Vivacidade ed. 63 - Setembro 2011

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VIVA CIDADE 27 Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte

VIVA CIDADE Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte

PEDRO SOUSA

Próxima Edição

Mensal Ano 6 - nº 63

Quinta-Feira

29 Setembro 2011

Director: Miguel Almeida Dir. Adjunto: Luís Morais Ferreira geral@vivacidade.org

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de Outubro

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Na rota do caldo de nabos

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Especial Romaria da Nossa Senhora do Rosário. Guia completo nesta edição

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Deputado do PSD acusa presidente da Assembleia de Freguesia de Fânzeres de incompetência

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Associação Folclórica Cantarinhas da Triana comemora ‘Bodas de Ouro’

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Editorial

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org

José Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Docente Universitário Caros Leitores, Depois de mais de cinco anos com o mesmo arranjo gráfico, o Vivacidade renova-se nesta edição e apresenta um aspecto mais moderno e mais eficaz para os objectivos que temos enquanto órgão de comunicação local e regional. O Vivacidade tem conseguido manter a sua independência e aumentado regularmente a sua notoriedade, e é hoje uma das marcas mais conhecidas na cidade de Rio Tinto. Apesar das enormes dificuldades por que passam as pequenas empresas e as famílias da classe média, o nosso jornal mantém a sua postura e identidade própria, e reflecte isso na nova imagem. E mantemos a nossa máxima: “os factos são factos, mas a opinião é livre”. Emitir e ter opinião nos dias que correm é ser diferente. Quando ser diferente leva a melhores comportamentos no Homem, então é bom ser diferente. Mas quando a diferença pode induzir a comportamentos que prejudiquem os outros, então pode ser mau. O problema é que não é fácil – é mesmo difícil – fazer uma avaliação se a opinião diferente daquela pessoa vai melhorar ou piorar o comportamento do Homem. E por isso, mesmo quando a opinião é discutível e única deve ter o seu espaço de apresentação. É por isso que nunca limitamos os espaços do leitor no Vivacidade e é por isso que nunca rejeitamos um artigo de opinião. E é por isso que o nosso espaço de discussão política é um sucesso tão grande. Somos consistentes e coerentes na forma como permitimos que as diversas organizações políticas utilizem esse espaço. Uma das fontes de divergência de opinião que, felizmente, não transparecem nos textos dos nossos políticos, é o juízo pessoal sobre a gastronomia. Mas, no caso do caldo de nabos, por todo o concelho de Gondomar há uma certa unanimidade no prazer de provar esta iguaria. Até ao próximo dia 9 de Outubro realiza-se o XX Festival Gastronómico ‘Hoje há Caldo de Nabos’ que decorre em 23 restaurantes do município. O Vivacidade apresenta na sua reportagem a propósito deste evento uma das receitas do caldo e espero que possam testar pessoalmente alguns destes pitéus em forma de caldo. 

Ficha Técnica Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06 Director: Augusto Miguel Silva Almeida Director-Adjunto: Luís Morais Ferreira (CP 7349) Edição, Redacção, Administração e Propriedade

Associação Folclórica Cantarinhas da Triana. 50 anos de vida é este o número dourado positivo... que esta associação comemorou. Meio século a divulgar o folclore e a servir a comunidade local. Uma vida a levar o nome da nossa cidade pelo país e pelo mundo. Parabéns dos rio tintenses!  Leitor Vivacidade - Adérito Machado

negativo... Estação de Metro ‘Baguim’, Rua Aquilino Ribeiro, em Rio Tinto. Acessos inacabados, de Verão muito pó, de Inverno lama e de noite escuridão!  Leitor Vivacidade Manuel Ferreira

O recuo de sessenta anos! Ideias de sessenta anos atrás, um Sr. Vereador da Câmara Municipal a que infelizmente pertence Rio Tinto, disse numa entrevista ao JN, que as retretes ficam a 300 metros do local onde estavam instalados os divertimentos quando das festas do S. Bento e S. Cristóvão. Ora é natural, que ainda para os lados de Gondomar existem casas de sessenta anos atrás onde as retretes ficam no quintal. Em Rio Tinto já foram extintas há muitos anos, porque nesta cidade mandam os rio tintenses. Os prejudicados só têm de comunicar as suas reclamações ao

presidente da Cidade e Freguesia a que pertencem e não dos Srs. que nada têm a ver com uma das freguesias maiores do país, os Srs. de Gondomar que, afinal, só têm que levar os milhares de euros dos comerciantes que instalam os seus divertimentos, que ocupam os espaços para puderem sobreviver. Em troca das receitas desses espaços são dadas ‘umas migalhas’ para as festas da freguesia, esta que sustenta o concelho. Aqui existe uma discriminação nas festas da sede do concelho, e gastam uns milhares de euros. Será que vamos aguentar isto e muitos mais casos durante muito tempo? Suponho que não. O país está a dar uma grande mudança. Pode ser que seja desta que nos vamos

do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Josorac SGPS, SA Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 3 4250331 PORTO Telefone: 22 832 9259 Fax: 22 832 9266

Colaboradores: Alfredo Correia, Álvaro Gonçalves, Alzira Rocha, André Campos, António Costa, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Aires, Domingos Gomes, Fernando Nelson, Fernando Silva, Goreti Teixeira, Henrique de Villalva, Joaquim de Figueiredo, Joana Silva, José António Ferreira, Juliana Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luís Morais Ferreira, Luísa Sá Santos,

Opinião Leitor Augusto Couto libertar da discriminação a que temos sofrido e pago a ‘peso de ouro’, que, pelos vistos, tem (o ouro) tal valor que é fartura para outras coisas e outros lados. 

Manuel de Matos, Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Mário Magalhães, Miguel Almeida, Pedro Costa, Ricardo Caldas, Rita Ferraz, Sandra Neves, Susana Ferreira e Zulmiro Barbosa. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivacidade.org E-mail: geral@vivacidade.org


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Associação Folclórica Cantarinhas da Triana No longínquo ano de 1961, no dia 18 de Setembro, nascia no Lugar da Triana, em Rio Tinto, a Associação Folclórica Cantarinhas da Triana. Desde essa altura até aos dias de hoje, esta colectividade, por intermédio do seu grupo de folclore, o mais antigo da freguesia, tem vindo a promover o folclore da região do Douro Litoral por todo o país e no estrangeiro (Espanha, França e Bélgica), actuando com frequência em inúmeros festivais. No passado dia 18 de Setembro, a Associação Folclórica Cantarinhas da Triana completou 50 anos de vida. Mantendo-se fiéis à tradição, os cerca de 50 componentes, a maioria deles de Rio Tinto, vestem-se como faziam os antepassados, exibindo diversos trajes como os de aguadeiro, domingueiro, fiadeira, feirante, lavradores caseiros e abastados, lavadeira, leiteira, mordomo, romeira, vendedora ambulante, entre outros mais. Um dos componentes entrou para o grupo de folclore com apenas dez anos e nunca mais saiu. É o actual ensaiador e chama-se Domingos Ferreira, mais conhecido por ‘Carriço’. “Na altura era a mascote das Cantarinhas da Triana”, recordou, com saudade, ao Vivacidade, o ensaiador. Passou meio século, pelo meio a colectividade ganhou uma nova sede, e Domingos Ferreira considera que hoje “o grupo de folclore tem que crescer e unir-se para seguir em frente.” O mesmo pediu, por outro lado, o apoio da população da Triana e agradeceu a ajuda que a Câmara Municipal de Gondomar tem concedido à colectividade ao longo dos anos. O ensaiador lamentou ainda que o folclore continue a ser “o parente mais po-

Rio Tinto

(S. Caetano)

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Meio século a promover o folclore

bre da cultura popular portuguesa.” Também Márcio Ribeiro ingressou muito novo no grupo de folclore. “Os meus pais sempre andaram no grupo. Já os acompanhava quando ainda era bebé”, contou, ao Vivacidade, o componente. “As Cantarinhas da Triana são uma família”, sublinhou Márcio Ribeiro, que quer “continuar por muitos anos no grupo de folclore.” Actuação que ficou na memória? “É quando dançamos na nossa terra”, respondeu, de imediato, o jovem componente. “Mantenham viva a chama desta associação” Durante a comemoração das ‘Bodas de Ouro’ foi inaugurada, simbolicamente, a Fonte dos Cortiços, local que deu nome a esta colectividade. Esta fonte, agora recuperada pela Junta de Freguesia de Rio Tinto, foi, em tempos, ponto de encontro da população. A esta bica vinham pessoas de vários pontos de Rio Tinto, e de outras localidades, buscar água que diziam ser ‘milagrosa’, com uns cântaros que mais tarde passariam a chamar-se ‘cantarinhas’.

“Atingir os 50 anos de existência é muito importante para uma colectividade. Significa muitos anos de trabalho voluntário, carolice, esforço, sacrifício e ‘remar contra a maré’”, afirmou, ao Vivacidade, o presidente da Comissão Executiva das Cantarinhas da Triana, José Oliveira, que assumiu este cargo há cerca de um mês. Além disso, “é um sinal de que existe vida na associação e que o folclore tem projecção.” Em dia de aniversário, o dirigente associativo apelou aos sócios, cerca de 400 no momento, para que “mantenham viva a chama que alimenta esta associação, que é o folclore.” Quanto “aos rio tintenses, que nos apoiem como forma de manter as tradições, os usos e costumes tradicionais, pois o folclore é a nossa essência cultural. E quem não tem passado, não tem futuro”, terminou José Oliveira. Na sessão solene comemorativa do 50º aniversário, e na qual foi homenageado António Ferreira (membro histórico do grupo de folclore), o padre Camilo destacou a importância da data: “Que este dia, muito importante, sirva para retemperar

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forças e preparar os próximos 50 anos. E que represente um novo impulso para a colectividade.” Já o autarca Marco Martins referiu que “as Cantarinhas da Triana fazem parte da história de Rio Tinto”, deixando uma palavra de agradecimento a todos aqueles que já passaram pela colectividade. Após destacar o papel que esta associação tem desempenhado na “preservação da cultura e do folclore”, Marco Martins anunciou que a Fonte dos Cortiços foi requalificada, numa intervenção da responsabilidade da junta de freguesia. Por sua vez, o presidente da Direcção da Federação do Folclore Português, Fernando Ferreira da Silva, alertou que “os grupos de folclore que pretendem ser representativos da sua comunidade têm que apresentar em palco as expressões culturais da suas terras.” E as Cantarinhas da Triana, sócio-fundador da Federação do Folclore Português, são um bom exemplo disso, já que “respeitam os comportamentos e as vivências da época e da comunidade que representam.” A terminar, Fernando Ferreira da Silva destacou ainda o apoio que a Câmara de Gondomar tem prestado aos grupos de folclore do concelho. O vereador Fernando Paulo encerrou as intervenções. “A associação tem 50 anos escritos a ‘letras de ouro’”, declarou o responsável autárquico. “Esta colectividade é um bom exemplo do associativismo no concelho”, acrescentou Fernando Paulo, pois “desde sempre tem defendido o património cultural, o folclore.” Actualmente existem 22 grupos de folclore em Gondomar.  Luís Morais Ferreira

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Assembleia de Freguesia de Rio Tinto

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Aprovada moção que exige à Metro do Porto a manutenção das zonas envolventes ao canal do metro

“Desde o dia 1 de Agosto, a Metro do Porto deixou de efectuar qualquer manutenção, para além da zona estrita do canal do metro, estando os espaços verdes envolventes a deteriorarem-se de dia para dia”, denunciou, na última Assembleia de Freguesia de Rio Tinto, o socialista Paulo Pinto. Segundo o deputado do PS, “a Câmara Municipal de Gondomar afirma que ainda não recepcionou quaisquer equipamentos ou áreas construídas pela Metro. Esta última diz que já as entregou ao domínio público.” Após sublinhar que “a Junta de Rio Tinto não tem qualquer competência nem meios” para resolver esta situação, Paulo Pinto apresentou uma moção que exige à Metro do Porto que retome rapidamente a manutenção das áreas ajardinadas. Proposta aprovada por unanimidade. À margem desta assembleia de freguesia, o autarca Marco Martins assegurou ao Vivacidade que a Junta de Rio Tinto contactou a Metro do Porto logo que detectou que a conservação das zonas ajardinadas envolventes ao canal do metro tinha deixado de ser efectuada. A empresa respondeu, via fax, que “desde

Porto deixou de assegurar a gestão e manutenção das áreas verdes da responsabilidade do município de Gondomar, mantendo apenas as zonas relativas ao sistema de metro ligeiro.” Na opinião do presidente da Junta de Rio Tinto, “a responsabilidade de manutenção de toda a zona intervencionada, aquando da construção da nova linha, deveria ser da Metro do Porto, uma vez que se trata de área expropriada por aquela empresa.” Contactada pelo Vivacidade, a Câmara Municipal de Gondomar revelou

o dia 30 de Junho de 2011 a Metro do

que “muito recentemente recebeu uma

proposta da Metro” no sentido de a autarquia assumir a responsabilidade da conservação dos espaços adjacentes ao canal do Metro. “Neste momento, a Câmara de Gondomar está a analisar a proposta. Só depois dessa avaliação tomará uma decisão sobre este assunto”, referiu ainda o Gabinete de Imprensa da autarquia. “É discriminatório o que a autarquia tem feito ao Atlético” Em sentido contrário, os deputados ‘passaram’ uma moção do PS, com o voto contra da CDU, em que é reconhecida “a atitude da empresa Metro do Porto em prol da mobilidade dos cidadãos”, que manteve em vigor o horário de Verão na Linha F. Ou seja, sem reduzir o número de composições nas horas de ponta e aumentar os intervalos de passagem das carruagens. E, mais uma vez, a colocação de relvado sintético no Campo Fernando Pedrosa foi alvo de uma moção. Agora da responsabilidade do PS. O socialista António Garrido acusou a Câmara Municipal de “discriminar mais uma vez os clubes de Rio Tinto.” “Para surpresa, na sua última reunião, a autarquia aprovou a construção de um piso sintético no Estrelas de Fânzeres, quando o Atlético de Rio Tinto reivindica há vários anos a melhoria das suas instalações, nomeadamente, a construção de um campo de jogos sintético”, concretizou. Além de “terem existido, em diversos períodos eleitorais, promessas da Câmara” no sentido da instalação desse equipamento. O deputado do PS não compreende o porquê da autarquia dotar o Estrelas de Fânzeres com um relvado sintético. “O Atlético subiu este ano de divisão no escalão sénior e movimenta, à semelhança do Sport de Rio Tinto, muitas centenas de crianças e jovens em condições pouco favoráveis”, concluiu

