Edição de novembro de 2018

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Ano 13 - n.º 149 - novembro 2018

Mensal

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Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Pedro Santos Ferreira

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a is Agora m e sd 3 posto m e colheita r a Gondom

Município homenageou conquistas dos nossos campeões

> Págs. 24 e 25 PUB


2 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Editorial Foto DR

José Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT

Caros leitores,

SUMÁRIO:

FICHA TÉCNICA

Breves

Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06

Página 4

Sociedade

Páginas 6 a 26

Reportagem Vivacidade Páginas 8 e 9

Destaque

Páginas 24 e 25

Cultura

Páginas 28 a 31

Política

Páginas 32 a 36

Desporto

Páginas 37 a 40 Empresas e Negócios Páginas 41 a 43

Lazer

Página 44 Opinião Páginas 46 e 47

PRÓXIMA EDIÇÃO 20 DEZEMBRO

Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) Diretor Adjunto: Pedro Santos Ferreira (CP-6408A) Redação: Pedro Santos Ferreira Tiago Santos Nogueira (CP-10184) Departamento comercial: Tel.: 910 600 079 Paginação: Rita Lopes Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435778 Baguim do Monte Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/ vivacidade NIF: 507632923 Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda. e Augusto Miguel Silva Almeida Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Fânzeres Tel.: 919 275 934 Sede do Editor: Travessa do Veloso - 87 4200-518 Porto Sede do Impressor: Arcozelo - Vila Nova de Gaia Colaboradores: Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Buno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Paulo Silva, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves e Tiago Nogueira. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio: www.vivacidade.org Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar E-mail: geral@vivacidade.org Agenda: agenda@vivacidade.org

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org

Foto DR

Não compreendo como não se percebe que é muito grave haver pessoas a assinar por outras a sua presença na Assembleia da República, mesmo que inadvertidamente. E não percebo porque alguns protegem constantemente os amigos que o fazem. E não percebo como há tantos amigos prontos para entregar numa bandeja os outros amigos; nomeadamente disponibilizando informação interna das suas organizações à comunicação social. E, mais grave, não se percebe como os órgãos gestores da instituição (Presidência da Assembleia da República) nada fazem para verificar que todos cumprem as regras, ainda por cima quando se diz

que todos fazem e, por isso, não é grave. Para lá da óbvia e evidente responsabilidade criminal de quem falsifica documentos e registos e de quem adultera esses registos para tirar proveito próprio dever ser totalmente e cabalmente investigada pelos órgãos próprios, há a falha grave no sistema de controlo interno da Assembleia da República, que permite que quem não está esteja e que quem controla de nada saiba. Mais grave ainda, é uma parte dos políticos achar que isto é normal. Felizmente que não são todos, mas algumas das declarações a este propósito são incríveis pois parece que os senhores políticos andam num universo paralelo invertido. É muito grave.

O executivo municipal aprovou este mês uma proposta relativa ao "Fecho do subsistema de águas residuais de Gramido - Subsistema de Esposade e Sousa", no valor total de 3,3 milhões de euros. Independentemente dos moldes em que é concretizada, a medida é mais um passo para a cobertura integral do sistema de saneamento e águas residuais em Gondomar.

Os parquímetros de São Cosme têm ficado, de forma constante, com moedas de várias pessoas sem que assumam o valor que lá se coloca. E mesmo que queiramos reaver esse dinheiro as máquinas não o devolvem. O leitor, Tiago Ferreira

Que política cultural tem o concelho de Gondomar? BISTURI As políticas culturais passaram a ser, sobretudo nos últimos 15 anos, uma das principais marcas distintivas dos municípios. Durante décadas, só as grandes cidades pareciam ter condições objetivas para impor a nível nacional iniciativas de matriz cultural. As pequenas e médias cidades ficavam-se por programas pontuais, normalmente associados a festas e romarias tradicionais, uma vez ao ano. Por seu turno, os municípios de menor dimensão nem a esse patamar chegavam. Contentavam-se com iniciativas de impacto meramente local, alimentando os imaginários dos seus residentes, e dos emigrantes que tradicionalmente passam as férias nas suas terras de origem. Mas, valha a verdade, desde a viragem do século que este quadro tem vindo a mudar de forma muito significativa, em várias regiões do país. Hoje há

muitas dezenas de concelhos que conseguiram impor as suas marcas culturais, criando cartazes de atração já não apenas nacionais, mas até com projeção internacional. Exemplos bem elucidativos disto são casos como Óbidos, Montalegre, Mirandela, Campo Maior, Funchal ou Ponta Delgada, entre muitos outros. Tudo pode ser cultura. E a cultura deixou de ser um luxo a consumir recursos para se converter numa alavanca económica e de desenvolvimento local, regional e nacional. Não basta pensar apenas nos públicos locais, é preciso atrair públicos sem fronteiras internas ou externas. E para isso, só iniciativas capazes de mobilizar e atrair grandes massas podem e devem ser objeto de grandes apostas municipais. Ora, os municípios satélites das grandes áreas urbanas, sobretudo de Lisboa e Porto, são os que

mostram maior dificuldade em desenvolver projetos culturais verdadeiramente atraentes para públicos externos às suas fronteiras. Compreende-se, em certa medida, que assim seja pela força que as grandes cidades demonstram na sua oferta cultural, e que ofusca tudo o que se faça nas suas proximidades. Mas isto não pode servir para os autarcas destes concelhos cruzarem os braços, e se renderem sem ambição… Gondomar é um caso típico de falta de imaginação para criar duas ou três grandes iniciativas que se imponham no panorama dos cartazes culturais de atração externa. É pena que assim seja, e que nos contentemos com os festivais da lampreia e do sável, da sopa de nabos, ou das festas das nozes. Temos condições para ir mais longe e fazer melhor. Temos condições para criar cartazes de impacto nacional e internacional.


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4 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Breves Rio Tinto reforçou abastecimento de água no cemitério Foto Bruno Oliveira

A Junta de Rio Tinto garantiu, através de um furo artesiano, um reforço do abastecimento de água no cemitério n.º 1 da freguesia. O novo furo entrou em funcionamento no dia 31 de outubro e funciona através de um sistema de pressurização. A medida da autarquia deve resultar numa poupança significativa.

Cruz Vermelha organiza 1ª Caminhada Solidária

"Tapada do Outeiro" em exibição no Museu Mineiro

A Delegação Gondomar/Valongo da Cruz Vermelha Portuguesa vai dinamizar a 1ª Caminhada Solidária, no Trilho Ecológico da Lipor. A prova vai realizar-se no dia 1 de dezembro, pelas 9h30, e terá um percurso de quatro quilómetros. O custo de inscrição é de cinco euros.

O documentário "Tapada do Outeiro - um património, uma memória", de Sérgio Torres, vai estar em exibição no Museu Mineiro de São Pedro da Cova. A iniciativa está agendada para o dia 7 de dezembro, pelas 21h30. A entrada é gratuita.

Cantares ao Menino em Foz do Sousa

Filipe Madureira integra Peres Competições em 2019 Foto TSN

O antigo campeão nacional de Ralis Promoção e campeão Regional Norte (X1), Filipe Madureira vai estrear-se na próxima época ao volante de um carro de rodas motrizes, um Mitsubishi Lancer Evo IX, integrado na famosa Peres Competição. A mudança marca um regresso à equipa que representou em 1993.

Geoclube visitou Rússia a convite do Conselho da Europa Foto DR

O Geoclube - Associação Juvenil foi convidado pelo Conselho da Europa a participar num seminário internacional que se realizou entre 24 e 27 de outubro, na Rússia. A iniciativa visou explorar o papel do trabalho com jovens no apoio ao seu acesso aos direitos sociais.

O Rancho Folclórico de Zebreiros vai promover o 2.º Encontro de Cantares ao Menino, no dia 9 de dezembro, na Igreja Matriz São João da Foz do Sousa. Participam ainda o Rancho das Lavradeiras da Trofa e o Grupo Associativo de Divulgação Tradicional de Forjães.

Multiusos recebe 6.º Festival de Bandas de Música A Câmara Municipal de Gondomar e a Banda Sinfónica Portuguesa vão promover, nos dias 1 e 2 de dezembro, o 6.º Festival de Bandas de Música. A iniciativa conta com a participação de oito bandas musicais, no Multiusos de Gondomar. A entrada é livre.

A Terra tremeu em Gondomar No dia 5 de novembro, a terra tremeu em Gondomar. O exercício de âmbito nacional, promovido pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, procurou chamar a atenção para o risco sísmico e para a importância de comportamentos que os cidadãos devem adotar em caso de sismo, mas que podem salvar vidas.

CCD festejou Magusto no Multiusos Foto DR

O Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara de Gondomar realizou, no dia 17 de novembro, o tradicional evento de magusto, na Sala D'Ouro do Multiusos de Gondomar. A iniciativa contou com almoço, animação ao vivo e as tradicionais castanhas assadas.

Pedro Soares é segundo melhor "rookie" do Campeonato Nacional de Karting Foto DR

Pedro Soares fez, em 2018, a transição da categoria de iniciação para a categoria de cadetes no Campeonato Nacional de Karting. O jovem piloto conseguiu ser o segundo melhor "rookie" de um pelotão de 20 concorrentes.

Xilobaldes atuam no Auditório Municipal O grupo Xilobaldes, do projeto Tum Tum Tum, vai atuar, no dia 11 de janeiro, pelas 21h30, no Auditório Municipal de Gondomar. O concerto conjuga-se com o 3.º aniversário do projeto.

Laura Castro no Clube Gondomarense No dia 30 de novembro, Laura Castro vai apresentar-se no Clube Gondomarense para administrar uma palestra intitulada "Travessia breve por uma arte longa - no centenário de Júlio Resende". A iniciativa tem início às 21h30 e a entrada é livre.

Concerto coral evocou 250.º aniversário da Igreja de Rio Tinto

Delegação de Cabo Verde visitou Gondomar Foto DR

Óscar Santos, presidente da Câmara Municipal da Praia (Cabo Verde), acompanhado de Maria Aleluia Andrade, vereadora das Finanças, Cooperação e das Comunidades Imigrantes, visitaram, no dia 8 de novembro, o Município de Gondomar, no âmbito do acordo de geminação existente entre as duas cidades.

Eixo + Habitação termina a 30 de novembro O prazo de entrega de candidaturas ao Eixo + Habitação, medida de apoio que visa comparticipar o pagamento da renda ou crédito à habitação cujos valores sejam iguais ou superiores a 150 euros mensais a munícipes residentes há pelo menos 12 meses em Gondomar.

"A arte sobe ao monte" em Rio Tinto A mostra "A arte sobe ao monte" - Encontro Anual de Artes Plásticas foi inaugurada no dia 16 de novembro, na Galeria de Exposições do Condomínio das Artes - Centro Cultural de Rio Tinto. A exposição da Gens' Arte fica patente até 21 de dezembro. A entrada é gratuita.

"O sentimento dos sentidos" na sede da ARGO A Associação Artística de Gondomar vai inaugurar uma nova exposição da autoria de Paula de Sousa. A mostra intitulada "O sentimento dos sentidos" tem inauguração prevista para o dia 1 de dezembro, pelas 21h30, na sede da ARGO, no Pavilhão Municipal de Fânzeres.

Inauguração do presépio artesanal em Valbom No dia 5 de dezembro, pelas 17h30, a Associação Donas de Casa de Gondomar inaugura o presépio artesanal da autoria das suas associadas, na Junta de Freguesia de Valbom. A iniciativa tem o apoio da União das Freguesias.

Júlio Resende na Coleção Millenium BCP A mostra Júlio Resende na Coleção Millenium BCP está patente no Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende até 26 de janeiro de 2019. A exposição reúne pinturas realizadas pelo artista entre os finais dos anos 50 e os anos 2000 e propõe um olhar panorâmico, embora necessariamente incompleto, sobre os caminhos que a sua obra traçou.

"O Pequeno Pastor" no Auditório Municipal

O Coro da Sé Catedral do Porto, sob a direção de Tiago Ferreira, atuou na Igreja Matriz de Rio Tinto, no âmbito do 250.º aniversário deste espaço religioso. A iniciativa teve lugar no dia 23 de novembro, na Igreja Matriz de Rio Tinto.

O Auditório Municipal de Gondomar vai receber a peça "O Pequeno Pastor", interpretada pela Companhia Urze Teatro, com encenação e construção do Teatro e Marionetas de Mandrágora. A sessão é dupla e vai decorrer nos dias 30 de novembro e 1 de dezembro. Os bilhetes variam entre os dois e os quatro euros.

Projeto Sentir Gerações promove convívio snoezelen

Fânzeres recebe Open de Artes Marciais e Desportos de Combate

O Projeto Sentir Gerações vai desafiar, no dia 11 de dezembro, as crianças, idosos e parceiros do projeto para um convívio snoezelen intergeracional, entre as 15h e as 16h, no edifício Martim Fernandes, em Rio Tinto.

No dia 8 de dezembro, entre as 10h e as 20h, vai realizar-se o Open de Artes Marciais e Desportos de Combate, no Pavilhão Municipal de Fânzeres. A iniciativa é organizada pelo ANKDA Kenpo.


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VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Sociedade

Gondomar está prestes a entrar no espírito natalício

À semelhança de anos anteriores, a Câmara Municipal de Gondomar vai promover, de 1 de dezembro a 6 de janeiro, a campanha "Neste Natal Compre + Local". A iniciativa que serve de incentivo ao comércio tradicional deverá contar novamente com cerca de 700 aderentes, à semelhança do ano passado. Assim, repete-se a atribuição de cupões aos clientes em compras iguais ou superiores a 24,99 euros, a par da instalação de iluminação e colocação de tapetes alusivos à época natalícia nas lojas aderentes. "O objetivo é criarmos hábitos de consumo no comércio local. É importante que se perceba que esta iniciativa não visa apoiar diretamente os comerciantes, mas sim incentivar os consumidores para que consumam nas unidades de comércio tradicional do concelho", explica Carlos Brás, vereador do Município de Gondomar. A principal novidade assenta na oferta de um brinde direto, um saco para compras, aos clientes que superem o valor mencionado. Os clientes ficam ainda habilitados a raspar um cupão que lhes poderá garantir outros prémios. O programa "Neste Natal Compre + Local"

Foto Arquivo Vivacidade

No início do próximo mês, Gondomar vai contar com um conjunto de iniciativas alusivas à época natalícia. Município, autarquias e coletividades vão unir esforços para abrilhantar o concelho e dar as boas-vindas ao Natal.

> As luzes de Natal acendem-se no dia 3 de dezembro

está presente em todo o território gondomarense e é completado com a inauguração da árvore de Natal, que este ano ficará instalada junto ao Largo do Souto, em Gondomar (São Cosme). As luzes vão acender-se no dia 3 de dezembro, ao final da tarde. Em Rio Tinto, a Junta de Freguesia também aposta forte nesta época do ano. A ideia é expressa na instalação de um circo sem animais, na Avenida da Conduta. O espaço vai receber dezenas de escolas e coletividades riotintenses durante o próximo mês. A época fica também marcada pelo regresso do Concurso Árvores de Natal Solidárias. À semelhança de anos anteriores, a exposição ficará patente no Largo do Mosteiro, entre os dias 7 de dezembro e 6 de janeiro.

"Para nós, é a altura do ano em que colocamos o maior número de recursos ao serviço da comunidade. Este ano vamos ter uma novidade, a chegada do Pai Natal à Quinta das Freiras. Será uma iniciativa dedicada aos mais novos. A par disso, vamos ter ainda a iluminação e a tradicional árvore de Natal construída pelos funcionários desta autarquia", garante Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto. Em Fânzeres/São Pedro da Cova, a autarquia vai premiar os mais novos com um conjunto de pequenos espetáculos circenses com direito a uma prenda para cada uma das crianças. "A juntar a isso temos as árvores de Natal, feitas pelas várias instituições escolares, que vão decorar as rotundas do nosso território.

Após esse trabalho, cada escola terá direito a um vale de 65 euros para descontar em material escolar nas papelarias e drogarias do nosso território", afirma Pedro Miguel Vieira, presidente da União das Freguesias. A par desta iniciativa, estão também previstas duas Festas de Natal, uma em São Pedro da Cova (8 de dezembro) e outra em Fânzeres (15 de dezembro). As tradicionais Oficinas de Natal, na Biblioteca de Fânzeres e no Museu Mineiro, vão decorrer entre os dias 17 e 21 de dezembro. "Sabemos que para alguns este é o melhor momento do ano e uma oportunidade para conviverem com outras pessoas. Por isso, apostamos em grande medida nestas iniciativas natalícias", sintetiza o autarca. ■

Foto Arquivo Vivacidade

Associação Donas de Casa de Gondomar e Universidade Sénior de Gondomar também assinalam o Natal No dia 5 de dezembro, a Associação Donas de Casa de Gondomar vai inaugurar o presépio artesanal, pelas 17h30, na Junta de Freguesia de Valbom. Por sua vez, a Universidade Sénior de Gondomar vai promover a tradicional Festa de Natal, no dia 7 de dezembro, pelas 21h15, no Auditório Municipal de Gondomar. O evento tem entrada gratuita.

> A campanha "Neste Natal Compre + Local" entra em vigor a 1 de janeiro


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8 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Reportagem Vivacidade

Município avança com a construção de um mas procura novo local no alto concelho Quase dois anos depois, o Orçamento Participativo (OP) 2017 ainda dá que falar. Em causa está a construção de um centro de recolha animal que o Município promete concretizar no alto concelho. Contudo, a Associação Animais da Quinta, que reclama a autoria da ideia vencedora do OP 2017, também reclama novas instalações. O Vivacidade ouviu todas as partes envolvidas neste processo. Texto: Pedro Santos Ferreira

A 20 de abril de 2017, o Vivacidade noticiava a construção de um Albergue de Proteção Animal em Covelo, resultado da ideia vencedora do OP 2017, alegadamente proposta pela Associação Animais da Quinta (AAQ), que terá mobilizado a população e recolhido 731 votos, tornando-se assim a mais votada daquela edição do Orçamento Participativo da Câmara de Gondomar. Ano e meio após a notícia, o projeto ainda não está concluído e a associação diz-se "prejudicada pelo

processo". "Todos acham que temos o dinheiro do OP [150 mil euros], mas isso não é verdade. Pelo contrário, fomos prejudicados porque ainda não temos novas instalações e temos tido uma quebra acentuada nos donativos, face ao ano passado. Sentimos que o Município agiu à nossa boleia e que se apropriaram do nosso projeto", critica Lurdes Delgado, presidente da direção da AAQ. Em declarações ao nosso jornal, a dirigente associativa queixa-se de nunca ter sido recebida pelo presidente da Câmara e acusa a autarquia de "estar a tentar distorcer a realidade do OP 2017". "Em 2017, fomos desafiados pelo vereador [do Ambiente] José Fernando Moreira a legalizar as nossas instalações. Aceitamos o repto e preparamos uma candidatura, que submetemos ao OP através de um elemento da nossa associação, porque não podíamos participar como entidade coletiva. O projeto foi validado e aceite pela comissão de avaliação. Desde então, faltou transparência neste processo", acrescenta Lurdes Delgado. De acordo com a documentação a que nosso jornal teve acesso, a AAQ submeteu ao OP 2017 um "Projeto para Construção do Abrigo da Associação Animais da Quinta". No documento pode ler-se que o projeto "visa a construção das novas instalações da AAQ para abrigar aproximadamente 150 animais". Contu-

do, a candidatura não determina o local onde deverá ser construído o canil, nem comprova a titularidade da propriedade, conforme é exigido pelo regulamento da 3ª edição do OP do Município de Gondomar. "Não se consideram propostas que não apresentem projeto para a área do domínio público ou demonstrem titularidade da propriedade e interesse público associado", refere o regulamento. Questionado pelo nosso jornal, Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, admite que o Município "não devia ter validado esta candidatura". O edil gondomarense assume o erro, mas mostra vontade de "executar e até ampliar a ideia vencedora, com um orçamento muito superior ao que está previsto no OP". "Recordo que o OP é destinado a uma

obra pública para usufruto da comunidade. Relativamente a 2017, é importante que se entenda que o que venceu foi uma ideia, não uma associação. Agora estamos a tentar desenvolver este projeto, mas, entretanto, soubemos que existiam dúvidas relacionadas com a propriedade do terreno, por isso tivemos que rever a escolha do local. Ainda estamos à procura de um novo sítio, mas deverá ficar em Covelo", explica o autarca. O presidente da Câmara de Gondomar esclarece, no entanto, que a AAQ "julgou sempre que estava a ser criado um projeto para as suas novas instalações, algo que não é verdadeiro". "Houve uma falha do Município na aprovação daquela candidatura ao OP. Isso não impede que queiramos construir um albergue para animais no alto concelho.

