O imparcial #4822

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O IMPARCIAL conquista seus 120 anos de fundação Da Redação • Coincidentemente o jornal O IMPARCIAL festeja com júbilo o marco dos seus 120 anos de fundação paralelamente ao evento global dos Jogos Olímpicos de 2016, a realizar-se no Rio de Janeiro, que também surgiu no ano de 1896 em Atenas, na Grécia. É com muito orgulho e emoção que registramos hoje, 25 de junho, o aniversário de fundação de nosso jornal, fruto do trabalho imbatível do idealizador e fundador da obra – o incansável Francisco Vieira de Siqueira e da operosidade dos seus dois filhos Agenor e José de Assis Vieira, este assumindo com altruísmo o seu comando em janeiro de 1933, após o falecimento de seu progenitor. O diretor José de Assis conduziu seu trabalho com proficiência, mantendo-o com amor e abnegação com circulação ininterrupta ao longo de 43 anos. Ânimo, coragem e otimismo foram elementos básicos para a nossa caminhada até os dias de hoje: desde o ano de 1968 fui assessora de meu querido pai José de Assis Vieira, contribuindo e partilhando, passo a passo, de sua jornada profissional. Ele em sua luta pela vida conviveu com a adversidade de uma trombose cerebral; porém, felizmente, conseguiu prolongar sua existência no decurso de 17 anos, devido ao amor ao trabalho e face a um elevado espírito, apoiado especialmente, pela assídua e desvelada assistência de sua

amada esposa Joaninha Marini Vieira, minha querida e bondosa mãe. Com ele aprendi a executar as tarefas com dedicação e amor sempre renovado, a cada dia, mês e ano, até atingir o ápice do prazer jornalístico, transformado em vocação e vibração pela causa. Recebi do velho guerreiro Zé de Assis o honroso convite de substitui-lo na diretoria executiva deste jornal, em agosto de 1976. Com muita alegria aceitei a nova responsabilidade, com o apoio de meu esposo Maurício Ribeiro Júlio, diretor comercial da empresa, imbuídos de fé, idealismo e muito amor. Contamos, desde o ano de 2000, com a participação efetiva de nosso filho Leandro Vieira Júlio atuando e desempenhando com profissionalismo seu mister à frente da Gráfica deste jornal, sendo também nosso diretor administrativo-financeiro e de publicidade. Ao transcorrer 48 anos de minha caminhada, dos quais 40 anos na direção do jornal, nos indagamos se essa longevidade dedicada a uma imprensa independente e imparcial, com sua transformação moderna desde o centenário, em estilo “off-set”, ainda vale a pena para nós, seus descendentes e nossos colaboradores. Temos conosco as duas faces da moeda: - Do lado positivo, é prazeroso trilharmos essa missão seguindo as metas e a linha editorial traçadas por nossos antecessores, através do trabalho, da ética e da serie-

dade, compromisso vinculado a uma vida abdicada e à perenidade do jornal com o mesmo espírito de doação e de amor herdado de nossos ancestrais. Valem, ainda, os esforços envidados por haver nossa veterana folha se consolidada e repercutida nos âmbitos estadual e nacional como o terceiro jornal mais antigo da imprensa mineira, o que nos garantiu a insígne da Inconfidência, em 21.04.1996 (ano do Centenário) e o prêmio “O Cícero”, concedido em 2008, pela Federação das Indústrias Gráficas do Estado de Minas Gerais. - Por outro lado, como representantes da tradicional imprensa escrita, com circulação quinzenal desde 2005 vimos, ao longo do tempo, sofrendo dificuldades por elevados custos de despesas operacionais na editoração e impressão do jornal, e ocorreu uma redução na receita do quadro de assinantes por inadimplências, sem contar com a ausência dos fidelíssimos amigos que já partiram deste mundo. - Outros problemas agravantes são vivenciados pela imprensa interiorana pela morosidade dos serviços prestados pelos Correios na entrega dos jornais aos assinantes de outros municípios. Para permitir a continuidade e manutenção da circulação do O IMPARCIAL esperamos contar com o permanente apoio publicitário dos nossos prezados anunciantes e instituições, e dos poderes públicos; além de continuar recebendo o prestígio da nossa comunidade e dos filhos da terra na renovação e pontualidade de suas assinaturas deste jornal. Com os nossos sinceros agradecimentos, dividimos nossa conquista com os que integram esta corrente positiva e solidária com O IMPARCIAL: os nossos caros colaboradores, assinantes, leitores, anunciantes, funcionários e demais profissionais responsáveis pelos serviços informatizados de editoração e impressão deste jornal. Envaidecidos com o título conquistado pelo centenário O IMPARCIAL concedido pelos seus apreciadores e amantes da terra como “patrimônio cultural de nosso município”, prosseguimos com nossa chama acesa e espírito fortalecido pelo ideal num trabalho compartilhado com todos, objetivando deixar registrado na memória sociocultural e econômica de Rio Pomba um rico legado histórico para as futuras gerações.

Fundador Francisco Vieira de Siqueira

Diretora Executiva Carmen Lúcia Marini Vieira

Diretor José de Assis Vieira

RIO POMBA ANTIGO Arquivo O Imparcial

Jardim da Pça. Gov. Valadares (década de 60) com seus casarios, hoje Dr. Último de Carvalho


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Rio Pomba / MG

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crônica

Nossa homenagem póstuma ao Agenor Assis Vieira, grande parceiro do pai Francisco Vieira de Siqueira, na 3ª fase do O IMPARCIAL, a partir de 1918. Brilhante jornalista teve vários jornais editados sob sua direção, em Rio Pomba, Juiz de Fora e Piraúba; trabalhando ainda em Belo Horizonte em diversos jornais, tendo integrado a equipe de jornalistas fundadores do Estado de Minas. A ele o nosso preito de admiração.

É muito lindo... heróico! Geraldo dos Santos Pires - Santão geraldo.santao @yahoo.com.br Amigos, preciso confessar que fui atacado aqui, agora — quando estou escrevendo esta lembrancinha centenária— por umas batidas mais fortes no coração... Emocionado. Só! Ou melhor, a pontuação aí atrás deveria ser uma enorme exclamação, até assim repetida:!!, ainda que contrariando a rigorosa gramática, mas que fosse uma pontuação que mostrasse ao leitor como estava meu coração: assustado com o tempo que passou, orgulhoso de ter sido um dos caminhantes desta bela História (outra vez teimo e contrario a gramática)... Mas também que se “exploda” essa maldita gramática, esta que me obriga a escrever com “h” agá pequeno a palavra História, como se a História de Rio Pomba ou a História do O IMPARCIAL não fossem tão importantes — importantíssimas!— Mais vale a minha magnífica emoção do que a minha corretíssima expressão do linguajar, ora bolas. Gente, eu nem vou fazer parada aqui. É bonito demais: Olhem em volta, vejam as cidades mais novas e outras centenárias (vejam a Capital), veja se você encontra nelas um jornal de 120 anos de fundação e edição independente. Só para que vocês tenham uma ideia, quando fui convidado a escrever aqui, minha primeira crônica teve como título “O PATRIMÔNIO DE NINGUÉM”. Era tema da vida de um preto velho

