0,50€
Sociedade Primeira parte do Parque Tecnológico de Negócios de Ourivesaria concluída até setembro
Praia fluvial da Lomba
é a única da Área Metropolitana
V
P.4
V
Festa da Cerveja e Feira de Artesanato trouxeram milhares a Rio Tinto e estrearam novo recinto P.6 e 7
Política Autárquicas 2013
V
P.41
EXCLUSIVO VIVACIDADE: Apoio ao movimento associativo local aprovado em reunião de Câmara Festa da Lusofonia traz Anjos, Canta Brasil, Irmãos verdades e Lura ao Multiusos, no dia 22
V
Fernanda Vieira desiste da candidatura a Fânzeres Saiba porquê
O Vivacidade fez um roteiro pelos areais da margem do Douro e descobriu a próxima candidata a praia designada P.24 e 25 P.31
P.15
V
P.35 a 39
V
V
Nesta edição Entrevistas aos candidatos a Baguim do Monte e S. Cosme, Valbom e Jovim
2 VIVACIDADE JUNHO 2013
Editorial
José Ângelo Pinto
Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org POSITIVO Após muita insistência por parte da Junta de Freguesia de Rio Tinto e obtidas as autorizações necessárias, a Empresa de Transportes Gondomarense alterou o percurso da linha 12, para que sirva o interior da Triana, nomeadamente o cemitério nº. 2 e os conjuntos habitacionais. A linha conta também com o tarifário Andante para melhor servir a zona.
Sociedade Páginas 4 à 17
NEGATIVO Esquecer as populações começa no exacto momento em que se esquecem os sítios onde vivem. Quem sobe a marginal em direcção a Gondomar, na Rua de Murejães, e se encaminha para Aguiar, pela Rua da Aboinha, passa por uma pequena aldeia natural, intocada pelo desenvolvimento e cheia de interesse histórico, com casas centenárias e caminhos romanos. S. Jumil - assim se chama - podia pelo menos ter sinalética.
Emprego Página 45
Empresas & Negócios Páginas 18 e 19 Desporto Páginas 22 Destaque Páginas 24 e 25 Opinião Páginas 26 e 27 Política Páginas 28 à 44
Caros Leitores, Continuamos a trabalhar para que o Vivacidade seja a melhor fonte de informação sobre as eleições autárquicas que se aproximam a uma velocidade vertiginosa. Para isso, temos utilizado todos os mais modernos meios de comunicação ao nosso dispor, como o website e o facebook, entre outros, para que a informação possa ser disponibilizada rápida e eficazmente a quem dela quer fazer uso. A versão impressa das notícias da nossa terra continua a ser muito importante e instrumental na nossa estratégia pois sabemos bem que os mais de 30,000 leitores que nos honram todos os meses com a leitura do jornal físico muito o valorizam e respeitam. È também por isso que continuaremos a proporcionar aos nossos leitores uma informação local de grande qualidade, sempre com o nosso lema bem presente: factos são factos mas a opinião é livre. As eleições que se aproximam são um excelente teste à nossa capacidade de prestar um serviço isento, abnegado e de muita, muita qualidade. Ao contrário da maior parte dos candidatos, que já iniciaram a habitual feira de cartazes e placards de grande dimensão. Já tive ocasião de referir aqui, os cartazes, em política, e com a excepção daqueles que trazem novidade para os eleitores, têm um retorno em votos muito baixo. A única coisa para que servem é para dizer que “o meu cartaz é maior do que o teu”. Numa época de contenção e em que devemos ter muito cuidado em como gerimos o dinheiro, especialmente se não é nosso, ver a invasão de cartazes a que fomos sujeitos é algo preocupante; pois demonstra a incapacidade dos candidatos de passar mensagens que levem ao desenvolvimento. Qual é o interesse de ter um cartaz ao lado de mais quatro, de outras forças concorrentes? Numa altura em que se pede às empresas e às famílias para terem contenção nos seus gastos, não faz sentido que se gaste verdadeiras fortunas em cartazes descomunais e, muitas vezes, cartazes bem mais pequenos, colocados de modo mais inteligente e sem provocar estragos em passeios e jardins são mas muito mais bem conseguidos e provocam efeitos muito melhores.
Sumário:
Paulo Santos Silva
Professor, Historiador e Escritor
Memórias do Nosso Passado Os “marmourais” As práticas de sepultamento ou de enterramento dos entes falecidos divergem de cultura para cultura e, no contexto histórico, permite-nos situar no tempo esses vestígios sepulcrais. Num anterior artigo intitulado “O cemitério romano de Monte Penouço”, edição de 2 de Junho de 2011, havia referido o contexto trágico da família romana a que se reportavam as inscrições nas lápides e o excelente e importante trabalho do Ricardo Severo em ter registado e catalogado esses importantes achados em Rio Tinto. Mas, esses não foram os únicos vestígios tumulares existentes perto de Monte Penouço. No Arquivo Distrital do Porto, deparei-me com um livro do fundo documental do Mosteiro de S. Bento de
Ave-Maria relativo ao Auto e Demarcação do Couto e Freguesia de Rio Tinto, o qual já mencionei em edição anterior, e aí encontrei esta passagem: «e dahi vai devisando pello ribeiro da Presa da Lagem athe o marco da Pedra Longa que esta no caminho da granja (…) ate o marco que tem duas letras convem a saber M e R (…) e que sempre ouvirão dizer que as ditas letras que vião dizer M mosteiro e o R Rio Tinto o qual marco estava ante ambas as estradas que vão para Alfena e Guimarães e que confronta o dito marco com os marmourais que são campas e sepulturas antigas (…)». A referência a “marmourais” e a sua ligação a sepulturas antigas, ainda existentes no século XVIII na delimitação entre Rio Tinto
Lazer Página 46 Breves Página 47
Próxima Edição 25 de julho e Águas Santas, próximo de Monte Penouço, reporta-nos sem dúvida para a época romana, pois nessa época havia a prática de construir túmulos e sepulturas com mármore (o termo marmourais seria relativo a esta pedra) em catacumbas (túmulos subterrâneos) ou junto das estradas, o que era o caso, para que a memória de quem ali estivesse sepultado pudesse perpetuar-se no tempo. Na Idade Média, esta cultura alterou-se de tal forma que os sepultamentos passaram a ser efetuados preferencialmente dentro do espaço das igrejas ou nos adros, prática que a regras e leis de higienização e saúde pública do século XIX vieram pôr cobro com a construção de cemitérios públicos. Assim, acredito que os vestígios encontrados em Monte Penouço e a referência a estes “marmourais”, retrate a existência de uma comunidade romana nesta região, embora não possamos saber nem a sua dimensão ou durante quanto tempo terão permanecido por estas paragens, uma vez que já não existem vestígios desses “marmourais”.
Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida Redação: Ricardo Vieira Caldas (TP-1732) Diretor Comercial: Luiz Miguel Almeida Paginação: José Vaz Edição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTO Colaboradores: Álvaro Gonçalves, Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Brás, Catarina Martins, Cristina Nogueira, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Silva, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Costa, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivacidade.org E-mail: geral@vivacidade.org
4 VIVACIDADE JUNHO 2013
Sociedade: Ourivesaria
Parque Tecnológico
Administração e área social prontas no final do mandato Localizado em Val Chão, a poucos minutos do centro de Gondomar, o Parque Tecnológico, de inspiração italiana num parque homónimo, vê a sua primeira fase terminada no final do atual mandato. Um investimento inicial de seis milhões de euros, com um apoio do QREN em 85%. Ourives e joalheiros falam num “elefante branco” e sentem-se desiludidos.
Ourives desiludidos desinteressados
e
O Parque Tecnológico parece trazer várias vantagens aos ourives e joalheiros que o queiram integrar. Ainda assim, aqueles com quem o Vivacidade falou sentem-se ou desiludidos ou desinteressados. António Marinho, proprietário de uma empresa de ourivesaria com o mesmo nome, apostou no projeto desde a sua criação. “Investi na associação
Planta do Parque Tecnológico de Negócios de Ourivesaria
V
“É um projeto em contraciclo”. Quem o diz é o Vice-Presidente da Câmara de Gondomar, José Luís Oliveira, que ainda assim acredita que será desta que os ourives gondomarenses se vão juntar e criar sinergias. “O Parque Tecnológico tem a ambição de construir a ideia de que juntos somos mais fortes e mais capazes de responder aos desafios lançados”, afirma Oliveira. Nesta primeira fase ficam prontas as áreas da administração e a social, esta última com restaurantes e cafés, às quais se juntam a área de estacionamento e os arruamentos envolventes. [ver infografia] As próximas etapas serão destinadas à instalação de empresas, o que não implica que já no final deste mandato “não possa ser criado um ou outro ninho de empresas”.
que deu o impulso a esta ideia e pareceu-me desde sempre muito interessante”, conta. O problema veio depois, entre uma crise que não se esperava e uma ausência de respostas. “Não tenho tido feedback algum da Câmara, o que me deixa desiludido. Passaram seis ou sete anos e nada”, lamenta Marinho. “Se fosse hoje não investiria”, confessa. Se António Marinho está desiludido, Francisco Sousa, proprietário da joalharia Stylor, está desinteressado. “Seria interessante para quem não tivesse já uma fábrica, o que não é o meu caso”. Além disso, aponta uma razão conjuntural. “Estamos numa fase muito difícil e qualquer investimento que não tenha um retorno imediato é um mau negócio”, lamenta para depois acrescentar: “o projeto é muito bonito no papel, na prática não creio que funcione”. Inspiração italiana O projeto que foi lançado há cerca de 6 anos encaixa nas necessidades do Concelho mas tem um homónimo em Itália. “Conheci o Parque Il Tari, em Nápoles, e fiquei agradado com a ideia. Foi criado um espaço, grande e controlado, onde os ourives e outros artesãos podiam trabalhar mas também expor os trabalhos”, conta o Vice-Presidente que acrescenta: “de quando em quando fazem feiras dentro de Il Tari onde promovem os seus produtos”.
José Luís Oliveira: “O Parque Tecnológico tem a ambição de construir a ideia de que juntos somos mais fortes e mais capazes de responder aos desafios lançados”
V
Texto: Ricardo Vieira Caldas Luís Alves
VIVACIDADE ABRIL 2013
5
6 VIVACIDADE JUNHO 2013
Sociedade
Festa da Cerveja e Feira de
acolheram milhares em novo rec
Foram cinco dias de pura animação e 4000 litros de cerveja. A chuva – que também marcou presença – não foi suficiente para estragar os o tivas ficaram marcadas pela grande adesão das pessoas e pelo ‘novo’ local escolhido – o espaço da antiga Feira de Rio Tinto. FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Quatro milhares de litros de cerveja, animação diária, cinco concertos e o continuar de uma amostra dos trabalhos artesanais de Rio Tinto. É assim que se define a edição deste ano que, na opinião do presidente da Junta de Rio Tinto, Marco Martins, já “não pode deixar de se fazer”.
De 6 a 10 de junho, o espaço da antiga Feira de Rio Tinto trouxe animação à cidade. A primeira noite contou com um concerto dos ‘Prata Latina’ e a segunda com os ‘Sentido Proibido’. No dia 8, estrearam-se na festa os ‘FMI Show Band’ mas foram os últimos dois dias que encheram o recinto. Contas feitas, segundo a organização do evento, no domingo [dia 9] passaram pela Festa da Cerveja 15 mil pessoas que assistiram ao
espetáculo proporcionado pelos ‘Banda Lusa’. O último dia trouxe, uma vez mais, Marcus que juntou cerca de seis mil à frente do palco, numa segunda à noite. Para muitos considerada uma festa de “sucesso”, esta edição contou ainda com a área dedicada à Feira de Artesanato e uma tenda com várias dezenas de mesas para os que quisessem comer e beber. A oferta era variada, desde francesinhas a sandes de porco no espeto
e até enchidos para os que quisessem levar uma ‘recordação’ para casa. Este ano, a iniciativa contou também, entre outras coisas, com insufláveis para os mais pequenos e uma exposição de carros de Trial. Marco Martins ficou “satisfeito” com esta edição e com o ‘novo’ recinto. “Este ano, pela primeira vez, fizemos no espaço da antiga Feira, que já queríamos fazer no ano passado mas a Câmara não autorizou. É mais fácil – ape-
sar de ser mais dispendioso para a Junta – porque junto ao Largo do Mosteiro temos infraestruturas como o palco, como as casas de banho e a eletricidade, e que aqui tivemos que alugar. Tudo isto fica 2500 euros a mais do que seria se fosse no largo. Mas apesar do mau tempo, a iniciativa correu bem”, disse. Quanto à Feira de Artesanato, segundo o autarca, “os artesãos ficaram satisfeitos até porque o percurso foi feito de maneira a que FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
VIVACIDADE JUNHO 2013
7
e Artesanato
cinto
objetivos da Festa da Cerveja e da XII Feira de Artesanato de Rio Tinto. Cumprindo certas tradições de anos anteriores, estas duas inicia-
A edição de 2013 da Festa da Cerveja e da Feira de Artesanato de Rio Tinto ocupou o espaço da antiga Feira de Rio Tinto no centro da cidade
V
toda a gente que ia à Festa passava obrigatoriamente pelo artesanato. É uma iniciativa que a próxima Junta tem que continuar e só prova que aquele espaço não pode ser para construir torres, mas tem que ser requalificado para estar ao serviço da população”. Uma iniciativa para continuar “se a autarquia quiser”, diz José Carlos da organização, já que este ano tudo “correu bem” com uma “experiência nova, num local novo”. “Mesmo com o mau tempo a atrapalhar, conseguimos superar. Quatro mil litros de cerveja, comparados aos dois mil do ano passado”, referiu.
FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
Manuela Rego, 53 anos “Tenho vindo nos últimos anos, está a ser interessante, um espetáculo para toda a gente. Mas gosto mais este ano porque o próprio recinto junta muito mais as pessoas.”
Maria Almeida, 48 anos “Venho todos os anos para me divertir, comer e beber muita cerveja. Acho que este ano está melhor do que quando era lá em cima [no Largo do Mosteiro].”
Ana Jorge, 29 anos “É a primeira vez que venho, soube pela Obra ABC. Está muita gente e um bom ambiente.”
8 VIVACIDADE JUNHO 2013
Sociedade
Alvarinho Messala eleito o melhor do mundo Foi no Palácio da Bolsa, no Porto, que no dia 31 de maio, que o Best of Vinho Verde - considerado o momento mais alto do ano para os cerca de vinte mil produtores - escolheu o Messala como o melhor Alvarinho de 2013. Sendo esta casta única no mundo, o produtor gondomarense sócio do grupo Grande Porto, de S. Pedro da Cova, considera que o Alvarinho Messala pode mesmo ser considerado “o melhor do mundo” em 2013. afirma. Questionado pelo Vivacidade sobre se considerava que o prémio FOTO: RVC
também pertencia a Gondomar, Messala responde: “Acho que toda a gente deve estar orgulhosa porque quando vejo alguma empresa de Gondomar fico com orgulho em dizer que sou de Gondomar e é lógico que isto é de Gondomar também.” Para além deste prémio, Gonçalves explica que todos os anos ganham prémios de honra em várias castas.
Os vinhos Messala produzem anualmente de 45 a 50 mil garrafas. Este ano, o Best Of Vinho Verde elegeu o Alvarinho Messala com grau ouro. A prova é decidida por um júri internacional constituído por especialistas dos maiores mercados de exportação, nomeadamente EUA, Alemanha, Brasil, Canadá, Reino Unido, Suécia e Suíça. FOTO: RVC
Messala Gonçalves, sempre viveu em S. Pedro da Cova e apesar de trabalhar com vinhos “quase desde que nasceu” dedicou-se ao negócio há 7 anos atrás, criando uma empresa que agora pertence ao grupo Grande Porto. “O vinho ficou baptizado por Messala, no início não achei grande piada mas realmente começou a ganhar prémios e a ganhar notoriedade logo no primeiro ano”, conta Messala Gonçalves, o produtor e criador da marca que não contava com o prémio deste ano. “Este prémio realmente foi sem contar. Na altura não pensei em nada, aliás
foi muito estranho ver na televisão a garrafa Messala e as pessoas a chamarem pela medalha de ouro”,
Na foto: alguns membros do grupo Grande Porto
V
Texto: Ricardo Vieira Caldas
10 VIVACIDADE JUNHO 2013
Sociedade: EPG - Escola Profissional de Gondomar
Quatro mil pessoas superam expectativas na II Feira Medieval “Não esperávamos uma adesão tão assídua ao longo dos três dias da Feira”, conta, surpreendido, o director da Escola Profissional de Gondomar (EPG), Agostinho Lemos.
Teatro, animações de rua, danças, cortejos e um mercado medieval. S. Pedro da Cova recuou centenas de anos e, sob a organização da EPG, superou não apenas o número de dias – o ano passado foram apenas dois contra os três deste ano -, como também o número de pessoas, entre crianças das escolas da Freguesia de S. Pedro da Cova e o público em geral. “O número de alunos superou os mil e duzentos o que no total ascenderá às três ou quatro mil pessoas. Foi uma adesão significativa”, conta Agostinho Lemos, satisfeito com o balanço.
Com uma organização cada vez maior, o investimento, esse, parece seguir um caminho à imagem dessa organização. Apesar de o Director da EPG ainda não ter as contas fechadas, o total deverá aproximar-se dos dez mil euros. Muito dispendioso? “Não, não consideramos sequer um gasto. É, isso sim, um investimento que fazemos – nós e outras associações que estiveram presentes na Feira – na comunidade”. Se para já ainda é tempo de rescaldo da segunda edição, a verdade é que já se pensa no futuro. A próxima edição alinhará pelo mesmo ambiente medieval mas adoptará uma nova temática. Os preparativos, assegura Agostinho Lemos, já estão a começar.
FOTO: RVC
Texto: Luís Alves
FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
FOTO: RVC
FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
VIVACIDADE JUNHO 2013
11
Sociedade
O que é feito do Monte Crasto? O Vivacidade foi ao Monte Crasto, no coração da cidade de Gondomar, perceber o que se passa com este “gigante adormecido”. Em tempos foi um espaço cheio de vida e fulgor, para famílias, desportistas e tantas outras pessoas. Hoje é visto de sobreolho e o mau ambiente não é apenas um boato, assim como os assaltos. No final do mês reabre um restaurante-bar, no cimo do Monte. Texto: Luís Alves Ricardo Vieira Caldas
Quem nos abre as portas da Confraria – a entidade religiosa que detém e gere o espaço do Monte Crasto – é o Presidente da
Investimentos? “Estamos de braços abertos” Questionado se a Confraria estaria recetiva a investimentos
que dinamizassem o espaço, Lúcio Moura é direto: “Estamos como o Cristo na cruz. Absolutamente de braços abertos”. De braços abertos mas com uma salvaguarda. “Obviamente que tem de ser algo que se alinhe pela matriz religiosa do Monte”. Os investimentos, diz Lúcio Moura, poderiam vir de uma origem privado mas também de uma entidade pública, como a Câmara de Gondomar. O Vice-presidente, José Luís Oliveira, não descarta a hipótese e o interesse, apesar de não “fazer sentido neste fim de ciclo”. “Se fosse um espaço público estaria certamente melhor. Desde logo porque estaria sempre aberto e seria mais cuidado. A Câmara podia ter interesse desde que a Confraria entregasse o espaço, através de um
protocolo, por exemplo”, explica José Oliveira. Zona nobre O Vice-presidente da Câmara é uma das muitas pessoas que frequentava o espaço quando ele tinha
vida. “Lembro-me de ir para lá durante os intervalos das aulas. Realizavam-se grandes jogos de vólei. É uma zona nobre da cidade”, recorda José Oliveira que não ignora que a oferta de divertimento é “hoje muito maior e também isso pode explicar a decadência do espaço”. FOTO: LA
FOTO: LA
Confraria do Santo Isidoro, Nossa Senhora da Lapa e Santa Bárbara, Lúcio Moura. Está na Confraria há 22 anos e desde há um ano e meio no cargo máximo. Não esconde que o espaço verde, outrora ponto de encontro e convívio de milhares de pessoas, está “decadente”. Mas prefere primeiro falar da história. “Era um espaço privado de um casal que, não tendo filhos, doou a uma confraria que foi criada para o propósito”, conta Lúcio Moura. Desde aí, há cerca de dois séculos e meio, a Confraria é a proprietária do espaço.
ASSOCIAÇÃO DE SÃO BENTO RIO TINTO
Fundada em 1895
www.associacaosaobento.com
Societária da LIGA DAS ASSOCIAÇÕES MUTUALISTAS DO PORTO e da MUTUÁLIA - Federação Mutualista Estatutos da Associação e Regulamento de Benefícios atualizados em 2012 A S S O C I A D O S
MODALIDADES/VALÊNCIAS
A - Subsídio de Funeral + Assistência médica e de enfermagem Solidariedade Associativa B - Assistência médica e de enfermagem + Solidariedade Associativa C - Solidariedade Associativa + Assistência médica e de enfermagem
Encargos de inscrição: 0-20 anos de idade: gratuito
Idade de Acesso
Carência Inicial
Quota Mensal
Até aos 55 anos
3 anos
2,00 euros
Sem limite de idade
Sem carência
2,00 euros
Sem limite de idade
Sem carência
1,00 euro
21-40 anos de idade: 3,00 euros
Mais de 40 anos de idade: 5,00 euros
SUBSÍDIO DE FUNERAL MAIS INFORMAÇÕES NA SEDE DA ASSOCIAÇÃO Rua da Boavista, 394, 4435-123 RIO TINTO
- Associados admitidos antes de 7 de Setembro de 2012: . 630,00 Euros para o Associado Titular . 220,00 Euros para o Cônjuge . 125,00 Euros para Filhos até aos 15 anos - Associados admitidos a partir de 7 de Setembro de 2012: . 630,00 Euros para o Associado Titular
Funcionamento da Secretaria De 2ª a 6ª feira Sábado Manhã: 9h00-12h00 Manhã: 9h00-12h00 Tarde: 14h00-18h00
REGULARIZAÇÃO DE QUOTAS . Só têm direito aos Benefícios da Modalidade subscrita os Associados que não tenham em atraso mais que três quotas mensais à data da ocorrência que justificar a atribuição do benefício.
