0,50€
Candidatos à Junta de Rio Tinto em entrevista
Sociedade Festas de S. Brás, Baguim do Monte Saiba tudo o que se vai passar nas festas deste ano V
P.7
V
Associação de Socorros Mútuos de São Bento Pêras de Rio Tinto Serafim Coutinho é o novo presidente P.9
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P.21
NESTA EDIÇÃO:
P.22
Oferecemos 5 bilhetes duplos para o concerto de Bonnie Tyler a 28 de março, no Multiusos de Guimarães Saiba mais P.14 V
P.20
Movimento Independente Valentim Loureiro José Santos
P.16
Política Planos e estratégias para Covelo e Foz do Sousa Fernando Paulo e Marco Martins anunciam medidas V
Partido Social Democrata Maria José Guimarães
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Partido Socialista Nuno Fonseca V
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Janeiro trouxe mais estacionamento pago em Gondomar População está descontente
P.33
2 VIVACIDADE JANEIRO 2013
Editorial
José Ângelo Pinto
Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Docente Universitário
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org POSITIVO Música e prémios marcaram a tarde do dia 13 de janeiro no Auditório Municipal de Gondomar. Para além da atuação da Banda S. Cristóvão de Rio Tinto e do Orfeão de Rio Tinto, a iniciativa da Federação das Coletividades de Gondomar também abarcou a entrega de diplomas e prémios do concurso de Presépios 2012.
Breves Página 4 Sociedade Páginas 5 à 16 Associativismo Página 17 Desporto Páginas 18 e 19 Destaque Páginas 20, 21 e 22 Empresas & Negócios Páginas 23 a 25
Caros Leitores, O Jornal Vivacidade assume hoje publicamente uma nova imagem, consolidando nesta edição o conjunto de ações que levamos a cabo para rejuvenescer, renovar, reestruturar e alargar o campo de ação do Vivacidade. A nova imagem está alinhada com o jornal que queremos ser, mas sem perder nunca a identidade original e os princípios que insistimos em divulgar: No Vivacidade, factos são factos e a opinião é livre. O jornal que queremos ser é um jornal que as pessoas vão querer ler no seu telefone, “tablet” ou portátil, que vai ser consultado quando alguém quer ver o que se passa na sua terra, que vai ser dinamizado pela diversidade e intensidade das opiniões e que, ao mesmo tempo, as pessoas interessadas na cidade vão querer ler em papel todos os meses. Ao longo das últimas edições temos desenvolvido o jornal neste sentido e hoje, com a publicação de um novo logotipo e com um arranjo gráfico mais arrojado, fechamos este ciclo de renovação do jornal. O objetivo é sermos mais agressivos no que fazemos, mas com muito maior profissionalismo. Com mais profissionalismo podemos ser mais agressivos pois a nossa competência permite-o. Nesta edição, continuamos a acompanhar a campanha para as autárquicas de Outubro de 2013, que prossegue com o anúncio ao longo deste mês de diversas candidaturas à presidência da Junta de freguesia de Rio Tinto, a que nesta edição damos grande destaque. Espero que aprecie este Vivacidade renovado e incentivo todos a consultar também a nossa edição on-line que pode ser consultada com muito conforto, usando qualquer tipo de equipamento terminal.
NEGATIVO Temos de manifestar o total desacordo pelo modo como se impôs à ribeira da Castanheira uma transformação radical irreversível e exprimir a amargura pela perda patrimonial e descaracterização da cidade que mais este projeto determinou.
Opinião Páginas 26 e 27 Política Páginas 29 a 33 Lazer & Emprego Página 38
Próxima Edição 28 de fevereiro
Movimento em Defesa do rio Tinto
Paulo Santos Silva
Professor, Historiador e Escritor
Memórias do Nosso Passado O curto abadessado de D. Inês Fernandes A figura da abadessa do Mosteiro de S. Cristóvão de Rio Tinto, D. Inês Fernandes, permanece em grande medida desconhecida, pois não só o seu abadessado foi de curta duração, entre 1473 a inícios de 1475, mas, também, temos apenas quatro documentos sobreviventes do seu período, os quais compreendem três cartas de emprazamento e uma carta de mercê. Só duas das cartas de emprazamento têm correspondência com públicas-formas (cópia
Sumário:
autenticada do teor de um documento feita por um tabelião ou um escrivão) contidas em livros de prazos do fundo monástico de S. Bento da Avé-Maria no Arquivo Distrital do Porto, os restantes documentos apenas os encontramos na Torre do Tombo. Um acontecimento central deste abadessado ocorreu em Julho de 1474. Num documento escrito em Santarém, datado de quatro desse mesmo mês, o rei D. Afonso V retirava ao Mosteiro de Rio Tinto a posse sobre o Casal
de Sande, situado em Landim, Vila Nova de Famalicão, o qual havia sido deixado em legado pio ao mosteiro pela anterior abadessa, D. Inês Álvares Borges, já falecida, fazendo o monarca mercê deste casal a Pêro Borges, vedor da casa do então príncipe D. João, futuro D. João II. Sabemos ainda, comprovado pela documentação existente que, até 5 de Dezembro de 1474, D. Inês Fernandes era ainda viva e dirigia a comunidade monástica, mas, a partir de Fevereiro de 1475, aparece já como abadessa D. Guiomar Borges e deixamos de ter quaisquer indicações em documentos a partir de então referentes à abadessa D. Inês Fernandes, o que nos leva a concluir que esta terá provavelmente falecido entre Dezembro de 1474 e Fevereiro de 1475.
Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida Diretor Comercial: Luiz Miguel Almeida - 910 600 079 Edição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Josorac SGPS, SA Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTO Colaboradores: Alfredo Correia, Álvaro Gonçalves, Alzira Rocha, André Campos, António Costa, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Aires, Domingos Gomes, Fernando Nelson, Fernando Silva, Goreti Teixeira, Henrique de Villalva, Joaquim de Figueiredo, Joana Silva, José António Ferreira, Juliana Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luís Morais Ferreira, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Mário Magalhães, Miguel Almeida, Pedro Costa, Ricardo Vieira Caldas (TP-1732), Rita Ferraz, Sandra Neves, Susana Ferreira e Zulmiro Barbosa. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivacidade.org E-mail: geral@vivacidade.org
4 VIVACIDADE JANEIRO 2013
Breves Mau tempo põe cidade de Rio Tinto em alerta
Objetivo: 100 mil árvores
Os dias 18, 19 e 20 de janeiro não deram descanso aos Bombeiros Voluntários da Areosa – Rio Tinto. A chegada
No âmbito da primeira iniciativa, definida para janeiro, do projeto “100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto” foram plantadas, no dia 12, nas margens do rio Tinto, 172 árvores - freixos, sabugueiros e medronheiros. A Câmara Municipal de Gondomar (CMG), através do Pelouro do Ambiente, e pelo segundo ano consecutivo, está a trabalhar no projeto que visa reflorestar, até 2016, 100 hectares de áreas ardidas - livres ou que necessitam de reconversão - com cerca de 100.000 árvores
do mau tempo ao concelho trouxe consequências para a cidade de Rio Tinto. Na sexta feira, dia 18, registou-se em Baguim a queda de um muro e o alagamento da Avenida Arquiteto Valentim Oliveira. O dia seguinte, sábado, foi o pior, com 11 ocorrências, na sua maioria quedas de árvores e estruturas em Baguim e Rio Tinto. O domingo teve ainda presente também a queda de uma árvore e também de uma estrutura.
de espécies nativas. As ações de plantação não se restringem ao concelho de Gondomar, estando em agenda, para esta época de reflorestação (2012/13), intervenções de plantação e manutenção de florestas nativas em Arouca, Maia, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Porto, S. João da Madeira, Santo Tirso, Trofa, Valongo e Vila do Conde. A próxima atividade em Gondomar será a 26 de janeiro com a plantação de mais árvores na Serra das Banjas, das 09h30 às 13h.
Música, teatro e dança na Obra ABC A Obra ABC - Amici Boni Consilii, organizou no dia 20 de janeiro, mais uma atividade denominada “Festa na Obra ABC – música, teatro, dança”. Os valores cobrados pelas entradas revertiam a favor da IPSS e no programa constou a Orquestra Ligeira da Banda de S. Cristóvão de Rio Tinto, Shadow Dance ADCMUA, o Grupo de Teatro ABC e Onofre Varela.
Clube dos Pensadores recebeu Jorge Miranda
O Clube dos Pensadores organizou mais um debate e, desta feita, convidou Jorge Miranda - constitucionalista por muitos considerado o pai da Constituição da República Portuguesa - para
debater o Estado Social, quase numa premonição de que a aprovação do OE 2013 iria gerar muita polémica. Jorge Miranda falou das garantias que os cidadãos podem ver plasmadas em normas da constituição, mas que não se pode pedir tudo à constituição. Sobre a polémica inconstitucionalidade de normas suscitadas pelo Presidente da República, o constitucionalista foi claro em dizer que o PR deveria ter suscitado a fiscalização preventiva a montante de todo o processo, mesmo com trabalhos nos bastidores para extirpar as dúvidas.
A Era Paleozóica em exposição até fevereiro Até o dia 2 de fevereiro é possível regressar ao passado no Museu Mineiro de São Pedro da Cova e conhecer os seres que viveram há milhões de anos atrás, na Era Paleozóica. A ‘Viagem ao Paleozóico’ é uma das exposições do projeto ‘Carlos Dias Trilobites’ patente no Museu Mineiro de São Pedro da Cova até ao início do próximo mês. A exposição - cujo conteúdo se baseia na representação artística de alguns exemplares dos seres vivos que existiram na Terra durante a Era Paleo-
zóica – contou também com atividades complementares desde o dia da sua inauguração, a 17 de novembro, como foi o caso da Oficina de Natal para crianças dos 6 aos 12 anos. No dia 18 de janeiro, o museu organizou um encontro com o jornalista da TVI, Rui Araújo, responsável pela reportagem de investigação que expôs ao país as milhares de toneladas de resíduos tóxicos que foram ilegalmente despejados em São Pedro da Cova, Gondomar.
VIVACIDADE JANEIRO 2013
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Sociedade: Gondomar
Orçamento para 2013 aprovado com PS contra A Câmara Municipal de Gondomar (CMG) aprovou, no dia 29 de novembro, por maioria o Plano e Orçamento para 2013. Na reunião de Câmara, os Independentes e PSD votaram a favor e o PS contra. O presidente da Câmara, Valentim Loureiro, esclareceu que se perspetiva uma diminuição nas receitas camarárias em cerca de 10 milhões de euros, estando previsto para 2013 uma receita de cerca de 78 milhões. O mesmo valor é, segundo o Executivo camarário, representativo das despesas da Câmara para 2013. apreciação padecem das mesmas patologias que se verificavam já nos anos anteriores, e logo sinalizadas.” Na opinião do presidente da concelhia do PS, “mantém-se a incapacidade de promover janelas de oportunidade para o município de Gondomar, repetindo-se desinteressadamente as receitas do passado.” O socialista teceu algumas críticas ao setor do turismo mas também à área do desenvolvimento económico, destacando, por exemplo, o facto de para “além do Parque Tecnológico e de Negócios de Ourivesaria, nada mais de relevante se encontrar [em Gondomar], além da repetida promessa de conclusão da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal, em atraso que se reitera, ano após ano, e que também vem funcionando como factor de es-
tagnação do concelho.” “É, desta feita, patente a ausência de uma estratégia de atração de investimento que servisse de apoio para a recuperação do emprego em Gondomar, muito em particular junto de freguesias como São Pedro da Cova que apresenta números de desemprego superiores aos da Grécia, o que é alarmante”, acrescentou ainda Luís Filipe de Araújo. Praticamente um mês depois, a 27 de dezembro, Plano e Orçamento para 2013 foram igualmente discutidos em sessão da Assembleia Municipal. Valentim Loureiro realçou, na altura, a “gestão criteriosa da Câmara Municipal, fazendo apenas aquilo para que temos dinheiro”. Os documentos foram aprovados com 23 votos a favor, oito abstenções e 14 votos contra.
A reunião de Câmara realizou-se a 29 de novembro
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Relativamente à dívida da Câmara de Gondomar, que ascende os 115 milhões de euros, Valentim Loureiro recordou, uma vez mais, que mais de metade desse valor “é relativo a uma dívida à EDP, resultante de anteriores gestões do PS, e que é de cerca de 55 milhões”. “A dívida à EDP, que foi herdada, representa metade, enquanto o restante é representado por empréstimos bancários a médio e longo prazo para, por exemplo, habitação social e centros escolares”, esclareceu Valentim Loureiro. Por parte do Partido Socialista, o presidente da Comissão Política Concelhia, Luís Filipe de Araújo, explicou ao Vivacidade que “os documentos - Grandes Opções do Plano e Orçamento Municipais para o ano de 2013 - que foram apresentados para
Câmara de Gondomar 2013 em € (estimativa) 78 milhões € receitas 115 milhões € de dívidas -10 milhões € de receitas camarárias
6 VIVACIDADE JANEIRO 2013
Sociedade
Janeiras conquistam concelho de Gondomar A abertura do ano cultural em Gondomar ficou marcada por mais uma edição do Encontro Nacional de Janeiras. O Auditório Municipal de Gondomar registou “casa cheia” para a 19.ª edição do Encontro de Janeiras promovido pelo Rancho Regional de Fânzeres.
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XIX Encontro de Janeiras da Cidade de Gondomar (foto: António Leão)
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I Encontro de Janeiras de Rio Tinto (foto: António Leão)
A iniciativa contou com a participação de cinco grupos folclóricos do Douro Litoral, Beira Baixa e Beira Alta, num espetáculo que se prolongou noite dentro. Mas a noite não se restringiu às Janeiras. Como forma de preencher os breves minutos de transição entre grupos folclóricos, a poesia, com o declamador Ferreira da Costa, foi outro dos ingredientes oferecidos a uma vasta plateia. O Encontro Nacional de Janeiras é uma iniciativa dinamizada em parceria entre o Rancho Regional de Fânzeres e o Pelouro da Cultura da Câmara de Gondomar. Esta foi a 19.ª edição consecutiva do encontro. O presidente da Câmara de Gondomar, Valentim Loureiro, no final da iniciativa, recordou que também o atual executivo camarário se
encontra em funções há precisamente 19 anos. Mas o XIX Encontro de Janeiras “Cidade de Gondomar” começou ainda antes do espetáculo no Auditório Municipal. Ao final da tarde todos os grupos foram recebidos no Salão Nobre da Câmara. Depois, animando as ruas envolventes ao Auditório Municipal, começaram a cantar e a tocar as janeiras como forma de chamar ainda mais público. Além do Rancho Regional de Fânzeres - promotor do evento participaram grupos folclóricos de várias zonas de Portugal pretendendo, desta forma, mostrar como é vivida esta tradição um pouco por todo o país. Integraram também o encontro o Grupo Típico “O Cancioneiro de Castelo Branco”, a Associação Folclórica Cantarinhas da Triana, o
Grupo Folclórico de Santa Maria de Cabril e o Grupo Regional de Moreira da Maia. Juntamente com o presidente da Câmara, assistiram ao encontro os vereadores Fernando Paulo, Joaquim Castro Neves e Arménio Martins. Compareceram, ainda, autarcas de várias freguesias concelhias – nomeadamente de Valbom, Fânzeres e de S. Cosme. Em Rio Tinto, no dia 19 de janeiro, organizou-se também o I Encontro de Janeiras, na Igreja Matriz, com a participação também da Associação Folclórica Cantarinhas da Triana, do Grupo Folclórico Infantil Nossa Senhora da Lapa, do Grupo Etnográfico da Escola Preparatória de Rio Tinto e do Grupo de Danças e Cantares do Centro Social de Soutelo.
VIVACIDADE JANEIRO 2013
Inquérito de rua
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Sociedade: São Brás
Rojões e papas fazem a tradição em Baguim Guarde o apetite e marque na agenda o dia 3 de fevereiro. O Concurso Gastronómico ‘Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte’ voltou à freguesia. Com um vasto leque de restaurantes a participar no tradicional concurso, a 14ª edição vai trazer as duas iguarias aos principais estabelecimentos de restauração de Baguim do Monte. O concurso é um certame inserido no programa das festas a São Brás, celebradas anualmente no dia 3 de Fevereiro.
Augusto Teixeira, 63 anos
“Gosto da música, dos rojões e papas. Não mudava nada”
Texto: Ricardo Vieira Caldas
O plano é simples. O júri provará os pratos a concurso através da denominada ‘prova cega’, isto é, sem o conhecimento do nome do participante, reunir-se-à no dia 3
de fevereiro de 2013, entre as 12h e as 14h, na Tenda da Confraria Gastronómica e decidirá o vencedor. Este ano, a constituição do júri será feita com um representante da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, um representante da Assembleia de Freguesia de Baguim
do Monte, um representante da Junta de Freguesia de Rio Tinto, um representante da Câmara Municipal de Gondomar, um representante da Associação Comercial e Industrial de Gondomar, um representante da Confraria do Sagrado Coração de Maria e São Brás
e quatro representantes da Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho à moda de Baguim do Monte. A entrega de prémios decorrerá pelas 21h30, na Tenda da Confraria Gastronómica montada no centro da festa.
guim do Monte que contará com a entrega dos diplomas aos confrades e freiras e com a assinatura no livro de honra da confraria. António Lopes, proprietário do restaurante é confrade convidado este ano e “com muito gosto”. “Este ano fui convidado para ser confrade e não pude
deixar de aceitar um convite desses. Estaremos nas festas também”, diz alegremente. No ‘Ponte do Freixo’ há rojões à moda de Baguim o ano inteiro. É, segundo António Lopes, “um prato mais tradicional e as pessoas quando chegam veem ‘rojões à moda de Baguim’ e optam por
esse prato.” As papas de sarrabulho saem menos mas também são prato da casa. “As papas fazemos mais ao fim de semana que é uma sopa que requer muitos cuidados depois de cozinhadas. O sangue é muito delicado”, refere o proprietário do restaurante.
Um ‘capítulo’ ligeiramente diferente este ano
António Silva, 60 anos
“Não costumo ir às festas mas conheço-as. Vejo tudo só de passagem”
Donzília Teixeira, 37 anos
“Ver as pessoas e a procissão é o que gosto mais. O sítio é pequenino mas a procissão vale por tudo.”
No dia 27 de janeiro, o programa do ‘III Grande Capítulo’ irá ter início pelas 9h, na Junta de Freguesia de Baguim do Monte, com a receção aos convidados e membros da confraria no salão nobre e a entrega de troféus do II Festival Gastronómico de Gondomar ‘ Vamos aos Rojões e Papas de Sarrabulho à Moda de Baguim do Monte’. De seguida, pelas 10h30, segue-se o desfile até à Igreja de Baguim onde uma vez por ano no domingo imediatamente anterior ao dia de São Brás, se realiza a atividade principal, a entronização de novos confrades e confreiras. Segundo o chanceler mor da Confraria, Paulo Araújo, este ano serão nove os confrades entronizados e duas as confreiras. O restaurante ‘Ponte do Freixo’, em Rio Tinto, será este ano palco do almoço do ‘III Grande Capítulo’ da Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho de Ba-
O Concurso Gastronómico «Rojões e Papas de Sarrabulho» de Baguim do Monte é um certame inserido no programa das festas a São Brás, celebradas anualmente no dia 3 de Fevereiro. Este ano as duas iguarias vão ser postas à prova pela 14ª vez mas, afinal, quais são os ingredientes que compõem esta tradição gastronómica?
