190 | Revista Viva S/A | Março 2017

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Revista Viva S/A

Marรงo 2017


Marรงo 2017

Revista Viva S/A

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COLUNISTAS

SUMÁRIO

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MODA & BELEZA

CARREIRA & RELACIONAMENTO

AUGUSTO CURY

CRISTIANA ARCANGELI

ROBERTO SHINYASHIKI

Gerenciar a ansiedade e combater o estresse

Entenda a diferença entre as dietas vegana e a vegetariana

Dê atenção à bandeira certa!

CADERNINHO DA BEL

44 FLASH

66 EMPREENDEDORISMO

AMAURY JR

LUIZ MARINS

Existem outros caminhos além dos quais todos estão indo

Tiago Rocha fala sobre os piores alimentos do mundo

As notícias e o que querem que pensemos

SEÇÕES

BEL PESCE

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MATÉRIA DE CAPA

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ENTREVISTA

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GENTE Revista Viva S/A

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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

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NEGÓCIOS

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VIVA INDICA Março 2017



Revista Viva S/A

Divulgação

O

utro dia escolhi uma cafeteria para fazer algo que adoro: ler. Comecei a folhear as páginas da revista Vida Simples (edição 182) quando deparei com o artigo “Isso não é da sua conta”, da coach e escritora Paula Abreu. O texto, ótimo por sinal, falava sobre essa mania que temos de querer mudar as pessoas. Só que, para ajudar verdadeiramente o outro, é preciso, em primeiro lugar, cuidar de nós mesmos, respeitando os limites daqueles que amamos ou convivemos. A autora conseguiu me sensibilizar, principalmente nesse trecho, o qual faço questão de reproduzir: “O que aprendi é que só adianta colocar a nossa energia para mudar o outro quando este alguém somos nós mesmos. Porque só temos o poder de fazer isso com a gente mesmo. Se ama essa pessoa a quem gostaria de ajudar, mude a si mesmo, torne-se mais paciente, compassivo, generoso. Acredite na habilidade de quem você ama de sair das próprias enrascadas. E diga isso a ela: ‘eu acredito em você’. Essa será sempre a melhor ajuda que você pode dar.” Demais, não é mesmo? Quero dividir com vocês uma experiência que tem me deixado feliz e disposta na hora encarar os desafios do dia a dia. Estou falando da corrida, uma mudança gradual que tem sido inserida aos poucos em minha vida. Mas, calma, ainda estou longe da façanha de completar uma meia maratona, por exemplo; só que o mais importante eu já consegui: dar o primeiro passo. Foi pensando nisso que decidi abordar esse tema em nossa reportagem de capa desta edição. Nosso propósito é motivá-lo a entrar nessa onda que só oferece (muitos) benefícios para sua vida. Não quero dizer que é preciso pegar o tênis agora e sair correndo. Não é isso. Só o

Tárik Santiago

CARTA AO LEITOR 10

Em 26/3, aconteceu o Running Training Like Women, by Carla Credendio, no Container Alphaville. O evento reuniu moradoras da região de Alphaville que optaram pelo percurso - corrida (5 km) e caminhada (3 km)

No dia 13/3, tive a honra de participar de um evento especial promovido pelo Rotary Clube de Barueri Tamboré, no espaço de eventos do hotel Bourbon, em Alphaville. Na ocasião, fui homenageada em comemoração ao Dia Internacional da Mulher

fato de colocar o seu corpo em movimento, já terá sido um ganho imenso em todos os sentidos. Dois profissionais que admiro muito foram importantíssimos para influenciar esse meu processo de mudança: o médico Dráuzio Varella e o guru em qualidade de vida Nuno Cobra, que durante muitos anos foi colunista aqui em nossas páginas. Mas eles não foram os únicos. Há tempos tenho acompanhado de perto a evolução de muitos personagens que moram na região de Alphaville. São vizinhos, clientes ou leitores que têm investido cada vez mais em sua saúde e bem-estar. Isso só me ajudou a ter certeza do quanto eu precisava compartilhar com vocês essas histórias tão inspiradoras. Que tal acreditar e concentrar a energia na mudança que você pode ter na sua vida? Uma ótima leitura e até a próxima edição. Rosana Aragon Diretora de redação

Março 2017


EXPEDIENTE DIRETORES Alfredo Cônsolo Junior junior@vivasa.com.br Rosana Aragon rosana@vivasa.com.br

Foto capa: Shutterstock

ARTICULISTAS Amaury Jr Augusto Cury Bel Pesce Cristiana Arcangeli Luiz Marins Roberto Shinyashiki GERENTE ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA Fernanda Matos ASSISTENTE FINANCEIRA Claudia Batelli JORNALISTA RESPONSÁVEL João Felipe Cândido MTB 57.364/SP

Março 2017

DISTRIBUIÇÃO COMERCIAL Andréa Amaral Priscila Leal COLABORADORAS Marcela Goldstein Soraia Sene Talita Verardi FOTÓGRAFOS Tárik Santiago Victor Silva REVISORA Débora F. F. Orsi DIAGRAMAÇÃO GV Editora IMPRESSÃO Plural Indústria Gráfica DISTRIBUIÇÃO

Condomínios horizontais, edifícios e centros e comerciais de Alphaville, Tamboré, Aldeia da Serra e Granja Viana Confirmada por

TIRAGEM

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Al. Grajaú, 614, sala 813/814. Alphaville. Barueri. SP. CEP: 06454-050. contato@vivasa.com.br | www.vivasa.com.br A revista Viva S/A é uma publicação exclusiva da Projeto Editora. Não nos responsabilizamos por opiniões expressas nos artigos assinados. Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização (textos e fotos).

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João Felipe Cândido

"Saia imediatamente de sua zona de conforto. As pessoas que conseguem ter capacidade de adaptação às mudanças são as que mais sobressaem”

MARIA DALVA OLIVEIRA ROLIM Conheça a inspiradora trajetória da empresária e moradora da Granja Viana que, por meio do horsemanship, processo de relacionamento entre as pessoas e os cavalos, conseguiu tomar as rédeas de sua vida e escrever um novo capítulo de sua história Descendente de índios, nascida numa fazenda na cidade de Dores do Turvo, no interior de Minas Gerais, Maria Dalva Oliveira Rolim, 53, cresceu vendo seu pai trabalhar com cavalos. Naquela época, se alguém perguntasse para a menina “o que você quer ser quando crescer?”, sua resposta seria automática: “Vou ser domadora de cavalos”. Seu pai, no entanto, dizia que lidar com cavalos era tarefa para homens. O tempo passou e a jovem foi para a cidade grande estudar. Aos 14 anos começou a trabalhar e não parou mais. Teve experiência em banco, comércio, indústria e, mesmo sem nunca ter cursado uma faculdade, tornou-se uma empresária respeitada no ramo da logística internacional, com forte atuação nas áreas do petróleo e construção. “Hoje, considero-me uma mulher bem-sucedida. Não pelo lado financeiro, mas porque construí uma empresa com ética”, diz. Maria Dalva se orgulha de nunca ter cedido a propostas que recebeu de propinas e de lucro ilícito. À frente da presidência da Enterprise 12

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Logistics, revela que já teve problemas de relacionamento com seus funcionários, a ponto de ser chamada de “Miranda”, a temida personagem do filme O Diabo Veste Prada. “Eu era difícil e as pessoas tinham medo de mim”, confessa. Quando se separou de seu primeiro marido, chegou ao fundo do poço, sendo diagnosticada com depressão. “Estava mal comigo, não gostava do que via no espelho e decidi que era hora de mudanças. Busquei ajuda, fiz terapia, li vários livros e procurei fazer alguns cursos. Percebi que não sabia nada sobre mim. Já tinha trabalhado muito, conquistado vários objetivos e, mesmo assim, não sabia quem eu era”, revela. Casada, mãe de um casal de filhos do primeiro casamento, sua vida teve uma reviravolta há cerca de cinco anos, após conhecer o horsemanship, curso de doma racional que auxilia o processo de relacionamento entre as pessoas e os cavalos. A convite do TED, organização sem fins lucrativos dedicada ao lema “ideias que merecem ser compartilhadas”, em maio de 2015, no Museu de Arte

de São Paulo (Masp), falou sobre “como os cavalos a ajudaram a tomar as rédeas de sua vida”. Sua palestra no TEDx São Paulo Woman já teve quase 300 mil visualizações no canal do TEDX, no YouTube. Numa tarde de terça-feira, Maria Dalva se encontrou com a diretora de redação da Viva S/A, Rosana Aragon, a quem concedeu entrevista. Acompanhe, a seguir, os melhores momentos. Hoje, quem é Maria Dalva? Se a pergunta tivesse sido feita há alguns anos, não saberia. Sempre estive preocupada com a minha carreira, com a criação dos filhos e em ser esposa. Nunca havia parado para refletir sobre mim e saber quem eu era verdadeiramente. Foi por meio desta pergunta que tive o start para uma grande mudança em minha vida. Agora enxergo os meus objetivos, me preocupo em estar bem e me amo. Se alguém me perguntar o que desejo ser, está muito claro: quero compartilhar a minha história; se puder acrescentar minimamente algo de inspirador ou motivador na vida das Março 2017

Neide Weingrill

ENTREVISTA


pessoas, ótimo. Sou uma mulher de 53 anos que está se descobrindo como ser humano, aceitando os seus defeitos – porque nós todos os temos. Não deixo a vida me levar. Eu pego as rédeas e levo a minha vida. Estou aprendendo a cada dia que passa quem é a Maria Dalva. Qual foi o gatilho para fazer essa mudança? Minha autoestima era baixa. Aceitava aquilo que a vida me dava e tinha uma enorme preocupação em agradar as pessoas. Sofri uma grande decepção amorosa, que culminou em divórcio. Resultado: minha autoestima ficou pior do que estava. De certa forma, eu era uma mulher interessante, bonita, empresária, bem-sucedida, mas não me enxergava assim. Sabia que eu precisava me encontrar, me amar. Foi a partir daquele momento que fiz uma lista das coisas que eu achava que desejava fazer. Desde a infância, por influência do meu pai, que era domador, sempre gostei de cavalos. Falava para ele que um dia eu também seria domadora de cavalos e ele retrucava: “domar cavalo é coisa para homem”. Naquela lista coloquei o desejo de domar cavalos – que era algo que mexia muito comigo. Por meio dessa lista fui me descobrindo como pessoa e mapeando aquilo que queria fazer da minha vida. Matriculei-me numa hípica, comprei um cavalo branco, sem o príncipe (risos) e comecei com as aulas de equitação. Mas senti que aquilo não me motivava. No entanto, minha interação com o Galego só aumentava. Eu ficava horas interagindo com o cavalo. Aquilo foi me fascinando e o meu cavalo começou a me seguir e relinchava toda vez que me via. Nossa conexão estava cada vez mais forte, porém, ainda tinha muito a aprender. Foi nessa época que você conheceu o horsementship? Exatamente. Um amigo me falou sobre o horsemanship, que é o processo de relacionamento entre as pessoas e os cavalos. Fui pesquisar sobre o assunto e soube da existência de um curso de doma racional usando Março 2017

