Vivacidade ed. 67 - Janeiro 2012

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VIVA CIDADE

PEDRO SOUSA

Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte

Mensal Ano 7 - nº 67

Quinta-Feira

26 Janeiro 2012 Página 12

Director: Miguel Almeida Dir. Adjunto: Luís Morais Ferreira geral@vivacidade.org

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E tudo o Metro mudou na cidade de Rio Tinto...

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Confraria dos Rojões e Papas atribui ao Bispo do Porto o título de Confrade de Honra Páginas 4 e 14

Orçamentos da Câmara de Gondomar e das juntas de Baguim e Rio Tinto aprovados Página 22

Godinho Lopes marca presença no aniversário do Núcleo Sportinguista de Gondomar

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RIO TINTO 224 893 329 BAGUIM DO MONTE 224 893 477 GONDOMAR 224 637 651 ERMESINDE 220 963 747 MATOSINHOS 220 926 562

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Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Editorial

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org

José Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Docente Universitário

Caros Leitores, O Vivacidade lança uma nova forma de comunicação neste número. A nossa presença na internet tem sido residual, mas a partir deste momento passa a ser uma das presenças mais avançadas e consistentes que um jornal local pode ter no mundo virtual, o que muito nos orgulha. Este resultado é fruto de um trabalho de equipa e de coordenação de recursos notável que tem sido realizado pelos colaboradores do Vivacidade e que não me canso de referir e aqui assinalar. A edição que vos apresentamos hoje é mais um excelente resultado do trabalho do jornal em prol da cidade. No conjunto de entidades a quem a cidade tem razões para agradecer não pode deixar de estar incluído o Metro do Porto, pois com o festejo do primeiro ano completo de utilização do Metro do Porto surge a consolidação deste meio de transporte como a obra que mais alterou a cidade nos últimos 20 anos. Não podíamos deixar de lhe atribuir o devido destaque. Mas esta edição é mais uma que nos enche de orgulho e que esperamos sinta prazer em conhecer, pelo menos tanto como o que tivemos a produzi-la. Obrigado por nos ler. 

Ficha Técnica Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06 Director: Augusto Miguel Silva Almeida Director-Adjunto: Luís Morais Ferreira (CP 7349) Edição, Redacção, Administração e Propriedade

A juventude tem talento e imaginação. Como é o caso de Nuno Sousa, um jovem artista que positivo... esteve em plano de destaque no espaço Arte no Parque, situado no Parque Nascente. Este aluno da Escola Secundária de Rio Tinto foi o autor da exposição de fotografia intitulada ‘Comunicar’.  Na rua da Boavista, junto ao n.º 88, em Rio Tinto, encontra-se uma pérgola em negativo... madeira com dezenas de anos apoiada em esteios de pedra, que a meu ver está em vias de ruptura iminente, já que se nota nos barrotes grande curvatura e rachadelas. Seria bom que alguma entidade responsável fizesse uma inspecção ao local.  Leitor Vivacidade, Mário Regadas da Silva

Cantar as Janeiras

Sociedade O Rancho Folclórico da Casa do Povo de Recarei (Paredes), o Grupo Folclórico Santo André (Gaia), o Rancho Folclórico S. Tiago de Silvalde (Espinho) e o Grupo de Cantares Tradicionais Canto D’ Ouro (do Orfeão de Gondomar) foram os convidados do XVIII Encontro Nacional de Janeiras Cidade de Gondomar, iniciativa que se realizou no passado dia 7 de janeiro. Participou também o grupo promotor do evento, o Rancho Regional de Fânzeres. Este encontro marcou, de forma simbólica, o início da actividade cultural do concelho para o ano de 2012. A meio da tarde, já todos os grupos se juntavam na Câmara Municipal de Gondomar para a tradicional recepção no salão nobre da autarquia. Coube ao

vereador do Pelouro da Cultura, Fernando Paulo, acolher os grupos participantes e, em breves palavras, fazer um retrato social e cultural do concelho de Gondomar. “Mesmo em tempo de crise, e com inúmeras restrições, a Câmara de Gondomar não deixa de apoiar financeiramente as associações locais”, realçou Fernando Paulo. Já à noite, e com o Auditório Municipal repleto, cantaram-se então as Janeiras. As Janeiras, ou Cantar as Janeiras, é uma tradição que remonta ao tempo dos romanos. Janeiro era dedicado ao deus Jano, porteiro celestial, e invocava-se o seu nome cantando para afastar os maus espíritos. A tradição manteve-se, reconfigurando-se pelos tempos. Presentemente, consiste na reunião de

do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Josorac SGPS, SA Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 3 4250331 PORTO Telefone: 22 832 9259 Fax: 22 832 9266

Colaboradores: Alfredo Correia, Álvaro Gonçalves, Alzira Rocha, André Campos, António Costa, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Aires, Domingos Gomes, Fernando Nelson, Fernando Silva, Goreti Teixeira, Henrique de Villalva, Joaquim de Figueiredo, Joana Silva, José António Ferreira, Juliana Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luís Morais Ferreira, Luísa Sá Santos,

grupos, formais ou informais, que se passeiam pelas ruas, no início do ano, cantando e tocando. E, em paralelo,

desejando um Feliz Ano Novo. 

Manuel de Matos, Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Mário Magalhães, Miguel Almeida, Pedro Costa, Ricardo Caldas, Rita Ferraz, Sandra Neves, Susana Ferreira e Zulmiro Barbosa. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivacidade.org E-mail: geral@vivacidade.org


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VIVA CIDADE Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte

Próxima Edição

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Diminui mais uma vez

Orçamento para 2012 da Junta de Rio Tinto Em 2009, o Orçamento da Junta de Rio Tinto era de 1.050.000 milhões de euros. Passou de cerca de 945 mil euros, em 2010, para um valor na ordem dos 815 mil euros, em 2011. Agora, em 2012, o Orçamento da autarquia rio tintense voltou a registar nova descida, cifrando-se nos 767 mil euros. “Não é prazer nenhum apresentar este documento”, confessou o autarca Marco Martins na última assembleia de freguesia, acrescentando que “este é um Orçamento muito baixo para uma freguesia como Rio Tinto.” Segundo Marco Martins, a diminuição está relacionada com “o corte da verba da Câmara Municipal de Gondomar, a redução das transferências do Estado e com alguma diminuição das receitas próprias da junta de freguesia. Este cenário faz com que “a autarquia não possa efectuar qualquer tipo de investimento e tenha que reduzir os apoios que concede”, explicou o autarca. No entanto, “em 2012, vamos fazer um esforço para ajudar de alguma forma as colectividades.” O presidente da Junta de Rio Tinto referiu ainda que, e apesar dos constrangimentos financeiros, “temos um Plano de Actividades algo ambicioso, com iniciativas nas áreas social, cultural e ambiental. São actividades que se podem realizar com pouco ou nenhum dinheiro.” O Orçamento para 2012 foi aprovado por maioria, com os votos favoráveis do PS, contra do PSD, CDU e BE, e a abstenção do MRTC. O deputado Alfredo Correia fez questão de explicar o sentido de voto do PSD. “Votamos contra este documento devido a alguns princípios que segue e a algumas preocupações manifestadas em orçamentos anteriores, nomeadamente na falta de alternativas para captar receitas”, afirmou o social-democrata. Já o Protocolo de Delegação de Competências entre a Câmara Municipal de Gondomar e a Junta de Freguesia de Rio Tinto para 2012 manteve a verba do ano passado, ou seja, 182 mil euros. À mar-

gem da assembleia de freguesia, Marco Martins lembrou que “em 2005, o valor do protocolo era de 300 mil euros. Ao longo dos anos registou-se uma redução de 40%.” A Junta de Rio Tinto tem 28 funcionários e oito viaturas afectas à delegação de competências. Quanto à possibilidade de rejeitar o protocolo, o autarca res-

Junta de Rio Tinto presta actualmente. Tenho a certeza que será muito, muito maior”, concluiu. Por sua vez, o comunista Adérito Machado referiu que “a CDU abstêm-se nesta questão, pois tem em consideração os trabalhadores que podem ser dispensados.” Já Alfredo Correia não concorda de forma alguma com este protocolo.

pondeu que “se a junta de freguesia não aceitasse o protocolo, teria que rescindir contratos de trabalho e, certamente, que Rio Tinto ficaria prejudicado.” Marco Martins, por outro lado, abordou também a questão do concurso público internacional para a entrega da limpeza a privados. “Quero ver qual será o valor que as empresas privadas vão apresentar para o serviço que a

“Um atentado que se perpetua”, acusou ainda o representante do PSD. O Protocolo de Delegação de Competências foi aceite pela maioria dos deputados, contando com os votos a favor do PS, contra do PSD e a abstenção do MRTC, CDU e BE. Nesta assembleia de freguesia foram ainda aprovadas várias propostas. Uma delas relativa ao projecto que prevê a

construção de quatro torres, com 11 andares cada, no terreno do antigo Mercado de Rio Tinto. A moção do PSD, aceite por unanimidade, propõe “a convocação de uma conferência de Imprensa na qual estejam presentes as diversas forças políticas representadas na assembleia de freguesia, para que estas possam expressar a sua opinião e preocupações sobre este projecto.” Já a CDU apresentou uma proposta, aprovada por unanimidade, sobre a colocação de parquímetros na zona da Areosa. Esta moção recomenda à “Câmara de Gondomar para que assuma as suas responsabilidades em matéria de propostas para alterações contratuais com a empresa concessionária sobre os tarifários e horários.” Por outro lado, foi também aceite, por unanimidade, uma proposta do PS respeitante ao Plano Estratégico de Transportes, que prevê uma série de reduções a implementar no serviço público em 2012. E que vão afectar também Rio Tinto. O objectivo desta moção é tomar uma posição “contra o fim da linha 805 à noite e as reduções ao fim-de-semana; e solicitar à Empresa de Transportes Gondomarense que assuma a operação da linha 804 e a ligação ao Hospital de S. João, uma vez que a STCP a vai abandonar.” Esta assembleia de freguesia ficou ainda marcada pela apresentação de uma proposta do BE sobre o Documento Verde, que teve como finalidade “manifestar a sua discordância com a proposta do Governo de extinção de cinco freguesias [Covelo, Lomba, Medas, São Pedro da Cova e Valbom] do concelho de Gondomar.” Além disso, a moção propõe a organização de um debate que envolva partidos políticos, associações e população, e “a realização de uma assembleia de freguesia extraordinária para tomar uma posição final sobre o Documento Verde.” MRTC e BE votaram favoravelmente a proposta e PS, PSD e CDU abstiveram-se.  Luís Morais Ferreira


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Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Metro em Rio Tinto No passado dia 2 de Janeiro fez, precisamente, um ano que o Metro chegou à cidade de Rio Tinto. Segundo números avançados recentemente pela empresa Metro do Porto, a população aderiu em massa a este meio de transporte, com mais de um milhão e 250 mil pessoas a utilizarem a Linha Laranja (F) no seu ano de estreia. Uma ligação que mantém uma média de clientes, em dia útil, na ordem dos dez mil (cinco mil validações/dia nas estações que a integram). Levada, Campainha, Fânzeres e Contumil foram as estações mais procuradas durante o primeiro ano de actividade da Linha Laranja, anunciou, em comunicado, a Metro do Porto. A da Levada, que também permite o acesso ao Parque Nascente, registou 23,6% do total de validações. Seguem-se as estações da Campainha, com uma procura anual na ordem dos 14,5%, Fânzeres com 12,6% e Contumil com 12,3%. A Linha Laranja tem sete quilómetros de extensão e dez estações (Contumil, Nasoni, Nau Vitória, Levada, Rio Tinto, Campainha, Baguim do Monte, Carreira, Venda Nova e Fânzeres). A agente de viagens Fátima Silva, com 32 anos, é uma passageira assídua do Metro. “Utilizo este meio de transporte todos os dias”, referiu, ao Vivacidade, enquanto aguardava pela próxima carruagem na Estação de Metro de Rio Tinto. Embora elogie a rapidez deste meio de transporte, não deixou de dizer que “o serviço não é dos melhores, nomeadamente no regresso a casa, entre as 18h e as 19h, com as composições a estarem sobrelotadas.” Fátima Silva, por outro lado, lamentou o estado em que se encontram os espaços verdes adjacentes à Linha de Metro, com a vegetação já a atingir uma dimensão considerável. “Dá mau aspecto”, lamentou a agente de viagens. A mesma considera ainda que “mais pessoas vieram morar para Rio Tinto por causa do Metro.” As opiniões dividem-se. Por sua vez, o empresário Carlos Morgado, proprietário de um café na rua da Lourinha, em Rio Tinto, afirmou que “a Metro está a prestar um bom serviço”, não tendo dúvidas que a chegada deste meio de transporte à cidade foi muito positiva. “Rio Tinto mudou para melhor. Mais pessoas instalaram-se na cidade e, quanto mais não seja, podemos caminhar ao longo da linha”, sublinhou. O empresário confessou que “o Me-

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“A cidade mudou para melhor”

tro teve pouco impacto no meu negócio”, isto apesar de as composições passarem a poucos metros do seu estabelecimento comercial. Também Carlos Morgado, à semelhança de Fátima Silva, criticou a falta de manutenção dos espaços verdes envolvente ao canal do Metro. Opinião diferente possui a Metro do Porto que, em comunicado, salientou que “trata-se do troço mais verde de toda a rede, proporcionando uma agradável vista aos utilizadores.” A perspectiva dos autarcas de Rio Tinto No início deste mês, a Linha Laranja completou um ano de vida. O que ganhou a cidade com a vinda do Metro? “A Linha de Metro criou novas centralidades e novas zonas de expansão urbana, quer para construção de habitação, quer para edificação de equipamentos

e afins. Também trouxe novas vias de acesso entre as três freguesias abrangidas pela linha (Rio Tinto, Baguim do Monte e Fânzeres)”, respondeu o presidente da Junta de Baguim do Monte, Nuno Coelho. Além disso, “a população ganhou uma pista para fazer o novo ‘desporto nacional’ de massas que é o jogging (caminhada em português). Diariamente, centenas de pessoas caminham ao longo do percurso do Metro.” Também na perspectiva do presidente da Junta de Rio Tinto, Marco Martins, “a cidade ganhou em vários aspectos, nomeadamente em termos ambientais, com a redução do uso do transporte individual. Desde que veio o Metro, entrar e sair de Rio Tinto nas horas de ponta é muito mais fácil. Passaram a circular muito menos automóveis nas ruas.” O autarca acrescentou que “a cidade ga-

nhou também uma nova zona de lazer e de convívio, assim como de prática desportiva, com a construção do percurso pedonal ao longo do canal.” E com a sobrelotação das composições em horas de ponta já ultrapassada, neste momento, quais são os principais problemas relacionados com o Metro? Marco Martins mostrou-se preocupado com a falta de manutenção dos espaços verdes adjacentes à linha, defendendo que nesta questão “deveria ser a Metro do Porto a assumir a conservação” dessas mesmas zonas. “É inconcebível que desde Agosto a Câmara de Gondomar e a Metro ainda não se tenham sentado para discutir este assunto e tomar decisões”, denunciou o autarca. “Dada a falta de manutenção e rega desde Agosto, para além da vegetação excessiva, muitas das espécies já estão destruídas, tendo que ser substituídas”, alertou. Na opinião de Marco Martins, “o zonamento do Andante continua a penalizar a população de Rio Tinto e Gondomar face, por exemplo, à Senhora da Hora e a Matosinhos, por causa da zona C6.” O mesmo criticou também a Câmara de Gondomar por esta “nunca ter responsabilizado os empreiteiros pelos danos causados pela cheia de 21 de Dezembro de 2009, que em mais de 95% se ficou a dever às obras da linha e cujos prejuízos foram apenas assumidos numa pequena área.” Por sua vez, o autarca Nuno Coelho lamentou o facto do acesso à estação de Baguim do Monte, pela rua das Donas, ainda não ter sido concluído. “Infelizmente, e devido à conjectura nacional, a Câmara ���������������������������� de Gondomar não teve oportunidade de finalizar a obra em 2011, mas já há verba cabimentada, no Orçamento Municipal para 2012, para esta obra que creio que vai arrancar dentro em breve.” No que respeita à não conservação das zonas verdes envolventes à Linha de Metro, Nuno Coelho revelou que “felizmente, a Câmara Municipal e a Metro do Porto estão em vias de chegar a um entendimento.” No entanto, “desde Agosto que essa manutenção não é efectuada e o estado em que se encontram actualmente as zonas verdes não é digno do sucesso comercial do Metro. A Administração da Metro do Porto não esteve bem, pois deveria assegurar a manutenção dos espaços até haver um acordo estabelecido com a Câmara de Gondomar”, criticou ainda o autarca.  Luís Morais Ferreira


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Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

A Política, essa arte letal…

A Educação e o Risco

PSD Margarida Almeida Na sociedade em que vivemos vai sendo cada vez maior as situações de “Risco”… O “ Risco é a probabilidade de que algo corra mal – o que significa que tudo envolve algum grau de risco, pois tudo pode correr mal ou menos bem. Há, no entanto vantagens em categorizar alguns riscos. Os mais frequentes, quando se fala de “risco”, é referimo-nos a perigos bem identificados. Partindo do vocábulo “Risco” verificamos que envolve vários conceitos que é conveniente definir e ter em conta quando se fala de “Risco” dados que, uns são mais ou menos previsíveis, tais como os naturais, outros nem sempre o serão face às suas consequências e refiro-me aos “riscos” sociais e económicos. Porém, o “Risco” que aqui vou abordar tem a ver com a Educação e como deve ser abordado esta temática neste âmbito. Na área da educação para a cidadania, a escola procura debater com os seus educando alguns dos “riscos” que eles correm no percurso da sua vida escolar e pessoal. Pois, muitas vezes os “media” não são os mais eficazes a transmitir a percepção do “Risco”. Ora, a escola poderá ter um papel importante quando aborda esta e outras questões, na medida em que se abre à sociedade civil e convida técnicos especialista (jornalistas, psicólogos, sociólogos…) para falarem com propriedade e conhecimento sobre “os Riscos” na Juventude. Todos nós sabemos que a Juventude tem, hoje, um leque alargado de contactos através das redes sociais virtuais que têm as sua vantagens e desvantagens. Muitos jovens, incautos, correm graves “riscos” ao entrarem em determinados sites ou redes sociais. Por vezes, os jovens ao exporem as suas vidas pessoais, neste mundo cibernauta, estão inconscientemente a pôr em “risco” não só as sua vidas, como muitas vezes, as vidas dos seus familiares e dos seus amigos!!!! Por outro lado, muitos pais têm dificuldade em acompanhar os seus filhos nestas novas tecnologias e desconhecem, por completo, o seu alcance. Muitos não serão por desconhecimento das mesmas, mas sim pelo facto de não terem o tempo ideal que gostariam de dispor para estar com os seus filhos. A falta de diálogo e a não existência de hábitos de convívio entre pais e filhos levam a que muitos jovens se refugiem neste meios. Hoje, já se realizam conferências e debates direccionados para os pais e educadores de modo a facultar-lhes meios e técnicas para que possam acompanhar os filhos na área da cibernética. Uma área em constante mutação que requer a máxima atenção de todos os intervenientes. 