António Garrido. “É discriminatório o que a autarquia tem feito ao Atlético de Rio Tinto”, considera Alfredo Correia, do PSD. Do mesmo partido, Fernando Salgado referiu que “não faz sentido, devido às actuais restrições financeiras, existirem duas infra-estruturas semelhantes na freguesia de Rio Tinto.” No final da discussão foi aprovada, com a abstenção do social-democrata Fernando Salgado, uma proposta do PS que solicita novamente à Câmara de Gondomar a colocação de um piso sintético no Campo Fernando Pedrosa. “O rio Tinto continua poluído” Outro dos assuntos em debate nesta assembleia de freguesia foi a reabilitação do rio Tinto. Um caudal de água que “continua poluído e o seu leito e margens apresentam um estado lastimável”, lembrou o comunista Adérito Machado. Com o objectivo de inverter este cenário, o deputado da CDU exige à Câmara Municipal e à Administração da Região Hidrográfica do Norte que procedam à “realização de operações de limpeza do leito e das margens do rio Tinto” e prestem “informação sobre o ponto de situação do estudo encomendado à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e do projecto mandado elaborar pela Junta Metropolitana do Porto para a despoluição, requalificação e renaturalização do rio Tinto.” As ‘intenções comunistas’, inscritas numa proposta, receberam o ‘sim’ unânime da assembleia de freguesia. A CDU apresentou ainda uma moção sobre o novo Mercado da Areosa, que foi aprovada com dois votos ‘contra’ dos deputados socialistas António Garrido e Correia da Silva. Na proposta é solicitado à Câmara de Gondomar que, “com urgência, informe os comerciantes e vendedores do antigo Mercado da Areosa dos espaços que lhes serão atribuídos nas novas instalações, quando e em que condições, disponibilize um espaço no novo edifício para o Posto da PSP, instale toldos, ou outro tipo de cobertura, na praça frontal para que os comerciantes possam exercer a sua actividade abrigados do sol e da chuva, e estabeleça ainda um protocolo com o concessionário do parque de estacionamento subterrâneo, de modo a que seja disponibilizado parque gratuito para as viaturas utilizadas pelos vendedores no transporte de mercadorias.”  Luís Morais Ferreira


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vozes da assembleia da república

Quinta-feira, 29 de Setembro 2011

Programa de Emergência Social PSD Margarida Almeida Portugal, ao longo dos últimos anos, tem vindo a deparar-se com grande apreensão no âmbito social, na medida em que há muitas famílias que vivem, hoje, momentos muito difíceis, pois são atingidas pelo desemprego, pelas falências, pelo sobre endividamento, pela desestruturação social, pela exclusão e pela pobreza. Na verdade, a pobreza está alastrar atingindo, já, famílias da designada “ Classe média”. Para responder a este drama social, o actual governo apresentou, recentemente o “Programa de Emergência Social” o qual assenta na promoção e protecção de direitos de muitos que são os mais excluídos e de muitos que estão numa situação de tal desigualdade, que se exige uma resposta social excepcional. Ora, numa breve abordagem, irei falar um pouco deste programa que sendo ambicioso é exequível, dado que o mesmo foi elaborado com os contributos de todas as instituições: Autarquias, Misericórdias, Associações Mutualistas, Instituições Particulares de Solidariedade Social, fundações entre outras… O Programa de Emergência Social assenta em três princípios: É um programa que investirá nas pessoas rentabilizando as estruturas de âmbito social, já, existentes no País. É um programa focado e de soluções para grupos de risco. É um programa que não significa mais Estado, mas significa, sim, mais IPSS’s e melhor política Social. Este Programa Emergência Social chegará acerca de 3 milhões de pessoas, em cinco áreas de actuação: 1- Um programa que possa responder às famílias confrontadas com os novos fenómenos de pobreza, fruto do desemprego, do sobre endividamento, da desestruturação social e familiar e muito especialmente às crianças. Cito alguns exemplos nesta área: majoração do subsídio de desemprego para os casais com filhos e em que ambos os membros do agregado familiar se encontrem no desempregados; Programa Nacional de Micro-Crédito; formação para a inclusão; mercado social de arrendamento; aumentar e melhorar a resposta ao Apoio Domiciliário… entre outras… 2- Um programa que possa responder aos mais idosos com rendimentos muito degradados e consumos de saúde muito elevados. Nesta área falamos do banco de medicamentos, apoio domiciliário prevendo um aumento e melhoramento com vista a dar mais resposta; os centros de noite; melhorar o acesso dos idosos à saúde… 3- A inclusão da pessoa com deficiência é uma tarefa transversal. Para além dos programas já existentes, irá incentivar a empregabilidade das pessoas com deficiência; a manutenção de professores destacados em IPSS; o Descanso ao Cuidador criado no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados integrados possibilitando o internamento, em situações temporárias, decorrentes de dificuldades de apoio familiar ou necessidade de descanso do principal Cuidador… 4- Numa altura de emergência é preciso reconhecer, incentivar e promover o Voluntariado. Nesta área, realça-se a grande importância dada ao Voluntariado em geral e ao juvenil em especial criando incentivos… 5- Acreditar nas instituições sociais e contratualizar respostas. As instituições sociais existem para ajudar os outros e é chegada a altura de o Governo, com humildade, lhes pedir ajuda com vista ajudar os que mais sofrem, os que pouco ou nada têm, os que foram confrontados com a exclusão do desemprego. Neste sentido, o Estado irá simplificar: a legislação das creches, dos lares, do licenciamento de equipamentos sociais, das regras de segurança e higiene alimentar nas cozinhas das Instituições sociais para além de outras medidas que irão promover a política social. Para além da implementação destas políticas, que consideramos adequadas, para o combate à pobreza e a promoção social, tornase necessário continuar a envolver diferentes actores e a mobilizar todas as pessoas e instituições, pela afirmação de que uma sociedade moderna deve ser capaz de garantir o bem-estar de todos os seus membros. As dificuldades são muitas. A tarefa é gigantesca. Contudo sabemos que nestas alturas os portugueses surpreendem pela afirmação positiva. Todos juntos encontraremos as respostas que nos possibilitarão ultrapassar, com dignidade e respeito, este momento de emergência social. 2011 é o Ano Europeu do Voluntariado. Estou certa que, uma vez mais, os portugueses irão reiterar o compromisso na solidariedade, na justiça social e no aumento da coesão. 

O Outono do nosso descontentamento PS Isabel Santos Os dias de sol começam a ser invadidos por uma brisa fresca que anuncia o Outono, depois de um Verão em que a acção do Governo mais fez lembrar um “samba de uma nota só”. Com o Ministro da Economia desaparecido – após a tomada de posse e as primeiras aparições em feiras, só voltamos a dar conta da sua existência nas últimas semanas – o palco político foi dominado pelo Ministro das Finanças, numa espécie de apuramento progressivo da linha programática deste Governo. A afirmação de um Estado máximo na cobrança de impostos e mínimo nas componentes de protecção social e prestação de serviços. A cada anúncio de uma conferência de imprensa a notícia foi invariavelmente sempre a mesma, mais uma subida de impostos, mais uma subida de preços e, por fim, o buraco colossal da dívida da Madeira. Em menos de três meses este Governo conseguiu rasgar todas as promessas. Quem não se lembra de Passos Coelho, numa visita a uma escola, em plena campanha eleitoral, a dizer a uma jovem aluna que com o PSD o subsídio de natal não seria afectado? Que a solução do défice não passaria pelo aumento de impostos mas pelo Corte nas “gorduras do Estado”? Pois, não só o subsídio de natal foi sujeito a uma sobretaxa, como os preços dos transportes e dos medicamentos subiram, o IVA da electricidade e do gás passaram para a taxa máxima e o subsídio de desemprego sofreu cortes. A carga fiscal aumentou, de cortes nas gorduras ainda não vimos

nada e vemos destruir de forma irreversível a estrutura óssea do Estado. Regredimos perigosamente no que diz respeito a apostas estratégicas em matérias das áreas da educação, da ciência, da inovação, do conhecimento, da saúde, da protecção social… Quanto às vítimas não se registam novidades, têm sido invariavelmente as mesmas a classe média e os sectores socialmente mais vulneráveis da população. Aguarda-se, agora, a apresentação do Orçamento de Estado, que ocorrerá em meados de Outubro, mas Victor Gaspar já vai anunciando um agravamento da recessão para 2012, em relação ao previsto, e prepara-se para rever em baixa a previsão de crescimento inscrita do Documento de Estratégia Orçamental. Diligentemente, vai-se anunciando a necessidade de mais medidas de austeridade, de modo a precaver estados de alma e preparar o espírito dos portugueses para o que está para vir. Com o agravar da recessão internacional, a retracção do mercado interno a acentuar-se cada vez mais e a capacidade de arrecadação de receita a decrescer, paira sobre nós a ameaça de um Inverno gélido. Se não dermos ouvidos àqueles que, como a actual Presidente do FMI, têm chamado a atenção para a necessidade de dosear as medidas de austeridade de modo a controlar os efeitos recessivos das mesmas, podemos vir mesmo a ter muitas dificuldades em encontrar a luz ao fundo do túnel. Temo por alguns dos cortes cegos que se anunciam. Se não formos capazes de alguma ousadia, apostando em alguns sectores estratégicos com vista abrir espaços de fuga à crise que alavanquem uma saída mais rápida desta fase, podemos não só fazer retrocessos irreparáveis como entrar num buraco sem fundo. A aspiração deste Governo a ser bom aluno, indo para lá da Troika, pode-nos sair cara… diria que nos pode sair mesmo muito cara. Grave sinal é o facto de o Ministro da Economia não ter apresentado até agora qualquer tipo de incentivo ao sector produtivo. Para além de uma série de banalidades e generalidades o que de mais relevante o vimos fazer foi desdizer tudo quanto tinha escrito sobre a redução da Taxa Social Única. 

Portugal nunca mais será o mesmo BE Catarina Martins A frase é do Ministro da Economia e do Emprego. Aquele que nunca disse nada sobre criar emprego e nada sabe sobre o país. Nem quer saber. Como o próprio explica, tem uma “agenda reformista que vai ser implementada rapidamente que vai melhorar em muito pouco tempo as condições das empresas estrangeiras que querem investir em Portugal”. A receita é conhecida e antiga: salários baixos e despedimentos

fáceis. O número de trabalhadores a ganhar o salário mínimo duplicou e as alterações à lei laboral aí estão. É uma receita injusta e incompetente, mas seguida sem hesitações. Mesmo reconhecendo que o mercado interno decresceu – porque os salários baixam e o desemprego cresce -, nunca o Governo põe em causa a receita. Não, quer sempre mais. No seu fanatismo ideológico, transforma o país num laboratório do neoliberalismo experimentando com a nossa economia, com as nossas vidas. Depois do imposto extraordinário, dos aumentos dos transportes e na energia, dos despedimentos fáceis e baratos, virá mais IVA. O Ministro Álvaro diz que estudará caso a caso. Ninguém sabe muito bem o que será estudar IVA caso a caso, mas sabemos o que está em cima da mesa. O FMI quer, e o Ministro Álvaro defende com unhas e dentes, a baixa da Taxa Social Única. Ou seja, que as empresas paguem menos à segurança social e que, para compensar a perda de receitas e permitir chegar ao défice previsto, o IVA suba. A teoria é que com menos custos associados ao trabalho as empresas vão ser mais competitivas e exportar mais. Claro que isto é sobre a descida da TSU. Sobre a subida do IVA que ela implica não há ideia nenhuma. Mas a subida do IVA não é um pormenor. É um plano muito pesado, pesado demais. É tirar ainda mais a quem menos tem e sentirá mais o aumento dos preços. E é matar boa parte das empresas e dos empregos. Porque quando o IVA sobe, o consumo desce e as falências sucedem-se. E no deve e no haver, entre a baixa da TSU e a subida do IVA, percebemos que perdemos todos. Mesmo até boa parte das empresas exportadoras, mas que vivem também do mercado interno. Ou aquelas em que o IVA mais pesa, mesmo sendo as que mais exportam, como acontece com o turismo. Diz o Ministro Álvaro que “todas as semanas recebe empresas que querem investir em Portugal”. Talvez valesse a pena receber também quem cá trabalha e vê o salário mais baixo e o desemprego à porta. Alguém terá de explicar ao Governo que o país não é uma abstracção. É feito de gente. Gente que vê o futuro mais negro, numa espiral de recessão sem fim e o abismo aqui tão perto. Gostaria o Governo de estar frente a uma folha em branco a fazer desenhos e experiências do perfeito neoliberalismo imaginado. Mas isso não é governar. E o país que não é uma folha em branco não aceita ser cobaia neste laboratório de horrores. Em Outubro a recusa da bancarrota está na rua. Dia 1 na manifestação convocada pela CGTP, dia 15 no movimento indignado europeu. Em nome da sensatez. 

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opinião

Quinta-feira, 29 de Setembro 2011

Estado de graça do governo esfumou-se antes do tempo? 1- Passados pouco mais de dois meses sobre a tomada de posse do actual Governo, a severidade das críticas na Comunicação Social fizeram esfumar, em cerca de duas semanas, o estado de graça de que goza qualquer novo executivo sempre que inicia funções. Dir-se-ia que o benefício da dúvida sobre o desempenho da acção governativa parece ter desaparecido antes do tempo a que, legitimamente, Passos Coelho deveria ter direito. Mas é evidente que para tanto concorreram vários factores, sem prejuízo de se reconhecer que a forma como enfrentou o combate à situação financeira em que encontrou as contas públicas foi a principal razão para a impaciência de largos sectores da opinião pública. É bom recordar que José Sócrates, quando conquistou a sua primeira e única maioria absoluta, beneficiou de um anormalmente longo período de tolerância crítica, quer em relação aos partidos da oposição, quer no que respeita ao exército dos habituais comentadores e analistas políticos. Já no seu segundo Governo as

coisas não foram propriamente tão pacíficas, e Sócrates praticamente não chegou a ver reconhecido o tal estado de graça, começando imediatamente a enfrentar o efeito de fogo cerrado em todos os quadrantes. Neste segundo caso, a intolerância dos críticos resultou, sobretudo, do facto de Sócrates não ter conseguido um acordo político que reforçasse a base de apoio parlamentar do seu segundo Governo. 2- Perante estes dois exemplos, podemos interrogar-nos sobre o efeito real que a ausência ou o fim dos designados estados de graça dos governos podem ter para o futuro dos executivos. A ciência política diz-nos que nas sociedades abertas e de intenso poder crítico a durabilidade de um governo determina-se no seu primeiro ano de vida. Ou seja, quem não se afirmar na primeira sessão legislativa, dificilmente conseguirá ganhar raízes de sustentação sólida para o futuro de longo prazo. E, nesta lógica, os primeiros meses são de enorme impacte para a afirmação política de um Governo, tal como a primeira meia hora de jogo de um desafio de futebol é importantíssima para o desfecho do resultado… É, pois, precipitado dizer que se Passos

Coelho quase não chegou a sentir o efeito do estado de graça do seu Governo daí resultará um inevitável fracasso, mais cedo do que seria expectável. Como costuma dizer-se, há ainda muito jogo pela frente, mesmo contando só com o tal primeiro ano de governação, e até ao próximo Verão o actual Primeiro-Ministro tem ainda mais do que as condições necessárias à afirmação e consolidação da confiança política do seu Governo, perante os críticos e a opinião pública em geral. Seja como for, perdido o primeiro trimestre, terá de estar particularmente atento a todos os sinais, corrigindo eventuais falhas que lhe podem ser fatais. 3- Mas, em que falhou, então, o novo Governo, nestes primeiros meses de gestão, para tão severos julgamentos nas tribunas dos analistas e comentadores? Falhou, acima de tudo, a estratégia de comunicação política. E falhou porque o discurso e a narrativa para consumo dos cidadãos foram contraditórios com o que Passos Coelho tinha dito e prometido em plena campanha eleitoral. Forçado pelas circunstâncias e pela emergência financeira, o Primeiro-Ministro cedeu à tentação de dar o passo maior que a perna, o que, neste caso, significou