a técnica de horsmentship, em Sorocaba. Cancelei todos os compromissos daquela semana, me inscrevi e fui. Chegando lá, só havia homens. Comentei com o professor: “estou notando que aqui só tem homens. Esse processo é algo muito bruto? Exige muita força?“. Ele respondeu:“A técnica que estou difundindo no Brasil qualquer pessoa pode aplicar. Não se usa a força nem a violência”. O instrutor é um médico veterinário que se especializou nessa técnica nos Estados Unidos. Fiquei imersa naquele universo durante uma semana. Acordava motivada, como há muito tempo não me via. Durante as aulas, fui descobrindo a real sensação de conexão com o cavalo, do meu relacionamento com Deus, com os meus filhos e com as pessoas. O cavalo foi o meu espelho, eu me via por meio do relacionamento com ele. Voltava para casa encantada. Além de ter aprendido a domar cavalos, acabei domando o professor. No dia do nosso casamento, é claro que subi no cavalo vestida de noiva. Paralelamente ao trabalho em minha empresa, tornei-me sócia do meu marido, Fernando Rolim, na Global Equus Consultoria. Lá, atuo como coach e facilitadora no treinamento de líderes com cavalos. Por meio de um workshop, promovemos um programa de alto impacto para a vida das pessoas. A metodologia conta com auxílio dos cavalos para desenvolver nos participantes habilidades de comunicação, autoconfiança, autoconhecimento, foco, paciência e persistência. O horsemanship foi fundamental para mostrar que o cavalo reage de acordo com a minha linguagem corporal. Sua experiência com o cavalo rendeu uma apresentação no TEDx São Paulo Woman, sob o tema “Tome as Rédeas de Sua Vida”. Como avalia a experiência? A neurociência explica que, para conseguirmos realizar um sonho, é preciso acreditar nele. Há dois anos, eu estava conversando com algumas pessoas e comentei: “estou preparada para compartilhar minha história”. As palavras têm poder. Falei isso em janeiro e

em maio eu estava no Masp, em São Paulo, participando do TEDx. Aquela situação me assustou. Seria a primeira vez que iria falar em público. Foi uma prova de autoconhecimento muito grande. Saí do palco com uma certeza: “quero ir fundo nisso”. Um aprendizado que costumo relembrar sempre: “Quando achar que você está bem, saia imediatamente de sua zona de conforto. As pessoas que conseguem ter capacidade de adaptação às mudanças são as que mais sobressaem”. Como você trabalhou nesse mercado e não se deixou corromper? Qual foi sua estratégia para manter a sua empresa? Trabalhei em uma área bastante corrupta, que é a do petróleo, e consegui provar que é possível fazer negócios licitamente Em primeiro lugar me baseei nos princípios cristãos. Eu tinha uma ideia, queria crescer e que a minha empresa prosperasse, mas tinha em mente jamais fazer qualquer negócio ilícito. A minha estratégia para não compactuar com isso foi me especializar no melhor prestador de serviços: expertise. O dinheiro não está em primeiro lugar na minha vida, antes vêm o meu trabalho, o meu nome, a minha dignidade; o dinheiro é consequência. Se eu ganhar dinheiro, bem; se não ganhar, paciência. Pelo menos eu durmo tranquila. Qual é o seu maior sonho? Um projeto que estou desenvolvendo com o meu cavalo: viver uma relação de confiança mútua. Esse é o meu sonho pessoal. Profissional: quero ser uma boa líder, ainda acho que não sou. Percebo que tenho algo muito positivo, que é quando me dedico; quando tenho paciência, obtenho coisas incríveis das pessoas. Consigo motivá-las. Mas me falta paciência. Estou nessa fase de ter um pouco mais de calma com a coletividade; individualmente, eu tenho muita. Se eu tiver que trabalhar com uma pessoa que está em depressão, que precisa de ajuda, vou ouvir, ter paciência. Na coletividade, porém, ainda preciso evoluir muito. Revista Viva S/A

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GENTE

João Felipe Cândido

NOVO TÉCNICO VEM AÍ...

O ex-craque do futebol, Edmilson Moraes, encontrou Neymar, uma das estrelas do Barcelona

Arquivo pessoal

Morador de Tamboré, o ex-jogador de futebol Edmilson Moraes, 40, que teve passagem por times como Barcelona, Lyon, São Paulo e Palmeiras, embarcou recentemente rumo à Europa para estudar. Aposentado há mais de cinco anos, Moraes percebeu que estava na hora de lutar por mais um sonho: tornar-se técnico de futebol. Vivência para isso ele tem de sobra, pois acumula mais de 20 anos de carreira nos gramados. A parte prática de estágio do pentacampeão incluiu visitas técnicas a dois clubes nos quais atuou, Lyon e Barcelona. De volta ao Brasil, Edmilson está empenhado em continuar o processo de preparação na área de treinador e gestão, para em breve ficar à disposição no mercado. “Quero deixar o meu legado no esporte e ajudar clubes e jovens a escreverem um novo capítulo em sua história”, diz.

VIZINHA É EMBAIXADORA DE PIQUENIQUE CHIQUE

O casal de Alphaville Adriana e Rogério Saad marcou presença na primeira edição brasileira do Dîner En Blanc

Save the date: no próximo dia 8 de abril, ocorre em São Paulo a segunda edição do aguardado Dîner En Blanc, evento pra lá de vip que nasceu há mais de duas décadas em Paris, França, e que hoje acontece em 75 capitais mundiais. Sua primeira edição, realizada no ano passado no Parque Burle Marx, reuniu mais de mil pessoas, grande parte da elite paulistana toda vestida de branco, com o máximo decoro, elegância e etiqueta. Para participar do charmoso piquenique, que terá o seu local anunciado somente na hora do evento, os interessados devem desembolsar 410 reais pelo convite, válido para duas pessoas. Mas, atenção, para estar entre os seletos convidados é preciso ser indicado por outros membros. “Já estamos com uma lista de espera de três mil pessoas. É necessário levar sua cesta de piquenique e os utensílios para a composição da mesa”, antecipa a empresária e moradora de Alphaville Adriana Saad, 42, embaixadora do evento. 14

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Foi-se o tempo em que era preciso aparecer na televisão para se tornar (com muita sorte) uma celebridade. No País responsável pela segunda maior população de ídolos digitais do mundo, atualmente, basta estar munido de um smartphone ou de uma boa câmera de vídeo para tentar alcançar o estrelato – e, em alguns casos, muito dinheiro. É o que tem acontecido com os irmãos Leo, 20, e Jade Picon, 15, da Granja Viana. Além de realizar campanhas publicitárias, também ao lado da irmã, Leo é sócio de um e-commerce de moda (Just Approve), de uma produtora audiovisual de conteúdo (Rol Films) e de uma hamburgueria (Luz, Câmera, Burger). “Acabei de atuar no filme Meus 15 Anos, protagonizado pela Larissa Manoela. Gostei da experiência”, ressalta. Mesmo com a ascensão na internet, os estudos não foram deixados em segundo plano. Enquanto a it girl conclui o ensino médio, o jovem de cabelos platinados finaliza este ano a faculdade de Administração de Empresas.

Ginho Kira

Arquivo pessoal

DUPLA PODEROSA

Celebridades digitais: os irmãos se tornaram fenômeno nas redes sociais, com mais de cinco milhões de seguidores

Março 2017



NEGÓCIOS

João Felipe Cândido | Fotos: Divulgação

O FUTURO JÁ COMEÇOU No início de março, a EXAME (edição 1132) publicou uma reportagem de capa sobre a ascensão de ídolos digitais no Brasil, um grupo de jovens que atrai cada vez mais a atenção do público e das marcas. Um deles, Lucas Rangel, 19, youtuber garoto-propaganda da Coca-Cola, faz parte do casting da Tubelab, especializada em influenciadores digitais. O nome da agência é uma alusão ao YouTube, o grande reduto dos influenciadores digitais. Atualmente, cinco das dez celebridades mais influentes entre os brasileiros são estrelas do canal, que recebe a cada minuto mais de 400 horas de conteúdo em vídeos. Hoje, o Brasil possui a terceira maior população mundial em redes sociais. Sempre atento às mudanças do universo do marketing, em agosto do ano passado, Fred Furtado, 34, resolveu investir na Tubelab ao lado de mais dois sócios. Com sede em Alphaville e uma unidade recém-inaugurada em Brasília, focada em atender à demanda publicitária de órgãos governamentais, a agência tem em seu portfólio de clientes marcas como Cinépolis, Calvin Klein, Movida, Fox Films e Ministérios da Saúde e do Turismo.

EMPRESA DE ALPHA JÁ CONSTRUIU MAIS DE 230 PISTAS DE SKATE Próximo projeto da Flyramp será a construção de uma pista de skate no Residencial Gênesis, em Alphaville

Foi aos seis anos de idade que o empresário formado em Educação Física Fernando Casasco, 48, conhecido no mercado como “Frewka”, subiu pela primeira vez em um skate - que guarda até hoje. Gostou tanto da sensação que o esporte nunca mais deixou de fazer parte de sua vida e, anos mais tarde, o seu hobbie literalmente virou trabalho. Morador de Alphaville há 30 anos e amplo conhecedor do universo ligado ao mundo do skate, recebeu a missão de ajudar uma equipe na construção de uma pista de skate na área de lazer do Residencial 6. Foi o start que faltava para engrenar um projeto atrás do outro. Não demorou muito para fundar a Flyramp, especializada na construção de pistas de skate privadas e públicas, que este ano completa 21 anos, com mais de 230 projetos de pequeno e grande porte realizados em inúmeros Estados brasileiros, além de dois projetos internacionais – em Cuba e no Panamá, e assinou os projetos privativos de dois nomes lendários do esporte: Bob Burnquist e Sandro Dias. “O ápice aconteceu no ano passado, quando entregamos a mega rampa das Paralimpíadas do Rio de Janeiro”, diz Casasco. 16

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Fred Furtado, da Tubelab: “Os influenciadores conseguem engajar os seus seguidores e vendem muito. É o mercado do futuro que terá cada vez mais uma boa fatia das verbas de publicidade e marketing”

OS AMANTES DO CAFÉ AGRADECEM Referência no segmento de café prêmium, com dez anos de operação no Brasil, a Nespresso inaugurou sua primeira boutique no Iguatemi Alphaville. O novo espaço, de 92 metros quadrados, disponibilizará degustação dos 24 cafés permanentes da marca e vitrines com exposição dos icônicos acessórios e máquinas Nespresso. “Nos últimos três anos, temos acompanhado de perto o crescimento de nossa unidade temporária em Alphaville. Após minucioso estudo de mercado, percebemos que estava na hora de tornar a unidade permanente, com o propósito de levar a melhor experiência possível aos nossos clientes”, diz o diretor executivo de boutiques da Nespresso Brasil, Cristiano Ferrario, 44. De olho na sustentabilidade, a unidade permanente da Nespresso será um dos 30 pontos de coleta de cápsulas usadas no País Março 2017



Divulgação

Flávio Calife, economista da Boa Vista SCPC: “Para 2017, o cenário deve apresentar pequeno crescimento da economia e renda, com juros menores e inflação controlada”

“No mês de janeiro, inadimplência do consumidor cai 2,2% em Barueri” Foi em novembro do ano passado que a Boa Vista SCPC, focada em soluções para a tomada de decisões sustentáveis de crédito, gestão de negócios e prevenção contra fraudes, transferiu sua sede para Barueri. No prédio, localizado em Alphaville, trabalham cerca de 70% do quadro da companhia, que emprega, atualmente, 715 funcionários. Conversamos com o economista da empresa, Flávio Calife, 46, que sinaliza boas perspectivas para a retomada econômica do País neste ano. De que maneira o senhor avalia a taxa de inadimplência do consumidor brasileiro? As adversidades ocorridas na economia ao longo dos últimos dois anos geraram grande cautela nas famílias. Apesar da recessão econômica, a inadimplência não piorou nesse período. Parte desse resultado deve-se ao fato de que os consumidores estão mais precavidos e reduziram seu endividamento, demandando menos crédito, o que tem inibido o consumo e, consequentemente, contribuído para a diminuição do fluxo de inadimplência. Em Barueri, na avaliação interanual (janeiro deste ano contra janeiro de 2016), observou-se diminuição de 7,4%, enquanto no Estado de São Paulo e no resultado nacional as quedas foram menores, de 4,2% e 1,9%, respectivamente. Para alguns analistas, a partir do segundo semestre, a econo18

