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ANO I
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NÚMERO 7
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QUINZENAL
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SALVADOR, 16 DE junho DE 2014
que tal um bom cafezinho? A história do café teve início há mais de mil anos. É consumido e apreciado em todo o mundo por milhões de pessoas. No Brasil, a tradição de se tomar um bom cafezinho teve início no século 18, mais precisamente no ano de 1727. O Brasil é hoje o maior produtor mundial de café, com 29 milhões de sacas por ano e ocupa o lugar de quinto país em consumo per capita, atrás apenas da Finlândia, Suécia, Alemanha e Itália. A cada ano, os brasileiros consomem o equivalente a 118 bilhões de cafezinhos. São mais de 2 mil fazendas de café espalhadas pelo Brasil. As melhores e mais produtivas fazendas ficam no Cerrado mineiro. Entre os baianos o gosto pela bebida não é diferente de outros cantos do mundo. Baiano gosta de café. O Estado também tem participação ativa na produção nacional do grão. O Sul, Sudoste e Oeste baianos se destacam quando o assunto é cultivo.
divulgação
A colheita na Bahia teve início no mês passado e, apesar de uma pequena queda na produção, o Oeste se mantém ativo na produção. Atualmente, o café do Oeste abastece tanto o mercado interno como o externo. Estima-se que 70% do café produzido no Oeste baiano são destinados para o mercado externo, 20 % para o mercado de formulação de blends de café e 10% para a indústria. Pg.6
LEIA+ O café gourmet brasileiro. Pg.7 A chegada do café no Brasil. Pg.7
ESPECIAL
CIDADES
as atenções de baianos e turistas já se voltam para o São João, época de grande movimentação para as cidades do interior. Algumas delas ganharam fama nacional, como é o caso de Amargosa, Cruz das Almas, Senhor do Bonfim e Santo Antônio de Jesus, mas todos os municípios também conseguem boa quantidade de visitantes com suas festas. Há poucos anos, Salvador entrou mais fortemente no circuito e a Empresa de Turismo da Bahia (Bahiatursa) já confirmou a realização do projeto São João da Bahia. As atrações ficarão concentradas nas praças e largos do Pelourinho. Com isso, os órgãos oficiais de turismo esperam oferecer um diferencial a mais para os turistas brasileiros e estrangeiros durante o período da Copa do Mundo. Pgs.9/10/11 e 14
Primeiro autódromo da Bahia será construído em São Francisco do Conde. Pg.15
colunistas
panorama do cerrado Catarina Guedes Pg.2
descobrimento Geraldinho Alves Pg.15
Sebrae premia doze prefeitos. Pg.16
irecê&chapada Daniel Pinto Pg.15
roberto guery
entrevista Anivaldo Miranda. Pg.3
metropolitana Angélica Parras Pg.16
cacau&Cia Daniel Thame Pg.16
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Salvador, 16 de junho de 2014
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DA REDAÇÃO Oposição aponta ‘carências’ em Ibititá
Carros envenenados... Só que não O ex-presidente da Câmara de João Dourado, Cristiano Oliveira de Souza, foi multado em R$ 5 mil pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) por reincidência nos gastos excessivos com combustíveis. Em 2012, o Legislativo municipal gastou o total de R$ 60.708,20, equivalente a 22.869,07 litros, para abastecer os quatro carros do Legislativo municipal. Considerando que um veículo consome 10 km por litro, seria necessário que cada um deles percorresse 4.764 km no mês, ou, aproximadamente, 159 km por dia para alcançar esse gasto. Outra possibilidade seria a de os veículos da Câmara serem equipados com motores turbo, para corrida, que têm média de consumo até três vezes maior do que os carros convencionais. Mas parece que não é o caso. Em denúncia anterior, formulada por vereadores, o gestor já tinha sido punido pelas despesas elevadas com combustíveis, no montante de R$ 42.654,89, no exercício de 2011, que comprometeu o percentual de 4,67% dos recursos transferidos à Câmara a título de duodécimos.
PSB fecha chapa puro sangue Chegou ao fim o mistério que rondava a chapa puro sangue do PSB. O ex-prefeito de Brumado, Eduardo Vasconcelos, é o escolhido para ser candidato a vice-governador da cabeça da chapa, a senadora Lídice da Mata. Com a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon concorrendo ao Senado, o PSB fecha seu time com os três candidatos saindo de seus quadros. Eduardo Vasconcelos disputava a vaga com o vereador de Salvador Sílvio Humberto, também do PSD. O critério de escolha dos socialistas foi o de o ex-prefeito “transmitir uma imagem mais municipalista, de político do interior do Estado, mas precisamente da Região Sudoeste”. Sílvio Humberto tem importância no movimento negro, mas é restrito a Salvador.
As lideranças de oposição em Ibititá, no norte do Estado, fizeram uma reunião para definir ‘estratégias’ para ajudar a chapa de Paulo Souto (DEM), que tem o tucano Joaci Góes como candidato a vice e o peemedebista Geddel Vieira Lima concorrendo ao Senado. Os pré-candidatos foram recebidos pelos caciques locais da oposição ao governo Wagner, no último dia 6. No encontro, foram discutidos assuntos de interesse do município e também foram apontadas “carências” da região em áreas consideradas essenciais, como a segurança pública, infraestrutura e saúde. Participaram da reunião o presidente do PMDB de Ibititá, vereador Paulo Dourado; o presidente do DEM local, Rômulo Dourado; o ex-prefeito Carlão Mendonça; além de outras lideranças políticas, empresariais e comunitárias. A articulação foi costurada pelo deputado estadual Pedro Tavares, do PMDB, que também ganhou apoio do grupo para sua candidatura de reeleição.
Tucano é cotado para comandar a Câmara de Feira A Câmara Municipal de Feira de Santana já fervilha nos bastidores por causa da escolha do seu novo presidente e o mais cotado é o vereador Ronny Miranda, do PSDB, partido que compõe a bancada de sustentação ao governo do prefeito José Ronaldo (DEM). A escolha do comandante do Legislativo municipal para o biênio seguinte, segundo determina o regimento interno da Câmara, deve acontecer na última sessão ordinária do ano, que acontecerá em 15 de dezembro. E a posse da nova Mesa Diretora eleita em 02 de janeiro. Ronny tem apoio do atual presidente da Casa, o democrata Justiniano França (DEM), e é o candidato natural da base do
causos
A filosofia popular no para-choque de caminhão Além da placa do veículo, o para-choque de caminhão carrega também, pelas estradas do Brasil, uma espécie de filosofia popular, irônica, mordaz, engraçada e temperada com aquela sabedoria secular das gerações. A mulher – feia ou bonita – o dinheiro, a sorte, o amor, a religião, a sogra que inferniza vida do genro, são alguns temas empregados pelos motoristas de caminhão para espalhar suas mensagens pelas rodovias do país. No livro O mar na Rua Chile e outras crônicas, publicado pela Editus, a editora da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em 1999, o poeta e escritor grapiúna Cyro de Mattos seleciona algumas frases de para-choque de caminhão. Confiram: -Fé em Deus, pé na tábua e nenhuma mágoa. -Por favor, não me acompanhe que eu não sou novela. -Livre-me Deus dos amigos, que dos inimigos eu me defendo sozinho. -Dinheiro é que dá conforto neste mundo torto. -Sabida é a ovelha que já nasceu de suéter. -Ontem pavão, hoje espanador, tá ouvindo? -Que bom se a corrupção desse
AIDS. -Vitamina de chofer é mulher. -Mulher feia e magra é como escova, só tem osso e cabelo. -Mulher gorda e parafuso eu aperto. -Mulher é como relógio, depois do primeiro defeito, nunca mais anda direito. -Feliz era Adão e Eva que não tinham sogra nem caminhão. -Duas coisas matam a gente: vento pelas costas e sogra pela frente. -Virgindade é doença? Vacinese aqui. -Mulher bonita é como estrada, quanto mais boa, mais perigosa. -Eu sou fã das escurinhas porque Deus “criou-las”. -Saudade no jardim é flor, no coração é dor. -Éramos três: eu, você e a felicidade. Agora, somos dois: eu e a saudade. -Saudade é aquilo que fica daquilo que não ficou. -Não sou rico, mas me divirto. Agora, duas frases antológicas de para-choque de caminhão que não estão no livro de Cyro de Mattos: -Se seio fosse buzina, a cidade não dormia. -Mulher feia e jumento só quem procura é o dono.
panorama do cerrado
catarina guedes
O primeiro “bi”
Do cerrado para o Planalto No dia 4 de junho, o coordenador de Desenvolvimento e Articulação Regional da Umob, Sergio Pitt, levou as demandas energéticas da região para o secretárioexecutivo do Ministério das Minas e Energia, Márcio Zimmermann, em reunião agendada pelo deputado João Bacelar. Dentre os tópicos estratégicos para o desenvolvimento do Cerrado baiano estava a necessidade de aplicar a lei 12.873/2013, que amplia o horário reservado para a irrigação. A demanda antiga dos produtores foi encampada pela Umob. “A tarifa diferenciada para a agricultura, principalmente nas fronteiras agrícolas, é determinante para o crescimento regional. Isso beneficia não apenas o Estado, como toda a área conhecida por BAMAPITO, que tem na Bahia, uma liderança natural”, diz Pitt, referindo-se à região agrícola formada pelas áreas de Cerrado da Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins.
A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) divulgou os números apurados na 10ª edição da Bahia Farm Show. Segundo a Aiba, foi R$ 1,019 bilhão em negócios realizados no período. Nada mal, mesmo para uma região que sofreu em 2012/13 com uma seca histórica e uma praga voraz e inédita. Os números da Bahia Farm Show impressionam, mas a mostra é mais que faturamento. É palco para o lançamento de tecnologias de última geração e vitrine para a pesquisa regional, que tem à frente instituições como a Fundação Bahia, a Embrapa Cerrados e o IAC. Este ano, a safra de grãos do Oeste deve superar sete milhões de toneladas, oriundas de pouco mais de dois milhões de hectares. A tecnologia faz o produtor produzir mais, abrindo cada vez menos áreas novas.
Futuro comprometido
Baixa voltagem A magnitude do cerrado se reflete também no tamanho dos seus problemas. Uma das queixas mais antigas, e sempre renovada, diz respeito à energia. Ou melhor, à pouca energia disponível, pela deficiência nas linhas de distribuição e baixa qualidade do fornecimento, que impedem o pleno desenvolvimento regional. “Muitos projetos já instalados estão parados e outros funcionam aquém do potencial. Os prejuízos causados pela oscilação da tensão em aparelhos sensíveis e caros são gigantescos. Enquanto o fornecimento e a distribuição não forem confiáveis, fica quase impossível para o produtor tomar decisões, e para qualquer gestor público fazer um esforço de atração de investimentos”, diz o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz.
A energia move a irrigação, as indústrias de beneficiamento já instaladas, e é o primeiro item requisitado para a implantação de novos projetos. Sem o fornecimento bem dimensionado e constante, a instalação de um potencial polo têxtil, localizado bem ao lado da oferta de matéria-prima, no Estado que é o segundo maior produtor de algodão do país, deixa de ser plano para virar sonho. O investidor desiste.
Municípios unidos A União dos Municípios do Oeste da Bahia (Umob) já encaminhou uma série de cartas e participou de outras tantas audiências com o presidente da Coelba, Moisés Salles e o staff da concessionária. Um dos pleitos é tirar do papel as subestações de São Marcelo e Rio do Ouro, com demanda para a contratação imediata de mais de 50MW, e que atenderia mais de 600 mil hectares de lavoura na região no município de Formosa do Rio Preto. A necessidade urgente de ampliação da subestação do Rio Branco também está na pauta.
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produção - estação Palavra (redacao@estacaopalavra.com) - coordenação Laila Vasconcelos editor geral Francisco Vasconcellos Editora executiva Yara Vasku editores assistentes: Limiro Besnosik, Romulo Faro fotografia Rosilda Cruz repórter especial Carolina Gomes, Elieser Cesar projeto gráfico, arte e diagramação Juha Vasku relações institucionais Valter Xéu administração Ilse Adisaka revisão Gabriela Ponce redação Alameda Salvador 1057 - Salvador Shopping Business - Torre América - Sl. 2305 Caminho das Árvores - Salvador, Bahia. Cep. 41820-790 - Tel. (71) 3163 7326/3555 4798. Os textos publicados neste suplemento são de responsabilidade única da Estação Palavra.
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& ENTREVISTA No Dia Nacional em Defesa do Rio São Francisco (3 de junho), o CBHSF organizou uma grande manifestação em defesa do Velho Chico. Quais os objetivos da mobilização? anivaldo miranda - O objetivo maior é a conscientização das populações da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco acerca dos problemas de degradação ambiental que atingem duramente esse ecossistema, bem como alertar essas populações e a opinião pública nacional sobre o grande potencial de conflitos já existentes em torno do uso das águas são-franciscanas, o que poderá se agravar significativamente se o Poder Público, os usuários da água e a sociedade civil não produzirem com brevidade um pacto pela recuperação hidro ambiental da bacia, pelo aumento da quantidade e da qualidade das águas, pela melhoria da gestão dos recursos hídricos e pelo uso racional das águas. Quanto às mobilizações do dia 03 de junho elas ocorreram em vários trechos do São Francisco, porém, com maior ênfase no entorno do Lago de Três Marias, em Minas Gerais; no município de Barreiras, no Oeste baiano; no polo agrícola de Juazeiro e Petrolina, entre a Bahia e Pernambuco; e na histórica cidade de Penedo, na região do Baixo São Francisco, entre os Estados de Alagoas e Sergipe. Durante a programação houve mesas redondas, caminhadas simbólicas para levar água até aos rios, danças indígenas, peixamento com espécies aquáticas e outras atividades culturais. Os municípios ribeirinhos do São Francisco atravessam a pior estiagem dos últimos 50 anos. Que prejuízos a seca poderá trazer para a geração de energia (há risco de um novo apagão?), navegabilidade a o abastecimento de água? anivaldo miranda - O risco dos apagões, por enquanto, está sendo inteiramente descartado pelo setor hidrelétrico. Mas o preço a ser pago para afastar esse risco está custando muito caro para os demais usuários das águas são-franciscanas, muito embora o setor elétrico tenha outras alternativas menos traumá-
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O volume dos recursos do chamado Programa da Revitalização é, até hoje, irrisório para dar conta da enormidade de problemas e desafios que o São Francisco e seus afluentes estão enfrentando ticas dentro do próprio sistema interligado brasileiro. O sacrifício causado pela redução drástica de vazões se abate notadamente sobre as empresas de abastecimento público de água, empresas de navegação, pesca artesanal, agricultura irrigada e, acima de tudo, para o meio ambiente extremamente impactado, a jusante (abaixo) dos principais reservatórios da CEMIG (Centrais Elétricas de Minas Gerais) e da CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco.). Para segurar mais água nos reservatórios, as geradoras de energia diminuem as vazões (volume das águas) à espera das chuvas que, até agora, passado mais de um ano, não vieram.
