Revista do Avaí #18

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revista oficial

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#18 • aNO 4 Março–Abril 2013 • R$

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9 771 984 736001 ISSN:1984-736X

Talento em campo

Leão da Ilha aposta na experiência de craques como Eduardo Costa, Diego e Marquinhos e no talento de jovens da base para voltar a figurar entre as maiores equipes do futebol nacional.


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revista oficial AVAร F.C.

marรงo-abril 2013


Com a palavra...

DE BASE A ÍDOLO, PASSANDO PELA ESCOLA E PELO DM E

sta edição da Revista que o torcedor tem em mãos nos leva a uma viagem gratificante que parte do passado, trafega pelo hoje que agora vivemos e conduz ao futuro do nosso glorioso Avaí. Nossos eternos ídolos nos trazem à lembrança jogadas memoráveis, jornadas de glória e conquistas inesquecíveis. Eles construíram o fato inegável de que o Avaí é o clube com mais títulos estaduais em Santa Catarina. Mais do que isso, eles contribuíram para que seja azul e branca a maior torcida catarinense, marca que os nossos adversários tentam desmerecer por todos os meios e artifícios: já que não conseguem nos bater em campo, tentam forjar raciocínios para diminuir a nossa torcida e aumentar a deles. A nossa resposta é dada nas arquibancadas, nas estatísticas, nas apostas em loterias e nas declarações espontâneas dos avaianos. Um dos ídolos que viaja conosco nesta edição é o lateral Colatina, um capixaba que adotou Santa Catarina e assumiu-se torcedor do Leão, por quem atua até hoje no time master depois de ter sido titular dos profissionais entre 1989 e 1991. Outro companheiro desta nossa viagem é o tubaronense e meio-campo Zenon, sempre lembrado com a camisa azurra e que fez história, amigos e admiradores no Avaí; com ele, o clube foi campeão estadual em 1973 e 1975, conquistas que lhe abriram o caminho para uma carreira de vistoso sucesso no futebol brasileiro. O nosso futuro, o futuro das escalações da equipe, vem se fazendo em diversos níveis e em diversos locais, inclusive em cidades muito distantes da Ilha de Santa Catarina: no estado de Rondônia, por exemplo, onde o Avaí já é marca de excelência em futebol e em simpatia. Lá, temos diversas escolinhas de futebol instaladas e em pleno funcionamento. Outras surgirão em breve. Recentemente, estive naquele estado da Amazônia para a inauguração de mais uma dessas unidades do Leão da Ilha, que vê na maior floresta do planeta o espaço ideal para expandir o seu reinado. Nas nossas escolinhas, o Avaí forma atletas e, acima disto, cidadãos. A Revista conta esta história com números, nomes e fatos. O futuro imediato das nossas equipes, no entanto, vem das categorias de base: é nelas que começam a despontar aqueles que, um dia, virão a ser os nossos “eternos ídolos”. Os valorosos atletas de base do Avaí tiveram tamanho sucesso em 2012 (14 títulos, três vice-campeonatos e um quinto lugar no Campeonato Brasileiro Sub-20), desempenho que já se renova em 2013 (três títulos e dois vice-campeonatos), que nada menos do que oito jogadores subiram para a categoria profissional entre o fim do ano passado e o início deste. Esta base é que dá confiança ao Presidente e à Diretoria para

sonhar com conquistas continuadas e cada vez maiores para as nossas cores. Vale a pena ler a matéria que a Revista traz a respeito dessa permanente formação e renovação de atletas. O presente, porém, é a matéria com que lidamos no dia a dia do clube. Precisamos reconhecer os valores do passado, necessitamos ter fundadas esperanças no futuro, mas é no presente que construímos a continuidade deste Avaí noventão. E deste apaixonante presente a Revista nos dá quatro dimensões fundamentais. A primeira diz respeito ao atual elenco. “Montamos um time competitivo”, tenho afirmado por aí. O retorno do capitão Marquinhos Santos é, sem sombra de dúvida, uma das peças mestras dessa montagem. Mas não é a única, evidentemente. Eduardo Costa é outra das nossas certezas para trilharmos o caminho do sucesso – além dos demais atletas, incluindo o pessoal da base, claro. A segunda dimensão apoia-se no maior patrimônio com que um clube de futebol pode contar: os seus apaixonados associados. O Plano “Sempre Avaí”, que almeja dobrar o número de sócios ativos do Leão, vem descrito nestas páginas. A terceira dimensão baseia-se na preocupação com a formação escolar dos jovens atletas: em parceria com a Prefeitura Municipal de Florianópolis, a Ressacada serviu de sala para as aulas do programa Educação de Jovens e Adultos (EJA), permitindo aos atletas da base a conclusão do ensino fundamental (6º ao 9º anos). Neste ano, o programa será aberto à comunidade. E, também para este ano, trabalhamos para firmar parceria com o Governo do Estado a fim de oferecermos o Curso de Educação para Jovens e Adultos (CEJA), voltado para o ensino médio. Igualmente de abrangência social, muito mais do que meramente esportiva, e também como característica que muito orgulha um dirigente, temos a excelência, reconhecida nacionalmente, do Departamento Médico do Avaí, um dos mais avançados do País. Como as demais, esta história de méritos está contada nas páginas da Revista. Boa leitura e até o próximo jogo aqui na Ressacada!

João nilson zunino

Presidente do Avaí f.c.

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editorial

Sonhos possíveis! O

ano de 2013 promete ser de muitas alegrias para o apaixonado torcedor avaiano. Após um longo período com altos e baixos, oscilando momentos de belo futebol com atuações irregulares, o Avaí F.C. inicia sua jornada revigorado e com fôlego novo. Nos últimos meses, a diretoria avaiana, capitaneada pelo presidente Zunino, agiu de maneira decisiva e montou um plantel forte e comprometido com a história do Clube. Destaques para os retornos do craque Marquinhos Santos e do goleiro Diego e para a chegada do volante Eduardo Costa, que, após passagens de sucesso por grandes clubes do futebol brasileiro e europeu e pela seleção brasileira, desembarca na Ressacada para jogar pelo seu time de coração. Ao lado destes grandes jogadores e de outros que compõem o time profissional, a equipe avaiana, deste ano, traz, também, a juventude dos garotos formados nas categorias de base como marca registrada. Nada menos do que oito jogadores fizeram a transição e uniram-se ao grupo principal, muitos, inclusive, atuando como titulares. É a vitalidade dos mais novos aliada à experiência dos craques consagrados. Esta mescla tem tudo para dar certo! A Revista Oficial do Avaí F.C. que você tem em mãos, única publicação de um time profissional de Santa Catarina, vai mostrar, em todos os seus detalhes, a montagem do elenco deste ano e as metas traçadas pelo departamento de futebol. Os objetivos são claros: conquistar o título estadual, que será o quinto em quatro anos, ter um bom desempenho na Copa do Brasil, competição em que já alcançamos a fase semifinal num passado não tão distante, e garantir o retorno à elite do futebol brasileiro, sonho almejado por 10 em cada 10 avaianos. Para deixá-lo bem atualizado, apresentamos, nesta edição, uma matéria com o resumo do turno do Campeonato Catarinense, que iniciou na segunda metade de janeiro. O detalhamento dos jogos, com tabelas, números e fotos, está inserido nesta edição. E, para você, colecionador, já estamos preparando, para o próximo

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número, um guia completo com tudo o que aconteceu na competição, com súmulas e detalhamento das partidas. Esperamos que a capa traga, mais uma vez, a foto da taça de grande campeão! Destacamos, ainda, em nossas páginas, a excelência do Departamento Médico avaiano, referência na recuperação de atletas no Brasil e no exterior. As conquistas das divisões de base e os núcleos de formação de atletas do Leão pelo país também estão na revista, assim como a história de amor pelo clube do massagista Pererinha, figura emblemática e histórica.. Nos eternos ídolos, dois personagens memoráveis: Zenon, o maestro avaiano, e Colatina, o lateral-torcedor. Os novos planos de sócios e o belíssimo projeto educacional que garante estudo aos atletas em formação no clube, você também encontrará nas próximas páginas. Vale a pena conferir! Para finalizar, os mestres Amilcar Neves e Sérgio da Costa Ramos, imortais da Academia Catarinense de Letras, presenteiam-nos com duas belas crônicas. Torcedor avaiano, não deixe de prestigiar o Leão na Ressacada. Compareça ao estádio. Lá é a nossa casa e, você, nosso camisa 12. Vamos ajudar o time da raça e do coração de todos nós a conquistar os seus objetivos e sonhos, que também são os nossos. Boa leitura! Os editores revista oficial

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talento em campo

Leão da ILha aposta na experIêncIa de craques como eduardo costa, dIego e marquInhos e no taLento de jovens da base para voLtar a fIgurar entre as maIores equIpes do futeboL nacIonaL.

Capa: Nesta edição, usamos uma bela foto dos três craques avaianos, produzida exclusivamente pelo fotógrafo Manoel Bento para a revista. Agradecemos a disponibilidades dos ídolos Marquinhos Santos, Eduardo Costa e Diego e também da equipe de produção.


