TN Petróleo 78

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Revista Brasileira de TECNOLOGIA e NEGÓCIOS de Petróleo, Gás, Petroquímica, Química Fina e Biocombustíveis

opinião

Ano XII • jul/ago 2011 • Número 78 • www.tnpetroleo.com.br

Polos sustentáveis no setor petrolífero, de Luiz Henrique Ferreira, diretor e

fundador da Inovatech Engenharia

HRT: o barril verde de petróleo Uma Bolívia na Amazônia P-56: recorde de conteúdo nacional Lançado o quarto navio do Promef

Eldorado do óleo e gás ESPECIAL: AMAZÔNIA

A perspectiva ambiental nas novas Rodadas da ANP, por Maria Alice Doria e Patrícia Guimarães Os perigos dos resíduos da indústria de petróleo e gás para as pessoas e para o meio ambiente, por Mauricio Ferraz de Paiva

Entrevista exclusiva

Aguinaldo Cruz, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Cameron no Brasil

Ferramenta estratégica: tecnologia da informação é uma grande aliada da indústria de óleo e gás para vencer atuais desafios, por Alexandre Severo Alguns erros e acertos no PLS 219/2010, por Maria Virginia Nabuco do Amaral Mesquita Uso de modelos em engenharia de projetos, por Newton Libanio Ferreira e Fábio Ventura Fernandes Novos controles para a indústria petrolífera no Rio de Janeiro, por Luiz Cezar P. Quintans

COBERTURA

Crescimento estratégico


Sim, n贸s podemos fazer isso.

No Brasil.


Há mais de 50 anos, a FMC Technologies tem apoiado a indústria de energia do Brasil com uma ampla gama de tecnologias, serviços e soluções. Oferecemos design de campo, engenharia de sistemas, gerenciamento de projetos e compras, instalação e serviços durante toda a vida do campo. Nós fornecemos sistemas submarinos, equipamentos de plataforma de águas rasas e de superfície, módulos para FPSO, soluções de medição e braços de carregamento para transferencia de LNG entre navios. Quaisquer que sejam os seus desafios, temos as soluções - localmente.

www.fmctechnologies.com

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sumário

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edição nº 78 jul/ago 2011

Entrevista exclusiva

com Aguinaldo Cruz, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Cameron no Brasil

Crescimento estratégico

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Especial: Amazônia

O Eldorado do óleo e gás 22 26 30 34

38

HRT: o barril verde de petróleo Uma Bolívia na Amazônia A saga amazônica da Petrobras A sísmica avança na selva

Batismo

P-56: recorde de conteúdo nacional 42 A P-56 é revestida com Chartek

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Lançamento

Lançado o quarto navio do Promef


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Liderança em Classificação e Certificação Offshore e-mail: absrio@eagle.org Tel: + 55 21 2276-3535

Cobertura Brasil Offshore 2011

Negócios offshore em terra firme

50 Petrobras destaca projetos tecnológicos 51 Produtos e serviços em exposição 52 Rodada de Negócios: R$ 170 milhões em negócios 56 Pavilhões internacionais: convivência mundial 63 Confraternização: Arraiá Naval Offshore

artigos 82 A perspectiva ambiental nas novas Rodadas da ANP, por Maria Alice Doria e Patrícia Guimarães

84 Os perigos dos resíduos da indústria de petróleo e gás para as pessoas e para o meio ambiente, por Mauricio Ferraz de Paiva 98 Ferramenta estratégica: tecnologia da informação

é uma grande aliada da indústria de óleo e gás para vencer atuais desafios, por Alexandre Severo

100 Alguns erros e acertos no PLS 219/2010, por Maria Virginia Nabuco do Amaral Mesquita

CONSELHO EDITORIAL Affonso Vianna Junior Alexandre Castanhola Gurgel André Gustavo Garcia Goulart Antonio Ricardo Pimentel de Oliveira Bruno Musso Colin Foster David Zylbersztajn Eduardo Mezzalira Eraldo Montenegro Flávio Franceschetti Francisco Sedeño Gary A. Logsdon Geor Thomas Erhart Gilberto Israel Ivan Leão Jean-Paul Terra Prates João Carlos S. Pacheco João Luiz de Deus Fernandes José Fantine Josué Rocha Luiz B. Rêgo Luiz Eduardo Braga Xavier Marcelo Costa Márcio Giannini Márcio Rocha Melo Marcius Ferrari Marco Aurélio Latgé Maria das Graças Silva Mário Jorge C. dos Santos Maurício B. Figueiredo Nathan Medeiros Roberto Alfradique V. de Macedo Roberto Fainstein Ronaldo J. Alves Ronaldo Schubert Sampaio Rubens Langer Samuel Barbosa

102 Uso de modelos em engenharia de projetos, por Newton Libanio Ferreira e Fábio Ventura Fernandes

104 Novos controles para a indústria petrolífera no Rio de Janeiro, por Luiz Cezar P. Quintans

seções 5 editorial 6 hot news 10 indicadores 46 eventos 68 perfil profissional 71 caderno de sustentabilidade

86 pessoas 88 produtos e serviços 106 feiras e congressos 108 fino gosto 110 coffee break 112 opinião

Ano XII • Número 78 • jul/ago 2011 Fotos: Agência Petrobras e TN Petróleo


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editorial

Rua do Rosário, 99/7º andar Centro – CEP 20041-004 Rio de Janeiro – RJ – Brasil Tel/fax: 55 21 3221-7500 www.tnpetroleo.com.br tnpetroleo@tnpetroleo.com.br DIRETOR EXECUTIVO Benício Biz beniciobiz@tnpetroleo.com.br DIRETORA DE NOVOS NEGÓCIOS Lia Medeiros (21 8241-1133) liamedeiros@tnpetroleo.com.br EDITORA Beatriz Cardoso (21 9617-2360) beatrizcardoso@tnpetroleo.com.br EDITOR DE ARTE, CULTURA E VARIEDADES Orlando Santos (21 9491-5468) REPÓRTERES Cassiano Viana (55 21 9187-7801) cassiano@tnpetroleo.com.br Maria Fernanda Romero (55 21 8867-0837) fernanda@tnpetroleo.com.br Rodrigo Miguez (21 9389-9059) rodrigo@tnpetroleo.com.br Karolyna Corrêa Gomes (21 7589-7689) karolyna@tnpetroleo.com.br RELAÇÕES INTERNACIONAIS Dagmar Brasilio (21 9361-2876) dagmar.brasilio@tnpetroleo.com.br DESIGN GRÁFICO Benício Biz (21 3221-7500) beniciobiz@tnpetroleo.com.br PRODUÇÃO GRÁFICA E WEBMASTER Laércio Lourenço (21 3221-7506) webmaster-tn@tnpetroleo.com.br Fabiano Reis (21 3221-7506) webmaster-tn@tnpetroleo.com.br Marcos Salvador (21 3221-7510) marcossalvador@tnpetroleo.com.br REVISÃO Sonia Cardoso (21 3502-5659) DEPARTAMENTO COMERCIAL José Arteiro (21 9163-4344) josearteiro@tnpetroleo.com.br Lorraine Mendes (21 7801-7860) lorraine@tnpetroleo.com.br Bruna Guiso (21 7682-7074) bruna@tnpetroleo.com.br Luiz Felipe Pinaud (21 7861-4828) l.felipe@tnpetroleo.com.br assinaturas Rodrigo Matias (21 3221-7503) matias@tnpetroleo.com.br CTP e IMPRESSÃO Walprint Gráfica DISTRIBUIÇÃO Benício Biz Editores Associados. Os artigos assinados são de total responsabilidade dos autores, não representando, necessariamente, a opinião dos editores. TN Petróleo é dirigida a empresários, executivos, engenheiros, geólogos, técnicos, pesquisadores, fornecedores e compradores do setor de petróleo. ENVIO DE RELEASES Sugestões de temas ou envio de matérias devem ser feitos via fax: 55 21 3221-7511 ou pelo e-mail tnpetroleo@tnpetroleo.com.br Filiada à

À espera de um leilão

A

posse dos novos diretores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que volta a ter seu quadro completo depois de mais de um ano, cria a expectativa de que o setor possa retomar seu rumo, desde que duas ações esperadas desde o início de 2011 sejam concretizadas. A primeira é, sem dúvida, a autorização, por parte da presidenta Dilma Rousseff, da décima primeira rodada de licitações de áreas para exploração de petróleo e gás, que foi anunciada em janeiro mas até agora não tem data certa. Excluindo as chamadas áreas estratégicas em torno das já descobertas reservas do pré-sal, a agência colocaria em leilão 1.474 blocos em terra e em águas profundas. Essa autorização já foi postergada várias vezes, assim como o anúncio do plano de negócios da Petrobras para 2011-2015 – este ainda não conseguiu o consenso do conselho de administração da estatal. A ANP já declarou que os dois assuntos não têm relação. O diretor-geral da agência, Haroldo Lima, apontou que esse leilão não vai “onerar” a Petrobras, pois o interesse maior da petroleira brasileira estará concentrado nas licitações de áreas do pré-sal, ainda sem data para acontecer. O mercado e os investidores, dentro e fora do Brasil, aguardam os dois eventos com ansiedade. Maior prova de que o país continua no foco da indústria mundial é a participação massiva de companhias estrangeiras na Brasil Offshore, realizada em meados de junho, em Macaé (RJ). A cobertura completa do evento, que a TN Petróleo traz nessa edição, reflete isso em números e depoimentos de empresas dos mais diversos segmentos da cadeia produtiva de óleo e gás.

Interesse acirrado por descobertas recentes, como a efetuada no prospecto Gávea, que a operadora Repsol Sinopec e as sócias Statoil e Petrobras já estariam considerando como a mais importante do pré-sal na Bacia de Campos (ainda que sem dar números). A Petrobras informou apenas as descobertas no Cretáceo da Bacia do Espírito Santo, no poço denominado Brigadeiro, a uma profundidade de 1.900 m, e ainda nos poços Pé de moleque e Quindim. Descoberta esta onde ela é operadora e tem como associadas a Shell Brasil e a Inpex Petróleo Santos. Mas não é só o setor offshore que movimenta o mercado brasileiro, como o leitor vai conferir na matéria de capa dessa edição, a qual retrata a retomada, depois de mais de duas décadas, das atividades exploratórias na Amazônia brasileira. Além da Petrobras, que produz óleo e gás e fez novas descobertas, depois de investir em levantamento sísmico em duas bacias (Solimões e Amazonas), outras petroleiras entraram nessa nova corrida em busca do ouro negro na selva. Entre elas a HRT, já com quatro sondas de perfuração no local e com pretensão de se tornar a segunda petroleira a produzir na floresta amazônica. Tanto em mar quanto em terra, os players da indústria petrolífera mundial, que operam ou aspiram atuar no país, vêm dando sinais inequívocos de que veem o Brasil como um porto seguro para seus investimentos. Principalmente levando em consideração a crise econômica nos Estados Unidos, capaz de levar o país ao calote, e na Europa, onde as grandes nações pagam o preço do desregramento de suas contas públicas. Tudo isso nos dá a sensação de que, efetivamente, não podemos adiar mais as coisas, pois o Brasil é o país do presente.

Benício Biz Diretor executivo da TN Petróleo

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hot news

Petrobras: sede definitiva em Santos O ponto de partida dos trabalhos será o desmonte dos armazéns existentes no terreno adquirido pela companhia em 2008. O projeto da nova sede prevê a construção de três torres, com capacidade para cerca de duas mil pessoas cada. O primeiro prédio, com 13 andares, deverá estar concluído no segundo semestre de 2013 e ocupará parte do terreno de 25 mil m². Segundo o gerente geral da UO-BS, José Luiz Marcusso, a nova sede facilitará o trabalho, a coordenação e a centralização de todas as operações da Bacia de Santos. Os investimentos para a primeira fase da obra – que incluem a aquisição e sondagem do terreno, o desenvolvimento dos projetos arquitetônico e executivo, a construção da infraestrutura para as três torres e a construção do primeiro prédio – devem chegar a R$ 380 milhões. “A estimativa é de que no pico da obra tenhamos uma demanda 1.200 trabalhadores”, afirma Marcusso.

Ilustração: Agência Petrobras

No dia 6 de julho, em Santos (SP), a Petrobras deu início às obras da sede definitiva da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Santos (UO-BS), no bairro do Valongo.

Um museu do petróleo e da história da exploração e produção na Bacia de Santos também está contemplado no projeto e utilizará parte de um antigo galpão da rede ferroviária, preservado para este fim. Com esta obra, a companhia colabora com a revitalização do Centro Histórico de Santos e da região portuária da cidade, ajudando a promover a recuperação de uma das áreas mais degradadas do município. Prédio verde – O projeto da sede definitiva da UO-BS está inteiramente alinhado com as questões de sustentabilidade e terá a certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) do US Green Building Council, considerada um diferencial, internacionalmente reco-

nhecido, de que o desenvolvimento do edifício ocorrerá de forma ambientalmente responsável, garantindo, também, que o empreendimento será um lugar saudável para viver e trabalhar. A nova sede da UO-BS terá, por exemplo, otimização da eficiência energética de 35,9% em relação ao consumo e 16,8% em relação ao custo anual de energia. O consumo de água no prédio também será reduzido em quase 60%. Além das estações de trabalho, o complexo contará com estacionamentos, bicicletário, ambulatório, restaurante, área de vivência e três auditórios. O projeto prevê ainda a construção das torres com 95% de materiais nacionais.

Bain & Company abre escritório no Rio A Bain & Company, consultoria global de negócios, anunciou a abertura de seu 45º escritório no Rio de Janeiro. Essa nova unidade foi implantada para dar conta do rápido e contínuo crescimento de seus clientes na América do Sul em geral, e do Rio de Janeiro em particular, principalmente dos setores de petróleo e gás, e private equity. No Rio, a Bain contará com a coordenação inicial de três sócios residentes:

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Pedro Cordeiro e José de Sá, ambos reconhecidos na prática de petróleo e gás/ energia, e Franz Bedacht, especialista em serviços de telecomunicações e indústrias de serviços financeiros. O referido escritório atuará de forma integrada às operações já consolidadas na América do Sul (São Paulo e Buenos Aires), região sob liderança de Giovanni Fiorentino.

O escritório do Rio de Janeiro também contará com o apoio significativo da rede global da empresa, o que permitirá aportar todo o seu conhecimento para servir melhor às aspirações de expansão nacional e internacional de seus clientes – estes vão de empresas locais a multinacionais, conglomerados familiares, instituições governamentais e investidores.


V&M inaugura nova planta no Brasil A usina do grupo francês se torna a única planta do país a fabricar colunas de perfuração da VAM Drilling.

Shell vende participação em bloco na Bacia de Santos

Foto: Divulgação

O grupo Vallourec deu mais um passo ousado para consolidar sua posição como fornecedor de estratégica da indústria petrolífera, ao inaugurar, em meados de julho, a primeira unidade de produção da VAM Drilling no país. A subsidiária do grupo francês produz equipamentos utilizados na perfuração onshore e offshore de poços de óleo e gás como colunas de perfuração (drill pipe), comandos de perfuração (drill collars), tubos pesados (heavy weight drill pipe) e acessórios (bottom hole assemblies), além de risers de produção (DPRs ou drill pipe risers). O presidente da VAM Drilling, Dirk Bissel, e o vice-presidente para América do Sul, Hector Arevalo, participaram da solenidade de inauguração da nova instalação da empresa, que é totalmente integrada à planta da V&M do Brasil (VMB), localizada no Barreiro, a segunda região mais movimentada de Belo Horizonte (MG). Quando a unidade atingir 100% da capacidade em 2012, a expectativa de produção será de cerca de 30 mil drill pipe por ano. Bissel destacou que a nova unidade vai aumentar os diferenciais com-

petitivos da empresa, “pois assegura maior proximidade com o cliente, disponibilidade de assistência técnica e a fabricação e fornecimentos locais de equipamentos com a qualidade VAM Drilling”. Arevalo complementou que a nova planta tornará a VAM Drilling mais ágil no atendimento aos consumidores da América Latina, reduzirá o tempo de produção e cortará custos com logística. “Não queremos ser apenas fornecedores de Drill Pipe, pensamos em apresentar alternativas reais de soluções que sejam pertinentes aos nossos clientes”, afirmou Hector Arevalo.

Petrobras adquire 50% de usina de biodiesel gaúcha A Petrobras adquiriu, através de sua subsidiária integral Petrobras Biocombustível S/A, 50% do capital social da empresa BSBios Indústria e Comércio de Biodiesel Sul Brasil S/A. As duas empresas já operam, em parceria, a usina de biodiesel em Marialva (PR) e passam a atuar também na unidade de Passo Fundo (RS). A BSBios, localizada em Passo Fundo, opera uma planta industrial integrada com unidade de extração de óleos vegetais e produção de 160 milhões de litros/ano de biodiesel. Possui privilegiada posição logística tanto no que se refere ao suprimento de grãos quanto de comercialização de biodiesel, encontrando-se ao lado de uma base de distribuição de combustíveis e de

um terminal ferroviário para recepção de grãos e expedição de produtos. Esta aquisição consolida a liderança da Petrobras no setor de biocombustíveis em âmbito nacional. Representa ainda uma ampliação da parceria já existente entre as empresas na Usina de Biodiesel de Marialva que, associada à parceria ora firmada na Usina de Biodiesel de Passo Fundo resulta em uma nova sociedade robusta e competitiva na região Sul do país, apropriando-se de importantes sinergias comerciais e operacionais. A transação envolve recursos da ordem de R$ 200 milhões, que estão sujeitos a ajustes em função de realização de processo de due diligence.

A Shell Brasil vendeu sua participação de 20% no bloco BM-S-8, na Bacia de Santos – onde está o promissor prospecto Bem-te-vi –, para as brasileiras Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) e Barra Energia. Sem revelar o valor da operação, as duas companhias disseram que adquiriram cada uma a participação de 10% no bloco localizado na cobiçada bacia e que estava entre os ativos à venda anunciados pela Shell em setembro de 2010. Operado pela Petrobras, que possui 66%, o bloco tem ainda como parceira a portuguesa Galp, com 14%. A transação ainda precisa de aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A Petrobras declarou em maio de 2008 que descobriu indícios de petróleo no bloco e análises preliminares indicaram que a densidade do petróleo está entre 25o e 28o API, óleo intermediário, melhor que a média no Brasil e comparável a de outras descobertas do pré-sal da Bacia de Santos. De acordo com o presidente executivo da QGEP, José Augusto Fernandes, a operação “reafirma a política de crescimento da companhia, sustentada na aquisição de ativos de alta qualidade e que possam agregar valor ao portfólio”. Para Renato Bertani, diretor executivo da Barra Energia, empresa que conta entre os sócios com o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), João Carlos de Luca, a primeira aquisição da empresa “representa importante passo na execução de nossa estratégia de construir um portfólio de alta qualidade de ativos de exploração e produção de petróleo no Brasil”.

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hot news

Mecan traz equipamento inédito para o país

Foto: Divulgação

De olho no setor offshore e naval, empresa vai fabricar e comercializar na América Latina o QuikDeck, o mais moderno andaime para locais de difícil acesso.

Da esquerda para a direita: Carlos Alberto Villefort (diretor-executivo da Mecan), Darrel Domokus e Mathieu Grumberg, da Safway, Sérgio Guerra Lages (presidente do Grupo Orguel) e Jerry Dolly (Safway).

Dona do maior parque fabril de andaimes, elevadores e escoramentos do Brasil e principal locadora desses equipamentos no mercado doméstico, a Mecan fez um parceria inédita com a norte-americana para trazer para o país o Sistema de Acesso Suspenso QuikDeck ,um dos mais modernos sistemas desse segmento. “A Mecan, através de um acordo de tecnologia joint venture com a Safway, é a única empresa brasileira autorizada para fabricar e comercializar esse equipamento no país”, comemorou Sérgio Guerra Lages, presidente do Grupo Orguel (Organizações Guerra Lages). O equipamento, desenvolvido nos Estados Unidos, já está disponível para locação e venda e é uma

novidade na América Latina – representa uma inovação para o mercado internacional, com forte aplicação, inclusive nos setores offshore e naval. Razão pela qual a empresa fez duas apresentações especiais do QuikDeck para seus clientes: uma na fábrica, em Belo Horizonte, e outra em Macaé, no Litoral Norte Fluminense, especialmente para a Petrobras. O QuikDeck é uma plataforma modular suspensa, que pode ser facilmente instalada para criar uma área de trabalho de alta capacidade, de diversas formas ou tamanhos, a partir de alguns componentes simples e leves. Inicialmente, pode ser montado em solo, a partir de poucos módulos e içado já na posição

de trabalho. É ideal para serviços de manutenção em locais de difícil acesso, como em pontes, viadutos, unidades industriais e plataformas de petróleo. “Esse sistema é especialmente utilizado em manutenções e montagens industriais em altura. E apresenta excelente desempenho em situações nas quais é importante preservar livre a área sob o local trabalhado”, destaca Sérgio Lages, que ao lado de Jerry Dolly e Darrel Domokus, executivos da Safway, comandou as apresentações do sistema para o mercado. O engenheiro Mathieu Grumberg, da Safeway, um dos responsáveis pelo desenvolvimento desse sistema, também participou dos dois eventos. “Trata-se de um equipamento revolucionário, que além de trazer inovação para o setor, oferece maior segurança e produtividade no trabalho, é mais leve que as soluções concorrentes e mais rápido para a montagem e desmontagem”, conclui o presidente do grupo que controla a Mecan, que além do parque industrial, tem dez filiais no Brasil e representantes nas principais cidades do país e da América Latina.

Um comboio de embarcações desembarcou no dia 5 de julho, no cais de Vitória do Xingu (PA), 37 máquinas pesadas que irão trabalhar na construção dos primeiros canteiros de obras da hidrelétrica Belo Monte. Os equipamentos, adquiridos recentemente pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), saíram do porto de Belém e chegaram ao destino após mais de 80 horas de viagem. O carregamento, que chegou acompanhado de duas carretas que irão concluir o transporte das máquinas por meio de estradas vicinais, reuniu dez tratores, sete motoniveladoras, sete rolos compactadores, cinco pás car-

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Foto: Divulgação

Máquinas pesadas para Belo Monte

regadeiras, cinco escavadeiras e três retroescavadeiras. Dos cerca de 700 equipamentos do gênero comprados pelo consórcio construtor para as obras de Belo Monte, incluídos os caminhões, a metade tem chegada prevista à região até o fim do ano.


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Reservatório gigante no pré-sal da Bacia de Campos Petrobras e OGX realizam descobertas no Brasil e nos Estados Unidos

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Gávea

Em atividades anteriores de perfuração já havia sido descoberto petróleo nos blocos KC 919 e KC 918 – Hadrian Norte –, e gás nos blocos KC 963 e KC 964 – Hadrian Sul. Em Hadrian Norte, foram encontrados petróleo de alta qualidade e gás associado nos reservatórios, com mais de 167 m de espessura de acumulação de petróleo e uma pequena quantidade de gás, com potencial de volumes maiores. Em Hadrian Sul, foram descobertos cerca de 61 m de acumulação de gás natural. Outra que anunciou uma descoberta nesse período foi a OGX, que encontrou indícios de hidrocarbonetos no poço OGX47, batizado de Maceió, localizado no bloco BM-S-59, em águas rasas da Bacia de Santos. A descoberta está a cerca de 3 km de distância da acumulação de Natal, já identificada pelo poço OGX-11.

Contratações cresceram 120% no último ano “Apenas no último ano verificamos que o número de oportunidades trabalhadas teve um volume 120% maior”, destaca Fábio Porto d’Ave, especialista em recrutamento da divisão de petróleo e gás da Robert Half. Com um escritório aberto no Rio de Janeiro desde 2008, a Robert Half, líder mundial em recrutamento especializado, observa o crescimento da demanda por profissionais com atuação no setor de petróleo e gás. Para atender o mercado, a equipe de consultores especializados neste segmento cresceu 100% no mesmo período. A maior parte das oportunidades geradas pelo setor são para gerentes de operações, gerentes de logística, gerentes

Bacia de Campos Foto: Divulgação

Os meses de junho e julho foram de importantes descobertas para as empresas brasileiras de petróleo e gás. A mais importante dos últimos dois meses foi a realizada pelo poço exploratório Gávea, localizado a 190 km da costa do Rio de Janeiro e com profundidade de 6.851 m. Mesmo sem dar números do potencial do reservatório, a estatal brasileira de petróleo considera como a principal na camada pré-sal da Bacia de Campos. O óleo, que foi encontrado em dois níveis diferentes, é considerado de boa qualidade pela Petrobras, que tem a menor percentagem no consórcio de exploração, operado pela Repsol Sinopec e que tem também a Statoil, com 35% de participação. A Petrobras descobriu petróleo também nos reservatórios no Cretáceo da Bacia do Espírito Santo, no poço denominado Brigadeiro, a uma profundidade de 1.900 m, no bloco ES-M-525, a 115 km da costa do Espírito Santo. Alguns dias depois, a empresa realizou duas novas descobertas na mesma área de concessão. Distantes 115 km da costa, em profundidade igual ao da primeira, essas duas novas descobertas ocorreram durante a perfuração dos poços 1-BRSA-939-ESS (1-ESS-199) e 1-BRSA-936D-ESS (1-ESS-200D), que foram denominados de Pé de moleque e Quindim. A Petrobras é a operadora do consórcio para exploração do bloco BM-ES-23 (65%), formado ainda pelas empresas Shell Brasil (20%) e Inpex Petróleo Santos (15%). No exterior, no início de julho, a Petrobras realizou duas importantes descobertas de petróleo e uma de gás em águas ultraprofundas na área de Hadrian, na concessão Keathley Canyon, na porção norte-americana do Golfo do México. A estimativa da companhia é de um volume recuperável superior a 700 milhões de barris de óleo equivalente, configurando uma das maiores descobertas realizadas no Golfo do México nos últimos dez anos. As descobertas de Hadrian estão localizadas cerca de 400 km a sudoeste de Nova Orleans, em uma profundidade de cerca de 2,1 mil m.

de projetos, engenheiros de vendas, além dos profissionais com boa base técnica e experiência em funções com regime offshore (embarcado). Posições na área financeira também têm sido positivamente impactadas com aumento da busca por profissionais de controladoria e gerentes financeiros, que tenham tido passagem por empresas do segmento. Também entram na lista de oportunidades profissionais de Recursos Humanos, Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde, além de Compras e Suprimentos, por conta das exigências de conteúdo local para exploração do petróleo. De acordo com Porto d’Ave, é notável o volume crescente de empresas estrangeiras, da cadeia de petróleo e gás, iniciando operações no Brasil ou em ampliação das linhas de negócios no país. “O segmento de petróleo e gás é o principal foco dos investimentos internacionais no Brasil e tem impulsionado a demanda por profissionais com conhecimento local, competências para estar na linha de frente das empresas no Brasil e capacidade de desenvolver negócios”, afirma o especialista. Projetos temporários – Outro marco importante no recrutamento de mão de obra especializada no setor de petróleo e gás foi a abertura, há quase um ano, da divisão da Robert Half focada em profissionais tem-


Produção da Opep aumenta 500 mil bpd em junho De acordo com relatório mensal, divulgado em julho, a produção dos países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) aumentou em 500 mil barris por dia no mês de junho. Produção de países-membros da Opep e não-membros – julho/09 a junho/11

porários. “Empresas estrangeiras têm visto com bons olhos o profissional temporário capaz de executar e dar início às operações da empresa no país, por exemplo. Também observarmos muitas companhias contratando este tipo de mão de obra para a implementação de sistemas como ERP, SAP, entre outros projetos”, afirma Porto d’Ave.

Indústria perde espaço na economia brasileira “A indústria está perdendo espaço na economia brasileira. Ao longo dos últimos anos, o setor reduziu a participação no Produto Interno Bruto (PIB), no

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A organização divulga que a demanda por petróleo no mundo deve ter um pequeno crescimento este ano, de 1,36 milhão de barris por dia, um pouco abaixo das expectativas da instituição contidas no relatório anterior, que era de 1,41 milhão de barris. O diagnóstico está ligado principalmente às inconstâncias do cenário econômico mundial. Outro importante país que afeta diretamente as projeções de demanda do petróleo mundial, os Estados Unidos, ainda causam incerteza quanto a como irá se comportar nos próximos meses, mas a Opep afirmou que espera o retorno ao nível normal da demanda por petróleo nos Estados Unidos. O Japão também pode afetar a demanda do petróleo mundial com a interrupção total do funcionamento de suas usinas nucleares. A Opep reiterou sua opinião de que haverá um grande aumento da demanda sazonal no final deste verão. Mesmo após a elevação da produção dos países do Golfo, que foi rejeitada pela maioria dos membros da organização, o mundo ainda vai precisar de um adicional de 1,4 milhão de barris diários de petróleo do grupo a partir do terceiro trimestre para atender plenamente a essa demanda, segundo o relatório. Preços – Em junho, os preços do barril de petróleo ficaram voláteis, caminhando entre US$ 102 e US$ 114, mas na média, os valores ficaram em torno de US$ 109. O contrato WTI caiu mais US$ 5 ou 5% a

uma média de US$ 96,29/b. O Brent também caiu, mas em ritmo mais lento. A Agência Internacional de Energia (AIE) considerou positivo o impacto da medida excepcional que tomou em 23 de junho de colocar no mercado 60 milhões de barris de suas reservas estratégicas pelo período de 30 dias para compensar a perda da produção da Líbia por causa da guerra que acontece no país há alguns meses. A agência disse ainda que a produção da Opep está abaixo da quantia necessária para equilibrar oferta e demanda globais neste trimestre. Em junho, a oferta mundial de petróleo registrou aumento de 1,2 milhão de barris diários, para 88,3 milhões, graças a uma contribuição suplementar de 800 mil barris da Opep, apresentados integralmente pela Arábia Saudita. A demanda doméstica da Arábia Saudita que, segundo analistas, deverá reduzir as exportações do país, aumentou 7,8% em maio.

Nos Estados Unidos, o início da temporada de verão, em maio, registrou um crescimento mais fraco do que o esperado da demanda e o setor petroquímico também desapontou. Porém, isso tem sido parcialmente compensado pela demanda maior por diesel na China, que aumentou 400 mil barris diários em maio devido à escassez de eletricidade que forçou o uso de geradores movidos a diesel. Para 2012, a Opep afirmou no seu relatório mensal que o crescimento da demanda de petróleo deve desacelerar em 2012, para 1,32 milhão de barris por dia, embora esses números possam mudar por causa da incerteza econômica. Além disso, no próximo ano, o fornecimento de petróleo por países não membros da Opep deve crescer em 0,7 mb/d., com países como Brasil, Canadá, EUA e Colômbia, sendo os principais responsáveis por esse crescimento.

emprego e nas exportações. Mas os instrumentos para frear esse processo estão nas mãos do governo e do Congresso.” Essa é a avaliação do diretor executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes. Ele participou, no dia 6 de julho, da audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), que discutiu os riscos de um processo de desindustrialização no país e a agenda em favor da competitividade industrial. “Nossa agenda está sob nosso controle”, afirmou Fernandes. Para o diretor executivo da CNI, é preciso trabalhar para

reduzir o Custo Brasil, desonerando os investimentos e as exportações. Além disso, é necessário eliminar as assimetrias competitivas, como as provocadas pela redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas importações, incentivo concedido por alguns estados em prejuízo de outros. Fernandes destacou que é também preciso investir na qualidade da educação e na inovação, aperfeiçoar a política macroeconômica, garantindo maior controle dos gastos públicos, e melhorar os mecanismos de defesa e negociação comercial. “Tudo isso requer urgência. O tempo econômico

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indicadores tn

Frases “Se o mercado precisar de mais petróleo, os membros da Opep produzirão mais.” José Maria Botelho de Vasconcelos, ministro do Petróleo de Angola. 7/06/2011. AFP

“O crescimento mundial da procura por petróleo é exclusivamente da responsabilidade dos países que não são membros da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos, o grupo dos países ricos para os quais a AIE é o ‘braço’ da energia. Só a China representa sozinha 41% do crescimento que é esperado.” Nobuo Tanaka, diretor geral da Agência Internacional de Energia. 16/06/2011. AFP

“Em dólares, a emissão que tínhamos que fazer já fizemos em janeiro. Neste ano, não vamos voltar ao mercado para dólar. Em euros, estamos analisando o mercado. Estamos com liquidez suficiente para podermos fazer a escolha do momento.” Almir Barbassa, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras. 27/06/2011. Reuters

“Vamos procurar fazer um aperto nos prazos, mas, em princípio, podemos fazer a rodada 115 dias depois da autorização”, garantiu o diretor geral da ANP.” Haroldo Lima, diretor geral da ANP. 15/07/2011. Valor

“Vamos entrar agora com a P-56, no segundo semestre, estamos terminando as paradas programadas de plataformas importantes. Este ano está tranquilo”, garantiu o diretor geral da ANP.” Guilherme Estrella, diretor de Exploração e Produção da Petrobras. 15/07/2011. Reuters

Produção da Petrobras de óleo, lgn e gás natural – 12/2010 a 05/2011 Produção de óleo e LGN (em mbpd) - Brasil Dez Jan Fev Mar Abr Maio Bacia de Campos 1.778,9 1.774,9 1.705,1 1.710,8 1.670,6 1.650,3 Outras (offshore) 124,0 107,1 98,8 116,3 119,1 146,1 Total offshore 1.902,9 1.852,1 1.803,9 1.827,1 1.789,7 1.796,4 Total onshore 218,7 217,3 215,6 212,8 213,7 206,9 Total Brasil 2.121,6 2.069,3 2.019,5 2.039,9 2.003,4 2.003,2 Produção de GN sem liquefeito (em mm³/d)* - Brasil Dez Jan Fev Mar Abr Maio Bacia de Campos 25.712,5 25.098,0 23.936,7 23.852,2 23.728,3 22.885,5 Outras (offshore) 17.399,8 15.514,8 13.238,7 14.148,1 14.820,7 17,878,9 Total offshore 43.112,2 40.612,8 37.175,4 38.000,3 38.549,0 40.764,5 Total onshore 15.634,1 15.554,7 15.899,9 15.466,4 15.915,2 16.134,4 Total Brasil 58.746,3 53.743,5 53.075,2 53.466,7 54.464,2 56.898,8 Produção de óleo e LGN (em mbpd)** - Internacional Exterior

Dez Jan Fev Mar Abr Maio 149,3 150,9 152,5 142,2 129,9 131,7

Produção de GN sem liquefeito (em mm³/d) - Internacional Exterior

Dez Jan Fev Mar Abr Maio 15.445,0 14.997,2 16.970,0 16.239,0 15.259,0 15.897,8

Produção total de óleo, LGN e de gás natural (em mboe/d) Brasil+Exterior

Dez Jan Fev Mar Abr Maio 2.731,3 2.661,9 2.603,9 2.613,9 2.565,7 2.586,3

(*) Inclui gás injetado. (**) Em 2003 inclui os dados da Petrobras Energia (ex-Pecom).

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Fonte: Petrobras

é diferente do tempo político e o atraso poderá comprometer a indústria.” Dados da CNI mostram que a participação da indústria no PIB brasileiro caiu de 35,9% em 1984 para 15,8% no ano passado. O setor, que foi responsável por 30,6% de todos os postos de trabalho no país em 1985, hoje emprega apenas 17,4% do contingente de trabalhadores. As exportações industriais, que representavam 60,8% em 1993, hoje participam com 39,4% do total de bens e serviços vendidos ao exterior. Em compensação, as importações industriais aumentaram de 11,4% do total de compras externas do país em 2000 para 18,7%, atualmente. Fernandes afirma que vários fatores contribuem para a perda de espaço da indústria. Questões macroeconômicas, como a instabilidade dos anos 1980 e do início dos 90, o novo padrão de crescimento global e a recente política econômica – que acelerou os gastos públicos, aumentou os juros e fortaleceu o real – contribuíram para a perda de participação da indústria na economia. E fatores estruturais, como o aumento da terceirização, a alta do custo de produção e o crescimento das despesas das famílias com serviços, como o de telecomunicações, que subtrai renda para gastos com outros produtos. O mesmo diagnóstico foi feito pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Aguinaldo Diniz Filho, que estimou em mais de oito milhões os empregos diretos e indiretos na cadeia têxtil e de confecções. “O importador de tecido hoje está importando a peça pronta e matando toda a cadeia da confecção. Precisamos de um regime diferenciado de tributação para ganhar escala”, argumentou Diniz. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, lembrou que o setor emprega 360 mil pessoas e paga bons salários. “Quando o setor de confecção deixa de investir ou fecha uma fábrica, é a nossa indústria que deixa de vender máquinas e equipamentos”, contou Aubert Neto.


Produção total da Petrobras cresce 2% Aumento da produção de gasolina

Foto: Agência Petrobras

A produção de petróleo e gás da Petrobras no Brasil, em junho, foi de 2.407.366 barris de óleo equivalente por dia (boed). Esse volume indica um aumento de 4% sobre os 2.315.117 barris produzidos no mesmo mês de 2010, e de 2% em comparação a maio de 2011. A produção de gás natural no Brasil em junho foi de 57 milhões 317 mil m³ por dia, indicando um aumento de 6,9% em relação ao mesmo mês de 2010 e de 0,7% em relação a maio de 2011. Considerada a produção exclusiva de petróleo dos campos nacionais, a Companhia registrou um aumento de 2,2% sobre o volume produzido no mês anterior e de 3,5% em relação a junho de 2010. Contribuíram para esses resultados o retorno à produção de plataformas que estavam em paradas programadas na Bacia de Campos e a entrada em operação de mais um poço na plataforma P-57, no campo de Jubarte, na porção Capixaba da Bacia de Campos. No final de junho foi iniciado, também, o Teste de Longa Duração (TLD) do campo de Aruanã, na Bacia de Campos. O volume de petróleo e gás natural dos campos situados nos países em que a Petrobras atua chegou a 234.142 boed em

junho, indicando um aumento de 4% na comparação com o mês anterior, em consequência de uma maior demanda pelo gás boliviano e maior produção nos campos de gás na Argentina. Na comparação com junho de 2010, houve decréscimo de 5,6%, devido a questões operacionais e pagamento de impostos em Akpo, na Nigéria. No exterior, a produção exclusiva de petróleo em junho atingiu 133.071 barris/dia, e a de gás natural foi de 17,17 milhões de m³. A produção média total de petróleo e gás natural da Petrobras (Brasil e exterior), em junho foi de 2.641.508 barris de óleo equivalente diários (boed). Esse resultado significou um aumento de 2,13% em relação ao volume total extraído em maio de 2011.

Diante da queda de produção do etanol, pela baixa produtividade dos canaviais da maior área de produção de cana do Brasil, o Centro-Sul – que representa cerca de 90% da produção –, a Petrobras aumentou a produção de gasolina em 50 mil barris no mês de julho. Esse aumento representa 12,5% em relação ao ano de 2010, e é resultado do maior consumo interno desse combustível. O aumento da produção, que acontece desde janeiro, não impediu a importação de 2,5 milhões de barris. No ano passado, o primeiro semestre teve 3 milhões de barris importados, devido à menor produção de etanol, o que elevou o preço de biocombustíveis e levou os consumidores de carro flex a consumirem gasolina. De acordo com o diretor técnico da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), Antônio de Pádua Rodrigues, a produção de etanol nesta área ficará abaixo do volume de 25,4 bilhões de litros da safra do ano passado. Isto é motivado por um tempo excessivamente seco, o que prejudicou o desenvolvimento das lavouras.