Estrada D. Miguel. Estes são apenas exemplos de duas vias estruturantes e de longa extensão, onde existe este tipo de equipamento mais com efeito dissuasor de velocidade do que por necessidade objectiva de disciplina de tráfego. Esta opção é, no mínimo, muito discutível. Antes de mais por razões de custos, já que uma rotunda é sempre muito mais dispendiosa do que as diversas alternativas disponíveis para forçar a limitação de velocidade. Em segundo lugar, por a natureza essencial de uma rotunda, mesmo em termos de regulamentação rodoviária, estar muito mais virada para o princípio da gestão de conflitos de tráfego, e muito menos como obstáculos naturais para imporem o controlo de velocidade. Ora, são vários os locais no concelho de Gondomar onde efectivamente se justifica a construção de rotundas, como instrumentos de gestão de conflitos de tráfego. O “Bisturi” deixa apenas quatro casos que parecem evidentes aos olhos de qualquer cidadão. O primeiro, na Venda Nova, junto à churrasqueira, para disciplinar o tráfego de acesso a Fânzeres, e bem assim a artéria que dá

Posto de Vigia Manuel Teixeira amedrontar os cidadãos com um cenário ainda mais negro do que o esperado, anunciando medidas mais severas do que as exigidas no plano da “troika”. E com esta táctica, Passos Coelho desacreditou-se e abalou as expectativas das pessoas. Pode admitir-se que a estratégia do Governo foi anestesiar previamente os portugueses para a dureza da austeridade que terá de aplicar ao País. Mas na verdade, à medida que os cidadãos vão sendo forçados a apertar um novo furo no cinto da austeridade, a confiança vai-se exaurindo mais, amplificando o eco dos que alimentam a opinião pública, proclamando todos os dias que este Governo em nada se diferencia do anterior. E daqui até à descrença pode ir um passo muito curto, com efeitos demolidores para o sucesso das medidas de recuperação económica e financeira. E assim sendo, quando as centrais sindicais e os partidos da esquerda marxista saltarem em força para a rua, o Governo pode começar a enfrentar uma crescente bola de neve de contestações imparáveis. Oxalá não haja a tentação de copiar o comportamento dos gregos… Seria trágico para todos nós!  Jornalista e Professor Universitário

Bisturi Henrique de Villalva

Rotundas… onde são precisas Durante anos muitos autarcas deste país afirmaram-se pela construção, sem lógica nem nexo, de rotundas em tudo o que é sítio. Qualquer cidadão que circula de norte a sul pode constatar isso um pouco por todo o lado. Há até localidades, cidades ou não, que se tornaram famosas pela proliferação desta forma de gestão dos espaços rodoviários. A isto chamou um dia o Presidente da República a doença larvar da rotundite nacional… Embora com algumas situações que variam entre o supérfluo e o caricato, o concelho de Gondomar não é, nesta matéria, dos mais escandalosos. Há efectivamente rotundas sem qualquer sentido ou justificação, mas não podemos falar de escândalos insuportáveis. É fácil perceber, aliás, que sempre que tem optado por construir uma rotunda, a Câmara de Gondomar fá-lo por uma lógica mais de controlo de velocidades do que por exigências de gestão quantitativa do tráfego. É o caso bem visível, por exemplo, das rotundas que existem, e da nova que está a ser construída, na Avenida da Conduta, tal como as existentes na

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acesso à Repartição de Finanças. Ambos com a via principal (EN 15). O segundo no entroncamento da mesma via (EN 15) com a Av. Castro Meireles, espinha dorsal de acesso ao centro de Baguim. O terceiro, no Seixo, também no entroncamento da EN 15 para outro dos acessos a Fânzeres. Finalmente, o quarto, mais complexo sob o ponto de vista técnico, no cruzamento da Igreja de Baguim do Monte. Em qualquer destes locais é fácil testemunhar a conflitualidade de gestão de tráfego, sobretudo nas horas de ponta,

que facilmente seria facilitado e disciplinado com rotundas simples, construídas rapidamente, com pouco dinheiro, e à cota das respectivas vias. A mais complexa e mais dispendiosa seria, sem dúvida, a do cruzamento da Igreja de Baguim, pelo desalinho das ruas, pela sua inclinação e, provavelmente, por implicar negociações pelo menos com uma propriedade privada. Nada que, certamente, não seja ultrapassável com bom senso e diálogo entre as partes. Aqui ficam os recados… 


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As contradições do governo

PS Conceição Loureiro “… a margem para a negociação do Orçamento de Estado de 2011 é esta: nós não aceitamos que o Governo vá buscar mais dinheiro ao bolso dos portugueses. Esta é a margem da negociação…” (Pedro Passos Coelho, em entrevista à TVI , 16.09.2010). “… Precisamos de um combate firme às desigualdades e à pobreza que corroem a nossa unidade como povo. Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos…(Aníbal Cavaco Silva, discurso da tomada de posse como Presidente da República, 9.03.2011) O PSD corroborou as palavras do Presidente da República e reprovou o PEC IV. Teceu fortes cítricas a cada imposto, por pequeno que fosse, anunciado pelo seu antecessor, ao mesmo tempo que reafirmava a sua solidariedade para com as famílias “tão duramente castigadas” pela governação socialista. Que se cortasse na despesa do Estado, dizia… Escandalizou-se, quando em campanha eleitoral, José Sócrates, referiu haver indicações de que, se o PSD viesse a ser governo, cortaria no subsídio de Natal, nas despesas com a Saúde e com a Educação e congelaria as reformas. O PSD ganhou as eleições e formou governo. Onde estão os cortes? Na despesa do Estado? Não. Nos salários dos trabalhadores. Porque efectivamente são sempre estes, ganhem muito ou ganhem pouco, quem pagam as crises, porque também são estes que, diferentemente de um certo trabalhador português, cujo nome consta habitualmente na revista Forbes (que como é sabido, dá a conhecer a lista dos mais ricos do Mundo), não têm qualquer possibilidade de fuga ao fisco. É justo que quem ganhe mais, também pague mais. Mas pode considerar-se verdadeiramente rico quem vive exclusivamente dos rendimentos do seu trabalho? Não pode o PSD alegar que desconhecia a situação económica do País. Além de ter viabilizado o PEC II, o PEC III e o Orçamento Geral de Estado para o corrente ano, bem como analisado detalhadamente, supõe-se, o PEC IV, o PSD também participou nas negociações com a famigerada ‘troika’, o que significa, terem os seus dirigentes pleno conhecimento da situação (fora, talvez, os desvios “colossais” da Madeira e do BPN). Não ignoravam, pois, as medidas de austeridade constantes do Memorando de Entendimento entre o Estado Português, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional. E eram exactamente essas, apenas essas, as medidas que o actual governo, numa primeira fase, estava obrigado a implementar e não, as que, insensível ao sofrimento das famílias, o Senhor Ministro das Finanças não se cansa de anunciar, quase diariamente, e que ultrapassam, em muito, o referido Memorando. Ocupado como estará à procura dos ricos a quem, e como aplicar o tal imposto solidário, não admira que o Senhor Ministro das Finanças não se aperceba de um fenómeno emergente na sociedade portuguesa: os novos pobres. Famílias que há escassos meses tinham um nível de vida, sem luxos, mas que lhes permitia satisfazerem as suas necessidades básicas e viverem com algum conforto. Hoje, pouco ou nada têm, porque tendo perdido o emprego lutam com extremas dificuldades, não para viverem, mas para apenas sobreviverem. E os sem-abrigo? Não reparou nunca, Senhor Ministro como aumentaram nas ruas de Lisboa? E nas do Porto? E nas de todas as cidades do País? Muitos deles tinham casa e emprego, provavelmente família. Já espanta, isso sim, o senhor Primeiro Ministro que, aparentemente mantém, o que é de louvar, uma saudável relação de proximidade com o comum dos cidadãos, não se dar conta do sofrimento que a sua governança está a causar em Portugal. Tantas e tão más medidas ao mesmo tempo, só podem contribuir para agravar consideravelmente a vida da maioria dos portugueses. Uns, dizem que a situação irá melhorar a partir de 2013, outros, apontam para 2015. Terá de ser dado o beneficio da dúvida e acreditar que a partir dessa data o País começa efectiva-

Quinta-feira, 29 de Setembro 2011 mente a sair da crise. No entanto, e independentemente do ano em que tal venha a acontecer, seria bom que as medidas de austeridade fossem implementadas de uma forma mais gradual, menos violenta e menos dolorosa para o Povo. No mínimo, como preconizava a “Troika”, mas sempre de modo a evitarem-se mais sacrifícios para as famílias portuguesas. Começa a haver dificuldade, especialmente para aqueles que como eu pouco percebem de economia, em entenderem a agilidade com que o governo aumenta os bens essenciais de consumo e aplica impostos sobre os rendimentos do trabalho, especialmente os de uma classe média já completamente “depenada”, e tarda em começar o anunciado “emagrecimento” do aparelho do Estado e a tributar quem mais pode e deve contribuir para a saída da crise, ou seja, os grandes patrimónios e as grandes fortunas, entre outros. Nicolau Maquiavel afirmava que, quando assume o poder um líder, “deve cometer todas as crueldades de uma só vez, para não ter que voltar a elas todos os dias, enquanto os benefícios devem ser oferecidos gradualmente para que possam ser melhor apreciados”. Espera-se ter sido este o conselho seguido pelo “nosso príncipe” e que as crueldades estejam já todas cometidas. Venham agora os prometidos benefícios, até porque os portugueses, que desde o inicio da crise se têm mostrado disponíveis para colaborar com os governos, começam a dar sinais de impaciência, tantas as vezes o governo, “lhes vai buscar dinheiro ao bolso”. Não será, pois, difícil de prever, que mesmo correndo o risco de ser chamado “incendiário” e de desagradar ao Senhor Primeiro Ministro, o Povo Português, democraticamente, demonstre o seu descontentamento e ao mesmo tempo exija melhores condições de vida, exercendo publicamente, aquele direito a que um dia Mário Soares, se referiu como sendo “o direito à indignação”. Todos o temos. Para finalizar, mais uma citação que certamente nos fará reflectir: “… O valor incomensurável da dignidade da pessoa humana obriga a que haja uma preocupação com o auxílio aos mais vulneráveis e uma justa repartição dos custos e sacrifícios associados à superação da crise…” (Pedro Passos Coelho, discurso da tomada de posse como Primeiro Ministro de Portugal, 21.06.2011). 

Autarquias sob fogo da Troika PSD, CDS e… PS BE Rui Nóvoa Está em marcha um ataque à democracia local. Mas não tem a ver com a Troika. Ainda antes da ordem do FMI/BCE/EU para centralizar ainda mais o poder local, já o defunto governo de Sócrates, através de José Junqueiro, tinha anunciado uma chamada “Reorganização administrativa do território”. Em vez de medidas para a racionalização do funcionamento autárquico ou para reforçar as competências das autarquias ou para aprofundar a democracia local, a ideia central apresentada foi a de acabar com autarquias e autarcas. Daí a “receita”: diminuir de cerca de 8.525 para cerca de 5.000 o número de eleitos nas câmaras e assembleias municipais e de 48.000 para 38.000 os eleitos nas freguesias. Ora uma simples comparação com os restantes países da Europa mostra que Portugal, com as suas 308 Câmaras, não tem municípios a mais: na Alemanha são 13.985 municípios, na Áustria há 2.342 municípios, na Bélgica são 589, na Espanha há 8.116 municípios (mas quase 7.000 têm menos de 5.000 habitantes), na França são 36.565 municípios (mas quase 33.000 destes municípios têm menos de 3.500 habitantes), na Itália há 8.102 municípios. Uma outra comparação com a situação das autarquias nos restantes países da Europa, revela que Portugal, com um número médio de 36.000 habitantes por município, já é dos 27 países da União Europeia com menos municípios em relação à sua população. Só três países (Inglaterra, Irlanda e Lituânia) têm maior número médio de habitantes por município. Estudos do Conselho da Europa apontam que o número mín-

imo de residentes para garantir a sustentabilidade de serviços municipais é entre 5.000 e 7.000 habitantes, pelo que diminuir drasticamente o número de municípios em Portugal vai no sentido errado, até porque leva ao reforço do centralismo que tanta desigualdade territorial tem gerado. E freguesias como há algumas em Portugal com 30.000 ou 40.000 habitantes, com os seus limitadíssimos poderes, são um disparate em termos de gestão eficiente do território. É verdade que as dinâmicas urbanas ultrapassam muitas vezes os limites administrativos. Há freguesias nos centros urbanos como Lisboa com menos de 400 eleitores, situação que justifica e até exige uma nova configuração das freguesias. É também certo que são necessários ajustamentos, desde logo diferenciando as atribuições e meios das autarquias urbanas e rurais e também melhorando a participação pública para além das 4 ou 5 reuniões anuais das assembleias de freguesia ou municipais. Mas o que faz falta é descentralizar, desde logo concretizar a regionalização prevista na Constituição já desde 1976. Dar ainda mais poderes aos presidentes das câmaras é enfraquecer a democracia e favorecer a corrupção. A centralização do poder local não é o caminho certo. O que é preciso é reforçar o controle e fiscalização dos executivos pelas assembleias municipais e de freguesia. O BE luta pelo reforço da participação popular nos órgãos autárquicos e pela democratização do poder local. E estaremos no combate contra o centralização do poder, pela democracia local. 

Barreiras arquitectónicas

PEV Miguel Martins No passado dia 16 de Agosto foi publicada no JN uma notícia referente ao dia-a-dia dramático de uma pessoa com mobilidade reduzida, aludindo que os passeios são os maiores inimigos de quem tem dificuldades de se movimentar em Rio Tinto. Constituem factores para acentuar a mobilidade reduzida: o estacionamento fora dos locais permitidos, as irregularidades e má conservação dos passeios, insuficiência de rampas, os passeios de largura reduzida, assim como um conjunto de barreiras arquitectónicas, como postes de electricidade, árvores, caixotes do lixo, caixas da TV por cabo, sinais de trânsito, entre outros. De salientar que quando se refere a pessoas de mobilidade reduzida, engloba não apenas pessoas com deficiência motora (cadeira de rodas), mas também de idosos, crianças, deslocação de carrinhos de bebés, de pessoas com canadianas, com sacos de compras, etc. Ou seja, todos nós, pelo menos pontualmente já nos deparamos com estas situações. Este problema tem sido transversal à maioria dos aglomerados populacionais, sobretudo devido às más políticas de planeamento e licenciamentos urbanos de algumas câmaras municipais, com a convivência de algumas juntas de freguesia que não exercem todos os poderes conferidos pela legislação. Em Rio Tinto existe pouca sensibilidade do executivo da junta de freguesia e da Câmara Municipal de Gondomar face à acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, com pequenas excepções, como a resolução de cerca de oitenta pontos críticos, não deixando de ser insignificante na globalidade da freguesia. Conforme diz o ditado popular é como uma “agulha num palheiro”. Desde 1997 (por via do Decreto-Lei 123/97, de 22 de Maio, e posteriormente pelo DL 163/2008, de 8 de Agosto) que se tornou obrigatória a adaptação, de edifícios de acesso ao público, a pessoas com mobilidade reduzida, introduzindo um conjunto de equipamentos que tecnicamente facilitem a mobilidade (desde rampas de acesso, elevadores, portas, instalações sanitárias, etc.). Não deixa de ser caricato e curioso que alguns estabelecimentos e serviços estejam a adaptar os acessos a pessoas de mobilidade reduzida, conforme refere a legislação, quando é impossível estas pessoas a circularem na via pública. 


