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Ano 14 - n.º 155 - maio 2019
Preço 0,01€
Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Pedro Santos Ferreira
Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: geral@vivacidade.org
Reportagem
António Sousa Pereira: “Olhamos para Gondomar como uma oportunidade de crescimento”
Sociedade Associação “Vai Avante” homenageou Isabel Santos > Pág. 34
Cultura Ei! Marionetas: 5ª edição tem novo apoio da DGArtes > Pág. 38
Política • Entrevista exclusiva ao reitor da Universidade do Porto
> Págs. 8 e 9
Expo Gondomar e Ourindústria levaram milhares de visitantes ao Pavilhão Multiusos
Especial
Resíduos perigosos: população de São Pedro da Cova envia 10 mil postais a António Costa > Pág. 42
Desporto
• No espaço de 12 dias, o Multiusos de Gondomar recebeu dois dos maiores eventos municipais • Centenas de empresários quiseram associar-se às duas iniciativas
Liga das Nações de Voleibol no Multiusos entre 14 e 16 de junho
> Págs. 20 a 30
> Pág. 48 PUB
2 VIVACIDADE MAIO 2019
Editorial Foto DR
José Ângelo Pinto
Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT
Caros leitores,
SUMÁRIO:
FICHA TÉCNICA
Breves
Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06
Reportagem Vivacidade
Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE241A) Redação: Pedro Santos Ferreira (CP-10017) Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 Paginação: Rita Lopes Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435778 Baguim do Monte Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/ vivacidade NIF: 507632923 Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. e Augusto Miguel Silva Almeida Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934
Página 4 Páginas 8 e 9
Sociedade
Páginas 6 a 36
Especial ExpoGondomar Páginas 20 a 30
Cultura
Página 38
Política
Páginas 40 a 44
Desporto
Páginas 45 a 48 Empresas e Negócios Páginas 49 e 51
Lazer
Página 53 Opinião Páginas 54 e 55
PRÓXIMA EDIÇÃO 27 JUNHO
Colaboradores: Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Inês Borges, Isabel Santos, Joana Aleixo, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Paulo Silva, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves e Sofia Pinto. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio: www.vivacidade.org Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar E-mail: geral@vivacidade.org Agenda: agenda@vivacidade.org
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org
Foto DR
Editorial de maio de 2014, absolutamente atual e hoje ainda mais pertinente: A comunicação social presta muito pouca atenção às eleições europeias. Tem deixado que alguns candidatos e os respetivos partidos as tentem transformar numa espécie de referendo popular à visão que o povo tem do governo da nação. Ou seja, fugindo de um propósito claro e simples que é o objetivo destas eleições: os eleitos representarem o nosso país no Parlamento Europeu. O Governo e os ministros mais mediáticos também têm lidado mal com isto. O que teria sido do nosso país se não fosse estarmos inseridos no Euro e na Europa nos últimos anos? É que as pessoas sentem no seu bolso que ganham menos. Há tantos casos de pessoas tão prejudicadas com as duras medidas que o resgate financeiro impôs. Mas é preciso sabermos continuar a dizer onde estão os culpados e continuar-
mos a explicar que se fosse noutros tempos, era a inflação que resolveria o assunto e escondiam-se assim os nossos problemas. Com o Euro isso não é viável nem possível. Perderíamos mais dinheiro com uma inflação galopante; mas essa perda não era tão evidente e direta como quando eu sei que ganho menos 100 euros ou que pago mais 100 euros de imposto. Se fossem escudos, hoje o nosso escudo valeria muito menos do que os 200,48 escudos que valeu cada Euro na conversão, pois os nossos governos teriam deixado que uma inflação galopante resolvesse o problema de ter que fazer cortes e ter que aumentar impostos. Era muito mais fácil ganhar eleições assim…. Nunca foi tão importante como hoje votar. Votar é mostrar as nossas escolhas e as nossas opções. E escolher nas eleições Europeias não parece difícil, dada a qualidade dos discursos dos candidatos e a qualidade relativa das listas que se apresentam a votação.
A reconstrução da estrutura da ponte da Levada foi concluída este mês, dez anos após as cheias do rio Tinto terem destruído a anterior ponte. Este projeto, que surge integrado na construção do passadiço que ligará Rio Tinto ao Freixo, no Porto, foi o primeiro elemento a ficar concluído.
Moro na rua Madre Isabel Larrañaga, e passo muitas vezes na travessa desta rua, que se encontra quase toda esburacada. Gostaria de dar este alerta, para ver se o Município de Gondomar se envergonha de ter uma rua onde os moradores, que pagam os devidos impostos, poderão, de uma vez por todas, passar sem ter de estragar os veículos que tanto custam a pagar. Obrigado pela atenção. O leitor, Silva Manuel Neto
Roteiro das Minas: um cartaz para explorar BISTURI Está ainda na memória de muitos gondomarenses o vai vem das cestas de carvão, cruzando montes e vales, campos e colinas, rios e ribeiros do nosso concelho, entre as minas de exploração e as zonas de armazenamento e tratamento. As minas de S. Pedro da Cova são disso o exemplo mais recente e também mais expressivo. Infelizmente, hoje estas memórias mantêm-se bem vivas, mas pelas piores razões. É que, como todos sabem, desde há cerca de duas décadas que a população luta contra um crime ambiental, que consistiu em atulhar os poços com resíduos perigosos vindos de fora, e que tardam a ser retirados das entranhas da terra. Mas à parte este escândalo, que há de ter seu fim, as minas do nosso concelho podem ter um outro futuro bem mais atrativo e seguro. Um atrativo cultural, histórico, turístico e de memórias. Referimo-nos à criação de roteiros mineiros no nosso concelho. Desde os mais anti-
gos aos mais recentes. Sabemos quão valiosos são hoje os percursos turísticos por sítios de memória. Sejam essas memórias mais alegres ou sofredoras. São memórias que fazem parte da nossa história, dos nossos antepassados, e do nosso imaginário. Mantê-las vivas e trazê-las ao nosso tempo é um valor cultural, turístico e histórico. Ora, o concelho de Gondomar tem um percurso milenar de exploração mineira. Não é apenas o carvão ou a antracite, em S. Pedro da Cova e zonas periféricas. É também o volfrâmio que se explorava nas minas do Alto da Serra, em Baguim do Monte, ou os poços e minas de ouro que existiram na Serra de Santa Justa e nas encostas voltadas a Valongo e Gondomar. Estas riquezas de memória não podem manter-se enterradas, ou em risco de serem varridas do nosso passado. É fácil tornar estes sítios em percursos pedestres ou de BTT com grande capacidade de atração
interna e externa. Impõe-se criar roteiros que mobilizam turistas e estudiosos, amigos do ambiente e escolas. Criar guias e orientadores. Construir centros de observação e polos interpretativos nas rotas mais importantes das nossas minas. A tudo isto se pode e devem associar as narrativas de estórias e lendas, usos e costumes, músicas e cantares, danças e folclore, gastronomia, hábitos e crenças. Não é difícil nem caro criar este tipo de cartazes turísticos. Com a vantagem de serem percursos em contacto direto com a natureza, de fácil acessibilidade, e com múltiplas hipóteses de associar outras atrações locais. Mobilizar os poderes autárquicos, as escolas, as instituições recreativas e culturais, os clubes de natureza e exploração, os bombeiros e escuteiros, e todos aqueles que amam a nossa terra, têm coisas para contar, e são capazes de fazer o inimaginável. Caso para dizer: MÃOS À OBRA!
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Breves Formalizado o arranque das obras da Infanta D. Mafalda Foto DR
Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, assinou, no dia 4 de maio, a consignação das obras de requalificação e modernização da Escola Infanta D. Mafalda. As obras, que deverão estar concluídas num prazo de 12 meses, representam um investimento total superior a 420 mil euros.
Roberto Carlos atua em dose dupla no Pavilhão Multiusos Foto DR
O astro brasileiro, Roberto Carlos, vai atuar nos dias 25 e 26 de maio, no Pavilhão Multiusos de Gondomar. Os concertos surgem integrados na tournée europeia do cantor que passa também por Espanha, França, Bélgica e Suíça. Roberto Carlos é o maior cantor da história da música brasileira.
Tiago Nacarato atuou no Auditório Municipal Foto DR
O cantautor Tiago Nacarato atuou, no dia 18 de maio, no Auditório Municipal de Gondomar. Neste espetáculo, o músico trouxe a palco as suas raízes brasileiras e recordou o seu contacto com a música desde cedo. O concerto teve casa cheia.
Foto PSF
Foto DR
Mais de 30 enchedeiras juntaram-se, no dia 7 de maio, na Casa Branca de Gramido, para mais um encontro destas artesãs da filigrana. A iniciativa visa uma recolha de contributos para uma posterior homenagem e valorização desta atividade. As enchedeiras presentes tiveram ainda a oportunidade de ver um pouco do documentário está a ser produzido onde elas são as “estrelas” principais.
Marcela Tavares visitou o Multiusos de Gondomar Foto PB
Uma das maiores youtubers do Brasil, Marcela Tavares, atuou, no dia 18 de maio, no Multiusos de Gondomar. Marcela Tavares conta com mais de 500 milhões de visualizações nos seus vídeos e teve, com este espetáculo, a sua estreia em Portugal, em simultâneo com a 1ª eliminatória do “Youtubers Challenge”.
O projeto “Ecos da História da Minha Terra”, do Agrupamento de Escolas n.º 1 de Gondomar, em parceria com o Município, vai dinamizar uma última sessão no dia 28 de maio, pelas 21h, no Multiusos de Gondomar.
“Ubuntu” traz Bienal Internacional de Arte Gaia a Gondomar
Encontro de Tradições anima Centro Social de Soutelo
A exposição “Ubuntu”, com curadoria de Humberto Nelson e direção de Agostinho Santos, integrada na 3ª Bienal Internacional de Arte Gaia 2019, foi inaugurada a 19 de maio, na Sala Júlio Resende, no Auditório Municipal de Gondomar. A mostra ficará patente até 20 de julho.
O Grupo de Danças e Cantares do Centro Social de Soutelo vai promover o Encontro de Tradições 2019, no dia 8 de junho, pelas 21h30, no Largo do Mosteiro, em Rio Tinto. A iniciativa vai contar com o Grupo Danças e Cantares Beira Baixa (Castelo Branco), Rancho Folclórico Casa do Povo de Recarei (Paredes) e Ronda Típica da Meadela (Viana do Castelo).
FIDES organiza 3ª Gala de Ballet
Obra de Daniel Desousa mostra-se no Centro Cultural de Rio Tinto
O FIDES – Orfeão de Valbom vai organizar, no dia 26 de maio, pelas 16h, a 3ª Gala de Ballet, no Auditório Municipal de Gondomar. A iniciativa conta com a participação da Classe de Ballet FIDES e terá a participação especial de Jorge Sousa, profissional de ballet.
Corrida À Beira Douro ocorre a 1 de junho O Agrupamento de Escolas À Beira Douro está a organizar uma Corrida e Caminhada À Beira Douro. A prova terá lugar no dia 1 de junho e conta com um percurso de 10 quilómetros (corrida) e seis quilómetros (caminhada). As inscrições podem ser formalizadas na escola.
A 6ª Meia Maratona D’Ouro Run Gondomar vai ter lugar a 9 de junho, na estrada marginal do Município, entre Valbom e Foz do Sousa. A prova volta a desafiar os atletas a percorrer 21 quilómetros (meia maratona), 10 quilómetros (mini-maratona) ou cinco quilómetros (caminhada). As inscrições estão abertas.
Clube Gondomarense comemora 114.º aniversário
Município homenageou enchedeiras em novo encontro
“Ecos da História da Minha Terra” chegam ao Multiusos
A Associação Cultural e Recreativa Estrela de Baguim vai promover, no dia 26 de maio, pelas 9h, o 2.º Convívio de Cicloturismo, com partida e chegada na sede desta coletividade baguinense.
Meia Maratona D’Ouro Run: 6ª edição realiza-se a 9 de junho
Paulo VI recebeu comitiva do Programa Erasmus+ No dia 14 de maio, o Colégio Paulo VI foi anfitrião de uma comitiva de professores da Hungria, Alemanha, Reino Unido e Letónia, no âmbito do projeto “Criatividade e Competências Digitais”, inserido no Programa Erasmus+. Esta iniciativa correspondeu à 3ª fase do projeto, que terminará em março de 2020.
Estrela de Baguim promove 2.º Convívio de Cicloturismo
O Clube Gondomarense está a assinalar, ao longo deste mês, o seu 114.º aniversário com diversas iniciativas. Destacam-se nos dias 24, pelas 21h30, e 25, pelas 10h, a sessão solene comemorativa e uma visita às obras de José Rodrigues, no Porto, respetivamente. As iniciativas têm entrada livre.
Universidade Sénior de Gondomar recebe Torneio de Artes Marciais
As telas hiper-realistas do pintor gondomarense Daniel Desousa estão em exposição desde o dia 17 de maio, no Centro Cultural de Rio Tinto, e assim permanecerão até o próximo dia 15 de junho. Esta exposição é intitulada “Os Paradoxos da Realidade” e tem entrada livre.
José Paquete Pereira expõe na ARGO O fotógrafo José Paquete Pereira tem nova exposição na ARGO, em Fânzeres. Intitulada “Cidade, Luz e Sombra”, a mostra foi inaugurada a 11 de maio e vai manter-se até 21 de junho, na sede da coletividade. José Paquete Pereira tem 46 anos.
Junta de São Pedro repõe filme de Rui Simões O filme do realizador Rui Simões, “Do Carvão aos Resíduos. Regresso a São Pedro da Cova, vai voltar a ser exibido no Auditório da Junta de Freguesia. A iniciativa está marcada para 31 de maio e terá início pelas 21h30. Está confirmada a presença do realizador e o lançamento do DVD.
Voluntários limparam as margens da ribeira de Parada Uma ação de voluntariado promovida pela União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova teve lugar no dia 7 de maio, nas margens da ribeira de Parada, em São Pedro da Cova. Cerca de 40 participantes acorreram à iniciativa e recolheram aproximadamente 800kg de resíduos.
Noite Branca de Gondomar já tem data
A Universidade Sénior de Gondomar vai acolher, no dia 1 de junho, entre as 14h e as 19h, o Torneio Juvenil de Artes Marciais – Korean Nunchaku. A iniciativa terá lugar nas instalações desta instituição.
A próxima edição da Noite Branca de Gondomar terá lugar no dia 7 de setembro de 2019. A data foi anunciada a 18 de maio, na página oficial do evento organizado pela Câmara Municipal de Gondomar.
Clube de Bandolim Trier-Biewer 1918 atua no Auditório de Gondomar
Trail da Lomba ocorre a 14 de julho
O Clube de Bandolim Trier-Biewer 1918, da Alemanha, vai dar um concerto no dia 31 de maio, pelas 21h30, no Auditório Municipal de Gondomar. O espetáculo terá acesso gratuito.
O Trail da Lomba, prova organizada pela Associação Desportiva Ultra Trail Radical, vai ter lugar a 14 de julho, no lugar de Pé de Moura, na freguesia da lomba. A iniciativa conta com um trail de 25km’s, mini-trail de 12km’s e caminhada.
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Sociedade
DDC Samsys: 8ª edição quer “superar limites”
Está prestes a ter lugar a 8ª edição do DDC Samsys, o evento gratuito mais influenciador a nível nacional, organizado pela Academia Samsys. O evento anual volta a ser gratuito e é dedicado aos clientes e aberto à sociedade. Na edição deste ano, o tema é “Vamos Superar Limites”, num apelo direto aos temas de superação dos próprios limites. “Escolhemos este tema, que aborda, como é óbvio, a parte da superação, a todos os níveis. Como este evento tem a ver com o desenvolvimento pessoal e profissional das pessoas, dos empresários, dos empregados, dos colaboradores e de toda a comunidade, nós acreditamos que a partilha de histórias, experiências de superação, em vários níveis, quer na parte da saúde, quer na parte das limitações físicas, quer na parte do ‘coaching’, do ‘mentoring’ e dos desafios profissionais enquanto empresários, vai ajudar a dar o ‘clique’, ajudar a saltar para fora da sua zona
FotoDR
No dia 6 de junho, o Multiusos de Gondomar vai receber a 8ª edição do DDC Samsys. Este ano, o evento anteriormente designado por “Dia do Cliente” irá juntar André Leonardo, Paulo Azevedo e Tim Vieira, entre outros, que irão falar sobre o tema “Vamos Superar Limites”. São esperados mais de 3000 empresários.
de conforto e trará mais êxito no alcance dos objetivos”, afirma Ruben Soares, co-fundador da Samsys. Deste evento fazem parte uma zona de palestras, para partilha de conhecimento e experiências, destinado a empresários e líderes de equipa e uma zona de showroom, no qual várias marcas podem interagir com os participantes do evento e vice-versa. As pausas de coffee break são, portanto, utilizadas para fazer networking e assistir a diversas dinâmicas que criam um ambiente e energia inigualáveis. “Este evento, à semelhança de todos os outros que temos feito desde a 1ª edição, tem como objetivo ajudar a comunidade a crescer e a desenvolver-se, levar as pessoas a Foto PSF
irem mais além e superarem os seus limites. Sendo que a palavra “limite” pode ser tudo. Muitas vezes, “limite” é aquilo que nós metemos na nossa cabeça”, acrescenta Ruben Soares. Estão confirmados seis oradores na 8ª edição do DDC Samsys: André Leonardo, Paulo Azevedo, Tim Vieira, Jorge Coutinho, Carla Rocha e Luís Fernando. Ao Vivacidade, a organização admite que espera passar a barreira das 5000 inscrições. “Este ano, devido ao facto de o número de pessoas estar a aumentar, a área de palestras será maior, o que significa que a área de exposição vai ter que encurtar”, aponta o co-fundador da Samsys. “Na área de exposição, este ano estamos já com mais de 50 empresas confirmadas”, admite Ruben Soares. O irmão, Samuel Soares, não tem dúvidas: “vamos ter a melhor edição de sempre”. “Temos um painel de luxo, todos os pormenores do evento estão a ser tratados com muito cuidado. Estamos a falar de horas de
trabalho e investimento brutais. A preparação desta edição começou no dia a seguir ao evento do ano passado. Acaba uma edição e começamos a pensar na edição seguinte. Tudo pensado ao detalhe, porque queremos proporcionar uma experiência memorável às pessoas que lá estão e que não se torne apenas um dia de formação, mas um despertar de mentes para serem mais felizes e produtivas no trabalho”, afirma o fundador da Samsys. Questionados sobre a possibilidade de vir a cobrar pela entrada no evento, Ruben e Samuel Soares são perentórios: “o objetivo é levar o conhecimento e formação gratuitamente à sociedade, tornar este evento pago condicionaria o acesso à formação e nós não queremos provocar essa limitação”. A 8ª edição DDC Samsys terá início a partir das 8h e vai prolongar-se até às 18h15, no dia 6 de junho, no Pavilhão Multiusos de Gondomar. André Leonardo e Tim Vieira estão confirmados Depois de ser reconhecido como “Um dos 7 jovens que estão a transformar o mundo”, pela PANGEA (2016) e “Um dos 12 jovens líderes de Portugal“, pela CNJ (2017), a partilha de André Leonardo promete não ser indiferente a ninguém. Depois desta viagem, que conta na primeira pessoa, André partilha em palco como podemos fazer acontecer mesmo quando as condições não são as mais propícias. Em 2015, Tim Vieira ficou conhecido pelo público português depois de ter participado como investidor na primeira temporada do programa Shark Tank Portugal. Atualmente é CEO da Bravegeneration (Europa) e tem investimentos em Portugal, nas áreas de Agricultura, Serviços, Tecnologias de Informação, Recursos Humanos, Produção de Cinema, e recentemente em Real Estate e Turismo. ■
> André Leonardo - CEO Faz Acontecer
Foto DR
Foto DR
> Samuel Soares, Diretor Geral da Samsys (à esq.) e Ruben Soares, Diretor Executivo (à dir.)
> Tim Vieira - CEO da Special Edittion & BraveGeneration
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Reportagem Vivacidade
António Sousa Pereira: “Gondomar apresenta sinais de recuperação Aos 57 anos, António Sousa Pereira, residente em Gondomar é, desde 27 de junho de 2018, o reitor da Universidade do Porto (UP). Em entrevista ao Vivacidade, o também ex-diretor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar fala-nos do primeiro ano de mandato, dos objetivos traçados, do futuro da UP e da proximidade e elevado número de alunos do concelho de Gondomar. Texto e fotos: Pedro Santos Ferreira
Foi, desde 2004, o diretor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), o que o levou a dar este salto com uma candidatura à liderança da reitoria da UP, em 2018? Em primeiro lugar, porque cheguei ao limite legal de mandatos como diretor do ICBAS, em segundo, porque entre várias novas opções que me foram propostas senti que esta era a mais in-
teressante e desafiante. No entanto, foram 14 anos à frente de uma instituição [ICBAS] e isso fez-me ter vontade de mudar algumas coisas que achava que deviam ser mudadas. Foi impulsionado por colegas seus e alguns professores para se candidatar a este cargo? Ou acha que aquilo que
o motivou foi a sua visão crítica sobre a anterior gestão da UP? Eu propus-me interromper o mandato do antigo reitor da Universidade de Porto porque entendi que podia fazer várias coisas de uma forma diferenciadora. Óbvio que não ia concorrer apenas pelo cargo, mas existem coisas que devem ser mudadas e eu sinto que as posso mudar. Tive desde logo um grande apoio de todos, o que me ajudou a candidatar-me. Teria preferido vencer por uma larga maioria ou apenas por um voto, como veio a acontecer? Sabe melhor ganhar com uma larga maioria. Contudo, no meu caso não foi necessário uma segunda volta porque fui eleito à primeira. Além disso, neste formato eleitoral não existe margem para obter maiorias muito significativas. No entanto, considero que este foi um resultado bastante expressivo.
