Edição de junho de 2019

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Ano 14 - n.º 156 - junho 2019

Preço 0,01€

Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Pedro Santos Ferreira

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Elói Viana: “Gondomar é o centro da ourivesaria a nível nacional e para isso muito contribuiu o CINDOR”

Sociedade José Milhazes vem às Conferências de Gondomar > Pág. 15 Paulo Gonzo e Fernando Rocha vão animar as Festas de Rio Tinto > Pág. 17 Toy atua em Fânzeres a 11 de agosto > Pág. 23

Política Tribunal de Contas possibilita a Gondomar saída do sobreendividamento > Pág. 37 Junta de Fânzeres e São

> Págs. 24 e 25 • Entrevista exclusiva ao responsável pela criação do CINDOR • É um dos mais reputados ourives do concelho e dedicou 50 anos ao setor

Pedro da Cova entregou 10 mil postais pela remoção dos resíduos a António Costa > Pág. 38

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2 VIVACIDADE JUNHO 2019

Editorial Foto DR

José Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT

Caros leitores,

SUMÁRIO:

FICHA TÉCNICA

Breves

Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06

Página 4

Sociedade

Páginas 6 a 31

Destaque

Páginas 24 e 25

Cultura

Páginas 32 a 34

Política

Páginas 35 a 38

Desporto

Páginas 40 a 42

Lazer

Página 44 Opinião Páginas 46 e 47

PRÓXIMA EDIÇÃO 25 JULHO

Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE241A) Redação: Pedro Santos Ferreira (CP-10017) Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 Paginação: Rita Lopes Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435778 Baguim do Monte Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/ vivacidade NIF: 507632923 Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 Sede do Editor: Travessa do Veloso, nº 87 4200518 Porto Colaboradores: Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Inês Borges, Isabel Santos, Joana Aleixo, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Paulo Silva, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves e Sofia Pinto. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio: www.vivacidade.org Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar E-mail: geral@vivacidade.org Agenda: agenda@vivacidade.org

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org Achei muito mal que o Município de Gondomar tivesse entregue um serviço público como a gestão dos resíduos e as limpezas das estradas a uma empresa privada. Mas pior estamos quando esta empresa privada, há anos que anda a aplicar herbicida cancerígeno, que nos anda a matar a todos, nos meios rurais, junto das hortas e jardins das pessoas. E não há um só motivo válido para que se apliquem herbicidas nas zonas rurais, como a freguesia de Melres e Medas, onde vivo. É preciso não haver qualquer sensibilidade ambiental para que câmaras municipais como a nossa ainda recorram a estes métodos para limpar as ervas.

Foto DR

As alterações climáticas estão aí para ficar. Escrevo este editorial num avançado dia de junho, escassos dias depois do início do verão e com chuva, nuvens e até algum vento pronunciado. E frio. Lembro-me bem do tempo em que as estações funcionavam. Em que o inverno era inverno e não havia neve em maio, nem dias com 35 graus em fevereiro. Os impactos das alterações climáticas na agricultura podem ser enormes e dramáticos, não havendo projeções fiáveis que nos façam melhorar a capacidade de decidir. Uma coisa é certa, temos castanheiros e amendoeiras a serem plantados em locais onde antigamente só havia pinhal e temos vinhos cada vez mais elaborados e com graus maiores. Ou seja, o ser humano, como fez toda a vida, percebe a ameaça e procura aproveitar as oportunidades que existem por trás da ameaça.

Quando “descobrimos” as alterações climáticas chamava-se “aquecimento global”. Aquecimento global é um nome terrível, alterações climáticas é politicamente muito melhor. Mas não se enganem aqueles que apenas vêm o lado menos mau destas alterações, é absolutamente crucial que todos os seres humanos se preocupem e, mais do que se preocuparem, que tomem ações concretas e estruturadas para diminuir a velocidade (ou até inverter) do aquecimento global, pois se nada fizermos (todos), vamos sucumbir nas próximas gerações. Começa pelo Estado. Pelos Governos. Mas acaba nos cidadãos. Todos. Porque só utilizando ao máximo as energias limpas e procurando reduzir plásticos e outros derivados dos petróleos - que produzem carbono ou o emitem, para serem capazes de funcionar, poderemos auspiciar um futuro melhor. Melhor é exagero. Só assim poderemos ter um futuro. Melhor ou Pior.

O Município de Gondomar anunciou, no fim do mês passado, que iria saldar a dívida à EDP que remonta a 1982. Após quatro anos de negociações, o Tribunal de Contas concedeu o visto à proposta de empréstimo para liquidação antecipada daquela dívida. Na prática, o Município deixa de ser uma autarquia sobreendividada, eliminando algumas limitações à sua gestão.

O leitor, Carlos Pinto

Mostrar ao mundo a filigrana de Gondomar BISTURI Toda a gente sabe que a filigrana portuguesa tem grande aceitação em todo o mundo. E entre os concelhos mais representativos desta área está Gondomar desde há muitas décadas. Mas também ninguém ignora que o Alto Minho concorre com Gondomar nesta arte, com grande projeção internacional, basicamente por força dos desfiles das Festas de Nossa Senhora da Agonia, em Viana do Castelo, para além de outros eventos onde o brilho do ouro assume grande resplendor. É sabido que a filigrana recebeu nos últimos anos um considerável impulso graças à imaginação do empresário de turismo Mário Ferreira, que nas festas de batismo dos seus novos navios tem convidado para madrinhas dos barcos figuras de alta exposição na imprensa internacional, por via sobretudo da música e do cinema. Ainda recentemente, na cerimónia de batismo do primeiro navio oceânico de Mário Ferreira, que

teve por madrinha a ex-primeira dama francesa e estrela de cinema e da música, Carla Bruni, o imaginativo empresário dos navios hotéis brindou Bruni com um coração de filigrana, tal como já havia feito em outro evento congénere, em semelhante cerimónia ocorrida no lançamento de um outro navio fluvial, no cais de Gaia. Desta última vez a festa foi nos estaleiros de Viana do Castelo. Mas como bom tripeiro que é, Mário Ferreira não disse se o presente fora desenhado e executado por artesãos minhotos ou gondomarenses. Deixou a dúvida, num gesto evidente de quem quis, neste caso por omissão mas sem ferir suscetibilidades, privilegiar as filigranas de Gondomar. Vem este tema à colação porque todos sabemos que hoje o marketing é a principal pedra de toque do sucesso de qualquer produto de qualidade. Ora, Gondomar tem na filigrana e na arte dos ourives,

uma poderosíssima arma de afirmação internacional. E por isso deve potenciá-la até aos limites do possível. Bem sabemos que tem havido grandes eventos, dentro e fora do país, para promoção destas nossas valiosíssimas artes. Mas também não ignoramos que é preciso ir ainda mais longe, com uma estratégia agressiva de promoção nacional e internacional. Se Viana do Castelo ocupa o palco público do maior desfile de filigranas nas suas festas anuais, Gondomar tem de arriscar mais, e mais alto, desta feita em eventos de grande mediatismo internacional. E como se trata de adornos sobretudo femininos para grandes momentos, que tal uma forte investida da filigrana e da nossa joalharia nos óscares de Hollywood, e no Festival de Cannes? Dir-se-á que é loucura. Nós diremos que é ousadia, porque sonhar não paga imposto…


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4 VIVACIDADE JUNHO 2019

Breves PortoCartoon chega à Casa Branca de Gramido Foto DR

A 21ª edição do PortoCartoon já chegou à Casa Branca de Gramido, onde se fixou com a mostra de “Tema Livre – Humor para a Cidadania”. São dezenas de cartoons que mostram a importância do humor num mundo em turbulência numa iniciativa organizada pelo Museu Nacional da Imprensa.

Obras de reabilitação da EB Marques Leitão vão avançar Foto DR

As obras de requalificação e modernização da Escola Básica Marques Leitão, em Valbom, foram consignadas no início deste mês. Assim, inicia agora um período estimado de execução de obra de 12 meses, que representará um investimento total superior a 500 mil euros, num processo de reabilitação integral interior e exterior.

A Run River – Escola Atletismo de Rio Tinto vai organizar o 1.º Torneio de Atletismo de Rio Tinto no dia 30 de junho, pelas 15h, na Quinta das Freiras. A prova contará com os apoios da Associação de Atletismo do Porto e da Junta de Freguesia de Rio Tinto.

CART organiza 2.º Torneio de Futebol Veterano O departamento de futebol veterano do Clube Atlético de Rio Tinto vai promover, no dia 29 de junho, o 2.º Torneio Quadrangular de Futebol Veterano. A prova contará, além da equipa do CART, com a participação das equipas do GD Paços de Brandão, CE Azul Cacia e FC Penafiel. A prova tem caráter solidário e reverterá a favor dos Bombeiros Voluntários da Areosa-Rio Tinto.

FIDES realizou 3ª Gala de Ballet no Auditório Municipal

Filme de Rui Simões foi lançado em DVD Foto PSF

No fim do mês passado, foi lançado o DVD do filme “Do Carvão aos Resíduos – o regresso a São Pedro da Cova”, de Rui Simões. O veterano realizador marcou presença na cerimónia de lançamento do filme, que teve lugar no auditório da Junta de Freguesia de São Pedro da Cova.

Isabel Santos foi eleita eurodeputada Foto DR

A gondomarense Isabel Santos vai representar Portugal no Parlamento Europeu. Recorde-se que a socialista é vice-presidente da Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação Europeia, ex-deputada da Assembleia da República e ex-governadora civil do Porto.

No dia 26 de maio, o Auditório Municipal de Gondomar foi palco da 3ª Gala de Ballet do FIDES – Orfeão de Valbom. A apresentação inspirou-se no clássico da Disney “A Pequena Sereia”, da autoria de Hans Christian Andersen. O espetáculo contou com direção artística de Beatriz Fidalgo e com a prestação de Jorge Sousa, da Professional Ballet School of Porto.

Associação Animais da Quinta festeja na Quinta do Passal A Associação Animais da Quinta vai comemorar o seu aniversário no Centro de Educação Ambiental da Quinta do Passal. O festejo serve ainda de evento solidário com caminhada e diversas atividades caninas. A iniciativa está marcada para 29 de junho, entre as 14h e as 18h.

Centro Social de Baguim promove arraial a 29 de junho O Centro Social de Baguim do Monte vai organizar um arraial no dia 29 de junho, pelas 17h, nas instalações desta instituição. Os convidados terão direito a porco no espeto, sardinhas, caldo verde, bifanas, sobremesas, sangria, caipirinhas, jogos tradicionais e música popular ao vivo. A entrada é livre.

Secundária de Rio Tinto associou-se a protesto ambiental

Posto de Pescado registou mais de 2500 lampreias Foto DR

Na época de 2019 foram registadas 2520 lampreias no Posto de Registo e Controlo de Pescado de Valbom, na Ribeira de Abade. Entre 28 de janeiro e 30 de abril houve 65 dias de marés, mais 16% do que na época de 2018. No período em causa, o volume de negócios global superou os 54 mil euros, o maior valor de sempre registado neste posto de pescado.

Tapetes florais estão de volta às festas de Fânzeres Foto DR

A União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova voltou a desafiar a população de Fânzeres a colaborar nos trabalhos de tapetes florais ligados às festas da Sra. Auxiliadora, Stª. Bárbara, S. Vicente, S. Tiago, Stª. Luzia e do Divino Salvador. Todos os contributos são necessários.

Run River organiza 1.º Torneio de Atletismo

No dia 24 de maio, na Escola Secundária de Rio Tinto, os alunos juntaram-se com o objetivo de alertar para as consequências das alterações climáticas. Este movimento teve como base uma onda verde e azul, entre outras dinâmicas incluindo uma ‘masterclass’ dirigida por Sara Antunes, com o tema “O que está a acontecer com o planeta?”.

Noite Branca aceita candidaturas para a animação Estão abertas as candidaturas para a animação da Noite Branca de Gondomar. Até ao dia 12 de julho, os interessados deverão enviar as suas propostas para o e-mail juventude@cm-gondomar.pt, através do preenchimento da ficha de candidatura.

PS foi o partido mais votado nas Eleições Europeias O Partido Socialista foi a força política mais votada nas Eleições Europeias no concelho de Gondomar, tendo registado 19458 votos (35,65%), à frente do PPD/PSD (com 10260 votos, 18,83%) e do BE (6211, 11,40%). O número de votantes foi de 57409 eleitores (37,23%), num total de 146126 inscritos. Os restantes 61639 eleitores integraram a abstenção (62,71%).

Sala D’Ouro volta a receber “100 Artistas” A Sala D’Ouro do Multiusos de Gondomar vai voltar a acolher a exposição de arte “100 Artistas” entre os dias 13 de julho e 4 de agosto. A iniciativa resulta de uma parceria da Associação Gens’Arte e Movimento Artístico “Gondomar à Frente”. A mostra terá entrada livre.

“Kits” do Laboratório Móvel chegam às escolas Os alunos das Escolas Básicas do Souto, Taralhão e Alto do Soutelo foram os primeiros a receber, no dia 17 de junho, os “kits” do Laboratório Móvel de Aprendizagem. Os Laboratórios Móveis de Aprendizagem são compostos por um conjunto de 26 tablets, acessórios e móvel bastidor, materializando a implementação nas escolas da Plataforma +SABER.

“Olhar o Passado – Memórias” é livro do mês em Rio Tinto A Junta de Freguesia de Rio Tinto distinguiu, nos meses de maio e junho, o livro “Olhar o Passado – Memórias” da riotintense Fátima Silva. A obra em destaque corresponde ao primeiro livro a solo na bibliografia da autora. O livro pode ser adquirido, com desconto (25%), na Junta de Rio Tinto.

Rita Light atua no Parque Urbano de Rio Tinto O projeto Rita Light vai apresentar-se ao público no dia 29 de junho, pelas 17h30, no Parque Urbano de Rio Tinto. Espera-se um concerto dentro dos estilos musicais Soul, Jazz, Funk, Blues e Pop que terá entrada livre.

Clube Gondomarense recebe “Não Cabe Mais Ninguém” O Clube Gondomarense vai receber, no dia 27 de junho, pelas 21h30, um espetáculo do projeto teatral Não Cabe Mais Ninguém, que irá interpretar a peça “Trouxeste o pão? Trolha D’Areosa nesse estado nervoso tão doente e agitado”. A iniciativa tem entrada gratuita.

Oficinas de Verão iniciam a 1 de julho As Oficinas de Verão da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova vão iniciar a 1 de julho e prolongar-se-ão até ao dia 26 do próximo mês. As atividades, dirigidas a crianças entre os seis e os 12 anos, vão ter lugar na Biblioteca de Fânzeres e no Museu Mineiro de São Pedro da Cova. As inscrições são gratuitas mas obrigatórias.

Torneio Gondocup 2019 já tem data O torneio de andebol Gondocup 2019 vai realizar-se nos dias 6, 7 e 8 de setembro, no Multiusos de Gondomar. A prova dedicada aos escalões de formação volta a contar com a organização do Clube Desportivo Rio Tinto.

Viagens de finalistas até dia 1 de julho A Câmara de Gondomar está, desde o dia 26 de junho, a levar os alunos que concluíram o 4.º ano do ensino básico a viajar num passeio de barco pelo rio Douro no percurso Marina do Freixo – Entre-os-rios – Marina do Freixo. A iniciativa perdura até dia 1 de julho e é válida para os alunos do ensino público e privado do concelho.


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VIVACIDADE JUNHO 2019

Gondomarenses lá fora

Sandro Teixeira: “Não há nada como o nosso país, o nosso clima, as pessoas… um pouco de tudo”

És natural do Porto, mas viveste grande parte da tua vida em Gondomar… Sou natural de Massarelos, Porto, mas vivi em São Pedro da Cova até aos três anos e depois mudei-me para Rio Tinto onde vivi até aos 29 anos, idade que tenho atualmente. O que te levou a estudar culinária e onde completaste a tua formação? Sempre tive um gosto enorme principalmente por comer, adoro comer! Sempre gostei de cozinha, mas o interesse pela confeção começou a surgir quando tinha cerca de 13 anos. Na altura estudava no Porto, mas morava em Rio Tinto. Todos

os dias fazia a viagem de comboio com a minha mãe que também trabalhava no Porto. Foi aí que comecei a ter de aprender a cozinhar porque os meus pais trabalhavam o dia todo, começando assim a surgir o gosto pela arte de cozinhar. Mais tarde, com 21 anos, entrei para a Escola de Hotelaria e Turismo do Porto (EHTP).

Foto DR

Aos 29 anos, Sandro Teixeira é chef do Six Senses Samui, na Tailândia, motivo que nos levou a questioná-lo sobre a sua experiência no estrangeiro. Ao Vivacidade, o cozinheiro principal considera-se uma pessoa extremamente simples e humilde, fanático pelo FC Porto “apesar da distância”, apaixonado pela família e pela gastronomia portuguesa.

Qual foi o teu primeiro emprego? O meu primeiro trabalho, foi como ajudante de cozinha/copeiro no Restaurante Foz Velha, antes ainda de ter entrado na EHTP. Após a EHTP, fiz o meu estágio escolar no Palácio do Freixo e trabalhei em sítios como o DOP, do chef Rui Paula, Vidago Palace, e com 23 anos fiz a abertura como chef do Hotel da Oliveira, em Guimarães. Trabalhei também no Restaurante Reitoria, no Six Senses Douro Valley e, por fim, no Six Senses Samui, na Tailândia, onde hoje sou chef principal.

guiram colocar-nos num voo e, felizmente, tudo se resolveu.

Que histórias curiosas podes contar-nos desta aventura no estrangeiro? Cheguei recentemente à Tailândia, por isso ainda não há muitas histórias para contar, tirando o facto que perdemos digo perdemos porque a minha esposa acompanhou-me nesta viagem - o voo de ligação entre Banguecoque e Koh Samui e ninguém da companhia falava inglês. Não foi fácil resolver a situação, até porque no dia seguinte era o meu primeiro dia de trabalho (risos). Três horas depois conse-

Ainda te lembras das tuas primeiras experiências? Quais eram as tuas referências nessa altura? Inicialmente eram coisas muito básicas. Pensando bem, acho que na altura não tinha grandes referências, só mais tarde quando entrei para a escola de hotelaria e comecei realmente a interessar-me por cozinhar é que começaram a surgir nomes como o chef Rui Paula, chef Helio Loureiro, chef Ricardo Costa, entre muitos outros.

Foto DR

> Sandro Teixeira é chef de cozinha na Tailândia

Como se deu a tua passagem de ajudante de cozinha para chef? Quem confiou nas tuas capacidades e como é que as demonstraste? Penso que o grande impulsionador da minha carreira foi o chef Rui Paula, com a minha entrada no DOP e mais tarde no Vidago Palace. Foram experiências fundamentais para a minha carreira. Em relação à minha primeira experiência como chef, foi no hotel da Oliveira, em Guimarães, e foi uma aposta de dois jovens irmãos, o Alfredo e o Carlos, que decidiram apostar em mim. Além disso, sempre fui extremamente trabalhador, humilde e estive sempre disposto a aprender. Como surgiu o convite para ires para a Tailândia? Eu já trabalhava na companhia Six Senses, em Portugal. Ao fim de um ano e meio decidi sair para ter a minha derradeira experiência na Ásia, e foi assim que surgiu o

convite para o Six Senses Koh Samui, na Tailândia. Após a minha decisão de sair, o diretor-geral falou comigo e propôs-me a oportunidade de fazer transferência para outro Six Senses, no qual surgiu o interesse por parte do Six Senses Koh Samui, na Tailândia. Aceitaste imediatamente o desafio ou obrigou-te a pensar? Aceitei imediatamente, sem pensar sequer duas vezes. Tens-te adaptado bem à cultura asiática? Sim, tenho-me adaptado bastante bem. É realmente uma cultura fascinante. Continuas a seguir as notícias de Portugal? Sim, em termos de notícias costumo acompanhar os principais jornais portugueses, é das primeiras coisas que faço todos os dias enquanto tomo o café da manhã. E de certa forma, hoje em dia, com o Facebook é extremamente fácil estar a par de tudo. Tens como objetivo regressar a casa? Quando? Ainda não tomei uma decisão sobre isso. Durante os próximos tempos vou-me manter por aqui, depois disso logo se verá. Por fim, a saudade é um mito português ou existe mesmo? A saudade existe mesmo! Não há nada como o nosso país, o nosso clima, as pessoas… um pouco de tudo, mas acima de tudo a nossa gastronomia, isso, sem qualquer dúvida, não há melhor que a nossa! ■


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Sociedade

“Somos muito acarinhados pelos visitantes [da Medieval de Rio Tinto] e gostamos desse retorno do público” Pelo sexto ano consecutivo, a dupla Onofre Varela e Isabel Andrade vai regressar às personagens fictícias rei D. Afonso Tremoço e rainha Dna. Constança Surbia, o casal real que durante quatro dias [12 a 15 de setembro] anima a Medieval de Rio Tinto, na Quinta das Freiras. Em entrevista ao Vivacidade, ambos mostram-se orgulhosos do sucesso deste casal e do crescimento do evento. Texto e fotos: Pedro Santos Ferreira

Como começou a estória do Rei D. Afonso Tremoço e da Rainha Dna. Constança Surbia? Onofre Varela (OV) – Eu inventei este casal pelo facto da lenda do rio Tinto ser anterior à dinastia de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal. Como uma feira medieval sem rei é como um jardim sem flores, considerou-se que devia existir um casal real. Contudo, tinha que ser um casal real fictício, por isso decidimos brincar com isso e criamos o casal D. Tremoço e Dna. Surbia com a sua filha, a princesa Amendoim, para assumirmos a brincadeira. Há quanto tempo dão vida a estas personagens?