Contactos Telefónicos Tel 22 489 01 07 Fax 22 480 09 10 Tlm 96 766 05 02
Prazo de Garantia Adicional para atribuição do Subsídio de Funeral (Regulamento de Benefícios, artigo 18º, 1): “Os Associados que tenham sido admitidos há menos de 35 anos e que devam quantia superior a 3 quotas mensais não têm direito a receber os subsídios de funeral referidos (...) caso o óbito ocorra antes de decorrido o prazo de dez dias por cada mês de atraso após o respectivo pagamento.”
Endereços electrónicos www.associacaosaobento.com e-mail: geral@associacaosaobento.com www.facebook.com/associacaosaobento www.twitter.com/associacaosaobento
N O V I D A D E S PROTOCOLOS Para servir melhor os nossos Associados - e com maior atenção para aqueles que vivem fora de Rio Tinto a Direcção está a negociar MAIS E MAIS VANTAJOSOS PROTOCOLOS com Farmácias, Clínicas e outros Serviços Sociais. MUTUALISMO E SOLIDARIEDADE SOCIAL - UNS COM OS OUTROS E TODOS POR TODOS
-
CONSULTAS MÉDICAS - Na Sede da Associação Horário: - segunda-feira, às 9 h 00 - terça-feira, às 14 h 15 - quinta-feira, às 16 h 00 - Na Liga das Associações Mutualistas do Porto Rua Rodrigues Sampaio, 99 -1º PORTO Telefones 222 001 711 e 223 395 490 . Consultas de Várias Especialidades . Clínica Dentária / Laboratório de Prótese Dentária . Médico e Enfermagem ao Domicílio Telefone 222 010 126 . Farmácia da Liga Rua Formosa, 404 PORTO
AV I S O CONSULTAS MÉDICAS Clínica Geral - na Sede da Associação, em Rio Tinto Para evitar aos nossos Associados tempos de espera prolongada É OBRIGATÓRIA A MARCAÇÃO ANTECIPADA DAS CONSULTAS Dirija-se à Secretaria da Associação ou pessoalmente ou pelos telefones 22 489 01 07 / 96 766 05 02 até às 17.00 do dia útil anterior ao da consulta
PARTICIPA e INSCREVE-TE - a tua partilha de HOJE semeia um AMANHÃ MELHOR para todos
12 VIVACIDADE JUNHO 2013
Sociedade
Estádio Cidade de Rio Tinto recebe 4500 crianças em evento dinamizado pela PSP O Dia Mundial da Criança e o encerramento do ano letivo foram comemorados no Estádio Cidade de Rio Tinto, no dia 7 de Junho. Mais de 6000 pessoas encheram o recinto, entre crianças das escolas do 1.º ciclo e jardins de infância das freguesias de Rio Tinto e Baguim, assim como idosos de várias instituições, professores, educadores, funcionários e familiares. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Para além da atuação da Banda de Música da Política de Segurança Pública (PSP) e dos palhaços, os presentes tiveram a oportunidade de assistir a uma demonstração de cães militares pela equipa
cinotécnica da Unidade Especial de Polícia da PSP. O comandante da Divisão Policial de Gondomar, Teixeira Pinto, explica que já é normal fazerem este tipo de demonstrações ao longo de todo o ano nas escolas, no entanto, com uma dimensão mais reduzida. “Este tipo de atividades só é possível com um
Cândida Fontes explica que o objetivo de acolher este tipo de eventos passa por “abrir as portas à população, mostrar às pessoas que o Sport Clube de Rio Tinto não é só futebol”. “Vamos conseguir mostrar às pessoas que têm aqui um espaço para onde podem vir, onde se sintam bem”, realça. Na iniciativa, participaram
quase todas as escolas do 1.º ciclo e jardins de infância das freguesias de Rio Tinto e Baguim do Monte, numa contabilização de 4200 crianças. A organização conjunta esteve a cargo da Polícia de Segurança Pública, das Juntas de Freguesia de Rio Tinto e Baguim do Monte e contou com o apoio do Sport Clube de Rio Tinto. FOTO: RVC
FOTO: RVC
número de pessoas considerável. Juntámos os agrupamentos de escolas todos num só local e fez-se esta atividade”, afirma. “O objetivo é aproximar a polícia dos cidadãos da comunidade e também mostrar aquilo que são um pouco as nossas valências para além daquilo que é o policiamento normal que toda a gente conhece”, acrescenta o comandante. A vice-presidente do Sport Clube de Rio Tinto, Cândida Fontes, nunca imaginou que o evento juntasse tantas pessoas, tendo até sido disponibilizados os camarotes e parte do relvado para que fosse possível a agregação de todas.
Centenas de pessoas caminharam pela Solidariedade Entre 500 a 600 pessoas participaram no evento “Gondomar a Caminhar por Portugal e a Ajudar os Amigos do Padre Moura”. A caminhada teve como objetivo promover a solidariedade, em especial nos jovens. FOTO: RVC
A Escola Secundária de Gondomar organizou no dia 10 de Junho uma Caminhada Solidária. A iniciativa “Gondomar a Caminhar por Portugal e a Ajudar os Amigos do Padre Moura” juntou 500 a 600 pessoas e começou com uma concentração no Estádio do Sport de Rio Tinto, onde existiu animação antes e após a caminhada. Promover a solidariedade, em especial nos jovens, e estimular a atividade desportiva foram os principais objetivos do evento. A associação Amigos do Padre Moura de Baguim de Monte foi a beneficiária.
A caminhada foi enriquecida com a participação do Agrupamento de Escolas de Rio Tinto n.º3, em particular a Escola Secundária de Rio Tinto e o Jardim Infantil de Entre Cancelas. Miguel Almeida, vice presidente da Associação Amigos do Padre Moura, enaltece o espírito da iniciativa: “Queremos fazer um profundo agradecimento à Escola Secundária de Gondomar, na pessoa do professor Joaquim Fernando, pelo contributo dado neste momento particularmente difícil para a nossa Instituição Particular de Solidariedade Social”.
VIVACIDADE JUNHO 2013
13
Sociedade
Partida: Tailândia. Chegada: Fânzeres. Uma aventura contada em nove meses Tem 16 anos, veio de Banguecoque, na Tailândia, e aterrou em Fânzeres. A jovem de apelido díficil – Prima Wilaiwong, mas chamam-lhe apenas Tam – fala português com grande facilidade e veio nove meses para Portugal, ao abrigo de um programa de intercâmbio, o AFS. A principal razão da escolha? Cristiano Ronaldo. Texto: Luís Alves
lamos muito baixo, aqui não. Agora já me habituei e já falo alto como os portuenses. Quando regressar vou ter um problema para resolver”, disse Tam, entre risos.
Falam sempre assim tão alto?
Aurora Martins e a filha Sara receberam Tam de braços abertos. No início não foi fácil e o caminho destes nove meses, não escondem, não foi sempre fácil. Ainda assim o balanço é “positivo e no final, na despedida, ficarão as saudades”. E também um episódio caricato. Numa reunião de pais, na Escola Secundária de Rio Tinto, o professor de Geometria Descritiva perguntou: “Eu falo tai-
Tirando o clima, as horas e a escola – a Secundária de Rio Tinto não é apenas feminina, como a escola de Tam na Tailândia – a outra grande diferença é o tom de voz das pessoas. “Quando ouvi pela primeira vez portugueses a falarem, a uma mesa, assustei-me. Na Tailândia fa-
minha melhor aluna é a tailandesa Tam”.
Melhor aluna a Geometria Descritiva
Actual Gest promove
3.º Fórum de Formação Profissional em Gondomar No Auditório Municipal de Gondomar, no passado dia 31 de maio, foi realizada mais uma Feira das Profissões, promovida pelo Actual Gest - Centro de Formação Profissional. No dia 31 de maio, foi organizado mais um Fórum de Formação Profissional de Gondomar, que contou com a presença dos formandos da Actual Gest, assim como o diretor Pedagógico, Antenor Areal, o vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo, o presidente da Junta de Freguesia de São Cosme, António Macedo, uma representante do Centro de Emprego de Gondomar, entre outros. Este dia foi protagonizado por uma Feira de Profissões, na qual estavam presentes algumas bancas com algumas profissões e matérias de trabalho com que os formandos do centro de formação de Gondomar são preparados para o mundo do trabalho. Os stands de profissões presentes no hall do auditório e na sala de exposições Júlio Resende foram: técnico de informática, técnico administrativo, técnico secretariado, técnico comercial, entre outras mais. A iniciativa promovida por este espaço de formação gondomarense marcou-se mais uma vez pela “diversidade de
landês? Os meus alunos portugueses não me devem perceber porque a
FOTO: LA
Muito provavelmente é a única tailandesa a viver em Fânzeres. Talvez até em Gondomar. Mas nem por isso mostra sinal algum de vergonha ou embaraço. Tam é uma jovem tailandesa, que chegou a Portugal há 9 meses e que tem bilhete de regresso para Banguecoque no dia 28. “Ainda aproveita o S. João”, atira Aurora Martins, a mãe de acolhimento. Quando aterrou pela primeira vez em Portugal – nunca tinha saído da Tailândia – estranhou o clima, que tem temperaturas mais baixas, e o fuso horário. Mas não estranhou as pessoas de Lisboa. “Como vivo na
capital da Tailândia, quando cheguei à capital de Portugal as pessoas pareceram-me bastante semelhantes. Pensei que seria assim no país todo mas quando foi destacada uma família para mim, no Porto, reparei que a diferença é enorme. Os portuenses são calorosos e próximos”.
ofertas educativas e formativas”. O Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar discursou dizendo que este centro “é muito importante independentemente de ser muito ou pouco participado, este espaço em forma de reflexão e sobretudo de conhecimento daquilo que são as alternativas educativas e formativas para quem numa determinada etapa tem que fazer opções”. Além desta das profissões, o programa para este dia consistia também em conferências ligadas à questão da saúde, que são de grande importância para a sociedade “numa perspetiva de prevenção” do ponto de vista da “Gravidez na Adolescência”, “A Violência no Namoro”, “Infeções Sexualmente Transmissíveis” e mesmo ainda os “Estágios Profissionais do IEFP”, entre conversas com Karla Farah sobre “Pais Implicados, Alunos Motivados”. Finalizando este dia, ocorreu uma atuação da Tuna “Gestrintuna”, como previsto no programa. A. SOUSA
O que é a AFS? É uma organização internacional, com caráter voluntário e não-governamental. É uma das maiores organizações do mundo e tem um objetivo comum aos 88 países onde se faz representar: a paz. Através desta organização os estudantes podem fazer um intercâmbio, tal como a Tam fez. Durante um determinado período de tempo – não mais de um ano -, deixam a casa e a escola natais e transferem-se para outro país e outra cultura, sendo recebidos por famílias como a de Aurora Martins – as chamadas famílias de acolhimento. No total, a AFS já teve mais de 400 mil participantes.
14 VIVACIDADE JUNHO 2013
Sociedade
Casa Branca de Gramido será reaberta em breve A Casa Branca de Gramido voltou à posse da Câmara Municipal de Gondomar. A data da reabertura será conhecida em breve, assim como a programação.
A Casa Branca de Gramido, edifício que anteriormente era posse da Universidade Lusófona e que entretanto sofreu um incêndio (tendo de sofrer obras de recuperação), volta a pertencer à Câmara Municipal de Gondomar. Fernando Paulo, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar explica que, neste momento, estão a ser definidos o programa base de dinamização e a afetação de recursos humanos para a reabertura do espaço. O objetivo é conciliar a vertente cultural com a vertente turística. Numa primeira fase, irá funcionar como espaço de cultura, com uma sala polivalente para a realização de diversas ativi-
dades culturais e com uma galeria de exposições permanente, que promovam algumas atividades que a autarquia considera importantes e que tenham ligação com o rio. “A ideia será haver um programa cultural definido pela própria Câmara mas sempre em diálogo com os agentes culturais do concelho, porque é óbvio que também contamos com algum dinamismo e alguma colaboração das instituições locais”, esclarece o vereador. Neste momento, o importante para a autarquia é afirmar o espaço como equipamento cultural. “Parece-nos que vai ser bem acolhido por parte do público, portanto poderemos aprofundar mais ou menos e reorientar em função também da aceitação e da adesão”, revela o autarca. Fernando Paulo considera que
FOTO: RVC
Texto: Ricardo Vieira Caldas
a Casa de Gramido tem uma “localização estratégica especial”. “Há uma memória histórica associada que também potencia o conjunto
de outro tipo de realizações que contribuem para a preservação e para divulgação da nossa história local”, afirma. A Casa Branca de
Gramido vai ser um equipamento gerido pelos Pelouros da Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Gondomar.
VIVACIDADE JUNHO 2013
15
Sociedade
Pavilhão Multiusos festeja a
Lusofonia
O Pavilhão Multiusos de Gondomar recebe, no dia 22 de junho, a Festa da Lusofonia. O evento promove um encontro de artistas de língua oficial portuguesa. Artistas provenientes de Portugal, Brasil, Cabo-Verde e Angola vão subir ao palco do Pavilhão Multiusos de Gondomar no dia 22 de junho, pelas 21h. O denominador comum da noite é a língua portuguesa. A representar Portugal vão estar os Anjos, dupla que regressou à ribalta em 2012. Já os Canta Baía, com 4 álbuns editados em terras lusas, representam o Brasil. Angola estará representada pelos Irmãos Verdades, autores de “Saudades de Luanda” e “Yolanda”. E finalmente, Cabo Verde vai ser representado por Lura, criadora do tema Moda Bô, uma homenagem a Cesária Évora. Nelson e Sérgio Rosado, dos Anjos, estão entusiasmados por voltar a Gondomar ao fim de cerca de 12 anos. “É um regresso que aguardamos com grande alegria pois já tínhamos saudades desse público fantástico”,
garantem. Os músicos consideram que a língua portuguesa é um bom mote para o evento. “A língua Portuguesa é das mais faladas no Mundo, e como tal bastante global e diversificada em termos culturais. Estarmos no mesmo palco com outros colegas nossos de outros países, em que o denominador comum é a mesma língua, só poderá dar bom resultado. Vai ser uma grande festa”, acreditam. Os artistas participantes no evento estarão no próprio dia a dar uma sessão de autógrafos. Os bilhetes variam entre 15€ (Plateia) e 20€ (Bancada) e cada bilhete reverte 1€ para a Fundação do Gil. Os bilhetes já podem ser encontrados à venda no Multiusos de Gondomar e noutros postos de venda. O evento é promovido pela Apolo Cine.
FETAV: Cada vez menos amador
Festival de Teatro Amador de Valbom encerra com peça da casa
“A Visita de Sua Excelência”, peça da Escola Dramática e Musical Valboense (EDMV), encenada por João Ribeiro fechou a 29ª edição do FETAV. Um caso sério de expressão teatral não apenas em Valbom e no Concelho como na área do Grande Porto. FOTO: LA
Texto: Luís Alves
As contas são simples: três meses de Festival e 10 peças que deram forma à 29ª edição do FETAV. E se a sigla já não é estranha em Valbom, cada vez o é menos para os gondomarenses e até para os portuenses. A confirmar este dado está uma sala que, durante os três meses de Festival, quase sempre encheu e a perspetiva do Presidente da Direção, Domingos Patrício. “Não tenho dúvidas que o
FETAV é uma referência cultural no Concelho e também no Porto”, assegura Domingos Patrício, a instantes do princípio do fim do FETAV. Poucos minutos depois sobem ao palco os atores, perante uma plateia e camarotes cheios e ansiosos por conhecer a “sua excelência” do título da peça. No final, uma certeza e aplausos prolongados. O FETAV mobilizou quem gosta da arte e “começa a criar uma cultura teatral na cidade de Valbom”, disse o Presidente ao Vivacidade, que também assegurou que a EDMV está “viva e respira saúde”.
VIVACIDADE JUNHO 2013
17
Sociedade
Prazo do concurso de quadras populares a S. Pedro terminou
Dia da Criança lembrado pelo Centro Psicopedagógico ComUnidade
Terminou o 30.º concurso das quadras populares ao S. Pedro, promovido pela Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova. A entrega dos prémios é feita a 29 de junho.
Na véspera do Dia da Criança a Associação para o Desenvolvimento Social de Gondomar (ADSG) promoveu uma campanha para que todos os que visitassem as instalações tivessem uma oferta de brindes para pequenos e graúdos. A ação visou dar conhecimento à ADSG promovendo as suas áreas de intervenção.
Acabou a 14 de junho mais uma edição do concurso das quadras populares ao S. Pedro. A finalidade é distinguir, pela sua qualidade, as melhores quadras populares alusivas aos festejos de S. Pedro e ainda estimular e tornar visível o talento de autores na apresentação de trabalhos inéditos. A iniciativa tem uma dimensão local, porque procura ser uma homenagem ao padroeiro da freguesia. No entanto, segundo o presidente da freguesia de S. Pedro da Cova, Daniel Vieira, o concurso já atingiu “outra dimensão”, uma vez que já participam autores de todo o país e até de outros países, como o Brasil. Pelo terceiro ano consecutivo, a orga-
A Associação para o Desenvolvimento Social de Gondomar é uma Instituição Particular de Solidariedade Social atualmente com sede no edifício dos Bombeiros Voluntários de Gondomar. A sua Direção tem vindo ao longo dos últimos anos a trabalhar em prol da constituição de respostas sociais que permitam melhorar a qualidade de vida em geral dos seus associados, idosos, famílias e comunidade em geral. Atualmente está em funcionamento um Centro Psicopedagógico denominado de “ComUnidade, que presta apoio educativo do 1º ao 12º Ano e foca a sua intervenção na área educacional, psicológica e social através do centro de estudo integrado, apoio a crianças com
Entrega dos prémios a 29 de junho
São Pedro da Cova recebe
Gasómetro 2013
Durante os dias 5, 6 e 7 de julho, a freguesia de S. Pedro da Cova recebe mais uma edição do Festival Gasómetro. O evento promete ter uma oferta diversificada e continuar a ser uma alternativa aos tradicionais Festivais de Verão. FOTO: DR
Na sexta feira, dia 5, o Festival abre com o concerto dos Sons e Vozes de Portugal. O programa segue no sábado, dia 6, com as atuações de Dr Butlers Hatstand, Medicine Band e Som da Frente (Tributo aos Xutos e Pontapés). O Festival encerra no domingo, dia 7, com um Encontro de Dança. Para além do programa musical, vai estar ainda disponível outro tipo de ofertas: tasquinhas, insufláveis, exposições, zumba, Feira da Saúde, Taekwondo e Concerto para Bebés e Papás. Daniel Vieira, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova, pensa que o Festival Gasómetro “é a maior iniciati-
va cultural e do concelho de Gondomar”, uma vez que “envolve milhares de pessoas”. Ultimamente tem-se confrontado com o problema da redução dos subsídios, mas “continua a ser uma iniciativa que afirma a freguesia”, afirma. A organização do Gasómetro está a cargo da Associação Social Estrelas dos Silveirinhos, sendo que a Junta de Freguesia apoia monetariamente e em termos de logística. Este Festival, que já se tornou numa marca do cartaz cultural de Gondomar, assume-se como uma alternativa aos tradicionais Festivais de Verão.
necessidades educativas especiais, psicologia (criança, adolescente, idoso), Psicopedagogia, Terapia Ocupacional, Terapia da Fala, workshops educativos, entre outros. Para o período de férias escolares de verão se encontram definidos programas com atividades lúdicas e desportivas. FOTO: DR
nização decidiu abrir o concurso a outro tipo de público, tendo criado a categoria “Sub18”. O objetivo é “estimular as novas gerações e as escolas para o gosto pela poesia e para tentar manter viva a tradição no futuro”, explica Daniel Vieira. O autarca pensa que esta é uma iniciativa que se deve manter, independentemente de quem venha a vencer as próximas eleições autárquicas. “É uma tradição e tudo faremos para preservá-la”, afirma. No dia 29 de junho é feita a entrega dos prémios no novo edifício da Junta de Freguesia. A entrega insere-se no programa oficial das festas aos padroeiros S. Pedro e S. Paulo.
18 VIVACIDADE JUNHO 2013
Empresas & Negócios: Euriseguros
Novas instalações da Euriseguros em Monção Profissionalismo, rigor e provavelmente os preços mais baixos do mercado são, tal como em Rio Tinto, lema da nossa loja de Monção.
V
Novas instalações em Monção FOTO: DR
Foi a 24 de maio que se concluíram as novas instalações da Euriseguros, em Monção. A loja passa agora para o centro da vila e promete ter excelentes condições. A seguradora, que foi considerada a segunda melhor a nível nacional, está ao dispor dos seus clientes desde 2001. A Euriseguros nasceu em Rio Tinto. No entanto, devido à impossibilidade de abrir uma loja na cidade, o primeiro estabelecimento foi no Porto. Neste primeiro local exerceu o seu trabalho até há dois anos, tendo depois mudado para Rio Tinto. Os clientes da seguradora têm acesso aos mais variados seguros, tais como: seguros automóvel, de saúde, de casa, de acidentes de trabalho, de responsabilidade civil e ainda seguros de vida. Existem também seguros personalizados, que são adaptados à medida de cada cliente. Esta é uma companhia que tem como principal objetivo conseguir ultrapassar a dificuldade que se estabeleceu na conjuntura económica do país. Só assim conseguirão dar “continuidade de uma melhor forma ao trabalho que tem sido
desenvolvido ao longo de 12 anos”, afirma o sócio-gerente Vitor Silva. Os estabelecimentos abertos ao público da Euriseguros, contabilizam cerca de cinco mil clientes, sendo personalizado o contacto com cada um. A Euriseguros trabalha com um leque bastante alargado de companhias, entre as quais a Tranquilidade, Liberty, Açoriana, Allianz, Fidelidade e a Lusitana. Esse leque variado de companhias permite a existência de preços competitivos. “Cada companhia tem preços diferentes mas equivalentes porque depende da política de cada uma e a semestralidade”, esclarece o sócio-gerente.
