0,50€
Joaquim Barbosa
Sociedade
CDU escolhe candidato à Câmara de Gondomar
Ourindústria 2013 ‘Capital da Ourivesaria’ recebe 15ª edição com 86 expositores V
P.7
Associativismo
V
Clube Gondomarense é a mais antiga associação de Gondomar Coletividade vai receber 40.000€ da Câmara para ampliação das instalações P.15
Política
V
Adolfo Sousa e Ernesto Augusto são sociais-democratas mas vão votar noutras cores
2 bilhetes duplos para o concerto dos RPM a 9 de maio
Saiba mais
P.10
O que há para fazer em S. Cosme, Jovim e Valbom? Candidatos à Câmara anunciam medidas V
P.36
V
Saiba mais
V
OFERTA
12 bilhetes triplos para o Fun Day a 13 e 14 de abril
P.28
P.34
2 VIVACIDADE MARÇO 2013
Editorial
José Ângelo Pinto
Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário
Caros Leitores, Parece que os principais candidatos às eleições municipais estão escolhidos. A escolha do Marco Martins e do Fernando Paulo para serem os candidatos, respetivamente, do PS e do Movimento de Independentes não causa grande surpresa. Mesmo a escolha, a que damos destaque central nesta edição, do candi-
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org
Sumário:
POSITIVO O baguinense Alberto Cavaleiro Pacheco, aluno da Escola Frei Manuel de Santa Inês, foi um dos vencedores da 31.ª edição das Olimpíadas Portuguesas de Matemática, recebendo a Medalha de Ouro na Categoria A (8.º e 9.º anos). Albufeira acolheu a olimpíada entre os dias 14 e 17 de março.
Breves Página 4
NEGATIVO “O anúncio da ameaça de encerramento da estação dos CTT de Fânzeres é mais um passo no cerrado ataque aos serviços públicos, com total desrespeito pelas populações e pelos trabalhadores”
Opinião Páginas 26 e 27
Sociedade Páginas 5 à 8 Associativismo Página 12 à 15 Desporto Páginas 16 à 18 Destaque Páginas 20 e 21 Empresas & Negócios Páginas 22 à 24
Política Páginas 28 à 34 Emprego & Formação Página 37 Lazer Página 38
dato da CDU Joaquim Barbosa é previsível. Os partidos e movimentos reconhecem quem tem
CDU – Gondomar
Próxima Edição 18 de abril
contribuído para o seu desempenho eleitoral e premeiam essas pessoas. A escolha de Maria João Marinho, anunciada como candidata pela coligação PSD/CDS é uma verdadeira surpresa. O que vai decidir estas eleições não vão ser os candidatos. Com mais simpatia, com melhor profissionalismo, com maior consciência social, com maior capacidade de influenciar os governos, todos são profissionais, competentes e rotulados à entrada como pessoas sérias. Isto, só por si, já dignifica o nosso concelho. As pessoas que vão ser candidatos em lugares considerados elegíveis são a mais importante questão que os partidos, movimentos e candidatos vão ter que trabalhar e decidir rapidamente, pois as informações que têm vindo a público são preocupantes pela inconsistência que demonstram. Refiro-me à inserção de pessoas completamente desalinhadas das ideias politicas do(a) candidato(a), p.e. apenas e só por causa do seu nome de família ou contribuição logística. Caros candidatos, obriguem os partidos e movimentos a aceitar aqueles que consideram melhores para o exercício dos mandatos e prefiram o caminho mais difícil, mas melhor, de serem vocês a escolher as pessoas que vão fazer equipa convosco quando eleitos. Os exemplos de vira casacas são muitos no nosso concelho – pessoas que violentam os votos que o povo lhes deu – e por isso não deixem que tal possa continuar a acontecer.
Paulo Santos Silva
Professor, Historiador e Escritor
Memórias do Nosso Passado Brás Oleiro ou Brasileiro? Prezados leitores. Quando nos prezamos e nos comprometemos no conhecimento do passado histórico das nossas terras e das nossas gentes, deparamo-nos, por vezes, com aspetos que a maioria de nós nunca havia reparado ou pensado sequer. Um destes aspetos é a denominação de um lugar da Freguesia de Rio Tinto, mais concretamente Brás Oleiro, perto da Areosa. Qual será a origem desta denominação tão peculiar? Teria existido e vivido nesse lugar um oleiro de nome ou apelido Brás e que o mesmo teria ficado na memória das gentes desse mesmo lugar? Alguns de nós talvez assim o pen-
sem, mas, no decurso da minha investigação sobre documentos relativos ao Mosteiro de S. Cristóvão de Rio Tinto, deparei com a existência de um antigo livro do fundo documental existente no Arquivo Distrital do Porto, o qual se intitula Auto de demarcação do Couto e Freguesia de Rio Tinto de que são Senhoras Donatárias as Reverendas Madres e Religiosas do Real Mosteiro de S. Bento de Ave Maria da cidade do Porto, e que foi manuscrito pelo padre reverendo Carlos Manuel Coutinho e data de Janeiro de 1755. O referido livro foi feito por causa de um litígio que então opunha o Comendador de Águas
Santas e as referidas Madres e Abadessas por motivo do mesmo comendador demandar como seus os rendimentos da parte do Couto de Rio Tinto que confrontava com Águas Santas. O mais interessante deste livro é a existência de um mapa, também ele manuscrito, desta região do Couto de Rio Tinto com os respetivos marcos divisórios. Em nenhum deles encontramos a denominação Brás Oleiro, mas “Brasileiro”. O lugar de Brás Oleiro era assim denominado nesta época como Brasileiro. Então, donde vem Brás Oleiro se esta denominação não parece ser anterior a 1755? Bem, é apenas uma opinião pessoal, mas julgo que o termo Brás Oleiro será uma “corrupção” da denominação original “Brasileiro”, pois, habitualmente, as pessoas antigas do lugar diziam Brás Oleiro sem fazer pausa entre as duas palavras, ou seja “Brasoleiro”.
Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida Redação: Ricardo Vieira Caldas (TP-1732) Diretor Comercial: Luiz Miguel Almeida Paginação: José Vaz Edição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTO Colaboradores: Álvaro Gonçalves, Ana Gomes, André Campos, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Brás, Catarina Martins, Cristina Nogueira, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Silva, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Costa, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivacidade.org E-mail: geral@vivacidade.org
4 VIVACIDADE MARÇO 2013
Breves Maria João Marinho é a candidata pelo PSD à Câmara de Gondomar É oficial. O Partido Social Democrata de Gondomar aprovou, no dia 15 de março, a candidatura da médica Maria João Marinho à presidência da Câmara Municipal de Gondomar. Rui Quelhas, candidato pelo PSD nas últimas eleições, será desta vez o número dois na lista do PSD à CMG. Coordenadora do Centro da Saúde de Gondomar, a médica Maria João Marinho irá assim juntar-se à lista dos candidatos confirmados à Câmara, Marco Martins (PS), Fernando Paulo (Independentes) e Joaquim Barbosa (CDU). Maria João de Jesus Araújo Ramos das Neves Marinho, nasceu em São Cosme a 14 de março de 1964 e é neta de um dos fundadores do PSD de Gondomar, Albino Araújo. O nome da candidata foi aprovado por unanimidade e aclamação na reunião da Comissão Política Concelhia do PSD.
Tem fotografias antigas de Rio Tinto? Leve-as à Junta A sessão de lançamento da campanha de recolha de fotografias “Com as suas fotografias fazemos a história” foi no dia 16 de março, no salão nobre da Junta de Freguesia de Rio Tinto. A campanha organizada pela Junta tem como objetivo a “recolha, catalogação e publicação de fotografias de interesse histórico de Rio Tinto” para “tentar reconstruir a história” da cidade. Com o apoio de técnicos especializados na área da fotografia e da conservação e arquivo, a Junta de Rio Tinto vai recolher as fotografias e devol-
vê-las aos donos, tendo já prevista a primeira exposição para setembro de 2013.
A quantia foi a de 548 mil euros. O segundo prémio do Euromilhões saiu a um baguinense no dia 8 de fevereiro. Cliente habitual do quiosque e restaurante Kim Kim, em Baguim do Monte, o vencedor do prémio nem acreditou no proprietário do restaurante, Manuel Ferraz Vieira, quando o mesmo lhe deu a informação de que tinha ganho o segundo prémio. A identidade do vencedor não foi revelada
“ao longo de quase duas décadas, e de forma constante, serem os dois principais rostos de um projecto que encarou as associações de Gondomar como verdadeiras parceiras, incentivando-as a crescer, aumentar valências, desenvolver actividades e, principalmente, tornarem-se cada vez mais autónomas.” O encontro/homenagem irá realizar-se no Multiusos de Gondomar “Coração de Ouro” no dia 31 de maio.
a pedido do mesmo. Desta vez foi meio milhão de euros mas este restaurante de Baguim não se estreou agora na ‘atribuição dos grandes prémios’. Enquanto mostrava o boletim fotocopiado do Euromilhões, Ferraz Vieira contou ao Vivacidade que em 2012 saiu, a um cliente, 15 mil euros numa raspadinha e que este tipo de jogos da sorte esgota várias vezes por semana.
‘Urgência no regresso da Pedagogia à Escola’ em debate nos rotários
Na sua habitual reunião mensal de jantar, o Rotary Club de Gondomar juntou vários dos seus sócios e acompanhantes para ouvirem uma palestra proferida pelo docente universitário António Joaquim
Valentim Loureiro e Fernando Paulo homenageados A Federação das Colectividades do Concelho de Gondomar vai homenagear Valentim Loureiro e Fernando Paulo pela “intervenção feita em parceria com todo o Movimento Associativo Local”. A Federação justificou a decisão aprovada, por unanimidade, na sua última reunião de direção – de homenagear o presidente e o vereador da Câmara Municipal de Gondomar pelo facto de
2.º prémio do Euromilhões saiu em Baguim do Monte
Rodrigues. Com o tema ‘Urgência no regresso da Pedagogia à Escola’ o orador criou diálogo com a assistência e falou, com conhecimento de causa, da problemática do ensino e das ciências pedagógicas.
VIVACIDADE MARÇO 2013
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Sociedade: Festa do Sável e da Lampreia
Sável e Lampreia foram postos à prova Foram às centenas as pessoas que passaram pelo Fim de Semana Gastronómico Gondomar voltou a receber à mesa o ‘sável frito’ e a ‘lampreia à bordalesa’ numa festa em que a gastronomia ocupa o lugar de destaque. No dia 6 de março provaram-se as iguarias e deram-se os prémios para de 8 a 10 de março levar ao Multiusos o ‘9.º Fim de Semana Gastronómico’. FOTO: RVC
FOTO: DR
Restaurante Dubai conquistou o segundo lugar no sável e na lampreia Natalino Sousa é o gerente do restaurante Dubai, em Jovim. Con-
Texto: Ricardo Vieira Caldas
A mesa está posta, o júri aguarda. Passados poucos minutos chegam os primeiros pratos. São um total de 15 de ‘lampreia à bordalesa’ e 12 de ‘sável frito’. Dividido em dois, o júri é composto por autarcas locais, responsáveis da Escola de Hotelaria do Porto, empresários e pescadores. A ideia é eleger os três melhores pratos de cada iguaria, tendo em conta que a prova é ‘cega’, ou seja, o júri não sabe a quem pertence cada prato. No final do dia, a 6 de março, os vencedores foram anunciados no salão nobre da Câmara Municipal de Gondomar (CMG). Na categoria ‘Lampreia à Bordalesa’, o restaurante ‘Flôr do Nilo’ saiu vencedor, seguindo-se o ‘Dubai’ e ‘Aliança – O Aníbal’. No ‘Sável Frito’, o ‘Dom Vicente’ conseguiu o primeiro lugar, tendo o restaurante ‘Dubai’ obtido novamente a segunda classificação e o ‘Estrelas do Douro’ a terceira posição. 900 lugares diários quase lotados no 9.º Fim de Semana Gastronómico De 8 a 10 de março, o Multiusos de Gondomar voltou a receber a gastronomia do concelho com cinco restaurantes a servirem lampreia e sável aos visitantes. Os lugares disponíveis enchiam à hora das refeições tornando-se mesmo “insuficientes para a procura”. O vereador do pelouro do Turismo da CMG, Joaquim Castro Neves, tinha mesmo a expectativa que “a procura fosse inferior aos anos anteriores por causa da crise”, facto que, segundo o autarca, “não se verificou” tendo a afluência ao ‘fim de semana’ sido “boa”.
Captura do Sável e Lampreia preocupa Quercus Segundo o Instituto Nacional de Estatística, em 2011, foram capturadas em território nacional 27 toneladas de sável e 50 de lampreia. O valor é reduzido quando comparado, por exemplo, com a captura das 55222 toneladas de sardinha no mesmo período. Ainda assim, a Quercus, uma organização ambiental portuguesa, mostra preocupação com a captura das duas espécies que dão nome à festa de Gondomar por esta altura. “As perspectivas para a conservação das duas espécies são preocupantes, já que estamos na presença de duas espécies ameaçadas. O Sável é uma espécie em perigo de extinção e a lampreia-marinha é vulnerável à extinção”, explicou ao Vivacidade o membro da Quercus, Paulo Lucas. “Seria bom que os Municípios e as Juntas de Freguesias se preocupassem em informar e sensibilizar os cidadãos para o facto de estarmos na presença de espécies ameaçadas, as quais devem ser objeto de medidas de conservação rigorosas e de mecanismos que garantam que o pescado que chega a estes festivais é capturado de forma legal e sustentável, sob pena de estes festivais se extinguirem em conjunto com estas espécies num futuro não muito distante”, disse o ambientalista. Lucindo Cruz, por sua vez, conhece as espécies apenas porque as pesca. É pescador experiente em Gondomar e considera a sua tarefa “simples” mas “trabalhosa”. Todos os anos, por esta altura, fornece sável e lampreia aos restaurantes do concelho. Por época, chega a pescar um total de 200 a 300 peixes e para o pescador das águas de Valbom, neste momento e apesar da crise, o negócio ainda é “rentável”. Este ano, a ‘Festa do Sável e da Lampreia’ começou a 15 de fevereiro e terminou a 17 de março.
frontado com o facto de ter ganho o segundo prémio nas categorias de ‘sável frito’ e ‘lampreia à bordalesa’ desta edição não se mostrou surpreendido. Afinal, desde o momento em que começou a participar – há quatro anos – ganha sempre pelo menos um prémio. O segredo é, na opinião de Natalino, “a experiência da cozinheira e a qualidade da lampreia e do sável”. A esse segredo junta-se sempre “um bom azeite”.
VIVACIDADE MARÇO 2013
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Sociedade: Ourindústria FOTO: DR
“Capital da Ourivesaria” traz ao multiusos mais uma
Ourindústria Joias, luxo, riqueza e muito, muito ouro. É assim a ‘Ourindústria’ já habitual no mês de Março e que, uma vez mais, vai expor no Multiusos, do dia 21 a 24, a Ourivesaria de Gondomar.