> Isabel Andrade e Onofre Varela

> A Medieval de Rio Tinto vai decorrer na Quinta das Freiras

Isabel Andrade (IA) – Esta será a 10ª Medieval de Rio Tinto, por isso já fazemos este casal há cinco anos. Este será o sexto ano consecutivo. Nós já nos conhecíamos do grupo de teatro Sururus, por isso foi tudo mais fácil. Imaginavam que estas personagens chegariam até aos dias de hoje? OV – Tem funcionado muito bem. Durante a Medieval sentimos o carinho do público e dos próprios comerciantes. Existe uma boa cumplicidade entre nós que torna tudo mais simples. O retorno que recebemos tem sido muito positivo. As pessoas dizem-nos que gostam da nossa informalidade e alguns vêm para nos ver. No entanto, há um visitante que nos considera uma nódoa como casal real, mas é apenas um, por isso a estatística continua a ser positiva (risos). IA – Este ano vamos procurar ser uns reis

um bocadinho mais sérios, sem perdermos a nossa identidade. Somos muito acarinhados pelos visitantes e gostamos desse retorno do público.

momentos de improviso com os cavaleiros, que se meteram com as nossas meninas. Teve que ser o rei a acabar com aquele conflito. ■

Como são as vossas vidas nesses quatro dias de Medieval? OV – A minha mulher empresta-me durante quatro dias à rainha Dna. Constança Surbia (risos). São quatro dias completamente dedicados ao evento. IA – E eu cuido bem dele e deixo-o dormir a sesta. De vez em quando tentamos contactar com a nossa família, mas não é fácil porque os telemóveis estão absolutamente proibidos.

Nuno Fonseca: “Podem não ser os reis mais rigorosos e históricos, mas são certamente aqueles que mais interagem com os visitantes”

De que forma avaliam o crescimento desta Medieval? IA – Tem sido muito positivo para todos: organização, comerciantes e público. Também temos um sentimento de orgulho por ver a Medieval a crescer e somos reconhecidos depois, fora do evento, que é um sinal que isto deixa a sua marca. OV – O que importa é termos gente a visitar-nos. Há algum momento caricato que vos tenha ficado na memória? OV – Temos vários momentos e é o conjunto desses momentos que se torna engraçado recordar. Por exemplo, na edição anterior, durante “A Hora do Conto”, eu estava a fazer um desenho para os mais novos e um fulano da minha idade chama por mim e diz: “ó Onofre, tu és o Onofre, não és?” (risos). Ou seja, fui reconhecido, anos depois, pelos meus desenhos. IA – No ano passado também tivemos vários

Que mais-valia traz o casal real, Rei D. Afonso Tremoço e Rainha Dna. Constança Surbia, à Medieval de Rio Tinto? Temos que ser bons no nosso campeonato, quando não é assim, mais vale não tentarmos imitar os outros e dedicarmo-nos ao que fazemos bem. Por isso, não adianta imitarmos uma Viagem Medieval (Santa Maria da Feira), porque esse não é o nosso campeonato, como também não nos adianta estar sempre a revisitar as nossas figuras locais da lenda do rio Tinto ou da Infanta Dna. Mafalda, porque também são anteriores ao reino português. A Feira Medieval de Rio Tinto nasceu e cresceu com este casal real, dois reis “sui generis” e divertidos que outros eventos não têm e queremos que eles continuem a distinguir-nos de outras feiras medievais. Podem não ser os reis mais rigorosos e históricos, mas são certamente aqueles que mais interagem com os visitantes.


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VIVACIDADE JUNHO 2019

Sociedade

DDC Samsys 2019 superou limites e bateu recordes Foto PSF

No dia 6 de junho, a Academia Samsys promoveu a 8ª edição do DDC Samsys, o maior evento de desenvolvimento pessoal e profissional gratuito em Portugal, no Multiusos de Gondomar. Por lá passaram Tim Vieira, André Leonardo e Carla Rocha, entre outros oradores de luxo. Texto: Pedro Santos Ferreira

> Ruben e Samuel Soares, fundadores da Samsys

showroom, na qual várias marcas puderam interagir com os participantes do evento, pausas de ‘coffee break’ utilizadas para fazer ‘networking’ e assistir a diversas atuações e dinâmicas que criaram um ambiente e energia inigualáveis. “Foi o ano em que investimos mais na preparação, decoração e no painel de oradores.

Também ampliamos a zona de auditório para as pessoas conseguirem ter mais lugares sentados. Foram mais de nove meses de trabalho e grande dedicação a este evento. O esforço saiu recompensado”, admite o cofundador da Samsys. Quanto ao futuro, Ruben Soares traça o objetivo das 3000 presenças para a 9ª edição do Foto PSF

O DDC Samsys, evento anual gratuito, regressou ao Pavilhão Multiusos de Gondomar no início deste mês e juntou mais de 2500 pessoas, número recorde desta iniciativa, após oito edições concretizadas. Este ano o lema assentou na superação de limites e contou com vários convidados experientes na matéria: André Leonardo, CEO e fundador da Faz Acontecer; Tim Vieira, CEO da Special Edition (África) e Bravegeneration (Europa); Jorge Coutinho, CEO be:coach; Carla Rocha, CEO e fundadora Agência Carla Rocha Comunicação; Paulo Azevedo, ‘lifecoach’ e Luís Fernando, CEO da ALLCAN; “Apesar das condições climatéricas não terem ajudado esta edição, o feedback que ainda estamos a ter é fenomenal e já temos cerca de 700 inscrições para o próximo ano. Isso indica-nos que as pessoas sentem-se gratas”, começa por dizer Ruben Soares, co-fundador da Samsys. Ao Vivacidade, o responsável admite que o evento foi criado para “levar conhecimento às pessoas”. “Tudo começou como Dia do Cliente (DDC), no entanto, vamos mudar este acrónimo porque ele tem conotação comercial e acaba por distorcer o sentido que queremos dar à iniciativa. A partir do próximo ano o DDC passará a significar ‘Dia do Conhecimento’, porque na verdade é isso que fazemos, passamos conhecimento aos nossos visitantes. Além disso, queremos deixar de ter essa conotação comercial”, confirma Ruben Soares. Na memória fica mais um dia dedicado à boa energia, histórias inspiradoras e várias palestras sobre liderança, empreendedorismo e comunicação, que juntou empresários, oradores, clientes, amigos e potenciou novas parcerias. À semelhança das anteriores edições, o DDC Samsys 2019 voltou a contar com uma zona de palestras, para partilha de conhecimento e experiências, uma zona de

Dia do Conhecimento. O evento voltará a ter lugar no Multiusos de Gondomar e já tem data, vai realizar-se a 3 de junho de 2020. Recorde-se que o DDC Samsys surgiu em 2012, tendo inspirado à criação da Academia Samsys, que organiza iniciativas que se enquadram no âmbito de responsabilidade social da empresa. ■

Estudo “Happiness Works” volta a premiar a Samsys Mais uma vez, a Samsys voltou a ser distinguida como a segunda empresa mais feliz no estudo anual da “Happiness Works”. A empresa do setor das TI assegura, assim, a permanência em 2019 no segundo lugar da tabela. A flexibilidade de horário, a compensação por bons resultados ou o gozo de dias por ocasiões especiais são algumas das condições oferecidas pela empresa. “Isto trabalha-se diariamente com todo o respeito e valorização do trabalho de cada um e do ser humano”, garante Ruben Soares, em declarações ao nosso jornal.

> O conhecimento e a boa energia fizeram-se sentir em cima do palco


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10 VIVACIDADE JUNHO 2019

Sociedade POSTO DE VIGIA Manuel Teixeira

Professor universitário e investigador científico

O poder já está em leilão e vende tudo ao desbarato

Cerca de 200 pessoas participaram, no final do mês passado, na Conferência Ambiental – “Desafios e realidades para uma Economia Circular” realizada, no âmbito do Projeto Europeu GForce - Green Schools For Circular Economy, na Escola Secundária de Gondomar. Reduzir, reutilizar e reciclar foram as palavras que estiveram no centro deste encontro que juntou no mesmo espaço entidades portuguesas locais e municipais, comunidade escolar e os representantes do município turco de Espiye que têm vindo a implementar na sua região as boas práticas ambientais realizadas no nosso país. Práticas, essas, visíveis ao nível da Economia Verde e do projeto ECO-Escolas, do qual a Escola Secundária de Gondomar faz parte, e cujos alunos deram a conhecer o projeto que estão a desenvolver, inserido no Orçamento Participativo Verde. Na sua intervenção, José Fernando Moreira, vereador do Ambiente da Câmara Municipal de

Gondomar, lembrou que o Ambiente “é uma forte aposta deste Executivo que tem desenvolvido vários projetos para sensibilizar e consciencializar os cidadãos de que são necessárias mudanças urgentes nesta matéria”. Também António Braz, presidente da União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, sublinhou a importância de mudar “os padrões da nossa sociedade, mas também no mundo”, acrescentando que “parcerias como a que temos com a Turquia são importantes para ajudar a implementar nesse país o que de bom fazemos ao nível local e nacional para minimizar as agressões causadas contra o meio ambiente”. O encontro contou ainda com um debate, moderado por Bernardino Guimarães, e que juntou à mesma mesa Diana Nicolau (Lipor), Ana Carvalho (Centro de Educação Ambiental), José Marques (Campo Aberto) e Nuno Correia (projeto eco-escolas – Campanha bandeira verde). ■ Foto DR

Dia Mundial da Criança foi celebrado a rigor Nos dias 1 e 2 de junho, a Câmara Municipal de Gondomar voltou a preparar a zona de Gramido, em Valbom, para a maior iniciativa do concelho no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Criança. Mais uma vez, à semelhança de anos anteriores, predominaram os insufláveis, pinturas faciais, jogos tradicionais e outras atividades gratuitas pensadas, especificamente, para os mais novos. A principal novidade, a par do crescimento da feira de artesanato, foi a nova parceria com a Federação Portuguesa de Ciclismo, que visou ensinar as crianças a andar de bicicleta. Contudo, nem só em Valbom se assinalou a efeméride. Em São Pedro da Cova, na Escola Secundária, a União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova também preparou um dia inteiro recheado de atividades e pequenos momentos de animação para os mais novos. A iniciativa voltou a contar com a adesão de centenas de famílias. Município lançou publicação infantil O Município de Gondomar lançou, no dia 1 de

junho, a publicação infantil “Vamos Descobrir Gondomar a brincar” dedicada à ourivesaria portuguesa. A publicação, com conteúdos apropriados para crianças entre os seis e os 12 anos, tem distribuição gratuita, limitada a 200 exemplares, e estará disponível na Loja Interativa de Turismo, instalada na Casa Branca de Gramido, em Valbom. ■ Foto PSF

1 – Em tempo de eleições, o poder político entra em leilão. Cada vez mais as pessoas decidem o seu voto a favor de quem pensam que lhe pode dar mais benefícios. O voto já não é do coração, não é da cabeça, é da carteira. E por isso, à medida que nos aproximamos da refrega eleitoral das próximas legislativas de outubro torna-se mais evidente o nervosismo dos partidos políticos que disputam as cadeiras do hemiciclo de S. Bento. Sem exceção, as diversas forças partidárias vão tornando evidentes as suas estratégias eleitorais, polvilhadas de juras e promessas. Dir-se-á que se trata da liturgia do poder, e que os partidos mais não fazem que não seja levar aos eleitores as suas mensagens, para os ajudar a escolher o que julgam ser as melhores opções para a governação do país. E, todos proclamam, com elevado sentido de ética e responsabilidade política! 2 – Para já, esta é a fase das disputas internas em torno da elaboração das listas de candidatos a deputados que cada partido vai apresentar. E logo neste processo dá para ver como as ambições pessoais justificam todo o tipo de atropelos, e as desforras e ajustes de contas do passado e do presente no interior dos partidos. Por estes dias e semanas assistiremos às denúncias dos indignados por serem excluídos das listas, como às aclamações exaltantes dos escolhidos… É claro que esta luta é mais visível nos maiores aparelhos partidários, particularmente nos clássicos partidos de poder do dito centrão. Mas com a criação da geringonça o mesmo vírus estendeu-se, ainda que em menor escala, também aos dois partidos muleta do atual governo socialista. E vamos até mais longe, pois até nos partidos satélites, ou recém nascidos, são já visíveis pequenas lutas individuais em busca de um lugar nas cadeiras do poder. 3 – Mas para além das disputas internas, o mais dramático é avaliar os discursos que já andam no ar, num chorrilho de promessas eleitorais que fazem arrepiar qualquer cidadão com algum sentido de responsabilidade sobre o futuro da nossa vida coletiva. Ficamos estarrecidos ao constatar a leviandade com que surgem certas promessas eleitorais, quando se sabe que a incerteza sobre a nossa economia é tão elevada. Cá como na União Europeia, e até nas grandes economias mundiais. Era de esperar que os líderes dos partidos com verdadeiro sentido de responsabilidade fossem um exemplo de comedimento e de sensatez, quanto falamos de compromissos governativos para futuro. Mas o que vemos é a montagem de um palco onde o poder entrou em leilão. Parece que o país está à porta de um paraíso económico, onde tudo abunda e tudo pode ser prometido. Parece que chegamos aos leiloeiros das feiras a vender cobertores, e a gritar: “venham senhoras que um é dado, outro é oferecido, e ainda leva mais um…”

Conferência ambiental uniu Gondomar a Espiye


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12 VIVACIDADE JUNHO 2019

Sociedade

Festas aos padroeiros São Pedro e São Paulo decorrem de 28 a 30 de junho Estão prestes a começar as festas aos padroeiros São Pedro e São Paulo. As atividades e concertos que completam o cartaz da iniciativa vão ter lugar entre os dias 28 e 30 de junho, em São Pedro da Cova. Os Santamaria atuam no último dia, pelas 22h.

creativa Cultural e Desportiva Vila Verde, o Grupo Folclórico e Etnográfico de S. Pedro da Cova, a Associação Recreativa Cultural e Social Silveirinhos, o Rancho Folclórico do Passal, a Associação Recreativa Desportiva e Cultural da Mó, o Centro Popular Trabalhadores Unidos e a Associação Recreativa e Desportiva "Os Leões de Tardariz". “Acreditamos que as marchas são o ponto alto destas festas porque envolvem toda a freguesia e várias coletividades. Foi uma dinâmica

criada há cinco anos e a Junta de Freguesia procura apoiar esta iniciativa, dentro das suas possibilidades”, destaca Pedro Miguel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. No último dia (30 de junho) a missa decorre às 8h e será seguida de um concerto da Banda Musical de São Pedro da Cova. A procissão solene sai à rua às 18h30 e o concerto dos Santamaria abre alas à sessão de fogo de artifício que encerrará as solenidades. ■ Foto PSF

As festas aos padroeiros São Pedro e São Paulo vão encerrar, da melhor maneira, o mês de junho em São Pedro da Cova. O cartaz, preparado pela Comissão de Festas local, conta com uma programação alargada que promete agradar a todas as idades. “Chegamos aqui com um grande trabalho. Todos os anos tentamos melhorar o cartaz, mas tem sido uma tarefa complicada

porque não temos grandes meios. Ainda assim, este ano conseguimos trazer os Santamaria”, começa por dizer Carlos Moura, da Comissão de Festas ao nosso jornal. No primeiro dia (28 de junho) vai realizarse a tradicional sardinhada e pelas 21h deverá ter início o Encontro de Folclore que contará com as participações do Rancho Folclórico do Passal, Grupo Folclórico e Etnográfico de São Pedro da Cova, Rancho Folclórico de Tardariz, Rancho Flor de Fânzeres e Rancho Folclórico de Fânzeres. Um dia depois (29 de junho) os Zés Pereiras do Passal vão dar os bons dias aos sampedrenses. À tarde, pelas 15h, decorrerá a entrega de prémios do 36.º Concurso de Quadras Populares ao São Pedro, que será sucedido por um concerto do Coro da Paróquia da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, na Igreja Matriz da freguesia. Às 19h há missa solene. Às 21h terão lugar as marchas populares de São Pedro da Cova, momento alto destas festas. Participam nas marchas a Associação Re-

Multiusos acolhe 2ª edição “Annularia noronhai” do Luxury Design foi descoberta & Craftsmanship Summit em São Pedro da Cova Nesta edição estão em destaque as presenças de fundações como Institut National des Métiers d'Art (INMA) e a Michelangelo Foundation com o intuito de trazerem o seu conhecimento e experiência no mundo do artesanato até Gondomar. O evento é apoiado e realizado em parceira com a Câmara Municipal de Gondomar com a missão de inspirar o mundo através do design e das artes. Note-se que na edição anterior marcaram presença empresas e marcas de renome como a Vista Alegre, Associação de ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP) e a Topázio, uma marca gondomarense de peças ‘premium’ em prata. ■ Foto Arquivo Vivacidade

O nome, em latim, pode soar estranho, mas está em causa a descoberta de uma nova espécie de planta que foi encontrada num lote para construção, em São Pedro da Cova. “Tem 300 milhões de anos, é um parente muito afastado da cavalinha e pode dizer-nos muito sobre o clima da época”, revelou Pedro Correia, investigador da Universidade do Porto e responsável pela descoberta. A designação “Annularia noronhai” representa, assim, uma homenagem ao geólogo português Fernando Noronha, professor recentemente reformado do departamento de Geociências da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. “É distinta principalmente pelas suas folhas com forma de lança, caracterizadas por mucros [ponta que determina certos órgãos vegetais] muito alongados”, acrescenta o investigador no estudo publicado na revista cientifíca “Historical Biology”. Para determinar que estavam perante uma espécie nunca antes identificada, os cientistas tiveram de comparar este fóssil com outros já descritos na literatura em todo o mundo. “Se encontrarmos características que as espécies mais próximas

não têm, então estamos perante uma nova espécie. Este processo é muito longo. Neste caso demorou nove anos a ser concluído e precisou da participação de cientistas internacionais, mais experientes”, concluiu Pedro Correia. ■ Foto DR

Está a decorrer o 2.º Luxury Design Craftsmanship Summit, um encontro dedicado ao artesanato de excelência, no Multiusos de Gondomar. Empreendedores, estudantes, designers e artesãos foram desafiados a participar e debater as novas tendências de mercado. Está de volta o Luxury Design & Craftmanship, evento promovido pelo Covet Group, que promove a discussão de novas tendências de mercado e um live ‘showcase’ liderado por mestres do artesanato com o objetivo de fomentar a interação com o público e de ser uma galeria de portas abertas com algumas das melhores peças produzidas artesanalmente em Portugal e na Europa.


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14 VIVACIDADE JUNHO 2019

Sociedade

Viva Prevenido Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália

O que é a fotofobia?

