Jornal VivaCidade Ed.198 dezembro 2022

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Ano 16 - n.º 198 - DEZEMBRO 2022 Preço 0,01€ Mensal Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: geral@vivacidade.org PUB C.C EMPORIUM PLAZA- RUA 25 DE ABRIL, 332 (CP 4420-356), GONDOMAR Opticalia Parque Nascente Em Gondomar ( Rio Tinto) C.C Parque Nascente, Praceta (Cp 4435-182), Gondomar ( Rio Tinto ) POLÍTICA CULTURA A CAETANO AUTO E A TOYOTA CHEGARAM A RIO TINTO VISITE-NOS RUA PEDRO ALVARES CABRAL, 4435-386 RIO TINTO WWW.CAETANOAUTO.PT Censos 2021 Gondomar perde 3798 pessoas na última década Págs. 32 /33 > Pág. 46 Fânzeres e São Pedro da Cova MUSEU MINEIRO REABRE À POPULAÇÃO COM TECNOLOGIA INOVADORA > Págs. 40//41

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POSITIVO

Iluminações de Natal agradem

Estimados Leitores, Chove em Lisboa. Chove em Portugal. É dezembro. Estamos no final do Outono. A partir do dia 21 de Dezembro, 21:49h estaremos em profundo Inverno. E chove em Lisboa, quem imaginaria. Que surpresa. Que admiração. Que nunca choveu tanto em tão pouco tempo. Que os comboios e os autocarros têm muitos sítios onde não circulam e os túneis estão intransitáveis. Que a impermeabilização dos solos e a construção são os culpados por haver muita água que não consegue circular até aos rios e ao mar.

Ah e há um plano global de drenagens que existe há 18 anos; é de 2004 e que nunca teve financiamento de qualquer tipo para ser implementado.

Em 1967 as cheias na região de Lisboa, na madrugada de 25 para 26 de Novembro causaram cerca de 700 mortes e destruíram 20,000 casas. Foi o evento natural com piores consequências desde o terramoto de 1755.

Se não fosse a democracia e o estado social dificilmente teríamos capacidade para ter consequências menores num fenómeno em tudo semelhante ao de 1967. A diferença é a capacidade de reação, a qualidade das construções, a existência de quase zero de habitação precária e os sistemas municipais e de proteção civil que são muito mais eficientes na reação do que há 55 anos. E por isso as consequências bem menores.

Mas por estarmos agora melhor em 2022 do que em 1967 no que respeita à capacidade de reação, não significa que estamos muito bem ou que não poderíamos e deveríamos estar ainda muito melhor.

Porque está na hora de acabarmos as coisas que iniciamos. Planeamos drenagens, como planeamos aeroportos, como planeamos comboios de alta velocidade, como planeamos incentivar as iniciativas de apoio social como planeamos e bem distribuir eficientemente fundos do PRR, do PT2020 e do PT2030. Mas pouco e mal o fazemos. Demoramos 18 anos a tirar o plano das drenagens de Lisboa da sua gaveta e se calhar vamos guardá-lo noutra gaveta; pois não está previsto nenhum sistema de drenagens que possa ser (sem alterações) financiado pela UE.

Passar do plano para a execução parece ser cada vez mais difícil e cada vez aportar mais riscos para os que o fazem.

Mas se queremos que Portugal deixe de perder posições nas comparações com outros países e retome o caminho do desenvolvimento e da melhoria das condições de vida das pessoas é essencial haver execução dos projetos e que os planos sejam terminados. ■

HOSPITAL NA CIDADE DE RIO TINTO, JUSTIFICA ?

Com a renomeação do cargo de Corador de Cruz Vermelha dos Concelhos de Gondomar e Valongo, cargo que partilho com mais 2 colegas, com todo o prazer e honra, colocou-se novamente a ideia (talvez sonho) de construir um Hospital (ou clínica com cirurgia de ambulatório) com cuidados continuados, desta vez mesmo em Rio Tinto / Baguim do Monte, onde se encontram as pessoas que realmente necessitam.

Não é certamente um assunto novo, nem acabará por aqui, pois existe mesmo a necessidade colectiva de que se construa uma Unidade de Saúde de cuidados de Saúde diferenciados, que complementem de forma harmoniosa, com os centros e clínicas de cuidados básicos de saúde, as necessidades de uma enorme população que constitui a Cidade de Rio Tinto.

Por motivos que desconheço, não quis o destino que uma das muitas Unidade hospitalares nascesse nesta cidade. Os motivos são vários desde os principais autarcas muitas vezes não acreditarem na viabilidade de um projeto como este, (lembro de uma pergunta feita por alguém, “ Oh Doutor acha que se justifica um hospital em Rio Tinto ?) . O que eu acho? Quando o Hospital Privado de Alfena nasceu eu achei difícil de sobreviver, longe de tudo e todos, construído numa área de floresta, etc. Bem, esta unidade tem sido um êxito e curioso muito à custa de pacientes que se deslocam da cidade de Rio Tinto. O hospital Escola de Gondomar, um exemplo idêntico. Então não serão provas mais do que suficientes? No concelho da Maia, por exemplo, sempre houve uma vontade forte que grupos privados de saúde, à falta de investimentos públicos, se fixassem nesta cidade, o que certamente gerou o aparecimento de várias unidades hospitalares de saúde.

Não está em causa que essa unidade, seja pública, social ou privada, o que está em causa é que seja uma vontade por quem é responsável. Talvez 2023 traga novidades.

Bem, após o Covid, talvez se deslumbre perante alguém este projecto para que um dia se torne realidade...

Até breve e BOAS FESTAS A TODOS OS NOSSOS LEITORES. ■

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VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 2
PRÓXIMA
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EDITORIAL
EDIÇÃO
JANEIRO
residentes do concelho de Gondomar.
Aumento da inflação retrai consumidores nas compras de natal.
Ângelo
Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT SUMÁRIO: ANUNCIE AQUI Tel.: 910 600 079 pedro.barbosa@vivacidade.org
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NEGATIVO
José
Pinto
geral@vivacidade.org

O NATAL

A Festa de Natal, do Centro de dia de Melres, decorreu no dia 14 de Dezembro. O evento contou com muita música, animação e alegria e mudou o dia dos idosos desta freguesia.

JUNTA DE RIO TINTO COMPROMETE-SE COM OS PAGAMENTOS A FORNECEDORES

Desde maio de 2022 que a Junta de Freguesia de Rio Tinto é membro do Compromisso de Pagamento Pontual a fornecedores, sendo parte ativa deste movimento de responsabilidade social que promove uma cultura de pagamento no prazo e potencia a competitividade da economia portuguesa. “Não há dívidas e todos os pagamentos são feitos nos dias seguintes, muito antes das datas de vencimentos das faturas”, afirmou Nuno Fonseca, Presidente desta Junta de Freguesia.

RIO TINTO APOIA A AQUISIÇÃO DE GÁS EM GARRAFA

A ANAFRE (Associação Nacional de Freguesias), assinou, a 2 de novembro, um protocolo com o Fundo Ambiental, que procura apoiar os consumidores na “aquisição de gás engarrafado pelos consumidores domésticos beneficiários de tarifa social de energia elétrica ou das prestações sociais mínimas”, justifica o presidente da Junta de Rio Tinto, Nuno Fonseca.

A Junta de freguesia de Rio Tinto aderiu a este projeto, destinado a apoiar a população neste contexto em que a energia atingiu valores incorporáveis para a maioria das famílias, nomeadamente as mais carenciadas. O apoio consiste no pagamento de 10 euros, após a aquisição de uma garrafa de gás, mensalmente, de setembro a dezembro de 2022.

Para ter acesso a este apoio necessita de reunir duas condições: ser consumidor doméstico residente em Portugal com contrato de fornecimento de eletricidade e ser beneficiário da tarifa social de energia elétrica (TSEE) ou um dos membros do agregado familiar ser beneficiário de uma prestação social mínima.

Para se candidatar a esta ajuda terá que se dirigir à Junta de Freguesia de Rio Tinto com os seguintes documentos: a fatura da eletricidade e, se aplicável, documento comprovativo do recebimento de prestação social mínima; a fatura/recibo com data de Setembro, Outubro, Novembro ou Dezembro que comprove a aquisição da garrafa de GPL pelo beneficiário, onde conste o respetivo NIF e por último o cartão de cidadão, de residente ou passaporte do beneficiário do apoio.

HINO DOS MINEIROS MARCOU PROCISSÃO EM HONRA DE SANTA BÁRBARA

A Procissão em Honra de Santa Bárbara, Padroeira dos Mineiros, realizou-se no dia 4 de dezembro. É uma tradição que foi recuperada pelos moradores dos Lugares de Vale Souto e Aldeia, cuidadores da imagem de Santa Bárbara, adquirida em 1958, para ser colocada num altar subterrâneo nas minas de carvão de São Pedro da Cova. Todos os anos se realiza a Procissão em Honra de Santa Bárbara, em que o percurso é entre a Igreja Matriz de São Pedro da Cova e a Rua das Minas, onde se encontra a Capelinha a Ela dedicada. Este ano a tradição foi reforçada ao som do Hino dos Mineiros de São Pedro da Cova, interpretada pela Banda Musical de São Pedro da Cova.

DOE SANGUE, DOE VIDA!

No inicio do próximo ano pode doar sangue no dia 2 de Janeiro, das 15h às 19h, na Escola Eb2/3 de Medas e no dia 21 de Janeiro, das 9h às 12h30, a recolha será realizada no Salão Paroquial de Fânzeres.

RIO TINTO APRESENTA COLEÇÃO DE PINTURA

O Centro Cultural de Rio tinto recebe exposição da coleção de Pintura, desta autarquia, e está patente até dia 30 de Dezembro. A entrada é gratuita e o horário de visita é das 9h30 às 12h00 e 14h00 às 17h00.

RUA DOUTOR JOAQUIM MANUEL DA COSTA EM VALBOM

TERÁ SISTEMA INOVADOR DE SEMÁFOROS EM BREVE

No início de 2021 já tinham iniciado as obras para que a Rua Doutor Joaquim Manuel da Costa, que tem dois sentidos passasse a ser de sentido único. Esta medida foi tomada porque a rua era estreita para a passagem de dois autocarros e até mesmo para um peão, que não conseguia circular devidamente na rua com a passagem do transporte publico.

O Município deu seguimento à medida e programou os semáforos de forma a que os transportes públicos conseguissem circular nos dois sentidos. Neste momento apenas é possível circular no sentido descendente, Valbom-Porto, através de Fonte Pedrinha, mas o propósito é retomar Porto-Valbom, em direção a Gondomar, para que não sejam necessários desvios ou transbordos.

“É um sistema de ponta a nível tecnológico, que prevê a libertação dos canais para que bombeiros tenham prioridade, e, que além dos semáforos, tem inúmeros sensores ao longo da via. É algo que se resultar poderemos passar para outros locais do concelho.

Sem dúvida que vai haver espaço para que as pessoas parem no comercio local, para cargas e descargas e para que circulem em segurança”, explica Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar.

Com esta inovação, os bombeiros irão ter autonomia para controlar os semáforos, caso haja necessidade, para passarem os veículos de emergência. “Foi tudo ensaiado e testado para que haja segurança. Brevemente este sistema irá ser posto em prática”, remata o presidente.

MOTARDS DE S.PEDRO DA COVA ORGANIZARAM DESFILE DE PAIS NATAL

No dia 10 de Dezembro decorreu pelas ruas das freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, um desfile de pais Natal, organizado pelos Motards de São Pedro da Cova, que alegrou a população local. A iniciativa contou com o apoio da União de Freguesias de Fânzeres e S.Pedro da Cova.

ASSOCIAÇÃO GENS’ARTE RECEBE EXPOSIÇÃO “A ARTE SOBE AO MONTE”

A sede da Associação Gens’Arte tem patente a exposição “A Arte sobe ao Monte” até 31 de dezembro, a entrada é gratuita.

TAÇA DA LIGA REGRESSA A GONDOMAR

O pavilhão multiusos de Gondomar vai receber as fases finais da Taça da Liga de futsal nos setores masculino e feminino, entre 26 e 29 de janeiro de 2023, anunciou a Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

O recinto, com capacidade para 3.000 espetadores, já recebeu várias competições organizadas pela FPF e será o palco das grandes decisões da Taça da Liga da época 2022/23, com a realização da “final a oito” masculina e “final a quatro’”feminina.

O elenco no setor masculino ainda não é conhecido, uma vez que os oitavos de final da prova se realizam em 7 de janeiro de 2023, mas no feminino já estão definidos os quatro clubes participantes: Nun’Álvares, detentor do troféu, Benfica, Sporting e Novasemente.

CONSERVATÓRIO DE MÚSICA DE GONDOMAR RECEBE CONCERTO DE NATAL

O Conservatório de Música Gondomar e os alunos das atividades de enriquecimento curricular, do Agrupamento de Escolas de Valbom juntaram-se , a 19 de dezembro, para um concerto de Natal no Pavilhão Multiusos de Gondomar. Os mais novos encheram a quadra natalícia de música e magia.

CENTRO CULTURAL E DEPORTIVO DE GONDOMAR LEVA ASSOCIADOS AO CIRCO

O Centro Cultural e Deportivo Gondomar (CCD) levou os seus associados e familiares ao Super Circo, a 18 de Dezembro. Esta iniciativa contou com a presença do presidente do CCD Mário Jorge e o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, a bancada esteve repleta e proporcionou momentos de descontração a todos os presentes.

FRANCISCO GOMES TRIUNFA NO MUNDO DO BOXE

Francisco Gomes, cidadão gondomarense, sagrou-se, no dia 3 de Dezembro de 2022, Campeão Mundial WBU na categorias de super plumas na Modalidade de Boxe.

DUAS JOVENS GONDOMARENSES

LANÇAM NOVO LIVRO

Duas jovens Gondomarenses, Bruna Martins e Gabriela Araújo, lançaram, a 17 de dezembro, o livro “Os Espinhos” que vem na sequência do livro “As Sombras”, também já apresentado no concelho. Trata-se de uma Fantasia Romântica preenchida por mistérios, segredos e mentiras. Um fenómeno juvenil que tem vindo a crescer e que promete entrar nos corações das pessoas. Podem encontrar as autoras no instragram @bg.goldenbooks e reservar o livro pela plantaforma digital de venda das edições Toth.

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 4 BREVES
CENTRO DE DIA EM MELRES CELEBROU

Boas Festas

AEG1- um agrupamento de projeto, com projetos e para projetos

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Novas Cenas | Projeto de Intercâmbio Teatral

O Clube de Teatro “As Três Pancadas” do AEG1 e o Clube “Devisa Teatro” da Escola Secundária Rocha Peixoto da Póvoa de Varzim

ENVOLVIDO NO PROJETO

A minha mascote é fixe!

O Conselho Geral do AEG1, em parceria com o Atelier das Artes Plásticas, o Laboratório das Artes e os professores e educadoras do AEG1, convidou a Comunidade Educativa a colaborar na construção da mascote da sua escola. Objetivo: consolidar os laços de pertença no AEG1, valorizando a identidade de cada uma das escolas.

Eis as mascotes que faltava dar a conhecer:

OUTEIRINHOS

JI / EB DO OUTEIRO

À

CONSOLIDAÇÃO

DE UMA CULTURA DE AVALIAÇÃO E DE INCENTIVO À MELHORIA DAS APRENDIZAGENS.

Pretendendo reconhecer o contributo das provas de aferição para a promoção de uma cultura de avaliação para as aprendizagens, realizaram-se sessões de trabalho, em contexto de grande proximidade, com professores, alunos e encarregados de educação, com o objetivo de serem escutados relatos de diferentes experiências e opiniões, convergentes e divergentes, e a recolha de sugestões - aspetos muito enriquecedores e que irão certamente contribuir para a re exão por parte de todos para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

Projeto coordenado pelos artistas residentes António Portela [AEG1] e Olinda Favas [ESRP], que pretende estabelecer pontes entre os clubes de teatro para promover o estímulo à prática artística dos alunos e, ao mesmo tempo, desenvolver uma rede de parcerias que podem permitir uma experiência diversi cada na aprendizagem do teatro.

O AEG1 obteve o Selo de Ouro [eSafety Label], depois de ter conseguido o Selo de Prata, há dois anos.

A certi cação decorreu das evidências de práticas de excelência em todas as áreas para a educação da segurança digital:

- Segurança Técnica;

- Acesso de Alunos e Professores às Tecnologias;

- Políticas de Utilização Aceitável;

- Proteção de Dados na Boa Política de Separação dos Ambientes de Aprendizagem e de Administração;

- Tratamento de Incidentes;

- Práticas/Comportamentos dos Alunos;

- Presença da Escola na Internet;

- Gestão da Segurança Digital;

- Ensino da Segurança Digital enquanto parte integrante do currículo;

- Segurança Digital fora da escola.

Testemunho

«os professores (...) sempre me fizeram acreditar que seria capaz.»

Pureza Nunes 45 anos

Obteve a Cer�ficação de Equivalência ao nível Ensino Secundário, através do processo RVCC, no Centro Qualifica do AEG1

Quando me pediram para dar o meu testemunho, não poderia tercado mais feliz e grata pela oportunidade de partilhar a minha experiência ao longo deste processo.

“Desa o” foi a palavra dominante, pois nem sempre foi fácil conciliar horários laborais com os horários das sessões de RVCC e das Formações Complementares. Tive que reajustar a minha vida pessoal e de fazer alguns sacrifícios nesse contexto, mas, sem dúvida, foi recompensador.

Estaria a mentir a mim própria, e aos outros, se dissesse que foi um processo fácil. Pois não foi! Porém, se queremos muito atingir um objetivo, temos de lutar por ele e não criar barreiras.

De muito serviu a ajuda e o incentivo, tanto dos colegas que nesta

jornada me acompanharam como também o apoio constante dos professores que nunca deixaram de acreditar em mim e sempre me zeram acreditar que seria capaz.

Foi desta forma que voltei a estudar, a ganhar novamente o gosto por saber mais e onde reaprendi a utilizar o computador e as suas ferramentas. Gostei muito de ler sobre a Constituição da República Portuguesa e de conhecer os valores fundamentais, que muitas das vezes nos passam ao lado.

Di cilmente teria imaginado que ao m de tantos anos voltaria a estudar e dar valor à minha formação académica. Foi, sem dúvida, uma das decisões mais acertadas da minha vida!

Cada um de nós leva o seu tempo para concluir os seus projetos, mas o mais importante é cumpri-los!

Uma re exão do passado materializada em pensamentos presentes.

A mascote da JI/EB do Outeiro surge na sequência da história de superação de um povo que vivia com di culdades, tendo de se reinventar e se dedicar à marcenaria de modo a conseguir sobreviver. As mãos passaram a trabalhar e transformar a madeira!

Através desse trabalho árduo e criativo, construíram-se inúmeras obras de arte. Ainda hoje, podemos ver várias peças (o mobiliário) existentes em escolas da localidade. São autênticas relíquias que reforçam os esforços dos antepassados com a mecanização da atualidade. Este trabalho representam estes dois mundos – passado vs atualidade –empregando ripas, material natural, de outros tempos, e a mecanização e reciclagem da placa de madeira prensada.

Um simples banco da escola transporta-nos para essa época e representa toda a importância do ensino na emancipação do ser humano.

JANZANAKI

JI /EB DE JANCIDO

Construímos a nossa mascote com a professora de Atividades Lúdicas, Elisabete Silva, com os professores titulares de turma e com a nossa Associação de Pais.

Surgiu a ideia de valorizar a identidade local, criando uma mascote que ligasse o rio Sousa, o clube de futebol Sousense e o deus japonês da água (Izanaki), combinando aparência e personalidade. A mascote devia lembrar a marca que representa, JANCIDO. Tem uma forma leve de gotinha de água, em tecido azul, cheia de bolinhas de esferovite. O corpo é humanizado, pois pretendemos passar uma preocupação ambiental. A escolha da gota atleta remete-nos para a importância do vigor do exercício físico e do desporto. Ela precisa de interagir, por isso, nasceram dois braços importantes para abraçar.

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 6 SOCIEDADE

ALDEIA DO PAI NATAL leva milhares à aldeia da Gralheira

Foram milhares aqueles que visitaram a Aldeia do Pai Natal, na Gralheira, fazendo desta edição, um verdadeiro sucesso.

Com características que a tornam única e incomparável, a aldeia da Gralheira, em plena serra de Montemuro, transformou-se num autêntico conto de Natal fazendo as delícias de todos aqueles que se deixam envolver pelo espírito Natalício.

As ruas repletas de sorrisos, as casas temáticas abarrotadas de fantasia, os músicos que alegram as ruas e as ruelas. Os teatros que encenam em cada esquina, o trenó do Pai Natal e a rampa snowtubing que proporciona aos mais novos autênticos momentos de aventura. No ar, sente-se o cheiro do café quente feito na panela de ferro ao lume, do pão acabado de sair do forno a lenha, da doçaria de natal e da típica gastronomia cinfanense.

Para o autarca Armando Morisco a expetativa para o evento “era alta, até porque as pessoas estavam ávidas de se encontrar e conviver. Este é um evento mágico, de encontro entre gerações e de pessoas de diferentes lugares”.

De acordo com o edil, este "é um evento feito pelas pessoas para as pessoas, com muito trabalho e dedicação, por amor à terra", transformando-se "numa montra da

região", assumindo com orgulho que "em especial no norte não há quem não conheça a aldeia do Pai Natal".

O mesmo balanço positivo faz Luís Pontes, Presidente da junta local que sublinha "a forte afluência de público", esperançado que "em 2023 a autarquia mantenha a aposta neste evento".

Carlos Cardoso, vereador responsável pela organização do evento, a "Aldeia do Pai Natal foi um sucesso superando todas as nossas expectativas. Vimos gente de todo o país a visitar este evento, desde o Minho ao Algarve, um sinal que a Aldeia do Pai Natal já conseguiu conquistar o país".

