2011 nº 03
BIO EXTRATUS
2011 nº 03
Saúde Evite o HPV
Moda Acessórios que são um luxo
Sexo Que tal apimentar a relação?
Viagem O destino é Bonito
Beleza Make natural e sobrancelha nova
O reinado de
Sheron
Menezzes E ainda Fabiana Scaranzi, Nívea Stelmann , Isabel Filardis e Paulo Zulu
Especial cabelos
Você cuida bem dos seus fios? + 10 dicas para adotar nos dias mais frescos + Um trato no visual da criançada + Pentes e secadores indicados para as suas madeixas
capa
a. es s c in ça pr ian er e r iv e d s e c ra v m o a o r n nad iro p e t o d ne ai , v ban e Ja is ê a v te ros io d ma a o r R . N cho u o uit a m e nh ca ai ha colh inda r s é rin a e ela ad que uer , m a rq da ni al, a úch ilha e av a re ga e br Na vid s. A e Na rent ca
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Por Silvia Braccio Fotos: Ricardo Penna Produção de moda: Samantha Szczerb Cabelo e maquiagem: Jesus Lopes
Short cintura alta e blusa preta Nica Kessler, ankle boot A.Teen 59
“O melhor lugar do mundo é onde a gente está.”
Blusa dourada e saia de couro NK Store, joias Lisht 60
Sheron Menezzes é uma legítima “cariúcha”, mistura de carioca com gaúcha. O neologismo é da própria atriz de Porto Alegre, há oito anos instalada no Rio de Janeiro. O motivo da transferência? Trabalho, muito trabalho. Depois de testes, muitos testes. “Para crescer nacionalmente, não dá para ficar no Sul”, explica. Foram quatro anos de várias tentativas para conquistar seu lugar sob as luzes e câmeras da sonhada televisão. “Com o tempo, de tanto ser testada, fui me aprimorando, via o que tinha feito de errado para não repetir no seguinte”, diz. Até que a hora dela chegou. Em 2002, Sheron foi aprovada para participar da novela Esperança a convite de ninguém menos que o diretor Luiz Fernando Carvalho, com o aval do autor do folhetim, Benedito Ruy Barbosa. O primeiro papel era a doce e altiva Júlia. Uma estreia de peso. De lá para cá, ela emendou um trabalho no outro: Celebridade (2003), Como uma Onda (2004), Belíssima (2005), Duas Caras (2007) e Caras e Bocas (2009), com participações em séries, como Amazônia, A Diarista, Casos e Acasos, e atuação no cinema, em O Homem que Copiava, ao lado de Lázaro Ramos. Agora, a bela se prepara para encarnar Grace Kelly, personagem da próxima novela das 7h, escrita por Miguel Falabella, que tem o título provisório de Um Mundo Melhor. Ela não pode adiantar nada sobre o novo papel, mas o nome faz referência à belíssima atriz norte-americana que virou princesa ao se casar com Rainier, o príncipe de Mônaco, e morreu tragicamente em um acidente de carro, em setembro de 1982. O drama certamente não terá vez no roteiro do irreverente Falabella. Outros reinados A atriz também reina em outros cenários. No Carnaval deste ano, ocupou o lugar de honra no desfile do Rio como rainha de bateria da escola de samba Portela. Arrasou na avenida. “Nossa, adorei!”. Para atravessar
a Sapucaí em plena forma, Sheron investiu nas atividades físicas em busca de condicionamento. “Não gosto de atividade aeróbica, mas comecei a correr para me preparar”, conta ela. Desde então, mantém a rotina de se exercitar com kickboxing três vezes por semana e treina musculação mais duas vezes sob orientação do personal Rogério Dolabella. O corpo escultural de 51 quilos e 1,67m recebe ainda outros tratamentos estéticos, como sessões de drenagem linfática e desintoxicação. Dieta? Nada disso. Sheron não conta calorias, come normalmente qualquer tipo de comida, mas não é de exageros. “Tem uma coisa que me ajuda muito: não gosto de doces”, revela. Para uma mulher, isso chega a ser uma bênção. E a pele também agradece. Quando vai à praia – o que não faz com muita frequência –, Sheron praticamente se esconde: passa filtro com fator de proteção solar 30, usa chapéu e fica embaixo do guarda-sol. “Não durmo maquiada de jeito nenhum, lavo bem o rosto antes de dormir. Quero ficar como a minha avó, Vicentina, que tem uma pele maravilhosa aos 100 anos”, comenta. Amor pelos bichos Sheron é a filha mais velha de Veralinda, escritora, e Haroldo, contador, que continuam morando em Porto Alegre com os filhos, Draiton, 22 anos, e Schena, 15. O irmão do meio, Drayson, 20, divide o apartamento de Ipanema com a irmã. “Amo as duas cidades, mas para mim o melhor lugar do mundo é onde a gente está”, filosofa a atriz. Onde os pais se inspiraram para escolher os nomes excêntricos dos irmãos, Sheron não sabe dizer, mas revela de onde vem o seu: “Da atriz Sharon Tate, com ‘e’, abrasileirado”. A americana foi uma das mulheres mais lindas de Hollywood na década de 60. Casada com o cineasta polonês Roman Polanski, ela foi assassinada em sua casa em 1969, aos 26 anos. 61
Quando o assunto é amor, Sheron simplesmente desconversa: “Estou bem. Acho difícil encontrar uma pessoa, mas não é uma prioridade na minha vida neste momento. É preciso que as duas pessoas estejam realmente disponíveis para o relacionamento.” Ser mãe é um desejo, mas para (bem) mais tarde. Por enquanto, a sagitariana quer trabalhar, viajar, conhecer pessoas e lugares novos. Um dos destinos preferidos é Nova York, onde ela passou 20 dias antes de começar a preparação para o novo trabalho na televisão. “Mas o meu ascendente Virgem me dá a razão, a vontade de ficar em casa curtindo meus filhotes”, explica. Os filhotes são o gato Tripé – por ter só três patinhas – e os cachorros Batata Frida e Fidel Castrado. “Eles são os donos da casa, mas são muito educados, viu?” A mãe conta que proibiu os três de subirem no sofá e dormirem na cama. Mas ai de quem entrar no apartamento e mostrar qualquer desconforto pela presença dos bichos. “Não tranco os três por causa de ninguém. Quem não gosta é melhor nem ir lá.”