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mia brasileira deve apresentar resultados positivos em alguns setores. Qual a perspectiva? Mantemos a previsão de pequeno crescimento da economia e renda, juros menores e inflação controlada. O cenário ainda é de muita cautela, pois tem sido influenciado periodicamente por fatores políticos. Por isso a expectativa é ainda de uma recuperação lenta e gradual. Qual a sua dica para sair do vermelho? O consumidor que se encontra em dificuldades financeiras deve entender que a dívida não precisa ser motivo de constrangimento ou desespero. Parte das inclusões de débito nos órgãos de proteção ao crédito acontece por problemas como a perda de emprego, doença na família, entre outros imprevistos. A melhor maneira para sair de um resultado negativo é a elaboração de um planejamento financeiro e renegociação da dívida com o credor por meio da extensão de prazos e consequente redução dos juros, diminuindo o comprometimento de renda mensal do consumidor com a dívida e aliviando os demais gastos. Essa via é, portanto, benéfica para ambas as partes, uma vez que o credor da dívida tenha interesse em solucionar a inadimplência. Março 2017


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MATÉRIA DE CAPA

Marcela Goldstein

Atrás do que estamos CORRENDO? Entenda porque, além dos benefícios físicos, a atividade pode ser a chave para atingir o seu melhor potencial em diversas áreas da vida

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ão é impressão: muita gente começou a correr pelas ruas do Brasil nos últimos anos. O médico Dráuzio Varella, 73 anos, por exemplo, aderiu à prática para provar a si mesmo que a decadência não começaria aos 50. A advogada Maria Eugênia Cerqueira comemorará seus 70 anos correndo 42 quilômetros na Maratona da Muralha da China. Já Leonardo Marques, 12 anos, conta que a atividade o ajuda a ter mais concentração para estudar. E, para o executivo Cícero Barreto, 43 anos, participar de ultramaratonas lhe trouxe muita disposição, equilíbrio emocional, psíquico e físico. Esses corredores mostram que existem inúmeras razões para terem escolhido a modalidade. Cada qual com seus motivos, mas todos sabem explicar porque faz tanto sentido pular cedinho da cama, num domingo de inverno, para correr alguns quilômetros. Ao deixar de ser um esporte individual, a prática cresceu muito nos últimos anos, não apenas entre pessoas com perfil atlético e obstinação por resultados, mas também para quem busca uma vida mais saudável 20

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e não quer apenas competir. Ter mais saúde, emagrecer, modelar o corpo, melhorar o sono e o humor, liberar endorfina, conhecer novas pessoas, ter mais foco, atingir metas, poder comer sem culpa, enfim são as incontáveis razões pelas quais cada vez mais pessoas buscam a corrida.

Um mercado promissor O maior acesso à informação e os cuidados mais intensos com a saúde levaram a um acréscimo exponencial do número de praticantes de atividade física e, consequentemente, do mercado destinado a esse público. Da mesma forma, houve um significativo aumento da mídia especializada - revistas e sites promovendo a modalidade; e de fabricantes voltados para esse segmento, que passaram a oferecer tênis cada vez mais modernos e arrojados, camisetas com tecnologias que melhoram a regulação térmica do corpo, enfim, produtos cada vez mais tecnológicos são lançados com maior frequência. É um negócio que não para de crescer. Desde microempreendedores individuais: massagistas, fisioterapeutas, personal

trainers, técnicos de som a grandes empresas organizadoras de provas. Nos Estados Unidos, o fenômeno da corrida gera três bilhões de dólares anualmente. Já no Brasil, estima-se que a venda de artigos esportivos para corredores, de bebidas como isotônicos e o turismo voltado para o esporte movimentem por ano três bilhões de reais. Os valores tendem a crescer. Uma pesquisa realizada pela Corpore Brasil em parceria com a Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo mostrou que 75% dos corredores têm nível superior e 25% deles ganham entre oito e 20 mil reais por mês. De todo o universo pesquisado, 33% dos homens disseram ter comprado um tênis de corrida nos últimos três meses e 18% das corredoras afirmaram que adquiriram, no mesmo período, bermuda ou camiseta para praticar o esporte. Segundo a Corpore, uma única corrida de rua movimenta entre um milhão e meio e seis milhões de reais, dependendo da quantidade de atletas vindos de outros Estados. Do total arrecadado, 40% permanecem na cidade-sede do evento, na forma de despesas Março 2017


principais desafios para a realização dos eventos são o licenciamento junto aos orgãos públicos, obter as 25 autorizações em média; e a parte comercial e a produção do evento em si. Já em relação ao aumento de corridas temáticas e segmentadas, o empresário afirma que elas trazem um público diferente e novo, que acaba se motivando para as corridas de média e alta performance, e a tendência é que continue a crescer.

Divulgação

Números expressivos

com turismo, hospedagem e lazer. A Yescom Entretenimento, Esportes e Comunicação é uma prova desta expansão. Fundada há mais de 30 anos, atualmente é reconhecida como uma das principais realizadoras e organizadoras de corridas de rua do País, entre elas São Silvestre, Meia Maratona Internacional de São Paulo e do Rio, Jogos Panamericanos de Havana e Rio de Janeiro, Volta Internacional da Pampulha, em Belo Horizonte, entre outras. “Entendemos que a corrida de rua tinha muito potencial e focamos nesse produto desde 1997, trazendo novas propriedades de comunicação, parceiros de mídia de tevê, rádio e internet, entregando boa visibilidade e associando a marca a um bom evento. Essa fórmula fez com que as nossas provas crescessem e que nos posicionássemos não apenas como produtor, mas como uma empresa de comunicação e entretenimento”, afirma Thadeus Cassabian, diretor da Yescom. Com uma equipe de 30 pessoas, a empresa, que tem sede em Alphaville, realizou 30 provas, quatro feiras e dois duathlons, apenas no ano passado. Para Thadeus, os Março 2017

A febre de correr, antes footing¸ agora running, consolida-se como um fenômeno universal que nos EUA já contagiou mais de 50 milhões de pessoas. No Brasil, segundo o Ministério dos Esportes, 54% fazem algum tipo de atividade física, e de acordo com a consultoria espanhola Relevance, 5% dos maiores de 16 anos correm. O ano de 2016 pode ser considerado positivo para as corridas de 42,195 km realizadas no País. Apesar de o número de provas da distância ter diminuído (eram 19 em 2015 e ano passado foram 17), a quantidade de atletas que cruzou a linha de chegada de uma maratona no Brasil cresceu consideravelmente. Conforme levantamento realizado por Danilo Balu, bacharel em esportes pela Universidade de São Paulo e autor do blog Recorrido, 19.942 pessoas completaram os 42 km em solo brasileiro em 2016. Em 2015, esse número foi de pouco mais de 15.300, ou seja, um aumento de cerca de 30%.

Pelotão feminino Dos quase 20 mil maratonistas brasileiros no ano passado, 19% eram mulheres. Em 2016, 3.724 corredoras cruzaram a linha de chegada dos 42,195 km. Um aumento de 43% em comparação a 2015. Com 24,8% de mulheres (1.366 concluintes),

a Maratona do Rio foi a que contou com maior participação feminina. Em relação à velocidade, o brasileiro mostrou-se mais veloz nos 42,195 km do que os americanos (os EUA são o país com maior número de maratonistas no mundo). Em 2016, o tempo médio do pelotão masculino no Brasil foi de 4h16min15s. Já a média feminina foi de 4h37min39s. Nos EUA, conforme dados de 2015, do Running USA, a média dos homens na distância foi de 4h20min13s e a das mulheres, 4h45min30s. No Brasil há uma série de corridas só para mulheres como a Venus 15 km, W21 km, Mulheres em Movimento, Corrida Lotus, entre outras. Criada em 2010 para celebrar o Dia da Mulher, a WRun, realizada pela Iguana Sports, considerada a maior corrida feminina do país, reuniu no último dia 5 de março, no Jockey Club de São Paulo, 8.968 concluintes. Destas, 4.686 corredoras completaram a linha de chegada dos 4 km. Outras 4.282 atletas finalizaram o percurso de 8 km. A prova reuniu mulheres das mais diferentes idades. Como na maioria das corridas de rua do país, a maior parte das participantes tinha entre 30 e 39 anos.

Em Alphaville e região Com um número expressivo de praticantes de corrida, a região sedia diversas provas. Entre as principas deste ano estão a Moon Light Run, realizada em fevereiro pela Ativo Eventos, com largada à noite em frente ao Parque Shopping Barueri. Já em março, aconteceu a Corrida 5 km e 10 km Barueri - realizada pela New Times Sports. Em 2 de abril, foi a vez da Track & Field Run Series Iguatemi Alphaville, que já reuniu mais de 12 mil participantes em 11 edições. Há também a corrida noturna Eu Atleta 10 km e 5 km - etapa Barueri Alphaville, realizada pela Yescom, ainda sem data definida. Revista Viva S/A

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Renato Parada

NUNCA É TARDE PARA COMEÇAR

Aos 73 anos de idade, o médico Dráuzio Varella conta como a corrida o ajuda a ter disposição para realizar todas as suas obrigações como médico, escritor, voluntário, pesquisador, apresentador de TV. Maratonista há mais de 20 anos, já viajou o mundo atrás de provas de 42 km: esteve nas de Buenos Aires (Argentina), Boston e Chicago (EUA), Berlim (Alemanha) e Tóquio (Japão), entre outras. Defendendo a ideia de que a corrida traz a sensação de sermos capazes de resolver qualquer coisa e reafirmar a necessidade de uma mudança de hábitos para que possamos desfrutar bem a vida e envelhecer com saúde, escreveu o livro Correr - O Exercício, a Cidade e o Desfio da Maratona, lançado pela editora Cia das Letras, em 2015. A seguir, saiba mais sobre a relação do famoso médico paulistano com a atividade física que se tornou essencial em sua rotina. O senhor tornou-se maratonista aos 50 anos, quando muita gente já está desacelerando. O que mudou em sua vida desde então? Propus um desafio para me provar que a decadência não começaria aos cinquenta, no meu caso. Decidi correr a maratona de Nova York, em novembro do ano seguinte. Pensei: quem consegue correr 42 km deve ser capaz de enfrentar o futuro com mais otimismo e sabedoria. Quando podia chegar ao hospital um pouco mais tarde, dirigia até o Parque Ibirapuera para correr trinta minutos que fossem, em passadas rápidas, no limite do fôlego. Se estivesse mais folgado, corria mais tempo, em passo lento. Com a alternância senti que ganhava velocidade e resistência. Em três meses pude completar 15 quilômetros; no fim de abril já conseguia correr 12 quilômetros. O que mudou na sua vida a partir disso? Já nos primeiros treinos, experimentei o impacto do exercício aeróbico no condicionamento físico. Perdi dois ou três quilos que não me faziam falta, ganhei músculos nas pernas, fôlego para subir escadas, mais disposição para enfrentar as atividades diárias; descobri o prazer que um humilde banquinho de madeira pode proporcionar ao corpo cansado e o alívio dolorido que a cama traz à musculatura das pernas, à noite. O ganho mais surpreendente, porém, veio do lado psicológico. A sensação de paz que se instalava no fim das corridas deixava rastros pelo resto do dia. Já no banho da manhã, quando eu pensava nos compromissos que me aguardavam, tinha certeza de que seria capaz de cumpri-los. Consegui controlar melhor a ansiedade e a agitação da vida atribulada que sempre levei, tornei-me mais confiante e disciplinado. Ganhei serenidade. 22

