Jornal VivaCidade Ed.204 junho 2023

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Ano 17 - n.º 204 - JUNHO 2023 Preço 0,01€ Mensal Diretor: Miguel Almeida - Dir.
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passou
cabeça a dissolução da Assembleia da República “Uma maioria absoluta supõe uma responsabilidade absoluta e um maior controlo do Presidente da República” > Págs. 28 e 29 ENTREVISTA EXCLUSIVA AO GRUPO VIVACIDADE LIDL ALTO DA MAIA AREOSA Rua Dom Afonso Henriques GALP Madureiras jadentalporto jadental.pt Rua Dom Afonso Henriques, 1764 · 4435 - 003 Rio Tinto 223 216 828 / 913 216 878 Áreas Clínicas: Áreas Clínicas: Implantes dentários Estética dentária Protese dentária Cirurgia oral Higiene oral Endodontia Ortodontia Implantes dentários Estética dentária Prótese dentária Cirurgia oral Higiene oral Endodontia Ortodontia Venha-nos conhecer e tenha o sorriso com que sempre desejou Já abriu! Já abriu! Dentes fixos em 4 horas Dispomos de facilidades de pagamento Dispomos da tecnologia mais recente com profissionais qualificados PUB SAMSYS décima edição superou todas as expectativas > Pág. 18 MULTIUSOS recebe primeira edição da ORIGINCON > Pág. 44
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me
pela

José Ângelo Pinto

Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT

Estimados Leitores, Poucas pessoas associam o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que é celebrado a 10 de Junho todos os anos ao longínquo ano de 1580, data da morte de Luis Vaz de Camões e ao Anjo Custódio de Portugal. Este é também o dia da língua portuguesa, dos cidadãos e das Forças Armadas.

As comemorações deste dia são organizadas pelos serviços da Presidência da Républica, sendo, portanto, um dos momentos de maior visibilidade publica do Presidente da República e um momento em que todos os políticos de Portugal, especialmente aqueles que têm responsabilidades governamentais dizem presente nas cerimónias oficiais.

Não se estranha que o Presidente da Républica aproveite a ocasião para procurar promover Portugal, fazendo-o de uma forma muito inteligente, procurando que as comemorações tenham impacto externo e interno.

É por isso que no ano em que a região do Douro é a Cidade Europeia do Vinho a escolha da Régua como ponto principal das comemorações tem vários sentidos, bem como também o têm as metáforas utilizadas no discurso do Presidente, que conseguiu que Portugal inteiro e especialmente que a comunicação social baseada na longínqua capital procurasse avidamente saber o que é uma "poda" e como se faz para "podar".

A atenção que a comunicação social dos órgãos de informação nacionais dedica aos problemas da interioridade e aos problemas da efetiva desertificação dos territórios deprimidos do interior a que chamam carinhosamente "territórios de baixa densidade" como se a densidade fosse o único fator a ter em conta no que toca ao desenvolvimento humano e à qualidade de vida das pessoas e como se estes territórios estejam condenados à densidade que quem governa acha que têm é muito próxima de zero.

Por isso, iniciativas como as comemorações do 10 de Junho no interior de Portugal são de saudar e de aplaudir, mesmo quando as podas são o assunto principal e o que devia ser o essencial acaba por não ser o centro principal das atenções.

Sim, porque apesar do vinho do Douro, apesar das Amêndoas do Douro, apesar das Castanhas do Douro, apesar do Azeite do Douro, apesar do Turismo do Douro e apesar de todos os fantásticos fatores endógenos de desenvolvimento, este só é possível se os fundos existentes forem de facto canalizados e dirigidos para os investimentos que fazem potenciar o interior e para aqueles que permitem estabelecer industrias, instalar agricultores, desenvolver a transformação dos produtos e acrescentar valor áquilo que é natural e bom.

Para isso, além das podas que se perceberam, é preciso cuidar das outras podas. É preciso que o estado desenvolva muito mais os sistemas administrativos e de controlo para que sejam ágeis e rápidos. É preciso que o desenho dos projetos e dos concursos de apoio sejam pensados pela região e para a região. É preciso que a sua aprovação ou decisão seja rápida, eficiente e justa. É preciso que os promotores façam a sua parte, investindo conforme prometeram. É preciso que o estado saiba monitorizar e controlar o que está a ser feito e se está adequado aos objetivos. E é preciso saber encerrar devidamente os projetos.

O que é raro acontecer. Porque é normal olharmos para avisos de abertura que foram desenhados para realidades completamente diferentes e que não são aplicáveis na nossa região. Porque é normal os promotores estarem mais de um ano após a submissão à espera de respostas. Porque é normal que os investimentos a fazer sejam diferentes passados anos do planeamento original e é normal a total incompreensão dos serviços pelas alterações necessárias.

E é normal planear-se pouco dinheiro para os avisos que são muito concorridos. Ou seja onde se poderia investir com garantias. E não. ■

SUMÁRIO:

Breves

Página 4

Sociedade

Página 8 a 40

Destaque

Página 28 e 29

Entrevista

Página 36 e 37

Cultura

Página 42 a 44

Desporto

Página 46 a 50

Empresas e Negócios

Página 51 e 52

Opinião

Página 54 e 55

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POSITIVO

A tradição das cascatas de S.João continua viva em alguns lugares do município.

NEGATIVO

Ainda não foi inaugurado o Parque Urbano de Fânzeres e já se nota atos de vandalismo, como roubo de letras e pintura em grafittis.

Viva Saúde Paulo Amado*

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Médico Especialista em Ortopedia e Traumatologia

Mestre em Medicina Desportiva

Adjunto da Direção Clínica do Hospital Lusíadas Porto

Diretor Clínico da Clinica Medica da Foz - Porto

Diretor Clinico da Desporfisio Rio Tinto

Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIOTINTO

AGORA, A ORDEM DOS MÉDICOS, É O INIMIGO

A ATACAR...

Estimados leitores, tal como o Diácono Remédios, interpretando pelo grande Herman José diria “NÃO HAVIA NECESSIDADE...”

A Saúde em Portugal, do SNS, está DOENTE e parece que continuará. Tantos são os problemas ainda a resolver, carecendo de uma Reforma eficaz do SNS, que agora o Governo resolve atacar deliberadamente a ORDEM dos MÉDICOS, bem como as várias Ordens profissionais.

Na prática as principais funções da Ordem dos Médicos, tais como garantir a qualidade dos serviços médicos, atividade dos médicos e regulamentar essa atividade, como garante dessa atividade, bem como as inúmeras actividades centradas na qualidade da Medicina em Portugal. Não pretendo enumerar as alterações das funções da Ordem dos Médicos, que em breve vão ser votadas na AR por proposta do Governo maioritário, logo certamente vão ser aprovadas, mas ressalvo algumas delas, que ridicularizam o que de bom no nosso País várias gerações de Médicos, construíram, que se reflete na qualidade médica que hoje temos. Basicamente, pretende-se transferir para organizações a nomear pelo poder politico, a responsabilidade de atribuir graus profissionais a médicos, nas variadas avaliações que os mesmo tem de estar sujeitos ao longo de toda a sua vida profissional.

Corremos o risco de um qualquer politico, ou técnico de outra ária profissional, ser o responsável por avaliar a qualidade profissional de um medico, na sua progressão profissional. Parece mesmo uma “vingança” contra o poder médico, parecendo mesmo que os nossos governantes não tem mais que fazer... Por favor ... Haja Bom Senso...

Se acontecer esta mudança legislativa, a Ordem do Médicos, torna-se mais num Clube de amigos, que se juntam para jogar as cartas...

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FICHA TÉCNICA

Já não basta o que acontece com os professores, que continua num empasse de não existir uma linha de entendimento, com a confusão que se passa com o processo TAP, estou certo, que se nada mudar, vamos assistir agora a paralisações de médicos , advogados, contabilistas, etc – num ataque desmedido a toda a Sociedade Civil ... para quê... isto é governar ?

Até breve, estimados leitores

Paulo Amado

Médico Especialista em Ortopedia e Traumatologia

Mestre em Medicina Desportiva

Adjunto da Direção Clínica do Hospital Lusíadas Porto

Diretor Clínico da Clinica Medica da Foz - Porto

Diretor Clinico da Desporfisio Rio Tinto

Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé ■

Registo no ICS/ERC 124.920 | Depósito Legal: 250931/06 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) | Diretor Adjunto: Carlos Almeida Redação: Carlos Almeida e Francisca Rodrigues | Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 (chamada para número movél nacional) | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/ vivacidade | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435- 778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 (chamada para número móvel nacional) | Sede do Editor: Travessa do Veloso, no 87 4200-518 Porto | Sede do Impressor: LUSO IBÉRIA – Av. da República, n.o 6, 1.º Esq. 1050-191 Lisboa | Colaboradores: André Rubim Rangel, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Beatriz Oliveira, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Francisca Rodrigues, Frederico Amaral, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves, Sofia Pinto e Tiago Vieira. | Paginação e Impressão: LUSO IBÉRIA Avenida da República, Nº 6, 1050-191 Lisboa Contacto: 914605117 (chamada para número móvel nacional) | Tiragem: 10 mil exemplares | Sítio: www.vivacidade.org | Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar | E-mail: geral@vivacidade.org

VIVACIDADE | JUNHO 2023 2 EDITORIAL
EDIÇÃO 27 JULHO
PRÓXIMA

QUE TODO O ANIMAL TENHA UM LAR, NO MUNICÍPIO DE GONDOMAR!

Festival Nacional de Folclore, que resulta da organização do Rancho Folclórico “As Ceifeiras de Santa Maria de Medas” e do apoio da Junta de Freguesia de Melres e Medas. No dia 17 ocorreu o ponto alto com a participação do Rancho das Medas, Rancho Folclórico das Piçarras (Alentejo), Rancho Folclórico “Os Bairradinos” (Cantanhede), Grupo Folclórico “As lavadeiras do Vouga” (Angeja), Associação Etnográfica e Cultural Vila Verde e Rancho Folclórico da Vila de Prado. ■

rou o seu nono aniversário, no Centro Cultural de Rio Tinto. O momento musical esteve a cargo de José Fernando Gama, dando o mote para a inauguração da exposição “Viver a criatividade da Universidade Sénior de Rio Tinto”, com trabalhos realizados pelos alunos desta Universidade.■

ATORES DO “ERA UMA VEZ... TEATRO” NO FITEI 2023

JUNTA DE BAGUIM PROMOVE COLÓNIA DE FÉRIAS

PARA CRIANÇAS E IDOSOS

Esta semana na rubrica temos a Lua que está na Associação Animais da Quinta. A Lua foi recolhida da rua em Rio Tinto. Tinha uma coleira super apertada e já muito velha ao pescoço. Tem 5 anos, é muito meiga e sociavél com outros cães. Condições de adoção: assinatura de termo de responsabilidade; é entregue chipada, esterilizada e vacinada. Quem quiser conhecê-la ou adotá-la, basta contactar para o e-mail:  geral.animaisdaquinta@gmail.com, 934212996 ou visitar a associação. Podem também conhecer outros animais para adoção através das redes sociais em:  https://www.facebook.com/AssociacaoAQ e  https://www.instagram.com/ ass_animaisdaquinta/”. ■

DOIS ATLETAS DA APPC “CHAMADOS” À SELEÇÃO NACIONAL DE TRICICLETA

Alírio Almeida e João Lomar (RR2) são os dois representantes da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) que, após convocatória da Selecionadora Nacional Ana Nunes, irão integrar a Seleção Nacional de Tricicleta. A estes dois praticantes juntar-se-ão, no estágio agendado para 29 de junho, mais seis elementos de várias associações e instituições do país. Os praticantes da APPC contarão ainda com a presença (e colaboração) dos técnicos assistentes desportivos Ricardo Neves e Ricardo Azevedo. O estágio (de atletas e acompanhantes) irá realizar-se no Centro de Estágios do Luso. A Tricicleta é uma modalidade desportiva realizada em pistas de atletismo – destinando-se exclusivamente a pessoas com Paralisia Cerebral. Os atletas correm utilizando os seus pés, num equipamento semelhante a uma bicicleta, mas com três rodas e sem pedais. Para participarem na competição os atletas têm de ser classificados segundo as normas determinadas pela CP-ISRA (Cerebral Palsy International Sports and Recreation Association). ■

S.PEDRO DA COVA PROMOVE AULAS DE ZUMBA GRATUITAS

A União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova promove a partir do próximo dia 1 de Julho aulas de Zumba, todos os sábados de manhã, em S.Pedro da Cova. ■

MEDAS RECEBEU FESTIVAL NACIONAL DE FOLCLORE

Nos dias 16 e 17 de Junho decorreu o

CINEMA FORA DO SÍTIO REGRESSOU A GONDOMAR:

Nos dias 10 e 17 de Junho ocorreu a exibição do filme Velocidade Furiosa X, nos Parque urbanos de Rio Tinto e Gondomar. Uma sessão de cinema ao ar livre, que deliciou todos os presentes ansiosos para ver a estreia deste filme de forma gratuita. ■

SÉNIORES DE FÂNZERES E S. PEDRO DA COVA FAZEM DESFILE DE MODA RECICLADA

Sete atores do “Era uma vez... Teatro” participaram no espetáculo “Condomínio” de Nuno Nunes”, inserido no FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica).

Durante cerca de dois meses os atores Bráulio Sá, Joaquim Moreira, Marta Silva, Patrícia Vitorino, Paulo Fonseca, Paulo Gonçalves e Vanessa Almeida participaram no processo criativo e ensaios do espetáculo “Condomínio”, levado a cena a 19 de maio no Teatro Municipal Constantino Nery (em Matosinhos).

A Junta de Freguesia de Baguim do Monte abriu inscrições para colónias de férias infantis e séniores. A primeira decorre de 10 a 14 ou de 17 a 21 de Julho, os inscritos terão de ter idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos. Já a colónia de férias sénior decorre de 24 a 28 de Julho, para pessoas com mais de 55 anos. Para ambas as vagas são limitadas e têm de se inscrever na Junta de Freguesia. ■

APPSOUND COM ATUAÇÃO EM LISBOA

O desfile #fromgrannytotrendy regressou ao Porto de Leixões a 5 de Junho, Dia Internacional do Ambiente. Nesta iniciativa foram cerca de 100 criativas vintage de quatro cidades que foram as modelos evidenciando as suas roupas 100% recicladas. A União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova esteve presente com a apresentação de trabalhos que desenvolveram na Universidade Sénior, na aula de costura criativa. ■

AS FREGUESIAS DA LOMBA E BAGUIM DO MONTE CELEBRARAM SANTO ANTÓNIO

“Condomínio”, de Nuno Nunes, é um espetáculo criado com uma comunidade de moradores do Porto sobre a cidadania e o sentido de pertença aos lugares, sobre a capacidade de agir conscientemente e sobre o conflito endémico entre interesses individuais e coletivos.

A aparente austeridade funcional, balofa e monótona, duma reunião de condomínio tolda uma variedade de acontecimentos e de revelações de natureza intrinsecamente teatral que este projeto propõe desmontar e expor. As consequências podem ser sérias e provocar o riso ou a lágrima; ou perturbar convicções mais ou menos enraizadas.

Neste “Ágora interior” revela-se o que, em nós, há de autêntico e de autorrepresentado, expõem-se idealizações e contradições, dogmas e preconceitos. É também o espaço do debate e da acão, onde não se poupam os “big statements” épicos. ■

DOE SANGUE, DOE VIDA!

A banda appSound (da Associação do Porto de Paralisia Cerebral) participou no passado dia 31 de maio na cerimónia de entrega do “Prémio de Inovação Tecnológica Engenheiro Jaime Filipe”, sessão realizada em Lisboa no Auditório do IAPMEI.

Além dos músicos e intérpretes da appSound, a data ficou ainda marcada pela realização de uma mesa-redonda, a apresentação dos projetos distinguidos em 2022 e, ainda, uma feira dedicada à inovação (tecnológica e social) com representação de diversos parceiros e empresas e desenvolvida com o propósito de promover sinergias entre a invenção e o apoio ao empreendedorismo.

Nos dias 13, 16, 17 e 18 de Junho celebrou-se na Freguesia da Lomba o Santo António com a atuação de vários grupos de dança, folclore, música e fogo de artificio que animaram a freguesia. De igual modo comemorou-se o Santo António em Baguim do Monte nos dias 17 e 18 de Junho, com música, fanfarra e banda musical. ■

RIO TINTO JÁ TEM VENCEDOR DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO

O vencedor do Orçamento Participativo de Rio Tinto foi a proposta F, “Um Ginásio Feliz”, que tem como propósito remodelar o ginásio do Centro Escolar da Boavista/Lourinhã. Criando, desta forma, melhores condições e disponibilizando equipamentos para a prática de educação física. ■

UNIVERSIDADE SÉNIOR DE RIO TINTO COMEMOROU O 9º ANIVERSÁRIO

A Universidade Sénior de Rio Tinto comemo-

Para doar sangue pode deslocar-se a 2 de Julho à Escola EB 2/3 de S. Pedro da Cova, das 15h00 às 19h00 e a 15 de Julho ao Centro Escolar de Baguim do Monte, no mesmo horário. Em todas as colheitas poderá efetuar o seu registo para doar medula óssea, caso tenha idade compreendida entre os 18 e os 45 anos.■

UNIÃO DE FREGUESIAS DE GONDOMAR (S.COSME), VALBOM E JOVIM

LEVA IDOSOS À PRAIA

Nos dias 26 e 27 de junho vão estar abertas as inscrições, nas secretarias das Juntas de freguesia para a Colónia Balnear Sénior 2023 que se irá realizar de 3 a 7 de julho, na parte da manhã, na Praia da Aguda. Os inscritos terão de ser residentes com idade igual ou superior a 65 anos ou reformados. Necessário apresentar cartão cidadão / bilhete identidade, comprovativo morada e reforma. ■

A appSound é uma banda de produção musical que nasceu em março de 2014 (no âmbito dos Centros de Atividades Ocupacionais da Associação do Porto de Paralisia Cerebral). A banda integra na sua formação Bruno Francisco (voz), Pedro Castro (teclas), Paulo Fonseca (dispositivos eletrónicos iPad e Makey Makey) contando ainda com o músico convidado Filipe Paiva (piano). É orientada por Indalécio Paiva, professor de Expressão Musical, que também se junta à banda com guitarra e voz. Esta atuação em Lisboa assinalou, também, a estreia de Ariana Sousa como voz de apoio. Os objetivos da banda centram-se na produção musical original e contemporânea, assim como na divulgação criativa e artística de trabalhos realizados por pessoas com paralisia cerebral. Os appSound, além de comporem e produzirem temas originais, fazem também recolha de repertório adequado às diferentes apresentações para as quais são convidados.

A sua sonoridade é uma fusão dos vários gostos pessoais dos seus elementos. Mas, ao mesmo tempo, proporcionam espaço às novas tecnologias na música – nunca esquecendo o lado acústico e tradicional dos instrumentos. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 4 BREVES
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O LABi9 promove uma EDUCAÇÃO INCLUSIVA

O Clube de Ciência Viva, Labi9, da ESG tem desenvolvido atividades que visam responder à diversidade das necessidades e potencialidades de todos os alunos, permitindo, através de experiências e do contacto com materiais diferenciados, o aumento da participação na aprendizagem e na comunidade educativa de alunos que beneficiam de adaptações curriculares significativas, promovendo, desta forma, uma Educação Inclusiva de qualidade. Tem prestado apoio a alunos do Curso Técnico de Auxiliar de Farmácia, que precisam de recorrer a novas tecnologias educativas, tais como desenho, impressão 3D e programação de microcontroladores, tais como o arduino e o bitalino.

Semanalmente, continua a desenvolver

Peddy Paper +CIDADÃO

Em viagem

pela sustentabilidade

Dia do Ambiente - 5 de junho

O 7.º ano da ESG participou no Peddy Paper organizado pelos professores de +CTE e contou com a colaboração dos alunos das turmas 10.º8 e 11.º9.

Constituído por 8 postos, com perguntas e desafios bastante interessantes, colocaram à prova os nossos conhecimentos, a nossa rapidez e criatividade.

Foi muito divertido!! No fim, hasteamos a bandeira Eco-Escola.

Ana Ferreira, 7.º1

Rita Miranda, 7.º2

Tiago Pereira, 7.º3

DE QUALIDADE

workshops, atividades na área da ciência, a trabalhar com alunos que participam em concursos de inovação, ciência e tecnologia.

Pelo segundo ano, está a orientar estagiários da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto.

Fernando Silveira

Centro aprovadoTecnológico para o AEG1

+CTE Articulação das aprendizagens essenciais e transversais

Viajámos no tempo e no espaço, vivenciámos muitas emoções.

Percorremos oceanos e continentes, desde as nossas origens até à formação de Portugal e à construção da nossa identidade. Utilizámos materiais reutilizáveis e colocámos em prática as aprendizagens adquiridas.

Crescemos nesta grande viagem, sonhámos e fomos felizes.

Abraçámos o mundo, todos juntos, com as nossas mãos, cheias de valores.

Aprendemos que é importante defendermos a igualdade, a liberdade, a fraternidade, a justiça e a paz no mundo.

“Amar Gondomar 2023”

25/05/2023

Alunos do 8.º ano do AEG1

“Numa cumplicidade de sabedoria e empenho, professores e alunos fizeram desta ação um verdadeiro sucesso.

Ouvimos curiosidades de monumentos, de pessoas e locais, que fazem de Gondomar um sítio a visitar.

