Revista Prêmio ACIF Mulheres que Fazem a Diferença | 2017

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EDITORIAL

Fazer a diferença. Motivar. Inspirar. Estas são características em comum que encontramos nas mais de 200 histórias emocionantes que já passaram pelo Prêmio ACIF Mulheres que Fazem a Diferença. Cada uma à sua maneira, em sua realidade, mudou para melhor o meio no qual estava inserida. Cada uma deixou sua marca e fez sua parte ao mostrar a importância e a honra de ser uma mulher que faz a diferença. O Prêmio ACIF Mulheres que Fazem a Diferença é uma iniciativa do Núcleo Multissetorial da Mulher Empresária da ACIF e tem como propósito reconhecer e premiar mulheres de Florianópolis cujas histórias e trajetórias de vida se destacam em setores diferentes da sociedade.

Clarissa Antunes Editora da revista do PMFD

Referência no setor empresarial de Florianópolis, o PMFD é seguido e admirado pelas entidades mais representativas de Santa Catarina e se consolidou como a principal premiação do ramo na região. Isso graças a uma equipe de voluntárias unida e dedicada que passa dois anos empenhada em fazer de cada edição uma premiação surpreendente e inesquecível. A primeira edição da revista do Prêmio relembra as histórias e cases vencedores da quarta edição, realizada em 2015, e propõe um resgate gostoso dos bons momentos que o evento já vivenciou e proporcionou a Florianópolis. Esperamos que gostem, assim como nós gostamos e nos emocionamos com cada case inscrito no Prêmio. Boa leitura!

Expediente Execução: VOCALI Jornalista responsável: Clarissa Antunes / SC 02357 JP Textos: Aryani Andrade, Letícia Kapper, Rachel Sardinha Projeto Gráfico e Diagramação: Julia Nuness Fotos: Studio A3 Março/2017 4


ÍNDICE

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Relembre quem foram as finalistas

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Prêmio acumula quase 10 anos de

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A Comissão

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Adriana, Márcia e Marlize - as ven-

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Os cases finalistas e vencedores

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Momentos que marcaram a história

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As madrinhas que fizeram a dife-

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O Núcleo Multissetorial da Mulher

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A ACIF

50

Desmistificamos o tal empodera-

da quarta edição do Prêmio

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história e cases vencedores

cedoras da quarta edição

das três primeiras edições

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do Prêmio

rença

Empresária

32

mento feminino

44 5


CASES

Elas fazem a DIFERENÇA Finalistas da quarta edição do Prêmio ACIF Mulheres que Fazem a Diferença são exemplos de coragem, humanidade, sucesso e perseverança A quarta edição do Prêmio ACIF Mulheres que Fazem a Diferença (2014/2015) foi muito concorrida. Os cases, todos inspiradores, demonstraram a força da mulher empreendedora. As finalistas, assim como todas as candidatas, deram exemplo de humanidade, cidadania e sucesso em três setores: Poder Público, Terceiro Setor e Negócios. Destaque para as vencedoras, Adriana Martinez Montanheiro, Márcia Rila e Marlise Alves Teixeira, que se tornaram representantes de tantas outras mulheres contemporâneas que trabalham para uma sociedade melhor. Conheça os cases que foram finalistas na quarta edição.

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PODER PÚBLICO

Adriana Martinez Montanheiro - Vencedora Case: O Projeto Modarte, executado na UDESC desde 2011, desenvolve ações com atividades abertas e gratuitas a toda comunidade dentro da área de moda.

Cláudia Maria Messores - Finalista Case: Trabalho focado na Capacitação e Potencialização de Pessoas por meio de dois programas - o Programa de Valorização Profissional – Projetar, com foco em ações para capacitação técnica dos servidores; e o Programa “Viva Bem” UDESC, criado em 2013, depois de cortes orçamentários que reduziram os investimentos no Projetar. 7


CASES

Sonia Pereira Laus - Finalista Case: Projeto Equality, que visa promover a equidade de gênero e contribuir para o aumento da visibilidade e da participação das mulheres na produção de ciência, tecnologia, na academia e na força de trabalho.

TERCEIRO SETOR

Márcia Rila - Vencedora Case: Criação do Lar Recanto do Carinho, uma casa movida à força voluntária que acolhe crianças portadoras de HIV. 8


Iara Miotti - Finalista Case: Incansável na arte de criar famílias, Iara Miotti começou ainda jovem, conduzindo a irmã mais nova, órfã de pai e mãe, desde a adolescência ao sucesso pessoal e profissional. Aposentada, considera-se hoje uma “profissional do voluntariado”, tamanha a responsabilidade com que conduz os processos mesmo sem qualquer remuneração.

Tania M. Surmamn - Finalista Case: Rotary Club Florianópolis-Amizade, fundado em 2007, com foco em diferentes ações humanitárias e sociais. No projeto, participa ativamente da luta para o fim da Poliomielite, criando e produzindo eventos para arrecadação de verbas. 9


CASES

NEGÓCIOS

Marlise Alves Teixeira - Vencedora Case: A história do empreendedorismo junto à M&M Contabilidade, Consultoria e Coaching, que contempla a implantação de ações sócio-ambientais, profissionais e de recursos humanos na empresa.

Cláudia Sayuri Muniz - Finalista Case: Franqueada da China in Box São José e Florianópolis e da Restaura Jeans de São José, divide o tempo entre a família e as empresas onde coordena mais de 40 colaboradores em todos os estabelecimentos que gerencia, prezando pela sustentabilidade e desenvolvendo ações sócio-ambientais nos negócios. 10


Rose Macedo Coelho - Finalista Case: Rose Macedo Coelho trabalhou como vendedora em loja, depois passou a confeccionar roupas prĂłprias e vender de porta em porta para, finalmente, abrir a primeira loja, Long Beach by Rose, na Rua Vidal Ramos. Por meio dela, o projeto Vidal Ramos Open Shopping ganhou forma e reconhecimento.

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*Pesquisa MeSeems/PayPal Brasil 2016.

O poder feminino na internet!

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HISTÓRICO

Rumo aos 10 anos de HISTÓRIA O prêmio já realizou quatro edições e premiou 12 mulheres que se destacam em suas áreas de atuação e na cidade onde vivem Criado em 2010 e realizado a cada dois anos, o Prêmio ACIF Mulheres Que Fazem a Diferença chegou para ficar. Já premiou 12 mulheres que, com suas pequenas-grandes ações, mudaram para melhor a realidade de empresas, instituições, comunidades e da cidade onde vivem. Todas elas fizeram história e ganharam o devido reconhecimento a partir da conquista do Prêmio. O objetivo é esse mesmo: dar voz às mulheres que fazem diferente para alcançar algo maior e, assim, encorajar outras mulheres a fazerem a diferença no dia a dia, seja no mundo dos Negócios, da Cultura e Esporte, da Educação ou no Terceiro Setor. Bons exemplos estimulam boas ações. “Queremos dar reconhecimento às mulheres que atuam nas diferentes categorias, mostrando que o empreendedorismo está presente em todas as áreas”, explica Patrícia Aaes, coordenadora do Núcleo Multissetorial da Mulher Empresária. O empreendedorismo, pontua ela, está na habilidade de idealizar, construir e gerenciar. “Por isso está presente nos esportes, na cultura, no serviço social, no voluntariado, nas famílias e nas atividades dos colaboradores dentro das 12

empresas de todos os ramos”, enfatiza. Além de reforçar a importância do papel das mulheres que fazem a diferença na sociedade, o prêmio busca aproximar as entidades representativas destes setores. O evento conta com diversas ações - como Mostra Fotográfica, Talk Shows e Rodadas de Negócios, encerrando em um grande encontro de premiação, envolvendo, além de mulheres de vários segmentos, entidades dos setores concorrentes ao Prêmio, imprensa, patrocinadores, parceiros e a sociedade em geral. O Prêmio ACIF Mulheres que Fazem a Diferença, uma iniciativa do Núcleo Multissetorial da Mulher Empresária da ACIF, somente é possível pela parceria entre o Núcleo, a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis – ACIF e Federação das Associações Comerciais e Industriais de Santa Catarina – FACISC. Regras para participar do prêmio: Para concorrer ao Prêmio, podem se inscrever mulheres maiores de 18 anos, profissionais atuantes e residentes em Florianópolis.


