0,50€
Gondomar é o terceiro concelho com mais desemprego no Grande Porto
Sociedade Concelho encheu-se de cor para mais um carnaval Milhares de crianças desfilaram nas ruas V
P.5
V
Rojões e papas de sarrabulho deram sabor às Festas a São Brás Principais ruas de Baguim do Monte foram palco de mais uma procissão P.7
V
Minas de S. Pedro da Cova vão ser monitorizadas Tecnologia de universidades portuguesas e espanholas vai permitir supervisão P.11
P.42
2 bilhetes duplos para o concerto de Bonnie Tyler a 28 de março
P.43
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15 bilhetes individuais para o Eros Porto 2013 de 7 a 10 de março Saiba mais Saiba mais
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OFERTA
P.24-25
Bruno de Carvalho e Godinho Lopes estiveram em Rio Tinto Núcleo Sportinguista de Gondomar convidou personalidades do clube para o 11.º aniversário V
São cada vez mais os que recorrem aos refeitórios sociais
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Desporto
P.17
2 VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
Editorial
José Ângelo Pinto
Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário
Caros Leitores, Quero agradecer as muitas felicitações que recebeu o “Jornal Vivacidade” e eu próprio pela nova imagem do Jornal. O mérito não é meu, mas sim da grandiosa equipa que é magistralmente gerida pelo diretor do Jornal, Miguel Almeida, a quem dou aqui o público reconhecimento, pelo trabalho desenvolvido e acima de tudo pelos resultados alcançados pois é unânime que a nova imagem e organização do jornal é substancialmente melhor do que as versões anteriores e isso deve-se ao esforço organizado do diretor e de toda a equipa. Nesta edição, o Vivacidade destaca as dificuldades sociais com que as pessoas vivem no concelho, especialmente o flagelo do desemprego estrutural, que muito tem sido combatido pelas estruturas do IEFP, pelas obras de caráter social e também pela Igreja, abnegadamente e com muita vontade e enormes sacrifícios por parte de dirigentes, voluntários e dadores que muito têm tentado diminuir os problemas reais das pessoas. São estes exemplos dos apoios concretos à vida das pessoas que, neste momento complexo, devem ser valorizados e apoiados, pois a organização e a disponibilização aos mais desfavorecidos de meios suficientes, para se sobreviver com dignidade, deve estar para lá da esmola direta e deve obrigar a que se procure a dignificação do ser humano, o que está para lá deste ou daquele apoio específico e passa por serem construídas estruturas e ações em projetos integrados que levem a que as pessoas se possam desenvolver com dignidade e capacidade de afirmação.
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org
Sumário:
POSITIVO A avenida da Conduta está em obras. Arranjo de passeios, colocação de vedações, melhoramento de sinais horizontais e pinturas de pisos é o que se pretende fazer na obra orçamentada pela Câmara de Gondomar em 250 mil euros. A conclusão está prevista para Março ou Abril.
Breves Página 4
NEGATIVO “A colocação de parquímetros no centro de Gondomar foi muito má para o negócio. Tivemos uma queda acentuada de clientes e tive mesmo que alugar um parque privado para compensar quem vem cá comprar.”
Opinião Páginas 32 e 33
Sociedade Páginas 5 à 13 Associativismo Página 14 e 15 Desporto Páginas 16 à 19 Destaque Páginas 24 e 25 Empresas & Negócios Páginas 29 e 30
Política Páginas 35 à 41 Emprego & Formação Página 45 Lazer & Emprego Página 46
Sérgio Sousa, comerciante em Gondomar
Próxima Edição 21 de março
Paulo Santos Silva
Professor, Historiador e Escritor
Memórias do Nosso Passado O Casal de S. Mamede do Fundo No Couto de Rio Tinto existiam vários casais pertencentes quer à abadessa quer ao convento do Mosteiro de S. Cristóvão de Rio Tinto. Irei aqui falar dum desses casais, o qual se situava no lugar de S. Mamede (Rio Tinto), o qual era denominado na documentação por “Casal de S. Mamede do Fundo”. Existem, para o período dos séculos XV e XVI, três cartas de emprazamento referentes a este casal. O primeiro documento está datado de 4 de Fevereiro de 1461, sendo o casal emprazado a Gomes Dias, capelão do Mosteiro de Rio Tinto,
pela renda anual de duas teigas de milho e duas de centeio, e sete maravedis pagos a vinte reais por maravedil. O segundo documento está datado de 27 de Abril de 1477, sendo desta vez emprazado a Rodrigo Eanes, sua mulher Maria Aires e a uma pessoa depois deles, A este emprazamento foi acrescentada uma quebrada denominada de S. Mamede do Santo. Sabemos pelo documento seguinte, datado entre 1525 e 1526, que a referida quebrada pertencia ao convento do Mosteiro de Rio Tinto. O mesmo casal foi nesta última data em-
prazado a Bastião Fernandes, mulher e a mais uma pessoa pela renda anual de vinte alqueires de pão meado (mistura de cereais, geralmente milho e centeio), dois alqueires de trigo e 340 reais em dinheiro, para além de prestar serviço em terra do Mosteiro (geiras) duas vezes com o corpo e duas vezes com os bois ou pagar 90 reais em substituição desta obrigação. Este lugar de São Mamede serviu também de ponto de referência para a localização do Mosteiro de Rio Tinto, graças dois documentos datados de 1449 e de 1526, uma vez que é referida a existência de uma estrada que ia do Mosteiro de Rio Tinto até este lugar. Em 1999, pude comprovar em S. Mamede a existência de restos desta estrada coberta de lajes quando pesquisava sobre a delimitação do Couto de Rio Tinto.
Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida Redação: Ricardo Vieira Caldas (TP-1732) Diretor Comercial: Luiz Miguel Almeida - 910 600 079 Paginação: José Vaz Edição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTO Colaboradores: Alfredo Correia, Álvaro Gonçalves, Alzira Rocha, André Campos, António Costa, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Aires, Domingos Gomes, Fernando Nelson, Fernando Silva, Goreti Teixeira, Henrique de Villalva, Joaquim de Figueiredo, Joana Silva, José António Ferreira, Juliana Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Pedro Costa, Rita Ferraz, Sandra Neves, Susana Ferreira e Zulmiro Barbosa. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivacidade.org E-mail: geral@vivacidade.org
4 VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
Breves Via Nordeste já abriu ao trânsito A ligação entre a Rotunda da Rua Amália Rodrigues (Parque Nascente) e a Rotunda de Rebordãos, em Rio Tinto, abriu ao trânsito no dia 18 de fevereiro. Na página da Internet da Câmara Municipal de Gondomar pode ler-se o apelo
“ao máximo cuidado dos automobilistas nestas novas acessibilidades”, contestadas já anteriormente pelo presidente da freguesia, Marco Martins. A Via Nordeste é o primeiro troço de uma ligação projetada no município para o futuro.
Janeiro levou o médico Fernando Póvoas aos rotários de Gondomar Na reunião de jantar de janeiro, o Rotary Club de Gondomar recebeu a visita de diversos companheiros do Rotary Club Porto-Douro, que partilharam a visita que o médico Fernando Póvoas fez ao clube, a convite do presidente, António Pais. Entre outros assuntos, Fernando Póvoas discorreu sobre as causas da obesidade entra a população portuguesa e considerou o excesso de peso um problema grave de saúde pública, pouco considerado pelos poderes governativos.
Educação e valores éticos em discussão na EB 2,3 de Rio Tinto O auditório do Agrupamento Vertical de Escolas de Rio Tinto, na escola EB 2,3 do Monte da Burra, recebeu, no dia 22 de fevereiro, Karla Farah – especialista em mediação escola-família – para refletir sobre os problemas das crianças e jovens
no dia a dia. “Crescer bem, amar melhor” foi o tema da “conversa” organizada pela Brigada do Bom Cidadão – um grupo de alunos da escola, fundado por Maria José Guimarães, que promove a formação cívica – e pela biblioteca escolar.
Novo sistema de comunicação de leituras da água
A Águas de Gondomar possui um novo sistema de comunicação de leituras. As leituras efetuadas por esta empresa, são realizadas bimestralmente. Na ausência de leitura, os consumos serão faturados por estimativa, com base na média dos consumos reais anteriores. Os consumos faturados por estimativa,
serão regularizados após leitura real do contador. A empresa permite agora o envio de leitura em qualquer dia da semana, a qualquer hora, com a regularidade que entender. A leitura para ser exata deverá ser fornecida no dia mencionado na fatura anterior, encontrando-se no canto superior direito da mesma. A mesma pode ser feita via site, através do registo na loja online [www.aguasdegondomar. pt] e também agora via telefone, através do sistema de registo automático de leituras. Para tal, basta marcar o número 224660200 e seguir as instruções que são dadas pela gravação, utilizando para esse efeito o teclado do telefone.
Enquadramento Legal - pela informação do cidadão Pela Defesa dos Direitos dos Cidadãos e das Pessoas Coletivas
- Com experiência em todas as áreas do Direito, nomeadamente, Direito do Trabalho, Direito da Insolvência, Direito Civil, Direito Penal e Direito Comercial; - Constituição de Empresa na hora e Registos; - Clientes Particulares e Avenças; - Atendimento personalizado e sistema de e-consulting. Avenida Dr. Domingos Gonçalves de Sá, n.º 434 1ª sala 10, 4435-213 Rio Tinto Centro Comercial de Rio Tinto I (Junto à Igreja) Horário de atendimento: 9h00 às 12h30 e das 15h00 às 18h30 T. (+351) 227 835 427 F. (+351) 227 838 665 TLM. 913 711 506 / 933 459 092 Email: miguelparisvasconcelos-9824p@adv.oa.pt miguelbourbon@hotmail.com
É necessário que a comunidade combata a tendência para transferir aos interesses privados a cobrança de dívidas, e esteja atenta a outras matérias que tradicionalmente estão entregues aos Tribunais, nomeadamente a proliferação de julgados de paz e Tribunais Arbitrais. A Tendência dos últimos governos tem sido a de ceder a critérios economicistas de curto prazo, e a esquecer valores superiores que estão consagrados na Constituição e na Lei, como a salvaguarda da vida privada, a confidencialidade de dados, o direito à dignidade humana, o direito a contraditório, o direito à honra e à imagem, entre outros. Associo-me à Ordem dos Advogados para lançar um alerta para todos os leitores deste jornal: - é preciso que todos combatam a procuradoria ilícita, porque é um crime. Isto significa que só um advogado (ou um solicitador, na medida das sua competência) está habilitado para proteger as pessoas singulares e coletivas pela via judicial, ou extrajudicial. É prudente assegurar que o advogado que escolherem deve estar inscrito na Ordem dos Advogados, e isso pode ser confirmado através do site www.oa.pt, em pesquisa de advogados, pesquisando o nome profissional, morada, ou nº de cédula profissional, ou pelo pedido de exibição de cédula profissional de forma presencial.
VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
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Sociedade: Carnaval
Os “enterros”
Cores vivas e muita folia no carnaval em Gondomar
Texto: Ricardo Vieira Caldas
O carnaval em Gondomar marcou bem presença nas freguesias de Fânzeres, Rio Tinto e S. Pedro da Cova. Os desfiles, compostos por milhares de crianças, trouxeram alegria às ruas do concelho e deixaram um rasto de confettis e serpentinas.
Organizado anualmente, o ritual do velório simulado esteve mais uma vez presente na banda.
FOTOS: RVC
Banda S. Cristóvão de Rio Tinto
Amarelo, vermelho, verde, azul, foram algumas das cores que serviram para expressar a alegria e a folia do carnaval que se viveu no concelho de Gondomar. Fânzeres, Rio Tinto e São Pedro da Cova foram as freguesias em que mais se notou a presença do entrudo. Os desfiles foram organizados pelas juntas de freguesia bem como, no caso de S. Pedro da Cova, pela Associação Social Recreativa Cultural e Bem Fazer Vai Avante. Em Fânzeres o programa este ano foi diferente
A tradição voltou à zona ocidental da cidade para pôr fim à época carnavalesca.
Associação Recreativa Desportiva e Cultural da Mó
O “enterro do Entrudo” celebrou-se mais uma vez no lugar da Mó.
O desfile de carnaval de Fânzeres adotou para 2013 um percurso mais pequeno. No dia 8 de fevereiro, o cortejo começou na rua da Igreja e terminou no Pavilhão Municipal de Fânzeres. A incerteza das condições meteorológicas, segundo a presidente da Junta de Freguesia, Fernanda Vieira, estiveram na base da alteração do percurso habitual do desfile. Este ano, a vila contou com a participação de 1000 alunos provenientes dos jardins de infância e das escolas básicas do 1.º ciclo. Este foi já o quarto ano consecutivo em que a freguesia organizou o desfile no entrudo. A acompanhar as crianças mascaradas estiveram professores, educadores, auxiliares de ação educativa, num total de 110 pessoas, muitas das quais também fantasiadas a rigor e contagiadas pelo espírito carnavalesco. Já dentro do Pavilhão Municipal de Fânzeres, as crianças puderam por em prática os seus dotes de dançarinos, numa aula de zumba e já mais para o final da manhã, o Palhaço Pintarolas trouxe ao pavilhão uma peça infantil. Cerca de 2300 crianças fantasiadas encheram o centro de Rio Tinto
FOTOS: DR
Associação Social Recreativa Cultural e Bem Fazer Vai Avante
Para além do desfile, a coletividade não esqueceu o famoso “enterro”.
A época carnavalesca celebrou-se um pouco por todo o concelho, em Rio Tinto, Fânzeres, S. Pedro da Cova e Baguim
V
Triana, Rio Tinto
O Largo do Mosteiro foi pequeno para acolher as mais de 2000 crianças que se mascararam para o desfile de carnaval, no dia 8 de fevereiro, que começou com a animação do Palhaço Mix no palco da freguesia. Depois de muitas gargalhadas da plateia e de algumas brincadeiras proporcionadas pelo espetáculo do Palhaço de Rio Tinto, as escolas e jardins de infância da cidade partiram pela avenida Dr. Domingos Gonçalves de Sá rumo ao largo das galerias Chão Verde. O “mega” desfile de
carnaval uniu crianças, professores, técnicos, animadores, autoridades bem como a Junta de Freguesia numa festa em que até os idosos do Centro Paroquial tiveram direito a participar fantasiados.
de S. Pedro da Cova. Cerca de 400 crianças fizeram a festa e encheram a freguesia de cor, fantasiadas de acordo com o tema escolhido para 2013, os palhaços.
São Pedro da Cova não desistiu,
quial de Baguim também festejou
apesar da chuva O tempo não foi amigo do já habitual desfile carnavalesco, organizado pela Associação Social R. C. B. F. Vai Avante em S. Pedro da Cova, na terça feira de carnaval, no dia 12 de fevereiro. Ainda assim, a associação não deixou que as condições climatéricas afetassem os seus planos e o cortejo prosseguiu com um encurtamento do percurso. A partida deu-se na sede da Vai Avante e findou no novo edifício da Junta de Freguesia
Lar de idosos do Centro Social Paro-
Em Baguim do Monte, os idosos do lar do Centro Social Paroquial tiveram direito a uma festa para celebrar a época carnavalesca. Fantasiados a rigor, mais de três dezenas de seniores cantaram, declamaram poemas e assistiram a um espetáculo de ilusionismo protagonizado por Eduardo Meixieira. A estrela da tarde do dia 7 de fevereiro foi Carla Maria, cantora de música popular portuguesa, que animou o lar e pôs novos e velhos a cantar as suas músicas.
6 VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
Sociedade: Festa do Sável e da Lampreia
Sável e Lampreia à discrição no concelho de Gondomar até meados de março Começou a 15 de fevereiro a 22.ª edição da ‘Festa do Sável e da Lampreia’, uma iniciativa do pelouro de Turismo da Câmara Municipal de Gondomar (CMG) que irá perdurar até 17 de Março com diversas atividades que colocam no centro de todas as atenções estas duas iguarias.
Esta iniciativa, que já vai na 22ª edição, desenvolvida em parceria com os restaurantes, tenta mais um vez ser um fator impulsionador da preservação e valorização da gastronomia tradicional portuguesa aumentando e reforçando a visibilidade dos restaurantes participantes. FOTO: DR
A edição deste ano da ‘Festa do Sável e da Lampreia’ contou com uma cerimónia inaugural a bordo de um barco, em Ribeira de Abade, Valbom. Na inauguração estiveram presentes, entre outros, as principais personalidades políticas do concelho bem como representantes das 17 unidades de restauração que vão participar como parceiras na ‘Festa’.Com a ‘Festa do Sável e da Lampreia’, a CMG pretende, em primeiro lugar, “divulgar as potencialidades gastronómicas do concelho” e “assegurar a promoção da economia local e dos restaurantes de Gondomar”.
FOTO: DR
FOTO: DR
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Março contará com a já habitual prova das iguarias e com o ‘Fim de Semana Gastronómico’ Dia 6 de março foi a data escolhida, este ano, para a prova de ‘Lampreia à Bordalesa’ e ‘Sável Frito’ no Auditório Municipal. Ainda no mesmo dia, mas já no Salão Nobre da Câmara Municipal de Gondomar, acontecerá a
cerimónia de entrega de prémios e diplomas aos restaurantes participantes no concurso. O Pavilhão Multiusos de Gondomar vai receber uma vez mais o ‘Fim de Semana Gastronómico’, inserido no programa da ‘Festa do Sável e da Lampreia’. que se realiza entre os dias 8 e 10 de março no Multiusos Gondomar “Coração de Ouro”, existem outras iniciativas a assinalar.
