0,50€
Sociedade Associação Vai Avante visitou a Assembleia da República O Vivacidade esteve em Lisboa e registou a opinião dos jovens gondomarenses sobre o órgão legislativo do Estado Português
Maria João Marinho
é a aposta da coligação PSD/CDS para Gondomar
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P.4 e 5
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Quem faz funcionar Gondomar? A realidade vista aos olhos de quatro pessoas com profissões diferentes, numa reportagem Vivacidade P.9
P.32
24 bilhetes duplos para o concerto dos RPM a 9 de maio
Saiba mais
P.34
24 bilhetes duplos para o concerto dos Biquini Cavadão a 18 de maio
Saiba mais
P.34
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OFERTA
P.20 e 21
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O que há para fazer na Lomba? Candidatos à Câmara anunciam medidas
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Política
2 VIVACIDADE ABRIL 2013
Editorial
José Ângelo Pinto
Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário
Caros Leitores, O Vivacidade assume um papel inovador e líder no panorama dos órgãos de comunicação local, sendo apontado como um exemplo a seguir pelos interessados nesta área da comunicação social. É uma enorme satisfação ouvir pessoas de muito longe a darem-nos os parabéns pela edição on-line do jornal, que tem batido recordes sucessivos de visitas, sendo atualmente um dos sites do concelho com maior projeção e visibilidade. Para isso muito tem contribuído a equipa Vivacidade, que tem conseguido transformar os conteúdos que foram produzidos para o mundo real em conteúdos apelativos no mundo virtual. Ao longo das últimas edições, o Vivacidade foi apresentando os candidatos a presidente da Câmara Municipal, dando hoje a conhecer uma grande entrevista, que publicamos à candidata da coligação PSD/CDS. É mais um trabalho de fundo que passa por apresentar aos nossos leitores as ideias, os projetos e os resultados que os candidatos gostariam de promover na nossa terra. Terminou hoje o nosso inquérito on-line. Devido ao uso ilegítimo do mesmo por parte de certos leitores, o jornal Vivacidade foi obrigado a terminar o inquérito. Aos que, imbuídos de bom senso, votaram honestamente, sem contornar o sistema no qual se baseava o inquérito, o nosso agradecimento público.
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org
Sumário:
POSITIVO O Clube de Patinagem de Baguim obteve o 1.º lugar por clubes no Campeonato Nacional de Figuras Obrigatórias de patinagem artística. O Campeonato que decorreu, no fim de semana de 9 e 10 de março, no Pavilhão Municipal Baguim de Monte, juntou os escalões de Infantis, Iniciados, Cadetes, Juvenis, Juniores e Seniores. Do CP de Baguim, na competição, saíram para o pódio seis campeões nacionais, dois vice campeões e três atletas com medalhas de bronze.
Sociedade Páginas 4 à 10
NEGATIVO A Junta de Freguesia de Fânzeres alertou na sua página do Facebook, no dia 11 de abril, para uma situação junto à rotunda da estação do metro de Fânzeres. “O largo passeio usado por muitos cidadãos que todos os dias percorrem a Avenida da Conduta nas suas caminhadas está a sofrer um estranho estrangulamento”, lê-se no mural. A Junta de Freguesia já notificou a entidade competente pelo licenciamento e aguarda a sua competente pronúncia.
Política Páginas 27 à 32
Paulo Santos Silva
Professor, Historiador e Escritor
Memórias do Nosso Passado Homenagem aos nossos “ilustres” Prezados leitores. Há algum tempo que é mais do que hora de honrarmos e homenagearmos condignamente os nossos “ilustres”, ou seja, aqueles que de Rio Tinto ou de Baguim do Monte se distinguiram na História pelas suas vidas e feitos pessoais que muito nos orgulham enquanto comunidade, mas que pouco ou nada deles sabemos. É chegada a hora de começarmos a conhecer a nossa História e de prestar a devida e bem merecida homenagem aos nossos “ilustres”. Para que os prezados leitores saibam de quem falo, refiro aqui vários exemplos entre muitos. As abadessas D. Aldonça Rodrigues de Sá, D.
Guiomar Borges e D. Inês Borges do venerável e extinto Mosteiro de S. Cristóvão de Rio Tinto; o bispo Frei Manuel de Santa Inês, nascido em Baguim do Monte e figura notável do liberalismo português; o Padre António Borges Homem, abade de S. Cristóvão de Rio Tinto em finais do século XVII, notável pelos seus dotes de oratória; o Dr. António Gomes dos Santos, natural de Rio Tinto, nascido no século XIX, médico formado pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto, foi presidente da Câmara Municipal de Gondomar devendo-se a ele o início da construção da estrada que liga Medancelhe à Granja; Dr. Armando José
Associativismo Página 13 Empresas & Negócios Páginas 17 à 19 Destaque Páginas 20 e 21 Desporto Páginas 22 e 23 Opinião Páginas 24 e 25
Emprego & Formação Página 35 Breves Página 37 Lazer Página 38
Próxima Edição 23 de maio
Pereira Tavares, natural de Rio Tinto, médico, foi assistente das Faculdades de Medicina e de Ciências, tendo, também, sido clínico do Instituto de Puericultura do Porto, diretor clínico do Dispensário de Rio Tinto para crianças pobres e escritor de artigos sobre Pediatria; Aucíndio Ferreira dos Santos, natural de Rio Tinto, tenente do exército, combateu na Primeira Guerra Mundial e licenciou-se como arquiteto na Escola Superior de Belas Artes do Porto; Carlos Amaral, natural de Rio Tino, distinto jornalista republicano que morreu pelas suas ideias sob as torturas infligidas pelos trauliteiros em 1919 (movimento monárquico com sede no Porto), na Prisão do Aljube no Porto (Rua de S. Sebastião, junto à Sé Catedral). Estes são apenas alguns entre muitos exemplos “ilustres” da nossa terra que urge divulgar, homenagear e dar a conhecer às novas gerações, o garante da nossa identidade local.
Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida Redação: Ricardo Vieira Caldas (TP-1732) Diretor Comercial: Luiz Miguel Almeida Paginação: José Vaz Edição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTO Colaboradores: Álvaro Gonçalves, Ana Gomes, André Campos, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Brás, Catarina Martins, Cristina Nogueira, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Silva, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Costa, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivacidade.org E-mail: geral@vivacidade.org
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Sociedade: Associação Vai Avante
Vai Avante: Assembleia da República rec
A associação de S. Pedro da Cova levou alunos à Assembleia da República (AR), com a receção da deputada Isabel Santos, que já trabalhou n FOTO: LA
Texto: Luís Alves Ricardo Vieira Caldas
que já trabalhou na Associação onde eu ando”, diz. As visitas à Assembleia da República Por vezes são feitas a convite
Santos, facilitou os contactos no sentido de agilizar o agendamento e organizar a visita. Em conversa com o Vivacidade, a deputada que recebeu o Vai Avante explicou um pouco o conceito destas visitas ao órgão legislativo do Estado portu-
“Já alguma vez andaram à porrada?” A hora do almoço estava iminente mas faltava ainda o encontro com outros dois deputados, também do Porto. Depois de Isabel Santos, Manuel Pizarro e Renato Sampaio receberam os alunos ansiosos por fazer perguntas improváveis. “Já alguma vez os deputados andaram à porrada?”, pergunta um dos alunos, que desperta risos nos deputados. Depois do almoço, é tempo de encaminhar para as galerias do Hemiciclo. Vai começar um debate entre os deputados. Os alunos sentam-se e tentam perceber sobre o que falam - e discutem - os políticos. Diogo, 10 anos, confessa: “Não gostei muito de os ver discutir”. José e Beatriz, 8 e 10 anos respetivamente, têm a mesma opinião do Diogo. Já Maria prefere falar da deputada Isabel Santos. “É muito simpática e gostei de saber
jovens - de haver uma maior perceção daquilo que é a atividade da AR e a atividade política em geral. Faz parte de uma estratégia da AR de aproximação entre os cidadãos eleitores e a própria assembleia”, referiu. FOTO: LA
“Estou cheio de sono, acordei às 5h da manhã”, confessa um dos alunos, acabado de chegar à Assembleia da República, vindo de S. Pedro da Cova. O sono, ainda assim, parece disfarçado na cara das dezenas de rapazes e raparigas que estão agitados com uma visita diferente. A receção é feita pela deputada Isabel Santos, gondomarense e com uma relação próxima não apenas com o concelho mas também com a Associação Vai Avante. “Trabalhei há muitos anos nesta instituição e impulsionei a criação de ATL”, relembra a deputada, enquanto conversa com Fernando Duarte, presidente da instituição. A visita é acompanhada por uma guia e todas as palavras e explicações são escutadas com silêncio, espanto e atenção. “As salas são muito bonitas”, diz Beatriz, uma das alunas.
samentos e sentimentos positivos aos visitantes. Isabel Santos, deputada na assembleia, diz que, neste momento, “atravessamos uma fase em que há um grande distanciamento entre os cidadãos e a política.” Isso é visível e notório, pelo discurso das pessoas, pela atitude das pessoas face à política e a perceção, num momento de crise como o que estamos a atravessar, acaba por ser também afetada por um certo estado de desânimo, desalento e de falta de expectativas e esperança no futuro”, aludiu, acrescentando logo de seguida que é a própria classe política que tem o dever de “contrariar esse estado.” Para a deputada, esses pensamentos e atitudes da população portuguesa face à política “não é justificável mas é quase como uma tradição cultural”. Há no entanto, na opinião de Isabel Santos, mecanismos que podem ajudar a contrariar essa forma de ver a política. As visitas à AR são um exemplo e o programa Parlamento Jovem é outro. “É um elemento que tem dado frutos é o Parlamento Jovem em que os deputados vão ao encontro das escolas e trazem as escolas à AR e os jovens transformam-se em deputados por algumas horas e vivenciam o que é a atividade política e o que é o trabalhar as leis”, esclareceu a deputada ao Vivacidade. Próxima paragem: Parlamento Europeu
dos deputados, outras vezes são feitas por iniciativa das próprias instituições, como foi o caso. As visitas à Assembleia da República, o segundo órgão de soberania da República Constitucional, são feitas quase diariamente. No caso da Associação Vai Avante, a aproximação à deputada socialista Isabel
guês. “A Assembleia da República está sempre aberta a este tipo de visitas. Quando se tratam de grandes grupos tem que haver uma marcação prévia e é uma forma de abrir a AR ao contacto com os cidadãos e promover o contacto entre os mesmos e os deputados e – principalmente quando se trata de
“Não é justificável mas é quase como uma tradição cultural portuguesa” As visitas à AR permitem passar uma imagem de tudo o que é feito dentro do órgão do Estado português. Contudo, nem sempre essa imagem transmite pen-
O balanço da visita é feito pelo Presidente da Associação com residência em S. Pedro da Cova. “É positivo, assim como o objetivo que nos trouxe cá. É muito importante que estes jovens comecem a formar uma opinião sobre a política e sobre os políticos”, conta Fernando Duarte. Se desta vez o destino foi o Parlamento português, num futuro próximo os voos serão mais altos. “Vamos ao Parlamento Europeu em breve”, afiança o Presidente.
VIVACIDADE ABRIL 2013
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cebeu alunos da associação
na instituição. A visita serviu para mostrar aos mais novos o espaço que a maioria só conhecia da televisão. Segue-se o Parlamento Europeu. José – 8 anos
Diogo – 10 anos
“A Assembleia é real-
“Foi muito interessan-
“Gostava de ter visto o
mente grande. As sa-
te esta visita. Gosto
Passos Coelho. Ou en-
las são antigas e muito
dos políticos, continuo
tão o Cavaco Silva. Só
bonitas”.
a ter uma boa ideia
não gostei de ver os
deles”.
deputados a discutir”.
FOTO: RVC
Beatriz – 10 anos
Isabel Santos não comenta candidaturas a Gondomar
Veja a nossa reportagem em vídeo no canal do YouTube do Vivacidade ou em www.vivacidade.org
À margem da visita da Associação Vai Avante à Assembleia da República, o Vivacidade tentou obter, sem sucesso, uma opinião da deputada Isabel Santos, candidata socialista às autárquicas de 2009, sobre o panorama político de Gondomar para as próximas eleições no concelho. A socialista entendeu não dever “dizer nada porque a voz será dos cidadãos.” “O meu tempo nessa esfera terminou e agora cabe aos cidadãos escolher um rumo para Gondomar”, explicou. “Neste momento em que a minha participação político-partidária em Gondomar cessou. Cessará com o final deste mandato como vereadora. Pretendo pôr um ponto final à minha intervenção político-partidária, o que não quer dizer pôr um ponto final à minha intervenção política em Gondomar. Mas estarei mais voltada para a intervenção na AR”, acrescentou Isabel Santos. A deputada “espera uma evolução muito positiva nos próximos anos e que Gondomar ganhe um caminho de afirmação daquilo que é o contexto da área metropolitana.” Qualquer que seja o quadro haverá, na opinião da socialista, “uma mudança.”
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Sociedade
Um mergulho profundo na leitura Um programa extenso aquele que este ano compôs a Semana Concelhia da Leitura, em Gondomar. De 6 a 13 de abril, o Concelho viu-se inundado por várias iniciativas em diversas escolas, casas da juventude e bibliotecas.
Quatro escolhas da Feira do Livro Infanto-Juvenil Se ler, como dizia Marcel Proust, é “a maior das amizades”, então Gondomar foi um concelho verdadeiramente amigo durante a semana de 6 a 13 de abril. A iniciativa que promove a leitura, estendeu-se a bibliotecas, escolas, jardins de infância e casas da juventude. O objetivo, para o vereador da Cultura da Câmara de Gondomar, Fernando Paulo, é o “envolvimento da comunidade”. Mas não só. “Todos sabemos que a leitura, por vezes, não é interessante nem estimulante para os mais novos. O objetivo dos educadores tem, por isso, o dever de cruzar essa área com outras como a música ou o teatro”, explicou Fernando Paulo ao Vivacidade, enquanto o autarca assistia, na Biblioteca de Gondomar, a uma atuação do Grupo de Cavaquinhos e Violas da Universidade Sénior.
The Ugly Duckling – O Patinho Feio Versão bilingue português – inglês da história clássica do Patinho Feio. Delphie e o Sapatinho de Cristal de Darcey Bussell
FOTO: LA
Primeiro os alunos, depois os pais
Texto: Luís Alves
Se a Semana Concelhia da Leitura tem o objetivo, em Gondomar como no resto do país – a atividade decorre a nível nacional -, de atrair os mais novos para a leitura, também não é menos verdade que depois dos jovens, virão os pais. Assim explica Liliana Pires, responsável pela Biblioteca de Gondomar. “Ao abrirmos as portas para os alunos e professores estamos a contar que regressem com os pais”, afirma a responsável.
Fernanda Freitas. Há quatro anos a trabalhar no cargo que ocupa, a responsável nota um “crescendo de importância do concelho no plano nacional”. Prova disso foi o encontro nacional de bibliotecas escolares que este ano foi em Gondomar. Fernanda Freitas adiantou ainda um novo projeto. “Estamos a pensar criar um portal concelhio que agregue informação importante para estreitar relações”, contou.
Uma história de encantar com direito a Cinderella e Príncipe Encantado.