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Quinta-feira, 29 de Setembro 2011

Em defesa e dignificação do Mercado da Areosa PCP Adérito Machado No passado mês de Agosto, em declarações a um órgão de comunicação social, o Vice-presidente da Câmara de Gondomar anunciava a abertura das novas instalações do Mercado da Areosa para o início do corrente mês de Setembro, o que até à data não aconteceu. Não foi feita a dita inauguração e até ao momento em que escrevemos esta crónica, não foi prestada qualquer informação aos comerciantes, continuando assim, sem saber qual o tipo de espaço que lhes vai ser atribuído, quando e em que condições... A CDU – que desde sempre prestou a maior atenção à situação do mercado, levando também o assunto à Assembleia Municipal, esteve lá e constatou a preocupação de muitos, que se sentem abandonados à sua sorte e até com pouca vontade de continuar a exercer a sua actividade por sentirem que podem estar para vir exigências incompatíveis, tendo em conta a actual situação que o País atravessa. A atitude de nada dizer, não deixa de ser preocupante, demonstrando falta de solidariedade por parte das instituições, tanto da Câmara Municipal de Gondomar – que nada ou pouco esclarece – como pelo silêncio da Junta de Freguesia, uma vez que o próprio Presidente diz nada saber sobre o que se irá passar... Para além desta estranha ignorância sobre os espaços e sobre as futuras condições, constata-se que o espaço reservado aos lugares de “terrado” não terão as melhores condições para o exercício da sua actividade, uma vez que os produtos hortícolas e frutícolas ficarão expostos ao sol e à chuva. O mesmo se passa no que diz respeito ao estacionamento das viaturas que servem para cargas e descargas. Há grande apreensão, tendo em conta que a partir da abertura, entrará em vigor uma drástica alteração da postura de trânsito na zona envolvente do Mercado e uma vez que, num determinado perímetro, não haverá estacionamento grátis... A CDU está preocupada com a situação e na última Assembleia de Freguesia, apresentou uma Proposta – aprovada por maioria – a exigir à Câmara Municipal uma resposta a muitas destas questões, que também alertava para o facto de no novo edifício, não terem sido acauteladas instalações para o Posto da PSP, que funciona provisoriamente num prédio alugado, o que pode vir a justificar o seu encerramento a curto prazo, como se já não fosse preocupante a drástica redução dos seus efectivos. A manutenção do Posto da PSP deve ser uma preocupação e uma exigência de todos os que habitam naquela zona e os próprios comerciantes, visto a Areosa ser um importante polo comercial, onde há uma intensa circulação de pessoas... Já em Agosto, a CDU enviou um Pedido de Informação ao Presidente da Assembleia Municipal, no sentido de sermos esclarecidos sobre as intenções da Câmara Municipal, no que diz respeito à mudança e as condições que serão exigidas a todos aqueles que poderão vir a ocupar o novo Mercado, nomeadamente: que informe os comerciantes e vendedores do antigo Mercado da Areosa dos espaços que lhes vão ser atribuídos nas novas instalações; quando e em que condições; que seja disponibilizado um espaço no novo edifício para a instalação do Posto da PSP, garantindo assim a continuidade do seu funcionamento; que sejam instalados toldos – ou outro tipo de cobertura – ainda que amovíveis, na praça frontal ao novo edifício, para que os ocupantes dos lugares de terrado possam exercer a sua actividade em boas condições; que seja estabelecido um protocolo com o concessionário do parque de estacionamento subterrâneo, ou se encontre outra alternativa, de modo a que seja disponibilizado estacionamento gratuito para as viaturas utilizadas pelos comerciantes e vendedores no transporte de mercadorias e produtos; finalmente defendemos e propomos a aplicação do Regulamento Municipal, que determina que para esses espaços, o aluguer a aplicar, ronde os 4,00 € por m2. Sempre na defesa intransigente dos direitos da população de Rio Tinto, a CDU apresentou mais dois importantes documentos na última Assembleia de Freguesia. Uma Moção denunciando o brutal aumento dos preços dos transportes públicos – aprovado por maioria – e uma Proposta sobre o eterno problema do nosso Rio Tinto, que foi aprovada por unanimidade. A finalizar, apelamos a todos os rio tintenses para que se associem à grande Manifestação convocada pela CGTP/IN para o

dia 1 Outubro no Porto, Praça dos Leões - 15h00, fazendo desta jornada de luta, um momento alto da intervenção organizada dos trabalhadores e das populações que estão a ser massacradas pelas medidas da troika estrangeira, subscritas pelo PS, PSD e CDS. Porque a luta não só não pode parar como tem que ser mais forte, mais participada e mais consciente. Com a nossa luta e a determinação de cada um, com a coragem e a indignação de todos. É este o caminho a seguir, pelo futuro próspero do nosso País. 

Não à privatização das Águas de Portugal

a qualidade do serviço seja mau, seja pela má qualidade da água (que era de boa qualidade até chegar à rede em baixa), seja pela sistemática interrupção do abastecimento às populações devido a avarias na rede. Assim, os Municípios que ainda não concessionaram estes serviços, devem fazê-lo quanto antes, para que empresas privadas possam investir na remodelação das infra-estruturas já existentes, bem como na construção de novas infra-estruturas com tecnologias mais recentes, permitindo que dentro de alguns anos tenhamos a rede em baixa com uma eficiência e qualidade idêntica à que temos na rede em alta. Desta forma, garantíamos que vão estar reunidas todas as condições para que dentro de alguns anos tenhamos uma gestão uniformizada no sector, permitindo que a rede em baixa e a rede em alta, possam caminhar lado a lado sempre com o objectivo de oferecer às populações um serviço de qualidade. 

Consciência cívica em Rio Tinto

Juventude Popular Pedro Carvalho A água é um bem essencial de primeira necessidade, e que deve estar acessível a todos. A água é também um recurso hídrico, que é parte constituinte do nosso planeta, e tal como outros recursos apresenta valores muito escassos, pelo que a sua boa gestão torna-se fundamental e imprescindível. Com o aumento da população à escala mundial, e com o aumento da esperança média de vida, a pressão sobre este recurso tem vindo a acentuar-se. Os humanos, tal como outros seres vivos do nosso planeta, têm necessidade deste bem para a sua própria sobrevivência. Estes são apenas alguns factores que nos obrigam a fazer uma gestão eficiente deste bem, essa gestão deve ser feita com a maior das cautelas. O sector da Água é um sector com inúmeras particularidades e aspectos que 90% dos Portugueses desconhecem. O plano de privatizações que o actual Governo pretende desenvolver (e bem), prevê a privatização de grande parte das empresas públicas (GALP, TAP, CTT, etc). Concordo com este pacote de privatizações, não concordo é com a privatização das Águas de Portugal. As Águas de Portugal são um grupo empresarial, que é gerido sob a forma de sociedade anónima, cujo único accionista é o Estado, e têm como principal missão a captação, o tratamento, e a distribuição de água para consumo humano, bem como a recolha, o tratamento, e a rejeição de águas residuais industriais e domésticas. As Águas de Portugal são a entidade responsável por gerir e explorar aquilo a que em termos técnicos se designa de rede em alta. A gestão e a exploração da rede em alta é feita por várias empresas deste Grupo, por exemplo: as Águas do Douro e Paiva, ou as Águas do Algarve, entre outras várias empresas que tem como missão assegurar o abastecimento de água aos Municípios (rede em baixa) das respectivas regiões, e os Municípios por sua vez asseguram o armazenamento, e o fornecimento de água directo às populações. Assim, e em termos técnicos, temos duas realidades totalmente distintas, a primeira, a rede em alta que é da responsabilidade das Águas de Portugal, e a segunda, a rede em baixa, que é da responsabilidade dos Municípios. A gestão da rede em baixa é assegurada directa ou indirectamente pelos Municípios, seja através dos Serviços Municipalizados – SMAS, ou através da Concessão dos Serviços Públicos a empresas privadas. Aquilo que eu pretendo expor e afirmar com este artigo, é que o Governo deve manter sempre sobre o seu domínio (domínio público) a gestão da rede em alta. Deste modo evita-se a fácil monopolização de todo um sector, bem como se assegura que a gestão deste recurso continue sobre a responsabilidade do Estado, que assegura assim a sua universalidade e qualidade. O Estado deve é incentivar os Municípios a entregar a gestão e exploração da rede em baixa a empresas privadas, pois o problema deste sector reside precisamente na rede em baixa, pois os Municípios não são capazes de assegurar de forma eficiente a sua gestão, devido à falta de capacidades financeiras, técnicas, e humanas para o fazer. A qualidade e a eficiência existente na rede em alta é excelente, e não têm comparação com a rede em baixa, que em boa parte do território nacional é de má qualidade. Os Municípios não têm capacidades para assegurar a manutenção e a exploração das infra-estruturas já existentes, e muito menos para a construção de novas infra-estruturas. Esta má qualidade existente na rede em baixa, não é transversal a todo o País, existem excepções principalmente no Litoral, mas o panorama geral é idêntico e tende-se a agravar no Interior: infra-estruturas com décadas de existência, com pouca ou nenhuma manutenção, provocam que

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MRTC Joaquim Marinho Atropelos, violações, inconsciência, não são as constantes verificadas nesta cidade, indevidas pela vergonha que nos causa qualquer uma delas? Não será que há construções e mais construções de “ilhas” viradas para o ar, ou “paliteiros”, paredes-meia com belas construções conforme a natureza dos locais! Esta massificação de habitações conduzirá mais gente? Gente que precisa de transportes, de limpeza pública, de saneamento, de locais de lazer, de ocupação de tempos livres, de segurança, de acessos decentes, etc, que não existem, ou existem minimamente, nesta terra. E repartições públicas administrativas, que aliás já existiram em condições? Bairro Administrativo, Conservatória de Registo Civil, Conservatória de Registo Predial, Comercial, etc... E há cada vez mais gente. Isto é, há crescimento (desmedido, anárquico, à balda) mas, sistematicamente, não há desenvolvimento (qualidade de vida). Constrói-se tudo pelo telhado! Quem tiver algumas noções sérias de história e de economia sabe que nos países subdesenvolvidos é que os oportunistas enriquecem. É que a permissividade e a corrupção são premissas propiciadoras à falta de idoneidade. Dão azo à colocação do interesse individual em detrimento da comunidade, ou seja, do país. A nível de cidade, esta “qualidade” atinge o auge! Nem com os exemplos de maturidade cívica dos nossos vizinhos, de Ermesinde, por exemplo, e daqueles outros manifestados por naturais e residentes de tantas terras bem publicitados nos jornais, nós nos incentivamos! Nessas terras, tal consciência cívica é logo incutida na população pelos seus autarcas. Por aqui, alguns dos autarcas que por cá têm passado não tinham formação cívica, mas só e simplesmente política, traduzida em politiquice por má assimilação e interesse próprio. Alguém sabe o que, há uns anos atrás, esteve para suceder no início da Avenida Dr. Gonçalves de Sá? O que é que se sabe sobre a Avenida da Conduta? E acerca, por esse tempo, da instalação da PSP? E das Repartições Administrativas? E do Centro Cultural? E dos acessos ao Porto? E dos transportes públicos? Ainda por agora não se pode afirmar que são uma maravilha! Um ou outro morador aparece de quando em vez nas sessões públicas da Junta de Freguesia para falar dos seus problemas pessoais ou da sua rua, nada que respeite a comunidade. Por sua vez, esta autarquia e a Câmara Municipal, que são quem deveria tomar a iniciativa de informar os cidadãos do que se vai ou está a (não) fazer e até, democraticamente; (estamos ou não em democracia?!) procurar junto das populações ouvir opiniões em casos de importância vital para a terra e para a sua qualidade de vida, tomam a atitude incrível de não lhes ligar patavina e exibirem atitudes superiores que estão por demonstrar. Os poucos que se atrevem a pedir esclarecimentos se, por favor, forem atendidos, são tratados com desfastio e, até, com alguma má criação, argumentos que desincentivam a formação da tal consciência cívica e, tudo isto, à revelia do que devia ser. Algum interesse forte há em tudo isto! Quão triste é ver crucificar todos aqueles (mas são tão poucos, talvez por cobardia ou não-terales!) que pugnam pelo progresso da sua terra sem quaisquer interesses em dividendos! Podre democracia! 


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vozes de baguim

Este governo foi acometido por uma profunda amnésia PS Alício Morais Todos os Portugueses têm razão, para estarem perplexos e preocupados com o actual governo que, em apenas três meses de exercício governativo, está farto de cometer incoerências e enganar os Portugueses. Todos se lembram que, durante a campanha eleitoral o PSD e o CDS/PP, com facilidade e sem pudor, prometeram e distribuíram ilusões. Logo que ganharam as eleições e formaram governo, foram acometidos por uma profunda amnésia. Quem não se lembra de os ouvir dizer que com eles no governo não haveria aumento de impostos; que o caminho a seguir era cortar nas gorduras do Estado? Em tempo de campanha, para chegar ao poder, o PSD e o CDS/PP, de tudo se serviram para enganar os Portugueses. Nessa altura, palravam, que era primordial emagrecer a máquina do Estado, cortar na despesa corrente do Estado, concentrar os cortes nos gastos das empresas e institutos públicos, que a carga fiscal deveria aumentar nos escalões mais elevados do IRS, aliviando a classe média. Afirmar que a necessidade de obter mais receita não deveria ser à custa do rendimento do trabalho, mas nos ajustes ao consumo, não passaram de balelas. Ao contrário do que afirmou em campanha eleitoral, o PSD, logo que chegou ao governo, aumentou o IVA de muitos produtos essenciais e retirou aos trabalhadores portugueses quase a metade do 13º mês. Com o desemprego a aumentar, a estratégia do PSD para combater o flagelo passa por liberalizar os despedimentos, efectuar cortes nos salários e anunciar que os cidadãos e as

famílias da classe média vão pagar mais, terão que fazer mais sacrifícios. Vão limitar-se a impor austeridade. Entre outras e boas formas de enganar o povo português com promessas, temos agora comunicações e conferências de imprensa, a toda a hora, para anunciar cortes na despesa do Estado, que ninguém vê e, como quem não quer a coisa, lá acabam por anunciar um novo imposto ou outra forma de ir ao bolso dos trabalhadores buscar os seus parcos rendimentos. Prometem mais transparência na administração pública, mas o Diário da República e os “sites” ministeriais informam que estes governantes já fizeram mais de 800 nomeações desde o inicio do governo, mais ou menos uma média de 7 por dia, comunicação de que a preocupação principal é com a coesão e a justiça social, porém, realizam-se conferências de imprensa a anunciar aumentos nos bens essenciais, na água e na electricidade e cortes cegos e radicais nas áreas da saúde, da educação e da segurança social. Pela mão de Passos Coelho, espera-nos um percurso cheio de sacrifícios, mas alguns, ele chama para pagar as contas e outros para usufruir de mordomias reservadas para os amigos. No tempo em que era oposição, como bem se recordam, o Sr. Passos Coelho era contra o TGV. Usou isso como bandeira

Quinta-feira, 29 de Setembro 2011 eleitoral, mas agora já não pensa do mesmo modo. Precisa do TGV para “mandar embora” as promessas eleitorais que fez. O líder do PSD e Primeiro-Ministro de Portugal não pode manter o silêncio, relativamente ao desgoverno da Madeira. Não ir fazer campanha eleitoral à Madeira, como disse, não é suficiente para acreditar que o líder do PSD e Primeiro-Ministro de Portugal condena objectivamente o comportamento da Administração Regional da Madeira. É caso para dizer que o discurso de rigor, como lhe é comum ouvir, se aplica somente aos outros e para usar em tempo de campanha eleitoral. Um buraco nas contas da Madeira, como o que foi “descoberto”– por omissão de informação relativa às contas públicas da região é muito grave e exige carácter e responsabilidade. Apesar de tudo, não há lugar para admiração. Sempre que o PSD e o CDS/PP chegam ao governo, as condições sociais das classes mais desfavorecidas degradam-se. Saudações socialistas. 