> António Sousa Pereira tem 57 anos
Qual o balanço que faz acerca do seu primeiro ano de mandato? Bastante positivo. Acho que não serei a melhor pessoa para falar disso, mas o ambiente que se vive hoje dentro da reitoria é muito melhor. Ainda existem muitas coisas a modificar mas só passaram 10 meses desde a minha eleição, por isso, apesar de tudo, neste tempo considero que já se fez muita coisa. Existe mais paz com as entidades representativas da cidade e tudo isto é
bastante significante para esta direção. Perante os objetivos que impôs no primeiro ano, quais foram aqueles que priorizou e o que falta implementar? Considero que os objetivos que impus foram cumpridos. Os objetivos prioritários passaram por melhorar a eficiência dos serviços, acompanhado de uma maior paz dentro da própria reitoria. Mas ainda existem imensas coisas a resolver, desde logo um conjunto de transformações legislativas que tem impactos relevantes na UP e que são tomadas por quem tem esse direito, mas que acabam por ter reflexos significativos. Existem várias coisas em causa. Estamos a trabalhar num conjunto de medidas que estão no domínio fantasioso como, por exemplo, o caso dos alojamentos universitários. Temos de prosseguir esse longo caminho. Acha que faltava sentido autocrítico à Universidade do Porto? A universidade tem noção das coisas que estão mal, mas as reformas necessitam de dinheiro. Existem financiamentos que não são suficientes para fazer renovações e reformas em certos departamentos. Tenho pessoas prontas para a mudança, temos um plano estratégico, mas não podemos fazer nada porque não temos dinheiro para avançar. Fazer mudanças custa dinheiro, mesmo que obviamente haja depois
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Reportagem Vivacidade
em relação a um passado recente” um lucro a longo prazo. Na realidade, não estamos a fazer investimentos nenhuns, estamos apenas a gerir a crise. Desde quando a UP não consegue concretizar investimentos? Isto é um ciclo. Existem limitações que vêm do início da intervenção da Troika e têm-se prolongado. Houve um assumir da parte do Governo que não diminuía, mas também não aumentava os investimentos nas Universidades. Na sequência dessa opção temos impactos que estão a atingir resultados alarmantes. O dinheiro não pode cobrir tudo, daí a alteração dos valores das propinas. Hoje a UP é também uma marca. Acha que esta marca fica apenas por Portugal ou já vão surgindo resultados concretos da aposta na internacionalização? Existe um crescimento no que diz respeito à internacionalização, mas na nossa universidade a lei da internacionalização é algo bastante recente. O objetivo é aumentar cada vez mais o número de estudantes internacionais, sem dúvida. Neste momento atingimos mais o Brasil do que os países da Euro-
> O reitor no seu gabinete, no Porto
pa e queremos procurar equilibrar esse rácio nos próximos anos. Atualmente, os estudantes brasileiros representam 56% do universo total de alunos da UP. Este ano houve um corte no número das vagas. Acredita que essa medida poderá estar relacionada com um posterior aumento da taxa de abandono escolar? A taxa de abandono tem sido uma preocupação de todas as universidades e do Governo. Os estudos apontam que existe uma relação direta entre a taxa de abandono e a não entrada na primeira opção. Esta universidade tem uma procura excecional, por isso se as vagas reduzem, quer dizer que as pessoas acabam por entrar noutra universidade. Em vez de estarmos a dar mais oportunidades aos estudantes de entrar nas suas primeiras opções, estamos a fazer o contrário. Estamos a alimentar a alusão a outras faculdades que conseguem preencher os seus quadros. Os alunos desistem e vão realmente embora. Não sei se é uma tentativa de levar mais alunos para o interior, mas as faculdades privadas também lucram com esta dinâmica.
"Campanhã, bem perto de Gondomar, representa uma ótima oportunidade de crescimento, daqui a uns anos" Portanto, acredita na possibilidade de corrigir esse ‘erro’? Espero que sim. Espero que tenham noção da asneira que fizeram e que corrijam. Para termos ideia, quantos candidatos ficaram de fora? Recebemos mais de 6800 candidaturas e ficaram de fora mais de 2800 candidatos. A UP tem, atualmente, três polos universitários [Asprela, Campo Alegre e Centro da Cidade]. A distância entre três polos é uma dificuldade ou proporciona um verdadeiro trabalho em rede? Nós procuramos quebrar estas distâncias geográficas no dia-a-dia. Não é por estarem em polos diferentes que a comunidade universitária não se relaciona. A movimentação é fácil e existem interligações rápidas entre estes polos. Existe mais uma distância mental do que física. Tem de haver multidisciplinariedade, mas obviamente se hoje desenhássemos uma universidade nova, faríamos diferente. Em termos de alojamento – e essa tem sido uma das grandes dificuldades evocada por vários alunos -, há perspetivas de uma melhoria da oferta? Acho que a oferta tem vindo cada vez mais a aumentar. Mas há um aspeto muito importante: não falta alojamento nas periferias. As pessoas têm uma mente fechada, porque todas as periferias têm boas infraestruturas, por isso faz todo o sentido em procurar lá alojamento e estas têm bons acessos ao centro da cidade. Temos de quebrar este ciclo que é prejudicial para a cidade, porque nós falamos com os estudantes e percebemos que se criou uma onda
negativa de não haver alojamento aqui no Porto, o que não corresponde à verdade. Temos vários empreendimentos de alojamento, por exemplo, no Campo 24 de Agosto, na zona do Amial também, que são sítios com bons acessos e perto. Na sua opinião, que papel devem ter os ex-alunos da UP? Nós queremos preparar-nos para que esses alunos regressem para realizar novas formações e mestrados. Queremos criar o hábito de voltarem à UP para adquirir novas competências e novos conhecimentos. Há uma grande fatia de alunos que vem de Gondomar para a UP. Tendo isso em conta, o que encontram nesses alunos? Esses alunos são iguais aos outros, evidentemente, não posso fazer uma distinção [risos], mas penso que Gondomar apresenta bastantes sinais de recuperação em relação a um passado recente e existem, realmente, muitos alunos da Escola Secundária de Gondomar, E. S. Rio Tinto e do Colégio Paulo VI nas nossas faculdades. Olhamos para Gondomar como uma oportunidade de crescimento. Existe um grande projeto de revitalização da zona do vale de Campanhã e nós queremos crescer, porque temos de nos alargar para outras localizações. Campanhã, bem perto de Gondomar, representa uma ótima oportunidade de crescimento, daqui a uns anos. Sabemos que tem também uma forte ligação ao concelho de Gondomar, onde reside. É feliz por Gondomar? Sempre vivi em Fânzeres, desde os três anos, e a minha família é de lá. É um concelho muito assimétrico, que cresceu de uma forma descoordenada e desorganizada. Contudo, tem zonas fantásticas que são verdadeiros paraísos. ■
"[Gondomar] Tem zonas fantásticas que são verdadeiros paraísos"
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Sociedade OPINIÃO Marta Baptista
É obrigatório fazer seguro de vida quando se pede Crédito à Habitação?
seus avós tanto falavam e que mesmo os mais velhos nunca assistiram. Cantaram às Almas e rezaram o tão conhecido Rosário da Quinta-Feira Maior. Marcou presença a Câmara Municipal de Gondomar, representada por Luís Filipe Araújo, vice-presidente, que enalteceu a riqueza da recolha, preservação e recriação de uma tradição riquíssima pela sua particularidade e de desconhecimento das gerações atuais, salientando a sua importância de transmissão do conhecimento das origens e tradições dos recantos da cidade de Gondomar. ■
Universidade Sénior de Gondomar organizou 5ª Gala de Danças Regionais A Universidade Sénior de Gondomar (USG) convidou a Academia Sénior de Tábua, a Universidade Sénior Dom Sancho I de Almada, a APO Sénior – Universidade Sénior de Coimbra e a Universidade Sénior de Ermesinde para a 5ª Gala de Danças Regionais. A iniciativa teve lugar a 16 de maio, na Sala D’Ouro do Multiusos de Gondomar, e contou com o apoio à organização da Rede de Universidades Seniores (RUTIS). “Trouxemos um espetáculo de danças regionais, graças ao nosso grupo da USG, que tem
ensaios e atuações regulares durante todo o ano. Pedimos também ao Grupo Etnográfico de Valbom que nos desse uma ajuda na decoração do espaço”, afirmou António Braz, presidente da União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim. A tarde ficou, assim, marcada pelas várias demonstrações de diferentes tipos de tradições, dizeres e danças regionais de Portugal Continental. A iniciativa contou ainda com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar. ■ Foto DR
Em caso de dúvidas sobre os seus direitos, contacte a DECO (deco.norte@deco.pt) ou o Gabinete de Apoio ao Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar: gac@cm-gondomar.pt; 224 660 536. A DECO presta apoio presencial em Gondomar todas as sextas-feiras da parte da tarde.
Em tempo de Quaresma, para a Igreja Católica, o Rancho Folclórico de Gens em parceria com o Grupo Coral de Gens e a comunidade local, levou a cabo no dia 18 de abril, a recriação de uma tradição já há muito esquecida, o “Cantar às Almas” e recitação do Rosário da Quinta-Feira Maior, contando assim 3.ª edição consecutiva deste evento. Importa, contudo, frisar que desta oração comunitária em Gens, existe registo desde o ano de 1924. Concentrados no adro da antiga capela de S. Roque de Gens, atual Espaço Museológico da Foz do Sousa, onde dezenas de populares ali esperavam ansiosamente para ver, in loco, a tradição que os
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Para muitos consumidores, o seguro de vida é encarado como mais um custo no momento de pedir um crédito à habitação. De facto, se vai contrair um crédito à habitação será aconselhável que faça um seguro de vida e, eventualmente, com a cobertura de invalidez total ou parcial. No caso de haver mais do que um titular, será mesmo prudente que o faça para todos os titulares. O seguro de vida, apesar de não ser obrigatório por lei, é na maioria dos casos considerado condição obrigatória para concessão do crédito. São muitos os bancos que estão já a fazer depender a aprovação do respetivo empréstimo da contratação deste seguro. O seguro de vida deve, neste contexto, ser visto como um mecanismo de proteção adicional para o segurado, uma vez que visa salvaguardar que o empréstimo fique pago no caso de, ao longo do período de maturidade do empréstimo, acontecer uma eventual fatalidade. Trata-se, pois, de uma garantia adicional para a família que pretende contratar o crédito à habitação, que em regra é feito por um longo período de tempo, e que constituirá uma salvaguarda para o consumidor e para o banco. Alertamos ainda para o facto de que não é obrigatório que faça este seguro na Companhia de Seguros aconselhada pelo banco onde vai contrair o crédito à habitação, desde que garanta as coberturas exigidas, pelo que aconselhamos faça uma consulta ao mercado e compare as várias propostas e coberturas, antes de decidir, optando pelo que lhe for mais vantajoso.
Gens recriou tradição esquecida da Quinta-Feira Maior
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12 VIVACIDADE MAIO 2019
Sociedade
Jantar Solidário volta a doar cerca de seis mil euros ao Centro Paroquial de Baguim
No dia 20 de maio, a sociedade civil baguinense voltou a promover um jantar solidário no restaurante O Cardeal, em prol do Centro Paroquial de Baguim do Monte. A iniciativa juntou cerca de seis mil euros.
financeiro, os utentes sofrem na qualidade do serviço. Em vez de termos uma equipa de oito pessoas para cada turno, podíamos ter equipas de sete, de maneira a poupar em salários, mas ao tirar um funcionário diminuímos a qualidade e exigência de serviços. Não queremos que isso aconteça”, admite o pároco. Também representado nesta iniciativa, o Município de Gondomar, através do vereador Carlos Brás, fez notar “o exem-
plo de mobilização da sociedade civil em torno de causas sociais”. De acordo com o autarca, “a evidência que instituições como o Centro Paroquial de Baguim tem dinâmicas próprias de sustentabilidade da sua obra e que não se limitam a passivamente aguardarem pelos subsídios”, é benéfica e vantajosa para todos, considerou o autarca. Em 2020, a iniciativa deverá repetir-se, uma vez mais. ■ Foto DR
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Pelo sexto ano consecutivo, o restaurante O Cardeal voltou a juntar clientes e amigos num jantar solidário a favor do Centro Social e Paroquial de Baguim do Monte. No total, cerca de 150 pessoas angariaram perto de seis mil euros que irão
reverter, na totalidade, para esta IPSS. “O Centro Social, todos os anos, utiliza o dinheiro para as coisas que lhe fazem falta. O que nos importa é que o dinheiro chegue e que seja bem gasto. Além disso, notamos que as pessoas vêm de boa vontade. Muitas que queriam vir não puderam, porque já nem tinham lugar. Portanto, mais uma vez, a procura foi maior que a oferta”, admite Francisco Laranjeira, do restaurante O Cardeal. Por sua vez, Lucindo Silva, pároco de Baguim do Monte, mostra-se agradado com o apoio da comunidade ao Centro Social e Paroquial. “Este evento contribui para um equilíbrio financeiro, porque temos que ter uma resposta de qualidade para as pessoas e queremos tratá-las bem. Para termos um equilíbrio Foto DR
Gondomar comemora Dia Mundial da Criança nos dias 1 e 2 de junho
O Município tem agendadas várias atividades para comemorar o Dia Mundial da Criança entre os dias 1 e 2 de junho. À semelhança do ano passado, as iniciativas vão ter lugar em Gramido, junto à margem do rio Douro. Em 2018, o Dia Mundial da Criança, organizado pela Câmara Municipal de Gondomar, levou milhares de famílias a Gramido, em Valbom. Este ano o objetivo é repetir o evento celebrado em dupla jornada – 1 e 2 de junho – com o rio Douro como pano de fundo.
Ao Vivacidade, o Município garante “um conjunto de atividades lúdico-recreativas gratuitas” ao dispor das crianças, dos jovens e das respetivas famílias. “É mais um ano em que vamos voltar ao Polis de Gramido, em Valbom, com várias iniciativas gratuitas e abertas ao público. Este ano a principal novidade assenta numa nova parceria com a Federação Portuguesa de Ciclismo como parceira do evento. A Federação vai estar presente e vai ensinar os interessados a andar de bicicleta. Quanto à localização da iniciativa, acreditamos que está no sítio certo, sobretudo graças à presença do rio ali bem perto”, afirma Sandra Almeida, vereadora da Juventude da Câmara de Gondomar. Em Portugal, o Dia Mundial da Criança celebra-se a 1 de junho, mas a Câmara Municipal de Gondomar optou por comemorar a data no fim-de-semana para assinalar o “festejo dos direitos da criança”. Insufláveis, “air bungee”, escalada, “rappel”, jogos tradicionais, canoagem, ae-
romodelismo, jogos ambientais, póneis, jogos didáticos e caças ao tesouro são
algumas das atividades que vão estar ao dispor dos munícipes. ■ Foto Arquivo Vivacidade
A Câmara Municipal de Gondomar está a preparar uma festa alusiva ao Dia Mundial da Criança, nos dias 1 e 2 de junho, no Polis de Valbom. Todas as atividades terão acesso livre.
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14 VIVACIDADE MAIO 2019
Sociedade
Viva Saúde Paulo Amado*
Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia * Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Professor Doutor em Medicina e Cirurgia Mestre em Medicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIO TINTO
O que é uma hérnia discal? É uma patologia da coluna que consiste numa lesão do disco intervertebral com migração de parte do mesmo para o canal vertebral, o canal dos nervos. O disco intervertebral é uma estrutura fibrocartilaginosa que está localizado entre as vértebras e que funciona, essencialmente, como um amortecedor entre as mesmas. É constituído por duas partes: o anel fibroso exterior, constituído por uma série de lâminas circulares sobrepostas (semelhante a casca de cebola), que contem dentro do mesmo o núcleo pulposo, um tecido gelatinoso e elástico que amortece o peso do corpo que passa pela coluna Como qualquer amortecedor, o disco vai-se desgastando com o uso e a carga, sendo também sujeito a traumatismos. Em alguns casos os discos são submetidos a pressões que não são capazes de suportar e parte do núcleo pulposo pode romper o ânulo fibroso e sair para fora dele, ficando em contacto direto com as estruturas neurológicas, ou seja, e consoante a localização, com a medula ou raízes nervosas. Os fatores de risco são o trabalho frequente com peso com o tronco em flexão, posturas inadequadas, exercícios ou atividades de alto impacto ou impacto repetitivo como salto em para-quedas ou BTT, por exemplo. Atividades que envolvam estar sentado durante períodos prolongados, como a profissão de motorista de longo curso, também predispõem ao desgaste discal. Existe também uma carga genética importante nesta patologia, ou seja, podemos herdar a propensão para “sofrer da coluna”. As hérnias discais podem localizar-se na coluna cervical, na coluna dorsal ou na coluna lombar, provocando sintomas diferentes de acordo com a parte da coluna que afetam. A hérnia discal lombar é a mais frequente, seguindo-se a hérnia discal cervical. A hérnia discal dorsal ou torácica é rara devido à menor mobilidade e maior estabilidade desta região da coluna, pelo não será abordada neste artigo. De uma forma sistemática, a hérnia discal pode provocar: dor axial, ou seja, no meio da coluna, que varia consoante a localização da patologia: cervicalgia ou dor no pescoço nas hérnias cervicais, dorsalgia ou dor no meio das costas nas hérnias dorsais e lombalgia ou dor no fundo das costas nas hérnias discais lombares. Sintomas neurológicos ou sensitivo-motores - dor irradiada à distância, sensação de formigueiros e diminuição de sensibilidade e, nos casos graves, perda de força. Estes sintomas são causados pela irritação química e compressão mecânica de raízes nervosas: braquialgia (dor irradiada para o ombro, omoplata e braço), perda de força no membro superior e formigueiros na mão nas hérnias cervicais; toracalgia nas dorsais; cruralgia ou ciática (dor irradiada para a virilha e côxa ou dor irradiava para a côxa, perna e pé), perda de força nos membros inferiores nas lombares. Pode ser relativamente assintomática, ou seja, provocar dor ligeira ocasional em esforço ou não provocar qualquer sintoma doloroso.
A próxima edição do Gondomar Jazz já tem cartaz fechado. O evento terá lugar entre os dias 6 e 9 de junho, em diferentes palcos do concelho. A dupla cabeça de cartaz, o fadista Camané e o pianista Mário Laginha, vai atuar a 7 de junho, pelas 21h45, no anfiteatro do Largo do Souto. Nos outros dias, atuam a Big Band da
Banda Musical de Gondomar (21h45, 6 de junho), no terraço da Biblioteca Municipal Camilo de Oliveira; a Orquestra de Jazz de Espinho (21h45, 8 de junho), no anfiteatro do Largo do Souto; e a Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins (21h45, 9 de junho), no Auditório Municipal de Gondomar. Todos os concertos inseridos no Gondomar Jazz têm entrada livre. ■ Foto DR
Hérnia discal
Camané e Mário Laginha atuam no Gondomar Jazz
São Pedro da Cova e Fânzeres comemoram Dia Mundial da Criança A União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova vai assinalar o Dia Mundial da Criança, no dia 2 de junho, entre as 10h e as 17h, na Escola Secundária de São Pedro da Cova. À espera dos mais novos vão estar insufláveis, dança, teatro, pinturas faciais, jogos tradicionais, taekwondo, festa da espuma e muitas outras surpresas, graças à participação dos Agrupamentos e Associações de Pais das Escolas de Fânzeres e São Pedro da Cova. “A participação do grupo sénior também quer fazer ver que as idades se podem interligar e é realmente possível adul-
tos e crianças terem boas relações. Festa e participação são o ingrediente mais importante deste tipo de iniciativas”, afirma Pedro Miguel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. Do programa constam ainda a apresentação da Declaração dos Direitos das Crianças, pelas 14h, a dança “O ciclo da vida do Rei Leão”, às 14h30, o teatro “Lições do Tonecas”, pelas 15h, uma aula de taekwondo, às 16h, e uma festa da espuma, pelas 17h. A entrada no Dia Mundial da Criança é livre. ■
VIVACIDADE MAIO 2019 15
Sociedade
Trotinetas elétricas já chegaram a Gondomar
Já é possível viajar de trotineta elétrica no concelho de Gondomar. A chegada da operadora Flash fez-se notar com uma viagem inaugural liderada por Marco Martins, edil gondomarense, seguido por vários membros do executivo, em Fânzeres. A chegadas das trotinetes elétricas a Gondomar insere-se na estratégia do Município de promoção de novas soluções de mobilidade no concelho. Ao todo, nesta fase inicial foram criados 27 pontos de partilha de trotinetes que vão estar distribuídos por todo o território.
