opinião
Petróleo I Gás I Biocombustíveis
Consórcios na Lei do Petróleo, de Luiz Cezar Quintans,
advogado associado ao G Ivo Advogados.
Maria das Graças Foster: uma petroleira na presidência da Petrobras Estaleiros em ritmo acelerado OGX: primeiro óleo Ano XII • mar/abr 2012 • Nº 82 • www.tnpetroleo.com.br
Grandes investimentos no Rio Cenário complicado para os independentes Etanol: mercado estável em 2012
especial: perspectiva 2012
Otimismo em alta Combustíveis do inferno, por Célio Pezza Desmistificando o Brasil no geral, criticando-o no particular, por Bashir Karim Vakil e Ana Luiza Cruz Vizaco A Política Nacional de Resíduos Sólidos afinando com a interpretação econômica dos resíduos e rejeitos, por Cassio dos Santos Peixoto
Suplemento especial: caderno de sustentabilidade Entrevista exclusiva
Tommy Bjørnsen, diretor de Operações para DNV América do Sul
P&D assegura mais valor e qualidade
sumário
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edição nº 82 mar/abr 2012
entrevista exclusiva
P&D assegura
EM MEADOS DE 1990, VEIO O ADVENTO DA ISO
por Maria Fernanda Romero
PERCENTUAL GRANDE DE MARKET SHARE DE CERTIFICAÇÃO DE ISO 9000, DEPOIS DE ISO 14000, E SUCESSIVAMENTE OUTROS PADRÕES.
TN Petróleo – Quais as principais conquistas e realizações da DNV em 38 anos de atividades no Brasil? Tommy Bjørnsen – A história da DNV no Brasil pode ser dividida em quatro etapas: em 1974, quando oficialmente abrimos nosso primeiro escritório no país, cuja intenção era principalmente atuar nas plataformas fixas em águas rasas do Nordeste; na década de 1980, quando entramos no mercado de construção naval, quando passamos a classificar também navios construídos no Brasil; em meados de 1990, quando veio o advento da ISO 9000 e a DNV foi um dos grandes players do Brasil, com um percentual grande de market share de certificação de ISO 9000, depois de ISO 14000, e sucessivamente outros padrões; e na década de 2000, com o ressurgimento do offshore, agora mais focado em águas profundas e o envolvimento da DNV, tanto nas unidades de plataformas offshore, como também nas embarcações de apoio marítimo e na parte de subsea. Existe muita similaridade nas operações em águas profundas brasileiras e as do Mar do Norte, onde a DNV tem uma atuação destacada. Por isso, observamos que muitas companhias norueguesas vieram para o Brasil, estão estabelecidas aqui, são bem-sucedidas, e mais empresas ainda estão vindo. Toda essa experiência que a DNV acumulou até agora tem sido ajustada aos requisitos específicos locais e aplicada aqui no Brasil.
diálogos constantes com o Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello, da Petrobras (Cenpes), e com outros centros de pesquisas que estão sendo instalados na Ilha do Fundão, no Parque Tecnológico do Rio, para implantação de P&D no Brasil. Outra forma que temos de aplicar P&D é através do Joint Industry Projects (JIP), um conceito com o qual identificamos uma necessidade do mercado e, havendo interesse, administramos e coordenamos os projetos com a participação das empresas interessadas para identificar novos padrões e novas metodologias para simplificar a operação dessas questões em nível mundial. Algumas companhias brasileiras vêm participando de JIPs, mas o interessante é que no ano passado conseguimos o primeiro JIP brasileiro só com companhias nacionais para analisar a perfuração direcional horizontal de pipelines. O projeto está sendo coordenado por funcionários da DNV Brasil. Ademais, nosso CEO, Henrik O. Madsen financia ao longo do ano o que ele chama de ‘projetos de inova-
Fotos: TN Petróleo e Glêyser Azevedo
NO BRASIL, A ORGANIZAÇÃO investe em buscar respostas para os desafios do mercado marítimo e de petróleo e gás, e identifica a qualificação de mão de obra como o grande e preocupante gargalo do setor. Focado na importância de altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em nível global, a DNV pretende continuar a parceria com universidades no Brasil e avalia futuramente consolidar ainda mais sua participação com um centro de pesquisa no país.
para os próximos anos é o de expandir ainda mais nossa participação nestes mercados.
Qual a prioridade da DNV nos negócios da empresa na América do Sul, em especial o Brasil? Quais são os objetivos e metas da empresa no país para este ano? A prioridade da DNV tem sido o segmento marítimo e de óleo e gás. Os serviços que prestamos estão focados na classificação, neste caso, principalmente com o programa ambicioso de construção de sondas, FPSOs e embarcações de apoio marítimo especialmente para atender o pré-sal. Outros serviços que oferecemos são: análise de riscos, análises técnicas e verificação de equipamentos, não relacionados com classe. Nosso objetivo para este e 16
Cerca de 6% da receita total da DNV são investidos em P&D, globalmente. No Brasil, vocês pretendem continuar a parceria com universidades e centros de pesquisa. De que forma isso acontecerá?
Mantemos diálogo com algumas universidades no país, principalmente com a Pontifícia Universidade Católica (PUC) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em alguns projetos específicos. Inclusive, atualmente, estamos conversando com eles no sentido de financiar alunos para mestrado e doutorado focados em projetos de interesse mútuo. Temos também
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com Tommy Bjørnsen, diretor de Operações para DNV América do Sul
9000 E A DNV FOI UM DOS GRANDES PLAYERS DO BRASIL, COM UM
MAIS VALOR E QUALIDADE
Reconhecida mundialmente como líder em classificação e certificação, a Det Norske Veritas (DNV) tem uma história de sucesso e grandes contribuições nos seus 38 anos de atividade no Brasil.
Entrevista exclusiva
Tommy Bjørnsen, diretor de operações para DNV América do Sul
P&D assegura mais valor e qualidade
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especial: especial: perspectiva 2012
mercado aquecido
Perfuração onshore na bacia de Solimões (AM) para a Petrobras
Otimismo e m alta O O Brasil entra em 2012 com grandes expectativas, depois de fechar um ano ímpar, no qual registrou a maior produção de petróleo e gás de todos os tempos – 2,66 milhões de barris de óleo equivalente (incluindo gás natural), superando o recorde registrado no final de 2010 e que parecia inalcançável nos últimos 12 meses. Com uma produção média diária superior a 2,2 milhões de barris/dia de óleo e 71 milhões de m3 de gás natural, a indústria de óleo e gás auspicia bons ventos para a cadeia produtiva de fornecedores de bens e serviços, que retoma o fôlego para disputar os US$ 225 bilhões em investimentos previstos pelo Plano de Negócios da Petrobras até 2015.
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s dados da produção de petróleo e gás em 2011, anunciados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em meados de fevereiro, reforçam o clima de otimismo. Na ponta do lápis, em 2011 a Petrobras e outras 24 empresas extraíram 919 milhões de barris de óleo equivalente (boe) do subsolo brasileiro (em terra e no mar) – cerca de 90% da produção continua sendo da estatal. Quase um bilhão de barris de petróleo em um ano. Não é à toa que a Agência de Informações
Otimismo em alta
por Maria Fernanda Romero
de Energia dos Estados Unidos (US Energy Information Administration), aponta o Brasil como a principal fronteira para a expansão da produção de petróleo no mundo até 2030. Em comparação com o ano anterior (2010), a produção de petróleo cresceu 2,5% e a de gás natural, 4,9%. Nos últimos dez anos (2002-2011) a produção de petróleo cresceu 45% e a de gás natural, 55%. A Petrobras liderou essa evolução: desde o início desse século, sua produção brasileira de petróleo quase dobrou – passou de 1,2 milhão de barris/dia em 2000, para mais de 2 milhões de barris/
dia no ano passado. As reservas totais da estatal também cresceram: passaram de 9,6 bilhões de boe (critério SPE/Society Petroleum Engineers) em 2000, para mais de 15,7 bilhões de boe em 2011. Nesse mesmo período, o Brasil ampliou e diversificou ainda mais sua matriz energética. Mas é o petróleo que está fazendo girar as rodas da economia, mesmo em tempos de crise mundial. Nos últimos cinco anos, a cadeia produtiva de petróleo e gás vem buscando se capacitar para ter uma participação mais expressiva nos volumosos investimentos revisados ano a ano pela Petrobras.
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Uma petroleira na presidência da Petrobras
Ao assumir o comando de uma das maiores companhias petrolíferas de capital aberto do mundo, a engenheira química Graça Foster consagra-se não somente como a primeira mulher na presidência da estatal brasileira, mas também como uma funcionária de carreira, petroleira, que chega à mais alta posição na empresa. Uma petroleira sim, senhor, com maiúscula, batom, brincos, e tudo o mais que a vaidade feminina permite.
Fotos: Agência Petrobras
por Beatriz Cardoso
“ELA CHEGOU LÁ!”, exclamou um executivo do setor, que conhece Maria das Graças Silva Foster desde a época em que ela saiu pela primeira vez de uma das instalações da Petrobras para assumir um cargo na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), empresa criada em 1997 para operar o Gasoduto Bolívia-Brasil (o maior da América Latina), na qual a estatal tem participação majoritária, associada a outras empresas estrangeiras. Isso foi em 2001, início de uma década na qual Graça Foster iria consolidar uma trajetória vencedora. “Vamos criar a cultura de gás natural no Brasil”, afirmou ela ao assumir a Gerência de Desenvolvimento do Mercado de Gás da TBG. Depois de mais de duas décadas atuando na área de Exploração e Produção, Graça Foster iria prospectar um segmento ainda relativamente novo no país – o do gás natural –, que iria demandar uma das mais ousadas estratégias de expansão de uma
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indústria naval
por Maria Fernanda Romero
por Rodrigo Miguez
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Indústria naval
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Com a aceleração da indústria de óleo e gás, as encomendas aumentam nos estaleiros do país, com demandas da Petrobras e de outras empresas nacionais e estrangeiras. A construção de plataformas, módulos, sondas e embarcações do setor offshore não para de crescer. Novos estaleiros estão surgindo no país para dar ainda mais suporte a essa indústria em expansão.
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E&P. A nova presidente da Petrobras soma experiência em praticamente todas as áreas dessa cadeia produtiva para gerir uma empresa que já foi aclamada por um de seus antecessores como “maior do que o próprio Brasil”.
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ESTALEIROS EM RITMO ACELERADO
Uma petroleira na presidência da Petrobras
Dilma Roussef presente durante a transmissão de cargo na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro
malha incipiente de gasodutos pelo território brasileiro. A missão foi cumprida, assim como outras que essa mineira da interiorana Caratinga assumiu desde que entrou para a Petrobras, em 1978, como estagiária, na área de
Foto: Divulgação Keppel Fels
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Maria das Graças Foster
posse da Petrobras
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Especial: perspectiva 2012
egundo dados do Sindicato Nacio nal da Indústria da Constr ução e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), a carteira de encomendas dos estaleiros brasileiros é de 312 projetos de construção de navios e plataformas, representando 6,2 milhões de TPB (toneladas de porte bruto). De um total de 18 plataformas de produção de petróleo em construção, 13 serão construídas no Brasil. Teremos, ainda, 28 sondas da Petrobras sendo construídas em território nacional, mudando o paradigma de que esses equipamentos somente podiam ser feitos no exterior, o que abre um novo leque de possibilidades de novos negócios para os estaleiros brasileiros. As prioridades de financiamentos aprovadas em duas reuniões do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (FMM), em 2011, somam US$ 8,3 bilhões para a construção de embarcações e US$ 2,8 bilhões para a implantação de oito novos estaleiros e a expansão de três estaleiros existentes. Em dezembro de 2011, foi inaugurada em São Gonçalo (RJ) a unidade industrial Aliança Offshore, que irá construir os blocos para a construção de navios de apoio marítimo no Estaleiro Aliança, instalado em Niterói (RJ). Na opinião da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), nos últimos anos o setor naval e offshore brasileiro voltou a ter grande participação na economia brasileira, e caminha a passos largos rumo à sustentabilidade e à competitividade internacional. “Estimamos que nos próximos anos a demanda do setor será em média de um milhão de toneladas por ano, levando em conta a carteira de encomendas da Petrobras até 2020. Considerando os estaleiros já TN Petróleo 81
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Estaleiros em ritmo acelerado
OSX
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PRIMEIRO ÓLEO Com o início da produção de petróleo da OGX, a indústria brasileira de óleo & gás entra em uma nova etapa, com cada vez mais participação de companhias brasileiras no setor até então dominado pela Petrobras.
Fotos: Divulgação OGX
por Rodrigo Miguez
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“O PRIMEIRO ÓLEO da OGX, em pouco mais de dois anos da descoberta de Waimea, representa a quebra de mais um paradigma na indústria do petróleo e evidencia a velocidade de execução e o foco em resultados do Grupo EBX”, comentou Eike Batista, diretor-presidente da OGX. “Com Waimea, a OGX se torna a primeira operadora privada brasileira a produzir petróleo offshore no país”, adicionou Batista. A acumulação de Waimea foi descoberta em dezembro de 2009, e é a primeira a iniciar a produção pela OGX em águas rasas, na Bacia de Campos. Em sequência aos procedimentos de injeção de fluidos, iniciados no poço OGX-26 em 28 de janeiro, o poço foi aberto para produção em 31 de janeiro de 2012, no bloco BM-C-41. O TLD de Waimea marca também o início da geração de caixa da empresa com a venda de duas cargas (dois lotes de 600 mil barris), em contrato firmado com a Shell em outubro do ano passado, que totalizam 1,2 milhão de barris. O óleo será processado pela Shell em uma de suas refinarias. Ao longo dos próximos meses, a equipe de produção da companhia testará diferentes níveis de vazão buscando estabilizar a produção do poço em torno de 15 mil barris por dia. Segundo estimativa da empresa, a declaração da comercialidade de Waimea será dada ainda no primeiro semestre, após a obtenção de dados adicionais e conclusivos do reservatório. O óleo produzido será armazenado e tratado no FPSO OSX-1, que tem capacidade de processamento de 60 mil barris de óleo por dia e uma capacida-
de de armazenamento de 900 mil barris, depois transferido para um navio aliviador para seguir sua rota de comercialização. Após a comprovação da viabilidade comercial do reservatório por meio do TLD, a OGX dará início à fase de desenvolvimento da produção, que contará com outros dois poços de produção ligados a este FPSO. Poderão ser utilizados ainda dois poços de injeção de água, que ajudam a manter os níveis
A perfuração do primeiro poço produtor da OGX contou com alta tecnologia e a experiência diferenciada de seus técnicos e parceiros, entre os quais empresas de ponta como a multinacional Schlumberger. Através de um modelo inovador de serviços integrados oferecidos à OGX, o poço de Waimea atingiu todas as expectativas operacionais. No projeto total, os serviços integrados da Schlumberger alcançaram alto nível de eficiência, com registro de NPT (tempo não produtivo) de somente 2%, trazendo benefícios econômicos no gerenciamento de operações,
CARACTERÍSTICAS DO POÇO
que resultaram na redução de custos da OGX neste poço. O poço de Waimea teve toda a engenharia e desenho do poço, incluindo todos os serviços desde a perfuração à completação e execução, desenvolvidos pela Schlumberger. A empresa também fez a instalação da cabeça de poço e estimulou oito seções da completação horizontal de poço aberto. Todos os serviços contaram com a utilização do FlexSTIM, barco de estimulação modular que foi recentemente
Poço direcional: 3.746 m de profundidade Poço horizontal: 1.000 m de extensão Índice de produtividade (ip): 100m³/dia/kgf/cm² Acidificação seletiva: em oito intervalos de pressão do reservatório e a otimizar a produção, elevando-a para níveis entre 40 e 50 mil barris por dia ao longo do segundo semestre de 2012.
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Coffee break Imagens de uma vida
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por Orlando Santos
Um dos mais importantes eventos do calendário oficial do Momento Itália Brasil, a exposição Modigliani: Imagens de uma vida foi inaugurada em 31 de janeiro no MNBA, com obras nunca antes expostas na America Latina.
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Museu Nacional de Belas Artes - MNBA Av. Rio Branco, 199 Centro - Tel.: 2219-8474 www.mnba.gov.br De 01 de fevereiro a 15 de abril Visitação: de terça a sexta de 10h às 18h e aos sábados, domingos e feriados, de 12h às 17h.
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Affonso Vianna Junior Alexandre Castanhola Gurgel André Gustavo Garcia Goulart Antonio Ricardo Pimentel de Oliveira Bruno Musso Colin Foster David Zylbersztajn Eduardo Mezzalira Eraldo Montenegro Flávio Franceschetti Francisco Sedeño Gary A. Logsdon Geor Thomas Erhart Gilberto Israel Ivan Leão Jean-Paul Terra Prates João Carlos S. Pacheco João Luiz de Deus Fernandes José Fantine Josué Rocha
Primeiro óleo
fino gosto
O Museu Nacional de Belas Artes, ao iniciar o ciclo de comemorações dos seus 75 anos, expõe um dos mais completos acervos do pintor italiano, colocando ao dispor do público – turistas, visitantes e habitantes da cidade – obras nunca antes expostas na América Latina. No evento, incluído no calendário oficial do Momento Itália-Brasil, as figuras longilíneas de Amedeo Modigliani ocupam várias salas do MNBA. São pinturas, desenhos, esculturas, fotos e cartas trocadas com amigos, como Pablo Picasso. Tendo passado antes por Vitória, no Espírito Santo, o evento é uma parceria entre o Museu a Céu Aberto (MCA) e o Modigliani Institut Archives Légales Paris-Roma, trazendo pela primeira vez ao Brasil uma coleção de 12 pinturas e cinco esculturas originais, além de obras e documentos, fotos, desenhos, diários e manuscritos de Modigliani e de importantes artistas da sua época, num total de 230 peças. Assim, o público tem acesso a um rico panorama da vida artística parisiense e italiana do século XX, distribuído em cinco salas do MNBA. “Modigliani, que foi definido como o artista sem mestres e sem discípulos, se destaca neste panorama de nomes importantíssimos da história da arte por ter sido fiel à sua visão figurativa da arte, conseguindo chegar a um signo identitário, que é a síntese perfeita entre a imagem e o sentimento que isso suscita, em transferir a alma dos sujeitos e não apenas as fisionomias deles”, comenta no catálogo da exposição o professor Christian Parisot, presidente do Modigliani Institut. O percurso expositivo da mostra leva a uma imersão na intimidade do artista. O roteiro se inicia com os estudos de Modigliani na Itália, passando por seus professores e ao aprendizado, em que todas as fases são ilustradas. O apogeu da carreira se dá na Paris modernista, quando se sublinham as manifestações artísticas, influências, confrontos criativos com amigos – como Picasso, André Derain, Max Jacob, Leonard Foujita, entre outros expoentes que, juntos, revolucionaram a história da arte. A mostra contém ainda a correspondência entre Modigliani e Picasso, André Derain, Max Jacob, entre outros; manuscritos; diários da mãe de Modigliani; e anotações, contribuindo para formar um interessante mosaico de sua tão conturbada vida, seus modelos femininos, os ateliês e lugares onde viveu, com fotografias de Anna Marceddu, além de um vídeo. Com uma vida intensa, marcada por grandes amores, guerras e infortúnios e graves doenças, Amadeo Modigliani (nascido em 12 de julho de 1884, na cidade Livorno, e falecido em 25 de janeiro de 1920, em Paris) reflete em sua arte vários estilos artísticos e desnuda o homem de maneira reveladora.
Mostra Modigliani
Fotos: Divulgação
Mostra “Modigliani: Imagens de uma vida” no MNBA
CONSELHO EDITORIAL
O artista tem a vida interrompida precocemente por uma enfermidade, porém sua contribuição para a arte é única. Para que esta exposição pudesse se realizar, inúmeras instituições cederam obras de suas coleções, como o Modigliani Institut Archives Légalés Paris-Roma e vários colecionadores particulares. A escolha de obras, a apresentação e o conteúdo do catálogo foram confiados a Claudio Strinati, do Modigliani Institut, e a curadoria é do presidente do mesmo instituto, Christian Parisot, que veio especialmente de Roma para acompanhar a montagem no MNBA. A mostra Modigliani: Imagens de uma vida fica no MNBA até abril, seguindo para o Masp, em São Paulo.
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Imagens de uma vida
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artigos 78 Combustíveis do inferno, por Célio Pezza 94 Desmistificando o Brasil no geral, criticando-o no particular, por Bashir Karim Vakil e Ana Luiza Cruz Vizaco
96 A Política Nacional de Resíduos Sólidos afinando com a interpretação econômica dos resíduos e rejeitos, por Hubert Hilp
Luiz B. Rêgo Luiz Eduardo Braga Xavier Marcelo Costa Márcio Giannini Márcio Rocha Melo Marcius Ferrari Marco Aurélio Latgé Maria das Graças Silva Mário Jorge C. dos Santos Maurício B. Figueiredo Nathan Medeiros Paulo Buarque Guimarães Roberto Alfradique V. de Macedo Roberto Fainstein Ronaldo J. Alves Ronaldo Schubert Sampaio Rubens Langer Samuel Barbosa
Ano XII • Número 82 • mar/abr 2012 Fotos: Agência Petrobras e TN Petróleo opinião
PETRÓLEO I GÁS I BIOCOMBUSTÍVEIS
Consórcios na Lei do Petróleo, de Luiz Cezar Quintans, advogado associado ao G Ivo Advogados.
Maria das Graças Foster: uma petroleira na presidência da Petrobras Estaleiros em ritmo acelerado OGX: primeiro óleo Ano XII • mar/abr 2012 • Nº 82 • www.tnpetroleo.com.br
Grandes investimentos no Rio Cenário complicado para os independentes Etanol: mercado estável em 2012
seções 5 editorial 6 hot news 10 indicadores 60 perfil profissional 63 caderno de sustentabilidade 80 pessoas
84 produtos e serviços 98 fino gosto 100 coffee break 102 feiras e congressos 103 opinião
ESPECIAL: PERSPECTIVA 2012
Otimismo em alta Combustíveis do inferno, por Célio Pezza Desmistificando o Brasil no geral, criticando-o no particular, por Bashir Karim Vakil e Ana Luiza Cruz Vizaco A Política Nacional de Resíduos Sólidos afinando com a interpretação econômica dos resíduos e rejeitos, por Cassio dos Santos Peixoto
Suplemento especial: CADERNO DE SUSTENTABILIDADE Entrevista exclusiva
Tommy Bjørnsen, diretor de operações para DNV América do Sul
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Guiana
Boa Vista
Frota mercante em operação
Números do Brasi
Roraima Branc o
Ilha de Marajó
Santarém
Manaus
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Estaleiro Bibi a deir
Fonte: Petrobras e Sinaval
Tipos de carga
Novas plataformas e sondas: o ano de 2011 foi marcado por intensa atividade na construção de novas plataformas de petróleo. Foram entregues as plataformas P-56 e P-57. O Estaleiro Inhaúma, que utiliza o dique seco do antigo Estaleiro Ishibras, no RioPorto de Velho Janeiro (RJ), foi reativado e vai realizar as conversões dos cascos de quatro petroleiros em plataformas tipo FPSO para a Petrobras. Das 18 plataformas em construção 13 serão construídas no Brasil: além das quatro que serão convertidas no Estaleiro Inhaúma, oito serão construídas no RG Estaleiros, em Rio Grande (RS) e a P-55, cujo casco foi construído no Estaleiro Atlântico Sul e a construção de módulos e sua integração ao casco serão realizadas no Rio Grande (RS).
Granéis sólidos: 506 milhões (61%) Granéis líquidos: 208 milhões (25%) Carga geral: 120 milhões (15%)
Tocantins
Fonte: Antaq, 2011
Brasi Palmas
ancisc
o
Novos estaleiros: Aliança Offshore – São Gonçalo (RJ) - inaugurado; Estaleiro Rio Tietê – Araçatuba (SP); Estaleiro Jurong Aracruz (ES); Estaleiro OSX- São João da Barra (RJ); Estaleiro Inhaúma – Rio de Janeiro (RJ) - obras iniciadas; Promar – Suape (PE); EBR – Estaleiros do Sondas de perfuração em construção: Brasil – São José do Norte (RS) - licença de instalação concedida • Consórcio Rio Paraguaçu (Maragogipe – BA) – construção de duas sondas de perfuração auto elevatórias (jack up). Módulos Estaleiros em Prioridade de Financiamento aprovadas pelo FMM: construídos pela UTC. Construcap – Suape (PE); Estaleiro Promar – Suape (PE); Eisa Alagoas – • Estaleiro Estaleiro Atlântico Sul (Suape – PE) – construção de sete Coruripe (AL); Estaleiro Enseada do Paraguaçu – Maragogipe (BA); navios sonda. Estaleiro Corema – Simões Filho (BA); P2 Estaleiro – Itajaí (SC); Estaleiros do Brasil – EBR – São José do Norte (RS); Estaleiros Amazônia Sondas em licitação: EASA – Belém (PA) – ampliação; Estaleiro Aliança – Niterói (RJ) – • A Petrobras examina as propostas para a construção no Brasil de ampliação; CQG Construções Offshore – Rio Grande RS - ampliação 21 sondas de perfuração.
aia Aragu
Mato Grosso Cuiabá
Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro – Promef
o São Fr
Keppel Sigmarine Brasil
a
Paranaíb
Uberlândia
Minas Gerais
Campo Grande
Tietê
Para
Mato Grosso do Sul
Estaleiro Rio Tietê
Ribeirão Preto
São Paulo
Parapanem
Paraguai
Belo Horizonte
Uberaba
ná
Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo – Prorefam
Programa empresas Brasileiras de Navegação – EBN
DF
Goiânia
Fase 2: construção de mais 23 navios: quatro Suezmax DP (Atlântico Sul (PE), três Aframax DP (Atlântico Sul (PE), oito de produtos, oito GLP (quatro de 7.000 m³, dois de 12.000 m³, dois de 12.000 m³ e dois de 4.000 m³), para transporte de gás liquefeito de petróleo – Estaleiro Promar (PE) - US$ 536 milhões e três bunker.
a
Volta Redonda
Paulínia
de
Terceiro Plano de Renovação da Frota: para este plano, estão previstas a contratação de 146 novas embarcações. São elas: 54 AHTs; 10 de reboque; 64 PSVs; 18 OSRVs Foram previstas sete rodadas de licitação, das quais três já foram concluídas e a quarta está em andamento. Resultado das três rodadas, totalizando a contratação de 56 embarcações (aproximadamente 40% do total previsto): Bram, 2 AHTS, 8 PSVs; Saveiros, 2 PSVs; CBO, 6 PSVs; Astromarítima, 2 PSVs, 2 OSRVs; Brasil Supply, 4 PSVs; São Miguel, 4 PSVs, 6 OSRVs; Consub, 2 OSRVs; Galáxia, 2 PSVs; Starnav, 4 OSRVs; Norskan, 4 AHTS; Wilson Sons, 4 PSVs; Sênior Navegação, 4 OSRVs. Total: 56 (6 AHTS, 36 PSVs, 14 OSRVs).
Brasília
Goiás
Fase 1: construção de 26 navios (dez Suezmax, cinco Aframax, quatro Panamax, quatro produtos: um entregue – Celso Furtado e três em fase de acabamento e três GLP) Posição da Fase 1: dos 26 navios previstos, 23 foram licitados e estão sendo construídos pelos estaleiros: Atlântico Sul (PE) – 10 navios Suezmax: preço global: US$ 1,2 bilhão; cinco navios Aframax: preço global: US$ 693 milhões; Estaleiro Ilha – EISA (RJ) – quatro navios Panamax: preço global: US$ 468 milhões; Estaleiro Mauá (RJ) – quatro navios de produtos: preço global: US$ 277 milhões.
Re Ita pres ipu a
Empregos diretos ...................................................................... 60 mil Empregos indiretos .................................................................. 250 mil Massa salarial .................................................................. R$ 4 bilhões Faturamento estimado ......................................................R$ 5 bilhões Carteira de encomendas ....................................... 6,2 milhões de TPB Desembolso do FMM - Fundo de Marinha Mercante: R$ 2,1 bilhões Financiamentos aprovados no FMM em 2011: US$ 6,5 bi (Região Sudeste); US$ 1,2 bi (Região Sul); US$ 466 mi (Região Norte); US$ 165 mi (Região Nordeste); Total: US$ 8,360 bi
ia
ua
ag
Ar
ancisc
Números da indústria em 2011
ins
Ma
Maranhão Tocant
Amazonas
São Fr
s
ru
Pu
São Luís
Total onas de portos públicos ..............................................33 Total de portos privados ............................................... 3 Terminais privados ....................................................103 Terminais da Petrobras ...............................................24 Carga transportada .................886 milhões de toneladas, sendo 74% (658 milhões de toneladas)Pará no comércio exterior Cargas transportadas em navegação de longo curso ................658 milhões de toneladas, ou 74% Cargas transportadas na navegação de cabotagem ............193 milhões de toneladas, ou 22% Cargas transportadas em hidrovias ..................32 milhões de toneladas, ou 4%
Amaz
Ta pa jós
Erin
õe
Represa de Tocantins Tucuruí
lim
Rio Maguari Belém
u Xing
So
Movimentação portuária
azonas
Am
Barueri
Santos
Paraná
Paranaguá
Indústria naval no mundo
JAPÃO 41 milhões de TPB (16%)
Carteira de encomendas em dez/2011 ESTADOS UNIDOS 241 mil de TPB (0.1%)
ALEMANHA 1.5 milhão de TPB (0.6%) HOLANDA 282 mil de TPB (0.1%) FRANÇA 320 mil de TPB (0.1%)
CORÉIA DO SUL 89 milhões de TPB (35%)
POLÔNIA 220 mil de TPB (0.1%) CROÁCIA 455 mil de TPB (0.2%)
São Francisco do Sul
Santa Catarina
ESTALEIRO NAVSHIP, Navegantes, SC Processamento de aço: 15 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 175 mil m²; área coberta: 31.145 m²; carreira de lançamento: capacidade de lançamento de embarcações de até 115 metros de comprimento e acima de 7 mil ton de arqueação. Obras em construção: barcos de apoio offshore
TAIWAN 2.7 milhões de TPB (1.1%)
ROMÊNIA 1.5 milhão de TPB (0.6%)
Trans
Uruguai
Total geral: 254 milhões de TPB
Fonte: IHS (Former's Lloyd's Register) - Word Shipbuilding Statistics
ITÁLIA 1 milhão de TPB (0.4%)
MINAS GERAIS
Porto Alegre
ESTALEIRO RIO GRANDE, Rio Grande, RS
BRASIL 2.3 milhões de TPB (0.9%)
Ocean
Itajaí
Rio Grande do Sul
CHINA 100 milhões de TPB (40%)
Santiago ÍNDIA 2.1 milhões de TPB (0.8%)
FILIPINAS 5.9 milhões de TPB (2.3%) VIETNÃ 2.5 milhões de TPB (1%) CINGAPURA TURQUIA 671 mil de TPB (0,3%) 319 mil de TPB (0.1%)
Ilh
Rio de Ilh Janeiro
Florianópolis
Rio Grande
ESPANHA 217 mil de TPB (0.1%)
Angra dos Reis São Sebastião
Wilson, Sons Vellroy Intermarine
Curitiba
Joinville
Ri Jan
Guarulhos
São Paulo
Fase 1: contratação de 19 navios operando até 2014; duração do contrato: 15 anos. Posição da Fase 1: Navegação São Miguel: três navios bunker de 4,5 mil TBP; Delima: um navio bunker de 2,5 mil TPB; Global: três navios de 45 mil TPB para produtos claros; Elcano: três navios gaseiros de 7 mil m³; Kingfish: três navios de 45 mil TPB para produtos escuros; Pancoast: dois navios de 45 mil TPB para produtos claros e dois navios de 45 mil TBP de produtos escuros. Fase 2: contratação de 20 navios petroleiros (três Aframax, três Panamax, quatro de 45 mil TPB para produtos claros, quatro de 45 mil TBP para produtos escuros, dois de 18 mil TBP para produtos escuros, quatro gaseiros: dois de 12 mil m³ e dois de 8 mil m³), operando até 2016, duração do contrato: 15 anos. Posição da Fase 2: Kingfish: oito navios de 45 mil TPB, sendo quatro para produtos claros e quatro para produtos escuros; Brazgax/Brazil Gas: quatro navios de GLP, sendo dois de 8 mil m³ e dois de 12 mil m³.
8.547.403 km2 191 milhões 20 hab./km2 R$ 4,1 trilhões 2,7% ao ano (2011) R$ 21.252 80 milhões 7.367 km 36 mil km (3º no mund
Área População Densidade PIB Crescimento do PIB Renda per capita Força de trabalho Extensão da costa Rios navegáveis
Petroleiros .................................... 121 (53 da Petrobras) Graneleiros ................................................................. 21 Cargueiros ..................................................................32 Porta-contêineres .......................................................15 Amapá GLP ...............................................................................9 Tanques químicos ........................................................1 Ro-Ro ........................................................................... 5 Macapá Barcaças ....................................................................68 Capacidade de transporte .................3,6 milhões de TPB Jari
IMPRESSO EM PAPEL COUCHÊ BRILHO, 115 gr. FORMATO: 1,0 m X 0,70 m
Suriname
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ENCARTE ESPECIAL DESTA EDIÇÃO: MAPA INDÚSTRIA NAVAL 2012
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Av. Presidente Vargas, 542, gr. 713, Centro, RJ Tels.: 2283-2482|2263-9079 sobena@sobena.org.br
A Sociedade Brasileira de Engenharia Naval - SOBENA, foi fundada nos primórdios da fase moderna da construção naval brasileira, em 15 de março de 1962, com o objetivo de congregar engenheiros, técnicos e outros profissionais que atuam nas seguintes atividades que atuam nas seguintes áreas da indústria marítima: construção e reparo naval; projetos e serviços de engenharia; transporte marítimo; transporte fluvial; hidrovias; portos; terminais especializados de carga; economia de transporte marítimo e fluvial; proteção do meio ambiente marítimo; bases de apoio offshore; logística offshore; aspectos navais de exploração e produção offshore; construção e conversão de plataformas e outras embarcações offshore.
Processamento de aço: 100 mil ton/ano Facilidades industriais: área construída: 550 mil m²; galpão coberto: 40 mil m²; dique seco: 130 m x 350 m x 17,1 m; cais norte; 42 m; cais sul: 350 m; pórtico (Golias): 600 t; carretas hidráulicas: 400 t. Obras em construção: módulos da semisubmersível P-55, FPSO P-58 e oito cascos para FPSOs.
Argentina
Montevidéu
Estaleiro Rio Grande
SÃO PAULO
Duque de Ca
Rio de Jan Angra dos Reis SRD Offshore Brasfels
Rio N Inha
Indústria naval brasileira:
construindo, desenvolvendo e transportando o Brasil de hoje e amanhã! SINAVAL – Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore Av. Churchill, 94/2º andar, conj. 210 a 215, Centro CEP 20020-050 • Rio de Janeiro • RJ Tel.: 55 21 2532-4878 • Fax: 55 21 2532-4705 sinaval@sinaval.org.br • www.sinaval.org.br
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ERIN – ESTALEIROS RIO NEGRO, Manaus, AM
ESTALEIRO RIO MAGUARI, Belém - PA
INACE, Fortaleza, Ceará
ESTALEIRO ATLÂNTICO SUL, Ipojuca, PE
ESTALEIRO PROMAR, Suape, PE
RIO PARAGUAÇU, S. R. do Paraguaçu, BA
STX OSV NITERÓI, Niterói, RJ
Processamento de aço: 5 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 60 mil m²; área construida: 30.130 m²; potência elétrica instalada: 3.500 KW; 1 carreira para lançamento de navios até 20 mil TPB; 4 carreiras cobertas com comprimento de 60 m, podendo construir embar cações de até 12 mil TPB. Obras em construção: empurradores, rebocadores e chatas.
Processamento de aço: 6 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 120 mil m²; área coberta: 6 mil m²; dique seco: 120 m de comprimento x 35 m de largura; catenária para fabricação e lançamento de balsas: 120 m de comprimento x 30 m de largura; 2 galpões para fabricação e pré-montagem: 5.703 m²; almoxarifado de campo: 3.860 m²; almoxarifado coberto: 936 m²; almoxarifado avançado e ferramentaria: 120 m²; oficina mecânica: 270 m² Obras em construção: balsas, lanchas, ferry boats, empurradores e catamarãs.
Processamento de aço: 15 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 180 mil m²; área coberta: 11 mil m²; plataforma elevatória de embarcações: 80m de comprimento, 15,5 m de largura, capacidade para embarcações de até 4 mil t de peso, interligada por um ship-carrier sobre trilhos a um grande pátio de transferência, comunicando-se por trilhos com todos os berços de construção e reparos; amplas oficinas e galpões localizados nas áreas cobertas. Obras em construção: lanchas de patrulha para a Marinha do Brasil e lanchas de passeio.
Processamento de aço: 160 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 780 mil m²; área coberta: 110 mil m²; dique seco: comprimento de 400 m, boca de 73 m e pontal de 12 m, servido por dois guindastes de 50 ton, dois de 15 ton e um golias de 1 mil ton; cais: 700 m de cais de acabamento, servido por dois guindastes de 35 ton, e 350 m de cais para construção e reparo de unidades offshore; transportadores horizontais de blocos: dois de 300 ton. Obras em construção: 10 Suezmax, 5 Aframax, casco da semisubmersível P-55, 4 Suezmax DP e 3 Aframax DP.
Processamento de aço: 20 mil ton/ano Facilidades industriais: área total do terreno: 800 mil m² sendo 250 mil m² área industrial; área coberta: 100 mil m²; linha de edificação: 300 m de comprimento com pórticos até 150 ton; cais de acabamento com 600 m de comprimento; sistema de lançamento através de load out com dique flutuante 150m x 40m. Obras em construção: navios gaseiros e barcos de apoio offshore.
Processamento de aço: 120 mil ton/ano Facilidades Industriais: área total: 1 milhão de m² sendo 750 mil m² área Industrial e 250 mil m² área verde (preservação ambiental da mata ciliar); área coberta: 90 mil m²; área de estocagem: 120 mil m². cais de acabamento: 750 m (calado de 12 m); vias internas, estacionamento e circulação: 120 mil m². dique seco: 360 x 130 x 12 m, com duas portas batel; pórticos: 2 x 850 ton de capacidade; diversos guindastes portuários de capacidade; variável (75 a 150 ton) Obras em construção: módulos e plataformas
Processamento de aço: 6,5 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 65 mil m²; carreira: capacidade de carga até 3 mil ton, para embarcações com até 100 m de comprimento; cais de acabamento: 300 m de comprimento; guindastes instalados na carreira ao longo do cais, com capacidade até 250 ton; oficinas de montagem providas de facilidades e equipamentos de carga; dique flutuante para embarcações de até 110 m de comprimento, 18 m de boca e deslocamento de 3.500 ton Obras em construção: barcos de apoio offshore (AHTS, PSV, OSCV, pipelaying).
ALIANÇA, Niterói, RJ
NAVEGAÇÃO SÃO MIGUEL, São Gonçalo, RJ
Pecém
Fortaleza
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Teresina
Ceará
Rio Grande do Norte
Piauí
Natal
UCN Açu (Grupo EBX)
Paraíba
João Pessoa Recife
São
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Pernambuco Alagoas
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Sergipe
Atlântico Sul Estaleiro Promar
Ipojuca Suape
Processamento de aço: 220 mil ton/ano Facilidades Industriais: área total: 3,2 milhões/m²; área construída: 2,55 milhões/m²; dique seco: comprimento 480 m x 130 m largura x 11m de calado; custo: US$ 1,7 bilhão (primeira fase da obra) Obras em construção: módulos e plataformas (fixas e FPSOs)
Maceió
Eisa Alagoas
Aracaju
Bahia
Feira de Santana Camaçari
ESTALEIRO MAUÁ, Niterói, RJ Processamento de aço: 36 mil ton/ano Facilidades industriais: Ponta D’Areia – área total: 180.377 m²; área coberta: 69.140 m²; carreira longitudinal: 1 de 223 m x 41 m, atendida por 2 guindastes de 100 ton; dique seco: 167 m x 22,50 m; cábrea: capacidade de içamento de 2.050 ton e altura de lança de 100 m; cais: 2 (cais I, 350 m; cais II, de 306 m), atendidos por 4 guindastes de 15, 20 e 30 ton, porte máximo: 70 mil TPB; capacidade de processamento de aço/ano: 36 mil ton. Facilidades industriais: Caximbau – área total: 78 mil m²; carreira: horizontal, para construção de módulos com duas linhas, cada uma com capacidade de 280 ton/m² até 167m de extensão; cais: capacidade de 20 ton/m² (em construção). Facilidades industriais: Ilha do Caju – área total: 76 mil m²; carreira: horizontal, para construção de jaquetas com duas linhas, cada uma com capacidade de 300 ton/m² até 180 m de extensão; cais: capacidade de 20 ton/m². Obras em construção: 4 navios de produtos, reparos/upgrade de plataformas de perfuração.
UTC ENGENHARIA, Niterói, RJ
Aratu
Processamento de aço: 10 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 112 mil m²; instalação e área de montagem: 12.580 m²; pier nº 1: comprimento de 30 m, profundidade de 6 m; pier nº 2: comprimento de 50 m, profundidade de 7 m. Obras em construção: módulos de geração da P-56.
Salvador
Estaleiro Rio Paraguaçu
RENAVE e ENAVI, Niterói, RJ Processamento de aço: 40 mil ton/ano Facilidades industriais: Renave – área total: cerca de 200 mil m²; dique flutuante Almirante Alexandrino: 215 m de comprimento total; 35m de largura interna livre; pontal de 9,50 m sobre os picadeiros; capacidade de elevação de 20 mil t, para navios de até 80 mil TPB; dique seco Henrique Lage: 184 m de comprimento total; 27 m de largura na entrada; calado máximo de 8,50 m; capacidade para navios de até 30 mil TPB; dique seco Orlando Barbosa: 136 m de comprimento total; 17,43 m de largura na entrada; calado máximo de 4,33 m; capacidade para navios de até 8 mil TPB; dique flutuante José Rebelo: 70 m de comprimento total; 17 m de largura interna livre; calado máximo de 4 m; capacidade de elevação de 1.800 ton. Enavi – dique flutuante Almirante Guilhem: 200 m de comprimento total; comprimento do flutuante na linha de centro de 180 m; largura interna entre as laterais de 34 m; largura interna livre entre defensas de 32,8 m; pontal moldado de 15,6 m; altura dos picadeiros na quilha de 1,75 m; capacidade de elevação de 18 mil ton. Obras em construção: reparo de navios petroleiros, porta-contâiners e de carga geral e construção de três navios bunker.
Processamento de aço: 10 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 61 mil m²; área coberta: 11 mil m²; carreira: para 10 mil TPB; guindastes: 60 t; cais: dois, com 100 m cada um. Obras em construção: barcos de apoio offshore.
ESTALEIRO CASSINÚ, São Gonçalo, RJ Processamento de aço: 6 mil ton/ano Facilidades industriais: cais: 200 m; dique seco: 69 m de comprimento; 12,6 m de largura; calado máximo de 3,5 m; servido por um pórtico para 25 ton; dique flutuante: 30 m de comprimento; 14,4 m de largura; 4,2 m de calado; guindastes: 1 x 30 ton; 1 x 40 ton; 1 x 75 ton; 1 x 125 ton. Obras em construção: reforma da Boia de Sustentação de Risers para a Bacia de Santos e reparo de embarcações offshore.
RIO NAVE, Rio de Janeiro, RJ Keppel Sigmarine Brasil, Navegantes, SC Processamento de aço: 10 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 78 mil m²; áreas cobertas não industriais: 900 m²; áreas cobertas industriais: 7.386 m²; carreira: 75 m de comprimento por 16 m de largura, com capacidade para embarcações de até 1.800 ton de peso leve. Obras em construção: ferry boats e barcos de passeio.
Lagoa Parda
Espírito Santo
Regência
Vitória Ponta Ubú
Campos
io de neiro Cabiúnas
Processamento de aço: 12 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 168.422 m²; área coberta: aproximadamente 10 mil m² – galpões de processamento e montagem de blocos e diversas oficinas, servidos por pontes rolantes e outros equipamentos; carreira de lançamento: 150 m de comprimento (em expansão para 200m); capacidade para navios de até 10 mil TPB (em expansão para 30 mil TPB); elevador de embarcações tipo “Hydrolift”: para embarcações pequenas, de até 570 ton de peso; sistema de transferência de pesos de até 570 ton através de uma malha de trilhos e vagonetas; cais de acabamento: 150 m de comprimento; atendido por 2 guindastes com capacidades de carga de 30 ton e 8 ton. Obras em construção: rebocadores.
no Atlântico
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Processamento de aço: 52 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 150 mil m²; área coberta: 55 mil m²; carreiras: 2 carreiras laterais de lançamento para navios até 280 m x 46 m e 133 m x 22 m; guindastes: quatro, sobre trilhos, de: 1 x 60 ton; 1 x 50 ton; 2 x 20 ton; pórticos: 2, de 48 m de largura, com capacidade de 2 x 50 ton + 1 x 20 ton; cais de acabamento: 3 para navios de até 280 m, 250 m e 200 m de comprimento; galpões na área de acabamento: 3 de 125m x 25m, com 8 pontes rolantes de 5 a 10 ton Obras em construção: 4 navios Panamax e portacontâiners e barcos de apoio offshore.
