar de todo as medidas impostas, só se vê pessoas de idade na rua que poderiam estar perfeitamente em casa. Os autocarros andam cheios. E, agora eles não saem mais porque os cafés fecharam, porque se não era uma pouca vergonha. Do meu ponto de vista o que mais está a falhar aqui em Gondomar é a falta de policiamento nas ruas, até nos supermercados, porque são filas e mais filas. Os miúdos andam em grupo a fumar nas linhas do metro e, muitos até nem iam para a escola, parece que nem os próprios pais sabem. Tem de haver mais fiscais. Eu, por exemplo acho mal eles estarem a fechar o comércio, como os cabeleireiros, as pessoas precisam de ganhar dinheiro, é nos cabeleireiros que as pessoas se vão contaminar? Onde é que há mais concentração de pessoas? É nos supermercados, é tudo ao molhe e em fé em deus. E, se forem ao supermercado estão lá quase sempre as mesmas pessoas. Eu evito o mais que posso, só vou porque preciso de comer. E para não falar de quem sai apenas para passear. Eu acho que isto é falta de solidariedade pelo outro.

Hoje vim à rua porque à bocado fui buscar o meu neto e deixei-o em casa e encontrei o meu amigo e viemos dar uma volta, mas nada de ajuntamentos, agora estávamos aqui a ultimar a conversa para cada um ir para o seu lado. Sobre o confinamento em Gondomar, não tenho visto o que vemos na televisão, nós vemos algumas coisas que não estão corretas, mas aqui em Gondomar há sempre pessoas que quebram as regras, mas pronto isso também é em todos os lados, mas de resto não vejo nada fora do normal. As pessoas usam a máscara, de vez em quando há alguma exceção, mas eu chamo a atenção, porque comigo ninguém anda sem máscara. Eu não tenho nenhum amigo que não use máscara isso posso garantir. Eu vejo que há algum controlo, vivo perto da escola secundária de Gondomar e lá vejo muita coisa que daria motivo de conversa. E, por vezes a polícia passa por lá e chama a atenção dos grupos para dispersarem, mas considero que deveria ser reforçado, porque vejo exageros, pessoas que se juntam e que não deviam. Deviam de fazer no mínimo, dos mínimos como eu, arranjar um amigo para dar uma voltinha para não andar só, já sei que se calhar não é o mais correto, mas olhe é difícil ser melhor.

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Sociedade

Conheça qualquer cidade com a Escape In Com a pandemia foram muitas as empresas que sentiram a urgência de se reinventarem para sobreviver a este momento atípico que vivemos. Esse é o caso da Mapa Zero, sediada em Gondomar é a empresa mãe da Escape In. Estivemos à conversa com Rita Castro, gestora de projeto e Pedro Pinho consultor e responsável pelo marketing e comunicação da empresa. Vamos começar pelo início deste projeto. Como é que tudo começou? Rita Castro: Nós começamos na Mapa Zero, a empresa mãe. Nós organizamos eventos, animação turística, mas tudo mais relacionado com as empresas, ou seja, vertente corporate. E nós desde algum tempo que temos estado a criar atividades digitais, cem por cento sustentáveis, personalizáveis para os nossos clientes e já tínhamos esta ferramenta. Acontece que com a pandemia, o mês de março foi trágico, tínhamos atividades marcadas, agendadas até ao Natal, mas desmarcaram tudo. Nós tínhamos de arranjar uma solução, então decidimos “ok, vamos pegar nesta ferramenta que nós já temos na nossa aplicação e vamos pô-la para o B2C”. E, portanto, nós reinventamo-nos, digitalizamos as nossas atividades, tornamo-las completamente “Clean and Safe” e cem por cento sustentáveis. Num mês tivemos a ideia, o nome, criamos o site, começamos a criar jogos e ao fim de poucos meses tínhamos uma nova marca, uma nova empresa, tínhamos o nosso produto a vender no mercado. E, desde maio já vendemos aproximadamente quinhentos jogos. Portanto, esta nossa ideia, esta nossa reinvenção acabou por criar uma nova marca dentro da nossa empresa. Salvou a empresa mãe. Salvou tudo. E, em que é que consiste o Escape In? RC: O Escape In Game by Mapa Zero, é uma experiência que pode ser feito tanto Outdoor (fora de um espaço), como Indoor (dentro de um espaço). Portanto as pessoas podem conhecer as cidades de Portugal de uma maneira completamente diferente, ou até redescobrir, porque acabamos por encontrar um pormenor ao passar por sítios que nunca tinhamos passado. Pedro Pinho: Mas, basicamente é um Escape Room, mas na cidade, onde nós não estamos presos a um espaço físico de quatro paredes, nem muito menos a um horário, isto não é

um jogo é uma experiência que temos. As pessoas compram e depois jogam quando puderem ou quando quiserem e com quem quiserem, por isso não há restrição de tempo quando se compra a experiência, o que facilita bastante mediante a incerteza do futuro. O jogo pode ser jogado em grupo, com amigos, com familiares ou mesmo só com duas pessoas, ou até mesmo sozinho. E então é um Escape Room na cidade onde há uma história, uma envolvência e tem um tempo limite de jogo para criar essa competitividade mais familiar, não é competitividade acérrima. RC: Sempre ligado aos costumes portugueses, por exemplo Braga é a porta entreaberta, não é, porque costumamos dizer “És de Braga, deixaste a porta aberta?”, ou seja, tem sempre ali qualquer coisa e achamos que isto é uma forma diferente e mais interativa de dar a mostrar as nossas cidades quer a quem é residente, quer a estrangeiros. Também temos o jogo disponível em outros idiomas. Há também a vertente indoor em que as pessoas quando estão confinadas podem na mesma jogar e os nossos jogos possibilitam jogar um dos nossos jogos com alguém que está no México, com alguém que está na Rússia, ou algo assim do género, já aconteceu. Estarmos a ver que há pessoas que estão a jogar com famílias que estão completamente separadas e é um momento engraçado dentro da pandemia. E como é que funciona a dinâmica do jogo? RC: Tudo acontece dentro da nossa App, a pessoa está a ver o terreno de jogo que pode ser qualquer coisa, por exemplo o “Noventa

Minutos para Embarcar”, o terreno de jogo é Portugal, o “Volta ao Mundo em Oitenta Dias” é baseado no livro, portanto as pessoas têm que dar a volta ao mundo. Mas sempre na app, sempre no dispositivo. PP: Nos nossos jogos remotos Indoor, o que nós chamados Escape In Home, é feito assim como a Rita está a dizer. O Escape In City, como é o exemplo de Gondomar, é com o Google Maps, onde as pessoas com um dispositivo móvel, tendo GPS, quando chegam àquele local abre a tarefa. RR: A tarefa pode ser uma pergunta, pode ser até realidade aumentada, ou seja, podemos ter ali qualquer coisa que temos de fazer com algo que não está ali, só nós é que sabemos. Portanto, tem assim uma vertente de interatividade e as pessoas acabam por estar num mundo em que só elas é que sabem o que está ali a acontecer. É uma caça ao tesouro muito… quer dizer até dizer caça ao tesouro é limitador, relativamente àquilo que nós fazemos, mas se calhar pode ser que as pessoas percebam um bocadinho melhor. Desde quando é que o projeto existe em Gondomar? PP: Porquê Gondomar? Porque a empresa mãe é do concelho, é de Baguim do Monte, e nós temos, por exemplo, a Quinta do Passal, temos atividades dinamizadas pela empresa mãe. Por isso Gondomar sempre foi onde a empresa cresceu, onde a empresa nasceu, por isso sempre ficou no nosso coração. É quase uma homenagem à nossa cidade. RR: Nós estávamos a criar para outras cidades, estávamos tão entusiasmados e depois

pensamos: “Ah caraças, mas nós somos gondomarenses, somos gondomarenses de fibra, Gondomar não vai ter? Vai ter sim senhora!” E como é que as pessoas podem entrar em contacto com vocês? RR: Tem o nosso site, também temos as nossas redes sociais, o nosso site é escapeingames e podem comprar a experiência por lá. Temos o nosso escritório da empresa mãe, mas para a compra é tudo online. Vocês ganharam recentemente o final regional da competição do Tourism Explorers em 2020. E agora a três de dezembro tiveram a competição nacional, para defender. Como é que correu a experiência? RR: Sim, infelizmente não conseguimos vencer a nacional. Mas foi uma validação muito grande, foi pensar que todo o trabalho valeu a pena. Criamos praticamente uma empresa do nada, não é? Se se pensar bem, em dois, três meses tínhamos uma empresa criada com uma ideia completamente original do zero. Passamos muitas noites em branco, muito trabalhinho e foi perceber que afinal nós temos aqui qualquer coisa. Mas nós não estamos sozinhos nisto, porque já fazemos parte de um movimento internacional, e somos os representantes portugueses desse movimento internacional que é o Escape Tours, e que está em todo o mundo, literalmente. PP: Eu acho que mais do que tudo, foi o reconhecer do exterior, de pessoas que realmente são especializadas na área, e que demonstraram-nos que o caminho que estamos a traçar para o futuro é o caminho correto. ▪


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Sociedade

Marco Martins: "Vivemos tempos duros, tempos muito difíceis!"