FOTO: DR
Texto: Andreia Sousa
FOTO: DR
V
Loja de Rio Tinto
VIVACIDADE JUNHO 2013
19
Empresas & Negócios
Costa Phones: um caso de sucesso na compra e venda de usados Aberta nestes moldes há cerca de um mês, a Costa Phones, localizada nas galerias da Estação Ferroviária de Ermesinde, é uma loja de telecomunicações que dispõe também de vários serviços de compra e venda de usados. FOTO: RVC FOTO: RVC
Mais de uma centena caminharam pelo coração No passado dia 25 de maio, realizou-se a VI Caminhada no âmbito do Mês do Coração. Este ano, as Associações de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento Vertical de Escolas de Rio Tinto (AVERT) decidiram agrupar-se num espaço ao ar livre, a Quinta das Freiras, espaço que a Câmara Municipal de Gondomar disponibilizou. Além da caminhada, o programa incluía rastreios, pinturas faciais, insufláveis, jogos tradicionais e zumba. Carlos Monteiro, presidente da Associações de Pais e Encarregados de Educação da AVERT, acredita que a iniciativa “permitiu que as pessoas explorassem um espaço que é ótimo para que possam conviver um bocadinho.” Já a caminhada, ultrapassou as expectativas. “Na realidade, nós contamos sempre com um número reduzido, tendo em conta que é um sábado de manhã e os pais têm muitas atividades e alguns de nós temos que trabalhar.”, explica Carlos Monteiro. No entanto, “tem sido sempre uma surpresa positiva, sempre um crescendo. Tal como as anteriores, esta também ultrapassou a centena de pessoas e notamos que cada vez mais as pessoas já a vêem como um hábito. Como este ano foi feita mais para o final de maio, as pessoas já estavam a perguntar ‘então, quando é que é a caminhada?’”, acrescenta.
As atividades abrangeram todas as faixas etárias. Desde crianças com três anos – inclusive na caminhada participaram dois carrinhos de bebés – e “até pessoas, como eu vi e fiquei admirado, com os seus oitenta anos a fazerem as coreografias”. Apesar da iniciativa ter também uma componente de divertimento, Carlos Monteiro lembra a prevenção que é necessário fazer a nível do coração, realçando a necessidade de realizar este tipo de iniciativas no resto do ano. “Eu recordo-me de um enfermeiro que o ano passado me dizia que conseguiu fazer o rastreio a dois possíveis hiper-tensos e encaminhá-los”, conta o presidente das Associações. “E aquilo que o hospital-escola [que também se associou à iniciativa] está aqui a fazer é muito positivo, porque vamos também incutindo nas crianças essa necessidade de olhar pelo nosso corpo e termos uma vida saudável.”, conclui.
Texto: Andreia Sousa
Sem medo de abrir portas em altura de crise, a loja de telecomunicações Costa Phones decidiu começar um novo negócio. O estabelecimento trabalha com as três operadores móveis nacionais, Optimus, TMN e Vodafone, sendo a última mencionada a que detêm uma maior “fatia”, no que diz respeito à procura por parte da clientela. No entanto – e para além dos serviços normais de carregamento de telemóveis e venda de equipamentos – a loja adaptou-se à crise e compra e vende artigos usados. Os produtos expostos para o consumidor final são os mais variados den-
tro de diferentes categorias como por exemplo, didácticos, informáticos, entre outros. Alguns destes produtos são computadores, câmaras, electrodomésticos, telefones fixos, telemóveis, bijuterias, jogos de vídeo, jogos para consolas portáteis e muitos outros produtos. Os proprietários, explicaram ao Vivacidade que “existe uma grande procura” por parte dos consumidores, uma vez que “atualmente as pessoas estão a optar pelos produtos usados”. “A oferta é a mais diversificada o que ainda incentiva mais a procura”, dizem. A loja, situada nas galerias da Estação Ferroviária de Ermesinde, é cada vez mais procurada e as visitas diárias por parte de algumas dezenas de clientes começam já a ser constantes.
Alugo apartamento Local: Rua Costa Cabral (perto da Areosa) Tipologia T0+1
Preço 185€
936 351 038
22 VIVACIDADE JUNHO 2013
Desporto
Álvaro Leite, Gondomarense na “Maratona da Grande Muralha” da China A “Maratona da Grande Muralha”, na China, contou na edição deste ano com dois nomes portugueses em situação de destaque. Realizada no dia 1 de maio, para além do resultado da atleta amadora Filipa Elvas - que foi a única mulher a completar a edição deste ano da maratona - há ainda que referir o 4.º lugar do gondomarense Álvaro Leite. Em comum, Filipa Elvas e Álvaro Leite têm o facto de pertencerem aos quadros da TAP. Filipa Elvas e Álvaro Leite estiveram entre as 15 pessoas que completaram no tempo regulamentado (oito horas) a “Maratona da Grande Muralha”, uma das mais duras do mundo. Álvaro Leite habita e treina em Gondomar. As margens do Douro, na zona do Polis, são o local escolhido para os treinos diários. E foi desses muitos quilómetros de preparação em Valbom que Álvaro Leite se “ambientou” para a prova realizada na Muralha da China. “O mais importante é conseguirmos ultrapassar os nossos limites”, disse Álvaro Leite, atleta do triatlo. “Era um sonho e uma aventura. Há dois anos que começámos a falar nisto”, destaca Álvaro Leite.
“Grande parte da preparação foi realizada neste agradável percurso do Polis, em Gondomar, tendo o Rio Douro como companheiro de muitos quilómetros. Depois, conforme profissionalmente me tinha que deslocar para outros países, seguia as indicações do treinador e, nesses locais, continuava com a preparação”, recorda o atleta de Gondomar – que também faz uso das Piscinas Municipais de Valbom para a preparação de outras provas (como por exemplo o “Ironman Triatlo”, uma das mais duras do mundo, com 3,8 quilómetros a nadar, 180 em bicicleta e 42 a correr). Filipa Elvas e Álvaro Leite concretizaram um percurso de 45 quilómetros, com 20.564 degraus e rampas muito inclinadas ao longo da maior fortificação do planeta.
Durante a prova, ambos perderam dois quilos e, ao longo do percurso, beberam cerca de 20 litros de água. Este ano, a prova decorreu numa parte da muralha localizada em Jinshanling, na província de Hebei. A “Maratona da Grande Muralha” é uma das mais difíceis provas do género disputadas a nível internacional. Dos 140 atletas de dezenas de países inscritos, entre os quais 30 mulheres, apenas 15 chegaram ao fim dentro do limite de tempo estipulado pelos organizadores da prova (que era de oito horas). Filipa Elvas concluiu a prova em sete horas e 50 minutos. Álvaro Leite completou os 45 quilómetros, mais três adicionais (por indicações erradas de percurso dadas pela organização), em sete horas e 25
minutos. Os atletas, amadores, contaram com o apoio, na preparação para a prova, do treinador Manuel Machado. A compreensão dos colegas, trocas de turnos e conciliação de voos de trabalho com locais de provas, ajudam a que até agora tenham conseguido participar em quase todas as provas que pretendiam. “É uma prova altamente maçadora em termos psicológicos, em terreno complicado”, recorda Álvaro Leite: “Foram muitas horas a correr. Olha-se em frente e é só degraus!... Tínhamos degraus com meio metro de altura e havia que usar as mãos para subir”. Em 2014 os dois maratonistas talvez participem numa outra difícil “maratona-aventura”: a do Tibete, cuja capital, Lhasa, fica a mais de 3.500 metros de altitude.
Sport Clube de Rio Tinto organiza torneio quadrangular FairPlay para camadas jovens Começou a 15 de junho e termina no final do mês, no dia 30. Todos os sábados, das 9h às 18h vai ser possível ver as camadas jovens dos clubes inscritos a ‘competirem’ no Torneio Quadrangular FairPlay, organizado pelo Sport Clube de Rio Tinto aquando das comemorações dos seus 90 anos. FOTO: DR
O torneio vai ser composto por quatro equipas por escalão num só grupo, onde cada equipa realiza um jogo por cada fim de semana. O evento é organizado à margem das comemorações dos 90 anos do Sport.
Prémios Taça ao Vencedor/Escalão; Prémio Fair - Play; Prémio Melhor Marcador; Prémio Melhor Jogador; Prémio Melhor Guarda-Redes
24 VIVACIDADE JUNHO 2013
Reportagem
Praia da Lomba é a única praia fluv
Desengane-se quem pensa que o concelho de Gondomar não tem praia. Para já, é só uma – a da Lomba - mas define-se como a única praia pelo rio Douro, bastante frequentados nesta época pelos veraneantes que procuram a calma e a natureza. Dos sete locais, apenas dois tiver Texto: Ricardo Vieira Caldas Luís Alves
lização [mais de 20 km do Porto] nem sempre é a mais procurada pelos banhistas de Gondomar e dos concelhos limítrofes, servindo os areias como alternativa à praia. Miguel Carvalho reside no Porto mas frequenta o areal da Ribeira de Abade, em Valbom,
mas construções naquelas áreas que são zonas de beleza incomparável”, disse. “Temos de melhorar essas condições e eu acho que na Lomba devíamos já ter avançado, por exemplo, com uma calcada antiga portuguesa, para não fugir muito ao rural, criando um acesso à praia”, acrescentou o vereador.
precisa de mais tratos”. A companheira, Sandra Moreira, também não é de Gondomar e prefere as praias fluviais. “Até gosto mais daqui do que a de Matosinhos”, afirma. Já Patrícia Couto, também jovem portuense, prefere o areal de Marecos, em Jovim. Soube do local através dos amigos e diz ser “assídua” ao areal. As razões? “O bronzeado é mais rápido e dura muito mais tempo, o sítio é mais sossegado e nós
As outras ‘praias’ de Gondomar Lomba é, desde 2010, a única praia designada do concelho de Gondomar e da Área Metropolitana. Contudo, devido à sua loca-
FOTO: RVC
a época balnear de 2013. Concretizada pela Capitania do Porto do Douro, a vistoria confirmou, uma vez mais, a Praia da Lomba como única praia fluvial designada na Área Metropolitana do Porto. A avaliação confirmou o cumprimento de todos os requisitos legais para a sua segura utilização, confirmado com a classificação de “Excelente”, por parte da Administração da Região Hidrográfica do Norte, a abertura para a presente época balnear, que teve início a 15 de junho. Os acessos à praia não são os melhores mas Joaquim Castro
“desde pequenino”. Fá-lo por “ser mais perto” e assim “poupa nos transportes”. Questionado pelo Vivacidade sobre as condições do areal que habitualmente visita, o jovem portuense responde: “acho que tem vindo a melhorar sinceramente, era um pouco mais sujo do que agora, mas mesmo assim quem olhar vê que o areal
O areal de Zebreiros contará, em breve, com um parque de merendas composto por 30 mesas, seis churrasqueiras duplas e algumas árvores.
FOTO: RVC
Designada desde 16 de abril de 2010 como praia fluvial, a praia da Lomba foi novamente dada como “merecedora” do título para
Neves, vereador do pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Gondomar, pretende alterar isso futuramente. “É a nossa pretensão para o futuro, tentar através da alteração do Plano Diretor Municipal, criar condições para que as pessoas possam fazer algu-
Veja o vídeo no canal d ou em www.vivacidade.or
VIVACIDADE JUNHO 2013
25
vial da Área Metropolitana do Porto
fluvial da Área Metropolitana do Porto. O Vivacidade fez um roteiro pelos areais e praia de Gondomar e descobriu sete espaços, banhados ram nota positiva no que diz respeito à qualidade da água. Mas há quem não se importe e prefira o fluvial ao oceânico.
Apesar da sinalização presente no areal que desaconselha os banhos naquele local, são muitas as pessoas que recorrem ao Areal de Zebreiros para admirar a paisagem natural do Douro e mergulhar nas águas do rio que consideram “mais quentes” que as do mar. Contrariamente ao que induz a sinalização e nas palavras do vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Gondomar, Joaquim Castro Neves, as placas não proíbem os visitantes de mergulhar no
Castro Neves: “É nossa pretenção para o futuro criar condições para que as pessoas possam fazer algumas construções na Lomba.”
V
Areal de Zebreiros será praia designada em 2014
rio, por a água ser imprópria para banhos, mas por uma questão de segurança. “Nós já temos as 16 análises que são obrigatórias para pedir a designação de praia. Todos revelaram água de boa qualidade”, referiu Castro Neves que explicou ao Vivacidade a intenção da Câmara em classificar o Areal de Zebreiros como Água Balnear. “A água foi considerada boa portanto estamos em condições de avançar”, disse. Com a qualidade da água e areal assegurada pelo Instituto da Água, restam a Zebreiros alguns dos requisitos mínimos para que de areal possa passar a praia, em 2014. Assim, é “obrigatório criar uma zona com balneários públicos e casas de banho” e facilitar o acesso e as condições aos visitantes. Já
FOTO: RVC
para breve, segundo o vereador do Ambiente, será criado um parque de lazer no areal – semelhante ao parque de merendas na Lomba com 30 mesas, seis churrasqueiras duplas e algumas árvores. Depois do parque, virá um bar e Castro Neves já demonstrou a intenção de criar “um caderno de encargos para que que quem ficar com a concessão do bar fique também encarregue dos nadadores salvadores”. “Para a Câmara seria uma forma mais eficaz de resolver os problemas, idêntica a que se faz a
nível nacional, porque quem tem a concessão dos bares da praia tem a obrigatoriedade de ter as condições de segurança necessárias do local”, referiu. Para já, apesar da boa qualidade da água de Zebreiros, Castro Neves não dispensa a placa de aviso aos banhistas. Pelo menos até Zebreiros passar a ser praia designada, com a vigilância dos nadadores salvadores. Para o futuro fica como objetivo, por parte da Câmara de Gondomar, “vir a designar como praia o areal de Melres”. FOTO: RVC
do YouTube do Vivacidade rg
[Zebreiros], este ano aparentemente até está melhor, mais limpo, porque nos outros anos a praia não esteve com muita higiene”, refere.
FOTO: RVC
gostamos de rio e está-se muito bem aqui”, refere. Quanto à qualidade da água e do areal Patrícia responde com clareza. “Sinceramente eu acho que podia ter melhores condições, mas também se as melhores condições surgirem acho que ia estragar um bocadinho, porque quando é para ficar melhor ás vezes só pioram. Em relação à água podia ter um bocado melhor de condições mas até agora nunca tive nenhum tipo de alergias”, confessou. O areal de Zebreiros, na freguesia de Foz do Sousa, é o local de eleição para Elisabete Almeida. O marido, Jorge Ventura, acompanha-a pela primeira vez para aproveitar as férias mas confessa que o areal “merecia muito melhor tratamento”. Elizabete é de Ermesinde mas vai para Zebreiros “desde pequena”. Gosta mais de zonas fluviais porque são mais calmas e porque “sabe com que tempo pode contar”. “Vamos para o mar e é horrível, com as nortadas. Adoro esta natureza e já fui também para a praia da Lomba. Essa é excelente, gosto muito. A nível deste areal
26 VIVACIDADE JUNHO 2013
Opinião
Maioria governamental prevê ciclo de derrotas eleitorais
Posto de Vigia Manuel Teixeira Jornalista e Professor Universitário
1 – Os dois partidos da coligação governamental, PSD e CDS já farejam que as próximas eleições autárquicas no final de setembro vão, seguramente, abrir um ci-
clo de sucessivas derrotas da atual maioria, com consequências políticas totalmente imprevisíveis, mas, por certo, de enorme dramatismo sócio-económico. O PSD, partido liderante, é o que mais tem a perder. O CDS/PP, liderado pelo mais astuto dos políticos portugueses, joga um tacticismo de altíssimo risco, tentando capitalizar os votos da franja mais à direita dos social democratas. Passos Coelho tem consciência dos riscos que corre, e, por isso mesmo, já escolheu o seu caminho: entre uma derrota sem precedentes nas urnas, e uma contorção ou inversão de rumo governativo, prefere perder o poder, tão convicto que está de que a sua receita é a única para evitar a falência do país à mão dos credores internacionais. É como se disséssemos que, entre a espada a parede, Passos Coelho prefere a espada. Ao escolher este caminho, o líder do PSD está a dizer aos portugueses que não acredita noutras receitas… 2 – Já Paulo Portas não faz a
mesma leitura da política nacional. Para o líder do CDS, em política de pouco vale ter razão se não se tiver o poder. E em democracia, ele sabe muito bem que o poder está na força do voto, e este está na mão do povo. Logo, mais importante do que ter razão é convencer os eleitores dessa mesma razão. E por isso mesmo, Portas tem vindo a demonstrar, nos últimos tempos, que quer ser o fiel da balança em qualquer dos possíveis cenários políticos do futuro próximo. Utilizando o seu apurado instinto político, não se tem coibido de alimentar no imaginário dos cidadãos que o seu partido é diferente do PSD, e como tal deve ser olhado. Basta analisar a sua postura em momentos mais quentes na redefinição de novas medidas de austeridade. Portas demarcou-se da chamada “taxa das reformas”, declarando-se politicamente incompatível com este novo corte, e assim procurando segurar a sua quota eleitoral entre os reformados, e ainda absorver parte
desta fatia partilhada pelo PSD. O mesmo se pode dizer das polémicas em torno da função pública, ou dos aforradores que sentem ameaçadas as suas poupanças. Paralelamente, utilizando as suas funções de Ministro dos Estrangeiras, faz intensa diplomacia económica, transmitindo claramente a ideia de que sem o seu trabalho não haveria em Portugal um cêntimo de investimento estrangeiro. Isto sem falar da reforma do Estado, etc etc. 3 – Em face de tudo isto, parece cada vez mais claro que a atual liderança do PSD dá por adquirido que os social democratas vão sofrer uma enorme derrota nas próximas autárquicas. E Passos já avisou: “Comigo não haverá atoleiros políticos…” Que é como quem diz que não se demitirá, qualquer que seja o resultado das eleições de setembro próximo. Dando como certo que assim será, Passos sabe que logo a seguir enfrentará mais uma pesada refrega, nos debates parlamentares sobre o Orçamento do Estado para
2014, onde a oposição será violentíssima, e votará unida contra o documento. Ainda que a maioria assegure a aprovação da proposta governamental, o desgaste político pós-eleitoral será ainda maior… Se o Governo passar o cabo das tormentas pós-eleitoral, será em maio próximo que enfrentará nova refrega. As eleições europeias serão, inevitavelmente, uma segunda tragédia para a maioria PSD/CDS. E com o fim do programa de intervenção troiquiana, em junho, muito dificilmente Passos Coelho terá condições para continuar até 2015. É mais que provável que tente antecipar as eleições legislativas para o verão do próximo ano. E de duas uma: ou as disputará e somará a terceira derrota eleitoral; ou passa a missão a outra figura do PSD que, ainda assim, terá imensas dificuldades em segurar o poder. Seja como for, está escrito nas estrelas: Só um milagre salvará o PSD nos próximos atos eleitorais. Seja com quem for!
Tentei levantar 100 euros numa caixa multibanco, mas apenas recebi 60 euros. O que hei de fazer, sendo certo que o talão registou o levantamento dos 100 euros?
Jurísta da DECO
É muito importante que o consumidor esteja atento a esta operação e confira sempre, ainda que rapidamente, o montante
Caso contrário, deve, logo que possível, contactar o seu banco, preferencialmente por escrito, relatando os factos. O Banco contactará a entidade bancária que tem a guarda da caixa multibanco ou a SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços), entidade que gere o sistema multibanco, para que façam uma verificação à máquina. Para detetar a diferença entre o valor que foi solicitado e o recebido pelo consumidor, necessário se torna proceder a uma contagem de todo o dinheiro existente na máquina e compará-lo com o que tinha sido introduzido na abertura, descontando todas as quantias entretanto depositadas. Confirmados estes montantes, analisa-
FOTO: DR
Anabela Ferreira
expedido pelas máquinas multibanco. Por vezes, o sistema ou mecanismo que preside a este tipo de máquinas não contabiliza corretamente as notas a entregar, acabando o consumidor por receber um valor inferior ao que é efetivamente debitado, o que torna delicada a posição deste consumidor. Na verdade, o problema reside na prova de que não recebeu a totalidade do montante pedido, o que poderá, por vezes, ser difícil de apurar-se. Se a caixa estiver situada numa dependência bancária e esta estiver aberta, deve o consumidor dirigir-se lá, de imediato, para resolver a situação.
-se os levantamentos feitos pelos clientes. Poderá, então, concluir-se pela existência de dinheiro a
mais na caixa, correspondente, neste caso, ao montante não entregue ao consumidor.
