Jornal de minas #259

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São João del-Rei 27/11 a 3/12/2015 ANO XVI Nº. 259

São João del-Rei comemora 302 anos de elevação a Vila

PREFEITURA LANÇA EDITAL DA GUARDA MUNICIPAL

AUTO DE LEVANTAMENTO DA VILLA DE SÃO JOÃO d’EL-REY:

A Prefeitura lançou o edital para a guarda municipal. Serão 50 vagas para os concorrentes, sendo três para deficientes físicos. Os classificados trabalharão 40 horas semanais e terão uma renda de R$ 1.662,49. No edital o candidato encontrará informações importantes para exercer a função. Os interessados em se inscrever para concorrer as vagas devem possuir o ensino médio completo, ter conhecimentos em informática, carteira de habilitação A e/ou B, possuir idade de 18 a 40 anos completos até a data da nomeação do cargo, entre outros. As inscrições acontecerão a partir do dia 14 de dezembro de 2015 a 12 de janeiro de 2016. Para esse concurso todas as inscrições, passos e informações serão online no link: http://www.ufsj.edu.br/ fauf/concursoguardamunicipal.php entre às 8h do dia 14 de dezembro e 20h do dia 12 de janeiro.

“Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil sete centos e treze annos, aos oito dias do mez de dezembro do dito anno neste Arraial do Rio das Mortes, onde veiu por ordem de Sua Majestade, que Deus Guarde, Dom Braz Balthazar da Silveira, Mestre de Campo General dos seus exércitos, Governador e Capitão Geral da Cidade de São Paulo, e Minas, para effeito de levantar Villa o dito Arraial; e logo em virtude da dita Ordem, que ao pé deste Auto vai registrada, o criou em Villa com todas as solenidades necessárias, levantando o Pelourinho no lugar, que escolheu para a dita Villa a contento, e com aprovação dos moradores della, a saber na xapada do morro que fica da outra parte do córrego para a parte da Nascente do dito Arraial, por ser o citio mais capaz

e conveniente para se continuar a dita Villa, a qual elle dito Mestre de Campo General, e Governador e Capitão General appelidou com o nome São João del’Rey, e mandou , que com este título fosse de todo nomiado em memória de El Rey Nosso Senhor por ser a primeira Villa que nestas Minas elle dito Governador e Capitão General levanta assistindo a esta nova erécção o Dezembargador Gonçalo de Freitas Baracho, como Menistro do dito Senhor que se acha Ouvidor Geral desta dita Villa, como tão bem assistido toda a nobreza, e Povo della, e se levantou com effeito o dito Pelourinho, e ouve elle dito Governador e Capitão General por erecta a dita Villa, creando nela os Officiaes necessários, assim os Milicias, como de Justiça conducentes ao bom regimen della, e mandou se procedesse a elleição dos pelouros para os Officiaes da Camara na forma da Ley, e de tudo mandou fazer este Auto que assignou com o dito Dezembargador, Ouvidor Geral, e eu Miguel Machado de Avelar Escrivão da Ouvidoria Geral que o escrevy - Dom Braz Balthazar da Silveira - Gonçalo de Freitas Baracho.”

Fotos / José Antônio de Ávila Sacramento

Federalização do Hospital das Mercês será tema de audiência pública

Fórum Regional discute produção e qualidade de derivados do leite A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) e a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) promovem, na próxima sexta-feira (27), o 1º Fórum Regional de Leite e Queijo do Campo das Vertentes. Na oportunidade, pesquisadores, técnicos e produtores discutirão temas como nutrição, segurança alimentar e qualidade na produção de leite e derivados. O evento, que acontece no Campo Experimental Risoleta Neves da EPAMIG, em São João del-Rei, integra o projeto de extensão “Eu como cultura”, coordenado pelo pesquisador da EPAMIG Daniel Arantes e pela professora da UFSJ Renata Reis. O objetivo é orientar produtores e consumidores sobre cuidados com o leite e derivados e os benefícios do consumo para a saúde. “Nosso intuito é estimular os produtores, a investirem em conhecimento e em boas práticas de higiene como forma de agregar valor e qualidade ao queijo artesanal da região”, destaca o pesquisador.

A programação conta com palestrantes da EPAMIG, da Emater-MG e das Universidades Federais de Minas Gerais, Lavras, Viçosa e São João del-Rei. O pesquisador da EPAMIG Instituto de Laticínios Cândido Tostes Fernando Magalhães falará sobre “Ferramentas de análise sensorial aplicadas aos produtos lácteos”. Outros destaques serão palestras sobre qualidade e segurança na produção do queijo minas artesanal; características nutricionais e mitos sobre o consumo do leite; e o espaço para a troca de experiência entre os produtores da região. “Convidamos pesquisadores com reconhecida atuação nas áreas de segurança e qualidade e também produtores que vão relatar experiências de sucesso a partir da adoção de boas práticas de higiene e conservação dos queijos”, informa Daniel Arantes. As atividades do Fórum são gratuitas e as inscrições podem ser feitas no local, a partir das 7h30. A programação terá início às 8h. Mais informações pelo telefone (32) 3379-2649.

A Câmara Municipal de São João del Rei realiza na próxima segunda-feira, dia 30 de novembro, às 19h, no Teatro Municipal, uma audiência pública para debater a possível federalização do Hospital de Nossa Senhora das Mercês. O requerimento da audiência partiu da Comissão de Participação Cidadã, que tem como membros os vereadores Fábio da Silva (PSB) – presidente, Igor Sandim (PSDB) – relator e Fio da Dona Glória (PT) – membro. A discussão sobre a possibilidade de federalização começou a ganhar destaque na cidade no final de outubro deste ano. Desde então, a prefeitura e a UFSJ realizam vários estudos sobre o caso. Algumas reuniões também já foram realizadas entre o executivo municipal, a Universidade e a Arquiconfraria de Nossa Senhora das Mercês. Vale destacar, que a federalização significa tornar o Hospital uma instituição federal, de propriedade da União. Dessa forma, a gestão do Hospital das Mercês seria de responsabilidade da Universidade Federal de São João del Rei.

