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“Nossos pais precisam entender”

– Quero que nossos pais entendam que nós, meninas, temos o direito de falar e nos expressar livremente sobre coisas que nos dizem respeito, diz Djiba. Ela não foi registrada ao nascer, foi submetida à mutilação genital, precisa fazer muitos trabalhos em casa, e seu direito de se fazer ouvir não é respeitado.

Desde que o programa do Prêmio das Crianças do Mundo chegou à aldeia de Djiba, no Senegal, ela atua no clube dos direitos da criança do WCP e no grupo do clube, onde as crianças podem falar sobre violações de seus direitos às quais foram submetidas. Djiba e seus amigos ouvem. Em seguida, elas contam aos líderes locais na escola e na aldeia, e tentam chegar a uma solução que seja boa para a criança.

“Perdi minha mãe quando tinha sete anos, e moro com meu pai e sua nova esposa. Não sou tratada da mesma forma que os fi lhos da minha madrasta por não ser fi lha dela. Eu faço todo o trabalho doméstico, debulho painço, milho e amendoim. Assim que volto da escola, tenho que preparar a comida. Preciso terminar de lavar a louça e a roupa mais cedo, para pegar lenha na floresta e voltar para casa antes do anoitecer. Se eu não lavo as roupas dos meus irmãos e pais, sou punida.

Gosto muito de ir à escola, pois lá posso esquecer as tarefas domésticas e descansar.

Gosto muito de ir à escola, pois lá posso esquecer as tarefas domésticas e descansar. Perdi o exame de admissão no ano

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