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Patrimônio cultural da humanidade
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Governo do Estado propõe conjunto de investimentos Rrma e implantação de estruturas de apoio ao turista; recuperação do patrimônio histórico-cultural, como o Museu Wanderley de Pinho, em Candeias; e criação de novos atrativos, como o Centro de Documentação e O Governo do Estado da Bahia propõe um conjunto de quatro tipos de intervenções significativas para a Baía de Todos-osSantos. Desse pacote, o principal projeto é o Sistema Viário Oeste, com destaque para a Ponte Salvador Itaparica, que deverá incrementar a urbanização da Ilha de Itaparica. A ponte terá 11,7 km de comprimento, 27 m, com seis vias de circulação, mais duas de acostamento, envolvendo um valor estimado em sete bilhões de reais. A expectativa de retorno em um prazo de 15 a 30 anos é de cinco a dez vezes o valor investido. De acordo com o superintendente de Planejamento Estratégico da Secretaria de Planejamento – Seplan, Paulo Henrique Almeida, o Governo do Estado irá garantir uma série de investimentos prévios, melhorando a qualidade de vida das populações da Baía de Todos-osSantos, dando resposta aos problemas já existentes. A previsão é de realização de intervenções de saneamento básico, segurança e infraestrutura. “A ponte permitirá
Adfasdf asdf asdfa sdfasd golfo, formado de duas baías contíguas: a de Iguape e a de Aratu. A afirmação em
Região receberá um conjunto de obras que se igualam em investimento à criação do Polo Petroquímico nos anos 70 Mônica Santana
Se Américo Vespúcio tivesse observado melhor a Baía de Todos-os-Santos, perceberia que ela não é precisamente uma baía, mas sim, um golfo, formado de duas baías contíguas: a de Iguape e a de Aratu. A afirmação em tom de brincadeira é do Mestre em Engenharia Ambiental e ativista ambiental, José Augusto Saraiva, do Grupo Gérmen. Ele lembra que somos baianos, justamente por causa desta baía. “Somos baianos por causa dela. Caso contrário, seríamos golfanos. E a sua importância é mais que ambiental: a Baía de Todos-osSantos funda a nossa identidade cultural”, afirma o pesquisador. A história da Baía de Todos-os-Santos se funda com o início da história do próprio país e lá se vão mais de 500 anos de ocupação desse território, diversos ciclos econômicos, regimes, mas uma beleza que se mantém exuberante e rodeada por comunidades tradicionais, que retiram do mar a sua subsistência. O futuro, repleto de projetos econômicos importantes e que mudarão radicalmente a paisagem e o fluxo na região, convive com o lugar com o pé no passado, repleto de histórias, lendas e memórias. Lá estão a Baía de Aratu, a Baía de Iguape, os municípios de Salvador, Cachoeira, Itaparica, Jaguaripe, Madre de Deus, Maragogipe, Salinas das Margaridas, Santo Amaro, São Francisco do Conde, Saubara, Simões Filho e Vera Cruz, que juntos compõem a Área de Proteção Ambiental – APA, criada em 5 de junho de 1999. Com saudades, o pesquisador de História da Bahia, revela as memórias de um tempo de abundância nas águas da Baía: “Vermelhos de todas as espécies eram capturados no canal entre Salvador e Itaparica. Tainhas e agulhas davam em abundância na Enseada dos Tainheiros, inclusive o nome Tainheiros, se originou dos ‘tainheiros’, pescadores de tainhas.
Baía de Todos os Santos: entre o passado e o futuro Robalos eram pescados na Ponta da Penha em extensões de pontes de madeiras que ali existiam. Em baixo do flutuante do Hidroporto da Ribeira, dava robalo. Caconetes e cações eram apreendidos com facilidade nos arredores da Ilha de Maré. Grandes budiões azuis eram vistos no cais sul do Porto e no madeirame que sustentava os trapiches na Preguiça e no Porto”. Para ele, quem viveu os tempos de fartura, o que existe hoje não lembra nem de longe o que esse mar já ofereceu.
História A Baía de Todos-os-Santos é a maior baía do Brasil, com extensão de 1.052 km2 e profundidade de 42 metros. São ao todo 56 ilhas espalhadas, com maior destaque para Itaparica, Madre de Deus, Ilha de Maré, Ilha dos Frades entre outras. Sua formação compõe uma espécie de ancoradouro natural, o que logo despertou o interesse dos portugueses, que enxergaram aí um potencial para a comunicação com a metrópole. No século XVI, o porto ali instalado tornou-se o mais importante de todo o hemisfério Sul, servindo para o escoamento de produtos não somente brasileiros, mas como de outros países da América Latina. Era também a porta de entrada para os escravos, chegados das diferentes regiões da África, para trabalharem nos engenhos de açúcar do Recôncavo Baiano. Seu nome vem do fato de ter sido fundada no dia 1º de novembro de 1501. Vários ciclos econômicos se passaram na região: pau-brasil, o açúcar, caça às baleias, petróleo, indústria petroquímica, a ocupação desordenada, carnicicultura e instalação do Porto de Salvador no século XIX. No início de tudo, na Baía de Todos-osSantos foi palco das invasões holandesas, mas também dos movimentos de resistência das tribos indígenas. A região também assistiu as batalhas pela Independência
Memória viva de Conceição do Jacuípe, personalidades guardam boas g asdasdf asfd adf ese nvolvimdes guardam bos guardam boadf ese nvolvimentnto
da Bahia e a expulsão das tropas portuguesas, confirmando a emancipação brasileira frente à metrópole portuguesa. Mais tarde, algumas dessas ilhas viriam se transformar em quilombos, onde escravos fugidos e mais libertos, foram se abrigar, criando uma estrutura de vida, que ainda se conserva até hoje. “O Porto de Salvador foi, durante os primeiros séculos da Colônia, o porto mais movimentado das Américas, sendo Salvador a capital administrativa das terras portuguesas. Nesse período, era chamado simplesmente de Porto do Brasil, e por ele chegavam as mercadorias comercializadas com a Metrópole e outras nações” explica Tenente Queiroz, da Assessoria de Comunicação da Capitania dos Portos, uma das responsáveis pelo Porto de Salvador. Oficialmente, o porto foi inaugurado em
13 de maio de 1913. Situado em uma área naturalmente protegida da Baía de Todos-os-Santos, somente no século XX o porto veio a ser objeto de obras que o modernizaram relativamente. De acordo com artigo do professor da Universidade Federal da Bahia, Everaldo Queiroz, “A história dos pescadores está enraizada nos índios Tupinambá, que habitavam a baía, na intrusão dos negros e dos europeus, cada um contribuindo com fragmentos de suas culturas para a exportação dos recursos marinhos. Reflexos nas pescarias e na forma de consumo dos frutos do mar – a culinária. Da jangada, passando pelas canoas, até os saveiros, uma história evolutiva que envolve, desde os recursos do manguezal, o ambiente recifal, praia e restinga, além da borda das matas, até o os recifes submersos”.
que se tenha uma nova área industrial e serviços logísticos na região do Recôncavo, a exemplo do investimento nos estaleiros em São Roque do Paraguaçu”. Ainda do ponto de vista de circulação, essa ponte estabelecerá uma comunicação direta com conteiners vindos do Sul do Estado. O superintendente explica que a ponte trará impactos positivos, gerando soluções para problemas do Centro Antigo de Salvador. “Ela vai alavancar a produção de serviços no Centro Antigo e região da Cidade Baixa” acrescentou o gestor. A partir da ponte, será construído o Sistema Viário Oeste, proporcionando a duplicação das BA’s 001 e 046, nos trechos entre Bom Despacho, Nazaré e Santo Antônio de Jesus. Será ainda implantada a nova rodovia ligando os municípios de Santo Antônio de Jesus e Castro Alves e, a partir daí, haverá a duplicação da BA-493 até o entroncamento com a BR-116. O Sistema Viário Oeste deverá transformar a Baía de Todos-os-Santos em um complexo portuário, fortalecendo a atu-
ação integrada com o Porto de Salvador, Porto de Aratu e Terminal da Refinaria de Mataripe, além dos terminais privados, também situados na baía. A expectativa da Secretaria de Planejamento do Estado é que a atividade portuária cresça com essas iniciativas, bem como o avanço das obras de regasificação, nos terminais da Petrobras, bem como a implantação dos estaleiros em São Roque do Paraguaçu. O terceiro projeto para a região visará mitigar os impactos ambientais e sociais, que essas obras trarão para a BTS, tendo uma atenção maior com a conservação do fundo da baía, onde se encontra uma riqueza incomensurável nos recifes de corais, além de iniciativas para a preservação dos manguezais e da qualidade de vida das comunidades tradicionais, espalhadas por toda a baía. O quarto bloco de intervenções representa, para Almeida, um dos grandes desafios: a compatibilização entre o desenvolvimento socioeconômico caminhando junto com a preservação socioambiental. Todas essas obras estão
em fase de estudo e fundamentação, com finalização prevista para 2012.
Turismo Por fim, a Seplan aposta que esse conjunto de medidas contribuirá pra o impulsionamento do turismo náutico na Baía de Todos-os-Santos, explorando o potencial da náutica de lazer para a região. De acordo com a Secretaria de Turismo, os investimentos no setor serão realizados por meio do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo – Prodetur Bahia. A expectativa é não só aumentar o fluxo na região como também a taxa de permanência média do turista, que hoje gira em torno de sete dias. Para o Prodetur, a vocação para a náutica da BTS a eleva à condição de polo de referência do Ministério do Turismo para o desenvolvimento do turismo náutico no país. “Serão realizados investimentos em infraestrutura náutica, com a requalificação e construção de atracadouros; reforma e implantação de estruturas de apoio ao turista;
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Adfasdf asdf asdfa sdfasd golfo, formado de duas afirmação
O presente no nono fdg sdfg sdfg sfd
Meio ambiente: o desafio do desenvolvimento sem degradação
Passado e presente convivem na Baía de Todos-os-Santos. Comunidades tradicionais, que sobrevivem da pesca e do artesanato, de um lado. Grandes projetos industriais, de outro. Medidas que apontam caminhos para a conservação e a preservação da biodiversidade e dessas sociedades. Degradação, desordenação e poluição. Uma região de muitas possibilidades, mas também de muitos conflitos. De acordo com a Secretaria de Turismo do Estado da Bahia, a Baía de Todos-osSantos é a região turística do Estado que mais recebe visitantes, que correspondem a 35% do fluxo total de turistas. Segundo XX, “como a região abrange Salvador, que é o principal portão de entrada de turistas e também a cidade mais conhecida no imaginário popular, o potencial turístico a ser explorado é grande, principalmente pela imagem positiva que desfruta de um
A Baía de Todos-os-Santos é uma Área de Proteção Ambiental, contudo o seu plano de manejo ainda não está em funcionamento, tampouco o zoneamento econômico e ecológico. O fato de ser uma APA permite a atividade econômica e industrial com algumas restrições. De acordo com o Secretário de Meio Ambiente do Estado, Eugênio Spengler, o plano de manejo estará pronto até o final de 2012 e irá identificar quais áreas terão um uso mais restritos, bem como sinalizará quais deverão ser mais preservadas, estabelecendo o nivelamento e a restrição de sua exploração. “Diante desse conjunto de obras propostas, temos algumas preocupações como o volume de empreendimentos ligados ao Porto de Salvador, a ampliação do Porto de Aratu e a construção dos estaleiros. Estamos atentos à situação do
destino turístico rico em atrativos naturais, culturais, cujo povo é, reconhecidamente, alegre e hospitaleiro”. Não foi à toa que a Bahia foi escolhida como destino preferencial dos brasileiros pela última pesquisa do Ministério do Turismo - MTUR/Vox Populi, que aferiu os destinos nacionais mais cobiçados dos brasileiros. O aumento e a interiorização do fluxo na região dependem basicamente de investimentos em infraestrutura, sobretudo, para o desenvolvimento dos segmentos turístico, cultural e náutico. Para Zé Pescador, liderança dos pescadores em Mar Grande e fundador da organização não-governamental Promar, “há muitos empreendimentos industriais no fundão da baía, mas ela ainda é virgem de empreendimentos de econegócios, práticas expressivas de ecoturismo. O que existe essencialmente são os passeios para as ilhas próximas, o comércio de conchas
recuperação do patrimônio histórico-cultural, como o Museu Wanderley de Pinho, em Candeias; e criação de novos atrativos, como o Centro de Documentação e Memória da Cultura Negra do Recôncavo, em Cachoeira; além de investimentos em urbanização de orlas marítimas”. Paralelamente, a Setur está fazendo um levantamento de áreas públicas e dos incentivos fiscais municipais, com vistas a formar um portfólio para a captação de empreendimentos privados em hotéis, bases de charter, marinas e estações náuticas. Segundo o superintendente Paulo Cesar Almeida, a ilha tem a renda média inferior no Estado, equivalendo a municípios do semiárido, porém, extremamente próxima à capital e a outros municípios de arrecadação e maior geração de riquezas. “Florianópolis e Vitória do Espírito Santo viveram uma situação semelhante e têm uma ponte equivalente e são cidades desenvolvidas e com qualidade de vida. Não devemos confundir preservação da cultura local com preservação da miséria local” conclui.
e de corais. Acredito que devemos potencializar os movimentos de recuperação do patrimônio histórico dessa região, dando suporte para a geração de economia e preservação da beleza da baía”. Em sua opinião, esse é um momento crucial para aliar desenvolvimento e sustentabilidade. A Baía de Todos-os-Santos abriga o Porto de Salvador, além dos dois maiores empreendimentos e atividades econômicas importantes para todo o Estado, mas também responsáveis por muito da degradação e poluição: a Refinaria Landulfo Alves, em Madre de Deus e o Complexo Portuário de Mataripe. Nos próximos anos, a Baía de Todos-os-Santos vai protagonizar o maior conjunto de novas obras, que movimentarão bilhões em recursos e mudarão as feições da região, prometendo desenvolvimento e mitigação dos Adfasdf asdf asdfa sdfasd golfo, formado de duas baías contíguas impactos acumulados pelos anos.