Gondomar na rota De meio rato a rato inteiro...em quatro dias e meio! de G. Stilton De um escritório comum para uma aventura no deserto do Sara. Memorial do Convento de José Saramago Um dos conhecidos e reconhecidos romances do Nobel português
A cerimónia que trouxe alunos do Centro Escolar Boavista-Lourinha, de Rio Tinto, e que inaugurou a Feira do Livro Infanto-Juvenil de Gondomar (ver ao lado), teve a presença da Coordenadora Interconcelhia de Bibliotecas Escolas,
Perdeu-se: Quinta histórica com 300 anos Rio Tinto voltou a perder uma quinta histórica. Desta vez foi a Quinta do Perdigão, na Rua Fernão Magalhães. No local estão agora instalados uma cadeia de fast-food e um supermercado que abrirá em breve. FOTO: RVC
Texto: Luís Alves
A nova unidade comercial irá abrir brevemente, ocupando o espaço da antiga Quinta do Perdigão
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“A Quinta do Perdigão foi um marco histórico de assinalável importância com valor patrimonial, histórico e etnográfico das gentes de Rio Tinto”. É assim que é caracterizada por uma fonte que não quis identificar-se mas que conhecia de perto a realidade da quinta e da família que, no início da década de 50 do século passado, a habitou. Maria do Céu, Mizinha, Manuela, Constança e outros membros da família Perdigão não imaginam o que aconteceu à quinta onde em tempos viveram. Já não existe. Desapareceu a quinta e com ela o palacete que tinha, contado pela fonte que o Vivacidade consultou, “uma grande biblioteca, cheia de livros antigos, um salão de baile, seis grandes quartos” e
uma arquitetura com influência do estilo Neogótico. Minipreço sem responsabilidade
No local estão agora duas superfícies comerciais. Um McDonald’s e um supermercado Minipreço. Este último recentemente instalado e quase pronto
a abrir. Contactado pelo Vivacidade, a cadeia Dia Portugal Supermercados assegurou a “total legalidade do processo de instalação de mais um novo espaço do
grupo” e recusou ter quaisquer responsabilidades no processo de destruição do espaço. “Somos apenas inquilinos. Ou seja: existe um senhorio, proprietário do terreno, o que significa que nada sabemos da quinta ou de outros aspetos ligados ao imóvel”, afirmou Margarida Monteiro, responsável pela comunicação do grupo. Quintas destruídas ou em risco A lista da fonte contactada pelo Vivacidade tem quatro quintas mas poderia aumentar. A Quinta dos Tavares – primos da família da Quinta do Perdigão – está em risco, assim como a Quinta de S. Cristóvão. Desaparecidas estão a Quinta do Roseiral, na Rua Pedro Álvares Cabral, e a Quinta do Pinheiro onde agora está a Auto Industrial.
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Sociedade
Teatro amador em exibição até 8 de junho
29.º FETAV começou com ‘Milena de Praga’ Para os amantes de teatro, boas notícias. Está de volta e para durar o Festival de Teatro Amador da Cidade de Valbom. A 29ª edição prolonga-se até 8 de junho, data em que a coletividade da casa - a Escola Dramática e Musical Valboense (EDMV) – vai encerrar o festival. Texto: Ricardo Vieira Caldas
zação de diversas peças teatrais, levadas à cena por grupos de teatro não profissionais provenientes de diversos pontos do país. No último dia da realização deste
festival caberá ao Grupo de Teatro da Escola Dramática e Musical Valboense “subir” a palco – e apresentar a peça ‘A visita de Sua Excelência’, de Luís Francisco Re-
belo, com encenação de João Ribeiro. Todas as peças são apresentadas ao sábado, às 21h45. A entrada no FETAV é grátis. FOTO: RVC
FOTO: RVC
‘Milena de Praga’ de José Jorge Letria e encenada por Manuel Ramos Costa, foi a peça que o grupo ‘Contacto’ - Companhia de Teatro Água Corrente de Ovar - apresentou para a inauguração deste FETAV, a 6 de abril no palco da Escola Dramática e Musical Valboense. Domingos Patrício, presidente da direção da EDMV, tomou posse no início deste ano e caracteriza este FETAV como “a continuidade do espaço cultural que se tem vindo a desenvolver ano após ano na periferia da cidade do Por-
to.” O presidente chega mesmo a classificar o evento anual, a nível concelhio, como “o melhor festival de teatro”. Esta edição promove a reali-
Hospital-Escola: saúde mais barata e apoio ao investimento A Fundação Fernando Pessoa e a Junta de S. Cosme assinaram quatro protocolos de parceria. Dois para redução do custo de saúde e outros dois de apoio da Fundação à Freguesia. Texto: Luís Alves
De um lado o Hospital-Escola Universidade Fernando Pessoa
(HE-UFP), do outro a Junta de S. Cosme. No meio os gondomarenses que saem beneficiados da parceria entre as duas instituições, através de quatro protocolos. Dois desses documentos per-
mitem um desconto de 20 a 30% nos custos de saúde no HE-UFP para três grupos de pessoas: para os colaboradores da Associação para o Desenvolvimento Social de Gondomar, para alunos e proFOTO: LA
fessores da Universidade Sénior de Gondomar e, por fim, para os colaboradores da Junta de S. Cosme. Os outros dois documentos prevêem um apoio da Fundação Fernando Pessoa à Junta em projetos como o Jobtown – um projeto europeu que pretende potenciar a criação de oportunidades de emprego para os jovens. Pessoas Simples “Foi uma sorte imensa termos sido os escolhidos por este homem simples e de uma enorme grandeza para construírem, em Gondomar, o HE-UFP”, referiu o Presidente da Junta de S. Cosme, António Macedo, sobre o Presidente da FFP e reitor da UFP, Salvato Trigo. “Os gondomarenses têm de ter uma enorme gratidão para com este projeto”, acrescentou António Macedo, mostrando-se agradado com os protocolos
20 a 30% é o valor de desconto em saúde no Hospital-Escola
assinados. O Presidente da Junta não poupou elogios no breve discurso que fez depois da assinatura dos documentos e considerou que o apoio da FFP a projetos da Junta é a “cereja no topo do bolo”. Do lado da Fundação, Salvato Trigo não se mostrou menos entusiasmado com o momento. “Temos muito gosto em partilhar o nosso saber com os gondomarenses. O HE-UFP está em Gondomar para ficar e queremos servir a população em geral, não apenas aqueles que necessitam de cuidados de saúde”, referiu o reitor sobre a aposta da FFP em projectos que não envolvem diretamente os cuidados prestados pelo Hospital.
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Sociedade
Quem faz funcionar Gondomar? “Os jornais dão voz sempre aos mesmos”. A crítica é feita com regularidade à imprensa e, por isso, o Vivacidade foi pelo concelho à procura daqueles que raramente são ouvidos, aqueles que passam despercebidos no dia a dia mas que fazem funcionar Gondomar. Falamos com um motorista e com um encarregado da Junta de Rio Tinto, com um gerente da cantina da Câmara e com um ardina do Largo do Souto (S. Cosme). [Texto: Luís Alves e Ricardo Vieira Caldas] Quem conduz Gondomar Trabalha sentado, quase sempre, mas não é por isso que deixa de percorrer milhares de quilómetros anualmente. Fernando Rocha, 47 anos, motorista da Câmara Municipal de Gondomar, não é económico nas palavras quando descreve como é trabalhar em Gondomar. “Adoro trabalhar no concelho. Sou acarinhado, conheço quase toda a gente, reconhecem o meu trabalho. É tudo menos um frete”, diz Fernando Rocha enquanto aguarda à porta da Lipor, em Ermesinde, por um grupo de alunos de Rio Tinto que foram em visita de estudo. Natural de Melres, Fernando Rocha leva os gondomarenses há 25 anos para onde eles querem e têm de ir. Seja em Portugal ou além fronteiras. “Há uns anos tive de ir a Fátima com um grupo de Valbom e 15 dias depois fui para o Luxemburgo com um grupo também de Valbom que ia participar num campeonato de ping-pong. Quando lá
chegamos, fui a um pequeno café e quem fui encontrar? O grupo que tinha levado a Fátima, por pura coincidência”. O motorista da Câmara, que já conheceu três presidentes – Arlindo Neves, Aníbal Lira e Valentim Loureiro -, não esgota a sua vida com o trabalho ao serviço do concelho. “Adoro andar de bicicleta. Faço dezenas de quilómetros. Já fui a Fátima e a Santiago de Compostela”, conta.
Quem compõe Gondomar Desempenha funções de encarregado da manutenção dos espaços verdes e da via pública de Rio Tinto há cerca de um ano. A Junta de Freguesia ‘acolheu-o’, em 1995, quando mais precisava. Álvaro Gomes, um homem de meia idade, para além de “mandar no pessoal, faz a calçada, arranja passeios” e faz um pouco de tudo. Nesta altura, confessa, “há muita
Quem alimenta Gondomar Não é de Gondomar nem tão pouco vive no concelho. Natural de Vila Nova de Famalicão, Fernando Araújo, de 52 anos, é quem gere a cantina dos trabalhadores da Câmara Municipal de Gondomar. Há 12 anos que trabalha no ramo da hotelaria e há quatro que decide diariamente o menu da cantina. Questionado sobre a importância da sua profissão, responde que “é importante”. “Sempre que há caldo de nabos em Gondomar, faço em média 2000 a 3000. Acho que me sinto importante nesse aspeto.” “Se me tirarem de hotelaria tiram-me tudo”, apressa-se a acrescentar. Fernando dá de comer a cerca 200 pessoas todos os dias e confessa que agora vai começando “a conhecer mais o concelho”. Apesar de gerir a cantina, tem quem o supervisione e sente-se bem por ser
Quem informa Gondomar apoiado nesse âmbito. Há, contudo, um problema que vê na sua profissão. “Na hotelaria temos um problema que é: nós inovamos, inovamos, inovamos e chegamos a uma altura em que dizemos assim: temos de nos ir embora para continuar a inovar mais”. Para já, continua a entrar às 8h e a sair às 16h, todos os dias.
A conversa entre o Vivacidade, o Sr. Damião e a sua mulher foi a mais difícil desta reportagem. Interrompida a cada dez segundos pelos carros que chegavam incessantemente e que pediam um jornal, os dois últimos vendedores de jornais de rua, que vendem no Souto, no centro de Gondomar, lá contaram como vai a vida. “Já não há nin-
coisa para trabalhar: buracos, alcatrão, paralelos”, por exemplo. O salário é “muito baixo” mas Álvaro Gomes gosta do que faz e agradece o facto de ter trabalho “nesta altura de crise”. O dia começa assim: “a gente começa a começar a organizar as equipas para ir para a rua, começar a pô-los a trabalhar. Lá para as 8h30 começamos a formar as brigadas e o pessoal distribui-se. Depois vou fazer um serviço também meu, no setor em o tenha que fazer e de vez em quando vou passando pelas outras brigadas tentar gerir tudo”, explica. A recolha é feita perto das 17h. Para o encarregado da Junta de Freguesia de Rio Tinto neste momento “seria vantajoso ter quase o dobro das pessoas” para gerir já que o trabalho é muito, no que diz respeito à manutenção de vias e passeios. Trabalho esse que, segundo Álvaro, às vezes, pode ser “ingrato”. “Às vezes pequenos remendos não se notam muito”, diz, referindo-se aos buracos que tapam na estrada.
guém que faça isto como nós. É um trabalho duro, sabe? Acordamos todos os dias às 5h da manhã e aos domingos às 4h”, contam, enquanto respondem aos pedidos dos clientes. O Sr. Damião começou a vender jornais com oito anos, com um familiar. “Já só vendo há 60”, diz entre risos da mulher. “Quando comecei os jornais custavam oito cêntimos. Vendia o “Primeiro de Janeiro e o Comércio do Porto. Não se falava em ‘Jornal de Notícias’”, recorda. Cliente após cliente, não há nenhum desconhecido. “Conhecemos todos, claro. Basta olhar para a cara deles que já sabemos o que querem”, dizem os vendedores. O único assunto que parece tirar a boa disposição ao casal é não terem um quiosque. “No Inverno é terrível, com a chuva. Se ao menos a Câmara disponibilizasse o espaço aqui ao lado [o quiosque do Souto] como tudo seria melhor”, afirmam, com mágoa.
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Sociedade
Centenas de pessoas na 6ª caminhada pelo rio Tinto Foram às centenas e de várias faixas etárias aqueles que participaram na 6ª caminhada, no dia 14 de abril, organizada pelo Movimento em Defesa do rio Tinto. Com início marcado junto às Piscinas da freguesia a marcha findou na avenida com o nome do rio.
Valerá a pena continuar a caminhar? Foi a pergunta que o Movimento em Defesa do rio Tinto fez à população nas redes sociais aquando do convite para a caminhada. As pessoas responderam afirmativamente à questão e compareceram às centenas na área junto às Piscinas Municipais, em Rio Tinto. Depois de um aquecimento incentivado por uma profissional de um ginásio local, a população caminhou em fila, seguindo pelo canal paralelo à linha do metro. Aline Ferreira, a professora do ginásio, comentou com o Vivacidade que “devia haver mais vezes caminhadas deste tipo para as pessoas terem noção do que é cuidar do lugar em que moramos.” “Es-
tou sempre disponível para ajudar neste tipo de eventos”, acrescentou. Ana Paula Araújo, de 44 anos, caminhou pela primeira vez, a convite de Aline. “Todo o cuidado com o rio tinto é necessário porque o rio é nosso. Podia estar melhor, se tivessem cuidado com a natureza”, disse ao Vivacidade durante a caminhada. De outra faixa etária, Rafael Correia e Lucas Dias, ambos com
9 anos, não perderam esta caminhada. “Acho que o rio está muito poluído. Devemos retirar o lixo do rio para ficar mais limpo e por tabuletas a avisar para não o poluírem”, disse o primeiro. “Quisemos ver como estava o rio. Podia estar melhor mas com poluição... as pessoas deviam ter mais cuidado”, continuava o outro. Com paragens em alguns pontos, membros do Movimento iam
FOTO: RVC
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Texto: Ricardo Vieira Caldas
dando indicações e teciam comentários sobre aspetos relacionados com o rio Tinto. A avenida do Centro de Saúde da freguesia foi o local que serviu de término para a caminhada. Como ‘moral da história’ o Movimento responde no seu site oficial: “Perante este tipo de iniciativas há quem considere que se está perante um grupo de idealistas bem intencionados mas que não passam
de meros perseguidores de utopias. Mas, quando no mundo não faltam sinais diários indicadores de que se caminha para colapsos ambientais sem retorno, só poderemos responder: estamos condenados a ser idealistas e utópicos. A resistir, a lutar, a incomodar, a questionar. Mesmo que seja em defesa de um pequeno rio, que corre numa pequena cidade, de um pequeno país.”
