Edição de março de 2022

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Ano 15 - n.º 189- março 2022

Preço 0,01€ Mensal

Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida

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UCRÂNIA APELA, GONDOMAR RESPONDE > Págs.28/29

SOCIEDADE

FAPAG

BTL

Telmo Oliveira

Sandra Almeida

“Sempre defendi que a cultura e a educação deveriam estar na > Pág.10 mesma pasta"

“Para mim, é uma honra e um orgulho enorme promover Gondomar” > Pág. 18

CULTURA Concurso Internacional de Música está de regresso a Gondomar > Pág. 24

POLÍTICA

Sofia Martins “Quero estar presente e ajudar a resolver os problemas dos nossos cidadãos” > Pág. 38 PUB


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VIVACIDADE | MARÇO 2022

EDITORIAL José Ângelo Pinto Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT

Caros leitores, A guerra está instalada num país do continente europeu, mesmo que do outro lado do nosso continente e no país da Europa mais afastado de Portugal. O desconhecido e a mudança são circunstâncias com as quais a maior parte das pessoas tem muita dificuldade em viver. Estamos habituados a repetir os dias e as atividades de todos os dias esquecendo com muita facilidade que muitos seres humanos não têm essa felicidade e que vivem atormentados e sem segurança ou condições mínimas de alimentação e dignidade. Mas não estamos habituados a que a guerra seja tão perto da nossa casa e que se vejam as suas consequências tão próximas de nós.

SUMÁRIO: Breves Página 4 Sociedade Páginas 6 a 22 Cultura Páginas 24 a 34 Destaque Páginas 28 e 29

Claro que os nossos políticos aproveitam para subir os impostos e a receita fiscal que advém dos custos da energia, sem qualquer pudor ou respeito pelos contribuintes. Não se percebe como estando uma grande percentagem da nossa energia dependente de energias renováveis que são autoconsumidas estejamos tão dependentes de mercados internacionais, a não ser pelo velho problema da ganância pública que pode dar asas à sua ambição com uma desculpa que hoje em dia serve para tudo. O COVID já foi uma grande desculpa, agora temos a guerra. Qual será a próxima?

Política Páginas 35 a 38 Desporto Páginas 40 a 46 Empresas e Negócios Páginas 47 a 49 Opiniões Páginas 54 a 55

Diogo Jota e André Silva participaram no play-off que apurou a seleção portuguesa para o mundial do Catar.

NEGATIVO Preços dos combustíveis atingem valores incomportáveis

Viva Saúde Paulo Amado* Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

*MédicoEspecialistadeOrtopediaeTraumatologiaProfessorDoutoremMedicinaeCirurgia MestreemMedicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIOTINTO

MEDICINA REGENERATIVA

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PRÓXIMA EDIÇÃO 21 ABRIL

POSITIVO

Entrevista Páginas 32 e 33

Claro que o mundo tem sempre guerras. Muitos países e regiões têm conflitos latentes e mesmo presentes. Mas estão longe de nós e não afetam o dito “ocidente” como esta. Além do resto, esta guerra está a perturbar seriamente os mercados e a provocar mais um aumento generalizado de preços de materiais e de recursos. A energia, em particular, está a sofrer aumentos brutais.

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org

Estimados leitores, este é um tema que vai começar a ser discutido no futuro, com várias aplicações na Medicina, desde a Cirurgia, passando pela Ortopedia ( a minha especialidade) até à Oncologia (tratamento do cancro). É um tema atual, mas sem duvida uma das linhas de investigação mais promissoras na Medicina. O que está na base desta área de futuro prende-se com a investigação de produtos biológicos, capazes de regenerar tecidos humanos e dessa forma poder tratar os pacientes de um modo mais “natural”, podendo mesmo evitar terapêuticas agressivas tal como a quimioterapia ou até cirurgias que podem ser evitadas. É óbvio que já hoje usamos tratamentos regenerativos tais como factores de crescimento plaquetário (PRP) , colagénio injectavel, acido hialuronico com PRP, proteínas morfogénicas, etc. No entanto estamos a dar os primeiros passos, mas com resultados por vezes muito animadores. Arrisco-me a dizer que será nos próximos anos a grande novidade na Medicina. Os produtos que já referi são já usados por nós na clínica no tratamento da regeneração cartilagínea, no tratamento da Artrose, principalmente nos Joelhos e tornozelos entre muitas outras articulações. No entanto com pequenos passos, pois ainda estamos a começar, com resultados bons mas ainda dependendo dos casos clínicos e alguns deles ainda de custo elevado para muito pacientes. Mas hoje, por exemplo o acido hialurónico concentrado e por vezes em conjunto com os factores de crescimento, tem sido amplamente usados no tratamento de artroses com resultados muito animadores, nomeadamente na artrose do joelho. A aplicação destes produtos dentro dos joelhos e outras articulações, além de seguros e sem efeitos secundários, será hoje já uma parte significativamente dos tratamentos que aplicamos nos nossos doentes com excelentes resultados. Finalmente o conceito de aplicação de PRP ( plasma rico em plaquetas) que libertam fatores de crescimento, que tem ação regenerativa e anti inflamatória, diria “natural” pois trata-se de um produto retirado do próprio sangue colhido do paciente, centrifugado numa maquina própria e depois é feita seleção desse produto e aplicado no local certo e necessário do paciente. É certamente um dos promissores métodos de tratamento biológico e regenerativo que mais linhas de aplicação terá no futuro da medicina regenerativa e até mesmo estética. Até breve, estimados leitores…

FICHA TÉCNICA Registo no ICS/ERC 124.920 | Depósito Legal: 250931/06 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) | Diretor Adjunto: Carlos Almeida Redação: Carlos Almeida e Gabriela Monroy | Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 | Paginação: Rita Lopes | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/ vivacidade | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435- 778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 | Sede do Editor: Travessa do Veloso, no 87 4200-518 Porto | Sede do Impressor: LUSO IBÉRIA – Av. da República, n.o 6, 1.o Esq. 1050191 Lisboa | Colaboradores: André Rubim Rangel, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Beatriz Oliveira, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Frederico Amaral, Gabriela Monroy, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves e Sofia Pinto. | Impressão: Lusoiberia | Tiragem: 10 mil exemplares | Sítio: www.vivacidade.org | Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar | E-mail: geral@vivacidade.org


VIVACIDADE | MARÇO 2022

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VIVACIDADE | MARÇO 2022

BREVES

CAMPEONATO NACIONAL DE TRAIL ULTRA

Apresentação pública do 16º Rali de Gondomar

No dia 4 de abril, pelas 21h 30, irá decorrer na Casa Branca de Gramido, a Apresentação Pública do 16º Rali de Gondomar. Este evento está a ser organizado pelo Gondomar Automóvel Sport. ■

Troço de Parque em Valbom será inaugurado

No dia 8 de abril, será inaugurado o primeiro troço de 1,2km, do Parque Urbano da Ribeira da Archeira. Este troço localiza-se entre a escola EB 2\3 Marques Leitão, de Valbom e a Quinta do Passal. Recorde-se que, este Parque integrará a rede de Parque Urbanos de Gondomar, que contará com 20km de circuito circular. ■

XI Grande Capítulo da Confraria Gastronómica Baguim do Monte No dia 19 de março, em Valongo, decorreu o Campeonato Nacional de Trail Ultra, onde os atletas do Gondomar Futsal Clube conquistaram uma boa prestação. No feminino, Lucinda Sousa, conquistou o 4º lugar da geral, sagrando-se campeã na-

cional no seu escalão. Enquanto que, nos masculinos, os dois atletas conseguiram entrar para o Top10 nacional nos seus respectivos escalões. Paulo Gama alcançou o 9º lugar (M50) e Fernando Pereira o 6º lugar (M55). ■

3 FILMES. 3 PRÉMIOS. 3 NARRATIVAS QUE ILUSTRAM O MUNDO DE HOJE

Passados dois anos, após o último Grande Capitulo, interrompido por força da pandemia, a Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Serrabulho de Baguim do Monte irá realizar o seu prestigiado Grande Capitulo. O evento esta programado para decorrer no dia 22 de maio. A razão da escolha deste dia, tem como base o facto de se comemorar no domingo seguinte o Imaculado Coração de Maria, Padroeiro de Baguim. Neste dia, o conceituado Chefe Hélio Loureiro, será Entronizado, como Confrade de Honra. ■

Doe Sangue, doe vida!

Até à próxima edição, a população interessada pode realizar a sua dádiva de sangue no próximo dia 3 de abril, na E.B. 2\3 de Jovim, entre as 9h, até às 12.30 min. No dia 14 de abril, na Escola Secundária de São Cosme, entre as 15h e às 19h. Ainda no mesmo local, mas nos dias 23 e 24 de abril, pode realizar a sua dádiva, entre as 9h e às 12.30 min. ■

Inaugura em abril, o Museu de Filigrana de Gondomar

O Município de Gondomar irá inaugurar no dia 2 de abril, o museu de Filigrana, que ficará localizado na

Casa Branca de Gramido. Neste local, poderá conhecer toda a magia da confecção desta arte que é um simbolizo de Gondomar e ainda, contemplar, peças originais e únicas no mundo, tais como: o vestido de Filigrana, o maior coração de filigrana de Gondomar, entre outros. ■

Game Day está de volta!

Para os amantes do mundo dos jogos, o Game Day está de volta de 2 a 3 de abril. Este é um Festival que traz o mundo dos jogos ao Multiusos de Gondomar. O Game Day é um evento que coloca à disposição dos visitantes a mais recente tecnologia em consolas e simuladores de corridas com os mais recentes videojogos do mercado, de acesso livre e gratuito. Paralelamente é disponibilizada uma área com jogos retro, com computadores, consolas e árcade dos anos 1980 e 1990. Este ano, haverá também uma área de realidade virtual e uma área de projetos eletrónicos. ■

Arco do Bojo lança CD “Bota e Bira”

No dia 2 de abril, pelas 21h 30, no Auditório Municipal de Gondomar, será o lançamento do CD “Bota e Bira”, do Arco do Bojo. A entrada é livre, mas limitada à lotação da sala.

Cavalete do Poço de São Vicente será reabilitado

O Cavalete do Poço de São Vicente, estrutura construída em 1934 e classificada desde março de 2010 como Monumento de Interesse Público, vai ser alvo de uma reabilitação estrutural, num investimento superior a 2.300.000 euros. ■

Câmara aprova transferência de competências da Ação Social

O Município de Gondomar aprovou em reunião de Câmara esta sexta-feira, dia 25 de março, com o voto contra da CDU, a transferência de competências na área da Ação Social. Nesta reunião de Câmara, foi também aprovada a utilização da Piscina Municipal de Valbom pelos utentes inscritos na Universidade Sénior de Gondomar. ■

MELRES COM NOVAS MESAS DE PIQUENIQUE Nesta segunda feira, foi realizado a colocação de mesas de piquenique na zona ribeirinha de Melres. A Junta da União de Freguesias de Melres e

Paulo Ferreira foi recentemente premiado no festival internacional de cinema Finisterra Brasil Film Art & Tourism Festival. Os filmes “The Land Of Men”, “Lockdown Porto” e “Hope” foram

Medas apelou para o não vandalismo nestes espaços, semelhante ao que têm ocorrido noutros equipamentos públicos. ■

reconhecidos pelos jurados do referido festival. A cerimónia de entrega de prémios realiza-se no próximo dia 18 de abril de 2022, em Cachoeira – Bahia – Brasil. ■

ALUNOS DE GONDOMAR DESTACADOS PELO FINANCIAL TIMES O Agrupamento de Escolas n.º 1 de Gondomar foi destaque numa reportagem do jornal Financial Times dedicada a mostrar exemplos de como estudantes, professores e escolas em todo o mundo estão a enfrentar a ameaça climática. O projeto Gota de Luz, que foi desenvolvido por uma turma do Curso Profissional de Instalações Elétricas, dedicou-se à produção de dispositivos de energia renovável de fácil construção a partir de resíduos do dia a dia. ■

JUNTA DE BAGUIM REALIZA SIMULACRO DE INCÊNDIO

No seguimento das comemorações do centenário dos Bombeiros Voluntários da Areosa, foi proposto à Junta de Freguesia de Baguim do Monte efectuar um simulacro de incêndio. O simulacro realizou-se no dia 26 de março. No momento foi encenado um teatro de operações que contou com

três Autotanques, uma escada magirus, três ambulâncias de socorro e três vítimas, foi ainda recriado fumo de incêndio. Para a autarquia, este tipo ações são importantes para prevenir alguma eventualidade futura. É intenção desta corporação realizar mais simulacros como este. ■


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SOCIEDADE

A língua que nos une! Línguas e Humanidades da ESG em intercâmbio com escola da Corunha Teresa Cameira e Eduardo Naia Este projeto une falantes de línguas irmãs, mais concretamente alunos da ESG e do Instituto de Educación Secundaria Rego de Trabe. De 23 a 26 de março, alunos do 11.º ano e dos 1.º e 2.º BAC partilharam trabalhos realizados nas aulas de Literatura Portuguesa, de Inglês e de Português. Tivemos a oportunidade de aprender mais sobre nós e sobre os outros. Esta experiência deixará a sua marca nos alunos e nos professores envolvidos. Em junho, receberemos os alunos da Corunha que virão à descoberta de Gondomar.

AEG1 + ATAENSE O AEG1 assinou um protocolo de parceria com o Clube Recreativo Ataense para promover as potencialidades das duas instituições na formação de jovens.

Curso Profissional Concurso ESG no Jornal Nacional de Financial Técnico de Leitura Times Gestão e Filipa Rodrigues, 10.º 9 Maria Inês Rodrigues Programação de Sistemas A fase municipal do 15.º Concurso Nacional Leitura, associado à Informáticos no Comemoraçãode dos cem anos de nascimento de José Saramago, «Sitestar.PT | 9» a 8 de março, no Auditóriodecorreu MuniciDavid Freitas e Joana Cancela

O 12.º 12 constituiu três equipas e concorreu à 9.ª edição do SiteStar.PT - iniciativa nacional da DECO e do Sitestar.PT!, que desafia os estudantes a criarem sites com conteúdos digitais, com vista a uma cidadania + ativa e + inclusiva, com as propostas «Sofia Connect», «Ocean Saver», na categoria «Faz a Diferença». Esta contempla a criação de sites que divulguem iniciativas de voluntariado e inclusão social, em que os jovens se encontrem envolvidos, e desenvolvidos a partir da escola ou na sua comunidade; e «Music Trick», na categoria «Jovens com Talento», que contempla a criação de sites dedicados à expressão artística (música, teatro, pintura, etc.) assim como atividades desportivas em que os jovens participam e pretendem promover. As 3 equipas que participarão na 2ª fase - Desenvolvimento da ideia e construção do site - estão mais perto do prémio final – computadores para cada membro da equipa.

pal de Gondomar. Promovido pela Rede de Bibliotecas Escolares, em parceria com a Câmara Municipal de Gondomar, contou com a presença de várias escolas do concelho, do Dr. Luís Filipe Araújo, vice-presidente da CMG, da Dra. Dolores Garrido, professora e escritora, da Dra. Fernanda Freitas, coordenadora das Bibliotecas Escolares de Gondomar e foi aberta ao público. Foram atribuídos prémios ao 1.º, 2.º e 3.º lugares e menções honrosas aos restantes concorrentes. Todos foram presenteados com cartões oferta FNAC. Os alunos do AEG1 estão de parabéns, pois três candidatos continuam a sua viagem pelo mundo dos livros na fase distrital do CNL.

Matilde Hilário: vencedora no ES (10.º 9) - prémio de 120€ Mariana Rocha: vencedora no 3.º Ciclo (9.º 2) - prémio de 120€ João Pão Trigo: segundo lugar no 2.º Ciclo - prémio de 100€

Projeto Tabanca solar ESG https://bityli.com/YbWAO Tabanca Solar da ESG foi identificado pelo Jornal Financial Times como um dos projetos mundiais de referência de Educação Ambiental no combate às alterações climáticas. O artigo faz referência ao trabalho desenvolvido por alunos dos Cursos Profissionais e ao seu impacto nas comunidades na Guiné-Bissau. «Students from Portugal and Guinea Bissau worked together to design renewable energy devices from everyday waste. A lack of clean energy sources has created serious problems in Guinea Bissau in West Africa. Teacher Ines Rodrigues says the students lead the project: “We challenge them to be creative and come up with solutions.”»


Anuncio_Vivacidade_Ciclo_Fado.pdf 1 24/03/2022 16:58:04

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CLÁUDIA MADUR

MARLA AMASTOR

MIA MOURA

JOÃO ROBALINHO

5 MARÇO 21.30h

2 ABRIL 21.30h

7 MAIO 21.30h

4 JUNHO 21.30h

ANDRÉ TAVARES MARIANO, GUITARRA PORTUGUESA | RAFAEL DE CARVALHO JR., VIOLA DE FADO | FILIPE TEIXEIRA, CONTRABAIXO Entrada livre mas sujeita à reserva de bilhetes. Mais informações em cm-gondomar.pt


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SOCIEDADE

MOSTRA DO ENSINO PROFISSIONAL NO AERT3

O Agrupamento de Escolas de Rio Tinto nº3 (AERT3) tem como oferta formativa, na área de Educação e Formação Profissional, os cursos de Técnico Auxiliar de Saúde, Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores e Técnico de Turismo. Sendo uma entidade detentora do selo EQAVET, o que assegura a garantia da qualidade na Educação e Formação Profissional a partir de um modelo de alinhamento definido pela ANQEP, cabe-lhe também fazer a divulgação de casos de sucesso de profissionais recém-formados, por forma a valorizar as parcerias existentes com os stakeholders externos e captar a atenção de potenciais candidatos. Com este intuito, nos dias 16 e 17 de fevereiro, realizou-se na escola sede do AERT 3 uma “Mostra do Ensino Profissional”. A realização da atividade contou com a colaboração dos três anos de cada curso com elaboração de expositores, construção de placards e criação de folhetos informativos pelos formandos. Todos os cursos desenvolveram atividades interativas com a comunidade escolar, desde jogos a demonstrações técnicas específicas das suas áreas de competência. Os alunos de 9º ano do Agrupamento visitaram a “Mostra” e tiveram oportunidade de questionar, observar e interagir

nas atividades e de assistir às palestras, contribuindo assim para a sua Orientação Vocacional e para captar potenciais candidatos para a Educação e Formação Profissional. Estas são atividades que terão continuidade na Escola. O evento contou com a presença de stakeholders externos, alguns deles entidades de acolhimento da Formação em Contexto de Trabalho, que mostraram as especificidades do mundo do trabalho, a mais-valia da formação, os requisitos e o perfil desejáveis para os formandos. Foram realizadas sessões de Mentoria/ Orientação para os alunos dos cursos profissionais e, com o objetivo de os esclarecer sobre as várias possibilidades de prosseguimento de estudos nomeadamente a realização de exames nacionais, acesso ao Ensino Superior, Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), foram realizadas sessões com ex-alunos que frequentam o Ensino Superior e que se encontram no mundo do trabalho. Estes alunos fizeram referência à importância da aprendizagem em contexto escolar, à definição de objetivos para prosseguimento de estudos, ao perfil proativo e dinâmico adotado nas entidades de acolhimento, à postura e às relações pessoais e interpessoais. Este foi um momento de partilha muito rico e de extrema importância para os alunos. ■


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SOCIEDADE

HIDROGÉNIO VERDE: ENERGIA DO FUTURO

Sustentável e proporciona o desenvolvimento da economia nacional e local

Existe nas estrelas e é um elemento químico gasoso, incolor, inodoro e insolúvel na água. Menos denso do que o ar, é o mais leve de todos os elementos da tabela periódica. O hidrogénio é o elemento químico mais abundante no Universo e o principal constituinte das estrelas. O hidrogénio verde é uma das grandes apostas da humanidade na sua procura de descarbonização. Alcançar o uso pleno das energias renováveis é um dos maiores desafios da atualidade, uma vez que estamos a correr contra o tempo para conter o agravamento do efeito de estufa e as mudanças climáticas. Neste sentido, como combustível, o hidrogénio apresenta uma combustão limpa e eficiente, que só emite vapor de água, e que pode ser utilizado na produção de eletricidade, na mobilidade e na indústria. Para que possa ser extraído da natureza e dar origem a essa conhecida fonte de

energia renovável, o hidrogénio precisa de passar por um processamento: Por meio da eletrólise da água, em que, através de uma corrente elétrica, a água é separada em duas moléculas de oxigénio e uma de hidrogénio, sem que por isso se dê emissão de carbono. Desde que a corrente elétrica seja de origem renovável, é através desse último processo que surge o hidrogénio verde, que é uma fonte de energia totalmente limpa, renovável e inesgotável e que contribui para a redução dos índices de carbono da atmosfera. Um dado interessante é que também é possível produzir hidrogénio através da utilização das águas residuais, aumentando o uso circular da água. O hidrogénio verde pode ser usado em substituição dos combustíveis fósseis, podendo ser utilizado pelas pessoas, empresas e cidades, permitindo baixar as emissões de CO2, promovendo a inovação, o investimento e a criação de novas competências e empregos. Desta forma, serve para promover o desenvolvimento econó-

mico nacional. Este gás verde não é uma fonte de energia, mas sim um condutor de energia, tendo um uso potencial para várias aplicações em praticamente todos os setores – transporte, comércio, industrial e residencial. O hidrogénio e as células de combustível podem fornecer energia para uso em diversas aplicações, incluindo a distribuição ou combinação de calor e energia, os sistemas de armazenamento e habilitação de energia renovável, energia auxiliar aeronaves, comboios, navios e veículos especiais, bem como para veículos de passageiros e de carga, incluindo carros, camiões e autocarros. No estrangeiro, o hidrogénio já é usado há muito tempo, como por exemplo no Japão, onde é tido como “combustível do futuro”. Neste país foram desenvolvidos carros movidos a H2 que só emitem vapor de água enquanto que nas cidades ocidentais a aposta alternativa tem sido nos carros elétricos. Para uma melhor penetração dos veículos a hidrogénio é necessário um ele-

vado investimento em instalações de produção e redes de abastecimento para estes veículos. Portugal tem-se colocado no pelotão da frente para o desenvolvimento de uma economia nacional e europeia do hidrogénio verde, tendo apresentado em 2020 a Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2), cujo principal objetivo passa por promover a introdução gradual do hidrogénio. O desenvolvimento desta tecnologia poderá implicar para Portugal até 2030 um investimento total de 7 mil milhões (essencialmente do setor privado), dos quais 900 milhões de euros poderão ser apoios ao investimento e produção. Esta aposta, além de contribuir para a descarbonização da economia, levará ao aparecimento de novas indústrias e à criação de novas competências e postos de trabalho. É uma aposta na sustentabilidade que irá proporcionar o desenvolvimento da economia nacional. Uma verdadeira energia de futuro. ■

Esta página é oferecida pelo Grupo TrustEnergy - Energia para o Futuro


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SOCIEDADE

TELMO OLIVEIRA “A educação em Gondomar entra num

novo ciclo, numa nova era e vejo este novo ciclo, com bons olhos” Telmo Oliveira é o novo rosto da FAPAG- Federação das Associações de Pais do Concelho de Gondomar, tendo tomado posse no dia 11 de março. Em conversa com o VivaCidade mencionou a importância da presença dos pais no leito escolar e os seus principais objetivos para o mandato que inicia. Porque se candidatou ao cargo de Presidente da FAPAG? Esta vontade de candidatar-me surge após ter-me envolvido, há uns anos atrás, na associação de pais da Escola Básica da Arroteira. Na altura, também por falta de participação, os pais foram apoiando-me e incentivando-me a permanecer no cargo de Presidente dessa associação de pais. Na altura foi um pouco imposto, mas acabei por aceitar a proposta e começamos a realizar um trabalho interessante. Na minha perspetiva, depois de entrarmos num movimento parental, começamos a ganhar um gosto e esse gosto começa a aumentar consoante a dinâmica que vamos realizando. Como gostava que o seu mandato ficasse reconhecido? A nossa maior aposta é a proximidade. Proximidade essa, com a comunidade educativa, com os parceiros e com o Município. A nossa visão é mais alargada, posso dizer que temos novos horizontes, isto significa que queremos que todos trabalhem com um só sentido, sempre em prol da educação, tanto a nível concelhio, como a nível nacional. Apesar de que, a educação em Gondomar é o nosso foco. Sabemos que temos que estreitar laços com o Município, que nos tem recebido muito bem. Com os parceiros que aliás, foram um grande incentivo à minha candidatura. Quanto aos meus colegas, eles foram um grande apoio à minha candidatura, porque eu já pertencia à FAPAG. Na altura desempenhava o papel de assessor da direção e posso dizer que eles foram empurrando-me para realizar esta candidatura. Nesse sentido, perante todo este apoio, surgiu a minha vontade de candidatar-me. A minha ideia é precisamente estarmos isentos, sendo que o nosso desígnio será a partilha e a comunicação, criando uma grande proximidade e uma facilitação de processos. A UCAPG é vista como inimiga ou como parceira? Como agora representa esta nova direção, pergunto-lhe como é que avalia esta situação que herdou da anterior? Dado que mencionou a vontade de estreitar laços com as entidades e parceiros. Temos que ter presente que agora, temos uma nova direção, composta por um novo corpo de órgãos sociais e que possui uma visão diferente e mais alargada. O que

mos que trabalhar num só sentido, ou seja, temos que estar unidos de forma construtiva, criando pontes, mas tendo sempre a noção das nossas limitações e dos enquadramentos legais que devemos ter.

nós consideramos, e eu também enquanto Presidente, é que Gondomar e o movimento associativo parental tem espaço para todos os agentes que se constituam e se posicionem de forma legal e construtiva. Nesses moldes, mais atores e mais agentes poderá significar melhores dinâmicas para a educação no concelho. Estamos cá para construir pontes e isso só se faz se respeitarmos o rio e as suas margens. Considero que todos são bem-vindos, desde que venham com o intuito do bem da educação. O único propósito deste movimento que existe há 30 anos -FAPAG- é precisamente isso, a nossa essência são os alunos, o movimento parental e o remar todos por uma melhor educação no concelho. Por isso, a nossa ideia, o nosso destino baseia-se na proximidade, onde todos os envolvidos possam trabalhar em conjunto. Compreendo que o Telmo chegou agora e com isso, não tem nada a ver com o que aconteceu no passado, mas as coisas estão como estão e querendo ou não, neste momento, vemos que o movimento está dividido e o que lhe pergunto é como irá encarar esta questão. Pretende um dia falar com o outro lado? Não coloco isso fora de questão. Nós somos uma Federação totalmente aberta e pessoalmente, tenho uma visão muito alargada e flexível, e nesse sentido, não tenho problema nenhum, nem divergências. Aliás, até tenho pessoas que conheço e que me dou bem, que parabenizaram-me pela minha tomada de posse. Portanto, quero que fique claro que a FAPAG é uma instituição aberta e cada vez mais, será ainda mais aberta. A educação é uma área extremamente sensível na nossa sociedade, para se criar qualquer tipo de divergências, nós te-