Ourivesaria representa 15% da atividade económica local O vereador do pelouro do Desenvolvimento Económico da Câmara Municipal de Gondomar (CMG), Joaquim Castro Neves, explica a importância do setor da Ourivesaria no concelho. “A Ourivesaria faz parte das nossas raízes. Além disso, desde há largos anos, esta indústria assume-se como de
Esta é considerada, pelos profissionais da Ourivesaria, uma das mais importantes feiras do setor que se realiza em Portugal. São quatro dias de apresentação de produtos, definição de parcerias e captação de novos mercados e clientes.
da ‘Ourindústria’ é, em primeiro lugar, na opinião do vereador, para “dar a conhecer um pouco da tradição que esta arte comporta. Mas, em paralelo, pretende-se potenciar a divulgação e o crescimento das unidades de Ourivesaria de Gondomar, assim como dos empresários de setores transversais aos metais preciosos.” “Acredito que este tipo de iniciativas vem impulsionar esta atividade
Ourindústria contará este ano com 86 expositores do setor da Ourivesaria
económica e todas as que lhe estão interligadas”, refere Castro Neves. Valentim Loureiro faz “retrospetiva” das últimas edições da exposição “Quase duas décadas passadas, e prestes a terminar este ciclo, sou obrigado a fazer uma retrospetiva. E, numa análise ponderada, considero que esta foi uma aposta ganha. O setor da Ourivesaria, com as políticas de apoio e divulgação implementadas pela Câmara Municipal, conseguiu manter o seu nível de afirmação. E, não obstante todas as condicionantes nacionais, e internacionais, soube adaptar-se, inovar, dinamizar e, principalmente, manter Gondomar como a Capital da Ourivesaria”, começa por expor o presidente da CMG. A ‘Ourindústria’ continua a ser, na opinião de Valentim Loureiro, “mesmo nesta época de crise que o país atravessa, uma boa promoção da nossa mais tradicional in-
dústria.” Para o presidente da CMG, o futuro passa pela continuidade deste certame e pela “construção do Parque Tecnológico e de Negócios de Ourivesaria de Gondo-
mar, uma estrutura que representa um considerável investimento.” “É um projeto necessário e que vai, futuramente, afirmar ainda mais a Ourivesaria Gondomarense”, finaliza.
FOTO: DR
São quatro dias por ano onde o ouro é o principal protagonista de uma exposição que tira o máximo partido do lema “Gondomar, Capital da Ourivesaria”. 86 expositores compõem a ‘Ourindústria 2013’, a 15ª edição da iniciativa organizada pela Divisão de Desenvolvimento Económico da Câmara de Gondomar, em parceria com a Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP), que pretende, principalmente, continuar a “desenvolver e promover o setor”. Os primeiros dias estarão reservados aos profissionais do ouro e, no dia 24, a “Ourindústria” abre a um público mais generalizado.
grande importância na vida económica do Concelho. Temos, a nível nacional, mais de metade da produção do setor da Ourivesaria. E, em termos locais – e mesmo com este período de crise generalizada – a Ourivesaria ainda representa cerca de 15% da atividade económica local.” O objetivo
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Texto: Ricardo Vieira Caldas
Parque Tecnológico e de Negócios da Ourivesaria
O Parque Tecnológico de Negócios de Ourivesaria, avaliado em cerca de seis milhões de euros, está delineado em três fases. A primeira fase do projeto inclui a construção do edifício central, com um restaurante e parque de estacionamento, bem como os arruamentos envolventes. A segunda fase, engloba a construção dos edifícios destinados à Incubadora de Empresas e à instalação das primeiras empresas e Contrastaria. Por último, a terceira fase, segundo o previsto, abarcará a construção de um equipamento tecnológico para o setor da Ourivesaria.
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Sociedade: Dia Internacional da Mulher
Os presidentes das Juntas de S. Cosme e Rio Tinto convidaram.
Elas foram.
Freguesias de S. Cosme e Rio Tinto assinalaram o Dia Internacional da Mulher, com evocações à figura feminina, agora mais ameaçada em clima de crise. Em Rio Tinto deram-se as tradicionais flores, em S. Cosme uns originais catos. FOTO: LA
Texto: Luís Alves
Flores outra vez? Na foto: presidente da junta de S. Cosme e presidente da ADCG
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Tocam as 12 badaladas no relógio da Igreja Matriz de Gondomar. É 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, e ao meio-dia assisti-se a uma azáfama atípica, na entrada da Junta. Várias mulheres concentram-se na escadaria, enquanto conversam. Lá dentro, o salão nobre está de portas abertas para receber as convidadas, que vêm da Associação Donas de Casa de Gondomar (ADCG). José Macedo, presidente da Junta, está de sorriso rasgado para cumprir uma já “tradição”. “Fazemos isto desde 2003, em jeito de homenagem à mulher
Maria de Lurdes, 63 anos, é uma das presentes. Entrou para a ADCG “através de uma vizinha, há três anos”. Faz um balanço positivo, não apenas da participação na Associação mas também pela condição feminina. “É mais fácil sê-lo hoje em dia”, confessa.
gondomarense”, comenta com o Vivacidade. O Salão Nobre enche-se. A sessão evocativa é breve, o quanto baste para os discursos de José Macedo e da Presidente da ADCG. O ambiente é de alegria, ouvem-se risos a cada palavra. “Deve valorizar-se o papel da
mulher. São verdadeiras timoneiras, capazes de conciliar a família com o trabalho, educando filhos, netos e bisnetos”, exalta o presidente da Junta. Mais: “Como se não bastasse, ainda se dedicam ao voluntariado”, como vocês, aponta o autarca às convidadas, que dinamizam a ADCG.
Este ano a Junta de S. Cosme decidiu quebrar a tradição. Em vez das tradicionais flores ofereceu um pequeno cato a cada mulher. “As rosas secam”, ironiza José Macedo. À saída, Maria da Glória Martins, 68 anos, já com o seu cato na mão, não esconde a alegria. “Estas iniciativas são muito interessantes,
especialmente a de hoje”, afirma a professora de costura e bordados à máquina. Rio Tinto: 195 mulheres, 195 flores Quem passou pela Junta de Rio Tinto no dia 8 de Março e não fosse homem não sairia de mãos a abanar. O executivo decidiu oferecer flores não apenas às colaboradoras mas a todas as mulheres que foram à Junta. E foram 195 as contempladas. “É uma tradição de que não abdicámos”, afirmou Marco Martins. “Houve também uma pequena festa no Centro de Convívio organizada pelos utentes, à tarde”, acrescentou o autarca.
Viva à lutadora mulher de S. Pedro da Cova! O Dia Internacional da Mulher foi celebrado em S. Pedro da Cova com garra e guiado por poetas e músicos. O grupo juvenil Contracorrente – Fábrica Teatral animou a noite em que se celebrou a mulher e não só. gidas pelo desemprego”, lamentou Vieira. Quem emigrava era ele! Entre Bertolt Brecht, António Gedeão, Joaquim Pessoa, José Afonso ou Ary dos Santos, celebrou-se a mulher e a sua emancipação, contou-se a história que deu origem ao dia e deixaram-se também recados à conjuntura política. “Se o virem, podem dizer-lhe que por nós quem emigrava era ele”, disse António Vieira, entre risos e ironias.
O Dia da Mulher em S. Pedro da Cova contou com a presença dos Contracorrente no auditório da Junta de Freguesia
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A hora e o local estavam marcados: 21H30, na Junta de S. Pedro da Cova. O motivo também se sabia: festejar o Dia Internacional da Mulher. Mais do que isso era especular. Mas o que as dezenas de cidadãos – homens e mulheres – que estiveram no salão nobre da Junta de S. Pedro puderam ver foi uma combinação entre música, poesia e política, todas num mesmo palco, pela voz dos
Contracorrente. Num ambiente descontraído – animado grandemente pelo encenador António Vieira -, comemorou-se o Dia Internacional da Mulher num tom de conquista. “S. Pedro é uma terra de luta e também pelas mulheres e pela sua causa luta e lutou”, disse Daniel Vieira, presidente da Junta, antes do espectáculo começar. “As mulheres alcançaram conquistas históricas, seja pelo trabalho, seja pela independência. Ficam com os trabalhos mais baixos da sociedade e são as mais atin-
FOTO: LA
Texto: Luís Alves
A história do Dia Internacional da Mulher A origem da celebração deste dia tem contornos trágicos. Em 1857, precisamente no dia em que actualmente se assinala esta data, morreram carbonizadas 130 mulheres trancadas propositadamente dentro de uma fábrica, em Nova Iorque, onde se manifestavam por melhores condições de trabalho. Em 1910, na Dinamarca, instituiu-se o dia como dedicado à figura feminina e em 1957 foi oficializado pela ONU.
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12 VIVACIDADE MARÇO 2013
Associativismo: Clube dos Caçadores de Gondomar
Uma história centenária 100 anos depois o Clube que é vizinho da Câmara Municipal de Gondomar celebrou o nascimento, com uma sede cheia de amigos e associados. FOTO: LA
Texto: Luís Alves
Na foto: ao centro, José Monteiro, atualmente o sócio mais antigo do Clube dos Caçadores de Gondomar
V
As portadas abriram-se, as pessoas vieram para a varanda, a música veio para o passeio e os associados, amigos e convidados acotovelaram-se para entrar na sede. O Clube dos Caçadores de Gondomar fez um século e a festa fez-se na Praça Manuel Guedes, no coração da cidade, no último sábado. À porta da sede, a Banda Musical de Gondomar denunciava uma tarde diferente do habitual. Lá dentro, um ambiente de celebração entre todos, com o orgulho dos associados a destacar-se. E de um, em particular. José Monteiro, o sócio n.º1, caminhava entre os colegas, com um ar
tranquilo. “Como é que entrou para o Clube?”, perguntou o Vivacidade. “Sei lá como é que entrei, foi há tanto tempo”, responde José Monteiro, em tom de brincadeira. E foi mesmo. Monteiro tornou-se sócio quando “tinha 14 ou 15 anos”. Atualmente tem 86.
Libertem o rés-do-chão, por favor O presidente da direção do Clube dos Caçadores, António Macedo, discursou perante uma sala cheia e relembrou uma história “por vezes atribulada” mas que “irradia orgulho e honra”.
Depois de ter passado em revista as modalidades do clube, aproveitou a presença do executivo da Câmara – Valentim Loureiro, Fernando Paulo e Castro Neves - para pedir uma “prenda”: a libertação do rés-do-chão da sede, atualmente ocupado pelo arquivo da autarquia. “Se o fizessem, seria possível a aquisição da sede social”, referiu Macedo.
14 VIVACIDADE MARÇO 2013
Associativismo: III Encontro Teatro Amador
‘Arte e Ato’.
Quem disse que os gondomarenses não gostam de teatro? Terminou o III Encontro de Teatro Amador, organizado pela Associação Vai Avante. “Arriscar ou Petiscar ou a Nova Barca do Inferno”, do grupo Verde Vejo, de Valença, subiu ao palco perante um Auditório Municipal cheio.
Foi assim a 16 de fevereiro, como a 23. Foi assim a 2 de março como a 9. O III Encontro de Teatro amador “Arte e Ato” desdobrou-se em quatro peças,
ao longo de dois meses. “Casa de Pais”, do grupo organizador; “O Chá das Cinco”, do grupo de teatro Grutaca, de Famalicão; “0% Caspa”, do grupo de teatro “Os Caminhantes”, de Vila do Conde; e, por fim, “Arriscar ou Petiscar Ou a Nova Barca do Inferno”, do grupo de teatro Verde Vejo, de
Valença. “A coisa está preta. Alguém pagou a luz?” O humor e a sátira política foram reis numa noite que colocou frente a frente o poder do teatro e o poder político. Literalmente. Na FOTO: LA
primeira fila estiveram Fernando Paulo e Marco Martins que não contiveram o riso mesmo quando a crítica apontava o dedo à política local. “Temos de dar os parabéns a este grupo pelos temais atuais que nos trouxeram”, afirmou Fernando Paulo, que também subiu ao palco no final da peça. Numa breve intervenção, o vereador da Cultura da Câmara de Gondomar, aproveitou a ocasião para se demarcar “daqueles que cortam na cultura quando o tempo é de crise”. “Em Gondomar, não há nenhuma sexta, sábado ou domingo onde não aconteça algum evento cultural ou recreativo”, afirmou Fernando Paulo que elogiou a Associação Vai Avante pela sua relevância e pelo caráter “ecléctico”.
FOTO: LA
Texto: Luís Alves
O grupo de teatro de Valença, que na peça fez-se representar por 15 atores, entre jovens e menos jovens, agradeceu a receção e mostrou-se “muito satisfeito” pela vinda a Gondomar. “Quando foram a Verdoejo (Valença) serão recebidos como nós fomos aqui”, afirmou uma das atrizes.
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Associativismo: Clube Gondomarense
Está confirmado.
O Clube Gondomarense é a mais antiga coletividade do concelho A dúvida persistia já antes do auto de posse do Clube Gondomarense que ocorreu a 31 de janeiro deste ano. Qual é a coletividade mais antiga de Gondomar? Escola Dramática Musical Valboense ou Clube Gondomarense? O presidente do clube, Laurentino Ramos, acabou com as incertezas.
FOTO: RVC
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Laurentino Ramos encontra-se no quarto mandato da presidencia do Clube Gondomarense FOTO: RVC
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Na foto: documento que prova a transição de sócios do Club Camoneanos Gondomarenses para o Clube Gondomarense
nou com a restante mesa a possibilidade da Escola Dramática Musical Valboense (EDMV) ser a coletividade mais antiga de Gondomar. A partir daí Laurentino Ramos, presidente do clube, não mais descansou enquanto não desmistificou a questão. Com a ajuda de Silvino Figueiredo, historiador e sócio antigo do clube, encontraram uma série de documentos que provaram o contrário e Laurentino explicou ao Vivacidade. “Cabe-nos esclarecer os factos, e trazer a público os documentos que o comprovam, e com o devido respeito, retirar quaisquer dúvidas que existam sobre este assunto. Não é nossa pretensa com este esclarecimento lesar de qualquer forma a EDMV, a qual consideramos, que foi e é uma grande coletividade, e que tal como o CG muito contribuiu para honrar o concelho de Gondomar”, referiu. O presidente do clube esclareceu que “a EDMV teve a sua fundação em 4 de agosto de 1905, com o nome Escola Dramática Juventude Valboense” e que “nessa data o Clube Gondomarense já existia desde 21 de maio, com o nome de Club Camoneanos Gondomarenses, sendo inclusivamente proveniente do Grémio Aurora Juventude”. Laurentino Ramos percebeu a confusão. “Entende-se alguma confusão, embora, creio, que não de má fé, mas apenas por desconhecimento de alguns factos. Penso que todos concordamos que o mais impor-
Na foto: Joaquim Castro Neves, José Matias Alves, Fernando Paulo, Laurentino Ramos e Valentim Loureiro no auto de posse a 31 de janeiro
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Em 1903, com mês e dia ainda desconhecidos, surgia a coletividade Grémio Aurora e Juventude que vinha a dar origem, dois anos depois, aos Camoneanos Gondomarenses, fundados em
21 de Maio de 1905. Os sócios angariados desta última coletividade transitaram para o atual Clube Gondomarense (CG) quando esta mudou de nome em 1908. A 31 de janeiro deste ano, no auto de posse do Clube Gondomarense, Valentim Loureiro, presidente da Câmara Municipal de Gondomar (CMG), questio-
FOTO: RVC
Texto: Ricardo Vieira Caldas
tante é a data do nascer do ser, independentemente de nomes e registos que venham a ter.” Câmara vai dar 40.000€ para ampliação do CG A direção de Laurentino Ramos que tomou posse em janeiro por mais dois anos, tem ideias concretas para o futuro da coletividade. A ampliação das instalações, com a construção de um ginásio é a prova disso. O projeto, aprovado pela Câmara e prometido outrora por Valentim
Loureiro, promete avançar brevemente com uma ajuda anunciada pelo presidente da CMG de 40 mil euros. Laurentino Ramos espera que “até ao término do mandato da direção atual, se possa concretizar a obra, cujo projeto estava na Câmara já à oito anos.” O presidente do CG chegou a acrescentar que “só com este projeto realizado o Clube se tornará auto sustentável”. Para o futuro, o gondomarense que se encontra à frente do clube espera contar com “a juventude para dinamizar a coletividade”.
Origens Desde o início, o Clube integrava uma grande parte da fina flor cultural e económica de Gondomar, incluindo administradores do concelho da era Monárquica e outros presidentes de Câmara após a República, assim como doutores, professores, engenheiros, notários, entre outros.