Recôncavo, com o saneamento básico e a permanência das atividades econômicas desenvolvidas pelas populações e comunidades tradicionais” revela o secretário. Ele adianta que o Governo do Estado prevê ações articuladas com o Ministério da Pesca, bem como entre secretarias, buscando fortalecer as atividades de pesca e potencializar essa economia. “Essas pessoas têm o direito a continuar vivendo com a vida que elas escolheram ter. Nosso desafio é desenvolver, mantendo as condições de modelos de vida diferentes” acrescentou Spengler. Intervenções diretas para a diminuição de impactos ambientais e identificação de zonas degradadas serão encampadas pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMA. Para isso, estará em funcionamento o monitoramento das águas da Baía de Todos-os-Santos,
associado ao monitoramento da qualidade do ar, a verificação da ocupação do solo e depósito de resíduos sólidos. Esses dados irão basilar a gestão. No que tange a degradação dos rios do Recôncavo, onde é significativa a contaminação das águas por metais pesados, o secretário explica que a Secretaria está identificando medidas para a recuperação das áreas degradadas. Para o ambientalista José Augusto Saraiva, preservar a Baía de Todos-os-Santos é preservar a nossa identidade cultural. Em sua avaliação, a situação da baía está em estado de emergência e demanda de intervenções urgentes, além de compromisso sério ligado à navegação. “A APA foi criada há doze anos, ainda na gestão do Governador César Borges e de lá para cá pouco se avançou. Sem o plano de manejo e sem o zoneamento ecológico econômico,
veremos o que já acontece de acúmulo de efeitos e impactos ambientais, sem respostas ágeis de combate” pontuou o Mestre em Engenharia Ambiental Urbana. “Temos anos de ocupação desordenada nos municípios do entorno da baía e nas ilhas, falta saneamento básico, o lixo é depositado sem tratamento, o esgoto jogado nos manguezais e assistimos ao presente drama da Baía do Iguape, uma reserva ambiental reconhecida, onde vive uma comunidade quilombola, e que em breve terá instalado esse conjunto de estaleiros, que certamente vai interferir na atividade pesqueira e na qualidade das águas”, enumerou . Ele acredita que o impacto será tão severo, que poderá afetar significativamente o ecossistema local. “Essas obras, ao meu ver, promovem o sepultamento das comunidades de pescadores”, critica o ambientalista.
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CACHOEIRA
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SANTO AMARO
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ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO JORNAL A TARDE. NÃO PODE SER COMERCIALIZADO SEPARADAMENTE Maior baía da costa brasileira, a Baía de Todos os Santos reúne um conjunto de 56 ilhas, praias paradisíacas, mas também um potencial grande de navegabilidade, exploração de petróleo e uma série de comunidades tradicionais, sobrevivendo da pesca e da mariscagem. No total, são 1.100 quilômetros quadrados (num tamanho bem próximo ao do Rio de Janeiro), distribuídos em dez municípios, além de Salvador. A Baía de Todos os Santos possui um contorno litorâneo de 300 km e penetra no continente por 80 km.
SÃO FRANCISCO DO CONDE
OS SANTOS
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SÃO FELIX
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CANDEIAS
Madre de Deus CAMAÇARI Bom Jesus dos Passos MARAGOJIPE Ilha dos Frades
Ilha de Maré SIMÕES FILHO
Ilha do Medo
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Baía do Iguape
Ilha de Itaparica
No coração do Recôncavo, a Baía do Iguape está inserida na Baía de Todos os Santos e recebe as águas do Rio Paraguaçu, situado no município de Maragogipe. O município ainda conserva a força das tradições ancestrais e a cultura do quilombo. A população sobrevive da pesca, do fumo e do artesanato. Do ponto de vista ambiental era uma área das mais preservadas, com uma extensa área de manguezal, Mata Atlântica, biodiversidade, o que justificou a criação da Reserva Extrativista Marinha Baía do Iguape e uma Unidade de Conservação. A população hoje se vê ameaçada pela criação do Pólo Industrial Naval na região, proposto pelo Governo do Estado, o que deverá alterar significativamente as feições dessa região, considerada como um santuário ecológico. Na área serão instalados três estaleiros. Acesso: por meio da praia de Ponta de Souza, em Maragogipe.
NAZARÉ Ilha Bimbarras
Ilha de Itaparica
Ilha de Maré
Ilha de Madre de Deus
Ilha do Medo
Ilha dos Frades
Bom Jesus dos Passos
Ilha Matarandiba
Itaparica é a ilha maior e mais importante da Baía de Todos os Santos, com uma extensão de recifes de corais de 15 km, uma das maiores do país e guardando uma diversidade tão significativa, como se houvesse uma floresta tropical, sob o mar. Dividida entre Itaparica e Vera Cruz, a ilha guarda uma beleza natural grande e possui um imenso potencial turístico. No passado, suas águas minerais elevaram a região ao nível de Estância Hidromineral, em 1937. Hoje alguns dos seus rios se encontram poluídos e o saneamento básico é um desafio da região, bem como o abastecimento de água tratada. Do lado de Itaparica, estão os povoados de Porto Santo, Manguinhos, Amoreiras e Ponta de Areia. A sede do município de Vera Cruz é Mar Grande, além dos povoados de Penha, Barra do Gil, coroa, barra do Pote, Conceição, Barra Grande, Tairu, Aratuba, Berlinque e Cacha Prego, além da sede do município, Mar Grande. Acesso: Para chegar a Ilha, o acesso mais freqüente é o Ferry Boat ou Catamarã até o terminal de Bom Despacho. Do Terminal Marítimo de Salvador, partem a cada meia hora, lanchas para Mar Grande. Por Nazaré das Farinhas, há acesso a Ilha, pela BR-324.
Tão perto de Salvador, a 20 minutos de distância de barco, a Ilha de Maré parece um recanto perdido no tempo, por guardar uma beleza tão abundante e um clima de comunidade tradicional. Lá a principal forma de subsistência ainda é a pesca, a mariscagem e o artesanato, feito geralmente com materiais retirados do próprio mar. Ilha de Maré pertence ao município de Salvador e está localizada na parte central da Baía de Todos os Santos. Entre as belas praias da ilha estão Itamoabo, a Praia ou Bacia das Neves, a Grande, a de Santana e a do Botelho ou Oratório de Maré. Maré não possui água doce e se por um lado, seu lado primitivo a faz um pequeno paraíso, por outro, há questões de infraestrutura que dificultam a melhoria da qualidade de vida da população. O fato de não haver contato terrestre entre a ilha e o continente, deixa a ilha isolada e distanciada de uma atenção mais forte do poder público. Entre os atrativos culturais estão as igrejas Senhora Santana, do século XIX, e Nossa Senhora das Neves, construída no século XVI. Acesso: Barcos se dirigem para Ilha de Maré de hora em hora, das 8h ás 18h, no Terminal de São Tomé de Paripe (outra praia exuberante, do lado da praia de Inema, cercada para acesso exclusivo da Marinha).
Na década de 60, o município começou a mudar de feições com a instalação do terminal marítimo da Petrobrás, elevado hoje a um dos mais importantes na Bahia. Há 70 km de Salvador, Madre de Deus possui em torno de 15 mil habitantes. A economia local gira em torno da exploração petrolífera, embora a pesca tenha um lugar vital na geração de renda das comunidades da ilha, que ainda guarda a exuberância característica da Baía de Todos os Santos. Se por um lado a atividade petrolífera impulsionou a economia local, por outro, as agressões ambientais marcam a história recente da região. Com posição estratégica, Madre de Deus abre caminho para outras ilhas da baía, como Ilha dos Frades, Bom Jesus dos Passos entre outras. Entre as praias, destacam-se Suape, da Costa e do Cação. Acesso: carro ou ônibus no Terminal Rodoviário de Salvador e na Estação da Lapa.
Cheia de histórias e lendas. Assim é a Ilha do Medo, primeira Estação Ecológica da Baía de Todos os Santos, tombada oficialmente por lei municipal de 1991, pertencendo a Área de Proteção Ambiental da Baía de Todos os Santos. São várias as histórias que justificam o nome da ilha: um padre teria ficado vagando na ilha, depois de ter se recusado a celebrar uma missa, para o qual foi pago. Sua alma ficara presa na ilha, cujos gritos e uivos assustavam os pescadores que passavam próximo a ela. Também conta-se que os holandeses que não conseguiram voltar ficaram presos nela, sem ter recursos para sobreviver. Há também histórias de que ela servira de asilo para doentes de lepra e cólera-morbo. Uma última lenda explica que os negros escravos faziam trabalhos para amedrontar seus senhores e os jesuítas. Os brancos, em resposta, colocaram na ilha gatos selvagens, cujos descendentes ainda habitam a área – conta-se. A vegetação que sobressai na ilha é a restinga e é grande a presença de mangues. Pertencente ao município de Itaparica, a Ilha do Medo possui uma área total de 12 mil metros quadrados.
Uma das mais belas ilhas da Baía de Todos os Santos. Assim é Ilha dos Frades, uma das menores da baía, localizada exatamente no centro da baía e trazendo em si um formato de uma estrela de quinze pontas e em cada extremidade, uma praia das mais belas. Tombada desde 1982 como Reserva Ecológica, a ilha possui espécies de mata atlântica, com arvores nativas exuberantes, entre elas o paubrasil. Pertencente a Salvador, a ilha guarda esse nome por conta da morte de dois frades jesuítas, mortos pelos índios tupinambás, que nela habitavam. Sua posição era estratégica na distribuição dos negros escravos, que chegavam e nela ficavam de quarentena, até serem mandados para os engenhos no Recôncavo. As ruínas do lazareto ainda existem no local, assim como ruínas de duas pequenas igrejas (Nossa Senhora do Loreto e Nossa Senhora de Guadalupe) e uma antiga casa de farinha. A população que vive no local é bastante tradicional, vivendo da pesca, mas também do funcionamento das barracas de praia, que recebem os turistas que chegam nos barcos todas as manhãs, mais especificamente na Ponta de Nossa Senhora. Outra praia bastante bonita e importante da ilha é Paramana, além de Loreta, Viração, Tobar e Praia da Costa. Acesso: O acesso se dá apenas de barco ou lancha, alugado no terminal de Madre de Deus. Normalmente, as embarcações deixam os tripulantes em Paranama ou em Ponta de Nossa Senhora.
Assim como a Ilha dos Frades, Bom Jesus dos Passos pertenceu ao senhor Gabriel Soares, um misto de benfeitor e coronel latifundiário e até a chegada dos portugueses, era habitada por tribos tupinambás. Bom Jesus dos Passos fica localizada entre as Ilhas de Madre de Deus e dos Frades. Sua população também guarda traços tradicionais, tirando a subsistência da pesca e da carpintaria. O visual é bastante exuberante e belo, com duas praias próprias para banho: Padre e Pontinha. Ainda estão erguidos o Solar dos Duarte, as fontes da Rua, do Porrãozinho e Grande, e a capela de Nossa Senhora da Conceição. Acesso: O acesso é de barco fretado, partindo do terminal de Madre de Deus
Posicionada entre a ilha e o continente, bem próxima à ponte do Funil, a Ilha Matarandiba é uma parada obrigatória para a contemplação e seu acesso se dá apenas de barco ou iate. Possui a cachoeira de Tororó, em Itaparica, cujo acesso se dá apenas pelo mar, além das Fontes de Arcanjinhas e Fonte da Quarta. Acesso: de barco ou escuna particular.