ESTALEIRO ITAJAÍ, Itajaí, SC
ha D’água ha Redonda
snave Eisa
EISA, Rio de Janeiro, RJ
RIO DE JANEIRO UCN Açu STX OSV Niterói Aliança Quissamã Renave/Enavi Estaleiro Mauá (Caximbau) Cassinú Navegação São Miguel UTC Macaé
São Gonçalo
Processamento de aço: 48 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 94.766 m² área coberta: 43.052 m²; carreira nº 1: comprimento de 230 m, largura de 36 m, capacidade para navios até 100 mil TPB, servida por 3 guindastes de 40 ton e 1 guindaste de 20 ton; carreira nº 2: comprimento de 159 m, largura de 34 m, capacidade para navios até 30 mil TPB, servida por 2 guindastes de 40 ton e 1 guindaste de 20 ton; cais de acabamento nº 1: comprimento de 182 m, profundidade de 5 m, servido por 1 guindaste de 40 ton e 1 guindaste de 20 ton; cais de acabamento nº 2: mesmas dimensões do cais nº 1, servido por 2 guindastes de 20 ton; cais de acabamento nº 3: comprimento de 76 m, profundidade de 6 m; cais de acabamento nº 4: comprimento de 115 m, profundidade de 7 m, servido por 1 guindaste de 20 ton; pier nº 1: comprimento de 35 m, profundidade de 7 m, servido por 1 guindaste de 40 ton e 1 guindaste de 20 ton; pier nº 2: comprimento de 60 m, profundidade de 7 m, servido por 2 guindastes de 20 ton. Obras em construção: reparo e modernização de embarcações de médio porte e offshore.
INHAÚMA, Rio de Janeiro, RJ Processamento de aço: 50 mil ton/ano Facilidades industriais: área coberta: 16.550 m² (oficinas de caldeiraria, tubulação, estrutural e usinagem); dique nº 1: 160 m de comprimento, 25 m de largura, calado com maré zero de 4 m, capacidade para navios de até 25 mil TPB; dique nº 2: 350 m de comprimento, 65 m de largura, calado máximo de 6,20 m, capacidade para navios de até 400 mil TPB; guindastes: 1 x 100 ton, 2 x 40 ton, 1 x 20 ton; cais de acabamento 1 e 2: comprimento de 293 m, calado máximo de 6 m; cais de acabamento nº 3: comprimento de 45 m, calado máximo de 8 m; cais de acabamento nº 4: comprimento de 286 m, calado máximo de 8 m. Obras em construção: 4 FPSOs (Cessão Onerosa)
MAC LAREN OIL, Niterói, RJ
FIBRAFORT - F. MARINE, Itajaí, SC Processamento de aço: 5 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 18.460 m²; área construída: 3.125 m² . Obras em construção: lanchas de passeio e competição.
DETROIT, Itajaí, SC Processamento de aço: 10 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 90 mil m²; área industrial: 14 mil m²; área coberta: 5 mil m²; laterais das docas elevatórias utilizadas como cais de acabamento; grua sobre trilhos com capacidade de até 4 ton ; 2 guindastes móveis com capacidade de 200 ton cada um; 2 carros de transferência para embarcações de médio porte; galpões equipados com cinco pontes rolantes de 4 a 10 ton de capacidade a 15 m de altura para atender às oficinas de montagens de blocos, mecânica, elétrica e acabamento; docas elevatórias (capacidade máxima): 110 m comprimento, 23 m de boca livre, 5,50 m de calado livre, capacidade de içamento de 3.600 ton, sistema eletromecânico computadorizado, com controle por meio de células de carga, para estabilidade na operação. Obras em construção: rebocadores e barcos do tipo LH 3000.
Processamento de aço: 6 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 30 mil m², na Unidade Ponta d´Areia (com a expansão passará para 75 mil m²), e 60 mil m² na Unidade Ilha da Conceição; área coberta: a Mac Laren Oil trabalha com estruturas modulares, cujo layout dos galpões, das oficinas e das áreas cobertas varia de acordo com os modelos e a quantidade de unidades em construção ou reparação no momento, assim como seus equipamentos de movimentação de cargas e outros. Obras em construção: reparo de embarcações offshore.
Encarte Especial Revista TN Petróleo nº 82
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Niterói
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Mac Laren Oil Estaleiro Mauá (Ponta d’Areia) Estaleiro Mauá (Ilha do Caju)
Cabo Frio Arraial do Cabo
Oceano Atlântico
Processamento de aço: 5 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 21.000 m²; área coberta: 2.630 m²; oficina para construção de blocos: 2.085 m²; àrea de pré-edificação: 2.470 m²; pontes rolantes: 3 de 5 ton; 2 de 10 ton e 1 de 40 ton; pórticos: 2 (1 com 50 ton e 1 com 75 ton); dique seco 1: 96 m de comprimento, 22 m de largura, 7 m de profundidade e 4,70 de calado; dique seco 2: 110 m de comprimento, 26 m de largura, 8 m de profundidade e 5 m de calado Obras em construção: PSVs, ORSVs, navios bunker e rebocadores
SRD OFFSHORE, Angra dos Reis, RJ Processamento de aço: 15 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 85 mil m²; área coberta: 7.170 m²; dique flutuante: 76,4 m de comprimento, 29,20 m de largura e calado com 2,70 m; cais nº 1: extensão de 80 m, calado máximo de 6 m, servido por um guindaste de 8 ton; cais nº 2: extensão de 80 m, calado máximo de 6 m; carreira longitudinal para embarcações de até 120 ton. Obras em construção: rebocadores
BRASFELS, Angra dos Reis, RJ Processamento de aço: 50 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 1 milhão m², aproximadamente; área coberta: 135 mil m², aproximadamente; carreira nº 1: 174 m de comprimento; 30 m de largura; capacidade para navios de até 45 mil TPB, servida por um guindaste de 80 ton e um guindaste de 40 ton; carreira nº 2: 310 m de comprimento, 45 m de largura, capacidade para navios de até 150 mil TPB, servida por 2 guindastes de 80 ton; carreira nº 3: 300 m de comprimento, 70 m de largura, capacidade para navios de até 600 mil TPB, servida por um guindaste de 40 ton, um guindaste de 80 ton e um pórtico de 660 ton; dique seco: 80 m de comprimento, 70 m de largura, servido pelos mesmos guindastes da carreira nº 3 e pelo pórtico de 660 ton; cais de agulha: 313 m de comprimento, extensão de 54 m, servido por um guindaste de 40 ton e um guindaste de 80 ton; cais de acabamento: 200 m de comprimento, extensão de 130 m, servido por um guindaste de 40 ton; pista um: 460 m de comprimento, servida por 2 guindastes de 80 ton; pista dois: 460 m de comprimento, servida por um guindaste de 80 ton; pista três: 460 m de comprimento, servida por um guindaste de 40 ton. Obras em construção: TLWP P-61, modernização e construção de navios-sonda, semissubmersíveis e reparos navais.
ESTALEIRO RIO TIETÊ, Araçatuba, SP Processamento de aço: 10 mil ton/ano Facilidades Industriais: área: 41 mil m²; área coberta: 8 mil m²; área descoberta: 9,5 mil m²; cais: área 2,7 mil m²; pórtico: serão 15 pórticos capacidade máximas de cada pórtico 25 ton Obras em construção: barcaças e empurradores
VELLROY, Osasco, SP Processamento de aço: 5 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 50 mil m²; área coberta: 40 mil m²; guindastes: um pórtico móvel para 26 ton, um pórtico móvel para 50 ton, seis pontes rolantes para 10 ton, uma ponte rolante para 50 ton e uma ponte rolante para 20 ton. Obras em construção: lanchas de passeio.
WILSON, SONS, Guarujá, SP Processamento de aço: 10 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 22 mil m²; carreira/dique: comprimento de 205 m, largura de 16 m, calado máximo de 5 m, capacidade para embarcações de até 1.500 TPB Obras em construção: barcos de apoio.
Promef (1 e 2), Prorefam (1 e 2), EBN (1 e 2) e PN Petrobras 2011-2015
Revista Brasileira de TECNOLOGIA e NEGÓCIOS de Petróleo, Gás, Petroquímica, Química Fina e Biocombustíveis
Rua do Rosário, 99/7º andar – Rio de Janeiro, RJ, Brasil – CEP 20041-004 – Tel/Fax: 55 21 3221-7500 tnpetroleo@tnpetroleo.com.br – www.tnpetroleo.com.br – www.tbpetroleum.com.br © 2012 - Benício Biz Editores Associados Ltda.
Indústria Naval 2012 Oportunidades no offshore e os novos investimentos da Transpetro
Fonte: MME, MT, ANP, BNDES, FMM, IBGE, Petrobras, Transpetro, Sinaval, Abeam, Arsenal de Marinha RJ, Antaq.
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TN Petr贸leo 82
editorial
O desafio continua Rua do Rosário, 99/7º andar Centro – CEP 20041-004 Rio de Janeiro – RJ – Brasil Tel/fax: 55 21 3221-7500 www.tnpetroleo.com.br tnpetroleo@tnpetroleo.com.br DIRETOR EXECUTIVO Benício Biz beniciobiz@tnpetroleo.com.br DIRETORA DE NOVOS NEGÓCIOS Lia Medeiros (21 8241-1133) liamedeiros@tnpetroleo.com.br EDITORA Beatriz Cardoso (21 9617-2360) beatrizcardoso@tnpetroleo.com.br EDITOR DE ARTE, CULTURA E VARIEDADES Orlando Santos (21 9491-5468) REPÓRTERES Maria Fernanda Romero (55 21 8867-0837) fernanda@tnpetroleo.com.br Rodrigo Miguez (21 9389-9059) rodrigo@tnpetroleo.com.br Karolyna Gomes (55 21 7589-7689) karolyna@tnpetroleo.com.br RELAÇÕES INTERNACIONAIS Dagmar Brasilio (21 9361-2876) dagmar.brasilio@tnpetroleo.com.br DESIGN GRÁFICO Benício Biz (21 3221-7500) beniciobiz@tnpetroleo.com.br PRODUÇÃO GRÁFICA E WEBMASTER Fabiano Reis (21 3221-7506) webmaster-tn@tnpetroleo.com.br Marcos Salvador (21 3221-7510) marcossalvador@tnpetroleo.com.br REVISÃO Sonia Cardoso (21 3502-5659) DEPARTAMENTO COMERCIAL José Arteiro (21 9163-4344) josearteiro@tnpetroleo.com.br
Lorraine Mendes (21 8105-2093) lorraine@tnpetroleo.com.br Bruna Guiso (21 7682-7074) bruna@tnpetroleo.com.br Lorena Kayzer (21 7629-3422) lorena@tnpetroleo.com.br Luiz Felipe Pinaud (21 7861-4828) l.felipe@tnpetroleo.com.br assinaturas Rodrigo Matias (21 3221-7503) matias@tnpetroleo.com.br CTP e IMPRESSÃO Walprint Gráfica DISTRIBUIÇÃO Benício Biz Editores Associados. Os artigos assinados são de total responsabilidade dos autores, não representando, necessariamente, a opinião dos editores. TN Petróleo é dirigida a empresários, executivos, engenheiros, geólogos, técnicos, pesquisadores, fornecedores e compradores do setor de petróleo. Filiada à
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er a bola da vez no cenário econômico mundial não é nada fácil – mesmo sendo o Brasil ‘uma das bolas’ da vez, ao lado de gigantes como a China e a Índia. Até pelo fato de, no setor de petróleo e gás, nosso país ser o mercado mais atraente de um Ocidente em crise financeira e de um Oriente Médio em conflito há décadas. Essa crise, com reflexos no resto do planeta, por si altamente dependente da energia fóssil, já levou a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep), responsável por 30% da produção mundial, a fazer uma revisão para baixo do crescimento da demanda em 2012. Caiu de 88,9 milhões de barris diários, para 88,76 milhões de barris/dia. Uma diferença de 140 mil barris apenas – o volume produzido por uma única plataforma da Petrobras, na Bacia de Campos, por exemplo. A despeito disso, a Opep credita o crescimento da demanda (e da produção) a alguns países e regiões fora da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entre os quais a China e a América Latina, com destaque para o Brasil – o qual continua com uma produção crescente, superior à demanda, batendo sucessivos recordes tanto em petróleo como em gás natural, como informa a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Todos esses fatores levam o mercado a ter expectativas otimistas para 2012, como observamos na reportagem de capa desta edição, para a qual ouvimos representantes de diversos segmentos da cadeia produtiva de óleo e gás. Otimismo não embaçado nem mesmo pelos 2,7% de crescimento do nosso Produto Interno Bruto em 2011 que, apesar de ser bem inferior ao de 2010, alça o
país à posição de sexta economia do mundo, superando a Grã-Bretanha! Esse bom momento da economia brasileira deverá ser reforçado pelo setor de óleo e gás, o qual entra em uma nova era com a nova presidência da Petrobras: Maria das Graças Foster é a primeira mulher a assumir o comando de uma das maiores companhias abertas de petróleo do mundo. Ela reiterou que as áreas de E&P continuam sendo a prioridade, até mesmo porque há metas de produção e refino a serem cumpridas para a estatal manter sua carteira de investimentos até 2015, assim como seu plano estratégico para chegar ao final da década com uma produção superior a 4 milhões de barris. Graça Foster deixou claro que pretende dar ‘mais gás’ ao Prominp, manter as exigências de conteúdo nacional e avançar com os projetos na área de refino e fertilizantes. Nos bastidores, comenta-se sua intenção de cobrar pontualidade dos fornecedores, assim como usar todo o poder de compra da companhia para influenciar negociações em torno de impasses, como a atuação da Samsung no Estaleiro Atlântico Sul, o qual está atrasado em suas entregas. Os tempos mudaram, como ficou claro com a participação da Petrobras na Sete Brasil, vencedora da licitação que a tornou responsável pela contratação de 28 sondas junto a estaleiros. Nesse cenário, o país aquece o motor para efetivamente dar a partida em 2012, esperando o término da ‘temporada’ de adiamentos ou indefinições em torno de questões como a distribuição de royalties, novos leilões de áreas e licitações de projetos, que colocam em risco esse importante setor de nossa economia. E esse é apenas o primeiro desafio...
Benício Biz Diretor executivo da TN Petróleo
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Petrobras inicia produção no Golfo do México
Este é o primeiro FPSO a produzir petróleo e gás no setor americano do Golfo do México. O navio-plataforma tem capacidade de processar 80 mil barris de petróleo e 500 mil m3 de gás por dia, e de estocar 500 mil barris de petróleo. O navio possui um sistema de ancoragem desconectável, que permite o seu deslocamento para áreas abrigadas durante a ocorrência de furacões e tempestades. O poço produtor de Cascade 4 foi perfurado e completado em reservatórios de idades geológicas do Terciário Inferior (23 a 65 milhões de anos), promissora fronteira exploratória marítima do Golfo do México, a uma profundidade de cerca de 8.000 m. Está interligado ao navio-plataforma por meio de um sistema composto por equipamentos e linhas submarinas e risers autossustentáveis.
Foto: Agência Petrobras
A Petrobras iniciou no dia 25 de fevereiro a produção no campo de Cascade, no Golfo do México, através do poço Cascade 4, interligado ao FPSO BW Pioneer, localizado a cerca de 250 km da costa do estado da Luisiana, em profundidade de água de 2.500 metros.
O petróleo produzido será transportado para a terra por navios aliviadores, e o gás, por dutos. A Petrobras é a primeira empresa a desenvolver um campo de petróleo no Golfo do México utilizando essas tecnologias, já aplicadas com sucesso no Brasil.
OSX recebe segundo prêmio pelo financiamento do FPSO OSX-2 A OSX recebeu o segundo prêmio pela captação de empréstimo, no valor de US$ 850 milhões, para o investimento na construção e instalação do FPSO OSX-2. Dessa vez, a empresa conquistou o Latin America Upstream Deal of the Year, no 13th Annual Project Finance Americas Deal of the Year Awards, da Euromoney. O contrato foi celebrado com um grupo de bancos internacionais em outubro de 2011. A cerimônia de premiação aconteceu dia 1º de março, no Cipriani Wall Street, em Nova York. 6
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Em janeiro deste ano, a OSX já havia recebido o prêmio Oil & Gas Deal of the Year Americas, do Project Finance International Awards, em Londres, pelo mesmo projeto. “O financiamento do OSX-2 nas condições negociadas, considerando o cenário de crédito da economia mundial, reafirma a solidez e a consistência dos projetos da OSX. Essa negociação reforça as relevantes parcerias que a companhia vem construindo junto a importantes instituições financeiras
de atuação global”, afirmou Roberto Monteiro, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da OSX. Em 2011 a empresa também recebeu dois prêmios internacionais pela operação de financiamento do FPSO OSX-1, no valor de US$ 420 milhões. O Deal of the Year – 2010, na categoria Project Finance, concedido pela revista Marine Money, em Nova York, e o Jane’s Transport Finance Awards, na categoria Shipping Debt Deal of the Year – South America, em Londres.
Cosan compra Comma Oil and Chemicals Com a intenção de ingressar no mercado europeu de lubrificantes e especialidades automotivas, a Cosan firmou Contrato de Compra e Venda com a Esso Petroleum Company (EPCo) para aquisição da Comma Oil and Chemicals (Comma). A transação terá um valor inferior a US$ 100 milhões, já incluídos potenciais ajustes. A Comma, empresa localizada em Kent, no sudeste da Inglaterra, é uma subsidiária e totalmente controlada pela EPCo, e especializada na produção e distribuição de lubrificantes, além de outros produtos automotivos, como anticongelantes, aditivos e coolants, destinados aos mercados do Reino Unido e exportados a alguns países da Europa e Ásia, principalmente sob a marca Comma. A aquisição da Comma inclui os negócios de lubrificantes acabados, fabricação de produtos químicos automotivos e vendas para terceiros; todos os ativos situados na planta de produção, em Kent; e as propriedades relacionadas à marca Comma. Adicionalmente, acordos serão assinados para permitir que a Comma continue a distribuir lubrificantes da marca Mobil através de canais específicos no Reino Unido, e também para produzir e distribuir às afiliadas da ExxonMobil sua linha de produtos automotivos. Durante o período de transição, previsto para ser concluído até o ter-
ceiro trimestre de 2012, a Comma continuará operando normalmente. Todos os contratos existentes permanecerão inalterados: ela continuará a produzir e vender os produtos com a marca Comma e de terceiros após a mudança no controle, a fim de facilitar a entrada da Cosan no mercado europeu de lubrificantes. A Cosan planeja o crescimento do negócio da Comma, fornecendo produtos e serviços de alta qualidade para todos os clientes da companhia. “É um prazer realizar de forma bem-sucedida a aquisição de mais este negócio”, diz Nelson Gomes, diretor-executivo do Grupo Cosan. “Sob a gestão da Cosan, a Comma continuará oferecendo aos clientes automotivos do Reino Unido e aos mercados de exportação, óleos lubrificantes e uma vasta linha de produtos automotivos de alto desempenho.” Um dos objetivos estratégicos da Cosan é diversificar e expandir seus negócios internacionalmente. “Essa aquisição é a nossa primeira operação na Europa, e trará, além do acesso ao mercado europeu, o conhecimento e expertise em produzir e distribuir produtos automotivos em outros países”, concluiu Nelson.
Pedidos de patentes no exterior cresceram 17% Números da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi) divulgados no dia 7 de março, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), revelam que os pedidos de patentes brasileiras no sistema global Patent Cooperation Treaty (PCT) cresceram 17% no ano passado. No acumulado dos últimos quatro anos, a expansão atingiu 43%.
O Brasil totalizou 572 pedidos de registro de patentes no exterior. A pesquisa da Ompi mostra que, assim como o Brasil, os demais integrantes do Brics também mostraram incremento nos pedidos de patentes no exterior. Em contrapartida, os países europeus e americanos ainda estão tentando se recuperar da queda iniciada em 2008, com a crise financeira internacional.
EagleBurgmann
Novo vicepresidente de Vendas e Serviços A EagleBurgmann anunciou como seu novo vice-presidente de Vendas e Serviços para as Américas o engenheiro mecânico sul-africano Paul Van Wyk. O executivo já atua há quase 15 anos na empresa que fabrica selos mecânicos e acessórios e oferece soluções de vedação para equipamentos rotativos usados em diversas indústrias. Antes de assumir o cargo atual, Van Wyk era responsável pelas operações da companhia no mercado da África do Sul. A empresa, que faz parte do Grupo Freudenberg, de origem alemã, possui subsidiárias em todo o mundo e vê as Américas como um espaço de grande potencial para evolução dos negócios e expansão nos mercados em que atua. Entre eles, destaque para os setores de petróleo e gás químico e petroquímico, refinaria, energia, papel e celulose, farmacêutica, tratamento de água e mineração. Na América do Sul, por exemplo, o diretor-geral da EagleBurgmann do Brasil, o engenheiro Benito De Domenico Jr., ressalta que estes setores têm apresentado grande evolução tanto no Brasil como em países como Argentina, Chile, Peru, Bolívia, Uruguai e Paraguai.
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Sexto ciclo do Prominp tem 11 mil vagas
De 7 de março a 12 de abril, os candidatos poderão fazer as inscrições para os cursos de nível básico (R$ 25), níveis médio e técnico (R$ 42), e superior (R$ 63). A prova de seleção será realizada em 13 de maio. Existe a possibilidade de isenção da taxa de inscrição para candidatos portadores do Número de Identificação Social (NIS) que declararem não possuir recursos financeiros para pagar a inscrição. De acordo com Graça Foster, o programa está ligado diretamente à presidência, através de uma assessoria especial. Antes, o Prominp estava ligado ao setor de engenharia. A nova fase do programa, segundo a presidente, é necessária para suprir a demanda de profissionais de todos os níveis nas obras de interesse da Petrobras, sobretudo onde estão sendo construídos estaleiros e refinarias. Durante o evento de lançamento, também estavam presentes o assessor da presidente para Conteúdo Local e Prominp, Paulo Alonso; o novo gerente de Capacitação Profissional da Indústria, José Renato Almeira; e o gerente de Conteúdo Local, Edival Dan Junior.
Foto: Agência Petrobras
A presidente da Petrobras, Graça Foster, anunciou no dia 5 de março o início do novo processo seletivo para cursos gratuitos do setor de petróleo e gás. Coordenados pelo Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), os cursos irão suprir a demanda de fornecedores da estatal por profissionais qualificados.
Os estados com mais vagas oferecidas são: Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. O resultado do processo seletivo será divulgado no dia 6 de junho e o início das aulas está marcado para o dia 25 do mesmo mês. Para Foster, uma das prioridades da política de conteúdo local da Petrobras é assegurar a competitividade nas contratações de conteúdo local, e a engenharia nacional. “É fundamental favorecer a engenharia nacional de forma contínua e sustentável”, afirmou. Um dos projetos da Petrobras é o Gerando o futuro, em Três Lagoas (MS), onde a preparação para o in-
gresso nos cursos do Prominp dura nove meses e é realizada em dois laboratórios. O projeto social integra as ações de qualificação de mão de obra para a instalação da fábrica de fertilizantes da estatal na cidade, cuja inauguração está prevista para setembro de 2014. Para concorrer a uma das vagas oferecidas, o candidato deve ter idade igual ou superior a 18 anos, além de preencher os pré-requisitos do curso desejado. As inscrições podem ser feitas no site do Prominp (www. prominp.com.br), ou nos postos de inscrição credenciados, listados no edital. O processo será executado pela Fundação Cesgranrio.
GE participa de projeto pioneiro de cogeração de energia As empresas Lonjas e a Bio Springer do Brasil desenvolverão, com a tecnologia elaborada pela GE, o primeiro projeto brasileiro de cogeração de energia com motores, utilizando o biogás como combustível. A companhia foi responsável por fornecer motogeradores para a produção de energia elétrica e calor, gerados a partir da fermentação de resíduos orgânicos do processo industrial – ou seja, transforma residuos em energia. O projeto permite à Bio Springer produzir quase 100% da energia elétrica e 80% do calor necessário ao seu processo 8
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industrial, economizando gastos com eletricidade e gás natural. Outro benefício desta solução é a redução das emissões de CO2 da unidade, quando comparado com a tecnologia utilizada anteriormente. O contrato, no valor de US$ 400 mil, prevê a instalação de um grupo gerador GE Jenbacher J316 de capacidade nominal de 846 kW de potência elétrica, com aproveitamento de 945 kW de potência térmica, resultando em 81% de eficiência global. A usina da Bio Springer do Brasil está localizada em Valinhos,SP, na região metropolitana de Campinas.
A Lonjas, empresa especializada na engenharia e construção de plantas de cogeração de alta eficiência com mais de cem plantas em funcionamento, já é um cliente tradicional da GE na Europa desde 1994. Este é o primeiro projeto com biogás, com motores GE, desenvolvido pela empresa na América Latina. “A GE é nossa parceira de referência para motores a biogás, e imbatível em termos de eficiência energética e disponibilidade”, segundo Manuel Flórez Sarmiento, diretor Técnico da Lonjas Tecnologia, S.A.
Apolo tubulars
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Brasil é sexta maior economia mundial Com crescimento tíbio de 2,7%, PIB brasileiro totaliza R$ 4,143 trilhões em 2011 e alça o país à sexta posição no ranking das maiores economias do mundo, superando a Grã-Bretanha, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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s jornais britânicos alardearam o fato, lembrando que é a primeira vez que um país latino-americano desbanca a Grã-Bretanha. Na 14ª posição, o México é o segundo país da região melhor posicionado. Em 2010, o Brasil teve o maior índice da década (7,5%), mas já havia previsão de que isso não se repetiria por conta até mesmo da crise financeira que se abateu no final de 2008 nos EUA e na Europa. O PIB per capita cresceu 1,8% em relação a 2010. O aumento do PIB é fruto do crescimento de 2,5% no valor adicionado a preços básicos e de 4,3% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O aumento dos impostos reflete, principalmente, o crescimento em volume de 11,4% do Imposto sobre Importação e o aumento de 4,7% do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), sendo este último puxado pela venda de máquinas e equipamentos. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: Agropecuária (3,9%), Serviços (2,7%) e Indústria (1,6%). Já a taxa de investimento no ano de 2011 foi de 19,3% do PIB, inferior ao registrado no ano anterior (19,5%). A taxa de poupança alcançou 17,2% em 2011 contra 17,5% em 2010. Pelo oitavo ano consecutivo, as despesas de consumo das famílias brasileiras registraram aumento: de acordo com dados do IBGE, o crescimento deste setor foi de 4,1%, superando o do PIB, que ficou em 2,7%. O Índice Nacional de Confiança, apurado em fevereiro de 2012, confirma otimismo dos brasileiros: ficou em 176 pontos, ligeiramente abaixo dos 178 pontos de janeiro (que foi recorde) contra 157 pontos em fevereiro de 2011.
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PIB e PIB per capita
Taxa (%) de crescimento anual
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7 6 5
5,7 4,0
3 2,8 2 1 0
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1,2 1,3 -0,2
-1 -2
4,9
4,3
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PIB
6,1 5,2 4,1
2,7
2,7
1,8
1,9
1,1 -0,2
6,5
PIB per capita
-0,3 -1,3
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Principais resultados do PIB de mercado do 4º Trimestre de 2010 ao 4º Trimestre de 2011 Taxas (%)
4º Trim/10 1º Trim/11
2º Trim/11
3º Trim/11 4º Trim/11
Acumulado ao longo do ano/ mesmo período do ano anterior
7,5
4,2
3,8
3,2
2,7
Últimos quatro trimestres/quatro trimestres imediatamente anteriores
7,5
6,3
4,9
3,7
2,7
Trimestre/mesmo trimestre do ano anterior
5,3
4,2
3,3
2,1
1,4
Trimestre/ trimestre imediatamente anterior (com ajuste sazonal)
1,1
0,6
0,5
-0,1
0,3
Fonte: IBGE, diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais
“O brasileiro permanece confiante no futuro da nossa economia. Salvo um agravamento da crise europeia, tudo indica que as vendas no varejo devem melhorar gradativamente ao longo do ano“, afirma Rogério Amato, presidente da Associação Comercial de São Paulo
(ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). O Índice da ACSP/Ipsos varia de zero a 200 pontos. Acima de 100 pontos está a região do otimismo e abaixo de 100 pontos, a região do pessimismo.
Opep revê demanda mundial A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduz em 100 mil bpd a demanda mundial para esse ano, enquanto suprimento tem ligeira alta em janeiro, com relação ao mês de dezembro. Produção de países-membros da Opep e não membros – fevereiro/10 a janeiro/12 91 90 32
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indústria sendo os dois setores que mais irão demandar óleo ao longo do ano. O fornecimento de petróleo do Brasil irá aumentar, de acordo com avaliação da Opep, que espera um crescimento de 170 mil bpd em 2012, o nível mais alto entre todos os países não pertencentes à Organização, alcançando uma média de 2,86 mil bpd. Esta previsão se deve aos novos volumes gerados por vários projetos, bem como às melhorias na produção de biocombustíveis. Está sendo contabilizado ainda o início do projeto Waimea, da
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No seu relatório no mês de fevereiro, a Opep reviu suas previsões, informando que o crescimento da demanda mundial de petróleo será menor em 2012 em função dos recentes problemas econômicos nos EUA, juntamente com a dívida dos países da zona do euro, o que aumenta as incertezas e terá impacto no consumo mundial de petróleo este ano. Em seu relatório anual, a Opep avaliou em 88,76 milhões de barris diários (mbd) a demanda de petróleo bruto para 2012, contra 88,90 previstos há um mês. Apesar de reduzido, o novo valor ainda representa um aumento de 0,94 milhões de barris diários em comparação com 2011, quando a demanda atingiu 87,82 milhões de bpd. De acordo com a organização, a participação dos países não integrantes da organização deverá aumentar em 70 mil bpd esse ano: Brasil, Estados Unidos, Canadá, Colômbia e Rússia são vistos como os principais contribuintes para suprir o crescimento. O crescimento da demanda brasileira no primeiro trimestre deverá ser similar à do último trimestre. A alta na Venezuela e na Argentina está ajudando a pressionar a previsão para a América Latina em 2,7%, em 2012. O aumento na procura de petróleo na região deverá ser bem distribuído entre os quatro trimestres do ano, com transporte e
OGX, que deverá alcançar uma produção expressiva, no longo prazo, e suporta também esse crescimento.
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Produção aumentou 2,6% em janeiro
Considerando apenas os campos no Brasil, a produção média de petróleo e gás natural alcançou 2.490.548 barris de óleo equivalente por dia (boed), indicando um aumento de 2,8% em relação a janeiro do ano passado e de 1% na comparação com dezembro de 2011. A produção exclusiva de petróleo dos campos nacionais chegou a 2.110.128 barris diários. Este resultado reflete um acréscimo de 2% sobre janeiro de 2011 e de 1,2% em relação ao volume produzido em dezembro deste ano. O aumento foi consequência da entrada em produção de novos poços nas plataformas P-57, no campo de Jubarte, no mar do Espírito Santo; da P-56, no campo de Marlim Sul, em frente ao litoral fluminense; e do Teste de Longa Duração (TLD) no poço ESP-23, no prospecto de Aruanã, no pós-sal da porção sul da Bacia de Campos, operado pelo navio plataforma FPSO Cidade de Rio das Ostras. A produção de gás natural dos campos nacionais atingiu 60 milhões 482.000 m3 diários e apresentou um aumento de 7,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já em comparação ao mês anterior, a produção se manteve estável. O volume de petróleo e gás natural dos campos situados nos países em que a Petrobras atua chegou a 240.606 boed em janeiro – 0,6% acima do volume produzido em janeiro de 2011, sobretudo devido à melhoria operacional nos campos da Argentina e, nos Estados Unidos, aumento de produção nos campos de Cottonwood e de Coulomb. Quando comparado com dezembro de 2011, houve um decréscimo de 3,8%, em função da menor demanda do Brasil pelo gás boliviano, o aumento da produção de água no campo de Akpo, atraso no cronograma de perfuração de novos poços no campo de Agbami, ambos na Nigéria, e na Colômbia entrega dos campos relacionados aos contratos de associação de Hobo e Caguan. A produção de gás natural no exterior foi de 15,735 milhões de m3, um aumento de 4,9% em relação ao volume do mês de janeiro de 2011 e uma redução de 4,7% em comparação com o mês anterior.
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Fotos: Agência Petrobras
A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e no exterior em janeiro foi de 2.731.154 boed (barris de óleo equivalente diários). O resultado ficou 2,6% acima do volume registrado no mesmo mês de 2011 e foi 0,5% maior que a produção de dezembro de 2011.
Produção cresce no Brasil – Com relação aos números da produção de petróleo no país, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) anunciou que em janeiro houve novo recorde na produção de petróleo no Brasil e, pelo segundo mês consecutivo, foi superada a marca de 2,2 milhões de barris diários. Foram produzidos perto de 2,231 milhões de barris/dia (bbl/d) de petróleo, o que representa um aumento de quase 5,1% na comparação com o mesmo mês em 2011. Em relação a dezembro de 2011, o crescimento foi de 0,8%. O principal motivo do novo recorde de janeiro de 2012 foi o aumento da produção da P-56 no campo de Marlim Sul. Já a produção de gás natural foi de cerca de 71,1 milhões de m³/dia, um incremento de 7,3% frente ao mesmo mês em 2011 e de 0,3% se comparada ao mês anterior. A produção de petróleo e gás natural foi de cerca de 2,678 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Petrobras bate recorde de aproveitamento de gás – O aproveitamento do gás natural que é produzido junto com o petróleo nas plataformas da Petrobras atingiu a marca recorde de 89,2%, em 2011. Se somada à produção dos campos exclusivos de gás, essa marca alcança o recorde de 92% sobre a produção total de gás da companhia. Esse resultado é o melhor alcançado pela Petrobras desde 2004, quando o aproveita-
mento do gás associado ao petróleo chegou a 87,8%, e é consequência dos esforços empreendidos, principalmente, pelo Programa de Otimização do Aproveitamento de Gás 2015 (Poag-2015), iniciado no primeiro trimestre de 2010. O objetivo desse programa é elevar o Índice de Utilização de Gás Associado da companhia, no Brasil, dos 79,1% obtidos em 2009, para 95% em 2015. O Poag-2015 foi planejado em 2009, com foco nas regiões Sul e Sudeste, embora as regiões Norte e Nordeste também tenham contribuído para os resultados alcançados. O objetivo do Programa é reduzir a emissão de gases de efeito estufa e atender às expectativas dos órgãos reguladores e da sociedade quanto à queima de gás natural, além de aumentar o aproveitamento do gás produzido e a eficiência energética da estatal.
Frases “O patamar de US$ 123 o barril não é patamar, é pico! A política de preços da Petrobras de longo prazo não vai ser alterada. Não existe nenhuma ação em curso entre a Petrobras e o Governo Federal para aumentar combustível, nem nenhuma data prevista”, Graça Foster, presidente da Petrobras, sobre um possível aumento no preço dos combustíveis. Agência Brasil, 06/03/2012. “Existe a perspectiva de crescimento no mercado, com uma grande disponibilidade do pré-sal. Isso abre espaço para o gás complementar nossa matriz energética e de nos protegermos das oscilações do preço do petróleo... O mercado de açúcar continuará demandador, incentivando as usinas a exportarem o produto, o que pressiona o preço do etanol internamente”, Rosalino Fernandes, engenheiro e coordenador do Comitê de GNV do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), sobre momento favorável para o GNV. Agência Brasil, 01/03/2012. “A opção por continuar demanda um dispêndio muito maior, pela necessidade de gerar escala. A grande discussão é saber se temos capacidade de fazer isso ou não”, Tito Martins, diretor de Finanças da Vale, sobre decisão da mineradora de deixar total ou parcialmente a atuação na área de petróleo. Agência Estado, 05/03/2012. “Estamos aguardando a votação da lei dos royalties para que logo depois cogitemos a criação da empresa que vai cuidar do pré-sal”, Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, sobre os leilões de blocos exploratórios na área do pré-sal. Valor, 29/02/2012.
Produção da Petrobras de óleo, lgn e gás natural – 08/2011 a 01/2012 Produção de óleo e LGN (em mbpd) - Brasil Ago Set Out Nov Dez Jan Bacia de Campos 1.615,5 1.654,1 1.655,09 1.698,6 1.713,6 1.753,1 Outras (offshore) 133,0 131,6 131,7 150,2 158,8 149,8 Total offshore 1.748,5 1.785,7 1.787,6 1.848,8 1.872,5 1.902,9 Total onshore 214,3 216,5 213,8 211,9 211,8 207,2 Total Brasil 1.962,8 2.002,2 2.001,4 2.060,7 2.084,3 2.110,1 Produção de GN sem liquefeito (em mm³/d)* - Brasil Bacia de Campos Outras (offshore) Total offshore Total onshore Total Brasil
Ago Set Out Nov Dez Jan 21.653,0 21.842,4 22.079,6 22.779,0 23.275,7 24.553,8 19.486,7 17.876,6 18.978,3 19.456,7 21.327,1 20.386,3 41.140,1 39.718,9 41.058,0 42.235,7 44.602,8 44.940,1 15.946,5 16.057,1 15.848,8 15.385,2 16.060,8 15.542,0 57.086,6 55.776,0 56.906,8 57.620,9 60.863,8 60.482,1
Produção de óleo e LGN (em mbpd)** - Internacional Exterior
Ago Set Out Nov Dez Jan 143,6 147,3 155,4 152,7 152,8 148,0
Produção de GN sem liquefeito (em mm³/d) - Internacional Exterior
Ago Set Out Nov Dez Jan 17.231,0 16.804,6 17.214,5 17.188,7 16.502,7 15.735,3
Produção total de óleo, LGN e de gás natural (em mboe/d) Brasil+Exterior
Ago Set Out Nov Dez Jan 2.555,3 2.591,6 2.616,0 2.684,2 2.715,8 2.731,1
(*) Inclui gás injetado. (**) Em 2003 inclui os dados da Petrobras Energia (ex-Pecom).
Fonte: Petrobras
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indicadores tn
Boas novas no setor
Descobertas e declaração de comercialidade de áreas em exploração aquecem o mercado de óleo e gás. Dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que 2012 começou bem para a Petrobras e outras petroleiras que atuam no país: nos dois primeiros meses do ano foram registradas 24 descobertas, das quais 13 da Petrobras e 11 de oito petroleiras: OGX (3), Starfish (2), Petrogal (2), Shell, Anadarko, Repsol YPF e Petra Energia com uma cada uma. Também foi declarada a comercialidade de dez áreas no mar e em terra firme, cinco das quais da Petrobras.
Novas descobertas no período de 02/jan a 29/fev 2012 Operadora
Campo/Bloco
Nome/Poço ANP
Data
Fluidos
Terra/ Mar
LDA (m)
Petra Energia
SF-T-137
1PTRA4MG
29/02
OGX
C-M-592
3OGX73RJS
24/02
Petrobras
CEXIS
3BRSA1039DBA
23/02
Petrobras
BM-S-9
3BRSA1023SPS
23/02
Petróleo Mar
2.149
Petrobras
MARLIM LESTE 3BRSA1017DRJS
17/02
Petróleo Mar
1.123
OGX
C-M-592
3OGX72RJS
09/02
Petróleo Mar
130
Petrobras
FRANCO
3BRSA944ARJS
07/02
Petróleo Mar
1.860
Petrogal Brasil
POT-T-608
1GALP41RN
03/02
Petróleo Terra
Gás Terra Petróleo Mar
0 130
Gás e Petróleo Terra
0
0
Petrobras
BM-POT-11
1BRSA962RNS
02/02
Gás Mar
30
Petrobras
GOLFINHO
4BRSA1001ESS
31/01
Gás Mar
1.513
Petrobras
POT-T-609
1BRSA1038RN
26/01
Petróleo Terra
0
Petrobras
POT-T-609
1BRSA1034RN
25/01
Petróleo Terra
0
Anadarko
C-M-202
3APL5DRJS
24/01
Petróleo Mar
82
Repsol YPF
C-M-539
1REPF12DRJS
23/01
Petróleo Mar
2.788
Starfish
C-M-622
6STAR24PRJS
18/01
Gás e Petróleo Mar
267
Starfish
C-M-622
6STAR24PRJS
17/01
Gás e Petróleo Mar
267
Shell
S-M-518
1SHEL26RJS
12/01
Petróleo Mar
1.947
Petrobras
POT-T-699
1BRSA1025RN
05/01
Petróleo Terra
Petrobras
C-M-95
3BRSA1010HPRJS
05/01
Petrobras
CARMÓPOLIS
3BRSA1030DSE
03/01
Petróleo Terra
Gás Mar
Petrobras
S-M-1289
3BRSA1024SPS
02/01
Petróleo Mar
0 25 0 297
Petrobras
JANDAIA
4BRSA1026DBA
02/01
Petróleo Terra
0
Petrogal Brasil
POT-T-563
1GALP40RN
02/01
Petróleo Terra
0
OGX
S-M-268
1OGX63ASPS
02/01
Gás e Petróleo Mar
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Declaração de Comercialidade no período de 03/2011 a 02/2012 Operadora
Bloco
Campo
Bacia
Anexado
Petrobras
S-M-1288
BAÚNA
Santos
NÃO
Data 17/02/2012
Petrobras
BM-S-9
SAPINHOÁ
Santos
NÃO
29/12/2011
UTC Engenharia
BT-POT-10
GALO DE CAMPINA
Potiguar
NÃO
28/11/2011
Petrobras
BT-POT-8
TIZIU
Potiguar
NÃO
23/05/2011
OGX Maranhão
PN-T-68
GAVIÃO AZUL
Parnaíba
NÃO
29/04/2011
OGX Maranhão
PN-T-68
GAVIÃO REAL
Parnaíba
NÃO
29/04/2011
Petrosynergy
REC-T-153
UIRAPURU SUDOESTE
Recôncavo
NÃO
26/04/2011
Petrosynergy
REC-T-153
TROVOADA
Recôncavo
NÃO
25/04/2011
Petrobras
BT-POT-9
PATATIVA
Potiguar
NÃO
29/03/2011
Petrobras
REC-T-181
TAPIRANGA NORTE Recôncavo
NÃO
10/03/2011
Fonte: ANP - Notificação de Indícios de Hidrocarbonetos
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TN Petróleo 82
Fusões e aquisições recuam em 2012 A mais recente publicação do Global M&A Predictor da KPMG International indica que os seis primeiros meses de 2012 provavelmente serão duros para a área de fusões e aquisições (F&A). Há temores, inclusive, de que essa perspectiva se manifeste além deste prazo. De acordo com a análise, chegou ao fim o crescimento gradual da confiança do mercado ano após ano desde o ponto mais baixo da desaceleração de 2009, em razão do aumento das preocupações sobre a economia, sobretudo na zona do euro. O índice Preço/Lucro (ou P/E, do termo em inglês price/earnings) recuou 5% desde junho de 2011 e 14% desde janeiro de 2011. Embora essa seja uma taxa de declínio mais lenta em relação aos últimos seis meses, ela sugere que a melhoria gradual em F&A nos últimos dois anos está chegando ao fim. David Simpson, diretor da área de Fusões e Aquisições Globais da KPMG e sócio da firma-membro do Reino Unido, avalia que “o primeiro semestre de 2012 – e muito provavelmente o restante do ano – representará um duro golpe para os negociadores de todo o mundo. As graves oscilações econômicas, sobretudo na zona do euro, diminuíram o apetite por negócios. No entanto, não estamos prevendo uma queda brusca: os negócios são mais que viáveis em razão da disponibilidade de dinheiro das empresas; dos recursos financeiros dos fundos de private equity; e da ampla oferta de empresas alvo. O desafio real será se as empresas terão coragem para buscar os negócios.” No Brasil, as perspectivas são pouco diferentes do cenário internacional indicado no M&A Predictor. “Em 2011, tivemos um ano muito positivo para o segmento de fusões e aquisições, com o recorde de 817 transações. Além disso, o Brasil continua na rota de investimentos internacionais. É claro que parte do impacto negativo esperado no exterior deverá se refletir por aqui, mas acreditamos que 2012 será também um período muito bom para esse tipo de negócio. Podemos não ter um novo recorde, mas, certamente, ao final do ano, teremos um dos melhores resultados da história”, afirma Luis Motta, sócio-líder da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil.
HRT apresenta resultados de 2011
Em dois poços da bacia amazônica a empresa encontrou gás (1-HRT-2 e 1-HRT3), no terceiro foi detectado gás e óleo (1-HRT-1) e, no último (1-HRT-4), gás e condensado, o que confirma o potencial do ativo. Ainda foram adquiridos 2.600 km de sísmica 2D. “Nós aprendemos muito e temos um pacote de dados com informações fundamentais para aumentar a taxa de sucesso na bacia”, explica Milton Franke, CEO da HRT O&G. Outro fator relevante foi a aquisição integral dos direitos exploratórios sobre os 21 blocos localizados na Bacia do Solimões, e a assinatura do acordo com a TNK-Brasil, subsidiária da TNK-BP, terceira maior empresa do setor na Rússia. A TNK-BP é um parceiro estratégico na campanha exploratória da HRT no Amazonas. A companhia terá 45% da concessão dos direitos exploratórios na Bacia do Solimões. Na Namíbia, a HRT concluiu a maior campanha sísmica 3D já realizada na costa sudoeste africana, onde 9.075 km² foram levantados. Em fevereiro de 2011, foi anunciada a aquisição da UNX através da troca de ações e, em julho, a aquisição da Vienna. As operações resultaram no acréscimo de 4,9 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em recursos prospectivos ao portfólio da companhia, tornando a HRT a empresa privada detentora da maior área no offshore da Namíbia – cerca de 70 mil km².
