Especial copa2014 brasil

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COPA DO MUNDO

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Seleção Brasileira comemora 100 anos de talento e tradição COPA DO MUNDO

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esportes@ofluminense.com.br

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O P C A A D 20 14

GU

Arte e Criação: Wemerson Marreiro

Domingo, 8, e segunda-feira, 9/6/2014

Torcida

Niteroienses campeões do mundo opinam sobre a equipe de Felipão


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ESTATĂ?STICAS

OFLU NA COPA

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ESTÁDIOS

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Fotos: Divulgação

Os estádios da Copa do Mundo

DIRETORA DE MULTIMÍDIA: LILIANE SOUZELLA EDITORAS EXECUTIVAS: SIMONE PORTO E SANDRA DUARTE EDITOR: DANIEL ALVES REPÓRTERES: MARCEL TARDIN, MATHEUS OLIVEIRA E VINÍCIUS RODRIGUES ESTAGIÁRIO: PATRICK MONTEIRO TRATAMENTO DE IMAGENS: JORGE CARLOS E JORGE ANTÔNIO ARTE E DIAGRAMAÇÃO: WEMERSON MARREIRO


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GRUPO A

OFLU NA COPA

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A eterna ‘pedra no sapato’ do Brasil Em 2012 a se- chega para este Mundial como leção mexica- o treinador e psicólogo de um na conquistou grupo que não se entende e ena medalha de tra constantemente em conflito ouro nos Jogos com a federação local. Uma proOlímpicos de va de que ninguém se entende Londres derro- por lá é que o técnico garante tando o Brasil na final. A expec- que o time vem ao Brasil brigar tativa era a de que essa geração pelo título, enquanto que os dirichegaria dois anos depois ao gentes, mais realistas, falam em Brasil esperançosa por fazer superar a melhor campanha da história. Porém, o clima hoje é de história, um sexto lugar, obtido total incerteza. Isso porque o de- em 1970 e em 1986. sempenho tem sido pífio dentro “O meu foco está todo na de campo. Nas Eliminatórias da conquista do título. O México Concacaf o país sequer garantiu tem uma geração que é de ouro vaga diretamente, tendo que dis- e que não pode ser jogada fora putar uma repescagem contra a de uma hora para outra. Meu Nova Zelândia, a quem eliminou grupo é bom, os jogadores estão com relativa tranquilidade. comprometidos e vamos brigar A má campanha nas Elimina- pelo caneco”, disse Herrera. tórias causaram quatro trocas Se a Copa das Confederações de técnico e Miguel Herrera do ano passado servir de alguma

coisa o México também deve ficar apreensivo, pois o time sequer conseguiu passar da primeira fase. Os principais astros da companhia são o meia Giovani Dos Santos, do Villarreal, da Espanha, e o atacante Javier “Chicharito” Hernández, do Manchester United, da Inglaterra. O time-base da seleção comandada por Miguel Herrera é: Jesús Corona, Rafael Márquez, Diego Reyes e Francisco Rod r ig uez ; Mig uel L ay u n, Carlos Peña, Juan Vázquez, Giova n i Dos Sa ntos e A ndrés Guardado; Oribe Peralta e “Chicharito” Hernández.

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A seleção mexicana luta para superar fase ruim da equipe

A força do conjunto é a aposta da Croácia

Chicharito Hernández é um dos destaques da geração mexicana

Leões Indomáveis mostram sua força ‘caçando’ os oponentes Camarões surge como forte candidata a assegurar uma segunda posição no Grupo A Quem acompa n hou as Eliminatór ia s e os ú lt i mos jogos das seleções que disputarão a Copa do Mundo de 2014 tem a mesma opinião sobre o Grupo A. Camarões é a seleção que tem mais condições de criar problemas pa ra a Seleção Brasileira na primeira fase do Mundial. Apesar de estar longe de ser um dos destaques da competição e vir sendo pouco alardeada como postulante a surpreender, a equipe camaronesa tem um time que

pode aprontar, como fez em amistoso recente contra a Alemanha, em jogo que terminou empatado por 2 a 2. O técnico alemão Volker Finke conseguiu dar disciplina ao grupo que eliminou a Tunísia no último mata-mata das Eliminatórias africanas. A defesa é pouco experiente, mas joga de forma séria, longe do estilo brincalhão das seleções do continente negro. No meio de campo o meia Alexandre Song, do Barcelona, tem liberdade para criar e ajudar a municiar um ataque que tem como centroavante o eficiente e sempre temido Samuel Eto’o. Isso sem falar

no habilidoso Jean Makoun, meia do Rennes, da França, e candidato a uma das surpresas da Copa. “Nosso time está disposto a fazer aquilo que tem feito até este momento e que nos levou até aqui, ou seja, jogar futebol com alegria, mas também com a responsabilidade de quem carrega o sonho de todos os ca ma roneses. Temos bola para nos classificarmos, mas vamos pensar em um jogo de cada vez, estudar cada rival e fazer a nossa parte”, disse Volker Finke. Surpreender para Camarões em Copas do Mundo não chega a ser algo inédito. Em

1990 o time comandado pelo centroavante Roger Milla fez história ao chegar às quartas de final, onde foram eliminados pela Inglaterra. O leão africano vem para o Brasil com a seleção-base formada por: Charles Itandje, Benoit Assou-Ekotto, Aurelien Chedjou, Nicolas Nkoulou e Allan Nyom; Stephane Mbia, Joel Matip, Alexandre Song e Jean Makoun; Achille Webo e Samuel Eto’o. No comando, está Volker Finke. O tetracampeão africano das nações promete vender muito caro a sua classificação para a segunda fase da competição mundial.

Primeira adver sá r ia da Seleção Br a s i le i r a na Copa do Mu ndo de 2014, a Croácia está longe de ter um time capaz de empolgar seus torcedores, temerosos até mesmo de não passarem da primeira fase. O país penou nas Eliminatórias europeias e só chegou ao Mundial após disputar uma repescagem, onde o sorteio lhe sorriu e o time mediu forças com a mais frágil Islândia. O técnico Niko Kovac acredita que a força de seu conjunto pode acabar fazendo a diferença. “Nós não somos os melhores de nossa chave e sabemos que vamos disputar, se der a lógica, a segunda vaga com Camarões e México. Mas temos empenho, determinação e, acima de tudo, uma grande vontade de vencer. Esses são ingredientes fundamentais para se fazer uma grande Copa do Mundo. Vamos pensar em um desafio de cada vez, a começar pelo Brasil”, disse Kovac. Porém, o treinador da Croácia, além de não ter o melhor elenco em suas mãos, ainda sofre com problemas. Um dos líderes do elenco, o experiente zagueiro Josip Simunic, que iria para a sua terceira Copa do Mundo, foi punido pela Fifa por cantar músicas nazistas após a classificação de sua equipe para o Mundial. O jogador, de 36 anos, não pôde ser convocado. O destaque da companhia é o atacante Mario Mandzukic, do Bayern de Munique, que não enfrentará o Brasil na abertura do Mundial por causa de uma suspensão e o volante Luka Modric, do Real Madrid.


GRUPO B

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Apesa r de ter reformulado bastante a seleção da Holanda, em relação ao grupo que f icou com o v ice em 2010, o técnico Louis Van Gaal ainda aposta em peças consideradas chaves para ir longe nesta Copa do Mundo. O problema é que esses jogadores estão todos do meio de campo para frente. Assim, a defesa se tornou um ponto fraco da Laranja Mecânica. Uma prova disso é que o treinador está apostando em resolver o problema acrescentando mais um zagueiro e adotando o 3-5-2. O restante do time esbanja qualidade. Apesar de ter perdido Rafael Van der Vaart, lesionado, o meio continua sendo conduzido pelo Maestro Wesley Sneijder, carrasco da Seleção Brasileira em 2010. Já a dupla de ataque é de impor respeito em qualquer rival: Robben cai pelos lados com a missão de municia r o “matador” Van Persie. “Não somos a melhor seleção, mas estamos longe de sermos tratados como medianos, por exemplo. Portanto, existe uma grande confiança de que podemos ir avançando na competição”, afirmou Van Gaal. Os responsáveis por essa confiança do treinador formam o time-base da seleção holandesa: Jasper Cillessen, Bruno Martins Indi, Joël Veltman e Ron Vlaar; Daryl Janmaat, Nigel de Jong, Leroy Fer, Wesley Sneijder e Daley Blind; Arjen Robben e Robin van Persie. Será que a Holanda, três vezes vice-campeã, aprontará em solo brasileiro e conseguirá o seu primeiro mundial?