Quanto às medidas que pretendem implementar o que é que tem no vosso plano para este futuro próximo? Como já referi, em primeiro, diria que a palavra chave seria a proximidade, queremos implementá-la de uma forma mais dinâmica. Considero, muito sinceramente, que a equipa que foi constituída para trilhar este caminho comigo é vasta, dinâmica e muito competente, até porque, por sermos voluntários, não temos que ser propriamente amadores e nesse sentido, considero que temos uma equipa muito profissional e diversa, sendo cada um proveniente de diversas áreas, mas que fazem um “todo” muito forte. Esta aproximação com as associações e com toda a comunidade educativa irá originar, obrigatoriamente, uma maior dinâmica e a nossa participação fará com que estejamos mais atentos até na mediação de algumas situações mais complicadas. Nós sabemos que ninguém tem uma “varinha de condão” para resolver todos os problemas que irão acontecer, mas se estivermos todos unidos, num só sentido, conseguiremos minimizar os impactos desses conflitos e divergências. Fruto desta proximidade, nós pretendemos, junto das associações de pais, dar apoio na formação, principalmente na área da fiscalidade, porque existe muita debilidade nessa área, mesmo até quando eles estão a representar as próprias associações. Um outro ponto concerne à legalização, quanto à própria constituição das associações de pais, as provas de vida, e ainda ajudar nas próprias assembleias, porque às vezes, parece muito simples, mas existe sempre algumas dificuldades em cumprir estatutos e regulamentos, ou seja, queremos que eles estejam enquadrados com a parte legal, dentro do sistema educativo, para que depois a passagem de testemunho para os restantes colegas seja mais fácil, porque isto é cíclico, de x em x anos, temos que passar a pasta. Quando tomou posse, como é que encontrou a Federação? Encontramos a Federação de uma forma normal, com um peso de uma pandemia que durou dois anos, e que ainda vivemos. Temos que ter noção que esta situação limitou muito a sociedade e a anterior direção, daí ser importante a alavanca da proximidade. A nossa ideia é precisamente atacar pela proximidade, queremos estar ainda mais ativos com as associações. Tanto que, nós tomamos posse no dia 11 de março e já tivemos no terreno, também

já temos várias reuniões marcadas com vários parceiros, sempre com o intuito de unir a educação em Gondomar. Queremos fazer isto de uma forma muito humilde e dinâmica. Sempre gostei de inovar, seja em que área for e nesse sentido quero estar, juntamente com a minha equipa, de forma muito próxima, ir para o terreno e queremos fazer nascer, de uma forma construtiva, a educação no nosso concelho, sem olhar obstáculos a nada, nem a ninguém. Como é que avalia a educação no nosso concelho? Há uma parte na educação em Gondomar que vejo com bons olhos. Temos que reconhecer que houve uma mudança muito positiva na própria autarquia e com este fator, começa um ciclo que considero muito importante para Gondomar que é o renovar da educação que sempre defendi que deveria estar com a vereação ligada à cultura, porque a pessoa tem outra abrangência da área. Na minha perspetiva, o vereador Luís Filipe Araújo foi muito bem escolhido. E, aqui acontece, felizmente para Gondomar, duas mudanças de ciclo, por um lado a Câmara renova-se no âmbito educacional, assim como a FAPAG também se renova com os novos Órgãos Sociais. Nesse sentido, os dois elementos, de mãos dadas, irão potenciar a educação. Juntos, poderemos alavancar a educação no nosso município e fazer do nosso concelho uma referência nacional. Posso dizer que a FAPAG é das Federações que tem mais entidades a representar no próprio país e sempre foi muito bem vista neste nível. Neste momento, por inerência, também pertenço à CONFAP e presencio isso quando lido com outras Federações. O que pretendo é que nós sejamos vistos como uma referência de qualidade e isto passa por estarmos completamente alinhados com a autarquia. Sabemos que, provavelmente, pode aparecer situações em que sejamos divergentes, mas temos que ter a capacidade de fluir esses mesmos problemas, de forma a resolvê-los positivamente. A educação em Gondomar entra num novo ciclo, numa nova era e vejo este novo ciclo, com bons olhos. Que mensagem gostaria de deixar aos pais? É muito importante que os pais intervenham nas próprias associações, que se juntem a elas. Eu digo isto de forma muito sentida, porque eu próprio, há uns anos atrás, entrei de uma forma diferente, mas depois de entrar, despertou um gosto que me fez estar aqui, onde estou hoje. Ao entrar neste movimento parental , percebemos que esta intervenção é muito importante para a educação dos nossos filhos. É muito importante que as crianças sintam a presença dos pais nas escolas. ■


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SOCIEDADE

USG COMEMORA 16º aniversário No dia 15 de março, a Universidade Sénior de Gondomar comemorou o seu 16º aniversário num almoço, na Quinta da Azenha de Baixo, onde reuniu todos os elementos desta instituição. Mais do que um local de aprendizagem, a Universidade Sénior tem como objetivo proporcionar outra dinâmica de vida àqueles que outrora tinham as suas vidas mais ativa. Para todos os envolvidos, a Universidade Senior é sinónimo de Felicidade. Para muitos, é difícil de viver sem ela. Amizades são criadas, vidas são mudadas e conhecimento é difundido. São estes os pilares desta Universidade. Composta atualmente por aproximadamente 400 alunos, António Braz, Presidente da União de Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, explica que as suas instalações começam a ficar apertadas para a quantidade de alunos que dia, após dia, inscrevem-se nesta instituição. Depois dos últimos dois anos de pandemia, comemorar este aniversário, para os presentes, teve outro prazer. António Braz, revela que foi com o intuito de retomar as atividades da instituição com força que, este aniversário, marcou o início das mesmas. Um dos eventos mais aguardados que está de volta, são as tertúlias de poesia, que decorrerem todos os meses. Para além disso, o autarca adiante que foram e estão a ser organizadas um conjunto de aulas abertas para “Também chamar pessoas que não estão propriamente nas aulas, mas também podem assistir”. Todos estes eventos podem ser consultados no Facebook desta instituição. “A Universidade é importante porque ela tem sido, ao longo destes 16 anos, uma forma dos nossos seniores serem mais felizes, diria até que ela é um motor nestas pessoas que nos procuram. A Universidade tem a capacidade de proporcionar a estas pessoas felicidade e conhecimento através da arte, da cultura, da música,

António Braz, Presidente da União de Freguesias a confraternizar com os utentes da U.S.G entre outras componentes. Temos procurado com as nossas aulas e com as visitas que fazemos, dar outro ânimo às pessoas que se reformaram e que acabam por ficar em casa e em muitos casos, acabam

a crescer e a continuar a levar o nome de Gondomar além fronteiras gondomarenses, semelhante como tem levado nos últimos anos e que o seu ensino e presença continue sempre a primar pela excelência. ■

TESTEMUNHOS Para mim, Maria Freitas, a Universidade Senior é muito importante, porque como é o meu caso, entrei na reforma, e foi uma maneira de manter-me ativa e conviver. Assim, não fico em casa apenas a ver televisão, ou a ler, acho que, como eu, esta instituição é muito importante. Quanto a Rita Castro a Universidade Senior de Gondomar, até agora, foi-me tudo na vida, porque trabalhava em casa e na ourivesaria, com o meu marido e depois, quando entrei na universidade, empenhei-me com as tertúlias, que no qual era eu que as organizava e ganhei uma paixão por aquilo. Para além disso, também criei amizades muito profundas. As minhas filhas mesmo dizem que eu não vivo sem isto e é verdade (risos). Mais, o meu funeral vai ser feito aqui (risos).

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por ficar mais sozinhas. Assim, passam a ter aqui um polo de felicidade”, refere o edil. Quanto ao futuro da instituição, António Braz, deseja que a mesma continue

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SOCIEDADE Um craque gondomarense por natureza, é assim que muitos o descrevem. Há até quem o chame de “menino de ouro de Gondomar”. Desde novo, quando começou a praticar a modalidade, demonstrou ao país e ao mundo que vinha para fazer história e assim o fez. Por seis vezes foi considerado melhor jogador do mundo de futsal, para não falar de muitas outras conquistas individuais e coletivas. Um currículo invejável. No peito, esta lenda, já representou por dezenas de vezes a nossa seleção sempre com enorme orgulho e apesar de se ter afastado recentemente da seleção portuguesa, um facto é garantido e inquestionável, o nome Ricardinho ficará imortalizado na história do desporto português.


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SOCIEDADE

UNIÃO DE FREGUESIAS

promove recolha de lixo nas Serras com Associação FOCA No dia 19 de março, a União de Freguesias de Melres e Medas, promoveu, juntamente com a Associação FOCA, uma ação de limpeza na Serra. A responsável pela FOCA, Ana Rita Barros e o Presidente da União de Freguesias, José Paiva, lamentaram a quantidade de lixo existente e deixaram um apelo à população quanto à necessidade de preservar as Florestas e evitar a poluição.

Grupo de voluntários da FOCA, juntamente com a equipa da U.F. Melres e Medas e o Presidente José Paiva.

Quanto ao resultado final, apesar de positivo, não foi o suficiente para limpar totalmente este local. Ao todo, ao final da manhã, foram retirados cinco carrinhas e um camião carregados de lixo. Nesta ação de limpeza estiveram envolvidas 60 pessoas, sendo 50 da associação FOCA e 10 funcionários da Junta que estiveram no local a dar apoio. José Paiva, Presidente da União de Freguesias de Melres e Medas, lamenta a atual situação que está a decorrer nas suas serras. Para o edil, é urgente solucionar este problema e foi com esse intuito que esta parceria com a associação juvenil foi criada: “A primeira ação que realizamos foi em 2019. Depois, por causa da pandemia foi interrompida e hoje, é a segunda vez que estamos a proceder a esta ação de limpeza aqui das serras”. Ainda sobre o assunto, refere o seguin-

te,“Não é possível continuar a poluir da maneira que a minha geração e as anteriores poluíram. Temos que mudar. Temos que colocar isto limpo de forma a que as pessoas com menos escrúpulos pensem duas vezes antes de depositar lixo na nossa serra, que é tão bonita”. Após o primeiro contacto realizado em 2019, a equipa do FOCA percebeu a problemática que existe nestas serras. A Presidente da Associação, Ana Barros, congratula-se pela forma como esta União de Freguesias reconheceu este problema grave e como logo partiu em busca de uma solução para o mesmo: “Muitas vezes trabalhamos com entidades públicas e privadas, mas não sentimos tanta abertura, como há nesta União de Freguesias, esta abertura é fantástica. A forma como nos recebem sempre e percebem que isto é um problema grave e para além de recor-

rer a nós, numa tentativa de juntos, melhorar esta situação, recebem-nos sempre de uma forma exímia e por isso, também, é muito gratificante trazer 50 pessoas para esta ação”. Quanto ao amianto depositado no local, José Paiva, adianta que este é um problema que já está em curso para ser resolvido, “Já falamos com a Câmara Municipal sobre as placas de amianto que estão aqui depositadas e será realizado em breve uma limpeza completa e tentaremos vedar o acesso a veículos motorizados de forma a que não se volte a repetir o que aqui está.” Antes de terminar, a jovem deixa um apelo à população: “É necessário alertar as pessoas para esta problemática e do seu impacto no ecossistema, porque não é por virmos deitar o lixo na serra que, já não nos vai afetar mais, porque isto pode trazer consequências muito

graves para todos nós. Nós viemos aqui cuidar o espaço desta população que aqui habita, mas nós não estamos aqui como os turistas do Porto que vieram ajudar, estamos sim aqui como um todo para tentar fazer face a este problema que estão a viver. E como viemos cá ajudar, quero deixar o apelo de que há formas de deixar o lixo noutros sítios, há formas de contactar a Câmara e eles se deslocarem, sem qualquer custo às casas das pessoas, para buscar os resíduos (frigoríficos, sofás, colchões...), ou seja, não há necessidade nenhuma de vir à serra depositar, mais isto acaba por dar mais trabalho, do que propriamente ligar às entidades competentes. Portanto, é tentar manter esta união que estamos a criar aqui, com este trabalho, no sentido de alcançarmos uma serra mais saudável e mais agradável para todos”. “Por um lado fico orgulhoso de ver tantos jovens, até de outras nacionalidades, a trabalhar em prol desta freguesia e por outro, fico com um sentimento de gratidão enquanto Presidente, pela disponibilidade deles virem cá, tornar o nosso dia a dia mais agradável. De facto, é com muito agrado que vemos esta disponibilidade destes jovens ocuparem uma manhã de sábado a fazer uma ação de limpeza que, para além de tudo, não é tarefa fácil. Exige muito esforço fisico”, conclui o autarca. ■


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SOCIEDADE

MERCADONA fatura mais 3,3%, até aos 27.819 milhões, e reduz o lucro em 6% devido ao impacto dos custos A Mercadona, empresa de supermercados físicos e de venda online, aumentou em 2021 as suas vendas consolidadas em superfície constante em 3,3 %, para os 27.819 milhões de euros. Deste total, 415 milhões correspondem às vendas das suas 29 lojas em Portugal, país onde alcançou uma quota de mercado de 3%, após dois anos de presença. Nos últimos 12 meses, especialmente desde abril, a empresa enfrentou um contexto económico e social complexo, no qual teve de gerir as várias medidas relacionadas com a pandemia nas diferentes regiões onde opera, entre as quais, as restrições de mobilidade e os confinamentos, assim como um elevado aumento dos custos devido ao crescimento disparado das matérias-primas, dos transportes ou dos preços industriais. Perante esta conjuntura inflacionista, e para minimizar o respetivo impacto nos preços de venda, a Mercadona decidiu não repercutir nos seus clientes a totalidade desses aumentos significativos, o que gerou um impacto negativo de 100 milhões de euros nas suas margens operacionais e que se traduziu numa redução de 6% do seu lucro líquido, que em 2021 foi de 680 milhões de euros. 1.200 milhões de euros de investimento e 1.000 novos postos de trabalho em 2021 A Mercadona continuou a avançar na sua brutal transformação para consolidar um modelo de empresa mais digital, produtiva e sustentável. Para isso, e durante 2021, realizou um novo esforço de investimento de 1.200 milhões de euros, valor que somado ao investimento dos três exercícios anteriores ultrapassa os 5.000 milhões de euros. Como resultado deste investimento, a empresa finalizou 2021 com um total de 1.662 supermercados, 29 dos quais em Portugal, após ter inaugurado 79 novos supermercados, 9 deles em Portugal, e fechado 58 lojas que não se ajustavam ao seu modelo de loja mais eficiente e sustentável. Manteve igualmente o processo de renovação das suas lojas, finalizando o ano com 1.200 supermercados adaptados ao Modelo de Loja Eficiente (Loja 8). A empresa também continuou com a implantação da secção Pronto a Comer, o que lhe permitiu finalizar 2021 com 825 lojas com esta nova secção. Além de gerar riqueza e atividade, o seu compromisso de investimento materializou-se na criação de 1.000 novos postos de trabalho diretos, estáveis e de qualidade, o que fez subir o total da equipa para 96.000 pessoas, 2.500 em Portugal. Além disso, o Comité de Direção acordou subir o salário dos colaboradores de acordo com a subida do IPC, 2,7% em Portugal e 6,5% em Espanha, para assegurar a manutenção do seu poder de compra. Uma decisão tomada em coerência com um Modelo de empresa vigente há 28 anos na qual os co-

laboradores são o melhor ativo dos clientes e essenciais para o crescimento do Projeto Mercadona. O compromisso da empresa com a criação de postos de trabalho de qualidade também se refletiu ao longo do ano através de diferentes iniciativas. Assim, por exemplo, ao longo de 2021, a Mercadona continuou a desenvolver um importante trabalho preventivo e formativo em matéria de saúde laboral, fator que conquistou um protagonismo ainda maior num contexto de pandemia, para garantir que a equipa se sentia protegida e segura. Com este mesmo propósito, foi reforçado o serviço telefónico 3C (Call Center COVID), composto por 180 profissionais, entre auxiliares de saúde e médicos, que ofereceram atendimento 24 horas por dia, nos 7 dias da semana, chegando a receber 8.000 chamadas por dia no pico da sexta vaga, em que 5 % da equipa estava contagiada. Outra prova deste compromisso é a incorporação de novas aplicações tecnológicas para facilitar a conciliação laboral e familiar. Neste sentido, a aplicação móvel de uso interno Activo2 consolidou-se em 2021 como um dos principais canais de comunicação interna permitindo não só manter a equipa informada, mas também recolher as suas opiniões para continuar a consolidar a Mercadona como um projeto diferenciado, ao incorporar boa parte dos contributos recebidos através desta ferramenta colaborativa. AVANÇAR NA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E SUSTENTABILIDADE Em Espanha, a Mercadona conseguiu, no ano passado, consolidar o seu serviço de compras online (Colmeias e Telecompra) e aumentar as suas vendas para os 510 milhões de euros, valor que representa um crescimento de 40% relativamente ao ano anterior. Do mesmo modo, a Mercadona Online (Colmeias) viu o número de pedidos aumentar para 1,8 milhões, comparativamente com 1,2 milhões em 2020, e fechou o ano com uma equipa de 1.636 pessoas. Para garantir a confiança dos “Chefes” (clientes) que realizam as suas compras através deste canal, a Mercadona contava, no final de 2021, com três Colmeias (armazéns exclusivos para a venda online) localizadas em Barcelona, Madrid e Valência, estando previstas duas novas Colmeias em 2022, uma em Alicante e outra

em Sevilha. Para continuar a impulsionar o seu compromisso com a sustentabilidade e a dizer “sim a continuar a cuidar do planeta”, a Mercadona investiu mais de 49 milhões de euros em diferentes iniciativas e medidas que contribuem para um impacto mais positivo e sustentável em todas as suas ações. Neste contexto, a empresa continuou a fortalecer a sua Estratégia 6.25, destinando um investimento de 140 milhões de euros até 2025 para conseguir o triplo objetivo de reduzir 25% de plástico, conseguir que todas as embalagens de plástico sejam recicláveis e reciclar todos os seus resíduos de plástico. Em 2021, finalizada a implantação da Loja 6.25 em toda a cadeia, cumpriu-se também o objetivo de formar e informar o “Chefe” e os colaboradores sobre a gestão de resíduos. Além disso, através da AENOR, após verificar o impacto da sua pegada de carbono, tanto as suas emissões diretas como as indiretas por consumo elétrico, a Mercadona introduziu novas medidas sustentáveis de descarbonização, como a renovação da frota com combustíveis alternativos, a incorporação de painéis solares em algumas das suas instalações ou a mudança de gases refrigerantes nos equipamentos. Consciente do impacto social e económico que a COVID-19 está a gerar, a Mercadona aumentou em 21% as doações de produtos de primeira necessidade para cantinas sociais, bancos alimentares e outras instituições de solidariedade com as quais colabora, atingindo as 20.600 toneladas doadas, 1.400 das quais foram distribuídas em Portugal e 19.200 em Espanha. Além disso, como prova da sua solidariedade para com a ilha de La Palma, desde o primeiro dia da erupção do vulcão, a Mercadona colocou à disposição 74 toneladas de alimentos e 1 milhão de máscaras. UM INVESTIMENTO DE 1.100 MILHÕES DE EUROS E 1.000 NOVOS POSTOS DE TRABALHO EM 2022 A Mercadona prevê investir um total de 1.100 milhões de euros em 2022 para continuar a impulsionar o seu plano estratégico de transformação. Estes recursos destinar-se-ão, principalmente, à abertura de 68 novos supermercados, 58 em Espanha e 10 em Portugal; à remodelação de 43 supermercados

para os adequar ao Modelo de Loja Eficiente (Loja 8); e à implantação da nova secção de Pronto a Comer em mais 150 supermercados. Para tudo isso, a empresa criará mais de 1.000 postos de trabalho estáveis e de qualidade em 2022, entre Portugal e Espanha. O ano de 2022 está a ser muito difícil. O cenário inflacionista atual está a ter impacto na empresa e vai implicar um aumento das despesas em mais de 500 milhões de euros. Para minimizar este impacto, a Mercadona continuará a apostar na produtividade e eficiência de cada um dos processos para serem cada vez mais competitivos. Um exemplo desta estratégia é a retirada do logótipo da máscara corporativa, iniciativa que por si só gera uma poupança de 400.000 euros por ano. O presidente da Mercadona, Juan Roig, afirma que “em 2022 o nosso plano de investimento continua. Certamente vai continuar a ser um ano muito, muito difícil que vamos superar aplicando o nosso Modelo de Qualidade Total, que é o nosso farol para navegar neste cenário de incerteza que estamos a viver. Tenho a certeza de que com o esforço individual e coletivo dos 96.000 colaboradores, vamos conseguir as metas a que nos propusemos”. PROJETO LEGADO JUAN ROIG E HORTENSIA HERRERO Uma vez mais, em 2021, tanto Juan Roig como a vice-presidente da Mercadona, Hortensia Herrero, reforçaram o seu compromisso com a sociedade, ao decidir reinvestir nela uma parte importante dos dividendos provenientes da sua participação na empresa e do seu património pessoal. No total, destinaram 100 milhões de euros a diferentes iniciativas (Empreendedorismo, Formação, Desporto, Entretenimento, Arte e Cultura) através do Projeto Legado. Este compromisso, que teve início há mais de uma década e que em 2022 continuará a ser impulsionado com mais 100 milhões de euros do seu património pessoal, nasce da convicção, de ambos, de que “o conhecimento e o dinheiro dão a felicidade… se os partilharmos”. E, no seu caso, através de distintos projetos sustentáveis e solidários, como: Marina de Empresas, Fundação Trinidad Alfonso, Valencia Basket Club, L’Alqueria del Basket, Licampa 1617 (Casal España Arena de València) e Fundação Hortensia Herrero.■



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SOCIEDADE

GONDOMAR MARCA PRESENÇA no maior evento nacional de Turismo Foi com o intuito de promover o que há de melhor em Gondomar que, o Município marcou presença na BTLBolsa de Turismo de Lisboa, a maior montra de turismo a nível nacional. O evento decorreu na semana de 16 e 20 de março. “O Município de Gondomar faz um balanço muito positivo daquilo que foi a sua participação neste evento”, refere a vereadora do Turismo, Sandra Almeida. A autarca explica que, o objetivo desta edição foi afirmar Gondomar, como um destino turístico. “Houve uma grande receptividade e o feed-back foi positivo, por parte dos visitantes”, acrescenta a responsável. Para este evento, o Município sentiu a necessitar de realizar um investimento ligeiramente acrescido, ao habitual, dado que este ano, o espaço utilizado para o stand foi duplicado. No entanto, comparando a edições anteriores, os organizadores revelam que este investimento, valeu a pena. “Tínhamos que estar presentes de uma forma diferente no certame, era importante ter um espaço apelativo e dinâmico, onde pudéssemos promover os nossos produtos e criar, simultaneamente, as condições para que milhares de pessoas que passaram pelo nosso espaço ficassem a conhecer melhor o nosso concelho e, sobretudo, ficarem com vontade de nos visitar”, explica a vereadora. Nesta montra nacional, o Município de Gondomar deu a conhecer aos milhares de visitantes que passaram pelo seu stand, a arte da Filigrana, representado pela Rota da Filigrana e pelo Museu Municipal de Filigrana de Gondomar, que irá abrir as portas no dia 2 de abril. No que concerne ao Turismo de Natureza, Gondomar apresentou os cerca de 50 km de percursos pedestres e as atividades desportivas, que vão ter lugar no concelho, nomeadamente, a Meia Maratona de Gondomar, a realizar a 12 de junho. Para Sandra Almeida, “O turismo é um setor importante e estamos a trabalhar de forma a potenciar os produtos existentes no nosso concelho. Estamos conscientes que é um dos caminhos para o nosso território se afirmar num contexto bastante competitivo. Para mim, é uma honra e um orgulho enorme promover Gondomar”. Sobre o trabalho desenvolvido para esta edição da BTL, Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, sublinha o seguinte “Se ela fizer no turismo o que fez no desporto, então Gondomar estará no bom caminho”. A equipa do Vivacidade foi até Lisboa para acompanhar o que estava a acontecer. Estivemos no stand de Gondomar a falar com com os Vereadores que estavam a representar o Município nesta montra internacional, para além de Sandra Almeida, Vereadora do Turismo, o vereador do desporto, José Fernando, também marcou presença. No Facebook e no canal do Youtube do seu VivaCidade, pode consultar as entrevistas em formato de vídeo.■

Foto de família depois do desfile das peças de Filigrana

Na foto, Sandra Almeida, vereadora do Turismo e José Fernando Moreira, vereador do Desporto

Sandra Almeida, acompanhada por um filigraneiro.

José Fernando e Carlos Ferreira a promoverem a Meia Maratona Gondomar D’Ouro Run


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Nuno Fonseca Dois Anos… e continua Dois anos de pandemia e muito pouco haverá ainda por dizer. Todos já sabemos o quanto mudou nas nossas vidas, os custos que a pandemia trouxe para cada um de nós e as vidas que custou. Os familiares e os amigos que vimos partir ou que vimos ficarem doentes. Os dias intermináveis de confinamento. Os momentos de incerteza sobre o que por aí vinha. As dificuldades económicas que trouxe a muitas famílias, que viram reduzir ou anular os seus rendimentos. O afastamento social. O uso da máscara. O tudo que a pandemia nos trouxe, mas… o tudo que a pandemia nos tirou. Passados dois anos, parecia que tudo estava a acabar. O mundo, e cada um de nós, estava a preparar-se para a recuperação. Para voltar ao normal. O regresso àquele tempo em que éramos felizes e podíamos viver sem restrições. Os apoios económicos à recuperação. A famosa “bazuca” ou o ansiado Plano de Recuperação e Resiliência. Os apoios financeiros da União Europeia que nos iriam ajudar a sair da crise e a sermos um país e uma Europa melhor do que aquela que tinha enfrentado a pandemia. A mudança económica e de alguns paradigmas que nos tinham deixado desprotegidos e dependentes. Tudo parecia que estava a acabar e a recomeçar… mas não estava. Não estava porque a Rússia decidiu invadir um país soberano e desrespeitar e fazer tábua rasa de todas e quaisquer regras do direito internacional, mergulhando o Mundo, mas principalmente a Europa, em mais uma onda de incerteza, mostrando, uma vez mais, a sua fraqueza e a sua dependência externa. Se na pandemia percebemos que dependíamos de ventiladores e de máscaras produzidas na China, agora vemos que dependemos de gás e de petróleo produzidos na Rússia. Se a Europa quer, pode, e condena a atividade Russa, sofre da mesma forma com a decisão que tomou e vê os preços da energia a subirem, de forma abrupta, em toda a Europa e os restantes produtos a seguirem o mesmo caminho, por arrasto. A inflação na Europa sobe para valores inéditos, nas últimas décadas, colocando em causa os planos da recuperação da pandemia e mergulhando-nos a todos, uma vez mais, num mar de incertezas e de preocupação. A agressão da Rússia veio-nos mostrar a instabilidade da diplomacia internacional e dos assuntos por resolver, que se arrastam durante décadas ou séculos e que nunca parecem ter um final. Interesses colidem. Porque uns querem, e devem, ser independentes e seguir a sua própria identidade, outros consideram que esta independência coloca em risco a sua própria segurança ou independência. Se uns consideram, e bem, que a mesa onde se devem discutir estas questões é na diplomacia e sobre o manto do direito internacional, outros consideram que a guerra e a agressão também fazem parte da política e que tudo se insere no xadrez da política internacional. Durante muitas décadas, as últimas, a Europa considerou que seria impossível acontecer uma guerra no seu território. Considerou também que poderia abater os seus meios de produção porque ficava mais barato adquirir o que necessitava em mercados mais baratos. Não fez exploração de produtos e recursos naturais energéticos porque as preocupações ambientais se sobrepõem e é preferível explorar os recursos existentes noutros locais do globo. E como considerou tudo isto, ficou, sem se aperceber, cada vez mais dependente do exterior. Dependente das indústrias que produzem equipamentos médicos e de proteção. Dependente dos recursos energéticos de outros países, a maioria deles com uma enorme instabilidade política. Dependente até da força das armas de uma outra potência militar que a proteja. Passaram dois anos e já todos vimos que o caminho que percorremos precisa de mudar e que os próximos anos serão, ainda, de muita incerteza e de mudança. Para terminar gostava de agradecer ao Jornal Vivacidade pela oportunidade de poder escrever regularmente neste periódico que é, sem dúvida, uma marca da imprensa local no concelho de Gondomar. Obrigado e parabéns pelo vosso excelente trabalho.