Ilha Bimbarras Exemplo de preservação ambiental na Baía de Todos os Santos, a Ilha de Bimbarras fica localizada há 17 milhas náuticas de Salvador e conta com projeto de turismo náutico. O projeto prevê uma prática de turismo de baixa densidade, associado a práticas de preservação e recuperação ambiental. Projeta-se o funcionamento de uma fazenda inteiramente produtiva no centro da ilha, com exploração pecuária, cultivo de árvores frutíferas tropicais e maricultura. A mata atlântica se encontra ainda bastante preservada, bem como o local é um reduto de espécies raras de pássaros A ilha é de propriedade particular e pertence ao grupo Bimbarras Agropecuária S/A. Acesso: lancha ou barco próprios, ou alugados.
Ponta do Garcês No limite entre a Baía de Todos os Santos e o sul do estado, localizada na cidade de Jaguaripe, a Ponta do Garcês possui 8 km de praias, guardando um ecossistema precioso, com uma Mata Atlântica bastante presente. Nela está a foz do Rio Jaguaripe a Lagoa dos Garcês, e em suas matas há espécies de bromélias azuis, vermelhas e amarelas, além de espécimes raros de loboguará e porco-do-mato. Acesso: de barco ou escuna particular.
Quadrante Nordeste de Baía de Todos os Santos É a região da Baía de Todos os Santos que concentra toda atividade industrial. Foi exatamente nessa região que se instalou a primeira Refinaria de Petróleo do país, a Landulfo Alves, na década de 50. E é para aí, que também constam novos investimentos da Petrobrás e a implantação de novas usinas termoelétricas. Quatro municípios em continente se encontram nessa área: Santo Amaro, São Francisco do Conde, Candeias e Simões Filho, além da ilha de Madre de Deus e uma porção de Salvador. A presença dessa atividade industrial tão intensa faz dessa área uma das mais vulneráveis e impactadas ambientalmente dentro da baía, nela concentram-se a Refinaria Landulfo Alves de Mataripe e o Complexo Portuário de Aratu. Estudos ambientais demonstram a presença de metais pesados nas águas, a exemplo do chumbo. Acesso : há ônibus saindo do Terminal Rodoviário de Salvador para esses municípios do quadrante, bem como o acesso pode ser feito pela BR-324.
Fontes:http://ilhaitaparica.com/blog/ilha/baia-de-todos-os-santos/, http://www.bahia.com.br/ Dissertação de Mestrado: Baía de Todos os Santos: vulnerabilidades e ameaças, de José Saraiva Peixoto.
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Degradação da Baía é resultado de processo histórico Rrma e implantação de estruturas de apoio ao turista; recuperação do patrimônio histórico-cultural, como o Museu Wanderley de Pinho, em Candeias; e criação de novos atrativos, como o Centro de Docume Candeias; e criação de novos atrativos, como o Centro de qer qwer qwer qwer er u yurt wrty
Lançamentos de efluentes domésticos e industriais, ocupação desordenada do solo, desmatamento, disposição inadequada de resíduos sólidos e pesca com bomba. Esses são alguns dos principais fatores que, ao longo de 510 anos, têm contribuído para a degradação da Baía de Todos-os-Santos. Hoje considerada Área de Proteção Ambiental (APA) e uma região vital para a garantia da sustentabilidade da economia das comunidades que vivem no seu entorno, a baía conta com uma série de políticas públicas e iniciativas privadas voltadas para sua requalificação e preservação. A professora do curso de Engenharia Ambiental da Unifacs, Marion Dias, lembra que, ao longo dos anos, a BTS teve seu cenário natural alterado. “A área passou a ser caracterizada também pela presença de indústrias e habitações espontâneas que causaram por sua vez impactos significativos para a qualidade ambiental da região. O acúmulo de contaminantes por décadas, iniciado em um período onde não havia
uma preocupação nem regulamentações específicas que limitassem o seu lançamento no meio ambiente, proporciona hoje uma condição de difícil regeneração”, analisa Marion, que é mestre em Engenharia Ambiental Urbana. Ela ressalta que um dos problemas é a falta de planejamento urbano motivada pela exclusão socioeconômica originou a ocupação espontânea. Esse processo gerou uma concentração populacional que hoje sofre os efeitos da expansão industrial vivida pela região, pois está inserida no meio impactado e usufrui de parte dos recursos naturais oferecidos, a exemplo dos pescadores e marisqueiras. “Essa população também é vítima de si mesma, pois devido à precariedade dos serviços de saneamento, gera e descarta aleatoriamente seus resíduos (lixo e esgotos domésticos) que trazem consequências sobre a saúde local”, diz a professora da Unifacs, que atualmente ensina as disciplinas Àgua e Qualidade Ambiental e Saneamento Ambiental.
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Na sua avaliação, a promoção da requalificação ambiental da BTS requer mudanças que vão além das determinadas na legislação ambiental, que estabelece parâmetros, define critérios e exige técnicas apropriadas. “Este trabalho exige também que todo o passivo adquirido anteriormente a esta regulamentação ambiental seja minimizado, a fim de que progressivamente se alcance condições para se chegar ao equilíbrio ambiental”.
Soluções A especialista pondera que é difícil estabelecer quais medidas especificamente pudessem reduzir em um tempo predeterminado todos os problemas sofridos hoje pela BTS. “Mas, com certeza, em grande parte dos casos, o tempo necessário será muito maior que aquele que levou às condições de hoje”. Ela acredita, no entanto, que há medidas que podem evitar o crescimento do problema, a exemplo do fim da expansão industrial na região e a implantação de uma infraestrutura adequada para a promoção da saúde,
Novo projeto de emissário terrestre da Cetrel vai retirar efluentes industriais da BTS Candeias; e criação de novos atrativos, como o Centro de Docume Candeias; e criação de novos atrativos, como o Centro de qer qwer qwer
qualidade do meio ambiente e consequente melhoria de vida da população. Lembra também que a BTS corresponde a uma área extensa e com características e níveis de impactos diferentes e esses aspectos podem vir a dificultar, técnica e financeiramente, ações de ordem macro, voltadas para a preservação. Marion enfatiza que essas ações não devem ser parciais ou mesmo temporárias e envolver apenas o poder público. “É importante, ao agir, identificar toda a extensão do impacto e atuar em toda a sua dimensão, envolvendo a população fazendo-a participante e co-responsável pelo espaço, pois desta forma poderão ser alcançados resultados satisfatórios e duradouros. Além disso, deve-se incentivar a população a participar do processo de busca de soluções, a fim de que ela se aproprie do lugar onde mora, não apenas no sentido de posse, mas também no de cuidado e preservação de um espaço com riquezas naturais”, resume a professora e engenheira ambiental.
Estado investe em obras e sistematização de informações para promover a requalificação da baía Criado a partir da junção de duas autarquias da Secretaria Estadual do Meio Ambiente - o Instituto do Meio Ambiente (Ima), o Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) têm a atribuição de atuar em articulação com os órgãos e entidades da Administração Pública Estadual e com a sociedade civil organizada, a fim de dar mais agilidade e qualidade aos processos ambientais. Neste contexto está inserido o trabalho de monitoramento, promoção da qualidade e preservação da APA da Baía de Todos-os-Santos. O diretor-geral do instituto, Júlio Mota, é mais um que ressalta a importância histórica da BTS para a economia do Estado. “Isso se dá desde o período da cana-de-açúcar, quando a baía fazia a ligação entre o Recôncavo e a capital, o que continuou realizando mais tarde, durante o ciclo do fumo. Depois, no século XX, veio a instalação da Refinaria Landulho Alves, que atraiu novos projetos industriais para a região”. Mota explica que essa tradição econômica acabou tendo como uma de suas consequências a ocupação desordenada da área e todos os problemas decorrentes deste fato. Um exemplo é o crescimento da população de Salvador que saiu de cerca de 450 mil habitantes, na década de 60 para os atuais 3 milhões, uma verdadeira explosão habitacional sem investimentos em infraestrutura à altura. “Com toda essa concentração populacional na área do município de Salvador, só se consegue avançar na melhoria das condições da Região da Baía de Todos-osSantos com investimento em urbanização, melhorias habitacionais, obras de macro e micro drenagem”, diz o diretor do Inema, lembrando que a instalação de indústrias e outras atividades comerciais acabam por contribuir para piorar a qualidade da área. Júlio Mota destaca que o Governo do Estado vem desenvolvendo uma série de
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Ana Lívia Lopes
SALVADOR, BAHIA, DOMINGO, 30/10/2011
Texto: Ana Lívia Lopes
Projetado pela Cetrel, o Emissário Candeias é aguardado como uma das intervenções que devem causar maior impacto positivo na preservação da Baía de Todosos-Santos. Quando concluída, a obra vai reduzir significativamente a emissão de efluentes industriais lançados nas águas da baía que passarão a ser transportados até a Central de Tratamento da Cetrel, em Camaçari, e lançados em mar aberto, pelo emissário submarino. A expectativa é que a obra assegure a recuperação e conservação do ecossistema da baía e a melhoria de vida
da população que vive no seu entorno. Segundo o diretor de Produtos, Demosthenes Carvalho, o projeto prevê a construção de 70 quilômetros de tubulação que ligarão as unidades da Dow Aratu, da Refinaria Landulfo Alves (Petrobras) e da Proquigel, todas localizadas na área do município de Candeias, à central de tratamento da Cetrel. Um ramal sairá de cada empresa. Em um determinado ponto cada um deles será interligado a uma estrutura única que levará os efluentes já tratados das indústrias até a central da Cetrel. Da central, o material será lançado pelo emissário submarino a 5 quilôme-
Memória viva de Conceição do Jacuípe, personalidades guardam boas g asdasdf entnto
tros da costa, em mar aberto, facilitando as condições de dispersão que são muito mais reduzidas dentro da área limitada da baía. “É importante ressaltar que todas essas empresas já fazem o tratamento de seus efluentes. Mas, ao lançá-los em mar aberto em vez das águas da baía, garantimos a redução dos riscos de acidentes”, explica Demosthenes Carvalho. De acordo com ele, o emissário de Candeias seguirá inteiramente por via terrestre e terá capacidade de vazão de 3.600 metros cúbicos por hora, volume acima da produção atual de efluentes descartados pelas três unidades industriais estimada
em 2.300 metros cúbicos. Pelo projeto, o emissário será construído pela Cetrel que disponibilizará sua utilização para as empresas, mediante pagamento pela prestação de serviço. Segundo o diretor da Cetrel, a obra tem prazo de conclusão de dois anos, a partir de seu início. “Trata-se de uma obra de grande importância para as empresas, que passam a contar com mais tranquilidade para o desenvolvimento de suas operações e também para futuros projetos de ampliação. Além disso, sua imagem também é beneficiada por estar relacionada a investimentos em sustentabilidade”, afirma.
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Incentivos para novos projetos
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ações, muitas delas articuladas com parceiros públicos e privados, para dar soluções aos principais problemas enfrentados pela BTS. Uma dessas iniciativas resultou em um convênio de cooperação técnica firmado há cerca de um ano entre o Inema, o Instituto Brasileiro do meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Companhia de Docas da Bahia (Codeba) e Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic) para um programa de monitoramento do ar, das águas e dos sedimentos da baía. Com um investimento total de R$ 3 milhões, o convênio inclui o biomonitoramento de indústrias e comunidades próximas de Aratu, Candeias, Madre de Deus e Ilha de Maré. Nesse estudo, as comunidades indicam quais os organismos
que mais consomem e são analisados pelos técnicos para identificar seus níveis de contaminação. O trabalho envolve ainda a instalação de seis estações de monitoramento do ar e da água. De ponto de vista de obras físicas, Julio Mota conta que a Embasa está investindo mais R$ 200 milhões, de recursos financiados, e R$ 60 milhões, de verbas da União, para ampliar o esgotamento sanitário de municípios da região e retirar o esgotamento da área da baía. O diretor do Inema revela que o Governo do Estado está contratando o Plano de Manejo da APA da BTS, que também resultará em um diagnóstico para ajudar no monitoramento da água da baía. Além disso, a Sema lançou em setembro
o Plano da Bacia do Paraguaçu, rio cuja vida econômica e social tem impacto diretamente na BTS. O termo de referência também prevê a elaboração dos planos de Recursos Hídricos, de Conservação da Biodiversidade e da Proposta de Enquadramento dos Corpos de Água e do Cadastro dos Usuários de Recursos Hídricos das bacias hidrográficas. O objetivo é definir ações estratégicas para sua sustentabilidade hídrica a curto, médio e longo prazos. Segundo o diretor do Inema , no próximo ano será a vez da Bacia do Recôncavo, que tem o Subaé como um dos principais rios. “Com todas essas ações, o Governo do Estado está sistematizando informações de forma a entender o que de fato está acontecendo na área da BTS”.
