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SOCIEDADE

António Machado:

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“Esta é uma casa de alegria e descontração. As pessoas vêm para aqui, para sentir paz, porque o andar de bicicleta é uma sensação livre e espectacular”

Sediada em Fânzeres, este ano, a Ciclocabanas comemora 25 anos. Fomos conhecer um pouco da história desta Associação que promove a paixão pelo ciclismo. Estivemos à conversa com um dos fundadores e, atual Presidente da Coletividade, António Machado.

Comecemos pela história da Associação, como é que ela surgiu.

A Ciclocabanas surgiu através de um grupo de sete amigos de infância. Tudo começou quando aos domingos de manhã, saiamos para dar uma volta de bicicleta. O gosto pela modalidade foi crescendo e, com isso, mais pessoas se juntaram à nossa Associação. Nessa altura, sentimos a necessidade de dar mais um passo, foi quando batizamos a nossa coletividade de Ciclocabanas. O nome surgiu porque era um sonho que tínhamos e que conseguimos realizar na Rua de Cabanas. Desde o seu ano de fundação, 1996 até 2015, a nossa sede era no Café Central de Cabanas. Depois de 2015, viemos para a nova sede. Eu sou um dos fundadores desta coletividade e já passei por vários cargos, mais do que uma vez e neste momento, encontro-me novamente no cargo de Presidente.

Hoje, quantos atletas vocês têm na Ciclocabanas?

Quanto a associados que pagam as quotas temos aproximadamente cem. Desde que a Ciclocabanas foi fundada, o adulto paga um euro por mês e os mais novos, começam a pagar depois dos 15 anos, 50 cêntimos. Em tempos, já tivemos faixas etárias mais diversificadas, também a disponibilidade das pessoas era outra, mas nessa altura tínhamos desde os 17 anos e ia até aos 70. Neste momento, a média anda acima dos 50 anos.

Vocês têm o hábito de participar em muitas provas?

Nós já fizemos competições, mas não eram Federadas, porque a associação funciona como um escape do dia a dia, ou seja, os atletas não treinam a esse nível de competição. Os troféus que temos e as idas são, essencialmente, de uma ou outra prova que participamos, por exemplo, já participamos no Douro Granfondo. Normalmente, nós temos um calendário anual com as provas que fazemos, como é o caso da ida a Fátima, a Santiago de Compostela e Finisterra. Estas três são aquelas que sempre fazemos. No entanto, neste momento, devido ao Covid-19, no ano passado e este ano, elas não foram realizadas. Em 2018, participamos na Nacional 2 e tínhamos programado para fazê-la novamente este ano, mas também por causa da pandemia, não foi possível. Também temos atividades em que são outros clubes que nos chamam. Nessas situações falamos com os sócios, o clube paga uma taxa e os atletas vão.

Já que tocou no tópico da pandemia, como é que foi o último ano para vocês?

Na perspetiva financeira foi muito mau, porque nós vivemos essencialmente com os apoios da Câmara, da Junta e dos patrocinadores que temos. Tanto a Câmara, como a Junta, já no ano passado e em anos anteriores, têm-nos ajudado, mas o valor tem vindo a ser reduzido cada vez mais e isto, já é negativo. Com a pandemia foi pior, porque os apoios vieram ainda mais baixos. Quanto aos patrocinadores, temos alguns ligados ao ramo da restauração, mas nem tentámos pedir ajuda, porque não nos sentíamos bem a fazê-lo. Houve outros que nós pedimos apoios e dentro das suas disponibilidades, eles nos ajudaram. Temos aqui a sede, com o bilhar, os matraquilhos e o café, o dinheiro depois reverte para o clube. No entanto com a pandemia, estivemos fechados e o pouco dinheiro que fazíamos aqui por mês, que rondava os 40 euros, não entrou. Quanto aos associados quando saiu a noticia que íamos fechar, informamos a situação. Sei que no meio disto perdemos alguns sócios, porque já estavam enraizados a vir aqui e depois quando tudo fechou, deixaram de vir e agora, já não vem. Felizmente é uma minoria. Perante a situação de que os atletas não podiam treinar, nós cedemos uns três ou quatro rolos de bicicletas aos nossos associados e durante 15 dias ou um mês, esses rolos passavam por vários colegas para eles conseguirem treinar. Isto porque nós temos atletas que treinam todos os dias. Foi a única coisa que conseguimos ceder, porque não tínhamos outros meios. Entretanto, eles já retomaram os treinos ao ar livre.

Apesar de tudo o que aconteceu, este ano é especial para vocês, porque comemoram os 25 anos. Nestes anos que passaram, realizando uma retrospectiva, qual foi para si o melhor?

Esta é uma casa de alegria e descontração. As pessoas vêm para aqui, para sentir paz, porque andar de bicicleta é uma sensação livre e espectacular. Neste momento, a data que mais me marcou, foi agora a comemoração dos 25 anos. Porque sou sincero, quando nós fundamos o clube, nunca imaginei que íamos chegar a onde chegamos e ter um espólio que, se calhar, poucas ou quase nenhumas têm. Isto tudo graças aos sócios, porque todos os que estão aqui não recebem um cêntimo pelo contrário, temos as nossas despesas e não recebemos meramente nada. Para além disso, foi atingir os 25 anos, com uma sede só nossa, onde podemos debater ideias sobre a coletividade e sobre o ciclismo em si. Mas entre 2000 e 2010, foi uma década em que tivemos muitas pessoas, inclusivamente pessoas de fora do concelho de Gondomar e do Distrito do Porto, Nessa altura, tínhamos quase 300 sócios e havia mais jovens.

É difícil trazer a faixa etária mais jovem?

Já estava a ser difícil há três\quatro anos atrás, com a situação do covid-19 não ajudou. Mas é muito difícil trazê-los, porque agora, preferem estar em casa e ocupar o tempo livre com outras coisas. E quando querem praticar desporto, não é ciclismo. Isto também porque, a midiatização é mais direcionada para o futebol.

Quanto ao futuro o que espera?

Relativamente ao futuro, vejo-o de forma apreensiva, porque só está aqui quem gosta. Pode parecer que não, mas isto, dá muito trabalho e criticar é fácil para quem está do outro lado, mas para quem está neste lado, que tenta fazer o seu melhor, às vezes custa ouvir certas coisas. Tenho a perspetiva de que, nos próximos 25 anos, se não crescer mais do que já está, também que não morra. Quando o meu mandato terminar, que está para breve, iremos novamente a eleições e vou ser sincero, não queria voltar a concorrer, queria deixar o lugar aberto a outras pessoas. Mas o que pode acontecer e foi o que já aconteceu, é que ninguém quer se voluntariar. Mas é como digo, estou aqui por amor e quero que isto cresça, mas se não for para melhorar, que ao menos se aguente conforme está. ■

AUTÁRQUICAS 2021

Junta de Freguesia de Rio Tinto

Na corrida pela Junta de Rio Tinto, foram apresentados seis candidatos, que passaremos a apresentá-los. O primeiro a apresentar-se na corrida é Francisco Moura, representante da coligação PSD\CDS. A levantar a bandeira pela CDU, o nome escolhido é Fátima Pinto. A estrear a corrida temos duas forças políticas que, pela primeira vez, assumem um lugar na disputa a esta Junta- Iniciativa Liberal e CHEGA. No que concerne à Iniciativa Liberal, o nome apresentado é Luís Nascimento. E, a representar o partido CHEGA, o nome escolhido é Edison Pinheiro. Quanto ao Partido Socialista, o nome que será apresentado no Boletim de Votos é, novamente, Nuno Fonseca, o atual Presidente da Junta de Freguesia. Por fi m, temos o Bloco de Esquerda (BE) que escolheu João Silva para encabeçar a lista do partido.