Tel.: 4004 2503
Foto: Divulgação HRT
A HRT apresentou no início de março os resultados de 2011 e a revisão do planejamento da companhia para este ano. O ano passado foi marcado pelo início da campanha exploratória da empresa nas bacias do Solimões (AM) e da Namíbia (África). No Brasil, as atividades foram iniciadas com a construção de infraestrutura para dar suporte às operações no Amazonas, onde a HRT concluiu a perfuração em quatro poços na Bacia do Solimões (AM), nos quais foram realizadas descobertas de hidrocarbonetos.
“O primeiro ano de operação foi de extrema importância para a estruturação e aprimoramento das atividades da HRT. Contamos com a capacidade técnica e a eficiência operacional da equipe para darmos continuidade à campanha exploratória no ano de 2012, através da continuação da aquisição de dados sísmicos, do avanço em estudos de monetização do
óleo e do gás natural, da perfuração de oito poços exploratórios na Bacia do Solimões, além do processamento e interpretação dos dados sísmicos da Namíbia e perfuração de um poço exploratório no país”, acrescentou Marcio Rocha Mello, CEO da HRT Participações. Em 2012, a companhia pretende perfurar oito poços. Na Namíbia, a companhia espera realizar um farm out no segundo trimestre de 2012. Nos dois ativos, no Brasil e na Namíbia, a empresa investirá entre R$ 1,4 bilhão e R$ 1,6 bilhão nos próximos dois anos.
TN Petróleo 82
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entrevista exclusiva
P&D assegura
mais valor e qualidade por Maria Fernanda Romero
Reconhecida mundialmente como líder em classificação e certificação, a Det Norske Veritas (DNV) tem uma história de sucesso e grandes contribuições nos seus 38 anos de atividade no Brasil.
no brasil, a organização investe em buscar respostas para os desafios do mercado marítimo e de petróleo e gás, e identifica a qualificação de mão de obra como o grande e preocupante gargalo do setor. Focado na importância de altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em nível global, a DNV pretende continuar a parceria com universidades no Brasil e avalia futuramente consolidar ainda mais sua participação com um centro de pesquisa no país. TN Petróleo – Quais as principais conquistas e realizações da DNV em 38 anos de atividades no Brasil? Tommy Bjørnsen – A história da DNV no Brasil pode ser dividida em quatro etapas: em 1974, quando oficialmente abrimos nosso primeiro escritório no país, cuja intenção era principalmente atuar nas plataformas fixas em águas rasas do Nordeste; na década de 1980, quando entramos no mercado de construção naval, quando passamos a classificar também navios construídos no Brasil; em meados de 1990, quando veio o advento da ISO 9000 e a DNV foi um dos grandes players do Brasil, com um percentual grande de market share de certificação de ISO 9000, depois de ISO 14000, e sucessivamente outros padrões; e na década de 2000, com o ressurgimento do offshore, agora mais focado em águas profundas e o envolvimento da DNV, tanto nas unidades de plataformas offshore, como também nas embarcações de apoio marítimo e na parte de subsea. Existe muita similaridade nas operações em águas profundas brasileiras e as do Mar do Norte, onde a DNV tem uma atuação destacada. Por isso, observamos que muitas companhias norueguesas vieram para o Brasil, estão estabelecidas aqui, são bem-sucedidas, e mais empresas ainda estão vindo. Toda essa experiência que a DNV acumulou até agora tem sido ajustada aos requisitos específicos locais e aplicada aqui no Brasil. Qual a prioridade da DNV nos negócios da empresa na América do Sul, em especial o Brasil? Quais são os objetivos e metas da empresa no país para este ano? A prioridade da DNV tem sido o segmento marítimo e de óleo e gás. Os serviços que prestamos estão focados na classificação, neste caso, principalmente com o programa ambicioso de construção de sondas, FPSOs e embarcações de apoio marítimo especialmente para atender o pré-sal. Outros serviços que oferecemos são: análise de riscos, análises técnicas e verificação de equipamentos, não relacionados com classe. Nosso objetivo para este e
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TN Petróleo 82
Tommy Bjørnsen, diretor de operações para DNV América do Sul
Fotos: TN Petróleo e Glêyser Azevedo
Em meados de 1990, veio o advento da ISO 9000 e a DNV foi um dos grandes players do Brasil, com um percentual grande de market share de certificação de ISO 9000, depois de ISO 14000, e sucessivamente outros padrões.
para os próximos anos é o de expandir ainda mais nossa participação nestes mercados. Cerca de 6% da receita total da DNV são investidos em P&D, globalmente. No Brasil, vocês pretendem continuar a parceria com universidades e centros de pesquisa. De que forma isso acontecerá?
Mantemos diálogo com algumas universidades no país, principalmente com a Pontifícia Universidade Católica (PUC) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em alguns projetos específicos. Inclusive, atualmente, estamos conversando com eles no sentido de financiar alunos para mestrado e doutorado focados em projetos de interesse mútuo. Temos também
diálogos constantes com o Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello, da Petrobras (Cenpes), e com outros centros de pesquisas que estão sendo instalados na Ilha do Fundão, no Parque Tecnológico do Rio, para implantação de P&D no Brasil. Outra forma que temos de aplicar P&D é através do Joint Industry Projects (JIP), um conceito com o qual identificamos uma necessidade do mercado e, havendo interesse, administramos e coordenamos os projetos com a participação das empresas interessadas para identificar novos padrões e novas metodologias para simplificar a operação dessas questões em nível mundial. Algumas companhias brasileiras vêm participando de JIPs, mas o interessante é que no ano passado conseguimos o primeiro JIP brasileiro só com companhias nacionais para analisar a perfuração direcional horizontal de pipelines. O projeto está sendo coordenado por funcionários da DNV Brasil. Ademais, nosso CEO, Henrik O. Madsen financia ao longo do ano o que ele chama de ‘projetos de inovaTN Petróleo 82
17
entrevista exclusiva
ção extraordinária’, juntamente com um corpo de funcionários da DNV, em que são identificadas as necessidades do mercado e um grupo de profissionais da DNV é direcionado, com especializações distintas para analisar aquela questão e, em curto prazo (quatro a cinco meses), trazer um ’conceito extraordinário’ que possa ser aplicado no curto prazo. Um exemplo é o projeto X-Stream, um conceito para gasoduto para águas profundas no qual adaptamos algumas tecnologias existentes de forma a reduzir a espessura da tubulação e os custos da instalação, mantendo o nível de segurança. O projeto já foi lançado em Londres e em Houston (EUA) no começo desse ano e vai ser lançado no Brasil no dia 13 de março. Em janeiro deste ano, a DNV inaugurou um centro de tecnologia em águas profundas em Cingapura. Há interesse em abrir um centro do mesmo tipo aqui no Brasil, frente ao crescente mercado de águas profundas no país? Temos interesse sim em abrir um centro de pesquisas no Brasil, entretanto um dos nossos desafios é como conseguir o máximo retorno mediante a situação atual em que várias companhias estão investindo em P&D. Percebemos que um dos entraves será a mão de obra qualificada, laboratorial e de pesquisadores. Mas, já estamos 18
TN Petróleo 82
Temos interesse sim em abrir um centro de pesquisas no Brasil, entretanto um dos nossos desafios é como conseguir o máximo retorno mediante a situação atual em que várias companhias estão investindo em P&D. Percebemos que um dos entraves será a mão de obra qualificada, laboratorial e de pesquisadores.
internamente em um processo de consideração séria de tentar abrir um centro da DNV no país, que será focado nos desafios de operação em águas profundas, sobretudo no pré-sal. Sobre a legislação brasileira do setor, quais os principais deficiências ou impasses? E de que forma ela influencia as atividades e serviços prestados pela DNV? Os regulamentos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que entraram em vigor nos últimos anos foram um grande passo no sentido de se ter uma legislação mais específica para o setor. Após o acidente em Macondo, no Golfo do México, a DNV fez alguns estudos sobre o tema. Um deles foi a comparação do regime regulatório norueguês com o regime regulatório dos
Estados Unidos. Outro foi um estudo que divulgou quais são os aspectos que a DNV julga importante que façam parte de um regime regulatório de segurança para atividades offshore visando ser mais efetivo. No ano passado, fizemos algo equivalente comparando a visão da DNV com a regulação brasileira. Constatamos que os regulamentos daqui estão até mais avançados do que outros países, mas percebemos que ainda existe margem para aperfeiçoamento e entendemos que é importante o diálogo com a ANP e a indústria para os ajustes. Quais projetos, no Brasil, certificados pela DNV, vocês podem considerar inovadores? Por quê? Alguns exemplos são: o novo sistema de exportação dos campos de Guará e Lula NE através de boia submersa; a primeira catenária riser de aço instalada na plataforma P-55, que inclui novos materiais como clads; o riser da P-52, o primeiro riser híbrido instalado no Brasil; a P-51, primeira plataforma semissubmersível totalmente construída no Brasil; o primeiro navio de lançamento de dutos; os maiores navios construídos no Brasil, o Docefjord e o Tijuca, com 305.000 toneladas de porte bruto. Todos considerados inovadores por serem os primeiros e/ou maiores do setor. Dá para mensurar o número de embarcações e plataformas que a DNV classificou no Brasil? Mais importante do que falar em números é falar em market share. Nosso percentual de participação varia por unidades do setor, não temos o número exato de cada um, mas levantamos que no Brasil a DNV têm entre 20% a 60% de participação. Se contabilizarmos o número de embarcações mercantes, estamos perto de 20%, e de embarcações de apoio marítimo temos 60% do mercado brasileiro. Entendemos que esse é
P&D assegura mais valor e qualidade
um volume expressivo, considerando o mercado. Quais os grandes desafios na classificação de novos projetos, como as plataformas para águas profundas e ultraprofundas? O Brasil já chegou a ‘criar’ ou demandar a criação de novas regras internacionais de classificação devido ao ritmo acelerado de desenvolvimento de projetos (como é o caso dos FPSOs, unidades das quais o Brasil tem um número substancial)? O desafio para as classificadoras é semelhante ao da indústria, principalmente o entrave da capacidade de satisfazer o volume de mão de obra qualificada. A questão é como o Brasil, de forma geral, vai conseguir suprir esta demanda de mão de obra com essa qualificação. Nossa contribuição neste plano ambicioso de novas construções é focado em ajudar, participando junto aos estaleiros para que estas construções
sejam concretizadas e passem a operar com nível de qualidade necessário para evitar problemas. Nossa experiência na Ásia tem mostrado que outro ponto crítico é o comissionamento das unidades, porque elas têm incorporado na sua construção sistemas cada vez mais complexos. Neste sentido, a DNV foi a primeira classificadora a lançar uma notação específica chamada Integrated Software Dependent Systems (ISDS), que busca integrar o diálogo entre os sistemas empregados numa plataforma, facilitando assim o período de testes. De que forma a classificação pode ajudar no quesito ‘segurança’ e no gerenciamento de riscos? A própria filosofia de classificação baseia-se em gerenciamento de risco, norteada pela experiência ao longo dos anos, associada ao desenvolvi-
mento tecnológico. Esse exercício se dá pela avaliação dos elementos críticos durante as fases de aprovação de projetos de unidades offshore e de navios, certificação dos componentes principais, acompanhamento durante a construção e operação. Portanto, a classificação pode ajudar no quesito ‘segurança’e no gerenciamento de riscos, pois a classificadora é uma entidade independente e neutra, o que permite verificarmos que os aspectos principais das embarcações foram avaliados e aceitos para um padrão específico estabelecido. A política de conteúdo local do setor, exigida atualmente, é um fator que dificulta as atividades das empresas estrangeiras no país? Conteúdo local não é exclusivo do Brasil, acontece em outros países. Entendemos que esta política permite que companhias estrangeiras se estabele-
Nesta edição.
TN Petróleo 82
19
entrevista exclusiva çam e cresçam no Brasil, o que é um aspecto positivo. O que vemos como grande desafio é como satisfazer esse grande volume e velocidade dos projetos com a questão da mão de obra. A política em si não é um fator que dificulta; o desafio realmente é satisfazer essa equação de mão de obra qualificada no volume e velocidade necessários, mas a política é uma oportunidade para se aprimorar nosso parque industrial e gerar emprego e impostos. A DNV e a Kema criaram uma empresa líder mundial em consultoria e certificação, dentro dos setores de energia limpa, sustentabilidade, geração de energia, transmissão e distribuição. Como será a atuação dessa companhia no Brasil? A nova companhia, DNV Kema Energia e Sustentabilidade, começou a operar no dia 1º de março. Ela combina 1.800 funcionários do que era a Kema com mais 500 funcionários da área de
A DNV hoje no Brasil OPERAÇÕES NO BRASIL – Com escritórios no Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Santos, Macaé e Caxias do Sul, além dos serviços de classificação, consultoria técnica, consultoria em análise de risco, e verificação para os mercados marítimo e de óleo & gás, a DNV tem um corpo profissional altamente qualificado – cerca de 300 profissionais, dos quais 63% com diploma universitário, 26% com mestrado e 4% com doutorado. A DNV também oferece serviços para a indústria em geral nas áreas: de certificação de sistemas de gerenciamento; de mecanismo de desenvolvimento limpo; de energias renováveis, e na área comercial; de suporte técnico e de treinamento de software de engenharia naval e de risco & confiabilidade. Agora, com a DNV Kema, oferece serviços na área de geração, transmissão e distribuição de energia, assim como em eficiência energética. 20
TN Petróleo 82
sustentabilidade e energia renovável da DNV, somando 2.300 funcionários em nível mundial. A Kema já tem operação no Brasil e agora vamos aglutinar nosso pessoal dessas áreas para formar o escritório da nova companhia no Brasil. Os serviços cobrem a cadeia de valor de energia desde a fonte até o usuário final, incluindo renováveis, redução das emissões de carbono e eficiência energética, geração, transmissão e distribuição, além de teste, inspeção e certificação. Quais os principais contratos com que a DNV está envolvida atualmente? Na área de gerenciamento e análise de risco, temos contratos com a Petrobras e operadores de sondas visando atingir um bom desempenho nos aspectos de segurança e saúde. Também merecem destaque os estudos de confiabilidade para a Petrobras, com objetivo de se melhorar o desempenho operacional. Na área PRINCIPAIS PROJETOS EM CURSO: • Classificação da conversão dos FPSOs P-58 e P-62 para a Petrobras, incluindo aprovação de planos, certificação de materiais e componentes, verificação da construção dos top sides, integração e comissionamento. • Verificação de projeto e de construção de quatro sistemas novos de boia submersa para exportação dos campos de Guará e Lula NE, para Subsea7. • Gerenciamento Integrado de Engenharia Naval para as unidades offshore flutuantes classificadas pela DNV, para a Petrobras. • Serviços técnicos aplicados a estudos de otimização, confiabilidade e disponibilidade de unidades de processo e de geração de energia, para a Petrobras. • Certificação do Terminal de Regaseificação da Bahia, para a Petrobras. • Certificação das duas primeiras plataformas fixas para OSX. • Classificação da construção de várias embarcações sofisticadas de apoio marítimo em cinco estaleiros, para diversos operadores.
de subsea, a verificação do sistema de exportação do pré-sal através de boia submersa. No serviço de classe, estamos classificando principalmente a construção de embarcações de apoio marítimo, hoje em cinco estaleiros, e os FPSOs P-58 e P-62, em conversão, respectivamente, pela Queiroz Galvão (Rio Grande) e Camargo Corrêa-Iesa (Suape). Na área de certificação de materiais e componentes, nosso principal contrato hoje é para suprir a necessidade da P-58 e P-62. Na parte de certificação, temos o contrato da planta de regaseificação do terminal da Bahia para Petrobras e o contrato das cinco primeiras plataformas fixas da OSX. Na área de análises técnicas, temos o projeto Gien com a Petrobras. Outra atividade importante em que estamos vendo um crescimento acentuado é a certificação de contêineres offshore. Além disso, estamos bastante envolvidos nos serviços referentes à verificação de conteúdo local, uma vez que a DNV é autorizada pela ANP para certificar conteúdo local. Em que fase está o processo de certificação da planta de regaseificação do terminal da Bahia para Petrobras? E a classificação dos FPSOs, P-58 e P-62? O terminal da Bahia nós terminamos agora a certificação do projeto básico e aguardamos o projeto detalhado para certificarmos; depois será iniciada a construção, a qual acompanharemos para certificar o terminal, incluindo a parte de engenharia civil (o píer), que está previsto para terminar em dezembro de 2013. Quanto aos FPSOs P-58 e P-62, os dois cascos chegaram no ano passado nos seus respectivos estaleiros, no Rio Grande e em Suape, e agora estamos verificando a conformidade da nova fase que é de construção dos top sides, integração e comissionamento, e em paralelo fazendo a certificação de materiais e componentes.
Com a assinatura de um contrato com a Eisa de serviços de classificação para quatro Supply Vessels, a DNV Brasil quebrou dois recordes: 17 contratos assinados em um ano e o maior número de contratos com a mesma empresa (dez contratos com a Eisa). Qual a importância desse contrato para a DNV? Que negócios com a Eisa estão previstos para 2012? Esses dois recordes de fato são muito importantes, mas são um reconhecimento do trabalho benfeito e da dedicação de nossos funcionários nos estaleiros. Esses contratos são fundamentais, pois permitem uma visão de sustentabilidade, uma vez que, se tem mais volume, você consegue construir essa capacidade de mão de obra qualificada necessária, tendo um horizonte de longo prazo. Podemos dizer que hoje quebramos outro recorde em janeiro, quando fechamos contrato com a ETP para classificar
Na área de gás natural, temos a certificação dos três terminais de regaseificação: o da Bahia, de Pecém e da Baía de Guanabara. E ainda classificamos os navios das duas unidades de regaseificação.
a construção de 12 FSV (Fast Supply Vessel). É a primeira vez que assinamos um contrato para 12 unidades.
O que a DNV tem feito na área de gás natural no Brasil? De que forma a empresa atua na segurança do abastecimento de gás? Na área de gás natural, temos a certificação dos três terminais de regaseificação: o da Bahia, de Pecém e da Baía de Guanabara. E ainda classificamos os navios das duas unidades de regaseificação, já em operação no Brasil. Temos um estudo de longa duração que visa avaliar as melhorias necessárias para otimizar a rede de gás natural da Petrobras e, consequentemente, a segurança do abastecimento do gás. E na área de termelétricas? Nesta área estamos focados nos estudos de confiabilidade e disponibilidade. Já realizamos um estudo piloto para uma das unidades, e a intenção é expandir para outras unidades da Petrobras.
especial: especial: perspectiva 2012
Perfuração onshore na bacia de Solimões (AM) para a Petrobras
Otimismo e O Brasil entra em 2012 com grandes expectativas, depois de fechar um ano ímpar, no qual registrou a maior produção de petróleo e gás de todos os tempos – 2,66 milhões de barris de óleo equivalente (incluindo gás natural), superando o recorde registrado no final de 2010 e que parecia inalcançável nos últimos 12 meses. Com uma produção média diária superior a 2,2 milhões de barris/dia de óleo e 71 milhões de m3 de gás natural, a indústria de óleo e gás auspicia bons ventos para a cadeia produtiva de fornecedores de bens e serviços, que retoma o fôlego para disputar os US$ 225 bilhões em investimentos previstos pelo Plano de Negócios da Petrobras até 2015. 22
TN Petróleo 82
mercado aquecido
m alta O s dados da produção de petróleo e gás em 2011, anunciados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em meados de fevereiro, reforçam o clima de otimismo. Na ponta do lápis, em 2011 a Petrobras e outras 24 empresas extraíram 919 milhões de barris de óleo equivalente (boe) do subsolo brasileiro (em terra e no mar) – cerca de 90% da produção continua sendo da estatal. Quase um bilhão de barris de petróleo em um ano. Não é à toa que a Agência de Informações
por Maria Fernanda Romero
de Energia dos Estados Unidos (US Energy Information Administration), aponta o Brasil como a principal fronteira para a expansão da produção de petróleo no mundo até 2030. Em comparação com o ano anterior (2010), a produção de petróleo cresceu 2,5% e a de gás natural, 4,9%. Nos últimos dez anos (2002-2011) a produção de petróleo cresceu 45% e a de gás natural, 55%. A Petrobras liderou essa evolução: desde o início desse século, sua produção brasileira de petróleo quase dobrou – passou de 1,2 milhão de barris/dia em 2000, para mais de 2 milhões de barris/
dia no ano passado. As reservas totais da estatal também cresceram: passaram de 9,6 bilhões de boe (critério SPE/Society Petroleum Engineers) em 2000, para mais de 15,7 bilhões de boe em 2011. Nesse mesmo período, o Brasil ampliou e diversificou ainda mais sua matriz energética. Mas é o petróleo que está fazendo girar as rodas da economia, mesmo em tempos de crise mundial. Nos últimos cinco anos, a cadeia produtiva de petróleo e gás vem buscando se capacitar para ter uma participação mais expressiva nos volumosos investimentos revisados ano a ano pela Petrobras. TN Petróleo 82
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especial: perspectiva 2012 Recursos crescentes que têm criado uma gama de oportunidades para o crescimento de todo o setor, desde aqueles que fornecem bens e serviços nas etapas de exploração e produção (E&P) até quem participa de empreendimentos na área petroquímica, passando pela indústria naval, que hoje tem uma imensa carteira de encomendas de plataformas, barcos de apoio e petroleiros. Estudo divulgado pela Ro bert Half, empresa especializada em recrutamento, o otimismo dos empresários prevalece em 2012. E, segundo a pesquisa, eles estão mais e mais dispostos a continuar a investir no país. A pesquisa apurou que as contratações do setor de petróleo, gás e energia devem ter aumento significativo, frente à oferta de oportunidades e surgimento de novas car reiras. De acordo com o levantamento da consultoria, a expectativa da maioria dos empresários brasileiros é que a Copa do Mundo, a Olimpíada e os investimentos no pré-sal favoreçam, e muito, a economia nacional. Favorecem ainda mais o clima de otimismo movido a petróleo a retomada de encomendas e as descobertas anunciadas nos dois primeiros meses do ano. Somente a Petrobras informou descobertas novas no Espírito Santo (campo de Golfinho), Amazonas (bacia do Solimões), Bacia de Campos (prospecto Pão de Açúcar) e de Santos (área Carioca Sela), onde já havia declarado comercialidade dos campos de Tiro e Sídon.
Setor absorverá grande volume de recursos No início do ano passado, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 24
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(BNDES), Luciano Coutinho, previu investimento equivalente a 23% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2014: um total de R$ 3,2 trilhões. “Esse é um número adequado para sustentar o crescimento da economia no longo prazo sem pressões inflacionárias. Neste volume estão incluídos investimentos pulverizados, como os que são feitos por pequenas empresas, em projetos da construção, projetos industriais e de infraestrutura”, afirmou o executivo. Segundo Coutinho, o Brasil está vivendo um círculo forte e virtuoso de crescimento, com geração de emprego e distribuição de renda, o que o torna um país que pode gerar inúmeras oportunidades de negócios com retorno certo e risco reduzido. “São inúmeras áreas atrativas, principalmente nos setores de petróleo e gás natural, em energia, logística e com fortes oportunidades na área de infraestrutura – sobretudo em portos e ferrovias.” Estudo mais recente do BNDES indicou que a indústria do petróleo e gás vai liderar os investimentos no Brasil nos próximos três anos: o setor deverá receber R$ 378 bilhões nesse período, nos segmentos de exploração, produção, refino, transportes, gás e energia. A perspectiva de investimentos na indústria até 2014 é da ordem de R$ 614 bilhões nos setores de petróleo e gás, extrativa mineral, siderurgia, química, papel e celulose, veículos, eletroeletrônica e têxtil/confecções. Ou seja: nesse mapeamento do BNDES, o segmento de petróleo e gás ficará com 62% do total estimado.
Financiamentos à vista Os desembolsos do BNDES atingiram R$ 140 bilhões em
2011, o que representou uma queda de 17% em relação a 2010, de R$ 168,4 bilhões. Somente em projetos na área de petróleo e combustível no ano passado foram desembolsados R$ 4,5 bilhões e outros R$ 16,3 bilhões para projetos de eletricidade e gás. Conforme o BNDES, os projetos (ainda não concluídos) mais emblemáticos do setor financiados pelo banco em energia foram as grandes hidrelétricas, como as usinas Santo Antônio e Jirau, além de uma carteira robusta de investimentos em energia eólica. Entre eles, 26 parques eólicos no Nordeste com financiamento no valor de R$ 1,8 bilhão. Na área de petróleo e gás foram repassados recursos à Petrobras para a construção da plataforma marítima fixa PMXL-1, com capacidade de produção de 15 milhões m³/dia de gás natural, instalado no Campo de Mexilhão. Outros recursos foram direcionados para a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), na implantação de nova unidade de hidrotratamento de correntes de diesel UHDT II e nova unidade de geração de hidrogênio UGH II para a produção de diesel hidrotratado com teor de enxofre reduzido e implantação e modificação de sistemas e instalações auxiliares no Parque Indal da Beneficiária em Canoas (RS). Além das linhas diretas para petróleo e gás e do Fundo da Marinha Mercante (FMM), o BNDES possui o Programa BNDES P&G destinado à cadeia de fornecedores da indústria de petróleo e gás. O programa apoia projetos de aumento da capacidade instalada da indústria, instalação de novas unidades e ampliação e modernização de unidades existentes. Além disso, oferece linhas para projetos de inovação tecnológica.
otimismo em alta
Também apoia a internacionalização de empresas brasileiras e fusões e aquisições de empresas, prioritariamente por meio de renda variável. Outra possibilidade é o financiamento para capital de giro de empresas fornecedoras de bens e serviços para o setor de P&G que tenham um contrato firmado com empresas de médio-grande porte do setor. Ademais, o banco anunciou lucro líquido de R$ 9 bilhões em 2011. O resultado bruto (antes da tributação e de despesas administrativas) foi influenciado pelo bom desempenho das carteiras de crédito e de renda variável, que contribuíram com 94% para a formação do lucro. A carteira de tesouraria também teve impacto positivo, respondendo por 6% do resultado do Banco no ano passado.
Caixa Econômica As operações de crédito da Caixa Econômica Federal (CEF) para o setor de petróleo e gás somaram R$ 10 bilhões em 2011. De acordo com a instituição financeira, mais R$ 12 bilhões devem ser liberados neste ano. O valor representa a soma dos projetos em análise pelo banco. A previsão de recursos que podem ser alocados nos setores de petróleo, gás e indústria naval em 2012 é que sejam contratados em torno de R$ 22,5 bilhões. De acordo com a Caixa, cerca de R$ 600 milhões foram emprestados a grandes grupos empresariais para financiamento de investimentos estruturantes. Outros R$ 371 milhões do FMM foram aplicados no projeto de barcaças para o transporte de
R$ 378 bi Segundo o BNDES, é o valor que o Brasil irá receber até 2014 nos segmentos de exploração, produção, refino, transportes, gás e energia. etanol pela Transpetro. As operações do Portal Progredir, que permitem a fornecedores da Petrobras e da cadeia produtiva ligada à estatal receber pagamentos com antecedência, somaram R$ 675 milhões. Segundo a superintendente regional Eugênia Regina de Melo, responsável pela superintendência de petróleo e gás da CEF, no ano de 2011 a Caixa aprovou projetos vinculados ao
setor de óleo, gás e indústria naval da ordem de R$ 4,9 bilhões. Em projetos de energia, a CEF estruturou e aprovou operações com valores de investimento de R$ 6,64 bilhões, sendo R$ 5,47 bilhões em valores financiados, considerando linhas de distribuição e geração em projetos de usinas eólicas e PCH. Para estruturação de operações destinadas a portos, foram liberados valores da ordem de R$ 1 bilhão. Além de integrar o Portal Progredir, a Caixa é agente financeiro do FMM e tem como objetivo consolidar sua imagem como principal Banco parceiro do setor de Petróleo, Gás, Energia e Indústria Naval, fomentando a atividade industrial e o desenvolvimento sustentável das regiões que estão recebendo os projetos. “Da mesma forma que hoje a CEF é líder do mercado de crédito imobiliário, o desafio e a diretriz a ser seguida é buscar a liderança no setor de óleo e gás”, aponta Eugênia. A CEF passou a financiar projetos ligados ao petróleo em 2008. O volume total desembolsado até agora foi de R$ 10,1 bilhões para empresas de todos os tamanhos. “O primeiro grande projeto foi a criação de uma área específica para atendimento às empresas, instituições e pessoas ligadas ao setor. Outro passo importante foi a sinergia entre áreas de crédito, de produto e de relacionamento, para que pudéssemos oferecer produtos adequados às necessidades do setor ”, comenta Eugênia.
Inovação De acordo com estimativa da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em 2011 foram mobilizados R$ 310 milhões ao setor de energia, petróleo e gás (relacionando recursos empenhaTN Petróleo 82
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especial: perspectiva 2012
No ano de 2011 a Finep operou recursos da ordem de R$ 4 bilhões. A meta para esse ano é atingir R$ 6 bilhões. Rogério Medeiros, secretário técnico da Finep
dos do Ministério da Ciência e Tecnologia/FNDCT de R$ 150 milhões e recursos desembolsados em operações de crédito, que foram R$ 160 milhões). Rogério Medeiros, secretário técnico de Petróleo e Gás da Finep, afirma que a previsão é, no mínimo, manter o ritmo de 2011, ampliando as ações com a entrada em operação do PAISS (Plano BNDES-Finep de Apoio à Inovação dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico) e também do Programa Brasil Maior. “No ano de 2011 a Finep operou recursos da ordem de R$ 4 bilhões. A meta para esse ano é atingir R$ 6 bilhões”, indica. Medeiros conta que o setor de petróleo e gás é uma das prioridades do Programa Brasil Maior, que delineia estratégias de ação 26
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coordenadas de apoio e investimento em setores que possam estimular o desenvolvimento e o aumento do conteúdo local na cadeia produtiva de determinado setor. “Do ponto de vista da Inovação, a Finep também está estruturando um Programa de Apoio que terá como foco o P&D (pesquisa e desenvolvimento) para a qualificação de fornecedores brasileiros através de uma política de aumento do conteúdo local”, afirma. Em novembro de 2011, a Finep anunciou com o BNDES a criação de uma linha de financiamento especial para investimentos em tecnologias do pré-sal e que ela deveria estar disponível em 2012. Medeiros comenta que as discussões com o banco ainda estão em andamento, mas que o principal objetivo é financiar o P&D, absorção tecnológica, produção e/ou a comercialização de produtos, processos e/ou serviços inovadores, visando o desenvolvimento de fornecedores brasileiros para a cadeia de petróleo e gás e para o desenvolvimento do pré-sal, e ressalta: “Prevemos investimentos superiores a R$ 2 bilhões em quatro anos. A este montante ainda se agregariam outros recursos dos parceiros.” Em janeiro deste ano, a financiadora anunciou uma linha de crédito para empresas que investem em inovação tecnológica. Na Conta Especial Inova Brasil serão concedidos empréstimos subsidiados a empresas que invistam em pesquisa e desenvolvimento. “A ideia é conceder linhas de crédito durante cinco anos, aumentando o aporte de recursos para as empresas que inovem conforme as metas do governo. É preciso aumentar o investimento em inovação para dar sustentação à transformação do Brasil em uma
das cinco nações mais importantes do planeta”, pontua Medeiros. Alguns projetos mais emblemáticos financiados pela Finep, além de linhas de crédito e subvenção econômica para empresas e recursos do ICTs (FNDCT/ Fundos Setoriais), ainda estão em execução. Entre eles, o reator multipropósito brasileiro, o imageamento e processamento sísmico do fundo oceânico do pré-sal, veículos elétricos, etanol de segunda geração a partir de biomassa de cana-de-açúcar, energia eólica, e despacho de carga em linhas de transmissão. Medeiros lembra ainda que estão em implantação todos os projetos aprovados na Chamada Pública do Pré-Sal: são 58 projetos no valor de R$ 110 milhões e aqueles relacionados ao PAISS, cuja previsão é de R$ 1 bilhão até 2014.
Confederação nacional da indústria A economia brasileira deve registrar, em 2012, comportamento um pouco melhor do que o desempenho apresentado em 2011. Esse é o diagnóstico esperado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3%, um pouco acima dos 2,8% do ano passado. Já o setor industrial também deve ter uma melhora aumentando 2,3%, contra 1,8% de 2011. Segundo a CNI, a crise econômica internacional provoca, simultaneamente, dois efeitos ruins: reduz a demanda lá fora pelos manufaturados brasileiros e, com o estreitamento do mercado, acirra a concorrência, aqui dentro, dos produtos importados. Apesar disso, o Brasil tem perspectivas positivas, como aumento do consumo interno, queda na inflação, que o órgão estima em
otimismo em alta
5,2%, contra o teto da meta atingido em 2011, de 6,5%, e o recuo da valorização cambial. Para a CNI, é preciso elevar a competitividade, atenuando o chamado Custo Brasil – legislação trabalhista anacrônica e de alto custo, infraestrutura deficiente, sistema tributário complexo, burocracia em excesso – para mudar de forma radical o padrão da expansão doméstica. “É preciso eleger o investimento, e não o consumo, como a alavanca do crescimento. Para a indústria voltar a ser o centro dinâmico da economia brasileira e o país sustentar um ciclo de expansão maior do que a média mundial, consolidando um modelo de crescimento sustentável” afirma
Robson de Andrade, presidente da CNI. Apesar dos desafios, o presidente da Confederação Nacional da Indústria está confiante com o cenário econômico brasileiro este ano. “Não tenho dúvida de que, mesmo diante das turbulências econômicas internacionais, 2012, se não será brilhante, será melhor do que o ano que passou”, concluiu.
Químicos: consumo em alta, queda na produção O déficit na balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 26,5 bilhões em 2011, o maior já registrado na história. A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) considera que o consumo aparente nacional (que é a soma da produção mais as importações, menos as exportações, ou seja, tudo que efetivamente foi
consumido no país) cresceu entre 8% e 10% no ano, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar em 3%. “Apesar do desempenho positivo na ponta, quem de fato se beneficiou do crescimento da demanda foi o fabricante de produtos químicos no exterior. A maior parte do acréscimo da demanda de 2011 foi atendida por produto importado, enquanto a ociosidade das fábricas instaladas no Brasil manteve-se elevada, acima de 20%. Atualmente, as importações ocupam 1/3 de toda a demanda por produtos químicos no mercado brasileiro”, explica o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo.
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especial: perspectiva 2012 “O consumo brasileiro continua aumentando, mas seguimos dependentes sobretudo de intermediários para fertilizantes, de defensivos agrícolas e de produtos farmacêuticos que, juntos, representam praticamente a metade (48,7%) de todas as importações brasileiras de produtos químicos”. De acordo com ele, quanto aos intermediários para fertilizantes, o elevado preço do gás natural utilizado como matéria-prima, que custa cerca de US$ 12/MMBTU no Brasil contra US$ 3,00/MMBTU nos EUA, tem sido o principal fator inibidor de investimentos. A expectativa da Abiquim, conforme informações colhidas junto às empresas produtoras de produtos químicos de uso industrial e divulgadas no Anuário da associação são de investimentos de US$ 4,8 bilhões para o ano de 2012 contra os US$ 2,6 bilhões em 2011. De acordo com Figueiredo, esse valor está aquém do que seria necessário para reduzir efetivamente o déficit na balança comercial de produtos químicos. O executivo observa que os efeitos da crise econômico-financeira
internacional, que se desdobra desde 2008 e que afetou fortemente o desempenho da economia na zona do euro em 2011, fizeram com que mercados emergentes, como o Brasil, passassem a ser destinos das exportações de grandes produtores químicos mundiais. “Acreditamos que a demanda final por produtos químicos deverá manter a elasticidade entre 1,25 e 1,5 vez o crescimento do PIB em 2012. O que não podemos perder é a oportunidade de transformar esse crescimento da demanda em agregação de valor ao país”, revela. O presidente-executivo da associação indica que há uma expectativa bastante positiva com relação ao Conselho de Competitividade Químico-Petroquímico, entretanto existem sérios problemas a serem solucionados para que a indústria química possa efetivamente colocar em marcha as oportunidades de investimentos previstos no estudo Pacto Nacional da Indústria Química, que somam US$ 167 bilhões em dez anos.
Sobre a retomada do setor petroquímico na última década, Figueiredo comenta que o segmento, apesar de todas as dificuldades, foi o que mais realizou investimentos nos últimos dez anos no Brasil e as perspectivas são muito promissoras devido à enorme presença desses produtos em praticamente todas as cadeias industriais e ao crescimento da oferta de matérias-primas provenientes do pré-sal, que poderão ser disponibilizadas à petroquímica nacional, como nafta, gás, condensado, etc. “Se forem considerados os investimentos em ampliação de capacidade de petroquímicos básicos e resinas termoplásticas, a oferta de produtos mais do que dobrou. Vale lembrar também que o consumo per capita brasileiro de resinas termoplásticas é significativamente inferior ao de outros países, inclusive alguns vizinhos, o que pode se traduzir como oportunidade de crescimento”, diz. Ainda segundo Figueiredo, o aumento da produção de amônia e ureia, devido aos investi-
O entusiasmo move o Rio de Janeiro em 2012 e nos próximos anos. Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, os projetos tocados no estado, de Angra dos Reis a Campos, vão impulsionar de vez a indústria carioca. Ele garante que até 2016, a economia no estado vai estar muito melhor. Principal polo da industrial naval brasileira, o estado do Rio de Janeiro acaba de conquistar pelo menos a metade das encomendas da Petrobras para a construção no país de 26 sondas
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Foto: Banco de Imagens TN Petróleo
Grandes investimentos no Rio
de perfuração em elevada profundidade, que somam mais de US$ 20 bilhões em investimentos.
“Estas 13 novas unidades que serão construídas aqui vêm consolidar a presença do estado neste segmento industrial, gerando empregos e negócios. Só isso já deverá atrair grande quantidade de empresas para se instalarem aqui. Mas também estamos na expectativa das diretrizes para o conteúdo nacional que a Petrobras deverá lançar este ano dando maior visibilidade ao processo contratual da cadeia de fornecedores”, enumera o secretário. Julio Bueno comenta que a esperada disponibilização do estaleiro Inhaúma – que está sendo reformado pela Petrobras para a construção de navios e plataformas – é um dos pontos altos desta indústria este ano no Rio.
otimismo em alta
mentos previstos pela Petrobras, sem dúvida terá peso positivo na balança comercial brasileira. “Atualmente, quase 70% das nossas necessidades de ureia são atendidas com importações. A amônia, naturalmente, possui algumas restrições de segurança para manuseio. Apesar disso, estamos importando 25% de nossa demanda. Só com esses dois produtos, o Brasil enviou ao exterior US$ 1,5 bilhão (valor das importações, conforme a Secretaria de Comércio Exterior) em 2011. Ou seja, esses investimentos terão impacto positivo na redução das nossas importações e, por consequência, no déficit”, conclui.
Eletroeletrônicos: crescimento lento De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), em 2011 o
faturamento da indústria do setor cresceu 8% na comparação com 2010, totalizando R$ 134 bilhões, o que frustrou as expectativas iniciais, que previa uma evolução de 13%. Conforme Paulo Sérgio Galvão, gerente regional da Abinee no Rio de Janeiro e Espírito Santo, as principais dificuldades apontadas pelas empresas, e que influenciaram o desempenho, foram a valorização do real e a crise econômica mundial. “O que melhorou em 2011 foi a taxa de faturamento de todos os segmentos, com destaque para telecomunicações, que apresentou crescimento de 17%. Este crescimento foi sustentado em grande parte pelas importações indiscriminadas de aparelhos celulares, prejudicando a produção local”, afirmou Galvão. De acordo com o executivo, neste contexto, a Abinee já soli-
citou ao governo que analise os custos dos celulares importados da China (por cerca de US$ 12) comparativamente aos custos dos produtos fabricados no Brasil, e tome medidas que venham em apoio às indústrias instaladas no Brasil. “Esse baixo custo é, provavelmente, sustentado pelos subsídios que o governo chinês concede às suas empresas exportadoras, gerando uma concorrência desleal com os produtos fabricados no Brasil”, pontua. O gerente da Abinee explicou que o real valorizado continuou fazendo suas vítimas no setor eletroeletrônico, como mostrou a balança comercial de aparelhos celulares. Ele disse que, em 2007, as exportações destes produtos atingiram US$ 2 bilhões e as importações somaram US$ 375 milhões, gerando um superávit de US$ 1,7 bilhão. Já
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especial: perspectiva 2012
O setor como um todo prevê crescimento de 13% em relação a 2011. Na área de P&G, o fortalecimento da política de conteúdo local e a exigência de seu cumprimento em todas as áreas de atividades que lhe são conexas, como a naval, poderão dar nova realidade ao setor, muito além do que hoje existe. Paulo Sérgio Galvão, gerente regional da Abinee
em 2011, as exportações caíram 73%, atingindo US$ 558 milhões, enquanto as importações cresceram 168%, chegando aos US$ 987 milhões. “Com este desempenho das vendas externas, os telefones celulares deixaram a liderança das exportações de produtos eletroeletrônicos, ocupada por 30
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vários anos, para ficar na quinta posição. Ao mesmo tempo, os celulares foram o sétimo produto mais importado. É preciso encontrar ferramentas que garantam a isonomia competitiva dos produtos, reduzindo, inclusive, os altos custos de produção local”, complementa. Para Galvão, os grandes impasses que ainda impedem a maior participação do setor nos grandes projetos da cadeia de óleo e gás são os “pacotes fechados” das compras, quase sempre oferecidos por competidores internacionais a juros baixos e a preços aviltados, seja em função da crise europeia que diminuiu seus mercados, seja pela ‘ realidade chinesa’. “A maioria de nossas empresas pode fornecer sistemas específicos ou famílias de produtos, mas dificilmente um pacote completo como as de fora. Tem-se notícia que a nova presidente da Petrobras determinará a correção desse fato, de forma que as compras sejam desdobradas em sistemas – como aliás sempre foi feito antes do advento dos turn keys, epecistas e integradores como fornecedores dos empreendimentos prontos à Petrobras. Quando esta comprava diretamente no mercado todos tinham possibilidade de fornecer ”, enfatiza. Galvão lembra que ainda existem as questões de infraestrutura que oneram o produto nacional. “Isso recomenda um tratamento diferenciado através de uma política de conteúdo local que dê isonomia com o produto estrangeiro, beneficiado com programas hoje esdrúxulos como fazem, por exemplo, o Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de bens destinados à exploração e à produção de petróleo e gás natural (Repetro), o Regime
Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (Repenec) e o Regime Especial Brasileiro (REB)”, diz. Sobre a questão do conteúdo nacional, o gerente da Abinee indica que este trouxe alguns benefícios somente na área de E&P, já que nesta há o instrumento vinculante das rodadas de licitação. “Esta vantagem poderá acarretar diferença a partir deste ano quando começam as compras para os investimentos da Sétima Rodada, pois somente a partir desta é que a medição dos índices de conteúdo local (CL) deve ser feita por sistemas e famílias de produtos. Antes, a medição apenas pelo total do investimento escondia grandes mentiras, pois a afirmação de que o CL atingido era de 70%, por exemplo, omitia o fato de que as indústrias elétrica e eletrônica e de máquinas e equipamentos praticamente nada forneciam, já que sua participação no total do investimento fica na faixa dos 5% no máximo, o que não lhes dava qualquer visibilidade.” Ele pontua que as áreas de abastecimento/refino e transporte marítimo, não têm qualquer instrumento vinculante, o que as deixa sem qualquer compromisso formal com a questão do CL. “A esperança é que com a nova presidente da Petrobras essa postura mude, na medida que ela participou ativamente de todas essas definições de CL quando era a secretária no Ministério de Minas e Energia (MME)”, espera. “O setor como um todo prevê crescimento de 13% em relação a 2011. Na área de P&G (elétrico, automação, instrumentação e controle, medição fiscal e telecomunicações), o fortalecimento
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da política de conteúdo local e a exigência de seu cumprimento em todas as áreas de atividades que lhe são conexas, como a naval, poderão dar nova realidade ao setor, muito além do que hoje existe. A questão da orientação interna da Petrobras com a recomendação de compra com conteúdo local competitivo fará grande diferença na geração de emprego e renda no país”, conclui Galvão.