AAQ lançou petição pública pela concretização da obra vencedora A AAQ deu, no início deste mês, um novo passo na luta pela "concretização da obra vencedora do OP 2017". A associação lançou na internet uma petição pública que apela à realização da obra. O manifesto conta com 380 assinaturas.

> O Município de Gondomar quer construir um CROA no alto concelho, no âmbito da lei do abate zero animal


VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

centro de recolha animal,

> Lurdes Delgado, presidente da AAQ

Assumimos o erro técnico da validação, mas aprovamos a ideia vencedora e vamos executá-la. Estamos a prever gastar entre 500 a 600 mil euros", garante Marco Martins. O autarca adianta ainda que após a conclusão do canil serão necessários parceiros para dinamizar o projeto. Nessa fase, acrescenta, "vamos necessitar do apoio de associações amigas dos animais". Contudo, Marco Martins reforça que a recente contestação da AAQ "não contribuiu para essa causa". O processo deu origem a uma pequena revolta popular na última reunião pública da Câmara de Gondomar, em Foz do Sousa. Dezenas de covelenses manifesta-

ram-se contra a intenção de construir um novo Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia (CROA) no campo do Grupo Desportivo de Covelo, coletividade reativada em maio passado. "O terreno onde está situado o campo do Covelo foi sempre propriedade do clube. Tem 11 mil metros quadrados e pertence-nos. É nosso e nem sequer está apto para construção", garante Bruno Monteiro, presidente da direção do Grupo Desportivo de Covelo. Após a reunião pública, o vereador do Ambiente do Município de Gondomar, José Fernando Moreira, acompanhou os dirigentes associativos ao local e garantiu que o projeto iria mudar-se para outro local.

> Bruno Monteiro no campo do Grupo Desportivo de Covelo

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Reportagem Vivacidade

"Não queremos interferir com o projeto da Câmara, nem da AAQ. Nós só queremos ter o nosso espaço e realizar a nossa atividade desportiva. Que isso fique bem claro. Contudo, ficamos admirados como é que o presidente da Junta [Isidro Sousa] não nos apoiou e não informou o Município sobre o renascimento deste clube", critica Bruno Monteiro. Confrontado com esta declaração, o presidente da União das Freguesias de Foz do Sousa e Covelo mostra-se admirado e revela que esta autarquia "nunca foi ouvida ou questionada em todo o processo". "Na Junta, nunca fomos interpelados sobre a construção do canil. Desconhecemos por completo este processo, mas sempre alertamos o clube para essa possibilidade a partir do momento em que retomaram a atividade", admite Isidro Sousa. Contudo, o autarca prefere olhar para a frente e é com agrado que vê a construção de um albergue animal em Covelo, "num local afastado da população". "Não nos importamos que se construa nesta freguesia. Além disso, esperamos que sirva

para criar novos postos de trabalho, se possível privilegiando os covelenses", refere. Apesar dos recentes avanços diplomáticos, a construção de um novo Centro de Recolha Animal em Gondomar parece, ainda, estar longe de ser concretizada. Oposição apela à concretização "urgente" do OP 2017 Questionado pelo Vivacidade, Daniel Vieira, vereador da CDU na Câmara de Gondomar, afirma que "é urgente o Município concretizar o projeto vencedor do OP 2017, sendo necessário encontrar um espaço para o mesmo". Por sua vez, Rafael Amorim, vereador da coligação PSD/CDS-PP, considera a construção de um novo CROA "absolutamente essencial", tendo em conta a lei do abate zero. "A lei deve ser cumprida e o apoio às associações que trabalham esta questão deve ser sério. Este assunto tem sido tratado com ligeireza e manifesta impreparação. Não pode ser anunciado um projeto sem a certeza das condições para o executar", lamentou o social-democrata. ■

> Atuais instalações AAQ, em Covelo

> Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar


10 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Sociedade POSTO DE VIGIA Manuel Teixeira

Professor universitário e investigador científico

Costa já está em módulo de propaganda contínua

3 – Este é um circo já visto e revisto, herdado de outros artistas socialistas, que empurraram o país para o abismo. Sim, porque o crescimento da nossa economia é meramente conjuntural, e mesmo assim é dos mais baixos da União Europeia, com 21 países à nossa frente, e 35 se nos compararmos com os países membros da OCDE. Sim, porque os portugueses vão pagar no ano que vem mais onze mil milhões de euros em impostos do que em 2015. Sim, porque a política socialista é gastar hoje por conta do amanhã… Tão grave como criar estas ilusões, é saber que este governo não fez uma única reforma estrutural que dê esperança para futuro. A política fiscal é uma malha de caça dinheiro. A política de educação, ensino e investigação é um espelho de ilusões. A segurança social é um buraco de insegurança e incertezas. A justiça é um labirinto de armadilhas sem saída. A saúde é um corredor de desespero e um foco de infeções. Só a propaganda sobressai, porque Costa já entrou em módulo automático de campanha.

A presidente da direção da ARCSS, Matilde Monteiro, é a autora do livro "Martinho e o desafio das diferenças", uma história que nasce a partir de um projeto desta IPSS. A ideia de grande impacto, surgiu no âmbito do trabalho com pessoas com deficiência e doença mental e com crianças e jovens com necessidades educativas especiais e vem colocar o público-alvo no centro do processo criativo, constituindo-se, simultaneamente, como objeto e sujeito de intervenção. "Há muito tempo que queria escrever um livro infantojuvenil com uma perspetiva pedagógica. É exatamente essa mensagem que procuro passar nesta obra: o respeito em torno das diferenças", revela a autora ao nosso jornal. O livro foi apresentado perante dirigentes, técnicos, utentes, amigos e familiares da ARCSS e

contou com diversas atividades para os mais novos, colocando os protagonistas do projeto "Rumos" em contexto real de trabalho. "Gostava que este livro chegasse às escolas, sobretudo às de Gondomar. A acrescentar a isso, também vai contribuir para angariarmos algum dinheiro para a instituição. Caso tenha sucesso comercial, há ainda a possibilidade de vir a ser traduzido para inglês e espanhol", disse Matilde Monteiro. "Martinho e o desafio das diferenças" já ganhou, entretanto, um musical que deverá estrear na próxima Páscoa, interpretado pelo Conservatório de Música de Felgueiras. O livro está direcionado aos alunos do 1.º ciclo do ensino básico. ■

> Matilde Monteiro (ao centro) é autora do livro

Rio Tinto acolheu 3ª Semana do Emprego e Formação Profissional A 3ª Semana do Emprego e Formação Profissional de Rio Tinto decorreu entre 5 e 9 de novembro. A iniciativa ficou marcada por diversas atividades, formações e debates.

telo, Câmara Municipal de Gondomar, IEFP, Junta de Freguesia de Rio Tinto, Centro de Reabilitação da Areosa, Fundação Nuno Silveira, Santa Casa da Misericórdia Vera Cruz de Gondomar, Querer Ser, Movimento de Defesa da Vida e CINDOR. O evento ficou ainda marcado por workshops, mostras de formação, debates e concurso de ideias. No próximo ano haverá nova edição. ■

No início deste mês, o Centro Cultural de Rio Tinto e o Antigo Liceu Martim Fernandes acolheram uma semana de iniciativas dedicadas ao empreendedorismo, emprego e formação profissional. O ponto alto do evento teve lugar no dia 7 de novembro, com a realização do debate "Novas abordagens para a integração profissional", que contou com as participações de Nélson Soares, do projeto Trinsheira, Patrícia Adriano, do projeto Querer Ser, Hélder Nogueira, do Centro Social de Soutelo, e Cláudia Vieira, da Câmara Municipal de Gondomar. A 3ª Semana do Emprego e Formação Profissional foi promovida pelo Centro Social de Sou-

Foto PSF

2 – Sejamos claros: o Orçamento do Estado é o principal documento da política económica e financeira do país. Nele se definem basicamente os montantes de receita pública, e o que o governo pretende gastar em 2019. Ora, havendo eleições no próximo ano, a principal preocupação de António Costa é tentar demonstrar que o PS é o partido que tem melhores condições para assegurar qualidade de vida aos portugueses. E não se tem cansado de o afirmar, desdobrando promessas e semeando ilusões de norte a sul do país. Por seu turno, comunistas e bloquistas estão dispostos a fazerem o pino e a espargata para se manterem na fotografia do poder. De tal sorte que a líder do Bloco até já afirma publicamente que o seu partido está pronto para governar. A tenda do circo está montada desde há meses, e os artistas treinam acrobacias e truques de magia. Tudo serve para os jogos de ilusionismo, com António Costa a empunhar o cardápio dos milagres, entregando aos parceiros da geringonça a caldeirinha e o hissope das bênçãos.

A Associação Social de Silveirinhos (ARCSS) apresentou, no dia 25 de novembro, o livro "Martinho e o desafio das diferenças", na Sala D'Ouro do Multiusos de Gondomar.

Foto DR

1 – Até ao final do mês o Orçamento do Estado para 2019 será aprovado na especialidade no Parlamento por todos os partidos da geringonça. Sem surpresa a coligação das esquerdas mantém-se unida, apesar dos números de circo que o PC e o BE continuam a alimentar, sem convicção nem ilusões. Novamente sem surpresas os três partidos que sustentam o governo estão agora, no debate da especialidade, a introduzir algumas alterações à proposta de governo, mas todas elas já combinadas e acordadas previamente. Não há, neste processo, qualquer novidade, mesmo para os mais ingénuos. Porque é assim que funciona, em comunicação, a cartilha da propaganda política, desde há um século. A teoria hipodérmica explica tudo isto de forma lapidar, sendo que hoje os efeitos do designado marketing político são gigantescamente amplificados pela galáxia digital. E em ano eleitoral o orçamento é verdadeiramente o pão e circo que anima a festa da geringonça. Mas, à parte os incautos, só se deixa enganar quem quer.

Associação Social de Silveirinhos apresentou "Martinho e o desafio das diferenças"


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12 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Sociedade

InvictaCon trouxe 600 visitantes ao Multiusos de Gondomar A Associação Grupo Boardgamers Porto (GBP) regressou a Gondomar, entre os dias 9 e 11 de novembro, para a realização da 12ª InvictaCon. O evento teve lugar na Sala D'Ouro do Pavilhão Multiusos.

A InvictaCon 2018 ficou também marcada pelo lançamento e teste de dois jogos: "Stellar - War of Agression", de André Pinto, e "Dinastias", de Fernando Zamith. Ambos explicaram ao nosso jornal, em resumo, a proposta que trazem estes dois novos jogos. "O 'Stellar' um jogo que se enquadra no género 'wargame', mas procura ser mais simples para quem é novo ao género. Pode ser jogado em um contra um ou dois contra

dois. Ainda estou a testar outras modalidades, mas o objetivo é que cada jogador construa a sua própria frota", revela André Pinto. "O 'Dinastias' é um jogo de cartas muito intuitivo que utiliza a História de Portugal e as suas dinastias para obter pontos. Ajuda os jogadores a redescobrir a monarquia portuguesa e todos os seus detalhes. O jogo joga-se em meia hora e dá de dois a cinco jogadores", adianta Fernando Zamith. ■ Foto PSF

Mais de 650 visitantes passaram pelo 12.º Encontro Nacional de Jogos de Tabuleiro e RPG do Porto. O evento voltou a Gondomar, após uma passagem pela Faculdade Portucalense, no Porto. Na Sala D'Ouro do Multiusos de Gondomar repetiu-se a premissa das edições anteriores: descobrir novos jogos de tabuleiro e convidar amigos ou conhecidos a jogar. "O evento serve sobretudo para promover o reencontro dos amantes dos jogos de tabuleiro de todo o país. Também recebemos visitantes que jogam em casa, entre amigos, mas que não aparecem nos nossos encontros semanais e encontram aqui essa oportunidade durante três dias. O terceiro grupo de participantes são os que vêm à descoberta e experimentar jogos de tabu-

leiro", explica Ricardo Biscaia, presidente da direção do GBP. A organização mostrou-se satisfeita com a Sala D'Ouro do Multiusos de Gondomar. Ao Vivacidade, o dirigente da associação admitiu que o espaço cedido pelo Município reúne "as condições logísticas e acústicas ideias para a concretização do evento, além das acessibilidades" e espera poder repetir a presença em Gondomar no próximo ano. No que diz respeito à atividade do GBP, Ricardo Biscaia adianta que o objetivo do grupo não passa por ter o maior número de pessoas a preferir os jogos de tabuleiro, mas sim pela promoção dos vários jogos e convívio entre jogadores. "Neste tipo de jogos estamos em permanente convívio com os nossos colegas de equipa e com os adversários. Essa é a principal vantagem em relação aos videojogos, em que estamos sozinhos à frente de um computador", admite o responsável pelo GBP. Em 2019, a InvictaCon deverá regressar a Gondomar e trazer de volta à Sala D'Ouro uma ludoteca com cerca de 300 jogos disponíveis gratuitamente. Fernando Zamith e André Pinto testaram novos jogos

"Aotearoa" estreou na Casa de Montezelo

O cineasta Paulo Ferreira, premiado em festivais nacionais e internacionais por diversas vezes, estreou o seu mais recente projeto, intitulado "Aotearoa - We Are All Made of Stars", na Casa de Montezelo. Desta vez, a curta-metragem foi rodada na Nova Zelândia e aborda a sustentabilidade ambiental aos olhos do povo maori, tendo por base a sua relação com a Natureza e a possibilidade de vida além da morte. Durante a apresentação do documentário, com cerca de 10 minutos, o autor revelou algumas das peripécias que experienciou na produção deste trabalho, enquadrado

pelas alterações climáticas que afetam a nossa casa: a Terra. "Os meus trabalhos são todos em torno da temática ambiental, porque existe, de facto, uma mudança que nos está a afetar a todos. Sei que podia abordar o tema pelo lado negativo, mas não considero que essa seja a melhor forma de consciencializar as pessoas. Por isso, procuro escolher locais 'mais virgens' em relação à presença humana", explica Paulo Ferreira ao nosso jornal. Em "Aotearoa", o povo maori assume-se como principal protagonista graças à crença numa entidade divina e superior. "Senti a necessidade de contar a história na perspetiva deles, que acreditam que as 'glow worms', umas lavras cinzentas que brilham, são as guardiãs dos elementos essenciais à vida. Além disso, procurei que fossem eles, o povo maori, a contar essa perspetiva", acrescenta o realizador. O título do filme sintetiza o nome que o povo maori atribui à Nova Zelândia, "a terra das longas nuvens brancas", significado de "Aotearoa". Quanto ao sucesso do filme, Paulo Ferreira mostra-se tranquilo em relação ao futuro, mas admite que espera "conseguir um prémio melhor em Cannes, porque a qualida-

de do trabalho melhorou", conclui o autor. Recorde-se que Paulo Ferreira, natural e residente em Gondomar, viu já o seu trabalho distinguido com dois Óscares do Hollywood International Independent Do-

cumentary, nas categorias de melhor documentário e melhor fotógrafo na técnica de "timelapse", e um "Golfinho" de prata no Cannes Corporate Media & TV Awards, na categoria Natureza, Ambiente e Ecologia. ■ Foto PSf

No dia 17 de novembro, a Casa de Montezelo acolheu a estreia do mais recente projeto do gondomarense Paulo Ferreira, fotógrafo e produtor de vídeo. O "Aotearoa - We Are All Made of Stars" aborda a problemática ambiental na perspetiva do povo maori.


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14 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Sociedade

Fides encontra-se com a sua história em livro e exposição

Viva Prevenido Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália

Glaucoma Sabia que o glaucoma é a segunda causa de cegueira no mundo e a primeira forma irreversível que pode ser prevenida? Em Portugal é também uma realidade e afeta mais frequentemente pessoas idosas. O glaucoma é uma designação genérica de doenças que têm em comum o aumento da pressão intraocular suficiente para causar lesões irreversíveis no campo visual. Esta é uma doença crónica que conduz a uma perda progressiva da visão, sendo que numa fase inicial não apresenta sintomas ao indivíduo, contudo, tardiamente torna-o incapacitante e dependente de terceiros. Uma visão ligeiramente desfocada que caminha para a perda da função visual na totalidade. É importante prevenir. Sendo o glaucoma uma doença crónica, mesmo que sujeita a terapias de tratamento, poderá sofrer uma evolução, passando a ser necessário um acompanhamento periódico para que possa confirmar a estabilidade do quadro clínico ou detetar novos sinais. O mais conveniente é não confundir glaucoma com pressão intraocular elevada. Um paciente pode somente apresentar hipertensão ocular sem ter qualquer alteração no seu campo visual. É importante detetar os primeiros sinais para que possa ter um diagnóstico correto. A pressão intraocular é um bom indicativo de que algo possa não estar em conformidade e a partir do exame de tonometria – medição da tensão ocular – é fácil saber quais os valores da sua. Visite o seu especialista da visão e fique a conhecer melhor esta realidade. Meça a sua pressão ocular com o seu especialista da visão para que possa rastrear alguma probabilidade antes que seja tarde.

O Fides - Orfeão de Valbom vai celebrar a rigor o seu 33.º aniversário. A coletividade está a preparar o lançamento de um livro e exposição alusivos à efeméride. A iniciativa terá lugar a 1 de dezembro, na Biblioteca Municipal de Gondomar. O Fides - Orfeão de Valbom vai assinalar o 33.º ano de atividade com pompa e circunstância. A coletividade valboense prepara-se para lançar um livro, intitulado "Fides - Encontro com a sua história", para evidenciar 33 anos ao serviço da cultura e do desporto em Gondomar. O lançamento da obra, associado à inauguração de

uma exposição homónima, está previsto para o dia 1 de dezembro, pelas 17h, na Biblioteca Municipal. De acordo com a nota enviada à imprensa, a exposição e o livro "vão relatar os acontecimentos mais marcantes desde a sua fundação até aos nossos dias, relatando episódios no campo cultural, desportivo e sobretudo humano, de jovens que, com a vontade de ocupar os tempos livres, deram origem a uma associação dinâmica, moderna e com grande capacidade de realização". Em conjunto com o livro, será editada uma litografia numerada da autoria do mestre Júlio Resende, oferta em vida ao Fides - Orfeão de Valbom, e que foi criada especialmente para servir como cartaz de um Encontro de Música Coral em 1986. A iniciativa ficará ainda marcada pela apresentação do hino oficial da coletividade, "Divina Alvorada", com poema de Castro Reis e música de Vitor Bertocchini. ■

Rio Tinto assinalou centenário do armistício da Grande Guerra A Junta de Freguesia de Rio Tinto assinalou, no dia 11 de novembro, o centenário do armistício da I Guerra Mundial, junto do Jazigo dos Soldados da Pátria, no cemitério n.º 1 da freguesia.

