3 minute read
O reflexo da pandemia em empreendimentos gerenciados por mulheres
from Revista Cabocla
Mesmo com o fechamento de milhares de empresas devido a pandemia, as mulheres empreendedoras inovaram em suas atividades e conseguiram manter suas empresas.
Em meio à crise mundial de Com o tempo que ficou parada ela se saúde devido ao novo coronavírus, especializou, através de cursos muitos empreendedores se viram online e passou a atender a perdidos em relação ao futuro do domicílio. seu negócio próprio e sem saber “Além de cabelos, me especializei como continuar gerando renda. De em extensão de cílios, com a acordo com o Serviço Brasileiro de flexibilização do decreto Apoio às Micro e Pequenas governamental o salão foi reaberto e Empresas (Sebrae), o público mais hoje eu trabalho tanto no salão de atingido foi o feminino. 52% das beleza físico como atendimento na micro e pequenas empresas tiveram casa das clientes, ” relatou a que paralisar definitivamente ou cabeleireira. temporariamente as suas atividades. A desigualdade é notada novamente quando dados mostram que somente 34% das mulheres conseguiram ter acesso a crédito, enquanto 41% dos homens foram contemplados. Para manter suas empresas ativas, muitas mulheres precisaram se reinventar e mudar de uma loja física, por exemplo, para o meio digital. De acordo com a analista do Sebrae, Priscilla Veríssimo, na pandemia elas se mostraram mais proativas. “Elas buscaram inovar, lançando novos produtos, sempre de acordo com a necessidade do cliente e as novas tendências que iam surgindo, ” explicou Priscila.
Advertisement
A NECESSIDADE DE SE REINVENTAR
Foi a partir dessa adaptação que muitas mulheres conseguiram manter suas empresas, como foi o caso de Franciane Silva, cabeleireira e dona de um salão de beleza que se viu em desespero quando teve que fechar as portas devido aos decretos do governo para conter a disseminação do vírus. “Eu precisei me adaptar, buscar especialização e me reinventar porque a pandemia me fez pensar que não teria mais como me sustentar e sustentar minha família, ” explicou Franciane. Foto: Flávia Rocha
CORAGEM PARA EMPREENDER EM MEIO A CRISE
A pandemia impulsionou o empreendedorismo feminino no Brasil e deu coragem para que algumas mulheres fossem em busca da própria independência. A internet se tornou uma grande aliada para que essas empresas se reinventassem, pois foi a partir dessa possibilidade que muitas lojas
surgiram e se tornaram um grande sucesso. A boa notícia é que o número de mulheres empreendedoras buscando espaço na internet está aumentando, de acordo com o Sebrae, 71% utilizam as redes sociais, aplicativos e a internet para vender os seus produtos. Foi a partir da possibilidade de trabalhar de forma virtual que as mulheres tiveram coragem para ir em busca desse sonho do próprio negócio ou viram nesse novo meio de empreender uma forma de complementação de renda. Esse foi o caso da Deborah Martins, que com a paralisação das
faculdades e desempregada, decidiu abrir sua própria lojinha virtual de blusas personalizadas, que vem conquistando cada vez mais o público. “Sempre tive o desejo pela minha independência financeira e vi nesse cenário de isolamento social uma oportunidade de tirar o meu plano do papel, dentro das minhas possibilidades. A Déb Camisetas surgiu em meio a uma crise existencial que eu vinha passando, ” relatou Deborah. Para Deborah, começar a lojinha no meio de uma pandemia e de forma online tem sido bastante positivo, pois, evita o contato físico com os clientes e também despesas como aluguel e funcionários. “Com a minha loja de T-shirts, apesar de estar bem no início, eu busco encorajar mulheres a serem fortes e empoderadas. Me sinto feliz em ser uma das muitas mulheres que correm atrás dos seus sonhos por meio do empreendedorismo, ” explicou a empreendedora.
Imagem da internet