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Desporto
Roger vence campeonato em Valongo
Paljet conquista melhor tempo na derradeira super-especial da Taça Rock Crawler Valongo foi palco de inauguração do Campeonato Nacional de Trial 4x4, uma prova recheada de inúmeras novidades e surpresas, marcada por emoção, competitividade e mau tempo, que deu a vitória a Roger Puyal e Humberto Reis da equipa Roger Auto.
Na sua segunda edição, a Taça Rock Crawler inscreveu três equipas, duas repetentes, e
uma nova, Paljet, transitando do CNTrial4x4. Momentos antes da prova, Jorge Silva, caracterizou a experiência como “um projeto novo”. “Mudamos de carro, temos outra viatura. O projeto que nós temos aqui é para nos divertirmos, sentirmo-nos à vontade e deixarmos aqui um bocado da
nossa adrenalina, que é para isso que nós também estamos neste desporto: além do gosto, é soltarmos aqui a nossa adrenalina”, disse. “Neste momento o objetivo é chegar ao fim e conhecermos mais a viatura para que nos próximos desafios, desafio a desafio, consigamos estar nos lugares ci-
Arranque da prova de Rock Crawler, em Valongo
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Na foto: Jorge Silva e José Pires
FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
Roger Puyal e Humberto Reis abriram a edição de 2013 do CNTrial4x4 a vencer, numa jornada que apresentou um elevado nível competitivo, face às condições proporcionadas por uma pista, na sua base natural, muito técnica e dificultada pelas inconstantes alterações atmosféricas. A dupla da Toyota Hilux assumiu a dianteira da corrida sensivelmente a meio da prova, depois de contabilizava a quarta volta. Dai até final, o piloto Roger Puyal não cedeu e nem mesmo alguns contratempos com o cabo do guincho impediram de levar a bandeirada xadrez na frente de todo o pelotão, cumprindo ao difícil traçado das encostas mais
agrestes de Valongo, 10 voltas. Jorge Silva não ganha Rock Crawler mas conquista melhor tempo na super-especial
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Texto: Ricardo Vieira Caldas
meiros.” Nesta prova, Emanuel Costa e Gerardo Sampaio estiveram irrepreensíveis ao longo das duas horas de resistência, assegurando um triunfo tranquilo, sem deixar de quando em vez, dar o “tradicional” espectáculo público presente, totalizando oito voltas. Domingos Parente e João Pinto da Team Car Jaime/ Troqouro, vencedores da edição de 2012, asseguraram um confortável segundo lugar, enquanto os estreantes, Jorge Silva e José Pires da Paljet, encerraram os lugares do pódio, numa prova esforçada e ainda numa fase inicial de adaptação ao Crawler. Na derradeira super-especial, num percurso mais reduzido invisual, seria a Paljet a surpreender os restantes adversários, ao registar o melhor tempo.
Já há uma casa para o Futsal da Ponte de Rio Tinto Nasceu a 16 de agosto de 1995 e levou o nome da ‘Ponte’ um pouco a todo o concelho. O Futsal da Ponte de Rio Tinto tem, desde 10 de março, sede própria e a ambição agora é aumentar o número de atletas. um escalão, tendo agora esperança de o voltar a ver com a inauguração da sede. “Terminámos com as camadas jovens no ano passado por não termos uma sede. Agora a sede vai ajudar muito para “recolher” as pessoas, principalmente os miúdos. E no futuro, vamos pensar se calhar em começar a ter outra vez um escalão jovem”, referiu. Questionado sobre os projetos futuros, Cláudio Melo responde convictamente: “alargamento do número
de atletas”. Para o presidente da equipa de futsal e a sua mulher, Carmen Melo, tesoureira do clube, a inauguração da sede vai significar “uma mudança na imagem da coletividade”. “Acho que a imagem da ponte de futsal de Rio Tinto vai ser alterada, as pessoas estavam habituadas a ver uma Associação sem estruturas, sem um nome fixo, o futsal da ponte de Rio Tinto era uma Associação que anda nos pavilhões”, explicou Cláudio Melo.
FOTO: DR
Cláudio Melo é presidente da Ponte de Rio Tinto há quase 18 anos, desde a criação do clube. A equipa de futsal possui atualmente dois escalões que treinam na Escola Secundária de Rio Tinto, o escalão de veteranos e o escalão de seniores. Estes últimos, encontram-se na primeira divisão distrital da Associação de Futebol do Porto, em último lugar. O dirigente da Ponte de Rio Tinto, lamentou o facto do clube ter sido forçado a extinguir
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Desporto: Torneio de Karaté Shukokai
‘Shobu Hajime’. O Multiusos foi palco de Karaté O Pavilhão Multiusos de Gondomar acolheu, no último sábado, o Torneio de Apuramento de Karaté Shukokai. Transpirou-se competitividade dentro e fora dos combates. FOTO: LA
Texto: Luís Alves
De Trancoso para Gondomar Torneio de Karaté Shukokai foi organizado pela Casa do F. C. Porto de Rio Tinto
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Quem esteve no sábado passado nas imediações do Pavilhão Multiusos de Gondomar pode ter ouvido gritos e palavras de ordem do seu interior. E o mais provável é não ter percebido o que significavam. Foi o Torneio de Apuramento de Karaté Shukokai, realizado pela primeira vez em Gondomar e organizado pela Casa do Futebol Clube do Porto (FCP) de Rio Tinto. Joana Amaral, 20 anos, responsável pela Secção de Karaté da associação organizadora mostrou-se muito entusiasmada com a estreia. “Está a correr muito bem. Talvez esperássemos um pouco mais de público mas
um deles vai à final dos 12-13 anos”, contou ao Vivacidade, esperançada, enquanto observava a zona de combates. Ainda na bancada, Rui Bernardo ilustrou bem o stress que galga a competição. “Estou ocupado a controlar a situação do meu filho” responde o gestor hoteleiro que veio de Sintra.
o torneio em si está a ser muito competitivo, com atletas internacionais e muitos campeões”, afirma a jovem responsável. Apesar das bancadas não estarem repletas, a verdade é quem assistiu fê-lo com garra. Ouviam-se gritos de incenti-
vo, chamavam-se os nomes dos atletas com vigor, que ecoam nas paredes do pavilhão. A maioria são pais e amigos dos karatecas. Amélia Pereira, veio de Mem-Martins apoiar os seus filhos gémeos, ambos praticantes da modalidade. “Provavelmente
Sport Clube de Rio Tinto aproxima-se dos 90 anos FOTO: RVC
O Sport Clube Rio Tinto vai completar 90 anos de existência no dia 1 de julho. Para celebrar a ocasião a direção do clube explicou ao Vivacidade que “neste aniversário irão ser organizados vários eventos em homenagem ao clube e a todos aqueles
que fizeram o clube chegar até aqui.” Do mesmo modo, a direção do clube pede “especial colaboração a todos os sócios e simpatizantes do Sport” para participarem nas iniciativas que irão ser dinamizadas.
ERRATA Na reportagem “Torneio Bilharsinde põe em competição centenas de atletas de renome”, do mês de fevereiro, edição n.º 79, página 19, onde se lê “(...) e Ricardo Castro, do Clube de Bilhar Netinhos, foi número um no Individual Bilharsinde Júnior” deveria ler-se “(...) e Orlando José Conde, do Clube Bilhar de S. Brás, foi número um no Individual Bilharsinde Júnior”. Ainda na mesma reportagem, onde se lê “presidente da Junta de Freguesia de Fânzeres, Luís Ramalho” deveria ler-se “presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Luís Ramalho”. A redação do jornal Vivacidade vem por este meio lamentar possíveis males causados.
Perto da zona onde os karatecas disputam os lugares no campeonato, estava Pedro Pires, 40 anos, treinador de Karaté. Tinha uma cadeira reservada para ele, como todos os treinadores têm e donde lançam indicações para os seus atletas. Pedro não a usa com frequência, especial-
mente quando está a a ver competir uma atleta que já foi duas vezes campeã nacional. “Esta miúda está a tentar renovar o título”, disse, entusiasmado. “É a primeira vez que vimos a Gondomar. O pavilhão tem muito boas condições, estamos a gostar muito”, afirmou o treinador. Campeonato Nacional em Gondomar? “A secção local da Casa do FCP em Rio Tinto tem cerca de um ano mas poderá no futuro organizar um Campeonato Nacional em Gondomar”, disse Luís Brás, presidente da Direção. “O Karaté tem muita força no norte do país e esta organização local está a toda a prova”, atirou o responsável.
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Desporto: Futsal
Futebol Clube Unidos Pinheirense fez 55 anos e pediu uma sede social maior O Futebol Clube Unidos Pinheirense, de Valbom, teve mais uma razão para celebrar. No dia 16 de fevereiro a equipa sénior do clube conseguira o apuramento para os quartos de final da taça de Portugal mas foi a 23 do mesmo mês que o Pinheirense fez 55 anos de vida. FOTO: DR
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Com alguns dos objetivos do clube de futsal alcançados nos últimos meses, o Pinheirense, de Valbom, celebrou o seu 55.º aniversário na sede social no dia 23 de fevereiro. Na sessão solene, ficou bem marcada a necessidade de um espaço social maior para o clube. Marcaram presença, entre outros, os vereadores da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo e Castro Neves, o presidente e a vogal do Desporto da Junta de Freguesia de Valbom, José Gonçalves e Maria Olinda. Durante a cerimónia, todos os oradores discutiram a questão do espaço da sede social seguindo-se depois uma homenagem aos atletas e treinadores que se destacaram na época transata, entre os quais, Paulo Vigário [sénior], Diogo Dias [iniciado], Daniel Pacheco [infantil] e Pedro Gonçalo
[benjamim]. Foram também homenageados os treinadores Rui Vieira e Paulo Paz. O Futebol Clube Unidos Pinheirense alcançou nos últimos três anos, três subidas de divisão consecutivas tendo o seu presidente, Marco Vigário, como objetivo “alcançar a quarta subida consecutiva e chegar à 2ª divisão nacional”. “Tem sido muito difícil manter estes resultados na vertente desportiva pois na parte social o clube está muito aquém dos resultados que pretendemos obter”, referiu o dirigente do clube. “Alegrou-nos que no final da nossa sessão solene comemorativa do nosso 55 º Aniversario, o vereador Fernando Paulo ter-nos prometido para breve uma resolução para este nosso problema com as instalações e ter feito também o convite para que, se a nossa equipa jogar em casa os quartos de final da taça de Portugal, o jogo se realize no Multiusos de Gondomar”, explicou ao Vivacidade Marco Vigário. FOTO: DR
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Futuro mais risonho para os jovens da Actual Gest Numa altura em que os níveis de desemprego continuam a subir em Portugal, a Actual Gest, um centro de formação profissional no coração de Gondomar, tenta combater o flagelo incentivando os jovens a aprender as profissões do futuro. A equivalência é o 12.º ano, a experiência é muito mais do que isso.
te para simular as práticas. Porque o mercado começa a exigir”, justificou. No que diz respeito à formação dos jovens, Antenor Areal é muito cético. “O jovem ter de ter a informação completa para dizer ‘eu quero ir por aqui’. E se quer ir para a escola, vai para a esco-
la para o ensino regular; se quer ir para a formação profissional, vai para a formação profissional. A liberdade é essa, ele tem de ter essa liberdade e tem de optar com muita informação e é isso que nós estamos a fazer”, aclarou o diretor pedagógico da Actual Gest.
FOTO: RVC
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Técnico de eletricidade de instalações, técnico de instalação e operação de sistemas informáticos, técnico de cozinha, técnico de hotelaria e restauração e muitas outras profissões estão à disposição de quem quer aprender e enveredar por um caminho onde a teoria é deixada para segundo plano e a prática e a experiência contribuem para a obtenção de um emprego no final do curso. O diretor pedagógico do centro, Antenor Areal, explicou ao Vivacidade onde é que a Actual Gest investiu e vai continuar a investir. “Nós temos de investir e vamos fazer esse investimento muito forte porque dispomos de uma cozinha, uma cozinha preparada para a formação profissional. Dispomos também de um restauran-
Em cada curso, o formando é obrigado a estagiar numa empresa que estabeleça um protocolo com o centro. Muitas vezes, segundo Antenor Areal, esse estágio é sinónimo de emprego. Só em 2012, o centro de formação profissional localizado no centro
de Gondomar conseguiu uma taxa de empregabilidade a rondar os 80%. Com protocolos estabelecidos com cerca de 300 empresas, a Actual Gest existe já há 20 anos e está em Gondomar há cerca de 10.
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Entrevista: Joaquim Barbosa
“Estou certo que vamos recuperar os lug
Joaquim Barbosa é o candidato da Coligação Democrática Unitária (CDU) à presidência da Câmara Municipal de Gondomar (CMG Línguas e Literaturas Modernas [Estudos Portugueses, Ramo Científico] e Mestre em Linguística Portuguesa Descritiva. Entre outras c documentalista na Redação do Jornal de Notícias. O ex-presidente da Mesa da Assembleia Geral da Cooperativa de Habitação Mãos-àe presidente da Assembleia de Freguesia da Lomba. No que diz respeito ao concelho, foi deputado municipal e secretário da mesa da Asse muitas vezes, e questionou-o sobre políticas e ambições para as eleições autárquicas de 2013. Texto: Ricardo Vieira Caldas
O que o leva a concorrer a uma carreira política na Câmara? Penso que não concorro a nenhuma carreira política. Com 65 anos, o que um homem das humanidades e comunista pretende é continuar a servir. Fazer na Câmara aquilo que tem feito sempre na atividade política, nas associações, que é trabalhar para o bem da população. Tentar descobrir problemas e tentar arranjar soluções. Não será uma carreira política mas uma tarefa. Uma tarefa difícil? Se se refere à de conquistar a Câmara é uma questão lógica a diferença entre possibilidade e probabilidade. Possibilidade há. Se os gondomarenses votarem na CDU eu ganho a câmara, se for em maioria. Com toda a honestidade parece-me que a probabilidade não será essa. Mas estou certo que vamos recuperar os lugares que perdemos na Câmara. Já tivemos dois vereadores e estou certo que vamos recuperar. Na política, já foi vogal e presidente da Assembleia da Junta da Lomba e deputado e secretário da mesa da Assembleia Municipal. A sua candidatura pela CDU é uma ambição pessoal por um cargo maior em Gondomar? Nós [CDU] temos uma maneira de funcionar que para muitos é estranha mas não temos lutas internas, nem problemas, com o facto de ser “o Joaquim ou o António”. Isto não é por apoiantes. Vamos trabalhando em consenso, com camaradas do partido
“
Eu sou da Lomba e nasci a trabalhar no campo. E lá nós limpávamos os regos antes de virem as chuvadas, para não estragarem os campos. Em Gondomar não limpamos regos. Quando vem a ‘chuvada da crise’ ninguém aguenta isto.
e depois há uma série de camaradas que estão em condições de poderem desempenhar a tarefa de candidato ou vereador. Depois vamos vendo o contexto e a disponibilidade de cada um. Neste momento, como estou aposentado, tenho mais disponibilidade mas não é uma ambição pessoal. Só é pessoal na medida em que estou empenhado numa luta. Os valores do PCP e agora da CDU sempre estiveram presen-
tes na sua vida? Sim, sempre estiveram presentes mesmo quando não era do PCP. Alguns dos valores, que depois vim a encontrar no PCP, estiveram sempre. Os valores da justiça, da liberdade, da honestidade, da transparência, sempre andaram comigo. A minha consciência política veio na Guerra Colonial. Fui sozinho e fui mudando de camaradas e isso fez-me apanhar gente com muitas formações e o
contacto com as pessoas fez com que a minha consciência política se iniciasse em África. Quando regressei em 1972, fui para o jornal e tive contacto com pessoas como o Manuel Pina e César Príncipe. Em 1973, empenhei-me logo na campanha eleitoral para a Assembleia Nacional, naquilo que diziam que era eleições. Participei ativamente também em campanhas de apoio aos presos políticos. Depois do 25 de abril fiz parte do secretariado
distrital do MDP-CDE e houve uma altura em que começaram a haver algumas indefinições no partido e decidi-me “se é para estar no PCP, é no PCP”. Atualmente já existem mais três candidatos confirmados (PS, Independentes e PSD) a disputar o lugar da presidência para as próximas eleições autárquicas. Tendo em conta as outras candidaturas, como está definida a sua estratégia política para o concelho? Estamos numa fase ainda de organização, mas se consultar as atas da Assembleia Municipal verá que a CDU é a força que mais documentos tem apresentado. Moções, propostas de alterações, agendamentos. Muitas coisas foram aprovadas sobre todas as
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gares que perdemos na Câmara”
G). Natural da freguesia da Lomba, reside atualmente em Rio Tinto. Aposentado de 65 anos, é licenciado em coisas foi professor universitário na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e foi também arquivista/ -Obra, desempenhou também vários cargos autárquicos entre os quais: vogal da Junta de Freguesia da Lomba embleia Municipal. O Vivacidade fez uma visita à Cooperativa de Habitação Mãos-à-Obra, onde ainda para
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freguesias dos gondomarenses e alguns assuntos nacionais. A nossa estratégia é olharmos para tudo o que temos feito e dizer “isto já foi feito, não vale a pena reclamar”, que infelizmente são poucos os casos. Vamos fazer o que sempre fizemos, continuar ao lado das populações e colaborar. Não temos que destruir o que está bem feito. Estive, por exemplo, no Polis de Gramido e aquilo é um equipamento positivo, mas depois faz-se aquilo e não se faz o resto. Tem o passadiço mas ao lado, na área de intervenção estão edifícios em ruínas. E nós temos uma palavra a dizer. Não temos ninguém na Câmara mas a CDU faz falta lá, sempre fez. Nestes últimos quatro anos, o que foi feito e o que falta fazer em Gondomar?