DONA GUILHERMINA, a centenária que esbanja alegria Como diz a música de Amália Rodrigues, “É uma casa portuguesa, com certeza!”, é a descrição perfeita para o lar de “Dona Guilhermina”, a fanzerense que este mês comemorou as suas 100 primaveras. Foi com as características de uma verdadeira avó que, de forma doce, simpática e calorosa recebeu em sua casa, muitos amigos, familiares e vizinhos que não quiseram deixar este dia especial passar em branco. Amante de fado, não perdeu a oportunidade de comemorar o seu aniversário ao som das mais clássicas melodias deste género exclusivo português. Emocionada, confessou ao nosso jornal que gostava de ver a sua casa sempre assim, repleta de flores, pessoas e ao som de fado, “Música que eu gosto muito”. Sobre a sua vida passada, recorda com carinho o seu “Companheiro de vida”. “Aproveitei muito a minha vida. Saía com o meu homem e dava muitos passeios”. Durante 20 anos, esta mulher de garra foi padeira e teve quatro filhos, sendo que um faleceu após nove meses de vida: “Criei 4 filhos, a primeira morreu aos 9 meses, mas tenho 3 filhos bonitos e gosto muito deles”. De forma muito lúcida, diz que tem dois “bisnetinhos” e garante que são “A sua maior riqueza”. Hoje, os seus dias são passados a ver televisão e a fazer o seu tricô. Neste momento especial de comemoração, o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins e a Presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Sofia Martins, fizeram questão de marcar presença. Para Sofia Martins, “Esta celebração, no tempo em que vivemos tão triste, é muito importante. Celebrar 100 anos de vida é sem dúvida um momento a assinalar e desafiada pela filha, a Junta de Freguesia associou-se a esta celebração com muito gosto”. Quanto a Marco Martins, o convite partiu da edil da Freguesia. O autarca mostrou-se satisfeito em ver Guilhermina a

comemorar 100 anos com tanta vitalidade. O mesmo assume que a idosa é uma inspiração de vida: “Obviamente vê-la assim, faz-nos ter o objetivo de ter mais qualidade de vida para chegarmos aos 100 anos assim, porque só faz sentido se chegarmos com as condições que ela está, autónoma, com esta fisionomia e independência. Por isso, estou muito satisfeito. São raros os gondomarenses que comemoram 100 anos e sempre que me convidam para os 100 anos, quando posso vou e digo que também me inspiram para fazer mais e melhor, enquanto autarca”. Ao Presidente Marco Martins, Dona Guilhermina aproveito para realizar um pedido de aniversário especial: “Chamei o Presidente da Câmara e pedi-lhe para ajeitar a rua à frente da minha casa, porque se tivesse a rua ajeitada, conseguia andar com o andarilho. Eu fiz essa exigência, mas pedi-lhe por favor e ele disse que vai mandar ajeitar

a rua. Foi um bom homem”. Clara Coelho, Jerónimo Coelho e Joaquim Fernando, são os três filhos desta centenária. Ao nosso jornal destacam a personalidade “Muito forte” da mãe e não escondem o orgulho de ter uma mãe com esta idade. Como mãe, garantem o seguinte: “Foi uma mãe como não há outra no mundo”. “A minha mãe era muito ativa… foi padeira, leiteira… trabalhou sempre muito. Quando era pequena, como ela diz, passou muita fome e depois a vida começou a sorrir-lhe, principalmente, quando se casou com o nosso pai. O meu pai era Amadeu Coelho, já faleceu e foi um pai também exemplar”, contam os filhos. A festa terminou com Dona Guilhermina a aproveitar o momento para aquecer a voz e contemplar os presentes com os seus dotes para cantar fado, apesar de confessar que a voz já não consegue ir muito longe, como antes ia. ■


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SOCIEDADE

ÁGUAS DE GONDOMAR lança campanha de adesão à fatura eletrónica e ao débito direto A adesão à fatura eletrónica é simples, segura e totalmente gratuita, podendo ser efetuada no site www. aguasdegondomar.pt, através de registo na “loja online”, onde é possível escolher a modalidade de fatura eletrónica, seguindo as respetivas instruções. A partir desse momento, a fatura é enviada para a conta de email, de um modo mais rápido, evitando eventuais atrasos ou extravios de correspondência, mais cómodo e, principalmente, contribuindo para a sustentabilidade ambiental. As faturas eletrónicas apresentam a mesma validade fiscal e legal que a fatura tradicional em papel e são totalmente seguras e confidenciais. Em simultâneo, a AdG disponibiliza a possibilidade de pagamento das faturas através da modalidade de pagamento por débito direto/SEPA. Esta ativação não tem custos e permite um total controlo sobre os pagamentos, evitando esquecimentos e deslocações desnecessárias, podendo até indicar

um montante limite para esse débito. O débito direto é um serviço que apresenta vantagens na organização e controlo do orçamento familiar e na gestão do tempo despendido para este tipo de responsabilidades, uma vez que depois de aderir, o utilizador já não precisa de efetuar o pagamento manual de todas as suas contas. Com o pagamento pro-

gramado evitam-se também atrasos no pagamento e consequentes juros de mora, ao mesmo tempo que facilita o controlo das despesas mensais. Esta modalidade permite ainda limitar os valores a cobrar, salvaguardando situações de possíveis erros de cobrança. A adesão a esta modalidade de pagamento pode ser efetuada por email

(geral@aguasdegondomar.pt), ou diretamente nos nossos balcões de atendimento. Para tal, deverá apresentar o cartão de cidadão, número de cliente e comprovativo de IBAN com a identificação do titular. O débito só é efetuado na data limite de pagamento, recebendo sempre a sua fatura para conferir o valor a pagar. ■

QUERER SER: “Saber amar” sem violência A Querer Ser - Associação para o Desenvolvimento Social tem vindo a desenvolver, desde dezembro de 2019, o projeto “Saber Amar”, financiado pelo POISE- Programa Operacional Inclusão Social e Emprego e tendo a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género CIG como organismo intermédio. O projeto que engloba um conjunto de atividades destinadas à prevenção, sensibilização e intervenção na Violência Doméstica e de Género realizou, ao longo do mês de fevereiro, mais duas edições (7ª e 8ª) da ação “A Escola e a Violência no Namoro: Agir para Prevenir”, contando com a participação de 69 profissionais de educação. Para além das ações destinadas aos profissionais de educação e realizadas em formato à distância, foram desenvolvidas sessões de prevenção com estudantes do 3º ciclo, através da visualização de um filme animado, intitulado “A Linha”, seguido de debate. A animação “A Linha”, desenvolvida desde 2020, tem como propósito sensibilizar a população jovem para a problemática da violência nas relações de namoro e funciona como ponte para a exploração das diferenças entre relações saudáveis e relações abusivas, recorrendo a conceitos como respeito, igualdade, afeto, comunicação, confiança, honestidade, liberdade e vida se-

xual. Ao longo do último mês, 181 jovens do 9º ano do Agrupamento de Escolas Infanta D. Mafalda ficaram a compreender os mecanismos de poder e de controlo utilizados em relações abusivas, a perceção muitas ve-

zes irrealista sobre o que é e como se manifesta o amor, os diferentes tipos de violência numa relação de namoro, a forma como o ciúme excessivo e a dificuldade de gestão emocional pode originar comportamentos

abusivos, entre outras questões e duvidas apresentadas. A atividade terminou com a aplicação de um questionário que procura estudar a perceção da população jovem sobre situações de violência no namoro. ■


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SOCIEDADE

ECO-TUTOR: Apadrinhe uma árvore em Rio Tinto A Junta de Freguesia de Rio Tinto apresentou à comunidade no Dia da Árvore, comemorado no dia 21 de março, o projeto ECO-TUTOR. Agora, qualquer cidadão, empresa ou instituição pode ser Tutor de uma árvore em Rio Tinto. A iniciativa ECO-TUTOR, apresentado pela Junta de Freguesia de Rio Tinto, está diretamente interligado com o Projeto desta Junta apelidado de “Património Arbóreo de Rio Tinto”. Este projeto iniciado em 2021, pretende referenciar todas as espécies arbóreas existentes nesta freguesia. Segundo Nuno Fonseca, é importante enumerar, etiquetar e georreferenciar todas as árvores. Assim, qualquer cidadão através do seu próprio telemóvel, pode digitalizar o QR Code, presente em cada placa de identificação das árvores e conhecer a espécie e as suas características. Para conseguir recolher ainda mais informação e envolver ainda mais a comunidade no projeto, o executivo desta Junta criou a iniciativa ECO-TUTOR. Ao nosso jornal, Nuno Fonseca explica que esta iniciativa assume um papel de colaboração e partilha de despesas para a preservação das árvores de Rio Tinto. Desse modo, agora as empresas, o movi-

mento associativo, a comunidade escolar e a população em geral, pode escolher uma ou várias árvores do espaço público de gestão da Freguesia; ou escolher um local para plantação (sujeito a aprovação); Contribuir

para o seu desenvolvimento através apoio monetário único -25 euros- para comparticipação de despesas de identificação, registo, divulgação, monitorização e preservação das árvores. Após a aquisição, o Tutor terá próximo à árvore uma placa individual com o seu nome e com um QR Code, bem como acompanhar, auxiliar e dar suporte ao seu desenvolvimento, assumindo assim o verdadeiro papel de tutor [definição de âmbito botânico] na proteção destas espécies. Para a vereadora do ambiente, Ana Luísa Gomes, é importante envolver a comunidade nestas temáticas ambientais e nesse sentido, parabenizou a Junta por esta iniciativa singular. Na apresentação do projeto, a Junta de Freguesia de Rio Tinto, começou por atribuir 10 árvores, a 10 personalidades ligadas a Rio Tinto, sendo algumas delas o próprio Presidente da Junta de Freguesia, Nuno Fonseca, o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, a Vereadora do Ambiente, Ana Luísa Gomes e o ex-vereador do ambiente e atual vereador do desporto, José Fernando Moreira, porque esteve presente no início deste projeto. O evento contou ainda com a presença do deputado, Carlos Brás. Agora, se quiser apadrinhar a sua própria

árvore, pode fazê-lo através de um preenchimento de um formulário de inscrição disponível na página da Junta de Freguesia de Rio Tinto (https://www.riotinto.pt/eco-tutores). O custo da inscrição é de 25 euros. COMPOSTO PARA TROCAR Financiado totalmente pelo Fundo Ambiental, o “Composto para Trocar” é um projeto aprovado no âmbito do fundo ambiental Economia Circular em Freguesias ( JUNTAr 2019). Este projeto pretende transformar em composto todos os resíduos provenientes da Quinta das Freiras, e não só. Para o Presidente da Junta de Freguesia, Nuno Fonseca, este espaço verde de Rio Tinto não produz qualquer lixo para fora, todos os seus resíduos são aproveitados, “O único lixo que a Quinta produz é o lixo que as pessoas produzem ou trazem”. Com o intuito de alinhar este projeto com a área social, após devidamente embalado, este composto é disponibilizado para troca, na loja circular. As pessoas interessadas em ter acesso ao composto produzido para utilizar nas suas casas, tanto nos vasos, como nos jardins, necessitam de entregar bens para a loja social, que depois voltam a entrar novamente na oferta das pessoas. ■


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SOCIEDADE

GUILHERME CRUZ: “É uma associação resiliente, porque

reside na força e na vontade das pessoas que a integram” Integrado nesta Associação Cultural e Recreativa de Pé-de-Moura, está o rancho folclórico mais antigo do concelho de Gondomar- o Rancho Folclórico Santa Eufémia de Pé-de-Moura, localizado na freguesia da Lomba. Estivemos à conversa com Guilherme Cruz , Presidente da Associação há 22 anos. Para quem não conhece o rancho conte-nos um pouco a história da vossa Associação. O rancho folclórico de Stª Eufémia de Pé de Moura é o rancho mais antigo do concelho de Gondomar, foi fundado a 12 de março de 1958. Ao longo destes anos tem feito o seu trabalho a preservar as tradições da nossa terra, da nossa região. Nós fazemos parte da região do Douro litoral, mas o rancho folclórico de Stª Eufémia de Pé de Moura, pela sua localização (margem esquerda do Douro) teve muitas influências, das terras de Santa Maria da Feira e Arouca, porque Pé de Moura tinha um porto de alguma importância, isto há cerca de 150/200 anos, dado que era por onde se passava e se transportava vários produtos para o Porto, e por ali passavam várias pessoas de outras terras. Relativamente à história do nosso rancho, quando ele foi fundado, como os festivais eram pontuados, naquela altura, havia uma grande rivalidade entre os ranchos. No início, o nosso rancho teve também a ajuda do Pedro Homem de Melo, que visitou muitas vezes a freguesia e gostava de ir à nossa sede, onde deu às pessoas na altura, uma grande ajuda nesse aspeto. Nós participamos em vários festivais onde ficamos muito bem classificados, em primeiro lugar; em Lisboa perante dezenas de ranchos conseguimos um terceiro lugar; o rancho esteve na televisão; fomos ao estrangeiro. Atualmente, não vamos muito ao estrangeiro, porque como compreende nós vivemos numa freguesia com poucos recursos, estamos a falar da freguesia da Lomba que tem neste momento cerca de mil e poucos habitantes e nesse sentido, os recursos não são muitos, não tem indústria, o comércio é muito limitado e para ir ao estrangeiro não é fácil. Só com o apoio das pessoas, da autarquia, da Junta de Freguesia que é excelente nesse aspeto e da Câmara Municipal que apoia as associações como poucas Câmaras apoiam no país. Desde sempre que o Município, não estamos a falar só de agora, apoiou o seu movimento associativo. Vocês aqui assumem um papel muito importante na cultura. Hoje em dia é difícil praticar esta atividade? Pergunto, porque são pessoas como vós que não fazem a tradição morrer… É difícil, porque os meus avós e a minha mãe, que apesar de não ser muito velha,

vai fazer 79 anos e também fez parte do rancho folclórico, mas, principalmente os meus avós, quando fizeram parte do rancho, as pessoas que nasciam na freguesia, nasciam com o rancho, isto é, a cultura era aquela. Aquilo que o rancho hoje faz é no fundo, aquilo que as pessoas faziam sem haver rancho. O rancho quando se organizou, no fundo foi para depois poder demonstrar as vivências dos povos, que era um povo de trabalho. Não havia discotecas, nem internet, não

havia um conjunto de coisas que há hoje, e que ocupa mais as pessoas. Se nós formos falar com alguém que tenha 80 anos, nós não precisamos quase de ensinar aquilo que é uma dança ou um canto do rancho, eles já sabem, as pessoas mais velhas dançam naturalmente e cantam, porque aquilo era a vida deles. Hoje, para nós conseguirmos que alguém, um jovem, consiga dançar ou cantar, é muito mais difícil, porque já não é a vivência dele. Felizmente, ainda temos alguns jovens, mas quando

eles vêm não está enraizado e então temos de lhes ensinar tudo. Eu digo muitas vezes aos nossos componentes e ao grupo que o nosso problema não é o dinheiro, porque nós podemos cantar e dançar sem dinheiro, ou fazê-lo com muito pouco dinheiro. O nosso problema são pessoas, principalmente numa freguesia como a Lomba. Nós temos pessoas no rancho que não são de lá, nós temos pessoas de Rio Mau, de Covelo, das Medas, de Canedo. O futuro preocupa-o? Muito, porque ainda agora, há pouco tempo, faleceram algumas pessoas e como a juventude é pouca, demora algum tempo a ensinar aquilo que são as danças e as nossas tradições e isso, preocupa-nos muito. Nós agora, juntamos os pares mulher com mulher, porque já é difícil arranjar componentes, homens. As mulheres ainda conseguimos com alguma facilidade, mas homens é muito complicado. E eventos futuros, vocês já têm alguma coisa em mente, ou até mesmo planeado? Ainda não. O que nós temos é o festival de folclore que está parado. Isto é, os contratos que haviam em 2020 para participarmos nos festivais, ficaram suspensos e assim que abrir nós vamos reatar com os outros ranchos que já tínhamos contratado e ver se há possibilidade de voltar, se eles não tiverem ocupados ou se tiverem ainda em funcionamento, porque pode haver ranchos que já não retomam, nós organizarmos o nosso festival. O Presidente da Junta de Freguesia já falou comigo que já está a trabalhar para voltar a fazer a iniciativa do ‘’Peixe do Rio’’, que no qual a data coincide com o nosso festival. Essa é uma organização que, desde que começou, foi incluída no nosso festival, porque é feita em agosto e nós normalmente fazemos o nosso festival em fins de julho/agosto, assim ele fazendo o festival, nós vamos naturalmente fazer também o nosso e retomar a nossa atividade. Durante o ano, nós costumamos ainda fazer o nosso aniversário e participar na festa da aldeia (desfolhada à moda antiga) que é organizada pela Junta de Freguesia. Como já são muitos anos de casa, o Guilherme, melhor que ninguém, conhece esta associação. Se fosse para descrever esta associação numa frase, o que que diria? É uma associação resiliente, porque reside na força e na vontade das pessoas que a integram. De facto são pessoas incríveis, não só da parte da direção, mas também as pessoas que constituem o rancho, são pessoas com uma força de vontade muito grande que têm amor ao rancho e, portanto, são de facto pessoas resilientes e é por isso que o rancho se mantém há 60 e tal anos em funcionamento, é pela resiliência das pessoas. ■



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CULTURA

CONCURSO INTERNACIONAL DE MÚSICA está de volta aos palcos de Gondomar Um projeto singular no concelho. Um projeto que nasceu com o intuito de valorizar uma das artes mais antigas do mundo- a música. Um projeto que prima pela qualidade da sinfonia. Composto por um júri de excelência, o Concurso Internacional de Música, foi criado com o objetivo de premiar o talento escondido e espalhado pelo mundo. Esta iniciativa fundada e organizada pela Banda Musical de Gondomar e apoiada pela Câmara Municipal, irá decorrer entre os dias 9 a 13 de abril, sendo que este ano é mais uma vez, dedicado à Percussão. Em 2020, Filipe Fernandes, diretor do concurso e André Dias, Diretor Artístico do concurso, ambos membros da Banda Musical de Gondomar, viram este projeto interrompido por causa da pandemia. Com esta paragem abrupta, para além da organização ter ficado prejudicada, participantes e membros do júri também ficaram, pelos gastos que já tinham sido efetuados. Situação que teve impacto no atual número de inscritos no concurso. No entanto, isso não fez com que os organizadores cruzassem os braços e desistissem, pelo contrário. Assim, apesar da pandemia ter dado a volta ao planeado, novos caminhos começaram a ser trilhados para retomar o concurso com todas as forças. Este ano, as inscrições já estão encerradas e o concurso conta com 55 músicos. Valor este, inferior aos anos transatos, dado que nas duas primeiras edições, o evento contou com cerca de 73 participantes. Como o próprio nome indica, este concurso é internacional e no decorrer das suas últimas edições, atraiu participantes de várias partes do mundo, tais como: México, Suíça, Holanda, Brasil, Alemanha, entre outros países. Este ano, devido ainda à pandemia, a participação de candidatos internacionais viu-se comprometida: “Este ano, eles tiveram algum receio devido à pandemia, porque em 2020 nós tínhamos tudo pronto para o concurso, os candidatos já tinham feito as inscrições, estava tudo certo e depois tivemos de cancelar tudo. Isso fez com que muitos desses candidatos perdessem o valor das viagens, porque já tinham pago. Agora este ano tiveram mais algum receio, o que é normal”. Para Filipe Fernandes, o Concurso ganhou o destaque que tem, graças ao corpo de jurados que o compõe todos os anos. Nesse sentido, este ano, o Concurso conta com os seguintes nomes: André Dias (Presidente do Júri); Nuno Aroso; Manuel Alcaraz; e Sisco Aparici. Para além da vertente do concurso, os participantes poderão realizar Workshops, que ficarão à responsabilidade de Joaquim Alves e Manuel Alcaraz. Ainda sobre o concurso, Felipe explica-nos que a percussão tem um grande leque

Filipe Fernandes

Luís Filipe Araújo

de instrumentos: “Os instrumentos que nós vamos levar a concurso são a Marimba, o Vibrafone, a Caixa e os Tímpanos. Depois, dentro disso, há uma subcategoria que é Multipercussão e aqui, eles podem usar de tudo e mais alguma coisa. A percussão, nos últimos anos tem evoluído muito e os percussionistas andam sempre à procura e na ânsia de descobrirem novas técnicas e novos instrumentos. Aquilo propor-

ciona, a quem assiste, espetáculos muito bons. Os presentes poderão ver os materiais e como eles se desempenham dentro de uma peça. Fazem o próprio espetáculo. Muitas vezes uma peça transmite-nos uma história e é por isso que a percussão é um pouco diferente. É essa a beleza da arte”. Cada categoria terá prémios. Sobre o assunto, Felipe Fernandes refere o seguin-

te: “Felizmente, com a ajuda da Câmara Municipal de Gondomar e com a ajuda da Percustudio, que é uma empresa que vende material de percussão e que nos patrocina, conseguimos ter aqui um bom leque de prémios e é isso que também acaba por atrair os candidatos”. Sobre o concurso, o vereador da Cultura, Luís Filipe Araújo, refere o seguinte: “Temos a noção que neste primeiro ano, quanto à participação de concorrentes internacionais vai ser muito difícil. Mas há mais de cinco dezenas de inscritos, portanto, vamos ter um concurso com muita participação e que vai correr bem. Claro que essa dimensão internacional ainda está muito limitada e isso graças à pandemia. Regressar de imediato à fasquia que tínhamos em 2019, acho que não será fácil. Acho que só para o próximo ano é que as coisas vão estar mais estabilizadas, essencialmente no que concerne ao lado internacional. Mas é importante destacar que os membros do júri são sempre músicos extremamente bem conceituados”. Os gondomarenses poderão assistir a todos os concertos, principalmente ao dos jurados. Assim, no dia 9 de abril, o Auditório Municipal abre as portas para saborear o talento do júri com um concerto e no dia 13, sobe novamente ao palco do Auditório, o prestigiado músico Sisco Aparici. Todos os concertos são gratuitos. As atuações do evento serão divididos entre o Auditório Municipal de Gondomar e o Auditório da Banda Musical de Gondomar. ■

CONCURSO INTERNACIONAL DE MÚSICA GONDOMAR 2022 Calendário Dia 9 abril Dia 10 abril 09.00 09.00 Abertura Secretariado 09.30 09.30 10.00 10.00 10.30 10.30 11.00 Eliminatória Categoria A 11.00 Final Categoria A 11.30 11.30 12.00 12.00 12.30 Divulgação de Resultados 12.30 Divulgação de Resultados 13.00 13.00 13.30 13.30 Almoço Almoço 14.00 14.00 14.30 14.30 15.00 15.00 Final Categoria B 15.30 15.30 16.00 16.00 16.30 Eliminatória Categoria B 16.30 Divulgação de Resultados 17.00 17.00 17.30 17.30 18.00 18.00 Workshop Joaquim Alves 18.30 18.30 19.00 Divulgação de Resultados 19.00 19.30 19.30 20.00 20.00 20.30 20.30 Jantar Jantar 21.00 21.00 21.30 21.30 Concerto Laureados 22.00 22.00 Concerto Júri 22.30 22.30 Categoria A e B 23.00 23.00 Sede da Banda

Dia 11 abril 09.00 09.00 09.30 Abertura Secretariado 09.30 10.00 10.00 10.30 10.30 11.00 11.00 Eliminatória Categoria D 11.30 11.30 12.00 12.00 12.30 Divulgação de Resultados 12.30 13.00 13.00 13.30 13.30 Almoço 14.00 14.00 14.30 14.30 15.00 15.00 15.30 15.30 16.00 16.00 Eliminatória Categoria C 16.30 16.30 17.00 17.00 17.30 17.30 18.00 18.00 18.30 Divulgação de Resultados 18.30 19.00 19.00 19.30 19.30 20.00 20.00 20.30 20.30 Jantar 21.00 21.00 21.30 21.30 22.00 22.00 Estudo Cat. C e D 22.30 22.30 23.00 23.00 Auditório Municipal

Dia 12 abril Abertura Secretariado Semi Final Categoria D Divulgação de Resultados

Almoço

Semi Final Categoria C

Divulgação de Resultados

Estudo Cat. C e D Jantar

Estudo Cat. C e D

09.00 09.30 10.00 10.30 11.00 11.30 12.00 12.30 13.00 13.30 14.00 14.30 15.00 15.30 16.00 16.30 17.00 17.30 18.00 18.30 19.00 19.30 20.00 20.30 21.00 21.30 22.00 22.30 23.00

Dia 13 abril

Final Categoria C

Almoço

Final Categoria D

Workshop Manuel Alcaraz

Jantar Concerto Júri (Sisco) Categoria C e D Auditório Municipal



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CULTURA

“UM CHÁ ÀS 5”, junta testemunhos de antigas mineiras

No dia internacional da mulher, a Junta da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, aliou-se ao Museu Mineiro e juntos organizaram o evento “Um Chá às 5”. Uma iniciativa que uniu as histórias de antigas mineiras que trabalharam nas Minas de São Pedro da Cova. O momento contou com a participação da vereadora Aurora Vieira e com a colaboração da Escola Profissional de Gondomar (EPG). “Este dia serviu para relembrar a luta que foi para estas mulheres que dedicaram vários anos da sua vida, a trabalhar nas minas”, explica Micaela Santos, responsável pelo