MARCO MARTINS Se até há 1 ano atrás nos dissessem que iriamos viver uma pandemia, pensávamos que era uma qualquer obra de ficção científica. Infelizmente é mesmo real e já nos afeta há quase 11 meses, o último dos quais com uma intensidade e uma velocidade de propagação completamente assustadora! Estamos em guerra! Numa guerra biológica! O Covid veio, infelizmente, para ficar e com mutações cada vez mais perigosas e mais contagiosas, como é o caso da nova estirpe inglesa que nas últimas semanas tem tido cada vez mais presença nos novos casos. É por isso que todos os cuidados são poucos para evitar ficarmos infetados. Veja-se o meu próprio caso: sempre usando máscara e mantendo distanciamento social, fiquei infetado, sem saber quando nem como. Felizmente com sintomas ligeiros. Posso considerar-me um sortudo! Mas nem todos tem a mesma sorte, é um facto. Daí, a necessidade de termos cuidados ainda mais redobrados! Há muitos nossos conhecidos com graves sintomas e outros que infelizmente já não estão entre nós. O Covid já atingiu, desde o seu aparecimento, mais de 11.900 Gondomarenses, estando ativos, à data de hoje, cerca de 3100 casos! A esses acrescem mais de 21.000 casos suspeitos nos últimos 10 meses (contactos de alto risco). Lamentavelmente, só no nosso concelho, já faleceram mais de 170 pessoas com Covid-19 desde março passado (+ de 1 por cada 1000 habitantes). Um conjunto muito grande de instituições, de onde destaco a Câmara Municipal, as Juntas de Freguesia, o ACES, a Unidade de Saúde Pública, as Escolas, os Corpos de Bombeiros, o Serviço Municipal de Proteção Civil, a PSP, a GNR e a a Polícia Munici-

pal, tem feito um esforço enorme nos últimos meses no combate a esta pandemia. Esforço esse que voltou em força no início de janeiro e que continua. Sabemos que os recursos não são infinitos, por isso, é devida uma palavra muito especial a estes profissionais, com particular destaque para os profissionais de saúde, que se tem dividido em várias frentes e sido inexcedíveis! Uma palavra também aos professores e ao pessoal não docente das nossas escolas que tem sido incansáveis, quer no esforço que foi pedido o ano passado – e que provavelmente agora voltará a ser – com o ensino à distancia, quer em transformar as escolas em lugares seguros, onde os casos de infeção, felizmente, ficaram muito abaixo do que se previa. E um agradecimento também a todos os trabalhadores dos serviços essenciais que nunca pararam, como muitos trabalhadores da Câmara, ou como a recolha de resíduos, limpeza, abastecimento de água ou eletricidade e muitos outros serviços como a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens ou os Tribunais. E naturalmente um agradecimento às nossas IPSS que tem sido, desde a primeira hora, um parceiro fundamental, seja no apoio aos seus utentes, seja no apoio que tem dado à rede Gondomar protege, que criamos logo em abril, para apoiar cida-

dãos infetados ou em isolamento. Mas além disso, muitos outros do setor privado que nunca pararam e mantém o País a funcionar como padarias, restaurantes, distribuição, farmácias, comércio alimentar, farmácias, etc, também merecem o nosso reconhecimento. Estes também são imprescindíveis! Como todos sabem, o Serviço Nacional de Saúde já esgotou a sua capacidade e atingimos um número de óbitos nunca imaginado. E as próximas semanas não se perspetivam nada animadoras. É por isso fundamental que, mais de que nunca, sejamos nós próprios um agente que contribua ativamente para evitar contágios, ficando ao máximo em casa e só saindo mesmo em situação de necessidade. É duro, difícil, mas tem mesmo que ser! É agora ou nunca! Entretanto começamos a ver, ainda que longe, uma luz ao fundo do túnel, com a esperança da vacina. Para além dos profissionais de saúde que vivem em Gondomar e trabalham em diversos hospitais e unidades de saúde, já foram vacinados cerca de centena e meia de profissionais do nosso ACES e cerca de 600 pessoas em estruturas residenciais para idosos (lares), entre utentes e funcionários, num esforço muito grande que posso testemunhar, realizado pelo ACES e pela Saúde Pública, sempre com o apoio da Câ-

mara Municipal e das Forças de Segurança. Se tudo correr como previsto, na próxima semana, além da continuação da vacinação aos profissionais, iniciar-se-á em Gondomar a vacinação a grupos prioritários: bombeiros, forças de segurança, idosos com mais de 80 anos e os doentes crónicos com mais de 50 anos, conforme definido no plano de vacinação nacional! Será assim, mais um esforço, que em cerca de mês e meio irá vacinar quase 10.000 Gondomarenses a um ritmo de cerca de 300 por dia, numa operação logística complexa mas que todos desejamos que corra pelo melhor! Até estarmos todos vacinados ou até a imunidade de grupo ser atingida, teremos ainda alguns meses pela frente. E essa deve ser a nossa prioridade: combater a pandemia! E nisso, temos mesmo que estar todos unidos! Para a seguir tratarmos do restabelecimento económico e da minimização das inevitáveis consequências sociais que isto trará a Portugal e a todo o Mundo! É uma guerra. E temos que a vencer! Da minha parte, continuarei com todo o empenho e dedicação neste objetivo primordial de eliminar o covid. Mas só terei, só teremos sucesso, só venceremos, se cada um fizer a sua parte. Proteja-se! Por si, por todos nós! ▪


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Cultura

Paulo Ferreira:

“Não há nada que preencha mais a alma que temos, do que a magia de poder espraiar os olhos, sobre a beleza de uma paisagem. Esta é a nossa única casa, a Terra”

Texto: Carlos Almeida e Gabriela Monroy

O Gondomarense Paulo Ferreira é reconhecido pelos seus trabalhos realizados que visam chamar a atenção para os problemas ambientais que o planeta enfrenta. Os seus vídeos de sensibilização correm o mundo e já foram premiados nos principais festivais internacionais de cinema. Os trabalhos do realizador podem ser consultados no seu site: pauloferreira.pt. Quem é Paulo Ferreira? Desde muito novo que gostei de fotografia. Com 6, 8 anos o meu pai tinha uma daquelas máquinas de fotografia instantânea, eu “roubava-lhe” a máquina e gastava as fotografias todas. Ele ficava chateado comigo, mas a mim aquilo fascinava-me. Com o tempo fui crescendo e gostando cada vez mais de fotografia, mas nunca

tive hipótese de ter uma máquina, a primeira que comprei já tinha 24, 25 anos. Comecei por fazer fotografia de natureza, mas era pouco para mim. Estava cansado da fotografia e sabia que tinha que encontrar algo mais. Lembro-me que na altura tínhamos internet ainda com ligações muito lentas e comecei a pesquisar coisas em “Time Lapse”. Na altura estava a fazer modelação 3D e a certa altura um arquiteto pediu-me se era capaz de projetar as sombras no edifício ao longo de um dia, algo que eu fiz em 3D, mas pensei logo que se conseguia fazer aquilo com software deveria conseguir também com as fotografias, só que essas eram em analógico e não ficava nada barato. Quando surgiram as primeiras máquinas DSL, comprei uma e comecei à procura de assuntos relacionados com “Time Lapse”. Em Portugal ainda se falava pouco e pesquisava muito nos Estados Unidos e no Japão. O meu objetivo era mostrar a beleza da nossa casa e que esta deveria ser algo a preservar. Através desta técnica eu conseguia mostrar o movimento das sombras, o degelo, o pôr-do-sol… o que quer que seja, de uma forma resumida e “rápida”. Foi uma aprendizagem autodidata. Considera-se um pioneiro?

Sim. Eu tenho alguns sistemas de “Time Lapse” que desenvolvi por minha iniciativa. A primeira “dolly” de “time lapse” que tenho, foi feita com uma régua de um estirador do meu pai. Quem me via a ir para o meio do monte com aquela régua às costas devia achar aquilo muito estranho. Esta técnica era um verdadeiro fascínio para mim. Quando é que percebeu que o cinema teria alguma importância para si? Quando andava envolvido com o “time lapse” vi-me confrontado com um dilema, “vou ficar por aqui ou vou continuar a fazer outras coisas?”. Eu fazia planos de “time lapse” e vendia-os, havia uma empresa em Portugal que os comprava, com esse dinheiro conseguia investir em outros equipamentos. A dada altura tinha equipamento muito bom e decidi começar a tentar fazer pequenos vídeos, de 10/15 minutos no máximo, até porque sabia que as redes sociais não aceitavam filmes com grandes durações. Filmes com esta duração usando a técnica de “time lapse” poderiam abrir uma série de hipóteses para mim e foi assim que fiz o primeiro trabalho nos Picos da Europa, estive por lá 15 dias. O meu objetivo, e é importante que isto fi-

que claro, é mostrar o lado belo da natureza às pessoas, mostrar que há esperança. A maior parte das pessoas não têm consciência disso, hoje em dia nas redes socias uma pessoa faz um “like” nisto ou naquilo e nem se dá ao trabalho de ver o que aquilo realmente é. A certa altura o vídeo dos picos da europa estava pronto e não sabia o que havia de fazer com ele até que um colega me disse para o inscrever num festival de “Time Lapse” que acontece todos os anos em Madrid. Assim fiz e consegui logo um prémio. Esse momento foi um dos que me fez perceber que podia fazer mais com isto. O facto de conquistar este prémio ajudou porque acabou por ser muito partilhado e muita gente o viu, algo que sozinho não iria conseguir. Em Portugal o cinema nem sempre é devidamente valorizado, sentiu essa dificuldade? Sim, ainda hoje sinto isso. Em Portugal nunca tive muito reconhecimento, ultimamente isso já vai acontecendo, mas num circuito de cinema independente. Numa fase inicial eu não tinha forma de mostrar o meu trabalho às pessoas. Ser premiado num festival é uma forma de divulgar exponencialmente o nosso trabalho, e eu nunca conseguia isso. Apesar disso não desmotivei, muito pelo contrário. Quando recebi o primeiro prémio em Los Angeles, com um trabalho feito na Noruega onde mostro o fenómeno das auroras boreais, foi quando consegui um maior reconhecimento. Este reconhecimento foi importante para conseguir financiar o trabalho que desenvolvo, para continuar a fazer as viagens que fazia é importante ter patrocinadores e para isso é preciso ser reconhecido. A viagem à Noruega foi financiada, em boa parte, por uma campanha que desenvolvi de crowdfunding. Foi curioso ver que o reconhecimento internacional acabou por me dar alguma visibilidade a nível nacional. Sente que hoje o apoio ao cinema, em Portugal, está mais presente? Não. Mas isso é algo transversal à arte? O que eu sinto é que existe um setor do cinema que recebe apoios constantemente, isso é fácil de verificar. Ainda recentemente, um episódio onde isso se pode ver bem, foi o financiamento que existiu para um trabalho que foi exibido na SIC e em que uns atores estavam num resort de luxo na Indonésia, ou algo do género, e filmavam da janela do quarto com a mensagem que era importante pre-


