Jornal ICAPRA 134

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ICAPRAJORNAL AWURÊ ENTRA DEFINITIVAMENTE PARA O ROL DOS MEMORÁVEIS DA NOSSA MÚSICA! PÁGINAS 6 E 7 UMBANDA RIO mais uma vez reuniu artistas e público no dia da umbanda PÁG. 14 SÃO PAULO : Aldeia de Caboclos rufa os tambores no festival "Um Grito de Liberdade" PÁGS. 24 E 25 IFÁ Cuba Sacrifícios PÁG. 19
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Olá Leitores!

Retornando após as eleições que trazem resultados de esperança para todos os Brasileiros! Um Brasil onde se elegeu indígenas, trans e negros, demonstrando que estão ocorrendo mudanças. Embora o poder aquisitivo tenha ajudado com que velhos políticos retornassem à cargos ou atra vés de afilhados voltassem ou se manti vessem no poder...

E por falar em novo, trazemos nesta edição o Grupo Awurê, que em apenas cinco anos, vem revolucionando, com seus shows e construindo sua história de música e cultura, fascinando a todos nós.

Os casos de intolerância não cessam. A COVID continua assustando. E, como dizia o velho Cazuza: “ O tempo não Para...” Então, falemos de coisas boas e vamos mostrar grandes festejos, que nos trazem alegrias. Focamos na Cultura, através de nossos colunistas. Então, aproveitemos para nos informarmos com esta Edição Especial que prepara mos com carinho para você!

Boa Leitura!

JESUS E A ESPADA:

Uma Análise à luz do Espiritismo

REPRODUÇÃO INTERNET

OEspiritismo, na condição, da terceira revelação, tem como, a finalidade de expli car, em termos mais cla ros, a doutrina de Jesus o Cristo; pois que na época a humanidade ainda não se encontrava na condição de compreenderem bem, relações do mundo espiritual com o mundo físico.

Em 18 de Abri de 1857, a Codificação Kardequiana sob a égide do Cristo de Deus, através do lançamento de O Livro dos Espíritos, se iniciou uma nova era para a humanidade Terena.

E nesta nova era, é de suma importân cia que, todos nós espíritos reencarnados, tenhamos a condição, do sentido da pala vra caridade, a qual os Instrutores Espi rituais responderam ao codificador, Allan Kardec, na questão de número, 886; “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”

Diante dos fatos, através da mediuni dade de Francisco Cândido Xavier, trans crevemos a pergunta, de número 304; feita ao espírito Emmanuel, em o livro O Consolador, sobre o texto do Novo testa mento, a seguinte pergunta:

“- Qual o espírito destas letras?”

- “Não cuideis que vim trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada.

- Todos os símbolos do Evangelho, dado o meio em que desabrocharam, são quase sempre, fortes e incisivos.

Jesus não vinha trazer ao mundo a palavra de contemporização com as fra quezas do homem, mas a centelha de luz que a criatura humana se iluminasse para os planos divinos.

E a lição sublime do Cristo, ainda e sempre, pode ser conhecida como a “espada” renovadora, com a qual deve o homem lutar consigo mesmo, extirpando os velhos inimigos do seu coração, sempre capitaneados pela igno rância e pela vaidade, pelo egoísmo e pelo orgulho.” Saúde, paz e amor a todos, nesta caminhada Ter rena ao encontro do nosso mestre Jesus o Cristo!

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ALMIRESPIRITA@GMAIL.COM
Editor Responsável: Marcelo Fritz Registro MTB: 30754-RJ Edição: Marcelo Fritz Diagramadora: Viviana Assunção Colaboradores: José Beniste Almir O. de Souza Evandro Otura Aira Pai Marcio d’Jagun Christine Keller Expediente Contato: (21) 2663-5815 | Zap: (21) 97032-9289 email: icapra.geral2@gmail.com | Endereço: Av. Presidente Kennedy, 335 | Coelho da Rocha - São João de Meriti – RJ

OEgbé Ilê AsèOyàFunan realizou no dia 15 de outubro, o OdunIká da matriarca, Iyalorixá dirigente do Asè, Iyá Vânia D’Oyá. Neste ano de 2022, o Ilê AsèOyàFunan também com pleta 15 anos de fundação.

O Candomblé foi dirigido pelo babalorixá Fernando de Ogum (Taumadenan). O lindo Xirê foi cantado e tocado pelo OgãLekinho de Ogum, do Asé N’iláOdé, de São Gonçalo e mais vinte Ogãs, que foram prestigiar Mãe Oyá.

Pai Fernando levou a Iyalorisá Vânia para o centro do salão para saudar a todos os presen tes, e com uma linda roda de Xangô Mãe Oyá se manifestou e foi recolhida para ser prepa rada com sua veste branca, coberta de mariô. Em seguida foram convidados os Orixás, que acompanharam o cortejo: Exu, Ogum,Oxóssi, Omolú, Oxum, Xangô e Iemanjá.

Após a cerimônia foi servido um belís simo jantar com Feijão Carregado, Baca lhau, Empadões, buffet com diversas sala das, Carne Assada, Pernil, e uma Barraca da Baiana do Acarajé onde foram distribuídos cerca de 400 acarajés.

Mais de 350 convidados do Rio, Minas e São Paulo estiveram presentes e muitas per sonalidades do Candomblé, como Mãe Maria de Xangô, do Axé Pantanal, mãe Alexandra de Oxum, Pai Itamar de Odé, Iyalorisà Solange de Iemanjá, Aguiar de Oxóssi, Pai Paulo de Ogum, de Jeje,Iyalorisà Rosa D ‘Iemanjá,Ba balorisá kriolo de Exu, Babalorisà Marcos de Iemanjá, Babalorisà Rodrigo de Exu, Babalo rixá Alex de Ogum, Babalorisà Luiz de Logu nedé, Iyalorisà Sara de Iemanjá, Babalorisà João de Oxoguiã, de Minas, Mãe Martha de Iemanjá, Babalorisà Cesinha de Omolú e Babá Yango de Omolú, dentre outros.

Mãe Vânia agradeceu à sua família carnal, ao seu pai de santo, aos filhos de santo, que muito se empenharam para que a festa fosse realizada, aos irmãos, amigos, clientes, as Eke dys, Egbomys e a todos os presentes na festa.

O Ilê Asè Oyà Funan foi fundado em Ita boraí por Iyá Vânia D’Oyá e está localizado à Rua Valdir Rodrigues dos Santos, n° 199 (antiga rua V) - Granjas - Cabuçu - Itaboraí -RJ. Facebook: https://www.facebook.com/ vanialucia.machadochaves.

MÃE VÂNIA D’ OYÁ RECEBEU MAIS DE 350 CONVIDADOS DO RIO, SP E MINAS PARA CELEBRAR SEU ODUNIKÁ

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Festa deslumbrante para comemorar também as Bodas de Cristal do Ilê AsèOyàFunan
CHRISTINE

AWURÊ ENTRA DEFINITIVAMENTE PARA O ROL DOS MEMORÁVEIS DA NOSSA MÚSICA!

FUNDIÇÃO

Talvez, ao criar o Grupo Awurê há quase cinco anos, num 20 de janeiro, data simbólica por ser o dia do padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, São Sebastião, berço do Awurê, os integrantes não imaginassem a dimensão que o grupo tomaria. O portal Cultne.Acervo, onde o grupo também integra a rica galeria de vídeos de baluartes da nossa cultura preta, e que o Awurê lançou em parceria com o Cultne. TV o documentário “Awurê na Bahia: A rota do Samba de Roda”, que registra e difunde as origens do samba de roda e a rota dos tambores, fala um pouco do surgimento do Awurê:

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HECTORSANTOS HECTORSANTOS
CHRISTINE KELLER THATY AGUIAR
PROGRESSO FOI CENÁRIO DA NOSSA POTENTE E VIBRANTE MÚSICA PRETA DA MELHOR QUALIDADE NOS ENCONTROS COM BLOCO ILÊ AIYÊ E OLODUM!

“O Grupo Awurê foi gerado com o obje tivo de exaltar e resgatar a importância da influência africana em nossa cultura, iden tidade e a consciência ancestral, através da música, cânticos, poesia, gastronomia e dança, contribuindo para o resgate e manu tenção da identidade negra, afirmando o papel da representatividade negra e o seu protagonismo, cultural e social.”

Mas quem acompanhou o grupo desde o início, do primeiro show, já sentia o quão grande ele se transformaria, com sua energia pulsante, alegria, identidade, poesia e musica lidade, que retratam tão esplendorosamente a nossa ancestralidade com toda a pluralidade, diversidade e riqueza.

No Canal do YouTube do Grupo Awurê, algumas das centenas de shows e home nagens feitas aos Orixás, às entidades da Umbanda, à nossa ancestralidade. Do Quintal de Madureira, reduto do melhor da Cultura e Música Negra, onde o Grupo nasceu, às outras casas e espaços de shows por onde eles têm passado aqui no Rio e em outros lugares como São Paulo, onde já conquistou o público.

Onde o Awurê chega é certeza de ale gria, conexão e multidões contagiadas! Os mais recentes shows lotaram a Fundição Progresso, tradicional espaço de shows no coração da boêmia Lapa, no Rio de Janeiro. E com convidados muito especiais, criando a eletrizante Conexão Rio-Bahia. O primeiro foi em 12 de agosto onde o Awurê convidou o Bloco Ile Aiyê e no dia 19 de novembro, foi o encontro com o Olodum. Sem dúvida nenhuma, Awurê com Bloco Ilê Aiyê e Olodum, dois shows históricos!

