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Ano 13 - n.º 152 - fevereiro 2019
Preço 0,01€
Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Pedro Santos Ferreira
Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: geral@vivacidade.org
Luís Pedro Martins: “Gondomar começou finalmente a descobrir o rio Douro” • Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal em discurso direto
Sociedade Festa do Sável e da Lampreia terá dois fins de semana gastronómicos > Pág. 8
Política CDU quer metro a passar no centro de Valbom > Pág. 29
Desporto Portugal sagrou-se vice-campeão europeu de futsal feminino em Gondomar
> Págs. 20 e 21
> Pág. 33
São Cosme vai ter um parque urbano em 2020
• O espaço verde vai nascer junto à Rotunda do Ourives
> Pág. 7
AGORA
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2 VIVACIDADE FEVEREIRO 2019
Editorial Foto DR
José Ângelo Pinto
Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT
Caros leitores,
SUMÁRIO:
FICHA TÉCNICA
Breves
Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06
Reportagem Vivacidade
Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE241A) Redação: Pedro Santos Ferreira (CP-10017) Tiago Santos Nogueira (CP-10184) Departamento comercial: Tel.: 910 600 079 Paginação: Rita Lopes Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435778 Baguim do Monte Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/ vivacidade NIF: 507632923 Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. e Augusto Miguel Silva Almeida Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934
Página 4 Página 7
Sociedade
Páginas 8 a 23
Destaque
Páginas 20 e 21
Cultura
Páginas 24 e 25
Política
Páginas 26 a 29
Desporto
Páginas 30 a 33 Empresas e Negócios Página 34
Lazer
Página 36 Opinião Páginas 38 e 39
PRÓXIMA EDIÇÃO 28 MARÇO
Colaboradores: Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Aleixo, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Paulo Silva, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves, Sofia Pinto e Tiago Nogueira. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio: www.vivacidade.org Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar E-mail: geral@vivacidade.org Agenda: agenda@vivacidade.org
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Foto DR
cada vez mais importante no nosso marketing mix e 9,161 pessoas viram a beneficiando com isso os nossa publicação no face- nossos leitores. book a propósito da “Red Carpet Night” do Parque Centenas de comentários Nascente. Este jornal con- são desenvolvidos às pusegue a proeza de ter 9,286 blicações que são por nós pessoas a segui-lo no face- realizadas e centenas de book e mais de 20,000 en- interações ocorrem todos tradas todos os meses no os meses. web site. Este jornal é cada vez mais A importância das redes forte não só na edição imsociais e da comunica- pressa mas também no ção que é realizada todos mundo virtual. os dias nos canais de que dispomos para lá da edi- Obrigado a todos os nosção impressa é brutal e é sos leitores e seguidores.
A Câmara de Gondomar vai atribuir 650 mil euros às corporações de bombeiros do Município. Este apoio foi aprovado por unanimidade e deverá ser atribuída a todas as corporações do concelho, ao longo do ano em curso. A medida representa um aumento de 7% em comparação com a verba atribuída no ano passado.
Moro na Praceta das Camélias, em São Cosme. Desde há três semanas que os elementos desta recolha não levantam o lixo do meu balde, ao contrário de todos os outros. Os baldes de lixo colocados nos outros dias são todos despejados. Seria conveniente que dessem ordens aos elementos que fazem o trabalho à quinta-feira para cumprirem com as suas obrigações. O leitor, Carlos Carneiro
Uma nova política para espaços verdes BISTURI Com o inverno a despedir-se na cronologia do calendário e a entrada no mês da chegada da primavera, os responsáveis autárquicos intensificam o trabalho dos jardineiros e podadores, de forma a que os espaços verdes assumam uma nova cara de renovação. Um pouco por todo o lado dão nas vistas as muitas dezenas de trabalhadores que refazem jardins, removem a terra dos canteiros, penduram-se nas árvores para executar podas, ou simplesmente abatem aquelas que morreram ou ameaçam cair, ou têm doenças que inviabilizam a sua recuperação. Mas há uma evidência que se torna visível nos municípios do Grande Porto, e naturalmente também no concelho de Gondomar. As autarquias procuram cada vez mais reduzir os custos de manutenção dos espaços verdes, optando por espécimes de arvoredo de menor manutenção, ou de conceitos de jardim minimalistas, com plantas de maior resistência e
menor tratamento ou acompanhamento. É bom que assim seja. Todos gostamos de apreciar jardins com flores multicores, mas também não podemos ignorar que flores frágeis, de baixa resistência e vida curta exigem manutenção e acompanhamento intensivos, com custos de mão de obra muito elevados, para além de rega frequente, desparatização, adubagem e outros tratamentos. Ou seja, é bonito ver canteiros bem tratados, mas o espaço público não tem propriamente esta vocação, mais típica dos jardins privados. Já aqui abordamos, noutras ocasiões, a má filosofia das chamadas “podas severas”, ou também designadas “podas camarárias”. Aos poucos, estas práticas têm vindo a mudar, e hoje recorre-se menos à plantação de árvores de grande porte e folha caduca, substituindo-as por árvores de pequeno ou médio desenvolvimento, e preferencialmente de
folha perene. O mesmo se pode dizer dos arbustos ou plantas rasteiras. Os espaços verdes mais bem tratados em países desenvolvidos, como sejam os nórdicos ou da Europa central, mostram-nos que é possível mantê-los bem tratados com baixos custos de manutenção. Para tal opta-se cada vez mais por plantas constantes, quase sempre à base de tubérculos, que resistem à severidade quer do calor quer do frio intensos, e que não requerem acompanhamento intensivo. Aprender com quem faz bem, por menos dinheiro, é um bom princípio de gestão. O que se espera é que os nossos autarcas sejam capazes de contribuir para a mudança de mentalidades que não têm em conta que o dinheiro público deve ser bem gerido, porque é dinheiro que vem dos nossos impostos. Cada passo que vamos dando, é um ganho que deve ser louvado e considerado por todos…
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4 VIVACIDADE FEVEREIRO 2019
Breves Pedro Barros venceu Trail Longo de Santa Iria Foto DR
O atleta Pedro Barros, da equipa Oralklass - Amigos do Trail, foi o grande vencedor do 7.º Trail Santa Iria, tendo completado o percurso de 38 quilómetros em 3h35m. Em 2019, a prova deverá regressar a Branzelo.
Foto DR
A 5ª edição do Encontro Internacional (Ei) de Marionetas de Gondomar já tem data. A iniciativa vai decorrer entre os dias 2 e 14 de julho e volta a ser promovida pelo Teatro e Marionetas de Mandrágora, com o apoio da Câmara de Gondomar e da Direção-Geral das Artes.
Gondomar participou no 13.º Concurso Nacional de Leitura
Gisela João esgotou Auditório Municipal Foto DR
A fadista Gisela João esgotou, no dia 23 de fevereiro, o Auditório Municipal de Gondomar. A intérprete de 35 anos protagonizou um espetáculo único e passou em revista os dois trabalhos de estúdio: "Gisela João" e "Nua".
Hugo Gilberto levou o jornalismo ao Clube Gondomarense Foto DR
O jornalista Hugo Gilberto, natural de Gondomar, foi o convidado do Clube Gondomarense na rubrica "À conversa com...". A iniciativa teve lugar no dia 23 de fevereiro e teve como tema principal "O jornalismo e a pós-verdade". A sessão contou com casa cheia.
Gondomar integrou a fase concelhia do 13.º Concurso Nacional de Leitura (CNL). A iniciativa decorreu a 21 de fevereiro e contou com grande adesão de alunos, professores bibliotecários e direções dos Agrupamentos de Escolas. O CNL destina-se a alunos dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário.
Rádio Festival festeja 33.º aniversário em Gondomar A Rádio Festival vai regressar ao Pavilhão Multiusos de Gondomar para assinalar o 33.º aniversário da emissora do Grande Porto. A festa terá lugar no dia 7 de abril, com início às 15h. Os bilhetes estão à venda nos locais habituais.
PCP Gondomar assinala 98.º aniversário do partido
O PCP Gondomar vai associar-se às comemorações do 98.º aniversário do Partido Comunista Português. No dia 3 de março, pelas 12h30, a concelhia de Gondomar vai realizar um almoço comemorativo na Escola Básica Júlio Dinis. A iniciativa contará com a presença de Tiago Oliveira, membro do Comité Central do PCP.
Metro do Porto lança programa base para Gondomar Foto DR
A Metro do Porto aprovou, no mês passado, o lançamento do programa base da futura linha do Dragão até ao Souto (São Cosme), dando continuidade às orientações do ministro do Ambiente, Matos Fernandes. Nesta etapa deverá estabilizar-se o traçado definitivo de uma linha com 6,8 quilómetros, com custos estimados na ordem dos 110 milhões de euros.
Portugal City Race passa por Gondomar Foto DR
A Portugal City Race, prova de orientação pedestre, vai passar pelo concelho de Gondomar a 31 de março. A integração do território gondomarense na 6ª edição desta iniciativa é uma das principais novidades. A prova de Gondomar é a segunda do calendário da presente edição. Os interessados em participar poderão inscrever-se no local do evento.
Está a decorrer o 3.º Festival de Teatro da SC Dez de Junho. A iniciativa começou a 23 de fevereiro, com um espetáculo do Grupo de Teatro "Aldeia Verde" e vai prolongar-se até 9 de junho, com a estreia de uma nova peça da coletividade organizadora. O próximo espetáculo está marcado para 23 de março, na Casa Cultura e Recreio de Broalhos.
Ei! Marionetas: 5ª edição já tem data
Celeste Ferreira tornou-se centenária Celeste Ferreira, utente do Centro Social da Lomba, comemorou, no início deste mês, o 100.º aniversário. Celeste tornou-se, assim, a segunda utente do Centro Social da Lomba a chegar à marca centenária.
SC Dez de Junho organiza 3.º Festival de Teatro
Raça Negra atuam no Multiusos de Gondomar A banda Raça Negra atua esta noite (28 de fevereiro) no Multiusos de Gondomar. Na bagagem trazem 12 vinis, 28 cds, 4 dvds e mais de 36 milhões de discos vendidos. Em Gondomar vão relembrar sucessos como “Cheia de Manias”, “Maravilha”, “Estou Mal”, entre outros sucessos do Raça Negra.
Desfile de Carnaval em Fânzeres As escolas e jardins de infância de Fânzeres vão participar no Desfile de Carnaval desta freguesia. A iniciativa dinamizada pela União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova vai ter lugar a 1 de março, pelas 10h, junto à Quinta da Igreja, em Fânzeres.
ExpoGondomar 2019 já tem data A próxima edição da ExpoGondomar vai realizar-se entre os dias 10 e 12 de maio. Trata-se do regresso da mostra da atividade económica do concelho ao Pavilhão Multiusos de Gondomar.
Gondomar marca presença no 67.º Mundial da Ornitologia O Clube Ornitológico de Gondomar participou e arrecadou várias medalhas no 67.º Campeonato Mundial de Ornitologia, que decorreu entre os dias 10 e 13 de janeiro, na cidade de Zwolle, na Holanda. Na competição estiveram representados 3307 expositores de 23 países e 25 mil aves a concurso.
Sistema Andante integra linhas de Jovim As linhas 06, 07, 08, 14, 18 e 30 da Empresa de Transportes Gondomarense foram integradas no Sistema Intermodal Andante até Jovim. De acordo com a empresa, os horários que estão autorizados e atualmente em vigor serão mantidos.
Projet'Arte na loja da ATNP A Assistência aos Tuberculosos do Norte de Portugal (ATNP) inaugurou, no dia 1 de fevereiro, um espaço de oficina e loja onde são comercializados produtos resultantes do Projet'Arte, do projeto "Era uma vez" e da Oficina Faceadinha, entre outros produtos. O espaço situa-se na Rua do Heroísmo, n.º 111, no Porto.
Músicos D'Ouro chegam a Valbom O Município de Gondomar aprovou, por unanimidade, o desenvolvimento do projeto Músicos D'Ouro. O projeto será, desta forma, alargado ao Agrupamento de Escolas de Valbom, que passará a dispor desta ferramenta de combate ao abandono escolar precoce e ao absentismo.
Ourindústria realiza-se de 18 a 21 de maio A próxima edição da Ourindústria já tem data. O certame dedicado a fabricantes de ourivesaria, relojoaria, comerciantes de máquinas e designers desta indústria vai decorrer entre os dias 18 e 21 de maio.
"Aotearoa" premiado em Los Angeles O documentário curto "Aotearoa - We Are All Made of Stars" foi premiado no Los Angeles Film Festival Awards. Esta é a segunda distinção do mais recente trabalho do fotógrafo gondomarense, Paulo Ferreira.
Rede CMG Wi-Fi alargada a novos edifícios A rede de Wi-Fi nos espaços públicos do concelho foi novamente alargada. Desta vez, o Município incluiu todas as piscinas municipais, Balcão Único, o edifício dos Paços do Concelho, Casa Branca de Gramido, Centro de Educação Ambiental da Quinta do Passal, Gondomar Goldpark e Pavilhão Multiusos.
Trail das Fardas não se realiza em 2019 A organização do Trail das Fardas comunicou a intenção de não realizar a prova este ano, estando, de acordo com os responsáveis pela iniciativa, “ainda em curso a causa do ‘Trail das Fardas 2018 – Correr por uma Causa’”, de apoio a Hugo Magalhães. “Prometemos voltar revigorados e em força para 2020”.
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Reportagem Vivacidade
Gondomar vai ter um novo parque urbano no centro de São Cosme Um novo parque urbano vai nascer no centro de Gondomar, em 2020, junto à rotunda do Ourives. O projeto deverá custar mais de quatro milhões de euros e, para já, será expropriada uma área avaliada em cerca de 2,8 milhões. Texto: Pedro Santos Ferreira
São Cosme vai ter um novo espaço verde junto ao Multiusos de Gondomar, Biblioteca e Auditório Municipal. Este terreno, com mais de 14 mil metros quadrados, não estava inicialmente previsto na rede do concelho e eleva para nove a lista de parques urbanos que o Município quer implementar. A proposta de expropriação do terreno, avaliada em 2,8 milhões de euros, foi aprovada com os votos favoráveis do PS e CDU e abstenções do PSD e Movimento Independente Valentim Loureiro. "É um projeto que queremos executar há muitos anos, num terreno central, o mais apetecível de São Cosme. Contudo, só podíamos avançar com esta medida quando tivéssemos alguma sustentabilidade financeira para poder dar um passo firme. Felizmente, estamos em condições de o concretizar", adianta Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, em declarações ao nosso jornal. Até agora, o terreno era alvo do interesse de
dezenas de promotores e contou com vários projetos de habitação, comércio e restauração, tendo o Município travado esses investimentos. "Os desenhos do projeto de execução preveem uma redução do terreno atual, contando com uma curvatura do traçado do metro, que queremos que chegue ao centro de Gondomar através da avenida principal. O término da linha será no Souto", confirma o edil gondomarense. O espaço que será intervencionado corresponde a uma área total de 14.178 metros quadrados circunscrita pela Avenida Multiusos, a norte; a Rua Padre Andrade e Silva, a sul; a Rua José Cardoso Pires e a
Avenida 25 de Abril, a nascente, e a Avenida Oliveira Martins, a poente. Fica também na zona da Junta, da principal entrada da A43 e da rotunda que tem o Monumento ao Ourives. O novo parque urbano terá um parque infantil, um circuito de manutenção, equipamentos para ginástica sénior e um anfiteatro. "O que esperamos ter aqui é um cenário idêntico ao Parque Urbano de Rio Tinto, uma grande área verde de lazer com o metro a passar à superfície. Além disso, vamos procurar concretizar este parque já com as melhorias que detetamos em Rio Tinto. Temos sempre essa política", refere Marco Martins.
Refira-se que toda a empreitada será suportada pela tesouraria do Município de Gondomar. Parque da Ribeira da Archeira será o próximo a avançar O parque da ribeira da Archeira (S. Cosme/ Valbom) tem já o projeto de execução concluído. A rede inclui também Ramalde (S. Cosme), com estudo prévio tal como o de S. Pedro da Cova e o da nascente do rio Torto, em Baguim; o de Medas, com projeto em elaboração; e o do Monte Crasto, S. Cosme, cujo projeto de recuperação está a ser elaborado. Feitas as contas, há quatro parques a abranger a freguesia central de S. Cosme. ■
Foto PSF
Foto PSF
> Marco Martins, presidente do Município
> Terreno tem mais de 14 mil metros quadrados
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VIVACIDADE FEVEREIRO 2019
Sociedade
Festa do Sável e da Lampreia decorre de 2 de março a 7 de abril Chef Hélio Loureiro
"Tenho pela lampreia uma paixão" Tenho pela lampreia uma paixão e grande respeito que começa pelos pescadores que, ano após ano, se esforçam não apenas para as trazer para a nossa mesa, assim como um profundo carinho pelas peixeiras que as tratam, amanhando-as com superior sabedoria, e pelas tantas cozinheiras que as confecionam de forma tão elevada, dando lições a tantos chefes experimentados, por ventura mais conhecidos, mas não tão traquejados na confeção desta espécie. Não falarei do sável, o peixe de rio mais apreciado em Portugal desde a extinção do salmão, que saltava em séculos passados nos nossos rios, porque eu gosto mais de lampreia. São gostos... A lampreia à bordalesa - a mais divulgada -, é original de Bordéus, França. Em Portugal esta receita foi sofrendo alterações e do original, por vezes, resta somente o nome. Os alhos franceses foram trocados por mais quantidade de cebolas e o vinho de Bordéus por vinho da região onde é confecionada. O nome da receita, segundo Mário Varela Soares, chega através duma empresa conserveira — Amieux Fréres — que, em 1913, terá batizado "à bordalesa". Até aí era conhecido por lampreia com alhos franceses ou à moda de Bordéus. O acompanhamento era além das tostas um molho com cogumelos. A lampreia está desde cedo presente no receituário português. No primeiro livro de cozinha portuguesa datado de Domingos Rodrigues, chefe de cozinha de suas majestades, uma deliciosa empada de lampreia é descrita com garbo. Uma receita de lampreia com salsa e coentros está também escrita num caderno que Dona Maria, infanta de Portugal no século XV, leva para Itália com algumas receitas da corte lusa. Atualmente podemos encontrar lampreia confecionada de diversas formas: com molho de chocolate, à transmontana, no espeto, de fricassé, de escabeche, de conversa, em espadas, etc.
A 28ª edição da Festa do Sável e da Lampreia está prestes a começar. A iniciativa gastronómica da Câmara de Gondomar vai levar estas duas iguarias até às ementas dos 21 restaurantes aderentes e tem como principal novidade a realização de dois fins de semana gastronómicos em Gramido. Durante mais de um mês, mais concretamente de 2 de março a 7 de abril, o sável e a lampreia estão de volta às ementas de 21 restaurantes do concelho, que participam na 28ª Festa do Sável e da Lampreia. A principal novidade traduz-se na realização de dois fins de semana gastronómicos, que terão lugar nos dias 30 e 31 de março e 6 e 7 de abril, junto à Casa Branca de Gramido, em Valbom, com entrada livre. Desta forma, será possível apreciar uma vasta oferta gastronómica e de animação [ver caixa], a preços convidativos, entre os 7,50 e os 22 euros (2 pessoas). "Este ano, optamos por realizar o fim de semana gastronómico mais tarde para tentar adequar à época piscatória. Nesta altura há mais pescado e o preço também está mais baixo. Além disso, isto permite que os restaurantes sirvam melhor os seus clientes e que tenham uma maior margem de lucro", explica Carlos Brás, vereador do Desenvolvimento Económico do Município de Gondomar, entidade organizadora da Festa do Sável e da Lampreia. Por sua vez, a prova cega, que determinará o melhor sável frito e a melhor lampreia à bordalesa, está agendada para 7 de março, no Centro de Educação Ambiental da Quinta do Passal.