Liderando o ranking da Fifa, Fúria mira o bicampeonato Seleção espanhola que conta com a base campeã no último mundial busca nova façanha Atual campeã, a Espanha chega para este Mundia l com a missão de provar que não tem um time envelhecido e apagar a má i magem dei x ada na derrota de 3 a 0 para a Seleção Brasileira, na final da Copa das Confederações. O técnico Vicente del Bosque sabe da responsabilidade que tem em suas mãos e confia plenamente que seu grupo pode voltar ao topo. “A Espanha conta com um grupo eficiente, conhecedor d a s d i f ic u ld ade s de u m a Copa do Mundo e que não perdeu a humildade diante

dos elog ios que vem recebendo desde que ganhou a Eurocopa de dois mil e oito. Chegamos à final de todos os torneios importantes de lá para cá e merecemos ser bem considerados, pois nos esforça mos pa ra isso”, afirmou . A experiência do time começa no gol, com Ca si l la s. O z ag uei ro Gerard Piqué e o lateral Jordi A lba, além dos meias Xav i, Serg io Busquets e A nd rés Iniesta e do atacante Pedro mostram que, com seis atletas, o Barcelona é a base do t i me e cer teza de mu ito toque de bola com o objetivo de envolver o adversário. O atacante bra si lei ro nat u ra-

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Holanda na busca pela sua primeira honraria

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lizado Diego Costa, que foi pivô de uma disputa entre Espanha e Brasil, corre risco de perder posição por conta de lesões. Os times do Real Madrid e Barcelona ainda formam a base da seleção espanhola. Pa r a o té c n ic o Del Iniesta terá Bosque, a confiança a missão de nos atletas que vêm municiar o ataque formando a seleção não deve ser desprezada. Sendo assim, a base da equipe espanhola deverá ser: Iker Casillas, Césa r A z pi l ic uet a, Serg io Ramos, Gerard Piqué e Jordi A lba; Xabi A lonso, Xav i, Serg io Busquets e A nd rés Iniesta; Pedro e Diego Costa. Resta saber se a força espanhola suportará o calor brasileiro.

Boa ‘safra’ chilena Austrália joga pela pretende surpreender dignidade da Oceania N u n c a o finalistas do último Mundial. Chile che- O Chile chega para se impor, g o u t ã o ir para as oitavas de final b e m p r e - e depois ver o que a sorte p a r a d o e pode nos apresentar”, disse com tanta um esperançoso Jorge Luis qualidade Sampaoli. para uma Copa do Mundo. Depois de muitos anos Existe até mesmo o sonho tendo vivido de um ataque de superar a melhor colo- com Marcelo Salas e Iván cação da história, quando Zamorano, dessa vez o Chile foi terceiro lugar em 1962, tem um time equilibrado, jogando em casa e sendo com qualidade em todos os eliminado pelo Brasil nas se- setores. A defesa tem atletas mifinais. O bom retrospecto de grande nível, como o laterecente anima ainda mais ral direito Mauricio Isla, da o torcedor chileno. O time Juventus, da Itália. No meio, venceu metade dos jogos que o palmeirense Valdivia será disputou nas Eliminatórias o principal responsável por sul-americanas e está com monitorar um ataque de resum preparo físico invejável. peito e que conta com Alexis “Apostar que podemos sur- Sánchez, do Barcelona, e preender não é imaginar o Eduardo Vargas, ex-Grêmio impossível, mesmo estando e atua lmente joga ndo no em um grupo com os dois espanhol Valencia.

E m s e t e mbro do ano passado a Austrália disputou um amistoso contra a Seleção Brasileira em Brasília (DF) e foi humilhada com uma goleada de 6 a 0. No jogo seguinte, repetição do placar e dessa vez o algoz foi a França. Os resultados das partidas mostraram a fragilidade do time da Oceania, que disputa as Eliminatórias asiáticas e que encontrou certa dificuldade para se classificar. Passados cerca de nove meses daqueles amistosos alguma coisa mudou na vida dos Socceroos. O técnico alemão Holger Osieck, por exemplo, foi demitido para que em seu lugar assumisse

Ange Postecoglou, ex-jogador australiano. O grande problema é que ele não pode inventar qualidade onde não tem. “Sabemos das nossas limitações e não brigamos com elas. Muito menos fechamos os nossos olhos. Sabemos que a vida não está fácil no nosso grupo, mas vamos pensar em um jogo de cada vez”, disse Ange Postecoglou. Com todas essas circunstâncias, o time australiano é muito fraco tecnicamente e vive de jogadas aéreas, que podem apresentar certo perigo para o adversário. O atacante Tim Cahill pode ser considerado a exceção em termos de habilidade, que o fez se destacar nos tempos de Everton, na Inglaterra. Atualmente defende as cores do New York Red Bulls, dos Estados Unidos.


GRUPO C

OFLU NA COPA

A nova geração da seleção colombiana

Ausentes das três últimas Copas, Colômbia quer liderar grupo C E m 19 9 4 a Colômbia chegou ao Mundial dos Estados Unidos encantando o mundo. A geração de Valderrama, Rincón e Asprilla goleou a Argentina em Buenos Aires por 5 a 0 e chegou a ser apontada como favorita por Pelé. Não passou da primeira fase e decepcionou seu povo. O fracasso fez com que as gerações seguintes sentissem o golpe e os colombianos não disputaram as três últimas edições. Aos poucos, porém, o futebol colombiano foi se reerguendo e em 2014 chegará ao Brasil com o time mais completo de sua história. Dessa vez não há apenas

bons valores individuais, mas um time seguro e eficiente na defesa e no ataque, apesar do corte de Falcão Garcia, anunciado na última segunda-feira (7). “Tenho muito orgulho deste grupo, que fez uma grande campanha nas Eliminatórias e que vem se aprimorando a cada encontro. Tenho certeza de que ainda vão ouvir falar muito da gente na Copa do Mundo”, disse o técnico José Pekerman, que é argentino. A equipe é formada por jogadores que são titulares de seus times na Europa. Mario Yepes e Amaranto Perea formam uma zaga de respeito, sob a tutela do volante Fredy Guarín, da Internazionale. Na criação, Juan Guillermo Cuadrado, da italiana Fiorentina, e James Rodríguez,

do francês Monaco, dão o toque de qualidade. Mas nem tudo são flores. A principal estrela da companhia, o atacante Falcao García, do Monaco, operou o joelho esquerdo e não disputará o Mundial. Assim, a principal esperança de gols recai sobre Jackson Martínez, do Porto. A esperança do título mundial para os colombianos está nos pés dos 11 escolhidos de José Pekerman, que formam o time-base da Colômbia: David Ospina, Camilo Zúñiga, Mario Yepes, Amaranto Perea e Pablo Armero; Fredy Guarín, Carlos Sánchez, Guillermo Cuadrado e James Rodríguez; Jackson Martínez e Carlos Bacca.

Domingo, 8, e segunda-feira, 9/6/2014

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James Rodríguez terá a missão de comandar o time da Colômbia

A surpresa que pode Drogba lidera a Costa virar ‘presente de grego’ do Marfim no torneio Ca mpeã da Eurocopa de 2004, a Grécia está longe de ser considerada uma seleção forte e normalmente entra nas disputas para fazer figuração. Em 2014 a expectativa é a mesma. O time, dirigido pelo técnico português Fernando Santos, tem grande vocação defensiva e muitas dificuldades para marcar gols. A defesa costuma montar verdadeiros ferrolhos e isso foi determinante para o sucesso nas Eliminatórias. Foram cinco vitórias, todas por 1 a 0. “Um grande time começa com uma boa defesa e a Grécia leva isso muito a sério desde que conquistou a Eurocopa. Posso dizer que estou apenas

dando sequência a um belo t raba lho”, disse Ferna ndo Santos. Ofensivamente o time tem pouco a apresentar. A principal estrela é o atacante Kostas Mitrglu, que se destacou na última temporada atuando pelo Olympiacos e agora vai jogar no Fulham, da Inglaterra. Para mostrar que a Grécia vai a lém das mitologias, o treinador Fernando Santos já tem definido o time-base que jogará na Copa do Mundo e que poderá surpreender no Grupo C da competição: Orestis Karnezis, Vasilis Torosidis, Kostas Manolas, Sokratis Papastathopoulos e Giorgos Tzavellas; Alexandros Tziolis, Giannis Maniatis e Giorgos Karagounis; Dimitris Salpingidis, Kostas Mitroglou e Giorgos Samaras.

