WEG E4
4
nº
O JORNAL DO ACIONISTA
03
Ano I, 3ª edição, 4º Trimestre - 2006
WEG em 2006:
Crescimento de Vendas e Rentabilidade
A
WEG anunciou no dia 13 de fevereiro último os resultados de 2006 e conseguiu manter neste ano o desempenho empresarial dentro dos padrões históricos, tanto do ponto de vista do crescimento das receitas como da lucratividade das operações. A Receita Operacional Bruta Consolidada de R$ 3.527,1 milhões mostrou crescimento de 18,4% em relação ao ano anterior. O lucro líquido foi de R$ 502,8 milhões, 34% acima do lucro líquido obtido em 2005 e representando retorno sobre o patrimônio líquido de 36,6% em 2006. A WEG é uma empresa com atuação comercial global, distribuindo produtos em todos os continentes. Além disso, possuímos operações industriais em 4 países em adição às unidades fabris no Brasil. Isso torna o fato de termos obtido estes resultados ainda mais relevante, mesmo sob os efeitos negativos do aumento de preço de alguns dos nossos principais insumos e da valorização do Real frente às outras moedas. O mercado interno cresceu 16% e foi responsável por 61% da receita bruta total, atingindo R$ 2.142,1 milhões. O mercado externo ficou com 39% da receita bruta, R$ 1.385,0 milhões, com 23% de crescimento em relação ao ano anterior. O gerenciamento dos custos permitiu que o Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (mais comumente referido como LAJIDA ou, em inglês, EBITDA) atingisse R$ 666,1 milhões, representando 22% da Receita Operacional Líquida (R$ 503,7 milhões em 2005, com margem de 20%). Uma das principais características da estrutura produtiva da WEG é a contínua atualização tecnológica. Os investimentos em Ativos Fixos, destinados à expansão da nossa capacidade produtiva, atingiram R$ 111,3 milhões, 83% dos quais destinados aos parques industriais e demais instalações no Brasil e 17% nas unidades produtivas e demais subsidiárias no exterior. Para 2007 estão orçados investimentos de R$ 260 milhões. Neles estão inclusos a construção
de cinco novos prédios e a aquisição de novos equipamentos para a instalação do novo ERP da Companhia, que deve entrar em funcionamento no próximo ano. O ano de 2006 contou com crescimento de 8% no número de colaboradores. Em dezembro do ano passado o quadro da empresa incluía 15.473 pessoas; 13.726
funcionários no Brasil e 1.747 no exterior. A folha de pagamento contou com aumento de 15%, registrando R$ 19.643 milhões em 2006, contra os R$ 17.137 milhões pagos em 2005. A participação nos resultados deste ano será de R$ 73.587 milhões, 35% a mais que em 2005.
2006
2005
Crescimento %
2004
Crescimento %
Receita Operacional Bruta
3.527.110
2.978.401
18,4%
2.602.760
14,4%
Mercado Interno
2.142.085
1.848.854
15,9%
1.552.061
19,1%
Mercado Externo
1.385.025
1.129.547
22,6%
1.050.699
7,5%
Mercado Externo em US$
637.316
467.130
36,4%
359.776
29,8%
Receita Operacional Líquida
3.009.388
2.514.908
19,7%
2.203.710
14,1%
Lucro Operacional Bruto
1.062.958
836.211
27,1%
832.427
0,5%
Margem Bruta
35,3%
33,3%
Lucro Líquido do Período
502.831
374.812
Margem Líquida
16,7%
14,9%
EBITDA
666.141
503.738
Margem EBITDA
22,1%
20,0%
37,8% 34,2%
403.337
-7,1%
18,3% 32,2%
486.884
3,5%
22,1%
As demonstrações financeiras completas foram revisadas pela KPMG Auditores Independentes, não contendo ressalvas, e estão disponíveis na sede da empresa e no site: www.weg.net/ri.
Adaptabilidade & evolução É com grande satisfação que apresentamos ao público investidor os resultados de 2006.
Desempenho das Ações A cotação da nossa ação preferencial (WEGE4), a que possui maior liquidez de mercado, passou de R$ 7,60 em 30 de dezembro de 2005 para R$ 15,24 em 29 de dezembro de 2006, com ganho nominal de 101%. Considerando-se os dividendos, juros sobre capital próprio e reduções de capital declarados e/ou pagos no período, o retorno total para o acionista foi de 110%. O volume médio diário negociado em 2006 foi de R$ 2,8 milhões, com alta de 62% sobre o volume médio observado durante 2005. Foram realizados ao longo do ano 28.559 negócios (21.962 negócios em 2005), envolvendo 76,4 milhões de ações (57,9 milhões de ações em 2005) e movimentando R$ 687,7 milhões (429,2 milhões em 2005).