OTC Brasil 2011 4-6 October 2011

Riocentro . Rio de Janeiro, Brazil www.OTCBrasil.org

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The OTC Brasil 2011 technical program presents solutions for a wide assortment of topics and issues. These topics range from updates on major projects to new technologies and techniques to HSE and regulatory issues. At the topical luncheons and panel sessions, companies such as Shell, OGX, Total, BP, Cameron, GE, Schlumberger, Baker Hughes, and Halliburton will discuss current and future projects in the region. Contact Info:

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OTC Brasil will provide a unique Brazilian flair that allows attendees and exhibitors to experience memorable social and business networking events and learn from peer-selected technical presentations, making OTC Brasil a compelling event to participate in. TN Petróleo 78

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entrevista exclusiva Aguinaldo Cruz, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Cameron no Brasil

Crescimento

estratégico por Cassiano Viana

Um dos principais fornecedores da indústria mundial de petróleo, tendo em sua lista de clientes as maiores petroleiras do planeta, entre as quais a Petrobras, a Cameron tem conduzido uma série de ações estratégicas para atender às demandas crescentes da indústria brasileira de óleo e gás no Brasil. Uma delas, impulsionada pelas exigências de conteúdo local, foi a aquisição da Vescon, fábrica de equipamentos industriais utilizados nas atividades offshore (válvulas, principalmente), anunciada em fevereiro deste ano. No mesmo mês, a norte-americana, que atua há décadas no Brasil, onde se instalou em 1997, assinou com a Petrobras um Memorando de Entendimentos para cooperação tecnológica em projetos de pesquisa e desenvolvimento voltados para a área de equipamentos submarinos. “Na realidade, a empresa vem ampliando todas as suas bases no Brasil”, afirma Aguinaldo Cruz, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Cameron no Brasil. Em entrevista à TN Petróleo, ao lado de Antonio P. Antunes Jr., General Manager Brazil da Cameron Surface Systems, o executivo fala das pers14

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Números da Cameron no Brasil Upstream – Entregou 55% dos stacks de perfuração (BOPs) em operação no Brasil e possui três em backlog (previstas em contratos); instalou 222 ANMs no Brasil e tem mais 157 em backlog; foi responsável pela produção de 80% das válvulas submarinas instaladas no Brasil Downstream – 65% das refinarias do Brasil utilizam-se de sistemas de processo Cameron; 20% das válvulas utilizadas no transporte de fluidos no Brasil são Cameron; 20% dos compressores dedicados ao transporte no Brasil são da marca Cameron Superior

pectivas de negócios para os próximos anos no setor de óleo e gás. TN Petróleo – Qual o cenário de óleo e gás no Brasil, hoje e nos próximos anos? Aguinaldo Cruz – O Brasil, por várias circunstâncias, tornou-se o lugar do momento da indústria mundial de óleo & gás. E exatamente por isto os desafios que se apresentam são enormes. Nossa infraestrutura está aquém desta onda que se avizinha e, com certeza, gargalos deverão ser enfrentados em breve. O crescimento sustentado do setor é o alvo que se deve perseguir como política para o futuro e desenvolver os recursos necessários. E mão de obra treinada é fundamental para isto. Criar uma legislação robusta e manter a transparência dos processos também é fundamental para que o cenário de O&G se man-


tenha crescente, permitindo que os players do mercado continuem motivados. O que falta para o desenvolvimento da indústria de O&G no Brasil? Estamos no caminho certo? Falar em tecnologia e buscar projetos com alto conteúdo tecnológico é importante, mas é preciso achar caminhos que não venham a acabar em disputas pelo menor preço em concorrências, sem que as comparações tecnológicas (valor adicionado pela tecnologia) sejam muito bem conduzidas. Este tipo de desalinhamento pode desgastar e afastar os bons resultados esperados pelas empresas que têm investido no país. A real maturidade deste mercado virá quando os investimentos possam ser remunerados de modo compatível com os esforços desprendidos. Se tivermos a coragem de realizar os ajustes necessários ao setor para que ele fique competitivo porém justo, estaremos encontrando o caminho que trará o benefício a todos os envolvidos... é o famoso “ganha-ganha”, que permite a todos participarem do mercado de maneira a adicionar valor a ele.

Foto: Cortesia Cameron

O crescimento sustentado do setor é o alvo que se deve perseguir como política para o futuro e desenvolver os recursos necessários. E mão de obra treinada é fundamental para isto.

Ainda em fevereiro, foi assinado um Memorando de Entendimentos com a Petrobras para cooperação tecnológica em projetos de pesquisa e desenvolvimento voltados para a área de equipamentos submarinos, certo? A assinatura do acordo é uma das etapas para a construção, pela Cameron, de um centro de tecnologia no campus da Unicamp, em Campinas (SP). Esse reforço da infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento da Cameron no estado de São Paulo está alinhado à estratégia da Petrobras de atrair para o Brasil centros tecnológicos de importantes fornecedores da indústria de petróleo e gás. TN Petróleo 78

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entrevista exclusiva

Principais produtos e serviços no Brasil Sistemas de perfuração e controle

Hoje, quais os principais contratos da empresa? Temos contratos com a Petrobras, totalizando 157 ANMs (árvore de natal molhada), e em andamento a Plangás, Papa-terra, Carataí, Congro, Pré-Sal TLD, Tupi, Cernambi Norte, etc., contratos com a Saipen de Plets, Plems, e outros

A Cameron tem uma longa história de sucesso com a Petrobras e é exatamente devido a ela que acreditamos no futuro dos desenvolvimentos que serão necessários realizar no Brasil, sobretudo os relativos ao pré-sal.

equipamentos submarinos, e com a Techinip de Plets, entre outros em andamento.

de fluxo; Sistemas de processos (oil separation, stabilization, produced water treatment, gas separation and stabilization and meg reclamation); Sistemas submarinos, sistemas de superfície, válvulas e sistemas de medição; Sistemas de compressão; Sistemas de processo submarinos. Ao longo dos anos foram desenvolvidas tecnologias originais para atender o mercado brasileiro, ou seja a Petrobras? Sim, como é sabido, a Petrobras tem especificado produtos com características muito próprias, transferindo sua grande experiência em operações em águas profundas para os produtos que demanda. Isto tem gerado famílias de produtos desenvolvidos no Brasil para atender tal necessidade. O fato

Entrevista com Antonio P. Antunes Jr., General Manager Brazil da Cameron Surface Systems Como a Cameron vê os ajustes de cronograma dos projetos do setor no país? Antonio P. Antunes Jr. – Na Cameron, algumas divisões sofreram mais impacto com esses reajustes no cronograma de projetos. Alguns projetos estão um pouco atrasados, outros estão andando mais rápido, porém outras áreas estão com um ritmo bastante acelerado. Qual a importância estratégica da aquisição da Vescon, anunciada em fevereiro? A compra da Vescon, empresa com mais de 40 anos de experiência na fabricação de produtos para a indústria brasileira de O&G e que trabalha na fabricação de cabeças de poço e sistemas de árvores de natal onshore, e válvulas API 6A & 6D, foi uma das ações estratégicas que tomamos para atender às exigências de conteúdo local desse tipo de equipamento no Brasil. Foi a plataforma perfeita encontrada pela Cameron para alavancar os negócios aqui e con16

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tinuar, claro, aos poucos, introduzindo os equipamentos mais especializados da Cameron na linha de produtos mais convencional da Vescon. A Vescon se encaixa naturalmente na divisão de Sistemas de Superfície da Cameron neste momento em que investimos no mercado brasileiro, e para melhorar as experiências de nossos clientes. Ela é uma excelente plataforma para desenvolvermos com eficiência nossos negócios no Brasil. A aquisição da Vescon é uma adição estratégica para o portfólio de produtos e serviços da Cameron. A integração de serviços irá expandir, além de complementar, a experiência de nossa Divisão e os serviços prestados aos nossos clientes, preenchendo as lacunas existentes no mercado. Além disso, estamos ampliando todas as bases que temos no Brasil. Abrimos um escritório em Santos (SP), estamos ampliando substancialmente Macaé (RJ) e praticamente duplicando Taubaté (SP). Hoje contamos com três

plantas industriais no Brasil, em Jacareí e Taubaté (SP) e Macaé. Além da construção do centro de tecnologia, também está previsto o aumento da infraestrutura de testes na planta de Jacareí, com a instalação de uma câmara hiperbárica e uma série de testes de alta pressão, para execução de ensaios e qualificação de equipamentos submarinos. Serão investidos, aproximadamente US$ 30 milhões nessas duas obras. Além disso, a Cameron irá expandir as plantas de Macaé e Taubaté, o que irá representar um valor de quase US$ 100 milhões de recursos aplicados. O drive foi atender às exigências de conteúdo local? Sim. Na prática, existem duas formas de atender às exigências do conteúdo local. Ou você cresce organicamente, adaptando as estruturas, ou parte para uma aquisição. Todas as ações da Cameron visam estarmos aptos para as demandas do mercado brasileiro dentro das regras estabelecidas.


crescimento estratégico

de a Cameron ter decidido investir no Brasil os recursos para construir o maior Centro de Pesquisas fora dos Estados Unidos é um sinal da importância do Brasil no desenvolvimento de novas tecnologias. A Cameron está entre as empresas do setor que mais tem investido em tecnologia nos últimos anos e tem colhido muitos frutos deste investimento. Como é a parceria com a Petrobras (sobretudo a tecnológica)? A Cameron tem uma longa história de sucesso com a Petrobras e é exatamente devido a ela que acreditamos no futuro dos desenvolvimentos que serão necessários realizar no Brasil, sobretudo os relativos ao pré-sal. Temos mantido um relacionamento estreito com a Petrobras no que tange aos projetos a serem desenvolvidos no nosso Centro de P&D, e temos ido além,

pois estamos envolvendo todas as áreas de desenvolvimento da Cameron nos Estados Unidos e fora dele. A Petrobras tem se mostrado muito satisfeita com o andamento do cronograma destes planos e tem nos

dado ótimo feedback. Sabemos que existem muitos desafios pela frente, mas estamos confiantes de que a Cameron, bem como a Petrobras, conseguirão superá-los e obter os frutos esperados.

Linha do tempo 1997 – A Cameron foi constituída legalmente em São Paulo. 1998 – Entrega da primeira ANM tipo Spool Tree (ST) e inauguração da fábrica de Taubaté. 1999 – Compra da área de Macaé e entrega da primeira ANM ST para 2.500 m de profundidade. 2001 – A divisão de compressores abre escritório em São Paulo. 2003 – Inauguração da fábrica de Macaé. 2005 – Aquisição da Dresser Valves. 2007 – Entrega da centésima ANM fabricada no Brasil.

2008 – Entrega da primeira ANM com Controle MUX para a Petrobras, fornecimento da pioneira do pré-sal e também do TLD para o campo de Tupi (hoje batizado de Lula). 2009 – Instalação de ANMs TLD no pré-sal. 2010 – Recebimento do pedido de 138 ANMs – Contrato Global. 2011 – Aquisição da Vescom, fábrica de equipamentos para indústria offshore, localizada na Bahia; Assinatura de contrato com a Petrobras e a Unicamp para a criação do Centro de P&D na Cidade Universitária (Inova) e na fábrica de Jacareí.

Nesta edição.

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Foto: Banco de Imagens Stock.xcng

Foto: Bia Cardoso

Foto: Cortesia Vale

especial

Amaz么nia O Eldorado


Foto: Ag锚ncia Petrobras

do 贸leo e g谩s por Beatriz Cardoso e Maria Fernanda Romero

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especial

Com a segunda maior reserva e terceira maior produção de gás natural do Brasil; dois dos três poços com maior produção desse energético; volumes significativos de óleo leve, de excelente qualidade, alta produtividade e baixo custo; e um potencial para hidrocarbonetos de grandeza condizente com as suas dimensões territoriais, a Amazônia brasileira vive hoje uma nova corrida do ouro. Só que dessa vez, do ouro negro, uma riqueza na qual apostam as principais petroleiras brasileiras como HRT, OGX e Petra, além, é claro, daquela que completou 25 anos de atividades ininterruptas na região: a Petrobras.

Q

uem sobrevoa a Amazônia pela primeira vez, em avião de carreira, ainda fica impactado quando o avião inicia a operação de descida e se depara, ao sair das nuvens, com a massa verde a perder de vista. Essa é a visão inicial da imensa selva amazônica que ainda recobre a maior parte da chamada Amazônia brasileira, ameaçada pelo avanço das queimadas e derrubadas de floresta, assim como pela expansão urbana. Somente quando está se aproximando de Manaus, capital do estado do Amazonas, é que o visitante de primeira viagem vai se dar conta dessa ocupação, impulsionada nos últimos 50 anos pela atividade extrativista, inclusive a do petróleo e gás. A ex-capital da borracha, que ganhou estrutura industrial com a criação da Zona Franca de Manaus, em 1967, foi um dos centros logísticos da corrida do ouro nas décadas de 1970 e 80 e se tornaria, na década de

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Dados do Amazonas Capital...........................................Manaus População 2010....................... 3.483.985 Área (km²).......................... 1.559.161,682 Densidade demográfica (hab/km²)....................2,23 Municípios.............................................62 Polo Industrial de Manaus (PIM)...............50 indústrias

Reservas provadas Petróleo.................... 104,39 milhões bpd Gás natural.......... 55.877,68 milhões m³

Produção de óleo e GN Petróleo (bbl/d)............................. 34.138 Gás Natural (Mm³/d)..................... 11.494 Total (boe/d)................................106.432

1990, o polo do emergente ecoturismo, volta a se destacar como a grande base de operações da indústria de petróleo e gás na região. A capital amazonense, na qual está instalada uma das mais antigas plantas de refino da Petrobras, a Refinaria Isaac Sabbá (Reman), que completa 54 anos, as petroleiras que atuam na região,

assim como as prestadoras de serviços, são o ponto de partida de todas as operações da cadeia produtiva de óleo e gás na Amazônia. Lá é a base operacional de todas as atividades da indústria petrolífera na região, ainda que o início dessa cadeia produtiva, a exploração/produção propriamente dita, esteja no coração da selva, em locais de difícil acesso. Por isso, foi escolhida pela HRT Participações em Petróleo S/A, como a tribuna para formalizar, juntamente com uma ação de apelo social e ambiental, a aceleração de suas atividades exploratórias na Bacia do Solimões, onde, até o final de julho, completaria a perfuração do quarto poço exploratório. No início de junho, a HRT levou um grupo de jornalistas para Manaus, para anunciar o projeto Barril Verde, uma parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) que será uma espécie de contrapartida socioambiental das operações da empresa na região (veja box). A cada barril produzi-


amazônia, o eldorado do óleo e gás Boa Vista

Roraima

Amapá

Branc

o

Jari

Óleo e gás no Amazonas: infraestrutura Negro

lim

õe

Ta pa jós

UPGN URUCU II Início: 2000 Processo: turbo expansão Capacidade de processamento: 6 mil m³/dia

REMAN | Refinaria Isaac Sabbá (1956), Manaus, AM Capacidade média: 50 mil bpd Gasolinas automotivas: 244.800 m³; querosene iluminante: 170 m³; querosene de aviação: 147.000 m³; óleo diesel: 609.400 m³; naftas: 727.000 m³; óleos combustíveis: 362.000 m³; GLP: 109.100 m³; asfaltos: 81.400 m³; outros: 16.200 m³

Porto Velho

Início da exploração: 1988. Localização: município de Coari, no médio Solimões Área: 350Acre km². Rio Branco Empregados: 2,2 mil, sendo 300 próprios e 1,9 mil terceirizados. Produção diária: 60 mil barris, 10 milhões m³ de gás natural e 1,5 ton de GLP

Pará

Foto: Agência Petrobras

s UPGN URUCU I ru Pu Início: 1993 Processo: absorção refrigerada Capacidade deMadeira processamento: 706 mil m³/dia

Complexo Industrial de Urucu

UPGN URUCU III Início: 2004 Processo: turbo expansão Capacidade de processamento: 3 mil m³/dia

Rondônia

Total: 2.286.600 m³

gasolina

1990

BR Distr.

óleo diesel

1990

BR Distr.

óleo leve p/ turbina

1990

BR Distr.

QAV

Equador

0,14

10

0,14

10

Mato Grosso Cuiabá

0,45

8

1990

0,23

8

AEAC/AEHC

1989

0,45

8

Equatorial

gasolina

2003

0,454

8

Equatorial

óleo diesel

2003

0,454

10

Fogas

GLP

2003

0,084

Fogas

GLP

2003

0,084

Aragu

BR Distr.

aia

Operação Extensão (km) Diâmetro (pol)

G

Para

4

Campo Grande

4

Shell/Sabba AEAC/AEHC

1989

Shell/Sabba gasolina

2003

1,15 Mato Grosso8do Sul 1,133 10

Shell/Sabba óleo diesel

2003

1,133

10

Shell/Sabba QAV

2003

1,133

8

1989 Paraguai

1,25

Texaco

AEAC/AEHC

Texaco

gasolina

1989

1,25

10

Texaco

óleo diesel

1989

1,25

10

Tiet e

Para ná

Produto

e

Localização: à margem direita do rio Solimões e à 16 km da cidade de Coari. Escoamento: petróleo e GLP da região produtora de Urucu. Capacidade de armazenamento: 78 mil m³, distribuídas em três tanques deSucre 20 mil m³ para petróleo e seis esferas de 3 mil m³ para GLP. Movimentação: 270 mil m³/mês de petróleo e GLP nas operações de carregamento Píer: dois; um para navios (30.000 TPB e calado máximo de 8,50 m) e balsas que carregam petróleo e o outro para navios e balsas que carregam GLP. Ambos utilizam braços de carregamento e um píer flutuante destinado a carga seca, embarque/desembarque de pessoal e atracadouro para embarcações de apoio

Destino

Re Ita pres ipu a d

Foto: Agência Petrobras

Oleodutos partindo da Reman

Terminal Aquaviário de Coari

Chile

Santarém

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Amaz

Manaus

Coari

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Amaz

Urucu

Foto: Agência Petrobras

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GASCOM (Coari/Manaus) Extensão: 382 km Diâmetro: 20” Capacidade: 6,85 milhões m³/dia gro Ne

ORSOL (Urucu/Coari) Extensão: 282 km Diâmetro: 14”

GARSOL (Urucu/Coari) Extensão: 281 km Diâmetro: 18” Japurá Capacidade: 6,85 milhões m³/dia Início: 1988 Operação: 2009

Macapá

Parapanem

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8

Paraná

Fonte: Petrobras

TN Petróleo 78

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Cu


especial

O barril verde de petróleo

Foto: Cortesia HRT

Projeto ambiental da HRT em parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), o Barril Verde terá recursos de 24 milhões até 2013, quando a empresa pretende instalar um parque tecnológico em Manaus.

Da esquerda para a direita: Luiz Fernando Furlan, presidente do Conselho de Administração da Fundação Amazonas Sustentável (FAS); Firmin Antonio, diretor da FAS; Marcio Rocha Mello, CEO da HRT e Virgílio Viana, superintendente geral da FAS.

A parceria entre a HRT e a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), anunciada no início de junho, está dividida em dois componentes. A HRT investirá R$ 4 milhões na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uacari, no município de Carauari, em dois aportes de 50% (2011 a 2012). Tais recursos serão utilizados no Programa Bolsa Floresta e nos seus Programas de Apoio, voltados especialmente para a produção sustentável, educação e saúde das populações extrativistas da RDS do Uacari. O segundo componente dessa parceira prevê que a HRT integralize uma cota de R$ 20 milhões, em parcelas, até 2013, a serem alocadas no Fundo Permanente da FAS, de forma a viabilizar a expansão do Programa Bolsa Floresta para mais ou menos oito mil famílias. O lançamento do Barril Verde, que contou com a participação de várias autoridades amazonenses, representa uma das mais ecológicas parcerias já firmadas por uma empresa petroleira, de acordo com a HRT, que repassará R$ 1,00 para cada barril produzido na Bacia do Solimões a projetos de sustentabilidade na Amazônia. “A HRT é uma empresa que pensa grande e, por essa razão, aposta em projetos de 30, 40, 50 anos, que vão transformar a região. Como o Brasil, temos pressa em crescer de forma acelerada, mas sem descuidar da

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conservação da floresta e de todos aqueles que vivem no seu entorno”, frisou Márcio Mello, presidente da HRT. Ele informou ainda que a empresa pretende instalar um parque tecnológico em Manaus, em 2013. “Vamos fazer o vale da tecnologia sustentável como o Vale do Silício. Traremos para a região amazônica mais desenvolvimento sustentável e mais tecnologia. Queremos a Petrobras neste projeto”, pontuou Mello, informando que até 2014 a HRT investirá cerca de US$ 3 bilhões na Amazônia. “O desafio é evitar o desmatamento e a degradação da floresta. Devemos rapidamente investir em tecnologias avançadas de forma a trazer ganhos e benefícios para as comunidades locais. Além de ampliar a curiosidade científica, incentivar a inovação tecnológica será um dos focos do Barril Verde HRT. Outra de nossas prioridades é a geração de emprego com a contratação de funcionários locais e apoio para o retorno desses às suas famílias após o período trabalhado”, alerta Mello. Com apenas um ano de atuação no Amazonas, a HRT já promoveu três mil empregos diretos e indiretos. Segundo Mello, o sonho da empresa é produzir 1 milhão de barris por dia na Amazônia até 2020. Compromisso similar na África – A HRT África Petróleo, subsidiária da

HRT, que tem escritório na Namíbia, também realizará ação similar no continente africano, onde a petroleira brasileira detém a concessão de 12 blocos de exploração no offshore, cobrindo uma área de 63.891 km² (aproximadamente 15,8 milhões de acres), sendo operadora em dois blocos na Sub-bacia de Walvis e em oito blocos na Sub-bacia de Orange. Ao anunciar a criação do escritório, o presidente da HRT África, Nelson Narciso Filho, também lançou o projeto Barril Azul HRT. A exemplo do projeto brasileiro, a iniciativa prevê que a cada barril produzido por ela no offshore da Namíbia, a HRT doará N$ 1 (NAD/ dólar namibiano) a projetos de sustentabilidade visando a proteção do ecossistema marinho. “Acreditamos que esta é a melhor maneira de desenvolver as relações e as habilidades locais, de forma a contribuirmos de maneira positiva para o crescimento. Acreditamos que o conteúdo local deva ser um item de grande importância para o nosso negócio”, afirma diz Nelson Narciso Filho. “Estes blocos representam mais de cinco bilhões de barris de óleo equivalente de recursos riscados certificados pela D&M. A similaridade geológica entre as bacias de Campos e Santos com as bacias de Orange e Walvis nos dão a certeza de que os ativos da Namíbia terão elevada importância no portfólio da companhia”, diz o executivo. A HRT possui ainda uma participação de 2%, como não operadora, em dois blocos da Sub-bacia de Lüderitz. “Nossos planos para 2011 são de aquisição e interpretação de 9.100 km² de sísmica 3D, dos quais 1.500 já concluídos e 5.300 a serem concluídos até 15 de julho. Os planos para 2012 contemplam perfuração de poços e possível início de produção via TLD, ou mesmo um piloto de produção”, finaliza Narciso.


Foto: Cortesia HRT

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Sonda QG IX, da Queiroz Galvão, que está perfurando o terceiro poço exploratório da HRT, o 1-HRT-168/01-AM, na Bacia Sedimentar do Solimões, no estado do Amazonas.

do por ela na Bacia do Solimões (AM), a HRT doará R$ 1,00 para a preservação da floresta e a melhoria da qualidade de vida de seus moradores. “Todas as companhias de petróleo daqui para a frente vão ter que se unir e mostrar que, se extraem o petróleo de uma região, têm que retribuir essa riqueza por meio de uma política de desenvolvimento sustentável”, disse o presidente da HRT, Marcio Rocha Mello, durante a assinatura da parceria, em evento realizado na sede da Fundação Amazônia Sustentável. “O homem se realiza por sonhos. Eu acredito muito nos meus sonhos e cada vez que realizo um deles, me realizo plenamente”,

disse Mello, lembrando que aos 21 anos de idade esteve no Amazonas perfurando poço de petróleo para a Petrobras. “Nós estamos fazendo história, criando consciência social e ambiental”, e acrescentou: “Um dia quero ser reconhecido como cidadão amazonense.”

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Produção imediata A expectativa da empresa é de produzir na região amazônica, até 2015, 50 mil barris por dia. Além do Barril Verde, ela ainda pretende instalar um parque tecnológico em Manaus, até 2013. Expectativas arrojadas que estão respaldadas nos ativos que ela detém na Bacia Sedimentar do Solimões, onde possui 55% de participação em 21 blocos exploratórios, ocu-

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pando uma área de cerca de 48,5 mil km², onde foram mapeados e certificados 52 prospectos e 11 descobertas classificadas como recursos contingentes. De acordo com a HRT, o potencial petrolífero desses blocos é estimado entre 4 e 6 bilhões de barris de óleo leve e de 10 a 20 Tcf (trilhão de pés cúbicos) de gás. Ela estima que essa bacia seja a maior produtora de gás natural do Brasil e uma das maiores produtoras de óleo leve. Até o final do ano, a HRT pretende perfurar um total de nove poços na Bacia do Solimões. As sondas de perfuração estão sendo transportadas por helicópteros para as locações: a empresa, que está utilizando quatro sondas, já adquiriu três sistemas de Teste de Longa Duração (TLD) da Helliburton, para acelerar o início da produção.

“A expectativa é fazer TLD na maioria dos poços que realizarem descobertas, já compramos três plantas de TLD e iremos comprar mais uma”, explica o gerente do projeto Solimões da HRT, Eduardo Freitas. “Começamos a produzir óleo em agosto deste ano, através dos TLDs. E em 2012, daremos a partida no plano de desenvolvimento desses ativos.” A sondas contratadas pela HRT chegaram em abril, sendo duas da canadense Tuscany, e as outras duas da Queiroz Galvão Perfurações. A operação de quatro sondas helitransportáveis perfurando, simultaneamente, na Bacia do Solimões, estabelece um recorde histórico no Brasil. E a HRT está abrindo nova licitação para adquirir, ainda este ano, duas sondas helitransportáveis e uma de work-over. O dois primeiros poços foram perfurados no contingente cha-

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TN Petróleo 78

Foto: Agência Petrobras

1917 – Início da pesquisa de carvão e outros combustíveis pelo Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil. 1934 – Exploração dos grandes rios do Amazonas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), que substituiu o antigo Serviço Geológico e Mineralógico. 1939 – Criação do Conselho Nacional de Petróleo. 1953 – Criação da Petrobras. 1954 – Descoberta subcomercial de óleo em Nova Olinda, Autás Mirim e Maués, no estado do Amazonas. 1956 – Inauguração da Refinaria de Manaus (AM), produção de cinco mil barris por dia. 1976 – Foi feito o primeiro levantamento de sísmica de reflexão na Bacia do Solimões; descoberta do campo de gás de Pirapema. 1978 – Descoberta da Província de Gás do Juruá (AM). 1980 – A Petrobras iniciou sua atividade de rastreamento dos satélites do sistema NNSS/Navy Navigation

Foto: Agência Petrobras

Linha do tempo

Satellite System, conhecido como Transit. 1986 – Descoberta da Província de Urucu em 12 de outubro, primeiro campo comercial da Amazônia, em Coari (AM), no poço RUC-1 (Rio Urucu 1).

mado Jatobá (JOB), situado na porção nordeste do Bloco SOL-T-169, local onde o poço pioneiro acusou a presença de gás na Formação Juruá. Esses poços estão localizados na área do município de Tefé (AM). O segundo poço, perfurado pela sonda QGVIII, da Queiroz Galvão, tem previsão de atingir a profundidade final em torno de 3.500 m. O terceiro poço, a cerca de 7,5 km do município de Carauari, foi perfurado pela sonda QG IX, da Queiroz Galvão, com previsão de atingir a profundidade final em torno de 2.620 m. Este poço está sendo perfurado na estrutura com recursos contingentes chamado Gavião (GAV), situado no Bloco SOL-T-168. O quarto poço seria perfurado na estrutura mapeada e classificada como recurso contingente denominado Igarapé Maria (IMA), situado 1987 – Descoberta do campo Leste Urucu. 1988 – Início da exploração comercial de gás e petróleo em Urucu; visita do presidente José Sarney à base de Urucu; descoberta do campo Sudoeste Urucu. 1989 – Descoberta dos campos Carapanaúba e Cupiúba. 1990 – Descoberta da extensão Igarapé Marta. 1992 – Nascimento do primeiro e único brasileiro na província de Urucu. 1997 – Construção do Oleoduto Urucu-Coari. 1998 – Construção do Gasoduto Urucu-Coari e do Terminal de Coari. 1999 – Visita do presidente Fernando Henrique Cardoso à base de Urucu para assinar os termos de compromisso para a conclusão do projeto de gás natural da Amazônia. 1999/2000 – Ampliação do Polo Arara. 2000 – Instalação do Centro de Defesa Ambiental da Amazônia (CDA-AM), uma central de logística preparada para responder de forma rápida e eficaz a qualquer emergência nos


amazônia, o eldorado do óleo e gás

rios amazônicos, atuando na contenção e redução de riscos ambientais no caso de vazamentos de petróleo. 2002 – A produção de petróleo no Amazonas, em outubro, de acordo com a Unidade de Negócios da Bacia do Solimões (UN-BSOL), foi de 58.074 barris de óleo por dia, o que representa 3,8% da produção do país (1.524.953 barris/dia) no mesmo período. 2003 – Construção da UPGN-III (Unidade de Processamento de Gás Natural de Urucu). 2004 – Visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para anunciar a construção do Gasoduto Coari-Manaus e inaugurar a terceira unidade de processamento no Polo Arara. 2005 – A Província de Urucu engloba três campos, num total de 60 poços, que produzem 60 mil barris de petróleo por dia, 10 milhões de m³ de gás natural e 1.500 toneladas de GLP (gás de cozinha). 2006 – Em 1º de junho, iniciam-se as obras do gasoduto Urucu-Manaus; criação do Projeto Piatam, para caracterizar ambientalmente a área

Destaques de 2011 – A 11ª Rodada de Licitações da ANP, prevista para o segundo semestre deste ano, tem como destaque a Margem Equatorial Brasileira, área considerada muito promissora e que será o destaque da rodada com cinco das nove bacias. Serão licitados 174 blocos (87 em mar, 87 em terra), divididos em 17 setores em nove bacias sedimentares: Barreirinhas, Ceará, Paranaíba, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Potiguar, Recôncavo e Sergipe-Alagoas. Maio – a OGX declarou comercialidade das acumulações Califórnia e Fazenda São José, localizadas na bacia do Parnaíba.

Junho – a HRT iniciou a perfuração em Tefé e Caruari. Ainda no mesmo mês, a GeoRadar Levantamentos Geofísicos venceu a licitação e foi contratada pelo consórcio Petrobras e Petrogal (Portugal) para realizar trabalhos de investigação sísmica nos municípios de Itacoatiara, Silves, Urucará, São Sebastião do Uatumã, Nhamundá e Itapiranga, no Amazonas. Julho – a HRT iniciou a perfuração na locação 1-HRT-194/01-AM. Este poço será perfurado na estrutura mapeada e classificada como recurso contingente denominado Igarapé Maria (IMA), situado ao sul do Campo Sudoeste de Urucu (SUC).

cultam a navegação de balsas e barcas, com equipamentos; e os períodos de chuvas muito fortes dificultam as operações. “O trabalho logístico na região é cirúrgico. Explorar e produzir na Amazônia são como operar

num offshore verde: a mesma dificuldade que temos em offshore, temos na Amazônia. Temos que operar tudo remotamente e em condições especiais, com controle por satélite e sistema de isolamento”, afirma.

Foto: Agência Petrobras

ao sul do Campo Sudoeste de Urucu (SUC). O petróleo será transportado por via fluvial (balsas) e gasodutos, assim como o gás que for encontrado. Freitas explica que a HRT fez uma parceria com uma empresa de consultoria para saber como monetizar o gás na região amazônica e ainda está avaliando a melhor utilização desse energético. Para ele, o maior desafio é explorar e produzir no meio da selva. “Um poço no pré-sal é muito mais caro do que um poço em terra, sem dúvida. Não dá para comparar. Mas em comparação com outras perfurações nossas em terra, operar na Amazônia é muito mais caro”, acrescenta Freitas. Segundo ele, o mais difícil de trabalhar na região amazônica é a logística, pois há uma grande sazonalidade em períodos de seca e chuvas: no primeiro, as águas baixam e difi-

de atuação da Petrobras nas bacias equatoriais da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão e Barreirinhas. O objetivo foi orientar seus resultados para prevenir impactos ambientais na construção de gasodutos como o de Coari-Manaus. 2007 – Petrobras e Sebrae assinam convênio para capacitação de micro e pequenas empresas do Amazonas; o BNDES aprova financiamento de R$ 2,49 bilhões para a Transportadora Urucu Manaus S/A (TUM) visando a implantação do gasoduto Coari-Manaus. 2008 – Em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita um dos canteiros de obras do gasoduto Urucu-Coari-Manaus; Urucu comemora 20 anos de produção.

2009 – Em 26 de novembro, o gasoduto Urucu-Coari-Manaus entra em operação; em dezembro, o Governo do Amazonas e Petrobras assinam Termo de Compromisso Ambiental para obras do gasoduto. 2010 – Petrobras anuncia descoberta de acumulação de óleo leve (46 o API) e gás natural no poço 1-ICB-1-AM (denominado ‘Igarapé Chibata nº 1’), em Tefé (AM), município distante 630 km de Manaus e 32 km da Província Petrolífera de Urucu; em setembro, Manaus ganha primeiro escritório da ANP; em novembro, a OGX anuncia acumulação de gás no bloco PN-T-68, localizado no município de Santo Antônio dos Lopes, no interior do estado do Maranhão, na Bacia do Parnaíba. 2011 – Petrobras encontra indícios de petróleo na Bacia Pará-Maranhão em poço pioneiro denominado Harpia (1-BRSA-903-PAS), localizado em águas profundas no bloco BM-PAMA-3. O bloco também está sendo explorado pela Sinopec. TN Petróleo 78

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especial

Foto: Agência Petrobras

Meia Bolívia na Amazônia O grande marco da Amazônia nos últimos anos, mais além de obras de implantação do gasoduto que começa a espalhar o gás pela região, se deu um pouco mais distante da área em que a HRT vem prospectando o petróleo e gás que é produzido pela Petrobras há 23 anos.

A

inda no gigantesco território da chamada Amazônia Legal (ver box), é na Bacia de Parnaíba, no estado do Maranhão, que estão concentradas as atenções da indústria petrolífera mundial, desde que o empresário Eike Batista anunciou a descoberta de reservatórios de 15 trilhões de pés cúbicos de gás natural, em agosto do ano passado. O que poderá representar um novo paradigma nessa região, pois a Bacia do Parnaíba é considerada uma nova fronteira exploratória, devido ao pouco co-

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TN Petróleo 78

nhecimento geológico que se tem dela, face à sua extensão areal e aos insucessos exploratórios. A descoberta foi feita pela OGX, empresa do grupo EBX, de Batista, pouco mais de dois anos após sua criação. Na época, o empresário chegou a fazer um paralelo com a Bolívia, país do qual o Brasil é dependente de gás natural. “Descobrimos meia Bolívia”, disse o executivo, ao anunciar a descoberta de reservas que poderiam gerar uma produção diária de 15 milhões de m³ de gás natural, metade do

que hoje é importado daquele país andino. Em maio desse ano, a OGX apresentou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), através de sua subsidiária OGX Maranhão Petróleo e Gás, as declarações de comercialidade das acumulações Califórnia e Fazenda São José, no Bloco PN-T-68. “Estas declarações de comercialidade na Bacia do Parnaíba são um marco para a companhia em uma nova fronteira exploratória no país, ocorrendo apenas 20 meses após


Foto: Cortesia OGX

a aquisição das concessões”, disse Paulo Mendonça, diretor geral e de Exploração da OGX em comunicado ao mercado. As duas acumulações receberam novos nomes: Califórnia é agora Campo de Gavião Azul, e Fazenda São José, Campo de Gavião Real. A empresa já submeteu os planos de desenvolvimento dos campos à aprovação da ANP e ainda estão sob análise. Se aprovadas as declarações, os dois serão os primeiros campos de gás natural da OGX – a empresa pretende iniciar a produção no segundo semestre de 2012 e chegar a 5,7 milhões de m³ por dia em 2013 – o que corresponderá a uma produção total de 1,1 trilhão de pés cúbicos de gás.

altus

Uma nova cumulação foi descoberta recentemente, nos poços 1- OGX-34-MA e 3-OGX38-MA, no mesmo bloco. O OGX-34, poço pioneiro no prospecto Bom Jesus, encontrou 23 m de net pay (soma de seções saturadas de petróleo e gás) de gás em dois intervalos, nas formações Poti e Cabeças. Já o OGX-38, primeiro poço delimitatório da acumulação Fazenda São José, encontrou 43 m de net pay de gás, na formação Poti. No total, já foram perfurados quatro poços pioneiros e três delimitatórios. De acordo com a empresa, o gás natural produzido na região vai abastecer, de preferência, usinas termelétricas a serem construídas pela MPX Energia, outra empresa do Grupo EBX, em associação com a Petra Energia, que detém 30% de



amazônia, o eldorado do óleo e gás

participação nos sete blocos da Bacia do Parnaíba. A MPX já adquiriu o terreno para construção de termelétrica, para a qual já obteve licença de instalação para 1.863 MW e iniciou o processo de licenciamento ambiental para o desenvolvimento de 1.859 MW adicionais, totalizando um potencial de 3.722 MW.

Impasse de US$ 1 bilhão A Petra Energia também tinha outros interesses na Amazônia. Ela detinha 45% de participação nos 21 blocos da Bacia do Solimões, operados pela HRT, que em maio reiterou que exerceria o direito de compra dessa fatia dos ativos, caso a Petra não efetivasse o acordo com a russo-britânica TNK-BP – esta teria oferecido em torno de US$ 1 bilhão. A HRT, que detém 55% de participação, por contrato, tem o direito de exercer a opção de compra ou de obrigar a Petra a vender sua fatia. Terceira maior produtora de gás da Rússia, a TNK-BP é uma companhia integrada, que produz 1,8 milhão de barris de óleo equivalente (boe) por dia. A inglesa BP tem 50% e o direito

de nomear quatro dos nove diretores, enquanto os outros 50% estão nas mãos de empresários russos. No final de maio, um grupo de executivos da TNK-BP, incluindo o CEO Maxim Barsky, estiveram no Rio para negociar com a HRT a entrada na sociedade. Mas o impasse continuou. No dia 15 de julho, um executivo que acompanha essa negociação junto à Petra teria confirmado a conclusão do negócio, que até o fechamento dessa edição não havia sido oficializado. Com a entrada da TNK-BP, a HRT tem mais fôlego financeiro para alavancar seu ousado programa exploratório naquela região. “O ponto positivo que vemos nessa transação é que a HRT vai ter um parceiro experiente e sólido financeiramente na Bacia do Solimões”, destacou relatório do Deutsche Bank divulgado em maio. O fato de ficar como operadora de ativos nos quais tem associação com a companhia russo-britânica, indica, na opinião de Márcio Mello, presidente da HRT, “sinal de confiança na empresa brasileira”.

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Amazônia legal: riqueza sem fim Maior e mais rica floresta tropical do planeta, a floresta amazônica se estenderia por uma área de 5,5 milhões de km², estando 60% no Brasil e os 40% restantes distribuídos pela Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Os 60% brasileiros integram a chamada Amazônia Legal, uma superfície de quase 5.217.423 km², correspondente a cerca de 61% do território brasileiro. A área atual de abrangência da Amazônia Legal corresponde à totalidade dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia,

Roraima e Tocantins, e parte do estado do Maranhão (a oeste do meridiano de 44º de longitude oeste). Com um ecossistema extremamente complexo e delicado, a Amazônia é um patrimônio socioambiental brasileiro que vem sendo impactado pela atividade extrativista desregrada, queimadas e derrubada de floresta. As atividades exploratórias de óleo e gás na região ainda hoje são extremamente delicadas, demandando uma série de ações por parte das companhias que querem atuar na área, para minimizar ao máximo o impacto de tais operações.