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A sensação Por que tanta gente reconhece que a ativide paz que dade física é essencial para a saúde mas se instala não consegue abandonar a vida sedentária? no fim das Senti na carne o tormento que é lecorridas deixa vantar da cama de madrugada para correr. rastros Passados mais de vinte anos, meu primeiro quilômetro ainda é dominado por um único pelo resto pensamento: não há o que justifique um do dia homem passar pelo que estou passando. Existe sofrimento mais atroz do que deixar a cama quente, no horário em que o sono é mais arrebatador, vestir o calção, a camiseta e calçar o tênis para sair correndo? É só depois do primeiro quilômetro, quando as sucessivas contrações musculares enviam sinais para que o cérebro libere endorfinas na circulação, que o exercício se torna suportável. O bem-estar que a atividade física traz e a tranquilidade que toma conta do corredor só acontecem, de fato, no fim da corrida. Se ouço alguém dizer que acorda cheio de vontade para correr, nadar, pedalar ou levantar peso na academia, por educação fico calado, mas duvido que seja verdade. Essa disposição pode acontecer num dia de sol, na praia ou num sítio, entre amigos, no dia a dia jamais. Quais são as principais lesões, machucados e problemas de saúde ocorridos durante e após as maratonas? Um estudo realizado com participantes da Maratona de Auckland, na Nova Zelândia, avaliou relações existentes entre peso corpóreo, altura, experiência prévia em maratonas, tempo e intensidade dos treinamentos e conclui que os homens correram mais risco de contraturas e dores na musculatura da parte de trás da coxa e da panturrilha. As mulheres ficaram mais sujeitas a dores nas articulações da bacia. Dores nos joelhos foram relatadas por 25,6% dos participantes. O risco foi maior nos que disputavam a primeira maratona e naqueles que haviam corrido menos quilômetros semanais no período de treinamento anterior às duas semanas que precederam a prova. Não houve relação entre o índice de massa corpórea (IMC = peso/altura ao quadrado) do corredor e o risco de lesões musculares ou outros problemas de saúde. Correr realmente machuca os joelhos? Em média, o corredor atinge o solo com forças de cerca de oito vezes o peso corpóreo — três vezes maiores do que o impacto sofrido ao andar. Quando corremos, porém, as passadas são mais largas, os pés se chocam contra o solo com frequência menor do que no caminhar e ficam menos tempo em contato com o chão. Como consequência, as sobrecargas nos joelhos ao corrermos ou ao andarmos determinada distância são equivalentes. É provável que correr até exerça efeito protetor. Março 2017


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CONHEÇA AS HISTÓRIAS DE MORADORES DE ALPHAVILLE QUE, POR MEIO DA CORRIDA, TRANSFORMARAM SUAS VIDAS

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Arquivo pessoal

O sul-mato-grossense Cícero Barreto, 43, é diretor de marketing e comercial de uma importante operadora de planos de saúde do segmento premium. A corrida entrou em 2005 por puro hobby na vida do executivo, que hoje é considerado um dos melhores atletas amadores do país no trail run, modalidade de corrida realizada em trilhas e montanhas. Cição, como é conhecido, se divide entre sua atribulada agenda profissional, treinos diários de alto desempenho para provas extremas, esposa e filhas. Para ele, o segredo está no planejamento, gestão de tempo e disciplina. “Resolvo o que poderia ser o principal entrave - o trânsito em uma cidade como São Paulo - acordando cedo e partindo para o treino já perto da empresa. Ou seja, quando a maioria ainda está nos congestionamentos reclamando, eu já estou de treino feito, banho tomado e feliz da vida na minha mesa de trabalho”, revela. Cição participou de desafiadoras ultramaratonas ao redor do mundo como a UltraTrail du Mont Blanc, em 2010, entre as fronteiras da Suíça, Itália e França, que considera até hoje seu maior desafio. “São 7.250 metros de altimetria, ou seja, são subidas e descidas constantes, como numa montanha russa”, conta. Em sua trajetória, conquistou expressivos resultados como o sexto lugar nas congelantes Ultra Trail de Torres del Paine 2015, nono lugar Ultra Fiord 2016, ambas de 100 km, realizadas na Patagônia, Chile. No ano passado, tornou-se o primeiro brasileiro e sul-americano a vencer os 100 km da Sunrise to Sunset, na Mongólia, no ano passado, após 12 horas e 59 minutos de maratona. Segundo o executivo, o esporte trouxe benefícios não apenas para sua vida atlética como para a profissional. “São mundos muito parecidos, pois os desafios se equivalem. Nas duas áreas tenho que ter meta, objetivos, saber executar trabalhos em várias etapas e em equipe. Mas, como sou apaixonado por tudo que faço, são tarefas e responsabilidades que me dão muito prazer”, afirma. O experiente ultramaratonista segue com orientações de especialistas e treina horas e horas em terrenos com muita altimetria, realiza treinos de força, faz alongamento e possui alimentação equilibrada. “É preciso seguir orientações tanto na corrida em rua quanto em montanha. Elas destroem muros, constroem pontes e não permitem vaidades”, aconselha. Seu próximo desafio? Correr 112 km, largando à meia-noite, na Hungria.

Khazar Sadang

ALTO DESEMPENHO NAS PROVAS E NOS NEGÓCIOS

CONCENTRAÇÃO NOS ESTUDOS Na contramão de uma boa parcela de crianças da sua faixa etária que preferem ficar em casa jogando videogame, na redes sociais ou assistindo à televisão, Leonardo Martins, 12, participa de provas de 5 km, segue à risca a planilha do treino de corrida e fortalecimento preparada pelo seu personal trainer. A paixão pela corrida vem de família. Desde muito pequeno, Leo acompanha seus pais em maratonas. “A corrida me traz concentração, faz com o que eu tenha vontade de dar sempre o meu melhor, o que ajuda muito nos estudos”, conta. E sim, como os garotos da sua idade, tem o celular cheio de aplicativos. Adivinhe quais são os seus preferidos? Os de corrida, claro

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Arquivo pessoal

Após uma séria pneumonia aos 50 anos, a advogada e escritora, Maria Eugênia Cerqueira 69, decidiu parar de fumar. Com o tempo, começou a engordar. Para voltar à forma física, resolveu caminhar no residencial onde mora, em Alphaville. Passou então a correr 500 metros, 1 km e, em um ano, estava correndo 5 km. Desta forma nasceu seu relacionamento amoroso com a corrida. De lá para cá, não parou mais. Participou de mais 35 maratonas em lugares como Nova York, Paris, Dubai e Rio. “Correr é muito recompensador. Faz bem para a cabeça e, de bônus, ficamos com o corpo melhor”, diz a avó. Aos 58, desafiou a si mesma. “Passei a fazer conjecturas sobre como me sentiria ao entrar no mundo dos sexagenários. Selecionei, então, a mais charmosa ultramaratona do mundo, a Comrades, e comecei, com ajuda de equipe técnica, a me preparar para conquistar os cerca de 90 quilômetros entre as cidades de Pietermaritzburg-Durban, na África do Sul”, conta. Fez Pietermaritzburg-Durban e “down-run” (corrida-descida) em 2008 e Durban-Pietermaritzburg “up-run” (corrida-subida) em 2009. Ambos os sentidos da prova são igualmente difíceis. Bastante acidentada, a ultramaratona é popularmente chamada de “big five”, em referência aos cinco grandes animas mais difíceis de caçar - leão, rinoceronte, búfalo, leopardo e elefante. Em 2009 foi a vez da Two Oceans, 56 km, na Cidade do Cabo, África do Sul, considerada a mais bonita do mundo. Este ano, Maria Eugênia completa 70 anos e, para comemorar, seu presente será participar da Maratona da Muralha da China, que acontecerá em maio. Desafiadora e exótica, a prova que consiste em uma maratona, uma meia maratona e uma corrida de 8,5 km, o percurso passa por fazendas locais, sendo que 6 km são sobre a Muralha. Além disso, o trajeto conta com 3.700 degraus de subida. Tantas realizações têm seu preço. A escritora faz alongamento três vezes por semana, bem cedinho, com a mesma professora há 16 anos, segue todas as dicas de seu treinador e, principalmente, “ouve” seu corpo. “É preciso ir devagar e ter muita paciência e persistência, porque, se tiver uma lesão, regridirá”, aconselha.

Arquivo pessoal

AVÓ MARATONISTA

TRABALHO EM EQUIPE A união faz a força. Essa máxima é comprovada pelo grupo formado por oito moradoras de Alphaville, na faixa de 40. Com o nome Run, Forest, Run, em homenagem ao filme Americano no qual o personagem Forrest Gump, interpretado por Tom Hanks, que cruza os Estados Unidos correndo, parando somente mais de três anos depois, a equipe que se uniu há cinco anos possui uniforme, incuindo meias personalizadas. “Cada uma segue seu próprio treino de corrida e fortalecimento”, conta a médica e integrante Ana Paula Silverio, 43. Desde que o grupo foi criado, já participaram juntas de importantes maratonas no País, entre elas a Volta à Ilha, corrida de revezamento em Florianópolis - trajeto de 140 km, divididos em 17 trechos, com diferentes quilometragens, dificuldades e tipos de terreno, da qual participaram novamente este ano. “Incentivamos uma à outra, puxamos a orelha de quem falta aos treinos e trocamos muitas dicas”, afirma Ana Paula.

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Armando Grillo

CONEXÃO EMOCIONAL E FÍSICA

Bruno Zanuto, 34, foi atleta profissional por 18 anos, ex-jogador da Seleção Brasileira de Vôlei, Campeão Mundial e eleito o Melhor do Mundo na sua categoria. Especialista em Mindset Esportivo e Alta Performance, o atleta é fundador e coach do TMRun (Treino Mental Para Corredores), programa que ajuda as pessoas a aprenderem como usar melhor o poder da mente para aumentar o desempenho esportivo e o desenvolvimento pessoal. A seguir, confira entrevista que o coach concedeu à Viva S/A. Quais as principais dicas para melhor performance na corrida? A primeira dica é seguir uma planilha de treinamentos feita por um profissional da área, o que traz um direcionamento na carga e intensidade do treinamento, além de ser uma maneira segura de executar o exercício físico. Porém, mesmo seguindo a primeira dica, a maioria dos corredores esbarra em suas barreiras mentais e começa a ter resultados abaixo do esperado. Frustrados, acabam abandonam os treinos. Não importa o quão bem fisicamente você está preparado, o seu corpo vai “performar” até onde a sua cabeça permitir. Já existem inúmeros estudos científicos que apontam para o fato de que a fadiga mental é um grande limitador de performance esportiva. O que faz um corredor criar força, persistência e determinação para continuar quilômetro após quilômetro? Na hora em que está perto do seu “limite” físico, não existe resposta racional. O corredor deve ser preparado para estar conectado emocionalmente com o seu objetivo. É isso que o mantém determinado e motivado, apesar de todo desconforto físico e pensamentos limitantes que possam aparecer nesse momento tentando negociar a redução do ritmo ou a diminuição da meta pré-estabelecida. Em 1990, o Cientista Tim Noakes comprovou que uma parte mais primitiva do nosso cérebro regula a nossa performance com o objetivo de proteger o nosso corpo “A corrida é e mantê-lo dentro de uma zona com um uma grande padrão normal de atividade, por isso é tão desconfortável sair da nossa zona de ponte de conforto e imprimir um ritmo mais forte. transformação Até onde a ciência sabe, a parte racional pessoal e do nosso cérebro não está diretamente um campo ligada à área em que acontecem as toilimitado de madas de decisão. É a parte emocional desenvolvimento que se conecta diretamente à tomada de decisão. Então, saber como acessar pessoal” 26

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o seu “melhor estado” antes de cada treino e cada prova faz uma grande diferença na construção dos seus resultados.