Uma das características mais marcantes da WEG é a sua adaptabilidade às condições de mercado, evoluindo gradualmente dentro do nosso modelo de negócios. Este foi um ano em que, através da persistência na execução consistente das nossas estratégias de longo prazo e na manutenção de nossos compromissos com clientes, fornecedores, colaboradores e acionistas, pudemos superar um ambiente extremamente desafiador caracterizado pelo câmbio apreciado, pelos elevados preços de commodities e pelo baixo crescimento no mercado doméstico. Nossa oferta diversificada de produtos, voltados para a utilização eficiente da energia, encontra um amplo mercado mundial, com grandes possibilidades de crescimento. Além disso, o bom desempenho econômico mundial continua nos propiciando novas oportunidades de expansão acelerada nos mercados externos. Isto tem nos permitido manter nossas unidades industriais à
plena capacidade, não obstante os baixos investimentos em expansão por parte daquele que é um dos nossos principais clientes, o setor industrial no Brasil. Aqui, nossa diversificação nos permite aproveitar as oportunidades existentes, especialmente no segmento de bens de capital destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Ao nos prepararmos para 2007, renovamos nossos esforços para continuar elevando a produtividade e a eficiência operacional, ampliar o suprimento global de matérias primas e elevar gradualmente a produção nas unidades fora do Brasil. Esta estratégia nos permitiu a melhoria das nossas margens de lucratividade ocorridas ao longo dos últimos trimestres e, acreditamos, continuará a render frutos no futuro.
Alidor Lueders Diretor Administrativo e de Relações com Investidores da WEG
Volume negociado (escala laranja à direita) WEGE4 (escala azul à esquerda)
Nova estrutura facilita gestão compartilhada e evolução sustentável
P
ara crescer no mundo em permanente evolução, uma empresa precisa fazer muito mais do que simples mudanças: precisa se reinventar. A WEG faz isso desde sua fundação, há 45 anos: passou de fabricante de produtos para fornecedora de soluções; de empresa nacional para multinacional. Agora, um ciclo de evolução se completa com uma importante mudança estrutural que reflete a integração de cada negócio da empresa no fornecimento de soluções completas, um mercado onde a WEG tem atuado cada vez mais. Desde janeiro as empresas que formam o Grupo estão organizadas em quatro grandes negócios: Energia, Automação, Motores e Tintas. No exterior, foram criadas Unidades Regionais, ligadas à nova Diretoria Corporativa Internacional, comandada por Sérgio Schwartz. As diretorias de cada mercado passam a ter sua sede fora do Brasil: a diretoria da América do Norte ficará nos Estados Unidos; a da Europa em Portugal e a da Ásia na China. Sérgio Schwartz assumiu ainda a função de Vice-Presidente Executivo, cargo também novo, aprovado durante reunião do Conselho de Administração de 13/02/2007, e que objetiva coordenar projetos específicos definidos pela Presidência e Conselho, além de dirigir assuntos operacionais da empresa, permitindo
ao presidente concentrar-se em assuntos estratégicos. Na WEG desde 1985, Schwartz, 46, fez carreira na empresa, chegando a Diretor de Logística em 1994. Em 2004, assumiu a Diretoria Superintendência do mercado externo da região da Ásia. Foi o responsável pelas negociações da aquisição da fábrica da WEG na China, no final de 2004. O modelo de administração passa a contar, assim, com uma Direção Geral composta por: Presidente Executivo, Vice-Presidente Executivo e Diretor Internacional, Diretor Administrativo/Financeiro, Diretor de Marketing/ Recursos Humanos e Superintendentes de Energia, Automação e Motores. “Todo esse esforço tem um objetivo primordial: continuar atendendo os clientes de forma mais próxima, desenvolvendo soluções em conjunto e conhecendo a fundo cada segmento de mercado”, afirma o presidente executivo Décio da Silva, acreditando que um corpo diretivo enxuto e diretores alocados nos mercadosalvo possibilitarão uma gestão muito mais compartilhada. A WEG está consciente que é imprescindível o uso de forma sustentável de todas as energias alternativas possíveis: Hidrelétrica, Termoelétrica, Biomassa, Fotovoltaica, Eólica, Células de Hidrogênio etc. E sem o discurso
Sérgio Schwartz
Vice-Presidente Executivo e Diretor Corporativo Internacional
que energia alternativa é cara, porque é infinitamente mais barata do que não ter energia. Assim, além de apostar nas mudanças organizacionais para continuar sempre evoluindo, contribui para a economia de energia ao oferecer produtos mais eficientes e adequados às necessidades de cada segmento. “Trabalhamos forte para melhorar a eficiência operacional e desenvolver, cada vez mais, produtos de alto valor agregado”, finaliza Décio da Silva.