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A saga

amazônica da Petrobras

Há 57 anos com atividades na Amazônia, onde fez a primeira descoberta em 1954, um ano após sua criação, a Petrobras reforça as atividades exploratórias na região para recompor a segunda maior reserva comprovada de gás do Brasil.

N

o final do ano passado, quando anunciou a descoberta de uma nova acumulação de óleo leve, de 46º API, e gás natural no estado do Amazonas, a Petrobras deu indícios claros de que continua atenta ao potencial da região. E que não pretende deixar o caminho livre para as demais petroleiras que decidiram se aventurar na Amazônia brasileira em busca do ouro negro e do gás que está escondido sob a densa floresta. A descoberta mais recente anunciada pela empresa nessa região, onde já tem três campos em produção de petróleo e gás natural, e outros em desenvolvimento (ver quadros), foi realizada por meio do Teste de Longa Duração (TLD) iniciado em setembro, no poço exploratório 1-ICB-1-AM (Igarapé Chibata n. 1). O TLD está sendo realizado no território do município de Tefé (AM), distante 630 km de Manaus e 32 km da Província Petrolífera de Urucu.

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TN Petróleo 78

Campos na Bacia do Solimões na etapa de produção da fase de produção em 13/05/2011

Leste do Urucu; Rio Urucu; Sudoeste Urucu* Campos na etapa de desenvolvimento da fase de produção em 16/05/2011 Bacia do Amazonas

Azulão; Japiim*

Bacia do Solimões

Araracanga; Carapanaúba; Cupiúba; Juruá* * Petrobras 100%

Os três campos em produção da Petrobras (Leste do Urucu, Rio Urucu e Sudoeste Urucu) estão no município de Coari, vizinho a Tefé, que aspira ganhar o mesmo destaque na economia regional (e até nacional). Para se ter uma ideia, a cidade amazonense produtora de petróleo, com menos de 70 mil habitantes, está entre os 15 municípios brasileiros que mais recebem royalties pela produção de hidrocarbonetos. Segundo dados divulgados pela ANP em junho desse ano, o repasse de royalties para o Amazonas no primeiro semestre de 2011

bateu novo recorde: foram pagos R$ 82,49 milhões como compensação à sociedade pela exploração de recursos não renováveis. Um valor 20% maior que o do primeiro semestre de 2010, de R$ 68,75 milhões, e 12,5% acima dos R$ 73,3 milhões registrados no mesmo período de 2008, o maior resultado, até então, desde 1999. Os royalties pagos em junho se referem à produção e exploração de abril: a Petrobras somou 119,6 mil barris equivalentes por dia em abril, 0,5% acima da produção do ano passado, nessa região. E é bom lembrar que a partir da Lei


Fotos: Agência Petrobras

9478/1997, a alíquota dos royalties passou de 5% para até 10% da produção, podendo ser reduzida a um mínimo de 5%, tendo em vista os riscos geológicos, as expectativas de produção e outros fatores pertinentes. Tais repasses para as prefeituras dos municípios produtores ou afetados pelas operações de embarque e desembarque têm aumentado devido ao incremento das atividades na região. No primeiro semestre deste ano, Coari (363 km a oeste da capital do Amazonas), recebeu R$ 26,5 milhões, e Manaus, R$ 10 milhões. Já Tefé (523 km a oeste de Manaus), onde foi realizada a última descoberta e que entrou na lista dos beneficiários no segundo semestre de 2010, abocanhou R$ 1,13 milhão nos seis primeiros meses de 2011. Foi lá que, no ano passado, a Petrobras iniciou a produção do TLD, em um poço de 3.485 m de profundidade, na Bacia do Solimões, no qual a Petrobras detém 100% dos direitos de exploração e produção. A estatal informou que os dados do TLD, até o momento, indicam que o poço tem a capacidade de produzir 2.500 barris de óleo/dia, o que é considerado um excelente resultado em se tratando deste tipo de bacia no Brasil. Além do TLD, com duração prevista de um ano, o Plano de Avaliação da Descoberta (PAD), já aprovado pela ANP, prevê a aquisição de novos dados sísmicos e perfurações de poços delimitatórios, para definir a extensão da acumulação, quantificar as reservas e comprovar a economicidade da acumulação. “Esse sucesso exploratório resulta da retomada dos investimentos neste campo, efetuados a partir de 2005, nas bacias terrestres da Amazônia, conforme prevê nosso Plano Estratégico, o qual direciona esforços em novas fronteiras em TN Petróleo 78

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especial

Dados técnicos do gasoduto Extensão total.............................. 670 km Geração de empregos diretos .......................... 3.400 Geração de empregos indiretos..................... 10.000 GLP Urucu-Coari.........281 km, com 18” Urucu-Manaus............ 382 km, com 20” Ramais para os municípios.......................125 km, 3” e 4”

que o conhecimento, as tecnologias e a experiência operacional da Petrobras representem diferencial competitivo”, diz o comunicado da petroleira brasileira, ao anunciar as reservas.

Cidadela do petróleo A meta da estatal é manter a produção da província de Urucu acima dos 50 mil barris dia de óleo. Em 2010, a petroleira fechou o

ano com uma produção média de 52,3 mil barris diários de petróleo de altíssima qualidade: 47º API (American Petroleum Institute), enquanto a média da Bacia de Campos, responsável por mais de 80% da produção brasileira, é de óleo pesado, de 18º API. A produção de 10 milhões de m³ de gás natural e 1,33 mil toneladas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) vem se mantendo nesse primeiro semestre, assim como o de produção de óleo. As reservas da Petrobras na Amazônia, de 52,8 bilhões de m³ de gás, continuam em segundo lugar no país, atrás apenas do Rio de Janeiro, enquanto ainda não são contabilizadas as descobertas de gás nos campos gigantes no pré-sal da Bacia de Santos. As operações amazônicas se concentram na província de Urucu, que tem como ‘capital’ a base Geólogo Pedro de Moura, uma unidade de 350 km², completamente isolada no meio da selva, à qual se chega apenas por aviões, helicópteros ou balsas. Com dois portos no rio

R$ 4,5 bi na Amazônia até 2014 Enquanto o novo plano de negócios da Petrobras não consegue a aprovação do conselho, o mercado ainda trabalha com os números anunciados pela estatal há mais de um ano para a Amazônia. A previsão da companhia para a região é de investimentos de R$ 4,55 bilhões entre 2010 e 2014. Desse total, em torno de R$ 2,19 bilhões seriam alocados no desenvolvimento da produção, incluindo a exploração de gás em Juruá, a construção do gasoduto Juruá-Araracanga-Urucu e de mais uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) para tratar o gás produzido naquele polo. Outros R$ 1,56 bilhão seriam investidos no incremento da atividade exploratória de oito blocos na bacia do Solimões, ao mesmo tempo que volta a atenção para a bacia do Amazonas, onde 32

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adquiriu três concessões na Décima Rodada de Licitações, em sociedade com a portuguesa Petrogal, subsidiária da Galp Energia. Os blocos na bacia do Amazonas, tendo a estatal como operadora, estão localizados no leste do Amazonas, distante 200 km de Manaus, onde já existem os campos Azulão e Japiim, em fase de desenvolvimento da produção. Além das descobertas no pré-sal, as atividades exploratórias nas bacias do Solimões (Amazonas) e Parnaíba (Maranhão) vêm apontando grande potencial produtivo para o gás natural, inclusive não associado ao óleo. Por isso, um dos principais desafios no planejamento energético é viabilizar o aproveitamento desses recursos e reservas de gás, recentemente identificados na Amazônia e no Maranhão.

Urucu, aeroporto próprio, 110 km de estradas, dos quais 71 são pavimentados com material que pode ser retirado da floresta quando a produção ali se esgotar, é uma verdadeira cidadela na selva. Nela vivem em torno de 1.600 funcionários da Petrobras ou terceirizados, que têm o mesmo regime dos ‘embarcados’ em plataformas no mar: os empregados próprios trabalham 24 dias em turnos de 12 horas e tem 21 dias de descanso em casa, enquanto os terceirizados cumprem jornada similar, mas por 14 dias e mesmo período de descanso. Homens e equipamentos só entram e saem por via aérea e fluvial, o que demanda uma logística de fôlego, uma vez que a cidade mais próxima, Carauari, fica a 170 km, e Coari, onde está localizada a província, está a 280 km da base da Petrobras. O objetivo de tudo isso é manter o isolamento e evitar a ocupação humana. Desafio que vem sendo perseguido desde o início das atividades de exploração. As primeiras descobertas de petróleo na Amazônia ocorreram em 1954, quando a estatal, recém-criada, encontrou quantidades não comerciais nas cidades de Nova Olinda, Autás Mirim e Maués, no estado do Amazonas. Nos primórdios da companhia, as pesquisas eram direcionadas para a bacia do Amazonas, em detrimento da do Solimões, que teve o primeiro levantamento sísmico em 1976, resultando, dois anos depois, na descoberta da província gasífera do Juruá, quando ainda era inviável o transporte. Para abrir espaços na mata, muitas vezes foi necessária a ajuda de oficiais do Exército em uma região em que, além do difícil acesso, a malária e outras doenças, assim como índios isolados, também impuseram baixas no corpo técnico de órgãos governamentais


amazônia, o eldorado do óleo e gás

– como o Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) e a antiga Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), atual Serviço Geológico do Brasil. O desafio maior foi dar a partida na exploração: para se ter uma ideia da dificuldade, a Petrobras realizou mais de 350 voos de helicópteros para levar todas as partes da sonda que efetuou a perfuração do primeiro poço em Urucu. Foi justamente a descoberta dessa província na Bacia do Solimões, a 600 km de Manaus, em outubro de 1986, que deu alento à estatal para seguir adiante nessa empreitada. Dois anos depois, o óleo já estava sendo escoado por balsas, através do rio Solimões, até a Refinaria Isaac Sabbá (UN-Reman). Em 1998 teve início a operação do poliduto, com 285 km de extensão, entre Urucu e Coari, cidade mais próxima da base petrolífera.

Obra emblemática Mais de uma década depois, a petroleira brasileira venceu mais um desafio, ao dar a partida no gasoduto Urucu-Coari-Manaus, em novembro de 2009. Obra integrante do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o gasoduto com 661 km de extensão na linha tronco, que liga Urucu a Manaus, e sete ramais para atendimento às cidades de Coari, Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru e Iranduba. O gasoduto, considerado um dos projetos mais ousados e referência como engenharia de sustentabilidade, tem capacidade de

transporte de 4,7 milhões de m³/ dia de gás natural, para abastecer, preferencialmente, as termelétricas que vão gerar energia para atender a capital amazonense e outros municípios do estado, beneficiando cerca de 1,5 milhão de pessoas. Além disso, o gás natural substituirá o diesel e o óleo combustível consumidos intensivamente na Amazônia para geração de energia. A substituição proporcionará, além de uma economia, um ganho ambiental, pois reduzirá em muito a emissão de gases poluentes, em especial o dióxido de carbono (CO2), que contribui para o efeito estufa. O gasoduto viabilizou a produção efetiva do gás da segunda maior reserva do país, que vem associado ao petróleo e, até então, era

reinjetado nos campos para otimizar a produção de petróleo – uma forma utilizada pela Petrobras para armazenar no próprio reservatório energético para futuro aproveitamento. Com a conclusão da obra, prevista em um Termo de Compromisso de abril de 2004, assinado pela Petrobras, Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), Eletrobrás, Governo do Amazonas e Ministério de Minas e Energia, o combustível poderá ser escoado até Manaus. Até então, a Petrobras dispunha apenas do duto que leva gás liquefeito de petróleo (GLP) da base de produção, em Urucu, até Coari. Um duto paralelo a este, com 285 km de extensão, foi construído para escoar o GLP (GLPduto), enquanto que o antigo duto passou a transportar o gás natural.

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Foto: Cortesia Georadar

especial

A sísmica avança

na selva

A serviço da Petrobras, da HRT e da própria ANP, as empresas prestadoras de serviços na área de sísmica também se integram à nova corrida do ouro negro e do gás na Amazônia brasileira, na qual a logística é o ‘nome do jogo’.

O

anúncio de que a brasileira Georadar Levantamentos Geofísicos venceu a licitação e foi contratada pelo consórcio Petrobras e Petrogal (Portugal) para realizar trabalhos de investigação sísmica no estado do Amazonas, em junho, foi mais uma confirmação de que a estatal está reforçando sua estratégia na região. Atividade que vem sendo seguida de perto pela HRT, OGX e a própria ANP, as quais têm utilizado os serviços da Georadar e de outras empresas do segmento, como a argentina Geoquasar e a chine-

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sa BGP, para avaliar o potencial de concessões obtidas pelas petroleiras em licitações ou de áreas que a agência reguladora pretende agregar ao portfólio de novos leilões. Embora os especialistas tenham defendido a necessidade de retomar as pesquisas para aquisição de mais dados geológicos nas bacias sedimentares da Amazônia brasileira, o maior problema, até então, continuava sendo a complexa logística que tais operações demandam. Tanto que as expectativas se concentram até hoje nas companhias

de maior porte, em razão dos altos investimentos exigidos para prospecção nessa área e que, no passado, impactaram gigantes como a BP. Juntamente com a Petrobras, a companhia britânica foi um dos players internacionais que apostou nos contratos de risco, instituídos em meados da década de 1970, realizando atividades exploratórias em bacias amazônicas (entre 1975 e 1980) e também sob o regime de concessão, entre 1999 e 2005, no Alto Solimões (sudoeste do Amazonas). Técnicos contam que as duas empresas chegaram a investir US$ 60 milhões em apenas um poço, perdendo cinco vezes mais no total da operação. Mais experiente e com uma infraestrutura e logística consolidadas, a Petrobras volta a investir na sísmica, chamando, mais uma vez, a Georadar, que


desde 2007 realiza serviços nessa área para a estatal e outros clientes. Os trabalhos, iniciados no final de junho e que deverão durar 17 meses, vão se estender pelos municípios de Itacoatiara, Silves, Urucará, São Sebastião do Uatumã, Nhamundá e Itapiranga, na mesorregião chamada Centro Amazonas, que se estende até a divisa sudeste desse estado com o Pará. “Logística. Este é o nome do jogo”, afirma o então presidente da Georadar, o geólogo e geofísico Celso Magalhães, lembrando que o primeiro contrato na Amazônia foi em 2007, para a Petrobras, na região do Alto Solimões. “Somos a primeira empresa brasileira, além da Petrobras, a operar na floresta amazônica”, destacou o executivo, que dias após a entrevista assumiria um novo cargo: o de presidente de Novos Negócios do grupo Georadar. O diretor de Operação Sísmica, José Fagundes, lembra que além da logística há outros desafios, como as profilaxias contra as doenças endêmicas (malária e leishmaniose), com as quais a empresa aprendeu muito nos últimos anos. “A variação climática, inclusive suas imprevisibilidades com rela-

ção às cheias e secas, são fatores que podem complicar o planejamento”, acrescentou. “Trabalhamos na Região do Alto Solimões (Urucu e arredores) desde 2007, tendo realizado milhares de quilômetros de aquisição sísmica 2D e milhares de quilômetros quadrados de 3D”, pontua Fagundes. Segundo ele, no final de julho, as atividades no Alto Solimões se encerram, para se iniciarem no Médio Amazonas, em Itacoatiara.

Baixo impacto “A Amazônia é a próxima grande fronteira exploratória brasileira . A prospecção de petróleo e gás e a mineração têm tudo a ver com a Amazônia, pois aliam o baixo impacto ambiental gerado e as condições de alta prospectividade mineral e de hidrocarbonetos da região”, avalia Celso Magalhães. “Todas as atividades, quando bem planejadas, executadas e fiscalizadas, possibilitam boas condições para a sustentabilidade, hoje tão desejada para esse ecossistema”, afirma ele, revelando que a empresa também tem recebido solicitações de propostas para operadoras minerais, com vistas à prospecção por potássio na região da Bacia Evaporítica do Amazonas (Médio Amazonas). José Fagundes observa que há técnicas específicas para atuar em áreas como a Amazônia. “Há numerosas técnicas, que vão desde o apoio logístico e de suprimentos até a utilização de

equipamentos e parametrizações de trabalhos que podem, inclusive, reduzir muito o impacto ambiental”, diz ele, rebatendo alegações de que as explosões (para gerar os sinais sísmicos) tenham impacto ambiental. “Tecnicamente, não podemos imaginar qualquer impacto gerado pelos explosivos. Em primeiro lugar, porque eles constituem explosões pontuais e inertes, de baixa carga (1 kg a 1,5 kg), localizadas, e a profundidades seguras entre 2 e 4 m”, assegura ele, lembrando que as perfurações são feitas manualmente, sem maiores danos à superfície. O dano eventual é recuperado mais tarde, por uma parte da atividade denominada ‘inspeção e recuperação’. “Qualquer vestígio artificial é retirado e qualquer pequeno (e eventual) buraco é tamponado. O objetivo não é a fragmentação, mas somente produzir ondas de choque para registro sismográfico”, explica Fagundes. Ele agrega que as picadas abertas pelas equipes de topografia, perfuração manual, detonação e registro são estreitas e só há corte e deslocamento de vegetação baixa, sem qualquer dano à floresta (mata alta). E que as clareiras abertas para dar apoio aéreo às operações são esparsas e se recompõem em cerca de dez anos. Além da preocupação com os aspectos ambientais, que são reforçados pelas próprias contratantes, a Georadar tem outros desafios, como o de qualificar

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Foto: Cortesia Georadar

especial

os recursos humanos que vai ocupar nessa região. A previsão é de que sejam contratadas 1.500 pessoas para os trabalhos de investigação sísmica, nos seis municípios abrangidos pelo contrato. Deste total, pelo menos 70% serão provenientes da região amazônica. “A contratação de mão de obra (local ou externa) demanda muito treinamento e capacitação, tanto nos aspectos técnicos quanto nos sociais, posturais e motivacionais”, observa Celso Magalhães. Por isso, a empresa tem o que os executivos chamam de ‘Escola Georadar’, cujos treinamentos vão desde os mais específicos, voltados para a execução da atividade sísmica propriamente dita, até os de suporte, como português, matemática e noções de interpretação de texto, segurança e saúde.

Bons resultados Além do estado do Amazonas, a empresa tem duas equipes sísmicas atuando na Bacia de Parnaíba, no Maranhão, a serviço da OGX, tendo 36

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finalizado recentemente uma aquisição sísmica para Petrobras na mesma bacia. “Mais informações devem ser pedidas aos contratantes”, deixa claro a empresa, que no ano passado concluiu também a aquisição de dados do grande projeto regional da Bacia do Paraná. “Estamos começando dois outros importantes projetos regionais: um em Santarém, nos estados do Amazonas e Pará, e outro em Cruzeiro do Sul, no Acre”, revela Magalhães. Nos 12 anos de atuação no mercado, a Georadar consolidou alguns marcos importantes. Em termos corporativos, os executivos destacam a proximidade com a Universidade de São Paulo (USP), a ampliação das atividades para a área ambiental de diagnósticos integrados (em 2003 e 2004), a entrada na sísmica terrestre (2006). Outros passos importantes foram a busca pela profissionalização da cadeia gerencial e aumento de escopo de atuação da Georadar, a partir de 2009, e a entrada na oceanografia e apoio à engenharia maríti-

ma (2010), além da estruturação da holding de companhias de serviços. No que diz respeito aos resultados obtidos pelas petroleiras, com o apoio do levantamento da Georadar, eles pontuam algumas descobertas: a dos campos de petróleo no Rio Grande do Norte, das operadoras portuguesas Partex e Petrogal; a do campo de gás da Bacia de São Francisco (MG), pela Orteng e Imetame Energia. O orgulho da empresa é ter participado também na descoberta do gás na Bacia do Parnaíba, no Maranhão, realizada pela operadora OGX, e a descoberta recente da Petrobras, o campo de Chibata no Amazonas. Sem contar que muitos dos levantamentos 3D se destinaram a suporte para trabalhos de desenvolvimento dos maiores campos terrestres brasileiros. José Fagundes observa que a empresa ainda não realizou levantamentos sísmicos offshore e sim trabalhos oceanográficos e de apoio ambiental e à engenharia, por meio da subsidiária Geodata Serviços Offshore. “A sísmica marítima será nosso próximo passo”, garante. Tudo isso impulsionado pelo mercado, que tem demandado cada vez mais pesquisa sísmica, para fazer frente não somente às atividades exploratórias como também de apoio à própria produção. O que leva a Georadar a apostar em um futuro promissor, embalado pelo próprio crescimento do grupo. “O ritmo tem sido acelerado, se considerarmos os níveis internacionais, mas tremendamente consistente para as necessidades de um país emergente como o nosso. Estamos preparados para crescer mais”, afirma Celso Magalhães.


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batismo p-56

Primeira plataforma contratada sem licitação, por ser uma réplica da P-51, a nova unidade vai reforçar a produção de Marlim Sul, na Bacia de Campos. por Bia Cardoso e Rodrigo Miguez

Foto: Agência Petrobras

P-56 38

Recorde de conteúdo nacional

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Foto: Agência Petrobras

E

m agosto começa a produzir no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, a plataforma semissubmersível P-56, construída no estaleiro BrasFels, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Sua entrada em operação, prevista para agosto, foi antecipada em mais de um ano para compensar o atraso da licitação das plataformas P-55 e P-57, adiada por preços excessivos. Com capacidade de processar 100 mil barris de petróleo e comprimir 6 milhões de m³ de gás por dia, a unidade, que teve um custo de cerca de US$ 1,5 bilhão, integra o módulo 3 do Campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos. O contrato de construção da plataforma, assinado em outubro de 2007 com o FSTP, consórcio integrado pelas empresas Keppel Fels e Technip, foi o primeiro negociado sem licitação, uma vez que a unidade é réplica da P-51, construída pelo mesmo consórcio. Batizado no início de junho, em cerimônia adiada duas vezes devido à pneumonia da presidente Dilma Rousseff, que participou da solenidade ao lado de executivos da estatal, a unidade seguiu no final do mês (29) para o campo de Marlim Sul, onde chegou no início de julho, para ser iniciada a etapa de conexão com os equipamentos subsea e poços produtores. A presidente Dilma Rousseff afirmou, durante a cerimônia de batismo da plataforma, que tem o compromisso de manter o desenvolvimento do setor de construção naval brasileiro e de estimular o setor de navipeças. “Nós agora temos que estabelecer no Brasil uma indústria de navipeças, da mesma forma que há

uma indústria de autopeças, para os automóveis. Queremos que se produza cada peça para nossas plataformas no Brasil”, destacou. A Keppel Fels construiu a unidade no estaleiro Brasfels, assim como os quatro módulos de processos e de utilidades e o deckbox (base do convés). O casco construído no BrasFels é o resultado da união dos blocos de aço fabricados no próprio estaleiro e os produzidos pela Nuclep. A união do casco com o topside, processo chamado de deck mating, uma das atividades mais complexas, ocorreu sem qualquer imprevisto, em outubro de 2010. Depois da integração, o conjunto passa a ser chamado de topside. Dois módulos de geração foram feitos pela Rolls-Royce, em parceria com a UTC Engenharia, em Niterói. E os dois módulos de compressão foram fabricados pela Nuovo Pignone (General Electric).

Produção gigante Quinta plataforma na região de Marlim Sul, a P-56 ficará ancorada em área com profundidade de 1,67 mil m, interligada

a 21 poços, dos quais dez serão produtores de petróleo e 11 injetores de água. “A nova unidade de produção integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e é considerada um marco na indústria naval

Características técnicas Localização

Campo Marlim Sul, a 120 km da costa

Produção de petróleo

100 mil barris/dia

Compressão de gás

6 milhões de m³/dia

Geração elétrica

100 MW

Profundidade

1.670 m

Comprimento

125 m

Largura

110 m

Altura

137 m

Peso Total

54.658 toneladas

Acomodações

200 pessoas

Poços produtores

10

Poços injetores

11

Risers

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Escoamento de petróleo

oleoduto para P-38 (aprox. 20 km)

Escoamento de gás natural

gasoduto para P-51 (aprox.15 km)

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batismo p-56

Bacia de Campos

Foto: Agência Petrobras

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Foto: Banco de Imagens TN Petróleo

2007 – Em abril, a Petrobras anuncia que dispensará licitação para negociar a construção da P-56 diretamente com o estaleiro Keppel Fels e a Technip. A estatal alega que é uma questão de economicidade, uma vez que a plataforma, que será instalada ao campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, será praticamente uma réplica da P-51, construída pelo mesmo consórcio, que ganhou a licitação em 2004. Em setembro do mesmo ano é fechado o contrato, no valor de US$ 1,2 bilhão, que inclui os serviços de engenharia, suprimento, construção e montagem da plataforma (casco e planta de processo). A obra envolve ainda dois outros contratos: de fornecimento e montagem dos módulos de compressão de gás, no valor total de US$ 141 milhões, com a Nuovo Pignone S.p.A., e o segundo, para fornecimento, montagem, operação e manutenção dos módulos de geração elétrica, no valor total de US$ 139 milhões, com a Rolls- Royce e a UTC Engenharia.

Foto: Agência Petrobras

Ilustração: Agência Petrobras

Linha do Tempo

brasileira, uma vez que consolida a capacidade do país de construir plataformas desse porte em seu território“, destacou a Petrobras, em comunicado à imprensa. Clone da P-51, símbolo da campanha eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi a primeira plataforma inteiramente construída no Brasil (incluindo seu casco, de forma modular) e a que conta com o maior nível de conteúdo nacional: 72,9%. “Tivemos quatro canteiros de obras no estado do Rio de Janeiro. Toda a P-56 foi construída no Brasil, inclusive o casco, ainda

que alguns componentes tenham sido comprados no exterior”, observou o gerente de implementação de empreendimentos de Marlim Sul, Roberto Moro. No primeiro trimestre de 2012, a P-56 deverá atingir seu pico de produção, de 100 mil barris diários de petróleo e seis milhões de m³ de gás natural. Junto com as outras quatro plataformas, Marlim Sul deve produzir 310 mil barris diários de óleo equivalente até o final deste ano, contra os 243 mil boe atuais, atingindo 350 mil boe em 2012. Segundo o gerente do Ativo de Marlim Sul, Carlos Bartolomeu Barbosa, a empresa avalia um quarto módulo de produção para Marlim Sul, mas ainda não há decisão sobre o assunto. Apesar de admitir que Marlim Sul tem potencial para pré-sal, ele explicou que esse tarefa só poderá ser efetivada pela gerência do pré-sal. “Existem prospectos em relação ao pré-sal (em Marlim Sul), mas tem gerência específica (na Petrobras) para isso. No momento Marlim Sul não está na priorização do pré-sal”, disse Bartolomeu.

Construção modular Marlim Sul é um dos principais campos de produção de


P-56 – recorde de conteúdo nacional

Módulos e principais equipamentos Flare

Geração Separação/ Tratamento de energia tratamento de óleo de gás Compressão Torre de Remoção de gás telecomunicação de sulfato

Foto: Agência Petrobras

Guindaste Helideck Spider deck

petróleo e gás do país. Descoberto em 1987, é dividido em quatro módulos e possui reservas estimadas em cerca de 10 bilhões de barris, sendo que o módulo 3, onde ficará a P-56, tem reservas de quase 540 milhões de barris. Hoje, a produção de Marlim Sul é de 240 mil barris, mas com a entrada em operação da nova plataforma, esse número irá aumentar para 300 mil barris até o fim do ano. Além da P-56, estão em operação no campo de Marlim Sul as plataformas P-51, P-40, P-38, FSO Cidade de Macaé e o FPSO Marlim Sul. Também faz

Acomodações/ escritórios

parte desse complexo a Plataforma de Rebombeio Autônoma (PRA-1), projetada para receber e escoar a produção de petróleo das unidades produtoras de Marlim Sul, Roncador e Marlim Leste. Em operação desde 2008, a PRA-1 faz parte de um dos mais importantes sistemas logísticos da Bacia de Campos: o Plano Diretor de Escoamento e Tratamento (PDET), que escoará, quando estiver em plena operação, parte do petróleo produzido pelos campos de Roncador, Marlim Leste e Marlim Sul, onde operarão quatro plataformas de produção.

Aggreko garante energia para processos de deck mating Especializada em soluções temporárias de energia, a Aggreko disponibilizou um total de energia de 1,5 MW para os processos de deck mating (acoplamento das partes inferior e superior) na P-56. A companhia já havia prestado esse mesmo serviço, em 2008, para a plataforma P-51. Durante um procedimento padrão de deck mating, bombas de sucção precisam ser ativadas para

retirar a água das colunas do casco da plataforma, porém, devido ao design modular e facilmente transportável dos equipamentos fornecidos pela Aggreko, os geradores permaneceram alocados em uma balsa ao lado da P-56 que transportava a parte superior (convés principal) da plataforma. Esse procedimento resultou em um ambiente de trabalho mais seguro e também em mais espaço livre sobre a plataforma.


2008 – A Nuclep entrega o primeiro bloco estrutural do casco da plataforma P-56, ao estaleiro Brasfels (Keppel Fels). O contrato da Nuclep com a Petrobras é para a fabricação de 28 blocos estruturais em 18 meses, totalizando 8.399 toneladas. Em março, a Rolls-Royce fecha um contrato com a Petrobras para o fornecimento de quatro pacotes adicionais de turbinas a gás para geração de energia no valor de US$ 73 milhões.

A P-56 é revestida com Chartek

Foto: Cortesia UTC

A 2009 – Em março, a Subsea 7 recebe contrato de US$ 200 milhões da Petrobras para o fornecimento de serviços de engenharia e instalação de dutos de aço e equipamentos associados para o transporte de gás e petróleo nas unidades de produção Tambaú Uruguá e P-56, em águas profundas das bacias de Santos e Campos, na costa brasileira. 2010 – Em janeiro, a Petrobras conclui a operação de float-out do casco da plataforma P-56. A soldagem do casco é finalizada em fevereiro. No mês de setembro, o Ibama concede a licença de instalação da plataforma. 2011 – Em abril, é feito o deck mating na P-56, um dos processos mais importantes na montagem da plataforma. Em junho, a presidente Dilma Rousseff realiza a cerimônia de batismo, em Angra dos Reis. 42

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linha de produtos Chartek, fabricada pela International Paint, empresa integrante do Grupo AkzoNobel, foi usada na plataforma P-56 e está entre as marcas mais conhecidas de sistema de proteção contra fogo de alto desempenho para cenários de incêndios, explosões e outros acidentes. São produtos livres de solventes, leves, duráveis, que promovem excelente proteção anticorrosiva, preservando a integridade estrutural protegida por um especificado período de tempo contra os efeitos do fogo hidrocarbônico. A plataforma é idêntica à P-51, para a qual a International Paint também forneceu os produtos da linha Chartek de proteção contra fogo e teve seu casco construído no Brasil, no Estaleiro Brasfels, de Angra dos Reis (RJ). Quase todo o material fornecido à plataforma (80%) foi do Chartek 8, usado para proteger as estruturas metálicas durante uma hora em situações de fogo hidrocarbônico tipo poça, e não precisa da aplicação de malha de reforço. Os 20% restante foram do Chartek 7, muito utilizado para situações de jato de fogo e divisórias. Com excelente proteção contra corrosão por mais de

Foto: Agência Petrobras

batismo p-56

25 anos, o Chartek 7 elimina a corrosão sob isolamento, reduzindo ano a ano as despesas com manutenção. O produto é certificado pela ABS, DNV, BV e Lloyds, além da UL, FM, Warrington Fire e outras. Totalmente avaliado em aplicações nas plataformas offshore, possui excelente resistência química, alta durabilidade, atende aos requisitos de exposição às condições climáticas da Ansi/UL 1709, testado pela Norma Norsok 501, é resistente às condições climáticas e corrosão, baixa absorção da umidade, cisalhamento, tensão e compressão capaz de resistir a explosões de até 4.3 bar, sem nenhum dano. Flexível, o Chartek não é afetado pela deflexão do substrato em aplicações pré-montagem. Mais de 70% dos empreendimentos offshore do Mar do Norte são protegidos contra fogo com a aplicação do produto. Além da excelente proteção contra fogo, o Chartek também proporciona alto grau de proteção anticorrosiva. O material com sólidos por volume de 100% é capaz de resistir aos ambientes mais agressivos, fornecendo longa proteção para estruturas metálicas, onde quer que seja utilizado.


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indústria naval

Foto: Agência Petrobras

Transpetro

quarto navio Lançado o

do Promef

Características técnicas Comprimento........................183 m Porte bruto......48,3 mil toneladas Capacidade................... 54.000 m³ Calado...................................12,8 m Velocidade.........................14,6 nós Autonomia................2.000 milhas

A Transpetro lançou ao mar, no Estaleiro Mauá, em Niterói, o quarto navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef). O navio de produtos foi batizado de Rômulo Almeida, em homenagem ao político, economista e professor baiano que participou da criação da Petrobras. A embarcação teve como madrinha a funcionária da Transpetro, Maria Carolina Gomes Pereira Vilas Boas. Na cerimônia, foi realizado também o batimento de quilha do quarto navio de produtos contratado junto ao Mauá.

“O

lançamento ao mar desse navio é mais uma prova da vitalidade do Promef, que fez ressurgir a indústria naval brasileira. Depois de décadas de crise, o Brasil tem hoje a quarta maior carteira de encomendas de navios petroleiros do mundo”, disse o presidente da Transpetro, Sergio Machado. Com 183 m de comprimento e 48,3 mil toneladas de porte bruto, o Rômulo Almeida será usado para

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o transporte de derivados claros de petróleo, como gasolina e diesel. A embarcação terá um índice de nacionalização de 72%, acima do patamar mínimo estabelecido para o Promef, que é de 65%. Além desse navio, já foram lançados ao mar os de produtos Celso Furtado e Sérgio Buarque de Holanda, pelo Mauá, e o suezmax João Cândido,

pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS). Até o fim de 2011, dois outros navios do Promef serão lançados ao mar e três serão entregues à Transpetro para o início de operação. Até 2015, estarão concluídos os 49 navios do programa. Com isso, a frota da empresa, hoje com 53 navios, superará o número de 110 embarcações. O Promef mobiliza hoje seis estaleiros, quatro deles já em operação: Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, e Mauá, Estaleiro Ilha SA (Eisa), e Super-


Rômulo Almeida, o homem Nascido em Salvador no dia 18 de agosto de 1914, Rômulo Barreto de Almeida teve uma trajetória profissional repleta de contribuições ao desenvolvimento socioeconômico e cultural do Brasil. Formou-se pela Faculdade de Direito da Bahia, mas dedicou sua vida ao planejamento econômico e teve relevante contribuição na criação de grandes empresas e instituições brasileiras,

Foto: Agência Petrobras Foto: Grupo A Tarde

pesa, todos no Rio. Os estaleiros Promar, em Pernambuco, e Rio Tietê, em São Paulo, iniciam em breve as obras de implementação. Este último construirá os comboios para transporte de etanol pela Hidrovia Tietê-Paraná. Além de possuir a quarta maior carteira mundial de petroleiros, o Brasil atingiu este ano a quinta posição no ranking das maiores encomendas de navios em geral, ultrapassando Índia e Vietnã. Um dos principais projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Promef já contratou 41 embarcações em suas duas primeiras fases, com investimento total de R$ 9,6 bilhões e está sendo concluída a licitação para os últimos oito navios.

como a Petrobras e o Banco do Nordeste, no período em que participou da assessoria econômica do segundo governo Getúlio Vargas. Ocupou cargos de destaque em governos e empresas e foi professor em importantes instituições de ensino, como a Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica e a Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (Ebap/FGV). Foi casado com Francisca Aguiar Almeida, com quem teve três filhos.

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Negócios offshore

em terra firme Os números

Área...................................................35 mil m² Visitantes............................................... 52.100 Expositores.............................................. 1.100 Empresas estrangeiras............................. 155 Pavilhões internacionais............................... 8 (China, Alemanha, Reino Unido, Dinamarca, França, Estados Unidos, Polônia e Áustria). Cerca de 320 reuniões em encontros e rodadas de negócios. Expectativa de R$ 170 milhões em negócios até meados de 2012.

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Fotos: Banco de Imagens TN Petróleo

Cobertura Brasil Offshore 2011


A Brasil Offshore (Feira e Conferência da Indústria de Petróleo e Gás) de 2011 refletiu a consolidação da indústria offshore brasileira e evidenciou o crescimento de oportunidades que o mercado oferece, principalmente na região Norte Fluminense do Rio de Janeiro. Durante os quatro dias de evento, de 14 a 17 de junho, 52.100 pessoas passaram pelo Centro de Exposições Jornalista Roberto Marinho, em Macaé. por Cassiano Viana, Maria Fernanda Romero e Rodrigo Miguez

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erca de 40 países estiveram presentes na sexta edição do evento, que reuniu 700 expositores nacionais e internacionais, dos quais 282 participaram pela primeira vez do encontro. Na Conferência Internacional organizada pela SPE (Society of Petroleum Engineers) e pelo IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), foram apresentados 270 trabalhos de 21 países. A 16ª Rodada de Negócios Nacional, promovida pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), em parceria com o Sebrae-RJ, teve destaque no evento, gerando, aproximadamente, R$ 170 milhões em negócios para os próximos 12 meses. Esta edição também foi marcada pela grande participação de empresas internacionais. No total foram

155 expositores internacionais de 38 países. Para o presidente do IBP, João Carlos De Luca, o país vive um momento especial, não somente pelas recentes desco bertas, mas pelos investimentos em tecnologia destinados ao setor. “Estamos presenciando uma conjuntura nacional que torna ainda mais importante a presença da Brasil Offshore no cenário que representa”, afirmou. Alain Labastie, presidente da SPE, destacou o crescimento do evento no mercado mundial e sua importância para o setor. “Não há dúvidas que o Brasil está chamando a atenção de todo o mundo com investimentos pesados no setor de petróleo e gás”, afirmou. TN Petróleo 78

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eventos

No dia de abertura da Brasil Offshore foi realizada a primeira plenária do evento, que teve como pauta de discussão a segurança operacional nas plataformas, principalmente após o acidente no Golfo do México com a BP. Moderada por Carlos Henrique Mendes, gerente de Meio Ambiente do IBP, a plenária estava composta pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), pela Associação Internacional dos Produtores de Petróleo e Gás (OGP) e pela BP. Iniciando a sessão, a ANP mostrou as diferenças normativas no Brasil e nos EUA, e pontuou a importância da utilização das auditorias como forma de fiscalização das empresas de petróleo. A agência falou também sobre como um Sistema de Gestão de Segurança Operacional pode diminuir o risco de acidentes nas plataformas, criando, assim, uma cultura de prevenção. Já a OGP, apresentou um trabalho desenvolvido por mais de cem profissionais sobre prevenção na produção de poços de petróleo, para reduzir a probabilidade de acidentes, na melhora da capacidade de prontidão para o bloqueio do poço (desenvolver soluções de coleta do óleo para não deixar que ele chegue ao mar) e também formas de melhorar o recolhimento de óleo, quando há derramamento, fazendo o melhor uso dos dispersantes e coletores de óleo. 48

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No caso do Brasil, a ênfase da OGP foi no uso do dispersante, que passou a ser um compromisso da indústria de petróleo para desenvolver produtos o menos nocivos possível ao ambiente marinho. No dia de abertura da Brasil Offshore, foi realizada a primeira plenária do evento, que teve como pauta de discussão a segurança operacional nas plataformas, principalmente, após o acidente no Golfo do México com a plataforma da British Petroleum (BP). Moderada por Carlos Henrique, gerente de Meio Ambiente do IBP, a plenária estava composta pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), pela Associação Internacional dos Produtores de Petróleo e Gás (OGP) e pela BP. Iniciando a sessão, a ANP mostrou as diferenças normativas no Brasil e nos EUA, e pontuou a importância da utilização das auditorias como forma de fiscalização das empresas de petróleo. A agência falou também sobre como um Sistema de Gestão de Segurança Operacional pode diminuir o risco de acidentes nas plataformas, criando, assim, uma cultura de prevenção. Já a OGP apresentou um trabalho desenvolvido por mais de cem profissionais sobre prevenção na produção de poços de petróleo, para reduzir a probabilidade acidentes, na melhora da capacidade de prontidão para o bloqueio do poço (desenvolver soluções de coleta do óleo para não deixar que

ele chegue ao mar) e também formas de melhorar o recolhimento de óleo, quando há derramamento, fazendo o melhor uso dos dispersantes e coletores de óleo. No caso do Brasil, a ênfase da OGP foi no uso do dispersante, que passou a ser um compromisso da indústria de petróleo para desenvolver produtos o menos nocivos possível ao ambiente marinho. A BP fechou a sessão plenária sem entrar em detalhes das causas do acidente do ano passado, no Golfo do México, mas mostrou as ações internas que tem realizado para a prevenção de acidentes. A empresa deu destaque também para sua atuação na gestão da crise.