PS Isabel Santos 1. O acordo de concertação social foi assinado com grande pompa e circunstância. Talvez a memória me esteja a atraiçoar, sinal do tempo que vai passando, mas não me lembro de a este propósito assistir a uma festa assim. Contudo, depois do foguetório ditado pelo marketing político fica a amargura de uma triste derrota, numa história onde infelizmente todos acabarão vencidos. Depois de ter lançado a lebre do aumento do horário de trabalho, em mais trinta minutos, lá chegamos a um compromisso de competitividade e crescimento que se resume à diminuição dos custos salariais, ao aumento dos dias de trabalho e à facilitação dos despedimentos. Eis grande feito do Ministro Álvaro Santos Pereira! Tanto trabalho académico em Vancouver, tanto esforço pessoal para atravessar o Atlântico e acabamos nisto. Como diz a canção “foi bonita a festa, pá!”, mas o resultado é desastroso. O peso deste acordo foi todo colocado do lado da diminuição dos direitos dos trabalhadores sem que o governo fosse capaz de perceber que o nosso problema não é, nem nunca mais poderá vir a ser, competir com as economias do dumping social. Que o nosso problema de competitividade e produtividade reside na necessidade de uma revolução organizacional (exige o esforço e outra postura aos empresários) e na aposta na qualificação da mão-de-obra. Não, o Governo não vê isto e numa fúria insana marcha, levado pelo ardor ideológico e pelo preconceito social, sobre todo o sinal de progresso feito ao longo dos últimos anos neste sentido. Anuncia-se uma remodelação do Programa Novas Oportunidades, mas antes de qualquer estudo, antes que alguém se possa lembrar que é fundamental progredir neste plano, fecha-se a rede de centros para não se caia em tamanha tentação. Que isto de qualificar pessoas, de democratizar o conhecimento, para a direita que nos governa é ideia do passado. Os bons empresários, aqueles que apostam na inovação e numa cultura organizacional moderna não precisam deste acordo e desprezam-no. Acham-no retrógrado, ridículo. Os trabalhadores estão revoltados e desmotivados perante a crescente perda de direitos e o agravamento das suas condições sociais. A UGT acabou enredada no complexo novelo negocial e o seu posicionamento sai fragilizado de todo este processo, o que não é bom para ninguém. Os trabalhadores perderam capacidade reivindicativa e os empregadores e o governo perderam um interlocutor que, numa fase que se prevê de grande agitação social, sendo moderado, importava fortalecer. Ao longo da história sempre tivemos uma certa tendência a olhar com expectativa tudo e todos os que vêm de fora, mas este estrangeirado chamado Álvaro, parece ter parado no início da industrialização. Acabará por ficar para a história como o instrumento utilizado por Passos Coelho e seus companhons de route para a realização da sua agenda ultraliberal. A política… essa impiedosa dama que tanto enobrece como trucida, ser-lhe-á fatal. Tanto sacrifício pessoal para acabar assim... 2. O Presidente da República foi vaiado na inauguração da Capital Europeia da Cultura. Raros são os políticos que fazem um percurso livre de polémica ou momentos menos felizes, se é que os há, mas vir dizer que um rendimento de pensões que ascende a bem mais de dez mil euros/mês não lhe dá para viver é, no mínimo, um insulto para a esmagadora maioria dos portugueses, entre os quais me incluo. O povo, na sua incomensurável sabedoria, costuma dizer que cada qual sabe da sua vida e o Senhor Presidente lá saberá da sua. Mas este tipo de comentário, feito assim, denota uma forma quase brejeira de querer ser popular. Quero pensar que foi um momento menos feliz… mas não é tolerável a uma presidência da república que fica proporcionalmente mais cara aos portugueses que a casa real espanhola aos espanhóis. Não é tolerável e pode vir a manifestar-se fatal para este último mandato de Cavaco Silva. 

O Governo que despreza o trabalho BE Catarina Martins Se baixos salários e longas horas de trabalho tornassem um país mais rico e mais competitivo, Portugal era uma das economias mais fortes da Europa. Somos um dos países em que se trabalha mais horas, bem mais do que na Alemanha ou na França, e um dos que tem os salários mais baixos (o nosso salário mínimo está quase três vezes abaixo do Francês, por exemplo). Mas somos também um dos países mais desiguais da Europa. E a desigualdade, até o FMI concorda, impede crescimento económico. Temos problemas de injustiça social e económica, temos má organização do trabalho, temos falta de qualificações. Esperava-se que um Governo que quisesse ultrapassar os problemas estruturais do país enfrentasse esses problemas; apostasse nas políticas sociais e nos serviços públicos para combater as desigualdades, fosse exigente com as empresas e a gestão do trabalho, apostasse na educação e na cultura para qualificar a população. Esperava-se, finalmente, que ajudasse as empresas enfrentando a banca. Porque hoje, em muitos sectores da economia, os juros da dívida pesam bem mais do que os salários dos trabalhadores (nalguns casos três vezes mais). E por aqui se percebe bem que o problema não são os trabalhadores, é sim a banca e a especulação financeira. Mas o Governo PSD/CDS ao mesmo tempo que capitaliza a banca, com o empréstimo que teremos todos de pagar e sem lhe exigir nenhuma contrapartida (sem qualquer garantia de que existirá financiamento da economia real a preços decentes; muito pelo contrário), decide atacar os trabalhadores e trabalhadoras. O acordo da Concertação Social não é um acordo. É pura perseguição a quem vive do seu trabalho: abre a porta ao despedimento sem justa causa, com a invenção do despedimento por ‘redução na qualidade do trabalho’; reduz o tempo de férias e os feriados e retira mesmo metade dos fins de semana, com o trabalho 25 sábados por mês sem qualquer compensação; torna as horas extraordinárias mais baratas e acaba com o descanso compensatório para quem trabalha num feriado; desregula os horários de trabalho com um banco de horas anual até às 150 horas e sem negociação colectiva; despedir passa a ser mais barato, mesmo no caso dos contratos antigos, com a imposição do tecto de 12 salários de indemnização; recorrer ao lay-off torna-se mais fácil; cair no desemprego é cada vez mais sinónimo de cair na miséria, com o tempo e no valor do subsídio de desemprego a descerem; desce o valor do trabalho para todos os trabalhadores e trabalhadoras ao instituir-se o novo mecanismo em que quem está desempregado passa a acumular por seis meses o subsídio e o ordenado de um trabalho que pague abaixo do que recebia para forçar a aceitar trabalhos de miséria. Este é um Governo irresponsável e cruel, que ignora que é o trabalho que produz riqueza, despreza o trabalho e elege como inimigo quem trabalha. Mas o acordo não é ainda lei. E quem trabalha, quem respeita a dignidade do trabalho, terá agora que se mobilizar e lutar. 


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Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

No fecho do ano, medidas relevantes CDS Vera Rodrigues Ao contrário do mês de Novembro, em que os trabalhos parlamentares ficaram quase exclusivamente dedicados ao importante debate do orçamento de estado para este ano, o mês de Dezembro na Assembleia da República, foi rico na diversidade de temas debatidos e aprovados. Para além das habituais declarações políticas, em que semanalmente os partidos têm oportunidade de trazer à discussão matérias da actualidade mais “mediática”, foram apresentadas iniciativas legislativas sobre matérias de fundo, desde a área da saúde, passando pelo ensino, emprego ou pela lei que prevê medidas de reforço da solidez financeira da banca. Do conjunto de diplomas, na minha perspectiva, creio ser relevante destacar três. Atenta às matérias da educação e do ensino superior, a maioria PSD/CDS apresentou um projecto de resolução no sentido de criar uma nova fase de candidaturas a bolsas no ensino superior. No momento difícil que as famílias vivem, é de crucial importância que ninguém fique impedido de prosseguir os estudos universitários, por dificuldade em aceder a essa ajuda logo no primeiro ano da faculdade. A ética social na austeridade implica medidas especiais, em momentos sensíveis como o que atravessamos. Por outro lado, foi aprovada a lei que estabelece um regime de renovação extraordinária dos contratos de trabalho a termo certo, bem como um novo regime e modo de cálculo da compensação aplicável aos contratos objecto dessa renovação. Trata-se de uma lei agora aprovada, com a “marca CDS”. Muito nos batemos no passado por esta possibilidade, que consideramos ser de importância crucial num momento difícil como é aquele que o nosso país vive. Graças a esta legislação, será possível manter certamente muitos postos de trabalho no próximo ano e meio. Um claro motivo de satisfação para a nossa bancada parlamentar. Finalmente, com um carácter distinto e fruto do compromisso com a Troika, foi discutida e aprimorada, após várias audições com entidades como o Banco de Portugal e Associação Portuguesa de Bancos, a lei através da qual o Estado poderá temporariamente apoiar o reforço de capital da banca. Num momento em que são sérias as dificuldades a que as instituições financeiras estão expostas, ficou definido no memorando da Troika um montante de 12 mil milhões de euros para poder ser utilizado no reforço de capitais das instituições financeiras. Ficou assim aprovada em Dezembro a redacção final da lei, de modo a contribuir para o reforço da solidez financeira das instituições de crédito e garantir também, em última análise, a segurança dos nossos depósitos, dos nossos investimentos, ou das nossas pensões. A razão pela qual destaquei estes três diplomas, tem a ver com o facto de todos eles tocarem em pontos fulcrais e de a todos dizerem directamente respeito. Importam aos que estudam, importam aos que agora dão os primeiros passos no mundo do trabalho, e finalmente aos que precisam da banca para financiarem a sua actividade e manterem o funcionamento das empresas. É esta possibilidade de fazer a diferença que deve mover sempre o combate político. E a Assembleia da República é, sem dúvida, um palco privilegiado para o fazer. Importa, neste âmbito, referir que a actualidade difícil que o país vive, obriga a que muitas vezes, também no grupo parlamentar do CDS, estejamos a ter que apoiar decisões que podem até estar por vezes desfasadas dos princípios fundadores do CDS, mas estou certa que a sua inevitabilidade momentânea, poderá ser também a oportunidade única para iniciarmos o verdadeiro processo de viragem que o país precisa e reclama. E por isso acredito, o trabalho que está a ser feito, vai valer a pena! 

Custas judiciais: a Troika chega à Justiça PEV José Luís Ferreira Seguindo as instruções do Banco Central Europeu, da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional, o Governo apresentou na Assembleia da República uma Proposta de Lei relativa ao Regime das Custas Judiciais. Claro está que o objectivo desta proposta não visa facilitar o acesso à Justiça por parte dos cidadãos Portugueses, que já hoje têm dificuldade em compreender porque é que pagam impostos se depois, quando precisam, ainda têm que pagar os Serviços Públicos que o Estado deveria assegurar e garantir. Aliás o Governo não o esconde. A própria Exposição de Motivos que acompanha a Proposta é muito clara: o objectivo destas medidas é aumentar as receitas da Justiça. E ao Governo pouco interessa que os Portugueses disponham de menos rendimentos disponíveis, que paguem mais impostos, que ganhem menos e que fiquem sem o subsídio de férias e o 13º mês. Isso não interessa nada. Ao Governo pouco interessa que a Justiça seja um direito dos Portugueses e um direito que a nossa Constituição elege como fundamental. O que interessa é que a Troika mandou e o Governo faz o trabalho, acatando religiosamente as ordens. E o que resulta desta proposta são aumentos brutais nas custas judiciais, onerando ainda mais os utentes da Justiça, aumento das taxas pela emissão de certidões e cópias certificadas e obrigam-se os litigantes a pagar “à cabeça” todas as diligências de prova requerida. E por aí fora. Ou seja, o Governo aumenta as custas judiciais para que os cidadãos não recorram aos tribunais, negando dessa forma o acesso ao direito á justiça, que é obrigação do Estado garantir. E assim o recurso aos tribunais vai certamente diminuir, como o Governo pretende, mas isso significa que a justiça fica por fazer e quem fica de fora é quem tem menos condições, porque os que têm mais condições continuam certamente a recorrer aos tribunais. O Governo transforma assim as custas judiciais num obstáculo no acesso á justiça, transforma-as numa verdadeira contrapartida que os cidadãos têm de dar ao Estado pelos serviços que este lhes devia prestar, porque é sua obrigação. Mas o mais grave nesta proposta é a ousadia do Governo em pretender aplicar estes aumentos também aos processos pendentes. De facto esta é a sexta alteração ao Regulamento das Custas Processuais, mas é a primeira vez que o Governo pretende impor estes custos aos processos pendentes. E aplicar esta Lei e estes aumentos aos processos pendentes, acaba por frustrar as expectativas dos interessados. Há assim uma espécie de “dar dito por não dito”, por parte do Estado relativamente aos cidadãos que recorreram já á justiça para fazer valer os seus direitos. Bem sabemos que esta Lei apenas se aplica aos actos futuros, mas mesmo assim, a nosso ver, estamos perante uma verdadeira retroactividade dos efeitos desta Lei, porque, neste caso, a retroactividade deverá ser aferida tendo como referência o momento em que o processo se inicia, porque é nessa altura que as pessoas fazem contas sobre os eventuais custos que envolvem um processo judicial, é nessa altura que as pessoas constróem a expectativa sobre os respectivos custos. O Governo está assim a alterar as regras a “meio do jogo”. O Estado não dá um bom exemplo, ainda por cima numa área como a Justiça. 

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Comunidade de Leitores Poesia Reunida, de João Luís Barreto Guimarães, foi a obra que ‘inaugurou’ a Comunidade de Leitores 2012. E, em paralelo, ‘estreou’ uma nova vertente desta iniciativa do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar – a abordagem a um livro de poesia. Até 23 de Maio, com sete sessões agendadas, a Comunidade de Leitores contará com a presença, enquanto dinamizadores das sessões, para além de João Luís Barreto Guimarães, de valter hugo mãe, Marta Martins, Ana Luísa Amaral, João Manuel Ribeiro, João Teixeira Lopes e Rosa Quiroga. A Comunidade de Leitores consiste no encontro de um grupo de pessoas que se juntam, periodicamente, para conversar sobre livros cuja leitura foi proposta pelo dinamizador. A experiência da leitura é sempre íntima e individual, feita em casa por cada um dos participantes. Mas essa experiência é enriquecida pela partilha de opiniões, comentários e pontos de vista que ocorre nos encontros, permitindo a descoberta de outras formas de interpretar o livro analisado.