Para qualquer esclarecimento adicional, pode dirigir-se à DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor - Delegação Regional do Norte – Rua da Torrinha nº 228, H, 5º andar, 4050-610 Porto, deco.norte@deco.pt
VIVACIDADE JUNHO 2013
27
Opinião
“Na prevenção está a resposta para o tratamento eficaz”
Paulo Amado Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Diretor do Bloco Operatório e Ortopedia do Hospital he+
com patologias já muito avançadas que seriam mais fáceis de tratar, se diagnosticadas mais cedo. Certo, que muitos fatores explicam
lhor acesso aos cuidados de saúde, com marcações de consultas mais breves, quer tornando as consultas menos dispendiosas, aos atuais
como muitos doentes se deixam acomodar, desde logo pelo acesso ao seu médico ou clinica privada, uns devido ao atraso das consultas outro por motivos económicos. Há que tentar obviar essas dificuldades, tornando as consultas de me-
preços. Não será fácil resolver ambas as situações, por um lado o acesso a consultas, principalmente no setor da saúde pública, mostra uma dificuldade crescente em responder às necessidades dos pacientes, devido às dificuldades
financeiras mais evidentes nos últimos anos. Destaca-se os serviços de saúde familiar, que se tem destacado pela eficiência e qualidade que tem demonstrado. A saúde privada que era quase inacessível no passado, hoje graças aos seguros de saúde e os sistemas mutualistas, estão também a alterar o seu funcionamento, com uma acessibilidade cada vez maior. Já tive oportunidade, em artigos anteriores, de demonstrar, a importância das associações mutualistas, entre as quais, temos um bom exemplo na nossa cidade, a Associação São Bento, o seu papel fundamental que já tem, mas que podem vir ainda a ter, com maior preponderância na saúde e serviços afins, nas populações. Estimado leitor, não se esqueça, tire um tempo para ir regularmente ao seu médico, e esclarecer as suas duvidas ou preocupações. Lembrem-se que as situações graves de doença, não aparecem só aos outros...
terra haja atrações e serviços que motivem tais embarcações a atracar e a entrar no território concelhio. Urge requalificar os espaços de lazer, incluindo as praias fluviais existentes, desde que se proceda à urgente despoluição dos vários cursos de água que desaguam no Douro, tornando as suas águas impróprias para qualquer uso. Urge lançar programas de animação e roteiros culturais, gastronómicos e paisagísticos, nomeadamente de circulação pedestre,
capazes de atrair os turistas que entram no concelho pelas águas do Douro. O potencial destes roteiros é enorme, desde que bem programados e consistentes. Urge atrair investidores turísticos para as áreas da hotelaria e restauração, que apostem na beleza dos cantos e recantos destas três dezenas de quilómetros de marginal gondomarense, e lhe deem vida e movimento. O aproveitamento e reabilitação das antigas instalações da central de captação de água de
Zebreiros – propriedade do Município do Porto - é apenas um exemplo entre muitos! Urge, enfim, passar das palavras aos atos, prosseguir com o programa pólis e introduzir-lhe complementaridades que são mais do que óbvias. A riqueza do Douro que nos banha os pés bem merece um gabinete autónomo de investimentos e projetos, na dependência direta do próximo presidente da Câmara de Gondomar. Haja ousadia e visão estratégica…
FOTO: DR
Viva Saúde
Muitos doentes questionam-me nas consultas sobre o desenvolvimento de novos métodos de tratamento e de diagnóstico, em patologias graves, como por exemplo o cancro. Existe realmente um conjunto de novas técnicas inovadoras, importantes para um tratamento eficaz, mas continua a ser a prevenção, a principal arma terapêutica de patologias tão importantes como o cancro. É o sinal na pele que muda de cor, tornando-se diferente, mais negro, é o vómito de sangue, ou tosse com expetoração raiada de sangue, urina com sangue ou fezes, enfim um inúmero tipo de sinais de alerta que nos devem levar ao nosso médico, de preferência médico de família, que deverá examinar o paciente e pedir exames complementares de diagnóstico que levarão a uma conclusão sobre a doença em causa. Parece de facto, um tema sem qualquer novidade, mas que se mantem atual, pois vários são os casos de doentes que encontramos
Todos a olhar o Douro Bisturi Henrique Villalva
FOTO: DR
Uma simples olhadela pelas primeiras declarações dos partidos políticos, coligações ou movimentos que já se posicionaram para disputar as autárquicas de Gondomar em setembro próximo dá para perceber que há uma promessa eleitoral comum: todos olham para o rio Douro com grande ternura, prometendo explorar o seu potencial turístico. Faz todo o sentido esta preocupação. Só não se percebe porque é
que, ao longo de tantos anos, só agora parece despertar de forma intensa esta vontade. Sejamos justos: o major Valentim Loureiro não é virgem nesta matéria, e impõe-se reconhecer que, em bom tempo, teve a visão e a ousadia de se bater por um pólis que lhe permitiu construir parte de um programa de aproveitamento das margens do rio, onde hoje existe um circuito pedonal que liga o Freixo ao Gramido. As vicissitudes deste programa impediram-no de ir até à Barragem de Crestuma-Lever, da mesma forma que pelo caminho ficaram também várias outras valências, especificamente viradas para o potencial do próprio curso e tráfego do rio. E é isto que tem de ser recuperado, e que todos os partido enaltecem e prometem fazer. Urge criar ancoradoiros de diferentes portes, que permitam a atracagem de embarcações de recreio que circulem no canal navegável. Mas não basta. É preciso que em
28 VIVACIDADE JUNHO 2013
Política: Vozes da Assembleia da República Balanço e Compromisso na Economia Social
Margarida Almeida PSD
Cumpridos dois anos, do mandato
Desenvolvimento Social, o Combate ao
cendo o Estado a mais‐valia da proxi-
Cuidados especializados e Cuidados pe-
do XIX Governo Constitucional, o Mi-
Desemprego e o Programa Impulso Jo-
midade de quem está, diariamente, no
diátricos para crianças e Jovens e os Cui-
nistério da Solidariedade e Segurança
vem. As medidas inscritas neste balan-
terreno, dando real sentido ao princípio
dados especializados para a Demência,
Social realizou um curto balanço da
ço prévio permitiram a construção de
de subsidiariedade. O aumento da sus-
entre outros. Assim, o objetivo primeiro
ação que tem existido na estreita parce-
um novo paradigma de resposta social
tentabilidade na medida em que a par-
do Setor Solidário da Economia Social
ria com as instituições sociais com vista
em Portugal assente em três premissas
ceria será tanto mais real quanto maior
e a parceria que com ele o Estado pre-
ao seu objeto final: o combate à exclusão
fundamentais: A Cooperação e conso-
for a sustentabilidade financeira das
tende assumir são as pessoas. Ou seja,
social. Ora das muitas medidas imple-
lidação de relação de confiança em que
instituições sociais e a sua autonomia
“Aqueles” que estão mais expostos às
mentadas e avaliadas refiro a título de
o Estado deve prosseguir o reforço da
perante o Estado. Para dar continuação
dificuldades, aos fenómenos resultantes
exemplo: a fiscalidade, os Programas
relação de parceria com as instituições
a uma resposta de qualidade promoto-
da crise, sobretudo os idosos, as crian-
de Emergência Social e Alimentar, o
sociais, abandonando uma postura tute-
ra de uma rede de solidariedade mais
ças e jovens pouco autonomizados. Esta
licenciamento de Equipamentos So-
lar e assegurando a relação de confiança
abrangente existirão compromissos a
nova perspetivação do Setor Solidário
ciais, os Lares de Infância e Juventude,
mútua. O espírito de diálogo com uma
assumir que se refletem em ações das
traça a prioridade sobre o caminho até
as Alteração Legislativa, no âmbito das
postura contínua de concertação com
quais relevo a Rede Nacional de Inter-
agora tomado e o rumo que deverá ser
respostas sociais, os Contratos Locais de
os parceiros do terceiro setor reconhe-
venção Social, Espaço Sénior, Rede de
continuado a trilhar.
O desnorte do Governo
Isabel Santos PS
Já tínhamos percebido que não há
economia. Contrariado pela decisão
tação de desmesurada prepotência e
sindicatos querem discutir não tem a
limites para o desacerto deste Governo
do Tribunal Constitucional, o Governo
arrogância veio dizer-nos que agora,
ver com o Ministério da Educação mas
em matéria de previsões e execução or-
veio dizer que paga o subsídio de férias
em Portugal, o Natal e as férias de ve-
sim com o Ministério das Finanças e a
çamental, mas nos últimos dias perce-
mas paga quando quiser e como quiser,
rão são quando o Ministro Victor Gas-
Troika, é absolutamente ridículo e em
bemos claramente que não há mesmo
ou seja, não em junho, como determi-
par quiser. Mas o desvario das últimas
nada aproveita ao diálogo que deve
limite para a incompetência, a arro-
na a Lei em vigor, mas entre julho, no-
semanas não fica por aqui. Depois de
ser mantido com responsabilidade. Os
gância e a prepotência da dupla Passos
vembro e dezembro. Para que isso seja
uma sucessão de reuniões, negociações,
professores não estão a lutar por mais
Coelho e Victor Gaspar. O pagamento
possível, apresentou uma proposta de
tentativa de decretar serviços mínimos
regalias. Os professores estão somente a
do subsídio de férias aos funcionários
lei à Assembleia da República que não
durante a greve dos professores, no dia
lutar pela manutenção do seu emprego,
públicos, reformados, aposentados e
se sabe sequer se será possível ser pro-
17, momento para o qual haviam sido
que a criação do sistema de requalifi-
pensionistas, cumprindo o acórdão do
mulgada e publicada em tempo útil. Na
calendarizados os exames de portu-
cação na administração pública vem
Tribunal Constitucional, face ao cor-
falta de tal Lei, o Governo pôs mãos-à-
guês e latim e da decisão de recusa de
pôr em causa. Ter o desplante, como
te deste subsídio através do OE2013,
-obra e apressou-se a fazer circular pe-
tal pretensão pela Comissão Arbitral,
teve o Primeiro-ministro, de dizer que
encontra-se envolto numa incomensu-
los organismos um despacho que proí-
o Governo, mais uma vez contraria-
se irá proceder à alteração da Lei para
rável trapalhada. Se não há constrangi-
be qualquer pagamento em junho. Uma
do, decidiu manter o braço de ferro,
evitar, no futuro, situações deste género
mentos de tesouraria, como o próprio
diretiva que não só não tem suporte
não acolher a solução, de adiamento
é uma atitude inaceitável, reveladora de
Ministro das Finanças já avançou, não
legal como é ilegal porque vai contra o
dos exames e, com isto, expôs milha-
uma arrogância e de uma prepotência
se percebe, a não ser à luz da mais ab-
acórdão do Tribunal Constitucional e a
res de alunos do décimo segundo ano
desmesuradas, próprias um Governo
soluta obstinação, que o Governo se
lei em vigor. Uma trapalhada absoluta-
e respetivas famílias a uma situação de
desnorteado que tendo perdido a aus-
enrede numa infinita teia de atos legis-
mente intolerável para um Governo de
instabilidade que era de todo evitável
teridade da razão ameaça com a força
lativos, deliberações, despachos e expli-
um Estado de Direito Democrático. Os
nesta época do ano. No meio disto há
bruta da maioria. Estamos diante de si-
cações que mais não produzem, nem
poetas, na sua generosidade, afirmaram
um infindável ping-pong entre o Go-
nais de um autoritarismo desesperado
produzirão, que o ruído, a confusão e
que o Natal é sempre que um Homem
verno e os sindicatos num passa culpas
que devem merecer uma ação enérgica
o prejuízo dos cidadãos atingidos e da
quiser. Este Governo, numa manifes-
que não é aceitável. Dizer que o que os
do Presidente da República.
Ilegal, indecente, insustentável
Catarina Martins BE
Governo ilegal: O tribunal consti-
de transportes fizeram com a banca.
insustentável: foi conhecido finalmente
Barroso e Cavaco Silva falar de cresci-
tucional considerou inconstitucionais
Sabemos hoje que dão prejuízos mui-
o relatório da sétima avaliação da troi-
mento. A realidade é sempre a mesma:
as normas do orçamento do Estado
to superiores ao que o Estado poupou
ka. O Governo promete cortar até final
crescimento só do desemprego. Bem
que retiravam o subsídio de férias a tra-
com cortes em salários e aumentos
de 2014 o dobro do que tinha anun-
podem o FMI e Vítor Gaspar reconhe-
balhadores do Estado e a pensionistas.
nos passes. Uma auditoria pedida pelo
ciado. Mais cortes nas pensões; 10%
cer erros e enganos. A realidade é só
Mas o governo emitiu um despacho
governo classifica os swaps da REFER
já no próximo ano. Pensões de menos
uma: insistem na mesma política. Sem-
dando ordens aos serviços para não
como inaceitáveis; são contratos espe-
de 500 euros em risco. Despedimentos
pre mais austeridade e o país cada vez
pagarem os subsídios, sem qualquer
culativos e tóxicos. Quando os contra-
na função pública. Mais desemprego.
mais endividado. Ninguém suporta já
fundamentação legal para o fazer. No
tos foram assinados estava na adminis-
Menos serviços públicos. E também
a troika e as suas avaliações positivas, o
dia em que o despacho foi emitido a lei
tração da REFER a atual Secretária de
mais dívida. Pode chegar aos 140%. E
governo PSD/CDS e seu Presidente da
em vigor obriga ao pagamento do sub-
Estado do Tesouro, Maria Luís Albu-
um défice que não se pode cumprir e
República. E a luta aí está; nas greves e
sídio de férias em junho. Por isso várias
querque. O contrato mais lesivo para
que já se diz que terá de ser renegocia-
em todas as suas formas. Porque hoje
autarquias estão a pagar os subsídios.
o Estado assinado pela REFER foi com
do. A cada aprovação dos mercados e
os portugueses sabem que a cada corte
Estão dentro da lei. O governo está
a JPMorgan. A entidade financeira que
dos credores temos a certeza de ficar
que deixam passar, novos cortes virão.
fora da lei. Governo indecente: Swaps
o Governo agora escolheu para asses-
sempre pior: menos emprego, menos
O Governo e a Troika não conhecem
são contratos especulativos que várias
sorar a privatização dos CTT. A inde-
salário, mais pobreza. Bem podem
limites para a destruição. E são por isso
administrações de empresas públicas
cência é a marca do Governo. Governo
Passos Coelho, Paulo Portas, Durão
insustentáveis.
VIVACIDADE JUNHO 2013
29
Política: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal Greve aos exames, greve às avaliações
Michael Seufert CDS-PP
Muitos alunos do 12.º ano cor-
gosta de perder regalias ainda que, no
política: o Supremo Tribunal Admi-
dade dum aviso de greve qualquer e
rem o risco sério - à data da escrita
caso presente, anos e anos de défice
nistrativo e o Tribunal Constitucional
ignorando que quem marca a greve
desta crónica o dia ainda não acon-
público tenha demonstrado à exaus-
em 2007 sobre igual greve que a FEN-
é que decide o dia em que se realiza.
teceu - por vontade dos sindicatos de
tão que o país não tem condições de
PROF marcou em 2005 (mas que não
Mesmo a data que o colégio arbitral
professores, de não fazerem o exame
continuar a gasta o que gasta no se-
teve efeitos porque Maria de Lurdes
encontrou de entre o intrincado ca-
nacional de Português. Disse no ple-
tor público. E ainda assim o governo
Rodrigues e Vieira da Silva puderam
lendário de exames é a data em que
nário da Assembleia da República e
tudo fez para anular o seu efeito no
marcar serviços mínimos – ao con-
se realizam, muitas vezes nas mesmas
repito-o aqui: podemos achar o que
sistema de educação. Mas mesmo
trário do que incompreensivelmente
escolas, os exames nacionais de Por-
quisermos das razões que os profes-
assim, podíamos ter toda a simpatia
aconteceu este ano) já deliberaram
tuguês do 9º ano, querendo-se assim
sores enquanto classe profissional
sobre as razões que sentem os nossos
que o direito à greve não pode coli-
fazer crer que é possível sem confusão
sentem para fazer uma greve. A apli-
professores. No entanto é por demais
dir desta forma com o direito ao en-
juntar no mesmo dia os dois exames
cação da requalificação bem como da
evidente que em dia de exame essa
sino. E mesmo assim os sindicatos
que mais alunos mobilizam no nosso
semana de 40 horas à função pública
greve é feita com o único intuito do
mantêm a sua ameaça. Com alguma
sistema. Os efeitos desta greve estão
é uma realidade que facilmente se
maior dano. O insuspeito Francisco
desfaçatez, aliás, vem-se agora dizer
por avaliar mas o maior estrago está
compreende não ser do agrado dos
Assis chamou-lhe “ignóbil”, “incom-
que o governo deveria adiar o exame.
feito: a intranquilidade com que as fa-
sindicatos que representam legitima-
preensível” e “inaceitável”. E nem pre-
Atirando-se assim para futuro sempre
mílias se preparam para este exame já
mente os seus associados. Ninguém
cisamos de contar com uma avaliação
as datas do exame para a disponibili-
está causada.
O Orçamento retificativo
José Luís Ferreira PEV
A queda de mais de 1.500 mi-
deste país. E é saudável que o Go-
atividade económica continua a cair
te perante crianças a passar fome e
lhões de euros na receita fiscal que se
verno esteja dentro da Lei, porque é
ao ritmo da austeridade que o Go-
idosos a abandonar a medicação; um
verificou relativamente às previsões
para isso mesmo que a Lei existe. As
verno vai impondo. Este Orçamento
Governo que não consegue governar
do Governo no Orçamento de Estado
leis existem para serem respeitadas.
Retificativo, como é reconhecido por
dentro do quadro constitucional; é
para 2013, e o desempenho da econo-
Governos fora da Lei, não têm es-
toda a gente, vai agravar a recessão e
um Governo que devia fazer as pazes
mia portuguesa que foi mais negativo
paço em democracia, até porque são
o desemprego, é mais um episódio
com os portugueses, e simplesmente
do que Governo previa no início do
um mau exemplo para os cidadãos
no drama social que vivemos e que
rescindir por mútuo acordo. Da par-
ano, levaram o Governo a apresentar
a quem o Governo exige o cumpri-
tende a transformar-se numa ver-
te dos portugueses, há muito que o
um Orçamento Retificativo. Faces a
mento das Leis. Como se não bastas-
dadeira tragédia social, se este Go-
desejam: vão-se embora e levem as
estes números e a estes desvios nas
se o que andam a fazer aos portugue-
verno continuar em funções. E um
vossas previsões macroeconómicas,
previsões, naturalmente que o Go-
ses ainda queriam andar fora da Lei.
Governo que está a transformar o
as vossa folhas de excel e os vossos
verno aproveitou, para se adaptar á
E o que andam a fazer, não é pouco.
Estado num instrumento de agrava-
sinais positivos. Levem as vossas pro-
nossa Constituição, com quem este
Em dois anos de austeridade e sacri-
mento das desigualdades socias, que
messas de não aumentar impostos,
Governo PSD/CDS, convive com vi-
fícios, de aumento de impostos, de
semeia desemprego, que multiplica
nem despedir, nem mexer nos subsí-
sível dificuldade e com indisfarçável
cortes nos salários e nas pensões, de
a pobreza e a exclusão social e que
dios. Levem as promessas de poupar
desconforto. O Governo aproveitou
desemprego e falências de empresas,
engorda a nossa divida pública; um
os reformados. Levem tudo, mas vão-
assim para se sintonizar com as leis
o Governo ainda não percebeu que a
Governo que se mostra indiferen-
-se embora.
mundo
fáceis, irresponsáveis e demagógi-
seu projeto, ele já pode ser avaliado
novembro, a Câmara de Gondomar
desenvolvido e solidário, em que
cos. Parece uma sina aos olhos dos
pela sua obra e pelo seu desempe-
pagará, conforme determina a lei,
cada um de nós deve assumir a sua
cidadãos. Por vezes joga-se, diria
nho de proximidade com as pessoas
no mês de junho. Se alguns muni-
responsabilidade, com amizade e
mesmo brinca-se, com as dificulda-
e instituições. É esta relação, saudá-
cípios priorizam o despejo de uma
partilha, sustentado num ambien-
des das pessoas, das famílias e das
vel e honesta construída ao longo
habitação social de todos aqueles
te de trabalho, de seriedade e de
organizações. Temos de ser capazes
de muitos anos, que alimenta a nos-
que não conseguem cumprir com
confiança. Todos nós sentimos que
de afrontar esta crise de valores que
sa confiança no futuro. Uma con-
as suas obrigações do pagamento da
temos de avaliar com rigor, com
nos envolve e nos pode conduzir a
fiança que permanentemente está
renda mensal, em Gondomar existe
prudência e com moderação todas
uma desintegração económica, so-
em construção e que se fortalece
diálogo, acompanhamento social
as pessoas e situações para evitar-
cial e cultural. Para isso temos de
diariamente. Sabemos que a Câma-
das famílias, consubstanciado, en-
mos cair no erro de concedermos
aderir, com firmeza, a um projeto
ra Municipal de Gondomar apro-
tre outras decisões, na isenção do
o nosso apoio àqueles que priori-
honesto e credível que enquadre
vou a redução do Imposto Munici-
pagamento dos juros aos inquilinos
zam os seus interesses e projetos
também as expectativas, os sonhos
pal sobre Imóveis (IMI) para o ano
com rendas em atraso. Estas deci-
individuais, em detrimento do bem
e os desejos dos gondomarenses.
de 2014. Enquanto uns prometem,
sões, aliadas a muitas outras que
coletivo. Estamos já num perío-
Devemos apostar naqueles que bem
a Câmara Municipal de Gondomar
também devem ter o devido desta-
do que podemos classificar de pré
conhecemos, que têm a notorieda-
executa e contraria a elevada carga
que, como a da abertura dos novos
campanha eleitoral. Sabemos que
de, a competência e o prestígio ne-
fiscal que incide sobre as pessoas e
Centros Escolares, merecem todo o
as “corridas eleitorais” são longas
cessário para continuar a desenvol-
as empresas. Contrariando o anún-
nosso apoio e, com elas, aumenta-
e que muitos dos que nelas parti-
ver Gondomar. Todos sabemos que
cio do governo central e de muitos
mos a nossa confiança naqueles que
cipam são inconstantes e incertos.
essa equipa existe e é liderada pelo
municípios que pagarão o subsídio
têm, na causa pública, a sua maior
Promessas brotam de discursos
Dr. Fernando Paulo. Para além do
de férias aos seus trabalhadores em
motivação.
Confiança Ambicionamos
Maribel Fernandes Movimento Independente Valentim Loureiro Gondomar no Coração
um
30 VIVACIDADE JUNHO 2013
Política: Vozes da Assembleia Municipal Mudança para melhor, ou mais do mesmo?