As categorias, que até a 4ª edição eram três, a partir de 2017 passaram a ser: Negócios, Terceiro Setor, Educação e Cultura e Esporte. Em Negócios, são reconhecidas mulheres gestoras, sócias ou colaboradoras que tenham boas histórias de transformação para contar. Na categoria Terceiro Setor, podem se inscrever mulheres gestoras, colaboradoras voluntárias ou não de Organizações Não Governamentais (ONGs). Já na categoria Educação, podem concorrer gestoras de entidades de ensino ou de cursos livres e colaboradoras (professoras, pedagogas, psicopedagogas, psicólogas) . Em Cultura e Esporte, o reconhecimento será conferido a mulheres gestoras de entidades esportivas, desportistas com destaque no esporte, profissionais liberais ou microempresárias na área do esporte. Poderão competir nesta categoria também gestoras de entidades artísticas e/ ou culturais, mulheres destaque na cultura e/ou nas artes, profissionais liberais ou microempresárias na área cultural e/ou artística. O objetivo do Prêmio ACIF Mulheres que Fazem a Diferença, além de valorizar as questões de gênero dentro das entidades, é também evidenciar e valorizar a importância do papel da mulher na sociedade. Se você se interessou pela ideia de ser reconhecida como uma mulher que faz a diferença e, assim, inspirar tantas outras com a sua trajetória, conte sua história na próxima edição.

Registros da primeira, segunda e terceira edições do PMFD respectivamente

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O PRÊMIO

QUEM FAZ o Prêmio ACIF MULHERES que

Fazem a DIFERENÇA “O Prêmio ACIF Mulheres que Fazem a Diferença tem por trás do palco e de todos os eventos, um grupo de mulheres que, sem dúvida alguma, também faz toda a diferença: sem elas, nada acontece! Desde a primeira edição, todo o trabalho nele envolvido conta com a dedicação de uma comissão composta por integrantes do Núcleo Multissetorial da Mulher Empresária da ACIF. Com o crescimento do grupo, nossa coordenadora, Patrícia Aaes, delegou a gestão desta edição a uma de nós. Eu fui a escolhida para liderar esta missão. Quando aceitei o convite, sabia que seria um grande desafio, pois não tinha uma experiência significativa em liderança de equipes, nem tampouco na gestão de um projeto desse porte! Mas nunca tive dúvidas de que poderia contar com o grupo. E assim foi, um trabalho intenso, porém compartilhado, a cada etapa. Não me senti sozinha em um minuto sequer. A quinta edição do Prêmio contou com 12 participantes engajadas, que durante dois anos doaram seu tempo – sob orientação e apoio da nossa consultora, 14

Aline Ghisi, e do setor de eventos da ACIF, na figura da Cátia Bernardo – para fazer acontecer toda a programação bem como tornar viável a estrutura do Prêmio.


Desde a captação de recursos, revisão do regulamento, divulgação e organização dos eventos, atração das candidatas, monitoramento das inscrições, formação e orientação da comissão julgadora, até o planejamento do grande evento de premiação. Foram muitos os desafios, algumas renúncias e grande o cansaço, mas sabíamos que valeria à pena, e cada novo passo nos trazia a energia e empolgação para continuar, sempre.

Uma das nossas metas era inovar, e fico feliz em afirmar que conseguimos! Essa revista é o maior exemplo. Minha gratidão a esse grupo de mulheres engajadas, responsáveis, criativas, divertidas e maravilhosas!” Luciana Boeing

Da esquerda para a direira: (atrás) Adriana Netto, Júlia Búrigo, Vivian Zanchin, Mônica Justino, Nilce Nascimento, Fátima Caponi, Joisiane Dias, Luciana Helena, (frente) Cláudia de Souza Santos, Luciana Boeing, Clarissa Antunes, Maria Teresa Schultz.

Nossa missão é proteger!

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VENCEDORAS

Dedicação em prol da MODA CONSCIENTE Adriana Montanheiro é a idealizadora do Programa Modarte, que trabalha de forma criativa conteúdos de moda, artes, figurino e design com ações abertas à comunidade Quando se planta uma semente do bem, se colhe frutos cheios de prosperidade. Foi isso que aconteceu com Adriana Montanheiro, idealizadora e coordenadora do programa Modarte, semeado e cultivado para ser forte, criativo e generoso. Ela é a vencedora da 4ª edição do Prêmio ACIF Mulheres que Fazem a Diferença, na categoria Poder Público. O Modarte, executado na UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina) desde 2011, desenvolve ações com atividades abertas e gratuitas a toda comunidade dentro da área de moda. Confira a entrevista com Adriana Martinez Montanheiro. Quais as principais ações do projeto? As principais ações são: cursos de aperfeiçoamento, Trajes de Cena e Mostra Modarte. Vou explicar sobre cada um deles. Os cursos de aperfeiçoamento contemplam criação em moda, ilustração de moda, criação de acessórios, técnicas artesanais e artísticas aplicados à moda e à decoração, desenho no computador, entre outros. Trajes de Cena são cursos de pequena e média duração que abordam conteúdos teóricos e práticos relacionados à criação de figurinos cênicos. Já a Mostra Modarte é composta de exposições e desfiles dos 16

produtos criados pelos integrantes dos cursos Modarte e tem como objetivo promover a parceria entre o curso de design de moda da UDESC, profissionais de moda, artesãos e comunidade externa, interessados na troca de conhecimento e busca de inovação. Desde o início das atividades, quantas pessoas já passaram pelo projeto? E qual o perfil do público? Em geral são oferecidos de quatro a cinco cursos por semestre, e em cada curso temos uma média de 15 alunos. O público é composto por alunos dos cursos de moda, artes, teatro e design; por professores que atuem nas áreas de criação e por pessoas da comunidade interessadas em criatividade, moda e arte. A criatividade é estimulada dentro do Modarte, não é? E de que forma você acredita que essa qualidade pode transformar a vida das pessoas para melhor? O foco do programa é trabalhar de forma criativa e inovadora os conteúdos de moda, artes, figurino e design. Acredito que a criatividade aplicada a todas as coisas da vida gere alternativas não convencionais para a solução de problemas. No caso da moda


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VENCEDORAS e design, o uso da criatividade agrega aos produtos identidade própria, proporcionando à moda um consumo mais consciente, incentivando o reaproveitamento dos materiais e roupas já existentes ou a criação autoral de novos produtos. A vida das pessoas pode ser transformada a partir da consciência criada por essa prática, pois ela não incentiva o excesso do consumo de moda, mas sim uma maneira de produzir produtos que fortaleçam a identidade de cada pessoa e assim as valorize.

A moda pode ser uma ferramenta de

transformação, desde que seja pensada, consumida e produzida de maneira consciente.

Você vê a moda como uma ferramenta de transformação? Por quê? A moda pode ser uma ferramenta de transformação, desde que seja pensada, consu-

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mida e produzida de maneira consciente. A moda gera muitos empregos no Brasil e no mundo, mas, infelizmente, nem todos valorizam o trabalho do ser humano de forma digna. Quando a moda é idealizada e administrada de maneira ética, ela pode gerar muitas oportunidades para a população, resgatando saberes antigos e valorizando-os. Qual o significado de ter vencido o Prêmio? Como essa conquista afetou sua vida e seu projeto? Foi muito bom ver meu trabalho ser reconhecido pela sociedade, pois o programa Modarte foi criado como uma semente do bem, repleta de vontade de dar o meu melhor para a sociedade. Me dei conta de que muitas pessoas gostariam de compartilhar o meu saber, e o de outros profissionais, adquirido em muitos anos de formação acadêmica e profissional, e eu teria a oportunidade de receber o conhecimento dos outros e trocar muitas experiências. O Prêmio trouxe mais visibilidade e credibilidade ao programa Modarte e para mim. E que dica poderia dar para quem quer ganhar o Prêmio também? A dica que dou é: faça com amor e dedicação o que gosta em prol da sociedade e de si próprio. Acredite na sua força, vontade e capacidade. Faça o seu melhor e o transmita aos outros.