Junta de Freguesia de Rio Tinto prepara cidadãos para novos mercados de trabalho Resultado de uma proposta conjunta da Junta de Freguesia de Rio Tinto e do Centro de Emprego de Gondomar, começou a 2 de abril uma ação de formação em proteção civil no quartel dos Bombeiros Voluntários da Areosa - Rio Tinto com vista “a diversificar a oferta e dotar os cidadãos de outros conhecimentos e de preparação para eventuais novos mercados de trabalho, evitando as tradicionais formações”. Texto: Ricardo Vieira Caldas
A formação, com uma duração de 250 horas e destinada a cidadãos na situação de desemprego, é composta por vários módulos na área
da prevenção, da organização e da primeira intervenção e durará até ao início do mês de julho. A abertura contou com a presença da diretora do Centro de Emprego de Gondomar, Carla Vale e do presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins. O autar-
facto de ser interessante para Gondomar aproveitar isto para a questão da prevenção nas florestas.” A diretora do Centro de Emprego de Gondomar, Carla Vale, vê esta formação como “o início de vários protocolos deste tipo com a Junta de Freguesia” e apoia este tipo
de medidas no combate ao desemprego. “A formação é uma excelente alternativa ao desemprego neste momento. Claro que o ideal seria o emprego. Mas alguns jovens podem inclusive ganhar algum gosto e querer prosseguir estudos nesta área”, comentou Carla Vale. FOTO: RVC
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ca aproveitou o “desafio feito pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional às Juntas de Freguesia para fazer uma coisa diferente para além das tradicionais formações.” “Obviamente, não só pela minha atividade como pela minha ligação à área, propus fazermos uma formação de proteção civil”, disse Marco Martins. O objetivo da formação, para o presidente da Junta, foi assentar em três pilares: um de poder motivar as pessoas e eventualmente até tornarem-se úteis e poderem inscrever-se como voluntários nos bombeiros, por exemplo, outra, porque de facto a legislação prevê que brevemente as Câmaras tenham que ter obrigatoriamente serviço para a proteção civil e as pessoas já terão formação base como uma mais valia e o terceiro, o
ASSOCIAÇÃO DE SÃO BENTO www.associacaosaobento.com
RIO TINTO
Fundada em 1895
CAMPANHA
IRS
2013
PREENCHIMENTO E ENVIO PELA INTERNET GRATUITO PARA OS NOSSOS ASSOCIADOS 1ª FASE – de 1 a 24 de ABRIL
2ª FASE – de 2 a 25 de MAIO
Ao declarar o seu IRS, lembre-se de apoiar as finalidades da Associação de São Bento. Esta opção não implica nenhum custo ou perda para o contribuinte e é uma preciosa ajuda para que a Associação de São Bento consolide a sua autonomia financeira e possa desenvolver outras atividades no âmbito da nova modalidade de Solidariedade Associativa. Para isso, basta autorizar que se inscreva no Quadro 9 do Anexo H da sua Declaração de IRS o número de contribuinte da Associação de São Bento 501 071 270 , conforme aqui se exemplifica:
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Associativismo: Museu Adão Soares ‘Rei dos Congros’
“Sou a pessoa mais feliz do mundo” Entrou no mundo da pesca aos cinco anos de idade, com o pai. Agora com 60 chamam-lhe o “Rei dos Congros”. Adão Soares sente-se realizado por ter conseguido erguer um museu com o seu nome para mostrar um pouco da sua arte na pesca do congro. O próprio presidente da Câmara, Valentim Loureiro, concedeu-lhe uma medalha de honra da cidade e juntamente com o presidente da Junta de S. Cosme, José Macedo, intitularam uma rua de ‘Adão Soares Rei dos Congros’.
Desengane-se quem pense que a denominação faz a pessoa.
Apesar do título, Adão Soares não pertence à realeza. Pescador desde muito cedo conheceu a arte que o fez famoso por causa do seu pai. A pesca do congro veio só anos mais tarde, na década FOTO: RVC
de 80 e proporcionou-lhe vários recordes com peixes a pesar três dezenas de quilos. Adão é de Gondomar mas a pesca foi sempre feita em Aveiro. Em tempos, ensinou aos seus dois filhos que entretanto rumaram para outras áreas e agora é a vez do neto de nove anos. A 21 de maio de 2011, o pescador de congros decidiu realizar um sonho de vida e inaugurou um museu em Gondomar, onde expõe troféus e tudo o que possa ter a ver
FOTO: RVC
Texto: Ricardo Vieira Caldas
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Na foto: Adão Soares, o ‘Rei dos Congros’
2.31 m | 30 Kg
com pesca e que vai colecionando nas suas buscas por congros. O “rei” gondomarense considera-se “o homem mais feliz do mundo”. “Eu não sei nadar”
O Museu Adão Soares “Rei dos Congros” Para além de fotografias dos exemplares pescados, este museu conta também com artefactos utilizados na pesca ao Congro, “recortes” de jornais e revistas e troféus ganhos em concursos de pesca desportiva. Neste momento, o Museu Rei dos Congros tem expostos cinco exemplares embalsamados e possui ainda com um aquário com cerca de 1500 litros de água salgada, onde poderão ser observados exemplares vivos. As exposições de Adão Soares podem ser visitadas aos fins de semana, a partir das 14h, e à semana, por marcação.
De visita ao museu, o Vivacidade quis perceber a história por detrás dos troféus e conversou com o protagonista que explicou tudo. Adão Soares “não sabe nadar” mas isso não o impede de ir à pesca de congros. O tamanho do peixe fascina-o mas “não gosta de matá-los” quando os pesca. “Mesmo quando pesco os grandes, não os mato. Trago-os vivos dentro de um saco para tirar as fotografias”, refere. “Comecei a gostar mais da pesca do congro porque eu gostava muito de pesO recorde máximo obtido na car enguias, antigamente já me pesca do congro por Adão chamavam o rei das enguias”, afirSoares foi este exemplar, a ma. O inverno é a época predileta 2 de novembro de 2002
para a pesca do congro, conta o pescador. “Quando as águas estão turvas, é a melhor ocasião para pescar. Aquilo é um frio de morrer. Às vezes chega às 3h, 4h, 5h da manhã – porque o peixe come quando a água para – e eu quero pegar nas ‘bonecas’ e as dores nos dedos são tão fortes por causa do frio...”, relata Adão. A ideia de fazer um museu foi sua, e o gondomarense explicou ao Vivacidade que “trabalhou muito, uma vez que o investimento de milhares de euros foi todo dele. “Mas o meu sonho era este. Algum dia pensei que ia receber uma medalha de Honra, que ia ter uma rua em meu nome, que ia lançar um livro [‘As noites longas do Rei dos Congros’]? Eu nunca pensei nada disso”, confessou. “Tenho muito a agradecer ao major Valentim Loureiro e tenho muita consideração por ele. Ele deu-me valor”, declarou.
Considero que a minha factura da água é bastante elevada. Como são calculadas as tarifas e os demais encargos constantes na factura? Em regra a factura da água contempla não só o valor referente ao abastecimento público de água, mas ainda o saneamento de águas residuais urbanas e a gestão de resíduos urbanos. Para cada um dos serviços devem ser definidas tarifas distintas que devem ser suficientes para suportar os custos tidos com cada um deles. Cada entidade gestora aplica o seu próprio tarifário que deverá ser definido em função dos respectivos custos. Embora se pretenda caminhar para uma harmonização tarifária em todo o país, na verdade tal situação ainda não existe, o que acarreta algumas situações bastantes distintas, ou seja, para o mesmo consumo, valores diferentes. A ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos) recomenda que a tarifa seja constituída por duas componentes, uma fixa – independente dos consumos efectuados desde que o serviço se encontre contratualizado, e outra variável – associada à quantidade de água consumida e de águas residuais e de resíduos urbanos produzidos. Em muitos municípios são utilizadas diferentes designações para a componente fixa, tais como quota de disponibilidade, quota de serviço, tarifa de disponibilidade ou tarifa fixa. Esta falta de harmonização de designações é também responsável por alguma confusão na análise das facturas por parte dos Consumidores. Considera-se ainda que tanto a tarifa fixa como os limites dos escalões da tarifa devem ser definidos para o período temporal de 30 dias. Por esse motivo, sempre que as facturas sejam referentes a períodos superiores, devem ser ajustados proporcionalmente de forma a garantir que a variação do período não implique uma penalização no cálculo das tarifas. É também possível que as facturas sejam emitidas por estimativa, devendo, no entanto, ser efectuados os acertos após a primeira leitura real do contador. Nas facturas são ainda cobrados os valores referentes às taxas de recursos hídricos e taxa de gestão de resíduos. São duas taxas que visam, à luz do princípio do utilizador pagador, impor, a quem faz utilização susceptível de causar impacto nos recursos hídricos, necessidade de compensar o benefício que retira dessa utilização, o respectivo custo ambiental e os custos administrativos inerente ao planeamento, gestão, fiscalização e garantia da quantidade e qualidade das águas. Finalmente, é ainda cobrado o imposto sobre o valor acrescentado (IVA), que, embora possa variar em função do modelo de gestão adoptado, regra geral é de 6%. Por fim, cabe salientar uma preocupação da DECO, concretamente recomendar a adopção de tarifários sociais e tarifários para famílias numerosas, como forma de garantir o acesso a este bem essencial de todos os Consumidores.
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Empresas & Negócios: Companhia União de Crédito Popular
Casas de penhores sofrem com concorrência “desonesta” das casas de venda e compra de ouro Natural da Areosa - Rio Tinto, Manuel Ferreira, mais conhecido por Aleixo, é quem atualmente comanda a Companhia União de Crédito Popular. Com 87 anos de idade, o gerente da companhia é conhecedor de tudo o que diz respeito a empréstimos sobre penhores. Uma casa de penhores nada tem a ver com as casas de compra de ouro, explicou ao Vivacidade, o octogenário. Manuel Ferreira tinha 12 anos de idade quando começou como empregado de escritório na Companhia União de Crédito Popular. Estava no ano de 1944, mas a primeira casa de penhores da companhia - na Praça de Carlos Alberto no Porto – data de 1875. Uns anos mais tarde passou
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O peso do ouro e dos bens pessoais na atualidade Apesar das variações diárias do valor do metal precioso, segundo Manuel Ferreira, a União de Crédito Popular paga atualmente, em média, 30 euros por grama de ouro aos clientes que lá levarem
posso vender o bem da pessoa. Eu é que não quero. Eu suporto cá dentro os bens dos meus clientes para que eles não fiquem sem nada”, explica. “O ouro tem um poder muito grande sobre as pessoas e até por vezes chega a causar prejuízos porque as pessoas iludem-se. O ouro é um perigo. Se se sonhar que há ouro num
FOTO: RVC
Suporto cá dentro os bens dos meus clientes para que eles não fiquem sem nada
A Companhia União de Crédito Popular
FOTO: RVC
Com seis estabelecimentos, cinco deles na cidade do Porto e um em Matosinhos, a loja de penhores e ourivesaria nasceu ainda no século XIX. Os empréstimos sobre penhores que disponibilizam aos clientes recaem sempre sobre ouro. Jóias, pratas, relógios são objetos que normalmente se penhoram na companhia.
a exercer funções de leiloeiro, papel que Manuel considera “difícil”. Os objetos que estão sob penhora, na explicação do ex-leiloeiro, têm um limite de tempo para ser “resgatados” novamente para o seu dono. No caso da Companhia União de Crédito Popular, a casa dá seis meses à pessoa que entrega o objeto para empréstimo para o reaver novamente. Passando esse limite, A União de Crédito reserva-se no direito de vender o objeto. “Uma casa de penhores é o único meio que conheço em que o cliente não perde os seus bens”, refere Manuel Ferreira que quase que exige uma distinção clara entre as casas como a companhia e as casas de venda e compra de ouro.
os seus objetos para penhorar. Já a ‘concorrência’ das lojas de venda e compra de ouro “pagam menos” e “ao fim de 20 dias fundem o ouro e vendem”, diz o proprietário da companhia. Como exemplo, Manuel Ferreira explica que “um cliente que consiga um empréstimo de 500 euros na penhora de um objeto e o queira levantar três meses mais tarde pode fazê-lo a pagar o valor do empréstimo mais 50 euros. Para isso, nas seis casas de penhores da União, cada cliente tem que se identificar, dar o número fiscal, e, em certos casos, provar que o objeto entregue para o empréstimo lhe pertence. No entanto, o proprietário da Companhia União de Crédito Popular não deseja ficar com os bens dos clientes. “Ao fim de três meses
determinado local, aparece sempre gente para ver se o apanha. E para isso tenho de ter seguro em que pago quase um milhão de euros por ano”, confessa. Para além do seguro, a presença de um polícia à porta de cada uma das casas é também indispensável. Apesar do valor a pagar pela segurança, Manuel “não quer emprestar pouquinho, quer emprestar o máximo para ganhar o máximo”. “Não é trabalhar ao contrário como trabalham as outras casas, porque ao fim de meia dúzia de dias desfazem-se daquilo e acabou, o cliente não vê mais aquelas peças. Eu não. Quero conservá-las cá para que o cliente venha cá resgatar. Só lucro no atraso de juros que tiver e mais nada. O cliente aqui é soberano”, esclarece.
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Empresas & Negócios
Profiteroles... É servido? A Casa dos Profiteroles é já uma marca reconhecida e prestigiada no universo da confeção de bolos e sobremesas. Em Rio Tinto, Pedro Gomes dá diariamente a conhecer aos clientes as delícias que a marca produz, num espaço onde a gula não é vista com maus olhos. responsável pela loja acredita que a mudança que fez para “rentabilizar mais o espaço” vai “dar frutos”. “Otimismo temos que ter sempre”, comenta. Bolos, sobremesas e acessórios para festas
FOTO: RVC
O ‘forte’ da casa são os profiteroles e o brigadeiro. Especialista em chocolate, a Casa dos Profiteroles e, de certa forma, Pedro Gomes quiseram manter viva a marca no concelho. “O nosso cliente é fiel e já conhece a marca há muitos anos. Tanto é que a fábrica nasceu em Gondomar”, conta. A qualidade dos bolos e sobremesas é por isso imprescindível para a fidelização de clientes com a Casa dos Profiteroles. Para além da qualidade, o ge-
rente da confeitaria aposta também em “preços competitivos”. “Todos os meses temos dois bolos diferentes em promoção, cada um a oito euros”, elucida Pedro que acrescenta que esse tipo de campanha tem sido um sucesso. Mas a Casa dos Profiteroles de Rio Tinto não aposta só no setor alimentar. Uma grande variedade de velas, de vários tipos, cores e feitios – que vão dos 20 cêntimos aos oito euros - e “tudo o que são produtos para festas temáticas, prendinhas e assessórios para casamentos, batizados, comunhões” pode ser encontrado no estabelecimento. A qualidade e a variedade vão marcando presença neste espaço comercial já reconhecido e apreciado pelos consumidores.
FOTO: RVC
A 21 de novembro de 2009 nasce a Casa dos Profiteroles de Rio Tinto. Localizada no número 176 da rua Afonso de Albuquerque, o estabelecimento inicialmente projetado apenas contemplava a venda de bolos e sobremesas para fora bem como os mais variados produtos para festas (decoração/lembranças/ convites). A gerência, decidiu por isso mudar o conceito do franchising de Rio Tinto. Em agosto de 2012 fechou para obras e reabriu mais tarde com a vertente de confeitaria. Manteve-se a vasta oferta e excelente qualidade dos produtos e passou-se a oferecer também aos clientes a vertente de cafetaria. Com o serviço de cafetaria disponível há quatro meses, o
Insufláveis gigantes e outras diversões atraíram 1700 crianças ao Multiusos de Gondomar O fim de semana de 13 e 14 de abril não passou despercebido aos olhos das crianças da área do Grande Porto. O Multiusos de Gondomar transformou-se num verdadeiro centro de diversões para os mais jovens, acolhendo cerca de 5000 jovens e pais para o ‘Fun Day’, uma iniciativa promovida pela empresa ‘My Dynamic’. Destinado, fundamentalmente, a crianças e adolescentes entre os 2 e os 16 anos, o ‘Fun Day’ foi também um evento para as famí-
lias, dado que cada criança podia ser acompanhada, no máximo, por dois adultos. Insufláveis, pistas de obstácuFOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
los, parede de escalada, ‘fun zoo’, ‘play-ground’ ou ‘matrecos humanos’, entre muitas outras ofertas, foram as propostas do ‘Fun Day’. Para os mais ‘radicais’ houve também divertimentos como o ‘dynamic bungee’, ‘bumper balls’ ou ‘extreme ball’. Mas a lista não se resumiu a estas atividades. Múltiplos ateliers temáticos fizeram também parte das opções que preencheram estes dois dias no Multiusos. O responsável pela empresa
promotora do ‘Fun Day’, Ângelo Lobo, explicou que “tudo é desenvolvido, pensado e implementado no sentido de que este evento seja um acontecimento familiar. Gostamos que as famílias partilhem e usufruam dos momentos de entretenimento e diversão dos mais novos”. A segurança dos participantes foi garantida, entre outros, com a presença de um ou mais monitores por cada equipamento e uma uni-
dade permanente dos bombeiros locais. O ‘Fun Day’ de Gondomar foi o terceiro evento do mesmo género da empresa mas o primeiro no norte do país e enquadra um conjunto de 10 iniciativas iguais que a ‘My Dynamic’ pretende realizar no país. Em dezembro, a EXPONOR, em Matosinhos, irá acolher de novo o ‘Fun Day’ com o triplo do espaço e dos divertimentos que teve este evento em Gondomar.
