Edição de dezembro 2019

Page 1

PUB

Promoção válida de 13 de Maio a 31 de Julho de 2019. Para as colecções das marcas Pull and Bear, Amichi, Pepe Jeans, Mango, Custo BCN, Victorio & Lucchino, Pedro del Hierro e Hackett disponíveis em cada estabelecimento Opticalia. Para monofocais: Lentes monofocais orgânicas brancas com índices de refracção 1,50 / 1,60 ou 1,67, com tratamento AR, da linha Vistasoft da Opticalia. Para progressivos, as lentes serão sempre lentes progressivas orgânicas brancas com índice de refracção 1,50 ou 1,60 com tratamento AR, das linhas Basic, Quality ou Prestige, da linha Vistasoft da Opticalia. Para ambos casos, as lentes deverão estar, nos intervalos de fabrico disponíveis dos fabricantes Vistasoft em stock e de fabrico. Financiamento mínimo de 12 prestações e máximo de 60 prestações mensais. TAN E TAEG DO CARTÃO DE CRÉDITO OPTICALIA: 0%. A utilização do crédito está condicionada a uma mensalidade mínima de 9,95€. Crédito disponibilizado pela Abanca Servicios Financieros e sujeito à sua aprovação. As ópticas OPTICALIA atuam como intermediárias de crédito a título acessório e sem carácter de exclusividade.

Ano 14 - n.º 162 - dezembro 2019

Preço 0,01€

Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida PARQUE NASCENTE, loja 409 EMPORIUM PLAZA, Loja 101

Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: geral@vivacidade.org

PUB

"Para mim nunca há trabalhos acabados, há sempre algo mais para fazer"

Entrevista VivaCidade Pedro Abrunhosa:

"O concerto de Gondomar, foi um dos melhores espetáculos de rua da nossa digressão." > Págs. 20 e 21

Reportagem VivaCidade Natal passado atrás das grades > Págs. 28 e 29

Desporto André Pereira:

> Págs. 10 e 11

"Hoje, sou quatro vezes campeão nacional" > Pág. 45 PUB


2 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Editorial Foto DR

José Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT

Caros leitores,

SUMÁRIO:

FICHA TÉCNICA

Breves

Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06

Página 4

Sociedade

Páginas 6 a 36

Destaque

Páginas 10 e 11 Entrevista VivaCidade Páginas 20 e 21 Reportagem VivaCidade Páginas 28 e 29

Política

Páginas 38 a 40

Cultura

Páginas 42 a 44

Desporto

Páginas 45 a 48

Lazer

Página 53 Opinião Páginas 54 e 55

PRÓXIMA EDIÇÃO 30 JANEIRO

Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE241A) Redação: Carlos Almeida, Gabriela Monroy e Sofia Pinto Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 Paginação: Rita Lopes Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435778 Baguim do Monte Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/ vivacidade NIF: 507632923 Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 Sede do Editor: Travessa do Veloso, nº 87 4200518 Porto Colaboradores: André Rubim Rangel, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Gabriela Monroy, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Inês Borges, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Paulo Silva, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves e Sofia Pinto. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio: www.vivacidade.org Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar E-mail: geral@vivacidade.org Agenda: agenda@vivacidade.org

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org

Em frente à Casa Branca de Gramido ocorreu mais uma derrocada, fruto das condições climatéricas, o que levou ao respetivo encerramento do parque de estacionamento.

Foto DR

A recente conclusão da cimeira sobre a regulação climática, que já decorre há 25 anos e muito antes de haver "Gretas", deve encher de frustração todos aqueles que percebem o que está a acontecer. Um amigo meu dizia que há muitas coisas em que é melhor ser estupido e não perceber o que acontece, pois quando percebemos ficamos a saber para onde vamos. A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas começou no dia 2 de dezembro e deveria ter terminado na sexta-feira, 13, mas isso só aconteceu na manhã de domingo, 15. Claro que a importância de haver um acordo levou a que alguns resistentes ficassem mais tempo do que o previsto, mas a verdade é que mais de 90% dos participantes indicados pelos cerca de 200 países já tinham abandonado a cimeira, não tendo por isso estado presentes para o esperado anuncio do acordo. “Está na altura de reconstruir as relações entre as pessoas e os seus líderes” foi uma das principais ideias que o Português António Guterres, Secretario Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou no seu discurso de posse. Não parece que isto esteja a acontecer. Os

cidadãos sabem que as alterações climáticas estão a ocorrer porque as sentem e vêm a acontecer. Os políticos donos do mundo parece nem se aperceberem de tal coisa, pois basta ver o grau de senioridade dos elementos delegados à referida cimeira para perceber que nunca jamais iria de ali sair grande coisa, a não ser, talvez, a greta... "é tempo de agir" era o mote desta cimeira. Parece que não resultou. Em 2019 deveria haver um compromisso claro que reforçasse os objetivos decididos no Acordo de Paris, quanto à política para limitar o aquecimento global (quantificados numa expressão ambiciosa, "bem abaixo" dos dois graus Celsius no século XXI, que já aqueceu, em média, mais de um grau até agora). Que grande prenda de Natal os políticos do mundo davam aos cidadãos se conseguissem ter medidas concretas para começar a salvar o mundo. Parece que não será desta esperemos que a COP2020 seja mais feliz. O mundo vai continuar. Mas em que circunstancias? As circunstancias que desejo a todos é um excelente Natal e um fantástico NOVO ANO, pleno de realizações. E que em 2020 possam os nossos lideres melhorar o mundo!

A grande maioria das Juntas de Freguesia do concelho de Gondomar foram distinguidas no ano vigente pelas suas boas práticas ambientais.

Viva Saúde Paulo Amado*

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

* Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Professor Doutor em Medicina e Cirurgia Mestre em Medicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIO TINTO

INVESTIMENTO NO SNS Estimados Leitores. Parece que o Governo finalmente percebeu que tem de resolver o problema do grave deficit económico do SNS. Colocando no orçamento do estado para o próximo ano, uma verba significativamente mais alta. O principal é que agora os responsáveis das administrações hospitalares e principalmente o Ministério da Saúde, saibam gerir bem os recursos extras que vão ter. São várias frentes que terão de resolver do passado, principalmente as dívidas a empresas fornecedoras de materiais e equipamentos de saúde. É óbvio que a Sra. Ministra da saúde já avisou que não existirão aumentos de salários, não poderá esquecer que o Sr. Ministro das finanças terá referido que essa verba será também para contratar mais pessoal de saúde, nomeadamente

médicos. Não sei é onde vão buscar os mesmos e quanto lhes vão pagar, pois parece-me que as vagas já existentes continuarão por preencher e um quadro médico de chefia continuará a ganhar um quinto de um juiz.!!! Bem vamos assistir no próximo ano a uma distribuição de recursos extras, que me parece que não vão dar para as encomendas. É urgente a construção de novas Unidades Hospitalares, ou por exemplo o Estado adquirir Unidades Hospitalares já existentes que não estarão a ser geridas da melhor forma apesar da excelência de instalações de que estão dotadas, com investimentos, com aval de Bancos que estão neste momento deficitários. Temos esses exemplos no nosso concelho, em que não existe nenhum Hospital do SNS, numa área tão populosa, em que o Hospital da área

é o Hospital de Sto. António, bem no centro do Porto, por vezes de tão mau acesso para que vem de Gondomar. Já existem soluções construídas no Concelho pelo que seria algo a colocar como hipótese. Para gerir uma Unidade Hospitalar é fundamentalmente ter bons gestores e que sejam especialistas em saúde. Saiu há pouco tempo um estudo que referia que os melhores Hospitais na Europa eram geridos com forte componente médica. Claro que este factor é óbvio, pergunto só o que é que eu faria a gerir por exemplo um supermercado???. Bem do entanto já tivemos em Portugal comerciantes de carnes a gerir Hospitais !!! Vamos então, assistir como vão repartir o bolo do orçamento do estado, para ver se afinal o reforço servirá só para pagar dívidas passadas ? Até breve, estimados leitores…


PUB

PUB


4 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Breves Causa mobiliza milhares ao Multiusos de Gondomar Foto DR

No fim de semana de 14 e 15 de dezembro, o Multiusos de Gondomar, recebeu o evento 24 horas 4 IPO, a causa humanitária lotou o pavilhão de Multiusos de Gondomar. A iniciativa trouxe ao município mais de 200 bicicletas, que durante 24 horas não pararam de pedalar.

A caminho do Madeiro em Melres

Concurso das 7 Maravilhas de Portugal

No próximo dia 21 de dezembro irá ocorrer uma corrida de 10 quilómetros sem caráter competitivo e uma caminhada denominado "O caminho do Madeiro". A participação tem um custo associado de 5 euros.

Eleger as 7 maravilhas de Portugal é uma tarefa que os portugueses realizam com emoção. Em comunicado, a organização transmitiu que as candidaturas para o festival já estão disponíveis no site oficial e ocorrem até o dia 1 de março do 2020. No mesmo site, os candidatos podem ter acesso ao regulamento do concurso.

Oficinas de Natal HEFESTO GDM 2019 Foto DR

A proteção civil evacuou na madrugada de 14 de dezembro, cerca de 20 000 pessoas em Gondomar. Este exercício teve o intuito de testar a capacidade de resposta do PMEPC e da Comissão Municipal de Proteção Civil, do serviço Municipal da Proteção Civil e os seus respetivos agentes.

Encontra-se a decorrer até ao dia 20 de dezembro, na Biblioteca de Fânzeres e no Museu Mineiro de São Pedro da Cova, as tradicionais Oficinas destinadas às crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos

Decoração Natalícia

Crianças celebram Natal em Melres e Medas A união de Freguesias de Melres e Medas celebrou o Natal com as crianças com um Concerto de Natal da “Grafonola Mágica” pela a Indy e Trupe. No final, a Junta entregou uma lembrança a cada criança.

Com o objetivo de celebrar a quadra natalícia, a comunidade escolar aceitou o desafio da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, em decorar os espaços públicos com trabalhos alusivos ao “conto de natal” de Sophia de Melo Breyner Anderson.

Foto DR

Tempestade Elsa Devido à tempestade Elsa, o concelho de Gondomar encontra-se sob aviso laranja desde as 18 horas do dia 18 de dezembro até a 00h00 do dia 19. A proteção civil solicita à população que adote as medidas necessárias para prevenir os acidentes.

Sara Silva lança livro em Gondomar No dia 15 de dezembro, a Casa Branca de Gramido foi o palco de lançamento do livro “Onde está a minha mãe?”, a obra infantil tem como lema A imaginação das crianças torna tudo mais simples.

Colheita de Sangue

Foto DR

No dia 21 e 22 de dezembro irá decorrer uma colheita de sangue no Pavilhão do Multiusos de Gondomar. No dia 5 de janeiro a recolha será realizada na Escola E.B. 2/3 de Medas e no dia 18 de janeiro será no salão paroquial de Fânzeres. O horário da recolha será sempre entre as 9h e as 12h30 da manhã.

Lançamento do livro Territórios do Tato No dia 17 de dezembro, Agostinho Santos apresentou o seu livro intitulado Territórios do Tato que aborda os dois anos de exposições que foram efetuadas em Gondomar. O evento foi apresentado por Válter Hugo Mãe.

Pintura torna-se símbolo do dia internacional dos direitos humanos No âmbito da comemoração do dia Internacional dos Direitos Humanos, iniciou-se o projeto “Sou um Sem abrigo”, destinado aos alunos da comunidade escolar, movimento e Universidades Seniores do Concelho. Através da itinerância de uma pintura de autoria do artista José Silva, que se encontra exposta no CINDOR e percorrerá as escolas e associações aderentes ao projeto.

Corta Mato Escolar No passado dia 11 de dezembro, o exterior do Pavilhão Multiusos de Gondomar serviu de pista para a 6ª edição do Corta-Mato escolar concelhio. O evento contou com a participação de cerca de 900 alunos de todos os níveis de ensino.


PUB


6

VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Sociedade

Neste Natal compre mais local A iniciativa, Neste Natal Compre + Local, da Câmara Municipal de Gondomar que se prolonga até ao dia 6 de janeiro de 2020, tem como intuito promover o comércio local em época natalícia.

vativo de pagamento. No final, todos os cupões, mesmo os não premiados, serão recolhidos e será efetuado um sorteio final, onde os premiados receberão

um prêmio numa cerimónia solene organizada pela Câmara Municipal de Gondomar. Em conversa com o VivaCidade, a Vereadora Claúdia Viera, responsável pelo pro-

jeto, admitiu que esta é uma iniciativa para manter e que as criticas construtivas fornecidas pelos comerciantes serão ouvidas e aproveitadas para a próxima edição. ■

Neste momento, o projeto conta com cerca de 700 lojas aderentes, e tem o intuito de revitalizar e dinamizar o comércio local. A campanha mencionada irá atribuir mais de 900 prémios a todos os consumidores que efetuarem compras no valor igual ou superior a 24 euros. Por cada múltiplo de 24 euros, a loja aderente irá oferecer um cupão de Natal numerado. Para efetuar o levantamento destas ofertas, o consumidor tem que dirigir-se às lojas ou ao Gondomar GoldPark, onde no momento deve ser apresentado o cupão premiado, assim como o respetivo compro-

“Temos que olhar para fora de Gondomar, temos que ser uma parte deste mundo e refletir sobre estas condições” A Câmara Municipal de Gondomar associou-se à organização Internacional, Amnistia Internacional. No âmbito desta parceria, o Município tem desenvolvido atividades que apelam à importância dos direitos humanos e ambientais. O VivaCidade esteve à conversa com a Vereadora Aurora Vieira, responsável por este projeto. A Amnistia Internacional é uma organização que tem como missão a luta diária pelos direitos humanos que são violados diariamente. Este movimento mundial alberga mais de 150 países que encaram a injustiça social como uma “afronta pessoal”, esta organização possui membros e apoiantes com influência sobre governos, empresas e instituições

intergovernamentais. A ideia desta iniciativa surgiu da necessidade do município criar espaços de partilha e divulgação das boas práticas sociais, segundo Aurora Vieira, a Câmara tem estabelecido acordos com algumas associações que estão “a lutar pelos direitos e por questões mais equitativas dos seres humanos”, Aurora Vieira defende que os cidadãos precisam de ser mais ativos e que necessitam de conhecer os seus direitos, segundo a autarca, a câmara associou-se à Amnistia “porque tem um carácter global, não estamos isolados e assim mostramos que temos situações mesmo aqui à nossa porta, como é o caso da violência”, concluiu. No âmbito desta parceria, foi comemorado em algumas instituições do município o dia Internacional dos direitos humanos, o Vivacidade marcou presença na atividade realizada na Universidade Sénior que contou com a Vereadora Aurora Vieira e o Presidente da Junta de Freguesia de Gondomar (S.Cosme), Valbom e Jovim, António Brás, que juntamente com a turma de informática, assinaram todas as petições que constavam no site da Organização. ■


PUB


8

VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Sociedade No AEG1, olhamos o passado com os olhos postos no futuro! Sentimos um enorme orgulho pelo caminho que temos percorrido! Mas sabemos que podemos fazer mais e melhor. Acreditamos no nosso trabalho e no das pessoas que trabalham

connosco. Sabemos que podemos (e devemos) continuar a ser ambiciosos e, por isso, é legítimo termos expectativas bem altas em relação ao futuro do nosso Agrupamento.

Reiteramos, por isso, o profundo compromisso do Agrupamento de Escolas nº1 de Gondomar com as pessoas, com a valorização do conhecimento, da formação integral,

A Escola Secundária de Gondomar lembra-me sempre um dos períodos mais felizes da minha vida Entre os 15 e os 18 anos, a meio da adolescência e antes da universidade, cresci, fiz amigos para a vida, aprendi Português, Química, Matemática, Física, Filosofia e tantas outras coisas.

Seria a mesma pessoa se tivesse estudado noutro sítio? Não, não seria. O que somos é sempre um somatório de experiências, conhecimentos, interações, amigos, professo-

> Hugo Gilberto

res e momentos. Quando olho pelo retrovisor da memória, guardo boas sensações e repetia quase tudo outra vez. Beijinhos deste sempre aluno,

Ter sido aluno da ESG foi um privilégio, porque foi mais do que uma Escola onde pude aprender; foi um espaço onde cresci como cidadão.

Os meus professores da ESG são, em grande parte, os responsáveis por hoje trabalhar na área de que gosto.

Se hoje existe uma associação cultural pujante em Gondomar (a in skené) e se o meu percurso profissional na empresa onde estou (a Deloitte) tem sido sólido ao longo dos anos, em muito o devo aos professores e ao espírito crítico que esta Escola despertou em mim.

Sempre me ajudaram e aconselharam de forma a que eu conseguisse evoluir, tornando-me tecnicamente melhor. Também os estágios curriculares, no âmbito do Curso Profissional de Programação e Gestão de Sistemas Informáticos, que me arranjaram, e a forma como me prepararam para eles, ajuda-

> João Ferreira

da excelência e de uma cidadania ativa e responsável. Lília Silva, 2017, in Revista Comemorativa do Centenário da ESG

Jornalista da RTP desde 2000 Diretor adjunto da RTP desde 2014 Professor na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

> Bruno Pereira

ram-me muito na minha formação e abriram-me portas para o mundo do trabalho. Hoje desenvolvo a minha atividade profissional na empresa de informática onde estagiei, a Samsys. Realmente, tenho que ser muito agradecido pelo trabalho dos vários elementos que estiveram presentes no meu percurso na ESG.

Crescer na ESG… 4 anos longe de ti e ainda me lembro de cada canto teu… Ainda trago na memória a escola velhinha de escadas brancas e proibidas, com corredores de paredes verdes para brincar à apanhada, com quadros de giz com estrado para o professor,… ainda me recordo daquele ano com aulas em contentores enquanto a escola renascia, moderna e luminosa,… ainda trago no coração cada um dos professores que me acarinhou… Porque

cada palavra que me transmitiram, cada ideia que me ensinaram também é uma forma de carinho, uma forma de amar o outro… Ensinar é dar! E dar é amar! E assim eu cresci e cresci e cresci… Agora, jovem adulta, gostava de agradecer, individualmente a cada professor da Secundária de Gondomar. Gostava que cada um

Só frequentei o AEG1 no Secundário, mas sou uma das pessoas que mais o aproveitou! No 10° e 11° anos, participei na génese do LABi9, criado pelo professor Fernando Silveira. Este Laboratório de Inovação e Desenvolvimento de Projetos foi essencial à candidatura do AEG1 ao Clube Ciência Viva na Escola e é a partir deste laboratório que grande parte das atividades atualmente se desenvolvem. Para além das hard skills, passando da teoria dos livros à prática do mundo real, também desenvolvi soft skills: o trabalho em equipa, a resolução de problemas, o pensamento crítico e criativo, a resiliência, …, imprescindíveis para tudo o que eu conquistei depois. No 12º ano, a minha performance cresceu exponencialmente. Sentia uma maior facilidade ao lidar com situações de stress e até a comunicar com os outros. Fui eleito representante dos alunos no Conselho Geral; desenvolvi imensos projetos, desde o dos “cantis”, até ao “Brincar com a ciência”, levando o método científico a todos os JI’s e escolas básicas do AEG1. Na Escola Básica de Jovim e Foz do Sousa, em Gens, em Jancido, no JI da Ribeira,

no JI Trás da Serra, no Outeiro e em Atães, em conjunto com as educadoras e os professores do 1º Ciclo, eu e outros colegas trabalhamos alguns dos conteúdos de Estudo do Meio. Fazer parte do AEG1 revelou-se uma simbiose perfeita: deram-me todas as ferramentas e a liberdade para me tornar quem eu sou: um jovem estudante feliz na FEUP! Em troca, fizemos deste agrupamento um espaço melhor, mais unido, mas também mais desafiante. Privilegiamos a comunicação entre alunos e professores, dinamizaram-se imensos projetos em prol do mesmo objetivo: aprender uns com os outros. É um agrupamento cada vez mais aberto, mais sensível e mais preocupado com o que nos rodeia: desde as alterações climáticas à saúde pública.

conhecesse o valor que possui na minha vida. E o que mais me enche de felicidade é passar hoje por cada um e receber um sorriso e um abraço não só de saudade mas também de orgulho. Sempre quis, acima de tudo, entrar em Medicina. As estratégias deram-mas os professores. E, agora, estudo o que amo!