Joaquim Moura, 44 anos
“Todos os anos vou comer umas papas, que é tradição”
PAPAS DE SARRABULHO:
ROJÕES A MODA DE BAGUIM DO MONTE:
- farinha de milho - colada de porco - ossos da suã - torresmos - cominhos - sal - pimenta - loureiro - redenho - sangue de porco esfarelado
- carne de perna de porco (pá ou barriga) - vinho verde branco - pingue (gordura de porco) - alho - louro - sal e pimenta - castanhas - tripa enfarinhada - fígado de porco frito - sangue cozido - redenho - cominhos
8 VIVACIDADE JANEIRO 2013
Sociedade
Criam aves exóticas por desporto Luís Pinto e Jorge Soares vivem em Baguim do Monte e dedicam-se à criação de aves exóticas de pequeno porte. Amantes deste tipo de animais, os dois jovens baguinenses criam-nos “por gosto e por desporto”. Já ganharam vários prémios. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Fazem da criação um hobbie e já têm cerca de 100 pássaros cada um. Luís Pinto começou cedo. “Comecei desde pequeno com periquitos, canários e depois dediquei-me às aves exóticas há para aí dez nos. Já cheguei a ter 200. Neste momento tenho à volta de 100”, explica. Jorge Soares foi influenciado pelo amigo que é vizinho do lado também. “Estamos todos os dias à volta deles”, refere. Mas não é só por gosto. “Temos que vender pássaros”, afirma Luís Pinto que acrescenta que “nunca teve dificuldades mas, nos tempos que correm, está-se a tornar mais difícil.” A média de
venda por cada ave é de 20 euros. O objetivo é criá-la bem, vender e comprar outras para poder exibi-las em concursos e com isso ganhar alguns prémios. E prémios são o que não falta a estes dois criadores. Jorge Soares obteve em 2012, no Ornishow em Gondomar, a primeira classificação, por equipas, na categoria de Diamante Babete, uma espécie específica de pássaro. Individualmente, na mesma categoria e no mesmo ano, conseguiu a terceira classificação. Já no ano anterior, conseguira o primeiro prémio com uma ave Diamante Bichenov no 66.º Campeonato Nacional de Ornitologia, em Famalicão. O seu colega, Luís Pinto, também não lhe ficou atrás. O Ornishow de 2011 trouxe-lhe dois primeiros prémios, um com
um Diamante Tarimbar e outro com um Diamante Gold. Há, contudo, alguns segredos que podem ser a chave do sucesso neste ‘desporto’. “O cuidado que temos é com a higiene, que é fundamental. Quando os levamos à
exposição, os pássaros têm que estar dois ou três meses antes numa gaiola pequena, para se adaptarem. Convém dar-lhes banho para não se sujarem. Temos também que ter cuidado no transporte para nunca colocarmos aves jun-
tas por causa das picadelas. Basta arrancarem uma pena e o pássaro pode ser desclassificado”, aclarou Luís Pinto. “É uma paixão”, afirma o criador de aves exóticas que chega a gastar “cinquenta quilos de ração por mês”.
VIVACIDADE JANEIRO 2013
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Sociedade
Associação São Bento das Pêras com novos órgãos sociais A eleição dos novos órgãos sociais da Associação São Bento das Pêras teve lugar, em assembleia geral eleitoral, no edifício sede recentemente remodelado a 21 de dezembro de 2012. O ato eleitoral decorreu dentro dos preceitos estatutários, tendo concorrido apenas uma lista de candidatura. No dia 28 de dezembro, teve lugar uma outra assembleia geral tendo em vista a apreciação e votação do Programa de Ação e Orçamento para 2013 e respetivo parecer do Conselho Fiscal, que foi aprovado pelos associados presentes. A tomada de posse dos novos órgãos sociais teve lugar no mesmo dia tendo sido as presidências dos três órgãos ocupadas respetivamente por Justiniano Ferreira dos Santos na assembleia geral, Serafim Coutinho na direção e Serafim Faria no Conselho Fiscal. Os principais objetivos estratégicos para 2013-2015, definidos pelo mandato atual são “contribuir para o funcionamen-
to regular da associação, como determinam o Código das Associações Mutualistas, os novos Estatutos e o novo Regulamento dos Benefícios, contribuir para uma vida associativa efetivamente participada pelos associados, abrir a Associação São Bento à comunidade envolvente [escolas e outras entidades], continuar a melhoria do controlo de Gestão da associação, promover melhor comunicação com os associados, proporcionar aos associados maiores benefícios e novas valências e inverter a diminuição de número de sócios que se tem verificado nas Associações Mutualistas em geral e na Associação São Bento, em particular.”
ASSOCIAÇÃO DE SÃO BENTO DAS PÊRAS
Fundada em 1895
RIO TINTO
www.associacaosaobento.com
UNS COM OS OUTROS
MUTUALISMO E SOLIDARIEDADE SOCIAL
TODOS PARA TODOS
MODALIDADES/VALÊNCIAS
- Subsídio de Funeral - Assistência Médica e de Enfermagem - Solidariedade Associativa ASSOCIADOS Inscrição e Quotas Idade de acesso às modalidades Subsídio de Funeral: idade igual ou Inferior a 53 anos Assistência médica e de enfermagem: Sem limite de idade Solidariedade Associativa: Sem limite de idade Encargos de inscrição Gratuita para associados com idade igual ou Inferior a 20 anos 3 Euros para associados com idade superiora 20 anos e igual ou inferior 5 Euros para associados com idade superior a 40 anos Carência Inicial por modalidade: Subsídio de Funeral: 3 anos Assistência médica e de enfermagem: Som carência inicial Solidariedade Associativa: Sem carência inicial Valor da quota por modalidade: Subsídio de Funeral: 2 € Assistência médica e de enfermagem: 2 € Solidariedade Associativa: 1 € A inscrição na modalidade de “Subsídio de Funeral” inclui automaticamente as outras duas modalidades. O Associado que se inscreve na modalidade de “Assistência Médica e de Enfermagem” fica também incluído na modalidade de “Solidariedade Associativa”. O Associado inscrito somente na modalidade de “Solidariedade Associativa” usufrui também da modalidade de “Assistência Médica e de Enfermagem”.
REGULARIZAÇÃO DE QUOTAS - Só têm direito aos benefícios da Modalidade subscrita os Associados que, à data da ocorrência que justificar a atribuição do benefício, não tenham em dívida mais do que três quotas mensais. - Quando um Associado saldar as quotas em atraso que ultrapassem o período de três meses: a) Se o Associado está inscrito há mais de 35 anos, retoma no acto deste pagamento e de imediato o pleno gozo dos seus direitos e benefícios; b) Se o Associado estiver inscrito há menos de 35 anos, a reposição total dos direitos e benefícios só ocorre após o pagamento devido e passados 10 dias por cada mês de atraso. * A regularização de quotas em atraso só pode fazer-se em vida do Associado, nunca depois da morte.
PROTOCOLOS
Estatutos da Associação e Regulamentos de Benefícios actualizados em 2012
Condições especiais para os nossos Associados
INSTALAÇÕES REMODELADAS
CONSULTAS MÉDICAS NA SEDE DA ASSOCIAÇÃO Horário: - segunda-feira, às 9h00 - terça-feira, às 14h15 - quinta-feira, às 17h00
SERVIÇOS CLÍNICOS Clínica do Bonfim Avenida Fernão Magalhães, 442, 1º, 2º e 3º, Bonfim (Porto) Clínica Medicina Dentária Avenida Dr. Domingos Gonçalves de Sá, 282, Loja Q, Rio Tinto
SUBSÍDIO DE FUNERAL Para os Associados admitidos até 7 de Setembro de 2012 são os seguintes os valores do Subsídio de Funeral: 630 Euros para Associados 220 Euros para Cônjuges 125 Euros para Filhos até 15 anos Para os Associados admitidos a partir de 7 de Setembro de 2012 o valor do Subsídio de Funeral é igualmente de 630 Euros, mas exclusivamente para o Associado titular. Deixa de atribuir-se Subsídio de Funeral aos Cônjuges e aos Filhos não inscritos como associados. MAIS INFORMAÇÕES NA SEDE DA ASSOCIAÇÃO Rua da Boavista, 394, 4435-123 RIO TINTO Funcionamento da Secretaria De 2ª a 6ª feira Sábado Manhã: 9h00-12h00 Manhã: 9h00-12h00 Tarde: 14h00-18h00 Contactos Telefónicos Tel 22 489 01 07 Fax 22 488 45 24 Tlm 91 380 23 62 Endereços electrónicos www.associacaosaobento.com e-mail: geral@associacaosaobento.com www.facebook.com/associacaosaobento www.twitter.com/associacaosaobento
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10 VIVACIDADE JANEIRO 2013
Sociedade: Hospital-Escola
Gondomarenses com acesso à saúde facilitado Ainda não está inserido no Serviço Nacional de Saúde (SNS) nem se sabe se algum dia irá estar. Foi essa mesmo uma das razões pela qual o Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa (HE-UFP) criou um cartão que facilita o acesso à saúde, na unidade hospitalar, através de preços “aproximados” aos do SNS.
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Começando por introduzir a génese do cartão criado pelo hospital – e denominado por Cartão Saúde D’ouro – o porta voz da unidade explicou ao Vivacidade que, tratando-se de um cartão criado por “uma fundação e não tendo ela fins lucrativos e um cariz social muito ativo e sempre presente, logo no inicio da idealização do Hospital foi também pensada uma maneira de conseguir criar acessibilidades à população ao Hospital Escola.” Surgiu então a ideia de um cartão – com o nome associado ao ouro
de Gondomar – que permitisse o “acesso privilegiado a um conjunto diversificado de serviços e cuidados de saúde de alta qualidade”. Segundo o porta voz do HE-UFP, a utilização desse sistema traduz-se em “três pontos primordiais”. “Considerando que para nós a promoção da saúde é vital, este cartão na sua anuidade refere três episódios clínicos. Um check-up de saúde básico, uma consulta médica e o respetivo relatório, um check-up de medicina dentária – e aí temos direito a uma consulta de diagnóstico e elaboração de um plano de tratamento – e também direito a um perfil analítico básico de sangue e
urina”, disse. O cartão dá ainda desconto em várias especialidades médicas, meios complementares de diagnóstico, cuidados domiciliários, em internamento e intervenções cirúrgicas. “Nós temos uma tabela de preços em vigor no hospital já pensada em servir a população em geral e com a incidência do desconto teremos preço de consulta bastante atrativos”, explicou o porta voz. Os descontos associados ao cartão não são acumuláveis com outros planos de Saúde e dentro do próprio cartão estão disponíveis três modalidades – Saúde Gondomar [com vantagens para os gondomarenses], Público Geral e FFP.
VIVACIDADE JANEIRO 2013
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Sociedade
Recolha de lixos já está normalizada O início do ano começou com uma situação de irregularidade na recolha de lixos em Gondomar. Em algumas zonas de Rio Tinto e Fânzeres, os contentores de lixo transbordavam e o mau cheiro fazia-se sentir. A Câmara Municipal de Gondomar (CMG) explicou que a “situação já está regularizada” e que teve como causas um “conjunto de fatores” que obrigaram a autarquia a recorrer a alguns “processos um pouco morosos”. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Lixo, mau cheiro e alguma poluição, caracterizaram o começo de 2013, no período que se seguiu às festas do natal e ano novo. Em conversa com o Vivacidade, o vice presidente da CMG, José Oliveira, justificou a situação. “Nesta época do ano, na altura de natal e ano novo e nos primeiros dias de janeiro, acontece sempre uma produção de lixos superior
ao normal. Entretanto também, nem todos os equipamentos estavam em condições. Houve umas quatro ou cinco avarias de viaturas de recolha que levaram a que isto se complicasse. Houve um atraso pouco fora de normal, provocado essencialmente pela época que atravessamos”, aclarou. Esses acontecimentos aliados a toda uma burocracia envolvente terão estado na base do problema de atraso de recolhas. “Há situações que a própria legislação nos obriga a fazer. É detetada a
avaria da viatura, depois tem que ir para as oficinas para ver o tipo de avaria que tem. Depois há um conjunto de procedimentos, agora por causa dos compromissos, que são processos um pouco morosos”, disse o autarca que se apressou a dizer que “a situação já está regularizada.” No dia 1 de fevereiro a gestão de recolha de resíduos sólidos por parte da CMG passará para as mãos de uma empresa privada e “a grande maioria das viaturas” também.
Projeto PAYT não vai ser implementado em Gondomar O projetos PAYT – Pay As You Throw vêm no seguimento da Política de Prevenção e Reciclagem de Resíduos definidas a nível Comunitário. A União Europeia define eixos prioritários de ação que estimulem a prevenção, a reutilização, a reciclagem e eliminação. Aos Estados Membros cabe a tarefa de desenvolver projetos e medidas que estimulem incrementos nesses eixos de intervenção. A partir de Abril, os moradores da zona do Lidador, na freguesia de Vila Nova da Telha, na Maia, vão testar um sistema em que pagam pela quantidade exata de lixo que produzem, em vez da taxa indexada à fatura da água. Gondomar não vai seguir o exemplo. O projeto vai abranger cer-
ca de 1100 habitações, num total de 3500 pessoas e resulta de uma parceria entre a Lipor e a Maiambiente. O coordenador do projeto da
Lipor, Paulo Rodrigues, explicou ao Vivacidade que “naturalmente que a implementação de um projeto PAYT, pelas variáveis necessárias monitorizar, não pode
avançar logo a uma larga escala. Penso que deve ser um processo faseado e com um cronograma bem definido.” “O município de Gondomar possui hoje um conjunto de infraestruturas e projetos de excelência, têm técnicos bem capacitados e com vontade de implementar novos projetos e a população tem já um nível de educação/sensibilização ambiental capaz de responder da melhor forma às características de um sistema PAYT. Naturalmente que existe sempre a componente financeira. Mas penso que neste domínio os municípios devem procurar cofinanciamentos. Os sistemas PAYT, reflexo do seu caráter inovador, são passíveis
de serem financiados”, referiu Paulo Rodrigues. Para cada uma das casas abrangidas pelo projeto haverá a entrega de contentores totalmente gratuita. O munícipe apenas deverá “assegurar a sua limpeza e correta utilização.” No entanto, para a CMG, este projeto não será para avançar tão cedo uma vez que agora estará tudo nas mãos do “privado”. “É uma situação que se fala já há uma série de anos. Dizia-se que o ideal era que as viaturas tivessem uma balança e cada um pesava e pagava”, aclarou José Oliveira, vice presidente da CMG. No entanto, para o autarca, esta não é “a altura indicada para tratar disso” e “não será um serviço para implementar.”
12 VIVACIDADE JANEIRO 2013
Sociedade
Dois anos de linha F Mais de dois milhões e meio de validações marcaram os dois anos da vinda da Linha F ao concelho de Gondomar. Da Senhora da Hora a Fânzeres, os utilizadores fizeram da linha F uma das únicas que, segundo dados da Metro do Porto, cresceu no número de validações em 2012. Com mais 7,8% do que em 2011 a média atual de clientes em dia útil foi de cerca de 10 mil. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Levada continuou a ser a estação mais procurada dos dois anos de existência da linha. Com 25% das validações da linha, Levada, a estação mais próxima do maior centro comercial de Rio Tinto, contou com 331.956 validações no ano transato. No ‘top estações’, segundo a Metro do Porto, seguiram-se Campainha e Contumil, com 14% e Fânzeres com 10%. A menos procurada foi Nasoni com 36.636 validações que correspondem a 3% do total da linha F. Desde que foi inaugurada a linha F, a Metro do Porto registou outubro de 2012 como o melhor mês em termos de procura por parte dos utilizadores e agosto do mesmo ano como o pior.
uma Loja Andante na cidade de Rio Tinto e reforçasse o número de funcionários nas estações da linha F ou optasse pelo melhoramento informativo de forma a dar apoio aos utentes”. A proposta deliberava ainda “que as máquinas passassem a emitir o
mentasse um sistema informativo direto nas respetivas estações para que os utentes pudessem esclarecer as suas dúvidas, na ausência de funcionário”. Em declarações ao Vivacidade, o porta voz da empresa explicou que “a linha está bem servida” no que diz respeito à informação dos utentes e que “não está prevista a implementação de
Concelho ainda luta pela linha até ao centro através de Valbom
uma loja Andante para a linha F” uma vez que cerca de “90% dos utilizadores da rede do Metro utilizam as lojas da Trindade e Casa da Música”.
da Câmara disse já, é que a principal mágoa que tem é o metro não ter vindo até à sede do concelho.” O vereador acrescentou que “a linha tinha sido aprovada
Na entrevista concedida ao Vivacidade na edição anterior, o atual vereador da Câmara Municipal de Gondomar (CMG) e candidato à presidência para as próximas eleições, Fernando Paulo, referiu que “o presidente
‘Loja Andante’ não está prevista para Gondomar Na assembleia de freguesia de Rio Tinto, a 26 de dezembro de 2012, foi aprovada por unanimidade uma proposta da CDU que deliberava que “a Metro do Porto procedesse à abertura de
respetivo recibo, sem que fosse necessário que o utente o solicitasse”. Num dos últimos pontos solicitou-se ainda que a empresa disponibilizasse “um Número Verde [prefixo 800], ou imple-
num Conselho de Ministros, no Palácio do Freixo, com o então primeiro ministro Durão Barroso, e foi depois, quando houve a mudança de governo do PSD para o Partido Socialista, e com responsabilidade de eleitos locais do partido que criaram um conjunto de ruídos, que fizeram com que a linha não avançasse e depois perdeu-se a oportunidade.” O candidato pelo Partido Socialista e atual presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins, também desabafou na rede social Facebook. “Como gosto de ser coerente, partilho a mesma foto e o que escrevi há precisamente 1 ano: é prioritário para Gondomar defender a linha de C amp an hã/S. Cosme, via Valbom! A mobilidade é um dos eixos principais e um dos compromissos da minha candidatura à CMG. A 2ª linha é fundamental e economicamente sustentável. Há que fazer toda a pressão para que no próximo quadro comunitário (20142020), o seu financiamento esteja assegurado”, escreveu no seu mural.