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Sociedade: São Brás
Baguim do Monte soube a Rojões e Papas de Sarrabulho no mês de fevereiro Foi em pleno centro das festas a São Brás que o júri do 14.º Concurso Gastronómico Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte se reuniu, entre as 12h e as 14h do dia 3 de fevereiro, para provar e avalizar os pratos das 16 unidades de restauração participantes no certame. entidades, partilhou com os presentes dois grandes objetivos que poderiam contribuir para engrandecer Baguim do Monte. No caso, a “instalação de uma tenda gigante em local a definir onde se pudesse organizar um super evento cujo protagonista principal seriam os rojões e papas de sarrabulho” e ainda de se arranjar um local para “servir de Sede para o Arco do Bojo e Confraria Gastronómica bem como para as coletividades que não possuam edifício próprio.” As intervenções que se seguiram produzidas pelas individualiFOTO: RVC
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Entronização do Padre Lucindo Silva como Confrade da Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim
Classificação 14.º Concurso Gastronómico Papas de Sarrabulho
Rojões
1.º- Churrasqueira de Baguim
1.º- Snack Bar ‘Bem Me Quer’
2.º- Restaurante ‘O Cardeal’
2.º- A. C. R. Estrela de Baguim
3.º- Churrasqueira do Redondo
3.º- Café ‘Lareira’
Prémio Combinado Churrasqueira de Baguim
A procissão a S. Brás realizou-se também no dia 3 de fevereiro
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Através da denominada ‘prova cega”, ou seja, sem saberem o nome do participante a concurso, cada membro júri provou um a um as iguarias deste concurso. Tal como vem sendo hábito, a prova estava dividida em dois grupos, um para classificar rojões e outro para classificar as papas de sarrabulho, havendo um prémio final ‘combinado’ com a soma final dos dois. O vencedor, este ano, desse mesmo prémio foi a Chur-
rasqueira de Baguim. O júri era constituído por diversos representantes de entidades convidadas pela organização para este efeito. A respetiva cerimónia de entrega de prémios decorreu no próprio dia 3 de fevereiro, às 21h30, na tenda da confraria gastronómica, abrilhantada pelo grupo de cantadores ao desafio Augusto Moreira & Amigos que alegrou os presentes com as suas desgarradas. Paulo Araújo, no breve comentário que fez para agradecer os apoios recebidos das diversas
FOTO: RVC
Texto: Ricardo Vieira Caldas
dades presentes, pautaram-se pelo reconhecimento generalizado da “mais valia” que este certame acarreta para a freguesia de Baguim do Monte em particular e para o município de Gondomar em geral. A mesma opinião partilha o presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Nuno Coelho, que faz “um balanço positivo”. “A festa realizar-se a um domingo é em si um fator positivo e uma ‘mais valia’ para que haja muitas pessoas a visitar Baguim do Monte. O único fator menos positivo ocorrido este ano foi a ausência do presidente da Câmara Municipal de Gondomar, por motivos de doença, pois seria a sua última procissão de S. Brás nesse cargo autárquico. Por tal motivo, ficou adiada a sua entronização na Confraria Gastronómica dos Rojões e das Papas de Sarrabu-
lho à moda de Baguim do Monte”, referiu o autarca. Neste evento, para além dos elementos da direção da Cooperativa Cultural Arco do Bojo, presidida por Paulo Araújo, estiveram ainda presentes a deputada da Assembleia da República, Margarida Almeida, o vereador da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo, o presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Nuno Coelho, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Gondomar, Graciano Martinho, Marques Almeida da Confraria do Sagrado Coração de Maria e São Brás e Augusto Pacheco da Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte.
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Sociedade: Escola Secundária de Rio Tinto
Aluna da Secundária vence concurso europeu Estudante de 17 anos vai receber prémio em Bruxelas. FOTO: RVC
Catarina Pinto, da Escola Secundária de Rio Tinto, é a vencedora portuguesa do concurso “Jovens Tradutores”, iniciativa promovida pela Comissão Europeia. A jovem estudante de Gondomar conquistou o prémio com a tradução de um texto em Espanhol para o Português. O concurso, destinado aos alunos do Ensino Secundário, neste ano re-
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gistou três mil participantes, de 750 escolas dos 27 Estados membros. A cerimónia de entrega de prémios dos “Jovens Tradutores” realizar-se-á a 11 de abril, em Bruxelas. Catarina Pinto, de 17 anos, receberá o prémio das mãos da comissária europeia para a Educação, Cultura, Multilinguismo e Juventude, Androulla Vassiliou.
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Sociedade: Minas de S. Pedro da Cova
Monotorização das minas de carvão de S. Pedro da Cova prevista para segundo semestre de 2013 As minas de S. Pedro da Cova serão alvo de monotorização por parte de um protótipo de uma nova tecnologia. O projeto é europeu e está a ser desenvolvido por várias universidades.
Em conversa com o Vivacidade, José Manuel Batista, coordenador do projeto e professor do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto - INESC TEC –esclareceu que no caso das minas de carvão a situação é “relativamente fácil de explicar”. “Os resíduos de carvão contêm componentes combustíveis que são acumulados e por vezes entram em combustão de forma descontrolada, designada de autocombustão”, disse. Mais concretamente em S. Pedro da Cova, e segundo o investigador do INESC TEC, “temos uma espécie de braseira que já dura alguns anos e continuará”. FOTO: DR
O objetivo do projeto é tentar “conseguir compreender melhor a evolução do fenómeno”. “Nós temos estes problemas de exploração mineira do carvão no nosso país. A exploração neste momento, em termos de carvão, já não existe mas existe em Espanha”, acrescentou o professor. A equipa composta pelo INESC TEC [coordenação], a Universidade do Porto [Departamento de Geociências Ambiente e Ordenamento do Território da Faculdade de Ciências], as Universidades Espanholas de Alcalá e Pública de Navarra e a Universidade de Limoges, em França, juntou-se neste projeto europeu para desenvolver e testar, em ambiente real, uma solução integrada para o problema. “O INESC TEC vai desenvolver uns sensores de gás, ba-
seados em fibra ótica. O departamento de Geologia fará toda a análise geológica dos dados no sentido de prever a erosão dos solos. A Universidade de Alcalá vai desenvolver uma tecnologia para medição distribuída de temperatura, uma espécie de serpentina em fibra ótica que nos vai dar o mapeamento da temperatura na escombreira – na pilha de resíduos de carvão. A Universidade de Navarra vai estar encarregue da congregação dos diferentes sensores e na multiplicação. Por último, temos um grupo da Universidade de Limoges que vai fabricar fibras especiais para podermos detetar diferentes tipos de gás”, contou José Manuel Batista. No que diz respeito à Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova, o presidente Daniel Vieira sempre concordou com a implementação da nova tecnologia e já acompanha a questão desde o ano passado. “Fomos contactados pela Faculdade de Ciências e desde logo nos disponibilizamos para ser parceiros”, referiu. “Nos últimos tempos, a questão mais mediática relativamente às minas de carvão tem sido a questão dos resíduos perigosos que foram aqui depositados num terreno contíguo. Nós temos desenvolvido uma luta no sentido da remoção dos resíduos perigosos. Mas a verdade é que, nesta questão, a freguesia nada tem a ver com o assunto porque colocaram os resíduos cá e houve quem lucrasse com isso. Mas S. Pedro da Cova já tem um problema ambiental que resulta da exploração do carvão. E portanto, naturalmente que este estudo de dimensões nacionais ou internacionais é muito positivo para a freguesia”, esclareceu Daniel Vieira que logo de seguida acrescentou que a remoção de resíduos está prevista para o “início da primavera”.
FOTO: RVC
Texto: Ricardo Vieira Caldas
12 VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
Sociedade: S. Cosme (Gondomar)
“A população ainda não descobriu o Hospital-Escola” Junta de S. Cosme, associações e Hospital-Escola reuniram-se para discutir Gondomar.
José Macedo, presidente de S. Cosme (Gondomar) apresentou os projetos da freguesia
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A representar o Hospital-Escola esteve o Diretor-Clínico da instituição, o médico Jorge Rodrigues, e o responsável pela comunicação, Bruno Soares. “É um projeto belo, com uma arquitetura propositadamente pensada para ser um hospital cheio de luz”. Foi assim que Jorge Rodrigues caracterizou a infraestrutura que dirige e que já está em pleno funcionamento, com todas as valências e com acordos médicos já estabelecidos. Ainda assim, lamentou que a população gondomarense ainda “não tenha descoberto o Hospital-Escola”. Ao contrário do que acontece com os hospitais privados comuns, referiu Rodrigues, este Hospital “não é para comércio da saúde mas sim para seguir o regime de fundação, na qual a Universidade Fernando Pessoa está assente”.
Orçamento da Junta de S. Cosme “quase não dá para pagar os salários” José Macedo aproveitou o encontro para lamentar a situação atual das juntas de freguesia. “Com os cortes que sofremos quase não temos como pagar os salários aos nossos funcionários”. Com um orçamento reduzido pela atual conjuntura, Macedo diz que é tempo de apontar baterias aos projetos europeus. “É nesta lógica que temos apostado e se assim não fosse as freguesias já tinham falido”, lamentou o Presidente.
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A Ala Nun’Alvares recebeu as coletividades da freguesia de S. Cosme (Gondomar) para uma reunião
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Por iniciativa do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa (HE-UFP), reuniram-se, na Ala Nun’Alvares de Gondomar, os responsáveis pela recém-inaugurada infraestrutura hospitalar, os responsáveis pela freguesia e as associações. O objetivo, nas palavras do presidente da junta, José Macedo, dividiu-se em dois momentos. “Primeiro acho essencial que, aproveitando o facto de estarem aqui as associações, partilhar os vários projetos que estamos a desenvolver. Depois, num segundo momento, aprofundarmos a relação com o Hospital-Escola”, afirmou Macedo. Dos projetos, o autarca destacou o Banco Alimentar Contra a Fome - que serve 80 a 100 famílias -, o Refeitório Social, a Cozinha Comunitária, o projeto Causa Maior, a Universidade Sénior de Gondomar - que tem 350 alunos e 48 professores - e o Programa Integrado de Policiamento de Proximidade. Numa altura de contenção e depressão económicas, a junta parece arranjar fôlego em projetos europeus. “Tivemos um corte drástico no orçamento. Temos de conseguir financiamento externo, especialmente em projetos europeus que financiam e suportam boas ideias”, afirmou José Macedo, referindo-se a projetos como o Jobtown - uma forma de potenciar a criação de oportunidades de emprego para os jovens.
“Um projeto belo”
FOTO: DR
Texto: Luís Alves
Consulta de 45 minutos, no mínimo Perante uma sala quase cheia, o diretor-clínico do HE-UFP desvendou alguns pormenores de funcionamento. “Queremos trazer a medicina tradicional para o Hospital e queremos voltar a fazer medicina como ela deve ser feita. Ou seja: sem um computador a distanciar a relação médico-paciente”. Entre aplausos espontâneos dos responsáveis pelas associações, Jorge Rodrigues fez ainda referência ao tempo das consultas. “Não vamos ter consultas de 10 minutos. Cada consulta durará, no mínimo, 45”.
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Sociedade: Escola Secundária de Rio Tinto
Escola Secundária de Rio Tinto organizou Jornadas de Turismo e Ambiente Discutiu-se Ambiente e Turismo na Escola Secundária de Rio Tinto. A primeira edição das Jornadas, organizada pelos cursos profissionais de Turismo e Gestão do Ambiente, realizou-se nos dias 24 e 25 de Janeiro e as conclusões podem vir a servir o Concelho de Gondomar. FOTO: DR
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O auditório da ESRT esteve quase cheio nas Jornadas de Turismo e Ambiente
Texto: Luís Alves
Na renovada Escola Secundária de Rio Tinto (ESRT) assistiu-se a uma verdadeira avalanche de temas, problemáticas e oradores que, durante dois preenchidos dias, discutiram o turismo e o ambiente. Os temas, apesar do âmbi-
Quem discutiu e sobre o quê? Pelas Jornadas de Turismo e Ambiente passaram cerca de 30 oradores, durante mais de 16 horas de discussão, distribuídas por dois dias. Sempre sob o desígnio do tema, falou-se de empreendedorismo, inovação, sustentabilidade, reciclagem, património ou reabilitação. Alexandre Pinto (CEO da iClio), Carla Rocha (diretora comercial do Viriato Hotel Concept), Hélder Pacheco, Rui Quelhas ou Belmiro Manuel Ribeiro (diretor do centro de formação Júlio Resende) foram alguns dos nomes que deram um contributo.
o vereador. A iniciativa veio, nas palavras do responsável autárquico, confirmar uma “certeza”. “A Escola Secundária de Rio Tinto está na linha da frente, tanto no ensino dito regular como no ensino profissional, este último que deve ser uma alternativa ao mesmo nível do primeiro.” Ainda no mesmo dia, a oradora Deolinda Pinto, chefe da divisão do Turismo e Desenvolvimento Económico da Câmara de Gondomar, desvendou alguns dos projetos turísticos para Gondomar, enquanto passou em revista o potencial gondomarense. “Estamos a trabalhar na praia de Zebreiros para que possa atingir o mesmo estatuto da praia da Lomba já no próximo Verão”, referiu a responsável.
to alargado, tinham um enfoque natural na região de Gondomar. Também por isso estiveram os responsáveis políticos, ainda que com algumas ausências. Fernando Paulo abriu as Jornadas, Marco Martins e o responsável pela pasta do ambiente na câmara gondomarense, o vereador Castro Neves, faltaram apesar de constarem do programa. O vereador e também candidato à Câmara de Gondomar, Fernando Paulo, mostrou-se “recetivo relativamente aos resultados que saiam das Jornadas”. “É muito importante que se discutam temas como estes e que seja possível aplicar o produto das discussões à realidade, que neste caso é o concelho de Gondomar”, afirmou
ASSOCIAÇÃO DE SÃO BENTO RIO TINTO
Fundada em 1895
www.associacaosaobento.com
Societária da LIGA DAS ASSOCIAÇÕES MUTUALISTAS DO PORTO e da MUTUÁLIA - Federação Mutualista Estatutos da Associação e Regulamento de Benefícios atualizados em 2012 A S S O C I A D O S
MODALIDADES/VALÊNCIAS
A - Subsídio de Funeral + Assistência médica e de enfermagem Solidariedade Associativa B - Assistência médica e de enfermagem + Solidariedade Associativa C - Solidariedade Associativa + Assistência médica e de enfermagem
Encargos de iniciação: 0-20 anos de idade: gratuito
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Carência Inicial
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3 anos
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Sem carência
2,00 euros
Sem limite de idade
Sem carência
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SUBSÍDIO DE FUNERAL MAIS INFORMAÇÕES NA SEDE DA ASSOCIAÇÃO Rua da Boavista, 394, 4435-123 RIO TINTO
- Associados admitidos antes de 7 de Setembro de 2012: . 630,00 Euros para o Associado Titular . 220,00 Euros para o Cônjuge . 125,00 Euros para Filhos até aos 15 anos - Associados admitidos a partir de 7 de Setembro de 2012: . 630,00 Euros para o Associado Titular
Funcionamento da Secretaria De 2ª a 6ª feira Sábado Manhã: 9h00-12h00 Manhã: 9h00-12h00 Tarde: 14h00-18h00
REGULARIZAÇÃO DE QUOTAS . Só têm direito aos Benefícios da Modalidade subscrita os Associados que não tenham em atraso mais que três quotas mensais à data da ocorrência que justificar a atribuição do benefício.
Contactos Telefónicos Tel 22 489 01 07 Fax 22 480 09 10 Tlm 96 766 05 02
Prazo de Garantia Adicional para atribuição do Subsídio de Funeral (Regulamento de Benefícios, artigo 18º, 1): “Os Associados que tenham sido admitidos há menos de 35 anos e que devam quantia superior a 3 quotas mensais não têm direito a receber os subsídios de funeral referidos (...) caso o óbito ocorra antes de decorrido o prazo de dez dias por cada mês de atraso após o respectivo pagamento.”
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CONSULTAS MÉDICAS - Na Sede da Associação Horário: - segunda-feira, às 9 h 00 - terça-feira, às 14 h 15 - quinta-feira, às 16 h 00 - Na Liga das Associações Mutualistas do Porto Rua Rodrigues Sampaio, 99 -1º PORTO Telefones 222 001 711 e 223 395 490 . Consultas de Várias Especialidades . Clínica Dentária / Laboratório de Prótese Dentária . Médico e Enfermagem ao Domicílio Telefone 222 010 126 . Farmácia da Liga Rua Formosa, 404 PORTO
PARTICIPA, INSCREVE-TE: A tua partilha de HOJE semeia um AMANHÃ MELHOR para todos
PROTOCOLOS - Condições Especiais para os nossos ASSOCIADOS SERVIÇOS CLÍNICOS
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Associativismo
‘Arte e Ato’ traz o teatro ao Auditório Municipal até 9 de março As noites de sábado, em fevereiro e março, contam este ano com a 3.ª edição do Encontro de Teatro Amador promovido pela Associação Social e Cultural Vai Avante.
movida pela Associação Social e Cultural Vai Avante, trará até Gondomar um total de quatro grupos. Participam grupos de teatro amadores de Gondomar, Famalicão, Vila do Conde e, por último, de Valença.
FOTO: DR
FOTO: DR
Durante os meses de fevereiro e março, as noites de sábado, no Auditório Municipal de Gondomar, estão inteiramente reservadas para a 3.ª edição do Encontro de Teatro Amador ‘Arte e Ato’. A iniciativa, pro-
O “arranque”, a 16 de fevereiro, deu-se com a associação promotora do encontro. ‘Casa de Pais’, de Francisco Ventura, foi apresentado pelo Grupo de Teatro da Associação Vai Avante. O ‘Arte e Ato’ conta, entre outros, com os apoios da Câmara Municipal de Gondomar, das juntas de freguesia de S. Pedro da Cova e de S. Cosme, da Associação Comercial e Industrial de Gondomar, da Fundação Inatel e, ainda, do Instituto Português do Desporto e da Juventude. As próximas atuações serão no dia 2 de março, com ‘0% Caspa’, do Grupo de Teatro de Jovens ‘Os Caminhantes’ e a 9 de março com ‘Arriscar ou petiscar’, do Verde Vejo – Grupo de Teatro Amador.
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Associativismo
Dramático de Rio Tinto: 77 anos ao serviço do teatro O Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto celebrou, no dia 5 de fevereiro, mais um aniversário. Apesar da fraca presença de público na plateia a cerimónia decorreu com normalidade. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Francisco Nogueira, presidente da Comissão de Cultura do
Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto abriu a sessão já passava das 21h30. Com alguma tristeza, disse ao público presente que “gostaria de ver a casa cheia porque o grupo tem associados mais do que
Unidade de Cuidados na Comunidade já tem dois anos de vida A UCC Inovar – Unidade de Cuidados na Comunidade realizou uma sessão solene no Centro de Convívio de Rio Tinto com vista à celebração do seu 2.º aniversário. FOTO: RVC
Umas dezenas de idosos e algumas crianças de um infantário da freguesia marcaram a tarde de aniversário da Unidade de Cuidados na Comunidade. O objetivo era festejar os dois anos de existência ensinando ao mesmo tempo hábitos saudáveis a públicos distintos. Atividades de alongamento bem como sessões teóricas de nutrição foram algumas das atividades que a UCC Inovar deu ao público presente. Na cerimónia, entre outros, estiveram presentes o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins, o tesoureiro, Nuno Fonseca e o
responsável pelo pelouro da Cultura, Sá Reis bem como o nutricionista, Miguel Rego. A Unidade presta cuidados de saúde e apoio psicológico e social de âmbito domiciliário e comunitário, especialmente às pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis, em situação de maior risco ou dependência física e funcional ou doença que requeira acompanhamento próximo. Atua ainda na educação para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na implementação de unidades móveis de intervenção.
pelos presentes e pelo Dramático de Rio Tinto e procedeu, com a ajuda dos representantes na mesa, à entrega das medalhas comemorativas dos 25 e 50 anos de filiação dos associados da coletividade. Se-
guiram-se os discursos de todos os representantes convidados para a mesa montada no palco e, no final, ainda houve tempo para ‘cantar os parabéns’ com um Porto d’Honra servido no bar da sede. FOTO: RVC
FOTO: RVC
suficientes para a encher”. Na plateia, cerca de três dezenas de pessoas assistiam à cerimónia do 77.º aniversário. Mesmo assim, Francisco Nogueira prosseguiu com firmeza. “É de louvar que o Dramático atinja os 77 anos de vida e ainda mais com a atividade que tem exercido ao longo destes anos. Sempre a olhar em frente a fazer algo de novo”, afirmou. Na mesa montada no palco estiveram presentes, o vereador da cultura da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo, um representante da Federação das Coletividades do Conselho de Gondomar, Hugo Renato, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins e o responsável pelo pelouro da cultura, Sá Reis. O presidente da direção, Alberto Mendes, deixou algumas palavras de felicitação e apreço
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Desporto: Enduro
Gonçalo Reis vence jornada inaugural do Campeonato Nacional de Enduro O Campeonato Nacional de Enduro começou, a 3 de fevereiro, em Gondomar. Gonçalo Reis iniciou a nova época Enduro com um triunfo absoluto na jornada inaugural do Campeonato Nacional. Participada por quase centena e meia de pilotos, a prova, realizada em zona central de Gondomar (S. Cosme) foi constantemente acompanhada por muito público. FOTO: DR
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A jornada inaugural do Campeonato Nacional de Enduro contou com um percurso de 40 quilómetros
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Gondomar assinalou, a 3 de fevereiro, o ‘arranque’ da edição 2013 do Campeonato Nacional de Enduro. Quase centena e meia de participantes marcaram presença no início da temporada, disputada em Gondomar. Gonçalo Reis e Luís Correia assumiram a liderança das categorias principais. Com um percurso com cerca de 40 quilómetros de perímetro, a prova de início do Campeonato Nacional de Enduro trouxe muito público à zona adjacente ao Pavilhão Multiusos. Desportivamente, Gonçalo Reis foi o grande dominador, derrotando o campeão em título da categoria, Luís Oliveira. Na terceira posição, e pela primeira
vez a atuar na primeira classe da elite, ficou Henrique Nogueira. De realçar, ainda, a participação de Hélder Rodrigues na abertura deste Nacional de Enduro. Depois do regresso do ‘Rali Dakar’, Hélder Rodrigues registou o quarto melhor tempo da prova. Quanto à categoria Elite 2, Luís Correia foi o mais rápido. O extenso pelotão realizou três voltas a um percurso com cerca de 40 quilómetros. Além das três passagens cronometradas pelas ‘especiais’ de Cross e Enduro, houve ainda mais duas a contar pela ‘Extreme’ - concebida com recurso a pneus e troncos e aproveitando alguns declives naturais. O ‘centro’ da prova foi o Pavilhão Multiusos, local de secretariado, ‘paddock’ e parque fechado. A segunda jornada do Campeonato Nacional de Enduro terá lugar em Góis, no dia 3 de março.