Que noites memoráveis as duas! Pura emoção ver o desfile de músicas que repre sentam nossa ancestralidade, cultura, musicalidade e tudo o que somos! Lota ção máxima para curtir toda a positividade e genialidade de três ícones da música carioca e baiana pulsando em nossos cora ções e mentes! Que triploshowzaço! Cone xão perfeita num cenário temático incrível assinado por @djcrispanttoja_oficial Como disse Fabíola Machado, uma das cantoras do Awurê, em seu Instagram: @ fabiolamachadoreal: “em uma noite de encontros, trocas, dança até o dia ama nhecer!! E foi assim intenso e lindo!”

O público ainda pode se deliciar com uma feira muito bacana com moda, artesa nato, gastronomia e uma exposição incrí vel e DjsBieta e Dom Filó. Noites inesque cíveis e memoráveis! Muito odara!

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HECTORSANTOS HECTORSANTOS HECTORSANTOS Fontes: Portal Cultne, Portal Mundo Negro e YouTube Awurê

LINGUAGEM DOS MITOS E SÍMBOLOS

Nenhum povo, nenhuma cultura formam-se como realidade histórica, sem imagens, sem símbolos, e sem teologia capaz de sustentar valores morais e religiosos. O mito é essencialmente uma revelação e é desenvolvido para sustentar a crença religiosa. Nos ritos do Candomblé, não só explicam como procuram dar sentido às coisas realizadas. Eles são representados em forma de cânticos, numa narrativa de acontecimentos seculares que visam possibilitar à vinda das divindades, estimulando suas danças com movi mentos, gestos e símbolos que ressaltam esses acontecimentos

A imitação dos gestos numa dança, com os cân ticos narrados de forma solene, possibilitam essa identificação divina. Mesmo simbólica, a linguagem dos mitos possibilita este acesso. Observem este cântico bem cantado em louvor a Yánsàn:

Ọya kooro nlé o Yansan tudo ilumina Gerege (ge) Surgindo intensamente Ọya kooro nlà o Relampeja enriquecendo Garaga (ra) com sua luz e poder Ọmọbínrin ṣọla É a filha em ação Kooro nlé o com brilho natural Gerege(ge) de luz e poder Ọya kọ mọ́ re lọ seguindo com seu fulgor e lucidez

As culturas africanas, de um modo geral, demonstram que a revelação dos mitos cria um envolvimento sagrado numa sucessão de cenas da vida em todas as suas manifestações. São ani mais, plantas, astros e a natureza como um todo, assumindo significados que vão além de um simples ser. É um drama vivido realmente, onde os Orixás, com seus gestos próprios, são tão reais quanto a vida e os gestos humanos. São eles os grandes personagens míticos que continuam a participar da vida humana como seres ativos e exemplares.

CÂNTICOS E DANÇAS

Essa forma de as divindades se apresentarem com virtudes e defeitos próprios dos seres humanos propiciou um forte relacionamento entre as pessoas e seus Orixás. Os problemas se tornam comuns

entre ambos, a ponto de o Orixá incutir tendências às pessoas que o têm como patrono. O cantar e o dançar imitando os gestos divinos integram o ser ao mito. É a recriação do mundo e de toda a reali dade que ocorre nesta celebração. A divindade, a natureza e o homem voltam a reencontrar-se. É dito que há o objetivo de o homem tornar-se um Orixá, sendo este então, parte do processo.

A palavra é fundamental para dar forma às idéias. Assim, todas as rezas ou cânticos acompanham os atos religiosos. Nos ritos de Bori, Ipade e Ebó, há sempre o discurso de apresentação, das razões e dos objetivos a serem atingidos. Para uma iyawo iniciada no culto de Orixá, diz-se, por ocasião de seu retorno após o ato de conduzir o seu carrego final, os resíduos de sua obrigação:

A ṣẹre lé Você surge e torna-se realidade O kú àbọ̀ òde Saudamos o seu retorno Ilé okun lè À casa com a força de que você precisa

LINGUAGEM DOS SÍMBOLOS

Se a palavra é fundamental, os símbolos também possuem formas de expressão. O xaxará, um dos símbolos usados por Omolu, é utilizado nas dan ças rituais, com movimentos que visam “varrer” as doenças e malefícios da Terra. Entre os yorùbás, também é denominado de Ilewó e colocado atrás das portas para impedir a entrada de doenças na casa, conforme o cântico:

O culto a Ṣàngó identifica-se pelo uso de ele mentos ligados à madeira. É na gamela onde se oferece o amalá, no pilão que lhe serve de trono e o oxê, com formato que lembra uma machadinha de corte duplo. Mas é o no seu instrumento em forma de chocalho, que emite um ruído ao ser agitado, lembrando o som das chuvas que se seguem aos trovões e relâmpagos. É denominado de xeré, forma abreviada de xequeré, e devidamente reverenciado num trecho da Roda de Xangô:

Oba séré O rei do xeré

La fèhintin É o nosso protetor

A linguagem dos mitos não cria divindades, mas sim, revela seus desejos e vontades. O mito justifica o rito, dando garantia da validade dos gestos e dos atos que são realizados nos ritos de Candomblé. Um Feliz Ano Novo para todos.

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Bí alẹ̀ balẹ̀ Se a noite chega Ṣàṣàrà gbá ilé O xaxará guarda a casa Fún wa o Para nós
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AXÉ VARIEDADES&

Você é convidado (a) para o “Segundo Presente às Águas do Tibau, o “Abaeté Carioca”

OFICINAS

DE ACARAJÉ E

COMIDAS BAIANAS COM CIÇA CONQUISTARAM O PÚBLICO

Uma das baianas mais tradicionais do Rio de Janeiro, a Ciça, realizou dois workshops no projeto Encontro das Nações, que rolou no Axé Ogbojú Firé Imó Ogún Oyá, em novembro. As atividades tiveram a participação de quinze mulheres da Baixada Fluminense, que puderam não apenas ouvir os ensinamentos, mas praticarem, absorvendo as expertises desta baiana que vive há anos no Rio. Ciça é conhecida dos cariocas e tem seu ponto de acarajé no Largo do Telles, na Pça XV. A quituteira adorou a experiência e declara que nunca abrirá mão de passar a outras pessoas o que aprendeu e lhe deu sustento em toda sua vida!

No dia 11 de dezembro acontece o “SEGUNDO PRESENTE ÀS ÁGUAS DO TIBAU”. A concentração será às 8h na Rua dos Pampos, Lote 7 – Jardim Imbuí – Nite rói. O evento é aberto, gratuito e inicia com um café da manhã, em seguida um Xirê e a saída do Cortejo rumo à Lagoa do Tibau, conhecida como o “Abaeté Carioca” às 9h, onde será entregue o Balaio. Às 10h30 retorno à Casa e louvação aos Ancestrais Brasileiros, Orquestra de Berimbaus, con fraternização, atrações e Feira de Artesa nato. Podem ser levados presentes orgâ nicos (nada de garrafas de vidro, plástico ou outros materiais que poluam o meio-am biente) para serem colocados no Balaio. A coordenação do Presente é de Mãe Kell TY Òsún, do Ogã Bruno Onilu e da empenhada equipe. O ICAPRA – Instituto Cultural de Apoio e Pesquisa às Tradições Afro é um dos apoiadores. Mais detalhes e informa ções no evento no Face: https://www.face book.com/events/1255199455337760/

PRÊMIO ATABAQUE DE OURO TERÁ MARCA “FAVELA” COMO PARCEIRA

OFICINA DE TURBANTES E TORSO COM IYÁANALYSOYACY

Estão rolando no Axé Ogbojú, as Oficinas de Turbantes e Torso, com Iyá Analys Oyace. Ela é fera e passa suas habi lidades nessa arte às alunas. Os turbantes e torsos dão ainda mais brilho e empoderamento às mulheres. As próximas Oficinas serão sempre à noite e concentradas na Baixada Fluminense em Coelho da Rocha e outras localidades, em casas preservadoras de tradições de matrizes africanas ou comunidades tradicionais. Interessados e interessa das podem entrar em contato pelo telefone: (21) 97644-5144.

Washington Quaquá, vice-presi dente nacional do PT e Deputado Federal eleito com 113.282 votos, vê com grande importância o pro jeto, que em 2023 ganhará uma edição especial em comemoração aos 25 anos do ICAPRA - Instituto Cultural de Apoio e Pesquisa as Tradições Afro, instituição realiza dora do evento. Quaquá, que já foi prefeito de Maricá por dois man datos consecutivos e integra a equipe de transição do presidente eleito Lula, sendo seu braço direito no Rio de Janeiro, é também dire tor de um dos mais badalados Camarotes da Sapucaí, o Cama rote Favela, que é um dos muitos produtos de sucesso da marca de mesmo nome. Esta aliança, sem dúvidas, será importante para o brilho da premiação que terá sua data marcada no início do ano.

20 de novembro, Dia da Consciência Negra, foi mar cado com as homenagens de grupos afro, militantes, personalidades do mundo afro e um público grande, além de adoradores de cultura popular e história. Os festejos iniciaram logo cedo no busto de Zumbi, no centro do Rio. Negrogun, presidente do CEDINEConselho Estadual dos Direitos do Negro, esteve à frente da coordenação, que teve frentes de entida des do Movimento Negro. Jupi, na foto, dançando e esbanjando alegria e sorriso de quem bate no peito com orgulho de sua história!