Foto DR

No dia 30 de outubro de 1918, era assinado o armistício que punha fim a quatro anos de conflito armado (1914 - 1918) da I Guerra Mundial, o maior até então. Foi precisamente essa efeméride que a Junta de Freguesia de Rio Tinto assinalou no início deste mês, no cemitério n.º 1 da freguesia. A cerimónia ficou marcada com uma homenagem desta autarquia aos combatentes de Rio Tinto que marcaram presença na Grande Guerra. "Em 2014, estivemos neste local a inaugurar o jazigo dos Soldados da Pátria, pela altura do centésimo aniversário do início da I Guerra Mundial. Hoje te-

mos muito mais a lembrar do que há quatro anos. Lembrar e comemorar o fim de uma guerra, assinatura de um armistício é sempre melhor do que lembrar o início de um conflito armado", afirmou Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto, em discurso. "Nesta data lembramos todos aqueles riotintenses que sofreram as amarguras deste conflito bélico, e alastramos a nossa lembrança e o nosso respeito não só aos riotintenses como aos milhões que por esse mundo fora sofreram neste conflito e em todos aqueles que ocorreram depois deste", recordou o autarca. A I Guerra Mundial contabilizou um total de nove milhões de soldados mortos, 21 milhões de soldados feridos e cerca de 8 milhões de vítimas mortais civis. "Para nunca esquecermos, para nunca mais repetirmos, que estas lembranças fiquem para sempre gravadas em nós, como os nomes dos nossos soldados gravados ali na pedra dura do jazigo dos soldados da pátria", concluiu Nuno Fonseca antes de rumar ao jazigo dos Soldados da Pátria. ■ Foto PSF


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WORKSHOP

“A Internacionalização do seu negócio, passo a passo: Gondomar”

12 Dezembro – 14H30

: - Gondomar Edifício Gondomar GoldPark O Município de Gondomar, em parceria com a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, promovem o Workshop 14H30 - Receção/check in dos participantes 15H00 - Abertura/Boas vindas 15h10 - Da decisão de exportar à entrada no mercado: Como seleccionar e que fatores a ter em conta 15h50 - Principais "ferramentas" e operações bancárias a utilizar no comércio internacional 16h10 - Documentos de apoio à exportação: Carnet ATA & Certificados de Origem 16h40 - Incentivos financeiros para a Internacionalização 17h00 - Casos de sucesso de internacionalização: Testemunho de empresas de Gondomar 17h30 - Debate e Encerramento A participação no workshop é gratuita, mas está sujeita a inscrição obrigatória: cegondomar@anje.pt empresario@cm-gondomar.pt

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INSCRIÇÕES www.eventsport.pt

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GONDOMAR DEZEMBRO

15 . 2018

INÍCIO

21H00


16 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Sociedade

Sobrinho Simões esgotou Auditório Municipal a falar de saúde e bem-estar com a doença

Cerca de 500 pessoas marcaram presença na última edição das Conferências de Gondomar, que contou com Sobrinho Simões como convidado de honra. O conceituado médico e investigador trouxe a Gondomar, "terra de grandes amigos de há longos anos", uma palestra esclarecedora e arrancou, por diversas vezes, sorrisos da plateia. Subordinada ao tema "Viver com saúde e estar de bem com a doença" e moderada por Rio Fernandes, a intervenção de Sobrinho Simões procurou desmistificar alguns mitos da medicina moderna, sobretudo em Portugal. "A primeira coisa que temos que perceber é que temos que apostar mais na doença,

no sentido da prevenção, e não tanto na saúde", começou por dizer o professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. "Portugal tem a mesma esperança de vida que os outros países europeus. Contudo, somos uma das populações que mais se queixa das doenças, porque exageramos na perceção da enfermidade", acrescentou Sobrinho Simões. Após a intervenção inicial, o público teve a oportunidade de colocar questões, muitas delas baseadas em casos verídicos. O convidado das Conferências de Gondomar respondeu a todas, sempre com uma perspetiva otimista sobre a doença. "Julgarmos que somos imortais é errado. É importante percebermos uma coisa: temos que nos convencer que vamos envelhecer, mas também podemos equacionar envelhecer com saúde. Até porque está provado que as pessoas felizes vivem mais anos que o habitual", fez notar o patologista. No que diz respeito ao pedido de uma segunda opinião médica, Sobrinho Simões não se mostrou tímido e admitiu que também é "totalmente a favor" dessa prática. "Nem o doente deve esconder isso, nem o médico deve ficar ofendido. É dos com-

portamentos mais básicos da sociedade e é correto", referiu. A terminar, Sobrinho Simões admitiu que vivemos hoje "numa sociedade de medos, temendo tudo e todos". No entanto, para o investigador português "é importante viver mais e pensar menos na doença.

Refira-se que em 2015, Sobrinho Simões foi eleito, pela revista britânica "The Patologist", como o patologista mais influente do mundo. A próxima edição das Conferências de Gondomar está prevista para fevereiro do próximo ano. ■ Foto PSF

O Auditório Municipal foi pequeno demais para acolher a palestra de Sobrinho Simões nas Conferências de Gondomar. A iniciativa teve lugar no dia 15 de novembro e centrou-se no tema "Viver com saúde e estar de bem com a doença".

Dia do Diploma: iniciativa distinguiu alunos da Escola Profissional de Gondomar No dia 9 de novembro, a Escola Profissional de Gondomar (EPG) engalanou-se para distinguir o mérito e a excelência dos seus alunos em mais uma edição do Dia do Diploma.

o aumento exponencial dos alunos de excelência. Segundo o diretor, Agostinho Lemos, “este momento é um reconhecimento, mas é também um compromisso da comunidade escolar e da comunidade local, para com os nossos jovens que concluíram uma importante fase das suas vidas e para com os

adultos que até hoje ainda não tinham tido oportunidade de ver reconhecidas as suas competências. O Dia do Diploma representa a compensação do esforço que, ao longo do ano, os alunos e adultos provaram ter obtido, salientando-se também aqui todo o trabalho desenvovido pelos professores e pelos técnicos que os acompanharam”. ■ Foto DR

A comunidade educativa da EPG juntou-se, uma vez mais, para o tradicional Dia do Diploma, iniciativa que visa distinguir o mérito dos alunos desta instituição. A cerimónia ficou marcada por testemunhos emocionantes de ex-alunos e de ex-adultos que concluíram o seu percurso escolar, momentos musicais, de dança e a entrega dos diplomas aos alunos que se distinguiram e aos finalistas, e ainda aos adultos que viram reconhecidas as suas competências através do processo de reconhecimento e validação de competências. A organização da iniciativa foi da inteira responsabilidade dos alunos dos diferentes cursos, com a orientação dos respetivos professores. A decoração esteve a cargo dos

alunos do Curso Profissional de Técnico de Design - variante de Design Industrial; o secretariado foi realizado pelos alunos do Curso de Educação e Formação de Assistente Administrativo e a receção aos convidados foi feita pelos alunos do Curso de Educação e Formação de Restaurante/Bar, que brindaram os presente com um porto de honra. A condução do evento foi desenvolvida pelos alunos do Curso Profissional de Técnico de Comunicação e Serviço Digital. Nesta cerimónia foram distinguidos os valores da da assiduidade, da dedicação, do esforço, da persistência, do empenho e do trabalho dos alunos e dos adultos. Para além da aquisição de competências profissionais, os jovens finalistas desenvolveram, ao longo do seu percurso escolar, um grande potencial humano, valorizando valores como a responsabilidade, a integridade, a cidadania, a participação, a excelência, a curiosidade, a reflexão e a inovação. A direção da EPG atribuiu também prémios de mérito de natureza financeira com o objetivo de promover a continuação do percurso escolar dos alunos, para motivar


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Agrupamento de Escolas n.º 1 revisita a história e tradições de Gondomar No dia 22 de novembro, teve lugar a primeira sessão da iniciativa "Ecos da História da Minha Terra", dinamizada pelo Agrupamento de Escolas n.º 1 de Gondomar (AEG1), no Auditório Municipal. O programa vai prolongar-se até junho de 2019.

Elisa Soares, professora de História do AEG1. Entre os destaques da programação [ver caixa] está uma apresentação dos alunos da Escola Secundária de Gondomar sobre a Primeira Revolta Republicana no Porto a 24 de janeiro, no Auditório Municipal, onde vão realizar-se todas as sessões. Os "Ecos da História da Minha Terra" terminam em junho do próximo ano. ■

Próximas sessões da iniciativa Concerto de Natal 13 de dezembro Primeira Revolta Republicana no Porto 24 de janeiro Pandeirada/Rota dos Moinhos 21 de fevereiro O rio Douro 22 de março Foto PSF

Até meados do próximo ano, o AEG1 vai dinamizar uma série de encontros mensais que irão promover a herança e identidade das terras e gentes de Gondomar. A ideia foi inspirada num trabalho curricular desenvolvido no ano passado pelo 6.º ano da EB de Jovim. O sucesso do desafio lançado pelo departamento de História ganhou dimensão e alargou-se a todo o agrupamento, voltando-se agora para a comunidade.

"As apresentações dos nossos alunos no ano passado funcionaram na perfeição. Os alunos foram desafiados a conhecer a história da terra deles e souberam tirar partido disso. Como somos um agrupamento disperso por todo o concelho, lidamos de perto com as características de cada lugar. Decidimos tornar isso uma vantagem e desafiamos os professores de cada uma das nossas escolas para que fizessem o mesmo trabalho este ano, agora aberto à comunidade", afirma Lília Silva, diretora do AEG1. O projeto vai contar com o envolvimento dos jardins-de-infância, escolas básica e secundária. "De início não imaginamos que a ideia pudesse ganhar esta amplitude. A ideia começou a ser trabalhada pela professora Conceição Pereira, professora de História. O objetivo é que cada escola e cada grupo de alunos faça uma pesquisa, junto dos encarregados de educação e comunidade local para depois apresentar um tema à sociedade", explica

Sociedade

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18 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Sociedade

Menino gondomarense sofre de doença muito rara

José Diogo nasceu saudável e tudo parecia correr de forma natural. Até que a síndrome de Rohhad apareceu na sua vida. Uma doença muito rara que está associada ao crescimento abrupto e ao engordar precoce. Um metro e vinte, mais de 50 quilos, poucas horas de sono, ataques de epilepsia, reanimações… É esta a vida de um menino que nasceu cheio de sonhos e que um suposto vírus o levou para um ciclo de pesadelos. A ele e aos seus pais. “O meu filho nasceu totalmente saudável e teve o primeiro ataque de epilepsia aos 10 meses”, disse-nos a mãe, Joana Braz. A partir daí foi o caos. “O José Diogo tem um problema associado ao sistema nervoso central, ele comigo é violento, porque funciona assim com as pessoas que mais gosta”, realçou Joana, que tem 37 anos e está, atualmente, desempregada. “Eu vivo constantemente para o meu filho, só conseguia tomar banho quando

ele estava a dormir. E no Verão dorme 4 horas por noite, no máximo”, continuou. Existem somente 78 casos em todo o mundo ligados à síndrome de Rohhad. Apenas dois em Portugal: José Diogo e uma menina de Coimbra. Não existe cura para esta doença e a esperança média de vida é de 10 anos. “Disseram-me que a origem da doença está num vírus que ele apanhou depois de nascer. Eu e o pai fizemos vários testes e não foi pela questão genética. O pai do meu filho já teve que o reanimar oito vezes e eu duas. Ele começa a ficar roxo e perde os sentidos”, confessou Joana Braz. O filho está, agora, em regime fechado na Kastelo, uma associação que presta cuidados a crianças até aos dezoito anos, em São Mamede de Infesta. Instituição na qual “está sempre a fazer terapias e muitas atividades, algo excelente para a doença dele”, referiu a mãe, que ainda acrescentou a falta de cuidado por parte do agrupamento de escolas Júlio Dinis. Por outro lado, quanto à atual habitação, a maternidade redigiu uma declaração a dizer que a casa necessitava de um polibã no lugar da banheira. “A minha casa está cheia de humidade, toda a descascar e a minha banheira está com uma inclinação PUB

Foto DR

José Diogo Braz tem apenas três anos e pesa 52 quilos. Sofre de uma doença raríssima, síndrome de Rohhad, cujas consequências são devastadoras.

enorme”, afirmou a mãe. A resposta por parte da Câmara Municipal de Gondomar vai no sentido oposto. “A habitação está em perfeitas condições de habitabilidade, conforme foi verificado pelos serviços e devidamente oficiado. No dia 3 de agosto do corrente ano foi solicitada a alteração da banheira por um polibã. Após análise pelos serviços, o pedido foi deferido a 19 de setembro e inserido para empreitada para

Grupo Mulheres de Fânzeres apoiou Obra ABC e Conferência Vicentina No dia 25 de novembro, o Grupo Mulheres de Fânzeres juntou cerca de 50 mulheres num Chá Solidário, na Casa de Montezelo. Inspiradas pela vontade de dinamizar e apoiar a comunidade um conjunto de mulheres uniu-se para dar origem a um novo movimento civil em Gondomar. Une-as uma particularidade, serem de Fânzeres, naturais ou residentes. Objetivo? Partilharem momentos de convívio, trocarem experiências e apoiarem causas nobres sempre que possível. A primeira atividade do grupo realizou-se este mês, na Casa de Montezelo, e juntou cerca de 50 mulheres. Juntas, angariaram uma verba e contribuíram com diferentes produtos para duas instituições gondomarenses: a Obra ABC e a Conferência Vicentina de Fânzeres. A iniciativa, intitulada Chá Solidário, con-

tou com um pequeno concerto da gondomarense Diana Bastos, autora do famoso tema musical "Grita, Sente", além de um momento de poesia. "Estamos prontas para organizar mais eventos e já fomos informadas da disponibilidade da Casa de Montezelo para a realização de novas iniciativas. Queremos ser um movimento de cariz solidário, porque todas conhecemos uma parte da freguesia e a nossa causa é contribuir para o desenvolvimento deste território e da sua comunidade", conclui Florinda Ferreira, porta-voz do Grupo Mulheres de Fânzeres. ■ Foto PSF

Apoios:

substituição”, destacou o Município. “Há muitas mães que se fecham, umas por vergonha, outras para não sofrerem consequências. Mas não devemos ter medo, pelo contrário. Espero que o meu caso sirva de exemplo para que outras mães não tenham receio de falar e que nunca desistam”, concluiu Joana Braz. Um discurso corajoso de uma mãe que, no fundo, só queria que o seu filho tivesse uma vida mais feliz. ■


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Sociedade

Fátima Silva editou livro sobre as raízes de Virgínia Moura "Uma vida, um sorriso" é a mais recente obra da escritora Fátima Silva. O novo livro centra-se na infância de Virgínia Moura, conhecida ativista política resistente ao Estado Novo.

"O pai era o Artur Sousa Mascarenhas e a Virgínia sabia disso, apesar de ele nunca ter assumido a parentalidade. Isso marcou-a para sempre, mas nunca a fragilizou, antes pelo contrário", acrescenta Fátima Silva. Ao Vivacidade, a autora admite que não escreveu "Uma vida, um sorriso" por motivos pessoais, "nem para redimir um passado semelhante ao da Virgínia", mas antes por sentir que "havia uma lacuna na biografia

desta mulher, porque nunca ninguém tinha procurado saber mais sobre a sua infância". Na calha poderá estar agora um novo livro sobre um dos grandes suportes de Virgínia, o marido Lobão Vital, que sempre a apoiou. "É o próximo desafio, contar a história deste grande homem que sempre defendeu a liberdade. Ele deixava que a Virgínia brilhasse, mas completava-a", conclui Fátima Silva. ■ Foto PSF

A autora Fátima Silva, natural do Porto e residente em Rio Tinto, editou recentemente um novo capítulo sobre a obra e vida de Virgínia Moura. Após ter-se debruçado sobre a militante do Partido Comunista Português em 2015, no livro "Virgínia Moura, rosto voltado para o futuro", a escritora resolveu olhar para a infância de uma mulher inspiradora e escreveu "Uma vida, um sorriso", centrado nas raízes da ativista política resistente ao Estado Novo. "A Virgínia é para mim uma referência como mulher e lutadora. Devia ser considerada um modelo para qualquer mulher que se preze", começa por dizer Fátima Silva, que ao longo dos três anos que separam os dois livros "pensou muito sobre a infância"

da primeira engenheira civil que se formou em Portugal. A busca pelas raízes de Virgínia Moura levou-a a São Martinho do Conde, Guimarães, onde nasceu a mulher ativista, filha de mãe solteira, um estigma que lhe condicionou a vida e que a ajudou a forjar precocemente o seu caráter revolucionário. "Antes de chegarem a Rio Tinto, Virgínia e a sua mãe saíram de Guimarães, passaram por Vila do Conde, regressaram ao Porto, de onde tinham partido, para depois se fixarem aqui, em Rio Tinto. A mãe de Virgínia era professora e tinha, por isso, uma vida nómada, como ainda hoje acontece aos profissionais desta área", revela a autora ao nosso jornal. De acordo com Fátima Silva, ao longo da sua infância, a menina que viria a opor-se ao Estado Novo "já mostrava sinais de uma forte personalidade". Foi precisamente esse trabalho de busca pelas raízes de Virgínia Moura que a escritora quis concretizar, tendo como suporte o arquivo histórico-militar do Porto, registos paroquiais da família e o espólio doado por Virgínia e Lobão Vital, seu marido.

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R. da Ponte 196, 4435-402 Rio Tinto 919 463 960 Todos os dias das 06h00 às 20h00


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22 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Sociedade

Joana Simões Jurista da DECO

Aproveitou as promoções, mas, afinal, o produto tem defeito?

Em caso de dúvidas sobre os seus direitos, contacte-nos: deco. norte@deco.pt Protocolo DECO/Gabinete de Apoio ao Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar: gac@cm-gondomar.pt ou 224 660 536.

A Águas de Gondomar (AdG) associou-se, uma vez mais, à Semana Europeia da Prevenção de Resíduos (EWWR) 2018, que decorreu entre 17 e 25 de novembro, sob o mote “Prevenção de Resíduos Perigosos: hora de desintoxicação”. Já na sua 10.ª edição, a EWWR tem vindo, ano após ano, a reunir cada vez mais adeptos em torno das questões da prevenção de resíduos, tendo ultrapassando em 2017 mais de 13400 ações desenvolvidas, numa iniciativa concertada com a LIPOR. Este ano a AdG ativou cerca de seis ações de sensibilização, junto dos seus colabores, clientes e público, em geral, algumas das quais decorrem, de resto, ao longo de todo o ano. Estimular o consumo da água da torneira tem sido uma das principais, tanto mais que é, de acordo com a ERSAR, uma das mais seguras em Portugal, liderando o ranking das águas com melhor qualidade para consumo humano. No âmbito desta ação de sensibilização, reforçada nesta semana, a AdG ofereceu garrafas de água reutilizáveis aos clientes que se deslocaram às duas lojas de atendimento, tendo ainda promovido uma ação de rua com a presença de uma viatura temática.

Para além destas iniciativas, foram divulgados cartazes nos principais locais das instalações e lojas de atendimentos da Águas de Gondomar para sensibilização dos colaboradores e clientes desta empresa, a alertar para o consumo de produtos perigosos e consequente produção de resíduos perigosos. Foram também distribuídos folhetos, com sugestões de soluções alternativas caseiras para os produtos de limpeza domésticos mais usados, recorrendo a produtos naturais com menor impacto para a saúde e ambiente. Ainda no âmbito das ações da AdG inscritas na Semana Europeia da Prevenção de Resíduos (EWWR) 2018, foram colocados recipientes adequados para a separação da borra de café dos bares existentes nas instalações da Águas de Gondomar, possibilitando aos colaboradores a reutilização deste resíduo nos processos de compostagem caseiros e posterior valorização nos seus espaços verdes. Recorde-se que os produtos tóxicos representam um risco maior para a saúde da população e para o ambiente quando comparado com outros tipos de resíduos. É, por isso, importante reduzir o consumo de produtos com conteúdos perigosos, mas também certificar-se de que eles são adequadamente eliminados. Estes comportamentos responsáveis devem integrar os hábitos dos consumidores, promovendo cada vez mais desintoxicação e a diminuição do uso daqueles produtos. ■ Foto DR

Na loja tradicional ou online, os bens móveis têm uma garantia de dois anos. A venda de bens em segunda mão por profissionais também tem a garantia de dois anos, exceto se este prazo foi reduzido por mútuo acordo. Só no negócio entre particulares é que não existe garantia. Assim, durante os dois anos, se surgirem avarias ou problemas, a lei define quatro vias possíveis para a resolução: a reparação, a troca, um desconto sobre o preço ou a devolução com reembolso. Porém, não estabelece uma ordem para ativar cada uma destas soluções. Por isso, o consumidor pode optar por uma, desde que seja possível e seja considerada razoável. Por exemplo, perante um pequeno defeito, reparável com uma rápida e simples intervenção, não é razoável exigir a substituição do bem. Também pode ativar a garantia se o bem não corresponder à descrição da embalagem ou não for adequado ao uso pretendido, nos casos em que o vendedor soube da intenção do consumidor. Conserve as faturas, os recibos e as garantias durante, pelo menos, dois anos. Tem dois meses a contar da data em que detetou o problema para o denunciar. No caso de se tratar de um bem imóvel, como uma casa, o prazo da garantia aumenta para cinco anos e o da denúncia de defeitos passa para um ano. Mas a contagem da garantia interrompe-se durante as reparações. Se, por exemplo, estiver privado do bem por duas semanas, peça para lhe prolongarem o prazo por esse período. Durante cada reparação, não pode ficar privado do bem por mais de 30 dias seguidos. Se a avaria originar outros problemas, por exemplo, uma máquina de lavar roupa com fuga de água que provoca uma inundação em sua casa, reúna provas (relatórios de peritos, faturas com obras e testemunhos) e envie-as por carta registada com aviso de receção. Estes prejuízos não estão cobertos pela garantia. Mas, nalguns casos, o fabricante pode ser responsabilizado. Se o bem for substituído, o novo beneficia de uma garantia de dois anos. Se apenas uma peça for substituída, esta também beneficia de uma garantia de dois anos. Avarias ou problemas resultantes da má instalação do bem também estão cobertos pela garantia, quando a instalação estiver incluída no contrato de compra e venda e tiver sido feita pelo vendedor ou sob sua responsabilidade. Também pode ativar a garantia quando se prevê que o consumidor faça a instalação e o problema se deva a incorreções nas instruções de montagem. Se o defeito se dever a má utilização (por exemplo, deixar cair o telemóvel dentro de água), não pode reclamar. Mas é o vendedor quem deve provar que essa é a causa do problema.

