Vivacidade ed. 77 - Dezembro 2012

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www.vivacidade.org

VIVA CIDADE Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte

Mensal Ano 7 - nº 77

Quinta-Feira

13 Dezembro 2012

Diretor: Miguel Almeida Dir. Adjunto: Ricardo Vieira Caldas 0,50€ geral@vivacidade.org

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Explicações em grupo e individuais Ensino Básico, Secundário e Universitário 3 8

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Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova já conta com um edifício novo

Página 8 à 10

Hospital de Gondomar tem a tecnologia mais avançada da Europa

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Já foi assinado o protocolo de apoio às associações de Gondomar

Recolha de paletes●plástico●cartão Compra, venda e reparação de paletes Tratamento HT de acordo com NIMF-15

Rua da Granja, 555 • 4435-269 Rio Tinto • e-mail: geral@paljet.pt • Telm.: 93 314 42 46 • Telf.:229 734 079 • Fax: 229 734 080


Editorial

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org

José Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Docente Universitário

Caros Leitores, A campanha para as autárquicas de outubro de 2013 prossegue com a grande entrevista ao segundo candidato declarado: Fernando Paulo, candidato do movimento de independentes que tem vindo a eleger Valentim loureiro.

O desenvolvimento é assim que se consegue: atraindo o investimento privado e suportando-o com políticas públicas adequadas. No nosso país após a troika, terá que ser o investimento privado a funcionar como o motor que vai conseguir colocar a marcha contra o desemprego e contra a estagnação a funcionar e a ganhar velocidade. E é só o que temos, pois investimento público a sério acabou. Em nome do jornal Vivacidade desejo a todos os seus leitores umas Festas plenas de felicidade e bem-estar. 

Sumário: Breves

A Lipor promoveu no dia 5 de dezembro, a entrega dos donativos resultantes da 7ª fase da ‘Operação Tampinhas’. Nesta fase que decorreu entre janeiro e dezembro de 2011, acumulou-se um total de cerca de 58 toneladas, que dá um total de cerca de 42.300,00€ de receita, tendo sido contempladas 56 entidades [individuais e coletivas]. 

Página 4

Sociedade

Páginas 6 à 10

Destaque

Página 12 e 13

Associativismo Páginas 16 à 19

Desporto Página 21

Empresas & Negócios

Trata-se de uma moradia geminada, na Rua dos Canários em Rio Tinto, que não cumpre o PDM, mas está aprovada pela Câmara Municipal de Gondomar, desrespeitando todos os alinhamentos, cotas e soleiras e causando um forte impacto urbanístico. 

Páginas 22 à 25

Opinião

Páginas 28

Política

Páginas 29 à 33

Lazer

Página 38

Próxima Edição 24 de Janeiro

Leitor Vivacidade, Hugo Neves

Ficha Técnica

O Vivacidade prossegue assim, conforme prometido, a ser o palco privilegiado para a comunicação pública dos candidatos com a população do Concelho de Gondomar. A tecnologia mais avançada da Europa para blocos cirúrgicos hospitalares foi, segundo o Reitor da Universidade Fernando Pessoa, instalada em Gondomar no Hospital-Escola desta Universidade. Para além do marco assinalável do concelho passar a ter uma Universidade, ser uma Universidade e um Hospital em simultâneo é algo inovador, pois Gondomar não tinha nem uma coisa nem a outra.

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Paulo Santos Silva (Professor, Historiador e Escritor)

Memórias do Nosso Passado

Algumas grandes personalidades locais Rio Tinto e Baguim do Monte são territórios muito bafejados pela sorte de possuírem uma situação estratégica invejável, reforçada com a inclusão de estradas, caminho de ferro, transportes públicos que fazem com que a população destes territórios tenha crescido sem parar desde o século XIX. Por volta de 1890, a freguesia de Rio Tinto (Baguim incluída) teria cerca de 8000 habitantes e, em 1934, a sua população era estimada em cerca de 14000 habitantes. Hoje em dia, a população das freguesias de Rio Tinto e de Baguim do Monte em

conjunto perfazem cerca de 65000 habitantes. Tal importância territorial e populacional certamente terá originado no passado personalidades históricas de significativa importância. Uma, mais conhecida, mas mal afamada por certas personagens da diocese do Porto, é a do bispo Manuel de Santa Inês (ao qual dediquei dois artigos completos neste jornal) originário de Baguim do Monte e que certamente mereceria ser mais divulgada e respeitada a sua figura histórica por parte do atual bispo do Porto. Mas, o manancial de grandes perso-

nalidades locais não se esgota aqui. João Martins Ferreira e os seus filhos Dr. Delphim Martins Ferreira e Augusto Martins Ferreira não só eram grandes proprietários rurais em Rio Tinto mas, também, figuras politicamente muito ativas durante a segunda metade do século XIX. Os dois primeiros foram os líderes políticos do Partido Regenerador a nível local e o segundo esteve envolvido como deputado na questão da reforma administrativa que criou o Concelho de Rio Tinto, embora tal tivesse durado apenas alguns dias. Ambos os irmãos estiveram também muito ligados à política local e a funções de vereação na edilidade gondomarense. Ligados também à política, no mesmo período, mas do lado do Partido Progressista, temos Manuel Martins Ferreira e o seu sucessor David Correia da Silva. Podíamos aqui falar amiúde de muitas outras personalidades ilustres da nossa terra e da nossa história local, mas deixarei isso para vosso prazer em próximas edições por razões de espaço no jornal. 

Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE873) Edição, Redação, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Josorac SGPS, SA Sede de Redação: Rua do Niassa, 133, Sala 3 4250-331 PORTO Diretor Comercial: Luiz Miguel Almeida - 910600079 Colaboradores: Alfredo Correia, Álvaro Gonçalves, Alzira Rocha, André Campos, António Costa, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Aires, Domingos Gomes, Fernando Nelson, Fernando Silva, Goreti Teixeira, Henrique de Villalva, Joaquim de Figueiredo, Joana Silva, José António Ferreira, Juliana Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Mário Magalhães, Miguel Almeida, Pedro Costa, Ricardo Caldas (TP-1732), Rita Ferraz, Sandra Neves, Susana Ferreira e Zulmiro Barbosa. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivacidade.org E-mail: geral@vivacidade.org


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Breves

Acidente de Camarate em livro

“Passados 32 anos sobre a data em que Portugal perdeu um primeiro-minis-

Confraria celebra 3.º Aniversário

tro na queda de uma avioneta, mantém-se ainda a dúvida sobre a natureza do incidente.” O jornalista Frederico Duarte Carvalho tinha 8 anos aquando do acidente que vitimou o primeiro-ministro português, Francisco Sá Carneiro, o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, e cinco outras pessoas e investiga agora no livro “Camarate - Sá Carneiro e as Armas para o Irão” o que terá acontecido no Caso Camarate e explica por que motivo conhecer a verdade, ainda hoje, pode colocar em perigo a estabilidade do regime em Portugal e noutros países, como os EUA e o Irão. A obra foi apresentada no Porto no dia 4 de dezembro, exatamente 32 anos depois do acontecimento. 

Médico Miguel Miranda nos rotários O Rotary Club de Gondomar esteve uma vez mais reunido. Desta feita, na sua reunião mensal de jantar de Novembro, os rotários receberam o médico e escritor Miguel Miranda, que se deslocou ao clube, a convite de António Pais, presidente e companheiro. O presidente do clube traçou a biografia médica e literária do convidado e Miguel Miranda falou aos presentes sobre a sua já extensa obra literária de cerca de dezena e meia de trabalhos publicados, muitos deles tendo como pano de fundo a cidade do Porto. Ilustrou a sua preleção com a leitura de um conto que divertiu e prendeu a assistência e, no final, ofereceu

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a todos um opúsculo com um conto da sua autoria, mas que congrega todos os títulos da sua obra, dispersos por diferentes editoras. Usaram ainda da palavra, no final, Joaquim Lindoro para elogiar o conferencista, de quem foi colega na Faculdade, recordando “tempos de estudante quando já eram patentes as qualidades literárias do Dr. Miguel Miranda” e salientou alguns romances que são autênticos itinerários para descobrir o Porto. Fernando Paulo, Vereador da Câmara Municipal de Gondomar, em nome do presidente da mesma, ofereceu a Miguel Miranda uma artística lembrança. 

A Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte comemorou o seu 3.º aniversário, no dia 1 de dezembro, num jantar cheio de tradição, em Jovim. A cerimónia contou com os pratos que estão na génese desta confraria, servidos a preceito pelo Restaurante Hino ao Tempero, em Jovim. Durante o jantar foi entoado o lema, ou “grito de guerra” da confraria. “Rojões, rojões, rojões e papas de sarrabulho à moda de Baguim do Monte são os pratos do nosso orgulho”, ouvia-se. Após a refeição, o guardião mor, Telmo Viana, agradeceu a presença dos confrades e confreiras reconhecendo que esta confraria se encontra numa situação de grande vitalidade. Logo de seguida, o chanceler mor,

Paulo Araújo, dirigiu-se aos seus congéneres apresentando-lhes as próximas iniciativas planeadas pela chancelaria, concretamente, o 3.º Grande Capítulo que será realizado dia 27 de janeiro e a colaboração nas festas a São Brás, dia 3 de fevereiro, com a instalação de uma tenda no Largo de São Brás. Foi também confirmada por Paulo Araújo, a participação na procissão solene, finalizando com um apelo a todos os confrades no sentido de a médio prazo ser possível fazer uma parceria com a Câmara Municipal de Gondomar para a instalação de uma tenda gigante, em local a definir, para ali se efetuar um festival de gastronomia com estes pratos. No final, foi partido o bolo de aniversário e entoados os parabéns. 

Homem morre eletrocutado junto à linha A vítima tinha 28 anos e estava a fazer trabalhos na linha férrea. Ao manobrar uma escada de alumínio tocou numa catenária e morreu eletrocutado na linha do comboio junto ao Parque nascente e à

Vodafone em Rio Tinto. O óbito ocorreu no dia 27 de novembro e foi verificado no local pela VMER do HS João e posteriormente a vítima foi transportada ao Instituto de medicina legal - Porto. 

Enquadramento Legal – pela informação do cidadão No meu trabalho como advogado e formador, constatei que a maioria dos cidadãos está desligada do Direito, e esse desconhecimento do conjunto do sistema jurídico prejudica as pessoas singulares e coletivas. Tenho conhecido muitos clientes que estão desencantados com o sistema judicial, e a minha atitude pedagógica visa reconciliar, explicar como funciona a nossa justiça, e muitas vezes até partilhar algumas perplexidades. Quero desmistificar algumas ideias falsas, como contratar um advogado é caro, ou que não há justiça em Portugal, que são simplificações perigosas que tendem a ganhar mais adeptos em tempos de crise económica e de valores. Mas quero em 1º lugar, ajudar a informar cidadãos. Tendo já publicado vários artigos sobre temas de Direito, chegou a hora de criar uma nova forma de diálogo com os leitores deste jornal. Neste espaço, os leitores poderão colocar as perguntas para o jornal, e reencaminhadas para o meu correio electrónico, para selecionar uma ou duas por mês (conforme o tema) e dar uma opinião. Não serão proferidas opiniões sobre casos concretos, por uma questão de deontologia profissional, e porque tal abordagem poderia ser prejudicial para os próprios visados.


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Tel. 936 351 038 Médico Especialista em Ortopedia e Traumatologia Mestre em Medicina Desportiva Docente da Faculdade de Ciências da Saúde - UFP Coordenador do Grupo de Ortopedia do Instituto CUF Apoio Médico aos Clubes de Rio Tinto - Fisioterapia Acordo com:Medis, Advancecare, Multicare, Saúde Prime e Allianz Cirurgia Ortopédica • Artroscopia Joelho e Tornozelo Fisioterapia ao Domícilio

Consultórios:  Instituto Cuf  Porto - Telefone: 220 033 500  Av. Dr. Domingos Gonçalves Sá, 414 - Ed. Rio Tinto II - Sala B  4435-213 RIO TINTO Telefone: 224 897 133  Fax: 224 809 121  Email: paulo.amado@pauloamado.pt


Sociedade Em Portugal, a primeira revista à portuguesa subiu aos palcos no final do século XIX. O género de teatro popular pegou moda e ainda hoje é utilizado por profissionais e amadores amantes desta arte. Foi isso mesmo que fez o Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto, no dia 1 de dezembro, no espetáculo de encerramento do 13.º Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto. "Casa cheia" para assistir ao último espetáculo do 13.º Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto, organizado pelo Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto (GDBRT), que contou com uma revista à portuguesa intitulada de ‘Afinal é só promessas’, protagonizada pelo próprio grupo da casa. A revista fez soltar gargalhadas constantes da audiência presente na sala de teatro do Dramático que marcou o

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Dramático encerra festival com “casa cheia” encerramento do festival. O presidente da direção, Alberto Mendes, explicou ao Vivacidade que “este festival superou todas as expectativas.” “Eu tinha estipulado uma meta que era os tais 1000 espectadores e foi muito além dos 1000. Penso que foram à volta de 1500”, confessou o dirigente do grupo que acrescentou que assim “dá vontade de continuar.” A razão do sucesso é explicada por Alberto Mendes. “Eu penso que é a qualidade que nós transmitimos dos anos anteriores que nos vai permitindo a adesão de mais pessoas, de mais espectadores, porque é aquilo que eu lhe digo, os espetáculos são melhores.” No final da atuação do GDBRT, Alberto Mendes e Francisco Nogueira, da comissão coordenadora da cultura, agradeceram aos espectadores e aos patrocinadores do festival e entregaram lembranças à Federação das Cole-

tividades, à Junta de Freguesia de Rio Tinto, à Comunicação Social presente e à banda que os auxiliou na revista. Para o ano, novo festival, se possível com o mesmo público. “Se não melhorarmos na qualidade, pelo menos que seja igual, mas a meta dos espectadores para nós é muito importante porque é o nosso cachet... os espectadores a aplaudir-nos, as coletividades que vêm aqui. Quero deixar o meu agradecimento muito grande às coletividades que se fizeram representar no 13.º festival no GDBRT.” O 13.º Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto contou com seis grupos de teatro amadores que, em outubro, novembro e dezembro animaram a cidade, alternando as suas atuações nos palcos do Dramático, Corim e Baguim.  (Fotografias em facebook. com/jornalvivacidade) Ricardo Vieira Caldas

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A Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova tem uma nova morada. O cruzamento da Rua Pedro Álvares Cabral com a Rua Álvaro Cunhal, junto à Cripta da Igreja Matriz da freguesia, tem agora o edifício novo da Junta, prometido há uns anos pela Câmara Municipal de Gondomar (CMG) e recentemente inaugurado no dia 8 de dezembro.