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Cultura servar a Natureza. Ora para mim isso não faz sentido, eu não posso estar a falar de meio ambiente rodeado de todos os luxos. Se eu fizesse uma longa metragem sobre o fado ou a saudade, por exemplo, eu tinha apoio garantido, assim, com os trabalhos que faço, não o consigo. Com este trabalho também acaba por viajar muito, qual foi o país que lhe despertou mais interesse? Bem, não foram assim tantos (risos). Eu para onde vou fujo sempre das zonas turísticas. Cada um dos locais onde estive tem o seu lado especial, mas se tivesse de escolher um seria a Nova Zelândia por tudo o que envolveu a viagem, foram muitas peripécias. Em todos os locais por onde passei guardo sempre alguma história engraçada. Quando faz essas viagens vai sozinho? Inicialmente sim, mas para a Nova Zelândia já fui com um colega porque uma coisa que os patrocinadores se queixavam é que não conseguiam ver o “making off” dos trabalhos e isso era importante para que as pessoas percebessem como é que o trabalho é feito, até porque hoje em dia há a ideia de que tudo se faz de forma muito fácil. Estamos a falar do seu trabalho, do seu percurso, que passou muito pelo estrangeiro. Ultimamente tem trabalhado mais em Portugal, em específico no concelho de Gondomar. Gosta mais de fazer estes trabalhos ou prefere ante a experiência internacional? É uma pergunta difícil. Enquanto nos primeiros trabalhos usava unicamente a técnica de “time lapse”, hoje em dia já uso também o vídeo convencional, imagens de drone, etc. Tenho andado a mudar ao longo do tempo, tenho de estar sempre a ciar algo de novo e tenho algumas técnicas ainda para desenvolver, mas falta-me tempo. Essa questão de Portugal ou lá fora, eu gosto de ambos. Agora tenho feito mais trabalhos por cá devido ao Covid. No ano passado era para ter ido ou ao Alaska ou ao Canadá, mas a pandemia não permitiu. Para este ano também já estou a planear um trabalho, mas já percebi que não vai ser fácil, por isso deve ser em Portugal, mas devo ir até às ilhas. Lá fora este trabalho permite-me estar em contacto com pessoas muito diferentes, a todos os níveis. É essa multiculturalidade que o cativa mais? Sim, de certa forma é. Eu gosto de trabalhar em Portugal, mas

aqui estamos muito limitados. Aqui não tenho a mesma riqueza ambiental que encontro lá fora, já estive em locais onde andei durante dias sem ver uma única pessoa e quando encontro alguns locais são sempre experiências positivas. Eu tenho ideias para trabalhos que depois, no contacto com os locais que me cruzo, acabam por sofrer alterações. Por vezes tenho mesmo que rever o trabalho que tinha planeado para conseguir introduzir algo que alguém me disse durante uma entrevista. Essas pessoas chego a elas na maioria das vezes através dos contactos que faço com os locais onde vou ficar alojado, que me ajudam nesses contactos. Na Patagónia, por exemplo, num dos locais onde fiquei o rececionista era brasileiro e o contacto foi tão agradável que quase acabou por ser o meu guia durante aqueles dias que estive lá. Fez amigos durante essas viagens? Sim, e mantenho contacto com eles 2 ou 3 vezes por ano. É engraçado que todos eles estão sempre muito ansiosos que eu regresse. Dos trabalhos que já fez, qual é “o menino dos seus olhos”? Eu gosto de todos. Por exemplo o “Charco”, que fiz aqui no Parque de Fânzeres, foi feito durante a pandemia, quando entramos em confinamento em março, abril e maio do ano passado. Eu estava aqui e decidi que tinha que fazer alguma coisa, acabei por seguir uns patos que depois tiveram crias. Seguir aquilo durante os três meses acabou por resultar numa história engraçada, muito íntima. É uma pergunta muito difícil de responder, mas, talvez o “Lockdown”, pelo momento que vivemos. Eu tive a oportunidade de

fotografar alguns locais do Porto durante o confinamento, como sou diretor de uma empresa de informática aqui em S. Cosme, quase sempre tinha a necessidade de me deslocar o que me obrigava a ter uma declaração para esse efeito. Quando comecei a fazer este filme tinha um dilema: “vou mostrar o Porto deserto, numa espécie de paranoia coletiva, ou misturo também alguma esperança?”, decidi então não abordar apenas um dos lados para não dar uma imagem errada nem criar uma falsa esperança. Decidi então mostrar o Porto completamente parado, mas ao mesmo tempo misturei imagens que tinha em arquivo de campos e searas, como mensagem de esperança. Eu quero que as pessoas tenham consciência que o problema de facto existe, mas ao mesmo tempo dar uma pitada de esperança. É um homem envolvido em diferentes projetos, tem o apoio da família nesta azáfama? Sim, sempre que eu faço as viagens eles ficam aqui a rezar, como é óbvio (risos). Nesta caso eu acho que ultrapassa o entendimento, eles percebem que eu tenho falta disto. A questão aqui não é o viajar. Eu quando marco as férias marco para locais onde possa andar livremente, não vou para um local onde tenha o stress de andar a correr do hotel para a praia e da praia para o hotel. Atualmente, dou valor a esta paz, talvez até pelo stress profissional que tenho. Quando saio o objetivo é também desligar de tudo isso, ao ir para fora tem mesmo que ser. Olhando agora para o futuro, que projetos tem?

Internamente tenho um trabalho de um ano para a autarquia de Valongo sobre fauna e flora. O Município identificou uma série de espécies, cerca de 40, e querem que as fotografe. Para mim vai ser um desafio tremendo, nunca tive igual no passado, mas é um trabalho que me motiva. Estou também a fazer um trabalho a título pessoal, que será no concelho de Gondomar, que é um documentário com cerca de 40 minutos, de vida selvagem. Já tenho algumas coisas registadas, quero registar mais algumas e tenho este ano para fazer este trabalho. E tenho já a garantia que caso ele se concretize poderá mesmo passar em televisão, na SIC. Tenho ainda o projeto de ir a duas ou três ilhas dos Açores já que este ano não deve ser possível ir ao estrangeiro. Para terminar coloco-lhe uma questão mais pessoal. Qual a palavra/frase que o define? Essa é a pergunta mais difícil que já me fizeram até hoje. Escolho a frase que está no meu site (Não há nada que preencha mais a alma que temos, do que a magia de poder espraiar os olhos, sobre a beleza de uma paisagem. Esta é a nossa única casa, a Terra), é uma coisa que na altura não me apercebi e que gostava de deixar bem claro, a necessidade de espalhar a palavra da consciência ambiental. Estamos a viver um problema complicado e que vem confirmar que temos de mudar de vida, essa é a mensagem que abordo nos meus trabalhos. Hoje em dia é tudo tão rápido que não temos tempo de pensar, não temos a consciência do que nos rodeia, e isso é muito importante. ▪

> Paulo Ferreira ao lado de Sir David Attenborough: momento marcante na sua carreira enquanto realizador de documentários


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Cultura

Sétima arte premiada em Fânzeres e São Pedro da Cova com Festival de Curtas Metragens Já são conhecidos os galardoados da V Edição do Festival das Curtas Metragens de Fânzeres e São Pedro da Cova que decorreu durante o ano passado. Devido ao panorama atual o executivo decidiu não realizar nenhuma cerimónia de entrega de prémios para salvaguardar a segurança de todos os envolvidos e da população. O concurso da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova teve um júri composto por Paulo Ferreira, Flávio Pires e Pedro Ferreira que elegeram como curta me-

tragem "A Vida Dura Muito Pouco", realizada por Dinis Leal Machado. O Documentário produzido na Vila de Roiz, Santo Tirso, retrata a vida de José Pinhal, um desconhecido PUB

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cantor de Matosinhos, que se torna num dos maiores mitos da música popular portuguesa. Neste concurso o júri atribuiu duas menções honrosas. A Primeira atri-

buída foi à curta Britânica "Unfamiliar" realizada por Beate Sneidere e a segunda premiada foi cedida à curta Lisboeta "Consequência" realizada por Virgínia Barbosa. No que concerne à Curta metragem local vencedora foi premiado "Um Marco no Futebol", realizado por José Caetano. Segundo o responsável do Executivo da Junta deste Concurso, Pedro Barbosa: "Esta edição foi um enorme êxito. Apesar das circunstâncias epidemiológicas que o mundo atravessa, obtivemos um elevado número de participantes no nosso concurso, com várias participações vindas da Europa e África que nos enche de um orgulho enorme. Temos o objetivo de voltar a organizar mais uma edição das curtas no próximo ano, com algumas novidades". ▪ PUB

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Gonçalo Lixa Médico Veterinário, Clínica Veterinária do Taralhão

Cães/ Gatos: Manual de Sobrevivência para mais um Confinamento Menos de um ano depois, voltamos a confinar! O ano passado trouxe desafios difíceis de ultrapassar, tendo sido os animais, para muita gente, uma das maiores fontes de bem-estar. Felizmente para nós, a caudinha do nosso amigo de 4 patas vai abanar com a mesma alegria quer se registem 100 casos diários, ou 10.000 casos diários de covid19. Nada paga essa alegria! Não são, de qualquer forma, apenas rosas o confinamento para os nossos animais. As numerosas mudanças na sua rotina/ dia-a-dia, podem ser uma fonte de stress, com consequências negativas. COVID19 e o CÃO, que cuidados ter neste confinamento? Antes de mais, saiba que, ao dia de hoje, não há qualquer evidência que os cães, após contacto com SARS-CoV-2, possam ficar doentes ou transmitir este vírus ativamente para outras pessoas/ animais. Os cuidados mais importantes a ter com o seu cão são, essencialmente, o de procurar manter as rotinas anteriores tanto quanto possível (passeios, alimentação, momentos para brincar/ descansar), de forma a que o animal possa desfrutar da nossa companhia, sem que ocorra frustração no momento de “desconfinar”. Essa frustração poderá traduzir-se em stress/ ansiedade, e consequente aparecimento de alguns comportamentos reativos, como são: agressividade, eliminação de urina e fezes em locais inadequados, vocalização excessiva, entre outros. Como fazer, então, para prevenir que ocorra essa frustração posterior? A verdade é que, a maioria dos cães gosta da presença constante do seu tutor, mas devemos continuar a fomentar os momentos em que o cão (após o exercício e estímulo adequado) brinca sozinho ou com os outros animais da casa, devendo nós proporcionar-lhe o espaços e meios para tal (enriquecimento ambiental). O treino/ estímulo cognitivo constante continua a ser fundamental, principalmente em cachorros ou animais geriátricos. COVID19 e o GATO, que cuidados ter neste confinamento? No caso do nosso amigo felino, saiba que, ao dia de hoje, existe já evidência que os gatos (ao contrário dos cães), após contacto com SARS-CoV-2, podem transmitir este vírus ativamente, apesar de não apresentarem sinais exteriores de doença. No que diz respeito ao cuidado com o animal, os conselhos gerais dados para os cães aplicam-se para os gatos, com importantes particularidades. A manutenção das rotinas e proporcionar a possibilidade de se isolar/ esconder sempre que deseje, não só é importante como é FUNDAMENTAL no gato. O stress pode ter implicações de saúde gravíssimas neste animal, devendo ser reduzido ao máximo. Que fazer mais para que o meu gato não fique stressado durante o confinamento? Para além da possibilidade de se esconder, é importante enriquecer o ambiente do seu gato (dispersar pela casa os seus recursos, como comedouros, bebedouros, caixas de areia e arranhadores) e estimular o uso de brinquedos interativos ou comportamentos de caça. O exercício é importante em todos os animais, e o gato não é excepção, desde que estimulado adequadamente! Em alguns casos, o seu gato poderá beneficiar largamente de terapia hormonal/ farmacológica, para o ajudar neste período. Qualquer dúvida adicional, teremos todo o gosto em responder, para o contacto 934982307 ou cvtaralhao@gmail.com.