Além da estiagem, o Velho Chico enfrenta problemas antigos como o assoreamento, decor-
“O projeto de transposição é inoportuno, ambientalmente insustentável e economicamente duvidoso”
anivaldo miranda, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. roberto guery
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Dos Estados da Bacia do São Francisco, só Pernambuco será beneficiado diretamente pelos canais da Transposição, ainda assim, de forma relativa desperdício de dinheiro público ainda maior do que aquele que já presenciamos.
Orçado inicialmente em R$ 4,5 bilhões, mas com os custos atualizados para R$ 8.5 milhões, que não impediram o atraso nas obras, o projeto de transposição das águas do Rio São Francisco, com o qual o Governo Federal pretende garantir a segurança hídrica de 123 milhões de brasileiros em 390 municípios de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, “é inoportuno, ambientalmente insustentável e economicamente duvidoso”. Quem o assegura é um especialista no Velho Chico, - como é carinhosamente chamado o rio da integração nacional, com uma extensão de 2.700Km, que corta 500 municípios brasileiros onde moram cerca de 17 milhões de pessoas- Anivaldo Miranda, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF). Em 3 de junho passado, Miranda participou de uma grande mobilização em cidades como Juazeiro (BA), Petrolina (PE) e Penedo (AL), o movimento “Eu viro carranca para defender o Velho Chico”, para conscientizar as populações da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco acerca dos problemas de degradação ambiental que atingem duramente esse ecossistema. Nesta entrevista ao repórter Elieser Cesar, Anivaldo Miranda fala dos problemas do Velho Chico, como a maior estiagem dos últimos 50 anos, critica o projeto de transposição das águas do São Francisco, “cuja finalidade é servir à grande agricultura”, diz que a Bahia não ganhará praticamente nada com ele e defende um verdadeiro “pacto das águas” para Salvador rente da derrubada das matas ciliares e a contaminação por esgotos. O que está sendo feito para revitalizar o rio em suas quatro regiões fisiográficas? anivaldo miranda - As vazões regularizadas depois da construção das barragens hidrelétricas cobraram alto preço ambiental ao ecossistema, potencializando problemas bem mais antigos como o desmatamento das matas ciliares, tanto nas margens do Rio São Francisco como nas margens de seus afluentes. Além disso, a expansão desordenada das fronteiras agrícolas para a implantação da grande agricultura de irrigação agravou problemas de compactação dos solos, contaminação das águas superficiais e subterrâneas com agrotóxicos, intensificação da pressão sobre os aquíferos, perda de biodiversidade, intrusão salina na Foz do São Francisco e um sem número de outras mazelas decorrentes do uso irracional das águas e da ocupação desordenada do solo. Para reverter esse cenário desolador algumas ações tímidas de revitalização estão em marcha, a maioria esmagadora delas financiadas pelo Poder Público. Ocorre, porém, que o volume dos recursos do chamado Programa da Revitalização é, até hoje, irrisório para dar conta da enormidade de problemas e desafios que o São Francisco e seus afluentes estão enfrentando. Quais os aspectos positivos e também os negativos do projeto de transposição do Rio São Francisco executado pelo governo para garantir a segurança hídrica de 12 milhões de pessoas em 390 municípios dos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte ?
anivaldo miranda - Até agora só estamos contabilizando os aspectos negativos desse projeto porque os canais da Transposição e demais obras de engenharia (túneis, aquedutos etc.) ainda estão bastante atrasados em sua construção. Ontem, como hoje, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco tem uma veemente posição crítica com relação a esse projeto, por acreditar que, do ponto de vista da balança custo/benefício, ele é inoportuno, ambientalmente insustentável e economicamente duvidoso, sobretudo em relação ao seu Eixo Norte, haja vista, só para citar um exemplo, a duplicação dos seus custos iniciais por erro grosseiro de planejamento e má gestão das obras. Além disso, a principal finalidade do projeto é servir à grande agricultura de exportação de frutíferas com água altamente subsidiada e não propriamente, como foi alardeado, ao abastecimento humano. E o que a Bahia ganha com o projeto, já que há prefeitos pedindo compensações aos municípios em decorrência das obras? anivaldo miranda - Dos Estados da Bacia do São Francisco só Pernambuco será beneficiado diretamente pelos canais da Transposição, ainda assim, de forma relativa, porque eles passarão por locais menos propícios a projetos de desenvolvimento. Quanto às compensações a municípios baianos, desconheço qualquer iniciativa governamental ou base legal nesse sentido. Oficialmente as compensações aos Estados da Bacia do São
Franscisco (Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal) estariam incluídas no chamado Programa da Revitalização. Porém esse programa está estacionado em patamares que deixam muito a desejar para o tamanho dos desafios existentes. Quanto já se gastou e quanto ainda e se gastará na transposição? Há transparência na aplicação dos recursos desse megaprojeto? anivaldo miranda - Os custos iniciais do Projeto da Transposição estavam calculados em 4,5 bilhões de reais (quatro e meio bilhões de reais). Agora, pularam para 8,5 bilhões de reais. Vamos, portanto, torcer para que não subam ainda mais. Quanto à transparência há relatórios de fiscalizações do Tribunal de Contas da União (TCU) que falam com propriedade sobre esse assunto. Ao analisar o atraso das obras do PAC 2, a Confederação Nacional da Indústria estimou um prejuízo de R$ 16,7 bilhões somente com o atraso da transposição do São Francisco. O que já foi feito até agora e o que falta ser feito para concluir o projeto? anivaldo miranda - Os números da CNI são sempre coletados com excelente grau de objetividade. Quanto às obras, fala-se que terminariam em 2015, mas há quem, no mundo da engenharia e da administração, duvide disso. Seja como for, é dever de todos demandar dos responsáveis pelas obras, concordando ou não com elas, que evitem ao máximo um
Revitalizar ou transpor as águas, qual a melhor solução para o rio da integração nacional? anivaldo miranda - No mundo inteiro, a nova cultura das águas estabelece que transposições devem sempre ser encaradas como a última das soluções recomendáveis para resolver problemas de escassez hídrica. Ademais, estamos em uma época em que a lógica da gestão dos recursos hídricos passa a ser dirigida cada vez mais pela ótica da “produção” de água (gestão sustentável) e não pela lógica do seu consumo, sobretudo se esse consumo for feito de forma irracional ou mediante custos econômicos e ambientais abusivos. No contexto do Projeto da Transposição, há racionalidade apenas e tão somente no atendimento às demandas para abastecimento humano e dessedentação animal na região a ser atendida pelo Eixo Leste. Para a bacia hidrográfica do Rio São Francisco, que é a bacia doadora das águas, a Transposição representa mais uma demanda insustentável de grande porte e não solução dos seus graves problemas internos que precisam ser enfrentados e resolvidos antes que se possa pensar em transposições. Porém, como no Brasil há uma cultura no Poder Público de sempre se colocar o carro antes do bois, não é de surpreender a polêmica que a Transposição ainda hoje provoca. Como anda o projeto de restabelecer a navegação comercial entre Pirapora (MG) e Juazeiro na Bahia, no trecho navegável do Velho Chico? anivaldo miranda - Os governos federal e do Estado da Bahia, além do Banco Mundial e outras agências, estudam a possibilidade de executar um grande projeto denominado de Corredor Multimodal do Rio São Francisco, combinando toda uma malha de modais de transporte (rodovias, ferrovias) com uma grande hidrovia, incialmente de Ibotirama até Juazeiro/Petrolina e depois de Pirapora (Minas) até Paulo Afonso (Ba/Pe/Al/Se). A ideia é interessante, sobretudo se algumas modificações conceituais forem introduzidas, tais como inclusão das populações ribeirinhas em seu contexto e ganhos e articulação desse projeto com um outro projeto associado de desenvolvimento local, tudo isso dosado com respeito às demandas de cuidado ambiental. Todavia, como pensar em hidrovia em contexto em que o setor elétrico dispõe das vazões regularizadas de forma unilateral? E como viabilizar tal projeto sem antes construir um verdadeiro Pacto das Águas entre todos os usuários da bacia para harmonização dos usos múltiplos no São Francisco e seus afluentes? Nesse exato momento, por falta de vazões suficientes, a maré está mais para fechamento forçado da última grande empresa de navegação do São Francisco, a Icofort, de Juazeiro, do que propriamente para um Corredor Multimodal.
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& POLÍTICA
O eventual uso da máquina pública municipal por prefeitos em prol da candidatura de correligionários candidatos a deputado estadual ou federal será fiscalizado pelo Ministério Público Eleitoral na Bahia.
Ministério Público quer impedir ação de ‘padrinhos políticos’ nas eleições
Fiscalização dos promotores deve garantir a atuação em todo o Estado da Bahia da redação O Ministério Público Eleitoral na Bahia elegeu como ‘principal foco’ de atuação para 2014 ‘fiscalizar o eventual uso da máquina pública municipal por prefeitos em prol das candidaturas de seus correligionários candidatos a deputado estadual e federal. Anúncio foi feito pela assessoria do órgão após reunião do procurador regional eleitoral José Alfredo com o substituto, Ruy Nestor Bastos Mello, e os promotores eleitorais do Estado. Ficaram definidos os temas prioritários na atuação do Ministério Público Eleitoral nas eleições de 2014, que, por ser majoritária, resulta em uma concentração de atividades na Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE-BA), que tem a atribuição de ajuizar grande parte das ações eleitorais. De acordo com José Alfredo, a Bahia é um Estado muito grande e a atuação dos promotores será fundamental. “Sem a intensa fiscalização dos promotores eleitorais, o trabalho não será exitoso”. Em razão disso, a PRE editou uma portaria regulamentando a atuação dos promotores eleitorais. A maior preocupação da PRE neste ano é com o uso da máquina pública pelas prefeituras para apoiar padrinhos políticos. “Além de caracterizar, no mínimo, improbidade, as condutas podem ter reflexo eleitoral específico, a exemplo de abuso de poder político”, afirma José Alfredo. A PRE também fará rígido acompanhamento de eventual abuso de meio de comunicação a favor de determinada candidatura, e terá firme atuação contra doações excessivas, cuja atribuição, neste caso, será dos promotores eleitorais. Na reunião, ficou definido, ainda, que a PRE enviará recomendações específicas para a atuação dos promotores eleitorais nas áreas de festividades populares, propaganda institucional, transferência voluntária de recursos e programas assistenciais. “Os promotores eleitorais têm atribuição para provocar o poder de polícia do Poder Judiciário, fazendo cessar propagan-
das ilegais”, afirma o PRE. Propaganda irregular em festas também é preocupação A Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE/BA) encaminhou recomendações aos promotores eleitorais orientando-os a instaurar procedimentos administrativos eleitorais sobre temas ligados a festividades populares, propaganda institucional, distribuição de bens, valores ou benefícios e transferência voluntária de recursos. O órgão quer atuar de forma preventiva nas
eleições deste ano. Recomendações foram encaminhadas ao Núcleo de Apoio às Promotorias de Justiça Eleitorais do Estado da Bahia (Nuel), que deve distribuir aos membros do Ministério Público Eleitoral – promotores que atuam na Justiça Eleitoral de primeira instância. De acordo com as recomendações encaminhadas, os promotores devem ficar atentos à eventual ocorrência de propaganda antecipada e de propaganda irregular em festas populares, a exemplo de aniversários de fundação de municípios, festejos juninos, do mês de julho e des-
files da Semana da Pátria. Além disso, a contratação de shows ou a presença de candidatos em inaugurações nos três meses que antecedem as eleições é proibida pela Lei das Eleições (LE) nº 9.504/97. Os representantes do Ministério Público Eleitoral também devem ficar de olho nas propagandas institucionais para a verificação dos seus custos, da necessidade de autorização judicial no período eleitoral vedado e se o conteúdo não transmite propaganda ou promoção pessoal de candidato. A fiscalização do uso promocional de bens ou serviços públi-
cos no ano da eleição e a transferência voluntária de recursos da União aos Estados e municípios, e dos Estados aos municípios, nos três meses que antecedem o pleito, também são proibidas e devem ser objeto de fiscalização dos promotores. Envio das recomendações é uma das primeiras medidas do procedimento administrativo instaurado pelos procuradores regionais eleitorais, José Alfredo (titular) e Ruy Nestor Bastos Mello (substituto), para coordenar a atuação preventiva dos promotores eleitorais nas eleições de 2014.
cidades
Coração de Maria, Jandaíra, Saúde e Nova Soure comemoram aniversário de emancipação Quatro cidades baianas festejaram sua emancipação no último dia 1º: Coração de Maria (70 anos), Jandaíra (70 anos), Nova Soure (70 anos) e Saúde (81 anos). O município de Coração de Maria foi criado pelas terras eclesiásticas da antiga freguesia do S.S Imaculado Coração de Maria e do desmembramento do distrito de Oliveira dos Campinhos, que pertencia a Santo Amaro, e do distrito de São Simão, que pertencia a Irará. Em 18 de julho de 1877, o então governador Luís Viana assinou a lei de nº 181 que devolveu Oliveira dos Campinhos a Santo Amaro. Em 15 de julho de 1905, o governador José Marcelino de Souza restitui São Simão ao município de Irará, passando o município de Coração de Maria a compreender apenas as terras doadas por Antônio da Costa Pinto e mais uma pequena extensão da antiga Sesmaria de São Bento do
Inhatã. Em 30 de março de 1938, uma lei federal elevou todas as vilas brasileiras à categoria de cidade, porém em 31 de dezembro de 1943 um decreto de lei estadual extinguiu o município, sendo seu território anexado ao município de Irará. O município foi restabelecido com o nome Coração de Maria. O último dos municípios situado ao longo da Linha Verde é Jandaíra, já na divisa da Bahia com Sergipe. Muito conhecida por abrigar em seus limites a idílica Mangue Seco, o cenário eternizado por Jorge Amado em Tieta do Agreste. O litoral do município (situado entre a foz do Rio Real, ao norte, e a Barra de Itapicuru, ao sul) possui uma faixa de belas praias, com cerca de 30 quilômetros de extensão. No sentido norte está a Praia de Costa Azul, praticamente deserta e bela. A poucos quilômetros destaca-se a praia dos Três Coqueiros, muito
procurada pelos amantes da pesca de molinete. Em seguida, está a deserta Vaporzinho, onde repousa a carcaça do navio Baependi, torpedeado durante a Segunda Grande Guerra. Outra praia deserta é de Ribeirinha, procurada por namorados e naturalistas de plantão, e a foz do Rio Real. Há ainda a Praia do Coqueiro, local de desova das tartarugas marinhas monitorado pelo pessoal do Projeto Tamar. Saúde é um município localizado na microrregião de Jacobina. A história da cidade remonta a primitivos assentamentos bandeirantes erguidos em uma área habitada originalmente por índios da tribo dos Paiaiás. Depois Arraial de Nossa Senhora da Saúde. O nome Saúde deveu-se ao fato de que a região onde se ergueram os primeiros assentamentos era considerada benéfica para a saúde dos que ali pernoitavam.