Conteúdo local em discussão Durante o evento, também ocorreu a Conferência Internacional da Indústria de Petróleo e Gás, na qual foram apresentados 270 trabalhos de 21 países. O encontro foi organizado pela SPE (Society of Petroleum Engineers) e IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Cerca de 50% dos trabalhos destinaram-se à tecnologia de construção de poços, área que demanda maior investimento quando se trata de pré-sal. Mesmo com o crescente interesse internacional na indústria brasileira de petróleo e gás, o conteúdo nacional foi bastante debatido durante o evento. De acordo com Fernando Machado, Co-Chair da Conferência, os desafios da camada pré-sal, devido às grandes profundidades, levaram as sessões a terem grande apelo para tecnologia visto que ela é fundamental para a otimização dos processos, resultando em redução de custos. “Um dia de operação de uma plataforma custa cerca de US$ 800 mil. O primeiro poço no pré-sal levou quase um ano para ser perfurado e, com o passar do tempo e o desenvolvimento tec-


negócios offshore em terra firme

nológico, este processo foi sendo apurado e o tempo de perfuração, reduzido”, explica. O aumento e importância do conteúdo local nas operações de petróleo e gás no Brasil e a preocupação da mão de obra brasileira para o setor foi unanimidade nos discursos da segunda plenária realizada na Brasil Offshore 2011. Com o tema ‘Dos campos maduros ao novo desenvolvimento do pré-sal: desafios e oportunidades offhsore no Brasil’, participaram da plenária: Renata Pereira, da Wilson, Sons; Patricia Pradal, da Chevron; João Felix, da Schlumberger; Carlos Camerini, da Onip; Marcelo Borges de Macedo, da ANP; Eduardo Alessandro Molinari, da Petrobras; e Sérgio Leal, do Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore). Na ocasião, o coordenador corporativo de E&P da Petrobras, Eduardo Alessandro Molinari, citou a parceria da estatal com mais de 120 universidades e o Cenpes, centro de pesquisa da Petrobras no

Rio de Janeiro, que vai receber novos vizinhos em breve, entre eles, as empresas Halliburton, TenarisConfab, Siemens, EMC Computer Systems, Baker Hughes, FMC Technologies, Usiminas e BG. Entre os assuntos mais abordados pelos palestrantes estavam o investimento em tecnologia, especialização e o conteúdo local. João Félix, vice-presidente de Marketing da Schlumberger, disse que a empresa prefere em vez de olhar para o conteúdo local, olhar para o conteúdo nacional, pois, segundo ele, o conteúdo local ainda é muito restrito e a Schlumberger tem vários brasileiros trabalhando no exterior, também investem em centros de pesquisa no Brasil, e isso não conta como conteúdo local. “O conteúdo local deve ser mais amplo e flexível. Inovação e propriedade intelectual são importantes e devem ser incluídas nesse processo também. As me-

tas de conteúdo local muitas vezes servem de barreira ao desenvolvimento, pois diminuem a possibilidade de trazermos tecnologia e pessoas de fora”, complementa. Para Marcelo Borges de Macedo, chefe da Coordenadoria de Conteúdo Local da ANP, é importante que as empresas sigam corretamente as regulamentações. “Conteúdo local não é reserva de mercado. Adotamos esse critério para o desenvolvimento do parque industrial brasileiro e para a geração de empregos”, afirmou. Também participante do debate e trazendo um panorama atualizado da indústria naval brasileira, o secretário executivo do Sinaval, Sérgio Leal, defendeu em seu discurso que o setor naval e de petróleo e gás precisa construir no Brasil tudo o que puder. “Com as regras de conteúdo nacional, todo mundo sai ganhando: o país, o estaleiro, o armador e a população – que terá mais emprego”, disse. Em relação aos desafios na área de RH, Patrícia Pradal, diretora de Desenvolvimento de TN Petróleo 78

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eventos

Negócios da Chevron, destacou a necessidade de investimento em qualificação profissional. “No Brasil, há um grande gap na área de recursos humanos. Se cada um de nós puder exportar

nossa expertise, por exemplo, a partir da parceria com universidades, todos têm a ganhar. Assim podemos acompanhar o desenvolvimento das tecnologias necessárias para o setor ”, indicou. Também sobre o tema, o superintendente da Onip, Carlos Camerini, fez um desabafo: “O Brasil não tem mão de obra com

capacidade de ser treinada ainda, pois falta formação.” O executivo focou seu discurso na competitividade da cadeia fornecedora offshore, tema do estudo que a entidade elaborou e lançou no ano passado com a consultoria internacional Booz & Company. Camerini disse que é diante desta defasagem de profissionais para o setor que o conteúdo local e a competitividade devem entrar também. No mesmo debate, Renata Pereira, da Wilson, Sons, lembrou que outro grande desafio no Brasil é a logística. “O país tem dimensões continentais, o que torna a logística complexa, sobretudo no que diz respeito a armazenamento e transporte de pessoas e equipamentos.”

Petrobras destaca projetos tecnológicos Presença de destaque em todos os eventos do setor, além de expositora, a Petrobras participou da rodada de negócios, conferência, sessões técnicas, apresentando o mais recente projeto de financiamento para fornecedores e ainda levou à feira mais de 650 jovens, alunos do Programa Petrobras Jovem Aprendiz. Além do pré-sal, assunto amplamente discutido na Brasil Offshore de 2009 e que também esteve na pauta da edição deste ano, a Petrobras indicou no evento as ações de ampliação da produtividade na Bacia de Campos, impulsionadas pela campanha de revitalização de plataformas que vem sendo desenvolvida pela unidade da empresa na região. Durante a conferência, a petroleira contou com Fernando Machado, como representante da empresa que presidiu o Comitê de Programação Técnica da conferência. Na ocasião, o executivo ressaltou a qualidade dos trabalhos apresentados nesta edição. “Recebemos um número grande de inscrições... e 50

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selecionar os trabalhos mais representativos não foi uma tarefa fácil”, afirmou. Além de participar como membro do comitê e mediadora de algumas sessões, a Petrobras também teve trabalhos classificados para o evento. O gerente de tecnologia de perfuração e completação de poços do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), Antônio Lage, participou como mediador da conferência. Para ele, o evento é uma boa oportunidade para técnicos da companhia e de outras empresas compartilharem expe-

riências, ainda mais nas áreas de poços direcionais, de ferramentas, de dispositivos e de estatísticas operacionais. “Alguns palestrantes apresentaram trabalhos em perfuração de poços profundos que atravessam o sal, e isso tem algumas similaridades com os desafios que temos aqui no pré-sal brasileiro”, afirma. Ainda na conferência, a estatal apresentou os projetos tecnológicos direcionados às atividades de exploração e produção. Segundo, Eduardo Alessandro Molinari, coordenador de Relações Externas de


negócios offshore em terra firme

Produtos e serviços em exposição

Festo – líder no mercado de automação industrial e presente há

mais de 40 anos no Brasil, a empresa participou da feira expondo algumas de suas soluções para os setor e indicando o desejo de maior participação no setor de petróleo e gás. Entre os produtos que estiveram em exposição, a empresa destacou as válvulas eletropneumáticas resistentes à corrosão e com bobinas para área classificada VOFC e VOFD (com certificação do Inmetro); a VZXF (válvula de acento inclinado); os Terminais de Válvulas CPX/VTSA e os sensores de processo DAPZ, SRBP e SRAP. Segundo Carlos Padovan, diretor de Marketing e Novos Negócios da Festo, a empresa esteve presen-

Exploração e Produção da Petrobras, alguns deles já estão em execução, e outros oferecerão suporte às novas descobertas da empresa, em especial no pré-sal e na Bacia de Campos, onde a empresa desenvolve um programa de varredura que tem como objetivo ampliar a produtividade das concessões em desenvolvimento. De acordo com Molinari, um grande facilitador para as novas descobertas na Bacia de Campos é a infraestrutura já disponível na região. “Em virtude da estrutura de logística já existente, conseguimos conduzir o programa de varredura com mais agilidade, explorando e produzindo a um custo mais baixo. Dessa forma, aceleramos as atividades. Em Carimbé, por exemplo, a produção foi iniciada em poucos meses”, contou o coordenador. “Estamos buscando reservatórios cada vez mais profundos, a fim de prolongar ainda mais a vida produtiva da Bacia de Campos, e essa ação tem apresentado resultados muito positivos. Um exemplo disso é o reservatório de Carimbé, no campo de Barracuda”, finalizou.

Programa Progredir – Além das participações na conferência e sessões técnicas, a Petrobras apresentou na Brasil Offshore o Programa Progredir, de financiamento para cadeia de fornecedores, que viabiliza a oferta de crédito em condições competitivas para todas as empresas brasileiras que integram a cadeia de fornecedores da estatal. O programa foi lançado no último dia 6 de junho e desenvolvido em parceria com o Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, HSBC, Itaú, Santander e com o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp). Na ocasião do lançamento, a Petrobras informou que o Progredir está apto a viabilizar o acesso a financiamento a grande parte das cerca de 20 mil empresas que hoje formam a cadeia de fornecedores diretos ou indiretos da Petrobras. Isso inclui as empresas de pequeno e médio porte, que hoje encontram dificuldades nesse acesso. Durante coletiva a jornalistas, o gerente geral de Gestão Financeira de

Sotreq – Aproveitando a grande vitrine de exposição da feira, a empresa revendedora da Caterpillar no território brasileiro, divulgou as novas versões da linha de motores diesel e grupos geradores Caterpillar para os mercados de óleo, gás e marítimo de apoio offshore, dando destaque também à expansão da oferta de serviços de suporte aos produtos Cat e MaK. A grande novidade, para a empresa, foi a apresentação dos grupos geradores diesel Caterpillar da família 3500C, com potências de até 2250 KWe que agora serão fabricados no Brasil, com entregas já a partir de outubro, através da expansão da fábrica de grupos geradores da Caterpillar em Piracicaba (SP).

te mais uma vez na feira visando o aumento da sua participação no mercado petrolífero. “Sem dúvida, a Festo está empenhada no aumento de sua fatia neste mercado e a Brasil Offshore é uma das melhores vitrines para isso, pois além de reunir os principais gestores do segmento, é a oportunidade para interagir com os mais renomados especialistas da área”, comenta. Romi – Com dois equipamentos de grande porte, a empresa brasileira do setor de máquinas-ferramenta e máquinas para processamento de plásticos, a Romi levou à feira soluções para usinagem de tubos para extração e transporte de petróleo. Na ocasião, a empresa apresentou o recém-lançado Centro de Torneamento ROMI G 550M e o Torno CNC ROMI Centur 50 (Big Bore). O primeiro, tem como grande vantagem a possibilidade de Projetos Especiais da Petrobras, Roberto Alfradique, informou que já foram concretizados 15 financiamentos pelo programa, com o volume total de R$ 137 milhões. “A Petrobras tem teto disponível para financiamento de até R$ 5,5 bilhões/mês”, comenta. Entre as vantagens do programa, o executivo destacou a agilidade da liberação que pode se dar em até 72 horas e a possibilidade da empresa escolher, entre as propostas recebidas por parte das instituições financeiras, a que melhor lhe convém em termos de custos, de prazo e condições gerais. Já Adriana Fernandes de Brito, gerente de Acompanhamento Financeiro da Petrobras, que também participou da coletiva, disse que desde o lançamento do programa eles já receberam três pedidos de financiamentos, que ainda não foram fechados. “Em um só dia, tivemos 40 consultas de financiamento”, apontou. A estatal informou que realizou ainda seis palestras exclusivas para fornecedores sobre o programa durante a feira. TN Petróleo 78

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fazer várias operações de usinagem em uma peça, numa única fixação, agilizando o tempo de fabricação. Já o Torno CNC ROMI Centur 50 (Big Bore), oferece grande versatilidade para usinagem de diferentes tipos de peças, com destaque para os tubos de petróleo. Bosch Rexroth – Especialista em tecnologia de comando e controle, a Bosch levou à feira alguns produtos da empresa com aplicação em operações naval e offshore, dentre eles o sistema modular de compensação ativa do movimento (MAHCS), os atuadores e válvulas pneumáticas, os filtros e elementos filtrantes e os motores hidráulicos Hägglunds. Além disso, a empresa oferece uma variedade de componentes e

sistemas para as mais diversas aplicações, como sistemas subsea, chain jack, offload system, guinchos e compensação de maré. DHL – Especializada em transporte e logística, a DHL apresentou suas soluções integradas para a rede logística dos mercados petroquímicos e de energia, em formato que une suas três unidades de negócios – Express, Global Forwarding e Supply Chain. “Por uma demanda do setor energético, a DHL sincronizou os serviços oferecidos pelas três divisões de negócios, além de otimizar sua competência em parcerias. Acre-

R$ 170 milhões em negócios Durante a Brasil Offshore, a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ), realizaram mais uma edição da Rodada de Negócios, onde nos acordos feitos entre as 19 empresas âncoras e os 78 fornecedores de pequeno porte. Empresas menores podem apresentar seus produtos e serviços para as grandes companhias do mercado offshore. Segundo os organizadores, a edição 2011 deve gerar aproximadamente R$ 170 milhões em negócios no período de um ano. Este volume é bem superior a edição de 2009, quando a expectativa de negócios foi de R$ 97 milhões. “O foco é justamente esta interação com as pequenas e médias empresas, cujos produtos não são demandados diretamente pelas grandes empresas, mas que integram a cadeia de supri-

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mento do setor”, explica Bruno Musso, superintendente da Onip. A avaliação foi feita pelas 19 empresas âncoras que participaram da Rodada realizada nos dias 15 e 16 de junho. Ao todo foram 320 encontros entre as empresas âncoras participantes e fornecedores do setor de petróleo e gás. Para o gerente da área de Desenvolvimento Industrial do Sebrae no Rio de Janeiro, Renato Regazzi, a qualidade e capacidade técnica dos fornecedores provocaram avaliações positivas das âncoras, o que, segundo ela, é consequência direta das iniciativas adotadas pela instituição para que a inserção dos pequenos negócios na cadeia produtiva de petróleo e gás seja consequente e contínua. “Estas empresas, em sua grande maioria integrantes da Rede Petro, trabalham de forma cada vez mais agregada e estruturada. Esta qualifi-

ditamos que o mercado reconhecerá as vantagens de se ter um provedor único de logística”, diz Thiago Aracema, diretor industrial de projetos Oil & Energy da DHL. O grande diferencial trazido pela DHL na Brasil Offshore deste ano foram as soluções MRO (Maintenance, Repair and Operation) e GPS (Global Positioning System). “Temos a expectativa de que as soluções serão muito bem aceitas pelo setor, e que irão agregar ainda mais ao nosso portfólio, de maneira a expandir a nossa participação de mercado e contribuir para um melhor desempenho de nossos clientes”, informou o diretor. Aggreko – Líder mundial no fornecimento de soluções temporárias

Rodada de Negócios cação não passou despercebida pelas âncoras que, de forma crescente, as identificam e as reconhecem como fornecedores altamente qualificados. Isto está fazendo a diferença na multiplicação de investimentos para os pequenos negócios”, comemora Regazzi. As empresas âncoras participantes foram: Aker Solutions, Chevron, El Paso, Global, Iesa Óleo e Gás, Petrobras – Bacia de Campos, Q&B Petróleo, Repsol, Saipem, SBM Offshore, Shell, SOG – Óleo e Gás, Superpesa, Technip, Transocean, Usiminas, UTC, V&M e Wellstream. Além da Petrobras e a Petronect que ofereceram a possibilidade de inscrição em seus cadastros. Durante a feira também foi realizada a terceira edição da Rodada Internacional de Negócios promovida pela Onip e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), através do Projeto Oil Brazil. Participaram sete companhias estrangeiras e 24 fornecedores nacionais. Os encontros tiveram como objetivo promover os produtos e serviços nacionais para as empresas estrangeiras interessadas no setor de petróleo e gás do país.


negócios offshore em terra firme

de energia e resfriamento de processos e climatização, a Aggreko lançou na Brasil Offshore 2011, seus novos geradores de 1.500 kV. Além de participar como expositora apresentando soluções desenvolvidas para a indústria de petróleo e gás, também foi a fornecedora oficial de energia do evento, disponibilizando 12,8 MW para os quatro dias de feira, o suficiente para abastecer cerca de 11.500 residências. Segundo Diogenes Paoli Neto, diretor da Aggreko para a América do Sul, os novos gerado res da empresa, que atendem todas as legislações de emissões brasileiras, estão alojados em contêineres ISO de 20 pés – proporcionando maior potência através de equipamentos compactos e de fácil transporte. “Desde o início de nossas operações no Brasil, em 2003, a Aggreko vem trabalhando ao lado de companhias do setor. Ao longo deste período, observamos um crescimento exponencial no mercado de petróleo e gás brasileiro”, destaca o diretor da Aggreko. “A previsão é de que este cenário se intensifique ainda mais nos próximos anos, especialmente em função do pré-sal, aumentando a possibilidade de novos negócios para a companhia no setor em questão”, informa Paoli. Renner Protective Coatings – Divisão do Grupo Renner Herrmann S/A, especializada no segmento de tintas, a empresa apresentou nesta edição da Brasil Offshore sua completa linha de produtos destinados à proteção anticorrosiva de estruturas e equipamentos dos setores naval e de óleo e gás, constantemente expostos a agentes agressivos de

corrosão. “As soluções em revestimentos oferecidas contemplam alta performance, proteção anticorrosiva de longa duração, resistência a altas temperaturas e a situações de extrema agressividade, redução de impactos ambientais, sendo homologados por órgãos certificadores internacionais”, indica Clayton Queiroz Jr., gerente geral de Vendas da Renner Protective Coatings. O destaque da empresa no evento foi para o Renner Poliaspártico, que apresenta como principais vantagens ser uma tinta de dupla função de altos sólidos, intermediário e acabamento, que pode ser aplicada com espessuras de até 250 micrômetros com secagem de 90 minutos, maximizando o processo produtivo. De acordo com ele, outra característica importante é sua altíssima resistência a raios UV, superando consideravelmente os sistemas convencionais. Air Liquide – Líder mundial em gases para indústria, saúde e meio ambiente, a empresa apresentou sua divisão destinada ao segmento, com uma oferta de gases para mergulho, perfuração, corte e solda. São soluções destinadas à construção e manutenção de plataformas, trabalhos subaquátícos, análises e processamento offshore, geração on site de nitrogênio, entre outros. “A criação da Air Liquide Offshore permite concentrar nossas operações em aplicações de gases destinados ao segmento offshore. O grupo traz ao país algumas das mais avançadas soluções no uso de gases industriais e especiais para a área de petróleo, além de ampliar sua capacidade de atendimento nas áreas em que já atua”, afirma

José Antonio Cunha, gerente de Negócios da Air Liquide Brasil e responsável pelo programa offshore no Brasil. Segundo o executivo, o novo segmento permite uma dedicação especial. “Com a nova divisão, a empresa passa a disponibilizar novos produtos e equipamentos, além de ganhar capacidade de armazenagem e maior controle no uso de nossos produtos e serviços para o offshore. Essas são algumas das novidades que estamos trazendo e já disponibilizando a esse mercado”, conclui Cunha. Vicel – empresa brasileira de serviços técnicos, representante de fabricantes mundiais de equipaTN Petróleo 78

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mentos para tratamentos de águas e efluentes para plataformas e navios, anunciou na Brasil Offshore a construção de duas bases da empresa em Rio Grande e Suape para atender às demandas de conteúdo local da Petrobras e suas subsidiárias. A empresa levou para a feira a primeira unidade de osmose reversa Aqua-Chem, totalmente montada no Brasil. “Para atender aos requisitos da Petrobras de conteúdo local, a Vicel se estruturou e se qualificou para fazer a montagem dos sistemas que representa, começando por esta unidade dessalinizadora. Nós nos alinhamos com nossos parceiros e estendemos o escopo da certificação ISO 9000 para montagem, antes era só manutenção e hoje trazemos pela primeira vez uma unidade totalmente montada no Brasil”, explica 54

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Helio Brasileiro, coordenador de Marketing da Vicel. De acordo com o executivo, a empresa atingiu 54% de conteúdo local no projeto desta unidade e a tendência agora é que esse índice suba nas próximas na medida que a empresa for qualificando os fornecedores locais de componentes. Brasileiro informou que nesse cenário de montagem de equipamentos no Brasil, a Vicel é uma das primeiras empresas a se habilitar a fazer este tipo de operação. De acordo com ele, o objetivo da empresa agora é estender isso não só para um fabricante, mas a todos os fabricantes representados pela empresa. “Hoje temos uma base em Macaé, mas a intenção é construir outra em Rio Grande para atender os oito cascos e FPSOs que serão construídos pela Engevix para a Petrobras, e outra em Suape, perto da área do estaleiro Atlântico Sul para atender as encomendas de navios da Transpetro”, diz. O executivo afirma ainda que a empresa já esta em negociação avançada dessas estruturas e conta que a ideia é fazer uma linha de montagem just in time, quando a empresa consiga adaptar o ciclo físico-financeiro do projeto às entregas das unidades. “Atualmente os projetos estão em fase de detalhamento dos equipamentos que fornecemos, o modelo de operação já foi viabilizado e testado e em seis meses as unidades estarão operacionais”, concluiu. As unidades estarão em uma área de 500 m² e contarão com cerca de 20 funcionários trabalhando. SH – Com uma linha de produtos voltada para plataformas, estaleiros e outras aplicações de acessos

e manutenção, inclusive ligadas à exploração de petróleo em alto-mar, a SH Equipamentos de Acesso Ltda e a SH Indústria de Metalurgia Ltda levaram para o evento seu novo tratamento para braçadeiras. Segundo a empresa, o objetivo desse produto é aumentar a resistência das braçadeiras no ambiente offshore. O aperfeiçoamento do piso de encaixe de aço galvanizado também marca a participação da empresa no evento e a entrada da mesma nesse mercado. De acordo com Fábio Fernandes, gerente industrial da SH, o produto faz parte dos investimentos e dos planos de crescimento da SH previstos para 2011. “Temos uma linha voltada para plataformas, estaleiros e outras aplicações de acesso e manutenção, inclusive ligadas à exploração de petróleo em alto-mar. Estamos sempre trabalhando no aperfeiçoamento desses produtos para podermos oferecer soluções completas”, comenta. A SH aplicará R$ 3 milhões na ampliação de cinco regionais e mais R$ 50 milhões na aquisição de novos equipamentos. O grupo SH, formado pelas empresas SH Fôrmas, Andaimes e Escoramentos Ltda, a SH Equipamentos de Acesso Ltda, SH Serviço de Montagens Ltda e SH Indústria de Metalurgia Ltda, tem previsão de crescer 42% em relação ao ano passado, quando foi registrado faturamento de R$ 144 milhões. Mills – Com equipamentos de acesso e proteção, a empresa especializada em serviços de engenharia, apresentou no evento os serviços de pintura industrial e isolamento térmico, além do novo andaime totalmente de alumínio e do Mills Habitat, um habitácu-


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lo pressurizado para a realização com segurança de trabalhos a quente em áreas potencialmente explosivas. Trazido para o Brasil em parceria com a escocesa SafeHouse, o Mills Habitat é um habitáculo pressurizado, composto por painéis antichamas, flexíveis e modulares, e com diferenciais como controle de detecção de gás, componentes leves e reutilizáveis, além de ser fácil e rápido de montar. Em seu interior é possível executar soldas,

queimas e corte em plataformas e refinarias, ambientes com risco de explosão, com total segurança. O equipamento já foi utilizado no pré-sal da Bacia de Santos, na plataforma FPSO Cidade de São Vicente, por meio de um contrato com a norueguesa BW Offshore. Na Bacia de Campos, a japonesa Modec já o utilizou em duas de suas plataformas. Além destes clientes, a BP (antiga Devon) tem uma unidade operando como oficina a bordo de sua plataforma Polvo

Convivência mundial Esta edição da Brasil Offshore foi marcada pela grande participação de empresas internacionais. No total foram 155 expositores internacionais de 38 países. Polônia, Áustria, Dinamarca, Espanha, Austrália, Bélgica, Canadá e Irlanda participaram pela primeira vez da Feira. Já a França e a Alemanha duplicaram a quantidade de empresas que trouxeram em comparação a 2009. A Alemanha escalou 17 grandes empresas (em 2009 foram apenas seis) com o objetivo de desenvolver negócios no Brasil na área de petróleo e gás. Elas ocuparam um estande coletivo de 198 m², na Tenda 1, coordenado pela Câmara Brasil-Alemanha. O EIC (Conselho Britânico de Energia), maior organização representando a cadeia de suprimentos das indústrias de petróleo e gás e energia do Reino Unido – organizou o Pavilhão Britânico com 21 empresas na sexta edição do Brasil Offshore. Os exibidores do EIC expuseram a expertise britânica e as novas soluções e inovações para o setor de óleo e gás nos 302 m² do principal espaço da Tenda 2, dentre elas: Prosafe, Rolls-Royce Energy, Derrick Services, Hydrasun e Electro-Flow Controls. A Câmara de Comércio Americana (Amcham) também esteve presente na Brasil Offshore 2011 com um estande na Tenda 3, cujo objetivo foi divulgar, dar visibilidade e, obviamente, gerar negócios para as empresas associadas. 56

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Já a França, com o apoio da Agência Francesa para o Desenvolvimento Internacional das Empresas (Ubifrance) e da rede das Missões Econômi-

A. O Mills Habitat é única solução eficaz e segura para os trabalhos de manutenção e reparo sem impactos operacionais ou paradas produtivas. Outro produto apresentado pela empresa foi o sistema de andaime de encaixe rápido totalmente em alumínio. O sistema é muito mais leve que o de aço, proporcionando maior produtividade e segurança para o trabalhador, que precisa fazer esforço menor para montar o andaime. “O sistema foi

Pavilhões internacionais cas da França, reuniu 30 empresas de pequeno, médio e grande porte, no Espaço França. Participando pela primeira vez da Brasil Offshore, a Dinamarca foi um dos destaques dos pavilhões internacionais presentes na feira. Com 12 empresas apresentando seus produtos para o mercado brasileiro, os dinamarqueses querem aproveitar o bom momento econômico do país e dos grandes investimentos feitos no setor offshore. De acordo com o vice-cônsul do Consulado Geral da Dinamarca, no Rio de Janeiro, Peter Efland, a visão das empresas dinamarquesas sobre o Brasil vem mudando nos últimos anos. “Antes, elas achavam o país complicado, com muitos desafios e resolveram investir na China ou na Índia, mas hoje, elas querem entrar no mercado brasileiro”, afirmou. Segundo ele, as descobertas no pré-sal e o crescimento da Petrobras foram os principais motivos para a estreia da Dinamarca na Brasil Offshore este ano. O setor offshore é o que mais cresce em participação de empresas do país europeu no Brasil. Atualmente são dez empresas atuando em solo brasileiro. O ministro da Economia da Dinamarca, Brian Arthur Mikkelsen, também marcou presença no pavilhão dedicado ao seu país. Durante o seu pronunciamento, ele mostrou a satisfação da participação da Dinamarca na Brasil Offshore e disse que esse é o momento para as companhias dinamarquesas virem para o Brasil.


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eventos

desenvolvido para a área offshore e industrial, e possui soluções inovadoras para os mais diversos tipos de montagem, possibilitando a diminuição do uso de tubos e braçadeiras para menos de 20% do equipamento total de um projeto, aumentando bastante a produtividade”, explica Ramon Vazquez, presidente da Mills. Para o executivo, estes produtos são da divisão de serviços industriais, responsável pelos serviços de acesso, pintura, tratamento de superfície e isolamento térmico em grandes plantas industriais, plataformas e refinarias. “A Mills está investindo em equipamentos

e tecnologia de for ma a atender ao grande crescimento do mercado de óleo e gás no Brasil próximos anos”, complementa Vazquez, acrescentando que o objetivo da empresa no evento foi apresentar seus produtos e serviços, reforçar sua imagem e fazer contatos de negócios. Já na divisão Rental, de locação e venda de plataformas aéreas e manipuladores telescópicos, foi exposto a Z45/25 JDC, máquina articulada que atinge até 15,6 m

Robert Half

Recrutamento especializado Reforçar a empresa como referência no recrutamento especializado de média e alta gerência no segmento de petróleo e gás. Este foi um dos objetivos da Robert Half, empresa especializada em recrutamento, na Brasil Offshore 2011. Para atender a demanda do setor, a empresa disponibilizou consultores especializados que compareceram a todos os dias do evento. Com um escritório aberto no Rio de Janeiro desde 2008, a Robert Half, líder mundial em recrutamento especializado, observa o crescimento da demanda por profissionais com atuação no setor de petróleo e gás. “Apenas no último ano verificamos que o número de oportunidades trabalhadas teve um volume 120% maior”, destaca Fábio Porto d’Ave, especialista em recrutamento da divisão de Petróleo e Gás da empresa. Para atender à demanda, a equipe de consultores especializados neste segmento cresceu 100% no mesmo período. A maior parte das oportunidades geradas pelo setor, segundo Porto

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d’Ave, vai para gerentes de operações, gerentes de logística, gerente de projetos, engenheiros de vendas, além dos profissionais com boa base técnica e experiência em funções com regime offshore (embarcado). Além disso, diz, posições na área financeira também têm sido positivamente impactadas com o aumento da busca por profissionais de controladoria e gerentes financeiros. Também entram na lista de oportunidades profissionais de Recursos Humanos, segurança, meio ambiente e saúde, além de compras e suprimentos por conta das exigências de conteúdo local para exploração do petróleo. Porto d’Ave disse ainda que é significativo o volume de crescimento de empresas estrangeiras na cadeia do setor de petróleo e gás, iniciando operações no Brasil ou em ampliação das linhas de negócios no país. “O segmento de petróleo e gás é o principal foco dos investimentos internacionais no Brasil e tem impulsionado a demanda por profissionais com conhecimento local, competência para estar na linha de frente das empresas no Brasil e capacidade de desenvolver negócios”, complementa o executivo.

de altura, tem acionamento elétrico e JIB (módulo articulado que possibilita ao operador um melhor acesso ao local de trabalho). “Este equipamento é ideal para obras industriais de montagens, instalação elétrica e manutenção. Suas baterias têm autonomia de quase oito horas de operação”, indica o executivo. Além disso, na entrada da feira, a Mills Rental apresentou a plataforma aérea Z135/70, que atinge até 43 m de altura, alcance horizontal de 21 m e JIB. A máquina costuma ser usada em áreas externas, por contar com tração nas quatro rodas e subir rampas de até 45º de inclinação, como grandes obras de arquitetura e plantas industriais. Maxen – Especializada em soluções integradas para o mercado de óleo e gás no país, a Maxen também esteve presente na Brasil Offshore, onde apresentou sua nova proposta de valor de marca e serviços. Segundo Flávio Suplicy, CEO da Maxen, o evento acontece em momento estratégico para a empresa, que lançou recentemente no mercado sua nova marca: Maxen. “Trata-se de um dos mais importantes encontros geradores de negócios do país. Estar presente neste evento para apresentar a nova fase da empresa ao setor nacional faz parte do plano estratégico da Maxen”, revela. Com faturamento de R$ 200 milhões em 2010 e previsão de crescimento de 30% em 2011, a Maxen traz ao mercado um novo modelo de atendimento ao setor. As três unidades de negócio da empresa (serviços, equipamentos e distribuição) adotaram um desenho e execução de soluções


negócios offshore em terra firme

integradas, nas intersecções e sinergia das unidades. Dessa forma, é possível gerar produtos e serviços que não existiriam de maneira isolada. “Este novo posicionamento, que adotamos no início do ano, é pioneiro no país”, complementa Suplicy. Em agosto de 2011, com investimentos de R$ 10 milhões, a unidade de produção da empresa em Escada (PE) receberá uma máquina com tecnologia holandesa. O equipamento, que adota um sistema de curvamento de tubos por indução, diminui os pontos de solda na fabricação de spools, o que reduz prazo, custo e aumenta qualidade do produto e a produtividade da fábrica. Para abrir a unidade de produção em escada foram investidos R$ 30 milhões. Para atender a grande demanda do segmento offshore no Rio de Janeiro, está prevista para o segundo semestre de 2011 a inauguração de mais uma unidade fabril da Maxen. O local mais provável para a construção da fábrica será a região de Itaboraí, no interior carioca, em um terreno entre 100 mil e 200 mil m², com investimentos em torno de R$ 40 milhões. A previsão é de que esta nova unidade produza entre 700 e 800 toneladas, gerando até 700 postos de trabalho. Converteam – Especialista em conversão de energia, a empresa apresentou na feira seu histórico de mais de 30 anos de experiência e mais de 800 sistemas instalados em navios, além de suas soluções integradas de alta tecnologia e confiabilidade para os setores de óleo e gás, marine e offshore. Alguns exemplos das soluções de conversão de energia incluíram inversores de frequência de média e baixa tensão, painéis de média e baixa tensão, máquinas rotativas (motores e geradores),

sistemas de geração & propulsão, e sistemas de automação e controle para embarcações de apoio marítimo, plataformas de produção offshore e navios sondas de perfuração offshore. De acordo com Carlos Adrião, superintendente comercial, para ampliar sua atuação no mercado de óleo e gás, a Converteam aposta ainda no inversor de média tensão MV7000, carro-chefe da linha de acionamentos de velocidade variável da empresa, equipamentos estes que já são fabricados pela empresa no Brasil. “A empresa tem focado na transferência de tecnologia da Europa para o Brasil visando aumentar ainda mais o índice de conteúdo local das nossas soluções”, afirma. AkzoNobel – A unidade de tintas marítimas e industriais da gigante holandesa apresentou na feira deste ano alguns dos principais produtos da International Paint, sua unidade de tintas marítimas e industriais, bem como produtos químicos especiais para diversas aplicações em petróleo e tratamento de água da Surface Chemistry, por meio de seu submercado Petroleum and Water Application. Um dos destaques da International Paint/AkzoNobel apresentados foi o Intersleek® 900, um revestimento ecologicamente correto à base de fluorpolímero que age contra a incrustação e gera economia de combustível. Além de reduzir custos de manutenção, o produto tem duração de quase 20 anos. Os visitantes também puderam conhecer outras soluções como o Chartek®, um revestimento intumescente à prova de fogo, o Intertherm® 751CSA, um revestimento resistente a altas temperaturas, o Intershield®

300, um revestimento resistente à abrasão, e o Interzone® 954, um revestimento cuja cura é mantida mesmo durante a imersão em água. “A intenção foi mostrar ao público a capacidade da empresa em oferecer soluções adequadas e personalizadas para todos os tipos de clientes da indústria offshore”, disse Fernando Macedo, gerente geral da International Paint. A International Paint/AkzoNobel participa há muitos anos da feira, mas a unidade da Surface Chemistry participou pela primeira vez, oferecendo informações técnicas e comerciais para produtos químicos para estimulação, cimentação, perfuração e fracturing. TN Petróleo 78

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Cosan – A empresa apresentou as novidades de seu portfólio de serviços e produtos para o setor offshore. “Além de apresentarmos nossos lubrificantes minerais, sintéticos e biodegradáveis, que atendem às mais rigorosas exigências deste segmento, levamos também à feira outros tipos de óleos e graxas atestados e reconhecidos por inúmeros fabricantes de equipamentos”, anunciou Sidnei Bincoletto, coordenador de marketing industrial da Cosan – Mobil Lubrificantes. Exemplo forte dos investimentos da Cosan nessa tendência, o sistema OilXplorer Analysis é um dos principais serviços oferecidos. “Nosso sistema de análises de óleo foi desenhado cuidadosamente para garantir total conveniência e máxima proteção dos equipamentos. A equipe técnica possui alto padrão de treinamento e está

apta a dar assistência técnica e treinamento ao pessoal de bordo, checando o resultado da aplicação e assegurando que os nossos clientes recebem todos os benefícios do nosso programa de lubrificação”, conclui Bincoletto. Para o mercado de marinha offshore, a marca Mobil destacou sua linha de produtos sintéticos, que favorecem o desempenho e proporcionam vantagens econômicas na administração dos equipamentos que operam em variadas temperaturas. Além dessa linha, a Mobil oferece também produtos biodegradáveis, que ajudam a preservar o meio ambiente. Segundo o executivo, o comprometimento da Cosan com a sustentabilidade incluiu a própria feira Brasil Offshore: com base em cálculos de consumo e emissões de carbono, foram neutralizadas

2,5 toneladas de CO2 e gases estufa, referentes à participação da empresa no evento. V&M do Brasil – Novidades em tecnologia e a importância de parcerias foram os principais pontos explorados pela fornecedora de tubos de aço V&M do Brasil durante a sexta edição da Brasil Offshore. Os acessórios tubulares Premium para completação de poços petrolíferos com tecnologia V&M Tube Alloy (VMTA) foram um dos diferenciais apresentados pela empresa no evento, assim como o Drill Pipe e as soluções de solda da Serimax. A estrutura da VMTA será incorporada à base de serviços de Rio das Ostras (RJ) e a previsão é de que a fábrica de acessórios esteja operando no segundo semestre de 2011. A experiência de mercado aliada à tecnologia da VMTA au-

Chapman Freeborn

Foto: Divulgação

Logística aérea A especialista em fretamento aéreo Chapman Freeborn participou pela primeira vez da Brasil Offshore. Líder mundial em charters, a empresa foi fundada em Londres e desde 1973 provê soluções para logística aérea com aeronaves cargueiras e de passageiros. Com mais de 30 escritórios localizados entre os cinco continen-

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tes, a Chapman Freeborn, trouxe em fevereiro do ano passado a maior aeronave do mundo, o AN-225 Mryia – pela primeira e única vez ao Brasil – apos-

tou em unir inovação, credibilidade e experiência para garantir que o mercado offshore pode e tem condições de trabalhar com charters. Na aviação executiva, o grande foco foi para o aplicativo desenvolvido para iPhone, que possibilita cotações online de voos. Essa ferramenta que simplifica e reduz o tempo de resposta dos executivos teve mais de três mil downloads feitos em um mês. “Queremos que as empresas saibam que estamos aqui no Brasil tanto para seus voos cargueiros, como para serviços executivos e de courier. Os mais de seis mil charters anuais que nós provemos são em grande parte ligados ao setor de óleo e gás, por isso nosso escritório aqui no Brasil está crescendo de forma linear, mantendo as portas abertas para fornecer sempre a assessoria necessária para viabilizar o custo/benefício de cada oportunidade que recebemos”, conta o country manager da empresa no Brasil, André Rodrigues.


negócios offshore em terra firme

menta a competitividade da VMB. Com as duas agindo em conjunto, as empresas fornecem ao cliente o pacote completo, com tubos de aço sem costura, acessórios e gerenciamento de poços. Segundo João Perez, superintendente de Tubos Petrolíferos da VMB, os 30 anos de experiência em acessórios e serviços faz a diferença no mercado. “A V&M atua em três frentes: na oferta de acessórios, no processo Well Coordination e no fornecimento de soluções térmicas que agem na redução de transferência de calor dentro do poço”, destaca. Em junho de 2010, o Grupo Vallourec, do qual a V&M faz parte, anunciou a aquisição da francesa Serimax, líder em soluções de soldagem para tubos de linha submarina, que se apresentou pela primeira vez em uma feira no Brasil, ao lado da parceira. Oceânica – Foi mais uma empresa a participar pela primeira vez da Brasil Offshore. Sua principal novidade foi a embarcação para serviços como mergulho, intervenção submarina, lançamento de linha rígida e de cabos flexíveis. Com capacidade para 34 pessoas, a embarcação possui uma série de confortos para que os t r a b a l ha d o r es fiquem tranquilos e trabalhem da melhor maneira possível. Na opinião de Vitor Califfa, gerente comercial da Oceânica, a empresa percebeu que faltava uma embarcação com esta qualidade no mercado. Outra novidade foi o anúncio da parceria com a ULO Systems, empresa líder em tecnologia de mantas offshore, para a estabilização de cabos e dutos submarinos.

