Revista Siderurgia Brasil

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Siderurgia Brasil – Nº 128 – maio/junho de 2018

GRIPS


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Expediente

Editorial

As pedras no caminho

Edição 128 - ano 19 Maio/Junho 2018 Siderurgia Brasil é uma publicação de propriedade da Grips Marketing e Negócios Ltda. com registro definitivo arquivado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial sob nº 823.755.339. Coordenador Geral: Henrique Isliker Pátria Diretora Executiva: Maria da Glória Bernardo Isliker

HENRIQUE ISLIKER PÁTRIA EDITOR RESPONSÁVEL

TI: Vicente Bernardo Consultoria jurídica: Marcia V. Vinci - OAB/SP 132.556 mvvinci@adv.oabsp.org.br Editor e Jornalista Responsável: Henrique Isliker Pátria - MTb-SP 37.567 Repórter Especial: Marcus Frediani MTb:13.953 Projeto Editorial: Grips Editora Projeto Gráfico: Ana Carolina Ermel de Araujo Edição de Arte / DTP: Ana Carolina Ermel de Araujo Capa: Criação: André Siqueira Fotos: Montagem com foto de divulgação da empresa Husqvarna, complementada com fotos da Shutterstock. Impressão: Ipsis Gráfica e Editora DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA A EMPRESAS DO SETOR E ASSINATURAS A opinião expressada em artigos técnicos ou pelos entrevistados são de sua total responsabilidade e não refletem necessariamente a opinião dos editores. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Rua Cardeal Arcoverde 1745 – conj. 113 São Paulo/SP – CEP 05407-002 Tel.: +55 11 3811-8822 grips@grips.com.br www.siderurgiabrasil.com.br Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou qualquer meio, sem prévia autorização.

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Dez entre dez livros de autoajuda apresentam frases de efeito e manifestações de incentivo para todas as vezes que nos depararmos com dificuldades que parecem intransponíveis em nossas caminhadas, sejam elas profissionais ou pessoais. Mas, como se faz isto quando se trata de algo maior, como uma empresa, um grupo de voluntários, um grupo escolar, um estado ou até mesmo um país? A partir do segundo semestre do ano passado a economia do Brasil passou a demonstrar sinais de recuperação. Alguns indicativos se mostraram fortes e consistentes como a inflação mantida em níveis baixos, os juros no patamar mais baixo de toda a série histórica desde que passou a ser divulgado, a lenta mas consistente retomada dos níveis de emprego e outros indicadores numéricos, portanto livres de influências políticas que nos davam a sensação de que havia sido deixado para trás, vários dos fantasmas que nos acompanhavam. Algumas das reformas, tanto faladas, foram feitas ainda que parcialmente e outras esperávamos que fossem concluídas nos próximos meses. No entanto para espanto geral, tudo ficou escuro de uma hora para a outra. A greve dos caminhoneiros que a principio parecia não passar de mais uma movimentação de sindicatos em

busca de suas reivindicações (justas ou não, aqui não cabe a discussão) abalou fortemente a república chamada Brasil. Tudo parou e até colapsos mais graves aconteceram sem que se encontrasse a porta para o retorno a normalidade. E para o setor siderúrgico e alguns outros setores industriais, a saída não poderia ser pior. Em matéria que apresentamos nesta edição, fica claro que puxaram o cobertor para a cabeça descobrindo os pés. Leiam e formem seu juízo a respeito. Na edição também falamos da utilização de robôs em áreas em que a presença humana traz sérios riscos como a reforma dos altos fornos, e de assuntos técnicos de suma importância como um artigo didático ao extremo que explica como é produzido o aço em todas as suas etapas. Em outros artigos percorremos o caminho da inovação, da industria 4.0 e como a falta de investimentos na educação faz falta para o desenvolvimento brasileiro. Complementamos com as estatísticas dos vários segmentos que se utilizam do aço como matéria prima e das noticias relevantes. Tudo feito, para você nosso leitor. Boa leitura!

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Índice de matérias

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EDITORIAL As pedras no caminho

POLÍTICA O desabafo da indústria

TECNOLOGIA O Aço e o processo siderúrgico

EMPRESAS Lubrimatic

ARTIGO TÉCNICO Analogia entre a força medida e a calculada na laminação a quente de barras do aço SAE 1020

FUTURO O Pensamento Estratégico para a Indústria 4.0 – Diversidade

26 28 30 33 34

INOVAÇÃO Mudanças estratégicas são necessárias

OPINIÃO Educação é a base – Marcos Cintra

ESTATÍSTICAS

VITRINE

ANUNCIANTES

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O desabafo da indústria

Política

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Asfixiada pela quase extinção do Reintegra e pressionada pelo pantagruélico apetite tributário do governo, a indústria brasileira definha.

Marcus Frediani

“R

setores da indústria movimentaram, em 2017, mais de R$ 461 bilhões em faturamento e R$ 54 bilhões em impostos, mobilizando meio milhão de colaboradores. As decisões tomadas pelo Governo que impactaram diretamente a indústria – seja em relação às mudanças nas regras de conteúdo local; seja no que diz respeito à abertura unilateral da economia brasileira, sem que se efetuassem a correção das assimetrias existentes; ou as medidas, com viés político, relacionadas à defesa comercial brasileira; e mais recentemente a redução do Reintegra de 2% para 0,1% – ratificam o convencimento da indústria de não ser prioridade para o Governo brasileiro. Nesse cenário, a indústria química foi duplamente penalizada, pois se soma à redução do Reintegra a extinção do Regime EsFotos: Divulgação

“Reunimos você aqui hoje para um desabafo. Do jeito que está, não dá mais!” Foi assim, sem rodeios e meias palavras que o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, definiu o encontro com a Imprensa, realizado na fria tarde do dia 6 de junho, no auditório da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), contando, ainda, com a presença do presidente dessa entidade, Fernando Figueiredo, e do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, para discutir as medidas do governo com a greve dos caminhoneiros e fazer uma avaliação dos efeitos das recentes medidas tributárias compensatórias do governo para a indústria de base, segmento este no qual a química e o aço tem intensa participação. Juntos, esses dois

José Augusto de Castro, da Associação de Comércio exterior do Brasil (AEB), Fernando Figueiredo, presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr)

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Política

Carga tributária monstro Em uníssono, as três entidades também classificaram a redução da

atingido sua consolidação. Colocada na balança, a carga tributária que pesa sobre ela representa um terço de todos os impostos arrecadados no país. “Nesse contexto, ainda precisa lidar com a falta de clareza nas regras, gerando insegurança jurídica e afugentando investimentos, com consequência subida do ‘Risco País’”, destacou Fernando Figueiredo, da Abiquim. Ainda segundo ele, a revogação do REIQ representa um retrocesso e pode inviabilizar decisões que foram tomadas com a premissa de vigência do regime especial. O regime especial foi criado em 2013 para ampliar a competitividade do produto químico brasileiro, com desoneração de matérias-primas petroquímicas de primeira e segunda geração. E os efeitos deletérios sobre as operações no mercado externo agra-