Museu Mineiro. São mulheres que carregam consigo histórias. Histórias de tempos de luta e de uma vida árdua. É na base destas duas premissas que Micaela sublinha a importância deste tipo de iniciativas “Quando falamos nas minas, falamos nos homens e relembrar a luta destas mulheres, no trabalho, em casa, no dia a dia, é muito importante. Não podemos deixar que o tempo apague estes testemunhos. Precisamos de valorizar tudo isso e percebemos com este bocadinho que estivemos aqui, o quão importante foi para elas este momento de partilha. As experiências que temos quando fazemos iniciativas em torno das mulheres, são enriquecedoras”. A Presidente da Junta da União de Fregue-

sias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Sofia Martins, aproveitou o momento para explicar que é essencial “Acarinhar o nosso passado” e nesse sentido é importante ouvir as histórias que estas mulheres têm para contar na primeira pessoa. “Esta é uma forma de vos acarinhar, porque nós entendemos que a mulher deve ser acarinhada, não só hoje, como também todos os dias, no entanto hoje, simbolicamente, decidimos fazer este mimo”, concluiu a responsável. A edil aproveitou o momento para presentear as presentes com o livro de Luís Bento, vencedor da 27ª edição do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres, intitulado de “Des Existir do Improviso” e uma rosa. Aurora Vieira, vereadora da Câmara Mu-

nicipal de Gondomar, entregou em nome do município uma rosa a cada mulher com a particularidade de todas serem de cor azul e amarela, porque “Para além de serem as cores de Gondomar, representam as cores da bandeira ucraniana. As cores de Gondomar, são as cores da paz e da liberdade. A Ucrânia tem exatamente as cores do nosso Município e hoje, simbolicamente, escolhemos estas cores para presentear as mulheres do nosso concelho, isto porque nós somos um povo de paz e vocês todas aqui presentes foram muito sacrificadas, viveram momentos muito difíceis na vossa vida. O vosso trabalho era muito árduo e são umas verdadeiras vencedoras. Toda a vida vocês serviram e hoje, vocês merecem que vos mimem”, concluiu. ■

PRÉMIO NACIONAL DE POESIA está de volta No mês em que se comemora o Dia Mundial da Poesia, o executivo da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, representado por Sofia Martins, anunciou a 31ª edição do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres. O evento contou com a presença do Vereador da Cultura e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Luís Filipe Araújo e com o representante da “Editora Elefante”, Nunes Carneiro. Para a Presidente Sofia Martins, este é um prémio que carrega consigo um importante valor histórico, dado que foi implementado pela Junta de Freguesia, para assinalar o 1.º aniversário da elevação de Fânzeres a Vila, em 1990. “Em 1989, Fânzeres foi elevada a vila e em 1990 foi decidido pelo executivo, na altura liderado pelo meu pai, fazer este prémio e nesse sentido, para mim, é uma grande honra dar continuidade a esta iniciativa. Por isso, tenho a honra de o presidir e acarinhar este prémio e é importante ter noção da importância cultural que este concurso tem para a vila de Fânzeres e para o nosso concelho”, refere Sofia Martins. A autarca revelou que esta edição do concurso contará com um reforço da verba investida, com o intuito de “potenciar” ainda mais

Rui Campos, Nunes Carneiro, Sofia Martins, Luís Filipe Araújo e Carlos Costa este concurso, porque ao fazê-lo “O nome da vila de Fânzeres também vai mais longe”. Atualmente, com 31 anos de história é considerado um concurso de peso nesta área da escrita e nesse sentido, já ultrapassou as fronteiras gondomarenses e já atingiu o panorama nacional. Assim, a cada edição, são diversos os trabalhos que chegam até ao júri, provenientes de vários pontos do país. Para os responsá-

veis, o concurso é para todos os autores que falem a língua portuguesa, sejam eles, portugueses, brasileiros, cabo-verdianos, angolanos, entre outros, “São todos bem-vindos”. Desde 2019 que, a “Editora Elefante” é o parceiro oficial deste concurso. Sobre o mesmo, Nunes Carneiro, ressalta o seguinte: “Este é único. É de longe o prémio mais antigo, se não mesmo, o mais

antigo de Portugal. Um prémio só de poesia e que conseguiu manter-se ao longo do tempo, com esta continuidade deve-se ao grande esforço que, ao longo dos tempos, foram feitos pelos vários executivos que por aqui passaram. Da nossa parte, mantemos o nosso empenho, esperando conseguir fazer também um livro bonito, participar e divulgar”. No seu discurso, Luís Filipe Araújo aproveitou o momento para enaltecer o trabalho desempenhado pela atual autarca que, nos seus primeiros meses de mandato, “Tem demostrando uma grande vitalidade e uma enorme vontade de fazer trabalho”. Sobre o prémio garante que a Câmara estará disposta a apoiar este concurso de forma a trazer outra visibilidade “Eu já sabia que ia continuar com o prémio de poesia, mas compreendo agora que quer dar-lhe outros horizontes e da nossa parte, Câmara Municipal, se pudermos ajudar, obviamente, que o iremos fazer”. Para o vereador “A cultura é fundamental e a poesia ocupa um grande espaço na nossa literatura portuguesa que é marcada por grandes poetas”. Os trabalhos têm que ser enviados até ao dia 30 de junho. A entrega do Prémio ao autor galardoado, ocorrerá em outubro numa cerimónia pública, em local e dia a definir. Todo o regulamento pode ser consultado no site desta União de Freguesias. ■


VIVACIDADE | MARÇO 2022

FETAV ESTÁ DE VOLTA AOS PALCOS e promete surpresas A 37ª edição do Festival de Teatro Amador de Valbom (FETAV) está de volta à sala principal da Escola dramática e musical valboense. Nesta edição, os organizadores prometem como habitual um programa de qualidade, recheado de bom teatro amador e de muitas surpresas. Com o arranque marcado para o dia 2 de abril, o programa já está delineado até ao último dia -4 de junho- e nele contam nove grupos amadores que darão mais brilho aos palcos de Gondomar, sendo que o espetáculo final será da responsabilidade do grupo de teatro da Escola Dramática. Sobre os grupos selecionados para compor o cartaz desta edição, Augusto Fernandes, um dos organizadores que pertence à Comissão de Teatro da Escola Dramática, explica que todos os grupos são de qualidade, sendo que muitos chegaram a participar tanto no Festival de Teatro Internacional Amador, que decorreu na Póvoa do Lanhoso, como foram selecionados para o Festival Nacional: “Temos quatro grupos que até foram selecionados para o Festival Nacional e foram galardoados com vários prémios, o que quer dizer que têm mérito”. Com o intuito de não perder a qualidade do Festival e tendo em conta, a exigência organizacional e a dimensão que o mesmo

Comissão de Teatro da Escola Dramática, acompanhados pelo Presidente da Escola, António Brandão

ganhou a nível concelhio, a direção da Escola Dramática e Musical Valboense decidiu arrancar este ano com uma Comissão de Teatro, que serão os responsáveis por lidar com todos os encargos deste Festival. Prova deste sucesso, é o número de espectadores que por ano, se deslocam a estas instalações para viver o teatro. Este festival conta em media com uma sala repleta, com números que chegam a atingir 160 a 180 pessoas por espetáculos. Esta sala onde a arte é rainha conta com 155 lugares sentados na plateia e cerca de 40 nos camarotes, o que dá um total de 195 lugares. Este ano, a edição conta com algumas

surpresas para os visitantes. Desta forma, haverá alguns dias em que os convidados serão recepcionados de uma forma especial, mas segundo os integrantes da Comissão, esses dias não serão revelados, “Porque faz parte da surpresa”. Paralelamente a isto, este ano temos a novidade da atribuição de prémios: “Até agora nunca foi feito. Nós vamos atribuir para primar a qualidade. Nesse sentido, vamos atribuir um prémio de melhor ator, de melhor peça, de melhor atriz e de melhor encenação. Estes prémios serão entregues no final do festival”. Há ainda a possibilidade, dos presentes serem contemplados com uma apresentação do recen-

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CULTURA

te grupo de teatro juvenil. Uma iniciativa gratuita da Escola, que abrange jovens com idade compreendida entre os 10 e os 16 anos. Para o grupo responsável, é importante que as pessoas vivam e sintam a magia do teatro e nesse sentido, a entrada é livre para todos os interessados. Nestes 37 anos de existência, o único ano em que não se viveu este espetáculo foi o de 2020, fruto da pandemia COVID-19. Este Festival conta com a honra de ter sido o primeiro festival de teatro da região norte. Os responsáveis destacaram ainda a “Prestigiosa ajuda” que sempre receberam da Câmara Municipal de Gondomar e da sua União de Freguesias, que sempre contribuíram para a realização deste evento. Luís Filipe Araújo, vereador da Cultura e Vice-presidente da Câmara Municipal de Gondomar, explica que o FETAV, “é um Festival que carrega consigo um grande legado histórico, desta instituição centenária de Valbom e que possui um grande peso na nossa comunidade”. Segundo o responsável isso é perceptível quando assistimos a um espetáculo deste festival e percebemos que, conforme os anos passam, “As pessoas, não só de Valbom, como de outros sítios do concelho, estão muito ligadas ao FETAV e gostam de participar. Exemplo disso, é que durante os dias de espetáculos, as salas estão sempre bem compostas, se não cheias”. ■

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DESTAQUE

José Milhazes é jornalista, historiador e tradutor.

CLÁUDIA VIEIRA: “Sem ver os rostos d

Atualmente é comentador em diversos órgãos de comunicação social. Mudou-se para a então União Soviética em 1977, país de onde saiu para regressar a Portugal em 2015.

Passado mais de um mês do início da guerra, qual é o ponto de situação do conflito? As coisas estão a correr mal para Putin. Ele pensou que seria uma invasão fácil mas acho que já percebeu que não é assim. É ele (Putin), o grande responsável por esta guerra? Putin e a camarilha que o rodeia, e que apoia a política dele neste momento. É possível ver o fim ao conflito? As coisas estão a correr mal para Putin. Esta é uma guerra que vai demorar bastante até se conseguir encontrar uma fórmula que a trave. Existe uma fórmula para esse fim? É muito difícil ainda prever uma fórmula que faça com que haja um cessar fogo estável, e um acordo de paz. A Ucrânia aceita ser um país neutro mas vai querer garantias de várias partes, não só da Rússia porque essas não valem nada, mas vai exigir garantias da NATO. A NATO terá que dar garantias à Ucrânia que intervém no caso de a Rússia voltar a invadir o país no futuro, e isso a Rússia não vai querer. Além disso a Rússia não se limita apenas à neutralidade da Ucrânia, ela pretende muito mais, pretende a destruição do sistema político ucraniano e a submissão total da Ucrânia à Rússia. Não estou a ver a luz ao fundo do túnel, nem sequer ilusões de ótica. E há o risco do conflito se espalhar ao resto da Europa? Espero bem que não, isso significaria uma guerra nuclear, seria o último conflito da humanidade. Putin teria a coragem de premir esse botão? Para carregar nesse botão não é preciso coragem, é preciso loucura. Se Putin está louco a esse ponto? Não sei, até porque não sou especialista em doenças psiquiátricas. Qual é o objetivo de Putin com esta invasão? Putin queria ficar na história como o homem que fez renascer a Rússia como superpotência temida por todo o Mundo. Não conseguiu, está a ter sérias dificuldades na Ucrânia. O conflito militar está a mostrar as fraquezas que alguns já sabiam que existiam, exceto o presidente Putin e a sua camarilha, nomeadamente a má preparação dos militares e o armamento, sobretudo devido à corrupção existente a todos os níveis na Rússia. Claro que Putin não estava à espera da resistência levantada pelos ucranianos, para ele foi uma surpresa muito desagradável, assim como não estava à espera de uma resposta tão forte e bem coordenada entre os países da NATO e do ocidente em geral. A NATO poderia ter um papel diferente? Não é possível. O mais que poderia ter sido feito teria sido antes, hoje já não é possível porque fazer mais pode resultar num confronto direto entre a Rússia e a NATO, que seria uma guerra nuclear, com tudo de mau que isso pode trazer. A via diplomática ainda é solução para acabar o conflito? Mais tarde ou mais cedo ele vai ter que acabar. Sabe-se que as guerras são fáceis de começar mas difíceis de acabar mas vai ter que acabar e isso só acontece com a diplomacia, nem que seja para assinar atos de rendição ou outro tipo de documentos. O problema é que a diplomacia ainda não deu nenhum resultado até agora. Como será o Dia Seguinte desta guerra? É muito difícil prever. Os russos querem uma Ucrânia retalhada, pretendem ficam com todo o Donbas e com a Crimeia, cortando praticamente o acesso da Ucrânia ao Mar Negro. A Ucrânia não pode aceitar tais condições, daí ter o receio que Putin pretenda ocupar toda a Ucrânia e esmagar a resistência, colocando lá um líder fantoche pró-russo. Encontra paralelo na história com outro conflito? Paralelos há muitos, por exemplo a guerra Fino-Soviética de 1939, em que a União Soviética de Estaline pensava ter um passeio fácil, e ocupar a Finlândia. O país nórdico resistiu e mesmo não tendo a vitória, teve que ceder um terço do seu território, mas Estaline também não venceu. Vendo a fraqueza do Exército Vermelho, perante as forças armadas finlandesas, Hitler considerou que seria altura para iniciar a invasão à União Soviética, o que veio a acontecer um pouco depois. ■

Uma crise humanitária, é esta a melhor definição para definir o que uma guerra desencadeia. O desastre e o ódio apodera-se das nações, que lutam diariamente, uns contra os outros, por decisões políticas. E no dia 24 de março, completou-se um mês de uma guerra que avassalou a Europa e destruiu um país. Crianças, mulheres e idosos, são a prioridade para retirar deste cenário. Ao todo, contabiliza-se mais de 3,5 milhões de deslocados, sendo que este número continua a aumentar de dia para dia. Perante o agravamento da situação, houve uma enorme onda de solidariedade por parte da comunidade internacional para com os civis que perderam tudo o que construíram nestes ataques e, Gondomar, não ficou de fora. “Estas pessoas tiveram que deixar tudo para trás e vir para um local onde podiam-se sentir seguras. Muitos tiveram que deixar para trás pessoas que amam. Qualquer um de nós, poderia estar numa situação igual”, diz Cláudia Vieira, vereadora da Coesão Social. Já foram muitos os cidadãos gondomarenses, bem como entidades que demonstraram que juntos, somos mais fortes e não têm poupado esforços na hora de colocar as mãos à obra. Em Rio Tinto, a Associação Amizade – Associação de imigrantes de Gondomar, foi os que iniciaram esta recolha logo no primeiro fim de semana, no dia 26 de fevereiro, dias após a invasão. Nessa altura, ao nosso jornal Nataliya Khmil, ucraniana e responsável pela Associação falou-nos com a dor na voz de quem vê o seu povo a sofrer. Apesar de estar a quilómetros de distância da sua terra natal, contava que, perante a situação de guerra, não conseguia ficar de braços cruzados enquanto observava o sofrimento que os seus amigos, familiares e compatriotas estavam e continuam a passar. Já naquela altura, a responsável agradecia aos portugueses pela demonstração de “solidariedade” para com os seus “irmãos”. Consoante os bens chegavam à Junta de Rio Tinto, onde está sediada a associação, a generosidade era tanta que foi necessário aumentar o espaço para organizar as doações e nesse sentido, a Câmara prontamente disponibilizou-se e criou no Gondomar GoldPark, um Centro de de Operações. Segundo a vereadora responsável, desde o início da recolha, já partiram para as associações humanitárias presentes na fronteiras da Ucrânia, oito camiões TIR, “mais algumas carrinhas completamente carregadas. “É importante dizer que há transportes que são garantidos pela Câmara e há transportes que são garantidos por empresas privadas que cedem gratuitamente. Para além disso, Gondomar tem recebido doações de outros municípios e por enquanto, o Centro logístico ainda está a funcionar”, explicou. Neste teatro de operações organizado pelo Município, a prote-

ção civil e a policia municipal desempenharam um papel im tante. “A nossa matéria mais específica da proteção civil, o Policia Municipal foi no inicio, no arranque desta mobilizaçã gística que se centralizou aqui nas instalações do GoldPa refere o comandante Artur Teixeira. O responsável destas forças de segurança explicou foi necessário “criar condições” para o transportes d mercadorias. “No início, a nossa intervenção ajudou co experiência que temos nestas matérias. Tivemos que aj a orientar, porque logisticamente, os produtos tinham q devidamente organizados. Como imaginamos, estes equ mentos iam para um teatro de operações de guerra e o q chega tem que ir o mais acondicionado possível e por clas subclasse. A pressão, no inicio era muito grande, mas tive muitos voluntários, o que auxiliou na linha de montagem Cláudia Vieira, explica-nos que, com o agravamento d tuação e tendo em conta a “deslocação em massa dos u nianos para as zonas fronteiriças”, o Município entendeu alguma coisa tinha que ser feita, para ajudar estas pessoas estavam a ficar em condições muito precárias. Nesse sen


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DESTAQUE

das pessoas, nós temos a missão de ajudá-los”

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Irina Golovko, tem 35 anos e veio para Gondomar com os seus três filhos, com o intuito de reconstruir a sua vida após a invasão russa. Como é que era a sua vida antes desta invasão da Rússia, à Ucrânia? Tudo estava bem. Tinha o meu trabalho e os meus filhos andavam no infantário. Sou mãe solteira, mas estava a tentar, como podia, para levar a minha vida em frente. Qual era a sua profissão? Era Educadora de crianças. Então, tinha uma vida estável na Ucrânia. Sim, sim. Tudo estava estável. Sempre fui muito independente. Tinha o meu trabalho, a minha casa e os meus três filhos menores de idade, que estão aqui comigo no Centro. Tinha a minha vida, sempre consegui pagar as minhas contas, apesar de sozinha. Uma vida normal e conseguia passear.

organizaram uma missão, com dois autocarros, para resgatar 78 deslocados de guerra. “Para esse efeito, contamos com a colaboração do Hospital Fernando Pessoa, que nos disponibilizou uma equipa médica para toda a viagem, assim conseguimos garantir que as pessoas que estavam com uma condição de saúde frágil, fossem acompanhadas durante este percurso (porque é uma viagem longa)”, diz a vereadora, que acrescentou ainda o seguinte, “Organizamos uma equipa de missão, constituída assim por elementos da proteção civil, da policia municipal, dois tradutores e dois médicos, e mais oito motoristas, com o intuito de assegurar que o percurso podia ser feito com a maior celeridade possível”. Todos os contactos realizados com as Organizações Humanitárias, foram feitas pela Associação Amizade, paralelamente a este trabalho, o município articulou esta missão com o alto Comissariado para as migrações: “Esta missão não avançou sem a devida articulação com o alto comissariado que nos deu também o suporte institucional quanto à necessidade de deslocação, porque nós nunca iríamos realizar uma viagem destas sem a sua tutela. Após aprovação, organizamos a viagem e a sua estrutura de missão, articulamos com a Associação Amizade porque eles tinham os interlocutores nesta zona de fronteira, e foi identificando as pessoas, sendo que algumas delas já estavam identificadas nas plataformas, que eles têm, para poderem vir para Portugal”. Artur Teixeira, explica que durante toda a missão os autocarros estavam a ser monotorizadas desde a Central, sediada no GoldPark. O comandante refere ainda que decorrente das últimas noticiais de situações ilícitas que estão a decorrer nas fronteiras, “Foi uma preocupação nossa e do Presidente e da Vereadora Cláudia Vieira, criar uma equipa com dois agentes da Policia Municipal e dois da proteção civil, para evitar qualquer situação”. “Eu tive o prazer de falar com os agentes que foram nesta missão e o que eles me disseram foi que, quando estas pessoas entraram no autocarro, via-se na cara das pessoas, o alívio enorme, por estar neste autocarro com destino a Gondomar. Posso até dizer que, das pessoas que vieram, tinham duas pessoas que só depois da primeira paragem é que começaram a falar. Ou seja, foram duas pessoas que sofreram trauma de guerra. Elas tiveram que fugir e consigo apenas levaram a roupa que tinham no corpo, não traziam mais nada. Mas sentia-se o alivio no rosto das pessoas”, recorda o responsável. A vereadora explica que, enquanto decorria esta operação de resgate, em Gondomar, o ritmo de trabalho não parava, dado que o prazo de quatro dias apertava a cada hora que

passava. “Conseguimos montar esta estrutura e é importante salientar que o conseguimos, graças à boa vontade do atual proprietário, que nos cedeu este espaço. Também foi possível reativar esta estrutura e colocá-la funcional, com o apoio de inúmeras entidades que, desde a instalação da água, da rede de gás, da eletricidade, de cedência de eletrodomésticos, de cedência de roupa de cama e toalhas, entre outras coisas, conseguimos em quatro dias colocar esta estrutura operacional. Nós fomos os mediadores do processo, mas só conseguimos com a ajuda destas entidades e das pessoas, tanto que é muito difícil estar a enumerar um a um, porque a mobilização foi, realmente, muito grande”. Passado então os quatro dias, o final [quase] feliz, chegou para este grupo de pessoas. “A imagem que tenho, com a chegada é ver estas pessoas com uma vida dentro de um saco de compras”, desabafa a vereadora, “Enquanto pessoa e responsável política pela área social, este é sem duvida o momento de maior desafio do ponto de vista de resposta. Viemos de uma pandemia, em que os momentos foram muito desafiantes, mas esta relação humana das pessoas que vêm de um contexto de guerra é indiscritível”. “Quanto à receção foi o que as pessoas viram. É difícil não ficar tocado com estas situações, principalmente quando envolve crianças. Ninguém consegue ficar indiferente. Na minha opinião ninguém estava à espera que em pleno ano 2022, viver uma situação destas... sair de uma pandemia e entrar numa guerra”, desabafa o comandante, que acrescenta “O nosso foco são as pessoas, independentemente da nacionalidade ou etnia, é um ser humano e é o nosso dever ajudar. A nossa atuação, no seu caráter multidisciplinar tem a vantagem de não saber escolher, nem a religião, nem credo, nem clube, nem cor política, nada disso! Sem ver os rostos das pessoas, nós temos a missão de ajudá-los”. Para o Presidente Marco Martins, no local, em declarações à imprensa afirmou que este foi o dia mais difícil e emotivo da sua vida autárquica. Quanto aos deslocados de guerra, a vereadora explica-nos que uns já foram embora, porque tinham retaguarda em Gondomar, quanto às pessoas sem retaguarda, serão integradas com a ajuda do município, instituições e particulares. ■

Qual foi o momento em que não aguentou mais e percebeu que tinha que sair do seu país? No primeiro dia, tudo indicava que seria um dia normal. Acordei, desliguei o despertador, levantei -me e quando olhei para o telemóvel, vi no grupo de trabalho uma mensagem que dizia que ninguém podia ir trabalhar... “Hoje não há infantário, não há escola, porque começou a guerra e já começaram a bombardear Zhytomyr (cidade ucraniana)”. Deixou alguém para trás? O meu pai, o meu avô de 90 anos e os meus três irmãos, sendo que um deles é militar (pausa e a voz começa a ficar embargada). Neste momento, um dos meus irmãos está no hospital com uma doença. A vontade de vir por causa da guerra, sobrepôs-se à vontade de ficar e deixar as pessoas que amava? Eu não sabia o que fazer, nem sabia para onde ia. O meu medo era sobretudo o que poderia acontecer com os meus filhos e o seu futuro. Quando falei com o meu irmão, ele é que me deu forças para partir, lembro-me dele dizer “Vai! Tu tens que ir!”. Qual era o sentimento que se vivia entre vocês que vinham dentro do autocarro, quando se deslocavam para Portugal? Num primeiro momento, quando estava no autocarro, só conseguia rezar, rezar, rezar... As pessoas eram muito simpáticas umas com as outras e os meninos, fizeram amizades com outras crianças. Mas lembro-me que só conseguia rezar. Quando conseguiu finalmente chegar a Portugal e colocou o pé em Gondomar, o que é que sentiu, qual foi a sua primeira reação? Estava muito nervosa e emocionada. Quando vi os meus meninos a colocarem o pé neste chão e alguém a pegar ao colo da minha filha, o meu coração estava a saltar fora do meu peito. Como é que pensa que será o seu futuro, agora que está aqui, em Portugal? Eu estou preocupada, porque gostaria que os meus filhos fossem para a escola e queria arranjar um emprego, para poder sustentá-los. Quer a questão da escola ou do emprego, essa é uma situação que preocupa o município e que estão a tentar solucionar, a pergunta que lhe coloco, sente-se bem neste momento aqui em Portugal, ou quando o conflito terminar, quer voltar para o seu país? Essa é uma pergunta que não consigo responder, porque neste momento, não consigo prever nada sobre o meu futuro. É tudo muito incerto. Desde o início que vemos uma mobilização enorme de solidariedade da comunidade internacional e neste caso de Gondomar\ Portugal, para com o vosso país, como é que vocês vêm este enorme apoio recebido? Agradeço muito este apoio e acolhimento que recebi por parte dos gondomarenses. Quando aqui cheguei, consegui finalmente tomar banho de água quente, porque antes de entrar no autocarro, estava sentada num banco, com os meus filhos e estava muito frio. Estávamos a tremer. Então foi um alívio chegar a Gondomar, comer e tomar banho. A todos que nos acolheram, sou muito grata, porque agora estamos em segurança. ■


30 VIVACIDADE | MARÇO 2022

CULTURA

BÁRBARA TINOCO brilha em Gondomar

A artista que conquistou o público português depois da sua saída das provas cegas do The Voice Portugal, marcou presença no evento “Conta-me história com…”, que decorreu no palco do Auditório Municipal de Gondomar. Foi num ambiente muito intimista que, juntamente com os apresentadores Artur e Tino, a cantora revelou histórias da sua vida, bem como fez soar a sua doce voz na sala principal do auditório municipal que esteve lotada para este evento. Ao público a artista cantou diversos êxitos que passam diariamente nas rádios portu-

guesas, tais como “Sei lá”, “Cartas de Guerra” e “O advogado”. O Conta-me Histórias é um ciclo de conversas-concerto com conhecidos músicos portugueses, onde estes revelam alguns pormenores menos conhecidos das suas carreiras. Estas histórias são acompanhadas por algumas das suas músicas mais conhecidas, em registo acústico. Os espectáculos são conduzidos pelo programador cultural, Artur Silva, o pivot de informação da RTP, Jorge Oliveira e o consultor editorial, Tito Couto. ■

‘’ROTEIRO DAS MINAS’’

um projeto lúdico para os mais novos

Com o objetivo de melhorar e apoiar a organização de visitas no terreno e na promoção de outras experiências formativas, o Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico em Portugal disponibiliza uma nova edição do guia dos serviços educativos, dos recursos presenciais e não presenciais, para o ano letivo 20212022. Através deste roteiro, é possível con-

sultar atividades disponibilizadas pelos parceiros que o integram, entre os quais o Museu Mineiro de São Pedro da Cova. Para além do formato tradicional, são destaque, as atividades não presenciais, acessíveis pelas mais diversas vias, a serem desenvolvidas em contexto de sala de aula. Para mais informação sobre o assunto, pode consultar o site da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. ■

RIO TINTO homenageia mulheres com exposição fotográfica

PAULO FERREIRA estreia filme em Melres No passado dia 26 de março, o cineasta gondomarense Paulo Ferreira estreou no Auditório Clotilde Mota (Banda Musical de Melres), o seu mais recente documentário intitulado “Memórias Dos Leilões de Melres”. Trata-se de um filme com cerca de 1h 20 min de duração, que reúne vários depoimentos de pessoas que no passado participaram nos leilões mais emblemáticos da Vila de Melres. Essas memórias partilhadas

pelas gentes de Melres, são ilustradas com imagens antigas dos vários leilões que se realizaram nessa localidade do Alto Concelho. Este testemunho , fica assim disponível para memória futura, através de imagens que relembram os tempos de outrora em que as pessoas trabalhavam em conjunto para atingir determinado fim. Este projeto contou com o apoio da União de Freguesias de Melres e Medas. ■

Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a Junta de Freguesia de Rio Tinto inaugurou uma exposição fotográfica, no Parque Urbano de Rio Tinto, a homenagear as mulheres que todos os dias fazem a diferença nesta freguesia, pelo papel que desempenham. A exposição esteve patente durante todo o mês de março. A cerimónia de inauguração começou com a atuação da Tuna da Universida-

de Sénior de Rio Tinto e contou com a presença do Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca, do Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, da Vereadora da Ação Social, Cláudia Vieira, do Presidente da União de Freguesias de São Cosme (Gondomar), Valbom e Jovim, António Braz, bem como os representantes dos parceiros da Rede Social. ■



32 VIVACIDADE | MARÇO 2022

ENTREVISTA CULTURA

MAKSYM LAPUSHENKO | Texto: André Rubim Rangel Fotos: Maksym Lapushenko

teira com Rússia. Do lado de Kiev, em todos os arredores, tem sido muito bem protegido, com bastantes militares. Pois se perdes a capital, perdes a guerra.

