WEG E4
nº
O JORNAL DO ACIONISTA
02
Ano I, 2ª edição, 3º Trimestre - 2006
Crescimento lucrativo continua no Terceiro Trimestre de 2006
Divulgado no dia 30 de outubro, lucro líquido da WEG no terceiro trimestre de 2006 atingiu R$ 132,2 milhões e registrou crescimento de 31,6% sobre o resultado no mesmo período do ano passado e de 10,5% acima do trimestre anterior. Neste trimestre a Receita Operacional Bruta atingiu R$ 918,5 milhões, crescendo 20,8% sobre o 3º trimestre de 2005 e 6,5% sobre o trimestre anterior. Houve aceleração da taxa de crescimento no mercado interno, que cresceu 15,5% sobre o terceiro trimestre de 2005, resultado principalmente do bom desempenho na área de equipamentos para geração, transmissão e distribuição de energia, no qual nossa atuação ainda é basicamente concentrada no Brasil. No mercado externo continuamos exibindo crescimento acelerado, não obstante o câmbio ter se estabilizado em níveis bastante apreciados, com alta de 29,9% sobre o terceiro trimestre de 2005 (40,1% se medida em dólares norte-americanos, convertidas pelas taxas médias). Este crescimento é reflexo da característica de elevado valor agregado das nossas vendas fora do Brasil; os principais
fatores de decisão são a qualidade e a capacidade de fornecer produtos customizados com prazo de entrega baixos. A distribuição das vendas entre os diversos mercados regionais mostra que América do Norte e Europa continuam sendo os dois principais mercados fora do Brasil, seguidos pela América do Sul. Ásia e Oceania permanecem como as principais fronteiras de crescimento para a WEG para os próximos anos. Continuamos executando um forte esforço de redução contínua de custos gerenciáveis, o que tem resultado na melhoria de margens.
O lucro bruto foi 28,6% maior e o EBITDA (uma das medidas mais utilizadas pelo mercado financeiro e que mede o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi 31,3% maior que no do terceiro trimestre de 2005. Essa melhoria de lucratividade foi conseguida apesar de estarmos operando em um ambiente de custos significativamente mais desafiador do que o observado há poucos anos.
Receita Operacional Bruta
918.460
862.713
6,50%
760.056
Mercado Interno
552.521
525.072
5,20%
478.240
20,80% 15,50%
Mercado Externo
365.939
337.641
8,40%
281.816
29,90%
Mercado Externo em US$
168.619
154.163
9,40%
120.339
40,10%
Receita Operacional Líquida
792.053
729.522
8,60%
647.734
22,30%
Lucro Operacional Bruto
272.874
253.749
7,50%
212.215
28,60%
Margem Bruta
34,50%
34,80%
Lucro Líquido do Trimestre
132.187
119.641
Margem Líquida
16,70%
16,40%
EBITDA
172.679
153.667
Margem EBITDA
21,80%
21,10%
32,80% 10,50%
100.446
31,60%
15,50% 12,40%
131.489
31,30%
20,30%
As demonstrações financeiras completas foram revisadas pela KPMG Auditores Independentes, não contendo ressalvas, e estão disponíveis na sede da empresa e no site: www.weg.net/ri.
Oportunidades & compromisso
O que é tag-along? Tag-along é uma expressão em inglês que significa, literalmente, “ir junto, acompanhar”. A expressão foi incorporada ao jargão do mercado de ações e significa, neste contexto, a extensão parcial ou total, aos demais sócios de uma empresa, das mesmas condições obtidas pelos controladores quando da venda do controle de uma sociedade. A razão desta disposição é que a parcela do capital de uma empresa que controla uma empresa normalmente é mais valorizada do que as outras, pois possibilita o efetivo exercício do poder político dentro da sociedade. Ou seja, o controlador pode ter maior influência nas decisões sobre o futuro da empresa. Assim, legislação brasileira estabelece que os proprietários de ações ordinárias devam receber ao menos 80% do valor pago aos acionistas controladores no caso de mudança do controle da empresa. Não há exigência legal de tag-along para os proprietários de ações preferenciais. A WEG decidiu estender aos proprietários de todas as ações, ordinárias ou preferenciais, o direito de receber pelo menos 80% do valor pago por ação dos controladores no caso de alienação de controle, o que excede as exigências legais. Neste espaço esclarecemos dúvidas dos investidores sobre o mercado de capitais. Encaminhe suas questões para: ri@weg.net
de preços e de prazos de entrega são características neste negócio, podendo causar impactos na lucratividade. Temos conseguido administrar esses desafios a contento. Não obstante os preços historicamente elevados das commodities metálicas e da taxa de câmbio muito apreciada, temos trabalhado para elevar a produtividade e a eficiência operacional, ampliar o suprimento global de matérias primas, elevar gradualmente a produção nas unidades fora do Brasil e realizado aumentos de preços pontuais. Estes esforços já são visíveis na melhoria das nossas margens de lucratividade ocorridas ao longo dos últimos trimestres. Aníbal Gracioli