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pecial da Indústria Química (REIQ), por meio da Medida Provisória 836, de 30 de maio de 2018. A medida causa preocupação para o setor e poderá gerar o fechamento de plantas, postos de trabalho e causar perdas que poderão chegar a R$ 3 bilhões até 2021. Segundo Marco Polo Lopes, do Aço Brasil, o impacto da recente greve dos caminhoneiros será extremamente danoso para a indústria, criando um “buraco” nos ganhos da siderurgia brasileira de mais de R$ 1,1 bilhão. “Altos-fornos foram abafados ou funcionaram no mínimo possível de capacidade ocupada, laminações e aciarias foram paradas e despachos de produtos, atrasados. E o que é pior: a tabela do frete mínimo publicada inicialmente pelo governo, em resposta também aos caminhoneiros, teria potencial de retirar mais R$ 3 bilhões se durasse por 12 meses”, pontuou.

alíquota do Reintegra e a revogação do REIQ com transferência para a indústria do custo de medidas tributárias compensatórias. A mudança da taxa de juros de longo prazo (TJLP) para a TLP também foi duramente criticada pelos executivos do Aço Brasil, da Abiquim e da AEB. Ao longo dos últimos anos, a indústria brasileira tem perdido competitividade em razão do “Custo Brasil”, sobretudo pela burocracia e entraves logísticos que encarecem a produção. Com isso, ela vem perdendo participação no PIB de forma insidiosamente precoce, sem ter

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Política

dente e acachapante o fato de que a indústria sempre é chamada a pagar a conta, colocando em risco a frágil retomada do crescimento econômico brasileiro e especialmente os empregos de qualidade gerados pelas empresas do setor. Balanço negativo Para a indústria de transformação, apesar de pontos positivos conquistados no mandato de Michel Temer, o balanço na comparação com os retrocessos é preocupante. Se, de um lado, o estabelecimento de limite para teto dos gastos, a redução das taxas de juros, a liberação dos R$ 42 bilhões do FGTS para o consumo, a terceirização e a materialização da Reforma Trabalhista promoveram avanços, de outro,

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vam sobremaneira esse quadro. Isso porque quando se soma a situação de fragilidade da dinâmica doméstica à necessidade imperiosa de exportação, a redução do Reintegra – definido pelo governo como um benefício, quando, na verdade, é um mecanismo de ressarcimento tributário – pinta o cenário perfeito da estagnação, o que, na interpretação dos representantes da indústria não faz o menor sentido, e gerará resultados nefastos em 2018. “Por conta do fim efetivo do Reintegra, a siderurgia nacional deve deixar de exportar R$ 636 milhões. Não há como abrir mão do Reintegra enquanto não houver Reforma Tributária”, enfatizou Marco Polo, do Aço Brasil, afirmando ainda que decisões como essa reforçam e tornam evi-

medidas incompreensíveis como a abertura da economia sem correção das assimetrias competitivas, as alterações nas regras do Conteúdo Local as já citadas mudanças da TJLP para TLP e a transferência para a indústria do custo referente às medidas tributárias compensatórias criaram um vácuo de proporções absurdas, que joga contra a manutenção dos índices de produtividade e competitividade da indústria, impondo-lhe um elevado grau de ociosidade e travando o desenvolvimento do Brasil. Como resultado do inbróglio, dez entidades representativas de setores da indústria de transformação fortemente afetados pela recessão e com ampla participação na produção, exportações e geração de emprego, formaram uma coalizão para a elaboração de proposta que proporcione isonomia competitiva e maior inserção no mercado internacional. Contudo, a reoneração de setores da indústria para bancar a redução dos preços do diesel, uma medida conquistada pelos caminhoneiros após uma greve de proporções nacionais, vai levar setores da economia à Justiça contra o governo federal. Na coletiva de Imprensa na Abiquim, o Instituto Aço Brasil revelou decisão de judicializar a questão assim que possível. “Ainda acreditamos que possa haver um recuo do governo, quanto a essas questões cruciais. Mas caso ele não ocorra, a tendência é levar a questão para decisão das instâncias superiores do Judiciário”, concluiu Marco Polo de Mello Lopes, do Instituto Aço Brasil.

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O aço e o processo siderúrgico

Tecnologia

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O ferro, que é encontrado abundantemente na crosta terrestre, torna-se aço após um processo em que são adicionadas propriedades modificadoras no sentido de tornar o metal resistente a impactos, desgastes diversos e moldado para inúmeras utilizações pelo homem.

Instituto Aço Brasil – IABr*

O

oxigênio que se desprende do minério com a alta temperatura, deixando livre o ferro. O processo de remoção do oxigênio do ferro para ligar-se ao carbono chama-se redução e ocorre dentro de um equipamento chamado alto forno. Antes de serem levados ao alto forno, o minério e o carvão são previamente preparados para melhoria do rendimento e economia do processo. O minério é transformado em pelotas e o carvão é destilado, para obtenção do coque, dele se obtendo ainda subprodutos carboquímicos. No processo de redução, o ferro se liquefaz e é chamado de ferro gusa

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O que é o aço? Basicamente, o aço é uma liga de ferro e carbono. O ferro é encontrado em toda crosta terrestre, fortemente associado ao oxigênio e à sílica. O minério de ferro é um óxido de ferro, misturado com areia fina. O carbono é também relativamente abundante na natureza e pode ser encontrado sob diversas formas. Na siderurgia, usa-se carvão mineral, e em alguns casos, o carvão vegetal. O carvão exerce duplo papel na fabricação do aço. Como combustível, permite alcançar altas temperaturas (cerca de 1.500º Celsius) necessárias à fusão do minério. Como redutor, associa-se ao

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Tecnologia

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• De longos aços carbono (barras, perfis, fio máquina, vergalhões, arames e tubos sem costura) • De longos aços especiais / ligados (barras, fio-máquina, arames e tubos sem costura)

• Semi-integradas – que operam duas fases: refino e laminação. Estas usinas partem de ferro gusa, ferro esponja ou sucata metálica adquiridas de terceiros para transformá-los em aço em aciarias elétricas e sua posterior laminação. Além disso, em função dos produtos que preponderam em suas linhas de produção, as usinas também podem ser assim classificadas: • De semi-acabados (placas, blocos e tarugos) • De planos aços carbono (chapas e bobinas) • De planos aços especiais / ligados (chapas e bobinas)

Como as usinas de aço se classificam? As usinas de aço do mundo inteiro classificam-se segundo o seu processo produtivo: • Integradas – que operam as três fases básicas: redução, refino e laminação; participam de todo o processo produtivo e produzem aço.

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ou ferro de primeira fusão. Impurezas como calcário, sílica etc. formam a escória, que é matéria-prima para a fabricação de cimento. A etapa seguinte do processo é o refino. O ferro gusa é levado para a aciaria, ainda em estado líquido, para ser transformado em aço, mediante queima de impurezas e adições. O refino do aço se faz em fornos a oxigênio ou elétricos. Finalmente, a terceira fase clássica do processo de fabricação do aço é a laminação. O aço, em processo de solidificação, é deformado mecanicamente e transformado em produtos siderúrgicos utilizados pela indústria de transformação, como chapas grossas e finas, bobinas, vergalhões, arames, perfilados, barras etc. Com a evolução da tecnologia, as fases de redução, refino e laminação estão sendo reduzidas no tempo, assegurando maior velocidade na produção.