Por seu lado Fernando Botelho, Presidente da ARCD Gralheira, associação que colabora na organização do evento, o contributo desta organização para a aldeia "não é só no presente, no momento da sua realização com centenas de pessoas aqui, mas também no futuro ajudando ao desenvolvimento da nossa aldeia". ■

COLÉGIO PAULO VI realizou festa de Natal para todos os alunos

No Passado dia 16 de Dezembro decorreu no Colégio Paulo VI a festa de Natal dos alunos do 2 e 3 ciclo, juntamente com o secundário. No dia seguinte, foi a vez dos mais novos terem a sua oportunidade de brilhar com o pré-escolar e o primeiro ciclo.

A Festa de Natal ficou marcada com várias atuações alusivas ao natal, contudo a temática predominante foi o mundial 2022, no Catar. Os alunos fizeram uma brincadeira, ao longo dos diversos espetáculos, em que se esqueciam da época natalícia em prol do futebol.

Esta iniciativa decorre anualmente e é um momento de partilha de emoções entre os alunos e professores, sendo esta uma marca do Colégio. ■

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 8 SOCIEDADE

ESCOLAS DE MELRES E MEDAS primam pelo ambiente

O Agrupamento de Escolas à Beira Douro, mais concretamente a Escola Básica e Secundária, localizada na freguesia de Medas, está envolvida em projetos que visam a proteção ambiental e a preservação da Terra. O facto de abrangerem os projetos de Ciência Viva e serem denominados como uma Escola Azul é o que põe a instituição como uma das mais preocupadas com o ambiente na região Norte. Os professores responsáveis pelas iniciativas estiveram à conversa com o VivaCidade e apresentaram os seus propósitos e o quão gratificante é a presença dos alunos nos mesmos.

A Escola Básica e Secundária à Beira Douro, é uma Escola Ciência Viva. Inicialmente já tinha um grupo focado na ciência e após concorrem a “Escola Ciência Viva” tiveram a pontuação máxima e conseguiram mais um “título ecológico”.

Após mais um galardão vão ser implementadas atividades, durante três anos, às quais já é conhecido o nome,“do universo à célula”, pois engloba todas as vertentes das ciências até as físico-químicas. “Como nós viemos das estrelas nós quisemos partir disso para todos os seres vivos e dessa forma foram distribuídas atividades pelos três anos, incluindo as escolas do primeiro ciclo”, esclareceram os professores Elisabete Carvalho e António Sousa.

Esta iniciativa envolve algumas ideias que já tinham sido implementadas pelo grupo de ciências, como a estufa, a horta e o centro de bermi-compostagem (compostagem realizada através de minhocas). Além destas, que são realizadas no âmbito escolar, também as visitas de estudo e palestras dadas pelos profissionais ou entendidos das diversas áreas fazem, também, parte dos diversos processos de “reeducação ambiental”.

Nas estufas, que se localizam na parte superior da escola, estão a ser dinamizados dois projetos em simultâneo, “o primeiro consiste na produção de sementes de Carvalho que tem como propósito a reflorestação das áreas ardidas, o segundo foca-se essencialmente na extinção dos jacintos de água doce, que são espécies invasoras que esgotam o oxigénio na água podendo ser prejudicial à vida das espécies aquáticas”, explicaram.

ESCOLA BEIRA DOURO

É UMA ESCOLA AZUL

A iniciativa Escola Azul já foi implementada neste estabelecimento de ensino há cerca de 5 anos e conta com a participação ativa dos alunos. Este projeto foca-se essen-

cialmente na preservação do rio que influencia diretamente os oceanos, sendo que ambas têm correlação na medida em que o rio desagua diretamente no mar.

O propósito desta iniciativa prende-se com a “literacia do oceano para aproximar as crianças das problemáticas ligadas ao ambiente marítimo, quer seja na preser-

AEducação Ambiental começa em casa, mas as escolas desempenham um papel essencial, devido ao trabalho com a comunidade e na mudança de comportamentos.

Nesse sentido, ao longo dos anos, a Educação Ambiental faz parte das diferentes disciplinas do primeiro ciclo.

“Nós, professores, não nos limitamos a ser transmissores de saberes académicos. Preocupamo-nos com a formação das crianças enquanto cidadãos, preparando-os para uma cidadania ativa e responsável face aos problemas ambientais”. ■

vação marinha, quer seja na reciclagem ou na não poluição do oceano”, sublinha a professora Rosa Rosa.

Este ano já foram pensadas nas iniciativas que irão decorrer no âmbito do programa “Escola Azul” e consistem na limpeza das praias, no próximo dia 19 de Maio. A primeira recolha de lixo balnear já foi realizada este ano pela instituição, no âmbito do dia mundial dos rios, na Praia de Melres. “Felizmente esta praia não é muito poluída, pois nota-se que as pessoas já colocam o lixo no sitio apropriado”, reforça.

No seguimento destas intervenções na praia conseguiram descobrir que as pontas dos cigarros se forem recicladas dão para fazer pneus. E desta forma, remete automaticamente para o projeto de robótica que está a colaborar com as iniciativas de preservação ambiental. Com as “tampinhas” das garrafas e com material robótico foi possível transformá-las noutras coisas, como um cunho para as medalhas da escola. Para tal, não é utilizada energia quando se trata de triturar as “tampinhas”, pois é realizado através de uma bicicleta, apenas a queimar o plástico é que naturalmente essa energia é utilizada.

A INFLUÊNCIA DA POLUIÇÃO NO PATRIMÓNIO

O património também é afetado pela poluição através das chuvas ácidas, por exemplo, que podem ser as principais responsáveis pela degradação dos edifícios ou até mesmo a subida das águas que pode afetá-los. Desta forma a Escola, em conjunto com o projeto Erasmus, promove visitas a nível internacional ao património UNESCO, dos quatro países com que tem protocoloCroácia, Grécia, Espanha e Itália - para ser analisada a degradação do mesmo tendo em conta o principal fator poluitivo.

“O propósito é sensibilizar os alunos para as alterações climáticas”, sublinha Diana Almeida, professora de História responsável por esta iniciativa. ■

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 9 SOCIEDADE
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Paulo Fernandes, conhecido como Slimmy, é um músico/compositor oriundo de Rio Tinto.

Destacou-se em terceiro lugar no "Roland Masters of the Groove (2000)" com o seu rock eletrônico. Gravou as primeiras demos em 2003, Posteriormente com Quico Serrano e ainda Saul Davis (da banda britânica James).

Partiu para Londres com cinco músicas na bagagem, atuou em vários locais de alta reputação para o gênero. A sua música fezse ouvir em diversos meios como: Virgin FM, XFM, MTV2 e a destacar aparições sonoras no C.S.I.:Miami e os sumários da Premiership na Sky News e posteriormente a série portuguesa: Morangos com açúcar. Retorna a Portugal em 2007 paraa uma extensa tour nacional e o Lançamento do seu álbum Beatsound Loverboy pela Som Livre. É ainda nomeado tanto para os Globos de Ouros como para MTV Europe Music Awards.

Um fenómeno da música nacional. Continua bastante ativo e a reinventar-se sempre com presença fortemente marcada em vários palcos nacionais e é Host no Hard Rock Café. ■

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 10 SOCIEDADE

CARLOS CARVALHO: “Corremos o risco de haver jogos que fiquem sem árbitros, como já aconteceu”

Iniciou a atividade desportiva no Sport Comércio e Salgueiros em 1965. Em 1977 entra para a arbitragem, carreira que se prolongou pelo dirigismo após o abandono dos relvados. Carlos Carvalho é o atual Presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Porto, e esteve à conversa com o jornal VivaCidade.

Conte-nos um pouco do seu percurso no desporto.

Estou ligado ao desporto desde 1965. Comecei a minha atividade desportiva no Sport Comércio e Salgueiros, onde pratiquei atletismo tendo sido campeão distrital. Até hoje ainda sou o membro da direção mais novo da Associação 1º de Dezembro, onde fundei a secção de ténis de mesa que obrigou a alterações na associação que à época não incluía nos estatutos qualquer atividade desportiva. Entre 1971 e 74 fui cumprir o Serviço Militar Obrigatório. Quando regressei, um dos meus chefes de então tinha sido árbitro internacional e, numa conversa informal, desafiou-me a fazer o curso de árbitros porque eu apitava uns jogos amadores no campo do Gondomar. Em janeiro de 1977 fiz o curso, que terminou no dia 5 de maio do mesmo ano e desde então fiz o meu percurso de árbitro desde a distrital até aos jogos internacionais.

Em 1994 abandonei a arbitragem por decisão pessoal, mesmo antes de atingir a idade limite. Na altura fui convidado pelo então presidente da Associação de Futebol do Porto (AFP), para ocupar um lugar como vogal no Conselho de Arbitragem, e em 1997 sou convidado a assumir a presidência interina do mesmo órgão.

Em 1998, pela primeira vez, há eleições na AFP para o Conselho de Arbitragem. Até lá se o presidente da direção acordasse mal disposto podia demitir o Conselho sem problemas. Em 1998 torno-me assim o primeiro árbitro presidente do Conselho de Arbitragem. No dia 11 de dezembro de 2011 fui convidado para ir para o Conselho de Arbitragem da FPF, presidido pelo Vítor Pereira, como vice-presidente da secção não-profissional, cargo que mantive até 2016.

Em 2016 o Fernando Gomes convidou-me para regressar ao Conselho de Arbitragem da AFP. Havia na altura o caso Canelas e foi-me solicitado que ficasse para ajudar a solucionar o caso porque quem me tinha substituído não tinha sido capaz de o fazer. Foi assim que assumi o cargo onde me mantenho até hoje.

Temos um orgulho tremendo no trabalho feito, somos o Conselho de Arbitragem com mais árbitros e mais árbitros no primeiro escalão. Temos o maior número de árbitros em C4, C3 e C2, somos um Conselho de trabalho e queremos continuar enquanto a saúde nos permitir. Um dos objetivos é enobrecer a instituição a que pertencemos que é a Associação de Futebol do Porto.

Tantos anos ligado ao desporto, mais concretamente à arbitragem, terá certamente momentos que o marcam. Consegue destacar dois?

Pela negativa foi num Sanjoanense Gil Vicente em que tive que sair fardado de polícia, no dia em que o meu falecido pai fazia anos. Tive que emprestar a minha roupa a um polícia e ele a farda a mim para conseguir sair em segurança. Tinha

comprado um carro novo na sexta feira anterior que ficou completamente desfeito.

Pela positiva, a maior alegria que poderia ter é alcançar todas as metas que me sempre me propus. Das mais, às menos insignificantes. Estive em Wembley e Camp Nou, por exemplo, são memórias que ficam para toda a vida.

Referiu que a AFP é a mais representada entre os árbitros da Primeira Liga. Isto é também reflexo da qualidade dos árbitros desta região?

Eu nunca direi que são os melhores. Como em qualquer outro setor, também na arbitragem há os bons e os menos bons.

Eu costumo usar uma comparação, há árbitros que são Messis e outros são Cristianos Ronaldos, ou seja, uns nascem com muito jeito, outros, como o Cristiano, têm que trabalhar muito para conseguir um determinado patamar de excelência, mas conseguem.

Há uma coisa que sublinho sempre, não é importante a origem dos árbitros, o que interessa é que sejam os melhores e que desempenhem a sua função da melhor forma.

Hoje em dia um árbitro é um vendedor de técnicas de arbitragem. Tem que vender as suas decisões para dentro de campo e para todos os espectadores que estão de volta.

A arbitragem portuense tem estado em destaque com vários internacionais em diferentes competições, desde o futsal ao futebol de praia. É um motivo de orgulho para si?

Essa pergunta só tem uma resposta, eu já não tenho mais condecorações para receber. Isto quer dizer que o trabalho que temos desenvolvido ao longo dos anos está a ser bem feito.

Quando somos reconhecidos, pelas câmaras de Gondomar e Baião, onde nasci, pela própria Associação e da Federação, pelo Governo isto só quer dizer que ao longo dos anos vamos tendo o nosso trabalho reconhecido. Um trabalho desenvolvido em prol de um hobbie que tanto gostamos.

Continua a olhar para a arbitragem como um hobbie?

Sim, porque o nosso ganho é bola, como costumo dizer (risos). É preciso gostar mesmo muito.

Ver o Artur Soares Dias ou o Jorge Sousa começarem meninos e atingirem as carreiras que atingiram, o Sérgio Soares começar e ser um dos melhores do mundo, ver o António Almeida que acabou recentemente como árbitro de futebol de praia, é uma grande satisfação.

Há uma coisa que muitos desconhecem, a Associação de Futebol do Porto é a única que tem árbitros em todas as associações do país. Infelizmente o regulamento de arbitragem permite o que permitem outras associações, basta indicarmos dois árbitros por ano para o quadro nacional.

Uma das coisas que debatemos é a introdução do método de Hondt na arbitragem, devemos indicar o número de árbitros proporcionalmente ao número de árbitros que temos. A partir daí é o valor de cada um que conta.

É mais difícil ser árbitro agora ou quando começou?

Sem dúvida que hoje é mais difícil. Os pais que acompanham os meninos estragam os seus filhos com os comentários que fazem.

Esses pais deviam pensar que aquele árbitro que ali está também podia ser filho deles e que também está a aprender, também está para se formar, e isso é esquecido na maior parte das vezes.

Eu se hoje tivesse oito ou nove anos e visse o meu pai na bancada a insultar o árbitro, ou ele não ia mais comigo ou desistia eu do futebol.

Recentemente vimos uma jornada ser adiada, em Lisboa, devido ao avolumar de agressões contra os árbitros. Como dirigente, como olha para esta situação?

Preocupa-nos muito, afasta alguns jovens com potencial da arbitragem.

Os clubes queixam-se que muitas vezes os jogos não têm árbitros, mas nós sentimo-nos impotentes para regularizar determinadas situações.

O Presidente da Associação de Futebol do Porto, José Neves, tem pressionado muito o Secretário de Estado para que haja uma alteração às leis que leve a que a situação se altere. Corremos o risco de haver jogos que fiquem sem árbitros, como

já aconteceu.

Quem está na bancada deve pensar que aquele árbitro que está ali no campo pode ser da sua família, por isso devemos respeitar o seu trabalho.

Hoje temos o problema das redes sociais, é fácil usar estes meios para falar mal de tudo e de todos, incendiando ainda mais posições que são já potencialmente violentas.

Ainda tem algum objetivo por cumprir?

Os objetivos enquanto dirigente é dar continuidade ao que tem vindo a ser feito.

O atual presidente da AFP é um homem que admiro, que luta pelo organismo e que gosta da arbitragem, lutando para que façamos o nosso trabalho nas melhores condições.

Com o centro de formação que a associação vai construir vamos ter um desenvolvimento muito grande da modalidade em todas as suas vertentes. Gostava de ter saúde para ver essa obra concluída, lá para o final de 2024. Dessa forma acredito que vamos ver a nossa associação crescer muito mais.

Estamos a fazer uma forte aposta no feminino para termos mais mulheres na arbitragem e no dirigismo. O nosso objetivo é atingir o topo, é algo difícil mas não é impossível.

A nível pessoal, o maior sonho da vida é que a minha neta cresça e seja feliz.

No dia em que abandonar definitivamente a arbitragem, de que forma gostaria de ser recordado?

Às vezes tenho alguma vaidade em mim mesmo de ser conhecido a nível nacional. Nas intervenções que diversas personalidades fazem, referem-se a mim como o melhor dirigente de sempre.

Não gosto muito que digam isso, é o nosso trabalho que prova o nosso valor. Palavras são palavras.

Quero que o meu trabalho seja reconhecido amanhã, pelo meu filho e pela minha neta. Que ela sinta orgulho no legado que o avô deixou, especialmente enquanto homem, porque enquanto dirigentes somos efémeros, hoje somos amanhã não.

Como homem quero que reconheçam em mim a integridade, a honestidade e o contributo para o desenvolvimento de centenas de jovens, ajudando-os a ter um rumo na vida.

Se estivesse agora perante um jovem a iniciar a sua carreira na arbitragem, que conselho lhe daria?

Perguntava desde logo se gosta do que quer fazer, se sim, então resta trabalhar, trabalhar e trabalhar.

Hoje em dia temos meios tecnológicos ao nosso dispor, temos que filmar os nossos jogos e ter técnicos a trabalhar connosco. O que podemos ganhar com a arbitragem é um extra, há uma parte que temos que investir em alguém que trabalhe connosco para que possamos melhorar.

Um árbitro hoje não basta saber dirigir bem um jogo de futebol, tem que dominar a língua inglesa, tem que ser um comunicador, um gestor de seres humanos e, se pudermos também ter formação de primeiros socorros, ainda melhor.

Um árbitro é muito mais do que a função que desempenha dentro do campo, é um ser humano que pode ajudar aqueles que muitas vezes lutam contra nós. ■

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UNIÃO DE FREGUESIAS DE MELRES E MEDAS celebram o Natal

FEIRA DE NATAL EM MELRES ANIMOU LARGO JUNTO AO RIO

A Feira de Natal, realizada nas Melres, localizou-se no Largo junto ao rio e esteve a decorrer até dia 17 de dezembro. Foi possível ter acesso aos trabalhos dos artesãos da freguesia e animação não faltou.

Nesta festa, que emocionou os fregueses, puderam contar com o apoio da LigaDura, RC Medas e do Rancho de Melres.

MEDAS PROMOVEU A PRIMEIRA FEIRA DE NATAL

Medas recebeu pela primeira vez a Feira de Natal, promovida pela União de Freguesias de Melres e Medas. O evento contou com a participação de cerca de 20 artesãos locais, que tiveram oportunidade de mostrar à comunidade os seus trabalhos.

Não faltou animação com a presença do Rancho de Medas com o apoio do RC Medas e da S.C.Dez de Junho.

CRIANÇAS AGRADECEM ESPETÁCULO NATALÍCIO PROMOVIDO PELA UF

As crianças da União de Freguesias (UF), tanto do primeiro ciclo como jardim de infância, desejam um bom natal à comunidade e agradecem também a colaboração prestada na organização da festa. Em especial, um agradecimento à Indytrupe pelo espetáculo com que presentearam os alunos. ■

UNIÃO DE FREGUESIAS DE FÂNZERES E SÃO PEDRO DA COVA promove iniciativas natalícias

O apadrinhar é uma das iniciativas promovidas pela UF. Este projeto consiste em que todas as crianças tenham acesso a um padrinho que lhes cumpra os desejos natalícios, ou seja é selecionado um padrinho a cada criança e o padrinho escolhido é o responsável por tentar concretizar o que é pedido “na carta ao pai natal”. Este ano, o projeto contou com uma novidade as crianças além de se identificarem diziam qual era o seu maior sonho e o padrinho tenta concretiza-lo.

“Nas cartas tivemos inúmeros sonhos e o mais diversificados possível. Umas crianças pediam umas sapatilhas, e punham o numero que calçavam e outras só queriam estar em família. O melhor desta iniciativa é que os padrinhos fazem de tudo para concretizar o que os mais pequenos precisam, e contrariamente ao que se pensa os padrinhos são cada vez mais jovens, o que é bastante gratificante”, sublinha Sofia Martins, presidente da UF de Fanzeres e São Pedro da Cova. As oficinas, fazem também parte deste leque de projetos sugeridos pela Junta, este ano “contaram com inscrições acima da média, cerca de 30 crianças no total das duas freguesias”, conta a presidente e acrescenta que “só gostaria que a

oficina durasse um dia inteiro, mas para já ainda não foi possível de concretizar”. As oficinas já começaram no passado dia 19 de dezembro e estão destinadas às crianças dos 6 aos 12 anos.

O culminar das iniciativas natalícias é a festa de natal da comunidade idosa de Fânzeres que ocorreu no passado dia 14 de dezembro, na cripta da igreja de São Pedro da Cova. “A animação, alegria e o convívio foram o “prato principal” da festa com um espetáculo totalmente promovido pelos seniores da UF”, realça Sofia Martins.

A 8 de Janeiro os séniores vão ser presenteados com a Festa dos Reis, na Escola Secundária de São Pedro da Cova, pelas 14h30, com lanche e muita animação. Para marcar presença tem que se inscrever até 31 de dezembro nas secretarias da Junta da UF de Fânzeres e São Pedro da Cova.■

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Nesta época natalícia, a União de Freguesias (UF) de Fanzeres e São Pedro da Cova tem promovido inúmeras iniciativas que envolvem a partilha e o amor na freguesia.

O ESPÍRITO DO NATAL JÁ INVADIU GONDOMAR…

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APPC SENSIBILIZA OS MAIS JOVENS no Jardim de Infância da Fontela

O Jardim de Infância da Fontela (em Gondomar) assinalou, a 6 de dezembro, o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Nesse dia, em atividade realizada em parceria com a Associação do Porto de Paralisia Cerebral, as crianças que frequentam este jardim de infância receberam a visita de Ana Gomes (Assistente Social) e Beatriz Fraga (Educadora Social e pessoa com deficiência).

As crianças do Jardim de Infância da Fon-

tela ouviram a história “Há por aí alguém igual a mim?”, apresentação que tinha como objetivo sensibilizar para a importância de reconhecer (e respeitar) a diferença. E no final realizaram, também, um jogo lúdico sobre estas temáticas. Houve ainda tempo para um pouco de conversa sobre a forma como, sem discriminações, se pode contribuir a que crianças (e adultos) com deficiência se sintam plenamente integrados na sociedade e nas atividades comuns.■

VEÍCULO ELÉTRICO da Fundação EDP

A Associação do Porto de Paralisia Cerebral é uma das 20 entidades da Economia Social que, após candidatura apresentada, irá receber da Fundação EDP uma viatura elétrica, de passageiros, para apoio a algumas das suas atividades.

As propostas destas entidades foram selecionadas entre mais de duas centenas de candidaturas ao “Programa de Mobilidade Solidária”, uma iniciativa da Fundação EDP. As respostas sociais de cada candidatura e o impacto social das mesmas foram os principais fatores considerados pelo júri.

Estas instituições irão usufruir de cofinanciamento de renting, instalação de wallboxes de carregamento, apoio aos gastos com eletricidade e formação sobre utilização eficiente de veículos elétricos. A

implementação do projeto contará com o apoio da Leaseplan – sobretudo na componente de formação.