O diretor de Produots da Cetrel destaca ainda que a obra terá impacto direto na melhoria do relacionamento das empresas com as comunidades vizinhas às suas instalações. “Não podemos esquecer a importância da Baía de Todos-os-Santos para a economia das comunidades do seu entorno. Ao retirar os efluentes das suas águas, contribuiremos para o desenvolvimento de projetos em outras áreas como o turismo e a pesca”, coloca Demosthenes Carvalho. O diretor de Relações Institucionais da Proquigel Química S/A, Roberto Fiamenghi, explica que o projeto do emissário terrestre é de grande importância para a empresa. “Vamos ganhar muito em segurança ao lançarmos nossos efluentes através do emissário submarino da Cetrel”. Segundo ele, o projeto conta com todo o apoio do Governo do Estado pelos benefícios que vai trazer à área da BTS ao deixá-la livre de efluentes industriais. Fiamenghi reconhece que a redução dos riscos de contaminação também é importante para a marca da empresa. “Não é interessante para nenhuma indústria estar relacionada à possibilidade de um problema de contaminação”. Ele acredita que cada vez é maior entre as indústrias a conscientização sobre o seu papel para a promoção do desenvolvimento sustentável. “Todos sabemos do potencial da baía para empreendimentos em diferentes áreas, a exemplo da pesca e do turismo. Nossa expectativa, agora, é que o projeto do emissário terrestre deslanche logo e seja concluído com a maior rapidez possível”, afirma o diretor da Proquigel.
Empresas envolvidas no projeto Cetrel
Dow Aratu
Empresa de Proteção Ambiental, começou a operar em 1978, juntamente com as demais indústrias do Polo Industrial de Camaçari, sendo responsável, desde então, pelo tratamento e disposição final dos efluentes e resíduos industriais, bem como pelo monitoramento ambiental do complexo industrial e de toda a sua área de influência. A Cetrel surgia, então, como a primeira empresa brasileira voltada para a proteção ambiental integrada de um complexo industrial de grande porte - um conceito inovador, em uma época em que os aspectos ambientais não se alinhavam entre as principais preocupações na implantação de grandes empreendimentos industriais. Encarregada da operação dos sistemas de proteção ambiental do Polo Industrial de Camaçari, maior complexo industrial integrado da América Latina, a Cetrel representa um investimento da ordem de US$ 250 milhões, tendo iniciado suas atividades como uma empresa estatal. Privatizada em 1991, a Cetrel hoje tem 75% das suas ações pertencentes às indústrias do Polo de Camaçari e 25% de propriedade do Governo do Estado da Bahia.
O complexo industrial de Aratu da Dow, o maior do Brasil, está localizado em Candeias (BA), a cerca de 37 quilômetros da capital do Estado. Esta unidade iniciou suas operações em 1977. Hoje, abrange duas fábricas diferentes e é a única produtora de óxido de propileno e propilenoglicol na América Latina. Além disso, é responsável pela produção de ácido clorídrico, soda cáustica e percloroetileno. Presente no Brasil desde 1956, a Dow emprega cerca de 2,300 pessoas em 17 unidades fabris, cinco centros de pesquisa e a Diamond Tower, nova sede da Companhia na América Latina, localizada na cidade de São Paulo (SP). As principais unidades de produção e pesquisa da Dow no Brasil estão localizadas nos Estados da Bahia (Aratu, Camaçari e Vera Cruz) e São Paulo (Guarujá, Jacareí, Pindamonhangaba, Franco da Rocha, Jundiaí, Mogi Mirim e São Paulo). Em 2009, a Dow Brasil registrou vendas de US$ 2,3 bilhões.
Refinaria Landulpho Alves Com mais de 60 anos, a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), foi fundada em 1950, no município de Candeias, para processar o petróleo produzido no Recôncavo Baiano. Uma das primeiras unidades de refino do Brasil, a RLAM tem capacidade para processar até 323 mil barris de petróleo por dia e é a nossa segunda maior refinaria em capacidade instalada e complexidade. Nela funciona a maior unidade de craqueamento catalítico (fracionamento do petróleo com o uso de catalisadores) de resíduos da América Latina. Também conta com uma fábrica de asfalto, parques de armazenamento para petróleo e derivados, estações de carregamento rodoviário, uma estação de medição para produtos acabados, uma central termelétrica, uma estação de tratamentos de efluentes industriais e um sistema de tratamento de águas. A RLAM coloca a cada dia no mercado dezenas de derivados, incluindo gasolina, diesel, GLP (gás de cozinha), nafta, óleos lubrificantes, parafinas, n-parafinas, solventes e querosene de aviação. Os produtos abastecem principalmente os estados da Bahia e de Sergipe, mas são também enviados para clientes do sul e sudeste do país, além de exportados para países como Estados Unidos e Argentina.
Proquigel A Proquigel Química S/A é uma empresa do grupo Unigel, localizada em Candeias, que atua na fabricação de intermediários para plastificantes, resinas e fibras. A Unigel iniciou seus investimentos na área de matérias-primas nos anos 60. Hoje, é um dos maiores grupos empresariais brasileiros, com grande presença nos segmentos de especialidades químicas, fertilizantes, plásticos e embalagens No segmento de químicos, a Unigel é uma importante produtora de intermediários orgânicos, fabricando produtos como acrilonitrila (AN), metacrilatos (MMA e EMA), acrilatos (EA) e estireno. No segmento de fertilizantes, a empresa é a maior produtora de sulfato de amônio na América Latina. No segmento de plásticos, a empresa fabrica poliestireno, resinas acrílicas e de policarbonato, chapas acrílicas (cast e extrudadas) e de policarbonato, além de filmes de policarbonato. Com 15 plantas estrategicamente localizadas no Brasil e no México, suas 11 empresas produzem matérias-primas que são utilizadas em diversas indústrias, tais como: automobilística, têxtil, de construção civil, de embalagens, agrícola, de mineração e de eletroeletrônicos. Suas exportações são destinadas à Europa, aos Estados Unidos e a países da Ásia e da América Latina.
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SALVADOR, BAHIA, DOMINGO, 30/10/2011
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Baía recebe em média 300 embarcações por dia
Mônica Santana
A Baía de Todos-os-Santos tem um potencial de navegabilidade expressivo na história do país desde o seu início. Assim como no passado, por aqui, passam embarcações dos portes mais variados, influenciando todo o Estado da Bahia, além de influenciar na circulação de embarcações que partem para o sudoeste e o sul dos Estados de Pernambuco e Sergipe. De acordo com informações da Capitania dos Portos, a Baía de Todos-os-Santos recebe diariamente 300 embarcações, tendo em vista a existência de diversos terminais portuários, terminais hidroviários de transporte de veículos e passageiros, estaleiros, marinas, clubes náuticos e colônias de pescadores, assim distribuídas. A Baía de Todos-os-Santos (BTS) ofereceu a proteção que os primeiros colonizadores precisavam para se estabelecer. Por sua riqueza, garantiu-lhes o sustento; por sua capilaridade, contribuiu para o acesso aos domínios distantes do litoral e, em um momento posterior, para o escoamento da produção. Essa centralidade da BTS tem perpassado os séculos e a fez testemunha de ciclos econômicos e culturais extremamente importantes para o desenvolvimento do Estado da Bahia. De acordo com o Tenente .????, “circulam na BTS diversas categorias e classes de navios mercantes, tais como de passageiros, graneleiros, petroleiros, roll-on/roll-off, conteineiros, gaseiros, químicos, rebocadores de apoio marítimo e de apoio portuário”.
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O Sistema Ferry Boat Para acessar a Ilha de Itaparica, o principal meio utilizado é o ferryboat, que em baixa estação tem o fluxo de 10 mil pessoas e 1.500 veículos, por dia. Na temporada do verão, a chamada alta estação, uma média de 20 mil pessoas e três mil veículos. De acordo com a assessoria de comunicação da empresa TWB, atual operadora do sistema, em grandes feriados, como Carnaval e São João, chegamos a transportar cerca de 40 mil pessoas e 5 mil veículos, em mais de 50 viagens/dia. Segundo a TWB, há uma mudança no perfil do público que utiliza o sistema de transporte. “Desde o início das atividades da empresa, com a inclusão dos fast ferries e algumas outras mudanças, o público tem mudado. Classes A e B têm crescido, voltando a frequentar a ilha e arredores, mas a maioria ainda é formada por C, D e E, principalmente por causa dos moradores de baixa renda de Itaparica que atravessam regularmente. Para este público, particularmente, a empresa tem dispensado uma atenção especial”, observa a assessoria de comunicação. Com atuação decisiva na economia da ilha, a TWB conta com 40% do quadro de funcionários composto por moradores da região, ainda que haja dificuldades em encontrar pessoas qualificadas. A empresa já demonstrou interesse em expandir as atividades com a construção de um estaleiro em Bom Despacho, o que poderá, em sua fase final, gerar mais de mil empregos dire-
tos e indiretos, além de proporcionar cursos de capacitação voltados, principalmente, para a população local. Desde o fim da docagem realizada no mês de agosto pela TWB Bahia, com apoio da Seinfra e Marinha, a empresa tem trabalhado com seis embarcações à disposição. Esta frota navega de acordo com a demanda, ou seja, a programação fixa é cumprida e, quando há aumento de fluxo ou necessidade de substituir alguma embarcação, as outras entram em tráfego. A empresa aguarda o desenvolvimento das ações previstas de expansão da navegabilidade na BTS. “Isso feito, haverá centenas de empregos gerados e um grande salto de qualidade nos serviços. É nisso que a TWB Bahia acredita e trabalha para que aconteça” acrescenta a assessoria. A lei do sistema hidroviário foi sancionada pelo Governador Jaques Wagner, o que cria a expectativa de ordenamento da atividade para que todo o sistema possa atuar de forma regular, com as devidas fiscalizações e, consequentemente, o usuário saia ganhando, tendo acesso a serviços de qualidade legalmente amparados.
Embarcações e meio ambiente O fluxo de embarcações, se por um lado movimenta a economia local e põe a BTS em posição de destaque nacionalmente, por outro demanda uma rigorosa fiscalização, especialmente a fim de evitar desas-
Clube das Mais Belas Baías do Mundo tres ambientais e o comprometimento do fundo da baía. Na opinião do ambientalista José Augusto Saraiva, falta um comprometimento de uma fiscalização mais séria do ponto de vista ambiental. “A circulação de barcos que vem de países estrangeiros, especialmente das regiões do Oceano Índico, vem promovendo um comprometimento ambiental extremamente severo” adverte o especialista. Ele explica que as embarcações de grande porte guardam uma quantidade de água, para se manter em equilíbrio. A chamada água de lastro traz consigo tudo o que estava presente no mar de onde aquele barco partiu. Peixes, moluscos, crustáceos, algas, corais, substâncias. Desse conjunto animal que chega aqui e é despejado muito próximo à costa, não obedecendo a determinação de liberação das águas 2 km antes da costa. O resultado disso é a infestação de corais, crustáceos que são predatórios ao ecossistema local, não encontrando predadores naturais, a fim de equilibrar a cadeia. Os impactos disso, só perceberemos no futuro, mas a preocupação já é necessária. “Já estamos assistindo a um desastre ambiental, pois se não houver controle disso, em breve muitos peixes, camarões, caranguejos, não serão mais encontrados, pois já terão sido comprometidos por esses animais que chegam de fora”, preocupa-se Saraiva. “A falta de fiscalização rigorosa para garantir a preservação deixa o campo aberto para realização desses crimes”, conclui.
Rrma e implantação de estruturas de apoio ao turista; recuperação do patrimônio histórico-cultural, como o Museu Wanderley de Pinho, em Candeias; e criação de novos atrativos, como o Centro de Docume Candeias; e criação de novos atrativos, como o Centro de Documentação e ntação e
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Andréa Fernandes
Nonon nonononat A Baía de Todos-os-Santos conta com os seguintes terminais portuários: Porto de Salvador, Porto de Aratu, Terminal de Madre de Deus, estaleiro de São Roque do Paraguaçu, Terminal da GERDAU/ USIBA, Terminal da DOW Química, Terminal Portuário Cotegipe, Estaleiro BELOV Engenharia e Terminal Miguel de Oliveira (FORD). Segundo a Capitania dos Portos, “há também um elevado número de embarcações de médio porte para transporte de veículos e/ou passageiros, tais como os ferry-boats, lanchas rápidas, catamarãs e escunas”. Estas embarcações movimentam os terminais hidroviários de São Joaquim/ Bom Despacho, Salvador/Mar Grande, Salvador/Morro de São Paulo, Ribeira/ Plataforma, São Tomé de Paripe/Ilha de Maré e Madre de Deus/Paramana. Do ponto de vista econômico, o potencial da navegabilidade na BTS é nítido, pois apresenta um canal de entrada naturalmente navegável e canais internos profundos, o que, desde sempre, tornoulhe um elemento facilitador do desenvolvimento da região. Dentre as 74 Colônias de Pescadores do Estado da Bahia, 21 estão localizadas na BTS, que se dedicam à atividade pesqueira marinha artesanal, empregando cerca de 6.500 embarcações, distribuídas em barco a vela, bote a remo, bote de alumínio, bote motorizado, canoa a motor, canoa a remo, jangada e saveiro.