97032-9289
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DIA 20 DE NOVEMBRO É MARCADO COM CONSCIÊNCIA E FESTA

ELEIÇÕES 2022:

O amor venceu o ódio e uma nova perspectiva se desenha

Agora é hora de nos engajarmos

Luiz Inácio Lula da Silva se elegeu presidente do Brasil com 50,9% dos votos válidos. Se as urnas mostram um país dividido e com inúmeros protes tos, é fato também que o presidente Lula enfren tará a maior bancada adversária na Câmara dos Deputados, com um crescimento dos 76 depu tados atuais para 99.

Lula já garantiu que vai governar para todos os brasileiros e brasileiras e que uma das suas princi pais metas é acabar com a fome. E promete o retorno dos programas sociais, incentivo à educação, à cultura, proteção à Ama zônia e ao Meio Ambiente, um maior diálogo com outros países, enfim, a recuperação de muitas questões em que havía mos avançado e perdemos nesse atual governo.

Em relação aos Povos Tradicionais é bom lem brar que são 28, sendo os mais conhecidos: Ciga nos, Indígenas, Pescado res Artesanais, Povos de Terreiro, Quilombolas e Ribeirinhos. Todos têm em comum o uso de recursos do meio ambiente para sua subsistência de modo sustentável.

Lula pretende instituir

um Ministério dos Povos Originários e recriar o Ministério da Igualdade Racial e as questões de etnia, de gênero, de classe e necessidades específicas devem contempladas.

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, anunciou alguns nomes para o Gabi nete de Transição como Anielle Franco , irmã de Marielle Franco e diretora do Instituto que leva o nome da deputada assas sinada; Givânia Maria da Silva, quilombola e doutora em Sociologia; Douglas Belchior, ativista da Coa lizão Negra por Direitos, entre outros.

Em relação às reli giões de matrizes africa nas, Lula também tem se mostrado aberto ao diá logo e à construção con junta. Agora que temos um governo que permite uma pluralidade e possibilidade de dialogar e sermos pro tagonistas dessa cons trução, precisamos nos unir, nos organizarmos e ficarmos atentos e atentas tanto para participarmos quanto para cobrarmos efetivamente tudo que é nosso direito.

Fonte: Agência Câmara de Notícias, Portal G1, Por tal Geledés, Portal Mundo Negro e o Globo

ICAPRA 13
ARQUIVO PESSOAL/INSTAGRAM LULA OFICIAL E MÍDIA NINJA CHRISTINE KELLER

EVENTO REUNIU MÚSICA,

GASTRONOMIA, CULTURA E MUITA POSITIVIDADE EM CASCADURA

ENCONTRO UMBANDA RIO

MAIS

UMA

VEZ REUNIU ARTISTAS E PÚBLICOS PARA

ENALTECER NOSSA UMBANDA

No dia 15 de novembro a Umbanda, religião brasileira que se caracte riza pelo culto aos ancestrais através das forças da natureza r epre sentadas pelos Orixás e seus mensageiros, completou 114 anos. Nesse dia também, o Movimento Umbanda Rio, celebrou nove anos de existência com um belíssimo evento, liderado pelo Pai Alex d’Oxalá. É o Encontro Umbanda Rio, o maior encontro de terreiros do Brasil, que este ano foi realizado no Clube dos Suboficiais e Sargentos da Aeronáutica, em Casca dura, Zona Norte do Rio. A realização é do Movimento Umbanda Rio.

O Encontro Umbanda Rio reuniu nesta edição, médiuns, frequentadores e simpatizantes que vestiram o BRANCO DA PAZ e pediram pela liberdade e respeito às tradições religiosas afro-brasileiras. Além disso, quem foi, pode conferir artistas renomados como Grazzi Brasil, uma das mais po derosas vozes do samba e do Axé, que lançou este ano, o show "NA GIRA" onde interpreta cantigas de terreiro trazendo a magia das Marias, do s Boêmios, das Caboclas e dos velhos e velhas benzedeiras.

Outra presença importante foi de Evandro Malandro, intér prete da Escola Acadêmicos Grande Rio, campeã do car naval carioca em 2022, com o samba-enredo homenageando Exu, divindade presente nas religiões de matriz africana que faz ponte entre os humanos e Orixás. Os artistas se apre sentaram sob as bênçãos da madrinha do evento, a cantora Teresa Cristina.

A Gastronomia de Terreiro também teve seu espaço e ser viu uma deliciosa feijoada do Cacique de Ramos e durante o evento os frequentadores puderam saborear quitutes do Tabuleiro da Baiana e petiscos variados. Afro empreendedo res expuseram suas marcas em Moda Afro, artesanato e artigos religiosos. Muitos deles reverteram a renda das vendas para as obras assistenciais de seus terreiros.

Também aconteceu um encontro cultural que promo veu um Talk Show Literário com tarde de autógrafos com os autores de publicações líde res de vendas no segmento. A música ficou por conta das Curimbas de Terreiro e seus Ogãs, como José Carlos d'Oxossi e Genário d' Xangô. @umbanda_rio no instagram

ICAPRA 14
ENILDO VIOLA E CHRISTINE KELLER

Racismo Religioso e Homofobia. Dois crimes abomináveis

Em Bertioga, litoral de São Paulo, uma jovem de 17 anos foi procurar um emprego em uma barraca de pipoca. Ao entrar em contato com o dono, por um aplica tivo de mensagens, este lhe mandou um questionário que perguntava a religião. A moça disse que achava que era cristã, por ter sido bati zada. E ele respondeu “que era um problema dela, por que ele não queria nenhum tipo de macumbeiro em sua barraca”. Ela desistiu do emprego. Fonte: Portal G1 Em Niterói, região

Parece piada...

Um impasse aconte ceu em sessão do julgamento da Argui ção de Descumpri mento de Preceito Funda mental (ADPF 634), que é uma discussão sobre a com petência da cidade de São Paulo para que possa instituir o dia 20 de novembro como feriado do Dia da Consciência Negra. O embate foi entre os ministros do Supremo Tri bunal Federal (STF) Cármen Lúcia e André Mendonça

O ministro André, indi cado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem o título de “terrivelmente evan gélico”, disse que:

“Nós somos um só povo. Uma só raça, uma só nação.

Somos todos a raça humana, brasileiros, e devemos estar imbuídos desse mesmo pro pósito de construção de igual dade para todos”.

A ministra e relatora Cár men Lúcia discordou e se manifestou:

“Nós mulheres, negros, indígenas, somos parte desse

povo que não é um só. A cons tituição garante a igualdade na forma, mas é uma constru ção permanente. Quando digo que sofremos discriminação, a gente sofre. Somos sim um povo, com muitas desigualda des”, enfatizou a ministra.

O ministro Mendonça teria ainda dito que os segmentos

religiosos sofrem preconceito e antes que ele pudesse ter minar, a ministra completou que: “Principalmente os de matrizes africanas, não são os evangélicos, não são os católicos. No Brasil, o precon ceito é contra as religiões de matrizes africanas”.

Até o fechamento desta

metropolitana do Rio, Nicole da Silva Pinto, de 25 anos, mulher trans, e uma amiga que é travesti, foram víti mas de homofobia e tenta tiva de homicídio na rua São João, uma das principais da cidade, no dia 18 de novem bro, quando tentaram pegar um moto-táxi em frente ao terminal rodoviário da cidade. O moto-taxista Manoel disse que não as levaria pela iden tidade de gênero delas. No dia 21, Nicole, que é umbandista, acendia uma vela para seus guias e o pai de Manoel, que também é moto-taxista, ati rou nela. A bala está alojada entre o olho e o crânio dela. Segundo Nicole, ela teria tido um caso com o filho de Manoel. Ela segue recebendo ameaças do atirador. Fonte: Jornal RJ 2 – TV Globo do dia 23/11/2022.

Independente de gostarem ou não da orientação sexual e da religião de alguém, nin guém pode desrespeitar e muito menos cometer crimes. Esperamos que eles respon dam por estes e fica nossa solidariedade às vítimas!

edição, o julgamento da ADPF 634 iniciado no dia 24/11 teve proferidos sete votos. Faltam quatro. O julgamento deverá ser retomado na próxima semana.

ICAPRA 15
FONTES: PORTAL URBS MAGNA E PORTAL METRÓPOLES. RJ CHRISTINE KELLER REPRODUÇÃO DO VÍDEO DO METRÓPOLES CHRISTINE KELLER

Belíssima festa no Ilê Àse Odé Nilá (Axé Ofá de Ouro) comemora Ajodun Oxóssi

Abela Vila Velha, no Espírito Santo, recebeu no dia 30 de julho, a espe rada Festa de Oxóssi do Ilê Àse Odé Nilá (Axé Ofá de Ouro), casa tradicional da cidade, dirigida pelo Babalo rixá Jorginho Ofá de Ouro. A grandiosa celebração iniciou às 17h30. Inúmeras persona lidades do Candomblé Capi xaba, amigos e simpatizantes compareceram para prestigiar essa data festiva.