chamado Zé da Naninha. Famoso na primeira metade do século passado pela sua facilidade de cantar em italiano e francês, imitando com incrível facilidade os técnicos estrangeiros que vinham aqui instalar fábricas, a usina elétrica... Minha estreia no Jornal aconteceu em 1962, ou seja, há exatamente 54 anos atrás! Já pensou? 54 anos tentando interpretar a evolução da nossa cidadezinha do coração, por meio de um jornalzinho difícil de fazer. No princípio, cada letra era colocada uma por uma no seu lugar certo de cada palavra. Fazer um jornal, naquela época, colocando letra por letra (chama-se tipologia, cada letra correspondia a um “tipo”) era, sim senhor, o que se pode chamar de heroísmo. Não é à toa que as cidades em volta nunca conseguiram, apesar de tentarem alguns poucos anos. Logo logo desistiam. Se não me falha, o O IMPARCIAL é o terceiro jornal mais antigo de Minas e o quinto do Brasil. E nós, nele. Eta, sô! Mas é preciso que seja registrado que cada um de nós que faz parte da Família, por mais capacitado e talentoso que seja; por mais abnegado e empenhado no mister ali dentro da oficina tipográfica (hoje não mais; modernizada), nenhum de nós e de todos, desde o primeiro dia, nenhum deu tanta personalidade ao Jornal como Zé de Assis. Da mesma forma, a exemplo do pai, ninguém fez mais para o Jornal do que Carmen Lúcia! Ela sempre o carregou no colo, quando em época de conquistas e sucessos, e, mais impressionante, ela o carregou nas costas, sozinha, na hora das dificuldades, das decisões difíceis (problemas políticos ou econômicos ou sociais), pois toda cidade demanda um líder ou uma entidade que

tenha moral e equilíbrio suficientes para fazer superar uma crise interna, seja ela de que natureza for. É nessas horas que o O IMPARCIAL tem a obrigação que se tornou centenária de assumir a toga e fazer o trem voltar aos trilhos. E ele sempre faz. É evidente que “Os tempos mudam e nós neles”, como sempre diz o meu estimado Professor Dr. Wilson de Mello. E eu já estou no tempo de parar, tem gente nova despontando e, como sempre, vão tomando o nosso lugar. E temos ainda os durões, como Antonio Carlos dos Reis (o famoso Tiola), mais antigo do que eu, o Nicolau (Naico, o inimitável), além da saudade de Ruy Santiago, Wander Moreira, que não voltam mais... E aquela menina do nosso amigo Zoberto, a Valéria Áureo, uma das mais escorreitas canetas que nos presenteia neste jornal. Tem muita gente boa, o Celinho, o Sildo... Não vou falar mais, porque já é madrugada e o sono veio com força. Ah, mas antes de tudo e de todos os meu abraço e o meu respeito à caneta mais competente, e que também anda tão parado quanto eu mesmo, àquele que eu acredito faria o O IMPARCIAL ser menor, bem menor, se não tivesse conhecido um escritor como ele, para mim, sem limites. Seu nome é Roberto Nogueira. Eu sei que muita gente ficou por fora, mas não há espaço que permita acomodar os nossos 120 anos de História. Vou ficar por aqui e, por justiça, permito-me agradecer à nossa competente, nossa heroína Carmen Lúcia. Sem ela, não estaríamos aqui agora. Só quem viu de perto sabe a História desta mulher, esta que ofereceu sua vida por uma causa: Apenas ao JORNAL O IMPARCIAL!

Pequeno Conto Anacrônico Valéria Áureo - Então, meu jovem? Cá estás! Foste recomendado pelo Olimpio Correa Netto, não é? Um ótimo cronista, meu jovem. Pois siga os passos dele e terás muito sucesso... Então! Demoraste. Vieste de longe, é verdade? O que desejas, afinal? Tenho pouco tempo livre. - Vim de bem longe, com certeza. Longe no tempo e no espaço, com a cabeça no futuro. Vim ter contigo, à sombra do Coreto do Largo, pois 1918 é mesmo um ano bem quente. Foi só o tempo de um copo de água na Confeitaria do Camilo Dias e já estou aqui. A questão é a seguinte, Sr. Francisco Vieira de Siqueira, eu estou ocupado em fazer uma resenha sobre ti, meu amigo. Pena que me limitaram em lauda e meia, a estourar... Acho tão pouco; há tanto ouço falar de ti! Incomoda-me ver-te aí sozinho, tão preocupado, pensativo e vendo o tempo passar. São inquietações do espírito, não são? Está inseguro com a tua decisão? É isto que te absorve os ânimos? Não deixas de ter razão. - Eu compreendo tua observação... Muitas preocupações sim. Mas não estou assim tão só; minha esposa Normélia tem sido muito compreensiva na minha decisão de tentar mais uma vez. Será a terceira e última vez que tento, posso te assegurar. Mas, escrever sobre mim? Queres fazer-me elogios? Eu cá cheio de dúvidas e medo de recomeçar com o Jornal. Sabes que já tentei outras vezes e ele não vingou. Agora nem tenho assim tanta certeza se este sonho vai dar certo. Um Jornal, em uma cidadezinha de poucos leitores. Tenho que agarrá -los à força. Não sei como fazer... - Pois tenho cá uma ideia: Coloca aí, bem na frente: “- ficarão considerados assignantes desta folha os cavalheiros que não devolverem o primeiro número até o dia dez deste mez”*. Coloca já na primeira publicação e vais ter uma ótima repercussão. Muitos haverão de assinar. O povo haverá de gostar do teu jornal, tenho certeza. As questões municipais e a administração pública interessam muito. - E como podes saber? És um advinho, por acaso? Não sei se é conveniente. - Não sou advinho, mas conheco bem o tempo e o que ele trará a ti... Ora, o tempo é meu aliado... Começa pelo começo... E não te preocupes com o futuro. O povo haverá de entender o teu apelo. Posso te adiantar que tudo

dará certo. Vai ser difícil, mas dará certo. Se tu soubesses o que eu sei iria ficar muito satisfeito e não titubearias um só instante. Mas, o que me aborrece é o limite do tempo e do espaço. O que poderei falar de ti em tão poucas linhas? Conto das dúvidas de recomeçar? Falo do retrato social em tuas reportagens? Falo da sempre efervecente política do Pomba? Não quero fazer uma biografia. Quero dizer dos teus sonhos e do que tu esperas com teu Jornal. Preciso me reorganizar e saber o que dizer nesta matéria. Que tal falar da esperança? Sem acreditar no sonho nada é possível. - Dize que tentei depois de perder algumas vezes! Que tentei em junho de 1896, e em fevereiro de 1901. Agora em 1918 estou pensando em reabrir ao lado do meu filho Agenor. Dize que me tornei um arguto observador e analista psicológico das pessoas, para escrever sobre elas! Tornei-me um crítico social e político, sempre em busca da verdade dos fatos. Aos cronistas, colunistas e poetas eu deixei o espaço da ilusão. A utopia do tempo e o sonho... O tempo foi uma brincadeira... Uma ilusão! Como é agora. Não estamos cá nós dois a conversar? Eu acreditando na história de que tu vieste do futuro para me incentivar? Pois não vens ao passado, só para ter comigo uma prosa e me encher de esperança? Dize então, o que vai acontecer com o meu Jornal? Pode me dizer se vou ter êxito? - Não sei se tu mereces um escritor tão sem prestígio quanto eu, para alentar a tua alma inquieta... Queria ser um cronista de imaginação inesgotável para declarar à cidade a tua importância e a de teus filhos e netos. Mereces um autor de espírito e mais estudioso e com mais tempo para a pesquisa de tua vida tão empreendedora!.... - Anima-te, escreve como sabes! Hás de saber como fazer. Não deixes de arriscar. A vida é uma enorme loteria; os prêmios são poucos, já dizia Machado de Assis. - Mas, escrever em tão poucas linhas? Sou um sujeito prolixo, dado a muitas ideias. Poderia dizer muito. Levaria meses escrevendo... Há particularidades que gostaria de compartilhar contigo. Há matérias fantásticas no teu Jornal: coisas fantasiosas como o petróleo em Rio Pomba... O Pomba, ou Rio Pomba... Como discutiram por causa do nome da cidade!... Fatos bizarros da administração municipal, o barulho dos carros de boi proibido por decreto; um possível campo de aviação de José Ferreira; o homem-antena, surdo-mudo e telepata; personagens das ruas; vendedores em suas carroças e o fim dos lampiões. O jornal dando conta da chegada da luz elétrica, do primeiro automóvel, dos serviços de taxi, do primeiro ca-