Muito responsáveis da sua missão. os nossos alunos fizeram acontecer e deram motivos a todos para, ainda mais, AMAR GONDOMAR.”

APESG

CENTRO QUALIFICA A CERTIFICAR ADULTOS DESDE 2006!

No culminar dos seus percursos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), seis candidatos à certificação de equivalência ao nível secundário realizaram as suas apresentações, perante o Júri. A diretora Lília Silva e o Dr. Luís Araújo elogiaram o trabalho dos alunos (adultos) e o contributo do Centro Qualifica no empoderamento da população gondomarense.

VIVACIDADE | JUNHO 2023 6 SOCIEDADE
Justina Roma

PRAIA DA LOMBA foi distinguida com o selo de Qualidade de Ouro pela QUERCUS

A Praia da Lomba, com uma frente fluvial com cerca de 37,5 km, localizada em Gondomar é das mais procuradas no verão, não só pela qualidade da água como também pelas paisagens que a rodeiam.

A qualidade e temperatura das suas águas e a vigilância assegurada durante toda a época balnear, associadas a enquadramentos paisagísticos de grande beleza natural, tornam estes locais em refúgios de tranquilidade e bem-estar, excelentes alternativas à azáfama das praias costeiras.

Na margem esquerda do rio Douro, a praia fluvial da Lomba é, por excelência, o cartão-de-visita daquela freguesia, considerada uma das mais belas praias fluviais do Douro. Possui um extenso areal e uma zona de apoio balnear constituída por Posto de Primeiros Socorros, WC e Bar.

A área envolvente à praia oferece aos seus utilizadores os melhores equipamentos: parque de estacionamento, ancoradouro e uma extensa área verde dotada de mesas e bancos.

Neste local pode sentir-se seguro, com a constante vigilância que a caracteriza, bem como usufruir dos seus “momentos de paz” no bar com esplanada - funciona diariamente, que tem como privilégio a paisagem de fundo, a Praia da Lomba. Caso pretenda um dia mais ativo pode sempre praticar as atividades náuticas que este espaço tem disponível.

O parque de merendas, perto da Praia, junto ao areal, inclui churrasqueira, contudo há algumas mesas que não têm banco, mas pode sempre estender a toalha no chão. Na verdade, nem é preciso tirar os pés da areia, porque existem algumas árvores na praia em si.

Quem a frequenta menciona que é uma praia muito atrativa para grupos de amigos e famílias. A vantagem mais frisada sobre este local é que a temperatura da água ronda os 21 ou 22 graus, sendo, por isso, mais agradável do que na costa.

Acresce que, neste ano, a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, que distingue anualmente a qualidade da água balnear das praias portuguesas, voltou a atribuir à praia o selo “Qualidade de Ouro”.A água balnear da Lomba foi classificada como “excelente” nas análises de qualidade, nas quatro épocas balneares mais recentes, entre 2017 e 2021. Sendo que, na última época balnear (2022), não houve registo de quaisquer ocorrências, avisos, proibição da prática balnear ou interdição temporária da praia.

Para os que não gostam de ficar parados esta praia tem também atividades de lazer para todos como andar de caiaque, fazer stand-up paddle ou wakeboard e viajar numa boia puxada por lancha, tem ainda hipótese de fazer paintball no antigo campo de futebol da freguesia da Lomba. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 9 SOCIEDADE Esta página é oferecida pelo Grupo TrustEnergy - Energia para o Futuro
DR

Talvez os leitores mais assíduos recordar-se-ão da nossa conversa com a atleta Andreia Santos. (Edição de Março de 2022 - Pág.45)

Ainda que não seja o caso, aos mais interessados relembramos da possibilidade de aceder ao nosso acervo onde encontrará, entre muitas coisas, esta fantástica história de dedicação e sacrifício através da plataforma issuu. com/vivacidade.

Andreia Santos é sem dúvida uma inspiração que merece a atenção não só de atletas, mas de todos aqueles que estão dispostos a correr aqueles quilómetros extras no seu dia para atingirem as suas metas.

Sem desculpas e sem atalhos... Num país pequeno como o nosso onde infelizmente ainda não é possível ganhar a sua subsistência com o Atletismo. Andreia encontra no seu dia, com muito sacrifício e paixão, elasticidade temporal. Tempo para a família que inclui o seu companheiro e três filhos, tempo para trabalhar, tempo para o seu treino diário e tempo para um sorriso que lhe é permanente e contagiante.. ■

Cross, 3.000m / PC, 5.000m

-Bi-Campeã do Mundo Masters 10.000m

-Campeã do Mundo Masters Cross 8.000m

VIVACIDADE | JUNHO 2023 10 SOCIEDADE
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MARCHAS EM HONRA DE SÃO PEDRO estão de regresso

As Festas em Honra de São Pedro e São Paulo regressam este ano, a 29 de Junho. As marchas também estão de volta, após três anos de interregno devido à pandemia e à incerteza por esta provocada.

O presidente da Comissão de Festas de São Pedro e São Paulo, Carlos Moura, espera que as marchas sejam o ponto alto destas comemorações. “Contaremos com a presença de sete marchas, a Associação Silveirinhos, Grupo Etnográfico de São Pedro da Cova, Orfeão de São Pedro da Cova, Rancho Folclórico do Passal, Grupo Zés Pereiras do Passal, Leões de Tardariz e Associação Vila verde”.

A primeira reunião para que fosse possível a realização destas ilustres marchas foi em Janeiro. “Precisávamos de gente. As marchas dão muito trabalho, são os figurinos, a música, e termos de fazer a gestão do espaço e como é que tudo vai acontecer tem de ser pensado ao pormenor”, explica Carlos Moura.

O programa de festas começa na quinta-feira com um concerto na igreja matriz, pelas 21h30, com o coro Mosteiro de Grijó, momento mais intimista que é antecedido por uma missa aos padroeiros. Na sexta-feira irão ter uma sardinhada a partir das 20h00, seguida da entrega dos prémios das quadras populares, pelas 20h30. “No palco de festas, que é uma novidade este ano, antigamente era ao sábado a tarde e de-

cidimos mudar, para dar mais visibilidade, haverá, pelas 21h30, um encontro de folclore com grupos da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. Às 23h30 teremos mais uma novidade que são os Djs, com intuito de atrair as camadas mais jovens e animar os finais de noite. Na sexta-feira terá lugar a atuação do Dj Lascasas.”, conta o presidente.

No sábado, logo pela manhã, as ruas enchem-se de música com o Grupo Zés Pereiras do Passal. As marchas vão alegrar a noite, pelas 21h00, e termina, mais um dia, com a atuação do Dj Gato X, pelas 00h00. No domingo, a Banda Musical de S. Pedro da Cova irá animar a manhã antes da missa solene que terá lugar pelas 11h00. Às 18h00 terão lugar as

Vésperas Solenes (liturgia católica de adoração ao Santo). A procissão solene, pelas 18h30, será acompanhada pela fanfarra de Gondomar e pela Banda Musical de Gondomar. Às 21h30 terá lugar a atuação da banda Myllenium “que promete muita música para todos”. As festas encerram com o Fogo de Artificio, pelas 23h50, “que promete também ser um dos momentos altos da festa”.

As expectativas estão altas e estão a contar com milhares de pessoas durante estes quatro dias. “Iremos ter o nosso bar a funcionar nestes dias, sempre com petiscos e bebidas. Haverá barracas de comerciantes, como nos outros anos, com venda de bolos, farturas, brinquedos e carrocéis”, reforça o presidente da Comissão de Festas e refere que “apesar da mudança de padre a relação continua a ser muito boa”.

A comissão de Festas, que é composta por Carlos Moura, Filipe Santos, Liliana Moreira, Lurdes Oliveira, Ivone Sousa, Octávio Azevedo, Eunice Alves, Sofia Vieira, Vítor Sousa, Eduardo Cardoso, Nuno Santos, Jorge Miranda, Celeste Sousa. Bruno Ribeiro, Catarina Azevedo, Jorge Castro, Debora Martins, Fernando Gandra, Anselmo Moura, agradece em especial aos patrocinadores do comércio e indústria, às senhoras que fazem o peditório pelas ruas e o apoio crucial da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova e da Câmara Municipal de Gondomar. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 12 SOCIEDADE (rede fixa nacional) R. S. Pedro 1309, 4510-428 São Pedro da Cova Tel: 22 463 4133 P E T R O SÃO PEDRO Combustíveis e Lubrificantes, Lda. SERVIÇOS: Combustíveis | Lubrificantes | Lavagens Auto Loja de Conveniência | Pneus Morada: Estrada Nacional 209 - Km 9.7 S.Pedro da Cova Telefone: 224647370

MUSEU MINEIRO

DE SÃO PEDRO DA COVA

distinguido pelos conteúdos digitais

VIVA SAÚDE HOSPITAL FERNANDO PESSOA

CASOS DE SUCESSO UNIDADE DE OBESIDADE DO HOSPITAL FERNANDO PESSOA

Conheça a Joana Teixeira, uma paciente da Unidade de Obesidade do Hospital Fernando Pessoa. A Joana sentiu que tinha de mudar, de cuidar de si, de olhar pela sua saúde e conseguir o desejado sonho de ser mãe com um corpo mais saudável. Não nega que tinha os seus receios, mas com o acompanhamento da equipa de Obesidade, liderada pelo Dr. John Preto, correu tudo na perfeição e o processo foi muito mais fácil do que o esperado.

Hoje, com pouco mais de 4 meses após a Cirurgia Bariátrica, já perdeu 32 quilos e sente-se mais feliz e saudável de dia para dia, grata a todos aqueles que a ajudaram neste processo e orgulhosa pela decisão que tomou.

O Museu Mineiro de São Pedro da Cova foi distinguido na categoria “Projetos e Conteúdos Digitais”, pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), no âmbito de uma cerimónia de reconhecimento das melhores práticas dos museus nacionais. O equipamento foi ainda reconhecido na categoria “Museografia” com uma menção honrosa.

A distinção surge depois do projeto de remodelação da exposição permanente, que recriou a experiência sensorial e emotiva dos visitantes. Os trabalhos visaram potencializar, através de ferramentas de estímulo visual e auditivo, a imaginação e a reflexão acerca do passado mineiro de São Pedro da Cova. A reabilitação do equipamento foi

promovida pelo Município de Gondomar em parceria com a União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova.

O Museu Mineiro foi criado em 1989, numa das antigas Casas da Malta e tem como missão a valorização, divulgação e dinamização do património geológico e mineiro de São Pedro da Cova. ■

FESTAS EM HONRA DE S. GONÇALO foram um sucesso

A obesidade é uma doença crônica grave, por isso se sofre deste problema, não espere mais, a equipa multidisciplinar da Unidade de Obesidade do Hospital Fernando Pessoa está aqui para ajudar! ■

A Freguesia de Covelo realizou as Festas em Honra de S. Gonçalo, de 8 a 12 de Junho,com muita alegria, música e animação.

As celebrações contaram com um encontro de folclore, sarau de dança, a atuação da banda Made In, o grupo de comédia Ti Maria da Peida e o grupo espanhol D´ Alma & Corazón. O ponto alto foi no

sábado com a atuação da artista popular Rosinha e dos DJS Fucking Bastards, que fizeram as delícias dos mais jovens. No capítulo religioso a missa seguida de procissão encheu as ruas de Covelo.

Para o Presidente da Comissão de Festas de S.Gonçalo, Aurélio Salas, o balanço das festas é muito positivo, salientan-

do um muito trabalho por detrás da sua realização. “Todos os dias tiveram muito significado e todas as expectativas foram superadas. A população gostou muito e deram os parabéns a todos pelo trabalho prestado à região”, refere o presidente e acrescenta que “no próximo ano haverá nova comissão de festas”. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 14 SOCIEDADE

Amadeu Paiva, Damião Soares e Manuel Ferreira, da “Villa Urbana” de Valbom (da Associação do Porto de Paralisia Cerebral), atingiram o quarto lugar na Taça de Portugal de Boccia Sénior – em prova realizada a 7 de junho, em S. João da Madeira. A competição, que contou com a presença de 60 equipas e mais de 250 jogadores em representação de 31 instituições/clubes, realizou-se no Pavilhão Municipal das Travessas.

Sendo de destacar a classificação dos representantes da Associação do Porto de Paralisia cerebral, a relevar, também, o pó-

dio da prova... Em primeiro lugar ficou a equipa da Câmara Municipal de Penafiel, em segundo a equipa CC Vermoim/Sobrei-

ro e no terceiro lugar do pódio ficaram os elementos da Junta de Freguesia de Rebordosa. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 15
(Rede fixa Nacional) (Rede fixa Nacional)
BOCCIA SÉNIOR DA “VILLA URBANA” EM 4.º NA TAÇA DE PORTUGAL

PRIMEIRA FASE DO METYIS CAMPUS já foi inaugurada

Decorreu a 1 de Junho a inauguração da primeira fase do Metyis Campus, numa parceria que inclui a instalação do Hugo Boss Digital Campus, da empresa mundial do setor da moda. Esta obra teve um investimento de 15 milhões de euros e promete criar cerca de mil postos de trabalho diretos.

O Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, enalteceu a importância deste projeto, que irá “transformar o centro de Gondomar e tornar o concelho numa referência geradora de empregos altamente qualificados”. O edil afirmou ainda que Gondomar responde “aos desafios crescentes da inovação e quer ser o futuro para empresas e pessoas”.

O CEO da Metyis, Yogen Singh, destacou Portugal como “um país de excelência para investir no futuro, pelas capacidades e o talento que existe, que acrescentam valor à empresa”

Daniel Grieder, CEO da Hugo Boss, começou por enaltecer a importância da tecnologia e do poder dos dados para o futuro dos negócios, em particular da empresa que lidera. O gestor afirmou que “a infraestrutura agora inaugurada permitirá tornar a Hugo Boss numa empresa guiada pela tecnologia,

usando o poder dos dados para um mundo melhor, tornando a indústria mais sustentável”.

A obra, que contará com mais seis edifícios, permitirá a instalação de um centro tecnológico em Gondomar, voltado para tratamento de dados, análises empresariais, desenvolvimento de soluções de marketing e e-commerce e ferramentas de business intelligence.

NÚCLEO TECNOLÓGICO COM 1000 NOVOS EMPREGOS

O Metyis Campus é atualmente composto por dois edifícios e vai criar cerca de mil novos postos de trabalho, incluindo os 250 postos destinados à operação do HUGO BOSS Digital Campus. Com este projeto, a empresa reforça o seu compromisso com Portugal e, em particular, com a comunidade local.

“Enquanto Metyis, a nossa missão é sermos parceiros estratégicos para os nossos clientes, os nossos colaboradores e a sociedade em geral. Os nossos Campus, seja em Portugal, Espanha, Índia ou México, são epicentros onde fornecemos soluções para os nossos clientes a nível regional e global, operamos centros de excelência em digital, data e tecnologia, e formamos os nossos colaboradores nestas áreas”, afirma Yogen Singh.

“O Metyis Campus não só nos permite aprofundar uma colaboração mais sólida e expressiva, como também representa mais um passo significativo na nossa jornada para nos mantermos fiéis à nossa missão”, refere ainda Yogen Singh. “O Campus do Porto abre as suas portas no momento em que a Metyis celebra 10 anos, assinalando uma etapa importante que vai permitir fortalecer as nossas parcerias e disponibilizar um espaço de crescimento pessoal e profissional aos nossos colaboradores”, acrescenta o CEO da Metyis.

HUGO BOSS COMO PRIMEIRO PARCEIRO EM PORTUGAL

O HUGO BOSS Digital Campus é uma  joint venture entre a Metyis e a HUGO BOSS, lançada em 2021. Entre as sedes da empresa em Metzingen, na Alemanha, e no Porto, em Portugal, 250 profissionais vão fazer parte do HUGO BOSS Digital Campus até ao final de 2023. Ao estabelecer esta parceria, a HUGO BOSS procura aumentar as capacidades de análise de  data da empresa e impulsionar as vendas digitais nos próximos anos.

“O Hugo Boss Digital Campus é um marco fundamental no nosso trajeto para nos tornarmos a principal plataforma de moda premium, orientada para a tecnologia

a nível mundial. Em parceria com a Metyis, vamos desenvolver as nossas capacidades digitais e de análise de  data, aumentando, assim, a competitividade e a eficiência das nossas atividades comerciais. Estamos muito satisfeitos por estarmos na região do Porto e ansiosos pelos muitos novos talentos que conseguiremos atrair para a HUGO BOSS”, afirma Daniel Grieder, CEO da Hugo Boss.

“A chegada da Metyis a Gondomar representa um grande passo para a inovação, e estamos a trabalhar todos os dias para atrair este investimento de elevado valor para o nosso território. Este projeto vai gerar cerca de mil postos de trabalho altamente qualificados, o que é absolutamente decisivo para reter os melhores talentos na nossa cidade. Neste contexto, é com grande entusiasmo que recebemos a Hugo Boss como a primeira empresa de grande dimensão aqui instalada”, refere Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar.

A Metyis opera em várias áreas de negócio, incluindo bebidas, bens de consumo, moda, serviços financeiros, processamento alimentar, retalho e serviços públicos, entre outras. Atualmente, a empresa tem escritórios no Porto, Lisboa e Faro, empregando mais de 200 profissionais em Portugal, incluindo o Digital Campus. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 16 SOCIEDADE

“ESTE FOI O MELHOR E O MAIOR DDC

O Dia do Conhecimento (DDC) da SAMSYS ocorreu no passado dia 7 de Junho e encheu o Pavilhão Multiusos de Gondomar. Ruben Soares e Samuel Soares estiveram à conversa com o Jornal VivaCidade sobre a dimensão deste grande evento motivacional.

Qual o balanço que fazem desta 10.º edição do Dia do Conhecimento da SAMSYS?

É a 10.ª edição embora o evento já exista há 12 anos. Existem dois anos de interrupção por causa da pandemia e o evento continua a crescer, a prova disso são os números recorde de presenças aqui e online. Aumentou com mais de 500 presenças, em contínuo, sendo que houve picos em que tínhamos mais pessoas. A nível de inscrições, check in, tivemos mais de 2500, temos um recorde de 3400 pessoas.

Podemos dizer que este é o maior evento de sempre?

Diríamos mesmo que foi o melhor e maior DDC de sempre. Ao dizer que foi o melhor não estamos só a avaliar o número de pessoas, mas também outros fatores nomeadamente a qualidade dos espaços, dos expositores, a decoração, a preocupação que tivemos em transformar o espaço. E, cada vez mais, temos essa preocupação de transformar uma parte do Multiusos num auditório e a outra parte com expositores cada vez mais rica. Sentimos que os parceiros cada vez mais vêem a importância deste evento e trazem mais expositores. Notamos, também este ano o aumento de presenças internacionais, seja no online, seja no presencial, muitos brasileiros, moçambicanos, angolanos, cabo-verdianos e pessoas da comunidade lusófona.

Acham que ainda há espaço para crescer?

A nível físico está difícil. Estamos à procura de soluções. Mas o nosso maior foco é encontrar soluções e estamos a pensar como é que neste espaço podemos receber mais participantes. E, claro, no digital é sempre uma parte interessante porque conseguimos chegar a números sem limite. A dificuldade do digital é conseguirmos transmitir toda a alegria, toda a emoção, todo o trabalho e todo este sentimento que se sente a nível presencial. Os conteúdos no online passam e consegue-se absorvê-los, mas não se consegue sentir a dinâmica e a energia que se vive aqui.

Quais foram os pontos altos do evento?

Podemos começar por falar dos pontos de melhoria. O primeiro é o estacionamento, o segundo é acelerar o check-in, ainda mais, porque o evento começou mais tarde que o previsto, por isso mesmo. Precisamos de mudar um pouco a dinâmica de onde temos os expositores porque o espaço de circulação ali é muito curto para o número de pessoas que ali temos. A fila de aquisição de senhas para o almoço também não funcionou naquele sítio e baralhou-se com as

DE SEMPRE”

das máquinas de café, temos uma série de apontamentos.

O lado bom, foi o melhor até à data, a qualidade dos oradores, a entrega dos oradores, a forma como eles viveram a essência do conceito de atitude, todas as partilhas à volta da atitude, várias temáticas, ramificações, várias derivações do tema central atitude, a entrega de todos os participantes, a forma como muito proactivamente aderiram às iniciativas, o feedback que tivemos de todas as pessoas aqui que falaram connosco obviamente. E até o feedback positivo dos expositores que muitos fizeram negócio hoje.

Os oradores recebem algum valor por estarem aqui, sendo que o evento é totalmente gratuito?

Os oradores vêm normalmente de forma gratuita, mas quando vêm de outros países nós pagamos o alojamento ou a viagem, mas nenhum orador cobra cachê para o fazer e mostra mais uma vez o que as pessoas querem fazer. Mostra a confiança no evento porque se não tiverem dificilmente os oradores vêm a custo zero. O DDC é uma marca de confiança.

Como é que isto vos faz sentir?

Sentimos gratidão, que a missão foi cumprida, sentimos entrega e valor à sociedade e isto torna-se ainda mais especial, porque o fazemos forma altruísta. Não é de todo o nosso negócio e nós entregamos aqui o coração sem pedir nada em troca.

Para terminar, a quem é que devem um obrigado?