O júri do Programa Mobilidade Solidária foi constituído por Martim Salgado (diretor do Gabinete de Coordenação de Impacto Social da EDP e administrador da Fundação EDP), Filipe Santos (professor de Empreendedorismo Social, Dean da Católica-Lisbon e presidente do Conselho de Curadores da Fundação EDP) e Margarida Couto (sócia responsável da área de Economia Social e Direitos Humanos da Sociedade de Advogados Vieira de Almeida & Associados, CEO da Fundação Vasco Vieira de Almeida, presidente do GRACE e membro do Conselho de Curadores da Fundação EDP). ■

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RECOLHA DE LIXO: Natal e Ano Novo

As épocas festivas trazem consigo o aumento da produção de lixo residencial e desta forma iremos listar quais serão os ho-

rários das recolhas seletivas nesta época que se aproxima.

Nos dias que antecedem o Natal e o Ano

Novo, 24 e 31 de dezembro, todos os circuitos de recolha de contentores de superfície, moloks, ecopontos, porta-a-porta residen-

cial e não residencial serão efetuados normalmente, em todas as freguesias do Município, sem quaisquer alterações de horário, ficando, ainda, equipamentos disponíveis para colocar os resíduos a serem produzidos no dia de Natal.

Contudo, contrariamente ao ano anterior, que não houve qualquer serviço de recolha nos dias 25 de dezembro e 1 de janeiro, este ano haverá recolha nas áreas com maior densidade populacional. Nas freguesias de Rio Tinto, Baguim, Fanzeres, S.Cosme, Valbom e S.Pedro haverá uma equipa de recolha de Moloks, de ecopontos de embalagens, ecopontos de papel e biorresiduos. Estas zonas contam também com quatro equipas de recolha de contentores de superfície e duas de recolha junto aos equipamentos.

Ressalvando que nos dias 25 e 1 não haverá recolha de resíduos à porta, portanto deverão mantê-los em casa até segunda-feira. ■

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CENTRAL DE CICLO COMBINADO DA TAPADA DO OUTEIRO celebrou 25 anos

Situado no concelho de Gondomar, o projeto do Ciclo Combinado da Tapada do Outeiro começou a ganhar forma no início dos anos 90 para permitir a introdução do gás natural em Portugal, procurando assim dar resposta ao forte crescimento de consumo elétrico projetado para o país.

Construída com a mais avançada tecnologia á época, a Tapada do Outeiro constituiu um dos mais inovadores projetos do seu tipo, sendo mesmo o primeiro ciclo combinado de eixo único a ser construído na Península Ibérica, e um dos primeiros em toda a Europa.

Nascido como um projeto privado, com um investimento a rondar os 700 milhões de euros, o maior na época em Portugal, este projeto tem assegurado uma resposta eficaz às necessidades energéticas do país, respeitando sempre os valores da segurança, do ambiente e da comunidade.

Com as alterações climáticas no centro das atenções, cresce também a procura por fontes de energia renováveis. O projeto da Tapada do Outeiro, por não depender de recursos energéticos voláteis para o seu funcionamento, continua pronto a desempenhar o mesmo papel determinante na garantia da segurança do abastecimento da rede pública nacional, na garantia do seu arranque após apagão total e no fornecimento dos demais serviços essenciais ao sistema.

Se no início o projeto foi inovador na introdução do gás natural no mercado nacional, hoje pretende aceitar novos desafios, assumindo um caminho pioneiro na transição para fontes de energia alternativas como o hidrogénio verde, um caminho que foi apresentado por Perfeito Isabel, diretor da Turbogás, entidade gestora do projeto, durante a cerimónia de celebração dos 25 anos onde também marcou presença o Ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro.

"Nos dias de hoje, mercê das alterações climáticas e das suas consequências impactantes, novos paradigmas na produção de energia assumem especial relevância e protagonismo: as energias renováveis. Este é seguramente o caminho. No entanto, e em linha com os objetivos da descarbonização, acreditamos que o gás natural, como aliás reconhecido pela própria Comunidade Europeia, terá um papel importante a desempenhar nesta transição energética, rumo às metas traçadas da neutralidade carbónica. É neste contexto, que a Tapada do Outeiro, porque não depende de recursos primários voláteis para o seu funcionamento, continuará pronta a desempenhar o mesmo papel determinante na garantia da segurança do abastecimento da rede nacional.

E tal como no seu início, em que assumiu um papel marcadamente inovador, também hoje, com o desenvolvimento das novas tecnologias renováveis, como a do hidrogénio verde, este projeto está pronto

a aceitar novos desafios e assumir mais uma vez um caminho pioneiro.

Efetivamente, o Grupo Trustenergy, com o apoio dos seus acionistas Engie e Marubeni, tem um projeto concetual para a Tapada do Outeiro. Um projeto em que se combina a capacidade de produção renovável com a produção de hidrogénio verde e onde graças à sua mistura com o gás, se cria a possibilidade de dispor dessa energia elétrica sempre que necessário, ultrapassando deste modo os problemas criados pela intermitência associada às fontes renováveis.

Este projeto, que integrou a candidatura nacional ao IPCEI, que foi apresentado também no painel do European Hydrogen Week,

sob os auspícios da Comunidade Europeia, continua válido e desafiante, representando uma visão de futuro para a Tapada do Outeiro, que poderá vir a constituir-se como um embrião em matéria de gases renováveis e combustíveis mais amigos do ambiente

Deste modo, a Turbogás poderá vir a promover a descarbonização gradual do seu processo de produção, constituindo-se ainda na região do grande Porto, como um projeto âncora em matéria de produção de hidrogénio verde utilizável ainda noutros projetos, ao mesmo tempo que poderá continuar a assegurar todas as outras valências, essenciais e indispensáveis à gestão eficiente e segura da rede elétrica., continuando

CRONOLOGIA

1994 Constituição da Turbogás 1995 Lançamento da primeira pedra do complexo

1997

Abril − Chegada da primeira turbina a gás Dezembro − Primeira ignição 1998 − Primeira operação de Ciclo Combinado

2009 − Implementação de novos queimadores de gás de baixo teor de nox 2013 – Entrada do grupo TrustEnergy formado pela Engie e Marubeni

2014 − Otimização do processo produtivo com melhoria na eficiência

2021 − Integração do Centro de Despacho dos parques eólicos da TrustWind

assim a fazer história no setor elétrico nacional.

A terminar esta minha intervenção, não posso deixar de sublinhar que a Tapada do Outeiro é uma instalação já com 25 anos de atividade. É verdade que não encaramos isso como uma limitação, mas por essa razão, serão determinantes os critérios nas escolhas que irão guiar o seu futuro, tornando-se absolutamente relevante, no nosso entender, a experiência de Gestão e o conhecimento comprovado, para que a Central possa continuar a assegurar a fiabilidade e disponibilidade que o sistema electroprodutor vai necessitar na próxima década”.■

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FREGUESIAS DE GONDOMAR levam crianças ao circo

As festas natalícias têm implicitamente a obrigatoriedade de ir ao circo, já é uma tradição. E, desta forma, as diferentes freguesias apostaram numa ida ao circo, para os pais e crianças residentes nas mesmas. As Junta de Freguesia investiram e proporcionaram uma tarde animada às famílias.

O VivaCidade falou com os presidentes das diversas Juntas e tentou perceber junto dos mesmos se a expectativa que tinham foi concretizada.

FRANCISCO LARANJEIRA - JUNTA DE FREGUESIA DE BAGUIM DO MONTE:

A Junta levou as crianças dos Jardins de Infância e do Primeiro ciclo ao circo de forma totalmente gratuita, em que a Junta comprou ma sessão completa de 1500 lugares, sendo que na primeira sessão tiveram lá cerca de 1300 pais e crianças e os restantes bilhetes ficaram depois, porque houve famílias que não podiam ir nas datas das escolas e conseguiram entrar depois com o mesmo bilhete. Esta é medida tem como principal objetivo ver um sorriso nas crianças e também é uma forma para apoiar a cultura, para ajudar o circo, para que não o deixemos cair. Já é tradição as crianças irem ao circo.

ANTÓNIO BRAZ - UNIÃO DE FREGUESIAS DE GONDOMAR S. COSME, VALBOM E JOVIM

O Executivo da Junta decidiu este ano, e pela primeira vez, levar as crianças ao circo e posso garantir-lhe que foi uma aposta ganha. Aquilo que foi transmitido pelos mais pequenos foi de tal forma gratificante que para o ano a aposta irá manter-se.

NUNO FONSECA - JUNTA DE FREGUESIA DE RIO TINTO

O Executivo desta Junta à semelhança do que faz há vários anos disponibilizou uma verba substancial, aliás posso mesmo dizer-lhe que a seguir à Feira Medieval é o segundo maior investimento deste Executivo. O objetivo é levar toda a comunidade escolar a visitar o maior espe-

táculo do mundo. Ver o sorriso estampado no rosto das crianças não tem preço. Obviamente que iremos continuar a proporcionar estes momentos às nossas crianças.

SOFIA MARTINS - UNIÃO DE FREGUESIAS DE FÂNZERES E SÃO PEDRO DA COVA

Tivemos duas sessões, uma às 11h00 e outra às 15h00, e todas elas cheias e compostas. E penso que atingiu um universo de cerca de 85% das crianças, por outro lado, também tivemos uma compreensão por parte do circo, porque os pais podem estar a trabalhar e não conseguirem ir e o circo estendeu a validade do bilhete até 2 de Janeiro, portanto os pais podem levar os meninos até essa data com o bilhete do circo que a Junta forneceu. Foi uma aposta bem sucedida porque por um lado permitiu que as famílias fossem sem sobrecarregar o horário publico, por um lado porque as crianças foram ao cir-

Aniversário

co com os seus pais sem sobrecarregar o horário letivo, até porque não queríamos sobrepor-nos à Associação de Pais que

// Obrigado pela Confiança.

também costumam ter iniciativas de Natal. Acho que foi uma aposta muito bem sucedida. ■

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A PENSAR NO AMBIENTE e em quem mais precisa

União das Freguesias e Lipor renovam procolos no âmbito do projeto Recuperar é Ganhar+. A União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, em parceria com a Lipor, renovaram, o Protocolo de Colaboração com a Gondomar SocialAssociação de Intervenção Comunitária; a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Vera Cruz de Gondomar; o Centro Social e Cultural da Paróquia de Valbom e o Centro Paroquial de São João da Foz do Sousa.

As parcerias realizadas no âmbito do projeto “Recuperar é Ganhar+”, apoiado pelo Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente, permitem a reutilização e a extensão de vida útil de eletrodomésticos, de equipamentos eletrónicos e de mobiliário, a partir dos Centro de Recuperação de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos e o Centro de Recuperação de Equipamentos em Mobiliário, implementados nas instalações do Parque Operacional desta União. Estas duas valências possibilitam a doação destes utensílios às famílias sinalizadas

pelas quatro instituições de solidariedade social, no sentido de “atenuar as dificuldades vividas no dia-a-dia perante a falta destes equipamentos”, sublinhou António Braz, acrescentando que “há três anos que estas valências assentam numa economia circular que veio alterar o paradigma do desperdício e do desgaste de recursos naturais”. Palavras que foram sustentadas por Ana Luísa Gomes, vereadora do Ambiente da Câmara Municipal de Gondomar, que sublinhou ainda que “estes protocolos de colaboração são muito importantes atendendo à atual conjuntura económica e social que, infelizmente, não perspectiva um futuro fácil”. O encontro para a assinatura dos protocolos contou ainda com a presença de Fernando Leite (administrador-delegado da Lipor) e de Eduardo Serrão (Diretor do Centro de Emprego de Gondomar).

Recorde-se que o projeto “Recuperar é Ganhar+” conta com a parceria da LIPOR, enquanto entidade responsável pela gestão, valorização e tratamento dos resíduos urbanos produzidos na área metropolitana do Porto e da European Recycling Platform de Portugal. ■

UNIVERSIDADE SÉNIOR DE GONDOMAR volta a celebrar o Natal

As cortinas do Auditório Municipal voltaram a abrir-se para receber as atuações dos alunos e professores da Universidade Sénior de Gondomar (USG) no regresso, após dois anos de interregno, da Festa de Natal.

A noite de 15 de dezembro voltou a trazer a alegria e a boa disposição de alguns dos grupos criados no âmbito da USG, além da participação especial da Associação Cultural TRÊSPORQUATRO e da convidada surpresa, a cantora Diana Basto. “A universidade deve aproveitar as suas potencialidades, cumprir o seu objetivo e abrir-se para novas oportunidades e caminhos”, afirmou António Braz na sua breve intervenção. O presidente da União das Freguesias e do Conselho Executivo da

USG, acrescentou que, no próximo ano, “haverá um investimento em obras de beneficiação no edifício-sede”, uma condição fundamental para que “este espaço continue a ser um lugar de referência, de felicidade e de partilhas, porque a história desta Universidade é escrita por todos os alunos, professores e colaboradores”. A festa contou também com a presença de Cláudia Vieira, vereadora da Câmara Municipal de Gondomar, que reconheceu o trabalho desenvolvido pela USG ao longo de todos estes anos; Eduardo Serrão (Diretor do Centro de Emprego; Eunice Neves (Diretora do Cindor); Raquel Rêgo (Deputada da Assembleia de Freguesia e os membros do executivo José Paulo Sá, Felisberto Almeida e Isaura Nogueira. ■

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MUNICÍPIO DE GONDOMAR reduz a taxa do IMI mais um ano

Os Gondomarenses vão ter acesso, novamente, à redução da Taxa do IMI em mais 2,5% a somar aos que já tinham sido realizados no ano transato, a partir de Janeiro de 2023.

“Vamos manter o IMI familiar. No alto concelho vamos manter a taxa de 5% mais baixa. No resto irá reduzir cerca de 2.5%. Estas reduções significam para a Câmara uma perda substancial de receita que abdicamos em prol dos Gondomarenses”, sublinha Marco Martins, presidente da Câmara Mu-

nicipal de Gondomar.

A nível da diferenciação em 2,5% do alto concelho para o resto justifica-se pelo facto de “atrair mais população e para ter acesso a novas infra-estruturas com o propósito de ajudar o território a desenvolver-se e haver mais investimento”, explica. ■

GONDOMARENSES vão ter 16% desconto na fatura da água a partir de Janeiro

HOSPITAL FERNANDO PESSOA

Em Portugal, já é possível identificar mais de 340 mutações genéticas nos recém-nascidos, através do “Teste da Bochechinha”, um meio de diagnóstico rápido, fiável e muito menos invasivo do que o “Teste do Pezinho”.

Em Portugal, este teste está disponível apenas no Hospital Fernando Pessoa.

O Grupo Pantest, a Fundação Fernando Pessoa e o laboratório Mendelics - Análise Genômica, vão disponibilizar pela primeira vez na Europa, um novo teste genético para recém-nascidos. Esta parceria irá tomar forma no desenvolvimento de um laboratório genético, dentro do Hospital Fernando Pessoa. Na sequência deste evento, o HE recebeu a visita da TVI, que procedeu a uma entrevista no âmbito do CECLIN.

Em Portugal, já é possível identificar mais de 340 mutações genéticas nos recém-nascidos, através do “Teste da Bochechinha”, um meio de diagnóstico rápido, fiável e muito menos invasivo do que o “Teste do Pezinho”.

Em Portugal, este teste está disponível apenas no Hospital Fernando Pessoa.

Através desta parceria, o Grupo Pantest irá disponibilizar às famílias portuguesas, um meio de diagnóstico rápido e fiável, que deverá ser feito no primeiro ano de vida do recém-nascido, para já em exclusivo no Hospital Fernando Pessoa. O objetivo da triagem neonatal genética, através do “Teste da Bochechinha”, é complementar a triagem neonatal tradicional, expandindo o leque de doenças analisadas e contribuindo para a identificação precoce de doenças raras, graves e muitas vezes silenciosas. ■

A partir de Janeiro de 2023, os Gondomarenses, com o primeiro e segundo escalão, vão pagar menos 16% na conta da água. A medida imposta é da Câmara Municipal de Gondomar, que unilateralmente tomou esta decisão.

O Município de Gondomar, no memorando realizado em Julho de 2021, propôs três cenários às Águas de Gondomar, relativos ao preço a praticar em 2023. O primeiro centra-se na recuperação da concessão das águas por parte da autarquia, o segundo era prolongar o contrato por mais anos e a terceira, que foi a estipulada, consistia em negociar, mas sem grandes custos para a Câmara. Este último implicava que a empresa responsável pe-

las águas do concelho revisse e reestruturasse o financiamento para reduzir os custos e libertar verba para que o Município pudesse reduzir o valor mensal da água.

“As Águas de Gondomar foram adiando o envio dos documentos, de forma sucessiva, e à medida que íamos fazendo pressão ia sendo mais adiado. Em Agosto entregaram os documentos para nós autorizarmos os planos através de garantias, mas só em Novembro é que entraram os respetivos documentos”, explica Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, acrescentando que “acabamos por tomar a decisão de forma unilateral pois com tantos atrasos, que na minha opinião foi de má fé, podia não haver redução no custo da água”.

De modo geral o que vai acontecer é que

os residentes de Gondomar, do primeiro e segundo escalão, vão ter acesso a um desconto de 21%, contudo só será visível a nível de fatura 16%, porque os 5% de diferença era o valor que teria que aumentar devido à inflação de 2022 para 2023. O valor da redução vai ser assumido pelas Águas de Gondomar.

“Prevêem-se tempos difíceis de negociações entre as Águas e o Município porque não podemos compactuar com uma proposta desonesta, na minha opinião, para que o consumidor nunca visse o desconto efetivo no valor da água, na sua fatura”, remata o presidente da Câmara de Gondomar.

Em Portugal, já é possível identificar mais de 340 mutações genéticas nos recém-nascidos, através do “Teste da Bochechinha”, um meio de diagnóstico rápido, fiável e muito menos invasivo do que o “Teste

O Grupo Pantest, a Fundação Fernando Pessoa e o laboratório Mendelics - Análise Genômica, vão disponibilizar pela primeira vez na Europa, um novo teste genético para recém-nascidos. Esta parceria irá tomar forma no desenvolvimento de um laboratório genético, dentro do Hospital Fernando Pessoa. Na sequência deste evento, o HE recebeu a visita da TVI, que procedeu a uma entrevista no âmbito do CECLIN.

Ás Águas de Gondomar optaram por não prestar declarações sobre este assunto. ■

portuguesas, um meio de diagnóstico rápido e fiável, que deverá ser feito no primeiro ano de vida do recém-nascido, para já em exclusivo no Hospital Fernando Pessoa. O objetivo da triagem neonatal genética, através do “Teste da Bochechinha”, é complementar a triagem neonatal tradicional, expandindo o leque de doenças analisadas e contribuindo para a identificação precoce de doenças raras, graves e muitas vezes silenciosas.

neonatal genética, através do “Teste Bochechinha”, é complementar a triagem neonatal tradicional, expandindo o leque de doenças e contribuindo para a identificação precoce raras, graves e muitas vezes silenciosas.

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 26 SOCIEDADE
disponibilizar pela primeira vez na Europa, um novo teste deste evento, o HE recebeu a visita da TVI, que procedeu Em Portugal, já é possível identificar mais de 340 mutações genéticas nos recém-nascidos, através do “Teste da Bochechinha”, um meio de diagnóstico rápido, fiável e muito menos invasivo do que o “Teste Em Portugal, este teste está disponível apenas no Hospital Fernando Pessoa. Através desta parceria, o Grupo Pantest irá disponibilizar às famílias portuguesas, um meio diagnóstico rápido e fiável, que deverá ser feito primeiro ano de vida do recém-nascido, para exclusivo no Hospital Fernando Pessoa. O objetivo da triagem
O Grupo Pantest, a Fundação Fernando Pessoa e Em Portugal, já é possível identificar mais de 340 mutações genéticas nos recém-nascidos, através do “Teste da Bochechinha”, um meio de diagnóstico rápido, fiável e muito menos invasivo do que o “Teste do Em Portugal, este teste está disponível apenas no Hospital Fernando Pessoa. Através desta parceria, o Grupo Pantest irá O Grupo Pantest, a Fundação Fernando Pessoa e o laboratório Mendelics - Análise Genômica, vão disponibilizar pela primeira vez na Europa, um novo teste genético para recém-nascidos. Esta parceria irá tomar forma no desenvolvimento de um laboratório genético, dentro do Hospital Fernando Pessoa. Na sequência deste evento, o HE recebeu a visita da TVI, que procedeu a uma entrevista no âmbito do CECLIN. Em Portugal, já é possível identificar
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expandindo o leque de doenças analisadas e contribuindo para a identificação precoce de doenças raras, graves e muitas vezes silenciosas.
VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 27 Boas Festas E ntidade fundada em 1983 e acreditada pela DGERT INGLÊS | FRANCÊS | ALEMÃO | ESPANHOL | MANDARIM | ITALIANO HOLANDÊS | PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS - CURSOS DE LÍNGUAS PARA TODAS AS IDADES: CRIANÇAS JOVENS - ADULTOS - CURSOS DE CONVERSAÇÃO - CURSOS DE DOMÍNIO TÉCNICO - SERVIÇOS DE TRADUÇÃO + TRADUÇÃO CONSECUTIVA E SIMULTÂNEA - EXAMES DE CERTIFICAÇÃO DE NÍVEL - PREPARAÇÃO EXAMES CAMBRIDGE, DELF, GOETHE, PLE - CURSOS DE VERÃO - VOUCHERS PRESENTE info@ilg.pt www.ilg.pt 224838159 931400899 Rua 25 de Abril, 560 4420-356 GONDOMAR FACEBOOK: Instituto De Línguas – ILG INSTAGRAM: ilggondomar

JOÃO GARCIA “A FELICIDADE NÃO É UM

Quando, com 16 anos, tiveste a tua primeira experiência de montanhismo na Serra da Estrela, já pensavas que isso seria o teu futuro ou foi uma mera aventura?