Em 1914, Saúde foi alçada à categoria de vila. Essa situação perdurou até 1931, quando perdeu a autonomia, assim permanecendo até 1933, quando obteve definitivamente a emancipação como município. A cidade está situada em uma região de relevo montanhoso. A economia é baseada na agropecuária (rebanhos de equinos e asininos) e no extrativismo vegetal (principalmente ouricuri) e mineral (garimpos de ouro e pedras preciosas). A padroeira da cidade é Nossa Senhora da Saúde, cuja festa anual é comemorada no dia 8 de setembro. Há diversas manifestações populares durante as festas juninas, especialmente no São João. Em 18 de julho de 1935, por meio do Decreto nº 9.600, foi a subprefeitura do Soure elevada à categoria de Prefeitura. Em 18 de agosto do mesmo ano, por determinação do Decreto nº 1629, ficou restabelecido o
antigo município de Nova Soure, ex-Soure, mas constituído apenas pelo distrito, com sede na então Vila do Soure, com perda, portanto, do território que forma o distrito de Cipó. Em virtude do Decreto Lei estadual número 141, de 31 de dezembro de 1943, o município de Soure extinguiu-se novamente, ficando o seu território incorporado ao município de Cipó, na qualidade de Distrito, e sob a denominação de Nova Soure. Restaurou-se o decreto estadual número 12.978, de 1º de junho e 1944 (comemorada atualmente como a data de emancipação política), conservando-lhe esse topônimo. Entre os pontos turísticos da cidade estão a igreja de Nossa Senhora da Conceição, padroeira, o Coreto Municipal e o lago, localizado na praça central, onde eram realizado discursos, manifestações políticas e apresentações diversas.
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O Brasil é hoje o maior produtor mundial de café, com 29 milhões de sacas por ano e ocupa o lugar de quinto país em consumo per capita. A cada ano, os brasileiros consomem o equivalente a 118 bilhões de cafezinhos.
Produção 100% irrigada no Oeste baiano A colheita na Bahia teve início no mês passado e, apesar de uma pequena queda na produção, o Oeste se mantém ativo produzindo o grão. carolina gomes Com 35% de área colhida, o café produzido no Oeste baiano deve registrar uma média de 40 sacas por hectare, segundo dados técnicos da Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia – Abacafé. De acordo com o vice-presidente da entidade, Glauber de Castro, nesta safra, o número de safras por hectare deve registrar uma pequena queda em relação ao histórico
de produtividade da região. “Há algum tempo, a Abacafé tem registrado uma média de 45 sacas por hectare, porém na safra 2014/2015, em específico, o número deve ficar em torno de 40 sc/ha, devido a algumas renovações de área. Já para 2015, esse mesmo parque cafeeiro deve chegar a 48 sacas por hectare, retornando a média histórica da região em 45 sacas”, explica Castro. Em algumas propriedades, o ataque do bicho mineiro também contribuiu para essa pequena derrubada de produtividade. “Devido ao calor excessivo nos meses de janeiro e fevereiro e o baixo registro de chuva, o ataque do bicho mineiro também afetou na produção do café, visto que é de característica da praga o ataque em folhas de ponteiro, não permitindo que os
grãos localizados mais no alto da planta façam a granação normal, o que afeta diretamente na qualidade do grão”, comenta Glauber. Atualmente, a produção de café tipo arábica produzido no Oeste da Bahia, de característica aromática levemente frutada e floral, com excelente doçura e acidez, representa 14.704 hectares de área plantada, em um sistema totalmente irrigado, com área produtiva perto de 12 mil ha. Mercado do café A segunda estimativa para a produção da safra cafeeira (espécies arábica e robusta) em 2014 divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que o país deverá colher 44,57 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado.
O resultado representa uma redução de 9,33%, ou 4,58 milhões de sacas quando comparado com a produção de 49,15 milhões de sacas obtidas no ciclo anterior, reflexo do baixo volume pluviométrico registrado no Sudeste do país, fato que fortalece as expectativas do mercado. Diante dessa grande quebra na produção nacional, Glauber vê o mercado de café baiano bastante aquecido. “O reflexo da seca severa no Sul de Minas, no Cerrado e na Mogiana, regiões tradicionais na produção de café, tem elevado o preço, nos colocando novamente no mercado, visto que aqui (Oeste da Bahia) o custo de produção é mais caro por hectare, devido a irrigação, energia, altos tratados de solo, mão de obra e mecanização. Hoje, nós já temos oportunidade de comercializar café para 2015, no valor de R$ 500,00 a saca ”, ressalta.
Indicação Geográfica
O trabalho pelo registro de Indicação Geográfica do café produzido no Oeste da Bahia segue em análise em Brasília, aguardando apenas o registro emitido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), órgão responsável pela concessão, reconhece a reputação, o valor e a identidade própria da origem, além de distinguir o produto em relação aos seus similares disponíveis no mercado. Entre os itens avaliados, estão as características naturais, como solo, vegetação, clima e humanas (história e o modo de preparo). “Estamos ansiosos com os encaminhamentos finais. A Indicação Geográfica chega para toda a cafeicultura do Oeste baiano tirar proveito e dizer que esta região é apta em produzir um café de qualidade”, pontua Glauber.
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CAPA
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Café gourmet brasileiro Depois de ostentar, há vários anos, o título de maior produtor e exportador mundial de café, o Brasil agora disputa, ao lado da Colômbia, outro troféu: o de líder no mercado de cafés especiais. Conhecido até hoje mais pela quantidade do que pela qualidade, o Brasil agora avança para algo semelhante ao ocorrido na França nos anos 20, quando a região de Champagne impôs rigoroso controle de qualidade à fabricação de vinhos espumantes. Ou seja: logo, logo, os produtores brasileiros de cafés especiais adotarão um tipo de selo com a inscrição DOC, sigla para Denominação de Origem Controlada, como nos vinhos. Assim, a cultura do café no Brasil está mudando. E ótima notícia: para melhor. Essa transformação é resultado do aumento cada vez mais crescente por grãos de qualidade para atender a demanda de ávidos consumidores em todo o mundo. Em 2014, o Brasil deve colher nesta safra cerca de 28 milhões de sacas, 10% classificadas como grãos de qualidade superior. Como se sabe, existem várias formas de preparo de um bom café, entre elas a imutável maneira árabe, com tripla fervura. Nossos avós usavam saco de pano e bebiam café de coador. A mais difundida hoje nas grandes cidades do mundo é a italiana, com o café expresso - o nome, derivado do italiano espresso, resume o processo popularizado na Itália a partir de 1946, quando o seu inventor, Achille Gaggia, começou a vender máquinas de café sob pressão. Como os italianos, preferimos o café encorpado, mais forte. Já os ingleses e americanos continuam preferindo a bebida mais rala. E, se viajarmos pelo mundo, veremos que cada povo tem o seu gosto particular de apreciar o café. Além do preparo, há diferenças no ponto de torrefação (claro, médio e escuro) e na moagem dos grãos (média, fina e pulverizada), sem contar a variedade e os vários blends do café. Existem quatro variedades de café, mas só duas são cultivadas em escala comercial: a arábica (Coffea arabica) e a robusta (Coffea cane-
O Brasil agora disputa outro troféu: o de líder no mercado de cafés especiais
phora). Ambas são cultivadas no Brasil. O café arábica, aclimatado em regiões acima de 800 metros, tem aroma superior e sabor mais doce e agradável. Representa 70% da produção mundial. Já o robusta cresce nas encostas mais baixas e, como o nome já diz, é mais rústico no aroma e no paladar. Apresenta maior concentração de cafeína que o arábica, entre 2 e 4%. Menos aromático e mais amargo, é utilizado em blends e na produção do café solúvel, por ser mais barato. Um dos mais conhecidos cafés gourmets do mundo, o Illy, que leva o nome da família italiana e virou grife, foi uma das primeiras empresas a aliar um produto de qualidade com um agressivo marketing. Precursora dos cafés de tipo especial, ela nasceu nos anos
A chegada do café ao Brasil No Brasil, o café começou a ser cultivado em terras paraenses, a partir de uma muda trazida pelo desbravador brasileiro Francisco Mello Palheta, em 1727. Conta-se que o emissário foi enviado à Caiena, capital da Guiana Francesa, com a missão de trazer uma muda da valiosa planta. Sedutor, Palheta conseguiu aproximar-se da mulher do governador, madame Claude d’Orvillers, conseguindo conquistar sua confiança e “aquele algo a mais”. Em uma das vezes em que se encontraram, pediu a ela uma muda do Coffea arábica. Retorno marcado e já de malas prontas para o Brasil, recebeu da apaixonada um bonito vaso com flores e plantas ornamentais e, escondidas entre as plantas, as desejadas mudinhas de café. Assim, a saga do café em solo tupiniquim também começou, como tantas outras histórias surpreendentes de sucesso, com o nosso famoso “jeitinho brasileiro” somado - imagine - a lances apaixonados de um amor bandido. Vindo clandestinamente para o Brasil na bagagem desse brasileiro, o café seria durante várias décadas a grande riqueza brasileira. As divisas geradas pela economia cafeeira acelerariam o nosso desenvolvimento e incluiriam o Brasil, mesmo que tardiamente, no comércio internacional do século XIX, época em que o café teria um grande peso na economia mundial, tornando-se artigo de luxo nos países do Ocidente. Devido às nossas condições climáticas, a cultura do café acabou se espalhando rapidamente, com sua produção voltada para o mercado interno. Depois da experiência paraense, o ponto de partida das grandes plantações de café foi o Rio de Janeiro, que transformou as matas da Gávea e da Tijuca em grandes cafezais. De lá, o café se espalhou pelo litoral sul fluminense, chegando a São Paulo por meio de Ubatuba e do Vale do Rio Paraíba. Com altitude e clima excelentes para o cultivo, surgiu aí uma das principais regiões produtoras de café do país. Subindo pelo rio, o café foi avan-
çando para o interior da província de São Paulo, estendendo-se até a cidade de Ribeirão Preto, ao sul de Minas e, décadas depois, ao norte do Paraná. Café a preço de ouro Campinas, nessa época, era considerada a capital da cafeicultura paulista, e o Brasil, na condição de grande potência exportadora, somava 26 milhões de pés de café plantados. Ferrovias foram construídas, como a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, para permitir o escoamento da produção. A riqueza fluía por intermédio dos cafezais, evidenciada nas elegantes mansões dos fazendeiros construídas na capital da Província de São Paulo, em plena Avenida Paulista, e nos majestosos teatros e prédios públicos erguidos nas principais cidades do interior. O café promoveu, ainda, uma grande revolução social. Intimamente ligada à quantidade de mão de obra disponível, o desenvolvimento da produção cafeeira, após a libertação dos escravos, teve de prescindir do trabalho de imigrantes europeus, sobretudo os italianos, que começaram a chegar ao Brasil na segunda metade do século XIX para trabalhar nas fazendas de café. Durante três quartos de século, o café e, por extensão, o Estado de São Paulo, concentrou quase toda a riqueza produzida no país. O Brasil, nessa época, dominava 70% da produção mundial e praticamente ditava as regras do mercado. Os fazendeiros de café formavam a chamada elite social e política brasileira. Com o dinheiro gerado pela cultura do café, que valia como ouro em grão, foram financiados casarões, ferrovias e a base da industrialização de São Paulo e do Sudeste do Brasil. A fase de ouro do café brasileiro só terminaria com a crise de 29, com o crash da bolsa americana e a desestabilização do mercado internacional. Com os preços lá embaixo e a interrupção do financiamento junto aos bancos estrangeiros, o domínio brasileiro no mercado de café receberia o seu pior golpe. C.G.
30. Hoje, sete décadas depois, o Café Illy tem espaço garantido no circuito da Gastronomia. A essência é brasileira: cerca de 60% de seu apreciado blend é de café plantado aqui mesmo. A mistura também inclui grãos de café de diferentes lugares do mundo, como México e Guatemala. Mas a qualidade do grão brasileiro, o arábica, é o que garante a sua particularidade, além de alguns segredinhos, como a maneira como é seco depois de colhido, garantias de um produto excepcional. No Brasil, o primeiro café com grife surge em 1970. Associada à figura do maior atleta do século, Edson Arantes do Nascimento, a Companhia Cacique de Café lança, a partir de uma grande jogada de marketing, o Café Pelé. Figura mundialmente
conhecida, Pelé, que acaba virando garoto-propaganda desta empresa brasileira fundada em 1959, se transforma em um dos principais divulgadores do café brasileiro por todo o planeta e da nova e inusitada forma de se fazer café: a solúvel, lançada no mercado nacional, em 1969. O Café Pelé, que, inicialmente foi comercializado na forma de grãos torrados e moídos e, em seguida, a solúvel, acabaria por conquistar não só o paladar dos brasileiros, mas do mundo todo, pela sua qualidade. Voltada há 10 anos para o mercado de grãos especiais, o Café Terra Brasil também é uma das torrefadoras genuinamente brasileiras que são pioneiras nesse segmento. Trabalha apenas com grãos 100% arábica, plantados nas regiões da Mogiana, do Cerrado e Sul de Mi-
nas. Sob o comando da família ítalo-brasileira Leonardi, oferece dois tipos de café: o Série Ouro Terra Brasil, que é exportado para a Itália, e o Café Especial, voltado ao mercado brasileiro. Introdutora do conceito “4 Ms” para se fazer um expresso perfeito (miscela, “um bom expresso, começa na seleção de grãos”, moagem “encontrar o grau exato de moagem”), máquina (“manutenção e regulagem ideais” e mão-de-obra “desenvolver a habilidade do operador por meio de treinamento”) - o Terra Brasil também comercializa com exclusividade as máquinas italianas de café expresso La Spaziale, além de ministrar cursos para profissionais de restaurantes, docerias e cafés na capital paulista. Também paulistana, a Grão Espresso (grafada assim mesmo: espresso com s, como na língua italiana), fundada em 1992, atua na área de locação e venda de máquinas de café expresso profissionais e semi-profissionais da Itália e importa os modelos Fenice - profissional, design arrojado e capacidade de tirar 140 xícaras de café por quilo - e Picollo Pro - semi-profissional, fácil manuseio e sem limites para a produção de café, pois funciona por meio de sachês, aliás, também importados pela empresa da marca Mokaroma, com grãos selecionados, torrados e moídos na Itália. Quem já utilizou e provou da novidade, garante que os sachês apresentam algumas vantagens práticas em relação à forma tradicional de fazer café. São mais higiênicos, já que basta introduzir a pastilha na máquina, não havendo o contato manual com o produto. Além disso, têm qualidade e sabor excepcionais, pois os sachês são padronizados e não têm quaisquer impurezas, agradando em cheio os fãs mais exigentes de expresso. Feito com os melhores grãos do mundo, esse blend em saquinho chega para o consumidor brasileiro, fã de carteirinha do vero espresso italiano, nas versões tradicional e expresso descafeínado. C.G.