> Miguel Ferreira (à direita) no Posto de Pescado
"Março e abril são os melhores meses de pesca da lampreia" Miguel Ferreira, 66 anos, filho de pescadores e pescador desde criança, é por estes dias um homem feliz. Admite que a pesca do sável e da lampreia está mais fraca, mas confirma uma boa época piscatória, este ano, tendo em conta que o melhor ainda está para vir. "Março e abril são os melhores meses de pesca da lampreia. Durante a construção da barragem Crestuma-Lever, a pesca do sável falhou, mas nos últimos anos a pesca do sável tem crescido no rio Douro", afirma o pescador. O segredo, acrescenta, "são as armas", mais concretamente as redes de boa qualidade. Quanto às dificuldades, de acordo com Miguel Ferreira, a abundante "sinalização para os cruzeiros" tem dificuldade a atividade piscatória, bem como as descargas de água da barragem, que impossibilitam os dias de pesca. "Quando o turismo veio para cá, nós já cá estávamos. Por isso, julgo que nos deviam respeitar mais", conclui. ■
Programação 30 de março 12h30 - Música ao vivo com Quatro Claves 20h30 - Noite de fados 31 de março 12h30 - Música ao vivo com Rita Light 13h30 - Recriação dos pescadores de Valbom, pelo Grupo Etnográfico de Valbom 6 de abril 12h30 - Música ao vivo com Miguel Abrunhosa 20h30 - Noite de fados com Juliana Duarte 7 de abril 12h30 - Música ao vivo com Quarteto Manhattan 13h30 - Recriação dos pescadores de Valbom, pelo Grupo Etnográfico de Valbom > Carlos Brás, vereador do Desenvolvimento Económico da Câmara de Gondomar
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Sociedade
Viva Prevenido Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália
Lentes de Contacto: mitos e esclarecimentos
O Centro Social de Soutelo promoveu, no dia 19 de fevereiro, a 2ª edição da Semana da Parentalidade. Este ano, a iniciativa escolheu o tema "Os afetos na Parentalidade" como elemento orientador de todas as atividades. Desta forma, a semana iniciou com um encontro de técnicos, no Auditório Municipal de Gondomar. Pelo palco foram passando diversos convidados especialistas na matéria dos afetos: Liliana Pinheiro (Lugar dos Afectos), Diana Alves (FPCEUP), Elisabete Gama, Sara Leitão (FPCEUP) e Sandra Nogueira (FPCEUP), entre outros convidados. "Quando idealizamos esta 2ª Semana da Parentalidade, pensamos que tão importante como as funções parentais é esta função afetiva, a capacidade de transmitir afeto, que é fundamental ao nível da vinculação, nomeadamente entre pais e filhos. Por isso, com esta iniciativa queremos sensibilizar e consciencializar para a importância não só da relação entre pais e filhos, mas de todas as relações humanas, porque os afetos são transversais a qualquer relação", afirma Sofia Costa, da organização do evento. As atividades prolongaram-se até 22 de feve-
reiro através da realização de workshops, oficinas, terapias, yoga e apontamentos musicais. O público destas atividades foram, entre outros, beneficiários RSI, famílias e a comunidade. A Semana da Parentalidade ficou também marcada com a apresentação da Manta dos Afetos, uma iniciativa que envolveu centenas de pessoas, desde técnicos até aos utentes do Centro Social de Soutelo. De acordo com a organização, no total, a Semana da Parentalidade terá envolvido cerca de 300 participantes. ■ Foto PSF
Concurso literário "Beira Douro" desafia jovens escritores O Concurso literário "Beira Douro" é a mais recente iniciativa da União das Freguesias de Melres e Medas, em parceria com a Câmara Municipal de Gondomar e o Agrupamento de Escolas À Beira Douro. O desafio é simples: apresentar uma proposta literária original, prosa ou poesia, que surpreenda o júri. "O nosso objetivo é incentivar os alunos a escrever mais e melhor. O concurso é aberto a todos os estudantes, desde o 1.º ciclo até ao ensino secundário. Podem inscrever-se alunos que estudem ou que residam em Gondomar", afirma José Paiva, presidente da União das Freguesias de Melres e Medas. De acordo com o autarca, a ideia surgiu na campanha eleitoral das últimas eleições autárquicas, mas só agora foi possível implementá-la. Entre os principais objetivos estão o fomento de novos hábitos de leitura nas camadas jovens, a criação de hábitos de escrita e a promoção da escrita criativa dos mais jovens. Segundo o regulamento, os trabalhos deverão ser individuais e devem ter, no máximo, três páginas no formato A4. Os vencedores terão direito a prémios monetários que oscilam entre os 100 e os 250 euros, apenas válidos na compra de material didático. "Estamos convencidos que vamos ter uma grande
adesão. É a primeira vez que apostamos neste concurso, mas estamos confiantes. As inscrições já estão abertas e os trabalhos devem ser apresentados até 7 de março", conclui José Paiva. ■ Foto DR
Os óculos, por vezes, podem ser algo marcante na vida de uma pessoa, principalmente para quem os usa desde cedo. Antes de ser optometrista, já era usuária de lentes de contacto. Na altura, foi uma solução apresentada pela minha optometrista que desde logo abracei de forma efusiva. Existem vários mitos e contrassensos sobre este tipo de resolução da visão e, como tal, decidi falar um pouco sobre este tema, de modo a que todos fiquem esclarecidos e elucidados. Primeiramente, devemos começar por referir que as lentes de contacto não são prejudiciais à saúde, sendo recomendáveis por todos os profissionais de saúde ocular. Podem ser adaptadas tanto em crianças como em adultos. Normalmente, recomenda-se quando a pessoa pratica algum desporto ou tem profissões de risco para quem usa óculos e em situações em que, de alguma forma, se ache clinicamente justificável o seu uso, como, por exemplo, na proteção em caso de alguma cirurgia ao olho. As lentes de contacto servem para corrigir os erros refrativos - miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia - em toda a sua totalidade, assegurando uma visão nítida e correta. Nalguns casos, como miopias altas ou astigmatismos irregulares, é, por vezes, difícil conseguir uma visão a cem por cento, no entanto, se a pessoa se sentir confortável e segura, nós recomendamos na mesma o seu uso. Existem dois tipos de lentes: as convencionais e as descartáveis. As convencionais estão a cair em desuso devido ao seu tempo de duração que, no mínimo, pode ser de um ano. As descartáveis incluem todas as outras: diárias, quinzenais e mensais. A lente diária é aberta no dia e descartada no final do mesmo dia. A quinzenal dura, como o próprio nome indica, quinze dias e a mensal um mês. Normalmente, são mais recomendadas, dependendo do uso, tipo de problema e idade do consumidor. Podemos agora abordar alguns mitos associados a este tipo de lentes, tais como: • É possível a minha lente ir para a parte de trás do olho? É anatomicamente impossível isso acontecer, devido a uma membrana que cobre todo o olho e que conecta com o interior da pálpebra. • As lentes de contacto podem arranhar os olhos? Podem ocorrer alguns problemas associados às lentes, mas são pouco comuns. Os problemas oculares mais comuns são causados por lentes mal adaptadas, por falta de cuidados e por falta de seguimento das recomendações de uso e descarte das lentes. • A lente pode ficar presa no olho? Pode, mas muito raramente, devido à falta de hidratação do olho. Caso isto aconteça, deve dirigir-se ao seu profissional de saúde ocular e pedir ajuda para não se magoar ou danificar o olho. Todos estes problemas podem ser evitados, caso tome todas as precauções recomendadas pelo seu especialista, se cumprir as datas de validade e o tempo diário de uso recomendado das lentes e, por fim, se cumprir a correta manutenção das mesmas, principalmente, se se tratarem de lentes mensais. Eu, que sou usuária deste tipo de lentes há cerca de dez anos, recomendo-as bastante aos nossos clientes, acompanhando-os na sua adaptação, ensinando os devidos cuidados a ter, como colocar e tirar a lente e, por fim, caso haja algum problema, a estar presente para o resolver.
Semana da Parentalidade debateu a importância dos afetos
VIVACIDADE FEVEREIRO 2019 11
Sociedade
Onésimo Teotónio Almeida recordou Descobrimentos nas Conferências de Gondomar
O Auditório Municipal acolheu uma nova sessão das Conferências de Gondomar, desta vez protagonizada por Onésimo Teotónio Almeida. O escritor deslocou-se dos Estados Unidos da América para falar dos Descobrimentos ao público presente. "Os portugueses ainda convivem mal com os Descobrimentos. No entanto, os Descobrimentos são muito mais interessantes do que julgamos. O Infante D. Henrique era um visionário. Esteve sempre interessado em ir mais além, numa época em que o conhecimento que vinha dos barcos ultrapassava largamente o conhecimento dos livros", co-
meçou por afirmar o convidado. Natural do Pico da Pedra, na ilha de São Miguel, Açores, Onésimo Teotónio Almeida é professor catedrático no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros, na Brown University, nos Estados Unidos. Tem vários livros de ensaios e centenas de artigos publicados, incluindo vários estudos sobre a expansão europeia e os Descobrimentos portugueses, sobretudo de forma mais relevante no livro "O Século dos Prodígios", da sua autoria. "Os portugueses, nomeadamente no reinado de D. João II, tinham os dados mais exatos sobre a Terra, em plena época dos Descobrimentos. Em Portugal, a ciência e a tecnologia iam-se ajustando à medida que as informações iam chegando. Na verdade, entre 1419 e 1497, Portugal foi líder na ciência e na inovação", sublinhou o escritor. Ainda antes do período aberto ao público, Onésimo alertou para a necessidade de "contar esse período da história portuguesa, sem esquecer um ponto negativo, a escravatura". "Claro que essa parte tem que ser contada, mas que não sirva para apagar o mérito dos Descobrimentos portugueses. Os jovens e os
turistas têm que entender esta parte da nossa história", referiu. No encerramento, Luís Filipe Araújo, vice-presidente do Município de Gondomar, saudou também o mérito das Conferências de Gondomar e a "eloquência e vivacidade" do discurso de Onésimo Teotónio Almeida. "De
facto, é importante não esquecermos o nosso passado", concluiu o autarca. Esta sessão foi moderada por José Ângelo Pinto, administrador do Vivacidade, que substituiu o Francisco José Viegas, que não conseguiu marcar presença nas Conferências de Gondomar. ■ Foto PSF
O escritor Onésimo Teotónio Almeida participou na mais recente edição das Conferências de Gondomar, onde recordou a importância dos Descobrimentos e procurou desvendar o que fazer com eles.
> Onésimo, à direita, foi convidado de honra desta edição
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Contactos Rua 25 de Abril Nº 251 4420 Gondomar Telf.: 22 319 2288 Site: pereirasmoda.com Facebook: https://www.facebook.com/PereirasModa/
12 VIVACIDADE FEVEREIRO 2019
Sociedade POSTO DE VIGIA Manuel Teixeira
Professor universitário e investigador científico
Ilusionismo político de Costa vencido pela dura realidade 1 – Em meados de abril de 2016, na apresentação do programa “Simplex Mais”, António Costa brindou a então ministra da presidência, Maria Manuela Leitão Marques, com uma vaca voadora, desafiando-a a inspirar-se no ruminante até conseguir que o simpático animal levantasse voo. Costa era primeiro-ministro há cinco meses. E sabia do que falava. Tinha já conseguido criar a ilusão a muitos portugueses que vinha aí um tempo de vacas gordas.
A Escola Secundária de São Pedro da Cova recebeu, no dia 19 de fevereiro, os parceiros turcos, romenos e italianos do "Erasmus+ KA2Project". Este projeto tem como elemento principal a tradição. A comunidade do Agrupamento de Escolas de São Pedro da Cova foi anfitriã de uma comitiva de professores vinda da Roménia, Turquia e Itália, no âmbito do "Erasmus+ KA2Project". O projeto visa a promoção de troca de conhecimentos entre as diferentes realidades académicas, com especial atenção às tradições de cada um des-
tes países europeus. Em São Pedro da Cova, o "Renascer das Tradições", conforme se intitula, foi responsável pela revitalização de jogos tradicionais como a malha e o lançamento do pião, experiências que cativaram os parceiros vindos de fora. "O objetivo principal é recordar as tradições de cada país. Cada escola, de cada país, preparou várias atividades que revitalizassem as suas tradições. Desta forma, cada país irá, depois, publicar as suas tradições em revistas. Essas publicações vão ser produzidas por jovens estudantes", começa por dizer Celeste Ramos, professora da Escola Secundária de São Pedro da Cova. O "Erasmus+ KA2Project" teve início em outubro de 2017 e deverá terminar este ano, em agosto. A próxima visita vai realizar-se na Sicília, em Itália. ■ Foto PSF
Durante três anos o mágico do ilusionismo político conseguiu manter sala cheia. Sim, porque um verdadeiro artista, quando pisa o palco, motiva-se sobretudo com o palmómetro. Quantas mais palmas, mais ânimo. Só que os aplausos, quando em excesso, fazem doer as mãos, e deixam mazelas nos frágeis ossos das falanges. E das palmas ao sapateado vai a curta distância que coloca o estômago no epicentro do corpo humano…
São Pedro da Cova recebeu parceiros do "Erasmus+ KA2Project"
2 – Passados pouco mais que três anos de governação o mágico perdeu o brilho. A realidade sobrepôs-se à ilusão. Os protestos subiram de tom. As greves saltaram para o espaço público. Os hospitais, os tribunais, as escolas, as prisões, os portos, as repartições e quantas outras montras públicas tornaram-se no palco preferencial da sapateada e dos assobios de contestação. E já poucos suportam o espetáculo do ilusionismo.
> A Portugal juntou-se Turquia, Itália e Roménia Foto PSF
Chegou a hora da verdade. Ouvem-se as sirenes de alarme, dentro e fora do país. As previsões de crescimento da nossa economia vão sendo revistas em baixa. As exportações desaceleram. O turismo vai perdendo a euforia dos últimos anos. Começam a ser postas à cobrança as faturas da ilusão. Como no dramático crescimento das famílias que se iludiram com o crédito ao consumo, e já não conseguem pagar as prestações mensais. 3 – António Costa percebeu que a sua vaca voadora não saiu do estábulo, e as pastagens com que ele contava para a engordar estão cada vez mais secas. A sua varinha mágica alimentou um oceano de ilusões, mas os espetadores estão a desmontar, dia após dia, os truques de todos os malabarismos. É certo que os artistas tentam sobreviver com as digressões por todos os cantinhos do país, na vaga esperança de ainda encontrarem incautos que aplaudam o espetáculo… Mas as promessas de pão e circo, mesmo com a chuva de milhões para tudo e para todos, no longínquo calendário de uma década, encontram pela frente uma vozearia de desconfiados. Sempre na vida a realidade se sobrepõe à ilusão. E nem com todo o esforço dos partners da geringonça o ilusionismo político parece sobreviver. Porque as vacas, gordas ou magras, não nasceram para voar. Desiluda-se, senhor primeiro-ministro.
> O coro Vox Populli brindou os convidados com uma atuação
VIVACIDADE FEVEREIRO 2019 13
Sociedade
Gondomar aposta no projeto (A)creditarGO
Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, destacou a aposta do Município na Educação e relembrou os investimentos em curso no parque escolar concelhio. Por sua vez, Aurora Vieira, vereadora da Educação da Câmara de Gondomar, subiu ao palco para apresentar o (A)creditarGO, que se materializa através de cinco medidas: a criação de uma equipa
multidisciplinar, que fará uma intervenção psicossocial e psicoeducativa junto da comunidade educativa; a implementação de projetos interativos e lúdicos como rádio, cinema, teatro; a criação de um Observatório Municipal de Educação, responsável pela recolha de informação de todo o panorama educativo, bem como pela monitorização e publicitação das políticas educativas implementadas no Município; o projeto Experimenta TU, que visa implementar projetos ligados às ciências experimentais em parceria com Instituições de ensino universitário; e ainda a plataforma Partilhar + Saber, destinada a permitir aos alunos, professores e encarregados de educação a partilha de conhecimento e experiências. "Este novo programa traz as entidades supranacionais, como a União Europeia, até Gondomar. É um projeto diferenciador, em que a comunidade europeia passa o dinheiro para a autarquia, que vê investido em projetos diretos entre Município e as suas escolas. É um investimento de cerca de um milhão de euros, financiado em 70%
pelo Fundo Social Europeu, cabendo ao Município a restante comparticipação. Chama-se (A)creditar porque também queremos creditar os nossos alunos", detalhou Aurora Vieira. Também no âmbito deste projeto, Gondomar entregou a cada Agrupamento de Escolas um Laboratório Móvel de Apren-
dizagem, composto por um “kit” de equipamentos informáticos destinado à implementação das medidas apresentadas. Os alunos de cada fim de ciclo do ensino público e privado distinguidos, durante a entrega dos Prémios de Excelência, são os mencionados na página do site da Câmara Municipal de Gondomar. ■ Foto PSF
O Município de Gondomar apresentou, no dia 31 de janeiro, o projeto (A)creditarGO, durante a Gala dos Prémios de Excelência Municipal, na Sala D'Ouro do Pavilhão Multiusos. O projeto inovador surge inserido nos Planos Integrados e Inovadores de Combate ao Insucesso Escolar.
> Aurora Vieira, vereadora da Educação do Município de Gondomar
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“Se não conhecem eu aconselho a visitar-nos para provarem as nossas especialidades.”
Paulo Nogueira
Comilão, segundo lugar nas Papas de Sarrabulho e nos Rojões
“Devido a esta votação vamos implementar nos nossos menus diários alguns dias específicos para os rojões e as papas.”
Rua Vasco da Gama, 57 Baguim Do Monte, Porto, Portugal
22 110 3830
ocomilao2016@hotmail.com
14 VIVACIDADE FEVEREIRO 2019
Sociedade
Festas a São Brás atraíram milhares de romeiros a Baguim No início deste mês, Baguim do Monte voltou a homenagear São Brás, santo que livra o povo das maleitas da garganta. Foram três dias de festa com epicentro no Largo de São Brás. O ponto alto foi, novamente, a grandiosa procissão. Texto: Pedro Santos Ferreira
Entre os dias 1 e 3 de fevereiro, Baguim do Monte contou com diversas iniciativas integradas na programação das Festas a São Brás, a maior romaria desta freguesia. A procissão voltou a afirmar-se como o ponto alto das festividades e trouxe, no dia 3 de fevereiro, milhares de romeiros até à Igreja Matriz de Baguim. Antecedido pela missa solene do bispo emérito de Setúbal, D. Gilberto Reis, o cortejo religioso voltou a percorrer as ruas de Baguim com uma grande moldura humana a assistir, animada pela banda sonora da Banda Musical de Baltar. Do programa constaram ainda os con-
> A procissão voltou a percorrer as ruas centrais de Baguim do Monte
certos de João Pedro Martins, Cláudio Soares, Rancho Folclórico "As Farrapeirinhas de Baguim do Monte" e da Banda Musical "Horyza". As Festas a São Brás contam com a organização da Confraria do Imaculado Coração de Maria e São Brás, Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho de
> A prova cega realizou-se no Largo de São Brás
> Os 11 novos membros da Confraria Gastronómica
Baguim do Monte, Arco do Bojo, Junta de Freguesia e Paróquia de Baguim. Confraria Gastronómica tem 11 novos membros Desde 2010, as Festas a São Brás são também sinónimo do Grande Capítulo, cerimónia de entronização de novos membros na Confraria Gastronómica de Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte. Este ano, a irmandade não fugiu à regra e deu as boas-vindas a 11 novos membros: Olga Sousa Rodrigues, assistente técnica; António Simões Moreira, empresário; Serafim Ferreira, emigrante em França; Sofia Martins, economista; Miguel Rodrigues, técnico de informática; Celso Pereira, gestor de empresas; Eunice Neves, administradora do CINDOR; Aníbal Lira, presidente da Assembleia Municipal de Gondomar; Miguel Laranjeira, engenheiro técnico; Filipe Laranjeira, militar; Serafim Ferraz, agente da PSP. A cerimónia de entronização ficou a cargo de Lucindo Silva, pároco de Baguim, que introduziu, individualmente, os novos confrades e confreiras que juraram proteger e divulgar os rojões e papas de sarrabulho à moda baguinense. Após o ato solene, os mais de 100 membros da Confraria realizaram o tradicional convívio, na Quinta da Igreja, em Fânzeres. No dia 3 de fevereiro, o Largo de São Brás acolheu nova edição da prova cega do Concurso Gastronómico Rojões e Papas de Sarrabulho à moda de Baguim. ■
> Rojões
> Papas de sarrabulho
VIVACIDADE FEVEREIRO 2019 15
Sociedade
Tentação das Bifanas venceu Prémio Combinado do 20.º Concurso Gastronómico de Baguim
Este ano, a Tentação das Bifanas foi distinguida com o Prémio Combinado do 20.º Concurso Gastronómico de Baguim. O restaurante, que venceu também na categoria "Rojões", viu a sua confeção ser distinguida entre os 13 concorrentes desta edição. "No ano passado conseguimos vencer nas papas, este ano fomos melhores nos rojões e, pela primeira vez, garantimos o Prémio Combinado. Fazemos papas e rojões todos os dias. Ou seja, conforme
saem as papas para os nossos clientes diários saíram também para o concurso. Nada foi requintado ou especial. É fruto do nosso trabalho diário e claro que o prémio é uma mais-valia para a casa", afirma João Silva, proprietário deste estabelecimento. A receita para o sucesso vai continuar no segredo dos deuses, mais concretamente nas mãos da cozinheira, Filomena Alves. Ao nosso jornal, a responsável pela confeção aponta a "carne fresca e a paixão", como os principais ingredientes. "Gosto de cozinhar e ainda me dá mais prazer quando vejo que as pessoas ficam satisfeitas com os meus pratos", refere. Na categoria "Papas de Sarrabulho", o primeiro classificado foi a Churrasqueira de Baguim. Destaque-se ainda a participação do restaurante "O Comilão", que arrecadou duas medalhas de prata em ambas as categorias. Ao Vivacidade, Paulo Nogueira, responsável pelo restaurante, destaca o "alento" que o prémio vem proporcionar a este estabelecimento e considera o galardão "uma
mais-valia ao nível da divulgação do restaurante". "No próximo ano vamos tentar obter o primeiro lugar. A nossa aposta é nas carnes de qualidade e esse tem sido o grande segredo. Além disso, a forma como confecionamos é essencial. Foi a minha mãe que fez os rojões, à moda antiga, e aquele
toque requintado das pessoas mais antigas faz sempre a diferença", conclui Paulo Nogueira. Graças a este prémio, o "Comilão" passará a ter na sua ementa, em dias específicos, os rojões e as papas de sarrabulho à moda de Baguim do Monte. ■
Foto TSN
A Tentação das Bifanas e a Churrasqueira Central de Baguim sagraram-se vencedores do 20.º Concurso Gastronómico de Baguim e venceram, respetivamente, nas categorias "Papas de Sarrabulho" e "Rojões".