Numa fase em que a freguesia de S. Pedro da Cova segundo a proposta da reforma administrativa elaborada pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território - será agregada com a de Fânzeres, centenas de pessoas juntaram-se à porta do novo edifício para dar “vivas” à Junta e, ao mes-

Junta de S. Pedro com “nova cara” mo tempo, protestar contra a agregação. Para o presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova, Daniel Vieira, esta inauguração significou muito. “Nós consideramos que hoje é dado um passo extraordinariamente positivo e é resolvido um problema com que a freguesia se deparava há bastantes anos, que era não ter um edifício próprio da Junta de Freguesia. Com as inaugurações, hoje deste edifício, e com a sua disponibilidade para a população, serão criadas novas condições para a população de S. Pedro da Cova de modo a que possam aqui aceder aos serviços, quer secretaria, quer a outros serviços da Junta e portanto é um passo, no nosso entender, muito positivo”, referiu Daniel Vieira. Questionado pelo Vivacidade sobre a ironia da

inauguração da Junta num momento em que pensam agregá-la, Daniel Vieira responde: “A inauguração hoje deste edifício da Junta de Freguesia é a prova provada de que S. Pedro da Cova merece continuar a existir como freguesia e ao contrário do que diz o Governo - que pretende criar uma freguesia aqui de 40 mil habitantes - aquilo que nós dizemos é que S. Pedro da Cova já tem uma dimensão territorial e populacional - de cerca de 17 mil habitantes - bastante significativa e portanto, por isso mesmo, consideramos que esta é a resposta. Hoje, um dia depois de ter sido aprovado na generalidade o projeto de lei que extingue freguesias em Portugal, esta é a melhor resposta que podemos dar. Que as juntas de freguesia merecem existir e fazem todo o sentido.” “A

participação massiva hoje da população é prova de que o povo está contra a extinção da freguesia e quer a Junta de Freguesia a funcionar aqui, no nosso entendimento”, acrescenta o autarca. Numa cerimónia com direito a fogo de artifício e parada dos bombeiros da freguesia, a inauguração culminou com uma sessão no novo auditório onde compuseram a mesa – montada no palco – o presidente da CMG, Valentim Loureiro, o presidente da ANAFRE (Associação Nacional de Freguesias), Armando Vieira, a presidente da Assembleia de Freguesia,

Cecília Santos, o vice presidente da CMG, José Oliveira e o presidente da Junta de Freguesia, Daniel Vieira. Na sua intervenção, Valentim Loureiro, referiu que era “um prazer estar a inaugurar as instalações” e que aquela seria “seguramente uma das últimas obras” que iria inaugurar. “Caras e caros amigos, hoje estou calmo, estou tranquilo e estou quase numa despedida. E a minha despedida aqui em S. Pedro da Cova - vou continuar a vir cá - é feita com a inauguração desta grande sede da Junta de Freguesia, uma obra com que eu me tinha – mais a minha

equipa – comprometido há 19 anos e que finalmente aqui está construída. Parabéns, que este edifício sirva para resolver os vossos problemas e que os ‘finalmente’ da agregação de freguesia possam ainda ser discutidos”, discursou o presidente da CMG. Sobre a agregação, Valentim Loureiro enfatizou a ideia de que “S. Pedro da Cova tem a sua própria história” e de que “nada tem a ver com Fânzeres”, acrescentando que a agregação de freguesias não traz “poupança absolutamente nenhuma.”  Ricardo Vieira Caldas


Entrevista a Salvato Trigo Tem 64 anos, nasceu em Ponte de Lima e é hoje reitor e proprietário da Universidade Fernando Pessoa, com sede no Porto. No dia 4 de dezembro, Salvato Trigo cumpriu um dos seus principais objetivos, inaugurar o Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa (HE-UFP) em Gondomar. Agora, para Salvato trigo, só falta a inserção do hospital no Serviço Nacional de Sáude (SNS) e a criação de um curso de medicina da UFP. O Vivacidade entrevistou o professor que fez nascer este projeto – com um investimento de cerca de 50 milhões de euros – e que ambiciona tudo isto.

O objetivo principal foi cumprido. Quando é que o hospital entrará em funcionamento? No dia 10 de dezembro começamos a receber as pessoas para iniciar a atividade efetivamente. Não o fizemos antes porque depois da inauguração tivemos acertos que são necessários obviamente garantir para que a equipa esteja toda preparada em termos de início de atividade, mas na próxima segunda feira teremos aqui já seguramente os primeiros pacientes, que espero eu que venham também de Rio Tinto. Pode-se dizer que este hospital é privado? Não. Este hospital – como de resto a própria UFP da qual o hospital é uma unidade orgânica fundamental para o cumprimento dos seus objetivos de ensino, sobretudo ensino clínico de qualidade para os estudantes da faculdade de ciências da saúde e das outras faculdades da universidade - é uma fundação. Sendo uma fundação, o seu objetivo obviamente é muito sustentado na dimensão social, ou seja, na dimensão de considerar que numa fundação como o caso da nossa, não se remunera nem capital, nem se distribui dividendos. A nossa preocupação é que a ati-

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“Em saúde investe-se, em doença gasta-se” vidade do próprio hospital seja feita numa base muito social, de consideração de que o nosso objetivo é fazer com que todas as pessoas, por mais necessitadas que sejam do ponto de vista económico, tenham capacidade de poder vir a este hospital. O que eu disse na cerimónia de inauguração ao senhor Ministro da Saúde foi justamente isso. Que estamos em Gondomar, estamos num concelho da área do Grande Porto que há muito tinha prometido um hospital público que foi descontinuado pelo aparecimento do nosso projeto. O hospital insere-se numa área de abrangência de mais de 200 mil pessoas. Não faz sentido, sobretudo que tendo nós disponibilidade para prestar cuidados de saúde a toda esta área, a todas estas pessoas, a custos mais baixos do que aquilo que o Estado transfere para as suas próprias unidades de saúde dentro do SNS, nas regras da boa gestão, de estarmos a desperdiçar dinheiros públicos que são resultantes dos nossos impostos para pagar mais caro aquilo que podemos pagar a melhor preço com a mesma qualidade. Em saúde investe-se, em doença gasta-se. A nossa filosofia é muito de intervenção precoce, ou seja, de cuidados primários. O hospital tem também criado um fundo social que será acionado sempre que haja necessidade perante gente que aqui venha que não tenha capacidade para poder pagar os atos que aqui são realizados. Um utente paga muito menos do que em qualquer outro hospital privado e paga um pouco mais do que pagará num hospital público. Evidentemente que nós sabemos que, uma consulta de especialidade em qualquer local, custará sempre acima dos 80 a 90 euros. Aqui as pessoas vão pagar menos de metade disso. A nossa preocupação é que ninguém que precise de cuidados de saúde fique inibido de os re-

ceber porque acha que aqui é um hospital para ricos. É também um hospital para ricos mas também um hospital para pobres. Nós queremos que os pobres possam vir aos mesmos locais onde vêm os ricos. A inserção do hospital no Serviço Nacional de Saúde será um objetivo fácil? Se as pessoas que governam o país souberem fazer contas - como eu espero que saibam - souberem que o Governo do país deve ter como preocupação essencial a felicidade dos seus governados, para garantir cada vez melhores condições de vida – de alguma maneira satisfazendo e retribuindo aquilo que todos nós contribuímos para o próprio Orçamento de Estado – a inserção do Hospital Escola da Universidade Fernando Pessoa no Serviço Nacional de Saúde (SNS) é uma questão de gestão política do país. E não de gestão ideológica e de gestão doutrinária. Há infelizmente em Portugal quem ainda não

percebeu que o futuro deste país, o futuro do Estado p or t u g u ê s , depende da iniciativa privada. As pessoas ain-

da não entenderam que é a iniciativa privada que cria emprego, como nós criamos aqui. Ao criar emprego, geram-se salários, ao pagar salários geram-se impostos, ao gerarem-se impostos está-se a contribuir para o Orçamento geral do Estado. Houve aí em todo lado esses demagogos de ‘meia tigela’ a atacarem a iniciativa privada. É a mesma coisa que atacarem as galinhas mas quererem comer omeleta. Só é possível comer omeletas alimentando as galinhas. Cuidando das galinhas. E a galinha, neste caso, chama-se iniciativa privada. Basta ver o que está a acontecer no país. O país está numa penúria desgraçada em termos de emprego porquê? Porque a iniciativa privada obviamente não tem, neste momento, condições designadamente de financiamento, para poder avançar c o m

projetos novos. Graças à demagogia desses demagogos de falsas promessas, convencendo que é preciso atacar os ricos, atacar a iniciativa privada, atacar aqueles que criam emprego, fazendo isso como já o fizemos no passado, entramos no caminho certo para o abismo. Já que fala em emprego, quantos postos de trabalho foram criados com a criação deste hospital? O hospital tem duas fases de admissão de pessoal. A primeira fase é no seu início. Evidentemente como tudo na vida, temos que começar devagar e à medida que a atividade do hospital for sendo desenvolvida vamos aumentando também o número d o s cola-

boradores. No funcionamento global do hospital nós iremos situar-nos nos 400 a 500 empregos diretos. O que significa a criação de emprego na ordem de 2000 a 2500 pessoas, com diretos e indiretos. Para além da atividade económica também impulsionada pela própria situação deste empreendimento onde estão consumidores, potencialmente clientes do comércio local. Nesta fase inicial, arrancaremos com 200 empregos diretos criados e obviamente durante um ano – que é mais ou menos o período que temos previsto para o funcionamento pleno do hospital – irão ser criados os outros empregos para garantir sobretudo que o hospital possa também nesse aspeto distinguir-se no sentido de não empregarmos aqui gente que já tenha emprego. Aqui empregam-se pessoas que não têm emprego. O problema é que neste momento há muitos desempregados porque alguns têm três. E nós isso não vamos aceitar, no que diz respeito a todo o pessoal que trabalha neste hospital de forma plena. Por isso é que nós assumimos claramente desde o início que a nossa preferência na criação de emprego era p a r a


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gente desempregada e por isso fizemos um acordo com o Centro de Emprego de Gondomar (CEG) para que no recrutamento de pessoas para o hospital preferenciássemos quem lá estivesse inscrito. No emprego mais qualificado, de enfermeiros, fisioterapeutas, analistas clínicos, médicos dentistas, farmacêuticos e outros, foi dada a preferência a pessoas formadas pela Universidade Fernando Pessoa. Em situação de igualdade, os da Fernando Pessoa entrarão em primeiro lugar. Se não tivermos gente diferenciada para o lugar que precisamos na Fernando Pessoa, recrutamos obviamente pessoas formadas noutras partes. A nossa preocupação é apostar na juventude. Espero é que o nosso exemplo possa ‘contaminar’ outros que sigam pelo mesmo caminho. Para futuros médicos, há também agora o objetivo de um curso pela Universidade Fernando Pessoa? Como disse no discurso da cerimónia da abertura do hospital, perante o senhor Ministro da Saúde, ninguém pode ignorar que a Fernando Pessoa é a única Universidade do país que dispõe de todas as condições de partida para ter um curso de medicina. Por exemplo, os últimos três cursos públicos de medicina que foram criados em Portugal, na Universidade do Minho, na Universidade da Beira Interior e na Universidade do Algarve, quando começaram não tinham um décimo das condições que nós temos hoje. E eu espero que este país um

Mas já estamos a ensinar medicina pós-graduada. Sendo um Hospital Escola, uma pessoa que se dirija a um dos vossos serviços, poderá ter um atendimento por uma pessoa ainda em formação? Toda a gente neste hospital é tratada por profissionais, já formados e já perfeitamente consolidados na sua atividade. O que o hospital vai ter é alunos a verem e a aprenderem como se faz. Os alunos não fazem, quem faz são os profissionais. Onde é que os alunos fazem? É na universidade, nas nossas clínicas pedagógicas. Relativamente aos tempos de espera. Como funcionará este hospital? Tudo será integrado

foram de cinco minutos. A nossa preocupação é termos dentro do hospital um código de boas práticas, que seja também um código de bons tratamentos humanos e médicos. Porque aqui ninguém é tratado por ‘você’, aqui toda a gente é tratado por ‘senhor ou senhora’. O hospital tem como característica uma inovação no que diz respeito ao bloco operatório. Considera que o mesmo será como que um cartão de visita também para o estrangeiro? Para os estrangeiros e para os nacionais. Não temos nenhuma razão para não sermos tão bem tratados como os estrangeiros. Às vezes pensamos que os estrangeiros são muito me-

"Nós queremos que os pobres possam vir aos mesmos locais onde vêm os ricos." dia perceba o que quer dizer justiça. Nós andamos há doze anos a concorrer para uma autorização para ensinar medicina. Temos provas dadas de ensino na área da saúde. Temos por isso a legítima espectativa de virmos neste Hospital Escola – porque foi para isso também que ele foi construído – a ensinar medicina, a partir da formação pré-graduada.

num sistema de gestão e de informação que nos permita ser o mais céleres possíveis. Fizemos já duas simulações antes do hospital ter sido inaugurado para verificarmos os circuitos e correram muito bem. Os tempos de espera máximos que foram verificados entre o registo das pessoas e a sua direção para o respetivo departamento até chegar à consulta

lhores do que nós e não são. Nós temos capacidade, conhecimento e competência em Portugal para sermos melhores entre os melhores. Portanto esta circunstância de termos este bloco cirúrgico foi resultado de uma pareceria com uma empresa alemã chamada Karl Storz. Esse bloco cirúrgico inteligente é hoje o bloco cirúrgico mais avançado em termos

tecnológicos da Europa, dito pela própria empresa que os instala. A unidade de cuidados intensivos é também exemplar no panorama na-

gia, laboratórios de análise clínica são de facto da tecnologia mais avançada que existe. E portanto não é um ‘hospitalzeco’. Porque às ve-

que acabar e a prova mais provada de que não tenho nenhum desses preconceitos é que sou natural de uma aldeia. Sou filho de um ferrei-

" Só é possível comer omeletas alimentando as galinhas. Cuidando das galinhas. E a galinha, neste caso, chamase iniciativa privada." cional, assim como as três unidades de recobro, a parte ligada à esterilização, toda a componente dos exames complementares, imagiolo-

zes há preconceitos daqueles que não moram em Gondomar que dizem ‘isto é lá em Gondomar, no meio da parvónia’. Esse preconceito tem

ro e tenho orgulho em dizê-lo. Isso tudo é ignorância, preconceito e estupidez.  Ricardo Vieira Caldas


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Dia 4 de dezembro marcou o concelho de Gondomar, com a inauguração do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa (HE-UFP). A cerimónia contou com a presença do Ministro da Saúde, Paulo Macedo, e de praticamente todas as forças políticas de Gondomar, com a presença do presidente da Câmara Municipal de Gondomar (CMG), Valentim Loureiro. Para além de outras coisas, a nova unidade hospitalar dispõe, a partir de agora, de um bloco cirúrgico classificado atualmente como o “mais avançado da Europa”. Composto por equipamentos normais numa sala de cirurgias, este bloco diferencia-se pelos cinco monitores em torno da marquesa operatória e de um sistema