> Francisco Moura - PSD\CDS

Não foi à primeira tentativa, mas foi à segunda que o Partido conseguiu que o candidato aceitasse a proposta. É a primeira vez que, Francisco abraça um desafi o destes, embora já tenha feito parte de alguns organismos internos do partido e, neste momento, ainda é membro do conselho de jurisdição distrital do PSD. Natural da Freguesia de Paranhos, vive desde que nasceu -há 54 anos- em Rio Tinto. Profi ssionalmente, em paralelo à sua vida política, é Jurista, no entanto, deixou a advocacia de lado, porque decidiu dedicar-se à área da Formação, neste momento é Jurista\Formador na área Jurídica. Quanto à Freguesia onde apresentou a sua candidatura, Francisco Moura, aponta alguns pontos que estão a falhar e que requerem mais atenção, pontos esses que abrangem a área social, cultural e económica. A nível social começa por referir que, a pandemia, trouxe à tona a necessidade de ajudar mais as pessoas menos preparadas para enfrentar “Certos desafi os negativos”, pessoas como os idosos. O candidato faz questão de deixar claro que o que mais o preocupa é o pós-pandemia: “Eu estou convencido que nós ainda não vimos tudo. Acredito que vamos passar difi culdades muito superiores às que estamos a viver agora. E isso, é o que mais me assusta a nível da sociedade e, em especial, dos riotintenses”. É nessa linha de raciocínio que, Francisco explica que, os idosos necessitam de uma atenção mais redobrada e perante a situação atual e o futuro que se avizinha, o candidato monstra a sua preocupação com os jovens e deixa uma questão: “Vejo também, o futuro dos jovens mais comprometedor, não é por acaso que escolhi fazer a entrevista aqui perto da casa da juventude. Porque quando venho aqui, a qualquer hora do dia, ela não está aberta. Eu não sei como é que Rio Tinto, com cerca de 51 mil habitantes, não tem um programa de Juventude? Porque de momento não tem. E, isso é um dos factores que me deixa preocupado”. No que concerne à economia, o candidato sublinha o seguinte: “É preciso deixar de acreditar que Rio Tinto serve apenas para dormir. É preciso olhar para o comércio local de Rio Tinto. É preciso olhar para as pessoas, porque se não houver comércio, não há pessoas e, na freguesia, há muitas famílias que vivem desse comércio que, neste momento, não estão a ser apoiadas”. Respetivamente à área da cultura, revela que há valores culturais que a Freguesia está a perder e, uma das principais vontades do candidato é “Elevar esses valores”. Na questão ambiental, Francisco deixa uma nota sobre os rios: “É preocupante os problemas que estamos a sofrer com as ETARES. Ainda há pouco tempo vimos o rio poluído, por causa de uma descarga. Nós coligação, tivemos uma reunião com o Movimento pelo Rio Tinto e, eles, manifestaram-nos preocupações muito fortes, relativamente ao rio em que, eu subscrevo uma grande parte delas. O ambiente preocupa-me porque é o bem estar das pessoas”. Quanto às bandeira que leva nesta luta, Francisco refere que a primeira diz respeito à comunicação. Para o candidato é primordial que as pessoas saibam quando é que decorre das Assembleias de Freguesia: “Eu quero que as pessoas participem ativamente na sua Terra, porque são elas as donas da Terra, não é o Presidente. E, nisso eu queria contribuir no futuro, para a comunicação da freguesia. Porque é necessário transmitir às pessoas quando é que nós vamos discutir ideias, quando é que nós vamos coloca-las em cima da mesa e inverter aquilo que está a ser feito atualmente. Porque hoje, apenas é transmito aquilo que foi decidido e o que eu quero é que as pessoas participem”. Outro ponto que menciona é a vontade de “Abrir as Portas” da Junta de Freguesia, apesar de dizer de forma metafórica, explica que o objetivo é que as pessoas se sintam livres de entrar dentro da Junta: “Eu não quero que as pessoas marquem uma audiência com o Presidente. Eu quero que as pessoas vão à freguesia para falar com o Presidente. O que hoje observamos é as pessoas a dirigirem-se à freguesia para reclamar por direitos ou até reclamar situações que estão mal e, não se sentem ouvidas nessa matéria”. Outro ponto é o Associativismo, dado que para o candidato, esta é uma forma mais prática de estar próximo das pessoas. “Se juntar-me ao associativismo, consigo estar mais próximo da população e, então um dos objetivos que tenho, é participar de forma ativa e presencial em cada momento dessas associações. Porque é a forma que tenho de sentir o pulso das pessoas e sentir que as pessoas estão necessitadas de determinadas coisas ou de certos objetivos”. Para o candidato, a palavra que vai simbolizar a sua campanha é Proximidade: “Eu quero que a Junta seja vista como um órgão que está ali para servir as pessoas e, acima de tudo, para ajudá-las a chegar aos objetivos ou a encaminhá-las”. Para o candidato, com a proximidade, ouvimos as pessoas e as necessidades delas: “É isto que facilita a vida de um Presidente. Nós percebemos que, não é preciso ter ideias para governar a Junta, as pessoas é que as dão. Porque precisamos acima de tudo ouvir a população. Mas é ouvir e fazer”. Aproveitou ainda o momento da entrevista para deixar assente que a sua intenção não é discutir o passado: “Eu não vou discutir o passado, porque todos nós temos um passado e o Presidente atual tem o seu passado e provavelmente argumentos com ele. Eu não tenho os mesmos argumentos, porque não tenho passado e o que é que tenho? Tenho o futuro. E, então, tenho que ter essa oportunidade de mostrar, para que daqui a quatro anos possa dizer que, já tive um passado e que posso mostrá-lo também. Não estamos cá para discutir o passado, estamos cá para discutir o futuro”. Francisco Moura deixa claro que é a sua intenção, caso não ganhe as eleições, assumir o cargo na Assembleia. E quanto à corrida sente-se confi ante, isto porque sente “A vontade das pessoas em mudar”. No entanto, para o representante da coligação, um bom resultado passa por estar bem consigo mesmo e com a sua consciência: “É dizer que consegui o meu objetivo e que consigo dormir bem, para mim um bom resultado é no dia 27 de setembro, acordar bem disposto”.