“Não importa o quão bem fisicamente

você está Comente sobre o que chama de “efeito preparado, o Frank Sinatra” na corrida seu corpo vai As nossas barreiras são internas, por isso, se você não tem autoconfiança “performar” isso vai se refletir em diferentes áreas da até onde a sua sua vida, como no trabalho, nos relacionacabeça permitir” mentos, nos investimos e antes de uma prova de corrida. O que quero dizer é que seus limites internos vêm à tona em diferentes situações, e independentemente do campo no qual você escolha trabalhar (terapia, treinamentos de desenvolvimento pessoal ou esporte), uma vez superados também é esperado que isso se reflita em diferentes áreas. Passar para o próximo nível na corrida traz um sentimento de empoderamento que pode ser levado para diversos setores da vida. Eu acredito que a corrida é uma grande ponte de transformação pessoal e um campo ilimitado de desenvolvimento pessoal. No exato momento de superação das barreiras, acontece algo que gosto de chamar de “Efeito Sinatra”, como na música New York, New York, em que Frank Sinatra canta “if I can make it there, I’ll make it anywhere” (se eu posso fazer isso ali, eu posso fazer em qualquer lugar). Quais os erros mais comuns que prejudicam a performance de quem corre? A falta de preparação para iniciar um treino, por exemplo, é uma delas. A grande maioria dos corredores “cumpre tabela” nos treinamentos, e não está ali por inteiro. Na correria do dia a dia, a cabeça está sempre conectada no trabalho, na próxima reunião, no relatório que está atrasado, nos filhos... Podemos identificar outros erros comuns, como falta de foco, dificuldades na concentração, baixa conexão corporal, pouca resiliência, dificuldades de estabelecer metas, entre inúmeros outros. Outro ponto muito comum é o excesso de tecnologia. Muitos atletas começam a prática completamente dependentes de gps, playlists, frequencímetro e planilhas regradas de treinamentos. Eles podem ajudar muito no controle e na evolução da performance, desde que utilizados da maneira correta e para otimizar algo que você já conheça bem, no caso, o seu corpo. Boa parte dos corredores que conheço não conseguiria terminar um treino longo ou uma prova se seus aparelhos eletrônicos falhassem. Portanto, não possuem a sensibilidade para identificar qual ritmo devem imprimir nos treinos, um repouso maior entre um treino e outro, uma mudança na alimentação, ou a necessidade de encontrar um momento para meditar. Março 2017


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PET

O Aedes aegypti pode ser perigoso também para o seu cão O mosquito é vetor da dirofilariose canina, que pode trazer sérios problemas para seu pet

Dengue, zika, chikungunya são enfermidades transmitidas para humanos por meio do mosquito (Aedes aegypti). Segundo o Boletim Epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde em 2017, no último ano houve um total de 1.976.029 casos notificados das três enfermidades no Brasil. Ao iniciarmos 2017, o mosquito Aedes aegypti criou mais um capítulo para sua história, reintroduzindo a enfermidade conhecida como febre amarela no País. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou em 27 de janeiro que era esperada a detecção de casos de febre amarela em outros Estados do Brasil além de Minas Gerais, que concentra a maior parte dos registros, Espírito Santo e São Paulo. O País vive o maior surto da doença e expansão geográfica do mosquito desde 1980, quando teve início a série histórica. Além das enfermidades transmitidas para humanos como dengue, zika, chikungunya e febre amarela, o Aedes aegypti transmite uma de suma importância para a medicina veterinária, chamada dirofilariose, doença considerada reemergente no Brasil e conhecida por causar problemas cardiopulmonares em animais de companhia, como os cães. Acreditava-se que a dirofilariose canina, até o início do ano 2000, estava declinando, porém estudos recentes comprovam que vem ocorrendo um aumento significativo da zoonose. Trata-se de uma zoonose que, além de infectar os humanos, pode causar sérios problemas no cão, sendo comumente apresentada na forma cardioSaiba mais em: www.vectrapet.com.br

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pulmonar. Seus principais sintomas são emagrecimento, intolerância ao exercício, tosse, letargia, dispneia, síncope e distensão abdominal e morte (Labarthe et al., 2014). É fácil notar e se prevenir contra os mosquitos devidos aos surtos ocorridos no Brasil, mas e seu animal, está sendo protegido? Atualmente observa-se um aumento de relatos sobre doenças transmitidas por mosquitos vetores no Brasil como a dirofilariose e leishmaniose, porém ações e campanhas para se evitar estas doenças ainda são escassas ou não conhecidas. A Ceva Saúde Animal acredita que medidas preventivas devem ser realizadas tanto para o bem-estar da saúde humana quanto para a saúde animal. Em se tratando de saúde animal, a Ceva, em 2016, lançou uma formulação de tripla ação (dinotefuran, permetrina e piriproxifen) inovadora que mata e repele os mosquitos, ajudando a prevenir doenças como a dirofilariose canina: o Vectra 3D. A eliminação do foco do mosquito é crucial para saúde humana e animal. Entretanto, essa medida não está sendo suficiente para interromper a expansão da dirofilariose em território brasileiro. Sendo assim, proteger seu cão contra os mosquitos torna-se fundamental. Preventivos tópicos, como Vectra 3D, auxiliarão na prevenção contra o Aedes aegypti, por meio de sua ação repelente e inseticida. Vectra 3D é um produto tópico para cães, utilizado e recomendado por veterinários na prevenção de doenças transmitidas por mosquitos devido a sua ação repelente.

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EMPREENDEDORISMO FEMININO

Tatyane Luncah Empreendedora, especialista em eventos corporativos, escritora e fundadora do Grupo Projeto

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Marco Máximo

O futuro do lucro é o propósito Viver em busca da felicidade, e não de um propósito, pode tornar a existência vazia

Certamente, alguém já disse que você deve ter um propósito na vida. Que deve traçar objetivos e que existe um propósito para tudo. Mas, afinal de contas, por que você trabalha? Você trabalha para quê? Se não consegue responder a essas perguntas ou parou para pensar, lamento dizer que você não tem propósito, tem apenas sobrevivido. E sair dessa situação depende da sua vontade de mudar, de ter algo a alcançar. Seja no curto, médio ou longo prazo. Quem trabalha em função da folha de pagamento acaba não fazendo “mais do que sua própria obrigação”. No entanto, aqueles profissionais que trabalham por uma causa sempre vão além de qualquer limite, com dedicação, lealdade e desempenho. No mundo dinâmico e competitivo no qual vivemos, há um grupo seleto de empresas que já se deu conta do óbvio: não adianta manter o foco apenas na lucratividade. As companhias que realmente estão mudando a atitude, definindo propósitos corporativos tangíveis e garantindo bons salários aos funcionários beneficiam-se cada vez mais. Melhoria nos resultados, maior solidez empresarial, diminuição dos riscos provocados nos períodos de crise ou oscilação drástica do mercado e, principalmente, retenção e desenvolvimento de talentos são alguns desses benefícios. A fórmula é simples: todos os indivíduos desejam fazer algo que tenha um significado maior, que extrapole

suas vidas e beneficie um grande número de pessoas. Quem está feliz trabalha melhor, rende mais. Todos necessitam de reconhecimento pessoal, afetivo e profissional. Mais do que isso, precisam saber que suas vidas servem a um propósito maior do que simplesmente sair da cama em busca do pão de cada dia. Isso é psicologia básica.

Propósito e felicidade

Nada como terminar o dia sabendo que todas as ações implicam que a empresa ofereça produtos ou serviços que agregam valor efetivo aos seus clientes e que tudo é feito com ética e respeito. E esta prática é mais valiosa do que a busca de resultados a todo custo. Em alguns casos, estipular objetivos envolve colocar as necessidades de outra pessoa na frente das próprias, o que poderia levar, em curto prazo, a uma diminuição da felicidade. Entretanto, quando se faz isto, gera-se uma contribuição que melhora o ambiente ao redor. Propósito e felicidade são coisas distintas. Pessoas que vivem uma vida com propósitos desfrutam muito mais da alegria de dar e compartilhar com os outros. Sem dúvida, a busca de propósito, e não de felicidade, faz a vida valer muito a pena. No final, a felicidade e o sucesso são passageiros. Duradouro é criar propósito para a própria vida e para a de outras pessoas. Veja mais dicas no meu canal do Youtube Dicas Inspiradoras e também no FB e IG Tatyane Luncah.

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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Augusto Cury Psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor

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Loana Alonso

Gerenciar a ansiedade e combater o estresse Habituar-se ao autodiálogo irá ajudá-lo a gerenciar os próprios pensamentos e assim conquistar paz e tranquilidade

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A sociedade atual é rápida, imediatista e ansiosa. Nunca as pessoas se sentiram tão estressadas. Profissionais de todos os níveis vivem essa ansiedade exacerbada. Paciência e tolerância são características que não encontramos mais nas pessoas. Irritação, raiva, angústia são sentimentos cultivados com mais frequência. Pouco se contemplam as belezas expostas nos caminhos da vida. Paradoxalmente, na era em que todos apostavam que existiria a geração mais feliz, devido aos grandes investimentos da indústria do entretenimento, estamos à beira da geração mais triste e insatisfeita. Grande parte dos seres humanos, independentemente da nação em que vive, não sabe se interiorizar, não se autoconhece, não pratica o autodiálogo. São pessoas que lidam muito bem com as tecnologias, comunicam-se com o mundo todo por meio das redes sociais, mas não conseguem lidar com suas próprias dificuldades. As pessoas estão cada dia mais influenciadas pelos infinitos estímulos que recebem, estão viciadas no excesso de informação, no trabalho intelectual, nas preocupações cotidianas, estão viciadas em pensar. Sentem-se cada dia mais infelizes e estressadas, não conseguem perceber que, para se libertar dessa imposição, criada por elas mesmas, é preciso gerenciar seus pensamentos.

Para escapar dessa prisão da mente e gerenciar a ansiedade é preciso desenvolver técnicas que fortaleçam a liderança do Eu. Uma excelente ferramenta é o D.C.D. (Duvidar, Criticar e Determinar). Tudo em que você crê o controla. Duvide de suas crenças perturbadoras, duvide que não consegue superar seus desafios, duvide dos pensamentos negativos que atormentam sua paz. Critique os pensamentos pessimistas, a preocupação excessiva e o pensamento antecipatório. Determine acreditar em você e a viver melhor, a conquistar a sua tranquilidade, a ser o líder de si mesmo. Outra técnica eficiente é fazer a mesa-redonda do Eu, um autodiálogo com suas tolices, medos, dialogar sistematicamente com seus conflitos e discutir com suas mazelas. É dar um choque de lucidez na mente e estabelecer um diálogo aberto com suas angústias e temores e aprender a controlar suas ansiedades. Estabeleça ser livre para desenvolver a sua qualidade de vida e decida ser autor da sua própria história; enriqueça-a com paz e tranquilidade e determine ser livre da ansiedade que causa o estresse. Pratique essas técnicas e conseguirá exercer a liderança de si mesmo, bem como conquistar a felicidade no palco social e profissional de sua vida.

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MODA & BELEZA

Cristiana Arcangeli Empresária, consultora de beleza e escritora

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Guilherme Licurgo

Entenda a diferença entre as dietas vegana e a vegetariana Cada grupo possui práticas, divisões e terminologias distintas que precisam ser analisadas antes da adesão

A preocupação crescente com a saúde, o meio ambiente e o respeito aos direitos dos animais tem feito com que o cuidado com a alimentação receba cada vez mais atenção. De acordo com os últimos dados disponíveis, apenas no Brasil, são mais de 15 milhões de pessoas que não consomem carne, conforme atestou pesquisa realizada pelo Ibope em 2012. Segundo empresários do setor de produtos veganos consultados pelo jornal Folha de S. Paulo, o crescimento do mercado de produtos veganos no Brasil tem sido da ordem de 40% ao ano, apesar da crise. A principal diferença entre as duas práticas é que o vegetariano não consome nenhum tipo de carne, mas ainda tem em seu cardápio alimentos de origem animal, como o ovo e os derivados de leite. Já os veganos excluem da dieta todo e qualquer produto de origem animal e também não utilizam nada que seja testado em animais ou que possuem alguma matéria-prima animal, como certos medicamentos, sabonetes, maquiagens, calçados, cosméticos em geral, entre outros produtos. O veganismo é uma filosofia de vida. Ser vegano não está relacionado apenas com a alimentação, mas sim com um estilo de viver que procura evitar a exploração de animais para a fabricação de produtos ao consumo humano, sejam eles alimentícios ou não.