Os cem dias…

PSD Carlos Aires Como sabem já ocorreu a Guerra dos Cem Anos. O actual Governo fez hoje os cem dias que está à frente deste País. Não estamos propriamente em guerra, mas quase. Sem imputar culpas a ninguém, mas que o anterior Governo tem muitas culpas porque passou nos últimos dez anos a esbanjar dinheiro e a enganar este País, certo é que, quer queiramos ou não, estamos na presença de alguém com coragem, muita coragem. Foi com alguma desilusão que hoje ouvi algumas intervenções no fórum da TSF, mas sinceramente fiquei ainda a gostar mais do Dr. Carlos Moedas. Muita calma, muita objectividade, muita clareza e muita frontalidade. Este Governo em cem dias fez muito mais que alguns em muitos anos que estiveram à frente da causa pública. Muitas medidas vêm do acordo da Troika (assinado também por outros dois partidos). Outras foram implementadas para além desse acordo para exprimir o sério compromisso que o País tem para com terceiros. Todas estas medidas são desagradáveis; vão-nos custar muito; são muito violentas mas têm que ser tomadas. Sempre fomos um País que honrou os seus compromissos e não podemos falhar. Nunca falhámos e não vai ser agora que tanto precisamos. Não são as criticas; as revoltas; o constante contra, que ajuda a ultrapassar esta crise. Não vi essa gente a reagir alguns tempos atrás - tudo estava bem. Portanto, impressiona positivamente a actuação deste Governo na tomada de posições talvez algumas difíceis mas inteiramente necessárias. Não tenho dúvidas que iremos passar por tormentas mas vamos todos juntos ultrapassar esta fase de crise. Sem parafrasear alguém “alguns choram, e outros vendem lenços”. Nos momentos de crise, outras portas se abrem; outras oportunidades surgem - vamos aproveitá-las - vamos agregar. Temos que continuar a investir; aumentemos as nossas exportações. Temos óptimos produtos; tenho gente inteligente; temos um óptimo País - vamos à luta. Até breve. 

Reformar ou não?

CDS Maria Alzira A reforma do Poder Local de Portugal é uma das mais importantes medidas impostas pela “Troika” ao nosso país. A medida não é imposta por acaso; é impossível manter um sistema de apoio aos cidadãos em que 2/3 das pessoas são dependentes do Estado e os restantes são dependentes da construção civil e das obras públicas. Resta só e apenas o turismo e temos o nosso Portugal caracterizado. Ora o que acontece nos Municípios de Portugal é um enorme desperdício de recursos, pois gastam-se rios de Euros e de horas a discutir coisas que nenhum interesse têm para as populações e assegura-se que o que traz os votos do povo deve ser rapidamente construído e gerido pelo Município. Ora a “Troika”, muito rapidamente, percebeu quais os problemas do nosso país e considerou este como dos mais graves. Tenho ouvido dizer que a reforma do Poder Local (gosto de lhe chamar assim) deve ser feita ouvindo as populações em referendo e consultando os envolvidos, nomeadamente os Municípios. Deve ser seguido o “bom” exemplo de Lisboa, onde, salvo erro, se vai passar de quase quarenta freguesias para apenas cerca de vinte; numa transição pacífica. Tenho ouvido ainda que, se a reforma do Poder Local for feita contra a vontade dos fregueses e dos munícipes podem vir a ser despertados ódios antigos entre as populações e (imaginem!) até obrigar à intervenção dos “tanques” da GNR. Enfim, parece que regressamos aos velhos tempos do Cinema Batalha, com filmes de guerras e batalhas civis entre as populações das terrinhas limítrofes. Então, para que fazemos eleições LEGISLATIVAS? Na minha opinião é para eleger quem escreva e aprove a legislação, de acordo com os objectivos estratégicos do país, consagrados, em primeiro lugar, na Constituição, mas também definidos em documentos estruturantes como o acordo com a “Troika”. Ora então o Parlamento tem autoridade moral, legal e a OBRIGAÇÃO de promover a reforma; em concordância com o que foi planeado com a “Troika”, ou seja, uma REDUÇÃO muito substancial no número de Municípios e Freguesias. Esta redução passa por criar alguns grandes Municípios que agreguem as zonas de influência económica e social que são naturais e evidentes, como por exemplo, o município do Porto ser alargado com a parte urbana dos municípios de Gaia, Gondomar, Maia e Matosinhos. A mesma coisa em Lisboa, agregando as partes urbanas de Oeiras, Almada, Amadora, Cascais, Loures, Mafra, Odivelas, Sintra e Vila Franca de Xira. Estes super-municípios teriam que ser dotados de instrumentos e recursos adequados para o seu funcionamento. Nas restantes cidades, com muitos habitantes e vida própria, como a maior parte das sedes de distrito, o perímetro urbano deverá delimitar o Município. Os municípios, eminentemente rurais, devem associar-se, em conjuntos de 10 a 20 de modo a que grandes zonas de influência possam partilhar recursos e optimizar a sua utilização. O objectivo deveria ser passar dos trezentos e muitos municípios que temos hoje para menos que CEM. Vejam como ficava Gondomar: uma parte significativa de Rio Tinto, Fânzeres, Baguim e Valbom eram integrados no Município do Porto, as restantes freguesias, bem como Valongo e Paredes poderiam ser integradas em Penafiel, por exemplo. É altura de colocarmos os interesses nacionais acima dos mesquinhos interesses pessoais de cada um. Cumprimentos. 


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reportagem

Foto Ilustre Como forma de prestar um melhor serviço aos clientes, o conceituado estúdio de fotografia Foto Ilustre reabriu recentemente com novas instalações. “Este espaço renovado permite-nos ser mais eficientes, atendendo os clientes em dois locais distintos - no balcão e numa mesa de trabalho -, numa lógica ‘openspace’”, explica um dos sócios-fundadores, Rui Teixeira. O crescimento da Foto Ilustre e as exigências que surgiram desse desenvolvimento são as razões que estão por detrás deste projecto. “A realidade é que a loja tornou-se cada vez mais pequena para fazermos o nosso trabalho”, explica António Mendes, que, em sociedade com Rui Teixeira, abriu a Foto Ilustre há 12 anos. Com estas alterações, o estabelecimento situado na rua das Perlinhas dedicar-se-á exclusivamente ao contacto com o público e o laboratório - onde o trabalho de edição fotográfico e de vídeo se desenrola - ocupará outro espaço. No momento de elegerem o maior passo que a Foto Ilustre deu, os proprietários não hesitam. O laboratório é o escolhido. “O facto de podermos ter produção própria e autonomia total em relação a terceiros, permite que façamos um trabalho personalizado que de outra forma seria impossível”, referem. Contando actualmente com 12 co-

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Instalações novas, o lema de sempre

laboradores, a Foto Ilustre impõe-se no mercado como uma referência. A juntar ao laboratório próprio e à consequente individualização de cada trabalho, a atitude dos profissionais com os clientes e a formação contínua dos dois fotógrafos revelam ser as fontes do sucesso. “Temos uma constante preocupação com o detalhe nos eventos. Até a nossa própria indumentária é adequada a cada evento”, revela António Mendes, que não deixa de referir que “a simpatia é um ponto-chave na relação fotógrafo-cliente.” Quanto à constante actualização de conhecimentos, os responsáveis consid-

TABACARIA AREOSA

eram que “é indispensável se queremos manter um nível de excelência no trabalho.” Os dois sócios, que partilham o projecto ‘Foto Ilustre’ há mais de uma década, participam com frequência em conferências e workshops – em Portugal e no estrangeiro -, onde têm a oportunidade de partilhar saberes com os melhores fotógrafos da actualidade. “A nossa evolução passa por estes eventos, onde convivemos com profissionais de bitola mundial que estão na vanguarda da fotografia”, referem. A aposta na formação contínua e a experiência de ambos os responsáveis já deu os seus frutos. A Associação de Fotógrafos

Profissionais carimbou a qualidade dos dois fotógrafos, premiando quatro fotos tiradas pelos entrevistados que foram a concurso com mais de três mil outras obras. Por outro lado, a preocupação com a qualidade dos serviços prestados é transversal a todo o tipo de eventos que a Foto Ilustre realiza. “Os eventos sociais são os mais comuns, como os casamentos e baptizados, mas temos também a componente de estúdio”, resume António Mendes, que sublinha que este estúdio de fotografia possui uma singularidade: a capacidade de fidelizar. “Temos alguns clientes para os quais fizemos o casamento e, anos mais tarde, o baptizado dos filhos”, afirma, com orgulho. Numa sociedade cada vez mais digital, a Foto Ilustre soube acompanhar o crescimento dos novos meios, apostando na criação de um site (www.fotoilustre.pt), assim como de um Blog e de uma página no Facebook. Agora que se assinala o 12º aniversário da empresa, os responsáveis mostraram-se satisfeitos por saberem que o futuro da mesma está assegurado. Os filhos, quer de António Mendes, quer de Rui Teixeira, são já uma referência no mundo fotográfico e uma certeza nos destinos da Foto Ilustre.  Luís Alves

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Vivacidade

especial romaria da nossa senhora do rosário

Entrevista com o autarca de Gondomar (S. Cosme), José António Macedo

Em entrevista ao Vivacidade, o autarca José António Macedo sublinhou a enorme importância da Romaria da Nossa Senhora do Rosário para Gondomar: “As Festas do Concelho valorizam, sem dúvida, a cidade, beneficiam o comércio local e motivam a visita de diversos públicos.” E, por outro lado, são “um momento de grande emotividade religiosa para a nossa população tradicionalmente católica e muito devota aos seus santos.” Vivacidade (VC) - A Romaria da Nossa Senhora do Rosário é um acontecimento que faz parte da história da freguesia de S. Cosme e do próprio concelho de Gondomar. Qual o significado desta comemoração religiosa e profana para os gondomarenses? José António Macedo (JAM) - É o momento alto da sua cidade, em que esta se transforma e se prepara para acolher os romeiros que vêm dos mais diversos pontos do país para cumprir as suas promessas, homenagear os santos padroeiros desta cidade e também procurar uns momentos de diversão, que os ajudem a “deitar pra trás das costas” as dificuldades do dia-a-dia. Por outro lado, a população gondomarense é uma população tradicionalmente católica e muito devota aos seus santos, factor bem evidente na existência e trabalho realizado pelas Confrarias, nomeadamente a Confraria de Nossa Senhora do Rosário, a Confraria de S. Cosme e S. Damião. É um momento de grande emotividade religiosa e de grande devoção para a nossa população. VC - O que distingue esta romaria

Inquéritos de Rua

Orlando Carvalho 40 anos, taxista

“Tem havido uma diminuição do número de pessoas. Os mais velhos é que mantêm a tradição e a organização não tem sido a melhor”

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“Os gondomarenses estão em festa”

das demais festas que se assinalam um pouco por todo o país? JAM - É a última romaria do ano, encerrando o período das tão tradicionais e características romarias estivais. E, talvez por isso, os produtos agrícolas locais distinguem este evento religioso e cultural. Estamos em plena época das colheitas, das nozes e dos nabos, das vindimas e do vinho doce, tudo produção local, tão apreciada por todos os que nos visitam. Por outro lado, as tradições locais associadas a estes produtos, fruto dos costumes e tradições da terra, como o caldo de nabos e as nozes com regueifa, fazem as delícias dos apreciadores da gastronomia local. Não menos importante, os trajes do nosso folclore, e as nossas tradicionais noivas, que, nesta altura, saiem à rua, adornadas com a arte da gente de Gondomar, que tão bem trabalha o ouro, designadamente a filigrana, muito apreciada e procurada pelos visitantes e forasteiros. VC - Falando agora no programa das festas, quais os momentos que destacaria? JAM - A festa conta com dois programas diferenciados, um litúrgico e outro mais cultural e artístico. No primeiro destaco o momento alto das festas religiosas, a solene procissão de louvor e honra a Nossa Senhora do Rosário e aos padroeiros S. Cosme e S. Damião, que se realiza na Segunda-feira (dia 3 de Outubro), pe-

las 16h, bem como no Domingo (dia 2 de Outubro), a missa de recepção aos romeiros. Já no programa cultural, destaco o Festival Gastronómico “Hoje Há Caldo de Nabos” e o evento “Caldo de Nabos para Todos”, onde todos os que nos visitam têm a oportunidade de experimentar os “Sabores de Gondomar” e as suas tradições gastronómicas, até porque Gondomar tem como orgulhoso bom hábito, o de bem receber. VC - Qual o impacto desta romaria dentro e fora de Gondomar? JAM - Fora da cidade, penso que é motivo de curiosidade e devoção a figuras litúrgicas muito características, que expandem e promovem a imagem da cidade, bem como as inúmeras diversões e eventos que se promovem neste mês de festas. Dentro de Gondomar, é o momento anual de festividade, de comemoração das colheitas de verão, dos novos produtos hortículas, do experimentar a tradição, do vivenciar animação e diversão. Os gondomarenses estão em festa, por estes dias, com o natural impacto nas suas vidas e na vida da cidade. VC - Até que ponto esta comemoração promove a freguesia de S. Cosme? JAM - Apesar de serem as Festas do Concelho, esta freguesia é o palco de todo o programa a elas associado. São inúmeros os forasteiros e visitantes, por esta altura do ano, que acorrem à nossa

cidade. As ruas enchem-se de gente, a cidade transforma-se e anima-se com diversificadas atracções, o comércio local anima-se, instalam-se inúmeras tendas de comércio tradicional, com feirantes por todas as principais ruas do centro da cidade (Souto, Rua e Avenida 25 de Abril, Avenida Oliveira Martins), onde tudo se vende, e que servem de cartão de visita de Gondomar. As festas valorizam, sem dúvida, a cidade, beneficiam o comércio local e motivam a visita de diversos públicos.” VC - De que forma a junta de freguesia se associa à Romaria da Nossa Senhora do Rosário? JAM - A Junta de Freguesia de Gondomar (S. Cosme) associa-se a esta romaria através da colaboração conjunta com a Câmara Municipal e a Comissão de Festas, na execução de trabalhos logísticos e, de forma excepcional, na remoção dos lixos gerados pela crescente movimentação de veículos e pessoas nas principais artérias da cidade, onde fazem as suas compras, bem como das que aqui se deslocam para participarem nos eventos e concertos que integram o programa das festas. A junta de freguesia colabora ainda no controlo das entradas e saídas dos veículos dos residentes, das ruas cortadas ao trânsito local, onde decorrem as festas, disponibilizando para o efeito livres-trânsito. VC - A terminar, que mensagem gostaria de deixar à população. JAM - Convido todos os gondomarenses e população de uma maneira em geral a visitarem a grandiosa Festa da Nossa Senhora do Rosário, a decorrer até ao dia 8 de Outubro, na freguesia de Gondomar (S. Cosme). A todos os residentes desta freguesia apelo a que compartilhem da melhor forma deste ambiente festivo, acolhendo todos os que nos visitam, fazendo jus à expressão que nos caracteriza como “terra de gente de coração de ouro”.  Luís Morais Ferreira