Existem ainda unidades produtoras chamadas de não integradas, que operam apenas uma fase do processo: processamento (laminação ou trefilas) ou redução. • Laminação – Estão os relaminadores, geralmente de placas e tarugos, adquiridos de usinas integradas ou semi-integradas e os que relaminam material sucatado.No mercado produtor operam ainda unidades de pequeno porte que se dedicam exclusivamente a produzir aço para fundições. • Trefilação – São as trefilarias, unidades que dispõem apenas de trefilas, em que produtores de arames e barras utilizam o fio-máquina como matéria prima. • Redução – São os produtores de ferro gusa, os chamados guseiros, que têm como característica comum o emprego de carvão vegetal em altos fornos para redução do minério, mas que se trata de atividade industrial distinta. De acordo com a CNAE/IBGE (instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade econômica do país), a Metalurgia é uma divisão

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O fluxo de produção de aço: O aço é produzido, basicamente, a partir de minério de ferro, carvão e cal. A fabricação do aço pode ser dividida em quatro etapas: preparação da carga, redução, refino e laminação. 1. Preparação da carga: Grande parte do minério de ferro (finos) é aglomerada utilizando-se cal e finos de coque. O produto resultante é chamado de sinter. O carvão é processado na coqueria e transforma-se em coque. 2. Redução: Essas matérias-primas, agora preparadas, são carregadas no alto forno. Oxigênio aquecido a uma temperatura de 1000ºC é soprado pela parte de baixo do alto forno. O carvão, em

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Fonte: IABr

da seção das Indústrias de Transformação. É nessa atividade econômica que ocorre a conversão de minérios ferrosos e não-ferrosos em produtos metalúrgicos e produtos intermediários do processo. A Siderurgia, setor no qual ocorre a fabricação do aço em forma de semi-acabados, laminados, relaminados, trefilados e tubos sem costura, é classificada como um grupo específico na divisão de metalurgia, seção na qual estão inseridas outras atividades correlatas. Dentro da metalurgia, os produtores independentes de gusa e de ferro-ligas compõem outro grupo.

contato com o oxigênio, produz calor que funde a carga metálica e dá início ao processo de redução do minério de ferro em um metal líquido: o ferro-gusa. O gusa é uma liga de ferro e carbono com um teor de carbono muito elevado. 3. Refino: Aciarias a oxigênio ou elétricas são utilizadas para transformar o gusa líquido ou sólido e a sucata de ferro e aço em aço líquido. Nessa etapa parte do carbono contido no gusa é removido juntamente com impurezas. A maior parte do aço líquido é solidificada em equipamentos de lingotamen-

to contínuo para produzir semi-acabados, lingotes e blocos. 4. Laminação: Os semi-acabados, lingotes e blocos são processados por equipamentos chamados laminadores e transformados em uma grande variedade de produtos siderúrgicos, cuja nomenclatura depende de sua forma e/ou composição química. *Artigo apresentado pelo site do IABr – Instituto Aço Brasil,entidade que congrega e representa as empresas brasileiras produtoras de aço. – Usinas Siderurgicas–. www.acobrasil.org.br

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A utilização de robôs traz benefícios para a siderurgia

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Há algumas necessidades específicas, dentre as quais a limpeza e manutenção de altos fornos e unidades de pré-aquecimento, que são melhor atendidas através da utilização de tecnologia de última geração. Por exemplo: em locais onde existe risco para os operadores, restrição por emissão de gases ou ainda trabalhos que necessitem do mínimo de barulho e abalo. Nestes casos o robô não é apenas uma opção, mas pode ser a solução. A Lubrimatic é a única empresa que possui a maior frota de robôs no ramo de demolição, cortes e furos de concreto, escavações e elevações especializada na utilização de robôs da marca Husqvarna. A marca possui uma linha especial de robôs denominada DXR, desenvolvidos para trabalhos em ambientes de difícil acesso e que apresentem algum tipo de risco para os operadores.

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Os robôs da linha DXR da Husqvarna podem acessar locais confinados onde geralmente o trabalho é feito com marteletes manuais e substituem

esta técnica com vantagens, pois além da questão de segurança aumentam também a capacidade produtiva, já que podem produzir mais que 22 operadores com marteletes pneumáticos, com uma melhor precisão e acabamento. Com a tecnologia Bluetooth utilizada pela linha DXR, é possível trabalhar a uma distância de até 100 metros sem interferência humana. Os robôs não concorrem com mini escavadeiras, porque são equipamentos que podem ser monitorados à distância. Dada a sua eficácia, os custos x benefícios, são altamente vantajosos para a empresa. Uma de suas maiores vantagens é manter os operadores longe das áreas de risco. A Lubrimatic visualizou esse nicho de mercado e hoje está apta a oferecer uma gama de serviços para a siderurgia. www.lubrimatic.com.br

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Analogia entre a força medida e a calculada na laminação a quente de barras do aço SAE 1020 Artigo Técnico

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Este artigo foi desenvolvido dentro do programa de pós-graduação em Engenharia de Minas, Metalurgia e Materiais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Laboratório de Transformação Mecânica, Porto Alegre, RS, Brasil. Rafael Luciano Dalcin; Rodrigo Afonso Hatwig; Angela Selau Marques; Luana de Lucca de Costa; Alexandre da Silva Rocha; Rafael Menezes Nunes

R

Resumo No planejamento de um processo de laminação, o conhecimento da força de laminação é importante para a seleção e dimensionamento de equipamentos, determinação da potência de laminação e, na escolha de reduções ótimas no processo. Diversos modelos matemáticos encontrados na literatura podem ser usados na determinação da força do processo, entretanto, todos possuem graus significativos de simplificações, sendo que este fato é associado a imprecisão entre resultados calculados e os obtidos experimentalmente com reduções crescentes. O propósito deste trabalho é determinar qual dos modelos matemáticos (Köster e/ou Ekelund) utilizados industrialmente representa de forma mais precisa a força real de laminação. Neste contexto, doze barras quadradas do aço SAE 1020 com diferentes dimensões foram austenitizadas e posteriormente laminadas individualmente. Comparando a força de laminação experimental com os modelos matemáticos de Köster e Ekelund, e apesar de eventuais discrepâncias, o modelo de Ekelund foi o que estimou com maior precisão a força de laminação.

Experimento

Dimensões das amostras antes da laminação. Comprimento x altura x largura (mm)

1 2

200,0 x 12,7 x 12,7

3 4 5

200,0 x 16,0 x 16,0

6 7 8

200,0 x 19,0 x 19,0

Dimensões das amostras após a laminação Comprimento (mm)

Altura (mm)

Largura (mm)

220

11

13,5

225

10,5

14,5

230

10

15

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11

19,5

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10,5

20

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21,5

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16

20

227

15,5

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15

21,5

10

246

18,5

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250

17,5

30

253

17

30,5

11 12

200,0 x 25,4 x 25,4

*Todas as barras quadradas foram laminadas individualmente Tabela 1. Dimensões das amostras antes e após a laminação (DALCIN et al., 2018).