Além das homenagens à Oxóssi, foram celebradas as obrigações dos filhos de Pai Jorginho: Ronan de Oxumarê, Tailaine de Iemanjá, Felipe de Logum Edé, Soraya de Oxum, Jardian de Oxóssi e Samuel de Logum Edé. Um dia antes foi realizado o Orunko Yawo.

Toda a casa estava linda mente decorada. Após a ceri mônia sagrada, os convidados se deliciaram com o buffet com variedade de carnes e carnes exóticas e acompa nhamentos. Para fechar foram servidas deliciosas sobreme sas que variavam entre doces finos e um maravilhoso bolo.

O babalorixá Jorginhdo Ofá de Ouro agradece a pre sença de todos que foram prestigiar o Grande Caçador e deseja que pai Oxóssi faça

o que for de melhor na vida de cada um.

Ilê Àse Odé Nilá, dirigido por Pai Jorginho Ofá de Ouro (Jorge Roberto), Nação Ketu, está localizado à Rua L, N°1, Interlagos, em Vila Velha, no Espírito Santo, e foi fundado em 2005 pelo Babalorixá Jor ginho Ofá de Ouro, iniciado para Oxóssi em 09/12/1989, pelas mãos de Ya Cenira de Oxum. Pai Jorginho seguiu com sua iniciadora até a obri gação de três anos. Após o encerramento das atividades no terreiro de Ya Cenira, o Babalorixá Jorge prosseguiu com seu ciclo espiritual com o Babalorixá Paulo Jagger, do Ilê Axé Oluami Ogum, em Mariopolis, no Rio de Janeiro, onde tomou sua obrigação de Odu Ika (14 anos). No dia 06/12/2004 realizou o Candomblé em comemoração ao Odu Moka lelogum (21 anos).

Em 02 de setembro de 2006, o Babalorixá Paulo Jagger inaugurou o Ilê Àse Odé Nilá com a obrigação de Odu Ika (14 anos) de seu filho. O primeiro barco iniciado com a supervisão de seu babalorixá foi em 22/12/2007. Instagram: @ axeofadeouro. Contato: WZP (27) 99932-7119

ICAPRA 17
Na cerimônia aconteceu também a celebração da obrigação de alguns filhos do Axé
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CUBA SACRIFÍCIOS

Em Cuba a REGRA DE OSHA (Culto aos Orixás) é composta da junção de vários povos que cultuavam os ORIXÁS dentro do território YORUBÁ, como por exemplo, os EGBADOS, EGBÁS, IJESÁ, etc. Tais povos, mesmo per tencendo ao império OYÓ, cultuavam os ORI XÁS de forma distinta de OYÓ.

A forma de culto que prevaleceu em Cuba foi a de OYÓ, e por esse motivo montamos o que chamamos de trono para os ORIXÁS, pois acreditamos que quando nasce um ORIXÁ está nascendo um rei e esse conceito é de OYÓ.

Em Cuba BABALAWÓS não jogam BÚZIOS sendo esta uma proibição rigorosa, assim como é proibido os OLORIXÁS joga rem OPELÉ e IKINS.

Obs: Todos respeitam essas regras a mais de trezentos anos.

Um BABALAWÓ jamais pode iniciar uma pessoa para ORIXÁ, assim como um BABALORIXÁ ou YALORIXÁ jamais pode iniciar uma pessoa para IFÁ, embora ambos sacerdotes necessitem de IFÁ e de ORIXÁ.

Em Cuba a Regra de IFÁ e de ORIXÁ são religiões distintas mesmo sendo de Origem YORUBÁ e caminharem paralelamente. Tais

princípios e dogmas foram levados pelos pró prios YORUBÁS da época e dados históricos e antropológicos provam o que digo.

Obs: Um sacerdote respeita o espaço do outro a mais de trezentos anos.

Os cubanos preservam até os dias de hoje de forma rigorosa as práticas religiosas que receberam de seus ancestrais YORURÁS, são ortodoxos ao ponto de discutirem há décadas de forma exaustiva, temas que estão longe de ser graves como essa afirmação absurda e irresponsável de que é possível uma iniciação de um YAWÓ sem sacrifícios, afirmando ainda que tal prática teria origem em Cuba.

Primeiro: A religião YORUBÁ em Cuba acredita que a espiritualidade de um deter minado ORIXÁ é gerada na vida de um neó fito através dos ritos com ervas e desperta e se movimenta através do sacrifício. É como se os ritos com ervas representassem uma criança sendo gerada ainda no ventre de sua mãe e o sacrifício o parto, o encontro com o mundo material, o abrir dos olhos, o primeiro suspiro, o nascimento propriamente dito.

Segundo: Um futuro YAWÓ, dentro da REGRA DE OSHA, necessita no mínimo de seis animais de quatro patas para se iniciar, e como todos os YAWÓS devem entrar no

IGBODU com ELEGBARA, OXUM, XANGÔ, OYÁ, OBATALÁ e YEMANJÁ, estou supondo que um desses acima seja o ORIXÁ do YAWÓ. Obs: Para cada ORIXÁ recebido falar no dia do ITÁ é necessário que tenha sido feito o sacrifício de um animal de quatro patas, do contrário não tem ITÁ. Como não fazer ITÁ é algo fora de cogitação, os sacrifícios perti nentes devem ser realizados.

Portanto, é impossível existir em Cuba uma religião de origem YORUBÁ que inicie qualquer pessoa em ORIXÁ ou IFÁ em que não seja necessário o sacrifício de animais, pois sim plesmente, não há nascimento sem sacrifício, não há ITÁ (meio e fim) sem sacrifícios.

O culto de juramento (pacto) com a divin dade OSSAIN em Cuba foi preservado pelos BABALAWÓS e por este motivo só os BABALA WÓS podem jurar outras pessoas nessa divin dade. Isso não tem nada a ver com o OMIERÓ (preparo de ervas de cada ORIXÁ) que é o prin cípio vital do nascimento de um ORIXÁ.

Loucos e charlatões existem de todas as nacionalidades e em todas as religiões.

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ICAPRA 19

DE JAGUN

REPRODUÇÃO INTERNET

Anoite seguia alta. O zum bido do vento trazia o uivo dos animais. Dentro do bar racão de teto baixo e chão batido, a pequena fogueira clareava o rosto de Akin, um jovem ioruba comprado como escravo há alguns anos. Inquieto, o rapaz se virava na cama de tábuas puras, sem colchão, ouvindo o estalar dos galhos no calor do fogo. No grande galpão, homens exaustos pela lida dormiam o sono pesado do desalento. O descanso dos corpos, era uma fuga para suas almas massacradas. A opressão, a tortura, o trabalho forçado, a comida pouca, a perda do lar, da família, dos entes queridos, a dor pela humilhação cons tante, a tristeza por ver amigos morre rem barbaramente, atormentavam o espírito aguerrido de Akin. Mais cedo, naquele mesmo dia, ele havia visto um menino negro como ele, ser surrado brutalmente por um homem, só porque pegou uma goiaba do pé sem autoriza ção. O menino Adeola estava faminto. A única ração diária de comida, uma mistura de aipim, com grãos de feijão e canjica não saciara sua fome. Quando percebeu que foi visto pelo funcionário da fazenda colhendo o fruto, Adeola paralisou de medo. À medida que o homem vinha em sua direção voci ferando com o chicote em punho, o garoto tremia dos pés à cabeça. O choro nervoso não o deixou engolir o único naco que havia mordido. Com o pedaço de fruta ainda na boca, pedia desculpas e clemência, mas não foi atendido. O capataz mandou Adeola tirar os farrapos que cobriam seu corpo magro e ali mesmo, no quintal, diante de todos, bateu no menino até que ele desmaiasse de dor. Após a tétrica sessão de violência, o empregado da fazenda saiu arfando, secando o suor de sua testa sem consciência, como se houvesse realizado um ato de justiça. No chão, o menino nu desfalecido,

entre as lágrimas, o suor frio que lavara seu corpo, ainda segurava a fruta suja de terra.

De repente um laivo de revolta tomou Akin. Aquele ímpeto inesperado percorreu seu corpo como um raio, dis parando seu coração. Seus olhos se arregalaram de ódio, sua testa franziu e num único impulso ele se levantou. Não havia balbuciado sequer palavra. Nada havia dito. Estava disposto a atacar o capataz que agredira Adeola. Aquele homem asqueroso estava a alguns metros dele, sentado ao pé de uma árvore, já bêbado e distraído, guardando a parte externa da senzala. Iria vingar -se! Mataria o capataz com as próprias mãos! – pensou Akin. No momento em que se levantou, sentiu uma mão segu rar firme seu punho. Era o velho Oribulê. Antes de Akin poder entender o que se passava, Oribulê se adiantou falando com a voz rouca e firme:

- Não faça isso! Não é matando que você vai se vingar. É vivendo!

Akin parou diante da frase inespe rada. Não entendeu nada. Mas aquie tou-se ante a autoridade do idoso, que completou tocando o ombro de Akin com sua mão áspera e pesada:

- Tudo tem hora certa. E esse não é o momento. Você será mais um a ser jogado na vala. Antes que você con siga fazer algo, o capataz vai te matar com um único tiro.

- Mas mesmo se eu morrer minha vingança terá valido a pena! – disse o jovem.

- Só valerá a pena se você estiver vivo. Vivo para manter a memória dos seus ancestrais, vivo para um dia ensi nar aos seus filhos os seus valores, vivo para ensinar nossa língua, vivo para mostrar como cultuamos nossos orixás! É vivo, Akin, que você pode mudar isso! Vivo!