A tecnologia mais avançada da Europa de vídeo em alta definição e em tempo real, que permite a comunicação e transmissão de vídeo com os alunos da Universidade ou com médicos especialistas em todo o mundo, através da intranet [rede interna] e internet. Paulo Amado, médico e diretor do bloco cirúrgico do hospital, explicou ao Vivacidade o significado deste espaço para a nova unidade hospitalar. “O Hospital-Escola é um hospital de grandes dimensões e que tem realmente serviços que fazem a diferença, em termos tecnológicos, e um deles - direi um dos principais - é realmente o bloco cirúrgico. O bloco possui três salas de grandes dimensões, mas uma delas destaca-se pela sua tecnologia. A ideia é realmente transmitir conhecimentos e o que o

faz a diferença é realmente transmitir a imagem e podermos conectar não só para o auditório como também quer pela via intranet [dentro do hospital] quer pela via internet em tempo real. A Karl Storz [empresa alemã fornecedora dos equipamentos] acolheu-nos como centro ibérico de formação dos cirurgiões ortopédicos”, referiu Paulo Amado. Não há problemas de privacidade por que “tudo é salvaguardado” “O doente não é identificado, nós salvaguardamos toda essa parte ética que, como é óbvio, seria obrigatório. Portanto nós não identificamos o doente, apenas se vê o campo cirúrgico, o que se está a fazer e qual é as vantagens do que se vai fazer”, explicou o diretor do bloco. Pioneiro no mundo é também um sistema de laser que permite, sem tocar em nada e sem qualquer dispositivo, tornar a própria mão com funções de um rato e apontar para um ecrã gigante, interagindo com ele. No bloco inteligente, pode-se fazer um pouco de tudo, como referiu o médico Paulo Amado. “Posso fazer quase tudo, fechar as persianas, ligar para casa, desligar as luzes...” “Toda a gestão administrativa do bloco, que normalmente é feita com papelada, não vai existir aqui. Todas aquelas fases que há antes da cirurgia, aquelas partes administrativas, do financiamento, é tudo informatizado. É muito bom nós estarmos na linha da frente”, observou Manuel Monteiro, engenheiro responsável pela parte tecnológica no bloco cirúrgico. O HE-UFP tem também uma unidade de cuidados

intensivos moderna bem como três unidades de recobro e uma zona de isolamento. Edificado num terreno com mais de um hectare e meio, cedido em direito de superfície, por cinquenta anos renováveis, pela CMG, o edifício é composto por duas caves e mais seis pisos com uma área bruta de construção de mais de quarenta mil metros quadrados. O HE-UFP localiza-se na também recém inaugurada avenida Fernando Pessoa, construída pela CMG, como eixo importante de acesso ao centro da cidade e ligação direta ao IC 29 e à rede de autoestradas. No futuro, está prevista a criação de um heliporto e de um ligação de metro, se a linha de Metro de Campanhã for estendida a Gondomar.  Ricardo Vieira Caldas (Fotografias em facebook. com/jornalvivacidade)



Entrevista a Fernando Paulo Fernando Paulo Ribeiro de Sousa, apenas Fernando Paulo para os gondomarenses, exerce atualmente funções de vereador na Câmara Municipal de Gondomar mas está vinculado ao município há quase duas dezenas de anos. Acompanhou e trabalhou desde o início com Valentim Loureiro e nas próximas eleições autárquicas – por impedimento da candidatura do major - pretende substituí-lo no lugar de presidente da Câmara através do movimento independente “Valentim Loureiro – Gondomar no Coração”. Em entrevista ao Vivacidade, Fernando Paulo explica o que pretende fazer com o executivo que, na sua opinião, “marcou uma nova era de desenvolvimento para Gondomar.” Começou há 24 anos na Junta de Freguesia de Fânzeres e está há quase 20 na Câmara Municipal da Gondomar. Disse publicamente que nunca se candidataria ao lugar de presidente do executivo da Câmara Municipal de Gondomar (CMG). O que é que o fez voltar com a palavra atrás?

Eu costumo dizer muitas vezes, utilizando uma frase de Platão, que “não são os cargos que fazem as pessoas, são as pessoas que fazem os cargos” e portanto eu como autarca, no final deste mandato, faço vinte anos de Câmara. De qualquer das maneiras sinto-me perfeitamente realizado, são cinco mandatos em que fui sempre responsável pelas áreas que atualmente ainda tenho [Educação, Ação Social, Saúde, Cultura, Desporto e responsável pelo Gabinete de Comunicação] e de facto sinto-me perfeitamente enquadrado num executivo que marcou um momento de viragem no desenvolvimento de Gondomar. Ser presidente da Câmara para mim nunca esteve propriamente como objetivo. Decidi abraçar neste momento este projeto face às

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"Sinto o apoio, a força e a vontade das pessoas" circunstâncias atuais, em que o presidente da Câmara, major Valentim Loureiro, por razões de ordem legal – que impedem que os presidentes de câmara possam fazer mais do que três mandatos consecutivos – é impedido de continuar as suas funções. Entendo que Gondomar, nestes últimos 20 anos, se desenvolveu de forma extraordinária mas o projeto não está esgotado. Há necessidade de dar continuidade para aprofundar algumas das suas áreas e naturalmente também de dar seguimento àquilo que é um conjunto de iniciativas e ações que temos levado a cabo. Naturalmente que o Movimento tem um líder e a quem cabe - ouvindo um conjunto de personalidades que fazem parte do Movimento - a decisão final. Respondi-lhe afirmativamente ao convite mas na sequência do pulsar de muitas pessoas de muitas das instituições que ao longo deste mandato me vieram sensibilizando e despertando e, de certa forma também, convidaram a que protagonizasse um projeto à Câmara. Conheço as pessoas, conheço os dossiês e naturalmente que me sinto preparado e sintonizado com as pessoas. É vereador nas divisões de Educação, Ação Social, Saúde, Cultura, Desporto e responsável pelo Gabinete de Comunicação. Na hipótese de vir a ser presidente da Câmara como se vê a gerir todas as outras áreas também? A questão é interessante e um vereador é um executivo nas áreas que tutela mais diretamente. Ao presidente da Câmara compete fazer toda a articulação política e fazer a coordenação de todas as áreas sectoriais com uma equipa preparada e sintonizada com o presidente e com os diversos dirigentes da Câmara e demais funcionários. E portanto um presidente da Câmara, em função da equipa que escolher, acompanhará mais de perto ou não determinadas áreas de acordo com a diversidade da equipa e de acordo com a motivação e preparação de cada um. Tendo eu o conhecimento da CMG, dos próprios funcionários, da própria estru-

tura organizativa, em devido tempo e em função daquela que for a equipa final definirei aqueles pelouros que, por ventura, entendo que devo tutelar diretamente. Um presidente de Câmara, com a dimensão que tem o município de Gondomar, deve dar especial atenção à área das finanças. Porque Gondomar, tem tido uma gestão financeira muito rigorosa e séria, reconhecida por todos, e muito equilibrada que faz com que, mesmo nesta altura a CMG não tenha que recorrer a fundos para manter o seu equilíbrio financeiro e mantenha o plano de atividades e orçamento para 2013 e inclusive ainda tenha verbas disponíveis para investir para além de reforçar todo o apoio social dirigido às famílias. É minha intenção como presidente de Câmara manter uma especial atenção à área da educação e especialmente às áreas sociais. A sua candidatura aposta na continuidade do que foi feito até agora? Sim, mas deixe-me dizer-lhe que o facto de eu dizer que aposto na continuidade não quer dizer que não haja ideias novas, mais ambição, novos projetos e a definição

de novas áreas prioritárias para o desenvolvimento de Gondomar. A seu tempo iremos elaborar o programa eleitoral e apresentá-lo aos gondomarenses. Mas tenho muito orgulho de ter integrado a equipa liderada pelo major Valentim Loureiro ao longo destes 19 anos e por ter feito parte de uma equipa que marcou definitivamente a viragem do progresso em Gondomar. Poderão dizer que é possível fazer diferente, que ainda há muitas coisas para fazer, mas todos reconhecerão que de facto o major Valentim Loureiro marcou uma nova era de desenvolvimento para Gondomar. Hoje o nosso movimento associativo não tem nada a ver com o que era antes. Toda a gente reconhece que na área metropolitana do Porto e mesmo no país, Gondomar tem uma pujança associativa inigualável. Por exemplo ao nível do desporto federado temos cerca de 7 mil atletas, mas se juntarmos os 22 grupos folclóricos, 43 grupos de dança, 15 grupos de teatro, grupos de música, orfeões, sai de facto muita gente. Em Gondomar, o Partido Socialista foi o primeiro a divulgar o candidato à

O que foi feito:

Reconstruímos as escolas Criámos equipamentos desportivos Críamos a Biblioteca e as Casas da Juventude Apoiámos o movimento associativo Começamos a ter ensino superior Tivemos a preocupação com as acessibilidades Investimos na habitação social

O que se pode fazer:

Trazer o metro à sede do concelho Criar caminhos de desenvolvimento para continuar na senda da modernização Contribuir para que Gondomar tenha as infraestruturas necessárias para criar mais postos de trabalho Investir noutras áreas - espaços ajardinados, parques urbanos e equipamentos de lazer Apostar nos idosos Assistência a famílias com mais dificuldades, no sentido de poder reduzir a insuficiência económica que têm Continuar a investir na cultura e educação, enquanto fatores estratégicos para o desenvolvimento harmonioso Câmara com uma "candidatura participativa". Como vai ser a sua candidatura em termos de linha de atuação política? Naturalmente que, se ao longo destes 19 anos aquilo que tem sido a postura do presidente da Câmara e da sua vereação - que tem sido um trabalho de cooperação com todas as forças vivas nas quais incluímos as Juntas de Freguesia – é óbvio que a

minha candidatura tem que ser fiel e condizente àquilo que é a nossa prática. Quase nem temos que o manifestar porque as pessoas já nos conhecem bem, qual é a nossa forma de ser e de estar na política e no exercício de funções. Como já tornamos público é intenção do Movimento apresentar-se não só à Câmara como também à Assembleia Municipal e às Juntas de Freguesia. E por-


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O que penso de... Valentim Loureiro “É uma pessoa que eu conheci há 20 anos, de grande carisma, extraordinária do ponto de vista daquilo que são as suas qualidades humanas. Tem um sentido ético de cumplicidade com os outros como dificilmente encontrei alguém ao longo da vida e uma experiência de vida inigualável.”

tanto apresentando aos três órgãos, alargamos o espectro de participação e damos a possibilidade de pessoas que se identifiquem com o Movimento também possam ter parte ativa na construção de um projeto mesmo ao nível da sua Junta de Freguesia e naturalmente que por parte do Movimento sinto o apoio, a força e a vontade das pessoas. E da parte do Partido Social Democrata, sente que tem apoios internos à candidatura? É preciso que se perceba, em primeiro lugar eu sou um social democrata. Não sou neste momento militante, pelas razões que são públicas, quando há oito anos o Partido Social Democrata (PSD) de Gondomar votou por unanimidade o major Valentim Loureiro como candidato à Câmara e que foi sufragado quase por 90% da Comissão Política Distrital do Porto e o então líder do PSD, Marques Mendes, vetou a candidatura de Valentim Loureiro pelo facto de na altura estar a decorrer um inquérito no âmbito do “Apito Dourado”. Com o PSD, neste momento, não houve qualquer contacto. Aquilo que

Restantes membros do executivo da Câmara “Uma equipa coesa, forte, com competências distribuídas pelos vários setores. Costuma-se dizer “casa que não é ralhada, não é governada” e portanto às vezes há uma ou outra divergência mas há uma grande compreensão e grande cordialidade e um bom relacionamento entre todos os membros do executivo, não só dos independentes como com os do PSD e até mesmo com as oposições.” foi mal feito. Acho que seria mais interessante assinalar aquilo que falta fazer. O que o presidente da Câmara disse já, é que a principal mágoa que tem é o metro não ter vindo até à sede do concelho. E eu direi que nestes 20 anos tudo aquilo que foi possível e tudo aquilo que foram os principais projetos definidos, foram concretizados. Mas trazer a linha do metro até ao centro de Gondomar, eu julgo que de facto foi aquilo que não foi possível fazer e que já todos sabem de quem é a responsabilidade. A linha tinha sido aprovada num Conselho de Ministros, no Palácio do Freixo, com o então primeiro ministro Durão Barroso, e foi depois, quando houve a mudança de governo do

mento durante estes oito anos em que o Movimento está a dirigir os destinos do município de Gondomar. Ainda não começamos a constituir a lista, nem para a Câmara nem para as Juntas, acho que antes devemos definir perfis. Gerir uma candidatura à Câmara não é uma brincadeira, é completamente diferente de criar uma estrutura mais pequena. Vê como hipótese provável a ida do atual presidente, Valentim Loureiro, para presidente da Assembleia Municipal? Se for da sua vontade. E, como é óbvio, dentro daquilo que a lei permite, só não é o candidato à Câmara porque a lei não possibili-

"Ser presidente da Câmara para mim nunca esteve propriamente como objetivo." o líder do Movimento disse, quando há cerca de dois meses tornou público que o Movimento se ia apresentar às eleições, foi que o Movimento se apresentaria sozinho ou coligado mas que não tomaria qualquer iniciativa para fazer coligação. Até hoje não houve qualquer contacto mas estamos disponíveis. Durante todos estes anos na CMG, de um modo muito resumido, o que foi bem feito e o que foi mal feito? Do que foi bem feito, Gondomar dignificou-se Gondomar e hoje tem um nível de desenvolvimento, nas áreas que consideramos fundamentais, ao nível dos municípios que à data em que iniciámos funções estavam mais desenvolvidos. Se calhar não vou dizer o que