Dando continuidade ao projeto ERASMUS+ “Young Historians of Europe”, aprovado para o biénio 2018/2020, a Escola Secundária de Rio Tinto, entre 20 e 24 de maio, foi a instituição anfitriã de mais uma atividade de intercâmbio entre as escolas envolvidas. Durante uma semana, estiveram diretamente envolvidos nas atividades 20 alunos e 12 professores representando a Turquia, Grécia, Itália, Espanha e Malta, acompanhados por 25 professores e alunos portugueses. As atividades focaram-se na sensibilização para a importância do património local e mundial re-

conhecido pela UNESCO, através de workshops e visitas históricas a locais de importância reconhecida, tais como os centros históricos Porto e de Guimarães. Como é habitual neste tipo de iniciativas intereuropeias, os participantes tiveram a oportunidade de partilhar experiências e vivências multiculturais no âmbito do projeto e aprofundar conhecimentos linguísticos, assim como desenvolver a dimensão europeia e o conhecimento de tradições e costumes dos países intervenientes, num processo de intenso enriquecimento cultural. ■ Foto DR

Gondomar a Inovar: iniciativa focou-se na valorização das pessoas O Município de Gondomar organizou, no final do mês passado, o Gondomar a Inovar 3.0, que decorreu junto à Casa Branca de Gramido. A iniciativa focou-se, este ano, na valorização das pessoas, tendo por objetivo uma “melhor qualidade de vida” e “fazer as pessoas felizes”. A sessão de abertura contou, entre outras personalidades, com a presença da secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Maria do Céu Albuquerque, que destacou as vantagens do programa “Portugal Inovação Social”, em oposição às “velhas soluções para velhos e novos problemas”. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, destacou a importância do concelho, no ciclo político que agora se vive, se ter “voltado para o Douro”. O “ar de inovação”, associado a “políticas concretas e a formas diferentes de pensar e atuar” possibilitou ao concelho um empoderamento incontornável. O seminário internacional organizado pelo Município de Gondomar arrancou com um painel, moderado por Filipe Almeida, com as

participações de Susana António (Fermenta), Marta Horta (SAPANA), Eva Vóros (NESsT) e Johanna Scheurer (IHS-Impact Hub Switzerland). Destaque, ainda, para as apresentações da Associação Recreativa, Cultural e Social de Silveirinhos e para o projeto de inclusão social pela arte Tum Tum Tum. ■ Foto DR

Todos os dias os nossos olhos estão em constante exposição a radiações, sejam elas solares ou artificiais. A exposição excessiva destas luzes causa uma elevada sensibilidade ao nosso olho, podendo provocar graves danos. Quando esta sensibilidade ocorre também em ambientes com pouca luz dá-se o nome de fotofobia. A sensação de olho seco, a dificuldade em estar em ambientes claros, o constante lacrimejamento e vermelhidão ocular, são os principais sintomas desta sensibilidade excessiva. Todas as pessoas podem apresentar fotofobia independentemente da idade. No entanto, existem algumas causas que contribuem para uma maior probabilidade desta surgir. A pigmentação que dá cor à íris, com o nome de melanina, é a principal causa natural. Quanto maior for essa quantidade de pigmento, maior a proteção do olho. Desta forma, pessoas albinas e loiras têm uma maior disposição para serem sensíveis à claridade. Pessoas com astigmatismo podem também serem mais suscetíveis a fotofobia, uma vez que a sua principal característica é alteração do formato circular da córnea, tornando-a oval. Outras causas associadas são os fatores externos como a ingestão de medicamentos, o uso excessivo e inadequado de lentes de contacto e alergias, levam a que o nosso organismo fique mais vulnerável. Os cuidados com a fotofobia começam com a prevenção. A melhor forma de o fazer é procurar descobrir o que está por trás do sintoma. Deve consultar o seu profissional de visão para que este possa ajudar e aconselhar com mais precisão. Muitas vezes a solução passa pelo uso de uns óculos de sol com filtro de proteção ultravioleta. As cores nas lentes dos óculos de sol têm um papel que vai além do sentido estético, selecionam a quantidade de luz que chega aos olhos, apresentando por isso diferentes formas de proteção. Se tem estes sintomas não adie mais, aconselhe-se junto do seu especialista qual a melhor solução para si.

Jovens Historiadores Europeus debateram importância do património na Secundária de Rio Tinto

> Maria do Céu secretária de Estado do Desenvolvimento Regional


VIVACIDADE JUNHO 2019 15

José Milhazes é o próximo convidado das Conferências de Gondomar

No início do próximo mês, as Conferências de Gondomar, iniciativa organizada pela sociedade civil gondomarense, vão receber o jornalista José Milhazes, atualmente comentador político da SIC, Antena 1 e Observador. José Milhazes, 60 anos, natural da Póvoa de Varzim, é uma das caras mais conhecidas do panorama jornalístico português e um profundo conhecer da história recente da Rússia, tendo sido correspondente em

Moscovo de vários órgãos de comunicação social portugueses desde 2002. “O próximo convidado das Conferências de Gondomar é um dos jornalistas mais bem colocados e informados para interpretar as grandes transformações ao nível das ideologias políticas, posicionamento geoestratégico/militar e da ação pelo domínio tecnológico do mundo que operam no nosso tempo de forma inovadora a partir da Rússia. Essa é uma nova realidade que a sociedade atual ainda não compreendeu na plenitude, daí o interesse em ser conhecida e debatida”, afiança Agostinho Lemos, porta-voz da organização, ao nosso jornal. Por isso, o tema central deste encontro versa sobre “A Rússia na Europa de hoje” e terá como moderador da conversa entre convidado e público o ex-jornalista gondomarense, Paulo Silva, também ele especialista em jornalismo de política internacional. Questionado sobre a mais-valia desta iniciativa, Agostinho Lemos não hesita em apontar “a promoção do conhecimento, com conferencistas de renome e um público qualificado, fundamental para diversificar

os temas de forma a criar na sociedade, a partir de Gondomar, um melhor nível de participação e uma cidadania mais esclarecida”.

O encontro fica, assim, marcado para o dia 4 de julho, com início às 21h15, no Auditório Municipal de Gondomar. A entrada é livre até à lotação máxima deste espaço. ■ Foto DR

O jornalista, historiador e tradutor português José Milhazes vai participar, no dia 4 de julho, nas Conferências de Gondomar. O debate será moderado pelo ex-jornalista Paulo Silva e terá como tema principal “A Rússia na Europa de hoje”.

Sociedade

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16 VIVACIDADE JUNHO 2019

Sociedade

Valbom em teste nacional de Voto Acessível confrontadas com a impossibilidade de efetivar o seu direito ao voto”, lamentou o responsável da APPC. “Queremos que o voto em qualquer ato eleitoral seja acessível a todos! Não chega o Voto Eletrónico, que apenas resolve parte do problema. E muito menos ficamos satisfeitos quando nos dizem que, na impossibilidade de votar, o podemos fazer acompanhados”, referiu. Para Abílio Cunha a confidencialidade e universalidade do voto é a grande conquista ainda por atingir. Daí que, saliente, “esta é uma ferramenta” fundamental na acessibilidade ao voto por parte daqueles que, por questões físicas, de idade, ou de mobilidade, não conseguem utilizar o tradicional voto em urna ou, até, o voto eletrónico”. ■

No dia 8 de junho, o grupo de teatro da Escola Dramática e Musical Valboense encerrou a 35ª edição do Festival de Teatro Amador de Valbom (FETAV). Este ano a iniciativa teve como patrono o veterano ator e humorista Óscar Branco. Dois meses após a peça inaugural, a Escola Dramática e Musical Valboense assistiu à última peça da 35ª edição do FETAV. Ao Vivacidade, António Brandão, membro da direção da coletividade, revela que a durabilidade da iniciativa prende-se com “a qualidade dos grupos que atuam, porque isso faz com que todos os anos as pessoas tenham interesse em ver as peças”. Além disso, acrescenta, “a seleção dos grupos é feita com algum rigor”.

Este ano o festival ganhou ainda mais vida com algumas novidades, entre elas Óscar Branco, o patrono oficial do evento. “Ser patrono desta iniciativa tem peso e estaria a mentir se não dissesse que é uma grande honra e orgulho fazer parte deste evento”, afirma o ator e humorista. É de salientar que a Escola Dramática de Valbom nasceu em 1905 e é, por isso, uma coletividade centenária reconhecida pela qualidade das dinâmicas que apresenta ao seu público. Ainda sobre o FETAV, Avelino Pinto, presidente da Escola Dramática confirma que “este é um evento de cultura e que neste momento a cultura está em causa e devemos lutar por ela”. ■ Foto Joana Aleixo

Foto DR

A “Villa Urbana” de Valbom, unidade da Associação do Porto de Paralisia Cerebral recebeu, na manhã de 22 de junho, mais uma sessão de testes do Voto Acessível, ferramenta tecnológica que está a ser implementada e desenvolvida pela Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral (FAPPC) em parceria com uma empresa tecnológica de renome. Durante várias horas foram testadas, em ambiente real de voto, as distintas opções e funcionalidades do sistema. Os moradores da “Villa Urbana” testaram a resposta do sistema e aproveitaram para apresentar sugestões de funcionalidade dependendo das dificuldades que, mais ou menos, foram sendo confrontados quando efetuavam a simulação de voto (neste caso num sistema operacionalizado para a votação do Orçamento Participativo de um município). Abílio Cunha, responsável pela Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC), considera que estes testes de melhoria e o próprio sistema de Voto Acessível se podem assumir “como algo marcante na democratização e universalidade do voto”. “As pessoas com paralisia cerebral ou uma qualquer outra limitação física são frequentemente

FETAV: grupo de teatro residente encerrou 35ª edição

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VIVACIDADE JUNHO 2019 17

Sociedade

Paulo Gonzo e Fernando Rocha são cabeças de cartaz das Festas de Rio Tinto

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Feira de Artesanato de Rio Tinto, pelas 19h. Um terceiro momento de destaque na programação deste ano ficará a cargo da Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins, sediada em Rio Tinto, que irá contar com a atuação especial da cantora Sofia Escobar, no encerramento das Festas de Rio Tinto. As três iniciativas de maior dimensão vão ter lugar no Parque Urbano. A tradicional sessão de fogo de artifício

terá lugar às 24h do dia 13 de julho e a procissão sai à rua no dia 14 de julho, pelas 18h. "É justo realçar que existe um antes e um depois das Festas após a entrada da Junta na organização do evento. Dentro das nossas possibilidades tentamos chegar onde queremos. A festa está a crescer, claramente", afirma Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto. ■

> Paulo Gonzo

Foto DR

Estão prestes a começar as Festas de Rio Tinto, que prometem animar a freguesia durante 10 dias com atividades para todas as idades. Da programação, organizada pela Comissão de Festas de São Bento das Peras e São Cristóvão, Junta de Rio Tinto e Câmara de Gondomar, constam, em destaque, o concerto de Paulo Gonzo e um espetáculo de Fernando Rocha, mas há mais.

No dia 6 de julho a Orquestra Infanta Dna. Mafalda (15h) e o 19.º Festival de Folclore de Rio Tinto (21h30) vão atuar no palco do Largo do Mosteiro, dando início às festividades. Seguem-se diversas iniciativas – 4.º Encontro Internacional de Música Popular (7 de julho); 4.º Rio Tinto Karaoke (8 de julho); 5.º Rio Tinto Noite de Fados (9 de julho); Concerto Prata Latina (13 de julho) – que irão levar ao palco do Largo do Mosteiro centenas de pessoas. No dia 10 de julho, pelas 22h, Rio Tinto vai receber um mega espetáculo de ‘stand-up comedy’ “Pi 100 Pé”, organizado por Fernando Rocha, que terá como convidados Hugo Sousa, João Seabra e Gilmario Vemba. A entrada é livre e o evento vai ser gravado em vídeo para posterior transmissão no canal de YouTube de Fernando Rocha. Já no dia 12 de julho, pelas 21h45, as atenções estão voltadas para o concerto do cantor Paulo Gonzo, que trará a Rio Tinto os seus ‘hits’ “Jardins Proibidos”, “Diz que Sim” e “Quem Sou”, entre outras músicas bem conhecidas do público. Neste dia será também inaugurada a 18ª

Foto DR

De 5 a 14 de julho comemoram-se as Grandiosas Festas em honra de São Bento das Peras e São Cristóvão, em Rio Tinto. Do programa das festividades fazem parte um concerto do músico Paulo Gonzo e um mega espetáculo do humorista da terra, Fernando Rocha.

> Fernando Rocha

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18 VIVACIDADE JUNHO 2019

Sociedade

Alunos da ESG apoiaram crianças de Angola que durou todo o ano letivo, tendo começado logo no final do mês de outubro e terminado agora. Escolhemos uma Organização Não-Governamental, através da plataforma ‘GlobalGiving’, e decidimos apoiar uma causa de forma aleatória e democrática. Escolhemos um projeto com o objetivo de colocar alunos nas escolas de Angola e, felizmente, conseguimos angariar perto de 600 euros”, explica Vítor Fontes, um dos professores coordenado-

res do projeto. O trabalho colaborativo envolveu várias ações como, por exemplo, a organização de um torneio inter-turmas, cuja inscrição de cada equipa revertia a favor desta causa. Ao Vivacidade, Joana Cancela, diretora de turma 10.º13, faz um balanço positivo do projeto. “Os objetivos que nos propusemos a concretizar no início do ano estavam relacionados com a educação para cidadania e foram concretizados. Para além disso

os alunos gostaram imenso de participar nesta iniciativa”, assume a responsável. Quanto ao futuro, não está descartada a hipótese de dar continuidade, no próximo ano letivo, a uma nova edição do projeto “Unidos na Sustentabilidade”, que será aberto a novos parceiros e novas causas. No horizonte está também uma candidatura ao certificado de qualidade ‘etwinning’ que este projeto poderá vir a obter. ■ Foto DR

Foto DR

Os alunos da turma 10.º13 do Curso Profissional de Técnico de Gestão de Programação de Sistemas Informáticos participaram no projeto ‘etwinning’ Unidos na Sustentabilidade e contribuíram para a causa “Dar a 100 crianças de Angola a oportunidade de ir à escola”. A Escola Secundária de Gondomar contribuiu, no final deste ano letivo, com um apoio monetário para a causa “Dar a 100 crianças de Angola a oportunidade de ir à escola”. No total, foram doados cerca de 600 euros à Rise International, entidade impulsionadora desta ideia. “A ideia nasceu aqui e desafiamos outras escolas, na rede europeia ‘etwinning’, para desenvolverem em parceria o nosso projeto. Felizmente, houve uma escola italiana que aceitou esse desafio. Foi um trabalho

Gondomar acolhe 400 Músicos d'Ouro alunos que vão ingressar destacam-se na Mostra no ensino superior britânico PT2020 ingressa numa universidade, o possa fazer de forma mais suave e com o maior sucesso possível, de forma a que quando cheguem lá, o choque, que vai acontecer sempre, seja mais suave e tudo corra pelo melhor", frisou. O evento, que decorre das 9h às 17h, no Multiusos de Gondomar, está, segundo a responsável, dividido em dois espaços diferentes: um mais direcionado aos pais e encarregados de educação e outro dedicado aos alunos que, com 16, 17 e 18 anos, estão de partida para um novo país. Com um total de 1600 alunos inscritos, o evento volta a realizar-se em Lisboa no dia 7 de julho, onde a OK Estudante prevê receber 500 a 600 alunos e 800 a 900 pais. ■

O projeto Músicos d'Ouro, apoiado pela Portugal Inovação Social, vai estar em destaque na “Mostra PT2020 – Fazemos Portugal”, no dia 27 de junho, entre as 9h30 e as 17h, na Sala Tejo do Altice Arena. Filipe Almeida, presidente da Portugal Inovação Social, estará presente no evento, que contará também com a presença do primeiro-ministro, António Costa, do ministro do Planeamento, Nelson de Souza, e dos presidentes dos Programas Operacionais do Portugal 2020. Nesta mostra participarão também outros pro-

jetos apoiados pela Portugal Inovação Social, entre os quais: À barca, Rádio Miúdos e SPOT, exemplos de iniciativas inovadoras que estão a responder a problemas sociais concretos em várias regiões do país com recurso a financiamento da União Europeia. A Portugal Inovação Social é, assim, uma das entidades mais bem representadas neste evento que tem como finalidade apresentar resultados no quadro do Portugal 2020 e, ainda, dar nota das grandes prioridades para o futuro e das oportunidades de financiamento ainda disponíveis. ■ Foto DR

O Multiusos de Gondomar vai receber, a 30 de junho, o ‘Pre-Departure Orientation’ (PDO) para os cerca de 400 estudantes do Norte do país que ingressam no ensino superior britânico em setembro. Em entrevista à agência Lusa, Maria de Castro, diretora da OK Estudante, uma consultora académica especializada no Ensino Superior do Reino Unido, afirmou que o ‘Pre-Departure Orientation’ pretende "auxiliar" os 400 estudantes da zona Norte do país, na sua maioria do Porto, Vila Real e Coimbra, que vão ingressar, este ano letivo, em universidades do Reino Unido. "Este evento é um kit de sobrevivência para quem está de partida para o Reino Unido, que

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20 VIVACIDADE JUNHO 2019

Sociedade

União das Freguesias premiou vencedores do “Conta-me um Conto” Prémio Nacional de Poesia: propostas estão em avaliação “As obras candidatas ao Prémio de Poesia encontram-se a ser avaliadas pelo júri. Este ano tivemos 45 propostas, um número ligeiramente inferior à edição passada, mas estamos muito satisfeitos com a participação. O vencedor será conhecido no final de julho e a cerimónia de entrega de prémios será realizada em setembro”, conclui a autarca. ■

Negrelos, o Grupo Folclórico e Etnográfico de São Pedro de Paus, o Rancho Folclórico do Carregado e o grupo residente. Além disso, vão participar nesta edição ranchos da Croácia, Buriácia (Rússia) e México. A chegada dos grupos a Gondomar deverá ter lugar pelas 16h, sendo depois recebidas no Auditório Municipal de Gondomar pelas 18h. O início do festival está previsto para as 21h30. A entrada é livre. ■ Foto Arquivo Vivacidade

Universidade Sénior de Gondomar celebrou fim do ano letivo Como já vem sendo tradição, no passado dia 13 de junho, alunos, professores e colaboradores da Universidade Sénior de Gondomar despediram-se de mais um ano letivo (2018/2019) em festa. O Auditório Municipal de Gondomar esteve lotado para assistir às atuações das diferentes disciplinas que compunham o programa, tendo a novidade deste ano recaído na apresentação do evento realizada pelo Grupo de Teatro que pautou cada desempenho artístico com pequenos apontamentos humorísticos. Não faltaram momentos de música, de teatro, de dança e de canto protagonizados por alunos e professores que fazem parte do vas-

O 47.º Festival Internacional de Folclore Cidade de Gondomar já tem programa. O evento organizado pelo Grupo Folclórico de São Cosme vai ter lugar no dia 27 de julho, no anfiteatro do Largo do Souto, em Gondomar (São Cosme), e contará com a participação de quatro ranchos nacionais e três internacionais. No FolkGondomar D’Ouro 2019 participam o Rancho Etnográfico Santa Maria de

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A União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova registou um aumento da participação na 5ª edição do Prémio Conta-me um Conto, que contou este ano com 64 propostas a concurso. A entrega de prémios teve lugar no dia 28 de maio, no edifício da Junta de Freguesia de Fânzeres. Os premiados foram Renato Filipe Santos, com a obra “A tempestade” (1.º ciclo); Diogo Martins, com a obra “Detetive Cimbalino” (2.º ciclo); Beatriz Lascasas Sousa, com a obra “História de uma vida” (3.º ciclo); e Maria Inês Moura, com a obra “Outra vida” (Secundário). A par dos vencedores, foram também entregues segundos e terceiros prémios em todas as categorias, tal como várias menções honrosas. “A participação aumentou, tal como a qualidade das obras. Por isso, o júri decidiu atribuir várias menções honrosas, até para fomentar esse gosto pela escrita e essa vontade de participar em iniciativas como esta”, afirmou Maria José Cardoso, do executivo da União das Freguesias. Em comunicado, a União das Freguesias assume que “face ao sucesso e interesse por esta área cultural, a Junta vai continuar a promover e a incentivar o gosto pela escrita, através destes concursos literários”.