> Filomena Alves e João Silva da Tentação das Bifanas
“In & Out” de regresso ao Colégio Paulo VI
Concurso Internacional de Música anuncia jurados
O Colégio Paulo VI, no dia 12 de fevereiro, pelas 17h30, foi palco de uma atividade dinamizada pelo Gabinete de Psicologia da instituição de ensino gondomarense. Sob o mote “Re(Inventar)”, existiu um final de tarde que ajudou à reflexão sobre os grandes desafios de ser professor. O "In & Out" é um evento inspirado nas conferências TEDx e procura, sobretudo, desafiar quem participa. Recorde-se que as três primeiras edições foram destinadas a alunos. Todavia, na edição deste ano, a iniciativa foi preparada para todos os professores e educadores do Colégio Paulo VI. O tema "Re(inventar)" foi um desafio a cada professor e pairou sobre três eixos fundamentais na ação diária de um educador: educação, “coaching” e bem-estar pessoal. Para abordar estes temas foram convidados três oradores. A professora Ariana Cosme refletiu sobre como Re(inventar) a Escola, numa abordagem às novas orientações pedagógicas e ao papel que cada um pode ter neste processo. A “coach” Daniela Laranjeira convidou-nos a refletir sobre o papel de cada um no processo de ensino-aprendizagem. Por último, Catarina, mestre de Yoga, e o professor Hélder exemplificaram e explicaram os benefícios do Yoga na ges-
O 2.º Concurso Internacional de Música já anunciou o painel de jurados que irá ajuizar os executantes de flauta transversal, instrumento em destaque nesta edição. Desta forma, o júri será composto por Jorge Caryesvschi, ex-solista de flauta da Orquestra Sinfónica Nacional de Buenos Aires, Michel Bellavance, flautista suíço/ canadense, e Stephanie Wagner, solista do Remix Ensemble da Casa da Música. A direção artística do Concurso ficará a cargo de Rute Cruz, professora no Conservatório do Vale do Sousa e do Conservatório de Música da Maia. "Este júri é composto por músicos de referência a nível internacional. São pessoas com currículos musicais invejáveis e isso tem surpreendido os vários candidatos que estão a inscrever-se até 15 de março. Esta aposta vem contribuir para o nosso objetivo de divulgar esta iniciativa além-fronteiras", afirma Filipe Fernandes, organizador do Concurso Internacional de Música. Ao Vivacidade, o responsável pela iniciativa confirma ainda a participação de Marco Pereira, presidente da direção da Associação de Flautistas de Portugal, que irá realizar dois workshops entre os dias 13 e 17 de abril.
tão do stress diário. “Foi um final de tarde inspirador que lançou sementes de reflexão e ação para o futuro, sempre na perspetiva da inovação pedagógica, pessoal e profissional”, destacou o Gabinete de Psicologia do Colégio Paulo VI. ■ Foto TSN
No que diz respeito às inscrições, Filipe Fernandes mostra-se confiante na adesão ao Concurso e espera "uma avalanche de inscritos" com o aproximar do fim do período de admissão dos candidatos. O Concurso Internacional de Música é uma iniciativa organizada pela Banda Musical de Gondomar e Câmara Municipal de Gondomar. ■ Foto DR
> Jorge Caryesvschi, presidente do júri
16 VIVACIDADE FEVEREIRO 2019
Sociedade
Viva Saúde Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia * Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Professor Doutor em Medicina e Cirurgia Mestre em Medicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIO TINTO
ADSE, de quem é a culpa?
Gondomar escolhe representantes para o Concurso de Leitura Carlos da Silva (AE Infanta D. Mafalda); Vera Teixeira (AE de Júlio Dinis); e Rafael Silva (AE de Rio Tinto n.º 3), pelo 1.º Ciclo; Maria João Barros Valente (AE de Rio Tinto), Luna Marina Pacheco (AE de São Pedro da Cova) e Margarida Barbosa (AE de Júlio Dinis), pelo 2.º Ciclo; Ana Carolina Moreira (AE Nº. 1 de Gondomar), Lara Pinto Coelho (AE de Valbom) e Maria Beatriz Gomes (AE de São Pedro da Cova), pelo 3.º Ciclo; Inês Monteiro (Escola Secundária de São Pedro da Cova), Sara Catarina Dias Almeida (AE de Valbom) e Sara Silva (AE de Rio Tinto n.º 3), pelo Ensino Secundário, vão representar o Município de Gondomar no Concurso Nacional de Leitura (CNL). Estes alunos foram eleitos vencedores da fase concelhia do CNL, tendo-se destacado entre os 60 candidatos oriundos dos vários agrupamentos
de escolas existentes a efetuarem provas no auditório da Biblioteca Municipal de Gondomar. O júri selecionou para esta fase do concurso os livros "A Noite de Natal", "O Rapaz de Bronze", "O Bojador" e "Contos exemplares - A Viagem e Retrato de Mónica", numa homenagem a Sophia de Mello Breyner Andresen, autora de várias obras incluídas no Plano Nacional de Leitura. Este ano comemora-se o centenário do seu nascimento. Os alunos selecionados na fase concelhia passam agora à fase intermunicipal, que se realizará na Biblioteca Almeida Garret, no Porto, em data ainda a definir entre 7 de março e 30 de abril. Nessa fase serão apurados dois alunos por Comunidade Intermunicipal/Área Metropolitana em cada nível de ensino para competirem na final nacional que se realizará no dia 25 de maio, em Braga. ■ Foto DR
O serviço de assistência aos funcionários do Estado, a ADSE, tem sido o tema de discussão da atualidade. Ao longo de anos foi sempre um serviço eficaz e exemplar na qualidade que proporciona aos seus utentes, chegando mesmo a entregar ao Estado milhões de euros excedentes das suas coletas. O que se passou para que, de repente, passar a ter supostos dividendos? Descobriram que afinal os hospitais privados com quem trabalham deveriam devolver 38 milhões de euros referentes a serviços prestados entre 2015 e 2016. E dos anos 2017 e 2018, ainda virá outra fatura? De quem será a culpa? Provavelmente a culpa será de ambos. A ADSE que vem agora pedir verbas retroativas pagas e aprovadas pela mesma entidade, com base em preços pagos por outras entidades, que nada tem a ver com o serviço prestado. Os privados, que para garantirem a qualidade dos serviços de saúde fizeram uma adaptação orçamental para poder corresponder aos preços pagos pela ADSE, bem abaixo do que o Estado paga aos hospitais públicos, para poderem corresponder às expectativas dos seus pacientes. É do conhecimento geral que se um utente da ADSE, se deslocar a um serviço de urgência de um hospital público paga 20 euros de taxa moderadora, mas se for a um privado paga 3,99 euros, menos cinco vezes. Algo estará mal. A própria tabela de atos médicos, desatualizada e desajustada da realidade atual, mantém-se a mesma há muitos anos, sem que, em muitos casos, corresponda a atos de uma medicina moderna e atual. Então como se resolvo o problema? Pedindo as verbas astronómicas com retroativos? Então meus senhores, que andaram a fazer, que controlo foi feito? Vou a um restaurante de luxo, como o bife inteiro, pago e alguns anos depois é que reclamo que paguei a mais do que pagaria noutro restaurante, talvez mais económico? Espero que não se extremem posições, com base em pressupostos passados em que todos os intervenientes tiveram o seu grau de culpa, para bem dos utentes da ADSE e para que os serviços de saúde em geral não sofram ainda mais da instabilidades porque têm passado.
A Casa Branca de Gramido recebeu, no dia 22 de fevereiro, cerca de 30 artesãs da filigrana gondomarense, naquele que foi o pontapé de saída para uma homenagem por parte da Câmara Municipal a estas mulheres, indispensáveis ao processo de fabrico da filigrana. A iniciativa visou recolher as opiniões destas artesãs, para uma posterior homenagem e valorização das denominadas enchedeiras, a quem cabe a minuciosa tarefa de preenchimento das molduras. Recorde-se que a defesa da produção artesanal, praticada em oficinas de pequena escala, de cariz familiar, utilizando técnicas passadas de uma geração à próxima, levou já à criação, de uma parceria entre os municípios de Gondomar e da Póvoa de Lanhoso, da “Filigrana de Portugal”, certificando e distinguindo a produção manual de filigrana, bem como da Rota da Filigrana, que dá conhecer e valorizar os ourives genuínos de Gondomar, através de roteiros que contemplam a visita às fábricas e oficinas, preservando e dinamizando esta arte. ■
Foto DR
Paulo Amado*
Município prepara homenagem a enchedeiras
> A fase concelhia decorreu na Biblioteca Municipal
VIVACIDADE FEVEREIRO 2019 17
Turbogás abriu portas da Central da Tapada do Outeiro
A Central de Ciclo Combinado da Tapada do Outeiro teve, no início deste mês, um dia aberto à comunidade, que levou centenas de curiosos a esta infraestrutura da empresa Turbogás, localizada em Medas. O evento, além de procurar melhorar o conhecimento das comunidades locais sobre a atividade diária da Central, teve ainda como objetivo a demonstração, de uma forma simplificada do "nascimento da energia" e o impacto que a Central tem na comunidade em que se insere. "Sempre tivemos uma política de portas
abertas. Contudo, sendo uma instalação industrial sabemos que temos impacto na comunidade, por isso quisemos mitigar esse impacto e mostrar o que fazemos aqui, diariamente. É o que se pretende com esta iniciativa", afirma Carla Silva, da Turbogás. Desta forma, além de uma visita guiada por alguns dos espaços mais relevantes da Central, a iniciativa proporcionou ainda vários momentos de animação a todos os visitantes. O programa incluiu a inauguração da exposição resultante do concurso “O que é a energia?”, um desafio lançado pela Turbogás aos estabelecimentos de ensino do Agrupamento de Escolas à Beira Douro. "Contamos repetir esta iniciativa, mas importa referir que temos as portas abertas todos os dias. Esperamos que as pessoas tenham interesse em visitar-nos mais vezes", acrescenta a representante da Turbogás. Marco Martins, presidente do Município de Gondomar, também marcou presença na iniciativa e deixou elogios à política porta-aberta da Central da Tapada do Outeiro. Ao Vivacidade, o edil gondomarense referiu que
esta é uma forma "de mostrar ao concelho uma das mais importantes empresas que aqui temos instalada". "A Turbogás representa um volume significativo de negócios e produz 10 a 12% da energia elétrica consumida em Portugal. É uma empresa com grandes preocupações ecológicas e com um forte sentido de res-
ponsabilidade social. É, por isso, motivo de orgulho para nós, gondomarenses, tê-la sediada no nosso território", concluiu o autarca. A visita guiada foi liderada por Perfeito Isabel, diretor-geral da Turbogás e Portugen, e António Magalhães, diretor da Central da Tapada do Outeiro. ■ Foto PSF
A Turbogás promoveu, no dia 9 de fevereiro, o Dia da Tapada do Outeiro, iniciativa que abriu as portas da Central de Ciclo Combinado à comunidade. Esta ação visa aproximar a Central à população.
Sociedade
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“Fazemos papas e rojões todos os dias.” “O segredo é tentar melhorar diariamente e a qualidade das carnes é essencial.” João Silva, proprietário e Filomena Alves, cozinheira
Tentação das Bifanas, primeiro lugar nos Rojões e arrecadou o prémio combinado
DUA S EQU I PA S PAR A O SE RV I R BE M RUA DA CARREIRA, 1009 4435-642 BAGUIM DO MONTE Tel.: 224965024 RUA 5 DE OUTUBRO 4470-128 MAIA Tel.: 229422395
18 VIVACIDADE FEVEREIRO 2019
Gondomarenses lá fora
Hugo Moreira: “Sair não significa fechar a porta. É deixá-la encostada” Hugo Moreira, de 28 anos, é data scientist na Irlanda do Norte, está a terminar o doutoramento e arriscou sair de Portugal em busca de uma melhor situação profissional. Todavia, o jovem gondomarense continua com o desejo vincado de regressar em definitivo ao seu país de origem. Texto: Tiago Santos Nogueira
Como foi o teu percurso profissional até chegares ao ponto de trabalhares numa multinacional? Não foi um percurso muito previsível. Começou pela entrada num programa doutoral após terminar o curso de Engenharia Biomédica. Nunca tinha pensado em seguir o doutoramento. Mas uma oportunidade surgiu e lá arrisquei. Como o meu programa doutoral tem parceria com algumas universidades estrangeiras, decidi realizar o meu projeto numa universidade fora do país com boa reputação na investigação em radioterapia. A ‘Queen’s University Belfast’ deu-me essa oportunidade e não me desiludiu, bem pelo contrário. Tive a oportunidade de fazer parte de uma equipa de investigação de radiobiologia, certamente das melhores a nível europeu. Fiz simulações computacionais, de forma a prever a interação da radiação com diferentes materiais e a análise destas simulações levou-me a fazer aquilo que hoje faço: data science. E o que é isso de “data science”? É uma área que tem estado muito na moda nos
últimos tempos, está relacionada com outra área cujo nome talvez seja mais conhecido – ‘Machine Learning’. Envolve programação, bases de dados e muita matemática. Por exemplo, quando uma pessoa navega em páginas da Internet e vê anúncios de produtos que muitas vezes lhe interessa – isso é data science. O uso de dados do utilizador e do seu histórico de pesquisas para lhe sugerir produtos que lhe possam interessar. Outro exemplo pode ser através do facebook. Quando publicamos fotos com os nossos amigos e queremos identificá-los, o facebook sugere-nos os amigos que queremos identificar. Isto, em parte, é reconhecimento facial e também se baseia no nosso histórico de amigos próximos. O facebook parece que sabe com quem saímos sem lhe dizermos. Mais uma vez “data science”. Parece um bocadinho assustador, confesso que pode ser usado para fins menos éticos, mas também tem uma enorme utilidade social. Pode-se utilizar “data science” para prever quais as áreas de uma cidade em que devemos ter mais policiamento e evitar um maior número de crimes. O que te cativou a trabalhar nessa área? Uma mistura de interesses. A componente física do meu doutoramento foi um dos fatores, porque gostei bastante. E “data science” tem muito raciocínio físico e matemático. Outro fator, e de igual importância, foi a estabilidade. É pena, mas um investigador, seja doutorado ou não, tem uma vida profissional muito pouco estável. É injusto viver de bolsas com contratos temporários, principalmente em Portugal. É viver uma vida instável, sem poder fazer planos de vida sérios a médio/longo prazo. É triste, mas é uma realidade que muitos investigadores portugueses vivem. Por muito que eu goste de investigação universitária, decidi seguir o meu rumo numa área empresarial de enorme potencial, onde continuo a fazer o que gosto e onde posso ambicionar outra forma de viver, sem precisar do apoio dos meus pais. Com que frequência vens a Portugal e, em específico, a Gondomar?
> O jovem gondomarense é apaixonado pela física e matemática
> Hugo Moreira partiu para a Irlanda do Norte à procura de estabilidade
Costumo vir a Portugal pelo menos quatro vezes por ano. Às vezes por uns dias, outras vezes fico mais de uma semana, dependendo da altura. Os meus pais vivem em Gondomar, (S. Cosme) por isso passo sempre a maior parte do meu tempo no nosso concelho.
à portuguesa com muita pena minha. Relativamente ao povo em si, noto que as pessoas são extremamente simpáticas e educadas, algo que me surpreendeu imenso quando cá cheguei. Porém, dar dois beijinhos na cara de uma rapariga, sendo conhecida ou não, é algo que não acontece por aqui.
Como único estrangeiro e português no teu departamento, tentas passar um pouco da nossa cultura e falar de Portugal? Sim, sem dúvida alguma. São muitas as diferenças culturais. Na altura do Natal tive que lhes mostrar fotografias dos nossos pratos típicos natalícios. Não lhes cabia na cabeça que alguém comesse peixe no Natal, muito menos bacalhau. Para quem come peru no Natal, acharam o bacalhau muito estranho, mas ninguém duvida da qualidade da nossa gastronomia. Confesso que outra parte da cultura que lhes passo, mas só porque me imploram que o faça, é o nosso calão... Acham sempre piada ao imitar os nossos palavrões [risos].
“Tenho o objetivo de voltar ao meu país a médio prazo e para isso quero crescer na minha área de trabalho.”