minhão e do ônibus; a chegada do telefone, da televisão. Noticiará fatos que te deixarão triste, como a Segunda Grande Guerra Mundial e o racionamento de combustível em nosso município; a guerra fria entre os Estados Unidos e União Soviética, os conflitos mundiais, as crises econômicas; Getúlio... a política, os prefeitos, os times de futebol, as rixas... os presidentes, os regimes de governo. A sucessão em O Imparcial: José de Assis e Carmen Lúcia; Padre Calixto... a chegada do Padre Gallo, a Santa Lola, o homem na Lua. O progresso com as inúmeras fábricas, os anunciantes, os reclames; os Bancos, os Colégios, a Santa Cabrini; o Clube dos Trinta, o Ginásio e o Torneio de Férias; as alianças políticas, os partidos, a Escola Agrícola, os Cinemas, o Pombense, o América, a Ponte; as misses, os carnavais, o asfalto, as enchentes, os bairros, a televisão, os estudantes, as Igrejas, o Papa; os nascimentos, formaturas, casamentos, óbitos... Tanta coisa para te contar em pouco espaço. Mas o pouco tempo e o espaço me intimidam a imaginação e me desordenam as ideias... Temo me perder, extrapolar o limite da lógica dos acontecimentos e das sessenta linhas... Podes me compreender? Deixo de falar do editor, colunistas, cronistas, articulistas, comentaristas, colaboradores... Tanta gente! Não tenho espaço para falar deles. - Limita-te, portanto aos fatos! A ordem deles já não me importa mais. Respeita as exigências da editora! Dize simplesmente que rumos tomou O Imparcial. Afinal, vai dar certo? Não suportaria um novo fracasso. Nem eu e nem minha esposa, que me apoia em tudo, poderíamos suportar. - Ora, tu e tuas indagações. Pois posso te assegurar: não tenhas medo de fracasso e vá em frente! É difícil falar de ti e de teu Jornal, estando na tua presença, mas as notícias que te trago são muito boas. O ano de 1918 será o teu grande passo. Uma coisa eu te asseguro: O Imparcial completará cento e vinte anos, sob a direção de sua neta Carmen Lúcia. Tem alguma dúvida de que dará certo? Pois então, trata de dar prosseguimento ao projeto! O ano de 2016 te espera. Ao trabalho e mãos à obra! - Pois se vai dar certo fico muito feliz e vou em frente. Conta a ela de minha alegria e doume por satisfeito; Fiz o que pude. Não te preocupes, meu caro rapaz, a respeito de tua resenha. Fala somente a verdade. E termina logo essa narrativa, pois já estás a estourar os limites da folha!... Não te alongues tanto; assim não te consideram o trabalho, nem te publicam. *Conforme a ortografia da publicação original. • Fonte: Cem Anos-Luz. O Imparcial 1896-1996 de Roberto Nogueira Ferreira

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DOM QUIXOTE DE LA POMBA! Homenagem ao fundador: Francisco Vieira de Siqueira

Roberto Nogueira Ferreira Senhoras e Senhores, o negócio é o seguinte: O IMPARCIAL é 120. Digam-me com sinceridade: Pensem bem, reflitam. Por favor, não mintam. O que levaria alguém, em 1896, a editar um jornal No interior das Minas Gerais? Quem? Um louco. Poeta. Visionário Amante das Letras Um fissurado em notícias e informações Quem? Circula nas veias de meus netos e netas O sangue desse Dom Quixote de La Pomba

Desse louco, poeta, visionário, amante das letras, apaixonado, Desse Francisco. Desse Vieira. Desse Siqueira Oxi (gênio) Queria saber como essa ideia entrou em sua cabeça Ofício de buscar a notícia Imprimir. Informar. Imparcial Notícia pela notícia. Aconteceu? É história. Jornal. Apenas jornal (Não uma Nota Promissória) Sim, ele existe e resiste: 1896 – 2016! O IMPARCIAL A folha de Rio Pomba Pão nosso de fim de semana Colo quente, disponível. Alimento de filhos distantes Cordão umbilical que os une à terra querida Metafísicas pontes! “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.” Deus quis. Francisco sonhou. Nasceu O IMPARCIAL.

memória

O Imparcial e sua história Da Redação • Em 25 de junho de 1896 surgiu o jornal IMPARCIAL fundado pelo simples homem do campo Francisco Vieira de Siqueira: seu formato era de 37 cm de altura e 26 cm de largura. Era impresso, página por página, num prelo primitivo que fazia uma cópia de cada vez, numa operação que demorava cerca de 7 minutos por página impressa. Hoje, essa máquina encontra-se em exposição no Museu Histórico de Rio Pomba. O tempo destruiu as primeiras edições, ficando como exemplar disponível a edição nº 7. A primeira fase do jornal foi até maio de 1897, com a edição de 50 números. A segunda fase iniciou-se em fevereiro de 1901 e, mais uma vez, numa estranha coincidência, o exemplar mais antigo dessa fase também é o número 7, de 11 de abril. Rendendo-se às dificuldades, o proprietário fechou o jornal em 1905, mas a chama continuou acesa, pois o velho Chico nunca se deixou dominar pelo desânimo, implantando outros jornais em localidades vizinhas. Sendo um batalhador incansável, reacendeu novamente a luz em Rio Pomba e relançou na data de 4 de agosto de 1918 o jornal em sua 3ª fase, acrescentando o artigo que precede o nome que prevalece até hoje, O IMPARCIAL, ao lado do filho Agenor de Assis Vieira, que o acompanhou até o ano de 1921. O velho jequitibá Francisco Vieira de Siqueira continuou na sua direção apoiado pelo outro filho, José de Assis Vieira, que assumiu a direção do jornal a partir do falecimento do pai, em 1933. A existência de José de Assis Vieira foi marcada como descendente de família sem recursos, mas batalhadora e honesta. Criado entre as tintas e os tipos, ele era dotado de grande sensibilidade artística, dedicando-se à arte tipográfica desde os 15 anos, com a experiência teórica adquirida somente do curso primário, mas conseguiu desempenhar seus trabalhos jornalísticos com