Águas de Gondomar integrou Semana Europeia da Prevenção de Resíduos


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Sociedade

Filigrana a Património Cultural Imaterial: fase de angariação pública termina a 30 de novembro

A Câmara Municipal de Gondomar quer inscrever a filigrana no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Para atingir o objetivo, o Município desafiou todos os gondomarenses a contribuírem numa fase de angariação pública destinada a todos aqueles que estão ou possam ter estado ligados ao

trabalho do ouro e da prata, diretamente ou através de familiares. No âmbito deste projeto, pretende-se ainda criar uma base de dados, a partir dos bens de memória familiar, para que as origens e a história desta atividade fundamental do concelho sejam do conhecimento e acesso público. "O objetivo passa por valorizar o trabalho artesanal desenvolvido ao longo de vários anos no nosso concelho. Trata-se de um complexo processo de investigação, porque nunca se apurou a origem da filigrana em Gondomar e nunca se encontrou nenhuma explicação para esta forte ligação entre a filigrana e os gondomarenses. Sabemos que começa algures no século XX, mas não sabemos exatamente quando. Não sabemos em que freguesias houve maior atividade. Não sabemos como é que o ofício cresceu e decresceu nos últimos 200 anos", afirma Ana Sousa, professora do Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Entre as principais dificuldades, a investiga-

dora aponta a falta de informação sobre a caminhada do concelho até se tornar o centro da ourivesaria em Portugal e fazer a distinção entre ourives e filigraneiros, "porque os que faziam peças em filigrana identificavam-se como ourives", explica Ana Sousa. De acordo com a responsável pelo estudo, "só a partir da segunda década do século XX, devido ao grande sucesso da técnica e a um grande crescimento no mercado, é que começamos a ver a divulgação da filigrana e dos filigraneiros em publicidade ou em almanaques". Desta forma, até 30 de novembro, o Município espera receber fotografias, utensílios, peças, desenhos e marcas que possam ser integradas neste processo de candidatura. No horizonte está também uma candidatura da filigrana ao Património Mundial da UNESCO, que só será possível após a inclusão desta técnica no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. "Conseguirmos esse reconhecimento da UNESCO seria algo único", conclui a investigadora, em declarações ao nosso jornal. ■

Foto PSF

O Município de Gondomar está a preparar uma candidatura da filigrana a Património Cultural Imaterial. Para isso, apelou ao contributo de todos aqueles que estão ou possam ter estado em contacto com o trabalho do ouro e da prata. A fase de angariação pública está prestes a terminar.

> Ana Sousa

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24 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Destaque

4ª Gala do Desporto de Gondomar: M

A Câmara Municipal de Gondomar realizou, no dia 17 de novembro, a 4ª Gala do Desporto, no Multiusos de Gondomar. A iniciativ Coletivamente, o mérito desportivo (internacional, nacional e regional) foi atribuído a 53 formações. ASSOCIAÇÃO/ CLUBE DESPORTIVO DO ANO

EQUIPA DO ANO

DIRIGENTE DO ANO

Nomeados: Sport Clube de Rio Tinto Clube Náutico de Marecos Clube Naval Infante D. Henrique

Nomeados: Seniores Masculinos - Sport Clube de Rio Tinto Juvenis Masculinos Sub17 - União Desportiva Sousense Juvenis Masculinos Shell 8+ - Clube Naval Infante D. Henrique

Nomeados: Paulo Almeida Jaime Vieira Jorge Pina

Vencedor: Clube Náutico de Marecos

Vencedor: Seniores Masculinos - Sport Clube de Rio Tinto

Vencedor: Jaime Vieira

TREINADOR DO ANO

ATLETA REVELAÇÃO DO ANO

DESPORTO ADAPTADO

Nomeados: David Fernandes Pedro Santos Ana Querido

Nomeados: Henrique Neves Beatriz Moreira Manuel Maria Vieira da Silva

Nomeados: João Lomar José Augusto Ribeiro Henrique Sousa

Vencedor: Ana Querido

Vencedor: Manuel Maria Vieira da Silva

Vencedor: Henrique Sousa

COLETIVOS

Mérito Desportivo Internacional (individual) (total 54 atletas)

Mérito Desportivo individual Nacional (total 53 atletas)

Mérito Desportivo Individual Regional (total 23 atletas)

Mérito Desportivo Coletivo Internacional (total 4 equipas)

Mérito D (total 26


VIVACIDADE NOVEMBRO 2018 25

Muito obrigado, campeões!

Destaque

va premiou um total de 130 atletas de várias modalidades com prémios de mérito desportivo (internacional, nacional e regional).

ATLETA DE EXCELÊNCIA

ATLETA MASCULINO DO ANO

ATLETA FEMININA DO ANO

Nomeados: Ricardo Braga (Ricardinho) (Devido a compromissos profissionais, o prémio foi recebido por um amigo)

Nomeados: Henrique Neves Diogo Nogueira André Pereira

Nomeados: Márcia Aldeias Renata Balonas Beatriz Moreira

Vencedor: Ricardo Braga (Ricardinho)

Vencedor: Diogo Nogueira

Vencedor: Renata Balonas

DESPORTO ESCOLAR

DEDICAÇÃO

HOMENAGEM CARREIRA/ FIGURA DESPORTIVA

Nomeados: Equipa Juvenis Femininos Sub18 Voleibol Colégio Paulo VI Equipa Iniciados Femininos Atletismo Agrupamento de Escolas de Valbom Equipa BTT-XCO Agrupamento de Escolas À Beira Douro

Nomeados: Hermínio Nunes Pinto Vieira António Taveira

Nomeados: José Mário André Azevedo Manuel Silva (Devido a compromissos profissionais, o prémio foi recebido por um amigo)

Vencedor: Equipa Juvenis Femi. Sub18 Voleibol Colégio Paulo VI

Vencedor: Hermínio Nunes

Vencedor: Manuel Silva

Desportivo Coletivo Nacional 6 equipas)

Mérito Desportivo Coletivo Regional (total 22 equipas)

Prémio Prestígio - Hugo Gilberto

Marco Martins afirmou ao nosso jornal: "Esta gala é para vocês: associações, coletividades, atletas e dirigentes. O evento é feito para distinguir pessoas e clubes, mas também é feito porque em Gondomar temos um grande palmarés associativo, cultural e desportivo. Temos tantos campeões que só o Multiusos tem a grandeza necessária para nos albergar nesta noite."


26 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Sociedade ACES Gondomar Diana Pinto Interna de Formação Específica em Medicina Geral e Familiar

Cancro do Pâncreas – um cancro “silencioso”

No dia 14 de novembro, realizou-se a cerimónia de entrega dos selos “Escola Amiga das Crianças” às escolas de Gondomar. A cerimónia teve lugar na Casa Branca de Gramido. O espaço foi pequeno para acolher todos os que quiseram associar-se a este importante ato de reconhecimento às escolas pelo trabalho que desenvolveram na procura de melhor qualidade na educação em Gondomar. A entrega dos selos “Escola Amiga das Crianças”,

promovida pela Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) e Federação das Associações de Pais do Concelho de Gondomar (FAPAG), surge num desafio lançado pelo psicólogo Eduardo Sá à CONFAP, num contribuo de se mostrar à sociedade as boas práticas educativas e escolares que existem pelo país. Gondomar não foi exceção e evidenciou uma participação e distinção muito meritória 29 projetos distinguidos de 13 escolas/agrupamentos. No final da iniciativa, a CONFAP informou que está já em curso a 2ª edição da "Escola Amiga das Crianças" em Gondomar. Em 2019, a iniciativa deverá contar com novidades ao nível das categorias distinguidas e dos níveis escolares já com o Alto Patrocínio do Presidente da República. ■

Gondomar viu aprovada candidatura ao Fundo Ambiental 2018 O Município de Gondomar viu aprovada a sua candidatura ao Fundo Ambiental 2018 - Educação Ambiental + Sustentável. A premissa assenta na promoção do uso eficiente da água e tem como lema "Torneira fechada, água poupada". A Câmara de Gondomar viu o projeto Educação Ambiental + Sustentável: Promover o Uso Eficiente da Água ser aprovado e comparticipado em 70% pelo Fundo Ambiental 2018. O objetivo deste programa passa por consciencializar a população para a adoção de comportamentos individuais mais ativos e sustentáveis, com o objetivo de evitar o desperdício associado ao consumo de água diário, reduzir a poluição gerada nos recursos

hídricos e optar pelo consumo de água da torneira. A missão do Município de Gondomar tem em conta o cenário de escassez de água vivenciado em Portugal nos últimos anos, com destaque para 2016 e 2017, resultado da variação do regime hidrológico, das alterações climáticas, do mau uso da água pelos diversos setores económicos, com resultados nefastos de contaminação, desperdício e perdas. "O Município tem, através do Centro de Educação Ambiental da Quinta do Passal, desenvolvido, desde o verão, um conjunto de ações de sensibilização ambiental com o objetivo de evitar o desperdício associado ao consumo de água diário, reduzir a poluição gerada nos nossos rios e incentivar ao consumo de água da torneira", informa a Câmara de Gondomar em nota enviada ao nosso jornal. De acordo com o comunicado, os destinatários deste programa são as escolas, juntas de freguesia, conjuntos habitacionais e diferentes setores económicos locais. ■ Foto DR

Em Portugal estima-se que surjam por ano cerca de 1300 novos casos de cancro do Pâncreas, o que o torna a quarta principal causa de morte por cancro. Trata-se de uma neoplasia digestiva com uma sobrevivência global aos cinco anos de apenas 5%, sendo fundamental o diagnóstico e tratamento precoces. O risco de cancro do pâncreas aumenta com a idade, com um pico de incidência entre os 55 e 74 anos, e afeta de igual forma homens e mulheres, com um ligeiro predomínio pelo sexo masculino. A causa desta doença é desconhecida, porém existem vários fatores de risco: o tabaco é o principal fator de risco identificado. Outros fatores como obesidade, sedentarismo, ingestão de gorduras, pancreatites crónicas (associadas frequentemente ao consumo excessivo de álcool), também aumentam o risco. Existe ainda uma predisposição familiar, com um aumento do risco nos familiares de 1º grau. Não existe um programa de rastreio definido para a população geral, pelo que os profissionais de saúde e a população devem estar alerta para os sintomas de forma a conseguir aumentar o diagnóstico precoce e assim mudar o prognóstico desta doença tão letal. Os sintomas são relativamente pouco específicos, desde dor abdominal e dorsal, perda de peso inexplicável, diminuição do apetite, icterícia (cor amarelada dos olhos e pele) se atingimento da cabeça do pâncreas, cansaço, náuseas e alterações dos hábitos intestinais. A ecografia abdominal por ser um exame não invasivo é muitas vezes o exame inicial pedido. A TAC com contraste (Tomografia Computorizada com contraste endovenoso) e Ressonância Magnética são exames de eleição para o diagnóstico e estadiamento da doença. O tratamento depende do estádio em que é feito o diagnóstico. Menos de um terço dos doentes é candidato a cirurgia com intuito curativo, dado que na maioria dos casos o diagnóstico é feito numa fase avançada de doença (muitas vezes disseminada para outros órgãos). Nestes casos, o tratamento passa pela realização de ciclos de quimioterapia e/ou radioterapia. Assim, é necessário que toda a população e profissionais de saúde, em especial os médicos de família que são muitas vezes o primeiro contacto do doente com queixas, estejam atentos a sintomas e sinais de alerta, sobretudo em subgrupos de risco (pessoas com mais de 50 anos, fumadores, com consumo excessivo de álcool, antecedentes de pancreatite crónica e história familiar de cancro do pâncreas) para que o diagnóstico seja feito de forma precoce.

CONFAP entregou selos “Escola Amiga das Crianças” em Gondomar


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28 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Cultura

Viva Saúde Paulo Amado*

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia * Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Professor Doutor em Medicina e Cirurgia Mestre em Medicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO Coordenador do INSTITUTO MÉDICO DO PÉ – Clinica Médica da Foz Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS

O que é e a nutrição funcional?

No dia 1 de dezembro, o Grupo Dramático de Rio Tinto sobe ao palco para a última apresentação pública da revista à portuguesa "É Dramático (de Rio Tinto) em Revista". Cerca de um mês depois, o 19.º Festival de Teatro de Rio Tinto está prestes a encerrar. O último espetáculo ficará a cargo do coletivo teatral do Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto, que é também o organizador do evento, em

parceria com a Junta de Freguesia. O último ato do festival corresponde também à última apresentação pública da peça "É Dramático (de Rio Tinto) em Revista", estreada em 2016, no mesmo salão de espetáculos em que se vai despedir do público. Desde o início do mês passado, já passaram pelo palco quatro grupos teatrais: Grupo Dramático de Campo (Valongo), Grupo Teatro Vai Avante (Gondomar), Teatro Experimental Intervenção Alvarim (Tondela) e Associação Recreativa de Perosinho (Vila Nova de Gaia). O 19.º Festival de Teatro de Rio Tinto conta com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar. O espetáculo final terá início às 21h30. A entrada é gratuita. ■ Foto Arquivo Vivacidade

Biblioteca de Fânzeres homenageou obra de Papiniano Carlos A União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova promoveu, no dia 9 de novembro, uma sessão evocativa à vida e obra do escritor Papiniano Carlos, na Biblioteca de Fânzeres. O centésimo aniversário do nascimento de Papiniano Carlos foi assinalado no início deste mês, na Biblioteca de Fânzeres. O escritor português nascido em Moçambique e radicado no Porto desde a infância foi autor de várias obras, entre as quais, "A Menina Gotinha de Água", que integra o Plano de Leitura Nacional. A iniciativa, promovida pela União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, contou com uma alocução de Soares Novais, declamação de poesia do autor, por Cidália Santos, um momento musical por Serafim Martins e as participações de Fernando Soares e Joaquim Santos. Recorde-se que Papiniano Carlos foi também autor de "A Ave Sobre a Cidade", "Sonhar a Terra Livre" e "Insubmissa", deixando ainda diversos livros infanto-juvenis, como "Luisinho e as Andorinhas". É considerado um dos nomes de topo do movimento neo-realista.

Papiniano trocou Lourenço Marques (atual Maputo) pelo Porto com 10 anos de idade. Em 1942, publicou o seu primeiro livro, intitulado "Esboço", demonstrando já uma apetência especial pela poesia. No final dos anos 40 do século XX, fixou-se no Porto e juntou-se ao PCP, desenvolvendo uma intensa atividade clandestina contra o regime fascista de Salazar. Foi preso três vezes pela PIDE. O autor deixou um total de 19 obras escritas. ■ Foto PSF

Compreende a interação entre todos os sistemas do corpo enfatizando as relações que existem entre bioquímica, fisiologia e aspetos emocionais e cognitivos do organismo. Um atendimento nutricional funcional visa aplicar condutas personalizadas voltadas para o equilíbrio funcional e nutricional do organismo e modular, respostas frente ao genótipo e fatores que predispõem desequilíbrios e doenças promovendo saúde como vitalidade positiva. Os nutricionistas do século XX já investigavam os efeitos da dieta nas variáveis relacionadas com a saúde, tais como pressão arterial e colesterol, assim sendo já estabeleciam uma dieta para cada doença, mas não específica para cada organismo. Para entender melhor a nutrição funcional e necessário conhecer os cinco princípios: Individualidade bioquímica: cada organismo é único com necessidades, desequilíbrios, metabolismos e tendências únicas. Cada indivíduo possui um fenótipo pessoal, que se reflete na sua individualidade genética e experiencial. Tratamento centrado no paciente: visualizado como um conjunto de sistemas que comunicam entre si e que são influenciados por fatores ambientais, emocionais, socias, culturais. Utiliza o Sistema ATMS- antecedentes englobam a história de vida e familiar, gatilhos incluem fatores e substâncias que podem ser originadas pelo stress, e mediadores envolvem componentes que podem estar associados a disfunção do organismo (que podem ser químicos, cognitivos, emocionais, culturais e sociais) para identificar os desequilíbrios nutricionais e orgânicos e para posterior diagnostico nutricional. Equilíbrio nutricional e biodisponibilidade de nutrientes: e a importância do fornecimento de nutrientes em quantidades e relações equilibradas para que possam exercer adequadamente as suas ações. Saúde como vitalidade positiva: é definida como bem-estar físico, emocional e social não mera ausência de doenças, analisando os sinais e sintomas. Com base nisto o paciente é estudado como um organismo completo e recebera orientações para promover saúde integral e reduzir o risco de doenças. Teia de interconexões metabólicas: é uma ferramenta que representa as inter-relações complexas entre todos os processos bioquímicos do organismo e entre o sistema ATMs possibilitando a identificação dos desequilíbrios orgânicos tanto na saúde como na doença.

Festival de Teatro de Rio Tinto termina a 1 de dezembro


VIVACIDADE NOVEMBRO 2018 29

Banda Musical de São Pedro da Cova renasce aos 118 anos No dia 18 de novembro, realizou-se a tomada de posse da nova direção da Banda Musical de São Pedro da Cova. A coletividade passa a ser presidida por Hélder Magalhães, que espera lograr uma "renovação da banda".

por isso temos recorrido a parcerias com outras instituições. A solução imediata passa por estabelecer parcerias com outras instituições ou coletividades. De resto, já temos uma escola da banda em funcionamento noutro local da freguesia", explica o dirigente associativo. Por sua vez, António Ventura, maestro da Banda Musical de São Pedro da Cova, quer "transmitir novos hábitos aos músicos", a par de conhecimentos teóricos e práticos. "O reportório da banda estava pouco atualizado. Tivemos que fazer essa atualização Foto PSF

Aos 118 anos de atividade, a Banda Musical de São Pedro da Cova ganha novo fôlego com uma direção recentemente renovada e empossada. O projeto de renovação começou a ganhar forma em novembro do ano passado, com a entrada de António Ventura, que assumiu a direção artística da instituição. Desde março deste ano, a banda passou a ser gerida por uma Comissão Executiva e só este mês voltou a ter um presidente da direção, Hélder Magalhães. "A partir do momento em que tivemos possibilidade de dar um salto qualitativo em

termos artísticos, procuramos também que ocorresse uma melhoria no campo diretivo para dar seguimento aos novos desafios colocados à coletividade", afirma o recém-eleito presidente da direção. Entre as várias ambições da direção está a ampliação das instalações, necessidade "premente" no entendimento da nova direção. "Esse é o nosso grande projeto. Queremos crescer, mas para isso precisamos de um espaço maior. O ideal seria um espaço novo, de raiz, adaptado às nossas características. Contudo, sabemos que isso é complicado,

Cultura

enquanto dávamos seguimento aos vários espetáculos agendados. Foi uma luta árdua, contra o tempo, mas este grupo é fantástico e conseguiu superar esse desafio", aponta António Ventura. A Banda Musical de São Pedro da Cova conta, atualmente, com cerca de 40 músicos e 90 associados. ■

Instituição comemora 118.º aniversário Prestes a celebrar o 118.º aniversário, a direção da Banda Musical de São Pedro da Cova preparou um programa diversificado para comemorar a data. No dia 30 de novembro, vai realizar-se o colóquio "O Papel e a História das Bandas Filarmónicas nas Comunidades Locais, na Junta de Freguesia de São Pedro da Cova. No dia 1 de dezembro, terá lugar o concerto de aniversário no mesmo local. No dia 2 de dezembro, realiza-se o desfile da sede da banda ao Largo da Igreja, seguido da missa de aniversário e da tradicional romagem ao cemitério em homenagem aos músicos.

> Hélder Magalhães, António Ventura e Ricardo Silva

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30 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Cultura

Lurdes Tomaz apresentou "Siena" no Centro Cultural de Rio Tinto

Lugar do Desenho comemora centenário de Júlio Resende

A gondomarense Lurdes Tomaz apresentou, no dia 17 de novembro, o livro "Siena", no Centro Cultural de Rio Tinto.

O último dia do mês de outubro encerrou, no Lugar do Desenho, as comemorações do centenário de nascimento de Júlio Resende.