CONCURSO DE PRESÉPIOS Divulgação

De 10 de dezembro a 10 de janeiro exposição de presépios participantes do Concurso de Presépios da Universidade no Centro Cullural. Na foto, o 1º colocado pelo voto popular em 2015 na categoria Tradicioonal, de Alessandra Cristina Souza.


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São João del-Rei, 27/11 a 3/12/2015

Opinião

SOBRE ASSIS CINTRA E D. PEDRO I JOSÉ ANTÔNIO DE ÁVILA SACRAMENTO Membro do Instituto Histórico e Geográfico, da Academia de Letras e do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural de São João del-Rei

O jornalista, crítico literário, filólogo, historiador Francisco de Assis Cintra nasceu em Bragança Paulista (SP) no dia 13 de março de 1887. Ele deixou um precioso acervo de trabalhos publicados em livros e jornais de São Paulo e do Brasil; faleceu em 29 de junho de 1953, no Hospital Santa Rita, na Capital do Estado de São Paulo, e foi sepultado na sua cidade natal. Nas suas obras o leitor percebe que ele escreveu histórias bastante diferentes daquelas que até hoje ainda se aprende nas escolas. Tal postura rendeu a ele os vieses de destruidor ou desconstrutor da história, iconoclasta, polemista e quixotesco. Por causa disto ele foi praticamente excluído da historiografia brasileira. No ano de 1928, por exemplo, Francisco de Assis Cintra publicou o livro “Histórias que não vêm na História”. A obra foi editada pela Companhia Editora Nacional que, pelos direitos autorais, pagou-lhe oito contos de réis. Naquela publicação há detalhes sobre personalidades históricas tais como Pedro I e II, Domitila de Castro, Deodoro da Fonseca, Benjamin Constant, José de Anchieta, Floriano Peixoto, Francisco Gomes da Silva (“Chalaça”), princesas e condessas... No capítulo “No tempo de Domitilla”, páginas 184 a 198 do livro referenciado, Assis Cintra comentou o temperamento e a vida íntima do primeiro imperador brasilei-

ro, que “tinha em si a tara de seus antepassados, devassos representantes do bastardo duque de Bragança”. Escreveu, ainda, que a mãe de D. Pedro I, Carlota Joaquina, era “impetuosa e nymphomaniaca” e que ela “foi notável pelas suas loucuras amorosas com o famoso João Santos, moço de cavalariça. Sua avó, Maria I, passou para a História com o cognome de “A Louca”. Filho e neto de duas loucas, certo D. Pedro não poderia ser um monarcha pudico e morigerado, um homem normal de temperamento equilibrado. Elle teve grandes defeitos, sendo um dos maiores a sua famosa devoção pelo “rabo de saia”. Deante de uma formosa mulher D. Pedro perdia a compostura e o juízo, fosse ela uma simples marafona ou a consorte de uma de seus ministros”. Assim, não era de se estranhar que maridos proibissem as companheiras de frequentar as festas do Paço, “para que o monarcha não as visse e não as cobiçasse”. Assis Cintra registrou que em 1822 D. Pedro viajou para São Paulo, passando por Taubaté, onde havia lindas e formosas mulheres. O vigário local, que já conhecia a fama e o “fraco” dele pelas beldades, temendo algum incidente desagradável, afastou da cidade “as lindas ovelhinhas” que poderiam viar a ser cobiçadas pelo insaciável “lobo de sangue azul”. Assim, “D. Pedro só viu em Taubaté matronas respeitáveis pela feiúra”. Ao chegar em São Paulo, comentou com José Bonifácio que a terra dele era encantadora e que a gente era bondosa, mas que cansou de ver mulheres feias, “exceto uma “carinha de anjo - a Domitilla, a quem o marido esfaqueou barbaramente.”. O sábio Andrada, rindo-se, retrucou ironicamente: “Talvez,

Alteza, as paulistas formosas se esconderam cautelosamente.”. Dias depois, D. Pedro mandava buscar a tal “carinha de anjo, para transformá-la na Senhora Marquesa de Santos (título que faz menção a uma cidade onde ela nunca residiu) e quase imperatriz do Brasil, “mulher que torturou a pobre Maria Leopoldina com as maiores humilhações que uma feliz amante pode dispensar a uma virtuosa esposa”. A respeito de Domitila, “Pedro I ficou perdidamente apaixonado pelos seus encantos, pois era uma linda luso-brasileira sensual de seios fartos e quadris volumosos, chamada carinhosamente pelo imperador do Brasil de ‘Titília, a bela’.”. Domitila de Castro Canto e Melo não foi a única amante de D. Pedro, mas foi a mais importante e a que mais tempo se relacionou com ele. Antes mesmo de se casar com D. Leopoldina, o príncipe se envolvera com uma bailarina francesa, Noémi Thierry, com quem teve um filho. Durante seu relacionamento com Domitila teve outros casos paralelos, como a esposa do naturalista francês Aimé Bonpland, Adèle Bonpland; relacionou-se com outra francesa, a modista Clemence Saisset, com quem teve um filho e cujo marido tinha loja na Rua do Ouvidor. Além das francesas, a própria irmã de Domitila, Maria Bendita de Castro Pereira, Baronesa de Sorocaba, teve um filho com o imperador. Há registros de que Dom Pedro I não deixava nem mesmo as escravas em paz, que frequentava bordéis e seduzia “moças de família”. Há fortes evidências de que a imperatriz Leopoldina caiu doente e morreu de tristeza por causa das aventuras amorosas do marido. Detalhes da ruidosa aventura extracon-