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Avaí Futebol Clube

CONTEÚDO DA edição

o

Fundado em 1 de setembro de 1923 expediente Diretoria Executiva Presidente João Nilson Zunino Vice-Presidente Nilton Macedo Machado

Coordenação de Contratos Ivone da Costa

Técnico de Futebol Ricardinho

Gerência de Recursos Humanos Geracimo Joaquim Fortunato

Secretaria do Futebol Lúcia Dziedicz

Ger. de Logística e Infraestrutura Ivonira Ivone da Costa

Planejamento Enio Gomes

Coordenação de Infraestrutura Ivonira Ivone da Costa

Gestão e Finanças Nerto Laudelino Machado

Coordenação de Suprimentos Carlos César Souza

Projetos de Engenharia e Arquitetura David Ferreira Lima

Coordenação de Serviços Gerais Adenir Pedro da Silva

Patrimônio e Manutenção Odilon Furtado

Coord. de Logística de Jogos e Eventos Luciano Corrêa

Ação Social, Comun. e de Filantropia Nesi Brina Furlani

Coordenação da Qualidade Kelly Priscila Franzoni

Assessorias Especiais

Assessoria Jurídica Dr. Bruno Comicholli

Procuradoria Jurídica Sandro Barreto

Relacionamento com Consulados Francisco José Battistotti Qualidade Terezinha Gartner

sup. de esportes Gerente de Futebol Profissional Júlio Rondinelli Coordenação Operacional de Futebol Vinicius Peixoto de Almeida

Relações Internacionais Misaki Tsuruta

Superintendências

Ger. Futebol das Categorias de Base Diogo Fernandes da R. Otacílio

Superintendente Executivo Nerto Laudelino Machado

Coordenador Técnico de Futebol Flávio Roberto

Superintendente de Administração Luciano Corrêa

Coordenação Operacional de Futebol das Categorias de Base Eduardo Gaspar

Superintendente de Negócios Jairo Backer

Coordenação de Saúde Desportiva Dr. Luis Fernando Funchal

Superintendente de Esportes Enio Gomes

sup. ADMINISTRATIVA Gerência Financeira e Contábil Maria de Lourdes da Silva

Assessoria de Marketing Thiago Pravatto Assistente de Marketing Guilherme Sauthier Coordenação de Comunicação Vandrei Bion Coordenação de Licenciamento Otília Pagani Assistente de Licenciamento Jorge Daux Neto Coordenação Comercial Carlos César Souza

Assessoria de Projetos David Ferreira Lima Secretaria Geral Papiola Cristina Gomes

Projetos Especiais Amaro Lúcio da Silva

sup. de NEGÓCIOS Assistente Administrativo Sheina Alves

Coordenação de Esportes Olímpicos Enio Gomes (interino) Assessoria de Imprensa Alceu Atherino Neves Gastão Dubois

Coordenação de Relacionamento com Sócios Juliana Fialho Matiello

Conselho Deliberativo Presidente Nereu do Valle Pereira

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Vice-presidente Alessandro Abreu Primeiro-secretário Edmundo Simone Neto Segundo-secretário Flávio da Cruz

Conselho Fiscal Presidente Claudio da Silva Membros Valdir João Marques Glauco Augusto Vieira Rafael Sardá

FINALISTA

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#18 — Ano 4 — março–abril de 2013

revistadoavai@avai.com.br Jornalistas responsáveis Nikolas Stefanovich SC/JP 2122

Alceu Atherino Neves SC/JP 3245

Editor-chefe Nikolas Stefanovich Editores executivos Alceu Atherino Neves Luciana Pons Editor de arte Isaias Pinto

Repórteres Camila Spolti Pereira Carla Cavalheiro Celso Martins Felipe Coelho Marcelo Tolentino Róbinson Gambôa

Colaboradores Amilcar Neves Frederico Tadeu Jamira Furlani Manoel Bento Sérgio da Costa Ramos Spyros Diamantaras

Foto da capa Manoel Bento

Colaboraram com fotos Avaí Futebol Clube Geremia Photography Rubens Flôres

Revisão Papyrus Textos Projeto gráfico e execução Isaias Pinto

Impressão Coan Indústria Gráfica

A Revista do Avaí é uma edição bimestral. Todos os direitos são reservados. É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer artigo ou imagem desta obra sem a autorização por escrito dos editores. A Revista do Avaí não se responsabiliza pelo conteúdo das colunas assinadas e dos anúncios publicitários. Todo conteúdo voltado a publicação na revista do avaí deve ser enviado devidamente identificado.

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Destaques 18 Retomada azurra Leão aposta em craques e jovens da base para voltar à elite do futebol

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catarInense 2013 Avaí mira classificação para a semifinal no returno MEDiCiNA DESPOrtivA Departamento médico do Avaí é referência no Brasil e no exterior escoLInhas do avaÍ Depois de Santa Catarina e Paraná, Leão chega ao estado de Rondônia

e mais...

38 42 44 50 64

Maestro Zenon: um gigante no meio-campo Colatina: a estrela do eterno ídolo Pererinha: o grande amigo dos atletas Educação para a base avaiana mantida em 2013 Plano de sócio oferece vantagens para o torcedor

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Seções

e colunas Cartas....................................... 8 Flagrante Eternizado.............. 10 Sérgio da Costa Ramos.......... 14 Tabelas de jogos...................... 29 Leoa Avaiana........................... 56 Avaianos de Berço................... 62 Avaianos Pelo Mundo............. 63 Shopping Avaiano.................... 66 Crônica Amilcar Neves........... 68

Luana

Farias

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Fotos: Divulgação/Avaí F.C.

cartas

Olá, pessoal Gostaria de ver a foto do Pedro da Silva Espindola, 7 anos, na Revista Oficial do Avaí F.C. Ficarei muito feliz! Valeu! Mara Espíndola Por e-mail Nota do editor: É com alegria que recebemos o teu e-mail. A participação dos torcedores é muito importante para nós. Continue interagindo conosco.

olá pessoal da Revista do Avaí! Gostaria muito de ver os meus filhotes lindos na revista do Leão. São fanáticos pelo Avaí e participam sempre dos jogos como mascotinhos. A menina é Jana Indhá, de 12 anos, e o pequeno é o Piettro, de 6 anos. Abraços! Janaina Fuerback Por e-mail Nota do editor: Janaina, aqui está a foto dos seus filhos. Continue conosco.

Saudações Avaianas! Sou natural de Chapecó, mas há 14 anos moro aqui em Floripa onde conheci o meu marido avaiano Marcio Bonsfield. Hoje temos uma família fanática pelo clube. Mando algumas fotos e gostaria muito de ter alguma publicada na revista do meu Leão! Muito obrigada! Andréia Balestreri Por e-mail Nota do editor: Andréia, para nós, é uma alegria atender à sua solicitação. Aqui estão duas fotos que escolhemos em que aparece a sua filha Luíza Bonsfield. 8

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flagrante eternizado

Jovens promessas avaianas

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jovem zagueiro Luiz Matheus (de colete amarelo na foto ao lado), revelado nas categorias de base do Leão, é um dos oito atletas que subiram para o time profissional em 2013. No flagrante captado pela fotógrafa Jamira Furlani, a promessa avaiana, de apenas 20 anos, comemora, de forma efusiva, típica de sua idade, o gol da vitória azurra contra o Camboriú, fora de casa, anotado por Nádson. No detalhe, abraçando o zagueiro, o também garoto Tauã, outro atleta oriundo da base avaiana que está tendo oportunidades no plantel principal.

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Jamira Furlani/Avaí F.C.

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flagrante eternizado

Atenção no craque

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m sua volta para casa, o ídolo Marquinhos Santos, capitão e camisa 10 do nosso elenco, atraiu a atenção de todos. No jogo que marcou a sua reestreia, contra o Atlético de Ibirama, na Ressacada, o Galego, em cobrança de falta, paralisou as atenções não somente de sua fanática torcida, como se nota no anel esquerdo do estádio, completamente lotado. A magia proporcionada por Marquinhos, com seu toque requintado e técnica apurada, fez com que o árbitro reserva, o gandula e até mesmo o assintente de câmera, flagrados pelas lentes sempre certeiras de Jamira Furlani, centralizassem suas expectativas no anjo loiro.

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Jamira Furlani/Avaí F.C.

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coluna

sérgio da costa ramos

Olho no segundo turno e na Série A

Para confirmar o mais vezes campeão 14

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que importa agora é o segundo turno. Aliás, o Avaí nunca gostou dos primeiros turnos. Afinal, com este regulamento do Campeonato Catarinense, para que mesmo serve o primeiro turno, a não ser para treinar e aparar as arestas? Pois bem. Sejamos otimistas. Estamos melhor agora do que no ano passado. O time mostra volume de jogo, algum entrosamento, mas faltam fundamentos essenciais, como a finalização ao gol. Dominamos todo o segundo tempo do clássico contra o eterno rival e tantas foram as chances de gol perdidas que não faltou, sequer, o habitual pênalti não marcado por Célio Amorim – cuja média contra o Avaí é a seguinte: três pênaltis ignorados para cada um marcado. Vai ser muito difícil o bicampeonato. A fila precisa “andar”, segundo os padrinhos mais poderosos de alguns coirmãos. Ao final do clássico, com direito à “cera técnica” por parte do escaldado freguês, o rival comemorou como se fosse um título. Teve razão. Há seis longos anos o Avaí não era derrotado em território tripeiro... Suportaria o Orlando Scarpelli à celebração de mais um título avaiano em suas dependências? E a Arena do norte do estado, lá onde há muito tempo não se comemora um escasso canequinho? A torcida azurra precisa apoiar o time, porque apoio da Federação é que não virá. Time que ainda deve ser reforçado para o campeonato que realmente interessa: o da Série B, que nos proporcionará o ticket para o ingresso no mais disputado e concorrido campeonato do mundo – a elite do futebol brasileiro. Vamos fazer um treininho desse estadual e preparar a “armada” para o grande vocativo e a grande recompensa: o acesso à Série A. Para isso, o nosso ídolo Marquinhos precisa voltar a jogar o que jogava no Grêmio. E um “matador” de verdade precisa se agregar ao elenco, para o comando do ataque. Acho que encontramos este atleta nos últimos jogos: Reis. O resto é com a nossa torcida. www.avai.com.br

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coluna

sérgio da costa ramos

Jamira Furlani/Divulgação/Avaí F.C.

Torcer

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orcida, todos já sabem, é substantivo feminino. Segundo os dicionários, é a “coletividade dos simpatizantes de uma agremiação ou entidade esportiva”. Torcer é verbo transitivo indireto, cujo “meia” de ligação é o torcedor – esse maluco de berço. “Torcer” é manifestar sua apaixonada predileção pela vitória de uma equipe esportiva, seja de tênis, frescobol, críquete ou futebol. Fora do futebol, torcer é humano, é dese-

jar algo ardentemente, mas de uma maneira ainda racional. Por exemplo, desejar a um doente a sua recuperação: – Torço por suas melhoras... “Torcer”, em futebol, é um pouco esse desejo racional, conjugado com outras associações mais ou menos descontroladas do ego humano, civilizado, com o seu “id” primitivo – que se expressa pela “voz rouca e vociferante dos estádios”.