A finalidade da Comunidade de Leitores não é produzir dissertações académicas nem fazer análises textuais aprofundadas das obras lidas. E, muito menos, avaliar o tipo de leitura feita pelos participantes. Como destacou o vereador do Pelouro da Cultura, Fernando Paulo, no arranque da nova “Comunidade”, o objectivo da iniciativa é “assumir-se, sempre, o mais informal possível”, proporcionando a possibilidade de “dar e receber cultura e conhecimento nesta iniciativa que se quer partilhada.” Mais habituado a ser questionado do que a apresentar-se, o convidado da primeira sessão traçou, em breves linhas, o seu trajecto na escrita. Defendendo que “a poesia experimenta-se, não se explica”, João Luís Barreto Guimarães destacou que “também os poetas querem ser lidos e procurados como os autores de ficção.” Sobre a dificuldade da poesia chegar a um público mais genérico, o leitor-convidado disse que “talvez se justifique por edições curtas, má distribuição e quase ausência de divulgação pela Comunicação Social.” A obra de João Luís Barreto Guimarães agrega um percurso poético de mais de duas décadas. Inclui, até, poemas do seu primeiro livro, editado quando jovem, nos tempos da Faculdade, e que, posteriormente, o autor optou por “não perfilhar e destruir”. Ainda assim, alguns desses poemas “sobreviveram” e integram agora a Poesia Reunida. A Comunidade de Leitores prossegue no dia 1 de Fevereiro. O próximo convidado é valter hugo mãe, que irá analisar a obra O pintor do lava-loiças, de Afonso Cruz. 


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O pastel de nata

PS Alício Morais Em Lisboa, junto à Torre de Belém, em 1502, iniciou-se a construção de um mosteiro, ao estilo manuelino: o Mosteiro de Santa Maria de Belém, hoje designado: Mosteiro dos Jerónimos, testemunho monumental da riqueza dos Descobrimentos Portugueses. Na sequência da instabilidade política e social que se viveu em Portugal entre 1820 e 1834, para sobreviverem, os monges do referido Mosteiro, confeccionavam e vendiam um pastel de sabor inconfundível, por todos conhecido como Pastel de Belém. Hoje, para o governo do Sr. Passos Coelho, o pastel de nata é o rumo, o único plano e estratégia para relançar a economia do país. O governo do PSD/CDS decidiu sufocar o país com impostos e abdicar de qualquer investimento público que garanta o futuro dos portugueses. Confrontado com mais de 700.000 desempregados e 16.000 novos cada mês, este governo acha que o que importa é reduzir o montante, a duração e a cobertura do subsídio de desemprego. Um Primeiro-Ministro que aconselha os portugueses a emigrar é chefe de um governo que, entre outros, desistiu do projecto de transformar Portugal num país pioneiro dos automóveis eléctricos. Quando a Nissan abandonou o projecto da fábrica de baterias em Aveiro, este governo encolheu os ombros, porque era um projecto do Eng. José Sócrates, mas o povo lembra-se que não legitimou este governo do PSD/CDS para destruir postos de trabalho. Para mal de todos os portugueses, o PSD/CDS acredita que pode salvar as finanças públicas matando a economia. Está visto que, para este governo, governar bem é empobrecer o país. Os olhos do Ministro Vítor Gaspar quando anuncia a possibilidade de ter que cortar apoios ou subsídios parecem ter um brilho especial, e como assobia para o lado quando se trata de saber onde é que estão os cortes exemplares, do lado da despesa do Estado que os atuais governantes prometeram durante a campanha eleitoral. Este governo é um deserto de ideias; uma tristeza e não é só por não conhecer mais tipos de doces conventuais. A assinatura do Acordo de Concertação Social, que trata os trabalhadores como inúteis que só querem feriados, férias e boa vida, a todos devia envergonhar. Trata-se de um retrocesso civilizacional tornar os trabalhadores escravos sem direitos e sem qualidade de vida. A classe dirigente incapaz e com horizontes limitados deste país, quer concorrer com a mão-de-obra barata dos chineses e indianos e não com a qualidade do trabalho que se faz na Europa. A política económica e orçamental deste governo não só é assustadora como revoltante: explora os cidadãos, exige que paguem impostos, acaba com direitos e impõe deveres. A forma arrogante e sem sensibilidade social como este Governo está actuar, é preocupante e deixa os trabalhadores à beira do desespero e da desmotivação, não é aceitável pedir ou exigir a um trabalhador que se esforce, trabalhe mais horas, sem descanso e sem os rendimentos compensatórios económicos e sociais.

Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

As notícias de cortes e aumentos dos bens e serviços de primeira necessidade que afectam os trabalhadores são uma constante, como, por exemplo, o novo brutal aumento dos transportes públicos. No entanto, não verificamos qualquer ideia positiva de relançamento do economia, a não ser a internacionalização do pastel de nata. Este governo do PSD/CDS repetiu as receitas de Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix, e usa de truques de engenharia orçamental para encobrir a verdadeira dimensão do défice: “atira” despesas para o ano seguinte, contabiliza receitas antecipadas e nacionaliza fundos de pensões particulares. Apesar de sermos hoje um país em dificuldades, as nomeações e reconduções feitas pelo governo, para os gabinetes dos ministros e dos secretários de Estado, para a administração directa e indirecta do Estado e para o sector empresarial do Estado, são aos milhares e parecem um bom exemplo de clientelismo político… Saudações socialistas. 

A pré-bancarrota

CDS João Neves Pinto Os cidadãos da República Portuguesa acordaram estupefactos. Constatam que o país está à beira de cair no precipício da bancarrota. Está sem dinheiro para nada. O sector público, com os seus organismos e empresas, estão na eminência de não terem dinheiro sequer, para o vencimento dos seus funcionários. Mas como isso era possível, interrogam-se os cidadãos desta Nação? Não estavam eles numa democracia? Não tinham posto toda a sua esperança e coração no socialismo científico, e depois no da Internacional Socialista, apregoado após o 25 de Abril? Após a era do Estado Novo, desse Salazar que era “muito mau”, e dava uma vida de pobreza a todos, não tinham ficado depois todos bem, com aqueles políticos que lhes possibilitaram comprar todos os bens que nunca tinham sonhado poder vir a ter? E a prosperidade no país não era agora bem visível? E como é que lhes diziam estar agora Portugal endividado, e astronomicamente ainda por cima? E chamam a isso a sua “dívida soberana”. A resposta são os números que não enganam, e mostram o país a viver além das suas possibilidades. Quem se der ao trabalho de consultar as estatísticas de 1960 até agora, pode constatar os valores que o Estado arrecada, e aquele que gasta, ano após ano. A essa vida de “menino rico”, acrescenta-se a irresponsabilidade de quem não se importava nada com isso, porque tinha sempre quem lhe emprestava, aquilo de que precisava para equilibrar a balança. O bolo da dívida tornou-se incomensurável, e, agora, poucos querem continuar a emprestar dinheiro, a este belo país à beira-mar plantado. Se por acaso o fazem, aplicam-lhe juros astronómicos. Portugal hipotecou assim a sua soberania. E quem o fez? Todos os políticos que concorreram para isso, mas de forma gritante nos últimos 6 anos, o partido político do Eng. Sócrates. Simplesmente, duplicou todo o valor da dívida soberana que existia, desde o 25 de Abril. O dilema de toda esta situação, assenta no facto da sociedade não poder reger os seus destinos pessoa a pessoa. Tem que delegar em alguém para colectivamente

o fazer, da mesma maneira que, se quer vestir um casaco, recorre a que o saiba confeccionar. Os partidos políticos são aqueles que têm a tarefa de isso fazer, e o povo põe a sua vida, nas suas decisões. E há-os que o fazem cegamente, apaixonadamente, da mesma forma como amam os seus clubes de futebol. O cerne da questão reside na retórica que estes usam, para demonstrar aquilo em que acreditam, que demonstram sem sombra de dúvidas, serem os mais correctos. Isso enganou esta Nação, para caminhos que agora se revelaram errados. Observando os “frutos” vindos desses grandes senhores bem falantes e bem pensantes, rodeados de títulos e mordomias, que se intitulam pais da democracia, que navegam sempre na crista da onda, se vê sem sombra de dúvidas, como era a sua “árvore”. Foram maus gestores da causa pública, e levaram à ruína o país. No sector privado isso nunca aconteceria. São os mais capazes aqueles que conduzem as empresas. Os que o não sabem fazer, têm vida curta, são despedidos pelos seus patrões, ou levam rapidamente à falência as suas firmas. No sector público não, arrastam toda a Nação para o caos. Em última instância, é esse mesmo povo, senhor do poder do voto, aquele donde provem o cerne da questão, porque se deixou anestesiar pela palavra “socialismo”, e por aqueles que dela fizeram uso. As suas decisões, o seu pensamento, a sua política, foram a maior parte das vezes erradas. Agora, pode-se lançar melhor o olhar para o tempo, naquilo que foi o desmantelar do Império Colonial Português. Uma entrega precipitada desses territórios, a partidos políticos comunistas, sem eleições, sem salvaguarda dos superiores interesses de Portugal, nem da vida desses povos, e num desprezo total pelos seus cidadãos que aí viviam e trabalhavam. É para aí que grande parte dos portugueses se socorre neste momento, para fazerem face às suas necessidades, procurando encontrar aí o que não encontram no seu país. O interessante em tudo isto, se por acaso esta tragédia tem alguma coisa de interessante, é que o vírus que se instalou em Portugal, também contaminou a maior parte dos país da Europa. Quer dizer, quase todos eles se puseram a gastar mais, do que aquilo que produziam. Quer dizer então, que a Europa tem também uma dívida enorme para com alguém. Esse alguém, é anónimo, bem escondido no dinheiro sem rosto. É fácil, no entanto, adivinhar quem poderá ser, para quem está fortemente dependente do factor energético, e de acordos comerciais ruinosos com o gigante China. A Europa perdeu o cimento que a aglutinava e a dinamizava. O ateísmo que passou a dominá-la, vibrou ferozmente contra uma das primeiras palavras proferidas pelo actual Papa Bento XVI: “A Europa está ferida de morte”. Mas é o que acontece na realidade. Agora lamenta-se da corrupção e de todos os males que grassam na sociedade. Desde sempre, o homem pretendeu sobrepor-se ao seu semelhante, e da mesma forma o clã em que se agrupa. As guerras entre os homens, sempre se arrastaram pelos tempos da história, com dominadores e dominados. Nos tempos que temos, a “guerra” é a nível da economia…, do dinheiro. Mas os dominadores já não precisam de arrastar os seus vencidos, para os seus países, como escravos. Aqueles que se “põem a jeito”, acabam por ficar dependentes, dos senhores do dinheiro feitos dependentes geração após geração, e se até lá souberem gerir bem os seus destinos e tiverem à frente dos seus governos pessoas direitas e honestas. 


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Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Gente Capaz

PSD Maria Guimarães É verdade! Ao longo dos séculos demonstrámos que somos Gente Capaz e que perante a adversidade (e foram muitas as que vivenciamos) nunca voltamos as costas. O nosso desígnio desde remota idade, é a luta. E o tempo, este tempo que é de Guimarães, cidade-berço da nacionalidade portuguesa, agora Cidade Europeia da Cultura, é também o tempo de todos os portugueses, de todos os que acreditam que são GENTE CAPAZ! Os vimaranenses são capazes e estão a revelar a sua força criadora à Europa e ao Mundo, baseados na sua história e na sua memória, juntaram-lhes os afectos e a força do “guerreiro” e Portugal ali surgiu naquela noite fria atmosfericamente, mas tão quente de humanidade… forte, cheio de vida e energia! E é essa ESPERANÇA de conseguir CORRER atrás da luz (mesmo que esta pareça estar só lá ao fundo do túnel); de INOVAR abrindo de imediato duas janelas, se uma porta se fechou; de PROCURAR o rendimento e o sustento aqui ou além, (como acontecera outrora); de TRANSFORMAR as uvas no bom vinho; de FAZER CRESCER as ideias e expandir-se, é portanto essa energia chamada ESPERANÇA que nos fortalece e nos torna GENTE CAPAZ! É urgente acreditarmos e juntarmos as energias boas de todos e assim construirmos com alicerces mais seguros a nossa “casa-Portugal”. É o tempo do sacrifício, da

sementeira, até talvez da tempestade (para alguns que sofrem mais as agruras da vida), mas também é o tempo de “limparmos as poeiras da engrenagem”. E, tal como Guimarães que mostrou no dia da abertura da cidade a Capital Europeia da Cultura que sem “obras faraónicas” nem “investimentos megalómanos”, mas com a Memória Colectiva de um povo, a sua identidade , a sua capacidade de ir mais além é possível VENCER, também NÓS, vimaranenses, albicastrenses, portuenses, alentejanos, algarvios, numa palavra, PORTUGUESES, contribuiremos com o nosso TRABALHO, POUPANÇA, ENERGIA, CONCENTRAÇÃO NO ESSENCIAL, CRIATIVIDADE, INOVAÇÃO e LUTA, para que PORTUGAL se afirme mais forte hoje e amanhã! 

Será Melres uma freguesia também a extinguir??? BE Rui Nóvoa Vem isto a propósito do que se passou na última Assembleia Municipal de Gondomar, realizada em 28 de Dezembro de 2011. Na discussão das Grandes Opções do Plano e Orçamento, o líder da bancada municipal do PS acusou a Câmara Municipal de pressionar os presidentes de junta a votarem a favor das propostas da Câmara. O vice-presidente afirmou que tal era mentira e até ofensivo. As intervenções prosseguiram e chegou a vez do presidente da freguesia de Melres usar da palavra. Justificou o seu voto de abstenção nas propostas, por considerar que o Executivo Camarário continua a protelar a resolução dos problemas estruturais que a freguesia possui, designadamente nas áreas sociais e económicas. No ponto seguinte da ordem de trabalhos - delegação de competências nas juntas de freguesia -, foi a proposta aprovada em 11 juntas de freguesia. Mas o mais grave é que foi reprovada, com os votos contra dos eleitos pelo PSD mais o grupo municipal de VALENTIM LOUREIRO, a transferência de competências para a freguesia de Melres, por esta ter ousado abster-se no Orçamento para 2012!!! Ao terem votado como votaram, aqueles grupos municipais (PSD e apoiantes de Valentim Loureiro) demostraram que não aceitam opiniões diferentes das suas. Para eles, quem não votar a favor das suas propostas tem que ser castigado. Inaceitável. Pelo facto de um presidente não ter dado o seu voto favorável ao Plano e Orçamento para 2012 viu ser reprovada a transferência de competências municipais para a sua freguesia. Tudo isto é preocupante porque estão em causa os interesses da população. Se nada for feito para alterar esta situação de abuso do poder por parte do PSD e grupo de Valentim Loureiro, poderá ficar em causa a sobrevivência da freguesia de Melres e a resposta aos problemas dos seus habitantes. Em democracia é preciso saber respeitar as opiniões diferentes e, neste caso, o presidente da Junta de Freguesia de Melres mais não fez do que defender os interesses dos seus habitantes. Como membro da Assembleia Municipal, e como cidadão, não posso aceitar esta espécie de vingança política do PSD e do grupo municipal de Valentim Loureiro contra um presidente de Junta de Freguesia. Em democracia não há votos de primeira ou de segunda, todos os votos valem o mesmo, todos os votos têm igual dignidade. É preciso respeitar a vontade popular. Exige-se que o Executivo Municipal, e em particular o seu presidente, tome todas as medidas necessárias para reparar a situação antidemocrática criada pelo PSD e apoiantes de Valentim Loureiro na Assembleia Municipal. Está em causa a continuidade da Acção Social da freguesia de Melres ou a sua EXTINÇÃO por não ter condições e meios financeiros para prosseguir o seu trabalho. Também se exige à Câmara que tome as medidas adequadas quanto ao estacionamento pago para Rio Tinto. Não pode o Executivo dizer que não tinha experiência aquando da negociação do contrato para o Mercado da Areosa e que para S. Cosme já fez de forma diferente. Para quem está há tantos anos a dirigir os destinos de Gondomar, isto não é aceitável. Se o Executivo reconhece o erro da sua actuação, como foi dito pelo vice-presidente na Assembleia Municipal, e como os habitantes de Rio Tinto não têm qualquer responsabilidade na situação, então não têm de ser eles a pagar a incompetência de quem fez este negócio ruinoso. A Câmara anda sempre a dizer que governa a favor das pessoas. Só lhe resta um caminho: assumir o erro das suas escolhas, das suas decisões políticas. 