É difícil conciliar o teu trabalho com a tese de doutoramento? Não é nada fácil. Ainda estou a acabar de escrever a tese, já com todo o trabalho experimental feito. Mesmo assim, apesar de ter um horário de trabalho bastante flexível, não é fácil chegar a casa com vontade de trabalhar novamente. Uma das minhas ocupações no tempo livre é fazer teatro de improviso, algo que me apaixonei de imediato quando tive as primeiras aulas aqui em Belfast. Equilibrar o trabalho, o improviso, a escrita da tese e alguma vida social à mistura tem-se relevado uma tarefa bastante difícil. Mas mais vale escrever a tese lentamente do que nunca a acabar. Quais as principais diferenças entre viver na Irlanda do Norte e em Portugal? Há várias. Começamos pelo tempo – o céu está quase sempre nublado, com exceção dos meses de verão. A gastronomia irlandesa não se compara
Queres falar-nos dos planos futuros para a tua carreira profissional? Há pouco falei de estabilidade. Uma das razões para ter escolhido esta carreira é precisamente para que possa alcançar essa estabilidade, principalmente quando voltar a Portugal. Tenho o objetivo de voltar ao meus país a médio prazo e para isso quero crescer na minha área de trabalho. Que conselhos darias a quem equaciona sair do país em busca de uma melhor situação profissional? Sair não significa fechar a porta. É deixá-la encostada. É uma experiência de enorme realização pessoal sair do nosso país, adaptarmo-nos a uma cultura e língua diferentes e crescer em áreas de trabalho muitas vezes mais avançadas. Claro que também é uma decisão triste, significa deixar a nossa família e amigos e passar a vê-los com menos frequência. O pior que pode acontecer é não gostar da experiência e voltar. O melhor que pode acontecer é conhecer uma nova cultura, crescer pessoal e profissionalmente, alcançar objetivos que nunca pensámos conseguir. E aquela nossa porta continua encostada se precisarmos de a abrir novamente. Eu sei que a minha está. ■
VIVACIDADE FEVEREIRO 2019 19
Sociedade
"Olhares, Reflexões e Paixões de um Geógrafo" é o novo livro de Rio Fernandes
Cem textos da autoria de Rio Fernandes, a par de 100 textos de convidados resultaram na edição do livro "Olhares, Reflexões e Paixões de um Geógrafo". A publicação surge na sequência de uma compilação de crónicas do geógrafo e professor da Faculdade de Letras do Porto, que mantém uma colaboração semanal com o Jornal de Notícias, todas as quartas-feiras, onde escreve
sobre geografia, territórios, conceitos geográficos e autores de referência. "Neste livro procurei retirar as crónicas políticas. A ideia que tive foi de convidar 100 pessoas a comentar estes meus 100 textos. Desafiei amigos, pessoas que respeito muito e também alguns familiares. Paralelamente a isso, há depois imagens que completam os textos. São fotografias minhas, sendo que eu sou apenas um amador com gosto por reter na imagem vários aspetos que me chamam a atenção. Contudo, todas as fotografias estão a preto e branco porque não são o elemento central. O que importa verdadeiramente são os textos e o pensamento que expressam", descreve o autor, natural de Gondomar. O título, explica, "resulta da observação, da reflexão e da tentativa de entender os espaços, lugares e as coisas". Aos 60 anos, Rio Fernandes confessa ter uma melhor capacidade de observação e um elemento sempre presente em todas as suas crónicas: o Porto. "É a minha cidade, logo, tudo o que observo é comparável ao lugar que melhor conheço, o Porto", acrescenta. A obra foi lançada no salão nobre da Reitoria da Universidade do Porto e teve, em Gondo-
mar, uma segunda sessão de apresentação ao público, no Clube Gondomarense. Atento ao desenvolvimento do concelho onde nasceu, Rio Fernandes mostra-se satisfeito com as opções do Município nos últimos anos, mas não deixa de alertar para a necessidade de repensar o espaço público, nomeadamente em Gondomar (São
Cosme), a par da "necessária recuperação e revitalização do património mineiro de São Pedro da Cova". Ao nosso jornal, o geógrafo admitiu ainda que já está a trabalhar na próxima publicação, que será uma réplica do livro "O Porto e a Airbnb", desta vez centrado em Lisboa. ■ Foto PSF
Editado em dezembro de 2018, "Olhares, Reflexões e Paixões de um Geógrafo" é o mais recente título da bibliografia de José Alberto Rio Fernandes. Ao Vivacidade, o geógrafo, natural de Gondomar, caracteriza a obra como "resultado da observação e tentativa de entender os espaços, lugares e coisas".
Federação das Coletividades promove formação de teatro no Auditório Municipal
A história do teatro, a colocação de voz e elocução, o movimento e expressão corporal, as técnicas de atuação e o canto, são alguns dos pontos centrais da primeira formação teatral promovida pela Federação das Coletividades do Concelho de Gondomar (FCCG). O workshop de 98 horas está a ter lugar no Auditório Municipal de Gondomar e conta com 26 formandos, dos 14 aos 83 anos. "O objetivo da Federação é proporcionar esta formação, em diversas componentes do teatro, às suas coletividades associadas. Sentimos que existiam pequenas lacunas no teatro realizado no nosso concelho e quisemos realizar esta formação com o ob-
jetivo de as colmatar", adianta Cidália Santos, membro da direção da FCCG. De acordo com a dirigente associativa, a formação poderá, inclusive, ter nova "edição ainda este ano". A 1ª edição conta com a direção de Roberto Merino, diretor da Escola Superior de Artes do Porto. "Assumi a coordenação pedagógica desta
formação e tenho procurado trazer a Gondomar diferentes professores. Temos falado da história do teatro, da importância da dramaturgia, encenação, interpretação, movimento... no fundo, queremos que estas pessoas saiam daqui mais completas", conclui Roberto Merino, em declarações ao Vivacidade. ■ Foto PSF
A Federação das Coletividades do Concelho de Gondomar iniciou, no mês passado, o 1.º Workshop de Teatro, no Auditório Municipal. A formação é aberta à comunidade e conta com a direção de Roberto Merino.
Alunos aprovam aposta da Federação das Coletividades
Mariana Costa, 14 anos: "O meu irmão incentivou-me a participar nesta formação. Tenho uma paixão pelo teatro e pela música, por isso achei que esta experiência ia ser muito benéfica para mim"
Damião Cardoso, 83 anos: "Um amigo meu disse-me que havia esta oportunidade e resolvi inscreverme. Posso dizer que aprendi a representar e a enfrentar melhor o público"
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Destaque
Luís Pedro Martins: “Sempre defendi que não bastava ter a pelo design e pela promoção através da Luís Pedro Martins é o novo presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP). Natural de Aveiro e criado em Rio Tinto, o ex-autarca é licenciado em Marketing Político e dá aulas na Porto Business School, profissão que pretende continuar a conciliar com o cargo que agora desempenha.
Começamos por lhe perguntar: quem é Luís Pedro Martins? Sou natural de Aveiro, mas desde muito cedo mudei-me, junto com os meus pais, para Rio Tinto. Foi nessa altura que tive as minhas primeiras aprendizagens sobre o que a vida pública. Perceber o que é o bem comum e tentar fazer algo pela comunidade. Acompanhava o meu pai e um grupo de cidadãos de Rio Tinto, quando criaram aquela que hoje é uma das maiores IPSS’s de Gondomar, que é o Centro Social de Soutelo. Mais tarde, juntei-me à Juventude Socialista em Gondomar onde conheci alguns amigos para a vida e que hoje desempenham cargos executivos como o Marco Martins, o Carlos Brás, o Nuno Coelho, que foi presidente da Junta de Baguim, e o Nuno Fonseca, atual presidente da Junta de Rio Tinto. Foi aí que despertou a minha vontade de querer dar o meu contributo à sociedade. Licenciei-me em Design, no Porto, e logo a seguir fui eleito para o Parlamento, onde estive nos dois mandatos de António Guterres. Quando estava em Lisboa despertou o interesse pelo Marketing Político, área a que acabei por dedicar a minha formação. Fui para os Estados Unidos, onde fiz o primeiro curso e depois São Paulo, onde fiz uma segunda graduação na área. De regresso ao Porto, ainda fiz uma pós-graduação em Marketing, na Porto Business School, para onde fui convidado como professor, um ano depois, e onde me mantenho desde então, há cerca de nove anos. Durante este tempo fiz mais de 150 campanhas de marketing, não só político, mas também empresarial e institucional. Antes de chegar aos Clérigos ainda regresso novamente a Lisboa, como assessor do ministro Alberto Martins. O convite do padre Américo Aguiar surge quando eu estava no departamento de Marketing e Comunicação da Santa Casa, para estar desde a primeira hora no projeto de devolução da igreja da Torre dos Clérigos à cidade, depois das obras profundas em 2013. A partir daí a minha vida passou a dividir-se entre a Torre dos Clérigos e a Porto Business School. É aqui, na Torre dos Clérigos, que tenho o meu primeiro contacto com o setor do Turismo, estando envolvido na “explosão” turística que se registou neste monumento, que passou de uma média de 100 mil visitantes ano para 1,3 milhões, bem como o conjunto de eventos que aqui se realizam e as parcerias que se estabelecem. A minha dedicação obrigou-me a “meter as mãos” mais a
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Texto e fotos: Carlos Almeida Miguel Almeida
> Luís Pedro Martins foi recentemente efleito presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal
fundo no setor para o conhecer melhor e acredito que hoje, na minha candidatura esse conhecimento é fundamental. E a candidatura, surge como? A candidatura surge pelo interesse comum de um conjunto de autarcas - do PS, do PSD, do CDS e independentes... – que me colocam o desafio de me candidatar ao TPNP porque, segundo eles, cumpria os três requisitos que procuravam: não ter qualquer relação com o passado da entidade; alguém familiarizado com os corredores do poder político, onde podemos garantir apoios e manter um bom relacionamento com o Governo e os autarcas; e uma pessoa que estivesse bastante envolvida com o Turismo. Aceitei o desafio e, como em diversos momentos da minha vida, até ao aparecimento da minha candidatura há uma lista única e eu tenho sempre que “ir a combate” e assim aconteceu, culminando depois por ser mesmo lista única após um acordo obtido com o meu adversário. Gondomar continua a investir no Turismo, vai concluir o renovado Cais da Lixa e anunciou, no mês passado, um investimento privado da Sonae na ordem dos 60 milhões de euros para a criação de um ‘eco-resort’ no Alto Concelho.
"Gondomar tinha uma pérola escondida e finalmente começou a descobri-la: o rio Douro."
nomeadamente no Pavilhão Multiusos. O que se verificava era que muita daquela gente que vinha de fora até gostava de pernoitar nas redondezas, mas a oferta não era suficiente. É isso que temos de fazer no turismo, e Gondomar já o está a fazer: deixar de ter visitantes para passar a ter clientes. Transformar os visitantes em clientes. Para isso acontecer temos que fazer com que eles almocem lá, jantem lá e durmam lá, e este interesse de Que impacto podem ter estas duas infraestru- investidores em apostar no concelho vai permitir turas nos próximos anos? potenciar Gondomar, fidelizando público que vai Eu digo isto já há muitos anos, Gondomar tinha querer voltar e recomendar. Eu felicito o município uma pérola escondida e finalmente começou a por alcançar estas pequenas grandes vitórias. descobri-la: o rio Douro. A verdade é que a maioria dos gondomarences não se sentiam próximos O Parque das Serras do Porto, em colaboração do rio porque, por um lado não havia infraestru- com Valongo e Paredes, é outro dos mega-proturas que permitissem essa aproximação e, por jetos em que Gondomar está envolvido. Poderá outro não havia qualquer tipo de investimento existir aqui, também, aproveitamento de intepor parte dos privados naquelas margens. resse turístico ambiental e desportivo? Era óbvio que, quando isso acontecesse, os efeitos Obviamente. Neste caso com a vantagem de ser iriam ser positivos porque tínhamos essa grande um projeto transversal ao território, que permite vantagem que é de termos uma boa extensão de ganhar escala unindo concelhos e o Parque das território do concelho nas margens do Douro. Serras do Porto tem essas características. É a união Portanto, prevejo que o impacto será fantástico, de vários concelhos em torno de um território fannão só pela beleza natural que ali existe, mas tam- tástico em termos ambientais. bém pela proximidade à cidade do Porto. A região Norte tem essa vantagem, tem no seu terGondomar estava a precisar de indústrias hotelei- ritório exemplos magníficos de paisagem ambienras. Só assim consegue receber grandes eventos, tal como é o caso deste, portanto será certamente
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Destaque
filigrana, a aposta teria que passar a criação de uma rota” outro projeto de enorme sucesso e que irá merecer a nossa atenção. A Rota da Filigrana será outro projeto que o TPNP terá em atenção? Certamente. Sempre defendi que não bastava ter a filigrana e que ela se afastava cada vez mais das novas gerações se continuasse o caminho que estava a percorrer. A aposta teria que passar pelo design e pela promoção através da criação de uma rota. Este debate ocorreu há uns cinco ou seis anos durante uma reunião, portanto é com orgulho que vejo agora o caminho que se está a fazer. Começamos a perceber que, a partir do momento em que o mundo passou a ter contacto com a filigrana passamos a ter agradáveis surpresas como ver a Sharon Stone a passear em Hollywood com o nosso famoso coração. Acredito que seja ainda apenas um pequeno passo comparadado com o que irá acontecer com esta Rota que já é hoje bem divulgada. Este é o caminho, divulgar, promover, apostar no design porque isso faz com que as novas gerações olhem também para o produto de forma diferente. As peças clássicas são importantes e bonitas, mas podemos ligar a filigrana ao mundo da moda, por exemplo, levar este produto aos grandes designers de moda para que a possam adaptar ao seu trabalho. Tudo isto trará uma nova dinâmica ao setor.
Passado que está o ato eleitoral, como olha para o momento de elaboração das listas e o entendimento com o seu adversário para a apresentação de uma lista única? O facto de inicialmente existirem duas listas eu acredito que foi bastante positivo. A falta de adversários pode tornar-nos mais facilitadores, achamos que está ganho à partida. Assim não, assim obriga-nos a ir para o terreno, falar com as pessoas, discutir ideias e isso é sempre positivo. Acredito que no final o entendimento surgiu com alguma naturalidade e esse entendimento permitiu uma união em torno da entidade. Isto é muito importante por uma razão, a instituição estava a atravessar um caminho menos simpático com tudo o que aconteceu, foi uma ajuda porque é uma demonstração de coesão da região. Desta forma, foi com bons olhos que vi este enten-
Foi um entendimento pacífico? Sim, foi um entendimento pacífico. O que eu fiz foi integrar nos órgãos sociais uma entidade que estava noutra lista, a AHRESP – uma associação muito importante neste setor – na Comissão Executiva. Acredita então que esta foi a melhor opção para o organismo e para a região? Como disse no meu discurso de tomada de posse, gosto de combates, nunca fugi a nenhum, mas tendo em conta a atual circunstância, o facto de ter havido este entendimento foi o melhor para a entidade. Não ignorando o passado, mesmo o mais recente, mas olhando para o futuro, como vê o TPNP nesse período? Eu nunca ignorei essas questões, mas também não me canso de dizer que, passado é passado e a mim interessa-me o futuro. Há coisas que foram feitas no passado e que foram bem feitas, esses projetos certamente continuarão a ser uma aposta para o TPNP. Com o Melchior tivemos uma viragem da entidade para o interior, que é também algo que pretendo continuar, porque vejo esse esforço com bons olhos. Vamos ter uma colaboração total quando nos for solicitada pela investigação, como não podia deixar de ser, mas a minha forma de atuar não se altera, independentemente de haver, ou não, investigação. Eu atuo sempre com transparência e em total acordo com a lei em todos os procedimentos, portanto não estou preocupado. Aproveito a oportunidade para deixar uma palavra aos nossos colaboradores que passaram por uma fase muito difícil e que gerou eventualmente alguma desmotivação. Eu conto com eles. Até provas em contrário todos são inocentes. Resta aguardar os resultados da investigação com tranquilidade. O que queremos é criar normalidade para podermos trabalhar. O turismo tem registado números crescentes ano após ano e a previsão é que esse crescimento se mantenha. Acredita que este setor possa ser um dos maiores contribuintes da economia nacional a curto prazo? Este setor já está a ser. Os números que são conhecidos dão-nos alguma tranquilidade até 2030, pelo menos, essa certeza nós temos. O que temos que fazer é receber bem quem nos visita. Temos da melhor gastronomia do mundo, das mais belas paisagens, temos património… Ainda há dias fui fazer a Rota do Românico e é impressionante o que nós temos para oferecer. O turismo religioso também encontra aqui muitos pontos de interesse como a Semana Santa, em Braga, o maravilhoso
Douro, Trás-os-Montes e o Minho, temos verde e o azul do mar, temos rios e cascatas, uma diversidade imensa que tem tudo para dar certo.
"Nós não queremos que os turistas venham para dois ou três dias, queremos que eles prolonguem a sua estadia" Nesse sentido, o que falta fazer pelo setor a nível legislativo? Na minha tomada de posse ficou evidente que o setor está satisfeito com aquilo que o Governo tem estado a criar, nomeadamente com esta secretária de Estado, que é muito pragmática e próxima das pessoas. O trabalho que está a ser feito, está a ser bem feito. Este apoio que tem sido dado aos municípios, mesmo no que diz respeito à transferência de competências, julgo que é o caminho certo. A entidade regional procura aqui ser um elo agregador da região e trazer para o terreno aquelas que são as diretrizes do Governo. Defendemos, e não me canso de o dizer, que só juntos é que somos mais Norte, daí eu privilegiar os projetos que sejam agregadores e transversais.
Na cerimónia que o empossou afirmou que “só juntos seremos verdadeiramente Norte”, sublinhando que repetirá esta expressão tantas vezes quantas necessárias. Com uma região tão vasta e com tantas diferenças acredita que essa união é possível? Eu tenho a certeza absoluta que essa união é possível e só com ela seremos efetivamente mais Norte. Conforme os números espelham, é óbvio que é através do Porto que chega o grande bolo do turismo até porque é onde se localiza o Aeroporto e o Porto de Leixões. O que nós queremos fazer, e acho que os autarcas dos concelhos circundantes ao Porto têm o mesmo entendimento, é que este seja um ponto de distribuição do turismo para toda a região Norte. Nós não queremos que os turistas venham para dois ou três dias, queremos que eles prolonguem a sua estadia e para isso temos que lhes dar conteúdos que também se esgotam por aqui, portanto é importante dizer-lhe que há mais para conhecer do que Porto, Matosinhos e Gaia, e aqui bem próximo, a uma hora daqui estão em qualquer ponto da região. Para um brasileiro, por exemplo, que no seu país se desloca duas ou três horas para chegar a uma praia, fazer uma hora de viagem para ir até ao Douro não é um problema. O que temos de fazer é trabalhar articulados e comigo não há fantasmas ou guerras que impeçam esse trabalho. ■ Foto CA
A proximidade que tem ao concelho de Gondomar e a amizade que mantém com o presidente Marco Martins pode ser uma vantagem para Gondomar? Obviamente que eu sou o presidente de uma entidade que vai trabalhar com 86 municípios, portanto, se me pergunta se com Gondomar existem condições para haver uma boa relação, digo-lhe que sim, até porque é um território que eu conheço bastante bem.
dimento e a partir daqui, vamos ao trabalho.
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Sociedade
Águas de Gondomar aposta na valorização do consumo de água da torneira
A água é uma substância química, cujas moléculas são constituídas por dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio. Abunda na Terra e, curiosamente, é de uma qualidade ímpar em Gondomar. Aliás, não foi por acaso que a empresa “Águas de Gondomar” promoveu uma campanha de sensibilização ambiental associada ao consumo da água da torneira, tirando partido da ex-
celente qualidade da mesma no concelho, uma das mais seguras a nível nacional segundo a ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos). O consumo de água da rede pública gera uma menor quantidade de resíduos poluentes do que a água engarrafada. A campanha de sensibilização teve, também, como mote a prevenção na produção de resíduos, diminuindo a quantidade de desperdícios na fonte, exortando o consumidor final a optar por produtos com poucas embalagens. A empresa “Águas de Gondomar” assegura o fornecimento de água para consumo público e o tratamento de águas residuais no concelho, cumprindo as exigências de um regular e eficiente funcionamento do serviço público, promovendo a melhoria da qualidade de vida dos seus clientes e nunca descurando o importante combate das perdas de água. ■
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A Águas de Gondomar (AdG) é uma das empresas com melhor qualidade de água a nível nacional e, por isso, o consumo de água da torneira tem várias potencialidades no concelho gondomarense.