jugal de D. Pedro e Domitila ficaram registrados em parte nas explícitas cartas que o imperador, assinando como “O Demonão”, escreveu para ela, a “Titília”. Tais correpondências foram encontradas num arquivo dos EUA e revelaram aspectos íntimos da vida dos dois e alguns aspectos da política do Primeiro Reinado (para saber mais sobre este assunto, recomenda-se a leitura de “Titília e o Demonão – Cartas inéditas de Dom Pedro I à Marquesa de Santos”, de Paulo Rezzutti). Quanto ao escritor Assis Cintra, não se pode assegurar que ele tivesse a intenção ou o prazer de patrocinar qualquer “demolição histórica”. O que ele não desejava era acreditar piamente em histórias eivadas de erros e repetir maquinalmente supostas verdades em detrimento da realidade oculta atrás das aparências. Sabemos que na História do Brasil há episódios de tal modo impressionantes que nos dão a impressão de que são pura invencionice ou suspeita-se de grandes manipulações para vangloriar fatos e fabricar ou demitologizar a certos heróis. Assis Cintra achava que “os livros escolares de História do Brasil não abandonaram a farsa da tela de Pedro Américo sobre a Independência e que havia uma certa preferência pela lenda do que pela verdade aguda da história” (a quem interessar entender a razão desta afirmação eu recomendo uma releitura dos episódios ocorridos a 07 de setembro de 1822 e a comparação das imagens do quadro “O Grito do Ipiranga”, de Pedro Américo, com a pintura “1807 - Friedland”, de Jean-Louis Meissoner). Aliás, pelo que percebemos, parece que tentar fantasiar ou falsear a História é aquilo mais se vê por aí, ou não?

Mariana não é Paris Pedro Cardoso da Costa Interlagos/SP • Bacharel em Direito

Ocorreram duas tragédias próximas uma da outra nessas cidades. Em Mariana, no estado de Minas Gerais, uma barragem da mineradora Samarco se rompeu e destruiu tudo que encontrou pela frente, inclusive dois vilarejos. Matou 7 pessoas e mais uma dezena continua desaparecida e talvez essas vítimas não tenham o sagrado direito de serem sepultadas. Em Paris, ataques terroristas atribuídos e assumidos pelo Estado Islâmico mataram mais de cem pessoas e comoveram o mundo, incluindo os brasileiros. Pelos franceses, foi uma comoção total. As páginas do Facebook foram cobertas com as cores e a bandeira da França. Houve uma reação crítica e imediata a essa diferença de tratamento. A tragédia em Mariana fora anterior e não teve alcance mundial. Primeiro, por se tratar de rotina; depois, porque não foi praticada por terroristas. Nenhuma campanha, nenhum

minuto de silêncio nas partidas de futebol, nada foi visto, além do noticiário superficial, narrativo e rotineiro na mídia em geral. O que se viu foi um silêncio “ensurdecedor”, como se nada tivesse acontecido. Os críticos cometeram o mesmo erro da imprensa. Lembraram de Mariana por causa de Paris. Se fosse pela quantidade de vítimas francesas, precisariam ter lembrado que, na sexta-feira do massacre, outra “Paris” de brasileiros pode ter sido assassinada aqui. Mantida a média anual de 50.000 assassinatos, 136 brasileiros podem ter sido trucidados sem assustar ninguém, com sói, por se tratar de outra rotina banal nossa. Só sociólogos e outros profissionais poderiam explicar a comoção que causaram os mortos franceses e nenhuma palha movida contra a carnificina brasileira diária. Depois, os mesmos profissionais poderiam dar um sentido técnico sobre aqueles insurgentes aos franco-brasileiros que coloriram suas páginas em defesa do país europeu. Só citaria alguns casos sem

solução até hoje por essas bandas, sem qualquer movimentação por um desfecho. O do assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, que, após 14 anos, continua sem julgamento de alguns investigados. O da boate Kiss, no qual 241 foram sapecados vivos e continua sem culpados. Há semelhanças entre os dois casos apenas pela falta de ações preventivas. Se a guerra tivesse sido declarada previamente pela França teria evitado a morte de mais de cem pessoas. Já não seria imaginável uma fiscalização séria que pudesse ter evitado o caos da Samarco. A diferença após as tragédias é que na França há reação pela população e medidas de fato; aqui, só desculpas. Não apareceu ainda quem é o órgão ou governo responsável pela fiscalização das barragens. Cada um faz cara de desentendido e só atribui culpa à empresa. Fosse assim seria pior do que a negligência gritante na fiscalização. Não se pode imaginar que algo da dimensão de uma barragem daquele porte surgisse e se

mantivesse clandestinamente sem nenhuma interferência governamental. Ainda que nessa terra de ninguém! De concreto só um decreto federal incluindo o rompimento de barragens dentre os “desastres naturais”. Deve ser pioneiro o desastre natural de uma obra cem por cento do homem. Caso seja configurado crime ambiental ou os responsáveis enquadrados em crime doloso eventual, qualquer norma que não venha do Congresso Nacional não tem nenhuma eficácia, nenhuma validade. Comparado ao sangue dos brasileiros assassinados anualmente, o dos franceses seria uma gota no oceano. Já os solidários de Facebook deveriam colocar um fio de sangue escorrendo sobre a bandeira brasileira nas suas páginas em solidariedade aos mais de cem assassinatos do nosso dia a dia. Resta dizer aos críticos contumazes de quem se vestiu de francês que eles também não cobriram suas páginas com as cores de Minas Gerais nem de Mariana.

Curso Técnico em Leite e Derivados

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA EXAME DE SELEÇÃO DO INSTITUTO CÂNDIDO TOSTES A partir de segunda-feira, 23, o Instituto de Laticínios Cândido Tostes (EPAMIG ILCT) está com inscrições abertas para o exame de seleção para o curso técnico em Leite e Derivados. São oferecidas 30 vagas para o primeiro semestre de 2016. Podem concorrer candidatos com o ensino médio completo ou equivalente e ainda os matriculados na 2ª ou 3ª série do ensino médio. As provas serão no dia 12 de dezembro, sábado, nas dependências do ILCT, em Juiz de Fora. O curso tem duração de dois anos, com foco na qualificação de mão de obra para atuar nos segmentos da cadeia de lácteos. Todos os alunos formados têm estágio

assegurado e, desses, cerca de 70% são contratados pelas empresas do setor. As inscrições podem ser feitas pelo site www.candidotostes.com. br (onde está o edital completo), na secretaria do ILCT (Rua Tenente Luiz de Freitas, 116 - Santa Terezinha), ou por procuração.