SOBRE OS PRINCIPAIS TIPOS DE CAFÉ TIPO ROBUSTA
30% do café consumido no mundo é do tipo Robusta. Possui sabor mais robusto e 50% mais cafeína que o Arábica.
TIPO ARÁBICA
70% do café consumido no mundo é do tipo Arábica. Possui sabor suave e é bastante aromático.
PROCESSO DE AVALIAÇÃO DO CAFÉ 1. Primeiro, cheira-se os grãos ainda crus. 2. Em seguida, os grãos são torrados para uma avaliação visual. 3. Depois é feita uma infusão com os grãos torrados. O vapor de água desprendido dessa infusão dá indícios do tipo de café. 4. Por fim, a bebida é degustada para que o sabor seja tecnicamente avaliado.
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De acordo com o diretor da Sei, a atualização dos limites intermunicipais fornece aos governos federal e estadual uma base territorial consistente para promover os repasses de recursos.
Novas divisas municipais ajudam a resolver brigas limiro besnosik Duzentos e doze municípios baianos estão com seus limites geográficos definidos, abrigados em 13 territórios de identidade (TI). A atualização, realizada em parceria entre a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (Sei), vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan) estadual, e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ajuda a resolver conflitos nos quais as cidades disputam áreas com seus vizinhos, em litígios que se arrastam, às vezes, há décadas. Segundo Geraldo Reis, diretorgeral da Sei, a Bahia possui 27 TIs. Além dos 13 já aprovados pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e sancionadas pelo governador Jaques Wagner, seis projetos estão tramitando na Casa com mais 106 municípios. Outros seis encontram-se em fase de minuta do anteprojeto de lei e levantamento de coordenadas, abrangendo 89 cidades. Falta apenas programar o trabalho de campo do TI Metropolitano de Salvador. As duas propostas encaminhadas à Alba mais recentemente são o Portal do Sertão e Itaparica. O primeiro propõe solução para a briga entre São Gonçalo dos Campos e Feira de Santana em relação à área onde se instalou o Centro de Distribuição do Boticário. A equipe do Projeto de Atualização dos Limites Intermunicipais da Bahia sugeriu a consolidação do terreno no primeiro município, dando a Feira, em contrapartida, a formalização do bairro do Tomba, que se expandiu além das divisas feirenses. Para Geraldo Reis foi uma fórmula satisfatória: “A nossa equipe trabalhou de forma criteriosa do ponto de vista técnico e com bom senso”. O Portal do Sertão inclui 17 municípios: Feira de Santana, São Gonçalo dos Campos, Conceição de Feira, Santo Estevão, Ipecaetá, Antônio Cardoso, Anguera, Tanquinho, Santa Bárbara, Santanópolis, Coração de Maria, Amélia Rodrigues, Teodoro Sampaio, Terra Nova, Conceição do Jacuípe, Irará, Água Fria. O TI Itaparica é bastante conflituoso, em função da presença de reservas indígenas e de área de proteção ambiental. A Sei promoveu uma reunião realizada em Paulo Afonso, onde houve consenso entre os prefeitos da própria Paulo Afonso, Rodelas, Glória e Macururé, transferindo legalmente a comunidade de Itaquatiara para a Rodelas, que já vinha administrando o povoado. Além destes, a região é composta também por Abaré e Chorrochó. Com os dois projetos de lei, a Sei contabiliza o encaminhamento de 20 projetos encaminhados à Alba, envolvendo 319 municípios. O prazo estipulado para o término do tra-
balho é o final de 2014, ao custo de, aproximadamente, R$ 300 mil em três anos, pois é desenvolvido pela própria equipe técnica do órgão, em cooperação com o IBGE. Cidadania de volta De acordo com o diretor da Sei, a atualização dos limites intermunicipais fornece aos governos federal e estadual uma base territorial consistente para promover os re-
passes de recursos, o acompanhamento das ações de governo e a realização das pesquisas estatísticas, econômicas e sociais. Mas, em sua opinião, “as populações das áreas de indefinição territorial são as mais beneficiadas, pois a atualização dos limites lhes devolve a cidadania e os direitos já usufruídos pelos habitantes de onde não havia questionamentos”. As novas divisas político-administrativas, revelou, estão sendo pro-
postas com o uso de novas tecnologias, a exemplo de imagens orbitais, softwares de geoprocessamento e GPS, posicionando pontos e linhas de limite de forma mais precisa. Além disso, sua elaboração contou com a participação dos gestores municipais nas análises, discussões e decisões, que permitiram delinear as fronteiras de forma democrática, justa e imparcial. Ainda na explicação de Geraldo Reis, “antes da atualização, as leis
antigas, a maioria delas datadas de 1958, estavam ancoradas em referências geográficas muitas vezes não mais existentes e, por vezes, continham imprecisões e omissões nas descrições dos limites”. Isso ocasionava, em algumas situações, áreas sobrepostas e de indefinição territorial, além de instabilidade administrativa, prejuízos para as populações residentes em áreas limítrofes, atritos e disputas entre municípios.
Territórios definidos q Vitória da Conquista: Anagé, Aracatu, Barra do Choça, Belo Campo, Bom Jesus da Serra, Caetanos, Cândido Sales, Caraíbas, Condeúba, Cordeiros, Encruzilhada, Guajeru, Jacaraci, Licínio de Almeida, Maetinga, Mirante, Mortugaba, Piripá, Planalto, Poções, Presidente Jânio Quadros, Ribeirão do Largo, Tremedal e Vitória da Conquista. q Itapetinga: Caatiba, Firmino Alves, Ibicuí, Iguaí, Itambé, Itapetinga, Itarantin, Itororó, Macarani, Maiquinique, Nova Canaã, Potiraguá e Santa Cruz da Vitória. q Sertão Produtivo: Brumado, Caetité, Caculé, Candiba, Contendas do Sincorá, Dom Basílio, Guanambi, Ibiassucê, Ituaçu, Iuiu, Lagoa Real, Livramento de Nossa Senhora, Malhada de Pedras, Palmas de Monte Alto, Pindaí, Rio do Antônio, Sebastião Laranjeiras, Tanhaçu e Urandi. q Velho Chico: Barra, Bom Jesus da Lapa, Carinhanha, Feira da Mata, Ibotirama, Igaporã, Malhada, Matina, Morpará, Muquém do São Francisco, Oliveira dos Brejinhos, Paratinga, Riacho de Santana, Serra do Ramalho e Sítio do Mato.
q Costa do Descobrimento: Belmonte, Eunápolis, Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália. q Bacia do Paramirim: Botuporã, Boquira, Caturama, Érico Cardoso, Ibipitanga, Macaúbas, Paramirim, Rio do Pires e Tanque Novo. q Extremo Sul: Alcobaça, Caravelas, Ibirapoã, Itamaraju, Itanhém, Jucuruçu, Lajedão, Medeiros Neto, Mucuri, Nova Viçosa, Prado, Teixeira de Freitas e Vereda. q Bacia do Rio Corrente: Brejolândia, Canápolis, Cocos, Coribe, Correntina, Jaborandi, Santa Maria da Vitória, Santana, São Félix do Coribe, Serra Dourada e Tabocas do Brejo Velho. q Litoral Sul: Almadina, Arataca, Aurelino Leal, Barro Preto, Buerarema, Camacan, Canavieiras, Coaraci, Floresta Azul, Ibicaraí, Ilhéus, Itabuna, Itacaré, Itaju do Colônia, Itajuípe, Itapé, Itapitanga, Jussari, Maraú, Mascote, Pau Brasil, Santa Luzia, São José da Vitória, Ubaitaba, Uma e Uruçuca. q Bacia do Rio Grande: Angical, Baianópolis, Barreiras, Buritirama, Catolândia, Cotegipe, Cristópolis, Formosa do Rio Preto, Luis Eduardo
Magalhães, Mansidão, Riachão das Neves, Santa Rita de Cassia, São Desidério e Wanderley. q Chapada Diamantina: Abaíra, Andaraí, Barra da Estiva, Boninal, Bonito, Ibicoara, Ibitiara, Iramaia, Iraquara, Itaetê, Jussiape, Lençóis, Marcionílio Souza, Morro do Chapéu, Mucugê, Nova Redenção, Novo Horizonte, Palmeiras, Piatã, Rio de Contas, Seabra, Souto Soares, Utinga e Wagner. q Baixo Sul: Aratuípe, Cairu, Camamu, Gandu, Ibirapitanga, Igrapiúna, Ituberá, Jaguaripe, Nilo Peçanha, Piraí do Norte, Presidente Tancredo Neves, Taperoá, Teolândia e Valença. q Vale do Jiquiriçá: Amargosa, Brejões, Cravolândia, Elísio Medrado, Irajuba, Itiruçu, Jaguaquara, Jiquiriçá, Lavayette Coutinho, Lajedo do Tabocal, Laje, Maracás, Milagres, Mutuípe, Nova Itarana, Planaltino, Santa Inês, São Miguel das Matas e Ubaíra. q Recôncavo: Cabaceiras do Paraguaçu, Cachoeira, Castro Alves, Conceição do Almeida, Cruz das Almas, Dom Macedo Costa, Governador Mangabeira, Maragogipe, Muniz Ferreira, Muritiba, Nazaré, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus,
São Felipe, São Félix, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Sapeaçu, Saubara e Varzedo. q Portal do Sertão: Feira de Santana, São Gonçalo dos Campos, Conceição de Feira, Santo Estevão, Ipecaetá, Antônio Cardoso, Anguera, Tanquinho, Santa Bárbara, Santanópolis, Coração de Maria, Amélia Rodrigues, Teodoro Sampaio, Terra Nova, Conceição do Jacuípe, Irará e Água Fria. q Itaparica: Paulo Afonso, Rodelas, Glória, Macururé Abaré e Chorrochó. q Sertão do São Francisco: Campo Alegre de Lourdes, Canudos, Casa Nova, Curaçá, Juazeiro, Pilão Arcado, Remanso, Sento Sé, Sobradinho e Uauá. q Piemonte da Diamantina: Umburanas, Mirangaba, Ourolândia, Saúde, Várzea Nova, Jacobina, Miguel Calmon, Serrolândia, Capim Grosso e Caem. q Norte do Itapicuru: Campo Formoso, Jaguarari, Andorinha, Ponto Novo, Caldeirão Grande, Pindobaçu, Filadélfia, Antônio Gonçalves e Senhor do Bonfim.
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& ESPECIAL são joão Governo investe mais de R$ 21 milhões na festa da Bahia
empresa estadual de turismo, Diogo Medrado, cerca de 240 Mais de R$ 21 milhões se- municípios foram contemplarão investidos este ano para dos com verba de apoio, após a realização do São João na apresentarem seus projetos Bahia, através de convênio em um edital de chamamento assinado entre a Bahiatursa, público”. o Banco do Brasil e a PetroDe acordo com o secretário bras. Segundo o presidente da de Turismo, Pedro Galvão, 70 limiro besnosik
mil turistas estrangeiros visitarão o Estado durante a Copa do Mundo: “Vamos ter festa não só no Pelourinho, com artistas da terra e nomes nacionais, mas em toda a Bahia. Vamos mostrar que sabemos receber bem”. Em sua opinião haverá fortalecimento do setor turísti-
Festejos juninos de Mata de São João preservam a cultura local EDNALVA TELINHOS Totalmente focado na valorização da cultura junina tradicional, com concurso de quadrilhas, barracas de comidas típicas padronizadas e muito forró pé-de-serra. Assim vai ser a festa junina de Mata de São Joao, a 56 quilômetros de Salvador, que se divide em sede e litoral. O São João da sede acontecerá de 21 a 24 de junho; já o do litoral (Praia do Forte e Imbassaí ) será de 21 a 23 de junho. As principais atrações são Flávio José, Cavaleiros, Limão com Mel, Torres da Lapa, Colher de Pau e Forrozão. “A expectativa de projetos como esse é fortalecer o ideário do município de preservação da cultura local através de um evento tradicional, como o São João, que além de promovê-lo turística e comercialmente, proporciona aos moradores a preservação da sua identidade local e estilo de vida. A população de Mata de São João, com a sua costumeira hospitalidade, recebe todos os anos os visitantes e turistas que vêm passar o São João no nosso município com muita alegria, descontração, segurança e muito forró”, disse a secretária de Cultura e Turismo, Rafaella Pondé. Infraestrutura A Prefeitura de Mata de São João irá organizar uma infraestrutura de shows e serviços variados e de qualidade para receber bem os visitantes. As ruas, casas, bares e restaurantes entram no clima dos festejos, todos decorados ao estilo junino. Na praça principal,
artistas locais e regionais darão o tom dos festejos, regados a muito licor e comidas típicas, que serão comercializados nas várias barracas armadas nas localidades definidas, além dos restaurantes de Praia do Forte e Imbassaí, que também entrarão no clima da festa uniformizando seus funcionários, incluindo comidas e bebidas típicas no cardápio e ambientando a decoração do seu estabelecimento com o tema da festa. “A Prefeitura pretende diversificar os festejos juninos, promovendo eventos em três localidades com características muito próprias, oferecendo opções variadas de cores e sabores, agradando, assim, a todos os gostos”, destacou a secretária. Segundo a presidente da Associação Comercial e Turística de Praia do Forte – Turisforte, Rosa Clara Brandão, este ano o São João será diferente na Praia do Forte. “Além dos turistas habituais que recebemos nos festejos juninos que costumam vir de Salvador, do interior da Bahia e Sergipe, receberemos na Vila jornalistas croatas que se hospedarão conosco até o dia 30 de junho. A previsão de ocupação
para hotéis e pousadas é de 100%. O comércio local e restaurantes naturalmente serão bastante beneficiados com o movimento na Vila além do habitual. A Vila já está em festa desde o início de junho”. Ela ressalta que há uma preocupação muito grande com a exposição que Praia do Forte está tendo na mídia internacional e um interesse de aproveitar para alavancar o turismo. “Por isso a Turisforte, juntamente com a Prefeitura de Mata de São João, contratou uma assessoria de imprensa bilíngue, para potencializar o contato com a mídia internacional neste momento. Estão sendo organizadas press trips com os jornalistas para que eles conheçam melhor os nossos atrativos turísticos”. Para o empresário Wagner Uliana, sócio de um restaurante da Praia do Forte, “acredita-se que teremos um volume de turistas maior que geralmente temos durante o mês de junho na Praia do Forte, sendo a maioria jornalistas fazendo a cobertura da Seleção da Croácia, por ser a primeira adversária do Brasil. Teremos shows e atrações durante os finais de semana do mês de junho, estamos preparados para atender mais estrangeiros, e hoje já percebemos a chegada de alguns, até mesmo de nacionalidade croata. Temos expectativa de que o volume de negócios e do turismo durante o mês de junho será muito bom e que o pós-Copa será melhor ainda, por coincidir com férias escolares e pela exposição que Praia do Forte terá enquanto a Croácia estiver na Copa, lembrando que é um time forte”, destacou.