Na altura não fazia a mínima ideia, como qualquer adolescente de 16 anos. Sabia o que gostava, mas não que esse sonho se tornaria realidade. Sei que queria fazer coisas, apostar em experiências duradouras. E isso aconteceu! A prova está aqui, ao continuar a fazer a mesma coisa que gosto há mais de 35 anos.

Então, a partir de que momento é que sentiste que as escaladas passariam a ser o teu objetivo de vida, a tua profissão?

Acho que foi no ano seguinte, com o mesmo grupo, quando fui aos Alpes, ao Monte Branco. Do meu lado foi uma aventura improvisada. Eu impingi-me, arranjei maneira de ir ter com eles. Escalar essa montanha com mais de 4.000 metros foi difícil, porque eu era francamente inexperiente, com 16 anos. Mas eu consegui chegar lá cima, quando alguns não conseguiram. Ali no topo, e com essa idade, eu percebi que o alpinismo era um desporto justo: só atinge o topo quem se esforça. Não quem é mais velho, não quem tem as roupas mais bonitas, não quem tem mais experiência.

Quais são os erros humanos que não se podem cometer para se conseguir alcançar o topo?

Do ponto de vista técnico eu era inexperiente, por isso nesse âmbito eu não sabia que erros poderia estar a cometer. Agora, o que nunca larguei foi a perseverança. Eu lembro-me que, dessa vez, estava mau tempo. Eles estavam inclinados em esperar mais tempo ou, inclusive, em abandonar. E isso não estava na minha lista! (risos) Eu tinha que tentar! Lembro-me, perfeitamente, que fui dos primeiros a avançar e a chegar lá cima. Ao voltarmos ao parque de campismo, eu percebi que com 16 anos tinha deixado de ser um miúdo e tinha passado a ser um deles. São essas sensações fortes que te ajudam a cimentar a ligação com esta atividade, que para mim é mais do que um desporto: é um modo de estar na vida e, também, uma profissão!

Permite-me estas questões que, certamente, outros entrevistadores já te fizeram. É sempre uma curiosidade: qual a montanha escalada em que mais sofreste, a mais difícil em todo o percurso?

Eu acabei por ter várias montanhas que me intimidavam, que sabia por reputação que eram perigosas. Tive de arranjar es-

tratagemas de gerir esse risco. Mas mais do que dificuldades técnicas, por vezes existem barreiras psicológicas. Em 2006, a primeira expedição teve dificuldades acrescidas. O Tozé, de Braga, adoeceu em plena expedição e veio a revelar-se que estava gravemente doente. Isso obrigou-me a pegar nele e a chamar meios de emergência. Veio o helicóptero, fomos para o hospital de Katmandu e foi operado de urgência. Estive lá uma semana à espera que ele tivesse a sua alta hospitalar, depois meti-o no avião para Portugal. De seguida, voltei à montanha, mas tinha perdido a adaptação à altitude e perdi os timings com as pessoas com quem ia escalar. E surge a frustração. Já agora, há dois tipos de frustração: uma é tentares e não conseguires, ou porque não treinaste ou porque não estavas para aí virado; outra é, para mim mais terrível, teres a chance de tentar e perdê-la. Depois, acabei por encontrar um colombiano e um equatoriano a expedir e foi com este segundo que fiz o cume. É muito mais difícil subir os Himalaias, a terceira montanha maior do mundo, só com dois do que com um grupo de dez. É preciso encontrar caminho e trilhar a neve profunda. Portanto, a juntar a tudo isto, havia aquela carga emocional forte porque era a primeira expedição com aquele novo parceiro.

Por outro lado, qual a que te surpreendeu mais pela positiva, pelas suas paisagens arrebatadoras ou pela beleza escarpada das suas cordilheiras?

Escalar estas montanhas é sempre um processo lento e demorado, para permitir ao organismo adaptar-se às altitudes. Daí as expedições durarem entre 30 a 40 dias. E uma montanha que me impressionou bastante, com uma reputação bastante terrível e que não é propriamente muito alta, foi o Annapurna, no Nepal. A décima mais alta da terra. Infelizmente continua a ter a taxa de maior risco! A questão da dificuldade também incide com a estatística dos acidentes mortais. E, sem dúvida, que o Annapurna já teve mais acidentes percentualmente: por cada dez que foram ao cume, 4.2 morreram. Enquanto no Evereste dois em cada dez morreram. Isto impressiona! Por isso, esta foi a montanha que deixei para o fim nas minhas escaladas. Até pela dificuldade em montar o acampamento nela! E, na verdade, como eu nunca escalei com sherpas nem com oxigénio, para mim só é válido se for eu a fazer todo esse trabalho, conjuntamente com os companheiros. E dessa vez eu fiz a escalada ao cume em 7 dias. Tive sorte com a meteorologia. Para mim, a definição de "sorte" é quando a preparação e a oportunidade se encontram, que foi o que aconteceu. Esta "sorte" dá muito trabalho, porque são muitos anos de evolução e de treino. Em termos de beleza natural, uma

montanha que esteticamente me encantou muito foi a do «Ama Dablam», no leste do Nepal. Fui lá a primeira vez em 1997.

Achas normal que os outros te vejam como um louco, ou sentes-te como tal, por sempre teres escalado as maiores montanhas sem oxigénio artificial e sem carregadores de altitude? Algum motivo para o fazeres?

Acho que há pessoas que se deixam ir nessa onda da maioria. Ou seja, mais de 99 por cento das pessoas que dizem ter subido ao cume do Evereste, nos últimos mil metros sacaram duma máscara e duma garrafa de oxigénio Não tem lógica! E estavam a 8.000 metros de altitude a respirar como se estivessem a mil ou dois mil metros mais abaixo Para mim, isso não faz sentido! O alpinismo é um desporto em que queremos superar-nos a nós próprios. Parece um pouco naïf dizê-lo, mas é purista: no alpinismo não chega fazer, mas fazer bem. Temos de ser fiéis aos nossos princípios de fazer sempre com as mesmas regras. Se não é uma aldrabice! É fazendo as coisas de forma correta que eu consigo encontrar justificação para o risco que nós corremos. Porque um dia que eu faça batota " usando o oxigénio ou outras ajudas " já não conseguirei aceitar o risco que se corre no alpinismo! E há uma série de riscos que tu não controlas. Portanto, ou faço bem feito ou prefiro não fazer!

O que é ser o top-10, como tu e único Português, de alpinista do mundo que já

ascendeu às 14 montanhas planetárias com mais de 8.000 metros de altitude? Mais do que um feito, é o quê para ti?

Isso de ser top-10 para mim não me diz nada. Vamos ser honestos: é um projeto bastante inacessível. Mais pessoas foram ao espaço e à lua, do que as que conseguem fazer isto, pelas sua inacessibilidade e pela sua dificuldade. Mas, acima de tudo, é um projeto que "copiei" de outras pessoas para conseguir quantificar e até impressionar a sociedade, passando da tal paixão para o profissionalismo. Se falarmos às pessoas da beleza, do sublime, da qualidade técnica, elas não sabem: ou são alpinistas ou não conseguem compreender. Agora quantificando " dizendo que apenas seis pessoas no mundo conseguiram fazê-lo " as pessoas já perceberão o quão difícil é! Certo é que eu nunca deixei de acreditar!

Há uns anos, numa entrevista, referiste que "o Evereste é uma feira de vaidades". Porquê esta afirmação e o porquê do Evereste ser considerado o "trono dos deuses"?

Precisamente por isso: ao ser a montanha mais alta do mundo, acaba por ser mais do que uma montanha. Acaba por ser um todo-poderoso. É triste ver que pelo lado nepalês, muitos sobem o Evereste e nunca escalaram na vida montanhas de 6.000 metros, ou 7.000 metros, nem 8.000 metros. Mas ali estão porque pagaram a profissionais, que fazem disso vida, que lhes prometem facilitar a vida, com cordas e sherpas a

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 28
CULTURA ENTREVISTA
Texto:

UM SÍTIO. É UM CAMINHO DE PEQUENOS MOMENTOS”

e equilibrar as decisões, sem nos precipitarmos. Com o tempo e a experiência vencemos esses medos. É preciso é querer. Mas o meu maior medo é aperceber-me um dia que já não posso fazer isto! Medo de ter uma lesão grave, pois os meus joelhos e coluna já não estão com a saúde de uma pessoa de 50 anos normal, após ter andado tanto e ter carregado tanta mochila às costas. Vou fazendo reforço muscular, mas é sempre um receio

Quais consideras ser os “cumes” (figurativos) mais perigosos do ser humano nesta vida?

A ambição desmesurada, a cobiça, esta coisa de querer mais, mais e mais. Nesta altura, as pessoas deviam contentar-se com o facto de já termos comida e dormida todos os dias: já é um luxo terrível! Da maneira como se está a tratar o planeta " e num mundo dividido em dois: aqueles que têm tudo e os que não têm nada " é, realmente, assustador! Este desdém pelo planeta faz com que lavemos as sanitas com água potável quando metade do planeta não tem acesso à água. Tal como este exemplo, há aqui uma série de coisas do género que me entristecem.

carregar as tendas e a levar oxigénio para cima. E quando chegam ao topo, de forma facilitada, acaba por se tornar uma feira de vaidades porque não são propriamente alpinistas que ali estão, mas turistas em busca de alguma glória e fama. Tiram logo foto e partilham com o mundo inteiro. Acho que essa partilha não deve ser com meio mundo, mas o negócio publicitário é assim. Temos de equilibrar o que é a motivação extrínseca " porque se não partilhamos não atingimos a felicidade em toda a sua plenitude " com a motivação intrínseca. Muitas vezes só pesa a extrínseca, em que as pessoas vão para a montanha só para produzir conteúdos para as redes sociais e não por vontade própria.

Sete anos depois voltaste a subi-lo e encontraste " na escalada " um colega teu português já sem vida. Como lidaste com esse choque para prosseguires mais essa missão com sucesso?

No caminho da vida, volta e meia temos uns trambolhões. E não são apenas esses que partem ossos ou fazem nódoas negras. Também acontece do ponto de vista emocional, em que pomos tudo em causa. Temos momentos em que não estamos tão convencidos e após reflexão percebemos que os momentos bons são maiores do que os maus. E isso dá-nos alento para continuarmos e para termos boas sensações. Uma delas é a felicidade. A felicidade não é um sítio: não vais ao supermercado e compras 2 kg de felicidade. A felicidade é um

caminho de pequenos momentos, que nos faz reconhecer estarmos no caminho certo. Já tive, infelizmente, alguns acidentes, bem como pessoas amigas o tiveram. A solução é dedicarmo-nos à pesca, ou seja, mudar radicalmente. Só que, depois de refletir e reconhecer que esta atividade me traz felicidade, volto a ela, que é o meu caminho. Espero não chocar ninguém ao referir isto: acho que só temos dois motivos para termos vida e pertencermos à «raça humana», estando no lado confortável do mundo. O primeiro motivo é biológico: é reproduzirmo-nos, para dar continuidade à espécie humana. E o segundo motivo, uma vez que achamos que somos animais racionais " às vezes ponho isso em causa – (risos), é o sermos felizes. Não está escrito em lado algum, nem por muito grosso que o livro seja, que eu tenho de ter uma casa maior do que a do meu pai, ou que tenho de ter um carro melhor do que o meu vizinho, ou que tenho de ajudar mais pessoas do que o Papa. Cada um tem de ser feliz à sua maneira: seja a ajudar, seja a andar de carro armado em Schumacher ou seja na construção civil. Para mim, as minhas aventuras na montanha são a minha felicidade.

Sendo tu alpinista de elite, uma referência mundial, sentes que já fizeste tudo o que havia a fazer nesta área ou ainda faltam escalar montanhas? O que te motiva a continuar já ultrapassando a casa dos 50 anos de idade?

Há muita montanha ainda por escalar,

para muitos estilos e para muitos orçamentos. Nos tempos que correm temos de ser inteligentes e aprender a fazer mais com menos. Ou seja, parte da minha vida é trabalho, em que levo grupos de pessoas para o Nepal como guia. Mais do que indicar o caminho, tenho de zelar pelo bem-estar e segurança dos clientes e partilho conhecimento e saberes sobre essa zona em que me especializei. E junto, depois, o útil ao agradável: quando os clientes terminam a expedição e regressam a Portugal, eu fico lá mais duas semanas e vou escalar as minhas montanhas. São mais baixas, mas terem 6.000 metros são grandes desafios. O meu objetivo é explorar: subir por onde nunca ninguém subiu! De ir à procura da dificuldade acrescida. Já aprendi há uns anos que isto do alpinismo não são homens a conquistar montanhas, mas aventuras humanas nas montanhas. Quanto à idade, tenho visto colegas meus de outras nacionalidades que até aos 60 anos estão perfeitamente capazes. É preciso continuar a treinar. Faço-o todos os dias, ou através da escalada em rocha, ou do ciclismo, ou do atletismo, ou da natação no verão, e mais o próprio trabalho em si de levar pessoas para a montanha. Tudo isso faz por me manter fisicamente apto.

De que tens medo, ou maior medo, nesta vida?

Não vou dizer que não tenho medo das alturas: tenho como qualquer pessoa e acho que é importantíssimo mantermo-lo. É graças a ele que conseguimos ter o bom senso

Outro desse "cume" nefasto é haver seres fomentadores de guerras e destruição massiva, como a que se vive na Ucrânia. Já tiveste lá alguma experiência e como foi? De que modo vês todo o panorama mundial com esta invasão?

Eu sei tanto como tu, daquilo que se lê e vê. Mas já percebi que isto veio para ficar Onde há desgraças há sempre quem chore e há alguém a ganhar dinheiro a vender os lenços, não é? Portanto, por detrás duma guerra também existe muito negócio, muita demagogia política. E o que é lamentável é existirem mortos, famílias separadas e desfeitas. Para mim, tudo isso é condenável! O dia em que o planeta compreenda que nós somos a sua pior espécie, vão surgir mais vírus e porcarias e não haverá vacinas que nos salvem. Mesmo aqueles que pensam que têm muito poder, afinal não terão tanto poder como pensam Contudo, temos é de ser felizes e pensar positivo!

Exato. E entre várias mensagens que deixas no teu livro "A Mais Alta Solidão", que já vendeu mais de 30 mil exemplares, qual aquela mais importante ou mais prioritária que possa servir de lição e alento aos nossos leitores?

Nesse livro, e noutros que escrevi a posteriori, a lição que deixo " e acabo por ser um exemplo vivo disso " é que o importante não é o cair, mas o sabermos levantar-nos sempre que caímos. Esse livro testemunha que assim como eu consegui fazê-lo – com a queda no Evereste e em que me reergui –, as demais pessoas também conseguem. Em busca da felicidade! ■

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 29
ENTREVISTA

FREGUESIAS DE GONDOMAR realizam exposições solidárias

A União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova tem exposto, ao longo da freguesias, os presépios que foram realizados pelas Escolas, Jardins

de Infância, IPSS e Escola profissional desta União de Freguesias. Este símbolo religioso é realizado com materiais recicláveis. ■

ÁGUAS DE GONDOMAR reconhecida com selos de qualidade exemplar de água para consumo humano e uso eficiente da água

DO SETOR

Selo de eficiência coloca Gondomar na lista de 7 finalistas nacionais. A empresa Águas de Gondomar (AdG) foi novamente distinguida com o Selo de Qualidade Exemplar de Água para Consumo Humano, pelo sexto ano consecutivo, e com o Selo de Uso Eficiente da Água, numa cerimónia que decorreu no passado dia 22 de novembro, em Lisboa, a encerrar a 17º Expo Conferência da Água. Os Prémios e Selos dos Serviços de Águas e Resíduos 2022 são uma iniciativa da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), organizada em parceria com o jornal Água&Ambiente, e visam distinguir as Entidades Gestoras que, no exercício do ano 2021, se destacaram pelo seu bom desempenho.

A iniciativa da ERSAR tem como objetivo identificar, distinguir e divulgar casos portugueses de referência relativos à prestação dos serviços de abastecimento público de água, saneamento de águas residuais urbanas e gestão de resíduos urbanos e assim contribuir para a melhoria dos setores.

Para além de pretender ser um estímulo à melhoria contínua dos serviços prestados,

promovendo a procura de excelência, este reconhecimento de qualidade dos serviços de águas e resíduos evidencia a existência de um rigoroso sistema de avaliação dos serviços prestados aos consumidores, que passam a conhecer as entidades que prestam o melhor serviço em diferentes áreas.

“A renovação destes selos, no caso se

Gondomar, significa que os munícipes podem continuar a confiar na qualidade da água da torneira que diariamente lhes chega a casa”, evidencia com satisfação Jaime Martins, diretor-geral da empresa, sublinhando ainda que “a qualidade na execução, gestão e exploração dos sistemas tem sido uma prioridade para a AdG. É, por isso, com particular contentamento que recebemos o Selo de Uso Eficiente, figurando na lista de apenas sete entidades distinguidas com este reconhecimento.”

Da captação à distribuição, uma viagem com passaporte de controlo e qualidade A água para consumo humano deve cumprir um conjunto de parâmetros que se encontram definidos por decreto-lei e que corresponde à transposição de uma diretiva europeia. Desde a captação ao tratamento, passando pela adução, armazenamento e distribuição, a água para consumo humano segue um processo complexo, rigoroso e controlado que garante as características admissíveis com vista à proteção da saúde humana.

A AdG assegura o normal funcionamento dos sistemas, que abastecem sete Uniões de Freguesias, garantindo ainda o controlo de qualidade da água desde a captação à distribuição na torneira, através de um Programa de Controlo de qualidade da Água

(PCQA) -, que é submetido à aprovação da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), com o objetivo de efetuar a verificação da qualidade da água destinada ao consumo humano. A AdG tem igualmente implementado um Programa de Controlo Operacional (POPER), cuja monitorização é efetuada através de colheitas e análises laboratoriais realizadas nos pontos de entrega, reservatórios e pontos da rede de distribuição. Este processo é assegurado por técnicos certificados devidamente identificados e por laboratório externo acreditado pela ERSAR.

A par da análise dos pontos de amostragem e da própria água, a AdG realiza processos regulares de inspeção, limpeza e higienização de reservatórios, através de produtos e materiais adequados que não provocam alterações na água e asseguram o nível de proteção da saúde humana, assim como efetua lavagem e desinfeção de condutas de forma a garantir a manutenção da qualidade da água ao longo da rede de distribuição.

Tem ainda um Plano de Segurança da Água (PSA) implementado, cujo objetivo é garantir a segurança da água fornecida, em todas as zonas do sistema de abastecimento de água, desde a origem/ponto de entrega até à torneira dos consumidores. ■

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DESTAQUE

GONDOMAR TEM MENOS

De acordo com os dados já conhecidos dos Censos 2021, Gondomar viu a sua população diminuir e envelhecer, seguindo a tendência nacional. Num olhar mais cuidadoso distribuindo a população por grandes grupos etários (jovens, população ativa e idosos), é possível verificar que só no grupo dos idosos é que há um crescimento dos valores na última década. Em resultado destes dados o ín-

Em sentido inverso à população residente, no concelho do Gondomar registou-se, entre 2011 e 2021, um crescimento da população estrangeira, que atualmente representa 2% do total da população residente, com 3.239 indivíduos.

população estrangeira 2011

2%

população residente

3.239

indivíduos

Entre os beneficiários de diferentes apoios estatais a tendência é também ela decrescente, com exceção para o total de beneficiários de pensões da Segurança Social (velhice, invalidez e sobrevivência), que aumentaram de 40.830 em 2011 para 45.715 em 2021.

Em destaque estão os beneficiários do Rendimento Social de Inserção, e dos desempregados inscritos nos centros de emprego que registaram diminuições significativas.

O número de trabalhadores afetos à Administração Pública Local registou também um decréscimo, cifrando-se neste momento num total de 1.738.

POPULAÇÃO

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022
32
2011 40.830 beneficiários de pensões da Segurança Social (velhice, invalidez e sobrevivência) 2022 45.715 trabalhadores afetos à Administração Pública Local 1.738 1 2

POPULAÇÃO E MAIS IDOSA

dice de envelhecimento (número de idosos por 100 jovens), cresceu substancialmente, passando de 97 em 2011 para 172 em 2021. Na década em análise houve também uma alteração significativa do saldo natural do concelho. A diferença entre nascimentos e óbitos caiu de 166 para -494 seguindo, também aqui, a tendência nacional.

Comparativamente com a realidade do todo nacional, as oscilações são as mesmas em todos os parâmetros analisados, com exceção ao número de trabalhadores afetos à Administração Pública Local que, na realidade nacional, registou um crescimento.

Em 2021 Portugal tem um total de 10.361.831 residentes, dos quais 698.536 estrangeiros, que assim representam 6,7% da população, registando um índice de envelhecimento de 183.

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 33 DESTAQUE
3
2011 GONDOMAR 2021
12,9 66,1 63,6 18,9 23,5 126 183 114,5 112,4 96.856 79.582 102.848 124.802 -5.992 -45.220 2011 PORTUGAL 2021 1 1.420 3.239 0,8 2 População estrangeira População estrangeira (% da população residente) 2011 GONDOMAR 2021 434.708 698.536 4,1 6,7 2011 PORTUGAL 2021 2 40.830 45.715 13.350 6.352 12.252 7.575 10 7 1.820 1.738 Pensões da Segurança Social (velhice, invalidez e sobrevivência) Beneficiários do Rendimento Social de Inserção Desempregados inscritos nos centros de emprego Desempregados inscritos nos centros de emprego (% da população residente) Trabalhadores da Administração Pública Local 2011 GONDOMAR 2021 2.943.654 2.977.307 447.088 262.210 551.944 386.230 8 6 131.522 144.833 2011 PORTUGAL 2021 3
168.266 164.468 15,2 12,5 70,1 66,1 14,7 21,5 97 172 1.276,1 1.246,7 1.399 1.217 1.233 1.711 166 -494 População residente Jovens (%) População em idade ativa 15-64 (%) Idosos (%) Índice de envelhecimento Densidade Populacional Nascimentos Óbitos Saldo natural (Diferença entre nascimentos e óbitos)
10.557.560 10.361.831 15
VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 34 A União das Freguesias de Melres e Medas deseja a todos um feliz natal e um próspero ano novo! Rua D. António Barroso nº 33, 4435-996 Baguim do Monte geral@baguimdomonte.pt T: 22 489 9666 F: 224 808 840 O executivo da Junta de Freguesia de Baguim do Monte deseja a tod�s
VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 35
FREGUSIA DA LOMBA
Um feliz Natal e um Próspero Ano Novo
Deseja a todos

JUNTA DE FREGUESIA DE BAGUIM assina protocolo com Clinica UniDente

Fonseca

A Junta de Freguesia de Baguim do Monte realizou um protocolo com a clinica dentária UniDente, no âmbito do projeto, proposto aquando das eleições, Baguim a Sorrir. Esta cooperação consiste num desconto de 15 a 20 por cento em consultas e em tratamentos dentários. A redução de 15% é nas próteses e implantes dentários e os 20% nas consultas generalistas na área dentária.