Qual a sua opinião sobre a Romaria do Rosário? “É uma boa festa, com muitos romeiros oriundos de vários locais, e em que trabalhamos muito” Agostinho Marques 57 anos, empresário

Rosário Ramos 34 anos, comerciante

“Já vendo na Romaria do Rosário há 33 anos e gosto muito da festa. Tem aspectos positivos, a boa organização, e negativos, como o facto de estar dispersa”

José Santos 68 anos, reformado

“É uma festa muito antiga que, ao contrário de outras, mantêm a sua dimensão. Os concertos é que podiam ser melhores, mas a crise não facilita”



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Vivacidade

especial romaria da nossa senhora do rosário

Gastronomia Comer é um acto de cultura. E comer caldo de nabos é um acto da cultura gondomarense. Como forma de preservar esta herança gastronómica e promover as unidades de restauração do concelho, o Pelouro do Turismo da Câmara Municipal de Gondomar dinamiza até ao próximo dia 9 de Outubro o XX Festival Gastronómico ‘Hoje há Caldo de Nabos’. O certame desenrola-se em 23 restaurantes do município, alguns deles sediados na cidade de Rio Tinto (Casa dos Lopes, Flor do Nilo, Kim Kim, O Trombinhas, Ponte do Freixo e Porto Rio). O que leva a autarquia a organizar mais uma edição do festival ‘Hoje há Caldo de Nabos’? “Em Gondomar preservamos as nossas tradições e valorizamos os produtos vindos da terra”, respondeu o presidente da Câmara Municipal, Valentim Loureiro. A que o vereador Castro Neves acrescentou: “Os gondomarenses e os visitantes não dispensam saborear esta iguaria que é o caldo de nabos, comida simples de uma terra rica na arte de bem a confeccionar.” O autarca Valentim Loureiro deixou a promessa de que “a autarquia continuará a promover os já conhecidos festivais gastronómicos, pois são uma forma de propor-

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Protagonista: caldo de nabos

cionar aos empresários da restauração a oportunidade de afirmação num período em que a crise se faz sentir em todos os sectores.” Por outro lado, o presidente da Câmara acredita que “os restaurantes, ao promoverem a nossa gastronomia, contribuem para a afirmação deste município como um destino de excelência.” “A Câmara Municipal de Gondomar aposta, claramente, na promoção da gastronomia enquanto potencial turístico de qualidade e capaz de fidelizar os nossos visitantes”, concluiu Valentim Loureiro. O programa deste festival gastronómico integra uma série de iniciativas, com par-

ticular destaque para o lançamento, pela autarquia, do guia ‘Receitas de Sempre’. Neste livro estão reunidas 12 receitas, uma por freguesia do concelho, de 12 gondomarenses que desvendaram ‘os segredos’ da confecção do caldo de nabos. Uma dessas receitas é da autoria da rio tintense Virgínia Barros. Esta cidadã, com 69 anos, começa por explicar no guia ‘Receitas de Sempre’ que “numa panela com água cozem-se a batata, a cenoura, a cebola, o feijão e as carnes.” O passo seguinte é “retirar parte do feijão e as carnes, e ralarem-se os restantes ingredientes. Depois “junta-se, então, o nabo partido aos quadradinhos, a rama gros-

seiramente rapada à mão, o feijão cozido e as carnes, deixando-se cozer muito bem.” Finalmente, “verificam-se os temperos, acrescenta-se um pouco de azeite de boa qualidade e deixa-se ferver mais um pouco.” E pouco tempo depois o caldo de nabos está pronto a servir numa malga de barro. Além do lançamento do guia ‘Receitas de Sempre’, este certame promoveu pelo sétimo ano consecutivo o ‘Caldo de Nabos para Todos’. À semelhança de edições anteriores, os restaurantes participantes neste festival ofereceram caldo de nabos aos muitos apreciadores que acorreram ao Largo do Souto. Um passeio pela Romaria da Nossa Senhora do Rosário num comboio turístico, no dia 2 de Outubro (gratuito e aberto a toda a população), e ‘Um desfile pela tradição’, no dia 8 de Outubro, que percorrerá as principais ruas do centro de Gondomar, encerram o XX Festival Gastronómico ‘Hoje há Caldo de Nabos’. Na próxima edição do jornal Vivacidade, não perca todos os pormenores da cerimónia de entrega de prémios deste certame em que o caldo de nabos é o ‘actor principal’.  Luís Morais Ferreira

O Executivo da Junta de Freguesia de Gondomar (S. Cosme) convida todos os gondomarenses e população em geral a visitarem a cidade, por altura das Festas do Concelho, desejando que todos apreciem aquilo que de melhor Gondomar tem para oferecer. Com os votos de que desfrutem desta Festa que é de todos os gondomarenses, e na certeza de contar com a Vossa presença. O Presidente da Junta de Freguesia Dr. José António da Silva Macedo



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especial romaria da nossa senhora do rosário

Entrevista com a Comissão de Festas Foi assim há 300 anos. É assim em 2011. A Festa do Rosário, com três longos séculos de história, vem, uma vez mais, colorir as ruas da sede do concelho, que se enchem de milhares de romeiros movidos pela fé e pela diversão. Durante mais de um mês de iniciativas - de 3 de Setembro a 9 de Outubro - celebram-se três motivos essenciais: o S. Cosme e S. Damião, a Nossa Senhora do Rosário e, numa vertente profana, a Feira das Nozes. Para organizar uma festa desta dimensão, conhecida como sendo a última das grandes festas da temporada, existem duas entidades que juntam esforços e preparam todos os pormenores ao longo de um ano de trabalho. São elas, a Confraria do Rosário e a Comissão de Festas, esta última de carácter temporário, composta por cinco elementos da primeira e pelos autarcas Valentim Loureiro e Fernando Paulo. Fruto da sua história, a confraria deixa uma herança respeitável nos seus confrades. O presidente Francisco Ascenção e o vicepresidente António Kock elegem essa herança como uma das razões que os move. “Para além de sermos católicos e termos espírito de voluntariado, os nossos antecessores depos-

Apontamento histórico Esta festividade, de origem religiosa, marca um dos momentos altos das festas que acontecem ao longo de todo o ano no espaço do Concelho de Gondomar. É celebrada, pelo menos desde há cerca de 300 anos, no espaço da freguesia de S. Cosme do referido Concelho. A origem desta festividade prender-se-á certamente com a importância relativa a dois acontecimentos históricos. O primeiro destes acontecimentos tem a ver com um episódio passado com o fundador duma ordem mendicante, a de S. Domingos, S. Domingos de Gusmão, o qual teve uma aparição da Virgem Maria em 1208 na igreja de Prouille e nessa aparição a Virgem Maria dá o rosário a S. Domingos. Noutro acontecimento, em consequência de um episódio mais dramático, em 1572 o Papa Pio V instituiu uma festa litúrgica para comemorar a vitória das forças cristãs sob o

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A última das grandes festas

itaram em nós a confiança da continuidade e nós preservá-la-emos”, garantem os responsáveis, em entrevista ao Vivacidade. “Mesmo quando as manifestações públicas de fé foram proibidas, durante a implantação da República, o regedor de Gondomar, excepcionalmente, permitiu a realização da Festa do Rosário”, relembra Francisco Ascenção. Num tempo de crise profunda, marcado pelos cortes salariais e pelo aumento do preço dos produtos e serviços, a fé parece sobreviver intacta. A divulgação das festas realizada pela confraria, casa a casa, com respectivo peditório, não tem, nas palavras do presidente

da entidade organizadora, sentido a crise. “Não temos notado diferença em relação a outros anos”, afirma. Apesar dos cortes nos apoios da Câmara de Gondomar - que este ano cifram-se nos 30%, em relação a 2010 -, a festa está assegurada. Prova disso são as inúmeras iniciativas, actividades e concertos que decorrerão na ‘cidade’ do caldo de nabos, das nozes e, claro, do vinho doce. Numa perspectiva religiosa, o primeiro domingo de Outubro impõe-se como o mais solene. Nesse dia, às 11h, celebra-se uma missa, presidida por D. Abílio Ribas, Bispo Emérito de S. Tomé e Príncipe. No dia seguinte,

segunda-feira, dia 3, a procissão sai à rua pelas 16h, percorrendo as principais artérias da cidade com destino à Igreja Matriz. Já numa perspectiva profana, os Blind Zero actuam no Largo do Souto, no dia 30 de Setembro. E nesse mesmo dia decorre a abertura das XII Feira das Tasquinhas. No dia 4 de Outubro, os Santa Maria sobem ao palco. No ‘cair do pano’ da romaria, dia 9, os mais aventureiros têm a oportunidade de participar num passeio BTT, com partida em Melres. Para aqueles que não podem desfrutar do programa preparado pela Confraria e pela Comissão de Festas, os confrades responsáveis pela organização desenvolvem há três anos uma iniciativa intitulada ‘Levar a Festa aos Doentes e Acamados’. Esta acção “permite que todos aqueles que não podem sair de casa recebam um pouco da festa, como as nozes que fazemos questão de lhes oferecer”, explica Francisco Ascenção. Esperando cerca de meio milhão de forasteiros, a Confraria do Rosário deixa uma mensagem final: “Gostávamos que as pessoas de outras freguesias sentissem que as Festas do Concelho são de todos os gondomarenses.”  Luís Alves

A Festa de Nossa Senhora do Rosário comando de D. João de Áustria na Batalha de Lepanto. A vitória foi atribuída a Nossa Senhora por ter sido feita uma procissão do rosário naquele dia na Praça de São Pedro, em Roma, para o sucesso da missão contra os turcos otomanos. Em 1573, o Papa Gregório XIII mudou o título da comemoração para “Festa do Santo Rosário” e esta festa foi estendida pelo Papa Clemente XII à Igreja Universal. Após as reformas do Concílio Vaticano II, a festa foi renomeada para Nossa Senhora do Rosário. Talvez atendendo à crescente importância desta festividade, esta foi gradualmente substituindo as festividades populares e litúrgicas locais em honra de S. Cosme e de S. Damião. Esta festividade é comemorada oficialmente pela Igreja Católica a 7 de Outubro. Organizada desde sempre pela Confraria de S. Cosme, S.

Damião e de Nossa Senhora do Rosário, a passagem da procissão dos padroeiros da freguesia de S. Cosme em conjunto com Nossa Senhora do Rosário é embelezada pela exibição nas janelas e nas varandas das melhores colchas e bordados, sinal inequívoco do profundo respeito e devoção de cada casa pelas santas figuras. Em 1851, esta festividade era referida na página 298 do livro “Acontecimentos públicos notáveis tanto públicos com privados que tiveram lugar na cidade do Porto desde o principio de Abril de 1851” (Biblioteca Pública Municipal do Porto). Associada a esta festividade religiosa está a bem conhecida e afamada “Festa das Nozes”, em virtude de antigamente, em S. Cosme, existirem grande número de nogueiras que davam fruto nesta altura do ano, época em que também se iniciavam as vindimas. Por isso,

ligada à festividade religiosa esteve sempre um importante aspecto profano e comercial ligado ao comércio das nozes, do vinho doce e do pão, atraindo todos os anos inúmeras pessoas ao espaço do Largo do Souto (local onde se realiza a parte profana desta festividade religiosa). Atendendo à crescente importância desta festividade, em 1969, a Câmara Municipal de Gondomar institui em sua homenagem o seu feriado municipal, o qual se mantém até aos dias de hoje. Assim, prezado leitor, fique a saber que o feriado municipal no Concelho de Gondomar acontece sempre na segundafeira a seguir ao primeiro domingo de Outubro. Vá lá e aprecie uma boa regueifa com nozes, beba um trago de bom vinho doce e aproveite para ver a magnifica procissão. Vale a pena.  Historiador Paulo Santos Silva

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Quinta-feira, 29 de Setembro 2011

Opinião O grupo parlamentar do Partido Social-Democrata da Assembleia de Freguesia de Fânzeres estão indignados com o Presidente da Assembleia, Joaquim Cunha, visto este último ter demonstrado uma grande inexperiência e consequente falta de capacidade e de saber para presidir a uma reunião da Assembleia. Na reunião ordinária da Assembleia de Freguesia, do passado dia 30 de Junho, verificou-se uma vaga por falta de um dos deputados do PSD. Tendo em conta o disposto na Lei N.º 169/99 de 18 de Setembro, alterada pela Lei N.º 5 - A/2002 de 11 de Janeiro, no artigo 79º, “as vagas ocorridas nos órgãos autárquicos são preenchidas pelo cidadão imediatamente a seguir na ordem da respectiva lista.” Regra essa reiterada e insistida pelo artigo 7º do Regimento da Assembleia de Freguesia. O Sr. Presidente da Assembleia decidiu preencher a referida vaga com outro elemento eleito e não pelo imediatamente a seguir na lista, impedindo o deputado António Sá Casal de exercer as suas legítimas funções e expulsando-o mesmo da bancada parlamentar, numa atitude que