Distorcer “T

orcer”, na verdade, é “distorcer”. O sentido, o significado das coisas ou a proporção da realidade, alterando-a e desvirtuando-a. Não chega a ser a síndrome de Estocolmo – que leva os sequestrados à loucura de amar os sequestradores –, mas a síndrome da arquibancada, que induz o torcedor a interpretar todos os acontecimentos segundo a cor da camisa do seu time. Cada torcedor vê o jogo que quer; “torcendo” a realidade e “distorcendo” uma nova. Muito mais fiel ao que o inglês chama de wishful thinking, ou seja, o forte desejo de que aconteça o melhor dos mundos para o seu time. E o melhor dos mundos precisa acontecer para o Avaí no segundo turno. Com o bicampeonato e a am-

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pliação da vantagem que a história já nos reserva: de 16 para 17 campeonatos, seremos cada vez mais o mais vezes campeão... Aliás, esta frase, incontestável atestado de honra ao mérito, já deveria ter sido içada há muito tempo lá no alto do nosso pavilhão, na marquise da Ressacada: O Mais Vezes Campeão. Só isso, não será preciso dizer mais nada. A galera daqui, a do Estreito, e a do mundo todo sabe muito bem o que ela quer dizer... Sérgio da Costa Ramos

Jornalista, torcedor do Avaí e colunista do Diário Catarinense/RBS


Como apostar? São 80 números e 80 clubes. Você escolhe 10 números e marca o Avaí como clube do coração. Sete números são sorteados. Se você tiver de três a sete acertos, ganha. Se acertar o time do coração, também ganha. O valor da aposta é R$ 2,00. Confira sempre o bilhete impresso pelo terminal, pois ele é o único comprovante da sua aposta.

TIMEMANIA. QUEM AMA, APOSTA.

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elenco profissional

reportagem: Matheus Jofre Fotos: Alceu Atherino, Manoel Bento e jamira furlani

Retomada

azurra

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Com Marquinhos Santos de volta, Avaí aposta em jovens talentos para reconquistar o torcedor avaiano e retornar ao primeiro escalão do futebol nacional

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Marquinhos Santos e Eduardo Costa treinam no CFA da Ressacada: meiocampo refinado e combativo do Leão da Ilha

om alguns rostos conhecidos da torcida e um elenco reformulado, o Avaí está de cara nova em 2013. No ano em que completa 90 anos, o clube quer resgatar o torcedor avaiano e transformar a Ressacada novamente no caldeirão azul e branco, que levou o Leão da Ilha à elite do futebol brasileiro em 2008. Para isso, a diretoria azurra não mediu esforços. Trouxe de volta o ídolo Marquinhos Santos, contratou jogadores de peso como o experiente Eduardo Costa e montou um grupo formado por jovens talentos. Além de manter a soberania sobre o rival Figueirense no Estadual, o Leão também entra forte na disputa da Copa do Brasil e na briga pelo acesso à Série A do Campeonato Brasileiro. “Montamos um time competitivo. Queremos mostrar para o torcedor que não estamos de braços cruzados. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para formar uma equipe forte e trazer o torcedor de volta para o nosso lado”, afirmou o presidente do clube, João Nilson Zunino. A principal cartada da diretoria para essa reaproximação foi o retorno do ídolo Marquinhos Santos. Um dos principais jogadores da história recente do clube, o meia sabe a importância do papel da torcida para essa retomada. “É claro que o baque foi muito grande pelo descenso, em 2011, pela campanha na Série B do ano passado, mas se o torcedor não nos apoiar, se os sócios não voltarem à ativa, sabemos que será muito mais difícil. Por isso, temos que acreditar nesse projeto e retomar o caldeirão que sempre foi a Ressacada”, ressaltou. www.avai.com.br

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elenco profissional

Diego durante treinamento no belo gramado da Ressacada: segurança e experiência no gol avaiano

Aposta nas pratas da casa O

utro trunfo dos dirigentes avaianos para reconquistar a torcida é a aposta nos atletas formados nas categorias de base, que têm uma maior identificação com o clube. Muitas vezes, acostumados a estar do lado de fora do campo e a acompanhar os jogos dos profissionais como torcedores, os atletas de base criam um vínculo muito forte com o Avaí. O elenco atual conta com onze jogadores formados na Ressacada. Oito subiram para o profissional entre o fim de 2012 e o início deste ano. Jovens promessas como os zagueiros Alef e Luiz Matheus, o volante Marrone e os atacantes Anderson, Tauã e Johnny Dias, que prometem dar o melhor para honrar a camisa do Leão nesta temporada. O experiente goleiro Diego, após breve passagem pelo interior de São Paulo no início do ano, retornou à meta avaiana ainda durante as disputas do turno. Ídolo da torcida e com forte identificação com clube, o goleiro destaca que esta mescla de experiência com juventude tem tudo para dar certo. “Conseguimos unir, num mesmo grupo, jogadores consagrados e jovens promessas. Só quem ganha é o Avaí, que hoje tem um grupo extremamente qualificado e com grande potencial para o futuro. Confio muito nos meus companheiros e tenho certeza de que seremos vencedores em 2013”, afirmou.

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Marquinhos, Diego, Eduardo Costa e Rodriguinho conversam observados pelos jovens atletas avaianos: sempre aprendendo com os ídolos

Eduardo Costa e Marrone: juventude aliada a experiência

Luiz Matheus

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elenco profissional

A classe de Marquinhos Santos: ídolo, craque e capitão

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O bom filho à casa (re)torna, pela 4ª vez O

“É claro que o baque foi muito grande pelo descenso, em 2011, pela campanha na Série B do ano passado, mas se o torcedor não nos apoiar, se os sócios não voltarem à ativa, sabemos que será muito mais difícil. Por isso, temos que acreditar nesse projeto e retomar o caldeirão que sempre foi a Ressacada” Marquinhos Santos

Anjo Loiro está de volta. Um dos maiores ídolos da história recente do Avaí, Marquinhos Santos retornou pela quarta vez à Ressacada com a responsabilidade de ser o principal nome do time. Contratado junto ao Grêmio, a menos de uma semana da estreia no Campeonato Catarinense, o meia de 31 anos voltou para reassumir a camisa 10 azurra e liderar o jovem grupo avaiano nesta retomada do Leão. Além da experiência e da bagagem trazida pelo atleta, a quinta passagem do Galego pelo Avaí também deve contribuir para uma maior identificação da torcida com o time recém-formado. “O meu pensamento e o de toda a diretoria foi trazer jogadores que mexam com o torcedor, que tenham uma ligação especial com o clube. Além de mim, tem o Eduardo Costa, que é manezinho, avaiano e conhece bem o Avaí, e o Diego, que é um goleiro que dispensa comentários e foi muito bem aqui no ano passado”, destacou. Formado nas categorias de base do Avaí, Marquinhos iniciou a sua trajetória no time profissional do Leão em 1999. Porém, a relação do meia com o clube do coração vem de muito antes. Nascido em uma família de avaianos em Biguaçu, na Grande Florianópolis, o Anjo Loiro costumava ir aos jogos com o pai e, com apenas sete anos, acompanhou a conquista do título catarinense de 1988. “Minha relação com o Avaí é muito intensa. Da final de 88, na Costeirinha, no colo do meu pai, ao acesso à Série B, em 2008, sempre participei direta ou indiretamente das conquistas do clube”, enalteceu. Pronto para mais uma empreitada, o Galego quer levar o Avaí de volta ao lugar onde deixou, quando foi jogar no Grêmio, em 2011: a elite do futebol brasileiro. “Eu volto pra cá com o intuito de levar o Avaí onde deixei quando eu saí, que é a Série A. Mas agora a ideia é fazer um grande Campeonato Catarinense e manter essa soberania sobre o nosso rival”, revelou.

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elenco profissional

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DNA azul e branco C

om passagens pelo futebol francês e espanhol e pela seleção brasileira, Eduardo Costa é uma das principais contratações do Avaí para esta temporada. Manezinho de Florianópolis, o volante de 30 anos nunca tinha atuado no futebol catarinense e está realizando o sonho de menino, ao defender as cores do Leão neste Estadual. Sobrinho do zagueiro Veneza, que defendeu o Avaí na década de 70, e primo do também ex-avaiano Fábio Fidélis, Eduardo Costa carrega no sangue o azul e branco do Leão. “A Ressacada foi o primeiro estádio de futebol em que pisei. Tenho só boas lembranças daqui. Também fui muito bem recebido por todos no clube e espero que esta recepção seja valorizada com títulos e grandes atuações”, projetou. Formado nas categorias de base do Grêmio, clube defendido pelo pai Norberto também na década de 70, o volante teve uma boa passagem pelo futebol francês, no Bordeaux e no Olympique de Marseille, atuou pelo Espanyol, da Espanha, e retornou ao clube gaúcho. Eduardo também teve uma rápida passagem pelo São Paulo e voltou à França para jogar no Mônaco antes de defender o Vasco nas duas últimas temporadas.