Carlos Brás PS
A gestão do município de Gondomar nos últimos 20 anos está cheia de casos, de situações mal explicadas e de outras nunca compreendidas. Aliás, basta sair do concelho e apreciar o que nos dizem sobre a imagem que o país tem de Gondomar. É raro o português que não associa imediatamente o nome de Gondomar a varinhas mágicas, torradeiras, tribunais e afins. Os portugueses até podem estar todos enganados mas que é a perceção que têm é… Enfim, já referi antes e reitero agora que a mudança da imagem que os outros têm do nosso município é uma das prioridades do próximo executivo municipal. Isto implica rutura com o
passado, implica mudança de atitude, de comportamento e implica a quebra de um circuito de relações instaladas. Gondomar precisa de mudar! Mas para que haja mudança de políticas tem que haver mudança de agentes políticos. Não podemos pedir a quem foi parte ativa nesta gestão que venha inovar, corrigir ou melhorar. Só em teoria se pode admitir tal fenómeno, nunca a mudança se fez com os mesmos. Apesar de ter havido algumas políticas municipais positivas, a quantidade de erros e a sua dimensão foram tão grandes que abafaram o pouco que de positivo se fez em 20 anos, Gondomar perdeu oportunidades que concelhos como a
Maia, Matosinhos ou V.N. de Gaia, por exemplo, souberam aproveitar. É público que Gondomar tem uma divida de mais de 120 milhões de euros e que esta divida equivale a quase dois anos de orçamento mas, os responsáveis do município têm dito que a situação financeira é saudável. Tem sido dito por todo o lado também que o município tem mais de 10 milhões de euros disponíveis e que até tem um depósito a prazo de 5 ou 6 milhões. Perante esta informação que a câmara tem divulgado, qualquer gondomarense fica perplexo e se questiona como eu questiono. Porque é que não se abate à divida? Porque é que não se aproveita esta folga
de tesouraria para diminuir ao passivo e melhorar a situação da Câmara? Porque é que se continua a pedir dinheiro emprestado a juros muito mais altos do que aqueles que são pagos pelos depósitos a prazo? É claro que os políticos estão descredibilizados, é claro que a população não fala a mesma linguagem que os políticos falam. Qualquer cidadão ou família que tenha uma divida, logo que pode vai amortizando e logo que pode, vai pagar a quem deve. Farei a proposta para amortização de passivo no órgão municipal para o qual fui eleito que é a Assembleia Municipal. Os eleitos locais têm todos de assumir as suas responsabilidades.
concreta dos nossos munícipes. Apesar de estarmos ainda no início deste período eleitoral começa a ser ensurdecedora a falta de propostas da atual maioria que se limita a afixar cartazes concelho fora mas sem que, em paralelo, apresentem aos munícipes de Gondomar uma qualquer estratégia coerente e minimamente percetível de transformação deste aniquilamento a que o concelho se encontra votado. Esta infertilidade na potenciação de opções estratégicas começa já a determinar o rumo da praxis deste movimento independente, que em crescendo se vai enfeudando em critérios de aproveitamento do exercício do poder para, por esta via, potenciar resultados que de outra forma se tornariam inatingíveis. Repare-se na agenda da Sessão da Assembleia Municipal de
27 de junho em que contrariamente ao acontecido, pelo menos nos últimos três anos, se viram antecipadas para discussão e decisão nesta Sessão, matérias que não só têm sido abordadas e tratadas nas últimas duas Sessões de cada ano como, pela particularidade do presente ano político, deveriam ser objeto de abordagem apenas pela nova Assembleia saída das eleições marcadas para setembro próximo. A nosso ver claramente que matérias como o valor do IMI e valor da Derrama designadamente, para 2014, teriam que ser alvo de deliberação pela nova composição deste órgão deliberativo municipal saído daquelas eleições. Que lógica tem, que um órgão que termina o respetivo mandato com as eleições de setembro próximo, se proponha decidir valores
de impostos a pagar pelos munícipes no próximo ano de 2014? Que razoabilidade tem esta opção quando o mandato do novo órgão se iniciará bem a tempo de definir tais valores? Pois parece-nos que o propósito mais não assenta que no aproveitamento fácil e barato de uma medida populista e eleitoralista pretendendo atingir, por interpostos meios, aquilo que jamais almejariam alcançar pela via da mera e salutar luta politica. Nas últimas eleições autárquicas os gondomarenses já souberam perceber os equívocos em que se haviam metido, retirando a maioria absoluta nos dois órgãos municipais ao grupo independente que os tem governado. Desta feita saberá definitivamente arrepiar caminho e credibilizar o concelho em volta do enfoque, “Gondomar com esperança”
ta escrita numa folha de papel. É assim de facto! Numa época em que os políticos e a política são desprezados pelos cidadãos, é altura de vermos que os políticos não são todos iguais! Aqueles que têm desde há muito governado o nosso país e a nossa autarquia têm tido comportamentos de favorecimento pessoal, de clientelismo, de má administração de dinheiros públicos, de profundo desrespeito pelos outros e pelas populações que os elegeram. É altura de usarmos o voto como uma arma e de dizermos basta a estes políticos que colocam sobre a nobre arte
de fazer politica a maior das manchas. A CDU apresentou já os seus candidatos à Câmara e à Assembleia Municipal de Gondomar, Joaquim Barbosa e António Valpaços. São homens que darão o melhor de si na defesa dos gondomarenses. Homens trabalhadores, honestos e competentes! Homens que não se candidatam para se servirem mas para servirem! Homens que fazem falta na Câmara e na Assembleia Municipal! É altura de vermos que os políticos não são todos iguais! Há políticos trabalhadores, honestos e competentes!
eleições vamo-nos fartar de ver e ouvir muitas mais promessas. Os gondomarenses há quatro anos atrás, retiraram a maioria a Valentim Loureiro, exigindo outras políticas mas, veio logo o PSD ao qual Valentim Loureiro sempre pertenceu e a troco de um lugar no executivo deram cobertura a mais quatro anos de estagnação. Vem agora, a sua candidata com o slogan “Gondomar com esperança”. Já não enganam ninguém! Eles são os mesmos que apoiam as políticas do Governo de Passos Coelho/Paulo Portas, o Governo que em Gondomar extinguiu as freguesias de S. Pedro da Cova/Valbom/Jovim/Medas e Covelo.
Não adianta esconderem-se como se nada tivessem a ver com as políticas contra os Gondomarenses que, foram levadas a cabo pelo seu Governo PSD/ CDS. Gondomar precisa de eleger homens e mulheres que defendam outras prioridades políticas e que apliquem políticas sociais e não de caridade como este executivo faz. O Bloco não diz umas coisas agora e depois faz outras, não trocamos a nossa palavra por lugares! Gondomar precisa de mais desenvolvimento e de mais qualidade de vida, e isso só pode acontecer com mais Esquerda e sobretudo com uma Esquerda de Confiança!
Pré-campanha
Pedro Oliveira CDS-PP
Estamos em pleno período de pré– campanha eleitoral e o importante é que cada força partidária se saiba motivar na apresentação de soluções para o Concelho, tão maltratado que tem sido nestas duas últimas décadas pela incipiência de um projeto que o tem unicamente feito destacar pelas imensas oportunidades perdidas e por uma enervante inércia na potenciação de tantas das suas especificidades. De facto como já salientamos em outras abordagens, os protagonistas da atual maioria municipal têm demonstrado uma frustrante falta de ideias e de capacidade de perceção das ingências que o concelho atravessa não tendo sabido dirigir o investimento dos recursos municipais para áreas reprodutivas e estruturais essas sim multiplicadoras da sua repercussão na vida
Trabalho, honestidade e competência
Cristina Nogueira CDU
Trabalho, honestidade e competência são as palavras que desde há anos norteiam os eleitos da CDU nas autarquias locais. No sul muitos municípios têm a CDU a governar as suas autarquias onde todos reconhecem o seu trabalho e competência. Aqui, no nosso concelho, a Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova é um exemplo de trabalho e competência a seguir. Quanto à honestidade ninguém se lembra de um autarca da CDU que tenha tido um comportamento pouco honesto e que se tenha mantido à frente dos destinos da sua autarquia.
Ninguém conhece processos em tribunal, ou casos de corrupção de autarcas eleitos pela CDU. Isto tem uma razão de ser: para nós a política não é uma “profissão” ou uma “carreira”, não é um meio de nos promovermos, ou de tratarmos da nossa “vidinha”. É uma forma de servirmos as populações e de lutarmos pelos nossos ideais: uma sociedade mais justa e igualitária. Não é por acaso que há uma norma que rege qualquer eleito da CDU: “não ser beneficiado nem prejudicado no exercício dos seus cargos públicos”. E esta norma não é só uma frase boni-
Já não enganam ninguém
Rui Nóvoa BE
Aproximam-se as eleições autárquicas e tudo é possível, voltam as idas dos alunos a Lisboa de avião, coisa que ainda no ano passado não era possível, preparavam-se para o regresso à Quinta da Malafaia se não tivessem sido travados, aonde se gastariam milhares de euros num só dia. Com tantas famílias a passar as maiores dificuldades, é absolutamente incompreensível tal situação mas, para a caça ao voto vale tudo. A última medida anunciada é a baixa do IMI e ainda bem que baixa, mas é bom que todos saibam que ao longo do meu mandato na Assembleia Municipal sempre defendi que, face a situação
em que vivem muitas famílias era dever da Câmara baixar o seu valor, mas a resposta era sempre ‘não’! Tal não era possível, uma vez que, a Câmara tinha de ter receita para pagar os investimentos. Como consequência, era logo criticado por defender melhores condições para os gondomarenses e depois vir pedir para baixar o IMI. Sabia que isso não era verdade e eis que de repente tal foi possível. Poderíamos perguntar será que finalmente o Sr. Presidente foi sensível às dificuldades das pessoas? Mas é claro que não e se não houvessem eleições tudo continuaria igual, por sua vez, desde o início até ao dia das
VIVACIDADE JUNHO 2013
31
Política
Aprovado apoio ao movimento associativo A Câmara Municipal de Gondomar aprovou, por unanimidade, as propostas apresentadas pelo vereador Fernando Paulo relativas à abertura das candidaturas aos programas de apoio ao movimento associativo local. Este foi um dos pontos em votação na reunião de 13 de junho. Fernando Paulo, vereador da Câmara de Gondomar com a responsabilidade das áreas da
Cultura, Ação Social e Desporto, justificou a manutenção destes programas pela importância do FOTO: RVC
movimento associativo local – frisando que, “além de se conseguir manter este projeto, e de acordo com o publicamente assumido pelo presidente da Câmara, os valores globais irão ser ligeiramente aumentados”. No total, para 2013, os apoios às associações representam mais de 1,2 milhões de euros. O Programa de Apoio ao Associativismo Desportivo terá uma “fatia” de 700 mil euros. Para o Associativismo Cultural e Recreativo a verba é de 350 mil euros. O Programa de Apoio à Ação Social terá uma afetação de 175 mil euros. Realçando que a Câmara de Gondomar mantém um relacionamento muito especial e profícuo com todas as associações
locais, Fernando Paulo disse, no final da reunião camarária, que “apesar de outras autarquias esAs candidaturas terão que ser formalizadas, impreterivelmente, até 12 de julho (Cultura e Ação Social) e 13 de julho (Desporto).
tarem a reduzir os apoios ou, até, a eliminá-los definitivamente, a Câmara de Gondomar faz questão de manter este programa”. E, destacou, “sublinho e realço as palavras sempre defendidas pelo presidente da Câmara Municipal – quando diz acreditar que as associações de Gondomar, pelo papel que desenvolvem e pelos postos de trabalho que represen-
tam, merecem ser constantemente apoiadas”. Os programas de apoio ao Associativismo Desportivo, Cultural e Recreativo e, ainda, de Apoio à Ação Social, que representam mais de 1,2 milhões de euros, foram aprovados por unanimidade. Nestes valores não se quantificam situações como as de utilização das estruturas desportivas (beneficiando mais de uma centena de associações), disponibilização de recursos humanos ou cedência de transportes. Este programa, que data de março de 1995, é uma forma de regulamentar os apoios concedidos – fazendo-o em função dos projetos e candidaturas apresentados e devidamente fundamentados.
32 VIVACIDADE JUNHO 2013
Política: Medidas para Baguim do Monte Nuno Coelho – presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte
É frustrante como presidente da Junta de Ba-
guim do Monte não poder satisfazer algumas das
Primavera e Rua do Cheiinho, obra que está no
que as Juntas recebiam para o mesmo serviço. Em
carências da freguesia na medida em que, muitas
Plano e Orçamento da C.M.G. para 2013 e da
Baguim do Monte existem ainda poucos passeios
vezes, não estão ao alcance deste órgão autár-
construção de rotunda no cruzamento da Rua D.
pedonais nas ruas e a sinalética de trânsito escas-
quico mas sim das Câmaras e do poder central.
António Castro Meireles com a E.N.15 (projeto
sa, há várias estradas onde ainda se sente falta de
Ainda assim, as principais carências de Baguim
já existente desde 2008). Desde 1 de março que
pintura das passadeiras para peões e há também
do Monte, a meu ver, prendem-se: com a falta da
a C.M.G. entregou a limpeza das ruas a uma em-
correções a serem feitas na sinalização de várias
construção do Centro de Saúde na freguesia; do
presa privada (Rede Ambiente) e já se nota que
ruas, que aparecem como sendo de sentido único
arranjo do piso da Rua D. António Castro Mei-
as mesmas estão menos limpas, pois essa empre-
ou proibido (propostas da Junta desde 2006). Por
reles e construção dos passeios na sua totalidade;
sa ainda não conseguiu otimizar os seus parcos
fim, falta a Baguim, um Parque Urbano, espaços
do arranjo da rede de águas pluviais na Rua da
meios humanos, embora receba o triplo da verba
verdes e de lazer.
se avança. A população de Baguim tem direi-
nomeadamente construir passeios porque na-
da Câmara. E nós iremos delegar essa questão,
to aos cuidados de saúde primários. O que se
quele troço do bairro de Baguim até à Formiga
nomeadamente no polidesportivo do Crasto,
passa neste momento é que a maior parte da
passam milhares de pessoas a pé para a Santa
requalificando-o, e também o polidesportivo
população de Baguim tem que ir à Venda Nova
Rita. É urgente requalificar aquilo e depois na
Entrecancelas que está ao abandono. É nossa
ou a Rio Tinto e portanto não se justifica. Ba-
outra ponta da rua, em de Vale Ferreiros, co-
intenção delegar essa gestão à Junta de Fregue-
guim do Monte merece um Centro de Saúde. É
locar uma rotunda. Uma outra medida para
sia para estar mais próxima do lugar. Depois
a única freguesia urbana do concelho que não
Baguim, é a questão da empregabilidade. Ba-
há ainda uma outra questão que atinge a zona
tem um equipamento desse género, e é priori-
guim é das freguesias altamente atingidas pelo
de Entrecancelas e Santa Joana que é a questão
tário. Outra questão que é prioritária e tem ha-
desemprego, tem zonas industriais que não es-
dos transportes públicos. Naquele local as liga-
Marco Martins - PS
A primeira questão a analisar é a do Centro
ver com uma das nossas linhas de ação - que é
tão devidamente infraestruturadas e portanto,
ções internas têm que ser melhoradas. É neces-
de Saúde. Não se compreende como é que, já
a requalificação do espaço público – é a requa-
têm de ser rentabilizadas. Há também vários
sário também ali fazer uma intervenção para
com o terreno disponibilizado, como é que não
lificação da rua Dom António Castro Meireles,
projetos da Junta que nunca tiveram o apoio
que a freguesia passe a ser servida.
e portanto é intenção avançar definitivamen-
tural na Escola E.B. 1 de Torregim , que será
um importante investimento na reparação fí-
te com a construção do centro de saúde. De-
desativada com a abertura do centro escolar
sica e na construção também de equipamentos
pois, também continuar a investir em espaços
em Setembro próximo. A criação de uma zona
sociais inseridos nos conjuntos habitacionais,
verdes, investir em ciclovias e percursos pe-
desportiva [num terreno ainda não definido],
nomeadamente parques infantis, polidespor-
donais, fazendo a ligação da linha do metro
com diversos equipamentos, em função depois
tivos... Mas a ideia é continuar a apoiar esses
e do percurso pedonal com as principais vias
do levantamento à altura do projeto e da cons-
grupos mais desfavorecidos e também, em ter-
de Baguim do Monte. Também fazer a ligação
trução, em função da atividade desportiva aqui
mos da população em geral – nesta altura de
ao Parque Aventura da Lipor, bem como cons-
em Baguim do Monte.
crise em que há profundas carências – também
Fernando Paulo - Independente
truir os passeios na rua Dom António Castro
Depois a área social é muito importante.
continuarmos a investir na área social para,
Nós pretendemos construir o centro de
Meireles e fazer a ligação desses passeios tam-
Continuaremos a investir e a apoiar as pessoas
em Baguim do Monte, criarmos as condições
saúde, já há terreno disponível junto ao Cen-
bém por percurso pedonal até à linha do metro
e as famílias, principalmente as mais vulnerá-
necessárias para aproximar os serviços sociais
tro Escolar e temos um protocolo já assinado
e por sua vez também até ao Parque Aventura
veis, principalmente as que residem nos con-
da população, para dar também respostas às
com a Entidade Reguladora de Saúde (ERS)
da Lipor. Depois também criar um espaço cul-
juntos habitacionais onde a Câmara tem feito
necessidades.
dormitório, em que a feição rural se vai perden-
de espaços públicos e de zonas verdes e da
tem de se empenhar no desbloqueamento das
do a pouco e pouco e, com ela, a identidade e
proteção do património natural e histórico.
verbas necessárias.
o conceito de vizinhança tradicionais, para dar
Ao mesmo tempo vai ser necessário cuidar da
A proximidade de vias de comunicação im-
lugar a construção desregrada, sem respeito pe-
mobilidade da população e criar uma interface
portantes facilitou a localização de uma zona
las pessoas, pelo ambiente e pela história; sem
de transportes com o metro. E cuidar da repa-
industrial que foi atraindo empresas e crian-
raízes, sem espaços públicos, e com problemas
ração do piso de muitas ruas, como na Quinta
do postos de trabalho. Mas, tendo em conta o
de mobilidade e falta de equipamento social.
Missilva, cujo alcatrão mais parece uma pista
contexto económico e social atual, é necessário
de obstáculos.
analisar com rigor as condições oferecidas às
Joaquim Barbosa - CDU
Tal como casos semelhantes, é necessário aproveitar a “pausa” na pressão imobiliária
É necessário criar, ou promover a criação
empresas no sentido de facilitar a sua perma-
Tal como o resto da cidade de Rio Tinto,
provocada pela crise capitalista, para rever os
de equipamentos sociais de apoio à infância e
nência e a vinda de novas empresas e, conse-
a freguesia de Baguim do Monte padece das
planos de urbanização e travar “crescimento”
à terceira idade. E é urgente a construção do
quentemente manter os postos de trabalhos
mazelas decorrentes da sua transformação em
desordenado. É necessário cuidar da criação
centro de saúde. O terreno existe. O município
existentes e, de preferência, criar novos.
VIVACIDADE JUNHO 2013
33
Política: Medidas para Baguim do Monte Maria João Marinho - PSD/CDS está muito pouco dinamizado, podemos, sem dú-
Também acho importante falarmos da segurança
território, para promover uma melhoria depois na
vida nenhuma, atendendo à grande acessibilidade
em Baguim, sabemos que tem zonas mais compli-
circulação interna da freguesia. E não posso dei-
com a A3 e com a A4 promovermos o aumento
cadas como a Quinta da Missilva, que necessita
xar de frisar que é incompreensível que ainda não
do investimento e melhoria do parque industrial
de um policiamento se calhar mais frequente e
exista uma unidade de Saúde em Baguim. Como é
que neste momento existe em Baguim. É neces-
mais próximo da população. E há também outra
que uma população de 17 mil habitantes não tem
sário criar uma zona de lazer em Baguim para as
coisa que nós temos de pensar. Algumas ruas de
de facto uma unidade de saúde que lhe dê apoio?
pessoas conviverem porque está tudo muito foca-
Baguim são antigas, apertadas, difíceis e, muitas
Mas falando também da saúde de novo, voltamos
lizado para o Centro Social da Paróquia e alertar
vezes, em caso de alguma tragédia, de algum in-
à mesma situação de Rio Tinto, que é a drenagem
para a falta de uma zona verde e promover por
cêndio, são de muito difícil acesso. Vamos ver se
pela proximidade para o Hospital de São João e
Baguim é uma freguesia importante, um dos
exemplo o apelo ao passeio, à caminhada e a ma-
é possível em certas zonas pelo menos começar a
não para o Santo António. Sendo que Baguim é
pontos de acesso ao concelho que faz ligação com
nutenção desse convívio que se nota que Baguim
redimensionar a largura das ruas. Isto é um tra-
ainda mais penalizado porque, além de não ter
Valongo e tem acessos excelentes. Tem uma área
tem. Por outro lado, como temos também muitos
balho que tem de ser muito bem planeado, com
uma unidade de saúde local, ainda por cima tem
para instalação de um parque empresarial mas que
idosos devemos criar condições de lazer para eles.
um projeto bem definido, com ordenamento de
de fazer também o percurso.
nhar de infraestruturas; arruamentos, espaços
de um posto de bombeiros de resposta rápida.
essenciais às famílias para que os mais novos
verdes, jardins e serviços públicos. Parece-nos
A freguesia é hoje servida essencialmente pelos
possam ter acesso a uma alimentação condigna.
inadmissível que uma freguesia como Baguim
bombeiros da Areosa que conseguem colmatar
O bairro do Crasto é outro dos nossos pontos
do Monte não tenha um centro de saúde ou
a maioria dos problemas de gravidade menor,
principais, pois este apresenta-nos inúmeros
pelo menos um centro de cuidados primários.
no entanto se o problema em causa necessitar
problemas, entre os quais o facto de faltarem
Na área do policiamento são os postos de polí-
de uma resposta mais rápida torna-se compli-
programas de inserção e integração social para
cia de Rio Tinto e da GNR de Fânzeres que têm
cado para essa corporação de bombeiros atuar
as crianças e jovens. Nós propomos a criação de
suprido as necessidades de Baguim do Monte.
em tempo útil. Outro dos grandes problemas
iniciativas culturais articuladas com programas
Algo que no entanto podia ser simplesmente su-
que nos assolam é o de muitas crianças e jovens
de inserção social, colmatando assim duas fa-
Ana Paula Canotinho - BE
Baguim do Monte, tem uma população de
prido com a instalação de um posto de policia
não tomarem o pequeno-almoço. A crise e o
lhas graves em Baguim do Monte – A falta de
cerca de 16 mil habitantes num espaço de 5,2
em Baguim que facilmente conseguiria patru-
desemprego levam a insuficiências económicas,
iniciativas culturais e a necessária integração
km, e como acontece em todo o Concelho, tam-
lhar a freguesia, beneficiando ainda a eficácia
sendo urgente uma política de alimentação não
social de jovens e crianças, e a criação de pro-
bém aqui, o crescimento não se fez acompa-
dos outros postos. Uma outra carência a falta
só nas escolas mas também o apoio com bens
gramas de ocupação dos/as mesmos/as.