FolkGondomar D’Ouro: 47.º edição já tem cartaz

Programa de Apoio ao Movimento Associativo aceita candidaturas até 5 de julho

to leque de propostas curriculares oferecidas pela Universidade Sénior de Gondomar. A festa de final de ano contou com a presença de Aurora Vieira, vereadora da Educação do Município de Gondomar, de Eduardo Serrão, diretor do Centro de Emprego de Gondomar, do padre Alípio Barbosa, de Manuel Pinto, presidente da Federação das Coletividades de Gondomar, dos membros de executivo e vereadores da Assembleia de Freguesia da União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, entre outras individualidades e amigos. Uma noite bem animada, com uma pausa para as férias. ■ Foto DR

Está em vigor o período de candidaturas ao Programa de Apoio Movimento Associativo da Câmara Municipal de Gondomar. Desta forma, até ao próximo dia 5 de julho, as coletividades poderão submeter as suas candidaturas a este programa de apoio, que distribuirá, à semelhança do ano passado, um milhão de euros pelas associações do concelho. De acordo com o documento que regula o programa, “a Câmara Municipal de Gondomar, enquanto poder local e por isso mais próximo dos cidadãos, reconhece que o Movimento Associativo no concelho é dos melhores exemplos nacionais onde o trabalho voluntário e organizado da sociedade civil é mobilizador de processos de participação social, cultural, recreativo e

desportivo, processos de inclusão e respeito pela cidadania”. A nota do Município salienta também “a valorização das intervenções mais abrangentes e cada vez mais qualificadas fomentando aquelas onde a afirmação da identidade local caminha a par da inovação e da abertura a novas realidades e desafios”. No âmbito da atribuição do apoio será celebrado um contrato entre o Município e as associações beneficiárias, que entrará em vigor após a sua assinatura e vigorará até ao dia 31 de dezembro deste ano. Recorde-se que para beneficiar deste apoio as associações devem estar inscritas no Cadastro Municipal do Movimento Associativo de Gondomar. ■ Foto DR


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Sociedade

Junta de Rio Tinto lançou livro de fotografias da freguesia A Junta de Rio Tinto realizou, no dia 14 de junho, a sessão de lançamento do livro de fotografias com o título desta freguesia. A obra conta com fotografias de José Manuel Soares e texto de Ana Rita Soares.

mitiu-me homenagear o meu pai que guardou o espólio do seu irmão religiosamente”, refere. No livro podem ver-se os locais mais icónicos de Rio Tinto, bem como as suas gentes, coletividades e instituições sociais, culturais, políticas e desportivas. Para Nuno Fonseca, o livro “é mais uma prova que Rio Tinto somos mesmo todos nós”. “Neste livro podemos ver um bocadinho de todos as agentes que fazem a freguesia de

Rio Tinto, desde a Educação ao Desporto, Cultura, Área Social… a acrescentar a isso, é curioso a última fotografia estar relacionada com o novo passadiço que ainda não foi inaugurado, mas que nos dá uma ideia de continuidade e futuro desta cidade”, concluiu o autarca. O livro “Rio Tinto” será o livro do mês em julho e poderá ser adquirido no edifício da Junta de Rio Tinto ao longo do próximo mês. ■

> Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto

Foto PSF

Foto PSF

Editado em maio, o livro “Rio Tinto” foi apresentado em cerimónia pública este mês, numa sessão de lançamento realizada no Centro Cultural de Rio Tinto. A iniciativa contou com as presenças de Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia, José Manuel Soares, fotógrafo, e Ana Rita Soares. A obra pretende ser “uma pequena mostra de Rio Tinto e das suas gentes, que faz justiça ao passado ao presente e ao futuro da cidade”, de acordo com a nota emitida pela Junta de Freguesia local. Ao Vivacidade, José Soares, autor das foto-

grafias do livro, mostra-se satisfeito com o produto final que diz ter “um significado especial” pela ligação afetiva à cidade e pela herança familiar, “muito ligada a Rio Tinto”. “O meu tio, David Ferreira Soares, era um jornalista de Rio Tinto nas décadas de 30 e 40. Era um correspondente de Rio Tinto para o mundo e tinha um grande arquivo histórico e fotográfico de Rio Tinto, que procurei aproveitar. Além disso, este trabalho significou muito para mim, porque per-

> José Soares, fotógrafo

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22 VIVACIDADE JUNHO 2019

Sociedade OPINIÃO Marta Baptista

Telecomunicações no topo das reclamações

A dupla Camané e Mário Laginha foi cabeça de cartaz da mais recente edição da iniciativa Gondomar Jazz, impulsionada pelo Município de Gondomar. Os músicos atuaram, no dia 7 de junho, perante centenas de gondomarenses, no anfiteatro do Largo do Souto, em Gondomar (São Cosme). O cartaz ficou completo com as atuações da Big Band da Banda Musical de Gondomar, no terraço da Biblioteca Municipal, da Orquestra de Jazz de

Espinho, no anfiteatro do Largo do Souto, e da Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins, no Auditório Municipal. Recorde-se que pelo Gondomar Jazz já passaram músicos de renome nacional como, por exemplo, Júlio Resende, Laurent Filipe, Rui Massena, Maria João, Beatriz Pessoa, entre outros. Em 2020, a continuidade do evento está garantida. ■ Foto PSF

Há mais de 12 anos que as telecomunicações ocupam o primeiro lugar no ranking das reclamações. Em 2018, diversos canais de atendimento da DECO receberam cerca de 35 mil contactos sobre o setor das telecomunicações. Só nos primeiros quatro meses do ano, recebemos cerca de 12 mil reclamações.

Camané e Mário Laginha atuaram no Gondomar Jazz

Quais são os principais motivos de descontentamento neste setor? Os principais motivos de descontentamento e que levam os consumidores a procurar-nos são a fidelização e os custos associados, a falta de transparência nas alterações contratuais e a qualidade dos serviços. Que cuidados o consumidor deve ter na contratação de um serviço destes? A DECO aconselha a comparação de preços entre as operadoras, a ver o melhor plano que se adequa a cada consumidor, entre outros. Todas estas dicas e aconselhamentos sobre os cuidados a ter na contratação de um serviço estão disponíveis no nosso site: https://www.deco.proteste.pt/tecnologia/telemoveis/dicas/como-escolher-o-melhor-tarifario-de-telemovel

Em caso de dúvidas sobre os seus direitos, contacte a DECO (deco.norte@deco.pt) ou o Gabinete de Apoio ao Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar: gac@cm-gondomar.pt; 224 660 536. A DECO presta apoio presencial em Gondomar todas as sextas-feiras da parte da tarde.

A cadeia de retalho espanhola Mercadona decidiu apostar na abertura das suas lojas em Portugal e uma delas vai situar-se em Fânzeres. A inauguração do supermercado está agendada para 23 de julho. A maior cadeia espanhola de supermercados vai abrir portas aos seus clientes em Fânzeres, junto à estação de metro. Desta forma, no âmbito da gestão proativa com a sociedade em que se insere, a Mercadona tem realizado Sessões de Apresentação às comunidades de vizinhos próximas dos seus supermercados. Estas iniciativas consistem numa apresentação da empresa e dão a conhecer as futuras lojas. Por norma, estão programadas duas sessões por dia, uma de manhã, pelas 11h30, e outra à tarde, pelas 18h30, com a duração de uma hora. Cada

sessão conta com 150 participantes, mediante inscrição. As sessões de apresentação de Gondomar estão a decorrer até 5 de julho, no Centro Republicano e Democrático de Fânzeres. “Estamos a realizar estas sessões de esclarecimento ao público para que nos possam conhecer melhor. São momentos em que damos a conhecer os nossos produtos, o nosso conceito e modelo aos futuros clientes. As sessões são dadas pelos coordenadores das lojas em questão”, afirma Inês Santos, diretora regional de relações externas da Mercadona. Recorde-se que a empresa Mercadona é uma cadeia de supermercados familiar que se baseia num modelo de negócio de proximidade com o seu consumidor. A cadeia de supermercados espanhola quer abrir 10 lojas em Portugal até ao final deste ano. ■ Foto Pedro Barbosa

Existe já algum sistema simples e intuitivo que permita apresentar reclamações? Sim, existe. Atualmente, os consumidores querem soluções rápidas e eficazes. Por esta razão, foram implementadas novas funcionalidades no Portal Reclamar em www.deco.proteste.pt/reclamar. Este portal permite apresentar reclamações de forma simples e intuitiva.

Mercadona de Fânzeres inaugura a 23 de julho


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Toy vai atuar em Fânzeres nas Festas do Divino Salvador O músico Toy é o cabeça de cartaz das Festas do Divino Salvador, em Fânzeres. O espetáculo está marcado para o dia 11 de agosto, mas até lá há motivos de sobra para festejar.

convidado que agradasse à população. É esse o nosso objetivo e é para isso que trabalhamos todos os dias”, afirma Pedro Miguel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova e porta-voz da organização. Ao Vivacidade, o autarca admite que gostaria de ver em Fânzeres a criação de uma comissão de festas que fosse responsável pela organização dos vários momentos de celebração, con-

tudo, reconhece Pedro Miguel Vieira “não podemos impor que assim seja”. “Sabemos que tem existido um esforço nesse sentido e nós, enquanto autarquia, defendemos que as festas devem ter essa participação da população. Contudo, não sendo possível, não vamos deixar morrer as tradições e fazemos sempre este esforço por manter a organização das festas”, conclui. ■ Foto DR

As festas de Fânzeres arrancaram no dia 16 de junho com a Banda Musical de São Pedro da Cova a prestar homenagem ao Santo António num espetáculo sucedido pela tradicional procissão e missa campal. Seguem-se agora as festas em honra da Srª. Auxiliadora Santa Bárbara e São Vicente que terão lugar entre os dias 5, 6 e 7 de julho. Do programa fazem parte atuações da Associação Recreativa Flôr de Fânzeres (5 de julho), Duo Musical Rogério e Márcio, Banda Musical de São Pedro da Cova, Fanfarra dos Escuteiros de Fânzeres e Elite Band (7 de julho). A habitual procissão, missa solene e fogo de artifício

acontecem no último dia da iniciativa. Já no final do próximo mês, nos dias 26, 27 e 28, terão lugar as festas em honra de São Tiago e Santa Luzia. Do cartaz fazem parte um encontro de danças (26 de julho), o Duo OS | V Band (27 de julho), a Banda Associação Recreativa Eixense, a Fanfarra dos Escuteiros de Fânzeres e o artista Jorge Lomba (28 de julho). A procissão, missa solene e fogo de artifício ocorrem, igualmente, no último dia das festas. Até ao fecho desta edição não foi possível apurar o cartaz completo das Festas do Divino Salvador, contudo, a União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova e a Paróquia do Divino Salvador, entidades responsáveis pela organização das festas de Fânzeres, confirmaram que Toy será o cabeça de cartaz deste evento. Assim sendo, o concerto do músico de Setúbal terá lugar a 11 de agosto, pelas 21h30, junto à Igreja Matriz. “A vinda do Toy é um investimento que não é habitual, mas está inserido no 30.º aniversário da elevação de Fânzeres a vila. Nesse sentido quisemos ter o cuidado de procurar um

Sociedade

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O que é a Natur House? A Naturhouse, é especialista na área de reeducação alimentar, que consiste em “ensinar” as pessoas a alimentarem-se, de forma a atingir o seu objectivo de peso. Trabalhamos com a perda de peso, com o aumento de peso e claro com a manutenção de peso.

R ecentemente no passado dia 7 de Junho, abriu um novo centro de R eeducação Alimentar, que convidamos toda a população de Gondomar a visitar, Rua 25 de Abril, 326 Loja 209 - Piso 1 (junto à op cália) 4420-356 São Cosme - GONDOMAR Tlm. (+351) 914 533 527 Facebook: @naturhousegondomar E-mail: naturhouse.gondomar@outlook.pt

O método da Naturhouse trabalha de três pilares fundamentais: • O plano dietético personalizado, ou seja, o plano é elaborado especificamente para cada cliente, digamos que é um fato feito à sua medida, que vai de encontro às necessidades de cada cliente. • Cada cliente terá apoio nutricional de oito em oito dias (numa fase inicial, a chamada a fase de Seguimento), sempre conjugados com os s uplementos alimentares necessários para alcançar a sua meta/objectivo de peso. No caso da perda de peso, esta etapa é gradual e progressiva e o plano dietético é sempre analisado e conciliado com os suplementos alimentares. A duração desta fase varia, em função do seu objetivo e metabolismo individual, cada ser é um ser. • Ao alcançar o seu objectivo, entra na chamada fase de Estabilização, f ase esta, em que passamos a ter consultas de 15 em 15 dias. Esta fase, é uma fase muito importante da sua Reeducação Alimentar, fase em que a N utricionista consegue avaliar se de facto aprendeu a alimentar-se de f orma saudável mantendo o seu peso. Esta fase tem a duração de 2 meses, prefaz 4 visitas quinzenais. O consumo dos suplementos reduz gradualmente. • Manutenção, fase importante que deve ser cumprida, sendo que é 1 v isita mensal, e nesta fase apenas verifica se está tudo a decorrer dentro do valor do seu objectivo inicial de peso. São 12 meses de acompanhamento. A Naturhouse trabalha com suplementos alimentares à base de ingredientes naturais e especialmente formulados com extratos de plantas e frutas, minerais e vitaminas. T ambém contamos com produtos de alimentação ricos em fibra e com baixos valores em açúcares, poucas calorias, para ajudá-lo a desfrutar de uma alimentação equilibrada. N a Natur House primamos pela proximidade na relação com o cliente, de f orma a que se sinta sempre apoiado em todo o seu percurso de reeducação alimentar


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Destaque

Elói Viana: “Gondomar é o centro da ourivesaria a nível na

Francisco Elói Gomes Viana, 84 anos, natural de Gondomar (São Cosme), dedicou uma vida à sua arte, a ourivesaria. Criou a sua Associação dos Industriais de Ourivesaria e Relojoaria do Norte (AIORN) e responsável pela criação do Centro de Formação Profiss tração durante 25 anos. Motivos de sobra para a criação do Prémio Nacional de Ourivesaria Elói Viana, criado em 2018, pelo Muni espírito de iniciativa e projetos inovadores nas áreas da joalharia e ourivesaria. Texto e fotos: Pedro Santos Ferreira

Elói Viana é hoje um nome de peso na ourivesaria em Gondomar e em todo o país. Curiosamente a sua história começa em Gondomar (São Cosme), em que zona, mais concretamente? Eu nasci perto do Monte Crasto, em Gondomar (São Cosme). Vivi com os meus pais e avós maternos até aos oito anos e depois fui morar ali perto, já só com os meus pais. Portanto a minha vida foi sempre em volta do Monte Crasto. Mais tarde fui viver para Valbom, onde hoje resido, para perto dos meus filhos e dos meus netos, já depois de ter ficado viúvo. Recordando a sua infância, como era Gondomar nesse tempo? Bem diferente dos dias de hoje, sem dúvida. Cresci no Monte Crasto e brincava sempre na rua. Era uma realidade completamente diferente e mais rural. As crian-

ças, como eu, divertiam-se ali pelo monte e arranjávamos sempre forma de nos entreter. Aos fins de semana o Monte Crasto era visitado por muita gente, era uma grande atração do Grande Porto. O Porto ficava mais distante do que hoje ou os gondomarenses já procuravam muito a Invicta? Já havia essa ligação muito próxima. Os meios de transporte não eram tão rápidos e eficazes como hoje, mas posso dizer que completei o curso comercial na Escola Académica do Porto. Depois de concluir os estudos primários optei por começar a trabalhar com o meu pai na oficina de ourivesaria, mas desde cedo habituei-me a ir ao Porto. Portanto, a sua ligação à ourivesaria surge bem cedo… Sim, até porque os meus avós paternos e maternos já viviam da ourivesaria. O meu pai, José Alves Viana, deu continuidade a essa tradição familiar e eu viria a fazer o mesmo, anos mais tarde.

> Em 1984, Elói Viana impulsionou a criação do CINDOR

Tinham oficina em casa? Tínhamos, por isso era difícil resistir a esse apelo da ourivesaria (risos). Quando era pequeno já tinha curiosidade pelo processo de fabrico das peças ou não ligava tanto? Nem por isso, eu queria era brincar na rua (risos). Quando comecei a trabalhar com o meu pai já era muito ambicioso e fui responsável por introduzir novas técnicas que ele desconhecia até então. Acabei por frequentar algumas formações de técnicos alemães e foi aí que absorvi novos métodos que, inicialmente, o meu pai estranhou muito. Nessa altura o meu pai já tinha o hábito de registar todas as peças. Essa foi sempre uma característica nossa, nunca copiamos ninguém, mas fomos sempre vítima das cópias, inclusivamente de alguns “amigos” nossos, infelizmente.

> Atualmente, Elói Viana tem 84 anos

Com que idade vai para a oficina do seu pai? Com cerca de 15 anos começo a acompanhar o meu pai na oficina. Hoje arrependome de não ter continuado os estudos, por-

que nunca reprovei e não era mau aluno, mas a vida também não me correu mal. Não me posso queixar. Ainda trabalhei alguns anos com ele, até que um dia fiquei magoado com ele e decidi estabelecer-me por conta própria. Como foi esse início por conta própria? É sempre difícil. Comecei mesmo sozinho, com 18 anos, na oficina construída, curiosamente, pelo meu pai e pelo meu avô materno, depois lá consegui meter um funcionário comigo e a partir daí foi sempre a crescer. Chegamos a ser sete pessoas a trabalhar. O meu maior orgulho é nunca ter copiado ninguém e ter obrigado os clientes a respeitar-me sempre, que era uma coisa que eles não estavam nada habituados. Como era o setor nessa altura? Já era um setor muito fechado, com algumas atitudes incorretas, por vezes. Esta indústria foi muito maltratada pelo comércio. Havia uma cobardia


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Destaque

acional e para isso muito contribuiu o CINDOR”

a empresa e dedicou-se a esta atividade profissional durante 50 anos, além de ter sido presidente do Conselho Geral e da Direção da sional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria (CINDOR), criado em 1984, tendo sido ainda membro do seu Conselho de Adminisicípio de Gondomar, pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda e a Associação Nacional de Jovens Empresários, que visa distinguir o

Gondomar e a criação do primeiro curso de designers de ourivesaria em Portugal, orientado pela Escola de Designers de Glasgow, na altura uma das melhores do mundo.

maneira possível. Antes disso já tinha existido uma escola de formação na Escola Básica Marques Leitão, em Valbom, mas acabou por terminar. O CINDOR veio corrigir essa falha em Gondomar.

Que papel tem hoje o CINDOR, na sua opinião? É uma escola de referência no setor da ourivesaria. Desde cedo nos habituamos a ter alunos de todo o mundo, que nos procuravam precisamente pela nossa qualidade e rigor. Durante o meu tempo no CINDOR, fomos contactados por colegas brasileiros e espanhóis, inclusive do Japão. Temos a melhor escola de ourivesaria do mundo. Além disso, sempre teve formadores de grande qualidade e sempre lecionou com grande rigor, nas várias áreas. O CINDOR dos dias de hoje já não é o CINDOR do meu tempo, mas é uma instituição que me diz muito.

Então conciliava o seu trabalho com as responsabilidades no CINDOR e na Associação dos Industriais de Ourivesaria e Relojoaria do Norte (AIORN)… Sim, que me roubava muito tempo à família, além de ter sido jogador e treinador de voleibol na Ala Nun’Álvares de Gondomar, durante mais de 20 anos, dirigente do Clube Gondomarense e membro da Assembleia Municipal de Gondomar. Mas a minha família nunca me cobrou essa ausência e sempre demonstrou grande apoio.