Palavras-chave: Laminação a quente; Barras quadradas; Aço SAE 1020; Comparação de força entre modelos matemáticos. 1. INTRODUÇÃO A força de laminação é um parâmetro fundamental para definir a possibilidade de efetuar determinadas reduções nos produtos laminados. Seu cálculo prévio, varia em função das condições específicas do material e de processo (GORNI; SILVA, 2012). Outro parâmetro fundamental é a resistência à deformação a quente do material que está sendo laminado. Inúmeros modelos matemáticos para estimar a força de laminação de perfis de aço foram desenvolvidos, mas sua aplicabilidade é objeto de muita discussão, já que o processo de laminação não depende somente dos parâmetros de processo, como também da composição química do aço e dos processos de encruamento e recuperação que ocorrem durante a conformação a quente (SICILIANO JUNIOR et al., 1996). No caso específico da laminação a quente há inúmeros modelos matemáticos disponíveis para o cálculo da força de laminação. Schaeffer (1976), por exemplo, comenta que o modelo deduzido por Ekelund leva em conta o coeficiente de atrito no arco de contato. Recentemente, Schaeffer (2016) explica que o método de cálculo de força por Köster foi obtido através da teoria plastostática, e leva em conta a influência da geometria e do atrito. Portanto, o propósito deste artigo é obter valores medidos da força de laminação com o auxílio de células de carga extensométricas, e comparar os resultados experimentais com os modelos matemáticos de Köster e Ekelund. 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. Procedimento de laminação a quente Barras quadradas do aço SAE 1020 de composição química 0,2%C, 0,45%Mn, 0,15%Si, 0,15%Cr, 0,2%Cu, 0,15%Ni (% em massa), dureza média 240,4 HV, e dimensões apresentadas na Tabela 1, foram austenitizadas a 1200°C no forno, e laminadas na temperatura de 1000°C (devido a perdas de calor para os cilindros de laminação e ao ambiente). Em seguida, as mesmas amostras foram resfriadas lentamente ao ar. MAIO/JUNHO 2018 SIDERURGIA BRASIL 19

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Artigo Técnico (2) Como o ângulo de contato aumenta à medida que a seção da barra é reduzida, é preciso aumentar o atrito ou buscar forças auxiliares para assegurar a condição de agarre no início da laminação (COSTA et al., 2013). A Figura 2 apresenta uma representação esquemática simplificada das forças na laminação. Onde (Fr) é a força resultante, (Į) é o ângulo de agarre, (ȕ) é o ângulo da força resultante, e (aM) é a distância. Figura 1. (a) Laminador DEMAG; (b) Representação esquemática da vista lateral do laminador. Adaptado de Helman; Cetlin (2005).

A laminação foi realizada pelo laminador DEMAG, apresentado na Figura 1(a), equipado por dois cilindros não reversíveis, com diâmetro 178,8 mm e comprimento da mesa de 200 mm. Em relação ao ensaio de laminação, a rotação dos cilindros foi 27 rpm, e a velocidade periférica dos cilindros foi 252,8 mm/s (DALCIN et al.,2018). A Figura 1(b) mostra uma representação esquemática da vista lateral do laminador duo, equipado por quadros, dois cilindros de trabalho, mancais nos quais giram os cilindros e células de carga. No laminador mostrado, o ajuste de luz (distância entre os cilindros) é feito através da movimentação do cilindro superior. A força de laminação das barras quadradas do aço SAE 1020, foi medida com o uso de células de carga extensométricas, fixadas acima do mancal e abaixo do fuso do laminador, conforme ilustrado na Figura 1(b). Para fazer o tratamento dos dados, foi utilizado um sistema de aquisição de dados, que recebe as informações provenientes da célula de carga, e as envia para um computador. Os dados das deformações da célula de carga são recebidos pelo sistema de aquisição em uma ponte completa de Wheatstone. 2.2. Estimativa do Coeficiente de Atrito e Condições de Agarre A Equação 1, desenvolvida por Ekelund para determinar o coeficiente de atrito (μ) dos cilindros de aço, varia com a qualidade do material do cilindro e com a temperatura de laminação (Tlam) em Graus Celsius (°C) (SCHAEFFER; ROCHA, 2007). (1) Para que ocorra o agarre na barra é necessário que o ângulo de contato seja menor que o coeficiente de atrito, ou seja, . O ângulo de agarre máximo na barra é determinado por e o ângulo de agarre efetivo por , onde (ld) é o arco de contato e (R), o raio dos cilindros. Contudo, para determinar o ângulo de agarre efetivo é necessário conhecer (ld), que é calculado pela Equação 2 (WUSATOWSKI, 1969).

Figura 2. Direção das forças atuantes durante a laminação (GASIYAROVA et al., 2016).

2.3. Modelos Analíticos Empregados no Cálculo da Força de Laminação A seguir é descrito as equações utilizadas nos modelos de Ekelund e Köster para o cálculo da força de laminação. 2.3.1 Modelo de Ekelund A força de laminação (F) é o produto da área de contato (Ad) pela resistência à deformação (kw), ou seja, [F= Ad.kw]. Para estimar a força de laminação pelo método de Ekelund é preciso conhecer a área de contato média (Ad), que pode ser estimada pelo produto do arco de contato (ld) pela largura média (bm), ou seja, [Ad= (ld .bm)]. Nesse caso, a resistência à deformação é . Para determinar a influência da geometria e do atrito tem-se a Equação 3 (SCHAEFFER, 1976; SCHAEFFER, 2016). (3) Para determinar a tensão de escoamento , Ekelund propôs o uso da Equação 4, sendo (), a temperatura de laminação em Graus Celsius (°C) (SCHAEFFER; ROCHA, 2007). (4) O coeficiente de plasticidade do material laminado , é determinado por , sendo ( ) em (°C) (SCHAEFFER, 1976). O fator de correção da plasticidade ( ), é , para velocida-

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de tangencial do cilindro (Vt) maior que 3 m/s, e CV = 1, para velocidade tangencial do cilindro menor ou igual a 3 m/s. A velocidade de deformação é calculada pela Equação 5 (MILANEZ, 2006).

(5)

2.3.2 Modelo de Köster A força de laminação (F), é calculada por [F= Ad.kw], e a área de contato média por [Ad= (ld .bm)], assim como no modelo proposto por Ekelund. Schaeffer (2016) destaca que a resistência à deformação (kw) foi desenvolvida pela teoria plastostática e pode ser representada por [kw= (k1.kf)]. No entanto, a influência da geometria e do atrito desenvolvida por Köster é revelada pela Equação 6. Sendo a altura méa dia [hm=(h0+h)/2] e o coeficiente de correção ( ) determinado para a temperatura de laminação em Kelvin (°K), por .

(7)

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1. Comparação da Força de Laminação Medida com os Modelos de Köster e Ekelund Os modelos matemáticos para estimar a força de laminação a cada passe são ferramentas indispensáveis para determinar a possibilidade de realizar um determinado passe na laminação de um material. Na Figura 3, as forças de laminação experimentais e a calculada a partir dos modelos de Köster e Ekelund são apresentadas.