Engenharia industrial Para a Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), a avaliação é que o ano de 2011 foi positivo em termos de volume de negócios para as empresas de engenharia industrial. A continuidade de investimentos, projetos e obras previstas e em andamento, especialmente no segmento de óleo e gás, permitiram ao setor, em geral, manter suas atividades em ritmo crescente. Carlos Maurício Lima Barros, presidente da Abemi, destaca um ponto positivo de 2011 para a área: a aprovação da regulamentação da Lei 12.431/2011, que instituiu incentivos tributários para o desenvolvimento do mercado privado de financiamento de longo prazo para obras de
infraestrutura. “A medida pode contribuir para a criação de um mercado de crédito voltado para o setor, ampliando as possibilidades de financiamento para projetos importantes para o país, hoje praticamente concentradas no BNDES”, afirma ele. Entretanto, de acordo com o executivo, a competitividade é o maior gargalo nacional, mas ainda permanecem como desafios a alta carga tributária, o alto custo dos investimentos, as deficiências logísticas, enfim, os problemas estruturais agrupados no chamado ‘Custo Brasil’. “A formação e capacitação de mão de obra especializada é o gargalo mais importante que deve ser atacado em conjunto, pelo governo e pela iniciativa privada e que tem efeito direto no aumento da competitividade, na geração de empregos e na capacidade da engenharia brasileira de executar os projetos nos prazos contratados. O Brasil pode superar seus entraves dependendo unicamente das ações ordenadas, com os recursos finan-
ceiros sendo aplicados nos setores prioritários, com participação atuante de governo, iniciativa privada e sindicatos trabalhando em consonância”, complementa. A associação indica que o agravamento da crise econômico-financeira internacional impactou negativamente os setores que dependem fortemente do mercado externo, em especial os ligados à siderurgia e papel e celulose. A partir do segundo semestre de 2011, foi possível observar uma análise muito mais cuidadosa das empresas desses setores em relação aos planos de investimentos. Para a Abemi, pelo grande volume de investimentos, os setores de óleo e gás, energia (hidrelétricas, usinas eólicas e termelétricas, entre outros empreendimentos), e mineração estiveram entre os principais contratantes da engenharia industrial. Cerca de 90% das 140 associadas da Abemi são fornecedoras do setor de óleo e gás, sendo que nos últimos anos as empresas participaram ativamente dos empreendimentos offshore e de refino da Petrobras. De acordo com Barros, a expectativa de investimentos para o nosso setor em 2012 é superior ao investido no quadriênio ime-
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especial: perspectiva 2012 diatamente anterior, porém, a tendência para o segmento é de estabilidade nos negócios, visto que parte dos empreendimentos está contratada. “Considerando o setor de infraestrutura, visualizamos boas oportunidades, uma vez que o país precisa acelerar os projetos previstos em estádios, transporte urbano e aeroportos, se quiser estar razoavelmente preparado para os eventos esportivos – Copa 2014 e Olimpíada 2016”, aponta. O presidente da Abemi ressalta que dentro do projeto pela competitividade, foram definidas quatro áreas de atuação prioritárias: Melhoria da Qualidade dos Projetos de Engenharia; Gestão e Liderança; Métricas de Produtividade; Qualificação e Certificação. Cada um dos temas vem sendo abordado internamente em Grupos de Trabalho, que contam com a participação ativa de profissionais das empresas associadas.
Segundo Barros, os trabalhos se encontram em fases distintas, mas diversos avanços foram alcançados no último ano e alguns resultados práticos devem começar a ser vistos em 2012. “Deve ser assinado em breve o termo de parceria entre a Abemi e a NCCER (National Center for Construction Education and Research), entidade de treinamento e certificação de mão de obra, mantida por general contractors nos Estados Unidos. O acordo inicial entre as entidades prevê trabalho conjunto, visando à transferência de tecnologia, de forma a habilitar a Abemi como responsável pela Capacitação, Gestão, Certificação e Acreditação do Sistema NCCER no Brasil. Esse acordo é que permitirá a implantação do programa Abemi de capacitação e certificação de mão de obra operacional em canteiros de obra”, assegura Barros.
Na área de Gestão e Liderança, o executivo comenta que está previsto para esse semestre a implantação das primeiras turmas dos cursos de formação de Job Líder e de Coordenação Técnica de Projeto, que serão oferecidos aos profissionais das associadas. “As grades curriculares dos cursos estão sendo definidas a partir da identificação das principais deficiências dos profissionais das duas áreas e da estruturação de um perfil ideal dos profissionais”, informa.
Máquinas e equipamentos O faturamento da indústria de bens de capital mecânico somou R$ 81,2 bilhões em 2011. Embora represente um crescimento de 9,1% em relação ao ano passado, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) ainda não se atingiu o valor de 2008, de R$ 88 bilhões (antes da crise).
Cenário complicado para os independentes
Nem tudo é azul no setor de óleo e gás. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip), 2011 foi um ano difícil para os produtores independentes. Anabal Santos J r ., secretário executivo da associação, assinala que o mercado dos independentes foi muito prejudicado pela discussão do pré-sal, que monopolizou as ações das autoridades do setor de petróleo e gás e as questões relativas ao mercado terrestre não foram priorizados. “Sem dúvida, houve um retrocesso. Costumamos dizer que em 2011 tivemos um apagão para o setor de petróleo e gás natural em campos terrestres. Não tivemos 32
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nenhuma rodada de licitação, tivemos perda significativa de produção, algumas empresas reduziram seus quadros por força da falta de perspectiva para o setor”, observa. Outro ponto negativo de 2011 apontado pelo executivo foi o desfecho que se pretendeu dar à Oitava Rodada. Anabal explica que os blocos localizados nas áreas terrestres na Bahia (Bacia de Tucano), que foram licitados antes de a referida rodada ser interrompida, ainda não tiveram seus contratos assinados. E já houve rumores de que também serão afetados pelo cancelamento da rodada, mesmo sendo áreas terrestres e, portanto, sem nenhum relação com o pré-sal. Atualmente, os independentes produzem cerca de 500 bbd, mas em 2009 já chegaram a 2.000 bbd. O secretário
executivo da Abpip explica que a comercialização do óleo produzido pelos independentes continua sendo um entrave para o segmento. “Graças à implantação da Dax Oil, refinaria privada localizada na Bahia, tivemos um canal de alívio para enfrentar a dificuldade, mas é uma solução difícil para campos localizados em áreas mais distantes, como as do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo, onde o óleo tem que trafegar em estradas rodoviárias por quase 2.000 km para ser comercializado”, conta. Anabal comenta que seria muito importante que a política de fomento para pequenas e médias empresas (PME) aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) fosse sancionada pela Presidência da República, pois lá estão mapeados os
otimismo em alta
prietária ou de baixa demanda em termos internacionais, os gargalos hoje existentes são perfeitamente transponíveis, desde que haja um trabalho conjunto entre demandantes e supridores. “Entretanto, todo e qualquer desenvolvimento nacional deve estar condicionado à sua viabilidade econômica e à condição de sustentabilidade em termos de suprimentos futuros”, completa Machado. Segundo o representante da Abimaq, a principal contribuição que o setor de máquinas e equipamentos pode dar para que esse desenvolvimento do pré-sal seja feito sem percalços é a qualidade da informação de demanda, colocada não em termos financeiros, mas traduzida em quantidade de máquinas e equipamentos e colocada no tempo.
gargalos e o encaminhamento para as soluções dos mesmos. Atualmente, há muita incerteza no mercado, pois dá uma sensação de que o Brasil ainda não decidiu que modelo assumirá para explorar e produzir pequenos campos e blocos terrestres. “É lamentável que não haja uma percepção por parte do Governo Federal dos benefícios que este setor pode criar para as regiões pobres do Nordeste onde se localizam tais campos”, enfatiza. A Abpip defende a importância dos leilões de campos marginais para o segmento. De acordo com a associação, essa é a porta de entrada do pequeno produtor. Além disso, a continuidade dos leilões é outro aspecto que sustenta o mercado com entrada de novos agentes, e ampliação de portfólio dos agentes existentes, que vão gerar negócios e empregos e renda. Anabal ressalta ainda que a indefinição em relação aos leilões de novas
áreas, inclusive do pré-sal, impacta não apenas os produtores independentes, mas todo o país. “As empresas de petróleo precisam renovar seus portfólios e seu planejamento é de longo prazo, na medida que as regras no Brasil não são claras e os leilões não têm uma regularidade. Assim, as
O executivo destaca que para muitos itens requeridos ou a indústria brasileira já está capacitada ou tem potencial para tal, entretanto quanto mais cedo as informações forem disponibilizadas maiores serão as chances de aumentarmos a participação da indústria local no mercado. “São necessárias também algumas ações governamentais para melhorar a competitividade em aspectos que independem do poder de decisão da indústria, como ônus decorrentes de tributos, câmbios, taxas de juros, entre outras, que deixam a indústria nacional sem condições isonômicas para competir com as empresas estrangeiras”, propõe Machado.
Perspectivas positivas na área naval Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sina-
Foto: divulgação Sonagol Starfish
Dos bens de capital sob encomenda utilizados na indústria do petróleo, em relação ao ano de 2010, houve um aumento de 6,2% (16,6% do faturamento) e, em comparação a 2008, uma queda de 5,9%. Nas bombas e motobombas, um aumento de 6% (5,9% do faturamento) e, em relação a 2008, um aumento de 39,2%. Em hidráulica e pneumática, aumento de 14,7% (2% do faturamento) e queda de 3,9% comparando com 2008. E na área de válvulas, registrou-se queda de 18,1% (1,4% do faturamento) em relação a 2010, e queda de 11,6% sob o valor de 2008. Sobre os gargalos tecnológicos da indústria brasileira, principalmente para atender as demandas e os desafios do setor de óleo e gás no cenário do pré-sal, Alberto Machado, presidente do segmento de Óleo e Gás da Abimaq, acredita que com algumas exceções de equipamentos com tecnologia pro-
empresas se preparam para participar de leilões em outros países. Afinal, o mundo não vai parar pelas indefinições do Brasil”, pontua. Para a Abpip, os leilões em novas áreas terrestres são indispensáveis se o Brasil quiser conhecer os outros 95% das bacias que se encontram inexplorados. TN Petróleo 82
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especial: perspectiva 2012 val), 2011 foi um ano que trouxe bastante notícias positivas para a construção naval brasileira. Para Ariovaldo Rocha, presidente da entidade, a construção naval prossegue a expansão da capacidade produtiva em 2012. De acordo com ele, fatos concretos que apontam para a expansão da construção naval brasileira em 2012 são: a provação de prioridades p e lo FMM no valor de US$ 8,3 bilhões para constr ução de navios; a implantação do Estaleiro Inhaúma, no Rio de Janeiro, para a conversão de quatro cascos de petroleiros em plataformas FPSO; a implantação do Estaleiro Itaguaí Construções Navais (ICN) para construção de cinco submarinos; o anúncio do início da operação da Sete Brasil que irá gerir 30
sondas de perfuração que serão construídas no Brasil no Estaleiro Atlântico Sul (EAS/PE), Estaleiro Brasfels (RJ), Estaleiro Rio Grande (ERG/RS) e os estaleiros em implantação OSX (RJ), Estaleiro Jurong Aracruz (EJA/ES) e Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP/BA). O sindicato aponta que a carteira de encomendas dos estaleiros brasileiros hoje é de 312 projetos de construção de navios e plataformas, representando 6,2 milhões de TPB (toneladas de porte bruto) que medem a capacidade de carga de um navio, praticamente a mesma de 2011, mas as grandes movimentações de negócios do ano passado do setor geram expectativas de um ano ainda melhor este ano. Os desembolsos do FMM, segundo a Controladoria Geral da União (CGU/Portal da Transparência), somaram R$ 1 bilhão e 857 milhões até novembro de
2011. A maior parte das obras de construção de embarcações, implantação de oito novos estaleiros e a expansão de três estaleiros existentes, ainda não se transformou em encomendas nos estaleiros e representam a perspectiva para os próximos anos. Os dados estatísticos sobre produção e emprego levantados pelo Sinaval no quarto trimestre de 2011 apresentam aumento do emprego para 59.167 pessoas, considerando as informações de novembro de 2011. Ocorreu o aumento nas regiões Sudeste, Sul e Norte. Houve redução na região Nordeste, refletindo os ajustes realizados no Estaleiro Atlântico Sul (Suape/PE) em função das entregas previstas do petroleiro João Cândido e do casco da plataforma semissubmersível P-55.
Apoio marítimo aquecido Em decorrência das grandes conquistas de 2011 e das deman-
O Banco Mundial (BM) reduziu as perspectivas de crescimento global para 2,5% em 2012 e para 3,1% em 2013, sob a influência da crise na zona do euro. Em suas últimas estimativas, em junho de 2011, o banco previa alta de 3,6% da economia mundial nos dois anos. Segundo o BM, em 2012, os países avançados deverão crescer 1,4%, enquanto os emergentes registrarão alta de 5,4%. As previsões anteriores indicavam avanço de 2,7% e 6,2%, respectivamente. O Fundo Monetário Internacional (FMI) também revisou para baixo o crescimento mundial este ano, para 3,3%, contra 4% previstos anteriormente, em um contexto de desaceleração e de risco elevado de descontrole financeiro na zona do euro. Para a América Latina, a previsão de crescimento do FMI passou de 4% 34
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Foto: Banco de Imagens Stock.xcng
Crescimento mundial desacelera
para 3,6% em 2012. O Fundo advertiu ainda que esse corte do crescimento mundial é bastante significativo, de 0,7 ponto percentual com relação às previsões de setembro, e que por isso todas as regiões devem ser afetadas. Os problemas relativos à dívida e ao déficit público na Europa foram ressaltados pelo Fundo, mas ao
mesmo tempo recomendou-se que as medidas de austeridade não agravem a situação. O Brasil teve seu crescimento reduzido em 0,6 ponto percentual pelo Fundo, para 3%, e o do México foi cortado em apenas 0,1 ponto percentual, para 3,5%. A projeção para os Estados Unidos se manteve sem alterações, com uma expansão prevista em 1,8%, mas a União Europeia entrará em recessão, com uma contração de 0,5% (queda de 1,6 ponto percentual). A China crescerá em 2012 cerca de 0,8 ponto percentual a menos, a 8,2%, e o Japão deve crescer apenas 1,7% (-0,6 ponto percentual). Já a Espanha deve apresentar uma contração de 1,7% em 2012 e uma queda de 0,3% em 2013. Já a Itália cairá 2,2% em 2012.
otimismo em alta
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especial: perspectiva 2012
Em 2011, o etanol ainda sofreu as consequências da crise financeira mundial de 2008. De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), houve uma redução de moagem de mais de 60 milhões de toneladas de cana, fruto das condições agrícolas adversas nas últimas três safras, combinada com o envelhecimento do canavial (falta de renovação da lavoura), iniciada com a crise. Com isso, deixou-se de produzir e ofertar para o mercado interno cerca de 3,0 bilhões de litros. Com a redução da oferta de cana, a opção dos produtores foi direcionar maior volume para a produção do etanol anidro, que era misturado à gasolina na proporção de 25%, reduzido em outubro para 20%, mesmo havendo disponibilidade do produto para a manutenção do nível de mistura. Ademais, de acordo com Antonio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da Unica, o setor completou a oferta de etanol com a importação de 1,2 bilhão de litros. “Essa redução da oferta permitiu que o etanol hidratado fosse comercializado com bons preços ao nível do produtor, principalmente no mercado do estado de São Paulo, cuja tributação do ICMS do etanol hidratado é de 12%, contra 25% da gasolina. Fora São Paulo, o etanol encontrou seu espaço no Paraná, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, estados que praticam alíquotas do ICMS inferior às da gasolina”, afirma. Para Pádua, o mercado de etanol em 2012 não deve ter diferença significativa. “Ao mesmo tempo que haverá um incremento na oferta de etanol, também teremos um incremento significativo na frota de veículos flex, potencialmente usando etanol, se os preços relativos com a gasolina forem favoráveis ao consumidor”, esclarece. O representante da Unica indica que o setor investiu na renovação da lavoura em 2011, e continuará investindo fortemente, uma vez que a capacidade de 36
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Foto: divulgação Unica
Etanol: mercado estável em 2012
moagem das usinas supera a oferta de cana atual em mais de 150 milhões de toneladas. “Em 2008, tivemos 30 novas unidades em operação, com redução para apenas três unidades em 2011 e a previsão é de quatro novas unidades em 2012, portanto pouca expansão da capacidade de moagem e da oferta de cana no curto prazo”, salienta. Segundo ele, no ano passado, depois de mais de 30 anos de protecionismo, o mercado dos Estados Unidos não renovou sua legislação, que inclui altos subsídios para a indústria do etanol e uma pesada tarifa contra o produto importado. “Agora, em 2012 o Brasil poderá exportar seu etanol”, agregou. Pádua explica que o livre acesso do etanol nos mercados brasileiro e americano pode viabilizar novos negócios tanto na importação como na exportação, principalmente o etanol brasileiro no mercado americano. Porém, o executivo enfatiza que esse mercado é ainda ‘spot’, pois não há contratos de venda de médio e longo prazo. “Trabalharemos em 2012 com o mesmo volume de exportações que tivemos em 2011: de 2,0 bilhões de litros, dos quais a maior parte não tem seu uso com carburante”, afirma. De acordo com a Unica, o Brasil teve, no período de 2005 a 2011, mais de 130 novas unidades em operação, fruto de um cenário positivo naquele período em que a margem na produção de etanol hidratado era positiva, o mercado interno crescente com o veículo flex em 2003 e um mercado externo promissor. “O mercado interno (vendas de veículos) con-
tinua com seus fundamentos positivos, o mercado externo com o fim da tarifa, também se mostra promissor, mas falta uma definição clara de políticas para o etanol ser viável para o mercado interno”, complementa o diretor da Unica. De 2005 até 2011, o etanol teve aumento de custos de produção significativo, perdendo sua competitividade frente à gasolina, uma vez que os preços da gasolina A na refinaria basicamente são os mesmos de 2007. Para a Unica, a opção de segurar o preço para o consumidor, desonerando os tributos da gasolina para recuperar níveis de preços da Petrobras, também deveria ser praticada para o etanol, fato que não ocorreu. Hoje, o consumidor brasileiro paga mais tributo por quilômetro rodado do que a gasolina na maioria dos estados brasileiros. A Unica diz que o mercado não reconhece as externalidades positivas do etanol, seja na questão ambiental ou da saúde nas grandes cidades, e a forma de resolver essa equação seria uma política pública com a definição clara da participação dos dois produtos (gasolina e etanol), na matriz de combustíveis. “Ambos os setores precisam tomar decisão de investimentos, construção de novas refinarias de petróleo e novas unidades produtoras de etanol. O Brasil tem o privilégio de ter ambos os produtos e ter a matriz de combustíveis mais limpa do mundo. É preciso apenas decidir o que é melhor para a sociedade”, diz o diretor da Unica.
The International Meeting Place for the Colombian Oil & Gas Industry Endorsers:
13-15 March 2012
El Centro de Convenciones y Exposiciones, Cartagena, Colombia
Distinguished International Speakers Include: Dr Javier Gutiérrez, President, Ecopetrol
Dr Mauricio Cárdenas Santa María, Minister of Mines & Energy, Ministry of Mines & Energy
Dr Julio César Vera Díaz, Director of Hydrocarbons, Ministry of Mines & Energy
Dr Orlando Cabrales, Director, ANH
Dr Juan Fernando Londoño, Vice Minister of Equal Rights & Participation, Ministry of Interior Justice
Jack Scott, COO, Petrominerales
Dr Alejandro Martinez, President, ACP
David Bantz, Country Manager – Colombia, Chevron
Enrique Velásquez Convers, VP Exploration, Ecopetrol
Alvaro Castañeda, VP Transportation, Ecopetrol
Hector Manosalva Rojas, VP Exploration, Ecopetrol
Dr Juan Ricardo Noero, President, Pacific Infrastructure
Gold Sponsors:
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especial: perspectiva 2012 das esperadas graças às descobertas de petróleo e gás do pré-sal, o mercado de apoio marítimo brasileiro tem grandes expectativas para 2012. “Acreditamos que a nova diretoria da Petrobras dará continuidade ao crescimento do setor. Nossa expectativa é que as concorrências para a construção
de embarcações de apoio da Petrobras continuem aumentando a frota brasileira”, afirma Ronaldo Mattos de Oliveira Lima, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam) e diretor da Companhia Brasileira de Offshore. De acordo com o executivo, apesar de os preços de construção
estarem elevados, devido principalmente ao Custo Brasil e ao efeito câmbio, a expectativa é otimista e o setor deve contratar embarcações do tipo PSVs de grande capacidade de carga e AHTSs que possuem maior potência e equipados com guinchos grandes (HTS). “2011 foi um ano bom para o mercado de apoio marítimo. As
Aumentar a participação da Petrobras no mercado de etanol é uma das metas da nova presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. A ideia é trabalhar para que, no prazo de cinco anos, a estatal tenha a liderança desse segmento. “Vamos, por questão econômica, aumentar nossa participação no etanol. Mas não é com um estalar de dedos. Começar a trabalhar o etanol leva um tempo. Dois, três, quatro, cinco anos para que alcancemos a posição número um no mercado. Vamos trabalhar de forma muito focada no resultado econômico em nosso crescimento no etanol”, disse Graça Foster, em sua primeira entrevista à imprensa como presidenta da Petrobras. A segurança ambiental na extração e produção de petróleo, a fim de não repetir acidentes que provoquem danos ao meio ambiente, principalmente com a exploração no pré-sal também é um dos destaques previstos pela nova governança da Petrobras. A cultura da prevenção será mais rígida internamente. Uma expectativa, segundo o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, é que o custo de refino da estatal, este ano, seja pelo menos 5% menor do que o registrado no ano passado. Ele opina que o custo do ano passado foi elevado em virtude da ampliação do parque de refino da estatal. “Colocamos 14 novas
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Foto: Bia Cardoso
Petrobras: atuação forte no etanol e custo de refino menor
unidades de processo em operação. Isso, obviamente, significa mais gente, mais manutenção. O custo deste ano deve ser, no mínimo, 5% menor. E o custo de refino nosso também pode ser comparado com o de qualquer empresa de petróleo. Estamos dentro da faixa das melhores empresas em termos de custo de refino”, disse Costa. Ele assegurou que a Petrobras manterá a política de preços de combustíveis com base em um horizonte de longo prazo, sem refletir as oscilações cotidianas do preço do petróleo no mercado internacional. “O mercado continuará crescendo. Comparando janeiro de 2012 com janeiro de 2011, o consumo de gasolina cresceu 36%. Mas a Petrobras continuará atendendo plenamente a esse mercado”, finalizou. Lucro – A Petrobras anunciou que o lucro líquido de 2011 foi de R$ 33,3 bilhões, 5% menor que no ano anterior. De acordo com os resultados operacionais e financeiros da empresa, a geração de
caixa – que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – alcançou, no entanto, um pouco mais de R$ 62,2 bilhões em 2011. A Petrobras destaca que no ano passado as reservas provadas no Brasil atingiram 15,71 bilhões de barris, com um índice de reposição de 152%. Com relação ao pré-sal, em 2011 a produção foi crescente, passando de uma média diária de 103 mil barris em janeiro para 201 mil barris em dezembro. A nota ressalta a comercialidade, declarada em dezembro, da área de Guará, atual Campo de Sapinhoá, com um volume total recuperável estimado em 2,1 bilhões de barris. Ainda no balanço dos resultados de 2011, a estatal menciona a entrada em operação de cinco novos sistemas de produção e de 11 sondas de perfuração marítima. Outro desempenho destacado é o aumento de 9% da venda de derivados no mercado brasileiro, que atingiu 2 milhões 131 mil barris por dia em 2011.
otimismo em alta
concorrências das novas embarcações saíram em um tempo razoável, houve aumento da quantidade de empresas estrangeiras trazendo suas embarcações para trabalhar aqui e a quantidade de contratos com outras oil companies aumentaram”, indica Lima. Atualmente, em torno de 40 empresas atuam no mercado de apoio marítimo. A frota que operou no Brasil até dezembro de 2011 foi de 420 embarcações, dentre elas 260 estrangeiras e 160 brasileiras. O presidente da Abeam destaca que frente aos inúmeros desafios da logística complexa das novas descobertas em águas profundas, os principais desafios que o mercado brasileiro de apoio marítimo ainda encontra é a falta de espaço para realizar a docagem das embarcações. Mas o que mais preocupa é a falta de tripulação para operar estas embarcações, o que pode até prejudicar o desenvolvimento do pré-sal. A Marinha, que forma esses oficiais através de suas duas escolas, uma no Rio de Janeiro e outra em Belém, não consegue atender no curto prazo a demanda existente. “D i a n t e d e tantas desco bertas de novos campos e a entrada de novas plataformas, a tendência é que o Brasil ate 2015, chegue a mais de 500 embarcações de apoio operando no país”, complementa Ronaldo Mattos de Oliveira Lima. Segundo ele, de acordo com um recente estudo de consultoria da Schlumberger, só hoje já faltam em torno de 900 oficiais para tripular as embarcações. Para a Abeam, a possível solução para este gargalo está na flexibilização, pelo menos por
cinco anos, de duas resoluções normativas do Ministério do Trabalho e Emprego: a Resolução 72, que obriga as embarcações estrangeiras a contratar 2/3 de brasileiros para trabalhar a bordo de embarcações ou plataformas estrangeiras; e a Resolução 80 que lida com a concessão de autorização de trabalho para obtenção de visto temporário a estrangeiro com vínculo empregatício no Brasil. “A flexibilização destas duas resoluções contribuirão em muito para o crescimento do setor. Isso tudo até que a Marinha consiga uma formação equilibrada de profissionais”, pontua Ronaldo Lima.
Consumo de combustíveis abaixo da projeção O crescimento do consumo de combustíveis no Brasil ficou abaixo da projeção de 7% feita pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) no final de 2010. De acordo com dados divulgados pela agência reguladora, o consumo total cresceu 3% em 2011, com a utilização de 121,4 bilhões de litros. No ano anterior, o salto nas vendas chegou a 8,4% em relação ao registrado em 2009. O d i r e t o r d a A N P, A l l a n Kardec, pontua que o baixo incremento do consumo está relacionado, principalmente, à queda “ ex t r a o r d i n á ria” do consumo de etanol. O produto teve uma redução nas vendas de 13,8%. Só o álcool hidratado apresentou queda de 28,9%. O etanol anidro (adicionado à gasolina) registrou aumento de consumo de 18,3%. Allan Kardec atribui o recuo tanto à quebra de safra em 2011 TN Petróleo 82
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especial: perspectiva 2012 quanto à crise internacional de 2008 que ainda provocou reflexos e diminuiu o ritmo da indústria nacional. Segundo ele, a expectativa é que o cenário se reverta ainda este ano. “A expectativa é de que haja aumento de 10% a 20%. O consumo de combustível é um termômetro. O aumento é diretamente proporcional ao PIB. Como a expectativa é que haja crescimento, com aceleração da economia do país, a expectativa é que haja
aumento do consumo”, disse o diretor. O consumo do diesel subiu 5,2% em 2011, na comparação com o ano anterior. No mesmo período, o de querosene de aviação (QAV) cresceu 10,8%. Produtos como o biodiesel vêm registrando aumento nas vendas, mesmo com níveis de preços ainda altos. A elevação do consumo do biodiesel, de 2010 para 2011, chegou a 5,3%. A expectativa é que, com a desconcentração das
usinas, o produto se torne mais competitivo. “De 2010 para 2011, houve uma desconcentração [das usinas produtoras] e, com isso, espera-se maior competitividade no mercado. Com oferta maior, isso pode refletir em maior competição, maior eficiência de custo e pode trazer o preço um pouco mais para baixo”, ressaltou Dirceu Amorelli, superintendente de Abastecimento da ANP.
Os investimentos do setor de petróleo e gás continuaram robustos no ano passado, e a expectativa é que continuem assim por mais de uma década. A conclusão é da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), que lembrou que a chegada de novos players no Brasil, bem como a ampliação da capacidade produtiva dos que aqui já produzem teve continuidade em 2011. Mesmo assim, a instituição defende uma ação coordenada para atuar nos fatores de competitividade, por meio de uma política industrial específica para o setor. “É preciso atuar no apoio à inovação e ao desenvolvimento tecnológico, fomento direto às empresas, isonomia tributária e na qualificação de mão de obra”, afirma o diretor-geral da Onip, Eloi Fernández y Fernández. Essas são algumas das prioridades apontadas pelo estudo realizado pela Onip com a elaboração de uma Agenda de Competitividade para a cadeia produtiva do setor. Outro tema que deve receber a atenção do setor em 2012 é a retomada do processo de licitação de novas áreas, uma vez que a interrupção, já duradoura, dos leilões deverá ter reflexo na continuidade dos investi40
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Foto: Banco de Imagens TN Petróleo
Competividade: ação coordenada
mentos em exploração no futuro. Dentre as iniciativas da organização visando uma maior competitividade do fornecedor nacional, a Onip, além do cadastro Onip, possui o Cadastro de Fornecedores para o Segmento Brasileiro de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural (CadFor), que é exclusivo das operadoras patrocinadoras, Anadarko, BG, BP, Chevron, El Paso, Maersk, Repsol, Shell e Statoil e é uma grande oportunidade para o fornecedor nacional chegar até essas grandes empresas. Além do CadFor, a Onip também gerencia o Catálogo NaviPeças, voltado para o setor fornecedor da indústria naval. Outro projeto criado pelo órgão é o Plataformas Tecnológicas (Platec) que visa aproximar demanda, fornecedores e centros de pesquisas para o desenvolvimento no país de bens,
com base em inovação e desenvolvimento tecnológico, além de ser um excelente mecanismo para estruturar a lógica de desenvolvimento de novos fornecedores, mesmo em produtos com tecnologias dominadas. O catálogo vem se tornando uma importante ferramenta para o crescimento dos fornecedores nacionais, principalmente a partir de março do ano passado, quando passou a ser consultado, de forma crescente, pelos estaleiros construtores/reparadores, oficinas de reparo naval, empresas e agências de navegação e subfornecedores dos estaleiros. Além da utilização do catálogo para a localização de fornecedores, os estaleiros passaram a recomendar o cadastramento para seus fornecedores e subfornecedores, como uma oportunidade para novos negócios. Em 2011, as principais conquistas do órgão foram o cadastro de 755 empresas de 16 estados no site, com ênfase para SP (267 empresas), RJ (138), PR (58), RS (55) e ES (44) e a realização da 1ª Rodada de Negócios do Catálogo Navipeças, em dezembro, que gerou uma expectativa de negócios, para este ano, a ordem de R$ 51,2 milhões. Para 2012, a Onip dará continuidade à realização de visitas técnicas aos estaleiros, e vai fazer parte ainda de duas Rodadas de Negócios, em Pernambuco e no Rio Grande do Sul.
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posse da Petrobras
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Uma petroleira na presidência da Petrobras
Ao assumir o comando de uma das maiores companhias petrolíferas de capital aberto do mundo, a engenheira química Graça Foster consagra-se não somente como a primeira mulher na presidência da estatal brasileira, mas também como uma funcionária de carreira, petroleira, que chega à mais alta posição na empresa. Uma petroleira sim, senhor, com maiúscula, batom, brincos, e tudo o mais que a vaidade feminina permite. por Beatriz Cardoso
“Ela chegou lá!”, exclamou um executivo do setor, que conhece Maria das Graças Silva Foster desde a época em que ela saiu pela primeira vez de uma das instalações da Petrobras para assumir um cargo na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), empresa criada em 1997 para operar o Gasoduto Bolívia-Brasil (o maior da América Latina), na qual a estatal tem participação majoritária, associada a outras empresas estrangeiras. Isso foi em 2001, início de uma década na qual Graça Foster iria consolidar uma trajetória vencedora. “Vamos criar a cultura de gás natural no Brasil”, afirmou ela ao assumir a Gerência de Desenvolvimento do Mercado de Gás da TBG. Depois de mais de duas décadas atuando na área de Exploração e Produção, Graça Foster iria prospectar um segmento ainda relativamente novo no país – o do gás natural –, que iria demandar uma das mais ousadas estratégias de expansão de uma
Dilma Roussef presente durante a transmissão de cargo na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro
malha incipiente de gasodutos pelo território brasileiro. A missão foi cumprida, assim como outras que essa mineira da interiorana Caratinga assumiu desde que entrou para a Petrobras, em 1978, como estagiária, na área de
E&P. A nova presidente da Petrobras soma experiência em praticamente todas as áreas dessa cadeia produtiva para gerir uma empresa que já foi aclamada por um de seus antecessores como “maior do que o próprio Brasil”.
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posse da Petrobras
SOB NOVA DIREÇÃO presidência
Maria das Graças Foster diretoria executiva
Serviços
Renato de Souza Duque
financeiro e relações com investidores
Almir Guilherme Barbassa
NOva exploração e produção
José Formigli Filho
“Ser presidente da Petrobras é uma grande responsabilidade, mas eu me sinto muito preparada para assumir este cargo tão importante”, afirmou a executiva em seu discurso de posse, sem esconder a emoção por estar realizando um sonho. “É o maior desafio que já tive em minha vida. Devo esse momento a vocês”, disse, dirigindo-se aos técnicos e diretores da companhia, afirmando que sua gestão será de continuidade ao que vem sendo realizado na última década pelos dois executivos que a antecederam: José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli. E foram muitos os sonhos realizados por essa engenheira química formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com mestrado em Engenharia Química e pós-graduação em Engenharia Nuclear pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), além de MBA
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NOvo
internacional
Jorge Luiz Zelada
gás e energia
NOvo
José A. Santoro Martins
em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/RJ). A Petrobras estava fadada a fazer parte da vida de Graça Foster! Ela nasceu menos de 40 dias antes da estatal: é de 26 de agosto de 1953, ano em que o então presidente Getúlio Vargas criou a Petróleo Brasileiro S/A, no dia 3 de outubro. Tanto que, após se formar engenheira, ficaria apenas um ano e meio na antiga Nuclebrás Engenharia (Nuclen) antes de ingressar, por meio de concurso público, na Petrobras, aos 24 anos, sendo uma das primeiras mulheres a embarcar em plataformas offshore. A engenheira mineira iniciou sua trajetória no setor de petróleo e gás em uma das áreas mais estratégicas da estatal, a de engenharia de poço: durante 12 anos coordenou o Grupo de Cimentação de Poços, além da rede de Excelência em Tecnologia de Engenharia de Poços (Retep), o que a levou, após 14 anos na empre-
corporativo abastecimento e de serviços
Paulo Roberto Costa
José Eduardo Dutra
sa, a assumir a chefia do Setor de Tecnologia em Engenharia de Poço do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes). A partir daí, nunca deixou de buscar novos horizontes... e superar mais e mais desafios. Depois da TBG, voltou à Petrobras para assumir a gerência de tecnologia da antiga área de negócios de gás natural da estatal. Na época, acumulava ainda a coordenação da Redegás/Rede de Excelência do Gás Natural, uma parceria entre instituições e empresas dos segmentos de comercialização, transporte e distribuição de gás, com o objetivo de desenvolver o mercado no país. Graça Foster participou, ainda na gestação, do Centro de Tecnologia em Gás (CTGas), em Natal (RN) – hoje Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER) –, fruto de uma bem-sucedida par-
uma petroleira na presidência da Petrobras
ceria entre Petrobras e Senai. Foi assim que ela teve um papel-chave na introdução e consolidação desse energético, de forma definitiva, na matriz energética do país. Tal desempenho chamou a atenção da então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, que decidiu levá-la para Brasília, onde Graça Foster assumiu, em janeiro de 2003, a Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis, que comandou até setembro de 2005. Logo em seguida à posse, passou a acumular a função de secretária executiva do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp), criado no mesmo ano pelo governo, com o objetivo de ampliar a participação da indústria nacional de bens e serviços, em bases competitivas e sustentáveis, na implantação de novos projetos de petróleo e gás natural. No mesmo período, também foi a coordenadora interministerial do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, do Governo Federal. “O setor privado é fundamental; sem ele não é possível, no curto e médio prazo, explorar e desenvolver as reservas de gás de que precisamos e também construir a infraestrutura de transporte que planejamos. Temos trabalhado para que as empresas estrangeiras acreditem no Brasil e desenvolvam aqui grandes projetos”, afirmou a secretária, mostrando que levaria adiante a mobilização para difundir o uso do gás natural na matriz energética, bandeira que a levou ao Planalto Central. Segundo fontes do governo e da Petrobras, ela já havia tido importante papel na elaboração do Plano de Antecipação da Produção de Gás (Plangás), desenvolvido pela Petrobras em parceria com o governo brasileiro com o objetivo de incrementar a produção doméstica de gás natural no Brasil, de forma a expandir a oferta desse insumo em energético para a indústria brasileira e o parque brasileiro de geração termelétrica a gás. Em setembro de 2005, retornou à Petrobras para assumir a presidên-
O setor privado é fundamental; sem ele não é possível, no curto e médio prazo, explorar e desenvolver as reservas de gás de que precisamos e também construir a infraestrutura de transporte que planejamos. Temos trabalhado para que as empresas estrangeiras acreditem no Brasil e desenvolvam aqui grandes projetos”. Maria das Graças Foster, então secretária de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia sob direção de Dilma Roussef cia da Petroquisa/Petrobras Química S/A, acumulando ainda a função de gerente executiva de Petroquímica e Fertilizantes na Diretoria de Abastecimento da estatal. Lá, participou de forma decisiva na formulação do projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um marco da retomada do setor pela Petrobras. Menos de um ano depois, iria para o comando da Petrobras Distribuidora, onde agregou ao seu currículo uma experiência decisiva na área de comercialização e distribuição de derivados do petróleo da companhia. Fiel aos seus projetos na época de secretária de Petróleo e Gás do MME, ela consolidou a inserção da distribuidora na área de combustíveis renováveis, no maior programa
de distribuição desse tipo de energético no país. “Este é não apenas um dos grandes projetos da Petrobras como uma excepcional oportunidade para a diversificação de nossa matriz energética”, afirmou a então presidente da BR Distribuidora. Graça Foster também teve participação importante no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em 2007 pelo governo federal e que tem entre os empreendimentos prioritários dezenas de projetos do setor de óleo e gás. Nesse mesmo ano, consolidaria mais um marco em sua trajetória, tornando-se a primeira mulher a ocupar uma diretoria da estatal. Sua tenacidade em realizar projetos, disciplina severa e capacidade de organização foram destacados pelo presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, no discurso em que deu posse à executiva, em setembro de 2007. Sob sua gestão, a diretoria de Gás e Energia consolidou o ambicioso plano de expansão da malha de gasodutos do país – a mesma cresceu 72% em seis anos. Demonstrando sua capacidade de gestão, Foster tirou sua diretoria de um prejuízo de R$ 1,38 bilhão, em 2007, para um lucro de R$ 914 milhões em 2009. E continuou propondo inovações, buscando soluções pioneiras para dar maior flexibilidade ao suprimento de gás, com dois terminais de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL), reconhecidos no exterior como obras estratégicas de infraestrutura. No final da década de 2010, foi apontada como uma das 50 mulheres em ascensão no mundo dos negócios em todo o mundo, segundo o jornal inglês Financial Times. Já a revista America Economia, publicação dedicada à economia, finanças e negócios, posicionou-a entre as dez executivas mais influentes da América Latina. Chegou a quase disputar a presidência da International Gas Union (IGU), organização internacional que reúne empresas e países produtores de gás natural, mas já acalentava o sonho que agora se confirmou: ser a primeira mulher a
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posse da Petrobras
No alto: a posse de José Miranda Formigli Filho e de José Alcides Santoro; Acima: posse de José Eduardo Dutra.
comandar uma companhia de petróleo no mundo... aliás: uma das cinco maiores do planeta! “Com a Graça na presidência, tenho certeza de que a Petrobras estará em boas mãos”, afirmou a presidente Dilma Rouseff, na cerimônia de posse de Graça Foster, mostrando seu apoio efetivo à nova presidente da estatal. O jeito de administrar de Graça se encaixa com o da presidente Dilma, de quem é amiga, e que tem preferência em no-
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mear técnicos em cargos nos quais é exigida a especialização.
Uma diretoria técnica A presidente da Petrobras e os novos diretores, que tomaram posse no dia 13 de fevereiro, têm em comum a qualificação técnica e o fato de serem funcionários de carreira na estatal. O novo diretor de Exploração e Produção, José Miranda Formigli Filho, é engenheiro civil, formado pelo Instituto Militar de Engenha-
ria (IME), com especialização em Engenharia de Petróleo na Petrobras – ingressou em 1983. Com pós-graduação em Análise Matricial de Estruturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e MBA em Gestão Empresarial pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead), é membro da Sociedade de Engenheiros de Petróleo (SPE) e da Society for Underwater Technology (SUT) do Reino Unido. Com 29 anos na Companhia, já ocupou diversas posições gerenciais, todas relacionadas à área de E&P. Foi gerente de Produção da Bacia de Campos e gerente do Ativo Marlim (quando este campo se tornou o maior produtor e exportador de óleo do país, sendo também importante laboratório de testes de novos equipamentos. Foi ainda gerente executivo do E&P-Serviços e da E&P-Engenharia de Produção. Em 2008 tornou-se gerente executivo do E&P-Presal, área criada para o planejamento e desenvolvimento das descobertas do pré-sal, ficando responsável pela gestão de todo o programa de desenvolvimento da produção das descobertas do Polo Pré-sal da Bacia de Santos. Com 32 anos de Petrobras, o diretor de Gás e Energia, José Alcides Santoro Martins, ocupava até então a gerência executiva de Operações e Participações em Energia, responsável pela gestão de todo o parque Gerador do Gás e Energia, coordenando as atividades relacionadas com a operação das termelétricas, negócios de energia e participações da Petrobras em empresas coligadas e controladas da Área de Energia. Engenheiro civil, formado pela Universidade de São Paulo (USP), fez ainda o Curso de Engenharia de Petróleo pela Petrobras, pós-graduando em Geotecnia pela PUC-Rio e em Planejamento de Sistemas Energéticos pela Unicamp. Com experiência de tantos anos na companhia, assumiu diversos cargos gerenciais, além de ser membro do Conselho de Administração de suas diversas subsidiárias.
uma petroleira na presidência da Petrobras
Praticamente seguindo os passos de Graça Foster na área de gás natural, ele foi diretor de Tecnologias do Centro de Tecnologias do Gás e Energia Renováveis (CTGAS-ER) e de Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Na Petrobras Distribuidora, esteve à frente das gerências executivas de Biocombustíveis e Novos Negócios e de Participações. Desde junho de 2008 ocupa funções gerenciais na Diretoria de Gás e Energia.
Nova diretoria José Eduardo de Barros Dutra tomou posse, no dia 1º de março, como diretor Corporativo e de Serviços da Petrobras. A nova diretoria ficará res-
da Liquigás. Antes disso trabalhou como geólogo, de 1983 a 1990, na Petrobras Mineração (Petromisa) e na Companhia Vale do Rio Doce, de 1990 a 1994. No novo cargo, o executivo será responsável pelas áreas de organização, gestão e governança, recursos humanos, segurança, meio ambiente, eficiência energética e saúde e serviços compartilhados. José Eduardo Dutra foi duas vezes candidato do PT ao governo de Sergipe, mas perdeu, nas duas ocasiões (em 1990 e em 2002), para João Alves Filho. Em 1994, foi eleito senador pelo PT de Sergipe. Dutra foi também presidente do partido, de 2010 a 2012.
ponsável pelas áreas de Organização, Gestão e Governança (OGG); Recursos Humanos (RH); Segurança, Meio Ambiente, Eficiência Energética e Saúde (SMES) e Serviços Compartilhados. A nomeação foi decidida pelo Conselho de Administração da empresa. Dutra presidiu a estatal de 2003 a 2005. Ele foi também presidente da Petrobras Distribuidora de 2007 a 2009. Geólogo formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Dutra ocupou ainda os cargos de presidente dos conselhos de Administração da Petrobras Gás (Gaspetro), Petrobras Transportes (Transpetro), Petrobras Química (Petroquisa), Petrobras Energia (Pesa) e
Sempre presente na TN Petróleo Páginas da TN Petróleo 5, 16, 47 e 62.
entrevista exclusiva
a rio oil & gas do pré-sal
Entrevista com Maria das Graças Silva Foster, presidenta da Petrobras Distribuidora
A meta é a liderança...
em todos os segmentos
Mulheres de
ENERGIA por Fania Rodrigues e Márcia Menezes
“
O fundamental é ter petróleo e mercado próximos. A matéria-prima vem do campo de Marlim (na Bacia de Campos) e o mercado é o Rio, São Paulo e Minas Gerais. Esses dois condicionantes são imutáveis: não há como fazer um investimento de mais de US$ 6,5 bilhões sem considerar a proximidade entre a matéria-prima e o mercado
esta entrevista exclusiva à TN Petróleo, Maria das Graças fala sobre as iniciativas da companhia para consolidar sua posição de destaque na área petroquímica e ainda de que maneira pretende manter e reforçar a liderança da Petrobras Distribuidora no mercado. “ A distribuição é a vitrine da indústria, na qual devem ser exibidas práticas que traduzam respeito à sociedade. Como a Petrobras Distribuidora é líder de mercado, a melhor forma de proteger os seus clientes é dando ao mercado exemplos de melhores práticas.”
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TN Petróleo – Quais foram os critérios técnicos, econômicos e ambientais que, afinal, fizeram de Itaboraí o melhor local para a instalação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro? Maria das Graças Foster – O fundamental é ter petróleo e mercado próximos. A matéria-prima vem do campo de Marlim (na Bacia de Campos) e o mercado é o
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“Maria das Graças Silva Foster é eleita Executiva do Ano pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef)”, reportagem com a diretora de Gás e Energia (n. 63, 2008). “Plano de Negócios da Petrobras 20092013”, reportagem com a diretora de Gás e Energia (n. 64, 2009).