Elenco 2013 Goleiros

Diego, Vitor e Bernardo Zagueiros

Alex Lima, Pablo, Alef, Luiz Matheus, Cleyton e Leandro Silva Laterais

Arlan, Aelson, Gustavo Buso, Rodinei e Paulinho Volantes

Eduardo Costa, Rodrigo Thiesen, Marrone, Alê e Ricardinho Meias Eduardo Costa, contra o Camboriú: marcação pesada e garra típica de avaiano de coração

Marquinhos Santos, Julinho, Nádson, Jefferson Maranhão, Higor e Ildemar Atacantes

Rodriguinho, Danilo, Anderson, Tauã, Johnny Dias, Reis e Roberson

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turno do catarinense

reportagem: Matheus Jofre Fotos: jamira furlani

Campanha no Catarinão 2013 Avaí mira classificação para a semi no returno

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om um time ainda em formação, o Avaí teve um primeiro turno irregular. A equipe revezou bons e maus momentos e oscilou bastante durante a primeira metade da competição. Mesmo assim, o Leão terminou o turno a apenas dois pontos do quarto colocado, com 12 pontos, na sexta posição. A estreia contra o Atlético de Ibirama, do ex-treinador azurra, Mauro Ovelha, foi marcada pela presença de várias caras novas para o torcedor avaiano e pelo retorno de Marquinhos Santos. O atacante Rodriguinho, um dos oito es-

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treantes da tarde, marcou o único gol da partida e garantiu o triunfo do Avaí por 1 a 0, na Ressacada. Na segunda rodada, o Avaí encontrou muitas dificuldades em Xanxerê e acabou goleado por 4 a 1 pela Chapecoense, que conquistou o turno e já está classificada para as semifinais. Apesar da derrota, o jogo também ficou marcado pelo primeiro gol de Marquinhos após a volta do Anjo Loiro, que converteu de pênalti no segundo tempo. Mas o Avaí se recuperou na terceira partida e arrancou um heróico empate com o Criciúma, único clube catarinen-


classificação Posição P J V E D GP GC SG %

6º Avaí

12 9 3 3 3 12 14 -2 44.44

se na Série A e, até então, um dos favoritos ao título, em pleno Heriberto Hülse. Após ser surpreendido e ter tomado um gol logo no início, o Leão pressionou, dominou a partida e, por pouco, não virou o jogo. O empate veio numa pintura de Marquinhos, que marcou um golaço de fora da área. Na quarta rodada, o Avaí manteve o bom desempenho e venceu o Juventus por 2 a 1, na Ressacada. Danilo, no primeiro tempo, e Rodriguinho, no segundo, marcaram para o Leão da Ilha, que só sofreu gol no fim da partida, mas teve tranquilidade para administrar o placar e sair com mais um

resultado positivo na Ressacada. O jogo da quinta rodada contra o Guarani de Palhoça foi adiado por conta da interdição do estádio Renato Silveira. Disputado entre a oitava e a nona rodada, o Avaí mostrou um incrível poder de recuperação ao empatar a partida depois de estar perdendo por 3 a 0. A reação teve início com Marquinhos Santos, que marcou duas vezes, e Rodriguinho fez o terceiro. A sexta rodada, contra o Joinville, foi marcada pelo retorno do goleiro Diego e pela estreia do volante manezinho www.avai.com.br

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turno do catarinense

Danilo (de costas) e Marquinhos Santos no ataque contra o Atlético de Ibirama: foco agora é no returno

Eduardo Costa. Depois de sair atrás no placar, o Avaí virou o jogo com gols de Dinélson e Marrone, mas não conseguiu ter a tranquilidade necessária para segurar o resultado e acabou cedendo o empate no fim. No clássico, pela sétima rodada, o Avaí voltou ao Orlando Scarpelli após o título estadual do ano passado. Em um jogo bastante equilibrado, o Leão acabou derrotado por 1 a 0. Fazia seis anos que o Figueirense não vencia o Avaí no Scarpelli. A penúltima partida do turno não foi das melhores para o Avaí, que perdeu por 2 a 1 para o Metropolitano, na Ressacada. O Leão sofreu um gol logo no primeiro mi28

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nuto e foi obrigado a correr atrás do placar. Mais uma vez, o ídolo Marquinhos, em uma cobrança de falta perfeita, empatou a partida, mas o Avaí sofreu um novo gol no fim e foi derrotado. No encerramento da primeira parte do Catarinense 2013, o Avaí reencontrou a vitória e bateu o Camboriú por 1 a 0, fora de casa, com gol de Nádson. O resultado positivo animou jogadores e comissão técnica, que estão confiantes para uma boa campanha no returno e para a vaga nas semifinais com a evolução tática, técnica e física do time.


Torcedor avaiano! Não perca! Na próxima edição, reportagem completa sobre o returno e as finais do Catarinense 2013. Acompanhe a luta do Leão da Ilha pela conquista do quarto título estadual nos últimos cinco anos Tabela do returno do Catarinense 2013 Data Hora Mandante Placar Visitante

09/03/2013

Atlético Ibirama

4x3

Avaí Hermann Aichinger

17/03/2013 18:30

Avaí

2x0

Chapecoense Ressacada

20/03/2013 19:30

Avaí

2x2

Criciúma Ressacada

Juventus

2x3

Avaí

24/03/2013

18:30

Local

16:00

28/03/2013 21:00 31/03/2013 16:00

Avaí

João Marcatto

2 x 0 Guarani Ressacada

Joinville 3 x 0 Avaí Arena

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tabela da série b

Vai começar a luta do Leão na busca por uma vaga na elite do futebol brasileiro. Vamos torcer, vibrar na Ressacada e apoiar o nosso time!

A CBF ainda não divulgou a tabela definitiva do turno da série B de 2013. Os jogos do Avaí ainda não possuem horários definitivos. Para as partidas fora de casa, com exceção dos clássicos regionais, optamos em aguardar a confirmação da CBF para atualizar a tabela.

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Confira os adversários do Avaí no turno da Série B – 2013 Rodada Data Dia Mandante Visitante Estádio Cidade

1ª rodada

25/05

Sábado

Oeste

2ª rodada

28/05 Terça-feira

3ª rodada

01/06

4ª rodada

04/06 Terça-feira

5ª rodada

08/06

6ª rodada

11/06 Terça-feira

7ª rodada

06/07

Sábado

8ª rodada

13/07

Sábado

9ª rodada

20/07

Sábado

Sport

x

Avaí

A definir

A definir

10ª rodada

27/07

Sábado

Chapecoense

x

Avaí

Arena Condá

Chapecó

11ª rodada

30/07 Terça-feira

Avaí x Atlético-GO Ressacada Florianópolis

12ª rodada

03/08

Avaí x Paysandu Ressacada Florianópolis

13ª rodada

06/08 Terça-feira

14ª rodada

10/08

15ª rodada

13/08 Terça-feira

Avaí x ASA Ressacada Florianópolis

16ª rodada

17/08

Sábado

Avaí x Ceará Ressacada Florianópolis

17ª rodada

24/08

Sábado

18ª rodada

31/08

Sábado

19ª rodada

03/09 Terça-feira

Sábado

Avaí

A definir

A definir

Avaí x Guaratinguetá Ressacada Florianópolis

Sábado Icasa Sábado

x

Palmeiras

x

Avaí

A definir

A definir

x

Avaí

A definir

A definir

Avaí x Joinville Ressacada Florianópolis Avaí x América-MG Ressacada Florianópolis São Caetano

x

Avaí

A definir

A definir

Avaí x Paraná Ressacada Florianópolis

Bragantino

x

Avaí

Sábado Figueirense

x

Avaí

América-RN

x

Avaí

A definir

A definir

Orlando Scarpeli Florianópolis

A definir

A definir

Avaí x ABC Ressacada Florianópolis Boa

x

Avaí

A definir

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A definir

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departamento médico

medicina desportiva de alto nível

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Dr. Funchal tratando lesão do volante Rodrigo Thiesen: alta tecnologia e corpo clínico qualificado em prol do Leão da Ilha

Com tecnologia de ponta e profissionais de qualidade, departamento médico do Avaí é referência no Brasil Reportagem: Matheus Jofre Fotos: Alceu Atherino e Rubens Flores

E

strutura diferenciada, profissionais extremamente qualificados e tecnologia de 1º mundo. O departamento médico do Avaí não deve em nada para os centros de medicina desportiva dos grandes clubes do Brasil e tem se tornado referência no tratamento de lesões de alta complexidade e na recuperação de atletas desacreditados para a atividade esportiva. Depois de passar por três cirurgias em outro clube, Leonardo Cavalinho, hoje no Vasco, chegou ao Avaí, em 2008, desacreditado pelos médicos. Com uma séria infecção no púbis, o atacante tinha sido aconselhado a deixar o futebol e investiu as últimas fichas na equipe médica do Leão. Após uma operação de duas horas e meia, 27 dias internado e um ano no departamento médico, Cavalinho recuperou-se por completo e, contrariando o diagnóstico inicial, voltou a jogar em alto rendimento. “O caso do Cavalinho foi um exemplo de um atleta já desacreditado para o futebol que recuperamos. Assim como ele, temos outros como o Válber, o Léo Gago e o próprio Dinélson”, afirmou o coordenador de saúde desportiva do Avaí, Dr. Luis Fernando Funchal. Destaque, ainda, para os casos de Marquinhos Rosa, Marcelo Caranhato e Cedenir, todos campeões da Série C, além de Marquinhos Paraná e Fábio Oliveira. Um dos principais responsáveis pelo sucesso na recuperação dos atletas é a terapia com Plasma Rico em Plaquetas (PRP), que utiliza o sangue do próprio jogador como matéria-prima e acelera em até 50% o tempo de cicatrização das lesões. O método surgiu nos anos 90. Por volta do ano 2000, em Barcelona, na Espanha, começou a ser utilizado em grande escala na medicina e traumatologia desportiva. Atletas como Leonel Messi e o tenista Rafael Nadal utilizaram o procedimento em seus tratamentos. Chegou ao Brasil em 2005 e, desde 2008, é utilizado nos jogadores do Avaí.

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departamento médico

Cura pelas plaquetas A

terapia com PRP consiste na coleta de uma pequena amostra de sangue do paciente (em torno de 50 ml, dependendo do grau da lesão), na centrifugação para a retirada dos glóbulos brancos e vermelhos e na aplicação do Plasma Rico em Plaquetas no local da lesão através, dentro outros métodos, da videoartroscopia, técnica realizada com o auxílio de uma câmera digital introduzida via minicortes. Grande parte das aplicações são realizadas ambulatorialmente com auxílio da imagem de ultrasonografia. Cada mililitro de sangue corresponde a 0,1 ml de PRP, ou seja, 10% da amostra recolhida. Lesões de maior complexidade chegam a precisar de 5,6 até 10 ml de PRP. O procedimento acelera a recuperação e amplia as chances da medicina na recomposição de articulações, ligamentos, músculos e ossos lesionados.