Foto DR PUB

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"Foque" quer iniciar movimento artístico "alternativo" em Gondomar No dia 8 de dezembro, o Rancho Folclórico de Gondomar vai receber o concerto de final de ano do projeto "Foque", de Luís Leitão. O músico gondomarense Luís Leitão, responsável pelo projeto "Foque", vai encerrar o ano com um concerto recheado de convidados seus conterrâneos. O evento está marcado para o dia 8 de dezembro, no Rancho Folclórico de Gondomar, em São Cosme, e vai contar com uma exposição fotográfica de Joana Meneses e um set de Sien, antes do grande concerto, agendado para as 22h30. Ao Vivacidade, Luís Leitão admite um "balanço super positivo" do projeto. "Tenho tido experiências incríveis, tenho aprendido bastante e estou extremamente grato pelas oportunidades que tenho tido", admitiu o músico gondomarense. Quanto ao evento que está a promover, o músico admite que o objetivo passa por

"promover junto dos meus conterrâneos, dando também espaço para artistas da terra se juntarem". "Pretendo gerar espaços para o movimento artístico “alternativo” de Gondomar. Dei por mim a conhecer inúmeros artistas talentosos de Gondomar, noutras cidades que não a nossa. E, para mim, isso deve-se ao facto de não haver espaços de reunião/ discussão artística ou um circuito de concertos/teatro, por exemplo. É urgente uma programação cultural constante e rica para a cidade", conclui. A entrada tem um custo de 3 euros por pessoa. ■ Foto DR

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Júlio Resende deixou uma obra de pintura vastíssima, desenvolvida entre os anos 30 do século XX e a primeira década do século XXI. A inauguração do Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende, projetado pelo arquiteto José Carlos Loureiro, remonta ao ano de 1997 e localiza-se junto à casa-atelier do artista. A 31 de outubro de 2018, encerraram-se as comemorações do centenário de nascimento do pintor no “seu” Lugar do Desenho, onde constavam várias coleções: as portas da perceção, pintar

com Resende e Vivências de Paris. A ministra da Cultura, Graça Fonseca, esteve presente na iniciativa e destacou a importância da obra de um dos maiores artistas portugueses dos tempos modernos, apelidando-o de "mestre" e atribuindo significativo relevo ao facto de o dar a conhecer a públicos mais novos. “Temos artistas portugueses extraordinários. Temos uma dimensão extraordinária para o país que somos e Júlio Resende é um bom exemplo dessa monumentalidade”, realçou Graça Fonseca. Uma última nota para as palavras de Luís Filipe Araújo, vice-presidente e vereador da Cultura do Município, que nos revelou que "vivemos tempos de alguma desorientação", sendo necessário valorizar mais a cultura, até porque "grande parte dos nossos valores residem em pilares culturais". ■ Foto DR

"Um grande amor pode acontecer até à mais simples das mulheres". É esta a premissa de "Siena", o primeiro título na bibliografia da gondomarense Lurdes Tomaz. A escritora decidiu levar a sério a sua paixão pelas letras e arriscou lançar-se no mundo editorial, proposta abraçada pela Chiado Editora, dando origem a "Siena", o primeiro de três livros que já concluiu. A obra foi apresentada este mês, no Centro Cultural de Rio Tinto, junto de familiares e amigos. "Este livro está concluído há cerca de cinco anos, mas só agora foi possível editá-lo. Sempre achei que tinha escrito um bom romance, diziam-me isso mesmo, até que decidi propor a edição da minha obra a uma editora. Falei com a Chiado e o sonho tornou-se realidade", afirma Lurdes Tomaz, em entrevista ao Vivacidade. "Este livro foi começado e acabado num ápice. Não tive grandes estruturas, saiu-me naturalmente. Obviamente, uma ou duas vezes senti a necessidade de retocar a narrativa, mas nunca

fiz grandes alterações", garante Lurdes Tomaz. A autora realizou uma primeira apresentação pública em Lisboa, onde reside e trabalha, contudo, confessa que a sessão de Rio Tinto "teve um significado especial, junto de familiares e amigos de longa data". Durante a apresentação, a autora foi brindada com um momento musical protagonizado pelo Orfeão de Rio Tinto, coletividade a que já pertenceu. Ao nosso jornal, confessa ser autodidata e promete mais dois romances nos próximos tempos. "O objetivo é que os meus livros possam ser lidos por uma criança de oito anos ou uma senhora com 80. Quero que as pessoas se sintam bem enquanto lêem os meus textos", conclui. ■


VIVACIDADE NOVEMBRO 2018 31

Cultura

Festival de Música Clássica inicia a 16 de dezembro No dia 16 de dezembro, a União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova volta a apostar na promoção do Festival de Música Clássica. O evento contará com seis espetáculos e vai terminar em janeiro do próximo ano.

entendemos mantê-la ativa. Este ano há menos espetáculos, mas reforçamos a qualidade e mantivemos a dispersão pelas duas freguesias. Vamos ter uma participação especial da Academia de Música de Espinho em formato duplo, sendo uma das atuações uma estreia neste festival, através da música de percussão", destaca Maria José Cardoso, secretária da União das Freguesias e responsável pela programação da iniciativa. O Festival de Música Clássica conta com o apoio das paróquias de Fânzeres e de São Pedro da Cova, Centro Republicano e Democrático de Fânzeres e Câmara Municipal de Gondomar. ■ Foto Arquivo Vivacidade

Em dezembro, a música clássica está de volta às vilas de Fânzeres e São Pedro da Cova. No total, vão realizar-se seis espetáculos musicais, integrados na 4ª edição do Festival de Música Clássica, uma iniciativa organizada pela União das Freguesias deste território. A iniciativa vai ter lugar nos próximos meses de dezembro e janeiro, em vários locais das respetivas freguesias, e contará com a participação de várias sonoridades de grupos profissionais, bem como de grupos locais. "Esta é a 4ª edição do evento. O objetivo

é levar este género musical aos principais espaços religiosos deste território de forma gratuita. É também uma excelente oportunidade para os grupos locais participarem e demonstrarem o seu valor", afirma Pedro Miguel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. Do programa [ver caixa] constam atuações da Banda Musical de São Pedro da Cova, Orfeão de São Pedro da Cova, Grupo Coral Seminário Padre Dehon e do Orfeão Claves de Sol & Fá de Fânzeres. "Continuamos a apostar nesta iniciativa, que é já uma referência neste território, por isso

Programação 4.º Festival de Música Clássica Orquestra Camerata da Escola Profissional de Música de Espinho Coro Juvenil da Academia de Música de Espinho 16 dezembro - 16h - Igreja São Pedro da Cova Banda Musical São Pedro da Cova 1 janeiro - 16h - Auditório Junta Freguesia em São Pedro da Cova TetrAcord'Ensemble 6 janeiro - 16h - Igreja Fânzeres Grupo de Percussão da Escola Profissional de Música de Espinho 12 janeiro - 21h30 - Salão Paroquial Fânzeres Orfeão São Pedro da Cova Grupo Coral Seminário Padre Dehon Orfeão Claves de Sol & Fá de Fânzeres 13 janeiro - 16h - Capela Nª Senhora das Mercês Banda Musical São Pedro da Cova Diana Vieira (Soprano) e Manuel Alves (Tenor) 20 janeiro - 16h - Igreja de Fânzeres

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32 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Política

António Braz: "Espero que a chegada do Metro seja uma confirmação nos próximos anos"

Um ano após a tomada de posse, quais são as principais medidas implementadas em Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim? Esta União de Freguesias tinha algumas marcas muito vincadas e quando assumimos este desafio tentamos que isso não desaparecesse. Falo, por exemplo, de uma forte componente social e de uma Universidade Sénior de referência a nível nacional. Esses dois pontos seriam os mais significativos. Quando chegamos tivemos o cuidado de não os fazer murchar e julgo que conseguimos

melhorar, pontualmente, a sua influência. Continuamos, além disso, a ter uma casa-abrigo, mais vocacionada para acolher pessoas com distúrbios mentais. Temos uma cantina social onde prestamos apoio diário a várias famílias. Em Jovim, também distribuímos alimentos em dois locais específicos. Mantemos abertas as duas lojas sociais em Gondomar e Valbom. Desenvolvemos e ampliamos os vários projetos a nível europeu. Paralelamente a isso, neste primeiro ano, construímos cerca de 1000 metros de passeios, por isso estamos aquém da nossa meta - 10 quilómetros em quatro anos -, mas tivemos que desviar alguns trabalhadores para a manutenção dos espaços verdes. Após vários anos na Assembleia de Freguesia enquanto oposição foi eleito presidente desta União das Freguesias. O que o distingue do seu antecessor? Tenho uma maneira diferente de agir. Quando sei que não é possível cumprir alguma medida, digo imediatamente que não. As pessoas dizem-me que não estavam habituadas a esse tipo de atuação, mas tenho a coragem necessária para dizer não quando

é preciso. Exemplo disso foi a intervenção coerciva na limpeza de alguns terrenos deste território. Continua a existir um desequilíbrio territorial de Jovim face a Gondomar (São Cosme) e Valbom. O que está previsto para Jovim? Estou convencido que até ao fim do ano vamos inaugurar o Espaço do Cidadão em Jovim. É uma maneira de compensar aquele território. Infelizmente, ainda não temos resposta para a instalação de um ATM no edifício da Junta por questões de segurança, que têm impedido que isso se concretize. Contudo, queremos dar esse serviço à população. Se tivesse que escolher um problema que pudesse ver imediatamente resolvido, qual seria? Vou escolher a chegada do metro ao centro de São Cosme. Tenho sensibilizado o Município para esse esforço e volto a repeti-lo. Espero que Gondomar seja escolhido na próxima fase, porque era um passo muito importante para esta União das Freguesias.

Em 2013, as três freguesias foram agregadas num processo algo polémico. Atualmente, já se pode chamar a este território uma união de freguesias? Ainda há pessoas que gostariam de voltar a outros tempos, mas acredito que há, sobretudo, uma vontade de resolução dos problemas. O que espera para os próximos três anos de mandato? Espero que a chegada do Metro seja uma confirmação nos próximos anos. Chegando a Gondomar é uma mudança qualitativa muito significativa. Em São Cosme, gostaria que houvesse um arranjo urbanístico na zona do Souto que permitisse dar um ar mais urbano a toda esta área. Em Valbom, apostamos na requalificação da entrada na cidade. Esperamos também a inauguração do Parque Urbano de Fânzeres/São Cosme, que em breve será uma realidade. Além disso, vamos continuar a sensibilizar a Águas de Gondomar para uma maior cobertura de saneamento público. Jovim ainda deverá estar apenas com 65% de cobertura da rede.

José Paiva: "A nossa principal prioridade é a conclusão do Centro de Dia"

Um ano após a tomada de posse, quais são as principais medidas implementadas em Melres e Medas? O balanço que faço é positivo. Obviamente, encontramos um grande trabalho

feito pelo anterior executivo e isso facilitou-nos a tarefa. Essencialmente, neste primeiro ano demos continuidade ao que estava a ser feito. Melres e Medas são duas freguesias com uma urografia muito própria e irregular, devido ao relevo. Por isso, as acessibilidades são muito difíceis em algumas artérias. A nossa estratégia tem passado por tentar melhorar essas acessibilidades, sempre que possível. Realço também a colaboração que temos tido com as coletividades. É uma mentalidade que vem do anterior executivo, mas estamos a pensar reforçar esse apoio importante para nós e para a comunidade. Julgo que Melres e Medas têm ganho

com esta agregação. O que ficou concluído este ano? Concluímos uma série de acessibilidades, como por exemplo a Rua de Sezures, a Rua da Senhora da Piedade, que está a ser executada pela Câmara de Gondomar, graças à anuência dos proprietários do terreno, a Rua de Santa Iria, entre outros alargamentos que estavam pendentes. Procuramos que cada freguês, junto à sua casa, tenha as melhores acessibilidades. São pequenas obras, mas sabemos que dizem muito às pessoas. Por outro lado, o que falta concretizar? A nossa principal prioridade é a conclusão do Centro de Dia, que terá capaci-

dade para 10 camas em caso de emergência. No entanto, o objetivo é receber as pessoas durante o dia. Acredito que a obra ficará concluída no final deste mandato. O Parque Urbano de Medas também deverá ser uma realidade no final deste mandato, tal como a colocação do relvado sintético no campo do Melres Desporto e Cultura. É uma necessidade, porque acreditamos que vamos proporcionar melhores condições para a prática desportiva. A instalação do saneamento também é outra das prioridades que está em falta neste território. Acreditamos que em breve a cobertura da rede irá melhorar. A ETAR de Melres está a funcionar, a de Medas está praticamente em funcionamento.


VIVACIDADE NOVEMBRO 2018 33

Política

Rui Vicente: "Se continuarmos neste registo, o alto concelho pode ficar desertificado nos próximos anos" Contudo, continuamos com as mesmas dificuldades do último mandato. Posso adiantar que este ano ainda não tivemos nenhum grande investimento do Município. Atribuímos essa responsabilidade ao caso da dívida à EDP, percebemos que o Município está condicionado no seu orçamento, mas estamos a acusar muito essa limitação. Infelizmente, foi um ano negativo. Esperamos que no próximo ano a Câmara possa apoiar a Lomba.

Um ano após a tomada de posse, quais são as principais medidas implementadas na Lomba? Concluímos o parque infantil de Pé de Moura, que será inaugurado brevemente, e demos início a obras com que nos tínhamos comprometido no mandato anterior. Apesar de ser um novo ciclo é, sobretudo, uma continuidade do trabalho começado em 2013.

O relacionamento com o Município foi afetado por essa limitação financeira? Há um diálogo aberto com o presidente do Município e é isso que nos tranquiliza. Temos que compreender a fatura que caiu nas mãos desta gestão municipal e temos todos que ser solidários com essa condição. Esperamos que melhores dias venham para desbloquear este impasse. Queixou-se da falta de apoios institucionais. Pode concretizar? O IEFP, por exemplo, deixou de aprovar

candidaturas que nos garantiam alguns funcionários, via contratos de inserção profissional. Para a Junta eram uma grande mais-valia, porque, infelizmente, não temos orçamento para contratarmos mais recursos humanos. Diariamente sentimos a carência de funcionários para dar resposta às necessidades das pessoas. Temos quatro pessoas no terreno que fazem tudo: transportes escolares, manutenção de jardins, limpeza da floresta e todos os arranjos e pavimentações. Olhando para os próximos anos, que projetos tem para a freguesia? Continuamos com projetos com alguma dimensão em curso. São processos muito burocráticos e que levam algum tempo a ser concretizados. A reestruturação do cemitério está a ser feita por fases. O slide foi um processo que ficou empatado após uma queixa de um indivíduo que quis prejudicar-nos, mas está resolvido e a obra vai avançar. Deverá estar pronto no próximo ano.

O projeto do Largo de Santo António também atrasou porque tivemos que registar todos os terrenos na Comissão Fabriqueira. No edifício da Junta também realizamos algumas obras de recuperação e reestruturação. Ganhamos duas salas de formação, criamos uma sala de arquivo e uma sala para guardarmos as lembranças que vamos recebendo. Se tivesse que escolher um problema que pudesse ver imediatamente resolvido, qual seria? Ainda há lugares da freguesia onde a água potável não chega. Estamos a falar de um local que tem sete casas, mas essas 15 pessoas merecem ter as mesmas condições que os outros gondomarenses. O que espera dos próximos anos? Espero que o Município olhe mais para o alto concelho. Se continuarmos neste registo, se não houver um investimento do Município e uma inversão desta tendência, o alto concelho pode ficar desertificado nos próximos anos.

Nuno Fonseca: "Hoje as pessoas têm orgulho de pertencer a esta freguesia"

Um ano após a tomada de posse, quais são as principais medidas implementadas em Rio Tinto? O primeiro ano do segundo mandato vem no seguimento dos quatro anos anteriores, mas também é o primeiro ano de uma nova fase, com outras prioridades e uma nova visão da gestão autárqui-

ca. Queremos, acima de tudo, avançar para outro nível de serviço público. Rio Tinto já cobre todos os serviços à população, mas temos que aumentar a qualidade da prestação desses serviços. Queremos pegar no que temos e melhorar, com uma gestão de recursos mais avançada. Além disso, queremos uma freguesia mais sustentável no que toca à gestão de recursos naturais, servindo de bom exemplo para todas as instituições que nos rodeiam. Temos que mostrar às pessoas o que se pode ganhar com estes novos comportamentos. Isto faz parte de um projeto maior, intitulado Rio Tinto Sustentável, que vai culminar numa passagem de testemunho às nossas coletividades. Ao longo deste ano também demos destaque à mobilidade. Queremos ser exemplares no que toca à segurança rodoviária e queremos dar especial atenção às

pessoas com mobilidade reduzida. Qual foi o momento alto deste primeiro ano de mandato? Sem dúvida, a inauguração do Parque Urbano. Contudo, mais importante que isso é a utilização do espaço pela comunidade. Em 2013, mostrei-me contra qualquer construção naquele terreno que não pudesse ser desmontada ao final do dia. Felizmente, foi encontrada uma solução que vai de encontro às necessidades das pessoas. E o pior momento? O encerramento do posto de correios da Areosa foi uma má forma de começar o ano. É grave, sobretudo por ser uma decisão de âmbito nacional. Neste momento o que falta a Rio Tinto? Falta uma verdadeira sala de espetácu-

los, não só a Rio Tinto, mas no concelho. Obviamente, gostaria muito que fosse construída em Rio Tinto e ficaria muito triste se fosse construída em São Cosme, que já tem o Auditório e o Multiusos. Também gostaria de ver a promoção da identidade riotintense concretizada num museu. Hoje as pessoas têm orgulho de pertencer a esta freguesia. Por isso, gostaria de sair da Junta e deixar ficar um museu com a história de Rio Tinto. Em breve, esse projeto vai ganhar forma online, mas gostava que também fosse físico. Se tivesse que escolher um problema que pudesse ver imediatamente resolvido, qual seria? Gostaria de poder reorganizar o território de Rio Tinto. Mudava os prédios, parques, terrenos e ficava com uma freguesia mais organizada. Infelizmente, é um dos maiores problemas desta cidade.


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Política

Câmara aprovou Orçamento municipal para o próximo ano

O executivo municipal aprovou o Orçamento para 2019. O documento volta a assumir o passivo do Município como nota dominante do ponto de vista financeiro. No preâmbulo, é prometida a continuidade de uma política de "desagravamento pelas vias da amortização e da negociação com as entidades credoras e de supervisão". "Em 2019, manter-se-á esta trajetória de aproximação aos níveis de endividamento saudável. Do ponto de vista financeiro, 2019 será um ano de estabilidade fiscal, sendo que os gondomarenses vão beneficiar, em sede de IRS, da devolução de 0,5% da comparticipação municipal neste imposto", pode ler-se no site do Município.

Foto DR

A Câmara Municipal de Gondomar aprovou, no final do mês passado, a aprovação do Orçamento e Grande Plano do Município de Gondomar (GOP) para 2019, no valor de 128,62 milhões de euros, com dois votos contra da CDU e um do PSD.