P o u c a s s e l e - Porém, muitos duvidam da ções cont a m capacidade do time, que peca c om o p o de - no aspecto coletivo e tem rio ofensivo de uma defesa pouco segura. Costa do Mar“O grande desafio envolf i m . O m e i a vendo seleções africanas é Yaya Touré, um fazer os jogadores terem na dos destaques seleção o mesmo profissiodo Manchester City, encosta nalismo que mostram nos em Gervinho e Didier Drog- clubes. Talvez por isso equiba, astro da companhia, para pes africanas que contavam municia r o cent roava nte com g ra ndes nomes nem Salomon Kalou. O quarteto passaram da primeira fase”, é capaz de tirar o sono de disse o francês Bruno Metsu, qualquer adversário. O pro- técnico de Senegal em 2002 e blema é que o técnico Sabri falecido em outubro de 2013. Lamouchi, assim como seus Costa do Marfim se enquaantecessores, vem fracas- dra totalmente neste perfil. sando na tentativa de formar Apesar de sempre contar com um time, apesar dos bons bons grupos, jamais consevalores individuais. guiu passar da primeira fase A seleção da Costa do Mar- em Mundiais. fim chegou até com facilidaFica a expectativa se a sede ao Mundial, eliminando leção marfinense conseguirá Senegal na etapa decisiva. essa proeza no Brasil.

Rapidez e audácia nipônica no Grupo C Um time que joga pa ra o g a s t o. Q u e ganha de quem é mel hor, que empata com quem é igual e perde de quem é superior. Esse é o Japão, que chega ao Mundial de 2014 em busca da superação. Surpreender é algo que esse time quase nunca consegue fazer. Porém, a obediência tática, o preparo físico e a vontade em campo costumam ser constantes. Para muitos, falta crescer em momentos decisivos. “Precisa mos acredita r que é possível ganhar de quem teoricamente é superior. Futebol é um dos poucos esportes onde é possível surpreender e o Japão tem condições e vontade para isso”, disse o italiano Alberto Zaccheroni, técnico do time. O time conta com poucos valores individuais, apostando mesmo no coletivo. Os destaques f ica m por conta dos habilidosos meias Keisuke Honda, do Milan, e Shinji Kagawa, do Manchester United, que ditam o ritmo do time em campo. Pouco para acreditar que o Japão vá conseguir superar seu melhor desempenho, o nono lugar de 2002 e 2010. O treinador italiano, inclusive, já selecionou os guerreiros que tentarão surpreender no Brasil. O time-base da seleção nipônica conta com: Eiji Kawashima, Atsuto Uchida, Yasuy uki Konno, Maya Yoshida e Yuto Nagatomo; Yasuhito Endo, Ma koto Hasebe, Hota r u Yamaguchi, Keisuke Honda e Shinji Kagawa; Shinji Okazaki. A melhor colocação japonesa em Copas foi em 2002 e 2010, quando alcançou o 9º lugar em ambas.


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Um t ime que mescla juvent ude com experiência. Jogad or e s c onsagrados com aqueles que a i nda buscam um lugar ao sol. Essa é a Ing later ra, que aposta em uma mistura que promete dar bons resultados no Brasil. O sorteio não lhe sorriu e pelo caminho, logo na primeira fase, Itá lia e Uruguai são obstáculos complicados de serem superados. Por ém, a c on f i a nç a do país está em alta, muito por conta do técnico Roy Hodgson, que parece ter o grupo nas mãos. “Esta mos acred ita ndo que podemos ir longe. Meu grupo porém sabe que a primeira ordem é passar de fase. Em um grupo que tem Itá lia e Urug uai, se conseguirmos isso, além de dei x a r mos u m r i v a l pelo caminho, sairemos fortalecidos. Nossa estratégia está traçada e temos o d i reito de son ha r em repet ir 1966”, disse Roy Hodgson, se referindo à única conquista de Copa do Mundo da Inglaterra. Em relação ao t i me, Steven G er ra rd e Fra n k Lampard dão o toque de equilíbrio e talento a um meio de campo que terá a missão de municiar o experiente atacante Wayne Rooney. O trio conta com boas peças complementa res, como o meia Ox lade-Cha mberla in da nova geração da Terra da Rainha. O time-base deverá ser: Joe Ha r t, Glen Joh nson, Gary Cahill, Phil Jagielka e Leighton Baines; Steven Gerrard, Frank Lampard, Alex Oxlade-Chamberlain e Jack Wilshere; Rooney e Daniel Sturridge.

Uruguai quer fazer um novo ‘Maracanazzo’ Algoz do Brasil em 1950, uruguaios sonham em repetir façanha Uma das mais Ca so Suá rez não jog ue, bada ladas se- quem assumirá a condição leções na Copa de titular é Diego Forlán, condo Mundo de siderado o melhor jogador 2014, por conta da última Copa do Mundo, do f a nt a sm a mas que não suporta mais os do Mundial de noventa minutos. Assim, tem 1950, qua ndo se transformado em uma pebateu o Brasil na grande final, rigosa arma da Celeste para o o Uruguai chega credencia- segundo tempo dos jogos. do pela conquista da última “O importante é que temos Copa América e pela quarta grandes jogadores, embora teposição no Mundial de 2010. nha confiança de que o Suárez A base, inclusive, é a mes- vai estar conosco tranquilama daquela ocasião. Porém, mente”, afirmou Óscar Tabárez, existe um grande receio por técnico da seleção uruguaia. conta da possível ausência O resta da equipe conta com da estrela da companhia. O uma zaga segura e experiente, atacante Luis Suárez teve que com Diego Lugano e Diego Gose submeter a uma cirurgia no dín. O meio de campo aposta menisco do joelho esquerdo e na eficiência e no talento de dificilmente estará 100% no Cristhian Stuani. Qualidades Mundial. que fazem o Uruguai sonhar

em repetir o feito de 1950, calando o Maracanã. O treinador Óscar Tabáres tem em mãos um dos melhores elencos da Celeste Olímpica. A escalação provável do técnico uruguaio durante as partidas da Copa será: Fernando Muslera, Maximiliano Pereira, Diego Lugano, Diego Godín e Martín Cáceres; Arévalo Ríos, Álvaro Pereira, Cristian Rodríguez e Cristhian Stuani; Luis Suárez e Edinson Cavani. Uma seleção para orgulhar qualquer torcedor uruguaio,, mas que não seja suficiente para transformar o Maracanã no novo ‘Maracanazo’, como foi em 1950.

Azzurra aposta em equilíbrio e qualidade na luta pelo penta

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Terra da Rainha busca segundo título em mundiais

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GRUPO D

Cavani é a referência uruguaia na busca pelos tentos na Copa

Itália mantém força defensiva e aposta em destaques ofensivos para igualar o Brasil

Costa Rica surge como o maior azarão da Copa

A Itália chega vo, tradição do futebol da Bota, pa r a a C opa a um toque de bola envolvente do Mundo do e uma maneira objetiva de ataBrasil aponta- car. Muitos dizem que o país da, com justi- é a Espanha com menos quaça, como uma lidade e mais poder defensivo. das favoritas. “ O equilíbrio realmente é N ã o a p e n a s uma das nossas armas. Fupela tradição, tebol é ha rmonia entre os como aconteceu em a nos setores e isso nós temos. Claro anteriores, mas também pela que para ganhar uma Copa qualidade do seu grupo e fu- dependemos de muitos fatores, tebol que vem apresentando. porém, estou confiante de que A Azzurra é sim uma ameaça faremos um bom papel”, disse para o Brasil, já que é a única Prandelli. seleção que pode igualar os A equipe sofreu um baque pentacampeões em número poucos dias antes do torneio de títulos. A Itália foi campeã começar, com o corte do meia das Copas de 34, 38, 82 e 2006. Riccardo Montolivo, que fraO técnico Cesare Prandelli, turou a perna direita. Porém, fã do futebol arte, conseguiu o setor continua sob a batuta aliar o forte esquema defensi- do maestro Andrea Pirlo, auxi-

A Costa Rica pode ser considerada o grande azarão da Copa do Mu ndo de 2014, já que caiu em um grupo com Itália, Inglaterra e Uruguai. Portanto, nem o mais otimista dos torcedores do país parece acreditar que uma vaga nas oitavas de final vai acontecer. Sendo assim, o técnico Jorge Luis Pinto pensa que o ideal mesmo seja ir a campo pensando em jogar com alegria.O time é bem fraco tecnicamente. Os destaques são o meia Bryan Ruiz, do Paris Saint-Germain da França e o atacante Campbell, do Olympiakos-GRE.

liado por Claudio Marchisio. O goleiro Gianluigi Buffon é uma espécie de técnico dentro de campo, enquanto que no ataque, as esperanças recaem sobre o polêmico Mario Balotelli. A provável equipe titular da Itália de Cesare Prandelli para o Mundial seráa seguinte: Gianluigi Buffon, Christian Maggio, Andrea Barzagli, Leona rdo Bonucci e Giorg io Chiellini; Daniele De Rossi, Claudio Marchisio, Alberto Aquilani e Andrea Pirlo; Mario Balotelli e Giuseppe Rossi Tetracampeã do mundo e fã de uma boa massa, a Itália espera que essa mistura de equilíbrio entre os setores dê uma boa massa e resulte no pentacampeonato mundial.


