Emelda é professora e presidente da – Quando crescer, quero ser uma pessoa que ousa se expor ao perigo na luta em prol de crianças carentes. Assim como os nomeados ao Prêmio das Crianças do Mundo, diz a órfã Emelda Zamambo, 12 anos, de Maputo, Moçambique. Porém, Emelda não se contenta em esperar até tornar-se adulta para lutar pelos direitos da criança. Toda manhã, bem cedo, ela tem sua própria escola em casa, para crianças que, de outra forma, não teriam chance de estudar. Ela lhes ensina a ler, escrever e contar.
–
1
, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10!!! As crianças contam juntas, em voz alta, enquanto Emelda aponta para os números no quadro negro. – Ótimo! Mais uma vez! – diz ela, e recomeça. São oito e meia da manhã e, como acontece todo dia de semana, doze crianças estão sentadas no chão em frente à casa de Emelda. Elas olham atentamente para sua jovem professora, enquanto ela escreve novos números sobre o simples pedaço de madeira compensada que serve como
Apagador
Comprei com meu dinheiro do almoço, em vez de comprar comida na escola.
34
quadro-negro da escola. Emelda começou sua escola matutina há quase um ano, e a maioria das crianças a frequenta desde então. – Sempre ajudei meus irmãos mais jovens com o dever de casa. Costumávamos sentar na frente da casa para fazê-los. Aparentemente, houve um rumor de que sentávamos ali pela manhã, porque, de repente, começaram a aparecer outras crianças que queriam ajuda. No início eram apenas dois ou três, mas agora ensino para doze crianças todos os dias. Gratuitamente, é claro! – conta Emelda, com uma risada. Alguns alunos de Emelda