Repare que nas últimas duas décadas, Gondomar teve à sua disposição cerca de mil e quinhentos milhões de euros. Disto, 900 milhões terão sido para investimento e achamos que poderia ter sido feito mais. Deixamos fugir indústrias que eram de Gondomar. As madeiras e alguma metalurgia desapareceram. Acudimos um pouco tarde à Ourivesaria, com o centro de formação que ajuda muito. E tudo isto criava postos de trabalho. Não houve um investimento nos nossos próprios recursos. A autarquia não é responsável pelo que se passa no país. Eu sou da Lomba e nasci a trabalhar no campo. E lá nós limpávamos os regos antes de virem as chuvadas, para não estragarem os campos. Em Gondomar não limpamos regos. Quando vem a ‘chuvada da crise’ ninguém aguenta isto. E que recursos é que nós temos? O rio, como meio de transporte, na área envolvente. E a ligação do rio à serra, através das estradas. Os trilhos não estão bem aproveitados. Depois a questão do emprego é fulcral. A Câmara não tem a obrigação de criar emprego só por criar, tem é de criar condições para isso. Mas há outras questões. Gastou-se imenso na habitação. Julgo que se podiam recuperar habitações nas aldeias e nas cidades, apostando numa redefinição da política de habitação. Na educação, onde se tem feito um bom trabalho, mas mesmo assim o investimento que se tem feito não se tem reproduzido na empregabilidade dos gondomarenses. Tendo em conta o historial das últimas eleições, como prevê o desfecho das próximas? Usando a metáfora do futebol, “prognósticos só no fim”. Não sei como é que vai ser. Sou amigo de dois dos candidatos (PS e Indepen-
dentes) e os gondomarenses vão ter que escolher. Mas para o bem e para o mal, a pessoa que ganhar vai ter uma herança de uma Câmara que andou nas bocas do mundo pelas piores razões. Numa fase mais próxima das eleições a CDU manter-se-á sozinha na luta ou tentará uma aproximação a algum dos partidos que já concorrem à presidência? As coligações estão postas de parte. Sempre estivemos abertos a coligações mas de políticas. Quais são as políticas? Julgo que nesta campanha eleitoral para Gondomar não antevejo qualquer tipo de coligação. Depois das eleições, estaremos sempre dispostos – como sempre estivemos – a trabalhar seja com quem for para o bem de todos.
Ambiciona recuperar algum lugar da CDU na Câmara? Sim, queremos recuperar e vamos recuperar. Eu prometi aos meus camaradas que só usaria gravata novamente no dia da tomada de posse.
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O que penso de... Valentim Loureiro presidente da C. M. Gondomar “Não fez aquilo que gostaríamos que tivesse feito. Gostaríamos que Gondomar estivesse muito melhor e teve possibilidade de estar bastante melhor. Pessoalmente não me pronuncio.” José Luís Oliveira vice presidente da C. M. Gondomar “Prefiro não dizer nada.” Fernando Paulo vereador da C. M. Gondomar “Conheço-o pessoalmente, dou-me bem com ele. É uma pessoa honesta. No conjunto da vereação que tem estado na CMG nos últimos anos é dos poucos que não teve problemas extramunicipais.” Marco Martins presidente da J. F. Rio Tinto “Conheço-o daqui de Rio Tinto. É jovem e talvez chegue lá.” Maria João Marinho Candidata do PSD à Câmara “Não a conheço pessoalmente – nem sei sequer a sua posição em relação encerramento do SASU de Gondomar –, mas a sua profissão e a suas funções no Centro de Saúde de S. Cosme, permitir-lhe-ão contribuir para um melhor conhecimento da situação social que se vive no concelho decorrente da crise do capitalismo, da má governação do país e da ausência de políticas municipais adequadas, e contribuir para a minimização dos seus efeitos” Cristina Nogueira líder da bancada da CDU Gondomar “Foi candidata nas últimas eleições e tem feito um excelente trabalho na Assembleia Municipal. Conhecemo-nos há muitos anos, é capaz, uma ótima camarada e tem feito um bom serviço por Gondomar.” Pimenta Dias CDU Gondomar “Possivelmente o homem que mais sabe de algumas coisas da vida municipal. Fez um excelente trabalho como vereador e na Assembleia Municipal.” Pedro Passos Coelho “Como primeiro ministro, tem-me feito pensar várias vezes. Entre os que acham que é incompetente e os prémios que vai recebendo lá de fora de “menino bem comportado”. Os dois casos podem ter razão, dependendo dos objetivos. Se tivermos em conta, o papel de resolver os problemas do país é um incompetente. Mas se pensarmos no objetivo do projeto neoliberal de destruir tudo o que é Estado e baixar o preço do trabalho para depois poderem reduzir os impostos, ele está a fazer um ótimo trabalho. Está a destruir tudo o que é Estado.” Jerónimo de Sousa “Foi para muitos comunistas uma surpresa. Muito de nós, embora não queiramos, temos sempre aquela imagem do camarada Álvaro. É um ótimo camarada. É de uma generosidade, honestidade e simpatia a toda a prova. Temos visto que tem uma firmeza muito grande para levar a luta pelo comunismo.”
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Empresas & Negócios
Talho do Povo abre nova loja em S. Mamede de Infesta “Havia poucos talhos nesta zona.” É assim que o gerente do Talho do Povo, Sérgio Sousa, justifica a abertura de mais uma loja, desta vez fora do concelho de Gondomar. pelo Vivacidade sobre o porquê da abertura da nova loja em Matosinhos. O novo talho no número 451 da rua da Arroteia, em S. Mamede de Infesta, seguirá FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
os mesmos ideais que levaram os talhos de Baguim do Monte e Gondomar a alcançar um nível elevado de qualidade dos produtos e de grande procura pelos clientes. Desta vez, o talho emprega mais quarto funcionários, de um total de 23 que direta e indiretamente trabalham para a cadeia Talho do Povo. A inauguração desta nova unidade alimentar contou novamente com a presença de António e Jade, ex-concorrentes do reality show ‘Casa dos Segredos’ e a visita de vários estudantes do ISCAP. Pela nova loja durante o dia inaugural, passaram centenas de pessoas que tiveram direito a sandes de porco no espeto e a “preços ainda mais apelativos” dos habituais praticados nos produtos do Talho do Povo.
FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
A expansão deve-se ao sucesso e o sucesso deve-se aos “preços competitivos”, pelo menos é essa a explicação que Sérgio Sousa dá quando questionado
FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
A restauração ‘low-cost’ chegou a Gondomar O conceito ‘Low-Cost.Come’ chegou a Gondomar. Paulo Costa, criador da ideia, cumpriu o objetivo delineado aquando da abertura do primeiro espaço e abriu instalações em Gondomar. FOTO: LUIZ MIGUEL ALMEIDA
Este novo espaço, de restauração a baixos custos, aposta na simplificação de processos e na negociação com fornecedores para vender café, pão, sopa, bolos ou refeições a preços mais baixos que os normalmente praticados. Atendimento ‘self-service’ e louça descartável são outras
das características das padarias que, procurando combater o desperdício, estão a ser um sucesso a nível de procura. A estrutura de Gondomar, que foi inaugurada no dia 13 de março e está localizada no ‘Emporium Plaza’, criou 14 novos postos de trabalho.
24 VIVACIDADE MARÇO 2013
Empresas & Negócios: Restaurante Cardeal
Cardeal: uma referência na gastronomia em Gondomar Conhecido pelos grelhados na brasa e pelo seu forno a lenha, o restaurante Cardeal, que já existe há 20 anos em pleno centro de Baguim do Monte, inovou nos preços dos pratos sem nunca fugir à qualidade. FOTO: RVC
o bacalhau na brasa, bacalhau à cardeal e o costeletão de boi. A ‘época alta’ do Cardeal é a altura das festas da freguesia, as Festas a São Brás. Nesse período, o restaurante confeciona as famosas papas de sarrabulho e os rojões à moda de Baguim do Monte. FOTO: RVC
Rute Pereira é agora uma das gerentes do restaurante Cardeal, do Largo de S. Brás, em Baguim do Monte. Noutros tempos, o Cardeal pertencia ao seu pai que deixou o legado às filhas e mulher. Em tempos de crise, há que inovar. A adesão às redes sociais foi o início de uma mudança, como explica Rute Pereira. “Tivemos de nos habituar à realidade e continuar com as coisas devagar porque também, dada a conjuntura económica, o restaurante sofreu alguma quebra a nível de clientes. No fundo, o nosso restaurante está vocacionado para as pessoas da classe média, que foi precisamente a classe que mais sofreu com estas situações todas. Mas devagarinho temos de tentar levar a água a bom porto. Temos algumas alternativas, as refeições económicas que são diárias [não abrange o fim de semana], temos os preços para grupos e tentamos fazer algumas festas temáticas. Fizemos o carnaval, por exemplo, e o dia dos namorados com música ao vivo para as pessoas ficarem mais aconchegadas”, explica a gerente do Cardeal. As refeições económicas custam ao cliente cinco euros apenas e incluem a sopa, o prato, a sobremesa, a bebida e o café. Rute Pereira garante que a comida que vem no prato é “exatamente a mesma” e não se foge “à qualidade”, a diferença está na quantidade de comida. Para além dos pratos económicos, o restaurante aposta agora também no serviço de take away. Os pratos mais procurados pela carteira de clientes mais frequentes são
Diariamente, é colocado o menu do dia na página do Facebook do restaurante [https://www.facebook.com/restaurante. cardeal], situação que já fez crescer o número de clientes. Para o futuro, na opinião de Rute Pereira, a palavra de ordem é “estabilização”. O restaurante Cardeal está situado no Largo de São Brás, em Baguim do Monte e dispõe de 135 lugares sentados.
26 VIVACIDADE MARÇO 2013
Opinião
Governo volta a falhar previsões e contestação aumenta nas ruas
Manuel Teixeira Jornalista e Professor Universitário
1 – Ainda o Orçamento do Estado para o corrente ano aguar-
cada dia que ia passando, era mais evidente o falhanço orçamental. 2 – O primeiro balde de água fria surgiu com a revelação, por parte do INE, dos dados do desemprego global de 2012. O ano fechava com uma taxa muito superior à que o Governo previra. E um mês depois, ao serem revelados os dados de janeiro, o desemprego apresentava já números superiores aos que o Governo previra no Orçamento para todo este ano, e com previsões do Eurostat com forte tendência de agravamento. Maior descrédito governamental era difícil de conseguir, e por isso mesmo só restava reconhecer o erro das previsões. Paralelamente, todos os demais indicadores macroeconómicos relevantes começavam a indiciar um rotundo falhanço: o dobro da taxa de recessão económica prevista; menos receita em todos os impostos, e mais despesa em quase todas as rubricas. Ao Governo mais não restava que confessar o fracasso, e
anunciar a necessidade de, no âmbito da sétima revisão da troika, propor alterações aos calendários do reajustamento negociado. Ou seja, pedir mais tempo à União Europeia para atingir o equilíbrio do nosso défice. 3 – Como era de esperar, a pressão e a contestação ao Governo saltaram para as ruas, culminando com as gigantescas manifestações do passado dia 2 de março. Portugueses de todas as idades e condições, de todas as classes e quadrantes políticos, in-
cluindo os da área dos partidos da maioria, não deixaram de responder ao apelo do movimento “Que se lixe a Troika”, e juntaram-se às centenas de milhares nas principais cidades do país, sobretudo em Lisboa e Porto, para pedir uma imediata mudança de rumo político. Foi, de facto, uma jornada de inequívoca condenação do Governo. É claro que não resultam evidentes as consequências de todas estas manifestações. Pela simples razão de que ninguém foi capaz, até ao momento, de apontar políticas alternativas à brutal austeridade a que o País está a ser sujeito. Parece, sim, claro que todos desejam que a Europa rica venha em nosso socorro, e assegure aos países aflitos a continuação de um Estado social de bem-estar, sem a canga da dívida. Ou seja, que alguém pague a dívida por nós, ou que atire o seu pagamento para daqui a umas décadas. Mas, ao que tudo indica, este será apenas um sonho a perder de vista...
Monográficos” (assim foi batizada a obra) é uma monografia “escrita segundo as melhores e mais atuais exigências da moderna historiografia”. E ainda “…esta é uma boa monografia, um precioso suporte de dados informativos com que, desde agora se deverá contar e que se terá sempre de citar quando nos referirmos a Rio Tinto. Estamos, de facto, perante uma base de dados essencial e indispensável para futuras e mais profundas investigações”- estamos a citar as insuspeitas palavras de um lídimo historiador, de um isento cientista, o Professor Doutor Frei Geraldo J.A. Coelho Dias, que apresentou a obra. Saliente-se que este Professor apenas teve acesso à obra, após a sua impressão, dispondo do tempo bastante para a sua análise para a apresentação, que teve lugar no dia 30 de Outubro de 1999. Está esclarecida a primeira “dúvida” do autor do artigo. - A obra resultou de um trabalho de equipa de Professores da Es-
cola EB 2,3 de Rio Tinto – por isso, a colega Fina d’Armada participou na sua elaboração, não sendo pois nem a única nem a principal autora do referido trabalho. Esta equipa correspondeu ao convite dirigido pelo então Presidente da Junta de Freguesia, Sr. Carlos Pires, para elaboração de uma monografia da terra; acresce que a mesma foi publicada e apresentada ao público já na gestão do Sr. João Moura. Está satisfeita a curiosidade do Sr. Professor Paulo - já sabe como as coisas se passaram. Finalmente, e não menos importante… - A parte em que, referindo-se ao trabalho realizado pelos autores, afirma (sic) que este era de « “tão boa qualidade e excelência científica” que teve de ser amplamente corrigido e retificado pelo então meu orientador de mestrado antes da sua publicação final » (o bold é da nossa autoria). Declaração torpe, afirmação
mentirosa, imperdoável num cientista, menos ainda num professor e num cavalheiro – e para a qual exigimos a apresentação de provas, a saber: Em que circunstâncias ocorreram as tais correções e retificações de que fala? Qual o nome do pretenso – esse sim – corretor, que seria o orientador do escriba? Se não se pode provar que houve ou não houve a tal batalha do rio Tinto, temos obrigação moral e deontológica de provar as nossas afirmações, mormente quando estas são de tal teor que colidem com o bom nome e dignidade de outros cidadãos, que por acaso - mero acaso – são profissionais do mesmo ofício. Aqui fica, pois, um apelo que é uma exigência: - Senhor Professor Paulo Santos Silva, PROVE o que afirma ou RETRATE-SE! A humildade e a honestidade são atributos dos grandes Homens.