PSD para o Partido Socialista, e com responsabilidade de eleitos locais do partido que criaram um conjunto de ruídos, que fizeram com que a linha não avançasse e depois perdeu-se a oportunidade. Quem gostaria de ter ao seu lado no executivo, se ganhar as eleições? Neste momento, o Movimento independente tomou duas ou três decisões relativamente ao processo autárquico. A primeira é que se iria apresentar às eleições, sozinho ou coligado, e depois mais recentemente escolheu o seu candidato. Neste momento ainda não é altura de estarmos a pensar em nomes. Estamos a criar a estrutura, sendo que como é óbvio contarei com todos e, desde a primeira hora, com as pessoas que foram fiéis ao Movi-

ta que ao fim de 12 anos, o presidente volte a concorrer. Senão seria certamente o candidato à Câmara. Logo a partir daí, naquilo que a lei permite e naquilo que na altura própria – quando chegar à altura de se decidir quem será o candidato aos diversos órgãos – em função da disponibilidade do major Valentim Loureiro, ele certamente terá lugar naquilo que queira e dentro daquilo que lhe permitam. Eu para além dos gondomarenses tenho uma figura ímpar para colaborar na campanha e para dar garantia de continuidade do projeto que temos desenvolvido nos 20 anos e que tem sido sufragado pelos gondomarenses. Duas vezes enganam-se as pessoas, cinco vezes não se enganam. No seu percurso políti-

co, enquanto vereador da CMG, sente que os processos judiciais do presidente e vice-presidente da câmara para os quais trabalha o prejudicou de certa forma? Não. Quer dizer, prejudica quando alguma situação de justiça ou de saúde atinge as pessoas com quem nós trabalhamos, ou de quem nós gostamos, naturalmente que também nos atinge. E alguns dos processos atingiram o major naquilo que é a sua dignidade pessoal. Trabalho com ele quase há 20 anos. É uma pessoa que conheço, que estimo, que admiro e atingindo-o eu também me sinto atingido. Do ponto de vista pessoal – independentemente da natureza dos processos e da justeza ou não – conheço os processos todos do major e acho que são profundamente injustos, nomeadamente o do ‘Apito Dourado’, que o condenou por causa de uma revista. Aliás, eu fui testemunha no tribunal e acho que é um processo extremamente injusto, especialmente na pena que é aplicada, que é a de prevaricação. Do ponto de vista político e daquilo que é o Fernando Paulo não me prejudica. Costumo dizer que cada um de nós tem que ser julgado por aquilo que é e por aquilo que faz. Mas o major tem tido a força para se defender e o resultado dos processos, como foi o caso da Quinta do Ambrósio, é que o presidente da Câmara foi absolvido de todas as acusações que tinha. No caso de não vencer as eleições, pretende continuar a ser vereador da CMG? Desde que a candidatura foi anunciada, sinto manifestações de carinho por parte de muitos gondomarenses e sei que são sentidos

Pedro Passos Coelho “Por um lado, o primeiro ministro não tem que ser julgado pela situação em que o país está. A situação que o país tem atualmente não se deve ao atual primeiro ministro, ele herdou desta situação. E nós temos que julgá-lo pelo governo que ele constituiu e por aquilo que têm sido as suas opções face à situação do país. Julgo que é uma pessoa de grande coragem em se disponibilizar para gerir o país nesta situação particularmente difícil. Não tenho concordado com muitas das medidas que têm sido tomadas, compreendendo-as, mas acho que havia outros caminhos. Porque têm tomado os caminhos mais fáceis que é normalmente atingir aqueles que menos voz têm e os mais cumpridores para o seu país. E tem-se posto em causa um pouco o Estado Social.” José Sócrates “O Governo do engenheiro José Sócrates teve ministros extraordinários. Especialmente no seu primeiro mandato teve a ministra da educação, Maria de Lurdes Rodrigues, o ministro da segurança social, Vieira da Silva, entre outros governantes. Teve um excelente Governo. Foi um Governo de concretização. O país desenvolveu em áreas que mesmo aqui em Gondomar elegemos como prioritárias. Naturalmente que descorou a vertente financeira e tem uma responsabilidade grande da situação que nos trouxe para o país mas naquilo que é o perfil do primeiro ministro eu julgo que ele de facto é um verdadeiro primeiro ministro. Acho que é uma pessoa com uma forte determinação, com muita garra e que é difícil de igualar em termos de postura e de firmeza no desenvolvimento do caminho que traçou. É uma pessoa que eu admiro. Em muitas das medidas, especialmente nas áreas sociais e humanas, eu estive com elas e disse publicamente.” António José Seguro “Não tem carisma necessário para convergir e aglutinar os socialistas e pelo menos se afirmar como Governo alternativo. Se calhar não diria o mesmo do António Costa. Se fosse ele eu diria ‘temos aqui um líder à altura capaz de mobilizar os portugueses para um projeto alternativo ao Pedro Passos Coelho’.” porque conheço as pessoas. Tenho a certeza que os gondomarenses vão continuar a apostar no “Movimento Valentim Loureiro – Gondomar no Coração” para dar sequência ao trabalho feito, mobilizando as pessoas que estiveram no Movimento nos últimos anos mas como é óbvio, aconteça aquilo que acontecer temos que ser corretos e portanto, se eu me candidato a uma função te-

nho que respeitar a decisão dos gondomarenses, seja ela qual for. Se for para me eleger presidente de Câmara tenho que cumprir a função por quatro anos, se os gondomarenses, no âmbito da eleição, escolherem outra função para mim eu também tenho que a respeitar e tenho que a cumprir também nos quatro anos.  Ricardo Vieira Caldas


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Associativismo A promessa foi cumprida. A Quinta da Igreja, em Fânzeres, foi palco para o protocolo de assinatura do Programa de Apoio ao Movimento Associativo, pela Câmara Municipal de Gondomar, no dia 12 de dezembro, destinado ao movimento associativo cultural, desportivo e social do concelho.

A proposta foi aprovada, por unanimidade, em reunião de Câmara de 29 de novembro. Os programas de apoio ao movimento associativo cultural, desportivo e social, uma vez mais, representam, no total, cerca de um milhão de euros – abarcando cerca de duas centenas de protocolos. Valentim Loureiro havia,

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Associações já contam com apoio da Câmara já em setembro, assegurado que os apoios anuais ao Movimento Associativo se iriam manter. “Não obstante as dificuldades económicas, e mesmo verificando o exemplo de outras Câmaras, que dão zero, em Gondomar vamos manter os apoios ao movimento associativo concelhio”, destacou o presidente da Câmara. “Este é um período de dificuldades e que, por isso, exige da Câmara Municipal uma especial atenção ao papel desempenhado pelo movimento associativo local”, disse Valentim Loureiro que complementou: “não é por querer ser diferente. É porque acredito que o movimento associativo desportivo, social, cultural e recreativo é fundamental para a prossecução dos objetivos de dignificação da vida dos Gondomarenses”. Os programas de apoio ao Associativismo Desportivo, Cultural e Recreativo

e, ainda, de Apoio à Ação Social, representam um milhão de euros de apoio direto à dinamização de atividades por parte das coletividades de Gondomar. O Programa de Apoio ao Associativismo Desportivo contará com 521 mil euros. No que concerne ao Associativismo Cultural e Recreativo, a verba será superior a 234 mil euros. O Programa de Apoio à Ação Social terá a afetação de praticamente 160 mil euros. Nestes valores não se quantificam situações como as de utilização das estruturas desportivas - beneficiando mais de uma centena de associações - disponibilização de recursos humanos, cedência de transportes e, até, o pagamento de inscrições e seguros de atletas, que representa um investimento anual de cerca de 60 mil euros. O Programa de Apoio ao Movimento Associativo, que data de março de 1995,

é uma forma de regulamentar os subsídios concedi-

dos – fazendo-o em função dos projetos e candidaturas

apresentados e devidamente fundamentados. 

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A freguesia de Fânzeres foi, no dia 1 de dezembro, a vila escolhida para ‘O Dia da Região’, uma iniciativa de solidariedade organizada pelo grupo de escutismo adulto, Fraternidade de Nuno Álvares (FNA). Com uma vasta programação, o núcleo de Fânzeres da FNA realizou a iniciativa na Escola EB1 de Montezelo fazendo, à tarde, uma visita ao Museu Mineiro, em S. Pedro da Cova. A sessão de boas vindas começou às nove da manhã mas foi só pelas dez e meia que Alberto Maia, presidente do Núcleo de Fânzeres da FNA, deu início à sessão de abertura, logo após a atuação do Grupo de Cantares do Centro de Convívio José Martins. O encontro tinha como principal propósito a oferta de aparelhos de Glicémia a instituições e esse objetivo “foi cumprido”. A sessão contou com a

'O Dia da Região' organizado pela FNA presença do vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo, e da presidente da Junta de Freguesia de Fânzeres, Fernanda Vieira, bem como muitas outras entidades que iriam beneficiar dos aparelhos. “Eu, de facto, não estava a contar que tivesse tanta aceitação por parte de associados da FNA, por um motivo muito simples, é que também estamos envolvidos no chamado banco alimentar. Os núcleos desdobraram-se: uns foram para o banco alimentar e outros fizeram-se representar precisamente no dia que é o nosso dia, o dia da região, precisamente”, contou ao Vivacidade, Alberto Maia. O presidente do Núcleo de Fânzeres da FNA explicou que “o Dia da Região é uma atividade que é feita anualmente na região do Porto” em que se procura “o sítio onde está cada núcleo para conhecer a terra, conhecer o local, onde

o núcleo está inserido e ao mesmo tempo mostrar a imagem do que é que é a FNA e do que é que é ser o escuteiro adulto.” Agora, “os objetivos mais fortes são de facto tentar procurar apoios para que as ações consigam chegar às pessoas que precisam”, referiu Alberto Maia que lamentou que “cada vez mais, infelizmente, isso se está a verificar”. “Estamos cientes também que cada vez é mais difícil arranjar quem colabore connosco. São tantos pedidos, tantos pedidos que pronto...”, finaliza o presidente da Fraternidade de Nuno Álvares. ‘O Dia da Região’ continuou com um almoço e uma visita ao Museu Mineiro, em S. Pedro da Cova. A próxima iniciativa será em S. Pedro da Cova, mas “dependerá do apoio” que a FNA conseguir arranjar.  (Fotografias em facebook. com/jornalvivacidade) Ricardo Vieira Caldas

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Até dia 8 de janeiro pode ser visitado no átrio principal da Biblioteca Municipal, o já tradicional Presépio realizado pela Associação das Donas de Casa de Gondomar. A iluminação, simbólica, foi concretizada ao final da tarde do dia 4 de dezembro. Além do ato, meramente informal, a cerimónia contou ainda com uma breve atuação com sonoridades natalícias da cantora Diana Bastos.

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Presépio da Associação Donas de Casa na Biblioteca de Gondomar De recordar que a tradição do Presépio Artesanal da Associação das Donas de Casa de Gondomar “nasceu” no afastado ano de 2001. Durante mais de uma década, ora no átrio da Câmara Municipal, ou na Biblioteca, cabe à Associação das Donas de Casa de Gondomar a responsabilidade de “colorir” e “encher” de espírito natalício um espaço público concelhio.

Valentim Loureiro, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, fez questão de, nesta cerimónia, destacar que “o espírito natalício, e de ajuda ao próximo, deveria ser mais aplicado durante todo o restante ano”, acrescentando que “ainda mais bonita ou interessante que esta iniciativa, deverá ser a mensagem nela implícita: de amizade, solidariedade e entreajuda”. 

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O rés do chão esquerdo da rua Frei Gil, no número 52, serviu mais uma vez de palco para o aniversário da Associação Recreativa e Cultural da Urbanização do Crasto (ARCUCRA). Desta vez, no dia 26 de novembro, sopraram-se quatro velas e desejou-se um novo local para a sede, desejo esse já existente desde o nascimento da associação. Com cerca de três dezenas de sócios, a Associação Recreativa e Cultural da Urbanização do Crasto organizou mais uma celebração do seu aniversário na sede localizada num prédio da Urbanização do Crasto. A cerimónia contou com a presença do presidente da ARCUCRA, José Pinto, bem como com os outros membros da direção e ainda o presidente da Junta de Fre-

O auditório da escola EB2,3 de Rio Tinto foi pequeno para acolher os 107 alunos e respetivas famílias que assistiram à cerimónia de entrega de certificados e prémios de mérito do ano letivo transato realizada pela associação de pais e direção da escola no passado dia 7 de dezembro. A abertura do evento ficou a cargo de um grupo de alunos que cantou o tema “sou a escola” e de seguida a representante da Associação de Pais e Encarregados de

4 anos de vida para a ARCUCRA guesia de Baguim do Monte, Nuno Coelho. Com 120 sócios, José Pinto sonha apenas com uma nova sede para a ARCUCRA, pedido esse que já vem desde 2008, o ano da fundação desta associação. “Pedimos à Câmara Municipal que nos dê uma nova sede porque esta não tem todas as condições de que necessitamos”, pede o presidente da direção. A ARCUCRA tem a seu cargo, neste momento, uma equipa de futsal feminino e uma de masculino sub 13 bem como uma equipa de seniores “que participa nos torneios já há dois anos”, tendo ficado em 2.º lugar no torneio organizado pela Junta de Freguesia de Baguim do Monte. Para além do desporto, a associação possui também um grupo de teatro. Objetivos mais próximos? “Estamos a prever

federar uma equipa no próximo ano, fazer anualmente a procissão de velas que percorre aqui as ruas da

urbanização, percorre algumas ruas na freguesia de Baguim do Monte e manter o protocolo que temos com a

Câmara, em que nós os diretores fazemos a manutenção dos jardins aqui dentro da urbanização.” Tudo isto, na

opinião de José Pinto, para “a família” que considera ser a ARCUCRA.  Ricardo Vieira Caldas

107 alunos da EB2,3 de Rio Tinto premiados Educação (APEE) da EB2,3 de Rio Tinto agradeceu a todos os que colaboraram na formação dos alunos e que contribuíram para os excelentes resultados escolares obtidos no ano letivo 2011/2012. A cerimónia contou com o vereador da Educação da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo, o vereador do Ambiente, Joaquim Castro Neves, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins e o presidente do Conselho Executivo da CONFAP, Al-

bino Almeida, entre outros. Para a APEE da escola, “pretendeu-se com este ato, distinguir os oito melhores alunos de cada ano e os dois melhores de cada turma e assim recompensar o mérito e orientar os alunos para a excelência.” “A excelência não é em si um fim, já que são poucos os que verdadeiramente a alcançam. Mas se tivermos este objectivo, se percorrermos um caminho, vamo-nos manter na rota correta”, é objetivo para a APEE da EB2,3 de Rio Tinto. 



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Desporto

Pinto da Costa vai receber distinção do município

Atlético mantém a Sede da estação

O presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Valentim Loureiro, anunciou, no passado dia 24 de novembro, que vai entregar a medalha de honra, grau ouro, do município gondomarense, ao presidente do Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa. A afirmação foi feita durante a cerimónia do sétimo aniversário da Banda de Música de Melres, para a qual o dirigente portista foi convidado. Valentim Loureiro considerou que a distinção a Pinto da Costa vem reconhecer a “visibilidade e prestígio” que o dirigente dos ‘dragões’ trouxe à região metropolitana do Porto. O major partilhou a amizade que tem por Pinto da Costa e confessou que torce pelos êxitos do emblema ‘azul e branco’. “A mim e ao

O Clube Atlético de Rio Tinto (CART) vai manter a Sede Social do Clube, na Praça da Estação. A decisão partiu da reunião da Assembleia Geral, realizada em 2 de dezembro, onde ficou deliberada a sua continuação. As funções de secretaria dividem-se entre a Sede da Estação e o Parque Desportivo Fernando Pedrosa, mas as reuniões com sócios passarão novamente para a Estação e a Sede também passará a abrir à noite, das 20h às 23h ou 24h, para o convívio. Na reunião da Assembleia Geral foram também decididos os novos estatutos do clube, tendo sido nomeada uma comissão composta por, Luís Silva, Zulmiro Barbosa, Lindolfo Tavares, Ernesto Santos, António Taveira, Gaspar Amaral e Romão Sousa.