Com base em Macaé, a companhia possui dois galpões de 5.000 m² e de 7.000 m² e presta serviços de engenharia submarina, quase que exclusivamente para a Petrobras. A empresa também realiza a instalação de risers e manifolds, sondagem geológica submarina e levantamento geofísico. Schulz – A empresa alemã, líder no suprimento de conexões tubulares, tubulações de aço inoxidável e cobre-níquel, anunciou na Brasil Offshore 2011 a construção de uma forjaria em Campos (RJ). A unidade será responsável pela confecção de componentes especiais e flanges para atender as demandas do downstream e do pré-sal. O empreendimento, que será realizado em parceria com o grupo alemão W. Maass, especializado em forjarias para os setores de óleo e gás, terá investimento de R$ 60 milhões. As obras serão iniciadas até o final de junho e a primeira fase deve ser inaugurada até o final deste ano ainda. De acordo com o presidente da empresa para a América Latina, Marcelo Bueno, na primeira fase da forjaria, a empresa já poderá realizar todas as etapas do acabamento de produtos. “Receberemos a matéria-prima do W. Maass e faremos o acabamento em Campos”, explica. Ele informa que a instalação da segunda fase terá início em março de 2012 e deve estar concluída até o final de 2012. A forjaria terá capacidade de 200 toneladas/mês. Apesar de a Schulz já possuir três unidades industriais em operação em Campos, uma fábrica de tubos com costura, outra de conexões tubulares e uma unidade de conexões forjadas, o presidente da empresa para a América Latina diz que a Schulz não conseguirá atender ainda a atual demanda do

setor. Com isso, o executivo pontua que a empresa também pretende fabricar produtos ou soluções para desenvolver o mercado de upstream. “Basicamente são tubulações especiais, flagues, materiais de alta resistência à corrosão para risers, flowlines e demandas crescentes do pré-sal que trazem desafios tecnológicos para os equipamentos muito grande”, detalha. Para isso, Bueno diz que muito provavelmente a empresa deve abrir ainda mais uma unidade para receber essa divisão offshore/subsea. “O espaço que nós temos hoje de área de galpões não dá para atender esta nova demanda, devemos construir uma outra fábrica. Se o Brasil mantiver o atual ritmo de crescimento, construiremos daqui há dois anos mais ou menos”, conta. TN Petróleo 78

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O executivo explica que com a segunda fase concluída, a empresa poderá realizar toda a confecção dos componentes e flanges no Rio de Janeiro, muito próximo aos principais mercados. “Ou seja, os materiais que são hoje fabricados na Alemanha serão 100% fabricados em Campos. Logo, reduziremos o custo e aumentaremos a disponibilidade de materiais, reduzindo prazos de entrega. Agora tudo que importávamos de fora, compramos no Brasil, e isso estimula a cadeia produtiva do país e o conteúdo local. Com isso, reduzimos importações e contribuímos para que o conteúdo nacional saia do discurso político e vá para a prática”, assegura. GE Óleo e Gás – Durante o período da Brasil Offshore 2011, a divisão da General Electric (GE), 62

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maior conglomerado industrial dos Estados Unidos, informou que irá construir uma base logística de 55.000 m² da Wellstream, em Niterói, adjacente à operação que possui no local. Com um investimento de US$ 90 milhões, a empresa vai montar a nova base para dar suporte ao desenvolvimento do pré-sal e projetos de campo de gás nas bacias de Campos e Santos. “A Brasil Offshore foi o primeiro evento no qual a GE se apresentou com a Wellstream, desde a aquisição dessa última, no início do ano. Na OTC já tínhamos finalizado a parceria com a Wellstream, mas o pouco tempo não permitiu expormos junto com eles”, observou Fernando Martins, vice-presidente da GE Óleo e Gás para a América Latina. De acordo com o executivo, foram levados à feira, principalmente, maquetes de linhas flexíveis da Wellstream e vídeos de uma série de produtos do portfólio das empresas. No que se refere à soluções para o setor, hoje a GE fornece compressores e turbinas para geração de energia em plataformas, soluções para injeção de CO2, soluções em pig de inspeção de toda a tubulação, cabeças de poços e árvore de natal, dentre outros. “Fornecemos soluções não só para a área offshore, mas para a área de refinarias. Continuamos aumentando nosso portfólio, mas, em especial, aumentando áreas que são adjacentes e com empresas de altas tecnologias”, complementa Martins. Sobre o centro global de pesquisas da empresa no Rio de Janeiro, que ficará localizado na Ilha do Fundão, anunciado em novembro do ano passado, Martins disse que GE vai fazer um novo investimen-

to de US$ 150 milhões em 2012. “Será a maior construção nas proximidades do Parque Tecnológico do Rio, com 50 mil m². Estava previsto investimento de US$ 100 milhões, mas agora orçamos em US$ 150 milhões. Vale ressaltar que iremos gerar 200 empregos para pesquisadores e engenheiros”, afirma Fernando Martins. Segundo ele, junto ao centro, a exemplo do que a empresa já tem fora do Brasil, em Nova York, por exemplo, a GE decidiu construir um centro de treinamento. Gunnebo Industries – A fabricante de sistemas de elevação de carga, apresentou na Brasil Offshore uma nova linha de anéis de carga com Type Approval, com certificação para contêineres offshore da DNV. Com a preocupação de atender aos requisitos de segurança exigidos pelas normas brasileiras de certificação, a empresa está adequando todos os seus produtos, visando a aumentar o nível de segurança de equipamentos de movimentação de carga, já que a qualificação dos materiais está crescendo a cada ano. Hoje, a Gunnebo fabrica no Brasil apenas cintas planas em poliéster para elevação de cargas. Já os equipamentos de elevação de carga são distribuídos por parceiros que levam os produtos para o mercado brasileiro de óleo e gás. Além desse setor, a companhia atende a empresas de mineração e siderurgia. “A empresa continua focada no segmento de óleo e gás, no qual o nível de exigência sobre a qualidade do produto é maior, o que leva a uma maior competitividade dos projetos”, afirmou André Carrion, gerente geral da


negócios offshore em terra firme

Gunnebo. Ainda segundo ele, as perspectivas da companhia são de crescimento para os próximos anos, principalmente para o mercado offshore, onde os seus principais clientes são a Petrobras, Technip e Cameron. Outro serviço importante prestado pela Gunnebo é a qualificação de pessoas para o mercado de elevação de carga. O objetivo é aumentar cada vez mais a segurança dos serviços oferecidos às empresas do setor. Rohr – A empresa apresentou, durante a Brasil Offshore, o conceito de Engenharia de Acesso, criado para atender às necessidades específicas de empresas como Petrobras, Alcoa e a indústria naval. Além disso, a companhia destacou sua linha de equipamentos leves e

de alta produtividade de escadas e andaimes de acesso como pisos, alçapões, rodapés e tubos de alumínio para serviços em plataformas offshore. O conceito de engenharia de acesso é uma solução em manutenção de plantas industriais, que contempla desde o projeto técnico para a análise das necessidades de cada estrutura até o desenvolvimento de soluções específicas para garantir a segurança do processo. “A engenharia de acesso é uma solução completa para aquelas indústrias que não podem ter suas atividades interrompidas, nem margem de erros”, explica Manuel Escaleira, diretor-operacional da

Arraiá Naval Offshore

Rohr. Dentre os clientes da companhia está a Petrobras, que já testou e aprovou o conceito e utiliza o sistema andaime de encaixe Kibloc, pisos e de rodapés de alumínio. Atualmente, 30% do faturamento da Rohr são provenientes direta e indiretamente, das indústrias naval, offshore e de óleo e gás. Com filial em Macaé, a empresa tem em seu portfólio além de geradores de energia, compressores de ar, torres de iluminação e plataformas para trabalho em altura. Solaris – Participante da feira desde a edição de 2005, trouxe para Macaé seu gerador Easypower de 1563KVA ultracompacto em um contêiner de 20 pés, projetada especialmente para atender o fornecimento de energia spot ou emergencial do mercado offshore.

Confraternização

Da esquerda para a direita: Benício Biz (TN Petróleo), Carlos Gaspar (Niterói Naval Offshore), Rodrigo Teixeira (Offshore Reparos Navais), Carlos Tavares (Maxen), Marcelo Bueno (Schulz), Asakura (Estaleiro Mauá), Milena Barcelos (Estaleiro Mauá), Bruno Skornicki (Eagle do Brasil), Cristina Jordão (J Costa), Rodrigo Bragança (Nicomex Logística), Antonio Jorge (Estaleiro Mauá) e Ricardo Maia (Chamon Transportes Marítimos).

Com um público de 750 pessoas ligadas ao setor de petróleo e gás, o Arraiá Naval Offshore, realizado na AABB de Macaé, no penúltimo dia da Brasil Offshore 2011, foi um sucesso. Agregando profissionais que estiveram na cidade para a Brasil Offshore, o evento reuniu empresas como Maxen, Schulz Tubos e Conexões, J Costa, TAPB Group, Cockett do Brasil, Offshore Reparos Navais, Duarte de Almeida Engenharia, Chamon

Transportes Marítimos, Niterói Naval Offshore e Estaleiro Mauá. Ainda com apoio institucional da TN Petróleo.

“O balanço do arraiá foi muito positivo. Como reestruturamos o evento, nosso foco principal foi selecionar os convidados/empresas do setor de petróleo e gás fortalecendo ainda mais o networking”, destaca Milena Barcelos, da MBS Produções, responsável pela organização da festa. Milena informou que várias empresas já estão interessadas em participar da próxima edição, em 2013, e que a projeção, agora, é aumentar a estrutura do evento, visto que o número de participantes aumentará. “Nossa ideia é promover eventos deste tipo para todas as feiras de petróleo e gás”, ressalta ela. TN Petróleo 78

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eventos

tou um produto inédito no mercado, que integra várias funções de monitoramento em uma só base, dando muito mais qualidade e segurança às operações de empresas como a Petrobras, nas plataformas de petróleo. “Estamos investindo muito no Brasil para atender aos requerimentos de conteúdo local da ANP e das demais empresas”, afirmou Victor Venâncio Dias, gerente Global de Contas Estratégicas da Tyco. “Nosso volume de investimentos nos últimos dois anos no Brasil gira em torno de US$ 300 milhões”, completou. Sobre os novos projetos da companhia, Victor Dias disse que a Tyco está abrindo um centro de serviços, em Macaé, para atender aos projetos da Petrobras e irá construir uma nova fábrica de válvulas.

O equipamento é desmontável e flexível para atender aos requisitos necessários das plataformas de petróleo. Além disso, o gerador possui avanços tecnológicos de baixa emissão de poluentes e dá prioridade à eficiência energética. Tyco – Muito investimento e várias novidades. Assim foi a participação da Tyco na edição deste ano da Brasil Offshore. A empresa atua em O&G em vários segmentos, todos ligados à segurança de válvulas, dutos e plataformas. A empresa tem as divisões Security Solutions, Fire Protection e Flow Control. Com fábricas em São Paulo, Barueri e Caxias do Sul, a empresa acaba de inaugurar uma fábrica de atuadores de válvulas na cidade paulista de Sorocaba. No seu estande, a Tyco apresen64

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Vulkan – Com 122 anos de forte presença no mercado, o grupo alemão trouxe para a Brasil Offshore algumas novidades do seu portfólio de produtos, que consiste na fabricação de um dos principais componentes do sistema de transmissão de acionamento de todas as embarcações do setor offshore, os acoplamentos altamente elásticos. A empresa possui uma fábrica em Itatiba (SP), e há planos de duplicá-la, para atender ao aumento da demanda nos próximos anos. “Vai haver necessidade de ampliarmos a nossa fábrica tanto para atender ao mercado interno, mas também em relação ao mercado externo”, afirmou Douglas Buzo, presidente da companhia.

“Nos últimos dois anos, nós estamos crescendo a uma média de 25% ao ano. A empresa vai dobrar de tamanho, por causa dessa grande demanda”, completa. Atuando em todos os setores de energia, como hidrelétrica, biomassa, termelétrica e eólica e com faturamento de US$17 milhões, em 2010, a Vulkan tem entre seus principais clientes a Petrobras, Vale, CSN, Usiminas e grupo EBX. Imeca – Presente no Brasil, França e Malásia, trouxe para a feira um produto patenteado e com tecnologia única no mundo para o lançamento de dutos no fundo do mar. O novo guincho da empresa possui um cabo sintético que em contato com a água fica sem nenhum peso, ou seja, é ideal para levar dutos de 500 toneladas até 3.000 m de profundidade. Com clientes como Technip, Subsea 7 e Petrobras, a engenharia do novo equipamento foi toda feita para atender o mercado de 250 a 600 toneladas. “Em geral, os dutos são levados com dificuldade até o fundo do mar, pois os cabos de aço são muito pesados. Nosso guincho tem a capacidade de levar com mais qualidade e rapidez esses dutos até as profundidades do pré-sal”, afirmou Kara Konate, diretor técnico da empresa. Além de não ter o excesso de peso no contato com a água, os cabos sintéticos não fazem atrito com o aço, assim, não se desgastam tanto. “A grande particularidade do produto é que nossa tecnologia mantém o nosso cabo em perfeito estado de funcionamento. Não há atrito, pois o sistema compensa o alongamento do cabo e anula


negócios offshore em terra firme

o atrito, com isso, não há aquecimento e deterioração da fibra”, assegurou Kara. Os produtos da empresa chegam ao país através de uma rede de fornecedores e clientes, porém a Imeca está estudando a construção de uma fábrica no país. National Instruments – A empresa de tecnologia em hardware e software com mais de 30 anos de experiência em sistemas de medição e processamento de sinais, esteve presente na Brasil Offshore 2011 e apresentou suas soluções para atender aos desafios inerentes do segmento de óleo e gás. “A National Instruments oferece tecnologia tanto em hardware quanto em software, para acelerar e facilitar a resolução desses desafios, reduzindo tempo, custo, aumentando a eficiência de todos os sistemas e em várias dessas etapas, diminuindo ao máximo o impacto de qualquer um desses processos venha causar ”, explica o engenheiro Marco Amorim, gerente de Desenvolvimento de Negócios em Energia, Petróleo e Gás da empresa. Petrobras, Ha l l i b ur t o n e Schlumberger são alguns dos grandes clientes da companhia. Amorim considera que um dos nichos da empresa, que está no Brasil desde 1997, é a plataforma PAC (controladores programáveis para automação), nova classe de controle industrial criada pelas empresas de automação para responder às necessidades apresentadas por máquinas em expansão e sistemas de controle industriais. “O PAC oferece toda a flexibilidade de utilização de uma plataforma baseada num PC com a robustez

em geral encontrada nos sistemas industriais”, indica. Algumas das ferramentas que a empresa levou para a feira foi a plataforma em software LabView, que oferece flexibilidade para criar sistemas de medição e controle complexos enquanto proporciona uma interface gráfica intuitiva e fácil de usar. “O LabView é um ambiente gráfico de desenvolvimento de aplicações que possibilita que os profissionais da área – tanto de pesquisa quanto de desenvolvimento em laboratório que levam informações ao campo ou ao ambiente de produção – falem da mesma maneira”, pontua. Para aquisição de dados, condicionamento de sinais e controle, a empresa apresentou também ferramentas de hardware que rodam o software LabView. “São aplicações que levam para campo uma série

Bioma Soluções ambientais neutralizou o carbono da feira Os gases emitidos a partir da energia consumida durante a sexta edição da Brasil Offshore foram equilibrados com a plantação de mudas da Mata Atlântica na mata ciliar do rio Macaé, região de encosta de Córrego Dantas. A empresa Bioma Soluções Ambientais fez o inventário dos gases que serão emitidos (elétrica ou hidrocarbonetos) durante a semana do evento, e calculou que precisarão ser plantadas 1.200 mudas para neutralizar o carbono lançado à atmosfera. “Trabalhamos para diversas empresas da área de óleo e gás da região e escolhemos fazer o plantio no rio Macaé porque fornece 100% da água para o município. O rio está em processo de assoreamento e estas árvores vão ajudar na recuperação”, explica Carlos Fogeal, diretor comercial da empresa.


eventos

O mapa da mina Serviço Geológico do Rio lança mapa com locais de exploração de petróleo e gás O Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro lançou, durante a Brasil Offshore, um mapa que traz a localização de blocos de exploração e de produção de óleo e gás no litoral fluminense. O trabalho reúne informações atualizadas até maio deste ano e identifica a área ocupada e o volume de reservas de 11 empresas, nacionais e de outros países, que detêm concessões para atuar na região. De acordo com o coordenador de economia mineral e petróleo do Serviço Geológico fluminense, Márcio Serrão, o objetivo é fornecer ao governo e à sociedade informações sobre o desenvolvimento da atividade e possibilitar o direcionamento de políticas públicas para dar suporte a esse processo. “O mapa traz dados bastante atualizados que servem não só para direcionar as políticas, mas para permitir um planejamento de médio e longo prazo porque os impactos [das atividades ligadas à cadeia de petróleo] vêm ao longo do tempo e o Estado tem que estar preparado para reagir e dar soluções à sociedade”, explicou. Serrão acrescentou que, entre as medidas que podem ser adotadas com base nas informações compiladas no mapa, estão a adequação da infraestrutura e da logística em municípios das regiões em que há exploração, como a construção de estradas de acesso, ampliação de serviços (energia e telefone, entre outros). As empresas que operam no litoral do Rio de Janeiro produzem juntas, em média, 1,5 milhão de barris por dia. Já a produção de gás é de cerca de 51,3 milhões de m³. Esse total representa 80% da produção nacional – os dados constam no mapa. 66

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Ainda de acordo com o executivo, embora não seja possível dimensionar, pelo mapa, a área de produção da Petrobras, os dados confirmam que a estatal é a principal empresa exploradora da atividade, estando os maiores blocos em sua área de concessão. É o caso do Roncador, que tem produção estimada em 303 mil barris por dia, segundo o Serviço Geológico. O coordenador ressaltou, no entanto, que esses volumes tendem a aumentar nas próximas décadas, com a entrada em operação de empresas que hoje fazem apenas atividades de pesquisa em campos da região. Hoje são 11 as empresas que exploram no litoral fluminense: Petrobras, Devon Energy, Anadarko, BG, Esso, Maersk, OGX, Repsol, Sonangol e Statoil. “O bloco é como se fosse um grande terreno no mar, que você pode explorar. Só que, em cada bloco, são feitos vários poços e cada um deles funciona como um duto, retirando óleo do mar. Então, a potencialidade das áreas é muito grande e só teremos um panorama real quando todas as pesquisas das empresas que têm concessão naquela área forem feitas e muitas estão apenas começando”, afirmou. Serrão também destacou que apenas cinco dos 92 municípios fluminenses não recebem recursos provenientes da exploração do combustível fóssil em forma de royalties. Todos eles estão localizados na região do Vale do Paraíba. Por outro lado, os que têm as maiores arrecadações são Macaé e Campos dos Goytacazes, no norte do estado, e Rio das Ostras, na Região dos Lagos. O mapa foi produzido com base em dados do centro de informações de petróleo e gás, ligado ao governo do estado, e está disponível a consultas públicas, no site: www.petroleo.rj.gov.br.

de unidades de medição de sensores sem fio, em que o objetivo não é se preocupar com a comunicação sem fio, é levar de maneira rápida e eficiente a medição de um sensor para seu sistema de medição”, disse o executivo. De acordo com ele, as soluções geram grande flexibilidade, pois proporcionam maior monitoramento e controle. Dentro da plataforma do PAC, a National Instruments trouxe à feira também soluções que falam diferentes protocolos industriais, para atender aos vários equipamentos distintos que se comunicam de diversas maneiras, por exemplo, o barramento EtherCAT, que trabalha com determinismo. A empresa levou ainda ao evento o CompactRIO, sistema embarcado robusto preparado para a agressividade dos ambientes industriais, que oferece um sistema reconfigurável de baixo custo, desenvolvido para aplicações que necessitam de alto desempenho e confiabilidade. Pontec Projetos e Montagens – Especializada na construção de módulos para plataformas de petróleo, trouxe muitas novidades este ano para a feira. A empresa anunciou uma parceria com o escritório jurídico Jardson Bezerra (EJJB) e apresentou um projeto pioneiro com a finlandesa Oy Shippax. A Pontec foi a primeira aquisição do Fundo de Investimento em Participações (FIP) do EJJB. Com o novo sócio, a Pontec recebe o aporte inicial de R$ 25 milhões, que podem chegar a R$ 60 milhões nos próximos anos. “A associação com o fundo nos proporcionou impulso para disputar contratos


negócios offshore em terra firme

maiores, com todas as garantias necessárias”, afirma Renato Teixeira de Freitas, presidente da Pontec. A empresa é a primeira de dez aquisições que o EJJB vai realizar para o FIP até 2012. “Os recursos do Fundo, somados aos de bancos parceiros de nosso escritório nos disponibilizam uma reserva técnica de R$ 840 milhões para capitalizar empresas do setor naval e offshore, que representam um mercado de R$ 62 bilhões”, explica Jardson Bezerra, sócio do EJJB. Com a finlandesa Oy Shippax, desenvolvedora de um novo e revolucionário método construtivo para estruturas metálicas e acabamento de interiores de acomodações, a Pontec firmou parceria para utiliza-

ção da técnica, que permite erguer e montar a estrutura de forma modular e totalmente autossuportada, entregando os módulos já acabados. Mais tarde, as estruturas são transportadas para serem montadas em curtíssimo período de tempo em seu local definitivo. Além de ser uma solução que incorpora significativas vantagens para a construção naval e offshore, essa metodologia também é empregada na construção de prédios, como hospitais, escolas, residências, entre outros. A técnica já foi adaptada para a construção offshore e vai beneficiar a reforma de módulos de plataformas com a redução de custos e mais agilidade. “É evidente que o potencial para a solução Fixcel ® (desen-

volvida pela Shippax) no Brasil é enorme. Vários fornecedores importantes da cadeia offshore, além das empresas de construção civil, nos contataram durante a feira em Macaé e manifestaram seu interesse pela tecnologia. Esperamos que os primeiros contratos para construções com a tecnologia Fixcel® sejam assinados até o final do ano. As acomodações vão ser feitas no Brasil e atualmente estamos avaliando o tamanho das instalações de produção necessárias e as diferentes opções de localização”, diz o presidente da Pontec. Na feira, a Pontec também apresentou um projeto pioneiro de acomodação, erguido em um estaleiro de Santa Catarina, todo feito em alumínio, que será içado até a plataforma. O projeto acaba de ser entregue e abre novas possibilidades de construção de módulos de acomodações offshore a partir de canteiros onshore, para posterior transporte até as plataformas e interligação com as mesmas, fomentando inclusive o desenvolvimento e especialização de fornecedores locais. “Já temos o knowhow da técnica inovadora, agora ganhamos garantias suficientes para disputar contratos maiores”, diz Teixeira de Freitas.


perfil profissional

Daniel Moczydlower

A engenharia do

crescimento

Fotos: Divulgação

De estagiário a presidente, Daniel Moczydlower, atual CEO da Chemtech, contabiliza uma carreira de mais de 12 anos na empresa. Aos 35 anos, o engenheiro químico sente-se realizado profissionalmente e define sua carreira com duas palavras: por Maria Fernanda Romero desafio e superação.

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Nascido na cidade portuária de Paranaguá, “berço da civilização paranaense”, como diz, Daniel queria mesmo é ser professor de História, mas conta que faltou coragem. Após ter sido convidado a visitar o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, pelo colega de seu pai, Eduardo Falabella, que trabalhava na ocasião na estatal e também era professor de engenharia química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Daniel fez sua escolha profissional e quis se tornar engenheiro químico. Formou-se pela Escola de Química da UFRJ e mais tarde fez mestrado em engenharia química na Coppe/UFRJ. Possui certificação PMP (Project Management Professional) e atualmente integra o Conselho Consultivo do Grupo PMI-Rio no Terceiro Setor. Com o programa de iniciação científica da Coppe/CNPq, Daniel iniciou sua carreira, quando teve a oportunidade de estagiar por quase três anos no setor de controle de processos da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc). “A Unidade 1250 (Craqueamento Catalítico) foi uma das minhas melhores escolas, sou muito grato aos engenheiros e operadores que me aturaram lá por tanto tempo”, brinca. Na área de projetos atuou na implantação do sistema XHQ / inteligência operacional em tempo real da ExxonMobil para 26 refinarias em todo o mundo; foi gerente dos contratos de engenharia básica e feed para instalações de E&P da Petrobras com o Cenpes e gerenciou


os contratos do projeto executivo da RNEST (Refinaria do Nordeste Abreu e Lima) e o projeto de feed do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Depois de estagiar na Reduc, no Cenpes e na Esso, ingressou na Chemtech, onde ocupou os cargos de engenheiro de projetos, gerente de projetos, gerente sênior de projetos e gerente geral, até chegar a CEO. Casado há dez anos com uma engenheira química, e pai de duas filhas, Daniel possui dentre suas conquistas os prêmios: Projeto do ano e Gerente de projetos do ano no Brasil em 2009, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV) e Revista MundoPM. Ele diz que nunca imaginou e planejou que de estagiário iria virar CEO da Chemtech. Daniel diz que a empresa sempre lhe proporcionou excelente ambiente de trabalho e oportunidades de crescimento e desenvolvimento contínuos, e as promoções foram acontecendo muito naturalmente conforme se dava seu amadurecimento profissional. “Os projetos foram ficando cada vez maiores e mais complexos, e tive o privilégio de ir acumulando uma bagagem importante ao longo da história da empresa, aprendendo muito com clientes como Petrobras, Vale e Exxon”, diz. De acordo com Daniel, em 2010, quando os fundadores e alguns diretores da Chemtech decidiram deixar a empresa, a Siemens o convidou e a outros colegas de longa carreira na Chemtech a assumirem a diretoria, o que foi uma grande prova de confiança na capacidade da empresa de formar seus próprios líderes e de sustentar seu sucesso. Como CEO da Chemtech, ele considera seu principal

objetivo batalhar arduamente para que a empresa continue sendo um excelente lugar para se trabalhar, capaz de atrair, reter e motivar os maiores talentos do mercado de engenharia. “A partir desta estratégia estou certo de que a Chemtech continuará sendo capaz de atender plenamente e de forma sustentável às expectativas dos

Idade: 35 Primeiro trabalho: Estagiário no setor de controle de processos da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) Principais cargos: Gerente geral e, atualmente, CEO Hobby: Estudar história, principalmente a da guerra e especificamente a da Segunda Guerra Mundial Música: Praticamente todas dos Beatles e muitas do Dire Straits (Sultans of swing, por exemplo) Livro: Exodus (Leon Uris), Os Irmãos Karamázov (Dostoiévski), O Aleph (Jorge Luis Borges), O Senhor dos Anéis (Tolkien), Memórias da Segunda Guerra Mundial (Winston Churchill) Um bom lugar para descansar: Qualquer um, desde que tranquilo, com minha esposa e minhas duas filhas Um filme: Todos os filmes da série Star Wars

seus clientes e do seu acionista”, pontua. Atualmente, a empresa está próxima da entrega com sucesso do maior projeto de sua história, o detalhamento das unidades on-site da Refinaria Abreu e Lima. Outros projetos em que a Chemtech está envolvida é o de feed das unidades on-site das Refinarias Premium I e II, em conjunto com as empresas de tecnologia americanas UOP e Foster-Wheeler; e no front do E&P prossegue a parceria de longos anos com o Cenpes atuando no projeto básico de plataformas de produção para diversos campos da Petrobras, com grande destaque para os campos do pré-sal. Daniel ressaltou também um projeto da empresa recém-concluído e dentro do prazo, em parceria com a KBR, o feed da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III para a diretoria de gás e energia da Petrobras. Para ele, os grandes desafios da empresa hoje no mercado são o desenvolvimento de novos clientes no setor de óleo e gás no Brasil, provendo os serviços de owner’s engineering, e também internacionalizar as operações da Chemtech, apoiando com serviços de engenharia de nível mundial a divisão de óleo e gás da Siemens no Oriente Médio, nos Estados Unidos e em outras regiões promissoras. A manutenção da empresa entre as melhores para se trabalhar no Brasil e na América Latina e a capacitação contínua da equipe para aprimorar ainda mais a execução de megaprojetos para atender à demanda do setor de óleo e gás, também são alguns dos desafios da empresa. Sobre sua carreira, Daniel diz que ela tem sido marcada por desafios cada vez maiores e por TN Petróleo 78

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perfil profissional

momentos de grande dificuldade e superação, mas, segundo ele, a carreira é marcada por um grande e contínuo aprendizado. “Sou muito grato a todos os mestres que encontrei neste caminho, colegas, superiores, subordinados, parceiros e clientes com os quais aprendi muito e com os quais continuo aprendendo a cada dia”, observa. Realizado profissionalmente, Daniel conta que foi privilegiado por ter tido nesses anos todos a oportunidade de poder contribuir para o surgimento, crescimento e estruturação de uma grande empresa de engenharia no Brasil. “Minha maior realização é ver a Chemtech continuar criando para os jovens técnicos e engenheiros brasileiros que estão entrando hoje no mercado, as

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mesmas, ou melhores, oportunidades de aprender e crescer com a empresa que eu tive quando me formei”, salienta. Daniel acredita que a engenharia brasileira está vivendo um excelente momento, entretanto, segundo ele, ao mesmo tempo é um cenário perigoso para a engenharia nacional, em função da forte demanda que já se concre-

tizou e que deve se manter pelos próximos dez anos, pelo menos. “É excelente, pois as oportunidades são muitas e permitem, ou deveriam permitir, um investimento contínuo e maciço em formação de novos quadros e em melhor estruturação das empresas que aqui atuam. É perigoso, pois os prazos curtos e o grande número de projetos simultâneos ‘estressam’ o mercado onde há um número muito limitado de pessoas com experiência, exercendo uma pressão ‘desestruturante’ com o inflacionamento de salários e com a excessiva rotatividade de profissionais, o que, ao meu ver, não é bom nem para as empresas projetistas, nem para os clientes e nem para os próprios profissionais”, conclui.


Ano 3 • nº 16 • julho de 2011 • www.tnsustentavel.com.br

Eficiência Energética • Comercialização de Energia • Legislação Ambiental • Reciclagem Editorial Inovação sustentável

O poder das conexões Duas palavras fazem parte do universo dos negócios de hoje: inovação e sustentabilidade. Duas necessidades e duas dificuldades que podem ser resolvidas se apostarmos no desenvolvimento das conexões corretas entre elas. Vemos que nos mercados de petróleo, gás e biocombustíveis a inovação e a sustentabilidade estão associadas aos investimentos nas tecnologias para o meio ambiente. E isto, segundo Jairo Martins, superintendente geral da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), em entrevista à TN Petróleo, não é o ideal. Ele enfatiza que enquanto a questão ‘inovação para sustentabilidade’ não fizer parte do planejamento estratégico das empresas e se desdobrar em metas e bônus dos executivos e profissionais, o atual cenário não vai mudar. Ou seja, relacionamentos certos para alcançar os objetivos desejados. Isto confirma os resultados da segunda edição da Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (Cici), realizada entre 17 e 20 de maio em Curitiba (PR). Nela, o físico e escritor Fritjof Capra falou sobre o conceito atual

de sustentabilidade, o qual, em sua opinião, está confuso e pouco entendido. Para Capra, o maior obstáculo para a implantação de atitudes sustentáveis está na falta de vontade política e de uma liderança.“Acho que o único modo de melhorar uma sociedade é a união entre governo, empresários e a população”, advertiu. Mais um exemplo de conexão correta para obter resultados concretos é a parceria entre a IBM e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para o desenvolvimento do projeto Comunidade Ciência. O projeto prevê a criação de um portal colaborativo para compartilhamento de informações e estudos sobre a biodiversidade nacional pela sociedade. Acreditamos, assim, que a união entre empresa, sociedade e governo poderá direcionar o irreversível movimento da sustentabilidade para o caminho da prosperidade e do sucesso. Lia Medeiros Diretora do Núcleo de Sustentabilidade da TN Petróleo

Sumário

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Inovação e sustentabilidade

Portal da biodiversidade

Rio quer reduzir gases de efeito estufa em 18,2%

CICI 2011

IBM/MCT

Prefeitura e Coppe/UFRJ

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suplemento especial

Entrevista especial Jairo Martins, superintendente geral da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ)

Inovação da gestão para

um mundo sustentável

TN Petróleo – Em pesquisa realizada pela FNQ, em maio de 2011, foram registrados que 27% dos entrevistados apontaram a gestão como a principal preocupação das empresas em que trabalham, enquanto 22% indicaram a sustentabilidade e 19% a redução de custos. Por que as empresas ainda não perceberam a importância da sustentabilidade, considerando o baixo índice de organizações que, de fato, investem no tema? Jairo Martins – Em sua maioria, as organizações ainda estão pensando apenas no lado econômico e não no tripé da sustentabilidade, que demanda uma empresa economicamente sólida, socialmente correta e ambientalmente responsável. Enquanto dominar o pensamento pelo viés econômico, cujo sucesso é medido pelo PIB (calculado apenas com base na geração de riquezas, sem se preocupar com a forma pela qual é obtida), o atual modelo de desenvolvimento insustentável não vai mudar e não serão incluídas na pauta das organizações as questões socioambientais. A pesquisa revela que as empresas estão conscientes da importância de inovar para a sustentabilidade. Mas, 72

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Foto: Divulgação

A necessidade de um desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões juntamente com a gestão de inovações para esse fim tornou-se, na última década, tema importante na gestão das empresas. Neste cenário, Jairo Martins, superintendente geral da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), conta à TN Petróleo como a gestão da inovação pode reverter a insustentabilidade do por Maria Fernanda Romero desenvolvimento econômico atual.

enquanto a questão ‘inovação para sustentabilidade’ não fizer parte do planejamento estratégico e se desdobrar em metas e bônus dos executivos e profissionais, o atual cenário não vai mudar. Hoje, as empresas enxergam a sustentabilidade como um subconjunto da gestão, e não como parte integrante do processo de gestão como um todo. Como a inovação pode contribuir para a implantação da sustentabilidade nos modelos de gestão das empresas? Para enfrentar os desafios do cenário atual, as empresas serão obri-

gadas a inovar em todos os estágios da sua cadeia de valor. Desde a concepção dos seus produtos e serviços, passando pela produção, até chegar ao cliente ou consumidor, que já vêm exigindo processos e negócios sustentáveis. As empresas – a começar por seus líderes e gestores – precisam internalizar a preocupação com a sustentabilidade, bem como a cultura da inovação para a competitividade sustentável. Assim, internalizar e associar a causa da sustentabilidade à cultura da inovação potencializa e torna mais eficaz e responsável o modelo de gestão. Você acredita que inovação associada à sustentabilidade alavanca a competitividade e o desenvolvimento sustentável? Hoje em dia, a sustentabilidade está passando a ser prioridade para a sociedade e a fazer parte da agenda das organizações. Quem não se preocupar com os impactos socioambientais vai ser influenciado, em pouco tempo, pela falta de recursos naturais e ter sua reputação afetada tanto no mercado quanto na sociedade, tendo em vista que clientes e


consumidores estão cada vez mais exigentes e conscientes em relação às causas sustentáveis. Então, inovar na forma como vai agir em prol da sustentabilidade pode contribuir para a organização se destacar no mercado e aumentar sua competitividade. Em sua opinião, como está a gestão da inovação para sustentabilidade no setor de petróleo e gás? Após os acidentes ambientais e sociais ocorridos recentemente em algumas regiões do mundo, o setor de petróleo e gás passou a ser olhado pela sociedade de uma forma mais crítica. Pensou-se que a tecnologia estava totalmente dominada e, de repente, numa infeliz coincidência de fatores técnicos e humanos, percebeu-se, literalmente, que ‘o buraco era mais embaixo’. Foi um aprendizado penoso, em que o meio ambiente foi o mais sacrificado. Não há dúvidas de que a inovação para a sustentabilidade passou a ser item estratégico para a gestão das empresas que atuam no segmento. Quais os principais desafios desta gestão? Um dos principais desafios para as organizações e a sociedade é saber cooperar e promover a inovação na gestão para conquistar a sustentabilidade. Vivemos em uma sociedade de consumo que alimenta a economia. Essa combinação é insustentável e traz um desafio para a gestão, que demanda muito mais do que a criação de produtos que não poluam o ambiente. Para atingirmos uma economia mais sustentável, é fundamental que haja uma mudança de cultura e de atitude das pessoas e das organizações,

criando um consumo mais consciente, embasado em preocupações com a escassez dos recursos naturais. As empresas que adotam práticas de excelência em gestão já perceberam que o poder, antes na mão da distribuição, passa para a mão do consumidor. Em pouco tempo, o cliente vai passar a questionar cada compra com base nas dimensões da sustentabilidade. Entender essa nova ordem do mercado e agir serão os grandes desafios da gestão das empresas. Em geral, o tema ‘inovação’ é associado às áreas de tecnologia ou pesquisa e desenvolvimento. Em que outras áreas, a inovação deve estar envolvida? A sustentabilidade, assim como a inovação, não deve ser preocupação de apenas uma área da empresa. Devem permear toda a organização, fazendo parte da sua cultura. Para que isto aconteça, as organizações precisam ter uma visão sistêmica de sua gestão e compreender que a inovação deve acontecer também na liderança, nas ações de marketing, no modelo de negócios, nas vendas, na produção, nos serviços, na área financeira e nos setores de recursos humanos, ou seja, na gestão como um todo. De que forma a inovação está interligada à sustentabilidade? Inovação é processo; e sustentabilidade é um estado a atingir. Assim, a cultura da inovação será um instrumento para que a empresa atinja mais rapidamente o seu estado de sustentabilidade. Mais do que simplesmente criar novos produtos, serviços e tecnologias, é fundamental que a empresa promova a inovação com foco na sustentabilidade,

tanto do seu negócio, quanto das comunidades, do país e do planeta. Inovar, nesse sentido, quer dizer criar formas diferenciadas de gerir a empresa e fazer os mesmos produtos sem poluir; usar materiais sustentáveis no processo produtivo; criar tecnologias sustentáveis inspiradas em soluções da natureza; incentivar os funcionários a consumirem de maneira mais consciente (tanto no trabalho, quanto em casa e nas ruas); promover campanhas internas e externas de uso racional de recursos naturais, etc. Para isso é preciso que a empresa internalize a cultura da inovação e que seus líderes criem ambientes propícios ao surgimento de soluções inovadoras Como aprender a inovar? O primeiro passo é desenvolver a consciência de que a sustentabilidade é condição sine qua non para que o futuro das próximas gerações seja garantido. Comunicar-se com clareza e objetividade é o que garante à equipe total assimilação dos valores e princípios da organização. Da mesma forma, cria um ambiente favorável à inovação e abre espaço para ouvir o que cada um tem a dizer. Assim, estabelece-se uma relação de confiança entre o líder e seu grupo, criando uma sintonia de ideias e um ambiente encorajador para que todos se sintam parte relevante do processo de trabalho. É muito importante que a alta direção das organizações se comprometa a criar um ambiente propício à cultura da inovação. Em um processo criativo para inovar, deve-se ser mais tolerante a experiências e tentativas... e até aos erros. O importante, nesses casos, é não persistir no erro.