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Sociedade
O dia foi “solidário” em Rio Tinto A Comissão Social de Freguesia de Rio Tinto organizou no dia 15 de dezembro o “Dia Solidário”, inserido na iniciativa “Natal Solidário em Rio Tinto”. Para além dessa iniciativa, houve ainda uma campanha de recolha de géneros alimentares e de produtos de higiene, para serem distribuídos pelos cidadãos mais necessitados e pelas instituições sociais de Rio Tinto. Das 10h às 18h do dia 15 de dezembro, na Escola Secundária de Rio Tinto (ESRT), o dia foi “Solidário” e as famílias tiveram uma pequena “prenda de Natal”. As pessoas que se deslocaram à ESRT usufruíram de um conjunto de serviços que habitualmente não têm acesso por falta de recursos económicos como maquilhagem, pedicure, cabeleireiro, esteticista, massagens, rastreios de saúde entre outros. A entrada tinha um preço, um bem alimentar. A Comissão So-
cial de Freguesia de Rio Tinto promoveu também, até ao dia 14 de dezembro, uma campanha de recolha de géneros alimentares e de produtos de higiene, para serem distribuídos pelos cidadãos mais necessitados e pelas instituições sociais de Rio Tinto. Os pontos de recolha para entrega de produtos alimentares e de higiene foram a Associação de Socorros Mútuos – S. Bento das Pêras, o Orfeão de Rio Tinto, a ESRT, a EB 2,3 de Rio Tinto nº. 1, a EB1 S. Caetano nº. 1, o
Centro de Convívio da Junta de Freguesia de Rio Tinto , o Centro de Saúde de Rio Tinto, a Junta de Freguesia de Rio Tinto (sede e delegação), o Centro Social e Paroquial de Rio Tinto e o Centro de Reabilitação da Areosa. Na ESRT estiveram presentes 12 instituições. Luísa Pereira, diretora da escola, explicou que “com esta estrutura e organização é o segundo ano” que a ESRT participa na iniciativa. “No ano passado houve mais afluência, possivelmente devido ao tempo.
É no fundo uma participação da escola e uma abertura ao meio que permite acolher todas as instituições principalmente ligadas à rede social e que permite com que a escola também mostre as suas atividades ao nível da solidariedade, da cidadania e dos projetos a nível social”, referiu. No Sport Clube de Rio Tinto este dia também foi celebrado com um torneio solidário. Jorge Madureira, presidente do clube, fez um “balanço positivo”. “A adesão foi boa. Os pais
aderiram bastante bem a esta iniciativa – que é uma causa nobre para ajuda de quem precisa – e estamos satisfeitos com esta adesão.” Este tipo de eventos, na opinião de Jorge Madureira, “tem muita importância para o clube, para os jovens, para os pais e todos os que contribuem e é bom saber que estamos a ajudar pessoas necessitadas.” A assistir ao torneio estiveram cerca de duas centenas de pessoas que pagaram “a multa” com bens alimentares.
PASSATEMPO BONNIE TYLER O Vivacidade oferece 1 bilhete duplo às primeiras 5 pessoas que responderem corretamente às duas seguintes questões: - Em que ano nasceu a cantora britânica Bonnie Tyler? - Qual é o nome da empresa organizadora do concerto de Bonnie Tyler? As respostas deverão ser enviadas para o e-mail ricardo.caldas@vivacidade.org juntamente com os dados pessoais (primeiro e último nome, morada e código postal). Os vencedores serão anunciados na página oficial do jornal no Facebook.
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Sociedade
Candidatos autárquicos “enfrentam” alunos Os alunos do Clube de Jornalismo do Colégio Paulo VI, em Gondomar, estão a realizar um ciclo de entrevistas sobre as Eleições Autárquicas 2013.
Com o objetivo de publicar no jornal O Sexto - periódico, agora também em versão digital, da instituição de ensino -, os cerca de dez estudantes que compõem o clube organizaram um ciclo de entrevistas aos candidatos já assumidos à presidência da Câmara de Gondomar. O atual vereador da autarquia, Fernando Paulo, responsável por áreas como a Educação, Saúde, Juventude ou Desporto foi o primeiro a aceitar o desafio. “É muito bom saber que existe um grupo de alunos como vocês, interessados pela política e pela coisa pública”, afirmou o
autarca dirigindo-se aos alunos, antes do início da entrevista. Depois de duas horas de conversa, em que o vereador recordou o que foi feito de bom e menos bom, apontando também perspetivas para o futuro caso seja eleito, Fernando Paulo mostrou-se surpreendido. “De facto não era uma entrevista a brincar. Os alunos não tiverem medo de colocar questões pertinentes”, afirmou. Também o presidente da Junta de Rio Tinto e candidato à Câmara de Gondomar pelo Partido Socialista, Marco Martins, aceitou o convite do Colégio Paulo VI e esteve à prova numa entrevista nos mesmos moldes do adversário Fernando Paulo. Pergunta após pergunta, Marco Martins respondeu a di-
versas questões não apenas sobre os projetos para a Câmara, caso seja eleito, mas também sobre aspectos da vida pessoal. Numa entrevista onde o tom extravasou a política – à imagem do que também aconteceu com o vereador Fernando Paulo -, o candidato socialista mostrou-se muito satisfeito. “Fiquei muito honrado com o convite e a entrevista revelou-se uma boa surpresa. Gostei muito de estar cá. Espero que tenham gostado da minha presença”, afirmou Marco Martins, dirigindo-se aos alunos do Clube de Jornalismo. Já a despedir-se, o presidente da Junta de Rio Tinto fez um apelo aos jovens: “participem na sociedade, participem na vida pública e na vida política. Os jovens, como vocês, são o futuro”.
Melres recebe em fevereiro ‘trail’ de Santa Iria Trilhos nas encostas do Douro são o cenário para uma deslumbrante “corrida de montanha”, um trail running, que atrairá mais de um centena de praticantes da modalidade às serras de Santa Iria e das Banjas, em Melres, no dia 3 de fevereiro, a partir da rua Central, às 9h.
Um dia intenso de actividade física, de convívio, descobertas e gozo das paisagens entrelaçadas pelo leito do rio Douro, capaz de oferecer aos praticantes de uma modalidade em franca expansão um dia em cheio. Esta corrida de montanha é promovida e organizada pela Comissão de Festas de Santa iria de Branzêlo 2013, em colaboração com o grupo BTTDouro, grupo informal de actividades desportivas. Com a realização deste trail pretende-se divulgar as excelentes condições existentes na Serra
de Santa Iria e Serra das Banjas para a prática da modalidade trail running [corrida de montanha], fomentar a prática do desporto e o contacto com a natureza, angariar fundos para a realização das festas em honra da padroeira do lugar de Branzêlo festa de Santa Iria a realizar no dia 14 Julho 2013 - envolver os habitantes, autoridades, associações e empresas locais na organização/divulgação do evento e atrair para a freguesia a visita de praticantes desta modalidade em franco crescimento.
Diretores, alunos e autarca no final do 1.º Encontro do Clube de Jornalismo
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Texto: Luís Alves
O que faz o Clube de Jornalismo? O Clube de Jornalismo do Colégio Paulo VI é um dos vários grupos que dinamizam a vida extracurricular da instituição de ensino. No ano letivo corrente tem cerca de 10 alunos, dos três anos do ensino secundário. Para além das entrevistas, o grupo percorre as três vertentes do jornalismo – imprensa, rádio e televisão -, abordando os preceitos básicos. As visitas de estudo a órgãos de comunicação estão agendadas, assim como algumas aulas dadas por profissionais das áreas informativas.
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Sociedade
Estacionamento é pago em Gondomar desde o dia 17 Travessa Monte Crasto, rua Padre Augusto Maia, rua do Monte Crasto, rua 25 de Abril, avenida 25 de Abril, rua José Cardoso Pires e rua da Igreja fazem agora parte da zona de estacionamento pago do centro de Gondomar. O dia 17 de janeiro foi o primeiro dia em que os parquímetros começaram a funcionar, muito embora o concurso camarário para a gestão das máquinas de pagamento remonte ao final de 2011.
Texto: Ricardo Vieira Caldas
A partir de agora, estacionar no centro de Gondomar vai custar 80 cêntimos/hora, valor já anunciado pelo Jornal de Notícias como “o segundo mais caro do Grande Porto”. A cobrança de estacionamento na via pública é feita das 9h às 18h, nos dias úteis, nos 476 lugares criados para o efeito. O vice presidente da Câmara Municipal de Gondomar (CMG), José Oliveira, vê com bons olhos a implementação dos lugares pagos e considera mesmo “benéfico para o comércio” local. “Para o
comércio só é bom porque quem quiser ir às compras tem um lugar disponível. De outro modo não teria. Os funcionários do comércio se calhar estacionavam lá de manhã e só tiravam à noite quando fossem embora”, refere o autarca. “Isto vai beneficiar o comércio. Quando as pessoas quiserem tomar um café têm um lugar para estacionar. Genericamente acho que há benefícios para o comércio e para os serviços de uma maneira geral. Eventualmente não será tão bom para os moradores”, acrescenta. Questionado pelo Vivacidade sobre a eventualidade de haver exceções para o pagamento dos lugares, por parte de moradores e comerciantes, José Oliveira respondeu negativamente. “Não, temos um regulamento municipal que rege esta situação. Os parcómetros foram colocados em áreas previamente definidas, que foram a concurso e agora é aplicado para toda a gente”, explica. Quan-
to ao preço não há dúvidas, 80 cêntimos por hora e para manter. “O nosso regulamento já tem dois anos/dois anos e meio e o preço é igual. Quando fizemos o regulamento tenho a certeza que verificamos o que se passava à nossa volta e fizemos a média”, esclarece o vice presidente da CMG. Na opinião de José Oliveira, as pessoas que compram no comércio local “vão continuar a comprar”. “Em princípio as pessoas de S. Cosme é que comprarão aqui. Para irem, por exemplo, ao Parque Nascente - para terem
lugar de borla - gastam se calhar 1,5€ de gasolina para pouparem 20 cêntimos aqui.” Jorge Silva, proprietário de loja na Rua 25 de Abril em Gondomar, não partilha da mesma opinião. “Está incorreto para os comerciantes porque nós já não temos ninguém que venha à rua e quem vinha aqui ao comércio local deixa de vir. Falo por mim, que vivo em Baguim do Monte. Se tivesse que me deslocar a Gondomar para comprar umas sapatilhas e ter que pagar parquímetro, preferia ir ao Parque Nascente em Rio Tinto.”
Areosa ainda revoltada deserta. Eu vou-me embora, vou fechar a loja. E mesmo assim compro um livro de dez euros por mês para dar aos meus clientes para pagarem o parque.” Margarida Moura, também de um talho do mercado mostra-se pouco surpreendida com o efeito que os estacionamentos pagos tiveram no seu negócio e revela outros problemas. “Claro que as pessoas não vêm aqui. Vão
Agora, estacionar no centro de Gondomar vai custar 80 cêntimos/hora
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O pagamento de estacionamento na zona da Areosa, em Rio Tinto, começou já há um ano. Maria Fernanda, proprietária de uma frutaria no Mercado da Areosa revela-se triste com o resultado do estacionamento na zona do mercado. “Os parquímetros só vieram fazer asneiras porque puseram-nos a trabalhar logo no início e espantaram os clientes no mercado. A rua está
às grandes superfícies porque não pagam. Mas eu acho que o maior problema que está aqui é o facto dos estabelecimentos só abrirem quando querem. Porque o estacionamento faz muita diferença mas também estacionamos o carro e vimos ao mercado e vemos o quê? Dois locais abertos? Uma senhora de idade a vender carne?” Bem perto do
mercado está a casa de pneus de António Soares. O proprietário mostra também o seu descontentamento. “Que está mal feito está e toda a gente sabe. Em qualquer situação, as pessoas vão a um hipermercado e têm onde estacionar de graça e aqui, pelo contrário, só dificultam o acesso ao comércio. Não temos onde parar sem pagar.”
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Associativismo
Vinte anos ao serviço da música em Rio Tinto 16 de janeiro de 1993 foi a data que marcou o início do Orfeão de Rio Tinto (ORT). Vinte anos depois, o Orfeão, liderado agora por Alice Dias, juntou associados, amigos e convidados numa celebração que culminou num momento musical. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Quatro dias depois do dia de aniversário do Orfeão de Rio Tinto, a associação de música riotintense iniciou as suas celebrações. Às 10h assistiu-se a uma romagem ao cemitério da freguesia e às 11h a uma missa na cripta da Igreja de Rio Tinto, com intervenções do ORT, Coral Juvenil e Banda de S. Cristóvão de Rio Tinto. As 13h marcaram um almoço na sede da associação, com dezenas de pessoas a conviverem naquele que seria um dia para relembrar na história do ORT. Às 15h começou uma sessão solene, também na sede, que terminou com um momento musical.
“A consumação de toda uma vivência” Há 17 anos no ORT e há três na sua direção, Alice Dias desenvolve um trabalho elogiado pela maioria. Em entrevista ao Vivacidade, a presidente da direção do
ORT explica em que lugar se situa hoje a Associação. “O orfeão foi criado por um grupo de pessoas que tinham em comum o grande gosto pelo canto. Depois foram criadas outras vertentes, outras vontades e hoje, o orfeão é de facto uma associação com um pessoa cultural extraordinário na cidade de Rio Tinto. Temos um grupo de música popular portuguesa, temos um coral juvenil, temos uma escola de formação musical e instrumental. É a consumação de toda uma vivência, de todo um trabalho, de toda uma atividade e fundamentalmente a consumação de muito amor e dedicação à Associação do Orfeão de Rio Tinto.” A dirigente da associação identifica ainda um carinho especial que o ORT tem atualmente pela Banda de S. Cristóvão de Rio Tinto, carinho esse que pouco antes da sua entrada na direção “não se sentia”. “Uma plena simbiose e apontamos de facto que estas duas associações são necessariamente as mais representativas da cidade de rio tinto e vão ter, e têm, em comum imensos projetos”, diz.
Espaço no Centro Cultural está garantido para o ORT Na sessão solene, integrada nas comemorações a 20 de janeiro, estiveram presentes dezenas de pessoas, entre as quais, o vereador da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins, o secretário da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Sá Reis, o presidente da assembleia geral do ORT, Barrote Dias, a presidente da direção do
ORT, Alice Dias, o presidente da Federação das Coletividades do Distrito do Porto, o vice presidente da Federação das Coletividades de Gondomar e muitos outros. Após a intervenção inicial de Alice Dias, seguiram-se os restantes membros da mesa que elogiaram a associação e deram os ‘vivas’ ao Orfeão. Marco Martins referiu a capacidade do ORT de se “rejuvenescer e regenerar”. “Já ontem o disse na Banda e volto a repetir que estamos num edifício, que é o Centro Cultural de Rio Tinto, que está aqui ocupado nos rés-do-chão pelo ORT, mas temos
que o rentabilizar e a Câmara ou a futura – que certamente o fará – tem que arranjar uma forma de ocupar o espaço com outras atividades mas também pô-lo ao serviço da comunidade”, acrescentou o autarca, quando se referia ao primeiro piso do edifício do ORT. Fernando Paulo falou a seguir e quis esclarecer alguns pontos. “Quero aqui deixar a garantia ao ORT que seja qual for a solução não diminuiremos em nada aquilo que tem sido o espaço conquistado pelo ORT e acautelaremos no mínimo a atual utilização que o ORT tem, quer nas instalações onde está, quer na utilização do anfiteatro. Se qualquer outra valência vier a ser instalada no Centro Cultural de Rio Tinto será exclusivamente na área da dimensão cultural e para o ORT disse-o no passado quando tínhamos pensado avançar com o Fórum – numa pareceria publico-privada que, fruto das circunstâncias que o país atravessa, teve que ficar em stand by – que, no futuro, quero dar ao ORT a dimensão e a dignidade de que merecem.”
Associação de Pais da ESRT inicia novo mandato A Associação de Pais da Escola Secundária de Rio Tinto (APESRT) realizou no dia 9 de janeiro a ação de tomada de posse para os novos corpos sociais. José Ângelo Pinto é o novo presidente da Direção da APESRT e Isabel Oliveira da Assembleia Geral. Rui Brandão preside o Concelho Fiscal.
No evento realizado no antigo anfiteatro da Escola Secundária de Rio Tinto (ESRT), para além de mais de três dezenas de pessoas, estiveram presentes o presidente da Federação das Associações de Pais do Concelho de Gondomar (FAPAG), Jorge Ascensão, o presidente da Direção da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola EB 2/3 de Rio Tinto, Carlos Monteiro, o vereador da Edu-
cação da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins, a presidente da Direção da ESRT, Luísa Pereira, bem como alguns membros do executivo. Após a ação de tomada de posse, o recém presidente José Pinto transmitiu a plateia uma mensagem de agradecimento e reconhecimento e no final de todas as intervenções discutiu-se a questão do novo mega-agrupamento que une a ESRT a outras escolas do concelho. Luísa Pereira, já no final, referiu que apesar
da mudança a ESRT continuará a ter, tal como a APESRT, “uma identidade” própria. A primeira atividade organizada pela APESRT em 2013 será um debate intitulado de ‘Educação em Gondomar? Que caminhos?’ e terá lugar na Escola Secundária no dia 1 de fevereiro, às 21h30. Para debater foram convidados o vereador da Educação da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo e o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins. A moderação será feita pelo atual presidente da direção da APESRT.
Na foto, os sócios honorários da Associação de Pais da ESRT
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Texto: Ricardo Vieira Caldas
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Desporto: Patinagem
C. P. Baguim é o melhor de Portugal pela 7ª vez 8 de dezembro foi mais uma data histórica para o Clube de Patinagem de Baguim (CPB). A conquista da 7ª Taça de Portugal, na Charneca da Caparica, foi a sétima consecutiva ganha pelo clube, já reconhecido nacionalmente.
Diana Ferreira, Maria João Quelhas, Maria Vila Pouca, Mariana Souto e Rita Lima constituíram a equipa vitoriosa que levou o nome de Baguim do Monte e de Gondomar, ao mais alto patamar da patinagem artística. Na Taça participaram 10 clubes e a presidente da direção do CPB, Lina Costa, descreveu ao Vivacidade a prova que considera ser “a rainha” de todas elas. “Teoricamente esta será a prova rainha da patinagem, por equipas, porque todos os clubes vão concorrer em igualdade de circunstâncias com o mesmo número de atletas e com provas semelhantes. Ao ser uma equipa estruturalmente idêntica para todos os clubes, é uma prova que vai mostrar, em competição, qual é o melhor clube em teoria”, referiu. “Esta Taça teve um cariz um pouco diferente das anteriores, visto que nós tivemos uma equipa com algumas atletas que tem lugar garantido – pela sua qualidade técnica – na equipa e que não puderam participar. Nomeadamente, a atleta portuguesa mais medalhada a nível nacional e internacional, que é a Diana Ribeiro”, acrescentou Lina Costa. A atleta Maria João Quelhas, de 17 anos, já definiu o próximo objetivo. “Continuar a trabalhar para as provas a nível individual – a representar sempre o clube
– e provas internacionais e no final deste ano a nova Taça de Portugal.” Em segundo lugar na patinagem livre no campeonato nacional e em primeiro lugar em figuras obrigatórias, Maria João Quelhas terminou em grande, com o campeonato da Europa, a alcançar o terceiro lugar em combinado, que é a junção desses dois resultados. José Souto, de 16 anos, faz patinagem artística há 12 e disse que “começou por acaso”. Agora sente-se realizado porque alcançou “o objetivo que era ganhar”. Um pouco mais nova, de 13 anos, Rita Lima treina desde os cinco. “É uma sensação boa porque aqui podemos libertar as nossas emoções. Passamos todo o dia na escola e a trabalhar e aqui podemos descarregar tudo isso um pouco”, explicou ao Vivacidade. Os treinos, esses são dados por Filipe Sereno que está no clube há nove anos. “Sinto-me muito orgulhoso. Temos um conjunto de atletas que trabalham diariamente para conseguir atingir os objetivos a que nos propomos. Felizmente eles têm conseguido atingi-los, em alguns anos até ultrapassar as expectativas e isso deixe-me muito feliz por estar à frente deste projeto”, revelou o treinador. Foi mais uma jornada desportiva de mérito do Clube Patinagem de Baguim que agora inicia nova época e este ano terá uma nova equipa que irá disputar a Taça de Portugal 2013.