… entre o passado e o futuro, eis alguns testemunhos do presente… 7º ano de escolaridade Na minha opinião, o método utilizado pelos professores é muito diferente do usado na escola que frequentei; acho que é melhor! Lara Gosto das instalações da nova escola, aprende-se de forma diferente; a escola seduz pelos projetos que desenvolve com os alunos. Foi muito bom ter vindo para aqui. Margarida A escola acolheu-me muito bem, tem uma boa dinâmica e um bom funcionamento; os docentes estão muito interessados no sucesso dos alunos. Pedro

> José Sousa

> Ana Rita Teixeira de Carvalho

A escola trata-nos como adolescentes! Temos momentos divertidos e podemos participar em muitos projetos e clubes. Rita


VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

9

Sociedade

Parceria entre União de Concurso LIPOR Freguesias de São Cosme, “Um Gesto. Duas Causas” Valbom e Jovim e a Lipor A empresa Lipor é responsável por controlar cerca de 1000 toneladas, por ano, de resíduos de equipamentos que atingiram a sua validade. Um dos princípios que a Lipor implementa com a sua ética é o da Reutilização, segundo dados da empresa, por ano, no planeta é fabricado cerca de 50 milhões de equipamentos eletrónicos e apenas 20% desses produtos são reciclados. Perante o problema apresentado, nasce o projeto CREW (Centro de Recuperação de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos.), em parceria com a European Recycling Plataform (ERP), que consiste em dar uma nova vida aos equipamentos. Esta rede tem a particularidade de funcionar em Comunidade, e no município, a Junta de Freguesia de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim e a Câmara Municipal são os principais parceiros do projeto, sendo quem fornece a mão de obra e o espaço para a requalificação e o armazenamento dos equipamentos. Em conversa com o Vivacidade, Filipe Bernardino, responsável da formação das

equipas, revelou que “depois de reparados, estes equipamentos são doados à comunidade local, para passaram a usufruir dos mesmos. O custo é zero (…) Este CREW tem a parte da recuperação em conjunto com a Lipor e depois tem a parte de reparação específica, parceria que detemos com a União de Freguesias de Gondomar (S.Cosme), Valbom e Jovim”, nesta parceria os equipamentos recuperados são doados à comunidade. ■

No dia 16 de dezembro, a LIPOR organizou em Gondomar o evento de entrega de donativos resultantes da 14ª Fase da Operação Tampinhas. Nesta fase da Operação Tampinhas LIPOR, que decorreu entre janeiro e dezembro de 2018, conseguiram arrecadar cerca de 41 toneladas, no valor de 21.654 euros de receita, tendo contemplado 40 entidades (individuais/ coletivas). A receita adquirida com a venda das tampinhas reverte integralmente a favor da compra de material e equipamento orto-

pédico e similar para doação a instituições e particulares. As instituições e as pessoas, que foram contempladas para receber estes apoios, foram selecionadas através de uma análise dos pedidos, que tiveram como base os critérios definidos nas Normas de Aplicação da Operação Tampinhas. A iniciativa que iniciou em 2006, já conseguiu apoiar 564 entidades e pessoas, com mais de meio milhão e meio de euros em equipamentos. ■

Festival Internacional distingue Paulo Ferreira

Movimento escutista celebra 79º aniversário

O realizador Paulo Ferreira, natural de Gondomar, foi distinguido no festival de cinema Oniros Film Awards, na categoria de Melhor Documentário Curto, pelo seu último trabalho realizado na Islândia “This is our time”. A Gala de premiação decorreu em Saint-Vicent, Itália. O festival tem como principal parceiro a Universal Movies de Hollywood, uma das

O movimento de Escuteiros Adultos da Diocese do Porto, celebrou no passado dia 7 de dezembro, o 79º aniversário. Este ano, Baguim do Monte foi o local selecionado para a celebração de mais uma edição do Dia da Região do Porto. O evento contou com a participação de todos os Associados, dando continuidade e fortalecendo a ligação entre os núcleos escutistas da Região, os agregados que fizeram parte deste momento foram o grupo da Fraternidade Nuno Alvares de Alfena, Bougado S. Martinho, Burgães, Campanhã, Cidade do Porto, Ermesinde, Fânzeres, Nogueira do Cravo, Oliveira Douro, Rebordões, Romariz, Valbom, Vizela (Sto Adrião), assim como a Direção

maiores produtoras de cinema do mundo. Este evento Oniros Film Awards tem como objetivo premiar o cinema independente de qualidade, além disso classifica para a plataforma de cinema do IMDB (Maior base de dados de qualificação de filmes da internet), onde o realizador possuí alguns dos seus trabalhos listados. O lema do evento é “Dream big, Always!” (Sonhe alto, sempre!) ■

Regional de Braga e da Direção Nacional. A comemoração contou ainda com o discurso de boas vindas por parte do Presidente da Direção Regional e pelo Presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte. O dia foi celebrado com uma atividade pela freguesia de Baguim do Monte, com uma sessão solene Cultural e por uma Eucaristia concretizada na região. No final deste dia, foi realizado uma cerimónia protocolar onde o Diretor Regional agradeceu a todos os presentes e entregou algumas lembranças. O Vice-Presidente Nacional, aproveitou este momento para agradecer o convite e entregar umas Condecorações a quatro Associados pelo serviço fornecido à Região do Porto. ■


10 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Destaque

“Tenho um espírito de serviço

> António Brás, presidente da União de Freguesias de São Cosme, Valbom e Jovim

Texto: Gabriela Monroy Fotos: Sofia Pinto Para o presidente da União de Freguesias de Gondomar (S.Cosme), Vabom e Jovim, António Brás, os dias começam cedo, por volta das 8h30 da manhã e a sua primeira tarefa é lidar com burocracias que tem que ser resolvidas ou assinadas. Enquanto as deliberava, confessou ser um homem de família e que diariamente tenta implementar esse valor da união nas obras realizadas no seu mandato como presidente. “Esta União de Freguesias, é provavelmente a que contém uma componente social mais forte comparado às outras freguesias do município” declarou. Segundo o Autarca, no setor da Alimentação, a Junta, dispõe dum protocolo com a entidade POAPMC- Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas, onde beneficiam mais de 400 pessoas. Simultaneamente, a União de Freguesias tem uma parceria com o Banco Alimentar onde é distribuído cerca de 70 a 120 refeições, sendo que tudo depende do valor de alimentos que recebem do Banco e da necessidade que cada indivíduo possuí. A Junta de S. Cosme e Valbom detêm uma Loja Social, aberta à comunidade, onde os artigos são todos recebidos de uma forma gratuita. Posteriormente são vendidos a um custo simbólico (0.50 até 5 euros). A verba arrecada nestes esta-

belecimentos serve para pagar o aluguer duma casa solidária onde a Junta acolhe alguns sem abrigos que estão dispostos a estar em comunidade, porque segundo o presidente “muitos não querem ajuda”. Por volta das 9h, começou por fazer uma visita guiada às instalações da Junta, onde fez questão de apresentar ao Vivacidade, todos os funcionários que fazem com que ela funcione. Após mostrar os cantos à casa, conduziu-nos à Universidade Sénior, que se localiza a 5 minutos a pé, do edifício da autarquia local. Para o autarca, o estabelecimento é um dos maiores “orgulhos” da freguesia pelo que consegue conquistar diariamente. Neste momento, António Brás, é chamado ao seu dever, onde participou numa atividade em parceria com a Câmara Municipal e a Amnistia Internacional sobre o dia dos direitos humanos, neste evento partilhado com a turma de informática da Universidade Sénior, o Presidente assinou algumas cartas que alertavam para situações preocupantes da atualidade. Ao longo da visita à Universidade Sénior, foi diversas vezes abordado para ouvir alguns problemas apresentados pelos cidadãos que estavam presentes, educadamente, retirava-se para um local mais isolado e apontava tudo o que lhe era comunicado, quando retornou, confessou que: “Eu digo muitas vezes às pessoas, que se eu tiver que tapar um buraco onde diariamente passam 200 pessoas, e outro onde passam 5, é óbvio que irei tapar

primeiro o de 200 pessoas, o problema é que as essas pessoas não gostam de ouvir isto, gostam é de ter o seu primeiro concluído, no entanto a nossa prioridade será sempre o que abrange mais cidadãos. Eu não sou uma pessoa de dizer sim, eu digo sim, mas também sei dizer não” concluiu o Presidente. Com cerca de 48 600 habitantes na União de Freguesias, António Braz revela que é muito complicado a Junta conseguir cobrir todos os problemas, principalmente porque os recursos são muito limitados, o dirigente menciona ainda que tentará sempre resolver o máximo de pedidos possíveis. Por volta das 10h40, dirigimo-nos ao cemitério de Gondomar (S. Cosme), onde

> Visita à Universidade Sénior de Gondomar

revelou ao Vivacidade que “é um dos que dá mais complicações”, prossegue explicando que a algum tempo atrás, a autarquia deparou-se com o problema “de falta de terreno”, e revelou que “neste momento estamos a considerar ampliá-lo”, no entanto confessa “que a nível de orçamento é muito difícil”. António Brás menciona ainda que, as “cremações começam cada vez mais a ser frequentes, e cada vez mais se nota uma mudança cultural”, segundo o mesmo, estima-se que o método das cremações, na localidade, aproxima-se ao valor de 15% dos funerais ocorridos, este facto ajuda para “a diminuição da procura de terrenos”. No entanto, destaca a questão da falta de espaço como uma das suas maiores preocupações, porque segundo o próprio, “os terrenos estão quase todos vendidos às famílias e precisamos de os aumentar, apesar que, de momento não estou a considerar fazê-lo por causa do aumento da procura das cremações, no entanto temos que gerir os espaços com muito cuidado”. O responsável pelo cemitério, Sr. Jorge, revelou em conversa que “as pessoas como não têm lugar nos jazigos, optam por cremar os parentes”, são ocorrências pontuais, mas que acontecem. Ás 12h00, dessa manhã, realizou uma visita guiada às instalações da cantina social que serve refeições diariamente a mais de 20 pessoas da Freguesia. O intervalo para o almoço chegou, e por volta dás 12h30- 13h o presidente fica ausente, exceto quando ocorrem compromissos de trabalho. O relógio marca 14h e é altura de voltar ao trabalho. De novo com o presidente, partimos em direção à Junta de Valbom. Enquanto não chegávamos ao nosso destino, o autarca confessou que procura dar atenção por igual a todas as freguesias, mas admite que “dentro da União há uma Freguesia, que possui uma certa ruralidade que é Jovim, por exemplo a nível de cobertura de saneamento, esta localidade possui a cobertura mais pequena que é cerca de


VIVACIDADE DEZEMBRO 2019 11

Destaque

público” 80%, enquanto que em Valbom e S. Cosme, possuímos uma cobertura de quase 100%”. O presidente tem a consciência de que os passeios em Valbom e S. Cosme, são melhores do que em Jovim, mas refere que a autarquia está “a fazer um esforço para mudar essa realidade”, visto que foi uma das suas promessas eleitorais. O autarca aponta ainda que desses deveres que prometeu à população, tem feito um esforço para os cumprir, como por exemplo o ambiente, onde a Junta tem vindo a adotar várias medidas, “uma delas é o papel da sensibilização junto à população, à câmara e a outras entidades, outro exemplo de medida realizada é a da requalificação do Rio Torto, que juntamente com a Câmara temos um grupo de pessoas que estão a tratar dessas águas”, o edil menciona ainda que “os resultados não são imediatos, mas temos consciência que mexemos e que as nossas ideias estão a fazer o seu curso, no entanto leva o seu tempo”. Chegando ao local, Junta de Freguesia de Valbom, teve de se ausentar para presenciar uma audiência com a população local. Terminada a sessão, que no qual o Vivacidade não teve acesso, o autarca teve que diligenciar alguns documentos. Ao apresentar o edifício, dá-nos a conhecer uma parceria da Junta com o projeto Vintage for a cause, no qual a Câmara Municipal também apoia. Saindo do edifício autárquico, seguimos para o armazém da União das Freguesias, onde encontra-se todo o material de trabalho dos funcionários da autarquia. “Deste armazém partem os trabalhadores responsáveis pelas reparações das ruas, das sargetas e dos jardins que neste momento são por volta de 50 e tal à nossa responsabilidade”. Chegando ao local, dános a conhecer uma parceria que a Junta realizou com a Lipor de recuperação dos equipamentos velhos. “Todos podem doar e usufruir deste protocolo, no entanto damos mais prioridade às pessoas da nossa freguesia, principalmente as mais

> O autarca na loja social de São Cosme

carenciadas”. Após explicar o projeto, participamos com a equipa responsável, numa doação de um equipamento eletrónico a um Jardim de Infância. Efetuado a entrega partimos para o cemitério de Valbom, onde o Presidente necessita de tratar de algumas burocracias, enquanto estamos a dirigir para o local, o presidente declara que “o projeto do metro do Porto, embora não esteja ainda fechado, já se encontra em concurso público, e a nossa ambição é trazer uma linha até Gondomar” referindo que o único entrave é o orçamento que tem que ser disponibilizado, “temos que ver que estamos a falar de um projeto com um custo igual ou superior a 500 milhões de euros, e a nossa ambição é que uma parte desses milhões sejam destinados à nossa linha”, o autarca refere que “mesmo que a decisão seja tomada em 2020, só teremos metro por volta de 2025/2026”. Para o presidente, enquanto isto não acontece o seu objetivo é de melhorar a mobilidade dos Gondomarenses nos transportes Públicos, “temos

um novo projeto, que já se encontra em execução em que iremos melhorar algumas linhas de autocarros, e vamos ainda incluir novos trajetos que facilitem o acesso mais rápido ao Porto”, um dos intuitos deste projeto é que algumas linhas sejam direcionadas diretamente a Campanhã, outra iniciativa implementada de sucesso foi o passe único, que por palavras do próprio “facilitou imenso o transporte dos cidadãos dentro da localidade”. Ainda na vertente do ambiente, o autarca acrescenta a novidade de um investimento de 5 milhões de euros, na construção de um novo parque urbano no centro de Gondomar, que certamente será um grande pulmão verde da cidade, o projeto já foi aprovado na Câmara e encontra-se em execução, no entanto, neste momento estão na fase de expropriação de terrenos, estima-se que a conclusão deste projeto será em 2021. Simultaneamente, na Ribeira da Archeira, em Valbom, “estamos a fazer um passadiço” que irá de Gramido até ao pavilhão Multiusos, um inves-

timento de 1.8 milhões de euros, para além disto, o autarca revela que estão a realizar um alargamento de estrada na rua Capela da Lagoa, localizado na Freguesia de Valbom, que espera que “no primeiro trimestre do próximo ano esteja concluída”. Pelas 16h dirigimo-nos rumo à Junta de Freguesia de Jovim, que após lidar com as burocracias que estavam pendentes, realizou uma visita guiada pelo estabelecimento, onde constatou que o seu executivo sentiu a necessidade de realizar obras de requalificação ao edifício, sendo que, foi incluído um espaço cidadão, onde o utente tem ao seu dispor um local para diligenciar muitos assuntos respetivos à Administração Pública. O dia do Vivacidade com o presidente acabou por volta dás 17 horas, visto que o mesmo tinha uma reunião com o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, no qual a imprensa não podia ter acesso. No entanto, António Brás revelou que o seu horário não é constante, dado que os seus dias dependem da sua agenda. ■

> António Brás também visitou a loja social de Valbom


12 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Sociedade

10º Aniversário da Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho No dia 3 de dezembro a Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho, comemorou num jantar entre irmãos o 10º aniversário da associação. O evento contou com a presença do Presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Francisco Laranjeira e Sofia Martins, representante da Câmara Municipal de Gondomar. O início do convívio que decorreu no restaurante “O cardeal”, em Baguim do Monte, contou com um minuto de silêncio em homenagem a todos os confrades e confreiras que faleceram. Num segundo momento, decorreu o entoamento do

lema com todos os convidados presentes. O jantar começou a ser servido e não faltaram elogios aos pratos servidos. O Chanceler Mor, Paulo Araújo, aproveitou o momento para expôr o programa elaborado para o 10º Grande Capítulo e para relembrar o quão importante é a colaboração de todos os irmãos e entidades públicas nas atividades desenvolvidas ao longo do ano. O Presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Francisco Laranjeira, referiu que estaria sempre disponível para apoiar a Confraria a conseguir alcançar os seus objetivos. Como representante da Câmara Municipal de Gondomar, Sofia Martins enalteceu o trabalho positivo que a Coletividade tem desenvolvido ao longos dos anos e mencionou que o Presidente, Marco Martins, estaria sempre disposto a apoiar a Confraria. No final do jantar, cantaram os parabéns e cortou-se o bolo. Em comunicado, ao VivaCidade, a Confraria divulgou que o seu programa começa dia 26 de janeiro com um evento na Casa da Cultura de Baguim. ■ PUB

PUB


PUB


14 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Sociedade

Viva Prevenido Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália

Já afasto os braços para ler… isso é Presbiopia? Já deu por si a afastar uma folha de papel para conseguir ler? Não consegue ver as letras pequenas dos rótulos ou das bulas dos medicamentos? Os seus braços já não são suficientemente compridos para poder ler o jornal? Esta dificuldade é normal e resulta da evolução das estruturas oculares – Presbiopia. Costumo dizer aos meus pacientes que é como ter cabelos brancos ou rugas... A boa notícia é que a presbiopia não é uma doença, corresponde a um processo natural de envelhecimento que atinge todas as pessoas a partir dos 40/45 anos. A má notícia é que não há como evitar a presbiopia e tende a agravar-se até cerca dos 60/65 anos, altura em que pode estabilizar. Além da dificuldade em ler, sintoma que se agrava quando se tenta ler com pouca luz e ao final do dia, pode ocorrer fadiga ocular, lacrimejo, ardor e mesmo dores de cabeça, sobretudo se a profissão exigir muita leitura. Manchas na visão de perto e visão turva momentaneamente quando existe transição entre a visão de perto e de longe, também são sintomas frequentes. Para lermos ou fazer algo ao perto (a uma distância de cerca de 40 cm) precisamos de ter uma capacidade de acomodação de cerca de 3 dioptrias. Quando começamos a perder essa capacidade de acomodar, vamos ter a imagem desfocada ao perto. Isto acontece porque o cristalino fica maior e menos flexível, os músculos ciliares, por mais que se contraiam, não conseguem torna-lo tão curvo de forma a aumentar o “zoom” e a imagem não se forma na retina, mas atrás desta e a visão ao perto está diminuída. Chegou a hora de usar consultar o seu especialista da visão. Habitualmente o problema corrige-se com a utilização de óculos. Para muitos será a primeira vez. Existem vários tipos de lentes correctoras da Presbiopia, como as lentes simples de leitura ou lentes de meia-distância, as lentes progressivas ou também lentes de contacto multifocais. Para o aconselhar sobre as lentes mais adequadas às suas necessidades e expectativas, o especialista terá de conhecer as suas actividades, quer profissionais, quer de lazer. Se acha que está a passar pelo processo da presbiopia consulte um optometrista ou oftalmologista de forma promover o diagnóstico e tratamento adequados para o seu caso.