Missão? FAZER O BEM! Idealizadora e gestora do Lar Recanto do Carinho, Márcia Rila dedica sua vida à iniciativa que ampara crianças portadoras de HIV Ajudar quem mais precisa de amparo físico e emocional. Isso foi o que Márcia Rila escolheu fazer de sua vida. Foi ela quem criou o Lar Recanto do Carinho, uma casa movida pela força voluntária que acolhe crianças portadoras de HIV. São muitos os desafios dessa mulher, entre eles está a luta constante para manter a instituição de portas abertas. E muitas as conquistas também, como ver as crianças acolhidas crescerem, viverem a adolescência, a juventude e a fase adulta. Saiba mais sobre a Márcia, vencedora na categoria Terceiro Setor, e sobre o projeto que salva vidas e traz esperança. Há quanto tempo existe o Lar Recanto do Carinho? Quais considera serem suas maiores conquistas em sua trajetória de trabalho na instituição? O Lar Recanto do Carinho foi fundado em julho de 1992 para acolher crianças portadoras do vírus HIV ou doentes de AIDS, em situação de abandono ou vulnerabilidade, correndo sério risco de morte. A maior conquista foi acompanhar o crescimento dessas crianças, vê-las tornarem-se adolescentes, jovens e adultas. Quando abrimos a casa, elas viveriam até cinco anos de idade, essa era a perspectiva de vida delas. Hoje são pais e mães

responsáveis e conscientes, seus filhos são todos soro negativos. E quais são os maiores desafios no dia a dia? Os desafios sempre foram muitos. Às vezes acreditávamos serem intransponíveis, mas sempre foi um trabalho movido pela fé, pelo amor e a certeza de que estávamos fazendo o que era certo. Nossa obrigação era amar e cuidar muito bem de cada serzinho que chegava até nós. Mas um desafio persiste desde a criação do Lar: a falta de recursos para manter o trabalho! Poucos entendem que mesmo trabalhando com voluntários, o quadro de funcionários é uma necessidade a ser mantida, isso implica em salários, encargos trabalhistas, técnicos, etc. Os custos para manter uma criança hoje são altos e a dificuldade financeira é um grande desafio. Seu trabalho impacta diretamente um público que precisa de amparo material e emocional, não é? Quais valores te guiam nessa missão? Desde a criação do Lar, ainda como um projeto do Gapa, a equipe sempre teve em comum a fé, o amor e a certeza que seria um trabalho abençoado por Deus e por 19


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seus Anjos, e temos muitas provas disso. Inclusive quando precisávamos de forças que não tínhamos, para consolar e confortar a dor física ou emocional de algum anjinho nosso. Qual o papel dos voluntários no Lar Recanto do Carinho? Os voluntários acrescentam muito à instituição. Quando iniciam o trabalho pensam a mesma coisa que eu pensei quando resolvi fazer voluntariado: “vou ajudar alguém”. Mas, logo percebemos que os “ajudados” somos nós. É extremamente gratificante doar tempo ou ajudar financeiramente quem necessita. Sempre existe algo a fazer, basta que se tenha vontade! O que é fazer a diferença, na sua opinião? Fazer a diferença para mim é fazer alguma coisa que te move, para a qual você se entrega, que te faz vibrar, em qualquer área da vida, seja profissional ou social, mas precisa ser feito com amor! Qual o significado de ter vencido o Prêmio? Como essa conquista afetou sua vida e o Lar? Fiquei feliz por receber o Prêmio, além do reconhecimento, traz muito mais credibilidade à instituição. Divido o Prêmio com toda a equipe, pois sozinha não conseguiria fazer nada, e o dedico às crianças que mesmo lutando arduamente não conseguiram vencer a doença, são elas os verdadeiros heróis!

É extremamente gratificante doar tempo ou ajudar

financeiramente quem necessita. Sempre existe algo a fazer, basta que se tenha vontade!

Graças ao Prêmio, voluntários novos também chegaram com projetos inovadores, acrescentando muito à nossa casa! E que dica poderia dar para quem quer ganhar o Prêmio também? Na verdade não daria uma “dica”, mas um conselho. Vale muito à pena inscrever-se. Muitas pessoas não sabem o que você faz e como faz. É uma grande oportunidade de divulgar o trabalho. Sem falar do carinho com que você é acolhida pela ACIF, Meu Deus! Não tenho palavras para agradecer. Mesmo que não tivesse ganhado o Prêmio, ter concorrido já teria valido à pena, por ter conhecido tantas pessoas maravilhosas! Minha eterna gratidão a ACIF Mulher e à turma do Studio A3 também.

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VENCEDORAS

Empreendedorismo para MELHORAR O MUNDO No dia a dia da empresa M&M Contabilidade, Marlise Alves Teixeira incluiu ações de responsabilidade social e em benefício do meio ambiente Empreender. Olhar para si, para o outro, para o meio ambiente e para mais além, sempre com o objetivo de implementar ações para tornar a vida de todos melhor e mais sustentável. Usar habilidades em prol do sucesso de uma empresa, o que inclui seus funcionários, cuidar da natureza e se solidarizar com quem precisa, agindo para que seja amparado. Marlise Alves Teixeira, vencedora na categoria Negócios da 4ª edição do Prêmio ACIF Mulheres que Fazem a Diferença, fez e faz isso com destreza. Conheça mais sobre essa jovem empreendedora e sobre seu trabalho. O empreendedorismo faz parte da sua vida desde quando? E por que começou essa trajetória? O empreendedorismo faz parte da minha vida e não consigo me imaginar em outro lugar. Desde criança vi meu pai empreendendo. Da forma “autônoma” dele ser, sem empresa ou grandes negócios, vi que era possível prestar serviços ou vender produtos por conta própria, sem depender de terceiros. Quando eu tinha uns 12 anos, aprendi a ser manicure e ganhava um dinheirinho fazendo as unhas das minhas tias, que iam até minha casa. Para mim era uma diversão, uma brincadeira re22

munerada, mas já valia como um negócio. Precisava comprar materiais para fornecer às minhas “tias-clientes” o meu produto. Não demorou e comecei a trabalhar formalmente, com 14 anos, no escritório contábil de um tio. Trabalhei até o final da faculdade de Ciências Contábeis como funcionária, quando comecei a M&M Contabilidade, com 21 anos de idade. O que me levou a iniciar o negócio foi a ideia do Márcio (hoje meu sócio e marido, na época apenas namorado), que sonhava em ter um escritório contábil. Como boa empreendedora, assumi a função de ir na frente abrindo os caminhos. Não foi fácil. Iniciar uma empresa contábil, em 1997, em um universo bastante masculino, com 21 anos de idade e sem experiência empresarial foi um desafio e tanto! Hoje a mulher conquistou seu espaço na contabilidade e o conhecimento empreendedor está ao alcance de todos. Pode nos contar mais sobre o seu trabalho, esse que a levou a receber o Prêmio? No ano de 2010 iniciei na empresa uma gestão de Responsabilidade Social, apoiando projetos sociais e trazendo mais conforto aos nossos colaboradores. Sabemos que essa é uma tendência, mas


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VENCEDORAS por que só falam de grandes empresas ou grandes ideias? Por que não começar na minha microempresa? Inserimos pequenas ideias na gestão até se tornarem grandes. E como fazer isso usando pouco ou nenhum dinheiro? Desenvolver atividades de responsabilidade social passou a ser uma motivação pessoal. Cito algumas: reciclagem de papel; uso de malotes de lona com alta durabilidade no lugar de envelopes; separação do lixo comum e reciclado, entre outras ações em prol do meio ambiente.