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Domingo, 8, e segun

Pela sexta estrela MARCEL TARDIN

Acabar de uma vez por todas com o fantasma da Copa do Mundo de 1950, fazer a festa da torcida que ainda está dividida entre apoiar o time e cobrar, devido às polêmicas envolvendo os investimentos para a realização do megaevento, proporcionar um espetáculo em verde e amarelo e, enfim, ser hexacampeã mundial. Essas são algumas das tarefas que estão na lista de anotações do técnico Luiz Felipe Scolari e dos jogadores da Seleção Brasileira, ciente de que talvez nunca antes o Brasil tenha entrado tão pressionado por um resultado perfeito em uma competição tão difícil. Felipão tem consciência da responsabilidade do atual grupo que veste a “amarelinha” e não foge dela. Sabe que qualquer outra coisa que não seja a conquista do título será considerada um grande fiasco. Justamente por isso costuma brincar sobre o tema. “No Brasil não tem pressão para ser campeão. O Brasil vai ser campeão”, disse o treinador, campeão do mundo em 2002. Apesar disso, ele evita projetar quais as principais pedras no caminho e não aponta rivais que possam causar medo. “O nosso principal rival na briga pelo título é a Croácia, pois é nossa primeira adversária”, disse Felipão. Na convocação, Scolari mostrou-se fiel ao trabalho que vinha desenvolvendo antes do anúncio definitivo, portanto, não causou surpresas. Além disso, poucas vezes na história da Seleção Brasileira uma lista foi tão pouco questionada. O time é a base que conquistou a Copa das Confederações fazendo 3 a 0 na Espanha (atual vencedora da Copa) na grande final, disputada no Maracanã. No gol Júlio César tenta provar, de uma vez por todas, que foi a escolha certa para defender a meta nacional. A defesa é tida como sólida, o meio de campo mais seguro do que criativo, restando a linha de frente de qualidade para balançar a rede dos oponentes e garantir o Carnaval fora de época. Tradição – Nenhuma seleção no mundo é tão vitoriosa quanto o Brasil. Em Copas do

JÚLIO CÉSAR Goleiro 34 anos

JEFFERSON Goleiro 31 anos

VICTOR Goleiro 31 anos

DANIEL ALVES Lateral-direito 31 anos

MAICON Lateral-direito 32 anos

MARCELO Lateral-esquerdo 26 anos

Mundo foram cinco conquistas. Em 1958 e 1962, o time era um verdadeiro esquadrão, com Garricha e Pelé sendo as estrelas de uma constelação. A geração conseguiu colocar um ponto final no “Complexo de Vira-Lata” e acabar, em partes, com o trauma da derrota para o Uruguai, na final da Copa de 1950. Com a geração campeã envelhecida, 1966 foi um fiasco, com a Seleção sendo influenciada negativamente por questões políticas e desorganização. Mas em 1970, o “Velho Lobo” Zagallo conseguiu reunir no mesmo time vários camisas 10: Gérson, Tostão, Rivelino, Jairzinho e Pelé formavam um esquadrão imbatível, de ouro. Depois de 1970, o período foi de vacas magras. A Seleção Brasileira passou pelos Mundiais de 1974, 1978, 1982, 1986 e 1990 sem sequer conseguir ser finalista. Porém, em 1994, com uma equipe muito contestada, tendo Dunga como capitão e Carlos Alberto Parreira como técnico, os canarinhos voltaram a ganhar o título. Em 1998, o Brasil foi finalista, mas acabou sendo superado pela França por 3 a 0. Quatro anos depois, em 2002, Luiz Felipe Scolari chegou em cima da hora, mas fez da Seleção Brasileira uma verdadeira família, que trouxe para o País o penta tão esperado. Nas duas últimas participações, queda nas quartas de final. Em 2006, um time de astros como Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Robinho e Kaká não conseguiu passar da França. Já em 2010 a queda foi diante da Holanda, no Mundial da África do Sul. A fim de recuperar o prestígio da equipe, a CBF apostou no nome de Mano Menezes, que promoveu uma “renovação” no selecionado nacional, apostando em nomes de jovens como Neymar, Paulo Henrique Ganso, Leandro Damião e outros jovens craques do futebol nacional. No entanto, a passagem do atual comandante do Corinthians pelo Brasil foi marcada por fracassos incontestáveis: primeiro na

MAXWELL Lateral-esquerdo 32 anos

THIAGO SILVA Zagueiro 29 anos

DAVID LUIZ Zagueiro 27 anos

HENRIQUE Zagueiro 27 anos

DANTE Zagueiro 30 anos

LUIZ GUSTAVO Volante 26 anos

Copa América de 2011 e depois nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, quando o time ficou com a medalha de prata. E assim, pensando que a hora das falhas e insucessos chegou ao limite, a CBF optou por “resgatar” Scolari e Parreira, assumindo respectivamente os cargos de treinador e coordenador técnico da Seleção na segunda edição do Mundial em território brasileiro. Análise – Para buscar o hexacampeonato mundial Felipão se amparou em uma equipe relativamente experiente (média de idade de 27,7 anos) e, em sua grande maioria, atuantes no futebol estrangeiro (19 estrangeiros e apenas 4 de clubes brasileiros). No gol, o veterano Júlio César (mais velho do plantel, com 34 anos) tenta apagar a imagem de que foi um dos responsáveis pela eliminação brasileira no Mundial de 2010, falhando no primeiro gol marcado pela Holanda. O goleiro teve boa atuação na Copa das Confederações, porém ainda é questionado por alguns torcedores, principalmente devido ao instável momento na carreira. Os “nacionais” Jefferson, do


OFLU NA COPA

a no peito Botafogo, e Victor, do Atlético-MG, são os reservas imediatos. A zaga brasileira é um setor que inspira confiança: os astros internacionais Thiago Silva e David Luiz são sinônimo de segurança e solidez para o setor. Os reservas, no entanto, estão longe do nível dos titulares. Dante alterna boas e más atuações pelo Bayern de Munique e Henrique, que foi comandado por Felipão no Palmeiras, foi uma surpresa na lista do treinador. Nas laterais, Scolari optou por jogadores renomados, com Daniel Alves e Maicon – ambos presentes no último Mundial, porém hoje com papéis invertidos, já que Dani ganhou a posição de titular – e Marcelo e Maxwell, pela ala esquerda. O setor é considerado forte e uma das principais válvulas de escape para criação de jogadas para o time canarinho, devido principalmente à qualidade de Daniel e Marcelo. O meio de campo do Brasil, talvez, seja o setor mais visto com cautela por torcedores e especialistas: amparado anteriormente por estrelas do quilate de Rivaldo, Kaká e Ronaldinho Gaúcho, hoje o time conta com os jogadores de brilho muito inferior, como Oscar e William. Paulinho, Hernanes e Ramires são os volantes criativos do setor, surgindo como opção para armação, definição e desconstrução de jogadas. Luiz Fernando é o “operário” do setor.

BRASIL

PAULINHO Volante 25 anos

FERNANDINHO Volante 29 anos

RAMIRES Volante 27 anos

HERNANES Meia 29 anos

OSCAR Meia 22 anos

WILLIAM Meia 25 anos

Neymar, Fred, Hulk e Jô são os integrantes da linha de frente da Seleção. Com exceção do atacante do Atlético-MG, os outros três são titulares da equipe e possuem entrosamento refinado dentro de campo. Neymar é a grande estrela da companhia, e chega ao Mundial determinado a provar que possui o talento necessário para demonstrar enfim que nasceu para chegar ao topo do esporte. Fred, capitão do Fluminense, é um dos líderes do elenco canarinho, porém sua condição física inspira cuidados. Rivais – “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas”. A frase do general e filósofo chinês Sun Tzu demonstra que tão importante quanto conhecer seus pontos fortes é o de saber avaliar a força dos oponentes. Nesse caso, no “campo de batalha” do futebol, a Seleção, além de conhecer suas virtudes e deficiências, também precisa estar a par de quais concorrentes são os mais fortes na corrida pela taça. Com sorte, o Brasil foi inserido em uma chave com equipes de força mediana: Croácia, Camarões e México. Dos três oponentes da fase inicial, apenas os europeus não trazem lembranças negativas para os brasileiros, uma vez que camaroneses e mexicanos já conseguiram eliminar a Seleção em Jogos Olímpicos – Sydney-2000 e Londres-2012, respectivamente. No entanto, em termos lógicos, a classificação do Brasil para a próxima fase não deve ser dramática. Rivais tradicionais, Argentina e Uruguai (carrasco da Copa de 1950) surgem como concorrentes de destaque. A Espanha também chega “mordida” pela goleada sofrida na Copa das Confederações, em 2013. Alemanha, Itália, Holanda e a sempre perigosa França merecem destaque.