Jorge quiseram-nos atacar lá do sul, arranjando-nos problemas, inclusive com os tribunais. Mas nós resistimos de forma solidária, e se a nossa amizade era grande, ficou ainda maior”. Já Pinto da Costa, que passa assim a ser cidadão honorário de Gondomar, agradeceu a iniciativa do edil gondomarense. “É um gesto que registo com satisfação vindo de um amigo e

do presidente de um município onde o FC Porto tem imensos sócios e muitos simpatizantes”. Entretanto, questionado pelos jornalistas presentes, o presidente dos ‘dragões’ escusou-se a comentar qualquer assunto relacionado com futebol, nomeadamente a renovação de contrato do treinador Vítor Pereira.  Francisco Fonseca

Até março de 2013, a composição dos corpos gerentes será, na Assembleia Geral, feita com Luís Silva, como presidente, José Carlos, como vice presidente, Paulo Silva, como 1.º secretário e Ernesto Santos como 2.º. Carlos Silva apresentará funções como presidente interino e vice presidente e Gaspar Amaral, como tesoureiro. A restante composição será: 1.º secretário - Rui Alves; 2.º

secretário - Sérgio Soares; 1.º vogal - Alberto Claro; 2.º vogal - Manuel Cardoso; 3.º vogal - José Vasconcelos; 4.º vogal - Luís Costa; 5.º vogal - Adriano Barros; 6.º vogal - Jacinto Ferreira; 7.º vogal Arnaldo Moreira e 8.º vogal - Carlos Monteiro. O Conselho Fiscal do CART vai ser presidido por Manuel Escaleira, tendo como vice Francisco Monteiro e relator, Ana Balio. 

Sport Clube de Rio Tinto Solidário ‘Taça da Caridade’ é o nome que o Sport Clube de Rio Tinto deu ao evento que se vai realizar no dia 15 de dezembro, pelas 10h30, na Academia de Futebol Sport Clube de Rio Tinto. A ideia é angariar o maior número de alimentos e oferecê-los a “instituições locais de apoio aos mais carenciados”. O gestor da academia, João Rocha afirma que o propósito deste tipo de evento, para além “da quadra Natalícia, é surgir enquadrado no projeto atual da direção que para além dos aspetos desportivos, tem sempre presente a vertente social que desempenha o clube no meio em que está inserido. A ideia deste evento é criar consciência nos atletas e sócios que o clube tem de ser solidário para quem necessita este tipo de ajuda.” Assim, acrescenta João Rocha, “todos os participantes contribuem pelo menos com 1

kg de alimento, onde o produto final será repartido pelas juntas de freguesia de Rio Tinto e Baguim do Monte, que farão a entrega dos alimentos a instituições locais de apoio aos mais carenciados. O evento em questão quando foi apresentado à direção do clube, obteve logo de imediato todo o apoio necessário à sua realização uma vez que o Sport Clube de Rio Tinto não é só um clube de Futebol.”, refere o gestor. “Em suma, o Sport Clube de Rio Tinto, para além da responsabilidade que tem no

desenvolvimento e formação de Jovens e futuros adultos abraça todas as causas solidárias, sendo que para tal convida um largo conjunto de entidades que nos acompanham no desenvolvimento deste projeto”, resume João Rocha. Em comunicado, o Sport Clube de Rio Tinto deixa o pedido para que “todas as pessoas e sócios do clube contribuam nesta causa, e que a entrega seja feita no Estádio Sport Clube de Rio Tinto ou no Departamento de Formação de Futebol da Ferraria.” 


Empresas & Negócios O dia 30 de novembro marcou uma nova fase para a Bompiso. A empresa de comercialização, importação e exportação de pneus, acessórios e peças para automóveis inaugurou, em Ermesinde, as novas instalações que compreendem uma área com cerca de cinco mil metros quadrados, mais de dois milhões de euros de investimento e dezenas de milhares de pneus armazenados. Eram cinco da tarde, aproximadamente, quando Joaquim Santos, proprietário da empresa Bompiso, em Ermesinde, se preparava para receber as cerca de trezentas pessoas que convidara para a inauguração das novas instalações. As duas antigas instalações que criara em Ermesinde [2001] e Baguim do Monte [2008] deixarão de existir para dar lugar a uma localização única, na Rua Dr. Francisco Silva Pinto, n.º 120, situada na zona industrial de Ermesinde. A recriação de um pneu gigante, alusivo à empresa, serviu e servirá a partir de agora, de balcão de atendimento para os clientes que passam a ter um espaço amplo e bastante iluminado por luz natural, com uma distinta e agradável sala de espera – onde podem visualizar as viaturas através de uma “parede de vidro” – e a um pequeno parque de entretenimento infantil. Um grande pavilhão compreende a área da mecânica rápida e ao lado deste encontra-se a área de lavagem auto e manual. Do lado oposto do edifício, existe um espaço dedicado aos veículos pesados com capacidade para três camiões TIR,

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Bompiso aplica mais de 2 milhões em novas instalações

4 novos postos de trabalho 2 milhões de euros de investimento 2500 metros quadrados de espaço para armazenamento 80% do volume de vendas exportado para África para dar assistência a pneus de camião e de engenharia, para máquinas industriais. No piso de cima, há ainda lugar para os escritórios e na “cave” – a todo o comprimento do edifício – poderão guardar-se dezenas de milhares de pneus e algumas viaturas. Empresa líder nos pneus Reconhecida a nível nacional e internacional, a Bompiso tem alcançado um lugar de destaque no merca-

do de pneus, comercializando pneumáticos de todas as marcas e modelos. Com a missão de “proporcionar à comunidade um serviço de qualidade e promover a segurança dos automobilistas”, a empresa de Ermesinde foi galardoada pelo terceiro ano consecutivo, com o prémio “Centro de Qualidade MICHELIN” superando com êxito as rigorosas normas de qualidade impostas pela marca, aplicadas ao serviço técnico e comercialização

dos produtos. Em 2011, o volume de vendas ascendeu a 5,4 milhões de euros, representando desta forma um acréscimo em cerca de 1,3 milhões de euros comparativamente a 2010. A estimativa para 2012 é de 6,5 milhões, sendo que 80% desse volume se destina a exportações diretas para África, sobretudo para Angola.  (Fotografias em www.vivacidade.org)


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Entrevista a Joaquim Santos, proprietário da Bompiso S.A. Estas instalações são como que um culminar de objetivos seus? São, exatamente. São a concretização de um sonho antigo. Com o crescimento da empresa nós tínhamos uma sede e uma filial que não eram suficientes para satisfazer os padrões de qualidade que nós temos na empresa, com – felizmente – o aumento de clientes. Também não foi da noite para o dia que isto se resolveu, já ando neste investimento há três anos e o objetivo foi centralizar as lojas, de forma a trabalharmos mais e melhor com o mesmo pessoal. Isso independentemente de ter mais pessoas a trabalhar agora – porque temos outras secções como a lavagem auto e manual e a mecânica rápida – mas podemos trabalhar mais e melhor porque juntamos as duas unidades e as sinergias funcionam melhor. Além disso os clientes também têm, nestas instalações, melhores condições, aguardando confortavelmente pela sua viatura. É difícil nos tempos em que estamos mas também aproveitei as circunstâncias favoráveis

“O objetivo é sustentar esta nave” porque, quando há crise, não deixamos de fazer negócios. Comprei este edifício a um preço que consideramos muito bom e temos aqui um investimento superior a dois milhões de euros para prestar um serviço ainda melhor aos nossos clientes. Quantos postos de trabalho adicionais foram criados com estas novas instalações? Quatro postos de trabalho. Agora vamos devagarinho mas é provável que venhamos a ter mais um ou dois, depende da evolução da empresa e de Portugal. Nós somos otimistas. Mas no total somos cerca de vinte pessoas. Sempre trabalhou neste ramo? Não. Esta é uma empresa sui generis. Criei esta empresa em 1994, criei também a Ofiturbo há três anos – que é uma empresa de mecânica geral – e paralelamente também trabalho numa outra empresa, há 41 anos, a Conduril. Tenho também a Offipeças em Benguela, Angola, que faz exatamente o que faz aqui a Bompiso, inclusive com a secção de lavagens.

“Não basta ter piso, é preciso ter bom piso.” Com as novas instalações porque é que não agregou também a Ofiturbo? Não tínhamos as condições próprias para um secção de chaparia e pintura,

A Bom Piso, com a sede anterior em Ermesinde (na Rua das Macieiras) e filial em Baguim do Monte (na Rua D. António Castro Meireles), junta-se num só local, na Rua Dr. Francisco Silva Pinto, n.º 120, em Ermesinde.

o projeto inicial não previa isso. Também porque a Ofiturbo, apesar de tudo é uma empresa autónoma e está num local privilegiado e estratégico que completa “o nosso circuito” ao complementar com a mecânica geral, chaparia e pintura. Agora têm também um espaço para veículos pesados. Nessa área há menor concorrência? Não, a concorrência é grande. Os proprietários dos pesados é que estão em crise. Nós fizemos uma secção de pesados muito ampla para, quando a situação do país melhorar, termos espaço para trabalhar simultaneamente em três camiões perfeitamente à vontade. Não só nos pneus de camião como nos pneus de engenharia. Mas a concorrência existe e o mercado é cada vez mais apertado. Temos é as valências da exportação que é o fundamental da nossa empresa. Nós exportamos diretamente 80% do volume de vendas, fundamentalmente para Angola mas também exportamos para Moçambique e Marrocos. Este é que é o nosso suporte neste momento para ajudar

neste investimento. O mercado externo é o futuro? Quase todas as empresas nacionais que neste momento não tenham como suporte “uma almofada” da exportação têm dificuldades. Quem teve essa oportunidade e a aproveitou – como a Bompiso desde 2008 – encara este decréscimo de serviço com alguma tranquilidade. Se tivéssemos só a viver do mercado nacional com toda esta estrutura que montamos aqui é evidente que iríamos ter dificuldades. Com que marcas de pneus trabalham na Bom Piso? Trabalhamos com todas as marcas existentes no mercado. Evidentemente que privilegiamos as marcas premium, como a Michelin, Goodyear, Continental, Yokohama... Mas temos um grande stock e agora com melhores condições. Antes tínhamos que fazer uma gestão muito controlada de stock porque não tínhamos onde armazenar em grandes quantidades. Agora temos um espaço enorme, com 2500 metros quadrados e

capacidade para dezenas de milhares de pneus. Imaginando um cliente de classe média que venha procurar uma solução económica para um veículo ligeiro vulgar, que tipo de pneu aconselharia? Primeiro temos que perceber o que o cliente pretende - porque às vezes possui um carro de gama baixa e pretende pneus de topo. Quando o cliente tem dúvidas sugerimos a melhor opção para ele, de acordo com a sua condução e a estrada que faz diariamente. Damos várias hipóteses e ele escolhe. Não vamos é esconder as coisas, é verdade que a maior parte dos clientes a primeira coisa que pergunta é o preço. Nós é que temos que o aconselhar. O pneu é fundamental para a segurança. Nós temos um slogan em que dizemos “Não basta ter piso, é preciso ter bom piso.” Num futuro próximo, quais são os próximos objetivos da empresa? Agora o principal já foi atingido. O outro objetivo é sustentar esta “nave”.  (Fotografias em www.vivacidade.org)


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A CLINOVA, Centro Clínico da Venda Nova, assenta a sua atividade na prestação de diversos cuidados de saúde sendo a mesma construída com base nos princípios da importância do serviço ao utente e a preocupação constante em assegurar o seu bem-estar; do profissionalismo de diversos profissionais de saúde e na qualidade de todos os serviços prestados com um atendimento personalizado e prioritário. Deste modo a CLINOVA pretende colmatar as necessidades da população da freguesia de Rio Tinto assim como toda a área envolvente, apresentando com uma equipa de profissionais altamente qualificados, oferecendo diversas especialidades médicas e de cuidados de saúde, com o intuito de fornecer os melhores cuidados a todos os pacientes, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de todos. A CLINOVA é um pro-

Pela primeira vez em Portugal, a Expo Idade do Saber juntou na Exponor, nos dias 30 de novembro, 1 e 2 de dezembro, seniores de várias partes do país. Palestras, espetáculos, workshops, degustações e rastreios estiveram ao alcance de todos os visitantes, com especial destaque para o público com mais de 50 anos. “Uma forma de passar um dia especial com família, filhos e netos, num local único de experimentação e interatividade, onde os principais interesses deste público estarão reunidos num só local”, foi o principal mote do primeiro salão dedicado exclusivamente aos seniores, no âmbito da Saúde, Turismo e Bem-Estar, na Exponor. Manuela Silva, responsável pela organização da primeira edição da Expo Idade do Saber, contou ao Vivacidade que “esta edição correu como o esperado para uma 1ª Edição.” “Os visitantes, tal

Saúde com profissionalismo jecto que nasceu na cidade de Rio Tinto mas pretende-se agora expandir, nomeadamente para o distrito de Viseu (a partir do próximo mês), tendo a ideia de se tornar uma clinica de referência na região do interior e norte do país. De forma a garantir a total prestação dos serviços a um universo alargado de utentes a CLINOVA servirá utentes privados, beneficiários do Serviço Nacional de Saúde, utilizadores de seguradoras e de alguns subsistemas de saúde. Em breve apresentaremos um Plano de Saúde próprio, que irá proporcionar vantagens e facilidades de acesso a tratamentos e consultas, mantendo os padrões de qualidade e excelência. As nossas instalações dispõem de: 2 gabinetes médicos, 1 sala de espera, 1 gabinetes para realização de colheitas destinadas a análises clínicas e 1 consultório de medicina dentária, cumprindo todos os requisitos

exigidos pela Entidade Reguladora de Saúde. A CLINOVA tem como principais áreas de pres-

tação: Medicina Dentária, Laboratório de Prótese Dentária, Análises Clinicas, Podologia, Enfermagem,

Enfermagem ao Domicilio, Medicina Geral e Familiar, Acupuntura, Pediatria, e Ginecologia

Seniores "invadem" Idade do Saber como esperado, foram atraídos pelo diversificado programa existente no salão. O impacto foi deveras positivo porque foi possível juntar num único local os principais interesses dos seniores, aliando expositores, rastreios, espetáculos e muita animação”, contou. Jorge Alvarenga, proprietário do franchising Home Instead, em Rio Tinto - uma empresa de apoio domiciliário a idosos – explicou que esta Expo Idade do Saber “correu bem” e que cumpriu o objetivo. “Conseguimos levar as pessoas até aos nossos workshops e mostrar os nossos serviços, ainda para mais agora que temos a nova parte clínica, estamos a conseguir trazer as pessoas aos rastreios grátis e assim faz com que as pessoas adiram mais”, disse. A empresa foi apenas uma dos 49 expositores que estiveram presentes no salão dedicado aos idosos. Paulo Neto, master da rede Home Instead, sediada em Lisboa,

esclareceu que a sua empresa “presta cuidados, não só de saúde, como de toda a parte de acompanhamento, as idas ao médico, os tempos livres.” “Portanto, assegurar o bem estar da pessoa, a qualidade de vida da pessoa no seu lar, nas mais diversas vertentes”, acrescentou. Para o ano, haverá mais. “Estamos já a pensar em ou-

tras forças de atracão para a próxima edição, para que tenhamos um sucesso crescido, tal como tem vindo a acontecer com eventos anteriores de outras temáticas e que, hoje em dia, são referências no seu universo”, explicou a responsável pela organização, Manuela Silva.  (Fotografias em Facebook. com/jornalvivacidade)