eficiência graças aos seus esforços e aproveitamento dos ensinamentos práticos transmitidos pelos seus queridos e saudosos pais, o jornalista Francisco Vieira de Siqueira e dona Normélia de Assis Vieira, transformando-se, ainda, num exímio tipógrafo e caricaturista de valor (produzia xilogravuras com o seu próprio canivete). O popular jornalista Zé de Assis abraçou com garra sua difícil missão jornalística, contando com o incentivo, dedicação e apoio permanente de sua querida esposa e companheira, dona Joaninha Marini Vieira, que sempre atuava na sua retaguarda. José de Assis trabalhou diuturnamente na direção desse jornal, durante o período de 43 anos, de 1933 até o ano de 1976, realizando com imparcialidade o seu trabalho, cumprido com abnegação e devotado amor a nossa terra. Ele deu cunho imparcial ao seu trabalho, cumprido com abnegação e devotado amor a terra. No manuseio dos tipos e componedor em punho, fez de suas oficinas uma escola preparatória vocacional para futuras gerações que tiveram a oportunidade de iniciar seu aprendizado na arte tipográfica. Cumpriu com muita tenacidade seus serviços profissionais de tipógrafo e conduziu em circulação semanal O IMPARCIAL à custa de muitos sacrifícios e horas de vigília, através de construtivas mensagens servindo às boas causas do município e região, promovendo o aprimoramento cultural do povo rio-pombense, divulgando e incentivando a expansão e o progresso de Rio Pomba. A partir de 1968, sua filha Carmen Lúcia passou a integrar a equipe do jornal, assessorando seu progenitor em sua missão, dedicando-se paralelamente à educação como normalista diplomada pelo Colégio Regina Coeli. Foi no convívio do trabalho, ao seu lado, que soube receber e assimilar a arte da comunicação lhe transmitida com muito amor. A seu convite, deci-

diu abandonar a carreira do Magistério exercida durante 4 anos, aceitando, a partir de 15 de agosto de 1976, a nova responsabilidade de assumir a diretoria executiva do jornal dos rio-pombenses. O IMPARCIAL tem sido o “porta voz” da comunidade rio-pombense e é considerado pelos seus leitores como um dos patrimônios culturais do município, porque sua história confunde com a própria história do Município de Rio Pomba pela força e credibilidade de seus registros históricos. A partir do ano do Centenário, em agosto de 1996, a diretora transformou a produção da impressão do jornal, do seu estilo original semi artesanal em moderno sistema de impressão off-set, em 6 páginas (variavelmente em policromia), em formato standart (54 cm x 34 cm). Mantém o jornal há 40 anos com circulação ininterrupta com a colaboração do esposo, Maurício Ribeiro Júlio, diretor comercial da empresa, e, desde o ano de 2000, com o filho Leandro Vieira Júlio, diretor administrativo-financeiro. Sua periodicidade passou a quinzenal (aos domingos), desde julho de 2005, e em sua totalidade é editado pela diretora, contando com colaboradores (colunista social e demais articulistas). A partir de 17 de abril do corrente ano, a editora fez uma repaginação do jornal nos moldes do padrão da atualidade (formato 46 cm x 30 cm); porém, conservando a essência jornalística e seu estilo dentro da modernidade, em policromia, apresentando aos nossos assinantes e leitores um jornal com uma límpida e melhor diagramação e com ótima qualidade de impressão em suas páginas. O O IMPARCIAL conquista hoje, seus 120 anos de fundação, adotando a mesma linha editorial de completa neutralidade política, com a seriedade de um jornal independente, dentro das diretrizes de um jornalismo sadio em prol da cultura e civilização rio-pombense.

Parabéns “O IMPARCIAL” pelos seus 120 anos Paulo Roberto Marini Vieira (Promavi)

Primeiramente, registro a minha gratidão ao visionário, meu saudoso avô Francisco Vieira de Siqueira – emérito jornalista rio-pombense, que, idealizou e plantou a tenra semente do jornal O IMPARCIAL promovendo a sua fundação nos idos de 1896 e operacionalizando-o junto com dois de seus filhos, desenvolvendo profícuos trabalhos como o único jornal remanescente da tradicional imprensa rio-pombense, que há longos anos está promovendo e enriquecendo o cenário sócio econômico e cultural dessa comunidade e de nossa gente. Desde a sua fundação até os dias atuais, O IMPARCIAL ganhou notoriedade, personalidade e respeito de todos os seus leitores, tanto dos rio-pombenses como das centenas de admiradores de outras comunas brasileiras, graças à sua nobre missão: envidar grandiosos esforços, com seriedade e muita dedicação através da prestação dos seus serviços jornalísticos em defesa dos interesses e desenvolvimento de Rio Pomba, do Estado de Minas Gerais e de nossa comunidade. Os ensinamentos e exemplos do grandioso jornalista-fundador Francisco Vieira de Siqueira e da esposa sra.

Normélia de Assis Vieira, foram gradualmente transferidos para seus sucessores, os filhos, meu tio Agenor e meu pai José de Assis Vieira, ambos de saudosas memórias, os quais se desempenharam de forma similar à mesma competência paterna. Após o falecimento do seu pai, assumiu a direção de O IMPARCIAL o jornalista José de Assis contando com o apoio de sua querida esposa profª Joaninha Marini Vieira; ele trabalhou bastante mantendo a circulação desse jornal durante 43 anos ininterruptos. Em junho de 1976, o popular Zé de Assis aposentou-se e transferiu as suas responsabilidades para a filha Carmen Lúcia Marini Vieira Júlio, que, com muito empenho e trabalho, conseguiu dar continuidade à magna obra até os nossos dias atuais. Ela demonstrou sua reconhecida competência e dedicação, tanto como jornalista e redatora do jornal quanto como sua diretora executiva. Para a felicidade geral, O IMPARCIAL está completando no dia de hoje seus gloriosos 120 anos de útil existência dignificando Rio Pomba, a região da Mata Mineira e seus habitantes. Saliento que O IMPARCIAL é um órgão de imprensa independente, isento de qualquer interesse político e apartidário. Para conhecimento geral, este jornal já foi reconhecido e premiado como o 3º jornal mais velho de Minas Gerais e o 5º jornal mais antigo do país. Por isso, é importante que O IMPARCIAL continue recebendo a permanente participação dos seus assinantes e leitores, em reconhecimento a sua qualidade

editorial e noticiosa e, por seus interessantes artigos, poesias e crônicas através dos seus ilustres e inteligentes colaboradores, que sempre emprestam seus talentos e experiências ao jornal; e, que, sejam constantes os apoios publicitários dos seus anunciantes. Minha querida irmã Carmen Lúcia, no exercício de sua diretoria você acaba de conquistar os 120 anos de existência desse grande jornal. Você também completou nesta data outro fato de suma relevância nessa nobre missão: seus 40 anos de trabalhos ininterruptos à frente dos destinos dessa causa. Reconheço seus méritos na arte de comunicar e contribuir com novas ideias, opiniões, pensamentos positivos e incentivos visando defender os interesses e contribuir pelo bem estar da comunidade rio-pombense e, ainda, promover o desenvolvimento e progresso deste município. Portanto, é um momento muito digno de apresentar–lhe minhas congratulações, desejando contínuos êxitos ao glorioso jornal dessa amada cidade: parabéns O IMPARCIAL; parabéns diretora executiva Carmen Lúcia Marini Vieira Júlio e todos da sua equipe; parabéns diretor comercial Maurício Ribeiro Júlio; parabéns diretor administrativo-financeiro Leandro Vieira Júlio; parabéns Rio Pomba, parabéns a todos os conterrâneos e amigos que direta ou indiretamente fizeram parte dessa histórica e expressiva caminhada deste jornal. Desejo de coração vibrante que a trajetória do nosso caro jornal seja imortal, sob a proteção e com as bênçãos de Deus.