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Rrma e implantação de estruturas de apoio ao turista; recuperação do patrimônio históricocultural, como o Museu Wanderley de Pinho, em Candeias; e criação de novos atrativos, como o Centro de Docume Candeias; e criação de novos atrativos, como o Centro de qer qwer qwer qwer er u yurt wrty rty rtye try erty erty erty rety erty erty erty etry etyetry rety erty etry e
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Segundo a Wikipédia, uma Baía é uma reentrância da costa litorânea por onde o mar avança para o interior do continente. Elas detêm importância econômica e estratégica, uma vez que são, geralmente, locais ideais para a construção de portos e docas. Sim, muitas baías têm essas características, mas não são muitas que, além desses requisitos, guardam dentro de seus limites uma beleza digna de cartão postal. Para essas, foi criado um clube muito especial: O Clube das Mais Belas Baías do Mundo. O clube, criado em março de 1997, em Berlim, tem sede na cidade de Vannes, na França. A instituição sem fins lucrativos tem como finalidade contribuir para o desenvolvimento turístico, econômico e social sustentável de suas associadas, através de trocas de experiências. Os critérios de inclusão não se restringem às questões estéticas, mas também às questões referentes ao patrimônio natural e cultural. Hoje, o clube, que é chancelado pela UNESCO, conta com 32 baías associadas, sendo que apenas uma delas é brasileira: a Praia da Baía da Rosa, em Santa Catarina, que se tornou famosa graças às suas belas praias e pelas baleias que aparecem em sua costa entre julho e novembro. Entre as integrantes, as mais famosas baías são: a de St. Michel, na França; São Francisco, na Califórnia; Santander, na
Memória viva de Conceição do Jacuípe, personalidades guardam boas g asdasdf asfd adf ese nvolvimdes guardam boas Espanha; Suarez, em Madagascar; a False Bay, na África do Sul; Baía de Quingdao, na China, dentre outras.
Inclusão da BTS É nesse clube que a Baía de Todosos-Santos (BTS) será incluída, a partir do pedido oficial que o Governo do Estado fará em uma cerimônia, a ser realizada no dia 31 de outubro, na sede da Fieb, em Salvador. Na ocasião, o presidente do clube, Jérôme Bignom, estará presente, juntamente com o diretor da Agência da Baía de São Francisco e do presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico da Califórnia. A importância da relação com as integrantes do clube pode ser expressa pelo o quanto os gestores da Baía de
Todos-os-Santos podem aprender, por exemplo, com a experiência de gestão da Baía de São Francisco, só para dar um exemplo. Suas experiências ajudarão a BTS no monitoramento, no desenvolvimento sustentável da área metropolitana e na prevenção de riscos. Localizada na Califórnia, a Baía de São Francisco tem um estuário que drena 40% dos recursos de água do Estado mais rico dos EUA, com um PIB de dois trilhões de dólares. Declarado como “Estado Verde”, analisa com frequência depósitos de sedimentos proibindo despejo de efluentes industriais na baía. Cercada por uma região metropolitana de 18 mil quilômetros quadrados, com população de 7,5 milhões de pessoas, nove municípios, 101 cidades, indústrias, portos, aeroportos e ferrovias, São Francisco usa tecnologias de
ponta para garantir a qualidade da água e prevenir impactos ambientais. Para a gestora da APA BTS, Catarina Orrico, estar entre as baías mais belas do mundo não é uma surpresa, mas estar no Clube das Mais Belas Baías do Mundo significa muito. “É estar em constante troca de informações, buscando a transferência mútua de experiências com outras baías, além de poder estimular a atenção da sociedade para a preservação da Baía de Todos-os-Santos”, destaca.
História A Idealização do clube foi inspirada na figura de um certo Jean Manquat, um morador da cidade francesa de Vannes, que era apaixonado pelo Golfo de Morbihan. Depois de muito exaltar a beleza do
golfo francês, Jean foi alertado para o fato de que existiam outros sítios tão ou mais belos que aquele que lhe fazia orgulhoso. Foi então conhecer, depois de uma indicação, a Baía de Ha-Long, no Vietnã. Comprovando que havia outras baías ricas em beleza, Jean voltou para Vannes com a ideia de unir em uma instituição o que seriam os dois sítios mais lindos do mundo, o que foi apenas a semente de uma ideia ainda maior: uma rede internacional das baías mais belas do mundo. Para o presidente da instituição, Jérône Bignom, a atração que esses sítios causam no homem representa a sua busca inconsciente de seus valores fundamentais, “já que o mar é fonte da vida e mãe das nossas origens”. Essa atração, no entanto, cria um desafio. ”Contemplar o mar é a melhor maneira de compreender o valor e a fragilidade da vida. Só que esse espetáculo não deve ser estragado, e o meio ambiente não deve ficar marcado pelos estigmas de um mundo moderno, mal governado. Daí a ambiguidade que são as baías, que atraem como um ímã os seres humanos e que rejeitam ao mesmo tempo uma invasão permanente. Como conciliar, então, atração e a valorização desses sítios frágeis, já que sabemos que uma frequentação demasiado forte ou uma urbanização turística mal concebida levará, a médio prazo, a uma desestruturação do local e, portanto, ao desinteresse do público”, pondera.
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BAÍA DE TODOS
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Baía de Todos os Santos Um tesouro a ser protegido Rrma e implantação de estruturas de apoio ao turista; recuperação do patrimônio histórico-cultural, como o Museu Wanderley de Pinho, em Candeias; e criação de novos atrativos, como o Centro de Docume Candeias; e criação de novos atrativos, como o Centro de Documentação e ntação e
pelos órgãos competentes e pelo conselho de gestão é baseado apenas no resultado de um diagnóstico socioambiental realizado pela empresa V&S Ambiental, em 2001. “De lá pra cá, muitas alterações ocorreram e impactaram o ecossistema: a população cresceu, o porto também, não havia o programa Bahia Azul, entre outras modificações, então, o diagnóstico se encontra defasado”, aponta.
Andréa Fernandes
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Fundo da baía guarda tesouros” Rrma e implantação de estruturas de apoio ao turista; recuperação do patrimônio histórico-cultural, como o Museu ntação e Texto: Ana Lívia Lopes
Além das belezas naturais e tesouros históricos que podem ser facilmente avistados de diferentes pontos do seu litoral, a Baía de Todos-os-Santos esconde riquezas que só quem se aventura a fundo por suas águas, ou vai aos locais menos acessíveis, conhece de perto. Os recifes de corais, peixes multicoloridos, golfinhos, e bancos de areia, onde milhares de aves migratórias vindas do Hemisfério Norte pousam para descansar, são alguns desses tesouros. E ainda há os que veem como preciosidade os vestígios de antigos naufrágios depositados no fundo na baía. Mergulhador há quase 20 anos, o biólogo Clarêncio Baracho é apaixonado pelas belezas das águas da Baía de Todosos-Santos. Clarêncio faz parte da equipe da organização não governamental Instituto Baleia Jubarte e, mesmo depois de tantos anos, ele não deixa de se encantar com os golfinhos cinzas que encontra, principal-
mente, na Barra do Paraguaçu. No fundo do mar, o recife de coral das Caramuanas, situado próximo à localidade de Barra do Gil, município de Vera Cruz, Ilha de Itaparica. Para o biólogo e mergulhador Francisco Pedro da Fonseca, a área marinha da BTS tem outra grande riqueza que não está fundo do mar, mas vem até a região para buscar os frutos de sua cadeia. São as andorinhas do mar que migram do Hemisfério Norte para se alimentar ao sul do Equador e utilizam a área da baía como local de descanso e de alimentação. A partir do mês de setembro, início do outono no Hemisfério Norte, elas saem da costa atlântica dos Estados Unidos e da Europa, em buscar de alimentos, e até março podem ser encontradas por quase toda a baía. Seu local de descanso, no entanto, é um banco de areia na Ponta do Garcês, no município de Jaguaribe, situado em frente à localidade de Cacha Prego, na Ilha de Itaparica. Para Francisco, este é um dos grandes espetáculos da BTS.
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Ex- professor dos cursos de Oceanografia e Biologia da UFBA e atual docente de Engenharia de Pesca da Universidade Federal de Alagoas, o baiano Cláudio Sampaio conhece o fundo da Baía de Todos-os-Santos como poucos. Ele, que chama carinhosamente a região de “Caribe Brasileiro” pelas suas águas claras e mornas, destaca entre as belezas os recifes de coral e os peixes multicoloridos. O professor teme, entretanto, que a introdução de espécies exóticas, a pesca criminosa com redes e explosivos e o turismo desordenado acabe com toda essa beleza. Outros problemas apontados por ele são o pisoteio dos ambientes dos recifes e a venda de organismos marinhos como souvenir, a exemplo de espécies de moluscos e suas conchas, corais, cavalos marinhos e lagostas, todos eles protegidos por lei. Por sua vez, o biólogo Clarêncio Baracho diz não ser raro encontrar golfinhos mortos na baía sem que haja marcas de redes de pesca. Em geral, o que a necropsia
Caçando tesouros Para quem gosta de histórias de naufrágios e tesouros, os casos de naufrágios registrados na Baía de Todos-os-Santos podem dar asas à imaginação. A grande atratividade econômica da região garantiu que o tráfego de embarcações ali fosse intenso desde o início da ocupação portuguesa, no século XVI. A estimativa é que haja destroços de mais de 200 embarcações na região. Vão desde restos de naus e de caravelas portuguesas afundadas, galeões espanhóis e embarcações remanescentes da Invasão Holandesa, no século (XVII) quando cerca de 90 navios naufragaram em apenas uma noite no Banco da Panela, localizado nas proximidades da entrada do Porto de Salvador. O Banco da Panela é um dos maiores sítios arqueológicos do Brasil e uma área de preservação. Os mergulhadores podem visitá-lo, mas pelas leis brasileiras é proibida a retirada de qualquer peça do fundo do mar, uma forma de preservar um dos mais importantes sítios arqueológicos
marinhos conhecidos. Além dos corais, lá se pode avistar louças, vasilhames e balas de canhão, entre itens carregados pelas embarcações que afundaram no local. No início do século XX (1908), o navio Cap Frio que saiu de Hamburgo, Holanda, com 100 passageiros, na sua viagem ao Brasil, encalhou próximo ao Farol da Barra e afundou. Seus ocupantes foram salvos, assim como sua carga. Em tempos menos remotos, mais precisamente em 1980, foi a vez do cargueiro grego Cavo Artemidi que acabou ficando preso e afundando no Banco de Santo Antônio. A embarcação de 160 metros de extensão veio ao Porto de Salvador para se reabastecer, mas ao tentar sair da baía sem rebocador, acabou arrastado pelas correntes até o local onde se encontra até hoje. O local onde está Cavo Artemidi é considerado como um dos melhores pontos de mergulho do país. O cargueiro é uma das mais de 1.500 embarcações que naufragaram em águas brasileiras.
revela é a contaminação do animal por produtos despejados nas águas do mar. Para o professor Cláudio Sampaio, a questão da conservação é complexa. “Não há uma política clara. Os órgãos que deviam ser os responsáveis pela conservação e fiscalização muitas vezes são engessados pela falta dessa política pública, de número adequado de funcionários e de equipamentos. Creio que a educação e a conscientização ambiental, associada ao cumprimento da legislação sejam suficientes para reverter esse triste quadro”, afirma Sampaio. “A Baía de Todos-os-Santos gera milhares de empregos e renda para a população baiana, na forma da pesca, turismo e serviços. Não podemos deixar que esse rico patrimônio seja destruído pela ganância de poucos, prejudicando seriamente muitos. A BTS necessita da atenção da população, caso contrário, a cada dia perderemos um pouco desse tesouro natural”, alerta.
A história da Baía de Todos-os-Santos (BTS) se confunde com a história da formação do povo brasileiro. Foi à sua margem que os índios Tupinambás encontraram os brancos portugueses, que, por sua vez, trouxeram, acorrentados, os negros africanos. Desde então, a Baía se tornou o ponto de entrada e saída de muitas riquezas, sem ter sido percebida como um dos maiores tesouros, não só da Bahia, como do Brasil, e, por que não dizer, do mundo. A compreensão do real valor da BTS vem chegando aos poucos, à reboque das lutas daqueles que alcançam a importância da sustentabilidade como única maneira possível de viver e deixar viver neste planeta. Hoje, a gestão riqueza - já reconhecida como uma Área de Proteção Ambiental (APA) - é feita pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), uma autarquia ligada à Secretaria do Meio Ambiente (SEMA). Mas nem sempre foi assim. Ao longo dos anos, a BTS não contou com um gerenciamento que a protegesse da pressão dos que pensam o progresso a qualquer custo. Para se ter uma ideia, a primeira tentativa concreta de guarnecê-la aconteceu quase cinco séculos depois do início de sua exploração, com o decreto que a transformou em uma APA, em junho de 1999. Na época, a administração estava a cargo do Centro de Recursos Hídricos (CRA), extinta autarquia vinculada à antiga Secretaria do Planejamento, Ciência e Tecnologia (SEPLAN). Um ano após a criação da APA, em julho de 2000, foi instituído no Brasil o Sistema de Conservação da Natureza (SNUC), a partir da Lei nº 9.985, que incluía regras de gestão para as APAs e outros sítios de preservação. A Área de Proteção Ambiental BTS conta com uma área de cerca de mil e quinhentos quilômetros que envolvem um conjunto de 52 ilhas pertencentes aos municípios de Salvador, Madre de Deus, Candeias, Simões Filho, São Francisco do Conde, Santo Amaro, Cachoeira, Saubara, Itaparica, Vera Cruz, Jaguaripe, Maragojipe, Salinas da Margarida e Aratuípe.