“O objetivo desta solução é que Gondomar acompanhe o desenvolvimento tecnológico entre as cidades-referência nas áreas da mobilidade. É óbvio que esta é uma solução que resulta de uma iniciativa privada, portanto a Câmara limita-se a cobrar taxas simbólicas pela ocupação, mas a ideia é que isto se comece a generalizar. Além disso, as trotinetas vão contribuir para a diminuição das emissões de carbono e para a centralidade ambiental”, referiu o autarca, em declarações ao nosso jornal. De acordo com Marco Martins, até ao final do mês está prevista uma expansão de 27 para 60 pontos de partilha, num total de 200 trotinetas disponíveis. Em Gondomar a Flash tem uma frota composta pelo novo modelo, desenhado pela própria empresa para permitir uma experiência de condução mais segura e completa, com suspensões reforçadas, travões duplos, leds de sinalização e rodas maiores. Para Felix Petersen, diretor-geral da marca em Portugal, “Gondomar ao autorizar a Flash a operar no concelho, dá um voto de confiança ao nosso serviço que é diferenciador em Portugal. Por outro lado, ficamos muito satisfeitos de disponibilizar uma nova solução de mobilidade para quem viaja no
concelho. A partir do momento que começam a surgir alternativas aos automóveis, como as trotinetes, para deslocações que não ultrapassam distâncias de um a dois quilómetros, vamos ver impactos também na descarbonização das cidades”. Utilizadores que estacionarem corretamente têm descontos
O desbloqueio das Flash terá um valor de 1 euro, ao qual acrescem 15 cêntimos por minuto. Para incentivar o correto estacionamento dos veículos, a marca irá oferecer um desconto de 50% no desbloqueio da viagem, a todos os utilizadores que estacionarem nas mais de 27 zonas de estacionamento indicados pela Câmara Municipal de Gondomar. ■ Foto PSF
No dia 14 de maio, as trotinetas elétricas da Flash passaram a estar disponíveis em Gondomar, tornando-se a primeira operadora a atuar no concelho. A entrada foi assinalada com um passeio inaugural entre a Rotunda da Carvalha e a estação de metro de Fânzeres nas trotinetas.
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16 VIVACIDADE MAIO 2019
Sociedade
Maria Inês Rodrigues conquistou menção honrosa nos “Nobel da Educação” Inês Rodrigues, professora no Agrupamento de Escolas n.º 1 de Gondomar, venceu a única Menção Honrosa no concurso “Global Teacher Prize” Portugal 2019, prémio que distingue os melhores professores nacionais. A professora foi distinguida pela técnica de ensino “Project BasedLearning”.
pamento portátil de reconversão do plástico. “Vou aguardar por setembro para saber onde irei aplicar este dinheiro. Gostava de desenvolver um kit transformador de plástico de forma a poder levá-lo comigo nas minhas demonstrações deste projeto às escolas. Esse era o meu desejo, mas vou esperar por setembro”, conclui. O “Global Teacher Prize”, promovido pela
Fundação Varkey, é reconhecido como o “Nobel da Educação” e premeia professores em 120 países. Dirigido a todos os docentes que exerçam a profissão, desde o pré-escolar ao 12.º ano de escolaridade, o prémio deste ano foi atribuído a Rui Correia, professor das Caldas da Rainha, que levou para casa um prémio monetário de 30 mil euros. ■
Município homenageou professora No dia 14 de maio, a Câmara Municipal de Gondomar homenageou Maria Inês Rodrigues pela Menção Honrosa conquistada no “Global Teacher Prize” Portugal 2019. Através deste gesto, o Município quis dirigir uma palavra de reconhecimento a todos os professores que atuam no concelho. Foto DR
A professora Maria Inês Rodrigues, natural da Maia e colocada em Gondomar este ano letivo, foi uma das 10 finalistas do “Global Teacher Prize” Portugal 2019. A docente foi distinguida pela aplicação da técnica de ensino “Project BasedLearning”, uma técnica moderna de ensino que aposta em vivências práticas. A técnica, aplicada desde a educação infantil à universitária, também pode ser chamada de “Problem Based Learning” (aprendizagem baseada na resolução de problemas). O modelo, replicável em qualquer escola, foi já implementado em quatro es-
colas na Guiné-Bissau, desenvolvidas por turmas em escolas diferentes, e por uma escola em Moçambique. “Esta metodologia surgiu há oito anos. A técnica é aplicada dando aos alunos um problema real, onde eles têm que encontrar uma solução utilizando todos os conteúdos que aprenderam durante o seu período formativo. No fundo, pretende-se que eles entendam a utilidade dos conceitos que aprendem em contexto de aula. Isto é, apliquem a parte prática destes conceitos”, começa por explicar Maria Inês Rodrigues. Ao Vivacidade, a professora mostra-se satisfeita com a menção honrosa obtida nos “Nobel da Educação”, mas atribui o mérito principal aos seus alunos. “Os projetos são feitos, por norma, entre o primeiro e o segundo períodos, depois, na pausa letiva do segundo período vou a África, levo comigo os protótipos e implemento-os junto dos mais carenciados. Este ano criamos uma lâmpada que reutiliza o plástico, juntamente com um pequeno sistema elétrico. A mais-valia que trouxe foi a capacidade de iluminar à noite”, afirma Maria Inês Rodrigues. Além da menção honrosa, a docente venceu também um prémio no valor de cinco mil euros que, de acordo com a própria, poderá vir a reverter no investimento na criação de um equi-
Goldnature: vai nascer um novo espaço de alojamento local na Aldeia de São Miguel
“Um sonho tornado realidade”. É desta forma que o casal Norberto Calaia e Paula Branco definem a criação do espaço “Goldnature”, um novo local de alojamento que irá abrir portas, em breve, na Rua da Aldeia de São Miguel. A ideia surgiu há cerca de 10 anos, “mas só agora foi possível de concretizar”, começa por dizer Paula Branco. “Estamos juntos há muito tempo e gostamos muito de viajar pelo mundo, por isso
decidimos criar o nosso, aqui, em Gondomar. Sempre gostamos da natureza e surgiunos a ideia de trazer a aldeia à cidade, com um atendimento especial e personalizado”, afirma a proprietária do espaço. O “Goldnature” terá ao dispor dos seus clientes oito quartos, um deles duplex, estando dois preparados para pessoas com mobilidade reduzida, um salão de pequenos-almoços, entre outras atividades. Há também uma horta biológica e um pomar. “Não queremos ver este negócio como a nossa atividade principal, preferimos encarar este ‘hobbie’ como uma maneira de contactar com as pessoas. Temos também a ideia de desenvolver vários eventos neste espaço, entre apresentações de livros, provas de vinho, criação de um espaço lounge, eventos ‘sunset’, entre outras iniciativas”, acrescenta Norberto Calaia. Todos os quartos estão decorados com vários elementos ligados à natureza e contam com várias fotografias, do Norte a Sul de Portugal, da autoria do gondomarense Paulo Ferreira, documentarista premiado internacionalmente.
O espaço, situado na Rua de São Miguel, data de 1258, de acordo com documentos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, e foi totalmente restaurado e requalificado por este casal. O investimento foi suportado na íntegra pelos proprietários, sem qualquer tipo de apoios. “Acreditamos que este projeto vai favorecer Gondomar, que precisa, cada vez mais, des-
te tipo de oferta hoteleira e turística. Estamos a tratar dos pormenores finais e em breve queremos abrir as portas ao público. Já nos sentimos gondomarenses e acreditamos que são as pessoas que caracterizam os lugares”, conclui Norberto Calaia. O “Goldnature” deverá ser inaugurado ainda neste verão. ■
Foto PSF
O casal Norberto Calaia e Paula Branco, ambos com 44 anos, vão inaugurar em breve um novo espaço de alojamento local, sita na Rua da Aldeia de São Miguel, bem perto do Multiusos de Gondomar. O Vivacidade foi conhecer esta nova estalagem.
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18 VIVACIDADE MAIO 2019
Sociedade
Antonino e Pedro Sousa são sacerdotes no Seminário Missionário Padre Dehon
Desde cedo que a vida dos irmãos Sousa (Antonino e Pedro) esteve ligada à religião. Por hábitos familiares, Antonino, o mais velho, foi o primeiro a entrar no seminário, em 2001. “Comecei a participar nos encontros mensais e a partir daí fui realizando a minha caminhada. Passado um ano, o meu irmão começou a visitar-me aos fins-de-semana e começou, também ele, a ter interesse por esta vocação”, afirma Antonino Sousa, um dos oito residentes do Seminário Padre Dehon, em Rio Tinto.
“A proposta de vir para este seminário era válida para aquilo que eu tinha em perspetiva. Fui muito bem recebido”, acrescenta, em entrevista ao nosso jornal. Naturais de Paços de Ferreira, Antonino e Pedro estão já familiarizados com Gondomar e mostram-se satisfeitos com o acolhimento dos gondomarenses, fiéis ou não fiéis. Aos padres mais velhos, os irmãos procuram deixar clara a vantagem de novas formas de celebrar as homílias e de apostar nos novos meios de comunicação, como por exemplo, as redes sociais. “A questão das redes sociais é cada vez mais importante no contacto com os jovens e nesse capítulo procuramos ter um papel ativo. Além disso, fazemos um trabalho na Pastoral Universitária. Como jovens que somos, temos que usar uma linguagem própria da nossa idade”, faz notar Pedro Sousa. Durante as missas, as inovações passam por sermões participativos, em que o público é desafiado a ser parte ativa da cerimónia. Sobre a rede de paróquias de Gondomar, ambos se mostram satisfeitos pelo trabalho desenvolvido por todos e não esquecem “o potencial do concelho, sobretudo no que
diz respeito à captação de jovens, um capítulo que ainda não está a ser suficientemente bem trabalhado”. “Precisamos de olhar com novos olhos e novas perspetivas para o que o Papa nos diz. Ouvir mais o que ele diz e procurar pôr em prática. A partir do momento em que ele reflete sobre
os jovens, significa que é prioritário para nós também”, conclui Antonino Sousa. Numa mensagem final para os mais novos, Pedro Sousa admite “que o maior entusiasmo que nos é dado por Deus é o amor, a capacidade de nos aceitarmos, reconhecermos e de o colocamos na nossa vida”. ■ Foto PSF
Naturais de Paços de Ferreira, os irmãos Antonino e Pedro Sousa têm uma vida pouco comum para as suas idades, 30 e 28 anos, respetivamente. Ambos decidiram ser padres dehonianos e, em entrevista ao nosso jornal, não se mostram nada arrependidos.
> António Sousa e Pedro Sousa
Parque Operacional de Valbom tem duas novas valências
Comitiva turca participa em conferência ambiental na ESG
No dia 6 de maio, a União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim inaugurou, no Parque Operacional de Valbom, duas novas valências de recuperação de equipamentos elétricos e eletrónicos (CREW) e de mobiliário (CREM). Estes dois novos serviços ficam ao dispor da comunidade deste território. O Parque Operacional de Valbom tem, desde o início deste mês, duas novas valências com o objetivo de recuperar móveis usados e eletrodomésticos, dando-lhes, desta forma, uma nova utilidade junto de famílias com maiores necessidades. Os dois centros, criados em parceria com a Lipor e com a European Recycling Platform (ERP) Portugal, numa lógica de economia circular, vão
A União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim vai promover uma conferência ambiental com o tema “Desafios e realidades para uma Economia Circular”. A iniciativa será dirigida a uma comitiva do Município turco de Espiye, que irá visitar a Escola Secundária de Gondomar, a partir das 9h15 do dia 23 de maio. Do programa constam um debate sobre o tema principal da conferência, moderado por Bernardino Guimarães; a apresentação do projeto GForce – “Green Schools for Circular Economy”, com um intervenção de Gulcemen Karadeniz Ayar, coordenador do projeto; e as declarações finais, a cargo de António Braz, presidente da União das Freguesias, José Marques, presidente da Campo Aberto (Associação de
servir a comunidade local, dando vida ao Plano de Ação para a Economia Circular. “Este foi mais um protocolo que estabelecemos com a Lipor. Vamos reabilitar um conjunto de equipamentos que será cedido quase a título gratuito e será o nosso gabinete social a determinar que famílias irão receber os equipamentos recuperados”, explica António Braz, presidente da União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, ao Vivacidade. A cerimónia de inauguração contou com a presença de José Paulo Maia, em representação da União das Freguesias, Fernando Leite, administrador-delegado da Lipor, José Dias, em representação da Câmara de Gondomar, e Filipa Mota, da ERP Portugal. ■
Defesa do Ambiente), e Mr. Engin, representante legal do Município de Espiye (Turquia). “O objetivo é divulgar as escolas com bandeira verde e as suas práticas em termos ambientais e educação ambiental. Queremos será promover o intercâmbio com uma comitiva turca. Além disso, os turcos também vão expor-nos a realidade deles. Julgamos que pode ser um intercâmbio muito interessante para nós e esperamos tirar proveito desta iniciativa”, afirma António Braz, em declarações ao nosso jornal. A duração do projeto é de 12 meses, com três grandes grupos de atividades a serem desenvolvidos pelos parceiros turcos e portugueses: iniciativas de gestão ambiental, campanhas com bandeira verde e comunicação/divulgação nos media. ■ Foto PSF
Foto PSF
VIVACIDADE MAIO 2019 19
Associação São Bento inaugurou novo Espaço Saúde em Rio Tinto
Sociedade
No dia 10 de maio, a Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Peras de Rio Tinto inaugurou o Espaço Saúde, uma nova infraestrutura desta associação mutualista centenária. Texto e fotos: Pedro Santos Ferreira
A Associação São Bento tem, desde o final do mês passado, novos serviços ao dispor dos seus associados e beneficiários. O novo edifício, junto à sede, será conhecido como Espaço Saúde e contempla vários espaços de consulta de medicina-geral e medicina dentária, entre outras especialidades, que os mutualistas desta associação poderão vir a usufruir. A cerimónia de inauguração teve lugar a 10 de maio, no salão nobre da Associação São Bento, com posterior visita e descerramento da placa inaugural nas novas instalações. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Luís Alberto Silva, presidente da União das Mutualidades Portuguesas, e Avelino Soares, pároco de Rio Tinto, foram os convidados de honra desta iniciativa. Em discurso, todos saudaram o recente investimento da Associação São Bento na área da saúde e saudaram o trabalho de-
senvolvido pela instituição em Rio Tinto, há mais de um século. “A par do novo edifício, devemos agradecer-vos a vossa entrega voluntária a esta associação. Vocês são fundamentais na ação social nesta freguesia e no concelho de Gondomar”, afirmou o edil gondomarense. Por sua vez, Nuno Fonseca valorizou “o trabalho desenvolvido ao longo de todos estes anos [124] e o importante apoio dado aos associados nos difíceis momen-
> Domingos Mendes em discurso no salão nobre
tos de perda e não só”. Ao Vivacidade, Domingos Mendes, membro do Conselho Fiscal da Associação São Bento, considerou a inauguração do Espaço Saúde “um novo virar de página” na história da instituição mutualista, que começou por ser fundada para ajudar os seus associados na hora da morte, através da atribuição de um subsídio de funeral. “Até este momento tínhamos a Clínica Geral, neste edifício. O passo seguinte foi a conclusão do edifício anexo para po-
dermos explorar outras valências que já tínhamos e introduzir novas, tais como, a medicina dentária. Isto passa pela parceria que possamos ter com a Liga das Associações Mutualistas do Porto, porque nos poderão dar uma ajuda em termos de know-how técnico, licenciamento e destas valências que eles têm e nós não”, conclui o presidente do Conselho Fiscal da Associação São Bento. A Associação São Bento tem neste momento 42 mil associados. ■
> A inauguração do Espaço Saúde contou com convidados especiais
20 VIVACIDADE MAIO 2019
Destaque
Carlos Brás: “A Quinzena da Economia foi um sucesso”
Texto: Pedro Santos Ferreira
Qual o balanço que faz da mais recente Expo Gondomar? Tendo sido a 4ª edição, verificamos que é um evento que já está num imaginário coletivo das pessoas, já é um dado adquirido para os gondomarenses que vai haver Expo. Este ano, batemos o recorde de adesão, porque contamos, de uma forma rigorosa, com meios eletrónicos o número de pessoas que entrou na porta da frente foram 14.201 visitantes. O dia em que registamos o maior número de visitantes foi no sábado, 11 de maio. Além disso, este ano tivemos a preocupação de juntar dois concertos, com artistas locais [José Malhoa e a dupla Nelo Silva & Cristiana]. Pretendemos privilegiar a economia local também numa perspetiva de produção artística. Por tudo isto, o balanço que nós fazemos é positivo. O feedback que tenho dos expositores e dos visitantes é de que a feira estava bem organizada. Na minha opinião, penso que foi um sucesso. Não tenho indicação do contrário, nem por parte de visitantes, nem por parte de expositores. No total, participaram mais de 150 empresas neste evento, representando vários setores de atividade do nosso concelho. A representatividade e as oportunidades de negócio são o principal motivo da aposta nesta iniciativa? Obviamente que sim. O que pretendemos, antes demais, é que os gondomarenses conheçam a atividade empresarial que existe no seu território. Que se dê a conhecer ao público o que se faz. Para além disso, temos também como objetivo a criação de um momento e de um espaço amigável à realização de negócios, quer através da venda direta ao consumidor final, quer através das parcerias entre os próprios expositores. Este ano, tivemos vários exemplos de expositores que, entre eles, estavam a trocar contactos para fazer negócios durante o ano. Também é importante para que algumas mar-
cas se deem a conhecer e façam a ativação e a aceleração de negócio e que conquistem mais público, de maneira a ganharem mais notoriedade. São estes os objetivos, ou seja, criar sinergias, um clima amigável para a realização de negócios e de vendas diretas, como também um clima favorável para a divulgação/ promoção de imagem e marcas novas. Foi-nos relatado o exemplo de uma empresa que não compareceu este ano, porque o local escolhido no ano anterior não foi o ideal. É sempre difícil para a organização pôr todos os empresários nos locais de maior visibilidade? É uma das principais dificuldades? Esse não é um dos grandes problemas, mas é um problema. Este ano até foi o ano em que menos reclamações tivemos. Curiosamente, uns dias antes da feira, o presidente [Marco Martins] perguntou-me se estava tudo bem com a Expo, porque este ano ainda não tinha tido nenhum telefonema a pedir para mudar os locais dos expositores. Houve algumas pessoas que não ficaram satisfeitas, algumas que foram sendo adaptadas, mas vamos ter sempre esse problema. Nós não conseguimos pôr as empresas todas em frente à porta da entrada. Portanto, temos sempre que distribuir as empresas pelo espaço que temos, correndo o risco de algumas ficarem em posições mais privilegiadas e outras menos privilegiadas. Houve também uma forte aposta na animação, concertos ao ar livre, espaços de lazer, workshops, entre outras atividades. É importante desenvolver este tipo de iniciativas, em paralelo com o funcionamento da Expo? Sim. Nós temos a preocupação de, paralelamente à Expo, ter uma oferta cultural, que se traduziu na animação, desde o momento da abertura até ao momento de encerramento. Temos ainda a preocupação de criar alguma oferta na área do conhecimento, do saber. Tivemos uma conferência, na sexta-feira de manhã, com um primeiro painel institucional, depois tivemos um segundo painel com empresas de referência de Gondomar, como por exemplo, a Boca do Lobo, o Covet Group, a Ricardo e Barbosa e a Bicafé, que visou dar testemunhos interessantes nos processos de internacionalização e nos processos de acrescentar valor aos produtos. Pretendíamos que os empresários da Expo adquirissem estes conhecimentos. Realizamos um Meeting de Turismo que correu muito bem. Participaram cerca de 50 operadores de turismo de Gondomar, com representatividade nas mais diversas áreas, desde a animação turística até ao alojamento. Neste meeting esteve presente o diretor executivo da Associação de Turismo do Porto, que também veio dar o seu contributo e alguns esclarecimentos.
Foto Arquivo Vivacidade
Na semana em que termina a Quinzena da Economia, Carlos Brás, vereador do Desenvolvimento Económico do Município de Gondomar, traça um balanço das mais recentes edições da Expo Gondomar e Ourindústria, dois dos maiores eventos municipais, que se realizaram este mês, no Pavilhão Multiusos.
O Multiusos continua a ser o espaço ideal para este tipo de eventos? Claro, não temos nenhum local melhor que este. Não é um espaço que esteja vocacionado para este tipo de eventos, mas serve perfeitamente. Penso que tem ótimos acessos e uma boa área envolvente, portanto, é um bom local para fazer a Expo.
pelos vistos, colidia, em março, com uma feira que há em Itália, onde os revendedores se iriam reabastecer e, consequentemente, teriam menos interesse neste evento. A questão de aumentar os dias exclusivos para profissionais foi uma ideia manifestada por eles, porque gostariam de ter mais tempo fechados ao público para realizarem os negócios com os seus clientes e parceiros.