Gondomar na Turquia por GFORCE No passado dia 4 de dezembro, realizou-se na Turquia, a quarta reunião Transnacional no âmbito do projeto GFORCE- Green Schools for Circular Economy, que pertence ao programa europeu “Town Twinning Action between Turkey and the EU Grant Scheme”. No evento esteve presente o município de Espiye (Turquia) e a União das Freguesias de Gondomar (S.Cosme), Valbom e Jovim, juntamente com a associação de defesa do ambiente de Campo Aberto. Como representantes dos parceiros portugueses en-

contra-se João Constâncio, por parte da Junta de Freguesia e António Braz, Presidente da União de Freguesias de Gondomar- S. Cosme, Valbom e Jovim e coordenador local do projeto, em nome da Campo Aberto esteve Ana Torres. Liderado pelo município turco, o projeto originou na assinatura do “Protocolo de Geminação entre cidades- importância e compromisso futuro”, autenticando as boas práticas ambientais- Reduzir, Reciclar e Reutilizar, que agora serão implementadas na região turca de Espiye. ■

Voluntários reconhecidos em Gondomar No dia 5 de dezembro, o Banco Local de Voluntariado de Gondomar realizou uma ação de reconhecimento dirigida a todos os voluntários. Atualmente, esta instituição Municipal conta com 10 anos de valorização do trabalho e acolhe 380 voluntários inscritos. Durante o dia o público presente teve a oportuni-

dade de conhecer a Rota de Filigrana, com a realização de workshops e visitas ao Cindor e à Casa Branca de Gramido. Em nota enviada à imprensa, a Câmara Municipal de Gondomar reconheceu e enalteceu o trabalho e a disponibilidade de todos os voluntários que participaram no evento. ■


PUB

PUB

PUB


16 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Sociedade

Rio Tinto bate Record com 45 árvores de Natal No dia 6 de dezembro, o Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca inaugurou juntamente com o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, 45 árvores de Natal no Largo do Mosteiro. Mais um Natal, mais um concurso de Árvores Natal Solidárias que contou com a participação de estabelecimentos de ensino públicos e privados e de algumas coletividades da Freguesia de Rio Tinto. O presidente da Câmara Municipal, Marco Martins, recordou aos presentes a origem desta iniciativa que “começou nas rotundas” perto das escolas e que agora com a ajuda da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia conseguiram um sítio melhor para exibir todos os trabalhos realizados por estas instituições. Aproveitou ainda o momento

para felicitar todos os envolvidos que colaboraram para que tudo fosse possível. “Este ano temos 45 árvores, um record” afirmou Nuno Fonseca, Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, que constatou que “as árvores estão de facto espetaculares”, e destacou todo o empenho que esteve envolvido por parte de todos os trabalhadores. Em conversa com o Vivacidade, o Presidente da Junta revelou ainda que “as árvores de natal são uma iniciativa com muita visibilidade para a Junta, o álbum das árvores no Facebook já ultrapassou as 114 mil visualizações. É uma grande iniciativa de Rio Tinto e já nos leva a projetar um evento muito maior para o próximo ano, porque já é um dos grandes acontecimentos que temos.” O próprio referiu que as votações já estão abertas e que o vencedor é anunciado no dia 24 de dezembro. Nuno Fonseca, aproveitou o momento para anunciar à população que no dia 22 de dezembro, pelas 11 horas, irá decorrer a chegada do Pai Natal ao Torreão da Quinta das Freiras, em Rio Tinto, que

vai contar com a Casa do Pai Natal, Canhões de Neve, Bombons e Duendes, e algumas personagens encantadas. Em simultâneo, no dia 21 e 22 de dezembro irá circular gratuitamente para todas

as crianças no parque urbano de Rio Tinto, um comboio elétrico. Todo este programa poderá sofrer ligeiras alterações caso as condições atmosféricas sejam adversas. ■

“Retratos de Dor” – Denuncie! Peça ajuda! No intervalo dos dias 29 de novembro a 2 dezembro, a Biblioteca Municipal de Gondomar acolheu a exposição Retratos de Dor, que surge no âmbito do Plano de Ação da Divisão de Cidadania e Participação da Câmara Municipal, este projeto assinalou o Dia Internacional para a eliminação da violência contra as mulheres. A exposição ‘Retratos de Dor’ relata histórias verídicas de mulheres que outrora viveram momentos de violência com os seus companheiros, ou daqueles que mais amavam. Muitas acabaram por morrer e outras marcadas psicologicamente e fisicamente para a vida. As situações de violência retratadas na exposição que resultaram na morte das vítimas foram recolhidas, através das entidades como a CIG e a APAV, mas também da Comunicação Social, visto que eram notícias de interesse nacional. Os outros depoimentos, tiveram origem em

situações concelhias que foram facultadas aos organizadores da exposição, pela Cruz Vermelha Portuguesa e pela delegação de Gondomar/ Valongo que no município orienta a Estrutura Silêncio Quebrado. Os nomes utilizados são todos fictícios. A composição da exibição foi realizada através de sapatos que representavam as vítimas. Quando questionados pela sua simbologia, a equipa da Divisão de Cidadania e Participação referiu “Os sapatos têm sido utilizados por diversas vezes em inúmeros cenários de tomada/alerta de consciências como é a situação dos campos de concentração de Auschwitz I e Auschwitz II (Birkenau) ou do Monumento Sapatos às Margens do Danúbio em Budapeste.” Os trabalhos realizados nos “sapatos das vítimas” foram previamente elaborados por alunos do Agrupamento de Escolas n. º1 de Gondomar; Agrupamento de Escolas n. º3 de Rio Tinto; Escola Secundária de S. Pedro da Cova; Externato Camões; ActualGest; Cindor; EPG- Escola Profissional de Gondomar; Universidade Sénior de Gondomar; Movimento Sénior da União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova. A iniciativa teve como propósito envolver os jovens e seniores numa causa que requer a atenção social. Segundo os organizadores, o Dia Interna-

tional para a eliminação da violência contra às mulheres, “é um dia de alerta, é um dia de chamada de atenção que nos ajuda a criar a consciência sobre esta realidade, quer na sociedade em geral , quer daqueles que passam ou se encontram a passar por uma situação de violência”. Os dados facultados pelo departamento de Divisão da Cidadania e Participação da Câmara Municipal revelam que em Gondomar, no ano de 2017 foram acompanhadas 115 ocorrências, no ano 2018, foram seguidas 134 situações de violência, e este ano, em Gondomar, o número de situações acompanhadas desceu para 87 casos. Aorganização do evento esteve a cargo do município de Gondomar e respetiva

equipa técnica (Diana Gomes e Joana Silva). Que remetem um alerta para todos os que estão a passar por uma situação semelhante, “Denunciem! Peçam ajuda! - Falem com Familiares, amigos ou vizinhos. Dirijam-se a estruturas locais do nosso concelho e denunciem- Delegação de Gondomar/Valongo: Estrutura do Silêncio Quebrado; Todos estamos aqui para ajudar!” Após a exibição na biblioteca, a exposição poderá ser visitada nos estabelecimentos de ensino de Gondomar, assim como nas Universidades e Movimentos Seniores. Posteriormente, será ainda divulgada a possibilidade das autarquias locais e movimentos associativos, receberem a exposição “Retratos de dor”. ■


PUB

PUB


18 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Sociedade

Associação Juventus da Triana: "Câmara, junta e patrocinadores são o nosso suporte" O Vivacidade esteve à conversa com José Monteiro, atual Presidente da Juventus da Triana, que revelou um pouco da história e dos princípios deste clube Gondomarense, situado em Rio Tinto.

Texto: Gabriela Monroy Fotos: Sofia Pinto Como surgiu a Juventus da Triana? Conte-nos um pouco a história da associação. A associação foi fundada em 21 de Setembro de 1974, numa brincadeira com seis amigos Manuel Azevedo, Leonel Cruz, José Costa, Francisco Jesus e Jaime Mirancos, era uma sede que tínhamos por baixo da nossa atual sede, mas não é do meu tempo, os antigos dizem que a Sede foi durante um ano no café Vilar, e depois é que houve uma pequena sede noutro sítio, na Triana. Foi assim que começou, com uma brincadeira destes sócios, alguns já falecidos, temos o “Manelito”, que desde que nós assumimos esta direção, há 8 anos, fazemos um torneio em homenagem a esse fundador. Neste momento temos inscritos na associação cerca de 100 atletas. Desde o início foi futsal? Começou com o futebol de 11, tanto feminino como masculino e, atualmente, é só futsal. Houve algum motivo para a transição de futebol para futsal? Não, foi uma opção mesmo. Quais foram as dificuldades iniciais? Hoje em dia, acho que é mais compli-

cado do que era antigamente. Estou aqui há 8 anos como diretor e vai fazer 3 anos que sou presidente e denoto uma diferença muito grande de há 3/4 anos atrás, por exemplo, nesta casa é tudo gratuito, temos treinadores que estão cá e não são remunerados, a direção igualmente, os jogadores pagam uma cota de 12,5€ para cobrir lanches, equipamentos, vamos buscá-los a casa para os treinos e para os jogos, levámo-los a casa também e tentamos dar aquilo que podemos. Acho que neste momento é muito complicado montar uma equipa de futsal porque alguns jogadores e mesmo algumas equipas técnicas já exigem valores, os miúdos não, mas acho que antigamente jogavase com mais amor à camisola, hoje em dia já não se nota tanto isso, os pais deveriam de se envolver mais no desporto, apoiando os filhos durante os jogos e fazendo com que tenham mais amor e respeito pelo o outro, tendo sempre em conta que são crianças em ambas as equipas e que precisam de muito apoio e desportivismo por parte dos pais. Considera que o futsal em Portugal tem o devido reconhecimento? Em questões de apoios, e falo por experiência, são bons, tanto da Câmara, como da Junta e mesmo dos patrocinadores, acho que não ajudam mais porque não podem, isto é o que eu sei. Em relação a assistências acho que deveria de haver mais respeito por todas as equipas de futsal. Considera que o futsal é fundamental para a vida destas crianças e jovens? Sem dúvida alguma. Esta zona tem muitos bairros sociais, muitos miúdos andam nas rua, normalmente temos até olheiros que os trazem para aqui e, hoje em dia, em vez de andarem pelas ruas, estão aqui connosco, vamos buscá-los e levámo-los a casa, temos um, o Igor, que já foi campeão de rua, já foi homenageado pela Câmara Municipal de

> José Monteiro, presidente da Juventus da Triana

Gondomar, tem agora 19 anos e começou aqui na Triana. Apoiamos estes miúdos naquilo que podemos e acho que eles também conseguem distinguir aquilo e aqueles que lhes fazem bem dos que fazem mal e o futsal é muito essencial para eles, fazlhes muito bem. Acredita que no seu clube tem jovens promessas, quem sabe, no futuro, façam parte da seleção? Sim. As equipas são mistas, femininas, masculinas, como estão organizados? Neste momento temos feminino e masculino, mas, há um ano atrás, tínhamos misto, porque os infantis iniciados podem ser mistos. A partir daí tem de ser separado em feminino e masculino. Temos uma academia que montamos este ano, Juventus da Triana Arpa, já temos a volta de 20 meninos. Depois temos os juvenis femininos, temos os juniores femininos e temos os seniores femininos. Temos juniores masculinos e seniores masculinos. Neste momento são os escalões disponíveis. Como funciona a inscrição? Após terminar a época, começamos em agosto a recolher jogadores. São inscritos na Associação do Futsal do Porto, através dumas fichas que temos, eles chegam cá e dizem que querem jogar, costumamos ter um treino, a chamada “pré-época”, o treinador normalmente não manda nenhum miúdo

embora, quer jogue bem ou não, ficam sempre aqui, porque hoje podem não saber jogar, mas com o tempo vão melhorando. Levamos as fichas de inscrição até a associação do futebol do Porto e ficam inscritos. Quais são as dificuldades que estão atualmente a enfrentar? Temos sempre dificuldades, gerir uma coletividade com 100 atletas, mais equipas técnicas, temos a nossa sede, carrinhas que todos os dias fazem muitos quilómetros não é fácil, as dificuldades são sempre muitas, mas temos quem nos ajude, vamos sobrevivendo. Neste momento têm algum projeto futuro? Neste momento apostamos na academia de futsal, estamos com meninos dos 4 anos até aos 10 anos porque depois passam para os infantis. Esta academia está aberta a quem quiser entrar, para mais tarde, temos lá os nossos treinadores, sacá-los para os infantis da Juventus, ou, quem sabe, para outro lado. Gostávamos de umas instalações novas, de ter um pavilhão nosso, mas Têm alguma coisa que queira acrescentar? Eu gostaria de deixar um agradecimento à direção e às nossas mulheres, que são incansáveis no apoio que nos dão. Temos aqui uma pessoa que, para mim, é o pilar da associação, que é o nosso tesoureiro, Manuel Pinto, é uma pessoa excecional, é tesoureiro, mas faz de tudo! ■


PUB

PUB PUB


20 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Entrevista VivaCidade

Pedro Abrunhosa: “Na proximidade o amor é

Texto e fotos: André Rubim Rangel Estando a um ano de completares 60 primaveras e olhando para trás, peçote que elejas o teu pódio de vida: que momentos, do ouro ao bronze, colocarias em 1.º, em 2.º e em 3.º lugar? Em primeiro lugar, o facto de poder continuar a exercer a minha profissão por todo o mundo; a mobilidade que ser músico traz e com muita qualidade de vida. Claro que não refiro a minha família, porque nunca falo das minhas atividades pessoais, só profissionais. Em segundo lugar, escrever canções e tocar um instrumento, porque como diz o Caetano Veloso: “como é bom saber tocar um instrumento”. Permite-me esvaziar alguma da ansiedade e da angústia das preocupações, melhor que o cidadão comum que não o faz. E em terceiro, o bronze, o facto de poder estar permanentemente saciado intelectualmente e a vontade de aprender e de melhorar. Nessa vontade de aprender e de melhorar sentes que ainda te falta aprofundar algo e que queiras conhecer melhor? Ora bem, a questão é exatamente essa! Não há nada que não me apeteça aprofundar. É precisamente o contrário: dáme a sensação que não está nada feito, que eu não fiz nada. Por isso a canção «Fazer o que ainda não foi feito», que escrevi em 2010. Representa a vontade de

andar para a frente num caminho onde tenho a permanente sede de fazer/construir e de conhecer/aprender. Cada vez que ouço música nova, que me fascina – há coisas que me tocam profundamente –, transporta-me para um local de “endurance” minha, com a sensação que a vida é muito curta para fazer aquilo que quero. Houve alguma transformação interior em ti fazendo com que o estilo das tuas músicas, os próprios temas e a profundidade dos mesmos melhorasse com o tempo? No fundo, sentes-te como um vinho do Porto? Eu acho que a condição humana, enquanto estamos lúcidos e com saúde, permite que o raciocínio se torne melhor, sobretudo na área do criador, do artista que se dedica à criação. O arquiteto, por exemplo. Temos um caso exemplar na nossa cidade, que é o Arq. Siza Vieira. E o Arq. Souto Moura também. Não pelos prémios que têm, porque a obra deles mantém uma consistência e uma evolução de insatisfação total. Estão constantemente insatisfeitos com o que fizeram. Portanto, a próxima obra vai alicerçar-se nos 50 anos de trabalho e vai ser diferente. É essa a diferença entre ter um trabalhador do foro da criação ou ter um do foro físico ou burocrático. O artista, se reunir algumas condições, não envelhece. Esse envelhecimento traz um amadurecimento e uma visão mais serena e mais conhecedora sobre as matérias que produz. No caso

concreto da escrita de canções, acho que tenho amadurecido e trazido uma visão mais consistente sobre a palavra. Um desses teus temas profundos, intemporais e imortais, exprime que indubitavelmente “é urgente o AMOR”. Consideras que muitas pessoas estejam muito doentes para não entenderem isto, para não quererem o amor ou se afastarem dele, para estarem ocupadas e preocupadas com o que não brota do amor? Afinal, o que se passa com elas?!... Pois… O Cesariny tem um poema – e fiz entretanto um espetáculo só com poemas dele – que diz: “O amor é o que nos resta do sagrado”. E, realmente, é verdade! O amor é aquilo que nos diverge dos animais. O ser humano é um ser que ama. Nós não sabemos se os animais amam, eles procriam. O amor é algo que faz, por exemplo, com que o ser humano empatize à distância, coisa que nenhum animal faz. Ou seja, nós preocupamo-nos com o outro que está do outro lado do planeta. E não o conhecemos. Mas empatizamos com ele, com o seu sofrimento. Quando existe um terramoto no Haiti a Humanidade organiza-se, mobiliza-se. Os animais não o fazem. Isso é amor! O homem também ama a natureza. Isso é amor! O animal tem “consciência” daquilo que o rodeia e ponto final… Mas por que é que há esses que não se empatizam com nada nem com alguém?

Essa é a questão. O amor está na distância, como vimos, mas também está na proximidade. Na proximidade o amor é mais urgente, não podemos adiar o coração. “Não podemos adiar este amor por outro século”, palavras também do poeta. Nós já não morremos pela Pátria, já não morremos por uma ideologia, já não morremos pela fé – a não ser os fundamentalistas, os loucos –, isso não é amor. Nós morremos por aquele que amamos, somos capazes de dar a vida por aqueles que amamos! Pelos nossos filhos, pelos nossos pais, pelos nossos queridos. E este é o sagrado, aquilo pelo qual trocamos a nossa vida. Para mim, o amor é o sagrado: hipotecarmos a nossa existência para darmos qualidade àqueles que amamos. É com toda esta ascensão que chegaste ao teu mais recente álbum «Espiritual». Trata-se dum reflexo nesta busca da espiritualidade, de nos sentirmos mais próximos do transcendente ou divino, no desejo da paz e na trilogia do bem, bom e belo? Sim. Eu sou agnóstico, não sou crente, mas a espiritualidade não existe somente na religião. A espiritualidade é uma característica humana. Existe na curiosidade, no ato criativo – como já falamos –, na investigação, na ciência. Tudo aquilo que é inquietante é espiritual, tudo aquilo que não é inquietante é imaterial. Essa espiritualidade laica, do homem, interessame. Aquilo que estraga o transcendente e


VIVACIDADE DEZEMBRO 2019 21

Entrevista VivaCidade

mais urgente, não podemos adiar o coração” o mistério é a explicação. Apesar de a fé não me satisfazer eu sou profundamente espiritual. Não costumas muito falar da tua vida pessoal, nem antes ouvíamos sobre a história inspiradora dos teus pais tanto tempo juntos, até à morte de tua mãe. Isso quebra-se com o tema “Pode acontecer”. Como foi essa experiência e o que mais achas que pode e deve ainda acontecer? Eu “exorcizei” esse tema nos Coliseus ao mostrar, pela primeira vez, uma foto dos meus pais. E havia a empatia naquelas quatro salas cheias, no Porto e em Lisboa; demonstrou aquele amor que falávamos. Foi muito interessante para mim expulsar isso. Eu aprendi muito com os meus pais, através do amor, da partilha, da busca do conhecimento. A minha mãe era uma pessoa católica e o meu pai – que ainda é vivo – não. Creio que aprendi com os dois esse equilíbrio e o respeito de um para o outro, sempre, durante este tempo todo! Tive uma infância e uma adolescência muito feliz, porque tive a felicidade de ter dois pais repletos de amor. É assim que vejo a minha vida: uma vida preenchida com eles e com a Cidade. Eles eram os dois do Douro e da Beira Alta, havendo uma ligação ao granito do Porto que me faz muito feliz.

Sendo tu um músico completo e carismático, como reages aos prémios recebidos dos muitos discos vendidos, entre outros; às manifestações do público sempre que esgotas um espetáculo, onde te entregas de forma calorosa; sempre que aderes a um evento solidário e social, etc.? Tudo faz parte. Quanto aos prémios fico satisfeito – é como um estudante que ao fazer um exame quer tirar boa nota nele –, mas não fazem a carreira. Se não os receber também não. Não foi o Nobel que fez o Saramago. Por isso, os prémios têm um valor meramente simbólico. Mais importante é ter subido agora aos palcos, num ambiente espiritual/silencioso, e começar o espetáculo sozinho com 4.500 pessoas. E continuar o espetáculo sozinho. Depois vem um músico. E outro músico mais. E sentir o respeito do público por aquela interioridade, porque o público está habituado que eu faça uma grande festa – quando o espectáculo acaba em festa. Portanto, este percurso que se vai construindo com a cumplicidade do público mostra esse respeito e essa admiração. Por outro lado, saber que essa minha música ajuda – como a música de outros me ajuda a mim – a ultrapassar momentos muito difíceis da nossa vida. Tenho tido essas reações do público.

