O Fim do Mundo - TM - Volume 14

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ÍNDICE Lição nº 01 – O Fim do Mundo . .............................................................03

Onésio Figueiredo

Lição nº 02 – As Três Dimensões do Ser .................................................07

Arival Dias Casimiro

Lição nº 03 – A Imortalidade da Alma . ...................................................11

Gerson Gouveia

Lição nº 04 – O Estado Intermediário .....................................................14

Onésio Figueiredo

Lição nº 05 – Milênio e as Doutrinas Milenistas .......................................18

Gerson Gouveia

Lição nº 06 – Cavalaria do Inferno . ........................................................22

Hernandes Dias Lopes

Lição nº 07 – O Anticristo ......................................................................26

Hernandes Dias Lopes

Lição nº 08 – Apostasia .........................................................................29

Luiz Carlos Salomão

Lição nº 09 – A Salvação de Israel .........................................................32

Onésio Figueiredo

Lição nº 10 – A Segunda Vinda de Cristo ................................................36

Gerson Gouveia

Lição nº 11 – O Juízo Final (I) ................................................................39

Herminsten M. Pereira

Lição nº 12 – O Juízo Final (II) . .............................................................42

Herminsten M. Pereira

Lição nº 13 – A Vitória Final ..................................................................46

Onésio Figueiredo

Revista 14 • O Fim

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Mundo

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Apresentação Chegamos ao ano 2.000! O mundo não acabou. Algumas previsões falharam. Mas, será mesmo que um dia o mundo acabará? A Bíblia diz que sim. Assim como existiu um princípio (Gênesis) também haverá um fim (Apocalipse). A grande paz que sentimos reside no fato de que Deus esteve no princípio (ontem), está conosco agora (hoje) e estará no fim (amanhã). “Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso” (Ap 1-8). Estudaremos neste trimestre 13 temas da Escatologia Cristã. Faça um bom proveito! Os Editores

Revista Educação Cristã •

Volume 14

6ª Edição - Abril/2012

O Fim do Mundo 13 Estudos Bíblicos sobre escatologia cristã EDITORES RESPONSÁVEIS: Alberto José Bellan e Arival Dias Casimiro

Copyright © 1999 - Z3 Editora Ltda. Fica explicitamente proibida qualquer forma de reprodução total ou parcial desta revista, sem o expresso consentimento da editora.

PRODUÇÃO E DIAGRAMAÇÃO:

REVISÃO GRÁFICA: Ademar de Oliveira Godoy e Juana del Carmen C. Campos

PUBLICAÇÃO: Z3 EDITORA LTDA. Rua Floriano Peixoto, 103 - Centro - Tel/Fax: (19) 3464.9000 FOTO DA CAPA: CEP 13450-022 - Santa Bárbara d’Oeste - SP iStockPhoto E-mail: vendas@z3ideias.com.br Site: www.z3ideias.com.br IMPRESSÃO E ACABAMENTO: Filiado à ASEC - Associação de Editores Cristãos Associação Religiosa Imprensa da Fé - SP

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O Fim do Mundo Segunda: Terça: Quarta: Quinta: Sexta: Sábado: Domingo:

Texto Básico Mateus 24.14

Leitura Diária

Novos Céus e Nova Terra......................... Is 65.17-25 O Novo Céu e a Nova Terra...................... Ap 21.1-8 A Bendita Esperança............................... Tt 2.11-15 O Rei dos Judeus..................................... Mt 2.1-12 O Fim do Mundo...................................... 2 Pe 3.1-13 Cumpriu-se a Escritura........................... Lc 4.16-21 As Minhas Palavras não Passarão........... Mt 24.32-44

Objetivo da lição:

Conhecer o ensino bíblico das últimas coisas.

INTRODUÇÃO O termo escatologia origina-se de duas palavras gregas, “éschatos” e “lógos”. “Éschatos” significa: Último de uma série, fim de uma era, extremo de uma jornada, ponto final de um acontecimento, alvo a ser atingido, meta. A palavra “lógos” tem variadíssimo uso, mas aqui é tomada no sentido de estudo. Portanto, “escatologia” é o estudo das últimas coisas, dos acontecimentos do fim dos tempos, o termo final da atual ordem mundial e da presente história humana. Tal fim se dará, segundo as Escrituras, com a volta de Cristo, a ressurreição de todos os mortos, a transformação dos eleitos, que estiverem vivos na ocasião do evento, o juízo final, a glorificação dos justos, a perpétua condenação e detenção de Satanás com seus anjos e súditos. Lição 01 • O Fim