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Desporto: Núcleo Sportinguista de Gondomar
Núcleo Sportinguista de Gondomar celebrou aniversário com Bruno de Carvalho e Godinho Lopes Não celebraram juntos mas ambos se deslocaram a Rio Tinto para congratular o Núcleo Sportinguista de Gondomar pelo seu 11.º aniversário. Godinho Lopes, ainda na qualidade de presidente do Sporting Clube de Portugal (SCP), chegou um dia antes com a comitiva. Bruno de Carvalho esteve presente no almoço de aniversário organizado pelo núcleo.
Sede do Núcleo Sportinguista de Gondomar encheu no 11.º aniversário
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O dia 3 de fevereiro não foi um dia comum para o Núcleo Sportinguista de Gondomar. A celebração de 11 anos de existência levaram o núcleo a organizar um almoço de convívio com sócios, membros da direção do clube e outros convidados. Um dia antes do almoço, o núcleo recebeu na sua sede, em Rio Tinto, Godinho Lopes que, na altura ainda exercia funções de presidente do Sporting. Ao Vivacidade, o ex-dirigente do clube, explicou como era “importante a presença de um núcleo no norte do país”. “É um bastião do Sporting num local onde haverá, naturalmente, mais portistas. O facto de celebrar mais um aniversário significa que está vivo e as
pessoas muitas das vezes ligam os núcleos exclusivamente ao resultados do futebol, que não têm sido bons na equipa principal. Isto revela que o Sporting é muito para além do futebol. Portanto agrada-me registar a permanência do núcleo e a maneira como as pessoas sentem o clube”, explicou Godinho Lopes. Já no dia de aniversário o seu “rival”, atual candidato à presidência de Alvalade, Bruno de Carvalho, destacou “os valores e ideais do Sporting”. “Já conheço o núcleo há cerca de dois anos e percebi logo desde o seu primeiro aniversário que representa claramente aquilo que são os valores do Sporting. E é por ter esta ligação especial com estas pessoas, que é absolutamente de louvar que pessoas com tantos quilómetros de distância do Estádio de Alvalade, consigam manter um humor, um carinho e uma força, sempre na defesa do clube, dos seus valores e dos seus ideais. Sempre que puder, virei aqui com muita honra para apoiar todas as iniciativas deste núcleo”, esclareceu. O almoço teve direito a discursos e até a declamações de poemas. Manuel Silva, presidente da direção do núcleo destacou o “esforço da organização” por parte da casa aniversariante. “A direção pensou e decidiu pela primeira vez realizar na nossa sede o almoço de aniversário, pois temos umas boas instala-
FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
Texto: Ricardo Vieira Caldas
ções. Recebemos cerca de 80 convidados, foram feitas as intervenções, almoçamos bem e passamos bons momentos de convívio, tudo dentro da ‘nossa casa’. O conforto de toda a festa ser feita na sede, evitando deslocações, e o carinho demonstrado pelas pessoas ao elogiarem a iniciativa foi muito bom e mostrou que valeu a pena o esforço que envolveu toda a organização”, afirmou o presidente. No evento, estiveram presentes entre outros, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins, o vereador pelo desporto da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo, um representante da Federação das Coletividades do Concelho de Gondomar, João Mota Lopes, Fernando Nelson Alves, Lili Laranjo e Manuel Pedro Gomes. Futuro do núcleo e do clube Para Manuel Silva, agora é
altura de resolver “assuntos pendentes”. “Antes de poder pensar em novos projetos, a direção Núcleo Sportinguista de Gondomar, tem neste momento assuntos pendentes por resolver. Situações complicadas que estamos a lutar para que fiquem resolvidas em breve, só depois é que se decidirá o futuro do Núcleo. Entretanto continuamos a angariar sócios para o Núcleo e para o SCP. Temos uma equipa de Futsal Sénior a competir na Liga desportiva de Gondomar e pretendemos inscrever uma equipa de infantis na Associação de Futebol do Porto. Continuamos à procura de apoios a vários níveis para conseguirmos finalmente pintar o exterior da Sede”, disse. No que diz respeito ao Sporting Clube de Portugal, Godinho Lopes esclareceu ao Vivacidade que o clube “não é só futebol.” “Nós ganhamos na última época mais de 300 títulos. Além disso subimos
para cerca de 30 modalidades e portanto é muito mais importante do que só futebol.” No entanto, para o ex-dirigente, “o futebol é importante”. “Espero que, com o Jesualdo Ferreira, possamos voltar às vitórias e que o Sporting volte ao lugar que merece”, referiu ainda enquanto dirigente do Sporting. O candidato a presidente do SCP, Bruno de Carvalho, disse, em entrevista que o que “faz falta é acarinhar aqueles núcleos que existem e lembrarmo-nos da importância que os núcleos têm na vida do clube.” “Numa época que vivemos, nos últimos anos, não abundante de títulos é o trabalho dos núcleos, o trabalho que fazem junto das populações que nos faz ainda ser um dos maiores clubes do mundo e é isso que temos que perceber e louvar”, finalizou.
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Desporto: Basquetebol
Há um novo clube de basquetebol em Rio Tinto Chama-se Club5Basket e é o único clube de basquetebol em Rio Tinto neste momento. Os treinos são no pavilhão da Escola Secundária de Rio Tinto e os atletas são já às dezenas, dos mais pequeninos aos adolescentes. FOTO: RVC
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O pavilhão da Escola Secundária de Rio Tinto é o palco para os treinos do jovem clube de minibasquete
“Os miúdos quando se inscrevem no clube têm um ‘kit’, com o equipamento e uma bola. Ao terem uma bola asseguramos duas coisas. Primeiro, que o treinador sabe que tem uma bola para cada jogador e depois, o facto de eles terem a bola dá-nos alguma garantia que em casa podem brincar com ela”, explicou Eurico Brandão, coordenador desportivo do Club5Basket.
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Nasceu há uns meses. Com treinos quase diários, os atletas de minibasquete - a única modalidade suportada neste momento pelo Club5Basket - fazem do pavilhão da Escola Secundária de Rio Tinto a sua casa durante umas horas. Com equipas mistas, cada um transporta para o treino uma bola debaixo do braço. Vasco Silva, presidente da direção do 5Basket foi também um dos seus fundadores. “Quando em 2007, tive a ideia do ‘5 Basket’, não era para se chamar ‘Club’ mas sim academia. Tinha e tenho a ideia de fazer três polos: um na zona litoral do Porto, outro em Rio Tinto e outro em Gaia”, explicou ao Vivacidade. “Em Portugal não se liga à formação no minibasquete. Estes miúdos têm que ser acarinhados, tem que ser apoiados e uma das coisas que eu fiz batalha desde início foi para termos uma fisioterapeuta permanentemente no clube. Está em todos os treinos”, afirmou o presidente que conta já com alguma experiência em basquete do Futebol Clube do Porto.
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Localização ‘escolhida a dedo’ Também com experiência em basquetebol, Eurico Brandão, coordenador e fundador desportivo do clube, viu em Rio Tinto uma oportunidade para criar o seu clube. “Queremos identificar-nos com Rio Tinto. Aqui há uns anos havia a Associação Desportiva e Recreativa da Ponte de Rio Tinto mas desde aí não houve mais ninguém”, disse. Vasco Silva acrescenta de seguida: “reparámos que no F.C. Porto havia muitos miúdos que vinham de Rio Tinto e de Baguim do Monte. Para o ano vamos tentar arrendar aqui perto um espaço, para a nossa fisioterapeuta ter a oportunidade de o explorar mas tendo um vínculo sempre ao clube.” Para já, ambos os dirigentes têm como principais objetivos “tentar para o ano criar uma equipa B de cadetes e fortalecer o basquete feminino”. O Club5Basket possui atualmente uma equipa de Sub16 que já joga em competição e que treina semanalmente na Escola Básica e Secundária do Cerco do Porto.
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Desporto: Torneio Bilharsinde
Torneio Bilharsinde põe em competição centenas de atletas de renome Foram 10 dias de emoção desportiva no torneio do bilhar português que encheu os corredores do Centro Comercial Parque Nascente, de 14 a 24 de fevereiro. Centenas de atletas puseram as ‘mãos à obra’ e competiram numa ‘luta’ de concentração, perícia e profissionalismo. K.O. ‘Tacada Escocesa’. Manuel Pereira, do C. B. Pedro Grilo, ganhou ainda o 64 Duplo K.O Individual e Ricardo Castro, do Clube de Bilhar Netinhos, foi número um no Individual Bilharsinde Júnior. A Taça Bilharsinde Júnior foi atribuída ao C. S. Trofa e a Taça da Liga Bilharsinde ‘Equipas de 3’ pertenceu novamente ao C. B. Pedro Grilo, assim
como a Taça SuperLiga Bilharsinde. Na vertente feminina, Sérgia Queirós conquistou o Individual Bilharsinde Cup. A Taça Bilharsinde Cup foi ganha pelas ‘Amigas do Bilhar’. Em segundo lugar no 64 Duplo K.O. ‘Individual’, Fernando Oliveira, é já bastante experiente nesta área tendo obtido, em 1996, o pri-
meiro lugar a nível internacional, por Portugal, em ‘pool’. Vencedor de 35 torneios particulares e sete torneios de apuramento para Las Vegas, em 2001, o internacional português quis prestar um agradecimento pelo apoio, aos amigos e às pessoas de Rio Tinto, na longa caminhada para a final onde teve que fazer 11 jogos. O Torneio Bilharsin-
de 2013 contou com a presença do presidente da Junta de Freguesia de Fânzeres, Luís Ramalho, que entregou os prémios em substituição do presidente da Junta de Rio Tinto, Marco Martins, que também assistiu ao torneio. Este ano acabou mas, para o ano, a vinda do Torneio Bilharsinde pode voltar a ser uma realidade. FOTOS: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
Adolfo Pinto, responsável pela organização do Torneio Bilharsinde, fez um balanço “claramente positivo” do evento. “A zona de bilhares esteve quase sempre cheia às sextas, sábados e domingos”, disse. O especialista em ‘pool’ português [uma modalidade de bilhar] explicou ao Vivacidade que “estiveram presentes alguns dos melhores atletas a nível nacional e internacional” no torneio. “Tive jogos a demorar mais de 3 horas, o que demonstra a vontade de ganhar e uma qualidade bilharista ao nível internacional”, referiu. A competição deu a vitória a João Sousa do Clube de Bilhar Pedro Grilo, na Liga e SuperLiga Individual Bilharsinde e também o primeiro lugar em equipa com Manuel Pereira, na categoria Duplo
Missão Bilharsinde A Bilharsinde visa fomentar o convívio e a amizade entre os participantes promovendo o intercâmbio com associações, coletividades e casas ligadas ao bilhar tendo como 1.º objetivo desenvolver a modalidade ‘pool’ português.
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Associação Valboense “Dancing Star” fez cinco anos A Associação Valboense “Dancing Star” comemorou, no dia 26 de janeiro, o seu 5.º aniversário. Em dia de festa, e com apresentação de todas as classes de dança, a “prenda” chegou pela mão/voz do vereador Fernando Paulo, do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar. A associação valboense, ainda sem espaço próprio, irá ser passar a ocupar uma das antigas escolas do 1.º Ciclo entretanto desativadas. FOTO: DR
FOTO: DR FOTO: DR
A festa de aniversário, muito concorrida, realizou-se no Centro Social de Valbom. A Associação Valboense “Dancing Star” nasceu em janeiro de 2008. É uma escola de dança que tem como principal finalidade a ocupação, de uma forma lúdica, divertida e desportiva, dos tempos livres de todos os jovens que a integram. Tem, mais de duas centenas de alunas e alunos de vários escalões etários. Dos mais jovens até aos adultos, a Associação “Dancing Star” tem-se afirmado, nestes últimos anos, como a instituição local que (a nível da dança) mais participantes agrega. “Empenho, dedicação e amor pela dança e pelos jovens” são, segundo as responsáveis pela Associação, a melhor forma de caracterizar o projeto “Dancing Star”.
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D. Manuel Clemente presidiu Jornada Vicarial da Fé em Gondomar D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, liderou, durante dois dias, a realização da Jornada Vicarial da Fé em Gondomar. A iniciativa, que tem percorrido todas as Vigararias da Diocese do Porto, foi, em Gondomar, acompanhada, durante dois dias, por perto de dois milhares de fiéis.
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noite, a Igreja Paroquial de Fânzeres acolheu a Vigília de Oração. No dia 24, novamente no
Paulo, Joaquim Castro Neves e Arménio Martins. Até quase ao final do ano estas Jornadas Vicariais prosseguem por toda a Diocese. FOTO: DR
Primeiro, no dia 23 de fevereiro, houve uma tarde de partilha de testemunhos. Depois, já à
Padre Álvaro Rocha, Vigário da Vara e, também, Valentim Loureiro, Presidente da Câmara de Gondomar, que esteve acompanhado dos Vereadores Fernando
O Pavilhão Municipal de Fânzeres acolheu algumas centenas de pessoas
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FOTO: DR
D. Manuel Clemente conduziu a Jornada Vicarial da Fé em Gondomar
Pavilhão Municipal de Fânzeres, realizou-se a Eucaristia Solene de encerramento desta Jornada. A iniciativa, coordenada pela Vigararia de Gondomar, foi uma das formas de assinalar o Ano da Fé. Estas comemorações, iniciadas em outubro de 2012 – data em que passam 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II e 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica – irão terminar a 24 de novembro do corrente ano, último domingo do Ano Litúrgico. Das inúmeras presenças nos dois dias desta Jornada Vicarial, referência, além de D. Manuel Clement, Bispo do Porto, para D. João Lavrador, Bispo Auxiliar, o
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Reportagem
Noite dos Óscares no Parque Nascente atrai centenas para espetáculo de glamour Luzes, câmara, ação. A Grande Noite dos Óscares voltou a Gondomar. De 24 de fevereiro para 25, a madrugada foi feita para as centenas de pessoas que se dirigiram aos cinemas do Centro Comercial Parque Nascente ,para aí sentirem na pele o que é uma noite dos Óscares ‘à americana’.
FOTOS: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
A 7ª edição da ‘Grande Noite dos Óscares’ de Gondomar teve lugar, mais uma vez, nos cinemas do Centro Comercial Parque Nascente. Com direito a passadeira vermelha e com a obrigatoriedade de um ‘dress code casual chic’, várias foram as pessoas que ‘desfilaram’ no corredor dos cinemas para, a seguir, assistir a uma sessão gratuita de filmes nomeados para os prémios de cinema mais famosos do mundo. A partir da meia noite e vinte era ainda possível assistir em direto à gala do Kodak Theatre de Los Angeles, acompanhando as novidades da atribuição dos Óscares. No meio de flashes e
poses para fotografia, os convidados, vestidos a rigor, pediam autógrafos a atores, atrizes e celebridades convidadas para participar na ‘Noite’. Rita Pereira, Pedro Lima, Sara Matos, Lourenço Ortigão, Cláudia Jacques, Max e Maria Cerqueira Gomes foram alguns dos nomes que integraram a Noite dos Óscares 2013. Este ano, a noite foi dedicada a homenagear os mais conhecidos espiões do cinema, numa altura em que se celebram os 50 anos do espião mais célebre de todos, James Bond. Famosos pelos seus carros, alta tecnologia e mulheres deslumbrantes, os espiões do cinema conquistaram o Parque Nascente.
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Reportagem
Desemprego em Gondomar atinge Concelho é o terceiro com maior número de desempregados no Grande Porto. Refeitórios FOTO: RVC
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Joaquim Martins é utilizador habitual do refeitório. Começou a fazer voluntariado e agora come lá “por necessidade”.