EXAME DE SELEÇÃO INSCRIÇÕES de 23 de novembro a 10 de dezembro de 2015 PROVAS 12 de dezembro de 2015 RESULTADO 14 de dezembro de 2015 DÚVIDAS (32) 3224-5450

ORAÇÃO A IRMÂ DULCE • Senhor Nosso Deus. Recordando a vossa Serva Dulce Lopes Pontes, ardente de amor por vós e pelos irmãos, nós vos agradecemos pelo seu serviço a favor dos pobres e dos excluídos. Renovai-nos na fé e na caridade, e concedei-nos a seu exemplo vivermos a comunhão com simplicidade e humildade, guiados pela doçura do Espírito de Cristo. Bendito nos séculos dos séculos. Amém

ORAÇÃO A SÃO JUDAS TADEU • (Para ser dita em grandes aflições quando parecermos desamparados de todo socorro visível ou para casos desesperados). São Ju­das Tadeu, glorioso Apóstolo, fiel servo e amigo de Jesus, o nome do traidor é cau­sa de serdes esquecido por muitos mas, a Santa Igreja invoca-vos universal­ mente­como padroeiro de casos desesperados, sem remédio. Intercedeu por mim que sou mi­serável, pondo em prática, eu vo-lo rogo, o privilégio particular que Vos é concedido,­a fim de trazer ajuda pronta e visível onde isto é quase impossível. Vinde valer-me nesta grande necessidade para que eu possa receber as consolações e socorros do Céu em todas as minhas aflições, necessidades, e sofrimentos, particularmente (aqui dizer a graça que se deseja obter)... e que eu possa bem dizer a Deus con­vosco e todos os eleitos por toda Eternidade.­Eu vos prometo, bem-aventurado São Judas, ter sempre presente esta grande graça e não cessar de honrar-vos, como meu especial e poderoso padroeiro e farei quanto posso para espalhar a devoção para convosco. Assim seja. São Judas Tadeu, rogai por nós e por todos os que Vos honram e Vos invocam. COM LICENÇA ECLESIÁSTICA. Em ação de graças por uma graça alcançada.

ORAÇÃO A SANTO EXPEDITO • (Se você está com algum problema de difícil solução e precisa de ajuda urgente, peça esta ajuda a Santo Expedito que é o Santo dos Negócios que precisam de Pronta Solução e cuja Invocação Nunca é Tardia) • Meu Santo Expedito das Causas Justas e Urgentes. Socorrei-me nesta Hora de Aflição e Desespero, intercedei por mim junto ao Nosso Senhor JESUS CRISTO! Vós que sois um Santo Guerreiro, Vós que sois o Santo dos Aflitos. Vós que sois o Santo dos Desesperados. Vós que sois o Santo das Causas Urgentes. Protegei-me, Ajudai-me, Dai-me Força, Coragem e Serenidade. Atendei ao meu pedido: “Fazer o pedido”. Ajudai-me a superar estas Horas Difíceis, protegei-me de todos que possam me prejudicar, Protegei a Minha Família, atendei ao meu pedido com urgência. Devolvei-me a Paz e a Tranqüilidade. Serei grato pelo resto de minha vida e levarei seu nome a todos que têm fé. Obrigado. Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e fazer o Sinal da Cruz. Em agradecimento, mandei publicar e distribui um milheiro desta oração, para propagar os benefícios do grande Santo Expedito. Mande você também publicar ime­diatamente após o pedido.

ORAÇÃO A SANTA EDWIGES • Ó Santa Edwiges, vós que na terra fostes o amparo dos pobres, a ajuda dos desvalidos e o socorro dos endividados, e no Céu agora desfrutais do eterno prêmio da caridade que, em vida praticastes suplicante vos peço que sejais a minha advogada, para que eu obtenha de Deus o auxílio de que urgentemente preciso: (FAÇA O PEDIDO), alcançai-me também a suprema graça da salvação eterna. Santa Edwiges, rogai por nós. Amém. Rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e fazer o sinal da Cruz.

Editora Minas Gerais Ltda Rua Santo Elias, 106 - 36300-104 - Centro São João del-Rei - Tel.: (32) 3373-2552 9973-3272 / 8703-2986 www.jornaldeminas.com.br / jornaldeminas@city10.com.br

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EDITOR Cristiano R. Pereira Filho