Rio, São Paulo e Minas Gerais. Esses dois condicionantes são imutáveis: não há como fazer um investimento de mais de US$ 6,5 bilhões sem considerar a proximidade entre a matéria-prima e o mercado. Foi difícil encontrar o local adequado: era importante que este estivesse próximo da origem do petróleo, dispusesse de bom porto, e atendesse às condições ambientais e de econo micidade. Dentro deste processo decisório, foi desenvolvido um trabalho com universidades e empresas tradicionais do setor para avaliar os condicionantes ambientais, antes de confirmar o local. Embora a decisão já tenha sido tomada, o processo foi longo e houve muitas discussões políticas. Há algum mérito das prefeituras locais na escolha final, ou seja, Itaboraí e São Gonçalo? A decisão não passou por nenhum trabalho específico em Itaboraí. Fizemos o mapeamento de áreas em vários municípios. Havia seis locais com potencial
para abrigar o empreendimento, mas as opções de Itaguaí e Norte Fluminense vazaram para a mídia e a discussão ficou polarizada em torno destas possibilidades. Continuamos trabalhando e estudamos, inclusive, a Região dos Lagos. O Norte Fluminense também é ótimo, mas tem custos altos e uma certa fragilidade em relação a benefícios fiscais. Foi um trabalho muito técnico. Quais as perdas decorrentes do atraso do projeto, em função da polêmica em torno da microlocalização? Não acho que tenha havido atraso em função da localização. Na verdade, deveríamos ter terminado a terceira fase do estudo de viabilidade técnica e econômica em dezembro e isso foi feito em março. Essa demora, porém, não ocorreu em função de uma indefinição do local e sim porque os estudos técnicos foram mais extensos do que o esperado. Como estamos usando uma tecnologia pioneira no mundo, criada no
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ercadas, assediadas e requisitadas, as mulheres brilharam no universo empresarial da Rio Oil & Gas. E, dessa vez, não foram apenas as belas recepcionistas e promotoras, que em todos os estandes e nos corredores dos pavilhões do Riocentro comumente tiram o fôlego dos visitantes que deram brilho à maior conferência de petróleo do Atlântico Sul. Quem roubou a cena dessa vez foram as executivas. Elas chamam a atenção e impressionam pelo conhecimento, competência e capacidade de gerenciamento, pois são, cada vez em maior número e em cargos mais altos. Mulheres imponentes, que despertam respeito por sua inquestionável capacidade e espaço conquistado e que tiveram voz de peso nas palestras das quais participaram. É o caso de Maria da Graça Foster, diretora de Gás e Energia da Petrobras; Iêda Gomes, vicepresidente da BP Gas Marketing; Solange Guedes, gerente executiva de Engenharia de Produção da Petrobras; Marilda Rosado, sócia do escritório Doria, Jacobi-
Foto: Stéferson Faria, Petrobras
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Cada vez mais as mulheres assumem postos de destaques em setores estratégicos da economia, como o da indústria petrolífera, na qual elas dão algo mais do que um toque feminino: são voz ativa na tomada de decisões. Foto: Ailton Santos
Definida a localização do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) em Itaboraí e São Gonçalo, a ex-presidenta da Petroquisa, Maria das Graças Foster, não esconde o orgulho de ter estado à frente da companhia no momento em que o projeto, finalmente, sai do papel. “Um país que tem uma unidade petroquímica como esta não será mais o mesmo”, afirmou a executiva uma semana antes de deixar o comando da por Daniela Lessa Petroquisa para assumir a presidência da Petrobras Distribuidora.
Fotos: Ailton Santos, TN Petróleo
A trajetória de Maria das Graças Silva Foster também está retratada em nossa TN Petróleo, de cujo Conselho Editorial ela fez parte durante vários anos, desde o primeiro artigo de autoria dela, publicado na edição n.5, em 1999, até as diversas entrevistas nas quais se posicionou sobre temas relevantes para o setor. “Rede de Excelência em Tecnologia de Engenharia de poço: Pesquisa, Desenvolvimento e Suporte Tecnológico”, artigo, como coordenadora do Retep e chefe do Setep/Cenpes (n. 5, 1999). “Vamos criar a cultura do gás natural”, entrevista exclusiva, como gerente de Desenvolvimento de Mercado da TBG (n. 16, 2000) “IV Seminário Internacional Britcham de Petróleo e Gás: Divergências sobre o gás natural”, reportagem com a secretária de Petróleo e Gás do Ministério das Minas e Energia (n. 43, 2005). “A meta é a liderança em todos os segmentos”, entrevista com a presidenta da Petrobras Distribuidora (n. 47, 2006). “Petrobras amplia negócios de biocombustíveis”, reportagem com a diretora de Gás e Energia (n. 58, 2008). “Gás natural: ascensão e crise/ROG 2010”, reportagem com a diretora de Gás e Energia (n. 62, 2008).
Iêda Gomes, vice-presidente da BP Gas Marketing
Maria da Graça Foster; diretora de Gás e Energia da Petrobras
na, Rosado e Gondinho Advogados Associados, e Suzana Kahn Ribeiro, integrante do Grupo de Trabalho III do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Elas integram um universo cada vez maior de mulheres de vida social intensa e intelectualmente inquieta, profissionais bem sucedidas, na carreira e na vida pessoal, decididas e independentes financeiramente. As mulheres já são maioria nas universidades, tomam
conta de fatias cada vez mais importantes do mercado de trabalho e, em certas instâncias, nivelaram seus ganhos aos dos homens. No Brasil, há quase 20 milhões de mulheres nesta condição. Elas foram à luta, encararam o mundo, que durante muito tempo foi de domínio masculino. Pensar que elas estão sempre felizes e satisfeitas ou que têm menos problemas afetivos é um grande engano. Elas pagam um preço alto muitas vezes, pois é preciso
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“O gás natural e a transição energética do Brasil”, reportagem com a diretora de Gás e Energia (n. 76, 2011). “Plano de Negócios da Petrobras 20112015 – Reforço necessário e contínuo em E&P”, (n. 79, 2011). TN Petróleo 82
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indústria naval
Com a aceleração da indústria de óleo e gás, as encomendas aumentam nos estaleiros do país, com demandas da Petrobras e de outras empresas nacionais e estrangeiras. A construção de plataformas, módulos, sondas e embarcações do setor offshore não para de crescer. Novos estaleiros estão surgindo no país para dar ainda mais suporte a essa indústria em expansão.
Estaleiros em ritmo acelerado por Maria Fernanda Romero
por Rodrigo Miguez
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Foto: Divulgação Keppel Fels
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egundo dados do Sindicato Nacio nal da Indústria da Constr ução e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), a carteira de encomendas dos estaleiros brasileiros é de 312 projetos de construção de navios e plataformas, representando 6,2 milhões de TPB (toneladas de porte bruto). De um total de 18 plataformas de produção de petróleo em construção, 13 serão construídas no Brasil. Teremos, ainda, 28 sondas da Petrobras sendo construídas em território nacional, mudando o paradigma de que esses equipamentos somente podiam ser feitos no exterior, o que abre um novo leque de possibilidades de novos negócios para os estaleiros brasileiros. As prioridades de financiamentos aprovadas em duas reuniões do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (FMM), em 2011, somam US$ 8,3 bilhões para a construção de embarcações e US$ 2,8 bilhões para a implantação de oito novos estaleiros e a expansão de três estaleiros existentes. Em dezembro de 2011, foi inaugurada em São Gonçalo (RJ) a unidade industrial Aliança Offshore, que irá construir os blocos para a construção de navios de apoio marítimo no Estaleiro Aliança, instalado em Niterói (RJ). Na opinião da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), nos últimos anos o setor naval e offshore brasileiro voltou a ter grande participação na economia brasileira, e caminha a passos largos rumo à sustentabilidade e à competitividade internacional. “Estimamos que nos próximos anos a demanda do setor será em média de um milhão de toneladas por ano, levando em conta a carteira de encomendas da Petrobras até 2020. Considerando os estaleiros já TN Petróleo 82
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Foto: Divulgação Estaleiro Mauá
Estaleiro Inhaúma, RJ
Foto: Divulgação STX OSV
Estaleiro Mauá, Niterói
Foto: Marcos Almeida, Petrobras
indústria naval
Estaleiro STX OSV, Niterói
em funcionamento, projetos de expansão e novos projetos em implantação, o Brasil conseguirá atender a essa demanda”, assegurou Augusto Mendonça, presidente da Abenav. Para Mendonça, o investimento por parte dos estaleiros nacionais em tecnologia e P&D é primordial para que a indústria naval nacional 50
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cresça e faça frente aos estaleiros asiáticos. “O Brasil está começando a investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Todos os países que se tornaram líderes na produção naval e offshore possuem centros de pesquisa e laboratórios especialmente montados para atender a produção” afirmou.
Carteira de encomendas Estaleiro Atlântico Sul (EAS) – Atualmente com uma robusta carteira
de encomendas, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) se firma a cada ano como um dos principais motores da indústria naval brasileira. O EAS é o único estaleiro do país a figurar no seleto time de plantas navais de quarta geração, a mesma dos mais modernos estaleiros asiáticos. A empresa tem capacidade de processar cerca de 100 mil toneladas de aço ao ano, graças aos superguindastes do tipo Goliath que têm capacidade de içamento de 1.500 toneladas, uma altura de 100 m – o equivalente a um prédio de 33 andares – e um vão de 164 m. Eles podem operar simultaneamente, atingindo uma capacidade de 2.700 toneladas. O EAS é o primeiro estaleiro do Brasil a utilizar a tecnologia de megablocos, que reduz substancialmente o tempo de edificação dos navios no dique seco. Na lista de encomendas do EAS há 22 navios petroleiros (14 Suezmax e oito Aframax), os sete primeiros navios-sonda que serão construídos no Brasil e os serviços navais da plataforma P-62. O Suezmax João Cândido será o primeiro navio entregue pelo EAS, no início do ano. Já o Zumbi dos Palmares, outro Suezmax, está programado para ser entregue no segundo semestre de 2012. Já os navios-sonda estão na fase inicial, de elaboração e detalhamento de projeto. De acordo com o EAS, o primeiro navio-sonda será entregue em 2015. Estaleiro Rio Grande – Outro estaleiro que tem importantes pedidos da Petrobras é o Estaleiro Rio Grande, que além da plataforma P-55, tem encomendada uma série de oito cascos novos que serão utilizados nos FPSOs P-66, P-67, P-68, P-69, P-70, P-71, P-72 e P-73, que estarão na exploração do pré-sal da Bacia de Santos. De acordo com o Estaleiro Rio Grande, a previsão de entrega do
estaleiros em ritmo acelerado
primeiro casco, da P-66, é para o segundo semestre de 2013. Para melhorar a sua capacidade operacional, o estaleiro adquiriu recentemente um segundo pórtico, complementando o primeiro já em operação de capacidade de 600 toneladas e largura de 133 m. Com o início da operação previsto para o final de 2013, o novo pórtico terá largura de 210 m, possibilitando área adicional, lateral de pré-edificação e movimentação de blocos de até 2.000 toneladas, e atualmente está em fabricação na Finlândia e na Coreia do Sul. Estaleiro Mauá – Um dos mais antigos e tradicionais estaleiros do país, o Mauá, também está
com muito trabalho pela frente nos próximos anos. Na sua carteira de encomendas estão oito navios para a Transpetro, dentro do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), sendo que quatro navios para transporte de Produtos Claros de 48000 TPB e quatro navios para transporte de Produtos Claros e Escuros de 72900 TPB. Dos navios para transporte de Produtos Claros de 48000 TPB, o primeiro foi entregue em novembro do ano passado, e os outros três já foram lançados e estão em fase de acabamento no cais. A entrega do segundo e do terceiro navio deve ser ainda este ano; já o quarto, e último, tem previsão para o início de 2013.
Da série de quatro navios para transporte de Produtos Claros e Escuros de 72900 TPB, o primeiro navio está em fase de edificação na carreira, com lançamento previsto para final de julho de 2012 e a sua entrega deve ser feita em março do ano que vem. O segundo navio está na fase de processamento de aço e início de fabricação de blocos, enquanto que o terceiro e quarto navios estão na fase de encomenda de aço e equipamentos. Os três últimos dessa série serão entregue até meados de 2014. Além dessas encomendas, o Estaleiro Mauá acertou contrato com a Transpetro para a construção de mais oito navios petroleiros. Segundo o estaleiro, esses novos
A finalização da plataforma P-55, que terá capacidade para produção de 180 mil barris de óleo e quatro milhões de m3 de gás natural por dia, está sendo realizada em Rio Grande (RS). A construção do casco foi realizada pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, e a integração e finalização da estrutura será feita no Estaleiro Rio Grande (ERG), pela empresa Quip, que tem um escopo de US$ 900 milhões. Até meados de 2012, deverá chegar o casco da plataforma P-63, que, como a P-55, também será implementada pela Quip. O contrato do casco da P-55 marcou a estreia do EAS na indústria offshore e consolidou em definitivo a presença da empresa no setor. O lower hull – com 25 mil toneladas, 44 m de altura e uma base de 94 m por 94 m – é o maior casco de plataforma semissubmersível (FPU) já construído no Brasil. A produção desse casco agregou know how e valor à empresa e à região. Criamos uma nova fronteira para a indústria offshore do país.
Foto: Divulgação Estaleiro Atlàntico Sul
P-55: quase pronta
A P-55 será instalada no campo de Roncador, na Bacia de Campos, e tem como ponto alto do projeto a operação de Mating do Lower Hull com o Deckbox, uma das maiores e mais complexas operações de içamento do mundo. Nela, o Deckbox com mais de 17.000 toneladas será suspenso a uma altura de aproximadamente 50 m (equivalente a
um prédio de 14 andares), numa operação sem igual no mundo, pelas suas dimensões. A construção da P-55 tem grandes números, com a movimentação de 13 milhões de quilos de estruturas metálicas, dois milhões de quilos de tubulações, 270 km de cabos elétricos e 230 km de cabos de lógica e instrumentação. TN Petróleo 82
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indústria naval contratos estão em fase inicial de solicitação de financiamento ao Fundo de Marinha Mercante (FMM). A primeira entrega destas novas embarcações deverá ocorrer no final de 2014 e a última está programada para o segundo semestre de 2016.
Reforma e construção OSX – No processo de retomada da indústria naval nos últimos dez anos, muitas empresas sentiram a necessidade e oportunidade para a construção de novos estaleiros, e os investimentos têm sido crescentes nesse sentido. A OSX, empresa do setor naval do grupo EBX, iniciou, em julho de 2011, as obras de construção da Unidade de Construção Naval do Açu (UCN Açu) – o maior
estaleiro das Américas, estando atualmente com 52% das obras contratadas, e na fase de preparação do terreno, montagem do canteiro de obras, realização das obras do canal de acesso e construção do quebra-mar, na área do Complexo Industrial do Superporto do Açu, em São João da Barra (RJ). Com investimento de US$ 1,7 bilhão, a UCN Açu terá uma área total de 2,5 milhões de m², expansíveis até 3,2 milhões de m², e cais de 2.400 m, com capacidade de expansão até 3.525 m. O foco da OSX Construção Naval é o processo, produção, montagem e integração de cascos, assim como a fabricação de módulos topside, para unidades offshore como: FPSOs, plataformas de produção fixas (WHPs) e
flutuantes (TLWPs), navios-sonda e navios-tanque, com ênfase em eficiência operacional e tecnologia de ponta. Na fase inicial, a UCN Açu poderá integrar até seis FPSOs e construir até oito plataformas fixas (WHPs), simultaneamente. Além disso, irá processar 180.000 toneladas de aço por ano, expansíveis até 400.000 toneladas por ano, e integrar 220.000 toneladas por ano. No final de fevereiro, a OSX foi contratada pela Sapura Navegação Marítima para a construção de um navio lançador de linha (PLSV/Pipe-Laying Support Vessel), no valor aproximado de US$ 263 milhões, a ser construído e entregue na UCN Açu. O PLSV destina-se ao lançamento e instala-
São 30 sondas para seis estaleiros
Com apenas um ano de existência, a empresa Sete Brasil venceu a licitação de afretamento de 30 sondas que irão atuar no pré-sal, sendo 28 da Petrobras e dois spot, com entregas previstas até 2020. Com investimento de US$ 27 bilhões, as sondas serão construídas por seis estaleiros, sendo que três já estão contratados (Keppel, Jurong Aracruz, Atlântico Sul) e os outros estão em fase de negociação (Enseada do Paraguaçu, OSX e Rio Grande 2). A operação dessas sondas que serão construídas vai ser feita pelos operadores Etesco, Odebrecht, Odfjell, Petroserv, Queiroz Galvão e Seadrill. Com os contratos de afretamento, que ficaram em US$ 530 mil/dia, a companhia será a maior gestora de frotas do mundo. A Sete Brasil é constituída de oito investidores – Petros, Funcef, Previ, Valia, Bradesco, BTG Pactual e Santander e ainda a Petrobras, sócia com 10% de participação. A empresa já tem capital de R$ 1,9 bilhão, e adiantou que a Luce Drilling e a EIG são as duas novas investidoras que aportarão até R$ 800 milhões, em caso de necessidade.
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As sondas serão de propriedade de uma parceria da Sete Brasil com estaleiros, que são contratados pela Sete Brasil para construir as sondas, que terão conteúdo local médio de 62%. “Queremos participar dessa oportunidade gigantesca que é o pré-sal”, afirmou o presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz, que garantiu que a empresa é uma investidora, sem qualquer intenção de atuar também na operação dos equipamentos. “A Sete Brasil é uma empresa de investimentos, para a viabilização de construção de sondas, não somos operadores, não seremos e não queremos ser operadores de ativos. Queremos fazer a gestão de portfólio. Nosso modelo de negócio sempre vai estar baseado em uma associação com uma empresa operadora, na qual entramos com nossa expertise”, completou. As sondas a serem construídas serão do tipo monodrilling, que exigem me-
Foto: Banco de Imagens Stock.xcng
Encomenda de peso
nos tripulação para operação. Segundo João Carlos Ferraz, os projetos serão os mesmos, assim, será gasto menos tempo e recursos para fazê-las. Das sete sondas, as primeiras serão feitas no estaleiro Atlântico Sul (EAS) e do lote de 21, as primeiras serão entregues pelo estaleiro Brasfels. Até o final de abril, a Sete Brasil deve ter todos os contratos com os estaleiros fechados e assinados. A primeira sonda deste lote de 21 tem previsão de entrega para o dia 15 de junho de 2015.
estaleiros em ritmo acelerado
ção de linhas submarinas flexíveis no fundo do mar. Estaleiro Inhaúma – Líder nos pedidos de navios e plataformas, a Petrobras arrendou pelo prazo de 20 anos, em 2010, o antigo estaleiro Ishibrás, nomeado agora de Estaleiro Inhaúma, e que será utilizado primeiramente para as obras de conversão dos cascos das quatro plataformas FPSOs para os campos da Cessão Onerosa no Pré-sal da Bacia de Santos, o que atualmente é realizado no exterior. Com calado de 7 m, o local servirá ainda como base de apoio para balsas da Petrobras, além de utilização da área para suporte a diversas operações, aproveitando seu calado. A Kromav, especializada em projetos e serviços de engenharia, está realizando desde o ano passado a revitalização do estaleiro para que ele fique em condições para começar os trabalhos da estatal. “Vamos fazer novos arranjos de leiaute para os galpões de máquinas e equipamentos do estaleiro”, disse Ricardo Vahia, diretor da Kromav. Segundo a Petrobras, a revitalização do Inhaúma foi dividida em várias obras conduzidas por meio de contratos distintos. A obra de restauração do Dique 2, que envolve a recuperação da estrutura civil, fornecimento e instalação do novo sistema de manobra de navios, deve ser concluída até maio deste ano. Atualmente, as demolições estão praticamente concluídas e estão em andamento a montagem de armação e projeção de concreto nas paredes laterais do dique. Já o contrato de reforma e adaptação de instalações envolve a recomposição dos sistemas de infra-
naviosonda 7 para o Pré-sal: no Estaleiro Atlântico Sul
21 para o Pré-sal e
outros locais: 6 no Estaleiro Keppel Fels, 6 no Estaleiro Paraguaçu, 6 no Estaleiro Jurong, 3 no Estaleiro Rio Grande e 2 no Estaleiro OSX (em fase de negociação)
estrutura, a reconstrução do Cais 1, a construção de cozinha e refeitório industriais, a reforma da portaria e a instalação de novos guindastes industriais para apoio aos Cais 1 e 2 e Dique 2. Todos esses serviços devem ser concluídos até março de 2013 e, atualmente, os guindastes estão em processo de fabricação na China, e em andamento o projeto de detalhamento em elaboração e as demolições. As oficinas de tratamento, corte e soldagem de chapas – necessárias às obras de construção naval – serão recuperadas e aparelhadas pela empresa contratada para a conversão dos cascos da Cessão Onerosa, cujo processo de licitação ainda não foi concluído. Por fim, as obras de dragagem do cais, da bacia de evolução (área em fren-
te ao estaleiro onde os navios são manobrados) e do canal de acesso estão em fase de licenciamento ambiental. A primeira plataforma do novo Estaleiro Inhaúma será a P-74, cujo navio que será convertido no casco já se encontra atracado no Porto do Rio de Janeiro e deve ser transportado para o estaleiro em junho. Até 2013 também terão início as obras da P-75, P-76 e P-77. Estaleiro Promar – Quem também está com obras a todo vapor é o grupo STX OSV, que está construindo o Estaleiro Promar, no Complexo Industrial de Suape, em Pernambuco, em uma área de 250.000 m2. O estaleiro terá capacidade para processar 20.000 toneladas de aço por ano e contará com cabines para pintura de blocos. As embarcações serão edificadas em duas áreas de 150 m por 40 m e serão lançadas ao mar por meio de load out, utilizando dique flutuante. O acabamento será feito no cais de 212 m de comprimento e 8 m de calado. A previsão de início das atividades do estaleiro é no segundo semestre de 2013, iniciando as obras dos oito navios gaseiros da Transpetro em paralelo com a finalização das obras do estaleiro. Outros – Outros estaleiros em construção são o Estaleiro Rio Grande 2 (ERG-2), que está em fase de construção da fábrica de blocos para 8.500 t /mês e o Estaleiro Rio Grande 3 (ERG-3) que está em fase de obtenção de Licença de Instalação (LI). O Jurong Aracruz, no Espírito Santo, é outro que será construído para atender a demanda do setor de óleo e gás. Com projeto de R$ 800 milhões, o estaleiro foi contratado para construir seis sondas da Petrobras e, segundo a empresa, a expectativa é de que em 2014 as TN Petróleo 82
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industria naval
FPSO
Ilustração: Divulgação UCN Açu
6 P-57, Cidade de
obras do estaleiro estejam totalmente concluídas – mas em 2013 já haverá condições de operação. Além desses, o Estaleiro do Brasil (EBR), que será vizinho ao Estaleiro Rio Grande também será construído, no sul do Rio Grande do Sul. Localizado em São José do Norte, o estaleiro irá consumir investimentos de US$ 420 milhões, com o triplo da área do ERG e ca-
pacidade de processamento de aço seis vezes superior. A obra consumirá dois anos e meio, mas ainda aguarda as licenças ambientais, esperadas para o segundo semestre. A nova área de construção de plataformas marítimas, dotada de dique seco, ocupará 1,5 milhão de m2 e poderá processar 110 mil toneladas de aço ao ano.
paraty e Cidade de São Paulo: Estaleiro Brasfells; P-58, P-62, P-63: Consórcio Quip.
4 na Cessão Onerosa: Estaleiro Inhaúma (P-74, P-75, P-76 e P-77)
8 cascos/replicantes:
Estaleiro Rio Grande (P-66, P-67, P-68, P-69, P-70, P-71, P-72 e P-73)
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SUBSEA Forum Rio
O COMEÇO DE UMA NOVA ERA MAIO 22-25, 2012 - RIO DE JANEIRO - BRASIL Tema estratégico para o desenvolvimento da indústria de E&P, o Subsea Fórum Rio vai abordar os desafios e os assuntos mais relevantes na área de operações submarinas, com participação de operadores, companhias de serviço, fabricantes de equipamentos, centros de pesquisa e universidades.
Clube de Ideias
03/12
PROGRAMAÇÃO - Temas principais: • Subsea Processing and Boosting
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Participação de Petrobras, Total, Statoil, Shell, Chevron, BP, Schlumberger, Cameron, FMC , Aker Solutions, Technip, Kongsberg, Expro, Oceaneering, entre outras
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ogx
Primeiro Óleo Com o início da produção de petróleo da OGX, a indústria brasileira de óleo & gás entra em uma nova etapa, com cada vez mais participação de companhias brasileiras no setor até então dominado pela Petrobras.
Fotos: Divulgação OGX
por Rodrigo Miguez
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“O primeiro óleo da OGX, em pouco mais de dois anos da descoberta de Waimea, representa a quebra de mais um paradigma na indústria do petróleo e evidencia a velocidade de execução e o foco em resultados do Grupo EBX”, comentou Eike Batista, diretor-presidente da OGX. “Com Waimea, a OGX se torna a primeira operadora privada brasileira a produzir petróleo offshore no país”, adicionou Batista. A acumulação de Waimea foi descoberta em dezembro de 2009, e é a primeira a iniciar a produção pela OGX em águas rasas, na Bacia de Campos. Em sequência aos procedimentos de injeção de fluidos, iniciados no poço OGX-26 em 28 de janeiro, o poço foi aberto para produção em 31 de janeiro de 2012, no bloco BM-C-41. O TLD de Waimea marca também o início da geração de caixa da empresa com a venda de duas cargas (dois lotes de 600 mil barris), em contrato firmado com a Shell em outubro do ano passado, que totalizam 1,2 milhão de barris. O óleo será processado pela Shell em uma de suas refinarias. Ao longo dos próximos meses, a equipe de produção da companhia testará diferentes níveis de vazão buscando estabilizar a produção do poço em torno de 15 mil barris por dia. Segundo estimativa da empresa, a declaração da comercialidade de Waimea será dada ainda no primeiro semestre, após a obtenção de dados adicionais e conclusivos do reservatório. O óleo produzido será armazenado e tratado no FPSO OSX-1, que tem capacidade de processamento de 60 mil barris de óleo por dia e uma capacida-
de de armazenamento de 900 mil barris, depois transferido para um navio aliviador para seguir sua rota de comercialização. Após a comprovação da viabilidade comercial do reservatório por meio do TLD, a OGX dará início à fase de desenvolvimento da produção, que contará com outros dois poços de produção ligados a este FPSO. Poderão ser utilizados ainda dois poços de injeção de água, que ajudam a manter os níveis
A perfuração do primeiro poço produtor da OGX contou com alta tecnologia e a experiência diferenciada de seus técnicos e parceiros, entre os quais empresas de ponta como a multinacional Schlumberger. Através de um modelo inovador de serviços integrados oferecidos à OGX, o poço de Waimea atingiu todas as expectativas operacionais. No projeto total, os serviços integrados da Schlumberger alcançaram alto nível de eficiência, com registro de NPT (tempo não produtivo) de somente 2%, trazendo benefícios econômicos no gerenciamento de operações,
Características do poço
que resultaram na redução de custos da OGX neste poço. O poço de Waimea teve toda a engenharia e desenho do poço, incluindo todos os serviços desde a perfuração à completação e execução, desenvolvidos pela Schlumberger. A empresa também fez a instalação da cabeça de poço e estimulou oito seções da completação horizontal de poço aberto. Todos os serviços contaram com a utilização do FlexSTIM, barco de estimulação modular que foi recentemente
Poço direcional: 3.746 m de profundidade Poço horizontal: 1.000 m de extensão Índice de produtividade (ip): 100m³/dia/kgf/cm² Acidificação seletiva: em oito intervalos de pressão do reservatório e a otimizar a produção, elevando-a para níveis entre 40 e 50 mil barris por dia ao longo do segundo semestre de 2012.
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Linha do tempo Dezembro de 2009 – Descoberta da acumulação de Waimea via poço OGX-3 Fevereiro de 2010 - Realizado teste de formação no poço OGX-3 Agosto de 2010 – Início da customização do FPSO OSX-1 em Cingapura Setembro de 2010 – Perfuração do primeiro poço de delimitação da acumulação de Waimea Outubro de 2010 – Poço OGX-21D confirma extensão do reservatório Waimea Janeiro de 2011 – OGX recebe primeira árvore de natal molhada de produção Fevereiro de 2011 – Conclusão da perfuração do poço OGX-26, primeiro poço produtor de Waimea. Amarras do sistema de ancoragem do FPSO OSX1 chegam ao Brasil Março de 2011 – Boia desconectável fica pronta na Indonésia Abril de 2011 – Chegada das estacas do sistema de ancoragem do FPSO OSX-1 Maio de 2011 – Entrega dos cabos de aço do sistema de ancoragem do FPSO OSX-1 Julho de 2011 – Realização de audiência pública para o licenciamento da produção Agosto de 2011 – OSX-1 e boia desconectável a caminho do Brasil Setembro de 2011 – OGX recebe licença prévia e licença de instalação para Teste de Longa Duração em Waimea Outubro de 2011 – Assinado primeiro contrato de comercialização do petróleo de Waimea. FPSO OSX-1 chega ao Rio de Janeiro. Dezembro de 2011 – Conclusão da instalação dos equipamentos e saída do OSX-1 do Porto do Rio Janeiro de 2011 – OGX recebe Licença de Operação para início da produção. OSX-1 segue para bacia de Campos. Início do Teste de Longa Duração e produção do primeiro óleo. 58
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disponibilizado no Brasil para dar suporte as operações da OGX na Bacia de Campos. Um marco tecnológico registrado na operação foi a primeira completação horizontal em multiplos estágios em formação carbonática no Brasil. Com isso, o poço foi completado com uma seção horizontal de 1.000 m que permitiu atingir 74% de contato com reservatório. Com o objetivo de maximizar a vazão de óleo do reservatório, a OGX utilizou também um complexo processo de acidificação seletiva em oito intervalos do poço, que permitiu uma melhor estimulação de seus mais de 1.000 m de extensão. “A extração do primeiro óleo é fruto de um trabalho intenso de todas as frentes da Companhia e deverá se repetir nas diferentes bacias brasileiras em que já tivemos diversas acumulações descobertas”, comentou Paulo Mendonça, diretor geral e de Exploração da OGX. Para que o sucesso da extração do primeiro óleo da OGX
fosse possível, a empresa contou com um conjunto de equipamentos, como boia desconectável com 17 m de altura, 14 m de diâmetro e mais de 700 toneladas. Além do sistema de ancoragem, composto por estacas, amarras e cabos. Já o sistema submarino do projeto é composto de dutos flexíveis utilizados para escoamento da produção do poço, fornecidos pela empresa Wellstream e dutos flexíveis da Oceaneering compostos de mangueiras hidráulicas e cabos elétricos responsáveis pelo controle das válvulas da árvore de natal molhada (ANM), da GE Oil & Gas e da bomba centrífuga submersa, fornecida pela Baker Hughes, instalada no interior do poço para auxiliar a produção e escoamento do óleo. De acordo com a OGX, a próxima acumulação a começar a produzir será Waikiki, localizado no bloco BM-C-39, na Bacia de Campos, em 2013, intensificando o desenvolvimento de produção de petróleo da companhia na região.
Chemtech conquista projeto para plataforma da OSX Liderando o consórcio com Kromav e Exactum, a Chemtech elaborou projetos de engenharia básica e detalhada para implantação do conceito OSX Flex em FPSOs da companhia do grupo EBX. O projeto será utilizado para a construção das primeiras FPSOs, no estaleiro da OSX no Porto do Açu, em São João da Barra, no norte do estado do Rio de Janeiro. Os projetos de engenharia serão desenvolvidos na Chemtech, e devem ser concluídos em 18 meses. O Consórcio CKE também será responsável pela assistência técnica durante a construção e montagem das unidades
e pela assistência técnica ao suprimento de materiais e equipamentos. “O OSX Flex é uma proposta inovadora. Este projeto vai gerar padronização na contratação dos módulos e uma consequente agilidade na engenharia e construção do navio, além de facilitar o planejamento da operação da produção”, explica o líder comercial da Chemtech, Hermano Ferreira. O Consórcio CKE participou de outros importantes projetos de plataformas nacionais, entre eles P-58 (projeto básico) e a revitalização de PCH-1, ambas da Petrobras.
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perfil profissional
Profissional
do mundo
Com 30 anos de envolvimento com o setor de óleo e gás, o engenheiro mecânico Ricardo Chagas conta sua trajetória de sucesso, do estágio até o cargo de diretor da Chouest e presidente mundial da C-Innovation LLC nos Estados Unidos por Rodrigo Miguez
Fotos: Banco de Imagens TN Petróleo
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vida profissional de Ricardo Chagas começou bem cedo, aos 14 anos, quando iniciou no Senai como aprendiz de tornearia, ajustagem, ferramentaria, metrologia, entre outras especialidades. Na instituição, ele fez o curso de Técnico em Mecânica e aos 17 anos já estava aplicando seus conhecimentos, porém, sentiu falta do diploma, então, se formou em Engenharia Mecânica, em 1983. Seu primeiro emprego foi também o mais longo de toda sua carreira. Na Metalock, ele passou 14 anos trabalhando e ganhando experiência, inicialmente como auxiliar técnico em mecânica, passando por técnico em mecânica, em hidráulica, usinagem de campo, até chegar ao cargo de gerente técnico da empresa. Com uma visão de profissionalismo em que o crescimento profissional deve ser uma busca constante, Chagas acredita que a aliança de teoria e prática é estratégica para competir com os seus adversários profissionais. Ele lembra que o início de sua carreira foi difícil – ele limpava as peças que chegavam sujas de graxa das embarcações. O setor de óleo e gás esteve presente desde sempre na vida do engenheiro mecânico, já que uma de suas funções era o reparo de plataformas e embarcações. Em função de seu envolvimento com empresas do setor, Chagas foi convidado para trabalhar na Pan Marine, a maior empresa de apoio marítimo do mundo... só que dessa vez o trabalho era totalmente diferente do que ele estava acostumado a fazer, em um cargo para a área comercial. Ele topou o desafio e começou, então, uma nova fase em sua carreira. Durante os dois anos em que trabalhou na Pan Marine, Ricardo foi responsável pela área comercial, de marketing e administrativa da empresa no Brasil, onde atuou como negociador e mediador junto à Petrobras, e aquelas chamadas ‘novas entrantes’ do mercado nacional, após a quebra do monopólio da estatal, como Shell, Esso, Texaco, entre outras. Para Ricardo, o fim do monopólio foi decisivo para a evolução da indústria do óleo e gás no Brasil. “Após a quebra do monopólio, em 1997, houve mudanças que trouxeram ao setor uma grande expectativa, principalmente com a mudança de regras nas leis que proporcionaram a che-
gada ou consolidação das empresas internacionais do setor”, afirmou. “O Brasil, hoje, está na vitrine mundial em termos de oportunidades de negócios no segmento de petróleo e gás”, completa. Profissional do exterior – A experiência adquirida ao longo dos anos levou Ricardo Chagas a ter a oportunidade de exercer uma carreira no exterior. Convidado pelo vice-presidente e CEO da Tidewater Marine, ele desembarcou em 2002 no México para assumir a posição de gerente Comercial e Marketing da companhia, com o objetivo de restabelecer o relacionamento entre a empresa no México junto à Petroleos Mexicanos (Pemex). “Trabalhar na Tidewater Marine foi uma grande experiência, que certamente contribuiu para o meu aprendizado do dia a dia, e pude presenciar como o nosso país está adiantado no quesito ‘óleo e gás’”, afirmou. Para ele, as vagas em empresas multinacionais no exterior estão aumentando a cada ano, principalmente pelo fato de o Brasil estar em alta no mercado internacional e as empresas estarem querendo fazer negócios e estreitar ao máximo as relações com o país. Após a passagem pela Tidewater Marine, ele trabalhou na Oceaneering International como gerente geral para a América do Sul, no segmento de robótica e no desenvolvimento de Novos Negócios. Porém, em 2004, o engenheiro mecânico carioca foi chamado para trabalhar na Edison Chouest Offshore (EUA), e ele foi com toda a família para Houston, no estado do Texas, onde reside até hoje. Nos Estados Unidos, Chagas recebeu cargos de grande responsabilidade, o que foi excepcional para seu crescimento profissional, e que culminou em uma nova etapa na sua carreira, atuando no segmento de Embarcações para apoio offshore, em estaleiro para cons-
trução de embarcações offshore e Base de Apoio Logístico. Além disso, trabalhou no desenvolvimento da empresa no Brasil junto às empresas internacionais de Óleo e Gás atuantes no país e também com a Petrobras.
Idade: 46 Você é casado? Tem filhos? Sim, com a Adriana, com quem tenho o Matheus (19) e a Millena (17). Qual seu hobby? Tênis e natação... quando tenho tempo. Qual seu estilo de música preferido e sua música preferida? Não tenho preferência por um estilo; gosto de boa música, seja rock, sertaneja, MPB, samba... Qual o livro que você mais gostou? O monge e o executivo, boa leitura para os executivos que pensam que são executivos. Qual o seu lugar favorito para descansar? Minha pequena casinha de madeira em Maricá. Como conciliar trabalho e família? Família é a prioridade; trabalho é secundário. Sua família está plenamente adaptada à vida nos Estados Unidos? Pensei que fosse temporário, mas a família se adaptou muito bem e já não estão pensando mais em voltar. Quais os prós e contras de viver em outro país? Neste caso, vejo o custo de vida, a educação, a segurança e a tecnologia como sendo os pontos positivos de se morar nos Estados Unidos; a única desvantagem é ficar longe dos familiares, mas nada que algumas horas no ar para matar as saudades.
“A experiência americana foi enriquecedora tanto profissional quanto culturalmente. Lá, as coisas são um pouco mais fáceis; temos alguns desafios culturais, porém o Brasil, como dizem por aqui, está na moda, e isso ajudou na adaptação”, comentou. Segundo Ricardo Chagas, a Edison Chouest Offshore continua em pleno crescimento. No Brasil, a empresa possui as companhias Bram Offshore, Alfanave, Island Offshore, além de ter cerca de 74 embarcações em operação com diversos clientes com escritórios no Rio de Janeiro, Macaé e Natal. Outra empresa do grupo é a C-Innovation LLC, de robótica e construção submarina, com duas embarcações equipadas com ROV e uma sonda de perfuração com dois ROVs, o estaleiro Navship, localizado em Navegantes (SC), onde são produzidas seis embarcações ao ano. A Edison também atua na área de logística offshore com as empresas SP Logística (São Sebastião), BLO Bahia Logística Offshore (Salvador e Ilhéus) e em construção C-Port Brasil (Itapemirim/ES). Sobre a base de apoio logístico da empresa no Espírito Santo, Ricardo Chagas adiantou que o processo está em fase de licenciamento ambiental, e a expectativa é do início das operações da fase 1 em junho de 2013. Além do trabalho de gerente na Chouest, Ricardo Chagas acumula a função de presidente mundial da C-Innovation LLC. Apesar dos cargos importantes, vê-se apenas como mais um colaborador do grupo norte-americano. “Nunca gostei de títulos, tento aplicar um pouco do que aprendi ao longo destes 30 anos, sempre buscando me aprimorar e tentando agregar valor nas áreas de embarcações de apoio offshore, robótica e construção submarina e base de apoio offshore.” TN Petróleo 82
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Ano 3 • nº 20 • março de 2012 • www.tnsustentavel.com.br
Eficiência Energética • Comercialização de Energia • Legislação Ambiental • Reciclagem Editorial
Plurais e efetivos! Ao iniciar a redação desse editorial, um fato me chamou a atenção: quantas notícias boas já publicamos desde que o movimento da sustentabilidade começou a dar sinais de que iria mexer em nossas vidas e no modo como fazemos negócios! Mas, nem tudo são flores nessa jornada. Assim, iniciamos essa edição com um alerta. A preocupação com o meio ambiente no setor de petróleo e gás não é algo novo, porém, nas últimas décadas, ela vem aumentando em razão da consciência da sociedade e dos governantes dos riscos dessa atividade, principalmente diante dos dos últimos acidentes envolvendo este segmento produtivo. Em entrevista especial, Luiz Gustavo Escorcio Bezerra, responsável pela Área Ambiental do Tauil & Chequer Advogados, fala sobre as indenizações e compensações ambientais em função de acidentes, decerto um dos maiores desafios na busca da efetividade do Direito Ambiental Brasileiro e seu aparato de Responsabilização. Nosso modelo, apesar de ter forte cunho preventivo, ainda não é efetivo. Mas, na outra mão, as boas notícias também estão aí para nos ajudar a prosseguir! O artigo sobre ensaio toxicológico, nos mostra o que está sendo feito na indústria para assegurar uma produção de energia limpa, minimizando o descarte na atmosfera e os impactos ao meio ambiente. O ensaio ecotoxicológico passa a ser essencial (e obrigatório, por lei) para preservar a vida
aquática, ajudando a diminuir os índices de poluição, de vazamentos de óleo, entre outros. Outra boa notícia é que a jovem e promissora cientista brasileira Ana Paula Bortoleto foi premiada no concurso de sustentabilidade Green Talents, no final de janeiro, o que reforça a importância de iniciativas globais que incentivem a pluralidade cultural na busca de soluções sustentáveis para o planeta. Na mesma direção, a Bloomberg New Energy Finance (BNEF) lançou, em janeiro, no Fórum Econômico Mundial de Davos, um novo relatório intitulado “Rumo a uma economia de etanol de próxima geração”. O documento estima as perspectivas socioeconômicas da implantação de biocombustíveis avançados em oito das maiores regiões agrícolas no mundo, isto é, Argentina, Austrália, Brasil, China, Estados Unidos, Índia, México e União Europeia. A pluralidade de ações e a abrangência com que as mesmas estão ocorrendo, são um bom sinal da expansão na direção da sustentabilidade no setor, mas é fundamental que isso também ocorra junto com a prática, para alcançarmos a tão desejada efetividade. Sem ela tudo será extremamente pontual e inócuo.
Lia Medeiros Diretora do Núcleo de Sustentabilidade da TN Petróleo
Sumário
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Ministério de Educação e Pesquisa Alemão
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Brasileira é Green Talent 2011
Economia sustentável Carros menos gera empregos poluentes em 2012
Fórum Econômico Mundial de Davos
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Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar
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suplemento especial Entrevista especial: Luiz Gustavo Escorcio Bezerra, responsável pela Área Ambiental do Tauil & Chequer Advogados
Falta efetividade
na aplicação da legislação
Luiz Gustavo Escorcio Bezerra, responsável pela Área Ambiental do Tauil & Chequer Advogados, fala à TN Petróleo um pouco mais sobre prevenção de acidentes e punições exemplares do setor, destacando que “apesar de o Brasil contar com uma das mais restritivas legislações ambientais do planeta, falta efetividade”. Segundo ele, mais além da responsabilidade empresarial e medidas preventivas mais amplas, ainda faltam mecanismos que possibilitem penalizar de forma exemplar os responsáveis pelas operações que resultam em acidentes ambientais. TN Petróleo – Como as empresas produtoras e distribuidoras de petróleo podem se prevenir quanto a acidentes ambientais e agir de forma antecipada em relação aos danos potenciais da atividade? Luiz Gustavo Bezerra – Uma boa forma de prevenção é respeitar os procedimentos de segurança de meio ambiente já existentes e já adotados por grande parte das empresas que atuam no setor. Outra prudente medida é dar especial atenção à obtenção das devidas licenças ambientais e o cumprimento fiel de suas condicionantes. 64
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Foto: Divulgação
A preocupação com o meio ambiente no setor de petróleo e gás não é algo novo, porém, nas últimas décadas, vem aumentando em razão da consciência da sociedade e de governantes dos riscos dessa atividade, principalmente diante dos por Maria Fernanda Romero últimos acidentes ocorridos.