co: “Para o período de 12 a 20, os hotéis de três a cinco estrelas estão 100% reservados; de 21 a 30, as reservas chegam a 80%”. As cidades receberam valores entre R$ 20 mil e R$ 100 mil. Trinta e dois grupos participaram do Campeonato Estadual de Quadrilhas, apoiado
pela Bahiatursa, de 11 a 14 de junho, na Praça da Revolução, em Periperi, subúrbio ferroviário de Salvador. As equipes vieram de locais como Madre de Deus, Catu, Cachoeira, Valença, Feira de Santana, São Francisco do Conde, Itaparica, Barreiras e da própria capital.
Pojuforró retrata o universo futebolístico Com o título ‘Pojuforró 100% Brasileiro: Copa do mundo com forró em Pojuca é bem melhor!’, os festejos juninos do município de Pojuca, a 67 quilômetros de Salvador, começam no dia 21 e se estendem até o dia 29 e devem atrair um público de 35 mil pessoas por noite. O objetivo, segundo a coordenação de Cultura, é valorizar a cultura local como elemento de afirmação, cidadania, inclusão social e fator de desenvolvimento econômico. Vão ser quase 500 horas de forró, indo do pé-de-serra, passando pelo forró universitário, tradicional e até estilizado. “A festa, que começa na parte da manhã, agrega a sua ambiência a apresentação de quadrilhas, segue com o percurso dos blocos juninos, passa pelos trilhos das atrações vindas de fora, como o Transbaião, e vem com o cair da tarde eclodir na Vila Caipira, que se ascende com o calor das cores da festa para deixar o São João de Pojuca mais bonito e com sabor de festa que acontece no interior regada a licor e muita comida típica”, destacou o coordenador de Cultura do município, Ademir Souza. Para um público estimado de mais de 35 mil pessoas, o Pojuforró este ano vem com o propósito de concatenar a paixão nacional com um ritmo cultural popular, a comissão organizadora do evento instituiu o título da festa: Pojuforró 100% Brasileiro: Copa do mundo com forró em Pojuca é bem melhor! Em face deste tema, a Vila Caipira este ano vem com uma roupagem artística que retrata o universo futebolístico.
De acordo com a equipe de arte da comissão gestora do evento, a Vila cresceu em torno de um campo de futebol, ou seja, todo o perímetro central da arena será a réplica de um campo, o que remonta a história cultural do futebol brasileiro. “A Vila é um espaço cultural onde as pessoas podem conhecer melhor a cidade de Pojuca e também acontecem pequenas apresentações com forró pé-de-serra, e as casas que a rodeiam são réplicas de prédios do município. Toda a alegria das quadrilhas, dos blocos, do sabor de milho acontecerá no seio na Praça ACM”, completou o coordenador. Economia O São João de Pojuca movimenta a economia da cidade e, segundo informações de Ademir Souza, estima-se que em média são investidos, aproximadamente, R$ 1 milhão, “o que é uma imissão de grande porte considerando que o município constitui-se como uma cidade do interior. Comercialmente, o festejo junino mobiliza a economia da cidade, intensificando o mercado de consumo de manufaturas de bens de valia e até mesmo a informalidade. Vale ressaltar o desenvolvimento da economia rural, que é a mola-mestra do comércio da feira de Pojuca que configura o Centro de Abastecimento da cidade. Milho, tomate, renda, artesanato, amendoim, carimã, ervas e tudo o que nasce do solo fértil de Pojuca é comercializado para o povo de casa e para quem vem nos visitar”, informou. E.T.
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Arraiá do Chico homenageia o sanfoneiro Dominguinhos
divulgação
A festa acontecerá nos dias 21, 22, 23, 24, 28 e 29 deste mês
O São João de Castro Alves está imperdível. A Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Cultura divulgou no início do mês a programação da festa junina que acontecerá entre os dias 21 e 24 de junho. O município, localizado a 182 quilômetros da capital, promete novamente uma das melhores festas de São João do Recôncavo Baiano. Atrações regionais e nacionais vão levar muito forró, alegria e animação ao público. A abertura dos festejos será realizada no dia 21 de junho, na Praça Dionísio Cerqueira, e a animação do público ficará por conta do cantor Daniel Vieira e das bandas Chicabana e Canários do Reino. No domingo (22), a festa contará com a participação do cantor Del Feliz, de Alcimar Monteiro e Forró Chicote. No dia 23 de junho, a festa será comandada pelas bandas Forró é o Chefe, Rasga Tanga e Mastruz com Leite. Para encerrar a programação, no dia 24 de junho, se apresentarão o cantor Luccas Tibério e Uallas Andrade. Também farão parte da programação bandas e grupos locais.
SÃO JOÃO EDNALVA TELINHOS Cerca de 400 mil pessoas são aguardadas para os seis dias de festa do ‘Arraiá do Chico’, a festa junina de São Francisco do Conde, a 60 quilômetros de Salvador, que este ano presta uma homenagem ao sanfoneiro Dominguinhos, com o tema “Celebrando Dominguinhos – Brasileiro por Natureza”. E a programação está repleta de boas atrações, como Ivete Sangalo, Bell Marques, Harmonia do Samba, Calcinha Preta, Seu Maxixe, Pablo, Cézar Menotti e Fabiano e Aviões do Forró. A festa acontece nos dias 21, 22, 23, 24, 28 e 29 deste mês. De acordo com a secretária de Cultura do município, Sandra Pitanga, a festa já movimentou mais de R$ 35 milhões na economia da cidade e a expectativa é de que haja um incremento ainda maior e atraia cerca de 400 mil pessoas nos seis dias de festa. “Além disso, outros espaços, como o Palco Mestre Chicão, Café com Forró e blocos desfilarão pela cidade nos dias de festa. Haverá apresentações culturais com samba de roda, grupos culturais, afoxés, coral da juventude e da terceira idade, concurso de quadrilha mirim, grupos de dança, exposição de bonecões representando personagens e personalidades brasileiras e de São Francisco do Conde, exposição sobre Dominguinhos, um coreto com vila cenográfica relembrando o São João de antigamente, feira de artesanato, entre outros”, informou Sandra Pitanga. O barraqueiro Paulo José Bispo Ferreira está ansioso para começar a festa e com boas expectativas de lucro. “Trabalho há mais de 15 anos nas festas juninas aqui do município e comercializo comida e bebida, tira gosto de peixe frito, sarapatel, feijão e faço drinks também. Nos anos anteriores tive sempre bons lucros, que me ajudaram com as despesas de casa. E, neste ano, a expectativa é que não seja diferente. Espero que
a festa seja ‘bombada’ e que eu venda muito; aqui vem muita gente de fora. Quero ter, em média, uns cinco mil reais de lucro”. Já Alzeni Ribeiro Alves, que participa da festa há 16 anos, diz que é cansativo, mas a recompensa é garantida. “Monto minha barraca e nela você acha de tudo: feijoada, camarão ao alho e óleo, moqueca de camarão, peixe frito, carne-de-sol, carne de porco, bolos, salgados. Além de bebida, também das mais variadas. Não posso reclamar, porque nunca tive prejuízo. Todos os anos que participei pude ter um lucro que me ajudou muito. E, este ano, eu espero que seja ainda melhor porque é muito cansativo, a gente perde noite, fica muito tempo em pé, mas a recompensa é garantida”. Homenagem Este ano, o Arraiá do Chico ho-
menageia o sanfoneiro Dominguinhos com o tema: “Celebrando Dominguinhos – Brasileiro por Natureza”. José Domingos de Moraes, mais conhecido como Dominguinhos, nasceu em 1941 na cidade de Garanhuns, agreste pernambucano. Seu pai, “Mestre Chicão”, sanfoneiro, foi a grande influência para que Dominguinhos se tornasse um grande artista nacional. De uma família de 16 irmãos, o instrumentista começou sua carreira desde a infância quando montou um trio com mais dois irmãos e iniciou as apresentações na sua cidade. Nessa época, em 1948, tocando na porta de um hotel, foi ouvido por Luiz Gonzaga, que o convidou para ir ao Rio de Janeiro. Anos depois, em 1954, junto com sua família, em um caminhão pau-de-arara, foi ao encontro de Gonzaga, que tornou-se seu padrinho e o presenteou com uma sanfona. Em
1967, gravou seu primeiro disco e passou a ser convidado para gravações e shows de cantores famosos como: Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Betânia. Iniciando, assim, uma longa carreira de sucesso, consagrando-se com uma carreira musical própria, englobando gêneros musicais diversos como bossa nova, jazz e pop. Em 17 de dezembro de 2012, Dominguinhos foi internado no Hospital Santa Joana, no Recife, com infecção respiratória e arritmia cardíaca, sendo transferido para São Paulo em janeiro de 2013 e veio a falecer no dia 23 de julho desse mesmo ano. Por conta de sua longa e talentosa trajetória, o cantor, sanfoneiro e compositor será o tema desta grande festa que já teve em edições passadas homenagens ao centenário do mestre Luiz Gonzaga e aos cangaceiros Lampião e Maria Bonita.
Simões Filho tem reconhecimento cultural em São Paulo No início do mês de maio, a Prefeitura de Simões Filho recebeu da Sociedade Brasileira de Educação e Integração (SBEI), em São Paulo, através da Secretara Municipal de Cultura, o Selo Quality de reconhecimento pela valorização da cultura no município. O reconhecimento veio pela realização do São Pedro, por meio do tradicional Arraiá das Viúvas, que acontece anualmente na cidade, em especial, o do ano de 2013, que trouxe para a população uma cidade cinematográfica montada na Praça da Bíblia, com muitas atrações e comidas típicas. “Esse prêmio é de suma importância para a consolidação da cultura do nosso município, afinal nós não fazemos apenas uma festa, nós, cuidadosamente, promovemos e valorizamos a cultura da nossa cidade”, pontuou o secretário municipal de Cultura, Jorge Sales. No livro “História Comprida”, de
Alcimar Monteiro, Mastruz com Leite e Daniel Vieira fazem parte das atrações do São João de Castro Alves
Antonio Apolinário da Hora, publicado em 2005, ele revela que o São Pedro era comemorado ao som de músicas juninas tocadas por sanfoneiros, atraindo a população e que durante a noite de comemoração, visitavam as casas dos moradores e escolhiam os lares das famílias mais tradicionais para amanhecer o dia ao som da sanfona e da viola. Entre uma música e outra, saboreavam as comidas típicas e soltavam fogos. Nessa época, também havia as tradicionais quadrilhas que se apresentavam nas ruas do antigo distrito de Salvador, hoje Simões Filho. A partir daí e com a emancipação da cidade, criou-se a tradição de comemorar o São Pedro todos os anos e as viúvas se reuniam na praça para celebrar, ao seu modo, o dia do santo protetor delas. “Hoje, na sua 32ª edição, a cidade recebe, por dia de festa, uma média
de 50 mil pessoas que apreciam o resgate cultural, com concursos de quadrilha e sanfoneiro, apresentações culturais, exposições do artesanato e shows de diversas bandas locais e do cenário nacional. “E foi com esse jeitinho histórico e cultural que o município foi premiado com o Selo Quality Cultural 2014, que reconhece no cenário brasileiro as empresas e instituições que contribuem efetivamente para o desenvolvimento socioeconômico e cultural do país, valorizando o produto nacional e reconhecendo publicamente cidadãos/instituições que se destacam perante a sociedade nas mais diversas áreas”, destacou o secretário. Tradição A Festa de São Pedro é uma tradição na cidade de Simões Filho. Reúne cerca de 50 mil pessoas por dia e é
conhecida como “Forró das Viúvas”. Os festejos juninos sempre foram celebrados desde a época em que o município era distrito de Salvador, quando a população durante o São Pedro reunia-se para enfeitar as casas e ruas com folhas e bandeirolas. Com o passar dos anos, a festa foi conquistando um maior número de público e mais notoriedade na cidade, e em 1999 a Associação dos Comerciantes de Simões Filho resolveu elaborar junto com as anfitriãs da festa (as viúvas) um evento que atraísse um maior número de pessoas e que contasse com a apresentação de bandas locais e atrações de nível nacional, formando, assim, uma nova parceria para a organização e realização da festa. A Festa das Viúvas acontece nos dias 28 e 29 deste mês e até o fechamento desta matéria, a programação não estava fechada. E.T.