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Empresas & Negócios: Body Concept
Estética
a preços convidativos Existe desde fevereiro de 2011 e está a afirmar-se cada vez mais no universo da estética, beleza e nutrição. A Body Concept é já uma marca reconhecida a nível nacional e a loja de Gondomar, em Rio Tinto, foi distinguida com o prémio de melhor imagem 2012. -nos também em termos de saúde, ao nível, por exemplo, de drenagens linfáticas e até mesmo a nível de articulações. Depois temos os tratamentos avulso e as consultas de nutrição onde fazemos o acompanhamento do cliente. Em Gondomar não fazemos cirurgia estética mas a Body Concept possui esses serviços”, explica uma das sócias da loja.
individuais – permitem um acompanhamento e personalização do tratamento, feito pelas cinco profissionais especialistas que a Body Concept de Gondomar possui.
bate à celulite e à flacidez. Mas na Body Concept, a nutrição é fundamental para ‘testar’ a motivação do cliente. “Faz parte do protocolo e da forma como trabalhamos. Há tratamentos em que é obrigatória a consulta de nutrição. A nível de celulite e gorduras localizadas é fundamental ter uma consulta, mas para quem tem excesso de peso é inquestionável”, explica uma das gerentes. Por forma a fidelizar velha e nova clientela, atualmente, a Body Concept oferece 50 euros a descontar nos seus serviços, aos clientes que trouxerem “um amigo” que inicie um plano de tratamento na clínica.
FOTO: RVC
O número 90 da rua Dr. José Luís Araújo, em Rio Tinto, alberga a Body Concept, uma clínica de estética especialista em vários tipos de tratamentos corporais que combatem a celulite, a gordura localizada, a flacidez e a nível de rosto, tentam eliminar a flacidez e as rugas cutâneas. As duas sócias gerentes da loja de Gondomar têm em comum o nome Carla Cruz e uma grande paixão pela área da estética. A realização pessoal foi um dos motivos que as levou a inaugurar uma Body Concept em Rio Tinto. A partir daí têm tentado desenvolver o negócio e inovar no ramo da beleza corporal. “A Body Concept tem um serviço inovador em que se faz a associação de vários tratamentos em que o cliente apenas paga 2,75€ por cada um”, refere uma das sócias. Esse valor pago pelo cliente inclui, normalmente, dois tratamentos corporais e um de rosto realizados sempre em meia hora no total. Os oito gabinetes disponíveis – sete deles
Os serviços mais procurados centram-se nos tratamentos corporais tanto ao nível do emagrecimento como ao comFOTO: RVC
Depilação permanente, tratamentos médico-estéticos e acompanhamento nutricional Com a aproximação do verão, os clientes tendem a procurar mais os serviços ligados à estética e ao emagrecimento, contam as gerentes. “Na Body Concept não nos preocupamos só com a estética em si, preocupamo-
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Entrevista: Maria João Marinho
“Ninguém vai ouvir de mim promessas q
Maria João de Jesus Araújo Ramos das Neves Marinho é a nova cara da coligação PSD/CDS para as Eleições Autárquicas 2013. Nasceu à presidência como sendo “livre”, apenas a “concorrer como Maria João Marinho”. Não é militante do PSD mas diz ser “simpatizante” d não quer abandonar os cerca de “dois mil e tal utentes” com que lida diariamente, até porque o seu “grande amor é a medicina”. Se v Gondomar. Na lista da candidatura está também confirmado o número dois, Rui Quelhas, candidato pelo PSD nas últimas eleições.
O nome Maria João Marinho sempre esteve associado à medicina. Ao longo da sua vida, para além de ser médica, sempre esteve ligada à política? Não. O meu avô foi um dos fundadores do PSD, era eu pequenina. Muito antes até, antes até do 25 de abril, lembro-me de haver conversas lá em casa, ouvir o ‘chavão’ PIDE, o medo da PIDE e lembro-me perfeitamente do dia do 25 de abril e todo o movimento formativo do PSD com muitas reuniões em minha casa. Essas reuniões resultaram realmente na criação do PSD de Gondomar. Logicamente que a minha afeição política será nos mandamentos do PPD-PSD. Só que a minha vida profissional foi sempre de tal maneira envolven-
te que não deixou até determinado momento que houvesse uma certa ligação política, até porque se calhar também não houve até agora oportunidade e se calhar não era o momento certo. Se calhar o momento certo é agora e é por isso que eu começo a estar agora envolvida nesta forma de fazer política que, no fundo, fazemos diariamente na nossa vida comum. É militante do PSD? Não sou militante. Sou simpatizante e é assim que pretendo ser. Pretendo ser gondomarense acima de tudo. Sou gondomarense. Tenho simpatia, sem dúvida nenhuma, pelo PSD, mas sou livre. Com o Rui Quelhas como número dois na sua lista de candidatura, a estratégia política para o concelho seguirá a
mesma linha de candidatura? Esta candidatura é da Maria João Marinho com o apoio da coligação PSD/CDS mas é uma coligação feita na pessoa que vai ser a presidente, que sou eu. Terá a ver, como é lógico com as ideologias da Social Democracia. Agora, a perspetiva da candidatura, os pilares da candidatura têm de ser da Maria João Marinho porque senão não valia a pena.
zer investimento local, quer dizer não ser só o dormitório do Porto, mas investir no comércio, na indústria, na cultura, na juventude e nos idosos do concelho. Nós não podemos ser um concelho amorfo, nós temos de ser um concelho para o futuro. Portanto, temos de criar dinamização, temos de fomentar um conjunto de situações em que os gondomarenses se sintam felizes e contentes por serem gondomarenses.
Em termos gerais, qual é a sua linha de ação política para o concelho? Aquilo que eu pretendo do concelho é que seja atrativo, mais moderno e dinâmico, primeiro de tudo. Temos de ter um concelho que se valha por si mesmo, em que os gondomarenses tenham orgulho e tenham vontade em viver e sentir Gondomar. Isto quer dizer muitas coisas. Quer di-
O que é que considera mais urgente mudar em Gondomar? Há toda uma política a nível social que é premente fazer neste momento e acho que o executivo camarário, as juntas de freguesia e todos os gondomarenses têm que envolver os gondomarenses nesta luta e nesta desigualdade social que neste momento existe e às vezes não é necessário grandes meios nem grandes si-
Com os outros candidatos à Câmara confirmados, a disputa pela presidência vai ser difícil?
Maria João Marinho pretende conciliar a carre
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FOTO: RVC
Texto: Ricardo Vieira Caldas
tuações. Nós podemos dizer que vamos dar isto e vamos dar aquilo mas, se não houver dinheiro nem for exequível, não vale a pena fazer. Eu não vou dizer que vou criar não sei quantos postos de trabalho se eu não sei se isso é possível. Eu gostaria muito de ter o metro, por exemplo, a vir aos Paços do Concelho mas é uma atitude e uma decisão que não me pertence como presidente da Câmara. O que eu posso é fomentar e fazer ver o quanto é necessário por exemplo essa linha de metro. Mas daí a dizer que com a minha presidência vamos ter metro até São Cosme, ninguém vai ouvir de mim promessas que não sejam exequíveis.
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que não sejam exequíveis”
u em São Cosme a 14 de março de 1964 e é neta de um dos fundadores do PSD de Gondomar, Albino Araújo. Define a sua candidatura da Social Democracia. Coordenadora da Unidade de Saúde Familiar de Sete Caminhos, em Gondomar, a médica Maria João Marinho vencer as eleições, pretende conciliar a sua vida política enquanto presidente da Câmara com a vida de médica no Centro de Saúde de
Os gondomarenses é que vão decidir. Eles é que têm de saber o que é que pretendem para Gondomar no futuro: se pretendem uma continuidade, se pretendem uma partidarização ou se pretendem uma gondomarense que sinta Gondomar e que queira fazer pelos gondomarenses o melhor possível, uma pessoa que tem uma profissão e que temporariamente vai abdicar um pouco da sua família, da sua profissão, para lutar por um Gondomar melhor. O seu nome foi aprovado pelo PSD no dia 15 de março. A escolha foi unânime no partido? Sim. Foi uma escolha unânime e aclamada e com o apoio total de toda a estrutura concelhia. Neste momento, o PSD está unido na sua ‘causa’? Claro. É forçoso estar. Se tivesse uma base partidária que não estivesse unida seria uma campa-
nha provavelmente já desgastada e não refletiria grande sucesso. Uma das coisas que acho bom relevar é que, não me conhecendo de todo, todos os elementos me aceitaram muitíssimo bem. Isto mostra um sentido de humildade e de querer muito grande porque não é muito fácil vir uma pessoa de fora e ser o número um de uma candidatura e todo o restante trabalho que tem sido efetuado por esta concelhia aparentemente não ser premiado com o lugar de destaque. A perceção que eu tenho, integrando agora a coligação PSD/CDS foi excelente no sentido de trabalharem por uma causa comum.
Acho que sim. Nós mulheres temos uma perspetiva da vida que é intrínseca ao facto de ser mulher. Nós mulheres temos uma gestão da vida que os homens não têm, salvo raras exceções. E isso permite-nos ter uma visão muito mais equilibrada, muito mais ajustada da situação global.
E o facto de ser uma mulher vai beneficiar a sua candidatura? FOTO: RVC
eira política com a sua profissão de médica.
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Sou simpatizante e é assim que pretendo ser. Pretendo ser gondomarense acima de tudo.
Se ganhar a Câmara, qual é a primeira grande medida que pensa tomar no seu primeiro dia de trabalho? A primeira grande medida que eu vou tomar é cumprimentar todos os funcionários da Câmara e das Juntas de Freguesia e criar de imediato uma ligação direta deles comigo. Acho fundamental. Independentemente das juntas que ganharem serem ou não da coligação PSD/CDS. Acho que é a medida fundamental, criar e retirar qualquer barreira que exista.
O que penso de... Nas entrevistas que o Vivacidade realizou aos candidatos à presidência da Câmara Municipal de Gondomar às próximas eleições autárquicas, pedimos a cada um que tecesse um pequeno comentário sobre algumas personalidades políticas concelhias e nacionais. Nesta entrevista, a candidata Maria João Marinho pediu para não comentar, como é possível comprovar nas declarações que apresentamos abaixo. “Em relação à questão sobre as demais personalidades do concelho e nacionais, a minha postura na vida sempre foi a de não fazer qualquer tipo de comentário ou apreciação exceto se for presencial. Pelo que agradecia que a minha vontade fosse respeitada.” Maria João Marinho
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Desporto: Natação
Clube de Natação da Maia: incubadora de campeões gondomarenses no desporto adaptado O Complexo Municipal de Piscinas de Águas Santas acolhe um clube que de há nove anos para cá tem vindo a formar campeões no desporto adaptado, na área da natação. Muitos desses campeões são gondomarenses. Os segredos? “Motivação, empenho e gosto pela natação.” FOTO: RVC
porto adaptado, na voz de Ana Querido, é essencial “haver predisposição para ensinar e perceber que os alunos têm algumas caraterísticas que condicionam a aprendizagem.” “Aqui no clube trabalhamos com eles da mesma forma que trabalhamos com os outros miúdos”, acrescentou Ana. E esse é, talvez, o “segredo” de tanto sucesso nas competições.