A muita gente. Primeiro de tudo à nossa equipa que organizaram este evento. O Natanael é aquela pessoa, muito dedicado, trabalhador, não gosta e holofotes, gosta de fazer acontecer. Foi o grande motor. A ajuda de todos os outros é louvável e valorizável, ele teve uma ajuda brutal dos colegas, mas foi ele que foi com a bandeira à frente. Tivemos pessoas a controlar a rede de internet, no backoffice, pessoas no processo de check-in, que embora tenha sido longo, temos de entender que eram mais de 2000 mil pessoas, as nossas decoradoras também. Muito grato a toda a equipa SAMSYS e de recordar que nós não somos uma empresa de organização de eventos. Não podemos deixar de agradecer aos patrocinadores, este ano tivemos 44 empresas que apoiaram o evento, dois patrocinadores platina a XD, desde o inicio, já há 8 anos de forma contínua e a Century 21, que é o segundo ano, e quis repetir com a maior visibilidade e que obviamente é um contributo muito importante, porque o apoio financeiro que nos dão ajuda-nos a pagar parte deste investimento e obviamente não posso deixar de referir aquelas empresas que não apoiam em valor mas apoiam em género, em troca dos seus serviços. É muito bom ver que há pessoas que querem entregar coisas de valor à sociedade. Há muito eventos semelhantes que cobram valores, mas eventos com a qualidade de oradores, de espaço, com tudo que é oferecido e dado neste evento não há nenhum! Para o ano estamos aqui de novo e cada vez melhores! ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 18 SOCIEDADE

Posto de Vigia

CPI/TAP EM COMA INDUZIDO E EXEQUIAS VÊM A CAMINHO

1 – Terminadas as inquirições na CPI – Comissão de Inquérito Parlamentar à gestão da TAP, decorre agora o período dedicada ao relatório final do processo, com as conclusões que os relatores hão de propor para a votação final de todos os deputados que integram a comissão. Mas é claro que

o resultado destas votações será apenas e só o que quiserem os deputados socialistas, que têm maioria para decidirem sozinhos. Estamos assim no período da monitorização dos sinais vitais da comissão, mas a leitura do testamento final e as respetivas exéquias da CPI serão feitas antes dos deputados partirem para férias. Sim, porque isto de ir a banhos e deixar o cadáver nas câmaras frigoríficas seria demasiado chocante para os mais sensíveis, mantendo o luto em suspenso. E António Costa não é homem para manter a lágrima por muito tempo!

2 – Cumpridas as derradeiras diligências protocolares, o Governo respira de alívio. Nada de relevante há de surgir no testamento, até porque, para António Costa, as consequências políticas que haveria a tirar das conclusões

do inquérito, já foram assumidas. Caiu quem tinha de cair - na leitura do Primeiro-Ministro – e fica quem tem de ficar, incluindo o ministro Galamba, até que seja oportuna uma remodelação governamental alargada.

Está à vista de toda a gente que este é o guião que António Costa desenhou, e em que aposta a sobrevivência do seu Governo até ao fim da legislatura. Quem esperar mais do que isto terá muito poucas hipóteses de ganhar a parada. O próprio Presidente Marcelo reconhece que tem um caminho muito estreito para alterar o rumo das coisas, por mais que vá deixando sinal aqui, recado além. Só mesmo se as eleições europeias fossem trágicas para o PS…

3 – Goradas as espetativas dos que apostavam em eleições antecipadas, não tardará que a bo-

lha mediática e política abra uma nova frente de ajustes de contas, procurando esventrar todo o trabalho do inquérito parlamentar à companhia aérea para encontrar a quem imputar as culpas do fracasso. E é claro que os “spins” de Costa estarão nas trincheiras a animar as noites quentes, com fogo… de artifício!

Caso para dizer há por aí muitas lágrimas a correr na escuridão das insónias. E há também muitos arrependimentos inconfessados, sobretudo para quem falou antes do tempo, quem disse mais do que devia, quem planeou festins sem orquestras, quem foi para a guerra sem exércitos. Na realidade cada vez mais a vida ensina-nos que em política não há funerais antecipados, e que só morre mesmo quem quer morrer.« ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 20 SOCIEDADE E N T R E A CLÍ N IC A DE G OND OMA R E O E DI F ÍC IO M A FAV I S (rede móvel nacional)
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PAULO FERREIRA: “Rodarem essa terra toda e plantarem eucaliptos doí-me mesmo!”

Paulo Ferreira, natural de Melres e residente em Fânzeres, é videógrafo e fotógrafo da natureza reconhecido. No passado dia 7 de Junho fez a apresentação pública de um documentário da sua autoria sobre o Parque das Serras do Porto e contou com a presença de ilustres oradores que partilharam da sua opinião sobre a conservação “do pulmão verde” da Área Metropolitana do Porto.

O Parque das Serras, com uma área de cerca de 6000 hectares, é circundado pelos concelhos de Gondomar, Paredes e Valongo. Caracteriza-se pela vasta fauna e flora com um vasto estatuto de conservação e de vestígios arqueológicos. O Parque é banhado pelos Rios Sousa e Ferreira. Além destas riquezas naturais, ainda pode ser visível o falcão-peregrino, uma espécie que só con segue ver neste local.

No âmbito da preservação desta riqueza ambiental para a Área Metropolitana do Porto e para o concelho de Gondomar, Pau lo Ferreira realizou um documentário que pretende alertar para a responsabilidade cívica ambiental.

“A realização deste documentário advém do facto de ter crescido no Alto do Conce lho de Gondomar e custa-me ver o estado em que está o Parque das Serras do Porto. Ver que cerca de 90 a 95% dos solos es tão a ser adulterados é uma coisa que me preocupa bastante. As máquinas chegam e transformam tudo. Rodarem essa terra toda e plantarem eucaliptos dói-me mesmo, por que não deixam espaço para a fauna nem para a flora autóctone, aquela fauna e flora daqui da região”, explica Paulo Ferreira.

O propósito deste documentário é aler tar os cidadãos para a problemática do Parque das Serras do Porto, de forma que quem esteja em redor deste local de facto se manifeste sobre a temática. “Temos de olhar primeiro para os rios que atravessam as Serras, o Rio Ferreira está praticamente todo poluído, o Rio Sousa para lá caminha também. Toda a área verde é atravessada por estes rios, mas não se intervém”.

A Associação do Parque das Serras do Porto, vista como entidade mandatária, por Paulo Ferreira, “deveria ter uma palavra de cisiva, até no que toca à plantação dos eu caliptos. As árvores que foram lá plantadas agora, por exemplo, não são autóctones da quela região, são carvalhos que fazem parte do Douro Internacional, mais pequenos e

Alguns dos oradores presentes prestaram declarações ao Jornal VivaCidade sobre esta temática.

Serafim Riem - Direção Nacional da Associação IRIS

A apresentação pública deste documentário é um salto qualitativo para que a plantação de eucaliptos seja interrompida e que se pare de destruir a nossa floresta autóctone, que são os carvalhos, sobreiros e outras espécies. Este parque é de todos! Não é só dos concelhos envolventes é também de todos os que vivem no Porto, em Gaia ou em Matosinhos. Este aspeto é fundamental. ■

Eduardo Rêgo – Fundador da Associação ambiental Loving the Planet

Neste documentário é possível ver as pessoas dizer “que foi o rio da vida deles e não conseguem ir lá porque está sujo”. É preciso reabilitar tudo isto! É preciso criarmos uma linguagem universal e isso é da responsabilidade de todos e da Loving in the Planet, por isso é nós aparecemos como consciência ambiental no final. A importância deste documentário prende-se com o sensibilizar as pessoas, não estamos contra ninguém, vamos só fazer aquilo que tem de ser feito, para que toda a população usufrua, para que se façam caminhadas bonitas em comunhão com a natureza. É extraordinário isso. Não temos tantos espaços nobres que mereçam esta alcunha de maravilhosos, dignos, quase divinos para o nosso encontro com a natureza. É necessário preservarmos isto. ■

Filipa Almeida – arquiteta paisagística

O plano de gestão que existe para o Parque das Serras do Porto está muito bem delineado, mas tudo depende da conceção do plano, é um excelente plano e o problema é como o vamos colocar em prática, como é que vamos operacionalizar este plano? O que está em causa é que esse plano e a estratégia que está para ser implementada não está a ter resultados. Este documentário vem mostrar isso mesmo que os propósitos que têm de ser implementados não estão a ser concretizados e tem esta valência dar a conhecer ao público em geral o que está a ser feito. ■

mais finos. Este tipo de plantação tem interesse para as empresas que querem investir no parque e não para a sua preservação”.

“Sugiro que haja um plano de ordenamento do Parque. Houve um que esteve em discussão e entrou agora em vigor, mas acho que não devem ser as empresas a fazer a sua gestão, porque vão sempre lutar pelos seus interesses. Curiosamente, são essas mesmas empresas que vão fiscalizar a aplicação ou não do plano e que irão sugerir onde se pode plantar ou não”, refere Paulo Ferreira e acrescenta, ironicamente, que “é a mesma coisa que um ladrão estar a zelar pelo meu cofre”.

O fotografo afirma que a degradação desta área verde é o que o preocupa. Contudo incentiva que sejam criados locais próprios para a prática dos desportos motorizados, por exemplo.

“Acho que com a existência destes locais e de condições propicias à prática destes desportos por si só pode já ser um filtro no que toca às pessoas que irão ou não frequentar. Por si só este filtro já condiciona a poluição nesse local. Por exemplo, se não existirem passadiços e se o trilho for apenas em terra com subidas há pessoas que não irão fazê-lo. Os passadiços é que podem ser a maior problemática do Parque das Serras porque as pessoas têm medo da terra. Sentem-se acima dela quando se deslocam em passadiços”, confessa.

O turismo está nos passadiços, segundo o gondomarense, “é isso que cria poluição, o ser humano está, cada vez mais, a perder o interesse pelo contacto com a natureza. Começa a haver um estigma de ter um planeta mais limpo e sem terra. É isto que faz com que se criem passadiços”, remata. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 22 SOCIEDADE

ÁGUAS DE GONDOMAR renova Certificação da APCER

EM AMBIENTE, QUALIDADE E SEGURANÇA NO TRABALHO

A Águas de Gondomar (AdG) conclui com êxito a auditoria de renovação da certificação do Sistema de Gestão Integrado nas áreas Qualidade, Ambiente e Segurança e Saúde no Trabalho (SST), de acordo com as Normas ISO 9001:2015, ISO 14001:2015 e ISO 45001:2019, respetivamente, realizadas em abril do corrente ano.

A renovação da certificação, realizada pela APCER, um organismo idóneo e independente, traduz o reconhecimento de que a AdG dispõe de um Sistema de Gestão Integrado de Qualidade, Ambiente e SST, implementado de acordo com as Normas anteriormente citadas, e representa o reconhecimento das boas práticas de gestão, no âmbito dos serviços de gestão de infraestruturas de captação, tratamento e distribuição de água de abastecimento; gestão de infraestruturas de recolha, tratamento e rejeição de águas residuais.

A auditoria, realizada presencialmente, incluiu amostragem a atividades, processos, produtos e serviços, documentos e entrevistas aos colaboradores. A equipa auditora concluiu que o “sistema de gestão está bem estruturado e documentado e que a integração das áreas se tem desenvolvido de forma positiva, estando a contribuir para a melhoria contínua”.  Na sua análise a APCER destacou ainda alguns pontos fortes, entre os

quais o envolvimento da direção e dos colaboradores em geral no processo de melhoria contínua, o programa para a sustentabilidade dos serviços de águas e gestão eficiente de ativos, o controlo efetuado na redução das afluências indevidas e na qualidade da água de origem particular (poços e minas), a

utilização de água residual tratada, o modelo previsional de avarias e consumo e ainda a construção de três parques fotovoltaicos nas ETAR.

Também as medidas proativas de prevenção de risco, a verificação mensal dos equipamentos de trabalho, a construção de

modelos de simulação hidráulica da rede de águas residuais, foram valorizados neste processo de auditoria que distinguiu o desempenho da AdG que, mais uma vez, confirmou deter “as competências e os recursos necessários para o desenvolvimento do sistema de gestão integrado”, como conclui a APCER. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 23 SOCIEDADE

MIGUEL SILVEIRA foi o vencedor das Olimpíadas Nacionais de Geologia

Miguel Silveira, aluno da Escola Secundária de Rio Tinto, foi o vencedor das Olimpíadas de Geologia a nível nacional. Miguel já estava integrado no projeto de Ciência Viva da Escola e foi através da envolvência do aluno nesse projeto que a professora Natália Ferreira, que também é coordenadora das olimpíadas portuguesas de geologia e do projeto do Clube de Ciência Viva, percebeu que o aluno tinha potencial para participar.

As olimpíadas de geologia consistem numa prova com parte teórica e prática. A parte teórica engloba 40 perguntas sobre a matéria lecionada nas aulas e algumas outras “fora da caixa”, que só com algum conhecimento é que se consegue responder. A Parte prática consiste numa prova de campo e de identificação de minerais e rochas, onde se tem de examinar o que está na local e percecionar que tipo de rocha é.

“São as Olimpíadas mais difíceis em Portugal, porque além de terem a parte teórica que por si só já é complexa, ainda têm a componente prática que não se baseiam simplesmente nas experiências de mão, que são as que fazem nas aulas, mas também nas de campo que por si só já é um desafio, por não a terem nas aulas, nem estarem habituados a esses ambientes”, explica a Diretora de Tur-

ma e professora de Biologia e Geologia, Claúdia Vieira.

As Olimpíadas têm como objetivo princi-

pal encontrar uma equipa que vá representar Portugal nas internacionais das Ciências da Terra. “Não são só umas Olimpíadas por

Olimpíadas para encontrar o melhor de Portugal ou quem teve o melhor resultado é para encontrar uma equipa que represente Portugal no concurso internacional, que após a pandemia passou a ser online”, refere a coordenadora das Olimpíadas portuguesas de Geologia, Natália Ferreira e acrescenta que “foi a capacidade que o Miguel tem de ver mais longe de conectar, convergir, olhar de uma perspetiva mais distante e conseguir conciliar vários conceitos que o fez vencer estas Olimpíadas”.

As provas dividem-se em três fases. A primeira fase é a fase escolar, seguida da Regional e as finais. Na fase escolar participaram 2285 alunos de 142 escolas, em que a média de pontos rondou os 35 pontos, o Miguel teve 31. Para a fase regional passaram 341 alunos, com o objetivo de ficarem apenas 25 alunos para os nacionais, que de 0 a 40 o Miguel teve 30 pontos. Na Final, o Miguel foi o vencedor e vai perfazer o grupo para o concurso internacional.

“Ter ganho para mim foi uma mais-valia, acho que estes conhecimentos me vão ser uteis no futuro. Até porque o prémio das Olimpíadas engloba, além do computador, uma semana de aulas, com professores das mais diversas áreas, que também nos preparam para o internacional”, contou Miguel Silveira.

A prova internacional decorre de 20 a 26 de Agosto. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 24 SOCIEDADE
Na foto, Natália Ferreira, Miguel Silveira e Cláudia Vieira

AQUI NÃO SE TIRA

AQUI APRENDE-SE

SE NÃO FUNCIONAR, AJUDE-NOS A REUTILIZAR E A RECICLAR

A LIPOR e os seus Municípios Associados, assumem o compromisso com a promoção de boas práticas de reutilização e reciclagem de produtos e materiais.

Disponibilizamos em 9 Ecocentros, a entrega segmentada dos seus equipamentos elétricos e eletrónicos em fim de vida. que tiverem potencial de reutilização, serão reparados e doados a entidades de cariz social.

Município de Espinho: Ecocentro de Silvalde

Município de Gondomar: Ecocentro da Cal

Município de Valongo: Ecocentro de Valongo

Município da Maia: Ecocentro de Moreira, Ecocentro de Nogueira

Município de Matosinhos: Ecocentro de Custóias, Ecocentro de Sendim

LIPOR: Ecocentro da Formiga

Entregue os seus Equipamentos Elétricos e Eletrónicos nos Ecocentros dos Municípios Associados da LIPOR

VAMOS TORNAR A ECONOMIA CIRCULAR

VIVACIDADE | JUNHO 2023 25 Rua d. João de Castro 587 4435 674 Baguim do monte TL. 224807025 // TM. 918421974
SÓ A CARTA

IRAN COSTA é cabeça de cartaz nas Festas de Santa Iria

As Festas em honra de Santa Iria, na localidade de Branzelo, largo ao lado da capela de Branzelo, na Freguesia de Melres, estão de regresso de 7 a 10 de Julho. O cartaz das festas tem como cabeça de Cartaz o cantor Iran Costa.

O programa começa na sexta-feira (dia 7), pelas 21h30, com o encontro de ranchos, o Rancho Folclórico “Nossa Senhora da Piedade” e Rancho Folclórico “As ceifeiras de Santa Maria Medas”. O sábado, começa pelas 9h00, com a atução do grupo “Zés Pereiras”. Pelas 21h30 terá lugar a procissão das velas, seguida da atuação do Grupo Cantares Douro Encanto. A Banda Musical de Melres abre mais um dia de festas, no domingo, pelas 8h00, seguida de uma missa solene campal, pelas 11h00. A procissão será após estes momentos e é o ponto mais alto da festa. No mesmo dia, pelas 21h30, a atuação é a cargo das bandas Musicais de Melres e de Rio Mau.  A noite de segunda-feira (dia 10) começa pela atuação da Banda Jovem, pelas 21h30, seguida da atuação da cantora Mónica Maia. Para encerrar estes dias em honra de Santa Iria irá ocorrer

o fogo de artificio seguido da atuação do famoso cantor Iran costa. “As pessoas devem vir conhecer esta localidade, além de terem acesso a este programa bonito de festividades irão ter contacto com o nosso povo de Branzelo, sairão daqui satisfeitos e muito bem recebidos. Não se irão arrepender com certeza”, refere o presidente da Comissão de Festas e Juiz de Festa, Amândio Cruz.

“A comissão é composta por vários elementos, muitos voluntários. Somos oito homens e várias mulheres a trabalhar durante todo o ano. Fizemos um bar de festa, jantares (de 3 em 3 semanas) para angariação de fundos e fazemos, também, um peditório de patrocínios, pela freguesia. Fazemos, ainda, várias atividades durante o ano, como torneios de sueca”, explica o presidente.

A Comissão de Festas contou com o apoio da Camara Municipal da Gondomar e da Junta de Freguesia de Melres e Medas. Os comerciantes que queiram vender produtos podem sempre contactar a comissão de festas que irá ter acesso a um espaço para o efeito.■

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Amândio Cruz, Juiz da Festa

GONDOMAR encheu-se de crianças para festejar o seu Dia

O Dia Mundial da Criança comemorou-se a 1 de Junho e Gondomar não deixou este dia passar em branco proporcionando inúmeras atividades às crianças do concelho. A Casa Branca de Gramido foi o local escolhido para estas celebrações, que decorreram no fim de semana de 3 e 4 de Junho.

“No fim de semana, se calhar mais no domingo notou-se uma grande afluência, apesar das condições meteorológicas não serem as melhores. Foram feitas algumas alterações na estratégia e o balanço foi extremamente positivo”, refere o vereador da cultura da Câmara Municipal de Gondomar, Luís Filipe Araújo.

Nestes dias, as crianças foram presenteadas com inúmeras atividades, como as atividades do rio, os jumpers, as pinturas faciais, os jogos tradicionais, uns jogos em que tinham direito a brindes, atividades com as associações do concelho. “Este ano tivemos mais associações a pedir para participar, até associações que fogem um pouco do âmbito ‘criança’ como: associações ligadas aos animais e uma associação ligada a herbologia”, mencionou Luís Filipe Araújo.

O evento foi um sucesso e o nível de adesão ao evento é verificado através de um esquema de passaportes que foram entregues e pela reação do público. “De salientar a importância das Associações neste evento que, também, animaram o palco com grupos de dança e algumas atuações musicais foram sem duvida um dos ex-libris desta iniciativa”, remata. ■

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MARCELO

REBELO DE SOUSA

“NÃO SÓ VOU CONTINUAR COMO VOU INTENSIFICAR SE FOR NECESSÁRIO A VIGILÂNCIA”

Presente na cidade de Peso da Régua para as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu uma entrevista em exclusivo ao Grupo VivaCidade onde abordou algumas polémicas da política nacional.

Estamos a comemorar mais um 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades: porquê a escolha de Peso da Régua para as celebrações deste ano?

Eu tentei explicar isso no meu discurso. Este 10 de junho é muito inovador e uma das razões para tal é porque, pela primeira vez, não houve uma Cidade Europeia do Vinho, mas 19 municípios que ao mesmo tempo foram escolhidos para receber essa distinção. Algo único. Antes nunca houve, assim como nunca houve um 10 de junho celebrado, simultaneamente, não só numa cidade, mas em toda uma região como no Douro.

Nunca antes tinha havido a escolha de uma região com uma homogeneidade como esta, em que é o vinho que introduz coesão neste território.

Este é um território coeso. Há desigualdades, certamente, mas há mais semelhanças do que diferenças. Essas semelhanças são a interioridade profunda muito ligada à agricultura, que depois teve componentes que surgiram como o turismo ou o aprofundamento da cultura. Tem uma raiz histórica única que se materializa na expressão do vinho. Isto é muito novo na Europa e em Portugal, é uma rutura. É difícil voltar ao estilo antigo, mas também não será fácil evitar regressar à reali-

zação destes eventos nas capitais de distrito, de uma forma rotativa.

Isto foi tão estranhamente novo que os portugueses ficaram um pouco surpreendidos. Depois de escolhida a região era preciso escolher um local para ser o centro destas celebrações. É certo que houve atividades espalhadas pelos diferentes municípios, mas escolheu-se o Peso da Régua e percebe-se porquê. Esta é a região da Dona Antónia Ferreirinha que, no seu tempo, unificou o que era possível unificar. O vinho, hoje, também significa essa união.