Colégio Paulo VI volta Cego lamenta a ser o melhor classificado falta de segurança no Ranking das Escolas rodoviária em Rio Tinto O Colégio Paulo VI é, de acordo com o Ranking das Escolas 2019, a melhor instituição académica do concelho, tendo obtido as melhores classificações nas categorias 3.º ciclo (9.º ano) e Ensino Secundário. No que diz respeito ao ensino secundário, o Colégio Paulo VI obteve uma nota média de 12,74, que garantiu o 28.º lugar na classificação geral. Por sua vez, no 3.º ciclo, o Colégio ficou classificado na 46ª posição geral. Do ranking fazem parte o Externato Camões (38.º - Secundário; 248.º - 3.º ciclo); Escola Básica e Secundária de Rio Tinto (223.º - Secundário; 297.º - 3.º ciclo); Escola Básica Júlio Dinis (297.º); Escola Secundária de Gondomar (295.º; 629.º - 3.º
ciclo); Escola Básica de Jovim e Foz do Sousa (327.º); Escola Básica e Secundária à Beira Douro (439.º - Secundário; 411.º - 3.º ciclo); Escola Básica Infanta D. Mafalda (462.º); Escola Básica Frei Manuel de Santa Inês (642.º); Escola Básica de Rio Tinto (651.º); Escola Básica Santa Bárbara (766.º); Escola Secundária de São Pedro da Cova (528.º); Escola Secundária de Valbom (552.º - Secundário; 737.º - 3.º ciclo) e Escola Básica de São Pedro da Cova (1012.º). Recorde-se que o Ranking das Escolas ordena todas as escolas pela média obtida pelos alunos internos na 1ª fase dos exames nacionais e também pelos que, sendo externos, frequentaram a escola o ano inteiro. ■ Foto DR
João Fernandes, um cidadão com deficiência visual e motora está revoltado com a falta de segurança rodoviária na sua freguesia, mais concretamente perto do local onde vive, na Rua de Ceuta, em Rio Tinto. Todos os dias, pela manhã, o riotintente desloca-se até à Rua de Angola, tendo obrigatoriamente que passar pelo cruzamento destas ruas com a Avenida da Conduta, sendo este o ponto que lhe oferece maior perigo, tendo já sido abalroado por "pelo menos dois carros que se deslocavam a alta velocidade, vindos da Conduta, no sentido Rio Tinto-Fânzeres". A circunstância já mereceu várias tentativas de contacto com o Município de Gondomar e Junta de Rio Tinto, com o objetivo de tornar o cruzamento mais seguro, "graças a uma melhor sinalização num espaço situado junto a uma escola". "Ando há quatro anos a tentar resolver este problema, além das várias barreiras arquitetónicas que encontro nesta cidade, sobretudo perto da minha casa. Os autarcas vão-me dando palavras bonitas, mas depois nada muda. Se algum dia acontecer alguma coisa, vou incriminá-los, porque têm conhecimento disto há quatro anos e não fizeram nada desde então", critica João Fernandes.
Em resposta ao nosso jornal, Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto, entidade responsável pela sinalização. "Eu até entendo que se possa fazer alguma coisa, mas não será pela ausência de sinalização. A solução ideal era os condutores serem conscientes e cumprirem o código da estrada", conclui o autarca. ■
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Prémio Voluntariado Jovem vai intervir em São Pedro da Cova
Foi no Museu Mineiro de São Pedro da Cova que foram apresentados os quatro projetos das equipas – Topázio, Safira, Rubi e Esmeralda - participantes nesta dinâmica. A equipa escolhida pelo júri nesta edição foi a Safira, constituída por membros do Instituto Madre Matilde da Póvoa de Varzim, com o projeto “De volta ao jogo” que vai promover a remodelação do campo de futebol do bairro com o objetivo principal de construir um espaço de conforto e de diversão para as mais diversas faixas etárias. Mariana Silva, representante do grupo vencedor, afirmou que neste bairro é necessário “um espaço onde se sintam em segurança, que é algo que não existe”.
Após a decisão de quem subiria ao pódio, Hélder Norinho, do Centro Social do Soutelo, entidade organizadora desta edição, reconheceu que a remodelação do campo de jogos "foi sempre desejada por todos os moradores", mas que, mesmo com o projeto vencedor decidido, esta dinâmica vai envolver "uma auscultação da população". O coordenador técnico acrescentou ainda, em declarações ao Vivacidade, que agora é preciso que “a ideia seja afinada". "Há este foco, agora precisamos de decidir como olhar este foco”, acrescenta, salientando que “o projeto em si, é a reabilitação daquele espaço”. Por sua vez, João Queiroz, da Fundação Aga Khan, justificou a escolha de São Pedro da Cova pela "capacidade de atrair os jovens para este tipo de projetos". "Sentimos que este território correspondia a essa premissa. O facto de existir aqui uma zeladora também pressupõe que a comunidade precisa deste cuidado permanente. Por isso, este projeto terminará na reabilitação do equipamento desportivo, mas é necessário pensar que marca queremos deixar com essa intervenção", referiu o responsável da Aga Khan. Recorde-se que o Prémio Voluntariado Jovem Montepio nasceu em 2010 em conjunto com os diversos parceiros como é o caso da Fundação Aga Khan, ADM Estrela - de-
legação de Lisboa, Centro Social do Soutelo e Associação de Proteção à Infância Bispo D. António Barroso e tem como dinâmica
principal potencializar não só o voluntariado jovem, mas também incentivar o trabalho entre entidades públicas e privadas. ■ Foto DR
A 8ª edição do Prémio Voluntariado Jovem Montepio realizou-se no dia 19 de janeiro, no Museu Mineiro, em São Pedro da Cova. Este ano a iniciativa teve como principal alvo o Conjunto Habitacional do Bairro do Mineiro.
Sociedade
Unidade Residencial "Villa Urbana" assinalou 14.º aniversário No dia 21 de fevereiro, em Valbom, cantaram-se os “parabéns” à Unidade Residencial da “Villa Urbana”, uma das estruturas da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC). Em dia de aniversário da "Villa Urbana", de parabéns estiveram, também, todos quantos há já 14 anos fazem desta a sua casa – sejam moradores ou, ainda, colaboradores e técnicos que lá desempenham funções desde 2005. As comemorações do aniversário da Unidade Residencial “fizeram-se” com um jantar com todos os colaboradores, clientes, voluntários e, também, com a presença de Abílio Cunha, presidente da direção da Associação do Porto de Paralisia Cerebral. O responsável da APPC destacou o facto de, nestes 14 anos, se ter sempre conseguido manter “a excelência dos serviços que
se presta, quer pela qualidade da organização interna, quer pela inovação que sempre apresentamos no apoio e atendimento personalizado”. Mas, em dia de aniversário, Abílio Cunha admitiu algumas áreas a melhorar. “É necessário resolver, com uma certa urgência, a questão da reabilitação do edifício”, disse Abílio Cunha. Daí que, para breve, esteja a ser programada “uma intervenção profunda para que possamos continuar a garantir a qualidade de vida e de conforto dos residentes, mas também de todos os clientes dos restantes serviços”. Obras que, adiantou, estarão orçamentadas em cerca de meio milhão de euros... A Unidade Residencial da APPC, situada em Valbom, é constituída por 14 habitações independentes (com tipologia T1, T2 e T3) – construídas de raiz a pensar nas necessidades de uma pessoa com paralisia cerebral. Aos seus residentes são disponibilizados todos os apoios técnicos e humanos necessários à concretização dos seus projetos de vida. As habitações foram projetadas para resolver questões essenciais e, por demasiadas vezes, básicas da rotina diária de cada indivíduo,
nomeadamente mobilidade, alimentação e higiene pessoal. O recurso a novas tecnologias de informação e comunicação permite a necessária e desejada independência. A residência da APPC para pessoas com paralisia cerebral ou situação neurológica afim responde diariamente a 32 pessoas, mas possui capacidade instalada e autorizada para 36. Desde a fundação da “Villa Urbana” e da inauguração da Unidade Residencial, a APPC concretizou a criação de vários outros serviços: Centro de Atividades Ocupacionais, Centro de Atividades de Tempos Livres (ATL), Centro Comunitário, Espaço Jovem, Espaço Sénior, Creche ou Jardim de Infância. “Trata-se de uma abrangência de serviços, valências e pessoas envolvidas que imprimem uma marca singular a todo o nosso projeto”, rematou Abílio Cunha. Em dia festivo, e para animar a noite de aniversário da Unidade Residencial, de referir também que houve ainda tempo para uma atuação dos “APPSound”, banda da “casa” que junta pessoas com e sem Paralisia Cerebral. ■
A "Villa Urbana" pelos seus moradores
Adão Ferreira, 55 anos: “A minha entrada na Unidade Residencial permitiu que eu fosse claramente mais autónomo, tivesse a minha própria casa e, acima de tudo, pudesse sentir o sabor da liberdade”
Armando Costa, 43 anos: “O facto de vir morar para a Unidade Residencial melhorou a minha independência. Foi graças a essa mudança que ganhei autonomia para sair, e com rápido acesso, para todo o lado”
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Cultura OPINIÃO Joana Simões
Damos mais que umas luzes sobre poupança de Energia!
escolas de Belas Artes, enquanto outros são "grandes nomes". A terceira Bienal Internacional de Arte Gaia tem ainda um concurso internacional, ao qual concorreram 222 artistas de 13 nacionalidades. São três os prémios a atribuir pelo júri da bienal Grande Prémio da Bienal/Câmara Municipal de Gaia, Prémio de Escultura Zulmiro de Carvalho/ Câmara Municipal de Gondomar e Prémio Águas de Gaia - cada um de 5000 euros. ■
Festival de Teatro de São Pedro da Cova apresenta "A Gatinha do Alfredo" O Grupo de Teatro de Canelas - O Bando dos Pardais é a próxima companhia a subir ao palco da Cripta da Igreja de São Pedro da Cova, onde irá apresentar o espetáculo "A Gatinha do Alfredo", no dia 2 de março, pelas 21h30, integrado no cartaz da 9ª edição do Festival de Teatro de São Pedro da Cova. Esta será a segunda sessão do festival, após o primeiro espetáculo intitulado "Contado Ninguém Acredita - Terapia de Casais", interpretado no dia 23 de fevereiro por atores profissionais da Papier Produções. Do cartaz constam ainda dois espetáculos adicionais, com destaque para a estreia da próxima produção do Grupo Paroquial de Teatro de São
Pedro da Cova, que no dia 9 de março vai apresentar, pela primeira vez ao público, "As Artimanhas de Scapin". O festival encerrará a 23 de março. O último espetáculo será da responsabilidade do Grupo de Teatro de Perafita, que trará a cena a peça "A Herança". O 9.º Festival de Teatro de São Pedro da Cova é uma iniciativa organizada pela União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova em colaboração com a Paróquia de São Pedro da Cova. Os bilhetes para as próximas sessões podem ser adquiridos nas secretarias da Junta das Freguesias ou na secretaria da Paróquia de São Pedro da Cova. Os ingressos custam três euros por espetáculo. ■ Foto DR
Em caso de dúvidas sobre os seus direitos, contacte a DECO (deco.norte@deco.pt) ou o Gabinete de Apoio ao Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar: gac@cm-gondomar.pt; 224 660 536. A DECO presta apoio presencial em Gondomar todas as sextas-feiras da parte da tarde.
A Bienal de Arte Gaia 2019, que irá decorrer entre os dias 20 de abril e 20 de julho, vai homenagear o escultor gondomarense, Zulmiro de Carvalho. A escolha foi anunciada por Agostinho Santos, coordenador desta edição. "É uma grande figura a nível nacional que só não é mais conhecido porque vive no Norte. É um nome enorme da escultura contemporânea e merecia reconhecimento nacional e internacional", afirma o responsável pela organização. O epicentro da Bienal Gaia 2019, organizada pela Cooperativa Cultural Artistas de Gaia, com o apoio da Câmara Municipal local, será a Quinta da Fiação, uma antiga fábrica têxtil localizada em Lever que acolherá 14 exposições. Somam-se oito polos em outras cidades: Alfandega da Fé, Gondomar, Viana do Castelo, Seia, Estremoz, Braga, Monção e Vigo (Espanha). Em declarações à agência Lusa, o coordenador do projeto, Agostinho Santos, destacou que esta é a primeira vez que a Bienal Internacional de Gaia "sai do país", e contou que esta terceira edição tem por objetivo ser a "bienal da reafirmação". O responsável destacou a presença de centenas de artistas de vários pontos do país e frisou o objetivo de "criar pontes entre os mais consagrados e os mais jovens", revelando que alguns dos participantes na Bienal Gaia 2019 são alunos das
Foto Arquivo Vivacidade
A fatura de eletricidade não é de fácil leitura e compreensão. Para além do valor final a pagar, os consumidores têm dificuldade em perceber grande parte da informação dada pelos comercializadores. Para saber quanto paga e quanto consome de eletricidade é importante perceber que a tarifa é o preço que paga ao seu comercializador pela eletricidade que utiliza na sua casa. E que pode escolher entre três tipos de tarifas (simples, bi-horária e tri-horária), com diferentes preços a pagar pela eletricidade consumida e pela potência contratada. Para reduzir o valor final a pagar na sua fatura de eletricidade verifique se a potência que contratou é a mais adequada aos equipamentos que tem em casa e que utiliza em simultâneo. A alteração não tem custos associados, mas, quanto maior o valor da potência que contratar, mais vai pagar na sua fatura. Para pagar o que efetivamente consome de eletricidade deve comunicar as leituras do seu contador regularmente. Na sua fatura pode encontrar informação sobre a data em que deve enviar a leitura. A comunicação é gratuita e se for efetuada antes da data limite, será tida em conta na faturação. Quanto aos serviços adicionais como seguros ou serviços de assistência e reparação, verifique se compensam para o seu caso ou se são apenas mais um custo adicional, pois a adesão é opcional. No site FATURA AMIGA (www.fatura-amiga.pt) pode fazer o registo das suas faturas, gerir os seus consumos, poupar eletricidade e diminuir a sua conta de eletricidade ao final do mês! Assim, a Fatura de Eletricidade pode ser mais amiga do consumidor!
Bienal de Gaia homenageia Zulmiro de Carvalho
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Cultura
Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins tem nova temporada de concertos
Pelo quarto ano consecutivo, a OPGB está a percorrer o concelho e a levar a música de cordas a diferentes freguesias de Gondomar. A quarta temporada regular começou a 3 de fevereiro, em Jancido, e terá um novo capítulo a 3 de março, pelas 16h, na Igreja de Melres. "Esta é uma ideia da Câmara de Gondomar, que quer descentralizar a cultura e levá-la aos locais onde não existe tanta oferta. Felizmente tem sido um sucesso, porque em todos os concertos temos tido casa cheia. Já contamos com um público fiel aos nossos espetáculos, que se desloca com a nossa orquestra", afirma Hélder Magalhães, maestro da OPGB.
O regente da orquestra, natural de Rio Tinto, mostra-se orgulhoso com os músicos que lidera e assume que a qualidade da OPGB "tem-se refletido em cada concerto realizado". Para os que ainda não conhecem o trabalho deste conjunto de músicos, há novas oportunidades para assistir ao vivo à primeira orquestra nacional de guitarras e bandolins: 7 de abril, na Igreja de Valbom; 5 de maio, na Igreja Sra. Mãe dos Homens (Capuchinhos); 8 de junho, no Gondomar Jazz. Ao Vivacidade, António Vieira, diretor artístico da OPGB, admite ainda a possibilidade de atuar na Lomba este ano, a única freguesia de Gondomar onde a orquestra ainda não atuou. "A temporada regular são cinco concertos. Contudo, não descartámos a hipótese de fazer crescer a digressão para sete concertos num futuro próximo. Agrada-nos verificar que a orquestra tem um grande impacto na sociedade gondomarense e que fomos capazes de descentralizar a música, levando esta arte a todas as freguesias do concelho", refere o músico. Recorde-se que todos os concertos da 4ª Temporada da OPGB têm entrada livre. ■
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A Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins (OPGB) está novamente em digressão por Gondomar. A nova temporada teve início este mês, na Igreja de Jancido, e passará agora por Melres, no dia 3 de março.
Tour europeia em abril e "Pleiades" disponível em streaming Em abril, a OPGB vai partir na sua primeira tour europeia. Durante cinco dias, entre 12 e 15 de abril, a orquestra vai passar por Luxemburgo, Bélgica, Holanda e França. Esta será a primeira digressão europeia da OPGB. Por sua vez, este mês foi também anunciada a disponibilização do álbum de estreia, intitulado "Pleiades", nas plataformas Spotify e Youtube. Passa, assim, a ser possível escutar o primeiro trabalho de estúdio da orquestra de forma gratuita.
In Skené: projeto "Residências" passa a chamar-se "Fora"
A In Skené - Associação Cultural e o Município de Gondomar vão promover, entre os dias 6 de março e 7 de abril, a segunda residência artística no Auditório Municipal. Intitulado "Fora", o projeto surge na sequência do "Residências", que no ano passado levou um espetáculo original, "La Ronde", à comunidade de Feyzin, em Lyon, após ter estreado em Gondomar. Este ano, o objetivo será semelhante, com novos protagonistas. "Esta residência vai incluir um encenador, atores, um músico, técnicos profissionais e um apoio permanente da equipa residente da In Skené, que irá acompanhar todo o projeto", afirma João Ferreira, diretor artístico
da companhia de teatro gondomarense. O projeto incidirá na criação de um novo espetáculo, a partir dos textos "Ilhas" e "Noé", de Ricardo Neves-Neves, encenador e autor de referência do panorama teatral nacional. A direção estará a cargo do jovem criador, Diogo Freitas. "O grande objetivo é criar uma oferta teatral de qualidade em Gondomar. Além disso, estamos a falar de uma estreia de
espetáculo no nosso concelho, algo a que não estamos habituados. Durante um mês vamos estar no Auditório, a trabalhar diariamente. Na semana seguinte iniciamos a digressão nacional em Famalicão", confirma João Ferreira, em entrevista ao nosso jornal. "Seis personagens à procura de um autor" estreia a 27 de março
No final do mês de março, no Dia Mundial do Teatro (27 de março), os In Skené vão estrear a peça "Seis personagens à procura de um autor", de Luigi Pirandello, no Auditório Municipal de Gondomar. O espetáculo estará em cena até 31 de março, com a última sessão a realizar-se às 17h30. As restantes sessões decorrerão às 21h30. O custo dos ingressos varia entre os dois e os quatro euros por pessoa. ■ Foto DR
A 2ª edição do projeto de residência artística dos In Skené volta a decorrer no Auditório Municipal de Gondomar. A principal mudança assenta na designação, que passa a ser "Fora". O espetáculo final vai estrear no dia 5 de abril.