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Lembrandolhes o que foi o Estado Novo MRTC Joaquim Marinho Regime político instituído sob a direcção de António de Oliveira Salazar, e que vigorou em Portugal sem interrupção, embora com alterações de forma e conteúdo desde 1933 até 1974, em alguns aspectos semelhante aos regimes instituídos por Benito Mussolini na Itália e por Adolf Hitler na Alemanha, mas também com significativas diferenças em relação aos mesmos. Podem inventariar-se, sem preocupação de ser exaustivo, as seguintes características essenciais do, então, Estado Novo português. 1. O culto do Chefe, Salazar (e depois, sem grande êxito, Marcelo Caetano), mas um chefe paternal, de falas mansas mas austero, eremita ‘casado com a Nação’ sem as poses bombásticas e militaristas dos seus congéneres Franco, Mussolini ou Hitler. 2. Uma ideologia com forte componente católica, associando-se o regime à Igreja Católica através de uma Concordata que a esta concede privilégios bem diferente do paganismo hitleriano. 3. Uma aversão declarada ao liberalismo político, apesar da existência de uma Assembleia Nacional e de uma Câmara Corporativa com alguma liberdade de palavra, mas representando apenas os sectores apoiantes do regime, organizados numa União Nacional, que Caetano mudará em Acção Nacional Popular (com excepção do curto período em que nela esteve integrada uma ‘ala liberal’, numa fase crítica de fim de regime, a unanimidade será a tónica destes órgãos). 4. Um serviço de censura prévia às publicações periódicas, emissões de rádio e de televisão, e de fiscalização de publicações não periódicas nacionais e estrangeiras, velando permanentemente pela pureza doutrinária das ideias expostas e pela defesa da moral e dos bons costumes. 5. Uma polícia política (PVDE, mais tarde PIDE e no final DGS), omnipresente e detentora de grande poder, que reprimia de acordo com critérios de selectividade, nunca se responsabilizando por crimes de massas, ao contrário das suas congéneres italiana e especialmente alemã. 6. Um projecto nacionalista e colonial que pretendia manter à sombra da bandeira portuguesa vastos territórios dispersos por vários continentes, ‘do Minho a Timor’, mas rejeitando a ideia da conquista de novos territórios (ao contrário do expansionismo do EIXO) e que é mesmo vítima da política de conquista alheia (caso de Timor) e no qual radica a manutenção de uma longa guerra colonial. 7. Um discurso e uma prática anticomunista, não apenas na ordem interna como na, que leva Salazar, por um lado, a assinar um pacto com a vizinha Espanha franquista e, por outro, a hesitar longamente entre o EIXO e as democracias durante a Segunda Guerra Mundial. 8. Uma economia tutelada por cartéis constituídos à sombra do Governo, detentores de grandes privilégios, fechada ao exterior, receosa da inovação e do regime. 9. Uma forte tutela sobre o movimento sindical, apertado nas malhas de um sistema corporativo que procura conciliar harmoniosamente os interesses do operariado e do patronato. O Estado Novo sofrerá diversos abalos provocados, quer pelas tentações golpistas de forças de carácter abertamente fascista, à sua direita (Nacionais-Socialistas), quer pelas conspirações putschistas dos reviralhistas republicanos, repentinamente frustradas, quer pela acção das forças políticas que, periodicamente, se candidatam a eleições (nomeadamente, em 1958, com o General Humberto Delgado) mas acabará por cair devido à acção de uma conspiração militar dirigida pelo Movimento das Forças Armadas, em 25 de Abril de 1974. 


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2012: Ano de resistência e de luta PCP José Fernandes Mais um novo ano agora se inicia, mas com velhas políticas, uma vez que iremos continuar a ter confrontados com mais austeridade e exploração, que consequentemente originará retrocesso social, que irá tornará os portugueses ainda mais pobres do que no ano que findou. As troikas representadas pelo Governo PSD/CDS – a que o PS ficou irremediavelmente ligado, com a assinatura do Memorando de Entendimento e a abstenção no Orçamento de Estado – agem ditatorialmente, roubam aos desempregados, aos trabalhadores precários e efectivos, aos reformados e pensionistas, direitos por estes conquistados. Desde o primeiro dia do ano que somos confrontados com nova avalanche de duras medidas. Aumentos brutais dos bens essenciais, taxas moderadoras, consultas nos hospitais e centros de saúde, electricidade, transportes públicos, aumento de impostos e uma brutal razia nos apoios sociais, quebra generalizada no investimento público, redução nas transferências para o Poder Local. Também em sede de Concertação Social o capital e o patronato acabou de ganhar novo fôlego, com um “acordo” que contou com a apoio do governo/patronato/troika e a bênção da “suspeita do costume” UGT! O “acordo” celebrado constitui o maior atentado aos direitos dos trabalhadores e um retrocesso social sem precedentes nas relações de trabalho em Portugal. É óptimo para o grande patronato e inaceitável para os trabalhadores porque acentua a exploração, as desigualdades e o empobrecimento. É um compromisso que coloca o Estado e o dinheiro dos nossos impostos ao serviço dos grandes grupos económicos e financeiros e fragiliza a segurança social, ao forçá-la a financiar as empresas para baixar salários, generalizar a precariedade e, de seguida, enviar os trabalhadores para o desemprego. É um “acordo” da capitulação que subverte o princípio constitucional de proibição de despedimento sem justa causa, abrindo a porta de par em par aos despedimentos por inadaptação, decorrentes da “quebra de produtividade ou de qualidade”, sempre associada a objectivos definidos e impostos pelo patronato... Tudo é executado e acordado em nome de um pretenso combate ao desemprego. Apregoa-se a ideologia das inevitabilidades, da resignação e do conformismo. O PCP tem apontado propostas concretas para ultrapassar este terrorismo social – que está a conduzir o país para o abismo – e que passam pela imediata renegociação da dívida pública, a tomada de medidas para o aumento da produção nacional, valorizando os salários e as pensões e interromper o criminoso programa de privatizações. É imperioso travar e rejeitar este pacto de agressão que está a sufocar a economia e o futuro do país. Nesse sentido, é fundamental o desenvolvimento e a ampliação da luta organizada das massas trabalhadoras e do povo. Mas, não é apenas o Governo que tem demonstrado insensibilidade social nas medidas que toma, também em Gondomar, a troika Valentim/PSD/CDS segue o mesmo trilho. A Câmara de Gondomar decidiu aumentar os preços da água e saneamento para 2012, em 5,68%. Os ramais de saneamento aumentam 4,35%. Isto, quando é conhecido que a empresa “Águas de Gondomar, SA” teve lucros líquidos de 800 mil euros em 2009 e 1 milhão e 400 mil euros em 2010. Também as tarifas de Resíduos Sólidos Urbanos vão aumentar em 2012. Convém lembrar que são aumentos superiores à “taxa de inflação” de 3,19% prevista pelo governo. Também por exigências da troika estrangeira e nacional há a intenção de encerrar o SASU – Serviço de Atendimento em Situações de Urgência – à noite, fim de semana e feriados. Esta medida não devia constar sequer de intenções, uma vez que em Gondomar não existe hospital público e o concelho tem como hospitais de referência o de Valongo e o Hospital de Santo António (apesar do Hospital de S. João ficar nas imediações de Rio Tinto, a maior freguesia do concelho),

Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012 obrigando a deslocações complicadas, tanto pelos doentes, como pelos seus familiares, acrescido de custos que daí advêm. ASSEMBLEIA DE FREGUESIA – Na sequência da colocação dos parcómetros na zona envolvente do mercado da Areosa, a CDU apresentou na última Assembleia de Freguesia uma Proposta (aprovada por unanimidade) expressando solidariedade com todos os que serão afectados pelo pagamento do estacionamento. Nessa Proposta recomenda-se à Câmara Municipal de Gondomar para que assuma as suas responsabilidades em matéria de propostas para alterações contratuais com a empresa concessionária sobre os tarifários e horários. Também foi aprovada uma Moção de Solidariedade com a ANAFRE, (aprovada por maioria), saudando esta, pela realização do seu XIII Congresso e manifestando total solidariedade com as decisões aprovadas e constantes das conclusões tornadas públicas. ASSEMBLEIA MUNICIPAL – Também a Assembleia Municipal de Gondomar aprovou, por unanimidade, uma Proposta da CDU, para que a Câmara de Gondomar proceda à reconstrução da Ponte Pedonal da Levada, destruída pelas cheias de 2009, dando expressão ao descontentamento dos moradores, manifestado através de um abaixo-assinado que reuniu dezenas de assinaturas. Na mesma ocasião foi aprovada por unanimidade, uma Proposta da CDU para que a Câmara de Gondomar proceda à inventariação e classificação, como património cultural de interesse municipal, dos Moinhos de Água e Azenhas existentes na bacia hidrográfica do rio Tinto, que ainda possam ser preservados e aproveitados. Espera-nos um ano difícil. Mas 2012 poderá ser também um ano de renovada esperança e confiança numa inevitável mudança de rumo. Nesse sentido, apelamos a todos, que participem na GRANDE MANIFESTAÇÃO NACIONAL que se realizará no dia 11 de Fevereiro em Lisboa! 

A falência do projecto europeu. Haverá solução? Juventude Popular Tiago Isidro Costa O projecto europeu foi o grande exemplo de paz e cooperação que o velho continente quis mostrar ao Mundo, nas últimas décadas. Hoje é possível a um europeu viajar livremente pelo continente, trabalhar onde quiser, estudar um semestre inteiro numa faculdade europeia, ter uma profissão acreditada em qualquer lado na Europa e muito, muito mais. Mas tudo isto está em vias de se auto-destruir. Criámos um modelo social deveras exigente do ponto de vista financeiro e acreditámos mesmo que era possível mantê-lo, estando nas nossas barbas que os orçamentos que aprovávamos eram deficitários. Ano após ano. O grande azar foi ter o socialismo democrático como motor deste sonho europeu, que na realidade foi apoiado por todos. Até mesmo outros quadrantes políticos apoiaram esta doutrina. Ou seja, preocupamo-nos em dividir uma riqueza, que no início do projecto existia: a economia crescia, mas que ano após ano abrandava. Mas continuámos na distribuição da riqueza que não produzíamos que se traduziu em dívida. Dívida que não poderemos honrar nos muitos anos que se seguirão. Criámos um verdadeiro cancro. As asneiras não ficam por aqui. A Europa desenvolveu outra doença: “a carga fiscal”. Criou-se uma carga fiscal cada vez maior e não se reparou que isso fez com que a capacidade produtiva se deslocasse para mercados asiáticos. Hoje, 90% do que compramos vem desses mercados. Desde roupa, computadores, TV’s, o nosso telemóvel e ficamos na Europa com a logística e com o comércio. Resultado: desemprego. Mas nós, europeus, somos muito humanos(!): criámos o salário mínimo, mas o telemóvel que temos foi feito por pessoas que trabalham por um saco de arroz; abolimos o trabalho infantil, mas nem sequer sabemos quem coseu os ténis que calçamos. Ou seja, é impossível competirmos com os mercados asiáticos. Impossível. Mas também não é possível

apenas vivermos do comércio e da logística. E agora? Agora, apesar de não ser novo aquilo que falo, de toda a gente conhecer ao pormenor todas as entrelinhas que até agora escrevi, que este texto bem poderia ter sido escrito por qualquer europeu, quando ligamos as nossas televisões ouvimos falar em troika, em rating, na Grécia, em Portugal, mas nenhum dirigente europeu opinou sobre este problema, ninguém apresentou nenhuma solução. Nem BCE, nem Merkel, nem Sarkozy, nem Barroso… É urgente voltar a produzir na Europa. Enquanto não resolvermos o problema Ásia, é impossível voltarmos a ter uma economia próspera, umas finanças saudáveis e não haverá salvação possível. 

A vergonha histórica do (des)acordo social PEV Miguel Martins Aquando da assinatura do (Des)acordo Social, o Primeiro-Ministro e os demais governantes do PSD e CDS-PP classificaram este (des)entendimento de histórico. Talvez a história lhes dê razão. Foi na verdade um marco histórico de afundamento do país e um retrocesso social para as pessoas que trabalham e estão disponíveis para trabalhar. É incorrecto chamar acordo, visto que as medidas contidas pendem exclusivamente para o lado patronal e violam descaradamente direitos fundamentais dos trabalhadores. Para o governo (PSD/CDS-PP) a justificação para tais medidas gravíssimas, como vem acontecendo desde Junho, é sempre as imposições da “troika”. Não podemos deixar cair em esquecimento, que as ditas imposições da “troika” (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), foram estabelecidas com o consentimento e assinaturas do PSD, CDS-PP e PS, sendo ainda apadrinhadas pelo Presidente da República Cavaco Silva. Não é preciso ser guru, para prever que o (Des)acordo Social vai agravar a precariedade, a injustiça social, a pobreza e a exploração de quem trabalha, condenando o futuro dos nossos jovens ao acesso ao emprego com direitos. O documento foi aprovado à medida dos interesses das grandes empresas e do grande capital, representando um verdadeiro retrocesso civilizacional no quadro das relações de trabalho e do papel de um Governo que, em nome do Estado, deve defender e acautelar os interesses de todos de igual forma e do desenvolvimento do país, desenvolvimento este que só acontece se apoiado nos trabalhadores. O documento, para além de consagrar o trabalho gratuito, contém medidas que visam facilitar e tornar mais baratos os despedimentos e que são uma verdadeira seta envenenada dirigida aos trabalhadores mais idosos, com problemas de saúde ou com qualquer outra chamada “inadaptação”, sendo esta “inadaptação” algo cada vez mais subjectivo e de possível perversa utilização. Estas medidas permitem passar o ónus da falta de formação profissional e da debilidade de respostas do nosso sistema social para cima dos trabalhadores e ilibam as empresas e o Estado das suas responsabilidades nestas matérias. Outro facto grave neste (Des)acordo é aprovar a redução da compensação ao trabalhador quando este se despede com justa causa, vindo, não só, dar implicitamente cobertura a práticas ilegais e imorais do patronato, que podem ir desde salários em atraso a práticas lesivas da saúde e segurança dos trabalhadores, assédio sexual, ou outras, permitindo a sua proliferação, como vem ainda penalizar duplamente o trabalhador que, para além de ser a vítima de uma prática ilegal, vai ainda ser penalizado, do ponto de vista pecuniário, por usar de um direito que lhe é reconhecido: o de se despedir. Perante brutais ofensivas contra a maioria dos portugueses é necessário e urgente reivindicar contra a retirada dos direitos de quem trabalha e de quem cria riqueza no país. Desde já a começar pela manifestação promovida pela CGTP, no dia 11 de Fevereiro. “Quem luta nem sempre ganha, quem não luta perde sempre”. 


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Sociedade Foi este o mote do Dia Solidário, uma acção organizada pela Comissão Social de Freguesia de Rio Tinto e que decorreu recentemente na Escola Secundária de Rio Tinto. Para aceder ao local desta iniciativa era necessário entregar um bem alimentar à entrada. A solidariedade dos mais de 1.500 visitantes, segundo números avançados pela organização, permitiu a recolha de várias centenas de géneros alimentícios (arroz, leite, massa e conservas) que foram posteriormente distribuídos às famílias mais carenciadas da freguesia pelo Serviço Social da Junta de Rio Tinto. O Dia Solidário, por outro lado, proporcionou às pessoas que se deslocaram à Secundária de Rio Tinto, por intermédio dos parceiros sociais e de diversas entidades, um vasto leque de serviços, desde manicura, maquilhagem, cabeleireiro, massagem, consultas de podologia, rastreios auditivos e visuais. “Com esta iniciativa disponibilizamos à população, em especial àqueles que possuem menos recursos financeiros, um conjunto de valências que de outra forma não teriam possibilidade

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Seja solidário! Traga um bem alimentar! de obter”, referiu o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins. Vários ateliers, de pintura e reciclagem por exemplo, onde os jovens e adultos se divertiram, ginástica, aula de Zumba Fitness [programa de fitness latino-americano que incorpora hip-hop, samba, salsa, merengue, mambo, artes marciais, entre outros estilos] com dezenas de participantes e muita música, com especial destaque para a actuação dos Som da Rua. Um grupo que junta utentes de várias instituições que intervêm na área das dependências, entre elas, o projecto Prevenir, Intervir e Reinserir com ARTE(S). Fazendo um balanço positivo do Dia Solidário, o autarca Marco Martins sublinhou a importância da presença dos diversos parceiros sociais (25) e entidades nesta iniciativa, que contribuíram para o sucesso da mesma. A terminar, o presidente da Junta de Rio Tinto referiu ainda que vai propor à Comissão Social de Freguesia que volte a organizar, em 2012, o Dia Solidário.  Luís Morais Ferreira


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Festa em honra de São Brás Um dos momentos mais marcantes da festa em honra de São de Brás deste ano será a entronização do Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, como Confrade de Honra da Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte. “Agradecemos a honra que nos foi concedida pelo Bispo do Porto em aceitar a categoria de Confrade de Honra da nossa Confraria e saudamos o pároco de Baguim, o padre Lucindo Silva, pela total colaboração que nos tem dispensado”, afirmou o chanceler-mor Paulo Araújo. D. Manuel Clemente, Bispo do Porto desde Fevereiro de 2007, tem-se notabilizado pelas suas intervenções no campo cultural e religioso, ocupando aos 63 anos um lugar de destaque na hierarquia da Igreja Católica. Pioneiro na utilização do Youtube para a divulgação de mensagens da diocese do Porto, D. Manuel Clemente foi distinguido, em 2009, com o Prémio Pessoa, o mais prestigiado galardão nacional que é promovido pelo jornal Expresso. “A sua intervenção cívica tem-se destacado por uma postura humanística de defesa do diálogo e da tolerância, de combate à exclusão e da intervenção social da Igreja. Ao mesmo tempo que desenvolve a sua missão pastoral, D. Manuel Clemente promove uma intensa actividade cultural de estudo e debate público. Em tempos difíceis como os que vivemos actualmente, D. Manuel Clemente é uma referência ética para a sociedade portuguesa no seu todo.” Foi desta forma que o júri na altura justificou a atribuição do Prémio Pessoa ao Bispo do Porto, sendo a primeira vez que este galardão foi entregue a uma personalidade da Igreja. A cerimónia de entronização de D. Manuel Clemente como Confrade de

Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Bispo do Porto será Confrade de Honra

Honra tem lugar no dia 3 de Fevereiro, pelas 16h30, na tenda que a Confraria vai instalar, pela primeira vez, no Largo de São Brás. Um espaço que, segundo Paulo Araújo, tem como propósito “acolher diversas iniciativas muito difíceis de realizar devido às condições climatéricas da época e, deste modo, dar uma atmosfera mais consentânea com a crescente popularidade dos rojões e papas de sarrabulho, e das próprias Festas a São Brás.” Iniciativa que se tornou

agora na Igreja Paroquial de Baguim, são entronizados dez novos confrades. Logo de seguida, realiza-se um almoço-convívio numa unidade de restauração da freguesia.

possível graças ao contributo de todos os confrades e ao apoio da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, fez questão de referir o chanceler-mor. Uns dias antes, no dia 29 de Janeiro,

adultos, pelos membros das confrarias (Sagrado Coração de Maria e São Brás, e dos Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte), pela Banda Musical de São Cipriano (A Nova) e por individualidades do concelho, percorre durante mais de uma hora as várias ruas de Baguim do Monte. A procissão tem início às 15 h, no dia 3 de Fevereiro. Neste mesmo dia, actua logo pela manhã (8h) a Banda Musical de São Cipriano (A Nova). Três horas depois, o Bispo do Porto preside à missa solene em homenagem ao santo padroeiro da freguesia e, pelas 12h, reúne-se na tenda da Confraria Gastronómica o júri do 13º Concurso Gastronómico Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte, organizado pela Cooperativa Cultural Arco do Bojo e apoiado pelo Vivacidade, que vai avaliar as iguarias em concurso. O presidente da Direcção

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Programa de festas variado No entanto, o momento mais importante da festa em honra de São Brás é a procissão. O cortejo religioso, formado pelos vários andores, por diversas figuras bíblicas interpretadas por crianças e

da Cooperativa, o também Paulo Araújo, não tem dúvidas que “esta é uma das iniciativas com maior impacto na economia local e que maior divulgação faz da freguesia de Baguim do Monte.” Segundo o dirigente associativo, “as Festas a São Brás também foram muito beneficiadas com este concurso gastronómico, pois vêm ainda mais pessoas de fora para não só apreciar estes pratos, como também aproveitam para participar nos festejos. A título de curiosidade, refira-se que no ano passado houve participantes que só no dia de São Brás venderam 30 pás de porco em rojões!” Paulo Araújo salientou, por outro lado, “a qualidade” dos rojões e papas de sarrabulho preparadas pelos restaurantes. “Todos os participantes desejam servir o melhor possível os clientes, dentro dos parâmetros definidos pela organização, que provocou uma criteriosa selecção dos ingredientes utilizados na confecção dos pratos”, referiu o presidente da Direcção, acrescentando que “sinónimo da importância deste concurso está o facto de chegarem até nós vários pedidos de restaurantes, fora da área de Baguim do Monte, a quererem participar.” “Não podemos esquecer ainda o grande contributo ao longo destes anos das unidades de restauração, Câmara de Gondomar, juntas de Baguim do Monte e Rio Tinto, Associação Comercial e Industrial de Gondomar, Artame, Lipor, Confraria do Sagrado Coração de Maria e São Brás, Paróquia de Baguim e do pároco da freguesia para o nascimento e consolidação deste certame gastronómico”, concluiu Paulo Araújo. O dia 3 de Fevereiro ‘encerra’ com o espectáculo musical do grupo Dupla Face. No dia seguinte, pelas 21h30, é a vez do conjunto de música tradicional portuguesa Arco do Bojo ‘subir ao palco’ no Largo de São Brás. Já no dia 5 de Fevereiro, pelas 15h, actuam o Grupo de Danças e Cantares do Centro Social de Soutelo e o Rancho Folclórico As Farrapeirinhas de Baguim do Monte. A entrega de prémios do 13º Concurso Gastronómico Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte e do 2º Festival Gastronómico de Gondomar Vamos aos Rojões e Papas de Sarrabulho à Moda de Baguim do Monte, música dos alunos da Escola ComCordas incluída, ‘fecha’, pelas 21h, a edição de 2012 da festa em honra de São Brás.  Luís Morais Ferreira



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Orçamento Municipal diminui

Política A Assembleia Municipal aprovou recentemente, com 28 votos a favor, 14 contra e uma abstenção, o Plano e Orçamento para 2012 da Câmara Municipal de Gondomar, que registou uma quebra relativamente ao ano anterior. Ou seja, diminuiu de cerca de 109 milhões de euros para pouco mais de 90 milhões de euros. No entanto, o edil Valentim Loureiro garantiu que “será possível manter a execução dos nossos principais projectos devido ao controle financeiro rigoroso com que temos vindo a gerir o município, e que asseguram a solidez das nossas finanças.” Segundo o presidente da Câmara de Gondomar, o Orçamento para 2012 “é um documento realista, rigoroso e ambicioso, que se enquadra num contexto económico-financeiro profundamente adverso e obriga a um esforço adicional no sentido de criar um equilíbrio entre dar resposta às necessidades dos gondomarenses e assegurar, simultaneamente, a sustentabilidade financeira da autarquia.” As políticas sociais, o investimento no Parque Habitacional e a melhoria do Parque Escolar são prioridades para a autarquia,

frisou Valentim Loureiro. O edil anunciou que este ano terá início a construção do Parque Tecnológico de Ourivesaria de Gondomar, “um dos equipamentos mais marcantes para o desenvolvimento económico do município”, que significa um investimento de mais de seis milhões de euros (na 1.ª fase). Valentim Loureiro defendeu ainda os projectos e iniciativas desenvolvidos em parceria e rede, destacando a acção das juntas de freguesia e das associações locais. O Orçamento para 2012 da Câmara de Gondomar contempla uma série de projectos para a cidade de Rio Tinto (Baguim do

Orçamento realista para 2012

Junta de Baguim do Monte Na última Assembleia de Freguesia de Baguim do Monte de 2011 foram retratados vários assuntos que ao longo do ano foram debatidos pelos partidos com assento parlamentar. A deputada do PS, Diana Ribeiro, recordou que, “apesar dos esforços conjuntos com o Ministério da Saúde, Câmara Municipal de Gondomar e Junta de Freguesia, ainda não contemplamos provas físicas do local onde irá nascer o Centro de Saúde de Baguim do Monte.” O autarca Nuno Coelho referiu que actualmente existe terreno e verba disponível para a construção deste equipamento de saúde, acrescentando que o incumprimento neste processo é da parte da Administração Regional de Saúde. Pelo presidente de junta ficou-se também a conhecer a tentativa de resolução de um problema que despontou no início de

Monte e Rio Tinto), alguns deles inscritos em sucessivos exercícios financeiros. Por outras palavras, a conclusão do Plano de Pormenor do Centro Cívico de Rio Tinto; a construção do Fórum Municipal de Rio Tinto; dar continuidade aos projectos de despoluição e requalificação ambiental de linhas de água concelhias, designadamente dos rios Ferreira, Sousa e Tinto, e iniciar a intervenção no rio Torto; a construção do Centro de Saúde de Baguim do Monte; e a entrada em funcionamento do Centro de Acolhimento Temporário para Jovens, do género feminino, entre os 12 e os 18 anos,

construído pela Câmara Municipal na freguesia de Baguim. A autarquia pretende também requalificar várias ruas da cidade, concluir a construção dos novos edifícios dos estabelecimentos de ensino de Rio Tinto e colocar à venda lotes de terreno, como, por exemplo, na zona da Ferraria (freguesia de Rio Tinto), por um milhão e 250 mil euros. Nesta Assembleia Municipal foram ainda aprovados os protocolos de delegação de competências entre a Câmara de Gondomar e as juntas de freguesia do concelho, exceptuando com a Junta de Melres. Em declarações à Agência Lusa, o autarca de Melres, Jorge Correia, afirmou que “bastou a minha abstenção no Orçamento Camarário para 2012 e foi chumbado o protocolo de delegação de competências com a Junta de Melres.” “Foi o único protocolo chumbado”, criticou ainda o autarca. Reagindo às acusações, o vice-presidente da Câmara, José Luís Oliveira, referiu, também à Agência Lusa, que o que esteve em causa foi “uma vontade política e uma votação democrática, e não discriminatória.”  Luís Morais Ferreira

2011. A criminalidade crescente que tem afectado a zona industrial e a rua D. António Castro Meireles será combatida com a contratação de dois guardas-nocturnos. A contratação destes elementos ficará, exclusivamente, ao encargo das empresas situadas nos referidos locais. Assunto recorrente nas assembleias de freguesia tem sido a zona envolvente da Linha do Metro. Um assunto que ainda não tem fim à vista, uma vez que tanto a Metro do Porto como a Câmara de Gondomar relegam para ambas a responsabilidade de limpeza da zona adjacente à linha. No que respeita à rua das Donas, cuja obra é da responsabilidade do município, o autarca Nuno Coelho lembrou, mais uma vez, que o incumprimento é da Câmara Municipal e não da junta de freguesia. O

presidente de junta referiu que na última Assembleia Municipal “foi reconhecido publicamente pelo vice-presidente da Câmara a falta de investimento nos arruamentos da freguesia. E que em 2012 este seria canalizado para Baguim do Monte, inclusive para a rua das Donas.” Nesta assembleia de freguesia foi aprovado por maioria, com os votos favoráveis do PS e a abstenção da coligação PSD/CDS, o Plano de Actividades e Orçamento da freguesia para 2012. Com um Orçamento na ordem dos 60 mil euros, o documento, elaborado em função da receita prevista, tenta enquadrar-se na realidade do país. “Fomos o mais realistas possíveis na realização deste Orçamento. Queremos que seja exequível. E caso haja diminuição das receitas, será feito um reajustamento”, expli-

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cou Nuno Coelho, referindo que o Executivo da Junta pretende dar continuidade à actual actividade social e lúdica. Por outro lado, foi apresentada uma moção, aprovada por unanimidade, na qual se manifesta a discordância em relação aos critérios do Documento Verde, que prevê a agregação/extinção das freguesias de Covelo, Lomba, Medas, São Pedro da Cova e Valbom. Nesta ocasião foram ainda aprovados o Protocolo de Delegação de Competências com a Câmara Municipal de Gondomar (por unanimidade); e os regulamentos de utilização dos espaços colectivos da junta e de cobrança de taxas e licenças. Sem esquecer também a apresentação do Relatório de Actividades do Trimestre (meses de Setembro, Outubro e Novembro).  Isabel Silva

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Natal ‘contagia’ Gondomar Durante a quadra natalícia, o clima de austeridade que impera actualmente no país não fez diminuir o ‘espírito de Natal’ e as acções de solidariedade no concelho de Gondomar. A Câmara Municipal (em colaboração com a Santa Casa da Misericórdia de Vera Cruz), no âmbito do programa Natal Solidário, entregou cabazes de Natal a 944 famílias do concelho (exclui bebidas alcoólicas), num total de 3.081 pessoas. Esta iniciativa, que representou para a autarquia um investimento de mais de 34 mil euros, pretendeu “proporcionar um Natal mais feliz e condigno aos agregados familiares mais carenciados do concelho”, afirmou o edil Valentim Loureiro. Para o presidente da Câmara de Gondomar “é dever de todos os responsáveis autárquicos promoverem acções para que, sempre que possível, se resolvam os problemas que afectam as populações.” “E foi precisamente esse o objectivo do Natal Solidário”, concluiu Valentim Loureiro. Em Rio Tinto... Já o Executivo da Junta de Rio Tinto, acompanhado pelo Pai Natal, realizou a habitual visita aos jardins-de-infância e escolas do 1º ciclo da rede pública da freguesia. Além de desejar Boas Festas a toda a comunidade escolar, a comitiva liderada pelo autarca Marco Martins ofereceu a cada turma um dicionário ilustrado já com o novo Acordo Ortográfico e livros infantis. Individualmente, as cerca de 2.250 crianças que frequentam os já referidos estabelecimentos de ensino receberam um bilhete para o circo e um pequeno livro didáctico sobre ambiente e reciclagem. Esta iniciativa contou com o apoio da Lipor e do Parque Nascente. A autarquia rio tintense promoveu também um concurso de construção de árvores de Natal em material de reciclado. “Uma forma diferente, económica e ecológica de levarmos o Natal a mais pontos da freguesia”, referiu o autarca Marco Martins. Realizado no âmbito da iniciativa Natal Solidário em Rio Tinto (dinamizada pela Rede Social através da Comissão Social de Freguesia), este concurso registou a presença de 25 árvores de Natal que tiveram a ‘missão’ de dar outro colorido às rotundas e jardins da freguesia. Trabalhos estes fruto da imaginação da comunidade escolar, dos utentes de Instituições Particulares de Solidariedade Social e associados das colectivida-

des. O grande vencedor desta iniciativa foi a Escola EB 1 da Boavista. Em segundo lugar ficou o Contrato Local de Desenvolvimento Social - Urbanização de Carreiros e no último lugar do pódio, em ex aqueo, os infantários Rami-Olé e A Fisga. “Devido à extraordinária adesão dos vários parceiros e ao envolvimento da comunidade neste concurso,

centando que “2011 foi o ano em que mais géneros conseguimos recolher e de melhor qualidade.” O autarca destacou, por outro lado, o papel importante de Domingos Ramos, “um verdadeiro solidário”, na organização desta iniciativa promovida pela Junta de Baguim do Monte. Nuno Coelho não esqueceu ainda de frisar que alguns voluntários, o Gabinete de Acção Social

dos concorrentes, o que para nós é muito gratificante, pois são um indicador de que a iniciativa começa a criar raízes na vida cultural da freguesia e de que se deve manter esta dinâmica.” O júri do concurso atribuiu o primeiro prémio ao presépio do Café Aqua Doce, colocando-se nas posições seguintes Maria da Conceição Gonçalves Rocha e Rancho Folclórico As Farrapei-

iremos repetir a iniciativa no Natal de 2012”, garantiu Marco Martins. Em Baguim do Monte... A população de Baguim do Monte fez questão novamente de ajudar as pessoas carenciadas da freguesia, entregando, na junta de freguesia ou no Espaço Idade Mais, roupas, calçado, brinquedos e alimentos que foram distribuídos pe-

da junta e os funcionários desta autarquia também colaboraram no Natal Solidário 2011. Também em Baguim do Monte, e pelo terceiro ano consecutivo, A Caravela - Associação para a Cidadania Europeia, em parceria com a Junta de Baguim do Monte, promoveu o concurso de presépios de Natal. “Uma iniciativa que visa incentivar a participação dos

rinhas de Baguim do Monte. Após elogiar a qualidade dos trabalhos, Mário Tavares deixou ainda um agradecimento aos concorrentes e às entidades que colaboraram nesta iniciativa. E, mais uma vez, a Casa do Pai Natal ‘encheu de luz’ o Natal gondomarense. Situada em Baguim do Monte, atraiu, como já é hábito, milhares de visitantes à freguesia. O responsável por esta

los mais necessitados da freguesia e por diversas instituições de solidariedade social. “Devido à enorme generosidade da população, mais uma vez, a campanha Natal Solidário foi um sucesso”, sublinhou o autarca Nuno Coelho, acres-

baguinenses na cultura e nos valores comuns, promovendo, em simultâneo, a produção artística”, explicou o presidente da Direcção, Mário Tavares. A edição deste ano contou com a participação de 15 presépios, “o dobro

‘obra-de-arte’ é Camilo Pereira, um ex-emigrante nos Estados Unidos, que anualmente decora a sua habitação com milhares de adereços alusivos ao Natal.  Luís Morais Ferreira


Vivacidade

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Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

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O que é a Comunidade de Leitores? É um grupo de pessoas que se juntam, periodicamente, para conversar sobre livros, cuja leitura foi proposta pelo dinamizador da Sessão. A experiência da leitura é sempre íntima e individual, feita por cada um dos participantes. Mas essa experiência é enriquecida pela partilha de opiniões, comentários e pontos de vista que ocorre nas reuniões, permitindo a descoberta de outras formas de interpretar o livro analisado.