Empreendedorismo “fraco” em Gondomar? Em entrevista ao Vivacidade, Carla Vale refere que “tendo o concelho de Gondomar enormes
ção Central para as autarquias, em matéria da educação, que colocou muitos funcionários nas escolas e o apoio que damos ao terceiro setor não nos segurávamos com certeza no padrão da média”, explica o vereador. No entanto, Fernando Paulo apressa-se a dizer: “isto não significa que estejamos satisfeitos porque as mais de 16 mil pessoas que estão inscritas no CE de Gondomar criam uma situação de preocupação que a Câmara procura atenuar.”
pos difíceis”. Alguns dos refeitórios surgem na base da criação do Programa de Emergência Alimentar, implementado pelo Estado, que pretendia investir 50 milhões de euros em refeições, só em 2012. Na freguesia de Gondomar (S. Cosme), a autarquia promove, em parceria com a Sociedade Portuense de Drogas, um refeitório social
FOTO: RVC
Só em janeiro deste ano, de acordo com dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), inscreveram-se no Centro de Emprego do concelho 1316 pessoas num universo de mais de 16000 pessoas. Em Gondomar, mais de metade da população desempregada encontra-se na faixa etária dos 35 aos 54 anos e iniciou a sua procura por emprego há menos de um ano. A destacar há ainda um aspeto que a diretora do Centro de Emprego (CE) de Gondomar, Carla Vale, considera “prioritário” que diz respeito à pouca ou baixa instrução dos desempregados no concelho. Das mais de 16 mil pessoas inscritas no Centro, 4035 possuem apenas o nível de escolaridade do 1.º ciclo do ensino básico.
potencialidades para serem exploradas, existe uma fraca capacidade empreendedora na criação de novas empresas.” Porém, para a diretora do CE de Gondomar, a solução existe. “É necessária, por parte das entidades competentes, um investimento na criação de Polos Industriais, Centros Incubadores de Empresas, seguindo o exemplo do Hospital Escola da Fundação Fernando Pessoa, onde se alia a formação teórica com a prática em contexto real de trabalho”, refere. Numa perspetiva diferente, o vereador da Educação da Câmara Municipal de Gondomar (CMG) que detém também o pelouro da Ação Social, Fernando Paulo, reconhece a “falta de empreendedorismo” no concelho mas enfatiza a ideia de esforço da CMG para tentar contornar a situação. “Ao nível do desemprego, Gondomar está na média da Grande Área Metropolitana do Porto. Não fosse o investimento que a Câmara tem procurado atrair e fixar - na criação de novos serviços de apoio social e no facto de termos o processo de transferência de descentralização de competências da Administra-
Refeitórios sociais tentam “suavizar” o problema da falta de emprego Com o desemprego chegam as “carências alimentares”. Em Gondomar, existem atualmente seis refeitórios sociais que procuram dar resposta às necessidades alimentares da população com baixo poder de compra, por norma desempregada. Muitos desses refeitórios surgiram mesmo antes dos “tempos de crise” que o país atravessa neste momento. O vereador da Ação Social da CMG, Fenando Paulo, esclarece que a ideia da sua criação foi a de “servirem de prevenção para tem-
Emília Nunes Pinto e Beatriz Salgado Guimarães vivem em Rio Tinto e comem no refeitório há anos.
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Texto: Ricardo Vieira Caldas
vivem na rua, outros arrumam carros e nem têm o rendimento social de inserção”, diz. O presidente da Junta de S. Cosme, José António Macedo, reconhece também a importância do projeto e explica que, de certa forma, conectado com outro refeitório implementado na freguesia. “Temos a cozinha comunitária Boa Esperança aqui na Junta, que distribui diariamente refeições à noite. Ganhámo-la num projeto de uma televisão portuguesa à qual concorremos”, acrescenta. Dentro de dias, também perto da Junta de Freguesia de S. Cosme, será inaugurada a ‘Oficina Social’ que, segundo José António Macedo, “será o novo espaço do refeitório social” juntamente com umas salas para formação de alguns programas do IEFP. Em Rio Tinto, a Liga Nacional Contra a Fome desenvolve, desde 2005, um papel “essencial” no combate às carências alimentares da população da freguesia. O fundador e presidente da Liga, Gaspar Pessoa, conta que de segunda a sábado, ao domicílio ou no refeitório são distribuídas cerca 80 a 100 refeições por dia “O nosso critério de seleção consiste no encaminhamento, ou seja, através da Segurança Social, da Junta de Rio Tinto ou de qualquer instituição Estatal”,
que “dá de comer” diariamente a pelo menos 23 pessoas. Ana Rosa Alves, coordenadora do refeitório localizado nas instalações da Universidade Sénior de Gondomar, serve todos os dias um prato quente aos benificiários do serviço. “Para alguns é uma necessidade. Alguns
refere. Para além do refeitório, o espaço da rua Calouste Gulbenkian funciona ainda como padaria. “Fazemos a distribuição de pão confecionado para cerca de 50 famílias”, explica. Da Junta de Rio Tinto, o presidente Marco Martins, acrescenta ainda que se “têm feito várias
VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
16780 pessoas
Entrevista a Carla Vale
Diretora do Centro de Emprego de Gondomar
sociais já são uma ajuda essencial para muitos. campanhas de recolha de géneros, que são distribuídos às famílias pelos parceiros da comissão social de freguesia.” Já noutra freguesia, a ‘Mesa de S. Pedro’ é uma iniciativa da paróquia que existe há seis meses e não
está inserida em nenhum quadro pré-estabelecido, não tem nenhum apoio da Segurança Social, nem da Câmara Municipal. “É um projeto completamente à margem de todos os apoios sociais. Funciona todos os dias ao jantar, com o apoio de 50 voluntários e da Junta de Freguesia.” É assim que o padre Fernando Rosas Magalhães caracteriza o projeto pelo qual dá a cara. O pároco elogia as ações de quem ajuda na ‘Mesa’. “Os voluntários não só dão o seu trabalho como muitas vezes compram os próprios alimentos. O nosso modo de agir é: ‘quem se sentar na nossa mesa, come’. Neste momento estamos a falar numa média de 60 pessoas. Estamos a fazer um pequeno levantamento para tentar conhecer as realidades de cada um”, diz Fernando Magalhães. Em Valbom, Sónia Santos é responsável por um projeto de um refeitório implementado na Villa Urbana. “Fomos selecionados e questionados pela Segurança So-
cial para abrir uma cantina social de forma a colmatar o Programa de Emergência Alimentar que o Estado desenvolveu para combater os problemas de carência alimentar”, diz ao Vivacidade. “Abriu em maio de 2011 e, em termos de resposta
social, fornece 65 refeições diárias, seja ao almoço ou ao jantar”, explica. É um projeto “essencial para estes beneficiários”. Planos para 2013 A diretora do Centro de Emprego de Gondomar, Carla Vale, expôs ao Vivacidade todos os projetos que o IEFP tem para Gondomar e explicou que para 2013, o Instituto vai ainda iniciar várias ações de formação, nas Modalidades de Aprendizagem, Educação e Formação de Adultos, Cursos de Educação e Formação de nível pós-secundário e Formação Modular Certificada para tentar combater o baixo nível de instrução dos desempregados gondomarenses. Para Rio Tinto, Marco Martins pretende continuar com os programas com que trabalha no dia a dia. “Apostamos muito na formação e na qualificação. Através dos protocolos estabelecidos com centros
de formação, formamos nas instalações da Junta mais de 1000 processos de reconhecimento de competências, em conjunto com mais 4500 cidadãos riotintenses noutros centros na freguesia. Também desenvolvemos ações de inglês, espa-
nhol, técnicas comerciais, geriatria e muitas outras. Com a ação direta e indireta da Junta, promovemos a qualificação de mais de 12000 cidadãos”, expõe. Para Daniel Vieira, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova, neste momento “nenhuma Junta de Freguesia tem condições financeiras e legais para combater o desemprego, a não ser que crie postos de trabalho, mas que atualmente estão profundamente limitados pelas medidas que este e outros governos tomaram na limitação de contratações na administração pública.” O que há, para o autarca, são “ações pontuais que visam atenuar o desemprego ou atenuar a pobreza e as carências alimentares, como é exemplo a Mesa de S. Pedro que a Junta apoia, ou as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) que existem na freguesia algumas com dezenas de funcionários - e que contam com o apoio da Junta de Freguesia.
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16780 desempregados em Gondomar. É um número preocupante ou razoável no panorama nacional? Sempre que falamos de desempregados, independentemente do número, estamos a falar de pessoas que perderam um emprego e ou que nunca trabalharam. Só esse simples fato deve ser motivo de preocupação. Por outro lado, considerando que os números do desemprego não são comparáveis e muito menos razoáveis. É preocupante o número de pessoas que se dirigem diariamente ao Centro de Emprego, não apenas para se inscreverem ou para requererem subsídio de desemprego, mas também para procurar emprego ou obter informações sobre formação profissional. Este facto demonstra que as pessoas que estão nesta situação são mais proativas na procura de soluções e respostas, o que requer que a nossa atuação seja mais eficaz e mais eficiente. Na sua opinião, 2013 trouxe ainda mais desemprego a Gondomar? Gondomar é um concelho maioritariamente habitacional, cuja população trabalha, em elevado número, na área metropolitana do Porto. Nesse sentido, o aumento do número de desempregados inscritos no Centro de Emprego de Gondomar é resultado do encerramento de algumas empresas do Distrito do Porto. O início de 2013 trouxe de facto mais desemprego a este concelho, mas tal não traduz o encerramento de empresas de Gondomar, mas de empresas da área metropolitana do Porto. O facto de mais de metade dos desempregados inscritos no Centro de Emprego de Gondomar terem feito a sua inscrição há menos de um ano, na sua opinião, é indicativo de algo? É um facto que o número de desempregados de longa duração inscritos no Centro de Emprego de Gondomar é inferior à média do Distrito do Porto e inferior também à média nacional. Este indicador revela, em primeiro lugar, que os desempregados inscritos no Centro de Emprego de Gondomar apresentam pouca resistência à mobilidade e grande disponibilidade para se deslocar dentro da área metropolitana do Porto, na sequência da situação descrita na pergunta anterior. Em segundo lugar, a estratégia de intervenção e atuação adotada pelo serviço público de emprego tem contribuído para a diminuição do desemprego de longa duração, nomeadamente no desemprego jovem.
Por outro lado, os desempregados estão mais recetivos à frequência de ações de formação profissional, seja de curta ou de mais longa duração, o que contribui para uma mais rápida (re)inserção no mercado de trabalho. Qual é o setor, em Gondomar, mais afetado pelo desemprego? No concelho de Gondomar o setor mais afetado pelo desemprego é a Construção Civil. Sabendo que grande parte da população inscrita no Centro de Emprego de Gondomar tem poucas ou baixas qualificações, na sua opinião, quais são as medidas de combate ao desemprego mais prioritárias para o concelho? Num concelho com um número de desempregados com poucas ou baixas qualificações, a formação profissional é prioritária. Neste sentido, vamos iniciar em 2013 várias ações de formação, nas Modalidades de Aprendizagem, Educação e Formação de Adultos, Cursos de Educação e Formação de nível pós-secundário e Formação Modular Certificada. Para a população desempregada de Gondomar que programas do IEFP poderiam ser implementados no concelho? Fazendo uma análise mais global, todos os Programas e Medidas Ativas de Emprego do IEFP, IP estão a ser implementados e desenvolvidos por empresas, empresários em nome individual, associações, IPSS, juntas de freguesia, entidades públicas na aérea da educação, da saúde, do ambiente, entre outras. Toda a comunidade do concelho de Gondomar é conhecedora das vantagens das nossas medidas, o que se reflete nas candidaturas apresentadas e com muito bons resultados na integração final dos candidatos. No entanto, não posso deixar de referir a fraca implementação da Medida Contrato Emprego-Inserção+, destinada à integração de Beneficiários de Rendimento Social de Inserção, para os quais estamos a priorizar a resposta no âmbito da formação profissional. Por outro lado, tendo o concelho de Gondomar enormes potencialidades para serem exploradas, existe uma fraca capacidade empreendedora na criação de novas empresas. É necessária, por parte das entidades competentes, um investimento na criação de Polos Industriais, Centros Incubadores de Empresas, seguindo o exemplo do Hospital Escola da Fundação Fernando Pessoa, onde se alia a formação teórica com a prática em contexto real de trabalho.
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Associação São Bento de Rio Tinto aposta na assistência médica e na solidariedade associativa Em abril de 1895 nascia uma sociedade fúnebre em Rio Tinto com o objetivo de dar assistência a familiares de falecidos. Mais de um século depois, a Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Peras de Rio Tinto aposta em duas novas valências para os “vivos”.
“Pretendemos tratar dos vivos” Na nova direção, Serafim Coutinho disse ao Vivacidade que a aposta da Associação São Bento, neste momento, prende-se com a “comunidade”. “O que pretendemos é melhorar aquilo que está feito, corrigir algo que possa não estar bem feito e acrescentar novas valências. Fundamentalmente,
Futuro: expansão e melhoramento de serviços
te efetuada e parte a propor à assembleia – para haver possibilidades de aqui se levantarem outras capacidades para servir os sócios”, explicou. Mais concretamente na valência, a ser implementada este ano, da solidariedade associativa “entrará algum tipo de assistência aos familiares dos falecidos.” “Sobretudo quando a morte ocorrer em circunstâncias ‘trágicas”, acrescenta. É ainda pretendido pela associação uma “ajuda para as famílias fazerem o luto através de serviços psicológicos e através de outro tipo de apoios.” A direção espera dar “continuidade” aos dois mandatos anteriores que, na opinião de
Justiniano, “tiveram uma obra extraordinária de renovação da associação a vários níveis.” “Agora é preciso avançar e tentar novos caminhos, dentro também da circunstância concreta em que nos encontramos”, referiu. Para já, há dois objetivos: continuar a dar algum apoio no luto e colaborar com outras instituições da freguesia e do concelho na resolução dos problemas sociais da nossa gente.” No dia 28 de fevereiro, pelas 20h, irá realizar-se uma Assembleia Geral Extraordinária com vista a apreciar, discutir e votar a proposta da direção para aquisição de um prédio contíguo ao edifício da associação. FOTO: RVC
Na Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Peras de Rio Tinto, a história é “importante” mas o “futuro também importa”. Justiniano Santos, da assembleia, disse ao Vivacidade que a coletividade pretende “melhorar os serviços para os atuais associados e familiares.” “Nesse sentido poderá haver a compra de uns terrenos junto à associação - par-
Na foto: Serafim Faria, Serafim Coutinho e Justiniano Santos
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contexto de crise em que vivemos, mais do que nunca faz sentido que estas associações se abram ao exterior e cuidem fundamentalmente dos vivos”, referiu Serafim Coutinho. Justiniano Santos, presidente da assembleia, aclarou o facto de a associação ter nascido “como uma sociedade fúnebre mas já há 50 anos ter a valência médica.” “Introduziu-se na prática assistência médica – mais concretamente consultas – mas só agora nesta revisão dos estatutos em 2012 é que entrou como valência específica. No fundo foi a legalização de uma prática que já existia”, disse. No ramo da solidariedade associativa, os Socorros Mútuos de São Bento das Peras de Rio Tinto tem já feito “alguma promoção cultural relacionada com Rio Tinto, com a própria associação e com S. Bento”.
Salão Nobre da Associação São Bento de Rio Tinto
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Com a tomada de posse dos novos corpos sociais a 28 de dezembro de 2012, a equipa liderada por Serafim Coutinho, presidente da direção, Justiniano Ferreira dos Santos, presidente da assembleia e Serafim Faria, presidente do conselho fiscal entrou em vigor a 1 de janeiro e tem como objetivo principal “o associado”.
pretendemos tratar dos vivos. Porque dos mortos já está tudo institucionalizado aqui”, explicou. O presidente da associação acrescentou também que é preciso uma “adaptação aos tempos modernos” e por isso foram criadas mais duas valências para os associados: a assistência médica e de enfermagem e a modalidade de solidariedade associativa. “São dois campos que estão agora a nascer e portanto dentro destas áreas temos muito por onde avançar. No
FOTO: RVC
Texto: Ricardo Vieira Caldas
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Salvato Trigo apoia a candidatura de Fernando Paulo à Câmara À margem da inauguração da confeitaria do Hospital-Escola, em Gondomar, o reitor da Universidade Fernando Pessoa, Salvato Trigo, teceu elogios ao atual executivo da Câmara tornando igualmente público o seu apoio à candidatura de Fernando Paulo à Câmara Municipal de Gondomar (CMG). FOTO: RVC
Depois do discurso de agradecimento à CMG pela “cedência do espaço” para a construção do
Hospital-Escola, Salvato Trigo apelou à “inteligência” dos eleitores no momento do voto para as eleições autárquicas de 2013. “Temos a garantia que a continuidade está garantida. Penso que Fernando Paulo é o digno substituto
Construção de Heliporto continua “dentro de dias” FOTO: RVC
Texto: Ricardo Vieira Caldas
da herança de Valentim Loureiro na cidade de Gondomar. Espero bem que os gondomarenses votem com inteligência. E votar com inteligência é votar em pessoas que já deram provas que estão ao serviço da população, estão ao serviço daquilo que é necessário fazer que é a política”, discursou. “Tenho que agradecer todo o empenho que Fernando Paulo tem tido em ajudar-nos a resolver alguns dos problemas que são ainda fundamentais numa instituição que está a começar e em particular por ter-nos indicado o Sr. Henrique [gerente do novo espaço]”, acrescentou, na inauguração da nova cafetaria do Hospital.
Questionado pelo Vivacidade sobre se já havia licença para a construção do heliporto no terreno contiguo ao hospital, Valentim Loureiro, presidente da CMG, explicou que “tudo se
está a resolver”. “Havia um problema com as áreas das aeronáuticas mas o vice presidente está a ultrapassar isso e dentro de dias vamos continuar a construção e pô-la ao serviço”, disse. Já Salvato Trigo quis frisar que a obra “não é do hospital” e que por isso, o equipamento “nada tem a ver com essas questões”. “O Heliporto é uma obra municipal não é do hospital. Ficou nos terrenos sobrantes porque nos parecia ser um espaço adequado para um concelho com uma mancha florestal grande. O heliporto não tem rigorosamente nada a ver com o hospital”, aclarou o reitor da Universidade Fernando Pessoa.
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INATEL do Porto recebeu exposição de duas pintoras rio tintenses “Essência” foi o nome da exposição de Glória Costa e Isabel Ferreira que esteve patente no INATEL do Porto de 2 a 28 de fevereiro. As duas pintoras de Rio Tinto não se estrearam no mundo da arte mas apresentaram uma exposição “diferente” onde a predominância de cores fortes foi o que mais se destacou.
Na foto: Glória Costa, Sá Reis e Isabel Ferreira
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Glória Costa, pintora, escritora e membro da Associação Artística
de Gondomar (ARGO) explicou ao Vivacidade que os trabalhos que expôs tentavam ir ao encontro do tema que considera forte, a “essência”. Isabel Ferreira, também membro da Argo, confessou que
FOTO: RVC
FOTO: RVC
Texto: Ricardo Vieira Caldas
não consegue “eleger um trabalho de que goste mais porque todos têm o mesmo significado” para si. A inauguração da exposição com o tema “Essência” teve lugar na Rua do Bonjardim, na INATEL do Porto, no dia 2 de fevereiro. O evento teve início pelas 15h e, entre várias dezenas de pessoas, contou com a presença de Sá Reis, do pelouro da cultura da Junta de Freguesia de Rio Tinto e com a candidata pelo PSD à Junta, Maria José Guimarães, que recitou alguns poemas após a apreciação da exposição, pelos convidados.