Benefícios de excluir a carne do cardápio

Ser vegetariano ou vegano não significa, necessariamente, ter uma alimentação saudável, até porque as dietas dos dois estilos não abolem refrigerantes, doces e gorduras, por exemplo. Para que a substituição da carne seja feita com sucesso, o segredo é ter uma alimentação equilibrada 38

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para suprir a necessidade de proteína diária, importantíssima para a formação e manutenção dos músculos. A quantidade ideal de consumo é de 0,8 g de proteína por quilo de peso. Um bife de carne bovina, por exemplo, tem cerca e 27 g Já uma concha de feijão carioca contém cerca de 5,8 g de proteína. Uma alimentação vegetariana ou vegana de baixa gordura e grandes quantidades de fibras, ferro, cálcio e vitaminas pode ser benéfica, pois, nesse caso, age diretamente na queda dos índices glicêmicos e na redução do colesterol, o que auxilia na prevenção de diabetes, doenças cardiovasculares, além de diminuir o risco de desenvolvimento de câncer, principalmente o colorretal.

Vitamina B12

Quem opta por excluir a carne da dieta deve acompanhar constantemente os níveis de vitamina B12, que está presente apenas na proteína animal, no leite, em queijos, ovos e suplementos. Caso perceba alguma alteração nesses índices, deve buscar orientação médica para que lhe seja ministrada uma correta suplementação do nutriente. Em relação aos outros nutrientes, eles podem ser facilmente encontrados em alimentos vegetais, dos quais destaco ervilha, chia, feijão, grão de bico, quinoa, nozes, gergelim e soja como os mais completos. O mais importante em qualquer dieta é a informação. Quanto mais conhecermos a procedência do que consumimos, as necessidades do próprio corpo e a composição de uma dieta equilibrada, mais certeza teremos de que estamos equilibrados no que se refere aos hábitos alimentares, mantendo assim a qualidade de vida. Março 2017


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CARREIRA & RELACIONAMENTO

Roberto Shinyashiki Psiquiatra, escritor e conferencista

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Dê atenção à bandeira certa!

DICA DO MÊS 40

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logo à sua frente, sem estabelecer prioridade de atendimento. Na catástrofe, há pessoas que já estão muito comprometidas, com lesões sérias. Estes ganham uma bandeira preta, que significa que é pouco provável que sobrevivam. Outros pacientes estão com ferimentos de menor gravidade. São os que levam bandeira verde. E os casos que precisam de atenção urgente, porque têm chances de sobreviver, recebem faixa amarela. Desta forma, os médicos dão atenção primeiramente para quem está marcado com a cor amarela. Depois se dirigem aos que estão sinalizados com a cor preta, e só então vão atender os que estão com a bandeira verde. Assim como nesse exemplo, há assuntos na sua vida que são “bandeira preta”, ou seja, você está gastando tempo tentando fazê-los sobreviver e ele já está praticamente morto. O que você tem de fazer? Tirar isso da sua frente. A prioridade são as “bandeiras amarelas”. Ao conversar com seus filhos ou com a sua equipe, há temas que, naquele momento, são bandeira preta, não adianta ser discutidos. Já outros são “probleminhas” que podem ser tratados amanhã. Diferencie o que é bandeira verde, preta e amarela e foque seu tempo e sua energia na bandeira amarela. Isso vai definir não só o seu sucesso como a sua felicidade.

Neste livro, Roberto Shinyashiki fala sobre como acabar com a angústia e não deixar que o medo se torne o seu estilo de vida. Segundo o autor, a saída é ultrapassar esse sentimento e estabelecer uma confiança que o mova para diante - acreditar sempre em Deus, em você mesmo e no outro é o segredo para superar seus receios e dar a volta por cima.

Livro: A coragem de confiar O medo é o seu pior inimigo Autor: Roberto Shinyashiki Editora: Gente Preço: R$ 24,90

Março 2017

Preços pesquisados em fevereiro de 2017

Noto que muitas pessoas - pode ser um pai, empresário, profissional liberal ou palestrante profissional -, quando vão ministrar palestras, cuidar dos negócios ou da sua equipe, geralmente misturam tudo. Não elegem os assuntos por ordem de importância e acabam falando de tudo. Resultado: o ouvinte não aprende nada. Se você lembrar da última conversa que teve com seu pai, talvez ele tenha dito que você precisava ter tempo para curtir a família, que devia fazer um curso, que tinha de ser mais organizado no trabalho. Enfim, uma bagunça com vários assuntos, e no final não ficou nada. É fundamental saber o que é importante, o que é perdido e o que é acessório, secundário, e focar no que realmente interessa. Quando há alguma catástrofe, com centenas de feridos, socorristas amadores vão atendendo os primeiros que veem pela frente. Assim acabam cuidando de pacientes que não estão gravemente feridos e deixam de lado pessoas que teriam chance de sobrevivência. Quando a cidade está preparada para uma calamidade, os enfermeiros saem em meio aos feridos com tiras de tecido em três cores: preto, amarelo e verde. As "bandeiras" coloridas servem para que os médicos não corram o risco de perder horas cuidando dos feridos

Saber eleger as prioridades evitará que você gaste energia com assuntos perdidos ou sem tanta importância



CADERNINHO DA BEL

Bel Pesce Empreendedora e fundadora da FazINOVA

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Gabriela Rossa Drewes

Existem outros caminhos além dos quais todos estão indo Não é porque todos estão indo em uma direção que essa seja a única possível

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Em todos os meus negócios e na vida, sempre busquei caminhos incomuns para encontrar a minha melhor versão. Às vezes as pessoas gostam de seguir o caminho em que todos estão indo porque para elas parece o certo. Mas a verdade é que existem trajetos diferentes que podem ser melhores alternativas. Minha história como escritora começou de forma totalmente inusitada, com um e-book gratuito, em 2012, quando ninguém trabalhava assim. Esse é um exemplo do quanto aproveitei caminhos diversos para começar uma editora diferente, a Enkla, que em sueco significa simples – nome escolhido porque queríamos simplificar a forma como esse mercado funciona. Queríamos mesclar o online e o offline, além de propor alternativas a vários aspectos dos quais discordávamos. A maioria das editoras vê um livro impresso como um iceberg, o maior barulho que se pode fazer. E muitas vezes trabalham mal esse iceberg. Nós também pensamos assim, porém enxergamos um mundo inteiro ao redor dele para fazer a credibilidade e a influência sobre o tema do livro crescerem. Então, a partir de um livro impresso, conseguimos fazer vários guias online gratuitos para dar visibilidade àquele assunto. Desde o meu primeiro livro, A Menina do Vale,

há mais de quatro anos, já acreditávamos na ideia de ter uma versão gratuita, o que era muito incomum. Em 2014 pensei em fazer um tour lançando A Menina do Vale 2 em todas as capitais. Achavam que eu era louca, mas você é louca até a loucura dar resultado. Aí você vira padrão e todo mundo quer fazer a mesma coisa. Para buscar boas oportunidades, em alguns momentos você terá de ser audacioso e tentar criar caminhos alternativos, aprender com eles e, às vezes, nesse novo trajeto, chegar perto do que é melhor para você. A Enkla lançou um livro, o Turismo de Empatia: Refugiados no Oriente Médio, da Talita Ribeiro. Fizemos uma obra impressa linda, distribuimos bem, disponibilizamos vários conteúdos online gratuitos, lançamos um aplicativo para identificar superleitores, criamos, junto com a Talita, um curso sobre turismo de empatia na FazInova, outro curso fechado sobre como transformar uma causa pessoal em negócios, agenciamos na Figurinhas várias campanhas potenciais e outros produtos que a Talita pode gerar com base nisso. Se você quiser criar oportunidades, não pense que tem de fazer tudo da forma que sempre foi feito ou do que a maioria fez. Seja audacioso, faça um pouco diferente pensando no que você tem para agregar.

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FLASH

Amaury Jr. Jornalista e apresentador de televisão

Reprodução Youtube

Luiz Tripolli

Tiago Rocha e Amaury Jr.

Tiago Rocha fala sobre os piores alimentos do mundo O pesquisador lista os alimentos que devem ser cortados da dieta para não se ter câncer, problemas de colesterol, triglicerídeos e diabetes

Tiago Rocha é naturologista, cientista alimentar, especialista em medicina natural, escritor e palestrante. Seu principal tema de estudo é a sua tese sobre os piores e os melhores alimentos do mundo. O assunto virou tema do seu livro, chamado Curas Extraordinárias e é bastante polêmico. Veja a entrevista. Que doenças a alimentação pode trazer? Em nenhum momento da história comemos alimentos tão perigosos. E não vim falar de alimentos que fazem mal, mas daqueles que matam. Falarei dos piores do mundo, para as pessoas entenderem que podem ter saúde se conseguirem abandonar esses alimentos. Quais são eles? São os cancerígenos, os enfartadores e os relacionados ao diabetes, as três doenças que mais matam no mundo. Um dos que mais matam em relação a câncer é uma substância chamada acroleína. Quando aqueço o óleo de cozinha a 150º C ele gera a acroleína, que é a mesma substância que sai do escampamento dos carros. Ela destrói as fibras elásticas, faz com que se envelheça 20 anos mais cedo e é a substância mais cancerígena do mundo. O alimento que mais tem acroleína é a batata frita. Até o óleo de coco? Não, esse é o melhor óleo do mundo. Vale para o pastel também? Vale para o pastel, coxinha. As pessoas podem pensar: eu comi batatas fritas e não tive câncer. É porque existe a defesa do corpo. A proteína que previne o câncer é a B53. Quando o sangue aumenta em acidez, essa

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proteína faz com que a célula se mate. O termo científico para isso é apoptose. Se ela não agir, se você estiver com a imunidade baixa, você vai ter tumor. Qual o segundo alimento que mais mata? O refrigerante. Ele chega a ser 100 mil vezes mais ácido do que o sangue humano. Se você tomar um copo de refrigerante, precisa de 30 copos de água para deixar seu sangue equilibrado novamente. O refrigerante diet é 18 vezes pior do que o refrigerante, porque, além de câncer, causa o mal de Alzheimer, por causa do aspartame. E qual o melhor adoçante? O melhor adoçante é a stévia. E o melhor açúcar do mundo é o mascavo. O refinado nunca devemos usar. E o alimento número três? A substância mais enfartadora do mundo, a que tem mais gordura hidrogenada, é a margarina. A gordura hidrogenada plastifica a gordura do coração e os vasos sanguíneos e ele não consegue pulsar. Temos outros alimentos com gordura hidrogenada, como o requeijão, que é um dos queijos mais enfartadores, mas o "batizado" com gordura hidrogenada, amido de milho e uma droga chamada diacetil, que causa lesão cerebral. E qual o melhor? O melhor alimento do mundo é a banana verde. Ela possui triptofano, um aminoácido que produz duas substâncias. A melatonina, o hormônio do sono, e a serotonina, o hormônio da alegria. Até 2020, a doença que mais vai matar no mundo é a depressão, pois a mente enfraquece por falta de vitamina. Março 2017


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Soraia Sene

A Associação Beneficente Comunidade de Amor Rainha da Paz está lançando o Programa de Apadrinhamento, que permite, a quem desejar, colaborar mensalmente com uma quantia em dinheiro (a partir de R$ 25) para ajudar as mais de 300 crianças e adolescentes carentes e

A Side Walk, marca consagrada de calçados, camisas polo, topsiders e muitos outros produtos, chega ao Shopping Tamboré em abril. A abertura está prevista para a segunda semana do mês. A grife, que já tem 34 anos, conta com 39 lojas em todo o Brasil. Av. Piracema, 669. Tamboré. Tel.: (11) 2166-9717. www.sidewalklojas.com.br. Até dia 29/4, crianças de diferentes idades poderão se divertir no Circuito Fantástico do Iguatemi Alphaville. Em parceria com a Magic Games, a atração inclui brinquedos como o Magic Caracol, Magic Carrossel, Magic Mini Lambaba e o Túnel de Led. Aberto de segunda a sábado, das 11h 46

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deficientes que a Associação assiste. As doações ajudam nos tratamentos oferecidos pela Associação, nas compras de alimentos, entre outros. Para se tornar um padrinho, basta acessar o site abcrainhadapaz.org.br. Estr. Ecoturística do Suru, 1833. Santana da Parnaíba. Tel.: (11) 4154-5060.