Os seis atletas do CPB venceram a Taça de Portugal 2012
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Texto: Ricardo Vieira Caldas
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Os resistentes
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Desporto
Quem resiste à Conduta de Inverno? A Avenida da Conduta é uma artéria essencial no concelho de Gondomar mas não é só por isso que é conhecida. Milhares de utilizadores usam-na como infraestrutura de desporto, onde caminham, correm e andam de bicicleta. No Verão tem uma afluência enorme. E no Inverno?
Apesar de não desgostar de ginásios, onde já esteve inscrita, prefere o ar livre. “Estou contente com a opção que fiz. A “Conduta” é um bom local para fazer exercício, para além de ser grátis, que é uma grande vantagem nesta conjuntura”. Um pouco mais à frente, Manuel dos Santos, 59 anos e Fátima Camões, 54, caminham lado a lado num ritmo acelerado. São utilizadores “assíduos” da artéria gondo-
marense e fazem exercício desde “sempre”. Reservam uma hora por dia, três a quatro vezes por semana para percorrer a pista pedonal. Ao contrário de Natércia, Manuel e Fátima não gostam de ginásios. “Já estivemos inscritos mas o que gostamos mesmo é do ar livre”, afirmam com um ar simpático. Se pudessem mudar algo na Avenida da Conduta não hesitavam. “Falta um acesso direto para a IC29”, atira Manuel dos Santos.
Fátima concorda mas mais depressa acrescentaria uns bancos, “para as pessoas de quando em quando sentarem-se e descansarem”. Já a retomarem o ritmo da caminhada, Manuel e Fátima lembram que “os donos dos cães que passeiam pela “Conduta” deviam ter sacos para recolherem os excrementos dos animais”. Açucena Coimbra, 73 anos e também numa caminhada em passo largo, não se deixa intimidar pelo frio. “Não me demove. Sou praticante regular de exercício físico e nem a chuva me deixa em casa”, afirma com convicção. A caminhante “gosta” da artéria, mesmo sabendo “que há quem não goste”. Só mudaria uma coisa: “a divisão entre peões e ciclistas devia prolongar-se por toda a extensão da “Conduta”. Já a chegar à Rotunda dos Ciclistas, Teresa dos Santos, também com 73 anos, é mais uma resistente. Desta vez acompanhada com uma “amiga” de quatro patas. A cadela “Kika” faz companhia nas “curtas caminhadas” que dá.
ainda antes do 25 de Abril como uma “instalação da conduta de água – daí o nome - que serviria o Grande Porto”. Um projeto que foi feito por etapas e que teve um contratempo. “Pensávamos, até 2003, que o Metro chegaria até ao cen-
tro de Gondomar. Não aconteceu, facto que interferiu nos planos da Avenida”, refere o autarca. Sem Metro, o executivo camarário pretende continuar a trabalhar por etapas. “Estamos a construir passeios e a criar condições
para peões e ciclistas”, afirma José Luís Oliveira. Questionado se a infraestrutura é também usada pelo executivo camarário, o vice-presidente diz que “vê muitos funcionários da Câmara a fazer exercício físico lá”.
Texto: Luís Alves Natércia Silva, 45 anos Funcionária Pública
Manuel dos Santos, 59 anos Industrial de Ourivesaria; Fátima Camões, 54 anos desempregada
“Somos utilizadores assíduos da Conduta e com o mau tempo procuramos uma aberta para fazer exercício”
Os termómetros teimavam em não chegar aos 10.º, numa tarde de sábado ventosa. Depois de uma noite de tempestade, que se abateu especialmente sobre o norte do país, a chuva, apesar das espessas nuvens, não caía. Na Avenida da Conduta, agora com novos passeios – que dividem os peões dos ciclistas – o Vivacidade encontrou alguns resistentes que, apesar do frio e vento forte, não adiaram os momentos de desporto e lazer. A poucos metros da rotunda dos Rotários, a primeira resistente. Natércia Silva, 45 anos, diz-se adepta das caminhadas que faz regularmente na “Conduta”. Com muita roupa e um carapuço de prevenção – não vão as nuvens espessas mostrar a sua força –, vê no vento uma vantagem. “Está uma brisa muito forte que apesar de fria ajuda a caminhar. No sentido que vou acelera-me”, diz, entre risos.
A Avenida da Conduta nasceu há mais anos do que se possa pensar
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“O vento acelera o meu ritmo”
Câmara saudável Açucena Coimbra, 73 anos reformada
“Não gosto de ginásios. A Conduta é o meu ginásio de todos os dias e o frio não me demove”
A Avenida da Conduta nasceu há mais anos do que se possa pensar. O vice-presidente da Câmara de Gondomar, José Luís Oliveira, em conversa com o Vivacidade, recorda que a artéria nasceu
Pouco soaristas
“Venho dar pequenas caminhadas, seja qual for o tempo”
“Parece que agora se chama “Avenida Dr. Mário Soares”. As placas já foram vandalizadas. Aqui perto resta uma, mas já foi virada”, relata o grupo de amigos. A juntar ao novo nome da Avenida, os reformados estão também entristecidos com uma “promessa falhada”. “Disseram-nos que instalavam uma casa-de-banho aqui ao lado mas até agora não temos nada”, afirmam.
“Parece que agora se chama Avenida Dr. Mário Soares”.
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Teresa dos Santos, 73 anos reformada
Não são só os caminhantes e atletas da “Conduta” que se mostram resistentes perante o Inverno. Também os reformados dão vida à artéria gondomarense, no local que lhes está destinado. “Somos mais de 40 e estamos cá todos os dias, com sol, frio ou chuva, das 17h às 20h”, afiançam enquanto jogam à “sueca”. Por estes dias andam descontentes com a nova denominação.
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Entrevista: Nuno Fonseca
O que penso de...
“O trabalho não está acabado”
Valentim Loureiro presidente da CMG
Nuno Fonseca já se considera candidato à presidência da Junta de Rio Tinto, por parte do Partido Socialista, faltando apenas um “procedimento formal”. Os dois secretariados executivos das secções já aprovaram a candidatura – a secção da Estação e a secção da Ponte – no dia 14 de janeiro, por unanimidade, e o apoio à candidatura. No entanto, é ainda necessário um procedimento que se prende pela validação nas assembleias gerais de cada secção. O Vivacidade esteve à conversa com o atual tesoureiro da Junta de Freguesia Rio Tinto (JFRT) que expôs os seus planos da candidatura.
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Nuno Fonseca é tesoureiro da JFRT e funcionário do INEM
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Candidatar-se à presidência da JFRT é um desafio para si? É um desafio. Para quem está nas funções que eu ocupo - e está por gosto e por poder contribuir para a cidade de Rio Tinto e para a terra onde nasceu – é efetivamente um desafio. Há um trabalho contínuo que tem vindo a ser feito desde há sete anos para cá, feito por equipas. Desde a primeira hora estive numa dessas equipas e fico contente e é para mim um grande orgulho ter sido convidado e ter sido apoiado pelos restantes membros da JFRT e do PS para, agora com a saída do Marco Martins, passar eu a ter funções de mais responsabilidade dentro da equipa. A sua linha de ação política terá como princípio o trabalho desenvolvido por Marco Martins? O Marco Martins e a equipa conseguiu na JFRT fazer duas coisas importantes que acho que devem ser ainda mais intensificadas. Conseguiu dar uma visibilidade ao seu órgão autárquico que a Junta não tinha – as pessoas hoje em Rio Tinto identificam-se muito mais com a JFRT, muitas vezes mais do
que as funções que a JFRT tem – e conseguiu dar um dinamismo funcional à estrutura da Junta que ela não tinha. A JFRT hoje é uma máquina muito mais moderna e funcional. Só que o trabalho não está acabado. Diariamente novos desafios se colocam e é preciso apostar ainda mais nessa modernização e nessa proximidade aos cidadãos.
bitantes e uma riqueza muito grande em vários aspetos – associativo, desportivo, cultural – e a JFRT pode ser um polo dinamizador de toda essa atividade. Para além disso existem muitas outras situações, a nível principalmente de urbanismo, que estão abandonadas pela Câmara e que podiam estar muito mais maximizadas – a Quinta das Freiras, por exemplo, o Centro Cultural Amália Rodrigues que está fechado – e que necessitam de uma solução. A JFRT sempre solicitou a gestão da Quinta das Freiras para que aquilo pudesse ser dinamizado. A Câmara nunca o fez e também nunca apostou muito naquele equipamento. Esperemos que a mudança da presidência da Câmara de Gondomar também traga, às juntas todas, outras competências e outro dinamismo.
Para além das “coisas importantes” que falou agora, há mais alguma queira ver desenvolvida? Ainda não é altura de falarmos de questões programáticas mas para quem está em funções e para as equipas que se recandidatam, há sempre projetos que estão inacabados. Rio Tinto é uma cidade muito grande, com muitos ha-
Há algo que considere urgente mudar em Rio Tinto? Há muitas coisas que considero urgente mudar em Rio Tinto. Há um problema de trânsito – que cada vez se agrava mais -, um abandono de gestão de tráfego por parte da Câmara, com sinalização inadequada, estradas mal pintadas, inexistência de passadeiras e a segurança é mínima para uma cidade com mais de 60 mil habitantes. É preciso haver um plano para Rio Tinto. Qual é o mote da sua candidatura? Ainda não estamos nessa fase mas o mote é exatamente o que tenho estado a falar até agora. Poder resolver muitas das situações que estão por resolver por inércia da Câmara, que nunca olhou para a JFRT como um parceiro e por esse motivo fez com que Rio Tinto fosse ficando abandonado em vários aspetos. Um exemplo. Rio Tinto é uma freguesia que parece que tem duas realidades. Se eu que estou nesta zona me queixo de algum abandono imagino o que dizem os habitantes que moram na Triana.
Biografia de Nuno Fonseca É de Rio Tinto, trabalha e estudou em Rio Tinto [no ensino primário e secundário]. É tesoureiro da JFRT [foi presidente da Assembleia no mandato anterior] e funcionário do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Possui uma pequena empresa de administração de condomínios na cidade e tem o curso de Direito ainda por acabar na Universidade de Coimbra. Iniciou a sua vida política aos 16 anos na Juventude Socialista (JS), foi coordenador da JS de Rio Tinto. Presidiu a concelhia do partido em Gondomar, foi vice-presidente da JS Distrital, delegado a vários congressos da JS, mandatário nacional de dois candidatos a secretários-gerais e membro da comissão nacional do JS. Pouco antes dos 30 anos, fez uma passagem para o partido, onde desempenha funções de coordenador há quatro anos do PS Rio Tinto [Secção da Estação]. Atualmente é também membro do secretariado concelhio de Luís Filipe Araújo.
“20 anos de oportunidades perdidas. Gondomar, tirando nos bairros sociais com problemas por culpa da Câmara, não tem mais nada. Foram 20 ano perdidos.”
José Luís Oliveira vice-presidente da CMG “É o homem forte por detrás do presidente da Câmara e, infelizmente, pelos conhecimentos que nós temos a nível de comunicação social, não trouxe nada de positivo para Gondomar.”
Fernando Paulo vereador da CMG “É um vereador que se destaca por algum trabalho mas que faz parte de uma equipa e faz parte do mesmo processo da Câmara e que, no global, não consegue trazer para Gondomar uma grande modernidade ao nível das suas áreas de ação.”
Marco Martins presidente da JFRT “É um presidente de Junta de excelência, muitíssimo próximo das pessoas. Muitas das vezes mais um amigo do que um presidente de Junta. Destacou-se, foi reconhecido e é uma honra estar a trabalhar na equipa com ele.”
Maria José Guimarães candidata, pelo PSD, à JFRT “Não conheço a candidata. Conheço apenas de uma atividade cultural que desenvolve. Agrada-me nessa área mas relativamente à parte da política e das preocupações com Rio Tinto e com a JFRT até hoje não lhe conheço nenhum tipo de preocupação.
José Santos candidato independente à JFRT “Também não o conheço. Tenho as informações das suas ligações ao Boavista, ao ciclismo e à Câmara de Gondomar. É um independente, vai ser representado numa lista de independentes às Juntas de Freguesia e relativamente à questão dos independentes, é mais do mesmo. Julgo que os Gondomarenses estão já cansados desta passagem dos independentes pela Câmara e, agora, pelas Juntas. Sobre Rio Tinto, em sete anos, também não lhe reconheço nenhuma preocupação.”
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Valentim Loureiro presidente da CMG “Conheço-o há muitos anos. Relativamente à política, acho que no primeiro mandato o major teve um bom desempenho. Esse bom trabalho teve alguma continuidade no segundo mandato mas depois, a partir daí, Gondomar passou a ser conhecido mais pelas más razões. Aliás, são do conhecimento público. Negócios duvidosos, processos judiciais e isso em nada dignificou ou ajudou no desenvolvimento mais cabal dos interesses de Gondomar.”
Entrevista: Maria José Guimarães
“Sou uma mulher de desafios e convicções” Maria José Guimarães é a escolhida para encabeçar a lista, pelo Partido Social Democrata, ao executivo da Junta de Freguesia de Rio Tinto (JFRT). A vencer as próximas eleições autárquicas, será a primeira mulher presidente da Junta de Rio Tinto. Faz política quase “desde sempre numa atitude de voluntariado e participação”. O Vivacidade tentou descobrir o que motiva a professora de Português e Francês, agora candidata, a concorrer a um cargo de chefia na JFRT. Texto: Ricardo Vieira Caldas
José Luís Oliveira vice-presidente da CMG “Não tinha um grande conhecimento e ultimamente, nos contactos que tive, surpreendeu-me pela positiva. É uma pessoa cordial, que faz algum serviço interessante e positivo a nível das associações e coletividades. No entanto, esteve ligado à demolição do mercado de Rio Tinto, que é um problema que não foi solucionado e também me preocupa. Aí, penso que há algum trabalho a ser reparado.”
Fernando Paulo vereador da CMG “De todos os vereadores, reconheço que tem um trabalho meritório. Admiro o trabalho que tem feito, no entanto, pela proximidade talvez, tem pactuado com algumas más decisões do executivo liderado pelo major. Penso que lhe falta algum arrojo, que poderia ir mais longe, nomeadamente aqui em Rio Tinto lembro o Centro Cultural Amália Rodrigues que é um assunto que está um pouco atravessado na memória recente dos riotintenses.”
Marco Martins presidente da JFRT “Está na política há muitos anos, apesar de ser ainda jovem. Numa primeira abordagem acho que é uma pessoa presente, com um certo mediatismo. Mas olhando para o programa que apresentou aos riotintenses no último mandato, verifico que não cumpriu mais de 50% do que prometeu. É verdade que aparece, é chamado. Muitas vezes há um problema e o presidente está lá mas fica muito por aí. Não quero dizer que não tenha trabalhado. No entanto, um presidente da JFRT é sempre um bom candidato para Gondomar e penso que essa escolha pela parte dos socialistas foi boa.”
Qual foi a principal razão que a levou a candidatar-se à presidência da JFRT? Fui convidada. Tenho objetivos que vou trabalhando a nível profissional e as pessoas no partido foram pensando que era bom que eu alargasse esse meu âmbito de ação à população em geral e convidaram-me. Inicialmente precisei de pensar, depois achei que era capaz de ser bom fazer um trabalho com as pessoas em Rio Tinto. Porque para mim é o património mais importante que existe. Existem muitos aspetos a ser tratados e a precisarem de intervenção mas na minha filosofia de vida as pessoas estão sempre em primeiro e é por elas e com elas que temos de trabalhar para tentarmos melhorar todos os aspetos da condição humana. Na eventualidade de vencer as eleições para a Junta de Rio Tinto, será a primeira mulher à frente de um executivo desta freguesia. Pensa que esse pormenor lhe trará alguma vantagem? Eu não costumo di-
vidir isto por sexos. Não é por aí que estará a diferença. As ideias que tenho para Rio Tinto e que pretendo por em marcha é que poderão fazer a diferença. Costumo dizer que sou uma mulher de desafios e de convicções. Sou calma e discreta mas tenho uma força interior que se vai revelando no trabalho e faço um trabalho de muita preparação. Como já algum tempo as pessoas me sondavam, ao mesmo tempo que ia pensando se aceitava ia preparando na minha cabeça o que é que poderia fazer por esta terra e com estas pessoas. Fui então elaborando alguns tópicos e para mim é importante negociar as competências para esta freguesia. Eu olho para Rio Tinto e tenho alguma frustração. É uma cidade com tanta população, tão perto do Porto, com potencial e parece-me adormecida. Posso ser um pouco idealista, mas quando se tem força e se acredita, com trabalho e rigor, pode-se chegar um bocadinho mais além. Junto com a minha equipa penso levar avante alguns projetos que temos em mente de âmbito nacional e internacional que poderão trazer grande desenvolvimento para Rio Tinto, como é o caso de um projeto de
Maria José Guimarães é atualmente professora de Português e Francês
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O que penso de...
turismo, bastante arrojado. Mas o segredo é a alma do negócio e é para mais tarde ser divulgado. Depois também tenho algo para o Alto da Boavista, que penso que precisa de uma intervenção urgente e basicamente é isto, é o trabalho com as pessoas, é tentar dinamizar polos de intervenção social, com os jovens, com os adultos e com os idosos. Dar-lhes a intenção que eles precisam. Já comecei a fazer sessões de poesia há algum tempo e sinto aí o apelo da população, sinto que é preciso fazê-la sorrir. As pessoas estão um bocadinho desacreditadas e parece que estão desmotivadas. E eu sou uma motivadora por natureza. A saída de Marco Martins, com a candidatura à Câmara, traz-lhe confiança para a vitória do PSD? Estou confiante. Aliás se não
Nuno Fonseca candidato, pelo PS, à JFRT “Ele pertence ao atual executivo mas quando falo com as pessoas não me é dito algum trabalho que ele tenha desenvolvido aqui junto das populações.”
José Santos candidato independente à JFRT “É um candidato que sei que está há algum tempo ligado à Câmara mas quando tentei perceber o trabalho que desenvolveu, as opiniões que me foram dadas, francamente não foram muito positivas.”