Senhor do Bonfim O São João de Senhor do Bonfim tem como tema CBF-Capital Baiana do Forró: Em ritmo de Copa. “Não podíamos deixar de manter a cultura e a tradição, além de levar alegria à nossa população. Eu desejo que o povo de Senhor do Bonfim se sinta orgulhoso desse momento, que, além de nos dar felicidade, também gera renda”, afirma o prefeito Edivaldo Martins Correia. Desde o início de junho, a cidade se transforma no verdadeiro “Arraiá da Copa”: Forró Grito (de 6 a 8 de junho), festas nos distritos, Forró do Comércio (de 14 a 18 de junho) e a Festa Oficial, de 20 a 24 de junho. Artistas nacionais e regionais são os titulares convocados para o evento. Flávio José é um dos mais esperados pelo povo de Bonfim. A programação inclui, ainda, César Menotti e Fabiano, Pablo, Targino Gondim, Limão com Mel, Cicinho de Assis e muitos outros que prometem esquentar a torcida forrozeira no espaço Gonzagão. Já o Forró do Sfrega acontece há 15 anos na Villa do Sfrega, uma fazenda em Senhor do Bonfim projetada e construída para o evento. Além dos shows, o Forró do Sfrega oferece para o público uma diversidade de entretenimento com boate, paredão automotivo, espaço Pé de Serra, charanga, apresentação de quadrilhas, equipe de animação e entretenimento, feira de artesanato e muito mais. A festa, que acontece nos dias 21, 22 e 23 de junho, terá como atrações: Jorge e Mateus, Aviões do Forró, Dorgival Dantas, Ivete Sangalo, Psirico, Matheus e Kaun, Solteirões do Forró, Seu Maxixe e Targino Godin.
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Artistas locais e quadrilhas vão animar o Arraiá do Capitão EDNALVA TELINHOS O Arraiá do Capitão, festa junina de Capim Grosso, no Centro-Norte do Estado, a 272 quilômetros de Salvador, terá atrações como Edson e Hudson, Solteirões do Forró, Dorival Dantas e Tayrone Cigano, entre os dias 21 e 24 de junho. Nesta época, a população da cidade, que é de, aproximadamente, 30 mil habitantes, praticamente dobra de volume. As apresentações serão na principal praça de eventos da cidade, a Praça 9 de Maio, estruturada com dois palcos, banheiros químicos, ambulância e segurança. “Além disso, o público poderá escolher entre as diversas barracas de comidas típicas que oferecerão o melhor para quem vai arrastar o pé até o raiar do dia”, salientou o prefeito, José Sivaldo Rios de Carvalho. Este ano, como não poderia ser diferente, a decoração é em homenagem à Copa do Mundo, inclusive as barracas receberão os nomes dos jogadores da seleção brasileira. Outra grande atração do Arraiá do Capitão é o Memorial da Casa de Taipa, que foi inaugurada o ano passado, com o nome do ilustre artista Dino Sanfoneiro, filho da terra. Um grande número de visitantes está sendo esperado para dançar forró no chão batido, ao som da sanfona de artistas locais. Ao lado da Casa de Forró será instalado um memorial contando a história de Capim Grosso, com fotos das famílias pioneiras na constru-
Capim Grosso, no CentroNorte do Estado, faz festa de 21 a
Atrações
ção da cidade. “Também serão expostos artigos como cama de vento, vitrola, utensílios domésticos, como ferro, máquina de costura manual, relembrando com muita emoção e orgulho um passado glorioso”, disse o prefeito. “Estamos preparando a cidade
com uma infraestrutura adequada para a realização de uma grande festa. São quatro dias que aquecerão o comércio, desde farmácias, restaurantes, hotéis e salões de beleza, que já estão com as agendas cheias. Outra preocupação foi com a segurança, por isso, além de policiais
no circuito da festa, outras viaturas espatrulharão a cidade”, disse o prefeito. A programação dos festejos juninos inclui ainda a realização e o patrocínio para as quadrilhas que são realizadas na sede, bairros e povoados, com palco, som e músicos.
O Arraiá do Capitão começa no dia 21, com as apresentações de Rubinho Saldanha, Lindy e Jarbas, Cicinho de Assis, Edson e Hudson e Capa de Playboy; para o dia 22, as atrações são Fio a Pavio, Gean Gledson e Banda, Panka e Banda, Léo de Almeida, Solteirões do Forró e Encanto de Menina; no dia 23 é a vez de Os Rouxinóis, Wesley e Igor, Marcelo Silva, Dorgival Dantas e Branquinho; na noite de São João, dia 24, se apresentam Morais e Cia, LPM, Kelvin Diniz, Tayrone Cigano e Pega Leve.
Arraiá Capim Guiné vai agitar o São João da cidade de Piritiba O município de Piritiba vem ao longo dos anos garantindo sua condição de cidade que organiza um dos mais agitados festejos juninos da Bahia. A cidade recebe, todos os anos, milhares de foliões, de várias regiões do país, celebridades televisivas e até turistas internacionais que visitam o São João piritibano em busca de tranquilidade, descontração, clima agradável e principalmente da hospitalidade do povo. O Arraiá Capim Guiné mantém a tradição. O nome vem da composição de Raul Seixas que divulgou a cidade. Diz um trecho da letra: “Plantei num sítio no sertão de Piritiba/Dois pé de guataíba, cajú, manga e cajá/Peguei na enxada como pega um catingueiro/Fiz aceiro botei fogo, /Vá ver como é que tá//Tem abacate, genipapo e bananeira/milho verde, macaxeira, como diz no Ceará/cebola, coentro, andu, feijão de corda/vinte porco na engorda, inté um gado no currá!” Como informa o prefeito Ivan Cedraz, “a decoração da cidade é baseada na letra da música, inclusive o catinguelé, a imagem do sítio. E as atrações vêm desde o forró pé-de-serra até o arrocha, que é um ritmo tipicamente nordestino. Pagode e Axé não tocam nesse período”. Entre as atrações estão Pablo, Edson e Hudson, As Coleguinhas, França (ex-Mastruz com Leite), Daniel Vieira, Filomena Bagaceira, Candeeiro Acesso, Sala de Reboco, Alegres do Nordeste, Paraíba do Acordeon, LPM, Forró no Grau, entre muitos outros.
A festa na cidade já é tradição e ajuda a aumentar a fonte de renda da população
Concurso de quadrilhas será uma das atrações do São João de Madre de Deus
das escolas e entidades dos bairros. A comunidade participou em peso, foi muito bom, e vamos repetir a dose este ano”, confessou. Histórico
Tradição Durante cinco dias (20, 21,22, 23 e 24 de junho), diversas atrações vão balançar a cidade. Forró para ninguém botar defeito e dançar até o dia amanhecer. Cedraz informa que as pousadas e hotéis “estão praticamente lotados, além das casas alugadas. O São João de Piritiba já é uma tradição e uma fonte de renda para a população. As pessoas que vão montar suas barracas com bebidas e comidas típicas aquecem o comércio. As casas de materiais de construção também estão movimentadas. Muitos fizeram reformas em suas casas e utilizaram pedreiros, encanadores, eletricistas entre outros. O movimento é grande. O custo que a prefeitura tem é redistribuído com a população, quatro ou cinco vezes mais, comercializando a festa. As lojas de tecidos, roupas e calçados começaram a ter uma movi-
mentação bem maior nesse período”. Ainda segundo o prefeito Ivan Cedraz, o Forrogoró já tem 21 anos de existência e acontece na Fazenda Pau Ferro. Essa festa inspirou as outras de camisetas em diversas regiões do Estado. “Este ano, vamos manter a cidade entre as 6 h da manhã e as 11h em silêncio. A partir das 11h começam as atividades como corrida de jegue, pau de sebo, trator elétrico. O jegue-táxi vai servir para os visitantes que beberam muito. Se beber não dirija, vá de jegue-táxi. No ano passado, o sucesso foi o concurso da Rainha do Milho, com torcidas
As festas juninas existem desde que o Sítio do Junco passou a se chamar Piritiba. Para o povo piritibano, o São João não é só uma tradição, é também um patrimônio cultural guardado com o calor das fogueiras e a alegria do forró. E São João tem a capacidade de unir gerações, acender uma fogueira em frente a casa, preparar o licor e convidar os amigos para o som do forró, jogar conversa fora; é uma tradição secular. O São João de Piritiba, a festa mais aguardada da Chapada Diamantina, alcançou no decorrer do tempo uma supremacia e hoje é considerado um dos melhores festejos juninos da Bahia, graças à originalidade, alegria e hospitalidade dos piritibanos. O Arraiá, totalmente enfeitado com balões e bandeirolas coloridas, consegue manter um clima tão alegre e contagiante que é impossível não cair no fórró. Dois palcos são armados estrategicamente para o revezamento das bandas que começam a tocar às 14hs e vão até o sol raiar, sem ne-
nhum minutinho para intervalo. A Praça Getúlio Vargas nos dias da festa se transforma no Arraiá Capim Guiné. Dezenas de barracas são armadas, todas com características juninas e todas padronizadas, sendo suas laterais e cobertura de ouricuri (planta nativa da região que possui palhas com aparência de palhas de coqueiro). Nessas barracas não faltam o tradicional licor e comidas típicas da época junina, a exemplo de canjica, pamonha, milho cozido, amendoim, milho assado na brasa, doces de macaxeira, beiju etc. Também não falta a apresentação de quadrilhas, casamento caipira, pau de sebo, entre outras tradições dos festejos juninos.
A Prefeitura de Madre de Deus, através da Secretaria de Cultura e Turismo, divulgou nesta sexta (30) a programação do Concurso de Quadrilhas que acontecerá no município. O evento, que tem data marcada para o dia 22 de junho, a partir das 16h, no Ginásio de Esporte, localizado na Área de Lazer do município, faz parte do Forró da Comadre, que está na sua segunda edição. Na oportunidade, as quadrilhas Brilho da Lua e Quadrilha da 3ª Idade também se apresentarão, representando a cidade de Madre de Deus. Uma realização da Prefeitura de Madre de Deus e FEBAQ (Federação Baiana de Quadrilhas Juninas). 22/06 - DOMINGO - 16 H
Fonte
1. Explosão Junina
O prefeito Ivan Cedraz afirma que o São João de Piritiba é uma grande fonte de captação de recursos financeiros, e é com essa visão, que a administração atual está trabalhando. Além de novidades nas contratações deste ano, a prefeitura inovará também na decoração da festa: a cultura nordestina será mais valorizada e as fontes de divulgação do São João de Piritiba também serão aumentadas para garantir um maior número de visitantes.E.T.
2. Forró do ABC 3. Flor de Açaí 4. Arrasta-pé 5. Cia de Itaparica 6. Zabumba D’ouro 7. Capelinha do Forró 8. Asa Branca
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São João de Amargosa homenageia o artesanato da Bahia EDNALVA TELINHOS
A cidade de Amargosa, localizada no coração da região do Vale Do Jiquiriçá, está pronta para a festa de São João, que acontece entre os dias 19 e 24, e este ano chega com a proposta de apresentar os encantos do artesanato da Bahia para visitantes de várias partes do país e turistas do mundo inteiro que estarão em Salvador para acompanhar as partidas da Copa do Mundo. Nomes como Alceu Valença e a dupla sertaneja Jorge e Mateus estarão no palco duplo montado pela prefeitura para acabar com a demora entre um show e outro. Os visitantes vão poder apreciar também a famosa carne-de-sol da cidade e a Vila Junina, com réplicas dos principais pontos turísticos locais. São esperados cerca de 150 mil visitantes durante os seis dias da festa. De acordo com o assessor de Comunicação da cidade, Jadson Ribeiro, o São João 2014 fará uma homenagem ao artesanato da Bahia. A ideia da prefeitura, em parceria com o Instituto Visconde de Mauá, é apresentar os trabalhos produzidos pelos artesãos para o Brasil e turistas do mundo inteiro, que estarão em Amargosa durante a festa, que acontece em meio à realização da Copa do Mundo com jogos em Salvador. Este ano, por conta da realização da Copa do Mundo, há grande expectativa em relação ao aumento na venda de produtos relacionados aos jogos, aluguéis de casas para turistas, movimentação na rede hoteleira, alimentação, bebidas e demais serviços. O montante gerado, segundo estimativas, deve girar em torno de R$ 15 milhões, segundo o assessor. Para o gerente de loja Eduardo Cerqueira, 30 anos, com a chegada do São João de Amargosa, e o aumento do número de visitantes que
São esperados cerca de 150 mil visitantes durante os seis dias de festa
chegam para a festa, a expectativa é que haja um crescimento de mais de 100% nas vendas em relação ao mês de maio. Estrutura Para a edição 2014, a produção do São João de Amargosa montou uma estrutura que inclui palcos geminados, ou palco duplo, dando mais dinâmica à festa. “Com isso, é possível apresentar várias atrações de grande porte e que possuem aparatos cenográficos, iluminação etc, em uma única noite de festa, acabando de vez com a demora entre os shows”, informou o secretário de Administração, Marinaldo Cardoso. A estrutura ainda conta com a Vila Junina, que reúne casas de reboco, cidade
cenográfica com réplicas dos principais pontos turísticos de Amargosa, que este ano foi montada dentro da área da festa, na Praça do Bosque. O objetivo é aproximar ainda mais os visitantes dos produtos típicos como o licor, o milho cozido e o artesanato da Bahia, que é o tema da festa para este ano. “E para quem aprecia uma boa carne, pode visitar o Espaço da Carne do Sol, que estará presente novamente com grande estrutura, para apresentar para os visitantes uma série de pratos feitos à base da carne-de-sol produzida em Amargosa. Esta é uma boa pedida para quem deseja apreciar uma iguaria local a preços populares”, disse o secretário, acrescentando que para a Copa do Mundo haverá transmissão dos jogos em telões de alta resolução, para
que os visitantes não percam nenhum lance do Mundial. “Além disso, está sendo preparada uma mega estrutura para atender bem o visitante, incluindo a acessibilidade, sinalização, postos de alimentação, banheiros, serviços de saúde, hospedagem, destacando que há grande movimentação em relação à procura de aluguel de casas, muito comum neste período”. Cama e Café Amargosa é uma das cinco cidades baianas que fazem parte do projeto Cama e Café, que é um programa de hospedagem domiciliar idealizado pela Secretaria de Turismo do Estado, que tem como proposta uma maior interação entre o visitante e o dono da
residência, tornando-se um importante serviço de democratização e acesso formal para que pequenos empreendedores passem a integrar um modelo alternativo de hospedagem formal, aumentando a sua renda e desenvolvendo o turismo local. De acordo com o secretário, a hospitalidade e o clima aconchegante, atrelados ao friozinho típico do inverno, fazem de Amargosa um dos destinos mais procurados durante os festejos juninos. “A cidade reúne várias opções de diversão e lazer, que atraem público de várias idades, que procuram o calor da fogueira, acompanhado do milho assado e do tradicional licor de jenipapo, culminando com o grande arraial que recebe os grandes shows de artistas de renome nacional e regional e, acima de tudo, promove grandes encontros e reencontros”. Dentre as principais atrações do São João de Amargosa este ano estão a famosa dupla sertaneja da atualidade, Jorge e Mateus, Alceu Valença, Simone e Simaria – As Coleguinhas, Luci Alves, Saia Rodada, Chambinho do Acordeon, Dorgival Dantas, França (ex-vocalista da Banda Mastruz com Leite) e Forró da Pisada, Matheus e Kauan, Forró do Bom, Ayrton Souza, Forró do Muído, Filomena Bagaceira, Paroara do Acordeon, Banda Estrela Baiana e muito mais. Na festa de Amargosa também há a preocupação com o resgate cultural. O forró vai tomar conta da cidade com apresentações de trios pé-de-serra na Vila Junina. Além disso, o Arrasta Pé Zona Rural, que é uma festa particular, organizada pelo cantor, compositor e percussionista Peu Meurray, leva alegria pelas ruas da cidade, assim também como outras festas de renome, como é o caso do já consagrado Forró do Piu Piu, que este ano terá como atrações a banda Aviões do Forró, Pablo, Torres da Lapa e Durval Lelys na sua grade de shows.
