ÍNDICE Lição nº 01 - A criação do planeta Terra ..................................................... 04 Lição nº 02 - A criação do ecossistema ........................................................ 08 Lição nº 03 - A criação do ser humano no meio ambiente ....................... 12 Lição nº 04 - O meio ambiente em crise ...................................................... 16 Lição nº 05 - Meio ambiente e espiritualidade ........................................... 21 Lição nº 06 - O controle de Deus sobre a natureza .................................... 26 Lição nº 07 - A importância da água no meio ambiente ........................... 31 Lição nº 08 - Lições de ecologia no milagre da multiplicação dos pães 34 Lição nº 09 - Desastres ecológicos ............................................................... 39 Lição nº 10 - Por que Deus criou a árvore? ................................................. 43 Lição nº 11 - Sistemas religiosos e o meio ambiente ................................ 47 Lição nº 12 - Princípios bíblicos para a preservação da natureza ........... 50 Lição nº 13 - “Para que nada se perca” ...................................................... 54 Autor das lições Damy Ferreira
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MEIO AMBIENTE SEGUNDO O SEU
CRIADOR
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Revista Educação Cristã •
Copyright © 2001 - Z3 Editora Ltda.
Volume 29
2ª Edição - Setembro/2012
O meio ambiente segundo o seu Criador
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13 Estudos bíblicos sobre o meio ambiente EDITORES RESPONSÁVEIS: Alberto José Bellan e Arival Dias Casimiro REVISÃO GRÁFICA: Ademar de Oliveira Godoy FOTO DA CAPA: Shutterstock IMPRESSÃO E ACABAMENTO: Associação Religiosa Imprensa da Fé - São Paulo
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MEIO AMBIENTE SEGUNDO O SEU
CRIADOR
INTRODUÇÃO Em nossa cultura moderna, o meio ambiente deve ser regulado, mantido e supervisionado com base numa ciência que conhecemos como Ecologia. Desta maneira, para entrarmos no nosso estudo do Meio Ambiente Segundo o Seu criador, vamos formular um conceito bem prático de ecologia. A palavra ecologia provém do grego: oikos, que quer dizer casa; e logos, que quer dizer estudo. Assim, ecologia significa: estudo da casa, ou o estudo que ensina a manter a casa em ordem. Desta ideia progrediu-se para o seu significado técnico, que quer dizer: ciência do habitat. A ideia de casa é muito importante. Vamos imaginar uma casa onde vive uma grande família. A casa é um todo montado para as condições de vida da família. Tem abrigo, tem ar puro, tem dispensa para guardar alimentos; possui sistema de água, sistema sanitário; está cercada de vegetação, animais, aves; é banhada pela luz do sol e pulverizada pela chuva. Esta é a imagem de um meio ambiente perfeito, onde pessoas podem habitar e sobreviver. A ecologia oferece as regras da manutenção do ecossistema ou do meio ambiente, para que a nossa casa continue sendo o nosso lugar ideal de habitação. Mas,como em todas as áreas da vida do ser humano, as regras ecológicas são desobedecidas e o meio ambiente perde sua atividade natural, passando a criar para nós condições inadequadas e hostis à nossa própria subsistência. Neste sentido é muito interessante a declaração do Professor Jean Dorst, citado por Pascal Acott, em seu livro