> A Câmara de Gondomar terá um orçamento de 128 milhões de euros para 2019

Ao Vivacidade, Carlos Brás, vereador responsável pelo pelouro Financeiro da Câmara de Gondomar, alerta, no entanto, para a cativação de 28 milhões de euros referentes à dívida do Município à EDP. "É uma verba neutra para a atividade municipal, mas que conta muito para o valor da dívida", explica o autarca. Em declarações ao nosso jornal, Carlos Brás garante que não vão ser promovidas "alterações bruscas ao nível fiscal", Foto Arquivo Vivacidade

> Carlos Brás, vereador das Finanças do Município de Gondomar

apoiando-se na manutenção das taxas de IMI e na derrama. O vereador considera o próximo ano "decisivo" no que toca ao aproveitamento do Portugal 2020, orientação que justifica "as muitas rubricas de obras abertas com um valor reduzido". De acordo com o autarca, "a abertura dessas rubricas permite ao Município gerir melhor as possíveis candidaturas, aumentando ou diminuindo a dotação de cada uma delas, consoante as exigências". "Em 2019, queremos continuar a requalificar as escolas (1,8 milhões), intervir em espaços públicos (9 milhões), terminar a obra do intercetor do rio Tinto, iniciar a construção do Parque Urbano de Fânzeres/São Cosme, a criação de percursos pedonais e cicláveis dos Parques Urbanos da Ribeira da Archeira, Atães e do ribeirinho da Lixa, aumentar a cobertura da rede de saneamento (3,5 milhões), manter a aposta na qualidade da programação cultural e desportiva e continuar a apoiar o associativismo, bombeiros e as Juntas de Freguesia", acrescenta Carlos Brás. Desafiado a apontar o maior investimento previsto no Orçamento para 2019, o vereador nomeia a conclusão do intercetor do rio Tinto como a obra mais dispendiosa do próximo ano. O documento segue, agora, para debate e votação na Assembleia Municipal. Oposição mostra-se insatisfeita com o documento aprovado

Daniel Vieira, vereador da CDU na Câmara de Gondomar, minimiza o Orçamento e GOP 2019 a um "um somatório de iniciativas e projetos". De acordo com o autarca, o PS "continua a desperdiçar essas possibilidades que o nosso território pode proporcionar, quer do ponto de vista dos seus recursos naturais quer do ponto de vista do património edificado e histórico". O comunista critica ainda "o facto da maioria PS ter ignorado as propostas e sugestões apresentadas pela CDU" e contesta a ausência de "objetivos em matérias cruciais para o concelho como a mobilidade, o ambiente, o desenvolvimento económico e social, a educação, cultura, entre outras áreas". Para Rafael Amorim, vereador da coligação PSD/CDS-PP, o Orçamento "é uma desilusão para as famílias gondomarenses". O social-democrata defende que é urgente "diminuir os encargos das famílias com os impostos" e considera o IMI "outro aspeto que poderia ser revisto". "Aumentam as despesas com eventos, marketing e assessoria em detrimento da manutenção: do edificado, da rede viária, da educação e da habitação social onde não se vislumbra investimento, o aumento das rendas é real e os problemas nas habitações continuam", lamentam o autarca. Até ao fecho desta edição o Vivacidade não obteve qualquer comentário do Movimento Independente - Valentim Loureiro relativamente a esta matéria. ■


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São Pedro da Cova volta a exigir retirada imediata de resíduos perigosos

No dia 13 de novembro, João Matos Fernandes, ministro do Ambiente, admitiu, no Parlamento, que o processo de retirada dos resíduos perigosos de São Pedro da Cova está parado, estando em causa uma providência cautelar colocada por um proprietário, situação que impede a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), enquanto dona de obra, de entrar no terreno e executar a remoção. As declarações proferidas na Assembleia da

República levaram a Junta de Freguesia de São Pedro da Cova a pronunciar-se sobre o caso, em conferência de imprensa, no local onde foram depositados os resíduos há cerca de duas décadas. "Vimos repudiar o que foi dito no Parlamento pelo ministro do Ambiente. A Junta está a acompanhar o processo e não tem qualquer informação sobre a providência cautelar que o ministro agora evoca. Por isso, vimos reclamar que se faça tudo ao alcance do Governo para se considerar este processo de interesse público, de forma a que não seja novamente bloqueado por uma providência cautelar", disse Pedro Miguel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova aos jornalistas. O autarca mostrou-se indignado com o novo impedimento da remoção dos resíduos e admitiu que está a fazer "tudo o que está ao alcance da autarquia". "Existem duas hipóteses: ou o senhor ministro está mal informado ou há má-fé neste processo. O Governo tem todos os meios para dar relevância a este problema de saúde pública. Lamentamos que baixem os braços, mais uma vez", fez notar, após ter admitido

equacionar uma "tomada de posição pública junto da população". De acordo com o ministério do Ambiente, em declarações à Lusa, "aguarda-se, ainda, a decisão do tribunal para se poder avançar com a retirada dos resíduos. Os trabalhos iniciar-se-ão logo a seguir a essa decisão judicial". Após uma reunião com a CCDR-N, Marco Martins, presidente da Câmara de Gondo-

mar, admitiu que acredita ser "um equívoco" a ideia de que é uma providência de um proprietário do terreno de São Pedro da Cova, que está a travar a retirada. Por sua vez, José Lopes, dono de cerca de 27.650 metros quadrados dos terrenos, garantiu "não estar a dificultar a retirada" e sabe que o outro proprietário "também não colocou nenhuma ação nesse sentido". ■ Foto PSF

A União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova voltou a exigir a retirada imediata dos resíduos perigosos depositados há quase duas décadas naquela localidade. De acordo com Pedro Miguel Vieira, presidente da Junta, a resolução do problema tem "interesse nacional".

Política

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Política

PSD Gondomar aponta para um futuro com vitórias

Foi com “determinação e certeza nas vitórias” – palavras de José Luís Oliveira, recém-eleito presidente da Comissão Política do PSD Gondomar – que se realizou a tomada de posse dos órgãos concelhios. O auditório da ACIG esteve lotado para assistir à tomada de posse e às intervenções de José Luís Oliveira, Alberto Machado (presidente da Comissão Política Distrital do Porto) e José Silvano (secretário-geral da Comissão Política Nacional do PSD).

Antes, o PSD Gondomar anunciou a criação do cargo de Provedor do Militante. Maria Germana Rocha, gondomarense atualmente a desempenhar funções de deputada na Assembleia da República, foi o nome escolhido. Numa cerimónia em que, fundamentalmente, todos apontaram estratégias para desejadas vitórias no futuro, José Luís Oliveira realçou a “renovação da Comissão Política”, mas também uma presença e participação dos “notáveis” locais. Daí a implementação de um Conselho Consultivo que junta inúmeros nomes de relevo da história e intervenção autárquica do PSD Gondomar. “Globalmente e em equipa”, disse José Luís Oliveira, todos estes são “órgãos fundamentais para que possamos delinear a estratégia adequada e levar o PSD a ganhar a Câmara de Gondomar – e defender os interesses dos gondomarenses.” O objetivo, partilhado nas intervenções de José Luís Oliveira, Alberto Machado e José Silvano, é, genericamente, “implementar medidas práticas e concretas em benefício da população de Gondomar”, disse o líder local do PSD – “com o objetivo de contribuir para a construção de um verdadeiro projeto de centro-direita para o concelho”.

Tanto mais que, disse José Luís Oliveira, “as atuais políticas socialistas, em Gondomar e no país, nada de positivo têm trazido, a não ser promessas e mais promessas”. Sobre Gondomar, e em jeito de avaliação aos mais recentes anos, o responsável concelhio do PSD foi linear: “É só foguetório e investimento em imagem mas os gondomarenses querem que aconteçam coisas importantes para o dia a dia.” Na cerimónia destaque, também, para as presenças de representantes do CDS-PP e, na mesa de honra, Carlos Santos Castro (presidente eleito da Mesa de Plenário do

Jornal Vivacidade 29/11/2018

PSD Gondomar) e Rafael Amorim (vereador da Câmara Municipal de Gondomar). José Silvano (Secretário Geral da Comissão Política Nacional), iniciou a sua intervenção, afirmando, em relação às tão faladas faltas na Assembleia da República, devo dizer-vos o seguinte: "Tive provavelmente a semana mais difícil da minha vida (políticamente falando), no entanto, continuo a afirmar que não fiz nada de errado." Prosseguiu a intervenção dando como exemplo o verificado nesta enorme mobilização do PSD, é com exemplos destes que vamos preparar grandes vitórias eleitorais. ■ Foto DR

Na noite de 9 de novembro, o auditório da Associação Comercial e Industrial de Gondomar (ACIG) foi pequeno para acolher a cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos concelhios do PSD Gondomar. José Luís Oliveira foi uma vez mais reconduzido à liderança da Comissão Política.

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Cartório Notarial sito na Rua Rebelo de Carvalho, 728, Margaride, Felgueiras da Notária Maria Guadalupe Queirós Gonçalves da Cunha

Certifico para efeitos de publicação, que no dia catorze de Novembro de dois mil e dezoito, de folhas setenta e três a folhas setenta e quatro verso do livro de notas número quarenta e sete-A, deste Cartório Notarial, foi exarada uma escritura de justificação em que Fernando Silvestre Rosas de Magalhães, solteiro, maior, natural da freguesia de Valbom, concelho de Gondomar, onde é residente na Rua Doutor Joaquim Manuel da Costa, n.º 1051, Valbom, freguesia de Valbom, Jovim e São Cosme, que outorgou na qualidade de Pároco da freguesia de São Pedro da Cova, concelho de Gondomar e em representação da FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DA FREGUESIA DE SÃO PEDRO DA COVA, com sede na Rua da Igreja, freguesia de Fânzeres e São Pedro da Cova, concelho de Gondomar, pessoa colectiva religiosa número 501.819.150, declarou: Que a referida Fábrica da Igreja, sua representada, é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do seguinte: Prédio urbano, denominado “Capela Nossa Senhora das Mercês”, composto de edifício de um piso com terreno de logradouro, sito no Largo Mártir São Vicente, freguesia de Fânzeres e São Pedro da Cova, concelho de Gondomar, com a área coberta de cento e quatro metros quadrados e descoberta de quarenta e dois metros quadrados, a confrontar do norte e poente com Rua Nossa Senhora das Mercês, de sul e nascente com Largo Mártir São Vicente, inscrito na matriz respectiva em nome da justificante sob o artigo 15796, que provém de prédio omisso da extinta freguesia de São Pedro da Cova, com o valor patrimonial de €16.660,00 e omisso na Conservatória do Registo Predial de Gondomar. Que, o terreno onde foi edificada a construção foi-lhe doado verbalmente, por José Martins Ferreira e mulher Deolinda Martins das Neves, em data que não pode precisar, mas por volta do ano de mil e oitocentos não tendo sido outorgada a respectiva escritura, não tendo assim qualquer título suficiente de aquisição que lhe permita efectuar o respectivo registo na Conservatória do Registo Predial. Que não obstante isso, desde aquela data, de forma pública, pacifica e contínua, isto é, tudo sempre à vista e com conhecimento de toda a gente, sem violência ou oposição de quem quer que fosse, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesar o direito de outrem e ainda convencida de ser titular do respectivo direito de propriedade, a sua representada, anteriormente sob a denominação de Paróquia de São Pedro da Cova e actualmente, como Fábrica da Igreja Paroquial de São Pedro da Cova, tem possuído e fruído aquele prédio em nome próprio, gozando de todas as utilidades por ele proporcionada, diariamente, inicialmente como rústico, mais tarde, depositando materiais, construindo o edifício e dedicando-o à prática do culto religioso, fazendo obras de conservação, limpeza e restauro, participando-o à Repartição de Finanças competente como urbano, praticando enfim, todos os actos correspondentes ao direito de propriedade plena, pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse o adquiriu por usucapião, que invoca estando por isso, impossibilitada de comprovar a referida aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Que atribui ao terreno doado quinhentos euros. Está conforme o original. Felgueiras, catorze de Novembro de dois mil e dezoito. A Notária, Maria Guadalupe Queirós Gonçalves da Cunha


VIVACIDADE NOVEMBRO 2018 37

Desporto

Gala do Desporto distinguiu mais de 200 atletas, técnicos e dirigentes desportivos

O Município de Gondomar distinguiu, novamente, mais de 200 atletas, técnicos e dirigentes desportivos na 4ª Gala do Desporto. O evento criado para traduzir o "reconhecimento público pelos feitos desportivos alcançados", foi apresentado por Ricardo Couto e contou com diversos momentos de animação. Nos prémios, o principal galardão (Homenagem Carreira/Figura Desportiva) foi atribuído a Manuel Silva, veterano voleibolista da Ala Nun'Álvares de Gondomar. Nas outras categorias foram vencedores: Jaime Vieira (Dirigente do Ano); Ricardinho (Atleta de Excelência); Diogo Nogueira (Atleta Masculino do Ano); Renata Balonas (Atleta Feminina do Ano); Ana Querido (Treinador do Ano); Manuel Maria da Silva (Atleta Revelação do Ano); Henrique Sousa (Desporto Adaptado); Hermínio Nunes (Dedicação). A principal novidade, uma nova categoria intitulada Prémio Prestígio, foi entregue ao jornalista da RTP, Hugo Gilberto. Nascido e criado em Gondomar, o jornalista mostrou-se grato ao receber o galardão das mãos de Marco Martins, presidente do Município de Gondomar.

Foto PSF

Pelo quarto ano consecutivo, o Pavilhão Multiusos de Gondomar recebeu a Gala do Desporto do Município. Durante a cerimónia, realizada a 17 de novembro, foram distinguidos mais de 200 agentes desportivos do concelho.

> Manuel Silva foi premiado com o Prémio Carreira

"Este é o terceiro prémio que recebo este ano, mas é o mais especial porque é a primeira vez que acontece na minha terra. Hoje pude rever muitas pessoas que já não via há um par de anos. Nunca deixei de estar em Gondomar, onde cresci e onde resido", disse Hugo Gilberto ao público presente. Nos prémios coletivos, venceram o Clube Náutico de Marecos (Associação/ Clube Desportivo do Ano), Sport Clube Rio Tinto - seniores masculinos (Equipa do Ano) e o Colégio Paulo VI - Voleibol Sub18 (Desporto Escolar). Antes do encerramento, foram ainda entregues os Prémios de Mérito Desportivo (internacional, nacional e regional) a 130 atletas de variadíssimas modalidades. Coletivamente, o Mérito Desportivo foi atribuído a 53 formações.

"É o reconhecimento da atividade e do mérito desportivo das coletividades" Ao Vivacidade, Marco Martins assume que a Gala do Desporto continua a ser "a melhor forma de homenagear o mérito desportivo dos gondomarenses e das coletividades do concelho". "Mais uma vez, atribuímos 14 prémios a atletas de renome deste concelho. São embaixadores do nosso concelho e merecem esta homenagem. É o reconhecimento da atividade e do mérito desportivo das coletividades", afirma o edil gondomarense. A opinião é corroborada por Sandra Almeida, vereadora do Desporto do Município de Gondomar, que vê nesta iniciativa a consagração do concelho como uma "terra de campeões". "Somos dos territórios mais ecléticos a

nível desportivo e a Gala do Desporto consagra isso mesmo. É uma excelente oportunidade para reconhecermos os campeões gondomarenses", refere a autarca. No que diz respeito ao evento, a vereadora esclarece que "há sempre espaço para melhorar" e encara com naturalidade as sugestões dos clubes e dos atletas. "São eles que nos motivam a melhorar o evento, ano após ano. Felizmente, o número de campeões tem aumentado, por isso a gala também se torna mais longa. Esse foi o ponto menos positivo desta edição, mas já percebemos a melhor forma de o corrigir", garante. Certa é a continuidade da Gala do Desporto no próximo ano. O evento é da total responsabilidade da Câmara Municipal de Gondomar. ■ Foto PSF

Foto PSF

> Hugo Gilberto venceu o prémio Prestígio

> Herminío Nunes recebeu o prémio Dedicação


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Desporto TABELA CLASSIFICATIVA DE FUTEBOL Campeonato de Portugal - Série B Equipa Gondomar Lusitânia Lourosa U. Madeira Gafanha Lusitano FCV AD Sanjoanense Paredes Penalva Castelo Sp. Espinho Águeda SC Coimbrões Cesarense Amarante FC Marítimo B FC Pedras Rubras Cinfães Leça Sp. Mêda

Pontos 27 22 22 21 20 20 19 19 17 17 15 15 15 15 12 11 10 0

Próximos Jogos: 02/12 Gondomar - U. Madeira

Divisão de Elite Pro-nacional Série 1 P. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Equipa Canelas 2010 Padroense Valadares Gaia Rio Ave B Maia Lidador Avintes Boavista B FC Foz SC Rio Tinto SC Salgueiros Infesta Sport Canidelo Vila FC Oliv. Douro Lavrense Varzim B AD Grijó Pedrouços

Pontos 37 31 29 25 23 22 21 19 19 19 17 14 14 13 13 12 12 11

Próximos Jogos: 09/12 Padroense - SC Rio Tinto

Divisão de Elite Pro-nacional Série 2 Equipa Rebordosa AC Lousada Freamunde Sousense Tirsense Aliados Lordelo Barrosas S. Pedro da Cova Lixa Aliança de Gandra Vila Meã FC Vilarinho Ermesinde 1936 CD Sobrado SC Nun'Álvares Vila Caiz Gondomar B Baião

Próximos Jogos: 09/12 S. Pedro da Cova - Baião Gondomar B - CD Sobrado Sousense - Rebordosa AC

Pontos 36 29 27 25 23 23 21 20 20 18 17 15 14 14 11 10 9 9

Quatro anos de suspensão e uma carreira em risco de terminar. Aos 34 anos, o ciclista André Cardoso, natural de Gondomar, foi suspenso pela UCI, devido a um controlo antidoping positivo, no âmbito de um caso ocorrido antes da Volta a França de 2017, quando o atleta acusou positivo a EPO, duas semanas antes do

início da competição. Em reação a esta medida, André Cardoso publicou nas redes sociais uma carta aberta em que faz notar que "assim se acaba com a vida profissional de um atleta limpo, honesto, humilde, trabalhador, amigo do seu amigo". Na extensa nota, o ciclista recorda todo o processo até à data da suspensão do UCI e deixa claro que ao longo da carreira nunca faltou a um controlo antidoping. "Resta-me dizer-vos que ainda tenho forças suficientes para tentar provar a minha inocência recorrendo para o TAS através do apoio "Legal Aid", tendo consciência que poderá ser só uma miragem. Com 16 meses de luta contra a UCI não tenho mais condições para este recurso, só através de apoio jurídico", conclui o atleta nas redes sociais.

André Cardoso, que esteve presente nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 e Rio de Janeiro 2016, já tinha sido suspenso pela equipa Trek-Segafredo, que na altura era liderada pelo espanhol Alberto Contador. Em julho deste ano, então suspenso preventivamente, o ciclista voltou a dizer-se inocente, depois de a análise à amostra B ter tido um resultado inconclusivo. ■

Clubes gondomarenses de “Elite” São Pedro da Cova, Sousense e SC Rio Tinto vão disputando a Divisão de Elite e os últimos jogos têm rimado com muita coisa, menos com derrotas. Sport Clube Rio Tinto e São Pedro da Cova levam já três jogos sem perder e, com isso, conseguiram subir alguns lugares na tabela classificativa. A turma são pedrense ocupa, atualmente, o oitavo lugar da Série 2 da Divisão de Elite e vem de um empate no terreno do Barrosas, enquanto a formação riotintense ascendeu à nona posição da Série 1, após um triunfo categórico diante do Oliveira do Douro. Por outro lado, a equipa da Foz do Sousa conseguiu um triunfo em casa do Gondomar B, amealhando, assim, mais três pontos e espreitando os lugares de subida. Em 14 jogos, o Sousense soma 25 pontos e está no quarto lugar, a apenas quatro pontos do se-

gundo classificado, Lousada. Este fim de semana não haverá Campeonato, pois disputar-se-á a terceira eliminatória da Taça da Associação de Futebol do Porto. Uma última nota para a equipa B do Gondomar. Pese embora o facto de ocuparem o penúltimo lugar, com sete derrotas, seis empates e apenas uma vi-

tória, o futebol que têm praticado não corresponde à posição na tabela classificativa. Américo Soares, técnico de 52 anos, tem uma ideia de jogo muito positiva, sendo que os médios Bruno Pacheco e Diogo Dentinho asseguram um selo de qualidade à formação gondomarense. Contudo, os resultados teimam em não aparecer. ■ Foto Arquivo Vivacidade

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O ciclista André Cardoso foi castigado pela União Ciclista Internacional (UCI) no âmbito de um caso ocorrido antes da Volta a França de 2017. O gondomarense acusou positivo a eritropoietina (EPO), duas semanas antes do início da competição.

Foto Arquivo Vivacidade

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André Cardoso suspenso quatro anos por doping


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São Silvestre de Gondomar realiza-se a 15 de dezembro A 3ª São Silvestre de Gondomar vai ter lugar no dia 15 de dezembro, pelas 21h, com partida junto ao edifício da Câmara Municipal de Gondomar. São esperados cerca de 1100 participantes na corrida e caminhada da prova noturna. A prova noturna mais aguardada do concelho de Gondomar está prestes a realizar-se. Pelo segundo ano consecutivo, apesar de ser já a 3ª edição do evento, a São Silvestre Gondomar promete juntar mais de 1000 participantes nas duas categorias de prova: corrida (10km's) e caminhada (4km's). A iniciativa replica uma ideia com mais de 90 anos de história, inspirada numa corrida noturna onde os atletas corriam pela cidade com tochas acesas nas mãos. É considerada uma das mais míticas corridas do mundo e pretende tornar-se um símbolo desportivo de Gondomar. "A organização está a contar atingir números semelhantes à edição anterior. Temos uma São Silvestre com um percurso apelativo e esperamos que esteja bom tempo, como no ano passado", começa por dizer

Carlos Ferreira, da EventSport. A corrida e caminhada são marcadas por um percurso citadino que passa por alguns dos pontos de interesse mais conhecidos do concelho, com partida e chegada junto da Câmara Municipal de Gondomar, sendo uma prova ideal para todos os amantes da corrida e para os entusiastas do desporto. "A grande vantagem que temos em relação a outras provas São Silvestre é a passagem pelas ruas centrais de São Cosme. Desta forma, os participantes podem usufruir da excelente iluminação e decoração das ruas de Gondomar nesta época natalícia. Além disso, outra grande vantagem passa por não repetirmos a passagem por nenhum local. Parecendo que não, torna-se mais apelativo para quem corre", garante o organizador. Todos os participantes terão direito a medalha de participação, t-shirt técnica, dorsal, água, seguro desportivo, diploma de participação, massagem e assistência médica do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa. A corrida conta ainda com o apoio do Município de Gondomar. Recorde-se que até ao dia 30 de novembro continua em vigor a 1ª fase de inscrição para a corrida (oito euros) e caminhada (seis euros). Após esta data, os preços aumentam. ■

Desporto

> A prova tem início junto à Câmara de Gondomar

Levantamento de kits no Parque Nascente O levantamento de kits e dorsais vai decorrer entre os dias 13 e 14 de dezembro, das 10h às 20h, no Parque Nascente. No dia da prova, a entrega de kits e dorsais muda-se para o local de partida, das 16h às 20h30, junto à Câmara Municipal de Gondomar.