Como foram as tuas raízes em termos desportivos: tinhas alguém na família que já jogasse futebol ou outro desporto? Como nasceu esse “bichinho”? Não tive ninguém na família a jogar, sou o único. Comecei a jogar aos 7 anos, na rua, em frente à casa dos meus pais. Depois, levaram-me para a escola de formação do Dynamo Kiev, na Ucrânia, onde joguei.

Dado que a guerra continua, o medo deles mantém-se tal como na fase inicial ou agora é distinto? No início o medo é maior porque não sabem o que podem fazer. Também tenho muitos amigos lá com quem tenho falado. Depois, quando todos os dias ficas em casa a ouvir os bombardeamentos, acabam por se acostumar e a acreditar que é real. E estão mentalizados que conseguirão vencer e é essa força que os ajuda a prosseguir. Até pensei que quando a guerra começou muitos dos meus amigos – que não só jogadores de futebol – fossem fugir, mas não. Ficaram lá a combater. Eles disseram-me: “Vou para onde? Esta é a minha terra, não vou para lado algum. Vou protegê-la”.

Começaste num grande clube. O que te impossibilitou de continuares lá? Joguei no Dynamo dos 7 aos 22 anos. Passei lá todos os níveis, até chegar à equipa B. Em 2012 foi uma boa temporada para o clube, que com muito dinheiro contratou jogadores de fora – como o português Miguel Veloso – e não pensou nos jogadores da formação. Portanto, foi muito difícil passar para a equipa principal.

O Povo Ucraniano mostra-se muito unido perante este cenário. Sempre foi assim? Sim, o povo é e está unido. E o presidente mostra carácter ao não deixar o país, mas ao ficar lá a defendê-lo. Quando foram as votações presidenciais nem todas as regiões votaram nele, pois como em todo o lado gosta-se mais de uns do que de outros. Agora, 97 ou 98 por cento dos Ucranianos gostam e confiam no nosso presidente.

Ao teres de sair do Dynamo, de que forma surge Portugal na tua vida? Antes de vir jogar para Portugal, fiz ainda duas épocas na Moldávia. Foi um bom projeto, pois joguei numa equipa que integrou a Liga Europa, depois de ficar em 2.º lugar no campeonato. E que sensação e diferença sentiste entre jogar num ambiente de campeonato e numa competição europeia? Foi uma experiência muito boa. É algo que levo para a vida toda! A nível profissional, o nível é mais alto. Mas tivemos a sorte de jogar com equipas de nível mais baixo, e não do nível do FC Porto. Terminada essa experiência vieste, em 2015, para Portugal. Porquê o nosso país e como foi a transição? Contactou comigo um empresário, também ele ucraniano, que já vive em Portugal há 20 anos. Desafiou-me a vir jogar cá, mas sem equipa certa na altura. Precisava, primeiro, de fazer um teste. Assim vim e fi-lo no Leixões FC. Depois de semana e meia eles gostaram e quiseram fazer contrato comigo. E a partir do verão de 2015 sempre fiquei a jogar em Portugal, em diferentes clubes. Ao jogares no Leça FC e recentemente defrontaste o Sporting CP, na Taça de Portugal, achaste que a vitória seria possível? Sim, porque nós não tínhamos nada a perder. Nós tivemos a nossa concentração a 200 por cento. Até porque nada é impossível. Muitas vezes, essas grandes equipas da Primeira Liga quando vêm jogar connosco poupam os principais jogadores, para poupar energias, metendo muitos suplentes ou os da formação. Depois, durante o jogo em si, já se torna difícil mudar alguma coisa.

Desde que o presidente Zelensky foi nomeado, tudo tem vindo a melhorar na Ucrânia? Muitas coisas sim, outras não. Em 2014, quando a Rússia roubou a Crimeia e alguma parte do território, houve financiamento russo e gerou muitos problemas. O presidente Zelensky também os herdou, quando foi empossado em 2019. O não se ter resolvido isso da Crimeia antes, começando aí a guerra que não propriamente agora, foi o grande problema.

Sentes que esta é a tua melhor temporada desde que estás em Portugal? Até porque já tens golos marcados, o que não tinhas nas equipas anteriores onde jogaste… Eu já estou no Leça há quatro anos e sinto-me muito confortável. As pessoas gostam de mim, eu gosto da cidade. Por isso, mantenho-me por aqui. Passemos então, ao assunto premente da atualidade e desta entrevista: a invasão à Ucrânia. Tu ainda tens lá família, que tenhas deixado? Sim, tenho. Este ano foi especial: como fiz 30 anos no dia 19 de fevereiro, curiosamente chamei os meus pais para virem celebrar comigo. Eram para regressar no dia 26, mas acabaram por ficar ao despoletar-se a guerra no dia 24. Acabo por ficar mais tranquilo ao

tê-los aqui, mas relativamente a outros familiares a situação está muito mal. Como está a ser com os teus tios e primos: estão nas zonas mais atacadas? Algum deles alistou-se e está como militar, na linha de combate? Eu sou de Kiev, onde vivem esses meus familiares. A primeira semana foi muito difícil, muito perigosa! Eles ficaram sempre na cave, no piso -1 do prédio, por ser mais seguro. Foi um choque, porque nunca esperávamos que esse dia na Ucrânia chegasse. Habituámo-nos a ver na televisão as invasões ao Iraque e à Síria, mas longe de imaginá-las na Ucrânia… Fico muito triste por este drama. Contacto regularmente com os meus familiares. Neste momento, em Kiev está mais tranquilo, porque a zona mais massacrada tem sido do lado da Crimeia e das áreas separatistas, na fron-

Passados oito anos, não era de se estar alerta? Afinal, o que aconteceu e não aconteceu para se evitar isto, que acaba por não surpreender ao olhar-se ao historial de Putin? Sim, oito anos é muito tempo… O que aconteceu é que a Ucrânia, antes da sua independência, chegou a fazer parte da União Soviética, até ao fim desse bloco. O país começou a crescer e a Democracia a se desenvolver. Não é como na Bielorrússia e na Rússia em os seus presidentes já estão no poder há uns 20 anos. Lá não há democracia. Lá quem se manifesta vai logo para a prisão. E a Ucrânia não quis nada disto, escolhe os seus presidentes em eleições regulares. Toda a informação é aberta. E é esta liberdade que faz/fez temer a Rússia. Eles não gostam disto, porque há russos que querem voltar a formar a União Soviética, naquele país fechado.


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CULTURA ENTREVISTA

“A Rússia vende gás para todo o mundo e esquece-se das suas aldeias, que não o têm” Achas que têm sido positivas todas as posições do presidente Zelensky ao não ceder às exigências russas? Sim, porque ninguém da Ucrânia concorda em ter de ceder e perder parte do seu território, daquilo que é seu por direito. Imagina que, amanhã, a sua vizinha vai a sua casa e rouba-te o teu quarto. E tu vais dizer-lhe: “ok, ok, fica com ele”? Não, certamente que não deixas. Aqui é igual. Estamos em 2022 e todos os países democráticos da Europa estão já divididos territorialmente com todos os documentos certinhos. Agora vem aquele senhor maluco, rouba uma parte do território e pode fazer isto??? Claro que não!!! Até há povo russo que quer sair de lá e ser ucraniano. Porque lá ninguém vive bem, a não ser nas duas grandes cidades: Moscovo e São Petersburgo. Essas são ricas, tudo o resto é pobre. Há tantas terras – que nem cidades são, é tudo aldeias – que nem ruas têm, nem canalização. Nem gás têm, imagine-se! A Rússia vende gás para todo o mundo e esquece-se das suas aldeias, que não o têm. Ainda cozinham com lenha. E os teus amigos russos também estão a sofrer? Pois as sanções europeias acabam por afetar mais a eles do que aos intocáveis do poder russo, certo? Há russos que sofrem porque não querem a guerra. Mas no meu país, por duas vezes nestes 30 anos em que vivo, o povo saiu à rua para dizer não e basta à corrupção. E conseguiu! Por isso temos Democracia. Na Rússia têm medo de sair, porque sabem o que lhes acontece… Eu já tive um amigo que foi preso – durante 15 dias –ao manifestar-se, no ano passado, contra o regime na Bielorrússia. Outros tantos conseguiram sair do país. Sentes que a guerra se resolveria se o Povo Russo conseguisse o contrapoder e suscitasse uma revolução interna? Sim, apesar do receio das pessoas, há oligarcas russos contra a guerra e que estão a perder muito dinheiro e bens com as sanções do Ocidente. Penso que esses poderiam matar o Putin. O facto de a ditadura russa controlar a informação e só divulgar o que lhes interessa e impedir o que é realmente a verdade, faz com que haja muita desinformação lá e cá? É verdade. Eu nem acredito muito em tudo o que vem de informação da Rússia, como o caso de virem a ter o reforço de mais de 16 mil militares sírios. Achas que eles vão ter muita motivação para se meterem numa guerra que não é deles, do seu território? Se a Rússia não quer lutar, vai fazê-lo a Síria?! Quem diz os sírios, diz também os militarem bielorrussos, que não querem lutar. Aliás, já li também, que há sírios que querem aproveitar a entrada na Ucrânia só para conseguirem fugir, depois, para a Europa ocidental. Afinal, em que ficamos? Como tem estado a questão da sobrevivência e do abastecimento aos Ucra-

nianos, fechados em casa e com os supermercados fechados? O nosso Governo tenta fazer sempre “corredores verdes” para entrar todo esse apoio. Muitos países europeus ajudam com bens comunitários e todos esses produtos de comida, medicamentos e roupa podem entrar. Em algumas das cidades esses corredores estão em maior risco. Até em guerra existem leis: não podes matar em hospitais / maternidades, em escolas e em igrejas. É proibido! Até as bombas que podes usar e não usar. Mas os russos que estão a combater não querem saber... Já destruíram tudo isso, em certas cidades. Por isso, nessas cidades há enorme dificuldade de corredores verdes.

pensar: “ficou em Portugal por estar seguro, olha que artista!”. Mas eis o que se passou: no dia que a guerra começou eu falei com o meu pai e, com o choque, era nosso desejo ir para lá e ajudar. Mas depois falámos com a minha mãe e com a minha esposa e pesou o facto de ter cá a família e de ter duas filhas. Ela disse-me: “compreendo que queiras ir, mas as tuas filhas também precisam do pai. Em que podes ajudar lá se não és militar? A tua ajuda é aqui”. E isso pesou na minha decisão de não ir. Além do futebol, tenho trabalhado como voluntário a angariar muita coisa para enviar para a Ucrânia. Temos transferido dinheiro para lá. Apoiamos como podemos apoiar. Acho que aqui podemos ajudar mais do que lá, mesmo não estando na primeira linha.

Numa questão mais política, como vês a atitude da UE não ser mais proeminente e proativa no combate à guerra? Há alguns países na UE, que apesar de ajudarem mas de modo mais comedido, que acabam por ser pró-russos. Partes deles dependem do gás russos. Daí estarem como estão. A UE tem de reagir já, e dar outro tipo de ajuda à Ucrânia, pois não estão a ver bem que se a Rússia conseguir entrar na Ucrânia, depois seguem-se outros países fronteiriços, como a Polónia. O nosso presidente já avisou que o maior problema são os aviões russos. Se a NATO não pode fechar o circuito aéreo, então que nos arranjem aviação para conseguirmos confrontá-los. Pelos tanques a Rússia não vai lá, isso era no tempo da II Guerra. Esta é a guerra aérea, mais futurista como os drones que também destroem. De que forma vais acompanhando a propaganda russa pelos meios possíveis? Eu vi vários vídeos russos no youtube, mas já foram cortados. Só dizem mentira. Do género: “quase que libertamos os nossos vizinhos Ucranianos do regime fascista e dos narcómanos”, acusação que faz ao nosso presidente. Como já referi, tenho amigos russos que vivem lá e percebem o que se passa e não vão nesta falsa propaganda e pedem-me desculpa pelo que está a passar. Por outro lado, tenho familiares russos, a viver na Rússia, que me ligaram a dizer exatamente isso: “olha, falta um bocadinho. Aguenta por favor. Nós vamos libertar-vos”. E eu respondi: “libertar do quê?! Não me ligues mais com esta informação”. Já tentámos explicar a situação real aos nossos familiares russos, mas eles não acreditam em nós, mas apenas no que ouvem na televisão russa. Costumas ou costumavas ir com regularidade à Ucrânia? Como passar férias, por exemplo? Sim, sempre! Duas vezes por ano: no verão e no inverno, pela altura do Natal e do Ano Novo. Ainda estive lá nesta última pas-

E tens ajudado através de que entidades? Por exemplo, pela AMIZADE – Associação de Imigrantes do Leste de Gondomar? Que tem tido um papel preponderante e graças ao dinamismo da sua presidente ucraniana, Nataliya… Por acaso não conheço pessoalmente a Nataliya, mas quero agradecer à Associação e aos gondomarenses, entre outros cidadãos de Portugal, por todo o apoio e ajuda que têm dado à Ucrânia. Nem esperava tanto! Tem sido uma muito boa surpresa. Estou confiante que tudo o que doam tem chegado à Ucrânia e à fronteira. Cada um, à sua maneira, tem ajudado muito, mesmo tu que me entrevistas, enquanto jornalista.

sagem de ano, de 2021 para 2022. E tens receio de voltar lá e ver tanto património destruído? Ou por causa desse impacto, não contarás ir tão cedo? Eu quero ir o mais rápido possível, quando esta guerra acabar. Mal eu tenha oportunidade irei, de imediato, visitar os meus familiares e amigos. A Ucrânia e Kiev são o meu país, a minha terra. Gosto delas e sempre gostei de viver lá. Preciso de ir apoiá-los. Mas será só de passagem, ou será um regresso efetivo e definitivo? Não sei. É a vida e tu nunca sabes o que pode acontecer amanhã. Também não imaginava, há um tempo, ter duas filhas que nasceram cá e ter um apartamento meu cá. Em algum momento recente, sentiste-te interpelado para deixar a tua vida aqui e ires para a Ucrânia combater? O que te fez a não ir, já que te manténs por cá? Algumas pessoas que nos leem podem

Ainda sobre Gondomar: o que te apraz dizer sobre esta cidade, daquilo que conheces dela? Sim, conheço Gondomar. Joguei várias vezes contra o Gondomar Sport Club e conheço bem o seu treinador, com quem trabalhei. E já fiz estágios lá. O Gondomar sempre teve uma boa equipa, tem sido muito difícil defrontá-la. Já perdi e já ganhei ao Gondomar SC, daí que acaba por ser um rival ao nosso nível, no Leça. Ali joga-se um futebol verdadeiro. Depois, também tenho muitos amigos ucranianos que vivem em Gondomar e em Rio Tinto, por isso é uma cidade muito boa, que eu gosto. Que desejo final pretendes deixar, além do desejo universal da Paz, sobretudo no teu país? Quero agradecer, novamente, a todos os que apoiam a Ucrânia. Quero pedir para não pararem de o fazer, a quem pode continuar a ajudar, porque a guerra permanece. Eu sei que a primeira onda de entusiasmo pode passar e depois as pessoas resfriam o mesmo. Mas temos de mantê-lo para ganhar esta guerra. Vamos ganhar! Pela nossa liberdade, pelo nosso futuro e pela Europa toda! É preciso ter esta força, esta ideia positiva, que é o que me dá alento continuar focado nos meus e no meu trabalho. ■


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CULTURA

FÉRIAS DE PÁSCOA para os mais novos

O Município de Gondomar vai retomar, durante a interrupção letiva da Páscoa, a oferta de atividades para as crianças e jovens, entre os 6 e os 14 anos. Estas ofertas irão decorrer durante os dias 11 e 14 de abril, nos seguintes locais: Biblioteca Municipal de Gondomar Camilo de Oliveira; Casas da Juventude Rio Tinto e de São Pedro da Cova; e o Centro de Educação Ambiental da Quin-

ta do Passal. As atividades serão de diversas temáticas, permitindo aos participantes uma vasta oferta lúdica e formativa. As pré-inscrições abriram no dia 26 de março. Contudo, a inscrição só é considerada, após o pagamento, obrigatoriamente presencial, no valor de 25€. Se após 48h da pré-inscrição, o pagamento não for realizado, a vaga poderá ser preenchida por outra pessoa. O participante deve inscrever-se no espaço onde pretende ser acolhido diariamente, contando que o horário da programação das atividades é das 9h às 17h30 e os almoços facultativos, com o custo de 3,30€ por dia. “Cada um destes locais, obviamente que prepara um programa de férias ajustado à oferta normal desses equipamentos. Por exemplo, o programa na Quinta do Passal é um programa mais voltado para o contacto com a natureza e atividades mais lúdicas. Quanto à biblioteca, são desenvolvidas atividades mais ligadas à cultura e aos livros”, explicou Luís Filipe de Araújo, vice-presidente e vereador da Cultura. O autarca acrescentou ainda que, “As férias têm que ser lúdicas, porque são para os meninos se divertirem”, sem descorar a aprendizagem.“■

COMEMORAÇÃO DO V CENTENÁRIO da viagem de Circum-Navegação

Luís Filipe Araújo, acompanhado pela diretora Lília Silva No âmbito das comemorações do “V Centenário da viagem de Circum-Navegação”, atividade dinamizada pela Comissão Nacional da Unesco e tendo em conta que o Agrupamento de Escolas nº 1 de Gondomar integra a Rede de Escolas da UNESCO, os responsáveis decidiram comemorar esta data com várias iniciativas, sendo uma delas, a inauguração de dois murais do mapa mundo. Um na Escola Secundária de Gondomar e o outro, na Escola Básica de Jovim

e Foz do Sousa. Além desta atividade, destaca-se ainda o pequeno almoço realizado com empresários gondomarenses, onde cerca de 60 alunos do 12.º ano estiveram presentes e partilharam ideias sobre ser empreendedor e o mundo do trabalho. A marcar presença nestes eventos, esteve o vereador da Educação e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Luís Filipe Araújo, que rasgou elogios à iniciativa desenvolvida. ■


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POLITICA

PLANO DE GESTÃO do Parque das Serras do Porto será revisto e atualizado Neste mês de março, decorreu no Gondomar GoldPark, a Sessão de Lançamento do Plano de Gestão do Parque das Serras do Porto. Esta reunião marcou o arranque do processo de revisão e atualização do Plano de Gestão, dado que a primeira versão aprovada data do final de novembro de 2018. Nesta sessão foi realizado um balanço do trabalho desempenhado no terreno no percorrer dos anos 2018, até 2022, bem como a apresentação da metodologia e das linhas orientadoras da atual revisão e atualização deste documento estratégico. Para Marco Martins, atual Presidente do Conselho executivo e da Câmara de Gondomar, “Neste momento, estamos a fazer a atualização dos estudos de base, com especialistas da matéria. O modelo que iremos utilizar é o anterior que corresponde ao modelo participativo. Este é um modelo de participação para que todos se possam sentir parte. Se resultou bem da última vez, nós queremos replicar e manter já com o know-how acrescido daquilo que temos vindo a fazer”.

A vereadora Cláudia Vieira garante que, este é um projeto de sucesso graças à proximidade constante dos três autarcas a todo este processo que engloba os municípios

de Gondomar, Valongo e Paredes: “Os três são presidentes muito presentes, em todo o processo. Este é um mérito que nós temos que enaltecer, relativamente ao funcionamento desta

estrutura, porque há uma fantástica articulação entre os três municípios”. A coordenação de todo este projeto continuará ao encargo da arquiteta, Teresa Andresen. ■

A UNIÃO DE FREGUESIAS DE MELRES E MEDAS DESEJA A TODOS UMA SANTA PÁSCOA


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POLÍTICA

BAGUIM DO MONTE dá cartas com novos projetos Francisco Laranjeira, Presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, reuniu este mês toda a sua equipa, bem como algumas personalidades do atual executivo PS, para realizar uma visita a todas as obras e futuros projetos que serão realizados na sua freguesia. Foram revelados alguns projetos que em breve, serão colocados em execução. A primeira paragem realizada foi nas instalações da futura Casa da Cultura que, atualmente, é a antiga EB1 de Baguim do Monte. A intenção do projeto é reaproveitar este edifício devoluto e transformá-lo num novo espaço, que irá fomentar a vida cultural desta freguesia. Assim, esta previsto nascer neste local um Museu Etnográfico, uma Biblioteca e um Auditório, para todos os baguinenses e não só. No museu ficará preservado para as gerações futuras as histórias e tradições de tempos passados. Um segundo destaque desta visita, foi a revelação de uma nova residência universitária. Um projeto que o Município já assinou o Memorando de Entendimento com a Federação Académica do Porto. Esta será a primeira residência universitária em Gondomar e ficará localizada na Rua Adelino Amaro da Costa. Na vertente de empreitadas nas escolas, Francisco Laranjeira, congratulou o facto da requalificação da Escola Vale de Ferreiros já estar em concurso, no entanto ressaltou, ao passar pela Escola EB 2\3 Frei Manuel Santa Inês, a necessidade de realizar obras naquele estabelecimento com o intuito de proporcionar melhores condições para a comunidade escolar. Ainda nesta linha de empreitadas, o autarca levou-nos por algumas ruas da freguesia que necessitam de ser requalificadas e ainda, adiantou projetos futuros que serão realizados, tais como: a realização de uma rotunda, bem como o alargamento da rua das Covas; a realização de uma rotunda na rua Nova do Crasto (entrada da zona indus-

trial); Na rua Dom Miguel, as cabines serão mudadas para permitir a passagem de camiões pesados; e quanto à rua das Flores o trabalho iniciado terá que ser terminado. Na sua lista de projetos, serão realizados obras que pretendem promover a natureza e o tempo de lazer com qualidade junto à comunidade. A primeira empreitada concerne à realização do Parque Urbano de Baguim do Monte, que irá integrar a rede de Parques Urbanos realizados pelo Município. Um segundo projeto que no qual visitamos o terreno será o futuro Parque de Merendas que está projetada para ser erguido próximo à rua Nova do Crasto. Visitamos ainda a entrada dos futuros trilhos de Baguim do Monte, que terão uma extensão de aproximadamente 6 km e que, para além da beleza natural da sua fauna e flora, contará com o embelezamento do rio Torto. Ainda no sentido de promover tempo de qualidade ao ar livre, estão projetados alguns parques infantis. Comecemos pelo parque da “Cidade de Rio Tinto”, um projeto que já está em curso no terreno e que

irá abranger ambas as freguesias da cidade. Será ainda realizado pela Junta de Freguesia, um Parque Infantil, que ficará localizado na rua Campinho. Ainda nesta vertente, fomos até ao alto da serra, perto da rotunda de Valongo, visitar o futuro local onde será construído um baloiço panorâmico. Além destes projetos mencionados, Francisco Laranjeira destacou ainda do seu plano eleitoral, a promessa que realizou a todos os baguinenses que concerne à cons-

trução do Ringue de Entrecancelas, sobre o assunto referiu aos presentes o seguinte: “Esta é uma promessa do meu mandato anterior e quando dizemos que vamos fazer, temos que o fazer, porque se não, não o fazemos, nem prometemos”. Sobre este dia, destacamos ainda a visita realizada às obras de conclusão do Polidesportivo do Crasto e a visita ao espaço, que futuramente será intervencionado, que é o Lavadouro das Lavadeiras. ■


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POLITICA

COMPRE MAIS LOCAL e ganhe prémios Entre os dias 26 março e 17 de abril, Compre Mais Local e habilite-se a ganhar vários prémios ao registar a sua factura. Este é um projeto criado pela Câmara Municipal de Gondomar que pretende impulsionar o nosso Comércio Local. A primeira edição deste projeto, foi implementado pela primeira vez no Natal. Para Cláudia Vieira, responsável do projeto, a primeira edição “Foi um sucesso” e o seu feedback foi “Muito positivo, tanto dos clientes, como dos comerciantes. As pessoas que achavam que os prémios nunca iam sair, acabaram por ganhar prémios pelas facturas registadas”. Foi no seguimento deste êxito da primeira edição que, o executivo decidiu implementar, novamente, esta segunda edição. “Agora, nesta altura da Páscoa, pretendemos que os resultados sejam semelhantes aos do Natal, porque é uma altura de mais consumo”, nesse sentido explica que, esta segunda edição contará com duas semanas. “Não existe qualquer custo para os comerciantes, eles apenas têm que se inscrever na plataforma e os clientes têm que registar as facturas e depois, semanalmente, habilitam-se a prémios”, acrescenta.