(6) A tensão de escoamento de quase todos os metais, em altas temperaturas de trabalho é muito dependente da taxa de deformação (ALTAN et al., 1999). Portanto, Köster recomenda obter a tensão de escoamento (kf) através da curva de escoamento experimental do material. No entanto, por simplicidade optou-se em utilizar os valores determinados pela Equação 4. 2.4. Cálculo do Torque e da Potência de Laminação A potência de laminação (P) consumida por passe é demonstrada na Equação 7, em Kilowatt (kW). Onde () é a rotação por minuto, e () é o momento total considerando a rotação dos dois cilindros, ou seja, [] (SCHAEFFER, 2016).

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Figura 3. Comparação da força de laminação experimental com os modelos analíticos.

As barras quadradas selecionadas para os experimentos apresentam dimensões diferentes (Tabela 1), e foram laminadas individualmente com diferentes reduções, sendo assim, não é possível garantir que todas as amostras foram laminadas na mesma temperatura. Essa oscilação de temperatura provavelmente se reflete com maior intensidade nas barras com as dimensões iniciais menores (experimento 1 ao 3) e

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Artigo Técnico Experimento

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12

Potência de laminação (kW)

5,8

8,1

10,5

25,9

29,6

34,4

14,9

17,9

21,4

49,9

59,5

64,6

Tabela 2. Potência de laminação estimada a partir da força experimental.

nas maiores (experimento 10 ao 12), pois afeta diretamente a tensão de escoamento do material. Esse fato contribui para as diferenças observadas entre os modelos matemáticos e os valores experimentais (Figura 3), uma vez que foi considerado em todos cálculos, a mesma temperatura de laminação. Estudos realizados por Poliak et al. (1998) apontam que é razoável admitir que um modelo industrial para cálculo de força apresente erros, que são causados principalmente, pela variação dos gradientes térmicos ao longo da peça, além da eventual inadequação da equação de resistência à deformação a quente usada e do próprio modelo de força. 3.2. Torque e Potência de Laminação Dieter (1981) explica que a potência é fornecida a um laminador pela aplicação de um torque aos cilindros de laminação e por uma tensão média da peça laminada. Logo, a força total da laminação é distribuída sobre o arco de contato. A Tabela 2 exibe a potência de laminação, calculada a partir da força experimental. A potência pode ser gasta de várias maneiras, como: energia necessária para deformar o material, energia necessária para superar as forças de atrito no embarrilhamento, energia perdida nos mancais e nos sistemas de transmissão de potência, e perdas elétricas nos motores e geradores (DIETER, 1981). Então, conhecer o momento e a força de laminação é importante para estimar a potência de laminação, e consequentemente evitar eventuais sobrecargas no equipamento. 4. CONCLUSÕES Através dos resultados apresentados neste artigo, seguintes conclusões podem ser obtidas: (1) Os modelos para cálculo de força apresentados são razoáveis para o material em estudo. (2) O modelo matemático de Ekelund se aproximou mais dos resultados experimentais. (3) Apesar da potência máxima consumida ser aproximadamente 64,6 kW, a potência máxima deste laminador é bem superior. REFERÊNCIAS ALTAN, T.; OH, S.; GEGEL, H. Conformação de metais: Fundamentos e aplicações. 1 ed. São Carlos: EESC USP, 1999. 350 p. COSTA, L. L.; JOÃO, A. J. S.; CORRÊA, F. J.; MARTINS, V.; SCHAEFFER, L. Estudos comparativos dos métodos de cálculo experimental do alargamento no processo de laminação a quente do aço AISI 1020. In: 2° Seminário de Inovação e Tecnologia do IFSul. Rio Grande do Sul. Junho, 2013. p. 1-10. DALCIN, R. L.; HATWIG, R. A; MARQUES, A. S.; RO-

CHA, A. S.; NUNES, R. M. Análise experimental e analítica para previsão do alargamento de barras laminadas a quente. Siderurgia Brasil, 127: 24-27, março/abril 2018. DIETER, G. E. Metalurgia mecânica. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois, 1981. 653 p. GASIYAROVA, O. A.; VORONIN, S. S.; MAKLAKOVA, E. A.; GASIYAROV, V. R. Experimental Determination of Resultant Roll Force at Hot Plate Mill 5000. Procedia Engineering, 150: 1415-1418, 2016. GORNI, A. A.; SILVA, M. R. S. Comparação entre os modelos para o cálculo de carga na laminação a quente industrial. Tecnologia em Metalurgia, Materiais e Mineração, 9(3): 197-203, 2012. HELMAN, H.; CETLIN, P. R. Fundamentos da conformação mecânica dos metais. 2. ed. São Paulo: Artliber Editora, 2005. 263 p. POLIAK, E. I.; SHIM, M. K.; KIM, S. G.; CHOO, W. Y. Application of linear regression analysis in accuracy assessment of rolling force calculations. Metals and Materials, 4(5): 10471056, 1998. MILANEZ, A. Estudo da calibração de barras chata laminadas a quente em um laminador trio. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2006. 152 p. SCHAEFFER, L. Manufatura por Conformação Mecânica: Projetar – Fabricar – Utilizar. 1 ed. Porto Alegre: Imprensa Livre, 2016. 217 p. SCHAEFFER, L. Método de medição de força em laminação; Analogia entre a força medida e a calculada na laminação a quente de perfis de aço. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1976. SCHAEFFER, L.; ROCHA, A. S. Conformação Mecânica: Cálculos aplicados em processos de fabricação. 2. ed. Porto Alegre: Imprensa Livre, 2007. 200 p. SICILIANO JUNIOR, F.; MINAMI, K.; MACCAGNO, T. M.; JONAS, J. J. Mathematical modeling of the mean flow stress, fractional softening and grain size during the hot strip rolling of C-Mn steels. ISIJ International, 36(12): 1500-1506, 1996. WUSATOWSKI, Z. Fundamentals of rolling. Oxford: Pergamon, 1969. 679 p. *Rafael Luciano Dalcin: Engenheiro Mecânico, com Mestrado em Processos de Fabricação pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, e Doutorando no Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM), do PPGE3M da UFRGS.rldalcin@gmail.com. Co-autores: Rodrigo Afonso Hatwig; Angela Selau Marques; Luana de Lucca de Costa; Alexandre Silva Rocha e Rafael Menezes Nunes Laboratório de Transformação Mecânica (LdTM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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Futuro

O Pensamento Estratégico para a Indústria 4.0 – Diversidade Certamente você já ouviu falar em Indústria 4.0. É uma nova revolução industrial que vem se aproximando e que exigirá que a sua empresa se integre nela. Você sabe por onde começar? Flavio Ricardo Rodrigues* nem nossos pensamentos e, sobretudo, tenham atitude orientada ao Mercado. Não pense em Indústria 4.0 antes de assumir uma postura orientada à diversidade. Esse é o primeiro passo.