Isto chamou igualmente à atenção dos estrangeiros que há muito tempo têm o apelo do Douro, de muito português que, certamente, não sendo de cá vai passar a vir cá explorar o que não conhecia. Permitindo à região dar mais passos em frente.

→ Considera que a cerimónia ficou manchada quer pelas vaias ao ministro João Galamba, quer pelos protestos dos professores?

Note bem o seguinte: todos os 10 de junho, bem como no 5 de outubro ou no 25 de abril, houve protestos, fossem da educação, da saúde ou de outros setores. A democracia é isso, é aqueles que por razões que consideram de luta justa, aproveitarem momentos de antena e de encontro para, em primeiro, encontra-

Note bem o seguinte: todos os 10 de junho, bem como no 5 de outubro ou no 25 de abril, houve protestos, fossem da educação, da saúde ou de outros setores. A democracia é isso, é aqueles que por razões que consideram de luta justa, aproveitarem momentos de antena e de encontro para, em primeiro, encontrarem aqueles que consideram ser os alvos dos seus protestos.

rem aqueles que consideram ser os alvos dos seus protestos e, em segundo, para levarem a mais gente aquilo que são as suas reivindicações.

Isso aplica-se às popularidades ou impopularidades de cada momento, portanto, é a história da democracia, é a história do confronto de opiniões.

Há uma unidade no essencial, que deve haver, e apelei a essa unidade, mas depois o pluralismo e a diversidade são próprios da democracia, senão era uma ditadura.

→ Em virtude dos vários casos que assolaram este governo, esteve presente alguma vez na sua cabeça a dissolução da Assembleia da República?

Não. Naquele instante e até hoje nunca me passou pela cabeça. Tinha ponderado os prós e os contras e tinha considerado que o preço era demasiado elevado para aquilo que pudesse justificar uma decisão dessas.

O prato da balança do dever era mais pesado do que o do haver, portanto tal nunca me passou pela cabeça.

→ Para o país, a decisão que tomou era a melhor?

Para o país esta era a melhor solução: chamar à atenção para aquilo que eu considerava que era fundamental em termos de Governo,

VIVACIDADE | JUNHO 2023 DESTAQUE 28

e o porquê. Mas, ao mesmo tempo, esclarecer que isto não implicava deitar o jogo abaixo com eleições para a Assembleia da República.

É evidente que, tendo havido uma divergência de visões, pela primeira vez, sobre uma matéria de fundo no julgamento de uma situação política, implica para o futuro uma maior atenção, um maior acompanhamento já de alguma maneira suposto existindo uma maioria absoluta.

Uma maioria absoluta supõe uma responsabilidade absoluta e um maior controlo do Presidente da República.

→ Tem dito muitas vezes que é um Presidente vigilante: é assim que se vai manter?

Não só vou continuar como vou intensificar se for necessário a minha vigilância.

→ Está sensivelmente a meio do seu último mandato. Considerava-se um homem feliz se no final tivesse quais problemas resolvidos?

Gostaria de ter resolvidos meia dúzia de problemas que não dependendo da minha ação tenho feito força para que se resolvam.

Quanto à saúde, a transição de um modelo que estava a precisar de reforma para um novo modelo de gestão do SNS. Está em curso, o caminho é por aí mas tem que ser rápido.

Depois na educação, ir um pouco mais lon-

Há muito tempo que uma das coisas com que me preocupo é tanta dessa imprensa estar a morrer ou estar em crise. E isso só depende de cada um e de cada uma que vive nessa região: ler e participar. Se o não fizerem não há milagres.

Aquilo que são bastiões de defesa deste interior profundo devem ficar mais fortes, depende dos leitores.

ge no ensino superior proporcionando a todas as instituições aquilo que algumas têm conseguido afirmar com alguma facilidade, não deixando para trás as que possam ter mais dificuldades sobretudo financeiras.

No ensino em geral há vários problemas a resolver que espero ver resolvidos, a transição geracional dos professores, a avaliação do esquema de organização que existe e o conseguirmos acompanhar permanentemente os avanços que há lá fora.

Nas infraestruturas gostava que houvesse uma decisão sobre o aeroporto de Lisboa e sobre a TAP, que houvesse o avanço da ferrovia e que a habitação conhecesse avanços, no terreno, iminentemente visíveis para começar a resolver os problemas mais prementes que se colocam.

Além disto, que já é muita coisa, gostava que a democracia fosse uma democracia forte. Isto significa que os protagonistas políticos, económicos e sociais estivessem renovados. Em alguns casos essa renovação é mesmo necessária. Que a comunicação social fosse mais forte, não tivesse os problemas económicos e financeiros que a podem fragilizar, e que houvesse uma proximidade maior entre governados e governantes.

→ Parece-lhe possível isso?

Tem que ser, os próprios têm que fazer

pela vida. Se não fazem pela vida há vazios e os vazios em política são sempre preenchidos por alguém. Gostaria que o sistema político português fosse um sistema forte em 2026.

→ Que mensagem gostaria de deixar aos nossos leitores?

Uma mensagem muito simples: leiam esta imprensa porque ela tem de viver, não basta apenas a história que tem atrás de si.

É fundamental, cá dentro, pela tal proximidade entre as pessoas e aqueles que dão voz às sua reivindicações; e, lá fora, nas nossas comunidades, para manterem a ligação às suas raízes.

Há muito tempo que uma das coisas com que me preocupo é tanta dessa imprensa estar a morrer ou estar em crise. E isso só depende de cada um e de cada uma que vive nessa região: ler e participar. Se o não fizerem não há milagres.

Aquilo que são bastiões de defesa deste interior profundo devem ficar mais fortes, depende dos leitores. ■

Texto: Miguel Almeida miguel.almeida@vivacidade.org

Fotos: Carlos Almeida carlos.almeida@vivadouro.org

VIVACIDADE | JUNHO 2023 29 DESTAQUE

TAPETES EM HONRA DE SANTA BÁRBARA partirão do Largo Júlio Dinis

ENCONTRO INTERNACIONAL DE MARIONETAS regressa a Gondomar

As Festas de Santa Bárbara, em Fânzeres, vão decorrer, no fim de semana de dia 1 e 2 Julho.

No primeiro dia de festa, sábado vai ter lugar a procissão das velas, pelas 21h00. Após este momento religioso, pelas 21h30 vai seguir-se uma noite de folclore com o Grupo Folclórico da Associação Recreativa Flôr de Fânzeres; com o Rancho Regional de Fânzeres e Grupo Folclórico e Cultural de Tardariz. No mesmo dia, à meia noite ocorrerá uma sessão de fogo de artificio.

No Domingo, pelas 10h00, terá lugar a procissão solene acompanhada pela sociedade filarmónica de Crestuma e pela fanfarra do Agrupamento 328, pelos Escuteiros Fânzeres, seguida da missa solene.

“À tarde, pelas 15h30, inovamos com a presença do primeiro Duo nestas festividades, o Duo 100 Vícios de Adão Pereira, que irá brindar a população com música. Existe uma comissão de festas que está a organizar com a igreja e a União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova dentro do possível vai apoiando na organização”, realça a presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Sofia Martins.

Os tradicionais tapetes irão ser como antigamente irá do pavilhão, do Largo Júlio Dinis para a Capela de Santa Barbara. “Nos últimos anos tem-se feito desde a Junta, mas antigamente e na origem deste tapete era só feito desde o largo Júlio Dinis e vamos retomar com essa tradição”, remata a presidente. ■

Gondomar vai voltar a receber o Encontro Internacional de Marionetas, “Ei!Marionetas”, de 30 de Junho a 12 de Julho. Estes espetáculos vão estar presentes no centro do concelho em locais como a biblioteca municipal, o auditório, os jardins, no Parque Urbano de Gondomar e Rio Tinto, mas também no Alto do Concelho como em Jancido e Melres.

Este ano vão estar representadas companhias da Bélgica, Bulgária, França e Espanha, como nos anos anteriores haverá uma série de oficinas e conferências.

“É algo que os gondomarenses valorizam e antes disso é preciso dizer que esta iniciativa é apoiada pela DG Artes, já extravasa o âmbito Municipal. Não são muitas as companhias que recebem este apoio que é também um selo de qualidade que o Encontro de Marionetas tem”, explica o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar,

Luís Filipe Araújo, e acrescenta que “muitas das oficinas de artistas estrangeiros esgotam no imediato, locais que têm margem para 30 a 40 pessoas”.

O comércio local, o ano passado, também esteve inserido neste evento através das montras e comerciantes com marionetas da companhia. “Este ano vamos tê-los novamente inserindo outra iniciativa que funciona lindamente, em que comerciantes presentes nos dias do evento vão ter marionetas ganhando visibilidade nas suas montras”, reforça o vereador.

Estes espetáculos primam pela qualidade, o crescimento tem sido sólido e continuo, apesar de ainda não terem atingido o patamar que pretendem. “A nível mediático esta iniciativa já tem a visibilidade pretendida porque é sempre mencionado, mas precisamos de dar o salto e acho que para o ano quando fizermos 10 anos vamos conseguir dá-lo, acredito que sim”, finaliza Luís Filipe Araújo. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 30 SOCIEDADE

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VIVACIDADE | JUNHO 2023 31
(rede fixa nacional) (rede móvel nacional) (rede fixa nacional) (rede móvel nacional)

ACTUAL GEST enche-se de cor em evento  inserido na Rota das Confrarias

No dia 31 de Maio, a Escola Profissional Actual Gest abraçou o projeto “Rota das Confrarias” levado a cabo pela turma do curso técnico de restaurante/bar de 11°ano, que teve como objetivo demonstrar o que é uma Confraria, assim como, a importância da mesma para a comunidade educativa e para os gondomarenses.

Contaram com a presença de ilustres convidados, nomeadamente o escritor João Carlos Brito, autor d´O “Dicionário do Calão do Porto” e de outras publicações. O propósito do autor foi mostrar o que é ser portuense e a relevância da linguagem, com a utilização de palavras e expressões com duplo significado que noutros pontos do país seriam interpretadas de uma forma errada.

Neste evento, estiveram ainda presentes quatro confrarias: confraria do Vinho do Porto, Confraria da Francesinha, Confraria dos Rojões e Papas de Sarrabulho à moda de Baguim do Monte e a Confraria do Caldo de Nabos.

A confraria da Francesinha na pessoa do seu presidente, Amadeu Silva mostrou o impacto que esta iguaria tem na história da cidade do Porto, bem como, a sua receita original e os condimentos que a compõe. Por curiosidade, também elucidou os alunos sobre o tamanho ideal que deve ter o pão da francesinha no final da preparação e quais os seus componentes originais, não esquecendo que o “molho deverá sempre ser picante para que a francesinha não perca a sua essência”, explicou Amadeu Silva.

Já as confreiras do Caldo de Nabos, a Vice-chanceler Amélia Oliveira e a Almoxarife Sara Monteiro fizeram perceber que cada vez mais os nabos decrescem e a sua produção é sazonal. A presença desta confraria foi importante para que se percecionasse a diferença entre os nabos de S. Cosme e os restantes.

A Confraria dos Rojões e Papas de Sarrabulho à moda de Baguim do Monte, na pessoa de Miguel Almeida, confrade e diretor do Jornal Vivacidade destacou a importância do traje e do que este significa. O confrade realçou o valor gastronómico desta iguaria, o seu significado histórico, popular, turístico, cultural e económico.

A Confraria do Vinho do Porto representada por Martins Alves apresentou-nos as mais valias de pertencer a esta confraria, tal como, a diferença entre os diferentes vinhos do Porto, as suas categorias e a sua respetiva história. No final, presenteou os jovens e os respetivos convidados com uma prova de um vinho do Porto de 2003, produzido pelo confrade Martins Alves, que trabalhou na área dos vinhos e em várias empresas do Vinho do Porto durante toda a sua carreira profissional.

A conferência terminou com um convívio entre os alunos, professores e os intervenientes deste evento. As responsáveis por esta turma (TRB10) da Actual Gest foram as professoras Raquel Alves e Mafalda Moreira, já os moderadores desta iniciativa foram os alunos Marco Castro e Diana Ferreira, tendo

ainda a participação dos restantes membros da turma, sendo eles Leandro Machado e Elisabete Rocha no welcome drink, Alcino Silva e Daniel Soares (responsáveis pela receção do evento), como garçon contamos com Maria Loureiro, apoio áudio visual, Carina Pinto e Hélder Marques (fotógrafo profissional) e por fim na preparação e apoio de todo o evento contamos com Pedro Martins e António Nunes.

“Este projeto é o culminar de todo um conjunto de atividades que têm sido traba-

lhadas pelos alunos sob a orientação das formadoras Raquel Alves e Mafalda Moreira que acompanharam os alunos a uma visita de estudo às Caves Calém em Vila Nova de Gaia, ao Museu da Regueifa e do Biscoito com um workshop do biscoito e algumas feirinhas para angariação de verbas para a visita de estudo de final de ano letivo que será uma viagem de barco rabelo. Esta viagem será outro ponto alto do projeto desta turma, pois é o resultado de todo o empenho e esforços demonstrados ao longo de todas as atividades

do projeto”, reforçaram os alunos.

Foi um evento que contribuiu para a formação dos alunos quer em termos teóricos quer em termos práticos. Desta forma, os formandos tiveram a seu cargo a organização de um evento que se revestiu de grande importância quer para eles enquanto formandos, quer para as respetivas formadoras, quer para a escola que acolheu os conferencistas que se disponibilizaram a participar neste momento especial para todos os intervenientes.■

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RIO TINTO inaugura novo armazém de Ambiente e Limpeza Urbana

UF DE FÂNZERES E SÃO PEDRO DA COVA promove Colónia de Férias

A Junta de Freguesia de Rio Tinto inaugurou um novo espaço destinado aos serviços de Ambiente e Limpeza Urbana, com o propósito de criar melhores condições de trabalho, organização e capacidade operacional.

Este investimento surgiu da necessidade de acompanhar o crescimento da Autarquia e, acima de tudo, dos Recursos Humanos, aliado à competência assumida pela Junta de Freguesia no que diz respeito à limpeza do espaço público. “Foi um investimento que veio melhorar as condições destes trabalhadores e corresponder às suas neces-

sidades”, afirma o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca.

Na inauguração, o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins referiu a importância da criação deste tipo de estruturas e mostrou-se feliz por ainda conhecer alguns dos rostos que ainda se mantêm a trabalhar para a Junta de Rio Tinto, à qual também já foi presidente.

Neste dia inaugural estiveram presentes também o presidente da Junta de Freguesia da Lomba, Rui Vicente, e da União e Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Sofia Martins. ■

A União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova vai proporcionar às crianças uma Colónia de Férias, “Be Happy”, com a duração de quatro semanas, com intuito de haver mais crianças com esta oportunidade.

“Por semana podem-se inscrever 40 crianças, 20 na biblioteca e 20 no museu mineiro. Cada criança inscreve-se numa semana. As inscrições já estão abertas e têm o valor de 10 euros por semana. A nível de atividades iremos fazer praia de manhã e depois passear em diversos locais com atividades diferentes durante a tarde. É um programa dinâmico que recorre a atividades lúdico-pedagógicas para proporcionar experiências significativas. As idades alargamos dos 6 aos 15 anos. Já temos muitas

inscrições”, refere a presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Sofia Martins.

Na colónia balnear sénior as inscrições são gratuitas. Começa a 3 de Julho, a partir dos 60 anos, e para se inscreverem deverão deslocar-se às secretarias das Juntas de Freguesia de Fânzeres e S.Pedro da Cova, com o bilhete de identidade/cartão cidadão.

“Cada pessoa apenas poderá apenas frequentar uma semana e efetuar unicamente duas inscrições, a do próprio e/ ou a do coabitante. A nossa ideia é divulgar a atividade com algum tempo e depois abrir as inscrições para que as pessoas não sejam apanhadas de surpresa. A praia é no Senhor da Pedra, nas duas últimas semanas de Julho, de 17 a 21 e de 24 a 28”, remata a autarca. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 34 SOCIEDADE

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CULTURA ENTREVISTA

PEDRO FERNANDES

O humor cedo começou em ti. Achas que é algo que nasce ou não connosco ou que se vai adquirindo depois?

Acho que já se nasce com algo, com algum sentido de humor. Lembro-me que na escola eu era o “palhacinho” da turma e acabei por ser posto algumas vezes fora da sala de aula por causa disso. Ou seja, o querer chamar à atenção, o querer fazer rir o outro. Já existia dentro de mim, apesar de ter sido uma criança tímida. E continuo um pouco tímido, com alguma vergonha em certas situações. Mas há algo em mim, no momento de subir para o palco ou de quando se liga uma câmara, que me faz esquecer tudo isso. Tento ignorar que estão lá as pessoas ou as câmaras e acabo por me conseguir soltar dessa forma. Também por isso gosto de fazer rádio: só vejo ali os meus amigos em estúdio e não os milhões de pessoas que me estão a ouvir.

E nesse sucesso, para que o humor resulte, também precisas de saber rir de ti próprio?

Sim, completamente. Temos sempre que saber rir de nós próprios, porque hoje estamos nós a brincar com alguém e amanhã está alguém a brincar connosco. É preciso saber lidar com isso. Depois, é útil ter um pouco de sorte, em estar no sítio certo e à hora certa. Isso aconteceu-me algumas vezes durante a vida. Espero que continue a acontecer, porque há muita gente com talento, mas que nunca teve uma oportunidade. Essa pontinha de sorte, de ter alguém que nos veja e aposte em nós, pode definir a nossa carreira e a nossa vida.

O que seria de ti e da vida sem humor? Como que um doce sem açúcar, amargo ou desenxabido?

Ando a cortar nos doces (risos). Se há algo que a vida tem de ter é uma boa dose de humor. Fico muito triste se não tivermos e fizermos humor. Eu acho que há algumas pessoas que não têm sentido de humor e vivem muito tristes. Nem sei explicar!

Para ti, qualquer tema é bom para fazer humor ou há algum em especial que sintas que esse não falha em fazer as pessoas rir?

Eu gosto de falar de tudo: de política, de futebol. Não tenho problemas em falar de qualquer tema relativamente ao humor. Agora, tenho o bom senso que me diz e permite dizer isto ou aquilo. Só o meu bom senso define o meu limite de humor.

Formaste-te em Publicidade e Marketing, no qual trabalhaste uma década. De que sentiste falta para não continuares na área?

Eu trabalhei numa agência de publicidade, em técnicas de publicidade menos visíveis dos que trabalham em televisão ou em outdoors. Ou seja, fazia cartazes, decorações de lojas e eventos, etc.

Era algo em que não me identificava muito, embora tivesse trabalhado durante dez anos. Um

pouco com a formatação dos meus pais, que me diziam: “vê lá, que o emprego é para a vida”. Acabei de mudar de emprego porque surgiu a oportunidade de fazer televisão e as coisas foram crescendo naturalmente. Acabei por conseguir tirar mais rendimento aí, que era um hobbie, do que propriamente na agência publicitária. Foi um passo natural. Apesar de tudo, o curso foi ótimo para mim, pois ajudou-me a sair da casca, por ser tímido – conforme já referi. Na agência, como eramos poucos, eu era obrigado a fazer de tudo dentro da publicidade. Foi uma grande escola. Se não fosse isso, não teria o à-vontade em fazer o que hoje faço.

Perguntando de outra forma: o que te levou a enveredar por esse curso e por trabalhares numa agência?

Quis tirar o curso de Publicidade e Marketing por ser um curso criativo, que era o que pretendia. No entanto, ter de trabalhar num escritório, por trás duma secretária, das 9h às 17h era uma coisa chata. Com a publicidade eu gostava de criar anúncios ou conceitos para vender produtos e marcas. Sempre constituiu uma atração em mim. Apesar de ser um trabalho de escritório, acho que é mais criativo que um trabalho normal de escritório.

Depois foste seguindo mais incisivamente outras áreas da Comunicação, tais como ser ator, guionista e apresentador. Destes, qual sentes encher-te mais as medidas?

Tenho tido a sorte de fazer muitas coisas de que gosto! Gosto muito de apresentar, mas também gosto imenso de representar. No fundo, quando apresentas algo estás, de certo modo, a representar um bocadinho, por teres de “vestir aquele fato” de apresentador, que é um pouco distinto daquilo que somos sem deixarmos de ser nós próprios. Se há coisa que transmito em tudo o que faço é o facto de ser genuíno, de ser sempre o Pedro Fernandes. Faço por levar sempre um pouco de mim, seja qual for a apresentação, para tornar a situação mais leve e com mais humor. Por isso, é muito difícil eu escolher só uma coisa. Contudo, tenho menos oportunidades de representar das que surgem para apresentar.

E preferes e realizas-te melhor a fazer rádio ou televisão? Porquê?

A minha profissão é comunicar, sendo apresentador de vários formatos e plataformas. A rádio é apenas mais uma. Gosto bastantes de ambas e não tenho como preferir uma só ou de me realizar apenas numa. Eu gostei muito de fazer o programa «5 para a meia noite», porque era um dos autores, passando por mim todos os conteúdos, mas também muito feliz a apresentá-lo. Diverti-me imenso, embora não exigisse tanta preparação. Agora a rádio é um meio diferente, que aproxima mais as pessoas e na qual podemos dar mais de nós. As pessoas ficam a conhecer-nos melhor, porque falámos muito do nosso dia e do

que vai acontecendo. Neste momento, posso dizer com muita segurança, que me sinto realmente realizado a fazer rádio, onde já estou há seis anos e meio consecutivos na RFM. Tem sido uma experiência incrível! Antes, já tinha passado pela Antena 3. Portanto, é a comunicar que eu me sinto bem!