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Biografia de Maria José Guimarães É de Paranhos, viveu em Águas Santas mas agora reside em Rio Tinto. Amante das letras, Maria José Guimarães é atualmente professora de Português e Francês na Escola EB 2,3 de Rio Tinto e é licenciada pela Universidade de Aveiro. Tem mestrado em Relações Interculturais, na Universidade Aberta e faz política quase “desde sempre numa atitude de voluntariado e participação”. Mas política “na verdadeira aceção do termo” foi quando veio para Rio Tinto há cerca de seis de anos e se filiou no PSD por convite de alguns amigos que “gostavam que oficializasse as suas intervenções”. No PSD, entrou para a Comissão Política do Núcleo de Rio Tinto, fez campanha nas anteriores eleições e foi fazendo “um trabalho que outros foram observando, achando que tinha um perfil para ir um bocadinho mais longe”.
tivesse essa confiança e espectativa não estaria aqui. Mas sabemos que a conjuntura não é favorável. Se o Marco fosse candidato novamente à Junta – e dado o mediatismo que ele tem e a ligação – seria um aspeto diferente, penso. Uma vez que se vai candidatar à Câmara, creio que há um espaço em Rio Tinto para uma mudança e para outra pessoa, independentemente do partido. Penso que temos algumas possibilidades e depois também porque eu me aproximo, discretamente, das pessoas mas estou lá e muitas delas já sabem que podem contar comigo. Que soluções que propõe para os principais problemas que identifica neste momento na freguesia? A vertente social é o que acho que, de momento, mais se tem que trabalhar porque as pessoas estão tristes, sem esperança e algumas a viver mal. Temos que fazer muita obra, muito trabalho em prol dessas pessoas. Mas também noutras áreas. Na parte ambiental, por exemplo, há muito a fazer, nomeadamente com os problemas de fundo como os do rio Tinto. Depois, o caso das limpezas das ruas creio que foi muito descorado. Não tem sido dada a atenção necessária. E depois se estamos a pensar num projeto para atrair turistas a Rio Tinto e para atrair investimento, não podemos apresentar um cidade suja.
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Entrevista: José Santos
“Este Movimento vai ao encontro das pessoas” José Santos é o primeiro candidato pelo Movimento Independente Valentim Loureiro à Junta de Freguesia de Rio Tinto (JFRT). Na “bagagem” traz 15 anos como assessor desportivo na Câmara Municipal de Gondomar. O professor de educação física e atual diretor desportivo do Boavista na área do ciclismo, em entrevista ao Vivacidade, explicou que no aspeto social, em Rio Tinto, ainda “há muito a fazer”. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Que principais problemas identifica atualmente em Rio Tinto? No aspeto social ainda há muito a fazer. É nesse caminho que teremos de ir, atendendo à situação que neste momento o país atravessa, às dificuldades das pessoas no que diz respeito aos mais jovens e mais idosos. São estes vetores que temos que trabalhar mais em conjunto. O resto, a manutenção, a limpeza, são importantíssimos mas neste momento os aspetos que falei ultrapassam as outras necessidades. Nessa vertente social, que medidas tem em mente para a freguesia? Fazermos parecerias com os clubes e associações da freguesia para tentarmos fazer algo de inovador. E na outra vertente, tentarmos despertar associações de solidariedade social que possam de alguma forma contribuir para que todos nós nos aproximemos das pessoas. Porque há de facto uma necessidade muito forte de darmos resposta a muitas pessoas que necessitam de apoio. Há que
José Santos, amante do ciclismo, é conhecido há 30 anos pela modalidade
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A sua candidatura aposta na mudança? Na mudança para positivo. Atualmente, com o que o país atravessa, e atendendo às capacidades que uma Junta de Freguesia tem – que são diferentes de uma Câmara Municipal – só através de uma colaboração íntima e muito estreita com a Câmara, na tentativa de resolver em conjunto os problemas de uma determinada freguesia é que estamos entusiasmados em colaborar e fazer algo pela freguesia. Porque a freguesia a trabalhar para um lado e a Câmara a trabalhar para o outro acho que não.
fazer uma prospeção dentro da freguesia, procurando essas pessoas que tem limitações e dificuldades de integração e de apoio e conhecimentos. A criação de candidaturas às juntas de freguesia por parte do Movimento Independente Valentim Loureiro é, para si, uma boa alternativa aos partidos? Eu penso que sim. Atendendo à evolução que o processo político, neste momento, está a ter em Portugal creio que as pessoas cada vez mais se têm que refugiar um pouco dos centralismos dos partidos políticos para - e principalmente no poder autárquico e local – que esses movimentos de pessoas possam ser capazes de apoiar mais o desenvolvimento local do que os partidos. Os partidos em si estão subjacentes a políticas, muitas vezes orien-
tadas, e não estão direcionados para as necessidades de determinada freguesia. Este é um Movimento que vai ao encontro das pessoas. E nas juntas temos uma política de maior proximidade. Crê que haverá alguma dificuldade, por parte das pessoas, em aceitar uma nova candidatura apartidária às freguesias? Nós temos a consciência de que qualquer candidatura,
seja a que cargo for, não é fácil. Há que trabalhar. Pela nossa parte, há que sensibilizar as pessoas e eu penso que as pessoas procurarão novas alternativas. Já tiveram experiências várias, esta é uma nova. Estamos convencidos que, se as pessoas de facto olharem para o caminho dos mandatos do major Valentim Loureiro e, muito em especial, pelo trabalho feito pelo vereador Fernando Paulo nas áreas em que teve da sua responsabilidade verão que foi um caminho extraordinariamente positivo para o concelho. Gondomar é um dos concelhos da zona Norte que mais se desenvolveu a nível educativo e isso é sinónimo de que quem esteve por trás fez um bom trabalho. Sente o apoio à sua candidatura por parte do Movimento? Isto é uma candidatura recente e eu só fico satisfeito pela confiança que o vereador Fernando Paulo depositou na minha pessoa. Quando o vereador falou comigo eu disse que por mim tinha o apoio para colocar bandeiras ou para ser candidato ou para o que for.
Biografia de José Santos “A vida política ativa não teve”. “Teve uma parte técnica ligada à Câmara Municipal de Gondomar (CMG), com a qual se identificou desde o início”, como assessor desportivo. José Santos, amante do ciclismo, é conhecido há 30 anos pela modalidade e desempenha funções de diretor desportivo no Boavista. Caso vença as eleições à JFRT “terá de abandonar essa atividade”, explicou. É também presidente da direção do Gondomar Cultural, presidente da assembleia geral da Escola Desportiva e Cultural de Gondomar e presidente do conselho de disciplina da Liga Desportiva de Gondomar. Sempre viveu em Rio Tinto e atualmente é professor de educação física na Escola Básica e Secundária do Cerco, no Porto.
O que penso de... Valentim Loureiro presidente da CMG “O major quando veio para Gondomar encontrou o concelho com enormes carências, quer de vias de comunicação, de escolas, instalações desportivas, um pouco de tudo. E hoje em dia temos praticamente tudo aquilo de que necessitamos para um desenvolvimento que Gondomar nunca teve. A vinda do major para Gondomar só nos veio beneficiar em todos os aspetos. Sem este desenvolvimento, sem esta visão, Gondomar ainda hoje estaria com as estradas de paralelo, de apeto rural. Porque também houve uma evolução que foi feita sem que Gondomar perdesse a sua identificação.”
José Luís Oliveira vice-presidente da CMG “O único reparo que faço é ter-se esquecido do povo de Rio Tinto, durante os sucessivos mandatos em que tinha a pasta responsável por essa área.”
Fernando Paulo vereador da CMG “É uma pessoa séria, honesta, que deu muito ao concelho, em determinados aspetos como no caso da educação, ação social e cultura e que me fez criar uma mola para a necessidade que entendo que Rio Tinto precisava, de uma certa mudança.”
Marco Martins presidente da JFRT “Não gosto muito de referir o trabalho das pessoas de outros quadrantes. Não vou dizer se fez um bom ou mau trabalho. O que eu reparo muitas vezes é que ele diz que faz, aquilo que os outros fizeram. E isso de facto não é muito positivo.”
Nuno Fonseca candidato, pelo PS, à JFRT “Será uma continuidade daquilo que existia. Indicado pelo Marco Martins. Depois na altura iremos travar algum duelo interessante.”
Maria José Guimarães candidata, pelo PSD, à JFRT “Não tenho dados que me permitam fazer uma avaliação. Quando falamos de determinadas pessoas temos que ter o mínimo de conhecimento dessa pessoa.”
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Empresas & Negócios: Funerária João Saramago
Funerária de qualidade em Gondomar No coração da cidade de Gondomar existe uma funerária centenária que dá pelo nome do seu atual proprietário, João Saramago. Os números 139 e 141 da Praça da República, no Largo do Souto, dão entrada para o estabelecimento que ‘acolhe’ as pessoas nos momentos mais difíceis da vida. As atuais instalações estão no largo há mais de oitenta anos e contam com João Saramago e um conjunto de profissionais do setor, que se certificam que o negócio de família mantem a ‘qualidade do serviço’.
Apesar da qualidade e da procura, os tempos são “complicados”, diz João Saramago. O sector funerário “não tem evoluído da melhor maneira. Abrem-se funerárias a torto e a direito, sem condições”, afirma o profissional que explica também que hoje em dia “as pessoas não se preocupam muito em
decorar, preocupam-se mais com o preço das coisas e gastar o menos possível.” “Nós temos que equilibrar o tipo de trabalho que apresentamos com o preço”, acrescenta. A alternativa é “criar tipos de funerais mais acessíveis” uma vez que “os gostos pessoais estão a acabar em virtude da crise.”
Na ‘Funerária João Saramago’ um funeral pode ser feito a partir dos 850 euros mas tudo depende “da localização e dos encargos que traz”, refere o pai, outrora proprietário do estabelecimento, João Barbosa. “Muitas das vezes um funeral é barato mas pode-se tornar caro por causa das despesas que acarreta”, diz.
Origens O negócio de família já tem mais de um século e deu origem a várias funerárias, em vários locais de Gondomar. João Saramago dedica-se, desde os 18 anos, ao setor funerário acumulando uma experiência de seis gerações.
‘Fugas de impostos’ e endividamentos para funerais Com experiência no ramo e também com alguma pena, João Barbosa não poupa nas críticas ao atual setor funerário. Em tempos de crise, o profissional avança com um número para explicar o endividamento por parte das pessoas no que diz respeito aos funerais. “70% hoje em dia endivida-se para pagar um funeral”, explica João Barbosa. “A funerária em si funciona quase como um banco. Avança com o dinheiro e sujeita-se a não o receber. Se a segurança social pagasse direta-
Inovação e futuro O estabelecimento adapta-se às necessidades do mercado e aposta na inovação. Já é possível, nesta funerária, adquirir um diamante sintético feito a partir das cinzas da pessoa falecida ou de cabelo humano. Este extra pode custar de 500 a 14 mil euros, dependendo do tamanho do diamante. A expansão da Funerária João Saramago não está posta de parte. “Nunca se fecha a porta a novas ideias, desde que haja possibilidade e que tudo seja feito com consciência”, palavras do proprietário.
mente à funerária, esse problema já não se punha.” Mas esse não é o único problema identificado pelo pai do atual proprietário da ‘Funerária João Saramago’. “Os produtos mais importantes que se vendem são os cemiteriais e só não se vendem mais porque as juntas de Freguesia dão cobertura a fugas de impostos. Porque há uma venda ilegal por parte dos coveiros perante a bênção e a tutela das Juntas de Freguesia e algumas Paróquias. Isso mata o comércio legal. Não
só o nosso como o dos marmoristas e fabricantes, por exemplo, em que parte deles, se encontram dependentes dos coveiros – funcionários das Juntas de Freguesia, logo, do próprio Estado”, expõe. Como complemento e procurando melhorar a oferta, a funerária aposta na inovação e para além dos serviços ditos normais é também agente da empresa ‘Heart in Diamond’, que cria diamantes sintéticos a partir de cinzas da pessoa falecida ou de cabelo humano.
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Empresas & Negócios: Talho do Povo
Pais natal distribuíram presentes gratuitos a 3 mil crianças O natal de 2012 foi diferente para algumas crianças de Baguim do Monte e Gondomar graças ao Talho do Povo. O talho já conhecido pela população, ofereceu brinquedos a três mil crianças que, ao longo do mês de dezembro, escreveram uma carta ao pai natal e a colocaram nos marcos de correio expostos nos dois estabelecimentos do Talho do Povo. Um camião decorado com efeitos natalícios serviu de transporte para que o pai natal e mais de uma dezena de ajudantes vestidos a rigor pudessem animar as ruas de Ba-
guim do Monte e Gondomar e distribuir os presentes pelas milhares de crianças. Sérgio Sousa, proprietário do Talho do Povo explicou ao Vivaci-
dade que “muitas famílias iam passar o natal sem presentes, devido à crise e por isso tentou-se incentivar um pouco os clientes e satisfazê-los.” Um investimento “bastante grande” que, frisou Sérgio Sousa, “não era possível sem o apoio dos fornecedores”. O Talho do Povo, que existe há quase três anos, dispõe de uma carteira de clientes de seis a sete mil pessoas por semana. “Atendimento de qualidade, preços baixos e aberto de segunda a segunda, das 7h às 20h” é o melhor resumo que o proprietário fez da marca Talho do Povo. “Compramos de 95 % a
Aniversário com António e Jade da ‘Casa dos Segredos’ O aniversário do Talho do Povo não passou despercebido aos proprietários do estabelecimento que celebraram, juntamente com os clientes, esta data festiva na companhia das celebridades António e Jade do programa televisivo ‘Secret Story’. O dia anterior também foi de festa com pipocas para os clientes que fizeram as delícias dos mais novos. O Talho do Povo tem vindo a organizar campanhas para a sua vasta carteira de clientes e é já reconhecido no concelho. O dia 19 de janeiro trouxe às instalações de Baguim do Monte duas celebridades da televisão, António e Jade da primeira edição do reality show ‘Casa dos Segredos’, que receberam os clientes do Talho do Povo, tiraram fotografias, deram autógrafos e inclusive cozinharam alguns enchidos.
100% de produtos nacionais”, enfatizou Sérgio, que considera esse um aspeto fulcral para um bom talho. Mas nem só de carnes vive o Talho do Povo. “Vende-se muito peixe e muito vinho”, afirmou. Os congelados também saem com frequência, motivo para que o dono do talho afirme com convicção: “crise para nós não existe”.
No futuro, a expansão e mais campanhas como a do natal. “Estamos com ideias de abrir outro estabelecimento na Área Metropolitana do Porto. No ano passado tínhamos agendado até um piquenique no parque de merendas para todos os clientes, com porco no espeto e música, que não se realizou mas estamos a pensar para este ano”, contou.
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Opinião
2013 promete ser o ano de todas as incertezas
Posto de Vigia Manuel Teixeira Jornalista e Professor Universitário
1 – O ano que agora começou será dominado por todas as incógnitas e incertezas. O que faz de 2013, consequentemente, um ano de angústias. Angústias que aprofundam o medo coletivo e fomentam a atrofia dos cidadãos. Medo
do presente, medo do futuro, medo de cada dia. Porque em bom rigor ninguém é capaz de vaticinar, com um mínimo de certezas, como vai evoluir o quotidiano dos portugueses. Na vida política como na situação económica e financeira. Consequentemente, também no plano social e nas relações dos cidadãos com o Estado. Basta analisar alguns dos dados mais relevantes que preenchem hoje os espaços noticiosos dos media para termos permanentemente presentes todo o rol imenso de dúvidas e incertezas. Nos dois primeiros meses será a questão das eventuais inconstitucionalidades de alguns impostos consagrados no Orçamento do Estado que dominarão o debate político. Vai o Tribunal Constitucional anular a sobretaxa de IRS? E a dos reformados? E as cativações dos subsídios de férias e de natal? E os novos escalões do IRS? 2 – Enquanto estas dúvidas e incertezas se avolumam pelos suces-
sivos recursos que foram apresentados ao Tribunal Constitucional - o mais relevante dos quais é o que foi apresentado pelo próprio Presidente da República – o Governo terá de apresentar à Troika, já em Fevereiro, o novo plano de cortes na despesa pública no montante mínimo de quatro mil milhões de euros. E se o TC chumbar alguns dos pontos atrás referidos o buraco aumentará
em mais de mil milhões de euros. Daí a pergunta óbvia: como irá o Governo encontrar forma de tapar estas crateras? Ainda atordoados por estas dúvidas, logo outras estarão à bica, e que terão resposta lá para as primeiras semanas da primavera. A saber: será que a execução orçamental do primeiro trimestre irá de encontro às previsões em que se sustentou a elaboração do Orçamento do Estado? A acreditar nas previsões de toda a oposição, dos sindicatos, das associações patronais, e de reputados especialistas de todas as áreas ideológicas, só por milagre os números baterão certo. O que significa que, se os desvios se confirmarem o Governo ver-se-á cada vez mais isolado e em risco de afogamento no meio desta tempestade… 3 – Se os epicentros destes previsíveis tsunamis se conjugarem entre si, parece claro que as comemorações do 25 de Abril e as tradicionais jornadas de luta do 1.º de Maio serão verdadeiramente escal-
dantes. Terá o Governo resistência e força anímica para continuar a remar contra a maré, ou desenhar-se-á uma crise política de proporções incalculáveis? E se o Governo for forçado a demitir-se haverá condições para ensaiar um novo executivo no quadro da atual maioria, ou iremos desembocar em eleições antecipadas lá para o início do Verão? Finalmente, em outubro haverá eleições autárquicas. E aqui as incógnitas são igualmente perturbadoras. Como serão ultrapassados os conflitos decorrentes da fusão de freguesias? E as transferências de candidatos que esgotaram o seu período legal de recandidatura, mas se perfilam para se apresentarem noutras autarquias? E que efeito terão os resultados no todo nacional, se o atual Governo resistir até lá mas averbar uma estrondosa derrota eleitoral? Enfim, razões de sobejo para cada mês que passa se converter num jogo de adivinhas, ainda por cima sob o terror da escalada do desemprego…
Tradições mentirosas ou autores pouco humildes?