Finda esta edição, o que podemos esperar da próxima? Podemos esperar, acima de tudo, que haverá próxima. É um dado adquirido que esta é uma iniciativa para continuar. Iremos manter esta linha de orientação convidando sempre, em primeiro lugar, as empresas do Município e depois abrindo também portas às empresas de fora.
Esta é a primeira edição após o processo de certificação da filigrana. O que é que mudou? Que impacto é que teve no setor? Ainda não temos uma medição exata do impacto dessa medida. O que nós temos é uma medição do impacto da certificação na Rota da Filigrana e posso adiantar que tem sido muito positivo. Temos tido muitas dificuldades em conseguir responder a todos os grupos que nos procuram e esta procura é resultado do trabalho que fizemos nas feiras de turismo internacionais ao mostrar o produto aos operadores turísticos, que agora, aos bocadinhos, começam a integrá-lo nos seus circuitos.
O formato dos três dias é para manter? Sim. É uma aposta ganha? É, nitidamente, não tenho a menor dúvida. Tivemos até alguns desafios que servem para ponderarmos, no futuro, aumentar o número de dias. Houve alguns expositores que, face ao sucesso e à logística que têm que fazer para se deslocar para o Multiusos, sugeriram-me que valeria a pena ponderar um alargamento do número de dias. Precisamente sobre a Ourindústria, que sofreu este ano várias alterações, tendo sido integrada na Quinzena da Economia e tendo-se focado em mais um dia exclusivo a profissionais. Estas alterações traduzem o feedback dos expositores, ao longo dos últimos anos? Sim. A questão da data foi uma vontade manifestada, expressamente, pelos ourives em duas reuniões que tivemos com eles. Queriam alterar a data de março para maio, isto porque,
Quantos expositores aderiram a esta edição da Ourindústria? Temos 51 expositores e 65 stands. A internacionalização ainda é uma ambição deste certame ou é já uma realidade? Continua a ser uma ambição. Penso que Gondomar, sendo um centro de produção, tem que apostar muito forte na sua internacionalização, porque o mercado interno não tem escala suficiente para absorver a produção que existe. Portanto, temos que, obrigatoriamente, apostar na internacionalização. Nunca será uma aposta totalmente ganha, porque este é um processo dinâmico e é preciso, constantemente, investir. Até porque quem não aparece nem aposta nesta questão, é esquecido. ■
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PORTOdoVIDRO presente na ExpoGondomar Uma vez mais a PORTOdoVIDRO marcou presença na ExpoGondomar, um certame que a empresa aproveita para dar o conhecer os seus produtos ao público, como afirma Américo Cruz em declarações ao nosso jornal. “A ExpoGondomar tem sido uma montra importante para a divulgação dos nossos produtos quer junto da população em geral, quer junto de potenciais clientes do concelho e dos concelhos limítrofes. Desta interação com o público resulta ainda um reconhecimento pela qualidade, inovação e diferenciação dos nossos produtos que ao longo dos anos vimos trazendo e que nos caracteriza, motivando-nos na continuação desta estratégia”. Para o responsável da empresa este certame é cada vez mais importante para o tecido empresarial de Gondomar, estando já a ser pensada a participação da PORTOdoVIDRO na edição do próximo ano. “Em jeito de balanço, acreditamos que a ExpoGondomar se revela um evento crucial para o tecido empresarial do concelho - pela forma direta como chega ao público e pela interação que pode criar com este. A nossa agenda já conta com a ExpoGondomar2020!”, afirma Américo Cruz à nossa reportagem. A PORTOdoVIDRO é uma empresa que se dedica ao comércio de embalagens em vidro, tais como frascos, boiões, garrafas e muito mais.
PORTOdoVIDRO, Estrada Exterior da Circunvalação, 2901 4435-186 Rio Tinto Portugal Telefone: 223225397 Email: geral@portodovidro.com
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TRABALHAMOS PARA GARANTIR QUALIDADE.
A Oficina marcou presença na Expo Gondomar 2019 Pelo terceiro ano consecutivo, “A Oficina” esteve presente na Expo Gondomar, a maior mostra empresarial do concelho, para dar a conhecer os seus produtos e serviços ao público geral. “É um certame que eu considero muito importante para o tecido empresarial de Gondomar e, como tal, faço sempre questão de participar. Em termos de localização, estou mais satisfeito este ano. No ano passado mostrei o meu desagrado pelo local escolhido”, afirma Jerónimo Oliveira, sócio-gerente da empresa “A Oficina”. “A Oficina” é uma marca registada, cedida a empresas que desenvolvem a sua atividade na área da reparação e manutenção automóvel e que cumprem contratualmente as obrigações e requisitos definidos pela Create Business, S.A. Os técnicos da rede são alvo de um completo programa de formação com apoio técnico constante, em paralelo com um programa de formação comportamental que, de forma contínua adequa os processos comerciais e de gestão à realidade do mercado. Todas as oficinas da rede, estão equipadas com equipamento de diagnóstico permanentemente atualizado e têm acesso a informação técnica precisa. A imagem corporativa atrativa, emite sinais de qualidade, competência e transparência que, com a forte presença da rede a nível nacional pretende seduzir o condutor transmitindo confiança em cada oficina da rede. “Julgo que a divulgação deste evento poderia ser reforçada. Creio que ainda não é feito o suficiente e não tem a divulgação necessária. Muita gente não tem conhecimento desta exposição. Em Gondomar, todos os estabelecimento deveriam ter publicidade”, recomenda o empresário, em entrevista ao Vivacidade. Questionado sobre a capacidade de resposta da “A Oficina” às atuais exigências do mercado automóvel, Jerónimo Oliveira é perentório: “temos a vantagem de estarmos ligados a uma rede de 75 oficinas em Portugal e que temos por trás uma assessoria, quer de formação dos técnicos, mecânicos, gestão e práticas ambientais, que nos ajuda a estar sempre em plena atualização”. Em breve “A Oficina” vai abrir a sua segunda casa na Estrada D. Miguel, junto ao Pingo Doce de São Pedro da Cova. “A nova oficina vai ter os mesmos serviços da atual, porque onde houver pessoas, há carros e onde houver carros, há negócio”, garante Jerónimo Oliveira.
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De Segunda a Sexta das 09:00 às 12:30 14 às 18:30
SPJAF repete presença na Expogondomar Dedicada ao setor da metalomecânica, a SPJAF participou, pelo segundo ano consecutivo, na Expogondomar. Para a sócia-gerente da empresa valonguense, a participação neste certame tem sido um sucesso, razão pela qual garantiu já ao nosso jornal a participação na edição do próximo ano. “No ano passado conseguimos aqui realizar alguns negócios, este ano temos feito mais contactos com o público que por aqui passa, o que também é importante. No próximo ano estamos já a pensar regressar porque o balanço que fazemos desta participação é positivo”, afirma Bruna Freitas, sócia-gerente, à nossa reportagem, não deixando de sublinhar que este ano “parece haver uma menor afluência de público”. Sediada no concelho de Valongo, na freguesia de Alfena, para a responsável da empresa a participação na Expogondomar faz sentido para a SPJAF, chegando mesmo a afirmar que comparativamente ao certame que se realiza no concelho vizinho, a feira do multiusos de Gondomar “tem melhores condições e melhores acessos, para expositores e público em geral”. Bruna Freitas explicou ainda ao nosso jornal o trabalho que a SPJAF desenvolve, sendo que se divide em duas áreas essenciais, o fabrico e a venda de material ligado ao setor da metalomecânica. “Fabricamos todo o tipo de peças em aço, temos cnc’s, fazemos retificação de motores de automóveis, manutenção de máquinas industriais e fazemos montagens elétricas. Vendemos todo o tipo de consumíveis desta área, parafusos, porcas, brocas, lixas, entre muitos outros produtos”.
Rua Dom Afonso IV, Nº65 4445-251 Alfena Portugal Telf. 220 182 906 Telem. 933 451 606 Email: spjafmechanical@gmail.com
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Conceição Neves- Filigree & Jewelry na EXPOGONDOMAR
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Sendo do ramo da ourivesaria, o que a levou a estar presente nesta Expo Gondomar? Por ser uma empresa de Gondomar e por ser um evento direcionado para as empresas gondomarenses de vários setores. Decidimos experimentar, é o primeiro ano na exposição, de maneira a ter um grau de comparação com outras feiras em que já estivemos presentes. O que têm para oferecer a Gondomar e aos concelhos vizinhos? Nós somos uma empresa certificada de filigrana, 100% manual. Só trabalhamos filigrana manual, não trabalhamos filigrana injetada. Temos um design completamente diferente, distinto do que se vê na filigrana. Também temos os tradicionais, mas apostamos muito no design, na inovação, em aplicar novas técnicas, novos artigos. Atualmente, tenho uma coleção com cristais Swarovsky, para dar um ar diferente à coleção. E não esquecer na qualidade. Aposto mais qualidade do que na quantidade. Para quem trabalha no manual nunca consegue ter grandes quantidades de obra suficientes para satisfazer as necessidades dos clientes. Nunca faço duas peças iguais, o modelo pode ser o mesmo, mas as peças nunca ficam iguais. Tenho um exemplo, fiz 70 cravos para a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, e os cravos ficaram todos diferentes. Como analisa a presença na expo? O tempo não está a ajudar muito, porque está a tirar daqui o público. Mas, dá para divulgar e conhecer. Quem já nos conhece, procura-nos porque sabe que estamos cá. Quem não nos conhece, fica agradado com o nosso trabalho ao vivo. Esta é uma feira agradável. O meu stand deveria estar mais próximo do setor da contrastaria, onde está a escola onde trabalho como formadora do CINDOR, ou da Rota da Filigrana. Para o ano, em princípio, voltaria a participar nesta exposição.
Site: www.conceicaoneves-filigree.com | E-mail: conceicaoneves.filigree@gmail.com | Telemóvel: 938 443 808 PUB
Clinica Veterinária do Taralhão na EXPOGONDOMAR - Gonçalo Lixa Perceber a importância de uma Expo como a de Gondomar. Acima de tudo, pela visibilidade e toda a envolvência que a feira tem. Acaba por ser um painel para todas as pessoas de Gondomar e no nosso caso, sendo a terceira vez que cá estamos, conseguimos sentir (pela positiva) a diferença que faz estar presente neste evento. Apesar do investimento grande que fazemos (humano e material), a visibilidade e oportunidade de interagir com os nossos clientes, conhecer potenciais clientes, e criar envolvência nas redes sociais, é para nós um estímulo e faz-nos sentir que todo o esforço vale a pena. Trata-se de uma exposição muito variada e com ambiente informal, o que nos agrada pela empatia e possibilidade de abordar temas importantes de forma mais descontraída. Estamos cá desde a 1ª edição. O ano passado foi um pouco desapontante pelo local onde ficamos (zona em baixo das bancadas) e sentimos logo a diferença. Este ano tivemos a opção de escolher a zona onde poderíamos ficar (tenda grande, neste caso), o que nos permitiu aproveitar e desfrutar muito mais da feira. Boa ideia da organização este ano, a qual louvamos! A nossa clínica mantém-se como uma clínica de referência, quer a nível material, quer a nível profissional. Estamos num espaço único no concelho, sendo um edifício de quatro frentes, que conta com parque de estacionamento privativo, jardim exterior, luz natural em todas as divisões, em nome do maior conforto para o animal. O nosso grande objetivo para a Expo Gondomar deste ano, para além de divulgar a clínica e distribuir prémios a quem nos ajuda e visita, é sensibilizar para a adoção de animais abandonados, através de uma parceria com a Associação Animais da Quinta. Esta associação, de Gondomar, conta com dezenas de animais para adotar, os quais procuramos expor (através de fotos) no nosso mural da feira. Têm comida e afeto, mas falta-lhes o amor de uma família humana exclusiva. Talvez possas tu, que estás a ler, adotar um animal! Pensa nisso…
Rua do Taralhão, 50 4420-336 Gondomar Telf. /Telm.: 220124295 / 934982307 E-mail: cvtaralhao@gmail.com Site: http://www.cvtaralhao.pt
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MOTOJARDIM na EXPOGONDOMAR - Daniel Gomes É o terceiro ano que participamos neste evento. Esta edição está a ser semelhante às edições anteriores. Quais são as expectativas que traz? Demonstrar a empresa e depois tentar angariar clientes. Qual é o vosso foco de mercado? Mercado de Gondomar e arredores. Sobretudo, o mercado nacional. Traz alguma novidade para mostrar, em termos de inovação? Temos os robôs, que estão aqui em exposição, e eles servem para cortar relva. Diferenciam-se pela sua autonomia, ou seja, não precisam de ninguém para as conduzir. São colocados no jardim e é feita uma instalação, que lhes permite cortar a relva, todos os dias. Podem ser programados por uma aplicação no telemóvel. Tem um valor por volta dos 2000€ Pretendemos voltar para o ano. Os moldes deste ano, com o aumento do espaço para os expositores foi positivo, o que permite apresentar mais maquinaria. Estrada D. Miguel 714-armz-8, 4410-243 GONDOMAR, Portugal Telemóvel: 917609039 | Telefone: 224636027 Email: geral@motojardim.pt
Horário: 2ª a 6ª 9:00-12:30 / 14:00-18:30 Sab. 9:00-12:30 | Dom. Encerrado PUB
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Rua Santo Ovídio, 1105 - 4515-188 Foz do Sousa - Gondomar TELF: 224542997 | E-mail: geral@maqmais.pt
MAQMAIS na EXPOGONDOMAR - José Sousa Estamos na Expo Gondomar desde a 1ª edição. Estamos presentes para promover a nossa imagem. Esta feira não é uma feira de vendas. Estamos cá para nos promover e para colaborar com a Câmara e com quem promove este tipo de eventos, visto que são muito importantes para o Concelho. Claro que, esta feira não é direcionada para a indústria, mas estamos cá na mesma, com todo o gosto, a promover os nossos produtos e a divulgar a nossa imagem e até a do Concelho. Dentro da vossa empresa, existe algum produto que se destaque em termos de novidade? Temos esta marca, que está presente no expositor, que é a Milwaukee, a menina dos olhos da nossa empresa. É um exclusivo em Gondomar e é uma mais valia em máquinas a bateria a circular no país. Temos orgulho neste produto, por isso promovemo-lo. Apesar de termos vários produtos, este foi o selecionado para trazer para o expositor como o mais importante para nós. Tencionamos voltar para o ano. A nossa área de intervenção é no grande Porto, Gondomar e concelhos limítrofes. Somos uma empresa relativamente pequena, com 9 trabalhadores. Na área industrial, somos pioneiros em máquinas a bateria. A empresa pretende continuar a crescer e se possível, aumentar o nº de funcionários. O nosso objetivo é a chegar a uma média empresa.
Horário Funcionamento
Seg - Sex 9:00 - 12:30 / 14:00 - 19:00 Sáb - 9:00 - 13:00
Dona Sebentinha na EXPOGONDOMAR - Rita Moreira e Paulo Pontes
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Esta é a primeira vez que estamos na Expo. A expectativa desta exposição está dentro daquilo que imaginávamos. É bastante movimentada, temos tido algumas interações com o público. Depois temos a particularidade de termos um atelier infantil, onde as pessoas podem deixar os seus filhos, o que promove o nome do centro. O que é a Dona Sebentinha? É um centro de estudos didático. Tentamos ser diferente dos outros, no sentido em que tentamos ter outro tipo de apoios. Tanto com os nossos alunos, como com os pais. Queremos que este centro seja como uma família. Procuramos também ter o apoio psicológico, que em muitos centros de estudos e escolas não conseguem ter. Temos parcerias com entidades dessa área, de maneira a reconhecer as necessidades dos alunos, tanto na aprendizagem, como na socialização com os outros alunos. No centro, temos crianças com vários problemas, desde nascença, que foram adquiridos ao longo do tempo, e até crianças que necessitam de ensino especial. Conseguimos conciliar estes problemas, para que as crianças possam ter um tipo de apoio adequado a si. Temos parcerias com ginásios e academias de dança que ajudam mentalmente e fisicamente as crianças, para que estejam bem com eles próprios. Recebem miúdos a partir de que idade? A partir dos 6 anos até aos 16 anos de idade. Estão satisfeitos com o vosso local na exposição? Sim, estamos satisfeitos. E pretendemos voltar à exposição. Isto tem sido muito bom para nós. Ainda existiam pessoas perto do nosso centro que não nos conheciam e com a Expo ficaram a conhecer. Muitas pessoas vêm nos perguntar a nossa localização exata, uma vez que ficamos situados dentro do prédio. O que por um lado é bom, porque assim não corremos o risco de alguma criança ser atropelada.
Recebemos alunos a partir dos 6 anos até aos 16 anos de idade
Pelo que é que a vossa empresa marca pela diferença? Para além do centro de estudos, nós somos uma família. Onde toda a gente se dá bem, desde o pequenino para o maior. Tanto que já fizemos saídas com os miúdos e com os pais. Atualmente, temos cerca de 50 crianças e pretendemos chegar até às 70 crianças. O nosso espaço está a ser alargado, através do alugamento de outra loja. Além de termos um espaço maior, queremos outro espaço fora da nossa localização inicial, para ter outro tipo de atividades. Para o ano pretendemos voltar.
MORADA: Praceta Henrique Santana, 100 4420-161 Gondomar TELM.: 926 682 544 E-mail: donasebentinha@gmail.com | Site: http://donasebentinha.wixsite.com/saladeestudos
28 VIVACIDADE MAIO 2019
Destaque
Quinzena da Economia juntou Expo Gondom No espaço de 12 dias, o Multiusos de Gondomar foi palco de dois dos maiores eventos realizados pela Câmara Municipal: a Expo Gondomar e a Ourindústria. Ambas as iniciativas atraíram ao pavilhão milhares de visitantes. Texto e fotos: Pedro Santos Ferreira
A Expo Gondomar decorreu, entre os dias 10 e 12 de maio, no Multiusos de Gondomar. A exposição empresarial voltou a contar com uma representação de todos os setores de atividade do concelho de Gondomar, desde a agricultura até ao comércio e serviços. A iniciativa, organizada pelo Município, foi inaugurada por Pedro Siza Vieira, ministro Adjunto e da Economia, que fez questão de “testemunhar a vitalidade do concelho”, na cerimónia de abertura da Expo Gondomar. “Os nossos empresários procuram triplicar, às vezes, quadruplicar, a sua capacidade produtiva. Temos de assegurar que criámos as condições para que estes três anos, os primeiros três anos deste século em que crescemos a este ritmo, não sejam uma exceção, mas apenas a primeira etapa dessa década de convergência e da aposta em recursos humanos cada vez mais qualificado”, desafiou o representante do Governo.
> Ministro Pedro Siza Vieira a tentar encher uma peça de filigrana
Também Marco Martins, edil gondomarense, reforçou a vontade de apostar “na inovação no concelho”. “Estamos hoje 4ª edição da Expo, com mais de 150 expositores, com uma amostra significativa do que fazemos em Gondomar e que exportamos para todo o mundo. Por exemplo a filigrana, que é um produto certificado e estará em breve catalogado como Património Mundial da Humanidade”, referiu o autarca na apresentação do evento. Já na nave central do Multiusos de Gondomar e na zona exterior fizeram-se contactos, promoções, ações de divulgação e vários negócios. Do programa constaram ainda diversas conferências, workshops, animação itinerante, concertos, desfile de moda e a eleição da Miss Gondomar [ver caixa]. Recorde-se que, desde 2016, a Expo-
Gondomar tem procurado retomar o espírito da antiga Agrindústria. Ourindústria: certame dedicado à ourivesaria encerrou a Quinzena da Economia Após a Expo Gondomar, teve lugar a 21ª Ourindústria, entre os dias 18 e 21 de maio. A iniciativa de âmbito municipal dedicada ao setor da ourivesaria contou, este ano, com mais um dia exclusivamente dedicado aos profissionais. O evento, organizado em parceria com a Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP) e Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria (CINDOR), deu, assim, mais um passo no sentido da internacionalização de uma arte tipicamente gondomarense. “A AORP tem que estar onde se
VIVACIDADE MAIO 2019 29
Destaque
mar e Ourindústria no Pavilhão Multiusos
> Ministro Pedro Siza Vieira e executivo do Município de Gondomar
realizam os principais eventos do nosso setor, por isso sabemos que temos que estar aqui, na Ourindústria. Este ano percebemos a existência de várias alterações na dinâmica
do setor e apreciamos o trabalho da Câmara de Gondomar na promoção da filigrana, que traz por arrasto a promoção da ourivesaria”, afirma Fátima Santos, da AORP.