Dr. Funchal em coletiva na Ressacada: referência nacional na recuperação de atletas

Plasma Rico em Plaquetas (PRP) acelera a recuperação de atletas

Aplicação do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) na lesão Arquivo Dr. Funchal/Divulgação/Avaí F.C.

Arquivo Dr. Funchal/Divulgação/Avaí F.C.

Círculo de confiança A

cada repuxada na musculatura durante uma sessão de fisioterapia, seguida quase sempre de uma inevitável expressão de dor, uma palavra de incentivo ecoa no departamento médico do Avaí. A atenção e os cuidados dos profissionais da área médica com os jogadores são quase paternais. Apesar da seriedade do trabalho desenvolvido pela equipe, formada por quatro médicos, três fisioterapeutas, quatro massagistas, um fisiologista, um nutricionista, uma psicóloga e dois estagiários, o clima no DM é de descontração. O convívio e a rotina do tratamento durante o tempo de recuperação, muitas vezes, cria uma amizade entre atletas e profissionais. Há sete anos no clube, o fisioterapeuta Ricardo Bú34

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rigo orgulha-se de fazer parte desse círculo de confiança. “Criamos muita afinidade com eles. Eles têm muita confiança no departamento médico. Aqui é o lugar onde eles tratam da lesão, mas também onde contam os anseios, problemas, frustrações. Coisas que não falam nem para a comissão técnica”, revelou. Após quase seis meses no DM por conta de uma lesão no joelho direito, o zagueiro Leandro Silva, em fase final de recuperação, garante que a atenção e o zelo da equipe médica faz a diferença. “Quando temos alguma lesão séria é que começamos a dar valor ao departamento médico. Eles têm facilitado muito minha recuperação, como a de todos os colegas que estão no DM”, destacou.


Fisioterapeuta Ricardo Búrigo durante tratamento do zagueiro Leandro Silva: relação paternal e ampla confiança

Loucos por futebol E

m comum, além da competência, os profissionais do departamento médico do Avaí são todos apaixonados por futebol. Torcedores de Grêmio, Internacional e Flamengo na infância, hoje, todos torcem pelo Leão. Com uma rotina bem diferente dos profissionais de outras áreas da saúde, a equipe médica do clube está sujeita ao calendário do futebol brasileiro. Assim como o elenco e a comissão técnica, viaja com o time para as partidas fora de casa e dá todo o suporte no departamento médico da Ressacada. Uma rotina que vale a pena para o fisioterapeuta Marcos Barbosa, o Marcão. “Aqui somos todos apaixonados pelo que fazemos. Trabalhar com futebol não é

fácil. O calendário é extenso, estamos sempre viajando, temos que tratar os atletas no clube, mas não me vejo fazendo outra coisa”, revelou. É essa paixão pelo futebol e o gosto pela profissão que faz o trabalho funcionar bem, segundo o médico Rodrigo Bolassel. “Aqui, todos gostam do que fazem. Somos apaixonados pela nossa profissão e pelo futebol. Não necessariamente nesta ordem”, brincou.

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departamento médico

Lateral Gustavo trata lesão na coxa na Ressacada: atenção total e respeito ao atleta

Valorização do Dm N

ão foi de uma hora para a outra que o departamento médico do Avaí tornou-se referência em Santa Catarina e no restante do país. Foram necessários anos de trabalho, dedicação e investimento. Até 1999, o clube não tinha um médico específico para tratar lesões mais sérias, como no ligamento, e contava apenas com um clínico geral. Foi, então, que o jovem Luis Fernando Funchal chegou à Ressacada. Especialista em traumatologia desportiva, Funchal iniciou uma nova fase no departamento médico avaiano. Uma das primeiras providências do novato, que assumiu a coordenadoria do DM na temporada seguinte com a saída do clínico geral, foi separar o tratamento dos jogadores profissionais e dos atletas da base. Mas foi em 2002, com a eleição do presidente João Nilson Zunino, que o clube começou a caminhar a passos largos rumo ao atual cenário do departamento médico.

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“Quando o Zunino assumiu o Avaí, até por ele ser médico também, introduziu essa linha de trabalho que temos até hoje. Ele foi o primeiro presidente que enxergou as melhorias no departamento médico não como um gasto, mas como um investimento”, explicou Funchal. Em 2008, o departamento médico do clube teve mais um salto de qualidade com a introdução da terapia PRP, com a criação do prontuário digital e do enquadramento no protocolo da Fifa para evitar lesões. No ano passado, O Avaí realizou o 1º Seminário de Traumatologia Desportiva do Sul do país, no auditório da Ressacada, e entrou de vez para o seleto grupo de clubes donos de um departamento médico de primeira linha.


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#18 • aNO 4 MarçO–abril 2013 • R$

,00

9 771984 73600 1 ISSN:1984-736X

talento em campo

Leão da ILha aposta na experIêncIa de craques como eduardo costa, dIego e marquInhos e no taLento de jovens da base para voLtar a fIgurar entre as maIores equIpes do futeboL nacIonaL.

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eternos Ă­dolos 1

reportagem: Marcelo Tolentino fotos: Jamira Furlani e arquivo pessoal Zenon

O maestro

Zenon

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Um gigante no meio-campo C Lembranças da passagem pelo Leão da Ilha

Comentarista esportivo

Ao lado de Sócrates, na Democracia Corinthiana

onhecido pelo futebol refinado, o ex-meiocampo Zenon de Souza Farias, 59 anos, nascido em Tubarão, Sul do Estado, colocava a bola milimetricamente onde queria. Mestre nos lançamentos e bolas paradas, ele tinha uma visão de jogo privilegiada e, para muitos, foi o parceiro mais talentoso do doutor Sócrates durante sua passagem pelo Corinthians (da famosa Democracia Corinthiana), sagrando-se campeão paulista em 1982 e 1983. Jogando com o matador Careca, o catarinense também foi considerado o “cérebro” do Guarani de 1978, quando o clube foi campeão brasileiro. Mas foi no Avaí que Zenon estourou para o Brasil e passou a ser cobiçado por outras equipes. Um dos maiores ídolos da torcida avaiana, Zenon lembra com carinho de sua passagem pela Ressacada, onde foi campeão catarinense em 1973 e 1975. Foi dos pés de Zenon que saiu o primeiro gol do Leão em um campeonato brasileiro da primeira divisão, em 1974. Em partida contra o América de Natal, o franzino meio-campo acertou um chute de fora da área e empatou o jogo que o Avaí perdia de 1 a 0. “Tenho um carinho muito grande pela torcida avaiana, que me idolatrava”, destacou ele, que já promoveu palestras de autoestima aos jogadores avaianos. Ainda em 1975, outra vitória memorável em cima do arquirrival Figueirense. Foi uma melhor de três. “Perdemos o primeiro jogo, ganhamos a segunda e a terceira partida. Lembro-me de que em um dos gols, eu devo ter driblado três ou quatro e dei o passe”, recorda. Outro episódio de que Zenon se lembra foi durante a Copa Atlético Sul, em 1974, quando o Avaí enfrentou o Nacional do Uruguai. Naquela ocasião, um torcedor ilustre assistia à partida. Vascaíno no Rio e palmeirense em São Paulo, o humorista Chico Anísio encantou-se pelo futebol do catarinense e decidiu indicá-lo para o Palmeiras. Contudo, o clube acabou não o contratando por achá-lo muito franzino. Sorte do Guarani, que apostou em Zenon. Na semifinal do Brasileiro de 78, foi o responsável pelo baile que o time paulista deu no Vasco em pleno Maracanã, fazendo dois gols.

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Na calçada da fama E

m 2009, Zenon foi homenageado pelo Leão da Ilha ao lado do também ídolo Adilson Heleno. Ambos passaram a fazer parte da calçada da fama do Avaí. “Temos que agradecer ao presidente Zunino por esse memorial e por estas homenagens. Foi no Avaí que apareci para o Brasil e fiz minha carreira no futebol Brasileiro. Tenho muito a agradecer por esta homenagem que me deixa feliz e envaidecido,” registrou Zenon, na época. No seu discurso, Zunino agradeceu as conquistas dos craques, lembrando-se de importantes momentos pelos quais o Avaí passou naquela época que tinha Zenon e Adilson Heleno, cada qual em seu tempo. Uma eleição feita em 1998 com um grupo de torcedores, jornalistas e ex-atletas do Avaí, apontou aqueles que seriam os melhores jogadores da história do clube até aquela data. Zenon foi escolhido um dos meias dessa seleção. Na seleção brasileira, teve poucas chances. Foi convocado pela primeira vez em 1978, quando ainda atuava pelo Guarani. Jogou pela Seleção em seis partidas (três vitórias, um empate e duas derrotas). Teve ainda passagens pelo futebol da Arábia Saudita, em que vestiu a camisa do Al Ahli.

Quase do outro lado P

or pouco Zenon não foi parar no Orlando Scarpelli. “Era para eu ter ido para o Figueirense”, recorda. De fato, segundo ele, o time do Estreito foi o primeiro a se interessar por seu passe. “Mas o Major Ortiga me achou magrinho e me rejeitou”. Para a sorte dos avaianos, ele foi parar no escritório do Matusalém Comelli. “E aí o Avaí apostou em mim. Deu certo. Foi na Ressacada que eu passei a ser conhecido nacionalmente”. Contudo, Zenon não deixa de registrar sua iniciação no futebol profissional jogando pelo Hercílio Luz, time de Tubarão. Aos 17 anos, em 1971, ele foi assistir a um treino do clube e não deixou mais as quatro linhas. “Tinha faltado um

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Reprodução Facebook Polidoro Júnior

eternos ídolos 1

Zenon eterniza seus pés na calçada da fama do Leão. No detalhe, com a camisa avaiana, na década de 70

Clubes Hercílio Luz: 1971 - 1972 Avaí F.C.: 1973 - 1975 Guarani-SP: 1976 - 1980 Al Ahli: 1980 - 1980 Corinthians: 1981 - 1985

Atlético-MG: 1986 - 1987 Portuguesa: 1988 - 1988 Guarani-SP: 1989 - 1989 Grêmio Maringá: 1990 -1990 São Bento: 1991 - 1991

Títulos Avaí F.C.: Campeão Catarinense – 1973 e 1975 Guarani: Campeão Brasileiro – 1978 Corinthians: Campeão Paulista – 1982 e 1983 Atlético Mineiro: Campeão Mineiro – 1985 e 1986 Brasil: Campeão Mundial de Masters – 1989, 1991 e 1995

jogador. Aí me convidaram para substituí-lo. Acabei ficando”, conta ele, que hoje reside em Campinas e trabalha como comentarista esportivo. Casado, ele tem dois filhos. Mantém uma escolinha de futebol e costuma jogar pelo masters da seleção brasileira e do Corinthians.