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Presidente da Assembleia de Freguesia de Fânzeres, Socialista, ‘mete argolada’ e mente aos deputados do PSD

consideramos de enorme arrogância. O grupo parlamentar do PSD alertou os membros da mesa e o Sr. Presidente da Assembleia para a ilegalidade que

foi cometida. Mas o Sr. Presidente da Assembleia, demonstrando total desrespeito e indiferença pelos eleitos, disse que não considerava um preenchimen-

to de vaga, e que se assim entendessem, que impugnassem. E foi exactamente o que fizemos em carta registada enviada ao Sr. Presidente da Assembleia, bem como ao IGAL - Inspecção-Geral da Administração Local. Em resposta, o Sr. Presidente, para além de não admitir o erro!, limitou-se a desmentir o sucedido, num claro atropelo dos verdadeiros factos, mentindo assim aos representantes do povo, os deputados. Considerando que ninguém está acima da Lei, nem impune às consequências do não cumprimento da mesma, reafirmamos que não resta outra alternativa que não seja a reposição da verdade. Se ainda assim o Sr. Presidente da Assembleia persistir na ideia de cultivar a mentira, o autoritarismo e a arrogância, não nos resta outra alternativa que não seja exigir a destituição da Mesa da Assembleia de Freguesia por incompetência, como prevê a Lei.  José Ricardo Alves Membro da Assembleia de Freguesia de Fânzeres Deputado PPD-PSD


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Quinta-feira, 29 de Setembro 2011

Serviço de Psicologia Clínica Jorge Ascenção

O medo das injecções Os programas de vacinação disponíveis hoje em dia, permitem prevenir um sem número de complicações nas nossas crianças. Contudo, todos sabemos o que nos espera quando toca a arranjar uma história para levar o João à vacina ou para fazer com que o Pedro fique quietinho para a senhora enfermeira dar a injecção. Boas notícias! Há maneira de aliviar a dor… ou melhor, de aliviar o MEDO da dor. Este sim, que é o verdadeiro problema! Não são as injecções em si, mas o sofrimento emergente pela fobia às agulhas que traz a “verdadeira” dor. Em primeiro lugar, a escolha não é da criança! O seu bebé não vai dar grande importância ao

facto de que é uma coisa boa para ele. Dói! E isso é razão suficiente para não querer fazê-lo. Demasiadas explicações só vão piorar a situação. Seja determinado na sua explicação. A Distracção, por exemplo! Até as mais simples podem eliminar muitos problemas… Levar um novo brinquedo para a injecção, chamar a atenção para um desenho na parede, contar algumas piadas, ou até soprar bolas de sabão são estratégias de sucesso para várias idades. Um estudo de 2010 revelou que crianças entre os 5 e os 12 anos reagem muito bem ao truque da Tosse. Tossindo uma vez antes e uma vez durante o procedimento de vacinação conseguimos reduzir significativamente as reacções de dor da criança. Com crianças acima dos 3 anos de idade podemos também dizer-lhes para imaginar que estão a Soprar as velas do

seu bolo de aniversário. Mesmo até ao fim da injecção! Nos bebés entre 1 e 12 meses de idade, uma pequena quantidade de uma Solução Doce – sacarose ou glucose – mesmo antes da vacinação, garante menos choro durante e depois da mesma. Há que, contudo, ter o cuidado de não abusar! E que tal juntar uma Chupeta se o seu bebé estiver habituado? Há todo um conjunto de estímulos prazerosos que podem contrariar a dor. Se juntarmos a “chucha” à solução de sacarose temos o dobro das forças positivas! E o que é mais hipnotizante do que bons Desenhos Animados em plena algazarra num ecrã de TV? Durante a vacinação, todo o stress envolvido é largamente reduzido se conseguirmos focar a atenção da criança nos desenhos, videojogos, ou qualquer outro ponto seme-

terres, o qual viveu entre 842 e 920, foi conde de Coimbra, Portucale e Tui, e uma filha sua, D. Elvira Mendes de Celanova, casou em 890 com o futuro D. Ordonho II, rei da Galiza e de Leão, sucessor de Afonso III das Astúrias. Datas apontadas para a batalha em Rio Tinto, 824 e 959 (ver Camilo de Oliveira, O Concelho de Gondomar. Apontamentos monográficos, vol. II, p. 453 e vol. IV, p. 374) apontam incoerências históricas, uma vez que, em ambas as datas, uma das principais personagens da alegada batalha, D. Hermenegildo Guterres, não era vivo. Quanto à outra personagem da suposta batalha de Rio Tinto, Abderramão III, sabemos que foi um dos grandes governantes muçulmanos do seu século. De facto, este venceu decisivamente uma força combinada dos reis de Leão e de Navarra na batalha de Val de Junquera em 26 de Julho de 920, resultando na aniquilação das forças cristãs e no saque de Pamplona, local bastante longe

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Memórias do Nosso Passado Paulo Santos Silva

A lenda da toponímia de Rio Tinto Muito se tem dito e escrito acerca da origem do nome da freguesia, Rio Tinto. Tem-se escrito que este topónimo está relacionado com uma batalha ocorrida no espaço desta freguesia entre uma força cristã comandada pelo conde D. Hermenegildo Guterres e as forças muçulmanas de Abderramão III, califa de Córdova. Esta lenda tem origem nos escritos de Frei Leão de S. Tomás, Benedictina Lusitana, e de Frei António Brandão, Monarchia Lusitana, parte 4.ª. Mas qual será a verdade histórica por detrás de tal lenda? A verdade, prezado leitor, é que não há qualquer registo escrito ou vestígio arqueológico de uma batalha travada entre cristãos e muçulmanos nos séculos IX ou X neste território. De facto, existiu um conde Hermenegildo Gu-

lhante. Um estudo de 2003 demonstrou que a aplicação do EMLA – um anestésico tópico – resulta em menos dor para a criança durante a injecção. Se estiver disponível, este creme consegue bloquear o envio dos impulsos dolorosos para o Sistema Nervoso. Sempre com peso e medida, aconselhado pelo médico ou enfermeiro. Até a Ordem em que as vacinas são administradas importa. Num estudo de 2009, os bebés que menos choraram receberam uma combinação de vacinas, que na ordem inversa resultava em muito mais choro. Médicos, enfermeiros e pais podem trabalhar em conjunto para manter a criança calma e resolver o assunto. Vamos terminar com o medo das injecções! 

de Rio Tinto. Quanto ao topónimo Rio Tinto, mesmo que tivesse realmente ocorrido tal batalha, este está referenciado a várias localidades portuguesas e espanholas, nomeadamente na Galiza, pelo que teríamos de descobrir a qual Rio Tinto estaria efectivamente associada tal batalha. Sabemos que no povoamento cristão de terras reconquistadas aos mouros, o qual foi feito no sentido Norte-Sul, as populações costumavam repetir o nome das localidades donde provinham, pelo que não é de estranhar que certos topónimos encontrados em regiões mais a Norte como na Galiza se encontrem repetidos em regiões mais a Sul, já em território português: Nespereira, Lordelo, Gondomar, Rio Tinto… Assim sendo, qual a origem do topónimo Rio Tinto? Uma das explicações é dada por Simão Rodrigues Ferreira em Antiguidades do Porto, obra publicada em 1875, apontando a origem deste

topónimo para causas naturais. Este autor refere que o rio Tinto se tingia em certas alturas de uma cor avermelhada devido a desprendimentos de grés vermelho e não como resultado de uma alegada batalha. Mas, uma outra explicação plausível poderá igualmente existir. É que quando esta região foi repovoada com populações cristãs por volta do século IX, estas poderiam muito bem ser provenientes de um local ou de vários locais com o topónimo Rio Tinto e este ter sido adoptado na nova região povoada. Na documentação relativa ao Mosteiro de S. Cristóvão de Rio Tinto, não existe qualquer referência a qualquer batalha nesta região e o símbolo do Couto de Rio Tinto nos marcos divisórios era um bago de uva aberto e não uma espada cravada num curso de água tingido de vermelho, tal como aparece actualmente no brasão da freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar.  Professor, historiador e escritor

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Quinta-feira, 29 de Setembro 2011

Atlético de Rio Tinto Numa solarenga tarde de sábado, ao som das palmas dos sócios, um a um foram apresentados os cerca de 220 atletas que vão representar as cores do Atlético de Rio Tinto, temporada 2011-2012, nos mais diversos escalões competitivos (Pré-Escolas, Benjamins A e B, Infantis, Iniciados, Juvenis, Juniores e Seniores). No Campo Fernando Pedrosa, além dos sócios, simpatizantes e patrocinadores do emblema rio tintense, marcaram presença o vereador Castro Neves, o autarca Marco Martins, o membro do Executivo da Junta de Rio Tinto, Jorge Pina, e o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros da Areosa-Tinto, António Maranho. Após os atletas deixaram para trás o campo pelado do clube, mais uma vez sob um coro de aplausos e de palavras de incentivos, o presidente da Direcção, Ângelo Campos, num discurso ambicioso, assumiu, em declarações ao Vivacidade, que “o grande objectivo desta época é a subida da equipa sénior à Divisão de Honra Distrital.” E dos demais escalões, ambiciona o dirigente associativo, a cumprir o primeiro mandato à frente dos destinos do Atlético. O presidente da Direcção prometeu ainda que o clube vai “continuar a apostar forte na Formação.” Neste mandato, e segundo Ângelo Campos, a prioridade será “melhorar as infra-estruturas que estão um pouco degradadas, porque no mandato anterior a opção foi sanear as dívidas que o Atlético tinha.” No que diz respeito às estruturas, o clube rio tintense reivindica há já vários anos a colocação, por parte da Câmara Municipal de Gondomar, de relvado sintético no Campo Fernando Pedrosa. Segundo o presidente da Direcção, em conversa com o vereador Castro Neves, este último “quase que me garantiu que para o ano temos cá o sintético.” “A grande lacuna do Atlético de Rio Tinto é não possuir um campo sintético, o que nos tem impedido de alargar a nossa actividade desportiva”, concluiu Ângelo Campos. Ao Vivacidade, o vereador Castro Neves referiu que “este clube, pelo trabalho que tem desenvolvido, é merecedor do próximo campo sintético do concelho de

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Relvado sintético a caminho? Gondomar.” Como tal, e “tendo em conta os actuais constrangimentos financeiros”, o vereador comprometeu-se a propor ao Executivo Camarário que inscreva esta obra no Orçamento Municipal para 2012. Numa temporada em que a equipa sénior disputa a 1ª Divisão Distrital, o ano passado competia na divisão inferior, o dirigente associativo alertou que “o Atlético não é apenas os seniores.” “Os associados devem estar presentes nos jogos de todos os escalões porque os jovens são o futuro deste clube”, ‘rematou’ Ângelo Campos. Seniores na 1ª Divisão Distrital Na última temporada, o Atlético conseguiu alcançar um objectivo que perseguia há já algumas épocas: a subida à 1ª Divisão Distrital. Colocado na Série 2 do campeonato, o emblema rio tintense vai encontrar pela frente adversários difíceis, como o Vilanovense, Avintes e o Perosinho. “Não temos medo de ninguém”, disse o técnico do plantel sénior, António Taveira, um histórico do clube que já passou pela presidência deste emblema rio tintense. Na temporada 2011-2012, “os sócios podem contar com um Atlético de Rio Tinto muito forte. E dou-lhes a garantia que o Atlético lhes vai dar muitas alegrias e, quem sabe, subir à Divisão de Honra Distrital. Vamos lutar por isso”, afirmou o treinador. No entanto, António Taveira não assume deliberadamente o objectivo da subida de divisão, ao contrário do presidente da Direcção, pois “existem equipas com outro tipo de estruturas que o nosso clube não tem.” O plantel, constituído por 27 jogadores, é sensivelmente o da época passada. “Uma equipa experiente e na qual 17 dos atletas foram formados por este clube ou passaram pelas Camadas Jovens”, salientou o técnico, que fez questão de referir que “os jogadores do Atlético não estão aqui pelo dinheiro. Estão aqui porque gostam do clube.” A concluir, António Taveira pediu aos sócios para que “apoiem os atletas, os treinadores e, principalmente, a Direcção, e assistam aos jogos das Camadas Jovens, o futuro do Atlético de Rio Tinto.”  Luís Morais Ferreira


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Quinta-feira, 29 de Setembro 2011

Manuel Silva de regresso

Núcleo Sportinguista de Gondomar O conhecido dirigente associativo rio tintense está de volta ao Núcleo Sportinguista do Concelho de Gondomar (NSCG). “Como não havia ninguém que estivesse interessado em assumir a liderança do Núcleo, foi necessária a realização de várias assembleias, entendi que devia avançar com a minha candidatura”, explicou, em entrevista ao Vivacidade, o recém-empossado presidente da Direcção, Manuel Silva, que anteriormente comandou esta colectividade durante oito anos. O dirigente reconheceu que “não foi uma decisão fácil de tomar porque quando sai do Núcleo várias pessoas achincalharam-me demais na minha dignidade como sportinguista e acusaram-me de ter deixado muitas dívidas, o que é mentira.” Apesar do passado, “o amor ao Sporting e ao Núcleo Sportinguista” fizeram com que Manuel Silva regressasse a uma colectividade que ajudou a fundar em 7 de Janeiro de 2002 (é o sócio n.º 1). E que conta actualmente com 236 sócios. “É a pessoa certa para fazer avançar este projecto. É um sportinguista incondicional que pode transformar este Núcleo”, acredita o presidente da Assembleia-geral, João Moreira. Uma opinião que é também par-

tilhada pelo Relações Públicas do NSCG, José Maria Saraiva, ‘Prémio Stromp 1968’ [este galardão distingue os sportinguistas que mais se destacaram ao longo do ano nos vários sectores da vida do clube]. Que NSCG encontrou quando tomou posse como presidente da Direcção? “Encontrei um Núcleo praticamente de rastos. Abandonado e desmotivado”, revelou Manuel Silva. “Praticamente, quase ninguém sabia que aqui existia um Núcleo Sportinguista”, acrescentou, de imediato, João Moreira. O

CARTÓRIO NOTARIAL DE RIO TINTO LIC.JOSÉ GUILHERME OLIVEIRA NOTÁRIO

JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL --- CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura de vinte e três Julho de dois mil e dez, exarada de folhas dois e seguintes, do livro de notas n° 40, deste Cartório, que LILIANA LOPES DE MAGALHÃES RAQUEL e marido ANTÓNIO JOSÉ FERNANDES RAQUEL, casados no regime da comunhão de adquiridos, e residentes na Rua das Presas, 137 em Avintes, se declaram, ----------------------------------------------------------------------------------- Com exclusão de outrém, donos e legítimos possuidores, de um de que é dona e legitima possuidora o prédio urbano constituído por uma casa de rés do chão e andar, situado na na freguesia de Valbom, concelho de Gondomar, prédio que encontra descrito na Conservatória do Registo Predial de Gondomar sob o número novecentos, está inscrito na respectiva matriz predial sob o artigo 1282, com o valor patrimonial tributário e atribuído para efeitos deste acto de €7599,66. --------------------------------------- Que os Primeiros outorgantes adquiriram por compra verbal há mais de vinte anos, nunca formalizada por escritura publica, aos titulares inscritos Carla Manuela Neves Gonçalves da Silva Pereira de Magalhães e marido José António Oliveira de Magalhães casados no regime da comunhão de adquiridos e de Carlos Manuel Neves Gonçalves da Silva Pereira, de Ilidia das Neves Gonçalves Pereira Santos casada com Alfredo Viana dos Santos, de Luisa Maria das Neves Gonçalves Pereira Barreira casada com Alfredo Manuel Castro Barreira no regime da comunhão de adquiridos, de Sebastião José das Neves Gonçalves Pereira casado no regime da comunhão geral com Ana Maria Peixoto do Carmo Pacheco, e de Maria Deolinda Vieira das Neves. ----------------------------------------------------------------- Que se encontram na posse do prédio, usufruindo-o como verdadeiros proprietários, conservando-o retirando dele todas as utilidades, como quem exerce um direito próprio, á vista de todos, sem interrupção, sem nunca terem suscitado duvidas ou oposição de ninguém. ----------------------- O presente extracto vai conforme o original, destina-se a publicação e está nos termos dos números um e dois do artigo cem, do Código do Notariado, -----------------------------------------------------------------------------------Rio Tinto, vinte e seis de Setembro de dois mil e onze.