Além do desconto dos 15% aplicado quando são necessárias próteses ou implantes, e de acordo com a condição financeira de cada um, a Junta de Freguesia também irá “comparticipar ou financiar na totalidade o valor das próteses se de facto se justificar e de acordo com a capacidade da Junta”, re-

força Francisco Laranjeira, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte.

A saúde dentária é algo que preocupa a Junta , segundo o presidente, que após vários contactos verificou que os baguinenses, bem como a população em geral, têm dificuldades em tratar da saude oral devido aos custos que acarreta. Contudo, o diretor da Clinica UniDente, Joaquim Morgado sublinha que “além de não terem capacidade económica, os baguinenses também se tornam desleixados no que diz respeito à saude oral, pois como o típico português só recorre a este serviço quando causa dor, mas o que é resolvida é só a dor e não o problema na totalidade”.

“A Clinica UniDente vê este protocolo com muita satisfação porque é uma forma de os residentes da freguesia tratarem da

sua saúde oral e melhorarem a sua qualidade de vida. São sistemáticos os problemas dentários que aparecem, desde infeções crónicas ao mais simples como as cáries, e, infelizmente, já é visível também na crianças, e esta iniciativa por parte da Junta vai atrair a população ao dentista”, acrescenta, com satisfação, o diretor da clinica.

A Clinica Dentária tem acordos com os diversos seguros e também possuem cheques dentistas que são aplicáveis às crianças com 7,11 e 13 anos, distribuídos nas escolas, às grávidas, e aos idosos quando recomendado pelo médico de família. Os cheques para as crianças de 7 e 11 anos englobam 2 consultas, para as crianças de 13 anos e para as grávidas são 3 consultas, já a dos idosos depende do que o médico de família prescreve. ■

Chegamos ao final de mais um ano e estamos num período de avaliação do ano em curso e de projetos para o próximo ano.

Depois de dois anos de pandemia, todos nós no final do ano anterior, tínhamos a esperança que o ano de 2022 seria o ano da retoma e que as coisas iriam normalizar e melhorar. Infelizmente isso não aconteceu, tal como o esperado.

Por um lado, iniciamos o ano com uma guerra na Europa que, além da enorme instabilidade que originou, criou um clima de medo de um conflito alargado na Europa que já não se sentia desde o fim da segunda guerra mundial. A nível económico originou uma enorme instabilidade que se repercutiu na crise inflacionista que já não se observava no nosso país há mais de 30 anos.

Tudo isto, obviamente que agravou a já débil economia portuguesa e a situação económico-social do país, com imensas famílias a sofrerem com o aumento generalizado dos preços e das prestações dos empréstimos bancários da habitação, fruto do aumento das taxas de juro para controlo do pico inflacionário.

Quando esperávamos que 2022 seria o “grande ano da retoma” foi acima de tudo mais um ano de incerteza e de enorme preocupação e de inúmeras dificuldades.

A nível autárquico as mudanças neste ano também foram muitas com imensas questões em cima da mesa, das quais destaco principalmente duas: a descentralização de competências e a desagregação de freguesias.

Estes dois temas que ocuparam a maioria das Freguesias no país, com o aumento das suas competências, em que Gondomar foi um exemplo, na descentralização da limpeza urbana para o domínio/competência das Freguesias de Gondomar. Por outro lado, a desagregação de Freguesias, nas quais em Gondomar o assunto parece ser de menor importância, prevalecendo o desejo da manutenção do estado atual, mas que foi bastante ativa em alguns Municípios do nosso país.

Com tudo isto chegamos ao final do ano de 2022 e estamos todos com aquela normal esperança de que o próximo ano, 2023, seja um ano bastante melhor do que aquele que agora termina.

E é esta também a minha esperança e aquilo que desejo a todos os leitores do jornal, que tenham umas Boas Festas e que o próximo ano seja muito melhor do que aquele que termina.

A todos umas Boas Festas e um 2023 de Excelência! ■

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Um excelente 2023 Nuno

CONFRARIA DOS ROJÕES E PAPAS DE SARRABULHO comemora 13º aniversário

No passado dia 30 de Novembro, a Confraria Gastronómica dos Rojões e das Papas de Sarrabulho comemorou o seu 13º aniversário com um jantar no restaurante “O Cardeal”, que contou com a presença do presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Francisco Laranjeira, e da vereadora da Câmara Municipal de Gondomar, Ana Luísa Gomes.

Neste evento foi distinguido o Confrade Vitor Moreira, devido aos bons serviços prestados, com as insígnias de mérito. Esta congratulação foi realizada pelo Chanceler Mor, Paulo Araújo, e pelo Guardião Mor, Telmo Viana.

Telmo Viana monstrou-se agradado com o ambiente familiar que estava a marcar a comemoração. Já o Chanceler Mor ficou encarregue de entregar certificados aos restaurantes que têm presente na sua ementa oficial os rojões e das papas de sarrabulho à moda de Baguim do Monte. A ficha técnica foi elaborada em conjunto por três chef’s, Hélio Loureiro, Carina Oliveira e Moura. O XIII Grande capitulo vai ser apresentado no Largo de São Brás a 29 de Janeiro, numa tenda que será alugada para o efeito, desta forma é concretizado o desejo do evento ser realizado no decorrer das Festas de São Brás.

Desejamos

freguesia, congratulando-a por mais um aniversário. Já a vereadora do Município Gondomarense testemunha e aplaude a

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 38 SOCIEDADE Largo de São Brás 102 4435-804 Baguim do Monte http://www.restauranteocardeal.pt/ 22 480 1268 SERVIMOS QUALIDADE COM TRADIÇÃO!!! - Dedicação pela gastronomia tradicional portuguesa - Requinte e pro ssionalismo - Refeições confecionadas
Bom
a todos os clientes e amigos um Feliz Natal e
Ano Novo!
Na cerimónia, o presidente da Junta de Baguim do Monte ressalvou a importância desta confraria na promoção da dinâmica vivida no jantar e compromete-se a apoiar os próximos objetivos da confraria.■

MUSEU MINEIRO reabriu com homenagem

Na inauguração do museu as atenções foram para os mineiros que fizeram questão de comparecer neste local feito em sua homenagem. Além de ficarem impressionados com o facto de haverem fotografias suas daquela época e se verem no ecrã, apesar de já não se encontrarem do mesmo modo, a emoção foi o que os caracterizou naquele dia.

A descoberta do carvão em São Pedro da Cova deu-se em meados do século XVIII, numa altura em que a população vivia sobretudo da agricultura. A exploração mineira veio alterar a atividade económica e os postos de trabalho desta região. Durante cerca de 170 anos o subsolo de São Pedro da Cova foi alvo de extração de carvão mineral (antracite), que foi utilizado sobretudo na produção de energia elétrica e a vapor.

A entrada no século XX e a chegada da Revolução Industrial em Portugal permitiu que a exploração mineira de carvão em São Pedro da Cova fosse responsável por 70% da extração do carvão em todo o país. Em 1972, o aparecimento de outras formas de produção de energia ditou o seu fim.

O surgimento do Museu Mineiro é datado de 1975 mas só em 1989 foi transferido para o local da antiga Casa da Malta, que era responsável pela resposta às necessidades da população que trabalhava nas minas.

A ESPERADA REABERTURA

O Museu Mineiro, localizado na antiga Casa da Malta, foi reaberto no sábado, 17 de dezembro, numa cerimónia de inauguração que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Gondomar (CMG), Marco Martins. A instituição foi alvo de obras de requalificação com o propósito de o tornar mais tecnológico e ao mesmo tempo preservar a identidade do território marcado pelo passado das minas.

A par da reabertura do museu, foi inaugurada a exposição “Valorização do Trabalho das Mulheres Mineiras”, que ficará patente permanentemente, e visa enaltecer o trabalho desempenhado pelas mulheres no contexto da identidade mineira da vila. Nesta é possível assistir à recriação de vários momentos do quotidiano mineiro ao longo de um túnel de mina, com animação visual e sonora, recorrendo a tecnologias de realidade virtual e aumentada.

“A ideia deste trabalho surgiu de umas ações em que participei em que a temática era o trabalho das mulheres nas minas que ao contrário do que se pensa tinham uma intervenção crucial, apenas não desciam aos fundos das minas, mas de resto eram elas que faziam, desde a separação à mineração”, explicou Aurora Vieira, que detém o pelouro das tecnologias na Câmara Municipal de Gondomar. A importância desta demonstração, é vista pela CMG, como uma forma de constatar uma realidade que não foi visível.

Este projeto vai revitalizar a área de São Pedro da Cova porque vai atrair muitas pessoas. Tudo isto é partilhado. É uma solução com

uma presença especial que tem potencial e pode ser evidenciado pela senhora vereadora do turismo , que faz isto da mesma forma como fez com a filigrana e o vice-presidente com o Pelouro da cultura no que diz respeito a esta parte de um trabalho comum que foi colocar as tecnologias à disposição de Gondomar no que diz respeito ao nível cultural e ao nível turístico.

“Este edifício é pioneiro, em Gondomar, com uma estrutura tão tecnológica que permite aos gondomarenses viver uma experiência diferente quando se confrontam não só com o espaço renovado mas também quando se deparam com a história que é contada ao longo das paredes em conjunto com as diversas representações físicas existentes”, refere, ainda, Aurora Vieira.

A ideia deste trabalho surgiu de umas ações em que participei em que a temática era o trabalho das mulheres nas minas que ao contrário do que se pensa tinham uma intervenção crucial, apenas não desciam aos fundos das minas, mas de resto eram elas que faziam, desde a separação à mineração.

A inovação do museu surge na “necessidade de melhor comunicar com o seu público e dar resposta ao que é solicitado por parte de quem o visita, disponibilizando conteúdos que sejam mais atraentes para o público, por isso as tecnologias são um grande aliado para comunicar de forma pragmática provando sensações e emoções”, confessa Micaela Santos, responsável pelo Museu Mineiro.

A reabertura ficou marcada com a distribuição do caldo mineiro, que era composto por hortaliça, feijão, macarrão, arroz e unto de carne. “ O caldo de honra foi distribuído em troca de 10 centavos, numa tentativa de representar a alimentação mineira e o seu custo”, contou Sofia Martins, presidente da União de Freguesias de Fanzeres e São Pedro da Cova.

O QUE SE PODE ENCONTRAR

Sofia Martins retrata a entrada no museu como “um choque porque a sensação é a mesma que estarmos debaixo da terra, numa mina”.

É visível ao longo da visita o trabalho mineiro, realizado tanto por homens como pelas mulheres, em conjunto com os objetos físicos que estão expostos no decorrer do museu. Os sons das minas, o holograma do Zé do Passal - mineiro -, que explica o que ele trabalhava e quanto é que ganhava, “dá uma sensação realista de estar perante um mineiro juntamente ao barulho dos explosivos que se fazem sentir e a sensação de pisar um

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homenagem às mulheres mineiras

MARIA EMILIA CORREIA

Fiquei contente e emocionada.

Uma recordação que nós temos do nosso trabalho, enquanto mulheres, que foi muito desvalorizado. Nós trabalhávamos muito e passávamos fome e ver isto é uma emoção enorme, não consigo explicar-lhe como me sinto. ■

chão enrochado, que se sente a dada altura à entrada do túnel”, sublinha Sofia Martins e acrescenta ainda que “além de todo o complexo interior quando saímos do edifício deparamo-nos logo com o cavalete, quanto é que ele mede e também qual era a sua função, que nos remete automaticamente para toda a vida mineira”.

De destacar, também, as figuras dos mineiros que evidencia todo o seu guarda-roupa e o que eles seguravam. O auge de toda a exposição é o facto de tanto os antigos mineiros, como os seus filhos e netos, puderem ver-se ou aos seus no ecrã interativo através da procura do seu nome.

O PROPÓSITO DO MUSEU

“Um dos objetivos da minha tomada de posse era trazer ao museu mineiro uma nova dinâmica que desse abertura para o mundo. Este museu é único no país e é importante que as pessoas conheçam a sua história e vejam o que se faz em São Pedro da Cova”, confessa a presidente da União de Freguesias de Fanzeres e São Pedro da Cova.

ELISIA SOUSA

Sinto-me feliz em saber que alguém preserva os antigos

JOSÉ SOUSA

Sinto que isto é uma representação de tudo o que nós passamos.

É uma liberdade. Havia várias pessoas que diziam que isto era uma coisa diferente do que era na realidade e não queriam que isto fosse divulgado e agora toda a gente vê tudo o que nós passamos. Trabalhava nas minas para ter onde morar, para conseguir ter acesso às condições básicas de vida. ■

Um dos objetivos da minha tomada de posse era trazer ao museu mineiro uma nova dinâmica que desse abertura para o mundo. Este museu é único no país e é importante que as pessoas conheçam a sua história e vejam o que se faz em São Pedro da Cova.

A idealização feita para a recuperação do museu superou as expectativas da presidente, que apesar de sempre ter pensado na renovação do museu “nunca esperou que fosse nestes moldes que claramente são mais atrativos para todo o público alvo, até para os mais jovens”, afirma Sofia Martins.

Este museu traz consigo a oportunidade de dar a conhecer à população que o visita a história de tantos mineiros e mineiras que lutaram por terem uma vida

digna que é desconhecida por todos. As mulheres mineiras que sempre foram conhecidas como as “mulheres dos mineiros”, na verdade também tinham um trabalho árduo entre mãos como a separação e a própria mineração, a única diferença é que não desciam ao fundo das minas. Neste espólio, que algumas das peças fosseis foram doadas para a reabertura do espaço, é possível perceber que as mulheres tinham um papel fundamental no trabalho mineiro.

Para ser possível esta homenagem aos mineiros foi necessário o apoio da Câmara de Gondomar, “que viu nesta obra uma oportunidade de turismo na região”. Os agradecimentos da União de Freguesias vão em primeiro lugar para os “funcionários da Junta de Freguesia, desde a Ana Conceição à Micaela Santos até aos operacionais. Em seguida para o Município nas pessoas da vereadora Aurora Vieira e do Presidente Marco Martins, aos mecenas, Vítor Pereira da CAAP (empresa de metalúrgica), aos STCP e sem esquecer a Liga de Amigos do Museu Mineiro”. ■

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para que os mineiros tenham esta recordação. É um orgulho termos algo em que possamos recordar todo o nosso esforço. ■

A Empresa Funerária mais Antiga do Concelho / Cidade de Gondomar.

A única e legítima sucessora da Casa do Saramago / Antiga Casa Saramago e Secular Casa Saramago, que há mais de 150 anos se preza de servir com Honestidade e Civismo todos quantos lhe têm dado preferência.

Na senda da Evolução do setor, dispomos atualmente de um Centro Funerário, devidamente equipado com salas de tanatopraxia, de conservação de finados (com o equipamento que lhe é inerente), sala museu com a história da empresa e do setor, salas individuais de velório. A utilização destas salas mortuárias é gratuita e proporciona aos familiares enlutados toda a individualidade, privacidade e dignidade que o adeus a um ente querido exige.

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Rua Dr. Severiano, 623, Fânzeres, Gondomar, Porto Centro Funerário: Avenida da Associação Comercial e Industrial de Gondomar, 350, Fânzeres, Gondomar, Porto
VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 43 A persistência é o melhor caminho para o êxito Estudo Acompanhado Explicações Individuais Transporte Escolar Campo de Férias Ajudamos-te a crсcр!!! Rua das Rosas, 8 e Praça da República, 139/159 4420-294 São Cosme // Tellf.: 910 960 888 // e-mail: 100gizgeral@gmail.com Boas Festas

ARGO promove exposição de cerâmica, talha e metais

A Associação Artística de Gondomar (ARGO) tem patente uma exposição até 30 de dezembro. As peças foram realizadas a partir de matérias primas como a cerâmica, talha e metais. O tema foi livre, apenas teve como critério a utilização destes materiais na concretização da mostra artistica. Para ver as obras, dos 30 artistas convidados, pode visitar a Associação de segunda a sexta feira das 9h00 às 12h00 e das 14h30 às 19h00.

As obras de arte expostas foram realizadas, predominantemente, em cerâmica. Apesar de a talha ser um material característico do país encontra-se neste

momento em “vias de extinção”. Os materiais utilizados são datados de 2018 até ao ano presente.

“Esta é uma exposição bienal e conta com artistas de todo o país. Ainda este ano vamos ter uma outra exposição mas só conta com a participação de artistas gondomarenses, que sejam sócios da ARGO”, explicou Albertino Valadares, responsável pela mostra.

O espaço onde se encontram foi remodelado em 2021 acrescentando uma nova sala de exposições e é dos poucos que existem em Gondomar para efeito artistico.■

Boas Festas e Votos de 2023 repletos

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E N T R E A CLÍ N IC A DE G OND OMA R E O E DI F ÍC IO M A FAV I S
deseja a utentes, comunidade médica e educativa, parceiros e colaboradores,
de Saúde e Prosperidade!
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REFERENDO PARA A DESAGREGAÇÃO DAS FREGUESIAS DE FÂNZERES E SÃO PEDRO DA COVA chumbado em Assembleia de Freguesia

As freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova estão unidas desde 2013, no âmbito da reforma administrativa nacional. O Partido Social Democrata (PSD) apresentou um referendo para a desagregação das freguesias com a justificação que esta união não deu voz à população.

A proposta foi chumbada com votos contra do Partido Socialista (8), os deputados do PSD (3) e Bloco de Esquerda (1) votaram a favor e a abstenção dos deputados da CDU (6). O único deputado do Chega esteve ausente da Assembleia.

O VivaCidade foi perceber junto dos partidos quais as justificações para os votos. O PS optou por não se pronunciar sobre o assunto.

ABEL CARVALHO RESPONDEU À QUESTÃO JUSTIFICANDO QUE:

O BE foi contra a Agregação directa e imposta das freguesias efectuada pelo PSD com a “Lei Relvas” em 2013, sem nunca ouvir os fregueses. O BE entende que neste processo da desagregação deve ser conhecida a vontade dos nossos fregueses e, que para tal, o melhor instrumento é a realização de um referendo local. Na última Sessão Extraordinária, votamos favoravelmente a uma proposta da Srª Presidente da Mesa da Assembleia para a realização de um referendo local. Ao contrário do que se diz, é um processo que se rege pela Lei (Lei Orgânica nº4/2000, de 24 de Agosto), que tem sido usado noutras Freguesias com elevadas taxas de participação e que faz todo o sentido a sua realização. A decisão dos fregueses não sendo vinculativa, coloca a sua vontade, quando discussão nas várias Assembleias, de Freguesia, do Município e da República, onde será tomada a decisão final. Pretendo transmitir que o BE relativamente a este tema, sempre se mostrou disponível para que o processo da desagregação não fosse uma miragem e que tivesse uma rápida resolução, ao contrário de alguns partidos que estão representados na Assembleia da União de Freguesias. O BE, em conjunto com a CDU, fizeram um pedido na Assembleia da União de Freguesias, para que se tivesse realizado uma Sessão Extraordinária, na qual o tema principal foi a desagregação e todo o seu procedimento. Nas várias Assembleias Extraordinárias já realizadas sobre o tema, apresentamos sempre a nossa posição (nunca fomos inflexíveis) aos restantes deputados e, principalmente aos fregueses que estiveram presentes. As sessões extraordinárias abertas ao público, de esclarecimento/auscultação, foram pedidas por nós.

SÓNIA RIBEIRO

APRESENTA A SEGUINTE JUSTIFICAÇÃO PARA O VOTO DO PARTIDO:

É entendimento do PPD/PSD, que ao contrário do que aconteceu em 2013, em que na reorganização administrativa imposta pela “troika”, não foi ouvida a população, e consumou-se a União de freguesias, que devia-se ouvir a vontade da população. Até porque a questão da desagregação da união de freguesias é de especial interesse para a população.