Conhecendo o Mercado de Capitais
Novamente temos a satisfação de apresentar ao público investidor nossos resultados trimestrais. Ao longo dos últimos trimestres temos dado continuidade à execução de uma estratégia de longo prazo e na manutenção de nossos compromissos com clientes, fornecedores, colaboradores e acionistas. Acreditamos que as dificuldades conjunturais (câmbio apreciado, preços de commodities, baixo crescimento no mercado doméstico) não devem significar o abandono da execução de uma estratégia firme e consistente. Esta é a maneira da WEG proceder desde a sua fundação e os resultados têm sido, em nosso julgamento, recompensadores. Continuamos sendo beneficiados pelo crescimento econômico global, o qual expande as nossas oportunidades nos mercados externos. Seguimos operando à plena capacidade, mesmo em um cenário onde o setor de bens de capital no Brasil se recente dos baixos investimentos em expansão da capacidade industrial. Nossa diversificação de produtos nos permite continuar a aproveitar as oportunidades existentes no Brasil, principalmente no segmento de bens de capital destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. O fornecimento de soluções industriais integradas, uma de nossas diretrizes estratégicas de longo prazo, nos impõe novos desafios. A grande variabilidade
Alidor Lueders Diretor Administrativo e de Relações com Investidores da WEG
DISTRIBUIÇÃO DA RECEITA BRUTA CONSOLIDADA POR ÁREA DE ATUAÇÃO
3T06
2T06
3T05
Equipamentos Eletro-eletrônicos
60,70%
62,30%
62,10%
Energia – Geração, Transmissão e Distribuição
19,20%
18,70%
13,60%
Motores para Eletrodomésticos
14,60%
13,10%
17,70%
Tintas e Vernizes
5,50%
5,90%
6,60%
Mudanças no Conselho de Administração
Edson Beline
Na Reunião do Conselho de Administração (RCA) de 15 de agosto de 2006 foi acatado o pedido de desligamento do membro do Conselho de Administração, Diether Werninghaus. De acordo com o estatuto da WEG S.A. e com a legislação vigente, Martin Werninghaus foi indicado para o cargo vago, com mandato até a próxima Assembléia Geral Ordinária. O Conselho de Administração passa a ter a seguinte composição: Nildemar Secches, presidente; Gerd Edgar Baumer, vice-presidente; Ana Teresa do Amaral Meirelles, membro; Martin Werninghaus, membro; Márcia da Silva Petry, membro; Mirian Voigt Schwartz, membro. Martin Werninghaus, economista, especialista em administração, chega em 1982 na WEG e atua em praticamente todas os setores administrativos da empresa; passando ainda por áreas industriais e exercendo cargos de Pretendo representar a diretoria em várias unidades família WEG e, ainda, de negócios do grupo colocar ao dispor tanto no Brasil quanto no dos acionistas toda a exterior. Filho de Geraldo minha experiência no Werninghaus, um dos três Grupo. São 25 anos de fundadores da WEG, Martin trabalhos industriais substitui o irmão Diether e administrativos que na representatividade certamente contribuirão da família e da holding para as importantes WEG Participações no decisões do conselho. Conselho.
Remuneração aos acionistas Nos nove primeiros meses de 2006 a WEG anunciou remunerações aos acionistas em quatro datas distintas:
• Em 16 de março de 2006, sob a forma de juros sobre o
capital próprio (JCP), no total de R$ 8,7 milhões (R$ 7,4 milhões líquidos de imposto de renda para os acionistas) com pagamento líquido de imposto de renda de R$ 0,012 por ação ON ou PN. • Em 20 de junho de 2006, sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP), no total de R$ 8,7 milhões (R$ 7,4 milhões líquidos de imposto de renda para os acionistas) com pagamento líquido de imposto de renda de R$ 0,012 por ação ON ou PN. • Em 28 de julho de 2006, foram anunciados dividendos intermediários referentes ao resultado do primeiro semestre de 2006, de R$ 84,0 milhões com pagamento de R$ 0,136 por ação de ON ou PN. • Em 14 de setembro de 2006, sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP), no total de R$ 18,2 milhões (R$ 15,4 milhões líquidos de imposto de renda para os acionistas) com pagamento líquido de imposto de renda de R$ 0,025 por ação ON ou PN. Considerando estes proventos, ao longo dos nove primeiros meses de 2006, declaramos como remuneração aos acionistas, na forma de dividendos e juros sobre o capital próprio, o valor de R$ 119,6 milhões brutos (R$ 0,185 por ação, líquido do pagamento de imposto de renda).