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COMUNIDADE d e LEITORES 2012 Programa

Inscrições na Biblioteca Municipal de Gondomar, limitadas a 35 leitores. Preço total pela inscrição nas 7 sessões: € 15,00. Caso deseje inscrever-se apenas numa sessão: € 5,00.

As escolhas de...

iro

11.Jane

O objectivo das reuniões não é produzir dissertações académicas, nem fazer análises textuais aprofundadas das obras lidas, muito menos avaliar o tipo de leitura feito pelos participantes. O que se pretende é partilhar o prazer da leitura com outros leitores, descobrindo e confrontando os pontos de vista dos participantes sobre aquilo que leram. Recomenda-se, assim, a leitura prévia do livro em análise em cada sessão.

11.Janeiro a 23.Maio

João Luis Barreto Guimarães valter hugo mãe Marta Martins Ana Luisa Amaral João Manuel Ribeiro João Teixeira Lopes Rosa Quiroga

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Quartas-feiras, 21h30 Biblioteca Municipal Gondomar

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Inscrições na Biblioteca Municipal de Gondomar, limitadas a 35 leitores. Preço total pela inscrição nas 7 sessões: € 15. Caso deseje inscrever-se apenas numa sessão: € 5. Consultar programa específico.

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Vivacidade

informação

Sociedade Após alguns anos à frente dos destinos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Areosa-Rio Tinto, António Maranho tomou a decisão de abandonar a liderança da corporação, o que obrigou à marcação de eleições. Os sócios elegeram um novo presidente da Direcção para o triénio 2012-2014. Correia da Silva é o seu nome. Este dirigente associativo, ligado a esta associação humanitária há já vários anos, tem como objectivos, para além de proporcionar melhores condições aos voluntários e aos funcionários, o pagamento da dívida que diz respeito à construção do novo quartel, que significou um investimento na ordem dos 870 mil euros. 70% do custo da obra é suportado por fundos comunitários no âmbito do QREN e os restantes 30% pelos Bombeiros da Areosa. Uma das formas de saldar a dívida passa pela venda das antigas instalações da corporação rio tintense, que estão situadas na Areosa. “O edifício continua por vender”, lamentou Correia da Silva. Relativamente ao posto de enfermagem que está implementado no antigo quartel dos Bombeiros da Areosa, o presidente da Direcção referiu que “continua em funcionamento, não estando agora sob a alçada da nossa corporação por uma questão de custos. As enfermeiras assumiram a gestão daquele espaço. No entanto, os nossos associados continuam a usufruir das mes-

Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Bombeiros da Areosa com nova Direcção convidar, de certa forma, os jovens a ingressarem no corpo de bombeiros.” No entanto, a tarefa não é fácil, reconheceu Virgílio Pereira, pois “estamos inseridos numa cidade e os jovens têm muitas diversões.”

mas regalias.” O novo quartel está praticamente concluído, faltando apenas instalar a vedação e os portões exteriores. O que representa para os Bombeiros da Areosa a sua ‘nova casa’? “Comodidade, operacionalidade e localização estratégica”, respondeu o 2º Comandante Virgílio Pereira, que considera que a corporação tem os meios necessários para prestar o melhor socorro à população. E para tal, este corpo de bombeiros conta com 62 elementos, dez estagiários e 18 viaturas. Contudo, o 2º Comandante entende que era necessário adquirir um veículo de combate a incêndios florestais e renovar uma das ambulâncias de socorro. O mesmo sublinhou ainda a importância do Posto de Emergência Médica do INEM, que desde 2009 está sediado nesta corpo-

ração. “Passamos a dispor de mais uma ambulância que está equipada com um desfibrilhador automático externo”, explicou Virgílio Pereira. Nesta primeira entrevista ao Vivacidade, Correia da Silva afirmou que os Bombeiros da Areosa têm poucos sócios (cerca de 2.800) face ao número de habitantes da cidade de Rio Tinto – mais de 64 mil, segundo os Censos 2011. Na opinião do dirigente, a corporação não possui mais associados devido ao facto de Rio Tinto ser um dormitório. “Se tivéssemos, no mínimo, dez mil sócios, seria uma boa ajuda para a corporação”, disse. Novos bombeiros voluntários. Neste ‘capítulo’, o 2º Comandante referiu que “estamos a realizar algumas campanhas de divulgação da Associação Humanitária como forma de nos darmos a conhecer e

Transporte de doentes não urgentes É uma questão que preocupa seriamente os Bombeiros da Areosa-Rio Tinto e as restantes corporações do país. “O dinheiro que recebemos actualmente do Estado não cobre as despesas”, revelou o presidente da Direcção, o que obriga “a muita ginástica nas contas.” Nesta matéria, em declarações à Agência Lusa, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) criticou o Ministério da Saúde pelas alterações que introduziu no transporte de doentes não urgentes. Ou seja, o não pagamento “do retorno do doente transportado à unidade hospitalar” e o “mecanismo de pagamento do preço de quilómetro” dentro das localidades não faz qualquer diferenciação sobre o território em que actuam as corporações. Uma situação que, na opinião da LBP, põe em causa a viabilidade financeira das associações humanitárias do país. A concluir, Correia da Silva deixou a promessa aos associados de que podem sempre contar com os Bombeiros da Areosa e apelou ainda aos rio tintenses para que se tornem sócios desta corporação.  Luís Morais Ferreira

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informação

Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Sociedade O Jornal de Notícias de 16 de Janeiro divulgou um texto que, pelos vários erros, mereceu análise do Vereador do Pelouro da Educação da Câmara Municipal de Gondomar. Fernando Paulo considera que a notícia “em nada corresponde à realidade da Educação em Gondomar”, além de conter imprecisões graves “ao confundir taxas brutas de escolarização com resultados”. De facto, a Educação tem sido – e continuará a ser, para a Câmara Municipal de Gondomar – uma evidente prioridade. Há 18 anos, quando iniciou a gestão liderada por Valentim Loureiro, Gondomar tinha apenas 10% de cobertura na Educação Pré-Escolar, a generalidade dos 72 edifícios do 1.º Ciclo tinha instalações completamente insalubres e sem o mínimo de condições, não havia o fornecimento de refeições, as actividades eram inexistentes e os apoios à acção social escolar eram manifestamente insuficientes. Quanto ao 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e ao Ensino Secundário, cerca de 3.000 jovens tinham que se deslocar para fora do Concelho. Não havia qualquer Escola Profissional e seis escolas não es-

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“Gondomar é uma referência na Educação!”

tavam dotadas de pavilhão gimnodesportivo. É público que Gondomar é um dos municípios que maiores investimentos tem realizado – e que melhor trabalha e mais investe na Educação. Aliás, vários Ministros, Secretários de Estado e especialistas o têm reconhecido publicamente, bem como a Confederação Nacional das Associações de Pais e a Federação das Associações de Pais do Concelho de Gondomar. Actualmente, Gondomar tem dos melhores parques escolares do país. Foram recuperadas as antigas “Escolas Cente-

nárias” – que foram dotadas de ginásios, centros de recursos, bibliotecas e refeitórios. São servidas, diariamente, mais de 6.000 refeições (no Pré-Escolar e no 1.º Ciclo). Além disso, Gondomar foi pioneiro na introdução de actividades educativas e pedagógicas. Presentemente, todos os alunos têm acesso a programas de Desporto e Educação Física, Música, Inglês, Informática, Dança, Teatro e outras actividades de enriquecimento curricular. Foram ainda construídas cinco novas escolas do 2.º e 3.º Ciclos e do Ensino Se-

cundário, bem como seis novos pavilhões gimnodesportivos nas escolas. Disponibilizaram-se instalações para a Escola Profissional de Gondomar e fomentou-se a criação dos Centros de Novas Oportunidades. A Acção Social Escolar é, agora, uma realidade. Até na área de transferência de competências para os Municípios (em matéria de Educação), Gondomar esteve na linha da frente. No Plano de Actividades e Orçamento da Câmara, para 2011, foi iniciado um investimento na ordem dos 32,5 milhões de euros. Para além deste esforço da Câmara, o Governo investiu cerca de 35 milhões de euros na remodelação/ampliação das Escolas Secundárias de Rio Tinto e de Gondomar. Por tal, concretiza o Vereador Fernando Paulo, “Gondomar é um dos municípios do país com maior investimento na Educação e está na vanguarda dos municípios portugueses!” Além do “excelente parque escolar”, o Vereador da Câmara destaca, também, os projectos pioneiros e inovadores, as escolas de referência e uma rede de parceiros activa. 


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Vivacidade

opinião

Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Fisioterapeuta Bruno Pereira Martins

Taping – “bandas coloridas”? Tem-se vindo a ver, cada vez mais, atletas com umas bandas coloridas aplicadas em várias partes do corpo. O que é aquilo? Para que serve? O taping é uma técnica que se baseia em dois grandes efeitos. O primeiro deles, a estimulação dos receptores cutâneos promovendo desta forma a redução de dor e auxiliando na propriocepção. Desta forma promove uma melhor interacção entre a tensão muscular, as articulações, os ligamentos e os nervos. O segundo efeito está relacionado com a facilitação do fluido linfático, melhorando desta forma a circu-

lação sanguínea, promovendo mais uma vez a redução de dor e uma mais rápida recuperação dos tecidos lesionados. O taping é uma banda adesiva elástica resistente à água que possui propriedades respiráveis, permitindo que seja usada por longos períodos de tempo e em qualquer parte do corpo, não contendo qualquer substância farmacológica. Devido à sua elasticidade, permite o seu uso em qualquer actividade do dia-a-dia, quer no trabalho como na prática desportiva, mesmo na natação ou em qualquer outra actividade aquática. A aplicação desta técnica é uma grande arma usada por nós, fisioterapeutas, porque permite que haja uma conti-

nuação do efeito dos nossos tratamentos por parte dos doentes, permitindo desta forma que eles “levem a terapia para casa”. O taping pode ser aplicado em praticamente todos os tratamentos de fisioterapia. As patologias de coluna, tensão muscular, lesões articulares, têm benefícios na aplicação desta técnica. Nos pós-operatórios é sempre uma mais- valia para a redução do edema e da dor, sintomas estes que normalmente estão presentes nestes casos. Como é uma técnica que basicamente não tem contra-indicações nem efeitos secundários indesejados, pode ser aplicado a qualquer pessoa, de qualquer idade, sendo esta uma atleta de alta competição ou não… 

Contos Maria Arminda Gomes

A Gaivota Desconfiada Era uma tarde linda de Sol, sem nuvens. Eu e o meu filho Pedro resolvemos passear pela praia de areia branca que se estendia até ao velho forte. - Mamã. Tenho fome. – disse Pedro agitando a mão de sua mãe. - Sim, meu querido, vamos até ao velho forte e lanchamos por lá. – respondeu a mãe. O forte fora construído há muitos anos atrás para guardar aquela terra dos invasores que vinham do mar. Hoje era um miradouro muito frequentado pelos turistas. Encontramos uma mesa com vista para

o mar e sentamo-nos. De repente, Pedro repara em algo. - Mamã, olha, é uma gaivota em cima do muro. – disse admirado. - É bem bonita. – respondi – repara nas belas penas brancas a brilharem à luz do Sol. A gaivota, curiosa não saia do mesmo sítio, bem perto da nossa mesa. Chamamos o empregado e este, ao fim de alguns minutos, trouxe-nos um belo lanche, chá e torradas com geleia de morango. Indiferente à nossa presença, a gaivota continuava ali, sempre no mesmo sítio, como se fosse a solitária guardiã dum tempo que já havia passado há muito. Tomávamos tranquilamente o nosso lanche quando Pedro teve uma ideia.

BaguimDoce

- Mamã, achas que se dermos um pouco de torrada, a gaivota virá comê-la? – perguntou Pedro curioso por testar a sua hipótese. - Vou tirar um pouco da minha torrada e colocá-la junto do sítio onde está a gaivota. – respondi. Levantei-me do lugar e ao colocar o pedaço de torrada junto da gaivota, esta, subitamente, afastou-se para a outra ponta do forte. - Será que ela virá comer o pedaço de torrada? – perguntou Pedro um pouco ansioso. - Vamos esperar um pouco e ver o que acontece. – respondi-lhe com um sorriso. Terminamos o nosso lanche e pedimos a conta. Notamos que a gaivota não se

tinha mexido do sítio para onde tinha voado. Entretanto, um bando de pardais havia pousado no mesmo sítio onde havia posto o pedaço de torrada. Bicada aqui, bicada ali, um dos pardais lá acabou por levar no bico o pedaço de torrada. A gaivota ficou furiosa, mas nada havia a fazer. - Por ter sido tão desconfiada, a gaivota perdeu um delicioso tesouro – disse Pedro com ar de sabedor. Não pude resistir a dar-lhe um beijinho carinhoso e saímos do velho forte de mãos dadas de volta para casa.  Educadora e escritora de livros infantis

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Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

‘Papa-títulos’

Clube Patinagem de Baguim É o que se pode dizer do Clube Patinagem de Baguim (CPB), que continua a somar incessantemente troféus na patinagem artística. Desta feita, o CPB conquistou pela sexta vez consecutiva a Taça de Portugal, a principal competição nacional ao nível de clubes. Esta prova, que teve como palco o pavilhão municipal de Baguim do Monte, contou com a presença de cerca de 30 atletas, em representação de seis clubes. A organização desta competição esteve a cargo do CPB. “Conquistar novamente a Taça de Portugal foi um sonho que idealizamos, que achávamos possível”, afirmou a presidente da Direcção do clube, Lina Costa. Satisfação igualmente partilhada por técnicos e patinadores. Ganhar este troféu “é o resultado de um ano de trabalho, cumprindo os objectivos traçados”, referiu a treinadora Andreia Cardoso. “É sempre uma sensação muito boa. É uma recompensa pelo nosso esforço e dedicação”, sublinhou, por sua vez, a jovem atleta Diana Patrícia Ferreira. A que se deve este domínio avassalador do CPB na Taça de Portugal? “Temos a sorte de ter um conjunto de atletas homogéneo, com muita qualidade técnica, e preparado para superar todos os obstáculos”, frisou Lina Costa. Conjunto esse que vai sendo rejuvenescido com “a entrada no clube de um grande número de jovens que querem ingressar na patinagem artística.” Um desporto, que segundo a dirigente associativa, “é muito exigente ao nível de treinos e dos respectivos horários.” “A partir de uma determinada fase do percurso escolar não é fácil para os nossos atletas conciliar os estudos e a prática des-

portiva”, acrescentou. Além da Taça de Portugal, este clube, em todos os escalões competitivos, quer a nível distrital, quer a nível nacional, viu os seus atletas, na maioria das provas, consagrarem-se campeões. No âmbito internacional, os patinadores do CPB, ao serviço da Selecção Nacional, também “tiveram uma óptima prestação”, nomeadamente no Campeonato e na Taça da Europa. “Estes resultados incentivam-nos a continuar a trabalhar e demonstram o valor dos treinadores, e o esforço e o empenho dos atletas e dos pais, que fazem parte integrante do clube porque colaboram sempre nas nossas actividades”, afirmou Lina Costa. A presidente da Direcção não tem dúvidas que, “neste momento, somos o maior clube de patinagem de Portugal.” Mais: “Somos, de certeza, um dos melhores clubes portugueses na história da pati-

nagem artística.” E o sucesso desportivo têm-se reflectido em mais apoios para o CPB? “Nem por isso”, lamentou Lina Costa. “Com as dificuldades financeiras que o país atravessa actualmente, provavelmente, os subsídios das entidades oficiais, nomeadamente da Câmara de Gondomar e da Junta de Baguim do Monte, vão diminuir”, previu a dirigente, acrescentando que por isso, “o ‘paitrocínio’, o apoio dos pais, é fundamental.” Lina Costa criticou também o facto da patinagem artística continuar a não ter a visibilidade que merece, isto tendo em conta o número de títulos já alcançados pelos patinadores lusos. Jovem promessa do clube Actualmente, o CPB movimenta cerca de 70 patinadores, divididos pelos escalões de Benjamins, Infantis, Iniciados, Cadetes, Juvenis, Juniores e Seniores, que são

neste caso as coisas não são assim tão simples. Esqueçam a tecnologia da lipoaspiração, bandas gástricas e supressores de apetite, assim como termogénicos e lipoliticos. O corpo humano adapta-se ao ambiente em que está inserido. No nível mais básico isso inclui o nível de comida disponível, o nível de actividade que é necessária para conseguir essa comida e a quantidade de descanso necessária até ter que procurar comida novamente. O sono está cada vez mais negligenciado em todo o mundo civilizado. Aliás, a nossa sociedade recompensa os indivíduos que quase não dormem só para poderem trabalhar mais horas, divertirem-se mais, gozar a vida nocturna...