Sendo tu um ilustre Portuense conheces certamente um município vizinho, Gondomar, onde se focaliza este jornal. Que impressões e sensações, dos espaços e do público, te ficaram das vezes e circunstâncias distintas em que atuaste já em áreas deste concelho? Eu sou Portuense, mas o meu bisavó era de Gondomar! Foi ele quem fundou o Grande Hotel do Porto, era uma ilustre figura gondomarense. Abriu com o seu dinheiro. O Porto conviveu com ele, beneficiando muito com ele. Esse hotel foi o primeiro de luxo no Porto e no Norte, onde recebeu muitas altas individualidades. Eu tenho o livro de honra do hotel, com essas assinaturas. Gondomar acabou por impor ao Porto essa personagem e a minha ligação à cidade. Agora, da última vez que atuei em Gondomar, há uns 3-4 anos, o concerto estava marcado para o Multiusos – absolutamente fantástico, de muitíssima qualidade e uma acústica excelente. Mas começaram a haver muitíssimos pedidos e tivemos de o transportar cá para fora, ao ar livre e completamente repleto de multidão! Foi dos melhores espetáculos de rua da nossa digressão. Ainda hoje recebo feedback desse espetáculo, de quanto nos divertimos e de quanto as pessoas se divertiram connosco. Um problema na área metropolitana do Porto, que não é de agora, é a falta dum planeamento mais alargado e diversificado da linha de metro, para evitar que todas as linhas fizessem a mesma dezena de paragens que têm em comum. Com isto o centro de Gondomar ficou desprovido e há a promessa ou especulação de que virá a ter metro no futuro… Que comentário teces a este assunto? Eu acho que o Metro tem de satisfazer as populações onde elas estão. Gondomar é um núcleo imenso populacional. Portanto, é fundamental. Acompanhei essa polémica quando o atual secretário de Esta-

do das Infra-estruturas era presidente da Metro do Porto e sei que o metro – apesar das dificuldades que tem tido, ao fazer a linha cor-de-rosa por exemplo e ao alargar agora até à Junqueira/V.N. Gaia – está a considerar a hipótese de ir até Gondomar. É fundamental que isso aconteça rapidamente, porque as metrópoles que estão à volta da Cidade e que constituem a área metropolitana do Porto têm de ser trazidas à imagem das cidades médias, como Amesterdão ou Porto Alegre (Brasil), em que a rede faz uma espécie de espiral. Essa ligação futura beneficiará os dois concelhos. Muito recentemente, abriu no Porto – como já havia em Lisboa – um Museu da Filigrana. Ora sendo Gondomar a cidade emblemática da ourivesaria e dos ourives, e que possui a «Rota da Filigrana», causa-te estranheza que não tenha sido aqui criado esse museu? Não posso pronunciar-me sobre isso. Sei, por exemplo, que o Museu do Traje em Viana do Castelo representa a arte da joalharia minhota e está em Viana. Por isso, faria sentido – aos meus olhos de leigo – que Gondomar estivesse representado nesse aspeto. Mas Gondomar, ao longo de muitos anos, sofreu de um certo atraso da gestão autárquica. Nunca foi feito um grande investimento na área da cultura, ao que depois veio a ser corrigida pelas novas vereações. Portanto, essa lacuna infra-estrutural está agora a ser ultrapassada: Gondomar pode perfeitamente trabalhar em conjunto com a área metropolitana e com o Porto, para chamar a si a responsabilidade da «Rota da Filigrana» e estabelecer aí o grande núcleo com a Escola, com a Academia, no trabalhar com a joalharia e o design de jóias – que está na moda –, ter um polo universitário centrado em Gondomar com esse fim, com um museu e uma série de atividades para os quais Gondomar é uma cidade atenta. ■


PUB


VIVACIDADE DEZEMBRO 2019 23

Gondomarenses lá fora...

Miguel Gomes: “O meu objetivo é sempre voltar, infelizmente não vejo condições em Portugal para criar um futuro independente” Natural de Soutelo Rio Tinto, Miguel Gomes, com 24 anos, decidiu deixar a sua terra Natal, em busca de um futuro melhor. Atualmente, com 27 anos, desvendou tudo sobre a sua aventura ao Vivacidade. Qual a tua formação académica? Após terminar o ensino secundário ingressei no ISEP, no curso de engenharia química, no entanto desisti após alguns anos quando decidi ir para Inglaterra. O que é que te levou a emigrar? O facto de não me ter relacionado muito com as disciplinas do meu curso fez com que, em certo momento, me sentisse um pouco perdido, sem grandes perspetivas para o futuro. Foi aí que decidi emigrar quando surgiu a oportunidade através de um amigo. As condições de trabalho eram aliciantes relativamente ao que se vive em Portugal. Não pensei duas vezes. Porquê Inglaterra? Inglaterra porque as condições de trabalho oferecidas, inclusivamente para trabalhos não qualificados, são bastante superiores em relação a Portugal. Também se vive com uma mentalidade mais aberta e isso reflete-se na progressão pessoal e profissional. Quais as diferenças que encontraste nos primeiros meses? A cultura é muito diferente? A tua adaptação foi fácil? As diferenças mais evidentes são claramente o clima e a gastronomia, que é inexistente. É um país muito cinzento na maior parte do ano, e a nível de alimentação o melhor é mesmo habituarmo-nos a cozinhar em casa, senão corremos o risco de praticar uma alimentação só ao nível de feijões e bacon. Outra diferença notória é a educação e abertura de mentalidades dos britânicos, são um povo bem-educado e disponível. Aqui não há espaço para preconceito ou discriminação. A nível cultural há algumas diferenças. Aqui tomam-se as refeições mais cedo e a nível de diversão noturna tudo termina bem mais cedo em relação a Portugal. A alimentação baseia-

se muito em fritos e gorduras e não há muito a cultura de comer peixe. Também não podemos esquecer o típico chá das 5, e claro está, o Pub. A minha adaptação foi relativamente fácil já que as diferenças não são tão extremas quanto isso. Atualmente, qual é a tua profissão? Sempre estiveste ligado à área? Fala-nos um pouco sobre isso. Atualmente sou coordenador de operações no maior armazém de distribuição da Europa, na cidade de Reading. É a primeira experiência na aérea da logística e transporte que estou a ter. Comecei como simples operário de armazém, um trabalho puxado fisicamente, três anos depois trabalho em frente a um computador e sou responsável pelo bom funcionamento das operações no armazém. Continuas a seguir as notícias em Portugal? Sim, tento acompanhar a atualidade portuguesa, quer através da Internet ou através da família e amigos, e pelo que tenho visto, não voltarei tão cedo, infelizmente. Diz-me uma diferença que gostarias de implementar em Portugal que consideres relevante em Inglaterra? Em Portugal muito dificilmente se arranja trabalho decentemente remunerado sem qualquer diploma ou curso e mesmo experiência. Aqui em Inglaterra mais que tudo valoriza-se muito a atitude e vontade de aprender, o que abre muitas portas nas mais diversas áreas sem ser necessário altas qualificações. Porque é que te vais mudar para Escócia? A mudança para a Escócia prende-se principalmente com a diferença no preço das rendas. Em Inglaterra o mercado imobiliário no geral é muito inflacionado. Outro ponto em consideração é o facto de a Escócia ser um país com uma belíssima arquitetura paisagística e com um estilo de vida menos acelerado quando comparando com Inglaterra. E não esquecer, o Brexit, claro! Sentes falta dos teus? O contacto é fácil? Sim, sempre fui muito ligado aos meus amigos e família, com o tempo torna-se mais fácil suportar a ausência deles, até porque o contacto é diário, quer através de mensagens ou videochamada. Tento sempre visitar com frequência.

Pensas um dia voltar? Se sim, quando? Sim! O meu objetivo é sempre voltar, infelizmente para já não vejo condições em Portugal para criar um futuro independente. Quem sabe dentro de uns aninhos! O que é que te causa mais nostalgia do nosso país? Sair à noite para o café com os amigos, ouvir asneiradas típicas, discutir futebol com paixão, passear na baixa com todo aquele mar de gente, a vizinha do lado a espreitar

pela janela... Enfim, podia estar aqui o dia todo! Já que estamos na época natalícia? Como é o Natal em Inglaterra? É muito diferente do nosso português? Costumas passar o Natal em Portugal? O natal em Inglaterra é semelhante, menos o bacalhau e as rabanadas! Infelizmente desde que emigrei não passei nenhum natal em Portugal por motivos profissionais. No próximo ano será diferente! ■


24 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Sociedade

EPG - Dia do diploma OPINIÃO Joana Simões

Está a pensar comprar a crédito? Quando pede um empréstimo para comprar um eletrodoméstico, um carro ou até mesmo outro bem ou serviço, está a recorrer a um intermediário de crédito. A loja onde adquire o bem, como o stand de automóveis, são intermediários de crédito, ou seja, são entidades que tratam de todo o processo relativamente a concessão do crédito junto do banco, mas que não podem conceder crédito. Todos os intermediários de crédito para poder exercer a sua atividade são obrigados a registar-se no Banco de Portugal. Antes de recorrer a um intermediário de crédito, tenha alguns aspetos em atenção: ■ Verifique se a entidade está autorizada a intermediar o crédito. Para obter essa informação pode consultar a lista que está disponível no site do Banco de Portugal; ■ Verifique se tem de pagar pelo serviço de intermediação de crédito. Há intermediários de crédito que estão impedidos de cobrar aos clientes qualquer remuneração. ■ O intermediário de crédito tem que lhe fornecer gratuitamente um documento onde constam todas as características do crédito, designadamente a Ficha de Informação Normalizada. ■ Explore toda a informação pré-contratual sobre o serviço de intermediação de crédito. Faça uma análise a todos os documentos. Se entender que a entidade não agiu de acordo com a sua atividade, faça uma reclamação e envie-nos a sua denúncia. A DECO, através do seu Gabinete de Proteção Financeira, criou um Observatório das Práticas de Concessão de Crédito que tem como objetivo promover a análise, divulgação e o acompanhamento da evolução das práticas de concessão de crédito. Temos como objetivo contribuir para um maior nível de proteção dos interesses financeiros dos consumidores e, consequentemente, para a prevenção do sobre-endividamento.

Para mais informações consulte o site: www.gasdeco.net DECO: deco.norte@deco.pt Protocolo DECO/Município de Gondomar: gac@cmgondomar.pt ;telefone: 224 660 536 (ext. 2036)

No dia 8 de novembro 2019, a Escola Profissional de Gondomar organizou mais uma edição do Dia do Diploma. A noite foi de festa, tendo sido animada por alguns momentos artísticos proporcionados por alunos e colaboradores da escola. Esta teve como objetivo homenagear e entregar os diplomas aos alunos que terminaram o seu percurso escolar no ano letivo 2018/2019, quer no âmbito dos Cursos Profissionais, quer dos Cursos de Educação e Formação de Jovens, bem como dos adultos que certificaram as suas competências no Centro Qualifica. Além da entrega de

diplomas, foram também atribuídos prémios de mérito aos alunos que se destacaram nas seguintes áreas: assiduidade, melhor desempenho / aproveitamento, melhor trabalho académico na área tecnológica e, por fim, o prémio de melhor aluno. Este evento teve casa cheia, com alunos e seus familiares e contou com a representação de prestigiadas entidades públicas da região, nomeadamente o vereador da CMG, José Fernando Moreira, os membros da U F Fânzeres e S P Cova, Marlene Castro e Ivo Capas, o diretor do Centro de Emprego de Gondomar, Eduardo Serrão, a presidente da CPCJ, Liliana Martins, o presidente da ACIG, Graciano Martinho, os representantes da FAPAG, Carla Borjesson e José Manuel Ribeiro e em representação da FCCG, Cidália Santos. ■


PUB

PUB


26 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Sociedade

APPC homenageou voluntários

A 5 de dezembro, data em que se assinala o Dia Internacional do Voluntariado, a Associação do Porto de Paralisia Cerebral reconheceu todos aqueles que, nesta instituição, “dão” um pouco de si aos outros. O Centro de Reabilitação da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) foi o local para uma singela homenagem às voluntárias e voluntários que, diariamente, colaboram nas atividades desenvolvidas por clientes, familiares e colaboradores. Abílio Cunha, Presidente da Direção da APPC, destacou o “grande empenho de todos e a evidente mais-valia do contributo prestado”, realçando que já desde o nascimento da instituição, em 1974, “o Voluntariado sempre foi encarado como instrumento essencial para o sucesso”. Foi pela voz do cliente António Miguel Carvalho que ficaram os agradecimentos a “um grande grupo de pessoas que, hoje,

são fundamentais na nossa intervenção”. Amélia Couto e Joaquim Moreira, dois dos voluntários em funções na APPC, e ambos de Gondomar, retribuíram os agradecimentos. “Quando se ama o que se faz, ajudar não custa”, defendeu Amélia Couto. E desafiou os presentes na cerimónia para seguirem o seu exemplo “sendo ainda mais felizes ao ‘dar’ um pouco de si aos outros”. Joaquim Moreira, apesar de ter uma experiência mais recente enquanto voluntário na APPC, realçou emocionado “o muito que tenho aprendido”,

destacando que, de facto, “se recebe muito mais do que aquilo que se dá (em termos de tempo e dedicação)”. Em dia festivo, além da homenagem aos voluntários e do posterior convívio, houve ainda oportunidade para uma curta apresentação de elementos do “Era uma vez... Teatro” que fizeram um “retrato” (usando o humor e o sarcasmo) de algumas das dinâmicas e das vivências diárias entre clientes da Associação do Porto de Paralisia Cerebral e a sua equipa de voluntários.

O Voluntariado na APPC tem por missão complementar e qualificar as ações diárias dos colaboradores da instituição, nunca substituindo as tarefas desempenhadas por estes, num espírito solidário, de proximidade e de gratuitidade do tempo “oferecido” por cada voluntário. Procura-se, sempre, corresponder às expectativas e necessidades de ambas as partes – no sentido de contribuir para o bem-estar de todos e, por isso, atingir o propósito de se ter uma vida com (ainda) mais qualidade. ■

PUB


PUB


28 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Reportagem VivaCidade

O Natal é, por tradição, uma época vivida em família, junto daqueles que mais amamos, com alegria, contudo, nem todos podem viver esse espírito como os reclusos do Estabelecimento Prisional que o VivaCidade visitou. Texto e fotos: Carlos Almeida No total são quase 80 os reclusos nesta instituição, privados da liberdade pelos crimes que cometeram, passam estes dias entre atividades que ajudam a colmatar a distância de casa e a ausência dos que são mais queridos. “Tentamos que esta época seja passada com bastante dinamismo para eles estarem ocupados. Os reclusos participam na decoração do EP, preparam a festa de Natal, que este ano acontece dia 19 de dezembro, em associação com uma escola com quem trabalhamos, o que lhes dá uma vivência desta quadra, não só do dia de Natal propriamente dito. Todos os anos organizamos um almoço de Natal com os familiares, aqueles reclusos que o pretendam fazer só têm que nos comunicar e nós preparamos uma refeição para que possam ter esse momento em família”, conta-nos a diretora Maria José Ferreira. Apesar destas atividades desenvolvidas na instituição há prisioneiros que preferem a tranquilidade da cela para passar estes dias, nada que Maria José Ferreira não esteja já habituada pela longa experiência que tem, contudo, são situações às quais a própria diretora e os guardas prisionais se mantêm atentos para evitar situações de

tensão ou depressão que possam existir entre os reclusos. “Nesta altura de Natal estamos mais atentos, nomeadamente às situações em que sabemos que eles estão mais frágeis, em especial aqueles que sabemos que têm falta de apoio familiar. Sabemos à partida quais são as situações a que devemos estar mais atentos e estamos sempre alerta. Pode acontecer uma situação inesperada, por exemplo, com a saúde de um familiar de algum recluso mas nesse caso eles também sabem que estão à vontade para nos falar dessa situação para que nós, dentro do possível, minimizemos qualquer questão. Da experiência que eu tenho aqui é sabido que há sempre reclusos que preferem não ter uma participação ativa nestes momentos, ficam mais recatados, mais pensativos, algo que nós respeitamos desde que não haja ali algum problema, como uma depressão, por exemplo. Eles sabem que estão à vontade para viverem esta época da forma que quiserem, com as devidas condicionantes de estarem reclusos. Este é um estabelecimento prisional de pequenas dimensões logo o acompanhamento que fazemos em relação aos reclusos é muito próximo, conhecemos todos pelo nome e estamos por dentro da situação de cada um, o que faz com que as situações nunca cheguem a ser demasiado graves”. Também António Pereira, Guarda Principal

deste EP nos fala sobre essa preocupação, apoiado nos já muitos anos de experiência neste serviço. “Para quem está recluído esta nunca é uma época fácil, é uma altura em que se fala e pensa muito na família e eles acabam por estar privados de muita coisa aqui dentro. Tentamos estar atentos a qualquer situação que possa acontecer, sabemos que há reclusos que nesta altura se fecham mais, ficam mais recatados e acabamos por ter mais atenção a estes homens. Se não quiserem participar nas atividades não são obrigados,

há quem prefira isolar-se, só temos que nos manter vigilantes com possíveis situações de depressão de algum detido, nesses casos temos que agir em conformidade”. Patrick Albuquerque, tem 41 anos e depois de dois natais vividos em reclusão, este ano conseguiu uma saída precária para passar esta quadra em casa, junto da família. “É difícil, estamos longe dos nossos familiares e das regalias que lá fora temos, estamos privados da nossa liberdade, é normal. Ir a casa este ano é muito bom,


VIVACIDADE DEZEMBRO 2019 29

Reportagem VivaCidade é algo a que só damos valor depois de se perder. Fizemos algo de errado e estamos a cumprir uma pena mas não é uma situação fácil para ninguém, são as consequências da vida”. A possibilidade de ir a casa durante o Natal é, por agora, uma expectativa para outro dos reclusos, Pedro Fonseca de 36 anos, que nos confessa que passa estes dias com alguma ansiedade enquanto a resposta não chega. “Já tenho tido algumas saídas precárias e neste momento estou à espera da resposta para saber se consigo passar este Natal em casa. Há alguma ansiedade e nervos mas também muita esperança em receber um resposta positiva. O Natal é a data que mais gosto de celebrar e estar aqui é complicado, mesmo com o afeto que recebemos dos guardas e da diretora, ajuda a ficar mais leve mas, quando vamos para a cela e ficamos a pensar nos nossos familiares custa muito”. Discurso diferente tem Cristiano Carvalho de 32 anos, já sabe que passará o Natal longe da família. Com filhos menores, este recluso não esconde o sofrimento marcado nos olhos lacrimejantes enquanto fala à nossa reportagem. “É complicado, com muitas saudades dos filhos, da mulher, da família… é complicado mas temos que ter força. A família é o que faz mais falta, em especial nesta altura que se fala tanto nos momentos em família. Esta é a primeira vez que estou preso e não quero voltar, numa época tão especial como esta damos ainda mais valor ao que perdemos, ao sermos privados da nossa liberdade, e faz-nos refletir nisso. Tenho alguns amigos e familiares aqui e sempre dá para nos sentirmos um pouco mais reconfortados, o problema é quando chega a hora de recolher e temos de ir para as nossas celas, é nesse momento que começamos a pensar e numa noite como a de dia 24 isso custa ainda mais, só queremos que chegue o dia seguinte”. Para amenizar o sofrimento são várias as atividades organizadas na instituição, desde o almoço com a família até à festa de

Natal, organizada em parceria com uma escola com a qual o estabelecimento tem um acordo e onde os reclusos participam com momentos musicais e algumas peças de teatro. Também na noite de consoada os reclusos vivem momentos diferentes com o típico bacalhau à hora de jantar, o bolo-rei e uma visita da diretora e do Chefe dos Guardas que aproveitam o momento para dar umas palavras de conforto aos homens que ali se encontram, bem como uma pequena lembrança para marcar o dia. “Por hábito, no dia da Consoada eu e o Chefe de Guardas vimos cá sempre ao jantar para estar um pouco com eles, dar-lhes umas palavras de conforto e esperança e damos também uma lembrança individual a cada recluso. É a forma de dizermos que estamos com eles nestes momentos, e eles gostam disso. Há familiares que estão mais longe e que não vêm cá com regularidade que nesta altura nos pedem para fazer uma visita, são situações às quais damos uma atenção especial porque são pessoas que não estão cá e em especial nesta altura tentamos que seja possível fazerem essa visita ao seu familiar ou amigo. Tem que haver um lado humano nas nossas decisões, em especial numa época como esta”, conta-nos a diretora Maria José Ferreira. A mesma ideia é partilhada pelo Guarda principal António Pereira que sublinha que esta é uma forma de fazer os reclusos sentirem mais reconfortados. “Durante esta época vamos tendo diversas atividades, desde a festa ao almoço que eles fazem com a família ou a noite de consoada em que a diretora e o chefe de guardas vêm estar um pouco com eles, dar uma palavra de conforto e uma lembrança. São momentos importantes para que eles não se sintam abandonados aqui, estão reclusos mas são seres humanos e isso é importante”. Esta atenção aos reclusos é também sublinhada pelos três homens com quem a nossa reportagem falou, confessando que apesar de todo o sofrimento são momentos que aju-

dam a passar as dificuldades do isolamento daqueles que lhes são mais importante. “O Almoço de Natal é um momento bom porque nos permite estar com a família, não é só a nós que custa esta situação, para eles que estão lá fora longe de nós também não é fácil. As palavras que nos dizem de esperança e força são reconfortantes mas aquilo que queremos é ir para a cela, adormecer e esperar que esta noite passe rapidamente. Podemos estar presos por ter cometido um crime mas temos sentimentos e uma época como esta é sempre um momento difícil em especial para aqueles que não têm uma ligação com as famílias por isso também nos tentamos apoiar um pouco uns aos outros, este é um EP que não é muito grande por isso acabamos por ser mais próximos uns dos outros”, conta-nos Pedro Fonseca. Entre as diversas atividades, a que Cristiano Carvalho destaca é o almoço com a família que lhe permite estar algum tempo com os filhos. “Fazemos uma festa onde nós participamos com músicas, peças de teatro ou outras atividades relativas à época. O almoço de Natal que fazemos com a fa-

mília é a melhor parte, é uma vez no ano e para mim, que tenho filhos é ainda melhor. É especial, temos um pouco mais de tempo com aqueles que gostamos, posso dar de comer aos meus filhos, por exemplo, e isso é muito bom, mesmo sendo uns dias antes do dia de Natal. Na consoada comemos bacalhau e também nos dão bolo rei, filhoses e um pequeno cálice de champanhe. Patrick Albuquerque, o detido que este ano já passará o Natal junto da família, refere a atenção da diretora e do chefe dos guardas são um dos momentos mais importantes, pelo lado humanizante do gesto. “Temos a festa de Natal que é feita com a escola, temos a consoada e mesmo a diretora e o chefe dos guardas fazem questão de nessa noite nos dar uma pequena lembrança e algumas palavras até para nos ajudar a suportar esta reclusão. Só o facto de receber uma lembrança da diretora, por exemplo, é muito bom para nós, faz-nos sentir que não somos esquecidos, que não estamos aqui abandonados a um canto. Podemos ter cometido um crime mas isso não significa que tenhamos de ser colocados de parte, esquecidos”. ■