Europa e já participou em vários outros anteriores. Todos os anos, a classe de desporto adaptado do Clube de Natação da Maia (CNM) participa em competições internacionais importantes, mundiais e europeias, dando a conhecer ao país e ao estrangeiro vários recordistas nacionais. Exemplos disso são Pedro Ribeiro e André Guimarães. O primeiro, possui vários recordes nacionais e já está “convocado” para o caso de se criar uma seleção para a classe que frequenta. André Guimarães ainda é iniciado no escalão mas tem vindo a evoluir e tem vários recordes nacionais. De segunda a sábado, a classe de desporto adaptado do Clube de Natação da Maia, continua a treinar para alcançar os lugares cimeiros nas competições. FOTO: RVC
Ana Querido é professora de natação desde o ano de 2000 nas Piscinas Municipais de Águas Santas, na Maia e começou a dar aulas de natação na vertente do desporto adaptado em 2004. Desde aí, tem vindo a trabalhar com vários alunos deficientes e a torná-los em campeões nacionais e internacionais. “Não há limites de idades. Os grupos pertencem a várias associações dependendo da deficiência do nadador. Uns têm deficiência intelectual e participam nas
provas organizadas pela ANDDI (Associação Nacional de Deporto para a Deficiência Intelectual), com vários escalões e depois os de Síndrome de Down pertencem a uma classe à parte e competem todos juntos. Existem ainda outros, da ANDDEMOT (Associação Nacional de Desporto para Deficientes Motores) e aí possuem uma classificação funcional e atribuem-lhes uma classe conforme o grau de deficiência. Depois também os da PCAND (Associação Nacional de Desporto da Paralisia Cerebral) que também funcionam por classes”, explicou a professora de natação ao Vivacidade. Neste tipo de ensino do des-
Os campeões Ana Castro, de Gondomar, tem síndrome de Down e foi campeã da Europa em 2011, na prova de 200m costas em representação da Seleção Nacional, no 1º Cam-
Na foto: Ana Castro e José Ribeiro, atletas de desporto adaptado do CNM
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Texto: Ricardo Vieira Caldas
peonato da Europa de Natação DSISO (Down Syndrome International Swimming Organisation). Ao Vivacidade, disse que “gosta muito de nadar e o estilo que mais gosta é costas”. Treina de segunda a sábado mas nos tempos livres ainda arranja tempo para aulas de música. Já José Ribeiro, também com síndrome de Down, veio para a natação há quatro anos porque “gosta de nadar e conviver.” É campeão nacional no estilo de costas e vice campeão nacional em estafeta. Apesar das vitórias alcançadas a natação é para Zé – como gosta de ser chamado – apenas o segundo desporto favorito. O primeiro é, sem dúvida, o futebol com o seu ‘amado’ Futebol Clube do Porto. O atleta deverá participar no próximo Campeonato da
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Desporto: Ballet
Maria Fidalgo, a bailarina gondomarense
que vai estagiar na Ópera de Paris Está entre os 220 bailarinos de todo o mundo que vão participar no primeiro estágio de verão da Escola de Dança da Ópera de Paris. Tem 13 anos é de Gondomar e chama-se Maria Fidalgo. A jovem bailarina ensaia diariamente numa academia do Porto e admitiu ao Vivacidade ter uma “grande paixão” por ballet. Texto: Ricardo Vieira Caldas
a técnica e os conhecimentos de ballet”. “Sei que venho de lá com uma boa experiência”, disse. A
mãe, Paula Veludo, explicou que Maria está no ballet desde os seis anos e que “já está agora num ní-
vel avançado para a idade”. Apesar disso Maria só ambiciona evoluir mais. FOTO: RVC
FOTO: RVC
Maria Manuel Veludo Marques Fidalgo é gondomarense e dedica ao ballet 12 horas por semana, de segunda a sábado. No verão será uma dos 220 bailarinos mundiais a integrar o primeiro estágio de verão da Ópera de Paris, uma conceituada escola de dança, em França. De acordo com o Jornal de Notícias, a bailarina foi selecionada entre os 450 alunos que concorreram à formação, que assinala os 300 anos da academia e vai decorrer de 8 a 18 de julho. A gondomarense de 13 anos,
explicou ao Vivacidade, que o estágio na Ópera de Paris “é muito importante e vai melhorar muito
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Opinião
Remodelação do Governo não é prova de vida de Passos Coelho
Posto de Vigia Manuel Teixeira Jornalista e Professor Universitário
1 – Por causa de um vasto conjunto de factos políticos que se conjugam entre si – uns programados previamente para o efeito pretendido, outros inevitáveis – abril será
o mês “horribilis” para o Governo. Começou pela moção de censura apresentada pelos socialistas no Parlamento, a que se colou a demissão do ministro Relvas, e logo de seguida o “chumbo” do Tribunal Constitucional a quatro medidas do Orçamento do Estado. Mas não ficam por aqui as agruras do Primeiro Ministro. Pelo meio há o desgaste da remodelação governamental, os discursos críticos do 25 de Abril, o congresso do PS, e termina com as manifestações e protestos do 1.º de Maio. Numa leitura fria e desapaixonada de todos estes acontecimentos poderíamos dizer que, afinal, tudo isto faz parte da dialética política, e, como tal, apenas se conjugam aqui algumas coincidências, aproveitadas pelas oposições e pelos media para amplificar o seu efeito na opinião pública. Mas a questão não é tão simples assim. É que a decisão do Tribunal Constitucional representa um enorme rombo nas metas orçamentais previstas
pelo Governo. Pelo que este rombo obriga o Governo a encontrar alternativas de financiamento superior a mil milhões de euros, que se vêm de juntar ao buraco de quatro mil milhões que já se sabe têm de ser também acomodados no orçamento do próximo ano. 2 – A questão orçamental tornou-se assim num problema quase insolúvel, que bem pode abrir o caminho à necessidade de um segundo resgate junto de troika. É certo que o Primeiro Ministro anunciou ao País que não iria aumentar mais os impostos, e que o Governo irá optar por cortes na despesa nos três ministérios de maior expressão social. A saber: saúde, educação e segurança social. Mas seja qual for o caminho que escolha, Passos Coelho tem consciência que a sua credibilidade está profundamente abalada, e que a maioria dos portugueses não acredita que seja possível recuperar este desgaste. É por isso que a remodelação governamental brevemente não
será mais do que um epifenómeno irrelevante no doloroso caminho do atual Governo. Justamente porque muito poucos acreditam ou têm verdadeiramente a esperança de que a salvação governativa venha por essa via. Independentemente do apoio da maioria parlamentar da coligação, e da reafirmada confiança do Presidente da República, o que verdadeiramente conta é o grau de confiança que o Governo consiga na opinião pública. E esse continua não apenas em níveis muito baixos, mas pior que isso prossegue em queda acelerada… 3 – Sabe-se que no interior da equipa governativa houve ministros que defenderam que o Executivo devia demitir-se, na sequência do acórdão do Tribunal Constitucional sobre o Orçamento do Estado. E quando Passos Coelho foi a Belém naquele fim de semana levava na cabeça todas as hipóteses. Cavaco Silva fez-lhe saber que era rigorosamente contra a convocação
de eleições antecipadas. E Passos entendeu a posição do Chefe de Estado como um voto de confiança na sua equipa. Mas ainda que formalmente assim seja, tudo isto de pouco vale se a situação não melhorar. Ora, todos os indicadores financeiros e macroeconómicos são desfavoráveis, e continuam a agravar-se. Não é pois com uma dança de cadeiras ministeriais e umas tantas caras novas que o Governo poderá recuperar a sua credibilidade, e conquistar a confiança dos cidadãos. Cada vez mais os portugueses estão atentos aos números, aos resultados das decisões políticas, mas, sobretudo, estão atentos ao que sentem e vivem no seu dia a dia. E neste quadro, já não são os discursos oficiais, tal como os discursos dos partidos da oposição, que mobilizam os cidadãos. Os portugueses querem ouvir propostas concretas, alternativas, mas esperam, sobretudo, que a sua vida melhore. E isso a maioria não vê como…
Como ligar 112
A ligação realizada para o número 112 inicia uma cadeia de acontecimentos, cujo objetivo final é a assistência à vítima de doença súbita ou acidente de forma rápida e eficiente. Quando esta ligação não é realizada de forma correta, pode existir um atraso no envio da ajuda para as vítimas que dela dependem para sobreviver. Assim, é fundamental que a forma mais correta de estabelecer a liga-
FOTO: DR
Ana Baltazar Diana Ferreira
ção do 112 seja do conhecimento de todos. Antes de se iniciar a chamada deve verificar-se se estão reunidas as condições de segurança necessárias para a realizar, para que não haja tendência para aumentar o número de feridos. Ao realizá-la deve usar-se uma linguagem simples, concreta e clara e manter-se uma postura calma, para que a informação seja percetível para o operador que atende a chamada. Sempre que se liga 112 a chamada será atendida pela Central de Emergência da Polícia de Segurança Pública (PSP), porque o 112 é um número comum a muitas situações, como assalto, incêndio, acidente de viação, etc. No caso da emergência na área da saúde, ao ligar 112 deve pedir-se para passar a chamada ao CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) ou dizer-se que tem uma emergência médica. O número 112 é gratuito tanto de telefone fixo como móvel e está
disponível em todo o território nacional, 24 horas por dia. Durante a chamada, deve indicar-se a seguinte informação: localização exata, que inclui a cidade, freguesia e nome da rua e, se possível, pontos de referência, por exemplo, se o local é perto de algum café, alguma loja, uma igreja; número do telefone do qual se está a ligar. Pode ser necessário voltar a contactar a pedir mais informações; tipo de situação de emergência: doença súbita (falta de ar, dor no peito, desmaio, paragem car-
dio-respiratória), trauma (acidente de moto, carro, trator, ou outro veiculo motorizado, acidente de bicicleta, queda, atropelamento), parto ou AVC (falta de força num braço, dificuldade em falar, boca ao lado); número de vítimas; idade aparente da(s) vítima(s); sexo da(s) vítima(s); queixas principais observadas e comunicadas pela vítima: dor, desconforto; localização das queixas; alterações observadas: palidez, feridas, sangramento; se alguém já se encontra a socorrer a vítima: por exemplo, em caso de
paragem cardio-respiratória indicar se alguém está a fazer manobras de suporte básico de vida. Deve responder-se a todas as questões que o operador coloca. Muitas vezes a ajuda já vai a caminho enquanto ainda se fala ao telefone. As questões colocadas vão ajudar a definir o melhor socorro e a preparar a equipa para a situação. Após o fornecimento de todas as informações necessárias ao operador do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, deve-se aguardar que este diga como proceder. Por vezes podem ser dadas instruções para ajudar a vítima. São instruções de pré-socorro. Só se deve desligar a chamada após indicação do operador. O número 112 deve ser usado, unicamente, em situações de emergência, sendo o primeiro passo no socorro à vítima. Ligar 112 pode ajudar a salvar vidas!
VIVACIDADE ABRIL 2013
25
Opinião
Saúde, um dos direitos que mais vai sofrer
Paulo Amado Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Diretor Clinico do Hospital Escola de Gondomar
do. Apenas tapamos “buracos”, sem visão de futuro, quase num adormecimento total. No meio de tudo isto surgem sempre os
imagem de uma classe que conseguiu um relevo há custa do seu esforço e entrega profissional. Acreditem os leitores, que trabalhar
de futebol que ganham milhões, por dar uns pontapés numa bola. Chega de hipocrisia, procurem os políticos que não existem no nos-
“habilidosos”, reparem como após anunciar que é necessário poupar na saúde, se vê logo um ataque aos médicos que recebem horas extras pelo seu trabalho. Não faço urgências há cerca de 8 anos e como tal não recebo horas extras, no entanto fico perplexo com estas afirmações, dos tais habilidosos, que pretendem denegrir a
num serviço de urgência é uma experiência, que sendo enriquecedora, tem um desgaste físico e psíquico extraordinário, dada a responsabilidade que encerra em si mesma. O mais curioso é que os mesmos que criticam o que se paga a um médico num serviço de urgência, são os mesmos que se fartam de medalhar jogadores
so país, se for necessário, importemos bons políticos... Mas será necessário? Claro que não, temos é apenas de olhar á nossa volta e fazer a tal “viragem”, dar oportunidade aos mais novos, ainda livres dos vícios e das influencias negativas. Acordem por favor, antes que seja tarde... Até breve, estimados leitores…
meteu andar de braço dado, palmo a palmo, com o seu candidato… Pelo sim pelo não, dizem as más línguas que existe já um acordo prévio entre Valentim Loureiro e o PSD para o caso de Fernando Paulo ganhar, mas precisar de se coligar para ter uma maioria estável. E é
por isso que é importante analisar bem o perfil não apenas de quem lidera a lista da candidatura laranja, mas também da sua equipa. Caso para dizer: ninguém tem nada para ensinar ao velho leão que dá pelo nome de… Valentim Loureiro!
FOTO: DR
Viva Saúde
Todos ficamos a saber que a saúde é um dos setores de serviços públicos que mais sofrerá, ou seja, para compensar o “chumbo” do tribunal constitucional das medidas do “Gaspar”, o mesmo anunciou que a saúde, a segurança social e a educação, serão os que mais restrições irão sofrer!.. Tal como já tive oportunidade de referir, a saúde não fica de graça, todos a pagamos, através dos impostos, mas justiça seja feita, a qualidade de saúde dos nosso setor público é boa, chega até a ser excecional para o que o orçamento do estado disponibiliza. Mas então o que é preciso fazer? Todos sabemos que continuamos a viver num país adiado, adiado das verdadeiras reformas, o que interessa é a restrição, sem programação, sem estudo. Aperta-se até o cinto não dar mais. Vivemos tempos especiais, que exigiam políticos especiais, que infelizmente não vislumbro ninguém capaz de uma verdadeira reforma do esta-
Alguém ensina o major? Bisturi Henrique Villalva
– Marco Martins. O “Bisturi” antevê um combate entre dois pesos pesados. Porque será entre as reservas do major e a força dos socialistas que o resultado se definirá. Mas é bem provável que o coração dos gondomarenses continue a inclinar-se para a lado do major, que já pro-
FOTO: DR
A exemplo do que aconteceu nas últimas eleições autárquicas, e um pouco ao jeito do que está a acontecer em muitos concelhos do país, tudo indica que as próximas eleições autárquicas, à boca do outono, vão ser o espelho das divisões internas do PSD, e das já tradicionais lutas de poder entre diferentes sensibilidades da família laranja. Em Gondomar estas lutas vêm de longe, e tiveram o seu ponto alto
quando Marques Mendes foi líder do partido, e não aceitou a candidatura de Valentim Loureiro. Foi então que o major criou o seu próprio movimento, e concorreu com a sigla “Gondomar no coração”, aplicando uma humilhante derrota ao candidato oficialista do PSD. Com a lei da limitação de mandatos, Valentim Loureiro não pode recandidatar-se nas próximas eleições. Mas já escolheu para seu sucessor um dos seus fidelíssimos colaboradores nos diversos mandatos, o vereador Fernando Paulo. E agora, quando se pensava que o PSD tudo faria pela reconciliação com o “dono dos votos gondomarenses”, os social-democratas optam novamente por apresentar um candidato próprio, deixando o major a correr de novo com o seu movimento, ainda que com outra estrela à cabeça do pelotão. O PS sonha que esta será a sua vez de mudar as coisas no concelho, e avança com o conhecidíssimo presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto – a maior do concelho
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VIVACIDADE ABRIL 2013
27
Política: Vozes da Assembleia da República Descontos sociais na energia O aumento do IVA na energia não
energia e gás natural são aplicadas às
kVA e/ou de gás natural com consu-
operadora que articulará com a Segu-
foi uma opção do Governo mas resul-
famílias economicamente mais vulne-
mo anual até 500 metros cúbicos.
rança Social a atribuição do respetivo
ta de um compromisso assumido com
ráveis e correspondem a um desconto
a Troika nos termos do memorando
de 2% na fatura da luz e 6% no gás.
de entendimento.
Margarida Almeida PSD
Com estes critérios, ficam em condições de aceder aos descontos
desconto, evitando burocracias para as pessoas.
Estes descontos dirigem-se aos
sociais de energia a totalidade das
O Governo, através do Ministério
O Governo pretendeu suavizar os
clientes de eletricidade e de gás natu-
famílias que recebem estes apoios so-
da Solidariedade e Segurança Social,
aumentos do IVA nas tarifas de luz e
ral que sejam beneficiários do Com-
ciais e têm contrato de eletricidade e
e os operadores de Gás e Eletricida-
gás para os casos de maior exclusão
plemento Solidário para Idosos, do
gás natural e estima-se que o impacto
de, fazem divulgação destas medidas,
criando os descontos sociais de ener-
subsídio social de desemprego, do
desta medida no Orçamento do Esta-
através dos seus meios informativos,
gia.
primeiro escalão do abono de família,
do seja na ordem dos 30 milhões de
para que ninguém fique excluído des-
Estes descontos incluem um
da Pensão Social de Invalidez ou do
euros anuais.
tes apoios por falta de informação.
Apoio Social Extraordinário ao Con-
Rendimento Social de Inserção, com
sumidor de Energia, uma Tarifa Social
verificação dos rendimentos.
As famílias beneficiárias podem
Esta medida abrange cerca de 700
requerer este apoio na sua empresa
mil famílias, economicamente vulne-
de Gás e uma Tarifa Social de Eletrici-
Têm direito a estes descontos as
fornecedora de eletricidade ou de
ráveis, na tarifa da eletricidade e 150
dade, descontos que são cumulativos.
pessoas que sejam clientes de eletrici-
gás natural indicando a circunstância
mil agregados familiares na tarifa do
Estas tarifas de fornecimento de
dade com potência contratada até 4,6
em que se encontra e será a própria
gás natural.
deste ano.
Tribunal Constitucional não é o algoz
os trabalhadores. Enfim, o mundo do
As Vítimas Recordo que no debate, na especialidade, do Orçamento de Estado 2011, pa-
A partir do anúncio da decisão do
desta história. O colectivo de Juízes ape-
trabalho pelo qual Passos Coelho e a sua
rafraseando Miguel de Unamuno, afirmei
Tribunal Constitucional foi um corrupio
nas veio dizer que são as Leis, nomeada-
equipa demonstram o mais profundo
que se o Ministro das Finanças persistisse
de impasses, reuniões, audiências, amea-
mente o Orçamento do Estado, que têm
desprezo, aproveitando todos os álibis
por aquele caminho venceria, porque ti-
ças veladas difundidas pelos jornais sob a
que se conformar à Constituição e não o
para aprofundar a realização do seu pro-
nha a força da maioria parlamentar que
capa do anonimato das “fontes próximas
contrário.
grama ideológico.
suporta o Governo, mas não convenceria
do Governo”.
porque não tinha razão.