> Eunice Neves, Fernando Moreira e Fátima Santos
> Marco Martins inaugurou a Ourindústria 2019
Por sua vez, Eunice Neves, considerou que o CINDOR “trouxe ao certame a sua aposta na formação e renovação geracional do setor”. “Queremos que as pessoas percebam a importância da formação, sobretudo no contexto de banca, mas também em todas as áreas de negócio que gravitam sobre este setor, desde a fotografia ao marketing, entre outras componentes. Destacamos também a nossa exposição que tira proveito da tecnologia de realidade aumentada”, refere a diretora do CINDOR. Para os ourives Arlindo Moura, 31 anos, e Conceição Neves, 43 anos, a Ourindústria confere uma “oportunidade de mostrar aos ourives, distribuidores e público em geral novas peças e novas técnicas de trabalho em filigrana e ourivesaria”. “Este é um negócio familiar, por isso posso dizer que a minha marca participa na Ourindústria desde a primeira edição, porque foi-me deixada pelo meu pai e avô. Pessoalmente, venho à Ourindústria em trabalho e para ganhar dinheiro”, diz-nos Arlindo Moura, o mais jovem filigraneiro de Gondomar. Conceição Neves, colega de profissão, vem há Ourindústria há três anos consecutivos “sempre com uma perspetiva inovadora, novos e diferentes produtos”. “Procuro ver a filigrana de outra forma e, felizmente, tenho notado uma grande evolução neste evento. Este ano apostei numa coleção com cristais Swarovski e espero ter um feedback positivo no final do certame”, refere, em declarações ao Vivacidade. Entre vários momentos marcantes desta edição, destaca-se ainda o tradicional Desfile de Jóias que animou a noite de sábado (18 de maio) e abriu as portas da Ourindústria ao público. A iniciativa da Câmara Municipal deverá regressar ao Multiusos de Gondomar no próximo ano. ■
José Malhoa e a dupla Nelo Silva & Cristiana animaram as noites da Expo Os músicos José Malhoa e a dupla Nelo Silva & Cristiana, ambos de Gondomar, foram responsáveis por dois concertos gratuitos nas noites da Expo Gondomar. Os espetáculos contaram com uma clara adesão do público.
Miss Gondomar eleita e final terá lugar em Gramido Esta edição da Expo Gondomar voltou a contar com a integração do concurso Miss Gondomar, que elegeu Beatriz Mota como representante do concelho na fase final do concurso Miss Portuguesa 2019, que irá ter lugar a 27 de julho, pelas 21h, na Casa Branca de Gramido. Ao nosso jornal, Isidro de Brito, responsável pela iniciativa, mostra-se agradado com a “participação de um cada vez maior número de jovens do concelho no Miss Gondomar”. “A aposta foi certa e começa a dar frutos”, conclui.
Especial
Beatriz Mota: “É um orgulho enorme ter sido escolhida para representar o nosso concelho” Aos 17 anos, Beatriz Mota sagrou-se Miss Gondomar 2019, no dia 12 de maio, na Sala D’Ouro do Pavilhão Multiusos. A jovem sucede a Teresa Fidalgo e vai representar o concelho na final nacional, a 27 de julho, na Casa Branca de Gramido.
Este título garante também o acesso direto à final da Miss Portuguesa, cujo evento irá realizar-se em julho, na Casa Branca de
O que te motivou a candidatares-te a este concurso? Desde pequenina que o mundo da moda me fascinou. Lembro-me de ver desfiles na televisão, por os sapatos de salto alto da minha mãe, e tentar copiar o que as modelos faziam. Longe de mim pensar que conseguiria um dia ganhar o Miss Portuguesa Gondomar 2019. Outro motivo pelo qual eu me candidatei foi pelo concurso ser feito no local onde cresci e, por isso, se ganhasse iria representá-lo perante Portugal. Espero conseguir chegar longe com esta conquista. Fala-nos um pouco sobre ti. Quais são os teus hobbies, o que gostas de fazer, entre outras coisas… Sempre gostei muito de dança. Aos três anos comecei a ter aulas entrando para o ballet aos sete. Mais tarde, comecei a praticar lírico e
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também contemporâneo. Fiz vários exames de ballet e também fui a competições em Portugal e Espanha. Há pouco tempo tive interesse em experimentar teatro musical e estou a gostar bastante. Outra das minhas paixões é viajar. Já tive a oportunidade de conhecer lugares como Praga, Viena e Paris. Algo que gostava de começar a fazer é voluntariado. Espero um dia ter a oportunidade de ir em missão para Africa. Os concursos de beleza e desfiles de moda são uma novidade para ti? Tal como já referi, eu sempre gostei muito de ver desfiles de moda e concursos de beleza e agora com a ajuda das redes sociais é mais
fácil acompanhar todas as novidades, no entanto, nunca participei em nenhum desfile nem nenhum concurso. Na Miss Gondomar 2019 foi a primeira vez que contactei com o mundo dos concursos de beleza. Representar Gondomar no caminho para a final da Miss Portuguesa é também uma responsabilidade acrescida. Que imagem esperas passar do teu concelho? Quando o concurso Miss Portuguesa chegar espero transmitir garra, determinação, humildade e principalmente muito trabalho, qualidades estas que refletem tudo aquilo que o nosso concelho é, e que eu vou dar o máximo para representar. ■ Foto PSF
Sendo natural de Fânzeres, qual a sensação de vencer o concurso Miss Gondomar 2019? Vencer um concurso deste calibre era um sonho para mim, e sabendo que o consegui estando na minha "terra natal" ainda torna esta experiência mais especial. É um orgulho enorme ter sido escolhida para representar o nosso concelho num concurso tão prestigiado como o Miss Portuguesa.
Gramido. O sonho seria vencer em Gondomar, mais uma vez? Sim, neste momento o sonho seria voltar a vencer, e tendo em conta que a final se vai realizar na Casa Branca de Gramido, mais maravilhosa a vitória se tornaria. Agora espera-me um longo percurso de trabalho e dedicação para mais uma vez tornar o sonho realidade.
> Beatriz Mota (à dir.) é a nova Miss Gondomar PUB
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32 VIVACIDADE MAIO 2019
Sociedade
Medieval de Rio Tinto: 10ª edição realiza-se entre 12 e 15 de setembro
A 10ª Medieval de Rio Tinto voltará a realizar-se, no próximo mês de setembro, na Quinta das Freiras. Entre as principais novidades, o evento promete trazer uma programação reforçada, entrada paga e, pela primeira vez, será inteiramente organizado pela Junta de Rio Tinto. “A cobrança de entradas já estava assumida desde a última edição, antes de sabermos que a ARGO não iria fazer parte da organização. No próximo ano, cumprem-se 1100 anos da lenda do rio Tinto, portanto esta 10ª edição tem que nos preparar para o que aí vem, por isso o esforço dos patrocinado-
res, Junta, Município e comerciantes também vai ter que ser maior, para compensar esse investimento do público”, refere Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto. Ao Vivacidade, o autarca admite que o objetivo desta edição passa por “proporcionar mais qualidade, com um recinto diferente e melhores condições”. A par do anúncio das datas, teve também início a primeira campanha de compra antecipada das pulseiras de acesso à viagem medieval. As pulseiras podem ser adquiridas na Junta de Rio Tinto e têm um preço unitário de dois euros. Graças à promoção em vigor, duas pulseiras têm um custo de três euros, três pulseiras têm um custo de quatro euros e assim sucessivamente. “No primeiro dia não haverá controlo de acesso, quem quiser pode entrar livremente. Nos restantes três dias, a pulseira permitirá a livre circulação, com entrada e saída a qualquer momento”, esclarece Nuno Fonseca. A Feira Medieval de Rio Tinto contará ainda com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar e patrocinadores. ■
Foto Arquivo Vivacidade
A próxima Medieval de Rio Tinto já tem data. O evento regressa à Quinta das Freiras de 12 a 15 de setembro, naquela que será a 10ª edição, a primeira inteiramente organizada pela Junta de Freguesia.
Inscrições estão abertas até 30 de junho Estão abertas até 30 de junho as inscrições para ocupação de espaços na Medieval de Rio Tinto. A ficha de inscrição e o regulamento da iniciativa estão disponíveis no site www. riotinto.pt.
APPC está a apostar na formação dos seus clientes A Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) está a reforçar a aposta na formação dos seus clientes, com vista a garantir um maior nível de conhecimentos teóricos e práticos, além de aumentar as possibilidades de inserção no mercado profissional.
formandos nos cursos de formação inicial, 10 formandos nos cursos de formação contínua a par dos colaboradores da APPC, que têm direito a “pelo menos” uma ação de formação por semana. “Relativamente à formação para pessoas com deficiência pretendemos investir na qualificação do 12.º ano, pelo que atualmente as ações de formação para este público, com recurso a referenciais adaptados dão equivalência apenas ao 9.º ano. As áreas das novas tecnologias serão, também, uma área de educação e formação a ter em conta em próximas candidaturas”, conclui Marlene Fonseca. ■ Foto PSF
A APPC tem-se dedicado, nos últimos anos, a formar clientes e cuidadores formais nas suas instalações. A medida começou por ser implementada graças à acreditação, em maio de 2013, como entidade formadora e visa gerar um contínuo de melhoria das ações de formação e de todo o processo formativo. Seis anos depois, a aposta continua a desenvolver-se e começa a apresentar resultados ao nível da empregabilidade dos formandos. “Esta medida, além de nos permitir melhorar as competências de execução dos
nossos colaboradores permite-nos, também, partilhar práticas junto de outros profissionais, nomeadamente professores, auxiliares e profissionais de outras organizações similares. Quanto à formação dos nossos clientes, mantemos o foco no aumento das suas competências profissionais de forma a melhorar e aumentar a possibilidade de empregabilidade dos mesmos”, refere Marlene Fonseca, da APPC. Na “Villa Urbana”, em Valbom, têm lugar algumas formações, como por exemplo, o curso de assistente administrativo, o curso de assistente familiar, entre outras formações. Todos os anos, a APPC conta com 30 novos
Formadores e formandos aprovam a iniciativa
Filipa Machado, aluna, 21 anos: “O que me motivou a frequentar esta formação foi o facto de estar desempregada e ter tido conhecimento desta oportunidade. Decidi arriscar e estou a gostar. Está a ser importante para mim e no dia a dia já consigo aplicar toda a matéria que aprendo e relaciono-me melhor com os outros”
Raquel Correia, aluna, 37 anos: “Inscrevi-me e o meu objetivo é tirar o curso e conseguir emprego para ter um futuro melhor. Estou a achar a formação muito produtiva. Para mim é até à próxima porque as formações são sempre bem-vindas”
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Sociedade
Fórum Económico e Social debateu “Ambiente e Alterações Climáticas” O 9.º Fórum Económico e Social do Colégio Paulo VI juntou sete oradores convidados para debater o tema “Ambiente, alterações climáticas e qualidade de vida: desafios para o século XXI”. A iniciativa realizou-se a 13 de maio, no auditório do Hospital-Escola e contou com a presença de Célia Ramos, secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, Álvaro Castello-Branco, presidente da Assembleia Geral da Agência de Energia do Porto, António Lopes Dias, diretor da Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas, Laura Soares, professora da Faculdade de Letras do Porto, e Cristiana
Viva Prevenido Catarina Gonçalves
Ribeiro e Inês Guimarães, do The Climate Reality Project. “A escolha do tema das questões ambientais, deveu-se ao facto de estar outra vez na gíria dos professores e da opinião pública. Temos tido maus exemplos de políticos e líderes que negam esta situação que gera uma situação para lutar contra isto. Os jovens têm que perceber que estas mudanças são difíceis, e é complicado mantermos a nossa qualidade de vida tentando-nos adaptar”, afirma Jorge Lopes, um dos professores envolvidos na organização do Fórum. Em 2020, a o Fórum Económico e Social Paulo VI atingirá a sua 10ª edição. ■
Foto PSF
“AjudArte”: concerto solidário realizou-se no Auditório Municipal No dia 3 de maio, o Auditório Municipal de Gondomar foi palco do “AjudArte”, concerto de solidariedade do Colégio Paulo VI, iniciativa que juntou alunos, elementos do coro, elementos das diferentes academias de caráter artístico, do teatro e professores sob o lema desta instituição: “Saber, Fazer e Ser”. A verba angariada nesta 2ª edição do “AjudArte” reverteu integralmente para duas instituições – Obra ABC e Associação Coração Amarelo -, graças ao apoio do Município, que cedeu gratuitamente o espaço onde decorreu o evento. A sensibilidade subjacente às diferentes manifestações artísticas foi o mote para coligir esforços conjuntos no sentido de oferecer um espetáculo
em que o lúdico andasse de mãos dadas com o espírito cívico e o altruísmo desejáveis para a sociedade. O espetáculo foi pontuado por momentos de música, dança, teatro e acrobática por parte de alunos, pais e professores. Foi também enriquecedora a intervenção artística da Orquestra “Músicos d’Ouro”, projeto desenvolvido no Agrupamento de Escolas de São Pedro da Cova, que contou com um repertório desde o clássico ao contemporâneo. É de salientar que a presença deste grupo surgiu por iniciativa própria, de forma a retribuir o auxílio dado ao mesmo Agrupamento no concerto anterior, desta feita, ao seu núcleo de multideficiência. ■
Optometrista da Opticália
Alergias oculares, o que se pode fazer? Em pleno mês de abril, com as suas chuvas e perto das flores de maio, começam a surgir os principais casos de alergias sazonais, que, para muitos, vêm com ardor, olho vermelho e comichão. Uma alergia nos olhos pode ser provocada por muitos elementos externos, sendo influenciada pelo sítio onde se encontra. Podemos encontrar dois tipos de alergias oculares: sazonais e perenes. As sazonais afetam a maior parte da população e manifestam-se, principalmente, na primavera (rebentar da folha) e no outono (cair da folha). Aparecem, sobretudo, por causa dos alergénios transportados pelo ar, tais como, pólen, erva, etc. As perenes acompanham-nos durante todo o ano e são provocadas desde o simples pelo dos animais de estimação até aos ácaros. O tratamento passa pela medicação receitada por um profissional da visão, bem como por remédios caseiros naturais. As lágrimas artificiais, próprias para cada tipo de alergia, são uma boa forma para o alívio dos sintomas, particularmente em pessoas que sejam usuárias de lentes de contacto. Caso se tenha uma alergia sazonal e não se queira tomar anti-histamínico, uma boa forma de minimizar os sintomas é evitar atividades ao ar livre em dias de vento, na primavera e no verão, e também considerar deixar os sapatos fora de casa, para não trazer o pólen para o seu interior. Um erro que todos cometemos é coçar os olhos com as mãos. Este gesto pode agravar bastante as alergias oculares, por isso lavar a cara e salpicar com água os olhos pode ajudar a retirar os pólenes, poeiras ou outras substâncias irritantes. Os sintomas intensificam-se para quem usa lentes de contacto e sofre de alergias. Uma das dicas que se pode fazer é lavar as suas lentes, da maneira como o seu profissional ou fabricante lhe recomendou, e manter sempre as gotas humectantes ao seu lado. Em último caso, pode considerar-se mudar de lentes de contacto quinzenais ou mensais para diárias. Uma nota importante: caso sinta qualquer sintoma de alergia, como os referidos anteriormente, é sempre essencial consultar o seu profissional da visão, pois pode tratar-se de outra coisa que tenha os sintomas parecidos, como treçolho ou conjuntivite num caso mais grave. As alergias oculares são para ser tratadas com seriedade, uma vez que podem provocar sintomas bastante severos, nomeadamente em pessoas que não saibam como lidar com elas. Para isso, não há nada como se aconselhar com o seu médico oftalmologista, médico de família ou optometrista na sua consulta seguinte e ver quais são as medidas adequadas para si.
34 VIVACIDADE MAIO 2019
Sociedade
Associação “Vai Avante” homenageou Isabel Santos no Clube dos Caçadores do Porto A Associação “Vai Avante” desafiou funcionários, dirigentes, colaboradores e associados a prestar homenagem à gondomarense Isabel Santos, atual candidata ao Parlamento Europeu, no dia 16 de maio, no restaurante Clube dos Caçadores do Porto, em Foz do Sousa. A iniciativa contou com mais de 200 pessoas. Texto e fotos: Pedro Santos Ferreira
“A Força das Convicções” foi o lema que uniu, por uma noite, 220 amigos de Isabel Santos, deputada da Assembleia da República e candidata ao Parlamento Europeu pelo PS. Contudo, não foi só o percurso político da socialista gondomarense que esteve em causa nesta homenagem promovida pela Associação “Vai Avante”, foi também o importante contributo prestado a esta IPSS, sobretudo nos primeiros passos de dois importantes serviços de resposta diária à comunidade: o ATL e o Centro de Convívio. “A iniciativa deve-se ao importante apoio da homenageada no arranque do desses serviços do “Vai Avante”, quando a Isabel Santos foi nossa voluntária e colaboradora não-remunerada. É uma personalidade que sempre se dedicou à
> Isabel Santos
> Isabel Santos a cumprimentar os amigos
nossa instituição, por isso tínhamos esta dívida por saldar. Foi nesse sentido que promovemos este evento”, explica Fernando Duarte, presidente da direção do “Vai Avante”. Ao nosso jornal, Isabel Santos mostrouse satisfeita pelo tributo prestado pela instituição. “Sempre entendi que aqueles que, como eu, tiveram oportunidade de usufruir da escola pública e frequentar o ensino superior têm obrigação de retribuir esse investimento feito pelo país
> Isabel Santos, João Soares, Manuel Pinto e Fernando Duarte
prestando serviço à comunidade. Foi o que fiz nessa altura”, começa por recordar a homenageada. “O evento acabou por tomar proporções e contornos que me surpreenderam e acabou por me dar a oportunidade de agradecer a amizade a as atenções com que sempre me rodearam, para além de deixar bem claro que Bruxelas está apenas a três horas de avião e que retornarei todos os fins- de-semana e continuarei a andar por aí”, acrescenta
> A iniciativa teve casa lotada
Isabel Santos. Uma das caras conhecidas, entre muitas, que marcaram presença nesta homenagem foi João Soares, filho de Mário Soares e ex-ministro da Cultura. Em declarações ao Vivacidade, o socialista deixou patente “a experiência internacional de Isabel Santos, a sua ligação a Gondomar e o desempenho admirável em todos os cargos exercidos até hoje”. Para Luís Filipe Araújo, em representação do Município de Gondomar, “Isabel Santos é uma gondomarense com um percurso de vida que muito orgulha o nosso concelho”. “As causas que vem abraçando têm merecido de sua parte um contributo exemplar e marcadamente decidido, como é seu timbre. É reconhecido o seu percurso dos últimos anos, trilhado em instâncias internacionais, como a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), onde tem assumido posições importantes na defesa dos direitos humanos, o que tem também traduzido em ações concretas, em várias partes do mundo. Por outro lado, é muito antiga a sua ligação e proximidade à Associação "Vai Avante", instituição que é hoje uma referência, dentro e fora de Gondomar, o que justifica que tenha sido a promotora desta merecida homenagem”, conclui o autarca ao Vivacidade. Após ter homenageado o ex-presidente da Assembleia-Geral, Mário Gonçalves, a Associação “Vai Avante” deverá dar continuidade a este género de iniciativas. O próximo homenageado será o ex-jornalista e historiador de São Pedro da Cova, Serafim Gesta, mais conhecido por “Mazola”. ■
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escola profissional c.j.
CONDIÇÕES DE ACESSO:
9º Ano de Escolaridade Idade inferior a 20 anos
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36 VIVACIDADE MAIO 2019
Sociedade POSTO DE VIGIA Manuel Teixeira
Professor universitário e investigador científico
Festival Nacional de Robótica trouxe milhares de visitantes a Gondomar
Que acontece aos banqueiros que queimaram biliões com os amigos? 1 - No dia 26 de maio os portugueses vão votar para eleger os nossos representantes ao Parlamento Europeu. E até ao próximo outono o país vai viver em ambiente de campanha política. Agora para as europeias, e logo a seguir para as legislativas. Tempos impróprios para a reflexão serena sobre o que é essencial. Só a propaganda eleitoral, as quezílias pessoais, os casos partidários, as futilidades ilusórias têm espaço nas narrativas mediáticas, a maior parte das vezes sem que o cidadão normal chegue sequer a perceber o que está em causa. Mas este é também um tempo, por paradoxal que pareça, para avivar memórias sobre os grandes escândalos que pontuam as mazelas da maior crise económico-financeira dos últimos cem anos. Nas grandes e nas pequenas economias como a portuguesa. Não se pense que tudo já passou. Bem ao contrário, há faturas em aberto que vão durar décadas. Sobretudo todas aquelas que resultaram de opções políticas, económicas, empresariais ou financeiras desastrosas. 2 - Não será exagero dizer que o maior passivo que vai ficar por muitos anos da crise portuguesa é a perda de confiança nas instituições políticas e nos seus dirigentes. Instalou-se a ideia generalizada que não se pode confiar em nada nem em ninguém. Genericamente, para a maioria dos cidadãos, os políticos estão lá para cuidar da sua vidinha… Por isso, nunca como hoje houve tanta desconfiança em quem nos governa, ou em quem tem a obrigação de fazer justiça, mas não a faz, sem que se perceba porquê. Os casos mais flagrantes focam-se nos responsáveis pela gestão dos bancos. Veja-se a pouca vergonha que foi uma recente audição parlamentar, na Assembleia da República, ao empresário madeirense Joe Berardo, que deve mais de mil milhões de euros à Caixa Geral, e diz que pessoalmente até nem tem dívidas. Simplesmente porque lhe emprestaram todo este dinheiro sem qualquer garantia. É por estas e outras que se perde a confiança em toda a malha de instituições, públicas ou privadas, a quem o cidadão anónimo responsabiliza por estes escândalos.
