REVISTA EB Atos Cap 01 a 12

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ESTUDOS BÍBLICOS ATOS

Capítulos 1 - 12

O Crescimento da Igreja



ESTUDOS BÍBLICOS Atos - Capítulos 1 a 12

O CRESCIMENTO DA IGREJA

ÍNDICE 01 Atos: O Manual de Missões da Igreja (Atos 1.1-26) ......................... 03 02 O Poder do Espírito Santo (Atos 2.1-47) ........................................... 09 03 Milagres que acompanham a Pregação (Atos 3.1-26) .................... 15 04 Não podemos deixar de falar (Atos 4.1-31) ..................................... 20 05 Lutas internas e externas da Igreja (Atos 4.32-5.42)........................ 25 06 Os Problemas de uma Igreja que cresce (Atos 6-7) ......................... 30 07 O Mover Missionário da Igreja (Atos 8) ............................................ 35 08 A Conversão de um Perseguidor Atos (9.1-31) ................................ 41 09 A Igreja cresce (Atos 9.31) ................................................................. 47 10 Os Milagres no Ministério de Pedro (Atos 9.32-10.48).................... 53 11 Cristãos Judeus e Gen�os (Atos 11).................................................. 58 12 Ninguém detém o avanço da obra de Deus (Atos 12) ..................... 64

Autor das lições: Arival Dias Casimiro Aluno Professor

Classe


E������ B�������

APRESENTAÇÃO

Atos - Capítulos 1 a 12

Esta revista aborda os 12 primeiros capítulos do livro de Atos dos Apóstolos. Atos é de fato um verdadeiro Manual de Missões da Igreja. Amparada, mo�vada e direcionada pelo Espírito Santo, a igreja cristã avança em obediência ao mandamento do Senhor Jesus, espalhando as boas novas com poder e eficácia. Lucas, seu autor dedicado, faz sua narra�va de forma detalhada, apresentando os primeiros desafios internos da igreja, seu enfrentamento em relação à ordem social e religiosa vigente e a ação milagrosa do Espírito Santo. Enquanto cresce, a igreja também se estrutura rapidamente, graças à oração e à busca constante de orientação do Espírito Santo. A narra�va apaixonante dos primórdios da igreja serve de grande mo�vação para a igreja do presente, seja por sua prá�ca incessante da oração, seja pelo intenso mover do Espírito Santo ou mesmo pelo seu constante ardor missionário. Sérgio La Luna

Revista Exposição Bíblica

Copyright © 2020 - Z3 Editora Ltda. 1ª Edição - Janeiro/2020

Estudos Exposi�vos em Atos - Capítulos 1 a 12

Fica explicitamente proibida qualquer forma de reprodução total ou parcial desta revista, sem o expresso consen�mento da editora.

ATOS - O CRESCIMENTO DA IGREJA

EDITOR RESPONSÁVEL: Alberto José Bellan AUTOR DAS LIÇÕES: Arival Dias Casimiro REVISÃO GRÁFICA: Juana del Carmen Cornejo Campos FOTOS: Shutterstock Images Freepick

PRODUÇÃO E DIAGRAMAÇÃO:

PUBLICAÇÃO:

Z3 EDITORA LTDA. Rua Floriano Peixoto, 103 - Tel/Fax: 19 - 3499.1400 CEP 13450-022 - Santa Bárbara d’Oeste - SP E-mail: vendas@z3ideias.com.br Site: www.z3ideias.com.br


T���� B����� Atos 1.1-26

1ª Lição::

ATOS: O MANUAL DE MISSÕES DA IGREJA :: O������� :: Compreender o propósito do autor para escrever o livro de Atos dos Apóstolos.