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Rio Pomba / MG

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A cidade festejou seu Padroeiro Da Redação • Vivenciando o Ano Santo da Misericórdia, encíclica proposta pelo Vaticano através do Papa Francisco, a Igreja Matriz de São Manoel teve o respaldo da comunidade cristã em sua totalidade durante a festiva programação em honra ao glorioso São Manoel, no período de 8 a 16 de junho, com fervorosas e emocionantes celebrações eucarísticas sobre o tema proposto e a novena ao Padroeiro. Festejos No decorrer da semana o povo prestigiou as barracas de iguarias e animados forrós comandados por

musicistas da terra já divulgados em nossa edição anterior. – Na véspera da festa, os paroquianos foram brindados com o grandioso show “Marcas de Amor”, abrilhantado pelo carismático musicista e cantor gospel, dep. federal Eros Biondini e Banda Mundo Novo, de BH. (veja foto). No dia festivo do Padroeiro (17), a Sociedade Musical Santa Cecília alegrou a cidade com a tradicional alvorada às 5 horas, sob o repique de sinos. Os fiéis assistiram a Missa das 9 horas, presidida pelo pároco Pe. Apolo Guerra, do Santuário de

N. S. das Mercês; e participaram do almoço de confraternização (feijoada) na barraquinha. As festividades finalizaram-se a partir das 16 horas com solene procissão ao som da Banda Santa Cecília, sendo conduzida em andor ornado a imagem de São Manoel, que foi glorificado na missa festiva presidida pelo Revdo. Pe. Luiz Antônio Reis Costa, pároco em Catas Altas da Noruega, e concelebrada pelo vigário Pe. João Francisco Xavier e nosso conterrâneo Pe. Geraldo Sabino, presbítero da Paróquia de Sant´Anna, em Carandaí.

Jorn. Rodrigo Oliveira

SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS Show ao vivo do musicista e cantor gospel, dep. federal Eros Biondini

Rio Pomba aos meus olhos de criança Jorn. Denise Barra Genebra (Suíça), 25.06.2016 Rio Pomba é uma daquelas cidades onde o tempo parece passar de um jeito diferente. Um recanto para se esquecer das horas ao menos que o sino da igreja insista em nos lembrar - e desfrutar de tudo o que a gente realmente precisa: abraço, aconchego, amizades eternas, sorrisos, encontros marcantes e, claro, uma comidinha mineira das mais gostosas do mundo. No coração de Rio Pomba fica uma das praças mais charmosas do Brasil, cercada por suas palmeiras imperiais. Com seu coreto central que já testemunhou tantas festividades, a pracinha é onde tudo acontece. Seu verde exuberante emoldura seus bancos, onde tantas gerações ali se pousam e repousam, entre uma caminhada e outra, para compartilhar ideias e segredos e ver a vida passar. Tão acolhedora como os bancos, a charmosa ponte se curva para receber crianças que se aproximam para admirar peixes e girinos. Pertinho dela, outro personagem incontornável da praça: o cachorrinho branco destacado em duas esculturas, um dos pontos mais fotografados por visitantes vindos dos vários cantos do país e, ainda, as belas estátuas que simbolizam as quatro estações do ano. Sem esquecer do cheirinho da tradicional pipoca com queijo. Rio Pomba acolhe também adoráveis igrejas, palco de celebrações maravilhosas. Reinam em minha memória as procissões sempre mágicas, quando toda a cidade se une para, a passos lentos, rezar à luz de velas, num uníssono que emociona. A fervorosa Rio Pomba é, para mim, a cidade das coroações de Maria e suas chuvas de pétalas de flores, da qual já senti a emoção de participar. Ainda ouço o

canto das crianças vestidas de anjos, protegidas por suas estrelas cadentes feitas de fogos de artifício. E no final, a euforia na fila para ganhar doces e surpresinhas. Rio Pomba não pode deixar de ser, aos meus olhos infantis, o som do piano da minha amada e saudosa avó Dona Joaninha – talentosa também no preparo de uma deliciosa limonada, que ficava ainda melhor acompanhada do bolo feito pela Maria. Sem esquecer dos inesquecíveis passeios de bicicleta até o Baixio e, na volta pra casa, de uma parada para um sorvete, coroando um dia perfeito em família. Rio Pomba é o lugar ideal para Natais felizes com os primos, tios e avós, para carnavais sempre animados, puxados pela Levanta Poeira e Unidos do Rosário e o irreverente bloco do Penico. E ainda para se perguntar quais serão as grandes atrações da próxima Exposição Agropecuária, quando tiramos as botas e os cachecóis do armário para aproveitar os shows e as longas conversas com amigos que duram até a madrugada. Rio Pomba era para mim, em outros tempos, se fascinar com a agilidade do trabalho dos profissionais da antiga tipografia do jornal O IMPARCIAL, buscando letra por letra nas caixas de madeira de tipos para montar cada texto, como se lapidassem uma pedra preciosa artesanalmente. E observar aquela impressionante máquina preta imprimir as páginas de notícias que toda a cidade lia no dia seguinte. Posso sentir agora a agradável sensação de me deitar no chão frio da papelaria para ler gibis, e depois brincar de fazer os embrulhos dos clientes em papel manilha rosa, enquanto apreciava o sorriso da minha sempre elegante madrinha Carmen Lúcia pelos corredores do jornal na preparação do nosso amado O IMPARCIAL, que chega hoje aos 120 anos de uma honrosa existência. Rio Pomba é a avenida central, o colégio, o grupo, a rodoviária, a escola agrotécnica, os sítios e fazendas. E é também a cidade da APAE, da AABB, do América, do Pombense, do disputado Torneio de Férias, dos alegres dobrados da Banda Santa Cecília e de tantos

bailes incríveis no Clube dos 30. Rio Pomba é abençoada pela Santa Lola, amedrontada pelo Pedro Capeta e imortalizada pelas estórias que viraram lendas. Rio Pomba é brilhante como a bala de coco feita na hora, gostosa como o queimadinho, rara como as brevidades, doce e macia como o bombom paulista. É comer comida de fogão a lenha e provar delícias caseiras feitas de doce de leite, rapadura, mangada e goiabada, que a gente sempre levava de lembrança para tentar guardar por mais tempo aquele gostinho de vida boa, com ou sem queijo. Rio Pomba é sair de casa sem programa e ir «dando uma passadinha» na casa de todo mundo e, em cada uma delas, ser convidado para um lanchinho. E colocar a cadeira na calçada para ficar uma tarde inteira jogando conversa fora. E se entristecer ao ver um casarão antigo sendo demolido e se surpreender por um novo prédio alto com elevador, é tomar cachaça feita na roça e tomar cerveja com os amigos para reinventar o mundo. Rio Pomba é acordar com o galo cantando e dormir ao som das cigarras. É escutar passarinhos e descobrir o barulho do silêncio. É comer manga e jabuticabas no pé e aprender a reconhecer as frutas e legumes pelas folhas. É poder sair sem adulto quando se é criança, é usar todo o quarteirão numa brincadeira de esconde-esconde. Rio Pomba é subir na janela da casa da rua de trás para comprar chupchup; é tentar sair de carro para passear e se surpreender ao encontrar uma cobra dentro do capô… Rio Pomba é dormir bem, ter tempo de sobra para viver e até para saber da vida de todo mundo. Creio que minha querida Rio Pomba da minha tenra infância já muito se transformou, mas que sua essência continua a mesma. Certa estou de que toda a beleza da «Cidade Sedução» não cabe nessas breves linhas. Por isso, digo: Rio Pomba é muito mais do que tudo isso, é nossa origem e nosso porto seguro, é um estilo de vida. De uma vida feliz, em paz e em família.