orientados por três treinadores. Durante o treino, a reportagem do Vivacidade conversou com uma das promessas deste emblema baguinense e da patinagem portuguesa. Chama-se Diana Patrícia Ferreira, “nascida e criada no clube”, frisou, de imediato, Lina Costa. A jovem de 18 anos, que estuda Gestão na universidade, ingressou no CPB com apenas nove anos. “Uma amiga minha incentivou-me na altura a participar nas Férias Desportivas que eram organizadas por este clube. Gostei da experiência e acabei por ficar no CPB”, relembrou a atleta que competiu na Taça de Portugal. No momento, e devido à faculdade, “tenho menos tempo e só treino três vezes por semana.” Apesar da dificuldade em conciliar os estudos e o desporto, “não me imagino sem a patinagem artística”, confessou Diana Patrícia Ferreira. “Não consigo explicar o que sinto quanto estou a patinar”, terminou a jovem atleta, que retomou rapidamente o treino. Temporada 2012. O objectivo “é continuar a trabalhar muito, a treinar com empenho, a mobilizar as pessoas e a chamar a atenção para esta modalidade”, afirmou Lina Costa, que adiantou que o CPB volta este ano a organizar uma prova do calendário da patinagem artística - o Campeonato Nacional de Figuras Obrigatórias. A presidente da Direcção fez ainda questão de deixar um forte agradecimento às pessoas que colaboram com os Corpos Sociais do clube, à equipa técnica, aos atletas, à Câmara Municipal e à Junta de Baguim do Monte pelo apoio que têm concedido ao longo dos anos.  Luís Morais Ferreira

Crónica Musculação João Carvalho

A importância do sono Vemos os ‘gurus’ da perda de peso a anunciarem na televisão “exercite-se mais e coma menos”. Aparentemente, para eles, esta afirmação deveria ter feito parte dos ‘10 mandamentos’. Existe um princípio na ciência da lógica que se chama ‘Ockham´s Razor’, que nos diz que a solução mais simples para um problema, normalmente é a correcta. Sendo assim, o que poderia ser mais simples para alguém que quer perder peso? Comer menos e exercitar-se mais… Infelizmente,

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Hoje, as pessoas fazem de tudo para poderem eliminar a necessidade de dormir nas suas vidas e já não são só os adolescentes com o recurso a anfetaminas e outros estimulantes para conseguirem passar uma noite inteira a dançar, mas também os estudantes que têm de passar noites em claro a ler, enfermeiros e médicos nas suas longas rondas nocturnas, polícias e trabalhadores fabris, crianças com recurso ao tão disponível ‘Red Bull’ e até as donas de casa que começam o dia com doses massivas de café para poderem realizarem as dezenas de tarefas diárias da sua vida familiar. O sono é um componente fundamental do equilíbrio do ser humano e muito embora cada um de nós tenha necessidades

diferentes, existe um mínimo necessário para que possamos gozar de uma vida plena de saúde. Distúrbios no sono causam em muitos casos um grande aumento da massa gorda no organismo e perda de massa muscular por mecanismos químicos no interior do nosso corpo. Em pouco tempo começamos a sentir na pele todos os malefícios das noites sem dormir ou de dormir pouco. No essencial, poderemos resumir um estilo de vida saudável a três aspectos: comer de uma forma equilibrada, exercitar-se de uma forma regular e ter bons hábitos de sono. Bons treinos e sonhos felizes!  Personal Trainer Certificado Treinador pessoal de Krav Maga


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Vivacidade

desporto

Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Godinho Lopes visita Núcleo Sportinguista

Futebol Pela primeira vez, um presidente do Sporting Clube de Portugal esteve em Gondomar, mais precisamente, em Rio Tinto. O actual líder dos leões, Godinho Lopes, foi o convidado de honra do Núcleo Sportinguista do Concelho de Gondomar (NSCG) nas comemorações do décimo aniversário. E foi recebido com muitos aplausos dos sócios e simpatizantes do clube. Acompanhado nesta ocasião por várias figuras do universo verde e branco, entre elas, a velha glória do clube, Manuel Fernandes, o vice-presidente para os Núcleos, Rogério de Brito, a ex-dirigente leonina, Isabel Trigo de Mira, Godinho Lopes visitou as renovadas instalações do NSCG. Após ficar a conhecer, em pormenor, a sede dos leões de Gondomar, o presidente do Sporting escutou, já na sala principal do Núcleo, as palavras carregadas de emoção de José Maria Saraiva, ‘Prémio Stromp 1968’, um galardão que distingue os sportinguistas que mais se destacam ao longo do ano nos vários sectores da vida deste clube. “Com alegria temos um presidente

do Sporting que, pela primeira vez, visita o Núcleo Sportinguista de Gondomar”, rejubilou José Maria Saraiva, acrescentando que existe “a determinação e a força de vontade para sermos um dos maiores núcleos do país”. E concluiu: “O Sporting é o nosso grande amor!” “Viajar pelos núcleos é sentir o pulsar do Sporting. Cada vez que venho aos núcleos sinto um grande prazer em estar à frente deste clube, sentindo nestas ocasiões que o Sporting é realmente grande”, sublinhou Godinho Lopes.

1ª PUBLICAÇÃO TRIBUNAL JUDICIAL DE BARCELOS 2º JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

Como tal, o líder sportinguista pretende que a ligação entre os núcleos e o clube se torne cada vez mais próxima. Após felicitar o NSCG pelo décimo aniversário e pelo trabalho que tem desenvolvido em prol do Sporting, Godinho Lopes referiu que, numa alusão à polémica relativa às imagens no corredor de acesso aos balneários da equipa visitante no Estádio José de Alvalade, “o meu objectivo é mostrar coisas concretas. Gente e núcleos que vivem o Sporting, e não balneários e corredores.” Já sobre o plantel sénior de futebol, o dirigente leonino admitiu que “ainda não somos a equipa que queremos ser.” “Mas com o apoio de todos tenho a certeza que o Sporting vai conseguir aquilo que merece, que é estar no topo do futebol por-

Por sua vez, o presidente da Direcção do NSCG, Manuel Silva, afirmou que “nestes dez anos tivemos muitos altos e baixos.” E, de imediato, fez questão de frisar que “estamos aqui por amor ao Sporting.” Como resposta obteve uma forte salva de palmas. Para Manuel Silva, “o Sporting é o segundo maior clube da Europa.” A terminar a intervenção, o dirigente agradeceu profundamente a presença de Godinho Lopes no NSCG. Já o presidente da Assembleia-geral, João Fernando, salientou que “este é um Núcleo de paixões, de convicções, de trabalho, de competência, de todos os sportinguistas, aberto e receptivo.” “O Sporting Clube de Portugal é o nosso grande amor e colocamos toda a nossa experiência pessoal e dedicação ao seu serviço, com a honra e o orgulho de podermos vir a ser parte da sua história”, acrescentou. Num aniversário onde estiveram presentes também o ex-futebolista Fernando Nelson e os representantes dos núcleos de Parambos, S. Bernardo, S. João da Madeira, Águeda, Vila Nova de Ansos e Estarreja, o autarca Marco Martins disse que era “um orgulho” receber Godinho Lopes na freguesia. O presidente da Junta de Rio Tinto destacou, por outro lado, o facto da freguesia acolher representações de dois dos mais importantes clubes de futebol do país

Processo: 2043/11.6TBBCL – Acção de Processo Sumário N/Referência: 6741685 – Data: 09-11-2011 Autor: José António da Costa Mirra Correia Réu: Joaquim Jorge Barbosa Castro Ferreira e outro(s)… Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação deste anúncio, citando: Réu: Carlos Manuel Rodrigues Costa, profissão: Desconhecida, filho(a) de Joaquim Pereira da Costa e de Maria Idalina Rodrigues de Oliveira, estado civil: Desconhecido, nascido(a) em 20-11-1974, concelho de Guimarães, freguesia de São Paio (Guimarães), nacional de Portugal, NIF – 222539640, BI – 11100961, domicílio: Rua António Sérgio, Nº 44, Rio Tinto, 4435-109 Rio Tinto, com última residência conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para, no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, com a cominação de que a falta de contestação importa a confissão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substância o pedido consiste em que o réu e outros, sejam solidariamente condenados a pagar ao autor uma indemnização por danos patrimoniais, no valor de 26.557,42 €, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando. O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais. Fica advertido que é obrigatória a constituição de mandatário judicial. A Juíza de Direito Dr(a) Magda Cerqueira O Oficial de Justiça Armando Jorge Franco da Cunha

tuguês. Tenho a certeza de que viemos para ganhar e para comandar”, afirmou. Nesta ocasião, Godinho Lopes anunciou também que “tendo em conta as dificuldades actuais, e dentro do objectivo de alcançarmos os 200 mil sócios, vamos tentar criar condições para que a quota não tenha qualquer custo para o novo associado.” O clube pretende ainda criar uma imagem comum nos núcleos. “Dentro do Sporting não podem existir problemas. O clube está acima de nós”, ‘rematou’ o presidente leonino.

(FC do Porto e Sporting). E não esqueceu ainda de felicitar os responsáveis pela fundação do NSCG. A completar as intervenções, o vereador Fernando Paulo referiu que “o Sporting é uma das maiores instituições de Portugal.” No que respeita ao Núcleo Sportinguista, “é uma associação que tem contribuído para o desenvolvimento do nosso concelho.” O vereador deixou ainda uma confissão aos presentes: “Sou leão de signo.”  Luís Morais Ferreira


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Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Ambiente Conhecer o nosso passado e defender as suas marcas é um dever de cidadania de toda a sociedade e não apenas dos proprietários desses testemunhos… Falo concretamente das construções que ao longo dos tempos a mão humana fez surgir ao longo dos rios (azenhas, moinhos, levadas, represas…) Se na actualidade, o rio Tinto como o afluente do Douro com piores níveis de contaminação, sendo referido como a única massa de água de toda a região classificada com o estado final de “Mau” (estudos elaborados pela Administração da Região Hidrográfica do Norte, no âmbito do Plano de Gestão da Região Hidrográfica), este cenário já foi bem diferente. Tempos houve em que o rio era um organismo vivo, que dava alimento aos habitantes da localidade – já não se fala dos peixes que existiam no seu leito, mas de actividades alimentadas pelas suas águas, outrora límpidas e sem as altas cargas poluentes a que hoje está sujeito. Lembramos a propósito as lavadeiras e os moleiros… Se das primeiras apenas se podem registar as “modinhas” que entoavam enquanto lavavam, batiam e punham a corar e a secar as roupas que as freguesas “davam ao rol”, além dos depoimentos vivos das que ainda restam, os últimos permanecem altivos, resistindo ao tempo e à incúria dos homens… É na defesa e preservação deste património construído que devemos erguer as nossas vozes e mobilizar os nos-

Energia verde de um rio, hoje vermelho… sos esforços! Porque a força motriz da água é muito forte (passa a redundância), o ser humano “cedo” descobriu a forma de aproveitar essa energia cinética para, entre outras funções, moer os cereais – surgiram assim os moinhos de água, que representaram um enorme avanço na história da moagem dos cereais. A palavra ‘moinho’ deriva do latim molinum (de molere, que significa moer). Existem vários tipos de moinhos: do mais antigo ao mais recente, podemos citar as atafonas, os moinhos de água e os moinhos de vento. Por razões óbvias, falaremos dos moinhos de água, que abundaram neste nosso rio… Trata-se de um engenho muito simples, que funciona da seguinte forma: a passagem da água faz mover rodízios de madeira que estão ligados a uma mó (pedra redonda muito pesada), que mói o cereal, transformando-o em farinha. Os moinhos de rodízio ou roda horizontal foram introduzidos na Península Ibérica pelos romanos (séc. I a.C.), enquanto os de roda vertical, também designados por azenhas, foram introduzidos pelos árabes (séc. VI). Normalmente constroem-se diques que param o curso da água acumulando-a num reservatório a que se chama albufeira ou represa. Noutros casos, existem diques (açudes) que não param o curso natural da água, mas a obrigam a passar por um desvio que a leva até ao moinho. Os moleiros de outrora moíam o grão das regiões circundantes e entre-

gavam a farinha aos clientes, normalmente ao dorso de burros. Que nos dizem os documentos acerca dos moinhos de Rio Tinto? Segundo as Memórias Paroquiais, datadas de 1758, “tem esta freguesia quarenta e cinco moinhos, um lagar de azeite, duas noras, estes moinhos moem até ao São João e daí por diante moem de prezada, por se lhe tirar as águas para regar os frutos.” De referir que um relatório oficial de 1881 refere a existência de 60 moinhos em Gondomar (a crermos na precisão e rigor dos dois documentos, a Rio Tinto cabia o grosso da capacidade de moagem do concelho). Memórias mais recentes, as da Sr.ª D. Augusta Victória, que transcrevemos parcialmente, do poema “Rio Tinto, Antigamente”:

Quem falou em fusão de freguesias? Andam por aí mosquitos por cordas por causa do plano governamental que prevê a fusão de muitas centenas de freguesias, praticamente em todos os concelhos do país. Gondomar não é excepção, e, caso se mantenham as linhas de orientação já aprovadas pelo Conselho de Ministros sobre a matéria, inevitavelmente teremos de nos conformar com o plano que reduz, a pouco mais de metade, o número de freguesias hoje existente no concelho. O plano decorre do compromisso assumido com a Troika, e será para valer já nas próximas eleições autárquicas, no próximo ano. Mas este processo é apenas a primeira fase de um “dossier” mais vasto, e que visa redesenhar o quadro administrativo do país, a curto-médio prazo. O que implica, numa primei-

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ra fase, a fusão de freguesias, e, numa segunda fase, ainda sem data prevista, novas fronteiras para os concelhos, com uma significativa redução em relação aos actualmente existentes. Estamos, pois, a iniciar uma mudança de paradigma nesta matéria, em relação ao passado recente, onde o princípio dominante era o da criação de novos concelhos. Caso para dizer, que a hipótese de Rio Tinto vir a ser concelho um dia já não deve passar de uma miragem, pelo menos nas próximas décadas… O Bisturi recorda-se de ter lido, há uns anos atrás, um artigo neste jornal, de um colaborador permanente, que defendia, em alternativa à passagem de Rio Tinto a concelho, a sua integração na cidade do Porto. As reacções foram de alarido, com os defensores do Movi-

“Nesse tempo ainda passavam Por aí uns ribeirinhos Aproveitava-se a água Para montar mais moinhos. Meus pais tinham uns moinhos - Sete a água e um a vapor Quando não havia água Trabalhava o de motor. Trabalhava a carvão Para o gás produzir Trabalhava noite e dia Para a todos poder servir.” In “Ternura dos Noventa” Dos moinhos de que há memória – e sua localização – e dos sobreviventes, falaremos em próximas edições. 

Fátima Silva

Bisturi Henrique de Villalva mento Rio Tinto a Concelho a vociferar contra aquela ideia. Nunca o Bisturi viu qualquer reacção do autor da ideia da integração no Porto, o que faz supor que o articulista preferiu remeter-se ao silêncio, deixando que o tempo lhe desse razão. Hoje, é mais que óbvio que a freguesia só teria a ganhar com a sua integração no concelho do Porto. A valorização patrimonial seria instantânea, como facilmente qualquer pessoa pode constatar numa simples comparação dos preços por metro quadrado da habitação entre Rio Tinto e a cidade do Porto. Não é fácil, seguramente, reverter o rumo das coisas, e concretizar semelhante plano. Mas enquanto os dirigentes de Rio Tinto continuam uma luta inglória e sem sentido, do outro lado

do rio, em Gaia, a maioria clama pela integração no Porto. Caso para recordar que ‘não há pior cego do que aquele que não quer ver’… É a nossa sina. São os políticos que temos, e que, se calhar, também merecemos. 