Entender a missão da Igreja é essencial para o evangelismo :: L������ D����� :: Segunda-feira Lucas 24.36-49 Terça-feira Mateus 28.18-20 Quarta-feira Atos 1.1-14 Quinta-feira Efésios 2-11-22 Sexta-feira 1Tessalonicenses 4.1-8 Sábado 2 Pedro 1.16-21 Domingo 2 Timóteo 3.14-17

Iniciamos hoje o estudo do livro de Atos dos Apóstolos. Ele narra o crescimento da igreja primi�va em seus primeiros trinta anos. Atos foi escrito por Lucas, antes de 70 d.C. provavelmente, da cidade de Roma. Lucas era médico (Colossenses 4.14) e acompanhou a Paulo a par�r da segunda viagem missionária. Em várias passagens aparece a expressão “nós” (Atos 16.10-17; 20.5-21; 27.1-28.16). Paulo testifica a amizade e o companheirismo de Lucas (Colossenses 4.14; 2 Timóteo 4.11; Filemon 24). O obje�vo de Lucas, em Atos, foi con�nuar narrando a Teófilo (Lucas 1.1-4) aquilo que Jesus con�nuaria fazendo e ensinando por intermédio dos apóstolos e da igreja (Atos 1.1-2). Sabe-se pouco sobre a pessoa de Teófilo, provavelmente, um alto funcionário do governo romano. Seu nome significa “amigo de Deus”. Trata-se do mesmo des�natário do Evangelho de Lucas. Qual o propósito de Lucas ao escrever Atos dos Apóstolos? Simon Kistemaker destaca que o obje�vo de Lucas foi traçar o nascimento, crescimento e desenvolvimento da igreja nos seus anos iniciais. Lucas desejava convencer Teófilo de que ninguém poderia prejudicar o progresso vitorioso do evangelho de Jesus Cristo, o qual deveria ser proclamado ao mundo inteiro. William Barclay aponta três propósitos: (1) Recomendar o cris�anismo ao governo romano, mostrando que os cristãos eram bons cidadãos; (2) Demonstrar que o cris�anismo era uma religião universal para todos os homens e todas as nações; (3) Mostrar a expansão do cris�anismo, que começou em um pequeno lugar da Pales�na, e em pouco mais de trinta anos chegou a Roma. 3


O Crescimento da Igreja

Entendemos que há um duplo obje�vo: (1) Narrar o crescimento da igreja para nos ensinar o princípio do crescimento. Toda igreja local deve crescer, simultaneamente, de onde ela es�ver até aos confins da terra. O versículo chave: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, com em toda a Judeia e Samaria, até aos confins da terra” (1.8). Observe que este versículo serve como esboço para o conteúdo do livro de Atos: (a) O evangelho se propaga por toda Jerusalém e Judeia - capítulos 1-7. (b) O evangelho se propaga por Samaria e regiões vizinhas - capítulos 8-12. (c) O evangelho se propaga a terras distantes - capítulos 13-28. (2) Oferecer aos seus leitores um “manual bíblico de missões”, inspirado pelo Espírito Santo, para orientar o crescimento da igreja, em todos os lugares e em todas as épocas, até a volta de Cristo. Se obedecermos esses princípios, aplicando-os à nossa realidade, Deus promoverá o crescimento da igreja local (veja o livro “Plante Igrejas” – Z3 Editora). Na exposição de hoje, olharemos para o capítulo primeiro. Três reuniões especiais. A palavra “reunião” (epi to auto) significa “reunião para o mesmo propósito” ou “no mesmo lugar”. Trata-se de um termo técnico “todos juntos” (Atos 1.15; 2.1, 44).

1. UMA REUNIÃO DE DESPEDIDA (VV. 1-11).

Jesus se reúne pela úl�ma vez com os seus discípulos no Monte das Oliveiras. Trata-se de uma reunião instru�va: “até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas” (v.2). Três dados importantes: (1) Instrução. Jesus instruiu os seus discípulos durante quarenta dias, após a sua ressurreição. Ele lhes deu mandamentos (Mateus 28.18-20), instruções acerca do reino de Deus e determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém até que se cumprisse a promessa da descida do Espírito (vv.4,5). Toda instrução foi por intermédio do Espírito Santo. O Espírito de Jesus é o Espírito Santo (Atos 16.6,7). (2) Eleição. “Aos apóstolos que escolhera”. O próprio Jesus escolheu os doze apóstolos (os 11 e Ma�as) e os enviou para que os mesmos ensinassem com autoridade. Os novos membros da igreja eram ensinados na “doutrina dos apóstolos” (Atos 2.42; Efésios 2.20). Lucas diz que os apóstolos “viram” (o�almia) detalhadamente e tocaram em Jesus. Eles também ouviram e comeram com Jesus. Tais provas da ressurreição são incontestáveis ou infalíveis. (3) Ascensão. “Foi elevado às alturas”. Lucas é o único que narra a ascensão de Jesus. Ele liga o Evangelho a Atos, a ressurreição à descida do Espírito Santo. Jesus precisava ir ao céu, para o Espírito vir à terra (João 16.7). A ascensão também era necessária à exaltação de Jesus (Atos 2.32-36). Lucas narra o conteúdo dessa reunião como um secretário de atas. 4