> João Silva - BE

A representar o Bloco de Esquerda, o nome escolhido para a corrida é João Silva. Desde 2007 que é Delegado Sindical da EURESTE, empresa responsável pela distribuição dos almoços às escolas primárias da Câmara Municipal do Porto. Desde então construiu o seu percurso e, hoje é dirigente do sindicato dos trabalhadores de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e similares do Norte. Neste momento, por indicação do partido, está no conselho nacional da CGTP- Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses. A sua ligação com esta força política começou em 2006, quando se tornou militante do BE, no entanto, foi em 2015, que adotou uma posição mais ativa dentro do partido e foi quando, decidiu juntar-se à concelhia, embora já fosse militante. Sobre o assunto explica que o partido viu na sua personalidade a capacidade em lidar com o mundo do trabalho, bem como a sua capacidade de militância, na sua perspetiva, “Não me importo de fazer as coisas, porque acredito que alguém que tenha esta disponibilidade são as pessoas que, realmente, podem transformar. Porque falar muito no Facebook dos problemas é importante, mas acho que, se estivermos no terreno, ainda mais importante é. Por isso, quando recebi a proposta por parte do partido, disse logo que estava disponível. Sou riotintense há 46 anos. As minhas primeiras escolas foram a do Monte da Burra e a Escola Preparatória. Depois já na secundária é que fui para o Porto. Mas aceitei este convite porque tenho o conhecimento que Rio Tinto precisa que as políticas mudem e, elas só vão mudar se o BE, tiver votos para a Assembleias de Freguesia. As políticas que são aplicadas pelos partidos que têm, ao longo destes últimos anos, dominado, não só o poder central, mas também o poder local -PS, PSD e CDS- podem dizer muita coisa bonita, mas as políticas que eles aplicam são completamente desajustadas daquilo que, realmente a população precisa”. O candidato começa por apresentar algumas falhas e bandeiras do partido para a Freguesia. A primeira apresentada corresponde às Acessibilidades. Sobre o tema explica o seguinte: “Quanto falo em Acessibilidade, quero falar em pessoas que tenham difi culdades em aceder a certo tipo de serviços. Em Rio Tinto, há dados que indicam que a freguesia tem um número considerável de pessoas surdas. Estas pessoas se forem a qualquer tipo de loja, de apoio social, ou de informação, entre outras, não têm lá nenhum intérprete de língua gestual que as possam ajudar. Acho que são coisas básicas que são necessárias. Podia ser criado um grupo ou bolsas de emprego, na Junta de Freguesia, para dar emprego a intérpretes de língua gestual para estes fi ns ou até para irem às escolas, porque nas escolas há necessidades. Penso que, no concelho, tudo o que é crianças com necessidades educativas, que dizem respeito à surdez, vão todos para o Porto e, como é obvio, por muito que dê mais trabalho, os pais não vão colocar os fi lhos numa escola em Rio Tinto, porque preferem que o fi lho estude numa escola que tenho os meios necessários para este evoluir de forma igual, ou semelhante aos outros”. Outro ponto apresentado pelo candidato foca-se ruas: “As ruas e as passadeiras, se passarmos agora, em alturas de eleições estão todas a ser pintadas. No meu entender não é o sufi ciente, nós vamos propor a redução da velocidade para 30 km\h em todo as ruas onde haja densidade populacional. Eu digo isto porque, eu gosto muito de ver documentários e vi uma entrevista de um autarca de Pontevedra, que adotou esta medida de limitação de velocidade nas ruas, para torná-las mistas, ou seja, para as pessoas e para os carros, para esse autarca, o que lhe dava mais prazer era estar a trabalhar no Paços do Concelho e ouvir da janela as crianças a jogar à bola na rua. Há 14 anos que não há mortes por atropelamento em passadeiras nessa localidade. Tem que ser feito um caminho, porque para as outras coisas, a Junta de freguesia também tem feito alguma coisa. Não da forma como nós achávamos que fosse a correta, mas o que é certo é que têm feito”. O candidato menciona ainda a Limpeza Urbana. Na perspectiva do candidato deveria de haver um plano básico de limpeza: “Nós achamos que deveria haver um plano básico de limpeza. Se o há, nós duvidamos. Nós passamos em zonas mais centrais de Rio Tinto, onde deveria de haver uma intervenção mais diária, e não existe”. Ainda sobre o ambiente, João demonstra a sua preocupação quando ao lixo electrónico: “As pessoas não fazem ideia que o lixo electrónico, é o mais produzido diariamente. Em Portugal, existe uma ou outra empresa dedicada a isso, mas a maior parte não o faz. O que acontece é que este lixo, depois, vai para países de submundo, para lhes serem retirado não só os componentes que ainda lhes poderão dar uso. Achamos que o lixo electrónico pode ser outra área que poderíamos evoluir aqui em Rio Tinto, não só criar um departamento, mas também, poder depois canalizar para essas empresas especializadas”. Para o candidato, um bom resultado seria retirar a maioria absoluta ao PS, isto porque: “Conforme já disse, nós até podemos ter dois ou três deputados, mas se o PS continuar com a maioria absoluta, pouco vai interferir na execução dos orçamentos da Junta, porque eles continuam a ter o poder de aprovar e desaprovar o que a eles interessa. Da minha parte espero eleger pelo menos um deputado que é o que já temos, tudo o que vier acima é bom. Quanto ao resultado das eleições, João mostra-se otimista: "Acho que tenho essa capacidade, essa força, essa vontade para lutar por um Rio Tinto melhor e para todos, um Rio Tinto comum”.

AUTÁRQUICAS 2021

> Luís Nascimento - Iniciativa Liberal

A estrear a corrida eleitoral, a Iniciativa Liberal (IL) apresentou como cabeça de lista à Junta de Rio Tinto, Luís Nascimento. Natural da Freguesia, é mais conhecido na zona como o neto do Sr. Diamantino. É membro fundador do partido a nível nacional e faz parte da Comissão Executiva da Iniciativa Liberal. Tem 38 anos e foi aos 35 que começou a criar interesse pela política, tendo como base os ideais liberais, daí ter-se fi liado na Iniciativa Liberal. O pedido para encabeçar a lista partiu do atual candidato à Câmara, Rafael Corte Real e de João Figueiredo, Coordenador de Gondomar. Profi ssionalmente é Diretor Executivo de uma empresa tecnológica. Apesar de, atualmente, viver no Porto, Luis Nascimento deixa assente o quão forte é a sua ligação com a Freguesia e até revela que, antes da pandemia, tinha junto à Escola Secundária de Rio Tinto, um centro de Artes Marciais, para além de que sempre que necessita recorre aos recursos da Freguesia que o o viu crescer. Quanto a Rio Tinto, o candidato aponta as principais falhas da Freguesia. A primeira mencionada é a dignidade. “Dignidade, pode ser limpeza, arrumação, pode ser um pouco de trato especial pelo espaço que nós temos. Eu conheço todas as ruas desta Freguesia, sei que, o que vou dizer, pode fazer com que algumas pessoas levem-me a mal, mas a cidade é um pouco feia, porque foi construída de uma forma caótica. A IL espera vir a trazer alguma dignidade à cidade. “Sinto que falta os pequenos cuidados. Com isto quero dizer que falta cuidado com as pequenas construções que se fazem, com os contentores que fi cam no caminho das passadeiras, são esses pequenos pormenores, que me incomodam e, são coisas que, como Presidente de Junta, tem que ser tratados no dia, mesmo que seja da empresa de tratamento de resíduos. Na minha opinião e das pessoas com que eu falo, as pessoas não se sentem necessariamente bem porque, alguns espaços parecem quase uma lixeira a céu aberto”. Nesta linha de dignidade, Luís dá o exemplo da cidade do Porto: “Eu sigo muito a cidade do Porto e o Rui Moreira parece que tem esse cuidado e o Porto com o Rui Moreira, que tem algumas ligações com a Iniciativa Liberal, porque até vai apoiar a candidatura, está sempre a ser limpa, não há lixo, não há nada, pode haver um foco ou outro, mas sentimo-nos bem”. O segundo ponto referido pelo candidato corresponde à História da Freguesia, à sua Identidade: “Perdeu-se tudo aqui. Foi-se construindo e nem se manteve algumas das peças de identidade arquitectónica que aqui tínhamos”, é com esse pensamento que Luís defende o seguinte: “Algumas casas deveriam ter alguns apoios para recuperação, não digo apoios da Junta, mas procurar apoios à recuperação histórica. Seja as casas, seja as pequenas fontes que estão ali escondidas ou, por exemplo, aqueles tanques de lavar. Há um acervo fotográfi co que encontrei, onde há muitos pontos na Freguesia, por recuperar. Rio Tinto é mais velho que Portugal. Quem é que entra em Rio Tinto e sente que isto é uma cidade histórica? Eu não vejo nada, mas sei que há aqui pontos em que, se déssemos um pouco mais de brilho, iríamos aumentar a nossa identidade e com isso dávamos mais valor à cidade. A terceira falha apresentada diz respeito à Simplifi cação. Sobre o assunto, Luís assume que de facto, tem sido realizado algum trabalho a nível da digitalização e da modernização principalmente no site, no entanto para o representante da IL, ainda não é o sufi ciente: “Aliás, estes temas de falta de comunicação, de falta de acesso à informação, de ausência de conhecimento, mostra que, ter só o site, não chega, é preciso melhorar a utilização dele, é preciso divulgá-lo, é preciso criar conteúdos relevantes, para que as pessoas o consultem e, eu tenho ido lá frequentemente e, por vezes procuro relatório de contas e, encontro o de 2018, relatório de atividades e aparece de 2013. Não há nada recente. Para além de informação relevante, sei que tem o Gabinete do Utente e o nosso processo passa por potenciar isso ainda mais, simplifi cando a vida aos cidadãos, porque falha muita coisa, embora considere que já foi feito muito trabalho, não estou a querer dizer mal”. O objetivo de Luís com a sua candidatura é de criar um grupo coeso na freguesia, que faça frente às restantes forças políticas e sobre o resultado que espera do dia 26 de setembro, o candidato revela o seguinte: “Temos que fazer frente, isto não é uma questão de convicção, nós temos que fazer frente, não há hipótese e, até acrescento uma coisa, o que estou aqui a fazer, não é só por causa destas eleições. Não é. A minha candidatura é a pensar a longo prazo, é para criar uma base, um grupo de pessoas. Porque, ao fazermos esta candidatura, estamos a juntar um grupo de pessoas e esse grupo vai ser muito importante, não é só para esta luta, é para esta batalha, é para o futuro, para daqui a quatro anos. Este socialismo vai ter que dar a volta em todo o país e Rio Tinto é mais uma semente. É uma semente que é importante para o Distrito do Porto e para criar aqui uma comunidade e juntar os liberais que estão aqui dispersos. Depois de ser Liberal, não há volta a dar. Não há nenhum Liberal que se torne socialista, mas há muitos socialistas que tornam-se liberais. Normalmente, associamos os liberais aos "betinhos", eu sou de Rio Tinto, sou da Terra dos "Gunas". Eu não quero que as pessoas pensem que os Liberais são "betinhos" que vivem num berço de ouro. Eu gostava mesmo era que a minha candidatura contribui-se para a eleição de um Vereador. Para isso acontecer implicaria ter quase 2000 a 2500 votos, o que é quase impossível, mas diria que um bom resultado seria ter uma boa presença e conseguir atingir 1000\1500, se calhar até 2000 votos. O meu sonho era criar aqui uma boa base, se calhar até de 40 membros efetivos ativos que não existe e ter uma massa de eleitorado que contribua para o circulo do Porto. Espero que, as pessoas não votem nos habituais por conformismo, nomeadamente no PS, especifi camente aqui, espero que os eleitores estejam convictos do seu voto. Se vamos mudar é para mudar e mudar não é com extremismo, é connosco. Espero que as pessoas façam isso e que se juntem a nós”. Caso não seja eleito, Luís Nascimento revela que assume o cargo na Assembleia, “Nem que seja para fazer barulho. Porque fi co sempre curioso que a informação não venha toda a público e para mim, a informação deve ser pública e transparente. Seja eu, seja os meus parceiros, vamos fazer barulho para a Assembleia, vamos chatear quem lá estiver e reivindicar coisas”.