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Conheça as principais características e concorrentes da Seleção Brasileira na corrida rumo ao sexto título mundial

HULK Atacante 27 anos

NEYMAR Atacante 22 anos

JÔ Atacante 27 anos

FRED Atacante 30 anos

BERNARD Atacante 21 anos

LUIZ FELIPE SCOLARI Técnico 65 anos

Fotos de Divulgaçã / CBF e Mowa Sports

nda-feira, 9/6/2014


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GRUPO E

OFLU NA COPA

Domingo, 8, e segunda-feira, 9/6/2014

Domingo, 8, e segunda-feira, 9/6/2014

Para voltar aos tempos de glórias Didier Deschamps, técnico da seleção francesa e um dos principais jogadores da história do país, sabe que sua responsabilidade nesta Copa do Mundo é mostrar que o país não vive apenas de fases de grandes jogadores, como Michael Platini e Zinedine Zidane, ambos aposentados. Isso porque entre um e outro o país viveu uma seca de resultados e desde que o segundo se aposentou o desempenho tem sido pífio. Em 2010, por exemplo, os Azuis deixaram a África do Sul eliminados na fase de grupos. Porém o sentimento em relação à seleção local ganhou ânimo na repescagem das Eli-

minatórias europeias. A França, após perder fora de casa por 2 a 0, inverteu a situação em casa e eliminou a Ucrânia com improváveis 3 a 0. “Aquele resultado foi chave para aumentar a confiança do povo em relação ao nosso time e até mesmo ampliar a confiança dos atletas. Temos um grupo de operários, mas que sabem fazer direitinho seu trabalho e que podem dar muitas alegrias”,garantiu Didier Deschamps. A equipe está realmente muito longe de se parecer com os grandes times da história da França. Para chegar ao segundo título da sua história, a França terá de superar a ausência de Franck Ribéry, que joga no Bayern de Munique, cortado

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França tenta apagar má impressão deixada nas últimas competições

Hora de atitude na seleção equatoriana

Benzema terá a missão de marcar os gols franceses no torneio

após sentir uma lombalgia. No ataque, Karim Benzema carrega o bom desempenho que vem tendo pelo Real Madrid. Além deles, outros destaques dos “Bleus”são os meias Pogba e Valbuena, o lateral esquerdo Ev ra, o zag ueiro Varane e o goleiro Lloris, que terão a missão de conquistar o bi mundial no Brasil.

Suíça tenta confirmar favoritismo no Grupo E

Honduras espera não fazer feio no Brasil

A Suíça chega forte para a Copa do Mundo e uma prova disso é que em uma decisão inédita a Fifa a colocou como uma das cabeças de chave, levando em consideração o Ranking da Fifa do ano passado. O grupo é forte e conta com jogadores acostumados a defender grandes clubes do futebol europeu. Boa parte deste elenco integrou a seleção suíça que fez história em 2009 ao conquistar o título do Mundial Sub-17. “Talento não falta a este grupo, que conseguiu se classificar bem nas disputadas Eliminatórias europeias e que vem amadurecendo a cada partida. Tenho material humano em minhas mãos em condições de

Te r m i n a r o Mu n d i a l e m u ma posiç ão melhor do que o trigésimo lugar de 2010. Esse é o objetivo de Honduras, que chega para a sua terceira Copa do Mundo sonhando até mesmo em ficar acima da 18ª posição, sua melhor colocação, em 1982. Porém, a missão é muito complicada. O técnico Luiz Fernando Suárez não possui um bom material humano, mas confia na vontade dos seus jogadores. “Temos um grupo de jogadores que está determinado e que vai encarar cada partida desta Copa do Mundo como uma verdadeira final de campeonato. Lutamos quatro anos para chegarmos até

surpreender a muitos. A Suíça vem forte para esta Copa do Mundo”,disse o alemão Ottmar Hitzfeld, que está à frente da seleção suíça desde 2008, tendo dirigido o time, inclusive, no Mundial do ano passado. O otimismo de Ottmar Hitzfeld é coerente com a seleção que possui. Conhecida por um sólido sistema defensivo, a Suíça conseguiu aliar a essa virtude talento do meio de campo para frente. O principal destaque do time é o meia Xherdan Shaqiri, que joga no Bayern de Munique. Além do meia, compõem a espinha dorsal do time europeu, os meias Xhaka, Stocker e Inler, além do atacante Drmic,do lateral Rodríguez e do goleiro Diego Benaglio, que dão um toque de qualidade a seleção europeia.

aqui e agora temos que saber honrar essa nossa conquista”, disse Luiz Fernando Suárez. Dentre os poucos destaques do time, quem tem chamado a atenção é o goleiro Noel Valladares, que brilhou nas Eliminatórias, operando verdadeiros milagres. O craque do time é o meia Wilson Palacios, do Stoke City, da Inglaterra. O time-base que defenderá Honduras em sua terceira participação em Copa do mundo e comandada pelo colombiano Luis Fernando Suarez será a seguinte:Noel Valladares, Bryan Beckeles, May nor Fig ueroa, Víctor Bernárdez e Emilio Izaguirre; Luis Garrido, Andy Najar, Boniek García e Wilson Palacios; Carlo Costly e Jerry Bengtson.

O Equador vai disputar a sua terceira Copa do Mundo e dessa vez o elenco não chega tanto a empolgar a torcida. A força maior está em um conjunto que fez da a lt it ude u ma i mportante arma nas Eliminatórias sul-americanas. O técnico Reina ldo Rueda procurou conter a euforia da i mpren sa loc a l, que comemorou o fato de o pa ís c a i r em u m g r upo com apenas a França de campeã mundial. Ciente de suas limitações, o treinador projeta confrontos chaves contra os eu ropeu s, ma s pede respeito a todos da chave, i nc lu i ndo Hondu r a s, o grande azarão. “ Te m o s j o g o s c h a v e s contra França e Suíça, mas o alerta fica para todos os jogos, inclusive o contra Hondu r a s . P r e c i s a mo s ter consciência de nossas limitações, pois foi esse senso que nos colocou na Copa do Mu ndo”, d isse Rueda. O time realmente não contacom grandes talentos individuais. Uma prova disso é que o zagueiro Fr ick s on E r a z o, c on he cido no Brasil pelas suas péssi mas at uações com a camisa do Flamengo, é titular absoluto. O grande destaque da companhia é o meia Antonio Valencia, do Manchester United, da Inglaterra, que costuma ditar o ritmo do grupo. Out ros destaques da renovada seleção equatoriana são o lateral Walter Ay ov í, o mei a Nob oa e o atacante Caicedo, que esperam levar o Equador assim como ocorreu em 2006, a seg unda fase da Copa do Mundo.


GRUPO F

Domingo, 8, e segunda-feira, 9/6/2014

Argentina tenta acabar com a festa do Brasil

Nigerianos querem voar longe no Mundial

Hermanos contam com Messi para encerrar jejum em território rival

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A Nigér i a chega para esta Copa do Mundo credenciada pela conquista da Copa Africana de Nações e pela formação de um time muito competitivo e forte fisicamente. O toque de bola nunca é deixado de lado e a velocidade também é um ponto favorável. A ansiedade dos jogadores, porém, é algo que vem sendo muito traba lhado pelo técnico Stephen Keshi e que pode ter atrapalhado o desempenho na Copa das Confederações do ano passado, quando foi eliminado na primeira fase. “Os nos sos jogadore s são comprometidos com a seleção e sabem da importância de uma competição do porte da Copa do Mundo. Porém, a a nsiedade realmente é um ponto a ser trabalhado, pois todos querem fazer muito bonito e é preciso cautela na construção deste sonho”,disse Stephen Keshi. A e q u i p e c ont a c om bons valores individuais. O volante John Obi Mikel, do Chelsea, dita o ritmo do meio de campo, que conta ainda com a habilidade de Victor Moses, atração do Liverpool. A Nigéria que irá disputar sua quina Copa do Mundo e já conquistu uma vez a Olimpíada em 1996 e três vezes, a Copa Africana de Nações em 1980 ,1984 e 2013, chega ao Brasil com a seg uinte equipe: Vincent Enyeama, Efe A mbrose, Kennet h Omeruo, Godfrey Oboabona e Elderson Echiéjilé; John Obi Mikel, Ogenyi Onazi e Victor Moses; Ahmed Musa, Michael Uchebo e Emmanuel Emenike.