30 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Sociedade

Debate Social: Violência em Grupos Vulneráveis No dia 5 de dezembro, decorreu o debate social sobre a Violência em Grupos Vulneráveis, no auditório do Gold Park de Gondomar, que trouxe à conversa o tema da violência entre crianças, terceira idade e pessoas com incapacidades físicas ou psicológicas. O evento contou com a presença Miguel

PUB

Cardoso, diretor da Segurança Social do distrito do Porto, em representação da Câmara Municipal de Gondomar a Vereadora Cláudia Vieira, o Presidente da IPSS Vai Avante, Fernando Duarte e Madalena Oliveira, professora e investigadora Universitária na área social e de direitos humanos. ■

PUB

PUB


VIVACIDADE DEZEMBRO 2019 31

Universidade Sénior comemora o Natal Foi em clima de alegria, animação e união que a Universidade Sénior de Gondomar celebrou e desejou um Feliz Natal a todos os presentes. O evento contou com a presença da Vereadora Aurora Vieira, como representante da Câmara Municipal de Gondomar e o Presidente da União de Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, António Brás. O Presidente descreveu a Universidade Sénior como uma “Fábrica de Felicidade” que dá vida a muitas pessoas e referiu que a Universidade é o orgulho de Gondomar,

prometeu ainda “Tudo faremos para que o projeto seja cada vez melhor e maior”. A vereadora Aurora Vieira relembrou ainda que “O tempo não para e temos que aproveitar a capacidade de apreender e ensinar uns com os outros”, constatou. O programa da festividade contou com recitais de poesia, com a atuação do Grupo Coral, com o espetáculo do grupo de Violas e cavaquinhos, com a orquestra de acordeão, com a participação da Turma de Zumba, com a representação do Grupo “Os teatreiros” e com a atuação da tuna da Universidade. ■

2ª Bienal de Arte da Vila de Fânzeres ganha reconhecimento internacional A União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, em parceria com a ARGO inaugurou, no dia 12 de dezembro, a segunda exposição de trabalhos da Bienal de Artes. A Edição deste ano teve como tema “O povo”, que consistiam em desenhos de caricatura e humor. O evento contou com a participação de quase 30 países e 200 trabalhos, “tivemos uma dimensão internacional que não estávamos à espera” menciona Maria José

Cardoso, Vice-presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. Na inauguração esteve presente um dos premiados com menção honrosa, António Gaspar natural de Lisboa, que elogiou o evento e a qualidade dos trabalhos. A exposição está patente até ao final do mês de janeiro de 2020, na Biblioteca de Fânzeres e ARGO. O evento contou com o patrocínio oficial da Global Trade. ■

Sociedade PUB


32 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Sociedade

Actual Gest: Pratos típicos - livro de receitas

Pelo o ambiente ou pela receita?

Os formandos/as da Actual Gest – Formação Profissional, arrancaram com o desenvolvimento do seu projeto transdisciplinar que culminará na criação de um livro de receitas de pratos típicos de cada região do concelho de Gondomar. A entidade formadora, certificada pela DGERT, abarca formação no âmbito do sistema de aprendizagem e disponibiliza cursos que permitem obter uma certificação escolar e profissional, privilegiando a inserção no mercado de trabalho e favorecendo a componente de formação realizada em contexto de empresa. Neste campo de acção, três turmas do 2.º ano do curso de “Técnico de Cozinha/

No passado mês de novembro, a Assembleia Municipal de Gondomar aprovou o aumento de lugares de estacionamento pago, com o objetivo de ordenar o espaço do município, promovendo a descarbonização e a utilização de transportes públicos ou modos suaves de deslocamento. A previsão proposta, é um aumento de 860 lugares atuais para 3070 num futuro próximo que irá cobrir as zonas de S. Cosme, Rio Tinto, Areosa e Fânzeres. O valor pago será gerido por

Pastelaria” e do curso “Técnico de Restaurante/ Bar”, juntaram-se com o objetivo comum de criarem um Livro de Receitas inovador que engrandeça o concelho de Gondomar e ao mesmo tempo difunda as práticas e os saberes adquiridos em formação. Envolvidos e motivados na concretização deste projeto transdisciplinar, em que se promove o trabalho em equipa, o sentido de responsabilidade e de autonomia de cada formando/a, a Actual Gest, conta com o apoio do projeto Escolhas E7G – P@ssport’IN Go!, que se têm afigurado como fundamentais para a potencialização deste projeto. ■

uma empresa que irá cobrar a quantia de 60 cêntimos por hora, entre as 9 e as 18 horas. A CDU acusa o executivo da câmara de triplicar os lugares de estacionamento pago para benefício da receita municipal, visto que os transportes públicos nesta zona são insuficientes ou até inexistentes. O partido reforça ainda que deveria de haver um aumento de estacionamento gratuito, um reforço de horários nos transportes, e que é importante cumprir o projeto do Metro para o centro de Gondomar. ■

PUB


VIVACIDADE DEZEMBRO 2019 33

União de freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova recebeu Bandeira Ecológica A União de Freguesias, revalidou o Galardão de ECO-Freguesia XXI, atribuído pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE). Pelo segundo ano consecutivo, a União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, recebeu a Bandeira Ecológica pelas medidas ambientais adotadas dentro da Freguesia e pela quantidade de Eco escolas que possui. Em conversa com o Vivacidade, Pedro Vieira, Presidente da Junta de Freguesia refere que “o prémio serve de exemplo para outras Juntas adquirirem, nos seus espaços físicos, um trabalho ecológico e de eficiência para que o nosso ambiente possa também ter

melhores condições de vida. Basta que cada pessoa contribua um pouco para que isso seja possível”, confessou o autarca. A entrega da bandeira foi realizada no dia 4 de dezembro. A Junta de Freguesia recebeu também o prémio Freguesia + Eficientes pelas medidas adotadas no Edifício, o prémio possui um valor monetário de 3.500 euros. O Presidente acrescenta que “o valor monetário que está no cheque é um valor simbólico que será descontado nas compras que iremos realizar para a reabilitação da eficiência energética do edifício, por exemplo, colocar lâmpadas LED e outros equipamentos mais eficientes”, concluiu. ■

Sociedade

Hospital Escola Dr. Fábio Almeida Médico Urologista

Incontinência Urinária Feminina A incontinência urinária feminina é um tema actual e comum na nossa sociedade. Estima-se que cerca de 10 a 12% das mulheres sofram regularmente de incontinência urinária. As perdas urinárias tanto podem estar associadas ao esforço (ao tossir, rir, levantar pesos) como a um peso na bexiga, um desejo inadiável de urinar e aumento da frequência urinária de dia e noite, podendo ocorrer em qualquer idade da mulher, mas são mais comuns a partir dos quarenta anos.

PUB

Existem alguns factores de risco associados à incontinência urinária feminina, dos quais se destacam os traumatismos do parto, a obesidade e as alterações hormonais. Ainda hoje a incontinência urinária pode ser um tema constrangedor e muitas pacientes escondem as suas queixas. Contudo devemos conscientemente questionar as pacientes, pois no caso de sofrerem desta patologia a sua cura, com os tratamentos que hoje dispomos, é muito elevada, na maioria dos casos. A consulta de Incontinência Urinária Feminina do Hospital Fernando Pessoa (HE-UFP), tem como objetivo a detecção e avaliação completa das pacientes com queixas de incontinência urinária no sentido de proporcionar um tratamento curativo e evitar, muitas vezes, um sofrimento silencioso que pode trazer consequências físicas e emocionais muito graves para as pacientes. O HE-UFP também dispõe dum tratamento de LASER vaginal com o objectivo de reforçar a musculatura do pavimento pélvico com resultados muito promissores, podendo em muitos casos evitar a cirurgia clássica, mais invasiva. Estes procedimentos são centrados na especialidade de Urologia, contando com o apoio e colaboração de outras especialidades médicas e técnicas, nomeadamente a Ginecologia e a Medicina Física e de Reabilitação.


Jornal VivaCidade 19/12/2019

PUB

FAPAG

COMUNICADO A FAPAG (Federação das Associações de Pais do Concelho de Gondomar), única e exclusiva, de direito e de facto, representante das Associações de Pais do Concelho de Gondomar, emite o seguinte comunicado: 1. A FAPAG enquanto Federação dotada de Utilidade Pública recebeu, em 12 de dezembro um “convite” e/ou “repto” insidioso para a tomada de posse, no Auditório da Escola Secundária de Gondomar, de uma “estrutura” designada “União Concelhia de Associações de Pais de Gondomar” (UCAPG). 2. Foi intentada uma pesquisa na internet, verificando-se que este organismo foi constituído em 04Nov2019 (coincidentemente, no Brasil, o Dia do Inventor), constando a sua sede no Largo Luís de Camões - 4420 - 183 Gondomar (novamente, em "coincidência"com o endereço da Escola Secundária de Gondomar) e, quanto aos seus estatutos, pretendem ter como base subjacente as “associações de pais e encarregados de educação” do concelho de Gondomar”. 3. Atendendo que ainda vivemos num Estado de Direito, a FAPAG alerta, por este meio, que o Movimento Associativo Parental (MAP) é reconhecido desde 1977 e é sustentado em princípios perenes, tais como: a) Uma associação de Pais por escola, com órgãos eleitos em Assembleia Geral de Pais e Encarregados de Educação”; b) Direito de uma associação de pais se filiar numa estrutura concelhia, sempre por deliberação da sua Assembleia Geral o que, no caso do concelho de Gondomar, é realizada na única Federação, legalmente reconhecida há cerca de 30 anos - a FAPAG; c) Direito de uma associação se filiar numa Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP - Confederação Nacional das Associações de Pais) 4. O edifício jurídico (inclusive constitucional) das associações, no essencial, firma que podem existir associações sobrepostas, mas sem sobreposição territorial, porquanto só pode existir uma associação de pais por escola que lhe autorize o nome, isto é, onde existe uma Federação não pode haver uma União, a menos que essa união resulte da decisão das assembleias gerais das entidades que a constituam. 5. Anotada a irremediável circunstância, a FAPAG, face ao inusitado “convite” desta intitulada UCAPG, suscita as seguintes questões; a) Qual foi a Assembleia Geral Constituinte que criou a dita União? Onde tal ocorreu? b) Quais as Associações integrantes dessa Assembleia Geral (não queremos aceitar a suspeita que tenham sido Associadas efectivas da FAPAG que, ainda no corrente ano integraram uma lista que foi apresentada a eleições para os órgãos da FAPAG)? c) Esses elementos, em nome das respectivas Associações de Pais, eram portadores, à data da constituição deste nado morto, das actas das respectivas Assembleias Gerais para se desvincularem da FAPAG - se for o caso - e a promover a constituição da dita União? d) Quem compõe os órgãos estatutários? e) Porque se manifestam, de forma fraudulenta, às Associações de Pais de Gondomar com o engodo de se associarem gratuitamente na CONFAP, o que sabem ser violador dos Estatutos desta Confederação? 6. A FAPAG, na defesa intransigente das suas Associadas, considera ainda que a usurpação em curso pode criar um conjunto de situações de ingerência nas atribuições federativas, desse modo confundindo as Associações de Pais associadas da FAPAG (aliás, no email de envio desse “convite” desta estrutura atípica e marginal, é usado, propositadamente, o termo “Federação”, numa clara intenção de mistificar o conceito); pode gerar situações anómalas e indeterminadas às demais instituições publicas de Gondomar, enfim numa premissa de divisão do MAP em Gondomar, anulando a representatividade do que quer que seja, sabe-se lá com que objectivo. 7. Só por má-fé se pode ignorar que a acção desta UCAPG é manifestamente ilegal e. por isso, a FAPAG, ciente da sua responsabilidade, compromete-se, perante as suas Associadas e em prol da erradicação das ilegalidades patenteadas e falta de transparência deste processo, em não reconhecer este nado morto, designado UCAPG e para além da difusão deste documento pelas várias instituições e comunidades escolares, sociais culturais e outras ligadas com a Educação em Gondomar, na Região e no País, iremos, preparandonos para o pior e de acordo com os elementares princípios da transparência e legalidade, denunciar as irregularidades, que se nos apresentam tão claras, para decisão sufragada pelas autoridades competentes do nosso Estado de Direito. 8. Por conseguinte a FAPAG, não se desertando dos seus objectivos, atesta que sempre pugnou no intento de colaborar com as instituições e as comunidades educativas e escolares, de forma a concretizar um ambiente saudável para mais e melhor Educação e exorta os decisores dessa UCAPG (numa pretensão, em dialética hegeliana, de “assalto”, a todo o custo, à legitimidade da FAPAG)que abandonem as interpretações enviesadas não descortinando que tais acções, fundamentalmente, acabam por prejudicar o MAP de Gondomar, reiterando-se que esta FAPAG encontra-se disponível para a colaboração/cooperação que se entenda por necessária. O CE da FAPAG (deliberação de 16Dez19)


PUB


36 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Sociedade POSTO DE VIGIA Manuel Teixeira

* Professor Universitário e investigador do CEPESE (UP)

Costa prepara desquite a prazo de Mário Centeno 1 – Mário Centeno entregou nesta segunda-feira, ao Presidente da Assembleia da República, o seu quinto Orçamento de Estado. E, muito provavelmente, esta será a última vez que ele repetirá o ritual da entrega da mágica PENE com as previsões das contas públicas para um novo ano económico. Ou seja, mal termine o seu atual mandato como presidente do Eurogrupo, no próximo verão, Centeno deverá rumar a um novo cargo, abandonando também o gabinete de ministro das finanças. É público e notório que Centeno não está interessado em manter-se como ministro das finanças até ao fim da legislatura. Verdadeiramente o seu principal desejo é vir a ocupar um cargo internacional de relevo. Mas é igualmente verdade que Centeno tem um plano “B”, desta feita dentro do país: ser Governador do Banco de Portugal. Ora, conjugando os calendários, tudo lhe corre de feição. No próximo verão termina o seu mandato no Eurogrupo, data que coincide com o fim do mandato de Carlos Costa à frente do banco central. 2 – No que ao Banco de Portugal diz respeito, Centeno tem a faca e o queijo na mão. Granjeou prestígio, em Portugal e na Europa enquanto ministro das finanças; ascendeu a presidente do Eurogrupo, em Bruxelas; teve sempre uma pedra no sapato em relação ao atual governador do BP, Carlos Costa; e enquanto ministro das finanças tem uma importantíssima palavra a dizer sobre o futuro governador. Logo, o lugar só não será seu se algo de melhor lhe surgir pela frente nos palcos internacionais. Resta saber, para completar a equação do seu próximo destino, o que pensa António Costa sobre tudo isto. Mas é público e notório que o Primeiro-Ministro já deu início ao processo de desquite do seu “Ronaldo das Finanças”, plano que pretende concretizar a prazo, e sem dor. A única dúvida que existe é saber se Costa e Centeno têm um guião concertado entre os dois, ou se apenas cada um procura rodar os espelhos de acordo com as conveniências pessoais de cada momento. 3 – Sejamos claros: António Costa conseguiu na anterior legislatura tudo o que queria e lhe convinha sobre o desempenho de Mário Centeno na gestão das finanças públicas. Aceitou fazer de conta que dava todo o poder a Centeno, apenas e só porque estava apostado em equilibrar o défice. Fechou os olhos às cativações porque via nelas a válvula de segurança para impedir derrapagens nas contas públicas. E desprezou os serviços públicos e os grandes investimentos porque receou não ter dinheiro para tão ambiciosos planos. Em todos os casos, Costa deixou que se instalasse a ideia generalizada que o sovina era Centeno. Como se o chefe do governo não fosse o chefe dos ministros e das políticas públicas. Mas deu-lhe jeito que Centeno figurasse como o mau da fita. Da mesma forma que agora lhe dá jeito aliviar um pouco as torneiras, e até deixar que vários ministros surjam numa espécie de braço de ferro com o titular das finanças. E no fim vem a cereja no bolo: Costa desautoriza Centeno em pleno Conselho Europeu, ao rejeitar a sua proposta de orçamento comunitário. Numa palavra: há equívocos que servem a todos…

Federação das Coletividades comemora Bodas de Prata No dia 14 de dezembro, foi celebrado os 25 anos da Federação das Coletividades do Concelho de Gondomar (FCCG). A entidade, aproveitou o momento para apresentar o lançamento da monografia denominada Federação das Coletividades do Concelho de Gondomar-25 anos. A Biblioteca Municipal de Gondomar foi o local escolhido para a comemoração e o lançamento do novo livro. No evento esteve presente diversas entidades, dentro dos quais antigos e novos dirigentes do concelho. Na celebração foram homenageadas personalidades que contribuíram para o crescimento da Federação e para o desenvolvimento desta obra literária. A produção do livro foi realizada pela própria Federação, a investigação e redação foi efetuada por Ana Sofia da Santa Vilar, a revisão do texto foi por Maria Mendes, a capa foi concretizada por Zumiro Carvalho e a concessão gráfica por Victor

Bertocchini. A obra contou com o patrocínio exclusivo da Câmara Municipal de Gondomar. No seu discurso, Manuel Pinto, atual Presidente da Federação das Coletividades, fez questão de agradecer publicamente a Pinto Vieira, Licínio Oliveira, Alberto Costa, Alzira Braga e Manuel Pereira por todo o empenho que tiveram para com a Federação. Na continuidade, Manuel Pinto, fez questão de referir que “no dia 18 de dezembro numa celebração solene da Associação das Donas de Casa de Gondomar, Valentim Loureiro, atacou ferozmente a nossa Federação”, o dirigente mencionou que o ex-autarca teve a possibilidade de “pedir desculpa publicamente à federação (…) e no entanto nem se dignou a comparecer (…) porque atacar os dirigentes passa, mas atacar à federação é muito grave”, concluiu. No final do seu discurso, mencionou ainda que 2019 “foi um ano especial” e agradeceu ao Presidente da Câmara por “atribuir uma sede oficial que está quase concluída”, findou. Após a cerimónia, ocorreu um momento de convívio, entre os presentes, onde celebraram o aniversário da Federação com o simbólico corte do bolo. ■


PUB

Em caso de fraude comunique A fraude no consumo de energia elétrica prejudica todos. Se detetar algum comportamento, ou situação perigosa, comunique. Pode fazê-lo de forma anónima em edpdistribuicao.pt ou através da APP EDP Distribuição.