Quais seriam as consequências jurídicas decorrentes de um incidente? Um incidente que ocasione danos ao meio ambiente repercute, de forma independente, nas esferas civil, administrativa e criminal. Isto é, a empresa envolvida em determinado incidente pode ser chamada a reparar aquele dano em ação judicial (responsabilidade civil), ser autuada pelos diversos órgãos envolvidos na fiscalização (responsabilidade administrativa), além de ser ré em ação criminal que envolveria ainda seus administradores. O recente
acidente da Chevron, por exemplo, já resultou em duas ações civis públicas (uma delas com valor de R$ 20 bilhões), duas autuações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e quatro da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Também houve a instauração de quatro inquéritos civis pelo Mistério Público, um inquérito criminal pela Polícia Federal e um inquérito administrativo pela Marinha do Brasil. Como reparar um derramamento de petróleo que causou a extinção de determinada espécie ou a morte de centenas de animais, ou o lançamento de resíduos de uma refinaria? O objetivo principal da responsabilidade civil, sendo um dos princípios do Direito Ambiental, é a reparação integral do meio ambiente. Há ocasiões em que essa reparação in natura não é possível – por exemplo, quando resulta na extinção de uma espécie. Nesses casos, se arbitra uma indenização em dinheiro. Tal indenização traz um componente de compensação material e moral por aquele dano irreparável, havendo,
inclusive, aqueles que defendam que tal indenização deva ter um componente educacional. Como definir o valor de multas, indenizações e compensações ambientais por acidentes ambientais envolvendo petróleo e gás? Esse é certamente um dos maiores desafios na busca pela efetividade do Direito Ambiental Brasileiro e seu aparato de responsabilização ambiental. Em relação às multas, deve-se corrigir o teto de R$ 50 milhões, inalterado há mais de uma década. Mais importante que esta atualização é a previsão de critérios objetivos a delinear a atuação dos órgãos fiscalizadores, cuja falta torna fácil a tarefa de desconstituir tais autuações. Em relação às indenizações, estas são definidas nos processos judiciais com base nas provas apresentadas e na co n v i c ç ã o d o j u i z . Alguma punição já dada a uma empresa do setor por um acidente pode ser considerada exemplar? Algumas multas impostas podem até ser consideradas exemplares pela quantia arbitrada. Todavia, a falta de critérios tanto da esparsa e ambígua legislação brasileira quanto das autoridades ao fundamentar sua ação fiscalizadora tornam fácil a defesa dessas autuações. Até o ano passado, corroborava com este cenário de insegurança jurídica a inexistência de Lei Complementar que fornecesse as diretrizes para a cooperação entre os entes federativos em matéria ambiental, como ordenava, desde 1988, o artigo 23 d a C o n s t i t u i ç ã o Fe d e ra l . A L e i Complementar 140/11, publicada em dezembro, traz algum alento nesse sentido. Quais os problemas jurídicos relacionados à proteção do meio ambiente contra acidentes provocados por parte das empresas de petróleo? Diria que uma das principais lacunas, a coordenação entre os ór-
gãos fiscalizadores, acaba de ser preenchida com a publicação da Lei Complementar 140/11. Resta observar sua implementação e efetividade. Outro problema é a inexistência do Plano Nacional de Contingência, aguardado desde 2000. Adicionaria, ainda, a falta de critérios objetivos e a insuficiência das penalidades efetivamente aplicadas. Nos últimos anos, o Brasil tem descoberto bilhões de barris de p e t ró l e o e m á g u a s p ro f u n d a s e as discussões têm se concentrado em como as futuras receitas do petróleo podem ser divididas entre os estados. Você acredita que houve pouco debate público sobre os perigos ambientais das atividades exploratórias? O que pode ser feito para estimular estas discussões? E m ve rd a d e , o d e b a t e s o b re royalties está intrinsecamente relacionado à questão ambiental. Os riscos ambientais aos quais os estados produtores se sujeitam, ao abrigar atividades de exploração e produção de petróleo e gás, são uma das mais contundentes justificativas para que estes estados sejam compensados com o recebimento de royalties. Em relação à consciência ambiental da sociedade brasileira, é verdade que está em níveis muito inferiores se comparada à de europeus e norte-americanos. Esse amadurecimento depende de investimento maciço em educação ambiental que, em conjunto com amplo acesso à informação ambiental e efetiva participação popular, formam o tripé de sustentação do Estado Democrático de Direito Ambiental preconizado pelo constitucionalista português Canotilho. [NR: José Joaquim Gomes Canotilho é professor da Universidade de Coimbra, considerado um dos maiores estudiosos de Direito Constitucional do mundo.] Após o acidente da Chevron na Bacia de Campos em 2011, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) defendeu a criação de uma política
nacional preventiva em relação a acidentes ambientais. Você acha válida a criação desta política? Por que o Brasil ainda não tomou uma medida como esta para minimizar as causas e consequências de tais acidentes? Em verdade, já existe um forte viés preventivo na Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal n. 6.938/81), que completou 30 anos em 2011. Entendo ser desnecessária a criação de mais uma política nacional especificamente focada na prevenção de acidentes ambientais. Deve-se privilegiar o aprimoramento e a busca pela efetividade dos diversos instrumentos preventivos já existentes. Nesse contexto, a utilização da avaliação de impactos ambientais para políticas e planos, a contemplar riscos ambientais agregados e a urgente conclusão e operacionalização do Plano Nacional de Contingência são medidas há muito aguardadas. Em sua opinião, o Brasil está ‘preparado’ caso ocorra outros vazamentos deste tipo ou até mesmo piores? Certamente não está. Apesar de o Brasil contar com uma das mais re s t r i t i v a s l e g i s l a çõ e s a m b i e n tais do planeta, falta efetividade. O a c i d e n t e d o G o l fo d o M éx i co e m 2010 expôs que nem mesmo os EUA estavam preparados para reagir a um acidente de grandes proporções. Os procedimentos de s e g u ra n ç a e m e i o a m b i e n t e e o arcabouço legal devem passar por constante aprimoramento. O acidente da Chevron no final do ano passado, contudo, é incomparável ao da BP, sendo o primeiro centenas de vezes mais impactante ao meio ambiente, com derramamento de óleo em proporções dezenas de vezes superior. Mas o acidente da Chevron foi suficiente para expor a falta de proatividade e coordenação das autoridades brasileiras, a falta de critérios na imposição de autuações e a insuficiência das penalidades aplicáveis.
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Brasileira é Green Talent 2011 Jovem e promissora cientista brasileira, Ana Paula Bortoleto é premiada no concurso de sustentabilidade Green Talents, no final de janeiro
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udanças climáticas, escassez de água, perdas na biodiversidade e falta de matérias-primas são urgentes desafios sociais para os quais o Ministério da Educação e Pesquisa alemão pretende chamar a atenção junto a cientistas, empresas e políticos, no seu segundo programa de patrocínio “Pesquisa em desenvolvimento sustentável”. Alcançar a sustentabilidade, contudo, é uma tarefa global. Programas como o Green Talents ajudam a promover a pluralidade cultural e a criatividade que encorajam o desenvolvimento de soluções globais. “É por isso que tentamos intensificar as trocas globais entre jovens pesquisadores na área de meio ambiente e sustentabilidade”, explica o secretário estadual do Parlamento do Ministério Federal de Educação e Pesquisa Alemão (BMBF), Thomas Rachel, membro do Bundestag alemão, durante a cerimônia de premiação, em Berlim. Em 2011 o BMBF realizou pela terceira vez essa competição internacional que evidencia a atividade excepcional de jovens cientistas no campo do desenvolvimento sustentável. Neste ano, 331 jovens pesquisadores, de 58 diferentes países, se inscreveram no concurso. Entre os 20 premiados está Ana Paula Bortoleto, que realiza pesquisas sobre descarte e reciclagem de resíduos. O júri premiou seu atual trabalho de pesquisa na Universidade de Sheffield, no qual ela compara programas de resíduos gestionados pela população de São Paulo com aqueles desenvolvidos em Sheffield. No total, 31cientistas brasileiros se inscreveram na competição deste ano. Agora, o Brasil já contabiliza seis Green Talents premiados.
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Ana Paula e o secretário de Estado no Ministério Federal de Educação e Pesquisa, Thomas Rachel
Desenvolvimento sustentável – Composto por especialistas altamente qualificados, o júri procurou projetos de pesquisa com potencial para responder a desafios globais como: aquecimento global, escassez de energia e grandes contaminações do meio ambiente. Agora, com este novo Green Talents, o número de jovens pesquisadores da área de sustentabilidade na rede de trabalho global do BMBF chega a 55 vencedores, de 19 diferentes países. Ana Paula acredita que o desenvolvimento sustentável é a condição necessária para uma gestão de resíduos sólidos de sucesso, particularmente em grandes áreas urbanas, e está orientando seu trabalho para uma melhor compreensão do comportamento das pessoas e para como elas se relacionam com os resíduos e a gestão dos mesmos. A pesquisadora está interessada em aprender mais sobre novas abordagens, metodologias e pontos de vista relacionados à análise do comportamento durante sua temporada na Alemanha. “Na minha primeira visita à Alemanha, fiquei muito impressionada com as políticas públicas adotadas
pela população em Berlim. Gostaria de conhecer mais profundamente sobre todas as políticas e pesquisas relacionadas que têm sido realizadas aqui, um país conhecido por suas iniciativas verdes”, diz ela. Antes da cerimônia de premiação em Berlim, os Green Talents foram convidados a realizar uma jornada pelo país germânico, como parte do fórum científico de dez dias, sendo recepcionados pela ministra federal de Educação e Pesquisa alemã, professora dra. Annette Schavan, que também é a patrona da competição. Os Green Talents tiveram a oportunidade de visitar importantes instalações internacionais de pesquisa, universidades e empresas. “A semana de fóruns me proporcionou a oportunidade singular de me familiarizar com projetos pioneiros em diversas áreas da tecnologia, e de me relacionar com especialistas alemães e jovens cientistas”, afirma Ana Paula Bortoleto. No próximo ano, os premiados poderão permanecer na Alemanha por vários meses para desenvolver suas pesquisas. A intenção é aprofundar o intercâmbio global no campo das pesquisas sobre sustentabilidade.
Educação financeira para colaboradores Akzonobel disponibiliza consultório financeiro para auxiliar seus funcionários a gerirem melhor as finanças
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Eka Chemicals de Jundiaí (SP), unidade de produtos químicos para papel e celulose da multinacional holandesa AkzoNobel, maior fabricante de tintas e revestimentos do mundo, está colhendo os bons frutos de uma iniciativa pouco utilizada por empresas em relação a seus colaboradores: a Educação Financeira. O resultado tem sido tão positivo que a iniciativa se tornou um projeto piloto e deverá ser implantada, em 2012, nas outras unidades da Eka Chemicals no Brasil, em Jacareí (SP), Rio de Janeiro (RJ), Eunápolis (BA) e Três Lagoas (MS). Ao constatar que um dos maiores motivos de preocupação dos funcionários era lidar de forma saudável com suas próprias finanças, a empresa decidiu investir em um consultório financeiro, tornando-o, em abril deste ano, uma das ações do Programa de Qualidade de Vida, instituído pelo RH da empresa há quatro anos. Após nove meses do início do consultório financeiro, hoje, dos 160 funcionários da empresa em Jundiaí, 60 fazem parte do primeiro grupo a ter acesso a cinco sessões de consultoria e mais de 40 já formam uma lista de espera, incentivados pelos bons resultados obtidos pelos colegas de trabalho após passarem pelo consultório. “Durante estes meses, pudemos perceber nitidamente a mudança de atitude dos funcionários. É muito curioso notar que, quando a vida financeira está equilibrada, as
pessoas ficam mais alegres, mais dispostas e até o relacionamento interpessoal melhora”, afirma Carlos R. Teche, supervisor de Administração de Pessoal e Benefícios da Eka Chemicals. Para o gerente de RH, Robson Rigoni, a iniciativa vai ao encontro de um dos pilares da empresa que é incentivar o comprometimento e engajamento dos colaboradores com a AkzoNobel. “Algumas pessoas após passarem pelo consultório já procuraram fazer planos de previdência privada. Além disso, o rendimento no trabalho melhorou sensivelmente. Isto mostra que acertamos em nossa avaliação inicial”, exulta o gerente. Para introduzir o consultório financeiro para seus colaboradores, a Eka Chemicals contratou o educador financeiro Pedro Braggio. A partir de palestras para os funcionários, Braggio identificou casos entre os trabalhado res e mapeou os indivíduos que mais precisavam aprender a equilibrar suas contas. Os atendimentos foram individuais e cada colaborador teve direito a cinco sessões de uma hora. De acordo com Braggio, tudo se resume a uma mudança de comportamento. Pode parecer difícil nos primeiros desafios, mas não é impossível. “As pessoas se preocupam com a saúde física e emocional. Mas esquecem da saúde financeira. Não só o rendimento no trabalho, mas até o relacionamento com família e colegas pode ser prejudicado se você não está
Dicas de Educação Financeira, por Pedro Braggio 1. Pense antes de comprar e se pergunte sempre: eu preciso ou eu quero? 2. Tenha um orçamento doméstico simples e objetivo. 3. Quite as dívidas, mesmo que isso ocorra aos poucos. 4. Se você tem dificuldade para controlar o uso do cartão de crédito, diminua o limite disponível. 5. Defina verbas para presentes de parentes e amigos e nunca deixe para comprar na última hora. 6. Avalie o seu comportamento em relação ao dinheiro. 7. Cuidado com a ansiedade. Não deixe que ela o controle na hora de ir às compras. 8. Não se compare aos outros e não compre algo só porque o seu vizinho tem. 9. Cuidado com o dinheiro virtual: cartão de crédito e cheque especial podem ser armadilhas para a saúde financeira. 10. Pague suas contas do mês sempre em dia.
com as contas em dia”, alerta. Para o especialista, há uma regra que faz bastante diferença na prática. Antes de comprar, sempre pergunte a si mesmo: eu realmente preciso ou apenas quero e posso ficar sem? A colaboradora Glauce Daiana de Barros, enfermeira na Eka de Jundiaí, por meio do consultório, percebeu o quanto gastava excessivamente com alimentação, chegando a comprometer por mês em torno de R$ 800. Hoje, a compra do mês não ultrapassa a faixa dos R$ 300. “Aprendi a evitar o supérfluo. E não falta nada em casa”, comemora. O consultório também tem feito bastante diferença para a vida da assistente de controles internos Jaqueline Montanari. Ela diz que hoje sabe priorizar e consegue resistir a um vestido na vitrine de uma loja quando lembra que não está precisando de mais um no seu guarda-roupa. “Se antes eu gastava sem parcimônia, agora estou pensando bem mais no futuro e poupando”, completa.
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Economia sustentável gera empregos
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Bloomberg New Energy Finance (BNEF) lançou em janeiro, no Fórum Econômico Mundial de Davos, um novo relatório intitulado “Rumo a uma economia de etanol de próxima geração”. Encomendado pela Novozymes, líder mundial em bioinovação e em enzimas industriais, o relatório estima as perspectivas socioeconômicas da implantação de biocombustíveis avançados em oito das maiores regiões agrícolas no mundo, isto é, Argentina, Austrália, Brasil, China, Estados Unidos, Índia, México e União Europeia. “Há um enorme recurso global de resíduos agrícolas que podem ser recolhidos de forma sustentável a cada ano, sem alterar os padrões de uso atual da terra e sem interferir na cadeia alimentar. Estima-se que 17,5% do resíduo agrícola produzido hoje em dia poderiam estar disponíveis como matéria-prima para biocombustíveis avançados. Com essa quantidade estaria viabilizada a produção de biocombustíveis avançados suficientes para substituir mais de 50% da demanda de gasolina prevista para 2030”, explicou Michael Liebreich, diretor-executivo da Bloomberg New Energy Finance. “O mundo tem uma oportunidade única para desenvolver uma indústria de bioprodutos de próxima geração em 2030, baseada em resíduos agrícolas.”
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Foto: Divulgação Única
Relatório apresentado em Davos indica que uso de biocombustíveis avançados poderá criar milhões de empregos e o desenvolvimento sustentável
As perspectivas socioeconômicas da implantação de biocombustíveis avançados vão muito além da segurança energética. O relatório mostra que as oito regiões analisadas têm potencial para diversificar a renda dos agricultores, gerar receitas que variam de US$ 1 trilhão para US$ 4,4 trilhões entre hoje e 2050, além de criar milhões de empregos. Por exemplo, os biocombustíveis avançados podem criar até 2,9 milhões de empregos na China; 1,4 milhão, nos Estados Unidos; e cerca de 1 milhão, no Brasil. O impacto nas alterações climáticas também seria reduzido, considerando que os biocombustíveis avançados emitem 80% menos gases de efeito estufa que o etanol. “Num momento em que todos estamos lutando para criar empregos e garantir o nosso futuro econômico, bem como encontrar uma forma sustentável para produzir energia, este estudo mostra os benefícios de uma transição
para a sustentabilidade dos biocombustíveis e dos bioprodutos. Isto também sinaliza fortemente que incentivos em políticas públicas resultarão em grandes retornos para a sociedade”, disse Steen Riisgaard, presidente Mundial da Novozymes.
Rumo à economia biobaseada Há tecnologia para a produção de biocombustíveis avançados a partir de resíduos agrícolas e as primeiras instalações em escala comercial iniciarão a produção em 2012. Além disso, nas próximas décadas uma variedade de outros bioprodutos avançados, tais como produtos químicos e plásticos, também poderá ser produzida com base na mesma matéria-prima, pavimentando o caminho rumo a uma economia biobaseada, independente dos combustíveis fósseis.
Fazendo acontecer Embora o potencial seja elevado, a implantação ampla de biocombustíveis avançados não é dada como certa. O relatório destaca uma série de barreiras em termos de oferta de matéria-prima, infraestrutura insuficiente e altos custos de capital que podem impedir a indústria de desbloquear este recurso valioso do uso de resíduos agrícolas. Dependerá dos decisores políticos a criação de incentivos sólidos que encorajem ativamente os investimentos necessários, inclusive no longo prazo, tanto para o
recolhimento de resíduos agrícolas, quanto para isenções fiscais. Segundo Pedro Luiz Fernandes, presidente da Novozymes para a América Latina, no Brasil, através das principais empresas que buscam inovações em soluções ‘ verdes’, servimos como elemento estratégico para que os objetivos destas sejam alcançados. “A América Latina é a região com uma das maiores probabilidades de posicionamento como líder em
Bioinovação, dados os recursos abundantes e de empresas que, como a Novozymes, apoiam essas iniciativas, cada vez mais ambiciosas”, afirma. O executivo comenta, ainda, que a empresa é calcada numa economia biobaseada, seja através dos biocombustíveis como também os bioprodutos avançados. “Sabemos que não somos coadjuvantes nessa transformação da sociedade e do mundo, mas sim uma empresa que acredita e investe ativamente num futuro melhor ”, finaliza Fernandes.
Energia limpa na fábrica Empresa do ABC Paulista instala equipamento para converter luz solar em energia elétrica A fabricante de equipamentos de energia condicionada Lacerda Sistemas de Energia, localizada em Santo André (SP), concluiu recentemente a instalação de um equipamento que converte a luz solar em energia elétrica. Conhecido como inversor fotovoltaico on-grid, o equipamento é uma fonte alternativa de energia que proporciona economia para o proprietário e ao mesmo tempo ajuda a preservar o meio ambiente, já que é uma fonte de energia ‘limpa’. Diferentemente dos inversores solares com baterias (off-grid), utilizados em radares de velocidade e em comunidades afastadas, o inversor fotovoltaico on-grid trabalha em conjunto com a rede da concessionária de energia. O sistema funciona por meio da captação da luz do sol por placas fotovoltaicas constituídas de silício cristalino, que converte, em conjunto com o inversor, o calor em energia elétrica. “O equipamento instalado em nossa fábrica tem a potência de 5 kW, chegando a gerar até 1.140 kW/ hora por mês. Esse valor representa cerca de 10% do consumo mensal
que temos em nossa unidade”, avalia o gerente de Engenharia de Aplicação da Lacerda Sistemas, Thiago Matsumoto. A produção de energia através de sistemas solares em países como os Estados Unidos é bastante difundida. “Quando os proprietários produzem mais energia do que consomem recebem dividendos das concessionárias por disponibilizar mais energia na rede elétrica urbana. Esse processo é conhecido como tarifa Net metering”, explica Thiago. “No Brasil ainda não há legislação, normatização técnica e tipo de tarifação que será utilizada nesses casos. Uma das principais ações que
o setor fotovoltaico está buscando é a inserção dessa fonte na matriz energética brasileira. Essa questão está bastante avançada junto aos órgãos governamentais. A partir dessa regulamentação será possível a viabilidade dessa energia em larga escala no país”, declara o engenheiro. Além do formato de tarifação utilizado pelos americanos, existe o sistema chamado Feed-in, utilizado em diversos países, entre eles a Alemanha. Nesses casos, toda energia elétrica gerada em sistemas fotovoltaicos pode ser ‘vendida’ para a concessionária de energia através de tarifa prêmio, gerando uma cobrança diferenciada na conta de energia mensal. Thiago ressalta que projetos para a instalação de sistemas fotovoltaicos precisam ser bem executados. “Quando alguma empresa pensa em instalar esse equipamento, realizamos um estudo para que o sistema implantado atenda às necessidades, proporcionando segurança à instalação. Isso porque o sistema trabalha em conjunto com a rede elétrica da concessionária de energia, então é preciso projetar suas devidas proteções.”
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Estudo da BSP aponta que trabalho remoto contribui para a sustentabilidade do planeta e qualidade de vida As relações de trabalho caminham cada vez mais para modelos que valorizem a sustentabilidade do planeta e a satisfação do funcionário. É o que mostra o estudo da BSP (Business School São Paulo), intitulado “O trabalho flexível nas empresas” sobre esse processo de transformação, que é impulsionado, principalmente, pelas tecnologias da informação.
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levantamento consultou 236 empresas de diversos segmentos e tamanhos, e mostrou, entre outros itens, o nível de conhecimento do tema, os modelos adotados e as principais vantagens e barreiras do trabalho flexível. Ao total, foram 150 respondentes, e, desse número, 75 são de profissionais que aderem à modalidade. O estudo foi realizado entre maio e outubro de 2011 pelo Centro de Estudos de Teletrabalho e Alternativas de Trabalho Flexível (Cetel) da BSP, coordenado pelo professor Alvaro Mello, também presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividade (Sobratt). De acordo com a pesquisa, dentre os 75 trabalhadores remotos, um total de 77% tem consciência de que o trabalho a distância contribui para a redução da poluição, 61% acredita que ajuda na qualidade de vida das pessoas, além de 46% acreditarem ser uma forma de trabalho sustentável. Em proporção menor foram citadas como possível contribuição do trabalho remoto questões de grande interesse
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para as empresas, como redução de absenteísmo, com 32%; redução da supervisão presencial, 25%; retenção de talentos, 24%; dedicação do profissional, 24%; inclusão social, 24%; e aumento da produtividade (22%). Dados que poderiam ser considerados como negativos para a adoção do trabalho remoto foram menos citados. Apenas 19% dos respondentes consideram que esse tipo de trabalho dificulta o controle do funcionário ou que limita a vida social (13%) ou ainda marginaliza o colaborador (11%). Uma em cada três empresas que utiliza o trabalho remoto apresenta indicadores de satisfação, como melhoria na qualidade de vida, ganho de tempo, flexibilidade, melhorias na saúde, diminuição do estresse e valorização pela confiança depositada. Para Alvaro Mello, é apenas uma questão de tempo e adaptação das empresas aos novos tempos. “Há por parte das companhias uma consciência crescente da necessidade de se criar condições de trabalho que prezem pelo meio ambiente e pela qualidade de vida. Além disso, a prática do trabalho flexível tem se mostrado uma ótima ferramenta para o rendimento e a produtividade do trabalho”, afirma.
Conhecimento e aplicação do trabalho remoto Para o coordenador do estudo, o tema deve ganhar ainda mais relevância com a alteração do artigo 6º da Consolidação de Leis do Trabalho (CLT), sancionada no final do ano passado pela presidente Dilma Roussef. Pela nova lei, não há distinção para os colaboradores que adotam o trabalho a distância ou o escritório do empregador. Se considerarmos a base total de respondentes (150), praticamente a metade adotou alguma modalidade de trabalho flexível nos últimos 12 meses. São pessoas que trabalharam regularmente durante parte do expediente longe do seu local de trabalho, com acesso remoto à empresa. Entre as empresas que adotaram, a prática é verificada em maior proporção, com 62%, nas empresas com 20 a 40 funcionários. Já nas organizações com mais de 500 funcionários, que não possuem trabalhadores remotos, representam a maioria, com 59%. No universo de 75 trabalhadores remotos, as principais funções exercidas foram técnicas (56%), comercial/vendas (47%), administrativas (44%) e atendimento ao cliente (31%). Ao mesmo tempo,
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algumas dessas atividades foram consideradas como não adequadas para o trabalho remoto como administrativas (40%), atendimento ao cliente (25%) e funções técnicas (19%). Entre as tecnologias adotadas, tanto para o trabalho tradicional como para o remoto, as mais utilizadas são a internet com 81%, para os que atuam fisicamente no escritório e 79% no caso dos teletrabalhadores, seguido do e-mail/ webmail, 67% e 82%, respectivamente; VOIP com 69% e 67%; smartphone com 56% e 51% e banco de dados com 46 e 57%.
Cultura corporativa O estudo da BSP revela que a preocupação em gerenciar as tarefas, uma das barreiras para a adoção das modalidades flexíveis de
trabalho, não se mostrou diferente em relação ao modelo tradicional. As formas de gerenciamento dos funcionários e do processo de avaliação, com 95% e 94% respectivamente, parecem ser os mesmos para quem adota o trabalho a distância, também considerando a base de 75 respondentes. A questão da segurança da informação também preocupa. Mas o que se verificou é que apenas uma em cada quatro empresas puniu ou desligou funcionários por uso indevido de internet, e uma em cada cinco por uso indevido de informação da empresa. “Os dados mostram que a adoção de alguma modalidade de trabalho flexível pelas empresas parece apenas ser questão de maior difusão, conhecimento do tema e maior
clareza nas questões culturais dos gestores”, explica Mello. A utilização do trabalho remoto ocorre em função de dois principais fatores: por estratégia da organização e necessidade dos profissionais, ambos com 45%. Foi verificado que pouco mais de um quarto das empresas fornece os recursos necessários (instalações, mobiliário e telefonia) para o trabalho flexível. E metade da amostra dos 75 respondentes declarou que os recursos são tanto da empresa quanto do próprio trabalhador. Assim, quase um terço dos que trabalham remotamente usam recursos próprios. Quando questionados sobre o conhecimento do tema, o termo teletrabalho foi considerado o menos adequado, citado por apenas 9% dos 150 entrevistados. Já o trabalho remoto, com 34%, ou trabalho flexível, com 20%, parecem ser as formas mais adequadas para gerar o conhecimento sobre o tema, ou até mesmo o trabalho a distância.
Perspectivas futuras De acordo com o professor da BSP, a tendência de crescimento da modalidade do trabalho remoto nos próximos meses é alta. “Para 52% das empresas que utilizam alguma prática de trabalho flexível a modalidade deve se expandir”, ressalta o coordenador do estudo. Segundo ele, a adoção ainda sofre com o problema cultural das empresas e dos gestores no que se refere ao controle do trabalho e o despreparo do trabalhador. “Por outro lado, constatamos que a grande maioria das empresas reconhece que a produtividade do trabalhador é igual ou maior no trabalho a distância”, conclui. TN Petróleo 82
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Escolhas sustentáveis Biodiversidade, uso da terra, água e aquecimento global são alguns dos temas dessa obra que busca promover uma reflexão sobre esses ítens
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ocê sabe o que é sustentabilidade? Qual a relação de um besouro com o aumento da produção de carne? Vale a pena investir em um negócio sustentável? Apesar de serem temas recorrentes na mídia, questões como essas vêm preocupando a população nos últimos anos. No entanto, esses assuntos ainda são tratados como algo longe do cotidiano das pessoas e fora da realidade econômica da maioria. Pensando nisso, os autores Rafael Moraes Chiaravalloti e Cláudio Valladares Pádua escreveram Escolhas sustentáveis (Editora Urbana). O objetivo é fazer uma reflexão sobre a importância dos sistemas naturais e como a ciência pode ajudar as pessoas no processo de escolhas mais sustentáveis. Segundo Chiaravalloti , a publicação tem o objetivo principal de tornar o conhecimento sobre sustentabilidade acessível a todos os públicos. “Considerávamos que muitas das descobertas científicas da área eram restritas ao mundo acadêmico. Por isso, para que as pessoas pudessem ter argumentos sobre o porquê escolher ‘sustentável’, escrevemos o livro.” A obra baseia-se em muitas pesquisas e estudos de casos; aborda temas como desmatamento, aumento da temperatura da Terra; tratamento de água; o tripé da sustentabilidade; e energias
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limpas. E se propõe, de uma maneira simples, a desmitificar essas questões, mostrando o que se tem feito ao redor do mundo em termos de preservação ambiental. “A ideia foi transformar a linguagem acadêmica, que muitas vezes é um pouco chata, em algo prazeroso, relacionado com o nosso cotidiano e, quando possível, bem humorado. No entanto, transversalmente, ao longo do texto, ou algumas vezes de modo mais claro, são discutidas ideias de valoração dos recursos naturais, empreendedorismo social e investimento em negócios sus-
tentáveis. E essa abordagem, por sua vez, é mais específica para um leitor da área de negócios”, complementou Chiaravalloti. Ele explica que o livro é destinado ao público em geral, que apresenta certa curiosidade quanto ao investimento privado, e também a um público da iniciativa privada, curioso sobre uma economia mais sustentável. Dividido em temas como conceitos e ideias sobre sustentabilidade; biodiversidade; uso da terra; água; e aquecimento global, a obra dá um panorama geral de cada um, desde conceitos simples de biologia até onde estão os novos nichos de mercado. Por exemplo: no capítulo sobre aquecimento global discute-se o que é realmente, o que ele significa e as provas científicas. Em seguida, passa-se para os impactos na natureza e na economia nacional. Por fim, mostra-se onde estão os investimentos com as melhores perspectivas futuras. Fala-se também em energia limpa e quais alternativas tiveram maiores investimentos nos últimos anos, assim como o mercado de carbono e os seus desdobramentos na economia.
sobre os autores - Rafael Morais Chiaravalloti é biólogo e começou trabalhando com mamíferos no Pantanal. Cursou mestrado em desenvolvimento sustentável na Escola Superior de Conservação e Sustentabilidade. Trabalhou como parceiro e fez estágio em instituições nacionais como Vivo e Natura, e internacionais, como Volans e Sustainability. Tem publicado textos jornalísticos, tentando tornar o conhecimento científico mais acessível.
Claudio Valladares Pádua é administrador de empresas e biólogo. Possui mestrado e doutorado em Ecologia pela universidade da Flórida em Gainesville, EUA. É professor aposentado da UnB, reitor da Escola Superior de Conservação e Sustentabilidade, vice-presidente do Ipê (Instituto de Pesquisas Ecológicas), pesquisador da Columbia University, conselheiro do WWF Brasil, diretor internacional de conservação do Wildlife Trust Alliance (Nova York) e sócio-diretor da Biofílica S.A.
Carros menos poluentes em 2012 Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores entra em nova fase Foto: Banco de Imagens Stock.xcng
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partir de 2012, a população das cidades brasileiras terão razão de sobra para respirar aliviada. Medidas adotadas pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que entraram em vigor no primeiro dia do ano, devem elevar a qualidade do ar nos centros urbanos a padrões internacionais nos próximos anos. É a fase P-7, do Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores. Estão previstos níveis de redução de poluentes só atingidos até agora pelos países mais desenvolvidos. As novas regras, negociadas com a indústria e com os representantes da sociedade civil no Conama, prometem reduzir drasticamente a poluição que sai do escapamento de ônibus e caminhões. Juntos, eles são os maiores responsáveis pelo sufoco da população, emitem grande parte dos poluentes que afetam diretamente a saúde dos habitantes das cidades, principalmente as grandes e médias. A ampliação da oferta no mercado do Diesel S-50 e sua substituição daqui a um ano pelo S-10, com teor de enxofre 50 vezes menor que o utilizado até agora, aliada aos Planos Estaduais de Controle da Poluição do Ar, que vierem com a obrigatoriedade da inspeção veicular, fazem parte do pacote que vai garantir uma melhor qualidade do ar nos grandes centros urbanos. Os estados, de acordo com os níveis de poluição de suas cidades,
podem optar ou não pela inspeção dos veículos usados. “Nas regiões onde eles afetam a saúde e o meio ambiente, a medida deverá ser adotada”, avalia o secretário de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Nabil Bonduki. De acordo com informações do Proconve, está sendo ampliada em todo o país a oferta dos combustíveis menos poluentes nas bombas. A indústria já modificou totalmente os motores dos veículos pesados novos e, a partir de agora, os motoristas de carros já em uso vão precisar medir os níveis de emissões de poluentes na hora de renovar a licença anual. Nas cidades que adotarem os novos critérios, a licença não sai para quem não estiver dentro dos limites, de acordo com o plano de cada um dos 26 estados. “Os níveis exigidos variam porque os problemas enfrentados por cada uma das cidades são diferentes”, explica o gerente de qualidade do ar do MMA, Rudolf Noronha.
A redução da quantidade de poluentes lançados na atmosfera pela frota brasileira, que cresce em média 12% todo ano, vem sendo sentida nos últimos anos. Nos carros de passeio, a redução gradativa que começou há 25 anos, entra na fase L-6 daqui a dois anos. O resultado será uma gasolina aditivada, de alta qualidade, baixo teor de enxofre e livre de chumbo, além de motores muito mais eficientes do ponto de vista ambiental. “Nossos combustíveis estarão entre os menos poluentes do mundo”, assegura a diretora do Departamento de Qualidade Ambiental do MMA, Sérgia Oliveira. Para ela “o Proconve concretizou uma fase importantíssima, fruto de um trabalho intenso nos últimos três anos”. A melhoria da qualidade do ar vai ser sentida na redução de doenças respiratórias, que além dos prejuízos à saúde, principalmente de crianças e idosos, impactam no orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Ensaio toxicológico
Estudos pretendem minimizar impactos ambientais na indústria offshore
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indústria do petróleo no Brasil está passando por grandes alterações quanto à demanda tecnológica, além de uma enorme expansão do setor de óleo e gás devido ao novo cenário formado pela exploração do pré-sal. Por isso, torna-se cada vez mais necessário assegurar uma produção limpa, minimizando o descarte na atmosfera e os impactos ao meio ambiente. Desta forma, o ensaio ecotoxicológico passa a ser essencial (e obrigatório, por lei) para preservar a vida aquática, ajudando a diminuir os índices de poluição, de vazamentos de óleo, entre outros possíveis danos. Os ensaios ecotoxicológicos são ferramentas utilizadas para avaliar os efeitos adversos de substâncias tóxicas sobre os organismos, em condições controladas de laboratório, sendo um importante instrumento para o acompanhamento da qualidade dos efluentes industriais e avaliação da eficácia dos processos de tratamento. Segundo Maria Cristina Maurat, diretora do Labtox, tais ensaios são realizados em laboratórios certificados de empresas particulares ou em laboratórios de universidades e são ferramentas utilizadas para avaliar os efeitos adversos de substâncias químicas, antropogênicas ou naturais sobre os organismos, em condições controladas de laboratório. “Este tipo de ensaio é realizado por biólogos, oceanógrafos, químicos e técnicos em laborató-
rios capacitados segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para cultivo de organismos, preparo e conservação de amostras, dentre outros”, comenta. Para a indústria do petróleo, Maurat diz que estes ensaios auxiliam a monitorar a toxicidade e os efeitos que podem causar no ambiente marinho os produtos químicos e fluidos de perfuração utilizados durante a perfuração dos poços. “Todos os ensaios ecotoxicológicos são representativos e estão entre as exigências da atual legislação ambiental em processos de licenciamento, registro de produtos químicos e monitoramento ambiental”, enfatiza a diretora. Ela adverte que os resultados orientam a tomada de medidas
preventivas como, por exemplo, a seleção de produtos de baixa toxicidade e adoção de tecnologias de tratamento de efluentes mais eficientes. O Labtox, localizado no Polo Bio-Rio (UFRJ), realiza desde 2002 testes para saber se algum item nocivo ao meio ambiente se juntou à água. E desenvolve novas técnicas de avaliações ambientais aplicadas em diversos segmentos. A empresa presta serviços, por exemplo, para companhias do setor de óleo e gás, como Petrobras, Shell e Statoil. Até o próximo ano, as pesquisadoras do laboratório esperam crescimento de 30% desse tipo de demanda. Os pesquisadores simulam, em laboratório, o que será realizado pelas empresas no ambiente aquático. Originários das plataformas, os fluidos são recebidos brutos e passam por todo um processo. O resultado sai em 20 dias e atesta o grau de confiabilidade das águas, contribuindo com a preservação ambiental. Aprovados os exames ecotoxicológicos, as organizações obtêm licença para atuar. Maurat conta que, no Brasil, os ensaios com organismos marinhos tiveram início no final da década de 1980. “A mudança na legislação ambiental, que passou a exigir ensaios ecotoxicológicos para liberar a utilização de produtos químicos levou a um aumento na demanda destas análises. Atualmente, tais ensaios são realizados pela indústria do petróleo, indústria química, em dragagens de portos, e qualquer indústria que tenha necessidade de avaliação da toxicidade de algum produto ou efluente gerado”, assegura.
Mais recursos para controle de emissões
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Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin) do Banco Interamericano de Desenvolvimento, em parceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), lançará um programa para ajudar 200 pequenas e médias empresas a gerenciar suas emissões de gases de efeito estufa. O projeto de US$ 2,8 milhões dará apoio técnico às pequenas e médias empresas (PME) para que elaborem inventários de emissões; apoiará as empresas participantes na identificação de oportunidades de negócios afins; e ajudará a ABNT a credenciar-se como ‘inspetor independente de emissões de gases de efeito estufa (GEE)’, em conformidade com normas e protocolos internacionalmente aceitos. Até hoje, as iniciativas voluntárias de gestão de gases de efeito estufa no Brasil têm envolvido apenas empresas de grande porte. Há poucos recursos disponíveis para auxiliar as PME na capacitação de pessoal e na implementação de sistemas de gestão de GEE. Além disso, não há organizações ou empresas brasileiras credenciadas como inspetores independentes de emissões de GEE para garantir a qualidade dos dados. “Munidas de melhores ferramentas e capacidades, as PME
Foto: Banco de Imagens Stock.xcng
Programa financiado pelo BIP irá ajudar pequenas e médias empresas brasileiras a gerenciarem melhor as emissões de gases de efeito estufa
brasileiras não ficarão mais à margem da crescente economia verde da região”, observou Zachary Levey, chefe da equipe do projeto no Fumin. O Brasil é considerado um líder global em ações relacionadas com mudança climática e sustentabilidade. Em 1992, o país sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Cnumad ou Cúpula da Terra do Rio), no Rio de Janeiro, quando foi assinada a Convenção-Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática (CMNUMC). Em junho de 2012, o Brasil sediará a Cúpula Rio+20. O projeto será executado pela ABNT, entidade sem fins lucrativos criada em 1940 para
desenvolver normas técnicas no Brasil. Membro fundador da Organização Internacional de Normalização, a ABNT tem vasta experiência na implementação de sistemas de gestão de qualidade, sistemas de gestão ambiental e vários esquemas de certificação de produtos para PME. Sobre o Fumin, criado em 1993 como parte do grupo BID, o Fundo Multilateral de Investimentos desenvolve abordagens efetivas para apoiar o crescimento econômico e a redução da pobreza por meio de ações de desenvolvimento capitaneadas pelo setor privado para o apoio às micro, pequenas e médias empresas, beneficiando os pobres – seus negócios, suas propriedades agrícolas e seus domicílios.
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suplemento especial
Tecnometal investe na fabricação de placas fotovoltaicas no Brasil Com o avanço e rapidez da energia solar no Brasil, o grupo mineiro Tecnometal, que trabalha na fabricação e integração de produtos complexos, decidiu abrir ainda mais seu leque de oportunidades e estrear na fabricação de placas fotovoltaicas, depois de dois anos de pesquisas. Há mais de seis anos a empresa fabrica turbinas, peças fixas, faz manutenção e oferece ainda outros serviços para pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A Tecnometal atende os setores de mineração, siderurgia, petróleo e petroquímica, fertilizantes, portuário, automação bancária, indústrias de base e energias renováveis, dentre elas energia eólica, hidromecânica e solar. Dentre as fontes de energia renovável, a energia solar ainda encontra-se como a opção mais cara para os consumidores residenciais, devido à falta de regulamentação do setor e a pouca disponibilidade de equipamentos. Entretanto, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), esta realidade deve mudar ainda no primeiro trimestre deste ano, abrindo um novo mercado com possibilidades gigantescas. “Com a descentralização da geração teremos mais um estímulo para implantação do SmartGrid, contribuindo para o aque-
cimento não só do mercado de energia solar bem como de outras fontes renováveis como as minieólicas. Outro setor que deverá sentir fortemente este impacto é o de Tecnologia da Informação, pois haverá uma necessidade de maior confiabilidade e disponibilidade dos dados das pequenas centrais geradoras”, indica Thiago Costa, engenheiro de aplicação da Tecnometal. Fabricante de módulos fotovoltaicos em território nacional, a empresa defende a microgeração distribuída, conceito que define a injeção de energia na rede em pequena escala e que se aplica perfeitamente à energia solar fotovoltaica. A Tecnometal atende seus clientes através da fabricação de módulos capazes de transformar a luz solar em energia elétrica, garantindo segurança energética e economia.
“A falta de informação técnica faz com que os sistemas fotovoltaicos pareçam milagrosos. Não há café grátis, no contexto em que vivemos, para se gerar muita energia ainda é preciso investir muito dinheiro”, afirma Daniel Sebben, engenheiro de aplicação da Tecnometal. Segundo ele, para todos os clientes a companhia aplica-se em esclarecer as funcionalidades e limitações desta tecnologia e ainda, adequar as necessidades às reais possibilidades existentes. A Tecnometal já possui uma fábrica de produção de módulos com capacidade de 25 MWp de produção anual, sendo a única empresa brasileira com o know-how e equipamentos neste segmento na América latina. O grupo investiu numa linha de montagem importada dos Estados Unidos, na qual aplicou R$ 20 milhões.
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Shell Iniciativa Jovem comemora dez anos de apoio ao empreendedorismo Lançado em setembro de 2011, o projeto promove a inserção social de jovens, colaborando para a construção de empreendimentos bemsucedidos e socialmente responsáveis.
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esde 1982, o Grupo Shell investe em empreendedorismo por meio do Shell Live-Wire, hoje presente em 22 países. Diante do desafio brasileiro da construção de uma sociedade mais igualitária, que inevitavelmente passa pela geração de renda e inclusão dos jovens no mercado de trabalho, a Shell lançou a versão brasileira do programa, denominada Iniciativa Jovem. “O projeto contribui para a formação de novos negócios, fornecendo capacitação, consultorias e orientação técnica. O empreendedor se insere no contexto de uma comunidade, e se torna um agente dinamizador da economia e também responsável por gerar outras oportunidades. Assim, ao incluir a questão ‘empreendedorismo’ em sua agenda, a Shell quer contribuir para o desafio da geração de trabalho e renda, enfrentado no mundo inteiro e também aqui no Brasil”, afirma Simone Guimarães, gerente de Comunicação Corporativa da Shell Brasil. Segundo a executiva, a Shell acredita que é preciso criar um ambiente favorável para o surgimento de novos empreendedores que, pela força de sua atuação, também vão contribuir para as comunidades nas quais estão instalados. Atualmente, o programa é executado em dois núcleos: Centro do Rio de Janeiro e em Realengo.
Shell Iniciativa Jovem em números 8.123 cadastros 42 mil jovens tiveram algum tipo de contato com o IJ 11 turmas realizadas 1.278 beneficiados no Laboratório de Ideias 670 beneficiados na Oficina de Projetos 387 Planos de Negócio desenvolvidos 67 start ups de negócios 130 jovens receberam o “Selo Empreendimento Sustentável” 34 empreendimentos premiados Mais de R$ 200 mil em prêmios
A sede do Iniciativa Jovem se situa no primeiro local citado e funciona como espaço aberto aos empreendedores, que podem inclusive utilizá-lo para reuniões com seus públicos de relacionamento. Para inscrever-se no programa, o jovem deve possuir um endereço fixo no Rio de Janeiro. O projeto já contemplou a capital e vizinhos como Niterói, Campo Grande, Santa Cruz, São Gonçalo, Magé, Maricá, Duque de Caxias, Belford Roxo, Petrópolis, Teresópolis, Mesquita, Nilópolis. Mais de 50 empresas já receberam o apoio do Shell Iniciativa Jovem e fazem parte da história de sucesso do programa. São negócios em diferentes áreas de atuação como moda, comunicação, TI, meio ambiente, entre outras. As empresas Cama e Café, ONG Mundo Novo, Coco Legal, Intarget Consultoria, Grupo Oliandro são alguns exemplos de empreendimentos que passaram pelo programa e estão em plena expansão. “A trajetória desses jovens que aceitaram o desafio de montar seu negócio são uma demonstração de
Júlia Vidal, da Balaio, um dos negócios da rede da Shell Iniciativa Jovem
Fábio Lewin, da Coco Legal, um dos negócios da rede da Shell Iniciativa Jovem
que o empreendedorismo representa uma alternativa importante de geração de trabalho e renda para o país. Ele nos mostra como resultados fantásticos podem ser obtidos quando se confia na capacidade do jovem como um agente de mudança. Com o programa Shell Iniciativa Jovem, ajudamos essa juventude a usar sua energia e criatividade a serviço do crescimento da sociedade”, finaliza Guimarães. TN Petróleo 82
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suplemento especial
Combustíveis do inferno Era uma vez, um país que disse ter conquistado a independência energética com o uso do álcool feito a partir da cana-de-açúcar. Seu presidente falou ao mundo sobre esta conquista e foi muito aplaudido por todos. Na época, este país lendário começou a exportar álcool até para outros países mais desenvolvidos.
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Célio Pezza é escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, e o seu mais recente, A palavra perdida.