Isabel Santos PS
O problema deste Governo é que já
No meio de tudo isto, esteve mal
A verdade é que Passos Coelho
não tem salvação. Está morto. Suicidou-
o Presidente da República quando não
O tempo veio comprovar esse vati-
poderá deixar no ar as mais veementes
-se, ao persistir em ir para lá do Memo-
pediu a fiscalização preventiva da consti-
cínio. O Governo persistiu no rumo tra-
ameaças de bater com a porta. Victor
rando da Troika, afundando o país numa
tucionalidade, fazendo com que este pro-
çado, apesar da falência da sua estratégia
Gaspar poderá continuar com as suas
espiral recessiva e violando reiteradamen-
blema se arrastasse no tempo. Agora, se
ter sido reiteradamente atestada pelos
birras de génio incompreendido a exarar
te a Constituição.
não houver coragem para uma inversão
diferentes indicadores e do “chumbo” do
despachos que paralisam o país. Cavaco
As vítimas de tudo isto foram e já se
de linha política nada nos salvará do abis-
OE2012 pelo Tribunal Constitucional.
Silva poderá fazer todos os comunicados
anuncia que continuarão a ser os mes-
mo e não é com operações cosméticas de
Como se tudo isto não fosse suficiente-
a garantir a continuidade das condições
mos, gente de carne e osso que sofre os
remodelação do Governo que vamos lá.
mente grave, somos, de novo, confron-
de legitimidade do Governo. Porque toda
efeitos da cegueira neoliberal que nos
Perceber isto e tomar decisões enérgicas,
tados com a declaração da inconstitu-
a gente já percebeu que acabou.
governa. As vítimas foram e continuarão
evitaria ao Presidente da República per-
cionalidade de um conjunto de normas
O Governo não é vítima de uma
a ser os do costume, os pensionistas, os
sistir em demoras cujas consequências se
significativas do Orçamento do Estado
qualquer maléfica força de bloqueio e o
aposentados, os funcionários públicos,
preveem dramáticas para todos nós.
Uma carta, três enganos
Catarina Martins BE
Continuando o que já se pode
decisão do Tribunal Constitucional. A
vezes maior que o valor para cumprir
las anunciam agora o alargamento por
considerar a tradição epistolar destes
carta à troika esclarece o engano. Cor-
a Constituição. E é bom não esquecer
sete anos dos prazos de pagamento da
tempos de crise, Passos Coelho escre-
tar as despesas sociais e nos serviços
que Vítor Gaspar impôs medidas de
dívida.
veu uma carta à troika sobre os cortes
públicos não é o plano B do Governo.
austeridade de 24 mil milhões de eu-
Sempre dissemos que ter mais
no Estado Social. Aí avisa que está a
Sempre foi o plano A.
ros para conseguir menos de 7 mil mi-
tempo para pagar é uma das condições
estudar cortes adicionais desde o verão
A decisão do Tribunal Consti-
lhões de consolidação orçamental; ou
para tornar a divida mais sustentável.
de 2012. Esta informação é uma rari-
tucional provocou a ira do Governo.
seja, deitaram ao lixo mais de 17 mil
Pagando menos por ano, poderemos
dade na comunicação governamental:
Vítor Gaspar publicou mesmo um
milhões de euros. CDS e PSD, se que-
libertar dinheiro para o investimento e
é verdadeira. Os professores que fo-
despacho paralisando todo o Estado
rem dramatizar politicamente a neces-
a promoção do emprego. Mas, ao asso-
ram despedidos, os hospitais onde os
até encontrar alternativas aos “custos”
sidade de cumprir o défice, só têm que
ciar essa extensão do prazo a medidas
medicamentos faltam e as famílias a
da decisão. Pagar 13.º mês a função
olhar para os seus próprios falhanços.
adicionais de austeridade - como fez o
quem a segurança social falha quando
pública e pensionistas, repor os 5% e
O Governo fez já por diversas
Governo -, ficamos “amarrados” por
perdem tudo, já sabem há muito que é
6% cortados nos subsídios de doença
vezes o que sempre jurou que nunca
mais tempo e com menores condições
assim (e que se arrisca a ser pior). Mas
e desemprego, aparece ao Governo
faria: renegociar. A palavra que pare-
de pagar. Não há prazo que nos valha,
o Governo, por estes dias, tem contado
como um desvio colossal das contas.
cia criminosa há dois anos, quando o
quando mais tempo é também mais
uma história diferente; Passos Coelho
Talvez seja melhor desfazer o equívo-
Bloco afirmou sozinho que a renego-
austeridade. Se a política continua a
e Paulo Portas afirmam a cada pas-
co: as metas orçamentais falhadas, só
ciação é inevitável, faz agora parte do
matar a economia, a dívida não será
so que os cortes são consequência da
em 2012, constituem um desvio três
quotidiano do país. Governo e Bruxe-
nunca paga.
28 VIVACIDADE ABRIL 2013
Política: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal Avaliar a Troika (continuação)
Michael Seufert CDS
Terminei a última crónica a dizer
economia que - inevitável - não foi bem
que estaríamos hoje piores sem progra-
avaliada pelas instituições envolvidas.
ceita do que cortar na despesa. Continuo a achar, no entanto, que o
nossa balança comercial (isto é a diferença entre importações e exportações)
ma de ajustamento financeiro do que
O impacte seria pior sem programa,
governo não pode ceder a esta realidade
passámos a financiar o estrangeiro em
com. Acredito que isso é inteiramente
repito, mas isso não foi devidamente
e aumentar mais impostos. Por muito
vez de nos endividarmos junto deste,
verdade: sem programa, ficaríamos sem
comunicado e criou-se a expectativa
que a nossa Constituição aponte esse
como já não acontecia desde a 2ª Guer-
acesso a qualquer financiamento para
que o programa permitiria que tudo
caminho, a verdade temos de falar em
ra Mundial. Isso significa que começá-
os nossos défices. Teríamos portanto de
continuasse mais ou menos igual. Ora
baixá-los e rápido. O estado português,
mos o regresso à sustentabilidade eco-
ter reduzido o défice a zero num cená-
quando uma economia como a nossa se
como outro qualquer, foi crescendo ao
nómica e a melhores dias: dias em que
rio que provavelmente se complicaria
ajusta desta forma, a transição é visivel-
longo de anos e assumindo mais e mais
possamos resgatar a nossa soberania
com uma subsequente saída do euro.
mente difícil. Mais ainda quando, após
responsabilidades, sobrepondo-se à so-
financeira e orçamental.
Mas isso não quer dizer que o pro-
a decisão do Tribunal Constitucional
ciedade. E durante anos e anos, e aqui
Não vale no entanto achar que essa
grama fosse perfeito. O programa que o
em 2012 (a anterior a esta mais recente,
voltamos à questão da origem do nos-
soberania traz de volta todos os dispa-
governo de Sócrates negociou era exi-
portanto) os cortes na despesa ficaram
so problema de 2011, os impostos não
rates do passado: obras milionárias na
gente, apesar de menos exigente que o
severamente limitados - e a decisão re-
chegaram e endividámo-nos a olhos
Parque Escolar, Novas Oportunidades
PEC4, no que dizia respeito ao controlo
cente acentuou isso. Bem ou mal - di-
vistos. Esses dias acabaram e algumas
sem controlo, aeroportos falidos, es-
do défice orçamental. E essa redução
gamos que constitucionalmente “bem”
melhoras já se verificam: quando atin-
tradas a torto e a direito, etc, acabaram.
negociada iria trazer um impacte na
- em Portugal é mais fácil aumentar re-
gimos há alguns meses o equilíbrio da
Ainda bem.
Com competência, com projeto, por Gondomar Aproxima-se o tempo em que to-
Fernando Paulo e a sua equipa, na
são a este projeto, que tem provocado
dos seremos chamados para decidir
concretização do seu projeto certamen-
um enorme nervosismo e desgaste
Gondomar integrado na Área Me-
sobre o futuro que pretendemos para
te marcarão, com distinção e apoio dos
noutras candidaturas e candidatos.
tropolitana do Porto será, sem falsas
o nosso concelho de Gondomar. Fer-
gondomarenses, o poder local na pró-
Recusamos o facilitismo daqueles que,
expectativas, um território em que o
nando Paulo ao assumir a candidatura
xima década. Saberão respeitar o sen-
com programas já formatados noutros
apoio ao movimento associativo será
a presidente da Câmara de Gondomar
timento individual e coletivo, a cultura
tempos e espaços, se multiplicam em
permanente. Terão de ser potenciali-
pelo Movimento Independente mostra
e as tradições, o contributo histórico e
promessas na tentativa de gerar ilusões.
zadas as oportunidades para todos. O
que tem Gondomar no Coração.
diferenciador de cada freguesia e gover-
São os mesmos que agora parecem ter
acesso à educação, à formação e ao em-
narão com a participação sistemática
vergonha e querer esconder os símbo-
prego serão sempre prioridades. A soli-
das pessoas e das organizações.
los dos partidos pelos quais se candida-
dariedade e a coesão social constituirão
O espaço desta crónica não possibilita a retrospetiva e a relevante avaliação
Mário Gonçalves Movimento Independente Valentim Loureiro Gondomar no Coração
seu potencial.
positiva que necessariamente deve de
O Movimento Independente Va-
tam, mas que – caso chegassem um dia
pilares estruturais. A criação de riqueza
ser feita a mais de duas décadas de total
lentim Loureiro Gondomar no Coração
ao poder – os colocariam no topo das
no município possibilitará uma melhor
entrega e dedicação de Fernando Paulo
apresentar-se-á, também, às eleições
suas prioridades e interesses.
e mais eficaz diferenciação dos espaços
a Gondomar. Mesmo assim, teremos
em todas as Juntas de Freguesia. Com
Fernando Paulo lidera um movi-
públicos, uma melhoria da qualidade
sempre de afirmar a sua postura, o pro-
candidatos de reconhecido mérito e
mento independente de qualquer parti-
ambiental e a uma gestão equilibrada
fissionalismo, o esclarecimento, a qua-
experiência, falando verdade e pugnan-
do político. Os compromissos são com
do urbanismo.
lificação profissional, a sua intervenção
do por uma campanha que possibilite
Gondomar e não se envolverá em lutas
Gondomar é para continuar e não
social e política e a sua capacidade de
uma eleição esclarecida. As prioridades
mesquinhas de cariz político-partidá-
para deitar abaixo. O Movimento Inde-
liderança. Com seriedade todos temos
são claras, exequíveis e, estarão sempre,
rio. Trabalhará para proporcionar aos
pendente liderado por Fernando Paulo
de lhe reconhecer a necessária compe-
centradas no desenvolvimento local.
gondomarenses um concelho com cen-
será o principal intérprete da vontade,
Constatamos, nos nossos contatos
tralidades, atrativo e com vida própria.
ambição e o orgulho de se ser gondo-
do dia-a-dia, uma grande vaga de ade-
Conhece a realidade de Gondomar e o
marense.
tência e a capacidade para gerir os destinos de Gondomar.
Gondomar mais: rigor, encanto e sedução
Carlos Brás PS
Não! Não se trata de um salão eró-
jetivo? Com uma atuação a dois níveis.
deve proporcionar segurança e estabili-
uma ação política firme e determinada
tico em Gondomar. Esse evento que
Ao nível interno e ao nível externo.
dade aos investidores. Sem privilégios,
internamente e uma ação diplomática
algumas vozes mais pudicas criticaram
No nível interno considero o funcio-
sem monopólios e sem redes de inte-
e de charme para o exterior. Portugal
já abalou para outras paragens levando
namento da burocracia municipal e a
resses instaladas, os investidores terão
tem uma tendência demasiadamen-
receita e visitantes. Trata-se tão só e
ação politica. No nível externo conside-
garantia de que o licenciamento será
te administrativa, rígida e formal na
apenas do futuro do concelho.
ro a promoção e a diplomacia econó-
criteriosamente objetivo e racional.
abordagem dos problemas. Convém
Por muitas áreas de intervenção
mica. Estes dois níveis conjugados tra-
Garantido o funcionamento efi-
reformular um pouco esta abordagem
que seja necessário dinamizar há duas
zem dinamismo à economia local. Os
ciente ao nível interno, importa atuar
e dotar a câmara municipal de uma
que são determinantes e estratégicas no
serviços municipais devem ser organi-
na frente externa. Gondomar precisa
orgânica flexível que possa prosseguir
futuro a médio e longo prazo do conce-
zados de forma a prestarem um serviço
de uma ação de marketing promocio-
objetivos de desenvolvimento através
lho: a captação de investimento e o de-
integrado, célere e barato a quem quer
nal. É preciso divulgar o património
da atração de investidores a um territó-
senvolvimento do turismo. Gondomar
investir no território. O poder político,
edificado, o património cultural e etno-
rio com enorme potencial. Esta riqueza
está hoje carenciado de investimento e
por outro lado, tem que adotar medi-
gráfico, o património natural, as novas
natural do território de Gondomar só
desenvolvimento em todos os setores
das fiscais e administrativas de incen-
acessibilidades e o potencial humano. É
precisa de uma ação politica orientada
de atividade. É urgente criar condições
tivo e fomento ao empreendedorismo.
preciso promover uma nova realidade
para objetivos que não sejam só os do
para que se aplique capital em meios de
Deve garantir isenção, imparcialidade
política e levar para fora uma imagem
poder pelo poder e os da garantia de
produção. Como se consegue este ob-
de tratamento aos atores económicos e
atrativa, limpa, e isenta. Precisamos de
reeleição.
VIVACIDADE ABRIL 2013
29
Política: Vozes da Assembleia Municipal Política e pragmatismo Ser político não é buscar unica-
blicas organizadas já para amanhã,
abandonarmos questiúnculas parti-
para um amplo consenso na matéria
mente no partido que representamos
depois de décadas de excessos e pe-
dárias e pugnarmos por criar solu-
por forma a que a Assembleia pro-
os caminhos da nossa intervenção
dantismos políticos, não se interessa
ções consensuais que, aproveitando
ponha ao Executivo Municipal uma
orgânica. Ser político não é aceitar
pela dor daqueles que, vendo ema-
os ainda recursos disponíveis, pos-
base organizada de ajuda imediata
“de olhos fechados” as diretrizes, ad-
grecido o seu pecúlio salarial, não
sam minorar as angústias daqueles e
do Município aos tantos carenciados
vindas dos pensadores de gabinete
almejam encontrar um euro de sobra
fazer renascer um pouco de esperan-
que, em crescendo, o município al-
do nosso partido, para a nossa inter-
para responder às invocações de seus
ça, nas suas vidas.
berga.
venção local. Ser político não é dizer
filhos incrédulos.
sempre, que sim, a quem manda mais que nós, no partido. Pedro Oliveira CDS/PP
A Assembleia Municipal tem
Compreendemos as sérias limi-
Aquele “vício” está imune à hu-
portanto esta grave, mas nobre in-
tações com que o Governo da nação
milhação pessoal, familiar e comuni-
cumbência de, em função das suas
está confrontado na sua capacidade
A atual conjuntura obriga-nos a
tária, de tantos desempregados cheios
parcas competências, olhar para a real
de intervir. O que não podemos acei-
perceber que muito mais que cum-
de apetências, mas que se limitam a
vida dos municípes gondomarenses e
tar é esta indecorosa insensibilidade
prirmos o dever das nossas respon-
visitar os centros de emprego para de-
lhes facilitar, àqueles mais necessita-
de valorar mais o acerto das contas
sabilidades externas, o façamos sem
les saírem mais sós e desiludidos,
dos, algumas das condições mínimas
do estado, com todas as consequên-
atirar para o destempero o quotidia-
Por assim ser a nossa responsa-
desubsistência. Não por pena ou ca-
cias nefastas ao nível de uma recessão
no de quem assume a dignidade de
bilidade de sermos representantes de
ridade, mas porque é este um direito,
profunda, e à custa da real vida das
ser cidadão fiável.
tanta gente no município, força-nos
enquanto cidadãos, que lhes assiste.
pessoas que impotentes, se vêm caí-
à obrigação de juntarmos esforços,
Convidamos portanto a atual maioria
das no verdadeiro desespero.