Gestão da Baía – uma conquista histórica e social
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Antes da criação da APA BTS, porém, algumas iniciativas pontuais foram marcantes no sentindo de abrir os olhos das autoridades para a importância de um trabalho de conservação. No início dos anos 70, por exemplo, segundo documento escrito pelo biólogo Everaldo Lima de Queiroz, surgiram as primeiras Unidades de Conservação (UC), com o tombamento de diversas ilhas. No entanto, o foco era apenas o ambiente terrestre. Nos anos 90, por força da Eco 92, o Grupo Germem iniciou um estudo que resultou no Diagnóstico Ambiental da Baia de Todos os Santos, trabalho que ofereceu um embasamento técnico-científico para ações em favor da BTS. Entre importantes iniciativas, desde então, se pode citar a criação da APA Recife das Pinaúnas, no ano de 1997 e, no ano seguinte, a criação do Parque Ecológico do Baiacu, ambas em Vera Cruz. Em 2000, com a criação do Sistema
Gestão participativa O conselho gestor se reúne a cada dois meses, sendo que o novo conselho, que atuará nos próximos quatro anos, tomou posse em 4 de outubro deste ano. O primeiro quadriênio de gestão do conselho, encerrado em 2010, resultou frustrante para alguns dos integrantes. Para José Augusto Saraiva, do grupo ambientalista Germem, que participa desde a criação do conselho, além da pouca representatividade, o conselho carece de poder. “Somos um órgão consultivo apenas, ou seja, não temos poder de decisão, que é tomada, em última instância, pelo corpo técnico de um órgão governamental, por onde passam interesses que muitas vezes são mais fortes que os nossos”, destacou. A própria gestora da APA, Catarina Orrico, vê deficiências na forma de gerenciamento atual. “Acho que temos que melhorar em alguns aspectos, e, de imediato, devemos atrair mais as comunidades do entorno da baía para participarem do conselho gestor, o que não vem acontecendo. Em minha opinião, a participação das ONGs, e outras entidades no gerenciamento da APA BTS é essencial. Elas são os olhos e os braços do Estado onde ele não pode estar presente, ou seja, o Estado não pode alcançar o cotidiano da comunidade e sua relação com o meio ambiente”.
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de Conservação da Natureza (SNUC), se fez necessário dispor de um conselho gestor para a APA Baía de Todos os Santos, contendo representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e da população residente. Apesar da exigência imposta pelo SNUC, o conselho gestor da APA só foi criado em 2006. Com posse de novos integrantes a cada quatro anos, o conselho ganhou uma nova composição em 4 de outubro deste ano, início do segundo quadriênio do modelo definido pelo SNUC. Entre os representantes do setor público figuram as prefeituras dos municípios que margeiam a baía, a Superintendência de Indústria e Comércio do Estado da Bahia (SUDIC), a Companhia das Docas do Estado da Bahia (CODEBA), a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER), a Empresa Baiana de Água e Saneamento S.A (Embasa). Fazem parte ainda do conselho, a Universidade Federal da Bahia e o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). A sociedade civil é representada no conselho através de ONGs, a exemplo da Organização Socioambientalista (PRÓMAR), Amigos do Mangue (Amangue), o
grupo Germem, entre outros. Há também representantes de colônias de pescadores e associações de marisqueiras.
Na prática Para o engenheiro ambiental, José Augusto Saraiva, o gerenciamento da BTS está longe de ter a eficácia esperada. Para ele, que, além de coordenador de projetos da ONG Socioambiental Germem, é membro do conselho gestor da APA Baía de Todos os Santos, as deficiências se iniciam na tentativa de colocar em prática o que está disposto no decreto que cria a área de proteção ambiental. “O decreto prevê um plano de manejo que nunca foi feito, nem mesmo fases anteriores ao plano, como o zoneamento ecológico-econômico, foi realizado”, diz. O zoneamento ecológico-econômico demarcaria cinco diferentes zonas na BTS: zona de preservação da vida silvestre, de conservação da vida silvestre, de ocupação urbana, de uso agropecuário e zona de recomposição. Só depois dessa fase de demarcação é que se poderia construir um plano de manejo. Segundo Saraiva, todo o trabalho de monitoramento que vem sendo realizado
No dia 31 de outubro (NÃO SERIA OUTUBRO????), acontecerá na sede da Federação Baiana das Indústrias (Fieb) um encontro que pode ser decisivo para gerar mudanças no conceito de gerenciamento da maior baía do Brasil. Nesse dia será dada entrada oficialmente ao pedido de inclusão da Baía de Todos-os- Santos no Clube das Mais Belas Baías do Mundo, uma instituição internacional, sem fins lucrativos, que tem a finalidade de colaborar com o desenvolvimento turístico, econômico e social das suas participantes. Para a gestora da APA BTS, Catarina Orrico, a inclusão no clube é de extrema importância. “Estar entre as baías mais belas do mundo não é uma surpresa, mas estar no clube é estar em constante troca de informações com outras baías, além de poder estimular a atenção da sociedade para a preservação da Baía de Todos-os- Santos”. A candidatura oficial será apresentada pelo Governo do Estado ao clube. No caso específico, isto será feito no final deste mês de outubro quando o presidente do clube estará na Bahia, junto com o diretor da Agência da Baía de São Francisco e do presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico da Califórnia. Todos farão palestra no dia 31 de outubro, na Fieb.
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BAÍA DE TODOS
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OS SANTOS
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Desafio central do Estado
Sustentabilidade na Baía
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Luisa Torreão
Enquanto os olhos do mundo se voltam para a Baía de Todos-os-Santos (BTS), transformar a região em polo turístico de primeira qualidade passa a ser o desafio central do Estado. A maior aposta está na qualificação da infraestrutura náutica, o que pretende elevar a localidade a um dos principais destinos competitivos internacionais. “Trata-se de uma decisão do governador Wagner de redescobrir a Baía, transformá-la em um distrito turísticocultural, de acordo com planejamentos já elaborados, que envolvem desde a implantação de estruturas físicas a melhorias socioculturais”, afirma o secretário estadual do Turismo, Domingos Leonelli. São US$ 85 milhões previstos pelo Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur Nacional) para investimentos na BTS. Serão construídos novos atracadouros, terminais hidroviários, pequenos portos e estaleiros. Está prevista também a atração de recursos privados e estímulo à implantação de marinas particulares, bases de charters náuticos e receptivos turísticos. Em setembro, a empresa francesa Dream Yacht Charter anunciou, durante o Salão Náutico Grand Pavois, que até o fim deste ano irá iniciar as operações de aluguel de barcos na Baía. Na ocasião, discutiu-se também uma parceria entre o Estado e a fabricante de embarcações Fontaine Pajot, para a transferência de tecnologia especializada. Outra ação é a qualificação de pessoal para a produção de barcos esportivos, equipamentos e complementos. De acordo com Leonelli, será feito também o levantamento de áreas públicas disponíveis para investimentos em estrutura turística, como hotéis e estações náuticas.
“Memória viva de Conceição do Jacuípe, personalidades desenvolvimento”
“A Baía de Todos-os-Santos tem a melhor navegação à vela da América. São 1.200 km de borda, temperatura média da água entre 23° e 24°, mar calmo com áreas protegidas e ventos favoráveis”, aponta o secretário, referindo-se aos motivos pelos quais a BTS tornou-se, para o próprio Ministério do Turismo, o polo de referência no desenvolvimento do turismo náutico no país. No plano social, o dinheiro do Prodetur será usado na recuperação de patrimônio histórico-cultural, bem como na capacitação profissional e empresarial para a produção associada ao turismo, tal como o artesanato de máscaras de Maragogipe, das rendas de Ilha de Maré e da confecção de moda afro-baiana de Cachoeira. Domingos Leonelli lembra que a área de sustentabilidade ambiental é também item fundamental para o turismo. “Serão contemplados o tratamento de resíduos sólidos, esgotamento sanitário, tratamento de água e educação ambiental”, elenca.
Sérgio Nogueira Reis e o diretor da Codeba, o primeiro armazém seria transformado em restaurantes e lojas, já o segundo serviria de receptivo aos navios que chegam à capital. Outra bandeira é a implantação definitiva da Via Náutica, ligando a Ponta de Humaitá ao Porto da Barra, de forma a funcionar para transporte marítimo e para passeios de barco. “Tudo isso serviria para revitalizar a Baía. Temos que voltar os olhos pra ela, que é a grande joia que nós temos”, diz Reis.
Luisa Torreão
Impossível falar em Baía de Todos-osSantos sem pensar em um dos principais conceitos em voga nos últimos anos: a sustentabilidade. Não podia ser diferente. Trabalhar o desenvolvimento turístico, econômico e social de uma área de 1.233 km², rodeada por 16 municípios e 56 ilhas, requer, antes de tudo, torná-la um organismo sustentável. “Se não houver qualidade no ambiente, não dá para ter um turismo bem desenvolvido. Uma coisa está atrelada à outra”, garante a oceanógrafa e pesquisadora Vanessa Hatje, vice-coordenadora do Projeto Estudo Multidisciplinar da Baía de Todos-os-Santos, um coletivo acadêmico que envolve 50 pesquisadores e 80 alunos
vinculados a oito universidades públicas baianas. De acordo com Vanessa, o grande entrave para a sustentabilidade da Baía ainda se refere a um aspecto estrutural: a falta de saneamento básico. “A BTS sofre um aporte muito grande de efluentes, com uma enorme carga patogênica. Precisa haver um esforço dos governantes para colocar as ações de melhoria como prioridade”. Diariamente, milhares de resíduos industriais e domésticos são jogados nos rios e no mar da Baía, poluindo as águas. “Não tem como resolver a situação se não houver uma boa rede de esgoto, coleta e tratamento”, sinaliza a pesquisadora. Segundo os estudos do Projeto Multidisciplinar da BTS, dos 16 municípios locali-
zados nas margens da Baía, apenas seis estão acima da média do Estado (58,6%) com relação ao número de domicílios urbanos com esgotamento sanitário adequado. “Se não fizermos uma ação articulada por todas as partes, não há condições de avançar. E o viés da educação tem que estar presente em tudo”, diz. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) coloca na lista dos principais conflitos ambientais encontrados na BTS, além do lançamento de efluentes domésticos e industriais, a disposição inadequada de resíduos sólidos, a pesca com explosivos, a ocupação desordenada do solo, o desmatamento, a caça predatória, a ocupação de áreas de preservação permanente e o extrativismo descontrolado de crustáceos e moluscos.
Acesso
Outros aspectos – Eduardo Athayde, membro do Rotary Clube Baía de Todosos-Santos, chama a atenção, no entanto, de que a sustentabilidade vai além do enfoque ambiental. Precisa ser dimensionada também nos aspectos sociais, culturais, econômicos, financeiros, tecnológicos e estruturais. “Quando apenas o viés da preservação ambiental é focado, o desequilíbrio emperra o desenvolvimento. O inverso também é verdade”, afirma. Vanessa Hatje reconhece que tratar de sustentabilidade não significa preservar apenas os recursos naturais. Segundo ela, ao não serem resguardadas também as manifestações culturais, tal como o artesanato e a culinária, perde-se tradição, força e potencial de turismo. Trata-se, afinal, de uma cadeia interligada, na qual todos os elementos precisam estar em harmonia para garantir a gestão sustentável do organismo. O que significa dizer que não adianta investir em turismo sem cuidar da natureza ou das tradições culturais, da mesma forma que é fundamental garantir educação,
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Idealizada para proteger os remanescentes de Mata Atlântica, os manguezais, os ambientes marinhos e estuarinos encontrados na região da Baía de Todos-osSantos, a APA BTS foi criada pelo Decreto 7595, de 05 de junho de 1999, como um dos primeiros passos para a proteção da localidade. Atualmente, atua de modo a promover o ordenamento de uso e ocupação das ilhas da Baía, visando o desenvolvimento de atividades econômicas adequadas à conservação dos recursos naturais. Segundo a gestora da APA BTS, Catarina Orrico, um dos trabalhos é difundir as práticas pesqueiras sustentáveis, por meio da gestão participativa, através de encontros, cursos e palestras. No dia 04 de outubro passado, foi concluído um Termo de Referência para o ordenamento da Unidade de Conservação da APA BTS, a partir do qual será possível a contratação de consultoria especializada para a elaboração de um Plano de Manejo, através de licitação.