- Mas de que serve ficar vivo, pas sando por tudo isso!? – alegou Akin.

- Cada um de nós vivos, é um

E SURGIU O CANDOMBLÉ...

foco de resistência. Nossa liberdade não depende deles, Akin. Nossa liberdade depende do que nós sen timos. Um rei pode ser escravo dos seus medos e um escravo pode ser libertado pelo que acredita. Cada um de nós carrega a herança no nosso povo, a força da nossa sabedoria. Nós pisamos nesse chão com a herança dos nossos ancestrais. Aonde vamos, o que fazemos, o que dizemos, é uma estratégia de manter viva toda a nossa história. Tudo tem o tempo certo Akin... Tudo tem o tempo certo... Tem o tempo certo para lutar, tem o tempo certo para ficar vivo, tem o tempo certo para morrer. Mas para fazer tudo isso, é preciso antes sobreviver. Vamos encontrar o tempo certo para tudo isso. Mas agora, o que você quer fazer irá desperdiçar uma dádiva: a dádiva de poder realizar.

O jovem suspirou fundo, baixou os olhos pensando nas palavras do sábio Oribulê e ainda tentou argumentar:

- Mas quando será isso, Oribulê?

Quando? Já estamos aqui há anos! As coisas só pioram! Nossa gente mor rendo de fome, de fraqueza, sendo assassinada na mão dessa gente cruel! Você não viu o que fizeram hoje com o Adeola? Trabalhamos dia e noite fazendo a vontade dos oyinbô1! Não temos casa, perdemos nossa família, fomos arrancados de nossa terra!

Pegando o rapaz pela mão, o velho o levou para perto da janela daquele barracão e disse mostrando a enorme lua cheia amarelada que enchia o céu:

- Olhe lá fora! A lua, Oxupá2, é a mesma que víamos lá na nossa cidade de Ifé3. Veja as árvores, Akin! Mesmo diferentes das nossas, conti nuam sendo árvores. Continuam ver des, nos oferecendo sombra que nos

alivia o calor, folhas que nos curam e frutos que nos alimentam. Veja, Akin, repare a terra em que pisamos! Pode ter a cor diferente, mas continua sendo a base para a nossa vida. Continua sendo a fonte de alimento e o berço na nossa morte. O fogo e a água, tam bém! Repare como são iguais! Tanto lá na nossa cidade, quanto aqui, a água continua lavando nosso suor, matando a nossa sede, garantindo nossa exis tência. O fogo continua nos iluminando no escuro, nos aquecendo diante do frio, cozinhando a comida para nós. Nossos mais antigos nos ensinaram que esses elementos da natureza são expressões do Criador. Deus, Olorun4, está em tudo. Continua em tudo! Nós é que precisamos enxergar, perceber a presença Dele, Akin! Você precisa se lembrar disso! Será bom para você rezar um pouco, sentir essa força da natureza para acalmar seus sentidos.

E pegando Akin novamente pelo braço, o velho Oribulê chamou outras pessoas lá mesmo naquele barracão. E começaram a cantar na sua língua e começaram a louvar os seus deu ses. E começaram a juntar sua fé, moldando uma religião, o Candomblé. ****

A narrativa acima é uma ficção que crio para ilustrar um dia incerto e personagens desconhecidos, que viveram experiências reais. Não se questiona a existência do holocausto negro, nem há dúvidas de que a pre sença desses homens e mulheres em condições extremas, produziu cultura, encheu essas terras de cores, ritmos, sabores, saberes e fé. O Candomblé é, assim, uma religião orgulhosamente brasileira, de matriz africana.

Trecho do livro “O Candomblé e as Crises” (Rio de Janeiro, Litteris, 2020)

1Òyinbó - vocábulo do idioma ioruba utilizada para referir-se etnicamente aos brancos, ou à cultura dos brancos. | 2 Òṣùpá -substantivo ioruba que designa lua; a divindade da lua. | 3 Ifẹ – cidade considerada a origem do mundo conforme o mito da cosmogonia ioruba. | 4 Ọlọrun - Deus Supremo; o Criador, para os iorubas.

ICAPRA 21 ori@ori.net.br
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Marcellus de Pombogira recebe convidados para celebrar Sr. Marabô do Baba

Kekerê Wallace de Airá, Exus, Pombogiras e a Malandragem

OIlê Asé Bara Fefe realizou no dia 22 de novembro um majestoso Toque de Exu para homenagear Sr. Marabô do Baba Kekerê Wal lace de Airá. A festa, que ini ciou às 20h, foi até às cinco da manhã e recebeu diversos Exus, Pombogiras, Malandros e Malandras, que vieram abri lhantar a comemoração com sua energia e positividade.

Foi uma noite de muita alegria e magia onde os con vidados puderam festejar e também conversar e receber a proteção e o Axé desses nossos queridos guardiões e guardiãs, que muito nos ensi nam com sua sabedoria e dis cernimento. O rei da festa foi o Sr. Marabô que recebeu diver sas homenagens e o carinho de todos e todas.

E foram 300 convidados. Amigos, parceiros, família de Axé e de sangue de Pai Mar cellus, que enriqueceram ainda mais o ambiente com sua pre sença. E também puderam apreciar cada detalhe cuida doso da decoração assinada por Júnior Melo Festas. O evento ainda contou com um delicioso jantar com Buffet Completo de Churrasco e Iguarias.

O Ilê Asé Bara Fefe, casa conhecida e muito admirada, é raíz do Axé Oxumarê Ala ketu e fica localizado à Rua Pinto da Fonseca, nº 16, em Magalhães Bastos, bairro da Zona oeste do município do

ILÊ ASÉ BARA FEFE REALIZA EXUBERANTE FESTA EM MAGALHÃES BASTOS

Rio de Janeiro. Foi fundado e é dirigido há 18 anos por Pai Marcellus de Pombogira e tem com Orixás regentes Exu e Yansã.

Pai Marcellus de Pombo gira é iniciado há 22 anos. É filho de Pai Marcos de Oyá, do Axé Manitoba. O Ilê Asé Bara Fefe está no Facebook com o nome da casa. Contato: Pai Marcellus de Pombogira: (21)

21 99860-8534

Pai Marcellus de Pom bogira agradeceu a todos e todas presentes na sua festa feita com tanto carinho como diversos os babalorixás e iyalorixás, os e as egbomes, agbas, ogãs , ekedjes, yawos, simpatizantes e amigos.

Deixou uma mensagem final: “Nada acrescentar, apenas agradecer!”

ICAPRA 23
CHRISTINE KELLER

“13ª EDIÇÃO DO FESTIVAL DE CURIMBA - UM GRITO DE LIBERDADE” EMPOLGOU SÃO PAULO

espetáculo “Curador da Alma” e, igual mente, com a apresentação especial da anfitriã Aldeia de Caboclos: Home nagem à Exu.

Écom imensa alegria e satisfação que agra decemos a todos os excepcionais Grupos e Escolas de Curimbas que abrilhantaram o grandioso evento, aos nobres tem plos e terreiros, a todas autoridades religiosas, aos fundamentais patro cinadores, aos estimados amigos e amados familiares, e a todos parcei ros e colaboradores em geral que participaram, contribuíram, divulga ram e vibraram com a fenomenal “13ª Edição do Festival de Curimba – Um Grito de Liberdade”, organizado pela Aldeia de Caboclos, sob a direção do atuantíssimo e queridíssimo Pai Engels de Xangô e sua esposa Fer nanda Xenoktistakis.

Evento altamente vibrante e emo cionante este que teve em sua aber tura os renomados Ricardo Raiz (São Paulo) e Juliana D’Passos (Curitiba), e na sequência seguiu sendo abri lhantado com as apresentações dos empolgantes e talentosos Grupos de Curimbas concorrentes, assim como com as memoráveis participações especiais de Tião Casemiro (Rio de Janeiro), do Decano Pai Élcio de Oxalá (São Paulo), de Terreiros e Grupos Irmãos, Pai Sandro Luiz com o

Seguimos firmes, unidos e atuan tes, celebrando, divulgando, fortale cendo e valorizando a Cultura Afro -Brasileira através dos Festivais de Curimba, eventos agregadores, ener gizantes e expansores de fé, ultra posi tividade, harmonia e alegria.

Uma vez mais agradecemos de coração a atenção, o carinho, o pres tígio, a divulgação e a participação de todos!

Curimba Toques de Mironga; Grupo Cultural Império de Exu; Curimba Templo de Umbanda Cigana Madalena e Pai Ogum; Tenda de Umbanda Pai João de Angola; Tam bores da Paz; Escola de Curimba Tambores da Alvorada; Escola de Curimba Espaço do Ogã; Associa ção Espirita Alfa e Ômega; Ogã Big e Amigos; Guerreiros de Aruanda Musical; Henrique de Oxóssi e Bia da Navalha; Gabi - Canto de Terreiro e Escola de Curimba Caboclo Girassol.

Viva a Umbanda que é Amor e Caridade!

Com os joelhos no chão, e os bra ços ao céu, louvamos e agradece mos ao nosso Pai Oxalá e a Zambi – Nosso Criador!

Um forte abraço, muita saúde e pro teção, e nos veremos com fé máxima em Deus e nos Orixás em 2023!