Inaugurada cafetaria do Hospital-Escola de Gondomar O Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa, em Gondomar conta, desde o dia 21 de fevereiro com um novo espaço de cafetaria aberto ao público exterior. “A mim sempre me chamou a atenção todos os negócios relacionados com a área de ensino ou hospitais porque são locais
onde existe bastante gente concentrada e onde se pode mostrar aquilo que somos capazes neste ramo de hotelaria”, referiu
Henrique Pinto ao Vivacidade, na inauguração da cafetaria. Henrique Pinto garante, preços “mais baratos” para este novo
espaço. Famosa pelos ‘croissants’ a confeitaria terá um horário de abertura das 8h às 2h. FOTO: RVC
A concessão do novo sítio foi posta a concurso e o proprietário da confeitaria ‘Divino Gosto’ de Rio Tinto, Henrique Pinto, teve uma boa surpresa. A confeitaria selecionada para ficar no novo espaço passará assim a ser o ‘Divino Gosto 2’ dando continuidade à primeira ‘versão’ que já existe há cinco anos em Rio Tinto. A inauguração, no dia 21, contou, entre outros, com a presença do reitor da Universidade Fernando Pessoa, Salvato Trigo, do presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Valentim Loureiro e dos vereadores Castro Neves e Fernando Paulo, que elogiaram o espaço e os bolos confecionados.
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Empresas & Negócios: Labetcar
Um exemplo de combate à crise no setor automóvel Mário Tedim e Sérgio Bessa trabalham no ramo da mecânica automóvel há mais de 35 anos. A crise levou-lhes o emprego mas nem por isso deram o braço a torcer. Os dois mecânicos abriram há quatro meses, em Rio Tinto, a Labetcar, uma oficina de mecânica automóvel multimarcas especializada em óleos e alarmes e para já estão a dar-se bem no mercado.
Oficina multimarcas com vários serviços Com um “conhecimento especializado na marca Ford” os dois sócios da Labetcar não se restringem a uma s ó marca, no que diz respeito à reparação de veículos. “Trabalhamos com todas as marcas”, disse Mário Tedim. Todas as marcas e todo o tipo de material, de origem e “da concorrência”. Os gerentes
da Labetcar acreditam ter “preços competitivos” mas sublinham que não conseguem competir com “as oficinas que não pagam impostos e que não estão oficializadas”. Os serviços de mudança de óleo e instalação de alarmes são os mais procurados para já e a Labetcar adotou a Funch como marca de óleo de eleição. “É uma das melhores marcas de óleo que há no mercado”, referiu Sérgio Bessa. Empresa dispõe de um cartão cliente com descontos
Em cada quatro mudanças de óleo uma é oferecida. É essa a estratégia de fidelização de clientes adotada pela Labetcar. “Temos um cartão cliente e por exemplo uma mudança de óleo mais montagem de alarme fica por 99,90 euros”, explicou Mário Tedim.
Mário Tedim e Sérgio Bessa gerem a Labetcar há quatro meses. Mecânica, Eletricista, Chapeiro, Pintura, Diagnósticos de Eletrónica, Multimarcas, óleos, montagens de alarmes são os serviços que a Labetcar tem à disposição dos clientes. FOTOS: RVC
O número 406 da rua da Lourinha, junto à estação ferroviária de Rio Tinto, tem desde outubro uma nova vida. Mário Tedim e Sérgio Bessa uniram esforços e abriram a Labetcar, uma oficina de mecânica automóvel. O desemprego bateu-lhes à porta e por isso foi necessário “dar a volta” à situação abrindo um negócio aquilo em que são bons. A Labetcar conta já com uma carteira de clientes fixos, que cresce de dia para dia. O fator da localização foi também um incentivo à abertura da empresa pelos dois sócios. Mário Tedim explicou ao Vivacidade a razão da escolha. “Achamos que era a melhor localização. A oficina tem alvará e era mais simples. Agora para se tirar o alvará tem que ser em zonas industriais. Esta já tinha e foi o melhor. É um bom negócio.” Apesar da motivação, os sócios da Labetcar confessam que as coisas “não estão fáceis”. “É um começo de uma atividade aqui. Os clientes estão a aparecer. Vamos vendo agora no dia a dia como corre e estamos a lutar para que corra bem”, disse Sérgio Bessa.
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Empresas & Negócios: MaquiValores
Francisco Morones defende que é importante a união do setor da ourivesaria “Um bom dia a todas as pessoas, em particular às do setor da ourivesaria ao qual pertenço, com fornecimento de equipamento.” É assim que Francisco Morones, empresário em Gondomar, de nacionalidade espanhola e com grande amor por Portugal, começa por expressar-se, antes de explicar ao Vivacidade todo o seu percurso na indústria da ourivesaria. FOTO: DR
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“A presença do setor joelheiro no Pavilhão Multiusos é uma referência notória mas não é suficiente e temos que fazer mais.”
na sua opinião, composta por “pessoal jovem, dinâmico, com ideias frescas e cujos administradores são pessoas proativas”. FOTO: DR
Recuando um pouco no tempo, o empresário relembrou a Agrindústria em 1986 e ainda guarda numa gaveta, com carinho, a medalha que recebeu nessa feira. “Belos tempos”, afirma. Foi assim que tudo começou, em Portugal. “Comecei a constituir, em Gondomar, a empresa Francisco Morones que, por motivos de desenvolvimento rápido do negócio, tive que passar a “empresa limitada”, passando a chamar-se ‘Maquinouro Lda.’ Depois de alguns anos de atividade e por motivos familiares tive que regressar a Espanha deixando, com muita pena, Portugal. Lá, constitui uma empresa [LU y MO Lda.] mas sempre com saudades deste país”, explica Francisco. Ao mesmo tempo, o empresário montou em Fânzeres a empresa ‘Bento e Morones Lda.’, passando a viver de novo em Portugal. “Depois de vários anos de atividade e por motivos de querer expandir com novas ideias - e ao não encontrar apoio - tive que tomar outro caminho chegando a concretizar esse projeto com uma nova empresa que edifiquei juntamente com outro sócio. Já em tempos de crise, fundei então a nova empresa que passa a chamar-se ‘Maferm Lda.’ E mais uma vez depois de vários anos de atividade sinto-me com a necessidade de tomar novos rumos para o futuro”, conta o empresário espanhol. Atualmente, Francisco Morones é gestor da firma ‘MaquiValores Lda.’ A sua mais recente criação é,
O segredo é “não baixar os braços” Durante todo este percurso empresarial, que na opinião de Francisco, “não foi fácil”, o especialista em máquinas e ferramentas do setor da ourivesaria explica que lhe foram “fechadas portas”. “Criticaram-me, encurralaram-me, difamaram-me por escrito, senti o tapete a fugir debaixo dos meus pés como também senti, subtilmente, um convite para abandonar”, con-
fessa. “No entanto”, acrescenta logo de seguida o empresário, “nada disto me enfraqueceu. Pelo contrário. Fiquei com mais força para seguir e demonstrar que aqui ainda há uma pessoa que não desiste”, afirma de forma convicta. “Senão, como poderia superar os obstáculos deixando para trás as empresas que constitui, que seguem ativas no mercado e que digo simpaticamente que são os meus concorrentes”, acrescenta. Francisco Morones sente que, em Portugal, o setor da ourivesaria vacila perante as “dificuldades” atuais. “Não devemos perder a fé, não devemos desistir dos nossos sonhos, dos nossos projetos. Sobretudo não nos amedrontarmos perante as dificuldades.” “Há crise, sim, mas temos que lutar contra ela e não devemos lamentarmo-nos porque ela não veio hoje, nem ontem, nem anteontem. Veio há muitos anos e agora estamos a acertar contas”, enfatiza. Esperança no futuro Com os conselhos que dá ao
setor dos ourives, o espanhol “gondomarense”, espera que a crise “os faça pensar, reagir, melhorar, mudar, transformar e inovar para esquecer que o “limador de solda” fez parte da historia. No fim, ironiza. “Sempre notei que o setor português foi sempre muito individualizado e surpreen-
dentemente notei uma união no dia do protesto na rua contra as taxas da contrastaria. Será que só há união quando nos mexem nos bolsos?” O gestor da ‘Maquivalores’ passou a mensagem mas quer deixar bem claro: “Eu só sou o Francisco Morones”.
Atualmente, Francisco detém a ‘MaquiValores’, uma empresa em Gondomar de comércio de máquinas e ferramentas ligadas ao setor da indústria da ourivesaria. O empresário da ourivesaria, Francisco Morones, já viveu casos “caricatos” de falta de união no setor da ourivesaria e joalharia, mas recorda alguns com mais pormenores. “Estive presente na Assembleia Geral Ordinária da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP), no dia 19 de Abril de 2012. A AORP tinha um total de 332 associados e todos foram convidados a participar na assembleia. Qual não é o meu espanto quando verifico que apenas compareceram 14 personas, das quais três pertenciam à organização. Onde está a união no nosso setor?” “Fui à 1ª Conferência Ibérica de Ourivesaria, em Viana do Castelo, a 8 e 9 de Junho de 2012 e mais uma vez senti a falta de assistência do setor de joalharia de Portugal. Não faltaram espanhóis, brasileiros, italianos, franceses, ingleses e outras nacionalidades, assim como uma dezena de escolas artísticas.
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Opinião
Governo ‘Seguro’ pelo PS
Posto de Vigia Manuel Teixeira Jornalista e Professor Universitário
1 – Ninguém tem dúvidas que os efeitos da crise em que o País
está sufocado continuam a fazer-se sentir de forma cada vez mais acentuada. O desemprego prossegue em crescimento acelerado, surgem todos os dias novos cortes nos benefícios sociais, a tenaz dos impostos esmaga todos os cidadãos, instituições e empresas não têm acesso ao crédito, e o pouco que existe atinge taxas de juros insuportáveis, a cortejo das falências prossegue a ritmos assustadores, etc, etc. Mas de repente, há cerca de duas semanas, parece que de um dia para o outro a crise tinha acabado. Os meios de comunicação levaram até aos píncaros o sucesso da antecipação da emissão de dívida pública a cinco anos, emissão essa que ultrapassou em muito a procura em relação à oferta, colocando os juros abaixo da barreira psicológica dos cinco por cento. Foi o chamado bolo da ida aos mercados antes da prevista data de Setembro próximo… Mas, claro está, sem nenhum
efeito prático para quem está em apuros. 2 – Por uns dias, o pobre do cidadão anónimo ficou confundido, pois a avalanche de declarações, comentários, debates e tudo o mais que faz parte das jaculatórios da política parecia fazer crer que a crise tinha acabado, ou, pelo menos, estaria muito próximo disso. Puro engano. Para além do dito ritual do teste dos mercados, a verdade é que nenhum dos verdadeiros indicadores da crise se alterou. Bem pelo contrário: enquanto uns tantos apregoavam a falsa boa nova, os dados estatísticos do desemprego, das falências, da redução de rendimentos, da quebra da riqueza nacional, etc, etc, reafirmam que a crise continua a agravar-se no quotidiano de todos nós. Foi neste cenário de loucura e embriaguez política que os dirigentes do Partido Socialista, atordoados no meio do turbilhão, decidem abrir a sua própria caixa de
pandora, partindo a frágil estabilidade interna que aparentemente vinham mostrando. Uns tantos dirigentes vêm pedir a marcação urgente de um congresso; outros começam a falar na necessidade de mudar de líder; um outro grupo de críticos reúne-se em torno de António Costa e pressionam-no para avançar com uma candidatura alternativa a António José Segura. E no meio de tudo isto, o presidente da Câmara de Lisboa entra na dança, dá, baralha e volta a distribuir o jogo, mas já no meio da maior confusão. 3 – Em bom rigor, no meio desta feira de vaidades loucas, o Governo recebe um precioso balão de oxigénio: é que, mesmo não havendo quase nada a festejar de verdadeiramente válido, em torno do filme do regresso aos mercados, a desorientação dos dirigentes socialistas viera demonstrar à saciedade que, se o Governo é mau, a alternativa seria bem pior, pois ninguém se en-
tende, e poucos acreditam na capacidade de António José Seguro, mesmo dentro das suas mais fiéis hostes partidárias. Num ápice, comentadores políticos, analistas, propagandistas de serviço, dependentes e assalariados partidários desataram todos a apregoar que, afinal, não há condições para qualquer hipótese de eleições a curto ou médio prazo. Salvo as autárquicas, que se realizarão em Outubro, tudo o resto será fantasia, e o Governo tem todas as condições para levar a legislatura até ao fim, ou seja até meados de 2015. É claro que esta é uma visão excessivamente optimista, que também só anestesia quem quer ser anestesiado. Mas de toda a forma, não há dúvida que o PS ofereceu ao Governo uma apólice de seguro que poucos esperariam que pudesse acontecer, ainda há poucas semanas atrás… Como dizia um famoso comediante: é política, estúpido!
Direito de resposta
Paulo Santos Silva Professor, Historiador e Escritor
FOTO: DR
Refutação do artigo da Edição nº 78 de Janeiro de 2013, da autoria de Fina D’Armada com o título “Tradições mentirosas ou autores pouco humildes?”
Em resposta a um artigo publicado na edição de 24 de janeiro passado, usando do direito ao contraditório que me é conferido pela lei, fiquei surpreendido com a agressividade vil e violenta das palavras do comunicado desta senhora quer referentes à minha pessoa quer ao meu trabalho no artigo intitulado ”Tradições mentirosas”. Em primeiro lugar nunca tive o prazer de conhecer a dita senhora, nem mesmo quando participou, sabe-se lá como, numa pretensa monografia de Rio Tinto, a qual, diga-se em abono da verdade, foi um trabalho de “tão boa qualidade e excelência científica” que teve de ser amplamente corrigido e retificado pelo então meu orientador de mestrado antes da sua publicação final. Em segundo lugar, sou natural de Rio Tinto e conheço bem as gentes, a história e tradições da terra. Uma das finalidades de qualquer historiador (entendi-
do como investigador da ciência histórica) é apurar a verdade dos factos, ainda que eventualmente possa não ter todos os elementos na sua posse. Sempre pautei pela verdade e pelo rigor nos artigos que publico e no meu trabalho como docente e investigador. Em terceiro lugar, a História de Rio Tinto é desconhecida de muitos habitantes de Rio Tinto e de Baguim do Monte. Por isso mesmo, há alguns anos atrás ofereci os meus préstimos a este periódico para colmatar essa falha,
o qual gentilmente tem acedido à sua publicação sem reservas e ninguém, até hoje, teceu quaisquer críticas negativas aos mesmos. Em quarto lugar, o título “Tradições mentirosas” foi a resposta a um artigo sobre a comemoração de uma batalha que efetivamente não existiu, ao contrário do que a senhora sugere. A toponímia, a falta de provas arqueológicas e as provas documentais apontam para as conclusões que apresentei no referido artigo, independente-
mente de opiniões alheias. Conheço muito bem o fundo documental do Mosteiro de Rio Tinto, talvez até melhor do que a senhora Fina d’Armada, pois tive de investigar a fundo esse fundo documental, à minha própria custa e sacrifício pessoal, para fazer a minha dissertação de mestrado sobre esta instituição. Por último, o mais grave de tudo para mim, foi a senhora escrever que sou um “autor pouco humilde”. É de uma desfaçatez inaceitável por parte de alguém que não me conhece como pessoa nem o meu trabalho, o que diminui qualquer credibilidade que ainda possa ter. Para terminar, sei provavelmente o que Jesus sentiu quando foi expulso da sinagoga, pois é o sentimento com que fiquei depois de ter lido o seu artigo. Com gente assim, os bons filhos da terra serão expulsos e irão fazer engrandecer outras que não a nossa, infelizmente.
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Opinião
O Hospital Escola de Gondomar
Paulo Amado Médico Especialista em Ortopedia e Traumatologia Mestre em Medicina Desportiva Coordenador de Ortopedia do Instituto CUF Docente da Universidade Fernando Pessoa
adotados para os privados, tem sido permanente preocupação da administração, aproximar-se daquilo que um paciente teria de pagar num hospital público, com as taxas moderadoras. Temos pena que seguradoras como a Medis e a Multicare retardem os processos de adesão ao hospital, mas enfim, são dinâmicas diferentes e sei lá se interesses diferentes, por isso na hora de fazerem os vossos seguros de saúde sejam críticos. O próprio hospital desenvolveu um meio que se aproxima de um seguro de saúde, o Cartão Saúde D’Ouro, indo de encontro às necessidades da população. A consulta externa tem neste momento todas as especialidades disponíveis, sob marcação, desde Oftalmologia, Otorrino, Ginecologia, Psiquiatria, Geriatria, Psicologia, Dermatologia, entre outras. Tudo já mexe no Hospital Escola, é importante a sua divulgação, não porque esteja preo-
cupado com o fator económico, mas principalmente por se tratar de uma importante estrutura de saúde, no nosso Concelho. Não
obrigados a reconhecer a vital importância deste hospital. Se não precisa de nos visitar como doente, faça-o como saudá-
esqueçam que se trata do maior investimento, alguma vez realizado em Gondomar, merecendo o apoio de todos os nossos autarcas que reconhecem a importância deste projeto para as populações, mesmo os mais incrédulos se vêm
vel, pois não é só na doença que nos devemos preocupar com a saúde. Bem, esparemos por vós no Hospital Escola... Até breve, estimados leitores…
FOTO: RVC
Viva Saúde
Estimados leitores. Já abriu o Hospital Escola de Gondomar, que ao longo destes tempos vos tenho vindo a informar. Não é fácil, colocar uma “máquina” desta dimensão a “rolar”, mas agora já começaram as intervenções cirúrgicas em Ortopedia, Traumatologia, Urologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Mamária, etc. O internamento também já está em funcionamento, com doentes cirúrgicos e de medicina. No entanto a grande valia é o início do Serviço de Atendimento Permanente, com especialidade de Medicina Interna e Clinica Geral (24 horas) e a Pediatria (das 14 ás 24 horas), com um espaço específico no SAP, com todas as condições de atendimento e internamento inclusive (incluindo sala de observação contínua de Pediatria). É óbvio que a grande afluência têm sido os doentes da ADSE e alguns subsistemas (já temos a ADVANCECARE), mas nos preços
Guardas noturnos ‘à la carte’ FOTO: DR
Bisturi Henrique Villalva
Um destes dias, quando cavaqueava com um amigo residente no coração de Baguim do Monte, a propósito da insegurança na freguesia, ele contou-me que, há uns meses atrás, a Junta de Freguesia teria enviado um ofício a todos os baguinenses, recomendando-lhes o serviço de uma equipa de guardas noturnos, a quem seriam confiadas umas rondas para evitar que a onda de assaltos se tornasse numa rotina. Fiquei perplexo, e pedi-lhe alguns esclarecimentos complementares sobre tão peregrina ideia. Eis se não quando o meu
amigo saca da carteira um ofício onde, exatamente, era feita a apresentação do referido serviço, com chancela da autarquia, e com aspeto praticamente oficial. Perguntei-lhe qual era então o pa-
pel da PSP da cidade, mas rápido percebi que os alegados guardas noturnos também estariam articulados com a Polícia de Segurança Pública. Inconformado com o que ia
ouvindo, tentei saber se as tais rondas se destinavam a estabelecimentos comerciais e industriais. Fui informado que era para toda a gente, incluindo os moradores, e que o serviço já estava a ser ofe-
recido de porta em porta. Claro que me interroguei o que aconteceria aos moradores que não quisessem aderir aos serviços, mesmo que com uma taxa simbólica. Mas os conhecimentos do meu amigo não iam tão longe. A sorrir, deixou soltar uma hipótese: se calhar, quem não aderir à ronda dos guardas noturnos, um dia destes vai ser surpreendido pela inesperada visita dos amigos do alheio… Fiquei perplexo, ao pensar que, com gestos destes, e com o patrocínio de entidades oficiais, por este andar caminhamos mesmo para uma sociedade onde cada um tem de pagar, a contas próprias, a sua segurança. Seja ela prestada pelas autoridades policiais, ou por uma qualquer brigada de guardas noturnos. Pobre País, este. E pobre gente que tem de viver numa terra onde a Junta de Freguesia já aconselha os seus fregueses a contratarem serviços de rondas noturnas!