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lguns anos se passaram e este mesmo país assombrou novamente o mundo quando anunciou que tinha tanto petróleo que seria um dos maiores produtores do mundo e seu futuro como exportador estava garantido. A cada discurso de seu presidente, os aplausos eram tantos que confundiram a capacidade de pensar de seu povo. O tempo foi passando e o mundo colocou algumas barreiras para evitar que o grande produtor invadisse seu mercado. Ao mesmo tempo adotaram uma política de comprar as usinas do lendário país, para serem os donos do negócio, e grandes empresas estrangeiras, como a BP (British Petroleum), compraram no último ano, várias grandes usinas produtoras de álcool neste país imaginário, como a Companhia Nacional de Álcool e Açúcar, e já são donas de 25% do setor. Em 2011, o fabuloso país, grande produtor de combustíveis, apesar dos alardes publicitários e dos discursos inflamados de seus governantes, começou a importar álcool e gasolina. Primeiro, começou com o álcool – já importou mais de 400 milhões de litros e deve trazer de fora este ano um recorde de 1,5 bilhão de litros, segundo o presidente de sua maior empresa do setor, chamada Petrobras Biocombustíveis. Como o álcool do exterior é inferior, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mudou a especificação do álcool, aumentando de 0,4% para 1,0% a quantidade da água, para permitir a importação. Ao mesmo tempo, este país exporta o álcool de boa qualidade a um preço mais baixo, para honrar contratos firmados. Como o álcool começou a ser exportado, foi mudada a quantidade de álcool adicionada à gasolina, de 25% para 20%, o que fez com que a grande empresa produtora de combustíveis deste país precisasse importar gasolina, para não faltar no mercado interno. Da mesma forma, ela exporta gasolina mais barata e compra mais cara, por força de contratos. Continuando, este mesmo país fabrica e consome o pior diesel do mundo em termos de enxofre contido e, se imaginarmos um local fechado e cheio de caminhões desregulados soltando aquela conhecida fumaça escura, poderemos imaginar como uma das alas do inferno, que é mostrado como sendo um local de sofrimentos, muito quente e cheio de enxofre no ar. O mesmo enxofre que é um dos maiores poluentes da atmosfera e causador da chuva ácida, que tanto mal faz ao meio ambiente... O problema é que esta fábula é real e este país se chama Brasil. Quando o então presidente Collor falou que os carros brasileiros eram carroças, ele se esqueceu de dizer que os nossos combustíveis também eram condizentes com as carroças. Infelizmente, após mais de 20 anos, muito pouco mudou neste cenário. A Europa, o Japão e muitos outros países utilizam um diesel com 10 ppm (partes por milhão) de enxofre. Nos EUA, o limite é 15 ppm. Aqui no Brasil,
é fabricado diesel com 1.800-2.000 ppm para a frota em geral e 500 ppm para consumo somente em algumas cidades em que a poluição é crítica. Em 2002, o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) determinou que fosse utilizado um diesel com 50 ppm a partir de 2009. Quando o prazo se esgotou, a ANP, a Petrobras e as montadoras, disseram ser impossível cumprir a determinação. Ela acabou sendo adiada e até hoje não foi cumprida. Agora, neste início de 2012, voltam a falar sobre os projetos de produção de um diesel mais limpo, com 50 ppm de enxofre, como sendo um grande avanço, quando na Europa já se fala em 5 ppm. Em outras palavras, o nosso diesel atual é 200 vezes mais poluente que o diesel europeu, e as determinações do Conama vão sendo descumpridas e adiadas. Os nossos carros são mais caros, de pior qualidade, utilizam motores obsoletos em seus países de origem, consomem mais combustível e poluem muito mais. Como explicar isto? Certa vez, quando ques-
tionado sobre os altos preços dos seus carros no Brasil, o presidente da Peugeot argumentou: por que a Louis Vuitton deveria baixar os preços de suas bolsas no Brasil? Um executivo da Mercedes-Benz foi mais taxativo: por que baixar o preço se o consumidor paga? Da mesma forma, por que fazer uma gasolina e diesel de melhor qualidade, se o consumidor usa qualquer coisa? A verdade é que, hoje, o Brasil exporta o álcool e a gasolina a preços baixos, importa a preços altos um produto inferior, fabrica e usa um diesel de péssima qualidade e seu povo paga por estes produtos um dos mais altos preços do mundo. Em contrapartida, respiramos um ar mais poluído e cheio de enxofre, como deve ser o ar do inferno, descrito por Dante Alighieri no seu épico poema, A divina comédia. Também o Sr. Juan Pablo Péres Afonso, antigo ministro da energia da Venezuela falecido em 1979 e um dos criadores da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) disse certa vez uma frase para nossa reflexão:
“Dez anos, vinte anos a partir de agora, vocês verão que o petróleo será a nossa ruína... Petróleo é o excremento do diabo!” Evidente que o petróleo e o carvão foram e ainda são bases energéticas fundamentais ao crescimento industrial e econômico e ninguém quer parar de crescer, mas também foram os causadores da situação calamitosa em que se encontra o planeta em termos de poluição, aquecimento global e desastres ambientais. O planeta exige fontes limpas de energia. É hora de fazer uma reflexão sobre as palavras do Sr. Juan Pablo e sobre a descrição poética de Dante Alighieri sobre o inferno e seus odores. É hora de investirmos pesado também nas energias limpas para termos um mundo mais saudável no futuro. Sabemos que estas mudanças levam tempo, exigem novas tecnologias, altos investimentos e muita vontade política, mas enquanto isso não acontece, pelo menos vamos fabricar combustíveis de melhor qualidade e diminuir drasticamente o teor de enxofre de nosso diesel.
lançamento! O IBP e a Benício Biz Editora, e grandes nomes da indústria do petróleo, apresentam mais uma obra de cunho jurídico e histórico, para o engrandecimento técnico e jurídico dos profissionais e para o entretenimento dos demais leitores que circundam o segmento de petróleo e gás natural. Num formato atraente, no qual renomados nomes do Direito e do segmento de Oil & Gas, com opiniões diferentes, expõem seus pontos de vista, esta obra registra a realidade de um momento histórico do Direito do Petróleo.
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Mark Weinberger será o próximo chairman e CEO global da Ernst & Young A Ernst & Young anunciou em janeiro que Mark Weinberger foi apontado como seu próximo chairman e CEO global. Ele irá suceder a James Turley, que lidera a multinacional de auditoria e consultoria desde 2001 e que recentemente anunciou que irá se aposentar em 30 de junho de 2013. O Conselho Executivo Global da Ernst & Young e seu Conselho Consultivo Global, principais órgãos de gestão e governança da empresa, apoiaram com unanimidade a escolha de Weinberger. Weinberger, 50, possui uma carreira de destaque, com um histórico de liderança tanto na Ernst & Young quanto em outras empresas. Atualmente, faz parte do Conselho Executivo Global, o órgão máximo de governança da companhia, e dirige a prática de Impostos Globais. Antes, na Ernst & Young, Weinberger fez parte do Americas Executive Board – responsável pelas decisões que envolvem o mercado das Américas – e do Comitê de Operações dos EUA, além de comandar a prática de Impostos das Américas. Ele tem sido um sócio sênior de consultoria para muitos dos maiores clientes da empresa e também faz parte do Comitê Executivo de Mercados Globais e do Comitê
Executivo de Política Pública. Durante o governo do ex-presidente George W. Bush (2001-2009), foi secretário-assistente do Tesouro para Política Fiscal e, no mandato de Bill Clinton (1993-2001), nomeado ao Conselho Consultivo de Segurança Social. James Turley, que comanda a Ernst & Young desde 2001, é defensor dos esforços bem-sucedidos da organização para liderar a profissão em tempos de globalização e o investimento em mercados novos e emergentes. Sob sua liderança, a Ernst & Young cresceu de US$ 10 bilhões em receitas globais anuais para US$ 23 bilhões, dobrando o número de funcionários e se estabelecendo como a organização mais integrada globalmente no setor. Turley tem defendido uma forte cultura voltada para as pessoas, que é sublinhada pela sua busca por mais e mais diversidade e inclusão, política já reconhecida por meio de diversos prêmios. “Weinberger é um profissional extraordinário, que tem demonstrado forte liderança dentro e fora de nossa empresa, e desempenha um papel ativo com muitos de nossos maiores clientes”, afirma Jim Turley. Ele tem uma mentalidade de regula-
ção que permitirá à Ernst & Young manter fortes conexões com muitos reguladores de auditoria e outras autoridades com quem nos engajamos globalmente. Estou ansioso para trabalhar com Weinberger em uma transição produtiva e confiante de que ele será um líder extraordinário para a Ernst & Young, levando nossa organização a níveis de sucesso ainda maiores”, comenta Turley. “É um privilégio ser escolhido para liderar essa grande companhia”, diz Mark Weinberger. “Sem dúvida, estes são tempos desafiadores, nos quais o mundo enfrenta profundas mudanças econômicas, geopolíticas e demográficas. A Ernst & Young está bem posicionada para ter um papel construtivo, ajudando nossos clientes, regulares e outros stakeholders, a moldar o futuro. Tenho orgulho do papel fundamental que a Ernst & Young desempenha no crescimento e funcionamento eficiente da economia global. Nosso papel é construir a confiança nos mercados de capital mundiais e ajudar nossos clientes a realizar seus objetivos. Tenho orgulho das pessoas na Ernst & Young que, sem descanso, agregam valor aos nossos clientes ao fornecer serviços de qualidade e bons conselhos nesse ambiente complicado e desafiador. Estou comprometido a construir mais sobre a forte fundação que criamos”, conclui Weinberger.
A HRT anunciou no último dia 29 de fevereiro a nomeação de Milton Romeu Franke como diretor-presidente de sua subsidiária HRT O&G, em substituição a Marcio Rocha Mello, que permanece como diretor-presidente da empresa e presidente do Conselho de Administração da HRT. Além da 80
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nova função, Milton vai acumular ainda o cargo de diretor de Planejamento da companhia. A mudança faz parte de um conjunto de medidas que buscam ganho de eficiência operacional na HRT O&G, em particular na Bacia do Solimões, onde a empresa detém participação em 21 blocos exploratórios.
Foto: Divulgação HRT
Milton Franke é o novo presidente da HRT Óleo e Gás
Magda Chambriard é nomeada diretora-geral da ANP assumiu a Superintendência de Exploração (SEP) da agência, na qual foi responsável pela regulação e fiscalização das atividades exploratórias. Também atuou na Superintendência de Definição de Blocos (SDB) e foi coordenadora técnica no processo seletivo da ANP no segmento de exploração e produção de petróleo e gás natural. Para assumir o novo cargo, Chambriard não terá que passar por sabatina no Congresso Nacional, porque já era diretora da ANP. Nesse caso, a indicação para a diretoria-geral não precisa ser ratificada pelos parlamentares. O que precisa passar pelo Senado é o nome que irá substituir Haroldo Lima no colegiado, que ainda não foi indicado pela presidência.
Baker Hughes anuncia novo CEO
Nautronix nomeia gerente de desenvolvimento de negócios no Brasil
A Baker Hughes anuncia o nome de Martin Craighead como seu novo CEO. O executivo assume o cargo para substituir Chad Deaton, que continuará no posto de presidente do Conselho de Administração da companhia. Craighead, que entrou para a Baker H u g h e s e m 1 98 6 , ocupava o cargo de presidente e de diretor de Operações ( C O O/C h i e f O p e rating Officer, em inglês) desde 2010, sendo COO desde 2009 e vice-presidente sênior entre 2009 e 2010. O executivo também trabalhou em escritórios regionais na América do Norte, América Latina e Ásia. O novo CEO será responsável pelas operações da empresa em mais de 80 países e comandará cerca de 53 mil funcionários.
A empresa do Reino Unido, Nautronix, de tecnologia marinha e especializada em acústica submarina e posicionamento para a indústria o ff s h o re , a n u n c i o u e m f e ve re i ro Alessandra Bunel como gerente de Desenvolvimento de Negócios para a região brasileira. A executiva trabalhará no escritório da empresa no Rio de Janeiro e será responsável por desenvolver novas oportunidades de negócios e aumentar a presença da empresa no país. Alessandra já possui experiência na área de Desenvolvimento de Negócios e Vendas. Mais recentemente foi diretora de Desenvolvimento de Negócios da área de simulação da Drilling Systems Ltd-Innovation, quando foi responsável pelo desenvolvimento do negócio da empresa na América Latina.
Foto: Banco de Imagens TN Petróleo
A presidente Dilma Rousseff nomeou no dia 8 de março a engenheira Madga Maria de Regina Chambriard para a direção-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ela substituirá Haroldo Lima, que deixou o cargo no dia 11 de dezembro de 2011. Formada em Engenharia Civil pela UFRJ e pós-graduada em Engenharia Química pela Coppe, Chambriard ingressou na Petrobras em 1980, como estagiária. Na estatal, atuou nas áreas de engenharia de reservatórios, de produção e de novos negócios de exploração. A nova diretora-geral da ANP começou a trabalhar na agência em 2002, como assessora da diretoria. Três anos depois,
“Não há dúvida sobre o crescimento e a importância do mercado brasileiro para o setor de petróleo e gás em todo o mundo. Além disso, os desafios enfrentados pelas operações em águas profundas no pré-sal são enormes e a Nautronix oferece soluções tecnológicas de ponta para superar esses desafios, aumentando a segurança e produtividade através de nossa tecnologia de sinalização de arte. Estou muito contente por ter a oportunidade de usar minhas habilidades e experiência para contribuir para o crescimento da empresa na região e fazer parte de uma nova era na comunicação subaquática e posicionamento”, afirma Alessandra Bunel.
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Centro de Excelência em EPC Halliburton: elege três novos diretores novo O Centro de Excelência em EPC (CE-EPC) elegeu em janeiro três novos diretores: Marcelo Bonilha, diretor superintendente da EBSE, empresa de soluções de engenharia; Alfredo Laufer, da diretoria de Tecnologia da Coppe/UFRJ, e Luís Fernando Mendonça. Atualmente, o CE-EPC é presidido pelo engenheiro Antonio Ernesto Ferreira Muller (Tridimensional) e na vice-presidência encontra-se Carlos Affonso de Aguiar Teixeira (IBP). Formado em Engenharia Elétrica e pós-graduado em Gestão de Negócios, Marcelo Noto Bonilha possui grande experiência na área de engenharia, onde atua há 18 anos. Além disso, possui experiência em definir estratégias comerciais, em função de mudanças no mercado, elaborando planos de objetivos e metas para as atividades que compõem a sua gerência. Já Alfredo Laufer é formado em Engenharia Industrial Mecânica pela Universidade Católica de Petrópolis, possui mestrado em Engenharia do Produto pela Coppe/UFRJ e é pós-graduado em Filosofia Contemporânea. Doutor em Engenharia
Metalúrgica e Materiais, Laufer é consultor e responsável pelo setor de Articulações Corporativas do Parque tecnológico da UFRJ, compõe a diretoria da Coppe e ainda é professor de universidades e consultor de empresas. Atuando há 26 anos em empresas voltadas para a área de petróleo e Gás, Luiz Fernando Mendonça é formado em Engenharia Mecânica e bacharel em Direito. Fez carreira na Petrobras e atualmente é superintendente na Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip).
Diretoria: André Jacques de Paiva Leite – Statoil João Sérgio Vereza Mariano – Shell Laerte Santos Galhardo – Petrobras Sérgio Vieira Cunha – Odebrecht José Octavio Alvarenga – Promon Alberto Padilla – Setal José Rodrigues de Farias Filho – UFF Alfredo Laufer – Coppe/UFRJ Marcelo Bonilha – EBSE Diretor Executivo – Danilo Gonçalves
executivo no Conselho de Administração A Halliburton nomeou em janeiro, Murry S. Gerber para o Conselho de Administração da empresa, o que será oficializado com a reunião anual dos acionistas da companhia americana em maio deste ano. A maior parte da carreira do executivo foi dividida entre a Coral Energy, subsidiária da Shell – onde trabalhou por 19 anos, até chegar ao cargo de CEO –, e a EQT, em que assumiu o cargo de CEO em 1998, sendo eleito também chairman da empresa em 2000. Ocupou os mais altos cargos da empresa até maio de 2011, quando passou ao Conselho de Administração, de onde se afastou recentemente. Gerber se formou em Geologia na Augustana College e fez mestrado, na mesma matéria, na universidade de Illinois (EUA).
Cargotec: novo vice-presidente sênior Pasi Lehtonen foi nomeado desde o início de janeiro como vice-presidente sênior do segmento de negócios offshore da Cargotec. O executivo trabalha desde 1995 na sede finlandesa. Sua mais recente posição era vice-presidente sênior de Finanças para os negócios marítimos da empresa, entretanto, apesar do novo cargo, ele continuará como membro do grupo de gestão da área. 82
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A Cargotec é líder reconhecida em soluções de logística e movimentação de cargas em todo o mundo. Desde 2010, movimenta cargas e soluções offshore para a MacGregor. O pacote inclui guindastes marítimos, offshore e subsea com ati-
vos de compensação e elevação, corda de fibra para manipulação de sistemas para movimentação de cargas em águas profundas, ultralançamento, sistemas de recuperação de ROVs/Ts, sistemas de módulo de manipulação, de resgate sofisticados e deque de manipulação de equipamentos e guinchos para avançados manuseio de âncoras e reboque e operações de amarração.
Novo presidente na Usiminas A Usiminas indicou, em janeiro, o executivo argentino Julián Eguren (à direita) para o cargo de diretor-presidente da empresa, em substituição do brasileiro Wilson Brumer (à esquerda), que estava no comando da companhia desde 2010. O Conselho de Administração também aprovou novo acordo de acionistas, válido até 2031, depois que o grupo ítalo-argentino Techint anunciou em novembro a compra de participação de 27,7% no capital votante da maior produtora de aços planos do Brasil, em uma operação de R$ 4,1 bilhões e em que pagou ágio de mais de 80%. Eguren, 48, ocupava desde 2008 a presidência da unidade mexicana da Ternium, empresa do grupo Techint. Para a Usiminas, a entrada da Techint no bloco de controle, no lugar dos grupos brasileiros Camargo Corrêa e Votorantim, fortalece “sua estrutura de governança e potencializa oportunidades
de desenvolvimento e aumento de competitividade”. Em breve comunicado, Eguren afirmou que “iremos trabalhar em equipe na melhoria da eficiência operacional, oportunidades de mercado e melhoria de competitividade”. A escolha de nova gestão para a companhia acontece em um momento em que o mercado avalia com cautela a mudança no grupo de controle da siderúrgica, que vem tentando melhorar seu nível de competitividade em meio ao excesso de capacidade produtiva mundial de aço e grandes importações do material no Brasil.
Energy Talent conta com novo diretorpresidente Agustín Castaño é o novo diretor-presidente da Energy Talent, empresa de recrutamento de profissionais altamente qualificados para os setores de petróleo e gás, infraestrutura, engenharia e recursos naturais. Formado em Engenharia Industrial pela Universidade de Buenos Aires e com especialização no Massachussetts Institute of Technology (MIT), o executivo trabalhou por 11 anos na Booz & Company, onde chegou a ocupar o cargo de diretor de Projeto Sênior. Castaño ainda trabalhou como analista sênior da Celulosa Argentina. A Energy Talent tem como principal missão recrutar pessoas qualificadas para atuar em projetos ligados à exploração do pré-sal.
Didier Michaud-Daniel é nomeado novo CEO do Bureau Veritas O Conselho de Administração do Bureau Veritas, presidido por Frank Piedelièvre, anunciou a nomeação de Didier Michaud-Daniel como CEO do Bureau Veritas. O novo CEO toma posse a partir do dia 1º de março. Didier Michaud-Daniel foi presidente do Conselho e presidente da Otis Elevator Company, empresa global que faz parte da United Technologies Corporation desde 2008. À frente da Otis, líder mundial do setor, com 12 bilhões de dólares em receita e 60 mil empregados, Didier Michaud-Daniel demonstrou excelente capacidade de
liderar e mobilizar equipes internacionais. Sua conduta de criação de valor e aquisições obteve os melhores resultados financeiros. O executivo também traz uma vasta experiência em serviços de profissionais que irão contribuir para desenvolver ainda mais o Bureau Veritas. Frank Piedelièvre, que atuou como CEO do Bureau Veritas durante 17 anos e que desde 2009 é presidente do Conselho de Administração da entidade, permanecerá ativamente envolvido na governança do Grupo como presidente do Conselho. Ele apoiará Didier Michaud-Daniel em seu novo papel. O novo CEO destaca a importância do cargo. “Para mim, fazer parte do Bureau Veritas é uma grande oportunidade. Trata-se de uma empresa notável,
com grandes vantagens, líder mundial em um campo de alcance cada vez maior e significativo. Ser o sucessor de Frank é um grande desafio, mas eu me sinto bem preparado e muito entusiasmado em trabalhar para garantir o sucesso contínuo do Grupo”, explica. “Esta evolução na governança, sugerida por mim, vem no momento certo. 2012 é o primeiro ano do Plano Estratégico do Bureau Veritas 2015, que introduz um novo ciclo de expansão para o nosso Grupo. Temos uma visão clara do nosso futuro, uma grande equipe de executivos e um modelo operacional sólido. Didier trará novas ideias salvaguardando a cultura empresarial empreendedora e disciplinada do Bureau Veritas”, declarou Frank Piedelièvre. TN Petróleo 82
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produtos e serviços
Estrelaço
A Estrelaço Tubos e Conexões, fornecedora de acessórios industriais, celebra em abril 12 anos de atividade. A empresa, que atende os setores petrolífero, farmacêutico, alimentício, petroquímico, de construções e montagens, tem investido pesadamente na capacitação profissional de seus funcionários, buscando uma frequente atualização em novas tecnologias. “Podemos, assim, nos tornarmos cada vez mais competitivos neste amplo mercado, no qual propomos apresentar grande diferencial em termo de comercialização”, indica Fabio Souza da Costa, diretor comercial da Estrelaço. Sediada no Sudeste do país, especificamente no bairro da Penha, região norte da cidade do Rio de Janeiro, a Estrelaço tem grandes perspectivas de negócios em relação ao mercado de petróleo e gás.
Foto: Agência Petrobras
Estrelaço investe em capacitação profissional
Distribuidora de toda a linha de equipamentos e material de consumo nas linhas de produção da indústria petrolífera, petroquímica e naval, a empresa oferece uma variada linha de acessórios industriais, destacando-se os tubos, válvulas, conexões tubulares e forjadas, chapas grossas, finas, estruturas metálicas (vigas) de todos os tipos e bitolas, e acessórios para prevenção e combate a incêndio. Todos em aço carbono, aço inox, ligados, superduplex, ferro fundido, cobre, PVC e CPVC. Costa comenta que há pouco mais de um ano a Estrelaço, que possui o certificado da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), se tornou distri-
buidora da Parker na linha de instrumentação (Detroit). Ademais, no ano passado a companhia renovou por mais um ano o CRCC (Certificado de Registro e Classificação Cadastral) da Petrobras. A Estrelaço trabalhou nos projetos de construção e reforma das plataformas P-25, P-36, P-37, P-43, P-48, P-53 (foto), P-61, da Statoil, do FPSO OSX-1; além dos navios da Transpetro M199, M200, M203, M204; e sondas como a Atlantic Star, entre outras. Costa destaca ainda os projetos dos gasodutos Gasan, Gasoduto Cabiúnas-Reduc (Gasduc III), Gasoduto Cabiúnas (Gascab), Miranga, Gasoduto Japeri-Reduc (Gasjap); e diversas usinas siderúrgicas tais como ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico, Gerdau e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Atualmente, a empresa atende também alguns consórcios envolvidos nos projetos da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Jaraguá e Ascom
Jaraguá e Ascom criam nova empresa para setor de óleo e gás A Jaraguá Equipamentos Industriais, uma das três maiores fornecedoras de equipamentos para o segmento de óleo e gás no Brasil, acaba de firmar parceria com a holandesa Ascom BV, líder mundial no desenvolvimento de soluções tecnológicas para o setor. O objetivo da nova empresa é captar 20% do mercado, nos próximos dois anos, investindo na maior nacionalização de equipamentos e desenvolvimento de novas tecnologias. Além do Brasil, a expectativa é atender a demanda em países da América do Sul e parte da África.
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O acordo abrange desde processos tradicionais até as mais avançadas tecnologias de separação com equipamentos compactos. “Essa cooperação resultará na conquista de soluções técnicas avançadas e na oferta aos clientes brasileiros de novas soluções de processo”, afirma Nasareno Neves, vice-presidente da Jaraguá. A empresa ocupa hoje uma posição de destaque no mercado brasileiro, como um dos principais fornecedores de soluções tecnológicas e fabricação de equipamentos para o setor de óleo e gás. A variedade de produtos e ser-
viços oferecidos pela Jaraguá vai de projetos de equipamentos a pacotes integrados de tecnologia e plantas completas em regime turn-key. A Ascom mantém a liderança internacional no desenvolvimento de soluções inovadoras, bem como de soluções compactas, para a separação óleo/água, tratamento da água produzida, manuseio da areia, separação gás/líquido e tratamento de gás. Entre as diversas aplicações da tecnologia Ascom estão a eliminação de gargalos em plantas de processo, módulos compactos top-sides em navios de exploração e unidades de processamento.
Wärtsilä
Foi efetivada, no último dia de janeiro, a aquisição da empresa britânica de engenharia Hamworthy pela Wärtsilä. Esta aquisição é um passo importante na estratégia da multinacional finlandesa para fortalecer sua posição como um fornecedor de soluções completas, oferecendo a seus clientes ampla gama de produtos, soluções integradas e serviços para as indústrias naval e offshore. A Wärtsilä havia anunciado a oferta recomendada à Hamworthy em novembro do ano passado. A Wärtsilä já tem um portfólio excepcionalmente amplo, que abrange o ciclo de vida completo de uma embarcação, desde o projeto naval até o atendimento aos requisitos de operação diária, e conta com o suporte da mais extensa rede de serviços na indústria global. A carteira de produtos e sistemas de alta tecnologia da Hamworthy vai agregar ainda mais ao portfólio da Wärtsilä. Como as indústrias naval e offshore enfrentam desafios, com crescentes restrições ambientais e econômicas, a combinação dos pontos fortes das duas empresas deve facilitar que os clientes reduzam custos operacionais e impactos ambientais, assegurando o cumprimento da legislação. Também serão facilitados os procedimentos one-stop, para que os estaleiros reduzam os
riscos decorrentes da utilização de múltiplos fornecedores. “Este movimento está em perfeita consonância com a nossa estratégia”, diz Jaakko Eskola, vice-presidente da divisão Ship Power da Wärtsilä. “Ambas as empresas estão animadas com os desafios e oportunidades no setor offshore, que apresenta rápida evolução, assim como no desenvolvimento de aplicação de gás combustível e de soluções ambientais. Temos a mais ampla gama de soluções e serviços na indústria, e somando os pontos fortes Hamworthy aos nossos, poderemos atender nossos clientes ainda melhor.” “Estamos muito satisfeitos em fazer parte da Wärtsilä, líder reconhecido no fornecimento de soluções tecnologicamente avançadas para clientes em todo o mundo. Os pontos fortes Hamworthy serão pouco a pouco integrados aos da Wärtsilä e o resultado final será a maior rentabilidade para os clientes e mais facilidade para o cumprimento das leis ambientais”, diz Joe Oatley, CEO da Hamworthy. A Hamworthy tem sido bem-sucedida na oferta de grande varieda-
Foto: Divulgação Wärtsilä
Wärtsilä compra britânica Hamworthy
de de equipamentos especializados para a indústria naval e sistemas que melhoram a eficiência operacional e o cumprimento da legislação ambiental do setor de petróleo e gás. “A junção dessas duas líderes da indústria proporcionará uma excelente plataforma para crescimento no longo prazo. A capacidade de atender e se antecipar às regulamentações será reforçada, para o benefício dos clientes e grupos de interesse em todo o mundo”, afirma Joe. A Hamworthy emprega perto de mil pessoas no mundo e tem escritórios na Europa, nos EUA, Ásia, Oriente Médio e Índia. A Wärtsilä atualmente emprega cerca de 18 mil pessoas em 170 locais de 70 países diferentes.
Ausenco
Ausenco adquire empresa especializada em areias petrolíferas A Ausenco, empresa de engenharia e gestão de projetos, anunciou em janeiro que adquiriu 100% da Reaction Consulting Inc., empresa com sede no Canadá e especializada nos setores de betume SAGD e areias. Segundo o CEO da Ausenco, Zimi Meka, a aquisição aumenta a expertise do portfólio de energia da empresa e proporciona uma presença estratégi-
ca local e imediata em Calgary, o que é crucial para o crescente mercado de areias petrolíferas da América do Norte. “Estamos comprometidos com o crescimento significativo da
linha de negócios em energia e prevemos que a receita de 2012 ficará entre C$5 e C$7 milhões devido a esta aquisição. O preço de compra de C$ 3,8 milhões será obtido a partir das atuais reservas de caixa da Ausenco.” Meka disse ainda que a equipe da Reaction imediatamente será integrada à linha de negócios de Energia da Ausenco.
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produtos e serviços
Technip
A empresa francesa Technip anunciou fornecer cerca de 1,4 mil quilômetro de tubos flexíveis para a Petrobras em um contrato de US$ 2,1 bilhões. Segundo a empresa, o fornecimento deve começar em 2013. As encomendas são garantidas para ao menos 50% do valor total, e os tubos serão produzidos na fábrica da companhia em Vitória, no Espírito Santo, e em uma nova unidade que está sendo construída no porto do Açu, no Rio de Janeiro. O escopo do contrato inclui a fabricação de mais de 150 tipos e diâmetros de tubos de elevação e tubos de fluxo, além de equipamentos e acessórios associados. Segundo a Technip, o contrato será cumprido com um alto nível de conteúdo local.
Foto: Divulgação
Technip fornecerá tubos flexíveis à Petrobras
“Este acordo demonstra o grande potencial de soluções em tubos flexíveis que facilitarão o complexo desenvolvimento de campos profundos de petróleo offshore e campos de gás em todo o mundo. Reforça, ainda, a nossa liderança em tubos flexíveis na indústria Subsea de uma
maneira geral, na qual temos uma oferta única e verticalmente integrada para os nossos clientes, combinando uma presença global, tecnologia própria, P&D, recursos de engenharia, fábricas e uma frota com embarcações de última geração”, afirmou Frédéric Delormel, vice-presidente executivo e COO do segmento Subsea da Technip. De acordo com a empresa, o contrato confirma a forte lógica do investimento anunciado no ano passado para a construção de uma segunda fábrica de tubos flexíveis no Brasil, capaz de produzir uma ampla gama de tubos de alta qualidade e tecnologia avançada, para atender ao forte crescimento na demanda e a evolução nas exigências de tecnologia que se espera no mercado brasileiro.
Fores Engineering
Fores Engineering fornecerá sistemas de injeção química para P-58 e P-62 A italiana Fores Engineering, especializada em engenharia, construção, integração e fornecimento de sistemas para o setor de óleo e gás offshore e onshore, ganhou o contrato para o fornecimento de sistemas de injeção química ao FPSO P-58 e a plataforma P-62. As unidades vão produzir petróleo no campo do Parque das Baleias e também no campo de Roncador. O contrato inclui a engenharia e fornecimento de 32 tanques em aço inoxidável AISI 316L completados com indicadores de nível e transmissores, 76 bombas de diafragma duplo, de acordo com API675, código com taxa de fluxo a partir de 1 lt / hora a 5.000 litros / hora e pressão de descarga de 86
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até 225 barg, potes de calibração, dumpers pulsação, válvulas, transmissores de fluxo, válvulas de controle de pressão, e todos os acessórios necessários para atingir as performances solicitadas. A Fores vai fornecer também toda a assistência técnica para o pré-comissionamento, comissionamento, start-up das atividades onshore e offshore e o treinamento dos operadores. “Esse projeto será mais uma boa oportunidade para a Fores Engineering mostrar sua potencialidade na cooperação com seus clientes,
suas habilidades operacionais, sua capacidade técnica, sua sinergia com as construtoras brasileiras e sua eficácia na aplicação de tecnologias de EPC nos sistemas químicos de injeção”, afirma o diretor comercial da companhia, Stefano Cappelli. Em 2012, a Fores Engineering celebra 20 anos de atividades. A companhia faz parte do Grupo Rosetti, especializado na integração de engenharia e construção de sistemas de óleo e gás. A empresa oferece diversos sistemas: de controle de cabeça de poço de petróleo; de medição de gás; de injeção de químicos, gás e combustível; de óleo diesel, controle e segurança; de telecomunicação e salas de controle pré-fabricadas.
FMC
Inauguração de Centro de Pesquisas no Rio
Localizado no Parque Tecnológico do Fundão, na Ilha do Governador (RJ), o centro teve investimentos de cerca de R$ 70 milhões e é o terceiro da multinacional no mundo – os outros dois estão localizados nos Estados Unidos e na Noruega. O espaço de 22 mil m² conta com laboratórios mecânicos e eletrônicos, além de um hangar para realização de testes de integração de protótipos em escala real. “Essa foi nossa visão quando surgiu a oportunidade de montar um centro de tecnologia no Brasil. Por brincadeira o nomeamos ‘subsea Disneyland’, pois ali o engenheiro tem recursos para criar, qualificar a criação e testá-la em escala real”, afirma o vice-presidente de Tecnologia da FMC no Brasil, Paulo Couto, completando que essa possibilidade é rara no mundo, não só na indústria de petróleo. No CT, que começou a operar desde outubro de 2011, foi testado o Separador Submarino Água-Óleo (SSAO), desenvolvido para a Petrobras, e que está em fase de testes no campo de Marlim Sul, ainda em fase de integração. O equipamento, projetado por três unidades da FMC, teve a parte de separação compacta desenvolvida na Holanda, os ajustes de sistema e controle na Noruega, e a parte mecânica, projetos de sistema, fabricação e integração no Brasil. Ainda chamado de ‘piloto’ pela Petrobras, o SSAO tem de passar por melhorias até atingir a maturidade. Para isso, a empresa atuará em específicas áreas de processamento submarino, buscando inovações tecnológicas que tenham equipamentos compactos, leves, fáceis de instalar e que não demandem manutenção. De acordo com Paulo, a tecnologia de separação será uma das principais áreas a serem trabalhadas pela empresa no Brasil. “Estamos nos capacitando para desenvolver os próximos separadores aqui no
Foto: Divulgação
Líder mundial na produção de equipamentos submarinos para a indústria do petróleo e líder brasileira na produção de manifolds e árvores de natal, a FMC inaugurou seu primeiro Centro de Pesquisas (CP) no Brasil, no dia 9 de janeiro.
país. Nosso trabalho agora é desenvolver a tecnologia SSAO para o pré-sal”, disse. A empresa utiliza a força centrífuga e eletrostática que ‘ajudam’ a gravidade durante o processo de separação de água e óleo, e que dão condições de fazer equipamentos mais compactos. Marlim utiliza dois estágios de separação: a tubular, que tira grande parte do óleo da água, e a ciclônica, que é um polimento para tirar as gotículas de óleo da água e depois reinjetada no reservatório. Paulo explica que essa experiência está dando certo, mas para maiores profundidades ainda é uma dúvida. “A separação ciclônica em larga escala é algo que ainda precisa ser melhor desenvolvido”, explica. O gás também exigirá criatividade do setor de pesquisa e desenvolvimento. Nesta área, a FMC trabalha com tecnologia supersônica, que atua separando os gases. “Precisamos de sistemas amigáveis no fundo do mar, que tenham eficiência energética, e que não demandem controle em superfície.” Automação e controle fecham o grupo que Paulo Couto chamou de ‘direcionadores tecnológicos’. De acordo com ele, a indústria precisa evoluir muito nesta área para desenvolver tecnologia submarina. “Os sistemas hoje não têm muita inteligência no fundo do mar, e não dá pra esperar que o sistema identifique e avise sobre alguma anormalidade. Ele tem que corrigir isso automaticamente”,
afirma, completando que para produzir o pré-sal em escala comercial usando tecnologia de processamento submarino, o que está sendo usado em Marlim terá que ser aperfeiçoado. A FMC é a terceira a se instalar no Parque Tecnológico do Fundão – Schlumberger e Baker Hughes também instalaram um CT e tecnologia no local. A princípio, a companhia terá 200 engenheiros e pesquisadores gerando desenvolvimento nas áreas de separação, tratamento de gás, máquina rotativa, geração de energia no fundo do mar, automação e controle. A previsão é que em dois anos o número de profissionais se expanda para 300. “Nossa missão aqui é gerar tecnologia local, mas integrada com o resto do mundo, e vice-versa.” Sobre conteúdo local, Paulo afirmou que a empresa não tem uma meta específica, e sim uma missão e forte intenção de que o máximo seja produzido aqui. Ele explica que o SSAO tem 75% de conteúdo local. O que veio de fora foi um pedaço da engenharia e a bomba, produzida pela Framo Engineering, na Noruega. “Temos como meta ficar autônomos, no Brasil, em geração de energia.” O CT também tem alavancado fornecedores globais, entre elas a norte-americana Teledyne, fabricante de equipamentos de controle, que já está se instalando no Brasil para atender a demanda por novos equipamentos.
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produtos e serviços
Intcom
Um novo conceito para o People Organizer O People Organizer é um software de controle e planejamento de trocas de turmas em plataformas e embarcações. O produto oferece controles de organização dos recursos humanos disponíveis, verificação de validade de documentos, cursos e certificações, agendamento de trocas de turmas e planejamento da logística dos tripulantes. Após mais de um ano desde o seu lançamento, a Intcom, que sempre esteve atenta ao feedback dos seus clientes, desenvolveu diversas atualizações no People Organizer, que o transformaram em uma poderosa solução de gestão de RH marítimo. Além de centralizar as informações sobre os recursos humanos das operações offShore, o People Organizer passou a ser integrado a outros departamentos das empresas, otimizando também os processos do RH, Departamento Pessoal e Compras. Por ser integrado ao sistema de RH utilizado pela empresa, o People Organizer consegue detectar as atualizações na base de dados de RH. Desta forma, por exemplo, o software permite que um recém-contratado profissional marítimo esteja prontamente disponível para ser agendado para embarque; ou que um tripulante afastado por licença médica não possa ser utilizado em troca de turmas. Além de novas contratações e afastamentos tempo-
Foto: Divulgação
Cerca de um ano após o seu lançamento, o People Organizer se apresenta como uma solução completa de gestão de RH Marítimo
rários, como licenças, férias, ausência por cursos ou treinamentos, o People Organizer é automaticamente atualizado quando detecta que ocorreram demissões de colaboradores, alterações dos seus dados pessoais ou nos seus cargos exercidos. Uma vez que o planejamento das próximas trocas de turmas está concluído, o People Organizer informa ao Departamento de Compras todos os serviços de logística e hospedagem que são necessários. Ao receber estas informações com antecedência, a área de compras tem a chance de realizar as reservas antecipadamente com melhores tarifas, reduzindo os custos com a logística. Os serviços que forem confirmados por Compras no People Organizer, além de serem informados automaticamente aos tripulantes em seus telefones celulares, são contabilizados e informados mensalmente para o sistema financeiro da empresa.
Ao final de cada mês, as atividades de todos os tripulantes são contabilizadas e informadas ao sistema de folha de pagamentos. Os cálculos de gratificações, dobras, folgas e períodos embarcados são realizados automaticamente pelo People Organizer, requerendo mínimas intervenções humanas na conferência e aprovação dos dados finais. Além da redução de horas de cálculos das atividades dos tripulantes, a empresa ganha na precisão das informações, uma vez que o sistema que efetivamente controla as atividades passa a ser a mesma fonte do cálculo de dias e horas das atividades desempenhadas. Centralizando diversas informações sobre as atividades das trocas de turmas e dos custos envolvidos, o People Organizer oferece indicadores de Business Intelligence, que geram vantagens competitivas para seus clientes. Relatórios sobre custos totais das operações, sobre aproveitamento de pessoal disponível e de quantidade de dobras e no-shows, por exemplo, podem ser obtidos através do sistema em poucos minutos. Controles e alertas sobre vencimentos de documentações ou sobre demanda de novas contratações de pessoal, por exemplo, também estão presentes no People Organizer.
Maersk
Maersk ganha três contratos com a Petrobras A Maersk Supply Service fechou três novos contratos com a Petrobras, no valor total de cerca de US$ 283,7 milhões. Todos os contratos terão duração de quatro anos, e incluem ancoragem para os navios Maersk Leader, Maersk Lancer e Maersk Launcher em águas ultraprofundas, com âncoras convencionais e torpedo. 88
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“O Brasil é um mercado em crescimento estrategicamente importante para a empresa. Estes contratos reforçam nossa forte relação com um dos líderes da indústria de exploração em águas profundas e produção”, diz Carsten Plougmann Andersen, CEO da Maersk Supply Service. “Trabalhamos com a Petrobras desde 1977 em lâmina d’água que exige cada
vez mais segurança e desempenho operacional especializado. Estamos ansiosos em continuar com a parceria em águas profundas”, completou. Atualmente, a Maersk tem uma posição significativa no mercado brasileiro, com 11 navios operando no país para a estatal, e outros cinco para empresas petrolíferas internacionais.
Lançamento
Livro mapeia os marcos regulatórios do setor de petróleo no Brasil e no mundo Gestado a partir de 2007, com a descoberta pela Petrobras do campo gigante de Lula (na Bacia de Santos), e lançado oficialmente pelo governo federal em 2009, o novo sistema regulatório brasileiro para o setor de petróleo tem nas imensas reservas do pré-sal o seu ponto de sustentação. As descobertas nessa camada encontram-se entre as maiores das últimas três décadas, colocando o Brasil – em um cenário de médio prazo – entre os principais países produtores de petróleo e gás natural no mundo. O surgimento do pré-sal – à luz das lições extraídas com experiências internacionais – exigiu, pelo Estado, a redefinição do marco regulatório do setor petrolífero, especificamente para as reserva recém-encontradas. O objetivo da reestruturação legal era adequar o ritmo de exploração e de produção da riqueza, bem como das condições de exportação e dos recursos financeiros, tecnológicos, de equipamentos e humanos necessários ao desenvolvimento do potencial energético depositado sob as águas profundas da costa brasileira. É sob este pano de fundo que os professores Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); e Helder Queiroz, diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), organizaram o livro Marcos regulatórios da indústria
mundial de petróleo. A publicação foi lançada pela Synergia Editora, no dia 30 de janeiro, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, Rio de Janeiro. O trabalho tem como gênese os estudos desenvolvidos pela EPE durante o processo de discussão do novo marco regulatório do pré-sal, abordando os principais fatores históricos, políticos e econômicos que contribuem para a compreensão da evolução da regulamentação da indústria mundial do petróleo. Reunindo um conjunto de países selecionados, o livro identifica os traços marcantes nos diversos modelos de regulação adotados por nações produtoras de petróleo. São 11 os casos estudados: além do Brasil, analisam-se as experiências de Argélia, Angola, Azerbaijão, Cazaquistão, Colômbia, Indonésia, Irã, Líbia, Venezuela e Noruega. Condicionantes do mercado internacional e de geopolítica levaram, nesses países, à adoção de sistemas regulatórios híbridos, nos quais coexistem diferentes arranjos contratuais (concessão, partilha de produção, empresa estatal, contratos de serviço, entre outros). O livro está dividido em três partes, sendo as duas primeiras voltadas para os exemplos internacionais. A parte 1 aborda os principais aspectos conceituais que levaram à evolução dos modelos institucionais de petróleo e de gás natural em diferentes países.
A parte 2 reúne um conjunto de casos selecionados, que identifica os traços marcantes dos sistemas de regulação, seus aperfeiçoamentos e modificações ao longo do tempo. Por fim, a parte 3 destaca o caso brasileiro, identificando os principais fatores indutores que explicam a evolução do marco regulatório de E&P. Traçando um paralelo do Brasil com o mundo, Marcos regulatórios da indústria mundial de petróleo aborda, de forma inédita na bibliografia brasileira, os aspectos conceituais dos sistemas regulatórios de E&P de petróleo e gás natural, apontando para os desafios que as gerações atuais e futuras enfrentarão para usufruir os benefícios dessa nova riqueza em nosso país.