Cultura

“Lugar de Memória” a revista baú do concelho de Gondomar O Município de Gondomar lança a revista "Lugar de Memória – História, Identidade & Património", uma publicação cujo principal propósito é o de cumprir com o dever coletivo de preservar e transmitir às gerações vindouras a história, identidade e património do concelho.

Entre as mais de cem páginas, encontram-se registos fotográficos e textos cedidos por munícipes anónimos, as ilustrações assinadas por Marisa Silva, bem como alguns registos fotográficos do próprio Arquivo Histórico do Município, o qual será apresentado ao público em breve. Estarão disponíveis três mil exemplares para venda, os quais devem ser adquiridos através do preenchimento de formulário no site do Município, com o custo simbólico de dois euros (portes incluídos). Para o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, "falar de Gondomar é falar de História. E estando esta intrinsecamente

ligada à memória, à identidade e ao património, importa manter vivas as vivências, as histórias e estórias do passado, bem como, preservar a nossa identidade, o nosso património material e imaterial". Luís Filipe de Araújo, Vice-Presidente da Câmara Municipal e Vereador da Cultura, considera que a revista é "um meio privilegiado para a divulgação de trabalhos realizados sobre o nosso património, etnografia ou costumes locais, o nosso território e as nossas gentes, bem como sobre a atividade, sempre

muito presente, do nosso movimento associativo" e acrescenta ainda que “estamos em crer que a publicação será objeto de um amplo interesse. Que dela se retire o melhor proveito”. "Lugar de Memória – História, Identidade & Património" é uma revista que viaja por Gondomar e que pretende chegar às novas gerações, promovendo junto delas o interesse e a curiosidade sobre os assuntos da sua terra e integrando-as, o mais possível, neste dever coletivo de preservar e passar de testemunho. ▪


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Cultura

União de Freguesias traz música à população Ao longo do último mês a União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova trouxe música aos seus fregueses com o VI Festival de Música de Fânzeres e São Pedro da Cova. Apesar do panorama atual que o país enfrenta, a União realizou os espetáculos conforme as normas da Direção Geral da Saúde. O primeiro concerto foi realizado em São Pedro da Cova, na Igreja Matriz. O momento que inaugurou o festival foi um recital lírico com Patrícia Quinta, Mezzo Soprano, Pedro Telles, Barítono, e Miguel Oliveira, Piano. O segundo espetáculo foi realizado na Igreja Paroquial de Fânzeres. A responsabilidade pela abertura foi do Quinteto de Metais que contou com a parti-

> Coro Feminino do Conservatório de Música de Paredes

cipação de João Sousa e Luís Campos, Trompetes, Pedro Silva, Trompa, Daniel Seabra, Trombone, Vítor Vieira, Tuba e com Alexandra Lopes, Mezzo-Soprano. O terceiro espetáculo realizado contou com a presença do Coro Feminino do Conservatório de Música de Paredes,

dirigido pelo Maestro Ricardo Miguel Teixeira de Sousa. Este coro contemplou os presentes com música sacra. Quanto ao quarto concerto, a responsabilidade é do pianista Pedro Burmester, que é o cabeça do cartaz. No entanto, dado às atuais circunstâncias de confi-

namento, a União de Freguesias adiou o espetáculo por data ainda por anunciar. Este festival é realizado com as parcerias das paróquias de Fânzeres e de São Pedro da Cova, bem como do Centro Republicano. ▪ PUB

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VIVACIDADE

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Política

LIPOR exige eliminação das novas taxas implementadas pelo Governo que aumentará a fatura dos Munícipes Foi numa conferência de imprensa que, na sexta feira, a administração da LIPOR revelou que exige a eliminação da CESE (Contribuição Extraordinária do Setor Energético) e do aumento para o dobro da TGR (Taxa de Gestão de Resíduos). Esta decisão visa cumprir o acordado, no dia 21 de dezembro, em sede de Assembleia Municipal, pelos autarcas dos Municípios Associados, que no qual Gondomar também faz parte. A posição por parte de todas as entidades foi unânime, quanto à rejeição dos novos custos impostos à LIPOR. Segundo o Presidente da Lipor, Aires Pereira, esta nova medida decretada pelo Governo, a médio prazo, irá aumentar as faturas dos munícipes. No caso, com estas taxas, para o ano de 2022 o preço por tonelada para os Municípios irá aumentar mais cinco euros, para o ano de 2023 serão mais 10 euros, para o ano de 2024 são 15 euros e para o ano de 2025 o aumento será de 21 euros. Isto significa que, a tarifa aplicada num espaço de quatro anos passará de 58 euros para 88 euros. Assim sendo, “se o Governo não reverter estas medidas, não só será responsável pela degradação de uma Entidade Pública de Excelência, como obrigará as Câmaras em causa a repercutir os novos custos de gestão dos resíduos sólidos num aumento substancial dos montantes da fatura de resíduos dos munícipes”, explica a Lipor. “Acresce que o impacto das medidas que o Governo quer impor à atividade da LIPOR representa uma perda de receitas e aumento de custos que em 5 anos atingirá cerca de 44 milhões de euros”, explica Aires Pereira, que refere ainda que “a Lipor nos últimos 7 anos foi capaz de gerar receitas que permitiram a melhoria do serviço prestado às populações residentes na área dos 8 Municípios associados e no aumento da capacidade e modernização de todas as suas instalações”. “É este trabalho de inegável suces-

so dos 8 municípios do Grande Porto, associados da LIPOR, traduzido num investimento integralmente municipal de mais de 200 milhões de euros, que o Governo põe em risco”, afirma a entidade. A empresa conclui deixando um apelo direto ao Governo: “revejam estas decisões, ouçam os atores do setor, Câmaras Municipais e Sistemas de Gestão de Resíduos e não se “embarque” em medidas que ainda desvalorizem mais um setor fundamental à saúde, salubridade e bem-estar dos cidadãos”. Ao VivaCidade, o Vereador do Ambiente José Fernando referiu que desde o momento da conferência de imprensa não receberam nenhuma posição por parte do Ministério do Ambiente. O responsável admite ainda que “ainda aguardo com algumas expetativas que haja bom senso, compreendo que o momento é um pouco atípico, estamos numa pandemia, o país realmente está a passar um momento que ninguém poderia imaginar, mas espero que, este momento quando ultrapassado, o Ministério do Ambiente volte a agarrar este assunto, que seja revisto novamente, e que possamos chegar aqui a um "bom porto" porque, como disse, os Munícipes só mesmo no fim da linha é que seriam prejudicados, mas indiretamente serão sempre porque o Município onde eles vivem terá que ti-

rar a uma fatia do seu orçamento para ser colocada nas tarifas”. Quanto às tarifas que serão aplicadas em 2021, o vereador afirma que o “Município de Gondomar não aumentou as tarifas, tanto na tarifa da água, quanto a tarifa respeitante aos resíduos sólidos, o único ajuste que houve foi relativamente à TGR, que o tivemos de o acondicionar à tarifa. Quanto ao futuro, espero e estamos a trabalhar para que no futuro possamos também não ter que aumentar as tarifas aos munícipes, mediante a aquilo que tem sido uma conversa entre a empresa da Lipor, neste caso a Associação de Municípios da Lipor, com o Ministério do Ambiente em que estamos a colocar o nosso ponto de vista e

esperamos que haja essa sensibilidade pela parte dos governantes que até ao momento não está a ter, como é publico”. O vereador acrescenta ainda que, quanto à Lipor, “todos os seus lucros que advinham das centrais de valorização eram aplicados nos Municípios associados, nos projetos, nas viaturas e também na ajuda das tarifas, o que acontece é que neste momento, enquanto este assunto não estiver resolvido, nós Lipor paramos com todos os investimentos que não tenham sido financiados e vamos continuar a trabalhar para que possamos sensibilizar o governo a adotar outro tipo de comportamento”, concluiu o responsável. ▪

> Na foto: Aires Pereira, Presidente do Conselho de Administração da LIPOR


JANEIRO 2021 VIVACIDADE

DECO

Posto de Vigia

Consultório Jurídico

Manuel Teixeira

Professor Universitário e investigador do CEPESE (UP)

Está com dificuldades em pagar o seu crédito à habitação? Saiba que a adesão à moratória pública poderá ser feita até 31 de março. A moratória pública excecional de proteção dos consumidores que visa, no atual contexto, ajudar as famílias afetadas pela Pandemia e com dificuldades financeiras no pagamento do crédito habitação, possibilitando a suspensão do pagamento das prestações do crédito. Quem não tenha aderido à moratória pública em 2020, poderá agora fazê-lo até 31 de março. As famílias portuguesas poderão beneficiar dos efeitos desta medida por um período máximo de 9 meses. Importa ainda referir que esta moratória abrange apenas o crédito habitação, hipotecário e crédito ao consumo para fins de educação, pelo que quem tiver empréstimos ao consumo, crédito pessoal ou cartões de crédito por exemplo, fica sem possibilidade de aceder à medida especial de suspensão de encargos com juros e capital. Podem ainda aderir os consumidores que “relativamente às operações de crédito em causa, beneficiem ou tenham beneficiado das medidas de apoio por um período de aplicação de efeitos inferior a nove meses”, sendo que, no limite, poderão gozar desta medida por nove meses. Para mais informações contacte o Gabinete de Proteção Financeira da DECO através do telefone 223 391 961 ou envie-nos um email para deco.norte@deco.pt