> Edison Pinheiro- CHEGA

A estrear o Boletim de Voto Gondomarense, temos na corrida à Junta de Rio Tinto, Edison Pinheiro a representar o partido CHEGA. A proposta para encabeçar a lista do partido, surgiu por parte, do Presidente da Concelhia de Gondomar, João Freire. “Politicamente nunca tive qualquer contacto com nenhum partido, embora sempre me tenha identifi cado como uma pessoa de direita. No entanto, sempre achei que os partidos mais representados na direita, neste caso o CDS e o PSD, eram mais do mesmo, nunca enveredei por aí. Recentemente, surgiu a hipótese de ingressar no CHEGA”, posto isto, Edison revela-nos que a sua trajetória com o partido iniciou há 6\7 meses quando se tornou militante. Ainda sobre a proposta, o candidato disse que necessitou de refl etir sobre o assunto, dado que “O partido é ainda visto de lado por uma parte da sociedade”, sobre o assunto, Edison acrescenta o seguinte: “Apesar de agora, já não termos lá ninguém racista ou xenófobo, nem nada que se pareça, não vou dizer que já não o tivemos, mas a Comissão de Ética do Partido fez um trabalho excelente a expulsar essas pessoas. No entanto, há sempre algum receio que possa vir a ter algum tipo de perseguição a nível profi ssional. Aconteceu-nos com um candidato que tivemos que trocar, dado que foi ameaçado de despedimento quando o patrão soube que ele era candidato do CHEGA. Eu não tenho medo. Penso que algumas pessoas têm uma ideia errada do partido, porque grande parte da comunicação social, quando há alguém a falar contra os poderes instalados, as palavras, Extrema-Direita e Populismo. O André Ventura tem a sua maneira de falar e pode às vezes ser mais, ou menos, agressivo, mas o que é certo é que politicamente, no parlamento, é das poucas pessoas que tem coragem para dizer o que tem de ser dito”. O candidato critica o facto de, quem está no poder são sempre os do PS e do PSD e diz o seguinte sobre os rivais do CHEGA, os políticos “Pensam que os seus cidadãos são autênticos "burros" e, eu digo isto porquê? Porque se uma pessoa tiver um buraco na porta de casa, passam três anos e meio e ninguém quer saber, pode queixar-se a quem quiser, ninguém vai lá tapar o buraco, quando começa as eleições autárquicas é que começam a fazer as obras à pressa”. Outro ponto criticado foi o Parque Urbano de Rio Tinto: “Nós estamos aqui num local que é muito publicitado pelos nossos adversários políticos. O Nuno Fonseca e o Marco Martins. Eles estão sempre a tirar fotos, mas tiram só de um lado, porque isto está uma vergonha. Nós estamos aqui a ter esta entrevista no meio do Parque Urbano, onde podemos ver que o mesmo está carregado de silvas e se algum miúdo cai fi ca todo picado. As vias principais da nossa Freguesia são todas muito bonitas, mas se nós nos afastarmos 50 metros em linha reta, a realidade vem ao de cima, ruas com buracos, casas a cair aos pedaços, tampas fora do sitio e, já sabemos que até às eleições, algumas dessas obras serão corrigidas, mas depois se o buraco voltar a abrir, só daqui a quatro anos é que voltam a recuperar”. O candidato explica que sempre teve uma ligação forte ao desporto, principalmente na freguesia que o viu crescer e critica o seguinte: “Por ser uma pessoa muito ligada ao desporto, dói-me na alma que uma cidade que é das mais habitadas e de maior dimensão em Portugal, não ter um clube que possa, realmente, ter formação para os nossos jovens ao mais alto nível. Não temos. Nem o clube do concelho, que já teve, mas por causa de casos de corrupção foi parar aos distritais, como muitos se lembraram. Isso dói-me. E acho que Rio Tinto tem potencial para ser muito mais do que apenas um dormitório”. Quanto ao programa eleitoral, revela que ainda está à espera da aprovação do partido. No entanto, levanta um pouco a cortina e adianta alguns pontos do seu plano. O primeiro ponto diz respeito à Fiscalização das empresas que poluem diariamente o rio. “No outro dia, o Presidente da Junta, pelo qual tenho muito respeito, fez uma publicação com o rio todo poluído e diz que não é possível fi scalizar. Mas não estamos a falar de um rio com 1000 quilómetros, estamos a falar de um rio com 50\60 quilómetros e os riotintenses sabem muito bem quais são as empresas que poluem o rio, eu não posso dizer quais são, por riscos legais, mas quem tem o dever de investigar sabe muito bem quem são os responsáveis. O segundo ponto é o seguinte: “Deixar de olhar tanto para as vias principais da cidade e preocupar-me com as pessoas que vivem na periferia da cidade. Eu dou o exemplo da zona do Caneiro, que tem uma zona industrial, relativamente grande e está completamente ao abandono. Tem ruas em paralelo de 1960, está cheia de buracos, não tem acesso e tem uma linha de comboio que passa no fi m dessa rua a alta velocidade, sem nenhum tipo de proteção. Existe uma passagem de nível que parece que estamos no tempo da União Soviética. As empresas, naquela zona, estão a fechar, porque não há acessos, os camiões não conseguem entrar ali” . O terceiro ponto que considera mais importante é o apoio às coletividades da Freguesia: “Nós tivemos acesso a alguns documentos da Câmara que mostram os valores pagos ou os fundos de apoio que a Autarquia dá a todas as Associações do concelho e reparamos que há Associações históricas, aqui em Rio Tinto, como o Dramático, que recebe meia dúzia de trocos por ano, quando tem um teatro lá dentro que poderia ser mais aproveitado e não o faz porque, simplesmente, está a cair aos pedaços”. Quanto ao dia do veredicto fi nal, Edison explica o seguinte: “Sinto-me confi ante se não, não tinha aceito este convite. Sabemos que é muito difícil, porque a freguesia de Rio Tinto, foi onde o PS teve o melhor resultado eleitoral de todo o concelho. No entanto, também sentimos que os riotintenses são pessoas que estão muito ligadas à política e que gostam de sair de casa para ir votar. Acredito que, há muitas pessoas que querem uma mudança, porque estão fartos de ter sempre os mesmos no poder e acredito que no dia 26 vão sair de casa para tentar fazer parte da mudança. Nós sabemos que ganhar a Junta é muito difícil, mas um bom resultado seria elegermos deputados para a Assembleia de Freguesia e conseguir retirar a maioria que a esquerda tem em Rio Tinto. E se conseguirmos eleger, assumirei o cargo na Assembleia”.