34 VIVACIDADE JUNHO 2013
Feira de Artesanato em Gondomar revelou tradições de todo o país Realizou-se entre maio e junho a 25.ª edição da Feira Nacional de Artesanato. A aposta centrou-se na divulgação daquilo que é mais tradicional em Portugal. No caso de Gondomar, o destaque foi para a filigrana.
Trabalhos em pedra ou ferro, esculturas em raízes e granito, olaria, latoaria, calçado rural e equestre, artigos em pele ou pintura e talha em madeira foram algumas das ofertas. A esta lista juntaram-se as pinturas em tecidos e vitral,
V
Na foto: José Medeiros Martins
azulejaria, tecelagem, bijutaria, trabalhos em cortiça, brinquedos, decoração infantil ou esculturas. O artesanato gastronómico também não faltou, com produtos tradicionais provenientes de vários pontos do país. Valentim Loureiro, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, durante a abertura da Feira, classificou o artesanato como
“uma riqueza patrimonial que preserva e divulga as nossas mais ricas tradições e artes”. A iniciativa contou com trabalhos e participantes de praticamente todo o país. À semelhança de anos anteriores, alguns dos artesãos participantes trabalharam ao vivo. Este foi o caso de José Medeiros Martins, que veio da Marinha Grande até à Feira de Artesanato de Gondomar. Trabalha todo o tipo de vidro e está no ramo há 8 anos. O seu objetivo era mostrar o que é realmente o artesanato da Marinha Grande e que o vidro foi uma parte importante na própria terra. “Embora hoje tenha fábricas só de maquinaria, ainda se fabricam coisas artesanais e ainda há fábricas de cristalaria que ainda fabricam as próprias peças a sopro”, explica. Neste momento o ramo não está de muito boa saúde devido ao elevado valor comercial das peças. No entanto, o artesão garante que
ainda há quem as procure. “Há pessoas que ainda olham para as peças e dizem ‘eu já não via disto há tanto tempo’ e têm saudade”, afirma. Já Fernando Sousa, de 77 anos, trabalha com madeiras e granito. É natural de Macieira da Lixa, Felgueiras, mas já está em Gondomar há 66 anos e participa nesta edição da Feira de Artesanato.
Na foto: Fernando Sousa
V
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Garante que gosta muito do que faz. Afirma que é mais difícil trabalhar com pedra do que com madeira. Mas trabalha conforme lhe apetece: uns dias pedra, outros dias madeira. O trabalho que faz mais frequentemente tem a ver com o contorno de figuras, sendo que a obra que mais gostou de fazer foi um Cristo - a primeira figura que fez em madeira. A paixão de Fernando Sousa foi transmitida às gerações seguintes. “Tenho um neto que vai fazer 5 anos, que já pega na faca, que já tem jeito e diz: “ó avô, estou a fazer o Santo António”, conta. A 25.ª edição da Feira Nacional de Artesanato foi inaugurada a 25 de maio e esteve no Largo do Souto até dia 2 de junho. Além do artesanato em si, a Feira foi complementada com um diversificado programa de animação cultural e musical. A iniciativa foi promovida pelo Pelouro do Desenvolvimento Económico da Câmara Municipal de Gondomar.
Violência doméstica discutida na Secundária de Rio Tinto Foi a 28 de maio, pelas 21h15, que se realizou na Escola Secundária de Rio Tinto (ESRT) um debate promovido pela Associação de Pais e Encarregados de Educação da ESRT.
“Violências, Motivação, Ações e Reações” foi o tema discutido. Como convidados, estiveram presentes Helena Loureiro, chefe da Divisão de Ação Social e Saúde da Câmara Municipal de Gondomar e Alberto Figueiredo, Professor da Escola Secundária de Rio Tinto. A moderar o debate esteve Isabel Oliveira, Presidente da Assembleia Geral da Associação de Pais. O debate focou-se essencialmente nas questões da violência doméstica. Uma das maiores dificuldades apontadas para quem lida com este tipo de casos é a necessidade
de conciliação efetiva entre a intervenção jurídica, a intervenção judicial e a intervenção de ação social. O objetivo do debate passou por dar uma noção aos presentes da legislação, daquilo que se tem feito em termos de proteção da vítima, os apoios que se podem ter, o que se pode fazer e o que é que os agentes sociais podem fazer também quando detetam uma situação de violência. A iniciativa contou com o apoio da Escola Secundária de Rio Tinto e da Câmara Municipal de Gondomar.
VIVACIDADE JUNHO 2013
35
Política: Autárquicas 2013 - Baguim do Monte O que penso de... Adélio Silva “Conheço-o bem. Tenho-o como amigo e surpreendeu-me a sua candidatura à presidência da Junta de Freguesia de Baguim do Monte. Já integrou as listas autárquicas do PSD e agora envereda por um Movimento Independente. Lá no fundo, não acredito que ser Presidente de Junta seja o seu objetivo de vida, mas respeito muito a sua escolha.”
Paulo Silva “Conheço o Paulo há já alguns anos e temos uma saudável convivência, baseada no respeito e na amizade. Convergimos em muitas coisas mas por vezes temos perspetivas diferentes sobre essas mesmas coisas, o que é de salutar em política.”
Fez o percurso académico nas escolas de Baguim do Monte e Rio Tinto e concluiu os estudos no Porto. Aos 18 anos, Nuno Coelho, começou a trabalhar com o pai, como taxista. Paralelamente esteve sempre ligado ao desporto estabelecendo uma ligação de atleta - e depois dirigente – do Grupo Desportivo de Baguim do Monte. Formou-se em arquitetura na Universidade Lusíada, no Porto, e foi convidado para fazer parte do Gabinete de Arquitetura Óscar Lopes e trabalhou lá até 2002, ano em que sofreu um acidente grave de viação. Três anos mais tarde surge a oportunidade de se candidatar à Junta de Baguim do Monte, pelo Partido Socialista, e vence as eleições recandidatando-se em 2009 e vencendo novamente. Este ano, Nuno Coelho candidata-se pela terceira e última vez, à presidência da Junta de Freguesia de Baguim do Monte e diz, em entrevista ao Vivacidade, estar “confiante numa vitória”. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Como define estes últimos 4 anos na liderança da junta de Baguim do Monte? Foram quatro anos de expectativa, algum sofrimento, algumas melhorias a vários níveis e no final uma certa frustração por não estar concretizada a principal obra de Baguim do Monte, que é o Centro de Saúde na freguesia. É a principal infraestrutura que falta neste freguesia, e ainda recentemente estive em Lisboa, no gabinete do Sr. Secretário de Estado da Saúde, mas infelizmente o processo não avança. A Câmara teve a amabilidade de ter comprado o terreno suficientemente grande para as duas infraestruturas, os dois equipamentos, o Centro Escolar e o Centro de Saúde. O Ministério da Saúde foi mais lento neste processo todo, o Ministério da Educação foi mais rápido na construção do Centro Escolar. É pelo Centro de Saúde que vai começar a sua luta, no caso de ven-
O que penso de... Adélio Silva “Conheço-o bem e acho que é boa pessoa, no entanto, acho que ser presidente da Junta não será o seu objetivo de vida.”
Paulo Silva “Não tenho opinião formada.”
Que outros projetos é que poderiam ter sido nestes últimos 4 anos? Há situações que nos ultrapassam enquanto autarquia local e que vêm do poder central. Mas há um outro projeto que eu gostaria de ver concretizado e que já estou a trabalhar nele há algum tempo, que é um posto de uma esquadra da PSP. E com a desativação agora de duas escolas do primeiro ciclo, iremos ter
condições para albergar aqui uma esquadra de polícia, num edifício que
que é fundamental, e depois tenho o apoio do meu partido que reconhecidamente tem feito um bom trabalho na freguesia e quero que esta força continue. Está confiante na vitória? Estou confiante nas pessoas, porque as pessoas é que decidem em que votam. Creio que as pessoas também estão confiantes no nosso trabalho. Tenho confiança na minha vitória.
era utilizado para a escola. Também aproveitando o outro edifício escolar, poder-se-á fazer a Casa da Cultura e da Juventude de apoio direto ao movimento associativo. Nós não queremos aqui edifícios vazios. Sente apoio do PS e da população para esta candidatura? Sim, tenho apoio. Tenho apoio de várias vertentes, em primeiro lugar tenho o apoio da minha família,
Na sua opinião, houve um período pré autarca Nuno Coelho e um período pós autarca Nuno Coelho em Baguim do Monte? Sim, claramente. Não quero ser presunçoso nem mal interpretado, mas acho que qualquer cidadão que esteja a morar em Baguim do Monte desde a sua criação poderá ser testemunha de que quando entramos em 27 de outubro de 2005 nesta junta de freguesia, conseguimos não só alterar a imagem que a junta tinha perante a população, mas também conseguimos uma proximidade com o cidadão que não existia.
“Baguim merece melhor” Entrevista a João Freire (PSD) Natural da freguesia da Sé, concelho do Porto, João Freire reside e trabalha em Baguim do Monte. Tinha 16 anos quando entrou para a Juventude Social Democrata e atualmente, com 35, participa ativamente como tesoureiro no núcleo do PSD da freguesia. Com o curso de Técnico Profissional de Eletricidade, é projetista de Infraestruturas de Telecomunicações em edifícios, onde elabora e dimensiona planos estruturais para o efeito. No campo social, cumpre voluntariado no Centro Paroquial de Baguim do Montem desde 1992 e Participa ainda ativamente nas atividades da Confraria do Sagrado coração de Jesus e São Brás. Depois da desistência de Manuel Baía, é a aposta do partido para a candidatura à presidência para a Junta de Baguim, mas nem por isso deixa de estar “motivado” e de sentir “apoio” por parte do partido. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Porque decidiu candidatar-se a presidente da Junta de Baguim do Monte? Uma boa pergunta. Porquê? Porque acho que é um direito cívico e um dever cívico. As coisas em Baguim não estão bem e penso que é a altura de alguém tentar mudar alguma coisa. O que é que há para mudar, à primeira vista? À primeira vista, há que tentar mudar um bocadinho a ideia que as pessoas têm da política e de promessas não cumpridas, que existem muitas. Em Baguim sente-se que houve muita promessa que não foi cumprida e vamos tentar ‘alterar’ a ideia que as pessoas dos mais jovens aos menos jovens - tem da política. Consegue dar-me um exemplo de uma situação que foi prometida e que não foi cumprida? Temos uma que é gritante, que foi o Centro de Saúde. Não sei se a culpa
foi do atual executivo ou se não foi, mas é o exemplo mais gritante. ra?
FOTO: RVC
Nuno Coelho “Conheço o Nuno Coelho devido ao cargo que ocupa e por inerencia às relações institucionais que estou inserido. Como pessoa, acho que é um homem de bem, mas tem defeitos e virtudes que são justificáveis pois são inerentes ao ser humano.”
cer as próximas eleições? Eu não vou começar, eu vou continuar. Eu vou continuar porque esta minha luta já vem desde 2005. Quando eu entrei aqui nesta Junta de Freguesia não havia nada relativamente ao Centro de Saúde e connosco, hoje em 2013, existe o projeto e existe o terreno adquirido pela Câmara Municipal. Eu só terei concluída a minha prestação enquanto autarca, quando vir a concretização deste grande projeto, um projeto pelo qual os baguinenses, desde sempre ansiaram e algo que tem que ter concretizado, seja com este Governo ou com o outro vai ser concretizada com certeza num futuro próximo.
FOTO: RVC
João Freire “Conheço o João há já alguns anos. Tenho dele uma ótima impressão e vem duma boa família. Sei que tem a tarefa de substituir o Manuel Baía, que era o candidato escolhido pelo PSD mas que entretanto desistiu. Tem ainda um longo percurso político a fazer mas esta candidatura já é um passo importante.“
“Quero que esta força continue” Entrevista a Nuno Coelho (PS)
Já há mote para a sua candidatu“Baguim merece melhor”.
O que pensa mudar no imediato, em Baguim do Monte, caso vença as eleições? Para já não lhe posso dizer porque andamos a tentar auscultar a população, andamos muito muito envolvidos nas coletividades para tentar perceber o que é que as pessoas precisam. Porque eu não quero cair no mesmo erro que teve o atual executivo, de prometer uma coisa que não consiga cumprir. Não faz parte da minha educação e eu não consigo estar a enganar e a cair no mesmo erro. Qual é a área prioritária para atuar em Baguim? A área social, sem dúvida.
mal feito na freguesia? Nos primeiros quatro anos vimos uma grande proximidade do atual executivo com a população. Mas nos últimos quatro anos, nota-se um desgaste. E cada vez se vai notando mais. Estamos na altura de uma mudança.
Fazendo uma retrospetiva destes últimos quatro anos com o atual executivo, o que acha que foi bem feito e
O PSD de Baguim do Monte apresentou outro candidato inicialmente. Porquê esta mudança de can-
didato e porque foi o escolhido desta vez? É simples. A mudança foi por motivos pessoais do anterior candidato, Manuel Baía. A lista é composta por várias pessoas com capacidade para o cargo, no entanto, o partido sugeriu o meu nome. Estou profundamente convencido que juntamente com a minha equipa irei fazer de Baguim uma freguesia muito melhor do que a atual.
36 VIVACIDADE JUNHO 2013
Política: Autárquicas 2013 - Baguim do Monte
“Na CDU trabalhamos sempre em prol das pessoas”
O que penso de...
Entrevista a Paulo Silva (CDU)
Paulo Silva, deputado da CDU, com 41 anos é, atualmente, empresário, administrativo e responsável informático numa empresa de mediação imobiliária. Nascido em Massarelos e antigo morador de Rio Tinto, habita agora em Baguim do Monte, freguesia ao qual se candidata a Presidente da Junta. Concluiu o 12º ano na área de Humanísticas no Liceu Alexandre Herculano, no Porto. Em termos autárquicos, já foi membro da Juventude Comunista Portuguesa e mais tarde aderiu ao PCP. Foi ainda membro da comissão da Concelhia de Gondomar do PCP e responsável pela comissão de freguesia do PCP de Baguim do Monte onde se encontra neste momento ainda como membro. Em 2005 foi candidato nas listas da CDU às autárquicas e em 2009 foi o cabeça de lista da mesma coligação às eleições autárquicas. FOTO: ANDREIA SOUSA
Texto: Andreia Sousa
Qual a razão que o levou a recandidatar-se a presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte? Já há quatro anos fui candidato. Desta vez não me ia candidatar mas em virtude de ter vários convites, acabei um pouco por ceder e ser de novo candidato. Na verdade acho que tenho algum perfil para me candidatar e também tenho em mim a vontade de querer fazer um pouco mais pela minha freguesia. Acha que Baguim tem ainda muitos projetos para concretizar? Sim, sem sombra de dúvidas. Em Baguim do Monte existe a possibilidade de fazer muito mais por Baguim.
Eventualmente posso falar do que será um esboço daquilo que pode ser o programa para a freguesia. Nós achamos que existem vários arruamentos que estão em mau estado, é preciso também tratar da despoluição e conservação das águas pluviais, a limpeza
de bermas e bueiros, a iluminação pública, a construção do Centro de Saúde - este já é um velho tema que tem sido posto em causa - entre outros. Sente apoio e união da parte do seu partido?
Sim, claramente. Aliás aquilo que me move neste momento é a paixão pelo partido, mas é também a força e a união dos camaradas e alguns independentes. Temos nomes do Partido Comunista Português mas também temos pessoas que são independentes que vêm que nós realmente temos pessoas adequadas para estar na Junta. E portanto, é por isso, por sentir realmente a força de vontade de eu ser candidato e penso que temos a lista ideal para concorrer. Nós na CDU trabalhamos sempre em prol das pessoas, não olhamos para nós próprios. Queremos sempre que as pessoas se sintam bem na freguesia, quando vêm morar para uma freguesia queremos que seja a melhor de todas e é isso que nós pretendemos trabalhar. O fundamental é o bem-estar das pessoas e defendemos sempre o trabalhador.
“Quando abraço um projeto, abraço de alma e coração” Nasceu em Baguim, há 58 anos. O seu percurso de formação passou pelo seminário e, inevitavelmente, migrou para outra localidade. Aos 20 anos regressou à terra natal e nunca mais saiu. Foi responsável pela reorganização da catequese paroquial e pela reativação e manutenção de coros litúrgicos em Baguim. Mais tarde começou a trabalhar na área associativa e a partir de 1998 ligou-se ao grupo que atualmente preside, o Grupo Coral de Baguim. É bancário há mais de 30 anos. Quanto à política diz não ter “quaisquer filiações partidárias”, tendo tido até agora apenas uma experiência de apoio, há oito anos, a uma candidatura do PSD/CDS. Em entrevista ao Vivacidade, Adélio Silva afirma não querer “enveredar por um caminho partidário”, considerando a sua participação na política vai no sentido de um “serviço à comunidade”.
Que trabalho é que há a ser feito? Há muito trabalho ainda a ser feito. A minha preocupação para o imediato centra-se em duas linhas mestras. A primeira é ter uma política de proximidade com as pessoas. Para mim o mais importante de tudo é estar junto às pessoas. A segunda área que acho importantíssima, é a área social. Eu sou daquelas pessoas que acho que é necessário trabalhar com as pessoas da freguesia, não podemos deixar que haja pessoas a passar fome. Na minha atividade profissional já me apercebi que há casos de extrema dificuldade em Baguim. O atual executivo poderia ter feito melhor nesta área social? Acho que sim, mas não vou dizer só deste. Acho que todos os executivos por Portugal fora teriam a obrigação de fazer mais. Eu volto a dizer que a minha preocupação não será nunca entrar em confronto com ninguém.
FOTO: RVC
Qual foi a principal razão que o levou a aceitar o convite para se candidatar este ano a Baguim pelo Movimento Valentim Loureiro Gondomar no Coração? Esse convite foi-me feito há já um tempo. Eu pedi normalmente reflexão, porque não é de ânimo leve que se aceita e eu tenho neste caso para dizer duas coisas. A primeira prende-se com adesão ao movimento. Se eu não aderisse ao movimento não podia aceitar evidentemente, e acho que os valores que o movimento tem defendido – na área social e na educação - têm sido realmente fenomenais e só quem não vive em Gondomar é que não se apercebe do crescimento social a que nós temos assistido. Por outro lado, chegamos ao fim de um ciclo. Como todos nós sabemos, o Major Valentim Loureiro não se pode candidatar e há um candidato que para mim é um candidato natural [Fernando Paulo], para continuar o trabalho e estar à altura de evoluir e renovar. A partir daí a resposta ao convite tornou-se mais fácil, vi que havia condições para poder trabalhar, acho que em Baguim há “campo” para se puder evoluir. Não estou
preocupado, acho que os outros candidatos não andarão por aí a dizer o que está feito a mais ou a menos. A mim não me preocupa o que está feito ou deixou de ser feito. O que me preocupa, para já, é que há muita coisa para fazer, e onde é que eu entro aí. Tenho ou não tenho ideias que posso intervir em Baguim.
Que obras pretende trazer para Baguim? Eu não vou começar a dizer que vou prometer fazer três rotundas mais um viaduto. É bom que as pessoas percebam que eu não vou pelas promessas, não vou prometer obras a ninguém. A Junta de Freguesia não tem a competência nem os meios próprios para isso. Eu não vou prometer absolutamente nada, tenho é a garantia para as pequenas obras que aliás a Junta de Freguesia já faz. O Centro de Saúde de Baguim é uma obra a ser reivindicada pelo candidato independente?
Adélio Silva “Também sou amigo dele, é uma amizade relativa. Sei que pertence ao Grupo Coral, mas não tenho grandes ideias políticas sobre ele. Nunca o ouvi discursar, nunca debatemos ideias no fundo.” João Freire “É um jovem, sou amigo dele no facebook mas também politicamente não o conheço, não conheço as suas ideias.”
O que penso de...
Entrevista a Adélio Silva (Movimento Independente)
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Nuno Coelho “O Nuno é boa pessoa, amigo, simpático, é democrata.”
As pessoas saberão a tempo aquilo que eu posso e aquilo que eu não posso fazer. É evidente que uma das coisas que eu poderei fazer é simplesmente essa, ser porta-voz das reivindicações da freguesia, isso sim. É evidente que eu não posso prometer o Centro de Saúde em Baguim, nem é justo nem é correto. Eu vou pressionar, estar atento às pessoas, ser o porta-voz, ser a ponte entre a freguesia e o município, isso podem confiar. Aliás as pessoas que me conhecem sabem que quando abraço um projeto, abraço de alma e coração. Vou em frente, seja como for não tenho problema nenhum em ir até ao limite.
João Freire “Em termos políticos não conheço praticamente nada dele, tanto que eu conheço-o à alguns anos, a fim de outros atividades, mas em termos políticos não o conheço. Sei que está ligado à muitos anos ao PSD/CDS. Custou-me saber da forma como ele surge candidato, acho que não foi a forma mais correta. Ele merecia uma forma diferente de se assumir como candidato.” Nuno Coelho “Ao longo destes oito anos que o conheço, mais ligado à autarquia como presidente da Junta, foi uma pessoa empenhada, que tem procurado acompanhar a freguesia. Mas nestes últimos tempos não tem aguentado o ritmo da própria freguesia e há setores que se calhar lhe escapam.” Paulo Silva “Das duas ou três conversas de circunstância que tivemos deu para perceber que é uma pessoa interessada e preocupada com a freguesia. Não tenho melhor conhecimento pessoal para outra opinião.”
38 VIVACIDADE JUNHO 2013
Política: Autárquicas 2013 - S. Cosme, Valbom e Jovim
“Tenho um trabalho feito aqui em Gondomar”
O que penso de...