PRESIDENCIAIS: O ESPELHO DA NAÇÃO 1 – Com a pandemia ao nível da tragédia coletiva, os portugueses foram a votos no domingo passado para reconfirmar na Presidência da República o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa. A bem dizer, não houve surpresas no que é essencial. Mas os debates deram para ver que os seis candidatos que se opunham ao Presidente reconduzido todos o atacaram pela sua cumplicidade com o Governo de Costa, ao longo do seu mandato, mas, sobretudo, desde o início da pandemia. A tónica dominante das acusações foi a denúncia do ziguezaguear permanente, da falta de rumo, e a navegação à vista que António Costa tem seguido na gestão da pandemia, como de resto se pode dizer relativamente ao seu anterior Governo. Marcelo acompanhou os ventos de S. Bento, e raramente demonstrou ter mão firme, como um timoneiro ao leme, sobre a gestão governativa. Aviso aqui, alerta além, mas tudo em nome da boa convivência… 2 - No seu livro de memórias, – Os Anos de Downing Street – Margaret Thatcher, a maior estadista europeia do século XX, afirma: “Ser Primeiro-Ministro traz consigo solidão. Em certo sentido, é inevitável: não se pode governar no meio da multidão”. Apesar desta afirmação ter sido escrita há 25 anos, ela mantém-se atual, por mais que a sociedade da informação tenha evoluído, e independentemente da revolução digital e mediática que, entretanto, se regista. Mas estas palavras, para Costa ou Marcelo, são do século passado. É certo que ninguém ignora que a forma de governar de hoje não pode fechar os olhos à pressão do mediatismo, e os modos de fazer política são tão variáveis quanto as motivações de cada agente. Veja-se o estilo de Marcelo Rebelo de Sousa, por contraponto ao do seu antecessor. Para o primeiro, a palavra e a proximidade são uma arma de excelência, enquanto para o segundo o silêncio e a discrição eram regras de ouro. Por isso, Marcelo sempre falou de tudo, e vai continuar a fazer o mesmo. 3 – Mas estes tempos de excecionalidade pandémica que estamos a viver põem em confronto estas duas facetas, sendo que o confinamento domiciliário tornou ainda mais atual esta reflexão. Mas há uma realidade incontornável que confere à afirmação da ex-primeira-ministra inglesa o peso de uma espécie de verdade eterna: governar ao sabor das multidões é tão arriscado como governar de costas voltadas para o povo. E Marcelo não pode continuar a ser cúmplice de tanto desconchavo. No que a Portugal diz respeito, a governação de António Costa demonstra claramente que a sua forma de fazer política oscila entre os empurrões das multidões, e o desprezo pela voz do povo. Ou seja, temos uma governação sem rumo certo, ao sabor das circunstâncias, ora aparentando uma determinação musculada, ora cedendo à vozearia mediática, sobretudo ao tom do coro dominante dos comentadores e analistas políticos. Exige-se, pois, neste segundo mandato, que Marcelo ponha fim a tanto calculismo e experimentalismo político.

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Madalena de Lima, Advogada com larga experiência em Direito Criminal, Civil, Família e Menores, Administrativo, Comercial, Urbanismo e Internacional. Inscrita na Ordem dos Advogados desde 1983, abriu novo escritório em Rio Tinto. Boa Tarde Doutora. Tenho um vizinho com um terreno com muito mato que já não o corta há bastante tempo. Ele está a viver na França, já não vem aqui algum tempo e não conheço nenhum familiar do mesmo. As árvores já vieram para o meu quintal, no qual já cortei algumas. Com isto tem trazido alguma bicharada e tenho medo que isto possa causar um incêndio futuramente. O que aconselha? Adérito Sousa. Exmo. Leitor, O caso apresentado tem solução jurídica no art.º 1366.º do Código Civil, que lhe confere o direito de arrancar e cortar raízes que se introduzam no terreno do leitor e/ou que sobre esse terreno penderem. Em primeiro lugar, o leitor deverá notificar o proprietário do terreno descuidado, no sentido de efectuar a limpeza. Caso não obtenha resposta, no prazo de três dias, pode exercer o direito supra referido, podendo cortar o que estiver a invadir a sua propriedade. Salienta-se que, caso o terreno esteja localizado numa zona propícia a fogos, deve este ser limpo até dia 15 de Março de cada ano, sob pena de coima. Note-se que pode sempre recorrer à via judicial, caso pretenda que o vizinho assuma a responsabilidade pelos possíveis prejuízos causados.

Cara Dra. Madalena Lima. Comprei no ano passado dois bilhetes para mim e minha esposa, num espetáculo de música clássica. Os mesmo foram adiados para este ano, apesar de ainda não terem data marcada, devido à pandemia. A empresa promotora informou que só devolvia o dinheiro, caso não quisesse ir ao concerto deste ano que repito não tem ainda data marcada. A devolução do dinheiro só seria possível depois do espetáculo ter sido realizado. A minha vida financeira piorou e necessitamos do dinheiro do bilhete o quanto antes. Existe algo que possa fazer com base nos seus conhecimentos? Obrigada. Baltazar Lopes Nogueira. Exmo. Leitor, Não tendo especificado a data do espectáculo de música clássica adiado, e apenas dispondo nós da informação que o mesmo deveria ter sido realizado no ano de 2020, informamos que, nos termos do Decreto-Lei n.º10-I/2020, que estabelece medidas excepcionais e temporárias de resposta à doença COVID-19 no âmbito cultural e artístico, os espectáculos não realizados entre 28 de fevereiro de 2020 e 30 de setembro de 2020 deveriam, em caso de reagendamento, acontecer no prazo de um ano após a data inicialmente prevista, sendo que o reagendamento (que não implique cumulativamente alteração de local, data e hora) não dá lugar a reembolso do valor dos bilhetes pago pelo consumidor final. No entanto, e tendo em conta o caso concreto, este reagendamento deveria ter acontecido até 30 de Setembro de 2020, sob pena de o adiamento ser havido como cancelamento (artigo 4.º da Lei n.º19/2020). Quer isto dizer que, se a nova data do espectáculo não tiver sido anunciada até 30 de Setembro de 2020, considera-se que se trata de espectáculo cancelado, tendo o detentor de bilhete o direito ao reembolso do valor. Em suma, no caso de o espectáculo não ter tido nova data agendada até 30 de Setembro, ou de, por exemplo, o novo local distar mais de 50km do anterior, ou ainda se a nova data for agendada para mais de um ano depois da data original, o reembolso é possível. O valor do preço do bilhete deve ser restituído no prazo de 60 dias úteis a partir da reclamação (incluindo montante das comissões cobradas).

ENVIE AS SUAS DÚVIDAS PARA O E-MAIL: GERAL@VIVACIDADE.ORG


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VIVACIDADE

JANEIRO 2021

Política

Município de Gondomar recusa aumento da tarifa da água O Executivo Municipal tomou a decisão de não aumentar a tarifa da água, contrariando, o estipulado no contrato de concessão com a empresa Águas de Gondomar (AdG).

cessão assinado em 2001 e com duração de 30 anos, isto é, em vigor até 2031. Esta recusa – a qual implica custos acrescidos para a Câmara Municipal – encontrase no pacote da negociação global que o Município de Gondomar está, de momento, a tratar com a Administração da Águas de Gondomar.

O edil de Gondomar, Marco Martins explica que “como estamos num processo negocial com a empresa com vista a tentar reduzir na tarifa, os custos para o Município da não atualização de preços para este ano, será englobado nesse pacote global” e, acrescenta que “esta medida surge num contexto de pandemia. Apesar de a em-

presa ter direito a uma atualização todos os anos da tarifa, e de, por nossa pressão, essa atualização ter ficado sempre abaixo da inflação, achamos que este ano não devia acontecer”, concluiu. Contactado pelo Vivacidade, as Águas de Gondomar vão acatar a deliberação da Câmara Municipal. ▪

Apesar da obrigatoriedade estipulada no contrato, de proceder anualmente à atualização a tarifa da água, o Executivo Municipal entendeu que, não havendo inflação em 2020, não devem ser realizados aumentos das tarifas. Em anos transatos, a atualização da tarifa da água esteve sempre abaixo da inflação. Em 2018, por exemplo, a negociação entre o Executivo Municipal e a concessionária permitiu que a atualização da tarifa fosse apenas de 0,97%, quando a inflação chegava aos 1,5%. Este ano, pela primeira vez, o Executivo Municipal rompe com a obrigatoriedade de atualização estipulada no contrato de conPUB


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Política

Resultados das eleições Presidenciais de cada Freguesia Gondomarense No dia 17 e 24 de janeiro, a população portuguesa foi chamada a exercer o seu direito de voto para as Eleições Presidenciais, Gondomar não foi exceção e dos dados recolhidos Marcelo Rebelo de Sousa conseguiu Maioria Absoluta e Ana Gomes surge com um segundo lugar mais destacado em comparação aos restantes adversários. André Ventura foi o terceiro candidato em todas as freguesias. No que concerne ao concelho como um todo, os resultados foram os seguintes: Marcelo

Rebelo de Sousa (MRS)- 58.43% (38.871 Votos); Ana Gomes (AG)17,44% (11.602 Votos); André Ventura (AV)- 7,93% (5,275 Votos); Marisa Matias (MM)- 4,59% (3.054 Votos); João Ferreira (JF)4,43 % (2.882 Votos); Vitorino Sila (VS)- 4,08% (2.716 Votos); Tiago Mayan Gonçalves (TMG) – 3,20% (2.129 Votos). No que diz respeito a cada freguesia, iremos começar por analisar Rio Tinto: MRS- 56,83% (12.321 votos); AG -19,73% (4.278 votos); AV- 7,75% (1.681 votos); MM- 4,68% (1.015 votos); JF- 4,21% (913 votos); VS3,57% (773 votos); TMG- 3,23% (701 votos). Já em Baguim do Monte os votos foram: MRS- 58,40% (3.322 votos); AG- 16,46% (936 votos); AV-

Germana Rocha eleita Presidente do PSD de Gondomar No dia 22 de janeiro de 2021, foi o dia em que os militantes do partido PSD – Partido Social Democrata- de Gondomar foram a eleições para eleger a lista candidata à Comissão Política e à mesa da assembleia de secção. Às eleições apenas concorreu uma única lista. A lista vencedora à Comissão Política de Secção assume o cargo de Presidente Maria Germana de Sousa Rocha e como Vice-Presidente Paulo Diogo Monteiro Tavares e Nelson Jorge Sousa Neves. Quanto à Tesouraria a responsável será Valentina Sanchez, e como secretário assume ao cargo Pedro Miguel Soares da Silva. No que concerne aos vogais os eleitos foram: Sónia Paula Gonçalves Ribeiro, Joaquim Manuel

da Rocha Oliveira, Paulo Jorge Ferreira Machado, Cátia Alexandra Rocha dos Santos, Mário Jorge Castro Santos, Diana de Fátima Pinto Alves, Hugo André da Costa Santos e Idalina Maria Guimarães Batista Ribeiro Pereira. Como suplentes surgem ainda: Ana Patrícia Ferreira Pegas, Joaquim António Leão da Silva, Manuel Óscar Bessa e Isa Fabíola Braga Oliveira Santos. Quanto à lista candidata e vencedora à mesa da Assembleia de Secção, a mesma é encabeçada pelo Presidente José Luís da Silva Oliveira e pelo vice-Presidente Telmo Afonso Mota Viana. O cargo de secretária fica na responsabilidade de Rosa da Glória Cardoso Gomes e como suplente encontra-se Ana Rita Fernandes Bessa. ▪