350 mil pessoas devem passar por Cruz das Almas nos 30 dias de festa Santo Antônio de Jesus é um dos principais destinos na Bahia Considerado um dos principais destinos procurados no período junino, Santo Antônio de Jesus - localizado na região do Recôncavo Sul conta com uma programação festiva que pretende atrair a atenção de 120 mil pessoas por dia. Realizado do dia 19 a 24 de junho, o evento conta com uma grade de atrações vasta e diversificada que animará a praça com apresentações gratuitas. Para comandar a diversão, mais de sessenta atrações – sendo 36 no Palco Brasil (Palco Principal) e 32 na Vila do Forró - farão parte da programação. Entre as atrações já confirmadas do Palco Principal estão Adelmario Coelho, Flávio José, Pablo, Calcinha Preta, Saia Rodada, Mastruz com leite, Limão com Mel, Estakazero, Aviões do Forró e Garota Safada, que vão representar o forró e garantem apresentações que não deixarão nenhum forrozeiro parado. Os cantores Luan Santana, Michel Teló e Amado Batista farão a festa dos amantes do ritmo sertanejo e que curtem também uma boa música romântica. Já a banda Revelação garante o agito dos que não dispensam o embalo do samba carioca. Ao todo, o evento terá uma área de 30 mil m² com praça de alimentação expondo opções variadas de bebida e lanche. Estará disponível também um estacionamento amplo para atender a demanda de veículos e posto médico com profissionais atuando para possíveis eventualidades. Os shows acontecerão em dois palcos (lado a lado), montados com equipamento de som e luz de última geração, telões e iluminação cênica,; o espaço contará ainda com centenas de barracas cenograficamente ornamentadas, tendas para eventualidades como a chuva, além de uma equipe de engenheiros, arquitetos, corpo de bombeiros, Polícia Militar e órgãos da prefeitura que ficarão responsáveis pela vistoria permanente. Paralelo aos shows que acontece-
rão na praça, outras opções de entretenimento estarão disponíveis, formando um verdadeiro circuito junino. O Cantinho da Roça irá expor artesanato local, comidas típicas, além de sediar uma atrativa feira com produtos da culinária regional. A Vila do Forró é destaque na programação do evento trazendo a história da tradição dos Trios Nordestinos. O espaço sediará também as apresentações de bandas locais, ofertando para os forrozeiros de plantão, noites animadas com variadas opções de diversão. Já a Vila do Turista é um espaço montado para encantar aqueles que visitam a cidade, valorizando o público local, oferecendo atrativos diversificados em uma única região. Instalada fora do circuito onde acontecem os shows, a Vila do Turista contará com uma ornamentação que irá simular uma cidade cenográfica, imitando uma genuína cidade do interior, com apresentações de quadrilha, espaço do agricultor - que traz a exposição da agricultura local familiar – e a exposição de produtos típicos da região, oferecendo aos visitantes a pura cozinha nordestina, com beiju, bolinhos, cuscuz, pé-de-moleque, mingaus, canjicas, milho cozido e assado. Para os dias 20 e 21, está programada a apresentação da peça teatral “As três Marias do Sertão”. Forró da Tia Maria A festa promete movimentar Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano. Aviões do Forró, Jorge & Mateus, Saulo, Matheus & Kauan e Os Cumpadi formam a grade da festa. O evento é realizado na Arena Centro e conta com serviços open bar para os forrozeiros que forem curtir a Arena e all inclusive para quem preferir se divertir usufruindo do camarote.
Se curtir os festejos nos dias de São Joao e São Pedro já é bom, imagine trinta dias de festa. Em Cruz das Almas, a 147 quilômetros de Salvador, os festejos juninos começaram no dia 31 de maio e só terminam no próximo dia 29. Com o tema inspirado na Copa do Mundo “São João de Cruz das Almas: A Bola da Vez”, e atrações como Acarajé com Camarão, Estakazero, Poizé, Chambinho do Acordeon, Val Macambira, Karla Janaina e Flavio José, são esperadas cerca de 350 mil pessoas durante os trinta dias da festa, sendo que o fluxo maior se concentra durante os seis principais dias, de 19 a 24 de junho. Os foliões e comerciantes agradecem. É o período do ano, com mais geração de emprego e renda, segundo o prefeito Raimundo Jean Cavalcante. “O São João de Cruz das Almas sempre foi de grande destaque no cenário nacional, isso muito se deve à valorização da cultura nordestina, dos valores juninos, como a visita de casa em casa, com o característico “São João passou por aí”, e aquela troca de energia positiva. O nosso Arraiá também é bastante famoso por grandes atrações e revelações que despontam no cenário da música nacional. Com todo esse destaque, o que não falta é turista para visitar nossa cidade nesse período. Vem gente de todo canto do Brasil. No ano passado, veio gente do Nordeste, Sudeste, Sul, Centro-Oeste, americanos, europeus que trocam experiências com o nosso povo, e ainda levam o nome da cidade para o exterior. E gostam tanto que sempre retornam”, disse o prefeito. De acordo com o vice-prefeito e coordenador do São João, Ednaldo Ribeiro, este ano os festejos devem superar as expectativas da população e dos turistas. “O ano passado foi uma grande apreensão com a mudança de local dos cinco dias principais de atrações para a Praça Senador Temístocles. Mas a nossa equipe mostrou que com muito trabalho, empenho e foco, as coisas andam da melhor forma. “Também estamos realizando novamente os 30 dias de festa, privilegiando os moradores da zona urbana e rural da cidade. A nossa maior modificação este ano foi com a grade de
‘São João em Cruz das Almas: a Bola da Vez’ é o tema da festa este ano
atrações. Desta vez nos empenhamos em colocar o autêntico forró nordestino, o forró pé-de-serra”. Estrutura O São João de Cruz das Almas 2014 manterá a mesma estrutura do ano anterior. “O deslocamento dos seis dias principais da festa (19 a 24 de junho) para a Praça Senador Temístocles, anteriormente a festa era realizada no Parque Sumaúma, área residencial, ocorreu por uma questão de espaço, fomento ao comércio e ao emprego; o São João foi deslocado para a Praça principal, e foi um sucesso. A coordenação montou uma equipe para organizar os seguintes segmentos da saúde (postos médicos, UPA, Samu 24H, Vigilância Sanitária); segurança (Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal); serviços púbicos (limpeza pública); agricultura (cuidado com o meio ambiente da praça, já que esta possui jardins, parques, plantas árvores); Centro de Eventos, Decoração e Artes – CEAD (ornamentação); coordenação para barraqueiros e sanitários químicos”, informou o vice-prefeito. A coordenação também dá ênfase ao resgate cultural. “O São João de Cruz das Almas 2014 já tem nas suas
principais atrações o seu diferencial. Nós ouvimos a população cruzalmense e resgatamos o autêntico forró para alegrar o povo. Além de valorizar os artistas da terra, já que em Cruz das Almas existem várias bandas de forró que se destacam no cenário musical. Também criamos a Vila do Artesanato, onde os artesãos cruzalmenses levam suas produções para o circuito da festa. As peças são produzidas a partir de materiais oriundos da zona rural do município, como palha de licuri e bananeira, utilização de materiais recicláveis, fuxico, bordados, além de comidas típicas”. Realizado nos dias 22 e 23 de junho, na Fazenda Cabana do Bosque, o evento Forroça vai manter o espírito das festas de interior, levando uma programação com grandes atrações de forró, sem deixar de lado a mistura de ritmos. O forró será representado pelas bandas Mastruz Com Leite, Magníficos e Cavaleiros do Forró, além do forrozeiro Flávio José. O sertanejo também estará presente no evento com os shows das duplas Jorge & Mateus e Matheus & Kauan e do cantor Israel Novaes. A banda Timbalada e o cantor Tomate farão a festa daqueles que curtem um axé de primeira, enquanto o Harmonia do Samba leva o seu pagode. E.T.
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Federação vai construir primeiro autódromo da Bahia Vista geral da área doada pela Prefeitura de São Francisco do Conde
IRECÊ&CHAPADA
DANIEL PINTO
Diamantino reggae roots A Secretaria de Turismo e Cultura de Lençóis criou um personagem chamado “Diamantino” para promover as belezas naturais da cidade e alertar os turistas sobre a importância de ter um guia credenciado durante as trilhas. Diamantino reúne todos os elementos para cair no “lugar comum” ou se tornar um personagem “kitsch”, segundo padrões da Estética da Comunicação. Mas teve boa aceitação, especialmente entre o público jovem, talvez porque é negro, usa cabelo black power e tem cara que é fã de Bob Marley, Edson Gomes e Tribo de Jah. Salve, Diamantino!
da redação De posse da escritura do terreno de um milhão de metros quadrados, a presidente da Federação de Automobilismo da Bahia (FAB), Selma Morais, concretizou o sonho de implantar na Bahia uma estrutura internacional para competições no Estado. Com área própria doada pela Prefeitura Municipal de São Francisco do Conde, o automobilismo não sofrerá mais o pesadelo da desapropriação, como já aconteceu por duas vezes. A primeira, de uma área no bairro do Stiep, em Salvador e depois, da Praia de Ipitanga, em Lauro de Freitas. A presidente da FAB adiantou que vai construir um complexo automobilístico com pista de terra para carro e moto, o kartódromo, uma reta de arrancada e o primeiro autódromo do estado. “A Bahia, finalmente, terá seu autódromo”, comemorou. Até a conquista da escritura pública que dá posse do terreno, a presidente da FAB diz que enfrentou uma via crucis de gabinete em gabinete de prefeituras. Com o apoio da presidente da União dos Prefeitos da Bahia (UPB), Maria Quitéria Mendes de Jesus, ela chegou a São Francisco do Conde e encontrou o apoio que precisava. O município investiu R$ 3 milhões na desapropriação da área onde funcionava uma fazenda. O Governo da Bahia, através da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) destinou R$ 3 milhões para a construção do kartódromo, que ficará pronto até o final deste ano. A Prefeitura de São Francisco do Conde vislumbra ter em seu território uma estrutura capaz de gerar emprego e renda, formar técnicos e atletas especializados no setor automobilístico. Segundo Rilza
Valentim, a cidade tem as condições necessárias para isso. Lá, funciona a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), instituição federal com status internacional, que a partir de 2015 terá cursos de Engenharia. Os cursos do Senai estão consolidados na cidade, formando jovens para a carreira técnica. Um complexo automobilístico, avalia Rilza, além de poder absorver mão de obra formada nessas unidades, pode servir como base para treinamento e profissionalização. São Francisco também sonha com a possibilidade de sediar eventos culturais na estrutura da FAB. “No Rio de Janeiro, Jacarepaguá é sede do Rock´n Rio, por exemplo. Em Interlagos, acontece o Lollapalooza. Imaginem São Francisco, tão próximo de Salvador, fazendo um grande concerto de música?”, cogitou a prefeita. ”Isso significa geração de emprego e renda e projeção internacional da cidade, rica em patrimônio cultural, paisagens belíssimas, tradição e culinária típica”. Como as competições tradicionalmente contam com grande público, a perspectiva é captar para a cidade investimentos na área de serviços de turismo, que ajudarão a aquecer a economia local. Autoridades aprovam terreno No final de maio, a presidente da FAB, Selma Morais, o presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), Cleyton Pinteiro e o presidente do Conselho Técnico Desportivo Nacional (CTDN), Nestor Valduga, estiveram em São Francisco do Conde para avaliar a área doada para a construção do complexo automobilístico baiano.
Valduga avaliou que o terreno da FAB tem boa topografia, que facilitará a construção das estruturas. Outro ponto positivo apontado por ele é a facilidade de acesso. São três meios: BR-324 Candeias, BR324 Santo Amaro e a via São Francisco do Conde-Dom João. Esses fatores foram apontadas como um diferencial. “Será mais fácil se deslocar do Aeroporto Luís Eduardo Magalhães ao complexo baiano, do que do Aeroporto de Congonhas ao Autódromo de Interlagos”. Para ele, o novo equipamento vai viabilizar a vinda de novas competições automobilísticas, favorecendo não só o Estado, mas todo o Nordeste. “Queremos ver a Copa Brasil de Karts aqui já em 2015, para mostrar a importância deste novo complexo esportivo” declarou Selma Morais. Cleyton Pinteiro ficou surpreso pela qualidade do terreno, que permitirá a construção de um autódromo. “É um terreno muito bom, nos deixou maravilhados”. Provas de automobilismo serão realizadas no interior O calendário do automobilismo baiano para a temporada de 2014 vai trazer de volta as provas de velocidade na terra em diversas cidades do interior do Estado. Ao todo, o campeonato terá seis etapas. Em Vitória da Conquista, acontecerão as provas do kart e as etapas do Campeonato Baiano de RD 135 e do Regional de Sport 400, a tradicional Fórmula Honda. Além da tradicional prova do Rallye do Batom, que este ano chega a sua 22ª edição, os amantes das trilhas terão mais três eventos no mesmo formato, nas cidades de Vitória da Conquista, Luis Eduardo Magalhães e Juazeiro.