presidente da Direcção mostrou-se também preocupado com o facto de “existirem algumas dívidas à Segurança Social, às Finanças e ao senhorio.” E garantiu que a Direcção está empenhada em inverter esta situação. O primeiro passo da mudança foi dar uma nova imagem física ao NSCG e desta forma tentar cativar mais associados. Por outras palavras, requalificar a actual sede, localizada no número 440, na rua da Ferraria, em Rio Tinto. As obras estão a decorrer a bom ritmo. A entrada do NSCG foi renovada, um imponente leão recebe os visitantes, tendo sido criada uma sala reservada aos sócios do Núcleo para que possam assistir comodamente aos jogos do seu clube. A expectativa é que as obras de requalificação estejam concluídas aquando do 10º aniversário do NSCG, que se assinala no dia 7 de Janeiro de 2012. As outras prioridades do mandato para o triénio 2011-2013 passam por desenvolver novas iniciativas para os associados, aos níveis cultural e desportivo; criar os departamentos Desportivo e de Marketing e Relações Públicas; potenciar patrocínios e apoios; estabelecer uma política de comunicação com os sócios; participar em acções de carácter social; fomentar mais parcerias com as escolas, orgãos autárquicos, clubes e associações do

concelho; e criar a Loja do Cidadão Sportinguista, onde será possível tratar de assuntos de interesse para os sócios e simpatizantes deste clube (inscrições, venda de bilhetes para os jogos, entre outros serviços). Por outro lado, o NSCG decidiu suspender a actividade da secção de futsal, a única que se encontrava em funcionamento. O objectivo é arrancar na próxima temporada com duas equipas de futsal (Escolinhas e Infantis). “Abdicamos esta época das secções para no próximo ano arrancarmos em força”, explicou Manuel Silva. O mesmo referiu ainda que no passado dia 24 de Setembro, a propósito da comemoração dos dez anos da reunião que deu origem ao NSCG, foram homenageados António Mendes e Manuel José. Os nomes destes dois sportinguistas foram atribuídos a uma sala do Núcleo. ‘Núcleo Sportinguista de Rio Tinto’? Para concluir, já pensou mudar o nome desta colectividade para ‘Núcleo Sportinguista de Rio Tinto’? “É uma pergunta difícil que vou responder com sinceridade”, começou por dizer o presidente da Direcção. “Como o Núcleo tinha rendas em atraso, o senhorio recorreu aos tribunais. Se o tribunal der razão ao senhorio, só temos uma coisa a fazer: a insolvência do Núcleo Sportinguista do Concelho de Gondomar e a criação do Núcleo Sportinguista de Rio Tinto.” Ou seja, “a mudança de designação do Núcleo será por necessidade ou se os sócios assim o pretenderem. Mas não serei eu a lançar a proposta”, resumiu Manuel Silva. Neste ponto, o presidente da Assembleiageral e o Relações Públicas são favoráveis à alteração do nome. José Maria Saraiva espera que “num futuro próximo este Núcleo possa ser o Núcleo Sportinguista de Rio Tinto.” O mesmo apelou ainda aos leões gondomarenses para que apoiem incondicionalmente o NSCG.  Luís Morais Ferreira

Rali de Gondomar com muito público A dupla Luís Mota/Alexandre Ramos foi a grande vencedora do 6.º Rali Cidade de Gondomar, uma competição com dois dias, dez troços cronometrados e mais de 230 quilómetros sempre a acelerar. Esta prova, organizada pelo Gondomar Automóvel Sport e que contou com o apoio do Pelouro do Desporto da Câmara Municipal, pontuou para o Campeonato Open de Ralis, Campeonato de Portugal/Júnior de Ralis, Campeonato Regional de Ralis-Norte, assim como para o Desafio Modelstand e Troféu FastBravo.

Num rali bem disputado, com algumas surpresas e umas quantas desistências, vários milhares de amantes do desporto motorizado acorreram às provas de classificação para assistir à passagem dos 54 concorrentes. 


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Quinta-feira, 29 de Setembro 2011

Com novas instalações

Centro Mathriders São dados oficiais. Em Portugal, no último ano, gastaram-se cerca de 8,5 milhões de euros em educação, o que representa 5% do PIB (dados Pordata). Apesar do investimento, os resultados não satisfazem. Por exemplo, a média do exame nacional de matemática do 9º ano, em 2011, não chegou sequer aos dez valores. A pensar nisto, o Mathriders - centro de explicações especializado em matemática, com uma taxa de sucesso de 95% - abriu novas instalações na rua da Ferraria, no número 240, junto à Escola Secundária de Rio Tinto. Durante o mês de Setembro, as inscrições têm um desconto de 50%. A localização privilegiada e as novas instalações fazem com que o coordenador pedagógico do centro, o professor Hugo Azevedo, encare com energia renovada o ano lectivo 2011-2012. Para este ano, “o objectivo é ambicioso e passa por chegar à centena de alunos.” Nesta nova fase do Mathriders, o único centro de explicações deste género no país, Hugo Azevedo pretende “cativar uma faixa etária mais jovem.” Segundo o coordenador pedagógico, “a grande fatia dos alunos que recebemos estão entre o 7º e o 12º ano, e muitos deles

não possuem as bases necessárias para enfrentarem níveis mais exigentes. Se os mais novos iniciarem uma preparação precoce, não terão as mesmas dificuldades que os mais velhos experimentam.” Para responder a este desafio, o centro de explicações lecciona um curso de enriquecimento escolar para os jovens até aos dez anos, numa abordagem diferente, lúdica e cativante. Objectivos à parte, o certo é que o Mathriders imprime sucesso nos seus explican-

dos. O segredo parece assentar no espírito de grupo, nos métodos eficazes e na educação personalizada. “Temos uma abordagem diferente daquela que é feita na escola”, sublinha Hugo Azevedo, acrescentando que no centro “os alunos progridem passo-apasso, numa evolução natural e progressiva, o que nem sempre acontece na escola.” Com uma experiência e conhecimento testados, o centro Mathriders tem recebido ao longo dos anos diferentes tipos de

Obstáculos que encontra para ficar em forma e como ultrapassá-los! Manter-se fiel a uma rotina de treino não é fácil, no entanto, e apesar das muitas dificuldades, será possível ultrapassar estes obstáculos e manter um estilo de vida saudável: Obstáculo n.º 1: “Não tenho tempo para praticar exercício físico” . Na pior das hipóteses, tente caminhar depois do jantar. Uma caminhada de 20 a 40 minutos será uma boa base de partida para combater o excesso de peso e beneficiar a saúde do seu coração. . Faça um esforço por se levantar mais cedo e fazer uma corrida ou uma caminhada antes dos seus compromissos diários. . Utilize menos o carro e ande mais a pé. Aproveite os finais de semana para se dedicar a uma modalidade ao ar livre (corrida, btt, escalada, futebol, andebol, basquetebol…).

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Obstáculo n.º 2: “O exercício físico é chato” . Existem dezenas de desportos que pode praticar. Escolha um com o qual se identifique e faça-o! Não tem que se limitar a um ginásio para praticar actividade física. . Experimente mudar as suas rotinas de treino. . Experimente treinar acompanhado. Uma ajuda e motivação externa será sempre uma mais-valia para o ajudar no seu esforço. Obstáculo n.º 3: “Estou muito cansado para treinar depois do trabalho” . Experimente treinar logo pela manhã ainda antes de ir trabalhar. . Aproveite a sua hora de almoço para encaixar uma actividade física. . Respeite o seu descanso e deite-se cedo. Só dessa forma poderá estar com energia para o dia seguinte e aproveitar ao máxi-

mo as suas actividades. Obstáculo n.º 4: “Sou muito preguiçoso para praticar exercício” . Não coloque os seus objectivos muito altos. Se o seu objectivo é manter-se saudável, uma rotina de treino simples será o mais indicado e o nível de esforço exigido estará sempre ao seu alcance. . Conheça o seu corpo e tente praticar exercício naquelas alturas do dia em que se sente com mais energia. . Assuma um compromisso com a actividade física como se fosse um compromisso de trabalho. Os benefícios que tira de uma sessão de treino, por muito curta que seja, valerão bem o seu esforço. Obstáculo n.º 5: “Não consigo pagar uma mensalidade num ginásio” . Opte por uma modalidade ao ar livre. Hoje existem já em muitos concelhos au-

alunos. “Existem aqueles que chegam com 16 e 17 valores que pretendem subir ainda mais as notas para entrarem em cursos universitários exigentes. E temos também aqueles que pretendem obter nota positiva a matemática”, explica o coordenador pedagógico. A professora universitária Irina Vieira, explicadora no centro há dois anos, revela a razão que a levou a abraçar este projecto: “O ambiente é propício à aprendizagem, com rigor e profissionalismo, o que não impede que os alunos se sintam à vontade para participar.” A docente explica que as aulas são divididas temporalmente, isto é, “temos três momentos diferentes. Um primeiro para relembrar conceitos que não ficaram devidamente aprendidos. Um segundo para tirar dúvidas e um último para adiantar matéria, suavizando a abordagem nas aulas.” A terminar, o coordenador pedagógico Hugo Azevedo elege como factor diferenciador a “desmistificação” que o centro Mathriders faz relativamente à matemática, “o que permite alcançar resultados dignos de registo.”  Luís Alves

Crónica Musculação João Carvalho las gratuitas promovidas pelas autarquias locais, com o intuito de promover a saúde entre as suas populações. . Compre um vídeo de treino e exercite-se em sua casa. . Crie um grupo de amigos e juntem-se em caminhadas diárias. . Utilize menos os elevadores. Estes são apenas alguns conselhos que poderão ajudá-lo na sua procura por uma saúde melhor. Lembre-se que o seu corpo e o seu bem-estar são preciosos e um pequeno esforço não será nada em comparação com os benefícios que vai tirar quando optar por iniciar uma actividade física. Bons treinos! Personal Trainer Certificado Treinador pessoal de Krav Maga


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Feira do Livro de Gondomar

Quinta-feira, 29 de Setembro 2011

‘Código 12_18’ de Deolinda Reis

Pelo décimo ano consecutivo, a Feira do Livro de Gondomar serviu de mote ao início das celebrações da Romaria da Nossa Senhora do Rosário. A edição deste ano, que decorreu entre os dias 3 e 11 de Setembro, no Largo do Souto, teve uma novidade. Ao contrário de outros anos, foram as colectividades do concelho que dinamizaram as bancas de venda. No recinto do certame estiveram presentes sete colectividades, a que se juntaram a Comunidade Paroquial de São Cosme e a Santa Casa da Misericórdia de Gondomar, que apoiaram esta iniciativa cultural. A organização do evento esteve a cargo da Câmara Municipal e da Federação das Colectividades do Concelho de Gondomar. Para além do vasto leque de obras expostas - cerca de cinco mil, de contos infantis a romances -, os visitantes puderam desfrutar de alguns eventos paralelos à iniciativa principal. Os momentos musicais, com bandas como os Eruditos, o grupo Musicol e Portugol ou o Grupo Coral da Universidade Sénior de Gondomar, assim como a ‘Hora do Conto’ e até mesmo uma sessão de poesia, animaram os fins de tarde e noite no centro da cidade gondomarense. À imagem de outras feiras do livro, esta contou com a presença de vários autores que se desdobraram no contacto com leitores e visitantes, quer em apresentações de obras, quer em sessões de autógrafos. Entre nomes como João Manuel Ribeiro, Ana Saldanha, Eugénio Roda ou Júlio Magalhães estava presente Deolinda Reis, professora e escritora rio tintense, autora do ‘Código 12_18’, livro publicado recentemente pela editora Mosaico de Palavras. Esta obra, que aborda a problemática da adolescência, nasceu de uma forma curiosa. “Estava numa esplanada, num

dia de sol lindíssimo, e de repente começam a sentar-se à minha beira alguns jovens universitários que desenrolaram uma conversa que me chamou à atenção”, contou, ao Vivacidade, a autora. “O meu pai, de vez em quando, é fixe. Carregou-me o telemóvel com 30 euros”, escreveu a escritora, no início do livro, citando uma das frases da conversa que culminou no ‘Código 12_18’. Este momento de convívio, partilhado entre jovens no fim da adolescência, mergulhou a professora numa reflexão sobre a chamada ‘idade do armário’. “Registei logo a conversa desses jovens”, confessou Deolinda Reis. Ao longo de dois meses, o ‘Código 12_18’ foi-se edificando ‘ao sabor da pena’ da rio tintense, que se assume como uma “escritora à moda antiga”, dispensando o computador para as produções literárias. A par da conversa no café - local, aliás, onde a autora se sente mais confortável para escrever -, a adolescência das filhas e a sua própria experiência serviram de inspiração e base para a criação da obra. Os locais onde a história do livro se

desenrola foram, muitos deles, imaginados por Deolinda Reis, que considera esse exercício “complexo por exigir um amplo trabalho de pesquisa que é recompensado quando me apercebi que estava a viajar, escrevendo.” O ‘Código 12_18’ poderá ser, nas palavras da criadora, “uma âncora para pais desesperados com o turbilhão de ideias dos filhos.” A autora, que confessou ao Vivacidade gostar de um dia poder viver da escrita, mostrou-se ainda muito agradada com o espaço da Feira do Livro. “Existiu uma composição harmoniosa entre as obras expostas e os autores”, concluiu Deolinda Reis. 

Fado com alma

Houve palmas, muitas palmas. Houve sentimento. Houve alma. Houve fado. São palavras que definem na perfeição a Grande Gala de Fado, organizada pela Associação Cultural Moto Clube de Rio Tinto, e que teve como palco o pavilhão multiusos. Objectivo: homenagear os emigrantes. A apresentação do espectáculo esteve a cargo do conhecido humorista Fernando Rocha. A Grande Gala de Fado ficou marcada por interpretações sentidas de vozes masculinas e feminina. Tendo como ‘cabeças-de-cartaz’ António Pinto Basto e Anita Guerreiro, o espectáculo contou ainda com as actuações dos fadistas Zé Carvalho, Nelson Duarte, Luís Silva, Manuel Boémio, Menita Rocha, Maria do Sameiro e Helena Sarmento. Todos eles acompanhados por Samuel Cabral (guitarra), Paulo F. Carvalho (viola) e Rui Leite (baixo). A Grande Gala de Fado será editada em DVD. 

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