FOTO: RVC
Posto de Vigia
dava publicação em Diário da República e já toda a oposição e analistas económicos apregoavam que quase todas as previsões orçamentais nele contempladas seriam inatingíveis, e de um estrondoso irrealismo. À força de tão contestado, dir-se-ia que o Orçamento nascia desde logo amaldiçoado, pois apenas a maioria parlamentar tentava, com óbvio esforço, sustentar a sua credibilidade. E por isso era óbvia a falta de convicção dos que defendiam as teses governamentais. Não foi preciso esperar muito tempo, porque ainda em janeiro, quer as instâncias internacionais quer o próprio Banco de Portugal vieram dizer que os principais dados previsionais ali previstos não seriam atingíveis. Todavia, o discurso oficial continuava a fazer crer que era realista esperar que aquelas previsões haveriam de se concretizar. Mas não é por os governantes desejarem muito que uma coisa aconteça que ela vai mesmo acontecer… E por isso, a
Direito de resposta Refutação do direito de resposta da Edição nº 79 de fevereiro de 2013, da autoria de Paulo Santos Silva Albano Magalhães, Fátima Silva, Fina D’Armada, Licínia Lopes, Natália Correia e Olga Castro A equipa que elaborou a obra “Rio Tinto – Apontamentos Monográficos”
Como elementos da equipa responsável pela autoria da “Monografia de Rio Tinto”, invocando o direito ao bom nome e reputação, de que nenhum cidadão pode ser privado, solicitamos a publicação em idêntico lugar e com o mesmo destaque da resposta que se segue ao “Direito de resposta”, publicado no nº 79 no v/ jornal, da autoria de Paulo Santos Silva. Salientamos que respondemos
exclusivamente à passagem que passamos a transcrever: «Em primeiro lugar nunca tive o prazer de conhecer a dita senhora, nem mesmo quando participou, sabe-se lá como, numa pretensa monografia de Rio Tinto, a qual, diga-se em abono da verdade, foi um trabalho de “tão boa qualidade e excelência científica” que teve de ser amplamente corrigido e retificado pelo então meu orientador de mestrado antes das sua publicação final» Não pretendemos acicatar ânimos, no que ao valor das lendas concerne… muito menos aquilatar das qualidades historiográficas do autor do artigo. Mas o caso muda de feição quando o referido senhor decidiu entrar por ínvios caminhos, de suspeição, de desrespeito – e MENTIRA – relativamente à “pretensa Monografia de Rio Tinto” (sic). Passamos a explicar e esclarecer: - “Rio Tinto – Apontamentos
VIVACIDADE MARÇO 2013
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Opinião
Atividade científica no nosso Concelho
Paulo Amado Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Diretor Clinico do Hospital Escola de Gondomar
FOTO: DR
Viva Saúde
A atividade científica já “mexe” em Gondomar. É óbvio que tem sido fundamental a oportunidade que proporciona o hospital escola (HE+), com as suas excelentes condições direcionadas para o ensino e para a investigação. Desde o auditório com capacidade para 250 participantes, salas de trabalho com meios audiovisuais, bloco cirúrgico inteligente, com capacidade de transmissão de cirurgias em direto não só para o auditório como também para a internet, passando pelo centro de anatomia e cirurgia experimental, todos estes instrumentos e condições físicas permitem já a organização quase semanal das mais variadas atividades científicas. Pretende-se assim, que Gondomar, venha a ser conhecido não só pela filigrana, pelos nabos, lampreia ou sável, mas também pela atividade científica na Medicina, graças às mais variadas manifestações científicas essencialmente no campo da Saúde. Destaco principalmente as V
Jornadas do Pé Porto Barcelona, congresso Internacional a realizar no HE+ no dia 11 de Maio deste ano, ou o Congresso Europeu da Sociedade do Pé e Tornozelo, a que nos pertence a presidência local. Mas na área da Imagiologia, Cirurgia Geral, Psicologia, Fisioterapia, enfim, em variadas áreas de Saúde, estão programadas iniciativas
em que qualquer profissional pode participar, podendo para isso consultar o site do HE+. Mas não se esqueçam, melhor do que recorrer na doença, será prevenir na saúde, os meios de diagnóstico e de rastreios, são essenciais para uma população saudável. Uma vez que o futuro do país parece ainda incerto, em que apesar
das medidas graves sociais e económicas instauradas, parecem ainda não serem suficientes, para nos salvar da bancarrota, teremos pelo menos de dar atenção ao nosso físico pois a saúde psíquica, essa está ameaçada. Bem a esperança deve sempre existir... Até breve, estimados leitores…
novos pisos de asfalto, ou então as que pertencem às Estradas de Portugal e que foram intervencionadas há menos tempo. De Valbom à Meda, de S. Pedro da Cova a Fânzeres, passando pelas freguesias mais pequenas, são às centenas as ruas esburacadas,
que de dia para dia vão ficando em pior estado. Isto para não falar em passeios partidos, ou simplesmente inexistentes… Poder-se-ia pensar que, em ano eleitoral tudo isto poderá vir a ser retocado quando o Verão se aproximar. Mas não há que ter grandes esperanças. Por duas ordens de razão: a primeira porque vai haver, obrigatoriamente, mudança de presidente na Câmara, já que Valentim Loureiro não poderá recandidatar-se; em segundo lugar, pura e simplesmente porque o Município não tem dinheiro, e as receitas caíram dramaticamente. É de admitir que aqui e ali venham a ser tapados uns buracos mais escandalosos, com uns remendos toscos e de curta duração, como, aliás, é da praxe entre nós. Mas preparem-se os gondomarenses para, nos próximos anos, regressarem aos tempos em que as vias do concelho eram verdadeiros caminhos de cabras. A crise também dá para justificar tudo isto…
Ruas viram caminhos de cabras Bisturi Henrique Villalva
a gente: as ruas de maior tráfego no concelho de Gondomar caminham a passos rápidos para se tornarem quase intransitáveis. Os buracos são mais que muitos, com o asfalto a desaparecer, de dia para dia, em muitos locais. Nas freguesias de Rio Tin-
to e Baguim é uma lástima o que se vê um pouco por todo o lado, sobretudo nas principais artérias. Mas não é só aqui que tal acontece. Quem circula pelas restantes freguesias do concelho, o cenário é o mesmo, à excepção das vias que, em anos recentes, receberam
FOTO: DR
Há uns meses atrás, ainda antes do Inverno chegar a sério, o Bisturi vaticinou que, pelo andar da carruagem, quando chegássemos ao final do Inverno as ruas do concelho de Gondomar estariam em lastimoso estado. A profecia não era difícil de acertar: quando durante o Verão e o Outono não se cuida de pelo menos tapar os buracos, está na cara que, às primeiras chuvas, esses mesmos buracos haveriam de se converter em autênticas crateras. E a verdade é que, ainda com muita chuva no horizonte, os resultados estão já à vista de toda
28 VIVACIDADE MARÇO 2013
Política
São sociais-democratas mas não votam no PSD
Para as próximas eleições autárquicas, Adolfo Sousa vai apoiar Fernando Paulo, Ernesto Augusto apoia Marco Martins FOTO: RVC
FOTO: DR
Adolfo Sousa assume-se como “um defensor dos valores e ideais da social-
Ernesto Augusto iniciou o seu percurso político nos anos 80. A sua ausência
-democracia”. A sua aposta política foi
profissional para Paris e Nova Iorque,
sempre no sentido de uma “participação
durante uns anos, afastou o seu envol-
cívica alicerçada no diálogo e na concer-
vimento na política nacional. Em 94,
tação social”. Militante do Partido Social
regressa a Portugal como responsável co-
Democrata desde meados da década de
mercial da companhia de seguros Allianz
90, fez parte da comissão política concelhia de Gondomar, da assembleia distrital e
e retoma “o contributo cívico à política”, com o convite do então presidente da Jun-
foi delegado eleito, em representação do PSD de Gondomar, ao congresso nacional
ta de Fânzeres, José Martins, para ingressar como militante no Partido Social De-
do PSD. Fez também parte de vários grupos de trabalho ao nível concelhio e dis-
mocrata. Entretanto, é eleito presidente da Assembleia de Freguesia de Fânzeres.
trital. Ao Vivacidade, Adolfo Sousa confessou que, apesar de ser militante do PSD,
Em 2005, preside a Junta de Freguesia, cargo que mantém durante um mandato.
vai apoiar a lista independente à Câmara Municipal de Gondomar.
Atualmente, continua como militante do PSD mas “não tem participado” já que
“Portugal atravessa um período de grandes
um marasmo esmagador.
“não está de acordo com a orientação política que tem sido dada a Gondomar.”
dificuldades. Considero que todos nos temos
Neste momento, considero o Fernando Pau-
de empenhar na concertação de soluções que
lo a pessoa certa para conduzir os destinos do
nos conduzam a um crescimento económico e
município de Gondomar. Ele saberá apresentar
a uma melhoria das condições de vida das po-
um plano de trabalho que tenha como princi-
“Fui um apoiante, no primeiro mandato, do
com esta atual gestão. Já lá vão 20 anos e é pre-
pulações. Vivemos um tempo em que os movi-
pal objetivo o desenvolvimento do concelho.
major Valentim Loureiro mas com o decorrer
ciso catapultar o concelho de Gondomar para
mentos de independentes fazem sentido, sem
Os gondomarenses conhecem o seu valor e a
do tempo, percebi que de facto não era a pes-
outras vivências, para outros modelos de gestão,
amarras nem formatações impostas por uma
idoneidade. Vivemos um momento em que as
soa indicada, que era demasiadamente popu-
de forma mais participativa, chegar mais às pes-
linha que alguém idealizou em termos nacionais
pessoas e a sua qualidade de vida constituirão o
lista, demagogo e portanto seguramente não ia
soas, menos populistas e mais eficazes. Estou-
e distantes das efetivas necessidades das popula-
principal eixo orientador das políticas públicas.
trazer grande valor acrescentado ao concelho.
-me a referir concretamente a Marco Martins.
ções. A liderança de Fernando Paulo constitui,
A coesão social, a criação de emprego, o am-
O PSD, lamentavelmente, investiu sempre na
Sou apoiante indefetível dele. Cruzei-me com
em qualquer equipa e em todas as dimensões,
biente, as acessibilidades, a qualidade dos espa-
mesma figura, dividiu o partido em Gondomar
ele na vida política, estávamos ao mesmo nível,
um garante de qualidade e de entrega em prol
ços urbanos estarão certamente nas prioridades
e eu opus-me sempre a esse tipo de solução, de
éramos os dois presidentes de Junta - em Rio
do bem comum. Para ser coerente com uma
de Fernando Paulo. Ele tem mais de 20 anos de
dividir os próprios militantes do PSD. Nas últi-
Tinto e em Fânzeres - e houve ali uma empatia,
postura cívica que faço questão de manter, não
experiência na vida autárquica, o conhecimen-
mas eleições autárquicas, o PSD em Gondomar
uma aproximação, não só sob o ponto de vista
podia deixar de dar publicamente o meu apoio
to profundo de Gondomar, das suas gentes e
deu-se ao luxo de politicamente tentar esmagar
humano, como também sob o ponto de vista da
ao Fernando Paulo. O trabalho de excelência na
das instituições. A sua candidatura assenta em
e punir todos aqueles que não se identificavam
política. E de facto deu para perceber que ele era
rede social de Gondomar, na educação, na ju-
pilares sólidos de uma carreira de autarca que
com a candidatura independente e eu fui um
uma pessoa empenhada. Fui percebendo nele,
ventude, no desporto e na cultura, muitas vezes
certamente será reconhecida pelos gondoma-
deles . Pus-me claramente ao lado do enge-
alguma astúcia, alguma diferença para melhor
no âmbito de projetos inovadores, são a prova da
renses. Hoje a realidade é bem diferente e, por
nheiro Rui Quelhas porque ia ser o candidato
e que estaria eventualmente ali apontada uma
sua disponibilidade, competência e capacidade
isso mesmo, os gondomarenses têm dado a sua
institucional do PSD e era a esse a quem eu
forte possibilidade para gerir o concelho de
intelectual para assumir o cargo de presidente da
confiança à equipa de independentes que politi-
estava partidariamente obrigado a apoiar e foi
Gondomar nos próximos anos. E pronto, as
Câmara Municipal de Gondomar.
Vai apoiar Marco Martins, nas próximas eleições autárquicas. Em discurso direto, explica ao Vivacidade o porquê da sua decisão.
camente têm sabido garantir um espaço sólido
esse que apoiei desinteressadamente e de uma
coisas traduziram-se naquilo que é sabido, ele
Penso que no PSD, o momento mais nega-
de liberdade e de afirmação para que as organi-
forma abnegada, empenhada e fui fortemente
é o candidato institucional oficial do PS em
tivo, do ponto de vista político, correspondeu
zações da sociedade civil possam ter iniciativa e
penalizado politicamente, com o “diz que disse”.
Gondomar e vou apoiá-lo em homenagem
à retirada da confiança política ao Major Va-
criatividade. De todas as candidaturas eu espero
Puseram na minha boca coisas que eu nunca
àquilo que disse. Por força das evidências que
lentim Loureiro, pelas estruturas nacionais do
disponibilidade para ajudar Gondomar a ser um
fiz. Acho que também foram deselegantes para
nos vão surgindo no dia a dia nos últimos 20
partido que originou, mais tarde, o Movimento
concelho cada vez mais próspero. Valorizo todos
comigo porque montaram toda uma campanha
anos, tudo aponta que ele terá condições para
Independente Valentim Loureiro Gondomar no
aqueles que se disponibilizam para servir a causa
incendiária contra mim.
ser o próximo presidente de Câmara. Tem que
Coração. Recordo que a candidatura do Major
pública. No entanto, considero que este não é o
Não se infere daqui que eu estou agora no
haver rotatividade e se os partidos maioritários
Valentim Loureiro à Câmara Municipal de Gon-
momento ideal para experimentalismos e para
outro lado por vingança, porque não tenho ne-
em Portugal – quer o PSD quer o PS - reclamam
domar pelo PSD foi votada favoravelmente e por
projeções artificiais de carreiras políticas. O Fer-
nhum problema cultural nem tenho nenhum
rotatividade no exercício governativo, também
unanimidade no plenário do PSD de Gondomar
nando Paulo tem carisma, é um líder conhecido
problema psicológico ou existencial. É, diga-
tem que haver rotatividade no exercício da ges-
e por maioria esmagadora no órgão competen-
e reconhecido pelos seus pares. Tem estatuto
mos, uma questão de que já cansa este modelo
tão autárquica, nomeadamente num município
te da distrital do PSD Porto. Não se respeitou o
político para lutar pela defesa dos direitos dos
de gestão - porque de certa forma também não
grande, como é o caso de Gondomar. Mas o
direito à diferença, como condição inerente à
gondomarenses nas instâncias políticas regio-
tem trazido valor acrescentado aos gondoma-
apoio é para Marco Martins. Não estou nada
natureza humana e indispensável para a afirma-
nais e nacionais. É nos momentos de maiores
renses - porque também é preciso pôr ponto
preocupado com a militância porque eu não
ção integral da personalidade de cada indivíduo,
dificuldades que precisamos de respostas com
final neste tipo de situação de bipolarização do
vivo da política e seguramente que não vou ser
que está consagrado nos princípios e valores do
maior rigor, competência, experiência e dedica-
PSD mais os independentes. É preciso acabar
penalizado porque até hoje não há memória em
PSD. O momento mais positivo foi sem dúvida
ção. Neste contexto, a sua candidatura constitui-
com este cinzentismo todo, aproveitar para di-
Gondomar de punição aos militantes do parti-
o da primeira vitória do PSD para a Câmara de
-se na grande mais-valia para Gondomar e para
zer ‘não’ a estes senhores e dar oportunidade a
do social democrata que apoiaram a candidatu-
Gondomar. Permitiu tirar o nosso concelho de
os gondomarenses.”
outras pessoas com capacidade e não conotados
ra independente.