Qual era a missão do CINDOR? Queríamos levar mais-valias ao setor, com novos protagonistas, formados da melhor

Entretanto foi pai… Pai e mais tarde avô. Hoje tenho duas filhas e um filho, todos engenheiros informáticos, curiosamente. Nunca me deram problemas, foram sempre bons alunos e sempre me apoiaram. Merecem o melhor da vida. Atualmente, a ourivesaria gondomarense tem recuperado o mediatismo de ou-

total dos meus colegas. Eu sempre lutei pela valorização e reconhecimento desta indústria e estive sempre ligado a organizações e associações do setor. Entretanto, em 1984, também acabei por estar envolvido na criação do CINDOR. Conte-nos essa história… Tudo começou na Agrindústria, quando falei com o ex-presidente da Câmara de Gondomar, Arlindo Neves. Desafiei-o a criar as condições necessárias para a criação de uma escola de ourivesaria em Gondomar. Felizmente ele aceitou esse desafio. Começamos numas pequenas instalações, com três salas, no Conjunto Habitacional do Monte Crasto, mas aquilo tornou-se exíguo em pouco tempo. Um dia, mais tarde, voltei à Câmara de Gondomar e disse-lhes que o ideal era construirmos um edifício de raiz para o que viria a ser o CINDOR, para o projeto conseguir crescer. Mais uma vez o Município acedeu e fez-se o CINDOR que conhecemos hoje. Entre as minhas grandes conquistas estão também a manutenção da contrastaria em

> Em 2018, viu ser criado o Prémio Nacional de Ourivesaria Elói Viana

tros tempos. Que análise faz da recente projeção e exportação da ourivesaria gondomarense? Gondomar é o centro da ourivesaria a nível nacional e para isso muito contribuiu o CINDOR. A par disso, é preciso que os nossos ourives percebam que o futuro é a exportação e quem não perceber isto, pode ter os seus dias contados. Quanto à filigrana, é uma arte nossa e felizmente soubemos preservar sempre essa arte. Espero que não se perca terreno para a filigrana injetada e que daqui em diante se saiba fazer a distinção entre a filigrana artesanal certificada e a filigrana injetada. Além disso, é crucial continuar a formar “enchedeiras”, que continuam a ser uma parte fundamental do processo de criação das peças. ■

Eunice Neves, diretora do CINDOR Dedicação à ourivesaria, visão estratégica e persistência. De entre tantos atributos de Elói Viana, estes são os que destaco na sua participação ativa no processo de criação de um centro de formação especificamente instituído para o setor. Consciente da importância da especialização dos recursos humanos das empresas de ourivesaria, empenhou-se na instalação do CINDOR em Gondomar, o que veio a tornar-se realidade na sequência da assinatura, em 1984, de um protocolo entre o Instituto do Emprego e Formação Profissional e a Associação dos Industriais de Ourivesaria e Relojoaria do Norte, de que era então presidente. É, pois, uma figura incontornável da história do centro!


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Sociedade

Viva Saúde Paulo Amado*

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia * Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Professor Doutor em Medicina e Cirurgia Mestre em Medicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIO TINTO

PPP – Parceiras Publico Privadas na Saúde

O Parque das Serras do Porto reúne as condições para integrar a Rede Nacional de Áreas Protegidas. A confirmação foi assegurada por Sandra Sarmento, diretora-regional do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas na reta final da 2ª edição dos Encontros com o Parque. Antes, já Marco Martins, presidente do Parque das Serras do Porto, tinha sublinhado, numa sala cheia na Quinta da Costa, o “grande ativo que está aqui ao lado do Porto” que “vale a pena preservar e tornar acessível a todos”. Para o também presidente da Câmara Municipal de Gondomar, o importante, agora,

é “passar a palavra”, porque, como disse, “o parque não é nosso, é de todos vós”. Já José Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Valongo, encontrou três palavras: emoções, ações e gerações. “É impressionante o poder destas serras, da natureza; andamos a fazer uma coisa que é muito rara, acreditem, não é fácil ter várias gerações e estão aqui muitas”, sublinhou o autarca. A jornada ficou concluída com a passagem do último vídeo da autoria do reputado fotógrafo e documentarista Paulo Ferreira. ■ Foto DR

Tem vindo a público a contestação - essencialmente pelo Bloco de Esquerda - de um ataque feroz a estas parcerias do sistema púbico de saúde e o sistema privado, com programas televisivos de tal forma “violentos” que transparece a intenção de ataque com segundas intenções, mais do que informar corretamente. Uma das cenas visionadas num canal de TV, em que uma familiar de um doente, percorre um campo de trigo com os braços abertos dizendo “que a sua vida não faz mais sentido” é de bradar aos céus. Tal, que me lembre, foi ideia de um governo anterior: a formação das PPP. Se calhar mesmo do engenheiro Sócrates, para que de uma forma que não implicasse tanto investimento de imediato pelo SNS em novos hospitais bem equipados e dignos de servir a população, e não propriamente dos grupos privados. Assisti à criação de uma unidade das PPP, nomeadamente o Hospital de Braga, e pareceu-me existirem cuidados por parte da entidade gestora em criar serviços de saúde de excelência. Vem agora alguém dizer que se deve acabar de imediato com o mesmo tipo de parceria, para quê? Levar o SNS a uma despesa para a qual não esta preparado? Tomara que o mesmo pagasse a todos os fornecedores o que deve, quanto mais meter-se em novas despesas. E no final, estimados leitores, estamos a falar de uma despesa com as PPP de 5% do total gasto pelo SNS. Sejam francos e sinceros, digam quais as intenções para depois analisarmos corretamente. O sistema público de SNS é algo que eu, como médico, me orgulho que o meu país seja pioneiro, mas temos de viver com a realidade que temos. Temos de incentivar um sistema misto para que a concorrência entre os mesmos favoreça a qualidade de saúde a prestar aos nossos pacientes. Até breve, estimados leitores…

Parque das Serras do Porto vai integrar Rede Nacional de Áreas Protegidas

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Associação Comercial e Industrial de Gondomar INSTITUIÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA

Comunicado A Direção da ACIG, Associação Comercial e Industrial de Gondomar, na sua reunião de hoje, dia 18.06.19, depois de analisadas as afirmações do Deputado Municipal David Santos, representante para a comunicação social do Movimento Valentim Loureiro, Coração de Ouro, efetuadas no editorial do Viva Cidade, na sua edição do mês de Maio / 19, referindo-se à nossa Instituição, vem por este comunicado demarcar-se das afirmações efetuadas. Afirmações que só podem ser de cariz pessoal, atendendo a que da parte da Direção desta Instituição não foi veiculada qualquer orientação nesse sentido. Sobre o versado, sabemos bem que, a C M G tem absoluta autonomia para fazer como quer ou entende! Pode a nossa Instituição discordar ou não mas, sobre isso, não nos pronunciamos! Gondomar, 18 de Junho de 2019 O Presidente da Direção Graciano Sebastião Cardoso Martinho


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Instalações da Lipor vão ter parque fotovoltaico

As instalações da Lipor, em Baguim do Monte, acolheram, no final do mês passado, a assinatura do contrato para a construção e operação de um parque fotovoltaico nas instalações da Lipor com a presença do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes e do secretário de Estado da Energia, João Galamba. Trata-se de um projeto “chave-na-mão” concebido pela Endesa, com um investimento por parte dos promotores privados de cerca de 1,5 milhões de euros que irá permitir, ao fim de 25 anos de exploração, uma poupança superior a três milhões de euros. O projeto de construção e operação do novo parque fotovoltaico nas instalações da Lipor

vai contar com a instalação de 2200 módulos fotovoltaicos de elevada performance, ocupando uma área total de 4256 metros quadrados, divididos em 3308 metros quadrados na cobertura da unidade fabril e 948 metros quadrados no espelho de água (túnel de compostagem), para uma potência instalada de 748 kWp (kiloWattpico). O projeto insere-se em regime de autoconsumo (UPAC) e executar-se-á num período de nove meses, desde a fase de licenciamento até à fase de operação. Com uma produção anual estimada de eletricidade de cerca de 1,1 GWh (um milhão e cem mil kiloWatthora), destinada, maioritariamente, ao autoconsumo da central de valorização orgânica da Lipor, explorada pela Hidurbe Serviços, este parque permite ainda um excedente de cerca de 40 MWh (quarenta mil kiloWatthora), que serão injetados na rede como energia limpa e renovável. A produção estimada representará uma poupança anual de 25%. A produção de eletricidade no novo parque fotovoltaico nas instalações da Central de Valorização Orgânica da LIPOR, correspon-

de ao consumo anual de cerca de 275 famílias, estimando-se que sejam evitadas cerca de 518 toneladas de CO2 equivalente por ano. Desta forma, com a criação desta Unidade,

a Endesa, a Hidurbe e a Lipor realçam a necessidade de unir esforços em prol de um futuro comum, onde a energia é mais limpa, mais eficiente e mais sustentável. ■ Foto PSF

No dia 31 de maio, a Endesa, Hidurbe e a Lipor uniram esforços em torno de um compromisso: a construção de um novo parque fotovoltaico nas instalações da Lipor.

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28 VIVACIDADE JUNHO 2019

Sociedade

Vem aí um novo ciclo para o Vivacidade Seis anos depois, Pedro Ferreira avança para um “novo desafio” profissional na área da Comunicação Texto: Paulo F. Silva

Podia ter entrado de mansinho na profissão de jornalista. Mas não. Em julho de 2013 integrou a equipa destacada pelo Vivacidade para uma entrevista de fundo ao então Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Valentim Loureiro. Exatamente seis anos depois deixa o jornalismo. Mas não a Comunicação. Entre o primeiro trabalho jornalístico como profissional e a última edição do jornal que ajudou a crescer e que agora está em distribuição há na vida de Pedro Ferreira uma sucessão de episódios de todo o tipo. Mas sempre com boa disposição e um sorriso. Aos 27 anos, o futuro será na senda de um “novo desafio”. O grande “culpado” de tudo isto foi o padrinho de batismo. Aos fins-de-semana, Américo Ferreira agarrava o jovem afilhado pela mão e lá iam pela manhã até ao Café Velasquez, ou ao Bom Dia, no Porto: o Jornal de Notícias para o adulto, O Jogo para o futuro jornalista. Da simples leitura ao recorte organizado de notícias foi um pequeno passo. A obsessão dos recortes valeu até hoje diversas brincadeiras caseiras, mas estava traçado o rumo de médio prazo. “Comecei a dizer, logo em pequenino, que queria ser jornalista, denunciar as injustiças da vida”. No final do Curso de Ciências da Comunicação, na Faculdade de Letras do Porto, o “padrinho” das lides universitárias, Ricardo Vieira Caldas, foi arrancá-lo ao estágio curricular que cumpria no Jornal de Notícias e Pedro Ferreira mergulhou diretamente na tal entrevista a Valentim Loureiro. “É inesquecível”, diz o jovem jornalista. “Na altura fazia vídeo, trazia essa novidade da Facul-

dade, e fui fazer o ‘teaser’ de lançamento da entrevista que, julgo, teve mais espaço até hoje no Vivacidade, seis páginas. Ficou uma marca, ainda hoje lhe chamo Mestre Caldas e qualquer semelhança com o ‘Star Wars’ não é pura coincidência porque, de fato, ele foi crucial nessa fase”. Um laboratório Nessa altura, Pedro Ferreira não conhecia os protagonistas da vida associativa, empresarial e política, apesar de viver em Gondomar desde os cinco anos. Hoje, conhece-os a todos e só não os trata por tu por uma questão de educação. Apesar de quatro anos a redigir a esmagadora maioria dos textos publicados, o ainda jornalista tem uma perspetiva curiosa: “Tenho pensado no assunto, curiosamente, e associo esse período a um laboratório que me permitiu experimentar, acertar algumas vezes e errar outras. Isto é um trabalho de equipa, mas orgulho-me de ter estado presente no nascimento do ‘Dia com…’ ou dos “Gondomarenses lá fora”, por exemplo, formatos que até aí não tinham sido experimentados”. Para isso muito ajudou, também, o facto

de dois anos depois de ter deixado de poder contar com o apoio ativo de Ricardo Caldas (que, curiosamente, viveu experiência idêntica com o primeiro jornalista do Vivacidade, Luís Ferreira). Mas além dos “canetas” (onde também se inclui Joana Nunes) há outras pessoas importantes para ele, desde logo os “ditadores” dos paginadores (José Vaz, Carina Moreira e, mais recentemente, Rita Lopes) e os comerciais com quem conviveu mais (Serafim Ribeiro, Tiago Nogueira e Pedro Barbosa). “O Vivacidade fala dos problemas da terra e as pessoas gostam disso, até porque nos criticam quando não o fazemos o que revela que elas estão atentas”, defende Pedro Ferreira, sem grandes dúvidas quanto ao que aí vem: “Por isso, acredito que o chamado jornalismo local, ou regional, pode dar resposta ao que os ditos nacionais não estão a conseguir, com edições cada vez mais curtas. Em Gondomar, e falando do que conheço melhor, o Vivacidade cumpre o seu desígnio e fá-lo com qualidade”. Um novo ciclo E a conversa do espírito de entreajuda, afi-

nal, é real. Mesmo com os parceiros da concorrência. “Foi sempre muito positivo esse espírito, aliás, como sempre me disseram que existia nesta profissão. Quando não estão uns, estão outros, até porque não é possível estar sempre em todo o lado, e ajudamo-nos de verdade. Também aprendi com eles, quanto mais não seja pela observação”. O balanço global é, pois, positivo. Mesmo pensando no recorde de 64 páginas da edição de Natal do ano passado… “Há coisas que ganhei, e outras que perdi e dentro destas também perdi coisas boas. Ganhei conhecimento dos temas, melhorei na capacidade de planeamento, gestão da agenda, antever cenários, perspetivar reportagens. Perdi o estudo que fazia dos temas antes de ir para o terreno”. O futuro passa por um “novo desafio”, explica com clareza. “Penso que é algo bom para mim, mas bom também para o jornal, porque quem vier trará, por certo, novas ideias, uma visão externa diferente, tal como sucedeu comigo. Será um novo ciclo”. ■


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Sociedade

Fatura da Águas de Gondomar mais simples e de fácil leitura mais informação para que possa saber tudo acerca do serviço prestado. Entre outras alterações, destacamos a simplificação dos valores totais dos serviços, a inclusão de valores médios de consumo diário, os novos históricos de leituras, o gráfico de consumos que lhe permita comparar com igual período do

Colónias Balneares vão levar 400 idosos ao Senhor da Pedra Entre os dias 29 de julho e 2 de agosto e 5 e 9 de agosto, a União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova vão levar 400 idosos deste território à praia do Senhor da Pedra, em Vila Nova de Gaia. À semelhança de anos anteriores, a iniciativa é dedicada a seniores que têm ou completam 60 anos até dezembro, que, estando interessados em participar, poderão, a partir do dia 1 de julho, inscrever-se nas secretarias da Junta da União das Freguesias, fazendo-se acompanhar do bilhete de identidade. Cada pessoa apenas poderá fre-

ano anterior, uma detalhada explicação dos consumos do período faturado, um maior detalhe de todos os documentos em aberto na sua conta-cliente e a informação da qualidade de serviços faturados (água, saneamento e resíduos), entre outros novos conteúdos”, detalha António Cunha, presi-

dente do Conselho de Administração, na carta que está a ser entregue aos gondomarenses. Muito mais do que um produto como a água, a nova fatura da Águas de Gondomar reflete o conjunto dos serviços prestados aos clientes e ao ambiente. ■ Foto DR

Seguindo as recomendações da Entidade Reguladora e indo ao encontro das sugestões apresentadas pelos seus clientes, a Águas de Gondomar elaborou um novo modelo de fatura, que apresenta neste mês de junho. A nova fatura detalha com clareza e transparência todos os serviços prestados, valores faturados e as entidades a que se destina o proveito desses valores. Entre as várias novidades destaca-se a simplicidade da leitura (sem esquecer o pormenor da análise detalhada dos consumos), valores médios de consumo diário, novos históricos de leituras, gráfico de consumos com comparação entre períodos homólogos e informação sobre a qualidade dos serviços de água, saneamento e resíduos. “Muito mais do que um produto como a água, a sua fatura reflete um conjunto de serviços prestados a si e ao ambiente. Por este motivo, simplificamos a comunicação resumindo valores totais dos serviços de forma destacada, mas introduzimos muito

Universidade Sénior de Rio Tinto comemorou 5.º aniversário

quentar uma semana e efetuar unicamente duas inscrições. “Sabemos que para alguns idosos esta é uma semana especial e de convívio. A solidão e o isolamento é algo que nos deve preocupar, porque é preciso percebermos que os mais velhos não são um fardo. Este tipo de iniciativas serve de alerta para esses casos. Além disso, muitos ainda não têm autonomia para se poderem deslocar para as praias, caso lhes apeteça”, conclui Pedro Miguel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. ■

e o trabalho desenvolvido por todos aqueles que apoiam e interagem com a USRT, mais especificamente os alunos, os professores, os funcionários, a direção e a Junta de Rio Tinto. “Os cinco anos de atividade da USRT são um enorme sucesso. Já temos vários grupos da USRT a fazer espetáculos fora de Rio Tinto: a tuna, o grupo de cavaquinhos, entre outros… Além disso, estamos a preparar o lançamento da “Sénior Magazine”, que será lançada na festa de final de ano letivo. É uma revista que vai retratar as atividades da USRT e terá outros temas relacionados com o público-alvo desta publicação”, conclui Nuno Fonseca, em declarações ao nosso jornal. ■ Foto Arquivo Vivacidade

Foto Arquivo Vivacidade

A Universidade Sénior de Rio Tinto (USRT) assinalou, a 3 de junho, no Centro Cultural de Rio Tinto, o 5.º aniversário da instituição, numa cerimónia que contou com a presença de alunos, professores e as atuações da Tuna da USRT e Orquestra de Cavaquinhos da USRT. Na parte institucional da cerimónia intervieram a diretora da USRT, Conceição Loureiro, do presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto e presidente do Conselho Executivo da USRT, Nuno Fonseca, e da vereadora da Educação do Município de Gondomar, Aurora Vieira. Todos salientaram o papel importante do projeto e o bem-estar proporcionado aos seniores de Rio Tinto, bem como o sucesso do mesmo


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Sociedade

Associação Dadores de Sangue de Gondomar comemorou 25.º aniversário A Associação Dadores de Sangue de Gondomar festejou, este mês, 25 anos de atividade e luta por uma causa que toca a todos: a dádiva de sangue. A festa fez-se no dia 17 de junho, na Casa da Culmieira, em Valbom.

te. Atualmente temos 3000 presenças por ano e realizamos 38 colheitas anuais em Gondomar”, explica o dirigente. No horizonte está a continuação “de um trabalho sério e rigoroso” que passará a ser divulgado “sobretudo nas escolas”, onde “é necessário angariar novos dadores a partir dos 18 anos”. No que diz respeito a Gondomar, de acordo com Vítor Freitas, “os melhores resultados têm sido obtidos em São Cosme, Fân-

zeres, São Pedro da Cova e Melres. “Rio Tinto tem estado abaixo das expectativas, mas reconhecemos que as pessoas dessa freguesia estão mais voltadas para o Porto do que para Gondomar”, afirma o responsável da ADSG. No próximo mês, a ADSG vai organizar duas colheitas de sangue, a primeira na EB 2,3 de São Pedro da Cova, nos dias 4 e 7 de julho, e a segunda na EB 2,3 de Baguim do Monte, a 20 de julho. ■ Foto PSF

Fundada em 1994, a Associação Dadores de Sangue de Gondomar (ADSG) está a festejar, este ano, o seu 25.º aniversário. A efeméride foi assinalada este mês num jantar, na Casa da Culmieira, que uniu fundadores, associados e dadores, entre outras entidades do concelho de Gondomar. Ao Vivacidade, o grupo fundador da coletividade – António Machado, Fernando Marçal, José Azevedo, Maria Tavares e Fernando Rio, entre outros – recordou o nascimento da ADSG que, numa fase inicial, de-

pendia do passa-palavra dos seus membros fundadores, sobretudo nas missas de todas as paróquias gondomarenses. Vinte e cinco anos depois existe um sentimento de dever cumprido. “Há mais motivos para alegria do que para tristezas, apesar de nos últimos cinco anos o número de dadores ter diminuído. Temos hoje um sentimento de dever cumprido porque fizemos sempre o nosso melhor”, afirma António Machado. Por sua vez, Vítor Freitas, atual presidente da direção da ADSG, considera que desde a fundação “a associação tem estado sempre em crescimento” e aponta a diminuição do número de dadores a fatores como “a quebra a nível nacional, a crise económica, a vaga de emigração e o fim da isenção das taxas moderadoras para os dadores”. “Em 2011 estivemos perto das 5000 presenças. A quebra começou a notar-se em 2012. Contudo, o balanço é positivo e sabemos que ao longo destes 25 anos salvamos muitas vidas. Não sabemos quantas, nem quem foram, mas temos a certeza que salvamos muita gen-

> Núcleo de fundadores da Associação

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Cultura

Ei Marionetas: 5ª edição vai chegar a todas as freguesias do concelho À 5ª edição, o Encontro Internacional de Marionetas vai cumprir um dos seus desígnios e, pela primeira vez, vai chegar a todas as freguesias do concelho de Gondomar. No total, vão ter lugar 54 espetáculos entre os dias 2 e 14 de julho.