Em compremaislocal.pt, os comerciantes podem inscrever-se para aderir à iniciativa, assim como, os clientes que queiram participar no sorteio devem registar as suas faturas com o número de contribuinte, no valor mínimo de 24€ (até ao máximo de três registos, ou seja, 72€). Os clientes que registem as suas faturas de compras efetuadas, nos estabelecimentos aderentes, habi-

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litam-se a prémios no valor de 30€ a 300€, sorteados em duas semanas consecutivas. Quanto ao prémios, nesta edição são diferentes aos da primeira, mas “Os seus valores são equiparados. Os prémios são das áreas da tecnologias e dos eletrodomésticos”. Para a vereadora, com a criação da plataforma, os responsáveis conseguiram obter uma maior dinâmica: “Foi sem

dúvida, uma ótima aposta criar esta plataforma do Compre mais Local. Atualmente, Temos registado, aproximadamente, 120 participantes”. Frederico Abreu, é o proprietário da empresa Gomomania e já participou na primeira edição desta iniciativa. Sobre o Compre Mais Local refere que é uma mais valia, porque ajuda a “impulsionar” o seu comércio, e nesse sentido, não pensou duas vezes, em realizar a sua inscrição para mais uma edição. “Eu vejo que as pessoas aderem, porque é algo que já estão familiarizadas”, explica o comerciante e acrescenta ainda que “Este tipo de iniciativas ajuda o comércio local, até porque, como há aquela questão do valor, muitas vezes, fazem até uma compra superior, ou juntam os talões para conseguirem participar e ser contemplados, e isso, também acaba por tornar uma venda de impulso mais valorizada”. Nesse sentido, o empresário fez questão de congratular e agradecer o Município, por esta iniciativa “E por toda a ajuda que estão a dar ao comércio local, porque é realmente, muito importante”. Quaisquer dúvidas podem ser apresentadas através do email desenvolvimento@ cm-gondomar.pt ou por telefone para o 224 664 256. ■


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POLÍTICA

SOFIA MARTINS : “Posso afirmar que o objetivo futuro é precisamente vencer nas duas freguesias” Foi a responsável por dar ao Município de Gondomar a hegemonia nas sete freguesias e conseguiu trazer a União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova para o PS. O que é que representou para si esta vitória? Eu não coloco assim a questão, porque nunca senti esse peso, ou seja, essa necessidade de ter a vitória por causa disso. Tanto é que, ao longo da minha campanha, andei sempre com tranquilidade e com espírito de equipa, sem carregar nos ombros essa responsabilidade. Portanto, se acontecesse, acontecia, se não acontecesse, nós iríamos respeitar a vontade do povo. Agora, claro que tenho a noção que, em termos políticos é muito importante e até é um fenómeno interessante a estudar, porque este é um concelho que agora tem todas as Juntas com a mesma cor política. Sendo certo que, há muitos anos que São Pedro da Cova pertencia ao Partido Comunista e depois, com a implementação da União de Freguesias, o Partido Comunista ganhou as duas Juntas. Portanto, eu sabia que este seria um desafio difícil. Sempre tive essa consciência. Mas, no dia a dia, quando andava na rua, apesar de muita gente duvidar, eu sentia a vontade dessa mudança. As pessoas iam dando indicações que isto poderia acontecer. Também é preciso ter humildade suficiente para dizer que, nós vencemos porque o PS recuperou muitos votos em São Pedro da Cova e manteve o eleitorado em Fânzeres, que foi um resultado excelente. O meu resultado foi o culminar destas duas situações que nos deu a vitória. Agora, afirmar que o objetivo futuro é precisamente vencer nas duas freguesias e nesse sentido, o meu executivo irá trabalhar todos os dias para podermos conquistar a confiança das pessoas que ainda não acreditam em nós. Volvidos quatro ou cinco meses, se lhe pedir, agora a frio, para elencar duas ou três pessoas, a quem deve um obrigado por esta vitória? O primeiro, na minha ótica, é o Presidente Marco Martins. Foi a pessoa que, no fundo sempre acreditou na capacidade que tinha para realizar esta mudança, reeditando uma situação que não aconteceu em 2017, ou seja, nesse ano, fui candidata, e não ganhei, mas ele decidiu dar-me novamente esse voto de confiança, sempre com a certeza que eu iria ganhar. Para mim, acho que foi o fator chave para isto acontecer. Depois, eu não consigo particularizar apenas uma pessoa, mas sim uma equipa que esteve sempre ao meu lado e que andou comigo todos os dias, durante muitos meses. Nesse sentido, devemos também a eles, essa vitória. O seu pai, tendo sido Presidente de Junta há muitos anos atrás, serviu como exemplo para que hoje, estivesse aqui, a seguir um pouco o seu legado? Sim, claro. Numa primeira fase da minha vida autárquica, eu sempre era vista como a filha do José Martins e sentia que carregava um pouco esse peso, de uma forma pacifica e positiva. Claro que é

para estar ou para viver... Sim, sim. Não quero que se fale só do negativo, quero dar outra imagem àquela freguesia. Agora que os resíduos já estão resolvidos e para mim, é uma não questão, quero dar esse salto. E considero que isso, é possível. E há aqui um ponto muito interessante que nunca falei nele que é a monografia da vila de São Pedro da Cova, porque considero que uma freguesia como esta, carregada de muita história dispersa, nos últimos anos, focamos muito a questão dos resíduos e acabamos por esquecer aquilo que é a história -o antes e depois das minas. Falta isso em São Pedro da Cova e esse é um dos projetos que nós já aprovamos em reunião de executivo, e será para avançar. E, penso até que a Câmara estará disponível para nos ajudar nesse sentido. Queremos transformar as nossas Freguesias, numa União de Freguesias asseada e aprazível para viver. uma pessoa muito reconhecida em Fânzeres, pela sua capacidade de trabalho e por todas as suas conquistas, e as pessoas reconhecem isso. Ele é para mim um exemplo e foi sempre uma das pessoas que sempre me acompanhou no meu dia a dia da campanha, sempre muito motivado e com muita juvenilidade, apesar dos seus 76 anos. Foi fácil para ele deixar o cartão laranja e continuar a apoiá-la? Eu acho que sim. Eu sempre recordo de ele dizer que o Partido dele era Fânzeres. Por isso, para ele, sendo esse o lema que sempre me incutiu, foi fácil, porque para além de ser filha dele e ele gostar que ganhasse, ele também reconhecia a minha capacidade de trabalho em prol de ambas as freguesias. Mas acima de tudo imagino, que para ele, deve ser um orgulho ter uma filha no lugar que ele outrora ocupou. E ocupou por gosto, porque ele sempre gostou da vida política. Em termos de legado, como é que encontrou a União de Freguesias? A União de Freguesias, em termos financeiros está estável, com um quadro de pessoal que eu entendo que seja pequeno, comparado às necessidades que temos atualmente, mas é aquilo que é possível. Não é a estrutura que nós idealizamos enquanto executivo, mas dentro do que cada Presidente e cada executivo entende fazer a sua liderança, eu respeito e não posso de todo dizer que encontrei a União de Freguesias mal. É uma União de Freguesias que é fácil de trabalhar, porque também a encontrei em boas condições, com uma boa dinâmica de iniciativas, nomeadamente culturais, sendo que muitas delas até vamos manter. Fizemos alterações noutras áreas que também já são notórias, mas isso também está interligado com decisões políticas. E tenho ainda a dizer que, os colaboradores, desde o primeiro momento, fomos muito bem recebidos e acolhidos, para não falar que todos os dias são exemplo de que, não interessa a cor política, mas sim, a equipa que está e que trabalham em prol da população. Nesse aspeto, sou uma privilegiada. Disse há pouco que ia aproveitar e manter o

que de bem estava feito, quer dar dois ou três exemplos? Um dos exemplos é o Prémio Nacional de Poesia que foi criado em 1990, que vamos manter. Também iremos manter o Concurso das Curtas Metragens, que é do executivo anterior. E, depois, em termos culturais com uma dinâmica menos arrojada, porque queremos canalizar para outras áreas, mas iremos manter o movimento sénior, que é dos executivos anteriores. Quanto às mudanças que realizamos, incidem na área social, como por exemplo, reativamos a Comissão Social da Freguesia e também considero que adotamos uma dinâmica diferente na rua. Nomeadamente, na área da jardinagem, na construção de passeios e ainda, estamos a dar outra dinâmica. Também temos que perceber que o executivo anterior teve a questão da pandemia e isso, parece que não, mas dificultou muito qualquer evento que englobasse muitas pessoas. Mas, no fundo estamos a priorizar as acessibilidades, com a construção de passeios e com a requalificação dos nossos jardins, onde estamos a adquirir algumas máquinas, porque sentimos a necessidade de renovar a nossa maquinaria. E, agora, também foi-nos delegado novas competências. Nomeadamente, no âmbito dos logradouros das EB2\3 e da sinalização horizontal. Isso implica a contratação de mais pessoas. Neste momento, estamos a abrir concursos para a contratação de mais operacionais. Queremos ainda, implementar uma nova dinâmica no Museu Mineiro. E, nesse sentido, temos já um projeto com a Câmara Municipal para o efeito. Queremos dar uma nova vida e modernizar aquele espaço e isso implica algum investimento por parte da Freguesia. E, uma vez que está a ser construído o Parque Urbano, vamos aproveitar e vamos fazer já esta pequena obra, dentro dos recursos que a Junta tem. Até porque, agora, com a requalificação do Cavalete, podemos ter um polo turístico que dê uma outra imagem e uma vivacidade mais interessante a São Pedro da Cova. Há 8\9 anos, Gondomar enquanto Município era muito falado por processos em tribunais... Gostava de transformar São Pedro da Cova, numa freguesia que não se fale apenas pelo lado negativo, mas sim como um local propício

Em termos de desagregação, Fânzeres e São Pedro da Cova são duas freguesias que estão sempre dentro deste tema de conversa, caso até ao próximo mandato haja a desagregação, os fregueses podem contar consigo para ser presidente da Junta de Fânzeres, ou de São Pedro da Cova? Eu acho que, neste momento, para mim, isso é um não assunto. Isso terá que ser a Assembleia a decidir e depois, logo se vê. Não acredita que haja desagregação? Não sei. Não faço a mínima ideia. Não sei qual é a vontade dos deputados da freguesia ou dos municipais. A minha vontade vale zero, porque se tivesse que escolher, seria uma situação difícil para mim, por isso não conseguiria decidir. A Sofia é uma Presidente de gabinete, ou prefere o acompanhamento mais no terreno? Nem por isso, aliás eu tenho o agendamento de audiências e tenho dias fixos em cada freguesia, apesar de estar aqui todos os dias. Mas eu sou uma Presidente que está mais na rua, do que no gabinete, porque ao andar a pé na rua, eu vejo os problemas e consigo sinalizá-los para serem resolvidos. Para terminar, peço-lhe um compromisso para com a União de Freguesias. O meu compromisso é muito simples. É estar aqui, para resolver os problemas de cada pessoa que venha ter connosco e procure ajuda junto aos nossos serviços. Esse é o meu compromisso diário. Quero estar presente e ajudar a resolver os problemas dos nossos cidadãos. E no fim, o mais satisfatórios, são os mimos ou as mensagens que as pessoas mandam a agradecer o nosso trabalho. Já há esse retorno? Já! Já há esse retorno. Mandam-nos emails a agradecer e depois, até há casos que dizem “obrigado pela forma rápida e eficaz como resolveram o problema”. E quando recebo essas mensagens mostro aos meus colegas e parabenizo-os, porque é sinal que estamos a realizar bem o nosso trabalho. O que me ajuda é ter também um executivo que está alinhado e isso ajuda a desempenhar o nosso trabalho. ■


FREGUESIA DA LOMBA


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DESPORTO

TRAIL SERRA DAS FLORES, a melhor forma de

descobrir a beleza escondida da Serra das Flores No dia 22 de maio, irá decorrer a primeira edição do Trail Serra das Flores. Uma iniciativa que pretende levar cada participante numa aventura repleta de momentos únicos, marcados pelas paisagens naturais que são um dos ex-libris do nosso alto concelho. Esta prova é composta por três distâncias para que todos possam participar destas atividades ao ar livre. A primeira é de 21km, que é o Trail, a segunda é de 11 km, que é o Trail curto e uma caminhada de 7 km. “O objetivo é conseguirmos alcançar toda a população. A caminhada é para aqueles que não têm hábitos de treino, os 11km são para os que querem começar a experimentar o Trail ou que gostam do Trail em distâncias mais curtas e mais velozes e depois o trajeto de 21km, já com maior nível de dificuldade porque terá mais desnível de terreno”, explica a organização representada por João Sousa e Pedro Viana . Este é um percurso que tem o início e o fim da prova marcado na Escola Básica e Secundária À Beira Douro, que fica próximo às Piscinas Municipais de Medas. O intuito do percurso é chegar ao ponto alto da Serra das Flores, onde os participantes

poderão contemplar uma visão de tirar o fôlego sobre o rio Douro. Para além disso, o percurso pretende passar pelos Trilhos do Ouro e do Antimónio, nova rota pedestre certificada de Gondomar, passarão ainda junto ao rio Douro, à Marina do Pombal e passarão pelo lado de fora da vedação, da Central Termoelétrica da Tapada do Outeiro, uma central carregada de História. No final haverá entrega de prémios para

os vencedores, tanto na classificação individual, como na coletiva. Haverá ainda um prémio para a equipa mais numerosa. A prova é organizada pela S4L e pelo Medense Futebol Clube e conta com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar e da Junta da União de Freguesias de Melres e Medas, para além disso é apoiada por diversas empresas locais. Para os interessados, a idade mínima

para participação é de 18 anos, salvo algumas exceções que têm que se fazer acompanhar por uma autorização do encarregado de educação. As inscrições tem um custo diferente consoante o percurso, nesse sentido a caminhada custa 7,50€, o trail de 11km, 9,50€ e o trail de 21km, 12,50€. As inscrições têm que ser realizadas através do site https://trailserradasflores.pt/. ■

ESTÁ DE VOLTA A MEIA-MARATONA D’Ouro Run Gondomar Tranquilidade Um dos eventos mais aguardados do mundo do atletismo está de volta às estradas de Gondomar. Este ano, a sétima edição da Meia-Maratona D’Ouro Run Gondomar Tranquilidade irá decorrer no dia 12 de junho. As inscrições já estão abertas. Esta prova é caracterizada pela beleza natural presente na paisagem do rio Douro, onde os locais de passagem desenham os contornos deste que é um dos símbolos do nosso concelho. A estrada da Marginal, será a pista do evento, mais concretamente, entre Valbom e Foz do Sousa- Esposade Semelhante a anos transatos, assume o papel de madrinha, a conceituada atleta Rosa Mota e a organização do evento está a cargo da EventSport e do Município de Gondomar. Perante os elogios recebidos nas últimas edições, a organização decidiu renovar para mais uma edição e nesse sentido, a sétima prova realizada contará com a Meia Maratona D´Ouro Run Gondomar com um percurso de 21.097Km, a Mini Maratona de

10 Km e a Caminhada de 5 Km. Sobre esta prova, o vereador do desporto, José Fernando Moreira, refere o seguinte: “Queremos que esta corrida, a Douro Run -que é uma prova que leva o nosso símbolo, que leva o nosso nome, Gondomar é D’Ouro- , seja o ex-libris do atletismo. Deixo

aqui o meu convite a todos, para que participem nesta corrida, ou na caminhada. O mais importante é juntar as pessoas e trabalhar em prol da felicidade, esse é o trabalho dos autarcas e, nesse sentido, o desporto, e neste caso o atletismo, é o caminho que no qual nós estamos vincados para

o conseguir”. As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas pelos seguintes sites: www. dourorun.pt ou em www.eventsport.pt . Pode realizar a sua inscrição até ao dia 11 de junho. Para mais informações, pode consultar o site oficial www.dourorun.pt. ■


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O executivo da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, deseja a todos uma Feliz Páscoa com a esperança de dias melhores Rua D. António Barroso nº 33, 4435-996 Baguim do Monte geral@baguimdomonte.pt T: 22 489 9666 F: 224 808 840


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DESPORTO TABELA CLASSIFICATIVA Campeonato Portugal Despromoção Alvarenga 2-2 Gondomar 1º Valadares------------------------------------ 3p 2º Gondomar----------------------------------- 1p 3º Alvarenga------------------------------------ 1p 4º Espinho-------------------------------------- 0p Gondomar - Espinho

Estrelas Fânzeres 2-3 Lagares 1º S. Lourenço Douro------------------ 73 p 2º Roriz- ---------------------------------------57 p 9º Ataense- ----------------------------------33 p 14ºEstrelas Fânzeres --------------------28 p Sanfins-Ataense Ferreira- Estrelas Fânzeres

AF Porto Elite AP. Campeão Alpendorada 3-1 Gondomar B 1º Alpendorada---------------------------- 23 p 2º Rebordosa- ------------------------------- 21p 3º Freamunde------------------------------ 17 p Gondomar B - Foz

AF Porto 2ª Divisão Série 2 Nevogilde 0-1 Melres 1º Boim- ---------------------------------------- 58p 2º Cête- ---------------------------------------- 58p 3ºMelres- ---------------------------------------55p Melres vs Lusos

AF Porto Elite Manutenção Série 2 SC Rio Tinto 0-1 Folgosa 1º SC Rio Tinto------------------------------ 37p 2º Coimbrões- ------------------------------34 p SC Rio Tinto - Perosinho

Inatel Série A Santa Catarina 1-5 Covelo Lusos bitarrães 2-3 Juventude Portelinha Alunos Mirim 2-2 Besteiros Aguiar 0-1 Vila Cova 1º Juventude Portelinha- -------------- 42p 2º Aguiar- ------------------------------------- 34p 4º Covelo- ------------------------------------ 28p 8º Alunos Meirim ------------------------- 18p Covelo - Galatic Juventude Portelinha - Santa Catarina São Romão - Alunos Meirim Inatel Série B Silva Escura 3-0 Gondomar Futsal Ermentão 3-0 Dragões Valboenses CS Soutelo 2-0 Nogueira Montezelo 1-2 S.Luiz 1º Ermentão- -------------------------------- 42p 5º Dragões Valboenses- ----------------33p 6º CS Soutelo- ------------------------------ 30p 7º Gondomar Futsal --------------------- 17p 11º Montezelo---------------------------------- 7p Gondomar Futsal- Âncora Dragões Valboenses- Silva Escura Ermentão-Nogueira Barca-Montezelo

AF Porto Elite Manutenção Série 3 S.Pedro da Cova 1-1 Barrosas Gens 3-1 Alfenense 1º Sobrado- ---------------------------------- 29p 5º S.Pedro da Cova----------------------- 25p 7º Gens ---------------------------------------- 20p Sobrado- S.Pedro da Cova Barrosas - Gens AF Porto Elite Manutenção Série 4 Sousense 0-1 Lordelo 1º Marco- ---------------------------------------32p 6º Sousense---------------------------------- 26p Felgueiras B - Sousense AF Porto Honra Série 1 CA Rio Tinto 4-1 CD Portugal 1º Dragões Sandinenses ----------------52p 13º CA Rio Tinto - ------------------------- 28p Arcozelo - CA Rio Tinto AF Porto Honra Série 2

Posto de Vigia

Manuel Teixeira Professor Universitário e investigador do CEPESE (UP)

UM GOVERNO DE ORQUESTRA COM REPORTÓRIO E PLATEIA 1 – Após um longo compasso de espera imposto pela repetição das eleições no círculo da europa, foi, finalmente, encerrado o processo eleitoral, com a posse da nova Assembleia da República, e, consequentemente, do novo Governo. Aberta a cortina à boca do palco, findo o ritual das bençãos presidenciais, e com Marcelo sentado no camarote de honra, António Costa tem a batuta preparada para o espetáculo governativo que vai começar. À frente do Chefe do Governo sentam-se 17 ministros e 38 secretários de estado, o que eleva a orquestra para 55 executantes mais o respetivo maestro. Divulgados os nomes deste elenco, rápido se percebeu a lógica das escolhas de António Costa na formação desta equipa, que parte para uma longa maratona de 55 meses de mandato. A saber: uma orquestra de amigos e fiéis, recrutados na corte lisboeta, sem espaço para qualquer tipo de desafinação. 2 – E se cada um destes executantes não tem a

menor dúvida sobre a respetiva partitura, também é fácil de perceber que a plateia socialista já está acomodada ao conforto das suas cadeiras, tão afinada para os aplausos quanto o reportório o aconselhar. É o que nos espera neste governo de maioria, onde as oposições ficarão à porta, apenas com direito a empunhar cartazes que os media se encarregarão de desvalorizar e apoucar. Desiludam-se os que ainda acreditam que o ruído da rua há-de comover qualquer destes governantes, ou perturbar o espírito do chefe da orquestra. Migalha aqui, subsídio além, tudo contribuirá para uma santa paz de acomodadas instituições, humildes e agradecidos dirigentes, desde reverentes associações patronais a anémicas e conformadas centrais sindicais. Haja respeitinho perante quem manda, que o povo assim quis e escolheu… 3 – É certo que as feridas da pandemia e os dramas da guerra ditam para todos nós uma incerteza tão dramática sobre o futuro de curto e médio prazo que ninguém pode calcular. E quando o estômago impõe a sua ordem ninguém sabe a que armas pode recorrer. Mas, que diabo, não estamos protegidos por uma europa solidária, mais unida que nunca em torno do sagrado princípio de todos por um e um por todos? No fundo, acreditamos que sim, e assim será! Por tudo isto, é sabido que António Costa e a sua orquestra não perderão um minuto de sono a pensar em obstáculos ou contratempos. O importante está garantido – pensam todos os executantes – e por isso, só honra e glória deverá ocupar os espíritos de tão afortunadas personagens. E se um qualquer profeta da desgraça ousar anunciar a ameaça de um qualquer diabo, a plateia há de levantar-se em peso para abafar a maldição com estrondosos aplausos. ■



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DESPORTO

DIOGO PARENTE é campeão Nacional de Sprint Enduro Diogo Parente tem 27 anos e é natural de Ferreirinha, Foz do Sousa. Desde os 20 anos, que começou a competir motocross e no final do ano transato, conquistou o título de Campeão Nacional de Sprint Enduro e vice-campeão de Enduro. Foi numa brincadeira entre amigos que o bichinho das motas despertou neste atleta, “Comprei uma moto e comecei a praticar e percebi que tinha um pouco de jeito e foi aí que começou a minha paixão”. Com o passar dos anos, o que era um passatempo para Diogo, tornou-se mais a sério quando decidiu profissionalizar-se na modalidade. “Quando se tornou mais a sério foi quando comecei a preparar-me para o Campeonato Nacional. Como este é um desporto caro, comecei a ter patrocínios, e foi quando comecei a lidar de uma forma mais profissional”, explica o atleta. Antes disso, Diogo já competia em corridas amadoras, campeonatos regionais e foi aos 24 anos que decidiu aventurar-se nas pistas nacionais. “ A primeira corrida que fiz teve várias voltas. Na primeira volta estava em 1.º e nem acreditava porque nem sabia como é que funcionava e consegui acabar a corrida em 2.º lugar, foi mesmo bom. Desde aí, fui contactado pela TM Portugal

que é uma marca de motos, e questionaram-me se queria representá-los. Representei-os esse ano e foi o primeiro ano que fui campeão, em 2018”, explica. Em 2018, todos os campeonatos que o atleta participava, seja de Enduro, ou de Super Enduro, conseguiu ganhar, o que considera um “Resultado muito importante” para a sua carreira. Infelizmente, a vida deu-lhe uma volta inesperada e Diogo teve

que ser obrigado a estacionar a sua companheira de pista, devido a uma lesão. Perante este cenário, não baixou os braços e depois de recuperar, voltou com tudo para a pista e conseguiu realizar uma das melhores épocas da sua vida: “O ano passado foi o melhor ano, até porque foi numa categoria mais a sério, ou seja, tinha mesmo que dedicar-me e treinar muito para conseguir os resultados que

ambicionava: “Consegui vencer o Sprint Enduro e fui vice-campeão de Open, ou seja, a classe abaixo da Elite, perdi na última corrida, tive uma queda e não consegui voltar a correr pelo título. Mas quando subi ao pódio, o sentimento é difícil de explicar, porque é um prestígio enorme porque são 200 pilotos e só três sobem ao pódio”. Ao VivaCidade, garante que, para o próximo ano pretende ser novamente Campeão Nacional. No entanto explica que, os valores gastos quando se atinge um patamar profissional são muito superiores aos valores investidos no amador: “A nível de apoios, o desporto, infelizmente, em Portugal é complicado. Felizmente, tenho alguns aliados comigo que me ajudam e estou muito agradecido por isso, porque vai dando para treinar e seguir a minha carreira”. “Agora, quando ao meu futuro, quero pelo menos competir mais um ano e tentar lutar por mais um título. Este ano queria tentar de novo competir na modalidade de Super Enduro, que no qual ganhei em 2018, e estou a treinar para isso. Vamos ver se o meu lado profissional me permite e se vou ter tempo de fazer mais algumas corridas", conclui o campeão. ■


VIVACIDADE | MARÇO 2022

ANDREIA SANTOS: “Na zona Norte, todas as propostas que

tive, foram inferiores ao Águeda. Para não falar da dimensão que este clube tem e a prova disso é até ser uma referência no panorama nacional do atletismo” Desde muito nova que descobriu a sua paixão estava no desporto, proveniente de família mineira, Andreia Santos, tem 36 anos e já conta no seu currículo com várias conquistas, sendo as mais recentes dois títulos europeus. Hoje, a atleta conta com vários títulos nacionais e europeus. Como é que começou todo o seu percurso no mundo do atletismo? O meu percurso no atletismo começou quando tinha 10 anos, no corta mato da escola, onde ganhei a minha primeira prova. A minha segunda prova foi na minha freguesia, na altura, vivia em Valongo, onde nasci e fui criada. Depois fui à distrital e fiquei em terceiro. Foi a partir daí que começou realmente a minha aventura, porque até então, praticava hóquei. Entretanto, tive que escolher entre ambas as modalidades e escolhi o atletismo. Nessa fase de decisão, teve alguém que a ajudou a decidir ou teve alguma referência? Não. Não tive. Simplesmente escolhi o atletismo porque na altura, não havia equipas de hóquei feminino em Valongo, então tinha que praticar com os rapazes. Apesar de gostar da modalidade e de saber que jogava bem, percebi que, não teria ali muito futuro. Então, optei pelo atletismo porque realmente vi que podia ter esse futuro. Posteriormente, corri pelo DM (clube de atletismo de Valongo) até aos 14 anos, entretanto o clube acabou. Na altura, eles entregavam os melhores atletas ao Porto, na altura, eu estava na lista para ir, mas acabei por não aceitar. Isto porque, como a minha irmã corria comigo e eu já estava habituada a treinar com ela, e como ela não podia ir, eu também não fui. Assim fomos para o Luz e Vida Gondomarense, corri com eles até aos meus 19 anos, fiz um europeu, fiz um mundial, bati o recorde nacional… ganhei vários títulos de 800 e 1500 metros, ganhei ainda o olímpico jovem. Entretanto, aos 19 anos casei e estive cinco anos parada. Tive a minha filha mais velha que vai comemorar agora 14 anos e depois ao fim desses cinco anos, o ‘bichinho’ do atletismo voltou. Comecei novamente a treinar. Quando voltei, decidi treinar com o PinhalNovense, um clube de Setúbal. Corri com eles três meses e consegui bater o recorde regional aos 5 mil metros. Passado esse tempo, o JOMAJuventude Operária Monte de Abraão,

um clube de Sintra, foi buscar-me e permaneci por lá cinco épocas.