AUTÁRQUICAS 2021

>PS- Nuno Fonseca

A representar o Partido Socialista na corrida temos, Nuno Fonseca, atualmente, Presidente da Junta de Freguesia: “Esta recandidatura surge porque é um seguimento de um projeto. O projeto ainda não está concluído. Nós podemos fazer três mandatos e pensamos sempre numa lógica para esses três mandatos. Ao realizar uma retrospectiva dos anos que passaram, o atual autarca explica que: “Não há nada que nós possamos dizer que não foi feito, porque há muita coisa que foi feita que não constava nos nossos compromissos. Neste momento, não há aqui compromissos eleitorais que eu possa assumir que me vão fazer ganhar a Junta, porque estou, principalmente, a ser avaliado pelo meu trabalho. Por isso mesmo é que isto é um trabalho de continuidade.” Ainda sobre as funções que tem vindo a desempenhar acrescenta que: “Quando estamos numa Autarquia, temos dois tipos de atividades completamente diferentes. Uma é a gestão diária da freguesia, é um trabalho de continuidade. É um trabalho que qualquer pessoa que esteja no meu lugar vai ter que o fazer, porque é um trabalho diário, é um trabalho de cuidar da freguesia. Poderemos fazê-lo com melhor qualidade ou pior, poderemos melhorar os procedimentos, que foi aquilo que nós nos últimos anos, nos dedicamos - a nível de qualidade, de melhoria de procedimentos, maquinaria, formação dos trabalhadores, redução dos consumos (água, resíduo, entrada desses resíduos numa economia circular) por isso é que, somos também uma Eco-Freguesia. Portanto há aqui um trabalho de qualidade que é feito neste primeiro grande bloco que é o de gerir o dia a dia da freguesia e, acho que só isso, é a nossa principal tarefa de estarmos aqui. É nessa linha de pensar no futuro que, Nuno Fonseca, adianta que é importante continuar a apostar na História e Identidade da Freguesia: “Há aqui duas áreas diferentes que considero fundamentais. A primeira é que nós para termos identidade, para deixarmos de ter aquela etiqueta de dormitório, temos que dar a conhecer e ter um registo muito forte daquilo que é o nosso património comum e fazer algo que, efetivamente, nos distingua. Nos últimos 50 anos, tivemos muitas pessoas que vieram de fora para viver na nossa freguesia e, precisamos de criar identidade e História. Logo, temos que apostar claramente nestas questões. Falta-nos trabalhar essas áreas, com a criação de um museu ou um museu virtual, ou um centro de documentação, ou identificação do património arquitectónico, ou de algum património natural. Trabalhar isto quer a nível local, quer a nível de produção de materiais, livros, redes sociais, que também é muito importante, deixar-me-ia muito satisfeito se nós conseguíssemos esse trabalho todo realizado daqui por quatro anos, nem que fosse pelo virtual, através do site, para que as pessoas pudessem valorizar a história”. Outra área que o edil reconhece que necessita de ter investimento é a cultura: “Uma outra área que nós precisamos de investir e que vai ser uma das marcas que vamos apostar muito no próximo mandato é, efetivamente, a área cultural. Acho que Rio Tinto precisa de mais atividades culturais e quando digo atividade cultural, não é só em quantidade, mas sobretudo em qualidade. Voltamos novamente ao tamanho de Rio Tinto, eu acho que nós precisamos de desenvolver um evento ligado ao nome da Freguesia, mas um evento nacional, um evento que nos distinga. E, é nisso que vamos apostar no próximo mandato”. Neste mandato, a pandemia deixou uma marca no meu percurso politico: “Ninguém estava preparado e quando dizemos que ninguém estava preparado, não era preparado a nível financeiro, não é essa a questão. O março de 2020, para quem tinha responsabilidades autárquicas, como eu, foi um mês extremamente difícil, porque nós, simplesmente não sabíamos o que é que havíamos de fazer. Tínhamos que pensar ao dia, como resolver algumas coisas. As autarquias locais reinventaram-se e estiveram sempre, e é das verdades mais absolutas que eu posso dizer, ao lado dos cidadãos em tudo. Os primeiros equipamentos de proteção foi a Junta que os comprou a preços brutais para oferecer à policia, ao Centro de Saúde, para os funcionários da Junta poderem trabalhar, para oferecer ao Centro de Dia. Oferecemos na altura viseiras para alguns serviços no Hospital São João. O banco de emergência alimentar de Rio Tinto, no mês de abril de 2020, teve um valor igual a da média que nós tínhamos nos últimos sete anos. Tivemos que arranjar fornecimento de carne, peixes, frutas, entre outras coisas. Acho que a Junta, sinceramente, foi a resposta. Nem só nessa altura da pandemia, basta ver aquilo que aconteceu com a Vacinação e com aquela campanha que nós fi zemos em andar a bater à porta dos idosos para saber os números de telemóvel por causa da vacinação. Mas esta ideia de perceber que iria haver uma grande quantidade de pessoas que não iria ter contacto, ou que não iria receber a chamada, obviamente que esta ideia só parte de uma autarquia. Acho que quem está a pensar num patamar superior, num ministério, numa direção geral, obviamente que nunca se iria lembrar deste problema. Mas isto é apenas porquê? Porque estamos próximos, porque a Autarquia está próxima e porque se reinventa”. O candidato revela que não faz questão de deixar nenhuma “Marca Nuno Fonseca” e sublinha que, apenas quer ser feliz na Junta de Rio Tinto, enquanto estiver na mesma. Sobre o assunto acrescenta ainda o seguinte: “Quando for embora, quem vier a seguir, que faça o seu caminho. O que é que eu quero deixar? Quero deixar projetos, extremamente solidificados com pilares fortes, que sejam importantes para a freguesia e que depois não possam ser meramente destruídos ou anulados, mas que possam ser melhorados. Posso dar o exemplo da Universidade Sénior, é difícil alguém que venha depois de nós, conseguir destruir uma Universidade com 400 alunos, se ela tivesse trinta ou quarenta, era fácil, agora com 400 é difícil. Por exemplo o logotipo de Rio Tinto, a colagem tão forte que nós fizemos à imagem da lenda e à questão das comemorações da lenda, a questão de colocarmos o logotipo em vários sítios e as pessoas, hoje, identificarem como o símbolo de Rio Tinto, tem aqui uns alicerces, suficientemente fortes, para chegar aqui alguém e fazer uma inversão de 180º graus e ir no sentido errado. Da mesma forma que acho que em 2021, não posso estar a fazer as mesmas coisas que outros, no passado, fizeram muito bem em 2010 ou em 2001, e também não vou querer que em 2030, alguém faça as coisas que eu estou a fazer em 2021. Agora, marca Nuno Fonseca? Não. Acho que a marca Nuno Fonseca é as pessoas reconhecerem-me a mim, como o Presidente da Junta da minha Terra, um cidadão de Rio Tinto como os outros, porque é a Terra da minha Família, dos meus amigos, a Terra das pessoas que eu conheço. E o facto das pessoas passarem por mim na rua e dizerem, olha ele foi Presidente de Junta, foi uma pessoa que ajudou a desenvolver Rio Tinto, que ajudou a lutar pela sua Terra, é apenas isso que eu espero, não espero marcas ou símbolos”. Ponderando todos os cenários possíveis das autarquias, o atual Presidente Nuno Fonseca diz o seguinte: “Em caso de derrota assumo o lugar na oposição. Só se houver algum motivo extraordinário é que não. Se ganhar estarei cá para exercer o meu cargo, se não ganhar, estarei cá para exercer o cargo que para o qual fui eleito. Já ganhei muitas eleições, mas também já perdi muitas.