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produtos e serviços
Nossa Caixa
Pequeno e médio empresário ganha portal exclusivo Além de apoiar o desenvolvimento do pequeno e médio empresário paulista por meio da concessão de crédito com juros e prazos diferenciados, a Agência de Fomento Paulista/Nossa Caixa Desenvolvimento, instituição financeira do Governo do Estado de São Paulo, é a primeira do gênero no país a oferecer serviços que vão auxiliar no planejamento e governança das empresas. O portal Canal do Empresário (canaldoempresario.com.br) oferece um conjunto de informações como legislação federal e estadual, cartilhas, histórias de sucesso, agenda de eventos, palestras, seminários, cursos, estudos, pesquisas e notícias. Tudo para facilitar a vida do empresário. “O Canal do Empresário é uma ferramenta para os pequenos e médios empresários acessarem mais rapidamente serviços que irão ajudá-los na criação de uma cultura de gestão planejada”, diz Milton Luiz de Melo Santos, presidente da Agência de Fomento Paulista. O site reúne conteúdo de entidades como Sebrae-SP, Endeavor, diversas associações comerciais, e muitas outras. “É fundamental que os pequenos
empresários tenham, além de crédito com boas condições, muitas informações para ajudá-los a decidir a melhor maneira de aplicar esse recurso. Esse novo portal traz exatamente isso: informação reunida em um único lugar ”, diz Bruno Caetano, superintendente do Sebrae-SP. Todo o site foi desenhado para oferecer ao empresário um acesso rápido e fácil aos principais assuntos relacionados à vida empresarial. Na seção “Agenda de Oportunidades”, por exemplo, o internauta poderá consultar os principais eventos dos diversos setores produtivos, cursos, seminários e palestras. Na área “Dicas e Pesquisas”, o empresário tem acesso a um conjunto de cartilhas, estudos, manuais e legislações que irão auxiliar nos processos para o desenvolvimento da empresa. O Canal também terá um vídeo-fórum quinzenal no qual um convidado especial irá falar sobre economia, gestão e empreendedorismo e o internauta poderá participar por meio do envio de perguntas e sugestões para os próximos entrevistados. O site institucional da Agência de Fomento Paulista também passou
por uma profunda reformulação, com destaque para a ferramenta “Negócios On-line” e para o “Simulador de Financiamento”, que ficou mais detalhado. O acesso às descrições das linhas de crédito também foi facilitado e a área de imprensa passou a oferecer mais conteúdo. A Agência de Fomento Paulista já desembolsou R$ 461 milhões para pequenos e médios empresários paulistas. A instituição financia empresas com faturamento anual entre R$ 240 mil e R$ 300 milhões. O empresário interessado pode entrar no site da instituição (www. nossacaixadesenvolvimento.com. br), realizar uma simulação de empréstimo e obter o financiamento diretamente no portal, por meio da ferramenta “Negócios On-line”. Se preferir, o empresário também pode optar por ir até a sede da Agência de Fomento Paulista, situada na Rua da Consolação, 371, região Central da cidade de São Paulo. Como não possui agências bancárias, o atendimento também pode ser feito por meio das mais de 50 entidades empresariais parceiras, como o Sebrae, Fiesp/ Ciesp, Facesp, Abimaq, entre outras. Basta o empresário procurar a entidade de classe à qual é associado e dar início ao processo de tomada de crédito.
CAS Tecnologia
Única empresa especializada em Smart Grid da AL Como a única representante da América Latina, a brasileira CAS Tecnologia acaba de ser nomeada por especialistas como uma das 12 empresas que mais se destacam no segmento de smart grid (rede inteligente) no mundo, sendo a única brasileira, pelo renomado portal Smart Grid News. 90
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“O resultado é reflexo de mais de dez anos de experiência da CAS Tecnologia com concessionárias de energia elétrica. Atuando em projetos focados na eficiência e inteligência da distribuição de energia, a empresa apresenta um sólido e abrangente
portfólio de soluções que ajudam mais de 25 distribuidoras de energia elétrica no Brasil e no exterior a tornarem os benefícios da rede inteligente uma realidade do dia a dia da sociedade”, aponta Welson Jacometti, presidente da CAS Tecnologia.
Emerson
Emerson adquire Net Safety e aumenta oferta de produtos de segurança A Emerson Process Management, líder mundial em serviços e tecnologia de automação, adquiriu a Net Safety, aumentando seu portfólio de produtos. Com sede no Canadá, a empresa é líder mundial na criação, desenvolvimento e fabricação de detectores fixos de gases tóxicos e combustíveis, detectores de chama e sistemas de segurança. Embora a Net Safety possua uma linha ampla de detectores, é no mercado de óleo e gás (plataformas de petróleo, refinarias e terminais) que o produto apresenta os maiores benefícios, graças à sua robustez, facilidade de instalação e manutenção e, principalmente, à capacidade de diagnóstico de falhas, através dos sistemas de comunicação existentes na Emerson, explica o coordenador de Vendas Net Safety, Maurício Moniz.
Para a Emerson, essa aquisição expande a capacidade de fornecer controle de processo mais abrangente e monitoramento de segurança para os ambientes industriais mais hostis, oferecendo mais segurança para as pessoas, para a empresa e para o meio ambiente, com 100% de eficiência. Moniz exemplifica que em uma unidade de processo industrial a presença de gases é muito comum. E por esta razão é fundamental ter um sistema confiável, que possa se antecipar aos riscos e proporcionar maior proteção aos usuários e meio ambiente. “Como é de praxe, a Emerson já obteve as certificações pertinentes ao produto, como é o caso da Certificação do Inmetro para a aplicação do instrumento em áreas classificadas”, complementa. Para a instalação do sistema é preciso um estudo minucioso
sobre a dispersão do gás-alvo. “No caso de vazamento, uma vez que os detectores estão posicionados estrategicamente, a presença do gás é detectada e o alarme é disparado. Isso garante que todos saiam do local dentro do tempo adequado e permite que as medidas corretivas sejam tomadas”, afirma. Uma das aplicações do produto está relacionada a um dos gases mais temidos na indústria de petróleo, o H2S (gás sulfídrico), que é mortal. “Por esta razão, o sistema de detecção tem que ser 100% confiável”, ressalta o coordenador. Além de detecção dos gases, a Net Safety também possui a mais avançada tecnologia para medir a presença de chama de gases e líquidos em uma unidade industrial.
Bell
A Bell Helicopter, representada no Brasil pela TAM Executiva, anunciou o primeiro helicóptero “super-médio” do mundo. Posicionado acima da categoria média, o 525 Relentless (Implacável) foi desenhado para oferecer uma maior capacidade de carga útil e alcance, mais espaço de cabine e melhor visibilidade para os pilotos. Com capacidade para dois pilotos e até 20 passageiros, a aeronave tem alcance máximo de 740 km a uma velocidade de 260 km/h, ideal para o transporte offshore do mercado de petróleo & gás. O 525 tem entre outras características o baixo
Foto: Divulgação
Bell anuncia o 525 Relentless com foco no mercado de óleo & gás
consumo de combustível e menor custo de operação. “O novo Bell 525 Relentless é o ponto alto do trabalho de pesquisa e desenvolvimento da Bell, que ouviu diversos clientes, inclusive operadores da indústria de petróleo, de
modo a incorporar suas necessidades na elaboração da aeronave certa, no momento certo. O 525 certamente será uma das aeronaves a ser utilizadas no transporte relacionado às atividades de ex p l o r a ç ã o d e óleo & gás no Brasil, sobretudo se olharmos o potencial do mercado do pré-sal”, afirma Leonardo Fiuza, diretor Comercial da TAM Executiva, representante exclusiva da Bell no Brasil. TN Petróleo 82
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Elipse
Elipse fornece software para o Cenpes O Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), unidade responsável pelas atividades de P&D e engenharia básica da Petrobras, está utilizando o Módulo de Descarte de Cargas Elipse Power, desenvolvido pela empresa de automação Elipse Software. A tecnologia garante que a queda de uma das fontes supridoras de energia não acarrete o desligamento completo da planta, preservando o funcionamento das cargas prioritárias. Trata-se de um recurso que executa um algoritmo visando determinar os comandos a serem executados pelos IEDs (Intelligent Electronic Device) para manter a subestação ativa no caso de haver uma queda de energia. A Orteng Equipamentos e Sistemas, da Automalógica Sistemas para Automação e da PowerSysLab, foi a responsável pelo desenvolvimento e implementação do sistema de descarte. O Elipse Power controla o descarte das cargas alimentadas por toda uma estrutura composta pela concessionária da Light e mais seis geradores, sendo três deles considerados principais, movidos a gás e capazes de gerar 8,4 MW; e
outros três de emergência, movidos a óleo diesel, com capacidade de gerar 7,5 MW. Estes, por sua vez, somente serão acionados nos casos em que haja carência de energia para abastecer as unidades de maior prioridade. A priorização das cargas leva em consideração a sua importância frente às necessidades do sistema. Neste caso, a manutenção dos Centros de Processamento de Dados (CIPD) e de Utilidades é mais relevante do que manter a Estação de Tratamento de Água e o prédio administrativo da Petrobras. O Elipse Power foi a solução adotada pelo fato de calcular automaticamente qual o melhor conjunto de cargas a serem descartadas, com base no grau de importância ou prioridade de cada uma delas, conforme for a necessidade.
Este cálculo, vale ressaltar, é executado sempre que houver uma mudança na topologia ou nas potências do sistema, gerando assim novos resultados. Desse modo, a tecnologia permite que o operador possa prever quais as cargas que serão desligadas para cada cenário de perda, antes mesmo de ocorrer o evento. Para isso, o software utiliza uma escala de cores no intuito de melhor demonstrar quais as cargas que serão ou não descartadas caso haja um evento de perda. Cargas assinaladas em vermelho, por exemplo, representam aquelas que serão descartadas. Já as marcadas em verde são aquelas que estão disponíveis, mas se encontram sem previsão de descarte. Por fim, as cargas em cinza são aquelas não disponíveis e, logo, não descartáveis. Além de identificar se uma carga será descartada caso haja o evento de perda, o software também informa se a mesma é mais suscetível ou não ao descarte através de um valor de prioridade que é exibido no código que a representa na tela. Quanto mais próximo a 100 for este valor, maior será a probabilidade de a mesma ser descartada.
BP
BP amplia presença no Brasil BP fecha o acordo de farm-in de quatro concessões de exploração e produção em águas profundas operadas pela Petrobras nas Bacias de Barreirinhas e Ceará. assumindo 40% da participação da estatal em cada um dos blocos localizados na margem equatorial brasileira . A negociação dará à BP acesso a quatro novas concessões de blocos no Brasil: BM-BAR-3 e BM-BAR-5, na Bacia de Barreirinhas, e BM-CE-1 e BM-CE-2, na Bacia de Ceará. Juntos, os blocos cobrem uma área total de 2.113 km2. 92
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“A BP está ampliando sua sólida experiência em exploração e em águas profundas e estes quatro novos blocos oferecem oportunidades de exploração interessantes, somado à posição de destaque que já ocupamos no Brasil”, disse Bob Dudley, presidente executivo do Grupo BP. “Estou satisfeito porque isso aprofunda ainda mais nossa estreita colaboração com a Petrobras.” Guillermo Quintero, presidente da BP Brasil, acrescentou: “No último ano, além da aquisição de dez concessões de exploração e produção
da Devon Energy em maio, fizemos investimentos importantes na área de biocombustíveis e expandimos nossos negócios na área de aviação no Brasil. Fico contente com o crescimento contínuo da nossa presença no Brasil.” Após o farm-in, a BP deterá concessões em 14 blocos no Brasil, operando seis deles. A BP fará uma parceria com a Petrobras em nove dessas áreas de concessão: Campo de Xerelete, BM-C-34 e BM-C-35 (na Bacia de Campos); BT-PN-2 e BT-PN-3 (na Bacia do Parnaíba); BM-BAR-3 e BM-BAR-5 (na Bacia de Barreirinhas) e BM-CE-1 e BM-CE-2 (na Bacia de Ceará).
Clariant
A Clariant Oil Services, fornecedora global de especialidades químicas, fechou contrato com a OSX para fornecer um pacote completo de produtos químicos para o FPSO OSX1 (Floating Production Storage and Offloading). A unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, que será afretada pela OGX (ambas do grupo EBX), vai produzir o primeiro óleo da petroleira brasileira. De acordo com o vice-presidente da Unidade de Negócios Oil & Mining Services da Clariant na América Latina, Carlos Tooge, a assinatura do contrato consolida a posição da empresa como fornecedora de soluções integradas para a indústria petrolífera brasileira. “A Clariant vem se destacando no desenvolvimento de soluções químicas para o setor de óleo e gás, que apresenta um cenário propício para a pesquisa e inovação no Brasil”, afirma.
Foto: Divulgação OGX
FPSO OSX-1 usa químicos da Clariant
A Clariant atua na elaboração de soluções químicas integradas para plataformas offshore que operam em todas as bacias brasileiras, inclusive na área do pré-sal. A experiência da empresa no fornecimento de soluções para o setor de óleo e gás no país é um ponto favorável no atendimento às demandas do FPSO OSX-1, com
capacidade de produção de 60 mil barris de óleo por dia e armazenamento de até 900 mil barris. A unidade da OSX chegou ao país em outubro de 2011 e, ao entrar em operação, vai inserir a OGX no ranking das produtoras de petróleo no Brasil, com um portfólio significativo de ativos de exploração offshore e onshore.
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investimentos
Desmistificando o Brasil no geral, criticando-o no particular Se para o homem médio tupiniquim o Brasil pode apresentar-se como um país revestido de ‘complicações’, aos olhos de qualquer estrangeiro – pessoa física ou jurídica – as ’complicações’ afiguram-se superlativas.
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Bashir Karim Vakil é sócio do escritório Karim Vakil & Cruz Vizaco Advogados, e especialista em Petróleo e Gás e Indústria Offshore.
Ana Luiza Cruz Vizaco é sócia do escritório Karim Vakil & Cruz Vizaco Advogados, e especialista em Petróleo e Gás e Indústria Offshore.
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os dias que correm, pode indagar-se qualquer residente de um país que se encontra sob o malfadado manto da crise acerca de um destino de sonho para investir ou trabalhar e o Brasil surgirá, só ou acompanhado, se não em todas, na grande maioria das respostas. No entanto, revestindo-se essa indagação de cariz mais sério e definitivo, inúmeras preocupações assolam de imediato a mente dos até mais desavisados. Colocando a questão a alguns clientes e amigos estrangeiros, obtivemos respostas ricas em variedade e criatividade, mas que partilham pontos comuns. No pódio, disputando o prêmio de preocupação mais recorrente, podemos citar ‘a burocracia’, ’a desorganização’, e curiosamente, o fato de ‘haver tantas soluções para um mesmo problema’, o que, nas suas acepções, não parece fazer muito sentido. Esperamos, no decorrer do presente apontamento, conseguir desmistificar (ou pelo menos simplificar) alguns dos assuntos que amiúde compõem as preocupações e frustrações dos nossos amigos estrangeiros que pretendem trazer os seus negócios para este canto do mundo. Se tudo correr como planejado, ao final deste exercício, não teremos formado doutores em Brasil, mas pelo menos contribuiremos para demonstrar a simplicidade latente na complexidade aparente. Antes de qualquer decisão de embarcar para o Brasil, há fatores socioculturais e econômicos a levar em consideração. Como exercício preliminar, um estudo e uma análise profunda dos costumes de um país se fazem mister. Da mesma forma, é essencial o abandono de ideias preconcebidas e de paradoxos. Essencial, também, é a conscientização de que é inaceitável querer impor-se uma cultura sobre outra... Curiosidade, interesse, tolerância, aceitação e humildade são fatores-chave que aumentam de forma exponencial as hipóteses de sucesso de um emigrante – mais uma vez, pessoa física ou jurídica. A começar pela geografia e história do Brasil, entendemos o resultado da mistura de uma grande riqueza em recursos naturais e uma coloniza-
ção de exploração e dominação. Os recursos naturais ainda têm posição de destaque na balança comercial brasileira e os vícios daquela época perpetuam-se na cultura desta terra. Este fato, por vezes, choca quem vem desavisado, quem não fez o dever de casa. Num cenário de economia mundial pujante, esses e outros fatos eram comumente qualificados por investidores estrangeiros como risco político, determinando de forma mais ou menos corrente a opção por destinos menos exóticos. Esse fato, entre outros, revelou-se essencial no sucesso de quem fez o dever de casa e optou por aqui permanecer. Atualmente, em face de um cenário mundial desfavorável, a maioria encara o cumprimento com as burocracias brasileiras como um mal necessário para atingir um fim maior. Recentemente, o consultor inglês Jim O’Neil, criador do acrônimo Bric, afirmou que o Brasil, que quase ficou fora do grupo, tem hoje os melhores indicadores entre os membros que juntos alcançaram aproximadamente 19% do produto interno bruto global, o dobro que juntos representavam há dez anos. Jim atestou que “ser bem-sucedido nesses países passou a ser imperativo para as empresas que buscam liderança nos seus mercados”. O Brasil está no centro do mundo, e as autoridades governamentais sabem disso. Aos seus olhos, aproveitar-se dessa situação afigura-se essencial para que o país desenvolva, de forma definitiva, um mercado interno forte e competitivo. Neste sentido, como um ideal protecionista capaz de alavancar e dinamizar o mercado interno brasileiro operou-se, pelas mãos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), uma intensificação das chamadas ‘ regras de conteúdo local’. Infelizmente, o que nasceu de uma intenção louvável, esbarrou na incapacidade de o mercado atender, de maneira satisfatória, às expectativas criadas.
Se, por um lado, como mostramos aqui, qualificamos as dificuldades percebidas por investidores estrangeiros nas coisas mais simples como constituir uma empresa, obter todos os registros necessários para o seu pleno funcionamento, cadastrar-se no CRCC (cadastro corporativo que permite a prestação de serviços e fornecimentos à Petrobras), etc., como despreparo e desconhecimento por parte de quem vem, por outro, não podemos concordar – condenamos, mesmo – a imposição de requisitos e regras irrealistas a quem pensa investir no Brasil. Tomemos como primeiro exemplo a Resolução Normativa 72/2006 do Conselho Nacional de Imigração, que regulamenta a obtenção de visto de trabalho temporário a estrangeiros que operam a bordo de embarcações e plataformas estrangeiras: esta normativa determina, de forma progressiva, a obrigação de admitir um percentual de profissionais brasileiros por profissionais estrangeiros. Até aqui tudo bem... No entanto, ao fim de um ano – nas operações de FSO Leonis ancorado no system SPM = 4 itens apoio marítimo – ou de dois anos – nas operações de exploração ou prospecção –, a exigência é de que o número de profissionais brasileiros seja equivalente a 2/3 de toda a tripulação empregada a bordo! Ora, se hoje se afigura praticamente impossível cumprir com este requisito, perante as necessidades anunciadas, que determinarão a contratação de um número ainda maior de novas unidades, é irrealista pensar que em tão exíguo espaço de tempo se conseguirá formar oficiais brasileiros capazes de atender a demanda requerida. Um novo exemplo: ainda com respeito à necessidade de contratação de novas unidades de apoio e exploração e produção, as regras de conteúdo local impõem que grande parte desta demanda seja atendida em estaleiros brasileiros – alguns inexistentes, por sinal. Este fato – apesar de louvável, repetimos – representa, para os investidores estrangeiros e nacionais, um aumento substancial do preço final dos seus produtos – que em última instância onerará os bolsos de todos nós –, assim como um aumento substancial do risco inerente a esta, de per si, arriscada indústria. Percebendo esta dificuldade, os players nacionais procuram, de forma mais ou menos satisfatória, unir forças para enfrentá-la. Entendemos que uma operação orquestrada entre aqueles e as autoridades legislativas faz-se premente, e eventualmente um acordo no sentido de aliviar alguns dos requisitos pode revelar-se uma opção satisfatória, no curto e no longo prazo. Assim, convidamos os interessados – estrangeiros e nacionais – a intensificar uma operação concertada no sentido de beneficiar a indústria nacional. Desmistifique-se o que é óbvio, mas corrija-se o que não é praticável. TN Petróleo 82
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saneamento
A Política Nacional de Resíduos Sólidos afinando com a interpretação econômica dos
resíduos e rejeitos
Não foi, apenas, após o advento da Lei n. 12.305/2010, instituidora da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que surgiu a preocupação com os resíduos. Diversas normas, tanto na esfera federal quanto estadual, já identificavam os resíduos sólidos; como itens significativos em suas respectivas políticas de saneamento; assim, a PNRS trouxe grande notoriedade aos resíduos, principalmente quando atribuiu potencial de valoração a estes.
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Cássio dos Santos Peixoto é advogado do escritório Advocacia & Tribunais e professor de Legislação e Direito Ambiental da Pós-Graduação em Gestão Ambiental da Faculdade Senac-MG. É pós-graduado em Direito Tributário, em Direito Empresarial, em Direito Ambiental e em Gestão Ambiental.
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sclarecendo melhor, precisou-se divorciar da imagem preconcebida de “lixo”, como a tivemos nas últimas décadas para distinguir sua composição pela capacidade de recuperação, reutilização ou reciclagem, portanto, pelo ponto de vista econômico. Assim, podemos separar pelo potencial econômico e não mais unicamente pelo potencial de risco e/ou de contaminação. A definição trazida pelo diploma legal de forma mais ampla segrega o resíduo do rejeito, levando em conta a potencialidade do que será servível, e agrega valor para um ou mais posteriores processos produtivos ou de transformação. Neste ponto reside a tese esposada e defendida por nós já há algum tempo. O resíduo pode ser inerte, não perigoso ou perigoso. Da mesma forma, os rejeitos, também, poderão estar em uma destas classificações. Resíduos e rejeitos poderão ser inertes, não perigosos ou perigosos. Daí a conclusão de que o que definirá um ou outro será o potencial econômico individual de cada um. Valendo, ainda, ir mais longe neste tema, ou seja, discutir os limites do potencial econômico. Quando existem altos custos para utilização de tecnologia ou a mesma esteja inacessível para a recuperação, reaproveitamento e ou reciclagem do resíduo, defendemos que, com a simples inviabilidade econômica e/ou tecnológica, os resíduos, salvo regras específicas de contaminantes e de perigo para a sociedade, transformar-se-ão em rejeitos, por total inaplicabilidade do processo de reuso ou reaproveitamento. O potencial econômico se esvazia quando o tratamento é inviabilizado pelo custo ou por indisponibilidade de tecnologia aplicável no mercado. Neste particular, a Lei n. 12.305/10 é suficientemente clara, quando enfatiza que as soluções precisam ser econômica e tecnologicamente viáveis. Logo, a Lei é sensível em dois pontos: 1) para reutilizar, reciclar qualquer resíduo, precisa-se de tecnologia capaz de viabilizar esta transformação. Como exemplo nacional, temos as embalagens “longa vida”. Algum tempo atrás, não se encontrava disponível tecnologia que permitisse a re-
ciclagem dos materiais que a compõem. À medida que haja acesso a tecnologia, estas embalagens passam de rejeito a resíduo, pois despertam interesse e agregam valor econômico. 2) Os custos dessa tecnologia não podem inviabilizar os processos de reuso, reaproveitamento e/ou reciclagem. Os empreendimentos industriais avaliam estes custos e buscam novas tecnologias com maior eficiência e preço atraente. Na indústria do petróleo, que possui enorme potencial poluidor, existe uma gama de resíduos e rejeitos. Embora o potencial poluidor seja um dos mais altos, esta indústria, com todos os riscos inerentes, possui resíduos com grandes potenciais para reuso, reaproveitamento e reciclagem por outras indústrias e processos, não necessariamente ligados ao petróleo. Os avanços tecnológicos são frequentes, contudo, tendo um custo alto pode inviabilizar sua utilização em determinados resíduos. Nesta hipótese, em nosso entendimento a Lei se posicionou adequadamente. Logo após a publicação da PNRS, alguns especialistas em resíduos a consideraram desnecessária, entendendo que os resíduos sólidos, já estavam sendo tratados pelas normas de saneamento, com destaque para a Lei n. 11.445/2007, que dispõe sobre as diretrizes da política de saneamento. Além disso, boa parte dos estados e grandes municípios já havia normatizado internamente o assunto, contudo, com focos próprios e bem diferenciados – aliás, muito em função de suas características industriais, áreas disponíveis e adensamento populacional. Fato bem compreensível, levando-se em consideração as dimensões territoriais do país, suas diversidades regionais e, suas características econômicas e sociais. Relembrando a nossa afirmação inicial, o fato relevante é que os resíduos ganharam notoriedade e volume. Com a explosão do consumo nas últimas décadas, em especial nos últimos anos, ensejando maior destaque a ponto de descolar-se do saneamento, exigindo uma legislação própria e autônoma. Sua importância tornou-se mais flagrante até para aqueles que a consideraram desnecessária. Por outro lado, a nova legislação aparece em boa hora, em um novo momento econômico que, por si só, justificaria tal relevância. Vejamos: existem fatores importantes que passaram a influir com expressivo relevo até agora pouco discutidos. O apelo socioambiental inserido na legislação para alcance de melhoria no emprego e renda, distribuição e compartilhamento de responsabilidades com os empreendimentos e stakeholders, até como um encargo aos resultados auferidos pela reação econômica positiva no Brasil. Com o emergir de classes D e E, submersas economicamente até então, surge um novo desafio – o consumo destas classes e consequentemente a proliferação dos resíduos e rejeitos. Com efeito, cabe então,
uma nova análise do fato econômico quanto aos fenômenos desta nova classe que começa a ser vista como potenciais consumidores. A relevância maior reside no peso populacional que as classes emergentes representam, somada por sua avidez em adquirir produtos e bens inalcançados até pouquíssimo tempo. Temos nos batido na existência de uma ‘bolha’ de consumo imoderado, buscando sanar um apetite voraz, represado até recentemente. Na outra ponta do consumo, está a necessidade de exploração, cada vez mais significativa, dos recursos naturais para atender à crescente demanda, e, consequentemente, maior geração de resíduos de diversas classificações. No outro lado desta próspera moeda está a ineficiência na gestão dos resíduos por parte do poder público, que não acompanha a velocidade crescente de forma equânime. Ora, se há aumento dos postos de trabalho e um maior poder de compra da população, haverá o esperado aquecimento no consumo, por conseguinte não se percebe a capacidade de gerenciar os resíduos na mesma proporção em que os mesmos são gerados. Já que o cerne da discussão é a PNRS, vale salientar alguns novos conceitos e instrumentos trazidos pela legislação. São práticas pouco experimentadas pela maioria dos empreendimentos e seus gestores. Tomamos como exemplo a Logística Reversa. Um extraordinário instrumento de retorno dos resíduos sólidos, utilizado na indústria do petróleo offshore e em significativa fatia da indústria química. A tendência é que, um número maior de produtos e seus respectivos resíduos, incluindo os pós-consumo, façam parte do sistema reverso em breve. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) trabalha, atualmente, com o plano nacional de resíduos sólidos, submetido a audiências públicas em todas as regiões do Brasil. Como resultado colher-se-á, a versão final do plano que servirá de balizamento para o desenvolvimento dos planos estaduais. Acordos setoriais, responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto, exigirão maior aprofundamento de todas as partes. Empreendimentos, indústria, comércio e gestores públicos precisarão acertar as metas possíveis de execução e dentro da conformidade legal. Toda esta evolução legislativa faz parte de um projeto maior de sustentabilidade. Nas empresas, o grande desafio será reger a orquestra da sustentabilidade – a sustentabilidade empresarial, afinando todos os seus membros, internos e externos. Inclusive a sustentabilidade jurídica e econômica. É inegável que a visão ambiental tem se alterado de maneira muito positiva. Também, parece cristalino que as relações do setor produtivo, potenciais geradores de resíduos, com a conformidade do sistema estão ganhando peso e atenção jurídica, além do econômico. TN Petróleo 82
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fino gosto
RioMix, uma nova opção de sabor
na Praça XV
S RioMix Botequim Lounge Rua do Mercado, 34 – Praça XV Telefone: (21) 2516-5621 www.riomixbl.com.br
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por Orlando Santos
Se faltava um restaurante para dar uma dimensão ainda maior ao polo gastronômico que se instalou na Praça XV, e arredores, consolidando esta área como uma das mais promissoras do setor, essa lacuna deixou de existir com o recém-criado RioMix, uma combinação perfeita de alta gastronomia a quilo com amplo e variado bufê da culinária japonesa. Localizado bem no coração do polo, na rua do Mercado, 34, e ocupando o andar térreo de um prédio comercial, o RioMix Botequim Lounge se destaca dos demais pela boa concepção de arquitetura, um ambiente aconchegante (perfeito para happy hours) e variedade de pratos. Em especial às quintas-feiras, quando é servido em longas travessas, pratos à base de muito camarão, peixes, moquecas, caldeiradas e bobó de camarão. Tudo isso faz a festa dos fiéis comensais, que chegam cedo, na quinta, atraídos pelo visual e sabor dos pratos, criações do chef
Fotos: Banco de Imagens TN Petróleo
Os proprietários Fernando Rocha, Solange Lopes e Fernando Verri
Roberto Pimenta. A fiel clientela é formada de executivos de empresas próximas e de profissionais liberais, muitos deles colegas de profissão dos sócios da casa, os dois Fernandos, o Verri e o citado Pimenta, mais conhecido por Castelo. A ajudá-los nessa empreitada está a mãe de Fernando Verri, Solange Lopes, que logo cedo chega à Praça XV para as primeiras providências da abertura da casa – que funciona de segunda a sexta, e no segundo sábado de cada mês, junto com a área de evento cultural, que ocupa todo o quarteirão e adjacências. Dois meses depois de inaugurado, o RioMix já acumula uma clientela fiel, identificada com a proposta de casa: servir uma boa comida a quilo a preços razoáveis e um ponto certo de entretenimento nos fins de tarde, de quarta a sexta, quando a casa patrocina, às sextas-feiras, até samba na rua, sempre com uma boa frequência. Após as 18 horas, o RioMix tem uma programação musical diferenciada com DJs às quintas-feiras. De acordo com Solange, até aqui a experiência tem sido muito boa; a fidelização está sendo a melhor possível, e novos clientes, atraídos pelas informações dos primeiros frequentadores, continuam chegando à casa. Logo na entrada do restaurante, um amplo e sofisticado bufê de combinados japoneses atrai a atenção do cliente. O sushiman Felipe Rocha é o responsável pela criação do cardápio. Assim como o chef Pimenta, ele traz na bagagem uma longa experiência, já que ambos trabalharam em outras casas especializadas. Por essas e outras é que o RioMix, que veio para ficar e enriquecer o polo gastronômico da Praça XV, a cada dia se apresenta como uma boa opção para quem deseja saborear pratos deliciosos (o cardápio muda todo dia), a preços convidativos, na medida do nosso bolso. O site do RioMix registra que a casa trouxe para o local um novo conceito de restaurante. A casa funciona no almoço, como restaurante no sistema de bufê, como já dissemos, mas também tem opções à la carte, como uma deliciosa culinária japonesa, combinados, petiscos e antepastos. No cardápio de bebidas, sempre cerveja bem gelada, espumantes e drinques variados. Todo o projeto, ambientação, decoração e a ampla área externa foram projetados de forma a atender de forma única e exclusiva aos clientes da casa. O resultado é o melhor possível. TN Petróleo 82
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coffee break
Mostra “Modigliani: Imagens de uma vida” no MNBA
Museu Nacional de Belas Artes - MNBA Av. Rio Branco, 199 Centro - Tel.: 2219-8474 www.mnba.gov.br De 01 de fevereiro a 15 de abril Visitação: de terça a sexta de 10h às 18h e aos sábados, domingos e feriados, de 12h às 17h.
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Imagens de uma vida
por Orlando Santos
Um dos mais importantes eventos do calendário oficial do Momento Itália Brasil, a exposição Modigliani: Imagens de uma vida foi inaugurada em 31 de janeiro no MNBA, com obras nunca antes expostas na America Latina.
Fotos: Divulgação
O
O Museu Nacional de Belas Artes, ao iniciar o ciclo de comemorações dos seus 75 anos, expõe um dos mais completos acervos do pintor italiano, colocando ao dispor do público – turistas, visitantes e habitantes da cidade – obras nunca antes expostas na América Latina. No evento, incluído no calendário oficial do Momento Itália-Brasil, as figuras longilíneas de Amedeo Modigliani ocupam várias salas do MNBA. São pinturas, desenhos, esculturas, fotos e cartas trocadas com amigos, como Pablo Picasso. Tendo passado antes por Vitória, no Espírito Santo, o evento é uma parceria entre o Museu a Céu Aberto (MCA) e o Modigliani Institut Archives Légales Paris-Roma, trazendo pela primeira vez ao Brasil uma coleção de 12 pinturas e cinco esculturas originais, além de obras e documentos, fotos, desenhos, diários e manuscritos de Modigliani e de importantes artistas da sua época, num total de 230 peças. Assim, o público tem acesso a um rico panorama da vida artística parisiense e italiana do século XX, distribuído em cinco salas do MNBA. “Modigliani, que foi definido como o artista sem mestres e sem discípulos, se destaca neste panorama de nomes importantíssimos da história da arte por ter sido fiel à sua visão figurativa da arte, conseguindo chegar a um signo identitário, que é a síntese perfeita entre a imagem e o sentimento que isso suscita, em transferir a alma dos sujeitos e não apenas as fisionomias deles”, comenta no catálogo da exposição o professor Christian Parisot, presidente do Modigliani Institut. O percurso expositivo da mostra leva a uma imersão na intimidade do artista. O roteiro se inicia com os estudos de Modigliani na Itália, passando por seus professores e ao aprendizado, em que todas as fases são ilustradas. O apogeu da carreira se dá na Paris modernista, quando se sublinham as manifestações artísticas, influências, confrontos criativos com amigos – como Picasso, André Derain, Max Jacob, Leonard Foujita, entre outros expoentes que, juntos, revolucionaram a história da arte. A mostra contém ainda a correspondência entre Modigliani e Picasso, André Derain, Max Jacob, entre outros; manuscritos; diários da mãe de Modigliani; e anotações, contribuindo para formar um interessante mosaico de sua tão conturbada vida, seus modelos femininos, os ateliês e lugares onde viveu, com fotografias de Anna Marceddu, além de um vídeo. Com uma vida intensa, marcada por grandes amores, guerras e infortúnios e graves doenças, Amadeo Modigliani (nascido em 12 de julho de 1884, na cidade Livorno, e falecido em 25 de janeiro de 1920, em Paris) reflete em sua arte vários estilos artísticos e desnuda o homem de maneira reveladora.
O artista tem a vida interrompida precocemente por uma enfermidade, porém sua contribuição para a arte é única. Para que esta exposição pudesse se realizar, inúmeras instituições cederam obras de suas coleções, como o Modigliani Institut Archives Légalés Paris-Roma e vários colecionadores particulares. A escolha de obras, a apresentação e o conteúdo do catálogo foram confiados a Claudio Strinati, do Modigliani Institut, e a curadoria é do presidente do mesmo instituto, Christian Parisot, que veio especialmente de Roma para acompanhar a montagem no MNBA. A mostra Modigliani: Imagens de uma vida fica no MNBA até abril, seguindo para o Masp, em São Paulo.
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feiras e congressos
Março
13 a 16 - Colômbia Colombia Oil & Gas Local: Cartagena +44 20 7978 0340 amoulds@thecwcgroup.com www.thecwcgroup.com
20 a 22 - Brasil 3rd Rio Gas Forum Local: Rio de Janeiro Tel.: +44 20 7978 0349 www.thecwcgroup.com
26 a 28 - Quênia 3rd Eastern Africa Local: Nairobi babette@glopac.com www.petro21.com/events
Abril 16 a 18 - México LACPEC 12, SPE Latin American Local: Cidade do México Tel.: +1.972.952.9393 www.spe.org/events/lacpec
24 a 26 - Brasil Liderança Global Local: São Paulo, SP Tel.: 55 (11) 3132-7250 www.infinityce.com.br/global
30 a 3/5 - EUA OTC - Offshore Technology Conference Local: Houston, TX Tel.: +1.972.952.9494 registration@spe.org www.otcnet.org
Maio
Junho
12 a 14 - Arábia Saudita 2012 Index Local: Jeddah Tel.: +971 (0)4 438 0355 JaafarShubber@dmgevents.com www.dmgevents.com
12 a 14 - Canadá Global Petroleum Show & Conference Local: Calgary, Alberta ashifmerani@dmgevents.com www.dmgevents.com
22 a 25 - Brasil Subsea Forum Rio 2012 Local: Rio de Janeiro, RJ Tel.: (+55 21) 2112-9000 eventos@ibp.org.br www.ibp.com.br
15 - Brasil Business Design Local: São Paulo, SP Tel.: 11 3132-7250 inovacaohbr@infinityce.com.br www.hbrinovacao.com.br
21 a 24 - Inglaterra 4th African - Gas LNG Local: Londres Tel.: + 44.77.39.45.77.69 duncan@glopac-partners.com www.petro21.com
21 a 24 - Malásia Pipeline Pigging & Integrity Management Local: Kuala Lumpur Tel. +1 (713) 521-5929 info@clarion.org www.clarion.org
24 a 26 - Canadá Oil Sands - Heavy Oil Technologies Local: Calgary, Alberta Tel.: +1 713 963 6242 bobt@pennwell.com www.pennwell.com
27 a 29 - EUA Latin America Oil & Gas Local: Miami, Florida Tel: +44 20 79780336 email: kwetselaar@thecwcgroup.com www.cwclatamoilandgas.com
Setembro
17 a 20 - Brasil Rio Oil & Gas 2012 Local: Rio de Janeiro Tel.: (+55 21) 2112-9000 eventos@ibp.org.br www.ibp.com.br
24 a 28 - Canadá IPC 2012 - International Pipeline Conference Local: Calgary, Alberta Tel.: (403) 228-6374 laandmrb@shaw.ca www.shaw.ca
Para divulgação de cursos e/ou eventos, entre em contato com a redação. Tel.: 21 3221-7500 ou webmaster-tn@tnpetroleo.com.br
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de Luiz Cezar Quintans, advogado associado ao G Ivo Advogados, multiespecialista em direito do petróleo, tributário e empresarial. Professor e autor de diversos livros jurídicos.
opinião
Consórcios na
Lei do Petróleo
Como não se pode dizer que consórcio é uma pessoa jurídica de direito privado, por não constar do rol do art. 44 do Código Civil; e nem sequer descrevê-lo como um tipo societário... pode-se dizer que consórcio é uma espécie de contrato entre entidades autônomas entre si, que possuem propósitos comuns e específicos, de forma que esses propósitos não afetem o patrimônio e as relações jurídicas individuais de cada entidade participante.
O
s chamados ‘consórcios da indústria do petróleo’, na verdade, são ‘empreendimentos conjuntos’, chamados internacionalmente de ‘joint ventures’ e não têm a natureza de consórcio prevista nos artigos 278 e 279 da Lei 6.404/76. É isso que o presente estudo se propõe a demonstrar. Em nosso ordenamento empresarial, a legislação sobre o assunto se resume a dois artigos dentro da Lei das Sociedades Anônimas. A Lei do Petróleo (9.478/97) nos mesmos moldes que a Lei de Licitações (8.666/93), admitiu a participação de empresas em consórcio, nos contratos de concessão, desde que o edital assim disponha. Assim dispõe o artigo 38: Art. 38. Quando permitida a participação de empresas em consórcio, o edital conterá as seguintes exigências: I – comprovação de compromisso, público ou particular, de constituição do consórcio, subscrito pelas consorciadas; II – indicação da empresa líder, responsável pelo consórcio e pela condução das operações, sem prejuízo da responsabilidade solidária das demais consorciadas; III – apresentação, por parte de cada uma das empresas consorciadas, dos documentos exigidos para efeito de avaliação da qualificação técnica e econômico-financeira do consórcio; IV – proibição de participação de uma mesma empresa em outro consórcio, ou isoladamente, na licitação de um mesmo bloco; V – outorga de concessão ao consórcio vencedor da licitação condicionada ao registro do instrumento constitutivo do consórcio, na forma do disposto no parágrafo único do art. 279 da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
A Lei do Petróleo usou o vocábulo “consórcio” para identificar o tipo de instrumento contratual que deveria ser utilizado pelas empresas que queriam participar das licitações de forma conjunta. Em princípio, poderia ser avaliado como uma palavra do jargão nacional, mas, não. O inciso V do artigo 38 da Lei do Petróleo, acima destacado, não deixa dúvidas de que o consórcio a que se refere o caput é o consórcio descrito no parágrafo único do art. 279 da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades Anônimas). A princípio, se pensou que era um inciso desnecessário, mas é justamente ele a única ligação com a legislação especial. Esse é o inciso que faz a vinculação da Lei do Petróleo com a lei das sociedades anônimas. Vale notar que até mesmo a Exposição de Motivos n. 39/1995, de que trata a Emenda Constitucional n. 9/95, que flexibilizou o monopólio, chamou de “empreendimentos conjuntos”, de “joint ventures” e de “parcerias” os projetos em conjunto das empresas de petróleo, quando das licitações. Portanto, ao se referir à Lei das Sociedades Anônimas, o legislador ordinário, mesmo contrariando a proposta da emenda constitucional, engessou qualquer outro entendimento. Na prática, havendo empresa estrangeira partícipe da licitação e do consórcio vencedor, esta deverá constituir uma empresa segundo as leis brasileiras, com sede e administração no Brasil; e firmará o consórcio vencedor da licitação, registrando o instrumento constitutivo do consórcio (§ único do art. 279 da Lei n. 6.404/76), na Junta Comercial. Todas as operações da joint venture são feitas em nome do Operador do Bloco, que possui livros fiscais. O Operador faz chamadas de capital (cash call) e todas as aquisições são realizadas por ele e em seu próprio nome. É importante destacar que apenas o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema
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opinião de contabilidade, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, consoante ao art. 1.179 do Código Civil, vejamos: “Art.1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.” Portanto, nem mesmo razão, diário ou demais livros comerciais e societários os consórcios precisam ter ou obedecer com regra. Afinal, como já lembrado, são meros instrumentos de acordos em que a pessoa jurídica do concessionário não se mistura com o consórcio. Por seu turno, a Lei do Petróleo possui mecanismos que desvirtuam o consórcio tradicional, tendo em vista que havendo produção não é o consórcio que aufere a receita desse empreendimento. A Lei do Petróleo confere a propriedade dos bens, após extraídos, aos concessionários e não ao consórcio, na forma do seu artigo 26. A mesma observação verifica-se na Lei da Partilha da Produção (12.351/2010), em que no parágrafo segundo, do artigo 20 determina que os “direitos e obrigações patrimoniais da Petrobras e demais contratados serão proporcionais à sua participação no consórcio”. Em outras palavras, as empresas partícipes das licitações se juntam para um empreendimento conjunto, no qual os riscos e despesas são conjuntos e mais nada. Talvez ocorra em alguns projetos trocas de experiência, aprendizado de tecnologia, de know-how mas, em regra, o “empreendimento conjunto” não aufere receitas ou partilha resultados. Neste sentido, o empreendimento no segmento de petróleo conflita com a Lei das Sociedades Anônimas, especialmente com o inciso V, do artigo 279, in verbis: Art. 279. O consórcio será constituído mediante contrato aprovado pelo órgão da sociedade competente para autorizar a alienação de bens do ativo não circulante, do qual constarão: I – a designação do consórcio se houver; II – o empreendimento que constitua o objeto do consórcio; III – a duração, endereço e foro; IV – a definição das obrigações e responsabilidade de cada sociedade consorciada, e das prestações específicas; V – normas sobre recebimento de receitas e partilha de resultados; VI – normas sobre administração do consórcio, contabilização, representação das sociedades consorciadas e taxa de administração, se houver; VII – forma de deliberação sobre assuntos de interesse comum, com o número de votos que cabe a cada consorciado; 104
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VIII – contribuição de cada consorciado para as despesas comuns, se houver. Em verdade, existe um empreendimento que não partilha receitas ou resultados e ao mesmo tempo a parca legislação sobre o assunto exige isso para todos os tipos de consórcio, sem distinção. Diante desse conflito, a conclusão mais óbvia é que o consórcio de que trata o art. 38 da Lei do Petróleo (e também o art. 20, §2º da Lei da Partilha da Produção) não pode ser entendido como o mesmo contrato de consórcio regulado pelos artigos 278 e 279 da Lei das S/A. No caso do petróleo, reitera-se, trata-se de um empreendimento conjunto em que apenas riscos e despesas são partilhadas entre os contratantes, sendo que cada qual auferirá a sua receita individualmente, proporcional à sua participação no contrato de concessão (e no de Partilha) contratado com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Para reforçar esse entendimento, podemos destacar, então, cinco fortes argumentos que reforçam a tese de incompatibilidade entre consórcios comuns e a joint venture de petróleo. São eles: 1) A Lei do Petróleo determina a indicação da empresa líder, responsável pelo consórcio e pela condução das operações; 2) A guarda de documentos e escriturações, consoante o contrato de concessão, só pode ser exercida pelo Operador; 3) O instrumento contratual chamado Consórcio não é obrigado a manter Livros Fiscais, escrituração, etc.; 4) Joint ventures de petróleo não auferem receitas; 5) Joint ventures de petróleo não possuem personalidade jurídica. Como se os argumentos supra não bastassem, existem também impossibilidades operacionais. Primeiro porque o Brasil não é autossuficiente como fornecedor de bens, serviços e mão de obra especializada no setor petrolífero. O que implica dizer que as empresas sediadas no Brasil e respectivos consórcios são obrigados a fazer importações. A impossibilidade está justamente no fato de que consórcio não tem acesso, não pode se inscrever no Siscomex. Portanto, um “consórcio de petróleo” nunca poderia importar, por exemplo, uma sonda, um serviço de sísmica ou comprar uma simples broca no exterior. Por sorte ou por competência legislativa, as importações e as operações ficam a cargo da empresa líder do “consórcio” e Operadora do bloco junto à ANP. Assim, pode-se concluir que foi um erro vincular os consórcios da Lei das S/A aos Consórcios da Lei do Petróleo, posto que se trata de “empreendimentos conjuntos”, verdadeiras joint ventures em que há apenas partilha de despesas (e de riscos), sem haver partilha de receitas ou de resultados econômicos. O correto é criar legislação específica e especial para o segmento.
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