Resposta a “Memórias do Nosso Passado” Fina d’Armada Historiadora
Li com certo espanto um artigo do historiador Paulo Santos Silva, neste jornal, edição de 25.10.2012. Intitulava-se “Tradições Mentirosas”. Pretendia pôr em causa a toponímia de Rio Tinto, achando que esta cidade não devia come-
morar a batalha medieval, porque tinha sido inventada no séc. XVII ou XVIII. Afinal quem a inventou? Qual o autor? E foi no séc. XVII ou XVIII? Demorou cem anos a ser inventada? Se não sabe concretizar, por que atira “verdades” para o ar? Dizia o insigne historiador Jaime Cortesão que a História era metade documento e metade raciocínio. Ora, além das personagens da batalha terem existido na mesma época, houve batalhas entre mouros e cristãos, na época da Reconquista, das Astúrias para baixo até ao Algarve. Rio Tinto seria a entrada da então já grande povoação do Porto e seria de espantar, isso sim, que não tivesse ocorrido aqui nenhuma batalha. Aliás há muita gente “mentirosa” por aqui, porque há três lendas relacionadas com a mesma contenda – a de Contumil, a de Rio Tinto e a de Fânzeres. O autor diz que a docu-
mentação do mosteiro não fala na lenda. Por um lado, não acredito que Paulo Silva tenha lido toda a documentação do mosteiro, pois é imensa. Por outro, não é obrigada a falar, pois o mosteiro nasceu mais de cem anos depois, considerando o ano da batalha 920. (A data de 824, que está nos azulejos da estação, não está certa, porque as personagens da história não existiam na altura. Mas também essa não é “mentirosa”, vem num
dos livros da “Monografia de Gondomar” de Camilo de Oliveira). Se formos rigorosos a ponto de querermos documentos coevos de todos os factos antigos, então a lenda de Rio Tinto tem muito mais probabilidades de ter acontecido do que Cristo ter existido. Cristo não nasceu há 2012 anos, nem no Natal, e seria alguém muito diferente segundo os documentos do Mar Morto. Ora não vejo Paulo Silva a aconselhar a fe-
char as igrejas do mundo devido a “tradições mentirosas”. Se existem mais do que um Rio Tinto, isso não significa que a origem de todos tenha de ser a mesma. Vejamos o caso de Ourique. Onde foi que D. Afonso I travou a batalha de Ourique com cinco reis mouros? Há quatro Ouriques em Portugal. Ora, nem D. Afonso Henriques foi o que se diz, pois o verdadeiro nasceu aleijado, nem há documentos coevos dessa batalha. Como é então: vai propor que se retirem as cinco quinas da nossa bandeira por serem mentirosas? Em questões de história devemos ser humildes. E respeitar que todas as lendas e tradições têm um fundo de verdade. Durante séculos, e ainda hoje em certas partes do mundo, a história passava oralmente de geração em geração. E a voz do povo (“voz de Deus”), se é certo que aumenta um ponto, nunca inventa nada do zero, por isso as tradições nunca são mentirosas.
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Opinião
ADSE deverá acabar? Ou não será o contrário?
Viva Saúde Paulo Amado Médico Especialista em Ortopedia e Traumatologia Mestre em Medicina Desportiva Coordenador de Ortopedia do Instituto CUF Docente da Universidade Fernando Pessoa
Estimados leitores. Durante esta semana, alguém, causando incomodo a um Partido Político ao qual pertence, referiu que a ADSE deveria acabar e ser englobada no Serviço Nacional de Saúde. Bem, seria interessante assistir a esta verdadeira revolução, ou talvez hecatombe. O mais interessante é que estas afirmações vieram de um médico, político desde sempre, que provavelmente já não trabalha na saúde há muito tempo. É interessante como se pretende destruir o que está bem, englobando no que está mal. Como todos sabem, o doente com o subsistema ADSE, pode escolher entre o tipo de assistência publica ou privada, obrigando uns e outros a efetuarem assistência médica a preços muito controlados, obrigando a uma verdadeira competição de excelência de saúde em que só o doente tem a ganhar. Nada disso é permitido ao doente que tem só o SNS. Logo parece que o mais lógico, seria permitir aos
utentes do SNS ter direito a uma livre escolha de serviços de saúde entre público e privado tal como
com claros benefícios para os seus utentes. Aliás o que se passa no resto da Europa, por exemplo em
atualmente aos da ADSE. Só um lírico imagina que o atual SNS, conseguiria responder a mais cerca de 1 milhão e duzentos mil utentes da ADSE. Parece que os nossos hospitais públicos, que já vivem com muitas dificuldades, conseguiriam agora aguentar com mais esta quantidade enorme de doentes. Se é certo que a ADSE é vital para a sobrevivência, diria de quase a totalidade de hospitais privados, obriga no entanto que estes compitam em qualidade entre eles,
França, o doente é compensado por um valor base de uma consulta podendo escolher entre todo o tipo de assistência pública ou privada. Como somos um país que faz lembrar em muito o saudoso Samora Machel, que ele é que estava certo e os outros todos errados. Provavelmente, permitir aos utentes do SNS ter as mesmas condições de escolha do que os da ADSE, permitiria uma maior poupança em serviços de saúde, pois aliviaria os hospitais públicos da sobrecarga
atual, desde que houvesse um controlo de custos mais apertado, pois como saberão, em regra os serviços de saúde pagos por todos nós nos impostos, ficam mais económicos realizados por serviços privados, que nos públicos. Será que o sistema público deva desaparecer, óbvio que não. Deverá sim competir entre si e entre os privados, em que só os melhores continuariam a sobreviver. Em França, segundo um colega meu Especialista em Ortopedia, todo o utente do SNS francês recebe 23€ por comparticipação de uma consulta o que obriga a um controlo de custos. Quem quiser ir a um médico ou hospital que leve mais por uma consulta, poderá fazer, mas tem de pagar o resto, os outros se querem ter doentes, adoptam este preçário, com todas as vantagens de economia e qualidade de assistência. Será difícil fazermos os mesmo? Sim, não interessa a muitos que isso aconteça... Até breve, estimados leitores.
se poderia vislumbrar uma lógica integrada de fruição do rio, quer a jusante da albufeira, quer a montante. Mas o concelho de Gondomar é ao mesmo tempo premiado
pela riqueza do Rio Douro que o banha, e é também um dos seus mais importantes carrascos que o conspurcam. Refiro-me, sobretudo, ao péssimo contributo que dois outros rios oferecem ao audacioso rio internacional. Quer o Rio Torto, quer o Rio Tinto, ambos a desaguar na zona do Freixo, são afluentes que lançam todo o tipo de porcaria nas águas do Douro. A juntar-se a estes dois rios gondomarenses, temos ainda a Ribeira de Valbom, que diariamente despeja no Gramido um escandaloso e criminoso caudal de esgotos nauseabundos, sem que se vislumbre a menor preocupação por estes atentados ambientais. Urge pôr termo a esta barbaridade. Porque o Rio Douro merece que quem dele tanto beneficia, no mínimo lhe seja grato. Isto não pode ser. É a nossa vergonha, é um péssimo exemplo que os gondomarenses mostram a quem os visita, mas sobretudo a quem vive nesta terra...
Quem olha para os nossos rios? Bisturi Henrique Villalva
O concelho de Gondomar goza do privilégio de ter uma das maiores frentes de rio na marginal direita do Douro. Mais do que um privilégio, a marginal gondomarense do Rio Douro é uma riqueza económica, ambiental e cultural de elevadíssimo valor. Infelizmente, temos de reconhecer, um valor ainda muito pouco aproveitado e ainda menos potenciado. É certo que o passeio pedonal que liga o Freixo ao Gramido representou já um enorme passo no que ao ambiente e lazer diz respeito. Mas além de ter ficado incompleto o programa polis, cujo proje-
to inicial era muito mais ambicioso nesta vertente específica, há ainda muitas outras actividades que a frente de rio bem poderia acolher, mas que continuam esquecidas, e nem sequer se vislumbra que algo
venha a mudar nos próximos anos. Porque no mínimo impunha-se que o passeio pedonal e todos os demais equipamentos complementares se estendessem até à barragem de Crestuma. Só assim
28 VIVACIDADE JANEIRO 2013
Banda de Rio Tinto recebe medalha e menção honrosa Um ano após a celebração das bodas de diamante, a Banda S. Cristóvão de Rio Tinto (BSCRT) recebeu a medalha de mérito municipal grau Ouro, por parte da Câmara Municipal de Gondomar (CMG) e uma menção honrosa, por parte da Junta de Freguesia de Rio Tinto (JFRT) no dia em que completou 76 anos de existência.
O salão do Centro Social da Paróquia de Rio Tinto encheu, no dia 19 janeiro, para receber a BSCRT e todos os seus sócios, amigos e convidados que quiseram estar presentes para ver, ouvir e aplaudir a Banda Juvenil e a BSCRT. O 76.º aniversário da banda foi, para o presidente da Direção, Daniel Ribeiro, um dos pontos altos da história da coletividade. “Significou muito porque é mais um aniversário da banda e este é especial porque finalmente é reconhecida a honra ao mérito em que nós conseguimos que os
cinco proponentes de Portugal nos tenham felicitado. A Igreja, através da Bênção Papal, a República Portuguesa, através do Ofício de Felicitações, a Monarquia, através do Duque de Bragança a felicitar-nos, o Município, com a atribuição da medalha de mérito municipal grau Ouro e a Freguesia com a menção honrosa”, explicou ao Vivacidade. O presidente fez questão de frisar que estas distinções não são assim tão comuns. “São atribuições que não podem ser dadas só por dar. Tem que se ir buscar o mérito e penso que esta banda principalmente neste último ano teve uma ascensão muito grande que talvez tenha acelerado o processo.” Contudo, alerta. “A nossa
responsabilidade aumentou. A fasquia está alta e sentimo-nos mais responsáveis perante a população em geral. Queremos subir ainda mais. Gratificar o nome da cidade de Rio Tinto e o concelho de Gondomar onde estamos inseridos.” Na cerimónia, estiveram presentes o presidente da Assembleia Geral da BSCRT, Nuno Fonseca, o presidente da Direção da BSCRT, Daniel Ribeiro, o presidente da CMG, Valentim Loureiro, os vereadores da CMG, Castro Neves e Fernando Paulo, o presidente da JFRT, Marco Martins, Alzira Braga da Federação das Coletividades, a presidente do Orfeão de Rio Tinto, Alice Dias, o padre Vidi-
Valentim Loureiro concedeu à BSCRT a medalha de mérito grau Ouro
V
Texto: Ricardo Vieira Caldas
nha, o padre Camilo, o maestro Vítor Sousa e o maestro António Ventura. Nos próximos tempos a BSCRT continuará a fazer as roma-
rias normais e brevemente atuará em Tougues (Vila do Conde), na festa de S. Sebastião e no S. Brás, em Baguim do Monte, no dia 3 de fevereiro.
Excerto da proposta apresentada em reunião de Câmara A Banda São Cristóvão de Rio Tinto conta, já, com um valioso currículo artístico e é, hoje, uma Banda em clara ascensão no meio musical, possui uma excelente escola de música e desenvolve um projeto artístico de grande qualidade e de inestimável interesse público. Por tudo isto, é justo que a Câmara homenageie a Banda S. Cristóvão de Rio Tinto, pelo que proponho: - Que a Exmª. Câmara delibere atribuir a Medalha de Mérito do Município de Gondomar, Grau Ouro, à Banda S. Cristóvão de Rio Tinto, pelos relevantes serviços prestados, dignos de reconhecimento, na área da Cultura. Gondomar, 07 de janeiro de 2012 O Presidente da Câmara, (Maj. Valentim Loureiro)
VIVACIDADE JANEIRO 2013
29
Política: Vozes da Assembleia da República Medida Estímulo 2012 A análise aos primeiros seis me-
apoiados por trabalhadores apoiados.
mesmas, podemos verificar que o Es-
pontos que poderão contribuir para
ses de execução da medida Estímulo
Ora, se se encarar como resultado
tímulo 2012 apresenta os valores mais
uma utilização mais alargada desta
2012 apresenta um conjunto de resul-
da execução da medida não apenas o
elevados de desempregados abrangi-
medida, reforçando o combate ao de-
tados particularmente ricos, nomea-
seu grau de execução mas também o
dos, representando uma variação de
semprego e a dinamização da econo-
damente em termos de conclusões
número de contratações que já foram
70,8% no número de abrangidos face
mia nacional.
quanto a aspetos deste instrumento
efetuadas e até mesmo o número de
aos apoios diretos à contratação in-
de combate ao desemprego que pos-
postos de trabalho já aprovados na
cluídos na Iniciativa Emprego 2010.
sam ser aperfeiçoados com vista ao
fase de candidatura, conclui-se que
Para esta execução mais elevada
reforço do seu impacto.
a avaliação é positiva e que a medida
do Estímulo 2012 contribui, o facto
tem superado os níveis de execução
de a medida não obrigar à contratação
de outras com fins idênticos.
sem termo, apesar das restrições asso-
Os contornos específicos da crise económica que Portugal atravessa Margarida Almeida PSD
ciadas à criação líquida de emprego.
Na sequência da avaliação realizada, considera-se oportuno discutir-se a alteração de determinadas características da Medida Estímulo 2012. Estas alterações têm como obje-
ajudam a explicar a taxa de execução
Esta apreciação é relevante sobre-
da medida. É importante relembrar
tudo quando comparada com execu-
Apesar de não estar ainda evi-
tivo tornar mais eficaz o combate ao desemprego desenvolvido pela medi-
que a medida obriga à criação líquida
ções de programas similares em anos
denciado o impacto positivo que se
da, contribuindo para a promoção de
de emprego, um aspeto importante
anteriores, executados num ambiente
espera que possa decorrer da recente
vínculos laborais mais estáveis e para
para assegurar a melhor utilização
económico manifestamente mais fa-
entrada em vigor da medida de Apoio
a redução da precariedade no mer-
possível de fundos públicos e comu-
vorável do que o atual.
à Contratação via Redução da Taxa
cado de trabalho, aproveitando-se o
nitários escassos, evitando situações
Assim, tendo em conta os pri-
Social Única, cumulável com o Estí-
novo contexto resultante da reforma
de substituição de trabalhadores não
meiros seis meses de execução das
mulo 2012, estão identificados vários
da legislação laboral.
O Relatório e a reforma do Estado
Isabel Santos PS
Diante do relatório encomen-
corte ser da responsabilidade do Go-
mais pobres dos pobres - uma espécie
está a ser proposto são, unicamente,
dado pelo Governo ao FMI, para
verno, passando pela repetição de fra-
de assistência caritativa insensível e
cortes no Estado Social - na educação,
suporte do plano de corte de quatro
ses já usadas pelo Primeiro-ministro.
imprestável no combate às desigual-
na saúde, na proteção social.
mil milhões de euros em 2014, fui de
Enfim, nada de novo neste rec-
imediato assolada pela memória das
tângulo à beira-mar plantado, onde
Entretanto, o Governo persevera
que se afirma como alternativa de
palavras de alguém que, certo dia,
os conselhos dos técnicos aliviam
em denominar este plano de cortes de
governo e reduto de esperança e de
no meio das minhas hesitações no
qualquer consciência e tudo o que
reforma do Estado e repete insisten-
confiança para os portugueses, jamais
cruzamento e análise de uma série
vem de fora ganha logo outra credi-
temente o apelo hipócrita à participa-
poderá participar.
de indicadores, me disse que não me
bilidade.
ção do PS nesse debate. Pura falácia,
É claramente perceptível que sem
tão descarada que já nem o mais in-
crescimento não haverá consolidação
cauto dos cidadãos acredita nela.
das contas públicas. Que a persistên-
preocupasse porque “espremidos, es-
Nunca tive dúvidas de que a direi-
premidos, os números dizem aquilo
ta que nos governa está a aproveitar a
que se quiser”.
dades sociais.
Algo em que o PS, um partido
crise como aliada para a realização do
Não nego a importância de um
cia na receita da austeridade, experi-
Este relatório, em matéria da arte
seu programa ideológico, ganhando
debate profundo, mobilizador, parti-
mentada até aqui, apenas trará mais
de dizer o que se quiser, está cheia de
um lastro que de outra forma não te-
cipado e capaz de criar um alargado
desemprego e recessão económica.
“preciosidades, desde o agradecimen-
ria para a restrição das funções do Es-
consenso sobre uma reforma do Esta-
Só Passos Coelho e Vítor Gaspar
to aos diversos membros do governo
tado, o despedimento de funcionários
do. Sim, mas esse tem que ser um de-
parecem querer continuar a contra-
pela orientação dada, à referência ao
públicos e a redução do Estado Social
bate amplo onde devem ser analisadas
riar a realidade. Já não há relatório
facto da determinação do valor do
a uma proteção mínima dirigida aos
todas as funções do Estado e o que nos
que salve este Governo!
Resgatar a democracia
Catarina Martins BE
Desde que Pedro Passos Coelho e
Escolheu a entidade internacional pe-
Sejamos claros. Nada destas me-
Paulo Portas estão no governo a dívi-
rita na destruição das funções sociais
didas tem que ver com o crescimento
prego em 2012. Este Governo sonha com o país
da pública aumentou 25 mil milhões
do Estado e lá foram todos dizer ao
da economia. Apenas uma realidade
de 1972: analfabetismo, mortalidade
de euros. E os salários recuaram mais
que vêm. Está no documento (página
lhes interessa: aproveitar a crise para
infantil ao nível do terceiro mundo,
de uma década. São 1,4 milhões de
5): as propostas tiveram o contributo
aniquilar o Estado Social e baixar ain-
fome, medo e respeitinho. Mas é um
pessoas sem emprego, mais de meio
de todos os ministros do Governo. E
da mais os salários.
Governo tão podre, tão descredibi-
milhão sem qualquer apoio social.
de mais ninguém. Ou seja, o estudo
Esta maioria já impôs à popula-
lizado, como as ideias que defende.
São trabalhadores e trabalhadoras
é do Governo. E é claro nas inten-
ção portuguesa a maior carga fiscal
Chegou pois o tempo de devolver ao
que não conseguem pagar a casa, a
ções: cortar ainda mais nas pensões,
da Europa e o Estado com menos ca-
povo a decisão sobre o rumo do país.
luz, a comida. PSD e CDS não des-
aumento das taxas moderadoras na
pacidade de resposta às necessidades
Para que a crise possa ser superada.
cansam enquanto o povo não estiver
saúde, até que seja mais barato ir à
das pessoas: impostos sim, mas para
Este é um momento das escolhas
todo condenado à esmola da carida-
urgência num hospital privado do
entregar à finança. Gastamos já mais
difíceis: defender o Estado Social, de-
de.
que num público, aumentar horários
em juros do que no Serviço Nacio-
nunciar o Memorando com a troika,
O projeto da direita é o empobre-
de trabalho, cortar salários, aumen-
nal de Saúde. Entregaram à banca,
reestruturar a dívida para cortar na
cimento, escondendo-se sempre atrás
tar propinas no Ensino (que são já as
desresponsabilizando os acionistas
despesa e criar emprego, controlar o
das entidades internacionais. O Go-
mais altas da Europa), despedir aos
privados, mais do que custa toda a
crédito para relançar o investimento,
verno encomendou agora ao FMI um
milhares, aumentar a idade da refor-
Escola Pública. Custam mais o BPN
recuperar salários e pensões. Resgatar
estudo que dissesse o que quer fazer.
ma, cortar o subsídio de desemprego.
do que todos os subsídios de desem-
a democracia.
30 VIVACIDADE JANEIRO 2013
Política: Vozes da Assembleia da República / Vozes de Rio Tinto O centralismo e a “Praça”...