Desempenho das Ações A cotação da nossa ação com maior liquidez, as ações preferenciais (WEGE4), passou de R$ 7,49 em 30 de setembro de 2005 para R$ 9,83 em 30 de setembro de 2006, com ganho nominal de 31,2%. Considerando-se os dividendos, juros sobre capital próprio e reduções de capital declarados e/ou pagos no período, o retorno total para o acionista foi de 36,4%. O volume médio diário negociado no 3T06 foi de R$ 1,4 milhões, com queda de 27% sobre o volume médio de R$ 1,9 milhão observado durante o 3T05. Foram realizados ao longo do terceiro trimestre de 2006 4.583 negócios (4.443 negócios no 3T05), envolvendo 10,0 milhões de ações (16,9 milhões de ações no 3T05) e movimentando R$ 90,3 milhões (125,4 milhões no 3T05).
10,00 9,00
30.000
Vol.Negociado (escala à direita) WEGE4 (escala à esquerda)
25.000
8,00 7,00
20.000
6,00 5,00
15.000
4,00 10.000
3,00 2,00
5.000
1,00 0,00
dez-03
jun-04
dez-04
jun-05
dez-05
jun-06
DESEMPENHO DAS AÇÕES E VOLUME NEGOCIADO (R$ MILHÕES)
0
Geração,
transmissão e distribuição: fornecimentos de peso para CTEEP e Eletronorte, grandes transmissoras nacionais Temos observado crescimento no investimento nos três mercados de equipamentos para energia. Em geração continuamos nos beneficiando do crescimento da atratividade das fontes alternativas de energia, como a biomassa e as pequenas centrais hidroelétricas (PCH). Não obstante o atraso na realização do leilão de linhas de transmissão, a construção das linhas já licitadas prossegue em ritmo normal e os eventuais atrasos poderão ser facilmente compensados. Finalmente, a demanda final por energia elétrica continua em crescimento, beneficiando o investimento em distribuição por parte
das empresas concessionárias. Embora nossa atuação nesta área seja atualmente majoritariamente no mercado brasileiro, acreditamos que nossa experiência nos qualifica para competir em excelentes condições também nos mercados externos. Nosso foco de atuação em GTD são as Américas e a importância do mercado externo deverá crescer paulatinamente a partir do estabelecimento de unidades de comercialização e de produção em outros países. As recentes taxas de crescimento nesta área de atuação, bastante elevadas, são decorrência do crescimento do investimento diversificado em energia. Esta tendência deverá manter-se no futuro e continuamos a ver grande potencial de crescimento nos próximos anos. Neste trimestre o investimento em GTD continuou forte; exemplo dos fornecimentos para a CTEEP (Cia. de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) e Eletronote. Para a CETEEP será fornecida a ampliação da Subestação Embu Guaçu, de 440kV, localizada na cidade com o mesmo nome, na Grande São Paulo. Esta é a Subestação da Transmissora de Energia que possui a maior capacidade instalada. A obra, coordenada pela WEG – líder do consórcio WEG/Santa
Rita –, possui hoje 20 transformadores e 3.137,49MVA instalados numa área de 325 mil metros quadrados. Após a ampliação passará a contar com 24 transformadores e 3.537,49 MVA instalados, além de aumentar a segurança e confiabilidade operacional da instalação e do sistema CTEEP. O empreendimento deverá ser concluído em 12 meses. Inaugurada em 1973, a subestação tem importância estratégica no abastecimento de energia do anel sul de toda a região metropolitana de São Paulo. Além disto, a SE está inserida na área de preservação ambiental da Serra do Mar e mantém o paisagismo com árvores nativas. O contrato assinado com a Eletronorte (Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A) – subsidiária da Eletrobras, responsável pelo suprimento de energia na região norte do país através de concessionárias estaduais – é o maior fornecimento de transformadores WEG para a empresa. Quatro peças serão instalados nas cidades de Pimenta Bueno e Vilhena, em Rondônia. As unidades fazem parte da estratégia da transmissora para aumentar a capacidade do subsistema isolado do Estado. O fornecimento é importante pelo valor do contrato (R$15 milhões) e complexidade das máquinas, já que os transformadores pesam mais de 100 toneladas cada.
Sistema em regime de Empreitada Global SE EMBÚ-GUAÇU 440 kV, ampliação WEG
Planta da Subestação Embu-Guaçu, da Cia de Transmissão Elétrica Paulista: ampliação WEG é um dos maiores pacotes já fechados no Brasil.
impresso em papel reciclado
Expediente: www.weg.net
WEGE4 é uma publicação da WEG. Av. Prefeito Waldemar Grubba, 3300, (47) 3372-4000, CEP 89 256-900, Jaraguá do Sul, SC. www.weg.net, revista@weg. net. Conselho Editorial: Alidor Lueders (diretor de Relações com Investidores), Luis Fernando de Oliveira (gerente de Relações com Investidores), Cristina Teresa Santos (jornalista responsável) Leonardo Gonzales Spezia (arte) e Caio Mandolesi (analista de Marketing). Edição e produção: Marketing Corporativo – WEG. As matérias do WEGE4 estão liberadas à reprodução, citando a fonte e o autor.