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N a s ú l t i - título importante há mais de mas Copas vinte anos. Com a autoestima do Mu ndo ferida os argentinos sabem que a A r g e n t i - o longo jejum será esquecida na sempre em caso de conquista de Copa apostou em do Mundo na casa do principal um conjun- rival. Porém, o técnico Alejanto de quali- dro Sabella é bem cauteloso ao dade. Ma s, analisar todo esse processo e na verdade, a última vez que prefere não pensar grande em deu a volta olímpica foi em um primeiro momento. 1986, quando um jogador rou“Não devemos pensar na bou a cena e assumiu a missão parte de cima da escadaria se de conduzir os “hermanos” ao não subimos nem o primeiro caneco. degrau. Uma Copa do Mundo Messi tenta Com a expectativa de ver não se ganha com palavras e repetir Kempes Lionel Messi repetir o feito de sim com trabalho, inspiração, e Maradona e levar a Argentina Diego Maradona, os argenti- suor e talento. Podemos ter nos intensificaram a procura tudo isso e fazermos uma granao tri mundial por ingressos para o Mundial. de campanha, mas o respeito Messi é a maior expressão com os adversários sempre de um país que não ganha um vai existir. Somos apenas mais

um brigando neste bolo”, disse Alejandro Sabella. Messi, apesar de grande estrela da companhia, não pode reclamar de falta de qualidade. Do meio para frente o time conta com talentos. Ezequiel Lavezi e Angel Di María completam o meio de campo talentoso, deixando Javier Mascherano como único responsável pela proteção a uma defesa que carrega boa parte de desconfiança. No ataque, Gonzalo Higuaín e Sergio Agüero tentam fazer os argentinos esquecerem a ausência de Carlos Tevez, muito contestada pela torcida e pela crítica argentina devido a seu grande momento na Juventus e a raça que mostra com a camisa da seleção albiceleste.

Momento de ganhar Um estreante louco experiência no torneio para aprontar na Copa A seleção iraniana se classi f icou com facilidade nas Eliminatórias asiáticas. Isso porém não chega a credenciá-la a ser apont ada nem me smo a postulante a uma das vagas do Grupo F nas oitavas de f ina l da Copa do Mundo. A p e s a r d i s s o, o t é c n ic o português Carlos Queiroz tem c on seg u ido da r u m padrão tático ao time, que historicamente abusa das jogadas aéreas. “Hoje temos qua l idade no toque de bola, algo que era pouco valorizado no Irã. Isso me deixa satisfeito e confiante, mas, logicamente que não vamos abrir mão das

jogadas aéreas. A Inglaterra se tornou um futebol muito mais técnico e veloz do que há vinte anos, mas mesmo assim não esqueceu de explorar as jogadas aéreas”, disse Carlos Queiroz. Em relação ao estilo de jogo, os dois principais ataca ntes at ua m em clubes ingleses, o que mostra um pouco a preferência por jogadas aéreas. Karim Ansarifard, do Fulha m, e Reza Ghoochannejhad, do Charlton, formam um ataque eficiente neste sentido. Um ponto de preocupação é a preparação física, historicamente insuficiente e que compromete o rendimento da seleção asiática nos últimos trinta minutos das partidas, além da pouca bagagem internacional do Irã.

Única estreante na Copa do Mu ndo d e 2 014 , a Bósn ia chega sonhando em su r preender. O país conseguiu se classificar nas Eliminatórias europeias sem a necessidade de passar por uma repescagem. Conta com um futebol alegre, de toque de bola, porém, sem tanto comprometimento defensivo. Lembra um pouco o estilo de bons times da Iugoslávia, que priorizavam a técnica em detrimento de aspectos táticos. “Temos um time que gosta de jogar futebol e que chegou na Copa do Mundo porque em nenhum momento se inferiorizou em relação aos adversários. Chegamos até aqui com

muitos méritos e queremos manter o nosso sonho por muito tempo”, disse o técnico Safet Susic. Além de contar com bons valores individuais, a Bósnia tem seus principais jogadores atuando em clubes de ponta do f utebol eu ropeu como à estrela da compa nhia, o meia-atacante Edin Dzeko, que defende o Manchester Cit y, da Inglaterra, o meia Pjanic da Roma da Itália e o tacante Ibisevic do Stuttgart da Alemanha. O time-base dos bósnios pa ra sua pr imeira pa r t icipação em Copas será: Asmir Begovic, Emir Spahic, Sead Kolasinac, Ermin Bicakcic e Senad Lulic; Haris Medunjanin, Sejad Salihovic, Zvjezdan Misimovic, Miralem Pjanic e Edin Dzeko; Vedad Ibisevic.


GRUPO G

Domingo, 8, e segunda-feira, 9/6/2014

Domingo, 8, e segunda-feira, 9/6/2014

Cristiano Ronaldo quer voar baixo Jogador corre contra o tempo para jogar a Copa do Mundo Para saber como Portugal chega rá pa ra esta Copa do Mundo é preciso averiguar primeiro como está Cristiano Ronaldo. A principal estrela da companhia, eleito melhor jogador do mundo na última temporada, sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda defendendo o Real Madrid e é dúvida para os jogos iniciais. Seu desempenho no torneio está seriamente comprometido e o treinador Paulo Bento já o vetou para a estreia, justamente contra a poderosa Alemanha. Tentando minimizar o impacto que esse desfalque terá

para o grupo, o técnico Paulo Bento abusa do otimismo ao falar de Cristiano Ronaldo e das chances de Portugal passar da primeira fase. “Não somos apenas Cristiano Ronaldo, embora ele seja o melhor do mundo e nos faça muita falta. Confio inclusive que ele vai nos ajudar muito nesta campanha. Porém, caso ele falhe em algumas ocasiões tenho certeza de que nosso grupo pode reagir bem”, disse Paulo Bento. Sem Cr ist ia no Rona ldo, as principais esperanças recaem sobre o irregular atacante Nani, do Manchester United. No meio de campo, o principal ponto de qualidade está em João Moutinho. Já a defesa pode ser considerada confiável.

O técnico Pau lo Bento, para a estreia da competição, além da campanha na C op a do Mu ndo, deverá esca la r o t i me com : Ru i Patrício, João Pereira, Pepe, Bruno Alves e Fabio Coent rao; Miguel Veloso, Raul Meireles e João Moutinho; Nani, Hélder Postiga e Cristiano Ronaldo. Por falar na estrela da companhia, Paulo Bento d isse em entrevista recente que o atacante do Real Mad r id ‘e st á entregue’ na mão dos médicos da seleção.

Para manter o favoritismo alemão em campo

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O atacante Cristiano Ronaldo foi vetado para a estreia diante da Alemanha

Desequilíbrio forma a seleção de Gana

Chegar longe sem a estrela da companhia

Gana é uma seleção que vive situações extremas em seus setores. O meio de ca mpo e o at aque c onta m com jogadores ex per ientes e acost u mados a defender g ra ndes clubes, sendo a maioria com grande qualidade técnica. Porém, a defesa conta com atletas sem muita experiência internacional e fracos tecnicamente. Contra rivais menos qualificados pode se criar, mas deixa a desejar diante de times de ponta. Um problema em uma chave que conta com Alemanha e Portugal. O técnico Kwesi Appiah entende que o sucesso para a sua equipe conseguir avan-

Quando a lista de convocados da seleção dos Estados Un idos foi a nu nc i ad a a imprensa tomou um susto. A ausência do meia Landon Donova n, do L os A ngeles Galaxy, considerado o melhor jogador do país nos últimos anos, deixou muitos em estado de choque, inclusive o próprio jogador, que manifestou sua tristeza em redes sociais. O técnico alemão Jürgen Klinsma n n ev itou da r ma iores explicações sobre o caso, mas com certeza deixou sua equipe inferiorizada tecnicamente. Diante deste cenário, só resta a Jürgen Klinsmann apostar em uma equipe sem estrelas, com um conjunto aplicado taticamente.

çar para as oitavas de final e tentar repetir o feito de 2010, quando foi para as quartas, passa pela entrega de seus jogadores em campo. “Temos consciência de nossas limitações. Se conseguirmos mostrar um futebol solidário em campo, temos grandes chances de sucesso”, afirmou Kwesi Appiah. O ponto forte do time é mesmo o meio de campo, com nomes como Michael Essien, do Chelsea, Kevin Prince Boateng, do Schalke 04, e Sulley Muntari, do Milan, são certeza de qualidade na missão de municiar o experiente artilheiro Asamoah Gyan. O tetracampeão africano quer surpreender as poderosas e botar o coração na ponta da chuteira.

“Estamos longe de sermos um grupo fraco e vamos surpreender a todos que nos colocam como um dos patinhos feios deste Mundial”, prometeu Jürgen Klinsmann. Realmente é difícil apontar uma qualidade individual nesta seleção dos Estados Unidos, que tem em seu jogador de maior expressão a figura do atacante Jozy Altidore, que defende o modesto Sunderland, da Inglaterra. A principal aposta é mesmo no grupo e em um sistema defensivo com o selo de qualidade norte-americano para esportes coletivos. Se o treinador estava certo em excluir Donovan, somente o tempo vai dizer. Caso Donovan não faça falta, o técnico alemão receberá a glória. Caso contrário, é bom se preparar para críticas.