Iniciar uma empresa

contábil, em 1997, em um universo bastante

masculino, com apenas 21 anos de idade e sem experiência empresarial, foi um desafio e tanto!

Também investimos em pessoal por meio de bonificações como plano de saúde e cartão alimentação, do Desafio MM+ - uma forma de incentivar a união dos colaboradores para os fins da empresa, e de projetos sociais. São eles: troca de 10% dos honorários contábeis das Declarações de Imposto de Renda por cestas básicas enviadas à Ação Social Santa Teresinha do Menino Jesus (Morro do Mocotó); palestras 24

beneficentes em troca de alimentos direcionados a mesma ação social; e a ação Imposto de Renda com Destino Certo, na qual parte do valor do IR a pagar do nosso cliente é solicitado e enviado diretamente para uma entidade cadastrada em projetos como o FIA (Fundo da Infância e Adolescência). O que a moveu em direção a esse propósito, de ajudar o próximo – seja funcionário da empresa ou pessoas distantes do universo empresarial? Meu envolvimento com a espiritualidade e com grupos na Igreja Católica começou cedo. Aos 17 anos me tornei catequista, ajudando crianças na minha comunidade de origem - Costeira do Pirajubaé. Depois, nos anos de 2005 e 2006, me dediquei ao projeto Casas de Adoração, na Igreja da Prainha, coordenando o Grupo de Oração e as missões populares no Morro do Mocotó. Foram dois anos de evangelização no Morro, visitando casas e levando esperança por meio da partilha da Palavra. Foi no meio de todo esse mover de espiritualidade que em 2010 percebi o quanto a comunidade do Morro do Mocotó e região precisava de ajuda. Abracei então a causa da Ação Social Santa Teresinha do Menino Jesus, junto às pessoas que já faziam esse trabalho. Pude conhecer melhor uma realidade bem diferente da nossa. Próxima fisicamente e diferente em cultura, valores e estilo de vida. Além de ajudar na formação humana durante o período de 2012 a 2014, promovendo encontros de espiritualidade, nossa empresa é solidária à causa. Por fim, acredita estar fazendo a diferença? Acredito que posso ajudar as pessoas, especialmente pela mescla de minhas profissões (Contabilidade - Coaching - Psi-


codrama), a empreenderem pelo caminho certo e também a cuidarem de suas finanças. Tenho atendido muitos clientes com dificuldades em desenvolver seus negócios ou empacados em sua vida financeira e percebo o quanto posso fazer a diferença em suas vidas e em suas empresas. Na minha empresa, vejo o quanto uma equipe motivada e focada pode ser multiplicadora de ações positivas. Também acredito que palestras e workshops que promovo fazem a diferença no dia a dia das pessoas. No escritório, no atendimento dos nossos clientes de pessoa física, percebo que a atenção e o zelo são percebidos. Mas acredito mesmo que minhas ações devem fazer a diferença na vida dos que estão mais perto de mim. As pequenas ações, na vida dos que me cercam, são para mim as mais importantes. Isso impacta no meu mundo e faz a diferença na vida das pessoas que amo e que me amam. Na sua opinião, a que aspectos a mulher contemporânea precisa estar atenta para transformar o mundo em um lugar melhor? Precisa estar atenta a ela mesma, a suas necessidades, a seus anseios pessoais. A mulher estando satisfeita com a vida que leva, perceberá o que acontece ao seu redor e, consequentemente, ajudará a transformar o mundo em um lugar muito me-

lhor. E quando falo em satisfação pessoal, é avaliar a sua vida em todos os aspectos. Não dá para ser feliz somente em um “ângulo” da nossa vida. Qual o significado de ter vencido o Prêmio? Como essa conquista afetou sua vida e seu negócio/projetos? Teve um sabor especial de vitória. Foi como se eu ganhasse um atestado de validade sobre o que eu já fiz, aos olhos de outras pessoas, ou como se tivesse passado em uma prova e fosse aprovada. Somente minha família e os amigos mais próximos sabiam da minha trajetória pessoal e profissional. E escrever minha história trouxe essa revisão positiva de vida, em que me vi superando obstáculos e aprendendo ao longo do caminho. O Prêmio afetou positivamente minha vida! Além de trazer visibilidade, conheci mulheres incríveis, que também fazem a diferença, ampliando minha rede de contatos e me inspirando sempre. E que dica poderia dar para quem quer ganhar o Prêmio também? Bom, que tenha uma boa história. E essa história já deve ter sido construída. O Prêmio é somente a demonstração de algo que já existiu, como um coroamento. Então, o primeiro passo é permitir-se! Escrever sua história e mostrar primeiramente para você o quanto já alcançou em sua vida. Depois? Saltar para o mundo!

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MULHERES QUE INSPIRAM

Histórias INSPIRADORAS

Conheça os cases de vencedoras e finalistas da primeira, segunda e terceira edições do PMFD O Prêmio ACIF Mulheres que Fazem a Diferença é repleto de histórias incríveis. Nelas protagonizam mulheres que deixaram a zona de conforto de lado para realizar seus sonhos e colaborar para um mundo melhor. Da primeira edição até a terceira, os cases inscritos demonstram a coragem e a força da mulher empreendedora. Confira!

Primeira Edição Cases inscritos em 2010 e premiação entregue no mesmo ano. As informações aqui descritas são relativas a 2010.

PODER PÚBLICO

Silvana Bernardes Rosa - Vencedora Professora pós-doutorada em Arquitetura, criou e implantou o laboratório LABDESIGN na UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina). Busca ajudar a melhorar resultados na atuação empreendedora de alunos, artesãos, empresários, aposentados, mulheres e todos que desejam atingir seus sonhos.

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Carmem Beatriz Garcia Igiski - Finalista

Marilu Lima de Oliveira - Finalista

Enfermeira do CEPON, tem como objetivo for-

Servidora pública da Assembleia Legislativa de

talecer a prevenção, constante e consistente,

Santa Catarina, é coordenadora do programa

do câncer de mama para, com isso, diminuir

Antonieta de Barros, no qual atua para eliminar

o número de mortes em consequência da do-

as desigualdades sociais e auxiliar jovens eco-

ença.

nomicamente desfavorecidos.

Maria Aparecida Caetano - Finalista

Michele Alves Corrêa Rodrigues - Finalista

Juíza togada do TRT, sente-se orgulhosa por

Delegada, Michele entrou na Polícia Civil para

ser a primeira mulher negra a ocupar o cargo

humanizar o ambiente profissional onde atua e

de Juíza do TRT.

colocar a inteligência e a sensibilidade à serviço da segurança.

TERCEIRO SETOR

Thaíse Costa Guzatti - Vencedora A engenheira Thaise Guzzati criou o programa Acolhida na Colônia. Foi eleita pela revista inglesa World Business, do Insead, como uma das 35 mulheres com menos de 35 anos com algo especial para oferecer ao planeta.

Arlete Carminatti Zago - Finalista

Maria Gertrudes da Luz Gomes - Finalista

Apoia o empreendedorismo feminino e atua em

Fundadora da AVOS - Associação de Volun-

defesa dos direitos da mulher. Fundadora da

tários de Saúde do Hospital Infantil Joana de

BPW Florianópolis, Arlete trouxe para o Brasil,

Gusmão, está há mais de 35 anos à frente da

por meio dessa Instituição, o diferencial na ex-

Associação que conta com mais de 70 volun-

celência da prestação dos serviços, nas pro-

tárias.

fissões, como empresárias e no voluntariado. Liduine Elvira Madlener - Finalista Márcia Noêmia de C.Lange Rila - Finalista

Lidu, como é chamada, junto a um grupo de

Foi uma das fundadoras do Lar Recanto do

amigos, resolveu fundar a ASAS - Associação

Carinho, instituição que vem coordenando des-

Ações Amigos Solidários - para atender crian-

de 1992.