O Parque Shopping Barueri inaugurou o Emotion Park, complexo de camas elásticas com mais de 250 m², 25 camas elásticas e dois mil blocos de espumas. O preço para brincar por 30 minutos é R$ 35, e para uma hora, é R$ 50 (ambos incluindo meias antiderrapantes), e R$ 30 para 30 minutos e R$ 45 para 1 hora (sem o valor das meias). R. Gal. de Divisão Pedro R. da Silva, 400, Nova Aldeinha. Barueri. Tel.: (11) 4688-6800. www. parqueshoppingbarueri.com.br. Março 2017

Preços pesquisados em fevereiro de 2017

às 22h, e aos domingos e feriados das 11h às 20h. Al. Rio Negro, 111. Alphaville. Tel.: (11) 2078-8000. www. iguatemi.com.br/alphaville.

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GASTRONOMIA

Bacalhoada na Páscoa

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Um dos maiores sucessos do Graal Barueri é a saborosa bacalhoada, servida no bufê por quilo, com pimentões, ovos, batatas e azeite (R$79,70 o quilo). Outro destaque fica por conta das sopas, servidas a partir das 17h. O local há muito tempo deixou de ser somente um posto de serviços aos viajantes. Quem visita a unidade, também pode saborear o café-da-manhã e bufê com massas, saladas, grelhados e sobremesas, além do NYC Burguer, Route Café e a padaria Bella Farinha. Visite a área de conveniência, com loja de móveis, revistaria e farmácia. Rod. Pres. Castelo Branco, km 29,9. Tel. (11) 4772-4104 | www.redegraal.com.br/a-rede-graal.

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O Valdir Pescados tem um box no Ceasa e traz direto do entreposto para a porta da sua casa qualquer tipo de peixe ou frutos do mar. As dicas para a Semana Santa são cação (R$ 20 o quilo), filé de Saint Peter (R$ 36 o quilo), tainha (R$ 20 o quilo) e filé de salmão (R$ 64 o quilo). Tem ainda pintado, namorado, bacalhau, linguado, mexilhão, camarão, lagostin, atum, lula, polvo, e muito mais, tudo fresco (ou congelado, caso o peixe nao esteja na safra). As entregas são feitas de terça a domingo, das 8h às 16h. Atende à toda a região. Pedidos pelo whatsapp (11) 99630-4102. Março 2017

Preços pesquisados em fevereiro de 2017

Pescados na porta de casa


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O Bistrô Ville du Vin funciona como importante parte da experiência enogastronômica proporcionada pela integração do restaurante à loja. Com base na culinária francesa, o cardápio sempre harmonizado com a carta de vinhos ali à venda, ressalta o bacalhau ville du vin, que leva abobrinha, batata, tomate, alcaparras e azeitonas (R$ 89 porção individual), além de outros peixes e frutos do mar. Al. Tocantins, 75. Alphaville. Tel.: (11) 4208-6061 | www.villeduvin.com.br.

A Quinta do Sino chama a atenção pelo clima agradável, com opção ao ar livre, móveis rústicos e pelo cardápio caprichado, inspirado na culinária portuguesa. Peça o bacalhau quinta do sino, que leva o peixe grelhado no azeite, coberto com alho frito, servido com batatas ao murro e brócolis (R$ 98, individual). O restaurante tem espaço dedicado às crianças. Não deixe de pedir a caipirinha com manjericão, sempre elogiada pelos visitantes. R. Belo Vale, 11. Aldeia da Serra. Tel.: (11) 97449-2686 | FB: @quintadosinorestaurante. 50

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Preços pesquisados em fevereiro de 2017

Na Quinta do Bacalhau, casa tipicamente portuguesa, todo dia é dia de apreciar o típico peixe português. Até a louça utilizada no restaurante foi trazida de Portugal. Com pratos executivos e à la carte, uma das especialidades da casa é a cataplana de bacalhau, que são postas altas do pescado cozidas na panela de cobre (cataplana), com tomate, cebola e cubos de batata (R$ 148 para duas pessoas ou na versão prato executivo, individual, por R$ 35), além de outras seis opções com esse peixe. Estr. de Caucaia do Alto, 1597. Cotia. Tel.: (11) 4616-5481 | www.aquintadobacalhau.com.br.


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Delícias da Terrinha em Alphaville

Reprodução Instagram

A Quinta do Conde é o lugar ideal para quem quer desfrutar as tradicionais receitas da culinária lusitana. Lá, além da charmosa padaria, o cliente também pode aproveitar as saborosas opções do restaurante, a exemplo do pescado típico português, estrela do cardápio, sempre em cortes altos e suculentos. O campeão de pedidos é o bacalhau à lagareiro, com postas assadas na brasa e batatas ao murro (R$205 meio prato e R$240 inteiro). O bacalhau utilizado é o cod gadus morhua, conhecido no País como bacalhau imperial ou do Porto. Para sobremesa, pastéis de Belém. Av. Sagitário, 555. Alphaville. Tel.: (11) 2078-0030 | www.aquintadomarques.com.br.

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Com cinco opções de pratos à base de bacalhau, o restaurante Kanto Madeira, especializado em cozinha portuguesa, é uma ótima pedida para o almoço ou jantar na Semana Santa. A sugestão é experimentar o elogiadíssimo bacalhau à lagareiro: lombo de bacalhau com batatas ao murro, brócolis e lâminas de alho, regados ao azeite extravirgem. O prato individual sai a R$79,90 e a versão para duas pessoas, R$139,90. Al. Madeira, 444. Alphaville. Tel.: (11) 4191-5340/4191-5945 | FB: @kantomadeira | Twitter: @kantomadeira | www.kantomadeira.com.br. Março 2017

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Menu para a Semana Santa


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O Bistrot Grand Cru Alphaville oferece o melhor da enogastronomia, com mais de 500 rótulos de vinhos que podem ser degustados no restaurante ao preço da loja. A cozinha é capitaneada pelo Chef Antonio Rodrigues dos Santos, que oferece os clássicos da cozinha franco-italiana. A sugestão para a Semana Santa é o bacalhau à moda do chefe: lombo alto de bacalhau confitado no azeite, acompanhado de batatas ao murro (R$ 78 para uma pessoa). Há ainda opções como posta de robalo grelhado ou camarão rosa na minimoranga. Al. Araguaia, 1443. Alphaville. Tel.: (11) 4191-8707 | www.grandcrualphaville.com.br.

O menu do Bar do Alemão, além dos tradicionais filés à parmegiana, conta com alguns pratos com bacalhau. Uma boa pedida é o bacalhau à portuguesa, assado com batatas, pimentão, cebola, tomate, ovos e azeitonas. Acompanham brócolis e arroz branco (R$ 199, serve de 3 a 4 pessoas). A casa ainda oferece peixe à moda do chef, filé de abadejo à dorê, bacalhau ao forno, bacalhau steiner e bacalhau porto rei. Al. Madeira, 162. Alphaville. Tel.: (11) 2680-9222 | www.bardoalemaodealphaville.com.br. 54

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Preços pesquisados em fevereiro de 2017

Se o seu desejo é saborear um bom bacalhau à lagareiro sem precisar sair da região, a sugestão é visitar o Restaurante D'Aldeia. Além do pescado, cuja posta é servida salteada no azeite, ao molho de cebola, alho, azeitonas pretas, com batatas ao murro e arroz com brócolis (R$ 89,90 para uma pessoa), o cardápio possui as mais variadas opções, como crepes, lagostas, risotos, massas e grelhados, para agradar a todos os paladares. Av. dos Pinheiros, 820. Aldeia da Serra. Tel.: (11) 4192-3085 | www.restaurantedaldeia.com.br.


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CIRURGIA PLÁSTICA

Dra. Roseli Cardinalli Membro da Sociedade Brasileira e da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Divulgação

Tárik Santiago

Mastopexia e mamoplastia redutora Todas as pessoas com o desejo de corrigir a aparência das mamas podem se submeter às cirurgias depois de cuidadosa análise clínica

A mastopexia é uma cirurgia que tem como objetivo melhorar o caimento natural das mamas (ptose mamária), reposicionando a aréola e a pele com flacidez, procurando elevar as mamas até sua posição original e garantindo simetria. É uma cirurgia corretiva da mama muito procurada por mulheres. Este método permite que a flacidez das mamas seja reparada de forma a ficarem mais firmes e elevadas. O resultado costuma ser na grande maioria das vezes positivo, contribuindo para o aumento da autoestima. Com o passar dos anos é muito comum haver uma pequena queda das mamas. A gravidez é um dos aceleradores que mais influi neste sentido. O volume diminui, a pele fica flácida e sofre com a ação do tempo. Principalmente mulheres com idade por volta dos 30 a 50 anos procuram pela mastopexia. Um cirurgião plástico realiza a cirurgia por meio de duas diferentes maneiras: com ou sem a colocação de próteses de silicone. Quando não há a colocação de próteses o excesso de pele é retirado e a mama é apenas reposicionada. Caso a paciente deseje um maior volume após o procedimento o silicone é indicado.

Quando é indicado

A mastopexia é muito realizada após a colocação de próteses mamárias e após grandes mudanças do tamanho da mama, como ocorre após a cirurgia bariátrica, gravidez ou mesmo após o desenvolvimento rápido da mama na adolescência.

Esta é uma técnica que possui o intuito de levantar as mamas. É indicada para mulheres que possuem as mamas flácidas e assimétricas. Todas as pessoas com o desejo de corrigir a aparência das mamas pode se submeter a tal cirurgia. Entretanto, antes é preciso uma cuidadosa análise clínica e a realização de alguns exames laboratoriais. Após o consentimento médico a mastopexia pode ser agendada.

Mamoplastia Redutora

A cirurgia de redução de mama remove o excesso de gordura, o tecido glandular e a pele, para atingir um tamanho de mama proporcional com o seu corpo e aliviar o desconforto associado com mamas muito grandes. Mamas excessivamente grandes podem causar, em algumas mulheres, problemas emocionais e de saúde. O peso do tecido mamário em excesso pode prejudicar sua capacidade de levar uma vida ativa. O desconforto emocional e o autoconhecimento, muitas vezes, associados a mamas grandes e caídas, é um problema para muitas mulheres, pois podem causar desconforto e dor. A cirurgia de redução de mama é um procedimento individualizado e você deve fazê-lo para si mesma e não para satisfazer os desejos de outra pessoa ou para tentar se adaptar a qualquer tipo de imagem ideal. Busque sempre um cirurgião plástico de sua confiança e que seja membro da SBCP - Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Dra. Roseli Cardinali – CRM 61204 e RQE 50003 é Cirurgiã Plástica e membro da SBCP Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da ISAPS – International Society of Aesthetic Surgery

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ADVOCACIA

Marco Aurélio Alves Barbosa OAB 107.859 Advogado Trabalhista e Empresarial Divulgação

Tárik Santiago

Nova lei trouxe maior proteção ao investidor-anjo para startups Investidor agora não terá de responder por qualquer dívida da empresa

O que é um investidor-anjo e uma startup? Simplificadamente, o primeiro é, em geral, um empresário/ empreendedor ou executivo que já trilhou uma carreira de sucesso e acumulou recursos suficientes para alocar uma parte do seu patrimônio a fim de investir em novas empresas. Já a definição mais moderna para uma startup seria um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócio trabalhando em condições de extrema incerteza. Dito isso, consideramos que o empreendedorismo brasileiro teve uma mudança significativa com a sanção da Lei Complementar 155/16, no final do ano passado. Essa legislação mudou as regras do regime especial de tributação do Simples Nacional e previu maior proteção para o chamado investidor-anjo. A lei definiu a estrutura de investimento-anjo e segurança jurídica para esta modalidade de financiamento, sendo que pessoas físicas e jurídicas poderão fazer aportes de capital, mas não serão consideradas sócias, de modo que não terão participação na gerência ou voto na administração da empresa. A vantagem é que esses investidores não responderão por qualquer dívida da empresa, nem mesmo em eventual recuperação judicial. O capital terá de ficar investido na empresa por, no mínimo, dois anos, e, no máximo, por sete anos.