Mais de 2000 pessoas prontas a pedalar pelo IPO Porto

No início do próximo mês, a Sala D'Ouro do Pavilhão Multiusos de Gondomar volta a transformar-se, pela quarta vez consecutiva, num ginásio de grandes dimensões. A modalidade é única, o spinning, e envolve muito suor e algum sacrifício por uma causa solidária: apoiar o IPO Porto. A missão proposta pela organização do evento envolve pedalar 24h, sem parar, numa tarefa que será dividida por mais de 2000 participantes. "O grande objetivo é angariar dinheiro para

o serviço de pediatria do IPO Porto, na tentativa de dar um contributo para um Natal melhor. Nos últimos anos temos conseguido aumentar a verba angariada e este ano esperamos juntar cerca de 14 mil euros", afirma João Valente, responsável pela iniciativa. Entre os instrutores convidados destacamse as presenças internacionais de Nacho Andrés, Robbie Ambrosini, Eva Garcia, Nico Bucci, Pedro Martins e João Ferreira, sendo os restantes instrutores de nacionalidade portuguesa. De acordo com João Valente, a abertura ficará a cargo da fadista Cláudia Madur, pelas 12h, no primeiro dia da iniciativa. "Contamos este ano com o apoio da PRECOR Ibéria que nos cedeu 120 bicicletas de spinning novas para que conseguíssemos o feito de reunir 150 bicicletas no Multiusos de Gondomar. Orgulhamo-nos de sermos o primeiro evento spinning de longa-duração e do país a esgotar 150 bicicletas em 35 horas", conclui o organizador. ■

Foto Arquivo Vivacidade

À semelhança dos anos anteriores, mais de 2000 pessoas vão pedalar pelo IPO Porto na 4ª edição do 24h4IPO. O evento vai realizar-se nos dias 8 e 9 de dezembro, no Multiusos de Gondomar.

> A organização espera angariar cerca de 14 mil euros


40 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Desporto

Trail das Nozes superou os 1200 participantes

VIVA DESPORTO Tiago Nogueira Jornalista / licenciado em psicologia

Dragão de gala, águia resvala

A 5ª edição do Trail das Nozes contou com mais de 1200 participantes. A prova realizou-se a 28 de outubro, com partida e chegada no Pavilhão Multiusos de Gondomar.

Foto DR

Ricardo Silva, em representação do EDV - Viana Trail, foi o grande vencedor do 5.º Trail das Nozes, na categoria Trail Longo. O atleta completou o percurso de 25km's em 1h49m52s, superando a concorrência. No total, foram contabilizados 1278 inscritos, marca que deixa a Associação Desportiva Ultra Trail

Radical satisfeita com esta edição. "Foi mais um grande sucesso, é o que podemos dizer da 5ª edição. Consideramos que foi a melhor de todas", afirma Luís Pereira, responsável pela organização da prova. Questionado sobre a tendência de crescimento deste trail, o dirigente associativo explica que a limitação das inscrições nas 1200 vagas torna "difícil dizer se temos vindo a crescer em número de participantes", contudo, adianta o organizador, "posso dizer que temos vindo a melhorar a qualidade da prova". O Trail das Nozes deverá regressar no próximo ano, "no mesmo formato que tem dado bons resultados", garante Luís Pereira ao nosso jornal. A prova conta com os apoios da Câmara Municipal de Gondomar e União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim. ■ Foto PSF

14 meses depois do pesadelo em Basileia, nova goleada. Desta feita em Munique. 5-1 foi o resultado final, favorável ao Bayern. A apatia das águias tem sido gritante. Será que alguém conseguirá parar o sofrimento exibicional encarnado? A forma atual do SL Benfica mete dó. Não há outra forma de dizer isto. Alguns jogadores deste caríssimo plantel valem muito mais do que aquilo que têm demonstrado dentro das quatro linhas. E a impressão que fica é que os jogadores, ao comando de Rui Vitória, jamais conseguirão inverter este ciclo. No jogo frente ao Arouca, para a Taça de Portugal, valeram Svilar, com um par de defesas impressionantes, e Rafa Silva, com um golo no último minuto, a evitar aquilo que seria (mais) uma humilhação em pleno Estádio da Luz. E mesmo com o triunfo e com a passagem aos oitavos de final da prova rainha do futebol português, os adeptos não perdoaram a péssima exibição. Lenços brancos ao vento e um coro de assobios, assim recolheram aos balneários os jogadores encarnados. Em forma de contraste, apareceu um Dragão de gala na cidade Invicta. Sob a batuta de Óliver Torres, o FC Porto venceu o Schalke 04, por 3-1, e fez uma exibição soberba. Foram três. Mas podiam ter sido mais. Éder Militão (está um senhor jogador!), Jesús Corona e Moussa Marega marcaram os golos que valeram mais três pontos à equipa portista, algo que permitirá à turma de Conceição igualar o recorde de António Oliveira - 16 pontos em 1996/1997 - caso vença o Galatasaray, na Turquia. Mas há mais. Com este triunfo frente ao Schalke, os azuis e brancos igualam um registo só conseguido em 2012/2013, com Vítor Pereira no comando técnico: três vitórias nos três jogos em casa na fase de grupos da Liga dos Campeões. Todavia, não posso terminar este parágrafo sem revisitar o nome de um homem que nasceu a 10 de novembro de 1994, em Cáceres. Óliver Torres irradia classe a cada toque que dá na bola. Possui uma tremenda capacidade para fazer passes de um lado ao outro do campo com uma enorme precisão, permitindo assim que a sua equipa “bascule” ofensivamente com maior rapidez e qualidade. Um verdadeiro estratega que tem melhorado os seus níveis de intensidade. Por último (mas não menos importante), destaque para um conjunto de atletas portugueses com Síndrome de Down que golearam a seleção italiana (campeã do Mundo), sagrando-se campeões europeus. Apesar de não ter sido uma conquista muito evidenciada, não poderia deixar de partilhar o sentimento e a convicção de uma "nação valente" que contagiou com a sua forma emocionada de cantar o hino nacional.

Pinheirense passa dificuldades na liga de futsal portuguesa O FCU Pinheirense sofreu uma revolução interna nas últimas semanas. O clube dispensou quatro atletas, mudou de treinador e acusou a falta de apoio financeiro. Está em causa a permanência no escalão principal de futsal. No início deste mês, em comunicado, o Pinheirense fez saber que dispensou quatro atletas de forma a continuar na 1ª Liga de futsal. A decisão, segundo a nota, prendeu-se com a necessária garantia financeira do clube para permanecer no principal escalão da modalidade em Portugal. À Lusa, Marco Vigário, presidente do Pinheirense, garantiu que inclusivamente foi equacionada a desistência da competição devido "à falta de apoios

prometidos", a que se juntou a vontade "de alguns colegas da direção de deixar de meter dinheiro". "É um problema com anos, que se tem acumulado, promessas verbais de apoio que não foram cumpridas, de instituições e pessoas importantes do concelho e têm sido quatro diretores, eu incluído, que têm aguentado isto", explicou o dirigente do clube. No comunicado é garantido que não há salários em atraso no clube, mas Marco Vigário, em declarações à Lusa, revela que "em Gondomar é impossível ter equipas a competir nos principais campeonatos". A somar a isto, no dia seguinte confirmou-se a saída do treinador Carlos Machado, entretanto substituído por José Feijão no comando técnico. Refira-se que o Pinheirense está, pela quarta época consecutiva, no principal escalão do futsal português. O clube de Valbom ocupa atualmente a última posição da classificação, com cinco pontos. Até ao fecho desta edição não obtivemos resposta do presidente, Marco Vigário. ■


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Empresas & Negócios

“CTM Advogados” chega a Rio Tinto A sala 21 do número 434 da Avenida Dr. Domingos Gonçalves de Sá, em Rio Tinto, traz a Gondomar uma oferta dinâmica e muito profissional na área da advocacia. “CTM Advogados” é o mais recente projeto de três jovens que frequentaram a Universidade Católica Portuguesa. Rafael Corte Real, Octávio Torres e Nuno Silva Matos, todos com 27 anos, especializaram-se em Direito Fiscal na Universidade Católica Portuguesa e querem, agora, demonstrar todo o seu valor no mercado de trabalho. Escolheram a zona de Rio Tinto devido ao facto de estar ligada às raízes de Rafael e “o objetivo passou sempre por ser na terra de um dos sócios”. “Rio Tinto é uma freguesia que está colada ao Porto e, por isso, conseguimos uma localização estratégica muito interessante”, disse Rafael Corte Real, acrescentando mais uma razão para o escritório estar situado em Gondomar. Na inauguração do novo projeto estiveram presentes cerca de 100 pessoas, inclusive o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca. Pese embora a área de especialização dos três jovens seja o Direito Fiscal, a prática é absolutamente generalizada e nada os apoquenta. “Queremos levar este projeto a bom porto, desejamos que

Rio Tinto tenha um escritório jovem e com uma maior dinâmica. A nossa ideia passa por prestar um serviço diferenciado nesta freguesia”, apontou Octávio Torres. Entre prós e contras, o Direito Fiscal acaba por ser uma opção muito válida e interessante, “uma vez que, normalmente, a maioria dos escritórios têm algumas dificuldades nessa vertente e é a nossa área de formação”, referiu Nuno Silva Matos. Neste escritório de advogados e dada a juventude dos sócios, aquilo que se pretende é uma abordagem mais coletiva. “Três cabeças em conjunto pensam melhor do que uma”, evidenciou Rafael Corte Real. Numa sala open space, os três trabalharão em conjunto. Cada processo será sempre avaliado por todos, algo que oferece uma maior segurança ao cliente. A nova empresa riotintense prestará auxílio em processos judiciais, assim como dará, também, apoio jurídico, ou seja, a área da assessoria não será esquecida. “Estamos ao serviço da comunidade, estamos prontos para apoiar em tudo aquilo que precisarem. Aqui encontrarão um trabalho muito rigoroso e de confiança”, concluíram os três advogados. ■

> Margarida Corte Real, Antónia Silva Matos, Maria Emília Faria Torres e Lúcia de Sampaio Rafael

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Jornal Vivacidade 29/11/2018 Associação São Bento

> Rafael Corte Real, Nuno Silva Matos e Octávio Torres

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Jornal Vivacidade 29/11/2018 Associação São Bento

Assembleia Geral Extraordinária Convocatória

Assembleia Geral Ordinária Convocatória

Nos termos e para os efeitos previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 35.º. do artigo 37.º e do artigo 74.º dos Estatutos, convoco os Senhores Associados da Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Peras de Rio Tinto a reunirem-se em Assembleia Geral Extraordinária, no próximo dia 30 de novembro de 2018, às 20:00 horas, na Sede Social desta Associação, sita na Rua da Boavista, n.º 394, na freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar, distrito do Porto, com a seguinte

Nos termos e para os efeitos previstos nas alíneas b) do n.º 1 do artigo 36.º, e do artigo 63.º dos Estatutos, convoco os Senhores Associados da Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Peras de Rio Tinto a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária, no próximo dia 14 de dezembro de 2018, às 20h00m, na Sede Social desta Associação, sita na Rua da Boavista, n.º 394, na freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar, distrito do Porto, com a seguinte

Ordem de Trabalhos Ponto Único – Apreciação, discussão e votação da proposta da Direção de alteração dos n.ºs 1 e 2 do artigo 11º, nº1 do artigo 16.º, do artigo 17.º, do artigo 18.º, n.º 1 do artigo 20.º e n.º 1 artigo 25.º do Regulamento de Benefícios da Associação Socorros Mútuos S. Bento Peras de Rio Tinto. A Assembleia Geral reunirá à hora marcada na convocatória estando presentes mais de metade dos Associados efetivos com direito a voto e no pleno gozo dos seus direitos associativos ou sessenta minutos depois, isto é, às 21 horas, com qualquer número de presenças, de acordo com o nº 1 do artigo 40.º dos Estatutos. Só podem participar e votar na Assembleia Geral, os Associados efetivos, admitidos há mais de doze meses e que tenham as suas quotas pagas até ao mês de novembro de 2018, inclusive. Rio Tinto, 14 de novembro de 2018. O Presidente da Assembleia Geral, Avelino Ferreira Silva Observações (artº 34 dos Estatutos): A Assembleia Geral é constituída por todos os Associados maiores que estejam no pleno gozo dos seus direitos associativos, tendo cada Associado direito a um voto. Consideram-se no pleno gozo dos seus direitos os Associados admitidos há pelo menos 12 meses que tenham as suas quotas em dia e não se encontrem suspensos. Cada Associado pode representar outros Associados ou fazer-se representar por outro, cumprindo as formalidades prescritas no artº 12 dos Estatutos. Os Associados deverão apresentar recibo da quota paga relativa ao mês de novembro de 2018, acompanhado de um documento de identificação com fotografia (Cartão de Associado, Bilhete de Identidade, Cartão de Cidadão, Passaporte ou Carta de Condução).

Ordem de Trabalhos Ponto um: Apreciação, discussão e votação do programa de Ação e Orçamento para 2019 e do respetivo parecer do Concelho Fiscal Ponto dois: Outros assuntos de interesse para a Associação. A Assembleia geral reunirá à hora marcada na convocatória estando presentes mais de metade dos Associados efetivos com direito a voto e no pleno gozo dos seus direitos associativos ou sessenta minutos depois, isto é, às 21h00m, com qualquer número de presenças, de acordo com o nº1 do artigo 40.º e do n.º1 do artigo 63.º dos Estatutos. Só podem participar e votar na Assembleia Geral, os Associados efetivos, admitidos há mais de doze meses e que tenham as suas quotas pagas até ao mês de dezembro de 2018, inclusive. Rio Tinto, 26 de novembro de 2018. O Presidente da Assembleia Geral, Avelino Ferreira Silva Observações (artº 34 dos Estatutos): A Assembleia Geral é constituída por todos os Associados maiores que estejam no pleno gozo dos seus direitos associativos, tendo cada Associado direito a um voto. Consideram-se no pleno gozo dos seus direitos os Associados admitidos há pelo menos 12 meses que tenham as suas quotas em dia e não se encontrem suspensos. Cada Associado pode representar outros Associados ou fazer-se representar por outro, cumprindo as formalidades prescritas no artº 12 dos Estatutos. Os Associados deverão apresentar recibo da quota paga relativa ao mês de novembro de 2018, acompanhado de um documento de identificação com fotografia (Cartão de Associado, Bilhete de Identidade, Cartão de Cidadão, Passaporte ou Carta de Condução).


42 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Empresas & Negócios PUB

Jornal Vivacidade 29/11/2018 Associação São Bento

Assembleia Geral Ordinária Convocatória Nos termos e para os efeitos previstos nas alíneas c) do n.º 1 do artigo 36.º, e do artigo 63.º dos Estatutos, convoco os Senhores Associados da Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Peras de Rio Tinto a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária, no próximo dia 12 de dezembro de 2018, às 16h30m, na Sede Social desta Associação, sita na Rua da Boavista, n.º 394, na freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar, distrito do Porto, com a seguinte Ordem de Trabalhos Ponto único: Eleição dos Órgãos Associativos da Associação de Socorros Mútuos de S. Bento das Peras de Rio Tinto, para o Triénio 2019-2021; A Assembleia geral reunirá à hora marcada na convocatória estando presentes mais de metade dos Associados efetivos com direito a voto e no pleno gozo dos seus direitos associativos ou sessenta minutos depois, isto é, às 17h30m, com qualquer número de presenças, de acordo com o nº1 do artigo 40.º e do n.º1 do artigo 63.º dos Estatutos. Nos termos previstos no n.º 3 do artigo 63.º dos Estatutos, nas Assembleias Gerais Eleitorais o período de votação não poderá ser inferior a duas horas, após o qual se procederá imediatamente ao escrutínio dos votos. Só podem participar e votar na Assembleia Geral, os Associados efetivos, admitidos há mais de doze meses e que tenham as suas quotas pagas até ao mês de dezembro de 2018, inclusive. Rio Tinto, 26 de novembro de 2018. O Presidente da Assembleia Geral, Avelino Ferreira Silva

O filme "Tiro e Queda" teve a sua antestreia na Alfândega do Porto, graças a uma parceria entre o concessionário Ford MCoutinho e a Stopline e a produtora. A iniciativa realizou-se a 23 de novembro. A Stopline lançou à Ford MCoutinho o desafio de apoiar a produção do filme "Tiro e Queda", uma vez que os dois protagonistas principais, os atores Eduardo Madeira e Manuel Marques, são dois fanáticos da marca Ford e conduzem um Ford Capri amarelo, que faz as delícias dos adeptos da marca. Como a Ford foi a primeira marca representada por Manuel Coutinho em 1956 (há 62 anos) e como temos uma fortíssima presença no território nacional como concessionários, desde o distrito de Bragança a Vila Real a Aveiro e ao Porto, fazia todo o sentido apoiarmos esta produção nacional.

O projeto da Stopline enquadrou-se perfeitamente na estratégia de marketing da Ford MCoutinho, cujo objetivo assenta na "procura por colaboração com parceiros que proporcionem experiências diferentes e memoráveis aos clientes". Por isso, a marca considerou o cinema, dentro de uma dinâmica de comunicação do grupo MCoutinho, um meio interessante de chegar às pessoas de uma forma divertida. Na antestreia do filme estiveram presentes várias figuras públicas do Porto como, por exemplo, o ator Ricardo Trêpa, a apresentadora do Porto Canal Carla Ascensão, os estilistas Katty Xiomara e Miguel Vieira, a relações públicas Cláudia Jacques, entre outras personalidades. A estreia do filme nas salas portuguesas está agendada para 17 de janeiro. ■ Foto DR

Observações (artº 34 dos Estatutos): A Assembleia Geral é constituída por todos os Associados maiores que estejam no pleno gozo dos seus direitos associativos, tendo cada Associado direito a um voto. Consideram-se no pleno gozo dos seus direitos os Associados admitidos há pelo menos 12 meses que tenham as suas quotas em dia e não se encontrem suspensos. Cada Associado pode representar outros Associados ou fazer-se representar por outro, cumprindo as formalidades prescritas no artº 12 dos Estatutos. Os Associados deverão apresentar recibo da quota paga relativa ao mês de novembro de 2018, acompanhado de um documento de identificação com fotografia (Cartão de Associado, Bilhete de Identidade, Cartão de Cidadão, Passaporte ou Carta de Condução).