34 VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
Francisco Laranjeira é o novo secretário-coordenador do PS de Baguim do Monte O empresário baguinense, Francisco Laranjeira, é o novo secretário do PS de Baguim do Monte, após o pedido de demissão do anterior secretariado. O apoio às candidaturas de Marco Martins e Nuno Coelho é o objetivo deste novo secretariado. Texto: Ricardo Vieira Caldas
“Comecei na política em 1989, já fui deputado na assembleia de Baguim e fui eleito pelo MDP/CDE. O meu percurso político foi andando. Sou militante do PS desde 1993 e agora num contexto um pouco conturbado do partido, com a demissão do atual secretariado de Baguim, candidatei-me ao lugar, para não o deixar morrer e para haver um consenso.” É desta forma que Francisco Laranjeira contextualizou a sua entrada para o secretariado do PS de Baguim do Monte.
A demissão do anterior secretariado deve-se, na opinião do político, “ao facto de os colegas não estarem de acordo com algumas ideias políticas”. Para além de não querer que o PS de Baguim acabe, o empresário explicou ao Vivacidade que o outro motivo da sua entrada “é a de fazer a vitória à Câmara Municipal de Gondomar, com o apoio total ao Marco Martins.”
Francisco Laranjeira disse não acreditar contudo, em “vitórias fáceis.” “É um vitória difícil mas que tem que ser trabalhada”, disse, referindo-se à candidatura de Marco Martins à Câmara. Para além do apoio ao atual presidente da Junta de Rio Tinto, Laranjeira disse que a ambição da sua equipa passaria também por “apoiar Nuno Coelho” e “subir a militância” no partido.
Biografia: É empresário há 32 anos Foi músico e diretor da Banda S. Cristóvão de Rio Tinto Na política, esteve no MDP/CDE e migrou para o PS Foi diretor do jornal ‘Press Baguim’ Ex-secretário da ACIG Ex-presidente da Assembleia Industrial de Gondomar
‘Percurso da Esperança’ assinala Dia Mundial Contra o Cancro De forma a assinalar o Dia Mundial Contra o Cancro, a 4 de fevereiro, o Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) realizou o ‘Percurso da Esperança’, périplo que passou por várias cidades da sua área de abrangência e viria a terminar, precisamente, na Câmara Municipal de Gondomar. FOTO: DR
O percurso foi efetuado em autocarro, devidamente identificado, com faixas aludindo à data, sendo que em cada cidade houve uma paragem, em locais específicos, para entrega de “kit” informativo. Em Gondomar, depois da passagem por vários locais, a comitiva do ‘Percurso da Esperança’ terminaria a viagem na Câmara Municipal. Os elementos do Núcleo Regional do Norte da LPCC - com-
posto por alunos, voluntários, técnicos e sobreviventes - procedeu à entrega simbólica do “kit” informativo. Em 2011 morreram em Portugal mais de 25 mil pessoas com cancro. A doença cancerígena na laringe, brônquios e pulmão são os que provocam mais mortes em Portugal, seguindo-se o cancro do cólon, do estômago, do tecido linfático e da próstata.
O atual secretário-coordenador do PS Baguim tem ao seu lado Joaquim Silva, como vice-
-coordenador, e Manuel Ferreira dos Santos como presidente da Assembleia Geral.
VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
35
Política: Vozes da Assembleia da República Medida Estímulo 2012
Margarida Almeida PSD
Atualmente, no âmbito do Com-
económicas, o acordo visa a promo-
dores e particularmente dos jovens.”
Relações de Trabalho’, o acordo visa
promisso Para o Crescimento, Com-
ção do crescimento económico e da
As alterações e medidas acordadas no
diferentes matérias de índole laboral,
petitividade e Emprego assinado com
criação de emprego sustentável, pres-
quadro das Políticas Ativas de Empre-
tendo parte delas sido implementadas
os parceiros sociais, está a ser imple-
supondo a definição clara de um con-
go e Formação Profissional abrangem
com a terceira revisão do Código La-
mentado um conjunto de medidas na
junto de linhas orientadoras de ação e
aspetos tão diversificados como: Fun-
boral, que entrou em vigor no início de
área da economia, das políticas ativas
de medidas que contribuam de forma
cionamento e gestão dos Centros de
Agosto de 2012. Entre estas destaca-se
de emprego, da legislação laboral e da
decisiva para o reforço dos fatores de
Emprego; Medida de apoio à empre-
a dinamização da contratação coletiva,
proteção social. Estas medidas estão
competitividade da economia portu-
gabilidade “Estimulo 2012”; Medida de
enquanto instrumento essencial para
alinhadas com as prioridades do atual
guesa. No domínio das Políticas Ativas
acumulação do subsídio de desempre-
a regulação das relações de trabalho
Governo, expressas nas Grandes Op-
de Emprego e Formação Profissional,
go; Formação Contínua, Formação de
entre empresas e trabalhadores. Neste
ções do Plano. Este Compromisso inci-
foi acordado pelas partes subscritoras
Desempregados e Outros Programas
âmbito, o acordo visou estabelecer um
de sobre três domínios: ‘Políticas Eco-
que estas políticas “(…) assumem uma
de Formação Profissional; Aprofunda-
nível máximo de aproximação das de-
nómicas’, ‘Políticas Ativas de Emprego
importância fundamental, reforçada
mento do Sistema de Aprendizagem;
cisões dos seus próprios destinatários e
e Formação Profissional’, e ‘Legislação
pelo seu papel estrutural no domínio
Lançamento do Cheque-Formação;
implementar mecanismos de descen-
Laboral, Subsídio de Desemprego e
da melhoria da capacidade competiti-
Reforço do ensino profissional e da
tralização da contratação de modo a
Relações de Trabalho’. Para cada um
va das empresas, pelo elevado número
ligação das escolas às empresas e a Sis-
criar condições para um maior envol-
destes domínios foram acordadas li-
de desempregados e de duração do
tema de Certificação Profissional. Por
vimento das pequenas e microempre-
nhas orientadoras de ação e medidas
desemprego e pela resposta às neces-
outro lado, no domínio da ‘Legislação
sas, que predominam no tecido empre-
a promover. No âmbito das políticas
sidades das empresas e dos trabalha-
Laboral, Subsidio de Desemprego e
sarial português.
A Lei de Limitação de mandatos... de novo...
Isabel Santos PS
No momento em que algumas das
itinerância de protagonistas que as pró-
vez que a chamada Lei Formulário es-
resses. O PS tomou a iniciativa política
anunciadas “transferências” de presi-
ximas eleições autárquicas ameaçam
tabelece o prazo limite de 60 dias após
de não apresentar a candidato nenhum
dentes de câmara são colocadas em
inaugurar. A descoberta de que este
a publicação para se proceder a tal.
Presidente de Câmara que tenha atin-
causa, por providências cautelares, o
não teria sido o espírito do legislador
Neste contexto, se o PSD quiser levar
gido o limite de mandatos. Pela minha
Presidente da República e os seu ser-
é algo de surpreendente, levando-nos
por diante algumas das candidaturas
parte, devo esclarecer que jamais vo-
viços decidiram meter mãos-à-obra e
a questionar a utilidade do ato legisla-
já anunciadas terá que fazer aprovar
tarei favoravelmente uma lei de faz de
chegaram a uma assombrosa desco-
tivo, uma vez que a renovação política
uma nova Lei que consagre tal solução.
conta, ou seja, uma lei que não impo-
berta sobre a Lei de Limitação de Man-
fica reduzida a uma dança de cadeiras
O CDS ficará em muito maus lençóis
nha a limitação de mandatos ao exer-
datos. A diferença entre o “de câmara”,
entre velhos protagonistas. Contudo,
no meio de tantos flick-flacks políti-
cício da função. Não havendo acordo
inscrito na Lei publicada, e o “da câma-
o mais curioso de tudo isto é que ten-
cos. Começou por se manifestar contra
para uma revisão da atual moldura
ra”, presente no texto do Decreto da As-
do esta lei sido alvo, desde sempre, de
qualquer alteração à lei, enveredando
legal, há algo que não podemos, desde
sembleia da República, assuma o cerne
um acalorado debate interpretativo, o
pela interpretação do limite vinculado
já, ignorar: a resolução deste imbróglio
da polémica. Sobre esta Lei nunca tive
Senhor Presidente da República e os
à função. Entretanto, em nome da esta-
não será pacífica e continuará a passar
qualquer dúvida interpretativa, como
serviços de apoio à Presidência da Re-
bilidade governativa, deu uma volta de
pelo recurso aos tribunais, acabando,
afirmei num artigo aqui publicado há
pública precisaram de oito anos para
cento e oitenta graus e acabou por fazer
previsivelmente, no Tribunal Constitu-
algum tempo atrás. É evidente que ela
chegar a esta descoberta. Agora, chega-
coligação com o PSD em algumas des-
cional. A novidade é que este anúncio
limita o número de mandatos em re-
dos aqui, importa perscrutar possíveis
sas candidaturas. Agora...veremos! O
do Presidente da República deixa no ar
lação ao exercício da função e não ao
soluções para esta confusão. A hipótese
PCP assumiu já a defesa desta dança de
um condicionamento na decisão que
território, não admitindo o processo de
de correção está fora de questão, uma
cadeiras, tão há medida dos seus inte-
até aqui não existia. Curioso facto!...
Basta fazer as contas
Catarina Martins BE
O país está hoje mais pobre, e, por
ciou 2013 como o ano da viragem. Mas
políticas que estão consagradas no Me-
de euros, ou seja 9% do PIB, que permi-
essa razão, pior. Os indicadores desse
estamos na terceira pior recessão desde
morando. Dizemo-lo há já dois anos e
tiriam o relançamento da economia. Só
empobrecimento geral do país são a re-
1975. Perante isto, o governo lança a
a realidade confirma-o: não há solução
a renegociação pode permitir a liberta-
cessão económica, que é mais grave do
ilusão de que a partir da sétima avalia-
que não passe pela renegociação. O úni-
ção de fundos necessários a um progra-
que aquela que estava prevista, e que se
ção da troika tudo será diferente e que
co caminho para sair da crise é a redu-
ma de estímulo à economia que deve
prevê que venha a ser o dobro da última
essa avaliação constituirá um momen-
ção do principal encargo financeiro do
ser orientado para quatro áreas: o apoio
previsão que o governo fez. A dívida é
to de viragem das políticas. O governo
país: os juros pagos pela dívida pública.
às pequenas e médias empresas, o apoio
hoje superior àquilo que estava previs-
propõe-se prolongar os prazos e flexibi-
Hoje não adianta já apenas reduzir as
à reabilitação urbana, o apoio às ener-
to que seria no fim do Memorando em
lizar as metas do Memorando, mais isso
taxas de juro ou prolongar o tempo e o
gias alternativas e também à estrutura e
2014. A dívida é hoje de 122,5% do PIB,
significa na verdade mais tempo para a
prazo para o pagamento da dívida. Não
à rede ferroviária. Cortar na dívida para
isto é, 11.000 milhões de euros a mais
mesma política de austeridade e de re-
há já solução sem renegociar a dívida,
investir no que cria emprego e cresci-
do que estava previsto para o final de
cessão, mais desemprego e mais pobre-
o que significa reduzir o stock da dí-
mento económico. O problema do país
2014. O desemprego disparou e as me-
za e mais espiral recessiva. O problema
vida, o valor da dívida, porque só isso
não é um problema de ritmo, de calen-
lhores previsões anunciam que conti-
do Memorando não está no ritmo da
permitirá de forma sustentável reduzir
dário e de datas de execução do progra-
nuará a crescer em 2013. Por último, a
sua aplicação mas sim na sua própria
os juros que nós pagamos e que são a
ma da troika. O problema do país é o
situação social do país é dramática para
política, nas propostas e nas medidas
principal dificuldade para equilibrar
programa da troika, é o Memorando.
muitos portugueses e para muitas famí-
que o Memorando inclui. Mais tempo
as contas públicas. É bom lembrar que
Ou mudamos rapidamente o rumo ou
lias. A pobreza, na sequência do brutal
para mais austeridade e para mais de-
se fossem aplicadas a Portugal as con-
Portugal não sairá da crise. Os milha-
crescimento do desemprego não para
semprego é errar ao quadrado é errar
dições que hoje são aplicadas à Grécia,
res que cantam a Grândola ao governo
de alastrar. Pedro Passos Coelho anun-
pelo dobro. O essencial é mudar as
isso permitiria libertar 15.000 milhões
sabem bem que é tempo de mudança.
36 VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
Política: Vozes da Assembleia da República / Vozes de Rio Tinto Ano Novo, Vida Nova?
Michael Seufert CDS
As recentes mudanças no governo
ceber: nacionalmente estamos no bom
criar emprego. O desejável, claro, seria
que o governo tem a obrigação de fazer
tiveram um impacte também no grupo
caminho, e isso é comprovado pela
que pudéssemos obter acordo dos nos-
tudo o que estiver ao seu alcance para
parlamentar do CDS, nomeadamente
confiança que conseguimos de quem
sos credores para baixar os impostos,
garantir que a fatura é paga pelo estado
nos deputados do Porto. O regresso
pedimos dinheiro, mas na Europa as
nomeadamente os sobre o rendimento,
e não pelos contribuintes. Que é como
da secretária de estado do Turismo,
coisas não estão fáceis e com essas difi-
duma forma generalizada, mas à fal-
quem diz, cortando na despesa e não
Cecília Meireles ao Parlamento, ditou
culdades a nossa economia - nomeada-
ta disso esta pequena medida poderá
aumentando na receita. Finalmente, e
a saída da Vera Rodrigues que aqui
mente as exportações - ressente-se. A
ajudar a que mais pessoas encontrem
em matéria local é de assinalar a elei-
escrevia habitualmente. Cabe-me a
variável mais grave nessa evolução é o
emprego por tornar as nossas empre-
ção do Luís Pedro Mateus para presi-
seu pedido substituí-la daqui em dian-
crescimento do desemprego que atin-
sas mais competitivas no mercado in-
dente da Comissão Política Concelhia
te neste espaço, o que espero cumprir
ge hoje uma fatia muito significativa
ternacional. Não se pode no entanto
de Gondomar da Juventude Popular.
diligentemente. O arranque deste ano
da nossa população, particularmente
descurar que o atual nível de impos-
Um rio tintense de provas dadas na
tem sido marcado por notícias mistas
da população jovem. A esse respei-
tos é incrivelmente alto. E se sabemos
estrutura local e nacional da JP (onde
para o nosso país. Se por um lado o
to o governo anunciou uma reforma
que mantemos a obrigação de pagar as
integra o Gabinete de Estudos) fica
regresso aos mercados financeiros é
particularmente importante, a nível
dívidas que outros fizeram em nosso
agora também com a importante tarefa
de grande valor, por outro lado o ano
do IRC. Pretende-se que seja possível
nome, até porque o não pagamento te-
de apoiar o CDS-PP nas próximas au-
promete ser mais difícil do que todas as
que as empresas possam deduzir neste
ria consequências muito graves para as
tárquicas. A ele e sua equipa um forte
previsões. As razões são fáceis de per-
imposto investimentos que façam para
nossas empresas e famílias, a verdade é
abraço!
Algumas notas sobre a situação económica
José Luís Ferreira PEV
Execução orçamental de 2012: O
da 5ª. avaliação da Troika, em setem-
próximos 30 anos). Mas para além
seja, o Governo não pára de impor
Governo diz que cumpriu a execução
bro de 2012, o Governo viu-se obriga-
do recurso a estas receitas extraordi-
sacrifícios aos Portugueses em nome
orçamental relativa ao Orçamento de
do a passar a sua previsão para os 5%.
nárias e que portanto só se recebem
da redução da dívida pública, po-
2012, mas os números desmentem.
Ora, para além de, também aqui, o
uma vez, e que no caso dos Fundos
rém apesar dos dolorosos sacrifícios
Basta olhar para a quebra das receitas
Governo ter falhado, porque os 4,5%
da PT e do BPN, nos vão hipotecar o
impostos, a dívida pública não para
fiscais para perceber que o Governo
do défice ficaram longe, os 5% que o
futuro, o Governo ainda contabilizou
de crescer. Portugal vai regressar aos
está a faltar à verdade. As receitas
Governo agora reclama, merece uma
800 milhões de euros da concessão
mercados: O regresso de Portugal
fiscais ficaram, infelizmente, muito
análise cuidada. Com efeito, o Go-
da ANA e que o Eurostat ainda não
aos mercados, por si só, não resol-
abaixo das previsões do Governo.
verno para poder dizer que atingiu o
confirmou. Conclusão, ficamos muito
ve nenhum dos nossos problemas.
Três mil milhões de euros abaixo das
défice dos 5%, socorreu-se de alguns
longe dos 4,5% do défice, prometidos
Impõem-se, antes de mais, investir a
previsões iniciais do Governo e de
mecanismos pouco habituais e nada
pelo Governo e muito provavelmen-
sério na nossa economia, como forma
600 milhões de euros abaixo das pre-
sustentáveis. O Governo considerou
te nem os 5% se vão atingir, no caso
de travar esta onda de falências, como
visões feitas pelo Governo já em ou-
nas receitas, 460 milhões de euros
do Eurostat não considerar os 800
forma de travar o flagelo social do de-
tubro de 2012. Défice público: O Go-
provenientes do Fundo de Pensões da
milhões da ANA. Dívida Pública: O
semprego e como forma de criarmos
verno dizia que chegaríamos ao fim
PT e 90 milhões do Fundo de Pensões
Eurostat veio recentemente anun-
riqueza, a única forma de pagar dívi-
do ano de 2012 com o défice público
do BPN (num e noutro caso, que os
ciar que a dívida pública portuguesa
das. Caso contrário teremos dor sem
situado nos 4,5%. Porém, por altura
Portugueses vão ter de suportar nos
atingiu os 120% do nosso PIB. Ou
ajustamento.