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da dupla brasileira Daiane Baumgartener e João Sobral, é outro dos destaques da organização do Ei! Marionetas, e a estreia está agendada para o dia 6 de julho, pelas 21h30, no Auditório Municipal de Gondomar. O espetáculo repete no dia 7 de julho, às 19h, nos jardins da Junta de Freguesia de Melres. Questionado sobre a chegada do evento a todas as freguesias do concelho, Luís Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara de Gondomar, deixou claro que para o Mu-

nicípio “também é relevante que a iniciativa chegue, pela primeira vez, a todas as freguesias e que haja uma participação das coletividades e um envolvimento da comunidade local, quer através da sociedade civil quer através da comunidade educativa”. O EI! Marionetas 2019 teve um "apoio financeiro de 35 mil euros" para realizar esta 5.ª edição, sendo 20 mil euros verbas atribuídas pela Direção-Geral das Artes (dgARTES), concluiu a organização. ■ Foto PSF

No início do próximo mês arranca a 5ª edição do Encontro Internacional (Ei) de Marionetas, com a já considerada “maior e mais eclética” programação de sempre, de acordo com a organização. O evento foi apresentado no início de junho, na Casa Branca de Gramido, e passou a ser conhecida a programação completa, que irá contar com cinco países representados: Portugal, Espanha, Holanda, Canadá e Brasil. Os destaques desta edição são a estreia mun-

dial “Freaks & Geeks of Fleet Street” e, em estreia nacional, o espetáculo de música “Violetas Naif ” (Brasil), confirmou Filipa Mesquita, da Teatro e Marionetas de Mandrágora, em conferência de imprensa. "Freaks & Geeks of Fleet Street" é uma instalação performativa da companhia do Canadá Troy Hourie e tem estreia marcada para dia 5 de julho, às 18h, na Casa Branca de Gramido, com entrada gratuita, e nova apresentação no dia 13 de julho. A instalação performativa "Freaks & Geeks of Fleet Street" baseia-se na residência que a companhia artística do Canadá está a fazer em Portugal. “Temos sentido que o público acorre cada vez mais às iniciativas do festival. A nossa expectativa é que tenhamos excelentes casas. Temos sentido que há um público de Gondomar que está fidelizado com as nossas propostas, mas percebemos que os espetáculos dirigidos a adultos têm tido grande adesão, com pessoas a visitar-nos de todo o país”, afirmou Filipa Mesquita. Por sua vez, a estreia nacional do espetáculo de música com marionetas "Violeta Naïfs",

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Cultura

Diapasão são cabeça de cartaz do Festival Gasómetro 2019 Entre os dias 5 e 7 de julho, o Largo da Feira de São Pedro da Cova volta a receber o Festival Gasómetro que este ano celebra o seu 20.º aniversário. Os Diapasão são cabeça de cartaz desta edição. A Associação Estrelas de Silveirinhos está a preparar a próxima edição do Festival Gasómetro, que irá ter lugar nos dias 5, 6 e 7 de julho. Este ano cumpre-se o 20.º aniversário desta iniciativa e a efeméride levou a organização a preparar um cartaz especial. À semelhança das edições anteriores, o momento inaugural, no dia 5, será um espetáculo único e exclusivo, protagonizado pelos Stukas e Amigos, que vão aquecer o palco para um concerto de percussão intitulado “100 Baterias”. “Este ano vai ser, certamente, um ano de referência com o regresso dos Stukas e Amigos, que já atuaram no Gasómetro em 2015. No total, são três bandas que vão fazer uma boa abertura. Além disso, vamos ter um momento único que vão ser dezenas de bateristas a atuar em conjunto. Aproveito para reconhecer o apoio, mais uma vez, do Domingos Cardoso, um dos grandes mentores

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dos espetáculos de abertura do Gasómetro”, afirma João Martins, presidente da Associação Estrelas de Silveirinhos. No segundo dia do Gasómetro, sobem ao palco os Diapasão, liderados pelo vocalista Marante. A banda formada em 1980 vai substituir o músico Zé Amaro, que inicialmente estava previsto atuar neste dia. “Houve um pequeno imprevisto, por doença do artista Zé Amaro, que nos levou a fazer esta substituição, mas vamos ter cá o Marante e os Diapasão. É um grupo que queríamos ter há muito tempo e surgiu esta oportunidade”, afiança o organizador. Para o último dia está reservado o tradicional Sarau de Dança e uma atuação da associação Teatro e Marionetas de Mandrágora, inserida no Encontro Internacional de Marionetas. O recinto contará ainda com as habituais tasquinhas, insufláveis, capoeira e carrinhos de choque. Em jeito de balanço dos 20 anos de Gasómetro, João Martins assume “um crescimento e um grande salto qualitativo e quantitativo”. “Recordo que passaram por aqui bandas como os Ez Special, UHF, Mikael Carreira, Quinta do Bill, Lucas & Mateus, entre outros artistas do panorama nacional”, refere. No que diz respeito ao futuro, João Martins não dá como certa a continuidade do Gasómetro e admite que “é difícil continuar a assegurar o festival” com poucos apoios. Recorde-se que a entrada no Festival Gasómetro é gratuita. ■ Foto PSF


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Cultura

Banda Musical de Melres celebrou 95.º aniversário com inauguração do piano de cauda

A Banda Musical de Melres (BMM) está a assinalar, em 2019, os 95 anos de atividade. As festividades tiveram como ponto alto o programa preparado a rigor para o dia 19 de maio, que contou com um concerto da Orquestra de Guitarras da Escola de Música, uma atuação da Orquestra Ligeira da BMM “Los Búzios” e um concerto da BMM, acompanhada ao piano por Pedro Cunha. Em destaque esteve a inauguração do busto de homenagem ao ex-presidente António de Sousa Mota, o último dos irmãos Mota ao leme da BMM, e a inauguração do novo piano de cauda da filarmónica numa inesquecível atuação do pianista Pedro Burmester. “O piano de cauda era um dos nossos

Foto DR

Fundada em 1924, a Banda Musical de Melres, Instituição de Utilidade Pública, comemorou, no final de maio, o 95.º aniversário. A cerimónia teve como momentos altos uma merecida homenagem a António de Sousa Mota, ex-presidente da coletividade, e a inauguração do novo instrumento da filarmónica pelo pianista Pedro Burmester. > A inauguração do novo piano de cauda foi o momento alto da noite

maiores desejos, porque o anterior piano não se adaptava ao nosso auditório. A vinda do Pedro Burmester, aliada à inauguração do piano, foi um sonho concretizado. O espetáculo superou as expectativas porque no fim vieram dizer-nos que adoraram o concerto”, começa por afirmar Amadeu Madureiro, presidente da direção da BMM. Ao nosso jornal, o responsável pela coletividade passa em retrospetiva a história de uma associação “com um projeto cultural e formativo muito válido para o Alto Concelho e, mais concretamente, para a freguesia de Melres”. Nas instalações da BMM, inauguradas em novembro de 2005, Amadeu Madureira vê

uma garantia de futuro e um edifício “que mudou a Banda de Melres”. “Este edifício mudou a disponibilidade da associação para fazer grande parte das suas atividades. Aliás, é justo afirmar que a banda mudou completamente com a inauguração deste espaço. A acrescentar a isso, é uma aposta completamente ganha e que nos tem dado alguma sustentabilidade financeira, porque alugamos as salas do piso superior. No entanto, continuamos a precisar sempre dos apoios da Câmara e da União das Freguesias de Melres e Medas”, afirma o dirigente. Atualmente, a Banda Musical de Melres tem também uma Escola de Música com

mais de 100 alunos, que começou a funcionar a partir da inauguração das atuais instalações da coletividade e, acrescenta Amadeu Madureira, um dos objetivos passa por “certificar o ensino de música” nos próximos anos. O presidente da direção da BMM lamenta apenas a redução dos orçamentos das comissões de festas que vieram diminuir o número de espetáculos anuais “de 20 para 10 a 12 por ano”. No que toca ao futuro, Amadeu Madureira espera continuar a “levar o barco da Banda a bom porto” e, conclui, “se conseguirmos que ele continue nesta velocidade cruzeiro já não é mau”. ■ Foto DR

Foto DR

> Pedro Burmester estreou o piano

> A banda Musical de Melres encerou as comemorações


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Rio Tinto comemorou 24.º aniversário de elevação a cidade Foto PSF

Pelo 24.º ano consecutivo, no dia 21 de junho, as Juntas de Freguesia de Rio Tinto e Baguim do Monte uniram esforços para celebrar o decreto da Assembleia da República que, no dia 4 de agosto de 1995, elevou a vila de Rio Tinto à categoria de cidade. Este ano a sessão solene teve lugar no auditório da Junta de Freguesia de Baguim do Monte e contou com os tradicionais discursos políticos dos membros da Assembleia de Freguesia local [ver caixa]. Aos presidentes coube a palavra, para elogiar “a união e sinergia” existente entre riotintenses e baguinenses. “O título ‘cidade’ veio unir aquilo que momentaneamente um simples decreto separou. No entanto, o que nos liga a uma terra não são títulos honoríficos. Por isso, dizer que a cidade de Rio Tinto se comemora apenas uma vez por ano é não saber o que estamos a dizer. É preciso perceber que as duas freguesias caminham e evoluem lado a lado”, afirmou Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto.

Foto PSF

As Juntas de Rio Tinto e Baguim do Monte voltaram a unir-se para comemorar o 24.º aniversário da elevação de Rio Tinto a cidade. As medalhas de mérito foram entregues ao Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto e à Associação Cultural e Recreativa Estrela de Baguim.

Política

O que disseram os membros da Assembleia de Freguesia de Baguim Nuno Coelho, presidente da Assembleia de Freguesia: “Hoje festejamos 24 anos que um título honorífico uniu aquilo que 10 anos antes, em 1985, tinha sido repartido por um decreto-lei, quando Baguim do Monte saiu de Rio Tinto. Felizmente estas duas freguesias fazem hoje a cidade de Rio Tinto, com uma história comum e instituições que nos unem no dia a dia”

> Paulo Dias da Estrela de Baguim

> Jorge Magalhães do Dramático de Rio Tinto

Por sua vez, Francisco Laranjeira, presidente da Junta de Baguim, considerou que ambos os autarcas “estão empenhados no sucesso da cidade de Rio Tinto”, que esperam desenvolver em conjunto. O autarca baguinense salientou ainda o investimento e a aposta da Câmara de Gondomar em Baguim, neste mandato. Por fim, Luís Filipe Araújo, vice-presidente do Município de Gondomar, recordou que a cidade “não tem apenas 24 anos, mas celebra esta data à conta de um decreto”. “Para crescer é importante que esta cidade tenha caráter e identidade. Faltam equipamentos na Cultura, sabemos disso, mas estamos

convencidos que eles vão surgir. É evidente que numa cidade como Rio Tinto esses equipamentos fazem falta”, referiu o vereador da Cultura da Câmara de Gondomar. Coletividades foram homenageadas com medalhas de mérito No encerramento da sessão solene, a Comissão da Medalha de Mérito da Cidade de Rio Tinto atribuiu duas medalhas às coletividades Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto e Associação Cultural e Recreativa Estrela de Baguim. Os presidentes da direção de ambas as associações mostraram-se gratos pelo reconhecimento. ■

CDU - Vítor Teixeira: “Estas comemorações resultam da interação destas duas freguesias. Contudo, existem ainda diferenças na atitude de relação de pertença à cidade. Ainda existe o ‘eu sou de Baguim, eles são de Rio Tinto’. É aqui que começam as fragilidades que nos condicionam” Movimento Independente - Valentim Loureiro - Joaquim Fernando: “Mais importante que falar do passado é falar do presente e dos seus desafios. Importa ainda que Baguim não seja cidade de Rio Tinto só uma vez por ano”

Foto PSF

PSD - Rui Faria: “Vamos trabalhar em conjunto. Em 2020 vamos celebrar os 25 anos. Propomos que se comece a pensar nesse projeto já no dia 1 de julho, com as duas Juntas a preverem uma verba para celebrarmos essa data com a devida dignidade, num ano sem eleições. PS - Gabriel Silva: “Hoje compete-nos a nós lutar por um concelho, país e planeta em que seja possível viver. Exemplo disso são o parque urbano de Rio Tinto, a construção do intercetor e a tentativa de conceder acesso aos trilhos de Baguim do Monte”


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Política

GNR de Medas vai mudar-se para a Escola Básica da Lixa A medida trata-se de uma resposta a um antigo anseio da população que teve um passo decisivo em fevereiro de 2017, altura em que o Município aprovou a minuta do protocolo de cooperação que vai possibilitar a instalação do posto da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Medas na circunscrição territorial da sua área de atuação. Atualmente, o posto da GNR de Medas está instalado na sede do concelho,

em Gondomar (S. Cosme). O atual posto da GNR de Medas, num edifício no centro de Gondomar (S. Cosme), não reúne, há muito, as condições adequadas às necessidades daquela força de segurança. Por isso, o Município de Gondomar pretende reinstalar aquela força “para melhor servir às populações”, colocando-a na sua circunscrição territorial, que corresponde aos territórios de Jovim, Foz do Sousa, Co-

velo, Medas e Melres. Ao Vivacidade, Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, recorda a primeira reunião que teve com o Governo sobre esta matéria, em 2013, com o objetivo de reorganizar as instalações. “Foi um processo que demorou vários anos a ser resolvido, mas felizmente é mais uma medida que vemos concretizada e colocada ao serviço da população”, conclui o edil gondomarense. ■ Foto DR

Está confirmada a mudança da GNR de Medas para a Escola Básica da Lixa. A medida foi aprovada, por unanimidade, pelo executivo do Município de Gondomar e vai, por fim, corresponder a um dos maiores desejos da população de Melres e Medas. A Câmara Municipal de Gondomar deliberou por unanimidade, em reunião pública realizada, no dia 12 de junho, nas instalações em Medas da União de Freguesias de Melres e Medas, abrir um concurso público para a adaptação da antiga Escola Básica da Lixa a posto territorial da GNR de Medas. A obra, com um valor estimado de 952 mil euros, deverá estar concluída no prazo de um ano.

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Jornal Vivacidade 27/06/2019

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EDITAL

CARLOS ALBERTO SILVA BRÁS, VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DE GONDOMAR, no âmbito da delegação de competências que lhe foi conferida por despacho de 27 de Outubro de 2017: Faz saber que esta Câmara Municipal, em sua reunião realizada em 3 Abril de 2019, deliberou instaurar procedimento administrativo com vista à desafetação do domínio público da parcela de terreno, a seguir identificada: • Parcela de terreno com a área de 600,00m2, sita na Travessa Almirante Pinheiro de Azevedo e Rua Poeta Ary dos Santos, em Rio Tinto, a confrontar de norte com terreno municipal, nascente com cruzamento da Travessa Almirante Pinheiro de Azevedo e Rua Poeta Ary dos Santos, sul com Rua Poeta Ary dos Santos e poente com Alexandra Manuela Carneiro Martins. Assim, convidam-se todos os possíveis interessados a virem apresentar no Núcleo do Património desta Câmara Municipal, no prazo de 10 dias, de acordo com o nº 2 do artigo 86º do Código do Procedimento Administrativo, quaisquer impedimentos a que se julguem com direito, para que não se proceda à referida desafetação. Findo este prazo e, não tendo sido apresentada qualquer reclamação, a Câmara Municipal promoverá a desafetação da parcela de terreno em causa que, deste modo, será integrada no domínio privado deste Município. Para constar e devidos efeitos se publica o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de costume. Paços do Município de Gondomar, 16 de Abril de 2019 Por delegação do Presidente da Câmara O Vereador Dr. Carlos Brás


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Política

Tribunal de Contas aprovou empréstimo do Município de Gondomar para pagar dívida à EDP

O Município de Gondomar vai saldar a dívida à EDP que remonta a 1982. Quatro anos depois, entre negociações e burocracias, o TdC concedeu o visto à proposta de empréstimo para liquidação antecipada daquela dívida aprovada este ano em reunião de Câmara Municipal com três abstenções (duas da CDU e uma do PSD). Na prática, o Município deixa, finalmente, de ser uma autarquia sobreendividada, eliminando algumas limitações à sua gestão. Em causa está o endividamento da Câmara Municipal de Gondomar, no valor de 141 milhões de euros quando o executivo socialista tomou posse, em 2013. Depois de vários anos a abater a dívida, num total de 48,35 milhões de euros, a que se somam agora mais 20 milhões com a redução do valor a pagar à EDP, o executivo consegue, agora, passar a ter um “endividamento saudável”. “É uma conquista fundamental para o presente e para o futuro dos gondomarenses e um problema com mais de 30 anos que fica resolvido. Se não fosse a situação financeira, teríamos feito mais do dobro do que já concretizamos até hoje”, comentou Marco Martins, presidente do Município. Em 1997, a Câmara Municipal celebrou com a EDP um acordo para o pagamento de uma dívida de 70 milhões de euros durante duas dé-

Foto ARQUIVO VIVACIDADE

O Tribunal de Contas (TdC) aprovou o pedido da Câmara de Gondomar que visa o pagamento da dívida à EDP, dossiê que tinha sido chumbado por esta entidade em maio de 2018. O anúncio foi feito por Marco Martins, edil gondomarense, no final do mês passado.

> Tribunal de Contas coloca o Município numa situação mais confortável

cadas. O acordo previa que, naquele período, fosse pago apenas 30% da dívida (21 milhões de euros). A última prestação, 70% da dívida, seria de 48 milhões de euros. Num orçamento que ronda entre os 70 e os 80 milhões de euros, aquele pagamento bloquearia qualquer iniciativa municipal. Por isso, o executivo acordou com a EDP o pagamento único de 28 milhões de euros (a obter através do recurso à Banca), conseguindo um “perdão” de 20 milhões. O TdC negou, em 2017, o recurso ao crédito formalizado com a EDP, mantendo Gondomar no topo da lista das câmaras com maior endividamento e, simultaneamente, o maior devedor à EDP. Após várias reuniões com membros do Governo, da EDP e avaliação técnica e jurídica do acórdão, a Câmara Municipal aprovou, na reunião pública de 6 de fevereiro deste ano, nova proposta de empréstimo e submeteu-a ao TDC que agora concedeu o visto. A dívida foi liquidada a 26 de junho, num total de 28,8 milhões de euros

à EDP, obtendo o Município, desta forma, um “perdão” de dívida de 20 milhões de euros. Fica assim encerrado um “dossier” que se arrastava há várias décadas. “Foi uma batalha muito dura que conseguimos vencer” Ao Vivacidade, Marco Martins mostra-se satisfeito com o desfecho do processo EDP. “Conseguimos, acima de tudo, que Gondomar passasse para o verde as suas contas. No entanto, isso vai significar um aumento em dois milhões de euros por ano do Orçamento Municipal, ou seja, nós, em 2017, no verão desse ano, quando tínhamos de pagar 48 milhões de euros, deixamos de pagar a prestação à EDP que estava prevista e de 2017 até agora não pagamos, portanto, vamos ter de pagar durante 20 anos o empréstimo dos 28 milhões e vamos ficar com menos dois milhões de euros por mês. Na prática são 140 mil euros por ano para investimento, mas cá estamos para assumir esse compromisso”, conclui Marco Martins.