energia em rede


38 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Política

10 desafios propostos pela CDU O partido CDU- Coligação Democrática Unitária, propôs 10 desafios para a década 2020/2030, tudo em prol do desenvolvimento institucional e político do concelho de Gondomar. O orçamento proposto visa primeiramente a valorização profissional do pessoal que se encontra ao serviço do município e da população, o reforço dos meios e a requalificação dos atuais parques operacionais. O alívio da carga fiscal dos Gondomarenses e a criação de emprego para combater a precariedade é um dos objetivos do partido, assim como a recuperação do controlo dos serviços municipais e a redução estrutural dos recursos à prestação de serviços. O partido define uma política orçamental que privilegie a captação dos meios financeiros comunitários e nacionais de investimento necessário, priorizando a reabilitação da sede do município, dos equipamentos públicos e a construção e gestão de espaços municipais na área da cultura, do desporto e do lazer. É proposta a valorização das juntas de Freguesia na resolução dos problemas locais e no reforço dos meios financeiros e técnicos, aproveitando a relação de proxi-

midade com a população. O partido sugere a reposição das freguesias forçosamente agregadas. O reforço da mobilidade, é apontado no sexto desafio lançado, sendo assim decisiva a conceção das linhas de metro entre Campanhã, Valbom, Gondomar (S. Cosme), Fânzeres e Estação do dragão. Também é defendida a eliminação das portagens no alto concelho e a defesa da STCP como operadora pública. É pretendida a adoção de uma política urbanística e de ordenamento que assegure a

sustentabilidade e a coesão do território Gondomarense, que combata o desequilíbrio populacional e a especulação imobiliária, que garanta o equilíbrio e continuidade ecológica, que estimule a fixação da população no alto concelho e que crie novos espaços industriais que o município reclama. A CDU sugere a recuperação da qualidade e valorização dos recursos naturais e ambientais de Gondomar, a resolução de problemas urgentes de saneamento e resíduos e a criação de incentivos para que as entidades, as instituições e a população

adotem medidas mais ecológicas. Outro desafio referido é a definição de um modelo de desenvolvimento cultural e socioeconómico que aproveite e valorize os recursos endógenos. O último ponto apresentado na proposta diz respeito à valorização do poder local democrático, que permita a criação de fóruns públicos de discussão e planeamento do presente e do futuro do concelho. A expetativa desta força política é que estes desafios sejam encarados como um contributo para o debate e a ação. ■

Apoios Sociais aos Bombeiros Municipais A Câmara Municipal de Gondomar aprovou, por unanimidade, um documento que regula os apoios fornecidos a todos os homens e mulheres que exercem esta profissão de forma voluntária. O presente documento visa apoiar todas as Corporações de Bombeiros do Município, bem como as suas famílias. A Câmara Municipal pretende reconhecer o mérito destes ‘soldados da paz’ para com a sua população. Na área da habitação e infraestruturas básicas ficou aprovado que os voluntários irão usufruir da redução de 50% no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) até um limite de 500 euros e poderão aproveitar de uma tarifa especial da água, onde será

concedido um benefício estipulado na tarifa social. Ficou também decretado que os bombeiros ficariam isentos de qualquer pagamento de licenças urbanísticas de construção ou requalificação da sua casa, sendo que a única condição imposta é de permanecer na própria durante 5 anos. No domínio da educação e da cultura o

documento menciona a redução de 25% das taxas de inscrição nas iniciativas de Ocupação de Tempos Livres e a redução de 50% nas taxas aplicáveis aos projetos de cariz cultural desenvolvidos pelo concelho. O acesso às piscinas municipais será gratuito, de segunda a sexta feira, das 9 até às 16 horas. No setor social, é distinguido

um subsídio de nascimento, no valor de 250 euros por cada filho. Estima-se que as medidas impostas irão beneficiar cerca de 900 bombeiros, sendo que 400 bombeiros são ativos e 500 constam no quadro de honra do município. A declaração aprovada tem como objetivo de incentivar o ingresso nestas instituições voluntárias. ■


PUB

PUB PUB

DEIXE QUE A NOSSA EQUIPA SE PREOCUPE POR SI CONTACTE-NOS E FAÇA A SUA SIMULAÇÃO

225480542 geral@euriseguros.pt www.euriseguros.pt

CONTE COM A NOSSA EXPERIENCIA DE

50 ANOS EM SEGUROS CONTACTE-NOS E SURPREENDA-SE COM AS CONDIÇÕES QUE PROPOMOS PARA OS SEUS SEGUROS OU OS DA SUA EMPRESA 225480542 251648105

R Boavista 600 - Rio Tinto R Eng Duarte Pacheco Lj 2 – Monção

www.euriseguros.pt geral@euriseguros.pt


40 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Política

Moradores locais descontentes com muro em risco de queda O VivaCidade recebeu este mês uma denúncia por parte dos moradores da Rua do Patronato, em Rio Tinto, onde consta um muro em risco de queda. Os habitantes do local acusam as entidades competentes de ignorarem os pedidos da população.

avançada e muitas vezes as ambulâncias não conseguem chegar até às casas em momentos de emergência sendo obrigados a recuar” “O terreno encontra-se cheio de animais mortos e é um perigo de incêndio”, mencionou Maria Cristina, moradora da localidade, que prossegue referindo que em 2013 realizou o primeiro contato com a Câmara Municipal de Gondomar, e o vereador da

época “que nada fez”. Outro problema apresentado são os assaltos que tem ocorrido na Rua, “os assaltantes escondem-se entre as paredes desabadas do muro e cometem o ato, ainda por cima como a rua nesta zona é escura, dificulta a visibilidade”, menciona Angelina Freitas, moradora do local. Sobre o assunto, Nuno Fonseca, Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, referiu

ao VivaCidade que “é apenas responsável pela notificação dos proprietários, em caso de risco de incêndio e/ou insalubridade. Sendo que, esta notificação já foi efetuada”, conclui. Questionamos ainda o presidente da Câmara que afirmou estar disponível para fazer o alargamento do terreno. Aguarda que a Junta de Freguesia de Rio Tinto lhe faça chegar a autorização do proprietário. ■

A Rua do Patronato, que esta localizada ao lado do passadiço de Rio Tinto é o foco do problema, Fernando Moutinho, representante dos habitantes revelou que o que está a preocupar a população é o muro que está a cair e a falta de limpeza do terreno em causa, onde “acumula-se muito lixo e pragas”, outro problema referido é o “tamanho da rua”, visto que segundo o morador, “a rua tem pessoas de idade

Rua com dupla personalidade em Baguim Baguim do Monte presenteou-nos com uma curiosidade sobre o real nome duma das ruas da Freguesia. Quem pretende subir a rua encontra duas opções. Do lado direito temos a Rua do Paço e do lado esquerdo temos a Rua Quinta do Paço! No entanto, ao chegar ao topo da rua, deparamo-nos com novas opções, prosseguindo pelo lado direito, deixamos

a Rua do Paço e continuamos na Rua Quinta do Paço, e se tínhamos optado anteriormente pelo lado da Rua Quinta do Paço, passámos então a caminhar pela Rua do Paço. Temos assim uma curiosa rivalidade entre esquerda e direita com nomes e Códigos Postais diferentes. ■

Luís Lobo: “É com uma Associação de Pais forte que as escolas também crescem” No dia 18 de dezembro, o auditório da Escola Secundária de Gondomar foi o palco do surgimento de uma nova federação social denominado por UCAP- União Concelhia das Associações de Pais, do Concelho de Gondomar. “O objetivo é potenciar aquilo que é feito nas Associações de pais, e nas escolas em que estas não existam, pretendemos criá-las (…)

é com uma Associação de Pais forte que as escolas também crescem” mencionou Luís Lobo, presidente da direção da Associação UCAP, no seu discurso de tomada de posse. Estiveram presentes na cerimónia o presidente da Federação das Coletividades do Concelho de Gondomar, Manuel Pinto, a vereadora da educação Aurora Vieira e vários presidentes de Junta. ■


PUB

PUB

PUB


42 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Cultura

Grupo Psallite celebra Bodas D’Ouro No dia 23 de novembro, o Grupo Psallite, celebrou as suas Bodas D’Ouro. O local da celebração foi a Igreja da Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Gondomar, que contou com a presença de todos os amigos e apoiantes da Associação.

e, em 2014 atuaram em Espanha no encontro de Coros Galaico-Português. Foi, ainda, o fundador dos encontros de coros em Gondomar, e têm colaborado no “Cantar Portugal”, projeto que apoia diversos corais do concelho de Gondomar. No passado mês de Julho, o grupo conquistou a medalha de bronze, no concurso internacional Vocal Art Choir Competion, na classe de Corais Seniores, que segundo a instituição, “tive-

mos a prenda de anos que veio reconhecer o trabalho e dedicação de todos”. O grupo possui dois CDs gravados, denominados de “Festa da Vida” e “Concerto Natal”, e, em 2011, colaborou na gravação “Alegres na Esperança”. Participou também no CD de comemoração dos 50 anos das “Servas Franciscanas Reparadoras”. Desde 1971, a orientação musical do Grupo diz respeito a José Melo, que aparte da

sua vida profissional, consegue conciliar com as atividades e projetos do grupo. Desde setembro de 1978, até hoje, arcou com a Direção Artística do Grupo. Atualmente, a associação é liderada por leigos, que procuram cooperar com o crescimento da igreja, participando em diversas atividades paroquiais. Desde a sua fundação, o grupo anima através da sua música a Eucaristia Dominical das 11h 30. ■

Foi em ambiente de festa que a coletividade celebrou 50 anos da sua fundação. Em dia de aniversário os presentes assistiram ao concerto D’Ouro, com o maestro Afonso Alves, ao Coral da Banda Visconde de Salreu (Estarreja), ao sexteto de metais e ao próprio coral Psallite, que como a própria organização refere “Juntos, como aqueles amigos de longa data, proporcionamos momentos inesquecíveis de muita alegria e qualidade musical”. Após o espetáculo, na Cripta, seguiu-se o convívio, que serviu para aquecer e alegrar o espírito dos presentes. Segundo a instituição, o momento possibilitou reencontrar aqueles que estavam mais distantes. Recorde-se que o fundador do Grupo Psallite foi Franciscano Capuchinho FR. António Pojeira Dias, e que a instituição foi a primeira de muitas que viria a surgir em Gondomar. A escolha do nome Psallite remonta à necessidade de atender à razão da criação (animação litúrgica das festividades religiosas). No ano 2000, os Psallite realizaram uma tournée pelos Estados Unidos da América

250 anos de história A Igreja Matriz de Rio Tinto realizou no ano de 2018, 250 anos. No seguimento de comemoração deste marco histórico, a paróquia realizou o livro “Memorial- Igreja Matriz de Rio Tinto, 250 anos”. A primeira referência cronológica da Igreja inscrita na lápide exterior do edifício, refere que o ano de construção da mesma remonta a 1768. No entanto, a sua raiz é datada de séculos anteriores. Para comemorar o aniversário da paróquia, foi realizado um conjunto de iniciativas, incluindo a edição de um livro intitulado “Memorial”. A obra ganhou o título de destaque no mês de dezembro de 2019 e janeiro de 2020. A editora da obra é a própria Igreja de Rio Tinto e foi coordenado com o ex-pároco, Justiniano Santos. O livro tem o intuito de ajudar a suportar os custos das obras de requalificação da igreja Matriz. O pack do livro “Memorial” e da medalha comemorativa podem ser adquiridos com desconto na livraria da Autarquia no edifício da sede da Junta de Freguesia de Rio Tinto com um desconto de 25%. ■

III edição dos Cantares ao Menino No dia 15 de dezembro, a Igreja Paroquial S. João da Foz do Sousa, foi o local escolhido para o III encontro dos cantares ao menino. Em clima de festa, o evento contou com a organização e participação do grupo do Rancho Folclórico de Zebreiros e com os convidados Grupo Folclórico da Universidade do Minho (Braga) e o grupo

Folclórico e Etnográfico de Arzila (Coimbra). Em declaração ao Vivacidade, Isidro Sousa, Presidente da União de Freguesias de Foz do Sousa e Covelo, referiu que os Cantares ao Menino é uma tradição antiga que “leva o nome da União de Freguesias a outras localidades do país”, o autarca mencionou ainda que o evento “foi muito bonito e que a Igreja estava repleta de pessoas”, concluiu. ■


VIVACIDADE DEZEMBRO 2019 43

Antevisão das atividades do fim de ano O Vereador da Cultura Luís Filipe Araújo, anunciou ao Vivacidade a antevisão da agenda das festividades que irão decorrer no primeiro mês do ano de 2020. No dia 1 de janeiro, pelas 18 horas, a Banda Musical de Gondomar irá realizar o concerto de ano novo. “No ano passado realizamos pela primeira vez este concerto, que apesar da hesitação, tivemos o auditório lotado” constatou Luís Araújo ao ser questionado sobre o evento. No próximo ano, o encontro nacional das Janeiras decorrerá no dia 5 de janeiro, a organização do evento é da responsabilidade do rancho regional de Fânzeres em parceria com o centro republicano e democrático de Fânzeres, que irá realizar um espetáculo teatral. No dia 6 de janeiro, na sala D’Ouro do Multiusos de Gondomar, irá decorrer o concerto de reis organizado pela orques-

tra portuguesa de guitarra e bandolins juntamente com as vozes da rádio. Este evento, no ano 2018, teve lotação esgotada. A Federação das Coletividades do Concelho de Gondomar, como habitual, irá organizar um concerto com a banda de

S. Cristóvão de Rio Tinto, na cerimónia será efetuado a entrega de prémios do concurso dos presépios. A premiação será realizada no dia 12, pelas 16 horas. O Vereador da Cultura, Luís Filipe, confessou ao Vivacidade que “espera que este ano o

Cultura

sucesso dos eventos seja o mesmo dos anos anteriores”. A entrada para o concerto dos reis terá um preço simbólico, enquanto que os restantes espetáculos serão gratuitos. ■

> Orquestra portuguesa de guitarras e bandolins

Festival de Música de Fânzeres e São Pedro da Cova Pelo quinto ano consecutivo, a União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova está a organizar o Festival de Música, que irá decorrer durante o dia 22 de dezembro e terminará no dia 19 de janeiro de 2020. A vice-presidente da Junta, Maria Cardoso, revelou que o evento irá manter as mesmas características quanto à diversidade de espaços e que tentarão distribuir de forma igualitária os concertos pelos espaços. Segundo a autarca “temos sempre o objetivo de trazer estilos novos, instrumentos novos, novas formações, dando obviamente oportunidade às formações locais, que já são uma prática ao longo destes 5 anos”, Maria Cardoso revelou ainda que este ano, pela primeira vez, irá decorrer um dueto entre Harpa e Oboé e embora já tivessem tido formações Orquestrais, nesta edição irá decorrer uma formação só de violoncelos. A Junta de Freguesia abraçou o projeto da Câmara Municipal de Paredes e convidou

o “ensemble Nyckelharpa Sem Fronteiras”, esta iniciativa da Câmara de Paredes possui uma amplitude internacional. O instrumento é uma das novidades do Festival deste ano e o pretendido é a divulgação do mesmo. Além deste evento, irão decorrer alguns espetácu-

los que são uma referência do festival. A meta deste ano da organização é atrair mais público, assim todos os espetáculos irão decorrer aos domingos à tarde, visto que no ano anterior a adesão nestes horários era maior. A junta refere ainda

> Casa de Esmeriz Ensemble abre Festival de Música

que “julgo que vai ser um festival que vai deixar mais uma vez uma marca de êxito e que para o ano vamos estar cheios de energia para a 6ª edição”. A autarquia referiu ainda que o apoio da Câmara Municipal de Gondomar é imprescindível. ■


44 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Cultura

União, Convívio e partilha - Festa de Natal Sénior

O retorno dos Azes Valboenses

Nos dias 7 e 14 de dezembro, a União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova organizou duas festas para a comunidade Sénior. No dia 7 de dezembro, o evento teve como palco a Escola Secundária de São Pedro da Cova, e no dia 14 de dezembro, a festa de Natal decorreu no Salão Paroquial de Fânzeres. O evento contou com muita alegria, convívio, solidariedade e partilha, questões importantes para o Presidente da União de Freguesias, Pedro Vieira, que refere que a autarquia com estas ini-

O passado dia 1 de dezembro ficou marcado com a abertura das portas da sede e o 82º aniversário da Associação Azes Valboenses, que até à data estava encerrada. O novo espaço encontra-se totalmente remodelado com a ajuda de todos os associados. Os Azes Valboenses são uma associação desportiva, cultural e recreativa que têm como premissa a promoção do bem-estar individual e comunitário. O público presente comemorou nesta cerimónia todos os feitos que a organização conseguiu alcançar até hoje. Os responsáveis referiram ainda que nos últimos três anos os Azes

ciativas procura transmitir estes valores em época natalícia às pessoas “com mais de 60 anos, que embora que deveriam de estar presentes todos os dias, neste período do ano estão mais vincados”. O autarca explicou ainda que estas festas são uma tradição com mais de 30 anos que a autarquia pretende manter o legado. A entrada ao evento é todos os anos gratuita a todos os cidadãos de Fânzeres e São Pedro da Cova, com idade superior a 60 anos. Estiveram presentes em ambos os eventos mais de 500 idosos. ■

Constantin Sandu estreia em Gondomar O Auditório Municipal de Gondomar serviu de palco de estreia ao Romeno Constantin Sandu. Atualmente é professor de piano na Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo do Porto. Estudou sob influência de mestres Romenos na Sonia Ratescu, Constantin Nitu e com o conceituado pianista e professor Constantin Ionescu-Vovu no Conservatório Superior de Música “C. Porumbescu”, posteriormente, em 2006, fez doutoramento com a tese “A música Portuguesa para piano”. O artista começou a sua carreira numa orquestra aos 14 anos, onde recebeu elogios por parte dos críticos da arte e da plateia. O pianista presenteou o público da noite com

um repertório variado, onde começou com uma sonata de Beethoven na clássica, passando por Telmo Marques, compositor e amigo de Constantin. O artista terminou a noite com 3 peças de piano de Paul Constantinescu e com algumas composições de Claude Debussy. O intérprete confessou ao Vivacidade que a sua agenda futura para o início do ano encontra-se completa com uma atuação em janeiro em Espanha e em Portugal, mas que gostaria de voltar a Gondomar. Constantin agradece ainda à Câmara Municipal por ter acolhido a iniciativa do Ciclo de Piano e aos organizadores do evento Savage Agency e Zé Miguel Oliveira que, segundo o próprio, “fizeram um trabalho meritório” concluiu. ■

Valboenses, apesar de estarem com as portas da sede fechadas, apoiaram na mobilidade internacional de diversos jovens e trabalhadores. Outro feito que a associação conseguiu conquistar, neste ano de 2019, foi o seu primeiro intercâmbio internacional em Gramido que reuniu jovens de quatro países Europeus. A partir da sua inauguração, a sede encontra-se aberta todos os fins de semana, com diferentes atividades que serão futuramente divulgados nas redes sociais da associação. O evento contou com a presença do Presidente da Junta de Freguesia de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim e da Câmara Municipal de Gondomar. ■