Equipe Aldeia de Caboclos

LUCIANA PAIATO DIVULGAÇÃO ALDEIA DE CABOCLOS

SIMPATIA PARA TER

SUCESSO NA VIDA

Mesmo que queira muitas coisas, agora pense num único desejo. Essa simpatia precisa ser feita durante a lua cheia. No primeiro ou segundo dia, porque no ter ceiro, a lua já começa a min guar. Pegue uma espada de São Jorge e quando avistar a

SIMPATIAS

SIMPATIA DE SOPRAR CANELA PARA A PROSPERIDADE

Todo primeiro dia do mês, pegue um punhado de canela em pó, coloque na mão e sopre do lado de fora para dentro de sua casa ou local de trabalho. Repita três vezes antes de soprar: “Quando essa canela eu soprar, a prospe ridade aqui irá adentrar. Quando essa canela eu soprar, a fartura virá para ficar. Quando essa canela eu soprar, a abundância aqui irá morar”.

lua no céu aponte a espada e fale: “Que toda a inveja vá para longe de mim! E que o sucesso venha perto e assim fique comigo”. É necessário repetir 3 vezes durante essa noite e depois jogar a espada em um local de água cor rente. Beba um copo d’água antes de dormir e faça o sinal da cruz antes de repousar.

SIMPATIA DE AMOR COM ALHO PARA ATRAIR A PESSOA

AMADA

Faça numa noite de lua cheia ou crescente, nunca na minguante ou nova! Tenha fé e não conte sobre a simpa tia a ninguém! Separe um dente de alho com casca, um lápis e um papel branco. Nele escreva o nome da pes soa amada e embrulhe bem a cabeça de alho com o papel. Coloque embaixo de um móvel bem pesado. Assim que ouvir o barulho do alho esmagado, repita três vezes:

“Da mesma forma que o móvel esmaga

o alho, também a sua timidez e falta de cora gem em me procurar será amassada pelo desejo de me falar (nome da pes soa em causa)”.

Deixe o embrulho lá até a pessoa procurar você. Se não funcionar na primeira, repita na próxima lua cheia. Ao funcionar jogue o embrulho em água corrente.

E INVEJA

Essa simpatia deve ser feita num domingo. Separe papel lilás, incenso de arruda e um vaso de comigo -ninguém-pode. Logo ao acordar, mentalize o Arcanjo Gabriel de forma positiva e escreva em tiras de papel lilás no mesmo número de portas que tem sua casa (ex: 4 portas, 4 papéis) o primeiro versículo do Salmo 33: “Cantem de alegria ao Senhor, vocês que são justos; aos que são retos fica bem louvá-lo ”.Coloque os papéis perto de cada porta. Acenda um incenso de arruda em intenção do Arcanjo Gabriel e passe por todos os cômodos da casa. O que sobrar do incenso você joga em água corrente e depois, enterre os papéis no vaso de comigo-ninguém-pode.

SIMPATIA PARA VOLTAR AMIZADE COM ORAÇÃO

Atrás da porta de entrada da sua casa, diga 3 vezes o nome do amigo em questão e ore: “Nome do amigo, se foi embora e nunca mais voltou. Que se abram as portas e portais por onde Santo Antônio entrou, há de entrar cada vez mais” Finalize com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.

ICAPRA 27
PODEROSA SIMPATIA CONTRA OLHO GORDO FONTE: ASTROCENTRO | FOTOS: ASTROCENTRO

Henrique Rodrigues, um pedreiro de 35 anos, Umbandista desde os seis, ao ver a estátua do Preto -Velho na Praça de mesmo nome, desgastada pelo tempo e por uma série de atos de vandalismo, sentiu vontade de restaurá-la. A Praça do Preto-Velho, que existe há 26 anos, entre as avenidas Noroeste e Sal gado Filho, no Jardim Paulista, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, foi criada para representar as reli giões afro-brasileiras e não fica no trajeto de Henrique.

Mesmo assim, ele andava 20 Km e em três dias e nove horas de

trabalho, fez a restauração. Exem plos como esse nos fazem todos os dias percebermos que quando temos vontade e amor pela religião, por nosso Sagrado, nenhuma dificuldade nos abala. Pois fazemos com o cora ção, fé e certeza de que vale a pena acordar e realizar. Nada, nem atos de intolerância religiosa, nos param.

Ele contou ao Portal Campo Grande News o que o motivou a restaurar a imagem:

“Na semana passada passei por lá e me tocou demais ver o estado em que a imagem se encontrava, então decidi por conta própria, não por egoísmo, fazer o trabalho. Então,

por três dias porque só conseguia ir meio período lá”, contou Henrique.” – falou Henrique.

E explicou ao portal: “Moro no São Conrado. É um pouco longe, mas nós já somos meio ofuscados por conta do preconceito e do medo de alguns se declarem umbandistas, então valeu a pena para restaurar essa imagem que foi criada como símbolo de resistência da religião” – concluiu.

A Praça tem sido alvo de muitos atos de racismo religioso. Em 2022, um grupo de moradores da região esteve no local e fez a primeira revitalização do local, limpando,

colocando lixeira e distribuindo pla cas com frases de escritores do Estado. Agora, também a estátua do Preto-Velho ganhou nova roupa gem com a pintura e restauração de Henrique.

Ações como a de Henrique Rodri gues e dos moradores que fize ram a primeira limpeza na Praça demonstram que o amor, respeito, carinho e cuidado com o Sagrado, a união de forças e a luta diária, são armas potentes na luta contra o preconceito, a intolerância e o Racismo Religioso. O nome disso é RESISTÊNCIA!

Futebol de Axé celebra seu primeiro aniversário

Será comemorado 1 ano do Futebol de Axé no dia 11 de dezembro a partir das 08:00, no Espaço de Eventos Vale, estrada Manoel de Sá, lote 120, vale do Ipê. Tendo como entretenimento pagode ao vivo, samba de roda, apresentações de capoeira, pas sista da Portela e o mais esperado de todos, torneio de times formados por casas de axé.

O projeto que tem direção do Ogã Ernani d’ Xangô e o Egbomy Everton Gomes, foi criado em dezembro de 2021, passou rápido mas em um ano vai se formando uma história que inicia bons frutos.

Contatos: Ernani-99128-7239

Everton Gomes-97420-0910

ICAPRA 29
CAMPO
EXEMPLO
FONTE: PORTAL CAMPO GRANDE NEWS
EM
GRANDE, MATO GROSSO DO SUL,
DE FÉ E COMPROMISSO COM A RELIGIÃO
Pedreiro Umbandista restaura Preto-Velho, vítima do desgaste e da intolerância religiosa HENRIQUE RODRIGUES / ARQUIVO PESSOAL / PORTAL CAMPO GRANDE NEWS CHRISTINE KELLER

APALA – ACADEMIA PAN-AMERICANA DE LETRAS E ARTES HOMENAGEOU BALUARTES DA RELIGIÃO

Evento lotou museu

OMuseu da República recebeu dia 22 de novembro a APALA - Academia Pan-A mericana de Letras e Artes, que reuniu atividades como a palestra “As Guardiãs - His tórias de Pombogiras”, com a Vodúngán Kelly de Oyá e linda apresentação de cânti cos e danças. A iniciativa abriu espaço a escritores de Àse e pessoas que contribuem para a cultura e religiões de matriz africana, que foram homena geados com certificados.

O evento na APALA - Aca demia Pan-Americana de Letras e Artes foi idealizado e

da república com

palestras, apresentações

e autógrafos

realizado pela Vodúngán Kelly de Oyá, sacerdotisa de Can domblé, dirigente do Xwé Réwà S’ojú L’osún, Àse localizado em Bangu. Mãe Kelly é fun dadora e presidente da “Con fraria Oloya’s” e “Confraria As Guardiãs, Encantos de Pombo giras”, escritora e membro da

Academia Apala, (cadeira 13). Ela autografou seus livros ao final do evento. O contato dela é Cel / WZP: (21) 96411-3863. Vodúngán Kelly de Oyá agradece a Academia APALA, ao Sr Newton Nazareth, ao Bàbálórìsá Marcelo Fritz e ao Jornal ICAPRA, aos Ògáns

Projeto cultural bilateral à vista

Professores Doutores da Lagos State University, da Nigéria, se reúnem com babalawô Ivanir dos Santos e com superintendente geral de Relações Internacionais da UFRJ

Ivanir dos Santos, Prof. Dr. em História Comparada pela @ufrj.oficial. Fundador do @ ceap.oficial e babalawô rece beu no dia 22 de novembro, os professores Prof. Dr. Tayo Ajayi, Prof. Dr. Harrison Ade niyi, Prof. Dr. Henry Hunjo e o Prof. Dr Ahmed Adesanya, da Lagos State University, na Nigéria. Os ilustres visitantes estiveram no Rio, dentre outros compromissos, para uma reunião com o professor Amaury Fernandes, Superintendência Geral de Relações Inter nacionais da UFRJ, e representes da Biblioteca Nacional e o Programa de Pós-graduação em História Comparada da UFRJ. O encontro foi para a elaboração de um projeto conjunto de traduções de autores brasileiros para a Nigéria e um curso voltado para o aprendizado da língua yoruba. Esse momento de suma importância e riqueza cultural, e também de estreitamento dos laços com a Nigéria, contou com a participação dos alunos da disciplina Intelectuais africanos. O babalaô Ivanir dos Santos escreveu em seu perfil no Instagram: “Um momento extremamente importante e fortalecimento dos estudos sobre religiões de matrizes africanas e contra a intolerância religiosa no Brasil”.