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suplemento especial CICI 2011

Foto: Agência Fiep

Inovação e sustentabilidade

A integração e mobilização popular por meio das redes sociais para tornar as cidades melhores e mais sustentáveis foram o grande mote da segunda edição da Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (Cici), realizada entre 17 e 20 de maio em Curitiba (PR).

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evento contou com a presença de 500 municípios e cerca de 3,5 mil participantes, que discutiram o desenvolvimento das cidades com uso da inovação para promover a sustentabilidade. Durante os quatro dias de conferência, o público pôde ver palestras de importantes nomes do cenário internacional, como o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, o ex-assessor do atual presidente dos Estados Unidos, Parag Khanna, e também o físico e escritor Fritjof Capra, autor de livros como O Tao da física e Ponto de mutação. Jaime Lerner, durante sua palestra, uma das mais aguardadas pelo público, mostrou que é possível melhorar a realidade de qualquer cidade em três anos com

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por Rodrigo Miguez

dedicação, vontade política e foco no trabalho a ser desenvolvido. Ele afirmou: “A cidade que não tem um sonho, não pode ser inovadora.” Lembrando a proximidade da Copa do Mundo de 2014, o arquiteto afirmou que o principal problema das cidades-sede não são os estádios, e sim sua infraestrutura, ou seja, ao melhorar aeroportos e mobilidade urbana, grande parte dos problemas para os jogos estará resolvida. Pensando no reflorescimento das cidades e como as mesmas podem fazer para se reinventar, Parag Khanna foi outro importante personagem. Ele chamou a atenção do público logo no primeiro dia de evento. Segundo Khanna, um dos pontos fundamentais para

o melhor crescimento das cidades está na governança colaborativa, quando todos, governo, empresas e cidadãos, trabalham em sintonia. “A vontade de fazer e a participação da população são importantes aliados para o desenvolvimento das cidades”, afirmou. Ele citou o exemplo de diversas cidades do mundo. “Curitiba provou que a solução para uma cidade se reinventar não está apenas no dinheiro, e sim na vontade política, juntamente com o apoio da população”, afirmou. Khanna também lembrou a conectividade atual do mundo


globalizado, que está mudando a cara das cidades, e fazendo com que os governos e governantes se adaptem a essa nova realidade, em que todos participam do processo de transformação das cidades.

Conexão é poder “Dar poder às pessoas é conectá-las”, esta frase sintetizou a palestra do físico e escritor, Fritjof Capra, na Cici. Segundo ele, o sistema de poder ainda ex i s t e n t e n a s empresas está em decadência. A união e participação de todos os envolvidos é a melhor forma de demonstração de poder, ou seja, a melhor maneira de dar poder é conectar as pessoas e não controlá-las. “As pessoas não podem ser controladas, mas sim inspiradas e persuadidas”, afirmou. Capra falou ainda sobre o conceito atual de sustentabilidade, o qual, em sua opinião, está confuso e pouco entendido pela sociedade. Para ele, o maior

A cidade que não tem um sonho, não pode ser inovadora. Jaime Lerner,

arquiteto e urbanista

obstáculo para a implantação de atitudes sustentáveis está na falta de vontade política e de uma liderança. “Acho que o único modo de melhorar uma sociedade é a união entre governo, empresários e a população”, advertiu.

Universidades Inovadoras Grandes fomentadoras de novas ideias, as universidades tiveram seu espaço garantido na Cici 2011 para promover os projetos inovadores e sustentáveis que estão sendo desenvolvidos no meio acadêmico. A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) apresentou o futuro escritório modelo sustentável (já em construção) da instituição, que será sede da primeira Empresa Junior da UTFPR. Criado totalmente sob o conceito de edificação verde, a casa está sendo construída por mais de 50 empresas doadoras de tecnologias sustentáveis e materiais de baixo impacto ambiental. Dentre as inovações do ‘escritório verde’ está o menor uso de água e energia da casa, e também a utilização de

manta de pneu reciclado para se fazer o revestimento acústico do imóvel. Além disso, o empreendimento abrigará o Centro Regional Integrado de Expertise de Educação para o Desenvolvimento Sustentável (Crie Curitiba). O centro é uma rede de representantes das universidades do estado do Paraná e foi aprovado pela Universidade das Nações Unidas (UNU) e Unesco, sendo o primeiro do país e fazendo parte de uma rede de mais de 80 aprovados de RCEs (Regional Centres of Experitises) no mundo para atender as demandas da Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável 2004-2015, decretada pela ONU. Quem também está investindo na inovação é a Pontifícia Universidade

Fritjof lembrou, ainda, que a evolução da humanidade sempre esteve ligada a uma cadeia de redes, nas suas mais diferentes formas, como no DNA e em membranas, que se repetem a todo momento, assim como acontece nas redes sociais. “As redes sociais são muito importantes hoje, por isso, é fundamental entendê-las para ter a compreensão a respeito do relacionamento entre as pessoas”, afirmou. “O movimento das informações nos meios de comunicação leva ao compartilhamento de boas ações, ideias e valores”, completou. Em simultâneo à Cici, mais uma vez foi realizada a Conferência Internacional sobre Redes Sociais (Cirs), quando foram discutidos os rumos das redes sociais e seus benefícios na divulgação de políticas sustentáveis na sociedade civil. A interação do público foi incrementada nesta edição, com a Cicity, uma cidade virtual, criada para o evento e mostrada em grandes televisores – os participantes podiam passar seus crachás pelos leitores de códigos de barras e ver Católica do Paraná (PUC-PR) que instalou há dois anos o seu Tecnoparque, em Curitiba. A inauguração foi realizada junto com a abertura do prédio da Nokia Siemens Network (NSN) que se instalou no parque graças à sua presença na capital paranaense desde 1974, e também com o benefício da aproximação da empresa com os universitários. O PUCPR Tecnoparque conta com 22 mil m² destinados a abrigar empresas voltadas para a inovação tecnológica e serviços, e que venham a desenvolver pesquisa, desenvolvimento e ensino em conjunto com a universidade. Entretanto, de acordo com o professor Luiz Marcio Spinosa, diretor-executivo do Tecnoparque da PUC-PR, o objetivo da instituição é que o espaço chegue a ter 50 mil m² em 2016. TN Petróleo 78

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Fotos: Agência Fiep

suplemento especial

quem estava presente nas mesmas palestras. Além disso, como em 2010, em todos os ambientes de palestras havia telões com as twittadas do público.

Energias renováveis O futuro da energia no mundo também foi discutido nas palestras. O economista norte-americano Jeremy Rifkin defendeu a necessidade de mudança no padrão de geração de energia, que vai exigir o abandono da dependência do sistema econômico dos combustíveis fósseis. Para isso, é necessário adotar uma nova visão econômica, com base na obtenção de energia do sol, vento, movimento das marés e do calor produzido pela própria terra. Ele lembrou que diversos países da Europa já estão correndo atrás dessa mudan-

ça na produção energética, com investimentos em energia limpa e renovável. Aqui no Brasil, esses investimentos ainda são tímidos, mas vêm crescendo substancialmente nos últimos dois anos. Além das fontes, os equipamentos provedores de energia devem ser providos de tecnologia que favoreça a eficiência energética. Para o gerente de Desenvolvimento de

Negócios da GE Energy, Fernando Rodrigues, o momento atual é de aliar a qualidade de serviços com a sustentabilidade. A Cici mostrou esse ano que é possível termos de fato políticas sustentáveis ativas e eficientes somente com a mobilização popular, por todos os meios, seja em uma conversa ou divulgando ideias nas redes sociais, junto com vontade política.

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Realização

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suplemento especial

Portal da biodiversidade IBM e Ministério da Ciência e Tecnologia criam WikiFlora, dentro do projeto Comunidade Ciência

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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom, Agência Brasil

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IBM firmou, em junho, parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para desenvolvimento do projeto Comunidade Ciência. O anúncio prevê a criação de um portal colaborativo para compartilhamento de informações e estudos sobre a biodiversidade nacional. A concepção e o desenvolvimento do projeto estão sendo realizados por voluntários da IBM como parte das ações do centenário da companhia, celebrado no dia 16 de junho deste ano. O projeto surgiu com base em ferramentas de colaboração e rapidamente evoluiu para trabalhar conceitos de Ciência Cidadã, buscando incentivar a cooperação entre estudantes, comunidades, educadores e cientistas em estudos ligados à diversidade biológica. O portal, batizado de WikiFlora contará com ferramentas de redes sociais, wiki e referências geográficas do conteúdo. “Professores e alunos vão poder se registrar e participar de redes temáticas, além de desenvolver projetos em parceria com pesquisadores de ponta”, afirmou Sergio Borger, diretor de Estratégia e Operações do Laboratório de Pesquisas da IBM Brasil, responsável pelo projeto. “A sociedade em geral será beneficiada. Utilizaremos tecnologias colaborativas e de georreferenciamento de forma que os estudantes, professores e pesquisadores possam colaborar

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e o presidente da IBM Brasil, Ricardo Pelegrini, durante a assinatura da parceria.

em projetos científicos e educacionais”, explicou o pesquisador. A proposta partiu de uma ideia do ministro Aloízio Mercadante de criar uma enciclopédia digital para registros de dados botânicos do Brasil. “Uma das formas de criar um caminho alternativo para a sustentabilidade, que não seja só combater o desmatamento, é conhecer a biodiversidade, mostrar a importância que ela tem para a farmacologia, para a alimentação e a riqueza que todo esse material genético tem para o Brasil e para o planeta”, afirmou o ministro. O acervo científico será formado por parcerias com instituições a serem selecionas pela IBM e o MCT. A catalogação terá início pela Reserva Experimental Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCT) na qual existe valioso acer-

vo catalogado com mais de 2.500 espécies da Amazônia, o que representa apenas uma fração do total da biodiversidade contida na região. A reserva florestal localizada em Manaus funciona como um grande laboratório, que dá suporte a pesquisas e elaboração de propostas para a exploração sustentável. Segundo o ministro, existe a necessidade de se criar uma grande interlocução com a comunidade científica para que haja adesão ampla ao projeto, além de desenvolver protocolos para preservar os direitos de autoria aos cientistas e colaboradores. A criação do portal permitirá, por exemplo, que a população conheça melhor a Amazônia, maior floresta tropical do mundo, e sua biodiversidade. Ele permitirá a catalogação de espécies e a interação com conteúdos já existentes em acervos.


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suplemento especial

Rio quer reduzir gases de efeito estufa em 18,2% Plano de ação e inventário da Prefeitura e Coppe/UFRJ definem metas de redução de carbono até 2025. Workshop discute no Rio oportunidades, soluções e tecnologias para reduzir emissões de CO2 na indústria, construção civil e transportes até 2016.

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Foto: Banco de Imagens Stock.xcng

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Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Município do Rio de Janeiro acaba de lançar uma versão atualizada do Inventário de Emissões dos Gases do Efeito Estufa, em parceria com a Coppe/UFRJ, um dos principais centros de pesquisa do assunto. Com isso, o Rio de Janeiro é, novamente, pioneiro em matéria ambiental, tornando-se a primeira cidade da América Latina a atualizar a pesquisa. O documento resultou na criação do Plano de Ação para a Redução de Emissões dos Gases de Efeito Estufa da cidade do Rio de Janeiro, que vai embasar a palestra que o secretário de Meio Ambiente e vice-prefeito do Rio, Carlos Alberto Muniz, fará no próximo dia 14 de julho, na abertura do workshop Oportunidades de Negócios, Soluções e Tecnologias para uma Copa e uma Olimpíada mais Verdes, na sede da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro (Seaerj). Segundo a Secretaria, muito mais do que uma radiografia das emissões de dióxido de carbono

no perímetro urbano, o estudo representa um material inestimável para orientar a política de desenvolvimento da cidade. No documento, a Prefeitura e a Coppe/UFRJ traçaram distintos cenários de emissões dos gases do efeito estufa, indicando rumos que poderão ser tomados. No cenário B, que considera medidas em andamento, tais como o novo Centro de Tratamento de Resíduos, corredores exclusivos de ônibus (Transcarioca, Transolímpica e Transoeste), as reduções estimadas são de 8,3% em 2012, 13,5% em 2016, 13% em 2020 e 11,8% em 2025, comparadas às emissões de 2005, ano base do estudo. Tais metas estão atreladas também às medidas previstas no Plano de Ação da Cidade do Rio de Janeiro para a redução dos gases, previamente estabeleci-

das pela política climática da cidade, como a duplicação da malha cicloviária, a expansão do programa de reflorestamento, a instalação do Centro de Tratamento de Resíduos e a racionalização dos Transportes coletivos, entre outros. As metas, no entanto, poderão ser potencializadas com a implementação de outras medidas viáveis, mas que ainda dependem de aprimoramento tecnológico, como é o caso da captura do biogás no setor de resíduos, ou de projetos ainda em avaliação pelos técnicos da Prefeitura, como a implementação de lâmpadas LED na iluminação pública. Nesse caso, o cenário mais otimista (cenário C) aponta para uma redução nas emissões de 12% em 2012, 18,2% em 2016, 18,7% em 2020 e 17,5% em 2025.


Foto: Banco de Imagens Stock.xcng

Conversores de energia para parques eólicos Icsa do Brasil vai investir R$ 100 milhões para fabricação de conversores de energia para parques eólicos processo de inovação para se adequar às condições ambientais do Brasil, à temperatura e também à umidade. Os conversores produzidos na fábrica de Minas Gerais serão exportados para países como Venezuela e Argentina. Foto: Divulgação

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Icsa do Brasil, especializada em conversores de energia eólica, fechou contrato de R$ 100 milhões para fabricar conversores de energia para parques eólicos em Santa Catarina, Bahia e Ceará. Os primeiros 15 conversores de frequência full power de potência industrial ficaram prontos no último mês de maio, já os outros serão entregues até o mês de julho de 2012. Os equipamentos fabricados não precisarão de um sistema de engrenagem, como costuma ocorrer com os outros tipos do aparelho. Para produzir os conversores, a Icsa fechou parceria (que envolve transferência de tecnologia) com a empresa alemã Vensys. A forma de produção dos equipamentos, porém, passou por um

AGOSTO Feiras e Congressos JULHO

26 a 28 – Brasil 4ª FIBOPS – Feira Internacional para Intercâmbios das Boas Práticas Sociambientais Local: São Paulo Tel.: +55 11 3257-9660 institutomais@institutomais.org www.fibops.com.br

7 a 9 – Brasil Conferência Ethos – Protagonista de uma nova economia Local: São Paulo Tel.: +55 11 3897-2400 www.ethos.org.br/ce2011 17 a 19 – Brasil Strategy Execution Summit 2011 – Influenciando o pensamento estratégico no Brasil e América Latina Local: São Paulo Tel.: +55 11 4134-8200 www.symnetics.com.br

Ibama vai lançar Relatório de Qualidade do Meio Ambiente na Rio+20 O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) lançará, na Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio +20, em junho do ano que vem, o Relatório de Qualidade do Meio Ambiente (RQMA) 2011. O documento ainda está em fase de elaboração e tem como meta formatar mecanismos de aperfeiçoamento contínuos de integração de captura e análise de dados que possam ser utilizados para a gestão ambiental. A intenção do instituto é usar o relatório para contribuir na preservação, na melhoria e na recuperação do meio ambiente, afirma o Ibama. O RQMA abordará temas prioritários na Política Nacional de Meio Ambiente e na agenda atual do Ministério do Meio Ambiente (MMA), tais como mudanças climáticas, perda de biodiversidade, desmatamentos, resíduos sólidos, economia verde e sustentabilidade. O relatório poderá ter a contribuição de qualquer organização não governamental ou instituição de ensino e pesquisa superior, além de instituições dos governos municipal, estadual e federal.

22 a 23 – Brasil Brazil Energy Frontiers 2011 Local: São Paulo Tel.: +55 11 3704-7733 eliana.marcon@acendebrasil.com.br www.brazilenergyfrontiers.com

SETEMBRO

27 a 29 – Brasil Sustentável 2011 – 4º Congresso Internacional sobre Desenv. Sustentável Local: Rio de Janeiro Tel.: +55 21 2483-2250 cebds@cebds.org www.cebds.org.br/cebds/ sustentavel2011.asp TN Petróleo 78

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suplemento especial

A perspectiva ambiental nas novas Rodadas da ANP

As consequências do acidente com a plataforma da BP no Golfo do México foram sentidas globalmente pela indústria petrolífera, em especial suscitando questionamentos a respeito da segurança das operações e da proteção do meio ambiente

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Maria Alice Doria é sócia do escritório Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho Advogados Associados.

Patrícia Guimarães é advogada da área ambiental do escritório Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho Advogados.

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o Brasil, preocupados com os possíveis catastróficos danos ambientais advindos da exploração e produção de petróleo e gás, como o que ocorreu com a Plataforma da BP, nota-se uma tendência dos órgãos ambientais em aumentar o rigor da fiscalização e buscar medidas efetivas de proteção ambiental e segurança. É, portanto, nesse contexto, que o Ministério do Meio Ambiente (MMA), através da ministra Izabella Teixeira,[1] já deixou claro que pretende tornar mais rigoroso o processo de licenciamento ambiental para a exploração de petróleo. O maior rigor decorreria das medidas de modernização das licenças ambientais concedidas no Brasil, que o MMA pretende implementar para o setor de petróleo e gás, segundo declarações da ministra. Quando o assunto é o risco ao meio ambiente na exploração e produção de combustíveis fósseis, devem ser considerados não apenas os riscos à natureza, mas também os sociais. Nesse particular, os riscos naturais mais significativos são observados na exploração offshore. Contudo, não menos importantes são os impactos sociais, que na exploração onshore merecem peculiar atenção. Nesse ínterim, de preservação do meio ambiente e exploração de petróleo e gás, é que a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) desempenha papel de destaque na regulação do setor, impondo ao concessionário, através do contrato de concessão, a observância de diversos requisitos ambientais, em especial os previstos na cláusula 21, que dispõe sobre meio ambiente, e harmonizando os interesses sociais do país com a geração de riquezas e o direito fundamental do cidadão a um meio ambiental saudável. Esse posicionamento da ANP é importante no processo de desenvolvimento do Brasil, na medida que a regulação procura equilibrar os interesses econômicos com as garantias constitucionais, como a preservação do meio ambiente. Ademais, é através do contrato de concessão que a ANP poderá exigir do concessionário maior racionalidade da utilização dos recursos naturais e buscar melhores tecnologias para a execução das atividades. A partir da Resolução CNPE n. 08/2003, que estabelece a política de produção de petróleo e gás natural e define diretrizes para a realização de licitações de blocos exploratórios ou áreas com descobertas já caracterizadas, a variável ambiental passou a ser parte indissociável na definição das áreas ofertadas e está dentre as ações estratégicas da agência reguladora. Não apenas isso, a partir da polêmica Oitava Rodada,[2] os critérios ambientais 1 http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/01/21/mma-diz-que-estuda-regras-mais-rigidas-para-setor-de-petroleo-923579934.asp. 2

http://oglobo.globo.com/economia/mat/2006/11/28/286818277.asp.


Foto: Banco de Imagens TN Petróleo

passaram a contabilizar pontos na qualificação técnica das empresas concorrentes na licitação. É notória, portanto, a crescente preocupação da agência reguladora do petróleo com a problemática ambiental enfrentada por seus concessionários. Em vista disso, são elaboradas Guias de Licenciamento pela ANP em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as quais indicam os níveis de exigências para o licenciamento ambiental de pesquisa sísmica e de perfuração de poços para determinada área e orientam a elaboração de estudos ambientais. Com a criação das Guias Ambientais, o concessionário, antes da licitação, pode avaliar os riscos ambientais para a área a ser concedida. Observa-se, também, a preocupação com o meio ambiente na cláusula 22 que trata de seguros, já que ali se prevê a contratação de seguro para a cobertura de danos ambientais para a operação e execução das atividades do concessionário, durante toda a vigência do contrato de concessão. Note-se, nesse particular, que a adoção de procedimentos de segurança e mitigação de danos poderá diminuir os riscos a serem assumidos pela seguradora diminuindo o valor do prêmio a ser pago pelo concessionário. Toda essa preocupação da ANP foi refletida no novo modelo do contrato de concessão que será utilizado já para a Décima primeira Rodada, rodada essa que sofreu com atrasos decorrentes da falta de licença para exploração da bacia do Solimões, na região Norte do país. Assim, de acordo com o novo modelo do contrato de concessão, no caso dos licenciamentos em que houver audiência pública, a ANP deverá receber os estudos ambientais previamente à data da audiência. Tal disposição não havia previsão no modelo contratual anterior. Outra inovação envolve o envio, pelo concessionário, de cópia da licença ambiental em até 30 dias da obtenção da mesma para a ANP, podendo esse prazo ser, inclusive, reduzido quando a cópia da licença se fizer necessária para instruir algum procedimento de autorização junto à ANP. De toda forma, a alteração mais significativa, na perspectiva ambiental, é a previsão de que o órgão ambiental deverá ser comunicado quando da ocorrência de qualquer acidente com derramamento ou perda de óleo ou gás e outros incidentes. Isso porque, no modelo anterior, apenas a ANP precisava ser comunicada. Não havia previsão expressa de comunicação ao órgão ambiental e muitas vezes os incidentes eram controlados pela própria empresa de forma independente, sem se utilizar talvez da técnica mais indicada para o controle da situação. A necessidade de comunicação ao órgão ambiental ficava a cargo da legislação estadual que nem sempre é clara nesse sentido e levava a interpretações dúbias, o que causava enorme insegurança no controle de poluição ou outros acidentes.

Um aspecto importante a ser registrado é que a ANP não analisa, quando da ofertas dos blocos, as particularidades locais, que mais tarde podem significar custos extraordinários aos concessionários. Dessa maneira, as particularidades locais dos blocos ofertados merecem atenção dos licitantes. Isso porque a existência de eventual unidade de conservação de proteção integral ou terra indígena, na área a ser explorada, inviabiliza essa exploração. Portanto, em que pese a manifestação do Ibama pré-avaliando as áreas a serem concedidas pela ANP, os órgãos ambientais estaduais e municipais além da Fundação Nacional do Índio (Funai) e Fundação Cultural Palmares devem ser consultados, de forma a resguardar os interesses do concessionário ao concorrer na licitação para determinado bloco. Note que o empreendedor pode encontrar problemas decorrentes da localização de áreas exploratórias em zonas de amortecimento de unidades de conservação. Isso porque as zonas de amortecimento de UC são áreas ambientalmente sensíveis, que demandam cuidados especiais, de maneira a garantir seu propósito na conservação do meio ambiente, e por essa razão, as atividades a serem ali desenvolvidas precisam estar previstas no plano de manejo da UC. Entretanto, não são todas as UCs que possuem um plano de manejo, o que compromete uma análise segura da viabilidade na exploração da área. Sendo assim, é patente que o Brasil desfruta de atributos ambientais importantes que o órgão regulador da indústria do petróleo, a ANP, já procura preservar e resguardar, haja vista as alterações e inclusões significativas no novo modelo do contrato de concessão. No entanto, ainda é necessária uma atuação ambiental mais unificada em nível federal, estadual e municipal de forma a proporcionar maior segurança aos concessionários e ao próprio meio ambiente, o qual é prejudicado pelas incertezas oriundas das lacunas legislativas.

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suplemento especial

Os perigos dos resíduos

da indústria de petróleo e gás para as pessoas e para o meio ambiente

A indústria de petróleo e gás natural concentrou-se apenas na redução do conteúdo de óleo, com o intuito de recuperar a parcela com valor comercial e o aumento das preocupações mundiais com o meio ambiente e a necessidade de adaptação ao contexto da globalização da economia. As empresas começaram a despertar para as questões ambientais e a sustentabilidade de suas operações. Mas a escassez dos recursos naturais tem forçado as empresas a buscarem soluções racionais para evitar o desperdício e melhorar a eficiência.

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Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria.

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urante algum tempo, a indústria de petróleo e gás natural se preocupou com os resíduos oleosos e se concentrou apenas na redução do conteúdo de óleo, com o intuito de recuperar a parcela com valor comercial. Ao final dos processos, restavam os resíduos sólidos ou semissólido, conhecidos como borra oleosa e o solo contaminado com petróleo que, por não possuírem valor comercial, eram acumulados em lagoas ou diques, causando infiltrações no solo e contaminação ao meio ambiente. Depois disso, com o aumento das preocupações internacionais com o meio ambiente e a necessidade de adaptação ao contexto da globalização da economia, as petrolíferas começaram a despertar para as questões ambientais e a sustentabilidade de suas operações. Soma-se a isso a escassez dos recursos naturais, que tem forçado as empresas a buscarem soluções racionais para evitar o desperdício e melhorar a eficiência. No Brasil, a legislação ambiental, a partir da lei dos crimes ambientais, vem se desenvolvendo e sendo utilizada como instrumento de regulamentação da conduta ambiental. Essa conduta tem sido exigida pela sociedade como resposta aos diversos acidentes ambientais ocorridos no passado e cujos danos ao meio ambiente poderiam ter sido evitados, através do monitoramento adequado dos processos produtivos e da existência de procedimentos para atendimento às situações de emergência. Não há dúvida de que as operações de extração e processamento de petróleo e gás oferecem uma série de ricos ao meio ambiente e à segurança humana. Os acidentes ambientais decorrem de falhas humanas causadas pela manipulação direta de equipamentos ou em virtude de um gerenciamento operacional inadequado, envolvendo a manutenção e a segurança das instalações. Em consequência, as companhias de petróleo e gás desenvolveram algumas metodologias como aumentar a eficiência operacional, intensificar o uso de matérias-primas mais econômicas, reduzir os custos logísticos, modernizar as instalações e sistemas de segurança industrial, expandir a atuação em mercados de alto potencial e promover investimentos nas atividades de pesquisa. Por fim, acabaram buscando a necessidade de desenvolver ferramentas de gestão, que permitam mitigar os impactos ambientais das atividades da indústria de petróleo e gás. Na verdade, atualmente, já existem meios exequíveis de gestão e gerenciamento de resíduos químicos, em que a engenharia de saúde e segurança, sempre com base nos conhecimentos da área de química, promove


Foto: Cortesia British Petroleum

a consciência preventiva, especificamente no que se refere à nocividade de produtos perigosos em ambientes de trabalho, levando-se em consideração as instalações operacionais e os possíveis riscos ocupacionais. O tratamento de resíduos é viável. Contudo, para que esse gerenciamento tenha êxito é necessário desenvolver uma consciência ética em relação ao uso e ao descarte de produtos, visando à prevenção da poluição e à redução, reaproveitamento e recuperação de materiais. Para tentar melhorar todos esses problemas, entrou em vigor a norma NBR 16725: 2011/Resíduo químico – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente – Ficha com Dados de Segurança de Resíduos químicos (FDSR) e rotulagem. Ela foi elaborada no âmbito do Comitê Brasileiro de Química (ABNT/CB-10) em função do Decreto n. 2657, de 3 de julho de 1998, que promulgou a Convenção 170 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e estabeleceu algumas responsabilidades referentes ao fornecimento de informações sobre os resíduos que devem constar no rótulo e na FDSR. O rótulo e a ficha com dados de segurança de resíduos (FDSR) fornecem informações sobre os vários aspectos de resíduos químicos quanto a proteção, a segurança, saúde e meio ambiente. Assim, eles são os meios do gerador de resíduos transferir informações essenciais sobre os seus perigos (incluindo informações sobre o transporte, manuseio, armazenagem e procedimentos de emergência) ao receptor deste, trabalhadores, empregadores, profissionais da saúde e segurança, pessoal de emergência, agências governamentais, assim como membros da comunidade, instituições, serviços e outras partes envolvidas com o resíduo químico, possibilitando que eles tomem as medidas necessárias relativas à segurança, saúde e meio ambiente. Além disso, o rótulo e a ficha com dados de segurança de resíduos (FDSR) são meios de o gerador de resíduos químicos perigosos transmitir ao receptor informações essenciais sobre os seus perigos, abrangendo transporte, manuseio, armazenagem e procedimentos de emergência. Com essa iniciativa, trabalhadores, empregadores, profissionais da saúde e segurança, pessoal de emergência, agências governamentais, assim como membros da comunidade, instituições, serviços e outras partes envolvidas com o resíduo químico podem tomar as medidas necessárias relativas à segurança, saúde e ao meio ambiente. A norma ABNT NBR 16725:2011 define certos requisitos em relação à forma e ao conteúdo do rótulo de resíduos e da FDSR, devendo ser ressaltado o papel fundamental da rotulagem que é uma forma eficaz de fornecer informações essenciais de segurança ao trabalhador e aos demais usuários envolvidos na armazenagem, logística e destinação de resíduos químicos. As informações para o rótulo e a ficha incluem: identificação do resíduo químico e telefone de emergência do gerador, composição química, informação do perigo e frases de

precaução, dentre outros dados. Dessa forma, podem contribuir para a prevenção de danos ao meio ambiente e às pessoas. O gerador do resíduo químico deve tornar disponível ao receptor e usuário um rótulo e uma FDSR completos, nos quais devem ser relatadas informações pertinentes quanto a segurança, saúde e meio ambiente. O gerador tem o dever de manter o rótulo e a FDSR sempre atualizados e torná-los disponíveis ao receptor e usuário. O rótulo e a FDSR constituem apenas parte da informação necessária para a elaboração de um programa de segurança, saúde e meio ambiente. Seus textos devem ser escritos em português (Brasil), de forma legível, em linguagem compreensível, de maneira clara e concisa. Frases comuns são recomendadas. A FDSR não é um documento confidencial, não sendo necessário informar a composição completa do resíduo químico, porém, para não comprometer a saúde e a segurança dos usuários e a proteção do meio ambiente, as informações referentes aos perigos dos resíduos, ainda que consideradas confidenciais, devem ser fornecidas. Para a elaboração da FDSR são exigidos conhecimentos técnicos do resíduo químico em relação aos requisitos dessa norma. O gerador e o receptor são os responsáveis por escolher a melhor maneira de informar e treinar seus trabalhadores, quanto ao conteúdo de uma FDSR. Quando formular as instruções específicas para o local de trabalho, o gerador e o receptor devem levar em consideração as recomendações pertinentes da FDSR de cada resíduo químico. Importante dizer que a principal finalidade do rótulo e da FDSR é dar condições para que os resíduos possam ser armazenados, transportados e destinados dentro das melhores práticas de segurança, proteção ao meio ambiente e à saúde das pessoas, já que os geradores de resíduos deverão atender aos requisitos da norma. Ela complementa a legislação específica vigente sobre resíduos químicos e, após 18 meses da sua publicação, as fichas e os rótulos de resíduos devem ser elaborados de acordo com ela. A classificação dos resíduos como perigosos ou não perigosos é feita tomando-se por base o texto da NBR 10004:2004. TN Petróleo 78

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pessoas

para as Américas na divisão de telecomunicações. Em Munique também foi executivo do setor de planejamento estratégico mundial da companhia, onde ajudou a desenvolver projetos de posicionamento estratégico da empresa na França, Suécia, Áustria, entre outros países. De volta ao Brasil, Ricardo Lamenza foi gerente da área de Healthcare da Siemens, no Rio de Janeiro. Atuou como CFO do setor de Energia para o então cluster Mercosul (Brasil, Argentina, Chile, Bolívia e Paraguai). Em 2007, assumiu o cargo de CFO da Siemens no Chile e trabalhou em Santiago durante quatro anos. Em sua opinião, a expectativa da Siemens é crescer no setor. “O país em crescimento vai precisar de mais energia, de fontes mais diversas, por

Jayne Matthews é especialista em gestão de risco do BMT Group

Sérgio Lázaro é o novo gerente comercial de gruas da Locar, uma das maiores empresas da América Latina no segmento de transportes especiais e a maior em içamentos de cargas por meio de guindastes. Segundo a empresa, o desafio do executivo será aumentar a carteira de clientes no segmento, fidelizar os existentes, aumentar o market share e, consequentemente, potencializar o faturamento. Com formação na área de marketing, Lázaro está cursando um MBA em gestão comercial e já passou por outras empresas do setor. Entre elas a Solaris, onde atuou como gestor de filial, e a Mills, onde trabalhou na divisão de eventos. O cargo de gerente comercial de gruas foi criado recentemente na Locar.

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conta da demanda criada a partir do desenvolvimento do Brasil.” Para o executivo, os grandes investimentos da Siemens em pesquisa e desenvolvimento de produtos que reduzam o impacto ambiental no setor energético vai ser o grande diferencial competitivo da empresa ao setor.

Foto: Cortesia BMT Group

Locar tem novo gerente comercial de gruas

O BMT Group, especializado em design marítimo, engenharia e consultoria de gestão de risco, anunciou Jayne Matthews como gerente de Risco Operacional da empresa. Jayne será responsável por liderar e gerenciar atividades de risco e de risco de apoio, bem como as auditorias internas da BMT Group e subsidiárias do grupo. Ela também vai se encarregar de controlar o sistema de gestão única de sustentabilidade da empresa (SuMS). Jayne tem experiência de mais de 20 anos de trabalho na gestão da qualidade. É bacharel em bioquímica, PHD em ciências biológicas, pós-graduada em gestão da qualidade e membro do Chartered Quality Institute. Juntou-se ao Grupo BMT para fornecer consultoria em gerenciamento especializado no desenvolvimento de sistemas de gestão da qualidade e do meio ambiente. Ela vem trabalhando com a BMT

Foto: Cortesia Siemens

Ricardo Lamenza é o novo diretor da divisão de Energia Fóssil da Siemens no Brasil, no lugar de Alan Rodriguez. Ele iniciou sua carreira na Siemens em São Paulo, em 1981, como trainee. Na época, cursava Administração de Empresas na Universidade Mackenzie. Alguns anos depois, complementou seus estudos com um MBA em Marketing na PUC-SP e uma especialização em negócios na Duke University – The Fuqua School of Business, Carolina do Norte (EUA). Lamenza desenvolveu-se profissionalmente como analista comercial do setor de telecomunicações da Siemens regional São Paulo e Porto Alegre. Atuou na implementação do departamento de planejamento estratégico da companhia, onde trabalhou até ser transferido para a Alemanha para assumir a responsabilidade comercial de equipamentos periféricos Foto: Divulgação

Siemens no Brasil tem novo diretor na área de geração de energia

como consultora durante algum tempo, ajudando as empresas do grupo a alcançar uma variedade de certificações como ISO 9001 e ISO 14001.


Foto: Wilson Dias, Agência Brasil

O quadro executivo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) voltou a ficar completo, depois de um longo período, com a posse do engenheiro químico Florival Rodrigues Carvalho e do economista Helder Queiroz Pinto, em cerimônia que contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Florival Rodrigues Carvalho tem especialização em Engenharia de Segurança, e mestrado e doutorado em Engenharia Química, mesma área de sua graduação. Professor adjunto do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de Pernambuco desde 1996, ele está cedido, desde 2007, à ANP, onde ocupa cargo de Superintendente de Planejamento e Pesquisa. Helder Queiroz Pinto Júnior é economista e tem mestrado em Planejamento Energético e doutorado em Economia da Energia. Atualmente, é professor de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisador do Grupo de Economia de Energia da mesma instituição.

Foto: José Cruz, Agência Brasil

Novos diretores tomam posse na ANP

O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, e os diretores da Agência, Magda Chambriard e Allan Kardec Duailibe, também participaram do evento realizado no dia 15 de julho, no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro. Estiveram presentes os ex-diretores da ANP David Zylbersztajn e Sebastião

do Rego Barros, o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, Júlio Bueno, os diretores da Petrobras de Gás e Energia, Maria das Graças Foster, e de Exploração e Produção, Guilherme Estrella, parlamentares e representantes da indústria de petróleo e gás natural.

Gulf Brasil tem novo gerente de lubrificantes A Gulf Brasil, subsidiária da Gulf Oil International, uma das maiores empresas mundiais de petróleo que atuou no mercado brasileiro entre 1936 e 1959, para retornar em 2004, contratou André Luiz Póvoa Inácio para o cargo de gerente comercial no país. André atuou por 17 anos na área nacional de vendas da Ipiranga e chega à Gulf Brasil com a missão de implantar novos sistemas de gestão comercial, além de fortalecer e ampliar o atendimento aos clientes. “A contratação faz parte das inúmeras ações estratégicas para posicionar a Gulf Brasil entre as maiores produtoras e distribuidoras de lubrificantes do mercado brasileiro”, fala Antonio Carlos de Melo, diretor comercial da Gulf Brasil. Para o gerente comercial, assumir a área é um grande desafio profissional. “A Gulf é uma empresa que vem se destacando no cenário nacional de lubrificantes. Poder estar no processo de estruturação de seu departamento comercial é uma enorme honra”, diz André.

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produtos e serviços

JLMD/BBLink

Sistema de recuperação rápida de

hidrocarboneto O novo princípio da Responsabilidade Social Corporativa, adotado por mais e mais companhias marítimas, ganha força na Organização Marítima Internacional (IMO), com uma mudança histórica para os padrões de construção baseados em metas adotadas para navios recém-construídos. Esta nova visão estabelece novos objetivos a serem alcançados no que diz respeito a segurança e proteção ambiental. Ela marca uma grande mudança na abordagem marítima global para regulamentação da segurança refletindo em uma guinada na Abordagem Orientada para o Risco. Nesse contexto, a poluição acidental torna-se uma questão ambiental significativa à espera de soluções técnicas capazes de satisfazer todos os envolvidos no meio marítimo tais como armadores, estaleiros, autoridades controladoras, seguradoras, sociedades de classe e registro de bandeiras. Abordagem orientada para o risco – Uma associação recentemente criada, a Associação de Segurança Passiva Marítima (MPS), reúne a experiência internacional para prover o navio e as companhias de navegação, seja com equipamentos permanentes a bordo, ou informações pertinentes e processos adaptados de modo a mitigar as graves consequências de uma poluição ambiental. Especialistas em segurança passiva têm observado o perigo que enfrentam os navios com projetos convencionais quando operações de recuperação de poluentes precisam ser executadas. Obviamente, os projetos dos navios tiveram grande progresso com a Eficiência Ecológica (Nox Sox, tratamento de água de lastro, pintura anti-incrustante), mas uma lacuna de conhecimento e considerações impede que tais navios se tornem ecologicamente seguros.

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Foto: Cortesia SVITZER

Novas tecnologias oferecem soluções eficientes para enfrentar consequências ambientais em acidentes no mar.