A Sociedade Portuguesa de Robótica escolheu o Multiusos de Gondomar para organizar a mais recente edição do Festival Nacional de Robótica. A iniciativa trouxe milhares de visitantes ao pavilhão e surgiu lado a lado com o Game Day Gondomar. Nos dias 27 e 28 de abril, o Multiusos de Gondomar transformou-se numa sala de jogos, programação e robótica ao receber dois eventos em simultâneo: Festival Nacional de Robótica (FNR) e Game Day Gondomar. De um lado os últimos jogos do mercado, mais de 20 consolas e simuladores, jogos e consolas dos anos 80 e 90 e uma área de realidade virtual, do outro um evento promovido pela Sociedade Portuguesa de Robótica que tem como objetivo a promoção da Ciência e Tecnologia junto dos jovens, professores, investigadores e do público em geral, através de competições de robôs autónomos.
“É um evento, essencialmente, educativo. A ideia é promover a educação na área da Ciência e da Tecnologia através das competições robóticas. O objetivo é que os alunos, nas escolas e em casa, vão aprendendo a trabalhar com eletrónica, com programação, que montem os seus robôs e depois exponham aqui a forma como os montaram e como dominam estes assuntos durante a competição”, explicou Manuel Silva, responsável pela organização das provas, em entrevista ao nosso jornal. “Estamos muito satisfeitos com a cedência do Multiusos de Gondomar. O apoio da Câmara foi excelente e o apoio dos funcionários do Multiusos foi fantástico porque acederam praticamente a todos os nossos pedidos. O Colégio Paulo VI e a Escola Secundária de Gondomar também nos apoiaram bastante”, afirmou o responsável pelas provas do FNR. Por sua vez, de acordo com a vereadora da Juventude da Câmara de Gondomar, Sandra Almeida, a união dos dois eventos foi benéfica para ambos, tendo salientado, em ambos os casos, “o grande envolvimento com a comunidade gondomarense”. “Fez todo o sentido aliar o Game Day ao Festival Nacional de Robótica. Ambos ganharam uma maior dimensão e todos se sentiram confortáveis”, admitiu a autarca. ■
3 - Os inquéritos parlamentares sobre a desastrosa gestão de bancos que colapsaram, como o BPN, o BPP, o BANIF, e o BES (entre outros menos expressivos), e bem assim os escândalos em torno da gestão da Caixa Geral de Depósitos e as disputas pelo controlo do BCP são exemplos que deixam feridas que vão perdurar por décadas. Porque o povo não acredita na justiça, como não acredita nos políticos. E sente-se injustiçado quando se vê penhorado por uma qualquer ridícula dívida de um imposto de que nem teve conhecimento… Os portugueses não podem dormir sossegados enquanto virem as mesmas caras que concorreram para estas tragédias à frente das principais instituições bancárias. A começar pelo Banco de Portugal e por outras instâncias fiscalizadoras. Porque quando se perde a confiança, nada mais há para perder. Mas tão grave como isto é o cidadão sentir que não somos todos iguais, e somos tratados consoante a malha de interesses que se cruzam. Por isso se diz, que “quem tem amigos não morre na cadeia”. É intolerável que assim seja! > O futebol praticado por robôs foi uma das principais atrações
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38 VIVACIDADE MAIO 2019
Cultura
Ei! Marionetas: os títeres regressam a Gondomar de 2 a 14 de julho panhias internacionais, uma do Brasil, outra holandesa, um artista do Canadá e uma companhia espanhola de espetáculo itinerante. Além disso, a principal novidade é que este ano vamos mesmo a todas as freguesias com o espetáculo “Teatro D. Roberto” que é bastante fácil de transpor-
tar”, afirma Clara Ribeiro, da organização do evento. Esta será a 5ª edição do Ei!, que este ano volta a contar com os apoios da Câmara de Gondomar e da Direção-Geral das Artes. No total são esperadas mais de 40 iniciativas culturais de rua e de palco, a par de perFoto DR
O Encontro Internacional (Ei!) de Marionetas já tem cartaz fechado. A próxima edição vai decorrer entre os dias 2 e 14 de julho e Gondomar voltará a receber várias companhias que dominam esta arte. Ao Vivacidade, a organização garante que os espetáculos vão acontecer em todas as freguesias do concelho.
formances, mostras, instalações, conversas e workshops dirigidos a todas as idades. “No final desta edição esperamos que haja mais público e que cada vez mais se fale no festival”, conclui Clara Ribeiro. O Ei! é um grito de chamada de atenção para a Arte, para a Cultura e para a Comunidade. ■
Destaques da programação 5 de julho – 18h30 “Freaks & Geeks of Fleet Street”, na Casa Branca de Gramido 5 de julho – 21h30 “Punch & Judy in Afghanistan”, no Auditório Municipal de Gondomar
À 5ª edição o Ei! Marionetas vai chegar a todas as freguesias de Gondomar. Com uma oferta de peso e diferentes técnicas e formas de lidar com os fantoches, o Teatro e Marionetas de Mandrágora, entidade promotora do evento, procurou este ano, uma vez mais, uma programação para crianças e adultos. “Este ano conseguimos trazer quatro com-
6 de julho – 21h30 “Violeta ‘Naifi’”, no Auditório Municipal de Gondomar 12 de julho – 21h30 “O Guardião do Rio”, no Auditório Municipal de Gondomar
Tiro ao Rock: 20ª edição do festival realiza-se nos dias 1, 8 e 9 de junho
Está definido o cartaz da 20ª edição do festival Tiro ao Rock, uma iniciativa organizada pelo Clube de Caça e Pesca de Aguiar (CCPA) desde 1997, com dois anos de interregno na sua história. Este ano o festival terá uma edição especial comemorativa e vai contar com nove bandas [ver caixa] que passaram pelo Parque da Minhoteira ao longo das 19 edições anteriores deste festival. “Esta edição não será em formato com-
petitivo, será em formato comemorativo. Queríamos contar com os vencedores das edições anteriores, mas infelizmente não foi possível porque algumas das bandas já nem existem. Contudo, orgulha-nos ter connosco os Hematomas, banda de Gondomar, a encerrar esta edição. Creio que foram a única banda do nosso concelho a vencer este festival”, afirma Manuel Santos,
presidente da direção do CCPA. Para o dirigente associativo, um dos fundadores do Tiro ao Rock, o festival “quer permanecer fiel às bandas amadoras e continuar a ser um trabalho cultural válido, onde existe, de facto, uma aposta na Cultura e promoção de Gondomar”. Já Arlindo Sousa, um dos promotores do Festival do CCPA, vê no evento “uma exFoto PSF
O Clube de Caça e Pesca de Aguiar vai organizar o 20.º Tiro ao Rock, festival de música de bandas amadoras, nos dias 1, 8 e 9 de junho, no Parque da Minhoteira. Ao Vivacidade, a organização dá a conhecer o cartaz desta edição.
celente oportunidade para as novas bandas mostrarem os seus mais recentes originais, numa altura em que há cada vez menos festivais deste género”. O 20.º Tiro ao Rock tem entrada livre. ■
Programação do 20.º Tiro ao Rock 1 de junho Off Time – Vila Nova de Gaia Nós – Gondomar Os Lapsos – Caldas da Rainha 8 de junho Made In – Porto The Small Hours – Rebordosa Sugiru - Porto 9 de junho Fulsteam – Matosinhos Pure N’Exite – Nazaré Hematomas - Gondomar
> Manuel Santos e Arlindo Sousa do CCPA
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40 VIVACIDADE MAIO 2019
Política
Gondomar assinalou 45.º aniversário da Revolução dos Cravos
No dia 25 de abril, os Paços do Concelho acolheram a cerimónia de comemoração do 45.º aniversário do 25 de Abril de 1974, data histórica para os portugueses, que pôs termo a uma ditadura com 41 anos. O executivo, deputados da Assembleia Municipal de Gondomar e restantes convidados seguiram, depois, para o salão nobre do Município, onde tiveram lugar os tradicionais discursos políticos de todas as forças representadas neste órgão autárquico. Marco Martins, presidente do Municí-
pio, considerou Gondomar “um concelho de futuro”, sem esquecer os princípios de Abril, “olhando para o futuro, honrado as conquistas do passado”. A sessão foi encerrada por Aníbal Lira, presidente da Assembleia Municipal, que pediu aos jovens “um maior conhecimento do 25 de Abril, necessário nas escolas, nas universidades, nos clubes e nas coletividades”.
desenvolvimento económico-social”. David Santos, do Movimento Independente – Valentim Loureiro, considerou a Revolução dos Cravos “eternamente incompleta”, porque a vê como “um processo constante que por todos deve ser defendido e completado”. Já Olinda Moura, da CDU, exortou a que cada português “faça com que Abril se
cumpra. “Desenganem-se os que querem reacordar o fascismo, porque o povo português tem memória e não esquece, e é por isso que o 25 de Abril se mantém atual e se projeta no nosso futuro”, disse. Por fim, Carmina Araújo, em representação do PS, lembrou que a liberdade atual “é consciente e informada e deverá ser também uma verdadeira liberdade cidadã”. ■
Membros da Assembleia Municipal salientaram liberdade e progresso “O 25 de Abril pode ser muita coisa, mas no início foi o dia em que o país saiu à rua, porque alguns militares tiveram a ousadia de mudar o antigo regime”, afirmou Pedro Carvalho, representante do CDS-PP Gondomar. Bruno Pacheco, do Bloco de Esquerda, sublinhou “que cada geração precisa da sua revolução” e lembrou que é errado “continuar a sacrificar a democracia em prol dos lucros dos mercados financeiros”. Em seguida, Valentina Sanchez referiu que comemorar Abril “é celebrar os progressivos contributos para a consolidação da democracia, com as apostas na Educação, Saúde e PUB
Foto PSF
A Câmara Municipal de Gondomar e Juntas de Freguesia assinalaram, no dia 25 de abril, o 45.º aniversário do Dia da Liberdade. Por todo o concelho, saudou-se o fim da ditadura e exaltou-se o caminho percorrido desde então.
Candidaturas ao eixo + Habitação até ao final do mês Encontram-se abertas até ao próximo dia 31 de maio, as candidaturas ao eixo “+ Habitação” do “Programa Social +”, uma medida de apoio que visa comparticipar o pagamento da renda ou crédito habitação cujos valores sejam iguais ou superiores a 150 euros mensais, a munícipes residentes há pelo menos 12 meses em Gondomar. Para consulta do regulamento e documentação necessária à instrução da candidatura, poderá consultar o site da Câmara Municipal de Gondomar “Mais se informa que as candidaturas deverão ser entregues no Balcão Único de Atendimento, sito à Praça do Cidadão, todos os dias úteis, das 9 às 17 horas”, pode ler-se no site do Município.
O “Programa Social+” é uma medida social da Câmara Municipal de Gondomar, criada pela Divisão de Desenvolvimento Social, como resposta às necessidades emergentes dos novos contextos sociais das famílias residentes há pelo menos seis meses no Município. Este Programa consiste na prestação de apoios não cumulativos - exceto os agregados familiares constantes no n.º 2 do artigo 11.º (em conformidade com o definido no regulamento do Programa) - às famílias em situação de maior vulnerabilidade social, nomeadamente ao nível Alimentar, na área da Saúde e da Habitação, prevendo ainda um Fundo de Emergência a ser utilizado em situações excecionais, urgentes e de extrema carência. ■ Foto DR
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42 VIVACIDADE MAIO 2019
Política
População de São Pedro assina 10 mil postais a exigir retirada imediata dos resíduos
Uma iniciativa da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova está a levar milhares de pessoas a assinar postais cujo apelo vai no sentido da remoção integral e imediata dos resíduos perigosos depositados em São Pedro da Cova. Cada postal recorda ao subscritor a “intensa batalha pela remoção dos resíduos perigosos depositados nesta freguesia”, bem como o “inaceitável impasse na remoção dos resíduos perigosos”. “A Junta de Freguesia de Fânzeres e São Pedro da Cova não compreende, nem aceita estes sucessivos adiamentos, uma vez que o senhor Ministro do Ambiente Matos Fernandes conside-
rou que sobre esta matéria já foi invocado interesse público. A Junta de Freguesia, aguarda a marcação das reuniões solicitadas à Agência Portuguesa do Ambiente e ao Ministério do Ambiente, para que em definitivo o Governo inicie o processo de remoção dos resíduos perigosos em São Pedro da Cova. A Junta de Freguesia continuará esta luta até à remoção total e definitiva dos resíduos perigosos”, pode ler-se em cada um dos 10 mil postais que a Junta tenciona enviar para o Palácio de São Bento, residência oficial do primeiro-ministro. “Não descansamos enquanto a situação não estiver resolvida e vamos ter sempre novas formas de luta. É isto que queremos juntamente com a nossa população, escolas e coletividades. Estamos todos unidos por uma só exigência perante o Governo”, reclama Pedro Miguel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. Desta forma, até ao final deste mês, nos edifícios da Junta, será possível subscrever um destes postais, caso haja interesse em associar-se a esta reivindicação ambiental. “A população de São Pedro da Cova está cansada deste assunto e dos adiamentos, que não fazem sentido nenhum. É neces-
sário desbloquear esta situação o mais depressa possível”, acrescenta o autarca. Recorde-se que em outubro de 2014 e maio de 2015 foram retiradas 105.600 toneladas, mas, entretanto, foi revelado que existem mais resíduos e lançado um concurso, que obteve sete candidatos, com vista à retirada de 125 mil toneladas. O Ministério do Ambiente, através do Fundo Ambiental, alocou 12 milhões de euros para a remoção
total dos resíduos, no entanto, em junho de 2018 foi noticiado que a empreitada tinha sido adiada, devido a um processo judicial de impugnação instaurado ao concurso de adjudicação por um dos concorrentes que não ganhou. Entretanto no dia 10 do mês passado, o Tribunal de São João Novo, no Porto, absolveu seis pessoas que o Ministério Público acusou pela deposição dos resíduos perigosos. ■ Foto DR
A população de São Pedro da Cova, onde estão depositadas toneladas de resíduos perigosos, vai dirigir ao primeiro-ministro 10 mil postais a exigir a retirada dos resíduos tóxicos e posterior requalificação da freguesia.
CDU recolheu 1500 JP Gondomar critica estado assinaturas pela suspensão das Piscinas Municipais dos aumentos de rendas de Baguim do Monte sentido. Contudo,, percebemos que a habitação pública não é uma prioridade para este Município, liderado por uma gestão PS”, lamenta José António Pinto. De acordo com o comunicado emitido pela CDU Gondomar, “o PCP e a CDU não deixarão de intervir até que a maioria PS dê a atenção necessária a esta questão e crie um regulamento de gestão da habitação social, adequado à realidade do concelho de Gondomar”. ■
A Juventude Popular de Gondomar denunciou, em comunicado enviado à imprensa local, o estado de conservação das Piscinas Municipais de Baguim do Monte. Após uma visita ao local, a JP Gondomar denuncia “a situação alarmante em que se encontram as Piscinas Municipais de Baguim, nomeadamente o estado de conservação do equipamento, a sua higiene e salubridade”. “Atendendo que uma das premissas para termos uma juventude saudável é a prática desportiva, apelámos à Câmara de Gondomar e Junta
de Baguim do Monte que procedam a todas as diligências para a resolução dos problemas”, pode ler-se na nota enviada ao Vivacidade. No âmbito desta denúncia, a JP Gondomar promete estar atenta a outras situações semelhantes e apela “aos jovens e demais cidadãos gondomarenses” que comuniquem casos idênticos. “É nossa obrigação zelar pelos interesses dos cidadãos, principalmente os mais jovens de Gondomar, que serão o futuro do nosso concelho e do nosso país”, conclui o comunicado. ■ Foto DR
Foto PSF
A CDU Gondomar entregou, no dia 8 de maio, um abaixo-assinado com 1500 assinaturas pela suspensão dos aumentos das rendas na habitação social do concelho. Em causa o regulamento municipal que determina o valor das rendas nos empreendimentos sociais, sendo que no ano passado os moradores receberam cartas que determinavam novos valores. “Fomos eleitos em outubro de 2017 e percebemos logo que a habitação pública era um dos maiores flagelos de Gondomar. São assustadoras as condições das habitações, o número de pessoas que estão em lista de espera, a escassez de equipamentos sociais nos bairros, a ausência de gabinetes de apoio à família… Gondomar é uma tragédia neste capítulo. Além disso, conhecemos casos de pessoas com aumentos superiores a 50% até 2020”, afirma José António Pinto, vereador comunista da Câmara Municipal de Gondomar. “A CDU foi fazendo sempre sugestões de aproveitamento dos fundos comunitários e um esforço do Orçamento Municipal neste
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44 VIVACIDADE MAIO 2019
Política
Votação do OP de Rio Tinto termina a 31 de maio
Município de Gondomar investe na requalificação de escolas EB 2,3
O Orçamento Participativo de Rio Tinto tem, atualmente, seis propostas em fase de votação: Proposta A – Assegurar rampas de acesso dos passeios às passadeiras na freguesia; Proposta B – Incentivo ao consumo de alimentos saudáveis; Proposta C – Roteiro turístico de arte urbana em Rio Tinto; Proposta D – Sinais Luminosos; Proposta E – Colocação de bancos e mesas de jardim; Proposta F – Instalação de máquinas de ginástica junto à linha de metro; Esta fase terminará a 31 de maio, mas até lá todos os riotintenses terão a possibilidade de, após registo e validação de residência na
A Câmara de Gondomar está a investir 2,7 milhões de euros na requalificação de sete escolas EB 2,3 do concelho. Em causa estão escolas nas freguesias de Medas, Fânzeres, Jovim, Rio Tinto, Baguim do Monte, Valbom e São Pedro da Cova e o investimento total é de 4,5 milhões de euros, dos quais 1,8 milhões são provenientes de fundos europeus. Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Gondomar referiu que as empreitadas nestas sete escolas EB 2,3 decorrem do processo de transferência de competências do Estado para o Município, estando em causa "situações flagrantes em estabelecimentos sem obras, em alguns casos, há muitos anos". "Depois de em 2014/2015 a Câmara ter investido na requalificação de escolas de 1.º ciclo e pré-escolar, num total de 108 estabelecimentos de ensino, que incidiu sobretudo na retirada de amianto, agora é o momento de intervir nas EB 2,3. É importante criar boas condições e fatores de motivação em todos os graus de ensino", referiu Marco Martins. As intervenções visam, sobretudo, a aposta no reforço da eficiência energética. Os projetos para as escolas EB 2,3 incluem trabalhos de remoção de placas de fibro-
cimento e colocação de nova cobertura, substituição de estores e de luminárias, bem como substituição do sistema de aquecimento, entre outros. As obras vão iniciar na Escola Infanta Dona Mafalda, Rio Tinto, seguir-se-ão obras nas escolas Frei Manuel de Santa Inês, em Baguim do Monte, Marques Leitão, em Valbom, e EB 2,3 de São Pedro da Cova. As escolas de Santa Bárbara, em Fânzeres, EB 2,3 de Medas e a EB 2,3 de Jovim serão também contempladas com obras. ■ Foto DR
cidade de Rio Tinto, votar na sua proposta preferida. “Temos seis propostas em votação e está tudo de acordo com as expectativas. No dia 1 de junho vamos ficar a saber qual será a proposta vencedora. Noto, contudo, uma grande qualidade e empenho em todas as propostas que estão a votação nesta edição. Temos ideias muito válidas”, afirma Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto. Após a fase de votação, a autarquia propõe-se a concluir a proposta vencedora até ao final do ano. ■ Foto Arquivo Vivacidade
Recolha de resíduos ao domingo atingiu as 500 mil toneladas
Eleitores de Gondomar (São Cosme) têm novos locais de voto
O Município de Gondomar reforçou em setembro do ano passado o serviço de recolha de resíduos sólidos e higiene urbana aos domingos e, só nos primeiros quatro meses deste ano, foram recolhidas quase 500 mil toneladas. A recolha de resíduos é feita por todo o Município de segunda-feira a sábado. A exceção verifica-se nos contentores com capacidade de cinco mil litros, onde a recolha é efetuada três vezes por semana.