Vera Rodrigues CDS
A concentração da tomada de deci-
Produção do Norte da RTP, não perca
tualmente tem necessidade de receber
informação. Ter informação que é pro-
sões em Lisboa e a perda de autonomia
de modo algum o seu protagonismo
indemnizações compensatórias para
duzida no Norte, é também garantia de
da região Norte, é um tema que desde
e as suas competências, bem como a
ser viável - então a recomendação é
participação de entidades e personali-
há muitos anos incendeia ânimos e
sua preponderância, na grelha de pro-
que se continue a apostar no Centro
dades com intervenção na sociedade
proporciona calorosas discussões, quer
gramação da televisão pública. Isto
de Produção do Norte. Mas o debate
civil, nas empresas, nas universidades,
entre os partidos políticos, quer na so-
aplica-se à produção de conteúdos em
sobre a matéria, é bem mais profundo
nas instituições sociais. Que conhecem
ciedade civil. Foi o que aconteceu nas
geral, mas também à componente de
e alargado. A garantia de serviço pú-
a nossa região e cujo contributo críti-
últimas semanas, em relação à RTP, e
Informação. Nos estúdios do Monte da
blico, reflectida na nossa constituição,
co constitui fonte relevantíssima para
concretamente, a propósito da desloca-
Virgem, há capacidade para produzir a
passa pela diversidade de conteúdos
uma tomada de decisão mais acertada
ção da produção do programa “Praça
um custo mais baixo do que em Lisboa
programáticos, pela capacidade de dar
e ponderada, sobre temas que dizem
da Alegria”, dos estúdios do Monte da
e há uma grande qualidade de recursos
a conhecer projectos e iniciativas que
respeito Norte, mas têm impacto inevi-
Virgem para Lisboa... Na Assembleia
técnicos e humanos, que não podem
de outra forma não teriam possibilida-
tável no país. Porque se o Norte perde,
da República, todos os partidos apre-
ser desperdiçados e desvalorizados. Se
de de se dar a conhecer. O debate passa
o país como um todo também perde.
sentaram projectos de resolução, no
nos quisermos focar num critério pu-
também pelo estímulo à coesão social
Se o Norte ganha, é o país inteiro que
sentido de recomendar ao governo a
ramente economicista, para a gestão
e territorial. E não pode esquecer a di-
sai beneficiado. Está oficialmente aber-
devida atenção para que o Centro de
de uma empresa como a RTP -que ac-
versidade de opiniões e o pluralismo na
to o debate sobre o centralismo.
A “Praça da Alegria” deve continuar no Norte O Conselho de Administração da
dãos, por parte da RTP, como também
Aliás, quando esta intenção foi
Administração da RTP em transferir
RTP pretende transferir para Lisboa a
tem vindo a permitir que esta empresa
tornada pública, multiplicaram-se as
o programa “Praça da Alegria”, bem
produção de vários programas, nomea-
consiga uma missão de maior proxi-
vozes de protesto e indignação e o as-
como qualquer outro produzido no
damente o programa “Praça da Alegria”,
midade às regiões e desta forma cami-
sunto chegou mesmo a ser objeto de
Centro de produção da RTP do Porto
que desde o seu inicio foi produzido no
nhar no sentido de uma maior coesão
debate no plenário da A.R.
para a RTP de Lisboa…”
Centro de Produção da RTP-Porto.
nacional e contribuindo para o cresci-
A “Praça da Alegria” é um progra-
José Luís Ferreira PEV
mento económico e social do país.
Para além das várias ações de pro-
Ora, uma vez que não se vislum-
testo, debates e tomadas de posição,
bram quaisquer razões que justifiquem
contra esta pretensão, também vários
a transferência do programa “Praça da
órgãos autárquicos se manifestaram.
Alegria”, ou qualquer outro produzido
ma diário com um público generalista,
Acresce ainda que não existem
que conhece um sucesso assinalável a
quaisquer justificações de natureza
nível nacional e tem vindo a constituir
económico-financeira para a transfe-
A Assembleia Municipal do Por-
no Centro de produção da RTP- Porto
um excelente veículo de divulgação da
rência da “Praça da Alegria” ou de ou-
to aprovou, sem votos contra, uma
para a RTP de Lisboa, “Os Verdes” le-
Região Norte do País, das suas ativida-
tros programas do Porto para Lisboa.
moção proposta pela CDU contra o
varam, na semana passada, a plenário
possível “encerramento do Centro de
da A.R., uma iniciativa legislativa no
Produção do Norte” da RTP…”
sentido de recomendar ao Governo as
des económicas, das suas gentes, dos seus costumes e das suas culturas.
De facto, juntamente com o “Jornal da Tarde”, também produzido no
Por outro lado, o Centro de Pro-
Centro de Produção da RTP-Porto,
A A.M. de Vila Nova de Gaia,
diligências necessárias que garantam
dução da RTP-Porto, tem contribuído
a “Praça da Alegria” encontra-se no
aprovou um documento, através do
a manutenção da Produção de Infor-
em muito, não só para o cumprimento
“Top três” dos programas mais rentá-
qual os eleitos afirmaram “a sua fron-
mação e de Programas do Centro de
do serviço público prestado aos cida-
veis do serviço público de televisão.
tal oposição à anunciada intenção da
Produção da RTP no Porto.
século passado.
descontentamento, quer dos autarcas
tamos expectantes quanto á reação
Autárquicas 2013 Muito distante do tal prometido
Conceição Loureiro PS Rio Tinto
ponto de viragem na crise, 2013 pers-
Será um quadro demasiado negro
quer das populações, independen-
dos principais interessados. Os Parti-
pectiva-se como o ano de todas as
para ilustrar os tempos que vivemos.
temente de filiações ou simpatias
dos agitam-se e preparam o comba-
incertezas. Incerteza, quanto á estabi-
Uma descrição de puro pessimismo,
partidárias, perante uma Lei que em
te, procurando escolher de entre os
lidade política caso não se verifique a
mas não. É a realidade dos factos e
nada contribui para a diminuição da
seus pares, aqueles que consideram
execução orçamental, na qual já nin-
não a encarar é viver na ilusão. Urge
despesa pública ou para o aumento
mais capazes de protagonizarem essa
guém acredita, incerteza, quanto aos
que o Povo acorde. Se una contra es-
da proximidade aos cidadãos, isto é, a
mudança. O Partido Socialista não
efeitos que o brutal aumento do custo
tas políticas e, em uníssono, grite um
Lei da Reorganização Administrativa
é exceção. E porque age em função
de vida vai produzir nas famílias e
estridente NÃO, que ecoe por todo o
do Território das Freguesias. Duvida-
da razão e do coração, porque tem
no modo de vida dos portugueses e,
Portugal.
-se, da eficácia da sua aplicação. Do
sempre as pessoas em primeiro lugar,
incerteza se, apesar de tanta auste-
Em 2013 também teremos elei-
que ninguém duvida, é de que estas
escolheu para Gondomar um candi-
ridade, vai ser possível encontrar os
ções autárquicas e, estas, poderão
eleições decorrerão sob o signo da
dato que se preocupa com os proble-
tais quatro mil milhões de euros, ne-
mesmo vir revelar-se como sendo um
mudança, tanto nos Concelhos como
mas das pessoas e da sua qualidade
cessários á correcção do falhanço das
dos factos políticos mais importantes
nas Freguesias. Em Gondomar, um
de vida. Um candidato, que quer fa-
previsões do ano findo.
do ano, na medida em que, além de
Concelho que desde há muito põe
zer de Gondomar um Concelho em
Há porém, uma certeza: todos
permitirem aferir dos reflexos que o
em causa as velhas estruturas e ape-
que o progresso e o desenvolvimento
iremos ficar mais pobres, mais tristes
desgaste e a ação do governo tiveram
la a transformações sociais, econó-
caminhem de mãos dadas, apagando
e mais deprimidos. A violência e a in-
na campanha e nos resultados eleito-
micas e culturais, ela será grande: o
as marcas do subúrbio e do dormitó-
segurança continuarão a aumentar e
rais, especialmente para os partidos
Município mudará de mãos, algumas
rio da grande cidade. Finalmente, um
o nível de vida a regredir para índices
da coligação, também nos irão dar a
Freguesias o seu território, quiçá, a
candidato que quer fazer dos Gondo-
semelhantes aos da década de 80 do
conhecer de que forma se traduziu o
sua própria identidade. Todos es-
marenses gente feliz.
VIVACIDADE JANEIRO 2013
31
Política: Vozes de Rio Tinto Parabéns ao Associativismo Riotintense!
Maria José Guimarães PSD Rio Tinto
O Movimento Associativo Riotin-
duas coletividades atuando conjun-
Festival de Teatro da Cidade de Rio
no Voluntariado ou no Desporto.
tense está de parabéns por todo o seu
tamente em palco, demonstra uma
Tinto, organizado pelo Grupo Dramá-
Venham ocupar os vossos tempos
desempenho nas várias vertentes que
atitude nobre, de maturidade cívica
tico Beneficente de Rio Tinto e a cujos
livres e fazer parte desta família (as As-
o compõem, Cultural, Desportiva, Re-
e artística, um exemplo a seguir por
espetáculos assisti e pude testemunhar
sociações) onde sereis valorizados pe-
creativa e Social.
outros, nomeadamente, os políticos
o interesse e a elevada participação dos
las vossas capacidades artísticas, inte-
Neste contexto, é com alguma
que deveriam exercer os cargos para
riotintenses, ávidos de cultura, pois
lectuais, desportivas e aqui afirmareis
emoção que dou os parabéns, quer a
os quais o povo os elegeu colocando
todas as apresentações tiveram casa
certamente, os valores de boa cidada-
todos os grupos que participaram no
sempre acima de todos os interesses, o
cheia.
nia bem como as qualidades humanas
XI Encontro de Janeiras de Rio Tinto,
Melhor para as populações.
Assim, por achar que o Associa-
que vos caraterizam, crescereis melhor
organizado pela Associação Folclórica
Parabéns também ao Orfeão de
tivismo é uma importante escola de
sentindo-vos úteis à sociedade de que
Cantarinhas da Triana, quer ao Orfeão
Rio Tinto e à Banda Marcial de São
vida, faço, a partir daqui e repetirei por
sois parte integrante e assim tereis
de Rio Tinto e à Banda Marcial de São
Cristóvão de Rio Tinto, pelos seus 20
onde passar, um apelo aos jovens para
um papel ativo no desenvolvimento e
Cristóvão que nos brindaram com um
e 76 anos de vida associativa, respeti-
a descoberta do Associativismo. Pois,
crescimento da vossa cidade do futuro,
excelente concerto de Ano Novo no
vamente.
Auditório Municipal de Gondomar. A parceria estabelecida entre estas
jovens riotintenses, procurem a Asso-
uma cidade que todos queremos mais
Outro interessante acontecimento,
ciação com que mais se identificam,
inclusiva, mais dinâmica, com mais
recente, que também felicito foi o 13º
seja no Teatro, na Música, na Dança,
oportunidades para todos.
Ou destruímos esta dívida ou ela destrói-nos a nós Está marcado um novo encontro
tante é também a análise evolução da
bancário às empresas diminui 13 mil
está a acontecer não é nada disto: nem
nacional para discutirmos a auditoria
dívida e o seu crescimento até hoje,
milhões de euros desde Maio 2011 e só
diminui a dívida, nem há crédito para
à dívida. O que se pretende com a au-
a níveis de mais de 120% do PIB, e a
a região Norte Conjuntura da CCDRN,
a economia.
ditoria é saber qual a dívida pública, do
análise da sustentabilidade da dívida,
a quebra do financiamento à economia
Esta dívida e o peso que tem o ser-
Estado, as suas maturidades (quando
ou seja, com uma dívida de 120% do
foi superior a 8% relativamente a 2011).
viço da dívida - o que o estado paga de
se vence) e a quem é que devemos, mas
PIB a determinada taxa de juro, saber-
Com o governo PSD/CDS-PP há
juros - é insustentável e por isso tem de
também as causas do endividamento
mos se estamos ou não numa espiral
um colossal crescimento da dívida:
haver um processo que leve à diminui-
público. Precisa de ser feita uma aná-
de endividamento suportável. A dívida
em dezasseis meses de governo (entre
ção desse peso para os contribuintes
lise ao endividamento público, onde e
funciona como bola de neve, ela é in-
julho de 2011 e novembro de 2012) a
portugueses. Por outro lado, a impo-
porquê é que se fizeram dívidas.
sustentável para o país e por isso tem
dívida cresceu 27.280 milhões de eu-
sição de baixar o PIB (empobrecer o
de ser restruturada.
Será por um lado importante Rui Nóvoa BE Rio Tinto
ros, mais de 1,7 mil milhões por mês,
país, como confessou Passos Coelho)
mostrar qual foi a evolução da dívida
Desde a entrada da troika e deste
56 milhões de euros/dia ou 2,3 milhões
que está associada aos empréstimos da
e qual é a sua composição, ou seja, a
governo PSD/CDS-PP, a dívida pública
por hora. É um aumento brutal da
troika, está a corroer os fundamentos
quem é que estamos a dever dinheiro.
portuguesa disparou 27 mil milhões de
dívida pública. Quando um governo
do Estado Social e a nossa economia
Houve uma alteração dessa composi-
euros!!!
obtém um empréstimo é suposto utili-
em geral. Esta recessão está a matar a
ção: há um ano atrás era apenas uma
Também o sistema financeiro, ape-
zá-lo para amortizar a dívida e para in-
economia. Tem que se parar esta polí-
pequena componente que era devida
sar dos dinheiros públicos injetados
vestir no melhoramento da capacidade
tica do governo PSD/CDS-PP que está
à troika, mas os empréstimos do BCE/
(mais de 7 mil milhões de euros), não
económica do país, para aumentar a
a atacar os trabalhadores e pensionis-
EU/FMI têm ganho espaço dentro do
concede o indispensável crédito às ati-
produção e poder cumprir mais facil-
tas, a destruir o país.
endividamento público. Muito impor-
vidades produtivas (o financiamento
mente o serviço da dívida. Ora o que
O povo tem de tomar a palavra!
“Desafios para uma nova estratégia nacional”
Luís Pedro Mateus Juventude Popular
Por entre casos politiqueiros re-
parecem ainda não ter abandonado
a traçar grandes estratégias nacionais
ser objeto de análise profunda. Quan-
correntes que pouco ou nada interes-
aquilo que o Professor Adriano Mo-
e governados habituaram-se a segui-
do passada mais uma de muitas tem-
sam à definição premente do futuro
reira apelida de lógica de “cadeia de
-las de forma exageradamente distan-
pestades na longa história da Nação,
da nação, paira a inquietante sensação
comando”, tradicional e vigente na
ciada e, não raramente, desinteressa-
importará lançarem-se novas bases
de que, nesta secular leitura e escrita
Nação desde a sua fundação. Dos
da. Aqui reside o foco de sentimentos
para uma lógica aparentemente desa-
da nossa história, nos temos, nas úl-
grandes conceitos estratégicos nacio-
latentes de falta de representação ou
fiadora: uma de “cadeia de comando”
timas décadas, perdido com notas de
nais, fomos do da Independência para
de eficaz participação da sociedade
e de planos nacionais mais longe da
rodapé.
o da Reconquista. Do da Índia para o
civil na coisa pública, foco que não
restrita esfera das elites governamen-
É certo que toda a dinâmica co-
de Marrocos, gorado juntamente com
tem estado na linha do debate polí-
tais, mais abrangente, mais nas mãos
mercial dos media, que é de consumo
a soberania. Depois, a restauração e o
tico - desde logo no aprofundamento
de cada indivíduo e profundamente
sequioso pelo espetacular, mediato e
Brasil. O de África morre em 1974 e,
e estudo do sistema eleitoral e vícios
alicerçada nos seus próprios anseios
acessório contribui em larga escala
depois de breve período de redefinição
que tem perpetuado - e que muito
de realização e intrínseca compreen-
para este estado de espírito, com os
do alinhamento nacional na Europa e
tem contribuído para a gradação de
são da interdependência entre o que o
políticos a adaptarem-se às regras do
no mundo, vem o da plena integração
instabilidade e incerteza estrutural do
mesmo, como indivíduo, providencia
jogo, dependentes que estão dos me-
Europeia, alcançado em 1986. Depois,
sistema democrático.
e recebe da sociedade e Nação onde
dia e do que estes entendem como
o objetivo do Euro, também ele atin-
Num panorama atual em que os
se insere, e da mesma como garante
matéria consumível.
gido. Nesta dinâmica secular, ambos
próprios conceitos de soberania na-
final do seu direito à persecução de
Independentemente dos partidos,
os lados do pêndulo se acostumaram
cional estão sujeitos a constante rede-
um projeto de felicidade e sucesso
praticamente todos os intervenientes
à praxis: Governantes habituaram-se
finição, estes focos de incerteza devem
pessoal.
32 VIVACIDADE JANEIRO 2013
Política: Vozes de Rio Tinto / Vozes de Baguim do Monte Por uma Loja Andante em Rio Tinto!
Aderito Machado PCP Rio Tinto
Na última Assembleia de Fregue-
moedas, originando problemas aos
Metropolitana do Porto que não tem
são os mesmos, são aqueles que apro-
sia de Rio Tinto, apresentamos uma
utentes que não possuem conhecimen-
essa estrutura. Porto, Matosinhos, Gaia,
varam e continuam a aprovar leis na
proposta, que chamava à atenção de
to suficiente para prosseguir viagem.
Póvoa, Maia, e até a Trofa, que ainda
Assembleia de República, que prejudi-
vários assuntos relacionados com o
Mais recentemente foram divulgados
não tem Metro, têm Loja Andante. Em
cam tudo e todos e cujo alvo principal
Metro, que tinha como principal obje-
números referentes aos transportes,
relação ao comboio a situação é idênti-
continuam a ser o Estado social e os
tivo a abertura de uma Loja Andante na
assinalando que a Linha Laranja teve
ca, há bilheteira Andante em Espinho,
serviços públicos essenciais, afectando
nossa cidade, tendo esta sido aprovada
um aumento da procura de 7,8%, to-
Porto, Ermesinde e Devesas. Rio Tinto
dessa maneira as pessoas, que têm cada
por unanimidade. O documento abor-
talizado mais de 2,6 milhões de vali-
parece não fazer parte do mapa! O PCP
vez mais necessidade de a eles recorrer.
da entre outras, a falta de informação;
dações em dois anos. A sua divulgação
continuará atento aos principais pro-
Finalmente “louvamos” a colocação de
multas aplicadas a utentes que seguem
vem dar a razão à nossa iniciativa. A
blemas da Freguesia, mas promete que
placas a indicar a Capela de Nosso Se-
viagem, quando a máquina validadora
implementação de uma Loja Andante
não fará pausa na sua luta contra a polí-
nhor dos Aflitos-Triana, que chegaram,
está avariada; necessidade de emissão
na nossa cidade, seria fundamental no
tica que está a empurrar os portugueses
quase em final de mandato. Esperemos
automática do recibo no ato da aquisi-
apoio a todos aqueles que se servem
para o empobrecimento. É necessário
que ainda haja tempo para a colocação
ção do título e emissão de 2.ª via, quan-
deste importante meio de transporte e
que estejamos atentos ao que será dito
de passadeiras para peões na Rua da
do solicitada. Por vezes há máquinas
poderia dar resposta as várias situações
durante a campanha para as autarquias
Triana e na Trav. Nova Giesta, entre ou-
que não se encontram em pleno fun-
aqui descritas. A implementação dessa
locais, que já se começa a sentir, ao do-
tras, já há muito solicitadas pela CDU à
cionamento, devido à falta de trocos,
estrutura, seria um acto de justiça, já
brar de cada esquina… É que não há
Junta de Freguesia e à Câmara, a quem
indisponibilidade de pagamento em
que Rio Tinto é a única cidade da Área
partidos nacionais e locais! Os partidos
cabe essa competência!
