A carência das bibliotecas públicas

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8| Sábado, 09 de janeiro de 2016

Cultura

Riovale Jornal

Leitura

Bibliotecas públicas ainda sofrem com carências O calor chegou com toda a força, pedindo refeições mais leves. A receita desta semana é ótima para esses dias quentes e também aproveita a época das peras.

SALADA VERDE COM PERA ASSADA

INGREDIENTES 2 a 3 peras maduras e firmes, cortadas em gomos 1 colher (sopa) de azeite extra virgem Folhas verdes variadas Molho: 1 colher (sopa) de cebola bem picada 1 colher (sopa) de vinagre de maçã 1 colher (sopa) de mel ½ colher (chá) de sal Pimenta do reino a gosto 2 colheres (sopa) de azeite de oliva 1 a 2 colheres (chá) de gergelim preto torrado MODO DE PREPARO Banhe os gomos de pera com o azeite e espalhe em uma assadeira. Leve ao forno quente (200°C) pré-aquecido, até que comecem a dourar. Vire os gomos na metade do cozimento. Deixe amornar por uns 15 minutos. Enquanto isso, lave as folhas, seque-as e rasgue-as grosseiramente. Coloque em uma travessa e cubra com os gomos de pera. Prepare o molho: em uma tigela pequena misture a cebola picada com o vinagre, o mel, o sal e a pimenta. Junte o azeite em fio, batendo sempre com um garfo, até obter uma mistura homogênea. Tempere a salada com o molho e polvilhe o gergelim. Sirva a seguir. FONTE: http://pt.petitchef.com

DICA DA SEMANA A semente de gergelim possui muitas propriedades benéficas para a saúde (fibra, cálcio, ferro, zinco, selênio). São consumidas com mais frequência torradas, uma vez que adquirem um sabor muito bom. Muitos especialistas comprovaram que as sementes de gergelim torradas alcançam um alto grau de pureza e isso torna essas sementes um dos alimentos mais saudáveis. A melhor maneira de consumir essas sementes é adicionando-as em pães, palitos de queijo, biscoitos, chocolates e sorvetes, algumas pessoas comem essas sementes puras ou com alimentos do dia a dia como arroz, feijão, saladas, etc. Agora que você conhece as propriedades dessa semente, comece a consumi-la diariamente para obter os seus benefícios e melhorar muito a sua saúde.

Em Santa Cruz do Sul, acervo é de 11.390 livros para os 126 mil habitantes VIVIANE SCHERER FETZER viviane@riovalejornal.com.br

F

oi lançado em dezembro pelo Ministério da Cultura (Minc) o novo cadastro de bibliotecas públicas e comunitárias do país. Os números atuais indicam que 112 dos 5.565 municípios brasileiros não contam com espaços públicos de leitura, embora o país tenha 6.701 bibliotecas públicas já cadastradas e em torno de 3 mil comunitárias. Na região todos os municípios possuem biblioteca pública municipal em funcionamento. De acordo com o diretor de Livro, Leitura, Li-

teratura e Bibliotecas do Minc, Volnei Canônica, o novo cadastro, lançado no evento Território Leitor, que ocorreu no dia 1º de dezembro em Brasília, permitirá colocar os equipamentos em rede para troca de informações e experiências. O país, segundo Canônica, não tem bibliotecas em número suficiente para atender a população. Um exemplo é o estado do Rio de Janeiro que tem o menor número de bibliotecas por habitantes no país, é uma biblioteca para cada 110 mil habitantes. O diretor ainda explica que é preciso investimento e políti-

cas públicas para melhorar a rede e alcançar todas as cidades. “O Ministério da Cultura, que coordena o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, dá as diretrizes para abertura das bibliotecas, orienta como tem de ser essa abertura, a formação, dialoga com o gestor público. Mas cabe a cada município e a cada estado a estrutura física do local, os funcionários para atuar nessa biblioteca, o bibliotecário”. Conforme o diretor do Minc, a modernização dos equipamentos vai muito além da infraestrutura, também envolve os pro-

jetos de incentivo à leitura. “Um projeto mais arrojado, mais moderno, misturando linguagens para levar novos leitores à biblioteca é um projeto de modernização, assim como a biblioteca ter um espaço para dialogar com a comunidade. Modernização não é só ter equipamentos mais velozes, mais modernos, um software mais dinâmico. A modernização desses equipamentos culturais se dá por um novo olhar, um olhar mais protagonista, mais inaugural para as ações de promoção de leitura”, explica Canônica.