Os eleitores sediados na antiga freguesia de Gondomar (São Cosme) vão ter, a partir do próximo domingo, 26 de maio, três novos locais de voto, em detrimento do Multiusos de Gondomar. A medida entra em vigor no próximo ato eleitoral, as Eleições Europeias, e deverá manter-se já para as Eleições Legislativas, em outubro próximo. Entretanto, a União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim está a proceder à divulgação dos novos locais de voto neste território: Escola Júlio Dinis, na Avenida 25 de Abril; Escola EB 1 de Gondomar (Centro Escolar de Gondomar), Rua Pinheiro Manso/Rua Padre Andrade e Silva; Escola Básica e Jardim de Infância do Taralhão, no Largo Souto Pereira. Em alternativa, os cidadãos podem recorrer ao Portal do Recenseamento (www. recenseamento.mai.gov.pt) ou enviar SMS para o 3838 com RE (espaço) Número do BI ou CC (espaço) Data de Nascimento no formato AAAAMMDD ou dirigir-se às
secretarias desta União das Freguesias. Em Valbom e Jovim os locais de votos vão manter-se inalterados. ■ Foto Arquivo Vivacidade
Nesta tarefa, assim como no tratamento dos resíduos, o Município investiu, no ano passado, quase 7,8 milhões de euros, por intermédio da Rede Ambiente e da Lipor, respetivamente. Face ao aumento apreciável na produção de resíduos, especialmente nas zonas de maior concentração populacional, o Município avançou para a recolha diária, decisão acertada face aos valores em evidência na imagem. ■ Foto DR
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Desporto
Associação Nacional de Treinadores quer dar “forte contributo a Gondomar” A Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) mudou-se de malas e bagagens para Gondomar, no dia 15 de abril. Desde então, a coletividade está sediada na antiga escola da Ponte, em Rio Tinto. O Vivacidade foi conhecer as instalações. Em abril, Gondomar passou a ser a nova casa dos treinadores de futebol e futsal. A mudança, do Porto para Gondomar - mais concretamente para a freguesia de Rio Tinto – deu-se graças à cedência da antiga escola da Ponte, em regime de comodato, durante dez anos, renováveis. “Sentimos, a partir de determinada altura, que tínhamos a necessidade, graças aos nossos 6000 sócios, de mudar de instalações. Após um evento que organizamos no Multiusos de Gondomar, em 2017, falamos nessa possibilidade e, imediatamente, mostraram-nos esta escola que nos agradou à primeira vista, apesar de percebermos que precisava de uma requalificação. Fizemos o acordo com o Município, investimos aqui algum dinheiro e estamos muito contentes com o nosso novo espaço”, recorda José Pereira, presidente da direção da ANTF. A cerimónia de inauguração das novas instalações contou com a presença de Marco Martins, presidente do Município de Gondomar, e de Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), sem esquecer a presença de treinadores
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como Vítor Oliveira, Domingos Paciência, Toni, Carlos Dinis ou Professor Neca. “Estamos satisfeitos com esta mudança e queremos dar o nosso forte contributo a Gondomar e à comunidade. Queremos envolver a comunidade nas nossas instalações, desde receber a visita de escolas até irmos nós ter com eles”, afirma o dirigente da ANTF. Concretizada a aposta nas novas instalações, segue-se agora um forte investimento na formação. É disso espelho a renovada sala de formações, “que servirá para várias sessões para treinadores no ativo, treinadores desempregados e outras pessoas no desemprego”. “Em breve vamos começar a utilizar as instalações com esse objetivo. Vamos formar em Informática, Línguas Estrangeiras, entre outras áreas… é preciso perceber que a profissão de treinador é muito conceituada e isso deve-se à qualidade da nossa formação”, acrescenta José Pereira. Ao Vivacidade, o presidente da direção da ANTF adianta também que a antiga escola da Ponte vai ser, em simultâneo, a sede da União de Treinadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que terá em breve uma Comissão Instaladora. A par dessa dupla função das novas instalações, segundo José Pereira, a ANTF tem também a possibilidade de organizar um novo grande evento dedicado aos treinadores de futebol e futsal em Gondomar. O edifício tem dois pisos e quatro salas, ocupando mais de 200 metros quadrados. Onde era o antigo recreio, com mais de 800 metros quadrados, será o estacionamento, com capacidade para 40 a 50 viaturas. Conta ainda com uma sala de formação, com mais de 100 metros quadrados, localizada no antigo ginásio da escola. ■ Foto PSF
> José Ferreira, presidente da ANTF
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Desporto
Jogos Nacionais Salesianos André Cabeças e Iberino trouxeram milhares Santos vencem 14.º Rali de atletas a Gondomar de Gondomar Em nota de agradecimento, publicada no site dos Jogos Nacionais Salesianos, os Salesianos do Porto agradecem a “cedência do magnífico Pavilhão Multiusos, das Piscinas de S. Cosme e do Complexo Municipal de Valbom do qual, curiosamente, se pode ver na linha do horizonte os Salesianos do Porto”. ■ Foto DR
Os pilotos André Cabeças e Iberino Santos venceram o 14ª Rali de Gondomar, no dia 27 de abril, com o tempo total de 33:46:20 minutos, a bordo do Mitsubishi Lancer EVO IX. Meia centena de equipas participaram na prova, pontuável para o Campeonato Norte de Ralis, Desafio Kumho Norte e Troféu de Ralis Team Baia, organizada pelo Gondomar Automóvel Sport. Tal como na anterior edição, o Rali de Gondomar 2019 disputou-se em pisos de asfalto num total de 67,84 quilómetros em troços
cronometrados nos concelhos de Gondomar, Penafiel e Paredes. Do ponto de vista desportivo, a prova dividiu-se em dois dias, tendo sido realizada no primeiro a City Stage Cardouro. No segundo dia, decorreu a partida do primeiro carro para a prova especial (PE) Serra da Boneca, seguindo-se a PE de Covelo e nova passagem pela Serra da Boneca. No mesmo dia completou-se ainda a terceira secção, que integrou uma dupla passagem pelas PE de Covelo e Aguiar de Sousa. ■ Foto DR
A 26ª edição dos Jogos Nacionais Salesianos, organizada pelos Salesianos do Porto, teve em Gondomar um “prolongamento natural” da área de competição. No total, foram quatro intensos dias de provas em seis modalidades: basquetebol, futsal, natação, ténis de mesa, voleibol e xadrez, que decorreram marcados pela alegria e participação de milhares de atletas e adeptos. “Em termos globais, os Jogos foram considerados um êxito, quer pela organização quer pelos participantes. À partida, tínhamos algum receio pela magnitude do evento, mas o balanço que fazemos é muito positivo e correu tudo muito bem”, afirma o padre José Cordeiro, diretor dos Salesianos do Porto. “A parceria com Gondomar superou as expectativas. O Multiusos de Gondomar foi uma excelente oportunidade para nós, além de todo o apoio do Câmara e da disponibilidade de todos os seus funcionários, bem como a Ala Nun’Álvares de Gondomar”, acrescenta o responsável ao nosso jornal.
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Desporto
Multiusos vai receber Liga das Nações de Voleibol de 14 a 16 de junho
O Pavilhão Multiusos de Gondomar está prestes a receber mais um megaevento desportivo de caráter internacional. Desta vez, vai disputar-se a Liga das Nações de voleibol na nave central do pavilhão projetado pelo arquiteto Siza Vieira. A prova vai pôr em competição quatro seleções nacionais de seniores masculinos: Portugal, Brasil, China e Sérvia. “A Federação Portuguesa de Voleibol (FPV) escolheu Gondomar porque acredita que a cidade, pela forma como nos acolheu, e o Município, pelo seu apoio incondicional, merecem ser recompensados pelo estímulo que deram às seleções nacionais de se-
niores masculinos e de femininos na sua campanha vitoriosa rumo às fases finais dos respetivos Campeonatos da Europa”, começa por dizer Vicente de Araújo, vice-presidente da FPV. Ao Vivacidade, o responsável da Federação acrescenta a estes argumentos “a tradição que a cidade tem na modalidade e o trabalho realizado com os escalões de formação pela Ala Nun’Álvares de Gondomar, um dos mais antigos e populares clubes portugueses”. “Quem sabe se o excelente Multiusos de Gondomar e o público caloroso não poderão funcionar na Liga das Nações como um talismã para a Seleção Nacional, ajudando-a no seu grande objetivo, que é manter-se entre a elite do voleibol mundial”, refere. Questionado sobre as reais possibilidades de Portugal nesta fase final, Vicente de Araújo cita o poeta António Gedeão e admite que “o sonho comanda a vida”. Por sua vez, Sandra Almeida, vereadora do Desporto do Município, mostra-se orgulhosa por Gondomar ter sido escolhido para receber este grande evento desportivo. “É mais uma iniciativa que está a ser preparado com grande empenho e dedicação. Este será o maior evento de voleibol alguma vez feito em Portugal e estamos também a
falar da sustentabilidade da Cidade Europeia do Desporto e do Multiusos de Gondomar. No final espero dizer que foi mais um orgulho ter esta prova em Gondomar”, faz notar a autarca. A Seleção Nacional de voleibol foi, recorde-se, vencedora da Challenger Cup 2018,
competição que permitiu aos atletas portugueses marcar presença nesta Liga das Nações. No primeiro jogo, no dia 14 de junho, Portugal irá defrontar a China, às 21h. Antes, pelas 18h, Brasil e Sérvia vão competir por um lugar na final. ■ Foto DR
A Seleção Nacional de voleibol vai tentar conquistar a Liga das Nações, no Multiusos de Gondomar. A prova, que contará ainda com as seleções do Brasil, China e Sérvia, vai decorrer entre os dias 14 e 16 de junho.
Rota da Filigrana’19: prova de ciclismo para elites e sub-23 marcada para 14 de setembro
A Rota da Filigrana’19, prova em linha de ciclismo reservada às categorias elites e de sub-23 com 132 quilómetros de extensão, entre Gondomar e Póvoa de Lanhoso, promete animar no dia 14 de setembro a reta final do calendário velocipédico desta temporada. No dia seguinte, o “grandfondo” com partida e chegada em Póvoa de Lanhoso, na distância de 112 quilómetros, será o ponto alto de uma iniciativa desportiva partilhada por dois municípios em prol
de uma realidade única: a filigrana. A apresentação das provas teve lugar, no dia 14 de maio, na Casa Branca de Gramido. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, vincou o “grande apreço” com que, desde sempre, os gondomarenses encararam a prática da modalidade, para concluir que é “uma honra para Gondomar poder ampliar essa tradição”. Antes, o seu homólogo da Póvoa de Lanhoso, Avelino Silva, lembrou tratar-se esta circunstância a “segunda vez, no espaço de um ano” que se deslocou a Gondomar para assinar dois documentos que ligam os dois concelhos: a certificação da filigrana, consubstanciada na marca Filigrana de Portugal, e agora as provas de ciclismo Rota da Filigrana. Nesta altura, já Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, tinha falado na existência de um “novo ciclismo”, “mais aberto e mais participado”, “uma prática generalizada e aberta a todos”, enraizado no “compromisso de sempre com os territórios e as marcas” que a modalidade mantém desde sempre. As provas foram apresentadas por José Santos, do Boavista Ciclismo Clube.
Provas vão atrair centenas de ciclistas A “clássica”, que se disputará a 14 de setembro, terá 132 quilómetros de ligação em linha entre Gondomar e Póvoa de Lanhoso. Está prevista a participação das grandes formações do pelotão nacional, num total entre 130 a 150 ciclistas, e o percurso contempla
três contagens para o Prémio de Montanha, em Penafiel, Barrosas e Felgueiras. Já o “grandfondo”, no dia seguinte, deverá contar com cerca de 500 participantes, visto que se trata de uma prova de participação popular, aberta a atletas federados e não federados, com 16 anos de idade mínima. ■ Foto PSF
O calendário velocipédico terá dois novos capítulos no próximo mês de setembro, graças à criação de duas novas provas sob a égide da marca “Rota da Filigrana”. As provas, em linha e um “grandfondo”, vão ter lugar nos dias 14 e 15 de setembro.
> A apresentação da prova decorreu na Casa Branca de Gramido
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Empresas & Negócios
Geoclube conclui participação no Projeto “Digital CommanDEOR”
Está concluída mais uma jornada europeia do Geoclube, integrada no Projeto “Digital CommanDEOR”, financiado pelo Programa ERASMUS+, que promoveu a cooperação e intercâmbio entre vários países parceiros envolvidos: Portugal, Bélgica, Itália, Dinamarca, Colômbia, Peru, Vietname e Nepal. Durante dois anos, este projeto promoveu ações estruturadas para aumentar a profissionalização dos técnicos de juventude e proporcionar às organizações juvenis instrumentos práticos para aumentar a qualidade dos métodos DEOR (divulgação e exploração dos resultados dos projetos). Tudo começou entre 11 e 18 de março de 2018, com uma formação internacional em Vila Nova de Cerveira. “Esta formação envolveu técnicos de juventude de oito países que se dedicaram à aprendizagem e desenvolvimento de competências através de ferramentas online gratuitas ou de baixo-custo, aplicáveis ao trabalho com jovens. Houve ainda lugar para a partilha de experiências pessoais e profissionais na criação de comunicação externa das suas organizações e na criação da sua identidade online”, começa por
Foto DR
O Geoclube – Associação Juvenil, sediada no Centro Cultural de Rio Tinto, participou, durante dois anos, no Projeto “Digital CommanDEOR”, uma iniciativa de âmbito europeu que visa aumentar a profissionalização do trabalho juvenil a nível global.
afirmar Diana Gonçalves, do Geoclube. O segundo passo consistiu na mobilidade “Jobshadowing”, que durante 14 dias levaram Diana Gonçalves, junto da organização parceira Brigada de Voluntários Bolivarianos de Peru, em Lima, Peru. “O objetivo desta mobilidade foi acompanhar a vida diária da organização e as suas atividades, numa perspetiva de partilha de experiências e conhecimentos. Deste modo, houve oportunidade de visitar vários projetos sociais de relevo como o projeto “Kaypacha Kankunapa”, em Tarma, que promovia a inclusão social de crianças em meio rural, através da educação escolar e da educação ambiental”, recorda a técnica de juventude ao nosso jornal. Esta atividade contemplou ainda a mobilidade de uma jovem oriunda do Vietnam, Há Nguyen, que esteve a trabalhar no Geoclube – Associação Juvenil. Durante este período, esta jovem partilhou com o Geoclube os seus conhecimentos no campo das redes sociais e multimédia, com o
objetivo de fomentar o impacto e alcance das redes sociais desta associação, junto do seu público-alvo. Entre 22 e 29 de março, em Mont Blanc, na Bélgica, teve lugar o Seminário Internacional do Projeto “Digital CommanDEOR”. Esta iniciativa foi a última atividade deste projeto, onde estiveram presentes participantes dos oito países parceiros. O encontro teve como objetivo fornecer conhecimento e técnicas mais aprofundadas sobre os métodos do DEOR, analisar atividades que decorreram durante projeto, incluindo a análise em grupo da mudança trazida pelo projeto para as redes sociais dos parceiros. Depois, cada país parceiro do projeto organizou eventos de disseminação. “O Geoclube – Associação juvenil organizou um evento na Escola Secundária de Águas Santas, que contou com a presença de cerca de 100 alunos do ensino secundário. Neste evento, foram debatidos temas como a utilização responsável as redes so-
ciais, benefícios e vantagens do uso das redes sociais, perigos associados à utilização das redes sociais e ‘cyberbullying’”, recorda Diana Gonçalves. Por fim, o manual “Digital CommanDEOR” foi lançado, após dois anos de projeto, com a contribuição de todos os parceiros. Este manual é uma ferramenta gratuita, cujo objetivo é promover a utilização das redes sociais pelas organizações e técnicos de juventude, como forma de disseminar e explorar resultados de projetos, alcançando um público-alvo abrangente. O manual está disponível para download e traduzido em todas as línguas representadas neste projeto. “Tendo em conta o sucesso desta 1ª edição, já foi feita uma candidatura para uma 2ª edição. Os objetivos passarão por atualizar o manual e formar mais técnicos de juventude neste âmbito, mas temos que esperar por uma aprovação”, conclui Diana Gonçalves. ■ Foto DR
Foto DR
> Diana Gonçalves visitou Lima, no Peru
> O Geoclube foi um dos parceiros deste projeto
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O objetivo principal da nossa empresa é focado no consumidor final, sem nunca descorar os empresários. Queremos dar a conhecer o nosso espaço ao público, fazendo constar que estamos presentes na zona industrial do Passal, em São Pedro da Cova. Este espaço existe já há oito anos. O mercado de Gondomar, distrito do Porto e Norte do país são mercados que nos interessam, assim como todo o distrito de Lisboa, onde temos uma forte implantação. Nós trabalhamos todo o projeto, desde a sua fase inicial, ou seja, damos orçamento gratuito, e caso o cliente opte pela nossa empresa fazemos entrega da obra chave na mão.
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Empresas & Negócios
Galeria Souto Center: espaço comercial tem nova vida há cerca de um ano
Entre 2013 e 2018, a Galeria Souto Center perdeu o dinamismo e vivacidade de outros tempos. O espaço comercial, limitado pela Rua da Igreja e Praça da República, fundado em 2002, foi, em tempos, um dos mais movimentados locais do concelho de Gondomar, graças às cerca de 40 lojas que dispõe, que eram procuradas por milhares de clientes todos os anos. Contudo, em 2013, com a saída do Lidl, que ocupava a maior loja [1435 metros quadrados] a dinâmica do Souto Center nunca mais voltou a ser a mesma. Os clientes foram-se afastando e o ambiente foi piorando. O parque de estacionamento tornou-se num lugar predileto dos jovens e de alguns delinquentes, por ser de acesso permanentemente livre à comunidade. O cenário começou a mudar há cerca de
um ano, precisamente com a ‘restrição’ de acesso ao parque de estacionamento, passando assim a ser aplicado o princípio utilizador-cliente. Ou seja, caso haja uma compra do cliente numa das lojas instaladas na Galeria, o parque de estacionamento deixa de ser cobrado, isto porque cada empresário do Souto Center tem fichas que pode ceder aos seus clientes, caso realizem pelo menos uma compra nos seus estabelecimentos comerciais. “O parque de estacionamento tinha entrada livre, mas como estava aberto à comunidade, estava quase sempre lotado. Recordome que há 17 anos, quando vim para cá, a ideia era criar um parque de estacionamento exclusivo para os lojistas e seus clientes. Felizmente, isso passou a ser implementado há cerca de um ano e o ambiente melhorou bastante”, afirma João Neves Pinto, sóciogerente da Boutique Isabel Neves Pinto. Mas nem só do parque de estacionamento vive esta Galeria, com um corredor central amplo, boa luminosidade, espaços modernos, elevador e 23 lojas de diferentes setores de atividade. São elas: Boutique Isabel Neves Pinto, Loja Low-Cost, Marsigest – Contabilidade e Serviços, Lda., Salão Carlina, O Soutinho, Fátima Oliveira, JPinto Hairstyle, Florista Meli, Cabeleireiro Dy, Lina Costureira, Solicitadoras, HabiJorge Imobiliária, Código Indomável, Litosfera, Casa Simpática, House Shine, PubliGon, Gina Flor, Paulo Fonseca Fotografia, Lavandaria Mar do Souto, Essência por Susana Coelho e Fu-
Foto DR
A Galeria Souto Center, com entradas a partir da Praça da República e a Rua da Igreja, em São Cosme, é uma das mais nobres superfícies de comércio tradicional do concelho de Gondomar. No último ano, o espaço voltou a recuperar clientes e ganhou nova vida.
> Entrada principal da galeria, na Praça da República, em Gondomar (São Cosme)
nerária S. Barbosa. Existem, no entanto, espaços livres e à procura dos próximos empresários. Três deles pertencem ao Grupo Sonae e estão neste momento em leilão, constituindo-se como três excelentes oportunidades para novos lojistas que queiram apostar num espaço situado no centro de Gondomar (São Cosme). “O posicionamento do Souto Center foge ao vulgo dos cidadãos de Gondomar, mas
é preciso que eles se reencontrem com este espaço porque neste tipo de comércio encontram um atendimento personalizado, mais proximidade e mercadoria exclusiva que não está massificada”, acrescenta o empresário João Neves Pinto. A Galeria Souto Center está aberta ao público todos os dias, entre as 9h e as 20h30. Os espaços comerciais só encerram três vezes por ano na Páscoa, Natal e Ano Novo. ■ Foto DR
Foto DR
> O acesso ao parque de estacionamento é exclusivo para lojistas e clientes
> A Galeria Souto Center abriu portas em 2002
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Lazer RECEITA CULINÁRIA
AGENDA CULTURAL VIVACIDADE
SAPATEIRA RECHEADA
DANÇA
EXPOSIÇÕES
DIVERSOS
16h, 26 de maio 3ª Gala de Ballet FIDES, no Auditório Municipal de Gondomar
Até 15 de junho “Os Paradoxos da Realidade”, de Daniel deSousa, no Centro Cultural de Rio Tinto
21h, 28 de maio Ecos da História da Minha Terra, no Multiusos de Gondomar
MÚSICA 21h30, 31 de maio Clube de Bandolim Trier-Briewer 1918, no Auditório Municipal de Gondomar
Até 18 de junho Maria do Carmo Diogo, na Casa Branca de Gramido Até 21 de junho "Cidade, Luz e Sombra", na ARGO – Associação Artística de Gondomar Até 20 de julho Ubuntu – 3ª Bienal Internacional de Arte Gaia 2019, no Auditório Municipal de Gondomar
– Quando a minha sogra morrer eu vou enterra-la de cabeça para baixo. – Porquê? – Para caso ela tentar cavar, vai parar ao inferno!
