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A casa de Jibon desapareceu
A família de Jibon do lado de fora da nova casa que seu pai construiu, o pai Gulzar, irmão mais velho Jony, Jibon e a mãe, Ranjana.
– Você tem que acordar! A casa inteira está inundada, temos que sair AGORA! gritou a mãe de Jibon, tentando reanimá-lo. Como muitos outros sem terras, a família de Jibon vivia em uma casa simples de taipa perto do rio, onde é mais barato morar.
‘‘Era tarde da noite e todos já tinham adormecido quando minha mãe nos acordou de repente. A água do rio havia invadido a casa. Quando me levantei, a água estava na minha cintura. Fiquei muito assustado. Principalmente por causa das cobras que estão por toda parte na água quando há uma enchente. Uma picada pode ser fatal.
Entrou em pânico
Entrei em pânico e não conseguia parar de chorar, então minha mãe me pegou e saiu correndo. Quando chegamos ao topo de uma pequena colina, vimos como toda a casa acabou debaixo d'água e
Classe contra o casamento infantil
– Professores e alunos dos barcos-escola lutam contra o casamento infantil porque as meninas sofrem e são obrigadas a abandonar a escola. Isso é errado e injusto. Uma vez, conseguimos impedir o casamento de uma menina de apenas quatorze anos. Toda a turma de 30 alunos foi até a família da menina, junto com nossa professora, e explicou aos pais que o casamento infantil é errado. No final, eles decidiram cancelar o casamento, e foi óptimo! Nunca vou me casar com alguém com menos de dezoito anos, afirma Jibon.
Ama críquete
– Eu jogo críquete com meus amigos todos os dias depois da escola. Torço por Bangladesh, claro, mas infelizmente nossa vizinha, a Índia, costuma se sair melhor nas partidas. E a sensação não é boa! Jibon diz, rindo.
foi arrastada pelo rio. Minha mãe e meu pai conseguiram levar algum dinheiro, mas a maior parte do pouco que tínhamos se perdeu. Duas de nossas vacas foram puxadas para baixo da água e se afogaram nas massas de água. Somos sem-terra, o que significa que não temos nosso próprio pedaço de chão. E o pequeno pedaço de terra que alugamos para poder plantar capim para nossas vacas foi alagado e destruído. Mas ainda tivemos sorte, pois toda a família sobreviveu. Porque pensamos morreríamos naquela noite.
O barco-escola ajuda
Moramos alguns meses com meus avós maternos até meu pai terminar de construir a casa onde vivemos agora. Gosto da minha nova casa. Fica num lugar mais alto e mais distante do rio, então não me preocupo muito que isso volte a acontecer. Mas ainda tenho pesadelos e, às vezes, acordo suando no meio da noite. Tivemos que nos mudar três vezes em cinco anos, devido a inundações. Sempre que isso acontece, perdemos quase tudo que possuímos. Muitas vezes, passamos fome. A única coisa que comemos depois da última enchente foi arroz seco. Pedi à minha mãe um pouco de peixe para acompanhar o arroz, mas ela disse que não tínhamos dinheiro para isso. Não tínhamos nada.
Para nós, é ótimo poder ir para o barco-escola, pois perdemos muito nas enchentes. Porque no barco-escola tudo é gratuito. O ensino, cadernos, lápis..., tudo! Agora estou no quinto ano e, no futuro, sonho ser engenheiro e construir grandes pontes e prédios.”
Jibon, 11
Independente
– Estou fazendo este curso para aprender a costurar, pois quero ser costureira e, futuramente, ter minha própria boutique. Quando aprender uma profisão, poderei cuidar de mim mesma, ganhar meu próprio dinheiro e ser independente. Meus pais não podem me dar dinheiro para sempre!