VIVACIDADE DEZEMBRO 2019 45

Desporto

“Já não fico satisfeito em ser campeão nacional porque sinto que já está ao meu alcance, o que eu quero agora é mais” Natural do concelho de Gondomar, André Pereira é o menino de ouro do Atletismo, com apenas 24 anos foi quatro vezes consagrado campeão nacional e a sua próxima etapa é os jogos olímpicos. Desde 2019 o atleta frequenta o clube Benfica, no entanto já passou pelo clube Estrelas de Baguim (2001 a 2005) e o clube A. Meirim FC (2006 a 2009). Texto: Gabriela Monroy Fotos: Sofia Pinto Como começou a paixão pelo atletismo, porquê esta modalidade? Aos 6 anos era hiperativo, ou pelo menos era o que os médicos diziam, então tive de arranjar algum desporto para fazer, na altura era o desporto que o meu irmão praticava, então foi óbvio e juntei-me a ele, porque na altura eu queria fazer tudo o que o meu irmão mais velho fazia, ele fazia atletismo então eu fui também para o atletismo. A paixão veio daí, nunca mais deixei este desporto. Quando é que te apercebeste que o atletismo seria o teu futuro? Nunca pensei dessa maneira. Por exemplo, aos 16 anos, foi importante ter o meu treinador comigo porque eu já não queria estudar mais, na altura fui campeão nacional e comecei logo a pensar que tinha que apostar nisto, queria logo deixar a escola, mas tive sempre pessoas que me puseram os pés bem assentes na terra, porque hoje em dia sem estudos não se consegue fazer quase nada, a corrida pode acabar a qualquer momento, estou dependente do meu corpo e se algum dia me magoou, o que vou fazer? Então isso incentivou-me a continuar a estudar, estou agora a tirar a licenciatura em gestão de empresas, uma licenciatura de 3 anos, tenho que a fazer em 5 anos e meio para conseguir conciliar tudo. Considero o atletismo o meu futuro a partir do momento em que começo a fazer contratos com o Benfica e parcerias com a Adidas e saber que vou ser remunerado e saber que tenho capacidade de aumentar essa remuneração. É aquilo que se costuma dizer quando se escolhe o curso universitário: escolhe algo

que gostes e assim nunca terás de trabalhar na vida, e eu sinto isso, que ao treinar estou a fazer aquilo que gosto, é algo que me dá prazer a fazer. Algum dos teus treinadores te marcou de alguma forma especial? Todos os meus treinadores me marcaram pela sua forma característica. Dos 6 aos 15 estive com um treinador, nos Estrelas de Baguim, José Carlos, dos 15 aos 20 estive com outro que também se chamava José Carlos e agora estou com o meu terceiro que é o José Regalo. Marcaram-me todos porque em cada fase da minha vida o meu treinador foi quase como um segundo pai. Todos influenciaram-me e incentivaram-me de uma forma especial. Quem conhece o meu novo treinador, José Regalo, sabe que foi dos melhores atletas portugueses de sempre e para mim é uma grande inspiração poder treinar com ele e ter conselhos duma grande referência da minha modalidade. Eu sinto que o desporto, de certa forma, moldou o meu caráter. Acreditas que em Portugal a tua modalidade é apoiada? Não, se não fosse o meu clube a ajudar-me e o patrocínio da Adidas, eu não conseguia ser o atleta que sou. Para ter um apoio por parte do estado tinha de ser pela parte da federação, ou seja, o atleta tem de estar num nível de jogos olímpicos, coisa que ainda não estou. A partir desse momento sim, és apoiado, até lá és mais um e é mesmo muito difícil conseguir viver disto, se não fosse pelo meu clube e a Adidas eu tinha de estar a trabalhar e, estando a trabalhar, nunca ia ter o mesmo rendimento físico que tenho agora. Reconhecimento também não acho que haja, antigamente toda a gente conhecia o Carlos Lopes, Fernando Mamede e José Regalo, etc., hoje em dia sinto que não é assim. Alguma vez pensaste em desistir? Desistir nunca pensei. Já tive muitos altos e baixos na minha carreira, uma das grandes características que sempre me fortaleceu foi nunca pensar que sou o melhor, antes não era o melhor a nível regional, depois não era o melhor a nível nacional, hoje em dia já sou quatro vezes campeão de obstáculos em Portugal, mas mesmo assim não me considero o melhor e sinto que há sempre patamares para cima. Quando se tem um objetivo que não se consegue atingir começa-se a pensar “o que é que estou aqui a fazer?”, treina-se tanto, abdica-se de tanta coisa, deixa-se de estar com os amigos,

começo a pensar muita coisa, mas no dia a seguir quando acordo já sinto que consigo fazer tudo outra vez, por isso pensar em desistir, nunca pensei. Qual é o sentimento de ser campeão nacional? Eu antes tinha sido já 3 ou 4 vezes segundo lugar em nacionais e a minha ambição era ser primeiro lugar, mas nunca tinha conseguido. Aos 16 anos consegui ser campeão nacional e a sensação é como, por exemplo, entrar na universidade no curso que queres, é uma sensação que todo o trabalho que fizeste para trás e tudo o que abdicaste, que valeu a pena, sensação de sentimento cumprido. Hoje em dia, já não consigo ter a mesma sensação, já sei que consigo fazer aquilo, enquanto que naquela altura não tinha bem a certeza. Por exemplo, quando ganhei ao Rui Silva fiquei surpreendido comigo mesmo, porque ele ficou em terceiro lugar nos jogos olímpicos e tinha oito vitórias consecutivas naquele corta-mato e eu nunca pensei ganhar-lhe. Hoje, sou quatro vezes campeão nacional e é muito bom, mas sinto mesmo que é fruto do meu trabalho, não é tanto como quando era miúdo, agora já penso em mais, já não fico satisfeito em ser campeão nacional porque sinto que já está ao meu alcance, o que eu quero agora é mais.

Como é que é representar Portugal além-fronteiras? É sem dúvida uma grande responsabilidade, a primeira vez que representei Portugal foi logo no mundial, sentia-me especial, estar a representar o nosso país com aquelas cores que só se via na televisão. Hoje, continuando a vestir a camisola de Portugal, só me dá vontade de continuar a fazer o trabalho que tenho vindo a fazer e tentar todos os dias melhorar qualquer aspeto, para que no futuro possa ser melhor e vir a representar o nosso país da melhor maneira. O que te distingue como atleta? Sem dúvida que o que me distingue da maior parte dos atletas é perseverança, é nunca ficar satisfeito, ter sempre fome de mais, não me contentar com o que tenho. Obviamente que há muitos atletas como eu e obviamente que tenho figuras de atletas que são assim, o mais conhecido é mesmo o Cristiano Ronaldo, que ao meu ver é a figura maior no desporto porque transmite muito isso, que com trabalho é que consegues chegar lá. Para mim, perseverança, trabalho duro e, às vezes, não olhar à volta, porque nos dias de hoje, as pessoas optam por caminhos facilitados. Sempre tive noção que comigo não era assim, tinha de percorrer o caminho todo e mesmo durante esse caminho tinha que cair muitas vezes, duvidei das minhas capacidades, mas, lá está, é perseverança e nunca deixar de acreditar que o melhor está para vir. ■


46 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Desporto TABELA CLASSIFICATIVA DE FUTEBOL Campeonato de Portugal - Série B P. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Equipa Arouca Lusitânia de Lourosa AD Sanjoanense Leça FC SC Espinho USC Paredes FC Felgueiras 1932 Canelas 2010 SC Coimbrões Gondomar SC

Lusitano Vildemoinhos AD Castro Daire FC Pedras Rubras Amarante FC Valadares Gaia Trofense Vila Real Ginásio Figueirense

Pontos 32 29 27 26 25 23 22 21 20 18 17 17 16 14 13 12 7 7

Próximos Jogos: 22/12 Gondomar - Lusitano Vildemoinhos

Divisão de Elite Pro-nacional Série 1 P. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Equipa

SC Salgueiros FC Foz Vila FC Maia Lidador Oliv. Douro Gondomar SC B Nogueirense FC SC Rio Tinto Padroense Ermesinde 1936 Avintes AD Grijó Sport Canidelo Varzim B FC Pedroso Infesta

Pontos 35 29 24 24 24 23 23 23 20 18 17 16 14 13 9 9

Próximos Jogos: 29/12 Oliveira do Douro - SC Rio Tinto Gondomar SC B - Vila FC

Divisão de Elite Pro-nacional Série 2 P. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Equipa Pontos CD Sobrado 27 Rebordosa AC 27 Tirsense 27 AD Marco 09 25 Aliados Lordelo 24 Aliança de Gandra 24 Freamunde 24 Sousense 23 Alpendorada 23 Vila Meã 21 S. Pedro da Cova 15 Vila Caiz 15 FC Vilarinho 13 Barrosas 12 Lousada 9 Lixa 6

Próximos Jogos: 29/12 AD Marco 09 - São Pedro da Cova Sousense - Alpendorada

FC Porto premeia Gondomarense Joana Teixeira, recebeu o prémio dedicação pelo trabalho desenvolvido na época desportiva 2018/19, como Responsável pela Secção do Desporto Adaptado do FC Porto, na 32ª Gala dos Dragões de Ouro, organizada pelo Clube. A premiada tem como sua responsabilidade todas as modalidades adaptadas e a distinção foi atribuída pelo facto de os atletas terem alcançado as melhores qualificações nas principais competições regionais e nacionais. No seu discurso, destacou a visão que o Futebol Clube do Porto teve à mais de 30 anos em relação ao desporto adaptado, e referiu que “Este Dragão é de toda a secção, de todos os profissionais, de todos os treinadores, de todos os atletas, de todo o departamento de saúde que diariamente trabalham com toda a ambição, todo o rigor, toda a competência, toda a paixão que nos caracteriza a todos. Somos Porto”, finalizou Joana. A Gala dos Dragões de Ouro tem como objetivo premiar as personalidades que ajudaram a distinguir o nome do Clube. ■

Volleyball Challenge Cup 2020 em Gondomar O presidente da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), Ary Graça, referiu no início deste mês de dezembro que Portugal seria o País escolhido para acolher um dos maiores eventos da modalidade. O Multiusos de Gondomar, será o palco do evento que irá decorrer de 24 a 28 de

julho de 2020. O acontecimento trará as melhores seleções mundiais de seniores masculinos da modalidade ao concelho de Gondomar. Esta competição é disputada por: país organizador (Portugal), pelas duas primeiras equipas premiadas na European

Golden League, pela equipa campeã da América do Norte e Central, pela equipa Campeã da Ásia e pela equipa campeã da América do Sul. O vencedor desta edição terá acesso direto à competição da Liga das Nações 2021, prova esta que Portugal disputou este ano, pela primeira vez. ■


PUB

PUB

Jornal VivaCidade 19/12/2019 Associação São Bento

PUB

Assembleia Geral Ordinária Convocatória

Nos termos e para os efeitos previstos nas alíneas b) do nº1 do artigo 36º, e do artigo 63º dos Estatutos, convoco os Senhores Associados da Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Peras de Rio Tinto a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária, no próximo dia 19 de dezembro de 2019, às 20h00m, na Sede Social desta Associação, sita na Rua da Boavista, nº 394, na freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar, distrito do Porto, com a seguinte Ordem de Trabalhos Ponto um: Apreciação, discussão e votação do programa de Ação e Orçamento para 2020 e do respetivo parecer do Concelho Fiscal Ponto dois: Outros assuntos de interesse para a Associação A Assembleia Geral reunirá à hora marcada na convocatória estando mais de metade dos Associados efetivos com direito a voto e no pleno gozo dos seus direitos associativos ou sessenta minutos depois, isto é, às 21h00m, com qualquer números de presenças, de acordo com o nº1 do artigo 40º e do nº1 do artigo 63º dos Estatutos. Só podem participar e votar na Assembleia Geral, os Associados efetivos, admitidos há mais de doze meses e que tenham as sus quotas pagas até ao mês de dezembro de 2019, inclusive. Rio Tinto, 29 de novembro de 2019 O Presidente da Assembleia Feral, Avelino Ferreira Silva


48 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Desporto

“O Futebol Feminino é o futebol de hoje, não é o futebol de amanhã” Fundado em 2017, a Academia SC Rio Tinto de Futebol Feminino, é a primeira instituição completamente constituída por raparigas em Gondomar que em dois anos consegui conquistar a divisão de Elite nos sub 13. O Vivacidade esteve à conversa com Laurinda Lopes, Vogal da Direção do clube e Rui Costa, vice-presidente do Clube, para conhecer a história da academia. Como é que surgiu a academia de futebol feminino? Laurinda Lopes (LS): No início de 2017, o treinador André recebeu uma ou duas meninas a perguntar se podiam se inscrever na academia. Na altura, inclui-as no escalão apropriado para a idade delas, mas na equipa masculina, e depois chegou outra e depois outra. Em 2017 fizemos o nosso primeiro evento, que foi um Open Day. Neste ano o objetivo do treinador André com as 4/5 meninas que tinha na altura, era de organizar uma só equipa feminina e logo no primeiro encontro conseguiram conquistar o seu objetivo, que era marcar um golo. A partir desse momento o sonho foi-se tornando realidade com a chegada de várias atletas. No ano de 2018 já tínhamos um número bom de atletas e decidimos então optar por fazer a divisão de escalões. Em competição tínhamos as atletas de sub-13, com idades até aos 12 anos, sendo que a maior parte das meninas tinham 10 anos na altura e competiam com rapazes de sub-13. Depois umas puxam as outras, o projeto começou a ser reconhecido, também fomos a torneios que nos deram alguma visibilidade e as atletas foram chegando, outras fomos conquistando. Normalmente, quando uma menina chega cá, dificilmente vai embora, porque as atletas que estão conseguem aceitá-las bem, quer seja boa ou não todas elas aceitam quem vem com muita garra porque sabem que o nosso crescimento depende disso. Neste momento temos 41 meninas (desde os 6 anos até aos 16 anos), em 2017 tínhamos apenas 4 ou 5. Criaram a academia porque sentiam a necessidade de uma assim no concelho? Rui Costa (RC): Sim, isto foi um projeto embrionário entre mim e o professor André Queirós que é o coordenador técnico da instituição, ele é o principal responsável. Juntamente com ele, começamos a pensar que havia uma falta no futebol feminino de 11. Pensamos que o futebol feminino estava espalhado pelos vários escalões

masculinos. Os clubes não apostam em criar equipas femininas de escalões mais baixos, só a partir dos sub-15 ou sub-17 é que apostam mesmo no campeonato feminino. Têm concorrentes femininas? LS: Não, não temos ainda, somos um projeto único no concelho de Gondomar. Somos o único clube que tem futebol feminino de formação. Já há clubes que começaram este ano com futebol feminino de seniores, no entanto nós somos únicos em Gondomar. Que barreiras ou obstáculos é que uma equipa feminina enfrenta no mundo do futebol? LS: Tendo como base a experiência que tenho neste meio, em todos os escalões femininos que temos as atletas têm que competir com os rapazes. É difícil porque os meninos nesta idade são fisicamente superiores, não quer dizer que sejam melhores, porque elas conseguem dar conta do recado. O maior desafio, a maior barreira, é o que ouvimos das bancadas. Os pais dos meninos não gostam que os filhos percam com meninas, dizem-lhes, por exemplo, para as “apalpar”. No campo tentamos ignorar estas situações. No entanto, tenho de frisar esta questão porque os pais são uma ponte muito importante entre as meninas e os responsáveis. Os pais das nossas atletas, têm um comportamento exemplar, claro que há situações que passam os limites, não vamos estar aqui a florear as coisas, mas, por norma, eles conseguem afastar-se do problema, conseguem gerir porque sabem que o interesse maior está dentro do campo, mas é cruel. Se há pessoas que elogiam, há pessoas que são muito más. Por outro lado, no escalão de sub-15 que são as mais velhas, a maior dificuldade é que as meninas começam a treinar muito tarde, em relação aos rapazes. Os meninos com apenas 4 ou 5 anos já jogam futebol, enquanto que uma menina, muito dificilmente, começa a jogar com essa idade. Então, quando nós chegamos ao escalão de sub-15 temos essa dificuldade, em ter que lhes explicar movimentos técnicos que já tinham de ser intrínsecas, há pessoas que nascem com essa naturalidade, com esse dom dentro do corpo, outras têm de ser ensinadas. Pode parecer mais fácil, e é, em

questões de maturidade, mas ensinar a técnica, o jogo em si, é difícil, por isso nós temos sempre esta barreira. Depois temos a dificuldade que um clube pequeno enfrenta, quando digo pequeno é comparado a quem tem a mesma formação que nós em academia de futebol feminino, há clubes que já têm uma estrutura pronta para isso, porque já têm um projeto com anos, e têm campos, disponibilidade, materiais, etc. Nós também temos, o que nos falta é um campo onde, por exemplo, não tenham de ser as meninas a ir buscar as balizas para poderem jogar, o facto de elas terem que buscar as balizas para poderem treinar, são 10 minutos de treino perdidos que fazem a diferença. Nós treinamos duas vezes por semana, o que é outra barreira, visto que nesta idade já deviam treinar três vezes por semana. Se forem ver escalões de iniciados, os rapazes treinam o dobro delas por semana. Sentem que existe um preconceito perante o futebol feminino? RC: O futebol feminino a nível nacional e internacional está a tomar proporções muito grandes. A associação de futebol do Porto cresceu em termos de atletas e esse crescimento baseou-se no futebol feminino. LS: Nós temos atletas, que me confessaram que era impensável para os pais elas treinarem a modalidade, porque existe o estereótipo que as meninas vão para o ballet e os meninos para o futebol. A nossa própria cabeça já está programada para pensar assim, e às vezes é difícil para os pais admitirem a esta realidade. RC: Isto é uma aposta muito grande da federação portuguesa de futebol, que está a apostar no futebol feminino, a própria UEFA está a fazer pressão para que o FCP tenha futebol feminino. Acreditam que de certa forma conseguem moldar a personalidade destas atletas? RC: Nós achamos que só a prática do desporto beneficia qualquer um. Tivemos já várias palestras sobre isso, acreditamos que qualquer prática desportiva é importante. O futebol é um desporto que elas gostam, que elas amam. É muito mais fácil dar um treino a uma atleta do que a um rapaz. Elas passam a estar muito mais concentra-

das, quer no futebol quer na escola, nós temos uma preocupação escolar, pedimos as notas a todas as nossas atletas. LS: Todas elas são boas alunas. Queremos que a escola acompanhe o futebol. Nós conseguimos moldá-las, e transmitir-lhes valores, por exemplo, no ano passado apanhamos uma equipa com apenas 6 jogadores (nós jogamos com 7) e elas foram as primeiras a dizer que deveriam de tirar uma para ficarem também com 6 jogadores. Todos os valores que lhes passamos moldam-nas. O facto de todas aceitarem as diferenças umas das outras, é um trabalho que é feito, porque todas têm personalidades diferentes e nós, como responsáveis, temos de saber como as levar. Acima de tudo, chegam aqui só com o gosto pelo futebol, mas saem daqui com uma autoestima mais alta e isso transforma-as, sabem que conseguem fazer tudo, basta é trabalhar. Conquistaram agora a divisão de elite de sub-13, como se sentem? RC: É um orgulho enorme para nós, vermos que as nossas atletas estão a crescer e estão cada vez mais fortes e isso é a base da sustentabilidade para o futuro, é aquilo que nós pretendemos, e o nosso objetivo é ir crescendo gradualmente para termos uma equipa sénior competitiva num futuro próximo. Sentem o apoio das instituições (junta, camara)? RC: Para a academia de futebol feminino temos muitas dificuldades. Montamos um projeto na base de mostrar aos pais o que podemos fazer, mas não temos campo para isso, elas treinam aqui na relva, mas os jogos oficiais são na Ferraria, num campo pelado. Vai nascer mais tarde ou mais cedo o sintético aqui ao lado, o projeto para o novo campo já está encaminhado, já existe empreiteiro, já existe contrato. No início da época tivemos uma luta muito grande, primeiro, com a Câmara Municipal, que é aquela que nos poderia ajudar a arranjar um campo sintético para elas jogarem, mas só existe campo sintético em Valbom, mas esse não tem as marcações nem balizas de futebol de sete, quem nos ajudou foi o Grupo Desportivo da Pasteleira, estamos a jogar os jogos oficiais dos nossos escalões femininos na Pasteleira, que é um concelho vizinho. Não temos transportes, são os pais das atletas que ajudam. ■


PUB

PUB


PUB PUB


PUB

PUB


PUB

PUB

Jornal VivaCidade 19/12/2019 CINDOR

PUB

RECRUTAMENTO 2 Técnicos/as Superiores de Formação

Perfil pretendido: - licenciatura na área das ciências sociais e humanas - experiência mínima de cinco anos em educação e formação de adultos e jovens, nomeadamente nos seguintes contextos: - orientação escolar e/ou profissional - metodologias de acompanhamento de jovens e adultos em diferentes modalidades de formação, incluindo o acompanhamento na modalidade de formação em contexto de trabalho - metodologias de educação e formação de adultos, incluindo o balanço de competências e construção de portefólios - experiência mínima de um ano como Técnica/o de Orientação, Reconhecimento e Validação de Competências, preferencialmente num Centro Qualifica Boa capacidade: - de comunicação, de relacionamento interpessoal e de representação institucional - de orientação para o trabalho em equipa - de iniciativa, proatividade e dinamismo - de organização e planeamento - Disponibilidade para deslocações e horários flexíveis - Carta de condução e disponibilidade para conduzir viatura de serviço - Disponibilidade imediata Condições: - Contrato de Trabalho a termo certo (1 ano) - Remuneração base de €1.379,11 - 35h/semana, na sede e quaisquer outros locais onde o CINDOR desenvolve atividade Envio de CV detalhado, cópia do Certificado de Habilitações e comprovativos da formação e experiência profissional requeridas até 24 de dezembro para geral@cindor.pt

PUB

Jornal VivaCidade 19/12/2019 CINDOR

PUB

RECRUTAMENTO 1 Técnico/a Superior

Perfil pretendido: - licenciatura na área do Design e Comunicação - experiência mínima de um ano, nomeadamente nos seguintes contextos: - conceção de design gráfico e multimédia para vários suportes de comunicação (interna e externa) Edição e gestão de conteúdos on line (site e redes socias) - preparação de artes finais de impressão - operacionalização e participação em ações de divulgação e ativação da marca - apoio a todos os processos de registo e catalogação inerentes ao espólio e atividade do centro - apoio na organização e acompanhamento de eventos - Domínio de Photoshop, InDesign, Illustrator, After Effects e Premiere Boa capacidade: -De comunicação, de relacionamento interpessoal e de representação institucional -De orientação para o trabalho em equipa -De iniciativa, proatividade e dinamismo -De organização e planeamento - Diponibilidade para deslocações e horários flexíveis - Carta de condução e disponibilidade para conduzir viatura de serviço Condições: - Contrato de trabalho a termo certo (1 ano) - Remuneração base de €1.379,11 - 35h/semana, na sede e quaisquer outros locais onde o CINDOR desenvolve atividade Envio de CV detalhado, cópia do Certificado de Habilitações e comprovativos da formação e experiência profissional requerias até 24 de dezembro para geral@cindor.pt


VIVACIDADE DEZEMBRO 2019 53

Lazer RECEITA CULINÁRIA

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE SOLIDARIEDADE 21 e 22 de dezembro 9h00 às 12h30 Multiusos de Gondomar Dádiva de Sangue

Pudim de pão EXPOSIÇÃO

14 de dezembro a 26 de janeiro Auditório Municipal de Gondomar Entrada Livre Albuquerque Mendes No Chão do Paraíso

Auditório Municipal de Gondomar Porque é Natal Academia Pausa

21 de dezembro a 25 de janeiro Centro Cultural de Rio Tinto Condomínio das Artes Manuel Joaquim "Estes anos a dar cor"

DANÇA

Mãe, mãe, de onde viemos?? – Filho o homem é descendente de Adão e Eva. – Mas o pai disse-me que o homem descende do macaco. – Uma coisa é a família de teu pai, outra coisa é a minha.