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eternos ídolos 2

reportagem: Felipe Coelho Fotos: Alceu Atherino

A estrela de

Colatina

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No Memorial do Atleta, na Ressacada, Colatina aponta para uma foto sua no painel: bons momentos com a camisa do Leão

U

m dos grandes laterais que marcaram a história do Avaí não é manezinho. Antônio Carlos Marsal, ídolo do futebol catarinense que atuou pelo Leão entre 1989 e 1991, nasceu no Espírito Santo, na cidade de Colatina. E foi com o nome da sua cidade natal que fez carreira vestindo a famosa camisa azul. Colatina, como é conhecido até hoje, chegou a Florianópolis no final dos anos 80 para integrar a equipe do Avaí. Vindo do Atlético Mineiro, fez bonito durante o ano e despertou o interesse do clube, que fez um lance para comprar o seu passe. Porém, um atraso na hora do pagamento acabou gerando uma confusão entre os dois times e Colatina foi impedido de jogar por dois meses, até que a compra do seu passe fosse acertada. O tempo de molho forçou o lateral a se transformar em torcedor, já que, durante esse período, acompanhou da arquibancada os jogos do Leão. Todo o imbróglio acabou servindo como aprendizado para o lateral, que, tempos depois, chegou a negociar sozinho o próprio passe para assim poder voltar a jogar pelo Avaí. A estreia aconteceu em 1989 em um clássico na Ressacada com vitória avaiana. De lá para cá, foram mais 100 jogos disputados, com um saldo de 37 vitórias e 34 empates. “Na época, o clube estava fazendo constantes mudanças na sua formação. Excelentes atletas passaram pelo time nesse período, formando um grande elenco” relembra Colatina.

Após a temporada no Avaí, que durou até 1991, Colatina decidiu continuar em Santa Catarina, mas vestindo o uniforme do Joinville, no qual atuou por mais dois anos. Em 1994, o jogador passou a integrar o Tubarão e depois o Atlético de Carazinho no Rio Grande do Sul. Foi quando uma contusão no joelho direito e duas cirurgias mal-sucedidas forçaram Colatina a encerrar a carreira como lateral. A aposentadoria como jogador chegou, mas a paixão pelo futebol continuou a mesma. Colatina permanece em campo, mas agora como treinador. “Comecei treinando alguns clubes amadores de São José, Biguaçu e Florianópolis. Após me profissionalizar, tive passagens como treinador de categorias de base do Avaí e do Guarani, time em que treinei também a primeira divisão”, diz Colatina. Hoje em dia, o grande lateral repassa todo o conhecimento que adquiriu ao longo da sua carreira como treinador na Escolinha de Futebol de Belmonte, além de ser um dos diretores da AGAP/SC (Associação de Garantia ao Atleta Profissional de Santa Catarina). À vontade no papel de técnico, Colatina aposta na nova profissão: “Estou sempre na expectativa de trabalhar com um clube novo, seja em Santa Catarina ou fora do estado”. Para aqueles que querem matar as saudades dos velhos tempos, aí vai uma dica: Colatina reforça o time master do Avaí. Vale a pena assistir à uma partida e relembraras boas jogadas do lateral que adotou o Leão como o seu time do coração. www.avai.com.br

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personalidade avaiana

pererinha:

O grande amigo 44

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Em sua casa, Pererinha posa ao lado da geladeira avaiana

Em 1986, Pererinha serviu a Seleção Brasileira de Futebol

reportagem: felipe coelho fotos: jamira furlani e rubens Flôres

P

or meio de suas mãos mágicas, muitos jogadores recuperaram-se de dores que pareciam não ter fim. Devolver os atletas ao campo, prontos para o jogo em excelente condição física, fez de Delmar da Rosa Pereira uma verdadeira lenda nos gramados de Florianópolis. Com 61 anos de idade e 48 anos de carreira, Pererinha, como é chamado por todos, é um dos massagistas mais competentes e requisitados entre os times da capital, fato que deixa o profissional cheio de orgulho: “Me honra muito ser um profissional reconhecido. Dentro do meu setor, procuro fazer o melhor trabalho. Eu me dedico muito e gosto do que faço”, diz o massagista. Com passagens pelos dois principais times de Florianópolis, Pererinha – com o perdão do trocadilho – conhece como a palma da sua mão as melhores maneiras de deixar um jogador novo em folha: “Há alguns anos, não tínhamos nutricionista, médicos esportistas e fisioterapeutas. Trabalhávamos de maneira mais simples. Hoje o setor melhorou muito, podemos trabalhar ao lado de profissionais como os preparadores físicos que supervisionam e auxiliam nossa atividade. O segredo é o trabalho em conjunto com todos os profissionais da área”, relembra Pererinha. Nascido em Erechim, no Rio Grande do Sul, Pererinha resolveu trocar o solo gaúcho por Santa Catarina no início da década de 80. Mudou-se para Joaçaba em 1980 e foi trabalhar como massagista do Joaçaba Esporte Clube. No ano seguinte, rumou para Brusque, onde passou pelo Clube Atlético Carlos Renaux e, em 1984, foi morar em Rio do Sul. No mesmo ano, mudou-se para a capital e estreou no Avaí. Era o começo de uma história de dedicação e amor pelo clube azurra. Pererinha iniciou a carreira bem cedo, como roupeiro: “Eu tinha 12 anos e auxiliava o meu irmão na rouparia do Clube Ipiranga em Erechim. Foi minha estreia no mundo do futebol”, lembra. Formou-se técnico em enfer-

magem e depois passou a ocupar a função de massagista, profissão que lhe tornou famoso. Sempre com um sorriso no rosto e um bom conselho para dar, Pererinha conquistou não só grandes amizades, mas a admiração de todo um clube. Após quase três décadas de trabalho em parceria com o Leão, pode-se dizer que não existe Pererinha sem Avaí, nem Avaí sem Pererinha. Time e personagem estão ligados por uma história que teve início em 1984, um curto intervalo de dois anos entre 1993 e 1994, quando o massagista teve uma breve passagem pelo Figueirense, e dura até hoje. “Até quando estou de folga dou uma fugidinha para ir ao Avaí. Digo para a minha esposa que tenho algo para fazer lá e me mando para o clube. Não consigo ficar muito longe”, diz. A história de Pererinha também cruza com a da seleção brasileira. Em 1986, o massagista foi um dos três nomes catarinenses incluídos na delegação brasileira que disputaria o Campeonato Sul-americano de Seleções Sub20 no Chile, pelo então diretor da CBF, Pedro Lopes. Os preparadores físicos Miranda Coutinho, do Criciúma, e Humberto Gomes Ferreira, do Figueirense, além de Pererinha, acompanharam a seleção durante a competição, que viajou por Blumenau, Rio de Janeiro e Santiago no Chile. Além da honra de trabalhar com a seleção, o massagista teve outra grande alegria que marcou a sua trajetória. Em 2002, trabalhou com um dos avaianos mais ilustres: o tenista Gustavo Kuerten. O massagista acompanhou Guga no centro de treinamento de Larri Passos, uma experiência que ficou na memória: “É uma pessoa sensacional. Os outros atletas brincavam dizendo que com o Guga eu passava duas horas, e com eles só cinco minutos, mas o que eu posso fazer, olha o tamanho do homem”, brinca Pererinha. Difícil dizer quem é o mais simpático.

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talentos da base

Atletas avaianos comemoram a conquista da Avaí Internacional Cup

reportagem: Matheus Jofre fotos: Alceu Atherino

Escola de

campeões Nova metodologia rende ano de melhor desempenho para as categorias de base do Avaí

O

ano de 2012 ficará marcado para as categorias de base do Avaí. Foram 14 títulos, três vice-campeonatos e um quinto lugar no Campeonato Brasileiro Sub20, a melhor colocação de um clube catarinense na competição. Desempenho que chamou atenção da diretoria avaiana, que resolveu apostar nas pratas da casa nesta temporada. Ao todo, oito jogadores subiram para o profissional entre o fim do ano passado e o início de 2013. “Tivemos um ano altamente positivo em 2012. Foi o maior nú-

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mero de conquistas das categorias de base do Avaí em 89 anos de história. Mas nossa maior conquista é ver o acesso dos meninos para o profissional, alguns deles até se firmando no time titular como o Alef e o Marrone”, comemorou o coordenador da base do clube, Diogo Fernandes, ex-técnico da extinta equipe feminina do Leão, e que assumiu a nova função em 2011. Mas até o atleta estar “no ponto”, há uma longa caminhada. O Avaí tem um dos processos de captação mais modernos do futebol brasileiro. Além dos olheiros


Lances da vitória avaiana sobre o Figueirense na semifinal da Avaí Internacional Cup: futuro do Leão garantido

e das seletivas, o clube tem uma cartilha com o perfil dos atletas procurados pelo Leão da Ilha. “Não queremos zagueiros brucutus. Procuramos jogadores habilidosos, com fibra e que tenham uma identidade com o Avaí”, explicou o técnico do time Sub-20, João Gualberto Mesquita, um dos pioneiros na formação de atletas na Ressacada. As seleções avaianas, as famosas peneiras, acontecem duas vezes por mês em uma das cidades catarinenses. Na última semana de cada mês, os atletas sele-

cionados vêm para Florianópolis e são avaliados pelos profissionais do clube na Ressacada. Só, então, aqueles que se encaixarem no perfil do clube e tiverem um bom desempenho na semana de avaliação são integrados ao grupo. “O segredo está nos processos de captação. Quanto mais rigorosos formos nas seletivas, melhor será o nível dos atletas com quem trabalharemos”, revelou Fernandes.