Hoje o “vício”de ter as contas pú-
6ª Caminhada a um rio prometido
Cristina Nogueira CDU
Realizou-se a 14 de abril, a 6ª Ca-
ciências, e que nos restantes dias se
veitamento e recuperação de ele-
sibilização e de educação ambiental,
minhada pelo rio Tinto. Desde há 6
esqueçam do rio. A CDU, nos orgãos
mentos patrimoniais ligados ao rio,
destinadas à comunidade escolar e às
anos que os riotintenses e restantes
em que tem eleitos (Assembleia da
criando um Centro de Interpretação
populações ribeirinhas.
gondomarenses que a eles se querem
República, Assembleia Municipal e
Ambiental; o afastamento da pressão
O rio Tinto é um rio prometido...
associar manifestam, caminhando,
Assembleia de Freguesia) lutou, luta e
urbanística na zona ribeirinha, parti-
Muitas foram ao longo dos anos as
o seu objetivo de lutar pelo rio, de-
lutará, de forma coerente pela adoção
cularmente em leitos de cheia; a in-
promessas de decisores políticos com
volvendo ao usufruto da população
de medidas concretas na defesa do
tervenção, urgente, nas áreas aluviais
responsabilidades autárquicas, mas
este património natural e cultural
rio, nomeadamente: a desactivação
e de risco de cheia, consolidando-as,
contudo, e mesmo em ano de eleições
do concelho. A quem participa des-
da ETAR de Rio Tinto que tem feito
recorrendo à plantação de árvores
creio que irá ser necessário realizar
de sempre nestas caminhadas, e que
parte do problema do rio em vez de
e à renaturalização do rio e das suas
a 7ª Caminhada pelo rio Tinto. Até
enquanto ator político leva até outras
fazer arte da solução; a promoção de
margens; a construção de caminhos
quando serão necessárias caminha-
instâncias a questão da despoluição e
ações que defendam a conservação
ou vias pedonais junto às margens;
das? Muitos são os que caminharão
requalificação do rio, não pode deixar
da zona verde e rural entre o Meiral
a calendarização de ações de limpe-
sempre pelo rio! Incluo-me nestes,
de achar estranho que decisores polí-
e as Areias (Pego Negro), procuran-
za das margens e do leito do rio e a
mas desejo que este rio prometido
ticos participem nestas ações uma vez
do uma continuidade com o Parque
mobilização cívica dos riotintenses e
deixe rapidamente de ser apenas uma
por ano, talvez para apaziguar cons-
Oriental da cidade do Porto; o apro-
a elaboração de campanhas de sen-
promessa...
A troika não manda aqui
Rui Nóvoa BE
O primeiro ministro promete
6% sobre o subsídio de desemprego
No início da carta Passos Coelho fala
tugueses, só tem ouvidos para os se-
à troika voltar a impor os cortes no
com um ligeira alteração para contor-
de um processo de revisão estrutu-
nhores da troika. Este é um governo
subsídio de desemprego e de doença
nar a decisão do TC. Na carta envia-
ral dos gastos em funções do estado
perigoso.. A coligação PSD/CDS-PP
chumbados pelo Tribunal Constitu-
da à diretora geral do FMI, Cristine
e refere que a estratégia orçamental
quer continuar a aplicar o programa
cional. Fala de “aplicação de uma ta-
Lagarde, ao presidente da CE, Durão
para 2013-2017, a preparar em con-
de destruição da economia e do em-
bela salarial única e de convergência
Barroso, ao presidente do BCE, Ma-
sultas com a troika a apresentar em
prego, baixar os salários e reduzir as
de legislação laboral e dos sistemas de
rio Draghi, Passos Coelho diz que o
breve, terá em conta essas medidas e
pensões dos reformados. Este gover-
pensões do setor público e privado. E
despacho do ministro das finanças
servirá de base ao orçamento de Es-
no está ao serviço dum projeto polí-
quer cortar 1200 milhões de euros
publicado na segunda feira proibindo
tado para 2014. Passos também afir-
tico que irá rebentar com a Europa
nas áreas da segurança social, saúde,
a contratação de novas despesas no
ma que, em face ao recente acórdão
e aproximar-nos perigosamente da
educação, e empresas públicas. Pas-
setor público dará origem à decisão
do T C. O governo está preparado
Guerra. Por tudo isto os povos euro-
sos Coelho escreve à troika e promete
em conselho de ministros de cortes
para, caso seja necessário, substituir
peus vão lutar contra políticas que se
novos cortes. E nós respondemos-lhe:
em cada ministério, no montante glo-
quaisquer medidas por outras de va-
apoderaram das instituições da união
a troika não manda aqui. O primeiro
bal de cerca de 600 milhões de euros.
lor e qualidade equivalentes promete
europeia e estão a destruir os ideais
ministro promete dar a volta à deci-
Os cortes restantes de cerca de 600
que este processo ficará concluído de
de paz, prosperidade e pleno empre-
são do tribunal constitucional (TC)
milhões serão assegurados através
forma atempada de pois de conversas
go. Por tudo isto, os portugueses exi-
.E garante que vai manter os cortes de
da antecipação para este ano de al-
com a CE, o BCE e o FMI. Este é um
gem a demissão do governo e que
5 % sobre o subsídio de doença e de
gumas medidas previstas para 2014.
governo que não quer saber dos por-
seja dada a palavra ao povo.
30 VIVACIDADE ABRIL 2013
Política
Movimento independente contra campanha do PS em Gondomar Fernando Paulo apresentou queixa à Comissão Nacional de Eleições e à Câmara Municipal de Gondomar devido à queda de um ‘outdoor’. Marco Martins reagiu.
Na foto: ‘Outdoor’ que caíu na Avenida da Carvalha, em Fânzeres
V
O candidato independente à Câmara Municipal de Gondomar (CMG), Fernando Paulo, enviou à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e à Autarquia um pedido para que “tomem as diligências necessárias” no sentido de devolver a segurança pública às ruas do concelho, depois do Partido Socialista ter colocado dezenas de outdoors de campanha eleitoral “não assinados” e que, segundo o movimento, ameaçavam cair. As queixas foram feitas no dia 23 de março quando um dos ‘outdoors’ caiu, na rotunda da Avenida das Carvalhas, tendo atingido um carro que circulava naquela via. Fernando Paulo, referiu, em comunicado enviado à imprensa, que o movimento “não quer fazer
política com casos, mas depois de se ter dado um acidente, que apenas por sorte não vitimou ninguém gravemente, e mantendo-se o risco para a segurança pública, não podemos deixar de denunciar a situação”. O candidato socialista, Marco Martins, reagiu à denúncia do movimento independente e explicou ao Vivacidade que “no dia em que caiu o ‘outdoor’ de Fânzeres, caíram 50 outros ‘outdoors’ só no norte do país.” “Foi um acidente, foi assumido e foi resolvido. Os outros ‘outdoors’ que não tinham condições de segurança foram reforçados ou foram removidos. Neste momento não há nenhum sem condições de segurança. É triste é que se tentem aproveitar politicamente disto”, lamentou. O socialista julga também ser “lamentável que, em vez de se preocuparem a apresentar soluções,
FOTO: DR
Texto: Ricardo Vieira Caldas
projetos e ideias para o concelho, resolver os problemas das pessoas e arranjar postos de trabalho, estejam preocupados com estas coisas.” À agência Lusa, Marco Martins considerou ainda “estranho que passado cinco minutos de ter acontecido, ainda antes de ter chegado as autoridades, já lá estar o assessor de imprensa da câmara a tirar fotografias e o candidato independente também”.
Ao Vivacidade, Fernando Paulo afirmou achar que “os ‘outdoors’ colocados pelo PS puseram em perigo a segurança e o bem estar da população.” “Sabemos que, de facto, houve intempéries mas na altura em que eles são colocados tem que se ter em consideração isso”, acrescentou. Para além da segurança, o candidato independente queixou-se do impacto visual da campanha so-
cialista. “Do ponto de vista estético lamento que não tenha havido algum cuidado porque parece que estamos num país do terceiro mundo, pela forma como alguns ‘outdoors’ estão colocados. Estes descuidos são graves para quem quer ser candidato a uma Câmara e quer gerir um Município. Há aqui alguma leviandade e amadorismo em tudo isto”, denunciou Fernando Paulo. O independente vai mais longe e critica também o jornal de campanha socialista lançado em abril. “No jornal que está a ser distribuído de campanha, é ver a legislação que enquadra a publicação de jornais e ver se também cumpre as regras legais. Também é um jornal que não está assinado e não apresenta a sua direção técnica, não está registado, não tem todo um conjunto de requisitos legais”, declarou.
‘Mobilidade em Gondomar’ debatida por ex-administrador da STCP a convite de Marco Martins Primeiro a transparência, agora a mobilidade. A candidatura de Marco Martins, do Partido Socialista, à presidência da Câmara Municipal de Gondomar organizou mais um debate, desta vez sobre ‘Mobilidade em Gondomar’ que teve como convidado e principal orador Álvaro Costa, especialista em mobilidade e ex-administrador da STCP. O local escolhido para a troca de
ideias foi o auditório do Hospital-Escola Fernando Pessoa, em Gondomar, e recebeu cerca de duas centenas de pessoas entre as quais militantes do PS, autarcas e interessados na temática da mobilidade. Álvaro Costa, considerado um dos mais conceituados especialistas da Europa nas questões da mobilidade, começou por dizer que “o país está com os pro-
sumidos: a melhoria das ligações internas e dos interfaces (inter e intra-freguesias) entre os transportes rodoviários e ferroviários, captando sinergias de ambas as valências, assim como a generalização do Andante a todo o concelho, associado à revisão do zonamento do mesmo; e a defesa da segunda linha do Metro, cujo projeto de execução está concluído, unindo o centro do conce-
lho, em S. Cosme, a Campanhã, no Porto, através da ligação via Freixo e Valbom. O candidato socialista pediu também, “ano e meio para efetuar um levantamento das barreiras arquitetónicas” espalhadas pelo concelho, por forma a que, depois, possam ser tomadas “decisões políticas” que ajudem a resolver alguns dos muitos “estrangulamentos” existentes no concelho. FOTO: RVC
FOTO: RVC
blemas que está porque não sabe gerir o que tem”, partindo, depois, para uma série de comparações políticas, sociais e culturais entre Portugal e os países do Norte da Europa. “Nos países nórdicos se não há tráfego numa autoestrada não faz sentido pôr lá portagens, ao contrário de nós que destruímos valor”, disse. No que respeita, em concreto, aos transportes públicos, Álvaro Costa entende que o fundamental para um decisor político, um presidente de Câmara, por exemplo, é saber munir-se de uma “rede de informação”, “quais são as opções que oferecem os operadores no terreno e, sobretudo, quais as consequências se se optar pela hipótese A, B e C”. Depois, concluiu, “o político que saiba decidir bem”. Em duas intervenções, a abrir e a encerrar o debate, Marco Martins reiterou compromissos já as-
32 VIVACIDADE ABRIL 2013
Política: Medidas para a Lomba Marco Martins - PS Há uma prioridade na Lomba que é a questão
freguesia da Lomba e que tem a ver com o PDM. O
desempregados porque é aquela que tem menos
dos transportes. Não há transportes para o centro
PDM está caducado. Na Lomba não se pode cons-
população, já se começa a sentir um aumento do
do concelho e pelo menos para irem para o Porto,
truir, a população jovem não pode fixar e isto tem
número de desempregados. Há também que apos-
têm duas ligações por dia. E o grande problema é
vindo a fazer ficar cada vez mais desertificada a fre-
tar em duas áreas: uma na valorização de recursos
que a lancha que faz a travessia entre as duas mar-
guesia. Portanto é um compromisso também criar
naturais, rentabilizando o aproveitamento turísti-
gens, que é uma lancha ao cuidado da Câmara Mu-
para o alto do concelho e em especial para a Lom-
co que nós achamos que é a grande chave para o
nicipal de Gondomar, está avariada há quase dois
ba que é a freguesia onde há mais casos um plano
concelho de Gondomar, através do rio Douro e,
anos sendo que a Câmara continua a pagar tam-
especial de legalização das construções edificadas.
em termos ambientais, é necessário instalar sanea-
bém o respetivo funcionário para fazer a travessia.
Este tipo de medidas também vão poder atrair
mento na Lomba. Porque nós estamos no século
Portanto, é urgente repor a ligação fluvial.
investimento e vão permitir criar emprego que na
XXI e na Lomba, tal como em grande parte de
Depois há uma outra questão que é urgente na
Lomba, que apesar de ser a freguesia com menos
Melres e de Medas, não há saneamento básico.
Fernando Paulo - Independente Relativamente à Lomba a ideia será manter e
do concelho e tem sofrido uma forte desertificação
também, concluir a pavimentação do novo acesso
aprofundar a celebração do protocolo da transfe-
com consequências a diversos níveis e a forma de
à praia da Lomba e continuar as obras de requa-
rência de competência da Câmara para a Junta de
travar este envelhecimento - e, de certa forma, ten-
lificação da zona envolvente. A área social é uma
Freguesia da Lomba, neste caso com os respetivos
tar rejuvenescer um pouco a freguesia – será ter um
área que em todo o concelho queremos continuar
apoios financeiros, mas ajustando o protocolo às
PDM, que queremos concluir no primeiro ano de
a investir e aprofundar e, naturalmente, que na fre-
necessidades específicas e carências detetadas e
mandato, com um tratamento específico no sentido
guesia da Lomba queremos também ter programas
tendo em conta a distância da freguesia da sede do
de poder criar condições para que quem lá tenha
específicos. Por último, temos alguns edifícios es-
concelho. Depois é preciso também concluir a ins-
os terrenos também possa construir. Simultanea-
colares que foram sendo desativados e entendemos
talação da rede de saneamento na freguesia e con-
mente, pretendemos construir um parque indus-
que se calhar será oportuno fazermos um estudo
cluir também a remodelação da rede de água. Há
trial, sendo que a Câmara assumiria a responsabi-
para o reaproveitamento dos edifícios escolares
outra questão relativamente à Lomba, que para nós
lidade de adquirir os terrenos, infraestruturá-los e
desativados e dar-lhes alguma utilidade e funções
é fundamental. A freguesia é das mais envelhecidas
ceder a custos muito baixos para indústria. Depois
públicas.
Joaquim Barbosa - CDU A localização privilegiada da Lomba, que de-
nar toda a área e concluir de vez o acesso alternati-
de férias. Urge analisar a situação para facilitar a
veria ser um fator de desenvolvimento turístico,
vo que começou a ser aberto há cerca de uma dúzia
construção, a recuperação de habitações abando-
continua sem ser aproveitada, constituindo mais
de anos, e que já custou muitos milhares de euros.
nadas, a regularização de habitações em situação
um exemplo de desperdício dos recursos naturais.