Movimento Independente - Valentim Loureiro, admite ter defendido sempre este acordo. “Na minha opinião, o Município fez um excelente acordo. Continuamos a pagar em prestações e conseguimos uma redução substancial da dívida”. Daniel Vieira, da CDU, também vê com bons olhos a solução apresentada pelo executivo socialista e lembra que os comunistas “sempre estiveram disponíveis para fazer parte de uma solução que não onerasse em demasia os cofres municipais”, não deixando de criticar a atuação da maioria socialista pela “pouca prudência” com que tratou o dossiê. Já Rafael Amorim, da coligação PSD/ CDS-PP, recorda que sempre esteve ao lado do executivo na solução agora aprovada. “Contudo, é preciso ter muito cuidado com o que o futuro nos reserva. Vamos ter uma pesada mensalidade a onerar a tesouraria da Câmara Municipal pelo que este executivo tem que ter a perfeita noção onde pretende gastar o dinheiro e quais as verdadeiras prioridades para os gondomarenses”. ■


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Política

União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova entregou em Lisboa 10 mil postais a exigir remoção dos resíduos O presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Pedro Miguel Vieira, entregou, no dia 19 de junho, 10 mil postais na residência oficial do primeiro-ministro para exigir a remoção total dos resíduos perigosos depositados na freguesia mineira.

dustriais perigosos provenientes da Siderurgia Nacional, que laborou entre 1976 e 1996, na Maia, foram depositadas nas escombreiras das minas de carvão de São Pedro da Cova. “No que diz respeito à iniciativa, fazemos um balanço muito positivo. Foi muito fácil chegarmos aos 10 mil postais assinados, numa medida que envolveu as pessoas, essencialmente de São Pedro da Cova e Fânzeres. Agora falta remover os resíduos. Enquanto não acontecer, vamos arranjar novas formas de luta”, promete Pedro Miguel Vieira, em declarações ao Vivacidade. A remoção de resíduos começou em outubro de 2014, mais de 10 anos depois, tendo terminado em maio do ano seguinte, com a retirada de 105.600 toneladas. De acordo com Pedro Miguel Vieira, o Governo transmitiu preocupação em resolver a situação, sem avançar com uma data para concluir a segunda fase de remoção de mais 125 toneladas resíduos – como crómio, chumbo e zinco. “O que precisamos da parte do Governo é que exista mais ação e menos palavras. Acreditamos

O executivo da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova entregou três caixas de postais, com cerca de 10 mil assinaturas das populações deste território a reclamar a remoção total dos resíduos perigosos das escombreiras de carvão de São Pedro da Cova. Em causa está uma situação que remonta a 2001/2002, quando toneladas de resíduos in-

que o Governo pode evocar o interesse público da retirada dos resíduos e contrariar esta impugnação do tribunal, que tem penalizado a população, a freguesia, o concelho de Gondomar e a região do Porto”, acrescenta o autarca. O Ministério do Ambiente, através do Fundo Ambiental, alocou 12 milhões de euros para a remoção total e o concurso registou sete candidatos. Em abril de 2018 foi anunciado que a empreitada terminaria este ano, mas em junho do ano

passado a retirada dos resíduos foi adiada, devido a uma impugnação judicial, que deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, instaurada por um concorrente que não ganhou o concurso. Este é um tema que tem gerado, ao longo dos anos, muita contestação da comunidade local, que já organizou diversas manifestações e vigílias. “Além da remoção, vamos lutar também pela requalificação do espaço e pela indemnização à população”, conclui Pedro Miguel Vieira. ■

CDU denuncia perda de duas praias fluviais

Rede de municípios europeus visitou Gondomar

A CDU Gondomar denunciou, no dia 15 de junho, a perda, em 2018 e 2019, de duas das três praias classificadas, mais concretamente Zebreiros (Foz do Sousa) e Melres. Numa iniciativa que contou com a presença da deputada do PCP na Assembleia da República, Ângela Moreira, os eleitos locais da CDU visitaram o areal de Zebreiros para exigir “medidas, fiscalização e vigilância nas praias de Gondomar” no primeiro dia da época balnear. “A falta de informação e o silenciamento por parte da Câmara tem uma dupla gravidade: i) a falta de segurança e a saúde pública das popula-

Autarcas e técnicos participantes no projeto “Da imigração à integração” foram recebidos, no dia 18 de junho, pelo presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, e pela vereadora da Educação, Aurora Vieira, no Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho. Nesta receção, Marco Martins destacou a importância do projeto, nomeadamente na criação de redes entre municípios, tendo em vista a discussão de problemas de interesse comum. “A Europa, especialmente os países do sul, têm urgentemente de repensar e resolver questões como as migrações”, frisou. Durante dois dias, os participantes do projeto discutiram, através de diferentes atividades, a

ções; ii) a cumplicidade com os responsáveis pelos focos de poluição”, acrescenta, em tom crítico, o comunicado da CDU. “Continuaremos a exigir informação da Agência Portuguesa do Ambiente sobre o funcionamento das ETAR's e sobre a fiscalização de todas as ligações ilegais, a exigir do Ministério do Ambiente um plano para a valorização do mais importante recurso hídrico da região, a exigir mais fiscalização das autoridades que fazem a gestão e fiscalização do Douro”, conclui a nota dos comunistas. Recorde-se que em Gondomar apenas a praia da Lomba continua a ser classificada. ■ Foto DR

real situação das migrações na Europa. As escolas secundárias de Gondomar e Rio Tinto e a Casa Branca de Gramido receberam debates, conferências e “masterclasses”, onde se debateram, entre outros, temas como as causas para a rejeição social e cultural dos migrantes e a promoção de um sentimento comum de pertença europeia. “Da imigração para a integração” é um projeto europeu, com 16 meses de duração, integrado no programa “Europa dos Cidadãos”. O projeto envolve participantes de 13 países europeus: Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia, Roménia, Hungria, Alemanha, Chipre, Letónia, Lituânia, Eslováquia e Malta. ■ Foto DR


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40 VIVACIDADE JUNHO 2019

Desporto

Beatriz Pinheiro recebe bolsa da Federação Portuguesa de Futebol

A apetência para o desporto da aluna Beatriz Alexandra das Neves Pinheiro, da turma TAGD1, da Escola Secundária de São Pedro da Cova, saiu recompensada com a atribuição, por parte da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), de uma bolsa de estudo que visa a promoção do mérito académico, a promoção da participação desportiva e a participação em projetos no âmbito da Cidadania e Desenvolvimento ou outros projetos tanto em contexto escolar como extraescolar. No currículo, Beatriz apresenta a prática de patinagem artística, como atleta federada, dança contemporânea, futsal, natação e taekwondo, bem como a participação em vários projetos

de Cidadania e Desenvolvimento relacionados com desporto em contexto escolar, tendo sido a única selecionada do distrito do Porto. “Foi o meu gosto pelo desporto que me levou a candidatar-me a esta bolsa. Apresentei o meu currículo, os desportos que pratico e as atividades sociais que já realizei. Sou atleta federada de patinagem e como aluna deste curso também faço muitas atividades de voluntariado, nomeadamente na Corrida São Silvestre, torneio de futsal, dia europeu do desporto escolar, caminhadas, entre outras iniciativas. Também pratico taekwondo, natação, dança e badminton no desporto escolar”, afirma Beatriz Pinheiro, em declarações ao nosso jornal. Por sua vez, Ana Rangel, diretora da Escola Secundária de São Pedro da Cova, admite que o tipo de apoio “ainda é desconhecido”, mas sabese que durará os três anos do ensino secundário. Já a mãe, Pompeia Pinheiro, mostra-se orgulhosa pelo mérito da filha e recorda o projeto ambicioso de Beatriz: a criação de um clube local de patinagem artística “para quem não tem oportunidade e capacidade financeira para praticar esta modalidade”. “Acredito que pode haver um apoio e uma ajuda para apoiar esta ideia. A Beatriz é um orgu-

lho imenso. É uma lutadora que nunca baixa os braços. Eu sem medo nenhum resolvi logo inscrevê-la e acreditei que seria selecionada. E foi. É um orgulho”, afiança Pompeia Pinheiro. A acompanhar o processo, Pedro Miguel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, considerou “reconhecimento e orgulho” as palavras certas para a atri-

buição desta bolsa de mérito. A atribuição da bolsa levou os 23 selecionados a ser homenageados pela FPF e a assistir ao jogo Portugal – Sérvia, no dia 25 de março, onde estiveram presentes os elementos do júri, bem como os representantes dos parceiros da FPF neste projeto, nomeadamente o ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues. ■ Foto PSF

A aluna Beatriz Pinheiro, da Escola Secundária de São Pedro da Cova, foi premiada com a atribuição de uma das 23 bolsas de estudo, que poderá prolongar-se até à frequência do 12.º ano.

Mário Carreira venceu Meia Maratona D’Ouro Run

Ricardo Mestre venceu Grande Prémio JN em Gondomar

O atleta Mário Carreira foi o 1.º classificado da Meia Maratona D’Ouro Run na categoria dos 21 quilómetros, após ter completado a prova com o tempo 1h15m51s. O pódio foi completado por Fernando Souza, Boavista FC, e Carlos Oliveira, Generali. No feminino, a vitória foi para Andreia Santos, do Município de Gondomar, seguida por Diana Sousa, RunRiver – Escola Atletismo de Rio Tinto, e Sandra Fonseca. Já na mini-maratona (10 quilómetros) os

O ciclista Ricardo Mestre (W52-FC Porto) manteve a camisola amarela na sexta e última etapa do Grande Prémio de Ciclismo JN, tendo completado os 187 quilómetros da prova em primeiro lugar, frente ao Multiusos de Gondomar, perante uma grande moldura humana. Na etapa, o triunfo foi para Joni Brandão (Efapel), mas os oito segundos que recuperou ao líder da prova não foram suficientes para se apoderar do primeiro lugar. Já por equipas, a W52-FC Porto sagrou-se vencedora, perante a presença de Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto. A fuga mais relevante, e que somou quase três minutos de vantagem, apenas aconteceu no último terço da prova. Com a aproximação à Barragem de Crestuma/Lever, António Gómez (Rádio Popular-Boavista), Tiago Machado e Álvaro Trueba (Sporting-Tavira), Jesús del Pino e Filipe Cardoso (Vito-Feirense-PNB) a W52 voltou a esbater as diferenças e o pelotão, partido em vários grupos, foi encabeçado por 16 corredores, incluindo Ricardo Mestre e Joni Brandão. Na zona da Casa Branca de Gramido, Joni

Brandão lançou a sua última cartada, trepando para mais um triunfo na etapa, ganhando seis segundos a António Gomez e oito a Daniel Silva (Rádio Popular-Boavista) e a Ricardo Mestre. Joni Brandão venceu ainda as camisolas dos pontos e das metas volantes, Bruno Silva (Efapel) a dos trepadores e Rafael Lourenço (UD Oliveirense/InOutBuild) a da Juventude. ■

Foto DR

Foto DR

vencedores foram os atletas José Sá e Daniela Gregório, da equipa Maia AC. Nesta edição a Meia Maratona D’Ouro Run Gondomar contou com cerca de 2500 inscritos e participantes oriundos de 18 países, com muitos espanhóis e brasileiros à cabeça, a quererem participar na prova que se realiza na antiga Estrada Nacional 108, ao longo da marginal de Gondomar e com vista para o rio Douro. A D’Ouro Run é uma prova organizada pela EventSport e o Município de Gondomar. ■


VIVACIDADE JUNHO 2019 41

Desporto

Portugal disputou ronda da Liga das Nações de voleibol em Gondomar A seleção nacional de voleibol masculino disputou, entre os dias 14 e 16 de junho, a terceira semana da Liga das Nações, estando inserida no grupo 9 com o Brasil, Sérvia e China. Na memória dos gondomarenses fica a vitória frente aos asiáticos. O fator casa não ajudou Portugal a ir além de uma vitória contra a China no primeiro de três jogos da terceira semana da Liga das Nações de voleibol. A jornada foi disputada em Gondomar, no Pavilhão Multiusos, perante um apoio digno de nota positiva dos gondomarenses. Portugal até entrou a ganhar na terceira jornada da Liga das Nações de voleibol,

ao superar a China por 3-0 (25-22, 2517 e 25-23), vitória importantíssima, na medida em que foi o segundo triunfo conseguido nesta competição depois de apenas ter superado a Bulgária, na ronda inaugural. No entanto, frente à Sérvia a confiança portuguesa esmoreceu, tendo garantido apenas um ponto nesse jogo, após forçar o quinto set (25-21, 15-25, 22-25, 32-30 e 9-15). Para o último dia desta ronda ficou reservado o embate com o Brasil, seleção número um do mundo e campeões olímpicos, que se impôs por um expressivo 3-0. Em três “sets” desnivelados (19-25, 21-25 e 18-25), a seleção canarinha puxou dos “galões” da experiência e resolveu o confronto com a seleção nacional, numa jornada marcada pela emoção nas bancadas, como, de resto, sucedeu em todos os jogos. ■

> Mascote animou o público

> A seleção nacional unida em todos os momentos do jogo

> O hino nacional foi sempre cantado a uma só voz

> Portugal venceu a China no primeiro jogo, por 3-0

> Os adeptos nas bancadas embelezaram o Multiusos

> Os jogos ficaram marcados pelo fair-play


42 VIVACIDADE JUNHO 2019

Desporto

Gondomar Cultural: equipa de pólo aquático sobe à 1ª Divisão Nacional

Rio Tinto aderiu ao projeto “Natação Adaptada para Populações Especiais”

A equipa de pólo aquático do Gondomar Cultural está de volta, oito anos depois, à 1ª Divisão Nacional desta modalidade. A conquista foi assegurada pela jovem equipa da coletividade, composta, em maioria, por atletas da formação do Gondomar Cultural, sem grandes apoios ou patrocínios, num sonho alimentado, em grande parte, da boa vontade dos pais e familiares dos atletas. “É importante esta subida, porque temos poucos representantes desportivos concelhios nas primeiras divisões nacionais. Felizmente, o Gondomar Cultural tem tido essa representatividade nos últimos anos. Além disso, sabemos que os resultados desportivos só aparecem com uma grande dedicação e trabalho e é disso mesmo que se trata esta conquista. Temos grande

O Agrupamento de Escolas Infanta Dona Mafalda e a Junta de Freguesia de Rio Tinto, em parceria com a Federação Portuguesa de Natação e a Associação de Natação do Norte de Portugal formalizaram, no final de maio, um protocolo de colaboração que proporcionará aos alunos com necessidades especiais o transporte para as aulas de natação. O protocolo, que se espera que possa ter continuidade desde o início do próximo ano letivo, foi desenvolvido de janeiro a maio de 2019, teve a colaboração de todas as entidades referidas e revelou-se um sucesso nos seus objetivos fundamentais de atender alunos com deficiência na vertente de natação adaptada, fomentar a prática da natação na população escolar com

orgulho nesta subida e em todos os resultados das outras modalidades”, afirma José Santos, presidente da direção do Gondomar Cultural, em entrevista ao Vivacidade. No entanto, o dirigente associativo mostra-se preocupado com a “viabilidade financeira” desta subida de divisão e relembra que o pólo aquático “é a modalidade mais onerosa do clube”. Desta forma, na próxima época, caso se confirme a subida de divisão, o Gondomar Cultural vai bater-se com o Vitória de Guimarães, Fluvial Portuense e Naval Povoense, entre outras equipas da 1ª Divisão. Recorde-se que o Gondomar Cultural compete também nas modalidades de ciclismo, andebol e voleibol. ■

deficiência, aumentar e melhorar a capacidade funcional dos alunos, articular e dinamizar os serviços da comunidade e contribuir para os objetivos gerais de inclusão das pessoas com deficiência no meio desportivo e na sociedade. A medida vai permitir a um grupo de alunos da Escola Básica Infanta D. Mafalda a possibilidade de, semanalmente, ter acesso à prática da natação em contexto de formação e competição, além de desenvolverem as suas capacidades motoras e de socialização. Fruto do sucesso do projeto e dos objetivos alcançados pelos jovens atletas ficou assumido o compromisso destas quatro entidades para dar seguimento ao protocolo no próximo ano letivo. ■

Foto DR PUB

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Jornal Vivacidade 27/06/2019

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EDITAL

Interessados Parcela (n.º)

(n.º)

CARLOS ALBERTO SILVA BRÁS, VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DE GONDOMAR, no âmbito da delegação de competências que lhe foi conferida por despacho de 27 de Outubro de 2017:

Proprietários

(área)

(nome)

316,38

-JoséGonçalves deOliveira Mesquita

Outros

(nome)

N.ºda descrição naCRP

InstrumentodeGestãoTerritorial

Rústica

Urbana

Indemnização (€)

Ordenamento

(n.º)

(artigo,secção efreguesia)

(artigo, secçãoe freguesia)

(€)

875/Fânzeres

1889/Fânzeres

3112/Fânzeres

1331/Fânzeres

Condicionantes RAN (m2)

REN (m2)

Outras

(classificação)

(área)

(área)

(Áreasde Salvaguarda)

3973,73€

Espaços Agrícolas

316,38

316,38

Zonas inundáveis ouameaçadas pelascheias

19262,75

Espaços Agrícolas

1328,65

302,79

Zonas inundáveis ouameaçadas pelascheias eEstrutura Ecológica Municipal

-Arminda daSilvaAndre 2

RuaCiclista DiasSantos, nº244 4510-528 Fânzeres

6

Torna público que, a Câmara Municipal de Gondomar em sua reunião realizada em 15 de Maio de 2019, aprovou a rectificação da resolução de expropriar, tomada em reunião de Câmara de 24 de Outubro de 2018, das parcelas de terreno, para a CONSTRUÇÃO DO PERCURSO DE LIGAÇÃO AO INTERFACE DO METRO E PARQUE DE ESTACIONAMENTO, constantes do mapa e planta anexos.

Área (m2)

Matriz

1328,65

-Adelaidede AraujoRosas FerreiraMarques -JoséMarques MartinsCorreia Avenidada Carvalha, 265,4510-518 Fânzeres Herdeirosde Domingos dossantos Castro: -Clotilde Ferreira Moutinho -Teresa Felicidade Moutinho deCastro

7

1166,04

Ruadas Regadas,273, 4510-647Fânzeres

Espaços Agrícolas

1166,04

297,90

Zonas inundáveis ouameaçadas pelascheiase Estrutura Ecológica Municipal

326/Fânzeres

1327/Fânzeres

16824,49

6236/S.Cosme

97/Gondomar (S.Cosme)

7585,31

6057/S.Cosme

149/Gondomar (S.Cosme)

34883,58

EspaçosAgrícolas

1651,20

Omisso

1741/Fânzeres

14822,33

Espaços Agrícolas

986,91

Estrutura Ecológica Municipal

Omisso

1721/Fânzeres

4031,53

Espaços Agrícolas

267,52

Estrutura Ecológica Municipal

4535/Fânzeres

1719/Fânzeres

4543,00

Espaços Agrícolas

301,46

Estrutura Ecológica Municipal

2851/Fânzeres

1665/Fânzeres

1215,43

Espaços Agrícolas

96,77

-Ricasa Construções,SA RuaSanto Antóniode Contumil,146, Porto -NovoBanco Avenidada Liberdade,195, 250-142Lisboa

Paços do Município de Gondomar, 24 de Maio de 2019

-MariaEugénia daRochaRibeiro deAlmeida Assunção

Por delegação do Presidente da Câmara 25

440,75

-MárioMoreira Assunção RuaLuisde Camões, 383,4420-186 Gondomar

O Vereador 26

1651,20

-AlbinaFerreira deSousaDias MoreiradasNeves RuadasLamas, 156,4585-441 Rebordosa

Dr. Carlos Brás 31

986,91

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SoloUrbano– SoloUrbanizado– Espaçoresidenciais TipoII

HerdeirosdeJoão MartinsdeMoura: -ManuelDavidde CastroMoura -AnaPaulaCorreia deCastroMoura -AlbinaMaria deCastroMoura RuaAdelino AugustoSequeira, nº37,R/cEsq., 4460-052Senhora daHora -Herdeirosde MariadeLourdes TomédeCastro: -CosmeManuel JorgedeCastro

32

267,52

-LucindaFernanda daCostaValga RuaManuelSalgueiral, 216,5ºEsq., SantaMarinha, 4400-213VilaNova deGaia -JerónimoAntónio JorgedeCastro RuaPadre AndradeeSilva, 1198,3ºEsq.Tras., 4420-243Gondomar -Desconhecidos -ManuelDavid deCastroMoura -AnaPaulaCorreia deCastroMoura

34

301,46

-AlbinaMaria deCastroMoura RuaAdelino Augusto Sequeira,nº37, R/cEsq.,4460-052 SenhoradaHora -ManuelAntónio Moura Gonçalves deSousa

36

96,77

-NoémiaVirgínia deMoura CamisaMoura Gonçalves

96,77

Zonasinundáveis ouameaçadas pelascheias

TravessaJulio Dinis,124,4425-113 Maia -Herdeirosde MariadeLourdes TomédeCastro -CosmeManuel JorgedeCastro -LucindaFernanda daCostaValga 41

1208,24

RuaManuel Salgueiral,216, 5ºEsq.,SantaMarinha, 4400-213VilaNova deGaia -JerónimoAntónio JorgedeCastro RuaPadreAndrade eSilva,1198, 3ºEsq.Tras., 4420-243Gondomar -Desconhecidos

Omisso

1689/Fânzeres

16396,71

Espaços Agrícolas

1208,24

721,70

Zonas inundáveis ouameaçadas pelascheias eEstrutura Ecológica Municipal


44 VIVACIDADE JUNHO 2019

Lazer RECEITA CULINÁRIA

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE

BUCHECHAS DE PORCO EM VINHO TINTO

MÚSICA

TEATRO

EXPOSIÇÕES

17h30, 29 de junho

Até 20 de julho

“O Criado do Tavares”, na Associação Recreativa Valboense 1.º de Dezembro

Música no Parque com Rita Light, no Parque Urbano de Rio Tinto

Ubuntu – 3ª Bienal Internacional de Arte Gaia 2019, no Auditório Municipal de Gondomar

16h, 30 de junho

Até 21 de julho

Audição Final Escola Paroquial de Música, no Auditório Municipal de Gondomar

Marionetas e Dinâmicas Educativas, na Biblioteca Municipal de Gondomar

Foto DR

21h30, 29 de junho

INGREDIENTES

4 extensões para Google Chrome que vão melhorar a forma como navega VIVA TEC | Pedro Santos Ferreira

Foto DR

HORÓSCOPO

Maria Helena Socióloga, taróloga e apresentadora

210 929 000 mariahelena@mariahelena.pt

Amor: Esteja atento pois o amor pode surgir na sua vida quando e de onde menos você esperar. Saúde: Neste campo nada o preocupará. Dinheiro: Fase pouco favorável, evite despesas que não tem a certeza de conseguir suportar.