Claudio, Cícero, Anderson, Manelzinho, Menor, Alexan dre e Igor, as dançarinas, Ìyáníláárí Débora de Oyá, Ìyáníláárí Helen de Oyá, Ìyáníláárí Maria Fernanda de Oyá e Ìyáníláárí Patrícia de Oyá, confrades e confreiras Oloyá’s, os coautores do livro

“As Guardiãs”, e a todos os presentes. E também agra dece a sua Guardiã Dona Maria Mulambo, por tudo que faz em sua vida e por lhe proporcionar viver momentos maravilhosos e inesquecíveis como esse de fé. Salve nos sas Guardiãs!

Agora só falta revisão da Câmara por mudança da data no texto da Lei relator na Comissão de Educação (CE), senador Paulo Paim (PT-RS), propôs a alteração para 21 de março, escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para estabe lecer o Dia Internacional Contra a Dis criminação Racial. O senador Paulo Paim explicou o motivo dessa troca: “A ocasião relembra o massacre de 69 pessoas negras que protestavam pacificamente contra o regime de segregação racial na África do Sul, em 1960”, explicou Paim.

Mais uma vitória a ser comemorada! No dia 30 de junho, o plenário do Senado aprovou a PLC 69/2018, de autoria do deputado Vicentinho (PTSP) que institui o dia 21 de março como o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé. O texto ainda retornará à Câmara para avaliação dos deputados por conta de altera ção neste. É que na proposta original, a data seria 30 de setembro, mas o

ICAPRA 31
GERALDO MAGELA / AGÊNCIA SENADO CHRISTINE
Senado aprova PLC que institui o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé
FONTE: AGÊNCIA SENADO

ÁFRICA GANHARÁ MEGA

MUSEU COM ITENS DE TODOS OS PERÍODOS DA HISTÓRIA

Objetos roubados por colonizadores serão repatriados e farão parte do acervo

Orico tesouro cultural, histórico, artís tico e de outras áreas que foi rou bado nos tempos da colonização da África e está espalhado em diversos países do mundo pode ter os dias contados nos museus e colecionadores que se apro priaram destes. É que está em construção na cidade de Acra, em Pomadze Hills, em Gana, na África, o Museu do Patrimônio Pan-Afri cano. Ele será inteiramente voltado à origem e às Civilizações Africanas e reunirá artes, cul tura, história, religiões, ciência e tecnologia, entre outras desde o período das primeiras civilizações até a Pan-África Contemporânea.

O projeto, iniciado em fevereiro de 2022, é do arquiteto nigeriano James Inedu-George e está sendo construído num terreno de 10 Acres. O órgão responsável pela iniciativa é a Fundação do Museu Pan-Africano, uma ONG sem fins lucrativos e políticos. A matriz é em Gana e tem filiais em vários países, inclusive aqui no Brasil. Entre os curadores, um repre sentante brasileiro, Filó Filho, que é fundador da Cultne @cultne que, em entrevista ao Por tal Mundo Negro disse que “a ideia é buscar todo o tesouro africano, que foi roubado no tempo colonial e está espalhado pelo mundo. Repatriar e reunir esse acervo nesse museu”.

O Museu terá um hectare e cinco andares e integrará um complexo com salas de con ferências, chalés, restaurantes, lojas, Her bário, Palácio dos Reinos Africanos, Parque

Pan-Africano de Heróis e Heroínas, Praça de Alimentação com Culinária Africana, Centro de Inovações, Biblioteca Infantil, Centro de Con venções

Além disso, o Museu deve receber itens

onde pessoas foram arrancadas da África e escravizadas. Já que as peças criadas nes tes países por essas pessoas e seus descen dentes integram a herança africana também. Fonte: Site Mundo Negro @sitemundonegro e https://pahmuseum.org/african-civilizations/

Pai Júnior d’ Ayrá é sacerdote, dirigente do Templo Luz de Umbanda, uma pessoa atenciosa com nossas tradições, res ponsável e idôneo em suas condutas. Imaginem o absurdo... Ele sofreu ameaças e têm dificuldade com órgãos que deveriam lhe proteger e acolher pelo ocorrido. Em audiência no dia 20 de julho, o pai de santo contou que a magistrada não quis ouvir sua tes temunha, e que lhe deu apenas um pedido de desculpas. Assim como este, muitos casos semelhantes têm se tornado comuns em nossas comunidades cada vez mais oprimidas, ameaçadas e aterrorizadas com fanáticos religiosos. Até quando teremos que aceitar calados essa impunidade? O Estado que deveria ser o primeiro a nos proteger, nos dá as costas!

ICAPRA 33
e Hall da Fama, entre outras coisas. produzidos nos países da Diáspora Africana, FOTOS: PORTAL MUSEU DO PATRIMÔNIO PAN-AFRICANO PAI JUNIOR D´AYRÁ – REPRODUÇÃO DO VÍDEO
Racismo Religioso em Niterói e sem o respeito das autoridades

RACISMO RELIGIOSO NA BAHIA:

Mãe de santo é impedida de ser enterrada no chão, como manda o Candomblé

Rituais fúnebres da religião foram proibidos pela administração do cemitério.

Mais um absurdo caso de intolerân cia religiosa, ou Racismo Religioso. A Ialorixá Juracy de Logun Edé, dirigente e fundadora do Ilê Axé Ijexá Logun Edé Sile mín, foi enterrada no Cemi tério de Campo Santo, em Salvador, no dia 25 de julho. Segundo lideranças religiosas locais, o sepultamento sofreu uma série de violações. Uma delas foi a negação do pedido de levarem nas mãos o caixão da mãe de santo até o local do enterro. Foi registrado Boletim de Ocorrência na 7ª Delegacia do Rio Vermelho, na capital

baiana.

A administração do cemi tério alega que a proibição se deu pelo fato da mãe de santo ter sido internada no hospital numa ala destinada a pessoas com Covid-19. Segundo fami liares, Mãe Juracy, de 76 anos, morreu em decorrência de uma parada cardiorrespiratória e não de Covid, mas eles acata ram a recomendação da admi nistração do cemitério. Porém, o corpo teve que ser enterrado em uma gaveta, não no chão, conforme tradição das religiões de matriz africana.

O enterro atrasou, pois houve demora da administração

Ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus diz que Bispo Edir Macedo é pior do que Hitler

IURD e “TV Record” tiveram atividades suspensas em Angola por decisão da Justiça local

em atender os familiares e filhos de santo de mãe Juracy, segundo o Ogan Alan Oliveira, que falou ao Portal Alma Preta Jornalismo sobre o ocorrido:

“Quando a gente chegou para enterrar disseram que era na gaveta. Só que gente de Candomblé não é enter rado em gaveta porque não pode. Tem que ser enterrado na terra. E aí deu maior con fusão. O enterro estava mar cado para as 16h30, e o sepul tamento aconteceu às 18h30 porque o pessoal responsável não quis respeitar e atender a gente”, conta o Ogan, que é fundador do programa Voz

Tavares Armando Cassinda afirma que “o bispo fundador da Igreja Universal do Reino de Deus é pior do que Hitler”. Não é de hoje que Cassinda, ex-pastor da IURD, faz denúncias contra a instituição e mais especifi camente ao seu fundador, o

bispo Edir Macedo. Segundo um áudio exibido por Tavares, Edir Macedo fala “Nós não podemos deixar os escravos pensarem. Porque se eles pensarem, eles não serão mais escravos nossos”.

O ex-pastor angolano ainda fez uma denúncia em depoi mento ao programa “Um Tom de resistência”, da “TV 247”, dizendo que: “Edir Macedo é racista e tem nojo de pretos”.

Segundo Tavares, desde a fundação da Igreja, Macedo teria a intenção de escravizar pessoas, não apenas na África, mas também na Europa e nas Américas do Norte e do Sul. Ainda conforme reporta gem do Portal 247, a Igreja Universal do Reino de Deus estaria envolvida em diversos escândalos, como indicia mento por lavagem de dinheiro a acusações de racismo contra

os membros angolanos da instituição. Alguns líderes bra sileiros da Igreja em Angola teriam sido afastados de suas funções religiosas, por decisão da Justiça angolana. Ainda por decisão da Justiça, a Iurd e a “Rede Record de televisão”, ambas de propriedade de Edir Macedo, tiveram suas atividades suspensas no país africano.

Já a revista “Veja”, “O Globo”

do Axé, e relatou o caso no portal com o registro de um vídeo feito por ele, com uma nota de repúdio.

O Centro de Referência de Combate ao Racismo e Intolerância religiosa Nelson Mandela, vinculado à Secreta ria de Promoção da Igualdade Racial do Estado (Sepromi) também recebeu denúncia sobre o caso que se predis pôs a oficiar o mesmo para o Ministério Público e a Defen soria Pública, para que estes adotem as medidas cíveis e penais cabíveis ao caso. Fonte: Alma Preta Jornalismo Preto e Livre.

e outros jornais e mídias publi caram outra fala de Macedo em que ele afirma que os fiéis devem deixar seus bens para a Igreja antes de morrerem.

Nosso povo sendo tratado como escravo, desrespeitado. Respeitamos todas as reli giões. Mas não é admissível que sejamos tratados como escravos. Temos nossos direi tos à nossa liberdade de esco lha, a nossa vida, religiosidade e tudo que é inerente a qual quer ser humano. E depois Cristo pregava o amor e não a escravidão, o desrespeito...