Na Biblioteca Municipal, não há aquisição permanente de livros A Biblioteca Pública Municipal Professora Elisa Gil Borowski, de Santa Cruz do Sul, localiza-se na rua Coronel Oscar Rafael Jost, nº 1551, conta com um acervo de 11.390 exemplares cadastrados. Segundo o bibliotecário, Jair Teves, há uma grande procura das pessoas para aproveitar a parte de estudos principalmente para vestibular ou utilizar os computadores para pesquisas. “Temos muitas oficinas também para trazer o pessoal para cá porque a rotina de procura é grande, mas poderia ser maior se estivéssemos em outro lugar”, explica. A Biblioteca promove oficinas de xadrez e de Moda Barbie, esta última inicia na próxima segunda-feira, com incentivo à leitura dos livros que falam sobre xadrez e sobre história da moda, ou sobre a economia que a produção de roupas movimenta. “Temos um diferencial com os livros de xadrez, pois somos a biblioteca pública do Rio Grande do Sul com maior número de livros sobre o assunto e usamos isso a favor dos participantes da oficina incentivando a interpretação de textos que resulta na melhora das notas deles nas escolas”, conta Teves. A ideia das oficinas é de fazer com que as crianças associem a biblioteca a um espaço para brincadeiras, para isso todo o acervo infanto-juvenil foi transferido para uma sala no segundo andar do prédio que permite a realização de brincadeiras e práticas lúdicas por ter um espaço maior. Valquíria Ayres, escritora e funcionária da biblioteca, promove oficinas de criação literária com crianças, professores e turmas de escolas. Segundo ela, essas atividades despertam a criatividade das crianças e aproximam da biblioteca. Os participantes ficam sabendo das oficinas através da imprensa e pelos professores que falam nas salas de aula. Projetos de incentivo à leitura podem ser sugeridos à biblioteca e parcerias entre empresas ou entidades também podem ser realizadas. A biblioteca de Santa Cruz não realiza aquisição permanente de livros. “Às vezes a Secretaria de Educação compra alguma coisa e fora isso recebemos doações que são avaliadas e colocadas no acervo. O problema é que muitas vezes não temos os livros ‘febres do momento’ e acabamos não conseguindo atingir um maior público”, ressalta o bibliotecário Jair Teves. Segundo o bibliotecário, a localização não favorece

VIVIANE FETZER

Segundo andar da Biblioteca Municipal de Santa Cruz conta com acervo infanto-juvenil e espaço para oficinas

muito a procura pelo acervo. Existem projetos e tentativas para mudar a biblioteca de lugar, “mas dependemos de verbas públicas e da política, não estou falando que é ruim, mas acaba atrasando tudo”, explica Teves. A lei que criou a biblioteca pública é uma lei provisória de 1998 e não foi alterada. Segundo Teves, sabendo da situação em que se encontra a saúde e a segurança, não tem como exigir que o dinheiro seja investido na biblioteca. “Sabemos que os investimentos vão para a saúde, se acontecer um acidente a pessoa vai para o hospital e não para a biblioteca, é uma coisa que precisamos entender”, ressalta.

Como retirar livros? É só ir até a sede da biblioteca na rua Coronel Oscar Rafael Jost, 1551, levando comprovante de residência, documento de identidade e pagando uma taxa de R$ 5. Uma foto é tirada na hora e dois livros ou revistas podem ser retirados com direito a uma semana para moradores da cidade e 10 dias para moradores do interior, com direito à renovação.


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