Eleições Autárquicas 2013
Nuno Fonseca PS Rio Tinto
Este ano, será um ano importante
favorecer as freguesias e as suas despe-
de adquirem novas competências.
lho ou freguesia, dizendo outros que
para o panorama autárquico do país,
sas. Tenho a certeza, porque consegui
Admitamos estes pontos todos, mas
será á mesma função, independente-
por diversos motivos. Em primeiro
ver isso nas funções que desenvolvo
também teremos de admitir que esta
mente de onde ela se realize. Por mim,
porque, irão realizar-se eleições au-
atualmente na Junta de Freguesia de
lei, trará um novo mapa autárquico,
limitar é limitar e não concebo que eu
tárquicas e muitos dos rostos que hoje
Rio Tinto, como Tesoureiro, que o
imposto contra a vontade das popu-
possa deixar de ser autarca na minha
lideram ou têm responsabilidades nos
euro gasto por uma autarquia local
lações, trará novas juntas com maior
freguesia e possa ser na freguesia vi-
diversos órgãos das atuais autárquicas
como as juntas, é muito mais bem gas-
dimensão, sem ter em conta a realida-
zinha, mas uma vez mais estamos pe-
irão a votos e, naturalmente sufraga-
to do que o euro gasto pelo governo
de local, apenas aumentar por regra
rante uma lei, que ainda nos fará ouvir
rão o trabalho desenvolvido. Neste
central ou até mesmo pelas Câmaras
e esquadro e de novas competências
falar muito sobre ela. Por mim, neste
ponto, teremos aqui a normal avalia-
Municipais. Quanto mais perto se
nem se fala delas. Posto isto, acho que
momento que se iniciam iniciativas de
ção feita pelos eleitores e poderemos
estão das pessoas e do terreno, mais
todos os que estamos ligados as au-
campanha eleitoral, espero que todos
aferir do reconhecimento que este
noção temos das suas necessidades e
tarquias locais e vivemos diariamente
os candidatos dignifiquem a democra-
trabalho recebeu junto dos habitantes
da melhor forma de aplicar os parcos
esta problemática, teremos de admitir
cia em si, participando ativamente nas
da sua autarquia. Em segundo, porque
recursos que as juntas de freguesia dis-
que esta nova lei foi uma oportunida-
diversas iniciativas de campanha que
iremos pela primeira vez, ter eleições
põem. Admitamos, que Portugal ne-
de perdida, de se fazer uma reforça de
organizarem, esclarecendo as pessoas
para as freguesias agregadas e, por isso
cessita de uma reforma administrativa
futuro e que serviria Portugal, pelo
e demonstrando as suas ideias dife-
mesmo verificarmos o que nos trará
e do seu mapa autárquico. Admitamos
menos durante este novo século. Em
rentes, muitas das vezes para o mes-
esta nova medida que tanta tinta fez e
que muitas das juntas de freguesia
terceiro, teremos a limitação de man-
mo projeto, sem efetuarem quer falsas
ainda fará correr. Julgo que será des-
necessitam de ganhar dimensão. Ad-
datos. Uma lei que impedirá alguns
promessas, quer prometendo “mun-
de já importante referir, como nota de
mitamos que as juntas de freguesia
autarcas de se recandidatarem, dizen-
dos e fundos” que estão fora das suas
rodapé, que esta medida em nada irá
necessitam de ser modernizadas e
do uns que será apenas no seu conce-
competências e decisões.
VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
37
Política: Vozes de Rio Tinto Insistir para preservar!
Maria José Guimarães PSD Rio Tinto
Preocupo-me com todas as ques-
nifestações culturais, de conferências
que esteja cuidada! E o Espaço da
com os animais abandonados e ou
tões ligadas às pessoas, neste caso, aos
e colóquios, de exposições. Temos aí,
antiga feira semanal? A deslocação da
vadios. Temos de criar meios para
rio tintenses! É que todo o povo tem
quase moribundo, um pequeno mu-
feira foi feita com o argumento de que
os proteger! Preocupo-me com os
necessidade de manter a sua tradição
seu da saudosa Amália Rodrigues,
no mesmo local se iria construir um
terrenos abandonados quando se po-
e por tal tem o dever de preservar
porque não aumentá-lo e divulgá-lo?
Fórum Cultural, para quando a sua
deriam aproveitar como espaços de
o seu património. Quando falo em
Os rio tintenses gostariam de aí se
concretização? Estando este espaço
cultivo para consumo e, ou comercia-
património refiro-me à “herança”
deslocar para apreciar Arte, Cultu-
no centro da cidade, dá uma ima-
lização de produtos e assim apoiar a
deste povo, desde as suas mais re-
ra, Interagir com o Conhecimento…
gem de abandono, ao mesmo tempo,
sustentabilidade da economia local.
motas marcas até aos mais recentes
Preocupa-me o património paisa-
quando utilizado para o circo ou di-
Estamos numa fase em que temos de
“pontos nevrálgicos” de Rio Tinto.
gístico. Regozijo-me com as bonitas
versões, torna-se extremamente peri-
facilitar, desobstruir, realizar recur-
Preocupam-me os problemas com
árvores da Avenida que durante duas
goso para quem ali circula, dado exis-
sos, recuperar, ser criativo, temos de
o rio que não podemos deixar rela-
ou três semanas embelezam de fac-
tirem restos de ferros no pavimento
criar condições para ultrapassar os
xar, preocupa-me o Centro Cultural
to aquele espaço, mas, e o resto do
podendo provocar acidentes. E a Rua
obstáculos, fazer de Rio Tinto uma ci-
Amália Rodrigues que não vamos
tempo? E os outros espaços todos?
de Esteves? (ver Facebook Maria José
dade que atraia pessoas, investidores,
deixar que o desfigurem… É o Úni-
Estamos a falar de uma das maiores
Guimarães-Rio Tinto 2013) E a Zona
enfim temos de promover a Inovação
co Centro Cultural desta cidade! Tem
freguesias do país! Tem de haver mais
da Triana? E Carreiros? E a Boavista?
Social. Quero, portanto, a dinami-
que ser ativado para o fim para o qual
cuidado, mais asseio, mais empenho,
(…) Boavista? Porque se está a deixar
zação de todos os polos que possam
foi criado! Não nos calaremos, quere-
mais envolvimento da própria popu-
morrer a traça mais antiga da terra?
promover soluções para o bem-estar
mos o Centro Cultural pleno de ma-
lação… é a nossa terra… queremos
Porque não restaurar? Preocupo-me
dos rio tintenses.
Depois de tantas vozes credíveis
povo com mais perda de salário, mais
vários membros deste (des)governo
de novo muitas vítimas da política do
terem dito que as políticas do governo
desemprego e mais assaltos fiscais…
PSD/CDS-PP. De que é que estavam á
PSD e CDS/PP e famílias inteiras na
PSD/CDS atirariam o país para o abis-
Ao governo PSD/CDS-PP tem faltado
espera? Se estão sempre a tomar me-
miséria. É chegada a hora de por fim a
mo, vem agora o ministro das finanças
seriedade e responsabilidade para as-
didas contra o povo, não podem espe-
esta política que tem vindo a destruir
dizer-nos que houve uma derrapagem
sumirem o falhanço das suas políticas.
rar que o povo fique calado, sem de-
a esperança de milhares de famílias.
de 1.600 milhões de euros para este
E também lhes falta coragem política
monstrar o seu descontentamento. O
A espiral recessiva está instalada, o
ano, quantia esta que desapareceu “das
para dizerem o que estão a preparar
povo português tem a sua dignidade e
maior desemprego de sempre está aí.
contas públicas em resultado da auste-
para os meses que faltam de 2013, o
não aceita o desmantelamento do es-
Estas são as escolhas do governo e
ridade que o governo teima em trazer
que vão fazer quanto ao desemprego
tado social e o empobrecimento for-
são estas escolhas que o PSD e CDS/
para o país”. Como muito bem disse o
(que afeta hoje mais de UM MILHÃO
çado dos trabalhadores. A destruição
PP não assumem com frontalidade
deputado Pedro Filipe Soares do Blo-
de pessoas), que medidas irão tomar
que está a ser levada a efeito pelo go-
perante o país. Ora se o governo não
co de Esquerda, isto não é uma derra-
para reanimar a economia, que polí-
verno PSD/CDS-PP só é comparável
assume, se a troika não o vai chumbar
pagem mas um grande “trambolhão”.
ticas vão seguir para estancar a saída
à destruição das invasões de Napoleão
(porque o governo está a fazer o que
O aumento para o dobro daquilo que
para o estrangeiro de tantos milhares
no início do século XIX. Grândola e
a troika quer) tenham certeza de uma
eram as previsões do PSD/CDS é sem
de jovens qualificados … Nos últimos
outras canções foram feitas como res-
coisa: o país vai chumbar a troika e o
dúvida uma “cambalhota monumen-
dias tem-se assistido em vários pontos
posta à exploração de todo um povo.
governo e vai exigir outra política e
tal”. E agora, para ajustar as contas, vai
do país a um aumento de contestação
E por isso tem todo o sentido voltar a
outro governo. DEMISSÃO é exigên-
o governo voltar a sobrecarregar o
por parte de muitos cidadãos contra
cantar Zeca Afonso, já que hoje temos
cia nacional.
Agir agora
Rui Nóvoa BE Rio Tinto
Pela revogação da nova Lei do Arrendamento Urbano
José Fernandes PCP Rio Tinto
Prosseguindo o seu ataque aos di-
verno e pela maioria parlamentar que
dos inquilinos. Acresce ainda que a
de enganar os gondomarenses, o PCP
reitos consagrados na Constituição da
o suporta, para servir os interesses de
limitação dos valores máximos das
continua a esclarecer e a lutar pelos
República, o Governo do PSD-CDS
muitos senhorios e a atividade especu-
rendas para os inquilinos com mais
reais interesses das populações. Tendo
procedeu à revisão da Lei do Arren-
lativa do capital financeiro no merca-
de 65 anos de idade, carência econó-
sido a única força política do Conce-
damento, fazendo aprovar a NRAU –
do imobiliário, constituindo um fator
mica ou com deficiência com grau de
lho a realizar um debate público de
Nova Lei do Arrendamento Urbano,
adicional de instabilidade social, que
incapacidade superior a 60%, apenas
esclarecimento sobre a lei que afetará
transformando-a numa verdadeira Lei
se traduzirá no avolumar das carências
vigorará durante um período de cin-
milhares de famílias, essencialmente
dos Despejos, da qual resulta a negação
e dificuldades de centenas de milhares
co anos, após os quais se concluirá o
as que têm contratos anteriores a 1990.
do direito à habitação. Esta Lei afetará
de famílias e no aumento significativo
processo de transição para o regime
Ciente dos dramas que irão agravar
não só as famílias, mas também levará
de casos de exclusão extrema, em que
de renda livre. No entanto, alertamos
ainda mais as condições de vida dos
ao despejo de muitas coletividades e ao
num quadro de agravamento das con-
que os arrendatários com idade supe-
portugueses, o Grupo parlamentar
encerramento de inúmeros pequenos
dições de vida da esmagadora maioria
rior a 65 anos e contratos anteriores a
do PCP, apresentou na Assembleia da
estabelecimentos comerciais, especial-
dos portugueses, é previsível que se
1990, que o processo de atualização de
República um Projeto-Lei a fim de que
mente aqueles localizados nos bairros
venham a verificar situações de atraso
rendas não configura um novo contra-
seja revogada a Lei n.º 31/2012, assim
antigos das cidades e vilas portugue-
no pagamento das rendas ou mesmo
to mas sim a atualização do contrato
como a suspensão da atualização dos
sas, originando desta forma um agra-
de incapacidade de pagamento, cir-
primitivo. Enquanto as forças políti-
diversos tipos de arrendamento, bem
vamento do desemprego. Trata-se de
cunstância que permitirá aos proprie-
cas do arco da governação insistem
como a correção extraordinária do re-
um instrumento concebido pelo Go-
tários proceder de imediato ao despejo
no caminho vergonhoso e deplorável
gime de rendas.
38 VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
Política: Vozes de Rio Tinto / Vozes de Baguim do Monte Privatização da água: “Euromilhões” para alguns, o aumento do custo para todos
Miguel Martins PEV Rio Tinto
A água é, reconhecidamente,
que a água deve ser tratada com a
tua como uma simples mercadoria
ganhar? As empresas. Qual é a outra
um bem escasso, essencial à vida
racionalidade, a precaução e a parci-
configura um enorme retrocesso ci-
lógica das empresas, para ganharem
na Terra. É um bem estratégico que
mónia que a sua protecção exige. O
vilizacional que é preciso combater
dinheiro e obterem lucro? Aumen-
presta um serviço essencial para a
investimento público em água e sa-
com todas as nossas forças. Aliás,
tarem, brutalmente, o preço da água
preservação do equilíbrio dos ecos-
neamento tem um fator de retorno
agora o PSD/CDS está a tentar fazer
e as taxas de disponibilidade para as
sistemas, a preservação da saúde,
elevadíssimo a médio e longo prazo,
crer que a privatização da água é a
pessoas pagarem tarifas muito mais
para o desenvolvimento e a vida das
com particular impacto na saúde
coisa mais moderna que pode haver
elevadas. Por outro lado, o que é que
pessoas assim como qualquer outro
e no desenvolvimento dos povos.
por esse mundo fora. No entanto,
estas empresas fazem? Reduzem os
ser vivo. É, tal como o saneamento,
Promover a poupança e a reutiliza-
nesses mesmos países a tendência
investimentos na rede, claro! Que-
um Direito Humano consagrado
ção são políticas fundamentais que
é justamente fazer revisões das de-
rem obter lucro, pelo que quanto
numa Resolução das Nações Unidas
podem assegurar a sustentabilidade
cisões que foram tomadas sobre
menos investimento fizerem melhor
datada de Julho de 2010 e por isso
e o direito das gerações futuras. No
privatização da água, no sentido,
para elas. E, depois, o que é que isto
deve a todos ser facultada de for-
entanto, a privatização dos serviços
justamente, da sua renacionaliza-
significa? Significa uma degradação
ma equitativa, limpa e segura. Um
de abastecimento de água, confere-
ção e da sua remunicipalização. A
do recurso «água». Esta é a lógica,
Estado que não garante o acesso à
-lhe um estatuto de mercadoria que
água é um direito inalienável, é um
a privatização da água é uma ques-
água ao seu povo, não lhe garante
contraria inapelavelmente o prin-
direito fundamental das populações
tão ideologia que o PSD e CDS que-
o direito à vida. Os recursos que
cípio da acessibilidade universal e
e, aliás, de resto, também de sobe-
rem implementar, tornando a água,
transformam a água em água potá-
põe em causa a sua sustentabilida-
rania dos próprios Estados. Com
que é um direito e um bem público,
vel são limitados e são lentos, pelo
de. Permitir que a água se consti-
a privatização da água quem fica a
numa mercadoria.
Novo secretariado do PS em Baguim do Monte
Francisco Laranjeira PS Baguim do Monte
Caras e caros Baguinenses, é com
a esse trabalho e já iniciou a progra-
Nuno Coelho tem sido um Presiden-
as únicas instituições públicas que
especial prazer que escrevo este, meu
mação de várias atividades tendo em
te de Junta sempre presente, sempre
restavam para dar apoio à população
primeiro, artigo para o jornal Viva-
vista a abertura do PS à chamada
próximo dos cidadãos e sempre na
eram as Freguesias. Os Partidos não
cidade enquanto Secretário Coor-
“sociedade civil”, bem como os pre-
defesa dos interesses da freguesia.
são todos iguais, os políticos também
denador e responsável pelo Partido
parativos das próximas Eleições Au-
Exemplo disso é a maneira como de-
não, e o PS de Baguim do Monte tem
Socialista de Baguim do Monte. A
tárquicas. Nesse sentido, já foi apro-
fendeu (e defende) a autonomia da
orgulho nos seus autarcas e lamenta
minha primeira palavra dirijo-a a
vado por unanimidade e aclamação
freguesia de Baguim do Monte face
que os membros deste Governo não
si, como forma de cumprimento e
o Arq.º Nuno Coelho, atual Presi-
ao (vergonhoso) novo mapa autár-
conheçam os exemplos positivos dos
também com o compromisso de de-
dente da Junta de Freguesia, como
quico proposto pelo atual Governo.
políticos que temos a defender a nos-
fender sempre os superiores interes-
candidato do PS à Junta de Freguesia
Felizmente, Baguim do Monte não
sa terra. Por último, uma palavra de
ses da nossa terra e seus habitantes.
de Baguim do Monte. É nosso en-
sofrerá nenhuma agregação forçada
agradecimento a todos quantos or-
Gostaria de endereçar uma saudação
tendimento que o trabalho realizado
com outra Freguesia mas o PS de Ba-
ganizaram as atividades e os vários
especial ao meu camarada Coelho
pelos autarcas socialistas à frente dos
guim do Monte discorda totalmente
eventos ocorridos nas Festas a S.
da Silva e a toda a sua equipa que
destinos da Junta de Freguesia, desde
com o que foi imposto às Freguesias
Brás, principal romaria de Baguim
me antecedeu na direção do PS de
2005, tem sido muito bom e tem tido
do concelho de Gondomar. O atual
do Monte ocorrida no passado dia
Baguim do Monte. Fizeram um exce-
o justo reconhecimento por parte dos
Governo tem destruído Portugal e a
3 de fevereiro. Mais uma vez, demos
lente trabalho conjuntamente com o
cidadãos de Baguim do Monte, por
agregação de Freguesias irá ter con-
bons exemplos de hospitalidade a
atual Executivo da Junta de Freguesia
isso deve ter continuidade. Baguim
sequências muito nefastas para o
todos quantos nos visitaram e sou-
de Baguim do Monte, liderado pelo
do Monte tem sido um bom exemplo
futuro do nosso país, irá principal-
bemos elevar o nome do Santo e de
Arq.º Nuno Coelho. Este Secretaria-
de “boas práticas” governativas, com
mente acelerar o processo de deserti-
Baguim do Monte. Saudações Socia-
do do PS propõe-se dar continuidade
lisura, rigor e transparência. O Arq.º
ficação do interior de Portugal, onde
listas
A força do “de” ou do “da” e do (ou de) Café
Maria Alzira Rocha CDS Baguim do Monte
O poder da alteração de uma
vés de um esclarecimento votado e
ção para o assunto mais do que uma
mar café no exato momento em que
letra na lei de limitação de manda-
aprovado no parlamento por uma
vez, nestas crónicas. E nada foi feito
o ministro chega e que, por isso não
tos autárquicos parece ser abismal.
ampla maioria dos deputados, adia-
atempadamente para esclarecer ou
conseguem cantar em direto, para
A discussão sobre se a limitação é
-se esse esclarecimento, deixando
explicar o assunto, pois quanto mais
as câmaras de televisão captarem o
para um presidente “de câmara” ou
que eventuais candidaturas ilegais
tarde melhor, pois assim as conse-
momento, perdendo-se assim o in-
um presidente “da câmara” é ab-
se estabeleçam e façam trabalho e
quências são mais fáceis de explicar,
tencionado embaraço do Ministro…
surda e cómica e demonstra bem
despendem recursos que podem
apesar de serem mais difíceis de ge-
É o país em que tomar café com os
a incapacidade de realização que o
não ser producentes. Mais, todos os
rir. É um perfeito exemplo do país
amigos é mais importante do que
país tem. Em vez de se resolver o
políticos sabiam que o problema de
que somos. O pais do desenrasca,
concretizar o objetivo que levou as
problema, através de um esclareci-
interpretação desta Lei existia. Os
da habilidade, do contacto pessoal e
pessoas aquela hora e aquele local…
mento cabal das autoridades máxi-
políticos andaram quase oito anos a
do pequeno (neste caso até pode ser
Não é o caso do CDS, que continua
mas de interpretação legal (Será o
ignorar o problema, pois esta Lei é
grande) favor. É este país em que as
a trabalhar para promover um país
Tribunal Constitucional?) ou atra-
de 2005. Eu própria chamei a aten-
manifestações “organizadas” vão to-
melhor e com pessoas melhores.