VIVACIDADE MARÇO 2013
29
Política: Vozes da Assembleia da República Passaporte Emprego O Plano Estratégico de Iniciati-
o sistema de qualificações e o mercado
saporte Emprego, Passaporte Emprego
vas de Promoção da Empregabilidade
de trabalho; promover o conhecimento
Economia Social e Passaporte Empre-
Jovem e Apoio às Pequenas e Médias
sobre novas formações e competências
go Associações e Federações Juvenis e
prego tem como desígnio não só com-
Empresas designado por ‘Impulso Jo-
junto dos empregadores; fomentar a
Desportivas os jovens entre os 18 e os
bater os elevados níveis de desemprego
vem’, inclui novas medidas de estágios
criação de emprego em novas áreas e
25 anos, inclusive, inscritos nos centros
jovem como também evitar que este se
entre os quais o Passaporte Emprego,
impulsionar o desenvolvimento de re-
de emprego ou centros de emprego e
torne estrutural. Daí que, estas medi-
Passaporte Emprego Economia Social,
cursos humanos nos sectores dos bens
formação profissional como desempre-
das sejam dirigidas a jovens desempre-
Passaporte Emprego Agricultura, Pas-
e serviços transacionáveis.
gados. A Medida Passaporte Emprego
gados inscritos nos centros de emprego
Agricultura, dirige-se aos jovens com
há pelo menos quatro meses.
saporte Emprego Associações e Federações Juvenis e Desportivas. Margarida Almeida PSD
Os Passaportes Emprego Economia Social, Emprego Agricultura, Em-
Ora, os Passaportes Emprego vi-
prego Associações e Federações Juvenis
sam complementar e desenvolver as competências dos jovens que procuram
idade entre os 18 e os 35 anos.
A Medida Passaporte Em-
Ao promover estes estágios, no
Estes estágios terão a dura-
âmbito das políticas de Emprego, o
e Desportivas têm ainda como objetivo
ção de um ano, não prorrogável, pode
Governo visa proporcionar uma expe-
impulsionar o desenvolvimento de re-
realizar-se em todo o território conti-
riência de trabalho que crie oportuni-
um primeiro ou um novo emprego, de
cursos humanos nas respetivas áreas de
nental e é remunerado. As entidades
dades de integração, direcionada aos
forma a melhorar o seu perfil de em-
abrangência.
promotoras que integrem, no final do
jovens com maiores dificuldades neste
estágio, os jovens estagiários receberão
contexto.
brio nas contas públicas.
cerca de 94%, em percentagem do PIB,
pregabilidade e apoiar a transição entre
São destinatários da Medida Pas-
um prémio de integração.
O Governo “chumbou” mais uma vez As conferências de imprensa após
Isabel Santos PS
Vamos continuar por este caminho?
as avaliações da Troika constituem já
Recordo perfeitamente as imagens
uma traição cujo cumprimento é espe-
televisivas da votação do PEC IV. O
Passados dois anos, o que temos
rado pelos portugueses com o espírito
PCP, o Bloco de Esquerda , o PSD e
Os funcionários públicos, refor-
ças e o Primeiro Ministro limitam-se
de quem aguarda ser submetido a mais
o CDS/PP unidos. O PS e o Governo
mados e pensionistas sofreram cortes
a anunciar a revisão das previsões or-
um ato de flagelação.
hoje?
para 122,4%. Diante disto o Ministro das Finan-
isolados. Os dias seguintes marcados
nos subsídios de férias e Natal e a so-
çamentais, para pior, e que beneficia-
Avaliação, após avaliação, o discur-
pela demissão do Governo e a negocia-
bretaxa do IRS desfere um rude golpe
remos de mais um ano para proceder
so repete-se - novos cortes e revisão de
ção do resgate financeiro com a Troika,
nos rendimentos do trabalho. O IVA
ao anunciado corte de mais quatro
indicadores orçamentais cuja previsão
numa posição de extrema fragilidade.
da restauração passou para 23%, ditan-
milhões na despesa pública, mas sem
invariavelmente falhamos. O desem-
Pedro Passos Coelho, ungido na
do falências e desemprego em catadu-
abrandar o esforço a que temos sido
prego cresce, o PIB diminui e a pobreza
sua qualidade de candidato a Primei-
pa neste setor. De um nível de recessão
sujeitos. Sim! Não podemos ser piegas!
esmaga-nos.
ro Ministro, criticava duramente o
de -0,4% passamos para -3,8%. Mais
O Governo falhou, os resultados
Neste momento, quando estamos
Governo e afirmava sem tibieza que:
de sete mil e quinhentas empresas fa-
são desastrosos, atravessamos clara-
prestes a assinalar a passagem de dois
governaria muito bem com o FMI; não
liram em 2012. A taxa de desemprego
mente a fronteira do empobrecimento,
anos sobre o chumbo do PEC IV, con-
haveria despedimentos; não haveria
passou de 12,4% para uma previsão de
mas persistimos, teimosamente, numa
vém parar, olhar para o caminho per-
mexidas nos subsídios de férias nem de
valores acima dos 18% nos próximos
receita que está a destroçar a economia,
corrido, para os sacrifícios impostos
natal; não haveria subida de impostos;
dois anos. O consumo privado regista
a destruir o país e a colocar em sério
pela insana voragem de ir para além do
não acabaria com a taxa intermédia na
decréscimos históricos. A dívida públi-
risco o sistema democrático. Não será
memorando, e perguntar: Valeu a pena?
restauração e com ele teríamos equilí-
ca não para de aumentar passando de
tempo de dizer basta?!
“Demitam-se. O país apreciaria este gesto patriótico”
Catarina Martins BE
Sabem-se finalmente os resulta-
O ministro que fala vagarosamente e
Sabem quem acusou um gover-
Há limites para o cinismo político.
dos da sétima avaliação da troika. A
erra depressa – três previsões em três
no de “endividar para empobrecer”
Paulo Portas tem de demitir-se. E
avaliação, que se afirma positiva na
meses e sempre a descer – propõe a
e afirmou “Um ano depois, Portugal
com ele, tem de demitir-se o Primei-
primeira linha, não esconde, e pelo
ditadura do empobrecimento.
tem o maior endividamento de sem-
ro-Ministro e o Governo.
contrário revela com uma nitidez
O PSD veio dizer que o problema
pre, a maior carga fiscal de sempre, a
Nesse discurso de 2010, Paulo
exemplar, o falhanço do governo e da
é um memorando mal construído.
maior despesa pública de sempre, o
Portas afirmava que tempos exce-
troika. Mais desemprego, mais reces-
Esquecendo que Catroga também o
maior desemprego de sempre”? Foi
cionais exigem soluções excecionais:
são, mais pobreza. Um desastre. E a
desenhou. Querendo que esqueça-
Paulo Portas, em 2010. Três anos de-
“um governo que se preocupasse a
resposta que o governo propõe ao de-
mos o que bradaram entes dois anos:
pois deste discurso, e com quase dois
sério com o endividamento, que pro-
sastre é mais desastre: despedimentos
“ir além do memorando”. Não esque-
anos de governo PSD/CDS, o endivi-
movesse o crescimento da economia.”
e cortes. Chamam-lhe ajustamento.
cemos. Sabemos que não é defeito, é
damento aumentou 50 mil milhões
Tinha razão. Hoje Portugal precisa
Sabemos que é empobrecer.
feitio.
de euros, subiu o IVA, o IMI, o IRS
de um governo capaz de enfrentar a
em 30%, o desemprego aumentou em
troika, renegociar a dívida e investir
400 mil.
no crescimento da economia. O ape-
Vítor Gaspar propõe mais de uma
O Governo de direita, com a tei-
década de austeridade. Que avós vi-
mosia fanática do empobrecimento e
vam pior hoje para construir um fu-
a recusa cega da inevitabilidade da dí-
Quem fez este discurso não pode
lo que fez em 2010 serve hoje como
turo em que filhos vivem pior do que
vida, tudo o que propõe é “endividar
esconder-se dos resultados de mais
uma luva ao governo de que faz parte:
os pais viveram, os netos pior que os
para empobrecer”. Uma expressão cer-
uma avaliação desastrosa a inaugurar
“Demitam-se. O país apreciaria este
avós. É a destruição da democracia.
teira que lembra um outro discurso.
ginásios a milhares de quilómetros.
gesto de patriotismo”.
30 VIVACIDADE MARÇO 2013
Política: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal Avaliar a Troika
Michael Seufert CDS
Os recentes resultados da sétima
nos efeitos na economia. E no fim de
nativas presentes vale a pena relembrar
juros subiam também. A ilusão do cres-
avaliação da troika ao programa portu-
tudo percebemos que não havia à data
que uma passagem por um período de
cimento dos últimos 30 anos ia sempre
guês podem ser recebidos com a sensa-
- já lá vamos sobre hoje - uma alterna-
depressão económica e crise no mer-
rebentar-nos nas mãos - mais cedo ou
ção de falhanço para o nosso programa.
tiva famosa. Recorde-se que o gover-
cado do emprego ocorreria sempre. A
mais tarde. Foi justamente por isso que
Apesar de nem termos cumprido as
no Sócrates pediu eleições quando se
economia portuguesa passou demasia-
a União Europeia com o apoio do FMI
metas de défice acordadas inicialmente,
foi chumbado o famigerado PEC4 no
do tempo a viver apoiada em emprés-
desenhou os programas de assistência:
os efeitos na economia foram bem pio-
Parlamento. Ora esse PEC4 era ainda
timos externos, no setor público e no
evitava-se assim o colapso da zona Euro
res que inicialmente esperado: recessão
mais exigente que o memorando de
setor privado, que quando esse influxo
e permitia-se que a prazo os países re-
e desemprego estão bem acima do pro-
entendimento no que diz respeito à
de capital terminou por incapacidade
cuperassem a sua soberania. A alterna-
jetado, quando o défice ano passado foi
redução do défice público. Como fica-
de financiamento as consequências se-
tiva seria os países saírem da zona Euro
ainda de 6,6% e portanto muito acima
va por explicar onde obtinha financia-
riam sempre altamente penalizadoras.
e sofrerem um rol de consequências
do inicialmente acordado.
mento - recordo que no memorando se
Afinal se com défices de 5% ou ate 10%
imprevisíveis. Estamos, nesse sentido,
Olhando para esta realidade há
inscreveram 78 mil milhões de euro de
estávamos a crescer cerca de 1%, quan-
melhores hoje do que estaríamos sem
algum que parece insofismável: o pro-
financiamento a juros muito inferiores
to não estaríamos a decrescer sem esse
programa? Julgo que sim. O programa
grama inicial estava mal desenhado.
que o que obtínhamos à data - é fácil
financiamento externo? Como os défi-
podia ter funcionado melhor? Julgo
Ou era demasiado exigente nas metas
de concluir que a economia portuguesa
ces aumentam o stock da dívida, cada
que sim também. Desenvolverei essa
do défice, ou era demasiado otimista
estaria hoje ainda pior. Quanto a alter-
ano que passava os nosso encargos com
ideia na próxima edição.
novo regime, é conversa fiada.
A Lei dos despejos
José Luís Ferreira PEV
Na linha da ofensiva que o Go-
substanciais aumentos nos valores
com grau de incapacidade de 60% ou
verno tem vindo a fazer aos direitos
das rendas. O que o Governo fez foi
mais e os inquilinos com rendimen-
dos portugueses, alguns deles até com
substituir os mecanismos de atualiza-
tos inferiores a 5 salários mínimos.
relevância constitucional, como é o
ção faseada e controlada do valor das
Sucede que mesmo assim o Go-
depois desse período de transição,
caso do direito à habitação, o Gover-
rendas por aquilo a que o Governo
verno permite que o senhorio proce-
porque num caso e noutro as rendas
no procedeu à revisão do regime jurí-
intitula de negociação entre inquilino
da a aumentos que essas pessoas não
representam valores que são insupor-
dico do arrendamento urbano.
táveis para essas pessoas.
E é conversa fiada tanto durante os primeiros cinco anos, com o
e senhorio, atribuindo ao senhorio a
conseguem suportar. E a agravar, este
E com este novo regime, a lei do
faculdade de aumentar livremente o
regime de exceção tem a duração de
Adivinham-se assim, muitas si-
arrendamento, deixou de ser a lei do
valor das rendas, bem como para des-
cinco anos, depois disso entram no
tuações de atraso no pagamento das
arrendamento e passou a ser a lei dos
pejar o inquilino, sem mais, caso este
regime geral, isto é, as rendas são li-
rendas ou até mesmo, impossibilida-
despejos, porque este novo regime
não consiga dar resposta ao valor da
beralizadas. Logo, depois desses cinco
de objetiva do pagamento desses va-
mais não visa do que permitir o des-
renda imposta pelo Senhorio.
anos, as pessoas ficam sem qualquer
lores, por parte de muitas famílias. E
pejo sumário de milhares e milhares de famílias das suas habitações.
Para além disso o Governo ainda
reposta social. É pois mais que evi-
o resultado também se adivinha, des-
revoga os subsídios de renda e depois
dente, que a conversa do Governo de
pejo imediato.
O Governo, ignorando tudo aqui-
vem dizer que protege os mais vulne-
que os inquilinos mais idosos, as pes-
É assim que o Governo resolve os
lo que tem vindo a fazer às famílias
ráveis. De facto o Governo exceciona
soas com deficiência e as pessoas com
problemas das pessoas, o Governo re-
português para lhes diminuir os seus
desta completa liberalização os inqui-
mais dificuldades do ponto de vista
solve os problemas dos senhorios e os
rendimentos, ainda vem provocar
linos com 65 anos ou mais, as pessoas
económico estão protegidos por este
inquilinos que se amanhem.
A prestação dos eleitos e a exigência dos eleitores
Carlos Brás PS
Tendo-me sido lançado o repto,
As insuficiências da democra-
tidos é desvalorizada e ignorada.
tar na valorização da proximidade
que muito me honra, de colaborar na
cia local em Portugal têm raízes em
Os mecanismos de participação das
e na participação dos eleitores nas
secção ‘Vozes da Assembleia Munici-
ambos os lados da problemática e
populações têm sido instrumentais
discussões e decisões municipais. A
pal’, parece-me lógico que inicie por
aqueles que em última análise po-
e a discussão pública minimizada e
presença em assembleias deve ser
uma apreciação sobre o que entendo
dem ser os “juízes” através do voto,
inócua. Gondomar viveu um ciclo de
estimulada e devem ser criadas as
ser hoje a governação local, quais as
os eleitores, apresentam elevados ní-
poder pessoal em que a decisão foi
condições físicas para que tal acon-
suas principais fragilidades e em que
veis de tolerância e uma deferência
errática e ao sabor de impulsos de
teça na Assembleia Municipal, as
sentido pode evoluir a qualificação
exagerada para com os seus eleitos.
circunstância. Chegou-se a apregoar
reuniões de Câmara devem ir às fre-
da política autárquica.