História da Ecologia: “O homem apareceu como um verme numa fruta, como uma traça num novelo de lã, e roeu seu habitat, segregando teorias para justificar sua ação” (P. 173, Editora Campus, Rio de Janeiro). Esta é a figura do nosso mundo, que se nos apresenta como uma gigantesca casa onde todos estamos vivendo, um dependendo do outro e todos dependendo da natureza. Naturalmente, tudo o que a família tira e transforma da natureza vai ser armazenado, de alguma maneira, na grande casa ou no seu quintal: detritos, lixos, barulho, excrementos humanos e de animais – tudo vai se acumulando na casa ou ao redor dela. É o que acontece com o nosso planeta: tudo o que tiramos dele, transformamos e usamos, fica nele mesmo; não há como levar para outro planeta. Daí, todos começamos a sofrer os efeitos, o retorno do nosso mau uso do ambiente, da nossa grande casa. Um exemplo mais moderno é o do chamado lixo atômico que ninguém sabe onde despejar. A tese que vamos desenvolver nesta revista é que Deus é o Criador do meio ambiente e é o formulador das regras da subsistência desse meio ambiente. Daí, a melhor maneira de conviver com esse meio ambiente, é aproximar-se mais do seu Criador e harmonizar-se com Ele, para que possa reverter o atual quadro de crise do meio ambiente no Planeta Terra. E o cristão, ser humano já reconciliado com Deus, tem tudo para saber lidar com a natureza pois ele, mais do que qualquer outro, conhece perfeitamente o Criador, o Dono do Meio Ambiente. Damy Ferreira
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MEIO AMBIENTE SEGUNDO O SEU
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A criação do planeta Terra LEITURA DIÁRIA
Textos Básicos Gênesis 1.1-31; 2.1-7
SEGUNDA: TERÇA: QUARTA: QUINTA: SEXTA: SÁBADO: DOMINGO:
A Criação da Terra e do Mar .......................... A Criação dos Vegetais ................................... A Criação do Firmamento e dos Astros ........... A Criação dos Seres Vivos do Mar e da Terra . A Criação do Homem ...................................... Resumo da Criação ......................................... A Criação do Jardim do Éden e da Mulher .......
Gn Gn Gn Gn Gn Gn Gn
1.1-10 1.11-13 1.14-19 1.20-25 1.26-31 2.1-7 2.8-18
Objetivo da lição:
Conhecer argumentos bíblicos, científicos e práticos que provam que Deus criou o planeta Terra.
INTRODUÇÃO Nesta lição vamos partir do pressuposto de que estamos lidando com cristãos que creem no Deus vivo revelado pelas Escrituras Sagradas. Para um aprofundamento maior sobre o assunto, os leitores poderão consultar nosso livro: Ecologia na Bíblia. Para fazer surgir o meio ambiente, Deus teve de criar elementos básicos. Assim, nesta lição, ainda que resumidamente, vamos mostrar a criação do universo, particularizando a criação do planeta Terra e de seu sistema solar. Os dois primeiros capítulos do livro de Gênesis informam a respeito da criação dos céus e da terra. As primeiras palavras do livro dos começos, o livro de Gênesis, são: “No princípio, criou Deus os céus e a terra ”. Vamos entender “céus” como o firmamento, o espaço e toda a sua magnitude, com suas galáxias, seus planetas, estrelas e demais astros. Página 4
Depois criou a terra. Esse relato, evidentemente está colocado em relação ao ser humano, particularizando o planeta Terra e omitindo qualquer informação sobre os demais planetas, mesmo os do nosso sistema solar.