E a ser ouvida democraticamente seria através de um Referendo Local. Não entenderam assim os outros deputados que avocam defender a voz do povo, nem os outros em maioria porque estão numa posição estável. ■

AFONSO SABENÇA

JUSTIFICA O VOTO DIZENDO QUE:

O referendo local à questão da desagregação das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova é um elemento que vem apenas introduzir areia na engrenagem do mecanismo que efetivamente pode concretizar esta ambição do povo de ambas as freguesias. A única maneira de dar início ao processo de desagregação é através da aprovação de uma proposta em sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia convocada com tal propósito. O referendo nunca vincularia os partidos à aprovação da desagregação, nem teria por si qualquer efeito na concretização da mesma. O referendo local à questão da desagregação das freguesias não tem qualquer cobertura legal. Sendo a delimitação territorial matéria da competência exclusiva da Assembleia da República não é possível a um órgão de poder local realizar um referendo que vise alterar a configuração administrativa do território nacional. No próprio regime jurídico do referendo local, no seu artigo 4º, que faz referência às matérias excluídas do mesmo, tal encontra-se perfeitamente traduzido nas alíneas a) e b). Neste sentido a submissão da própria pergunta no tribunal do referendo no tribunal constitucional (elemento necessário para que o mesmo tenha validade), nunca seria possível. Assinalamos também que o prazo para o processo simplificado de desagregação acaba no próximo dia 21 de Dezembro e, embora surjam rumores relativos a um possível prolongamento do mesmo, não há qualquer elemento que ateste a veracidade dos mesmos. Neste sentido, não há hoje qualquer garantia que a realização do referendo ocorra dentro do calendário estabelecido pelo governo para desencadear o processo de desagregação. Mas, mesmo que tais rumores se verifiquem verdadeiros, a experiência tem vindo a provar que quer da parte da mesa, quer da parte do executivo e da maioria que o suporta, tudo serve para empurrar com a barriga esta tão importante reivindicação popular que urge concretizar em tempo útil. A população não foi auscultada quando agregaram as nossas freguesias. Nesse momento ninguém quis saber qual era a vontade do povo. Após anos de luta e intervenção da população de ambas as freguesias para que estas sejam repostas, envolvendo manifestações, protestos e a sua tão importante participação nestas sessões da Assembleia de Freguesia, não se finjam preocupados em querer auscultar a vontade popular quando esta é mais que clara e quando o verdadeiro objetivo deste referendo é atrasar e em última instância impedir que se concretize a desagregação. Não obstante de tudo isto, a CDU reconhece a vontade do povo em não desperdiçar nenhuma oportunidade para avançar, mesmo que estes avanços sejam parciais e não nos coloquem tão perto como gostaríamos dos nossos objetivos. Somos sensíveis à ideia de que, em caso de realização do referendo, este será uma esmagadora manifestação da vontade do povo de desagregar e que tal dificultará a intenção do PS de votar contra a desagregação. Caso o referendo seja aprovado contará com a participação empenhada da CDU desde logo para que a sua realização seja o mais célere possível e para que a desagregação saia vitoriosa. Por tudo isto que expomos, porque o referendo não é mais do que empurrar com a barriga o inevitável e aquilo que a população há muito clama, atirando areia para os olhos do povo, esta proposta nunca poderia contar com o nosso voto favorável. Mas também porque a CDU não perde nenhuma oportunidade para avançar, mesmo que de forma limitada, e porque com o referendo mais uma frente de luta e intervenção se abre, também não contará com o nosso voto contra. A CDU abstém-se.

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IRMÃOS GONDOMARENSES marcam presença em competições europeias e mundiais

Vitória Oliveira e Fábio Oliveira são dois irmãos atletas maratonistas que residem em Gondomar. Após uma infância atribulada viram no desporto uma forma de escape à realidade e são o verdadeiro significado de “quem corre por gosto não cansa”.

Como é que surgiu o gosto pela modalidade?

Vitoria Oliveira (VO): A atividade começou na infância. Eu fui incentivada pelo Fábio (irmão) que começou nas corridas e levou-me.

Fábio Oliveira (FO): Eu sempre joguei futebol nos bairros de Gondomar e numa dessas vezes estava no Bairro de Santa Bárbara e eles viram-me a correr e questionaram-me se queria ir correr com eles, e disse que gostava de levar a minha irmã e acabei por leva-la. Fomos para o Parque da Cidade, juntamente com outro clube, os Cruzadores de Fânzeres. Fui convidado para treinar no clube, mas a minha condição era se a minha irmã também fosse e assim foi.

A Vitória já gostava de correr para que a condição fosse ir com o Fábio para o clube?

Não. Éramos praticamente inseparáveis, tivemos um infância complicada. Não somos de cá e como a nossa mãe era vitima de violência doméstica encontrou no Porto um escape para tudo o que viveu em Lisboa. O meu irmão era a minha fuga aos problemas ,ele ia jogar futebol eu ia com ele, ele ia correr e eu ia com ele. Claro que correr não foi algo que eu sempre quis fazer, mas depois encontrei algo com que me identificava. Além de toda esta situação de violência, tivemos um percurso complicado porque a nossa mãe passou pelo álcool e fomos entregues a uma família de acolhimento, aqui em Gondomar, devido a isso fomos obrigados a parar o atletismo em todos níveis. Aos 18 anos voltamos para a casa da nossa mãe. Ela vivia à frente do clube Luz e Vida, em Gondomar, e decidi voltar a correr “um bocadinho mais a sério” e ,assim ,é até ao dia de hoje.

Qual é o próximo objetivo?

VO: São os jogos olímpicos, não vou mentir. Já estou na lista para o Mundial de Budapeste, tenho marca de referência para a Taça da Europa de Marcha, agora em Abril em PodeBrady.

FO: Queria arriscar num Campeonato do Mundo de Estrada, principalmente, na meia maratona, visto que a World Atletics dificul-

tou imenso as provas de ingresso para o Campeonato do Mundo da Maratona e queria dar um descanso nessa vertente do atletismo. Entretanto vou tentar marcar presença no campeonato do Mundo, no próximo ano, em Riga, onde quero estar a representar Portugal na meia maratona, não vai ser fácil. Até lá vou ter que preparar muitas provas, principalmente a de 10km nas meias maratonas e tentar ganhar mais velocidade, porque os números pedidos pela World Atletics são muito difíceis até por serem muitos recordes mundiais.

Vitória, qual é o objetivo nos Jogos Olímpicos?

VO: Qualquer recorde pessoal é bem vindo ainda agora comecei nas competições internacionais, para mim o facto de poder ir já é algo muito significativo. Sim já penso em posições neste ano, num campeonato da Europa por exemplo gostava de ficar num top 8, no campeonato do Mundo pretendo melhorar o meu 19º lugar. O pódio, acho difícil porque estamos a falar de atletas que fizeram isto a vida toda, a treinar duas vezes, com o apoio de marcas e equipamentos, algo que em Portugal poucos conseguem ter acesso. Tentamos chegar lá sem pensar no pódio ou num lugar em especifico.

Em Gondomar sentem algum apoio por partes das instituições públicas?

É reconhecido o vosso trabalho nestes campeonatos internacionais?

VO: Eu penso que o Município se quiser

chega a ter conhecimento e não falo só de nós falo de todos os atletas que Gondomar tem, porque tem e muitos até foram às seleções e outros que ficam pelo caminho por falta de apoio, reconhecimento ou até por falta de uma palavra que o Município possa ter com eles. Acho que eles nem têm conhecimento da maior parte dos atletas bons que têm aqui. Nós sentimos isso no Europeu e eu no Mundial, palavra zero, nenhuma entidade chegou a nós a não serem vocês.

A falta de apoio/reconhecimento também é visível porque não temos nenhuma pista onde possamos treinar, temos o estádio de Valbom mas não investiram num “tartan”(piso) é tudo em alcatrão. É impensável, para mim e para ele acredito que ainda seja mais, treinar em alcatrão porque faz-nos mal às pernas e cria-nos lesões. Para ajudar, as pistas que temos acesso na zona norte são nos barrados os acessos por questões municipais, como a de Gaia que nós costumávamos usar, na Lavandeira, tem um custo, mas aí já não se tratam de questões monetárias mas sim municipais. O meu irmão chegou a ir treinar a Leça, mas para isso tem que fazer imensos km para ir treinar e as condições eram péssimas.

FO: Da minha parte eu não senti nenhum apoio. Não houve um telefonema, um apreço, por ninguém das instituições de Gondomar, ou a perguntar se temos condições de treino, não recebemos nada.

Estão em algum clube?

VO: Eu estou em individual. Treino nos passadiços ou pela estrada.

FO: Eu estou no clube Guilhovai, em Ovar. O meu clube até tem algumas condições para treinar mas ir daqui para Arada todos os dias acaba por ser complicado, então costumo ir para a Foz, para a Marina do Freixo e tento conciliar os meus treinos com a minha disponibilidade de trabalho.

Quanto é que gastam em média em sapatilhas para correr?

Normalmente um par é 300€, mas como eu costumo comprar em promoção cerca de 150€, ou seja gasto duas por mês, tirando as que são de competição e dá uma média de 300€ num mês normal.

Qual é a sensação de estar no Mundial?

VO: É única, foi num país diferente, nos EUA e é inexplicável vermos tudo aquilo que passamos para trás e vermos onde estamos, num Mundial ou num Europeu mas não tem descrição. ■

Lixa

Chegou o Natal! Para ricos e pobres, animais humanos e não humanos, seres em guerra ou em paz. O Natal chegou para todos!

Com maior ou menor indiferença, a verdade é que é uma época transformadora para a sociedade em geral, com implicações no dia a dia das famílias, que podem impactar a vida dos nossos animais.

Poderá ter que mudar a rotina do passeio, poderão mudar alguns hábitos alimentares, ou até ocorrer contacto com pessoas com quem o nosso animal não se encontra habitualmente. Tudo isto no geral é positivo; os animais são parte da família e devem fazer parte das rotinas familiares (!), mas alguns aspetos devem ser tidos em conta para minimizar o impacto na saúde física e mental do nosso melhor amigo.

ALIMENTAÇÃO:

Todos os cheiros diferentes presentes na mesa de Natal vão despertar a atenção! É importante que os alimentos não estejam à disposição do animal, principalmente aqueles contendo cebola, alho, comidas temperadas, chocolate e sobremesas com leite. Como compensar? Tente que o seu animal faça uma boa refeição antes do jantar de Natal, e tenha na mesa de Natal os seus snacks preferidos. Não se esqueça de dar os snacks apenas quando o animal se encontrar calmo, para não reforçar positivamente a excitação dele, que pode potenciar ataques inesperados à mesa (

MUDANÇA DE ROTINAS:

O passeio é fundamental em todas as situações. Se o seu animal for ficar em casa sozinho, mais horas do que o normal, procure reforçar o exercício dele antes. Não esquecer que é possível que haja fogo de artifício, sendo algo a ter atenção se o seu animal tiver receio deste. Caso ele vá consigo para o convívio de Natal, tente que ele tenha sempre um local tranquilo, livre de barulho e contactos indesejados, caso queira descomprimir e descansar um pouco. Se o animal for um gato que já viva na casa, isto é ainda mais importante, já que os gatos são extremamente sensíveis ao stress!

CONTACTO COM ESTRANHOS:

É fundamental conhecer o seu animal. Se este estiver socializado, for dócil e habituado a lidar com outras pessoas e animais, é de salutar e maximizar todo o tipo de convívio familiar! Se o seu animal tiver um caráter mais medroso ou reativo, deve informar-se com o seu Médico Veterinário assistente ou treinador canino especializado, sobre como proceder para que a convivência seja pacífica.

Para finalizar: caso pense adotar um animal nesta época, os nossos parabéns! Mas lembre-se sempre que depois do Natal, vem o resto da vida toda ( Um Santo Natal para todos! ■

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 50 DESPORTO
Gonçalo Médico Veterinário Clínica Veterinária do Taralhão
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VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 51

SPORT CLUBE RIO TINTO aposta no futebol feminino

Após completarem 99 anos de existência, a 1 de Julho, o Sport Clube de Rio Tinto pretende regressar às competições nacionais e, também, subir de divisão no futebol feminino, que já se encontra, em sub-19, na segunda divisão nacional. Estivemos à conversa com o presidente do clube, Joel Alves.

Pode começar por contar-nos qual é a história do clube?

O clube começou a 1 de Julho de 1923 portanto está a pouco tempo de completar 100 anos de história. É uma história com altos e baixos. Já disputou campeonatos nacionais, neste momento, há cerca de 15 anos que não está nesse patamar, mas estamos a trabalhar para isso e para que o clube consiga crescer. Já passou por anos difíceis e outros menos. Já esteve a jogar num campo em Valbom, sem instalações próprias, depois deu-se a mudança para o estádio de Rio Tinto, nos anos 2000 e de desde então estamos aqui com a mais valia de termos um campo sintético há mais de um ano que nos permite concentrar aqui todas as equipas do clube e dá-nos condições de trabalhar de outra forma daqui para a frente.

A nível de equipas, sendo que tem uma equipa feminina e outra masculina, qual é a diferença de liderar cada um dos sexos? Há alguma diferença efetivamente?

Nós temos em competição todos os escalões do sexo feminino e do sexo masculino, nós conseguimos este ano aumentar o número de equipas no feminino, no masculino sempre tivemos todos os escalões. No feminino o projeto foi crescendo gradualmente e este ano chegamos ao ponto de ter todos os escalões em competição desde sub-7 até à equipa sénior, que foi também criada este ano.

Obviamente que há diferenças entre os dois géneros, desde logo a questão física que é a que se nota mais, mas em termos de aptidão sinto que as raparigas estão cada vez mais bem preparadas para praticar esta modalidade e não tenho dúvidas nenhumas

que vai crescer exponencialmente a nível nacional, porque o Rio Tinto é um bom exemplo, mas sem sombra de duvida que vai haver mais.

Quais são as diferenças a nível fisico que nota entre os sexos?

Nós notamos porque temos uma particularidade, todas as nossas equipas femininas até ao sub-15 competem contra rapazes, como até esse escalão é permitido equipas mistas ou como no nosso caso equipas 100% femininas que competem com equipas 100% masculinas, e, obviamente, que a diferença que se nota na força, na velocidade, mas tudo na dimensão física do jogo porque em questões técnicas e táticas as diferenças são muito poucas e por vezes nem existem. Tanto que nesses campeonatos masculinos elas conseguem ganhar e conseguem empatar ou perder como uma equipa 100% masculina.

Quando a equipa feminina se depara numa competição com uma equipa masculina nota que elas ficam mais retraídas ou jogam como se fosse contra uma equipa feminina?

Acho que elas respondem muito bem. Agora, obviamente, que estão mais habituadas agora. Mas confesso que no inicio quando o coordenador propôs essa ideia eu temi que fossem acontecer coisas menos positivas, até porque as crianças às vezes são cruéis naquelas idades e podia haver algum tipo de discriminação, mas isso não tem acontecido e elas até ganham bastantes vezes. E ao contrário, o facto de elas ganharem podia suscitar nas equipas masculinas algum tipo de frustração mas não tem ocorrido essa situações, tem tudo ocorrido com toda a normalidade.

A nível de modalidades quais é que têm?

O Rio Tinto tem o bilhar e tem o ciclismo são mais duas modalidades que estão no clube. Estas modalidades têm mais praticantes do sexo masculino. Espero que no futuro possamos ter mais outra modalidade.

Como referiu o clube tem 99 anos o

que é que têm feito para que o clube perdure no tempo? O que marca a diferença?

Acho que esta aposta no feminino, que é recente, foi uma excelente aposta. Acho que foi uma decisão muito bem tomada e que trouxe algum dinamismo e outra vitalidade ao clube. Obviamente que o clube não é só feminino também é muito masculino. Agora acho que é importante para o clube ter esta vitalidade e estar representado nos dois géneros, ter cada vez mais atletas a praticar. E é o que eu costumo dizer, que um clube com quase 100 anos de história com mais de 300 atletas aqui a praticar futebol, que está representado nos dois géneros e em todos os escalões, tem um responsabilidade social muito grande e me faz trabalhar todos os dias.

Qual é o vosso maior objetivo?

Temos vários objetivos. Temos um projeto que tem potencial para crescer a vários níveis, claramente que o que é mais visível e aquilo que os sócios dão mais importância é a equipa sénior masculina, que tem por onde crescer e é um objetivo para este mandato tentar colocar o Rio Tinto em todas as competições nacionais. Também temos outros como apostar na formação, porque tem e deve crescer qualitativamente, temos vários escalões para colocar na primeira divisão, há vários objetivos e para subir nas competições nacionais temos que afirmar o clube nesse patamar, obviamente que não é fácil, mas iremos trabalhar para isso.

A curto prazo há alguma meta que queiram alcançar?

Sim, há. Em cada escalão e para cada objetivo há uns que estão mais perto e outros mais longe, estamos a criar bases para os atingir, outros podem ser encarados mais no imediato. Estou-me a lembrar na equipa de sub-19 feminino que está a competir na segunda divisão nacional e é um objetivo a muito curto prazo é que a equipa chegue à primeira divisão nacional. Nós achamos que temos condições para lutar por uma subida de divisão.

Já têm algum plano para comemorar o centenário do clube?

Para comemorar o centenário criamos uma comissão para as comemorações. É uma comissão que é constituída por elementos da direção e por pessoas que gostam do clube que se propuseram a ajudar. Já têm organizado alguns eventos para angariação de fundos para depois fazer uma festa e comemorar o centenário de forma digna.

A nível de apoios têm algum apoio do Município de Gondomar ou da Junta de Freguesia de Rio Tinto?

Sim, temos os apoios que são conhecidos e são públicos, que são dados a todos os clubes do concelho. Ainda há bem pouco tempo foram anunciados os apoios às coletividades e o Clube de Rio Tinto está incluido e tem direito ao valor que é atribuído pela Câmara, que é um valor anual. Contamos também com o apoio da Junta de Rio Tinto e também, por vezes, da de Baguim do Monte, que fica aqui ao lado. E, agradecemos imenso o apoio e é fundamental para a manutenção do clube.

Relativamente aos rumores sobre a compra do clube por parte do Futebol Clube do Porto, confirma?

Aquilo que posso dizer não especificamente sobre o interesse do FCP, mas de uma forma geral, é que o nosso projeto, principalmente do clube feminino, já teve algumas propostas a nível de parcerias e protocolos, o que posso garantir é que por uma questão de respeito é que ouvimos todos os clubes. Contudo, o nosso objetivo é construir o nosso caminho de forma autónoma porque conseguimos fazer até aqui com sucesso e achamo-nos capazes de dar continuidade ao projeto. Não pondo de lado qualquer hipótese, mas afirmando que um dia será muito difícil estabelecermos algum tipo de protocolo com outro clube.

É o maior elogio que nos podem fazer é a equipa feminina ser procurada por clubes grandes, só significa que estão atentos ao que o Clube está a fazer. ■

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SOUSENSE COMEMORA 85 ANOS e aposta na recuperação das infra-estruturas

O Sousense é um clube reconhecido de Gondomar e localiza-se na Freguesia de Foz de Sousa. Foi fundado há 85 anos no dia 1 de dezembro de 1937.

Conte-nos um pouco da história do clube.

Há vários anos que competimos quer nas principais competições da Associação Futebol Clube do Porto quer nos campeonatos nacionais, onde esteve aproximadamente 10 anos. A nível de formação é um clube distinguido no concelho. É um clube que tem, desde que a federação criou, em 2016, a certificação para os clubes formadores, nós tivemos sempre as quatro estrelas, que é o patamar máximo para um clube da nossa dimensão, sendo que as cinco estrelas já é para um clube com um cariz praticamente profissional. Tem no “Palmarés” (lista de vitórias, título de alguém, de grupo ou instituição) uma divisão de honra, na época de 2009 e 2010 que é quando consegue a subida aos campeonatos nacionais e várias subidas também nas Associações do Porto, mas aí sem o título de campeão da competição.

O complexo desportivo é sediado na Foz do Sousa, conta agora com dois campos que é o campo antigo que está desde a formação do clube, que foi agora recuperado para as camadas jovens e este campo inferior que está disponível para treinos e jogos desde 2009.

O clube tem equipas femininas? Tem alguma modalidade além do futebol?

Neste momento não temos equipa feminina, mas já tivemos, até podemos dizer que fomos dos primeiros, numa altura que não era “moda” ter equipas femininas, isto é existirem medidas que fomentem a prática do futebol feminino. Já tínhamos antes disso, há uns 5 ou 6 anos, mas a nossa equipa foi desmantelada e não conseguimos dar continuidade, mas é um dos objetivos que temos, voltar a ter o futebol feminino e depois progredir para os escalões de formação, mas neste momento não conseguimos e também é impensável com o crescimento que teve o clube e sem ter o campo que temos agora de apoio (o que foi recuperado) e a nível de infra-estruturas era impossível.

A nivel de modalidades temos apenas o futebol.

Como é que são vistos, pelo clube, pela equipa e pelos praticantes estes 85 anos do clube?

Foi muito bom, ficamos muito satisfeitos porque nós costumamos realizar um almoço de aniversário com os associados e os amigos do clube, que já não se realizava há 3 anos devido à pandemia, e este ano voltamos a fazê-lo e contamos com cerca de 250 pessoas. Portanto, todos os sócios e membros do clube evidenciariam a vivacidade do clube, que está bem e recomenda-se.

Após os 85 anos de formação do clube estão no patamar onde gostariam de estar?

Os patamares e a idade não podem ser muito associados porque vivemos de ciclos. Nós vivemos um ciclo de 10 anos, entre 2010 e 2020, mais ou menos, em que tivemos presentes nos campeonatos nacionais. Neste momento, para subir novamente se calhar é um passo difícil de dar e se lá chegarmos vamos competir como já o fizemos outrora. Não vamos dizer que é um objetivo assumido, a longo prazo sim mas sem hipotecar o futuro do clube. É assim que encaramos as coisas. Porque sabemos que neste momento estamos a passar aqui uma fase de reforma das infra-estruturas e que para nós é indispensável para qualquer tentativa de crescimento e progressão. O primeiro passo foi a reforma do campo de treinos que nos dá mais condições para a formação e nos permite libertar o espaço e nos permite ter um pouco mais de aproveitamento e qualidade do treino. Agora temos outro desafio que se prende com a substituição do relvado de baixo que tem condições depauperadas e condiciona o facto de jogarmos com este relvado nos campeonatos nacionais, é impensável. E mesmo para uma equipa que quer subir de divisão, ou algo do género, é um bocadinho difícil a nível de atração de jogadores porque eles já não querem jogar num relvado neste estado, não acham que seja digno para a sua carreira.

Também fizemos a renovação do sistema de iluminação, logo estamos aqui atravessar uma reforma nas infra-estruturas para conseguirmos alcançar o desen-

volvimento sustentado que vai continuar a acontecer com naturalidade.

Qual é o objetivo a longo prazo?

É o crescimento sustentado. Repare nós somos um meio pequeno como tal estamos a falar de um clube que representa uma freguesia ou um concelho que no limite está sediado num lugar onde existem outros clubes na freguesia. temos que fomentar o nosso crescimento, também na nossa massa associativa, do numero de adeptos das camadas jovens, senão torna-se difícil ter uma máquina tão grande que não tenha representatividade.