Sonata a Rio Pomba opus 2016 Sildo Vital Gaudereto Um rio nunca é o mesmo, a cada dia é um rio diferente no seu aguar constante e no improviso dos desvios de seu caminho. O tempo em sua inquietude silenciosa emoldura lembranças, constrói e desfaz coisas belas, nos nega e nos oferece o que queremos e o que não queremos. Andar pelas ruas e praças de Rio Pomba nos

faz encontrar a cada esquina com um tempo diluído entre o passado e o presente. De novo o tempo nos impondo condições existenciais. O asfalto apaga nossas pegadas no chão de terra e esconde a dura e angulosa geometria dos paralelepípedos. No meu silêncio ouço a alegria de crianças entre os canteiros de seus jardins enquanto contemplo suas árvores afagando meu coração. Algumas ainda permanecem pacientes em sua teimosia existencial revirando seus galhos e folhas no incansável suspirar do vento. Outras já se foram, se desencantaram. Bom seria se pelo menos tivessem voado para bem longe. As casas não abrigam mais as mesmas famílias, as mesmas pessoas que nos acostumamos

ver nas portas e janelas, assim como os pássaros também são outros a habitarem os céus. Rio Pomba esboça outros traços, se estendendo espreguiçadamente entre colinas e vales, e erguendo-se diante de nossos olhos. A velha fotografia que guardamos nos revela o que a realidade aos poucos nos furtou sem que às vezes notássemos, mas mesmo assim a cidade continua linda. Em suas ruas, praças, varandas e quintais deixamos nossas impressões de outrora resgatadas no inevitável rugir de nossos dias. O sino da Matriz bate suas horas. Uma revoada de andorinhas pontilha um bailado costumeiro em mais um entardecer. Rio Pomba é mesmo linda!

Aristides Souza Gomes • Nós, cidadãos que vivemos em comunidade, devemos exaltar todas as conquistas obtidas ao longo do tempo, e que, de uma forma, ou de outra, geraram, e geram, sob todos os aspectos, imensuráveis benefícios para nossa cidade, e demais regiões, haja vista a grande semente plantada, num verdadeiro trabalho em equipe e, consequentemente, num esforço comum, propiciando a partir de então, um suporte significativo para a categoria dos senhores agricultores. Dessa forma, não poderíamos, jamais, deixar de trazer à tona, a data em que se deu a fundação da “Associação Rural de Rio Pomba”, mais precisamente, em 21.03.1948, sendo seu estatuto aprovado em 04.04.1948, oportunidade em que se deu a eleição da primeira diretoria, assim constituída: Presidente de honra, Dr. David T. Nadler; Presidente, Dr. Pedro Homem Campos; Primeiro secretário, Paulo de Tarso Furtado; Segundo secretário; Arthur Soares Vieira; Tesoureiro, Luiz Furtado Filho. Todos, cidadãos de bem, filhos, ou não, desta terra, os quais, hoje, todos de saudosas memórias, têm seus respectivos nomes gravados na história local, em prol de uma causa tão nobre e justa, a dos produtores rurais. De bom alvitre salientar que a “ARRP”, teve sua sede inicialmente instalada nas dependências do Clube dos Trinta, em seu andar térreo, na rua Domingos Inácio, número 21, tendo sido transferida para a rua Quintino Bocaiuva em 1974. Com base na lei 4.214 de 02.03.1963, em seu artigo 141, a Associação Rural foi investida nas prerrogativas de Sindicato Rural de Rio Pomba, conforme ata lavrada em 04.12.1963, tendo seu estatuto aprovado em assembleia geral na data de 24.03.1969, quando se achavam na presidência e secretaria, provisoriamente, Dr. Osvaldo Mendes Ferreira e Dr. Marciano Campos Filho, respectivamente. A partir de então, a primeira diretoria, em caráter definitivo, foi instalada em data de 11.05.1969, sucedendose novas diretorias, até os dias atuais. O primeiro presidente eleito, em assembleia geral, em 11.05.69, foi o Sr. Lincoln Gonçalves Lamas. Em 1973, foi eleito como presidente o Dr. Antônio Mota Filho; em l976, veio a ser eleito presidente, o Sr. José Mota; em 1979, elegeu-se presidente o Sr. João Crisóstomo Martins; em 1982, veio a ser eleito presidente o Sr. Paulino Reis Sá, o qual foi reeleito em 1985 e 1988. A sede do Sindicato Rural transferiu-se para a Rua Quintino Bocaiúva, 05, no ano de 1974, em prédio cujas obras foram concluídas pelo então prefeito municipal, Dr. Ordelino Mota, com recursos da própria prefeitura. Em 20 de junho de 1991 foi eleito presidente do Sindicato Rural de Rio Pomba, o ilustre conterrâneo e amigo, Sr. José Alfredo Quintão Furtado, pessoa essa descendente de famílias tradicionais de nossa cidade (Quintão/Furtado), cidadão sempre participativo no meio social local, possuidor de condutas ética e moral ilibadas, sempre urbano e cordato no trato para com todos, além da sua grande ligação com o meio rural junto aos senhores produtores locais e regionais, pelo cargo que vem ocupando já há 25 anos ininterruptos, bem como por ser também grande

produtor rural e de gado leiteiro, o que o identifica plenamente com essa categoria tão nobre, gozando de alto conceito e credibilidade por parte da mesma, por todo um trabalho altruístico desenvolvido em favor do homem do campo, merecedor de todo respeito e reconhecimento por sua lida diária, de sol a sol. O atual presidente do Sindicato dos Produtores Rurais já foi Vice-Presidente da Faemg, e atualmente Conselheiro Fiscal efetivo, estando sempre presente às assembleias daquela entidade, buscando tratar de assuntos pertinentes aos reais anseios dos produtores rurais, cuja extensão de base agrega o município de Silveirânia. O Sindicato Rural de Rio Pomba presta os mais diversos serviços aos produtores em todos os segmentos em benefício ao homem do campo, incluindo atendimento médico e odontológico, em suas próprias dependências, além de convênios firmados e mantidos com médicos, hospitais, clínicas, laboratórios, nas cidades de Rio Pomba, Ubá e Juiz de Fora, tendo como parceiros o IMA, Administração Fazendária, Prefeitura Municipal, IFET e EMATER. As fontes de recursos são as anuidades dos associados, contribuição sindical e repasse do SUS, através da prefeitura municipal. É de suma importância também frisar que, com recursos próprios, pela participação ativa de cerca de 400 associados, construiu-se mais um prédio ao lado do sindicato rural, o qual passa, ainda, por algumas adequações, segundo exigências do corpo de bombeiros. Isso irá propiciar mais comodidade tanto para os servidores desse órgão, bem como para todos os associados, que buscam a solução de diversos problemas que lhe são afetos. Além dos trabalhos desenvolvidos pelo corpo burocrático, a instituição propicia aos funcionários participação em cursos de reciclagem, periodicamente promovidos pela FAEMG. Finalmente, há que se dizer sobre a dimensão da atuação do Sindicato dos Produtores Rurais local, buscando dar todo tipo de suporte aos seus associados, para maior conhecimento e aperfeiçoamento de suas respectivas áreas de trabalho. Trata-se de convênio mantido com o SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Assim, o SENAR oferece mais de 300 cursos gratuitos aos senhores produtores e trabalhadores rurais, com a expedição dos competentes certificados ao término dos mesmos, os quais são ministrados em parceria com produtores, IFET, EMATER e Prefeitura. O Sindicato, juntamente com os produtores rurais, leva avante um trabalho iniciado há mais de seis décadas, fazendo valer e demonstrar a tudo e a todos a verdadeira força do homem do campo, grandiosa e altiva sob todos os aspectos e que são motivo de orgulho para nossa cidade. A trajetória do O IMPARCIAL, ao longo dos anos, vem dando enfoque à vida do homem do campo e da cidade, enfatizando o trabalho responsável e dinâmico das instituições e do município. Hoje partilhamos com sua diretoria pelo exemplo de perseverança, trabalho, ética e imparcialidade. Parabéns pelos 120 anos de fundação do jornal!