Chef João Paulo Rodrigues * docente na Actual Gest
INGREDIENTES
TEATRO 21h, 28 de maio Ecos da História da Minha Terra, no Multiusos de Gondomar
Guerra de formatos – Parte 2: Discos
● 1 Sapateira ( 800 grs.) ● 2 Ovos Cozidos ● 50 gr Pickles (a gosto) ● 1 colher (de sopa) de Whisky ou Conhaque ● 1 colher (de sopa) de Molho Inglês ● 1 colher (de sopa) de Mostarda ● 4 colheres (de sopa) de Maionese ● 1 colher de Ketchup ● 1colher de Salsa picada ● ½ cebola picada ● Tabasco ● Broa de milho 500 grs (dia anterior)
VIVA TEC | Fábio Silva Foto DR
Uma cobra pergunta à outra: – Será que sou muito venenosa? – Achou que sim. Porquê? – Mordi a língua. Foto DR
HORÓSCOPO
Maria Helena Socióloga, taróloga e apresentadora
210 929 000 mariahelena@mariahelena.pt
Amor: O seu charme e simpatia possibilitam-lhe alcançar a harmonia afetiva à sua volta. Saúde: Não tenha medo de aceitar aquilo que lhe parece novo ou diferente. É essa mudança que lhe vai permitir evoluir. Dinheiro: Deixe os seus investimentos darem frutos.
No passado mês de março, o Vivacidade reacendeu a guerra de formatos físicos para distribuição audiovisual, nomeadamente, no ramo do entretenimento cinematográfico/televisivo. Presenciamos uma luta pelo domínio do mercado domiciliar onde o VHS saiu como rei, pela sua abertura aos diferentes fabricantes e relativo baixo custo. Contudo, nada é eterno e a ascensão dos formatos em disco trouxe uma verdadeira ameaça ao sistema analógico em vigor. Comecemos pelo LaserDisc. Lançado em 1978, com o apoio das marcas Philips, MCA e Pioneer, possuía um tamanho físico considerável, tendo por base os standards atuais, permitindo uma leitura em dupla-face. Após a Pioneer adquirir todos os direitos sobre o formato, nos anos 80, o formato atinge o auge da sua popularidade, especialmente em território japonês. Embora superior ao VHS, o tamanho do LaserDisc, bem como o custo avultado da sua produção e dos respetivos leitores, criaram um obstáculo à sua massificação. Década e meia após o lançamento do LaserDisc, uma parceria entre Sony, Philips, Panasonic e JVC traz ao mundo o VCD. Com uma maior receção no mercado asiático, tratava-se de um formato de menor qualidade - resultado de uma maior compressão. No final da década de 90, alguns estúdios cinematográficos apoiaram a implementação do DIVX, onde alguém poderia adquirir um destes discos e ter acesso ao seu conteúdo por um determinado período de tempo, findo o qual, teria de pagar novamente, se quisesse voltar a visionar o filme. Não será difícil compreender a razão para o insucesso deste formato, cancelado num curto espaço de tempo. Outra das razões pela qual o DIVX nunca assentou deve-se à existência, em simultâneo, de um outro formato mais popular e sem as mesmas restrições: o Digital Video Disc, mais conhecido como DVD. Lançado em 1996, o DVD viria a tornar-se o formato físico de referência, vigorando até aos dias atuais, sobretudo em mercados como o português, com constantes lançamentos neste modelo.
Preparação: 1. Separe as patas da sapateira e retire o miolo do interior, reservando a casca. Descasque e pique a cebola, salsa, pickles e os ovos. Esfarelar a broa de milho. 2. Numa tigela, coloque o miolo da sapateira broa e os restante ingredientes. 3. Adicione depois o ketchup e o whisky. 4. Por fim, junte a maionese, tempere com sal e tabasco e envolva tudo muito bem. Recheie a casca da sapateira com este preparado e sirva com as patas cozidas, acompanhando com pão e tostas.
SOLUÇÕES:
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Opinião: Vozes da Assembleia Municipal
Pelo Direito, pelo Dever Joana Resende | PS Na última edição deste jornal comemorávamos os 45 anos passados sob a Revolução dos Cravos, o nosso 25 de Abril, a data que nos trouxe a Liberdade. A maior conquista dessa revolução foi a Democracia, o regime político em que vivemos e assentamos o nosso país, em que todos os cidadãos elegíveis e sem exceção participam igualmente na criação de leis, no seu desenvolvimento, no exercício do poder e da governação. Todos nós fazemos a nossa parte no governo deste país (e do mundo) através das pessoas que elegemos para nos representar, naquilo que se chama o sufrágio universal. A Democracia desse 25 de Abril deu-nos a possibilidade de novos e velhos, ricos e pobres, homens e mulheres, con-
tribuirmos todos e de igual forma para os desígnios do nosso futuro. Todos nós valemos um voto. Todos nós valemos o mesmo. E todos nós temos o direito e o dever de livremente escolher quem queremos que represente os nossos ideais, os nossos pontos de vista, as nossas estratégias. Sabemos que hoje em dia há uma descrença grande no sistema político geral, em que a abstenção mais do que uma arma é uma resignação. Mas deixar que os outros, todos os outros que se importaram e foram votar, decidam por mim quem estará a determinar o meu futuro? Não ter uma voz participativa no meu caminho, na minha vida? É disto que se trata a Democracia, as eleições.
Sejam elas autárquicas, legislativas ou europeias, quando vamos à mesa de voto e cumprimos com o nosso direito, aquele que alguns dos nossos pais e avós estavam proibidos de fazer, estamos a decidir que caminho vai tomar o nosso futuro. E quando as pessoas que escolhemos para dar voz aos nossos ideais saem derrotadas, pelo menos sabemos que ali se mantém na luta, sem desistir, sem deixarem de olhar pelos nossos desígnios. As eleições europeias não devem e não podem ser olhadas como menos importantes. No próximo domingo, estaremos a votar para a única assembleia transnacional do mundo, que elege o presidente da Comissão Europeia, nomeia os comissários, e os responsabiliza pelas suas ações.
Esta assembleia aprova legislação, orçamentos; representa-nos além continente nas agendas políticas e sociais; defende os valores do Tratado da União Europeia; mantém a ordem comercial, institucional e a paz. Serão assuntos sem importância para nós? Serão assuntos que, mal geridos, não interferem na nossa vida? Não consigo aceitar que, fruto de tantas privações e luta dos meus pais e avós, hoje eu tenha a liberdade de escolher, e não o faça por absentismo. Eu vou votar dia 26 de maio. Vou escolher quem me representa. Vou dar um voto de confiança em quem melhor me elucidou e com quem partilho a minha visão europeísta.
Melres perdeu uma referência. Outros não perdem a vergonha... David Santos | Movimento Valentim Loureiro - Coração de Ouro Afinal parece que o Sr. Presidente da Câmara lê a imprensa local, e ainda bem! No meu último texto de opinião neste jornal abordei a questão da Rua D. João de França, em Gondomar, artéria que faz a ligação entre o Largo do Souto e Ramalde. E nesse texto desafiei o Sr. Presidente da Câmara e os jornalistas a irem ao local e “tirarem medidas” às obras de melhoria que estavam a ser feitas. Parece que a coisa deu resultado. E que alguém terá andado de fita métrica a verificar o que de muito mal estava a ser feito. Corrigiram erros, arredondaram os tais ângulos que muitos acidentes iriam provocar e, aos poucos, continuam a fazer correções. Mesmo já depois de parte da obra estar concretizada... O primeiro passo – o de admitir o erro cometido! - estará dado. Aguardo, curioso, para verificar se mais correções ainda vão ser feitas. Espero que, não se venha a transformar em “obras extraordinárias” e mais custos para a Câmara e para todos nós.
Outra questão que também já abordei está relacionada com a falta de diálogo entre a Câmara e a associação que representa os comerciantes, industriais e empresários do concelho. Falo em causa própria e com conhecimento do assunto. Sou, há já muitos anos, dirigente na Associação Comercial e Industrial de Gondomar. E nunca como nestes últimos anos de gestão socialista na Câmara vi tanto afastamento entre os dois organismos. Dir-me-ão que a falta de diálogo envolve dois organismos... sim, concordo. Mas o que é certo é que a Câmara nos tem vindo a afastar de tudo, desprezando o papel da ACIG. No dia 2 de maio, em reunião pública da Câmara, foram aprovados mais pagamentos a inúmeras associações de Gondomar. Neste caso, específico, a situações relacionadas com entrega de documentos fora de prazo... mas isso nem interessa. Interessa é destacar que a Câmara, liderada pelo PS, não mostra preocupação e respeito pela ACIG. A Câmara tem vindo, a tentar esvaziar o
papel da instituiçao afastando-se do diálogo e de parcerias que, tenho a certeza, seriam proveitosas para todos, que teve bons resultados noutros tempos, com outros executivos. Recordo a Câmara que, no passado, muito se fez pelos empresários, através da ACIG. E, por arrasto, muito se fez pelos gondomarenses. Foram pequenos apoios e moderados investimentos que se transformaram em grandes iniciativas e projetos. Fizemos muito, com sucesso! E foi um sucesso partilhado, resultado do tal diálogo – agora inexistente. Parece-me que a Câmara pretende “esvaziar” ou “secar” o papel da ACIG. Talvez porque não consiga estabelecer diálogo com os seus atuais dirigentes, esperando que, no futuro, outros, de outra tendência partidária mais ao agrado, por lá estejam... Se for isso, que o assumam! Que nos digam que ignoram a ACIG porque não gostam de A, B ou C. Na ACIG temos visão de futuro e se é por razões meramente pessoais que nos ignoram, infor-
mem-nos. Hoje somos estes. Admitimos, até, ceder espaço a outros, no interesse do bem comum. Últimas referências – que deveriam ser as primeiras! – para um nome que ficará na memória de Gondomar: Rui Teixeira. Rui Teixeira foi um dos grandes beneméritos deste concelho. Entre muitos projetos, ajudou a criar e consolidar os Bombeiros Voluntários e a Banda Musical de Melres. Fez pelo Alto Concelho, pelo movimento associativo local e pelas suas gentes muito que deveria ser feito por outras entidades. Afável, dialogante e tenaz, Rui Teixeira ajudou a colocar Melres no mapa. Tenho que, com tristeza, referir a sua partida. Mas destacar que deixa legado. Deixou obra feita, criou fortes dinâmicas locais e, espero, servirá de exemplo para futuras gerações. À família enlutada e aos muitos amigos que deixou, resta-me deixar um singelo abraço de solidariedade, força e coragem. Também eu aprendi muito com o Eng.º Rui Teixeira...
espartilhos ao investimento nacional e local com o governo minoritário do PS sempre pronto a sujeitar-se aos mandos da Comissão Europeia. Veja-se o que está prestes a acontecer com o novo tratado orçamental que prevê mais cortes financeiros para Portugal. Sabem os portugueses como vai o PS votar este orçamento? Ou se usará o seu poder de veto para impedir estes cortes para Portugal? Até agora nada foi dito pelo PS sobre este assunto, mas não nos será difícil adivinhar a posição dos deputados europeus, não só do PS, mas também do PSD e do CDS, tendo em conta as posições que sempre têm assumido. Depois de eleitos, rapidamente se esquecem que a sua função e prioridade deve ser defender Portugal na União Europeia. Dos deputados da CDU sabemos o que contar. Têm provas dadas, defendendo lá o que defendem cá. Defendendo a promoção do emprego jovem com o aumento destes programas num
total de 21 milhões de euros, defendendo a dignidade e a justiça para os idosos com a valorização das pensões e o direito a uma reforma digna, defendendo uma justa e equitativa distribuição dos recursos pelos vários Estados-membros, defendendo a valorização da família com mais direitos parentais e de apoio aos filhos, defendendo o desenvolvimento científico e tecnológico em prol do progresso e não da guerra, defendendo o ambiente e o combate às chamadas alterações climáticas, etc. etc. Nesta União Europeia do "não há alternativa", do pensamento único neoliberal, nesta União Europeia que submete os interesses dos povos, das populações, das pessoas aos jogos do défice e da alta finança, o voto dos portugueses é o voto da defesa de Portugal. É a oportunidade que temos para dizer que Europa somos, que Europa queremos. Pela Europa que queremos, votamos CDU.
Eleições
Maria Olinda Moura | CDU As eleições do próximo dia 26 não são para a Europa, são para os representantes de cada país-membro da União Europeia. Nessas eleições, é obrigação de cada português defender o seu país e eleger os seus representantes para o Parlamento Europeu. Com a integração de Portugal na União Europeia, o país viu destruído o seu tecido produtivo passando a país consumidor dos produtos excedentários dos países mais ricos da UE. Para isto, muitos dos investimentos no país, nomeadamente na mobilidade, passaram a ser decididos pela Europa em prol da mobilidade transnacional, pois era preciso abrir caminhos para que os produtos fossem escoados para venda nos países periféricos como Portugal. Com isto, a mobilidade local foi esquecida, como é exemplo, bem próximo de nós, a finalização da linha do Metro em Gondomar, investimento que deveria ser exigido ao Governo pelo presidente da Câmara de
Gondomar - em vez de andar a regatear uma linha que não serve a população de Valbom -, não dando qualquer garantia de que o metro chegue a Gondomar antes da próxima década. No entanto, uma simples décima do défice daria para o investimento necessário, não só para a linha do metro, mas para muitas outras necessidades das populações, nomeadamente de Gondomar, na criação de um parque industrial no Alto Concelho, no apoio aos pequenos e médios empresários para a criação de emprego, como é exemplo a proposta da CDU de diminuição da derrama, no apoio à produção nacional, etc. Quem visitou a recente Expo Gondomar, sabe bem o quanto é confrangedor para os gondomarenses olhar para a pobreza do investimento e desenvolvimento do concelho. Na verdade, as necessidades do país e das populações nunca foram tidas em conta nesta integração na UE de onde continuam a sair permanentes
VIVACIDADE MAIO 2019 55
Opinião: Vozes da Assembleia Municipal
As Eleições Europeias! Valentina Sanchez | PSD
Talvez hoje mais do que nunca se constata a importância de a população ir votar nas eleições que se avizinham, e que vão selecionar os deputados portugueses para o Parlamento Europeu. Vivemos um período crucial para a União Europeia, uma vez que vários desafios estão perante os nossos representantes. Das migrações às alterações climáticas, do desemprego dos jovens à privacidade dos dados. Vivemos num mundo cada vez mais globalizado e competitivo. Simultaneamente, o
referendo do Brexit demonstrou que a UE não é um projeto irrevogável. E, embora muitos de nós considerem a democracia como um dado adquirido, esta também parece encontrar-se sob ameaça crescente, tanto nos princípios como na prática. Neste sentido, e porque a abstenção é um problema crónico das Eleições Europeias (*), o PSD apela ao voto, no próximo dia 26 de maio. E esse voto deve ser no PSD enquanto garante da defesa da União Europeia e que combate qual-
quer espécie de populismos e nacionalismos. A natalidade, a reforma da União Económica e Monetária, a economia, a força europeia de proteção civil e um plano europeu de luta contra o cancro estarão no centro das preocupações dos eurodeputados do PSD. O combate à abstenção é desafio de todos os partidos e o PSD irá pugnar por um “europeísmo realista”, rejeitando o “europeísmo utópico e romântico” que é apanágio do PS.
Acreditamos no projeto da União Europeia mas, como sempre tem sido referido pelo nosso cabeça de lista, com origens em Gondomar, Paulo Rangel, "(...) cultivamos um ‘europeísmo realista’, que é crítico, pragmático e reformista.". Dia 26 de maio, vote no PSD ! * Em 2014, a abstenção em Portugal foi de 66,2%. Nesse ano, apenas 28% dos eleitores europeus entre os 18 e os 24 anos votaram. Em Portugal, essa média foi ainda mais baixa: 19%.
Europa
Pedro Oliveira | CDS-PP Cada vez mais a influência direta das instituições europeias na definição do quotidiano nacional se torna mais inequívoca e efetiva, fazendo com que a importância do processo de escolha dos representantes nacionais nessas instituições, assuma uma essencialidade que nós portugueses, não estamos habituados a considerar. De facto, a campanha nacional para a eleição direta dos deputados portugueses ao Parlamento Europeu, tem-se caracterizado por um alheamento sistemático na definição e apresentação de propostas concretas reportadas com as diferentes áreas inseridas na abrangência interventiva desta instituição europeia, deixando grande parte dos eleitores completamente à deriva na determinação de qual a força política que se encontra melhor qualificada para o efeito. A campanha mais
não tem sido que uma espécie de primeira volta das legislativas que se aproximam, focando e relevando, os diferentes partidos, o sentido da respetiva intervenção na política nacional, que dizem ser sempre oportuna, sempre suficiente, sempre em prol dos anseios primeiros da comunidade. O próprio primeiro-ministro o expressou no início formal da campanha, numa insensata demonstração da importância relativa que atribuiu às eleições europeias, contribuindo assim para o grande equívoco em que estas eleições, mais uma vez, se transformaram. Tal postura dos partidos políticos manifestamente desrespeitosa para com a exigência, a que estão adstritos, de elucidarem os eleitores da essencialidade destas eleições, e da apresentação de um concreto projeto interventivo facilitador da ne-
cessária construção europeia, tem potenciado a desmotivação de quem devia votar e exercer esta sua prerrogativa cívica, desde logo por se não sentirem suficientemente informados e motivados a fazê-lo. É, sem dúvida, constrangedor, o reiterado grau de abstenção verificado na participação dos eleitores nas eleições europeias, deixando que a representatividade nacional no Parlamento Europeu deixe de traduzir, com a conveniência justificável, o real sentimento dos portugueses quanto às verdadeiras questões com que a Europa se debate. Urge claramente que os dirigentes partidários alterem o paradigma da importância que votam a processo eleitoral tão influenciador da vida nacional, interessando-se, de forma crescente, pela formulação de uma campanha ver-
dadeiramente formativa e informativa, capaz de convocar todos os eleitores para as inultrapassáveis e globais questões europeias, onde participem ativamente na escolha de quem melhor os represente na definição da melhor solução para tais questões. O CDS não deixa também de ter a sua quota-parte na desvirtuação da importância dos temas europeus, competindo-lhe cooperar com as demais forças partidárias no “reabilitar” da essencialidade específica que as eleições europeias representam. Apesar de assim ser, tem mostrado ser um partido profundamente europeísta, aberto ao necessário avanço da integração e confluência de propósitos, onde todos beneficiem, concertadamente, das mais-valias de uma interacção comum.
A reabilitação urbanística ao serviço da resposta social Bruno Pacheco | BE
Como bem expressam os estudos de apoio à elaboração do Plano Estratégico de Habitação, a “dinâmica do parque habitacional português caracteriza-se fundamentalmente por um elevado ritmo construtivo, uma percentagem crescente de ocupantes proprietários a par de uma fraca dinâmica do mercado do arrendamento ou uma percentagem elevada de fogos vagos, dos quais um peso significativo se encontra em estado de degradação”. Nos últimos quarenta anos assistimos a um ritmo fortíssimo de crescimento do parque habitacional. Cerca de 63% dos alojamentos foram construídos entre 1971 e 2001, assumindo um valor sempre superior ao aumento do número de famí-
lias residentes: em 2001 existiam, em média, 1.4 alojamentos por família. Entre 1990 e 2005, entre 75% a 85% dos fogos concluídos para habitação referem-se a construções novas, assumido em 2005 um valor de 93%. Estes dados mostram a insipiência do segmento de reabilitação em Portugal, ao contrário do que se passa na maioria dos países europeus onde o peso da nova construção tem vindo, gradualmente, a diminuir a favor da recuperação do edificado. Até ao ano de 2000 a reabilitação de fogos para habitação não ultrapassou os 4% dos fogos intervencionados, tendo aumentado para os 7% em 2005, Gondomar não é diferente relativamente ao panorama
geral do resto do país. Nesse sentido o Bloco de Esquerda defende um conjunto de medidas capazes de mudar o paradigma que se vive no nosso concelho. A necessidade de reabilitar o edificado existente e é grande, especialmente no centro do nosso concelho onde a degradação física é mais evidente. A aposta na nova construção ao invés da reabilitação urbana tem significado o aumento dos fogos devolutos. É urgente reabilitar estes fogos e colocá-los disponíveis para habitação, esta medida irá permitir ao município dar resposta aos mais de três mil pedidos de habitação social. Como refere o estudo de diagnóstico realizado
no âmbito da Estratégia Nacional de Habitação, a reabilitação urbana tem assumido, no contexto europeu, uma “importância relevante como vetor da gestão do território, contribuindo de forma decisiva para a competitividade local (via melhoria da coesão económica e social dos territórios-alvo), sendo o Estado, na maior parte dos países europeus, o principal agente (facilitador/executor/regulamentador) deste segmento da construção civil”. À semelhança do que acontece na maioria das cidades europeias, Gondomar precisa de assumir a reabilitação urbana como uma prioridade ao nível das políticas de habitação e dos programas de investimento público.
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