Pegando em «5 para a meia noite», já que o referiste, ele quando surgiu revolucionou a TV nacional. Entendes que faltam muitos e mais/melhores programas para uma verdadeira revolução cultural, educacional e social?

E que tipo de programas seriam esses?

Hoje em dia não consumo muita televisão. Até posso estar muito desfasado da oferta que a televisão tem. Atualmente acabamos por nos render mais às plataformas de streaming, que têm um papel muito maior. Mas, sim, «5 para a meia noite» foi, na altura, uma pedrada no charco, apesar do talk-show ser um formato já muito antigo. O que foi inédito foi aquele conceito de ter cinco apresentadores, um por cada dia da semana. Nós tínhamos uma linguagem muito própria: sem amarras e sem filtros, tendo-nos sido permitido fazer tudo e raramente nos pediam satisfações. Se é que alguma vez o fizeram! No presente, há tanta oferta não se ficando restringido à televisão, que pode cobrir essas áreas referidas da cultura, da educação e do social. É só ter vontade de procurar.

Fazendo esse paralelismo à rá-

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FERNANDES

o meu bom senso define o meu limite de humor”

dio, consideras que há também muita oferta ou que ela vai estagnando? O que podia ser revolucionado na rádio?

A rádio em Portugal, neste momento, está com as maiores audiências de sempre! Nunca houve tanta gente a ouvir rádio como agora. Segundo o que os números dizem. A rádio sempre foi um meio de maior aproximação entre as pessoas. E na rádio tu falas com pessoas. Há esse carácter mais íntimo e próximo, comparativamente com a televisão. Isso nunca vai mudar! Nem com a inteligência artificial, nem Chat GTP ou outras tecnologias. A rádio terá doravante uma relação muito especial no coração das pessoas. Há pessoas que ouvem uma rádio como se fosse um clube: são daquela rádio e não mudam. O mesmo não se passa com a televisão, em que as pessoas fixam-se mais num programa do que no próprio canal. Eu não tinha essa noção, até entrar na rádio, de que existia essa paixão e fidelidade pela rádio em si e respetivas rádios. É mesmo muito difícil mudar os hábitos de consumo em rádio e as carreiras na mesma duram mais tempo.

Nessa tua deixa sobre a inteligência artificial, feliz ou infelizmente já muito badalado na agenda mediática, temes os perigos do que para aí vem? O que te assusta? Quanto à rádio em si, já há uma rádio fictícia, só com vozes fictícias criadas pelo Chat GTP. Mesmo que a inteligência artificial consi -

ga evoluir, nunca vai conseguir estabelecer a relação que um locutor tem com os seus ouvintes. Até porque a rádio já não é só rádio, há o online e as redes sociais, com vídeos do que fazemos em estúdio. No passado, as pessoas não tinham uma cara para associar à voz e, agora, têm. Conhecemos todos os locutores das rádios e acompanham-nos nas redes sociais. No Chat GTP não tens um rosto nem uma história verdadeira para associar àquela voz que ouves. Por aqui, acho que nunca se atingirá o sucesso duma rádio dita normal. Faltará sempre alma! É o que o ser humano tem, que o marca, e que as máquinas nunca terão.

Voltando à televisão, em tempos apresentaste «Caia quem caia». Ali colocavas perguntas incómodas e politicamente incorretas a celebridades e políticos. Quais deles te impressionou mais pela sua reação e pelo modo como “caíram”?

Eles tentavam ter muito fairplay. Sorriam sempre, mesmo que fosse um sorriso amarelo, mas não queriam dar a parte fraca para as câmaras. Há um episódio que me lembro sempre: o de José Sócrates que fugiu pela porta das traseiras do Palácio do Rato, a sede do PS. Até lhe agradeço por isso, porque nesse dia estava com muita febre e, como ele fugiu, eu acabei por não conseguir fazer a reportagem. (risos)

Achas que no estado atual do país, nomeadamente em alguns sectores, há líderes e/ou empresários que fazem andar-nos para trás?

Há sempre quem nos faça andar para trás, como andar para a frente. Felizmente vamos tendo bons exemplos, quer de empresários quer de políticos, embora estes menos. Mas, no fundo, há sempre bons e maus em todos os campos da sociedade. Não devemos generalizar. Cabe-nos, também a nós, fazermos a nossa parte para levarmos isto para a frente.

E olhando ao que está menos bem – seja na Justiça, na Educação, na Saú -

de, na Habitação, etc. –, em que há sempre casos deprimentes, se tivesses de improvisar agora uma caricatura alusiva, ou um sketch, como seria?

Pois, boa pergunta. Não sei bem, já que o nosso país sempre foi muito profícuo em material para fazer humor. Se calhar, seria a de um avião a sobrevoar Portugal e sem saber onde teria de aterrar. (risos) Poderia ser um bom sketch. Dada a polémica do aeroporto, que não anda nem desanda. Qualquer dia não vai ser possível aterrar na Portela e o outro aeroporto ainda não está construído… Estamos destinados a construir cidades no espaço ou cidades flutuantes…

Esse avião irónico que referes seria ainda da TAP, ou já não haveria TAP?

Seria o último avião da TAP. (risos) Agora a sério, espero que a TAP nunca acabe, mas que sobreviva, porque nos faz muita falta.

Mas quanto a este processo e dossiê que vai decorrendo, tal qual novela constante, achas que nos andam realmente a enganar? O que te parece?

Acho que este é um país que demora sempre muito a tomar qualquer decisão, a não ser quando se trata de chamar a nós grandes eventos, seja europeus, seja a Jornada Mundial da Juventude ou seja o maior do mundo. Tudo o que pretende ser megalómano nós conseguimos mexer-nos e organizar, de um dia para o outro. Agora, quando são infraestruturas que interessam a todos os portugueses e nos fazem muita falta, quer sejam escolas, quer sejam hospitais ou aeroportos ou pontes, parece que demoram sempre muito tempo! Até porque se gasta tanto dinheiro em coisas que não são (tão) essenciais e as que são realmente essenciais são adiadas. Isso é o que me faz mais confusão e comichão no nosso Portugal.

Já que abordaste as JMJ, pergunto-te sobre as tuas expetativas acerca deste megaencontro, como nunca tivemos cá…

A confirmarem-se os números que têm sido previstos, no objetivo de se ter um milhão de jovens, acho que vai ser caótico para a cidade. Considero, sinceramente, que Lisboa não está preparada para receber tanta gente! Mas como nunca vi um evento desta magnitude nem sequer consigo fazer a mais pequena ideia do que isso pode representar para a cidade. Espero que corra tudo bem e que quem organiza o evento tenha previsto todas as situações inerentes. Faremos o balanço depois.

Vamos vendo que

nem todas as figuras públicas, mais ou menos mediatizadas, estariam preparadas para sê-lo. No teu caso, o que tiveste de mudar na tua vida?

Outra boa pergunta. Mas acho que não mudou grande coisa. Tento, sim, proteger mais a minha família da exposição pública. Contudo, também não os escondo, como é óbvio. A minha transformação em figura pública acho que foi muito gradual, feita de forma lenta e progressiva. Tanto eu como a minha família fomo-nos habituando a ter essa atenção. Não mudou muito, porque não fujo de ninguém, falo com toda a gente e não viro a cara a um aperto de mão ou a um beijo. Sendo que não ando aí a beijar toda a gente na rua, como é óbvio. (risos) Mas gosto de falar com as pessoas e de saber a reação delas àquilo que faço, sobre o meu trabalho. E o balanço é muito positivo. Uma coisa diferente, por exemplo, é quando recebo encomendas em casa: confesso que não sou eu que vou à porta buscar, pois não faço questão que as pessoas saibam onde vivo. São pequenas coisas. Continuo a ir ao supermercado e a fazer o que fazia antes.

Localizando agora a questão a esta área concreta, o que é que Gondomar te diz em particular?

Vou ser-te muito sincero: acho que nunca fui a Gondomar. Se calhar tenho essa grande falha por preencher. Mas não tenho recordação de ter passado alguma vez por essa cidade.

Mas quando se fala de Gondomar e do que lês ou leste nas notícias, o que te assola?

A primeira coisa que me vem à cabeça, ou vinha, quando se fala de Gondomar é do major Valentim Loureiro. (risos) E, normalmente, não era pelos melhores motivos. Lembro-me de ouvir a história que se contava, que não sei se é mito ou não, de que em campanha eleitoral e quando era presidente da Câmara andava a oferecer eletrodomésticos aos munícipes. Verdade ou não, sempre achei graça a essa história. Mas já que abordamos aqui Gondomar e como no próximo ano terei um espetáculo próprio, quem sabe se não será uma das cidades escolhidas para me receber no seu Pavilhão multiusos!...

Para terminar, peço-te uma mensagem final de incentivo aos nossos leitores…

Resta-me agradecer pela oportunidade desta entrevista e apetece-me dizer-vos que brevemente passarei em Gondomar, assim que for possível, pois acho importante devermos conhecer o nosso país de lés a lés. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 ENTREVISTA 37
“Só

A POSTER DIGITAL é uma empresa 100% ecológica

A empresa Poster Digital é reconhecida pela impressão digital e pela sua qualidade de impressão e, também, por ser especialista em display marketing. É uma empresa que se caracteriza pela inovação constante.

Neste momento, a Poster Digital alterou a sua política de trabalho e utiliza apenas materiais sustentáveis direcionando a comunicação nesse sentido de forma a diferenciá-la das restantes. “Já há alguns anos que temos vindo a alterar a nossa gama de produtos dando alternativas para os materiais utilizados anteriormente, como o PVC, mas este ano temos de facto uma gama 100% ecológica. Não temos nenhum produto que tenha PVC”, refere a empresa.

A principal matéria-prima utilizada, agora, é tecidos, porque é “uma matéria-prima sustentável, tem um prazo de vida prolongado e pode ser reutilizado”. A preocupação que surge na utilização destes produtos é o que é feito quando acabam, tornando-se como desafio fazer a sua reciclagem.

“Muitas vezes utilizamos os tecidos, os nossos principalmente, para sacos, por exemplo. Fazemos uma reutilização dos materiais e damos uma segunda vida ao produto: sacos de transporte, sacos para colocar algum tipo de brinde, alguma forma de comunicação. Estamos a utilizar restos de tecidos que sobram para depois fazer embalamento de produtos, retiramos tudo que era

plástico para embalagem, ou seja, substituímos por sacos de papel, cartão ou restos de tecidos. O desafio é dar uma segunda vida ao que é desperdiçado”, explica. A vantagem apontada para este tipo de material é também o facto de ser lavável e de o conseguir manter em excelentes condições para uma próxima utilização.

A presença da Poster Digital em feiras internacionais do setor, como foi o exemplo de Munique, é marcar pela diferença e mostrar o que efetivamente a diferencia dos outros concorrentes.

“Cada vez mais estes produtos são procurados pelas empresas que têm a preocupação ambiental. E, depois aproveitamos o facto de sermos produtores do produto total, quer de estruturas, quer de tecidos e conseguir dar isso ao cliente de uma forma próxima”, menciona.

Esta ação iniciou-se na semana do Dia do Ambiente quando decidiram ter algumas ações internas e comunicá-las para os clientes. “Entre essas ações plantámos uma árvore, oferecemos vasos aos nossos funcionários, fizemos um concurso interno pela melhor frase que identificasse a Poster com a nova política do ambiente”, oferecendo uma bicicleta ao vencedor explica e remata dizendo que “são estas ações simbólicas que fazem relembrar o problema do ambiente. Pretendemos continuar com estas iniciativas não só a nível interno como para os clientes”. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 38 SOCIEDADE

UF DE MEDAS E MELRES promove férias desportivas para os mais novos

A União de Freguesias de Medas e Melres promove, novamente, o programa de férias desportivas para as crianças das Freguesias. O ano passado estiveram cerca de 100 inscrições e para este ano a expetativa é que o número se mantenha.

“É uma semana de animação e tudo junto à praia de Melres aproveitando os equipamentos que temos e com uma equipa especializada para fazermos a dinamização das atividades”, refere o presidente da União de Freguesias de Melres e Medas, José Paiva.

A nível de inscrições, para as escolas de primeiro ciclo a Junta envia o papel de inscrição, os que já frequentam o segundo ciclo têm de ir até à Junta para se inscrever. “Todas as atividades têm a máxima segurança, os pais não precisam de se preocupar. E aponto que, uma das razões para que a adesão tenha vindo a aumentar é porque

os pais percebem que os filhos estão em segurança. Temos monitores especializados tanto para as atividades internas como para as aquáticas”, salienta o presidente.

Quem participar nesta iniciativa poderá fazer atividades como bóia puxada por lancha, insufláveis, stand up paddle e jogos na areia. ■

MELRES E MEDAS promovem pela primeira vez iniciativa Toca a Mexer

Pela primeira vez, e devido à inauguração do Parque de Lazer de Medas, foi criada pela União de Freguesias de Medas e Melres a iniciativa Toca a Mexer, para todos os que queiram participar.

“Achamos que seria uma mais-valia para dinamizar o Parque de Lazer de Medas, até porque já tem tido bastante adesão e as pessoas gostam de lá estar. São atividades gratuitas para se passar as manhãs e as noites durante os fins de semana do mês de Julho”, explica o presidente União de Freguesias de Melres e Medas, José Paiva.

O projeto tem início a 1 de Julho, pelas 21h30, no Parque de Lazer de Medas, com música ao vivo ao som do Grupo “Amar&Dar”. No dia seguinte, pelas 10h00, o Parque das Laranjeiras, em Melres, terá disponível atividades desportivas para todos, bem como, insufláveis para as crianças. A 15 de Julho, no mesmo Parque em Melres, pelas 21h30, terá lugar um espetáculo de música ao vivo com o Grupo Duo de Três. O programa encerra a 23 de Julho, pelas 10h00, no Parque de Lazer de Medas, com atividades .para todos. ■

ACerimónia de encerramento da Universidade Sénior de Medas e Melres ocorre a 2 de Julho, no Auditório da Banda Musical de Melres. Na quinta-feira anterior os alunos da Universidade Sénior irão realizar uma visita à Assembleia da Republica. ■

Gonçalo Lixa

IMUNOTERAPIA ALERGÉNIO ESPECÍFICA

Numa altura de intensa procura por soluções para os problemas alérgicos que afetam os nossos animais, é importante falar de uma opção muitas vezes negligenciada, e que pode ter um papel fundamental no controlo destas patologias.

Tal como o nome indica, a Imunoterapia Alergénio Específica (Allergen-Specific Immunotherapy – ASIT) diz respeito a uma terapia/ tratamento que procura modular/ modificar o sistema imunitário, através do uso de alergénios, escolhidos especificamente para um animal específico, para uma situação específica.

Na prática, trata-se de uma espécie de “vacina das alergias”, em que administramos pequenas doses de alergénio (o agente desencadeador do processo alérgico), tentando que o sistema imunitário ganhe tolerância a ele, respondendo de forma menos exagerada (menos sinais de alergia) nos contactos posteriores que o animal tenha, com o alergénio no seu ambiente natural.

Em que situações devo ponderar este tratamento?

Em medicina veterinária, este é recomendado sobretudo no caso de animais com dermatite atópica (alergia aos alergénios ambientais, com produção de anticorpos IgE associada), mas pode também fazer sentido em situações de processos alérgicos não cutâneos, como em casos de asma (principalmente em gatos).

Qual a eficácia do tratamento?

70% dos animais vão conhecer uma melhoria dos seus sintomas alérgicos após o primeiro ano de tratamento. Isto não significa deixar completamente todos os outros tratamentos, mas normalmente o controlo é satisfatório ao ponto de deixarmos completamente todas as medicações orais crónicas (como cortisona, apoquel, ciclosporina, entre outras).

De acrescentar que é muito importante fazer a vacina pelo menos 1,5-2 anos antes de tomar decisões sobre se ela funciona, ou não.

Este tratamento será sempre uma maratona e não uma corrida de 100 metros (!), mas a verdade é que funciona e pode melhorar muito a qualidade de vida do seu animal e o número de comprimidos que ele tem de tomar a largo prazo.

É um tratamento seguro?

É um tratamento extremamente seguro, sendo muitíssimo raros os efeitos secundários.

Temos todo o gosto em ajudar se tiver alguma outra dúvida sobre a imunoterapia alergénio específica, uma das melhores formas de controlar as alergias em animais de companhia. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 40 CULTURA
Médico Veterinário Clínica Veterinária do Taralhão

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A PROCURA PELA QUALIDADE no teatro é o que distingue o FETAV

A 38.º edição do FETAV, que se realizou na Escola Dramática e Musical Valboense, foi composta por nove peças de teatro e uma gala de encerramento. Este ano proporcionaram uma noite aberta de forma a captar atores e atrizes para a escola. A organização deste evento foi composta pelo Presidente da Direção da Escola Dramática e Musical Valboense, António Brandão, e pelos dois membros da Comissão da Cultura, Paulo Manahú e Augusto Fernandes.

A qualidade é o que distingue este festival de teatro dos restantes, sendo que é o único no Norte do país, e por isso a escolha dos espetáculos é minuciosa englobando todas as vertentes teatrais, o drama, melodrama e a comédia.

“O FETAV, deste ano, iniciou-se com o vencedor do ano passado da melhor peça, que por coincidência ganharam tudo: melhor ator, melhor atriz e melhor peça. E foi justo que fossem eles a iniciar o Festival deste ano. O grupo que fez as honras do nosso palco foi o “CONTACTO”, de Água Corrente, Ovar. E foi assim que abrimos as “cortinas” do nosso palco”, conta a comissão cultural.

A seleção dos grupos corresponde a alguns critérios como ter contacto com grupos congéneres que estejam a perceber o que está a ser feito no teatro a nível nacional. “Os grupos que também conhecemos e os que estão próximos é mais fácil de ter perceção da sua qualidade, quando são de longe são precisas algumas referências, explica. Este ano o palco brilhou com grupos de Fafe, Chaves, Paços de Ferreira, Freamunde, Leiria e Avintes.

Na escolha dos grupos são selecionados os que privilegiam o intercâmbio. Além disso é fornecido, pela Escola Dramática e Musical Valboense, o jantar e o lanche no final de cada peça. “Ao contrário de anos anteriores já temos conseguido angariar patrocinadores, daí conseguirmos garantir mais qualidade. A publicidade, também, é mais fácil devido às redes sociais”.

A dificuldade de arranjar atores fez com que esta edição do FETAV proporcionasse aos amantes de teatro uma noite aberta para que “fosse possível captar pessoas adultas para o teatro e dar um momento de palco para estarem junto do encenador e verem se tinham perfil através do nível e voz e leitura”, conta e refere que “não foi possível captar atores devido à escassa disponibilidade para se dedicarem a esta arte”.

“Nós precisamos de atores e atrizes. No grupo juvenil temos 20 jovens e fizemos uma peça que foi premiada com uma menção honrosa de melhor atriz num festival em Gaia e já teve várias edições. Vamos, também, a Freamunde em Outubro, com essa peça. O nosso objetivo é passar alguns desses jovens para o grupo principal, mas enquanto eles não estiverem 100% preparados, não é possível fazê-lo. Não conseguimos arranjar para os adultos, homens é o que nos aparece mais ao contrário do que é expectável”, confessa.

A novidade desta edição foi a realização de uma gala de entrega de prémios, em que as categorias premiadas foram a de melhor ator e atriz, melhor peça e encenação. Como júri na entrega de prémios estiveram presentes Rosa Manahú, ex-atriz, Albina Vigário, ex-atriz e contrarregra, António Ribeiro, técnico de luz, fez, também, parte de muitos grupos de teatro e ajudou a organizar o FETAV, e o José Manuel Rocha, que é uma pessoa fora do teatro. Esta gala contou ainda com uma homenagem a Cidália Santos, que está ligada a Escola Dramática, designadamente ao teatro desde os 14 anos. Além da entrega dos prémios, foi possível assistir aos espetáculos de dança, do grupo Just Dance, e a música ficou a cargo do fadista Miguel Bandeirinha.

O prémio de melhor peça foi para o Grupo Teatral Freamundense com a peça YERMA; o de melhor ator foi para Casimiro Simões, do Teatro Olimpo; o de melhor atriz foi entregue a Carla Costa do grupo Plebeus Avintenses; e a melhor encenação foi entregue a Helder

Sousa do Grupo Mérito Dramático Avintense.

“Ao longo da duração do FETAV tivemos cerca de 100 a 115 pessoas por espetáculo, mesmo com jogos de futebol e procissões a decorrer. Tivemos ainda um dos espetáculos com 170 pessoas”, refere e acrescenta que “a União de Freguesias de Gondomar (S.Cosme), Valbom e Jovim e a Câmara Municipal de Gondomar tiveram um papel fundamental, que quiseram entregar um quadro com um coração de filigrana a dizer FETAV aos patrocinadores e às crianças que se disponibilizaram para entregar os prémios, ao Martim Nogueira e à Maria Nicole”.

Além destes mencionados a organização do FETAV pretende agradecer a “António Bastos por sempre dar um poema a cada grupo visitante, ao fotografo Pedro Sousa e ao Paulo Ferreira, da PTLAPSE, por fazer a cobertura em vídeo, de forma a conseguirmos partilhar esta noite de gala com os convidados”.