Aguardamos a sua visita…  (Fotografias em Facebook. com/jornalvivacidade)


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Os números da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária não mentem. Só entre janeiro e outubro deste ano, foram detetadas 19.959 viaturas sem seguro o que representa uma subida de 4,38 % em relação ao mesmo período de 2011. Números um pouco “preocupantes” que ainda assim contrariam o “aumento muito ligeiro do número de clientes” que, de um modo geral, o agente profissional de seguros Ernesto Augusto obteve em 2012. Há dois anos presente no número 323 da Avenida da Carvalha, em Fânzeres, a agência de seguros Ernesto Augusto “sobrevive” à conjuntura e aposta no futuro. “Neste país, nesta economia ninguém está a salvo e eu também não sou exceção”, começa por afirmar o mediador que dá nome à agência e já foi presiden-

te da Junta de Freguesia de Fânzeres. Mas “estagnação” não consta no dicionário de Ernesto Augusto e, por isso mesmo, a prioridade é investir. “De alguma forma para combater toda esta situação, desenvolvemos uma parceria com um país da lusofonia. Vamos instalar, em meados do próximo ano, uma filial e prevejo ampliar o nosso negócio num país da América Latina lá para 2015.” O agente exclusivo da seguradora francesa Macif, trabalha também com as seguradoras onde foi funcionário, no caso a Allianz, Axa, Açoreana e, ainda, com a Lusitânia, tendo já uma carteira com cerca de 4500 clientes que assenta, basicamente, nos particulares. Profissional de seguros desde os 22 anos, Ernesto Augusto completa, no dia 23 maio de 2013, 30 anos ao serviço da atividade seguradora. Há dois anos mudou as instalações para o “coração” de Fânzeres, sito à Avenida

da Carvalha, 323. O estabelecimento tem ao serviço quatro profissionais que, de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h00 e aos sábados das 10 h às 13h, trabalham no permanente apoio aos clientes. “Das duas uma ou cristalizamos parando no tempo, ou evoluímos, ampliando as nossas sinergias e partilhando com outros serviços noutras áreas de negócio”, explica o mediador que leva a frase como lema. Contudo, Ernesto Augusto frisa que tem os “pés bem assentes no chão”. “Isto não é uma atividade de necessidade primária, é subsidiária e quando há dinheiro é que as pessoas se dedicam à proteção dos seus bens efetuando seguros, se não houver poder aquisitivo tudo isso se esbate. Não tememos o ano de 2013 mas estou comedidamente preocupado. É expectável que no próximo ano as coisas se venham a pautar da mesma forma”, revela. Entretanto

Ernesto Augusto Seguros aposta em África

acrescenta, “nestes 30 anos muitas empresas do setor já extinguiram as suas atividades. Felizmente não foi o nosso caso! Estes últimos anos revelam bem que realmente temos feito um esforço acrescido no sentido de garantir a manutenção dos postos de trabalho.” O agente de seguros Ernesto Augusto trabalha desde os ramos patrimoniais aos financeiros e representa a histórica companhia de seguros Macif, criada no ano de 1960 e com vocação mutualista. 

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on dom a r Natal 2012

Boas Festas E, olhe que as Lojas de Gondomar têm

boas Prendas de Natal

GONDOMAR CORAÇÃO DE OURO

CÂMARA MUNICIPAL DE GONDOMAR


Opinião

Viva Saúde Paulo Amado Médico Especialista em Ortopedia e Traumatologia Mestre em Medicina Desportiva Coordenador de Ortopedia do Instituto CUF Docente da Universidade Fernando Pessoa

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Finalmente a inauguração do Hospital Escola Estimados leitores, finalmente no passado dia 4 de dezembro foi inaugurado o HE de Gondomar, tendo como principal convidado o Dr. Paulo Macedo, Ministro da Saúde. Muitos foram os convidados, apesar do pouco tempo disponível para preparar a cerimonia inaugural, devido a uma agenda apertada do Ministro. Todos tiveram a oportunidade de constatar as potencialidades do HE, em que se destacou o Bloco Cirúrgico, com uma sala considerada a mais equipada da Europa, de acordo com fontes oficiais, inédita no seu funcionamento em que a tecnologia de ponta se cruza com a sofisticação dos aparelhos que dispõe. Não se cansava o nosso Presidente da Câmara, Sr. Major Valentin Loureiro, de questionar “onde se arranjou o dinheiro” admirado estava com o que via. Bem, mesmo estando o nosso país em crise, podemos ser os melhores, com muito trabalho e um pouco de sorte. Este

centro cirúrgico, teve uma parte de um patrocínio de uma empresa líder mundial de montagem de salas cirúrgicas, proporcionando a oportunidade de sermos um dos centros de referencia para formação medica pôs graduada em especial para médicos cirurgiões e enfermeiros especialistas da área de Ortopedia e em outras especialidades medicas. Esta foi uma oportunidade que tivemos a sorte de conquistar. Temos deste modo o HE pronto a arrancar, podendo chegar a toda uma população carente de cuidados de saúde disponível perto da sua residência. Li algumas críticas que este hospital em nada beneficiava a população local. Bem, se criar cerca de 400 postos de trabalho, não é dar uma pequena ajuda? Curiosamente estes comentários vêm de líricos da política barata, que nunca criaram um emprego, só sabem criticar, numa atitude de hipocrisia sob uma capa de defensores do povo! Todos sabem, que a si-

tuação pretendida era que o HE tivesse um acordo com o sistema nacional de saúde, podendo ser útil aos habitantes que tem hoje ainda de se deslocar ao Hospital de Sto. António, como também os discursos do Prof. Doutor Salvato Trigo e do Presidente da Câmara Major Valentin Loureiro, souberam alertar. Não somente os doentes terão de se deslocar, bem como os

seus familiares e amigos, quando está em causa um internamento, com um dispêndio de recursos e tempo por parte de muita gente. Bem esperemos que o bom senso pondere. Até lá existe a hipótese de recorrer a uma seguro de saúde, sob a forma de um cartão de saúde Douro, que poderá minorar o acesso das populações as serviços de saúde do HE. Penso que a maioria dos au-

tarcas souberam entender o projeto e as suas pretensões, dado a vontade manifestada pelos mesmos de patrocinar a divulgação, pois sabem a utilidade real para as suas populações. Velhos do Restelo, sempre existirão, mas o tempo dirá quem tem razão..

com profissionais e consultem médicos especialistas, se de facto observarem que os vossos filhos sofrem de algum distúrbio alimentar ou emocional.

As modelos, desportistas, atores e outros, grande parte das vezes aparecem com as suas imagens em revistas totalmente trabalhadas digitalmente. É nossa obrigação,

alertar os nossos adolescentes para essa realidade e nunca em altura alguma os abandonarmos no seu processo de crescimento. Bons treinos! 

Sejam Bem vindos ao Hospital Escola em Gondomar... 

Chega de ilusões

Crónica Musculação João Carvalho Personal Trainer (Spiritus Fitness Concepts)

Fico bastante preocupado com o crescente número de adolescentes que nos aparecem no ginásio, não pelo facto de procurarem uma atividade física, mas pelo facto de procurarem corpos utópicos e muitas das vezes pouco saudáveis, que são exibidos em revistas, televisão e cinema. A sociedade, vende uma falsa imagem de atores, atrizes, modelos e desportistas. Na nossa adolescência, fruto da pouca maturidade e mundo de ilusões em que vivemos, somos muito influenciados e muitas vezes optamos por caminhos pouco felizes na procura de algo, que na realidade não existe e não passa apenas de um produto de marketing. Recentemente, assisti a um caso, de uma miúda de 16 anos, que após fazer parte de uma aula, pediu para ir beber água e nunca mais voltou. A sua amiga, veio então falar comigo para me dizer que a sua colega estava a sentir-se mal. Após ter to-

mado as devidas providências no sentido de socorrer a aluna, e após uma breve conversa com ela, descobri que durante todo o dia tinha apenas comido 2 bolachas de água e sal e recusava-se a comer e a beber o que lhe oferecíamos para lhe estabilizar os níveis de açúcar no sangue pois dizia ela que “não queria ficar gorda”. Após mais alguma conversa, percebi que aquela miúda, tinha uma triste história familiar, os pais não lhe davam o devido acompanhamento e talvez por isso, tenhamos miúdos a crescerem em frente a uma televisão, alheados da realidade e totalmente desprovidos de consciência crítica e analítica. Gostaria de deixar aqui um sério alerta para todos os pais. Estejam atentos aos comportamentos e hábitos alimentares dos vossos filhos, incentivem a que pratiquem desporto, mas que o façam com a devida orientação profissional. Procurem aconselhamento alimentar


Política Reorganização do Território das Freguesias

Margarida Almeida PSD

Entre a trapalhada e a esperança

Isabel Santos PS

Coisas simples: casa e escola

Catarina Martins BE

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Quinta-feira | 13 de Dezembro 2012 Vozes da Assembleia da República O reforço da coesão nacional, a melhoria da prestação dos serviços públicos locais e a otimização da atividade dos diversos entes autárquicos constituem objetivos prioritários do Governo. Neste pressuposto foi anunciada a reforma da administração local, a qual, tendo por base a necessidade de adoção de um novo paradigma de gestão pública local, pretende dar resposta quer à atual conjuntura económica e financeira, quer às novas exigências colocadas aos poderes públicos locais, bem como satisfazer os compromissos internacionais assumidos, em 17 de maio de 2011, pelo Governo Português de então, liderado pelo Partido Socialista, no âmbito do Programa

de Assistência Económica e Financeira (PAEF), assinado com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional. Com efeito, o Memorando de Entendimento no ponto 3.44, compromete o Estado Português a «reduzir significativamente» o número de autarquias «com efeitos para o próximo ciclo eleitoral local». O debate público em torno da Reforma da Administração Local confirmou a importância de introduzir alterações na organização do território das autarquias locais, dando particular relevância à racionalização do número e configuração das freguesias em lugares urbanos. Por outro lado, este debate

clarificou a necessidade de se encontrarem mecanismos de flexibilidade na reorganização administrativa do território, bem como de conhecimento da identidade histórica e cultural das comunidades locais cujas freguesias se agregam. A racionalização do número de autarquias locais não visa uma redução da despesa pública a elas afeta, mas antes a libertação de recursos financeiros que serão colocados ao serviço dos cidadãos, aliada a uma gestão de todo o património agregado respeitadora do princípio da boa administração, nomeadamente dos edifícios sede, a qual deverá continuar a contribuir para a melhoria qualitativa da relação entre a autarquia, e seus representantes, e as popu-

lações. No que especificamente respeita às alterações a introduzir, importa salientar a preocupação de salvaguardar aqueles serviços públicos que, pela sua imprescindibilidade e sustentabilidade, deverão continuar a ser prestados às populações locais das freguesias agregadas. O processo de reorganização administrativa do território das autarquias locais implicou a pronúncia dos órgãos autárquicos que, enquadrada pelos princípios orientadores da reforma e antecedida por uma discussão local sólida e profícua, já iniciada com a apresentação do Documento Verde da Reforma da Administração Local, deveria resultar numa solução mais adequada à reali-

dade local. O reconhecimento do papel fundamental dos órgãos autárquicos neste processo constitui-os numa dupla responsabilidade, donde resulta que a reorganização administrativa do território seria tanto mais justa e objetiva quanto maior fosse a participação dos órgãos autárquicos, equivalendo a inércia a uma demissão face ao processo de reforma. Na eventualidade, de existir essa inércia a lei previa a criação de uma Unidade Técnica que pudesse dar corpo e consistência a todo este processo, mas que só apresentaria propostas, caso as Assembleias Municipais não o fizessem ou o fizessem de uma forma irregular… 

1. A trapalhada -Apesar do esforço feito pelos portugueses, o final deste ano ficará marcado pela confirmação do falhanço da estratégia seguida pelo Governo e pelas dúvidas sobre a inconstitucionalidade de diversas normas do Orçamento do Estado. Trapalhadas que fragilizam ainda mais a situação do país e do Governo e que este deveria ter evitado. 2- A esperança - Num olhar mais alargado no espaço, a Conferência Ministerial e a reunião do Bureau da Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação - em que participei, na qualidade de Vice-presidente da Comissão para a Democracia, Direitos Humanos e Assuntos Humanitários - me-

recem o meu registo de esperança no futuro. A recente adesão da Mongólia à OSCE, atesta bem a vitalidade desta organização, cuja esfera territorial de influencia continua em alargamento. Nesta Conferência foi lançada a estratégia Helsínquia+40, que orientará a ação da organização até 2015. Ano em que se comemorarão os 40 anos da Ata Final de Helsínquia (1975), documento que resultou de um trabalho de dois anos iniciado com a Conferência de Helsínquia (1973) e que constituiu um marco dentro do período que ficou conhecido como a détente da guerra fria. Um passo da maior relevância dentro do concerto das nações porque, pela primeira vez depois

da Segunda Guerra Mundial, os Estados ocidentais aceitaram as fronteiras no continente e foi estabelecida a primeira plataforma de defesa dos direitos humanos e de cooperação política e económica na Europa. O contexto hoje é bem diferente, a Guerra Fria acabou, os regimes comunistas ruíram e as fronteiras foram reconfiguradas com o surgimento de novos países, mas os valores que alicerçaram essa Ata Final mantêm-se imperecíveis face aos novos desafios, como se pode concluir das deliberações da Conferência Ministerial de 2013. Entre os pontos em debate, merece particular destaque o facto de ter sido possível, pela

primeira vez, atingir a unanimidade entre os Estados participantes, na adoção da declaração conjunta de apoio a uma solução negociada, abrangente e justa para o conflito de Transdnistria, que se arrasta desde 1990 - ano em que foi declarada unilateralmente a independência do território. Num contexto em que em alguns países participantes os direitos fundamentais se encontram reconhecidamente sob ameaça, a reafirmação do compromisso de defesa e promoção do direitos humanos e liberdades fundamentais assume inegável relevância no debate e na ação. O aprofundamento da boa governança, o reforço da prevenção e do combate à corrupção,

ao terrorismo, ao tráfico de drogas, ao cibercrime e a promoção do policiamento estratégico, foram claramente identificados e assumidos como desafios à cooperação com vista à construção de uma região que se pretende mais segura, democrática e desenvolvida. Partimos para a celebração dos 40 anos da Conferência e da Ata Final de Helsínquia, com a confiança no futuro que a vitalidade mostrada pela OSCE na defesa e promoção dos direitos humanos, da segurança, da democracia e do desenvolvimento nos permite. Enquanto assim for, haverá sempre espaço à esperança. Desejo a todos um Bom Natal e Feliz Ano Novo. 