No geral há resistências em assumir
que se ia a eleições sem programa.
guesias recolher contributos para a
Inseridos no típico modelo do
a responsabilidade política de punir
Não houve uma prática de envolvi-
elaboração do orçamento e explicar
sul da Europa, onde as relações clien-
com o voto os que prevaricam no
mento da população nem o hábito
onde se gasta o dinheiro que é de to-
telares entre os diversos grupos de
exercício do poder autárquico.
da prestação de contas. A distância
dos.
interesse locais e a elite que governa
No caso do município de Gon-
entre eleitos e eleitores foi sempre
Não defendo a democracia dire-
existem de forma algo tolerada pelos
domar tem sido notória a falta de
grande. Aliás, a prestação de contas,
ta pelos perigos óbvios, mas a demo-
eleitores, os autarcas tendem a olhar
envolvimento dos partidos da oposi-
mesmo aos órgãos autárquicos foi
cracia representativa carece de me-
para as populações mais como o vei-
ção, e até dos parceiros de executivo,
sempre forçada e diminuta.
lhorias de parte a parte. Melhorias
culo da sua eleição ou da sua reelei-
na definição das políticas públicas
Mas os ciclos terminam e agora
ção do que a razão de ser da sua ação.
municipais. A auscultação aos par-
que vamos mudar, devemos apos-
na prestação dos eleitos e melhorias na exigência dos eleitores.
VIVACIDADE MARÇO 2013
31
Política: Vozes da Assembleia Municipal Necessidade da Reforma da Ourivesaria, motor de atividades privadas e públicas
Rui Oliveira CDS/PP
O Concelho de Gondomar é sem
cia da Contrastaria. Este problema não
da Contrastaria Pública e liberalização
Concelho de Gondomar será bastante
dúvida a “Capital da Ourivesaria”, e tem
pode ser visto só na vertente financeira,
dos preços cobrados aos Ourives nas
afetado, visto que todas as atividades de-
sido o mais afetado pela situação difícil
uma vez que é necessário analisar o pro-
Contrastarias, em vez de serem criados
pendem da Ourivesaria, tanto atividades
que esta indústria tem vindo a atraves-
blema no seu todo, ou seja, na vertente
por Portaria. Na vertente económica,
privadas e públicas, já que estas depen-
sar, com o aumento brutal das suas ma-
política, económica e social. Na vertente
tem de se analisar qual é aquele que mais
dem em grande medida dos impostos
térias-primas ao longo dos últimos anos.
política é necessário encetar uma refor-
contribui para a criação de empregos,
arrecadados. Sabemos todos que a Con-
A nova portaria nº 418-A/2012 de 19 de
ma urgente da Regulamentação desta
exportação e satisfação da nossa procura
trastaria depende da indústria da Ouri-
dezembro, aumentou drasticamente os
indústria e acabar com o monopólio
interna. Não deixamos de ver a impor-
vesaria mas o contrário não é verdade,
emolumentos e taxas desta indústria,
da Contrastaria. A modernização da
tância da Contrastaria, que tem com cer-
uma vez que a Ourivesaria continuaria a
sem dar tempo a que esta se pudesse
Regulamentação desta indústria é fun-
teza um papel importante, mas que não
existir. É necessário que se avance com
adaptar e sem modernizar a sua regula-
damental para que esta se modernize e
exporta, não satisfaz uma necessidade de
a reforma, célere, desta atividade e com
mentação, há muito tempo aguardada.
se aproxime dos restantes países Euro-
consumo e tem emprego público que é
a privatização da contrastaria, para que
Esta portaria visa apenas responder a
peus. Desta forma, seremos mais com-
pago com os impostos dos portugueses.
possamos ser mais competitivos nos
um mero problema criado pelo Estado,
petitivos. A criação de uma contrastaria
Já a indústria da Ourivesaria cria empre-
Mercados Internacionais e para que a
um buraco financeiro de milhões de eu-
privada seria o passo seguinte no campo
go privado e público, satisfaz a procura
Industria da Ourivesaria seja vista como
ros, criado ao longo dos anos de existên-
político, para obrigar à modernização
interna e exporta. Na vertente social, o
o motor de várias atividades.
O exercício do poder local democrático não é uma questão ‘pseudo-técnica’!
Cristina Nogueira CDU
O poder local democrático é parte
50.762 habitantes; Gondomar (S. Cos-
organização do Poder Local plasmada
construído após o 25 de Abril de 1974.
integrante do desenvolvimento regional
me)/Valbom/Jovim: 48.626 habitantes
na Constituição da República – mani-
A pujança e dimensão do Movimento
e potencial capaz de promover o bem
– e quatro pequenas freguesias – Foz
pulam-se as populações fazendo-lhes
Associativo e Popular de Gondomar é
estar das populações. As próximas elei-
do Sousa: 6.057 habitantes; Melres/
crer que vão manter as suas freguesias
a demonstração inequívoca de que as
ções autárquicas realizam-se num novo
Medas: 5.662 habitantes; Covelo: 1.626
quando, na realidade, estas serão extin-
populações das freguesias gondoma-
quadro concelhio. A ser concretizado
habitantes; Lomba: 1.516 habitantes
tas, com a inevitável perda da identida-
renses se orgulham da sua história e
o que a Assembleia da República apro-
– criando um grande desequilíbrio
de histórica e do sentimento de perten-
tradições, teimando em manter uma
vou os gondomarenses vão eleger não
demográfico entre elas. Da proposta B
ça a uma comunidade politicamente
identidade própria que será irremedia-
os representantes da população para as
da UTRAT resultaria algo semelhan-
autónoma, a juntar à perda dos órgãos
velmente posta em causa com a perda
treze freguesias do concelho, mas para
te, com a agravante de serem extintas
representativos – assembleia e junta de
da autonomia político-administrativa.
nove. A ser concretizada a proposta A
nove das doze freguesias do concelho.
freguesia – e dos serviços de proximi-
O bom senso aconselha que a vontade
da UTRAT- Unidade Técnica para a
Em vez de promover a coesão do Mu-
dade de que beneficiam actualmente. A
das populações seja respeitada, em vez
Reorganização Administrativa do Ter-
nicípio, tal cenário apenas contribuirá
reorganização administrativa do terri-
de lhes ser imposta à força uma reor-
ritório - tal significaria a extinção de
para o agravamento das assimetrias so-
tório “desenhada” pela Lei n.º 22/2012
ganização administrativa do território
oito das doze freguesias do concelho,
cioeconómicas existentes entre a zona
não contribui para a modernização
incompreensível e estúpida e, por isso,
dando lugar a três mega-freguesias –
urbana e a zona rural do concelho. Sob
da Administração Local, significando
inaceitável. A CDU continuará a lutar
Fânzeres/S. Pedro da Cova/Baguim do
o eufemismo “União de Freguesias” –
antes um empobrecimento do Poder
para manter a identidade do concelho e
Monte: 53.756 habitantes; Rio Tinto:
“coisa” que não está contemplada na
Local Democrático paulatinamente
de cada uma das suas freguesias!
Governo da Troika Demissão Já!
Rui Nóvoa BE
No momento em que inicio este
atingir um défice de 2,5% e mais um
deste modo pergunto - Tantas medi-
crise das últimas décadas, sendo obri-
artigo o ministro que fala devagar mas,
ano para cortar mais 4 mil milhões de
das, tantas vidas destruídas para isto?
gadas a escolher entre o desemprego e
erra depressa, Vítor Gaspar está a co-
euros. As novas previsões do governo
É evidente que um país com a econo-
a emigração. Desde que o governo de
municar ao país os resultados da sé-
da troika admitem uma taxa de desem-
mia em queda acentuada desde 2009,
Passos&Portas tomou posse, a cada dia
tima avaliação da troika. Diz-nos que
prego de 19%, o que para o governo é
não tem capacidade de pagar juros de
o país contraiu 2,3 milhões em nova
o alargamento do prazo de 12 meses
tido como uma vitória. Para o país é,
5%. Com o país a produzir cada vez
dívida com juros impossíveis de pagar.
foi uma vitória, mais uma sem dúvida
uma derrota, o dito ajustamento signi-
menos, a fatia destinada para os juros
Se somarmos o empréstimo da troika
contra os desempregados, os reforma-
fica que as medidas aplicadas falharam
é cada vez maior e assim, o governo
e as emissões da dívida pública Portu-
dos e os trabalhadores que vivem cada
depois de toda a austeridade, em que o
em nome da redução da despesa aplica
gal recebeu 110 Mil Milhões mas, esse
vez com mais dificuldades. Porém, o
governo não consegue outro resulta-
sempre a mesma receita de mais cortes
dinheiro aterra nos bancos e voa em
choque entre a realidade dos números
do que não seja mais recessão e mais
nas escolas, nos hospitais, nos serviços
juros que nunca chegam à economia e
e a “cassete” dos resultados positivos
desemprego. Já não há dúvidas que
públicos, nas pensões e nos serviços
ao emprego. Sabemos bem que os re-
das políticas da troika é tão flagrante
com esta política o país não para de se
sociais, continuando os bancos a apro-
sultados da sétima avaliação da troika
que obrigou Vítor Gaspar, “o bom alu-
afundar. Estamos intervencionados há
veitar para aumentarem cada vez mais
rebelam com toda a clareza o compe-
no” que se esforçou para cumprir com
quase dois anos, com cargas de aus-
os seus lucros. Com aplicação da dívida
tente falhanço das medidas implemen-
toda as receitas impostas pela troika a
teridade absolutamente brutais, com
pública portuguesa a banca viu valori-
tadas e mostram que o rumo que o
apresentar um cenário muito sombrio,
impostos impossíveis de suportar e um
zada em 60% no ano passado. Mas en-
governo pretende seguir é continuar a
onde cada vez mais a tão falada inver-
desemprego que não para de crescer.
quanto vemos os bancos a serem rea-
falhar. Com este governo a resposta ao
são da recessão é empurrada para mais
E tudo isto, para chegarmos no fim do
bilitados com os dinheiros públicos as
desastre é mais desastre! Por isso o País
tarde. Portugal tem agora até 2015 que
ano com um défice acima dos 5,5%,
pessoas são empurradas para a maior
exige a sua Demissão Já.
32 VIVACIDADE MARÇO 2013
Jorge Ascenção e Ilídio Ramos continuam na liderança da FAPAG A Federação das Associações de Pais do Concelho de Gondomar (FAPAG) realizou, no passado dia 1 de março, a tomada de posse dos seus novos Órgãos Sociais. Em dia de início de um novo ciclo, destacou-se a homenagem que a FAPAG prestou ao vereador do Pelouro da Educação da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo. FOTO: DR
Depois do ato eleitoral a 22 de fevereiro, foi a vez de, no dia 1 de março, no auditório da Biblioteca Municipal, serem empossados os Órgãos Sociais da FAPAG. Em dia de tomada de posse de uma jovem e renovada equipa para o biénio 2013/2014, destaque para a manutenção de Jorge Ascenção no Conselho Executivo e de Ilídio Ramos na Assembleia Geral. Mas esta cerimónia ficaria igualmente marcada pela homenagem feita a Fernando Paulo, vereador do Pelouro da Educação da Câmara. As Associações de Pais do Concelho de Gondomar aprovaram, por unanimidade,
atribuir o título de “Sócio Honorário” ao vereador responsável pelo Pelouro da Educação. Jorge Ascenção referiu, na ocasião, que tal homenagem se justificava por vários fatores. “Gondomar é um Concelho de
referência na Educação, algo reconhecido muito para além das fronteiras locais e regionais”, além de que, acrescentou, “temos, em conjunto, sabido produzir em rede”. Classificando como “lúcida e competente” a liderança na
Autarquia – quer a nível de Presidência, quer também na área da Educação –, Jorge Ascenção considerou, por tal, como “inteiramente justa” a distinção a ser entregue ao vereador Fernando Paulo. Ilídio Ramos, presidente da Assembleia Geral da FAPAG, frisou acreditar no futuro. Porque, como esclareceu, “acreditamos no saber e na capacidade de hoje construir e partilhar”. Fernando Paulo, vereador do Pelouro da Educação da Câmara de Gondomar, e homenageado da noite, foi aplaudido por uma sala cheia. Afirmando que tal distinção “deveria ser partilhada” com
todos os elementos da Câmara, da Assembleia Municipal, das Juntas de Freguesia, das Escolas (nomeadamente dos órgãos de gestão e Professores) e das associações de pais, Fernando Paulo destacou os vinte anos de funções – marcados pela “partilha e pelo encontrar de caminhos e soluções”. Elogiando o movimento associativo de pais de Gondomar “pela sua maturidade”, o Vereador camarário mostrou satisfação por “não encontrar associações subservientes mas, antes, exigentes numa defesa intransigente de melhores escolas e melhor Educação”.
Belmiro de Azevedo no Clube dos Pensadores O aniversário do Clube dos Pensadores foi marcado pela presença de Belmiro de Azevedo. Há 7 anos a promover o debate e a cidadania, o Clube dos Pensadores (CdP) trouxe, no dia 18 de fevereiro, mais uma sessão onde o destaque foi para algumas declarações do presidente do conselho de administração da Sonae. FOTO: DR
“Sem mão-de-obra barata não há emprego.” Foi esta a frase proferida por Belmiro de Azevedo na última sessão do CdP que já fez nascer críticas ao empresário por parte de alguns responsáveis pelas confederações sindicais e patronais. O convidado de Joaquim Jorge, moderador e fundador do CdP, falou dos desperdícios dos dinheiros públicos e no facto de Portugal não ter sabido “fazer coisas simples como não gastar mais do que temos.” Ainda no debate, Belmiro de Azevedo falou sobre as manifestações que têm
sido feitas no país. “Temos sido engenhosos para fazer essas manifestações, que é quase um Carnaval, mais ou menos permanente e não tem havido grandes desastres”, declarou o empresário sobre os protestos ocorridos nos últimos tempos em Portugal. E acrescentou: “Enquanto o povo se manifesta, a gente pode dormir mais descansada. O pior é quando não se manifesta.” Belmiro de Azevedo debateu no dia em que o Clube dos Pensadores comemorava 7 anos de existência.
34 VIVACIDADE MARÇO 2013
Política: Medidas para Gondomar - S. Cosme, Jovim e Valbom Fernando Paulo - Independente
será fazer o aproveitamento e a ligação da zona do
melhores condições aos funcionários da Câmara e
serviços na Junta de Freguesia. E nessa perspetiva
rio até ao centro da cidade. No caso concreto de
aos munícipes que nos procuram. Também para
temos que ajudar a criar condições para a manu-
Gondomar (S. Cosme) também é necessário conti-
concentrar todos os serviços para ganhar em ren-
tenção do funcionamento dos serviços nas Juntas
nuar a investir em ciclovias e percursos pedonais e
tabilização de recursos e comodidade. Em termos
de Freguesia e a manutenção dos serviços de proxi-
a construção de um parque urbano, com a dimen-
de acessibilidades, iremos prosseguir com um estu-
midade. Há hoje, algumas destas juntas, como por
são para a sede do concelho. Também teremos que
do para uma eventual construção de uma variante
exemplo Valbom, que têm a funcionar o serviço
exigir a extensão da linha do metro até à sede do
alternativa à rua Dr. Joaquim Manuel da Costa, em
dos correios e portanto devem ser criadas condi-
concelho e encontrar uma alternativa até que tal
Valbom, porque entendemos que é uma via bastan-
ções para manterem esses serviços. Vamos manter
aconteça. Nós defendemos que a sede do concelho
te antiga e que carece de uma alternativa. Vamos
também – e se possível intensificar – a matriz de
tem um conjunto de serviços que justifica que haja
também retomar o projeto da ligação Alameda
apoio social a toda a população com programas e
“Aquilo que temos como medidas essenciais é
a ligação do metro. É preciso também dar conti-
de Cartes, das Areias até Valbom. Relativamente à
projetos que possam ir ao encontro das necessi-
investir em ciclovias e percursos pedonais, não só
nuidade à construção do Parque Tecnológico e de
área social, duas notas. Esta é uma agregação que
dades de carência alimentar. Nestas três freguesias
em Valbom - no POLIS - mas fazendo a ligação
Negócios da Ourivesaria, que já tem a primeira fase
tem duas cidades e uma vila e como é óbvio fomos
há também uma forte concentração de população
a Jovim, requalificando a zona de Marecos e dar
em construção e é preciso concluí-la e lançar tam-
sempre contra a forma de como as freguesias foram
a residir em conjuntos habitacionais camarários e
continuidade ao programa POLIS. E depois tam-
bém a segunda fase. Iremos também avançar com
agregadas e temos que ter em conta a dimensão e a
por isso iremos continuar a investir para qualificar
bém investir na ligação entre as duas freguesias a
um estudo de viabilidade para a construção dos
expectativa que a população destes territórios tem
o espaço público destes conjuntos habitacionais e
S. Cosme, através da Ribeira da Archeira. Portanto
Paços do Concelho para qualificar os serviços, dar
relativamente à necessidade de procurar os novos
continuar a criar serviços.”