A A leman h a c he g a para esta Copa do Mundo com o status de uma das pr i nc ip a i s favor ita s. O t i me tem a ba se que fez at uações br i l ha ntes na Á f r ica do Su l, i nc lu i ndo v itór i a s históricas sobre Inglaterra e A rgentina. O toque de bola em velocidade, com o bj e t i v i d a d e e t a l e nt o continuam sendo as marcas da equipe comandada por Joachim Löw, um admirador do futebol arte. “A minha equipe manteve o estilo de jogo e sempre será assim. Podemos variar um ou outro aspecto tático para não nos tornarmos previsíveis em campo. Porém, os princípios que regem a seleção da Alemanha atualmente são velocidade e toque de bola, com muit a mov i ment aç ão. Pa ra mim a fórmula perfeita em qualquer ocasião”, afirmou Joachim Löw. A grande fase do Bayern de Munique nos últimos anos, aliada ao crescimento do Borussia Dortmund no cenário europeu, serviram apenas para mostrar que a Alemanha chega bem fortalecida para esta Copa do Mundo. No gol, Manuel Neuer é a segurança em pessoa, protegido por uma defesa sólida e experiente. Toni Kroos, T homas Mü l ler e Mesut Özil dão o tom da criatividade em um meio de campo que fica sob a batuta de Bastian Schweinsteiger. O ataque é que não teve tanta renovação. Lukas Podolski deve apa rec er ent re os pr i ncipa is ataca ntes da Alemanha. Resta saber se o favoritismo alemão entrará em campo nesta Copa.


A Rússia é a ú n ic a s e le ç ão d a s 32 que d isputam a Copa do Mu ndo que tem os 23 jogadores atuando no próprio país. A situação foi facilitada pelo corte do meia Denis Cheryshev, do Sevilla, da Espa n ha, que não pôde participar do Mundial por conta de uma lesão na coxa esquerda. Assim, o treinador italiano Fabio Capello não teve dúvida em apostar em uma formação caseira, já que está liderando um processo de reformulação no futebol russo. “Sincera mente não há nada proposital nesta escolha por jogadores que atuam na Rússia. Apenas uma estratégia de trabalho que acabou coincidindo com esta situação. O certo é que consegui montar uma base em condições de nos fazer ter um bom papel e montar um time que ainda pode da r boas a legrias”, disse Capello. Apesar do processo de reformulação, os destaques continuam sendo aqueles que levaram o país às semifinais da Eurocopa de 2008. Casos do goleiro Igor A k infeev, dos zag ueiros Vasily Berezutsky e Sergei Ignashevich, e do atacante Aleksandr Kerzhakov. L ev a ndo em con sideração os últimos jogos da equ ipe, o técn ico Fabio Capello deverá estrear no Grupo H com a seguinte formação: Igor A kinfeev, Aleksei Kozlov, Vasily Berezutsky, Sergei Ignashevich e Dmitri Kombárov; Denis Glushakov, Roman Shirokov, Alan Dzagoev e Viktor Fayzulin; Aleksandr Kokorin e na frente o goleador Aleksandr Kerzhakov, de 31 anos e que joga no Zenite.

Bélgica lutará por conquista inédita Equipe belga surge como uma das mais promissoras A Bélgica chega forte nesta Copa do Mundo e para muitos va i ser a principal surpresa do Mu ndial. O técnico Marc Wilmots tem um time funcional, que fez excelente campanha nas Eliminatórias europeias e que conta com bons valores tecnicamente falando. Apesar disso, vem um pouco fragilizado pela perda de um dos seus destaques, o atacante Christian Benteke, do Aston Villa, da Inglaterra, que rompeu o tendão calcâneo e ficará seis meses afastado dos gramados. Mesmo assim as opções ofensivas são muitas, com quase todas atuando com des-

taque no futebol inglês. Romelu Lukaku, do Everton, deverá ser o escolhido para liderar o ataque. O meia Marouane Fellaini, do Manchester United, é a certeza de categoria. Na defesa, o xerife Vincent Kompa ny, ca mpeão inglês pelo Manchester City, torna o setor confiável. “Contamos com um grupo forte e que pode fazer uma grande Copa do Mundo. É possível desequilibrar com meus jogadores de frente e isso me deixa otimista. Mas sabemos que Copa do Mundo não é brincadeira e só otimismo não basta”, analisou o treinador da Bélgica. Além desses atletas, a seleção belga conta com o talento de Hazard, do Chelsea, que

promete dar velocidade ao meio campo da equipe. Além disso, a Bélgica surge com um dos eventos mais promissores dessa Copa do Mundo, a julgar pela idade e talento do grupo. Para o time-base na Copa, Marc Wilmots deve mandar a campo, se não houver lesões, os seguintes atletas: Thibaut Courtois, Toby Alderweireld, Vincent Kompany, Thoma s Ver maelen e Ja n Vertonghen; Axel Witsel, Steven Defour, Eden Hazard, Kevin De Bruyne e Marouane Fellaini e na frente, o temido atacante da companhia: Romelu Lukaku.

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Rússia usará ‘solução caseira’ na competição

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GRUPO H

Domingo, 8, e segunda-feira, 9/6/2014

Eden Hazard, do Chelsea, é o maestro belga

Coreanos sonham em Desconfiança ronda avançar no Mundial seleção da Argélia A Coreia do Sul chega para esta Copa do Mu ndo son ha ndo em avançar para as oitavas de final. Na visão do técnico Hong Myung-Bo o sonho é possível. Meia de qualidade na sua época de treinador, ele defendeu o país em quatro Mundiais: 1990, 1994, 1998 e no inesquecível quarto lugar de 2002. “Aquele g r up o de doi s mil e dois guarda muitas semelhanças com o nosso elenco atual. Não estou discutindo qualidade e sim na vontade de fazer a Coreia do Sul ter uma história muito bonita em um Mundial. A entrega deles em campo me deixa emocionando, já que

estou revivendo um pouco do pa ssado”, d isse Hong Myong-Bo, que na época de jogar se destacava pela habilidade, elogiada inclusive pelo Rei Pelé. Do time atual quem mais se parece com o futebol exibido pelo treinador é o apoiador Son Heungmin, do Bayer Leverkusen, da Alemanha. Porém, este não chega a ser um craque. Portanto, a principal arma dos asiáticos é mesmo o conjunto. A seleção coreana deverá ter como base o seguinte time: Jung Sungryong, Kim Younggwon, Hong Jeongho, Kwak Taehwi e Kim Chang s o o ; P a r k Jon g w o o, K i Sungyueng, Kim Bokyung e Son Heungmin; Lee Keunho e Kim Shinwook como centroavante.

Eterno culpado no futebol quando um time não vai bem, o técnico nem sempre deveria ser responsabilizado. Porém, no caso da seleção da Argélia, é bom o bósnio Vahid Halilhodzic se preparar para as reclamações no caso de uma campanha ruim. Isso porque ele deixou de fora da convocação vários destaques do futebol do país, como o apoiador Adlene Guedioura, do Crystal Palace, além do meia Foued Kadir e do atacante Ryad, ambos atuando no futebol francês. Para piorar o quadro, o treinador, dizendo que falaria apenas de atletas convocados, se negou a dar maiores informa-

ções. Para ele a Argélia está bem representada. “Vamos com o que temos de melhor na minha visão. Opiniões diferentes existem, mas sou responsável pelas minhas escolhas”, analisou Vahid. Dos jogadores convocados, a principal estrela é o meia Saphir Taider, da Internazionale de Milão. Na frente também é possível contar com o oportunismo de Islam Slimani, artilheiro do Sporting, de Portugal. Sem muitas opções de talentos individuais, apesar das suas escolhas, o técnico bósnio tem como o time-base, o seguinte elenco que deverá estreiar na Copa: Mohamed Zemmamouche, Faouzi Ghoulam, Madjid Bougherra, Djamel Mesbah e Carl Medjani; Medhi Lacen, Saphir Taider, Yacine Brahimi, Hilal Soudani e Sofiane Feghouli; Islam Slimani.