EXPOSIÇÃO 1. CRIAR DO NADA No original hebraico que descreve a criação há duas palavras principais para “criar”. A primeira é bará, que aparece nesta primeira frase do livro, e quer dizer, no modo em que o verbo aparece aqui, “criar do nada”, sem uso de material pré-existente. A segunda palavra é jatsar , que significa “criar de material pré-existente”, amoldar alguma coisa externamente, assim como um escultor trabalha com a argila ou com a pedra. A primeira palavra, portanto, é usada quando Deus
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criou os céus e a terra do nada. A segunda palavra aparece em Gn 2.7, quando Deus formou o homem do pó da terra (usando material pré-existente, proveniente do material que criou do nada). No verso dois do primeiro capítulo de Gênesis, vamos encontrar a expressão: “... o Espírito de Deus pairava por sobre as águas ”. A palavra original usada para “pairar” significa “chocar”. A figura é de uma ave deitada sobre os ovos para chocá-los, para o processo de mitose. A ideia é de aquecimento. Parece que esta expressão tão simples envolve muita ciência. Jó já dizia: “Da terra procede o pão, mas embaixo é revolvida como por fogo ” (Jó 28.5). Note que Deus criou a terra, mas inicialmente ela era sem forma e vazia, e a maior incidência era de águas e não de porção seca. Eis porque alguns autores modernos, como o Dr. E.G. Nisbet, autor não-religioso, diz que os oceanos profundos foram criados no início (p. 31). Hoje sabemos que o nosso planeta é composto de 1/3 de porção seca e 2/3 de água. Explicar como Deus criou tudo do nada é impossível. Mesmo assim, é mais lógico e racional crer que Deus criou todas as coisas com inteligência e diligência, do que crer que tudo veio do acaso, de um processo natural de evolução, como querem muitos ainda hoje. Para que tenhamos uma ideia da grandeza da sabedoria de Deus no ato da criação, basta considerarmos a engenharia genética do ser humano, conhecimento que até o momento a ciência não domina totalmente. Só agora a ciência acaba de completar o
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mapeamento genético do ser humano o Genoma. 2. FONTE DE INFORMAÇÃO Esta narrativa, naturalmente, não vem de uma longa pesquisa científica, mas vem de uma fonte revelada pelo próprio Deus, que é a Bíblia. Aqui não nos compete falar da Bíblia em si, mas vamos admitir que os nossos leitores creem na Bíblia como livro inspirado por Deus. Dois fatores são muito relevantes neste assunto: 2.1. A Superioridade da Narrativa Bíblica Sobre o Conhecimento da Época A Bíblia diz que Moisés, o escritor de Gênesis, era instruído em toda a ciência do Egito (At 7.20-22). E qual era o conhecimento da época sobre a criação do universo? Sobre a origem do planeta Terra, corria uma lenda no Egito que um grande ovo alado que voava em círculo, aqueceu e surgiu dele a Terra como um grande pintinho (Ver Ecologia na Bíblia, Damy Ferreira). Sobre a origem do homem, os mesmos egípcios ensinavam que ele havia se originado dos germes brancos que apareciam no lodo deixado pelo rio Nilo após suas regulares enchentes (Idem, idem). Ora, tendo Moisés sido educado com tais conhecimentos, relatou algo elevadíssimo, que ultrapassava a qualquer conhecimento dos seus dias e que batem com conclusões científicas de hoje. Página 5
2.2. A Superioridade da Narrativa Bíblica Sobre os Conhecimentos dos Nossos Dias Uma primeira teoria de hoje é a da nebulosa. Segundo esta teoria, no princípio havia uma grande camada de matéria em estado gasoso espalhada por todo o espaço do universo. Ela girava em torno de um eixo. À proporção em que girava, os gases foram se condensando e diminuindo o seu volume, até que partes se desprenderam da grande massa e continuaram em movimento. Foi o surgimento dos planetas, e o eixo ficou sendo o sol. Uma segunda teoria é a da grande explosão ou “big bang”. Segundo esta teoria, havia uma grande bola de hidrogênio no universo. A certa altura, ela sofreu uma grande explosão e daí surgiram os planetas e até as estrelas. Esta teoria apresenta algumas dificuldades até mesmo para o mundo científico. Alguns intérpretes da Bíblia acreditam que Deus mesmo pode ter usado o processo da explosão para completar Seu trabalho, partindo de matéria que Ele já havia criado (ver mais detalhes no livro: Ecologia na Bíblia). Uma terceira teoria é a do universo eterno. Esta teoria surge do estudo da “big bang”. Pesquisando insistentemente o núcleo inicial desta teoria, alguns cientistas estão chegando à conclusão de que o universo é muito mais antigo do que se pensa, quase eterno, e estão partindo para uma teoria totalmente diferente. Por mais curiosas e interessantes que sejam estas teorias nenhuma delas é mais inteligente do que a exposta pela Bíblia que mostra um Deus Página 6