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EXPOSIÇÃO 1. CORRENTES ESCATOLÓGICAS Há quatro principais correntes escatológicas. Ei-las: 1.1. Amilenismo Sustenta que o milênio está em curso. Começou com a ressurreição e exaltação de Cristo e criação da Igreja. Terminará com a segunda vinda do Cordeiro. 1.2. Pré-milenismo Prega que o reino milenário do Messias será implantado na terra, material, social, política e religiosamente, por ocasião de sua volta e com a ressurreição dos justos. O reino milenário terminará com a ressurreição e a condenação final dos ímpios. 1.3. Pré-milenismo Dispensacionalista, Tribulacionista: Ensina o arrebatamento secreto da Igreja; a volta de Cristo em dois tempos; dois distintos povos de Deus, Igreja e Israel; dois reinos; duas ou mais 3


ressurreições; mais de um juízo; tribulação somente para Israel. 1.4. Pós-milenismo Divulga um crescimento numérico e espiritual da Igreja até chegar ao ponto ideal, preconizado por Deus, quando se implantará o reino milenário do Messias cujo término se dará com a ressurreição geral, juízo final e reinado eterno de Cristo. A Igreja, dizem os pós-milenistas, pela pregação do evangelho promoverá a conversão das nações e a consequente paz milenária no mundo. 2. ESCATOLOGIA NA REVELAÇÃO A escatologia faz parte integrante e integral da revelação. Toda e qualquer solução efetiva na ordenação, correção, condução, preservação e habilitação dos eleitos possuía dimensão futura, um tipo de imagem ou esboço do que haveria de acontecer plena, definitiva e perfeitamente. O conteúdo escatológico do Velho Testamento, portanto, sob o foco do Novo, pode ser fácil e claramente percebido em todos os seus principais e fundamentais eventos reveladores. Exemplos: 2.1. Na Criação do Homem Previsões futuras para o homem e a humanidade: Fecundidade, proliferação, povoamento da terra, comando da natureza, domínio sobre todos os seres criados, guarda da ordem natural e atividades ergológicas criativas (Gn 1.28; 2.15). 2.2. Na Queda Anúncio do advento de um ser humano poderoso, capaz de esmagar a cabeça da serpente, apontando para o futuro Redentor, Jesus Cristo (Gn 3.15). 4

2.3. No Dilúvio Houve uma recriação do mundo, um restabelecimento da aliança feita com Adão e uma promessa, sinalizada pelo arco-íris, da não reincidência da catástrofe diluviana. O Novo Testamento vê a Arca de Noé como símbolo escatológico da Igreja (Mt 24.38; Hb 11.7; 1 Pe 3.20,21; 2 Pe 2.5). 2.4. Em Abraão Início do povo da promessa e embrião da doutrina da graça percebido na imagem tipológica de Isaque. (Rm 4. 1-25; Gl 3.6-8; 3.16). 2.5. Nas Mensagens Proféticas e na Figura Ungida de Davi As grandes profecias de Israel, especialmente as de Isaías, apontam para um “Servo de Deus”, sofredor e vicário, triunfador e libertador de seu povo, herdeiro do trono de Davi, sucessor de Moisés. Os autores neotestamentários identificaram inequivocamente o Messias prometido de que falaram os profetas com Jesus Cristo; e o próprio Jesus assim o faz ao reformular a lei e ao admitir perante as autoridades judaicas e romanas ser Rei, ter nascido para isso. 3. VISÃO DO VELHO TESTAMENTO O Velho Testamento desconhece completamente a escatologia estabelecida em dois estágios, no Novo Testamento. Todas as profecias vetu-testamentárias apontam para um reino messiânico de base judaica e domínio universal. Por outro lado, o aspeto puramente espiritual é muito escasso e confuso na pregação dos profetas do Velho Testamento. A ênfase recai num novo rei verdadeiramente ungido, sem as fraquezas e as injustiças dos anteriores; preconizando um reinado Lição 01 • O Fim

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universal do Messias prometido, onde a justiça, a paz, a submissão, a ordem e o respeito são marcas salientes e permanentes. A esperança profética do Velho Testamento firma-se na promessa de recriação cósmica em que tudo se fará novo: “Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembranças das coisas passadas, jamais haverá memória delas” (Is 65.17). Essa esperança escatológica não inclui o fim da morte e do pecado, mas uma renovação da atual criação com o prolongamento da vida humana e a eliminação dos conflitos entre os seres criados: “Não haverá mais nela (a nova terra), criança para viver poucos dias, nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar só aos cem anos será amaldiçoado” (Is 65.20). “O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor” (Is 65.25). Como se nota, o reino escatológico profetizado por Isaias, com a presença do pecado e da morte, nenhuma semelhança tem com o preconizado por Jesus Cristo e pelos apóstolos no Novo Testamento, a ser estabelecido, num novo céu e numa nova terra, com e a partir da segunda vinda do Cordeiro, onde o pecado e a morte não mais existirão. A esperança de uma terra da promissão para os eleitos começa com Abraão; intensifica-se com Moisés; parece cumprir-se com Josué e realizar-se com Salomão. No entanto, a promessa é renovada a Davi, mediante aliança, de que o rei do reino a ser estabelecido por Javé seria de sua descendência, referindo-se a Jesus Cristo, o Filho do Homem, título que Jesus assumiu, contido na visão Lição 01 • O Fim