Conectores instalados a bordo do navio

Essa noção de Segurança Ecológica tem sido um tópico crucial para a empresa JLMD Ecologic Group ao longo de dez anos de análises fundamentadas em uma abordagem baseada no risco. A empresa francesa é uma das fundadoras da Associação de Segurança Marítima Passiva. Com o Sistema de Recuperação Rápida do Óleo (FOR), a JLMD contribui para preencher a falta de equipamentos ‘pós-acidentes’ a bordo dos navios, em caso de um incidente. O sistema FOR é constituído de dispositivos de emergência para recuperação de poluentes que são instalados diretamente nos conveses dos navios (cargueiros, navios-tanques, porta-contêiner, etc.). Cada navio é permanentemente equipado com no mínimo dois circuitos de segurança que são imediatamente acessíveis através de conectores localizados no deck superior do navio. Solução inteligente – A solução FOR permite ‘evacuar’ a carga poluente da

embarcação, assegurando um caminho fácil e imediato para que a equipe de salvamento conecte dois tubos e recupere carga. Através de um dos circuitos, é injetado água do mar pela equipe de salvamento. O sistema é baseado no princípio de flutuabilidade de Arquimedes: o óleo, sendo mais leve que a água, é empurrado para a parte mais alta dos tanques, sendo inteiramente recuperado pelo segundo circuito. O sistema FOR permite que o hidrocarboneto seja rapidamente recuperado, limitando, dessa forma, as consequências ambientais que poderiam ocorrer em caso de um acidente no mar. “O FOR foi concebido a partir de uma afirmativa alarmante de que 20 mil navios circulam de modo permanente em nossos mares, sem qualquer acesso a bordo fácil e rápido para esvaziar seu conteúdo em caso de acidente”, comentou o executivo da empresa JLMD em pronunciamento recente. “O sistema FOR termina com processos de salvamento complexos e lentos graças à possibilidade de oferecer a qualquer momento, às equipes de salvamento, acessos rápidos e padronizados a esses poluentes”, acrescentou. A CMA-CGM, a terceira maior empresa de contêineres do mundo, foi a primeira a equipar uma unidade de 13 300 TEU com o sistema FOR. Também equipou uma série de porta-contêineres de 8 500 TEU e de 11 400 TEU construídos na Coreia do Sul. O grupo conduziu a análise com a JLMD, melhorando as falhas no diagrama de dutos dos tanques devido às interconexões comuns dos dutos (ventilação/transbordamento) que romperão em qualquer processo de recuperação, forçando assim as companhias de salvamento a perfurarem o casco ou o convés para acessar cada tanque. Ecologicamente seguro – Se a regulamentação fez grandes progressos quanto à integridade dos tanques, removendo-os para fora do casco (Marpol, anexo IV), infelizmente em caso de situações de emergência, os acessos aos tanques tornaram-se mais complexos agora. Além disso, para acidentes graves (naufrágio e encalhe), qualquer incidente com válvulas, dutos ou com


um carregamento de óleo fora das especificações, pode criar procedimentos extras para corrigir a situação, consumindo tempo tão importante nesse momento. Operações de carregar ou descarregar podem levar horas e até dias para resolver pequenos problemas de mau funcionamento. Para facilmente integrar o sistema FOR como também corrigir os distúrbios devidos aos diagramas de dutos inapropriados, a JLMD reestudou o diagrama de dutos parcialmente existente nos navios da CMA-CGM, aumentando de modo significativo a acessibilidade aos tanques de combustíveis. Cada incidente ou acidente tem agora um processo próprio de recuperação compatível com o sistema FOR instalado, tornando o navio ecologicamente seguro. “Com o sistema FOR, a JLMD está (agora) respondendo a uma necessidade que está crescendo com a indústria marítima no que diz respeito a tecnologias eficientes pós-acidentes”, destacou Ludovic Gerard, diretor da frota e novas construções da CMA-CGM. “Nossas equipes trabalharam junto com a JLMD, de modo a perfeitamen-

te adaptar o sistema aos tanques dos navios-contêineres. Essa inovação tecnológica está totalmente em linha com a estratégia ambiental da CMA-CGM e está presente em todas as nossas novas embarcações.” Segurança marítima passiva – O FOR sistema foi agraciado com uma nova notação de classe pelo Bureau Veritas e tem sido apoiado pelo Centro de Documentação, Pesquisa e Experimentação em Poluição Acidental de Água (Cedre). “Dez anos de pesquisa e desenvolvimento foram necessários para que a JLMD desenvolvesse um know-how apropriado, agora em conformidade com a notação do sistema FOR pelo Bureau Veritas”, disse Gilles Longuève, diretor da JLMD Ecologic Group. “A nova certificação para o sistema FOR emitido pela sociedade classificadora confirma a eficiência e grande potencial de nossa tecnologia.

Temos certeza de estar oferecendo uma solução efetiva, simples, feita sob medida e logo disponível para todos os envolvidos com o transporte marítimo que desejam demonstrar seu comprometimento em favor do meio ambiente”, acrescentou. As novas autoridades da Abordagem Baseada no Risco chamam a atenção para dois objetivos a serem alcançados pelos navios de hoje: Eficiência Ecológica e Segurança Ecológica. A Eficiência Ecológica está bem apoiada internacionalmente para reduzir os rastros do navio durante suas operações normais. Agora surge a necessidade de se considerar a Segurança Ecológica do navio quando um acidente ou incidente ocorrer. O grupo francês JLMD, que é representado no Brasil pela empresa BBLink, agente exclusivo do sistema FOR, espera ter essa solução instalada em pelo menos 10% da frota marítima internacional por volta de 2015. Atualmente, 35 navios (bulkers, tanques, tranportadores de produtos químicos, contêineres e navios de guerra) estão equipados com o sistema FOR.

Indústria naval brasileira. Um setor em expansão.

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Com um mar de oportunidades em sua proa e após anos de estagnação, o mercado naval brasileiro volta a ser uma realidade. De 2000 para cá, com os programas de Renovação da Frota de Apoio Marítimo (Prorefam) e o de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro, a indústria da construção naval brasileira saltou de dois mil para 80 mil empregos diretos e indiretos, serão 146 embarcações de apoio marítimo e 49 navios, com um índice de 65% de conteúdo nacional no setor de navipeças. Participe! Copyright 2010, Benício Biz Editores Associados | 55 21 3221-7500

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produtos e serviços

Parque Tecnológico

Parque Tecnológico do Rio fez rodada final O Parque Tecnológico inaugurado em 2003 com o objetivo de estimular a interação entre a universidade – seus alunos e corpo acadêmico – e empresas que fazem da inovação o seu cotidiano, ganha os últimos parceiros. As multinacionais Siemens, BG E&P Brasil e EMC Computer Systems Brasil foram as escolhidas para ocupar os últimos terrenos disponíveis para a construção de centros de pesquisa e desenvolvimento no Parque Tecnológico do Rio, no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O projeto terá ainda a participação da Baker Hughes, FMC Technologies, Usiminas, Tenaris Confab, Halliburton e Schlumberger. Além das três empresas aprovadas, a multinacional V&M do Brasil também participou da licitação. São 350 mil m², destinados a abrigar empresas de setores intensivos em diferentes áreas de conhecimento. Com a instalação de centros de tecnologia de importantes multinacionais, o Parque do Rio se confirma como um polo desenvolvedor de tecnologias voltadas, principalmente, para os desafios do pré-sal. Para Maurício Guedes, diretor do Parque Tecnológico do Rio, esses centros de pesquisa completam o ciclo de atração de grandes empresas para o Parque. “As atividades ligadas à ciência, tecnologia e inovação constituem uma das mais importantes vocações do Rio. Chegou a hora de toda a sociedade perceber isto”, afirma Guedes. O Parque abriga também alguns laboratórios da própria UFRJ – Laboceano, NEO, Lamce-Labcog, Nutre e Lead – que atuam, em conjunto com as empresas, no desenvolvimento de soluções inovadoras nos setores de energia,

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Foto: Agência Petrobras

Siemens, BG Brasil e EMC Computer Systems Brasil foram as últimas ganhadoras da licitação para ocupar o espaço nobre da pesquisa e desenvolvimento no países.

tecnologia da informação e meio ambiente. Já a futura instalação da Torre da Inovação (que abrigará cerca de cem pequenas e médias empresas) servirá de apoio para empresas nacionais em busca por novos mercados, e empresas internacionais interessadas em aterrissar em solo brasileiro (Soft Landing Project). Para a Prefeitura do Rio, o anúncio dos novos centros de pesquisa no Parque Tecnológico da UFRJ consolida a cidade como grande polo de atração de investimentos. “A infraestrutura da cidade e a proximidade com o aeroporto internacional fazem toda diferença

para as operações de empresas globais como estas que virão para o Parque”, destacou Marcelo Haddad, diretor executivo da Rio Negócios, a agência oficial de promoção de investimentos da cidade. Para Renata Cavalcanti, subsecretária de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, “o resultado desta última licitação demonstra claramente que se instalar no Parque Tecnológico do Rio virou uma grife. Não temos dúvida de que o Rio já é hoje um dos maiores centros mundiais de tecnologia na área de óleo e gás”.


Raízen

Raízen inaugura terminal de distribuição Com movimentação de mais de um milhão de litros de combustível por dia, o terminal integrará os modais ferroviário e rodoviário para facilitar o abastecimento de combustível e o escoamento de biocombustível, integrando as regiões Centro-Oeste e Sudeste. A Raízen, empresa resultante da união entre Cosan e Shell, inaugurou em junho o Terminal de Distribuição de Combustíveis de Alto Taquari (MT). A instalação conta com uma capacidade de armazenagem de 11 milhões de litros e uma movimentação que vai superar um milhão de litros por dia, além de operar como terminal intermodal de derivados de petróleo e biocombustíveis. Localizado estrategicamente na tríplice fronteira dos estados de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul, o terminal de Alto Taquari facilitará a logística de escoamento de combustíveis e biocombustíveis para as regiões Centro-Oeste e Sudeste, por meio de parceria com a ferrovia da ALL Logística. “O município de Alto Taquari se apresenta como polo de desenvolvimento e como porta de entrada da ferrovia em solo mato-grossense. A Raízen investe fortemente no estado de Mato Grosso, em linha com seu compromisso com a geração de renda e emprego e com o

desenvolvimento sustentável”, afirma Leonardo Gadotti Filho, vice-presidente executivo de Logística, Distribuição e Trading da empresa. Para viabilizar o terminal, a Raízen investiu cerca de R$ 20 milhões desde 2009, quando resolveu retomar seus investimentos no estado. “Este terminal permite o escoamento do etanol produzido na região por meio do modal ferroviário para o grande mercado do Sudeste, ao mesmo tempo que cria condições para viabilizar novos investimentos em biocombustíveis nas proximidades”, informa Gadotti. No terminal de distribuição de Alto Taquari foram empregadas tecnologias diferenciadas de construção de tanques de armazenamento para garantir que os produtos sejam estocados com segurança.

O terminal possui operação e instalações que permitem integrar os modais rodoviário e ferroviário, além de tanques de armazenagem de grande capacidade para biocombustíveis e derivados de petróleo. “A integração entre diferentes modais neste terminal mostra o compromisso da Raízen com o fornecimento de soluções de energia sustentável por meio de tecnologia, capacidade e agilidade, maximizando valor para os clientes e contribuindo para a sociedade”, diz Gadotti. O terminal também estoca e distribui derivados de petróleo (gasolina e diesel), que são transportados por vagões de Paulínia (SP) para Alto Taquari. No terminal, os produtos são armazenados e distribuídos para os clientes da região por meio de caminhões-tanque. A operação representa um importante ganho logístico, pois se apoia no uso do contrafluxo dos vagões de derivados que chegam ao Mato Grosso, originários de Paulínia. Estes vagões retornam ao município paulista com biocombustíveis, criando sinergia e eficiência no fluxo logístico. Com este investimento, a Raízen demonstra claramente a sua busca pelo uso inteligente dos recursos, gerando um diferencial para seus clientes.

Honeywell

Automação industrial em alta Provedora de soluções de ponta e tecnologias integradas, anunciou que sua área de automação industrial, a Honewell Process Solutions (HPS), alcançou grande sucesso na diversificação de suas ofertas e atualmente está na posição de liderança em diversos setores nos quais opera. “Atualmente, os Sistemas de Controle Distribuído representam pouco mais da metade dos nossos negócios globais”, afirma Norm Gilsdorf, presidente da Honeywell Process Solution (HPS). Hoje, a empresa trabalha em soluções em áreas como segurança, controle de qualidade de sistemas,

treinamento de operadores, proteção de infraestrutura crítica, sistemas de execução de manufatura e soluções de engenharia. Além disso, a companhia ampliou sua atuação para outros setores, incluindo Petróleo e Gás, terminais, combustíveis alternativos, mineração e marinha. Nos últimos três anos, a Honeywell adquiriu e integrou à sua operação HPS a RMG, fornecedora de controle e medição de gás; a Enraf, provedora de automação de Terminais e, mais recentemente, a Makitron, fabricante de software especializado. Em 2010, a HPS conquistou contratos no valor de US$ 2,9 bilhões, incluindo soluções de segurança para o gasoduto mais longo do mundo, com 8.704 km, que liga a a China de leste a oeste; e sistemas de segurança e controle

sem fio para o projeto desenvolvimento de gasoduto Shah, nos Emirados Árabes Unidos. “A Honeywell está agora em posição de oferecer aos clientes um portfólio mais amplo de produtos, soluções e conhecimento”, acrescenta Orhan Genis, vice-presidente de Vendas da Honeywell Process Solutions, para Europa, Oriente Médio e África. “Nossas tecnologias avançadas continuam a ajudar os usuários a enfrentar os desafios relacionados à produtividade, confiança, segurança e sustentabilidade”, reforça. A empresa também recebeu recentemente diversos prêmios por suas tecnologias inovadoras na França, China, além do prêmio Control Engineering 2011 no Engineers’ Choice Award na categoria de sistemas de controle de processo.

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produtos e serviços

Usiminas

Em busca da autossuficiência energética Com a meta de se tornar autossuficiente em energia até 2015, a Usiminas anunciou em junho um importante movimento para a consolidação de sua estratégia. A empresa e a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) assinaram um contrato para aumentar a

Fotos: Cortesia Usiminas Mecânica

eficiência do consumo de energia e reduzir custos operacionais da empresa.

O acordo, no valor de R$ 8,3 milhões, envolve a solução técnica apresentada pela empresa Yaskawa, de serviços e componentes elétricos, para a implementação de um projeto de otimização do consumo energético, com a redução de cerca de 2,5 MWh/mês para a linha de produção na Usina de Ipatinga. O novo contrato entre a Usiminas e a Cemig faz parte da estratégia de competitividade da empresa e prevê a racionalização do uso da energia elétrica, contando com parcerias entre a companhia e empresas fornecedoras de equipamentos e serviços para eficiência energética. A gestão dessas parcerias será por meio de contratos de desempenho, nos quais a Cemig será responsável pela consultoria técnica e pelo financiamento de projetos de otimização de consumo propostos pelas empresas parceiras. Após a conclusão de cada projeto, a

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remuneração das empresas parceiras será atrelada ao desempenho atingido com a solução contratada. “Vamos atuar em diversas frentes, como investir em cogeração, que permite alto aproveitamento do passivo de energia térmica gerada por combustíveis. Temos hoje em gap de 400 MWh de energia e a eliminação deste representará uma economia anual de R$ 350 milhões para a Usiminas”, informa o presidente da Usiminas, Wilson Brumer. Diretoria de energia – Para gerir sua estratégia energética, a Usiminas está criando a diretoria de energia. Integrada à vice-presidência de desenvolvimento e competitividade e liderada por Bernardo Alvarenga, a nova diretoria vai atuar com foco na competitividade energética da Companhia. Ao todo, são cinco as

frentes de atuação: redução de consumo; otimização de custos de energia; eficiência do mix de combustíveis; cogeração, que permite alto aproveitamento do passivo de energia térmica gerada por combustíveis; e considerar, ainda, a possibilidade de investimentos em ativos de energia. A expectativa é que em 2015, quando for concluído, o projeto de autossuficiência reduza o gasto anual da companhia com energia em R$ 350 milhões anuais. Com esse novo modelo de gestão, a energia passa a ser um diferencial de negócios na Usiminas, e não apenas um recurso. Bernardo Alvarenga, graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com MBA em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), conta com uma sólida carreira de mais de 30 anos no setor. Para o executivo, o trabalho vai além de gerenciar o consumo nas usinas e escritórios. “Vamos estar alinhados no sentido de viabilizar esse novo modelo de uso da energia. Mais do que gerar potência, e produzir trabalho, é fundamental entendê-la como um negócio”, conclui.


Electricité de France

UTE Norte Fluminense: energia solar A Usina Termelétrica Norte Fluminense, empresa do grupo Electricité de France (EDF), maior gerador de energia elétrica do mundo, inaugurou, em Macaé, a primeira usina de energia solar do estado do Rio de Janeiro. Com uma potência instalada de 320 kWp, a capacidade de geração anual da unidade fotovoltaica corresponde, em escala de consumo, ao abastecimento de quase 300 residências. “Esse projeto reforça a postura inovadora da UTE Norte Fluminense e da EDF no Brasil”, afirmou o presidente da EDF, Henri Proglio, que deu a partida no sistema solar. “ O executivo esteve no Brasil para tratar de outros projetos, que podem representar a retomada da EDF no país depois desde 2006, quando vendeu sua participação na Light. Patrick Simon, presidente da UTE Norte Fluminense destacou que até o fim do ano, a UTE concluirá outro projeto que obedece ao mesmo conceito. “É para reuso da água”, adianta, dizendo que, além de dar autonomia à usina, o reaproveitamento da água da chuva e do tratamento de efluentes contribui para a preservação ambiental. Construída no mesmo local em que a empresa opera a usina termelétrica a gás natural, a unidade é composta por 1.800 placas fotovoltaicas e, a energia produzida suprirá toda a demanda administrativa da planta. O uso da

Foto: Joana Coimbra

Único empreendimento da EDF no Brasil implanta painel fotovoltaico gigante para abastecer de energia as instalações administrativas da térmica.

energia solar fotovoltaica vai resultar em uma redução na emissão de CO2 é da ordem de 250 toneladas por ano. O sistema solar vai compensar as emissões de CO2 vinculadas à iluminação, ao funcionamento dos equipamentos de informática, à climatização, bem como aos deslocamentos de funcionários interna e externamente, nos trajetos entre o domicílio e o trabalho. Trata-se de iniciativa pioneira no setor, mas que sinaliza uma tendência de curto prazo: a aposta crescente na geração e no uso das energias alternativas e renováveis. Para se ter uma ideia, segundo as projeções da Agência Internacional de Energia, a energia solar poderá representar 20% da eletricidade gerada no mundo em 2050. A eletricidade de origem solar provém das células fotovoltaicas que,

segundo o efeito fotelétrico, geram corrente contínua a partir da energia contida nos fótons dos raios luminosos. Numerosas células são interligadas no ‘módulo solar’ ou ‘painel solar’, os quais, agrupados, formam uma instalação solar. No Brasil, esse tipo de energia ainda é pouco desenvolvida, apesar do potencial solar do país e da existência de grandes jazidas de quartzo, matéria-prima necessária para a fabricação das células fotovoltaicas. A UTE Norte Fluminense é fruto de uma parceria entre a EDF, que detém 90% de seu capital e a Petrobras, que possui 10% de participação na empresa. Sua capacidade instalada é de 869 MW, o que garante energia para abastecer uma população de mais de dois milhões de pessoas.

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produtos e serviços

GE Óleo & Gás

Wellstream ganhará nova base no Brasil A GE Óleo & Gás informou que a Wellstream, empresa adquirida em março pela empresa, fechou contrato de longo prazo para serviços de logística, tubos flexíveis e equipamentos submarinos com a Petrobras. O contrato é avaliado, inicialmente, em mais de US$ 200 milhões. Para colocar em prática o contrato, a GE irá construir uma base logística de 55.000 m² da Wellstream, um investimento de US$ 90 milhões, para a construção de tubos flexíveis e equipamentos submarinos, em Niterói (RJ). O centro comercial será localizado 14 km da cidade do Rio de Janeiro. A Petrobras vai usar o novo mecanismo para dar suporte ao desenvolvimento do pré-sal e projetos de campo de gás nas bacias de Campos e Santos, na costa do Brasil. Luís Araújo, presidente da Wellstream do Brasil, GE Óleo & Gás, disse: “Estamos muito satisfeitos em sermos selecionados pela Petrobras para este contrato e fortalecer nosso relacionamento com essa nova parte da companhia, recebendo US$ 90 milhões de investimento, com a logística dedicada diretamente para os requisitos da Petrobras e seus submarinos em curso.” E acrescentou: “A base logística da Wellstream continuará a expandir sua presença no Brasil e demonstra claramente com o contrato que, dentro da família GE, a Wellstream está agregando valor para os clientes e acionistas.” A nova base logística estará estrategicamente posicionada perto de uma série de componentes chave da Petro-

Fotos: Cortesia Wellstream

Petrobras e GE reforçam parceria em tecnologia com investimento em nova base da empresa adquirida recentemente pelo grupo norte-americano.

bras, prestadores de serviços, e junto à GE – instalação de fábrica já existente da Wellstream em Niterói, que fornece para a Petrobras e outras operadoras no Brasil, com alta qualidade e produtos de linha de fluxo de petróleo e gás submarinos de transporte. Bem como estações dedicadas à limpeza de equipamentos, a nova unidade contará com tecnologia de ponta para carga e movimentação de equipamentos, incluindo: capacidade para armazenar 140 bobinas, carretéis para transportar 300 toneladas e atracar embarcações comerciais de instalação simultaneamente com projeto de 8,5 m e 220 ​​m de comprimento. O projeto criará cerca de 250 empregos diretos e 250 indiretos no

início de sua operação, prevista para o terceiro trimestre de 2012. Em março, a GE concluiu a aquisição da Wellstream por US$ 1,3 bilhão, uma empresa de engenharia e fabricante líder de gasodutos flexíveis de alta qualidade para transporte de óleo e gás na indústria de produção submarina. A aquisição estendeu a produção de submarinos e equipamentos de sistemas e recursos da GE Oil & Gas, além de posicionar a GE em crescimento contínuo em exploração de regiões de águas profundas em todo o mundo, incluindo Brasil, África e Ásia. Além disso, a GE vai fazer um novo investimento de US$ 100 milhões em seu Centro Global de Pesquisa, no Rio de Janeiro, em 2012.

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Hotelaria para embarcados

Com serviços prestados a 24 plataformas marítimas de empresas como Petrobras, Subsea 7, Statoil e Maersk, entre as quais se destacam o FPSO BW Cidade de São Vicente, que está ancorado a cerca de 320 km da costa brasileira, retirando petróleo do pré-sal a serviço da estatal brasileira, a Pura vem consolidando sua atuação no mercado.

Foto: Divulgação

Com 30 anos de atividades, hoje ela se consagra com uma das principais empresas no serviço de hotelaria offshore, servindo cerca de 13 mil refeições por dia em diferentes tipos de plataformas marítimas, além de realizar serviços de limpeza, lavanderia, manutenção e reposição de equipamentos, gerenciamento de resíduos e até entretenimento, com disponibilização de jornais e revistas. Todo esse atendimento é feito por 820 funcionários bilíngues, qualificados e capacitados pelo Senac e pelo Instituto de Hospitalidade em Segurança dos Alimentos. Os profissionais trabalham em sistema de revezamento de 14 dias no mar e outros 14 em terra. Os alimentos, equipamentos e insumos utilizados na preparação das

Puras

refeições e manutenção das plataformas são armazenados no Centro de Distribuição (CD) da Puras, em Macaé (RJ), o maior dos dez CDs mantido pela empresa no país, com cerca de 6.000 m². O local funciona 24 horas, em regime de sobreaviso, e é equipado com todo tipo de estrutura necessária para prestar os serviços: câmaras frigoríficas, armazéns para secos, químicos e descartáveis, empilhadeiras, contêineres secos e frigorificados, caminhões, entre outros. Para transportar os alimentos com segurança e qualidade, o que pode levar até 48 horas, a empresa desenvolveu um contêiner que reduz custos de transporte e aproveita melhor os espaços nos barcos de transporta-

dores. Esse equipamento permite o armazenamento simultâneo de dois tipos de alimentos diferentes, o que dá a possibilidade de trabalhar com produtos processados (pré-cozimento) e com atmosfera modificada (in natura, higienizado e lacrado) no mesmo contêiner. A companhia possui também equipamentos específicos para embarque de produtos químicos (caixa metálica, skid para embarque de cilindro de CO2 e contêineres para gêneros estocáveis). Como há trabalhadores de várias partes do Brasil e do mundo, a empresa produz um cardápio variado para atender a vários tipos de paladares. Os pratos passam pela culinária francesa e italiana, mas também tem uma moqueca baiana ou um churrasco gaúcho.

Cemaden

Criado Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais Ao visitar o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), no início de julho, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, anunciou oficialmente o nome do diretor do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Trata-se do professor titular do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), Reinhardt Adolfo Fuck. O decreto que criou o Cemaden foi publicado no dia 1º de julho no Diário Oficial da União. O Cemaden funcionará

nas instalações do Inpe, em Cachoeira Paulista (SP) e sua coordenação será feita pela Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped/MCT). Entre as atribuições do Cemaden estão: elaborar alertas de desastres naturais relevantes para ações de proteção e defesa civil no território nacional; realizar e divulgar estudos e pesquisas voltados para a produção de informações necessárias ao planejamento e à promoção de ações contra desastres naturais; desenvol-

ver capacidade científica, tecnológica e de inovação para continuamente aperfeiçoar os alertas de desastres naturais; operar sistemas computacionais necessários à elaboração dos alertas de desastres naturais; promover capacitação, treinamento e apoio a atividades de especialização e pós-graduação em suas áreas de atuação; e fornecer alertas de desastres naturais para o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Ministério da Integração Nacional, auxiliando o Sistema Nacional de Defesa Civil.

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produtos e serviços

Firjan

Rio ganha Núcleo Estadual de Inovação

Os núcleos têm como missão mobilizar a direção das empresas para a inovação, capacitar profissionais e instituições para prestarem serviços de apoio à inovação e auxiliar as empresas a incorporarem a inovação em seu planejamento, com foco nos resultados. Para Fernando Sandroni, presidente do conselho empresarial de tecnologia do Sistema Firjan, a indústria se tornou o principal foco da inovação tecnológica. “Para isso, damos apoio direto ao empresário, através das caravanas tecnológicas sobre financiamento para a inovação, e ainda realizamos workshops de capacitação profissional”, explicou. Segundo ele, um bom exemplo de ação do Sistema Firjan foi o edital de design e inovação, lançado no fim do ano passado, fruto de uma parceria Firjan, Sebrae-RJ e Faperj. “O edital destinou R$ 2,7 milhões em recursos não reembolsáveis para as empresas fluminenses, beneficiando 20 bons projetos. Um sucesso”, completou Sandroni. O dirigente destacou que o lançamento deste novo Núcleo Estadual de Inovação complementará o trabalho desenvolvido pelo Sistema Firjan que, desde 1999, incentiva e dissemina a Inovação no setor empresarial. Eliana Emediato de Azambuja, coordenadora de gestão tecnológica do Ministério da Ciência e Tecno logia, por sua vez, ressaltou que o ministério é parceiro da MEI desde o primeiro momento. “Outra parceria que estamos fazendo com a MEI é a do Prêmio Nacional da Inovação. Este prêmio será entregue dia 3 de agosto,

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Foto: Guarim de Lorena

O Sistema Firjan lançou, no último dia de junho, o Núcleo Estadual de Inovação do Rio de Janeiro, no âmbito da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI).

durante o 4º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, em São Paulo.” Para José Augusto Coelho Fernandes, diretor executivo da CNI, o lançamento desse núcleo poderá beneficiar o desenvolvimento local. “O Rio de Janeiro não é somente a capital da energia, mas também a capital potencial da inovação”, elogiou. “Estamos aqui como parceiro no desenvolvimento desse movimento tendo como protagonistas o setor empresarial”, acrescentou João Carlos Ferraz, vice-presidente do BNDES. Fernandes, então, fez a apresentação sobre a Mobilização Empresarial pela Inovação. De acordo com ele, a meta do MEI é aumentar a participação dos empresários na agenda de inovação, parte central das políticas industriais do país. “É nela em que estão inseridas as ações determinantes que poderão gerar aumento de produtividade e competitividade no setor industrial”, opinou. Os desafios da MEI são os de fazer da inovação tema prioritário para a alta direção das empresas; estimular

o protagonismo dos líderes empresariais; contribuir para a estruturação da Iniciativa Nacional pela Inovação; reproduzir o êxito do Prêmio Brasileiro da Qualidade e Produtividade (PBQP); e aprimorar as políticas públicas de apoio à inovação. Na palestra Inovar e Investir para Competir, Ferraz, do BNDES, destacou ser fundamental inovar para assegurar a estabilidade macroeconômica, aumentar a produtividade e gerar novos produtos e serviços, para assim elevar a competitividade das empresas no país e em mercados globais; gerar mais e melhores empregos; e atender às demandas da sociedade, quais sejam educação, saúde, meio ambiente, complexos urbanos, defesa; além de reduzir as desigualdades sociais e regionais do Brasil. A Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) é o movimento que visa aprimorar e incorporar a gestão da inovação nas empresas brasileiras, e ampliar a efetividade dos instrumentos públicos de fomento à inovação no país. Também é articulada e liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No total, serão 27 núcleos estaduais de inovação, sendo que 22 já estão instalados, enquanto cinco ainda estão em fase de instalação. O diretor superintendente do Sebrae-RJ, César Vasquez, também prestigiou o evento, além de empresários e estudantes.


ABB

De olho no mercado naval no Brasil Líder em tecnologias de potência e automação, a ABB planeja fortalecer seus negócios na área naval no Brasil com o objetivo de atender de forma mais eficaz ao crescente mercado da América Latina. O continente tornou-se rapidamente um mercado estratégico para a área de negócios Marine (Naval) da ABB. Planos futuros incluem o estabelecimento de uma nova fábrica de unidades de propulsores do tipo Azipod (R) C-Compacto, um centro de serviços marítimos e um centro especializado em unidades Azipod (R), que vão auxiliar a ABB a servir ao rápido crescimento da indústria de construção naval do Brasil, cumprindo os requisitos de conteúdo local. “As soluções inovadoras e os produtos de qualidade da ABB conquistaram nossa posição de liderança nos segmentos de navio de alto valor agregado, como navios-sonda,

Foto: Divulgação

Com uma série de iniciativas a serem implementadas nos próximos meses, a sueca ABB ambiciona obter uma fatia maior em um mercado em expansão.

plataformas de perfuração semissubmersíveis, navios de apoio offshore e navios-tanque”, disse André Luiz Silva, gerente da unidade de negócios Marine & Cranes no Brasil. “Nosso portfólio se encaixa bem nos planos e desenvolvimento da indústria naval brasileira, e os investimentos previstos pela ABB demonstram nosso compromisso e confiança no mercado local. Acreditamos que isso irá nos proporcionar um posicionamento preferen-

cial no fornecimento de propulsores para as 28 unidades de navios-sonda da Petrobras”, comenta André. Várias regiões foram avaliadas para sediar a nova fábrica do Azipod (R), incluindo Pernambuco, Santos (SP) e Rio de Janeiro, mas a decisão final ainda está pendente. A fábrica planejada terá capacidade de produção anual de mais de 30 unidades do Azipod (R). O cronograma das obras permitirá a entrega dos propulsores, em tempo hábil, para as unidades de perfuração da Petrobras no Brasil. Um centro de serviços no Brasil também faz parte dos planos para 2014. Terá profissionais dedicados e especializados em serviços para as unidades do Azipod (R), além de uma oficina com ferramentas especiais para os serviços de manutenção e reformas. Esse centro de serviços também fornecerá peças sobressalentes ao mercado local.

Nova unidade logística em Santos A Aços F. Sacchelli, maior distribuidora de aços especiais para construção mecânica do Brasil, anunciou no final de junho o início das operações de sua nova unidade logística na cidade de Santos (SP). Com investimentos de R$ 8 milhões, utilizando recursos próprios, a nova unidade faz parte dos planos de expansão da Sacchelli, em infraestrutura e centros de distribuição logística até o final deste ano. Localizada junto ao Porto de Santos, e com capacidade de armazenagem de 5 mil toneladas de aço em barras, a nova unidade, além de conferir maior velocidade à operação, possibilitará a redução de custos para atendimento ao cliente final, pois muitos serão os casos em que o aço não terá que ser transportado para o Centro de Distribuição em Guarulhos, para posterior redespacho. Wagner Sacchelli, superintendente da empresa comenta que: “Com a unidade de Santos poderemos agilizar as descargas e distribuição das importações,

principalmente da siderúrgica italiana ABS, com quem temos contrato de exclusividade no Brasil.” Os investimentos na nova unidade não ficaram apenas no espaço físico do centro de armazenagem, distribuição e estoques. Sacchelli diz que parte deste investimento é a aquisição de equipamentos para descarga de contêineres que irão otimizar o tempo de operações. Para dar apoio operacional à nova unidade foram adquiridos cinco caminhões trucados e uma carreta para transporte do aço para as outras filiais. Treinamento de pessoal, tecnologia da informação também estão entre os recursos alocados na operação. Além de Santos, a empresa inaugurou em abril a unidade na cidade de Jacareí (SP) com 16 mil m² e deve ampliar seu centro de distribuição em São Carlos para 5 mil m² ainda no segundo semestre. “Um dos fatores responsáveis por esse

Aços F. Sacchelli

crescimento está no aumento da demanda gerada pelo setor de óleo e gás. O petróleo corresponde a cerca de metade do nosso faturamento. No ano passado esse segmento contabilizou 35% dos nossos negócios e a perspectiva em relação ao pré-sal é grande. Para os próximos anos, nossa empresa deve dobrar de tamanho com a assinatura de contratos para o fornecimento direto e indireto para a Petrobras”, explica o dirigente. A empresa revela que as projeções de crescimento para 2011 devem ultrapassar os 25% previstos em função de projetos já sinalizados. A Sacchelli conta com sete mil clientes ativos, opera com nove unidades, oito delas no estado de São Paulo, e uma no Rio Grande do Sul e, segundo Wagner, está em busca de oportunidades para aquisição de empresas do setor, com orçamento já aprovado para estas operações de R$ 60 milhões.

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tecnologia da informação

Ferramenta estratégica

Tecnologia da informação é uma grande aliada da indústria de óleo e gás para vencer atuais desafios Os desafios atuais e futuros da indústria de óleo e gás brasileiro, especialmente com a descoberta do pré-sal, exigem que os envolvidos nessa cadeia produtiva tenham sempre informações rápidas (muitas vezes em tempo real) e seguras, bem como tecnologias de última geração completas, integradas e abertas.

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Alexandre Severo é diretor sênior especialista no setor de óleo e gás da Oracle do Brasil.

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ssa demanda deve atender esse setor, que conta com foco total na eficiência operacional, integração de processos de negócios, redução de custos, segurança e colaboração. Nesse mercado, há milhares de empresas upstream, dedicadas à produção e exploração do petróleo, contractors, fornecedores de equipamentos, serviços e tecnologias altamente especializadas, capazes de gerar enorme quantidade de dados e informações nos mais diversos formatos, granularidades e frequências. Algumas vezes, os dados estão estruturados, mas na maioria das vezes, não. Além disso, algumas dessas empresas ainda geram dados como caixa-preta, ou seja, fornecem informações ‘proprietárias’. Outro grande desafio está associado à logística de abastecimento das plataformas. O importante aqui é reabastecer de forma econômica, eficiente e segura. A nova realidade das operações do pré-sal implica diversas vertentes: o aumento de complexidade para operar a exploração e a produção em decorrência das distâncias maiores da localização e a profundidade, sendo necessário reduzir ao máximo o tempo não produtivo (NPT) da operação, índice esse influenciado por processos, informações, operações pesadas e pessoas. No downstream também existem vários desafios associados à ampliação e renovação do parque de refinarias e adoção de novas políticas e soluções para exportação do óleo refinado. Ademais, é preciso levar em conta que no mundo a maioria dos pontos de distribuição de combustíveis atua fortemente no varejo, ou seja, é a nova classe emergente ávida não só por combustível, mas também pelo consumo de outros produtos disponíveis nas lojas de conveniência. É uma cadeia altamente complexa e ágil que requer soluções inteligentes e profissionais, capazes de gerenciar uma gama de expressivos portfólios de projetos, integrar processos e logística com operações, fornecer dados em tempo real, assim como de gerir dados heterogêneos da indústria e de segurança. Trata-se de uma competição analítica, na qual as empresas necessitam não apenas controlar eficientemente sua própria cadeia produtiva, mas também decidir de maneira estratégica e rápida para garantir seu espaço em um mercado altamente competitivo. O principal desafio dos fornecedores de tecnologia da informação é oferecer ao setor de óleo e gás soluções completas, que contemplem desde demandas administrativas, financeiras, de recursos humanos, até específicas


para diferentes estágios – exploração, produção, logística, distribuição e manutenção. O ideal é que essas soluções também sejam desenvolvidas em códigos abertos, como Java, SQL, etc., escaláveis e capazes de integrar soluções proprietárias e legadas com eficácia e agilidade. As soluções com base em padrões abertos da indústria de óleo e gás, como PPDM, PRODML e WITSML, entre outras, oferecem resultados rápidos e robustos de gestão de dados, que simplificam o acesso aos mais diversificados e heterogêneos dados provenientes das empresas que os geram. O principal benefício dessa abordagem é a possibilidade de transformar dados heterogêneos em informação valiosa para o negócio. Todas essas informações podem ser visualizadas em mapas. Além disso, vários benefícios são evidenciados em decorrência da adoção de arquitetura neutra. As empresas que têm atividades de drilling, por exemplo, podem coletar dados provenientes de diversos provedores de serviços e consolidar esses dados em uma única plataforma tecnológica, aberta e de alto desempenho. O importante é disponibilizar tais informações em diversos painéis, em tempo real, que auxiliarão na tomada de decisões táticas e operacionais, garantindo maior segurança e eficiência. Apenas monitorar dados em tempo real não é mais suficiente. É importante correlacionar este imenso volume de dados históricos com outras informações e atributos da operação para estudar curvas de comportamento de perfuração, dentre outros aplicativos, ou seja, um bom Data Mining com base em algoritmos inteligentes. Com essa tecnologia, é possível desenhar soluções como foco em manutenção preditiva de plataformas, por exemplo, o que será vital para o pré-sal, ou na revitalização de poços. Voltando à questão do NPT (Non-Productive Time), há um com foco em integração de operações de exploração e produção com capacidade inteligente de reabastecimento de sondas e plataformas. Para nós isso significa ‘logística integrada’, como Logísticas On e Off-Shore Integradas, cujo principal objetivo consiste em reduzir o tamanho da cadeia produtiva na integração de planejamento, processos de operação, detecção de reabastecimento, compras, transportes e finanças. Essa redução será refletida em tempo, dinheiro e segurança. Essa é uma boa definição de DOF (Digital Oil & Field): uma cadeia produtiva altamente integrada. Além disso, é fundamental ter ferramentas que auxiliam no planejamento da logística, que antecede a operação, o que pode significar economia em torno de 10% em seus custos de transporte. Outro ponto crítico é segurança. As plataformas exigem controles e monitoramento eficazes dos equipamentos críticos instalados, com a adoção de um sistema com medidas de segurança confiáveis, e, principalmente, plano de mitigação de riscos, baseados em condições preestabelecidas. As empresas devem também ter um modelo visual de informações dinâmico e flexível, no

qual possam monitorar dados destes equipamentos críticos, bem como avaliação de dados históricos. É preciso aqui combinar condições de equipamentos e processos simultâneos. Um dos maiores desafios também observados na indústria diz respeito à capacidade de combinar dados de operações específicas do setor com dados financeiros. Para resolver isso, existe uma ‘ponte’ que interliga esses dois mundos, baseados no conceito de cubos multidimensionais. Essa tecnologia é denominada EPM (Enterprise Performance Management). A ideia aqui consiste não apenas em usar essa ponte para combinar tais informações, mas também para facilitar a tomada de decisões estratégicas como, por exemplo, participações em novas rodadas de licitações de blocos exploratórios e estudos de melhores procedimentos operacionais de intervenção de poços. Ou seja, adotar o conceito de Business Intelligence. As atividades e processos inseridos na cadeia de downstream não toleram ineficiência, haja vista a margem financeira apertada deste setor. Aqui é necessário integrar os processos de movimentação do óleo produzido nas plataformas até as refinarias, processos de refino e distribuição dos derivados do petróleo até os pontos de distribuição. O planejamento de logística e o gerenciamento de transporte não podem falhar. A cadeia logística torna-se uma vantagem competitiva na indústria de petróleo. Entre o sistema de gestão empresarial e os de automação das refinarias de petróleo foi introduzido um conjunto de sistemas: Plant Information Management System, Manufacturing Execution System e Laboratory Information Management System. Estes sistemas, que gerenciam todas as informações da produção de uma refinaria, da manutenção, da qualidade e dos estoques, agregaram-se numa camada analítica de operações. A essa ferramenta de tomada de decisão chama-se de Refinery Operations Intelligence e é justamente nela que se converte informação em conhecimento e por fim em ação. A Oracle vem, em escala global, posicionando-se como uma das principais empresas credenciadas para prover soluções fim-a-fim dentro da cadeia de óleo e gás, pois nos últimos anos foram investidos mais de U$ 50 bilhões em aquisições de empresas de base tecnológica para fortalecer seu portfólio. Dentro da cadeia de petróleo, a Oracle está presente mundialmente em mais de 200 companhias de upstream e downstream. O setor de óleo e gás exige capacidade de inovar, sempre buscando a integração de novas soluções com as já existentes. Não existem soluções prontas, monolíticas e substitutas dentro dessa cadeia. É importante lembrar que tecnologia por si só ajuda muito. Mas é fundamental entender os principais processos de negócios das empresas e convertê-los em soluções com foco em retorno operacional, competitivo e financeiro. TN Petróleo 78

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biocombustíveis

Alguns

Erros e acertos no PLS 219/2010

Passadas as eleições, transição de governo em marcha, o país começa a retomar sua agenda política. Nada diferente é esperado do Congresso, que esse ano terá a missão de propor novas leis e, ainda, apreciar as propostas antigas, suspensas durante o processo eleitoral.