> Coligação CDU: Fátima Pinto

A vestir a camisola da coligação da CDU, o nome apresentado é Fátima Pinto. A candidata já não é novata à corrida à Junta de Rio Tinto, visto que, há quatro anos integrava a lista apresentada. No entanto, apesar da derrota, Fátima fez questão de marcar presença nas atividades do partido, bem como nas Assembleias de Freguesia: “Participei em todas, algumas vezes como suplente”. Para além do seu papel ativo com o partido na Freguesia, a candidata ainda integra a Comissão de Freguesia da CDU de Rio Tinto. Há 20 anos que escolheu Rio Tinto para criar raízes, para criar a sua família. A candidata para além de ter uma vida ativa na política, durante estes anos, também teve um papel ativo no Movimento Associativo, com a participação nas Associações de Pais. Durante todo este tempo em que habita na freguesia, a candidata aponta algumas falhas da mesma. A primeira apresentada diz respeito ao Património: “Cada vez mais perdemos património. Deixamos de fazer coisas aqui na Freguesia, que acabam por ser substituídas por estas superfícies comerciais e é algo que, quando cheguei a Rio Tinto, há mais de 20 anos, acontecia. Em pouco tempo, perdeu-se muito património aqui”. Outro ponto levantado é o Ambiente, mais propriamente a Higiene Urbana. A candidata defende que a situação, a cada dia que passa, tem vindo a piorar. “A nossa freguesia está suja, tem mesmo que haver uma alteração, ou seja, mais uma vez, a Junta precisa de fazer pressão sobre a Câmara, por causa da Rede Ambiente”. Na perspetiva da candidata , outro ponto que está a falhar são as Acessibilidades. Para além dos três tópicos, Fátima mostra a sua preocupação com a zona da Areosa, por causa das Alterações de Trânsito que foram realizadas: “Estivemos na Areosa, porque recebemos muitas reclamações dos comerciantes e moradores que não concordam com as alterações realizadas. Por um lado, os comerciantes reclamam que perderam muito negócio, com a alteração do trânsito para a outra rua e temos moradores que, realmente estão descontentes porque a quantidade de autocarros a passar é muito incomodativo. Os comerciantes acham e foi-lhes dito que, isto seria uma experiência de três meses, que nós supomos que é até setembro, ou seja, até às eleições. É o que nós achamos e depois das eleições os comerciantes têm receio que aquilo continue assim no mês de setembro, porque é quando começa as escolas. Nós apresentamos algumas propostas, houve comerciantes que fi zeram algumas reuniões no sentido de ouvirem, mas não aconteceu com todos e realmente gostávamos que, as propostas que foram apresentadas, tivessem sido validadas e estudadas de outra forma o que não aconteceu, porque lá está, a maioria é PS”. Na perspetiva de Fátima, é necessário que a Junta de Freguesia de Rio Tinto tenha uma voz mais ativa na Câmara, segundo palavras da mesma “Há aspetos que são necessários serem alterados na freguesia que não são competência da Junta, mas sim da Câmara, no entanto consideramos que a Junta falha nessa voz ativa perante a Câmara”. “A CDU têm voz, a CDU têm trabalho, a CDU têm provas dadas quer junto dos riotintenses, quer na Assembleia de Freguesia, em que realmente trabalha e mostra as preocupações com a Freguesia. Até posso ir mais longe e dizer que somos a única força política que realmente levamos trabalho”, aponta a candidata. Quanto à corrida eleitoral, a candidata revela o seguinte: “Sinto-me confi ante. Sinto muita confi ança na equipa com que nós estamos, porque é uma equipa jovem, renovada e com muita vontade de lutar e isso, dá-nos muita confi ança. A candidata admite ainda que, independente do resultado, “A CDU estará sempre presente, por isso assumirei o cargo na Assembleia. Um bom resultado era ganhar, isso era um excelente resultado, mas o que é importante é continuar a marcar posição e, realmente a CDU, é uma força política que mostra trabalho, não mostra trabalho só quando está perto das eleições, mostra sempre trabalho. Nós estamos sempre na rua, para ouvir os riotintenses”.

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AUTÁRQUICAS 2021

União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova

Chegou a vez das Juntas da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova irem a jogo. Ao contrário das outras Juntas do concelho que são PS, atualmente, é a única presidida por outro partido, a CDU. Foram apresentados cinco listas. A candidata representa a Coligação PSD\CDS, é Sónia Ribeiro. A representar a coligação CDU, vai novamente a jogo, o atual Presidente da União de Freguesias, Pedro Vieira. A estrear esta competição temos o candidato do CHEGA, Pedro Castro. Já o Partido Socialista nomeou Sofi a Martins para a disputa. A vestir a camisola do Bloco de Esquerda, surge Abel Carvalho.

> Sónia Ribeiro - Coligação PSD\CDS

A representar a Coligação PSD\CDS, na disputa pelas Juntas de Freguesia, temos Sónia Ribeiro. Cresceu em São Pedro da Cova e vive atualmente em Fânzeres, no entanto, sempre teve a sua família espalhada pelas duas freguesias. Atualmente, faz parte da Comissão Política do PSD e há uns anos atrás foi Presidente do Núcleo do PSD de São Pedro da Cova, sendo que nessa altura, chegou até a receber o desafi o para encabeçar uma lista à Terra Mineira, no entanto, conclui que na altura ainda não estava preparada para o cargo. Profi ssionalmente é Advogada, o que segundo a mesma, dá-lhe mais vantagens a nível de proximidade com a população. Para estas autárquicas recebeu novamente o convite para encabeçar a lista. A candidata confessa que, apesar de ter indicado outros potenciais candidatos, “Os alvos eram sempre endereçados” a Sónia. “Tentei, de certa forma, não encabeçar nenhuma lista, mas depois de ponderar muito bem, aceitei o convite por duas razões: Primeiro porque o PSD, é o meu Partido e sempre me mantive fi el aos ideias que ele defende. Quando me direcionaram este desafi o, senti que neste momento não podia recusar, porque as condições parecem ser desfavoráveis e, é nestes momentos que temos que mostrar-nos presentes para o Partido e foi o que eu fi z, aceitei. A segunda razão, prende também com a consciência que fui adquirindo de que, a situação das duas freguesias, está a tornar-se cada vez mais problemáticas, em vários níveis”. É nessa linha que Sónia aponta que “Temos assistido a uma degradação das condições de vida das populações, especialmente das mais desfavorecidas. No geral, temos vindo a cavar um fosso entre as Freguesias ricas e as privilegiadas, nem vale a pena dizer quais são. E, vê-se que, as Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, são tratadas como os parentes pobres, sem recursos, sem investimentos, sem vontade política para melhorar, claro que, pelo executivo camarário. Um dos pontos que, a candidata refere é que uma das suas principais bandeiras é a Proximidade: “A minha intenção é estar próxima à população, ouvir os problemas, ouvir as suas reclamações. Sei de situações em que as pessoas reclamam, ou fazem uma reclamação à Junta e a mesma diz que essa reclamação deve ser endereçada à Câmara e, por sua vez, a Câmara diz que é da Junta. Portanto, eu quero estar próximo e criar condições para que, quando as pessoas reclamarem, consigam obter uma resposta a essa questão. A Junta é o organismo que está mais perto dos cidadãos e tem a obrigação de dar uma resposta e resolver” as situações apresentadas. Outro ponto mencionado é a Higiene Pública. Segundo Sónia, há falta de manutenção e de limpeza nos espaços: “Há uma falta de condições de Higiene Pública decorrente da acumulação de lixo e de dejetos. Não é só junto aos contentores ou pontos de recolha. Mas por toda a parte, basta andar na rua. Há cerca de três meses que ando a realizar visitas e vejo estas situações: Não promover a limpeza e a manutenção dos espaços é um convite ao desleixo”. Ainda no tópico da higiene, segundo a candidata é necessário realizar a desbaratização e a desratização das redes de saneamento, bem como das pragas que a assolam as casas e os espaços de convívio. Sobre o assunto, a candidata defende a necessidade de promover uma educação, onde o exemplo tem que partir da Junta e da Câmara, os próprios funcionários têm que ser educados. Interligado com o ponto anterior, a candidata aponta para um terceiro objetivo que diz respeito à Habitação e à sua dignifi cação. O ponto de ligação que se apresenta com a anterior é no sentido em que, a candidata critica o facto dos Bairros sociais, centraram vários problemas das freguesias, sendo que um deles, como já foi referido, concerne na eliminação das pragas nas redes saneamento. Ainda neste tópico, faz um desabafo: “Há casas sociais que estão fechadas e há outras que estão ocupadas nos Bairros, onde as pessoas carecem de uma habitação condigna. Quanto às que estão fechadas, eu não quero acreditar que essas casas estão reservadas para quem tem o cartão do partido, seja ele qual for”. Respetivamente ao facto das Juntas não serem Socialistas e sim da coligação CDU, Sónia defende o seguinte: “Sei que pode estar na Junta um Partido e na Câmara outro. Obviamente que temos consciência que não ajuda. Mas o papel da Junta é reivindicar, é fazer-se ouvir, junto da Câmara. A Junta tem que ter uma ação proativa. O que acontece é que diz que não é função dela e que o problema é da Câmara, mas nada faz. Porque a Junta e a Câmara têm de trabalhar unidos para o cidadão. Só assim é que as coisas podem funcionar”. Quanto ao dia 26 de setembro refere que, está confi ante e que um bom resultado é: “Para além da vitória, é fazer uma Mudança”. Caso o resultado não seja uma vitória, a candidata assume o cargo na Assembleia.