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de Daniel (Dn 7.13,14), ou rei divino, da preconização de Isaias (Is 7.14; 9.6), que fala ainda do servo sofredor, identificado no Novo Testamento com Jesus Cristo (Is 42.1-4; 49.5-7; 52.13-15, com destaque do capítulo 53). Os profetas do Velho Testamento previram grandes e intensas tribulações nos tempos antecedentes ao reino escatológico messiânico. O surgimento da nova era seria penoso para os gentios, inimigos dos eleitos, quando Deus executaria a terrível destruição de todos os oponentes de Israel, especialmente os da Babilônia (Is 13.6-8, 17-22).O período tribulacional previsto recebe, geralmente, a designação de “Dia do Senhor” e é descrito com imagens e figuras hiperbólicas. O dia do Senhor trará também juízo sobre Israel, por causa de sua apostasia (Is 2.12,17; Sf 1.14,15). 4. JÁ E AINDA NÃO A Igreja consciente sabe que a maior parte das predições escatológicas do Velho Testamento cumpriu-se com o advento de Jesus Cristo; outra parte ainda se cumpre na atual história da Igreja, a comunidade com a essência do porvir na qual o Filho desenvolve as potencialidades escatológicas; e ainda um conjunto de preconizações, reforçado e ampliado por Cristo e seus apóstolos, está para ser cumprido nos últimos dias da Igreja e nos tempos eternos. O que aconteceu no apagar da era dispensacional do velho Israel, acontecerá no encerramento da nova era, o período da Igreja, e com muito maior intensidade. Os judeus tiveram Antíoco Epifânio, o antideus; nós teremos o anticristo, o homem da iniquidade, as bestas, uma secular e outra religiosa, que 5


causarão danos, sofrimentos e tristezas inconcebíveis aos servos de Cristo. A tudo isso se acrescentarão guerras, endemias, epidemias, enfermidades imprevistas, fomes e conturbações naturais e cósmicas sem precedentes, além do enfraquecimento da fé causado pela sabedoria dos homens, que se considerarão os juízes de si mesmos e autossuficientes, pelo desenvolvimento da ciência materializante, pelo aparecimento de falsos profetas e falsos cristos, apregoando um “novo evangelho”, dizendo-se portadores da verdade sagrada, “repensadores” das velhas Escrituras. São enganadores hábeis, capazes de enganarem os próprios escolhidos, se Deus o permitisse. Pelo que se observa, o último período da era final está presente. Pregadores convincentes, distorcedores da men-sagem bíblica, exegetas de conveniência, anunciadores de visões e profetas falsos aparecem às centenas e convencem milhares, atraindo “crentes” das próprias igrejas históricas, antes humildes, simples, fiéis, agora ufanosos teste-munhadores de santidade própria. A religiosidade aumenta; a fé diminui. As igrejas tradicionais do velho mundo estão ficando vazias. Tenhamos em mente a profecia de Jesus Cristo: “Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mt 24.22 cf Mc 13.20; Mt 24.12). E mais: “Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem,

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achará porventura, fé na terra”? (Lc 18.8). Haverá intensificação proclamatória do Evangelho, mas, concomitantemente, existirá inexplicável diminuição, distorção e esfriamento da fé (Mt 24.12-14).

conclusão A Igreja VIVE os tempos do fim. Estamos em plena era escatológica. Cristo inaugurou os “últimos Dias” com a mensagem definitiva da redenção (Hb 1.1 cf At 2.17; Tg 5.3; 1 Pe 1.20). O autor da carta aos Hebreus afirma que Jesus veio depois do fim da velha era, na consumação dos séculos (Hb 9.26b), para introduzir o período final da história antes do estado eterno. O “estar” em Cristo agora e aqui é que determina o “estará” com ele no porvir do além. Em sentido espiritual já habitamos o céu: “E, juntamente com ele (Jesus), nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Ef 2.6 cf Ef 1.3; Fp 3.20; Cl 3.1-3). Vivemos no mundo, mas a nossa verdadeira cidadania é a celeste, porque morremos, e a nossa vida está em Cristo e este em Deus (Cl 3.3). PONTOS PARA DISCUTIR 1. O que significa “Escatologia”? 2. Qual a ênfase escatológica no Antigo Testamento? 3. Qual o fato principal da Escatologia no Novo Testamento? (Tt 2.13).

Lição 01 • O Fim

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