Reduções fiscais aef asdf asdf asdf dfa No intuito de atrair investimentos em bases de charter de padrão internacional, o Governo do Estado está oferecendo reduções fiscais a fim de incentivar a cadeia produtiva náutica. Dessa forma, estabeleceu, por um período de cinco anos, a isenção do ICMS para importação de embarcações de recreio ou esporte adquiridas por empresas prestadoras de serviços de aluguel e turismo. Porém, no caso de ocorrer a desincorporação da embarcação antes de cinco anos de uso no estabelecimento, a dispensa do lançamento do imposto será de 20% por cada ano de uso completado. A isenção total do ICMS também contempla a produção de embarcações de recreio ou esporte. Há, ainda, a redução da carga tributária para 7% na comercialização de barcos de recreio ou esporte produzidos no Estado e a isenção do ICMS na produção de componentes, partes e peças de produtos ligados à náutica de lazer. Vale sinalizar que dos US$ 85 milhões garantidos pelo Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur Nacional) para a Baía de Todos-os-Santos, 60% é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e 40% pelo Ministério do Turismo. O secretário Domingos Leonelli explica que o Governo do Estado tem como contrapartida arcar com 10% dos 40% do Ministério, algo em torno de 4% do total. Além disso, fica responsável pela execução dos projetos e o cumprimento das exigências feitas pelo BID.
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Recuperação de Patrimônio Histórico e Cultural
Prodetur Nacional
Histórico O Prodetur surgiu como um programa de crédito para o setor público voltado exclusivamente para atuar nos nove estados nordestinos. Era o Prodetur Nordeste, cuja primeira fase iniciou em 1994, com foco em infraestrutura. Após duas fases, o programa foi modificado para atuar nacionalmente, de forma mais ampliada. Hoje, o Prodetur atua nas linhas de desenvolvimento de produto turístico, comercialização, infraestrutura e serviços básicos, gestão ambiental e fortalecimento institucional. Na Bahia, trabalha dentro dos eixos estratégicos da Setur e da Bahiatursa, que vão desde inovação e qualificação à integração econômica e promoção do destino turístico.
Segundo informações da Secretaria do Meio Ambiente, o Plano de Manejo é um documento técnico que visa levar a Unidade de Conservação a cumprir com os objetivos estabelecidos na sua criação; define objetivos específicos de manejo, orientando a gestão da Unidade de Conservação; além de promover o manejo da Unidade de Conservação, orientado pelo conhecimento disponível ou gerado.
Implantação de Infraestrutura e serviços Fortalecimento Institucional e Implantação de sistema de governaça
Qualificação Profissional e Capacitação Empresarial
Inclusao Produtiva
Formatação e Comercialização de novos produtos e roteiros
Gestão Ambiental
trabalho e renda à população local, de modo que a região se sustente social e economicamente. O Projeto Multidisciplinar BTS é uma das iniciativas que tem trabalhado os aspectos social e educacional. Uma coleção de sete cartilhas abordando assuntos como água, lixo, pesca e poluição, foi publicada e distribuída em escolas estaduais do Ensino Médio, a fim de servir de suporte paradidático, bem como nas comunidades da Baía, durante as atividades de coleta de dados. O projeto também promove oficinas e um programa de vocação científica. “Um dos grandes problemas é passar informação para as comunidades do entorno. O que a gente percebe é que as pessoas vivem em volta da Baía, mas pouco a conhecem”, revela Vanessa Hatje. O grupo de pesquisadores ainda planeja a elaboração de um livro infantil sobre a história da BTS. “As crianças vão ter um papel fundamental na sustentabilidade. É mais fácil educar as crianças do que mobilizar os adultos”, afirma a vicecoordenadora do Projeto BTS.
APA BTS
A oceanógrafa e pesquisadora da Baía de Todos-os-Santos Vanessa Hatje concorda que precisa haver reformas estruturais. “A BTS tem uma diversidade muito grande de ambientes, ecossistemas bastante diferentes e todos com potencial para o turismo. Mas para conseguir investir nisso, tem que melhorar a infraestrutura, como o saneamento e o acesso”. Ela dá como exemplo a travessia de ferry-boat: “Ir para Itaparica é muito difícil. Em períodos de pico, chega a haver fila de espera de cinco, seis horas. Isso não pode acontecer”. A construção da ponte Salvador-Itaparica, já prometida para ser construída entre os anos de 2014 a 2018, no entanto, não parece uma solução viável para Vanessa. “Particularmente, eu não acredito. Não conseguiram terminar o metrô, construído sobre a terra. A ponte é um projeto de longo prazo, numa extensão grande, vai envolver a desapropriação de áreas. Acho muito precipitado pensar nisso agora”, defende a pesquisadora.
2014 Todos esses projetos, do plano físico ao sociocultural, já contam com alguns planejamentos prévios e estão em fase final de captação de recursos, segundo garante o secretário. “Em grande parte, essas intervenções ficarão prontas até 2014”, diz. O advogado Sérgio Nogueira Reis, presidente do Rotary Clube Baía de Todosos-Santos, acredita que por conta da Copa do Mundo a ser sediada no Brasil, “as promessas que já existem há vários anos irão finalmente sair do papel”. Segundo ele, tudo o que falta é apenas vontade política. Uma das obras que o Rotary defende é a reforma dos armazéns 1 e 2 do Porto de Salvador. De acordo com reunião entre
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Semana Kirimurê No próximo dia 31, tem início a I Semana Kirimurê, organizada pelo coletivo do Projeto Estudo Multidisciplinar da Baía de Todos-os-Santos. As atividades, como mesas redondas, seminários de pesquisa, mostras de cinema e arte, vão acontecer em Salvador e Cachoeira. A semana marca e celebra a data da chegada dos portugueses na BTS – 1 de novembro de 1501, Dia de Todos-os-Santos, cujo nome batizou a Baía. Naquela época, a região era conhecida pelos indígenas como Kirimurê, que segundo alguns historiadores significaria “grande mar interior dos Tupinambás”. O objetivo do evento, segundo a pesquisadora Vanessa Hatje, é chamar a atenção de um público geral, aproximando comunidades locais, gestores públicos, pesquisadores e estudantes. “Queremos colocar a BTS em evidência, mobilizar a sociedade para preservar a Baía”, diz. Programa de pesquisa – Em curso há três anos, o Projeto Estudo Multidisciplinar
BTS foi pensado para se desenvolver ao longo de 30 anos, dividido em seis módulos de cinco anos cada. O projeto prevê a sistematização, produção e disseminação de informações científicas e a formação de pessoal. A partir de pesquisas e intervenções na Baía, os pesquisadores atuam em dois eixos: ambiente físico e ambiente humano. O primeiro está dividido nas áreas de oceanografia e recursos naturais, o segundo em educação, artes, história e cultura. De acordo com a vice-coordenadora, Vanessa Hatje, o projeto surgiu da ação de alguns pesquisadores que já trabalhavam com a Baía, porém de maneira desarticulada. A partir de diversas discussões, a proposta foi levada para a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), que acolheu a ideia e passou a financiar os estudos, que contam também com alguns recursos do CNPq e da Capes.
PROGRAMAÇÃO SEMANA KIRIMURÊ 31.10 (segunda) 09h às 13h Espaço Lazareto – FAPESB • Mesa Redonda • Gestão Ambiental da Baía de Todos os Santos Moderação: Francisco Barros (UFBA)
19h Museu de Arte Sacra da UFBA • Abertura da Semana Kirimurê. • Apresentação do Madrigal da Universidade Federal da Bahia. • Mostra de fotos e vídeos: Baía de Todos os Santos em retalhos, do Grupo Mameto - BTS. • Apresentação do livro A Larga Barra da Baía: essa província no contexto do mundo, de Milton Moura. • Lançamento do livro Baía de Todos os Santos: Ambiente Humano, organizado por Carlos Caroso, Fátima Tavares e Cláudio Pereira. • Lançamento da Coleção Cartilhas Baía de Todos os Santos
01.11 (terça) 09h Instituto Federal de Educação, Ciência e Tec. da Bahia (IFBA) • Abertura da Exposição Fotográfica Vida e pesca nos mares da Bahia. Francisco Souto“Franzé”(UEFS)
09h30 às 17h Auditório e salas do IFBA • Seminário Estudantil de Pesquisa Baía de Todos os Santos
02.11 (quarta) 09h às 13h Base Naval de Aratu • Visita de alunos da Educação Básica ao Navio Balizador da Marinha
03.11 (quinta) e 04.11 (sexta) 09h às 17h (quinta) 09h às 12h (sexta) UFBA - Auditório do PAF • Seminário Estudo Multidisciplinar Baía de Todos os Santos
• Palestra de abertura com Charbel El Hani (UFBA): Comunidades de prática e a interação universidade-sociedade
05.11 (sábado) 09h às 13h Auditório do CAHL / UFRB - Cachoeira • Mesa Redonda • Pesca na Baía de Todos os Santos: fazeres, saberes e viveres Moderação: Francisco Souto (UEFS)
15h às 19h Auditório do CAHL / UFRB - Cachoeira • Mostra Cinema Kirimurê A Baía de Todos os Santos em imagens e sons Curadoria: Grupo de Estudos e Práticas Documentais, do Curso de Cinema e Audiovisual da UFRB
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OS SANTOS
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Heróis da Baía de Todos os Santos Seminário para çalkdsjf vasçld propor políticas públicas asdf d Memória viva de Conceição do Jacuípe, personalidades guardam boas lembranças e comemoram a chegada do desenvolvimento e comemoram a chegadaalidades guardam boas lembranças e comemoram a chegada do desenvolvimento
Andréa Fernandes
Enquanto o governo tenta encontrar a melhor maneira de organizar de forma eficiente a gestão da Baía de Todos-os-Santos (BTS), iniciativas isoladas ou em parcerias vão fazendo os trabalhos de conservação e até de pesquisa tão necessários para a região. E se a baía ainda mantém a sua rica beleza, muito se deve à ação de pessoas como Zé Pescador, grupos ambientalistas de grande expressão como o Gérmem, ou ONGs que aglutinam gente simples e lutadora com vontade de ajudar, como é o caso da Manguezal Meu Quintal de Itaparica. Eles são a prova de que o amor pela causa, se não substitui a força do Estado, ao menos, reduz o impacto de sua ausência. Essas iniciativas são frutos de histórias pessoais e envolvimentos apaixonados que geram reação, movimento, e, em consequência, trazem benefícios cujo alcance é tão difícil de mensurar, assim como é difícil de saber o nível de depredação de uma baía que não tem ainda um plano de manejo. Histórias como a de Zé Pescador dão a dimensão do poder que a natureza tem sobre quem entra em contato com ela. Ele é natural da ilha de Itaparica, pescava para sobreviver, como seu nome propõe, e o fazia com um predador. Um dia, depois de perceber que o fruto de seu trabalho parecia diminuir com o tempo, encontrou em sua filha, Janaina, as palavras que fizeram do predador um ambientalista aguerrido. Janaina lhe perguntou o que eram aquelas bolinhas amarelas que estavam grudadas na lagosta que ele acabara de pescar. “São ovas, minha filha, delas nascem outras lagostas”, disse. Sua filha, indignada, lhe respondeu: “então, meu pai, por que não deixou os filhinhos dela nascerem?”. Nasceu da sincera visão de uma criança um outro homem, um líder que há mais de uma década está trabalhando em prol de áreas que compõem a BTS. Zé Pescador é o fundador da ONG PRÓ-MAR, e, como empreendedor social, já teve sua história contada até em documentários que circulam o mundo. Apesar da origem simples, sua luta pela sobrevivência do ecossistema que conhece desde que nasceu é baseada em conceitos complexos e abrangentes. “Buscamos estimular o desenvolvimento do pleno exercício da cidadania através da educação ambiental, do diálogo e da solidariedade dos diversos segmentos sociais para, em parcerias, participarem das atividades de interesse comum”, explica. A PRÓ-MAR tem doze anos de vida e já realizou trabalhos relevantes para a comunidade do seu entorno e para a BTS. Entre eles, Zé pescador, que é também gestor da Área de Proteção Ambiental Recifes das Pinaúnas e da Unidade de Conservação Estação Ecológica Ilha do Medo, ambos na Ilha de Itaparica, destaca alguns. “O Projeto Maré Global, de 2006, por exemplo, foi um trabalho de sensibilização, de educação ambiental, de monitoramento dos recifes de coral das ilhas de Itaparica e de Boipeba, e de apoio à criação de áreas marinhas protegidas”, informa. Com o projeto, a ONG de Zé pescador ganhou o 9º Prêmio FIEB de Desempenho Ambiental. A partir da sua visão, na qual a educação e o diálogo em busca de uma conscientização são o caminho de salvar o meio ambiente, Zé pescador colocou em prática projetos como o Corredor Ambiental Cacique Taparica e o PRÓ-MAR Vai à Escola. Outra iniciativa de destaque na Ilha de Itaparica é a da ONG Manguezal Meu Quintal de Itaparica. Fundada por Almir Costa Requião, em Vera Cruz. A organização atua desde 2001, tentando proteger