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Variedades

IRMÃ GEMA: EXEMPLO DE VIDA Rugiam os vagalhões das ondas em 7 de março de 1911, batendo a costa norte da Espanha, mais precisamente em El Ferrol, base naval protegida do oceano proceloso pelas reentrâncias desse fiorde galego. Era inverno no hemisfério norte. Inverno daqueles antigos, frigidíssimo. Estação das águas sem fim. É tentador imaginar o vento e as rajadas de chuva açoitando as paredes da casa, onde, naquele dia, nascia, no aconchego da lareira, uma menina a que deram o nome de Ramona. Ramona Ferraces Seijo. Esse foi seu nome no registro civil. Veio ao mundo numa família numerosa. Ela e mais oito irmãos. Seu pai era oficial da Marinha e, por esse motivo, servia na base naval. Viveu seus anos de infância e juventude naquele ambiente militar, cristão, austero e dedicado ao bem comum. A tal ponto que dos nove irmãos, três moças – Ramona entre elas – abraçaram a vida religiosa. O jornal “La Merced”, da Venerável Ordem Terceira e Confradias de Madrid, publicava, em seu número de 15 de março de 1936, a notícia enviada pelo Convento de Zumárraga (no País Basco espanhol), dando conta que, em 2 de janeiro de 1936, (em tradução livre) as postulantes que tomaram o Santo Hábito Juana Lete, Antonia Larrarte, Lucía Maiz e Ramona Ferraces receberam os nomes de Sor. Maria Rosario, Sor. Juliana de Jesús, Sor. María Ascensión de Jesús e Sor. Gemma de Jesús. A partir daí, Ramona passou a se chamar Gemma de Jesús. Eram tempos difíceis na Espanha. Tinha sido proclamada a república. A agitação comunista, patrocinada por Stalin, incendiava o país. Arderam igrejas, conventos... morreram padres e freiras. A história nos dá conta de cerca de vinte mil igrejas e conventos arrasados e queimados e quase sete mil sacerdotes e religiosas assassinados (entre eles, treze bispos). Isso tudo, apenas entre 1931 e 1939, período que durou aquela república de triste memória. Não foi à toa que o Vaticano, ao longo dos três últimos pontificados, beatificou 1.253 mártires da fé. Todos eles, assassinados na Espanha naquele período. João Paulo II beatificou 233 em 2001; Bento XVI fez o mesmo com 498 em 2007; e Francisco, com 522 em 2013, conforme noticiava o jornal “Folha de São Paulo” em 13.10.2013. Previsivelmente, esse estado de coisas não podia durar. O exército sublevou-se em 18 de julho de 1936 para tirar a Espanha dessa hecatombe. Começava a guerra civil, que duraria até 1939. No início da guerra, nossa Irmã Gemma estava no convento de Zumárraga. Essa cidade permaneceu em poder dos comunistas até 20 de setembro de 1936. Esses dois meses foram muito tensos. Não obstante todo o ódio instilado pela filosofia comunista e pelo stalinismo contra a religião, as irmãs do convento não deixaram de fazer aquilo para o qual tinham dedicado sua vida: a caridade. Caridade para com os combatentes comunistas feridos em batalha..., que acorriam aos cuidados das freiras, nesses aflitivos momentos em que se viam entre a vida e a morte... Em Zumárraga, os comunistas locais capitularam em 20 de setembro daquele ano. Mas boa parte da Espanha ainda sofreria os horrores da guerra, até março de 1939. Nesse meio tempo, a irmã Gemma manifestou seu desejo de ser missionária no Brasil. Seu desejo foi atendido. Vieram algumas freiras. Mas, por causa da guerra, a viagem foi cheia de tribulações. Os portos da Espanha estavam minados. Então, tiveram que ir por terra, atravessar a fronteira, até Lisboa, para só então embarcar rumo ao Brasil. Chegaram em 20 de julho de 1938. Aqui, a irmã Gemma foi “rebatizada” como Gema, nome que conservou e com o qual a conhecemos. Desenvolveu seu trabalho em vários pontos deste país: Campos do Jordão, Recife, São João del-Rei, novamente Campos do Jordão, Paraná e, por fim, para não mais sair, São João del-Rei. Especificamente a São João del-Rei, as irmãs mercedárias chegaram em 21.06.1948, tal como consta em placa comemorativa afixada no saguão de entrada do Hospital de N. Sra. das Mercês. Tinham vindo atendendo aos pedidos da direção do hospital, que vinha sendo construído desde abril de 1942. No início, a irmã Gema (tal como as demais irmãs mercedárias) dedicou-se a ajudar na implantação do Hospital. Era incansável. Acordava cedo. Assistia à missa diariamente às cinco da manhã na Matriz do Pilar e, com a força revigorada pela fé, um dia saia de ônibus visitando todas as fazendas da redondeza e pedindo ajudas para a construção do hospital. Noutro dia, suas an-

Estaleiro de El Ferrol no início do século XX

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São-joanense recebe prêmio e vende obra em exposição no Carrousel do Louvre Fotos / Arquivo Pessoal Diego Mendonça

TEXTO VAN ANA LUIZA FONSECA

Ramona em sua juventude laica

Convento de Zumárraga – País Basco Espanhol

Igreja vanzalizada na década de 1930

Comemoração dos 100 anos de Irmã Gema - 2011

danças eram por toda a cidade. Voltava tarde, mas com a satisfação de ter combatido o bom combate. Seus esforços não foram em vão e o Hospital foi inaugurado, ainda inacabado, em 05 de novembro de 1949. As obras se estenderam até o ano seguinte, quando o edifício foi totalmente concluído. A partir daí, a irmã Gema compatibilizou suas atividades no hospital com uma nova missão: desenvolver sua obra social no bairro Tijuco, onde promovia aulas de corte e costura para moças e servia sopa às crianças. Sempre gostou muito de futebol e, por causa disso, promoveu times de futebol feminino, incentivando as moças através do esporte. Fundou também uma fábrica de bolas de futebol nas dependências de sua obra social. Seria ocioso repetir aqui o quanto a irmã Gema representou em termos de trabalho social e abnegação cristã a serviço dos mais carentes nesta São João del-Rei. Era incansável na procura de recursos entre os poderosos (políticos, doutores, empresários, etc.). Seus contatos ultrapassavam fronteiras. Graças a Deus (e graças a ela), pode-se dizer que sua vida foi de uma eficácia sem par a serviço de sua obra. Conheci a Irmã Gema quando eu ainda era criança, pouco tempo depois que cheguei a São João del-Rei, com meus pais e irmãos, em novembro de 1960. Logo que chegamos, vindos da Espanha, ficamos sabendo que existia um hospital administrado por freiras espanholas. Não demorou muito, e fizemos uma primeira visita às freiras. Para conhecê-las, e para que nos conhecessem. Começou então uma longa amizade da família com as irmãs. As visitas ao hospital se sucederam e viraram rotina. Sempre aos domingos à tarde! A amizade rendeu frutos. Dando um exemplo, entre muitos, tive a satisfação de ver meus dois filhos nascerem pelas mãos amorosas da saudosa Irmã Eleutéria, antes que o também saudoso Dr. Cid Valério pudesse terminar os partos, ambos naturais. Já viúva, minha mãe, sabendo da paixão da Irmã Gema pelo futebol, passou a convidá-la para almoçar, naqueles domingos em que a televisão transmitia, à tarde, jogos do Real Madrid, time de coração da Irmã. Nessas ocasiões, minha mãe se esmerava no almoço, preparando-o com todos os ingredientes indispensáveis a uma autêntica paella a la marinera, recheada com todos os frutos do mar de praxe. Almoçando, a Irmã dizia que podia sentir o cheiro do mar. Daquele mar bravio que conheceu, ainda menina, nas costas galegas batidas pelas ondas e pelos ventos. Após aqueles almoços, lembro-me, com muito carinho e saudade, das duas sentadinhas no sofá da sala. Minha mãe, fazendo-lhe companhia. E a Irmã Gema, torcendo, vibrando e até reclamando do juiz (sem pala-