9,21% (524 votos); MM- 4,80% (273 votos); VS- 4,38% (249 votos); JF- 3,45% (196 votos); TMG3,31% (188 votos). Quanto a Fânzeres e São Pedro da Cova, os resultados foram: MRS- 59,65% (7.754 votos); AG14,50% (1.885 votos); AV- 8,29% (1.078 votos); JF- 6,09% (792 votos); MM- 5,16% (671 votos); VS4,02% (523 votos); TMG- 2,28% (297 votos). No que concerne à União de Freguesias de São Cosme, Valbom e Jovim os resultados foram: MRS- 58,16% (11.625 votos); AG18,26% (3.650 votos); AV- 7,45% (1.489 votos); MM- 7,45% (1.489 votos); VS- 3,96% (792 votos); JF3,92% (783 votos); TMG- 3,86% (772 votos). Respeitante a Foz do Sousa e Co-

velo temos os seguintes resultados: MRS- 62,36% (1.973 votos); AG- 13,05% (413 votos); AV8,79% (278 votos); VS- 5,88% (186 votos); TMG- 3,41% (108 votos); JF- 3,38% (107 votos); MM- 3,13% (99 votos). No que concerne à União de Freguesias de Melres e Medas os votos foram: MRS- 62,61% (1.591 votos); AG- 15,11% (384 votos); AV- 6,89% (175 votos); VS- 6,18% (157 votos); MM3,78% (96 votos); JF- 3,27% (83 votos); TMG- 2,16% (55 votos). Quanto à Lomba os resultados foram: MRS- 61,29% (285 votos); AG- 12,04% (56 votos); AV10,75% (50 votos); VS- 7,74% (36 votos); MM- 4,73% (22 votos); TMG- 1,72% (8 votos); JF1,72% (8 votos). ▪ PUB

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VIVACIDADE

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Desporto

São Pedro da Cova novamente a treinar em casa O problema do estádio do Laranjal já se arrasta há já alguns anos, em 2018 a empresa de construção, situada em Viana do Castelo -Pires & Pires- pagou 103.500 euros em leilão. Foram várias as tentativas por parte da Câmara e do clube para recuperar o estádio, mas todas elas sem sucesso. No ano de 2020, a equipa foi despejada do recinto e passaram a treinar em Valbom, num estádio cedido pelo Município de Gondomar. No entanto, a esperança por parte da direção e dos jogadores de voltar a treinar em casa prevalecia e o primeiro mês do ano de 2021 chega com uma novidade para os amantes do clube. Em declarações exclusivas ao VivaCidade, Vitor Silva revelou o seguinte: “Eu e o meu advogado conseguimos devolver à terra a Associação Desportiva do São Pedro da Cova outra vez. Isto é, conseguimos organizar algo para com-

prar o campo, o campo já foi comprado, já se fez o contrato e, agora, só falta fazer a escritura. A equipa já começou a treinar no estádio e, em breve, irão começar também os jogos oficiais.” O mesmo explicou que em breve haverá mais novidades. ▪

TABELAS CLASSIFICATIVA DE FUTEBOL Campeonato Portugal AF Porto Honra Série 2 P. Equipa Serie C 1 S. Lourenço Douro P. 1 2 3 4 5 6 7

Equipa Leça Trofense Gondomar Paredes Amarante Pedras Rubras Salgueiros 23/1 – Gondomar SC 1-1 Vila Real Próximo Jogo 30/1 – Amarante vs Gondomar SC

AF Porto Elite Série 1 P. 1 2 3 4 5 6 7

Equipa Avintes Oliveira Douro Foz Maia Vila Gondomar SC B SC Rio Tinto

P. 20 19 18 12 11 10 6

P. 28 24 23 23 22 21 19

AF Porto Elite Série 2 P. 1 2 3 4 5 6 ... 9 10

Equipa Rebordosa Freamunde Alpendorada Sousense Marco ... S.Pedro da Cova Gens

2 3 4 5 ... 9 ... 13

SC Nun Alvares Aguias Eiriz Valonguense Alfenense … CA Rio Tinto … Estrelas Fânzeres

P. 30 28 28 26 24 ... 16 ... 11

AF Porto 1ª Divisão Série 1 P. 1 2 3 4 5 6 7

Equipa Aldeia Nova Ataense Parada Lusitanos FC Pedras Rubras B Tirsense B Campo

P.

25 25 18 18 17 16 16

AF Porto 2º Divisão Série 3 P. 33 27 27 27 25 ... 21 20

P. 1 2 3 4 5 6 ... 13

Equipa 1º Lomba SC 2º Várzea Douro 3º Rans 4º Croca 5º Baião 6º S.Vicvente Irivo … 13º Melres DC

P. 23 20 17 15 14 12 ... 2

Nota: Devido às medidas de confinamento todos os jogos da AF Porto foram suspensos sem data prevista para reinicio.

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Empresas e Negócios

Mercadona doa mais de 17.000 toneladas de alimentos em 2020 a instituições sociais Em 2020, a empresa doou o equivalente a 283.000 carros de compras, mais 84% do que no ano anterior. A Mercadona colabora e apoia mais de 290 cantinas sociais, mais de 60 bancos alimentares e outras instituições de solidariedade social em Espanha e Portugal. Com apenas 20 lojas em Portugal, a Mercadona doou mais de 1.200 toneladas de bens de primeira necessidade a várias IPSS nacionais cumprindo com a sua política de Responsabilidade Social Empresarial. Porto, 18 de janeiro de 2021.- A Mercadona doou em 2020 mais de 17.000 toneladas de produtos a cantinas sociais, bancos alimentares e outras instituições de solidariedade social em Espanha e Portugal. Esta quantidade significa um aumento de 84% (relativamente a 2019) em doações de alimentos e outros produtos a entidades sociais, e

é também consequência da atual crise de saúde e económica causada pela Covid-19. Estas doações são o equivalente a mais de 283.000 carrinhos de compras e realizam-se através da colaboração com mais de 290 cantinas sociais, mais de 60 bancos alimentares e outras instituições de solidariedade social tanto em Espanha como nos distritos de Portugal onde a Mercadona está presente. Com apenas 20 lojas já abertas em Portugal, a empresa dá continuidade às políticas de ação social sustentável e de combate ao desperdício alimentar que tem vindo a desenvolver. O grande objetivo é causar um impacto positivo na Sociedade, numa relação de proximidade e entreajuda com instituições localizadas nas zonas de envolvência das lojas. Em 2020, a Mercadona doou mais de 1.200 toneladas de bens de primeira necessidade a várias IPSS portuguesas, como os Bancos Alimentares do Porto, Aveiro, Braga e Viana do Castelo, a Cruz Vermelha ou a Cáritas portuguesa. Além disso a Mercadona doa diariamente de cada uma das suas 20 lojas a uma Cantina Social. Paralelamente, a empresa mostrou também o seu apoio através de doações adicionais durante o ano, como foi o caso das entregas realizadas aos Centros de Acolhimento Temporário do Norte

para doentes Covid-19, ao exército, bombeiros e polícia; a diversos Hospitais e ao Programa de Recolocação Voluntária de Menores Refugiados chegados da Grécia. Ou ainda a doação especial de Natal em que a Mercadona comprou para doar mais de 80.000 quilos de bens alimentares, distribuídos por diversas instituições nos distritos em que estamos presentes. Uma política de ação social sustentável integrada na estratégia de Responsabilidade Social da Mercadona Um dos compromissos que a Mercadona man-

tém com a sociedade é partilhar parte do que dela recebe. Com este objetivo, desenvolve o seu Plano de Responsabilidade Social, que vai ao encontro da componente social e ética através de distintas formas de atuação sustentáveis que reforçam a sua aposta no crescimento partilhado. Além disso, a Mercadona implementou várias estratégias para evitar e prevenir o desperdício alimentar. Assista ao vídeo de balanço da campanha. Consulte aqui o Link com a lista completa de instituições sociais a quem doamos alimentos diariamente. ▪

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Empresas e Negócios

ALDI inaugura grande superfície em São Cosme No dia 20 de janeiro, a ALDI Portugal reforçou a sua presença em Gondomar, abrindo a sua 85ª loja no norte do país. A nova loja conta com uma área de 1200 m2., com uma grande variedade de produtos, diferente do já habitual. “O nosso conceito de venda é diferente do retalho habitual. Temos mais de 2000 produtos do sector alimentar e não alimentar fixas nas nossas lojas e depois temos cerca de 100 produtos todas as semanas que variam, produtos “in and out” (entram e saem) que agora estão limitados devidos ao confinamento, para que todas as semanas os nossos clientes tenham uma diferença alimentar. Como somos um grupo internacional, acabamos por ter uma experiência alimentar diferente

todas as semanas”, revela Rita agostinho, responsável pela comunicação da ALDI. A empresa todas as semanas tem uma temática que permite que os clientes possam provar sabores presentes ao redor do mundo, que como Rita explica “estas temáticas podem ser a temática da Ásia, produtos biológicos, grelhados, quer na secção alimentar quer não alimentar. Temos muitos produtos exclusivos ALDI e elevada qualidade e produtos de fábrica portuguesa”. O pão fresco está presente todos os dias na loja. E a sua receita exclusiva já proporcionou à marca vários prémios alimentares, “Em 2020 ganhamos 35 prémios sabor do ano que atesta a nossa qualidade de marcas próprias. Temos garantido vários selos da DECO proteste que se destacam pelo preço qualidade”, constatou Rita. A marca possui ainda uma vertente social, onde tem como objetivo ter em todas as lojas um parceiro regular que “no qual fazemos doações diárias, de

todo o sector alimentar que sobra, carne e pão, ou seja, produtos que estão em perfeitas condições. Temos tam-

bém parcerias com o banco alimentar do Porto, a Santa Casa da Misericórdia e da re-food”. ▪

Celeste Marques- São Cosme Estou a gostar e até comentei com a minha amiga, os preços estão dentro do normal e com certeza que voltarei cá. Hoje, só viemos ver mesmo e estou agradavelmente surpreendida pela apresentação e pela limpeza do local, mas isto também é o primeiro dia.

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Empresas e Negócios

Após remodelação Talho do Povo reabre loja de São Cosme O Talho do Povo voltou a reabrir as portas da loja de São Cosme aos seus clientes. O local foi todo remodelado com o intuito de oferecer melhor condições para os visitantes, agora o consumidor pode encontrar no local mais produtos, tais como congelados, peixe, mariscos e de charcutaria. Com o período de confinamento, além da loja física aberta, os seus clientes podem obter entregas ao domicilio no conforto de sua casa. Para isso basta encomendar por e-mail, pela app e por telefone. Sérgio Sousa, Gerente do Talho do Povo, faz um agradecimento a todos os seus clientes, por ao longo destes 10 anos confiarem nos seus serviços. Sem eles, nada deste sucesso seria possível.