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*Flavio Ricardo Rodrigues é professor dos programas de MBA da escola de negócios IBE Conveniada FGV e conselheiro empresarial orientado ao marketing. ivulgaçã

perene. Daí a importância em definir fria e rapidamente as competências necessárias das mesmas para compor uma Cadeia de Valor diferenciada no mercado. FATO #2: as competências vêm de perfis pessoais, psicológicos e psicográficos. Não temos mais espaços para contratar pessoas com estereótipos pré-definidos ou que tenham o nosso estilo ou comportamento. Por mais competente que você possa assumir, um time composto somente de “vocês” tende a ser medíocre! Acredite! Diversidade não é uma opção, é a opção! Portanto, diversifique as competências do seu time de trabalho. Entenda e aceite todas as gerações! Saiba explorar tudo que cada uma pode oferecer. Precisamos de novas visões, novas opiniões. Precisamos de pluralidade, que desafiem nossas experiências, que questio-

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Primeiro: Indústria 4.0 é o termo aplicado à próxima Revolução Industrial, seguindo-se a da Máquina a Vapor, da Produção em alta escala e da era do Computador. Agora, o foco é transformar o imenso volume de dados em inteligência e ação, integradas e orientadas ao mercado. Chamamos de “próxima”, embora já tenhamos dado alguns passos na direção desta Revolução. Importante destacar a necessidade da alta liderança estar aberta à diversidade da equipe interna e externa à organização, além da própria aceitação do uso de equipes com as competências necessárias para atingir os objetivos organizacionais. FATO #1: a velocidade das informações não permite às organizações o luxo de dominar todas as competências necessárias para competir no mercado de forma

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Inovação

Mudanças estratégicas são necessárias Em todo negócio por mais bem sucedido que seja, há um momento em que a inovação se faz necessária. O melhora do produto ou serviço ou a substituição por outro mais moderno faz parte da evolução natural das coisas.

Fotos: Divulgação

Henrique Pátria*

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O que significa o termo inovação? Segundo o “Dicionário Aurélio”, esta palavra representa qualquer ação ou efeito de inovar. E o que é inovar? Ainda segundo a mesma fonte, inovar é realizar algo novo ou que nunca havia sido feito antes; produzir novidades, criar coisas diferentes. Entendemos a inovação como uma mudança na forma de agir e de pensar e que invariavelmente causa impactos dos mais variados tamanhos e formas. A inovação na música, ou em um espetáculo teatral apresentado de forma diferente do convencional

quase sempre causa perplexidade, pois as pessoas não estavam preparadas para tal novidade. Inovação nas pesquisas médicas quase sempre trazem mais benefícios ou a solução para problemas até então insuperáveis. Há inúmeras formas de tratar do assunto inovação. Vamos nos ater ao mundo empresarial onde na maioria das vezes a inovação é acompanhada de grandes dúvidas. Se o novo produto ou serviço apresentado for bem aceito e “pegar bem” pode transformar a vida desta empresa ou deste em-

preendimento. Há vários exemplos de que um negócio falido foi transformado em um negócio rentável e com muitos resultados, em função do lançamento de um novo produto que “caiu bem” ao seu publico alvo. Mas o inverso também é verdadeiro. Empresas de grande porte quase sempre possuem uma gerência de novos negócios que, no entanto na maioria das vezes está focada em buscar novos nichos para a colocação dos seus produtos já existentes. Há algumas exceções, entre elas a indústria farmacêutica que, via de

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regra, possui um departamento focado em pesquisas e na busca de novas formulas que possam gerar novos produtos. No entanto com a entrada da era da informática e com o aprofundamento das tecnologias a inovação tornou-se uma necessidade a vários segmentos empresariais dentre os quais um dos mais atingidos é o ligado às comunicações. Mas não é só ele, com a velocidade das informações uma empresa poderá ter um produto tradicional que ela vende da mesma forma há vários anos, mas que com a chegada das inovações do setor, pode deixar de ser necessário ou simplesmente ver o seu mercado sumir. Se esta empresa não estiver ligada e preocupada em mostrar novas utilidades para seus produtos, ou até novos produtos terá sérios problemas de subsistência. Nem sempre a inovação é algo que dependa exclusivamente da atitude ou a vontade dos empreende-

d dores ou dos inovadores. Em muito casos ela é forçada pelo tos m mercado em pensar e algo novo, inoem v vador. E este quadro t tanto cabe para uma e empresa que fazia b botões e hoje vê o mesmos botões os c chegarem do out lado do mundo tro p por um custo quase 100% menor que o seu, como uma peça de veículo como um paralama que descobriu-se que se ele for feito de fibra de vidro, ou de plástico endurecido tornará o veiculo mais leve, tão atraente quanto antes e com custos de fabricação menores. Neste caso o paralama de plástico já é a inovação de que nos referimos. Já para as empresas ligadas a comunicação, principalmente as agências de publicidade o desafio é maior ainda, pois além da natural criatividade que este setor tem de demonstrar para encantar inicialmente seus clientes e posteriormente convencer os clientes de seus clientes sobre s suas campanhas, s a inovação é fundamental. d A partir da era e do smartphone n nada mais é como antes. Com c a informação, as a novidades, as ofertas, os cono vites e os apelos v ao alcance de um click, se não houver a inovação na forma de se conduzir todo o processo de sedução do cliente a falência está definida.

A quantidade de plataformas de comunicação, as redes sociais, os aplicativos, Twiters, Instagran, Wats app, Facebook etc. já fazem toda a diferença e condenaram jornais, revistas e outros meios de comunicação a repensarem o seu papel na sociedade ou desistirem da competição. Aqui na Grips Editora, corremos contra o tempo e ao menos chegamos a plena convicção que novidades e inovações devem fazer parte da pauta de onze entre dez reuniões

que sejam programadas para se falar de estratégia e desenvolvimento. Para todas as empresas a zona de conforto deve ser abandonada mesmo que a nova situação não seja fácil de ser encarada. Como disse ali atrás, o novo produto, ou o produto renovado terá de “cair bem”, terá de ser aceito pela maioria para que se torne sucesso. As resistências deverão ser vencidas e a nova era deverá se encarada com todo o carinho e com toda a vontade de tornar-se a nova realidade. *Henrique Pátria, editor responsável da Grips Editora. MAIO/JUNHO 2018 SIDERURGIA BRASIL 27

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Educação é a base

Opinião

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De um modo geral a situação educacional brasileira é vexatória. Esse quadro dramático é um dos sustentáculos da desigualdade social no país e um entrave para a elevação da produtividade nacional. Marcos Cintra*

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são gastos em média por ano US$ 3,8 mil, enquanto que a média da OCDE é de US$ 10,5 mil. A situação brasileira se aproxima dos países mais ricos no ensino universitário, onde a média nacional de US$ 11,7 mil, ligeiramente superior aos US$ 11,5 mil da Itália, não fica muito distante da média de US$ 16,1 mil das economias que compõem a OCDE. De um modo geral a situação educacional brasileira é vexatória. O país investe relativamente pouco no ensino básico e o pouco que é investido se traduz em educação de má qualidade, como se apura no resultado do PISA. Considerando a população totalmente analfabeta e o analfabetismo funcional o Brasil conta com apenas 1 em cada 4 cidadãos plenamente alfabetizado. Esse quadro dramático é um dos sustentáculos da desigualdade social no país e um