Afundamento do Estado e do país
Miguel Martins PEV Rio Tinto
Os portugueses ainda agora come-
afundamento do Estado, com a redu-
apalpar terreno, um novo agravamento
ços de água, saneamento, entre outros,
çam a sentir o brutal/colossal aumento
ção dos serviços essenciais de âmbito
fiscal do IVA, através da eliminação da
propondo a sua abolição e consequen-
de impostos, delineado no Orçamento
social como a saúde, educação e segu-
taxa intermédia de IVA, ou seja passan-
temente um aumento significativo do
do Estado para 2013, aprovado pelo
rança social. Ora o PSD e CDS falam de
do os bens e serviços que são taxados
imposto. Se os portugueses face à situa-
CDS-PP e PSD, já o governo em con-
despesa do estado, como se esta fosse
a 13% para a taxa máxima. Por outro
ção económica tem reduzido o consu-
junto com o seu bode expiatório, a
um monstro. Se por um lado há despe-
lado, pretendem também o aumento
mo de bens e serviços, nomeadamente
Troika/FMI ou a Troika em conjunto
sa que é devida e tem de existir, por ou-
de alguns bens e serviços que se en-
os que se enquadram na taxa máxima
com o governo, preparam um novo
tro existe despesa que é indevida e essa
contram na taxa reduzida de IVA (6%).
de 23%, não admira que este governo
pacote de impostos e uma redução
é para se por de lado, como por exem-
Aliás, seguindo a mesma tendência das
venha no futuro próximo tentar aplicar
das funções do estado tendo como
plo a despesa com os submarinos e o
políticas comunitárias. A própria Co-
um novo aumento da taxa de IVA dos
justificação a situação económica, essa
BPN que se tornou insustentável para
missão Europeia lançou uma consulta
bens e serviços basilares como sendo a
mesmo “produto” das opções políticas
o bolso de todos nós. Paralelamente o
pública para a revisão dos regimes das
água e o saneamento, conforme ocor-
desta maioria que tem (des)governado
governo com a troika ou a troika com
taxas reduzidas de IVA, actualmente
reu em 2011 com o aumento do IVA
o país. A tão propalada reforma, refun-
o governo, já que é difícil separar as
em vigor na prestação de bens e servi-
na electricidade, que agravou a vida de
dação do Estado mais não é do que o
águas, planeiam, ou pelo menos tentam
ços essenciais como é o caso dos servi-
muitas famílias e empresas.
A dança dos candidatos!!
Maria Alzira Rocha CDS Baguim do Monte
Começou a festa das eleições au-
tro lado, com tantas pessoas afastadas
candidatos potenciais, não falta quem
seja, arriscamo-nos a ter montes de
tárquicas de 2013. Os candidatos perfi-
dos partidos, então para que eles ser-
pergunte: Onde está o meu candidato?
candidatos e não conseguir em cons-
lam-se e não deixa de ser muito interes-
vem? É que as listas que têm vindo a
É que, quem não acredita num sistema
ciência votar em nenhum! Mais, a nos-
sante observar a gestão do processo por
ser anunciadas por independentes são
politico em que se criam dependentes
sa responsabilidade enquanto cidadãos
parte dos partidos e forças que vão ser
lotadas de pessoas com cartões de par-
sociais, vai ter imensa dificuldade em
está a ser gorada, pois não será nossa a
participantes. Ao mesmo tempo a con-
tidos e as listas de candidatos que têm
votar num candidato apoiado por um
obrigação de ser capaz de apresentar
tra informação é permanente, ouvin-
vindo a ser anunciadas pelos partidos
partido que os defende (excluindo as-
soluções, especialmente se as que se
do-se falar dos mais diversos possíveis
estão lotadas com pessoas indepen-
sim logo toda a esquerda e metade dos
apresentam não nos satisfazem. E onde
candidatos independentes, pois afinal
dentes. Ou seja, a lógica política está ao
candidatos potenciais) e quem acredita
estão essas soluções? Espero poder da-
parece fácil a obtenção de assinaturas
contrário, pois os políticos assumem-se
nos valores habitualmente mais as-
qui a um mês dizer-vos que afinal há
de suporte. A ser verdade o que tenho
como independentes e os independen-
sociados ao centro esquerda e direita
um candidato que defenda os nossos
ouvido, então vamos ter oito candida-
tes assumem e procuram ter cargos po-
como a social-democracia, a liberali-
valores. Enfim, muita definição vai
tos a presidente da camara de Gondo-
líticos relevantes. E as direcções nacio-
dade ou ainda da democracia cristã vai
ainda ocorrer, mas não há duvida que
mar. Dois da área dos independentes,
nais das organizações partidárias não
ter muita (mesmo muita) dificuldade
vamos precisar de estruturar e orga-
dois da área dos socialistas, um ou dois
fazem nada? É que ter concorrência
para escolher entre os candidatos que
nizar muito bem as próximas eleições
do PSD e/ou do CDS/PP e um ou dois
dos próprios militantes não me parece
se têm perfilado, pois vão-se recusar
para garantir que todas as pessoas
dos partidos da esquerda. Sem ser nada
uma coisa saudável, mesmo quando
a votar em alguns por causa das asso-
podem escolher livremente quem vai
de radical, haver oito pessoas que se diz
são pessoas com identidade política
ciações do passado e noutros por causa
presidir aos destinos da nossa cidade e
quererem trabalhar para os gondoma-
semelhante, e como se viu nas últimas
dos compromissos que se sabe estarem
município. O CDS vai continuar a tra-
renses é um bom sinal para a qualidade
autárquicas, o resultado para os parti-
por trás da sua escolha, o que implica
balhar para promover um país melhor
das eleições que se aproximam. Por ou-
dos nunca é bom. E mesmo com tantos
uma enorme fraqueza à entrada. Ou
e com pessoas melhores.
VIVACIDADE JANEIRO 2013
33
Política Silvino Paiva
Presidente da Junta de Freguesia de Covelo
“Temos na nossa junta de freguesia uma técnica que colabora juntamente com outras técnicas de diferentes freguesias para, em conjunto, resolver as diversas carências existentes na freguesia, nomeadamente a nível escolar, financeiro e apoio alimentar. Criou-se um banco de recursos -“Ser Solidário” - no sentido de auxiliar todas as pessoas que residem na nossa freguesia, e que se encontrem em situação de carência alimentar. Anualmente promove-se uma feira biológica, no sentido de divulgar a agricultura biológica dos nossos produtores agrícolas e incentivamos a sua venda na referida feira, o que tem sido um sucesso. Mas a nossa principal carência e pela qual nos temos debatido são os idosos, pois na freguesia temos uma percentagem elevada, e não tendo instalações para os recolher, estes têm de se deslocar as freguesias vizinhas. A nível de infraestruturas temos ainda só a funcionar 50% do saneamento, pretendemos fazer a ligação entre Leverinho/Jancido, assim como também ligar a freguesia de Covelo/Aguiar de Sousa. Para além de algumas obras já concretizadas, temos o enrocamento da rua combatente Rolando Santos Pinto e estão outras em processo de finalização.”
Isidro Sousa
Presidente da Junta de Freguesia de Foz de Sousa
“Neste espaço, foi-me dada a possibilidade de referenciar e comentar as principais carências com que se defronta a freguesia da Foz do Sousa ao nível social e ao nível das infraestruturas. Ao nível social, todos sabemos que em freguesias como a nossa com capacidade financeira muito limitada, o papel da junta baseia-se no apoio material e logístico possível às instituições de solidariedade social instaladas na freguesia e paralelamente à referenciação e encaminhamento de novas situações de carência que surjam ou cheguem ao seu conhecimento. Temos três instituições que desenvolvem um trabalho diferenciado, mas complementar entre si e que felizmente, se tem revelado suficiente para as necessidades: o Centro Social, a Liga de Amigos do Centro de Saúde e a Associação de Reformados e Pensionistas. Em meu entender, as carências a nível social prendem-se com a falta de espaços de lazer públicos próprios para atividades lúdicas, recreativas e culturais, potenciadoras do convívio social inter-geracional fundamental para contrariarmos o isolamento que as sociedades modernas nos querem impor. Ao nível das infraestruturas, a rede viária é aquela que necessitaria de uma intervenção mais profunda. Na sua generalidade é de conceção antiga, em grande parte com deficientes condições de circulação e onde existem vários locais já sinalizados como “pontos de estrangulamento”, que condicionam ou impedem a circulação normal de alguns veículos e afetam a mobilidade da freguesia, sendo a sua sinalização ou a falta dela outro grande problema desta rede. Outra infraestrutura é o Cemitério de Compostela que urge concluir. Considero também urgente em termos de infraestruturas a conclusão da rede de saneamento básico. Certamente muitas outras questões poderiam fazer parte das nossas preocupações e prioridades, porque as carências são muitas. E apesar dos esforços e boas vontades de muitas pessoas e entidades que intervêm nestes processos é sempre muito difícil a sua execução. Resta-nos continuar a trabalhar com o objetivo de o conseguir.”
Medidas para Covelo/Foz de Sousa “Falando já na união de freguesias Foz do Sousa e Covelo, é nossa intenção descentralizar o atendimento social por forma a irmos ao encontro das pessoas e não esperar que as pessoas tenham que vir à sede do concelho para se inscreverem nos vários programas e poderem aceder às medidas sociais. Digamos que a medida mais inovadora é esta, do ponto de vista social, e depois manter a linha de atuação que temos tido dos programas no âmbito do apoio às pessoas mais carenciadas e naturalmente que depois todas as medidas de apoio à primeira infância, vítimas de violência doméstica, desigualdades de géneros, mas com a descentralização atenderíamos no próprio território todas as pessoas da união de freguesias. Relativamente às medidas às medidas mais materiais, uma das medidas que temos como prioritária será a ligação da autoestrada, do IC29, A43, na saída de Gens até à ponte de Trabaços por forma a fazer a ligação aos principais lugares da freguesia. Também como primeira medida – que não nos parece que terá um impacto muito forte mas que será interessante para a população - seria a construção de passeios de Ferreirinha a Sousa para permitir um percurso pedonal. Queremos aproximar a população do espaço urbano e aproveitar os espaços existentes. Depois seria também o estudo para a construção de uma pista de pesca, numa das margens do rio Sousa ou do rio Ferreira. A pesca é uma modalidade desportiva que atrai e tem em Gondomar bastantes praticantes e
seria uma forma de termos um local adequado para dinamizar a economia local. Numa perspectiva também de Foz do Sousa – Covelo, seria o estudo para a eventual requalificação da antiga linha de carvão de Midões. Acaba por fazer a ligação de S. Pedro da Cova a Foz do Sousa e Foz do Sousa a Covelo. Esta é já uma expectativa antiga da população. Depois também, diligenciarmos junto das Águas do Porto para a construção de um fluviário na antiga Central de Captação, para o repovoamento de larvas de lampreia e outras espécies. Estando a central classificada como imóvel de interesse público é importante encontrar um destino para aquele imóvel. Depois também a classificação da praia fluvial de Zebreiros. Nos últimos anos as análises que têm sido realizadas têm vindo a melhorar e portanto parece-nos que depois da designação da praia da Lomba poderíamos investir na classificação da praia de Zebreiros.”
“O território constituído pela futura União de Freguesias de Covelo e Foz do Sousa carece em termos de infraestruturas de completar a rede de drenagem de águas residuais - vulgarmente designada como saneamento - pois, não obstante em parte das freguesias a rede já estar executada, após a instalação de coletores na via pública, falta ainda proceder à ligação até à estação de tratamento de águas residuais respetiva. Ou seja, o que está instalado nos arruamentos, não serve neste momento para nada. Este é aliás um problema comum no alto concelho de que Medas e Melres são outro exemplo. Também é necessário proceder-se à deslocalização do posto territorial da GNR. Não faz sentido que a GNR esteja sediada em Gondomar (S. Cosme) e sirva as Freguesias de Jovim, Foz do Sousa, Covelo, Medas e Melres, sendo provável que Jovim venha a passar para a área de jurisdição da PSP devido à agregação. Por uma questão de acessibilidade, de centralidade geográfica, de concentração populacional e consequentemente de qualidade e celeridade da resposta às populações, o posto da GNR deverá passar para o território de Covelo/Foz do Sousa, servindo aquelas duas freguesias e bastante mais próximo de Medas e Melres. Esta é uma proposta de ganhos óbvios de eficiência e de redução de custos. Em termos de ações imateriais, ou seja, de medidas políticas e não de obras em concreto, serão
prioridade do PS neste território, resolver o problema de ordenamento, permitindo a construção em mais terrenos e a instalação de indústria, nomeadamente aproveitando as novas acessibilidades - A41/ A43 - e os nós de ligação - a saída da rotunda em direção a Gens e Covelo tem que ser melhorada e alargada - para que possam ser criados postos de trabalho para a população. A Câmara terá que ser, através do gabinete do empreendedorismo que será criado, um fator de atracão e apoio à criação de novos empregos. É também essencial valorizar os recursos naturais, aproveitando os 9,5 km de marginal do rio Douro, através da oferta turística e aproveitar a confluência dos rios Sousa e Ferreira para criar o parque metropolitano ambiental, recuperando equipamentos como a central de captação, estação elevatória de água da Foz da Sousa.”
34 VIVACIDADE JANEIRO 2013
Núcleo Sportinguista quase com 11 anos
Menita Rocha lança primeiro CD de fado
O Núcleo Sportinguista de Gondomar, em Rio Tinto, vai organizar uma festa para celebrar o 11.º aniversário da coletividade. A festa terá lugar na Sede do Núcleo, pelas 12h, com a concentração de convidados, seguida de um almoço convívio pelas 13h30.
“Foi uma homenagem post morten ao meu santo pai.” É a descrição que faz Menita Rocha do lançamento do seu primeiro CD de fado intitulado de “Em memória de meu pai” que decorreu no dia 15 de dezembro na sala de espetáculos do Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto (GDBRT).
O núcleo conta, até agora, receber na sua sede para o evento, algumas personalidades do Sporting, nomeadamente Isabel Trigo, Pedro Gomes, Carlos Lopes, Augusto Inácio, Nelson Alves, Menezes Rodrigues, Zeferino Boal, Lili Laranjo e Bruno Carvalho. “Ainda não nos foi comunicado quem da direção do Sporting virá em sua representação, mas é certo que virá alguém”, referiu Sónia Gonçalves do núcleo que acrescenta que também contam com
O espaço foi pequeno para as centenas de pessoas que assistiram à ‘Grande noite de Fados’ que tinha como principal propósito o lançamento do primeiro CD de Menita Rocha. O espetáculo, de entrada livre, teve início às 21h30 e contou com alguns fadistas convidados. Fernanda Barbosa, Nélson Duarte, Zé Carvalho, Rita Pereira, Norberto Costa, Julieta Monteiro, Luís Silva, Júlio Couto, Manuel Barbosa, Sérgio Marques, Francisco Nogueira, Laura Santos, Angela Sintra, Felisberto Monteiro, Elisabete Pinto e Rute Santos compuseram a noite com vários estilos de fado e uma onde de aplausos do público. Menita caracteriza o CD. “Era como se fosse uma dívida que eu tinha para com ele
“representantes da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Câmara Municipal de Gondomar, Federação das Coletividades do concelho de Gondomar e Liga Desportiva de Gondomar.” Em dezembro, o Núcleo Sportinguista de Gondomar, em conjunto com a Associação Rio Tinto Para a Evolução Social (ARTES), ofereceu uma ceia de natal, para 30 pessoas indicadas pela Associação.
JOSÉ GUILHERME OLIVEIRA / Cartório Notarial de Rio Tinto JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL -----Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura de onze de janeiro de dois mil e treze, exarada de folhas noventa e seguintes, do livro de notas nº 58, deste Cartório, ELIAS PEREIRA DA SILVA, NIF 115 753 346, e mulher LAURINDA RAMOS TEIXEIRA DA SILVA, NIF 150 619 162, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de São Pedro da Cova, concelho de Gondomar, e aí residentes na Rua José Couto Junior, 142, declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores, do prédio urbano, composto de casa de cave e rés do chão, com duas divisões na cave e uma cozinha e quarto de banho e quatro divisões no rés de chão, situado na Rua José Couto Junior, 142, da freguesia de São Pedro da Cova, concelho de Gondomar com a área total de trezentos e vinte metros quadrados e correspondendo cento e dez metros quadrados a superfície coberta e duzentos e dez metros quadrados a superfície descoberta, inscrito na respectiva matriz predial em nome dos justificantes sob o artigo 2610, prédio que se encontra omisso na Conservatória do Registo Predial de Gondomar.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Que adquiriram o dito prédio no ano de mil novecentos e setenta e sete, em data que não conseguem precisar, por doação verbal efectuada pelos pais da outorgante, Maria Ramos e Joaquim Ramos Teixeira, residentes em São Pedro da Cova, tendo entrado na sua posse imediata e nela se mantendo até hoje.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------E desde essa data, primeiro como rústico e depois como urbano, entraram na posse do aludido prédio, na sua totalidade, sendo considerados por todos como seus únicos donos e sem qualquer oposição, há mais de vinte anos, usufruindo-o como verdadeiros proprietários, como quem exerce um direito próprio, à vista de todos, sem interrupção, sem nunca terem suscitado dúvidas ou oposição de qualquer pessoa, elementos que conferem à posse assim exercida as características de pública pacifica e de boa-fé, o que lhe permitem invocar o direito de propriedade por usucapião.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Que dada a natureza originária da aquisição e em virtude da inexistência de qualquer título, não têm os outorgantes a possibilidade de comprovar pelos meios normais a aquisição do dito prédio, por forma a resgista-lo a seu favor, nem a possibilidade de o obter pelo que, para o efeito, justificam o seu direito pela presente escritura. --------------------------------------------------------------------------------------------------O presente extracto vai conforme o original, destina-se a publicação e está nos termos dos números um e dois do artigo cem, do Código do Notariado.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Rio Tinto, dezassete de janeiro de dois mil e treze. O Notário, José Guilherme Oliveira
[pai]. Porque ele em dia dizia-me para gravar e eu dizia que não estava preparada. Só este último ano é que ganhei coragem para ir com este projeto para a frente “em memória do meu pai”, como se chama o meu CD. Fui eu que escrevi “a estranha forma de vida” para ele”, explica. “O fado foi sempre uma constante para mim”, afirma. Quanto ao próximos álbuns “só o futuro o dirá”, diz. “Já me sinto realizada, completamente realizada.”
Vendo terreno
com projeto aprovado para 2 moradias
Rio Tinto
45.500€ (negociável)
936 351 038
38 VIVACIDADE JANEIRO 2013
Lazer & Emprego