Entrevista a José António Macedo (PSD)
José António Macedo é natural de Santa Marta de Penaguião, distrito de Vila Real, e preside o executivo da Junta de Freguesia de Gondomar (S. Cosme) há 11 anos. Atualmente é Inspetor Superior Principal do Instituto de Segurança Social, cargo suspenso por desempenhar a função de presidente da Junta. Em 2006 fundou a Universidade Sénior de Gondomar e desde então é o presidente do Conselho Executivo. Agora, recandidata-se pela última vez e pelo partido a que pertence [PSD], à Junta de Gondomar (S. Cosme) e promete dar “continuidade” ao projeto que iniciou no primeiro mandato. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Se continuar na Junta, qual será a próxima etapa? A próxima etapa é dar continuidade ao saber destas pessoas e quando eu falei do ‘JobTown’, é um projeto que vai até 2015 e portanto, depois vai ter continuidade. Mas existem outros projeto e potencialidades. A Incubadora de Emprego, que ainda há pouco tempo inaugurámos, dá oportunidades para todo o tipo de emprego desde que se aconselhem no local e que vão lá e digam: ‘eu gostaria de criar não só eventualmente um evento próprio mas tenho uma ideia por exemplo de exportar aquilo que de bom faço cá em Gondomar para outro país’. Podemos, por exemplo, aproveitar a filigrana e conseguir fazer chegar lá fora. Eu não sei o que vai acontecer com esta agregação de freguesias, em termos de competências e atribuições, mas a ser aquilo que eu prevejo, tudo aquilo que estamos a fazer aqui, quero alargar a essas duas freguesias [Valbom e
Jovim]. Essa agregação irá dificultar a sua continuidade como presidente da Junta? Não, não vejo isso. Precisamente por aquilo que acabei de dizer. Tenho um trabalho feito aqui em Gondomar que é conhecido por toda a gente. Se eu já fiz aqui, lá faço com a maior das facilidades porque mais difícil foi começar e criar projetos sustentáveis. O seu percurso nestas eleições é mais difícil agora com a vinda de mais um candidato, pelo movimento independente? Não, julgo que não. Porque as pessoas conhecem a minha obra e conhecem o meu trabalho e a minha forma de estar. Eu tenho uma profissão, não sou reformado, sou uma pessoa que estou nas coisas por paixão. Assim como sempre fiz quando estava na inspeção. A minha história é um pouco isso, estou sempre do lado das pessoas mais fracas, indefesas. Nunca estou do lado das pessoas poderosas e não me misturo com essas pessoas. A minha diferença em relação a muita gente é que, quando me reformar, saio da política. Se me reformar alguma
vez da política, que nunca o farei com certeza, irei trabalhar para a minha profissão. Quanto ao facto de aparecer mais um candidato, as pessoas sabem quem lhes fez bem, as pessoas sabem reconhecer quem os ajudou em todos FOTO: RVC
Nestes últimos quatro anos, que trabalho teve “mão” de José António Macedo? Falar destes últimos quatro anos foi muito gratificante na medida em que fizemos um trabalho e eu em particular, bastante voltado para a área social. Não é por acaso que somos membros da Organização Mundial de Saúde, somos uma se calhar das poucas autarquias - não sei se seremos a única – que tem o diploma de Genebra como membro da Organização Mundial de Saúde. Criamos também o ‘JobTown’ que significa ‘o emprego da cidade’ e que já é de conhecimento geral de Gondomar que foi um projeto europeu do qual só Gondomar e Aveiro – a nível nacional - participam com mais 11 países europeus ou cidades. E foi este tipo de trabalho que eu já previa que tinha de ser feito nestes últimos quatro anos até agora, sob pena de não conseguirmos, numa altura de crise em que estamos a viver, mais-valias para resolver problemas de fundo. Por isso é que criámos es-
sas condições para valorizar não só os idosos, como simultaneamente pensarmos que também serão bons os conhecimentos deles para transmitir aos jovens.
os sentidos e dentro das competências e quem foi além daquilo que se comprometeu em todos os atos eleitorais. Para além de que não podemos comparar a experiência de um presidente que está habituado a gerir uma cidade quase com 30 mil habitantes com outros que estão com 500 ou 700 habitantes.
António Braz é a bancário e militante do Partido Socialista. Para as eleições autárquicas de 2013 veio substituir Carlos Alberto, sendo a aposta do partido para a candidatura à presidência da União de Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim. Em tempos, foi membro da Junta de Freguesia de Valbom, como vogal e chegou a ir em 4º lugar numa lista de candidatura à Câmara Municipal de Gondomar. De 1993 a 1997, liderou a bancada do PS na Assembleia de Freguesia de Valbom e atualmente é membro da Assembleia Municipal. Em entrevista ao Vivacidade, António Braz, atual coordenador da secção do PS de Valbom, enfatiza a ideia de “mudança” nas freguesias e no concelho. FOTO: RVC
Estamos perante uma nova realidade, as agregações de freguesias. Tem preparada alguma estratégia diferente para este tipo de realidade? O nosso compromisso é mantermos as instalações das três juntas para os gondomarenses de cada uma dessas localidades ter um acesso muito próximo à sua junta e portanto é mantermos as instalações administrativas e todos os serviços que elas prestam nos sítios onde eles existem. Vamos ter que fazer com certeza junção de coisas - como a contabilidade, por exemplo, que não estou a ver que se vá ser mantida nas três juntas - mas o serviço para prestar às pessoas, aos gondomarenses, será o mais próximo possível. É na área social que vai apostar mais? Sim, sem dúvida nenhuma. Não me ouvirá a fazer promessas de vamos fazer isto ou aquilo. As três juntas têm um orçamento pouco superior a 1 milhão de euros. A forte fatia será para
acudir às situações mais graves que os nossos cidadãos tenham. O que é mais urgente mudar nesta união de freguesias? É virar-nos mais para as pessoas, eu não sei se é mudar. Eu acho que os atuais presidentes que são do PS já têm uma forte componente social, só que eu quero reforçá-la ainda mais com algum cuidado para não haver duplicação dos apoios. Neste momento a sociedade civil tem bastantes asso-
ciações a apoiar e nós vamos também com elas unir esforços para colaboram e dar às pessoas aquilo que elas procuram. Se vencer as próximas eleições autárquicas qual é a primeira coisa que pensa fazer enquanto Presidente? A primeira coisa é interessar-me pelos problemas das pessoas. A minha estratégia perante a grave crise é virar-me para as pessoas, ouvi-las dar-lhes
António Braz “Tenho uma relação cordial com essa pessoal do PS. Quanto eu sei não lhe conheço trabalho nenhum, tirando como membro da Assembleia. Faz o seu papel como outro deputado qualquer. Poderá ter preocupações sociais.” Maria Olinda “Conheço-a enquanto docente. Como política, assisti a algumas intervenções na Assembleia Municipal mas não tenho opinião formada sobre ela.”
“Vou lutar afincadamente pela vitória” Entrevista a António Braz (PS)
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Joaquim Viana Tenho uma relação cordial com essa pessoa do movimento independente. Também faz o seu trabalho numa das freguesias que é das mais pequenas do concelho, não deve dar muito trabalho nem pode dar muito trabalho, porque estamos a falar de uma freguesia que tem uma centena de pessoas. Poderá ter preocupações sociais.”
algum alento, porque algumas estão mesmo desesperadas. Não tenho nenhuma medida emblemática para dizer, vou fazer isto, porque as minhas primeiras, segundas e terceiras preocupações vão ser, dirigir-me ao aspeto social, o papel das autarquias perante a crise, é ajudar as pessoas. O facto de ter sido uma segunda opção para esta agregação, fragiliza de algum modo a sua candidatura? Não sinto. O partido achou que eu seria a solução, como segunda opção, e eu, como em tudo o que me meto, meto-me com alegria e determinação, vou lutar afincadamente pela vitória, vou apresentar-me aos habitantes desta união com este projeto. Esta é a escolha do Partido Socialista, que eu aceitei com orgulho, com valentia e com garra. E considera que tem uma concorrência forte neste momento? Considero sim senhor. Acho que os quatro candidatos conhecidos, qualquer um deles, são minhas grandes candidaturas adversárias mas eu lutarei pela vitória.
O que penso de... José António Macedo “É uma pessoa por quem tenho estima e consideração pessoal, mas estou com ele há vários mandatos na assembleia municipal, não tenho nada de deselegante em relação a ele, mas também é uma pessoa que pelo seu estilo muito diplomático é difícil estar contra ou a favor dele, porque ele não se manifesta. Fico muito contente por tê-lo como competidor.” Joaquim Viana “É um camarada que teve um percurso político multifacetado. Mas que também luta com grande tenacidade pela sua freguesia que era a Lomba.” Maria Olinda “Já fomos adversários, eu liderava a bancada do PS e ela penso que era a única da CDU. Travamos algumas batalhas a nível parlamentar, mas sempre com tenacidade. É uma ótima candidata da CDU, uma pessoa que luta por valores e princípios.”
VIVACIDADE JUNHO 2013
39
Política: Autárquicas 2013 - S. Cosme, Valbom e Jovim O que penso de...
António Braz “Já estive com ele na assembleia de freguesias, acho que fez intervenções conforme as orientações do seu partido e nas assembleias municipais é exatamente o mesmo.” Joaquim Viana “Já esteve ligado ao CDU e que já esteve ligado ao PSD, e agora que está ligado à coligação.”
Maria Olinda Moura é candidata da CDU à presidência da agregação de Gondomar (São Cosme), Valbom, e Jovim. Nasceu em Valbom, freguesia na qual é vogal, no executivo da Junta. Concluiu os seus estudos, licenciada no ramo da Educação, e exerce a profissão de professora há 22 anos. No seu percurso trabalhadora-estudante passou por vários trabalhos como, secretária do Vereador do Turismo no Pelouro do Porto, trabalhadora de um escritório da Maia, entre outros. Em termos autárquicos, a professora de Português e Francês, já participou em assembleias municipais e teve vários mandatos na assembleia de freguesia de Valbom. O Vivacidade entrevistou-a para saber mais sobre a sua candidatura. FOTO: ANDREIA SOUSA
José António Macedo “É uma pessoa absolutamente simpática, não tenho nada contra o senhor. Já estive um ou outra vez em presença dele em situações institucionais. Como político, posso dizer que é houve muito pouco de alguma intervenção da parte do Dr. José António Macedo na assembleia municipal.”
“Temos hipóteses sempre” Entrevista a Maria Olinda Moura (CDU)
Texto: Andreia Sousa
O que a levou a candidatar-se à presidência das três juntas que serão agregadas em setembro? Antes de mais quero dizer que quer pessoalmente, quer como autarca, estou contra esta agregação. Eu preferia estar a candidatar-me só à Junta de Freguesia de Valbom, mas tendo em conta que as coisas estão assim eu acabei por aceitar o convite da CDU. Primeiro porque esta forma de estar na vida, diz-me que nós temos de ter uma intervenção e o poder local é uma forma que eu acho e penso que tem capacidade de fazer diferente. O poder local é aquele que está mais próximo das pessoas, é aquele que poderá dizer mais às populações para que estas intervenham de uma maneira mais direta. E acho que uma sociedade se constrói acima de tudo a partir da participação das
pessoas, porque têm de poder participar na tomada de decisões. É isto que me leva a candidatar, quer a experiência que eu tenho, quer a forma de pensar e de encarar as coisas, eu penso que poderei fazer aquilo que nunca foi feito aqui neste concelho. Qual das freguesias acha que necessita de uma especial atenção? Não concordando com a agregação, logo vou dizer que as três freguesias são muito diferentes, têm
características muito próprias. Por exemplo, Valbom é uma freguesia que tem uma grande densidade populacional o que significa que terá pouco espaço em termos físicos para aguentar com mais construções. Temos depois Gondomar sendo cidade acaba por beneficiar dos investimentos e das infraestruturas que são criadas pelo município e Jovim tem características rurais. Todas elas têm de ter intervenções adequadas às suas características, de acordo com o que
cada uma necessita. À semelhança do que aconteceu em São Pedro da Cova, acha que a CDU tem hipótese de vencer nesta agregação? Temos hipóteses sempre. Não é por acaso que quando andamos na rua a fazer campanha, as pessoas já vêm ter connosco e já nos encaram de uma maneira completamente diferente. Portanto eu vejo isto aqui em Valbom, apesar de não ter muito tempo mas além das condicionantes eu penso que o trabalho que é feito na Junta de Freguesia é reconhecido pela população e isso tem sido assim. As pessoas têm de conhecer o trabalho dos seus eleitos para poderem confiar neles. A CDU em todas as autarquias e país todo consegue mostrar trabalho, conseguimos transmitir às populações a nossa forma de estar na política e a nossa forma de desenvolver o trabalho em prol dos interesses das populações.
O que penso de...
“O social é fundamental”
José António Macedo Revela sensibilidade para o social, mas falta de capacidade para liderar com dinamismo um território autárquico com a dimensão de Gondomar (S. Cosme) e pior agora com a agregação de Valbom e Jovim.
Natural de Gondomar, Joaquim Viana é o atual presidente da Junta de Freguesia da Lomba, cargo que já desempenha há alguns anos. Na freguesia, desempenha ainda funções de presidente do Centro Social da Lomba desde 2005. Foi também vereador da Proteção Civil, Saúde, Mercados e Feiras e Habitação Social, em Gondomar, de 1990 a 1998 e reside há 37 anos em S. Cosme. Joaquim Viana é ainda vice-presidente do Conselho Fiscal da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE). Para as Eleições Autárquicas de 2013, o presidente da Lomba candidata-se agora, pelo movimento independente, à presidência da União de Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim.
Maria Olinda Desconheço o que possa ter feito ao nível autárquico para poder, com rigor e verdade, emitir opinião.
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Qual a razão de ter aceite o convite para uma junta [união] que não a Lomba? O que me motiva a ser candidato a Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim é não só o facto de residir em São Cosme há 37 anos mas valendo-me da experiência adquirida na Junta da Lomba e na Câmara de Gondomar, em prol do desenvolvimento estando sempre junto das pessoas e pelas pessoas, ter a missão de servir e ajudar a lutar por melhores condições de vida para as populações que represento. Hoje mais que nunca este desafio se torna premente, um caso concreto, fruto da agregação das freguesias feita contra a vontade das populações pelo atual Governo, uma situação com a qual sempre discordei. Até porque sendo elemento da assembleia geral de freguesias é seguramente conhecida a posição que a ANAFRE tem em relação a isso. Posição contrária, aliás, ao candidato do PSD a Gondomar, que enquanto presidente de Junta sempre se esquivou, sempre se tentou desvincular daquilo que foram as posições unânimes tomadas no conselho, para não usar m oções contra a agregação, porque ele
FOTO: RVC
António Braz Apenas o conheço de algumas intervenções na Assembleia Municipal, logo não tenho uma opinião concreta sobre o que fez e/ ou poderá fazer.
Entrevista a Joaquim Viana (Movimento Independente)
defende uma agregação e defende as freguesias cada vez maiores, mais amplas, mais abrangentes, enquanto que eu não defendo isso. O que defende? O que eu defendi e defendo é que as populações deviam ser unidas, e a opinião dessas pessoas devia ser respeitada, e prova está no facto de a Lomba não reunir nenhum dos requisitos para ficar sozinha e eu consegui que ela ficasse sozinha. Não basta só dizer que não estamos de acordo, é preciso trabalhar no sentido de defender esse princípio. Este enorme desafio de me candidatar a este imenso território é no sentido de assumir
com as pessoas princípios de funcionalidade, que não lhes retire o nível de proximidade, que hoje existe em cada uma das freguesias. Caso vença as eleições, vai manter todos os edifícios das três juntas a funcionar? Quando se constrói uma equipa e quando se elabora um programa, tem-se como objetivo determinadas finalidades. As Juntas têm que se manter, temos que manter os postos de trabalho, temos que criar novos serviços, e melhorar os existentes. Isto só é possível restruturando, para melhor servir e para criar mais serviços de apoio às populações. Depois isto tudo exige que a equipa corresponda a este desafio e portanto a minha equipa, que está constituída, assenta única e exclusivamente numa base da proporcionalidade de São Cosme, Valbom e Jovim. Na sua opinião, as três freguesias têm sido bem geridas até agora? O problema das freguesias não é questão de serem mal ou bem geridas. Depende da perspetiva que a pessoa que dirige a freguesia tenha sobre o conceito de poder ser a freguesia de proximidade. O trabalho que poderá vir a
ter com as três freguesias será muito mais difícil do que o que tem na Lomba? Eu diria que não será mais difícil, terá que ser é diferente. Enquanto na Lomba o trabalho é difícil - porque é preciso um grande investimento para servir ‘meia dúzia de pessoas’ e é preciso convencer os poderes de decisão em investir em milhares para servir essas pessoas – aqui, o trabalho não deixa de ser fácil e, na minha opinião, só pode tornar-se mais difícil fruto da agregação. Aqui tem que fazer uma política direcionada para as pessoas. O social é fundamental e depois há que aproveitar potencialidades que o concelho tem que não têm sido aproveitadas. Há uma série de projetos que estão em “gaveta” e que podiam ser candidatados a fundos comunitários. Nós temos excelentes espaços mas não tem havido, na minha opinião, vontade política e pressão por parte da junta. O presidente da Junta tem duas posturas: ou cala e consente ou, segundo aquilo que ele acha que a sua freguesia deve ter, não cala enquanto não conseguir. E, infelizmente, na minha opinião, em relação ao presidente de S. Cosme isto tem acontecido. Eu moro em S. Cosme, se a Câmara fizer determinada coisa tudo bem, se a Câmara não fizer, tudo bem na mesma. Não pode ser.
40 VIVACIDADE JUNHO 2013
Política: Autárquicas 2013 - Rio Tinto
“Professora-alegria” apresenta candidatura a Rio Tinto Maria José Guimarães, a “professora-alegria”, apresentou a candidatura à Junta de Rio Tinto, entre música, poesia e uma sede cheia de apoiantes. Não acredita que não haja dinheiro - “ele aparece quando há vontade” - e quer tirar a cidade da “estagnação”.
A candidatura de Maria José Guimarães a Rio Tinto é uma oportunidade dupla. Pelo menos é assim que o candidato à Câmara de Gondomar pelo PSD, em 2009, Rui Quelhas vê a entrada em cena da professora rio tintense. “Creio que é uma candidatu-
ra forte com uma concorrência fraca”, disse o administrador da Porto Vivo. Com uma sede de candidatura cheia, Maria José Guimarães escolheu três linhas orientadoras para o seu projeto: critério, rigor e trabalho. A que se juntam três qualidades da candidata, nas palavras de Maria João Marinho: dócil, firme e determinada. A médica, que lidera a lista do PSD para a Câmara de Gondo-
mar, vê neste momento o “ideal para fazer história”. “A identidade cultural e histórica de Rio Tinto, assim como um movimento associativo cujo trabalho é louvável” são algumas das características que fazem de Rio Tinto uma “cidade estratégica com uma localização muito interessante”. A estas junta-se uma “necessidade que os rio tintenses têm de mudança”.
FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
Texto: Luís Alves
FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
Valentim Loureiro e Fernando Paulo homenageados pela Federação das Coletividades
A Federação das Coletividades do Concelho de Gondomar (FCCG) promoveu, no passado dia 31 de maio, uma homenagem pública a Valentim Loureiro e Fernando Paulo – respetivamente, Presidente e Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar. FOTO: RVC
Esta decisão, “sustentada no reconhecimento de uma imensa intervenção feita em parceria com todo o Movimento Associativo Local”, visava, também, “destacar o excelente trabalho que Valentim Loureiro e Fernando Paulo desde sempre desenvolveram nas suas funções autárquicas na
Câmara de Gondomar”. Foi o reconhecimento, público, de um trabalho de quase duas décadas, considerando a FCCG que “foram estes os dois principais rostos de um projeto que encarou as associações de Gondomar como verdadeiras parceiras – incentivando-as a crescer, aumentar valências, desenvolver atividades e, principalmente, tornarem-se cada vez mais autónomas”. A homenagem juntou mais de quatro centenas de dirigentes associativos de Gondomar. E, no Dia Nacional das Coletividades, além da homenagem a Valentim Loureiro e a Fernando Paulo também foram distinguidas quatro associações centenárias concelhias: o Clube dos Caçadores de Gondomar, o Clube Gondomarense, a Escola Dramática e Musical Valboense e a Banda Musical de Gondomar.
VIVACIDADE JUNHO 2013
41
Política: Autárquicas 2013 - Fânzeres, S. Pedro da Cova
Argumentos diferentes sobre desistência de candidatura de Fernanda Vieira a Fânzeres
Secretário coordenador do PS de S. Pedro da Cova e autarca fanzerense divergem nas explicações Estava confirmada como candidata do Partido Socialista, pelo segundo ano consecutivo, à Junta de Freguesia de Fânzeres mas decidiu não continuar o percurso com o partido para as eleições autárquicas 2013. Em causa está, entre outras coisas, a “falta de condições políticas” para prosseguir com a candidatura, segundo Fernanda Vieira. O secretário coordenador do PS de S. Pedro da Cova, José Fernando, aponta como causa para a desistência uma maior “reflexão” por parte da ex-candidata. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Na freguesia de S. Pedro da Cova, a secção do PS, votou, segundo José Fernando, “por aclamação e por maioria” ao convite endereçado a Fernanda Vieira. “Como havia só um nome, não havia discussão, não era necessário fazer Assembleia de inscritos, embora isso, a seu tempo, se fosse fazer, mas o principal da questão estava resolvido e portanto esse convite foi feito: por mim, pelo coordenador de S.
convites, vamos para casa refletir e pensar nas coisas”, acrescenta. “Para lhe ser sincero e verdadeiro, não houve diálogo entre os secretários coordenadores das secções, após esta decisão da Fernanda Vieira. Esta decisão foi dada a conhecer pelo Sr. presidente da Comissão Política que me transmitiu”, afirma o secretário coordenador de S. Pedro da Cova que garante que “não houve sequer uma pessoa que faz parte do órgão ativo do executivo que se opusesse” à candidatura de Fernanda Vieira. “Julgo que as
vinculou-se de um possível próximo mandato com o PS à União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova. No ‘terreno’, o Partido Socialista já colocou em sua substituição Linda Rosa, uma mulher independente de S. Pedro da Cova. Ao Vivacidade, Fernanda Vieira explica as razões que a levaram a desistir da candidatura que já “contava como certa” e que deixa para trás “com tristeza”. “Foi uma decisão difícil que tomei depois de muita reflexão. Não podia continuar devido à falta de condições FOTO: RVC
“A agregação das freguesias é uma realidade nova para todos”, começa por explicar ao Vivacidade, José Fernando, responsável pelo Secretariado do PS de S. Pedro da Cova. “É uma realidade nova para os eleitores, nova para os políticos que estão à frente dos partidos e também à frente dos seus órgãos que têm de tomar as suas decisões”, continua o coordenador. “Quem tem a responsabilidade da escolha dos candidatos às freguesias? Os estatutos do Partido Socialista dizem que quem tem essa responsabilidade são os secretariados. E aí sim, eu sou o primeiro responsável para com os meus colegas de secretariado, a envolver-me nos critérios e na escolha de um candidato que melhor sirva os interesses das populações, da freguesia e do Partido Socialista”, afirma José Fernando. O socialista explicou ao Vivacidade que, em março deste ano, iniciou conversações com o coordenador da Secção do Partido de S. Cosme [da qual pertence a freguesia de Fânzeres], Arménio Martins, e que ambos “rapidamente chegaram a um entendimento no sentido de endereçar um convite para que a Fernanda Vieira continuasse a ser a candidata da agregação das freguesias, no sentido de que era presidente de Junta e que representava o Partido Socialista”. Para o coordenador de S. Pedro da Cova, a agora ex-candidata à União de Freguesias, Fernanda Vieira, “tem feito um bom trabalho em Fânzeres” à frente da Junta e “não havia motivo nenhum” para que estivessem “a pensar na escolha de outra pessoa.” “Os dois coordenadores entenderam-se facilmente, como é óbvio”, esclarece.