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Os países com os melhores indicadores de bem-estar social são os que registram os maiores níveis educacionais.

fator determinante para o baixo nível de renda de uma grande massa de assalariados e um entrave para a elevação da produtividade nacional. No âmbito universitário cabe destacar que apesar do valor que se investe por aluno há fatores que impedem maior retorno social dos recursos aplicados. Por exemplo, há limitações no tocante a celebração de acordos entre universidades e o setor privado e isso se traduz em ineficiência para a produção doméstica. Há muito a ser feito na esfera educacional do país, principalmente no âmbito público. Grande parte dos governantes brasileiros não aprendeu com o sucesso de países como, por exemplo, o Japão e a Coréia do Sul, que investiram muito em educação e hoje colhem os bons frutos dessa iniciativa. No Brasil continuamos negligenciando seu papel como fator de transformação social. *Marcos Cintra é doutor em Economia pela Universidade Harvard (EUA), professor titular da Fundação Getulio Vargas. É autor do projeto do Imposto Único. É presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). www.facebook.com/marcoscintraalbuquerque Este artigo expressa a opinião do autor, não representando necessariamente a opinião institucional da FGV.

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O baixo nível da educação no Brasil impacta negativamente em vários aspectos da vida social. Tal fato contribui para a proliferação da violência urbana, gera desrespeito às normas mínimas de civilidade e compromete a competitividade da produção nacional. A educação está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento econômico. Os países com os melhores indicadores de bem-estar social são os que registram os maiores níveis educacionais. Na Nova Zelândia, Estados Unidos e Alemanha, por exemplo, a média de escolaridade da população supera 12 anos. No Brasil esse indicador é ligeiramente superior a 7 anos, inferior ao observado em nações como Chile, Argentina, Jamaica e Peru, todos com mais de 9 anos de escolaridade. Em termos qualitativos a situação brasileira também é ruim. O Programme for International Student Assessment (PISA) programa de avaliação coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que em 2015 dos 70 países analisados o Brasil se posicionou em 63º em ciências (Cingapura, Japão e Estônia foram os 3 primeiros), 59º em leitura (Cingapura, Hong Kong e Canadá ficaram nas 3 primeiras posições) e 66º em matemática (Cingapura, Hong Kong e Macau foram os 3 primeiros). O Brasil é um dos países que menos gastam com alunos dos ensinos fundamental e médio, mas na área universitária o desembolso se aproxima do observado em nações de renda elevada. No primeiro ciclo do ensino fundamental (até a 5ª série) o gasto brasileiro por ano chega a US$ 3,8 mil por aluno. A média dos países da OCDE é de US$ 8,7 mil. Nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio a situação não é muito diferente. Para cada aluno brasileiro

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Estatísticas

Bons resultados no primeiro quadrimestre de 2018

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Segundo informações O da ABIMAQ - entidade que representa o setor de maquinas e equipamentos - a receita líquida realizada no primeiro quadrimestre de 2018 pelo setor de bens de capital mecânicos cresceu em 5,4% em relação ao ano anterior. Os grandes responsáveis por este crescimento foram os bons resultados com as exportações, que mostraram um crescimento de 28,7% no período e uma recuperação no mercado interno em bom ritmo. Com relação ao consumo aparente, o resultado do primeiro quadrimestre mostrou o crescimento de 3,6% no setor e acabou com um longo período de 51

meses em que foram registradas taxas negativas. No Comércio Exterior, o destaque vai para a China, que vem se consolidando como a principal origem da maioria das importações brasileiras, uma vez que registrou crescimento de 13,4% contra 5,4% dos outros países. Já as exportações, que cresceram no período 28,7%, se aproximaram dos níveis alcançados na era pré-crise ( 2010/13) e vem dando muito alento ao setor. Pelos principais destinos das nossas exportações que tem sido EUA e países da Europa, dá para se confirmar que a quali-

dade dos produtos brasileiros continuam em alta. A entidade entende que apesar da melhora relativa, comprovada pelas estatísticas os níveis de faturamento ainda são algo perto de 40% inferiores ao que se registrava na época anterior à crise. Isto também está demonstrado na ociosidade considerada elevada, pois o nível de ocupação está em 75,9% da capacidade instalada e a carteira de pedidos em 4 meses, quando já foi de 9 meses. Neste momento as empresas associadas mantém 294 mil pessoas ocupadas. www.abimaq.org.br

Greve afeta produção de veículos Anfavea divulgou os números de maio que registraram queda em função das paralisações causadas pela greve.

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xados de produzir entre 70 e 80 mil veíento. culos em função deste acontecimento. sOs números apresentados mostraram que os licenciamentos do-mésticos de veículos foi de 201,88 mil o que representou uma quedaa em relação ao mês anterior de 7,1% % e de 3,2% em relação a Produção de autoveículos montados maio do ano passado. Já com relação a proComparativo Mensal Mil unidades dução a queda registrada Variações % 266,1 250,7 foi de 20,2% em relação a 212,3 Mai-18/ Abr-18 - 20,2 % abril e 15,3% em relação a Mai-18 / Mai-17 - 15,3 % maio do ano passado. Fomai/17 abr/18 mai/18 ram produzidos 212,3 mil veículos. Janeiro a maio de cada ano Mil unidades Média 08-17: 1.244 E nas exportações as 1.559 + 12,1 % 1.420 quedas foram de 17% 1.360 1.350 1.308 1.295 1.178 1.150 1.098 1.051 sobre o mês passado e 848 17,3% sobre maio do ano passado, com a exporta2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 ção de 60,7 mil veículos. Em entrevista coletiva realizada pela Anfavea, seu presidente Antonio Megale disse que neste mês de maio as suas afiliadas foram afetadas pela greve dos caminhoneiros que reduziu o ritmo de funcionamento das fábricas. Em sua estimativa, ele acredita que foram dei-

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O estoque registrado neste momento é de 207,2 mil veím culos que equivale a 31 dias de cu vendas no mercado interno. v Considerado o acumulado do ano a produção de la utilitários leves, carros de u passeio, caminhões e ônibus somou 1,18 milhão de unidade neste período (janeiro a maio) o que representa um crescimento de 12,1% se comparado com o mesmo período do ano passado. Finalizando estão mantidas as projeções de crescimento para a produção na ordem de 13,2% com pouco mais de 3 milhões de veículos, de 12% para os licenciamentos com números ao redor de 2.500 milhões de veículos e exportação crescendo em torno de 5% com 800 mil veículos despachados. www.anfavea.com.br

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Avança a produção de aço

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Veja em matĂŠria especĂ­ďŹ ca, na pĂĄgina 6 desta edição, o posicionamento do IABr, que representa as usinas de aço brasileiras em relação aos efeitos danosos que a greve dos caminhoneiros causou ao setor. No que diz respeito Ă s estatĂ­sticas, no acumulado dos primeiros quatro meses do ano a produção de aço bruto revelou um avanço de 4,1% em relação ao mesmo perĂ­odo do ano anterior, alcançando 11,6 milhĂľes de toneladas. JĂĄ a produção de

oneladas laminados foi de 7,8 milhþes de toneladas % em recom um avanço na ordem de 7,1% lação ao ano passado. o As vendas internas de aço foram de 5,9 milhþes de tonela-das de janeiro a abril de 2018, o que representa uma elevação dee 14,7% quando comparado com igual período do ano anterior. Jå no quesito ComÊrcio Internacional as exportaçþes atingiram 4,7 milhþes de