Delfina Neves “A loja está muito linda e os empregados são excelentes, então o patrão nem se fala, é uma simpatia. Para não falar da qualidade da carne que é muito boa. Já venho cá desde que isto abriu, ou seja, há muitos anos, confio muito neles e nos produtos que eles vendem”.

Maria Gonçalves “Já venho cá há muito tempo, desde que abriu, porque gosto da qualidade da carne. Com a remodelação o espaço ficou muito melhor. Gosto muito do atendimento deles, são muito atenciosos e não tenho razão de queixa. O que me faz voltar sempre cá é a confiança nas coisas que levo e nas pessoas que me servem, conheço-os a todos e é uma equipa muito atenciosa e de qualidade”.


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VIVACIDADE DEZEMBRO 2020

Lazer Receita de Culinária ACTUAL GEST - Professor João Paulo Vilas

EMBRULHO DE BACALHAU • 1 folha massa folhada retangular • 1 cebola média • 1 folha de louro • 500 g de bacalhau cozido e lascado • Sal • alho • pimenta de moinho • salsa fresca • poejo fresco • farinha • 1 ovo • 1 dl de azeite virgem extra • 2 colheres de sopa de óleo de sésamo • 0,5 dl de vinagre balsâmico • sementes de sésamo

HORÓSCOPO Descasque a cebola e corte-a em meias luas finas. Coloque azeite e alho as laminas num tacho, junte a cebola e a folha de louro e deixe cozinhar até começar a alourar. Junte o bacalhau, previamente cozido e lascado e tempere com sal e pimenta preta moída na altura. Envolva bem todos os ingredientes e aromatize com salsa picada grosseiramente e algumas folhas de poejo. Retire do lume e deixe arrefecer completamente. Entretanto ligue o forno e regule-o para os 200 º C. Estenda a massa folhada sobre a bancada. Divida a folha em duas partes. Espalhe uniformemente o preparado de bacalhau sobre uma das partes da massa deixando uma margem de cerca de 2 cm de um dos lados. Coloque a outra parte por cima e enrole em forma de torta, coloque sobre o tabuleiro de forno forrado com papel vegetal e pincele com o ovo batido. Leve ao forno durante cerca de 20 minutos ou até a massa estar dourada e estaladiça. Misture o azeite com o óleo de sésamo e o vinagre balsâmico, tempere com sal e pimenta moída na altura. Aloure levemente 1 a 2 colheres de sopa de sementes de sésamo numa frigideira antiaderente e reserve. Na altura de servir emulsione a mistura de azeite e vinagre com um garfo ou uma vara de arames e tempere a salada gourmet. Corte os rolos de bacalhau em fatias, coloque nos pratos de serviço e acompanhe com a salada, salpicada com as sementes de sésamo tostadas.

Maria Helena Socióloga, taróloga e apresentadora

210 929 000 mariahelena@mariahelena.pt

Amor: Não exija tanto dos outros, dê mais de si próprio. Saúde: Tenha a serenidade suficiente para deixar as coisas correrem, não se exalte nem proteste muito. Dinheiro: Invista neste momento em algo que planeia há muito. Sentirá necessidade de se isolar para concluir o seu trabalho, mas poderão ocorrer mudanças.

SOLUÇÕES:

Piadas de bolso: Dou aula de química e física, duas disciplinas pelas quais a maioria dos alunos tem aversão. Um dia comentei, numa das minhas aulas: – Eu ganho pouco, mas divirto-me com vocês. E um deles, para não perder a oportunidade, respondeu: – Nós também, não aprendemos nada, mas divertimos-nos muito.

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JORNAL VIVACIDADE 28/01/2021 EDITAL Nº 8 CARTÓRIO NOTARIAL Sofia Carneiro Leão

CERTIFICADO Certifico, para efeitos de publicação que, por escritura celebrada hoje neste cartório, exarada a folhas cento e catorze e seguintes do livro número oitenta e cinco, CELESTE DA SILVA ROCHA, natural da freguesia de Perozelo, concelho de Penafiel, e marido ANTÓNIO VIEIRA MARTINS, natural da freguesia de São Pedro da Cova, concelho de Gondomar, residentes na Rua de Luísa Todi, número 30, em Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, Gondomar, casados no regime da comunhão de adquiridos, declararam: Que, com exclusão de outrem, são únicos donos e legítimos possuidores do seguinte bem imóvel: Prédio urbano, composto de casa térrea de habitação com três divisões, com a área coberta de cento e dezoito metros quadrados e área descoberta de sessenta e cinco metros quadrados, sito no lugar de Vila Verde, na freguesia de S.Pedro da Cova, concelho de Gondomar, a confrontar de Norte e Poente com Vitorino Martins, do Sul com Laura Martins e do Nascente com a Travessa de Vila Verde, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Gondomar e inscrito na matriz, em nome do justificante marido, sob o artigo 5661 da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova (que proveio do anterior artigo matricial 879 da extinta freguesia de São Pedro da Cova), com o valor patrimonial de 27.750,10 euros. Que, em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e setenta, adquiriram o mencionado prédio por compra verbal feita à antepossuidora, Margarida Martins de Sousa, viúva, já falecida, residente que foi no lugar de Vila Verde, em São Pedro da Cova, Gondomar e, desde essa data, entraram na posse do referido imóvel, não tendo nunca formalizado o respetivo contrato de compra e venda. Que dada a distância temporal e apesar de terem realizado buscas nos documentos que detêm em casa e junto das competentes entidades, desconhecem a proveniência do mencionado artigo matricial 879, desconhecendo ainda pela mesma razão a quem é que a referida antepossuidora adquiriu o mencionado imóvel. Que, sempre estiveram e se têm mantido na posse e fruição do indicado prédio, há mais de quarenta anos, usufruindo por isso de todas as utilidades por ele proporcionadas, habitando a casa durante mais de 30 anos, procedendo a obras de conservação e restauro, inscrevendo-a em seu nome na matriz, pagando os respetivos impostos, administrando-o com ânimo de quem exercita direito próprio, pacificamente, porque sem violência, pública e continuamente, com conhecimento de toda a gente e sem qualquer interrupção ou oposição de quem quer que seja. Que dadas as enumeradas características de tal posse, adquiriram o mencionado prédio por usucapião, que invocam, justificando o seu direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição no Registo Predial, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial. Está conforme o original na parte reproduzida. Gondomar, 14 de Dezembro de dois mil e vinte. A Notária,

JORNAL VIVACIDADE 28/01/2021 EDITAL Nº 9

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AVISO Nos termos do n.º 2 do artigo 78º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, alterado e republicado Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de setembro, torna-se público que a Câmara Municipal de Gondomar, emitiu em 19/11/2020, o Alvará de loteamento n.º 1/2020, em nome de Augusto Fernando Pereira dos Santos – Cabeça de Casal da Herança de, na sequência dos meus despachos de 7/05/2019 e 21/11/2019, através do qual foi licenciado o loteamento do prédio sito na Rua Pinheiro da Saudade , da freguesia de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, descrito na Conservatória do Registo Predial de Gondomar, sob o n.º 8250 e inscrito na matriz, Urbana sob o artigo 13885.

Área abrangida pelo Plano Diretor Municipal.

Operação de loteamento com as seguintes características: - Área do prédio a lotear – 2 160,00m2 - Área de implantação – 109,90m2 e 128,20m2 - Área total de construção – 580,00m2 - Número de lotes – 2 - Número máximo de pisos acima da cota de soleira – 2 - Número máximo de pisos abaixo da cota de soleira – 0 - Número de fogos – 4

Paços do Município de Gondomar 19 de novembro de 2020

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VIVACIDADE

JANEIRO 2021

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal Joana Resende PS

Ao dia em que escrevo este artigo, decorrem as Eleições Presidenciais que definem quem será o Chefe de Estado da nação para os próximos 5 anos. A esta hora, já foram apurados todos os votos e conhecem-se os resultados finais. Sem surpresa, foi eleito para um segundo mandato o atual Presidente da República, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, sendo que a grande vitória foi para a abstenção. Sem dúvida que para este último resultado, contribuiu as condicionantes impostas pelas circunstâncias em que vivemos, mas não deixa de ser um sinal também de descrédito para aquilo que é a maior responsabili-

Valentina Sanchez PSD

E cá estamos num segundo confinamento, com os números a baterem recordes tanto de novos infectados como o número de mortes. É assustador! Somos o pior país na Europa, e não se compreende a

Maria Olinda Moura CDU

Escrevo este texto na véspera do dia da eleição para o Presidente da República. Quando for publicado, o dia já passou e os resultados serão conhecidos. Não será, portanto, um olhar para a campanha ou para a eleição, mas para o que se lhe seguirá. Para aquilo que cada candidato e seus apoiantes, partidários ou não, serão capazes de construir na sombra dos holofotes mediáticos e tantas vezes propositadamente desfocados para obedecer ao dono. É nesse depois das eleições que o povo deve focar os seus olhos e os seus ouvidos. É nesse dia a dia de luta e resistência dos que nunca desistem do seu direito a uma vida digna

“Liberdade, liberdade, tem cuidado que te matam.”(1) dade de um povo. Mas estas eleições foram marcantes essencialmente pela disputa entre o segundo e o terceiro lugar, que definiriam se a segunda pessoa mais votada era uma mulher, determinada, com vasto currículo na política europeia, com programa eleitoral organizado e profícuo, ou um homem sem discurso político consistente, sem linhas orientadoras de ação, e que apenas vocifera uns clichés populistas em busca de palco e de aplausos. Felizmente que a razão ainda impera na nação, e a Dra. Ana Gomes conquistou o segundo lugar, resultado esse alcançado pela maioria de votos urbanos, dos grandes distritos do litoral. André Ventura fez um discurso inflamado de vitória. Clamou pela sua humildade, ao mesmo tempo que dizia ter sido escolhido por Deus para ser a voz daquele partido. Demitiu-se, para no mesmo segundo dizer

que se candidata novamente, sendo que mais do que não foi uma manobra humorística para arrancar mais aplausos. Terminou, com a mesma “humildade”, gritando que o PSD o ouvisse, e que não faria Governo sem o Chega. Como chegámos até aqui?! Como fomos esquecer a nossa Democracia tão jovem ainda, com tantos homens e mulheres com memória da Ditadura e dos seus autocratas, tão colados a Ventura e aos seus clichés? Envergonha-me como portuguesa este desfecho. Envergonha-me que a comunicação social lhe dê tanta voz e tanto palco, que condiciona os portugueses mais desfavorecidos, mais desprotegidos, que sem rumo votam em alguém que lhes promete mudança. Mas que mudança seria esta? O retrocesso em 50 anos de história? O retrocesso económico, social e cultural? Voltar ao

país analfabeto, de costas voltadas à Europa e ao Mundo, e “humildemente sós”? Ventura chegou a um patamar onde nunca poderia ter chegado. Culpa da comunicação social que o exponenciou, culpa de um esquecimento de um interior fraturado. Culpa nossa, de um país inteiro, que a única coisa que deveria ter feito era não dar atenção aos clichés, ignorar a sua pobreza de espírito e deixá-lo votado ao esquecimento. Hoje, foi a última vez que falei de Ventura. Vou esquecê-lo, na esperança de que os Portugueses o façam também. E vou lembrar-me de Jorge de Sena, poeta, ensaísta, ficcionista, dramaturgo e professor universitário, exilado em 1959 por sonhar e escrever um Portugal livre. (1) Jorge de Sena, 4 de Junho de 1974