ças e adolescentes do Norte da Ilha em situação de risco.

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MULHERES QUE INSPIRAM NEGÓCIOS

Joseli de Almeida Ulhôa Cintra - Vencedora “Jô da Açoriana”, como é conhecida, é proprietária da agência de viagens Açoriana Turismo e trouxe para Florianópolis o mais importante encontro mundial do trade turismo, o WTTC (World Travel and Tourism Council), em 2009. Ivana Rubia Henn - Finalista

Helena Becke Machado Fretta - Finalista

Graduada em Educação Física, trabalha com o

Historiadora por formação, participou de importan-

método Pilates em mais de 80 estabelecimentos.

tes iniciativas como Casa Natal, Associação de Ar-

Ivana transformou sua habilidade em promover

tesãos de Florianópolis, Núcleo de Arte Educação

saúde em um bem sucedido negócio.

e o curso de formação em Arte Contemporânea “Pensar a Arte na Atualidade”.

Haydê Haviaras da Silva - Finalista Médica pediatra homeopata, vem fazendo a dife-

Marta Rinaldi Muller - Finalista

rença na vida de centenas de crianças de nossa

Médica oncologista, atua junto ao CEPON trazendo

cidade. Sente-se responsável pelo tratamento e

benefícios à população de Florianópolis e Santa

pela cura, que não se resume a eliminar a do-

Catarina. Fundadora da FAHECE- Fundação de

ença e a dor, mas sim a devolver a vida na sua

Apoio ao HEMOSC e CEPON, vem dando suporte

amplitude mais abrangente.

ao importante trabalho dessas duas instituições.

Segunda edição Cases inscritos em 2011 e premiação entregue no mesmo ano. As informações aqui descritas são relativas a 2011. PODER PÚBLICO Angela Albino - Vencedora Foi a sétima mulher a ocupar a bancada do legislativo municipal e durante quatro anos abriu espaços para as conquistas das mulheres. Conquistas como a Coordenadoria Municipal da Mulher, a implantação do Centro de Referência de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência, que são resultados de sua atuação constante. 28


Carmem Beatriz Garcia Igiski - Finalista

Eva Maria Seitz - Finalista

Enfermeira, atua no CEPON e criou o GAMA - Grupo

Natural de Alfredo Wagner, filha de agricultores, é

de Apoio à Mulher Mastectomizada, que em 2010

formada em Biblioteconomia e mestre em Enge-

completou 15 anos. As pacientes se reúnem para

nharia de Produção pela UFSC. Em 2005 foi con-

palestras, eventos e atividades, como confecção de

vidada para montar e coordenar a sala de Leitura

prótese de grãos para mulheres mastectomizadas

do HU/UFSC, quando inicia também a prática da

que aguardam a cirurgia de reconstrução da mama.

Biblioterapia Hospitalar em Santa Catarina.

TERCEIRO SETOR

Bebhinn Ramsay - Vencedora Dando prosseguimento ao trabalho de seu amigo e esposo Alastair Ramsay falecido em 2007, em abril de 2008, Bébhinn Ramsay e Dra. Marisa Fantin, pediatra na rede pública em Florianópolis há mais de 30 anos, decidem juntas dar início à Saúde Criança Florianópolis. Arlete Carminatti Zago - Finalista

Liduine Elvira Madlener - Finalista Lidu como é chamada, junto a um grupo de amigos, resolveu fundar a ASAS - Associação Ações Amigos Solidários para atender crianças e adolescentes em situação de risco, do Norte da Ilha.

Apoia o empreendedorismo feminino e atua em defesa dos direitos da mulher. É fundadora da BPW Florianópolis, Arlete trouxe para o Brasil através desta Instituição, o diferencial na excelência da prestação dos serviços, nas profissões, como empresárias e no voluntariado.

NEGÓCIOS

Vanessa Guimarães Tobias - Vencedora Jovem empresária, professora universitária e coach, certificada em Coaching aos 24 anos. Já formada em Administração, tornou-se Life e Executiva Coach Internacional em 2007. 29


MULHERES QUE INSPIRAM Adriana Althoff - Finalista

Silvana Mery Natividade - Finalista

Formada em Jornalismo pela UFSC em 1985,

Empreendedora desde jovem, foi uma das pri-

trabalhou durante 10 anos na RBS TV. Como

meiras consultoras da Natura em Florianópolis e

formadora de opinião, sentia falta de espaços

desbravou o universo de jóias e semijóias. Abriu

para o público feminino, então resolveu agregar

a loja Silvana Jóias, no bairro Trindade, e, de-

mulheres em torno de uma confraria. O Clube

pois de cinco anos, abriu a segunda loja. Realiza

da Champanhe, em pouco tempo, ganhou a

ações sociais em prol de instituições que ampa-

simpatia das mulheres e reuniu 6.000 sócias.

ram crianças e idosos.

Terceira edição Cases inscritos em 2012, que concorreram à premiação entregue em 2013. As informações aqui descritas são relativas aos anos 2012/2013.

PODER PÚBLICO

Neide Schulte - Vencedora Professora do curso de moda da UDESC, venceu o Prêmio com o case “O programa de extensão Ecomoda”.

Eva Maria Seitz - Finalista

na prestação jurisdicional. Assumiu a Vice-Cor-

Natural de Alfredo Wagner, filha de agricultores,

regedoria Geral da Justiça e a Coordenação da

é formada em Biblioteconomia e mestre em

Coordenadoria de Execução Penal e da Violência

Engenharia de Produção pela UFSC. Em 2005

Doméstica e Familiar contra a Mulher – Cepevid

foi convidada para montar e coordenar a sala

- e está realizando diagnóstico acerca da real

de Leitura do HU/UFSC, quando inicia também

situação do Estado na área da violência contra

a prática da Biblioterapia Hospitalar em Santa

a mulher.

Catarina.

Penal é responsável pela realização do Mutirão

No âmbito do Núcleo da Execução

Carcerário no Estado de Santa Catarina, que tem Salete Silva Sommariva - Finalista

por objetivo relatar o funcionamento das unida-

A Desembargadora Salete Silva Sommariva tem

des criminais, além de

enfrentado os desafios inerentes à sua pro-

presos, ao serem reinseridos na sociedade, con-

fissão, com o traço distintivo de uma mulher

sigam exercer sua cidadania sem reincidir nos

com coragem acredita na melhoria constante

delitos cometidos.

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contribuir para que os


TERCEIRO SETOR

Elizenia Prado Becker - Vencedora Presidente da entidade Floripamanhã, venceu com o case “Zena Becker e o profissionalismo no voluntariado”. Arlete Torri - Finalista

Telma Lenzi - Finalista

Mãe dedicada a um filho diagnosticado com de-

Especialista em Psicologia Sistêmica de Casais,

ficiência intelectual, Arlete levou sua experiência

Famílias, Indivíduos, Grupo, e Sexualidade Huma-

à APAE Florianópolis. Em cinco anos de gestão,

na, é psicoterapeuta, professora e palestrante. Di-

conseguiu aumentar investimentos e incentivo na

rige o Instituto Movimento e criou a ONG ASSIM

capacitação dos funcionários, além da realização do

- Associação Instituto Movimento. A ASSIM presta

maior evento filantrópico do país - a Feira da Espe-

atendimento psicológico gratuito para pessoas de

rança, e a participação do Grupo de Dança da APAE

baixa renda da Grande Florianópolis.

na abertura das Olimpíadas de Londres/2012.

NEGÓCIOS

Lorena Sotopietra Nolasco - Vencedora Sócia da escola Guroo, no Córrego Grande, e do espaço psicopedagógico Sotopi, venceu com o case “A educação como pilar da transformação social”.