Produção Siderúrgica Brasileira 8QLG W -$1 $%5

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/,1*27(6 %/2&26 ( 7$58*26 )(552 *86$ 8VLQDV ,QWHJUDGDV

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tonel toneladas e US$ 2,9 bilhĂľes nos quap tro primeiros meses que representam, resp respectivamente, aumento de 0,6% e 2 23,9% na comparação com o mesm perĂ­odo de 2017. Na outra mĂŁo mo d direção as importaçþes foram de de 7 mil toneladas no acumulado 791 do primeiro quadrimestre aumentando 0,1% frente ao mesmo perĂ­odo do ano anterior. Em valor, as importaçþes atingiram US$ 872 milhĂľes, uma alta de 29,2% no mesmo perĂ­odo de comparação. A boa notĂ­cia ďŹ ca por conta do aumento do consumo aparente no Brasil e que demonstra que hĂĄ um avanço e um crescimento que vem se mantendo consistente durante todo o perĂ­odo. O consumo nacional de produtos siderĂşrgicos que foi de 6,7 milhĂľes de toneladas no primeiro quadrimestre do ano, o que representa uma alta de 13,4% frente aos primeiros quatro meses de 2017. www.iabr.org.br

Estoques estĂŁo muito elevados

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O Inda – Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço – divulgou que no mĂŞs de maio de 2018 as vendas de seus associados tiveram uma queda de 9,8% quando comparada a abril, atingindo 203 mil toneladas contra 225,1 mil toneladas do mĂŞs anterior. Se compararmos com o mesmo mĂŞs do ano passado a queda foi mais acentuada atingindo 15,8%. JĂĄ as compras feitas junto Ă s usinas produtoras registraram queda de 15% com um volume de 224,4 mil toneladas e se comparado com o mesmo mĂŞs do ano passado, a queda foi de 3%. As importaçþes encerraram o mĂŞs de maio com alta de 13,2% em relação ao mĂŞs anterior, com volume total de 110,5 mil toneladas. Comparando-se ao mesmo mĂŞs do ano anterior (111,9 mil ton), as importaçþes registraram queda de 1,2%. A atividade vem demonstrando certa diďŹ culdade em se recuperar. Um dos sintomas ĂŠ o giro de estoque que subiu para 4,7 meses de vendas, um nĂşmero muito elevado se levarmos em consideração que jĂĄ foi preconizado pelo prĂłprio Instituto que o nĂşmero ideal ĂŠ de 2,7 meses de vendas. O montante de estoques em mĂŁos da rede segundo o Inda ĂŠ de 947,3 mil toneladas. A diretoria do Inda espera um crescimento na ordem de 15%, tanto nas vendas como nas compras. www.inda.org.br MAIO/JUNHO 2018 SIDERURGIA BRASIL 31

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Indústria de caminhões se recupera

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A Ford está comunicando que entregou 40 caminhões do modelo Cargo 816 para o governo do Rio Grande do Sul. Estes veículos serão usados no transporte de produtos da agricultura familiar, atividade que tem uma presença forte no estado. A aquisição foi feita por meio da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), equipando as centrais de recebimento associadas aos programas de compras governamentais da agricultura familiar em diferentes municípios. Todos os veículos do lote foram fornecidos e implementados com baú isotérmico de alumínio. Com peso bruto total de 8.250 kg, o Ford Cargo 816 é um dos modelos mais vendidos do segmento de leves e também um dos mais potentes da categoria. Seu motor de 162 cv e torque de 550 Nm oferece agilidade e grande capacidade de subida em rampas com menor necessidade de troca de marchas, aumentando a eficiência e o conforto do motorista. Com esta informação a Ford está comprovando que a indústria de caminhões vem se recuperando da pior crise que ela enfrentou. www.ford.com.br

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Tubos trefilados e peças semi-acabadas

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A Aços Vic, com mais de 50 anos no mercado de trefilação, pensando constantemente em melhorias e com uma visão de futuro, além de trabalhar com tubos de aço de precisão, também atua no setor de peças semi-acabadas. As peças da Aços Vic são utilizadas no mercado de autopeças, moto peças, conexões, linha branca, sistemas hidráulicos e caldeiras (trocadores de calor e condensadores). Com equipamentos modernos de alta produtividade em corte de Tubos de Aço Trefilado, fornecem peças semi-acabadas com diversos acabamentos como: chanfrado, estampado, raiado, tamboreado, garantindo a excelência em qualidade nos produtos. Utiliza de sistemas líderes de mercado para sua gestão que integra todos os departamentos da empresa, entre eles OEE (Eficiência Geral de Equipamento) e Sistema Kanban Eletrônico, que possibilita comandar e controlar os processos de produção, que informam “on line” as disponibilidades e o andamento de cada pedido. Se adequando com as exigências do mercado automotivo, nos próximos meses migrará para a certificação atual ISO/TS 16949 para a IATF 16949. www.acosvic.com.br

Anunciantes

Aços Vic Ltda. ........................................................................................................................................................ 21 AACD ................................................................................................................................................................... 32 Congresso Internacional do Aço 2018 ......................................................................................................................11 Divimec Tecnologia Industrial Ltda. ...........................................................................................................................17 Esquadros Indústria e Comércio Ltda. ...............................................................................................................4 a capa Fenasucro & Agrocana 2018 ................................................................................................................................... 23 Grips Editora....................................................................................................................................................3a capa JI Desenvolvimento Humano e Treinamentos Ltda. ................................................................................................... 31 Lubrimatic Comercial Ltda. - EPP ..............................................................................................................................15 Mec Show 2018 ..................................................................................................................................................... 25 Metalurgia 2018 ...................................................................................................................................................... 9 Opportunity – Planejamentos e Finanças Ltda. ......................................................................................................... 33 Red Bud Industries ..........................................................................................................................................2a capa

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PARTICIPE DA EDIÇÃO ESPECIAL Os maiores executivos e dirigentes da Siderurgia Mundial vão se reunir em São Paulo nos dias 21 e 22 de agosto, no Congresso Internacional do Aço, promovido pelo Instituto Aço Brasil para discutir os principais acontecimentos, novidades e o que está reservado para o futuro do setor. A exemplo dos anos anteriores, o Congresso Internacional contará com a presença de especialistas internacionais, empresários, políticos e profissionais envolvidos com a atividade.

A revista SIDERURGIA BRASIL será novamente Mídia Oficial do evento e todos os participantes irão receber seu exemplar, além da já tradicional distribuição em todo o território nacional. Não deixe passar esta oportunidade de colocar a sua marca e a sua empresa nas mãos de quem tem o poder de decisão. Esteja ao lado dos principais players mundiais na atividade em que você é protagonista.

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