Dividendos Com base nos resultados do exercício de 2006, destinamos aos acionistas o montante de R$ 228,8 milhões (R$ 222,3 milhões líquidos, após a dedução de impostos) para pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio, equivalentes à R$ 0,370411765 por ação. Este montante é 38% superior aos dividendos atribuíveis ao ano de 2005, representando 45% do lucro líquido antes dos ajustes estatutários. A remuneração por ação equivale a um rendimento de 4,12% sobre o valor médio das ações ao longo de 2006. Abaixo estão discriminados os proventos a que fizeram jus os acionistas nas respectivas datas. Em 16 de agosto de 2006 foram efetuados os pagamentos dos proventos declarados nas seguintes datas: a) Em 16 de março de 2006 - sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP), no total de R$ 8,7 milhões (R$ 7,4 milhões líquidos de imposto de renda para os acionistas). b) Em 20 de junho de 2006, sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP), no total de R$ 8,7 milhões (R$ 7,4 milhões líquidos de imposto de renda para os acionistas). c) Em 28 de julho de 2006, dividendos intermediários referentes ao resultado do primeiro semestre de 2006, de R$ 84,0 milhões. Os proventos referentes ao segundo semestre, conforme abaixo descritos segundo sua data de declaração, foram pagos em 14 de março de 2007: d) Em 14 de setembro de 2006, sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP), no total de R$ 18,2 milhões (R$ 15,4 milhões líquidos de imposto de renda para os acionistas). e) Em 14 de dezembro de 2006, sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP), no total de R$ 7,3 milhões (R$ 6,2 milhões líquidos de imposto de renda para os acionistas). f) Em 13 de fevereiro de 2007, sob a forma de dividendos complementares referentes ao resultado do exercício de 2006, de R$ 101,9 milhões.
WEG fornece motores para um dos maiores projetos subterrâneos do mundo Cerca de 900 smoke motors equipam o sistema de ventilação da Rua 30, rota de distribuição de tráfego no centro de Madrid, na Espanha. A subsidiária WEG Ibéria forneceu cerca de 900 motores para extração de fumaça, chamados de smoke motors, capacitados para operar em temperaturas de até 400°C com potências entre 15 e 630 KW para a Zitrón, empresa responsável pela análise e design do sistema de ventilação da reconstrução da Rua 30, em Madrid, na Espanha, uma auto-estrada que serve de rota de distribuição de tráfego no centro da cidade. O tráfego de Madrid está em crise. Atualmente, mais de 300 mil veículos e aproximadamente 500 mil pedestres circulam pelo túnel da Rua 30 todos os dias. O projeto de reestruturação, que teve início em 2004 e deve ser finalizado em 2007, inclui aumento na capacidade da auto-estrada, recuperação do meio ambiente dos arredores da via e limpeza e regeneração do Rio Manzanares, principal da cidade. A obra constitui-se, ainda, num incremento das conexões radiais da via através de estradas secundárias que irão reduzir
significantemente o tempo de viagem dentro da cidade. Essas novas sessões compõem 99 km de novas vias, dos quais 56 km serão cobertas por túneis. Os motores WEG irão equipar os ventiladores axiais dos túneis. Parte deles esta sendo produzida na fábrica WEG de Portugal enquanto os outros serão enviados do Brasil. O pedido inclui ainda testes de temperatura. O projeto espanhol está orçado em quase € 4 bilhões.
Testes Antes de serem entregues à Zitrón, os motores, de 15 e 18,5 KW a 1.500 rpm, foram testados no laboratório de San Pedro de Anes (Asturias). Certificados pela CTICM desde 2002, os motores operaram ventiladores por uma hora a temperatura ambiente. Em seguida, foram novamente acionados enquanto a temperatura foi sendo elevada para atingir 400oC em no máximo 10 minutos, e permaneceu assim por duas horas consecutivas. Os motores suportaram a temperatura sem emitir fumaça alguma e foram aprovados. Dentro de um túnel como o da Rua 30, o sistema de ventilação deve ser impecável. Uma temperatura como esta é muito difícil de ser alcançada, mas a idéia é justamente essa: prevenção.
Impresso em papel reciclado
Expediente: www.weg.net
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