Onde estão os secretários de Educação? O vereador Pascoal Martins (PCdoB), líder da oposição na Câmara Municipal de Irecê, realizou audiência pública para discutir a implantação de uma universidade federal no território, além de debater a expansão da UNEB e a inclusão de cursos universitários na grade do IFBA no município. O evento, que teve ampla divulgação na mídia local, contou com a presença de acadêmicos, políticos, estudantes e representantes de diversas entidades. Entretanto, como formação superior não faz parte das atribuições dos municípios, nenhum secretário de Educação da região se deu ao trabalho de comparecer ou enviar emissário.
Infraestrutura e Saneamento Básico, a prefeitura investiu pesado na realização do São João deste ano. Com dinheiro sobrando em caixa e sem outras prioridades, a administração contratou Amado Batista, Mastruz com Leite, Tayrone Cigano, Nara Costa, entre outras atrações, para animar os festejos juninos. É a boa e velha política do panis et circenses, desenvolvida pelos romanos na antiguidade clássica e que foi incorporada ao manual brasileiro de gestão pública.
Bajulação O aniversário do secretário de Saúde de Xique-Xique, Edmar Queiroz, no último dia 2, não passou despercebido pelo administrador da fanpage oficial da prefeitura, que fez questão de reproduzir uma foto do gestor com mensagem de felicitação e votos de vida longa. Na imagem, o secretário aparece de óculos escuros fazendo pose ao lado do Elevador Lacerda, em Salvador. A postagem causa estranheza, já que o conteúdo não é de interesse público e foge à norma da impessoalidade na comunicação institucional. De qualquer forma, a população de Xique-Xique espera que o secretário retribua a lisonja com muito trabalho e dedicação para retirar a saúde do município da UTI.
“Bosta fede em qualquer lugar” Essa foi a “explicação técnica” dada pelo secretário de Infraestrutura de Lapão, Wilson Bráulio Cardoso, sobre os problemas de saneamento do município no norte do Estado. Moradores e comerciantes têm reclamado do fedor e das doenças causadas pela rede de esgoto deficiente. A situação é ainda mais crítica na Escola Zenália Dourado Lopes, onde foram instaladas vala e fossa dentro da unidade de Ensino Infantil e Fundamental. Sem contar com o lixão a céu aberto às margens da BA 432, que, segundo catadores, recebe todo o lixo da cidade, inclusive material proveniente do Hospital Municipal.
Panis et circenses Enquanto moradores de Umburana e Cambuí - zona rural de Utinga, Chapada Diamantina - reclamam da precariedade dos serviços públicos, especialmente nas áreas da Saúde, Educação,
DESCOBRIMENTO
GERALDINHO ALVES
Pedalando
A Copa na Costa I
O ciclista carioca Valmir Feijó, 71 anos, hoje morando em Eunápolis, conta as histórias de suas andanças de bicicleta pelo país no livro “As aventuras de um ciclista – A saga de um patriota”, publicada pelo editora Tesaurus. Em 1990, Feijó pedalou de sua então residência, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, até Brasília, percorrendo mais de 1.300 km, para assistir à posse de Fernando Collor na Presidência da República. A viagem foi motivada por uma aposta feita entre amigos. O livro narra essa aventura, com um toque de ficção, com linguagem infanto-juvenil. A pedalada de Feijó teve cobertura da imprensa nacional, como está documentado na publicação.
Com Suíça e Alemanha, duas seleções cabeças-de-chave, hospedadas em Porto Seguro e em Santa Cruz Cabrália, o clima de Copa do Mundo já tomou conta da Costa do Descobrimento, no Sul baiano. A Suíça está treinando no estádio municipal de Porto Seguro, cujas ruas estão decoradas com o tema da Copa. O estádio foi totalmente reformado, sendo adaptado para se tornar um centro de Treinamento padrão FIFA. Já a Alemanha treina na Vila de Santo André, também à beira-mar, mas em um resort particular, construído exclusivamente para hospedar os alemães. Como no meio da Copa tem o São João, o trade está entusiasmado com o movimento de turistas na região.
Termoelétrica
A Copa na Costa III
Uma fonte de Brasília informou a esta coluna que o processo de instalação da usina termoelétrica de Eunápolis, a ser construída na saída da cidade, no Km 6 da rodovia BR 367, voltou a andar e já está em fase de licitação. O problema de energia elétrica no município é crítico devido à discrepância entre demanda e oferta. A mesma fonte disse também que está sendo viabilizada a conexão do parque de energia eólica, em Caetité, com a subestação da Chesf em Eunápolis para aumentar a oferta de energia elétrica na cidade.
Toda a rede pública de saúde da Costa do Descobrimento está pronta para atender eventuais demandas geradas pelo aumento de turistas na região durante a Copa do Mundo. São dois hospitais de alta e média complexidade, dezenas de postos de sáude, diversas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), centenas de profissionais da área médica, além da possibilidade de dispor de UTI aérea. O hemocentro de Eunápolis faz parte da estrutura de saúde montada para Copa na região.
A Copa na Costa II A Secretaria de Segurança Pública reforçou a frota policial e o efetivo em Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, além de instalar o Centro Integrado de Comando e Controle Móvel, que fará todo o monitoramento das ações policiais nos dois municípios, no período da Copa do Mundo. Um helicóptero do Grupamento da Aéreo da PM também ficará à disposição para o caso de emergências que necessitem de deslocamento mais rápido.
Shopping ou condomínio? A Brasil Porto lançou o 1º shopping de Eunápolis em um evento concorrido no início do mês, e que atraiu dezenas de políticos influentes do Extremo Sul baiano, empresários de todos os naipes e formadores de opinião. Foi uma apresentação impecável, mas deixou uma dúvida no ar: o que vem primeiro, o shopping ou o condomínio de luxo que a Brasil Porto também está lançando no terreno ao lado? Tem gente afirmando que tudo não passou de uma estratégia de marketing para vender os lotes do novo.
16
municipios
Salvador, 16 de junho de 2014
agro & negócios
& CIDADES
Ao longo de seus 13 anos de existência, o Prêmio Prefeito Empreendedor recebeu mais de sete mil inscrições e reconheceu nacionalmente o trabalho de 67 gestores municipais. bernardo rebello
METROPOLITANA
ANGÉLICA PARRAS
Quermesse Com uma quermesse nos dias 13, 14 e 15 de junho, o Santuário de Nossa Senhora das Candeias iniciou a arrecadação de fundos para a realização do novenário do próximo ano. Barracas com comidas e artigos típicos dos festejos juninos fizeram parte do evento. No dia 14, às 19 horas, os garotos pernambucanos da DDD, Doidin De Deus, banda católica que mistura humor e irreverência nas músicas de louvor fizeram uma apresentação. No dia 15, foi a vez do grupo de pagode Alto Louvor fazer show com sambas para a evangelização, no palco da Praça Nossa Senhora das Candeias.
Iomar é bicampeã
O prefeito do município de Guanambi (BA), Charles Fernandes Silveira Santana, foi o vencedor na categoria “Desburocratização”, na 8ª Edição do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor
projeto
Sebrae premia doze prefeitos que incentivaram o empreendedorismo da redação O prefeito do município de Guanambi (BA), Charles Fernandes Silveira Santana, foi o vencedor na categoria “Desburocratização”, na 8ª Edição do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor , que premiou em 3 de junho os 12 prefeitos que elaboraram e implantaram os melhores projetos de incentivo aos pequenos negócios no Brasil entre os anos 2012 e 2013. A 8ª Edição do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor selecionou 123 projetos finalistas de um universo de 1.348 inscrições. O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, destacou a importância do prêmio, que tem como objetivo incentivar o desenvolvimento local por meio do empreendedorismo. Ao longo de seus 13 anos de existência, o Prêmio Prefeito Empreendedor recebeu mais de sete mil inscrições e reconheceu nacionalmente o trabalho de 67 gestores municipais que identificaram nas micro e pequenas empresas uma importante ferramenta de desenvolvimento econômico sustentável. O objetivo do Sebrae com a premiação é incluir o empreendedorismo definitiva-
mente na agenda da gestão municipal, a exemplo da saúde, educação, segurança e infraestrutura. Entre as novidades desta edição, estavam as categorias de projetos que exploram as oportunidades geradas aos pequenos negócios pelos grandes eventos esportivos e trabalhos que ainda estão em fase de desenvolvimento pelos prefeitos que assumiram a gestão dos municípios nas últimas eleições. Também foram premiadas iniciativas inscritas nas categorias: Melhor Projeto do Estado, Lei Geral Implementada, Compras Governamentais, Desburocratização e Pequenos Negócios no Campo. Os trabalhos vencedores focaram, pelo menos, uma das seguintes áreas de atuação: planejamento e infraestrutura para o desenvolvimento econômico e social local, desburocratização, formalização da economia local, política tributária para os pequenos negócios, compras públicas locais, acesso a inovação e tecnologia, representação, cooperação e associativismo, acesso a crédito e serviços financeiros, capacitação e empreendedorismo, promoção do desenvolvimento rural e Lei Geral Municipal.
Conheça o nome dos 12 prefeitos vencedores: Lei Geral Implementada: Cícero Neco Morais, prefeito do município de Estreito (MA) Compras Governamentais : Eduardo Medeiros Cabral, prefeito do município de Cristália (MG) Desburocratização: Charles Fernandes Silveira Santana, prefeito do município de Guanambi (BA) Pequenos Negócios no Campo: Ricardo Favaro Neto,prefeito do município de Itaqueraí (MS) Pequenos Negócios nos Eventos Esportivos: José Rechuan Júnior, prefeito do município de Resende (RJ) Novos Projetos: Laurez da Rocha Moreira, prefeito do município de Gurupi (TO) Homenagem de Mérito Empreendedor: Altair Cardoso Rittes, prefeito do município de Dionísio Cerqueira (SC)
derivaldo sales
Iomar Santos Barbosa (foto), aluna e atleta da Apae de São Francisco do Conde, fez bonito no Campeonato Aberto Europeu de Atletismo para pessoas com Síndrome de Down, que aconteceu em maio na cidade de Porto, em Portugal. Ela conquistou o título de bicampeã internacional em arremesso de peso, além de ganhar medalha em lançamento de disco e dardo. Outros atletas da instituição, treinados pelo técnico José Luiz Magalhães, colecionam títulos e merecem atenção, sobretudo dos patrocinadores. No próximo mês, uma equipe sanfranciscana, com apoio da prefeitura local, viaja para a Praia Grande, São Paulo, para mais uma competição de atletas com deficiência.
Educação e Arte O projeto EDUCARTE - Educando com Arte ministrou durante três meses aulas de técnicas circenses para crianças de 7 a 16 anos, da rede de ensino de Dias D’Ávila. Uma mostra do quanto ações como essa podem significar ganhos positivos para a educação foi apresentada em um espetáculo, montado no picadeiro do Circo Itinerante Kadoshy, na Chácara Santa Rita de Cássia (antiga SEDUC). O projeto aprovado no edital da Fundação Cultural do Estado da Bahia teve apoio da Prefeitura e tem capacidade de absorver ainda mais crianças e adolescentes. Por isso a administração do município pretende repetir a iniciativa no ano que vem.
Viva São João Graças aos festejos juninos os buracos das BA 522 e BA 523 começaram a ser tapados, através de uma parceria entre o Departamento de Infraestrutura de Transporte da Bahia (DERBA) e a Prefeitura de São Francisco do Conde. A situação precária do asfalto dessas duas rodovias provocam inúmeros acidentes, protestos de moradores, manifestação de políticos e dor de cabeça para os motoristas. São duas estradas importantes, que conectam os municípios de Madre de Deus, Candeias e São Francisco à BR 324. Tapa-buraco ajuda, mas não resolve o problema.
Universidade continua O prefeito Janser Mesquita, de São Sebastião do Passé, garantiu a permanência do Polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), no município. A reforma necessária no prédio que abriga a unidade está em curso e já foi monitorada pelo Ministério da Educação.
cacau&cia
daniel thame
Sul da Bahia no ritmo na Copa
Perfume de chocolate
Demorou um pouco, mas Itabuna, Ilhéus a as demais cidades do Sul da Bahia finalmente entraram no clima de Copa do Mundo. O verde-amarelo toma conta das ruas e as vendas de camisas da Seleção Brasileira impulsiona o comércio. Também é expressivo o aumento das vendas dos aparelhos de televisão, que tiveram o estoque reforçado. O ‘casamento’ Copa do Mundo-São João deve esquentar o clima, na torcida, agora para valer, pelo Hexa.
Heitor Drummond e Alexandre Gedeon, que produzem cacau à sombra da Mata Atlântica em Ilhéus e Uruçuca, no Sul da Bahia, resolverem agregar valor ao fruto dourado e lançaram um perfume com cheiro de chocolate. Trata-se do Phyla, perfume que é resultado de meses de pesquisa com amêndoas de cacau selecionadas, o que resultou em um produto agradável ao olfato e original. Com a produção de chocolates finos e perfume de chocolate, o Sul da Bahia se reinventa após duas décadas de uma crise que parece estar chegando ao fim.
Ilhéus: a nova ponte sai do papel Depois de adiamentos provocados por conta da existência de supostos tesouros arqueológicos (não confirmados pelo IPHAN) e de entraves ambientais, as obras na nova ponte que liga o centro de Ilhéus ao bairro Pontal, finalmente começaram. Com investimento superior a R$ 165 milhões, a nova ponte será construída sobre o Rio Cachoeira, é um prolongamento da BA-001 e terá extensão de 497 metros. Além de desafogar o trânsito em uma área de grande movimentação de veículos, a nova ponte terá impactos positivos no turismo, facilitando o acesso ao Litoral Sul de Ilhéus e também a Comandatuba e Canavieiras.
NESTA EDIÇÃO
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entrevista João Martins
Produção: Estação Palavra
6e7
agro Café
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serviço Atualização das divisas intermunicipais
Um jogador, dois corações O atacante Sammir, nascido em Itabuna e revelado no futebol amador da cidade, está confirmado na lista dos 23 jogadores da Croácia para a Copa do Mundo. E o primeiro jogo da Croácia foi justamente contra o Brasil, na abertura da Copa, na Arena Corinthians, em São Paulo, no último dia 12. Sammir, que atualmente joga no Getafe da Espanha, viverá a incrível situação de jogar contra a Seleção de seu país e ainda por cima em seu país natal.
9,10,11e14
especial São João
15e16
cidades Notícias do interior