MCoutinho associou-se à antestreia de "Tiro e Queda" no Porto

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VIVACIDADE NOVEMBRO 2018 43

Empresas & Negócios

Rua de Sistelo acolhe nova sede da referência Metauto Desde 2005 certificada pela ISO9001, a Metauto é uma metalúrgica capaz de dar resposta a tudo. E como o crescimento da empresa tem sido exponencial, a rua de Sistelo recebeu, no dia 9 de novembro, a inauguração das novas instalações de forma saudosista. A Metauto é, acima de tudo, uma empresa familiar. E uma empresa de laços, mesmo mudando a sua localização, dificilmente perde a verdadeira essência. Atualmente, a gerência é assumida pelo fundador João Leite, sendo a gestão apoiada pelo filho José Leite e pelos netos Vânia Leite e Sérgio Abreu. De realçar que já existem, por isso, três gerações a laborar na empresa. “A Metalúrgica Metauto iniciou a sua atividade no dia 6 de fevereiro de 1970, pelas mãos do meu avô e da minha avó”, começou por dizer Vânia Leite ao nosso jornal. Em 1984, estava na hora de se mudarem de malas e bagagens para umas instalações novas na rua João Vieira, de forma a acompanharem o crescimento da própria empresa. Em 1986, aos processos de fabrico existentes, acresce a injeção de plástico. A partir do século XXI, o in-

vestimento desta metalúrgica sofreu um aumento sucessivo e permanente, tanto através da aquisição de novas prensas e balancés, como através da implantação de um novo processo de fabrico – o torneamento automático CNC. A constante modernização pedia um nova casa. E eis que chegou, desta forma, no dia 9 de novembro de 2018, a nova sede da Metauto na rua de Sistelo, em Rio Tinto. Nesta metalúrgica, existe uma vasta oferta no que toca à indústria de componentes e acessórios para veículos automóveis. São exemplos os terminais de bateria em diferentes matérias-primas, cabos, garras, espelhos e farolins. “Aqui temos tornos de tecnologia de ponta e estamos sempre a inovar, nunca paramos”, evidenciou Vânia Leite, diretora de operações de 32 anos. Neste momento, a Metauto emprega cerca de 40 pessoas com diferentes valências e com esta nova obra o grande objetivo passa por “unificar a empresa”. “Trabalhamos para o mercado nacional e também apostamos muito na exportação. Aqui nunca dizemos que não é possível, é este o lema que o meu avô implementou nesta empresa. Damos sempre resposta a tudo naquilo que à área da metalomecânica diz respeito”, afirmou Vânia Leite, que, questionada sobre o balanço dos últimos anos de trabalho, não hesitou, dizendo que foi extremamente positivo. “Com a construção desta nova

fábrica queremos dar um salto qualitativo ainda maior”, concluiu a diretora. Para além dos colaboradores, o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, o vereador Carlos

Curiosidades A mota que vemos na imagem, depois de restaurada, foi colocada na nova receção da empresa e é a mota que os fundadores João da Piedade Leite e Maria José Correia Ferreira usaram para executar as suas primeiras entregas; Na sala de reuniões foi colocado o primeiro balancé manual de João Leite (adquirido em 1970). > João Leite, o fundador, no corte da fita inaugural

Brás e o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca, também marcaram presença na inauguração e acompanharam João Leite no corte da fita inaugural. ■


44 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Lazer RECEITA CULINÁRIA

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE

TARTE DE ABÓBORA Chef João Paulo Rodrigues * docente na Actual Gest

EXPOSIÇÕES

TEATRO

Até 2 de dezembro “Onde Houver Luz", de Cristina Valadas, na Casa Branca de Gramido Até 8 de dezembro "Reboliço", de Henrique do Vale, no Auditório Municipal de Gondomar

1folha de massa quebrada 600 g de Abobora 100 g de açúcar amarelo 100 g de açúcar branco 200 ml de natas 1 colher de chá canela pó 3 ovos 2 colheres de sopa manteiga

30 de novembro e 1 de dezembro "O Pequeno Pastor", no Auditório Municipal de Gondomar 21h30, 1 de dezembro Festival de Teatro de Rio Tinto, na sala de espetáculos do Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto

Foto DR

Até 14 de dezembro Encontro Anual de Artes Plásticas, no Condomínio das Artes - Centro Cultural de Rio Tinto

INGREDIENTES

E-presentes

Maluco anti-roubo

HORÓSCOPO

Maria Helena Socióloga, taróloga e apresentadora

210 929 000 mariahelena@mariahelena.pt

Amor: Sentirá a necessidade de fazer alguns sacrifícios para manter o bem-estar familiar. Saúde: Tendência para sentir uma ligeira indisposição que o conduzirá à redução do seu ritmo diário. Dinheiro: Poderá ter as condições necessárias para se dedicar a um projeto deixado na gaveta.

VIVA TEC | Fábio Silva

Preparação:

Foto DR

Categoria: Malucos Estavam dois maluco a conversar e gaba-se um: - Ontem evitei um roubo! Diz a outro: - Então, apanhaste o ladrão em flagrante? Responde o maluco: - Não! Tirei o dinheiro da carteira antes do ladrão…

A chegada do Natal marca o início da maior época comercial do ano. A troca de presentes intensifica a procura de bens de consumo variados. A Internet tornou a oferta virtualmente ilimitada e os pontos de aquisição proliferam na rede. Ora, sendo o Viva Tec um espaço dedicado à tecnologia, deixamos uma pequena lista das lojas online mais conhecidas do mundo, bem como alguns pontos nacionais que poderá consultar. • GearBest (pt.gearbest.com): A GearBest é um dos mais conhecidos sites de venda online na atualidade sites para comprar gadgets, atualmente. Recentemente, existe uma versão da loja em português, onde poderá encontrar uma variedade de artigos a preços bastante apelativos, provenientes de armazéns europeus ou asiáticos. • AliExpress (pt.aliexpress.com): O AliExpress tornou-se um dos melhores sites para comprar tecnologia, sobretudo proveniente da China, a preços acessíveis e com armazéns localizados em diversos pontos do mundo, incluindo na Europa. • Pixmania (www.pixmania.pt): Uma montra online para várias marcas conhecidas do meio tecnológico, com preços convidativos, a Pixmania é uma opção a ter em conta para este Natal. • eBay (www.ebay.com): Um dos maiores sites do mundo para a venda e compra de bens, onde, além de aquisição direta, poderá adquirir produtos por um valor interessante, através de leilões online. Por motivo de taxas alfandegárias, aconselha-se a consulta da loja pertencente a um estado-membro da União Europeia. • Amazon (www.amazon.com): A par do eBay, é das montras comerciais mais famosas do planeta, com um vasto leque de vendedores associados e preços acessíveis. Tal como na loja anterior, aconselhamos aquisições numa loja Amazon de países da UE.

1.Cortar a abóbora aos cubos. Refogar dentro de uma panela com manteiga durante 5 minutos, cobrir (com uma tampa) e deixar cozer por 20 minutos a fogo médio. 2. Retirar a água que a abóbora gerou e esmagar em puré. Deixe arrefecer por alguns minutos. 3. Junte o açúcar e depois os 3 ovos. Junte as natas, misture e passe no liquidificador (ou varinha mágica). Colocar a massa quebrada dentro de uma forma de tarte e verter a preparação por cima. Levar ao forno por 25 minutos a 200ºC. Polvilhar com a canela em pó. SOLUÇÕES:


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46 VIVACIDADE NOVEMBRO 2018

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal Associativismo na construção do futuro Joana Resende | PS As coletividades e associações locais, sejam elas do foro do Município ou mesmo de cada freguesia ou lugar, desempenham desde a sua origem um papel fundamental na vida das comunidades, tanto nas rurais como nas urbanas. Sejam elas do foro cultural, recreativa, desportiva ou de solidariedade social, asseguram um contributo inigualável naquilo que é a construção da identidade individual e social dos cidadãos, e até na potencialidade das suas características humanas de pertença e de solidariedade. Ao contrário do que poderíamos achar, a participação dos portugueses nas associações e coletividades é reduzida face ao que é comum nou-

tros países da Europa, francamente associado à nossa jovem democracia. Até à Revolução do 25 de Abril, não existia o direito de livre associação, pelo que a única resistência era muitas vezes a banda de música, o grupo de teatro, o grupo coral... muito mais conotados ao convívio lúdico, e afastados dos exercícios de construção de novas cidadanias, definição de identidade local e integração social, sem suma, do exercício da democracia. Entretanto, a quantidade e o papel desempenhado das coletividades foi-se alterando e evoluindo, e hoje em dia representam mais de metade das entidades da economia social. Se por um lado o

movimento associativo potencia no seu interior e na comunidade onde estão inseridos o acesso à cultura, ao desporto, ao lazer, à solidariedade social, movimenta hoje em dia mais de 400 milhões de euros, e cria acima de 30 mil postos de trabalho diretos (dados INE). Numa dinâmica de globalização, onde se fala cada vez mais na aproximação entre as diversas sociedades e nações existentes por todo o mundo, seja no âmbito econômico, social, cultural ou político, continua a fazer sentido realçar as coletividades e associações locais? Mais do que nunca! É nestas associações que se potencia a transformação social, que se criam inovações transversais

a muitos campos, que se fomenta o conceito do projeto comum, do exercício do voluntariado, que em suma se alavanca a cidadania. Todos podemos participar na sua elevação. Seja na participação ativa num grupo, seja enquanto patrocinador de um clube, seja enquanto voluntário ou agente político. Vamos continuar a apoiar o trabalho que tem sido feito, e a vontade que se sente e se nota no terreno. Vamos nós, enquanto cidadãos, unir esforços com a vontade política e ajudarmo-nos mutuamente a preservar e potenciar os nossos grupos, a nossa identidade, o futuro das nossas gerações.

Pugnar pelos interesses de Gondomar!

David Santos | Movimento Valentim Loureiro - Coração de Ouro Vamos, nesta edição e neste texto, esclarecer algumas questões pessoais que, pelos vistos, um pouco (ou muito…) apoquentam certas pessoas. Todos saberão um pouco do meu percurso pessoal, associativo, profissional e político. Mas poucos saberão, de facto, quem eu sou ou aquilo em que acredito e defendo. Vamos deixar as três primeiras áreas para “suposições” e passemos a analisar a questão política – razão de ser destes meus textos mensais no jornal Vivacidade. Defendo que a intervenção política, em cargo executivo, ou não, no poder, ou na oposição, apenas deve ter um propósito: servir a população e, com a nossa intervenção, conseguir que a freguesia ou o Município se tornem melhores de dia para dia. Há cerca de um ano abracei uma candidatura independente. E fi-lo de forma convicta, acreditando que

esse era um projeto com fundamento e que tinha o futuro bem delineado. O resultado eleitoral não foi o que desejava. Ou o que desejávamos… Os gondomarenses decidiram voltar a apostar numa maioria camarária e depositaram a sua confiança, e a maioria dos votos, num projeto que não aquele que eu defendia. O tempo passou. Com calma fomos analisando o pulsar e o sentir da população. Verificou-se que, de facto, a candidatura independente não conseguiu consolidar os seus propósitos. Elegemos representantes capazes, válidos, competentes e dedicados. Mas, mesmo assim, tal não foi suficiente para se atingir o resultado pretendido. Quem olhar para o passado facilmente verifica que a candidatura independente surgiu de um afastamento que, há alguns largos anos, muitos elementos tiveram

em relação ao PSD. Foi numa altura em que um líder, sem dimensão, considerou que meras suspeitas deveriam ser assumidas como factos. Pena é que, na altura, não o tenha feito em relação a outros casos um pouco espalhados pelo país… Mas esse é um problema que ainda hoje não está resolvido ou assumido. Continuam a haver casos e casos… Os nomes indicados como Independentes, em Gondomar, na sua grande maioria “vieram” do PSD. Nem todos, sublinho, mas uma considerável maioria. Ou seja, no panorama político, “à direita”, teremos uma família que está repartida por dois grupos. Nunca houve alinhamentos previamente definidos mas, se formos analisar de uma forma genérica, quase sempre foram dois grupos unidos num único propósito. O meu posicionamento político já vem do passado, não é nada recente. Assumo-me de direita, mas hu-

manista e preocupado com a população local. E, por isso, depois deste período em que me assumi como Independente, em nada me incomodou voltar a apostar num projeto de unificação e que aponta para o futuro. Acredito que Independentes e PSD deveriam unir esforços e estratégias. Acredito, também, que o PSD, a nível nacional, deveria repensar, atempadamente, tal união de “famílias”. E deveria, planeada e atempadamente, começar a definir as necessárias estratégias para o futuro. Um futuro que, pessoalmente, quero de vitórias. Daí acreditar que a mudança é positiva. Quanto ao (meu) futuro, anotem uma certeza: continuarei a pugnar pelos interesses de Gondomar e dos gondomarenses! Apenas isso. E já não é pouco!

Precisa-se, urgentemente, do Metro em Gondomar Maria Olinda Moura | CDU O concelho de Gondomar, continua a ser “castigado” com a falta do Metro. Têm sido constantes as manobras dos sucessivos governos desde o tempo de José Sócrates até ao presente para adiar a construção de uma infraestrutura fundamental que sirva de forma cabal toda a zona urbana do concelho de Gondomar, trazendo a tão necessária melhoria da qualidade dos transportes públicos ao serviço dos gondomarenses. As populações continuam a exigir a construção da linha do Metro que, para além de Rio Tinto, cubra, efetivamente, as freguesias de Baguim do Monte, Fânzeres, São Cosme e Valbom. A última reviravolta neste processo dada com a anuência do presidente da Câmara Marco Martins, veio tornar a possibilidade da conclusão da construção do Metro, que se encontrava já aprovada, numa miragem cada vez mais dis-

tante dos gondomarenses, sobretudo para os residentes em S. Cosme e Valbom. As desculpas dadas constantemente pelo presidente Marco Martins, que se refugia num fait divers ao dizer que a solução que tinha sido aprovada não era a melhor, apresentando um hipotético novo traçado sem qualquer tipo de consulta ou discussão pública, demonstra, unicamente, a falta de capacidade para resolver um problema grave das populações, com resultados nefastos para o desenvolvimento do concelho que, sendo um dos maiores da Área Metropolitana do Porto, é um dos menos desenvolvidos na área dos transportes públicos e mobilidade das populações, apesar de ser um dos mais próximos da cidade do Porto e debitar diariamente enormes fluxos de passageiros no movimento pendular Gondomar/Porto/ Gondomar.

A CDU há muito que defende que a linha de Gondomar deve constituir um arco entre as Antas e Campanhã com circulação de composições nos dois sentidos, percebendo que esta é a solução que melhor serve as necessidades dos gondomarenses ao garantir a ligação a dois importantes pontos da cidade do Porto e resolver muitas das dificuldades da própria mobilidade interna do concelho de Gondomar. É, portanto, fundamental, uma política municipal de transportes públicos que atenda à mobilidade dos gondomarenses dentro do seu próprio concelho, bem como nas relações com concelhos vizinhos. É fundamental a continuação da rede do Metro, sem esquecer a ligação de Fânzeres ao Souto e a sua articulação com o transporte rodoviário. É fundamental a planificação de uma rede de

transporte público que sirva dignamente todo o concelho e que preveja a inclusão de meios facilitadores às pessoas com mobilidade reduzida. É fundamental o alargamento do andante, nomeadamente para as populações do Alto Concelho e a implementação de soluções de intermodalidade dos passes sociais. Para isto, não podemos aceitar constantes adiamentos na conclusão do projeto do Metro para Gondomar, pelo que é incompreensível que a Câmara Municipal de maioria PS, cujo presidente Marco Martins é o responsável pela mobilidade e transportes da AMP em vez de exigir a conclusão imediata desta infraestrutura, conforme prometeu na campanha, tenha recuado, sem qualquer respeito pelas expectativas de muitos gondomarenses, nomeadamente, os residentes em S. Cosme e Valbom.


VIVACIDADE NOVEMBRO 2018 47

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

A Saúde em Gondomar Valentina Sanchez | PSD

Nos últimos meses temos estado em contacto com entidades ligadas ao setor da saúde em Gondomar. Reunimos com médicos, assistentes operacionais, utentes e empresas ligadas ao setor que vieram demonstrar que a defesa deste tema é primordial para os gondomarenses. As políticas autárquicas devem promover o bem-estar físico, mental, social e ambiental dos gondomarenses com especial atenção para as estruturas que os servem. Quem tem responsabilidade autárquicas,

seja a nível executivo ou deliberativo, tem de olhar para esta realidade com responsabilidade, e sem tabus ideológicos, pois se queremos manter o Serviço Nacional de Saúde, temos de encontrar as ferramentas para a sua cogestão entre administração local e central. Que fique claro que os problemas do setor da Saúde não ficam resolvidos com a aprovação de um pacote de descentralização de competências, pois é necessário ir mais longe e concretizar diversas opções de políticas autárquicas: i) junto das empresas de transportes de passa-

geiros pela criação de linhas alternativas que sirvam os reais interesses das populações em ligações para as USF’s; ii) pelo apoio de projetos que reforcem a área da Rede de Cuidados Continuados do Município iii) pela promoção das terapias complementares. Sendo que, no caso concreto de Gondomar, onde assumimos funções, é necessário, como já anunciamos publicamente, promover as seguintes medidas:

i) renegociar com a ARS Norte o acesso ao Centro Hospitalar de São João em situações de urgência dos habitantes das freguesias de Rio Tinto, Baguim do Monte e União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova; ii) exigir a extensão de projetos como o SNS + Proximidade ou de Saúde Oral a todas as USF’s de Gondomar; iii) apostar nas valências do Hospital Fernando Pessoa como forma de promover a redução das listas de espera através do Sistema Integrado de Gestão das Listas de Espera.

Os perigos da Rua da Portelinha, Fânzeres Pedro Oliveira | CDS-PP

Já em diferentes oportunidades invocamos nestas crónicas a necessidade de o Município não descurar a salvaguarda da segurança em diferentes vias concelhias, como a Estrada D Miguel e os acessos ao Túnel das Areias (ainda muito recentemente graves ocorrências aconteceram junto ao túnel), sempre no propósito de potenciar a redução de incidentes que, em regra, têm sido graves e/ou nefastas para a integridade física dos intervenientes. Debruçamo-nos hoje sobre as condições de circulação na rua da Portelinha, em Fânzeres, uma longa reta onde o trânsito circula manifestamente acima da velocidade permitida (50 km/h) e mesmo recomendada por uma condução minimamente ponderada. Com efeito, trata-se de uma via bastante movimentada, em especial pelos muitos residentes, uma vez que atravessa uma zona densamente habitada, como por carrinhas e camiões, considerando

tratar-se de um dos acessos à Zona Industrial. A verdade é que as características da via, potenciadoras de velocidades inadvertidas, já determinaram um conjunto de gravíssimas ocorrências, seis das quais tendo provocado a morte de pessoas, vitimas de atropelamento. E, seis atropelamentos mortais numa mesma via, são já incidentes a mais (que um já seria demasiado) para que nenhuma intervenção concreta tenha ainda sido feita, no sentido de reduzir drasticamente tamanha ameaça à integridade física de quem por lá circula. Objetivamente urge que sejam tomadas medidas sérias que, de uma forma sustentada, possam alterar o paradigma de irresponsabilidade que tem caracterizado a circulação nesta via, criando “travões” que, se não anularem em termos definitivos, pelo menos limitem acentuadamente resultados tão trágicos para a segurança das pessoas.

São várias as passadeiras existentes na citada via, contudo ninguém as respeita, isto é, poucos são os automobilistas que dão prioridade aos peões que as tentam atravessar. Justificam-se, por isso, medidas mais eficazes como e designadamente, a colocação de lombas ao longo da via, porventura mais eficazes que a instalação de semáforos ou a implementação de passadeiras. Igualmente, clama a atual realidade por uma redefinição da sinalização existente, seja horizontal ou/e vertical, que coadune a circulação e a velocidade automóvel às exigências de cautela e segurança que se impõem. Por outro lado e nesta vertente da segurança, importa salientar o erróneo posicionamento de alguns contentores (local do último atropelamento mortal), em que se encontrando colocados na faixa de rodagem, junto ao passeio, têm as respetivas aberturas das suas tampas

direcionadas para a via, obrigando as pessoas a colocarem-se literalmente na faixa de rodagem para as conseguirem abrir, e depositar o lixo. Bastaria inverter o sentido da sua abertura, para que se tornasse menos perigosa tal tarefa, pois não necessitariam de deixar o passeio para proceder a tal tarefa (esta situação verifica-se em diferentes locais do concelho) Enfim, importa que os responsáveis da autarquia considerem mais este alerta do CDS, não só porque se trata de uma responsabilidade sua a defesa da integridade física dos cidadãos quando circulam nas vias e outros locais públicos, como porque o solucionar dos perigos aqui invocados não implicam gastos exagerados sendo perfeitamente aceitáveis, cremos nós, os custos emergentes da tomada das medidas consideradas oportunas para a melhoria das condições de circulação na rua da Portelinha, em Fânzeres.

Uma política local emancipatória pela garantia dos direitos sociais Bruno Pacheco | BE

"A partir de agora as políticas públicas e, muito particularmente, as políticas sociais têm um significado, representam uma visão do mundo e um projeto de sociedade. Dito de outra forma, poderíamos dizer face a um país ‘diz-me que políticas sociais ensaias e dir‑te‑ei que mundo queres e que visão de sociedade tens’. As políticas sociais pretendem, em último lugar, concretizar um equilíbrio efetivo e legítimo entre interesses contraditórios de redistribuição social, num contexto marcado por interesses contraditórios e onde os níveis de consenso são continua-

mente negociáveis". Numa altura em que se adivinha que o futuro do Estado Social passará inevitavelmente pela política local, em resultado de uma visão de descentralização que parece servir o simples propósito de manter tutelas partidárias locais, ficam os serviços públicos em causa e fragilizam-se os direitos sociais. Se constitui dever das freguesias e dos municípios “a promoção e salvaguarda dos interesses próprios das respetivas populações”, então é premente a defesa de políticas sociais que respondam efetivamente ao concreto da vida das pessoas.

Reduzir as responsabilidades sociais do poder local à ideia de ação social (ou de coesão social, na versão silenciadora da governação neoliberal é apenas um dos resultados de uma história de 44 anos de democracia local marcada fundamentalmente pela polarização entre as duas grandes famílias políticas do 'centrão' em Portugal, para quem o que vinga é a política do favor, do paternalismo, do compadrio, do assistencialismo e da perpetuação das lógicas de poder classistas que constrangem a alteração da relação de forças que dita os desígnios das vidas

das pessoas. É envolvendo as pessoas e cuidando a sua participação nos projetos que temos para cada cidade, a partir do enraizamento e com a política a acontecer pela mão de gente de verdade que habita as geografias onde precisamos de estar, que podemos fazer a análise da situação política concreta de cada lugar, identificar causas e prioridades, mapear realidades sociais, envolver atores locais e definir objetivos políticos coerentes e ancorados nas raízes do Bloco e nos modelos alternativos de intervenção que defendemos.


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