Uma casa para viver ou o direito constitucional à habitação: Neste momento centenas de famílias perdem a casa por incapacidade financeira para pagar os empréstimos. Os salários encolhem, o desemprego cresce e aumentam as casas vazias entregues aos bancos, as vidas penhoradas. Entretanto já entrou em vigor o novo regime jurídico do arrendamento urbano, mais conhecido como lei dos despejos, que vai promover um aumento brutal das rendas. Por proposta do Bloco de Esquerda ficou consagrado na Lei que os aumentos teriam que ser indexados aos rendimentos de 2012 e não de 2011, tendo em conta os cortes que se fizeram sentir nos salários. Apesar desta norma estar na Lei, o Governo ultrapassa-a e pre-

tende que os aumentos sejam indexados aos rendimentos de 2011 para que possam entrar já em vigor. Também no que diz respeito ao arrendamento social, o Governo começou a notificar centenas de moradores pobres do aumento da renda, recorrendo a uma Lei de 1993, que tem uma fórmula de cálculo ferida de insensibilidade social e que todos os partidos já reconheceram a necessidade de a rever. Mas que o Governo usa e coloca assim mais gente na situação impossível de ter uma renda que o seu salário, ou a sua pensão, nunca poderá pagar. O inaceitável está em marcha; vivemos hoje na eminência do retorno à construção de barracas. Uma escola onde aprender ou o direito constitucional à edu-

cação: Desde que a direita e a troika arregaçaram as mangas para empobrecer o país, já cortaram 1 em cada 4 euros gastos na educação. Pela primeira vez desde o 25 de Abril, Portugal é o país da OCDE que menos investe na educação da sua população. E Portugal deve investir mais, e não menos, na educação, porque em 1974 o analfabetismo era imenso e o nosso atraso nas qualificações, tendo em conta o resto da União Europeia, ainda existe. Todos os indicadores o mostram: andámos muito, mas temos ainda muito que andar na qualificação da população. Mas PSD e CDS despedem professores, entopem as salas de aulas com excesso de alunos, diminuem a oferta educativa para jovens

e adultos. Enquanto isso aumentam o financiamento aos colégios privados. E vão prometendo cortar, mas sempre na Escola Pública; a famosa refundação do Estado aponta baterias aos cortes na educação e à privatização das escolas. Sabemos bem que nenhum colégio privado assume a responsabilidade da democracia: garantir o acesso à educação a todos, independentemente do rendimento ou do apelido. E garantir que não se deixa nenhuma criança nem nenhum jovem para trás. Entregar aos privados a escola é negar igualdade, é derrotar a democracia. É, para tantas crianças e jovens, negar o acesso à educação. Será o governo capaz de explicar a alguém em nome de quê retira direitos tão básicos como

a habitação e a educação? Será capaz de explicar a uma criança em que tempo da sua vida esse sacrifício valerá a pena? Como no anúncio dos chocolates, “estava o futuro, veio a troika e comeu-o”. Mas corrige a criança: “não, não”. E cria um novo caminho. 


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Quinta-feira | 13 de Dezembro 2012 Vozes da Assembleia da República

Um orçamento difícil, mas necessário

Vera Rodrigues CDS

A privatização da ANA

José Luís Ferreira PEV

Depois de entregue na Assembleia da República a 15 de Outubro, o Orçamento de Estado para 2013, teve um longo período de discussão na especialidade, até que conheceu a sua versão final, a 27 de Novembro. Este é, sem dúvida, o Orçamento de Estado mais difícil, mais exigente e mais arriscado dos últimos anos, na medida em que nos deixa um caminho muito estreito para a sua execução. Na verdade, um Orçamento de Estado, é sempre um exercício previsional quer de receitas, quer de despesas públi-

cas. Mas no cenário de agravada incerteza em que nos encontramos, esse exercício é ainda mais sensível. Perante uma crise financeira internacional, um elevado nível de endividamento público, um défice significativo e a dificuldade de acesso aos mercados, Portugal depende como nunca da capacidade de convencer os seus credores, que consegue continuar a cumprir as condições do empréstimo com a Troika e que, em simultâneo, consegue levar esse exercício a bom porto, sem que a economia portuguesa seja

excessivamente melindrada. Isto porque, numa altura em que o nosso desequilíbrio orçamental e a necessidade de fazermos face a um peso significativo dos encargos com a dívida, implicam um esforço fiscal elevadíssimo, por parte das famílias e das empresas, é expectável que o consumo interno se retraia, e em simultâneo as empresas estejam pressionadas a ter que procurar mercados lá fora. Este último ponto é um elemento fundamental e decisivo do chamado processo de transformação estrutural da nossa

economia. Com um mercado interno de reduzida dimensão, esta necessidade acaba por criar uma inevitabilidade e uma condição de sobrevivência a médio e longo prazo para as nossas empresas. Ora, tudo isto tem custos, tudo isto significa sair de um patamar de conforto e tudo isto sacrifícios para todos. De uma ou de outra forma, ninguém fica imune a este esforço. Seja porque retrai o seu consumo, seja porque vê diminuídos os seus rendimentos. A situação de Portugal é dificílima. Mas perante a opção de aprovar

um orçamento que contém riscos significativos ou de termos um país sem orçamento aprovado, permitindo que ficássemos colados à Grécia, com a necessidade de um segundo resgate ou no limite de sairmos do Euro, o CDS optou pela primeira. De outra forma, ninguém ficaria melhor. As famílias veriam as suas casas desvalorizar para menos de metade, as poupanças desaparecer, a credibilidade do país arrasada. Num exercício de ponderação de riscos, acreditamos ter feito a melhor “escolha”. 

Para além do mau que representa para o interesse nacional, a privatização da ANA conhece contornos ainda mais estranhos do que qualquer outro processo de privatização. Vejamos, no caso da privatização da ANA, a falta de transparência foi ainda mais evidente e mais notória. O pouco que se sabe sobre o contrato de concessão entre o Estado e a ANA, é que esse contrato está a ser trabalhado, tendo como pressuposto, que se trata de um contrato entre duas entidades públicas, mas cujo conteúdo pretende definir as bases

da concessão por 40 ou 50 anos, a um grupo privado. E a preocupação do Governo nesta concessão, não é assegurar o interesse público, não é saber se essa concessão, é ou não vantajosa para o país, nada disso. A única preocupação do Governo é saber se a União Europeia e o EUROSTAT aceitam integrar a receita da concessão para efeitos de contabilização do défice das contas públicas. Esta é a única preocupação do Governo. Mas contornos estranhos também porque esta privatização é antecedida de uma concessão.

E aqui impõem-se a pergunta, mas afinal o que é que o Governo quer concessionar a ANA? Um serviço público que a ANA já faz? Por incrível que pareça, é exatamente isto que se está a passar, o Governo pretende concessionar à ANA um serviço público… que a própria ANA fá faz. Foi este o expediente que o Governo encontrou para se autofinanciar. O Governo utiliza a ANA para obter empréstimo. Obriga a ANA a endividar-se junto da banca, para termos uma Empresa Pública com um

passivo, a que acrescem os juros desta delirante operação, o que irá ter reflexos negativos no valor da sua privatização. Mas importa ainda referir que quando falamos da privatização da ANA, estamos a falar de uma empresa que dá lucros aos milhões. Só nos últimos 10 anos, a ANA entregou ao Estado mais de 525 milhões de euros. E é estranho que o Governo venha dizer que um dos motivos para a sua privatização é que a ANA passará a fazer investimentos. Sucede que a ANA já faz muitos investimentos, a ela

se deve toda a modernização da rede aeroportuária nacional. Portanto o argumento do Governo sobre o investimento é completamento descabido, não tem qualquer sentido, é falso, porque a Ana tem vindo a fazer investimentos e investimentos de qualidade. A única diferença, mas que é uma grande diferença, é que até aqui, esse investimento tem vindo a ser norteado pelo interesse público, pelo interesse nacional e depois de privatizada, o investimento será norteado pelos interesses dos respetivos acionistas. 

No passado dia 12, a Câmara Municipal de Gondomar convidou as coletividades e associações do Concelho para um jantar na Quinta da Igreja em Fânzeres, com o pretexto de efetuar uma cerimónia de assinatura de protocolos dos programas de apoio ao associativismo cultural, desportivo e social. O movimento associativo desempenha um importante e meritório trabalho que considero que deve ser apoiado. Agora estranho é esta iniciativa da Câmara de, pela primeira

vez neste mandato, realizar um jantar, onde vai gastar cerca de 15.000€ para assinar os protocolos, quando nos anos anteriores realizou uma cerimónia sem jantar, à noite no Auditório Municipal. Tudo isto é ainda mais estranho quando a própria Câmara realizou em fevereiro deste ano uma reunião com todas as associações, informando que por falta de meios financeiros, os próprios subsídios poderiam estar em causa. E agora gasta o dinheiro dos

contribuintes num jantar? Em ano de eleições? E em que por coincidência o candidato do movimento independente é o vereador do pelouro do associativismo, Fernando Paulo! O PS/Gondomar repudia o uso de dinheiros públicos para ações de promoção individual e de campanha eleitoral, ainda para mais num contexto de forte crise e contenção. Julgo que esta verba que a Câmara gastou com o jantar poderia ter sido aplicado em reforçar o

apoio às coletividades, que recebiam um subsídio ainda maior, ou em apoio social às famílias carenciadas que, infelizmente, são cada vez mais em Gondomar! Os 15.000€ que são gastos no jantar e na sua organização, dariam para oferecer cabazes de Natal a mais 400 famílias! É a continuação de práticas à moda de Valentim Loureiro, agora seguidas e praticadas pelo seu vereador, Fernando Paulo que, diga-se, representa mais do mesmo. Aliás, assume-se o próprio como a “continuação”.

Como estamos em altura de Natal, é caso para dizer, que estes senhores querem dar aos Riotintenses e aos Gondomarenses a mesma prenda com outro embrulho! E é também por marcar a diferença, ter outras práticas e transparência, outros princípios e valores e estar efetivamente próximo das pessoas, que tenho vista a candidatura de Marco Martins receber cada vez mais apoios e que será, para bem de todos, uma candidatura vitoriosa. 

Como educadora, professora e cidadã responsável e atenta aos problemas da minha terra aproveito este espaço para falar aos conterrâneos jovens e menos jovens no sentido de definirmos estratégias para a nossa terra, o nosso caminho, o nosso futuro. Pois não é por acaso que as populações têm caraterísticas próprias, que o conhecimento e a valorização do património local têm uma importância vital na identidade e afirmação de um povo. E a propósito cito o professor Paulo Santos Silva (no artigo “O nosso caminho”- vivacidade de 22

de novembro de 2012) “Para quando um museu etnográfico?”, embora não o conheça, mas provavelmente sentindo visceralmente os mesmos apelos, falamos a mesma linguagem sobre Rio Tinto. Então, Rio Tinto, uma cidade tão antiga, com tantas marcas de ancestralidade que remontam mesmo à época romana, revela um convívio com a modernidade marcado por algumas agruras, assim, entuba-se o rio - elemento vital da cidade - para daí advirem interesses economicistas; deixa-se morrer o Alto da Boavista o

qual, já em tempos alertei para a beleza do lugar, como um lugar único em Rio Tinto, típico, atrativo e com vista privilegiada sobre a cidade, a precisar tanto de preservação, intervenção pois trata-se de um património a legar aos nossos vindouros; temos tantas rotundas onde poderíamos prestar homenagem às figuras típicas riotintenses, como as lavadeiras, por exemplo, através de estátuas e aí daríamos também trabalho aos nossos artistas e alguns são tão bons! Mas, o que se faz em Rio Tinto? Festas da cerveja?...

Há anos que aqui vivo e desde menina que visito familiares residentes em Rio Tinto e a “evolução” que observo? Excetuando a construção de alguns prédios, anos após anos, Rio Tinto não desenvolve, Rio Tinto não tem um hotel mesmo tendo transporte de ligação direta e rápido à cidade Invicta e ao aeroporto, Rio Tinto não tem uma biblioteca, Rio Tinto não tem um auditório capaz de receber condignamente os familiares, professores e alunos de um agrupamento escolar, Rio Tinto tem massa crítica, tem habitantes, tem gente jovem, tem

políticos… mas a vontade política para agir por cabeça própria, onde está? Teremos de estar sempre subjugados? Não será o tempo de os riotintenses se afirmarem como cidadãos de uma cidade que quer evoluir, organizar-se, reivindicar a concretização de projetos capazes de fazer esta cidade afirmar-se como uma cidade viva, bela e ativa, em parceria com as suas congéneres da Área Metropolitana? Não seremos nós capazes de atrair investimento para Rio Tinto? Nós temos projetos sociais, culturais, urbanísticos… 

Vozes de Rio Tinto

Câmara promove campanha eleitoral

Nuno Fonseca PS

Rio Tinto: uma terra, um caminho, um futuro

Maria José Guimarães PSD


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Quinta-feira | 13 de Dezembro 2012 Vozes de Rio Tinto

PSD/CDS – Os coveiros do poder local

Rui Nóvoa BE

Porque merecemos!

João Tomás Juventude Popular

A luta continua, continua!

José Fernandes PCP

A proposta apresentada pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT) com data de 2 de novembro de 2012 aponta para a extinção de 5 freguesias em Gondomar, S. Pedro da Cova, Valbom, Jovim, Covelo, Medas. Tal proposta desrespeita a população de Gondomar, já que nas últimas eleições a matéria da redução de freguesias não constou de qualquer dos programas submetidos a sufrágio e tal falta de legitimidade não foi superada pela consulta dos cidadãos através dos procedimentos previstos no art.º 5.º da “Carta Europeia de Autonomia Local” assinada a 15 de outubro de 1985, tendo sido

rejeitadas pelos partidos políticos que suportam o governo todas as iniciativas tendentes à participação e consulta dos cidadãos nesta matéria; não leva em conta a opinião unânime de todos os eleitos na assembleia municipal e nas assembleias de freguesia, que se pronunciaram contra esta extinção. Em vez de aprofundar a democracia local, reforçar as competências, os recursos financeiros das freguesias e melhorar a participação cidadã na gestão autárquica, a chamada Reorganização Administrativa Territorial Autárquica persegue outros objetivos: a centralização do poder, o enfraquecimento da participação popular nos órgãos autárquicos, a diminuição das

competências, o fim da proximidade com as populações. E ao estabelecer um mínimo de 20.000 habitantes nas freguesias urbanas, a RATA introduz novos fatores de perturbação na organização administrativa do território . A proposta de redução de 5 freguesias não tem nenhuma justificação e aqueles que aparecem encapotados acusar a posição unânime da assembleia dizendo que se tivéssemos proposto a extinção de algumas freguesias perderíamos menos, isso não é verdade nos concelhos onde foi proposto a redução de freguesias a chamada unidade técnica não respeitou as suas propostas, o que prova bem que o que pretendem não é nenhuma reforma

mas sim destruir uma das mais importantes conquistas de abril que foi o poder local . A luta não acaba com aprovação vergonhosa na assembleia da república os gondomarenses tem de saber qual foi a posição dos eleitos do PSD/CDS que em vez de se colocarem do lado dos que os elegeram preferiram o lado dos seus chefes caiu-lhes a máscara que tanto gostam de exibir sempre que se passeiam por Gondomar dizendo que são os representantes dos interesses dos gondomarenses podem ter a certeza o povo não se vai esquecer e nas próximas eleições caso não tenham vergonha de voltar a pedir o voto os gondomarenses darvos-ão a devida resposta.

