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BALANÇOS E PERSPECTIVAS
2%. Finalmente, para as exportações, é previsto avanço de 2,1%, quanto para as importações este deverá ser de 2,3%”, conclui.
E a chegada do novo governo: de que forma poderá impactar esses resultados?
“O Aço Brasil é uma entidade apolítica, mas acreditamos que o Brasil hoje já possui mecanismos nos demais Poderes que irão trabalhar na base para um equilíbrio tornando o país governável. Se for assim, acredito que a promessa que fizermos no Congresso do Aço para o crescimento do consumo aparente continuará a ser perseguida pelo Instituto, devendo gerar um crescimento da ordem de 4% nos próximos dez anos nesse quesito”, contextualiza Jefferson.
E, entre outras referências, o presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil utiliza para justificar tal afirmação, a disposição e compromisso manifestados por vários grupos que compõem a malha siderúrgica nacional de continuar acreditando no desenvolvimento do setor e investindo para que isso possa acontecer. Essencialmente, tais recursos serão destinados à expansão de plantas industriais, melhoria da produtividade com implantação de métodos e sistemas digitalizados, qualificação de pessoal e muitos investimentos na busca da descarbonização total da produção de aço no Brasil. E estes não são poucos: no total, o montante previsto deles deverá atingir R$ 52,5 bilhões até 2026.
Paralelamente, ainda segundo os executivos do Instituto Aço Brasil, além de injeção de capital, a partir de agora a agenda do setor siderúrgico brasileiro deverá mirar algumas prioridades bastante específicas para o setor buscar a retomada de seus crescimentos econômico e sustentável. Entre os principais pontos listados nessa pauta se encontra a necessidade do ajuste fiscal no Brasil, com pleno atendimento ao teto de gastos; a Reforma Tributária, com o fim da cumulatividade de impostos; a correção das assimetrias competitivas, com a redução do “Custo Brasil” e a extinção dos resíduos tributários na exportação; a conquista do equilíbrio entre as operações do mercado interno e externo, com isonomia competitiva na importação; a sustentabilidade, com simplificação do sistema de licenciamento ambiental; o equacionamento da logística e da infraestrutura, com a eliminação dos gargalos e a modernização dos sistemas; e, ainda, medidas contemplando a melhor utilização dos recursos energéticos e insumos, com a revisão dos modelos de precificação de energia elétrica, gás e diesel.
Latin Steel
Em amplitude global, como já foi dito, fa tores como a pandemia e a guerra na Ucrâ nia exerceram forte impacto na indústria si derúrgica no ano que passou. E, somados a pressões inflacionárias, restrições cambiais e incertezas políticas desafiadoras para o novo ano que se inicia, tais efeitos tendem a se perpetuar no âmbito da América Latina. Tanto que, levando em consideração esse corolário alinhado como um encadeamento de tópicos, a Associação Latino-americana de Aço, entidade que integra a cadeia de valor da liga no continente, afirma que a recuperação inicialmente prevista para ele em 2022 só irá ocorrer, de verdade, em 2023.
E tal proposição se encaixa como as múltiplas facetas de um prisma a partir de constatações bem reais. De saída, há a questão do ção no preço das matérias-primas em geral. Ocorre, porém, que paralelamente – e até como contraponto a esse fato –, a indústria latino-americana passou a apresentar um cenário deteriorante de moderada queda da demanda. Assim, o consumo aparente da região, que em 2021 foi de 74,9 milhões de toneladas (+25,8%), após os primeiros oito meses do ano anterior, já apontava um decréscimo esperado de 9,5%, conduzindo à expectativa de que ele deveria fechar o ano passado na cifra de 67,8 milhões de toneladas, segundo consta na projeção de dados intitulada “América Latina em Números