A situação geográfica também tem criado pro-
irregular e a exploração turística. As minas do
Na Lomba, é preciso dialogar com os clubes,
blemas à Lomba, porque uma série de regulamen-
Portal estão, ainda com várias galerias abertas, à
concelhios ou não, ligados a atividades lúdicas ou
tos, desde o PDM, e do Plano de Ordenamento da
espera de uma caracterização arqueológica e tu-
radicais e criar condições para a sua prática.
Albufeira, às Reservas Agrícola e Ecológica, im-
rística adequadas. E é urgente repor a travessia
Só a praia é utilizada, ainda que sem um orde-
põem restrições à construção, limitando a fixação
fluvial que durante séculos ligou a Lomba ao resto
namento adequado e com problemas de segurança
de população nova, e o regresso de naturais, bem
do concelho. A ligação rodoviária é cara e de fre-
devido ao campismo selvagem. É preciso reorde-
como a instalação de pequenas unidades turísticas
quência reduzida.
Maria João Marinho - PSD/CDS
Joaquim dos Santos Viana - J. F. Lomba
A Lomba tem de ser dinamizada para trazer
surgir ali uma situação de divulgação da gas-
crescer e pode crescer de uma forma realmente,
para a freguesia as pessoas, empresas e juventude.
tronomia. Sendo uma margem que tem acessos
verdadeiramente positiva.
Temos de criar uma dinâmica de fixação das pes-
fáceis, temos muito local de construção, temos
Temos de criar formas de as pessoas se fixa-
soas na Lomba, criando infraestruturas, criando
zonas que podem ser perfeitamente aproveitadas
rem na Lomba, criarem o hábito de irem à Lom-
comércio, vendo até em termos turísticos - aten-
e adaptadas a essa situação e criar por exemplo
ba por este ou por aquele motivo, sem ser apenas
dendo que é uma margem do rio Douro - situa-
uma situação de dinamização, aproveitando as
porque está verão, ou pelo facto de irem à praia. É
ções que se possam executar. Porque não criar na
mais-valias que a Lomba tem. Tem a margem,
também necessário iniciar de imediato um plano
Lomba, por exemplo, um polo hoteleiro e fazer
tem o rio e tem toda uma estrutura ainda para
de urbanização específico para a freguesia.
A Lomba é na atualidade e comparativamente a outras freguesias limítrofes uma zona rural
celhos à volta onde também já começam a rarear
senvolvimento local. Há ainda que investir em
devido ao atual contexto socioeconómico.
equipamentos ou serviços, que apostando no
com qualidade de vida, em que se pode aliar a
Por isso quem for eleito e assumir o próximo
turismo, fomentem o desenvolvimento da fre-
simplicidade do bucolismo à oferta dos principais
mandato na junta vai ter muito que trabalhar.
guesia através da criação de postos de trabalho
serviços, prestados através da Junta de Freguesia.
É essencial e necessário conservar a obra feita,
como uma piscina flutuante, a implementação
É claro que, como em todo o país há algumas
para que os equipamentos agora disponíveis
de todo o projeto de Areja-Aldeia de Portugal
carências, que afetam a sua população, como é o
não sejam votados ao abandono e para que não
(aldeia turística) com a construção de uma ma-
caso do desemprego que gera fracos recursos eco-
se percam postos de trabalho na Junta. É tam-
rina para receção de turistas provenientes dos
nómicos nas economias familiares e na economia
bém necessário acabar a instalação da rede de
barcos de recreio. Para além destas medidas há
local. Numa zona do interior, que não tem indús-
saneamento e a remodelação da rede de água,
que implementar medidas que ajudem à fixação
tria em larga escala e que por acidente geográfico
terminar o novo acesso à praia fluvial, pressio-
de população como as de apoio à natalidade, ao
fica longe da sede de concelho, o que acontece à
nar para a conclusão das obras à Variante N222
ensino e ao combate à desertificação territorial e
população é ter que procurar emprego nos con-
que possibilitarão uma nova perspetiva de de-
populacional.
PASSATEMPO RPM
PASSATEMPO BIQUINI CAVADÃO
O MULTIUSOS DE GONDOMAR vai acolher o concerto da banda brasileira RPM, no próximo dia 9 de maio.
O MULTIUSOS DE GONDOMAR vai acolher o concerto da banda brasileira Biquini Cavadão, no próximo dia 18 de maio.
O Vivacidade oferece 24 bilhetes duplos às primeiras 24 pessoas que responderem corretamente à seguinte questão:
O Vivacidade oferece 24 bilhetes duplos às primeiras 24 pessoas que responderem corretamente à seguinte questão:
- Qual é o nome da empresa organizadora do concerto?
- Qual é o nome do vocalista da banda Biquini Cavadão?
As respostas deverão ser enviadas para o e-mail ricardo.caldas@vivacidade.org juntamente com os dados pessoais (primeiro e último nome, morada e código postal). Cada vencedor será notificado por e-mail.
As respostas deverão ser enviadas para o e-mail ricardo.caldas@vivacidade.org juntamente com os dados pessoais (primeiro e último nome, morada e código postal). Cada vencedor será notificado por e-mail.
VIVACIDADE ABRIL 2013
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Emprego & Formação
36 VIVACIDADE ABRIL 2013
Catarina Pinto, aluna da Escola Secundária de Rio Tinto, recebeu, em Bruxelas, o prémio do concurso anual “Jovens Tradutores” promovido pela Comissão Europeia. A cerimónia, realizada no dia 11 de abril, premiou 27 jovens. A jovem estudante de Gondomar conquistou o prémio com a tradução de um texto em Espanhol para o Português. O concurso, destinado aos alunos do Ensino Secundário, neste ano registou três mil
Daniel Vieira, presidente da Junta de S. Pedro da Cova, defende que “é necessária mais celeridade e objetividade na resolução” do problema das minas locais, onde continuam depositados resíduos perigosos sem que haja “respostas mais concretas sobre prazos”. O presidente da Junta de S. Pedro da Cova já respondeu ao anúncio de que a retirada dos resíduos perigosos das antigas minas vai demorar mais do que o previsto. Num comunicado, o autarca defendeu que “é necessária mais celeridade e objetividade na resolução deste problema”. O “problema” são as cerca de 88 mil toneladas de resíduos sólidos que continuam depositados, desde 2001, nas antigas minas de S. Pedro da Cova. O concurso público internacional para a remoção teve os prazos adiados, depois de alguns consórcios terem pedido mais explicações sobre o procedimento. Daniel Vieira quer ainda “respostas mais concretas sobre prazos” para o relançamento do concurso, tanto mais que os resíduos continuam a
participantes, de 750 escolas da União Europeia. Na breve apresentação que fez em Bruxelas, disse ser “perfecionista, persistente, simpática e leal”. Não pretende elogios pelo que faz ou alcança, mas tenta “merecê-los”. Foi há cerca de seis anos que se apercebeu que, profissionalmente, dominar línguas “seria uma mais valia neste mundo globalizado”. A vitória no concurso servirá, destacou, “como trampolim – e não como sofá”.
FOTO: RVC
Daniel Vieira exige “mais celeridade” na remoção dos resíduos das minas de S. Pedro da Cova FOTO: DR
Aluna premiada por concurso da Comissão Europeia recebe prémio em Bruxelas
contaminar os solos e as águas. Segundo a análise do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, esses resíduos são muito perigosos para a saúde pública, pois apresentam teores elevados de chumbo, cádmio, crómio, arsénio e zinco.
VIVACIDADE ABRIL 2013
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Breves Bloco de Esquerda aprova candidata a Gondomar Ana Paula Canotilho é a candidata do Bloco de Esquerda para as Eleições Autárquicas 2013 em Gondomar. Aprovada no dia 13 de abril em plenário de aderentes, a candidata já tinha sido proposta anteriormente pela concelhia do Bloco de Esquerda. Mestre em Educação Género e cidadania pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, é professora no Agrupamento de Escolas de Valbom, destacada para Águas Santas, e membro da Coordenadora Distrital do Porto e da coordenadora concelhia de Gondomar do BE. Ana Paula Canotilho será candidata pela segunda vez às Autárquicas em Gondomar. Rui Nóvoa foi também novamente eleito pelo plenário como candidato do BE para a Assembleia Municipal.
Encontro de ranchos nas comemorações dos 50 anos da Obra ABC A Obra ABC, instituição que acolhe rapazes institucionalizados, recebeu nas suas instalações, a 14 de abril, um Encontro de Ranchos. No evento participou o Grupo Etnográfico da Escola Prepara-
tória de Rio Tinto, o Rancho Folclórico de Gens e a Associação Folclórica ‘Cantarinhas da Triana’. Este encontro está integrado nas comemorações dos 50 anos desta instituição.
Família Pacheco expande tradição dos leitões e abre novo espaço
Não abriu por acaso. Joaquim Pacheco - como gosta que lhe chamem - filho de Zé Pacheco, deu nome ao novo espaço, inaugurado a 27 de março na zona industrial de Ermesinde, rua Monte da Bela. Com cinco fornos a lenha, a partir de agora será possível levar para casa o famoso e tradicional ‘leitão à Pacheco’. Com a experiência de uma geração, o
filho de Zé Pacheco decidiu abrir o espaço para homenagear o avô, Joaquim Pacheco, fundador do negócio de família e comerciante de leitões vivos. Para além dos leitões inteiros, o novo espaço vende para fora sandes de leitão e o bolo Joaquim Pacheco, especialidade da casa. Brevemente será também inaugurado o restaurante no primeiro piso do edifício.
Pastelaria Favo de Mel ficou sem 700 euros e 30 raspadinhas
Discutiu-se saúde no Rotary Club de Gondomar Mário Beça, conhecido médico portuense e especialista na área da cirurgia ortopédica e traumatológica, foi o convidado para a reunião mensal do Rotary Club de Gondomar. O profissional da área da saúde deu, aos membros do clube, uma palestra subordinada ao tema “Lesões Traumáticas na Área do Desporto”, ilustrada com diapositivos que evidenciaram as técnicas aplicadas nas
diversas situações que se lhe depararam. Alguns casos sucederam a conhecidas figuras desportivas, nomeadamente da área do futebol profissional. A assistência seguiu, atenta e interessada, a exposição de Mário Beça, convidado do presidente do Rotary Club de Gondomar, António Pais, e no final ainda houve tempo para uma troca de impressões com aquele médico.
Foi a meio da tarde do dia 11 de abril que dois homens entraram na pastelaria Favo de Mel, em Baguim do Monte, e assaltaram o estabelecimento levando consigo 700 euros e 30 raspadinhas avaliadas em 150 euros. Rápido e discreto o assalto ocorreu quando um dos homens pedia tabaco de enrolar, servindo como manobra de distração para o outro pegar nas
raspadinhas, no outro lado do balcão, perto da máquina do Euromilhões. Confrontados com a situação os funcionários não ofereceram resistência perante a ameaça de um dos assaltantes com a posse de uma arma branca. Consumado o assalto, os homens puseram-se em fuga. Os proprietários da pastelaria tentaram, sem sucesso, anular as raspadinhas.
38 VIVACIDADE ABRIL 2013
Lazer
21 O DE‘porquinho-mealheiro’ MARÇO É O DIA MUNDIAL DA POESIA?
pode ter surgido com a confusão da palavra ‘pygg’ por ‘pig’?
Para os nossos leitores, apresentamos um poema de Maria José Guimarães Há alguns séculos atrás, os europeus com o nome do nosso jornal.
tinham o costume de guardar as suas economias em potes feitos de uma argila que em inglês se denomina de “pygg”. A
VIVACIDADE
pronúncia desta palavra é semelhante à palavra “pig” que significa porco [em in-
Viva!
glês]. Conta-se que um artesão inglês, ao
Vivacidade!
receber uma encomenda para fazer “pygg
Renasces!
banks” [cofres] entendeu que seriam “pig Coloque as suas energias no trabalho e veja o quanto o seu ânimo tende a melhorar. O seu magnetismo está em alta. Use-o, tanto na sua vida profissional como na amorosa. Evite aborrecimentos, não confiando em quem não merece.
Algumas situações poderão fugir ao seu controle. Tente usar a sua inata habilidade para o diálogo. Amor está favorecido, mas cuidado com as atitudes impulsivas. Procure usar o seu carisma pessoal e diálogo para harmonizar a vida.
És Cidade Florida
banks” e foi o que fez: porquinhos em bar-
De para magnólias vestida ro guardar o dinheiro. A ideia agraPonteada de Vida os europeus e apareceu dou e convenceu
Para o mundorelacionado imagem vivida o porquinho com a poupança. Como nasceu sonho rendilhado Assim o porco mealheiro.
Não misture a sua vida amorosa e profissional. No futuro poderá arrepender-se.O romance com pessoa mais velha, será favorecido. Os ciúmes podem perturbar os seus sentimentos. Relações importantes na vida familiar.
Ambição é muito positiva no seu desenvolvimento profissional. Mas cuidado para não ser demasiada! Dê muita atenção à sua família. Um problema poderá causar-lhe muitas dores de cabeça. Deixe o orgulho de lado e oiça os outros.
Nesta Primavera a despertar Numa outra versão da história – e segundo a Wikipédia invenção do porCom fulgor sentimos- o“aodor quinho-mealheiro é atribuída ao engenheiDo teu rio serpenteando,
ro francês Sebastian la Pestre, no século Murmurando no seu leito, XVII. Nesta Pestre teria relacionaOra largo, oraversão, estreito,
Estabeleça metas bem definidas. Se não o fizer, arrisca-se a perder grandes oportunidades. Tente sair de uma dificuldade financeira, libertando-se de um encargo que não está a servir as suas intenções.
Dê o melhor de si no trabalho. O que às vezes não parece ser reconhecido está a sê-lo. Não desanime. A sua paixão precisa de estímulos, tal como a sua saúde precisa de atenção. Concilie as duas.
do conceito deora poupança ao número de Oraoaplaudindo, chorando, crias que uma porca pode ter por ano.
Vendo os cavaleiros
Incessantes cavalgando Rumo ao fim do palco Da hipocrisia, da vã cobiça desmedida,
Situações que fogem ao seu controlo podem trazer-lhe alguns dissabores. Tire proveito da sua intuição e mantenha o equilíbrio. Mais vale nada dizer, a dizer algo de que poderá arrepender-se. As soluções serão encontradas no diálogo.
Se quer ajudar os outros não se fique pelas boas intenções e aja rapidamente. As suas ideias práticas e úteis ajudam a melhorar a sua vida laboral e familiar. No amor, o seu distanciamento pode ser mal interpretado.
Caminhamos, buscamos o sorrir d’outrora Aguardando a aurora do devir, És barca da Glória, És a nossa Cidade És a nossa Vitória!
Não facilite. Aja com cautela e evitará futuros problemas. Use a sua fértil imaginação para criar coisas novas na sua vida. Não deixe a rotina tomar conta da sua vida. Se quer ter aquele corpinho ideal, comece a fazer caminhadas.
Boa fase nas finanças. Oportunidade para receber quantia que há muito aguardava. Relacionamento amoroso problemático. Tente manter-se em sintonia com o seu par, para passar esta fase negativa. Solte-se e captará desejos do seu amor.
Alargue os seus horizontes. Dê oportunidade de se valorizar. Um sorriso, simpatia e diplomacia são fundamentais para ultrapassar dificuldades que encontrará. Na área sentimental, cuidado com as aventuras. As tentações não faltarão.
Não desista do que acredita. Entregue-se de corpo e alma para alcançar os seus objectivos. A sorte está consigo. O seu coração pode bater mais forte, devido a uma notícia especial. No amor, boa altura para emoção e aventuras.