> Abel Carvalho -BE

Abel Carvalho é o candidato escolhido pelo Bloco de Esquerda para encabeçar a lista candidata à União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. É natural do Porto e há 20 anos que vive em Fânzeres. A sua ligação com o partido começou quando, há 10 anos tornou-se militante do BE, no entanto revela que começou a ter uma participação ainda mais ativa na política quando, há 6 anos, entrou para a Concelhia de Gondomar. A proposta surgiu pela concelhia que o considerou, após votação dos militantes, como o candidato com o perfi l mais indicado para esta disputa eleitoral. Sobre a sua candidatura, lamenta, unicamente, de não ter mais tempo para estar mais presente devido ao trabalho. Mas para Abel, apesar dessa difi culdade de limitação horária, foi fácil aceitar a proposta, dado que se identifi ca com o partido. O nosso logo é “Ninguém fi ca para trás” e, é nesse sentido que aponta o seguinte: “Fânzeres, comparado a São Pedro da Cova, dá a ideia que SPC foi esquecida, foi deixada para trás”. Das suas propostas o candidato elencou três pontos que considera importantes para a freguesia: “Dou o exemplo da reabilitação do complexo Mineiro de São Pedro da Cova, porque consideramos que é fundamental a Reabilitação do Cavalete. Aliás, uma das competências de um Presidente da Junta é fazer força para salvaguardar todo esse Monumento Histórico, principalmente porque é um património de interesse público. E neste sentido, a reabilitação do cavalete permite atrair mais pessoas à Freguesia. Após investigar descobri que antes havia um elétrico que vinha diretamente do Porto para São Pedro da Cova, pergunto porque não criar uma rota do Mineiro e trazer um autocarro por essa rota que vinha dar às Minas? Outra situação que aponto é os rios, porque não fazer um passadiço pelo Rio Ferreira. Também considero relevante a reabilitação da habitação e coloca-la a custo justo para as pessoas poderem viver. Nota-se o aumento das rendas das casas e temos que ter em atenção a essa situação. Algo que é transversal para as freguesias é a limpeza das ruas, isso tem que ser a Junta tem que fazer força para ter pessoas que realizem essas limpezas a todo o lado e não apenas nos sítios estratégicos”. Na sua perspetiva e do que houve por parte das coletividades e das pessoas, a Junta está muito afastada da população e “isso é uma preocupação. Não sei se é, por proximidade ou histórico de eleições, mas vejo um pouco do afastamento entre a Junta e a população”. Para o candidato um bom resultado é conseguir eleger representantes para a Junta, para “Conseguir discutir e levar estes assuntos para cima da mesa. Em 2005 e em 2009, já lá tivemos um representante na Assembleia de Freguesias e é para isso que vamos lutar. Nós queremos que as pessoas participem, queremos que elas nos ajudem a mudar, queremos que as pessoas estejam mais ativas. Entrando na Assembleia teremos essa hipótese de levar temas que as populações considerem que são importantes para discussão. Sinto-me confi ante e se a população quiser, assumo o cargo na Assembleia”.

AUTÁRQUICAS 2021

> Pedro Castro- CHEGA

A vestir a camisola pelo Partido do CHEGA, temos Pedro Castro. Tem 42 anos, é natural de Coimbra, mas há 36 anos que vive na Freguesia de Fânzeres, atualmente, para além de possuir um ginásio em Fânzeres, é Presidente da Coletividade Clube Futebol Os Barreirenses. O desafi o chegou às suas mãos através de um grupo de amigos que faziam parte da Assembleia Distrital. Segundo o militante, os seus ideais coincidem com os ideais que o partido defende, daí ter recebido a proposta para representar o partido na luta. Para além da candidatura à União de Freguesias, o candidato também faz parte da lista apresentada pelo CHEGA à Câmara de Gondomar. Pedro deixa assente que não se considera um politico: “Eu faço parte do povo. Eu sou do povo e tendo em conta que há muitas coisas que estão mal nas Freguesias, aceitei este projeto com todo o gosto, porque estou aqui para fazer o melhor e o que é necessário para nós Povo”. Quanto a medidas para a Freguesia, a primeira que apresenta concerne na aposta no Desporto, no Lazer e na cultura. Segundo o candidato a União de Freguesias têm muitas coletividades e uma “Áreas fantástica” que deveria ser mais aproveitada para este fi m. Outro ponto que o Partido irá defender é a necessidade de requalifi car as ruas, os passeios e as estradas que segundo o candidato, encontram-se muito degradadas e esquecidas. O candidato explica que, com o tempo, a situação tem piorado o que acaba por não trazer qualidade de vida para a população. Para além das mencionadas, uma das principais bandeiras do candidato diz respeito aos transportes públicos: “Pretendemos tentar com que os transportes coletivos sejam melhorados em algumas zonas sem acesso dos mesmos. Há certos locais que são necessários, porque as pessoas saem tarde do trabalho e querem chegar a casa e descansar, no entanto, antes disso, têm que fazer uma caminhada para chegar às suas casas. Outro ponto que consta na lista de Pedro Castro, toca no tema das Forças de Segurança: “Para mim, é fundamental dar apoio às nossas forças policiais, porque eles necessitam de ter mais meios, visto que estamos em duas freguesias grandes e o ponto onde eles se encontram neste momento, não é um ponto de fácil acesso para poderem agir perante as necessidades. Muitas vezes vemos as pessoas a apontar o dedo às nossas Forças Policiais, neste caso à GNR, que são os responsáveis por Fânzeres e São Pedro da Cova, e vejo a necessidade do povo, mas também vejo a necessidade deles e, por vezes, há situações em que a culpa não é deles”. O candidato faz ainda referencia no seu plano à retirada dos resíduos tóxicos de São Pedro da Cova e, sobre o assunto acrescenta: “Outro ponto é colmatar algo que já está a acontecer que é o lixo que está depositado em São Pedro da Cova. Foi um assunto que tenho vindo a acompanhar e que, do meu ponto de vista, esta situação já deveria estar resolvida, porque se ainda não está retirado, é porque não há quem pressione, ou se calhar, há interesses para deixar andar”. Tendo em conta que, a União de Freguesias não é presidida pelo PS, sobre o assunto Pedro dá a sua opinião: “Eu acho que, esta situação, pode ser um entrave aos investimentos. Eu acho que hoje em dia, um Presidente de Junta tem que ter uma voz ativa e mesmo que não tenha acesso a apoio partidário, ele tem que saber bater o pé e levantar a mão, quando for necessário dizer não e abanar a cabeça quando for necessário dizer sim. Conheço o nosso atual Presidente de Junta, o Pedro, é uma pessoa muito boa, não quero entrar em divergências com ninguém, mas acho que, visto que é a única freguesia que não é PS, acho que é deixada um pouco para trás, se calhar, o apoio não entra dentro daquilo que é necessário devido a essa realidade”. Um bom resultado para Pedro Castro no dia 26 de setembro é ganhar: “Quando eu entro numa coisa é para ganhar. Eu acho que quando uma pessoa entra para uma situação destas é para ganhar. O CHEGA é um partido novo, mas já é considerado o terceiro partido a nível nacional. Acho que nós somos um partido, em que a maioria dos simpatizantes tem vontade de fazer, tem voz para o fazer e querem fazer coisas. Essa é a verdadeira realidade do Partido do CHEGA. Depois, como diz o nosso logo -Fazer mais e melhor- é para isso que estou aqui e se tiver que ser contra a Partidos opostos, se tivermos a sorte de ganhar, estou preparadíssimo para isso". Quanto ao cargo na Assembleia, o mesmo refere que, caso seja eleito, assume o cargo: “As pessoas que estão ao meu lado dizem-me Pedro, ganhes ou não ganhes, o que importa é entrares para conseguires ser ouvido e dizer o que está bem ou mal. Tenho noção que não será uma disputa fácil, porque são cinco candidatos, mas nós estamos cá para contrariar as estimativas dos grandes partidos, como é o caso do PS e PSD”.