Mas diria que, o que mais me custa é perder algum tempo com a minha família.

Tendo em conta os cinco anos que esteve parada, foi difícil regressar à pista e obter resultados? Não é fácil voltar, porque depois aparecem as lesões, entre outras coisas... isto é como um sacrifício, mas é nosso. Não há ninguém que o faça por nós. Então voltar, treinar diariamente e ver que antes estávamos num nível alto e depois vemos que estamos a perder com aquelas atletas que ganhávamos.. temos que naturalmente saber perder e abdicar de muita coisa. Não vamos a festas, perdemos momentos importantes com a família. Por exemplo, na semana passada, tive pouco tempo com a minha família, porque tive competições… muitas vezes tenho que prescindir dos meus fins de semana. Para além disso, também tenho restrições com a minha alimentação. Temos que ter regras. O treino é fundamental, mas o descanso também o é, e isso, é uma regalia que não tenho.

A retaguarda ajuda? Ajuda muito. Eu sou quem sou pelo meu companheiro, pelo o Bruno. Se não fosse ele, não teria hipóteses, dado que tenho três filhos… Ele é uma pessoa muito presente na minha vida.

O que é que mais lhe custa abdicar? Quanto à alimentação, o nosso treinador é muito tranquilo. Ele diz que temos que nos alimentar bem, mas por exemplo, não podemos comer muitas batatas fritas, que eu adoro, não posso comer muita francesinhas, nem cachorros, nada dessas coisas, como também doces, apesar de não ser muito fã, o que é bom, porque se não, sofria ainda mais (risos).

É possível viver do atletismo em Portugal? Não (risos), é impossível. O que recebe não é suficiente para conseguir viver desta modalidade, mesmo com este nível de resultados? Não. Não dá. Eu faço limpezas. De manhã treino e à tarde faço limpezas. Não há apoios da Federação ou do próprio clube? O clube dá-me um subsídio, mas não é o suficiente. Entre sapatilhas, massagens -porque tenho que as fazer todas as semanas... o meu problema é que estou longe do meu clube. Porque o clube é de Águeda e eu vivo aqui em Gondomar. Se estivesse mais perto do clube, tinha tudo... tinha gabinete médico... tudo... o problema é que estou longe, e nesse sentido, eu não consigo usufruir das condições que o clube dá. A Federação não ajuda? Não, não ajuda com nada. Eles apenas atribuem uma bolsa aos atletas que vão aos jogos olímpicos. De res-

to, não usufruímos de mais nada. E mesmo essa bolsa é atribuída por um determinado tempo, não é sempre. Sendo natural de Valongo, reside agora em São Pedro da Cova e nesse sentido, questiono-a o porquê, de treinar num clube de Águeda? Aqui na zona Norte, todas as propostas que tive, foram inferiores ao Águeda. Para não falar da dimensão que este clube tem e a prova disso é até ser uma referência no panorama nacional do atletismo. Portanto, eu estou num dos melhores clubes, além disso sinto-me acarinhada nesta casa. Eles são fantásticos. Entre o treinador, o Presidente da secção de atletismo... todos eles estão sempre muito presentes e ajudam-nos imenso. Se tivesse uma proposta de um clube mais próximo de Gondomar ou do Porto, aceitaria? Sim, claro que sim. Estaria muito mais perto de casa, para não falar que teria mais condições, certamente. Mas eu estou bem no Águeda, não sei se trocaria, só por ser um clube daqui. A distância não é propriamente um factor que a impeça de conseguir excelentes resultados... Sim, sim... porque o meu treinador é dos melhores treinadores a nível nacional. Aliás o professor João Campos que era treinador da Fernanda Ribeiro -campeã olímpica, mundial e nacional-, agora, também está no Águeda, como treinador.

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DESPORTO A quem é que deve um agradecimento por estes dois títulos que conquistou recentemente, quem é que foi verdadeiramente importante para ter conseguido lá chegar? Em primeiro lugar o meu companheiro, o Bruno. Ele foi incansável para que tudo isto acontecesse. Depois, o meu treinador, o Hugo Pinheiro, o Presidente da Secção de Atletismo do Águeda, o Presidente do Clube... a toda a estrutura deste clube, porque são fantásticos. Não tenho preocupações com nada, eu digo que quero ir à competição ‘x’ e eles inscrevem-me. Eles organizam tudo e apenas comunicam-me os horários. Não tenho preocupações com nenhuma logística, ao contrário de outras colegas que estão noutros clubes. Por isso, é que balanço um pouco em trocar de clube, porque vejo ali uma estabilidade muito grande. Tanto que, na altura, quando falei para irmos aos campeonatos da Europa, eles ficaram “a olhar” para mim e perguntaram se queria mesmo ir… respondi que sim e até disse que queria levar comigo a Carla Martinhos, que é outra atleta nossa e que também foi campeã. Ela quis ir aos 3 000 metros e eu tive que ir ao Cross, tanto que, a minha medalha nesta vertente da modalidade não seria esperada, porque pensava “Vou lá chegar e vou ser abalroada” e fui, mas depois, houve um momento na prova em que consegui endireitar-me e conquistar o título. Quando partiu para essa prova, o que era para si um bom resultado? Chegar ao fim (Risos). Eu sempre pensei que gostava de chegar pelo menos ao pódio, tanto que não me importava de ficar em terceiro, para mim já era um grande resultado. Isto porque, não sou nada boa em corta-mato. Nada mesmo. Aliás, antigamente fazia 800 a 1500 metros, eram provas rápidas. Agora é que subi as distâncias, porque começamos a ficar com menos velocidade, dado que a idade não perdoa (risos). Assim, neste momento, faço de 10 km e meia maratona, e chega. Para terminarmos, o que é que tem em mente para o ano de 2022? Começou de uma forma grandiosa, mas o que é que tem na sua agenda a nível de provas que ambiciona participar? A nível individual está concluído. Já não vou participar em mais nenhuma prova. Até ao final do ano, terei algumas provas, mas são objetivos para o clube. Esta conquista pessoal, foi um à parte... uma aventura que eu disse que queria e eles apoiaram a 100% e está aqui nestas medalhas o resultado.■


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DESPORTO

CLUBES DESAPROVAM casos de violência no desporto Neste mês, Gondomar foi notícia por uma situação de violência que decorreu num jogo de formação que acabou com pais e jogadores à pancadaria. Os envolvidos pertenciam ao escalão de juvenis e representavam o União Desportiva de Sousense e o Gondomar Sport Clube. Perante a situação, os clubes demonstraram publicamente o seu desagrado. Em comunicado o Gondomar SC dirigiu-se à comunidade referindo que “A direção do Gondomar Sport Clube repudia publicamente os acontecimentos ocorridos no domingo passado entre pais das duas equipas” e de forma a controlar eventuais situações semelhantes tomaram a decisão de realizar “Uma ação de formação de ética no desporto com pais dos jogadores dos escalões de formação”. A direção quis deixar bem assente a toda a comunidade que “não se revê em situações que nada têm a ver com

desporto e com o seu espírito educativo”. Quanto ao clube União Desportivo do Sousense, a direção também manifestou o seu “Total repúdio e distanciamento em relação a qualquer acto de violência”. Segundo a direção, “Independentemente das motivações que precederam os incidentes, é

GONDOMARENSES

participam no Trail de Cominbriga Terras de Sicó No início deste mês de março, dois gondomarenses, aventuraram-se no Trail de Cominbriga Terras de Sicó, onde percorreram uma distância de 111 milhas (180km). Paulo Gama (à esquerda), atleta da equipa Gondomar futsal, classificou-se em 8º lugar, no escalão M50 e demorou 31 horas e 2 min para concluir o percurso. Quanto ao atleta José Conceição (à direita), da equipa MSS Contabilidade Trail Team, demorou 41 horas e 55 minutos para finalizar a prova. O atleta ficou em 10º lugar no escalão Sen-M. ■

inaceitável e injustificável o desencadear da situação nos actos de violência presenciáveis na gravação de vídeo”, e acrescentou ainda que “O Clube não se revê nestes actos, sejam provocados ou incitados por adeptos do Sousense, ou de qualquer outro Clube, defendendo que a violência deve ser banida do

futebol. Ocorrências desta natureza não dignificam o desporto, no entanto não são representativas do futebol de formação nem desta Instituição em particular. O União Desportiva Sousense é uma Instituição com oitenta e quatro anos de história, com formação certificada com quatro estrelas pela Federação Portuguesa de Futebol e cuja postura e actuação sempre se orientaram e sempre se orientarão pelo respeito, valores e princípios bem definidos, aliás bem patentes no nosso lema da formação “Educar, Formar, Conquistar”. Sobre o ocorrido, a Associação de Futebol do Porto penalizou o Gondomar SC com uma coima de 50 euros e o União Desportiva de Sousense, com uma coima de 25 euros. Os três jogadores envolvidos do Gondomar SC, foram suspensos preventivamente e levaram com um processo disciplinar. Na semana seguinte, no jogo de juniores entre ambos os clubes e no mesmo campo, os jogadores levaram uma faixa com a frase “Não à violência no desporto”. ■

CAMPEONATO NACIONAL de Fundo de Remo Nos dias 5 e 6 de março, em Melres, o rio Douro serviu de pista para mais um Campeonato Nacional de Fundo de Remo. O evento, organizado pelo Clube Naval Infante D. Henrique e da Federação Portuguesa de Remo, contou com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar e da União de Freguesias de Melres e Medas. A competição reuniu os escalões

juvenis, juniores e seniores em eliminatórias de 500m e finais de 4000/6000m, tendo somado um total de 503 remadores e 214 tripulações. O evento contou com a presença do Presidente da União de Freguesias, José Paiva e do Vereador do Desporto, José Fernando Moreira, que saudou os vencedores e os restantes participantes. ■

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EMPRESAS E NEGÓCIOS

PURITY a receita da beleza chegou a Rio Tinto

Com a ambição de crescer e chegar a mais pessoas, o centro de estética Purity Beleza está agora em Rio Tinto, num espaço completamente renovado e com uma maior área de implantação. Esperam em breve, acrescentar um novo serviço à lista. Estivemos à conversa com a gerente Paula Vieira, que nos revelou todos os detalhes da sua empresa. Sobre o que motivou esta mudança, Paula, revela-nos que o fator decisivo foi o espaço: “Aqui temos o dobro do espaço, tem muitas mais salas, conseguimos crescer muito mais e ter novos serviços”. No que diz respeito aos serviços, atualmente, “Continuamos com os que já realizávamos, desde o laser díodo; tratamentos de corpo como radiofrequência, cavitação, criolipólise, envolvimentos e anticelulíticos; cuidados de rosto para antienvelhecimento, acne e manchas; massagens de relaxamento, e numa vertente mais terapêutica, temos também massagens e osteopatia. Por fim, disponibilizámos também serviço de unhas, quer de mãos, quer de pés”. “Em breve, contaremos com um novo serviço de cirurgia estética, que engloba tratamentos com botox e elásticos, tudo realizado por um médico especialista da área”, explica. Paula explica-nos que estes serviços de beleza são cada vez mais procurados pelo público masculino, o que para a gerente, é muito positivo: “Temos os dois públicos e surpreendentemente há certas alturas em que temos mais homens do que mulheres

a fazer laser, como também já vão fazendo alguns tratamentos de rosto, sem complexo nenhum”. Paula explica ainda que, “Sendo este um mercado em ascensão, destacamo-nos pela proximidade com os clientes, mostrando que a intenção de toda a equipa, não é que o cliente vá fazer apenas um tratamento, mas

que sinta também proximidade e confiança com os profissionais”. “Os nossos serviços levam algum tempo, é um facto, mas faz com que haja uma proximidade entre o cliente e a esteticista, ou a menina das unhas ou mesmo comigo aqui na receção, o que eu acho que não há em todos os sítios”, admite.

Embora o espaço tenha sido inaugurado há pouco tempo, têm sentido uma boa recetividade por parte da população, exemplo disso são as várias questões que recebem online, assim como as constantes visitas das pessoas a este novo centro de estética: “Muitas procuram-nos porque querem saber que tipo de serviços fazemos e até com o intuito de fazer marcações”. Enquanto falava ao nosso jornal, é interrompida por uma cliente. A mesma quis realçar o seu apreço pelo espaço e serviço, que apesar de ter sido a primeira vez, deixou-a bastante satisfeita, pela qualidade e cuidado: “Venho de propósito de Gondomar a Rio Tinto e posso dizer que se nota que as pessoas que aqui trabalham gostam mesmo daquilo que fazem”, afirmou Maria Ribeiro. Este relato, fez com que Paula quisesse salientar a importância e o cuidado que têm na escolha dos profissionais, sendo esta uma das maiores preocupações da Purity, até porque no final do dia, eles são a cara da empresa. Podem encontrar este espaço aberto entre terça-feira e sábado, das 10h às 19h. Quanto às marcações os interessados têm duas opções, ou através do telefone ou de um link que disponibilizam online. Através do link conseguem escolher a técnica, o serviço e as vagas disponíveis, sendo esta uma forma mais prática. Estas informações, podem ser encontrados nas plataformas digitais da Purity Beleza -Facebook e Instagram. Caso tenha alguma dúvida pode enviar mensagem, através destas plataformas, que são respondidas de forma célere. ■


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EMPRESAS E NEGÓCIOS

IVO LOPES reabre salão de sucesso em São Pedro da Cova Com a ambição de marcar a diferença no concelho de Gondomar, Ivo Lopes Cabeleireiro e Estética, inaugurou no dia 6 de março o novo salão, em São Pedro da Cova. Em conversa com Ivo Lopes, a pessoa que dá o nome a este salão, ele explicou que a abertura deste novo espaço teve de acontecer, porque o espaço anterior, acabou por se tornar um sítio muito limitado tanto para os profissionais, como para os clientes. Ter uma superfície maior também já estava nos sonhos do gerente, que diz ter agora um espaço que possibilita uma maior margem de clientes. A escolha de abrir este novo salão em São Pedro da Cova, não foi uma decisão complicada, já que o responsável disse ter sido criado aqui, confessando que “Há uma ligação com o povo e a minha antiga casa era mesmo em frente aqui ao meu salão. Há uma ligação emocional com esta Terra”. Juntamente com Ivo, trabalha Tânia Guerreira, técnica de estética, que se juntou a nós para esta conversa. Os dois, trabalham em conjunto há 8 anos, dos 10 que têm enquanto casal e assim pretendem continuar. Durante estes 8 anos, Ivo trabalhou sempre como proprietário, no entanto, há já 16 anos que trabalha nesta área. “No início é difícil, porque uma coisa é ser funcionário, outra coisa é ter um cargo e uma

responsabilidade mensal, mas a experiência é completamente diferente e agora com o novo espaço ainda estou mais motivado para crescer cada vez mais”, afirmou Ivo Lopes. Apesar de ainda nem ter feito um mês desde a reabertura do espaço, Tânia contou que são muitas as pessoas que já chegam a dar os parabéns e elogiam o salão. Segundo o gerente, têm chegado várias pessoas novas, que nunca tinham passado pelas mãos dos mesmos. A justificação para este feedback positivo, segundo os profissionais é, não só o facto de terem um ambiente mais confortável e não tão limitado, mas também a presença de novos serviços. Este novo espaço de beleza tem ao dispor dos clientes as mais recentes tecnologias e

muitas novidades, tais como um laser três ondas que corresponde a todas as necessidades do mercado, seguindo a filosofia de dar resultados ao cliente com respostas atuais do mercado que “no outro espaço não tínhamos, mas para aqui, adquirimos os equipamentos com a Beauty4us, onde obtivemos uma máquina de laser, que é da última geração do país. Através do método Beauty4us colocamos a nossa empresa na vanguarda da estética. A nossa visão é melhor a qualidade de vida das pessoas e temos como missão, educar o cliente a cuidar de si”, assim como têm uma sala própria só para os tratamentos de relaxamento e terapias alternativas que fornecem. Estes dois últimos serviços, são realizados por profissionais das áreas em questão, que estão presentes no sa-

lão todos os dias, de manhã à noite, para receber os clientes. Com esta abertura, decidiram também apostar num novo equipamento, novo também no mercado, que é utilizado para o tratamento de relaxamento de botox capilar e de recuperação de fio de cabelo. “Nesta área de São Pedro da Cova ninguém tem, só eu é que tenho esse equipamento e está a ser um sucesso para nós”, relatou o gerente. Na zona Norte do país, são também o único cabeleireiro com parceria com a clínica Insparya, do Cristiano Ronaldo, gerenciada por Georgina Rodríguez. Esta fornece tratamentos meso capilares, transplante capilar. Através do espaço Ivo Lopes, para além de obterem uma avaliação gratuita, têm automaticamente 15% de desconto nos tratamentos indicados. “Já fizemos 6 marcações com a Insparya e os clientes estão muito satisfeitos”. Para além de todos estes tratamentos diferenciados, ainda podem encontrar os serviços tradicionais relativamente a toda a parte estética, serviços esses que são realizados por Tânia, como unhas de gel, design de sobrancelha e threading, ou sobrancelha a linha. Para os proprietários é importante manterem-se atualizados com todas as novas tendências do mercado, porque no fim é isso que, realmente faz a diferença e dá qualidade nos serviços, ambos confessam que se assim não fosse, seria como “morrer na praia”. ■

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OPINIÃO Viva Prevenido Gonçalo Lixa Médico Veterinário Clínica Veterinária do Taralhão

ESTARÁ O MEU ANIMAL COM ALGUMA ALERGIA? Primavera é, sem dúvida, um dos melhores períodos do ano. O sol começa a perder a timidez, os dias ficam maiores, os campos mais verdes e as paisagens mais floridas. Contudo, e apesar dos inúmeros ganhos que esta época traz, trata-se de uma altura em que os alergénios ambientais (como pólens, gramíneas e/ou alguns tipos de ácaros) estão em alta, o que pode levar ao desenvolvimento de alguns problemas, nomeadamente alergias. O que são alergias? Trata-se de um tema complexo mas, de forma simplificada, uma alergia consiste numa resposta inflamatória exagerada por parte do corpo a um determinado estímulo, que pode ter várias origens (ambiental, alimentar, entre outras). Neste texto vamos focar-nos nas alergias que têm uma componente mais sazonal, como são a dermatite atópica (pele) e a asma (aparelho respiratório). Estas são ambas doenças crónicas (sem cura), cujos sintomas se exacerbam – geralmente – na Primavera e Outono. DERMATITE ATÓPICA Afeta cães e gatos, sendo que se inicia normalmente

em idade jovem (6 meses a 2 anos). Os sinais clínicos diferem entre cães e gatos, sendo os mais frequentes, para o cão: otite, lamber as patinhas, eritema (vermelhidão) nas axilas, abdómen e por baixo do pescoço. Já para os gatos, existem múltiplas e complexas apresentações clínicas, nomeadamente: placa eosinofílica, dermatite miliar, alopecia na região ventral (parte de baixo) do corpo e dermatite do pescoço/ cabeça. Caso o seu animal apresente algum destes sinais clínicos, deve ser avaliado pois vai precisar de tratamento apropriado. No caso do seu animal ter já sido diagnosticado com dermatite atópica e não apresentar ainda nenhum destes sintomas, esta é a melhor altura para se ser proactivo e tomar precauções para que os sintomas não regressem (através de banhos ou tratamento imunossupressor, por exemplo). ASMA A asma é relevante sobretudo em gatos, sendo extremamente rara em cães. Tal como em humanos, episódios graves de asma podem levar à morte do animal, sendo imprescindível reconhecer os sinais de alarme que o possam indicar. Se o seu gatinho, independentemente de ter asma diagnosticada, ou não, estiver a: respirar de boca aberta, estiver com respiração muito acelerada (mais de 40 respirações por minuto, em situação de repouso), estiver a tossir repetidamente, deve deslocar-se ao seu veterinário de imediato. Existem, contudo, sinais clínicos mais ligeiros de asma, como tosse esporádica, presença de barulhos ao respirar (como assobios), esforço excessivo ao respirar, que podem ser indicativos da doença. Qualquer dúvida adicional, teremos todo o gosto em responder, para o contacto 934982307 ou cvtaralhao@gmail.com.

Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália

ALERGIAS OCULARES, O QUE SE PODE FAZER? Em pleno mês de abril, com as suas chuvas e perto das flores de maio, começam a surgir os principais casos de alergias sazonais, que, para muitos, vêm com ardor, olho vermelho e comichão. Uma alergia nos olhos pode ser provocada por muitos elementos externos, sendo influenciada pelo sítio onde se encontra. Podemos encontrar dois tipos de alergias oculares: sazonais e perenes. As sazonais afetam a maior parte da população e manifestam-se, principalmente, na primavera (rebentar da folha) e no outono (cair da folha). Aparecem, sobretudo, por causa dos alergénios transportados pelo ar, tais como, pólen, erva, etc. As perenes acompanham-nos durante todo o ano e são provocadas desde o simples pelo dos animais de estimação até aos ácaros. O tratamento passa pela medicação receitada por um profissional da visão, bem como por remédios caseiros naturais. As lágrimas artificiais, próprias para cada tipo de alergia, são uma boa forma para o alívio dos sintomas, particularmente em pessoas que sejam usuá-

rias de lentes de contacto. Caso se tenha uma alergia sazonal e não se queira tomar anti-histamínico, uma boa forma de minimizar os sintomas é evitar atividades ao ar livre em dias de vento, na primavera e no verão, e também considerar deixar os sapatos fora de casa, para não trazer o pólen para o seu interior. Um erro que todos cometemos é coçar os olhos com as mãos. Este gesto pode agravar bastante as alergias oculares, por isso lavar a cara e salpicar com água os olhos pode ajudar a retirar os pólenes, poeiras ou outras substâncias irritantes. Os sintomas intensificam-se para quem usa lentes de contacto e sofre de alergias. Uma das dicas que se pode fazer é lavar as suas lentes, da maneira como o seu profissional ou fabricante lhe recomendou, e manter sempre as gotas humectantes ao seu lado. Em último caso, pode considerar-se mudar de lentes de contacto quinzenais ou mensais para diárias. Uma nota importante: caso sinta qualquer sintoma de alergia, como os referidos anteriormente, é sempre essencial consultar o seu profissional da visão, pois pode tratar-se de outra coisa que tenha os sintomas parecidos, como treçolho ou conjuntivite num caso mais grave. As alergias oculares são para ser tratadas com seriedade, uma vez que podem provocar sintomas bastante severos, nomeadamente em pessoas que não saibam como lidar com elas. Para isso, não há nada como se aconselhar com o seu médico oftalmologista, médico de família ou optometrista na sua consulta seguinte e ver quais são as medidas adequadas para si.

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VIVACIDADE | MARÇO 2022 Madalena de Lima, Advogada de Direito Criminal, Civil, Família e Menores, Administrativo, Comercial, Urbanismo e Internacional. Inscrita na Ordem dos Advogados desde 1983, com escritório em Rio Tinto. Envie as suas dúvidas para o email: geral@vivacidade.org

Espaço Jurídico Cancelamento de Contratos de Internet, Telefone e Televisão, no período de fidelização.

Os contratos com as operadoras de telecomunicações, como NOS, MEO, Vodafone, relativos ao fornecimento de telefone, internet e televisão são, normalmente, assinados pelos utilizadores sem que estes leiam as (extensas) cláusulas contratuais gerais que lhes são apresentadas pelas operadoras. Por serem serviços tidos como fundamentais, é importante entender quais os direitos que têm os utilizadores, quando pretendem cancelar os serviços, ou seja, quando e como será possível fazê-lo. A Lei das Comunicações Electrónicas fixa os elementos que devem, obrigatoriamente, constar do contrato, entre os quais está a obrigação de estarem expressamente descritos os encargos que terá o utilizador, caso decida rescindir o contrato, durante o período de fidelização. O valor correspondente à vantagem que o utilizador terá obtido ao fidelizar-se deve

constar, expressamente, do contrato, bem como o valor que terá que pagar, caso pretenda rescindi-lo, antes de terminado esse período.--------------------------------Ora, o valor não pode ultrapassar os custos que a operadora teve com a instalação da operação, sendo proibida a cobrança de qualquer contrapartida a título de indemnização. No caso de rescisão, pelo utilizador, antes de decorrido o período de fidelização, a operadora não pode cobrar o valor correspondente à soma das mensalidades devidas até ao final do período acordado, mas apenas o valor dos encargos que ela teve que suportar com a instalação do serviço.----Por outro lado, o utilizador tem o direito de rescindir o contrato nas situações de incumprimento pela operadora – por exemplo, se o serviço não estiver a funcionar, por mudança de morada, emigração ou situação de desemprego. Se o utilizador mantiver a intenção de cancelar o serviço, assente nos motivos justificativos, já explicados e a operadora se opuser, exigindo o pagamento de alguma verba, existe a possibilidade de recurso aos Centros de Arbitragem de Conflitos de Consumo que permitem resolver o conflito de uma forma gratuita, valendo a decisão como sentença proferida por Tribunal. ■

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52 VIVACIDADE | MARÇO 2022 VivaCidade, 31 de março de 2022

CARTÓRIO NOTARIAL CARLA CARMO Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que, neste Cartório, em vinte e nove de março de dois mil e vinte e dois, de folhas cento e trinta e três a folhas cento e trinta e quatro verso do livro de notas para “Escrituras Diversas” número cento e setenta e seis – A, foi lavrada uma escritura de Justificação Notarial, na qual foram outorgantes: AMADEU FERNANDO DOS SANTOS FERREIRA, NIF 179 826 166, e mulher MARIA DA PAZ FERREIRA DA ROCHA (NIF 190 018 860), casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Melres, concelho de Gondomar, residentes na Avenida dos Trabalhadores, 2020 da união das freguesias de Melres e Medas, do mesmo concelho. DECLAROU O OUTORGANTE MARIDO: Que é dono e legítimo possuidor com exclusão de outrem, como seu bem próprio, do prédio urbano, composto por casa de rés-do-chão e andar, destinado a habitação, com quintal, com a área total de duzentos e setenta virgula cinquenta metros quadrados e área de implantação de quarenta e sete metros quadrados, sito na Rua Alto Centro, 31, ao lugar de Cimo de Vila, na união das freguesias de Melres e Medas, concelho de Gondomar, não descrito na competente Conservatória do Registo Predial, inscrito na matriz, em nome de Maria Joaquina dos Santos Ferreira, sob o artigo 5846 (anteriormente artigo urbano 485 da extinta freguesia de Melres), com o valor patrimonial de 20.807,50€ ao qual ATRIBUI o valor de TREZE MIL DUZENTOS E CINQUENTA EUROS. Que não detém qualquer título que legitime o seu domínio sobre o referido prédio, pois que o mesmo foi adquirido, ainda no estado de solteiro, em dia e mês que não consegue precisar do ano de mil novecentos e oitenta e nove, por doação verbal feita por sua mãe, Maria Joaquina dos Santos Ferreira, solteira, maior, residente na referida Rua Alto Centro, 31, não chegando, todavia, a reali-

zar-se a escritura de doação. Que desde então, e sem qualquer interrupção, tem usado e fruído do referido prédio, dele retirando todas as utilidades proporcionadas, nomeadamente, habitando-o e procedendo a obras de conservação e beneficiação do edifício, limpando o quintal. Tudo isto à vista de todos, sem oposição de quem quer que seja e na convicção de que não lesava direitos de outrem. Que esta posse exercida em nome próprio, pacífica, contínua, pública e de boa-fé, desde há mais de vinte anos, conduziu à aquisição do referido prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invoca, justificando o seu direito de propriedade para efeito do seu ingresso no registo predial, já que, dado o modo de aquisição, não detém qualquer documento formal extrajudicial que lhe permita fazer prova do seu direito de propriedade perfeita. Que foi primeiro ante possuidor a referida Maria Joaquina dos Santos Ferreira, acima identificada e segundos ante possuidores Jerónimo Duarte Ferreira e mulher Maria Martins dos Santos, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na mesma Rua Alto Centro, 31. Que desconhece quaisquer outros antepossuidores, bem como qualquer outro artigo matricial para além dos declarados, dado o lapso de tempo decorrido.