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“Memória viva de Conceição do Jacuípe, personalidades guardam boas lembranças e comemoram a chegada pela como desenvolvimentdf
uma das peças chaves do ecossistema BTS, o manguezal. Almir começou sua luta no povoado de Ponta Grossa, onde percebeu a falta de conscientização dos moradores quanto à destinação do lixo doméstico que era lançado na “maré”. O nome da organização vem do primeiro trabalho realizado naquele povoado. “Com o objetivo de que os moradores cuidassem de seus quintais, não jogando lixo na maré, estabelecemos um prêmio para o quintal mais bonito e limpo de Ponta Grossa”, conta. Desde então muito outros trabalhos relevantes foram realizados pela Manguezal Meu Quintal de Itaparica. “Destacaria nossa atuação nas escolas municipais de Vera Cruz, na contra-costa da Ilha de Itaparica, conscientizando e envolvendo as comunidades na preservação dos manguezais, por ser o principal estuário e provedor dos pescadores e marisqueiras da APA-BTS”, destaca. Para garantir a sobrevivência dos manguezais da ilha, a ONG criou um viveiro de mudas de mangue e outras plantas
nativas e exóticas da região. “Além disso, recebemos e instalamos o projeto do Governo Federal, o “SALA VERDE”, pelo qual recebemos e apresentamos livros e mídias ambientais para as crianças, que fazem também reforço escolar”, informa. Não se pode falar de iniciativas em prol da BTS sem citar o grupo ambientalista Gérmem. Nem se pode falar de uma das mais importantes ONGs em defesa da BTS sem falar de seu fundador, José Augusto Saraiva Peixoto. Saraiva é arquiteto, com atuação em planejamento urbano conservacionista, e fundou o Gérmem em 1981, organização comprometida com a conservação e a recuperação do meio ambiente e com a cultura popular local. O grupo direciona seus esforços em diferentes focos de atuação, tais como educação, pesquisa e monitoramento ambiental, projetos com comunidades locais, mobilização da opinião pública, assessoria técnica e ecoturismo. Uma das campanhas lideradas por Saraiva, Combate à Pesca Predatória com Explosivos, reuniu 32 organizações, inclusive o IBAMA e empresas privadas. Reunindo recursos através de editais ou em parcerias com grandes instituições como a UFBA, a Petrobras e a Dow Química, e até mesmo o Governo do Estado, o Gérmen, tem sido o mais atuante grupo ambientalista voltado à defesa da BTS. O grupo contabiliza projetos e campanhas como o Salve o Saveiro, Ilha do Medo, Jornal Baía de Todos, Saneamento Ambiental da Baía de Todos-os-Santos, Ver de Trem, e ações de educação ambiental não-formal. Desde a sua fundação, promoveu diversos encontros e seminários, discutindo a melhoria da qualidade de vida, a conservação e a preservação da BTS. O trabalho mais significante feito pelo Gérmen foi, provavelmente, o livro Diagnóstico Ambiental da BTS, realizado em 1990, que até hoje serve de subsídio
Baía de Todos-os-Santos, Hoje e Sempre. Esse é o lema do seminário que marca os 510 anos da segunda maior baía do Brasil. Organizado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e pela Cetrel, o evento acontece nos próximos dias 31 e 1º. As discussões serão sediadas no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), no Stiep. Com a proposta de elaboração de uma agenda de Políticas Públicas, o seminário visa o desenvolvimento sustentável da Baía de Todos-os-Santos (BTS). No dia 31, haverá quatro painéis para discutir temas como gestão socioambiental, turismo, práticas inovadoras de tecnologias sociais e empreendedorismo econômico. Na ocasião, será apresentado o modelo exitoso de gerenciamento da Baía de São Francisco, na Califórnia (EUA). Estarão presentes o advogado Geoffrey Gibbs, conselheiro da Agência de Desenvolvimento da Baía de São Francisco, e o empresário Sean Randolph, presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico da Califórnia. “Ambos vêm promover o Projeto Bahia-Califórnia e convidar empresários e o governo para parcerias com o estado norte-americano”, afirma o diretor do Worldwatch Institute no Brasil e membro do Rotary Clube Baía de Todos-os-Santos, Eduardo Athayde. Ganha, ainda, destaque na programação a candidatura da BTS ao Clube das Mais Belas Baías do Mundo, na presença do empresário Galip Gur, presidente do clube internacional, cuja sede se situa em Paris. O encerramento do dia 31 ocorre às 19 horas, com uma apresentação cultural e um coquetel. Já o dia 1º será marcado por um passeio náutico comemorativo ao Dia de Todos-os-Santos, com para projetos e estudos sobre a baía. A almoço festivo em uma das ilhas da Baía. publicação simplesmente é a reunião de informações mais aprofundada feita sobre o tema. “Nós ainda propusemos A ideia do seminário surgiu por meio do recomendações de atuação dos podres Rotary Clube Baía de Todos-os-Santos, públicos no sentido da constituição de uma fundado em maio do ano passado. “Nós política de gestão da baía”, informa José demos a ideia. Fizemos o contato com Augusto Saraiva, que hoje ocupa o cargo os convidados internacionais e levamos de coordenador de projetos da ONG. as sugestões para o governo”, garante o presidente do clube, o advogado Sérgio Nogueira Reis. O Rotary realiza reuniões semanais na Participando ativamente da vida da Baía Associação Comercial da Bahia, para disde Todos-os-Santos, esses empreendedores cutir e promover a proteção da BTS, além sociais sabem mais do que ninguém as da revitalização do bairro do Comércio. dificuldade por que passam a natureza “Queremos ajudar a elevar a Baía a outro da região, incluindo nela pessoas, fauna nível, tanto turístico quanto empresarial, e flora, seja em ambiente terrestre ou auxiliando a desenvolvê-la de forma susmarinho. A sua importância é reconhecida tentável, trazendo investimentos sem pela gestora da APA BTS, Catarina Orrico, prejudicar o ecossistema”, afirma Reis. ao afirmar que eles “são os olhos e os O seminário surge, portanto, nesta braços do Estado, pois estão onde ele não intenção. De acordo com o presidente do pode estar presente, ou seja, no cotidiano Rotary BTS, o principal resultado que pode da comunidade e sua relação com o meio sair do evento é a assinatura de convênios ambiente”. Por isso, sua visão sobre os cam- para melhor explorar a Baía, de forma inhos que a gestão da BTS vem tomando é sustentável, por meio de intercâmbios tecnológicos, principalmente com a Baía de extrema importância. Zé Pescador tem na ponta da língua de São Francisco. Para Eduardo Athayde, a troca de ino que parece ser uma unanimidade entre esses homens e mulheres comprometidos formações, a inovação, transferências de com a natureza e resume seu pensamento tecnologias, estudos e articulação de insobre a gestão da BTS em uma palavra. vestimentos são algumas das contribuições “Engessada”. Almir Requião destrincha do seminário para o desenvolvimento mais um pouco o pensamento. “É um turístico, econômico e sustentável da BTS. O diretor de Política e Planejamento modelo antigo que iguala e proíbe as Ambiental da Sema, José Pondé, destaca diversas faces da APA-BTS, impedindo o que um dos objetivos é “ampliar a coesão seu desenvolvimento sustentável por áreas institucional e técnica sobre a BTS, com distintas e de características diferentes”. o intuito de obter ações que induzam ao Para José Augusto Saraiva, do grupo desenvolvimento sustentável, especialGérmen, é muito difícil se fazer um tramente na esfera turística, gerando trabalho balho de gestão sem os subsídios técnicoe renda à população local”. científicos necessários. “Já passamos por Outra meta, informa Pondé, é divulgar o três governantes e nenhum deles fez o papel inovador do Estado, da sociedade civil, que deveria ter sido feito, que é o plano de ONGs, associações e empresas, localizade manejo, sem ele, pouca coisa pode ser das no entorno da BTS, na busca de susfeita efetivamente”, critica. tentabilidade ambiental e socioeconômica.
Memória viva de Conceição do Jacuípe, personalidades guardam boas lembranças e comemoram a chegada do desenvolvimento e comemoram a chegadaalidades guardam boas lembranças e comemoram a chegada do desenvolvimento anças e comemoram a chegada do desenvolvimentoanças e comemoram a chegada do desenvolvimento PROGRAMAÇÃO Seminário Baía de Todos os Santos, Hoje e Sempre 31 de outubro 09h às 09h30 - Abertura 09h30 às 10h - Apresentação do Vídeo Baía de Todos os Santos e Apresentação Cultural 09h45 às 10h - Apresentação do Clube The Most Beautiful Bays in the World 10h às 10h30 - Candidatura da BTS ao Clube The Most Beautiful Bays in the World e entrega do Prêmio Amigos da BTS 10h30 às 12h - Painel 1 Práticas de Gestão Socioambiental para a BTS, SEMA,INEMA,SEDUR (HABITAÇÃO), SEAGRI/BAHIAPESCA, SEBRAE, SECOPA, SEDES, SETRE, CODEBA
12h às 13h - Almoço 13h às 14h30 - Painel 2 Contextualização do Programa PRODETUR e a sua articulação com as demais Políticas Públicas do Estado visando transformar a BTS na principal Zona Turística do Estado. SETUR, CONDER, SEMA, BID, SECULT, SEINFRA, SICM, DISTRITO NAVAL, MINISTÉRIO DO TURISMO
Iniciativa
14h30 às 16h – Painel 3 Práticas inovadoras de tecnologias sociais, empreendedorismo econômico e organizacional para o desenvolvimento sustentável da BTS. SETRE, SEPLAN, SEMA, PETROBRAS, CETREL, SETUR, SEAGRI, ONGS, DOW, PROQUIGEL, FIEB, ADEMI, ROTARY, UFBA
Visão da baía
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Projeto para tratamento de efluentes Parceira na realização do Seminário Baía de Todos-os-Santos, Hoje e Sempre, a Cetrel (Empresa de Proteção Ambiental) está trabalhando na elaboração de um projeto para tratamento de efluentes industriais lançados na BTS. “A ideia é que, em vez de despejarem efluentes na Baía, as indústrias mandem os resíduos para a Cetrel, que fará o tratamento e o transporte do material até o oceano”, explica o diretor-presidente da empresa, Nei Silva. Para isso acontecer, está sendo planejada a construção de um emissário saindo de Candeias em direção à Cetrel, que fica localizada na Via Atlântica do Polo Petroquímico de Camaçari. A extensão da obra é de 70 km, seguindo o percurso das indústrias locais, por onde o emissário passaria recolhendo os efluentes. Segundo Nei Silva, o projeto de engenharia já está pronto, e no momento está em curso o plano de viabilidade econômica. “Faremos a negociação das tarifas com
as indústrias”, diz o diretor-presidente, esclarecendo que cada empresa pagaria uma taxa pelo serviço. De acordo com as estimativas da Cetrel, são mais de 10 mil metros cúbicos de resíduos despejados por hora na Baía de Todos-os-Santos, sem qualquer destinação. “A Baía funciona quase como um lago. Qualquer poluição lançada fica por ali, dificilmente pega corrente oceânica e vai embora”, afirma Silva. Outra proposta da Cetrel é a de fazer monitoramento integral oceanográfico da BTS. Enquanto uma plataforma colhe e analisa a qualidade da água da Baía, os dados são transmitidos via satélite. Para funcionar, a ideia precisa ser aprovada perante os órgãos competentes. “A gente achou que tinha o dever de usar o nosso conhecimento para a Baía de Todos-os-Santos, que é uma das mais bonitas do mundo. Porém, mais do que o potencial turístico, importa a qualidade de vida da população do entorno”, assegura Nei Silva.
16h às 16h30 – Intervalo 16h30 às 18h30 – Painel 4 Diretrizes para uma Agenda de Políticas Públicas visando o desenvolvimento sustentável da BTS. Experiência Exitosa na Gestão da Baía de São Francisco. SETUR, SEMA, CONDER, SEAGRI/BAHIAPESCA, SEPLAN, BID, SEINFRA, SERIN
18h30 às 19h – Encerramento 19h às 20h – Apresentação Cultural e Coquetel 01 de novembro
09h às 13h - Passeio Náutico Comemorativo do Dia da Baía de Todos-os-Santos
13h às 14h – Almoço Comemorativo do Aniversário da Baía (em uma das ilhas da BTS)
14h às 16h – Retorno à Salvador
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SALVADOR, BAHIA, DOMINGO, 30/10/2011
BAÍA DE TODOS OS SANTOS
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