O desgoverno na pandemia (falta) de gestão feita pelo governo. Se no primeiro confinamento, onde os novos infectados rondavam os 200/300 casos, foram feitos hospitais de campanha nos concelhos mais afectados, como nesta segunda e terceira vaga só se ouviu falar de um hospital de campanha?! Porque não foi feito um acordo com os hospitais privados?! Como conseguem deixar o país chegar a este estado?! Que andaram a fazer estes 11

meses?! Não se compreende.. das 3.8 milhões de vacinas que Portugal tinha direito, apenas compraram 2.5 milhões. Porquê?! Se confinamos porque a saúde é o mais importante, já nas decisões do governo, a saúde parece o menos importante! Em Gondomar, este vírus já entrou no centro social de Baguim, e no centro social da Lomba, estando este último em condições

alarmantes. Mais uma vez, a demissão do governo em proteger um dos principais grupos de risco. O vírus está cada vez mais perto, e continua a incerteza. Apesar de haver os grupos de risco, qualquer um de nós pode ter sintomas mais graves ou sequelas para a vida! Por isso, protejam-se, protejam os vossos!

A eleição do Presidente da República em todas as suas dimensões – como o trabalho com direitos, a saúde, a educação, a habitação, a cultura e o lazer – que o povo deve encontrar as forças para combater o populismo, o engano e a mentira. Espero que os resultados tragam a boa notícia de que o fascismo foi, mais uma vez, derrotado. Espero que o meu candidato tenha sido reconhecido pelo povo português, para bem da democracia. E espero que a abstenção não tenha sido assustadora, apesar das condições sanitárias excecionais em que o país se encontra e que têm feito crescer, compreensivelmente, este medo que nos acompanha e que nos tem tolhido os passos. Tenho estas esperanças, mas estou preparada para o caso de ter acontecido o contrário daquilo que espero. Exigir a um povo espoliado de muitos dos seus direitos fundamentais, inscritos na Constituição da República, que consiga

manter o discernimento e a sabedoria de não cair nas armadilhas do populismo e da mentira é uma batalha difícil. Exigir a este povo que entenda que as batalhas têm de ser travadas todos os dias, sem cansaços e desânimos, para recuperarmos os direitos roubados pelos governos de direita que desgovernaram o nosso país, ou para alcançarmos os direitos que nunca foram cumpridos pelos que fizeram da Constituição da República Portuguesa letra morta, é uma tarefa árdua que não se esgota em qualquer dia de eleição, mas é uma tarefa que muitos querem cumprir com toda a bondade e sentido de combatente de causas que definem a humanidade e aquilo que ela tem de melhor. É dessa vontade que se constroem horizontes de esperança. É dessa vontade que nasce a força para resistir e não desistir. É essa vontade que nos vai levar a travar muitas outras lutas

que estão para vir, na defesa dos direitos dos trabalhadores, das mulheres, dos jovens, dos reformados e pensionistas; do SNS; da escola pública; do retorno dos CTT ao serviço público; da defesa da TAP, da GALP e da Banca como infraestruturas ao serviço do Estado e do povo português; da Regionalização para equilíbrio e gestão do território português com justiça e oportunidades para todas as populações; da defesa da produção e fruição cultural; da defesa dos transportes públicos e da mobilidade; da defesa do património nacional e da nossa identidade e soberania. São muitas as lutas que estão para vir. Serão batalhas mais fáceis de ganhar se nestas eleições tivermos dado passos firmes na construção desse futuro a que temos direito. Espero que o resultado da eleição tenha feito justiça aos que todos os dias constroem este país: os trabalhadores.


JANEIRO 2021 VIVACIDADE

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Opinião: Vozes da Assembleia Municipal A Economia que nos asonbra, e o FUTURO incerto dos Portugueses A presente realidade social e económica preocupa-me, não só a título profissional, mas principalmente enquanto elemento de uma equipa que vejo de forma constante e consistente tudo tentar fazer para resolver alguns dos problemas que afligem comerciantes, industriais e empresários de Gondomar. A realidade relacionada com a Covid-19 fez com que, nestes últimos meses, todos vermos as empresas e as pessoas sem nada poder fazer e se sentir desesperados por se sentir impunes. Ninguém contestará que a crise que se sente atualmente já terá obrigado muito empresarios a fechar a sua actividade e a ficar sem nenhum rendimento para sobreviver... isso mesmo Sobreviver.

E os poucos que ainda seguram a economia e os trabalhadores a seu cargo, sentem e vivem o dia a dia sempre em sobressalto, recorrem aos fracos apoios do Estado, alguns em lay-off outros a trabalhar a 20 ou 30%. E não errarei ao arriscar o palpite que tal situação se verificará com maior parte dos Empresarios do nosso Concelho. A nossa força motriz é essencialmente composta por pequenos e médios empresários, muitos deles com empresas marcadamente familiares. E a questão dos apoios aos trabalhadores independente?? Com as lojas e empresas fechadas, como pagar as rendas, a àgua, a luz, a seguranca social, e todod os encargos que mesmo encerrados os empresarios veem sempre a

aumentar e sem forma de saber como as vao pagar.... porque empurrar para a frente o pagamento nao resolve os problemas. Tudo isto é praticamente esquecido pela maioria das pessoas... E o que podemos fazer por eles? Reivindicar, em primeiro lugar. E ao mesmo tempo verificar e constatar, por exemplo, que é o próprio Estado a dar um péssimo exemplo e a não cumprir com o formalmente estabelecido. E em tempos de crise (financeira e de saúde pública) é este o exemplo que podemos ver de alguns organismos do Estado. Do nosso Estado... Admirem-se, depois, da desconfiança ou do descrédito que alguns políticos e instituições nos merecem... Limitam-se a colher

" DESAFIOS Os tempos estão desafiantes para o CDS que, desde a saída de Paulo Portas da sua presidência, jamais conseguiu sequer "segurar" o seu eleitorado tradicional, quedando-se por scores eleitorais claramente abaixo dos seus pergaminhos, e sem que objetivamente se percebam os motivos, os porquês, de percurso tão sinuoso. Na verdade o partido tem-se mantido igual a si próprio, sem alterações de

Movimento Valentim Loureiro Coração de Ouro aquilo que semearam. Vemos cada vez mais as pessoas a desesperar por soluçoes, bem sei que não é facil e que nao existem “milagres”... mas é preciso pensar nas pessoas antes de tudo o resto... A todos os profissionais de Saude que estao a ser os herois neste mundo global, agradeço em meu nome pessoal e julgo poder dizer por todos os Portugueses ... MUITO OBRIGADO POR ESTAREM AO NOSSO LADO...... Bem ajam

Pedro Oliveira substancia naqueles que são os seus alicerces ideológicos, seguindo uma prática politica ajustada às referencias que o caraterizam, pelo que o seu atual contexto na dinâmica politica nacional não repercute a importância que claramente tem, enquanto alternativa credível à presente confusão socialista que governa o país. Para ampliar a inadvertida conjuntura, o partido vê-se acossado por um conjunto de novas forças, de ténue substância pro-

gramática e/ou cunho manifestamente populista, que em tempos de forte descrença, como aqueles em que vivemos, almejam potenciar algum protagonismo, necessariamente efémero, mas sempre causador de angustias e contratempos aos adversários. Ora perante tal panorama, o partido tem de se continuar a fazer, mostrando-se quem é, porque é, e convencendo os portugueses a aderir sempre mais às propostas de qualidade de vida que lhes oferece.

O voto é uma arma Os primeiros dias de 2021 foram marcados por um crescendo de casos, bem como por um novo confinamento que à semelhança do anterior irá obrigar a que milhões de portugueses fiquem em casa. No meio desta pandemia é, no entanto, importante debruçarmos sobre o futuro da nossa democracia materializado nestas eleições presidenciais. Quando da publicação deste texto, as eleições já terão decorrido e os resultados já serão conhecidos. No entanto os números da abstenção não serão me-

David Santos

CDS-PP

Urge, portanto, renovar métodos e refrescar o discurso, porque coerência e substância politicas não minguam ao partido e, convenhamos, o CDS é muito mais que o nível de representatividade que as sondagens têm mostrado.

Sara Santos lhores que os registados nas eleições anteriores. É certo que a pandemia poderá fazer com que mais gente fique em casa, o que será compreensível, mas o processo democrático não pode nem deve parar. Estas eleições serão um teste também ao crescimento da extrema direita neste pais e ao que nos esperará nas próximas eleições autárquicas previstas para os últimos meses de 2021. Candidaturas cimentadas no ódio e na pura demagogia são uma ameaça clara ao nosso estado social e de direito. No entanto são essas candidaturas, baseadas

no medo ao desconhecido e na polarização de posições que vem assombrando a europa nos últimos anos. É assustador pensar que partidos que querem assaltar os serviços públicos e comuns à população e grande parte dos direitos sociais conseguidos após a revolução de 1974, reivindicam não só um assalto à constituição, mas que relembram a velha ideologia em que este país esteve envolto na ditadura. É por isso importante votar e votar em consciência. A extrema direita é perigosa sim e não devemos ter medo de enfrentar as posi-

BE

ções daqueles que tirariam os direitos dos mais desfavorecidos caso tivessem uma posição reforçada nas próximas eleições. O voto é um direito mas acima de tudo uma arma que deve ser usada de modo a reforçarmos a nossa democracia e seguirmos o caminho traçado pela liberdade que nos foi possibilitada pelo 25 de abril.


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