Quisemos dar a conhecer aos convidados, os cinco mentores do FETAV, com imagens

dos mesmos: Adelino Cardoso, Amílcar Mendes, David Fonseca, Francisco Oliveira e Domingos Castro

O vereador da Câmara Municipal de Gondomar, Luís Filipe Araújo quando questionado sobre a dimensão do Festival de Teatro mencionou que “o FETAV correu muito bem” e acrescentou que “é um festival de teatro com uma dimensão muito considerável mesmo a nível nacional, tivemos muitas companhias ali presentes semanas a fio com algum nome e a sala esteve sempre muito bem composta. Não estive lá presente muitas vezes, mas estive no fim na gala de encerramento, que correu muito bem e os próprios grupos que estavam lá representados para receber os prémios também deram a sua palavra de grande reconhecimento à Escola Dramática. Temos de reconhecer que realmente fizeram e estão a fazer um ótimo trabalho no que diz respeito ao FETAV, e isso também é ótimo para o concelho porque acabamos por ganhar reconhecimento para o nome de Gondomar” ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 42 CULTURA
VIVACIDADE | JUNHO 2023 43 PUB

PAVILHÃO MULTIUSOS DE GONDOMAR vai ser palco de um dos maiores eventos de Cultura Pop

A primeira edição do evento de Cultura Pop, OriginCon vai ter lugar no Pavilhão Multiusos de Gondomar, a 29 e 30 de Julho. Com o Slogan “From fan to fan” (de um fã para um fã) prometem proporcionar uma experiência inesquecível a quem aparecer.

“A ideia deste evento surgiu do facto de nós sermos do mundo do espetáculo e produzirmos para esse mesmo mundo há mais de 15 anos. Trabalhamos na Comic Con, sete anos e decidimos criar um projeto diferente que envolvesse a Cultura Pop, que é o nosso foco”, explicaram os criadores do evento.

A escolha do Pavilhão Multiusos de Gondomar relaciona-se com as “condições que achamos necessárias para alavancar este projeto. Eles foram muito acessíveis, apoiaram-nos desde o princípio e é um espaço que para uma primeira edição terá tudo para crescer”.

Estão a ser trabalhados treze universos que envolvem esta vertente cultural, o cinema, televisão, banda desenhada, literatura, gaming, anime, cosplay, k-pop, mangá, kids e gastronomia. E, ainda serão criadas várias atividades relacionadas com cada universo como palestras, workshops, apresentações de livros, lançamentos de projetos, concursos, give aways, amostras de cinema (curtas-metragens por exemplo) e gaming.

“Vamos ter várias áreas específicas relacionadas com esses universos. Sobre as áreas que já foram divulgadas teremos o “Creators point”, que será uma área com o foco na apresentação de livros. Também, teremos o “Palco Origin” que será o nosso maior palco onde estarão os convidados mais mediáticos; o “Artist’s Valley”, uma área destinada a bancas de variados tipos de artistas com artes feitas 100% à mão, entre outros; o “Multiverse market”, zona destinada aos variados tipos de lojas e marcas que queiram promover os seus produtos; contaremos com uma grande área de retro games famosos como: “Donkey Kong”, “Pac Man”, “Space Invaders”, entre outros jogos. Em todas as nossas áreas oficiais não terá qualquer custo e ainda iremos divulgar mais áreas. A cultura pop tem infinitas possibilidades de conteúdos”, reforçam e acrescentam que “teremos também um espaço dedicado à gastronomia que é o nosso food court, na área exterior do recinto”.

O objetivo é ser criado um festival de verão de Cultura Pop que complemente os já existentes. O que difere esta iniciativa das restantes é o facto que “queremos muito que os fãs se divirtam verdadeiramente, desde o momento em que entram até ao que saem e sintam que valeu a pena. Queremos que os visitantes tenham uma nova experiência, interativa que mexa nos sentimentos”.

As expectativas estão elevadas e um dos pontos que apontam a favor é o facto de

terem sido muito bem acolhidos pela comunidade. A escolha do Verão para este evento não foi por acaso, devido ao fim dos exames dos estudantes e pela meteorologia. As atividades são para todas as idades e para todas as famílias.

Uma mais-valia é o transporte que será facilitado para o Multiusos, mas todas as informações estarão presentes nas redes sociais do evento.

A Ori, que é símbolo deste festival de Cultura Pop, é a representação de um fã, ela representa o visitante. No próprio design da Ori possui vários elementos da cultura pop. Os fãs de escolheram o nome dela através de uma votação nas redes sociais. Para mais informações sobre a ORIGINCON visite o site oficial em www.origincon.com ,siga, também, a ORIGINCON nas redes sociais no Instagram (@origincon) e no Face-

book (@origincon) para acompanhar todas as novidades.

Os bilhetes já estão à venda com valores desde 19,99 euros, e podem ser encontrados nos pontos habituais como a Fnac, Worten, site (origincon.com) até no próprio evento. “Estamos a preparar um evento, que tal como nós que somos fãs gostaríamos de ter acesso. Venham, vai ser inesquecível”, mencionam. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 44 CULTURA 29 / 30 JULHO 2023 PAVILHÃO MULTIUSOS DE GONDOMAR
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Viva Prevenido

Renato Gonçalves

RISCO CARDIOVASCULAR: MAS QUE RISCO É ESTE?

Todos nós já fomos bombardeados com expressões médicas que nos assustam, mas que na realidade não conseguimos perceber bem o seu significado.

O que é o risco cardiovascular? Um conceito inespecífico? Um marcador de doença? A curiosidade é importante e devemos perguntar-nos o que significa para obtermos uma resposta.

A vida é um ciclo, por mais que tentamos combater e que a medicina continue a evoluir, este ciclo terá sempre um princípio e um fim, o que podemos fazer durante a nossa vida, é moldar esse fim, torná-lo menos sofredor e brusco.

Uma boa maneira? Evitarmos ter um elevado risco cardiovascular. Como conseguimos fazê-lo? Vamos tentar responder a estas perguntas nos parágrafos que se seguem.

O risco cardiovascular, tal como o nome indica, é a probabilidade que cada um tem de ter um evento cardiovascular no futuro, que continuam a ser das principais causas de morte em Portugal.

Existem vários fatores que entram na equação para determinar o risco CV. Em primeiro lugar temos de definir os fatores de risco em dois grandes grupos:

Fatores de risco não modificáveis, ou seja aqueles que estão intrínsecos a cada um de nós, são eles, a idade, o sexo, e a herança genética. Fatores de risco modificáveis, ou seja aqueles em que devemos trabalhar para erradicar, são eles, o consumo de tabaco, a diabetes mellitus, hipertensão arterial, dislipidemia, obesidade e sedentarismo. Portanto, à medida que a idade aumenta, o risco de ter um evento cardiovascular aumenta. O facto de se ser homem aumenta também esse risco, no entanto, podemos atenuá-lo sendo o mais saudáveis possível. Parar de fumar é algo obrigatório, o tabaco constitui um dos mais importantes fatores de risco no que toca a morbi e mortalidade por eventos cardiovasculares. Não devemos ter medo de pedir ajuda, não devemos ser arrogantes pensando que nunca nos acontecerá nada de mal. Para que possam compreender o quanto o tabaco contribui para exponenciar o risco cardiovascular, deixo-vos o seguinte exemplo prático: um homem de 65 anos com colesterol elevado e pressão arterial relativamente controlada, tem cerca de metade da probabilidade de ter um evento cardiovascular quando comparado com alguém na mesma condição, mas que seja também fumador.

Posteriormente, temos algo que para mim é igualmente importante, evitar o sedentarismo! Temos de mudar rapidamente o nosso estilo de vida “trabalho-sofá-cama”, criamos falácias dentro da nossa sociedade em que achamos que por caminharmos

15 minutos para regressar a casa é suficiente exercício físico, isto é absolutamente mentira! Temos de efetivamente colocar na nossa agenda, no mínimo 3 momentos de exercício média/grande intensidade numa semana, para usufruirmos dos benefícios cardiovasculares da atividade física. Apesar de desafiante, é apenas uma questão de hábito e de força de vontade, acredite!

Nunca nos podemos esquecer da alimentação, para além de controlar o excesso de peso, também ajuda a evitar doenças silenciosas e gravíssimas como a dislipidemia e a diabetes. Nunca se deve desvalorizar estas patologias, temos o hábito de praticar um raciocínio em algumas áreas da saúde de “o que os olhos não vêem, o coração não sente”, ironicamente é precisamente o contrário.

Então e afinal temos risco de vir a ter o quê? Resumidamente, tudo aquilo que queremos evitar! Ou seja, síndrome coronário agudo (“enfartes”), acidente vascular cerebral (AVC), doença vascular periférica (problema na circulação periférica que poderá levantar a amputação de membros).

Este risco que, na nossa prática médica, calculamos com apoio de ferramentas específicas e que posteriormente se traduz num número, permite-nos medicar e aconselhar o doente que se apresenta perante nós em conformidade, e lutamos em todos os doentes para que este seja o mínimo possível! Nunca se esqueça, um valor alterado de glicemia, de colesterol ou de pressão arterial, a longo prazo, isoladamente, não tem o verdadeiro impacto, mas sim em associação com tudo o resto, por isso devemos combater todos de uma só vez! Fazendo exercício, comendo bem e evitando o tabaco, o caminho estará certamente a ser bem percorrido!

O ser humano é como uma máquina, há peças fundamentais, mas o desgaste de pequenas peças poderão igualmente fazer a máquina parar. ■

JOANA MARTINS

Optometrista da Opticália

O QUE É A FOTOFOBIA?

Todos os dias os nossos olhos estão em constante exposição a radiações, sejam elas solares ou artificiais. O contato excessivo com as mesmas, leva a uma elevada sensibilidade ocular, e podem mesmo surgir graves danos associados, tais como, inflamações na córnea, lesões na retina e cristalino entre outros.

Quando esta sensibilidade ocorre também em ambientes com pouca luz dá-se o nome de fotofobia. A sensação de olho seco, a dificuldade em estar em ambientes claros, o constante lacrimejo e vermelhidão ocular, são os principais sintomas desta sensibilidade excessiva.

Todas as pessoas podem apresentar fotofobia independentemente da idade. No entanto,existem algumas causas que contribuem para uma maior probabilidade desta surgir. A pigmentação que dá cor à íris, com o nome

de melanina, é a principal causa natural. Quanto maior for essa quantidade de pigmento, maior a proteção do olho. Desta forma, pessoas albinas e loiras têm uma maior disposição para serem sensíveis à claridade. Pessoas com astigmatismo podem também ser mais suseptíveis a fotofobia, uma vez que a sua principal característica é alteração do formato circular da córnea, tornado-a oval.

Outras causas associadas são os fatores externos como a ingestão de medicamentos, o uso excessivo e inadequado de lentes de contacto e alergias, levam a que o nosso organismo fique mais vulnerável. Os cuidados com esta condição começam com a prevenção. A melhor forma de o fazer é procurar descobrir o que está por trás do sintoma. Deve consultar o seu profissional de visão para que este possa ajudar e aconselhar com mais precisão. Muitas vezes a solução passa pelo uso de uns óculos de sol com filtro de proteção ultravioleta. As cores nas lentes dos óculos de sol têm um papel que vai além do sentido estético, selecionam a quantidade de luz que chega aos olhos,apresentando por isso diferentes formas de proteção.

Se tem estes sintomas não adie mais, aconselhe-se junto do seu especialista ■

Uma parte razoável da população sente dores numa ou mais zonas do corpo, geralmente de forma mais intensa e alastrada à medida que o tempo passa. Tal decorre pela interação dos seguintes fatores: desgaste osteo-articular, danos secundários a passatempos e/ou trabalho, excesso de peso e má forma física. Se o controlo sobre a duas primeiras questões é menor, as duas últimas estão totalmente dependentes da nossas opções e atitudes. Para perder peso basta gastar mais calorias em movimento do que as que entram pela alimentação, o que, obviamente fica potenciado pelo exercício.

Quanto existem diagnósticos concretos já efetuados, poderão existir tratamentos médicos adequados, como infiltrações ou cirurgias, para além de medicamentos analgésicos orais.

A medicina convencional dispõe de várias técnicas de Fisioterapia. Por sua vez, nas últimas décadas, também foram desenvolvidas outras técnicas com muito eficácia na atenuação/eliminação de dores, nomeadamente a Osteopatia, Acupuntura e diversas modalidades de Massagem Terapêutica.

Na Ajeogene Clinica Médica (perto do Viaduto da Areosa) pode agendar serviços de Fisioterapia, Osteopatia, Acupuntura e Massagem, desde 20 Euros por sessão (em pack); estando em situação equivalente as consultas de Nutrição e Prescrição de Exercício. Consulte as nossas redes sociais e marque a sua consulta (961061228). ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 45 OPINIÃO
Médico interno de formação específica em Medicina Interna Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior Sócio da www.girohc.pt/ Ajeogene Clinica Médica Mónica Santos

JOÃO SILVA foi o vencedor da Volta a Portugal do Futuro

João Silva, gondomarense, conquistou o primeiro lugar na Volta a Portugal do Futuro, bem como na classificação individual terminou como líder e com a respetiva camisola amarela, com um total de 13h36m35 ao fim das quatro etapas.

Como é que começou a paixão por esta modalidade?

Começou quando tinha cerca de 14 anos, quando entrei no ciclismo. Antes até jogava futebol, mas já tinha o “bichinho” pelo ciclismo.

Há dois anos foste campeão nacional, o que mudou desde então?

Sim, os sonhos que eu tinha em júnior, continuam os mesmos, a verdade é que sonho alto e até alcançar esses objetivos ainda faltam dar muitos passos. Depois de ser campeão júnior estive numa equipa em Espanha, durante dois anos, acho que foi muito benéfico para mim. Aprendi muito, mesmo a nível pessoal, não só enquanto ciclista, mas também enquanto pessoa. Adaptar-me a várias situações, acho que foi muito benéfico. Agora estou numa equipa profissional portuguesa que é o Kelly Oliveirense.

Como é que foi essa transição de Espanha para o Kelly Oliveirense?

Corri em Espanha, mas também fiz corridas em Portugal, campeonatos nacionais e corridas mais secundárias e sempre obtive bons resultados. Mesmo correndo em Espanha, as equipas portuguesas viram o meu valor, como foi o caso do Kelly.

Sentes que aqui em Gondomar estão a valorizar o teu percurso?

Acredito que sim.

Sentes esse reconhecimento?

Já senti, mas acho que com o tempo vou sentir mais.

Qual é o teu próximo objetivo?

O meu próximo objetivo como estou no campo profissional passa por trabalhar pela equipa e ter os melhores resultados possíveis, e depois tenho objetivos a nível pessoal.

Relativamente a esta prova que venceste, como é que foi feita a preparação?

Nós preparamo-nos o ano todo, claro que um mês ou dois antes da prova, começa a ser mais afincada a preparação, tanto a nível de treino como a nível de alimentação, mas também, diria que na hora da corrida o mais importante é fazer tudo o mais correto possível.

Falaste aqui da alimentação e da preparação antes da prova até que ponto isso é importante, pode influenciar o teu resultado?

Quando falo de alimentação e de preparação, falo das corridas que fazemos antes da própria prova para o corpo se habituar ao esforço e à alimentação. O corpo tem de se habituar não só fora como na bicicleta. Durante a corrida temos de ter uma alimentação adequada e a hidratação também é

muito importante. Mas isto tudo requer uma preparação, para que o corpo não estranhe antes da corrida.

Achavas que ias ganhar a prova?

Desde início do ano já tinha esta corrida marcada no calendário, é a corrida mais importante que os sub-23 têm aqui em Portugal. Vinha à partida para esta corrida com a vitória na cabeça. Na primeira etapa proporcionou-se logo uma corrida benéfica para mim, que ganhei uma vantagem sobre os principais adversários, e depois foi saber gerir. Foi uma corrida muito tática, foi ganhar na inteligência.

Qual foi a sensação de saber que ganhaste a prova e teres a camisola amarela?

A sensação foi muito boa. No sábado foi um dia épico, com queda de granizo durante a etapa, foi um dia mesmo à ciclismo e foi uma chegada à camisola amarela fantástica. Parti para o último dia com tudo em aberto, tinha nove segundos para o segundo e 10 para o terceiro que eram da mesma equipa. Na última etapa, principalmente a primeira parte da prova foi difícil e tive que me defender mais porque nos atacaram por todo o lado, mas felizmente consegui.

Quais são os teus objetivos futuros?

Eu não gosto de pensar muito além, mas a longo prazo gostava de ser campeão do mundo, preferia isso a ganhar qualquer outra corrida, a curto prazo quero evoluir, tentar ser o melhor e ajudar a equipa. ■

COLOR RUN REGRESSA A GONDOMAR A 15 DE JULHO

A Color Run regressa a 15 de Julho, nos Passadiços de Valbom, pelas 16h00, e promete serem os cinco quilómetros mais felizes do planeta em conjunto com a família e amigos que os acompanhem. Este ano tem como novidade a Unicórnio Tour, com uma estação multicolor com brilhos, ao longo do percurso.

“Esta é uma prova não cronometrada com estações de cor que envolvem todos os participantes em pó colorido aquando da sua passagem, uma estação

de espuma e um túnel colorido, posicionados em cada quilómetro do percurso. O desafio é simples: terem, na linha de partida, uma t-shirt branca e estarem coloridos da cabeça aos pés à chegada”, refere Tiago Pereira responsável pela organização do evento.

No ano em que comemora a sua décima edição, a The Color Run by Ageas junta a cor aos unicórnios e anuncia a The Color Run Unicorn Tour by Ageas, que trará ao percurso uma estação surpresa.

“Estamos muito felizes por comemorar, este ano, o décimo aniversário deste evento e poder, uma vez mais, proporcionar a milhares de pessoas momentos de diversão inesquecíveis. Os pós coloridos que utilizamos durante as nossas corridas são feitos de amido de milho e corante alimentar, produtos biodegradáveis e inofensivos para os participantes e frequentemente usados na indústria alimentar, o que torna o evento, não só seguro e adequado para todas as idades, como também amigo do ambiente”,

explica o organizador.

Após o término haverá uma festa final que contará com um Dj e o speaker Filipe Gonçalves, bem como com atividades para públicos de todas as idades e foodtrucks. De mencionar que o preço vai aumentar de valor a partir de dia 24 de Junho. Os participantes têm até 23 de Junho às 23h59 para se inscreverem a preço reduzido. Os bilhetes podem ser adquiridos no site oficial, bem como nas lojas Fnac, Worten e El Corte Inglés. ■

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ACADEMIA DE GINÁSTICA ACROBÁTICA PAULO VI foi Campeã Nacional na modalidade

A Academia de Ginástica Acrobática Paulo VI foi criada em 2010 pelo professor e treinador da Academia, Paulo Santos. Face às vitórias que tem tido a nível nacional, sendo campeões nacionais nas quadras masculinas séniores em 2017/2018, vice-campeões nacionais em pares mistos em 2021/2022 e campeões nacionais em pares masculinos seniores em 2022/2023, o Jornal VivaCidade esteve à conversa com o criador da Academia.

Qual foi o motivo para terem criado esta academia?

Foi uma questão de necessidade e pelo caminho que se estava a fazer. O colégio tinha desporto escolar e nesse âmbito abriu-se a modalidade de ginástica acrobática as coisas começaram a correr bem, a adesão dos alunos foi grande. Terminamos o primeiro ano com 30 alunos, o segundo com 60 e começamos a achar que estava a entrar muita gente e começamos a ver que tínhamos muito potencial para evoluir nesta modalidade. Em 2015 quisemos federar, ter mais treinos e o Colégio Paulo VI ajudou no financiamento para adquirir mais material e a partir daí começamos a ter outra progressão.

Só os alunos do Colégio é que podem fazer parte desta Academia? Como é que funciona o processo de inscrição?

Não, temos alunos de outras escolas. O conhecimento poderá partir das redes sociais, do Instagram, Twitter, Facebook, muito provavelmente começa por aí. Mas também já são tantos anos de clube que o passa palavra é também uma maneira fácil da informação chegar. Este clube não é só para alunos do colégio, qualquer pessoa pode aderir e fazer parte desta Academia que é só de ginástica acrobática, para já.

Como é que vêm o facto de a Academia ter vindo a ganhar prémios a nível nacional e já ser um nome de peso nesta modalidade?

Nós começamos do zero, em 2010, come-

çamos com um projeto pequeno, mas com o trabalho, o facto de ter tirado o curso de técnico de grau 1 e 2, e ter mais formação e conhecimento, as coisas foram andando até os resultados começarem a aparecer. E depois na época de 2015/2016 nós fomos campeões em desporto escolar, e a partir dai senti que eles perceberam que a partir dali podia surgir um campeão nacional.

Como é que uma pessoa se pode inscrever para praticar a ginástica acrobática, há algum critério?

Claro que tem haver um mínimo de flexibilidade e força, mas a parte boa da ginástica acrobática é que qualquer pessoa se pode enquadrar em cada um dos papéis. Podem começar em volante e ir para base, como ser base e ficar base. Não tem de haver um caminho pré-feito. Claro que há coisas que se trabalham. Quanto mais cedo melhor, porque acabam por passar por todas as fases.

Como é são realizadas as coreografias, vocês criam ou já há uma predefinição?