26 VIVACIDADE FEVEREIRO 2019
Política
Juventude Popular CDU defendeu suspensão propõe criação da Taça do aumento das rendas Inter-Escolas de Gondomar na Assembleia Municipal
A Juventude Popular de Gondomar propôs, no dia 5 de fevereiro, no Conselho Municipal de Juventude, a criação da Taça Inter-Escolas do Município. A ideia foi aprovada por unanimidade e aguarda agora a ratificação do executivo municipal. De acordo com a proposta, o Município deverá criar um torneio inédito de futsal que contará com a participação das escolas secundárias de Gondomar, São Pedro da Cova, Rio Tinto e Valbom, do Colégio Paulo VI, do Externato Camões e da Escola Básica e Secundária À Beira-Douro. Os custos de inscrição de cada equipa (10 euros), que terá exclusiva-
mente alunos do ensino secundário, reverterão a favor da CPCJ de Gondomar. A fase final, após um apuramento interno em cada um destes estabelecimentos de ensino, deverá ter lugar em três dias da primeira semana de setembro, em local a definir. "A JP de Gondomar acredita que este será um projeto que beneficiará o concelho e a sua população mais jovem, tendo, acima de tudo, um cariz solidário. Este torneio será uma forma de mostrar que os jovens gondomarenses conseguem aliar o desporto à solidariedade", reitera o comunicado da Comissão Política Concelhia da JP Gondomar. ■
A coligação PCP/PEV apresentou à Assembleia Municipal de Gondomar, no dia 25 de fevereiro, uma proposta para a suspensão do aumento das rendas e criação de um regulamento de gestão da habitação pública municipal. A proposta foi rejeitada pela maioria PS, com a abstenção do PSD e do Movimento Indepentende Valentim Loureiro. "Salienta-se a enorme contradição dos eleitos do PS que nas Assembleias de Freguesia de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, Rio Tinto e Fânzeres e São Pedro da Cova, viabilizaram propostas para a suspensão das rendas e criação de um regulamento municipal, mas que, na Assembleia Municipal, perante um proposta com o mesmo conteúdo, alteraram o voto e impediram a aprovação da iniciativa da CDU", informa esta coligação em comunicado. "A CDU considera inaceitável a manutenção deste aumento exorbitante das rendas, quando o Município tem todas as ferramentas legais para o suspender e criar um novo regulamento mais favorável aos moradores. Este processo é apenas mais um exemplo deste mandato da maioria PS, marcado por sucessivos aumentos: IMI, água, resíduos,
rendas, entre outros. Perante outras propostas e outras alternativas, tem sido prática corrente desta maioria PS a intolerância na discussão democrática com as outras forças políticas e o diálogo com os munícipes em matérias fundamentais para o concelho", acrescenta a nota enviada à imprensa. Por fim, a CDU promete não desistir de lutar contra o aumento das rendas e por um novo regulamento de gestão da habitação pública municipal. ■
Linha 27 Município volta da Gondomarense chega a marcar presença ao Campo 24 de Agosto na BTL Os transportes coletivos urbanos que tinham terminal na Rua Alexandre Braga, no Porto, vão utilizar todos o terminal provisório no Campo 24 de Agosto. À semelhança do que já sucedia com as linhas 55, 69 e 70 da Gondomarense, agora é a vez da linha 27 também poder concluir a sua marcha no Campo 24 de Agosto, na sequência de várias reuniões em que a Câmara Municipal do Porto se mostrou sensível aos argumentos do Município de Gondomar. Com esta “luz verde” há “uma maior justiça e equilíbrio para a população”, defende Marco Martins, já que deixam de haver diferenças no território de Gondomar. A questão foi suscitada, no início deste mês, pela necessidade de obras no Bolhão, no Porto, obrigando a recuar do centro para o Dragão – exceção feita à STCP e uma linha da Valpi – várias linhas provenientes de Gondomar, no eixo Souto-Soldado-Carvalha-S. Caetano. Ao longo de várias reuniões e negociações, a Câmara do Porto tem possibilitado que várias linhas da Gondomarense possam uti-
lizar, provisoriamente, o interface do Campo 24 de Agosto, estendendo-se agora à linha 27 idêntica autorização, indo ao encontro de uma proposta inicial do Município de Gondomar. ■
A Câmara Municipal de Gondomar vai marcar presença na próxima edição da Bolsa de Turismo Lisboa (BTL), nos dias 13 a 17 de março na FIL, no Parque das Nações. Desta forma, Gondomar e os seus ativos turísticos, nomeadamente a filigrana, o Douro e a gastronomia do concelho vão procurar cativar o interesse dos operadores turísticos, com especial enfoque na promoção da Rota da Filigrana. No que diz respeito aos eventos em destaque, será novamente promovida a Meia Maratona D'Ouro Run e a fase final da Miss Portuguesa, que voltará a ter lugar em Rio Tinto. "O Município também vai dar a conhecer a oferta de alojamento no nosso território e as empresas de animação turística e operadores marítimo-turísticos", antevê Carlos Brás, vereador do Desenvolvimento Económico da Câmara de Gondomar. O Município voltará a marcar presença no pavilhão 1 da FIL, com dois stands, numa área total de 18 metros quadrados. A dinamização do espaço será realizada com demonstrações ao vivo de filigrana pela em-
presa F. Ribeiro, aderente à Rota da Filigrana. Os visitantes poderão também apreciar e tirar uma fotografia com o maior Coração de Filigrana do Mundo, um projeto fruto de uma colaboração entre 13 ourives locais e o CINDOR. Relativamente ao retorno económico, "para além das vendas de filigrana no local que se cifraram, em 2018, em cerca de 5000 euros, haverá uma divulgação do território e dos nossos produtos e eventos que não é mensurável em euros ou quantificável economicamente", aponta o Município em comunicado. ■
VIVACIDADE FEVEREIRO 2019 27
Câmara vai investir 3,8 milhões de euros em Covelo
A antiga escola da Lixa, em Covelo, vai ser a nova casa do posto territorial da GNR de Medas, atualmente localizado na freguesia de São Cosme, território que está fora da jurisdição desta força de segurança. Após vários anos de polémica e contestação da população, a Câmara de Gondomar anunciou, este mês, que vai reabilitar a EB 1 da Lixa que irá acolher o posto da GNR. "É uma ânsia da população há muitos anos. Tivemos de escolher um local para reinstalar a GNR e esta foi a melhor solução para
todos", afirmou Marco Martins, edil gondomarense. Sobre a GNR, em causa está um investimento que ronda os 800 mil euros, verba que a Câmara vai assumir "com a expectativa de que o Governo venha a comparticipar a obra”. "De qualquer das maneiras, a Câmara avança e já decidiu que vai fazer o investimento. É para começar em 2019 e no verão de 2020 estar a funcionar", garantiu o autarca. A medida integra um pacote de investimento municipal, anunciado pelo autarca na reunião pública da Câmara Municipal. Do conjunto de investimentos destacam-se as intervenções na Rua Santa Isabel, Rua 29 de Julho, Rua das Flores e Rua de Favais, a beneficiação da rotunda de acesso ao novo cais fluvial e a construção do renovado Cais da Lixa, que permitirá a atracagem de barcos-hotel. No total, o investimento do Município corresponderá a 3,8 milhões de euros, valor inédito na freguesia de Covelo. "A Câmara tem feito bons investimentos no Alto Concelho" Isidro Sousa, presidente da União das Fre-
Foto Arquivo Vivacidade
A Câmara Municipal de Gondomar anunciou, no dia 6 de fevereiro, um investimento de 3,8 milhões de euros para a freguesia de Covelo. Esta aposta municipal inclui a reabilitação da EB 1 da Lixa, que irá acolher o posto da GNR de Medas.
Política
> Isídro Sousa, presidente da União das Freguesias de Foz do Sousa e Covelo
guesias de Foz do Sousa e Covelo, mostra-se satisfeito com o investimento anunciado pela Câmara de Gondomar. Até 2020, o autarca irá beneficiar da requalificação de quatro arruamentos e do novo Cais da Lixa, em Covelo. "Recebi esta notícia com muito agrado e creio que a Câmara tem feito bons investimentos no Alto Concelho", começa por afirmar. "A rotunda será uma mais-valia para a marginal e vai tornar o trânsito mais fluído.
Também é previsível que aumente o fluxo rodoviário, sobretudo tendo em conta a aposta que está a ser feita no novo cais. Aquela zona já é bastante apelativa, mas vai valorizar-se ainda mais", acrescenta o autarca. No que diz respeito à transferência da GNR de São Cosme para a Lixa, Isidro Sousa também vê com bons olhos esta mudança que irá, de acordo com o presidente da Junta, "proporcionar mais segurança" aos habitantes deste território. ■
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28 VIVACIDADE FEVEREIRO 2019
Política
Câmara rejeita Metro do Porto lança competências nas vias programa base da linha de comunicação e habitação entre Dragão e Gondomar site da Câmara de Gondomar. Na mesma reunião de Câmara Municipal, os vereadores aprovaram ainda o envio para apreciação da Assembleia Municipal da proposta de transferência de competências do Estado para a Área Metropolitana do Porto. Nesta reunião foi também aprovado, mas por unanimidade, o Plano de Gestão do Departamento de Proteção Civil, Segurança e Fiscalização, documento fundamental para a atividade das forças municipais de proteção civil, segurança e fiscalização. ■
A Metro do Porto aprovou, no fim do mês passado, o lançamento do programa base da futura linha que prevê um traçado de 6,8 quilómetros desde o Dragão até ao Souto (São Cosme), executando as orientações do ministro do Ambiente, Matos Fernandes. Desta forma, após os estudos prévios apresentados pela Câmara Municipal em 2017, segue-se agora o programa base, ao que se seguirão o projeto de execução e o concurso da empreitada.
Na prática trata-se agora de estabilizar o traçado definitivo de uma linha com 6,8 quilómetros, entre o Dragão e o Souto, com custos estimados na ordem dos 110 milhões de euros, e com seis estações na sequência de um estudo, da própria autarquia, que visa levar as composições ao centro de Gondomar, via Valbom. O objetivo é que a obra possa ser incluída na primeira fase do Plano Nacional de Investimentos 2030, que reserva 620 milhões de euros para o crescimento do metro. ■ Foto DR
Foto PSF
O Município de Gondomar aprovou, a 22 de janeiro, em reunião de executivo, a rejeição parcial do quadro de transferência de competências para as autarquias locais proposto pelo Governo. A proposta aprovada, que teve o voto contrário dos vereadores da CDU e do PSD, visa a renúncia ao exercício e transferência de competências no domínio das vias de comunicação e também da habitação. "A opção pela rejeição destas transferências, prevista na Lei n.º 50/2018, é fundamentada pela incapacidade do Município em assumir os encargos de manutenção e beneficiação das três vias nacionais que se encontram nos limites do concelho, bem como pela incapacidade de aceitar os encargos com a gestão dos programas no domínio da habitação, fruto da limitação e impossibilidade atual de contratação de mais recursos humanos; e ainda pela rejeição dos encargos com a manutenção do parque habitacional da administração direta e indireta do Estado", pode ler-se no
Concluída a primeira MP pede condenação de arguidos pela deposição fase do Orçamento Participativo de Rio Tinto de resíduos perigosos depósito de toneladas de resíduos provenientes da Siderurgia Nacional nas antigas minas de carvão de São Pedro da Cova. ■ Foto Arquivo Vivacidade
Pelo quarto ano consecutivo, a Junta de Freguesia de Rio Tinto está a promover um Orçamento Participativo que permite aos cidadãos decidir o destino de uma parte (10 mil euros) do orçamento da autarquia riotintense, através de propostas estruturais para a freguesia. Essas propostas tinham como data final de apresentação o dia 28 de fevereiro. “Até ao final do mês de fevereiro será o período de apresentação das propostas. Em abril é a análise e no mês de maio é o período de votação”, vincou Nuno Fonseca, presidente da
Junta de Freguesia de Rio Tinto, ao nosso jornal. Posteriormente, o segundo semestre do ano servirá para colocar em prática a proposta vencedora. “De 1 de junho a 31 de dezembro será a parte da implementação do projeto”, realçou Nuno Fonseca. Recorde-se que o projeto do Orçamento Participativo de 2018 incidiu sobre as passadeiras luminosas e já ficou concluído. “Temos, agora, 30 passadeiras que estão iluminadas no raio de 50 metros de 18 escolas”, rematou o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto. ■ Foto Arquivo Vivacidade
O Ministério Público pediu a condenação dos cinco arguidos acusados pela deposição de resíduos perigosos em São Pedro da Cova nos anos de 2001 e 2002. A decisão anunciada a 14 de fevereiro, no Tribunal Criminal do Porto, considera provada a culpa dos cinco arguidos pela prática de um crime doloso e com carater prejudicial para o ambiente e saúde pública. Dos seis culpados, com idades compreendidas entre os 65 e 77 anos, três pertencem a um concelho de administração responsável pela atribuição do destino de diversos resíduos e os outros três tinham na altura a disponibilização das escombreiras. À Lusa, o advogado da Junta de Freguesia de São Pedro da Cova afirma estar em causa “a saúde e vida de mais de 20 mil pessoas”, devido à contaminação dos solos e das águas. Desta forma, a autarquia viu-se obrigada a pedir uma indemnização de mais de dois milhões de euros com o objetivo de investir não só na requalificação do espaço e património mineiro, mas também em nome da sua população. Recorde-se que o caso, que aconteceu entre os anos de 2001 e 2002, ocorreu após o
VIVACIDADE FEVEREIRO 2019 29
Política
Pedro Carvalho é o novo líder do CDS-PP Gondomar Pedro Carvalho, 36 anos, é o novo presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP. O centrista sucede, assim, a António Aguiar e promete "dar novo rumo" ao partido em Gondomar. "Será seguramente um mandato diferente", começa por afirmar Pedro Carvalho, recém-eleito presidente da Comissão Política do CDS-PP Gondomar. O militante honorário da JP, como faz questão de recordar com orgulho, quer pôr mãos à obra e espera traçar um novo rumo, tendo como horizonte as próximas eleições autárquicas, previstas para 2021. Até lá, diz, "há muito trabalho pela frente". "No cenário político atual, o CDS tem todas as condições para crescer a nível local e nacional. Para isso, temos que fazer o trabalho de casa. Esse trabalho passa, precisamente, pela implementação do partido nas várias freguesias do concelho, através da criação
de núcleos, que ainda não existem. Um concelho como Gondomar, com duas realidades distintas, urbana e rural, justifica a criação destes núcleos", admite Pedro Carvalho, em declarações ao Vivacidade. Na memória do novo líder centrista está bem presente o último resultado autárquico, obtido em coligação com o PSD Gondomar, que reduziu a presença do CDS-PP a três autarcas eleitos. "Um descalabro, tendo em conta que o CDS já chegou a ter dois vereadores no executivo da Câmara de Gondomar", lamenta. "Tem faltado organização e implantação do partido neste concelho. Por isso, queremos um mandato com um dinamismo maior e mais próximos da população. Queremos estar mais presentes na vida ativa de Gondomar, quer através de contactos com as populações, empresas e instituições. Queremos ir para o terreno", refere. Questionado sobre o grande objetivo da sua candidatura, o novo presidente da Comissão Política centrista não hesita: "queremos apresentar listas próprias nas próximas Autárquicas". Contudo, Pedro Carvalho admite que a decisão final será tomada pelos cerca de 400 militantes do CDS-PP
em Gondomar. "Não dizemos que não a eventuais coligações, mas queremos coligações em que o CDS tenha a sua voz e uma palavra a dizer em todos os momentos. O CDS quer trilhar o seu próprio caminho, sem deixar de comunicar com os parceiros do nosso espetro político. Temos expectativas de conseguir um bom resultado eleitoral em 2021", acrescenta. Ao nosso jornal, Pedro Carvalho admite que não se imagina no papel de candidato ao Município de Gondomar, mas acredita que o partido apresentará "alguém digno desse cargo". Já sobre a gestão socialista que se regista desde 2013, o líder do CDS Gondomar admite que ainda "existem muitas lacunas em vários setores". "Gondomar precisa de crescer e de acompanhar o desenvolvimento dos concelhos vizinhos. Infelizmente ainda somos um dormitório do Grande Porto. Temos que inverter esta lógica. O atual executivo está a cometer os mesmos erros do passado", conclui. ■
CDU reclama passagem do metro pelo centro de Valbom
junto da população", lembrou a deputada no final da sessão. PCP volta a pedir a abolição das portagens na A41 e A43 O PCP Gondomar voltou a associar-se ao pedido de abolição das portagens na A41 e A43. A medida voltou a ser recusada na Assembleia da República, contudo, de acordo com Cristiano Castro, responsável pela Comissão Política Concelhia do PCP em Gondomar, estas portagens "afetam negativamente a economia do concelho, do distrito e da região". ■
Foto PSF
A CDU organizou, no início deste mês, uma manifestação pública junto aos Bombeiros de Valbom. Objetivo? Reclamar a chegada do metro ao centro do concelho, mais concretamente a Gondomar (São Cosme), sem esquecer a passagem pelo centro da freguesia de Valbom, conforme estava previsto no traçado original do prolongamento da linha do Dragão. "Gondomar foi novamente ultrapassado por Gaia no compromisso que existia com o Governo. O memorando de 2017 previa,
inclusivamente, a passagem do metro por aqui, por Valbom, mas este assunto não tem estado na agenda do executivo municipal e perdeu-se, assim, nova oportunidade para servir melhor a malha urbana do concelho, nomeadamente a freguesia de Valbom", criticou Daniel Vieira, vereador da CDU na Câmara de Gondomar. Em discurso, o autarca contestou ainda a "fraca capacidade reivindicativa do Município nesta matéria" e considerou o novo traçado, apresentado em 2018, "negativo para os interesses dos gondomarenses". Ao vereador comunista, associaram-se Manuela Cunha, do Partido Ecologista "Os Verdes", Adérito Machado, do PCP Gondomar, e Diana Ferreira, deputada da CDU na Assembleia da República. "Há mais de 10 anos que Gondomar está à espera deste prolongamento da linha de metro de forma a servir as suas necessidades em pleno. Até agora o concelho tem tido uma resposta aquém das suas necessidades. No Parlamento, o PCP tem lutado para que o metro chegue ao centro do concelho e que passe, efetivamente, pelo centro de Valbom, dando resposta a um largo con-
Foto PSF
A CDU Gondomar promoveu, no dia 9 de fevereiro, uma sessão pública sobre o prolongamento da linha de metro entre o Dragão e o Souto (São Cosme). De acordo com os comunistas, é necessário que este troço contemple uma passagem pelo centro de Valbom.
> Daniel Vieira
30 VIVACIDADE FEVEREIRO 2019
Desporto
Pedro Mendes venceu 3ª Corrida de Carnaval de Rio Tinto
VIVA DESPORTO Tiago Nogueira Jornalista / licenciado em psicologia
A relva do Dragão já sonha com o duelo de titãs Foto DR
"É mais um evento positivo para Rio Tinto" Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto, considera a Corrida de Carnaval "um grande sucesso". Na opinião do autarca, a prova "é mais um evento positivo para a cidade, que faz justiça à marca que queremos implementar". Ao nosso jornal, Nuno Fonseca admite que ainda há "margem para crescer" e considera esta edição "a melhor das três já realizadas". ■
Pedro Mendes, vencedor da corrida "O meu objetivo era tentar fazer um bom tempo e nesse aspeto a prova correu-me muito bem. Não estava à espera de fazer este tempo nesta altura da época. Gostei bastante do percurso, o piso é ideal para o atletismo e esta prova tem potencial para crescer"
Foto PSF
Já do outro lado da segunda circular mora um verdadeiro craque. De seu nome Bruno Fernandes. Que veste fato de gala e que também sabe colocar o fato de macaco. Com uma raça ímpar para tamanha qualidade técnica, equilibra, desequilibra, joga e faz jogar. Um médio completo que só poderá deixar o nosso futebol repleto de orgulho. O internacional português já leva 22 golos marcados, mais seis do que em toda a época passada, e está somente a um golo de se sentar sozinho no topo dos melhores médios goleadores da história do Sporting, ultrapassando António Oliveira, que marcou os mesmos 22, em 1981/82. Refira-se, também, que Bruno Fernandes é, atualmente, o médio dos principais campeonatos da Europa com mais golos no total das competições. Não esquecendo as várias assistências que já colecionou durante a presente temporada. É mesmo um senhor jogador. Que preconiza uma equipa.
O atleta Pedro Mendes foi o primeiro homem a terminar a Corrida de Carnaval de Rio Tinto. A prova realizou-se a 23 de fevereiro, com partida e chegada junto ao estádio do SC Rio Tinto, e contou com um total de 400 participantes, entre corrida e caminhada. "Fazemos um balanço claramente positivo desta edição. Foi um tremendo sucesso e das três já realizadas foi a mais bem conseguida. Tivemos uma grande manifestação popular na caminhada e atletas de todas a Área Metropolitana do Porto. Acreditamos que a prova tem condições para crescer", afirma Pedro Soares, organizador da corrida. O responsável confessa que pretende atingir os 1000 participantes, número limite no que diz respeito à qualidade do evento. "Tivemos muitas equipas e o número de par-
ticipantes faz com que cada vez mais pessoas se inscrevam. Além disso, quem vence tem a próxima inscrição gratuita, há sempre prémios para as equipas com mais elementos e há um bom ambiente no pódio. Temos tudo para ter sucesso no futuro", acrescenta Pedro Soares. Ao Vivacidade, Aurora Cunha, ex-campeã mundial de estrada e madrinha desta prova, mostrouse orgulhosa com a moldura humana em torno da prova. "Fico contente por verificar que este evento vai crescer cada vez mais. Temos mais atletas face à última edição e há cada vez mais patrocinadores. Agradeço a todos os participantes e desafio aqueles que ainda não se inscreveram a corrigir esse erro já na próxima edição", referiu a ex-atleta profissional. A Corrida de Carnaval de Rio Tinto é organizada pela Proevents e Junta de Freguesia de Rio Tinto.