A vontade dos socialistas de S. Pedro da Cova
Fernanda Vieira, diz que “mesmo antes de se saber quem seria o quinto lugar na lista à Câmara, o secretariado da secção Gondomar-Fânzeres [Arménio Martins], decidiu por unanimidade enviar uma moção ao presidente da concelhia do PS de Gondomar, dizendo que gostaria que Fânzeres e S. Cosme tivessem representatividade na lista à Câmara Municipal.” “Mais tarde veio-se a verificar, aquando da apresentação da lista, que não tinha ninguém de Fânzeres e S. Cosme, mas sim em 5º lugar o coordenador de S. Pedro da Cova”, lamenta a atual presidente da Junta de Freguesia de Fânzeres. “Estaria a trair-me e a trair os fanzerenses”
Cosme [Arménio Martins], pelo candidato à Câmara [Marco Martins] e pelo presidente da Comissão Política Concelhia [Luís Filipe Araújo]”, explica o socialista. Questionado pelo Vivacidade sobre a razão da desistência de Fernanda Vieira, José Fernando responde que o que lhe foi transmitido e aquilo que sabe “é que, por opção, a Sra. Fernanda Vieira entendeu que não queria continuar mais como presidente de Junta de freguesia”. “Como estamos em política, nós temos que tomar posições e que muitas vezes, perante
pessoas olham para a Fernanda e vêem na Fernanda uma camarada, uma grande socialista e uma pessoa que com certeza vai estar do lado de Marco Martins e do Partido Socialista”, finaliza. A desistência, nas palavras de Fernanda Vieira Após a entrega de uma carta, a 22 de maio ao Secretariado de S. Pedro da Cova, a Marco Martins e Luís Filipe Araújo, a explicar as razões da sua indisponibilidade para ser candidata, Fernanda Vieira des-
políticas potenciada ainda pelo meu exercício enquanto autarca. Desde logo a tentativa do secretário coordenador de S. Pedro da Cova de condicionar por completo as escolhas em relação à elaboração da lista de candidatos assim como a imposição de diversos condicionamentos”, começa por contar a autarca. “Ainda a falta de representatividade política e geográfica da freguesia que agora lidero, na elaboração da lista dos primeiros cinco lugares para a Câmara Municipal [4 de Rio Tinto e o 5º de S. Pedro da Cova]”, acrescenta.
Para a ex-candidata, houve ainda “a falta de solidariedade institucional para com a candidatura, especialmente agravada com uma constante procura de outros candidatos a esta união de freguesias quer no PS quer a outras forças políticas” que, segundo Fernanda, “fragilizou gravemente a própria candidatura.” “Eu era surpreendida na rua pela população, que me vinha perguntar se eu ainda continuava a ser candidata”, conta e logo acrescenta, “eu dizia que sim e as pessoas diziam ‘mas consta-se que já há mais candidatos’,” e esse assunto, diz a autarca, “foi também confirmado pelo secretário coordenador de S. Pedro da Cova, perante a passividade do candidato à Câmara e do presidente da Concelhia de Gondomar.” “Por todas estas razões não podia permitir um constante fragilizar da minha pessoa, sendo que considerei não estarem reunidas as condições para manter a candidatura. Estaria a trair-me e a trair os fanzerenses”, conclui Fernanda Vieira.
42 VIVACIDADE JUNHO 2013
Política: Autárquicas 2013 - Gondomar
Marco Martins e António José Seguro foram principais protagonistas
em sessão pública de apresentação de candidatos do PS à Câmara, Assembleia e Juntas de Freguesia Na sessão que decorreu ao ar livre em Gramido, Valbom, o PS concretizou a apresentação pública do candidato socialista à presidência da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, da equipa de candidatos a vereadores, da líder da lista à Assembleia Municipal, Carlota Teixeira, e dos cabeças de lista às juntas de freguesia. FOTO: RVC
A apresentação contou com a presença de algumas centenas de pessoas, incluindo António José Seguro, secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, líder da Federação Distrital do PS/Porto, Luís Filipe Araújo, presidente da Comissão Política Concelhia do PS/Gondomar, deputados à Assembleia da República e outros candidatos autárquicos socialistas. Marco Martins reafirmou, um por um, os cinco pilares dos compromissos que assumiu na sua caminhada e materializou algumas propostas que, futuramente, constarão do seu programa eleitoral. Na cerimónia, foram apresentados os candidatos a vereadores Luís Filipe Araújo, Aurora Vieira, Carlos Brás, José Fernando Moreira, Sandra Brandão, Hélder Figueiredo,
José Pinto da Silva, Eduarda Castro e Luís Lobo; a a líder da lista à Assembleia Municipal, Carlota Teixeira, e os cabeças de lista às juntas de freguesia Nuno Coelho (Baguim do Monte), Linda Rosa (Fânzeres e S. Pedro da Cova), Isidro Sousa (Foz do Sousa e Covelo), Rui Vicente (Lomba), José Andrade (Medas e Melres), Nuno Fonseca (Rio Tinto) e António Braz (S. Cosme, Valbom e Jovim).
Marco Martins manifestou uma grande confiança na sua candidatura à Presidência da Câmara Municipal de Gondomar, ontem publicamente apresentada. Após uma caminhada de dois anos, em contacto com as populações e no interior do Partido Socialista (PS), Marco Martins diz ter recebido “incentivos, estímulos e apoios para avançar, tendo percebido que os gondomarenses “querem gente da
terra à frente do município”. Daí que, “dando a cara, sem medo, sem receio”, afirmou: “Gondomar vai mudar, Gondomar vai mesmo mudar e vai mudar já em Outubro!” No discurso de Marco Martins, destaque para o retrato de Gondomar feito pelo candidato socialista. “Gondomar parou no tempo e não acompanhou o desenvolvimento dos concelhos vizinhos. Foram 20 anos de oportunidades perdidas, em que se investiu apenas no betão, potenciou-se a construção e o caos urbanístico, esquecendo sempre o mais importante: as pessoas”, disse. Apelidou o Pavilhão Multiusos de “elefante branco” – “onde foram gastos mais de 20 milhões de euros” – e concluiu que a Câmara se comportou “como uma agência imobiliária” que, apesar dessa condição,
“não conseguiu construir um único parque urbano, uma zona verde de relevo. Entubou rios, depositou resíduos perigosos em S. Pedro da Cova, não conseguiu concluir a rede de saneamento no alto concelho, não teve capacidade de melhorar ligações internas de transportes públicos, de preservar o património, nem de captar investimento!” A encerrar a apresentação pública, António José Seguro demonstrou o seu apoio a Marco Martins. Antes destes dois dirigentes socialistas, tinham já usado da palavra Luís Filipe Araújo, presidente da Comissão Política Concelhia do PS/Gondomar, José Luís Carneiro, presidente da Federação Distrital do PS/Porto, e Cláudia Vieira, mandatária para a Juventude da candidatura de Marco Martins.
VIVACIDADE JUNHO 2013
43
Política: Autárquicas 2013 - Baguim do Monte
João Freire não quer deixar Baguim “continuar no esquecimento” Apresentação de candidatura do PSD/CDS realizou-se no dia 15 de junho A Quinta do Paço, em Baguim do Monte, foi o lugar escolhido para a apresentação pública da candidatura do PSD/CDS à presidência da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, no 15 de junho, às 18h
Inauguração e apresentação da Incubadora Startup D’ouro de emprego No dia 24 de maio, nos Bombeiros Voluntários de Gondomar, foi inaugurado e apresentado, um projeto inovador da criação de uma Incubadora de emprego. Fundado pelo diretor da Universidade Fernando Pessoa, Miguel Trigo, esta inauguração contou com a presença dos vários grupos de suporte local. Texto: Andreia Sousa
No passado dia 24 de maio, no Edifício dos Bombeiros Voluntários de Gondomar, foi inaugurada a Incubadora, que surgiu no âmbito do projeto ‘Jobtown’. O evento contou com a presença do presidente da Junta de Freguesia de São Cosme, José António Macedo, sendo um apoiante desta iniciativa. Este projeto depois de ter passado por todo o processo de desenvolvimento, está a postos para iniciar o trabalho para que foi proposto. A Incubadora é pioneira em Gondomar, tendo sido vocacionada para criar empresas, sendo esta uma prioridade no concelho de Gondomar. Foi um projeto pensado para o desenvolvimento de novas ideias para serviços, produtos e/ou modelos de negócios. A Startup D’ouro “vai atribuir prémios de mérito escolares a alunos do 9º e
12º ano e acima de tudo prevê ligar estes estudantes a empresas que lhes possam garantir a entrada para o mercado de trabalho”, discursou José António Macedo. O Fundador desta causa quer através desta iniciativa colocar “cabeças pensantes” em ação, para apostar em novos projetos e ideias. Esta empresa juntou num laboratório uma incubação/criação de empresas para desenvolver novos produtos e serviços e modelos de negócio (COOLab), uma rede COOLaborativa de empresas e empreendedores (Rede COOLaborACTION) e um espaço de co-working (COOLworking). Deste modo, a incubadora gondomarense da Startup D’ouro reduz a taxa de mortalidade das empresas, passando esta de 70 para 20%, devido à prévia incubação. Todos são convidados a participar neste projeto, assim como as empresas de Gondomar que se lançaram no mercado há menos de três anos.
FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
O início da cerimónia foi marcado para as 18h e estiveram presentes diversas personalidades políticas concelhias dos partidos da coligação, nomeadamente a candidata à Câmara, Maria João Marinho, o vice presidente da Câmara Municipal de Gondomar, José Luís Oliveira e a deputada da Assembleia da República e baguinense, Margarida Almeida. João Freire discursou perante uma plateia atenta, começando por dizer que “conhece bem as dificuldades e potencialidades desta freguesia” e que “está disposto a este trabalho árduo, mas glorioso” porque é “criterioso, empenhado e ama” a sua terra. Considerando-se “um homem de fé”, fez ver ao público presente que “Baguim é uma
freguesia cheia de potencialidades e que não pode continuar no esquecimento”. “Quero uma Freguesia dinâmica e séria que honre os seus compromissos”, reiterou. Uma freguesia, que “dialogue abertamente com a população e que, nesta interação, faça renascer a esperança para todos os Baguinenses”, acrescentou.
Margarida Almeida, deputada da Assembleia da República sentiu-se em casa e “enfatizou a ideia da candidatura do PSD/CDS à Junta de Freguesia ser uma candidatura “para as pessoas”. Já a candidata à Câmara Municipal de Gondomar, teceu alguns elogios a João Freire, dizendo que, “sem dúvida alguma, é um homem muito dinâmico, empreendedor e determinado. E o único capaz de uma liderança forte e unificadora que trará a Baguim uma gestão responsável, fazendo sorrir a sua gente e renascer a esperança.” “Todos podem estar seguros que Baguim merece o melhor, contamos com todos os Baguinenses para abraçarem este novo projeto”, finalizou a médica.
44 VIVACIDADE JUNHO 2013
Política: Autárquicas 2013 - Fânzeres - S. Pedro da Cova
“Juntos conseguimos”
Mote da candidatura de Daniel Vieira pela CDU junta centenas de são pedrenses na sua apresentação “Tudo pronto para a apresentação da candidatura da CDU, no pavilhão gimnodesportivo da Escola Secundária de São Pedro da Cova, mais logo pelas 16h30”. Era assim que Daniel Vieira divulgava a sua apresentação pública como candidato no mural das redes sociais. Mal sonhava que o esperava um pavilhão cheio de militantes e apoiantes da CDU. FOTO: MARIA JOÃO MARQUES
testemunhos que dão confiança a esta candidatura. Fiquei emocionado com as suas palavras”, explicou o candidato. Para além do momento político, a apresentação pública da
candidatura da CDU à União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova foi marcada por vários momentos culturais interpretados por vários artistas e voluntários. FOTO: MARIA JOÃO MARQUES
O pavilhão gimnodesportivo da Escola Secundária de S. Pedro da Cova foi pequeno para as centenas de pessoas que acederam à apresentação pública do candidato da CDU à União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova. A cerimónia contou com a presença do candidato à Câmara, Joaquim Barbosa, bem como outros membros da CDU de Gondomar. A finalidade do encontro foi – para além das apresentações do primeiro e segundo candidato e de alguns membros da lista – proporcionar aos presentes uma “tarde cultural”. “Não temos empresas profissionais de montagem de espaços, nem assessores de imprensa ou
imagem, mas temos um grande coletivo de homens, mulheres e jovens que querem construir um futuro melhor. Sim, Juntos Conseguimos!”, disse Daniel Vieira.
Durante a apresentação da candidatura, Daniel Vieira recebeu o apoio de três professoras Jerónima Santos, Ana Luisa Xavier e Teresa Gandra. “Foram três
Zumba e outras atividades
todos os domingos na Quinta das Freiras A animação dos domingos de maio na Quinta das Freiras é para continuar pelos meses de junho e julho. A iniciativa, que já vem na sequência de anos anteriores, atingiu o seu maior sucesso este ano, fazendo com que a organização, a cargo da Associação Gondomar Cultural, decidisse prolongar as atividades. FOTO: RVC
Para além das aulas de zumba, que atraíram a maior parte das pessoas à Quinta das Freiras, as restantes atividades incluíram desportos coletivos, ateliês desportivos, jogos tradicionais, insufláveis e rastreios de saúde. A adesão esteve à volta das quinhentas pessoas por dia, segundo a organização. José Santos, presidente da Gondomar Cultural, pensa que este é um tipo de atividades que “faz falta em qualquer local”. “São sempre ações que vão de encontro à necessidade das pessoas e não são caras, uma vez
que funcionam muito na base da colaboração de associados”, afirma. Ao promover esta iniciativa, a Gondomar Cultural pretende uma maior divulgação da Associação. José Santos explica que, apesar de estar à frente de uma das maiores coletividades do concelho, as suas atividades “não são muito populares”. “As pessoas não se apercebem muito da existência da Associação e com este tipo de iniciativas nós passamos um bocado mais a mensagem daquilo que somos”, reitera.
VIVACIDADE JUNHO 2013
45
Emprego
46 VIVACIDADE JUNHO 2013
Lazer
BRASÕES DE GONDOMAR
Cuide das suas finanças. Imprevistos familiares podem surgir. Não facilite. No amor, não é altura certa para tentar avançar. Dê tempo ao tempo para que tudo se clarifique. Nºs da sorte: 6-9-15-20-29-36-48
Analise a sua situação profissional e familiar de maneira objectiva e não superficial. Se achar útil, peça auxílio a pessoa mais velha e experiente. Nºs da sorte: 3-9-16-27-30-36-49
Realize sonho antigo. A sua boa disposição auxiliará bastante para que ele se concretize de modo positivo e feliz. Seja verdadeiro e frontal. Todos o compreenderão. Nºs da sorte: 6-9-19-26-29-31-49
Ponha em ordem os seus projectos. O dia será positivo para reflexões e planeamento do futuro. Controle o seu ímpeto e desfrute de momentos de grande paixão e alegria. Nºs da sorte: 4-5-13-21-23-41-50
O Monte sugere as terras de Baguim situadas na encosta da serra. A videira alude à origem do topónimo “Baguim”, constituindo as folhas o símbolo vegetal da imortalidade e
Este mês promete ser cheio de prazer e de muitas emoções. O seu poder de sedução e sorte estará em alta. Você e o seu amor vão estar perfeitamente sintonizados. Nºs da sorte: 6-7-14-24-34-35-44
Use a sua intuição e o instinto para não ter desagradáveis surpresas. O que é simples e lindo agora, poderá tornar-se complicado e desagradável no futuro. Nºs da sorte: 3-8-19-20-28-39-48
da perene juventude. Os cachos recordam o antiquíssimo cultivo da vinha e o reconhecido valor dos seus vinhos. O cálice representa o copo de prata descrito no primeiro documento sobre Baguim, o qual menciona a doação destas terras. Os besantes simbolizam os quinze saldos, antiga moeda portuguesa, menciona-
A lealdade é das qualidades que mais aprecia. Por essa razão, procure preservar-se de “certas” companhias que não lhe inspiram confiança. O amor está em alta, aproveite. Nºs da sorte: 1-2-12-22-36-42-43
Com tanta vitalidade e bom senso, as oportunidades continuarão a surgir. Porém, não se descuide com a família. Ela é o seu “porto seguro”. Cuidado com as tentações e encontros especiais. Nºs da sorte: 3-7-17-18-21-29-32
guim. O ouro, como metal nobre, significa a fidelidade no comportamento e a constância do seu devotamento total. A prata significa a pureza na fidelidade ao conceito de verdade procurada na riqueza dos testemunhos encon-
Pode ter que passar alguns momentos menos bons neste mês.. Não se deixar influenciar, poderá acabar o mês em grande alegria e felicidade. Os seus amigos estão para ajudar. Nºs da sorte: 1-2-12-22-36-42-43
Notícias familiares poderão trazer-lhe alegrias. Os aspectos financeiros são importantes; contudo, a nossa felicidade também advém das nossas realizações. Nºs da sorte: 5-7-18-23-27-34-45
trados. O verde representa a orla verdejante feita de frondosos arvoredos, sendo o esmalte da abundância, da esperança e da fé num desenvolvimento constante. O negro representa a terra fértil e significa a constância na adversidade num combate, tantas vezes, árduo e
Intrigas e mexericos nunca trouxeram nada de bom. Afaste-se deles para preservar a sua imagem íntegra. Saiba manter a calma em condições adversas e chegará ao fim com resultados positivos. Nºs da sorte: 3-9-17-20-29-30-48
Os amigos e conhecidos são fundamentais para o nosso desenvolvimento social. Saiba separar uns dos outros! Não se iluda com promessas vãs. Você tem classe e sensibilidade para isso! Nºs da sorte: 6-8-19-39-45-47-49
COM ESTA CRISE...
dos no referido documento de doação de Ba-
penoso. A púrpura significa o respeito pelos outros e o dever consciente de cumprir sempre manifestado pelas suas gentes.
Uma mulher entra na peixaria e pergunta: - Tem petinga? Peixeira: - Tenho sim, senhora … - Dê-me então, duas postinhas do meio.
VIVACIDADE JUNHO 2013
47
Breves Gondomar Cultural campeã nacional de Infantis Femininos em Polo Aquático
Casa do Benfica em Gondomar vai a votos Decorreu a 10 de junho numa unidade de restauração em Fânzeres, a apresentação da lista candidata aos Órgãos Sociais da Casa do Benfica em Gondomar sob o lema “Somos
Benfica em Gondomar”. Manuel Oliveira é o candidato a presidente da Direção e o objetivo da lista é “planificar, organizar e dar destaque” à Casa do Benfica em Gondomar.
Gondomar aprova redução do IMI para 2014 A Câmara de Gondomar aprovou dia 13 de junho, por unanimidade, uma proposta de redução do
Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para 2014. A diminuição varia entre os quase 15% e os 12,5%.
Lipor cria protocolo para despoluir rio Tinto
A equipa da “Gondomar Cultural” sagrou-se Campeã Nacional de Infantis Femininos, ao vencer, a 9 de junho, nas Piscinas Municipais de Rio Tinto, a equipa do “Gespaços” por 23-1.
O jogo da consagração da equipa gondomarense viria a confirmar as expectativas já criadas na primeira partida – na qual, em abril, a “Gondomar Cultural” já havia derrotado as pacenses por 7-2.
Câmara de Gondomar responsável pela manutenção dos jardins do metro Com 22 pontos em discussão, todos aprovados por unanimidade, a reunião pública do Executivo da Câmara de Gondomar, a 30 de maio, ficou marcada pela definição quanto
à limpeza e manutenção dos espaços do trajeto do Metro de superfície e, ainda, sobre a decisão de isenção de juros em todas as dívidas relativas a rendas de habitação social municipal.
A Lipor - Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto - assinou, no dia 29 de maio, um protocolo com várias au-
tarquias – entre as quais Gondomar - e empresas que visa ser o “primeiro grande passo” para a despoluição do rio Tinto.
Simulacro na Avenida Oliveira Martins
Turismo nas Escolas proporcionou visitas educacionais a futuros profissionais
A Câmara Municipal de Gondomar promoveu, durante os meses de maio e junho, o programa “Turismo nas Escolas – Conhecer para Amar”. A iniciativa, dinamizada pela Divi-
são de Turismo da Câmara de Gondomar, tinha como destinatários os alunos dos Cursos Profissionais de Turismo lecionados nos estabelecimentos de ensino concelhios.
Seis corporações de bombeiros do concelho de Gondomar – num total de 61 elementos dos respetivos Corpos Ativos – participaram, ontem, 16 de junho, num simulacro de um acidente de viação na Avenida Oliveira Martins. Este simulacro
(designado “Exercício/Treino Operacional”) visava testar os meios humanos e materiais das corporações de “Soldados da Paz” do concelho de Gondomar na resposta a um acidente de viação – que, depois, viria também a originar um fogo florestal.