> Sofi a Martins- PS

Na equipa socialista, o nome apresentado já é conhecido dos eleitores, dado que é a segunda vez que, o PS, escolhe Sofi a Martins para disputar a corrida. Segundo a candidata, uma das características que a descreve é a resiliência e esse é o motivo da sua recandidatura, mesmo após uma derrota de aproximadamente 1000 votos, em 2017. Eleição essa que lhe concedeu a possibilidade de assumir o cargo de Presidente da Assembleia de Freguesia. A Candidata acredita que, é a alternativa para a Mudança, porque conhece os problemas, conhece bem o território e, na sua opinião, a sua candidatura à União de Freguesias pode ser considerada como “Uma lufada de ar fresco”. Segundo o seu ponto de vista, “Temos uma Junta de Freguesia submissa a uma estrutura partidária e isso tem prejudicado o desenvolvimento da União de Freguesias e faz com que não haja dinamismo. As pessoas acabam por reclamar que fi cam para trás, mas tem que pensar o porquê dessa atraso e se não estará associado a esse tipo de governação. Uma das situações que posso referir é o Ambiente, nesta União de Freguesias temos a necessidade de fazer melhorias substanciais nesse setor”. Na opinião da candidata, o facto da Junta não ser Socialista, não é desculpa para a situação que está acontecer em ambas as freguesias. Sobre o assunto Sofi a explica o seguinte: “Posso falar com conhecimento de causa, devido às funções que tenho desempenhado, enquanto adjunta do Presidente e que me permitiu perceber a forma de trabalhar da Câmara, nesse sentido, acho que a União de Freguesias não se pode queixar. De maneira nenhuma. E posso falar de obras recentes como a intervenção no problema dos resíduos, com a aquisição dos terrenos, o investimento que tem sido feito nas vias, dou o exemplo da Avenida da Conduta”. Caso ganhe as eleições, Sofi a Martins refere que a primeira coisa que irá fazer quando entrar pelas Juntas no dia 27 de Setembro, segunda feira, será: “Conhecer as pessoas com quem irei trabalhar todos os dias, que são os funcionários das Juntas de Freguesias, porque a relação que eu tenho com as pessoas é sempre de proximidade. Quero ser uma Presidente presente e quero ouvir os colaboradores e, é nesse linha que pretendo dotar a Junta de equipamentos de modo a torna-la mais efi ciente e, em vez de construirmos algo em meia dúzia de metros, porque eu sei da difi culdade da Junta em recursos humanos é grande, mas se for mais efi ciente, consegue também responder mais, ou seja, com o mesmo dinheiro, conseguir optimizar recursos”. Outro ponto que levanta concerne aos problemas da Mobilidade, para pessoas com mobilidade reduzida e idosas: “Nós somos uma União de Freguesias com muita população idosa e, por isso, considero que devíamos olhar atentamente para a Mobilidade. Essa é uma das questões do nosso plano eleitoral, apoiar a mobilidade das pessoas com mais difi culdades, quer motora, quer física”. Ainda dentro desta área, aborda o problema dos transportes públicos, “Em São Pedro da Cova, temos até às 20h da noite para viajar para determinados lugares, porque o transporte publico acaba e, a partir dessa hora as pessoas têm que andar a pé. A Junta é uma força vivia e como força viva que é, deve ser a primeira voz do cidadão e, então, da mesma forma como se reivindicou outras situações para as freguesias, como os correios, temos sempre uma palavra a dizer nos transportes”. Outro ponto que levanta é a criação de uma Loja de Cidadão nas Freguesias, porque segundo Sofi a esta União, ao contrário das outras localidades do concelho, não possui este serviço público e criar um gabinete de apoio ao Associativismo. Para além disso, pretende tornar os serviços mais efi cientes, visando o uso das novas tecnologias. O ambiente também é outro tópico crucial na sua recandidatura: "Eu tenho a consciência que são muitos jardins e que os recursos são poucos, mas com um pouco de gosto e mesmo as próprias pessoas se começarem a ver as freguesias de outra forma, começamos a ser uma União de Freguesias mais aprazível de se viver e, assim conseguimos também captar residentes, porque temos vindo a perder população, nomeadamente em São Pedro da Cova. No meu entender, devíamos também mostrar que somos um território onde é bom viver. Dou o exemplo do Jardim, em São Pedro da Cova, perto do Centro de Saúde, que está sempre maltratado. A maior parte dos jardins são competência da Junta, retirando um ou outro de grandes dimensões que são da responsabilidade da Câmara”. A candidata sublinha que é necessário olhar para as Freguesias separadamente, no entanto, tendo em conta que é uma União de Freguesias, temos que as saber preservar. Sobre a discussão que está em cima da mesa quanto à desagregação, refere o seguinte: “Sou a favor da desagregação. É possível com elas separadas conseguir outra dedicação, porque estamos a falar de freguesias enormes, Fânzeres tem aproximadamente 25 mil habitantes, São Pedro reduziu, mas mesmo assim é uma freguesia muito grande, que tem cerca de 14 mil habitantes. Sei que é a vontade das pessoas, mas tenho a perfeita consciência de que, se continuar a ser uma União de Freguesias, não irá fi car prejudicada por causa disso, porque tenho a capacidade para estar à frente de uma União”. "Para terminar refi ro-lhe ainda que a minha candidatura é verdadeiramente transversal, prova disso, é o apoio do ex Vereador Fernando Paulo. Para mim, um bom resultado será, obviamente ganhar, caso isso não aconteça, assumirei, tal como há quatro anos o meu lugar na oposição, mas estou profundamente convicta que vou vencer”, refere a candidata.

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