Mais incentivo ao investidor

Esta é uma resposta positiva para uma das maiores dificuldades encontradas por investidores, que, por investirem nesse tipo de negócio (startups), correm um alto risco de perda do capital investido, mas não podem correr o risco adicional de serem penalizados por eventos de desconsideração de personalidade jurídica. Além disso, a lei prevê incentivos fiscais a esta atividade, como ocorre em todo o mundo, já que o investidor-anjo ajuda a criação e aumenta as chances de sucesso de 58

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empresas inovadoras, que são uma das melhores fontes de desenvolvimento para os países. Outros benefícios da lei foram o não “desenquadramento”do Simples Nacional das empresas que recebem este tipo de aporte, tal como ocorria anteriormente, e a não configuração deste investimento como receita tributável. Com a sanção desta lei, foi dado um passo importante para que as startups tenham acesso a financiamento e possam se dedicar a experimentos e inovações, garantindo segurança jurídica para as parcerias.

Como atrair um investidor-anjo?

Há quatro pontos importantes para que um negócio tenha êxito e atraia a atenção de um investidor-anjo: inovação, escalabilidade (potencial de crescimento), mercado amplo e um empreendedor. Inovação é o que vai proporcionar potencial de crescimento ao negócio.

Como atua o investidor-anjo?

Muito embora o investidor-anjo tenha uma participação societária minoritária, entre cinco e 40%, ele não é e nem age como sócio deste. Ele está muito mais preocupado com o desenvolvimento do negócio do que com o investimento por si só. Quanto mais o empreendimento se desenvolver, mais ele ganhará. O investimento é feito para que a empresa tenha êxito, e não apenas visando ao retorno em curto ou médio prazo.

Avenida Ipanema, 165 – Cj. 814 Alphaville – Barueri – SP (11) 4247-6351

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BEM-ESTAR

Cuidados com a gripe

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A gripe é uma doença contagiosa e causa febre, dor de garganta, tosse, dores musculares e cansaço. A principal consequência é a pneumonia, que exige internação e pode levar a óbito. A Dra. Lilian Zaboto, pediatra, aconselha o uso do álcool gel, lavar as mãos com frequência, evitar locais de aglomeração de pessoas e o contato com doentes. A Clínica Vacinville já conta com o novo lote de vacinas, com as cepas atualizadas do vírus da gripe, conforme anunciado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dra. Lilian Zaboto | Pediatra | CRM 90.973. Av. Copacabana, 112. Alphaville. Tel.: (11) 4191-9114 | www.vacinville.com.br.

ArtCoiffure

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A ArtCoiffure Fashion Hair cresceu. Agora conta com duas unidades: uma na Calçada das Orquídeas, 186, no Centro Comercial, outra na Alameda Araguaia. O novo espaço oferece os mesmos serviços que o primeiro - hair stylist (masculino e feminino), vários tratamentos para os cabelos, estética facial e corporal, depilação, massagem, manicure, pedicure, dia da noiva, unha de fibra de vidro, entre outros - com a mesma qualidade. O salão sempre oferece promoções, confira!. Al. Araguaia, 2044, Cea 1, lj. 1, Torre 2. Alphaville. Tel.: (11) 4082-2422/94062-3907. Março 2017


ESTÉTICA, SAÚDE & BELEZA

Valeria Marcondes Médica Dermatologista CRM 50.283 - RQE 50 890

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Irit Chernizon Tommasini

Caspa: como tratar A escamação do couro cabeludo é mais comum do que se pensa. Mas atenção aos sintomas que não desaparecem com os produtos disponíveis no mercado

A caspa é uma condição comum do couro cabeludo em que pequenos pedaços de pele seca descamam. Quem tem cabelo escuro, ou está vestindo roupas com cores escuras, pode notar os pequenos flocos entre os fios ou sobre os ombros. Caspa também pode causar coceira no couro cabeludo. Muitas pessoas acreditam que a caspa é causada por má higiene, mas isso não é verdade. O uso infrequente de xampu pode tornar a caspa mais óbvia, mas os pesquisadores ainda estão estudando as suas causas, que parecem ser complexas. A maneira mais eficaz de tratar e controlar a caspa é usar xampu anticaspa e fazer tratamentos para o couro cabeludo. Esses produtos visam a normalizar a flora bacteriana que estimula a formação da caspa.

Dicas importantes

Preparamos algumas dicas para que se obtenham melhores resultados diante do problema: - Seguir sempre as instruções que estão nas embalagens dos xampus anticaspa. Existem vários produtos no mercado e cada um contém diferentes ingredientes ativos que agem de maneiras diversas para controlar os sintomas. As instruções são variadas e segui-las vai ajudar a obter o resultado esperado. Por exemplo, alguns xampus pedem que se deixe a espuma no cabelo e couro cabeludo por cerca de cinco minutos antes de enxaguar. Outros não.

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- Quem tem pele clara ou oriental pode usar o xampu de sua preferência diariamente e usar o xampu anticaspa duas vezes por semana. Porém, se os sintomas não melhorarem, tente alternar entre xampus anticaspa com diferentes ingredientes ativos. - Quem tem pele morena ou negra deve usar o xampu anticaspa somente uma vez por semana. - É preciso atenção ao usar um xampu anticaspa que contenham alcatrão ou coaltar, pois o alcatrão pode descolorir o loiro, cinza ou cabelos brancos, razão pela qual pessoas com cabelos claros devem escolher um xampu sem essas substâncias. Além disto, tais xampus também têm o potencial para tornar o couro cabeludo mais sensível à luz solar. Portanto, ao usá-los, é importante proteger o couro cabeludo do sol usando um chapéu. Para a maioria das pessoas, a caspa não requer atenção médica. No entanto, algumas vezes a descamação e o prurido que aparecem podem ser sintomas de dermatite seborréica, psoríase, infecções fúngicas do couro cabeludo ou eczema. Se os sintomas persistirem mesmo após o uso de um xampu anticaspa, consulte um dermatologista, que está habilitado a diagnosticar corretamente a condição e recomendar um plano de tratamento que melhor atenda às necessidades.

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SERVIÇOS

High School na Tip Toe A Tip Toe Discovery está com novidades. A partir de julho de 2017, passa a oferecer o Ensino Médio, ou High School, como é chamado nos Estados Unidos. O ano letivo para esses estudantes, assim como para os demais alunos, seguirá o calendário e currículo americanos. Será uma excelente oportunidade para quem termina o fundamental II neste ano e/ou para os pais que desejam oferecer a seus filhos uma educação internacional valorizando a pluralidade de culturas. Todas as matérias são ministradas em inglês, incluindo aulas de música, artes e educação física. As aulas de literatura, gramática e cultura brasileira são ministradas em português. Participe dos testes para bolsas de estudo de até 50% de desconto para o High School. Estr. de Ipanema, 300, Vila Velha. Tel.: (11) 4154-1875 | www. tiptoediscovery.com.br. 62

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CASA & CONSTRUÇÃO

Varandas da Vila Em abril, a Design da Vila lança uma nova coleção de móveis para área externa intitulada Varandas da Vila. A coletânea teve a curadoria e projetos feitos pelo escritório Lovisaro Arquitetura + Design, em Alphaville, capitaneado pelas irmãs Carol e Fernanda Lovisaro. O novo acervo foi criado especialmente para quem aprecia receber amigos e curtir a vida ao ar livre mas não abre mão de estilo e conforto. Com uma paleta de cores neutras e naturais, foram escolhidos materiais que resistem às agressões do tempo, como o freijó, a corda náutica, a fibra sintética e o alumínio. O conjunto também introduz um conceito de valorização do design nacional por meio de peças artesanais e design autoral brasileiro, como o balanço arupemba (na foto). Av. Valville, 550. Alphaville. Tel.: (11) 4154-5052 | IG: @designdavila | www.designdavila.com.br. 64

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EMPREENDEDORISMO

Luiz Marins Antropólogo, consultor de empresas, escritor e apresentador de TV

Shuttterstock

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As notícias e o que querem que pensemos Ter consciência crítica é fundamental para não sermos manipulados

Num mundo-aldeia como o em que vivemos, onde somos bombardeados por informações de todos os tipos, de todos os lados e por todos os meios, é preciso tomar cuidado para não sermos meros consumidores de notícias, sem fazer uma análise crítica da veracidade, das fontes, da origem, dos interesses de quem está escrevendo e mesmo das empresas por detrás das notícias. É preciso ter uma consciência crítica e não ingênua, pois poderemos ser manipulados pelas notícias e formar um juízo equivocado sobre fatos e pessoas. Em seu livro Notícias - Manual do Usuário (Editora Intrínseca, 2015), o aclamado escritor e filósofo suíço Alain de Botton se vale de 25 histórias típicas dos jornais como um desastre de avião, um homicídio, um escândalo político e uma entrevista com uma celebridade - para construir sua análise inteligente e profunda sobre a influência do noticiário em nossas vidas. Já no prefácio do livro, escreve: “O objetivo do noticiário é nos mostrar tudo aquilo que ele próprio considera mais inusitado e importante no mundo: nevascas nos trópicos; o filho ilegítimo de um presidente; gêmeos siameses. Mas, apesar dessa insistente busca pela anomalia, se há algo que o noticiário habilmente evita focalizar é a si mesmo e a posição predominante que passou a ocupar em nossas vidas. 'Metade da humanidade é hipnotizada todos os dias pelo noticiário' é uma manchete que tem poucas chances de algum dia ser noticiada por empresas que em geral se dedicam a relatar o que consideram digno de nota, fora do comum, corrupto e chocante”.

Quarto poder

De Botton afirma ainda que “o filósofo Hegel já dizia que as sociedades se modernizam quando o noticiário 66

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passa a ocupar o lugar da religião como principal fonte de orientação e como referência de autoridade. Hoje em dia, nas economias desenvolvidas, ele alcançou uma posição de poder no mínimo equivalente à que outrora era desfrutada pelas crenças... No entanto, os jornais não se limitam a seguir uma programação quase religiosa; eles também exigem ser encarados com uma parte da mesma expectativa diferente que um dia alimentou nossa fé. Por meio dele, também esperamos ter revelações, aprender o que é certo e errado, conferir sentido ao sofrimento e entender como funciona a lógica da vida. E aquele que se recusa a participar dos rituais também pode sofrer acusações de heresia”. A confirmação desta ideia do autor é que as críticas de jornalistas ao livro foram pesadas e implacáveis. Porém, críticos literários isentos afirmaram que “De Botton elaborou o manual definitivo da nossa era viciada em notícias, que trará calma, entendimento e um parâmetro de sanidade para as nossas interações diárias (e às vezes feitas à toda hora) com a máquina de notícias. Raramente pensamos no impacto que as notícias têm nas nossas vidas". A verdade é que precisamos, urgentemente, voltar a pensar por nós mesmos. Nesta semana gostaria que você refletisse se não está sendo “catequisado” pelas notícias que recebe sem fazer uma análise crítica. Sugiro que você questione: Será verdade o que estou lendo/vendo? Quem escreveu? Qual a formação de quem escreveu? Devo confiar nesta fonte? Quais os possíveis interesses envolvidos nesta notícia? O que eu penso sobre isto? Tenho uma opinião formada? Qual a importância desta notícia para a minha vida pessoal e profissional? Pense nisso. Sucesso! Março 2017




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