Uma coreografia tem elementos. No caso da ginástica acrobática tem elementos estáticos que são figuras construídas e têm de ficar quietos pelo menos 3 segundos e tem os elementos

dinâmicos, que são os momentos em que o volante “voa”. No desporto escolar é uma coreografia com estas duas condições de dinâmica e equilíbrio. No federado existem os dois de dinâmico e equilíbrio, mas os elementos estão lá. A escolha deles tem a ver com a capacidade que tenham. Há um regulamento para construir uma figura à imagem que queremos. Se dá para construir figuras novas? Dar dá, mas é muito raro. Além da imaginação para as figuras eles também têm de confiar uns nos outros para que a imagem se construa, principalmente tem de haver um grau de confiança grande entre o base e o volante. A confiança ganha-se dependendo do treino que tenham feito.

Quantos treinos é que têm por semana?

Treinamos todos os dias, menos ao fim de semana. A classe de competição, porque a ginástica é dividida em classes, tem treino todos os dias das 18h30 às 20h45.

Quais são os objetivos a curto, médio e longo prazo?

A Academia já foi campeã nacional em quadras masculinas em 2017/2018, nós nem achávamos que fossemos chegar lá. Obviamente, se calhar um objetivo a curto prazo é atingir

isto mais vezes. Para nós é mais interessante as pessoas nos conhecerem por nos verem nas fases finais ou nos pódios e o nome já vai ficar consolidado na cabeça de cada um. A curto prazo o nosso objetivo é manter-nos a atingir pódios e continuar, se possível, a ser campeão nacional. Se possível, a médio prazo, também fazer provas no estrangeiro. A longo prazo, e não queria que fosse muito longo (risos), era que começássemos a ter um espaço próprio de treino, mas sempre com a parceria do Colégio.

A quem gostaria de agradecer?

Sem dúvida aos diretores do colégio à Doutora Dulce Machado e ao Engenheiro Rui Castro, sempre estiveram do nosso lado e sempre nos apoiaram independentemente se isto ia dar ou não certo, sempre nos disseram que sim. E, também, aos treinadores da Academia, ao Bruno e à Daniela, à Catarina Yé e ao João Martins que são juízes e atletas também e foram vice-campeões nacionais o ano passado e ajudam-nos imenso na questão dos regulamentos. E sem esquecer dos pais dos atletas, que têm sido fantásticos nas iniciativas e apoio na organização de provas e eventos. ■

CLASSIFICAÇÕES DAS EQUIPAS GONDOMARENSES NO FUTEBOL

Terminados os campeonatos federados e amadores de futebol, as equipas gondomarenses mantiveram –se nos respetivos campeonatos, com exceção do Ataense que desceu de divisão.

A equipa principal do Gondomar SC terminou o Campeonato de Portugal, Série B na sétima posição. Já o SC Rio Tinto terminou na quinta posição da série 1 com 51 Pontos, da Elite da AF Porto. A UD Sousense terminou na terceira posição com 56 pontos, apenas a 3 pontos

da fase de subida da Elite e a Equipa B do Gondomar SC terminou na sexta posição com 50 pontos, na Série 2 da Elite da AF Porto. O Gens SC terminou a fase de apuramento de campeão da divisão de Honra da AF Porto na ultima posição com 3 pontos. O CA Rio Tinto terminou a fase de manutenção da divisão de honra, série 1 na segunda posição com 41 pontos. O Estrelas de Fânzeres alcançou a terceira posição na fase de manutenção de honra, série 3 com 32 pontos. Na mesma série o

Ataense, terminou na última posição com 17 pontos, consumando a descida de divisão. O Melres DC , com 30 pontos alcançou a décima terceira posição garantindo a manutenção na série 1 da primeira divisão.

Nos campeonatos amadores do Inatel, a Juventude Portelinha perdeu nas meias-finais da fase de apuramento de campeão contra o FC Vilar por 5-4, assim como os Dragões Valboenses também foram derrotados nas meias finais contra o

Vila Cova perdendo nas grandes penalidades por 5-4 apos empate a 2-2.

Na fase regular, o Ermentão terminou na quinta posição da série A, com 37 pontos, na mesma série o SC Montezelo terminou em 11º Lugar com 3 pontos. Na série B o GD Covelo terminou na terceira posição com 39 pontos, o Aguiar terminou no quinto lugar com 33 pontos, Alunos de Meirim no sexto lugar com 27 pontos. E, finalmente, o Rio City/CS Soutelo desistiu na competição. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 48
Vices-campeões Nacionais

GRUPO DESPORTIVO DO COVELO regressa aos campeonatos federados

O Grupo Desportivo do Covelo na próxima época desportiva irá competir na segunda divisão da Associação de Futebol do Porto. O Jornal VivaCidade esteve à conversa com os dirigentes do clube, Bruno Monteiro, Presidente do clube, Sílvio Santos, vice-presidente, Joaquim Santos, tesoureiro e Hélder Barbosa, vogal.

Passados cerca de vinte anos desde que o Covelo esteve nos campeonatos distritais da Associação de Futebol do Porto, quais os motivos que levaram com que o Covelo voltasse a competir no escalão federado?

O principal motivo é que a própria instituição e a própria freguesia tenham um clube federado, já não fazia sentido estar num campeonato amador, e o federado sempre foi o nosso objetivo desde que abrimos.

Vocês vão ter algum tipo de apoio? Como é que será realizada esta gestão?

O nosso apoio vem das pessoas, das empresas, dos patrocinadores, dos sócios e adeptos, isso é a base do Covelo a autossustentabilidade.

Além da vossa equipa sénior, planeiam ter formação num curto / médio prazo?

É uma pergunta difícil, a formação é um dos objetivos do Covelo, mas uma formação da forma que fomos criados quando eramos jovens. Na nossa visão o futebol e a formação têm de ser feita de maneira a serem todos tratados da mesma forma. É insustentável criar condições estruturais para que se coloque jovens num relvado em terra batida (pelado) atualmente, porque para pormos um “pelado” em condições há despesas que as pessoas não têm consciência. Uma equipa gera despesas de mais de dois mil euros por ano, havendo duas equipas temos de criar condições para outras equipas. Num jogo quando chove e o campo fica empapado e os jogadores ficam com “pé de galinha” e torna-se insustentável. Neste momento o objetivo é sustentar a equipa sénior na Associação de Futebol do Porto e quando houver uma estrutura aí sim colocaremos um relvado sintético, mas somente nessa condição.

O relvado sintético continua a ser um sonho ou já está mais próximo da realidade?

Para nós como direção, sim é um sonho que se aproxima mais da realidade porque começam a aparecer projetos, apoios e entidades, mas uma coisa que deveria ficar definido é que se uns têm sintético na Associação do Futebol Clube do Porto todas as equipas ativas haviam de ter um sintético, não faz sentido nenhum um estar no “pelado” e outro ter dois sintéticos. O sin-

tético havia de ser uma prioridade social e começar a olhar para as massas humanas que movimentam cada clube e perceber que um clube que movimenta num jogo de 400 a 500 pessoas, merece o mínimo ter condições para um jogo.

A que se deve o facto da população e simpatizantes de Covelo virem sempre apoiar o Covelo nos jogos?

É aquilo que a terra tem, porque aqui não há shoppings, não há nenhuma loja de roupa ou alguma coisa do género. Caso as pessoas queiram passear por aqui é vir aos campos de futebol, ou a algumas associações de dança e de festa.

Já têm a estrutura técnica para a próxima época?

Já temos estrutura técnica e nós temos a consciência que não temos os apoios e o dinheiro não abunda, então isto é muito fácil de explicar, a estrutura técnica é baseada nas pessoas que aqui estão, os diretores. Por isso é que nós não podemos comparar a outras equipas porque a direção que aqui está integra a maior parte da estrutura técnica.

Então, maioritariamente a equipa é composta por pessoas das freguesias próximas?

Sim, acho que temos um pouco por todo o lado.

Como é que está a situação a nível de investimentos no relvado e acessos?

Vão ter algum apoio das entidades?

Cada um tem as suas responsabilidades. Gostaria de deixar aqui frisado que

esta rua, em torno do campo, foi limpa de ponta a ponta, tanto o mato como o lixo e até buracos na rua. Não havia luz na rua sequer. Depois foi pedido e instalado, também não havia água. Por isso, foi tudo limpo por nós e tivemos de forçar muito para que se tapassem os buracos. Achamos que a Entidade deveria investir nestes locais, a rua já devia de estar feita, sinalizada, marcada e os passeios deviam estar feitos de ponta a ponta. Não faz sentido nenhum esta rua estar há não sei quantos anos e não estar aberta até Midões ou Gens para dar uma alternativa da circulação. Agora, isso é o que nós achamos, as entidades competentes é que têm de chegar aqui, avaliar e fazer como também deveriam restruturar a ponte velha, a ponte pedonal para as pessoas passarem.

O estádio tem segurança?

Tem alarme, camaras de videovigilância e gravação, que é algo que não se vê noutros clubes, mesmo noutros campeonatos mais acima.

Vocês instalaram este material por terem sofrido com o vandalismo?

Sim, isto foi mesmo para retirar o vandalismo. Estamos numa política de quem deve não teme, então vimos aqui e somos gravados, mas sentimo-nos à vontade com isso. O alarme já está montado desde o início e as camaras vieram depois. A estrutura em si está ligada 24h por dia e qualquer um de nós, em casa, tem acesso a isso.

Como é que você se sente abraçar este novo projeto?

Para nós sempre foi o primeiro objetivo

quando falamos de vir para aqui, foi conseguir chegar a este passo que estamos a dar agora. Claro que sabíamos que não era fácil porque as estruturas estavam bastante degradadas e eram muito antigas. Faltava muita coisa, o posto médico, balneários e casas de banho. Antigamente jogava-se e era tudo aprovado, mas agora tivemos de atacar nesses pontos. É importante ter a equipa ativa, o pessoal gosta disto.

Como é que prevê que seja esta época?

Nós temos os pés bem assentes na terra, sabemos que não se consegue fazer logo tudo de uma vez. Temos de ir com calma. Sabemos que ainda faltam algumas estruturas no campo e estruturas humanas para acompanhar a equipa. Sabemos que não conseguimos fazer logo isso no primeiro ano, nem se calhar no segundo, temos essa consciência.

Vocês têm autocarros para os jogadores?

Não, estamos a pensar fazer uma parceria para alugarmos o autocarro e pagamos um determinado valor. Sendo que poderão, também, ir adeptos para acompanhar a equipa. Temos 350 sócios ativos e pagantes (1€/mês) é importante as pessoas saberem disso.

Vocês vão competir como equipa amadora ou já federada?

O nosso objetivo é jogar ao domingo, mas se pudermos ficar com o estatuto amador para não cobrar bilhete, preferimos. A nossa missão é que o futebol sem adeptos não é futebol! ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 50 DESPORTO

NÚMERO DE CREMAÇÕES tem vindo a aumentar

significativamente na Funerária Saramago

A morte, além de significar perda, é também uma atividade comercial. A Funerária Saramago, em Fânzeres, uma das funerárias mais antigas, contou ao VivaCidade como é que se encontra esta atividade. O proprietário José Barbosa mostra-se descontente com a degradação deste setor.

Como é que se encontra a situação funerária neste momento? Acha que a forma como se encara a morte por parte dos agentes funerário tem sido a mais correta?

Ao longo dos anos, a atividade funerária tem vindo a degradar-se. Na génese desta degradação estão diversos fatores. A concorrência desmedida, por exemplo, veio quebrar o respeito, a responsabilidade e, sobretudo, a dignidade que deve imperar neste setor. A legislação que regula a atividade veio simplificar o acesso à profissão, desconsiderando a experiência e as habilitações necessárias para laborar nesta área.

Em que medida é que esta lei veio prejudicar a atividade funerária?

A gestão de uma agência funerária requer, para além de dedicação plena, uma experiência muito para além do período legalmente previsto. É necessário conhecimento, compreensão e humildade. Esta última característica, tão necessária em tudo na vida, escasseia neste setor. Em mais de sessenta anos de atividade profissional, sinto ainda que aprendo todos os dias…

Sente que de alguma forma esta lei vem desvalorizar os princípios básicos de uma agência funerária?

Os princípios básicos são os mesmos. O problema reside, sobretudo, na forma como se articula o desenvolvimento do trabalho.

A concorrência desleal (definida no sentido de não se olhar a meios para conquistar a prestação de um serviço) desrespeita em absoluto o cliente e a família enlutada. A falta de qualidade dos materiais utilizados (comercializam-se urnas em cartão e papel…), a banalização do serviço fúnebre, a falta de apresentação dos gerentes e colaboradores de muitas empresas funerárias, é lamentável.

Com que material deve ser feita uma urna para que esteja em conformidade?

O material a usar deverá ser sempre a madeira e nunca os seus derivados. O preço variará, naturalmente, em função da nobreza do material, mas a utilização da madeira é ponto fundamental.

Atualmente as pessoas ainda optam por sepultar os seus entes queridos?

A inumação ainda é o destino tradicional, mas a cremação tem vindo a conhecer uma adesão muito grande. Progressivamente, os últimos anos têm revelado um crescimento

significativo da cremação. Este quadro justifica-se, na nossa perspetiva, pelo surgimento de condições físicas dignas para o efeito.

Acaba por ser prejudicial para o negócio o facto de as cremações continuarem a aumentar significativamente?

Não é, de todo, prejudicial. A prestação do serviço fúnebre vai muito para além do destino. E, no caso das cremações, a urna deve continuar a ser em madeira e não nos seus derivados. Alguns crematórios têm tido problemas graves associados à falta de qualidade das urnas comercializadas por muitas empresas funerárias.

Os Municípios e as Juntas de Freguesias são um interveniente crucial no processo da realização do funeral, sendo que há documentos que necessitam que estes enviem e validem correto? Sentem que eles também facilitam o vosso trabalho de forma a agilizar o processo para as famílias?

A generalidade das edilidades, e sobretudo as juntas de freguesia - que, normalmente, assumem a gestão dos cemitérios -, colaboram neste processo.

Ao longo dos muitos anos de atividade profissional, deparamo-nos apenas com uma junta de freguesia, localizada no distrito do Porto, que não respeita a atividade dos agentes funerários, fazendo exigências descabidas e totalmente desadaptadas dos tempos que vivemos: não permite, por exemplo, o envio de documentos por e-mail ou pagamentos por transferência bancária. Isto revela um desrespeito pelos cidadãos e, ao limite, pelas famílias enlutadas.

A criação do Centro funerário tem que objetivo? Facilitar o processo às famílias?

O Centro Funerário, recentemente criado pela Funerária Saramago, foi projetado para fornecer um ambiente cuidado e acolhedor aos nossos clientes num momento difícil como é o da perda de um ente que-

rido. Este espaço dispõe de quatro salas de velório, onde amigos e familiares se podem reunir com toda a privacidade e sem limite de horário de permanência. É um espaço criteriosamente pensado para desempenhar um papel importante, ao fornecer suporte e orientação às famílias, relevando o respeito e a dignidade.

Como é que vê o seu percurso enquanto proprietário e agente funerário?

Sinto-me feliz com o caminho trilhado.

A minha vida tem sido pautada pelo trabalho, que a todos enobrece, pela total dedicação à atividade que desenvolvo e pela seriedade com que o faço.

Na base deste caminho está a minha família, pedra angular para o sucesso deste percurso, que certamente perpetuará o legado. Tenho nas pessoas das minhas filhas a imagem da retidão e do profissionalismo e, por isso, a esperança de um melhor futuro para a atividade funerária em geral. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 51 EMPRESAS E NEGÓCIOS

OFICINA DE GONDOMAR comemora 7º aniversário

A Oficina de Gondomar comemora o 7º aniversário desde a data de abertura, um estabelecimento que começou do zero e hoje é uma oficina de renome tanto em Gondomar como no Porto. O VivaCidade esteve à conversa com o proprietário Jerónimo Oliveira.

Conte-nos um pouco sobre o percurso da Oficina!

Durante estes 7 anos de percurso já tivemos anos melhores e outros piores. A oficina começou do zero e hoje temos o reconhecimento e uma boa carteira de clientes, sobretudo das pessoas de Gondomar e do Porto, quer a nível particular como empresarial (frotas). Surgimos em Gondomar, como uma Oficina de reparação de automóveis, completamente equipada de maquinaria, ferramentas e tecnologias, para dar resposta aos tempos atuais cada vez mais tecnológicos. Propusemo-nos desde o primeiro dia a trabalhar com seriedade, honestidade e profissionalismo.  A nossa aposta sempre foi fidelizar o cliente com uma relação de transparência, produtos de alta qualidade e uma equipa profissionalizada.

Qual é o balanço que faz destes 7 anos à frente deste estabelecimento?

Este está a ser um ano extraordinário, estes foram os melhores seis meses desde que a empresa abriu e esperemos que continue até ao final do ano. Somos uma rede de oficinas com capital 100% português e com mais de 100 oficinas em Portugal e 20 em Espanha.

Que serviços é que os clientes podem encontrar neste espaço?

Temos os serviços de manutenção como as baterias, discos travão, escovas limpa-vidros, filtros, lâmpadas, óleo, pastilhas travão e substituição pneus. A nível de serviços de reparação temos os amortecedores, carga de ar condicionado, distribuição,

embraiagem, rolamentos roda, transmissões e velas. Trabalhamos também com o after market, existem peças no after market que têm qualidade equivalente às de origem, por vezes a metade do preço (o cliente sai beneficiado na qualidade preço), sendo que agora está tudo atrasado existem peças de origem que demoram meses a chegar por não existir stock para entrega, é uma boa solução. Temos uma equipa coesa, com muitas formações, seja de carros elétricos, seja Plug-in, novas injeções a gasolina, que aparece muito. Temos um funcionário que vai entrar numa academia de carros elétricos. Temos parceria com o cartão universo a três vezes, sem juros, o que ajuda caso as pessoas tenham dificuldade no pagamento. Também traba-

lhamos muito com leaseplan.

A nível de custos nota que com a crise económica que os valores começaram a aumentar significativamente, tanto para vocês como para os clientes?

Fazemos um grande esforço para que o aumento dos preços não seja notado nos nossos clientes, apesar de o ramo automóvel já estar mais estabilizado, neste momento, a nível de preços.

O que difere esta Oficina das restantes?

Somos uma Oficina recomendada por 7 companhias de seguros (Ageas, Ocidental, Genesis, Liberty, Lusitania, Seguro Direto e N-Seguros), apesar de trabalharmos com todas as companhias de seguros. Somos uma

empresa com procedimentos amigos do Ambiente. Temos essa preocupação na entrega e separação de resíduos, especialmente no tratamento de óleos e baterias. Instalamos, recentemente, 72 painéis fotovoltaicos o que nos permite produzir energia verde e ser uma Oficina mais ecológica.

A quem é que quer agradecer?

Quero agradecer a confiança que todos os nossos clientes e fornecedores depositam em nós e tentamos sempre dar o nosso melhor para que possamos satisfazer os mesmos. Uma palavra de agradecimento aos meus colaboradores que são incríveis por me ajudarem e levarem isto para frente. 90% do nosso sucesso é trabalho e 10% é gestão. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 52 EMPRESAS E NEGÓCIOS

Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que, neste Cartório, em nove de junho dois mil e vinte e três, de folhas uma verso lavrada uma

ANA LÚCIA DOS SANTOS GUILHERME SILVA LOPES

267 020 e marido, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia de Foz do Sousa, concelho de Gondomar e ele da freguesia de Mafamude, concelho de Vila Nova de Gaia, residentes na Rua Fora da Quelha, 86, união das freguesias de Foz do Sousa e Covelo, concelho de Gondomar.

DECLAROU A OUTORGANTE MULHER:

Que é, com exclusão de outrem, dona e legítima possuidora do prédio bano, composto por casa de rés-do-chão, andar e logradouro, com a de trezentos e dezoito metros quadrados e vírgula noventa metros quadrados, sito na Rua Fora da Quelha, 86, na das freguesias de Foz do Sousa e Covelo concelho de Predial, e inscrito na matriz, sob o (anteriormente artigo 1336 urbano da extinta de Foz do Sousa), com o patrimonial

Que não detém qualquer título que legitime o seu domínio sobre o referi do prédio, mas o mesmo foi por ela adquirido, em dia e mês que não pode

VivaCidade, 22 de junho de 2023

PS

Gondomar dispõe de uma unidade hospitalar de referência, que em mais de quarenta mil metros quadrados conta com mais de 50 valências médicas e cirúrgicas, bem como diversos laboratórios, salas de Bloco Cirúrgico, a primeira das quais inteligente com ligação direta ao Auditório e com tecnologia para videoconferência, live stream e telemedicina (uma das mais modernas e avançadas da Europa).

A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior autorizou no início deste ano o Hospital-Escola Fernando Pessoa, propriedade da Fun-

Maribel Fernandes

PSD

Com o verão à porta, a piscina de Fânzeres mantem o seu estado de encerrada.

Sabendo que a Piscina Municipal de Fânzeres, tem quase todas as infraestruturas degradadas, o edifício apresenta as paredes exteriores vandalizadas, vidros partidos, facilmente se pode concluir que esta Piscina Municipal foi deixada ao acaso.

O estado das obras da piscina de Fânzeres (aqui merecendo registo a afirmação do Presidente do Executivo, em 3 de novembro de 2022, que os projetos dessas obras “estariam concluídos até dezembro de 2022, seguindo-se o lançamento do concurso”), afinal é mais uma palavra dada e não honrada, pois sete meses após, não há trabalho realizado e falta cumprir o assumido. Prometido e não feito.

Importa lembrar que a bancada Socialista em maioria na Assembleia Municipal de Gondomar, na reunião de 29/09/2022, votou CONTRA a moção apresentada sobre

Pedro Carvalho

CDS-PP

Arranca, no presente mês de Junho, a época balnear de 2023. Como é do conhecimento geral, o Concelho de Gondomar tem 32 quilómetros de margem de Rio, sendo banhado pelo Rio Douro, ao longo das suas margens, que vão desde Valbom até Melres.