No que toca à reforma das infra-estruturas, tem algum apoio por parte do Município ou das juntas de freguesia envolventes?

Estamos aqui a falar de um clube que tem apoios por parte do Município sem dúvida. Os da junta de freguesia não são bem os que pretendíamos mas lá vão ajudando com aquilo que podem.

A nível de troféus há algum que queira destacar?

O trofeu que nós temos mais exposto e que gostamos sempre de destacar é o de Campeão distrital da Associação do Porto que culminou na subida aos nacionais. Temos outros na formação porque as subidas de divisão não dão taças, mas a nível de trofeu, o único que nós temos a nível oficial e relevante é este. Mas claro que queremos aumentar.

As camadas jovens estão a competir a nível nacional?

Sim, os juniores já estão a competir a nível nacional há vários anos, 10 anos mais ou menos. Houve um ano que descemos de divisão mas subimos logo no ano a seguir. A nível de juniores acho que estamos estabilizados a nível nacional. Nos outros patamares gostávamos que isso acontecesse mas ainda não foi possível.

Sente que a renovação do relvado pode fomentar a atração de novos jogadores para o clube?

Obviamente esperamos que nos ajude a cativar mais miúdos para a formação. Hoje em dia é uma tarefa que vai exigindo cada vez mais alguma astúcia, aquelas questões do marketing que possa atrair o maior número de jovens para a formação. E um campo novo que é destinado para a formação e acabam por ter todas as condições para crescerem e para evoluírem.

Qual é o seu maior sonho enquanto presidente do clube?

É dar continuidade e conseguir passar o testemunho neste rumo de crescimento sustentado e sustentável para que consigamos criar bases para que o desenvolvimento seja possível. É o que mais desejava e o que me propus quando me candidatei. ■

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Pedro Carvalho, presidente da direção do Sousense
VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 55 R. S. Pedro 1309, 4510-428 São Pedro da Cova Tel: 22 463 4133 Boas Festas ESPECIALIDADE DA CASA ASSADO NO FORNO A LENHA POSTA DE VITELA AROUQUENSE 224 834 372 Festas Felizes António Neves de Sousa Mediação Imobiliária Unipessoal, Lda Rua 25 de Abril, 164 4420-356 S. Cosme GONDOMAR Telem.: 914 859 131 Telf./Fax: 224 837 695 ans.imobiliaria@sapo.pt

GRUPO RETROGAMING PORTUGAL Pretende realizar uma convenção em Gondomar

O grupo Retrogaming Portugal foi fundado por três fânzerenses por iniciativa de Francisco Pérola. O Grupo é composto por António Rocha, Pedro Barbosa e Francisco Pérola, inclusive.

Como surgiu a paixão pelos videojogos?

Francisco Pérola: A paixão dos videojogos já vem desde há muitos anos quando ainda era jovem, desde que começaram a sair em Portugal. O primeiro jogo foi o Pong seguido dos Asteroids, nas máquinas “Arcade”, estava localizado numa loja perto da praça da batalha, em meados de 1972. Nasci no meio dos jogos das máquinas onde gastávamos muito dinheiro na altura. Aqui em Gondomar, no Café Panda, o sucesso na altura era o R-Type. Depois surge a Atari que foi a minha primeira consola, mas a que gostei mais foi a Sega CD. O jogo que mais me marcou foi o Dune.

Como surgiu a ideia do grupo?

FP: A Página de retrogaming fui eu que criei, mas depois foi criado um grupo em Novembro de 2016. Fico muito orgulhoso com o crescimento do grupo, sendo o maior do género em Portugal e um dos maiores a nível europeu. Além do grupo, lancei dois livros sobre a temática do retrogaming. No inicio o propósito do livro era organizar o meu conhecimento porque acredito que a melhor forma de o fazer é escrevendo. Mas neste momento os livros estão disponíveis online, em formato digital, de forma gratuita. O primeiro livro tem cerca de 300 páginas e conta com várias ilustrações e o segundo tem cerca de 70. O objetivo principal destes livros é passar o meu gosto pelos jogos e contar um pouco da sua história.

Qual é o objetivo do grupo?

logo não são estes os jogos da nova geração, de playstation 4 ou 3. Os retrogaming são videojogos que têm uma duração superior 15 /20 anos. É basicamente desde a data do primeiro videojogo comercial criado (1972) até inicio dos anos 2000.

Como é que os mais novos podem ter acesso aos jogos que vocês tinham?

AR: Não vão ter da mesma forma nem os conhecem, na verdade, porque os videojogos estão em coleções privadas ou em museus juntamente com as máquinas. O bom que têm estes computadores novos é que têm emuladores que permitem jogar estes jogos antigos, o que é uma forma de terem uma ideia apesar de os jogos não serem exatamente iguais. De notar que a dificuldade dos jogos não é a mesma que era antigamente. Para terem uma ideia os jogos começaram com cores muito limitadas, como o Pong que só tinha duas tabelinhas e uma bola que andava a saltar de um lado para o outro.

Qual foi o jogo mais caro que comprou?

AR: O jogo da guerra das estrelas que me custou 12 mil escudos, cerca de 60€. Mas já era um jogo a cores , que tinha captura de vídeo de full motion. Era um jogo mais avançado já para computadores com dois CD’s, mas havia jogos como o secret files que tinha 7 CD’s.

Mas, neste momento, tendo em conta que a febre voltou, os jogos voltaram a ter preços absurdos tanto na compra direta como em sites de revenda, como o olx.

Quais são os propósitos a longo prazo?

Viva Prevenido Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália

SEUS FILHOS NÃO GOSTAM DE ESTUDAR E PERDEM FACILMENTE A CONCENTRAÇÃO?

Posto de Vigia

1 – Uma das inovações de António Costa no léxico político nacional, desde o governo da geringonça, foi adotar, como regra de reação perante suspeitas de escândalos políticos, o velho ditado “à política o que é da política, e à justiça o que é da justiça”. Com esta forma de varrer problemas para debaixo do tapete, o Primeiro-Ministro arranjou um refúgio retórico que passou a utilizar desde os super-escândalos de José Sócrates.

Saiba o que pode provocar estes sintomas.

Os primeiros anos de vida de uma criança são aqueles em que podemos evitar problemas visuais, se estes forem detetados na altura certa.

Quando iniciam o seu percurso escolar podem apresentar algumas difculdades na aprendizagem, e por isso deve-se estar atento a todas as tarefas que realizam. Existem vários problemas visuais mas a hipermetropia é um dos problemas que mais afeta as crianças e muitas vezes não é descoberto atempadamente por não manifestar sintomas. Para além disto, pode desenvolver outros problemas como por exemplo estrabismo e ambliopia (olho preguiçoso).

A hipermetropia é um erro refratvo que afeta principalmente a visão de perto, mas também a visão de longe, se o valor desta for elevado. Isto acontece porque o olho é mais pequeno, a córnea é demasiado plana ou o cristalino tem curvaturas diferentes em comparação com um olho normal, e todas estas alterações fazem com que as imagens se foquem depois da retna, sendo que o normal deveria focar na retna.

Quando uma criança inicia a aprendizagem manifesta difculdades principalmente na leitura, mostrando uma leitura mais lenta, queixando-se de dores de cabeça e perdendo muito facilmente a concentração, porque acabam por exercer um grande esforço acomodatvo para tentar manter a visão nítda.

António Costa não foi muito imaginativo ao adaptar para a política portuguesa a sentença evangélica de Jesus Cristo quando, interpelado pelos seus adversários se era justo pagar tributo ao imperador romano reinante em Israel, respondeu “dai a a César o que é de César e Deus o que é de Deus”. É que, dois mil anos passados, a separação de poderes nas democracias modernas não pode servir de biombo aos escândalos políticos.

2 – Não sabemos que nova desculpa passará o Chefe do Governo a utilizar quando for confrontado com inquéritos de investigação policial ou acusações judiciais a membros do seu executivo. Isto, depois dos supremos órgãos políticos da União terem arrasado a velha sentença, e demitido, sem apelo, uma vice-presidente do Parlamento Europeu e seus ajudantes, acusados de corrupção na defesa do Catar sobre violação de direitos humanos.

Talvez o exemplo dos dirigentes da União Europeia, aplaudido praticamente por todos os quadrantes políticos, possa ter algum eco nos “spin doctors” do Palácio de S. Bento, criando uma nova linguagem para reações oficiais do Chefe do Governo a eventuais escândalos no seio da constelação socialista. Basta de sacudir a água do pacote perante quem utiliza os cargos políticos para benefício próprio, lançando às malvas a ética republicana.

3 – Mas à parte os truques de linguagem tão utilizados em Portugal para fugir às responsabilidades políticas, os escândalos de corrupção nas instituições europeias devem ser um marco para mudanças radicais sobre as práticas até agora utilizadas nos corredores de Bruxelas, nas designadas atividades lobistas no seio da União. As portas giratórias de interesses individuais ou de grupo merecem redobrada atenção.

António Rocha: É divulgar. E também juntar pessoas numa comunidade e partilhar coisas, conhecimentos, experiências e até equipamentos. E para os novos verem como começou esta febre do retrogaming que voltou outra vez em força, assim como o vinil que voltou outra vez. O que é o retrogaming?

AR: São videojogos e consolas antigas,

AR: Queríamos organizar uma convenção de retrogaming aqui em Gondomar. Já temos um grupo de pessoas que se voluntariaram para nos ajudar. Era um género de uma comic con, mas mais pequena unicamente com jogos de retrogaming. Mas precisavamos de arranjar ecrãs, computadores e máquinas das antigas, que achamos que vai ser o mais dificil. Não nos podemos esquecer que estes jogos também fizeram parte da história de várias gerações. ■

Uma forma de tratar este problema é através da utlização de óculos que poderão ser temporários ou permanentes dependendo dos valores e do tpo de hipermetropia. Em alternatva pode-se também usar lentes de contacto.

Caso verifque que o seu flho apresenta insucesso escolar ou difculdade em ler e na concentração, queixando-se de dores de cabeça mais ao fnal do dia, deve suspeitar deste problema e sendo assim é aconselhável marcar uma consulta com um profssional da visão o mais breve possível. ■

Uma coisa é fomentar o diálogo entre os destinatários diretos das decisões tomadas no seio da União Europeia, procurando aprofundar todas as variáveis sobre os efeitos reais das políticas que se pretendem implantar, e outra bem diferente é fabricar decisões à custa de subornos ao mais alto nível. Porque os supremos interesses da coletividade só podem subjugar-se ao bem comum, à justiça, à igualdade e à equidade dos povos… ■

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LOBISTAS NA UNIÃO EUROPEIA?
À POLÍTICA O QUE É DE JUSTIÇA
OS
VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 57 PUB DEIXE QUE A NOSSA EQUIPA SE PREOCUPE POR SI CONTACTE-NOS E FAÇA A SUA SIMULAÇÃO 225480542 geral@euriseguros.pt www.euriseguros.pt CONTE COM A NOSSA EXPERIENCIA DE 50 ANOS EM SEGUROS CONTACTE-NOS E SURPREENDA-SE COM AS CONDIÇÕES QUE PROPOMOS PARA OS SEUS SEGUROS OU OS DA SUA EMPRESA 225480542 251648105 R Boavista 600 - Rio Tinto R Eng Duarte Pacheco Lj 2 – Monção www.euriseguros.pt geral@euriseguros.pt (Chamada para a rede fixa Nacional) (Chamada para a rede fixa Nacional) (Chamada para a rede móvel Nacional) (Chamada para a rede móvel Nacional)

TOYOTA, a confiança nipónica

A Caetano Auto, representante da marca Toyota, conhecida pela fiabilidade e durabilidade dos seus carros, está em Rio Tinto já há cerca de um ano.

Com um espaço de excelência em Rio Tinto, a marca japonesa pretende incrementar as vendas neste território apostando agora em veículos com linhas mais jovens.

O que distingue a Toyota das restantes marcas automóveis?

O primeiro elemento que faz a diferença é a fiabilidade. Somos um pouco suspeitos mas a verdade é essa.

Se perguntarmos a uma empresa de reboques quantos Toyotas já transportou ele provavelmente irá dizer que poucos ou nenhum, e esses poucos são por usar o combustível errado ou por falta de bateria.

Normalmente é isso que acontece. Os carros da Toyota têm um sistema que se algo falhar ele compensa para que o condutor não fique apeado. Esse é o pilar número um da marca.

Depois há a questão da cultura japonesa que é transmitida desde a fábrica, em que o foco principal é o próximo. Quando entramos num Toyota reparamos que há ali pormenores feitos a pensar em quem o vai utilizar a seguir. Pensar o que o outro precisa faz toda a diferença.

Havia um pouco o mito que um Toyota era um carro para pessoas mais velhas, hoje já há modelos com linhas mais desportivas e jovens. Há uma imagem de marca que ao longo dos tempo tem vindo a evoluir?

Essa mudança está muito relacionada com a chegada do atual presidente que é tetraneto do fundador. Uma das coisas que ele fez foi passar a ter carros que são divertidos de conduzir e ao alcance de todos.

Havia um pouco aquele pensamento de "o meu último carro vai ser um Toyota", a filosofia do Akio Toyoda de tornar a marca mais jovem e de mobilidade veio alterar o paradigma da marca.

É também notória, nos espaços Toyota, a preocupação ambiental. É uma preocupação assumida pela marca?

Agora há muito a moda do elétrico, mas isso também acontece porque há vários benefícios fiscais.

As taxas de carbono têm levado as marcas, todas elas, a pagarem multas, daí a importância da introdução de veículos elétricos. A verdade é que a Toyota nunca pagou multas por esta razão, inclusivamente recebemos mesmo dinheiro da EU por cumprirmos as metas estabelecidas.

O nosso primeiro híbrido de produção em série chegou ao mercado em 1997, há 25 anos atrás. Uma clara antecipação da marca, é algo já comum para nós.

O espaço da marca em Rio Tinto é mais do que um simples espaço de venda automóvel. Que serviços têm aqui em funcionamento?

A função número um é vender carros, até porque sem isso não poderíamos ter os restantes serviços.

Depois disso temos o serviço de após venda em que tentamos ser diferenciadores.

Empregamos pessoas da zona, quem aqui trabalha vive aqui próximo até para manter a relação com a cidade, é algo que é muito importante para nós.

Temos também a venda de peças e a partir

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 58 EMPRESAS E NEGÓCIOS

nipónica sobre quatro rodas

-up e levamos o carro à inspeção sem custos adicionais. O benefício para o cliente é ter a certeza que o carro vai à inspeção e o carro passa. Neste serviço podemos também ir buscar e levar o carro ao cliente, tem um custo, mas é um serviço que é sempre do agrado dos clientes.

O mesmo acontece no caso de colisão?

Aqui não temos o serviço de colisão, esse existe apenas no Porto e em Gaia, o que fazemos é tratar de tudo para o cliente. Se tiver um acidente nós encaminhamos o carro para uma dessas oficinas e quando estiver pronto o cliente vem aqui levantar a mesma, entretanto é-lhe entregue uma viatura de cortesia.

Um cliente que chegue aqui e necessite de financiamento, têm esse serviço?

Sim, inclusivamente temos a nossa própria financeira, a Toyota Financial Services, que usamos praticamente sempre por uma questão de credibilidade e porque o cliente prefere.

Está também em vigor a campanha 5+, em que consiste este serviço?

A campanha 5+ é para as viaturas com mais de cinco anos. Este serviço inclui mudança de óleo, filtros, lavagem e mais alguns serviços a um preço reduzido.

Para usufruir desta campanha a condição é apenas que a viatura tenha cinco ou mais anos, sendo comerciais ou não. São reduções que andam na ordem dos 30 a 40%.

Neste momento têm uma campanha em vigor para o Toyota Yaris, em que consiste?

Essa campanha está ligada a um sistema que temos de financiamento, o Toyota Easy, que tem muitas vantagens. Pela sua flexibilidade permite ao cliente fazer um contrato que pode ir até aos cinco anos, com ou sem entrada e, no final do contrato decide o que quer fazer, ou entrega o carro, ou troca por um novo ou refinancia para ficar com o carro.

Se o cliente optar por este produto tem vantagens na aquisição, neste caso, do Yaris 1000.

Só está disponível para este modelo?

Sim, por agora sim.

O Toyota Easy está disponível para a gama toda mas no Yaris 1000 tem outros benefícios.

Que carro é este Yaris 1000?

de janeiro vamos iniciar um serviço de reparação e substituição de vidros. É uma marca nossa, a Glassback, que vamos integrar neste espaço.

O cliente que vem cá fazer a revisão do

seu veículo, tem direito a algum carro de cortesia durante o tempo em que o seu está na oficina?

Sim. Normalmente nos carros que vendemos está a manutenção incluída, bem como

a viatura de cortesia quando é para fazer a manutenção. Temos normalmente três ou quatro viaturas disponíveis para esse serviço.

Temos também o serviço ITV em que o cliente deixa aqui a viatura, fazemos o check-

É um utilitário. É um carro a gasolina, com mil de cilindrada, excelente para andar na cidade. Um carro muito espaçoso e extremamente confortável. Já vem equipado com todos os sistemas de segurança, travagem automática, máximos automáticos, deteção das faixas de rodagem, Toyota Safety Sense.

É um carro muito bem equipado. É um Toyota. ■

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 59 EMPRESAS E NEGÓCIOS

VivaCidade, 22 dezembro 2022

Duas Décadas a adoçar a sua alma Do Bom, Escolha o melhor Obrigado pela Preferência e Votos de Boas Festas.

Loja 511 - Parque Nascente Praça da Alimentação

Cartório Notarial Extrato

Notária Lic: Carmen Maria Coelho Mota Neves Rua Alvares Cabral, nº 54 – 2º andar sala 24 4400-017 Vila Nova de Gaia

--------CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura de Justificação lavrada neste Cartório a vinte de Dezembro de dois mil e vinte e dois, exarada de fls. 138 a fls.139 verso do livro de Notas para escrituras Diversas número 289 – A, na qual António Fernando Sofia de Castro, NIF 159 488 524 e mulher, Maria da Conceição Marques de Almeida, NIF 181 256 398, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Foz do Sousa, ela da freguesia de São Pedro da Cova, ambas do concelho de Gondomar, residentes da Rua do Souto, nº 60, dita freguesia de Foz do Sousa, declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte imóvel:---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Prédio urbano – casa de habitação de rés-do-chão, com logradouro, com a superfície coberta de cinquenta e seis metros quadrados e a área descoberta de mil trezentos metros quadrados, sito na Rua do Souto, nº60, freguesia de Foz do Sousa e Covelo, concelho de Gondomar, a confrontar do norte com Adriano Rocha, do sul com caminho do souto, do nascente com Casimiro Oliveira Sousa e do poente com Manuel Joaquim Matias dos Santos, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na matriz sob o artigo 5474 (que correspondia anteriormente ao artigo 1358 da extinta freguesia de Foz do Sousa), com o valor patrimonial e atribuído de vinte e um mil e vinte euros e sessenta e cinco cêntimos (21.020.65€)--------------------------------------------------------------------------

---------Que não são detentores de qualquer título formal que legitime o domínio do referido prédio o qual adquiriram, por doação verbal, que lhes foi feita há mais de vinte anos, em data imprecisa de mil novecentos e oitenta e três, pelos seus pais e sogros, respetivamente, Jerónimo Martins de Castro e mulher, Deolinda Moreira de Castro Sofia, casados no regime da comunhão geral, residentes que foram no Lugar do Souto, naquela freguesia de Foz do Sousa, não tendo sido outorgada a respetiva escritura, nem podendo outorgar atualmente por já terem falecido os doadores.

---------Que, não obstante isso, sempre se têm mantido na posse e fruição do indicado prédio há mais de vinte anos, habitando-o, fazendo benfeitorias, pagando os respetivos impostos, administrando-o com ânimo de quem exercita direito próprio, de boa-fé por ignorarem lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, pública e continuadamente, com o conhecimento de toda a gente e sem qualquer interrupção ou oposição de quem quer que seja.

---------Que, dadas as enumeradas características de tal posse e domínio, adquiriram o mencionado prédio por usucapião que invocam, justificando o seu direito de propriedade para efeitos de primeira inscrição no Registo Predial, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial.-------------

--------ESTÁ CONFORME O ORIGINAL.

---------Vila Nova de Gaia, vinte de Dezembro de dois mil e vinte e dois.

A Notária:

(Carmen Maria Coelho Mota Neves)

São: 20,68€ - Vinte euros e sessenta e oito cêntimos (IVA 23% incluído). Emitido recibo nº FR 2/1813/2022.---

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Convocatória

Nos termos e para os efeitos previstos nas alíneas b) do n.º 1 do artigo 36.º dos Estatutos da Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Peras de Rio Tinto, convocam-se os Senhores Associados para reunirem em sessão ordinária de Assembleia Geral, no próximo dia 29 de dezembro de 2022 (5ª feira), pelas 20.30 horas, na sede da Associação, sita na Rua da Boavista, n.º 394, na freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar, distrito do Porto, com a seguinte

Ordem de Trabalhos

1. Apresentação, discussão e votação do Programa de Ação e Orçamento para o exercício de 2023 (dois mil e vinte e três), devidamente acompanhado do respetivo Parecer do Conselho Fiscal.