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E LÁ VÃO 120 ANOS Menina e menino, parece que foi ontem a comemoração em grande estilo dos 100 anos deste bravo porta-voz do nosso Pomba (25.06.96), e com ela, a minha volta definitiva às suas páginas, segundo o passar do tempo, há vinte anos, a metade exata em que a sua Musa Carmen Lúcia o dirige com uma força descomunal e altruísmo sem precedentes. Confesso que várias vezes vendo-a desesperançada, a aconselhei a parar, pois mais que importante é a sua saúde e a sua paz interior. Mas, ela é tinhosa e, pra completar, tem na veia o espírito jornalístico de seu saudoso pai José de Assis Vieira, e assim vem, aos trancos e barrancos, sem o apoio que merece, mantendo acesa a chama de seu idealismo. Que Deus continue de mãos dadas com ela e, com Ele, eu, você, demais colaboradores (sob todos os aspectos) e também os CORREIOS que vêm castigando tanto os seus assinantes. Bom, bolei mil coisas para esta edição como, para exemplificar, um re-

vival de NAICADINHAS nessas duas décadas. Impossível, pelo espaço e, principalmente, pela exiguidade de tempo necessário para tal. No entanto, vale lembrar que a minha 1ª entrevistada na 1ª fase desta coluna foi a elegantíssima Maria Marta Moura Magalhães, e a última, a Celinha Silveira, hoje de saudosa memória. Já na fase atual, após 34 anos de afastamento, no estilo CONFESSIO...NAICO, a 1ª foi a Carmen Lúcia (condição que impus para minha volta), e a última, a Alice Linhares de Morais (100 anos), outra grande dama. Posto isto, nada melhor, para registrar um pouco da gloriosa trajetória destes 120 anos do nosso O IMPARCIAL do que estas preciosas fotos para o NAICANDO DO SABOR DO TEMPO diretamente do acervo imenso da família O IMPARCIAL, que ainda conta com a tenacidade de Maurício Ribeiro Júlio (o “sr.” Carmen Lúcia) e o primogênito delezinhos, Leandro. Então? Que tal entrarmos no túnel do tempo?

Três beldades num só “flash”. No trono histórico das Misses e Rainhas – em exposição no Museu Histórico de Rio Pomba – Sua Majestade, a Rainha da 2ª Festa do Fumo, na noite de sua coroação, Carmosina de Paula, ladeada à direita pela Rainha do Bi-Centenário de Rio Pomba, no ano de 1967, Maria Angela Marini Vieira; e à esquerda, por Margarida Caiaffa Moreira, Miss Rio Pomba (1968). O DOS TRINTA vivia então uma de suas noites deslumbrantes. Naquela época, reativavase o certame de Miss Rio Pomba, sendo concedido ao Joel Marini Saraiva (saudade) as credenciais para ser o organizador do referido certame em Rio Pomba, através do coordenador geral do Concurso Minas Gerais, o colunista social dos Diários e Emissoras Associados da capital, jorn. Nicolau Neto. Reiniciou-se então, em 1968 o evento com a apresentação da Margarida como a nova Miss Rio Pomba, coroada pela 1ª Miss Rio Pomba (1949) Jacira Mendes Ferreira. No ano seguinte (1969), foi a vez de Vera Lúcia (Lucinha) Magalhães Coelho ostentar a coroa, faixa, manto e o cetro tão cobiçados. Sucedeu-a outra bela: Luiza de Fátima Pereira Campos. Em 1967 Joel e sua equipe havia apresentado as Dez Mais Elegantes de nossa sociedade.

NAICO DESTA VEZ E NESTA DATA ESPECIAL, AO VIVO

A saudade se renova no simples ato de mencionar-se o nome do nosso velho e amado Ginásio, e ainda mais se renova ao citar-se os nomes dos nossos para sempre inesquecíveis professores (dentre eles, graças ao bom Deus, ainda entre nós a Marota e Luiz Vecchi Condé), funcionários e colegas, incluindo os do internato. Agora você que, tal qual euzinho curtiu e curtimos tantas histórias, imagina esta patota que ilustra este NAICANDO AO SABOR DO TEMPO. Na linha de fundos, a partir da esquerda, Nira de Paula Reis; Chiquita Vidigal; os cinco seguintes não identificados; Ana Maria Caldoncelli Vidal (de óculos) e Sônia Max Vidigal; seguidas por alunas que eu, Carmen Lúcia, Sônia e Chiquita não conseguimos também identificar. Em primeiro plano, na mesma ordem temos a Martha Santiago Coutinho; Celinha Mendes Mota; Terezinha Carvalho (dos saudosos d. Sílvia e sr. José Anchieta); Márcia Coelho Nunes e sua prima Neuza Nunes Gaudereto.

Esta foto é datada em 19 de dezembro de 1951. Chique era ouvir a Orquestra “Ideal Jazz”, e mais chique ainda ela ter se apresentado especialmente para o ilustre e ultra popular Juscelino Kubitschek, entre a alta sociedade que lotou o DOS TRINTA. Na ocasião, o então Governador JK esteve em Rio Pomba para paraninfar a turma de 1951 do Ginásio Pombense, e inaugurar o novo edifício do Cinema Prolar e o Posto de Saúde. Comecemos pela esquerda, com o Zenithildes (Jessé) Gomes Vidal. Sigamos com o Joaquim Rocha; José Saraiva da Costa; Adriano Gomes (salvo engano). Em pé, o violinista José de Assis; seguindose o “crooner” José Mariano; na bateria o Luizinho Silva (irmão de d. Darcília Silva Queiroz); no violoncelo Zé Otávio (salvo engano); à sua frente o Ninico da Águida Cardoso Lima; Manoel Clemente de Araújo (Manoel Xisto) e, finalmente, o Luizinho Caldoncelli Sobrinho.

tempos modernos naicadinhas saídas do forno

Na foto da festa dos 200 anos do município temos em destaques as belezuras de Vera Lúcia Magalhães Coelho e de Élida Marini Saraiva, então Princesas do Bi-Centenário, em 1967. Cortesia: Assuero de Paula (Museu Histórico)

A PUREZA E A SINGELEZA DO HOMEM DO CAMPO

O CHEF DOS CHEFS

Ele trouxe para a cidade a pureza e a singeleza do homem do campo, tendo como características maiores a extrema religiosidade, a bondade de seu coração e a de não andar nunca sem o seu inseparável chapéu, fora a de ter sido um amorosíssimo patriarca. No nosso Pomba, ele deixou além dos filhos Geraldo (Imaculada); Pedrinho (Marina); Luquinha (Marciana); os netos e bisnetos; a nora Maria (viúva do Antônio); e o irmão Dilu. Em Juiz de Fora, a filha Maria (Euclides). Seu nome: José Carlos da Silva, simplesmente Zé Carrinho que nos deixou aos 90 anos completados no dia dois de maio.

Por uma cochilada foi omitido o nome do Maurílio Corrêa como o chef dos chefs que nos deliciou com um fricassê de frango acompanhado de um arroz esvoaçante na festança da última troca de idade de Sônia Pires (16.04) na mansão de campo dos sedutores Patrícia Pires e Marcelo Ferraz, em Campestre.

Ainda NAICANDO em Miss Rio Pomba, aqui está a plenitude da beleza e elegância da 1ª delas, Jacira Mendes Ferreira, que por um tiquinho de nada não se tornou a Miss Minas Gerais 1949, já que conquistou o honrado e cobiçadíssimo 2º lugar, favorita que era da imprensa. Há oito anos a sensual, bonita e classuda Fabíola de Carvalho Braga foi eleita como a última Miss Rio Pomba, o que deixa orgulhosos o seu noivo Bruce Branco e seus pais, Nelma Maria de Carvalho e Stainer Peixoto Braga.