Ao longo desta enorme margem de Rio, a Marginal Ribeirinha de Gondomar tem inúmeros locais onde os Gondomarenses e os visitantes, vão a banhos e que normalmente registam bastante afluência, nomeadamente em Ribeira de Abade, Gramido, Marecos, Zebreiros, Melres e Lomba. É importante ressalvar, que de todos estes locais identificados, apenas os três últimos, são considerados zonas balneares oficiais, constituindo as três Praias Fluviais do Concelho.

Infelizmente, como também é do conhecimento geral, ao longo dos últimos anos e apesar dos investimentos realizados no alargamento da Rede de Águas Residuais,

SUSPENSÃO PARCIAL DO PDM EM PROL DA SAÚDE

dação Fernando Pessoa, a abrir um novo curso de Medicina, o segundo privado a nível nacional, e o único a nível Norte.

Para que seja possível exequível a construção e instalação da Escola de Medicina e de Ciências Biomédicas, a única opção viável é a ampliação das instalações existentes do Hospital-Escola, no terreno contíguo, que atualmente compreende o Parque de Estacionamento.

Para garantir o novo curso, é necessário que a Fundação Fernando Pessoa tenha as instalações prontas e equipadas para receber os alunos já no ano letivo de 2024/2025, e que a 31 de julho deste ano apresente o projeto já licenciado e a construção adjudicada. Ora, o desenvolvimento de um país depende fortemente do acesso à educação de qualidade, especialmente no setor da saúde. A formação de profissionais médicos é essencial para atender às necessidades da população e promover avanços no

campo da saúde.

A criação de uma Faculdade de Medicina Privada não apenas beneficia os estudantes, mas também traz impactos positivos para a região em geral. O estabelecimento de uma instituição educacional de prestígio atrai investimentos, impulsiona o desenvolvimento económico e cria oportunidades de emprego. Além disso, a presença de uma faculdade de medicina pode incentivar a pesquisa científica e a inovação na área médica, beneficiando toda a comunidade.

A proposta apresentada e aprovada em Reunião de Câmara, não é mais do que um instrumento previsto na lei, mais concretamente no Decreto Lei nº.80/2025 (na sua atual redação), e que suspende parcialmente o Plano Diretor Municipal para a parcela específica onde se pretende a ampliação do Hospital-Escola. Com este instrumento, devidamente aprovado pela CCDRN, prevê-se a garantia dos pressupostos que a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior impôs para a garantia

da autorização do curso de Medicina, bem como o investimento de 10 milhões de euros no nosso Concelho. Sabemos que o Plano Diretor Municipal é um instrumento de planeamento que visa organizar o crescimento e desenvolvimento de uma cidade de forma sustentável e equilibrada. Mas é importante ressalvar que a suspensão parcial do Plano Diretor Municipal pode ser realizada em situações excecionais e devidamente fundamentadas, desde que sejam adotadas medidas adequadas para minimizar os impactos negativos e garantir que o desenvolvimento ocorra de forma ordenada, respeitando os princípios de sustentabilidade e o interesse público. É importante ressalvar que, neste processo, e como todos puderam verificar, a suspensão parcial do plano foi conduzida com cuidado e transparência, garantindo que as medidas adotadas são proporcionais, temporárias e sujeitas a avaliação constante, procurando sempre o equilíbrio entre o interesse público e a preservação dos princípios de ordenamento urbano e sustentabilidade. ■

A SAGA DA PISCINA MUNICIPAL E DO PARQUE URBANO DE FÂNZERES…!

a “Reabilitação das Piscinas Municipais de Fânzeres”, não permitindo comprometer o executivo, na rápida execução de reabertura das mesmas.

Para quando a tão apregoada promoção da melhoria da qualidade de vida dos Gondomarenses?

A População continua sem um equipamento essencial para a prática desportiva, recreativa e lúdica, tendo um impacto negativo na sua saúde e bem-estar.

Finalmente, na reunião de Câmara do passado dia 02 de junho, foi apresentada uma proposta de “Requalificação e Ampliação das Piscinas Municipais de Fânzeres”.

Esta proposta da atual maioria do executivo camarário é significativamente elucidativa do ponto de situação do património público municipal, cuja gestão é cometida à responsabilidade da Câmara Municipal.

No caso concreto, ao revelar-se necessária uma intervenção de reabilitação e requalificação desta amplitude, com um custo estimado de quase 2 milhões de euros, só pode haver uma conclusão possível, mormente por resultado da incompetência da gestão autárquica, reveladora da falta de visão e de estratégia, traduzida pela inércia e completo abandono de manutenção adequada e atempada das instalações a cargo desta Câmara Municipal.

Não se opondo à obra, que se revela aparentemente necessária de forma a permitir aos Gondomarenses o cabal usufruto destas instalações, o PSD rejeita o laxismo da maioria PS e lamenta o estado em que o atual executivo vem deixando as infraestruturas e os equipamentos públicos municipais. Pugnando para que o custo final desta obra e o prazo estimado de 12 meses sejam cumpridos, o PSD estará atento e vigilante.

Sobre os Parques Urbanos, o PSD tem defendido que Gondomar precisa de um verdadeiro Parque da Cidade, inclusive incorporou essa proposta no seu programa eleitoral, num racional de respeito pelos impostos dos Gondomarenses, através de investimentos eficientes.

Desvirtuando a aceitabilidade generalizada à existência de espaços de lazer, o PS ilude os Gondomarenses com a qualificação desses mesmos espaços como “parques”. Na verdade, essa denominação só pode ser compreendida pelo elevado custo (pelos valores publicados, no conjunto estes “parques” ultrapassarão os 20 Milhões de euros) e pelos absurdos prazos na execução dos mesmos, mas que, na realidade, não passam de espaços com a configuração de “jardins” pouco verdes, como facilmente se pode verificar pela comparação com espaços de tipologia análoga noutras

cidades vizinhas.

Mas se esta era a aposta do PS, seria no mínimo expectável que fossem estas obras colocadas a concurso com todo o cuidado. Engano puro, senão vejamos, sobre o Parque Urbano de Fânzeres:

- com esta 4a prorrogação do prazo da obra, são concedidos mais 426 dias a um prazo contratado de 180 dias, o que totalizará um prazo total de 606 dias (mais do triplo do prazo previsto!!).

- com estes trabalhos complementares, atinge-se um desvio de cerca de 43% no custo contratado para a execução desta obra!

O PSD não aceita que a maioria do executivo assista impavidamente a situações deste género, prejudicando-se ostensivamente os Gondomarenses.

Como se sucedem os episódios desta natureza, não restam dúvidas de que estamos perante uma incapacidade de gerir bem as Obras Públicas no concelho de Gondomar, urgindo mudar a cultura primária da inépcia, falta de capacidade técnica, falta de exigência e de transparência para, desse forma, evitar-se o acréscimo dos custos (desnecessários) para o erário publico.

Porque o nosso propósito são os Gondomarenses! ■

PELA DEFESA E MELHORIA DAS PRAIAS FLUVIAIS DE GONDOMAR

os Rios que atravessam Gondomar, nomeadamente os maiores afluentes do Rio Douro (o Rio Ferreira e o Rio Sousa), continuam a ser alvo de recorrentes práticas de crimes ambientais, através de descargas ilegais de esgotos de águas residuais ou industriais. Esses crimes ambientais infelizmente tanto têm origem no nosso Concelho, como têm origem nos Concelhos limítrofes de Valongo, Paredes e Paços de Ferreira. Como todos nós sabemos, este tipo de comportamentos, para além de constituírem práticas criminais, têm efeitos muito negativos na qualidade da água das nossas Praias e devem por isso ser denunciados, combatidos e severamente punidos.

Este é um problema que tem afectado Gondomar ao longo dos anos e que continua a afectar, sendo por isso importante que todas as entidades fiscalizadoras actuem, nomeadamente a APA ou o SPENA da GNR, mas não só. Seria importante envolver neste tipo de fiscalização preventiva, toda a comunidade e todas as organizações do Concelho: PSP, GNR, Polícia Municipal, Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, Bombeiros, Agrupamentos de Escuteiros, Colectividades e Associações (nomeadamente os Clubes de Remo), bem como a população.

Neste sentido, seria fundamental, para preservar a qua-

lidade da água das nossas Praias Fluviais, promover acções e campanhas de sensibilização junto da população e de todas as entidades acima mencionadas, no sentido de comunicarem e denunciarem descargas ilegais e serem levado a cabo iniciativas que tenham o foco na sustentabilidade ambiental e no facto de a água ser um recurso cada vez mais escasso, fruto das alterações ambientais e que deve por isso mesmo ser protegido e salvaguardado, não só para as gerações actuais como para as gerações futuras.

O CDS tem vindo a apresentar ao longo dos anos, a sugestão de ser retomada a Profissão de Guarda-Rios, aquando do envio das propostas que enviamos ao abrigo do Estatuto de Oposição, pelo que defendemos que essa solução, como aliás também já foi defendida por outras forças políticas, seria uma ferramenta importante na fiscalização e no combate a este tipo de crime ambiental. Entendemos que este tipo de acções preventivas e sensibilizadoras, juntamente com a continuação dos investimentos no alargamento da Rede de Águas Residuais, na limpeza e no alargamento dos areais, na melhoria e na construção de mais infra-estruturas de apoio, como caixotes de lixo, casas de banho, bebedouros, chuveiros, lava-pés, e a garantia de se ter Nadadores Salvadores e

FALAMOS EM QUESTÕES ESTRUTURAIS

Em 2013, durante o primeiro discurso de tomada de posse, Marco Martins assumiu que um dos compromissos da maioria PS passava pela inversão da estrutura piramidal do conjunto de trabalhadores do município, referindo-se o próprio à necessidade de recrutamento de mais trabalhadores, particu-

larmente dependentes da gestão direta dos departamentos de obras municipais e ambiente. Sabemos bem qual o impacto do não rejuvenescimento do quadro de pessoal de uma autarquia. Quando essa opção é adotada de forma voluntária o processo acaba por conduzir a um argumentário político que coloca a privatização dos serviços como inevitável (situação que se verificou com os serviços de recolha de resíduos) ou ainda à permanente externalização de serviços, como acontece em quase todas as obras do município e na gestão dos vários equipamentos municipais. Quando a opção é involuntária,

por negligência ou incapacidade de gestão, os resultados não são muito diferentes, com a agravante de, com o avolumar de problemas, esta situação se virar indubitavelmente contra os próprios trabalhadores e serviços prestados. Em Gondomar há opções para todos os gostos.

A caminho de completar 10 anos de mandato, a maioria PS que gere a Câmara de Gondomar, fez aprovar uma nova estrutura orgânica. E, se nos quisermos afastar de uma análise mais detalhada deste ou daquele lugar que servirá para enquadrar opções de recrutamento de pessoa

meios de socorro aos banhistas, são todos eles investimentos essenciais e com retorno garantido, naquele que deveria ser um objectivo comum de todos nós: assegurar que Gondomar consegue obter a condecoração das suas três Praias com a Bandeira Azul, e que num futuro próximo, fosse promovido o alargamento desta distinção, por exemplo, à Ribeira de Abade em Valbom e a Marecos, em Jovim.

É nossa opinião, de que o Concelho só teria a ganhar em termos ambientais, turísticos e económicos, se tivéssemos todas as nossas Praias premiadas com a Bandeira Azul, isso iria atrair para o nosso Concelho mais banhistas e mais visitantes, bem como potenciaria a criação de novos negócios nas áreas do Comércio, da Restauração e até de serviços relacionados com os desportos náuticos, com desportos radicais, e com o turismo de lazer ou o turismo ambiental, uma vez que Gondomar tem excelentes condições para a exploração turística, nomeadamente nas zonas à beira-rio, ou nas Serras do Porto, necessitando apenas de melhorar estas infra-estruturas, assim como a qualidade da água do Rio. Gondomar é “dOuro” e também será tudo aquilo que nos quisermos que seja. Como dizia Fernando Pessoa: “Deus quer, o homem sonha, e a obra nasce”!! ■

Na verdade, a estrutura piramidal a que Marco Martins se referiu quando chegou à Câmara não só não foi invertida, como se agravou. Com um número de operários e de trabalhadores dos serviços exteriores cada vez mais reduzido e com tendência a agravar-se, o município de Gondomar precisará de opções de fundo para conseguir recuperar e dessa forma dar resposta aos problemas do dia-a-dia do concelho. Se assim não for, continuaremos a ficar dependentes das opções do privado, do prolongamento de obras e de serviços que podiam e deviam ser geridos a partir da esfera pública. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 54 OPINIÃO: VOZES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL
Joana Resende
Paulo Silva CDU

OPINIÃO: VOZES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

MANIFESTAÇÕES DO ORGULHO

Depois da Marcha do Orgulho LGBTQI+ que juntou milhares de pessoas em Lisboa no passado fim-de-semana, teremos no Porto, no próximo dia 8 de julho a Marcha do Orgulho LGBTQI+ do Porto.

É de importância extrema chamar à atenção para o ativismo LGBTQI+, principalmente nos dias que correm. A homofobia

não desapareceu e disso é prova os ataques homofóbicos vividos na primeira marcha de Évora no passado fim-de-semana. Os atos de vandalismo e violência contra uma exposição sobre o ódio sentido por pessoas LGBTQI+ diz muito acerca da homofobia e transfobia que existe ainda no nosso país.

É necessário pois sair à rua. Ainda falta

O CHEGA É SÉRIO, E TORNOU-SE UM CASO SÉRIO.

Embora o Partido CHEGA tenha sido oficializado em abril de 2019, em 2018 já dávamos os primeiros passos e desde cedo dizíamos ao que vínhamos e o que defendíamos.

Somos uma lufada de ar fresco, no bafiento sistema político português.

Um partido de direita, conservador, nacionalista e liberal, mas que não se verga a este sistema nem se verga à hipocrisia do politicamente correto.

Um partido de gente comum, para portugueses comuns.

URGE PASSAR À PRÁTICA

O PAN Gondomar levou a votação na última Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Gondomar, duas recomendações ao executivo e um voto de pesar pelo ecocídio na região de Kherson.

A primeira recomendação tem por base a oportunidade de darmos passos efetivos no sentido de tornar o nosso concelho num modelo, no que ao combate à pobreza menstrual diz respeito. Trata-se de um problema que, segundo um estudo da Universidade do Minho, afeta 17% da população feminina e que provoca danos acentuados ao nível da auto-estima e, consequentemente, da saúde mental das mulheres afetadas.

Por proposta do PAN na Assembleia da República, foi aprovado para o atual Orçamento de Estado um projeto piloto que visa fornecer de forma gratuita bens de higiene pessoal feminina, preferencialmente renováveis.

A nossa recomendação é no sentido de que o executivo tome as diligências necessárias para tentar que o projeto piloto se desenrole no nosso concelho, assim como efetue ações de formação em relação a tipologias, contraindicações e condições de utilização dos diversos métodos.

Mas rapidamente, aqueles que há anos dominavam o xadrez político, ao sentirem-se ameaçados pela nova força da mudança, começaram a apelidar-nos de racistas, xenófobos, fascistas, demagogos, radicais e extremistas e logo tentaram fazer um cerco sanitário.

Falso, pois nada disso somos.

Mas os portugueses perceberam rapidamente este desespero dos partidos do sistema, que ao longo de 40 anos só nos tem empobrecido e brindado com bancarrotas.

Apenas e só os portugueses nos podem

A mesma foi aprovada por maioria.

A outra recomendação que levamos a votação tem a ver com a formação em Suporte Básico de Vida.

As doenças cardiovasculares representam um terço das mortes no nosso país, sendo que muitas delas poderiam ser evitadas se se quebrasse o ciclo de apenas ligar o número de emergência e não se iniciar de imediato as manobras de reanimação, por falta de formação em Suporte Básico de Vida.

Assim, propusemos que sejam realizadas formações anuais nas escolas do concelho, e que o executivo tente dotar os agrupamento escolares com disfibrilhadores automáticos externos (DAE), criando condições para reduzir a mortalidade por doença cardiovascular no nosso concelho. A recomendação foi aprovada por unanimidade. Nesta Assembleia propusemos igualmente um voto de pesar pelo ecocídio na região de Kherson, e questionamos o executivo em relação a várias denúncias que nos têm chegado sobre a qualidade de algumas refeições escolares. Por variadas vezes tenho referido neste espaço de opinião que é objetivo do PAN, a cada Ses-

EMPREITEIRO, PRECISA-SE!

Já várias vezes abordamos aqui questões sobre obras como a requalificação da Estrada D. Miguel. Continuam a ser vários os relatos e episódios de que algo não vai bem em várias das obras de requalificação ou de transformação do nosso concelho. Em Gondomar, ainda antes de uma obra terminar, aparecem logo duas ou três novas noutro local. Já sabemos que é apanágio do executivo que tudo aquilo que corre mal numa obra é culpa do empreiteiro: seja porque fez mal, porque não há empreiteiros que queiram pegar na obra, porque a empreitada foi abandonada, entre outras. Mas já pensamos que, afinal, o problema

poderá estar a montante? Não serão projectos mal concebidos ou exigências sem sentido a razão do problema? Em vez de estarmos tão apressados a começar uma nova grande obra, talvez o foco devesse ser terminar de forma bem sucedida as que já decorrem. Uma via de comunicação em permanente intervenção tem um impacto enorme na vida dos gondomarenses. O objectivo de um executivo deveria ser fazer as transformações e requalificações necessárias, minimizando esse impacto na vida dos munícipes, garantindo que, no momento de iniciar a obra, empreiteiros e Executivo estão completamente alinhados, e com as

muito para que as pessoas LGBTQI+ possam usufruir dos mesmos direitos, para que tenham igualdade de tratamento quer na rua, em casa ou no seu local de trabalho.

Isto só é possível com a maior visibilidade e com o apoio às diversas marchas que se fazem em todo o país. E claro, é necessário garantir a segurança a todas as pessoas

que lutam diariamente pelo simples direito a amar quem se quiser. ■

julgar, apenas e só os portugueses nos poderão fazer cercas sanitárias.

Passamos de um deputado único em 2019, para 12 deputados em 2022, e se fossem hoje as eleições, segundo as últimas sondagens, teríamos provavelmente o dobro.

Isto é fruto de uma política séria, sem ludibriar, onde a verdade é ponto de honra.

E não adianta os outros nos apelidarem seja do que for, porque acima de tudo sabemos quem somos, e para nós acima dos jogos político-partidários está Portugal e estão os portugueses.

Gondomar e os Gondomarenses, também podem contar com o Partido CHEGA.

Queremos estar presentes, cada vez mais na melhoria da vida dos nossos munícipes. Somos sérios, e tornamo-nos um caso sério. ■

Ricardo Couto

são Ordinária, apresentar propostas de âmbito holístico em prol do nosso concelho e dos seus habitantes.

Temos tido, igualmente, o cuidado de levar propostas efetivas e de baixo impacto orçamental e, felizmente, esta Assembleia Municipal tem vindo a acompanhar-nos nesta visão.

Urge, assim, que o executivo comece a pôr em prática várias destas recomendações que tanta falta fazem ao nosso concelho como, por exemplo, a construção de um parque de matilhas para ajudar a solucionar o problema dos animais assilvestrados que povoam as nossas serras, algo que foi mencionado na última Sessão.

Pela atualidade nacional, importa falar de duas propostas PAN que originaram alguma discussão ao longo da última semana.

O PAN apresentou um projeto de lei que visa criar o estatuto de refugiado climático.

Isto vem no seguimento das alterações climáticas que vivemos atualmente, sendo que países inteiros como algumas ilhas no Pacífico correm o risco de desaparecer nos próximos anos. O nosso próprio país pode, nas próximas décadas, sofrer alterações profundas que irão afetar de forma

acentuada a nossa produção agrícola.

Este projeto de lei visa não só trazer alguma justiça a povos que irão sofrer de forma irremediável os efeitos das alterações climáticas, assim como ser um exemplo precursor na defesa dos nossos próprios cidadãos.

Em relação à criação da figura do Coordenador Nacional de Serviços Digitais proposta pelo PAN, consideramos que discursos de ódio (sejam eles quais forem), tal como previsto no nosso código penal, devem ser combatidos e foi nesse sentido que efetuamos esta proposta.

Aliás, aquando da votação, apenas um partido votou contra esta proposta.

No PAN defendemos de forma intrínseca as liberdades individuais, mas não defendemos a anarquia como forma saudável de coexistência em sociedade. ■

condições certas para que a empreitada seja executada em tempo útil.

O mais estranho na história de que a culpa é dos empreiteiros – ou da falta deles – é que há obras que se resolvem num ápice e outras, geralmente as mais importantes para os munícipes, demoram uma eternidade. Basta olhar para a quantidade de parques urbanos e jardins e a velocidade com que foram aparecendo e sendo concretizados para nos perguntarmos por que não será possível ver-se a mesma situação quando se fala em requalificação de estradas e passeios? Será que não ficam tão bem na foto?

A Iniciativa Liberal já muito tem criticado as prioridades erradas deste Executivo, que, ao apostar em grandes obras, pouco ou nada resolvem os principais problemas dos gondomarenses. Mas pior que ter as prioridades erradas, é nem sequer ser-se muito bom em cumpri-las. ■

VIVACIDADE | JUNHO 2023 55
Sara Santos BE
IL
PAN João Resende Figueiredo
Nuno Pontes CHEGA

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