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talentos da base

Rene simões participa como palestrante no 1º Seminário Internacional sobre Formação de Atletas

Torneio Internacional e Seminário

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o fim do ano passado, o Avaí deu mais um importante passo para a formação de atletas. Entre os dias 24 de novembro e 3 de dezembro, o clube sediou a primeira edição da Avaí International Cup. Voltado para a categoria sub-16, o torneio contou com a participação de equipes de expressão como Santos, São Paulo, Botafogo e a seleção do México, última campeã mundial da categoria, e foi vencido pelo Leão. Em paralelo ao campeonato, o clube também organizou o 1º Seminário Internacional sobre Formação de

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Atletas, que teve a presença de nomes consagrados do futebol brasileiro e mundial. Entre os palestrantes estiveram Renê Simões (Vasco), Carlos Brazil (Flamengo), Bruno Costa (CBF) e Nasser Larguet (Marrocos). O projeto pioneiro teve como objetivo colocar os atletas do Avaí em contato com outras realidades do futebol brasileiro e mundial. “Foi um evento altamente positivo. Apesar de termos ganhado o torneio, a experiência adquirida e o intercâmbio entre os atletas foi a nossa maior conquista”, destacou Fernandes.


Clube se inspira em modelo do Barcelona

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Mesquita (à esquerda), treinador do sub-20, e Diogo Fernandes, coordenador da base avaiana: comprometimento e competência na formação dos novos craques do Leão

m dos segredos do sucesso das categorias de base do Avaí está na Catalunha, na Espanha. Toques precisos e curtos, valorização da posse de bola e saída com qualidade; características que fazem do Barcelona o melhor time da atualidade e que vêm sendo adotadas pelos profissionais das categorias de base do Leão. Entusiasta da equipe espanhola e fã do futebol bem jogado, o técnico do time sub20 do Avaí tenta implantar a filosofia do time de Messi e companhia na Ressacada. “Tentamos aplicar a metodologia de trabalho do Barcelona, que é um modelo de sucesso mundial. Desde a captação até o trabalho do dia a dia”, revelou Mesquita. Mas como bom brasileiro, Mesquita tenta adaptar o modelo do Barça à realidade do nosso futebol. “Pegamos apenas as coisas boas. Mas, é claro, que abrimos espaço para a qualidade do futebol brasileiro, o improviso, o drible. Tudo isso faz parte da nossa cultura”, destacou.

Base do avaí começa 2013 com o pé direito

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Jovens atletas buscam no Avaí suas oportunidades de vida

m 2013, as categorias de base do Avaí prometem dar muitas alegrias à torcida avaiana e ter mais um ano repleto de conquistas. Em apenas dois meses, foram três títulos e dois vice-campeonatos. Neste início de temporada, o Avaí já conquistou a Copa Vidas e a Copa Saudade, na categoria 98, e a Copa Santa Clara, na categoria 97, além dos vices com a equipe 97 na Copa Vidas e com o time 96 na Copa Saudade. “Nosso planejamento é dar continuidade ao trabalho que vem sendo feito. O ano passado foi brilhante e dificilmente conseguiremos repetir o mesmo desempenho. Agora que atingimos esse nível, o mais difícil será nos mantermos entres os melhores. Este será o nosso desafio”, revelou Fernandes. www.avai.com.br

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eja

Formatura da primeira turma do EJA na parceria Avaí F.C. e Prefeitura de Florianópolis: jovens atletas têm possibilidade de manter os estudos em dia

reportagem: Camila Spolti fotos: Divulgação Avaí F.C.

Educação de Jovens e Adultos mantida em 2013 Primeira turma formou-se no ano passado, beneficiando atletas da categoria de base

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ão basta ser um bom jogador, também tem que estudar. Este é um dos ensinamentos da categoria de base do Avaí. Desde o ano passado, os jovens atletas têm a oportunidade de participar das aulas do programa Educação de Jovens e Adultos (EJA), e assim concluir o ensino fundamental (6º ao 9º ano) gratuitamente. Em dezembro de 2012, oito atletas do Leão formaram-se na primeira turma do EJA e agora estão com o currículo do ensino fundamental completo. A iniciativa deu tão certo que um novo grupo será formado em 2013. O projeto é uma parceria com a Prefeitura de Florianópolis. Enquanto o Clube disponibiliza o espaço físico para as aulas e a alimentação dos estudantes, o município cede os professores. As aulas ocorrem cinco dias por semana no auditório da Ressacada

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e englobam disciplinas como português, matemática, química, geografia, história, física e inglês. A assistente social do Avaí, Angelita Costa, conta que o projeto teve boa aceitação por grande parte dos atletas, mas alguns não têm o hábito de estudar e convencê-los a se dedicarem aos livros é uma luta constante. “Muitos vieram de outros clubes e ficam sem estudar por um determinado período e quando chegam aqui desanimam ao ter que recomeçar”, explica. De acordo com a assistente social, para fazer parte da categoria de base é pré-requisito estudar e, com as aulas ministradas na Ressacada, não existe desculpa para deixar os estudos de lado. “O Avaí não está preocupado só em cobrar, mas em proporcionar condições para que se formem também.”


Pais de olho A

Assistente Social do Leão, Angelita Costa (à direita na foto), com Luciano Corrêa e Dona Nesi Furlani na formatura da primeira turma do EJA

Angelita e o grupo de professores do EJA

ngelita conta que os pais ficam atentos para que os filhos frequentem as aulas. Como muitos atletas são de outros estados, os contatos são feitos periodicamente por telefone. Seu Enéias Moraes mora em Itapema e é o exemplo de um pai dedicado. No início do ano, o filho Leandro Moraes, de 17 anos, estava com o rendimento baixo nos estudos. Foi quando Enéias esteve na Ressacada para conversar com os responsáveis pelo EJA. Depois de uma conversa franca com o filho, o jovem mudou o comportamento. “Eu fiz ele se comprometer, pois sei que os estudos são importantes para o futuro dele. Agora eu fico sempre em cima”, garante o pai. Leandro, que no começo achava as aulas monótonas, aos poucos foi se acostumando e agora até recomenda o curso para outros colegas. “Para quem está atrasado nos estudos, o projeto é muito bom. Ainda mais que a aula é dentro da Ressacada. Isto facilita muito, pois não precisamos nos deslocar para longe. Fiquei muito feliz por ter conseguido concluir o curso”, afirma.

Jogadores que receberam seus diplomas

Inscrições 2013

Como funciona

As aulas do EJA foram retomadas em março e, desta vez, o projeto está aberto à comunidade. A exemplo desse programa, o Avaí também trabalha para estabelecer uma parceria com o Governo do Estado de Santa Catarina para disponibilizar o Curso de Educação para Jovens e Adultos (CEJA), voltado para o Ensino Médio.

O diretor do EJA, Orelio Augusto Parcinello, explica que cada aluno é avaliado individualmente. Eles não têm provas exatas, mas, duas vezes por semana, os professores reúnem-se para analisar cada estudante desde o comportamento até a motivação pelos estudos.

Diretora de Ação Social, Comunitária e de Filantropia, Nesi Brina Furlani, que foi madrinha da primeira turma no EJA 2012, diz que deseja assistir a muitas outras turmas se formando. “Temos que incentivar os estudos. O Avaí pensa tanto no presente deles como também no futuro”.

As aulas são interdisciplinares para fugir da realidade das escolas tradicionais e motivar os estudantes. “O aluno tem que pensar que está fazendo algo que deseja, que sabe que é para seu bem e não porque os outros querem”, afirma.

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reportagem: camila spolti Fotos: Alceu Atherino, Jamira Furlani e Divulgação Escolinhas Rondônia

Escolinhas do Avaí pelo Brasil Depois de Santa Catarina e Paraná, Leão chega a RONDÔNIA

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Avaí Futebol Clube tem a sua marca em mais de quinze escolinhas de futebol espalhadas pelo Brasil. A maior parte delas está localizada na Grande Florianópolis, mas o clube conta com representantes em várias regiões de Santa Catarina como em Belmonte, Itapema e Ituporanga e também em outros estados, como Paraná (Curitiba) e Rondônia (Ariquemes, Cacoal e Vilhena). A inauguração das escolinhas em Rondônia faz parte do projeto do clube de expansão das atividades em 2013. O cônsul do Avaí em Rondônia, Coronel Roberto Luiz das Dores, um dos responsáveis em levar o nome do time azurra para o estado do norte no ano passado, afirma que a meta é inaugurar 52 escolinhas, uma em cada cidade. Neste semestre, o estado deve contar com um núcleo em Porto Velho e uma escola em Ministro Andreazza, totalizando cinco escolinhas na região. O cônsul tem como objetivo também levar as escolinhas do Leão para os estados do Acre, Amazonas e Amapá. “Sei que é um projeto audacioso, mas, com as bênçãos de Deus, e

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com o apoio, seriedade, confiança, lealdade e integridade da diretoria e colaboradores que fazem o Avaí Futebol Clube ser essa referência no futebol, estou certo de que conseguiremos alcançar resultados altamente positivos”, projeta Dores. Segundo o cônsul, a escolinha, além de formar futuros jogadores profissionais, também exige um trabalho de responsabilidade social do qual sente orgulho de participar. “A criação dessas escolinhas foi uma das melhores coisas já realizadas na minha vida, porque, após entender o processo dentro do Avaí que junta a profissão agregada à formação do cidadão, constatei que estaríamos no caminho certo para o encaminhamento dos jovens. Costumo brincar dizendo que agora o Leão da Ilha também chegou na Selva Amazônica. O nosso hino de Rondônia, intitulado Céus de Rondônia, tem uma frase que diz: ‘A zul, o nosso céu é sempre azul...’ e por isso também digo a todos que o Avaí chegou para ‘azular’ cada vez mais os Céus de Rondônia”, afirma o cônsul.