2. Outros assuntos de interesse para a Associação.

Rio Tinto,

colectiva 501 071 270 Sede: Rua da Boavista, 394 4435-123 Rio Tinto Email: geral@associacaosaobento.com Tel. 22 489 01 07 (chamada nacional rede fixa) Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Pêras de Rio Tinto

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 60
Pessoa
Notas: A Assembleia Geral reúne à hora marcada na convocatória, se estiverem presentes mais de metade dos Associados, com direito de voto, ou trinta minutos depois, com qualquer número de Associados (nº 1 do artº 40º dos Estatutos). Os documentos aludidos na presente convocatória estão, desde a data desta, disponíveis para consulta na sede da Associação e publicados no sítio da internet www.associacaosaobento.com (artº 39º dos Estatutos). A Assembleia Geral é constituída por todos os Associados maiores que estejam no pleno gozo dos seus direitos associativos, tendo cada Associado direito a um voto (artº 34º dos Estatutos) Consideram-se
VivaCidade, 22 dezembro 2022 Mercearia - Frutaria - Talho - Padaria Frutas Sempre Frescas Carnes das Melhores Procedências Pão sempre Fresco Boas Festas a Todos os Nossos Clientes Rua Presa da Cavada, 37 - 4510-640 Fânzeres, Gondomar // Telefone: 220 150 693
09 de dezembro de 2022 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Delfim Ferreira Rocha Azevedo
no pleno gozo dos seus direitos os Associados admitidos há pelo menos 12 meses que tenham as suas quotas em dia e não se encontrem suspensos (nº 3 do artº 12º dos Estatutos). Para usufruírem do direito de voto os Senhores Associados devem apresentar documento de identificação (B.I./CC) e recibo da quota de dezembro de 2022.
VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 61 Desejamos a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo! Contactos Email: geral@centrosocialdalomba.pt Telefone: 255 762 442 Telemovel: 919 049 068 Fax: 255 766 045

Após análise no terreno da delimitação em vigor das Áreas de Reabilitação Urbanas de Gondomar, constatou-se que havia áreas com as mesmas características morfológicas, tipológicas e de época construtiva também relevantes para inclusão, pelo que aqui se apresentam as novas propostas de alteração. Esta delimitação seguiu o princípio

NOVAS ÁREAS ARU

da integração, sendo uma resposta adequada e articulada às componentes morfológica, económica, social, cultural e ambiental do desenvolvimento urbano, e visa estimular o investimento e envolvimento de outros agentes, públicos e privados, em projetos de reabilitação do edificado e espaço público, bem como qualificação ambiental e urbanística.

Com efeito, a estratégia na nova delimitação concentra-se na compatibilização e articulação com a Estratégia Nacional para a Habitação (Resolução do Concelho de Ministros 48/2015 de 15 de Julho), assente em 3 grandes pilares que são a Reabilitação Urbana, o Arrendamento Habitacional e a Qualificação dos Alojamentos.

Gondomar é um concelho cada vez mais atrativo para a fixação de novos residentes e de novas empre-

sas. Não pode por isso estar alheia a resoluções que impliquem necessariamente nas opções de quem decide onde e como investir.

E a reabilitação nas ARU’s confere aos seus proprietários ónus e encargos, mas também outros direitos consagrados, como por exemplo nos diplomas do Regime Extraordinário de Apoio à Reabilitação Urbana e no Estatuto dos Benefícios Fiscais. Estes incentivos podem ainda ser estendidos a procedimentos administrativos e técnicos, no âmbito da formalização e licenciamento de cada operação. Sem prejuízo por outros, aqueles que se tornam mais relevantes ao proprietário e ao promotor são a Redução da taxa de IVA de 23% para 6% para as empreitadas, a Isenção de IMT na 1ª transmissão de imóvel reabilitado (em ARU), desde que Habitação Própria e

NOVAMENTE… A PALAVRA DADA E NÃO HONRADA PELO PS!

mento que não responde como devia, à melhoria das condições de vida dos Gondomarenses, nesta altura particularmente difícil para todos.

O PSD, em devido tempo e como é sua responsabilidade, enviou ao presidente da câmara um conjunto de propostas para as Grandes Opções do Plano que contribuiriam para melhorar os indicadores que colocam Gondomar na cauda da Área Metropolitana do Porto e do país.

O Orçamento que o PS aprovou na última Assembleia Municipal para 2023, traduz, mais uma vez, a falta de estratégia para o desenvolvimento de Gondomar.

Como o PS já nos habituou, este é mais um orça-

O PS, sem incorporar nenhuma das propostas do PSD, prefere apostar numa política do faz de conta, sem atender o que verdadeiramente afeta a vida dos Gondomarenses, nomeadamente o elevado preço da água, uma das mais altas taxas de IMI do país (a proposta do PSD previa a redução do IMI para os mí-

nimos permitidos por lei), não devolução do IRS, possível até 5% (proposta do PSD previa a devolução de 2,5%), entre outras medidas que propusemos para o combate ao baixo rendimento per capita (RPC) e ao alto índice de envelhecimento e para a melhoria das condições de vida dos Gondomarenses. Ainda, a câmara de Gondomar, mais uma vez, agrava em 30% a taxa aplicável aos prédios devolutos, precisamente o contrário do que o PSD defende, que é o seu desagravamento, incentivando assim os proprietários à reabilitação desses prédios, tendo em vista fomentar o mercado de rendas acessíveis. O PS continua a prometer medidas que em muitos casos não serão para concretizar, como o comprova a questão da negociação do preço da água. De recor-

Permanente, e a Isenção por um período de 3 anos (com possível prorrogação por mais 5 anos) do IMI. Cada um de nós poderá ter a sua ideia para uma ARU, para uma operação de reabilitação urbana específica, mas não seria exequível. Acima de tudo temos de olhar a uma escala mais abrangente, e tomar decisões que nos permitam avançar no futuro, correr pela modernização do nosso território e pelo nosso tecido económico-social. Continuar a dotar o nosso concelho de mais valias que aportem valor no seu posicionamento quanto à escolha dos promotores quando pretendem fixar os seus investimentos habitacionais e empresariais. Continuaremos com toda a certeza a crescer demograficamente, economicamente e culturalmente, reforçando a nossa relevância na Área Metropolitana do Porto. ■

dar que já na discussão sobre o orçamento anterior o presidente da câmara afirmou, inclusive publicamente, que a negociação com a empresa Águas de Gondomar estava consumada e que o preço da água baixaria em janeiro de 2022. Estamos a finalizar o mês de dezembro e o que se constata, afinal, é que eram falsas tais afirmações. São situações como esta, de palavra dada e não honrada, em mediatismo barato, que não nos garantem qualquer credibilidade neste executivo PS.

Seria expectável e necessário que se virasse a página de empobrecimento e de estagnação em que se mergulhou Gondomar, como o demonstram os indicadores socioeconómicos do concelho.

Porque o nosso propósito são os Gondomarenses! ■

Na última Assembleia Municipal de Gondomar, realizada no passado dia 07 de Dezembro que teve lugar na Biblioteca Municipal, o Executivo do Partido Socialista (PS) apresentou à votação dos Deputados Municipais, entre outros vários pontos de uma extensa Ordem de Trabalhos, onde o Executivo apresentou as suas propostas das Grandes Opções do Plano (GOP) e Orçamento Municipal para 2023, e as respectivas propostas das taxas fiscais, como o IMI, a DERRAMA, a taxa Municipal de Retenção de IRS e a TMDPTaxa Municipal Direitos de Passagem para serem aplicadas aos Gondomarenses no próximo ano. No que se refere às opções apresentadas nas GOP e Orçamento para 2023, mais uma vez, as propostas de desenvolvimento estratégico, são por si, tal como vertido no documento que nos foi apresentado, genéricas e indeterminadas, apesar de no pedido que foi efectuado ao CDS de sugestões e contributos, termos apresentado alargado de medidas específicas, que temos a certeza relançariam Gondomar como um Concelho que apostaria na qualificação das suas gentes, na criação de atractivos para a fixação de tecido empresarial, na dinamização e fomento

do turismo, no reforço da segurança das pessoas e dos seus negócios, para citar alguns apenas exemplos, sendo que nenhum dos nossos contributos foi considerado, motivos pelos quais o CDS optou por votar CONTRA, tal como consta da nossa Declaração de Voto que apresentamos e que está anexada à acta da Assembleia Municipal. Já relativamente às propostas apresentadas pelo Partido Socialista no âmbito da Carga Fiscal, nomeadamente as taxas de IMI, Derrama, IRS, e TMDP a serem aplicadas no próximo ano, o CDS optou por se abster no IMI e na DERRAMA e votar contra no IRS, pelos motivos abaixo identificados, tal como consta da nossa declaração de voto, nomeadamente: Numa conjuntura muito difícil para os Gondomarenses e para as Empresas que enfrentam novamente os efeitos de uma crise económica fruto da inflação e das consequências da Guerra na Ucrânia e da « volatilidade do preço das matérias-primas, voltam a pairar incertezas quanto ao futuro dos Empresários e das Famílias. Todas as previsões apontam para que 2023 seja um ano muito pior, do que o ano de 2022.

Apesar do IMI descer de forma marginal, quer nas Freguesias Urbanas, quer nas Freguesias do Alto do Concelho, essa diminuição pouco impacto terá nas carteiras das Famílias e das Empresas, para além de que o Partido Socialista continua a praticar taxas diferenciadasentre as Freguesias Urbanas e as Freguesias Rurais.

É nosso entendimento que se deveria aplicar

uma taxa única transversal a todo o Concelho, descendo este imposto para a taxa mínima, especialmente numa altura em que as Famílias vivem momentos bastante difíceis. Descer de forma mais significativa o IMI, mostraria o interesse deste Executivo em defender os seus Munícipes e as suas Empresas o que não sucede com a proposta agora apresentada, com uma descida muito residual. Para além de que para o CDS defende uma taxa única de IMI idêntica para todas as Freguesias, sem fazer qualquer discriminação entre Gondomarenses, pois não temos Freguesias de primeira, nem Freguesias de segunda, nem Gondomarenses de segunda. Já relativamente à taxa de retenção Municipal de IRS, e considerando o actual cenário socioeconómico, e o enorme nível de inflação que vivemos, com reflexos no rendimento disponível das Famílias, o PS não sendo sensível às dificuldades dos trabalhadores e das famílias optou mais uma vez por aplicar a taxa MÁXIMA na retenção do imposto sobre o rendimento (IRS). O CDS defende que se deveria devolver metade do imposto retido aos Gondomarenses, fixando a taxa nos 2,5% premiando o esforço de quem trabalha, aumentado desta forma o valor do reembolso do IRS. O CDS prefere sempre diminuir o imposto sobre o trabalho, do que promover a subsidiodependência das Famílias, através da atribuição de subsídios apenas para alguns, esquecendo quase sempre a classe média. No que se refere à Derrama, o CDS optou por se abster de igual forma como fez no IMI, para não

prejudicar as Empresas Gondomarenses, mas entendemos que se Gondomar pretende captar investimento e atrair novas empresas, que permitam criar emprego e gerar riqueza, tem de ser muito mais ambicioso nas taxas de Derrama, para níveis que diferenciem Gondomar dentro da Área Metropolitana do Porto como um Concelho que aposta na atracção dos investidores.

Mais uma vez este orçamento e as GOP, não concretizam todas as ideias eleitoralistas que foram prometidas aos Gondomarenses no período pré-eleitoral do Partido Socialista, como é o caso da requalificação da antiga Central de Captação de Água de Foz do Sousa, o prolongamento do Pólis de Gramido em Valbom até Jovim, a dinamização da Marginal Ribeirinha e as Praias Fluviais, a criação de uma Zona Industrial no Alto do Concelho, o reforço do financiamento às Corporações de Bombeiros, entre outras.

Mais uma vez, e apesar de o CDS ter enviado vários contributos solicitados no âmbito do estatuto da oposição, para as GOP e Orçamento 2023, bem como para a diminuição das taxas de IMI e de IRS, nenhuma das nossas propostas por nós apresentada nesse documento foi aceite. O CDS prefere sempre a diminuir a carga fiscal sobre as Famílias e sobre as Empresas, em vez de aumentar e de promover a subsidiodependência dos Gondomarenses. Estaremos sempre ao lado de quem trabalha, seja por contra própria, seja por contra de outrem. ■

É O “COVEIRO” DAS FREGUESIAS

centenas de freguesias em Portugal, para além das seguintes ideias: foi imposta e não trouxe nenhuma vantagem.

Não há muito mais a dizer sobre a reforma administrativa (Passos/Relvas) que extinguiu/agregou

Em Gondomar, a reforma expressou-se na passagem de 12 para 7 freguesias. À época, em Gondomar, para além da cumplicidade das estruturas concelhias do PSD e do CDS, todos se opuseram à reforma, inclusive os presidentes de junta do PSD, sendo que a maioria dos presidentes de junta de Gondomar participaram numa manifestação em Lisboa contra a extinção das freguesias, inclusive o atual presidente da Câmara.

Após a promessa de reversão da lei, depois de empurrar o assunto com a barriga nos últimos 7 anos, o PS decidiu criar uma lei que abre espaço à desagregação das freguesias. Uma lei, diga-se, de grande complexidade e a cumprir-se num curto espaço de tempo. Não deixa de ser curioso que para se reverter uma imposição se exija que se justifique tudo e mais alguma coisa.

Mas, ao contrário do que era expectável, ao contrário do que foi assumindo desde o início, o PS Gondomar decidiu boicotar a desagregação das freguesias.

E como o faz? Ou opta pelo silêncio ou propõe um processo burocrático infindável, alinhando na proposta impraticável (e até ilegal) do PSD de propor um referendo.

Os atuais responsáveis do PS em Gondomar (Câmara e Juntas) ficarão para sempre ligados à não desagregação das freguesias, cuja possibilidade foi aberta este ano. Não se esqueçam disso.

Os eleitos da CDU desejam a todos os leitores, um Feliz Natal e um ano de 2023 com muita paz, esperança e prosperidade por um futuro melhor. ■

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 62 OPINIÃO:
DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL
VOZES
Joana Resende PS Maribel Fernandes PSD Pedro Carvalho CDS-PP GRANDES OPÇÕES DO PLANO E ORÇAMENTO PARA 2023 E CARGA FISCAL E AS OPÇÕES ALTERNATIVAS DO CDS Paulo Silva CDU EM GONDOMAR, O PS

Com o Natal à porta, é bom recordar que no passado dia 10 de dezembro se celebrou os 74 anos da Carta Universal dos Direitos Humanos, carta essa composta por 30 artigos que exprimem os direitos fundamentais para uma sociedade democrática. Entre estes destaco o direito ao trabalho e a uma remuneração equitativa e satisfatória que permita uma existência conforme a dignidade humana, o direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual bem

como o direito de se filiar em sindicatos para defesa dos seus interesses.

Ao recordar esta data aludo também ao final do Mundial de Futebol Masculino no Catar. Sabemos que neste país não há partidos ou eleições livres e que apenas 10% da população tem acesso a direitos básicos.

Ao longo dos últimos anos, alguns desde o anúncio pela FIFA do local escolhido para a competição, têm-se vindo a adensar as acusações e falhas nos direitos humanos, nomeada-

mente dos trabalhadores, a sua maior parte do sul da Ásia ou da África Subsariana, que vivem em condições inumanas e muitos são vítimas de escravidão por parte dos seus patrões.

Já no próprio evento, recordar a proibição pela organização da envergadura de braçadeiras com as cores arco-íris que oito seleções iriam usar mas que foram censuradas com o apoio da maior instituição do futebol mundial, a FIFA.

É claro por isso que os Direitos Humanos

UMA MÃO CHEIA DE NADA E OUTRA DE COISA NENHUMA.

SOBRE DIREITOS HUMANOS Nuno Pontes CHEGA

Realizou-se no dia 7 de dezembro, a sessão ordinária da Assembleia Municipal, onde se discutiu e aprovou o orçamento e as GOP para o ano de 2023.

Como expectável, o orçamento foi aprovado com os votos a favor da maioria socialista, a abstenção do PAN, tendo as restantes forças políticas votado contra.

No nosso entender, mais um orçamento de ilusionismo, de uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.

Em tempos difíceis como os que atravessamos, chegados ao fim de 2022, os Gondo-

marenses continuam a pagar água D´Ouro, um problema que ia ser resolvido, mas que parece estar sem resolução à vista.

Já por nós foi dito que o IMI, é dos impostos mais injustos que temos no nosso país. Admitimos que houve uma diminuição do valor, mas residual. Não terá impacto na melhoria da vida dos Gondomarenses. Este imposto deveria ter uma redução para a taxa mínima de 0,3% em todas as freguesias, não havendo discriminações nem negativas nem positivas.

Tendo em conta toda a conjuntura, dois

anos difíceis de uma luta contra uma pandemia, que ainda não deu totalmente tréguas, a invasão da Ucrânia pela Rússia, e a inflação galopante, o executivo decidiu não devolver parte do IRS, que certamente ia possibilitar desafogar um pouco quem tantas dificuldades tem passado.

Mais uma vez o executivo decidiu não levar em conta as nossas propostas, ressalvamos uma que era no nosso entender primordial, a criação de um verdadeiro gabinete e plano municipal de prevenção à corrupção isento e uma mais-valia para a

A NECESSÁRIA ABSTENÇÃO

Decorreu, no passado dia 07/12, nova Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Gondomar, sendo esta das mais importantes do calendário anual uma vez que iria a discussão, entre outros, o documento das Grandes Opções do Plano/ Orçamento 2023.

Como nota prévia gostaríamos de realçar a participação dos cidadãos no Período Antes da Ordem do Dia.

O PAN Gondomar foi um dos proponentes desta alteração ao Regimento, alterando assim o que no nosso entender não beneficiava o público presente.

É, assim, com bastante satisfação que vemos os gondomarenses corresponderem ao apelo e exporem problemas do nosso concelho.

Em relação à discussão do Orçamento para 2023, o PAN optou pela abstenção. Optamos por este sentido de voto porque consideramos

que num ano que se prevê tão difícil como o próximo, deveria ter sido feito um esforço adicional para ajudar as famílias e as empresas do concelho.

Ao abrigo do Direito de Oposição, durante o mês de novembro, elencamos uma série de propostas que iriam beneficiar o concelho e os seus residentes, tais como o congelamento do aumento das rendas, alargamento da Componente de Apoio à Família ao segundo ciclo, criação de zonas pedonais para incentivar o comércio local, entre muitas outras.  É com alguma tristeza que vemos que o executivo não atendeu à maioria das nossas propostas. Ainda assim, vemos pontos positivos no Orçamento apresentado, como o reforço das verbas para a causa animal, algo fulcral para nos aproximar pelo menos dos concelhos limítrofes, assim como o alargamento da oferta de fruta à

UMAS LUZES SOBRE O IMI

Há cerca de 2 semanas, foi discutido e votado em assembleia municipal, aquele que foi apresentado como o “maior orçamento de sempre”. 140 milhões de euros. Um aumento de 14 milhões face ao anterior. O primeiro problema? Este crescimento é empolado por um “discreto” empréstimo de curto prazo de 5 milhões de euros, mais de um terço do tão aclamado aumento. O orçamento real é de 135 M€, uma variação de 7% sobre o ano anterior. O segundo problema? Os impostos e taxas cobradas aos gondomarenses crescem 10%. Apesar da muito tímida descida da taxa de IMI, que conti-

nua mais alta que a praticada no município do Porto, havia margem para aumentar a descida num ano que se prevê bastante difícil para as famílias. Para se conseguir isto, não é necessariamente obrigatório encontrar receita extra, basta apenas cortar em algumas despesas supérfluas e que não se adequam aos tempos em que vivemos. 240 milhares de euros em iluminação natalícia é um destes exemplos. O ano passado o município de Gondomar conseguiu chegar ao top 5 nacional de gastos com iluminação natalícia com 184 milhares de euros. Este ano arriscamos a ficar no pódio.

escolaridade obrigatória.

Em relação às taxas municipais, apenas votamos favoravelmente em relação à taxa de IMI. Na nossa proposta, pretendíamos que o executivo fosse um pouco mais longe na redução da mesma assim como, em vez de sancionar os proprietários de edifícios devolutos, criar apoios específicos à recuperação dos mesmos algo que, até do ponto de vista ambiental, se revela a alternativa menos nociva. Ainda assim, saudamos a redução desta taxa, beneficiando os habitantes do concelho.

Em relação à taxa de IRS municipal votamos contra uma vez que, dado o atual contexto inflacionário, na nossa opinião, pelo menos metade desta taxa deveria ser devolvida às famílias.

Na taxa de Derrama também votamos contra. Concordamos com a premissa de isenção

são por demais importantes de modo que todos possamos ter uma vida digna e sem discriminação seja ela qual for, tal e qual como refere o primeiro artigo da dita carta: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. ■

Face a um contexto económico adverso, inflação galopante e crescimento reduzido, quem continua a precisar de umas luzes sobre como gerir o orçamento é o executivo do PS, que em vez de fazer os ajustes necessários às despesas, prefere continuar com o alto peso dos impostos na receita e contrair empréstimos. É preciso também incidir alguma luz sobre o orçamento, pois não é aceitável que num orçamento desta grandeza, 20% das rubricas de despesas sejam apresentadas como “Outros”, sem que seja possível perceber como é alocado o dinheiro. Continuamos com os mesmos problemas

população e município.

Infelizmente, mais linhas eram necessárias para expor as fragilidades e o esquecimento dos Gondomarenses e das suas dificuldades.

Aproveitamos para desejar um Santo Natal e um excelente Ano de 2023. ■

para as empresas com rendimento até 150000€ mas consideramos que, mediante o Código de Atividade Económica, se deveria discriminar de forma positiva empresas inovadoras e/ou sustentáveis, mesmo que o seu rendimento passasse o valor acima citado.

Além de conferir alguma justiça para com empresas que se preocupam com a vertente ambiental e inovadora, seria uma forma de atrair as mesmas para o nosso concelho.

O Grupo Municipal do PAN Gondomar deseja a todos os gondomarenses um Feliz Natal e um próspero ano novo. ■

estruturais, as mesmas dúvidas e com um cenário macroeconómico ainda pior, mas, enfim, esqueçamos isso, que ao menos este ano as luzinhas são mais bonitas.■

VIVACIDADE | DEZEMBRO 2022 63 OPINIÃO: VOZES DA
ASSEMBLEIA MUNICIPAL
Sara Santos BE Ricardo Couto PAN João Resende Figueiredo IL

Já sabe que nesta altura festiva pode contar com a equipa do SEU hospital, disponível 24 horas por dia, por SI e pela SUA saúde!

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