Foto PSF
Bravo, Óliver. Era uma injustiça se um artigo sobre o FC Porto vs Braga não começasse assim. O FC Porto derrotou, por três bolas a zero, o Sporting de Braga na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. O Estádio do Dragão assumiu-se como um ambiente escaldante para o jogo desta terça-feira e os atletas da casa corresponderam à massa associativa com uma belíssima exibição. Uma vez mais sob a batuta do mágico Óliver Torres (começam a faltar palavras para descrever este predestinado), a turma de Sérgio Conceição foi muito consistente, intensa e assegurou a nota artística por intermédio dos inevitáveis Jesús Corona, Óliver e, mais tarde, Yacine Brahimi. Recorde-se que Alex Telles, Soares e o virtuoso argelino pintaram o marcador da partida a azul e branco e colocaram a formação portista com um pé e meio na final do Jamor. Contudo, o futebol português não pára. Está ao rubro. E ainda bem. Sábado há mais emoção. De novo no Dragão. Uma emoção que é servida num retângulo verde, com duas balizas, uma bola de futebol e em pouco mais de 90 minutos. Parece surreal para alguns. Mas, de facto, quem não sente jamais entenderá. FC Porto e SL Benfica irão medir forças numa altura da época em que ambas as equipas estão a atravessar grandes momentos. Com praticamente todos os craques disponíveis e dois excelentes treinadores, o clássico do fim de semana tem tudo para ser um enorme espetáculo desportivo. Quanto a mim não será decisivo. Mas uma vitória de alguma das equipas coloca-a, inevitavelmente, mais perto de erguer o tão ambicionado troféu em maio.
Pedro Mendes, do SC Braga, foi o vencedor da 3ª edição da Corrida de Carnaval de Rio Tinto. O atleta completou o percurso de 10 quilómetros em 31 minutos e 59 segundos.
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32 VIVACIDADE FEVEREIRO 2019
Desporto TABELA CLASSIFICATIVA DE FUTEBOL Campeonato de Portugal - Série B
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Pontos 45 43 41 40 40 37 35 34 34 33 32 28 26 25 24 23 19 1
Próximos Jogos: 03/03 Paredes - Gondomar
Divisão de Elite Pro-nacional Série 1
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Pontos 66 53 53 45 40 40 36 36 34 33 30 29 25 24 24 23 17 17
Apesar de ser uma associação dedicada às danças urbanas, no último ano a Dancingstar fez uma aposta crescente em diversas modalidades que se distanciam do mundo da dança mas que Maria João Correia, presidente da associação, afirma “serem atividades que complementam na perfeição a dança, visto serem disciplinas onde se trabalham a autoestima, o corpo e o espaço”. Foi com a abertura do atelier de Expressão Dramática que se levou mais uma vez o nome desta coletividade a outro patamar, com a sua participação no Encontro Luso-Galaico que se realizou na Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto. A presidente, mais conhecida por “Ju”, acredita que “os pais devem apostar nesta vertente porque é quando as crianças conseguem sonhar e ser aquilo que no dia a dia não são”.
> Vadim Potapov e Maria João
Com gosto pela área desde cedo, Paula Guimarães, uma das monitoras do atelier, revela que sempre sonhou com este projeto, “uma ideia onde as crianças fossem felizes”. A estudante de Educação relembra ao nosso jornal, que a participação nas aulas de Expressão Dramática é bastante enriquecedora para as crianças, principalmente no “desenvolvimento de inteligências múltiplas que não são trabalhadas nas escolas”. Já a abertura das aulas de Ritmos, segundo Maria João, “tem como objetivo fomentar a saúde física e mental”. Com uma Foto JA
Equipa Canelas 2010 Valadares Gaia Padroense Avintes Boavista B SC Salgueiros Rio Ave B FC Foz Infesta Maia Lidador Oliv. Douro SC Rio Tinto Sport Canidelo Vila FC AD Grijó Varzim B Lavrense Pedrouços
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Ao longo do último ano, a associação valboense de dança Dancingstar expandiu o seu leque de modalidades graças à nova aposta em diferentes áreas artísticas.
Foto JA
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Equipa Gondomar Lusitânia Lourosa Sp. Espinho Lusitano FCV AD Sanjoanense Paredes Águeda Amarante FC Marítimo B SC Coimbrões U. Madeira Gafanha Cinfães FC Pedras Rubras Penalva Castelo Leça Cesarense Sp. Mêda
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Dancingstar - Associação Valboense de Dança aposta em novas modalidades
Próximos Jogos: 03/03 SC Rio Tinto - Pedrouços
Divisão de Elite Pro-nacional Série 2 P. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Equipa Rebordosa AC Freamunde Tirsense Aliados Lordelo Sousense Lousada S. Pedro da Cova Lixa Vila Meã Aliança de Gandra Gondomar B Barrosas CD Sobrado Ermesinde 1936 FC Vilarinho Vila Caiz SC Nun' Álvares Baião
Pontos 53 47 47 45 41 40 40 40 32 32 31 30 28 25 23 23 15 13
Próximos Jogos: 02/03 Aliados Lordelo - Sousense Freamunde - S. Pedro da Cova Gondomar B - FC Vilarinho
carreira de excelência, Vadim Potapov foi recebido pelas Dacingstar para lecionar o novo estilo de aula. Professor, dançarino, coreógrafo, participante em vários programas televisivos e campeão nacional de danças de salão por cinco vezes consecutivas, Vadim reconhece a dificuldade de se ser dançarino em Portugal e afirma que neste momento a sua prioridade é “ser professor a tempo inteiro e dançarino em alguns grupos”. A aula Ritmos centra-se num estilo de aula fitness, conforme explica o professor: “comecei a criar o meu estilo de aula, onde se repete bastante os movimentos, mas sempre a dançar”. Para este género de aula é igualmente importante a escolha de músicas mais comerciais e ritmadas. A Dancingstar - Associação Valboense de Dança foi fundada em 2008. Desde então começou a ganhar maior reconhecimento, sobretudo após a cedência da antiga Escola da Giesta, junto à Escola Secundária de Valbom. ■
Leonor Pinto, aluna de Expressão Dramática, aprova a nova modalidade “Esta experiência no atelier de expressão dramática está a ser inesquecível. Entrei apenas para experimentar e agora posso dizer que para mim o teatro é uma família.” > As alunas mostram-se entusiasmadas com as novas modalidades
VIVACIDADE FEVEREIRO 2019 33
Espanha acaba com sonho português do primeiro europeu de Futsal feminino
Desporto
Acabou da pior forma a primeira presença portuguesa na fase final do Campeonato da Europa de futsal feminino. A seleção portuguesa superou com distinção a meia-final, tendo derrotado a Ucrânia no caminho para a final. No derradeiro encontro com a Espanha, "nuestros hermanos" foram mais eficazes e venceram por um resultado esclarecedor, 4-0. Para a história fica a alma lusa da comitiva nacional, que em nenhum momento baixou os braços perante as espanholas, sempre com um apoio exemplar das bancadas, com direito à presença do primeiro-ministro, António Costa, e da seleção masculina, atuais campeões europeus da modalidade, com destaque para a presença de Ricardinho, homem da terra. A Espanha assumiu o jogo e com um futsal apoiado e bem construído chegou aos dois golos de vantagem. O descontrolo emocio-
Foto Bruno Oliveira
O sonho de vencer a primeira edição do Campeonato da Europa de futsal feminino ficou a meio. Portugal foi derrotado pela Espanha na final e sagrou-se vice-campeão europeu perante um Multiusos de Gondomar lotado.
> Seleção espanhola a festejar a conquista do europeu
nal tomou então conta da equipa portuguesa, que só regressou verdadeiramente ao jogo depois de sofrer o terceiro golo. A equipa de Luís Conceição reagiu e equilibrou o jogo, terminando a primeira parte por cima, mas sem conseguir chegar ao golo. Na segunda parte houve muito mais Portugal, que regressou tranquilo das cabines,
Foto Bruno Oliveira
> Seleção portuguesa
e com vontade de fazer golos. Sucederamse as oportunidades, mas o desacerto das jogadoras lusas e a excelente exibição de Silvia mantiveram as redes espanholas invioladas. O selecionador nacional ainda colocou Pisko como guarda-redes avançado, para forçar o 5 para 4, mas nem assim Portugal encontrou o caminho do golo. Tirando partido desta situação a Espanha ainda ampliou o resultado chegando aos 4-0, a pouco menos de cinco minutos para o final do encontro. Antes, a Rússia já tinha garantido o bronze após um jogo morno e equilibrado frente à Ucrânia. A disputa só foi decidida nos penaltis. A selecção de Kuzmin esteve sempre na frente, chegando ao intervalo a vencer por 2-1. Na segunda parte a Ucrânia empatou da marca de penalti e levou o jogo para o desempate. Aí, a Rússia voltou a ser mais forte e converteu todas as penalidades garantindo o lugar mais baixo do pódio. "Foi um desafio superado com distinção" Ao Vivacidade, Sandra Almeida, vereadora do Desporto da Câmara de Gondomar, admite que o desafio colocado ao Município foi "superado com distinção". "Receber o primeiro europeu de futsal fe-
minino foi um grande privilégio, além de uma grande responsabilidade. Consideramos que o desafio foi completamente superado apesar de, infelizmente, não nos termos sagrado campeãs europeias. Contudo, mais uma vez, a vertente desportiva acabou por sair valorizada, independentemente do resultado final", lembrou a autarca. Fora de campo e graças ao público, o Município angariou cerca de cinco mil euros. A verba vai ser atribuída à Gondomar Social na próxima edição da final a oito da Taça de Portugal de futsal, que irá ser disputada em março, no Multiusos de Gondomar. ■
Resultados Euro 2019 Meias-finais Espanha 5 - 0 Rússia Portugal 5 - 1 Ucrânia 3.º/4.º lugar Rússia 2* - 2 Ucrânia *após grandes penalidades Final Portugal 0 - 4 Espanha
34 VIVACIDADE FEVEREIRO 2019
Empresas & Negócios
“Red Carpet Night” coloca cinema em primeiro plano no Parque Nascente No último domingo, dia 24 de fevereiro, o Parque Nascente voltou a ser o anfitrião de uma noite dedicada à sétima arte, que contou igualmente com várias caras conhecidas. A "Red Carpet Night" trouxe o carisma do cinema a Rio Tinto e encheu a zona da restauração do Parque Nascente, fazendo lembrar as filas olímpicas dos grandes eventos desportivos. Uma noite memorável que contou com a presença de várias celebridades portuguesas e, claro, com os filmes nomeados para os Óscares. Recorde-se que o filme “Green Book” acabou por arrecadar a estatueta dourada referente ao melhor filme. Assim como Olivia Colman e Rami Malek nas categorias de melhor atriz e ator, respetivamente. Carolina Patrocínio, Cláudia Jacques, Débora Monteiro, Isabela Valadeiro e Afonso Vilela marcaram presença no evento e o Vivacidade esteve à conversa com três caras conhecidas do público português. “É sempre bom estar aqui para acompanhar este momento de reconhecimento de grandes atores e grandes filmes que marcam a vida de qualquer um de nós.
> As filas voltaram a repetir-se
Estar em Gondomar é muito bom. Nunca tinha vindo a este Shopping e é giro vermos as pessoas a acenar-nos”, revelou-nos Isabela Valadeiro. Por sua vez, Afonso Vilela deu grande destaque ao filme Vice. “Dos filmes nomeados que vi, aquele que eu mais gostei foi o Vice”, disse o ator. “Eu costumo vir aqui ao cinema porque como sala de cinema é mais ape-
tecível e mais tranquila do que as grandes salas da cidade. Posso vir quase em cima da hora e consigo ver o filme. É a primeira vez que venho a este evento, mas estou muito contente”, rematou Afonso Vilela. Para terminar, Débora Monteiro também falou ao nosso jornal e de imediato apontou um nome: “Bohemian Rhapsody”. O filme favorito de Débora. “Quando venho
ao Porto consigo sossegar um bocadinho em casa da minha mãe e vou ao cinema com mais calma. Sou uma grande fã de cinema”, revelou-nos a atriz de 35 anos. “É a terceira vez que venho aqui ao Parque Nascente e é notório que este evento está a crescer de ano para ano. Notei uma grande evolução”, concluiu Débora. ■
> Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar
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Jornal Vivacidade 28/02/2019 Cartório Notarial Sofia Carneiro Leão
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CERTIFICADO Certifico, para efeitos de publicação que, por escritura outorgada hoje neste Cartório, lavrada a folhas cinquenta e dois e seguintes do livro nº setenta e quatro deste Cartório, ANA JOÃO MONTEIRO FERRAZ, solteira, maior, natural da freguesia de Paranhos, concelho do Porto, residente na Rua D. Manuel I – Edifício Portobelo – Entrada F, 4º direito, na Povoa de Varzim, ELSA MARIA MONTEIRO FERRAZ, solteira, maior, natural da freguesia de Paranhos, concelho do Porto, onde reside na Rua Pereira Reis, nº 442, JOSÉ MANUEL MARQUES LOPES, viúvo, natural da freguesia de Mafamude, concelho de Vila Nova de Gaia, residente na Avenida António Coelho Moreira, nº 129, r/c centro traseiras, em Gulpilhares e Valadares, em Vila Nova de Gaia; e LEONOR MONTEIRO FERRAZ LOPES, solteira, maior, natural da freguesia de Mafamude, concelho de Vila Nova de Gaia, residente na Avenida António Coelho Moreira, nº 129, r/c centro traseiras, em Gulpilhares e Valadares, em Vila Nova de Gaia, declaram: Que, com exclusão de outrem, são os únicos donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel: Prédio urbano, composto por casa sobrada com quintal, sito no Lugar de Ferreirinha, da freguesia da Foz do Sousa, concelho de Gondomar, descrito na Conservatória do Registo Predial de Gondomar sob o número DOIS MIL SETECENTOS E SESSENTA E DOIS, inscrito atualmente na matriz sob o artigo 4386 da União das freguesias da Foz do Sousa e Covelo, que provém do anterior artigo matricial 47 da extinta freguesia Foz do Sousa, com o valor patrimonial de 11.259,75€. Que metade deste imóvel está registado a favor de Adelino Pinheiro Ferraz, viúvo, pela inscrição Ap. dezoito, de dez de dezembro de dois mil e oito, em virtude de a ter comprado a Bruno Alexandre Ferreira Veloso, encontrando-se a restante metade registada a favor de José Martins do Rio, solteiro, maior, pela inscrição Ap. treze, de nove de fevereiro de mil oitocentos e noventa e sete. Que os justificantes adquiriram esse prédio do seguinte modo. Em data que desconhecem mas sabem ter sido há mais de 50 anos, faleceu o titular inscrito de metade, José Martins do Rio, tendo sido adjudicada na partilha da sua herança aquela metade do referido imóvel a José Martins de Sousa e mulher, Conceição Formosa Martins Moreira, casados no regime de comunhão geral, Maria Martins dos Santos e marido, Casimiro Martins de Sousa, casados no regime de comunhão geral e a Francelina Martins dos Santos, solteira, maior, todos residentes no citado Lugar de Ferreirinha, na Foz do Sousa, Gondomar. Que esta partilha foi feita por escritura pública há mais de 50 anos também mas, apesar dos justificantes terem encetado as mais diversas buscas por cartórios do concelho da área de residência do referido José Martins Rio e concelhos limítrofes e em cartórios dos concelhos da área de residência dos adjudicatários, não conseguiram encontra-la. Seguidamente, os referidos José Martins de Sousa e mulher, Conceição Formosa Martins Moreira, Maria Martins dos Santos e marido, Casimiro Martins de Sousa, e a Francelina Martins dos Santos, venderam aquela metade do supra identificado prédio urbano ao Adelino Pinheiro Ferraz, então no estado de casado com Maria Antónia Monteiro Ferraz no regime da comunhão geral de bens, por escritura de compra e venda outorgada no dia dezasseis de agosto de mil novecentos e oitenta e três no Sexto Cartório Notarial do Porto, exarada a folhas cinquenta e oito verso e seguintes do Livro de Escrituras Diversas número cinquenta e Seis – E. Desde essa data, os referidos Adelino Pinheiro Ferraz e Maria Antónia Monteiro Ferraz tornaram-se proprietários daquela metade indivisa do identificado imóvel, tendo posteriormente o Adelino, já no estado de viúvo, adquirido a outra metade do imóvel por compra ao supra citado Bruno Alexandre Ferreira Veloso. Que no dia vinte e três de janeiro de dois mil e oito faleceu sem testamento nem outras disposições de última vontade a aludida Maria Antónia Monteiro Ferraz, que também usava Maria Antónia Monteiro, no estado de casada com aquele Adelino Pinheiro Ferraz, como consta da escritura de habilitação de herdeiros celebrada no Cartório Notarial de Alex Jan Himmel, no Porto, exarada a folhas cento e trinta e cinco do livro sessenta e quatro – A, deixando como únicos herdeiros o seu mencionado marido e as suas filhas, Elsa Maria Monteiro Ferraz, Helena Paula Monteiro Ferraz, à data casada com José Manuel Monteiro Marques Lopes no regime da comunhão de adquiridos, atualmente já falecida e Ana João Monteiro Ferraz, Posteriormente, no dia dois de fevereiro de dois mil e quinze, faleceu o referido Adelino Pinheiro Ferraz, no indicado estado de viúvo, como consta do procedimento simplificado de habilitação de herdeiros número quatrocentos e oitenta e seis barra dois mil e quinze, outorgado na Primeira Conservatória do Registo Civil do Porto, deixando como seus únicos herdeiros aquelas suas três filhas, Elsa Maria Monteiro Ferraz, Helena Paula Monteiro Ferraz e Ana João Monteiro Ferraz. E seguidamente, conforme consta do procedimento simplificado de habilitação de herdeiros número trezentos e sessenta e cinco barra dois mil e dezassete, outorgado na Conservatória do Registo Civil de Vila Nova de Gaia, no dia sete de Novembro de dois mil e dezasseis faleceu a mencionada Helena Paula Monteiro Ferraz, no referido estado de casada com José Manuel Monteiro Marques Lopes, deixando como seus únicos herdeiros o seu mencionado marido, José Manuel Monteiro Marques Lopes, e uma filha, Leonor Monteiro Ferraz Lopes. Que assim, os aqui justificantes são os únicos herdeiros de Maria Antónia Monteiro Ferraz e Adelino Pinheiro Ferraz, e como não têm a escritura de partilha por óbito do titular inscrito de metade do prédio – José Martins do Rio – não conseguem cumprir o princípio do trato sucessivo e registar a aquisição a favor dos autores da herança, Adelino Pinheiro Ferraz e mulher Maria Antónia Monteiro Ferraz, da referida metade do imóvel, recorrendo a esta escritura de justificação notarial para suprir a falta daquele título. Que em consequência requereram neste Cartório, em quinze de outubro de dois mil e dezoito, a notificação por via edital do titular escrito José Martins do Rio e dos seus herdeiros. Para o efeito, foi solicitado à Conservatória do Registo Predial de Gondomar e à Junta de freguesia da área da situação do prédio a afixação de editais, por trinta dias, tendo os mesmos sido devolvidos a este Cartório com a certificação de afixação pelo referido prazo, não aparecendo ninguém a opor-se a esta justificação. Está conforme o original na parte reproduzida. Gondomar, dezoito de fevereiro dois mil e dezanove. A Notária, Sofia Carneiro Leão
36 VIVACIDADE FEVEREIRO 2019
Lazer RECEITA CULINÁRIA
AGENDA CULTURAL VIVACIDADE
BROWNIE DE QUEIJO CREME
OUTROS
EXPOSIÇÕES
MÚSICA
21h30, 8 de março Exercise for You, por Joana Sousa, no Clube Gondomarense
Até 8 de março Exposição de Rodolfo Mantovani, na Junta de Freguesia de São Pedro da Cova
21h30, 30 de março Concerto de Primavera, pelo Orfeão Claves de Sol e Fá, no Salão Paroquial de Fânzeres
TEATRO
27 a 31 de março “Seis Personagens à procura de um autor”, no Auditório Municipal
Até 9 de março “O Porto de Velhos e Coevos Tempos”, de José Pedrosa, no Centro Cultural de Rio Tinto Até 23 de março “Desenhos da Índia”, de Pedro Maia, no Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende
Camada de chocolate 50gr de manteiga sem sal 200gr de chocolate de culinária 100gr de açúcar 1 colher de chá de extrato de baunilha 3 ovos 70gr de farinha 1 colher chá fermento pó
15h, 21 de março Concerto Grupo de Cavaquinhos da Universidade Sénior de Rio Tinto, no Centro Social de Soutelo
Camada de queijo creme: 175gr de queijo creme ( Philadelphia) 100gr de açúcar
Um mês sem Facebook? Dá saúde e recomenda-se! VIVA TEC | Pedro Santos Ferreira
Preparação: Foto DR
HORÓSCOPO
Maria Helena Socióloga, taróloga e apresentadora
210 929 000 mariahelena@mariahelena.pt
Amor: Este mês vai fazer uma triagem às suas relações. Lembrese que se não disser aquilo que sente verdadeiramente, ninguém o poderá adivinhar. Saúde: Cuidado com o excesso de açúcar no sangue, pois pode ter tendência para diabetes. Dinheiro: Poderá sentir-se sobrecarregado de trabalho. Estabeleça prioridades e reconheça os seus limites, respeitando-os.