Mari Ferraz

- Finalista

Adriana Krauss - Finalista

Produtora de eventos acolhe em sua equipe de

Referência do jornalismo de SC, seu case é o pro-

trabalho jovens ainda inexperientes, oportunizando

grama Bom Dia Santa Catarina, o qual coordena

a eles treinamentos. Investe também em eventos

atualmente. Adriana é líder e pioneira na categoria

com fins beneficentes. Realiza no mínimo dois ca-

como mulher em uma função que, até as décadas

samentos gratuitos por ano. .

de 80 e 90, era exercida apenas por homens. 31


GALERIA

NOSSA GALERIA Ao longo destes anos de história, o Prêmio ACIF Mulheres que Fazem a Diferença movimentou a agenda do empreendedorismo de Florianópolis. Além das noites de premiação, o Prêmio promoveu uma série de eventos em hotéis, shoppings e restaurantes da capital. Talk Show, café com as vencedoras, rodadas de negócios e exposições fotográficas fizeram parte do calendário de eventos do PMFD. Confira nas próximas páginas quais são e como foram alguns destes eventos.

TROCANDO IDEIAS EMPREENDEDORAS Durante as três primeiras edições do Prêmio foram realizados, após a premiação, os Trocando Ideias Empreendedoras - um evento em que as vencedoras de cada edição foram convidadas, uma a uma, a apresentarem sua história a um grupo de convidados. Após falarem sobre seus cases, as vencedoras abriam espaço para perguntas e comentários do público e na sequência era servido um 1 32

coquetel para networking.


33


GALERIA

TALK SHOW Desde a quarta edição do Prêmio, os Trocando Ideias Empreendedoras deram lugar ao Talk Show, um evento em que as vencedoras das três categorias do PMFD puderam dividir com o público presente as suas histórias. As palestrantes também responderam a dúvidas e contaram um pouco do que realizaram após a participação no Prêmio.

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35


GALERIA

CAFÉ COM AS VENCEDORAS O Café com as vencedoras é um evento fechado às integrantes do Núcleo Multissetorial da Mulher Empresária da ACIF e a convidadas especiais. Ele tem como objetivo aproximar as vencedoras do Prêmio com as convidadas e acontece em ambiente intimista e acolhedor. Há uma breve apresentação das vencedoras de cada categoria, seguida de atrações, como música ao vivo, demonstração de produtos de empresas parceiras do Prêmio, entre outras ações.

36


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GALERIA

MOSTRA FOTOGRÁFICA A Mostra Fotográfica é um dos eventos mais importantes da agenda do Prêmio e tem por objetivo apresentar, à sociedade de Florianópolis e região, as finalistas e vencedoras de todas as edições do Prêmio, bem como as integrantes do Núcleo Multissetorial da Mulher Empresária. A mostra é realizada em um shopping da cidade, onde fica por cerca de uma semana e marca o lançamento oficial de cada edição do Prêmio.

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MADRINHAS

PRECIOSAS &

Poderosas

As madrinhas do Prêmio ACIF Mulheres que Fazem a Diferença são mulheres fortes, obstinadas e generosas. Ou seja: têm a receita de como fazer a diferença Ser eleita madrinha é ser reconhecida como “uma grande empreendedora e ser tida como um exemplo a ser seguido”. Esta é a definição de Maria Cecília Gondran, madrinha da quarta edição e idealizadora do Prêmio ACIF Mulheres que Fazem a Diferença, criado em 2009. De lá para cá, mulheres brilhantes assumiram esse papel e ajudaram o Prêmio a acontecer. Ou seja: foram fonte de inspiração, incentivaram outras mulheres a mostrarem seus trabalhos já desenvolvidos e a começarem a fazer a diferença, literalmente. A primeira madrinha do prêmio foi Alice Kuerten, que é assistente social e Presidente do Instituto Guga Kuerten, fundado em 2000. A sua história está intimamente relacionada com a atuação no voluntariado. Desde jovem participou de atividades em instituições filantrópicas, programas esportivos e junto a conselhos de moradores. Os projetos liderados por ela sempre focam na educação e na inclusão da pessoa portadora de deficiência. Em 2011, a edição do Prêmio teve como madrinha Linda Koerich, mãe de sete filhos, avó de doze netos, bisavó de cinco bisnetos e criadora da Ação Linda, em prol do Hospital Regional de São José, que acontece anualmente. A ação arrecada verba e a reverte em benfeitorias nas acomodações dos pacientes, melhorias em diversas áreas do hospital e também em aquisição de materiais e equipamentos para a instituição hospitalar. O objetivo é auxiliar na promoção de bem estar dos pacientes e de um ambiente melhor para os funcionários.

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Já na terceira edição da premiação, Joseli de Almeida Ulhôa Cintra foi quem cuidou do evento como uma boa madrinha. Mais conhecida como Jô, tem experiência profissional de 40 anos na área de Turismo. Foi presidente do Florianópolis e Região Convention & Visitors Bureau no biênio 20082009 e do Conselho Estadual de Turismo. Devido ao brilhante case e atuação profissional, foi a vencedora, na categoria Negócios, da primeira edição do Prêmio ACIF Mulheres Que Fazem a Diferença. Na quarta edição, esse lugar tão distinto foi dado à Maria Cecília Gondran, a Ciça, que acima de tudo é empreendedora e tem um olhar generoso para mulheres guerreiras, que transformam o lugar em que atuam. Advogada, instrutora e consultora credenciada do Sebrae na área de empreendedorismo, Ciça também é facilitadora do Programa Empretec, sócia da Marcucci & Gondran, e integrante do Conselho Superior da ACIF. Sem medo de mudanças, é empreendedora por natureza: já trabalhou como professora, apresentadora de televisão, radialista e lojista antes de atuar como advogada, instrutora e consultora. Tudo isso fez com que muito cedo se ligasse ao Núcleo Multissetorial da Mulher Empresária. A madrinha da quinta edição é Maria Carolina Linhares, mais conhecida como Carol Linhares. Ela é psicóloga, aromaterapeuta, coaching, terapeuta em EMDR, especialista em gestão de pessoas, liderança, negócios, desenvolvimento de grupos, consultora de centenas de empresas e “alguém que possui uma crença inabalável no potencial humano”. Carolina acredita que está neste mundo para tornar as pessoas melhores, mais do que elas mesmas possam imaginar.

Linda Koerich

Jô Cintra 41


MADRINHAS

Maria CecĂ­lia Gondran 42


Já ocupou cargos como Vice-Presidente da ACIF, Presidente da ADVB, e atualmente é Vice-Presidente do Movimento de Excelência SC e diretora da ACIF, além de integrante do Conselho Superior da ACIF e do conselho superior da ADVB. “O que me fez acreditar e querer estar no Prêmio é ver as mulheres apoiando inúmeras outras mulheres, incentivando uma às outras a brilhar”, explica.