superinteligente criando o universo inteligente, como um engenheiro ou arquiteto executando um projeto previamente elaborado. 3. A CRIAÇÃO DO DIA E DA NOITE O texto de Gn 1.14-18, fala da criação de luminares para governar o dia e a noite, bem assim para sinais de tempos, na grande expansão. Aqui há, inicialmente, três explicações necessárias: 3.1. Como poderia haver o mundo vegetal descrito em Gn 1.1-12, antes que aparecesse o sol? A explicação é que Deus já havia criado a luz cósmica (1.4). 3.2. Ainda, a ideia é que aqui Deus criou as sementeiras, mas não que dizer que essas sementes já haviam brotado. 3.3. A terceira explicação refere-se à criação do sol e da lua. O que ocorre é que a expressão haja, significa: fazer aparecer. Assim, podemos entender que na expansão havia ainda uma massa escura muito espessa. Assim, pela Palavra de Deus, esses luminares venceram a espessa massa gasosa e apareceram. Uma discussão muito acirrada tem surgido a respeito da duração do dia. Alguns acham que esse dia, no ato da criação poderia ser de milhões de anos. Outros buscam várias outras interpretações. O Dr. Hugh Ross, grande cientista astrônomo e especialista no assunto, diz: “A palavra hebraica yown, traduzida como ‘dia’ pode ser usada (e é usada nas Escrituras) para indicar qualquer um dos seguintes períodos de tempo:
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1) O período entre o nascer e o pôr-dosol; 2) O período entre um pôr-do-sol e outro pôr-do-sol; 3) Um período de tempo sem nenhuma referência a dias solares (de 24 horas) e uma idade ou época”. Se Deus fez aparecer o sol e a lua no 4o dia, já estaria a terra girando em torno do sol? E se a terra ainda estivesse muito pesada, levaria 24 horas como hoje para uma volta completa em torno do sol? E não nos esqueçamos de que o dia da lua é 26 vezes maior do que o nosso dia do planeta Terra. Se esses dias tiveram uma duração maior num primeiro momento da criação, não nos é dado saber. O que sabemos é que, cientificamente, o dia do nosso sistema solar sobre o nosso planeta é de 24 horas.
CONCLUSÃO Para não entrarmos em muitos detalhes científicos, vamos levantar algumas perguntas de inteligência, para reflexão, assim como Deus fez com Jó. Aliás, é de muito proveito ler nos capítulos de 38 a 41 de Jó as perguntas inteligentes que Deus lhe fez. Vejamos apenas algumas perguntas: 1. Como se pode explicar o universo, seus corpos celestes, todos eles seguindo uma órbita matemática, uns girando da esquerda para a direita, outros girando da direita para a esquerda? Esta ciência é tão precisa que o homem, para entrar no espaço sideral e ir à lua, teve de desenvolver
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computadores de alta resolução para corrigir a trajetória da nave. 2. Por que as tartarugas todos os anos voltam a desovar na mesma praia de onde saíram, estejam aonde estiverem? E o salmão que é capaz até de subir pequenas cachoeiras para voltar ao ponto do rio de onde partiu pela primeira vez, para desovar? 3. Como foi que tudo isto chegou a ter tal natureza? Poderia do acaso surgir um relógio, com todo o seu mecanismo, por uma evolução espontânea? Poderia haver efeito sem causa? Realmente, quando analisamos estas realidades e um sem número de outras que poderíamos mencionar, não há como não crer num Deus Criador inteligente que criou este universo inteligente. E Ele criou o planeta Terra com uma maravilhosa e complexa natureza que é regulada por leis sábias. A ecologia procura descobrir e aplicar essas leis.
PONTOS PARA DISCUTIR 1. À luz da informação bíblica sobre a criação, haveria ainda lugar para alguém crer no evolucionismo de Charles Darwin? 2. Levando-se em consideração que a primeira parte da narrativa da criação usa um verbo que significa “criar do nada” (Bará), poderíamos acreditar que a teoria científica do “big-bang” faz algum sentido? 3. Com que teoria você ficaria na discussão dos diversos sentidos de “dia” no livro de Gênesis?
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