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OPINIÃO DOS CAMPEÕES

OFLU NA COPA

Domingo, 8, e segunda-feira, 9/6/2014

Domingo, 8, e segunda-feira, 9/6/2014

Campeões confiantes no hexa

Jogadores niteroienses, que conquistaram a Copa, analisam com otimismo as chances da Seleção Brasileira MATHEUS OLIVEIRA

O clima de Copa do Mundo toma conta do Brasil na semana de abertura da competição em que a Seleção Brasileira tentará buscar o hexacampeonato atuando em seus domínios. E para conquistar a taça nada melhor do que ouvir conselhos de quem entende do assunto e já conquistou tal honraria. Na cidade de Niterói, nasceram ou moram, cinco representantes dessa seleta categoria de ex-campeões mundiais que conhecem o caminho das pedras para buscar o troféu mais cobiçado do planeta: Roberto Miranda (70), Jair Marinho (62), Altair (62), Leonardo (94) e Gérson (70). Consagrados no gramado, alguns desses craques da bola falaram sobre o que a torcida canarinho pode esperar da Douglas Macedo

O ex-lateral esquerdo Altair atuou quase toda a carreira pelo Fluminense e ajudou a Seleção a conquistar a Copa do Mundo de 1962, ficando como reserva de Nílton Santos.

equipe de Luiz Felipe Scolari. O ex-atacante Roberto Miranda, 70 anos, natural da Cidade Sorriso, integrou a seleção tricampeã do mundo em 1970, e ressaltou que a Seleção Brasileira tem tudo para vencer o Mundial. “Temos totais condições de conquistar o Mundial. Principalmente porque somos o país anfitrião. Temos uma ótima equipe, mas sem aquele “oba oba” que aconteceu em 1950, onde ocorreu até festa antes da final contra o Uruguai. Então, a Seleção Brasileira tem de jogar com os pés no chão’, afirmou, citando ainda os principais rivais do Brasil no Mundial. “O Brasil terá adversários fortes como a Alemanha e os países sul-americanos que disputarão a competição em um país vizinho”, avaliou. Douglas Macedo

Jair Marinho atuava como lateral-direito e jogou por Fluminense, Corinthians e Portuguesa. Fez parte da Seleção bicampeã do Mundo em 1962 no Chile.

O campeão ainda deixou um alerta para a delegação do Brasil ter sucesso na Copa do Mundo. “O Brasil precisa evitar o clima de “já ganhou” e disputar os jogos com seriedade”, pediu. Ele ainda afirmou que os torcedores durante o Mundial irão abraçar o time e apoiar a Seleção na busca pelo hexa. Já Ja ir Ma rin ho, latera l-direito e ídolo da torcida do Fluminense, que reside em Niterói, disse que o Brasil terá mais dificuldades no Mundial do que teve na Copa das Confederações em 2013. “Na Copa das Confederações, a nossa Seleção encarou rivais mais preocupados em passear do que em jogar futebol. Na Copa do Mundo, a história será diferente e por isso temos de ter cuidado”, afirmou. Douglas Macedo

O atacante Roberto Miranda se destacou pelo Botafogo e foi convocado para o Mundial de 1970, quando o Brasil foi tricampeão do mundo.

O campeão do mundo de 1962 fez ressalvas com a lista de Felipão para a disputa do Mundial. “Temos bons jogadores e uma equipe titular formada, mas não temos 23. Existem vários jogadores experientes que poderiam ir, mas ficarão de fora. Se o Neymar se machucar, quem vai jogar? Em 62, quando o Pelé se machucou, entrou o Amarildo, que era um craque. O Felipão, porém, mantém um grupo de confiança e tem suas preferências. Mas mesmo assim, temos de ter um grupo equilibrado, onde quem entre mantenha o nível do titular”, afirmou. Já o meia Gérson, um dos craques da Copa do Mundo de 1970, natural da Cidade Sorriso e atualmente trabalhando como comentarista na rádio e na tv, falou sobre a convocação Arquivo

Gerson foi um dos grandes craques do futebol brasileiro. Na Copa de 70, integrou um meio-campo clássico e marcou gol na final do Mundial contra a Itália.

da Seleção, elogiou Felipão e disse apenas que chamaria Rafinha no lugar de Maicon. “Gostei da lista, mas fiquei surpreso com um nome, o Maicon, que não vem jogando bem. O Rafinha está muito bem no Bayern. Mas o Felipão prefere o grupo e sempre busca conversar e chamar os jogadores em quem confia. E acho que ele tem toda a razão nessa convocação. Tem dois ou três que é pelo gosto dele e temos de respeitar, pois ele é o treinador do Brasil”, afirmou em entrevista ao programa Jogo Aberto em maio. Além deles, os laterais Leonardo e Altair também ajudaram a tornar Niterói um celeiro de jogadores que contribuíram com a história do futebol brasileiro, o único que é pentacampeão do mundo. Divulgação

O lateral e meia Leonardo integrou o time tetracampeão do mundo em 94, tendo sido suspenso nas oitavas de final após agredir o americano Tab Ramos.


100 ANOS DA SELEÇÃO BRASILEIRA

Domingo, 8, e segunda-feira, 9/6/2014

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O centenário do futebol arte

Seleção Brasileira completa 100 anos e busca coroar data comemorativa com título mundial em casa Arquivo

Folhapress

PATRICK MONTEIRO

Com cinco Mundiais, quatro Copas das Confederações e oito Copas América, o torcedor brasileiro pode dizer: a seleção canarinho é a maior vencedora da história do futebol. Ao todo, são mais de 25 títulos a nível internacional. Mesmo assim, dois tabus pa recem a inda incomodar os responsáveis por remodelar o esporte modernizado na Inglaterra e que se tornou o mais popular em todo o planeta: a ausência de uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos e de uma Copa do Mundo conquistada dentro de sua própria casa. O primeiro só poderá ser quebrado daqui a dois anos, também nos gramados daqui. Já o último pode estar a pouco mais de um mês de seu fim. Em 2014, o Brasil sediará, pela segunda vez, a Copa do Mundo da Fifa e buscará o seu primeiro caneco na condição de anfitrião do torneio, o sexto no total.

brasileiras contra 36 dos oponentes, além de 25 empates, com um gol a mais marcado pelos hermanos (157 x 156). Dois anos depois da estreia, a Confederação Brasi leira de Desportos (CBD) herdou o mandatário da FBF. Era a primeira versão da atual CBF (Confederação Brasileira de Futebol), batizada como tal em 1979.

Apesar da infinidade de craques, o Rei Pelé é o maior símbolo do futebol arte Arquivo

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Ao todo, a Seleção Brasileira faturou mais de 25 títulos a nível internacional Mas, a ntes de chega r à condição de uma possível dobradinha em seu território, um longo caminho foi percorrido pelo time que ficou conhecido por seu futebol arte. Foi em 1914, mais precisamente no dia 21 de julho, nas Laranjeiras, que um combinado entre clubes cariocas e paulistas escreveu a primeira página de uma história centenária. O estádio, que por 18 anos foi o principal palco da Seleção Brasileira, viu Oswaldo Gomes e Osman garantirem o triunfo local por 2 a 0 sobre o modesto Exeter City (ING). Ainda como Federação Bra-

Folhapress

Com uma rica história, a Seleção Brasileira é a única pentacampeã mundial de futebol e pode conquistar a sexta estrela no centenário

sileira de Esportes (FBE), duas rivalidades apareceram simultaneamente à equipe nacional: o regional Rio de Janeiro x São Paulo, que, embora ocorresse fora de campo, fez com que 15

atletas da federação paulista não representassem o País na primeira edição da Copa do Mundo, em 1930, e o tradicional Brasil x Argentina. O segundo começou com triunfo

Alvi-celeste: 3 a 0, em Buenos Aires. Entretanto, a vantagem geral é ligeiramente verde a amarela. Considera ndo os confrontos oficiais entre as duas equipes, foram 38 vitórias

Junto ao toque de bola peculiar, algumas músicas embalaram as cinco conquistas brasileiras em mundiais. Ao golear a anfitriã Suécia (5 a 2), na final de 1958, Didi, Garrincha, Vavá, Pelé e Cia. puderam gritar que, pela primeira vez, “a taça do mundo ‘era’ nossa”. Quatro anos mais tarde, a mesma ‘fanfarra de craques’ garantiu o “Frevo do Bi” no Chile, desta vez sobre a extinta Tchecoslováquia: 3 a 1. No ritmo do “Pra frente Brasil”, a Seleção voltaria ao lugar mais alto do pódio em 1970, no México, onde a geração de Pelé encerrou seu capítulo no seleto livro com chave de ouro: 4 a 1 sobre a Itália. A partir daí, 24 anos separaram o Brasil do tetracampeonato, que veio em 1994, nos Estados Unidos, com uma vitória nos pênaltis para cima da própria “A zzurra”. Com um “Coração Verde e Amarelo”, Romário, Bebeto e Taffarel mostraram ao mundo que era preciso ter “Taça na Raça”. Por fim, com a ajuda de “São” Marcos, Ronaldo e Rivaldo fizeram “A Festa” no Japão e na Coreia do Sul (2002). Agora, a meta é juntar a data especial com a sexta estrela à camisa.


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OFLU NA COPA

Domingo, 8, e segunda-feira, 9/6/2014

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