O ponto de partida A Ciça, madrinha da quarta edição, idealizou o prêmio que hoje faz a diferença na vida de mulheres empreendedoras. Símbolo da força da mulher na sociedade, mostrou também, com a criação da premiação, a potência do associativismo. “Há muitos anos faço parte deste tão importante Núcleo da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis, formado por mulheres que dedicam parte do seu tempo para o associativismo, uma forma de juntar interesses comuns, defendendo pontos de vista e buscando maior desenvolvimento profissional e pessoal”, afirma ela, que foi coordenadora do Núcleo por duas gestões. Unindo o associativismo a suas vivências profissionais, surgiu a ideia do prêmio, conta Ciça. Conviveu com “mulheres competentes, talentosas e empenhadas em transformar as comunidades onde vivem, mas que o público em geral não conhecia”. “Então pensei que seria muito importante mostrar a todos o valor e o trabalho dessas mulheres”, lembra. “E a cada edição, o Prêmio está se tornando mais representativo para as mulhe-

Carolina Linhares

res que participam e para Florianópolis, que acolheu este projeto desde a sua primeira edição. As mulheres estão mostrando seu trabalho e são valorizadas por seus esforços e por suas conquistas e mesmo não recebendo a premiação, todas sentem-se vencedoras, pois mostram por que fazem a diferença não só nas áreas em que atuam, mas também como mulheres, esposas, mães e empreendedoras”, afirma. Com a premiação, pessoas como Márcia Rila, Adriana Martinez Montanheiro e Marlise Alves Teixeira se tornam referências e ao mesmo tempo servem de incentivo para outras mulheres. Afinal, todas têm um potencial infinito e podem (ou melhor: devem!) fazer a diferença em suas comunidades, negócios e família. 43


NÚCLEO

UMA POR TODAS, TODAS POR UMA Associativismo de pequenas e micro-empresárias é a base do Núcleo Multissetorial da Mulher Empresária, que completou 18 anos em 2016 Os objetivos dos associados da ACIF são os mesmos: crescer profissionalmente, promover a expansão de seus negócios e apoiar-se mutuamente. Para isso, a ACIF promove encontros e eventos que permitem troca de experiências e ampliação de network de seus nucleados, cursos e capacitações ao longo de todo o ano. E é dessa forma que a

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associação cumpre a sua missão: contribuir com a união de empresários e empresárias na busca por atingir objetivos comuns. As pessoas que pertencem ao mesmo segmento ou possuem os mesmos dilemas têm a oportunidade de unir forças para planejar e realizar ações que resolvam seus desafios.


E isso acontece semanalmente nos encontros promovidos pelos Núcleos Empresariais, quando são discutidos problemas e questões pertinentes ao ramo e ao grupo, sempre com orientação de um consultor capacitado. Essas são diretrizes do Programa Empreender, do qual a ACIF participa desde 1997. Em 1998 foi criado o Núcleo Multissetorial da Mulher Empresária – ACIF Mulher, com as mesmas prerrogativas da proposta mais ampla, mas voltado às mulheres empresárias. Ou seja: o objetivo é fortalecer o associativismo entre elas por meio de novos relacionamentos, visando a capacitação e qualificação no desenvolvimento pessoal e profissional, além de favorecer a captação de novos clientes e parceiros. “A ACIF Mulher é uma ferramenta de apoio ao crescimento das micro e pequenas em-

presárias”, afirma a coordenadora do Núcleo, Patrícia Aaes. A consolidação dessa proposta em Florianópolis é evidente. Hoje são cerca de 40 associadas, que têm o apoio de coordenadoras e gestoras voluntárias. “Doamos horas e nossa experiência pelo sucesso do grupo e crescimento das integrantes. Aprendemos juntas. E as que possuem cargos de coordenadoras e gestoras experimentam uma escola de líderes. O ganho das nucleares vai além do empresarial, pois aqui encontramos parceiras para os nossos negócios e amigas para a vida”, conclui. Em agosto de 2016 o Núcleo Multissetorial da Mulher Empresária comemorou 18 anos de atividades. A celebração da data não podia ter sido diferente. Foi com a reunião

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NÚCLEO das integrantes para um bate-papo, relembrando a fundação e a trajetória a partir daquelas que tornaram o Núcleo uma referência em associativismo e uma inspiração para as mulheres empresárias. SOBRE A MULHER EMPREENDEDORA • O país tem 10,4 milhões de mulheres empreendedoras, o que representa 14% da população com idade economicamente ativa (de 18 a 64 anos); • O número de empreendedoras cresceu 21,4% no período de dez anos. A participação dos homens à frente dos micro e pequenos negócios, por sua vez, subiu 9,8% no mesmo período; • A cada 10 empresas em atividade no Brasil, três são comandadas pela força feminina. Entre os novos negócios, a participação das mulheres chega a 49,6%, segundo dados do SEBRAE; • Em Santa Catarina e em Florianópolis as mulheres são a maioria da população. No estado representam cerca de 52% (2.143.822) e na capital representam cerca de 56% (211.000). * Fonte: estudo da consultoria EY (antiga Ernst & Young) – pesquisa EY G20 Entrepreneurship Barometer 2013.

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ATIVIDADES DA ACIF MULHER • Encontros quinzenais • Rodadas de Negócios • Capacitações • Eventos sociais • Prêmio ACIF Mulheres Que Fazem a Diferença


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NÚCLEO

ACIF reúne classe empresarial em prol do desenvolvimento socioeconômico da CAPITAL CATARINENSE Integrar e representar a classe empresarial da capital. Esse é o propósito da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF). Há mais de cem anos a entidade vem dando voz aos interesses do setor produtivo catarinense e trabalhando em favor de diversas bandeiras da sociedade. Esse passado de tantas conquistas é a base de sua representatividade e a motivação para continuar crescendo. Com a participação de voluntários e dos associados, muitas ações são realizadas e projetadas para garantir o desenvolvimento econômico e social da capital catarinense. Com sede no Centro de Florianópolis, a entidade possui seis regionais localizadas em diferentes pontos da cidade com intuito de facilitar a resolução de problemas locais e a geração de oportunidades. As regionais estão localizadas nos bairros Canasvieiras, Centro, Continente, Ingleses, Lagoa da Conceição e Sul da Ilha de Santa Catarina. Hoje, a ACIF representa o interesse de aproximadamente quatro mil associados, buscan48

do constantemente apoiar medidas políticas e econômicas que favoreçam o empreendedorismo e permitam a geração de trabalho e renda. Empresas de todos os segmentos e portes participam da associação. 102 anos de história A ACIF foi fundada em 13 de maio de 1915 pelos comerciantes locais André Wendhausen, Francisco Pereira Oliveira Filho, Emílio Blum, Paschoal Simone e Lauro Linhares, que representavam a firma Carl Hoepecke S.A. Eles faziam parte de uma comissão que, após estudos preliminares, convocou outros comerciantes da cidade para uma assembleia de fundação da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis, ocorrida no tradicional Clube Doze de Agosto. Atualmente a Diretoria Executiva tem 23 integrantes, conselho superior com 57 membros, e conselho fiscal, composto por três membros titulares e três suplentes. A ACIF é filiada à Federação das Associações Comerciais e Industriais de Santa Ca-


tarina (FACISC), que por sua vez é associada à Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB), entidade que reúne cerca de 1.600 associações comerciais e industriais de todo o país.

tos unem forças para identificar, discutir, planejar e realizar ações que resolvam desafios. Esses objetivos em comum compõem as diretrizes do Programa Empreender, iniciativa promovida pela ACIF desde 1997.

Núcleos fortalecidos Contribuir com a união de empresários na busca por atingir objetivos comuns é a missão da ACIF, essência que pode ser traduzida nos encontros semanais promovidos pelos Núcleos Empresariais. Juntos, empresários que pertencem aos mesmos segmen-

O trabalho desenvolvido pelos Núcleos Empresariais busca o fortalecimento das Micro e Pequenas Empresas – MPEs por meio do associativismo, além de contribuir para o avanço socioeconômico da capital catarinense, auxiliando na geração de empregos, ocupação e renda.

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EMPREENDENDO

Desmistificando o tal EMPODERAMENTO FEMININO Empresárias explicam a diferença entre empreender e empoderar, e por que ainda é tão importante apoiar mulheres em suas vidas profissionais Em uma busca literal pelo significado da palavra, empoderar quer dizer dar ou obter mais poder; tornar-se poderoso. Expressão que ganha a cada ano mais destaque na mídia e nas rodas de conversa, empoderamento feminino, ou o empoderamento das mulheres, visa ensinar as mulheres a terem domínio, poder sobre as próprias decisões. Muitas vezes confundido com o empreendedorismo feminino, o empoderamento vai além, pois não visa somente empreender no mundo dos negócios, mas sim, ter o controle das próprias decisões em todas as áreas das vida. “O empreendedorismo é

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(48)3024.4444 | dynamicweb.com.br

um dos caminhos para o empoderamento feminino porque dá liberdade e condições da mulher escolher seu próprio caminho”, afirma Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME). Já para Corinne Giely-Eloi, consultora licenciada no Brasil pelo programa Springboard de Desenvolvimento de Mulheres, o empoderamento foca na assertividade e nas escolhas certas feitas para um autoconhecimento e desenvolvimento na vida pessoal e profissional. “Por outro lado, o empreendedorismo tem a ver com a criação de um negócio gerenciado de forma autônoma, com o objetivo de independência financeira ou complemento da renda familiar”.


