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Da pureza nasce a beleza

As cinco crianças...

Quando meu olhar pousou nesta imagem em meu Face, exatamente às 19:15 horas desta agradável e serena noite de terça-feira, 22 de novembro, não me contive: copiei e colei instantaneamente em meu word.

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Mas tive uma perda imensa, pois ao retornar à página do Face, ela já havia desaparecido! Não consegui guardar a origem. Coisas dessa Internet que não perdoa e faz com que aquilo de que gostamos, faça como o pássaro na gaiola que, ao menor descuido, simplesmente voa...

Felizmente consegui capturar a foto da imagem para que, aqui e agora, eu busque a inspiração na palavra que há tanto tempo não me vem...Parece haver uma trava na minha mente inspiradora que sequer a miragem de uma criação este poeta tem...

Pois é, este vazio que me assola a veia poética não há nada que consola, posto que a dor da ausência da escrita - seja de uma linha em prosa, ou o verso de um poema que em mim cantarola – dói, dói tanto ou mais que a bendita dor da perda de um grande amor.

É tão sério este momento por que vivo que até Meu Amor anda questionando meu silêncio, meu mutismo... e em face disso ela se sente desconfortável e dias atrás me perguntou o que estava acontecendo, além, é claro, desta terrível situação que estamos vivendo no Brasil.

Para que ela ficasse mais tranquila, lembrei-a daquele mini poema da eterna Cecília: “Quando estou muito quieto por fora...É que dentro de mim alguma coisa grita. E eu preciso me ouvir”.

Ela compreendeu e me deu o tempo que minha alma poeta precisa para sair dessa letargia amnésica... e eu possa escapar do casulo em que me encontro, recluso.

Eis então que o milagre da inspiração acontece quando, ao entrar no Face pra dar uma “sapeada”, dou de cara com essa imagem que profundamente me tocou.

E o poeta ressurge das cinzas qual bruma resiliente que não se afasta, nem cede um milésimo de segundo, desde que – há alguns dias – minha cabeça perdeu o rumo!

Vamos agora nos ater à imagem que origina esta Crônica?

São cinco crianças. Cinco! Para quem não sabe, sou místico e, como tal, acredito na Numerologia, na Cabala, dentre tantas coisas do Misticismo. E o número 5 na Cabala representa fundamentalmente A LIBERDADE E O ESPÍRITO DE AVENTURA. Ora, vocês já devem ter percebido aonde quero chegar. Assim, eu os convido a observarem atentamente a selfie. Olhem em profundidade. Lembrem-se... “O essencial é invisível para lido muito mais com as pessoas nele envolvidas que com o patrimônio propriamente dito. As leis nos dizem as regras, frias e cegas, mas não nos ensina a aplicá-las em consideração a sentimentos de perda, luto, desunião, rancor. Esse aprendizado vou construindo a cada encontro com um herdeiro, quando minimizo minha bagagem jurídica para me tornar aprendiz. Digo isso porque hoje, na primeira coluna do ano que se inicia, não é minha intenção “ensinar” nada, mas agradecer a cada leitor que me leu, que me fez perguntas, que confiou no meu trabalho e, principalmente, que me proporcionou a possibilidade do conhecimento. No novo ano, estaremos juntos com mais conteúdo, que eu espero ser de utilidade a você. Até a próxima. os olhos. Só se vê bem com o coração.”

Portanto, precisamos olhar além. Através. Deixemos de lado a questão social, sim. Por que não? O que importa e interessa aqui e agora são símbolos. E estes estão muito claros para mim, ao menos. A simbologia dessa foto é que tanto me tocou... Observem atentamente o rosto e o olhar das cinco crianças. Notem bem suas expressões de alegria e de felicidade. Vejam o menorzinho, à direita da menina. Percebem?

Seu olhar de encantamento vai todo para a menina, sua irmã, provavelmente. Transmite intensa doçura e grande enlevo por ela.

Por sua vez, a menina e os outros dois meninos – com a atenção total no “celular” – sorrisos escancarados no rosto, prontos para a selfie de suas vidas! Que emoção!

O protagonista da selfie, cara bonachona, olhar intensamente fixo no “aparelho”, firmeza em sua destra, pois esta não pode tremer, não! De jeito nenhum! Aquele momento é histórico. Único!

E toda essa beleza e plasticidade, para mim, é como fosse um retrato de Renoir, dadas as semelhanças tanto na primeira perspectiva como na do pano de fundo, pois percebe-se o lirismo e a luminosidade nos olhos dos cinco, bem como na simplicidade e delicadeza dos tons das crianças, e da paisagem. Típicos de Auguste Renoir, o extraordinário artista francês do século XIX, e um dos expoentes do Impressionismo.

Se olharmos o todo da foto, veremos que as crianças estão em uma espécie de rua de cascalho, à esquerda o terreno é elevado em relação ao da direita; e bem ao fundo vemos uma casinha agradável, circundada por árvores, coqueiros e uma cerca de arame.

Enfim, um magnífico retrato em que a pureza das cinco crianças transforma toda essa cena épica em pura beleza!

Confesso a vocês: há muito, muito tempo de verdade, não encontrava algo tão impactante aos meus sentidos e à minha veia poético-criativa como esse quadro. Emocionante. Sensacional. Simplesmente fascinante. E eu precisava disso como necessito do oxigênio para respirar... e a mágica dessa imagem das cinco crianças e sua Selfie serviram de ar aos sentidos deste poeta e prosador. Em nosso lar, Cuiabá, finalizada às 15:03 horas desta quarta-feira, 23 de novembro. Gratidão!

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