São João del-Rei, 27/11 a 3/12/2015

Hospital N. Sra. das Mercês em construção

vrões, claro), quando este “fazia por merecer”, como ela dizia. Naqueles breves momentos, a Irmã Gema permitia-se dar lugar à “Doña Ramona” que renascia dentro de si, apreciando as jogadas do Real Madrid, daquele time “merengue”, todo vestido de branco. Da mesma cor imaculada do seu hábito, o qual nunca abandonou. Ela nos deixou. Na missa de corpo presente, podia-se, ao lado de seu ataúde, sentir o odor de santidade que dele exalava e inebriava o ambiente e os presentes à sua volta. Que me perdoe a Congregação para as Causas dos Santos, mas, ouso dizer que pressinto ter tido a honra de conhecer pessoalmente uma santa. Em seu devido tempo, o Vaticano dirá se me assiste razão. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: http://www.todocoleccion.net/militaria-fotografia/el-ferrol-1910-arsenal-dique-san-juan~x50630306 La Merced – Órgano de su Venerable Orden Tercera y Cofradías – Número 3 – Editorial Católica Toledana, 15.03.1936, p. 95. http://enfeps.blogspot.com.br/2014/05/las-hermanas-mercedarias-de-la-caridad.html https://books.google.com.br/books?id=3N2ryNhbnMsC&pg=PA108&lpg=PA108&dq=%22zum%C3%A1rraga%22+ %22carlistas%22+%221936%22&source=bl&ots=KZWc28j czN&sig=ciuAkfZR-isUDDxOkd0rIzQkqXo&hl=pt-BR&sa=X &ved=0CDgQ6AEwBGoVChMIpej53ZyLyQIVQhSQCh2vYQa G#v=onepage&q=%22zum%C3%A1rraga%22%20%22carlistas%22%20%221936%22&f=false. http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/10/1356020-vaticano-beatifica-522-religiosos-mortos-na-guerra-civil-espanhola-em-meio-a-polemica.shtml http://realidadesocialista.blogspot.com.br/2007/12/realismo-socialista-parte-iv.html http://www.patriamineira.com.br/index.php?secao=ver_ categoria&id_cat=46&id_subcat=43&tipo=textos&acao= ver&id=3&pag=5 http://www.diocesedesaojoaodelrei.com.br/index.php?option=com_ content&view=article&id=3863:com-103-anos-irma-fala-sobre-sua-vocacao-e-os-trabalhos-sociais&catid=1:tima s&Itemid=68 Grêmio Espanhol – 100 anos de História – 1911-2011 – José Carlos Hernández Prieto... [et al.] – Belo Horizonte: Speed, 2011, p. 192. Arquivo particular. OBS.: Todas as leituras dos links acima foram feitas em 12.11.2015.

José Carlos Hernández Prieto Membro da Academia de Letras de São João Del-Rei. Patrono: Hildebrando Bolivar de Magalhães. Cadeira nº: 20. Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei. Patrono: Gentil Palhares. Cadeira nº: 27 José Carlos Hernández Prieto nasceu em Salamanca, Espanha, em 1953. Veio para São João del-Rei em 1960, acompanhando seus pais, na esteira da implantação da Companhia Industrial Fluminense (atual LCM) nesta cidade. Aqui residiu até 1970, quando mudou-se para Belo Horizonte, onde se formou em Administração de Empresas pela UFMG. Trabalhou durante 26 anos na Construtora Andrade Gutierrez S.A., exercendo suas funções nas áreas de Controle, Custos e Planejamento Estratégico e na implantação dos sistemas da empresa em suas obras no Brasil e no Exterior. Desligou-se da empresa em 2001, passando a trabalhar como tradutor técnico e literário. Nessa nova atividade, traduziu textos de arte para diversas entidades como o Museu de Arte Moderna de São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Instituto Tomie Ohtaki, dentre outras. Foi nomeado tradutor juramentado em El Salvador em 2004 e no Brasil em 2009, passando então a exercer esse ofício público, paralelamente às suas atividades como tradutor técnico e literário. Em 2011 publicou, em coautoria, o livro “Grêmio Espanhol – 100 anos de História”, edição bilíngue, que descreve a existência dessa instituição belo-horizontina, nascida pouco tempo depois da fundação de Belo Horizonte. Finalmente, após quase 43 anos fora de sua terra de adoção, voltou para São João del-Rei em janeiro de 2013, quando foi afetuosamente acolhido em seu retorno. Tendo sido convidado para participar do Instituto Histórico e Geográfico e da Academia de Letras desta cidade, atualmente é membro efetivo dessas duas instituições.