E

Maria Virginia Nabuco do Amaral Mesquita é advogada do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados. Bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (2004) e com LL.M. pela London School of Economics and Policital Science (2006).

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ntre estas está o Projeto de Lei de Iniciativa do Senado n. 219, de 2010 (PLS 219/2010 ou Projeto). Apresentado em 8 de agosto de 2010, o projeto dispõe sobre a Política Nacional para os Biocombustíveis a ser por ele implementada. É evidente na própria terminologia que, ao falar em biodiesel, fala-se, de um lado, da produção de combustível, a matéria afeta primariamente a competência da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e, de outro, da produção de composto de origem agrícola, tema relacionado, portanto, à competência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapas). Quando entram em cena os combustíveis alternativos àqueles tradicionais derivados do petróleo, a superposição de competência é inevitável, seja em termos de regulação ou de políticas públicas. De um lado, fala-se de suprimento agrícola, de outro, de segurança e qualidade de abastecimento no contexto da matriz enérgica. O PLS 219/2010 tem o mérito de procurar delimitar de forma clara qual é o ente competente para regular e fiscalizar cada aspecto da produção e distribuição de biocombustíveis, bem como quais os papéis dos diferentes atores públicos na implementação da mais do que necessária Política Nacional dos Biocombustíveis. Nesse sentido, é louvável a criação do Conselho Interministerial dos Biocombustíveis (artigo 3º do projeto) e a clara reafirmação da competência do Mapas para a manutenção do registro das unidades industriais produtoras de etanol e biodiesel, acompanhamento da produção de biocombustíveis e realização do zoneamento agroecológico de matérias-primas (artigo 4º, por sua vez). Mais que isso, a clara definição da ANP como órgão competente para autorizar a construção, ampliação e operação de instalações para transportar biocombustíveis por meio de dutos há de ser muito bem vista por agentes de mercado e investidores. É que não há clara definição legal sobre qual seria o órgão responsável para tanto, até o momento. E mais, o PLS 219/2010, ao dar a competência à ANP para autorizar a instalação dos dutos, também lhe delega a competência para fiscalizar e regular o acesso que os detentores dessas autorizações deverão garantir à infraestrutura que operarem. Tudo absolutamente necessário e bem-vindo ao fomento do uso de combustíveis renováveis na matriz energética brasileira.


Foto: Banco de Imagens Stock.xcng

Lamenta-se, entretanto, que o PLS 219/2010 não tenha repetido o acerto ao propor uma nova definição de biodiesel, bem mais restritiva e menos precisa, do ponto de vista técnico, que a definição contida na Lei n. 11.097/2005. Na dicção da lei anterior, biodiesel é o “biocombustível derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna por ignição a compressão ou, conforme regulamento, para geração de outro tipo de energia, que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil”. Numa redução quase grosseira, o combustível que seja derivado de biomassa e capaz de gerar energia para movimentar um motor. O Projeto, entretanto, quer definir como biodiesel “biocombustível líquido, que tem como principais componentes alquil ésteres de ácidos graxos, produzido comumente a partir da transesterificação ou esterificação de óleos e gorduras, para uso prioritário em motores a combustão interna ou, conforme regulamento, para geração de outro tipo de energia”. Mais uma vez, grosso modo, a classificação define como biodiesel a substância derivada de biomassa que serve como combustível capaz de gerar energia para motores e que seja um éster. Mas e quanto às substâncias que servem para o mesmo fim (são diesel, portanto), são derivadas de biomassa (são bio, portanto), mas não são ésteres? É correto não classificar essas substâncias como biodiesel? E se dissermos ao leitor e cocidadão que o próprio diesel tradicional, a que o biodiesel deve substituir, não é um éster? (Retomando a química básica do colegial, agora Ensino Médio: o diesel é um hidrocarboneto.) E se acrescentarmos a informação de que a tecnologia permite que hoje sejam produzidas substâncias derivadas de biomassa capazes de gerar energia para um motor a ignição (e para outros usos) que não são ésteres, mas sim hidrocarbonetos? Ou seja: compostos que pertencem à mesma categoria química do diesel tradicional, sendo a ele mais parecidas e capazes de substituí-lo com maior perfeição. Note-se que a questão não é apenas dizer se o projeto está ou não de acordo com terminologias adequadas. Hoje em dia há uma série de incentivos para o fomento do uso do biodiesel na matriz energética, entre outras

razões pela importância da substituição gradativa do uso dos combustíveis fósseis. Tudo conforme o ordenamento jurídico brasileiro, que prevê, na esfera constitucional, a busca do meio ambiente equilibrado e, na esfera legal, a inserção de energias renováveis na matriz energética brasileira. Restringir a definição de biodiesel reduz as possibilidades de entrada nesse mercado e de participação nas iniciativas de fomento ao uso de energias renováveis. E, por isso, não se pode concluir diferente: o PLS 219/2010 tem o enorme mérito de esclarecer competências no âmbito da regulação e fiscalização de certas atividades no segmento dos biocombustíveis e fará enorme favor à nação ao lançar as bases para a regulação da infraestrutura de dutos para transporte desses combustíveis. Entretanto, não deve ser aprovado da forma como está, fazendo-se necessária a supressão da nova definição de biodiesel ali proposta. Essa definição exclui da categoria de biodiesel substâncias que funcionam (ou funcionarão, no caso dos produtos que ainda podem ser desenvolvidos) como diesel e que são de origem renovável. Assim, não faz sentido do ponto de vista técnico e, do ponto de vista jurídico, é contrária aos princípios constitucionais da livre iniciativa, da livre concorrência, da defesa do meio ambiente e à obrigação constitucional que tem o Estado de incentivar o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas. E, no que toca ao plano das leis, nega os princípios da Política Energética Nacional, consagrados na Lei n. 9.478/97, os quais primam pela promoção do desenvolvimento; pela ampliação do mercado de trabalho e valorização dos recursos energéticos; pela utilização de fontes alternativas de energia, mediante o aproveitamento econômico dos insumos disponíveis e das tecnologias aplicáveis; pela promoção da livre concorrência; pela atração de investimentos na produção de energia; pela ampliação da competitividade do país no mercado internacional e, especialmente, pelo incremento, em bases econômicas, sociais e ambientais, da participação dos biocombustíveis na matriz energética nacional.

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química

Uso de modelos em

engenharia de projetos Ferramentas tecnológicas agilizam a implementação de novos empreendimentos na área de engenharia química.

O Newton Libanio Ferreira é engenheiro químico (Epusp 1972), doutor em Engenharia Química (Epusp 2001) e titular da Gerência Técnica de Processos da Setal.

Fábio Ventura Fernandes é engenheiro químico (Epusp 2009) e Engenheiro de Processos da Setal.

Referências Ludwig, Ernest E., Applied Process Design for Chemical and Petrochemical Plants. 3 ed., 1999, Butherworth-Heinemann, NY. Literatura que se tornou tradicional na engenharia de processo. O volume 1 trata dos sistemas que envolvem escoamento e movimentação de fluidos. Manuais de utilização e referência dos softwares Pipephase® AFT-Fathom® e Pipenet®. Os manuais de utilização trazem a explicação detalhada para uso dos referidos softwares. Pipephase® é marca registrada de Invensys. AFT-Fathom® é marca registrada de Advanced Flow Technology. Pipenet® é marca registrada de Sunrise Systems.

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presente trabalho explora a utilização de modelos numa área complementar à de processos industriais químicos, porém não menos importante, que é a composta pelos sistemas de rede de distribuição de líquidos numa instalação industrial química. Por meio da utilização de modelos disponíveis em sistemas comerciais aliada à correta definição do problema resolveu-se uma situação de conservação de uma proposta de arranjo de rede em conseqüência de uma mudança de condição de projeto. Instalações químicas complexas sempre possuem sistemas de distribuição de fluidos que formam redes. Em unidades de grande porte, como refinarias de petróleo, petroquímicas e assemelhadas, essas redes podem ser extensas e complexas com muitos pontos de origem e destinos interligados e com atuação simultânea. O projeto de um sistema desta natureza, já é, por si, um problema complexo, que dificilmente pode ser resolvido por abordagens simples, como cálculo de perda de carga em linhas de escoamento líquido. O cálculo de redes envolve trechos e nós, que impõem condições em geral inexistentes num escoamento de uma linha única. A solução deste tipo de problema, uma vez definido do ponto de vista conceitual é resolvido modernamente com a utilização de softwares comerciais, tais como Pipephase®, AFT-Fathom®, Pipenet®, entre outros. Todos têm como apresentação básica a capacidade de entender uma rede, através da definição de nós e ligações. Estas representam as tubulações que efetivamente compõem a rede. Os nós, na maioria das vezes representam os pontos de junção das tubulações e impõem as restrições para o problema matemático. As ligações, que representam as tubulações, são as entidades físicas da rede. Nelas descreve-se a instalação física com o grau de detalhe necessário. Todos os softwares modernos são equipados com interfaces gráficas, através das quais a rede pode ser representada na forma de fluxograma. Esta forma facilita a construção do problema e a visualização e interpretação dos resultados. Modelo, de maneira geral, é uma representação de uma entidade física que tem o propósito de simular seu comportamento para análise. Na engenharia, usam-se modelos de maneira profusa, especialmente os matemáticos. O modelo matemático mais comum é o que deriva da descrição fenomenológica do processo em estudo. Esta descrição se traduz por conjunto de equações algébricas e/ou diferenciais e, juntamente com as condições de contorno – definições primárias – impostas, consiste no modelo. A resolução deste tipo de sistema demanda esforço computacional considerável. Daí a sua utilização intensiva a partir da popularização do computador como ferramenta de trabalho e a consequente utilização de softwares comerciais modernamente. Uma das grandes vantagens da utilização de modelos está na documentação, na padronização e reprodutibilidade das soluções e dos cálculos executados.


Na área de projetos, estas condições são de importância vital, pois a solução de um problema deste tipo passa por diversas etapas, que envolvem a sua manipulação por diversos atores diferentes em instantes de tempo diferentes também. Uma solução padronizada e de fácil compreensão por terceiros – visualização gráfica – é vital. O sistema objeto do presente trabalho é uma rede de distribuição de fluido onde há uma origem e um destino. A rede é composta de cerca de 50 pontos com vazões e pressões de alimentação definidas. O sistema tem uma demanda adicional que é a pressão, tanto do ponto de origem como do ponto de destino, definidas. Na etapa de projeto básico, a rede foi definida tendo como base a ampliação da existente para acomodação dos novos pontos de consumo. As adaptações de diâmetros foram propostas pelo projeto básico, porem com a verificação a cargo do projeto detalhado. A definição da rede para a verificação necessária foi feita através de um modelo duplo. A primeira parte foi composta da seção de alimentação, ou seja, o ponto de suprimento e a rede de alimentação dos pontos consumidores considerando-se o arranjo de tubulação até a entrada do ponto de consumo. As condições de contorno impostas foram as vazões e pressões na alimentação de cada consumidor. A segunda parte foi construída a partir das saídas dos pontos de consumo e a rede de coleta e envio para o destino final do sistema. Nesta, as condições de contorno foram as vazões e pressões na saída de cada ponto consumidor. Esta concepção foi escolhida devido à simplificação resultante para a construção do modelo: desta maneira não era necessária a representação do ponto de consumo dentro do modelo. Outra consideração foi a finalidade do trabalho, que era a verificação e adaptação de uma proposta já concebida. Inicialmente, a primeira parte foi submetida ao cálculo e acertado o resultado – a pressão no ponto de suprimento – as pressões nas saídas dos consumidores foram calculadas e alimentadas à segunda parte. Esta era submetida ao cálculo e buscada a condição de contorno que era a pressão no ponto de retorno da rede. Com este procedimento foi possível fazer os acertos na tubulação em relação ao projeto básico para definição da rede. Este problema foi resolvido por um engenheiro júnior, com a supervisão de um mais experiente num espaço de tempo bastante curto, quando comparado a uma solução manual que se mostra totalmente inviável numa circunstância moderna de projeto detalhado. No decorrer do projeto, a condição de operação da rede foi alterada de maneira drástica: alguns consumidores foram eliminados e a vazão de projeto – que originalmente contemplava uma condição futura – foi diminuída em 30%. Evidentemente, a rede proposta não atendia a esta nova condição. Além deste fato, o cliente impôs uma

nova condição: a velocidade do fluido em qualquer trecho da rede não deveria ser inferior a um valor mínimo. A modificação da rede para atender à nova imposição estrutural poderia ser resolvida com o auxílio do modelo proposto – divido em duas partes – porém, a nova imposição introduziu uma variável de difícil acerto no modelo dividido: cada alteração de diâmetro imporia mudança nas pressões que teriam de ser alimentadas à segunda parte, que por sua vez poderiam afetar a primeira parte. Esta iteração externa tornaria a solução praticamente impossível. A solução foi juntar as duas partes num modelo único que representasse a rede inteira – suprimento e retorno – num único sistema. Para a construção do novo modelo combinado houve a necessidade de representação dos consumidores na rede, o que não era necessário no modelo bipartido. A solução partiu da própria biblioteca de módulos do software: regulador de vazão. Assim, as duas partes da rede foram combinadas num único modelo, que reflete a rede completa, inclusive os pontos de consumo. As condições de contorno diminuíram para a definição das pressões nos pontos de suprimento e retorno, aproximando assim o modelo da necessidade real. Com este modelo buscou-se uma solução que contemplasse a nova situação de consumo e a restrição de velocidade imposta. A facilidade de manuseio do modelo permitiu que se buscasse uma solução que não comprometesse a rede física já construída. Novamente, a solução encontrada deu-se num espaço de tempo curto e com a mesma equipe anterior. A utilização de modelos nas etapas de projeto conceitual e básico já é tradicional. Na etapa de detalhamento o uso sempre foi incipiente. Atualmente já se justifica o uso mais intenso como este exemplo mostrou. A principal vantagem consiste na redução do tempo e recursos necessários à construção e solução do problema, além da possibilidade de explorar soluções alternativas em curto espaço de tempo. Esta possibilidade permite, em alguns casos, a otimização da solução. Um benefício complementar está na documentação do problema, que é intrínseca ao modelo, e a facilidade de manipulação por terceiros. A metodologia foi aplicada a um projeto detalhado elaborado pela Setal-SOG Óleo e Gás S/A, em um projeto de expansão de refinaria da Petrobras. TN Petróleo 78

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obrigações acessórias

Novos controles

para a indústria petrolífera no Rio de Janeiro

Surge no estado do Rio de Janeiro mais uma série de obrigações acessórias, de eficácia duvidosa, mas muito onerosa em termos de gestão e controle, desta vez, imposta pela Secretaria Estadual de Fazenda na atividade de exploração de petróleo, gás natural e outros recursos naturais, hídricos e minerais, com a edição da Resolução Sefaz n. 382, de 17 de março de 2011.

O

Luiz Cezar P. Quintans é sócio responsável pela Área de Petróleo e Gás de TozziniFreire Advogados.

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estado começa a buscar o máximo de controle sobre os recursos advindos dos royalties do petróleo para se proteger de possíveis alterações nas regras, tanto para os contratos de concessão como para os futuros contratos de partilha da produção. A bem da verdade, o governo do Rio de Janeiro vem, em pílulas, criando leis, regulamentos e novas obrigações para os fluminenses. Os modelos de relatórios e documentos editados pela Resolução Sefaz n. 382/2011 são consequência da Lei RJ n. 5.139/2007 e do Decreto RJ n. 42.475 de 26 de maio de 2010, que dispõem sobre a fiscalização e o controle, pelo estado, dos royalties previstos na Constituição Federal, também chamados de compensação financeira, oriundos das concessões para a exploração de petróleo, gás natural e outros recursos naturais. A referida resolução disciplina o Decreto n. 42.475/2010 e estipula os seguintes novos documentos, e seus respectivos prazos de entrega (ver tabela 1). Os formulários pertinentes a cada relatório e documento de que tratam os anexos devem ser preenchidos online e enviados através do site www.fazenda. rj.gov.br. A resolução exige ainda que as concessionárias que exerçam as atividades de exploração de petróleo e gás natural apresentem os documentos e relatórios (ver tabela 2). De forma impositiva, contrariando a hierarquia das normas e qualquer regulamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o fisco fluminense determinou na resolução que, se decorrido o prazo de 180 dias sem que haja manifestação da ANP em relação ao Plano Anual de Produção e ao Programa Anual de Trabalho, esses documentos serão considerados automaticamente aprovados. O que se pode prever, nesse sentido, é que se abre um prazo novo, com uma nova obrigação, de 180 dias, para o concessionário entregar tais documentos à Receita Estadual do Rio de Janeiro, gerando nova regra, extrapolando a relação entre Agência e Concessionário. A Fazenda fluminense ainda exige que as concessionárias entreguem ao Grupo Especial de Trabalho da Secretaria, para cada plataforma, antes da entrada em produção, os diagramas de instalação, fluxogramas de engenharia e medição, especificações de medição, memoriais descritivos dos sistemas de medição; e mensalmente, até o décimo (ou o vigésimo, porque o texto da resolução traz em número cardinal 20º e, por extenso, décimo) dia útil do mês subsequente ao da aferição, os relatórios de medição fiscal. Se por um lado a própria resolução não impôs penalidade pela não observância de seus procedimentos, por outro, o estado não pode legislar sobre petróleo, nos termos do artigo 22, XII, da Constituição Federal. Não obstante, não é razoável nem proporcional que o estado do Rio de Janeiro exija mais documentos do que aqueles entregues à ANP para controle da produção e seus reflexos. Medidas desmedidas aumentam a responsabilidade, os custos e a carga de trabalho dos profissionais que lidam com governança corporativa e com os controles tributários dentro das empresas. Em que pesem as necessidades financeiras dos entes políticos, há que se exigir, no máximo, o que determina o órgão regulador da atividade econômica, sob pena de ferir os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.


Tabela 1

Anexo

Tipo

Prazo de entrega

1

Nota de lançamento

Por conta do fisco

2

Auto de constatação e/ou termo de arrecadação de livros e documentos

Por conta do fisco

3

Relatório de transferência de materiais

Até o último dia útil do mês subsequente ao da transferência

4

Demonstrativo de apuração dos royalties Até o segundo dia útil após o prazo para a entrega à ANP

5

Demonstrativo trimestral de apuração da Até o segundo dia útil após o prazo para a entrega à ANP participação especial

6

Boletim mensal consolidado de produção Até o segundo dia útil após o prazo para a entrega à ANP de petróleo e gás natural

7

Boletim mensal de produção por campo

Até o segundo dia útil após o prazo para a entrega à ANP

8

Unidades e volumes de estocagem

Até o 20° (vigésimo) dia útil do mês seguinte ao da medição

9

Instalações de transportes por dutos

Até o 20° (vigésimo) dia útil do mês seguinte ao do transporte

10

Transporte realizado por embarcação

Até o 20° (vigésimo) dia útil do mês seguinte ao do transporte

11

Relatório de gastos trimestrais da fase de exploração

15º (décimo quinto) dia do 2º mês subsequente ao do encerramento de cada trimestre

12

Relatório de gastos trimestrais da fase de desenvolvimento

15º (décimo quinto) dia do 2º mês subsequente ao do encerramento de cada trimestre

13

Relatório de gastos trimestrais da fase de produção

15º (décimo quinto) dia do 2º mês subsequente ao do encerramento de cada trimestre

14

Termo de revelia do auto de infração

Por conta do fisco

15

Termo de revelia da nota de lançamento

Por conta do fisco

Tabela 2

Documentos

Prazo de entrega

Plano de Desenvolvimento aprovado para cada Campo de Produção

90 dias após ter sido submetido à ANP

Plano Anual de Produção

180 dias a contar do parecer emitido pela ANP

Programa Anual de Trabalho

180 dias a contar do parecer emitido pela ANP

Contratos de Concessão, Permissão, Cessão ou outros instrumentos congêneres

30 dias após ter comunicado à ANP a declaração de comercialidade ou 30 dias contados a partir da intimação

Contratos de Concessão, Permissão, Cessão ou outros instrumentos congêneres; comprovantes de pagamentos de royalties e, se for o caso, do pagamento da participação aos proprietários da terra; cópia autenticada de dados produtivos; 30 dias contados a partir da intimação e dados de processos e de produção, níveis de tanques e similares, silos, dispositivos de carga e descarga de insumos, matérias-primas e produtos Outros livros, documentos, demonstrativos, arquivos e papéis 5 dias a contar da intimação pela autoridade fiscal de efeito econômico-fiscal Qualquer alteração no teor ou nos dados dos documentos

Em até 10 dias a contar da ocorrência do fato.

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feiras e congressos

Agosto

1º a 3 – Colômbia Hola – Heavy Oil Latin America Congress Local: Bogotá Tel.: (888) 799-2545 Fax: +1 (403) 245-8649 sdcomercial@campetrol.org heavyoillatinamerica.com 15 a 18 – Brasil International Congress of the Brazilian Geophysical Society Local: Rio de Janeiro Tel.: 918 497 5500 Fax: 918 497 5557 eventos@sbgf.org.br sys2.sbgf.org.br/congresso/ 17 a 19 – EUA NAPE Conference & Expo Local: Houston, TX Tel.: 972 993 9090 Fax: 972 993 9191 info@nape.com www.nape.com 22 a 24 – China CIPPE 2011 - Shanghai Local: Xangai Tel.: +86 10 5823-6588/5823-6548 Fax: +86 10 5823-6567 cippe@zhenweiexpo.com sh.cippe.com.cn/cippeen/

Setembro

5 a 7 – Austrália 6th Annual LNG World 2011 Local: Perth, Austrália Tel.: 00 603 2723-6736 Fax: 00 603 2723-6699 estherw@marcusevanskl.com www.lngworld-lse.com 8 a 9 – Casaquistão Caspian Offshore 2011 Local: Aktau Tel: 007 727 239-6960 Fax: 007 727 239-6960 www.caspian-events.kz/mclass. php?sort=2 19 a 21 – Suiça 21st World Upstream Local: Genebra Tel.: +31 70 324-6154 babette@glopac.com www.petro21.com/events/?id=700

19 a 22 – Cingapura 12th Annual FPSO Asia Congress 2011 Local: Cingapura Tel.: 00 65 6722-9388 enquiry@iqpc.com.sg www.fpsoasia.com 20 a 22 – Brasil Rio Pipeline Conference & Exposition 2011 Local: Rio de Janeiro Tel.: +55 21 2112-9077 Fax: +55 21 2220-1596 congressos@ibp.org.br www.riopipeline.com.br 21 a 22 – Polônia European Base Oils & Lubricants 2011 Local: Cracóvia Tel.: 0044 20 7981-2502 Fax: 0044 20 7593-0071 amichael@acieu.net www.acius.net/aci/conferences/euebl3.asp 28 a 30 – Cingapura 16th Asia Oil Week Local: Cingapura Tel.: 27 11 880-7052 amanda@glopac-partners.com www.petro21.com/ events/?eventid=564

Outubro

2 a 4 – EAU Middle East Petroleum & Gas Conference MPGC 2011 Local: Dubai Tel: 0065 6338-0064 Fax: 0065 6338-4090 www.cconnection.org/conference/ MPGC/2011/MPGCHome.html 3 a 5 – Holanda LNG Tech Global Summit 2011 Local: Roterdã Tel: 0044 0 20 7202-7574 Fax: 0044 0 20 7202-7600 laura.tytherleich@wtgevents.com www.lngsummit.com 4 a 6 – Brasil OTC Brasil 2011 Local: Rio de Janeiro Tel.: 1 281 491-5908 Fax: 1 281 491-5902 info@otcbrasil.org www.otcbrasil.org

4 a 6 – Brasil Petrotech 2011 Local: São Paulo Tel.: 55 11 5585-4355 www.petrotech.com.br 9 a 11 – Arábia Saudita Petrochem Arabia Conference & Exhibition 2011 Local: Damman Tel: 0044 203 328 6521 Fax: 0044 207 022 1722 alain@bme-global.com www.petrochem-arabia.com 10 a 13 – Argentina Argentina Oil & Gas – AOG 2011 Local: Buenos Aires Tel.: +54 11 4322-5707 Fax: +54 11 4322-0916 aog@uniline.com.ar www.aog.com.ar 18 a 20 – Brasil Pernambuco Business 2011 Oil & Gas, Offshore, Shipbuilding Local: Porto de Galinhas, PE Tel.: +55 21 2112-9077 Fax: +55 21 2220-1596 congressos@ibp.org.br www.ibp.org.br 24 a 26 – Brasil Vitória Oil & Gas 2011 Local: Vitória, ES Tel.: +55 21 2112-9000 ibp@ibp.org.br – www.ibp.org.br

Novembro

7 a 10 – Brasil NNO – Niterói Naval Offshore Local: Niterói, RJ Tel.: (55 21) 2215-3207 maria.jose@nno.com.br www.nno.com.br/ 10 a 12 – Argentina V ExpoGNC 2011 Local: Buenos Aires Tel.: +54 11 4300 6137 info@expognc.com www.expognc.com 28 a 30– Brasil Brazil Onshore 2011 Local: Natal, RN Tel.: (21) 2112-9000 ibp@ibp.org.br – www.ibp.org.br

Para divulgação de cursos e/ou eventos, entre em contato com a redação. Tel.: 21 3221-7500 ou webmaster-tn@tnpetroleo.com.br

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fino gosto

O Brasil de

por Orlando Santos

múltiplos sabores Livro resgata diversidade da cozinha brasileira Ambiências. Histórias e receitas do Brasil

Fotos: Julio Bittencourt

Autora: Mara Salles Editora: DBA Preço: R$ 78,00 168 páginas Acabamento: capa dura Dimensões: 19,5 cm x 24,5 cm Projeto gráfico: Suli Kakiljo

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Receita da página 78

Manjar de tapioca com formiga Ingredientes: 1/2 litro de tapioca flocada 750 ml de leite 4 colheres (sopa) de açúcar 200 ml de leite coco mel para regar Formigas saúvas tostadas Rendimento: 6 pessoas Receita da página 140

Risoto mulato

Ingredientes: 1 tomate, sem semente, em cubos pequenos 1 cebola pequena em cubos pequenos 1 colher (chá) de vinagre de vinho branco 1 colher (sopa) de azeite de oliva 1/2 litro de caldo de cozimento de feijoada (ou feijão preto cozido com linguiça defumada) 4 escumadeiras de arroz cozido suco de limão, salsinha bem picadinha, pimenta malagueta curtida e sal. Rendimento: 4 a 6 pessoas Encarnação Salles, a Dona Dêga, abraçada pela filha, Mara Salles

Consagrada

.como um das melhores chefs de restaurante do país, a paulistana Mara Salles vem se dedicando há vários anos a percorrer o Brasil, de ponta a ponta, em busca de novas receitas e de outras, já tradicionais, da rica culinária nacional. Dona do badalado Tordesilhas (Rua Bela Cintra, 465, Consolação, São Paulo), que em 2001 foi eleito pela Veja como o melhor restaurante de cozinha brasileira, ela acaba de lançar o resultado dessas incursões: Ambiências. Histórias e receitas do Brasil, que reúne a delicada pesquisa gastronômica em busca dos sabores de todos os dias. Com imagens registradas pela própria Mara e ensaio do fotógrafo de Julio Bittencourt, o livro apresenta relatos saborosos. A autora divide com o leitor as emocionantes histórias das viagens que fez pelos quatro cantos do Brasil, em uma verdadeira saga desbravadora da riqueza da culinária regional, considerada uma das mais interessantes do mundo. Os relatos são uma espécie de entrada para um cabedal gastronômico, que abrange desde os pratos mais simples do cotidiano, como arroz e feijão, à sopinha, fáceis de preparar, passando pelo clássico cuscuz paulista, até os exóticos sabores da Amazônia e os segredos culinários do cerrado e do Nordeste. Mara registra, no entanto, que, das cozinhas visitadas e transpostas para o livro, a que mais a encanta é a mineira, considerada pela chef a mais esmerada e refinada do Brasil. Mais do que um livro de receitas, Ambiências é uma obra que reflete o aprendizado, as ricas experiências, o sabor, a cultura e a prosa. Para ler e consultar sempre que der vontade. Em entrevista concedida recentemente a uma revista especializada em gastronomia, Mara Salles lembra que desde cedo aprendeu que a cozinha brasileira tinha fortes raízes populares. Daí ter corrido atrás dessa identidade, pesquisando em livros ou percorrendo as regiões do país. Lançado agora, a obra vem consolidar essa montagem da grade da cozinha brasileira que, no Tordesilhas – sempre inovando –, carrega toda a diversidade da comida regional para o cotidiano da metrópole paulistana. Quem divide harmoniosamente essa tarefa com Mara, na cozinha do restaurante paulista, é Dona Dêga – apelido carinhoso de Encarnação Salles, mãe da chef, que aos 82 anos compartilha com Mara a criação e execução do cardápio. Razão de ser ela a inspiração maior do livro. TN Petróleo 78

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coffee break

O MAM é assim mesmo Três grandes exposições ocupam o Espaço Monumental do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro por Orlando Santos

Fotos das obras: Cortesia MAM, RJ

por Orlando Santos

2

1 É Assim Mesmo De terça a sexta, das 12h às 18h Sábado, domingo e feriado, das 12h às 19h. Ingresso: R$ 8,00 Estudantes maiores de 12 anos: R$ 4,00 Maiores de 60 anos: R$ 4,00 Amigos do MAM e crianças até 12 anos: entrada gratuita Aos domingos há o “ingresso família”, para até cinco pessoas: R$ 8,00 Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85 Parque do Flamengo/Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2240 4944 www.mamrio.org.br

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Das dez exposições selecionadas e recomendadas pela Veja-Rio, nada menos do que três ocupam o Espaço Monumental do Museu de Arte Moderna, no Aterro do Flamengo (RJ), pela sua importância e grandiosidade. Encabeçando a lista dos melhores, está a mostra É Assim Mesmo, título retirado do trabalho do artista Wesley Duke Lee, uma mistura de guache e lápis de cera sobre papel fixado em madeira, logo à entrada da exposição. A expressão serve, segundo o curador da mostra, Luiz Camilo Osório, como mote para trazer à luz os maiores destaques da coleção e propor um diálogo entre a produção nacional e a internacional. É Assim Mesmo contém 59 importantes obras de artistas brasileiros e estrangeiros pertencentes à coleção do MAM, que contém mais de cinco mil peças. Uma exposição da nata do acervo, que mostra artistas como Giacometti, Brancusi, Pollock, Lygia Clark, Picasso, Mira Schendel, Artur Barrio, Hélio Oiticica, Andy Warhol, Franz Weissmann, Josef Albers, Max Bill, Victor Brecheret, Waltercio Caldas, Sergio Camargo, Raymundo Colares, Antonio

Foto: Vicente de Mello

Mostra É Assim Mesmo


3

Dias, Wesley Duke Lee, Lucio Fontana, Oswaldo Goeldi, Leonilson, Maria Martins e Almir Mavignier. Reunindo trabalhos em diferentes suportes – pinturas, esculturas, serigrafias e xilogravuras – a mostra destaca para o público a excelência de uma das mais expressivas coleções do país. Integram a exposição as obras Relevo (1955), de Lygia Pape, Escalpe (1983/2000), de Tunga, e Sem título (1967-1969), de Ivan Serpa e Antonio Manuel, adquiridas pelo MAM-RJ a partir de dois projetos contemplados pelo Programa Petrobras de Artes Visuais, em 2001 e 2002. A aquisição de 35 relevantes obras, propiciadas pelo patrocínio da Petrobras de cerca R$ 1 milhão, no total, naquelas duas ocasiões, permitiu que o museu reforçasse em sua coleção com obras de períodos fundamentais da arte brasileira: o Grupo Frente, o neoconcretismo e o experimentalismo. A Petrobras é mantenedora do MAM desde 2004, tendo, antes, mantido essa posição entre 1997 e 1998. Concebida para renovar o interesse do público pelo acervo do MAM, a mostra tem feito a alegria dos visitantes mais experientes e é visitada por um público mais jovem, com as visitas guiadas ou simplesmente avulsas. As duas outras exposições que ocupam o Espaço Monumental do MAM-RJ apresentam as esculturas de José Resende, e os desenhos, maquetes e peças em grande dimensões do artista José Damasceno, da coleção Gilberto Chateaubriand. As três mostras vão até meados de agosto.

4 5

(1) Andy Warhol; Sem título, 1975

6

(2) Wesley Duke Lee; É assim mesmo, 1977 (3) Josef Albers; Formulation: Articulation, 1972 (4) Jackson Pollock; N. 16, 1950. (5) Keith Haring; Sem título, 1984. (6) Maria Martins; O Impossível, 1945

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opinião

de Luiz Henrique Ferreira, diretor e fundador da Inovatech Engenharia

Polos sustentáveis no setor petrolífero

As últimas descobertas (junho/2011) da camada do pré-sal devem contribuir para o crescimento econômico do setor petrolífero no Brasil, um dos pilares do crescimento de nosso país.

Foto: Divulgação

E

sse novo cenário de crescimento pode atingir fortemente o meio ambiente, e por conta disso as empresas do setor estão engajadas em projetos e ações que minimizem os impactos ambientais, desde a construção de novos polos até a extração de matéria-prima. A busca por novas instalações e polos industriais criados com critérios de sustentabilidade ambiental será uma realidade em futuro muito próximo, acompanhando as principais tendências mundiais na construção e operação da atividade petrolífera. Hoje, as principais empresas do mundo já incorporaram a sustentabilidade como pauta obrigatória de suas operações, chegando inclusive a criar diretorias específicas para a área, o que decerto tem reflexos diretos na maneira com que essas empresas constroem e operam suas plantas industriais, de extração e de beneficiamento. Os polos petrolíferos são em geral empreendimentos de grande porte, que geram um significativo impacto ambiental, tanto na fase de obras quanto na de operação. Portanto, o crescimento de polos petrolíferos no Brasil deve ser apoiado nos três pilares da sustentabilidade já conhecidos (econômico, ambiental e social) e, também, no pilar cultural, para que haja a interação da sociedade com esses polos de desenvolvimento, estratégicos para a nação. Para isso, o ideal seria que as empresas do setor definissem

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uma metodologia comum para o desenvolvimento sustentável com Alta Qualidade Ambiental, desde sua fase de construção à fase de operação das construções. Desta maneira, é possível que todos possam caminhar na mesma direção, inclusive com incentivos governamentais específicos para projeto, construção e operação de empreendimentos petrolíferos sustentáveis certificados. Esse processo de adequação para a criação de uma metodologia comum no setor deve se basear em soluções de sustentabilidade que possam gerar resultados efetivos, com economia de custos operacionais, redução de riscos de contaminação e danos ao meio ambiente, ou até mesmo no retorno institucional. Outro aspecto muito importante a ser considerado é a modernização das instalações atuais do setor petrolífero, uma vez que ainda existem edifícios, estaleiros e refinarias operando há mais de 30 anos, e estas construções foram projetadas e construídas em uma época em que a sustentabilidade ainda engatinhava como pauta do desenvolvimento da humanidade. Esta modernização deve ocorrer de maneira consciente e sustentável, para evitar demolições e inutilização de construções que poderiam ser reabilitadas, minimizando impactos no entorno, além de consumir menos recursos naturais na fase de obras de modernização. Enfim, o desenvolvimento do Brasil depende muito do setor petrolífero, e como país detentor da maior biodiversidade do planeta temos grande responsabilidade de preservação ambiental e sustentabilidade, mostrando na prática que é possível ser um grande exportador de petróleo sem prejudicar o meio ambiente.



Empresas com estratégias de negócios sustentáveis fazem a economia crescer. Conheça alguns dos principais negócios realizados pelo Banco do Brasil em 2010. Corant es

l xti Tê

Ti

R$ 100.000.000,00 BNDES Exim

m ic o R$ 36.500.000,00 Aquisição de Recebíveis R$ 85.000.000,00 Soluções de Giro

Pe t US$ 750,000,000.00 Senior Unsecured Notes due 2020

US$ 100,000,000.00 Prestação de Garantias

R$ 1.400.000.000,00 Soluções de Giro

US$ 28,600,000.00 BNDES Exim

R$ 1.030.000.000,00 Debêntures

e

US$ 109,680,000.00 Pre-Export Finance

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Soluções de Giro

US$ 200,000,000.00 Pre-Export Finance R$ 120.250.000.000,00 Distribuição Primária de Ações

R$ 600.000.000,00 Soluções de Giro

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ipamento Equ s e s a n

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R$ 260.000.000,00 Soluções de Giro

R$ 47.884.800,00 BNDES Finame

R$ 195.000.000,00 BNDES Procer

US$ 55,000,000.00 BNDES Exim

BNDES Finame R$ 144.610.590,41 Soluções de Giro

SAC 0800 729 0722 – Ouvidoria BB 0800 729 5678 Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088 ou acesse bb.com.br/corporate

Material de caráter meramente informativo. Operações realizadas em 2010.

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