Lição 01 - Atos: O manual da Igreja

Primeiro, a pergunta dos discípulos “Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?” (v.6). Eles estavam curiosos e confusos acerca do futuro. A palavra “restaurar” (apokalipstanô) é um termo técnico escatológico para restauração final que Deus realizará. Mas, o futuro a Deus pertence. Os discípulos con�nuavam pensando no reino de Deus como algo terreno, onde os judeus dominariam o mundo poli�camente. Jesus entendia o reino de Deus como domínio espiritual, implantado através da pregação do evangelho (Marcos 1.14,15; Mateus 4.17). Segundo, a resposta de Jesus “Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade” (v.7). Jesus não entra no mérito da restauração, mas em sua data. Deus tem o pleno controle do calendário e da agenda da história. Isso está sob a competência de Deus e oculto ao conhecimento humano (Deuteronômio 29.29; Mateus 24.36). Agos�nho diz: “Aquele dia permanece oculto, para que estejamos vigiando todos os dias”. Charles Spurgeon diz: “O fato de que Jesus deve voltar não é razão para ficarmos olhando para as estrelas, mas para trabalharmos no poder do Espírito Santo”. E Jesus con�nua: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra (vv.7,8). A natureza do poder é espiritual (dinamis) e não polí�co ou humano. A fonte do poder é a pessoa do Espírito Santo. Não é uma força inanimada, mas viva, pessoal, divina, poderosa e irresis�vel. Ele virá do céu sobre os discípulos. O uso do poder é para testemunhar. A palavra “testemunha” indica uma pessoa que presenciou um fato ou acontecimento e, também, a pessoa que defende ou promove uma causa com a sua própria vida (már�r). A geografia do testemunho engloba simultaneamente Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da terra. Terceiro, a ascensão de Jesus “Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos (v.9). Jesus “foi elevado” ou foi “assunto” ao céu, pelo Pai. Isso indica que a tarefa de Jesus na terra se encerrou. Não foi Ele que foi, mas o Pai que o buscou. A par�r dali, Ele aparecerá aos apóstolos somente através de visões (Atos 18.9). Jesus está sendo exaltado pelo Pai após concluir a sua obra de humilhação na terra. Quarto, a mensagem dos anjos “E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões ves�dos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre

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O Crescimento da Igreja

APLICAÇÕES

PRÁTICAS

!

Jesus escolheu os doze e os enviou para que os mesmos ensinassem com autoridade. Hoje Ele envia você. Deus tem o pleno controle do calendário e da agenda da história. Você faz parte desta história. A tarefa de Jesus na terra se encerrou. Cumpra a sua tarefa de evangelizar.

vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir” (vv.10,11). Enquanto os discípulos olhavam com emoção a par�da de Jesus para a glória, dois anjos aparecem (Lucas 24.4; João 20.12). Eles fazem uma conexão entre a ascensão e a segunda vinda de Jesus, confirmando aquilo que Jesus ensinara aos apóstolos (Lucas 21.27). A segunda vinda será pessoal, repen�na, gloriosa e visível a toda a humanidade (Apocalipse 1.7). Jesus virá acompanhado pelos seus anjos e todos os crentes ressuscitados (1Tessalonicenses 4.16,17). APLICAÇÕES

! PRÁTICAS 2. UMA REUNIÃO DE ORAÇÃO (VV.12-14)

Após a ascensão de Jesus, os discípulos voltam para Jerusalém, tomados por uma grande alegria (Lucas 24.52). Obedientes às instruções de Jesus, os discípulos aguardam dez dias até que venha o Espírito. E a primeira reunião que eles fazem é de oração. “Quando ali entraram, subiram para o cenáculo onde se reuniam Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele” (vv.13,14). Três caracterís�cas dessa reunião de oração:

Todos estavam presentes Os onze apóstolos, as mulheres (Maria Madalena, Joana e Suzana – Lucas 8.2,3) inclusive Maria, mãe de Jesus, e os irmãos de sangue de Jesus que haviam se conver�do (1 Corín�os 15.7). A igreja estava reunida em oração, homens e mulheres, líderes e liderados, novos conver�dos e crentes an�gos. Precisamos aprender que a reunião de oração deve envolver toda a igreja. O agir onipotente de Deus é percebido e se manifesta quando a igreja toda se reúne para orar. Em Atos, a oração foi o recurso mais u�lizado pela igreja para realizar a sua missão. Somente através da oração, a igreja tem poder, direção e resultados espirituais. A oração tem um papel decisivo na história da igreja. Todos perseveravam O verbo “perseveravam” (proskatereo) significa “persistência” ou “ocupar-se sem esmorecer”. A igreja priorizava, focava e persis�a em orar, pois sabia que quando a igreja ora algo extraordinário sempre acontece. Eles oravam esperando

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Lição 01 - Atos: O manual da Igreja

o cumprimento da promessa do envio do Espírito Santo. As promessas de Deus nos mo�vam a orar de forma persistente. Elas confirmam o que Deus quer fazer por nós, mo�vado pela sua graça e misericórdia. Uma promessa revela uma verdade que irá nos beneficiar. Leigh diz que as promessas são: “a razão de nossa esperança, o objeto da nossa fé, e a condição de nossa oração”. A perseverança na oração é um mandamento bíblico (Lucas 18.1; Romanos 12.12; Colossenses4.2) que nos leva a desfrutar das promessas de Deus. Todos estavam unânimes A palavra “unânimes” (homothymadon) indica uma concordância quanto àquilo pelo qual se estava orando (Atos 4.24; 15.25). A igreja orava unida em sua mente e coração, no mesmo sen�mento e num só propósito. Precisamos aprender hoje a orar dessa maneira. As divisões dentro da igreja são obstáculos que privam-nos de desfrutar da presença e do poder de Deus. A igreja precisa ter uma agenda única de oração para todos os ministérios e membros da igreja. APLICAÇÕES

! PRÁTICAS

APLICAÇÕES

PRÁTICAS

!

Precisamos aprender que a reunião de oração deve envolver toda a igreja. As promessas de Deus nos mo�vam a orar de forma persistente. Divisões dentro da igreja criam barreiras para desfrutar a presença e poder de Deus.

3. UMA REUNIÃO DE TRABALHO (VV.15-26). Outra reunião foi realizada pela igreja no período dos dez dias. Dessa vez foi uma assembleia com cerca de 120 pessoas para escolher o subs�tuto de Judas. Pedro preside a reunião com a seguinte pauta: eleger o subs�tuto de Judas. A reunião acontece. Primeiro, o registro da morte de Judas conforme profecia da Escritura (Salmos 69.25 e 109.8) e a forma como ele foi amaldiçoado (vv.1520). Tudo que aconteceu com Judas refle�a o que estava prescrito no An�go Testamento. Como disse Agos�nho: “O Novo encontra-se oculto no An�go Testamento; o An�go é revelado no Novo”. Segundo, a necessidade de escolher outro homem para ocupar o lugar de Judas já estava prevista no An�go Testamento. Citando a Escritura, Pedro diz: “tome outro o seu encargo”. Judas morre, mas o seu cargo precisa ser ocupado e o círculo dos doze apóstolos deve ser restaurado (v.20). A escolha não foi um ato independente de Pedro ou da igreja, mas uma a�tude em obediência à Palavra de Deus. Não devemos inventar coisas na igreja hoje, mas obedecer às ordens daquele que a inventou. Terceiro, a escolha deveria ser de acordo com os pré-requisitos para alguém ser apóstolo: “É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós, começando no ba�smo de 7