Para Ana Fontes, a mulher brasileira é altamente empreendedora. “Economia, ambiente corporativo hostil, milhões de desempregados no País, filhos pequenos e, além de tudo isto, a necessidade de complementação de renda, são os fatores que impulsionam as mulheres a empreender”, explica.

“Hoje a RME tem quase 300 mil empreendedoras envolvidas, e o objetivo principal da nossa Rede é apoiar estas mulheres no desenvolvimento de seus negócios e para conquistarem a independência financeira”, explica Ana, que diz que o foco da organização é trabalhar com conteúdo de qualidade direcionado ao estilo de gestão das empreendedoras, fazer mentorias coletivas, rodadas de negócios, eventos de networking, capacitação e inspiração para desenvolvimento de negócios.

Imagem: Divulgação RME

Ela lembra que foi executiva do mundo corporativo durante muitos anos e pediu demissão para abrir um negócio próprio em 2009, numa época em que ainda não era tão comum encontrar mulheres empreendendo. “Tive inúmeras dificuldades e resolvi contar estas dificuldades para que outras empreendedoras pudessem aprender com meus erros”, conta. A Rede Mulher Empreendedora surgiu dessa demanda em oferecer apoio a outras empreendedoras do Brasil.

Ana Fontes

Ana Fontes comemora os números: quase 50% dos micro e pequenos negócios no Brasil são liderados por mulheres. “Estamos empreendendo mais. Porém ainda precisamos de apoio para aumentar o impacto e trabalhar questões como acesso ao crédito, capacitação em gestão e dar mais acesso ao mercado”.

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Corinne Giely-Eloi

Imagem: Fernando Willadino

EMPREENDENDO

Ao mesmo tempo, é preciso entender o motivo que leva a mulher a empreender. Autonomia financeira ou sonho de ser dona do próprio negócio nem sempre são as causas. “Muitas mulheres pedem demissão depois de ter filhos ou sacrificam a carreira profissional e corporativa para tornarem-se empreendedoras de forma que possam gerenciar melhor a vida doméstica e familiar, ter mais tempo livre para a família, deixando de lado a carreira e ascensão profissional”, afirma a consultora Corinne Giely-Eloi.

menos de 30% nas diretorias e menos de 10% em conselhos de administração”, afirmar Corinne Giely-Eloi. Foi após uma experiência própria que Corinne descobriu um treinamento capaz de mudar a visão dela sobre o assunto. Em 2012, ao se candidatar a um novo cargo na diretoria internacional da multinacional onde atuava, os diretores disseram que ela não era assertiva o suficiente. “Foi meu primeiro contato com o teto de vidro”, conta. (Leia sobre o teto de vidro no artigo da página 54).

Liderança feminina – Mesmo quando não são donas do próprio negócio, e sim funcionárias, as mulheres têm demonstrado grande potencial para liderar equipes e gerenciar empresas. Mas o interesse e capacitação delas ainda não é suficiente para que cheguem a cargos mais altos. “As estatísticas provam que a baixa representatividade da mulher em cargos de alta gestão no mundo corporativo é parecida em todos os países:

Ao procurar por um curso de liderança voltado para mulheres, Corinne descobriu o Springboard, um programa criado há mais de 30 anos na Inglaterra e que hoje já está presente em 43 países. “Participar do programa mudou completamente a minha perspectiva, e percebi que ajudar as mulheres em suas carreiras e vidas pessoais era o que eu realmente queria fazer”. Ela abriu mão de uma carreira internacional de mais de 20 anos e

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um emprego como diretora de marketing em uma multinacional na França para trazer ao Brasil o Springboard e ajudar a capacitar mulheres em todo o País. O programa, gerenciado por uma ONG na Inglaterra e que recebeu em 2014 a Ordem do Império Britânico pela excelência do trabalho global junto às mulheres, segue os cinco pilares da ONU Mulheres defendendo a participação equitativa em todos os aspectos da vida. Em todo o mundo, mais de 250 mil mulheres já participaram do Springboard. Uma pesquisa realizada em 2014 pelo banco suíço Credit Suisse demonstrou que ter maior presença feminina em cargos de liderança torna as organizações mais lucrativas, há uma melhor gestão de orçamentos, mais

flexibilidade na gestão de projetos, maior comprometimento com a organização e o ambiente torna-se mais organizado. Além disso, mulheres promovem cooperação e possuem visão de longo prazo nas instituições onde atuam. Para a empresária Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora, empresas com equidade de gênero vão além de um papel de responsabilidade social cumprido. “Mais mulheres na liderança significa diferença de opiniões, o que é bastante positivo para as corporações como um todo”. Ana ainda lembra que, no Brasil, as mulheres são responsáveis por 80% das compras em geral, e que empresas com um quadro variável de funcionários tendem a ter uma visão mais completa dos mercados. “Não tem como ignorar a força feminina”, finaliza.

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A sutileza do TETO DE VIDRO no mundo empresarial* As imagens do sucesso das mulheres no mundo empresarial são enganosas. Cada vez mais, elas estão tocando em um “teto de vidro”, uma barreira tão sutil que é transparente, mas tão forte que as impede de subir na hierarquia corporativa. Assim, são impedidas de “chegar ao topo”. O teto de vidro não é um obstáculo para um indivíduo avançar, em função da sua incapacidade técnica de lidar com um trabalho de maior complexidade, mas sim uma barreira que impede as mulheres de alcançar a mais alta gestão, simplesmente porque são mulheres. No ambiente corporativo, “Colocar uma mulher no seu lugar” intimida e desmoraliza as executivas. Muitas hesitam em falar, temendo que isso comprometa suas carreiras. Os homens tendem a não perceber a discriminação como um problema real, tornando virtualmente impossível implementar soluções efetivas. A maior barreira é o “bando de caras sentados juntos em torno de uma mesa” tomando todas as decisões. Os líderes corporativos masculinos tendem a selecionar as pessoas de modo que as mulheres raramente são consideradas no momento da promoção, incluindo situações em que as mesmas estão ausentes. Mulheres executivas são frequentemente excluídas de atividades sociais e mui54

tas vezes mencionam o “clubbiness” entre os homens que estão no topo. Mas como quebrar o teto de vidro? Tomando consciência de que precisamos lutar juntas contra a discriminação (que também existe entre mulheres) e trabalhar para colocar o empoderamento e a liderança feminina na agenda corporativa. Sabendo tomar atitudes positivas e assertivas em situações frustrantes, denunciando injustiças, expondo suas competências, delegando mais, inovando, candidatando-se para cargos técnicos e estratégicos, percebendo quando sua presença e fala pode ser crucial e importante durante a sua carreira. Chega de cursos técnicos! As mulheres já demonstraram suas habilidades e inúmeros sucessos acadêmicos. Está na hora da capacitação comportamental e humana para vencer e superar medos, crenças antigas e uma educação submissa à hierarquia patriarcal que não tem mais seu lugar na vida pessoal e profissional das mulheres. *Por Corinne Giely-Eloi, consultora licenciada pelo Springboard no Brasil, formada em Marketing e Negócios Internacionais. Possui certificação em Open Awareness, Mindfulness e 3C (Concentracão, Calma, Controle), e integra a diretoria do Conselho Estadual da Mulher Empresária de Santa Catarina.


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