Depois de ser escolhido pela seleção da Heclectik-Art para representar o Brasil na Europa e expor algumas de suas obras em Paris entre os dias 23 a 25 de outubro, o artista plástico Diego Mendonça já está de volta. Mendonça ficou em terceiro lugar no Voto Popular no Salão de Arte Contemporânea no Carrousel do Louvre em Paris. Diego explicou que a exposição aconteceu em uma das salas temporárias do Carrousel Du Louvre e “teve um público assíduo com bastante gente visitando. Muitos artistas e muitos colecionadores, muitos amantes da arte foram visitar a exposição, que foi muito bem divulgada e que tem estrutura realmente muito boa. A exposição é uma feira chamada Art Shopping que acontece dentro do Carrousel Du Louvre e teve uma repercussão muito boa”. “Muitos artistas contemporâneos passaram pelo Carrousel Du Louvre, temos um grande exemplo, conhecido no mundo todo, Romero Britto. Ele expôs lá e sempre coloca em suas apresentações que teve suas obras expostas no Louvre. Então, o nome “Louvre” tem um peso muito grande na carreira de quem expõe. É um divisor de águas na carreira do artista, uma exposição na cidade das artes” completa Diego. Dentre os problemas enfrentados pelo artista, um deles foi o questionamento de algumas pessoas sobre a relação entre o Museu e o Carrousel do Louvre. Ele contou que “dentro do Louvre existe a divisão do museu, do Carrousel, dos restaurantes, do shopping. Mas tudo faz parte do complexo do Louvre que é do governo francês. Então é muito importante, sim. É um marco na carreira de qualquer artista”. Os resultados da exposição foram satisfatórios em vários quesitos para o artista são-joanense. Uma de suas obras preferidas, “Inocência”, emocionou o público. “Os meus quadros chamaram um pouco de atenção, inclusive, teve

Diego Mendonça com duas de suas obras em frente ao Louvre

Folder de divulgação do artista na França

uma mulher que chorou diante de um dos meus quadros, que é aquele da menininha de vestido amarelo com o cachorrinho. As pessoas elogiaram muito! Inclusive, eu recebi vários convites para expor em diversos lugares do mundo, como: Nova York, Miami, Tókio, Buenos Aires, Cidade do México, Berlim. Os convites surgiram após a exposição, então o público realmente gostou! Tanto que eu fui o único brasileiro que vendeu uma obra lá”.

Inocência


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emvoga Sociais

São João del-Rei, 27/11 a 3/12/2015

“HABEMUS” NOVO PRESIDENTE NA ACADEMIA!

SOBRE RASURAS, AINDA... O livro “A Rasura – Francisco de Lima Cerqueira e Antônio Francisco Lisboa, O Aleijadinho, ainda...”, obra do professor e escritor são-joanense Oyama de Alencar Ramalho foi lançado em 24 de agosto de 2002 na cidade de São João del-Rei - MG, no dia 29 do mesmo mês em Belo Horizonte - MG e, depois, também em Portugal, na cidade do Porto. Na obra, o autor nos alertou a respeito de uma dúvida quanto à autoria do projeto arquitetônico (ou risco) da construção da igreja de São Francisco de Assis, da mineira São João del-Rei. Há uma evidente “rasura” na ata de 11 de setembro de 1785 (do Livro de Termos da Venerável Ordem Terceira de São Francisco), o único documento (adulterado) em favor da participação de Antônio Francisco Lisboa na arquitetura de São João del-Rei: vê-se que o nome Anto. Mrz. (seria Antônio Martins?) teve o sobrenome “Mrz” riscado e o nome Francisco Lisboa (Franco. Lxa.) do artista fora anotado à

margem, com caligrafia e tinta que parecem não ser da mesma época em que a ata foi escrita... No ano de 2014, no opúsculo “Aleijadinho - Antônio Francisco Lisboa”, editado pelo IEPHA/MG (Belo Horizonte - MG), a página 08 apresentou reprodução fotográfica de trecho do Livro de Registros da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo da Vila Real do Sabará, datado de 19 de agosto de 1806 (fotografada por Leandro Rezende). Nesta reprodução, chama a atenção o nome “Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho” nas linhas 8 e 9 da reprodução parcial do referido livro,que, também parece que foi escrito com caligrafia e tinta diferentes da época em que a ata foi elaborada (vide a foto). Se na ata de São João del-Rei houveram riscos e rasuras, na ata de Sabará o registro do nome “Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho” traz a indagação de que tenha sido acrescentado posteriormente... “E agora, José?”.

OSNI PAIVA: IMAGENS DE NHÁ CHICA & PADRE VICTOR O escultor sacro sãojoanense Osni Paiva, que já havia esculpido a imagem oficial da nossa conterrânea e beata Nhá Chica sob aprovação da Santa Sé, esculpiu também, sob a mesma orientação, a imagem do beato Padre Francisco de Paula Victor (“o Anjo Tutelar de Três Pontas”), beatificado no dia 14 de novembro de 2015 em cerimônia presidida pelo cardeal Ângelo Amato, Prefeito da Congregação da Causa dos Santos (Vaticano), representando o Papa

S.O. S. IGREJA DE SÃO MIGUEL DO CAJURU

Francisco. Embora a vida religiosa do mais recente beato brasileiro seja ligada à cidade de Três Pontas, onde foi pároco durante 53 anos até à data da sua morte em 23 de setembro de 1905, Padre Victor é natural da cidade mineira de Campanha, filho da escrava Lourença Maria de Jesus e veio á luz em 12 de abril de 1827. Na foto, o festejado santeiro está junto do saudoso Monsenhor Paiva, em imagem obtida na Sacristia da Matriz do Pilar, em 22 de março de 2008.

A situação crítica de conservação dos altares (mor e colaterais) e arco cruzeiro que se apresentam carcomidos por uma enorme infestação de cupins e um abatimento que ocasiona trincamento na parede da capela mor da Igreja do distrito são-joanense de São Miguel do Cajuru preocupam ao restaurador Carlos Magno de

Araújo, bem como ao escultor sacro Osni Paiva e ao colaborador deste jornal, o cajuruense José Antônio de Ávila Sacramento. O trio já se mobiliza na busca de recursos que possam salvar as peças componentes daquela histórica igreja que guarda talhas de expressivo valor e obras-primas do pintor ilusionista sacro Joaquim José da

Natividade. O pleito chegou ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural de São João del-Rei e conta com a sensibilidade da presidente Ruth do Nascimento Viegas e integrantes daquele colegiado, haja vista o referido templo ter sido o primeiro bem tombado em nível municipal no ano de 1999.