O Crescimento da Igreja

João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição” (vv.21,22). Dois nomes indicados: José e Ma�as (v.23). Quarto, a escolha do novo apóstolo deveria ser feita por Jesus. A congregação ora: “Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido para preencher a vaga neste ministério e apostolado, do qual Judas se transviou, indo para o seu próprio lugar” (vv.24,25). O termo “Senhor” indica que a decisão não é tomada pelos apóstolos, mas por Jesus. O sorteio recai sobre Matias (v.26). O colégio apostólico é restaurado e os doze continuarão o ministério autorizado por Jesus (Atos 6.2 e 6; Apocalipse 21.14). Há um movimento hoje, chamado de “neo-apostólico”, que dá a alguns líderes espirituais o �tulo de “apóstolo”. A questão bíblica a ser levantada é: existe apóstolos hoje como os apóstolos do Novo Testamento? Não. Primeiro, para alguém ser apóstolo teria que ser escolhido e nomeado por Jesus ou pelos onze como aconteceu com Ma�as. Jesus foi quem usou pela primeira vez o �tulo de apóstolo, aplicando exclusivamente aos seus doze discípulos (Lucas 6.13) e, no mesmo sen�do, a Paulo (Gálatas 1.1,2). O termo “apóstolo” como um “enviado” foi aplicado a evangelistas e missionários, mas nunca igual aos doze e a Paulo. Todo crente é um “enviado”, mas não um “apóstolo como os doze”. Segundo, para alguém ser apostolo hoje teria que cumprir os pré-requisitos para ser um apóstolo de Jesus: (1) Ter sido uma testemunha ocular da ressurreição de Cristo (Atos 1.21,22). (2) Ser escolhido e chamado pelo Senhor (Marcos 3.13-19). (3) Recebeu poder e autoridade para realizar milagres e prodígios (1 Corín�os 12.9; 2 Corín�os 12.12). (4) Poder para dar o Espírito Santo a quem não �nha (Atos 8.17; 19.6). (5) Inspiração do Espírito Santo para escrever as Escrituras e homologar escritos inspirados (João 14.16.17, 26; 2 Timóteo 3.14-17; 2 Pedro 1.19-21; 3.2, 15.16). O fechamento do Cânon do Novo Testamento encerra a missão dos doze apóstolos. (6) Autoridade para definir e ensinar doutrinas. O ensino dos apóstolos, junto com o dos profetas, é o fundamento da Igreja (Atos 2.42; Efésios 2.20). (7) Os apóstolos foram colocados em primeiro lugar na Igreja (1 Corín�os 12.28; Efésios 4.11). Eles �nham autoridade para estabelecer a ordem nas igrejas, estabelecendo o�cios (presbíteros e diáconos).

CONCLUSÃO

O primeiro capítulo de Atos é uma transição que Lucas faz entre o seu Evangelho e o livro de Atos dos Apóstolos. Entre a ressurreição de Jesus e sua ascensão, houve um tempo de quarenta dias. Entre a ascensão e o Pentecostes, mais um período de dez dias. Também, vemos nesse capítulo os cristãos resolvendo algumas pendências e preparando-se para o Pentecostes. Foram três reuniões importantes: uma de despedida, outra de oração e outra de trabalho. O cenário está pronto para o Pentecostes.

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O Crescimento da Igreja ATOS

ESTUDOS BÍBLICOS 01 • Atos: O Manual de Missões da Igreja (Atos 1.1-26) 02 • O Poder do Espírito Santo (Atos 2.1-47) 03 • Milagres que acompanham a Pregação (Atos 3.1-26) 04 • Não podemos deixar de falar (Atos 4.1-31) 05 • Lutas internas e externas da Igreja (Atos 4.32-5.42) 06 • Os Problemas de uma Igreja que cresce (Atos 6-7) 07 • O Mover Missionário da Igreja (Atos 8) 08 • A Conversão de um Perseguidor Atos (9.1-31) 09 • A Igreja cresce (Atos 9.31) 10 • Os Milagres no Ministério de Pedro (Atos 9.32-10.48) 11 • Cristãos Judeus e Gentios (Atos 11) 12 • Ninguém detém o avanço da obra de Deus (Atos 12)

Este material faz parte de uma série de Estudos Bíblicos que tem como objetivo evangelizar, ensinar e aprimorar o conhecimento. Cada lição traz aplicações práticas e atuais para a vida cristã, visando a edificação do povo de Deus. As revistas Estudos Bíblicos podem ser usadas na preparação de aulas, discipulado, grupos de estudo, sermões, treinamento de líderes e reuniões diversas. São destinadas a professores, líderes das igrejas, pregadores, pastores e a todos os interessados na edificação espiritual e no conhecimento das verdades eternas da Palavra de Deus. Z3 Editora Ltda.

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