Você sabe que eu só abro a boca quando tenho certeza e, em assim sendo, quando NAIQUEI na última edição que a noite de 18 deste friíssimo junho seria uma noite de magia com a apresentação em soirée-dançante do magnífico tecladista e prof. Luiz Vecchi Condé, só poderia ter o resultado que se viu: Su total. O concorridíssimo Restaurante Corujinha (leia-se casal Maria Eugênia e Toninho), viveu um de seus eventos mais concorridos com as presenças “vips”, tietes do monumental astro, que assim realizou o velho sonho de apresentar-se no nosso Pomba que tão bem o acolheu, a sua mais que saudosa esposa d. Ester, e aos filhos Valéria, Maria do Carmo (Carminha) e Luiz Marcus. Pena que elazinhas por compromisso inadiável assumido não se fizeram presentes, tendo Carminha feito se representar pelo filho único Fabrízzio Condé de Oliveira, a nora Flávia Garcia Carvalho e a neta Alícia Carvalho Condé. Luiz Marcus Condé se fez acompanhado pela esposa Simone Condé, tendo a filha Nicole ficado em Juiz de Fora, assim como os filhos de Simone: Felipe, Natália e Luiz Carlos. A família aqui está no click em frente ao “banner” que destaca a imagem do conjunto “Ritmos da Noite”(do qual o prof. Luiz Vecchi foi integrante), transcrito com uma expressiva mensagem assinada por seus amigos de Rio Pomba. Ei-los: Simone e Luiz Marcus; o musicista; o neto Fabrízzio com a esposa Flávia e a filha Alícia. No detalhe, para o Álbum de Recordações, mais este click de ternura dos 92 anos do estrelíssimo prof. Luiz.

meurecado

SU TOTAL PARA MARISA SILVEIRA ARANTES • Você foi e continua sendo uma das mais lindas e elegantes Estrelas da minha, da nossa NOITE BRANCA, a primeira coletiva de debutantes, no total de 20 da sociedade rio-pombense, a da nossa CIDADE SEDUÇÃO. Neste sábado (25) você, como O IMPARCIAL, está de idade nova, e por isso, deixo neste MEU RECADO um mundo de carinhosos abraços e beijos em seu coração.


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Congratulamo-nos com a diretoria do O IMPARCIAL pela emérita conquista dos 120 anos de fundação do jornal, porta-voz da comunidade e da região e guardião de importante acervo histórico-cultural do município.


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Sucesso na promoção do evento Café Cultura na Casa de Leitura Da Redação •A realização da sétima edição do Café Cultura alcançou sucesso total na noite de 10 de junho, na Casa da Leitura, numa promoção da Prefeitura, através da Biblioteca Municipal Poeta Péricles de Queiroz e da Secretaria Municipal de Educação. A coordenadora da instituição Iná Martins Menezes e o esposo Jorge Menezes atuaram como locutores, e ao registrar as presenças ilustres, agradeceram ao exmo. sr. prefeito dr. Fernando Dutra Macedo, ao vice-prefeito Dalmo Maurício Furtado e à secretária de Educação Viviane Gomes. O Projeto Café Cultura tem como objetivo promover o encontro e a divulgação dos trabalhos culturais e artísticos de Rio Pomba e região, incentivando assim a cultura, a arte e a leitura. Naquela noite o tema Fotos • Márlon Siqueira

Pe. Pierre é agraciado com maior honraria de Juiz de Fora

proposto destacou a diversidade como um processo para a construção da identidade, significando um papel importante na criação de valores e atitudes, permitindo melhorar a convivência e o respeito entre todos os setores para o pleno desenvolvimento da humanidade. Com esta proposta, os promotores do evento incentivaram a arte do canto, da dança, do teatro, os causos e as contadoras de história. Prestigiaram o certame com seus talentos: as crianças da Escola Municipal N. S. das Graças (Creche Casulo), apresentadas pela diretora Maria Lídia; depoimento do sr. Wesley Barbosa, servidor público municipal efetivo em Juiz de Fora (graduado em Direito pelo Instituto Vianna Júnior, pósgraduado em Direito do Consumidor pela Estácio de Sá, ex -presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, membro do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, membro da Comissão Permanente de Acessibilidade, ex-

gestor municipal da Política da Pessoa com Deficiência e, atualmente, supervisor de Atendimento Presencial do Procon); exibição de Iago Nicolau dos Santos e Sarah Alacoque, alunos da oficina de Dança de Salão do CRAS ministrada pelo prof. Átila Rodrigues; declamação de poesia por Luiz Antônio Caldoncelli; show do Grupo “The Vision”, comandado pelo prof. Tauê Ferreira Simões; recital do Coral Municipal Profª Maria Thereza Corrêa Netto Cunha, da oficina do CRAS, sob a regência do maestro Demóstenes Vespúcio; apresentação de Dalila Arantes e Isaura Fialho Barbosa; contadoras de histórias, Vanda Maria Ferreira (autora do livro João Jiló) e Mara Bomtempo, que é também destaque como atriz e palhaça. – A homenagem da noite foi prestada ao André Lavorato Aguiar, secretário Municipal de Esportes, que vem desempenhando um trabalho sério e competente na área, com resultados surpreendentes e crescentes, graças aos seus esforços

e incentivos tanto no futebol, quanto no handebol, futsal, tênis de mesa, no Jiu-jitsu, no Kung Fu e outros mais. Desde que assumiu a secretaria vem motivando os atletas dos educandários para participação nas competições do JERP (Jogos Escolares de Rio Pomba), do JEMG (Jogos do Estado de Minas Gerais) e do JIMI (Jogos do Interior de Minas Gerais), entre o município e as cidades da região. - Ao receber a placa de homenagem das mãos do vice -prefeito Dalmo Furtado, o secretário André agradeceu, sensibilizado, a honrosa distinção. Em seu pronunciamento, o prefeito dr. Fernando associou-se à felicidade de André e familiares pela emérita homenagem, e manifestou-se com júbilo pela realização do magnífico evento sóciocultural. A noite transcorreu-se alegre com sorteios de brindes e com a troca de livros, sob a animação do toque musical de Helinho Gomes, encerrando-se com o oferecimento de farta mesa do café e guloseimas. Divulgue

RIO-POMBENSE É HOMENAGEADO COM A COMENDA HENRIQUE HALFELD A Prefeitura de Rio Pomba parabeniza o ilustre rio-pombense Padre Pierre Maurício por receber a maior honraria da cidade de Juiz de Fora - “Medalha Comendador Henrique Guilherme Fernando Halfeld”. No evento estiveram presentes o Prefeito de Rio Pomba Dr. Fernando Macedo; o Prefeito de Juiz de Fora Bruno Siqueira; o Vice-Governador Antônio Andrade; os Deputados Isauro Calais e Lafayette Andrada; o Presidente da Câmara de Juiz de Fora Rodrigo Mattos, autoridades do poder judiciário, civis e militares. Parabéns Padre Pierre por seu trabalho na Paróquia São José que tem atraído milhares de fiéis nas chamadas “Missas do Impossível”. Fernando Antônio Dutra Macedo Prefeito Municipal

A coordenadora Iná Menezes e o prefeito dr. Fernando Macedo ladeando o homenageado André Lavorato Aguiar, sua esposa Tatyana Araújo de Oliveira , os filhos Miguel e Júlia, o pai Luiz Passarotto Aguiar e o irmão Roberto Lavorato Aguiar


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