Marco Martins - PS
mente como estão e, com as novas competências
dante – porque a população de Valbom tem direi-
sias com um conjunto de oito bairros sociais com
que pretendo delegar nas freguesias, irão aumentar
to a ter o Andante e só tem em algumas carreiras.
cerca de três mil cidadãos a viverem em habitação
o nível de resposta e de proximidade à população e
Depois há um potencial enorme nestas três fregue-
social com taxas de Rendimento Social de Inserção
portanto as pessoas não irão sentir, se o PS vencer
sias. Têm a particularidade de serem as três fregue-
e por isso, a medida de estimular a economia e o
na Câmara, nenhuma alteração pelo facto de ter
sias com margem ribeirinha [do Douro] e portan-
emprego e qualificar as pessoas, assenta aqui como
havido uma agregação. Para S. Cosme, freguesia
to há que potenciar dentro daquilo que é a nossa
uma luva. E em S. Cosme e Jovim temos também
sede do concelho, é necessário resolver o problema
Estratégia de Valorização dos Recursos Naturais e
que renovar e ressuscitar o setor da Ourivesaria.
da mobilidade. Exigir, como medida de fundo, a
Aproveitamento do Ambiente. Temos que colocar
E o que é fundamental aqui? Há um Centro Tec-
construção da linha do metro Campanhã, Freixo,
aquela marginal ao serviço das pessoas. E não faz
nológico que está em construção e a nossa ideia
Valbom, S. Cosme. E exigir como? No próximo
sentido que os gondomarenses vão caminhar para
é aproveitar a qualificação através do CINDOR e
“Trata-se da maior agregação em termos de
Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020, é preci-
Gaia ou para Matosinhos. O POLIS foi feito e tem
colocá-lo em contacto com a comunidade. Temos
impacto e número de população que foi feita em
so que o Governo preveja isso e o financiamento de
que ser mantido – porque neste momento está ao
aqui que conjugar esforços para que a qualificação
Gondomar. As três freguesias juntas vão ter 48 mil
85% de contrapartida comunitária da obra, porque
abandono – e depois é preciso desenvolver mais
seja feita para as pessoas e seja feita numa aposta
habitantes e é um compromisso do PS e um com-
a exploração é rentável. Enquanto isso não arran-
situações na marginal para que a população possa
daquilo que é também uma das grandes marcas de
promisso de candidato à Câmara de que os três
ca é preciso resolver os problemas de mobilidade
lá estar. Temos também duas ou três questões mais
Gondomar com a indústria da Filigrana e da Ou-
edifícios das três freguesias se vão manter integral-
dentro das freguesias e resolver o problema do An-
imateriais. Estamos a falar de uma de três fregue-
rivesaria.”
Joaquim Barbosa - CDU
vocada pela aceitação do memorando chamado
isso é necessária uma avaliação permanente da
o Metro até à sede do concelho e pô-lo a dar
de Entendimento sobre as condicionalidades de
eficácia da ligação com as redes sociais no ter-
a volta por Valbom. As três freguesias têm em
Política Económica, assinado com a troika pelo
reno e com os centros de cuidados primários de
comum as margens do Douro, tão mal trata-
PS, PSD e CDS e que, tal como o PCP avisara,
saúde para, a tempo, serem tomadas medidas
das. O programa POLIS, que devia ter chegado
está a levar o país para um nível de desemprego
que possam minorar os efeitos das políticas ne-
a Atães, foi encurtando no espaço e dilatando
e de miséria nunca vistos, exige das autarquias
fastas do governo. É necessário proceder a uma
no tempo e nos custos e não saiu de Valbom. É
locais, porque mais perto dos problemas, uma
avaliação da concessão de transportes públicos,
necessário continuar a valorização das margens
redobrada atenção aos problemas sociais. Nas
sobretudo nas freguesias de Valbom e de Jovim,
e fazer a manutenção permanente da área do
freguesias urbanas, de maior densidade popu-
onde apenas uma empresa presta esse serviço.
POLIS, mantendo os serviços de apoio, bares
lacional, como são Valbom e S. Cosme, as si-
Por outro lado, é necessário tentar desfazer o
e casas de banho em funcionamento durante
tuações de miséria tenderão a agravar-se. Por
“engano” do presidente da Câmara e “puxar”
mais tempo.”
que têm possibilitado o avanço para novas formas
e numa política de Envelhecimento Ativo, fez com
Saúde. Convém ainda referir que tendo em vista a
inovadoras de resposta às questões sociais. Neste
que esta Freguesia fosse pioneira numa série de pro-
inovação social e o empreendedorismo, a Junta de
momento e no meu entender a Freguesia de Gon-
jetos dentre os quais destaco a Universidade Sénior
Freguesia procurou desde 2009 estar envolvida em
domar (S. Cosme) não apresenta grandes carências
de Gondomar com 340 alunos,52 disciplinas e 48
inúmeros projetos europeus que trazem mais-valias
ao nível da intervenção social e comunitária como
professores em regime de voluntariado, o Projeto
para a comunidade em geral e que permitem por
é fácil constatar através dos inúmeros projetos de-
rede amiga que visa pessoas idosas, isoladas e caren-
exemplo a criação de oportunidades de emprego
senvolvidos e que têm garantido uma melhor qua-
ciadas da Freguesia, o Gabinete de apoio à pessoa
para os jovens através da constituição de um grupo
lidade de vida em geral às populações. Estou a falar
idosa que irá ser um serviço de atendimento e en-
de suporte local e dos apoios concedidos por parte
por exemplo do Refeitório Social, da Cozinha Co-
caminhamento personalizado ao idoso para outras
da comissão Europeia. Relativamente à questão das
“A grave situação social que vivemos, pro-
José A. Macedo - J. F. Gondomar
munitária, do Banco Alimentar contra a Fome, do
entidades e serviços e o desenvolvimento do plano
infraestruturas o que eu penso é que quer a nossa
A Junta de Freguesia de Gondomar (S. Cosme)
Projeto Causa Maior, da Loja Social, do Programa
gerontológico da cidade de Gondomar inserido no
freguesia quer o concelho em geral apresenta graves
tem apostado, ao longo dos últimos anos, numa po-
de Emergência Social, do Programa junto a si e do
âmbito da Rede mundial das cidades amigas dos
lacunas ao nível da existência de espaços verdes, de
lítica de desenvolvimento e sustentabilidade social,
Projeto oficina social. Contudo a aposta na promo-
idosos e da qual a Freguesia de Gondomar (S. Cos-
lazer e recreio, onde as pessoas possam usufruir da
fazendo convergir diferentes recursos e sinergias,
ção da Educação e Aprendizagem ao Longo da Vida
me) faz parte a convite da Organização Mundial de
natureza na companhia das suas famílias.
A redação do jornal Vivacidade contactou o presidente da Junta de Freguesia de Valbom, José Gonçalves, mas até ao fecho da edição não obteve qualquer resposta por parte do mesmo. Da parte da Junta de Freguesia de Jovim, o presidente Agostinho Roboredo, solicitou educadamente à redação a não resposta ao assunto requerido para o jornal.
VIVACIDADE MARÇO 2013
35
Centro de Saúde “congelado” marca Feira da Saúde de Baguim Ficou prometido pelo anterior Governo mas não se cumpriu pelo actual executivo. Centro de Saúde de Baguim do Monte continua a ser apenas um projecto, facto que marca a 8ª edição da Feira de Saúde, que este ano teve a “Cidadania Integrada” como tema. EB 2,3 Frei Manuel Sta. Inês. “As pessoas têm aderido e a Feira da Saúde é uma referência. Mais do que isso: é uma obrigação da Junta promover a saúde pública e a formação”. Logo ao lado, Rita Vinhas, também psicóloga, aguarda os visitantes que queiram fazer os primeiros rastreios. “Estamos a testar a memória. Até agora os resultados não são preocupantes”, garante a profissional.
A 8ª edição da Feira de Saúde decorreu nos dias 16 e 17 de março
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A Junta de Freguesia de Baguim do Monte abriu as portas no último sábado. Não se trata de uma alteração do horário do expediente, mas sim da Feira da Saúde que tem em 2013 a sua 8ª edição. À porta estão alunos da freguesia, vestidos a rigor, que
acolhem os visitantes. É um evento feito de e para a comunidade. É o que explica Mónica Freire, técnica do Gabinete de Acção Social. “Temos profissionais de saúde, alunos, professores, escuteiros e baguinenses em geral”, refere a psicóloga. A comunidade animou dois dias de actividades, seminários e rastreios. No sábado na Junta de Freguesia, no domingo na Escola
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Texto: Luís Alves
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Uma mágoa em Baguim na gravata do presidente Apesar da feira da saúde estar a correr “bem”, o presidente da Junta de Baguim do Monte, Nuno Coelho, não está satisfeito. A culpa não é da Feira mas do centro de Saúde que está “congelado”. “A minha gravata é negra pelo protesto que faço, publicamente, da não concretização da obra”, lamenta Coelho. O presidente da Junta afirma que esta obra é “essencial” e que tudo está a postos para começar. “Temos projecto, temos o terreno – ao lado do Centro Escolar, que será inaugurado em breve -, temos o financiamento da Câmara e temos a estrutura humana, que viria do Centro de
Saúde da Venda Nova, mais concretamente da Unidade de Saúde Familiar Lusíada”. O que falta? “Uma resposta positiva deste executivo”, responde Nuno Coelho que não se mostra esperançado que este Governo dê luz verde ao projecto.
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PASSATEMPO FUN DAY O MULTIUSOS DE GONDOMAR será o palco, nos próximos dias 13 e 14 de Abril, entre as 10 e as 19 horas, do FUN DAY GONDOMAR 2013 que aposta numa grande variedade de insufláveis, tais como, o Ice Slide que é um insuflável gigante, o Mickey Park, o Bosque Encantado, as pistas de obstáculos, a parede de escalada, fun zoo, barco pirata, índios, quintinha, selva, play-ground, os matrecos humanos, etc. O Vivacidade oferece 12 bilhetes triplos às primeiras 12 pessoas que responderem corretamente à seguinte questão: - Qual é o nome da empresa organizadora do Fun Day? As respostas deverão ser enviadas para o e-mail ricardo.caldas@vivacidade.org juntamente com os dados pessoais (primeiro e último nome, morada e código postal). Os vencedores serão anunciados na página oficial do jornal no Facebook.
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA AREOSA – RIO TINTO FUNDADA EM 12/09/1922
INSTITUIÇÃO DE UTLIDADE PÚBLICA
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA De acordo com os estatutos, e, nos termos do nº 2, alínea c) do Art.º 39º, convoco todos os Senhores Associados da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Areosa – Rio Tinto, no pleno uso dos seus direitos, para reunirem em Assembleia Geral Ordinária, nas novas INSTALAÇÕES DO QUARTEL, sita à Rua dos Marques - Rio Tinto, que terá lugar no próximo dia 26 de Março de 2013, pelas 21h00m: ORDEM DE TRABALHOS: 1º - Apreciar discutir e votar o Relatório e Contas da Gerência referente ao ano de 2012, bem como parecer do Conselho Fiscal; 2º - Trinta minutos para discussão de assuntos de interesse da Associação Rio Tinto, 07 de Março de 2013
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral (Amadeu José Branquinho Mota) Nota : A Assembleia-geral reunirá à hora marcada na convocatória se estiverem presentes mais de metade dos Associados com direito a voto. Se, à hora marcada para a Assembleia-geral, não se verificar o número mínimo de presenças previstas no parágrafo anterior a Assembleia-geral reunirá em 2ª convocatória, 30 MINUTOS depois, com qualquer número de Associados RUA DOS MARQUES,
4435-466 RIO TINTO
SERV. EMERGÊNCIA: 112 TELEFONES 229732009 / 229732010 – FAX: 229730024
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21 DE MARÇO É O DIA MUNDIAL DA POESIA? Para os nossos leitores, apresentamos um poema de Maria José Guimarães com o nome do nosso jornal.
VIVACIDADE Viva! Vivacidade! Renasces! És Cidade Florida Contrariedades laborais podem surgir. Use a sua capacidade de raciocínio para ultrapassar esses problemas. Irá ter chance de se evidenciar novamente. Enfrente todos estes contratempos com um sorriso e tudo será mais facil.
Altere o seu visual. Será um êxito se aproveitar as influências benéficas que estão este mês sobre si. Um convite pode dar origem a novas amizades. Todas as pessoas que conhecer farão parte do seu futuro.
De magnólias vestida Ponteada de Vida Para o mundo imagem vivida Como sonho rendilhado
O sucesso profissiona está assegurado nos astros. Evite o excesso de palpites. Siga as suas ideias e as oportunidades não faltarão. Se está com problemas amoroso ou familiares, hoje será um bom dia para resolvê-los.
Com tanta vitalidade e bom senso, as oportunidades continuarão a surgir. Porém, não se descuid com a família. Ela é o seu “ porto seguro “. Forte atracção por coisas novas.
Nesta Primavera a despertar Com fulgor sentimos o odor Do teu rio serpenteando, Murmurando no seu leito, Ora largo, ora estreito,
Vá passear a um jardim ou outro lugar que lhe inspire paz e harmonia. Altura propícia para desfrutar de boas companhias e conversas profundas. A sua paz interior sairá reforçada para enfrentar o stress diário.
A precipitação pode não ser o melhor conselheiro. Os astros estão do seu lado, mas é preciso determinação e persistência. Aproveite a boa influência astral para incentivar o seu relacionamento familiar e amoroso.
Ora aplaudindo, ora chorando, Vendo os cavaleiros Incessantes cavalgando Rumo ao fim do palco
Tome cuidado com posturas muito rígidas e inflexíveis. Vai ter a força necessária para preparar o novo horizonte que se avizinha. É possível que sinta desejo de iniciar novo amores. Não deixe que o passado o influencie.
Nem todos os seus planos darão certo. Mas você poderá alterar isso com a sua grande estabilidade e capacidade de atrair boas influências. Ocasião adequada a fazer amizade com pessoa interessante.
Da hipocrisia, da vã cobiça desmedida, Caminhamos, buscamos o sorrir d’outrora Aguardando a aurora do devir, És barca da Glória, És a nossa Cidade
Você está mais determinado que nunca. O seu carisma está favorecido. No plano familiar, tente controlar-se. Os seus ânimos estão à flor da pele. Seja compreensivo e dialogante para tentar resolver os problemas do dia-a-dia.
Se está a pensar em mudar, é a hora. Equacione bem e tome uma atitude. Há decisões na vida que não se podem adiar. Controle a sua ansiedade e impetuosidade, mas aja. A saúde está favorecida. A família deve ser acarinhada.
Altura indicada para solucionar problemas antigos. Verá que eles não são de tão difícil resolução. Você consegue. Mude a sua rotina. Vá em frente. No amor, procure expressar os seus sentimentos. Bom astral na paixão.
Siga os seus instintos e você poderá fazer um negócio muito oportuno. Entusiasmo ao conhecer pessoa interessante. Estimule a sua vida amorosa, saindo da rotina diária. Procure fazer uma surpresa agradável ao seu amor.
És a nossa Vitória!