Até 25 de janeiro Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende

MÚSICA

Chef João Paulo Rodrigues * docente na Actual Gest

INGREDIENTES

3 pães dia anterior 250 ml de leite 5 ovos 10 colheres de sopa de açucar Caramelo líquido q/b 1 pau canela 1 casca laranja 1 colher de sopa farinha maisena 1 cálice vinho do Porto

21 de dezembro 21h30 Igreja de Jovim Concerto Solidário - Natal em todos

HORÓSCOPO

Maria Helena Socióloga, taróloga e apresentadora

210 929 000 mariahelena@mariahelena.pt

Amor: Demonstre ao máximo o seu romantismo, deixe-se conduzir pela intuição. Permitase a si próprio a visão da alegria e sinta-a diariamente. Saúde: Em vez de ter pensamentos negativos, consulte o seu médico e seja mais otimista. Dinheiro: Seja astuto e conseguirá aquela promoção que deseja.

Foto DR

21 de dezembro 17h00 e 21h00

Até 31 de dezembro Centro Cultural de Rio Tinto Condomínio das Artes Arte sobe ao monte 2019

Até 1 de fevereiro Museu Mineiro de São Pedro da Cova "Museu Mineiro - 30 anos"

Preparação:

Em primeiro lugar ferver o leite com todos os ingredientes à exceção do pão. De seguida deixar amornar e juntar o pão desfeito. Retire pau canela , casca laranja. Coloque no liquidificador e misture bem. Caramelize uma forma para pudim, e acrescente a mistura do liquidificador Leve ao lune em banho-maria por aproximadamente, 30 a 40 minutos ou até que o pudim esteja consistente Poderá cozer em banho Maria no forno. PUB


54 VIVACIDADE DEZEMBRO 2019

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

Orçamento 2020 Joana Resende| PS Ao dia que escrevo este texto, deverá estar a ser preparado o documento a ser entregue amanhã (16/12/2019), na Assembleia da República, com a Proposta do Orçamento de Estado para 2020. Será posteriormente discutido na generalidade, nos dias 9 e 10 de janeiro, sendo levado a votação final global em previsão para 6 de fevereiro. Não obstante a elaboração do documento, algumas medidas desta primeira proposta orçamental da atual legislatura já foram anunciadas pelo Governo, nomeadamente na sequência das reuniões com os parceiros sociais, e nos debates quinzenais. Uma das questões mais pertinentes para o

cidadão, e que se prende com a carga fiscal, foi já esclarecida que se pretende atualizar em 0,3% as tabelas de IRS, ou sejam abaixo da inflação prevista para o próximo ano (que ficará entre 1,2% e 1,4%). Propõe-se ainda um benefício para os jovens entre os 18 e os 26 anos, que concluam pelo menos o ensino secundário, e que comecem a trabalhar em Portugal, com uma redução até 20% no IRS no primeiro ano de atividade, e de 10% no segundo ano. O Governo propõe aumentar o limite máximo (que se situa atualmente nos 10 milhões de euros) de lucros reinvestidos pelas empresas, que podem ser deduzidos em sede de IRC, passando para um novo teto de 12 milhões de

euros. Outra novidade, é o benefício das pequenas e médias empresas (PME) com lucros até 25 mil euros serem taxadas a 17% em sede de IRC, um aumento face aos 15 mil euros de lucro da Lei Fiscal atual. Ainda nas medidas fiscais em sede empresarial, o Governo dá a entender uma redução das tributações autónomas dos veículos das empresas. Ainda no campo fiscal, prevê-se um agravamento no Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis (IMT) em imóveis que custem mais de um milhão de euros; uma taxa que era de 6%, vai passar para 7,5%. O Governo já apresentou também aos sindicatos da função pública a proposta de aumentos

salariais para os trabalhadores do Estado em 2020: uma subida de 0,3%. Anunciou ainda o concurso de recrutamento de 1.000 técnicos superiores (o procedimento concursal já foi aberto, mas só ficará concluído em 2020), e o reforço de 800 milhões de euros de investimento do Programa Operacional de Saúde. A questão do englobamento dos diversos tipos de rendimento em sede de IRS, eliminando as diferentes taxas atualmente existentes, tema muito debatido até na comunicação social, é um objectivo do programa deste Governo, mas não será previsto ainda neste Orçamento de 2020.

Museu do Filigrana - mais uma oportunidade perdida para Gondomar! Valentina Sanchez | PSD Não se chama museu da Filigrana mas casa da Filigrana, não é Gondomar mas sim no concelho do Porto! É a "Casa da Filigrana" e o seu maior objetivo é a preservação da Filigrana artesanal. Situa-se num edifício do século XIX, localizado na Rua do Almada, tem cerca de 400 m2 e três valências: é um museu, um atelier e uma boutique. É uma visita que se inicia com uma curta me-

tragem com imagens de antigamente. O painel de entrada da exposição, Filigranas Portuguesas: Da perícia da técnica à elegância do uso, é feita uma introdução à técnica da filigrana, onde podem ser vistos vários utensílios e ferramentas do processo de produção. Existem vários espaços alusivos a esta arte, desde um espaço com artesãos, a fazer o enchimento de peças ao vivo, outro onde estão expostas várias peças, até uma galeria de vá-

rias fotografias de como eram utilizadas as peças de filigrana pelas senhoras do século XIX, é sem dúvida um projeto bastante interessante! Dar a merecida distinção à filigrana artesanal, com enchimento manual, ao invés da filigrana injectada. Foi uma bandeira do Partido Social Democrata para esta legislatura, e é um projeto que já deveria ter sido iniciado por nós Gondomarenses!

Lamentamos que Gondomar não estivesse à altura de captar este investimento que foca algo que tanto nos caracteriza "A Filigrana", lamentamos que o nosso concelho não seja atrativo aos empresário, com a agravante de não conseguirmos fixar em Gondomar um investimento como este, dado ser a Filigrana uma arte que não podemos de modo algum, deixar fugir. Desejamos a todos um Feliz e Santo Natal!

dos gondomarenses. Na verdade, interpretado o “memorando de entendimento” é visível um conjunto de aspetos prejudiciais não só para a sustentabilidade da empresa pública como também para a mobilidade dos utentes dos transportes públicos, onde se incluem um grande número de utentes de Gondomar. Para além de uma visão de redução da STCP a empresa do concelho do Porto, e apenas com algumas ligações a concelhos limítrofes não salvaguardando sequer que, nas ligações do Porto aos concelhos limítrofes, os privados deixam de fazer sobreposição de serviço, cria um contexto que poderá favorecer situações de sobreposição entre linhas STCP e privados que darão, a prazo, prejuízos que serão assumidos pelos municípios. Por outro lado, é real a Impossibilidade do aumento da rede STCP porque está a ser preparado um concurso para

adjudicação das linhas fora do concelho do Porto aos operadores privados. Por fim, não salvaguarda o envolvimento do Governo em futuros investimentos mais significativos para os quais os municípios não têm capacidade financeira, como será o caso da renovação de frota. Vislumbra-se, assim, tempos difíceis para a mobilidade dos gondomarenses, um direito inalienável das populações. Ao contrário do que seria desejável, a Câmara Municipal de Gondomar continua com falta de estratégia para o futuro com direitos e qualidade de vida dos seus munícipes, privando-os dos seus direitos fundamentais sem qualquer preocupação com o desenvolvimento sustentado do concelho, onde tem papel relevante a manutenção e melhoria dos serviços públicos em todas as áreas da vida de um município.

O direito à mobilidade Maria Olinda Moura | CDU Após a reversão da privatização da STCP, criaram-se condições para afirmar o operador público e consolidá-lo no plano metropolitano. Dava-se, assim, prioridade à empresa pública que impediria os operadores privados de continuarem a cometer a ilegalidade de fazer serviços na zona exclusiva da STCP ou sobreporem as suas carreiras aos percursos mais rentáveis da STCP. Ao mesmo tempo assegurava-se a STCP como operador interno, definindo-se um calendário para o alargamento do serviço nos seis concelhos onde opera, gerindo toda a rede, administrando diretamente todo o serviço possível e contratando o remanescente para garantir a todas as populações um serviço equilibrado e de qualidade. Evidentemente que esta estratégia teria de ser considerada em termos metropolitanos, envolvendo e responsabilizando todos os conce-

lhos da AMP da mesma forma. Mas a opção do governo e dos autarcas da AMP foi diferente. Em discussões de gabinete definiram um “memorando de entendimento” para a intermunicipalização da STCP sem envolvimento dos órgãos autárquicos e recusando o envolvimento dos trabalhadores da empresa no processo. O resultado deste “acordo” só poderia ser mau. Mau para a empresa e mau para as populações, embora tenhamos de reconhecer que pode ser vantajoso para os lucros dos operadores privados… A Câmara Municipal de Gondomar, com o argumento de “correr atrás dos outros para não ficar para trás” aceitou esta medida de intermunicipalização sabendo as dificuldades que vai ter na gestão da parte que lhe cabe e os efeitos negativos que vai trazer à mobilidade


VIVACIDADE DEZEMBRO 2019 55

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

Contrato de Concessão dos lugares de estacionamento público tarifados David Santos | Movimento Valentim Loureiro - Coração de Ouro

Porque estamos quase no Natal, e porque até gosto de “dar” algumas prendas aos leitores do jornal Vivacidade, esta minha crónica será exclusivamente centrada na prenda de Natal que a Câmara de Gondomar nos meteu no sapatinho. Melhor dizendo, e escrevendo, nos meteu nos pneus do carro... No dia 2 de dezembro do corrente ano a Assembleia Municipal reuniu para analisar e votar inúmeros pontos. O contrato de exploração da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, a Expropriação de terrenos no Couto Mineiro, os Transportes Escolares para a Lomba e, ainda, o Contrato de Concessão dos lugares de estacionamento público tarifados (à superfície e em parques de estacionamento subterrâneos do Município de Gondomar). E é para os “estacionamentos” que seguimos caminho... Vou tentar simplificar a questão... A proposta do presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, do Partido Socialista, aprovada pelo Partido Socialista, mais que triplica – e repito o MAIS QUE TRIPLICA!!! – passando o número de lugares dos

existentes 860 para... sentem-se... respirem fundo... mais de 3.000 num futuro que será muito próximo. Aqueles que reclamavam da ideia de anteriores gestões camarárias (quando implementaram o estacionamento pago nas zonas centrais), agora terão que respirar fundo e pensar duas vezes quando quiserem procurar um lugar para estacionar a viatura em S. Cosme, Fânzeres, Areosa e Rio Tinto! “Etc. e tal para dinamizar o comércio local...”, foi a justificação em tempos adiantada. Certo é que, anos depois, o tal “comércio local” não notou qualquer dinamização. Nem incremento no negócio. E enquanto Empresário e dirigente da Associação Comercial e Industrial de Gondomar sei bem do que falo. Sim, a decisão é anterior à gestão socialista... Mas foi esta maioria PS na Câmara Municipal que revogou o Contrato de Concessão. E que o “aumentou”, implicando custos para os munícipes. Já não nos chegavam os aumentos do IMI, da água, dos ramais de saneamento e do tratamento dos resíduos sólidos, agora o presidente da Câmara traz-nos mais esta prenda no “sapatinho/pneu” de Natal.

Podem até pensar que isto será um aumento de receitas para o Município, possibilitando assim à Câmara investir mais nas áreas que são prioritárias. Mas não! Esta decisão não traz um aumento de receitas para Gondomar, mas trará um aumento do lucro para a(s) empresa(s) concessionária(s). Diz-se que esta decisão visa promover o comércio local... O que visa, de facto, é impedir os moradores nas zonas centrais de Gondomar de estacionar a sua viatura perto da morada de residência... E, mais uma vez, é um convite à ida às grandes superfícies comerciais em vez de se optar pelo comércio local e tradicional. Estamos em época de Natal... A Câmara Municipal triplica os estacionamentos pagos mas, em “compensação”, dá aos empresários locais e ao comércio tradicional uns autocolantes, uns cartazes e uma passadeira vermelha para pôr à porta. Quanto a este assunto não deixa de ser interessante analisar as votações “socialistas” em Gondomar. Na Assembleia Municipal aprova-se este triplicar de estacionamentos pagos. Enquanto isso, a nível de fre-

guesias, os eleitos socialistas até conseguem ser mais justos e equitativos... E nem sempre seguem a voz do líder... Recordo, por exemplo, a votação de uma moção na Assembleia da União de Freguesias de São Cosme, Valbom e Jovim, reunida a 28 de novembro de 2019. Foi aprovado uma deliberação relativa à oposição à nova concessão de estacionamento pago. Aqui, nesta União de Freguesias, o PS soube abster-se. Fico curioso em relação ao ponto 4. da proposta que a Câmara levou a votação. Diziam, no referido documento, no ponto 4., que “ao longo dos anos têm sido vários os pedidos, quer de comerciantes, quer de cidadãos, para a criação de zonas de estacionamento pago”. Gostava de um dia conhecer esses comerciantes. E esses cidadãos. Antes dos meus desejos de Feliz Natal, e ainda sobre este assunto, finalizo recordando que o prazo de vigência do contrato de concessão é de 20 anos, com a possibilidade de prorrogação por um único período de 5 anos. Ou seja, votos de um Feliz Natal, com estacionamento pago, pelo menos até 2044! Bom Natal a todos. E que 2020 seja melhor que o ano que agora finda.

BOAS FESTAS

Pedro Oliveira | CDS-PP É tempo da maior das efemérides: comemoramos Jesus Cisto, fazemos a celebração da vida.

Neste tempo todos estamos unidos, juntos na essência de sermos homens e mulheres, rendidos à transcendência do

Cristianismo. Não é pois, tempo de realçarmos diferenças, de ampliarmos opções, mas de gozarmos, em

parceria, a festa da solidariedade. O CDS/ PP de Gondomar, deseja a todos os Gondomarenses, Festas Felizes.

Posição do BE acerca da nova fase da STCP. Bruno Pacheco | BE

Na sequência de um “Memorando de Entendimento” em 28 de Agosto de 2019 entre o Estado e os seis municípios servidos pela STCP que antecipou a intermunicipalização da STCP, foi publicado em 11 de Outubro último o Dec. Lei nº 151/2019 que, integrando com algumas especificidades a STCP no sector empresarial local, transmite a totalidade do capital social detido pelo Estado para os municípios e estabelece a sucessão das competências de autoridade de transportes do Estado para a AMP quanto aos transportes de âmbito intermunicipal explorado pela STCP (nº 2 do artº 2º), assumindo os municípios as respectivas competências por meio de contrato interadministrativo de delegação e partilha de competências. Pelo referido Decreto Lei nº 151/2019, a STCP terá a qualidade de “operador interno” dos seis municípios, os quais assumirão os resultados de exploração da empresa bem como a obrigação de pagamento à STCP das compensações por “obrigações de serviço público”, para além da possibilidade de acesso da STCP a outras compensações financeiras decorrentes da disponibilização de títulos de transporte intermodais e de passes sociais. O Estado assumirá a dívida financeira

da STCP por cuja criação tenha sido responsável, incluindo responsabilidades pelas operações de derivados financeiros e as indemnizações compensatórias devidas à empresa pela prestação de serviço público, o pagamento dos encargos com a renovação da frota aprovada até 2019 bem como as responsabilidades por complementos de pensões de reforma ou invalidez dos pensionistas e trabalhadores da STCP. Para concretização deste normativo legal que adopta um novo modelo de exploração estão a ser trazidas à votação das assembleias municipais diversas propostas. Mas antes de se assumir uma posição sobre tais matérias, é importante ter em conta que há quatro anos atrás, os utentes e as autarquias estavam confrontadas com um plano de destruição da STCP, organizada pelo governo PSD/CDS-PP Todos os dias dezenas de autocarros não chegavam a circular por falta de motoristas. Foram aumentados os preços das viagens, mas os utentes desesperavam nas paragens, os horários não podiam ser cumpridos. As transferências financeiras do Estado (indemnizações compensatórias) diminuiram brutalmente, para asfixiar financeiramente a STCP. Em 2011 ainda foram transferidos 19 mi-

lhões de euros, mas em 2014 já só foram atribuídos 12 milhões e em 2015 não atingiram sequer 4 milhões de euros.. Com a degradação do serviço de transportes, promovida pelo então governo PSD/CDS-PP, a STCP perdia 10 milhões de passageiros todos os anos. A privatização estava em marcha e só a sua reversão após eleições, permitiu manter a STCP na esfera pública. Sobre as propostas agora em apreciação: – “aditamento aos contratos interadministrativos de delegação de competências relacionadas com sistema de mobilidade e serviço público de transporte de passageiros” - “critério de repartição” da dívida orçamental da Área Metropolitana do Porto - “aditamento ao contrato de concessão de serviço público de transportes rodoviários de passageiros explorado pela STCP” apresentamos duas observações: a primeira, quanto ao processo e uma segunda mais sobre o conteúdo das propostas. Sobre o processo, esta assembleia municipal não teve a informação e participação nos procedimentos que

culminaram na publicação do Decreto Lei nº 151/2019 de 11 de Outubro, o que para nós é inaceitável. E quanto ao conteúdo: não aceitamos a escolha política, baseada num estudo sobre a aquisição do serviço público de transporte rodoviário de passageiros na Área Metropolitana do Porto, que serve de fundamentação ao aditamento ao contrato interadministrativo de delegação de competências, de que a contratualização do serviço público deve ser realizada por lotes e que “a exploração do serviço público intermunicipal e do serviço público municipal que lhe foi delegado deve ser assegurada por operadores privados” A gestão conjunta da STCP pelos seis municípios não implica que o Estado deixe de ter quaisquer obrigações em matéria de transporte público de passageiros. Tem antes que significar a melhoria do quadro laboral dos seus trabalhadores, a satisfação dos passageiros pelo cumprimento dos horários e a criação de novas carreiras, a redução da emissão de poluentes, um novo papel na mobilidade intermunicipal. Os três documentos em apreciação não asseguram, a nosso ver, aqueles objectivos pelos quais há muito lutamos. Assim, o nosso voto só pode ser contra.


PUB


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.