“Sou messiânica, acredito em tudo o que é para o bem.” A paixão incondicional pelos animais é tanta que ela resgatou os cães e o gato da rua. E vai além: colabora com a Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa), que defende a adoção dos bichinhos e trata dos que foram abandonados ou estão doentes. Outros projetos sociais também contam com o empenho da atriz, como a Casa Hope, que dá assistência a crianças com câncer, a ONG A Força do Bem, da amiga e atriz Isabel Fillardis (veja matéria na página 16), o Educandário Romão de Mattos Duarte, instituição filantrópica sem fins lucrativos que atua em favor dos direitos sociais da criança e do adolescente, e o Quilombo Aché, projeto do governo que promove a integração das comunidades quilombolas – descendentes de escravos – com a sociedade. “Sou messiânica, acredito em tudo o que é para o bem, numerologia, astrologia, simpatias, sonhos... e as pessoas me chamam para amadrinhar esses projetos tão bacanas”, orgulha-se. Foi a numerologia, aliás, que a levou, no final do ano passado, a fazer uma pequena alteração na grafia do seu sobrenome, acrescentando um “z” ao Menezzes. “Nunca tinha feito um estudo do meu nome artístico.” 62
“É preciso que as duas pessoas estejam realmente disponíveis para o relacionamento.”
Saia, regatas e casaco Bô.Bô, joias Lisht 63
“Sempre tive uma ótima relação com os meus cabelos, tenho que me dar bem com eles, afinal estão na minha cabeça.”
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A “cariúcha” não para quieta. Além do próximo trabalho na tevê, Sheron volta aos palcos com a peça Açaí e Dedos. No espetáculo, ela é Alice, uma jovem que vive quatro anos na Europa e, quando retorna ao Brasil, descobre que a mãe, Laura (Thaís Garayp) simplesmente desapareceu. A família, então, se reúne para procurar a mãe e inicia uma verdadeira viagem emocional cheia de descobertas. “Vamos fazer uma temporada no Rio e pelo interior do Estado”, avisa. Essa não é sua estreia no teatro. A primeira vez foi em 2003, no drama Nunca Pensei que Ia Ver esse Dia, no Teatro Glória, em que interpretou Josie, uma executiva que busca junto à mãe, uma presidiária, as lembranças da infância apagadas de sua memória. No segundo semestre, gravando a novela e fazendo teatro, Sheron ainda tem a missão de concluir a faculdade de teatro. Energia ela tem de sobra. Debaixo dos caracóis Enquanto se preparava para a sessão de fotos para a Fúcsia, sob os cuidados do estrelado cabeleireiro e maquiador Jesus Lopes – que cuida, entre outras, das madeixas de Luiza Brunet –, Sheron mexia o tem-
po todo nos cabelos, ajeitando os cachos incrivelmente perfeitos. Detalhe: eles chegaram assim ao estúdio, prontos e impecáveis. “Sei cuidar bem deles, com as mãos, o secador, o difusor. Faço com eles o que quero”, conta. “Sempre tive uma ótima relação com os meus cabelos, tenho que me dar bem com eles, afinal estão na minha cabeça.” Os mimos com os fios recebem ainda os cuidados profissionais da terapeuta capilar Cintia Araújo, do Rio. “Vou ao salão uma vez por semana fazer hidratação, reposição de queratina e aminoácidos.” Nas pontas, eles são mais claros, o que dá uma leveza ao visual. Os cachos tão cultuados sofreram uma transformação radical por uma personagem, a patricinha Solange, de Duas Caras, filha do líder comunitário Juvenal Antena, vivido por Antonio Fagundes. “Gostei porque mudei, mas só fiz por causa do papel”, diz a intérprete. No trabalho seguinte, como a ingênua Milena, de Caras & Bocas, os caracóis voltaram, firmes e lindos. Além de ter uma relação amistosa com os cabelos e não passar apuros de última hora, Sheron é uma maquiadora quase profissional. Ela observa cada detalhe do make primoroso e natural que Jesus vai compondo com maestria. Enquanto ele maquia, como uma aluna atenta a cada passo do professor, ela questiona o que ele está usando e pede orientações de como manipular os pincéis em casa. “Adoro maquiagem, me viro superbem sozinha”, diz. Até cílios postiços ela coloca e aprendeu um truque: “O rímel tem que ser passado bem devagar, da raiz às pontas, puxando cada fiozinho para cima”. “Quando viajo, volto com a mala cheia de produtos para make”, conta. Verdade seja dita, ela nem precisa tanto assim de bases, sombras e batons. Assista ao making of do ensaio em editora2x1.com.br 65