Eleito para presidir a Academia de Letras de São João del-Rei o professor e ex-diretor executivo da Funrei (atual UFSJ) João Bosco de Castro Teixeira, a quem cumprimentamos e desejamos sucesso para os trabalhos do próximo biênio à frente do sodalício. O acontecimento traz esperanças de que a nossa Arcádia possa ser revigorada e continue a ser um grande e habilitado palco para discussões culturais a respeito da nossa terra. Assim, prestigiar-se-á o fascínio pela palavra escrita e o interesse pelas questões que englobam o vernáculo e as suas personalidades mais representativas da terra são-joanense e de alhures! Divulgação - Página UFSJ

MARA ÁVILA: UMA SAUDADE... GENTE NOVA

Faleceu em 18 de novembro a artista “Mara Ávila” (Maria José Dutra de Ávila Carvalho). Nascida em Itambé-PE aos 12 dias do mês de novembro de 1929, foi casada com o pensador são-joanense dr. José de Alencar Ávila Carvalho (vide foto do casal, em 1999). A equipe do Jornal de Minas solidariza-se com a família enlutada e registra os seus mais profundos pesares.

Registramos a alegria do casal Carolina Torga & Marcus Vinicius Rozzeto Silva e as suas respectivas famílias que festejam a chegada da Laura que veio à luz no início deste mês de novembro de 2015. A editoria do Jornal de Minas participa da alegria do casal!

ACADEMIA DE LETRAS A reunião mensal da Academia de Letras de São João del-Rei de 29/11/2015, última do ano, iniciou-se com as honras cívicas do acadêmico Murilo Geraldo de Souza Cabral ao Pavilhão Nacional e suas sensatas manifestações enquanto conselheiro fiscal daquela Casa de Letras (foto). A sessão prosseguiu com a aprovação do nome para mais novo membro da casa, Adilson do Nascimento, na condição de para-acadêmico, personalidade que, como foi saudado por um confrade, “como pintor e restaurador vem escrevendo magistralmente páginas da nossa história através de suas formidáveis pinceladas”. A reunião prosseguiu tendo como destaque a apresentação da publicação número 08 da Academia, uma “Edição Comemorativa aos (sic) 300 anos da Comarca do Rio das Mortes”, parceria mui bem sucedida com a 37ª Subseção da OAB local, através do seu presidente dr. Victor Agostini de Carvalho (na foto com a publicação em mãos), e com a OAB/MG, através do apoio do diretor-financeiro dr. Ronaldo Armond.

“SUBMISSÃO DETURPADA”

E A PORTADA DA IGREJA DE MATOSINHOS, VOLTARÁ OU NÃO? Como se sabe, na década de 1970, quando da demolição da primitiva Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, a portada do templo foi transferida irregularmente para os proprietários da Fazenda São Martinho da esperança, Campinas - SP, onde ornamenta a propriedade. Descoberta a transação e o paradeiro da peça, um processo judicial para a “repatriação” da peça foi iniciado com denúncia ao MP de MG, no ano de 2003. A peleja prosperava sob os cuidados da Justiça Estadual de MG, mas, depois, foi transferida para a Justiça Federal, a pedido do IPHAN. Será que a peça ainda voltará para o seu local de origem?

Tesoureiro José Egídio de Carvalho, vice presidente Zélia Leão Terrell e presidente Wainer Ávila diretores da Academia de Letras, cujos mandatos encerram este ano

Ajudante de açougueiro / Alfaiate / Auxiliar de cozinha / Auxiliar de laboratório de análises físico-químicas / Auxiliar de serviço de copa / Açougueiro / Borracheiro auxiliar / Caldeireiro / Camareira de hotel / Chapeiro / Chefe de cozinha Cortador de roupas / Costureira em geral / Cozinheiro geral / Empregado doméstico nos serviços gerais / Garçom / Lavadeiro, em geral / Modelista de roupas / Oficial de serviços gerais na manutenção de edificações / Recepcionista de hotel / Trabalhador rural / Vendedor interno / Vendedor pracista / Colocador de vidros Automotivos Vagas para PCD • Auxiliar administrativo / Teleoperador de suporte técnico / Técnico em manutenção de equipamentos de informática INFORMAMOS QUE O SINE DIVULGARÁ PELOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO APENAS AS OFERTAS DE EMPREGO DE DIFÍCIL COLOCAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO.

SALIENTAMOS, ENTRETANTO, QUE AINDA EXISTEM INÚMERAS OUTRAS VAGAS SENDO OFERECIDAS. PARA CONHECÊ-LAS, O CIDADÃO DEVE IR AO POSTO DO SINE LEVANDO CARTEIRA DE TRABALHO, CPF E IDENTIDADE.

Filho desta terra, o desembargador dr. Rogério Medeiros Garcia de Lima (TJMG), em publicação na Revista da Academia Mineira de Letras (Vol. LXXXII, 2015, páginas 77 a 83), dentre outros conceitos ressaltou que: “como é moda atribuir rótulos às pessoas no Brasil contemporâneo, eu sou defensor da liberdade, da democracia, da justiça social, do desenvolvimento nacional e da proteção devida pelo estado também - e principalmente - às pessoas de bem. Sigo, enfim, o jurista romano Ulpiano, para quem os princípios do direito são viver honestamente, não ofender ninguém e dar a cada um o que lhe pertence”. Viva!

Ministério das Relações Exteriores oferece 60 vagas em concurso público Cargo de Oficial de Chancelaria tem vencimentos de R$ 7.292,02 O Ministério das Relações Exteriores está com inscrições abertas para seu concurso público, visando o preenchimento de 60 vagas para o cargo de Oficial de Chancelaria. Para concorrer, é necessário curso superior em qualquer área. O cargo tem remuneração de R$ 7.292,02 e carga horária de 40h semanais. Inscrições As inscrições para o concurso vão até 16 de dezembro, através do site www.fgvprojetos.fgv.br/

concursos/mre. A taxa de inscrição é de R$ 120,00. Provas As provas estão previstas para o dia 31 de janeiro de 2016, nas cidades de Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Recife (PE), Porto Alegre (RS) e Belém (PA). Elas acontecerão das 8h às 12h, seguindo o horário de Brasília. Informações 0800 283 4628 | concursomre@ fgv.br


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