1 colher de chá de extrato de baunilha 2 ovo 50 gr Manteiga derretida
Foto DR
Um homem sentou-se ao meu lado e mostrou-me no telemóvel uma foto da esposa dele e perguntou: – Ela é bonita, não é? Eu respondi: – Se você acha que ela é bonita, deveria ver a minha namorada então. O homem questionou: – A sua namorada é assim tão bonita? E eu respondi: – Não, ela é oftalmologista.
INGREDIENTES
Foto DR
21h30, 2 de março “A Gatinha do Alfredo”, pelo Grupo Teatro de Canelas – O Bando dos Pardais, na Cripta da Igreja de São Pedro da Cova
Chef João Paulo Rodrigues * docente na Actual Gest
Quem o diz é um estudo da Universidade Stanford e da Universidade de Nova Iorque. A publicação aponta um melhor bem-estar dos utilizadores após um mês sem acesso ao Facebook. A conclusão poderá ser polémica, uma vez que as redes sociais vieram mudar a nossa sociedade, acrescentando aspetos positivos e negativos à forma como nos relacionamos com os outros. Contudo, de acordo com a publicação, apesar de alguns benefícios, o Facebook pode ser um enorme influenciador negativo para a saúde mental. O estudo foi realizado nos Estados Unidos e contou com 2844 participantes, residentes nos EUA, que responderam sobre o volume de utilização da rede e outros hábitos de consumo. O estudo revela também que os inquiridos que passaram um mês sem Facebook, que foram mais de 90%, conseguiram ganhar cerca de uma hora por dia, em média, tendo esse tempo sido gasto fora do mundo digital. A maioria dos inquiridos viu mais televisão e até passou mais tempo com familiares e amigos. Os índices de depressão e ansiedade dos inquiridos também baixaram cerca de 25 a 45% (comparativamente ao registado após intervenções psicológicas). Após terminado o estudo, a maioria dos inquiridos regressou ao Facebook, mas agora com um uso de utilizador menor em 23%. Os inquiridos reconheceram os benefícios de não estar na rede social, mas o estudo conclui que há também alguns benefícios na utilização da rede.
Pré aqueça o forno a 180ºC. Forre um tabuleiro com papel de vegetal. Derreta depois o chocolate com a manteiga. Adicione o açúcar e a baunilha. Junte depois os ovos, um de cada vez, misturando bem. Junte agora a farinha e o fermento pó. Retire 1/4 da mistura, e coloque o restante preparado na forma já forrada. Bata o queijo creme com o açúcar, a baunilha e os ovos até obter uma mistura cremosa e sem grumos. Coloque esta camada sobre a camada de chocolate. Com a restante massa de chocolate que reservou, coloque colheradas espaçadas sobre a massa de queijo creme, e depois, com a ajuda de um garfo misture grosseiramente as duas massas de modo a formar efeitos de duas cores. Leve ao forno durante cerca de 30 minutos. Quando estiver cozinhado retire do forno e deixe arrefecer. Coloque depois no frigorifico. Cortar em pedaços e decorar com chantilly e noz.
SOLUÇÕES:
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38 VIVACIDADE FEVEREIRO 2019
Opinião: Vozes da Assembleia Municipal
Carnaval na Assembleia da República Joana Resende | PS Quem acompanha este espaço onde escrevo há mais de cinco anos sabe que tento centrar-me apenas nos assuntos que ao Município dizem respeito, quase sempre abstendo-me de comentar a atualidade política nacional, com exceção aos assuntos que tocam as autarquias locais. Não obstante, na última semana fomos confrontados na Assembleia da República com um ato só justificado pela proximidade ao Carnaval, festa onde reina a diversão, o entretenimento e as máscaras. Refiro-me, claro está, à moção de censura ao Governo apresentada pelo CDS-PP, tomada em voz por Assunção Cristas, e que não me deixa ficar indiferente. Por definição, uma moção de censura é uma proposta parlamentar apresentada por um ou
vários partidos de oposição, com o objetivo de derrotar ou constranger o Governo. Quando essa moção é aprovada, obriga a uma renúncia ou dissolução do Parlamento, com a consequente convocação de eleições legislativas. Assunção Cristas sabia que esta moção não serviria para derrubar o Governo. Mas mesmo assim não se absteve de fazer o seu número de protagonista, de roubar para si as atenções com um número quase de contorcionismo. Não falarei da suposta necessidade de dar eco à contestação social dos profissionais da Administração Pública, quando por tradição o seu partido tende a chumbar as propostas que vão de encontro a estas expectativas. Nem tão pouco deverei explorar a tentativa de desacreditação do Serviço Nacional de Saúde.
Destacarei sobretudo aquilo que foi o objetivo subentendido: crescer na opinião pública, tão perto que estão as eleições Europeias, e face ao vislumbre das Legislativas, em outubro próximo. Assunção Cristas tem ambições para estas eleições Europeias. A perda de um deputado entre as eleições de 2009 e as de 2014, fez com que o CDS-PP apenas seja representado por um elemento. Em 2019, o mesmo resultado será uma derrota. Para o partido é, por isso, urgente começar a sua campanha eleitoral, e esta moção de censura foi o primeiro passo. A moção foi, como se esperava, chumbada, mas Assunção Cristas teve o protagonismo na oposição, e dominou nos dias subsequentes as manchetes dos jornais.
Até o PSD foi ingenuamente conivente, optando pelo silêncio de quem não concorda com a ação nem com o tempo, mas tradicionalmente aprovando a moção. Sob o estandarte do antigo ditado que diz que não importa se falam bem ou mal (de mim), o importante é ser lembrado, o CDS-PP usou desse seu protagonismo e da comunicação social para ser recordado, para dar o mote à campanha política, para partir “em primeiro” lugar na corrida de maio. Porque se em maio a sua representação subir no Parlamento Europeu, e Nuno Melo tiver companhia em Bruxelas, as legislativas já estão mais perto e o CDS acredita que contagiará o seu resultado. Mas os portugueses não se deixam enganar. E Carnaval, é mesmo só em março.
A liberdade de escolha (que alguns não conhecem) David Santos | Movimento Valentim Loureiro - Coração de Ouro Ser filiado num qualquer partido, professar uma certa religião ou, até, ser adepto de um clube de futebol não implica, nunca, uma “visão cega” e um “seguidismo” que ultrapasse todas as lógicas. Há, acima de tudo isto, algo mais importante – que nos classifica como humanos – que é a opinião pessoal e a liberdade de escolha. Vem tal considerando a propósito de duas situações. Uma, pessoal, outra, da política local. Vamos começar pela política! A Câmara Municipal de Gondomar, alegando constrangimentos financeiros (do passado), dívidas (do passado) e outras coisas mais (imaginem… do passado!), tem aplicado uma política de aumento generalizado e significativo de tudo o que é preço ou custo de serviços. Foi o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), a Água, os Resíduos, as Rendas, e por aí adiante. Trata-se de uma opção legítima de quem está no poder. Querem aumentar, e sendo “donos” da maioria, aumentam.
A nível de executivo camarário há um cansativo “abanar de cabeça” por parte dos eleitos da maioria socialista. A tudo votam em bloco, ora dizendo que sim, ora dizendo que não. Louvo e destaco, bem pela positiva, a posição genericamente assumida pelos eleitos da oposição (do Movimento Independente Valentim Loureiro, da CDU e do PSD). Aqueles que são “oposição” na Câmara têm optado por votar em consciência. Algumas das vezes, até, enquanto eleito na Assembleia Municipal não concordei com as opções dos “meus” eleitos no executivo da Câmara. Mas são opções e eles, tal como eu, têm total liberdade de escolha. Têm opinião! O que aconteceu, nos últimos tempos, é que alguns eleitos do Partido Socialista de umas quantas Assembleias de Freguesia decidiram manifestar-se (e votar contra!) algumas das opções do executivo socialista da Câmara. Imagine-se a lata! Votarem contra? Impossível!
Inimaginável! Aconteceu tal, muito recentemente, com a questão do aumento de rendas das habitações públicas municipais. O PS-Câmara decide aumentar, alguns PS-Juntas votam contra e, no final, o PS-Assembleia Municipal confirma os tais aumentos. A alguns eleitos socialistas de S. Cosme, Valbom, Jovim, Rio Tinto, Fânzeres e S. Pedro da Cova de nada valeu o voto contra. De nada lhes valeu – a esses corajosos! – terem opinião e assumirem a sua liberdade de escolha. A maioria, camarária, “tirou o pio” a uns quantos indomáveis socialistas que decidiram ter opinião diferente da do poder instituído. Deixo aos especialistas a quantificação numerária destes constantes aumentos do IMI, da Água, dos Resíduos ou das Rendas. Agora, a questão (mais pessoal). Sempre tive liberdade de escolha. Sempre a apliquei na minha vida pessoal, empresarial, associativa e política. Fui eleito integrando um Movimento Independente que
juntou pessoas capazes de distintas origens partidárias, da chamada esquerda à chamada direita. Antes de tal eleição já tinha as minhas opções. Durante o período eleitoral defendi um projeto. Agora, numa nova fase, permitam-me que tenha a tal liberdade de escolha. E permitam-me que acredite que podem existir outros projetos, igualmente válidos, que até consigam juntar aquilo que (na tal chamada “direita”) eu considerava ser uma família separada. A união faz a força. E será esse o caminho do futuro. Termino como comecei. Com o mesmo pensamento, desta vez “roubado”: “Pode-se tirar tudo de um homem exceto uma coisa: a última das liberdades humanas – escolher a própria atitude em qualquer circunstância, escolher o próprio caminho.” Já conhecia a frase. Desconhecia o autor. Fiquei, agora, a saber que é de Viktor Emil Frankl, médico psiquiatra austríaco, fundador da escola da Logoterapia (que explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da existência).
O aumento das rendas na habitação social Maria Olinda Moura | CDU A maioria PS na Câmara Municipal aumentou as rendas da habitação social em Gondomar. A inflação no nosso concelho não tem mãos a medir. Já foi o IMI, já foram as taxas de resíduos, já foi a água e agora são as rendas. Para agravar esta medida, o PS na Câmara, nem sequer teve em conta algum benefício para os moradores que poderia ser retirado da lei que veio alterar a famigerada “Lei Cristas”. Ou seja, trabalhou-se na Assembleia da República para alterar uma lei de arrendamento extremamente prejudicial para as pes-
soas e o presidente Marco Martins não aproveitou a oportunidade desta lei, que lhe permite criar um regulamento que beneficie os seus munícipes, milhares, que vivem em habitações sociais. Em três anos, muitos moradores dos bairros sociais de Gondomar vão ver as suas rendas aumentadas em valores que poderão atingir percentagens elevadíssimas, completamente insuportáveis, em muitos casos, para as famílias confrontadas com mais esta dificuldade nas suas vidas já tão difíceis de viver. Os moradores têm feito as suas queixas e a CDU
tem apoiado as suas lutas, nomeadamente, levando a questão às reuniões da Câmara e da Assembleia Municipal, no sentido de sensibilizar o presidente Marco Martins a suspender esta medida – pois só ele o pode fazer – até ser criado o regulamento previsto na lei que regule os aumentos de forma justa e equitativa. Também à Câmara chegarão, oportunamente, todas as assinaturas recolhidas em abaixo-assinados, em praticamente todos os bairros do concelho, demonstrando a vontade popular em travar esta
injustiça. É importante saber que os moradores percebem a necessidade das atualizações das rendas. Não é essa a questão que os motiva. O que querem é que tal medida seja concretizada com critérios de justiça social e com contrapartidas de melhoria das condições de grande degradação física em que se encontra muita desta habitação social. A CDU considera justas estas reivindicações e continuará a lutar junto dos que precisam de ser ouvidos e por uma outra política social em Gondomar.
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Opinião: Vozes da Assembleia Municipal
Mobilidade condicionada ou descoordenada
Valentina Sanchez | PSD
Recentemente, o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, remeteu um comunicado à comunicação social onde exigia ao presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), seu colega, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, “carta branca” para não se demitir. Ora, quando sabemos que: i) uma deslocação, em média, e em Gondomar, tem uma extensão e duração muito superiores às da AMP; e ii) as despesas com transportes públicos têm um peso de 63,9% face à média da AMP está nos 46,0%, de que nos adianta ter um presidente da Câmara Municipal de Gondomar que é coor-
denador da área dos Transportes na AMP? Se Gondomar não consegue ter metro até ao centro de São Cosme porque: i) foi abandonada pelo executivo do Partido Socialista - e para nós de forma precoce - a possibilidade de terminar a ligação Fânzeres/São Cosme; ii) surgiu, não se sabe bem de onde, uma suposta nova intenção de ligação São Cosme/Valbom/ Campanhã (ou será para o Dragão?); iii) os responsáveis da Metro do Porto dizem, publicamente, que vão ter de analisar a viabilidade económica da mesma e se ela é prioritária face às demais pretensões apresentadas pelos nossos municípios vizinhos, do que nos adianta ter
um presidente da Câmara Municipal de Gondomar que é coordenador da área dos Transportes na AMP? Se Gondomar não consegue impor a sua vontade: i) no acesso à cidade do Porto; ii) no alargamento do zoneamento Andante; e iii) na sua pretensão de uma nova ponte com Vila Nova de Gaia, do que nos adianta ter um presidente da Câmara Municipal de Gondomar que é coordenador da área dos Transportes na AMP? Se continuamos a ter problemas na rede viária, se o trânsito em Rio Tinto está caótico, se a mobilidade nesta zona, especialmente nas horas de ponta, por ação do atual executivo do Par-
tido Socialista foi agravada, e de que maneira, neste último ano, do que nos adianta ter um presidente da Câmara Municipal de Gondomar que é coordenador da área dos Transportes na AMP? A mobilidade é um dos temas mais importante para Gondomar e para os gondomarenses tendo em conta o impacto significativo que tem nas pessoas que aqui residem, trabalham, estudam ou nos visitam. Não nos interessa se o presidente da Câmara de Gondomar é, ou não, coordenador desta área na AMP. O que interessa é que os problemas dos gondomarenses sejam resolvidos!
Segurança automóvel Pedro Oliveira | CDS-PP
O CDS/PP tem vindo a constatar um inusitado e perigoso crescendo de pontos críticos da circulação automóvel em diferentes vias concelhias, pontos esses onde se têm repetido diferentes ocorrências com consequências nefastas, umas mais outras menos graves, para a integridade física e patrimonial de muitos gondomarenses e dos utentes em geral dessas mesmas vias. Com efeito, em pontos específicos de diferentes vias do concelho, têm-se repetido tais ocorrências, emergentes da respetiva inadequação estrutural a um fluxo de trânsito sempre crescente para o qual não foram pensadas, mas também a uma condução imprudente e mesmo irresponsável de muitos dos automo-
bilistas que claramente as potenciam. Sem que tenha procurado ser exaustivo, o CDS desde logo discerniu diferentes vias onde estes focos perigosos persistem, a saber: - Estrada D. Miguel (Baguim, Fânzeres, S. Pedro da Cova, S. Cosme e Jovim); - Avenida da Conduta (Rio Tinto, Fânzeres e S. Cosme); - Rua D. António Castro Meireles (Baguim do Monte); - Avenida General Humberto Delgado (Fânzeres, S. Cosme); - Rua Pedro Álvares Cabral (Rio Tinto); - Estrada Nacional 108 (Avenida Escritor Costa Barreto (Valbom):
- Rua da Portelinha (Fânzeres); - Rotunda da Covilhã (S. Pedro da Cova). Neste sentido e porque se torna absolutamente necessário que, quem de direito, promova as exigíveis 'démarches' no sentido de obviar, limitar, os perigos existentes, nestes como noutros pontos críticos da circulação automóvel no concelho - pois estes invocados exemplos são apenas referenciais -, o CDS apresentou na última sessão da Assembleia Municipal uma Proposta de Recomendação ao executivo municipal, no sentido de que, em parceria com as freguesias e Associações Humanitárias de Bombeiros do Gondomar, fossem avaliados os diferentes exemplos de ocorrências conhecidas e determi-
nados os inerentes pontos críticos, para consequente intervenção, potenciadora de ocorrências menos gravosos a quem por lá circula. Do ponto de vista do CDS, a intervenção reparadora nestes espaços críticos não tem que necessariamente implicar o dispêndio de valores avultados por parte da autarquia, como a construção de rotundas ou implantação de sinalização luminosa, vulgo semáforos. A simples colocação de lombas, bandas sonoras, complementadas de sinalização vertical, poderá contribuir, de forma objetiva e relativamente barata, para a diminuição da velocidade automóvel em tais espaços, reduzindo, com significado, os registos de sinistralidade ocorrida.
Lei 50: a grande falácia da descentralização! Bruno Pacheco | BE
Durante muitos anos o tema da descentralização ganhou impacto pela urgência de políticas estratégicas que permitam aos mais diversos territórios do nosso país uma resposta mais concreta e eficaz aos problemas das populações. No Bloco de Esquerda sempre defendemos que a transferência de competências para as autarquias locais não pode agravar as desigualdades territoriais e deve ocorrer apenas nas áreas em que as autarquias estejam em melhores condições de assegurar o respetivo exercício. Não será admissível qualquer desresponsabilização do Estado central nas funções sociais de âmbito universal como a Educação, Saúde, Ação Social e Cultura. O problema do que está proposto pela Lei 50, obtida através do acordo político entre PS e PSD, não tem um pingo de democracia e, por-
tanto, não tem um pingo de proximidade da decisão, nem de uma maior capacidade de responder às necessidades das populações” Ora pois, vamos tentar esmiuçar a lacunas desta lei que querem tentar impingir: 1 - o processo de transferência de competências tem sofrido significativos atrasos na concreta definição das matérias a transferir e o montante do financiamento a atribuir a cada uma das autarquias, elemento fundamental nesta matéria, permanece desconhecido; 2 – apesar da descentralização democrática da administração pública constituir um dos princípios fundamentais da organização e funcionamento do Estado, a Lei nº 50/2018 resultou de um acordo apenas entre o governo PS e o PSD e a sua aprovação no Parlamento teve a discordância de todas as outras forças políticas;
3 - a única nova competência a descentralizar da administração direta do Estado para as freguesias consiste em instalar e gerir os espaços cidadão, o que é manifestamente pouco para assegurar melhores políticas públicas com as vantagens que a proximidade pode permitir, dos problemas das pessoas e dos territórios 4 - nos termos da Constituição, a descentralização administrativa tem que visar o reforço da coesão territorial e social e deve traduzir-se numa justa repartição de poderes entre o Estado e as autarquias locais. E essa transferência de competências para as autarquias locais deve ser sempre acompanhada dos adequados meios humanos, patrimoniais e financeiros; 5 - nunca se poderá aceitar que as autarquias locais, como é o caso de Gondomar, invocando insuficiência de meios humanos ou de recursos
técnicos, venham a concretizar as novas competências através da sua concessão a entidades privadas, pondo em causa o acesso universal pelas populações e promovendo a degradação do serviço público. Por estes argumentos, Gondomar só pode ter uma resposta: não! Sem democracia não pode existir transferência de competências. Este não passa de um processo de alteração de serviços públicos, feito debaixo do pano, sem que ninguém consiga ver o que se está a passar. A transferência de responsabilidades para as autarquias de serviços públicos apenas agrava as desigualdades que já existem em termos territoriais. No Bloco defendemos que não podem existir serviços públicos de primeira e de segunda, consoante se habite num município com mais ou menos recursos.
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