• 1 kg de bochechas de porco • 3 dentes de alho laminados • 1 cebola grande fatiada • 1 folha de louro • 1 cenoura grande cortada em rodelas finas • 2 tomates maduros em pedaços, sem pele • 4 colheres de sopa de polpa de tomate • 100 ml de azeite • 1 colheres de chá cominhos • 1 colher de chá de paprika • sal e pimenta preta q.b. • 250 ml de água • 250 ml de vinho tinto (de boa qualidade) • coentros frescos inteiros, a gosto + coentros picados para polvilhar

As extensões disponíveis para este browser são às centenas e o seu intuito é tornar o Chrome mais agradável e ainda mais produtivo. Hoje deixamos-lhe algumas boas sugestões que o vão ajudar a melhorar a forma como navega. Improve YouTube! - é uma extensão do Chrome que melhora a experiência de utilização do YouTube. Esta extensão aprende com a sua utilização e ajusta os parâmetros de visualização. Reader View - para quem passa muito tempo em frente ao PC a ler, é importante ter o ecrã ajustado de forma a que a visão não seja afetada negativamente. Brilho menos intenso ou cores mais amareladas, poderão fazer a diferença. Dark Reader - com o Dark Reader temos aquilo que é, de facto, uma experiência de visualização em modo escuro, em todo o Chrome. Como tal, esta extensão é altamente personalizável, adaptando-se assim à necessidade de cada utilizador. The Great Suspender - uma das grandes queixas dos utilizadores do Google Chrome é o consumo excessivo de RAM e consequente abrandamento do desempenho do PC. Principalmente, quando há um grande número de separadores abertos. Ora, este problema pode ser minimizado com algumas extensões, sendo uma das mais populares a The Great Suspender.

Foto DR

Como obstetra, às vezes vejo tatuagens incomuns na hora dos partos. Uma paciente tinha uma espécie de peixe tatuado no abdomén. – É uma bela baleia – comentei. Com um sorriso, ela retrucou: – Antes era um golfinho.

Chef João Paulo Rodrigues * docente na Actual Gest

Preparação: 1. Coloque num recipiente de barro – ou outro que possa ir ao forno – todos os ingredientes, por camadas, das bochechas aos coentros frescos inteiros. 2. Envolva bem, tape com papel vegetal encostado ao preparado, coloque uma tampa e deixe a marinar no frigorífico durante 8 horas. 3. Quando faltarem 4 horas para servir, leve a forno pré-aquecido a 150º C e deixe cozinhar durante 3 horas, tapado, tal como ficou a marinar. 4. Passado esse tempo, retire a tampa e o papel vegetal, suba a temperatura do forno para 180º C e cozinhe por mais uma hora, destapado. 5. Nesse período, faça um arroz branco agulha de preferência.

SOLUÇÕES:


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46 VIVACIDADE JUNHO 2019

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

Luz verde, cor da esperança Joana Resende| PS Após quatro anos de negociações e burocracias, e após o “chumbo” do Tribunal de Contas, no ano passado, ao empréstimo solicitado pela autarquia, Gondomar deixa finalmente de ser um Município sobre-endividado e sai do topo da lista dos municípios com maior divida à EDP. Em 1982 o Município contraiu uma dívida de cerca de 70 milhões de euros e, em 1997, chegou a acordo com a EDP para o pagamento da dívida de uma forma faseada. O acordo celebrado previa que o Município saldasse 30% da dívida durante 20 anos e o remanescente, cerca de 48 milhões de

euros, seria pago em 2017. No entanto, a Câmara não tinha os 48 milhões de euros necessários para liquidar a dívida. O nosso executivo entrou então em negociações com a EDP e conseguiu que o credor aceitasse o pagamento imediato de cerca de 28 milhões, com o “perdão” de 20 milhões de euros. Para o pagamento dos 28 milhões de euros a Câmara de Gondomar teria de pedir um empréstimo bancário, e terá sido esse empréstimo recusado pelo Tribunal de Contas no ano passado. Contudo, a 6 de fevereiro de 2019, em reunião

pública, a Câmara Municipal aprovou uma nova proposta de empréstimo, submetendo-a ao Tribunal de Contas e, devido à mudança no Orçamento de Estado para este ano, onde prevê que os municípios podem celebrar este tipo de acordos de pagamento, o visto foi concedido. Assim, no passado mês de maio, o Tribunal de Contas aprovou o pedido de empréstimo da Câmara de Gondomar para o pagamento da dívida à EDP. Este sobre-endividamento não permitia ao município concorrer aos fundos comunitários, nem permitia substituir os cerca de 250 trabalhadores

que saíram desde 2013. Neste ano de 2019, continuamos com uma dívida herdada de cerca de 72 milhões, mas saímos do sinal vermelho, soltamo-nos do garrote que nos prendia, asfixiava e não nos permitia ir mais longe nas conquistas do concelho. Agora, Gondomar está mais leve, está mais dinâmico e com mais armas para a luta. Tem mais formas de se preparar e mais argumentos para usar. Mas será sempre um projeto ambicioso e audaz; será sempre por um Gondomar “Mais Futuro”.

Obrigado ao Pedro, ao Rui, ao Mário e a muitos mais… David Santos | Movimento Valentim Loureiro - Coração de Ouro Entre a minha mais recente crónica e o texto que agora assino, no período de um mês, o concelho de Gondomar teve direito, na comunicação social nacional, a pouco mais de três dezenas de notícias. Em jornais, televisões, rádios e internet, e de fonte credível e informativa, li (repito-me) pouco mais de três dezenas de notícias em que houvesse uma qualquer referência a Gondomar. É pouco. Muito pouco. Apenas como comparação, na mais recente edição do Vivacidade contei 77 notícias. Às quais se podem acrescentar textos de opinião e mais uns quantos artigos genéricos... Durante este mês de interregno entre crónicas, pela imprensa nacional pouco fiquei a saber sobre o que se passa em Gondomar. Felizmente, existe a imprensa local que preenche tais lacunas. E, felizmente também, pelas redes sociais os meus amigos e conhecidos vão partilhando algo do que se passa em Gondomar. Tempos houve em que em Gondomar existiam imensos jornais locais e duas rádios concelhias.

Hoje o leque resume-se a três publicações concelhias. Nada mais. Falta-nos informação sobre o Município. Elogio a capacidade informativa e publicitária da Câmara de Gondomar que, em várias plataformas, tem suprido tal lacuna. Ainda que se possa admitir que a informação camarária é (compreensivelmente) criteriosa, há que salientar que nos informam. E isso é de destacar. Mas falta mais, muito mais. Falta uma imprensa local totalmente capaz, totalmente independente, totalmente livre de informar sem tibiezas. Faltam os “bons velhos tempos” em que, em Gondomar, se reconhecia a existência de uma “informação-ligada-ao-poder” e de uma “informação-da-oposição”. Na altura liam-se as duas e no “meio” estaria a virtude/verdade. A comunicação social – exceção feita a uns quantos, poucos, assumidamente financiados e esclarecedoramente partidários – precisa de apoios, publicidade e formas de sustentabilidade. Na imprensa local

essa é uma luta constante, preocupante e limitadora. Se fizesse uma lista dos nomes que deixaram algumas marcas na informação escrita concelhia, certamente que me iria esquecer de muitos. E também certamente que só terei recordações em função da minha idade. Mas recordaria uns quantos... Samuel Barros, António José, Rui Gomes, Francisco Fonseca, José Carlos Gomes, Henrique Prior, António Lopes, Alberto Silva, Rui Barbosa, Cláudia Azevedo, Catarina Madureira, João Carlos Brito, Paulo Silva, Miguel Almeida, Ricardo Caldas, Luís Ferreira, Graciano Martinho, Sandra Tavares, Carlos Martins e Elisabete Oliveira. Uns na escrita, outros na gestão, todos fazem parte do passado mais ou menos recente da informação em Gondomar. Mas vou deixar o passado e passar ao presente. E ao que justifica estas linhas. Especificamente nesta edição, quero ocupar este espaço com um agradecimento especial. Começo por identificar os nomes que, atualmente, preen-

chem as páginas da imprensa local de Gondomar. Apenas me refiro a jornais locais pois, a nível de rádios ou televisões, não existe nada de consistente... Agradeço ao Rui Gomes, do “Repórter de Gondomar”, que resiste às dificuldades é, já, uma referência informativa a nível concelhio. Agradeço ao Mário Ferreira que, no “Nós Aqui”, tem vindo a lutar pela divulgação do Município. E, por último, mas não menos importante, agradeço ao Pedro Ferreira que, nestes anos de atividade do “Vivacidade”, deu a conhecer muito do que acontece em Gondomar. E é o Pedro que justifica estas linhas. O Pedro “parte” para novas aventuras. No seu período de “gestão informativa” do “Vivacidade” deixou marcas. Informou-nos. Educou-nos. Esclareceu-nos. Preocupou-nos, às vezes... Por isso, “Obrigado, Pedro!” Boa sorte. E que quem te substitua saiba honrar o legado. Que foi de competência, independência e vontade de informar/educar.

Praias de Gondomar: a Câmara não vê, não ouve, não fala! Maria Olinda Moura | CDU Precisamente há um ano, escrevemos neste espaço sobre a época balnear, o imenso recurso que o nosso rio Douro significa para os gondomarenses e a falta de condições para banhos das praias fluviais da margem ribeirinha do concelho. Nesse texto a CDU demonstrou que não basta fazer investimentos e grandes inaugurações para que as populações possam usufruir dos recursos e obter melhores condições de vida. É preciso, também, o exercício de uma política séria e responsável que cuide do investimento dos dinheiros públicos, que faça valer a pena o sacrifício dos contribuintes. Uma política de investimentos que preveja a preservação e conservação dos bens, de forma continuada, e não a política que gasta dinheiro, inaugura e abandona. Há dois anos aconteceu o primeiro episódio de

contaminação nas águas das nossas praias. Ano passado a praia de Zebreiros foi desclassificada como zona balnear. Este ano, para além de Zebreiros, foi também desclassificada a praia de Melres. Quem leu o texto da CDU escrito há um ano neste espaço, facilmente percebe que a situação se tem vindo a agravar de ano para ano, sinal de que a CMG, governada por uma maioria PS, não fez o que devia para resolver a situação. E não só não fez o que devia, como é incapaz de assumir publicamente a gravidade da situação e a falta de segurança para a saúde dos utentes desses espaços. Ou seja, perante um problema tão grave como este, a CMG foge para a frente. No texto da CDU do ano passado, alertou-se para a necessidade de uma intervenção séria e urgente

para que a situação não se agravasse ainda mais. Há anos consecutivos que a CDU tem vindo a denunciar esta situação e a apresentar propostas para a revitalização e infraestruturação destes espaços balneares, de forma a poderem ser usufruídos sem riscos para a saúde das pessoas. Há anos que a CDU vem demonstrando que é necessário um investimento concertado com as entidades responsáveis pela qualidade da água e do ambiente, reiterando um investimento sério no funcionamento das ETAR que debitam as águas residuais para o rio, para além da necessidade de uma intervenção contínua de manutenção das condições de segurança e higieno-sanitárias. Há anos que a CDU vem alertando e trabalhando neste assunto que tanto bem-estar pode trazer às famílias gondomarenses que usam as margens do Douro para aí

passarem as suas férias e momentos de lazer. Mas a maioria PS na CMG não sabe o que há-de fazer e, como é próprio dos espíritos menores, faz-se de cega, de surda e de muda. Enquanto isso, vai sendo cúmplice dos responsáveis pelos focos de poluição, menorizando a segurança e a saúde pública dos gondomarenses. O PS usou o rio Douro como um dos slogans de campanha eleitoral e nem isso consegue defender, incapaz de uma intervenção séria e eficaz com maior fiscalização, manutenção, informação e articulação com outros municípios e com o Governo. Acabada esta crónica, umas palavras para o Pedro Ferreira, com quem tenho mediado a participação da CDU nas crónicas mensais do Vivacidade, desejando-lhe muitas realizações profissionais nesta nova etapa que vai começar.


VIVACIDADE JUNHO 2019 47

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

Visto do Tribunal de Contas Valentina Sanchez | PSD

Agora que o Tribunal de Contas (TdC) aprovou o empréstimo para liquidar a dívida com a EDP, deixando assim a Câmara Municipal de Gondomar um pouco "mais folgada" apesar da sua pesada mensalidade, o caminho seria folgar também os gondomarenses com um reajuste aos impostos, como o IMI; IRS; preço da água, entre outros. É preciso ter a consciência real do problema de deixar dívidas às gerações vindouras de Gondo-

mar, não podemos onerar o futuro dos gondomarenses da mesma forma que fomos onerados com esta dívida. Este executivo tem o dever de adotar uma gestão cuidadosa, realista, e ter completa noção que deve sempre ambicionar uma redução da dívida da câmara municipal, não dando expectativas aos gondomarenses que não possam ser cumpridas com clareza nas suas prioridades de atuação.

Para o Partido Social Democrata a natalidade seria um tema prioritário, assim como a educação desde a requalificação de escolas até às componentes de apoio à família. Um reajuste na devolução dos impostos que têm impacto direto nos orçamentos das famílias dos nossos munícipes, como o caso da devolução de parte do IRS aos contribuintes gondomarenses, e medidas concretas de combate às alterações

climáticas e prevenção dos incêndios florestais no concelho. São necessárias mais medidas de apoio à nossa classe média, às famílias de Gondomar e aos nossos jovens. O executivo do Partido Socialista tem agora a responsabilidade de, no atual quadro financeiro, encontrar as melhores soluções para um melhor futuro para Gondomar.

A Ideologia

Pedro Oliveira | CDS-PP Neste tempo de efémeras escolhas, onde o importante está no resultado imediato, a política tem padecido de enormes transformações, mostrando-se cada vez mais equívoca nas opções que oferece pois, sempre mais desassociada também da necessária sustentabilidade/profundidade das propostas enunciadas, que se apresentam moldadas à laia de “self service”, dirigidas à resolução concreta de questões específicas. Esta nova realidade, que faz a política claramente despida de um encaixe programático onde as propostas se integram e complementam, substituído por soluções “ad hoc”, isto é, medidas caso a caso, como se a sua resolução individual seja critério bastante, tem feito proliferar o aparecimento de diferentes projetos políticos, tendencialmente

liderados por protagonistas de duvidosa tez, oportunistas e/ou populistas, fazendo decair a confiança dos cidadãos nos interventores políticos e na prática política em geral. A verdade é que a política, para se mostrar um exercício eficaz e eficiente, não se compadece com o imediatismo de resultados, exigindo tempo e complementaridade, pois apenas uma intervenção inserida num contexto, ou seja, enquanto ação interligada num fio condutor global, pode alcançar em ritmo sustentado e virtuoso, os propósitos esperados. Ora, só a ideologia carrega em si a resposta, a esta essencial necessidade da determinação de qual o caminho modelador da ação política, porque só conhecendo os diferentes alicerces

com que queremos erigir e sustentar a sociedade em que nos integramos, melhor interiorizamos a qualidade das opções que, uma vez adotadas, mais acintosamente se interligam para a boa potenciação da qualidade de vida da comunidade. Assim sendo, não sei compreender a adesão e/ ou o crescimento eleitoral de algumas destas novas forças políticas, que afastadas de qualquer ideologia que as determine, se limitam a defender certas “bandeiras da moda” as quais, por muito pertinentes que possam ser entendidas, não as dotam (a tais forças), com um mínimo de suficiência, do exigível enquadramento programático que permita aos cidadãos saber o que esperar delas. Pois, apesar de uma marcada neutralidade ideo-

lógica, algumas destas forças políticas começam a alcançar níveis eleitorais que lhes reforçam a representatividade, enquanto os chamados partidos tradicionais vão ou definhando ou lutando arduamente para que a quebra eleitoral se não amplie perigosamente. Enfim é o sinal dos tempos, que tem vindo a demonstrar uma clara crise da ideologia, obrigando os partidos tradicionais a terem que redefinir as respetivas práticas e estratégias eleitorais, de forma a, não perdendo a sua identidade e coerência, alcançar influenciar convenientemente os cidadãos eleitores a não se deixarem enganar pelas propostas populistas que tais novas forças políticas teimam em lhes apresentar.

Uma política ambiental que proteja os rios e as pessoas Bruno Pacheco | BE

Nos últimos anos vivemos uma crise ambiental que tem tido efeitos profundos no agravamento das condições de vida da população e Gondomar não tem sido exceção. Em Gondomar, a irracionalidade das leis do mercado promovidas pelas Águas de Gondomar e a atitude despreocupada da Câmara Municipal, contribuíram ao longo dos anos para uma degradação cada vez mais atroz dos recursos ribeirinhos do nosso concelho. Exemplo dessa má política foi o que assistimos há poucas semanas nas freguesias de Melres e Medas, local onde tende a persistir os problemas na água, este ano três análises sugeriram o desaconselhamento de banhos.

Para aprofundar ainda mais a gravidade de situação, podemos comprovar nessa mesma semana o mau funcionamento de uma ETAR que teve um investimento público de três milhões de euros que ainda não foi inaugurada e já começou a dar problemas. Uma suposta falha no sistema de alarmes, fez verter pelos seus tanques quantidades absurdas de águas residuais não tratadas, afetando o funcionamento da ETAR e os recursos hídricos em seu redor. Mais grave se torna o assunto quando o poder político assobia para o lado e finge não ver o problema. Como é possível que durante tantos anos o município ainda não tenha estruturado um plano

de medidas preventivas e corretivas que permita proteger os recursos ribeirinhos e as populações? Como referiu a associação ambientalista ZERO, em agosto de 2018, em declarações ao jornal Público, “para garantir uma melhor qualidade das águas balneares é urgente repensar o modelo de gestão das bacias hidrográficas, para isso é fundamental que os municípios juntamente com a APA, adotem medidas para mais fiscalização e a aplicação de medidas mais profundas de prevenção, para que se consiga evitar emissões destas cargas de poluentes”. Nesse sentido o Bloco de Esquerda fez apresentar na última Assembleia Municipal uma proposta, aprovada por unanimidade, que sugere uma visi-

ta à ETAR de Melres para que, em conjunto com o executivo municipal, se possam avaliar os problemas “in loco” relativos ao mau funcionamento daquele equipamento, com vista a encontrar respostas políticas mais adequadas pela urgente intervenção municipal na ETAR de Melres e nas suas praias. Para o Bloco, consequências do modelo de promiscuidade promovidos nos últimos anos no nosso município. A defesa dos rios é uma prioridade para quem quer construir um concelho mais limpo e sustentável. Para o Bloco este é o momento de fazer os debates que construem pontes, mais do que aqueles que erguem as fronteiras que nos afastam. Esta é a hora, não existe planeta B!


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