O Jornal Vivacidade vem, por este meio, informar os seus leitores que a partir da edição n.º 80 os espaços “Vozes de Rio Tinto” e “Vozes de Baguim do Monte” serão extintos. Assim, esta editoria continuará a publicar as “Vozes da Assembleia da República” passando agora a ter também “As Vozes do Município”, dando destaque a uma personalidade por partido no concelho.
VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
39
Política Fernanda Vieira
Presidente da Junta de Freguesia de Fânzeres
“Não é fácil, em poucas palavras, relatar as principais carências ao nível social e ao nível de infraestruturas para a freguesia. Fânzeres tem tido um crescimento constante em termos populacionais, mas ao mesmo tempo foram, num passado recente, encerradas três escolas do ensino básico. Isto é sem dúvida um indicador seguro de que a nossa população idosa está a aumentar e sendo esta uma faixa etária especialmente vulnerável, julgo que faz falta na nossa Freguesias um Lar para Idosos, com todas as valências necessárias à manutenção de uma boa qualidade de vida para os seus utentes. Ainda em relação aos mais idosos, seria importante estender o Apoio Domiciliário que é prestado durante os dias úteis, também aos fins-de-semana, qualificando e melhorando por esta via, este importante apoio que é prestado e esta população que já não dispõe de uma razoável autonomia ou de uma retaguarda familiar que os possa acompanhar. Em termos das infraestruturas, destacaria o facto da nossa Freguesia que tem uma população a rondar os 25.000 habitantes, ainda não dispor de um espaço verde de qualidade, onde a nossa população possa disfrutar dos seus tempos de lazer com segurança e equipamentos adequados, num espaço que também privilegie o contacto com a natureza. Também sentimos a falta de um auditório com as devidas condições para que as diversas expressões culturais de que a nossa Freguesia é fértil se possam melhor desenvolver e apresentar. Por último referiria a necessidade
Medidas para Fânzeres/S. Pedro da Cova “Em primeiro lugar, estamos a falar de um território que tem o maior desemprego no concelho, nomeadamente, em S. Pedro da Cova que é a freguesia que tem 26% de desempregados e aquela que tem mais beneficiários do Rendimento Social de Inserção. Portanto, o que é prioritário para Fânzeres-S. Pedro da Cova é apostar no nosso eixo prioritário que é a questão do crescimento económico e da criação de emprego. E é preciso rentabilizar os equipamentos e S. Pedro da Cova e Fânzeres têm três zonas industriais que estão subaproveitadas. É necessário que a Câmara, através daquilo que já propusemos, do Gabinete do Empreendedor, dos incentivos fiscais à fixação de investimento, crie medidas para atrair desenvolvimento económico e criar emprego. Depois temos a questão imaterial mas fundamental, em S. Pedro da Cova, que é preservar a história mineira da freguesia e intervir em situações – como por exemplo com o Cavalete do Poço de S. Vicente – criando uma zona museológica, em função das infraestruturas que existem e aproveitando os financiamentos comunitários que irão haver para o próximo Quadro Comunitário 20142020. Isto, para não só aproveitar aquilo que é já classificado como um imóvel de interesse nacional,
mas também para que, aquela que foi a grande fonte de abastecimento da zona do Porto e arredores em termos de energia e do carvão produzido, seja também conhecido. Ao nível das infraestruturas, uma coisa que é prioritária para o território de Fânzeres-S. Pedro da Cova é arranjar instalações alternativas para a GNR. A Guarda Nacional Republicana está num extremo da freguesia sem condições operacionais e temos que arranjar umas instalações mais centrais e com condições. Que pode passar por aproveitar alguns equipamentos existentes, como uma escola desativada, um edifício que esteja numa área desocupada, etc. É importante é fazer-se isso rapidamente.”
“Uma das medidas que consideramos essencial é a de dizer que somos contra a forma como as freguesias foram agregadas e o facto deste assunto ter avançado contra a vontade das populações. Sabemos que esta questão quer em Fânzeres, quer em S. Pedro da Cova, é uma questão importante. Defendemos a manutenção do funcionamento dos serviços nos dois edifícios das Juntas de Freguesia, independentemente de onde fique sediado o órgão político e onde seja definida a sede da Junta de Freguesia. A par disto, também iremos defender a manutenção dos serviços de proximidade de ambas as comunidades. Pode haver a tendência de, com a União de Freguesias e a conjugação das mesmas, quererem extinguir alguns serviços e portanto nós, relativamente a esta matéria, tudo faremos para defender a manutenção dos serviços de proximidade. Depois há uma outra área que consideramos importante, que é a área social. Especialmente S. Pedro da Cova – mas também Fânzeres – é muito marcada pelos conjuntos habitacionais. S. Pedro da Cova é uma das freguesias com maior número de pessoas a viver em conjuntos habitacionais da Câmara e, apesar de termos feito um forte investimento na recuperação física e no apoio aos agregados familiares, iremos continuar a investir para humanizar ainda mais os conjuntos habitacionais e continuar a criar espaços para que as pessoas tenham aí também boa
qualidade de vida. Quer em termos de equipamentos base de fácil acesso mas também o apoio e acompanhamento às famílias. Também uma das lacunas em Fânzeres e S. Pedro da Cova são os espaços públicos de lazer. Defendemos a construção de um parque ambiental público, se possível entre as duas freguesias ou aproveitando as condições naturais que S. Pedro da Cova tem e ligando à requalificação da antiga linha de carvão de Midões. Em Fânzeres há também uma lacuna forte ao nível do melhoramento do espaço público e dos arruamentos. Queremos investir no melhoramento dos arruamentos em alguns pequenos espaços de lazer, construção de passeios, alguns espaços pedonais. Também achamos que, relativamente a Fânzeres, temos que aprofundar a dinamização do tecido associativo de cariz social. Temos poucas IPSS.”
de se investir na melhoria e na manutenção da nossa rede viária que já começa a atingir um grau de deterioração preocupante, com todos os problemas que essa situação acarreta para a vida da população que servimos.”
Daniel Vieira
Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova
“O maior problema social que a freguesia de S. Pedro da Cova tem é o desemprego. Não é um problema específico da freguesia, resulta de uma política mais geral deste governo e das políticas que têm vindo a ser seguidas. Mas naturalmente que uma freguesia que já por si, do ponto de vista histórico, tem problemas sociais, quando o desemprego cresce, vai crescer sobretudo nas freguesias mais vulneráveis. Do ponto de vista dos equipamentos sociais, consideramos que a freguesia tem ainda algumas debilidades e algumas insuficiências, designadamente no apoio à juventude e à terceira idade. Era fundamental um lar para a terceira idade em S. Pedro da Cova. Mas a verdade é que nestes últimos quatro anos também existem algumas evoluções positivas. Por exemplo, está para ser inaugurado o Centro de Dia da Associação Social Estrelas de Silveirinhos.”
40 VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
Política: Debate
Paulo Morais convidado por Marco Martins para debater “transparência e democracia” Cerca de duas centenas de pessoas encheram por completo o auditório da Associação Comercial e Industrial de Gondomar (ACIG), onde decorreu o debate com o tema “Agir para Intervir - o sistema somos todos nós”, com a presença de Paulo Morais, no quadro de uma das linhas principais da candidatura do PS à Câmara Municipal de Gondomar: transparência e qualificação da democracia. punindo os prevaricadores e ressarcindo-se a sociedade dos danos causados. Marco Martins “não estava à espera” de ver tanta gente e, durante o debate, defendeu a alteração do local e modo de funcionamento da Assembleia Municipal, por forma a incentivar a participação dos cidadãos, reuniões públicas do executivo camarário descentralizado pelas freguesias e a elaboração de orçamentos participativos. Após um período de perguntas e respostas, o debate encerrou para lá da meia-noite e meia, ainda na presença da maioria dos participantes.
FOTO: DR
A sessão arrancou com uma breve atuação dos “Jokers”, grupo de música de jovens gondomarenses da Academia Melodia, seguindo-se uma intervenção do vice-presidente da Transparência e Integridade Associação Cívica, que passou em revista as três últimas décadas vividas em Portugal na perspetiva do que de mais opaco aconteceu ao país, no campo político, económico e financeiro. Paulo Morais enumerou, a concluir, algumas das coisas que podem ser feitas para combater a corrupção, para além de se ser “militantemente sério”: ser transparente, simplificar a legislação e atuação da Justiça,
Nova Lei do Arrendamento discutida em debate do PCP O PCP realizou uma sessão de esclarecimento sobre a Nova Lei do Arrendamento Urbano (NRAU) no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Rio Tinto. O debate juntou algumas dezenas de pessoas que discutiram a lei que entrou em vigor no início do ano. FOTO: DR
O debate contou com a presença de membros das principais estruturas dos comunistas e com a Associação de Inquilinos do Norte, que se disponibilizou a prestar um melhor esclarecimento aos arrendatários. Promovido pela Comissão de Freguesia, o debate teve várias dezenas de pessoas presentes, uma vez que se tratava de uma iniciati-
va que muito sensível e de grande preocupação, principalmente para quem tem contratos anteriores a 1990. Daí que a plateia tivesse composta essencialmente por pessoas de idade No início interveio Joaquim Barbosa da Comissão Concelhia do PCP, que lembrou, que “esta revisão, foi fruto do Memorando de Entendimento assinado com
a troika por todos os partidos do arco do poder”, lembrando também, o que está escrito na Constituição da República, em relação ao direito à habitação. Interveio de seguida Fernandes Martins, membro do PCP e advogado da Associação, que evidenciou a “injustiça desta lei, que é lesiva e muito perigosa para os que têm mais de 65 anos e os mais caren-
ciados.” Depois passou-se a período reservado a questões colocadas pelo público, com as mais variadas perguntas, “prazo das cartas enviadas pelos senhorios”, “valor do aumento pedido ao arrendatário”, “contratos de 5 anos, etc., etc. Tendo o representante da Associação dos Inquilinos, dado respostas a grande parte das perguntas colocadas pelos presentes.
VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
41
Política: Debate
Futuro da educação debatido pelos candidatos à Câmara A Escola Secundária de Rio Tinto recebeu, no dia 1 de fevereiro, o vereador da educação da Câmara Municipal de Gondomar (CMG), Fernando Paulo e o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins, para debater o tema “Educação em Gondomar, que caminhos?”. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Moderado pelo presidente da Associação de Pais da Escola Secundária de Rio Tinto (APAIESRT), José Pinto, o debate
“Educação em Gondomar, que caminhos?” não encheu mas ainda conseguiu juntar cinco dezenas de pessoas. A discussão do futuro da educação em Gondomar pareceu renhida aos olhos do público num discurso onde o vereador Fernan-
entre outros, a vogal da Junta de Rio Tinto, Conceição Loureiro, o Presidente da Comissão Política Concelhia do PS/Gondomar, Luís Filipe Araújo, os candidatos à presidência da Junta, José Santos, Maria José Guimarães e Nuno Fonseca, o presidente da Federação das
Associações de Pais do Concelho de Gondomar, Jorge Ascensão, o presidente da direção da APEE da EB2,3 de Rio Tinto, Carlos Monteiro, a direção da ESRT e alguns membros da APAIESRT. No final, houve espaço para ouvir as perguntas do público. FOTO: RVC
FOTO: RVC
do Paulo fez uma análise do que foi feito pelo executivo da CMG nos últimos anos e Marco Martins propôs um conjunto de ideias para o concelho no panorama educativo. Durante a sessão o presidente da junta e candidato à CMG defendeu a “uniformização da escolha dos manuais escolares” assim como o conceito de uma “cidade educadora”. O vereador não partilhou da mesma opinião optando por dar continuidade à sua linha de ação educativa na CMG, dando “livre arbítrio à escolha dos manuais” por escola. No debate também se falou de “rankings” tendo cada um dos oradores elogiado a prestação da ESRT e falado do Projeto Educativo Municipal e do papel das associações de pais nas escolas. Na plateia estavam presentes,
42 VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
Obrigado por gostar de nós! FOTO: DR
A página de Facebook do Vivacidade ultrapassou os 1000 “gostos” no dia 27 de fevereiro, um dia antes de o jornal sair para a rua. Tudo isto só foi possível graças a si. Obrigado. O jornal Vivacidade tem uma periodicidade mensal mas está presente nos principais
eventos do concelho de Gondomar. Pode contar com a informação atualizada ao minuto no nosso Facebook e com as fotografias dos últimos acontecimentos. Um obrigado especial ao nosso leitor Hugo Pinheiro que colocou o nosso milésimo “gosto”.
PASSATEMPO EROS PORTO 2013 O Vivacidade oferece 1 bilhete individual às primeiras 15 pessoas que responderem corretamente às duas seguintes questões: - Qual o nome oficial da dança sensual a ser apresentada pela primeira vez no Eros Porto? - Que atriz porno portuguesa conquistou o prémio XBIZ, o óscar do cinema para adultos? As respostas deverão ser enviadas para o e-mail ricardo.caldas@ vivacidade.org juntamente com os dados pessoais (primeiro e último nome e bilhete de identidade/cartão de cidadão). Os vencedores serão anunciados na página oficial do jornal no Facebook.
VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
Ouvi nas notícias que tenho de mudar o meu contrato de fornecimento de eletricidade, senão vou ser penalizado com multa. Isto é verdade? Por imposição legal, os preços da eletricidade já deixaram de estar regulados, estabelecendo-se um regime de mercado livre; quer isto dizer que os preços da eletricidade já não estão tabelados ou fixados administrativamente, mas são livremente estabelecidos pelos novos e diversos prestadores de serviços. Estes efeitos não são imediatos, mas sim graduais. Na verdade, de acordo com a legislação, os clientes de eletricidade em Baixa Tensão Normal (BTN) com potência contratada igual ou superior a 10,35 kVA, já viram extintas as tarifas reguladas a partir de 1 de julho de 2012 e os consumidores com potência contratada inferior a 10,35 kVA, a partir de 1 de janeiro de 2013. Para saber qual a sua potência contratada, pode consultar uma fatura de eletricidade, pois o valor daquela é sempre identificado. Assim, para os consumidores que já celebraram, a partir daquelas datas, ou ainda celebrem contratos de fornecimento de eletricidade com os fornecedores de mercado livre, já serão aplicadas as tarifas não reguladas. Para os consumidores que possuem, à data, contrato de fornecimento de eletricidade com o comercializador que garante o serviço público universal, terão que alterar o prestador do serviço, isto é, fazer um novo contrato com uma das empresas existentes em mercado livre, depois de consultarem as várias propostas, compararem preços e condições contratuais, escolherem conscientemente a situação mais adequada ao seu perfil. Dispõem, no entanto, os consumidores de um período transitório para efetuar a mudança: os consumidores com uma potência contratada entre 10,35 e 41,4 kVA, poderão fazê-lo até 31 de dezembro de 2014, enquanto que os consumidores com uma potência contratada inferior a 10,35 kVA poderão fazê-lo até 31 de dezembro de 2015. Durante esse período transitório, se os consumidores não aderirem ao mercado livre, ser-lhes-á aplicável uma tarifa transitória revista trimestralmente pela ERSE, entidade reguladora do setor, à qual acrescerá um factor de agravamento no valor a pagar por kVA. Resumindo, todos teremos de aderir ao mercado livre de fornecimento de eletricidade, no limite até 31 de dezembro de 2015. A permanência com o atual contrato implica um agravamento trimestral do custo da tarifa da eletricidade. Não se pode, porém, evocar que o consumidor seja objeto de multa. Anabela Ferreira Jurista da DECO
Para qualquer esclarecimento adicional, por favor dirija-se à DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, Delegação Regional do Norte – Rua da Torrinha, n.º 228-H, 5.º andar, 4050-610 Porto, Fax 222 019 990 ou através de HYPERLINK “mailto:deco.norte@deco.pt”deco.norte@deco.pt
PASSATEMPO BONNIE TYLER O Vivacidade oferece 1 bilhete duplo às primeiras 2 pessoas que responderem corretamente às duas seguintes questões: - De que país é a cantora Bonnie Tyler? - Qual é o nome da empresa organizadora do concerto de Bonnie Tyler?
As respostas deverão ser enviadas para o e-mail ricardo.caldas@vivacidade.org juntamente com os dados pessoais (primeiro e último nome, morada e código postal). Os vencedores serão anunciados na página oficial do jornal no Facebook.
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VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
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Emprego & Formação
46 VIVACIDADE FEVEREIRO 2013
Lazer
O correto é SÃO BENTO DAS PERAS e não PÊRAS? É das PERAS, sem dúvida nem acento circunflexo. Na forma singular, este substantivo leva acento circunflexo – pêra –, assim se distingue da preposição arcaica “pera”. No plural, a palavra não tem rival e por isso não precisa de usar chapéu para ter distinção. Do mesmo modo, pêro – para se distinguir da conjunção arcaica “pero” – e peros (fruto). E que peras são as que constam deste título ou invocação de São Bento? Não são as peras - fruto, como aparecem nas mãos do Santo e às vezes até misturadas com uvas. Há alguma coincidência da data da principal festa de São Bento - 11 de Julho - com a época das colheitas, das primícias da fruta. Todos sabemos como os ritmos agrícolas foram desde sempre associados à festa e perduraram em muitas festas cristãs ao longo dos tempos. E os ritmos da natureza acabam por sobrepor-se e prevalecer sobre as referências da História. São peras que verdadeiramente significam “pedras”. Em memória da experiência de vida eremítica que fez Bento de Núrcia entre os penhascos agrestes do Monte Subiaco, não muito longe de Roma, para se curar dos males da grande Cidade e aprofundar a sua conversão espiritual. Foi nesse Monte Subiaco que São Bento foi congeminando e redigindo a sua célebre Regra, que foi o modelo da vida monacal na Igreja do Ocidente e deu à Europa a matriz cultural que ainda conserva, de claras origens judaica e helénica e cristã. São Bento é um dos grandes fundadores da Europa, foi por isso que o Papa Paulo VI o declarou Padroeiro Principal da Europa. E não poderia São Bento ser reconhecido e declarado como Padroeiro da Cidade de Rio Tinto, São Bento cuja festa e devo-
ção tem aqui tão antiga e venerada tradição? São Cristóvão é Padroeiro da paróquia e da freguesia de Rio Tinto, e com muita honra de todos os riotintenses: ele não levaria a mal por ter a seu lado São Bento como Padroeiro da Cidade, cidade que abrange também a freguesia de Baguim do Monte. E donde vem esta confusão de peras? Pois do resultado comum da evolução etimológica de duas palavras latinas diferentes: “Petram” deu “pera”, a significar “pedra” e que no português antigo até se leria e escreveria “péra”, para se distinguir de “pera” e “pêra”, já referidas acima; e ”pirum”, que deu pêro e pêra / frutos bem apetecidos e apreciados. É um dos muitos casos da chamada “evolução etimológica convergente”. E o elemento “pera / pedra” subsiste ainda em vários topónimos actuais. De forma directa, por exemplo em Armação de Pêra e Castanheira de Pêra; em forma derivada, em Perosinho, Peroselo, Perafita, entre outros. Por Justiniano Santos