VivaCidade, 31 de março de 2022

CARTÓRIO NOTARIAL SANTA MARIA DA FEIRA

Paula Cristina Dias de Sá Notária

CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia vinte e três de Março de dois mil e vinte e dois, lavrada a folhas 48 do Livro 38-M, deste Cartório, ANTÓNIO DA SILVA CUNHA e mulher MARIA ROSA OLIVEIRA MATOS DA SILVA CUNHA, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, respectivamente, da freguesia de Jovim e da freguesia de Foz do Sousa, ambas do concelho de Gondomar, residentes na Rua do Liboso, Caixa Postal 151, na União das freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, concelho de Gondomar, contribuintes 156681102 e 158158075, declaram que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte: Prédio rústico, sito em Megoas, na União das freguesias de Foz do Sousa e Covelo, concelho de Gondomar, composto por terreno de pinhal e mato, com área de trinta mil e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com José Fernandes Gonçalves, do sul com Manuel Martins das Neves, do nascente com Manuel de Sousa e Silva e do poente com Vicente Gaspar Vieira Herdeiros, inscrito na matriz predial, em nome do justificante marido, sob o artigo 1305, que proveio do artigo 611 rústico da extinta freguesia de Foz do Sousa, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Gondomar. Que este prédio adveio à posse dos justificantes, por compra verbal a Manuel Martins das Neves Júnior Lenhas e mulher Ana Martins dos Santos, casados no regime da comunhão de adquiridos, residentes que foram no lugar de Aguiar, São Cosme, em Gondomar, em data que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e um, transmissão esta meramente verbal, inexistindo portanto qualquer título formal que a possa comprovar.

Que desde essa data, têm os justificantes possuído o dito prédio em nome próprio e sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e traduzida no desbaste e corte das árvores, na recolha dos seus frutos, bem como em todos os demais actos materiais de fruição, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque exercida sem violência, contínua e pública. Como esta posse assim exercida, durante mais de vinte anos, o foi sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, acabaram por adquirir o prédio por usucapião, que invocam para justificar o direito de propriedade para fins de registo predial, dado que este modo de aquisição não pode ser comprovado extrajudicialmente de outra forma. Que, desta forma, justificam a aquisição do aludido imóvel por usucapião. ESTÁ CONFORME O ORIGINAL. Cartório Notarial em Santa Maria da Feira da Licenciada Paula Cristina Dias de Sá, sito à Rua São Nicolau, nº50, na União das freguesias de Santa Maria da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo, concelho de Santa Maria da Feira, aos 23 de Março de 2022.


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OPINIÃO Dr. Fábio Almeida Médico cirurgião de Urologia no Hospital Fernando Pessoa

A INCONTINÊNCIA URINÁRIA TEM TRATAMENTO! A incontinência urinária feminina é um tema atual e comum na nossa sociedade. Estima-se que cerca de 10 a 12% das mulheres sofram regularmente de incontinência urinária. As perdas urinárias tanto podem estar associadas ao esforço (ao tossir, rir, levantar pesos) como a um peso na bexiga, um desejo inadiável de urinar e aumento da frequência urinária de dia e noite, podendo ocorrer em qualquer idade da mulher, ainda que sejam mais comuns a partir dos quarenta anos. Existem alguns fatores de risco associados à incontinência urinária feminina, dos quais se destacam os traumatismos do parto, a obesidade e as alterações hormonais. Ainda hoje a incontinência urinária pode ser um tema constrangedor e muitas pacientes escondem as suas queixas. Contudo devemos conscientemente questionar as pacientes, pois no caso de sofrerem desta patologia, com os tratamentos que hoje dispomos, a sua cura é muito elevada! O tratamento da incontinência urinária feminina varia conforme as queixas da paciente são sobretudo de esforço ou por urgência miccional. A sua cura pode passar por uma intervenção cirúrgica ou por tratamento farmacológico, complementados por treinos de reabilitação do pavimento pélvico e por bio-feedback. O Hospital Fernando Pessoa dispõe de todos os meios técnicos, de última geração, assim como meios humanos de elevada qualidade para delinear os melhores programas de reabilitação do pavimento pélvico. Destaco no entanto o tratamento de LASER (Incontilase®) que visa reforçar a musculatura do pavimento pélvico com resultados muito promissores, podendo em muitos casos evitar a cirurgia clássica, mais invasiva. ■

DECO

DECO ALERTA PARA A CRESCENTE EXCLUSÃO DOS MAIS VULNERÁVEIS NO ACESSO À BANCA A DECO, preocupada com a exclusão de grupos de consumidores, nomeadamente idosos, populações rurais e do interior, defende a proteção do consumidor vulnerável para que o processo de digitalização da banca não deixe ninguém para trás. A transformação do setor bancário, acelerada pela Pandemia e pela concorrência dos novos operadores de mercado (fintech), tem levado ao encerramento de balcões, agências e “caixas automáticos”, nomeadamente ATM, e ao incremento da cobrança de comissões aos clientes. Com a redução de pessoal, o atendimento ao cliente tem sido prejudicado, sendo os consumidores “empurrados” para as aplicações bancárias “pouco amigáveis” ou para as “caixas multibanco” que são cada vez mais escassas. A DECO considera que os consumidores mais idosos e vulneráveis, que não conseguem usar as novas tecnologias, não podem ser excluídos do sistema financeiro. Operações de consumo rotineiras, como ir ao banco ou fazer levantamentos da reforma para pagar as despesas comuns da casa, da farmácia, ou de alimentação, não podem ser dificultadas ou limitadas. Tal como a saúde ou a energia, os serviços

financeiros são essenciais na gestão da economia doméstica. A DECO está disponível para apoiar

e representar todos os consumidores que se sintam preocupados, excluídos ou lesados. ■

Errata Na edição passada do Jornal VivaCidade, na página 30, foi publicada a notícia intitulada “Alunos de Rio Tinto recebem Ana Luísa do Amaral”. De referir que, por motivos de doença da poeta o evento não se realizou. À visada o VivaCidade, pede desculpa pelo sucedido.

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Joana Resende PS Vivemos tempos estranhos. Em pleno século XXI, e quase 80 anos depois do término da 2ª Guerra Mundial, assistimos incrédulos a uma guerra territorial na nossa Europa. Como todos sabemos, a Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia na noite de 23 para 24 de fevereiro de 2022, que a ONU considera uma violação da integridade territorial e da soberania da Ucrânia, uma ofensiva que contraria os princípios da Carta das Nações Unidas. A 2 de março, a Assembleia Geral das Nações Uni-

Maribel Fernandes PSD Uma guerra nunca tem uma boa altura para suceder, mas a verdade é que este é o pior momento. Quando ao fim de cinco vagas pandémicas que nos impossibilitaram de viver nos padrões que considerávamos normais, finalmente tentávamos respirar a esperança do fim da pandemia com o alívio das restrições, eis que o pior se torna

Pedro Carvalho CDS-PP Na Assembleia Municipal de Gondomar (AMG), realizada no passado dia 25 de Fevereiro de 2022, na Sala D’Ouro do Pavilhão MultiUsos, o Grupo Municipal do CDS Gondomar apresentou à discussão e votação dos Deputados Municipais e Presidentes de Junta, uma Proposta de Recomendação ao Executivo Municipal de Gondomar sobre a despoluição do Rio Ferreira e do Rio Sousa, que atravessam as Freguesias de São Pedro da Cova, Foz do Sousa e de Covelo, acabando o Rio Sousa por vir a desaguar no Rio Douro já nesta última Freguesia, depois de termos recebido várias denuncias anónimas no passado mês de Janeiro sobre descargas de esgotos sem qualquer tipo de tratamento nos Rios, espe-

Paulo Silva CDU Estamos a chegar ao fim do primeiro trimestre do ano e até ao momento nada mudou no que diz respeito aos preços praticados na água e saneamento e com isto já passaram 20 anos da privatização do serviço em Gondomar, com o custo destes serviços a permanecerem exorbitantes e sem qualquer perspetiva de eles descerem. As expectativas dos Gondomarenses continuam

OPINIÃO: VOZES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

EM TEMPO DE GUERRA das adotou uma resolução condenando a "agressão" cometida pela Rússia contra a Ucrânia (141 votos a favor, 5 contra e 35 abstenções), sendo que o procurador do Tribunal Penal Internacional abriu uma investigação por crimes de guerra e crimes contra a humanidade. A 5 de Março, o Conselho de Direitos Humanos da ONU decidiu estabelecer uma comissão internacional independente de inquérito após a agressão da Rússia contra a Ucrânia, adotando ainda uma resolução pedindo a retirada "imediata e verificável" das tropas russas e dos grupos armados apoiados pela Rússia de toda a Ucrânia. A ONU está a dar prioridade à proteção de civis, intensificando as suas operações humanitárias na Ucrânia e nos países vizinhos, sendo que mais de 3 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia para os países vizinhos desde o início da invasão russa, estando já no limiar

dos 4 milhões. A estalagem Santiago, na marginal de Gondomar, junto ao rio Douro, serve, desde o dia 12 de março, de casa para cerca de 80 ucranianos, numa iniciativa humanitária de grande relevância da nossa autarquia. A acção coordenada pela Câmara, teve ainda o apoio do tecido empresarial, sendo que foi criada uma plataforma onde as empresas aderiram em massa, permitindo que quase no imediato fossem criados postos de trabalhos para quase todos os refugiados. A maioria do grupo que viajou até à Estalagem Santiago são mulheres e crianças, sendo que foram criadas também salas lúdicas para que possam estar ocupadas e distraídas da dura realidade. Estão a ser acompanhadas por técnicos profissionais da Câmara, havendo ainda estreita colaboração com o serviço de Estrangeiros e Fronteiras. No dia 13 de março saíram ainda seis camiões, com

140 toneladas de produtos angariados no nosso concelho, com destino ao Leste. Ao dia de hoje, 20 de março, dia em que era de esperar o retomar das negociações entre os países, continuam as informações contraditórias, agudizando-se a tragédia humanitária, e esmorece a esperança num cessar-fogo. Sabendo que uma intervenção da NATO é imprudente e que agravaria todo o cenário, em proporções dantescas, resta-nos fazer o nosso papel individual de ajuda ao próximo, doando bens de primeira necessidade, acolhendo se possível refugiados e apoiando com as nossas empresas quem neste momento perdeu “quase” tudo. A atitude de cada um faz diferença, pelo que é nossa obrigação prestar todo o apoio que nos for possível, e aguardar que o desfecho seja célere e que as implicações possam ser temporárias. ■

E DEPOIS DA PANDEMIA, UMA GUERRA? realidade e voltamos ao pesadelo, desta vez perpetrado por um Vladimir Putin intransigente, a inventar pretextos, para fazer o que sempre pretendeu, devolver à Rússia a grandeza da perdida União Soviética, violando o direito internacional e humanitário, que a todos perturba e que ocorre com a invasão da Ucrânia por soldados da Federação Russa. O que está a acelerar ciclones na História é a força da resistência ucraniana a uma onda de invasão russa em que nada, aparentemente, correu como previsto. E mesmo estando Putin a contar com algum apoio de inúteis por

toda a Europa, onde Portugal se inclui, como temos visto mediaticamente na comunicação inefável do PCP, a persistência dos ucranianos e o talento do Presidente Zelensky para a comunicar, mobilizam a opinião pública e a liderança europeia a reconhecer que está em curso um ataque direto a um Estado soberano e, através dele, uma ameaça à União Europeia. Quem ordenou esta invasão, não partilha valores como o direito individual á vida, liberdade, segurança, integridade física e democracia, entendendo a resolução de conflitos

de território internacional, com o uso da força, desrespeitando a solução prevista no Direito Internacional. O PCP e o BE falam das causas da guerra e dos culpados. Ambos mencionam as multinacionais e seus negócios, nunca Putin, nem as ambições de expansão russa, nem os desejos de Moscovo tornar os vizinhos em estados vassalos como a Bielorrúsia… Foi o Capitalismo!!! E assim assistimos ao definhar da Humanidade e da Razão, por fanatismos ideológicos.■

DESPOLUIÇÃO DO RIO FERREIRA E DO RIO SOUSA cialmente a montante de Gondomar, e com origem nos Concelhos de Paços de Ferreira, Paredes e Valongo. Entendemos ser fundamental tomar medidas urgentes no sentido de proceder à despoluição destes dois Rios, bem como à limpeza das suas margens que atravessam várias Freguesias do nosso Concelho e que são dois importantes afluentes do Rio Douro. O CDS de Gondomar plenamente consciente que muita da poluição que se manifesta na má qualidade da água da Praia de Zebreiros em Foz do Sousa, tem precisamente, origem na poluição que é oriunda destes afluentes do Rio Douro. As consequências dessa má qualidade da água da Praia de Zebreiros levaram ao seu não reconhecimento como Zona Balnear, tendo sido desqualificada. É ainda importante relembrar que é também muito próximo desta zona que faz a captação de água para consumo humano no Grande Porto através da ETA de Lever das Águas do Douro e Paiva. Como é do conhecimento geral, Gondomar está no fim de linha, e embora esta problemática não tenha

origem no nosso Concelho, mas sim essencialmente na ETAR de Paços de Ferreira, entre outros focos de poluição, somos nós, os Gondomarenses e as nossas Freguesias que acabam por sofrer com a poluição que é proveniente de outros Concelhos vizinhos. No entanto, isso não é motivo para os responsáveis Municipais ficarem de braços cruzados sem tomar nenhuma medida para colocar fim a este Martírio que já tem alguns anos. Torna-se, pois, muito urgente que sejam tomadas todas as medidas, quer na limpeza dos leitos e das margens destes dois Rios, envolvendo todas as entidades necessárias para o efeito: as respectivas Câmaras Municipais, as entidades gestoras dos Serviços Públicos de Abastecimento de Água e Tratamento de Águas Residuais, o Ministério do Ambiente, o SEPNA da GNR, e a Agência Portuguesa do Ambiente. Conscientes disso mesmo, o Grupo Municipal do CDS apresentou na Assembleia Municipal de Gondomar uma Proposta de Recomendação ao Executivo Municipal para do seu Presidente ou do Vereador do Am-

biente, tomem diligências o mais brevemente possível, junto dos seus homólogos de Paços de Ferreira, Paredes e de Valongo, e envolvendo também todas as entidades acima referidas no sentido de ser encontrada uma solução em conjunto que permita eliminar de uma vez por todas as sucessivas descargas de esgotos que poluem o Rio Ferreira e o Rio Sousa, que por este desaguar no Rio Douro, acaba também por ser um enorme foco de poluição deste último. Nesta Assembleia Municipal de Gondomar apresentamos ainda uma Moção com o voto de Solidariedade para com o povo Ucraniano nestas horas difíceis que estão a viver, e ao mesmo tempo o repudio e a mais veemente condenação pela Acção Bélica da Rússia, que originou esta Guerra em pleno Continente Europeu. A Proposta de Recomendação sobre a Despoluição do Rio Ferreira e do Rio Sousa foi aprovada por unanimidade e a Moção da Guerra na Ucrânia foi aprovada com a abstenção da CDU e do Bloco de Esquerda e os votos favoráveis de todas as outras Bancadas Municipais.■

TANTO A ÁGUA COMO O SANEAMENTO CONTINUAM A PREÇO D’OURO assim, a ser defraudadas pelo Executivo PS/Marco Martins, que nos últimos 8 anos tem vindo a assobiar para o lado, sendo que quem paga a elevada fatura pelo erro desta privatização das Águas de Gondomar são os Gondomarenses, que esperam que quem gere o Município pudesse defender os seus interesses. Esta realidade começou com a privatização do serviço de fornecimento de água e saneamento em Gondomar por parte do PSD, mas que tem contado com a cumplicidade das maiorias PS/Marco Martins na Câmara Municipal, nos anteriores e no atual mandato, mantendo-se inalterada a posição e sem tomar medidas que possam resolver o problema. O Município de Gondomar continua como um dos

concelhos onde o preço das tarifas de água e saneamento é dos mais caros (5º lugar da lista dos 15 mais caros do país), mantendo discrepâncias brutais em relação a outros municípios do distrito. As Águas de Gondomar tem vindo a aumentar os seus lucros à custa de quem vive e trabalha em Gondomar e o PS nada faz, nem com os apelos da população e da CDU. Ainda nas últimas eleições autárquicas o PS anunciou a existência de um estudo com várias soluções para a resolução do problema e que faria baixar o custo desses serviços, contudo, e sem se conhecer até hoje esses mesmos estudos, tem evitado a sua discussão e inviabilizando a possibilidade de resolu-

ção deste problema. Entretanto aprovaram a manutenção dos valores exorbitantes da tarifa da Água e saneamento e anunciaram um suposto desconto (que será feito às custas do município). Mais uma vez, o PS/Marco Martins apenas demonstraram que não querem ir à raiz do problema e confrontar os interesses das Águas de Gondomar. É urgente aplicar medidas excecionais para a redução do custo da água e saneamento e uma necessidade de uma discussão pública sobre as perspetivas de reversão da concessão. A água é um bem fundamental à vida e não um meio de fazer negócio.■


OPINIÃO: VOZES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

VIVACIDADE | MARÇO 2022

A GREVE PELO CLIMA No passado dia 25 de março, por todo o país, assistimos à greve estudantil climática que juntou milhares de ativistas em várias cidades sob o lema internacional “People, not profit” ( Pessoas, não lucro). Os problemas ambientais são lembrados nesta data mas devem ser uma preocupação contínua e uma luta prioritária nos tempos que se avizinham. A transição energética e o combate às fontes de poluição no mundo são pontos chave das reivindicações dos jovens ativistas pelo clima. No entanto é necessário passar das ideias à ação concreta e levar os responsáveis pelos

agentes poluidores a tomar medidas que tenham um real impacto na vida das pessoas. Estas medidas serão essenciais à sobrevivência do planeta a médio e longo prazo e terão repercussão nas gerações futuras. Esta mesma ideia é promovida pelo Secretário Geral da ONU António Guterres: “À medida que os impactos climáticos piorarem - e irão piorar - aumentar os investimentos será essencial para a sobrevivência... O atraso significa morte”. Mas como passar destas palavras à ação? Começando a nível local, o investimento na reflorestação e aumento dos famosos parques

urbanos é importante mas não suficiente. São necessárias medidas estruturais de preservação do ambiente. Um exemplo disso é a necessidade de investimento em grande escala na despoluição dos rios e reestruturação das ETARs. Também a preocupação com despejos de lixo nas florestas e a maior consciencialização da população é essencial para a preservação da natureza. Não descurando o esforço não poluente de cada um, a preservação ambiental e a preocupação pelas alterações climáticas tem que partir das

AJUDEMOS OS UCRANIANOS, SEM ESQUECER OS GONDOMARENSES No passado mês de Fevereiro a Rússia decidiu invadir a sua vizinha Ucrânia. Ao fim de dois anos de uma pandemia que teima em não nos deixar, o mundo é abalado desta vez pela tirania de um louco. Esta invasão, tem o total repúdio por parte do CHEGA, e declaramos desde já o nosso apoio incondicional à Ucrânia, defendendo mesmo que esta deva ter um estatuto de candidato a estado membro da União Europeia. Desta forma saudamos a iniciativa deste executivo, ao receber refugiados ucranianos, as-

sim como a recolha de bens essenciais para este povo . Infelizmente este conflito está a afetar e muito o Ocidente, e os Portugueses já o estão a sentir e bem na pele. É o interminável aumento nos combustíveis, é o aumento da energia é o aumento dos bens essenciais e de primeira necessidade. Aliada a esta nova realidade, temos em Gondomar, situações que se arrastam faz tempo, que é a alto custo da água e também um imposto injustíssimo no nosso ponto de vista, como é o

IMI. Sabemos que este imposto é transversal, não sendo ele abolido, sempre defendemos uma redução para a sua taxa mínima. Esperemos que o executivo tenha em conta esta nova realidade e elabore um pacote de medidas que venha aliviar o já alto custo de vida dos Gondomarenses. Da nossa parte, esperamos que as negociações de paz cheguem a bom porto, mas sempre cientes que no pós guerra , ainda vamos atravessar um longo período de dificuldades.

CAVALETE DE S. VICENTE, FINALMENTE SERÁ RECUPERADO No passado dia 9 de março, tomou posse o Conselho Municipal para a Juventude de Gondomar. O PAN Gondomar nomeou como sua representante uma jovem professora, a Dra. Paula Guimarães, cuja paixão pelo ensino e pelas causas que preocupam os nossos jovens, contagia todos ao seu redor. O PAN Gondomar, no seu programa autárquico, elencou várias medidas que, no seu entender, poderiam ir ao encontro da melhoria das condições gerais dos jovens do concelho. Assim, essa medidas passam

por diversas áreas, desde a educação até à cultura. Nesta primeira reunião do Conselho Municipal, a nossa representante fez questão de apresentar algumas dessas sugestões. Desde logo, tentar aproximar a comunidade escolar ao mundo profissional, através de palestras com jovens empreendedores e casos de sucesso no mundo empresarial, nas artes e na política. Foi proposto, igualmente, o desenvolvimento de ações de voluntariado para os jovens do concelho, assim como maior facilidade de acesso à

aprendizagem da língua gestual. Noutra vertente, o anúncio da reabilitação do Cavalete de São Pedro da Cova, deixou o grupo PAN bastante satisfeito. É uma obra há muito merecida pelo povo de S. Pedro, e que peca apenas pela tardia na reabilitação. Não só o Cavalete representa o orgulho de uma terra no seu património mineiro, na sua história e no sacrifício do seu povo, mas como a sua riqueza histórica é imensurável. O Pan Gondomar é constituído por vários

INFLAÇÃO E GONDOMAR Tal como referi no artigo do mês passado, neste jornal, e ainda sem as consequências económicas da guerra da Ucrânia, a inflação é um problema real para famílias e empresas. O problema não é de agora, veja-se o caso dos combustíveis. No início de 2021 retomaram os preços pré-pandemia e a partir daí os aumentos foram constantes, ainda a guerra estava muito longe. A inflação é o aumento generalizado do preço dos bens e serviços. Quando descontrolada e em grande dose é o pior e mais injusto imposto de todos. Por alguma razão, é apelidada de “imposto dos pobres”. Toda a gente precisa de fazer as compras de primei-

ra necessidade, como alimentação, vestuário, habitação e transportes, mas como os salários neste país têm estado estagnados e não conseguem acompanhar o aumento do preço dos produtos, perde-se poder de compra e fica-se mais pobre. A Iniciativa Liberal sempre pôs o crescimento económico, aquilo que realmente resolve os problemas das pessoas e leva ao aumento de salários, na linha da frente das preocupações. Até então, com uma inflação reduzida, uma economia que não cresce não passava de uma economia estagnada. Agora podemos ter o pior dos dois mundos, uma economia que não cresce, salários que não aumentam e o preço de

tudo a subir fruto da inflação. Por Gondomar, as consequências da inflação serão mais visíveis, isto porque dentro da Área Metropolitana do Porto tem o 4º pior poder de compra, o 5º salário médio mais baixo, a 4ª maior percentagem de desempregados, o 3º menor número de empresas por habitante e a 3ª maior percentagem de beneficiários do RSI, segundo dados do PORDATA. A juntar a isto, tem a 2ª maior taxa de IMI da AMP, uma das facturas de água mais caras do país e não devolve nada às famílias da taxa de participação de IRS. No último orçamento, o maior de todos da história de Gondomar, o executivo camarário liderado por Marco Martins, teve a oportunidade,

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Sara Santos BE grandes empresas poluentes e dos executivos com poder para fazer mudanças radicais que garantam a sobrevivência do planeta. Esta é uma luta que veio para ficar e parte de cada um de nós garantir que não seja esquecida como agentes de pressão e veículos para a mudança.■

Nuno Pontes CHEGA

Também temos a noção que somos um povo de uma enorme resiliência, lutador, que deu novos mundos ao mundo e que unidos iremos conseguir ultrapassar mais esta enorme e difícil batalha. ■

Ricardo Couto PAN elementos de São Pedro, e este anúncio deixa-os, obviamente, sensibilizados. Esperemos que este seja o início de um trabalho promissor que possa, também, ser alargado ao Parque da Serras do Porto, mesmo ali ao lado. ■

João Resende Figueiredo IL como a Iniciativa Liberal tem vindo a propor, de reduzir drasticamente o IMI, devolver a taxa de participação do IRS às famílias e baixar a derrama para criar mais emprego e melhores salários. Escolheu não o fazer. Teria sido uma pequena, mas importante ajuda para as famílias face aos tempos que aí vêm. ■


O Hospital Fernando Pessoa faz parte do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), um programa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que visa a redução do tempo de espera para cirurgia. Nesse sentido, assim que um utente é inscrito para cirurgia num hospital público e este não tem possibilidade de a realizar no prazo estipulado, através do SIGIC pode ser proposta a realização da cirurgia no Hospital Fernando Pessoa, sem qualquer custo adicional, através de um Vale Cirurgia.

O Hospital Fernando Pessoa tem convenção com o SNS das seguintes especialidades que fazem cirurgias SIGIC: :: Cirurgia Geral :: Cirurgia Plástica :: Cirurgia Vascular :: Ginecologia :: Oftalmologia :: Ortopedia :: Otorrinolaringologia :: Pediatria :: Urologia


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