Nossa religião é puro amor. Quando alguém entra em um terreiro de Umbanda ou Candomblé, ninguém lhe pergunta se é rico ou pobre, nem qual é sua religião! Todos e todas são acolhidos com amor e respeito.

Seguiremos na luta diária por respeito ao nosso Sagrado e a nós mesmos!

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FOTO: TAVARES ARMANDO E BISPO EDIR MACEDO - REPRODUÇÃO | ALAN SANTOS/ PR - DIVULGAÇÃO PORTAL 247 DA
FONTES: “PORTAL 247”, “REVISTA VEJA” E “JORNAL O GLOBO”.

SONHOS

SONHAR COM BORBOLETA

Quem não gosta de avistar uma borboleta? Sonhar com elas em geral tem um significado muito positivo e pode indicar sorte no amor, ou a cura de alguém que você ama muito. Também

pode trazer revelações de coisas boas e importan tes, denotando também mudanças e transforma ções que são necessárias para que você alcance seus objetivos. Para quem é da Umbanda ou Can domblé pode ser um aviso ou a proteção de Iansã.

SONHAR COM ÓCULOS QUEBRADO

Se sonhou com óculos quebrados isso é uma indicação de maus presságios, infelicidade. Em geral, relacionado à sua saúde, seja física ou mental. Vale pensar se tem se alimen tado bem, dormido direito, se faz exercícios físicos e mesmo fazer um check-up geral. Cuide-se! Existem coisas que não podemos evitar, mas se ficarmos atentos e nos cuidar mos, evitaremos muitos problemas.

SONHAR COM BICICLETA

Andar de bicicleta é uma delícia. Sonhar com ela indica que você pode apostar em seus sonhos e ideias e seguir em frente. Assim como pedalar leva você a muitos lugares, colocar a mão na massa e execu tar um sonho, também. Sonhar com bicicleta nova indica que você está confiante. Se no sonho ela for velha, demonstra que algo perturba sua paz, e que você deve solucionar, ou um problema que surgirá e precisará ser resolvido. Se ela estiver quebrada, novos desafios se apresentando. Consertando a bike? Lem bre-se que você não pode controlar tudo na sua vida, mas tem que ter as rédeas dela nas mãos.

SONHAR COM CASA MAL-ASSOMBRADA

Você sonhou ou tem sonhado com casa mal-assombrada? Isso significa que você tem deixado alguns medos e receios tomarem conta da sua vida e por isso aparecem para você enquanto dorme. O ideal é parar e fazer um exame de consciência, refletir sobre o que está perturbando seu dia a dia e sua noite de sono. E após essa reflexão, resolva a situação para poder se livrar desses pesadelos. Se achar necessário, procure a ajuda de um profissional.

SONHAR COM PÃO

Se você sonhou com pão, fique tranquilo. É algo muito positivo e associado a uma fase muito próspera e feliz da sua vida que está chegando. Isso porque o pão é um dos alimentos mais sagrados e representa a fartura, a união da família, e tudo que é positivo. Mas lembre-se de aproveitar muito bem esse tempo de prosperidade, arregace as mangas e trabalhe duro para conseguir bons frutos. Um outro significado é que você é uma pessoa de bom coração e ajuda a quem precisa. Então, siga com essa missão tão linda!

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FONTE: PORTAL SONHOS. FOTOS: PINTEREST PORTAL SONHOS

ILÊ AXÉ AGAWERÊ SAPANÃ, TRADICIONAL CASA NAGO EGBÁ, FESTEJA POSSE DE YALAXÉ OTONEJI

Dia 9 de maio o Ilê Axé Agawerê Sapanã fez uma magnífica festa para celebrar a posse da sucessora Yalaxé Otoneji, Elizabeth Viana, como dirigente da Egbé. O candomblé foi conduzido com maestria pela Osi da casa, Sônia Cer queira - Obaderan. A cadência rítmica e a harmonia dos ilús serviram de âncora a bela e possante voz do Otum Marcos André – Otojunire, também do Axé.

A cerimônia teve um belíssimo Xirê e, na sequência, o esperado momento da posse da Yalaxé Otoneji, que emo cionou a todos. Cerca de 100 convida dos presenciaram esse instante sublime. Dentre os presentes estavam diversos babalorixás e yalorixás como Boini nha d’Ogum Evaldo d’Ogum, Elton de Xangô, dentre outros.

A Yalorixa Neia Cruz - Ewalogi, representando seu filho biológico Rob son Cruz (que não pode comparecer por motivo de viagem) presidiu a cerimônia.

Ao final da celebração foi servida uma suculenta feijoada.

O Ilê Axé Agawerê Sapanã, de Nação Nago Egbá, tem 41 anos de fun dação, sendo que seu fundador, Milton Maia, foi iniciado por Oluandê - Marieta D’Oxum (in memoriam) no Gramacho. Marieta iniciada por José Gomes da Silva, Neris de Oba Koso, Fatemi (in memoriam), conhecido também como Neris Boca Rica, de São Mateus. O patriarca da Nação no estado do Rio de Janeiro, Neris de Oba Koso, foi iniciado em Recife pela africana Ulefun, Fortu nata Maria da Conceição (in memoriam, conhecida a época em Pernambuco como Baiana do Pina), nascida em 1811 na cidade de Adis-Adeba, na África.

O Ilê Axé Agawerê Sapanã está loca lizado na Rua Évora, nº 288, Parque dos 7 Ferreiras - Belford Roxo – RJ. Página no Facebook: https://www.facebook. com/osunalogi

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‘CORAGEM PARA SER FELIZ’: Parada do Orgulho LGBTQIAP+ volta a Copacabana após 2 anos virtual

Todas as cores e todos os amores vol taram, neste domingo (27), a desfilar orgulho pela Avenida Atlântica, em Copacabana, Zona Sul do Rio. Após dois anos, a orla da praia mais famosa do mundo voltou a receber a Parada do Orgulho LGBTQIAP+ , que chegou à 27ª edição.

Em decorrência da pandemia, o tradicio nal evento foi restrito a atividades no ambiente virtual nas duas últimas edi ções. Organizada pela ONG Grupo Arco-Í ris, neste retorno à orla de Copacabana, a Parada do Orgulho LGBTQIAP+ Rio 2022 trouxe o tema ‘Coragem para ser Feliz’.

Ao todo, o evento conta com dez trios elétricos e shows de Bianca, Romero Ferro, Azula e Izrra. Alas temáticas reforçaram a importância da pre servação da Amazônia e do meio ambiente, além de prestar home nagem às vítimas da covid-19.

O “esquenta” começou no fim da manhã, com a bandeira do movimento estendida no asfalto na altura do Posto 5 — de onde, às 14h, estava previsto partir o desfile em direção à Rua Rodolfo Dantas, na altura do Posto 2.

“Hoje é dia de lutar e reivindicar por nos sos direitos. Vale lembrar que não há demo cracia enquanto o Estado brasileiro não res ponder quem mandou matar Marielle Franco. Eu também gostaria de pedir uma salva de palmas para uma pessoa que, se pudesse, estaria aqui com a gente: o deputado fede ral David Miranda”, disse Monica Benício, viúva de Marielle, que vestia uma camisa com o nome do parlamentar que há três meses está internado em decorrência de sepse (infecção generalizada).

Dia da Consciência Negra pode se tornar feriado nacional

Falta pouco para que o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, se torne feriado nacional. O Senado já apro vou um projeto com esse objetivo através da PLS 482/2017, que até o fecha mento desta edição aguar dava votação da Câmara. Já o senador Paulo Paim (PT-RS) cobrou ainda dos deputados a aprovação de três projetos dele de com bate ao racismo e outros tipos de discriminação.

Um (PLS 787/2015) inclui as motivações de precon ceito racial e sexual como agravantes, outro aumenta a pena para crime de injú ria, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacio nal (PL 5231/2020), e um terceiro (PL 4373/2020) proíbe agentes de segu rança pública ou particular de adotarem ações basea das em preconceito.

João Cândido, Líder da Chibata, recebe, finalmente, o destaque merecido

CHRISTINE KELLER

REPRODUÇÃO DO VÍDEO DO RJ TV

A Prefeitura do Rio havia anunciado algumas ações, dentre elas a reforma de monumentos em celebração ao Bicentenário da Indepen dência. Um dos monumentos escolhidos para restauração, o único de um herói da cul tura negra, foi o da estátua que homenageia o marinheiro João Cândido, o Almirante Negro, que foi imortalizado por sua liderança na Revolta da Chibata, em 1910. Finalmente agora em novembro a estátua,

depois de limpa e revitalizada, foi colocada no novo local, de frente para o mar, na Praça Marechal Âncora, pois antes ficava escondida atrás da estação do VLT na Praça XV. A mudança foi um pedido do Movimento Negro para dar o destaque merecido à escultura de bronze assinada por Walter Brito que representa o nosso querido Almirante Negro, líder da Revolta da Chibata, nosso herói ancestral.

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FONTE: HTTPS://G1.GLOBO.COM/ FOTO: STHEPANIE RODRIGUES/G1
FONTE / TEXTO: BRUNO LOURENÇO / PORTAL DO SENADO.
FONTE: RJ TV / TV GLOBO.

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