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Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Grande Porto com menos transportes

Plano Estratégico de Transportes Recentemente, o Governo lançou o Plano Estratégico de Transportes, Mobilidade Sustentável, Horizonte 2011-2015, um documento que estabelece uma série de normas orientadoras para o Sector dos Transportes Públicos nos próximos anos. E que tem como prioridades cumprir os compromissos externos assumidos por Portugal e tornar o sector dos transportes financeiramente equilibrado e comportável para os contribuintes portugueses; assegurar a mobilidade e a acessibilidade a pessoas e bens, de forma eficiente e adequada às necessidades, promovendo a coesão social; e alavancar a competitividade e o desenvolvimento da economia nacional. Embora ainda não hajam informações concretas sobre a aplicação do Plano Estratégico de Transportes (PET) no Grande Porto e na rede da STCP, o autarca Marco Martins, tendo em conta o que tem sido divulgado nos orgãos de comunicação social, receia as consequências negativas da introdução do PET, em particular na freguesia de Rio Tinto. Ou seja, “bastantes linhas serão reduzidas, em termos de oferta, nomeadamente nos serviços nocturnos

e aos fins-de-semana.” Além disso, “outras linhas serão entregues aos privados, o que implicará que muitos autocarros da STCP, que foram adquiridos com os nossos impostos, deixarão de ser necessários.” As críticas não ficaram por aqui. Na opinião do presidente da Junta de Rio Tinto, “o que aí vem é muito pior do que a nova rede! Terá impactos na Área Metropolitana do Porto muito mais prejudiciais e limitadores para as pessoas do que aqueles que ocorreram em 2007.” “Como se já não bastasse mais um aumento dos passes em Janeiro, a acrescer ao que já se verificou em Setembro, ao fim dos passes sociais para estudantes e reformados, ao fim do tarifário monomodal, obrigando todos os utentes a adquirir o tarifário Andante/Intermodal sem que o zonamento do mesmo tenha sido revisto como há muito anunciado, agora os habitantes do Grande Porto vão ainda ver reduzida, e em muito, a oferta de transportes públicos”, lamentou Marco Martins. “Em 2007, a STCP decidiu introduzir modificações, apenas com base em estudos técnicos, sem ouvir autarquias nem populações, prejudicando em muito a

CARTÓRIO NOTARIAL LAURINDA GOMES NOTÁRIO

EXTRACTO DE JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL ---- Laurinda Maria Teixeira Gomes, Notária do Cartório Notarial de Laurinda Gomes, sito na Rua das Carmelitas, nºs 26, 2º andar, no Porto. ------------------------------------------------------------------------------------ Certifica narrativamente, para efeitos de publicação, que, por escritura de vinte e um de Dezembro de dois mil e onze, exarada a folhas noventa e nove e seguintes do livro de notas cento e sessenta e um, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de Justificação Notarial, na qual foram justificantes: --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ANTÓNIO DA ROCHA OLIVEIRA, NIF. 166.948.616, divorciado, natural da freguesia de Valbom, concelho de Gondomar, aí residente na Rua do Monte nº 76, titular do B.I. nº 1942508, de 11/02/2012 SIC Porto e MARIA CECÍLIA DA SILVA CARVALHAL, NIF 155.514.962, divorciada, natural do Porto, freguesia de Miragaia, residente na dita Rua do Monte nº 76, Valbom, Gondomar, titular do B.I. n.º 3439295 de 28-01-2004 SIC Lisboa. ----------------------------------------------------------------- Mais certifica que, nessa escritura, foi declarado o seguinte: -------------------------------------------------- Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte: ---------------------- Prédio urbano, composto por casa com dois pavimentos, páteo e quintal, sito no Lugar do Monte, freguesia de Valbom, concelho de Gondomar, com a área de superfície coberta de noventa metros quadrados, dependência de quatro metros quadrados, páteo vinte metros quadrados e quintal com seiscentos e sessenta metros quadrados, não descrito na competente Conservatória do Registo Predial e inscrito na matriz sob o artigo 528. ---------------------------------------------------------- Que o prédio foi por eles justificantes enquanto casados adquirido por doação de Serafim Pinto Ribeiro, solteiro, maior, residente na Travessa dos Lavadores n.º 18, Valbom, Gondomar, em ano que declaram ser de mil novecentos e setenta e sete. --------------------------------------------------------------------- O que é certo, é que buscas efectuadas ao título que deu origem aquela doação, o mesmo não aparece, não dispondo de título formal que lhes permita o respectivo registo, mas desde aquela data, entraram na posse e fruição do mesmo, em nome próprio, posse que detêm há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja; --------------------------------------------- Que essa posse foi adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, em nome próprio e com aproveitamento de todas as suas utilidades, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, quer usufruindo no todo do imóvel, quer pagando as respectivas contribuições e todos os encargos. ------ Que esta posse em nome próprio, pacífica, contínua e pública, desde o ano de mil novecentos e oitenta e oito, conduziu à aquisição do imóvel por usucapião, que invocam, justificando o seu direito de propriedade para efeitos de registo, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial. ---------------------------------------------------Está conforme. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------PORTO e referido Cartório, aos 21 de Dezembro de dois mil e onze. ----------------------------------------A Notária Assinatura ilegível

mobilidade dos portuenses. E Rio Tinto, sendo a freguesia do Grande Porto com maior número de habitantes e maior taxa de mobilidade pendular diária, foi particularmente afectada”, lembrou o autarca. A população respondeu nessa altura com dezenas de manifestações e cortes de estrada. A STCP acabaria por recuar e “introduziu algumas alterações que minimizaram os impactos negativos.” Regressando a 2012 e ao PET, o presidente de junta considera que “a operação de linhas que se cruzam/intersectam por diversos operadores obrigará a um aumento do número de transbordos, muitas vezes em locais sem condições para tal, e a um inevitável aumento do tempo médio de cada viagem. Dependerá o tempo de espera da capacidade de articulação entre operadores e da implementação do verdadeiro conceito de rede de transportes, que no Porto pouco passa do papel, para além daquela que é a actual oferta da STCP.” Por outro lado, o autarca fez questão de referir que “nada tenho contra os operadores privados.” “Conheço alguns que prestam um bom serviço e de qualidade, cumprindo e realizando horários e dis-

ponibilizando viaturas confortáveis aos utentes. Outros nem por isso. Usam viaturas que já deveriam estar descontinuadas, realizam apenas as viagens nos horários com maior procura, as mais rentáveis, e não denotam qualquer preocupação social”, acrescentou. A concluir, Marco Martins reafirmou que é fundamental que as medidas a adoptar no âmbito do PET, “sem prejuízo de admitir a optimização de oferta e alguma redução de custos, sejam devidamente pensadas e articuladas com populações e parceiros, nomeadamente com as autarquias.”  Luís Morais Ferreira

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Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

A pensar no futuro

Associação São Bento das Pêras O Orçamento para 2012 da Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Pêras de Rio Tinto (ASMRT), apresentado em Assembleia-geral pelo presidente da Direcção, Domingos Mendes, recebeu a aprovação unânime dos sócios da associação. À semelhança do Conselho Fiscal, que também deu parecer favorável ao documento. O orgão liderado por Serafim Coutinho considera “que, apesar de todos os desafios que a actual conjuntura apresenta, a Associação São Bento das Pêras de Rio Tinto saberá encontrar as respostas adequadas que a coloquem no caminho do progresso, ao serviço dos sócios.” “O Orçamento elaborado por esta Direcção apresenta um resultado líquido de cerca de 396 mil euros. Prevê-se um valor de proveitos inerentes a associados de um milhão e 224 mil euros, e ainda um valor de custos relativos aos sócios na ordem dos 563 mil euros. O total de despesas de funcionamento ascende a mais de 435 mil euros, representando 31,22 % do total de proveitos previstos”, explicou Domingos Mendes. Nesta ocasião, o presidente da Direcção da ASMRT enumerou aos associa-

Edição online “Ano Novo, Vida Nova”. O início de um novo ano sugere mudança. Os 12 desejos pedidos por milhões em todo o mundo provam a pretensão de mudar, melhorar e assim evoluir, naquele que é um trajecto natural e inerente ao ser humano. O Jornal Vivacidade, não querendo ser diferente, também mudou. Na edição impressa, o leitor não notará qualquer diferença - relembramos, ainda assim, a recente renovação estética que fizemos. Foi na edição online que o Vivacidade apostou. Os últimos meses de 2011 e os primeiros dias de 2012 foram de trabalho intenso na redacção do jornal, para que hoje - na primeira edição impressa do ano - lhe pudéssemos dar esta novidade: o sítio www.vivacidade. org é o novo endereço web do Jornal e com ele surgem novos desafios. Este novo espaço, pensado de raiz e totalmente redesenhado em relação ao anterior, pretende transpor o trabalho desenvolvido e espelhado na edição impressa. Um imperativo A Internet é, hoje mais do que nun-

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dos presentes os objectivos estratégicos para este mandato. Um deles passa pela alteração dos estatutos e do regulamento de benefícios, pois “estão perfeitamente desadequados face às normas vigentes.” “Pretendemos rever algumas regras do subsídio de funeral e alargar a novas valências, como a modalidade de assistência médica e de enfermagem, e de solidariedade associativa”, concretizou. Ao nível do património, o objectivo é “continuar a modernizar as instalações da associação, conferindo um maior conforto e com o mínimo de dignidade, com condições de atendimento ao público mais satisfatórias.” Domingos Mendes referiu que durante este ano estarão concluídas as obras de beneficiação do edifício-sede da ASMRT. Por outro lado, o presidente da Direcção assegurou que “será para manter a atribuição aos associados, com as quotas em dia, da comparticipação de seis euros nas consultas médicas fornecidas pela Liga das Mutualidades, que se realizam nas nossas instalações.” Isto porque “as condições proporcionadas aos utentes ainda não são satisfatórias.” Ainda no que diz respeito aos sócios,

a Associação São Bento das Pêras tem como propósito proporcionar aos sócios maiores benefícios e novas valências, comunicar mais eficazmente aos associados as regalias a que têm direito, e “inverter a diminuição do número de sócios que se tem verificado nas Associações Mutualistas, em geral, e na nossa associação, em particular.” “Melhorar o controlo de gestão da Associação São Bento.” Mais um objectivo estratégico da instituição, sublinhou Domingos Mendes. Neste campo, “a Direcção realizou com enorme sucesso a implementação de um sistema de

controlo de cobranças mais moderno, mais eficaz, mais atempado, mais simples para os cobradores e colaboradores da área administrativa”, congratulou-se o dirigente associativo. Domingos Mendes referiu ainda a importância de continuar o processo de abertura da ASMRT à comunidade local. Ou seja, organizar um conjunto de eventos de carácter cultural, no período das Festas de São Bento, em Rio Tinto, “como forma de celebrar o patrono desta associação”, com particular destaque para a conferência ‘Memória de São Bento’.  Luís Morais Ferreira

Vivacidade abre 2012 com novo site ca, um mundo paralelo ao que conhecemos e vivemos, em contínuo crescimento e desenvolvimento. Se há 20 anos a sua existência passava despercebida, em 2012 ela é um verdadeiro imperativo, de importância inegável. Sabendo disso, o Vivacidade não quis desperdiçar a oportunidade de poder estar presente naquele que é um espaço universal, que não conhece fronteiras. Coerência Quando visitar o site do Vivacidade – como esperamos que o faça com frequência – não se sentirá num lugar estranho. Um dos objectivos mais importantes da construção do Vivacidade online foi o de manter a coerência em relação à edição em papel. O Editorial, o Observatório, as Vozes – de Rio Tinto e de Baguim do Monte -, assim como as notícias mais importantes estão neste espaço, ainda que apresentadas de forma diferente e mais dinâmica. Em Rio Tinto, em Londres, em Hong Kong... Uma das maiores vantagens de o

Vivacidade ter agora uma presença na Internet é a extensão de possibilidades que a natureza do novo espaço permite. Se a edição impressa tem algumas limitações – comuns a todas as publicações impressas – a versão online não. Uma parte considerável da informação que consta no Vivacidade impresso está também no site e poderá ser consultada não apenas em Rio Tinto mas em todo o mundo, bastando para isso ter um computador com acesso à Internet. Numa altura em que cada vez mais portugueses emigram, esta parece-nos ser uma oportunidade única de fazer chegar a informação rio tintense aos portugueses espalhados pelos quatro cantos do mundo. 24 horas sob 24 horas Associadas às possibilidades geográficas, surgem as temporais. O site do Vivacidade, oficialmente “inaugurado” hoje, aquando da publicação impressa, não mais fechará. O horário de expediente não existe, estando a funcionar em pleno todas as 24 horas do dia, servindo os interesses informativos dos

cidadãos de Rio Tinto, mas também de Gondomar e de outros locais. Interactividade Os espaços web têm uma particularidade relativamente aos meios analógicos: são interactivos. Isto é, as suas visitas ao site do Vivacidade serão marcadas por escolhas, entre aquilo que o leitor deseja ver e aquilo que pretende deixar para mais tarde. Por isso, tentamos simplificar a navegação para que pudesse encontrar o que deseja da forma mais confortável. Notícias minuto-a-minuto e Meteorologia Para além da informação da autoria do Vivacidade, poderá encontrar outra, proveniente de fontes diversas. Reservamos um espaço na página principal onde as notícias sobre o concelho de Gondomar são actualizadas minuto-a-minuto. Para além disso, poderá também conferir na mesma página a previsão do tempo para o concelho. E boa navegação!  Luís Alves Responsável Vivacidade Online


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Quinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Europa da moeda única Caminha para o colapso? 1- Tudo indica que até ao próximo Outono será ditada a sorte final do actual figurino da Europa da Moeda Única. Para muitos analistas a sentença já está previamente escrita: COLAPSO!... E o que é que isto significa, se vier a concretizar-se? Segundo os especialistas de finanças públicas internacionais significará que o euro, hoje moeda partilhada por 17 dos 27 países da União, ficará reduzido a uma moeda única para a meia dúzia de países que têm condições reais de manter as respectivas economias em alta competição com os países mais desenvolvidos à escala planetária. Todos os outros países, que não consigam competir em preços, qualidade e quantidade dos seus produtos destinados à exportação, terão de saltar fora deste campeonato, ou regressando às respectivas moedas nacionais, ou agrupando-se numa espécie de euro de segunda ou terceira categoria. É certo que nenhum destes mecanismos

Posto de Vigia Manuel Teixeira

está previsto no actual quadro jurídico dos tratados que suportam quer a União Europeia, quer a moeda única. É uma novidade que ninguém previa que pudesse vir a acontecer, razão pela qual os mais aflitos não se cansam de reclamar que é preciso reinventar a União Europeia, restituindo-lhe o espírito de solidariedade entre países que esteve na génese da sua fundação. Mas uma coisa é o desejo e os clamores políticos de muitos, e outra bem diferente é o custo dessa solidariedade. Se tivermos em conta que o principal cofre da moeda única é a Alemanha, o euro só se salvará no seu actual figurino se os alemães estiverem dispostos a abrir os cordões à bolsa, que é como quem diz, dispostos a pagar mais impostos para suportar a manutenção do actual clube da moeda única. 2- Não deixa de ser confrangedor ver a indigência argumentativa de muitos dos nossos políticos e outros tantos comentadores e analistas quando apregoam que é preciso obrigar a Alemanha a criar as chamadas “eurobonds”, ou seja, obrigações do tesouro à escala da União. Estes títulos seriam emitidos pelo Banco

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Central Europeu, ou por uma qualquer outra instituição criada para o efeito com a participação dos bancos centrais de todos os países da zona euro, e destinar-se-iam a assegurar a emissão de dívida pública de qualquer dos países membros deste clube. A consequência imediata disto seria que os países que hoje têm acesso ao financiamento nos mercados a juros muito baixos ver-se-iam obrigados a aceitar pagar juros muito mais elevados para compensar os países que hoje não têm crédito, ou têm de pagar juros elevadíssimos. Ora, se tivermos em conta que no epicentro desta arquitectura financeira teria de estar sempre como motor principal a Alemanha, ficaremos esclarecidos quando olhamos para o quadro em que, nesta matéria, se movimenta hoje o Governo de Berlim. Atente-se neste pormenor: muito recentemente a Alemanha decidiu fazer uma emissão de dívida a seis meses, sob a condição de apenas aceitar financiamento a custo zero, ou seja sem juros. A resposta dos mercados foi espantosa: o tesouro alemão não só arranjou todo o dinheiro que queria, como o conseguiu a juro negativo. Isto é, os investidores preferiram emprestar dinheiro ao tesouro de Berlim aceitando, daqui a meio ano, receber menos do que o montante emprestado, do que ficar com ele nos seus cofres. De uma maneira mais simples, os investidores pagam para que o Governo de Berlim lhes guarde as suas reservas… 3- Com este exemplo se vê qual o estado a que a moeda única chegou. Mas podemos percepcionar, sobretudo, o que irá na cabeça dos alemães quando alguém lhes fala em solidariedade monetária, ou seja, quando lhes for pedido que aceitem pagar mais impostos para socorrerem os países aflitos. Eles que,

numa conjuntura tão asfixiante como a que vivemos, até conseguem financiar-se a juros negativos… Contrapondo a este quadro, ouve-se por aí muito gente – os dos discursos politicamente correctos! – que a Alemanha acabará por aceitar esta factura porque precisa dos aflitos para poder exportar os seus produtos. Uma meia verdade, convertida numa falácia completa. Porque neste jogo de quem exporta e quem importa é preciso saber, antes de mais, quem está mais dependente de quem! Aqui chegados, os próximos meses serão de uma angustiante incerteza. Não apenas para nós, portugueses. Mas para toda a União Europeia, e, sobretudo, para os países da moeda única. Com as agências de rating a semear cada vez mais dúvidas sobre a capacidade da moeda única prosseguir o seu futuro no seu actual modelo e com os dezassete parceiros nela incorporados, os líderes da União Europeia têm pela frente o maior desafio desde a fundação da CEE, há quase 55 anos. Ou se unem em torno de uma solução milagrosa, ou definitivamente a actual União Europeia acabará por se redesenhar segundo um modelo de diferentes divisões, ou, como costuma dizer-se, a diversas velocidades. Resta saber, se tal acontecer, em que divisão poderá jogar Portugal.  Jornalista e Professor Universitário

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