Da minha parte tudo farei como eleito da assembleia municipal e como cidadão para combater esta lei injusta que não representa qualquer ganho para as populações nem para o país, é uma lei que apenas castiga milhares de homens e mulheres que deram de forma voluntária e desinteressada o seu melhor pelo desenvolvimento da sua freguesia. 2013 será um ano de muitas lutas e a mais importante de todas será a demissão deste desgoverno Passos/Portas que em nome da Troika nos quer fazer regressar a 24 de abril, deixo aqui a todos os gondomarenses votos de um 2013 com saúde e força para lutar contra a fome, a miséria e o FMI. 

Recebemos a notícia no passado dia 28.10.12, no Conselho Nacional da JP, que se realizou em Tomar, de que fomos vencedores do Prémio Adelino Amaro da Costa, prémio atribuído à melhor concelhia a nível nacional. Claro que temos que estar orgulhosos, exultantes, alegres e outros adjetivos que podemos referir neste tipo de situações mas - e há sempre um mas – não podemos desistir das nossas lutas, das nossas causas, deixarmos de ter os pés bem assentes na terra e ficarmos à sombra do prémio. Este pré-

mio não é o fim da linha, tem que ser encarado como um incentivo à continuação do nosso trabalho com empenho e dedicação. A conquista deste prémio não foi obra do acaso, não foi sorte nem foi devido ao trabalho só da atual CPC mas de muitos outros militantes que pertenceram ou colaboraram com antigas CPC, que abdicaram de momentos da sua vida para se dedicarem a causas muitos vezes incompreendidos pelas famílias e amigos, a esses os mais sinceros agradecimentos. A JP Gondomar foi-se cons-

truindo e cimentando passo a passo. E vários e difíceis foram esses passos: a fundação do “alternativa”; a participação em debates; a realização de tertúlias; a realização de debates; a realização do Congresso Distrital no nosso concelho; os comunicados de imprensa; a participação e intervenção de nossos militantes no Conselho Nacional e nos Congressos Nacional e Distrital; a integração e o bom trabalho realizado por nossos militantes em órgãos nacionais e distritais da JP; a participação nas redes sociais; a atualização dos dados dos

nossos militantes; e muitas outras coisas podiam ser referidas neste artigo. Nunca fomos uma “jota da bandeirinha”, apesar da nossa bandeira e do nosso símbolo não nos envergonhar e a participação em campanhas não nos repugna, aliás se há algum tipo de medo que não temos é o medo da rua, de escutar os eleitores, sejam elogios ou criticas. Depois de reconhecidos pelos cidadãos apartidários do nosso concelho, pelos dirigentes do CDS e de outras forças políticas é muito bom sermos

reconhecidos pelos nossos pares que também se esforçam de norte a sul deste país por boas causas. Novas batalhas se avizinham e porque “a juventude não é instalada”, ainda precisamos da inconformidade, da inconveniência, irreverência e da inteligência das novas gerações para um dos nossos desideratos desde os inícios desta agora premiada JP: “Libertar Gondomar do Major Valentim e dos seus e das suas majoretes”. E nos já demos provas suficientes que não há impossíveis. 

Realizou-se recentemente o XIX Congresso do PCP. Um Congresso diferente, de um Partido diferente, cujo factor de fortalecimento e construção reside na grande capacidade do seu coletivo partidário. Um Congresso onde todos saíram mais fortes e melhor preparados para as lutas esperadas, porque dele saíram com a firme determinação de aplicar coletivamente as medidas e as linhas de orientação que foram definidas e aprovadas coletivamente. Este Congresso ressalvou que a crise por que passamos não resulta da falta de regulação do sistema, das condições conjunturais do mundo, nem do facto de os portugueses viveram acima das suas possibilidades. A degradação das contas públicas verificada não se deveu à valorização dos salários e das reformas, nem à despesa com a melhoria dos serviços públicos, mas sim a uma política de destruição da produção nacio-

nal, de paralisia do investimento público, do saque e predação escandalosa do erário e património públicos, da transformação da divida privada em divida pública e de canalização de recursos para os grupos económicos, de cobertura dos prejuízos resultantes de actos de gestão danosa como no BPP e no BPN. A crise que atinge hoje o mundo capitalista é muito profunda e distingue-se de anteriores crises cíclicas de sobreprodução por se estender a todo o globo; aprofundam-se as contradições internas inerentes ao próprio sistema capitalista, provando tratar-se de uma crise sistémica que está a conduzir o mundo para uma regressão social e civilizacional de dimensões históricas. O sistema capitalista não é reformável, nem humanizável, e tal como o PCP vem preconizando é fundamental a sua superação revolucionária. Mas este Congresso foi também portador de uma mensa-

gem inequívoca de luta e de esperança para o povo português, na definição de uma política alternativa e na construção de uma alternativa política. Que passará pela rejeição da política de direita, pela rutura com o pacto de agressão e por uma política patriótica e de esquerda. Para o cumprimento desse desígnio torna-se fundamental criar as condições necessárias

para o reforço orgânico, interventivo e ideológico do PCP – reforço que conduzirá ao aumento da sua influência social, política e eleitoral, condição indispensável para construirmos um futuro melhor para o País. No decorrer do Congresso foi exibido um vídeo sobre a vida e a obra de Álvaro Cunhal e a referência às comemorações do

centenário do seu nascimento. Foi aplaudido longamente e com emoção revolucionária. Era «o nosso grande colectivo partidário» a homenagear aquele que foi o mais relevante obreiro desta admirável obra coletiva que é o Partido Comunista Português. Porque, para nós comunistas, o Congresso terminou, mas a luta continua, continua! 


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Quinta-feira | 13 de Dezembro 2012 Vozes Rio Tinto

O Ambiente de hoje, será o ganha pão de amanhã

Miguel Martins PEV

Em novembro passado a ministra Assunção Cristas, que tutela a área do Ambiente declarou em entrevista ao Jornal Expresso que a Reserva Ecológica Nacional (REN), por si só irá desaparecer, declarações gravíssimas que prenunciam a extinção desta Reserva. A REN foi criada em 1983, com vista à proteção dos recursos naturais, como a água e o solo, para favorecer a conservação da Natureza e da biodiversidade e para melhorar a gestão do território. Esta Reserva visa contribuir para um contínuo ecológico, para uma interação e para uma coerência ecológica na rede de preservação e de valorização dos recursos ambientais. Ora, a REN funciona, juntamente com a Reserva Agrícola Nacional (RAN), na base da identificação de locais de significativo valor ecológico e agrí-

cola, e atribui-lhes um estatuto de proteção que, pelo menos, não permita que sejam abafados por uma política de betão sempre apetecível a tantos níveis. É, portanto, de salvaguarda de interesse coletivo que se fala, quando falamos de REN. É bem verdade que o regime jurídico da REN inclui um conjunto de exceções a atividades interditas, que têm levado à cedência a muitos interesses de construção e à sua descaracterização. “Os Verdes”, assim como associações de ambiente, têm ao longo dos tempos, denunciado muitos desses casos, alguns inclusivamente com o rótulo de PIN (Projetos de Potencial Interesse Nacional), para procurar aligeirar o que não era sequer aceitável. Contudo, esse regime de exceção, aberto por autorizações com elevado grau de subjetividade e de cedência a lobbies,

não levará ninguém a pedir que se acabe com a REN, porque se pusermos em dúvida o regime de exceção, não estamos a por em causa a REN, mas justamente os atentados que aqueles podem abrir. Ora, o que o Governo entende é que é tudo aquilo que não cabe no regime de exceção, que se torna, afinal, um impedimento chato! O mesmo é dizer que as restrições de construção e de entrave à fúria do betão, e às alterações de uso do solo, que se apresentam com o rótulo de REN são um obstáculo que deve terminar, o que é perfeitamente inaceitável! Isto demonstra que o Governo está a procurar encontrar todos os pretextos, sem sentido, para justificar o fim de um regime de valorização do território. Argumenta o Governo, por exemplo, que a REN tem uma

carga burocrática inaceitável, designadamente por via da necessidade de solicitação de autorizações a entidades públicas. Isto é gravíssimo, porque acabar com as burocracias não é acabar com os estatutos de proteção! Acabar com as burocracias é criar serviços efica-

zes, é tornar os procedimentos mais rápidos, o que se consegue com uma componente de meios humanos e técnicos adequados à celeridade dos processos e não com o despedimento de trabalhadores na Administração Pública. 

Ao Pai e Mãe Natal, estes que vivem décadas de fantasia ou mesmo de mentira, convencidas que levando a vida de “formiga trabalhadora ou gata borralheira” se realizam como Homens ou Mulheres, pais, ou donas de casa, mas apenas se esquecem de viver. Mas a vida passa tão depressa que fica muitas das vezes só a frustração completa por terem sido ignorados os seus desejos, as suas angustias, os seus medos… Pois isto é uma face da vida que consciente ou inconscientemente, ninguém quer opinar e vamos assim erguendo muros

entre os relacionamentos que ninguém quer transpor. Como diz o povo eles se tornam mais uma peça de mobiliário, que apenas se olha, até que o caruncho os atinja e se arrumem de vez no sótão da vida. Cabe-nos a todos fazer uma verdadeira alquimia para que se renove e mantenha o verdadeiro espírito de Natal, para que esta palavra não se torne de vez banal ou simplesmente comercial. Perante o exposto neste Natal lembremo-nos daqueles que, de uma ou de outra forma, nos ajudaram a crescer como pessoas, sejam estes avós, pais,

familiares, amigos ou simplesmente colegas e conhecidos e

derrubem de uma vez o muro existente em vós.

Saudações Sociais Democratas. 

Tanto trabalho para tão pouco. Quando o conjunto de especialistas da Troika informou o governo socialista, de então, que teríamos que proceder a poupanças brutais através de uma reforma administrativa do poder local, não passava pelo cérebro daqueles especialistas estrangeiros que os nossos políticos iam arranjar maneira de aparentemente mudar tudo e ao mesmo tempo deixar tudo na mesma. Explico: Segundo o estudo da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), vamos poupar a miserável quantia de 6,5 milhões de euros com a “extinção” de cerca de mil e duzentas juntas de freguesia. Ou seja o facto de passarmos a ter o mesmo presidente; o mesmo exe-

cutivo e a mesma Assembleia de Freguesia valem cerca de Cinco Mil e Quinhentos Euros por ano de poupança; isto em média, claro. Compare o leitor este número com o orçamento de 90 Milhões de Euros para a Camara Municipal de Gondomar. Ou seja a poupança total anual que o país inteirinho vai conseguir fazer com a “extinção” de freguesias não consegue ser sequer um décimo de quanto o município de Gondomar prevê gastar num ano inteiro. Mais uma vez, não se atacam os problemas reais como haver demasiados trabalhadores com relativamente poucas incumbências nas juntas (e no poder local em geral) e ser necessária uma reorganização dos serviços.

Por outro lado, o verdadeiro sorvedouro de dinheiro público que é uma Câmara Municipal não foi ainda afetado de todo…. É por isso urgente a reforma do poder local. De todo o po-

der local. Que inclua os Municípios. Uma reforma que, por um lado, torne o sistema mais eficiente e que, por outro lado, não deixe as populações do interior ainda mais desprotegidas e uma reforma que trate as

nossas cidades de modo mais integrado. É urgente. O CDS continua a trabalhar para promover um país melhor e com pessoas melhores. Cumprimentos, 

Vozes de Baguim

Homenagem de Natal

João Freire PSD

Integração de Municípios já!!

Maria Alzira Rocha CDS


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Quinta-feira | 13 de Dezembro 2012

O secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro sente-se “muito satisfeito com a escolha que foi feita no sentido de Marco Martins ser o candidato do PS a presidente da Câmara de Gondomar”. À margem de um encontro, no dia 1 de dezembro, com empresários, autarcas e dirigentes associativos do concelho de Gondomar, António José Seguro explicou à imprensa o que considera ser necessário para o concelho. “O ouro é muito importante, como sabe, mas por exemplo, o país não sabe que 30 quilómetros da margem direita do Douro estão aqui no concelho de Gondomar. Ora, valorizar o melhor que aqui existe penso que que é muito importante. Ouvi hoje o marco Martins referir-se muito a isso e sobretudo ouvi estas forças vivas do concelho de Gondomar a dizer que confiam muito nas capacidades dele e isso para mim é muito reconfortante

António José Seguro “muito satisfeito com a escolha” de Marco Martins como líder do partido socialista porque esse deve ser o perfil dos presidentes de câmara do partido socialista: gente que conhece bem os territórios, que conhece as pessoas e tem soluções para elas.” O socialista mostrou-se confiante na vitória do partido nas próximas eleições autárquicas mas referiu que é preciso pensar no futuro. “O partido socialista tem todas as condições de ganhar a Câmara de Gondomar se falar de futuro. Se projetar o futuro de Gondomar, se oferecer aos gondomarenses uma solução de futuro. E isso passa por apresentar propostas que façam de Gondomar não um concelho dormitório, mas um concelho onde se possa viver. Que tenha vida própria, que tenha dinâmica, que tenha riqueza, que gere condições de economia, gerar emprego.” A margem do rio Douro

foi o lugar escolhido para o encontro do Partido Socialista e o secretário-geral vê com bons olhos a candidatura de Marco Martins. “Há uma esperança enorme na

candidatura dele e eu penso que ele representa uma nova geração de autarcas que sabe ouvir, próximo das pessoas, que sabe escutar e que sabe incorporar os problemas e

as propostas que as pessoas têm para resolver esses mesmos problemas. É que hoje gerir uma câmara não é só chegar, sentar-se numa cadeira e começar a resolver

problemas. Tem que se ouvir as pessoas, tem que se envolver as pessoas e portanto valorizar o património”, declarou António José Seguro.  Ricardo Vieira Caldas





O Jornal Vivacidade deseja a todos os leitores, clientes e amigos FESTAS FELIZES E UM BOM ANO 2013





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