Trabalho levado a sério A

Jovens de Rondônia com o azul e branco do Leão da Ilha: expansão da marca Avaí por todo o Brasil

proximadamente duas mil crianças de 6 a 16 anos são beneficiadas com os trabalhos desenvolvidos nas escolinhas do Avaí. Por meio delas, muitas têm seus talentos descobertos e vão para a categoria de base do clube até chegarem ao time profissional. De acordo com a coordenadora de licenciamento do Avaí, Otília Pagani, para que uma escola tenha a marca do clube ela passa por um processo criterioso antes de receber a licença, pois o Avaí entende a importância de oferecer um ambiente saudável e ensinamento qualificado para as crianças. “Muitos jovens procuram estas escolas atraídos pelo nome do Avaí, pois veem no clube uma oportunidade de se tornarem jogadores profissionais e não podemos brincar com o sonho desses jovens”, relata. A coordenadora explica que é cobrado um acompanhamento pedagógico com as crianças e a exigência do Leão é de que elas se sintam felizes com o que estão fazendo. “Tem que ter diversão e ser prazeroso. O objetivo da escolinha é oferecer uma área de lazer saudável onde possam desenvolver atividade esportiva corretamente, com acompanhamento profissional, e se divertirem como crianças e cidadãos.” Otília acrescenta que o clube preocupa-se em valorizar os alunos e que muitos que não têm condições de arcar com as despesas ganham bolsas. “Em vez de ficarem nas ruas sem ter o que fazer eles treinam para, quem sabe um dia, tornarem-se grandes profissionais. Temos que valorizar essas crianças, pois o futuro do Avaí depende delas”, projeta a coordenadora.

O ídolo Flávio Roberto também esteve em Rondônia palestrando para os jovens atletas. Na foto ao lado, crianças das escolinhas de Rondônia em visita à Ressacada

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futuro avaiano

Aquecimento dos jovens atletas em Rondônia

Talentos revelados O volante do Avaí, Marrone, é um exemplo de que as escolinhas podem influenciar no futuro das crianças. Ele foi descoberto por meio de uma delas e, depois de ir para a categoria de base do Avaí, passou a integrar o time profissional. Pelo menos 300 atletas da categoria de base do leão vieram das escolinhas do Avaí. O diretor de planejamento do Avaí, Ênio Gomes, avalia o número positivo “As escolinhas são uma forma de iniciar no clube. Por meio delas, potenciais talentos são revelados e, na categoria de base, nós moldamos esses atletas para que cheguem até o profissional”, conclui o diretor. 54

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Marrone e coronel Roberto na Ressacada


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Voltade ida, no Rio de Jogo

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S JOGO S O EIR PRIM

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Luana Farias 56

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Fotos: Geremia Photography/Avaí F.C.

Troca de passes

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Leoa Avaiana desta edição é a promotora de eventos Luana Farias, de 18 anos. Natural de Lages, na serra catarinense, Luana eternizou em seu pulso o amor pelo Leão da Ilha. Segundo ela, a tatuagem é fruto de uma promessa feita à sua mãe durante o intervalo da partida que garantiu a permanência do Avaí na série A em 2011, na histórica vitória, de virada, sobre o Santos de Neymar. “Apesar de ter passado por algumas fases ruins, nunca deixei de apoiar, torcer e gritar com os meus guerreiros em campo. Eu tenho orgulho de torcer pelo time mais vezes campeão de Santa Catarina”, diz Luana. Acompanhe o ensaio exclusivo produzido pelo fotógrafo Geremia.

Nome: Luana Farias Apelido: Lu Data de nascimento: 18/08/1994 Naturalidade: Lages/SC Profissão: Promotora de eventos Altura: 1,63m Peso: 52kg Cintura: 56cm Signo: Leão Música: Céu Azul – Charlie Brown Jr. Filme: Um amor para recordar Comida preferida: Pizza Jogador preferido: Marquinhos Santos

Equipe técnica Fotos: Geremia–Photography & Diretor de Cena (twitter.com/fotogeremia) Assistente de produção: Bruna Cebage Make up: Cris Keller (48 9619.6638) Filmagem e Edição: Stefania Geremia Curti (bluebucket.com.br)

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Fotos: Divulgação/Avaí F.C.

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1) Arthur Bustamante Eloi Pinto; 2) Pedro da Silva Espindola, 7 anos, na Ressacada; 3) Os gêmeos Estevão e Miguel Valduga Artigas; 4) Miguel Wielewicki Zimmermann; 5) Mateus Rittes Teive; 6) Maria Carolina Bittencourt da Silva; 7) Ana Carolina Severo Lessa; 8) Alana Leticia Cardoso, com o pai Marcelo; 9) Sofia Fornari Grechi, com o tio André Tarnowsky; e, 10) Arthur Vieira Fumo Fernandes 62

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Fotos: Divulgação/Avaí F.C.

avaianos pelo mundo

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1) Elis Dutra, em Nova Iorque; 2) Gustavo Sperry, no Estádio do Dragão, em Portugal; 3) Fulgêncio de Amorim Duarte, em Londres; 4) Daniel Santini, no estádio Santiago Bernabéu, em Madri; 5) Conselheiro Alceu Neves, nos EUA; 6) Carolina, em Kalbarri, Austrália; 7) Roberta Maas dos Anjos, no Monumento La Carreta, em Montevidéu; 8) Isabela Furlani Robrigues, na Disneylândia; 9) Paula Santini, nas pirâmides do Egito; 10) João Bonoto e esposa Andréia, na Patagônia, Argentina; e, 11) Terezinha e Valério Koerich com o filho Marcelo, em Puerto Pirámides, Chubut, Argentina www.avai.com.br

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associados

Jairo com as carteirinhas do Clube: uma série de vantagens para quem é associado

reportagem: camila spolti Fotos: alceu atherino e Jamira furlani

Plano de sócio

traz vantagens para o torcedor avaiano em 2013 Tambores, faixas, balões e o grito da torcida. Nada como um estádio lotado para empurrar o time para frente

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m 2013, o torcedor azurra, além de acompanhar o Avaí na luta pelo bicampeonato Catarinense, na disputa pela Copa do Brasil e na briga de acesso para a série A do Campeonato Brasileiro, terá um motivo a mais para não perder nenhum jogo do Leão e lotar a Ressacada. Por meio do plano de sócio “Sempre Avaí”, o clube traz uma série de benefícios inéditos para o associado, que vão desde descontos em mensalidades até parcerias com comércios e clínicas. O associado que autorizar débito em conta corrente ou na conta de energia elétrica vai economizar por ano quase 20%. Quem optar pelo boleto bancário terá um desconto de 10% no pagamento da mensalidade. Aquele que preferir quitar as mensalidades do ano todo em cota única terá uma redução de 10% do valor, assim como ocorreu no ano passado.

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O superintendente de negócios do Avaí, Jairo Backer, conta que o sócio avaiano terá outras vantagens. “Com o clube de benefícios, os associados vão ter descontos em restaurantes, bares, farmácias, além de clínicas médicas, odontológicas e exames, com descontos que podem chegar a 70% dos valores praticados em consultas particulares, por exemplo. O torcedor ajudará o time de coração e ainda receberá muitos descontos”, explica. Atualmente, o leão conta com cerca de seis mil associados e a meta do clube é dobrar o número até o final do ano. “Para o Avaí, é muito importante ter o apoio da torcida e, por este motivo, queremos incentivar o torcedor a comparecer à Ressacada”, projeta Backer.


opções de planos

BENEFÍCIOS para sócios do avaí

Setor A Setores B-G-H Setores C-D-E (Social) (Descoberta) (Coberta)

Entrada gratuita nos jogos do Avaí na Ressacada; Cadeira personalizada no estádio; Promoções exclusivas; Descontos em estabelecimentos do Clube de Benefícios; Promoções dentro do gramado no intervalo do jogo; e, Sorteio de brindes no mês de aniversário.

Associe-se! Escolha o seu plano

Masculino Débito em conta/Celesc Boleto Bancário* Boleto após vencimento

R$ 80,00 R$ 42,00 R$ 60,00 R$ 85,00 R$ 45,00 R$ 63,00 R$ 95,00 R$ 50,00 R$ 70,00

Feminino Débito em conta/Celesc Boleto Bancário* Boleto após vencimento

R$ 60,00 R$ 25,00 R$ 42,00 R$ 63,00 R$ 27,00 R$ 45,00 R$ 70,00 R$ 30,00 R$ 50,00

Estudante/Idoso Débito em conta/Celesc Boleto Bancário* Boleto após vencimento

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Sócio Mirim

indisponível indisponível indisponível

R$ 20,00 R$ 30,00 R$ 22,50 R$ 31,50 R$ 25,00 R$ 35,00

R$ 15,00 Válido para todos os setores da Ressacada

(Até 12 anos)

Nação Avaiana R$ 20,00 Neste plano o torcedor terá desconto de 60% na compra do ingresso em qualquer setor Plano Família A partir do segundo integrante da família será concedido desconto de até 10% no valor das mensalidades (*) Boleto Bancário: Valor a ser pago pelo associado impreterivelmente até a data do vencimento.

PAIXÃO PRA TODA VIDA

Galera avaiana na Ressacada

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shopping avaiano

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1) Capa de Iphone 4 R$ 74,90 cada 2) Almofada Puff inflável R$ 39,90 3) Boneca Sapeca R$ 32,99 4) Amofadas em Poliéster, laváveis. Quadrada - R$ 36,00 Retangular - R$ 26,00

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crônica

amilcar neves

FALANDO SÉRIO A

ntes de qualquer palavra, não custa repetir o que os adversários sabem e choram por não terem como ignorar: até 19 de maio, dia do segundo jogo da final deste Estadual, o campeão catarinense é o Avaí. E nada proíbe que 2013 seja o segundo ano do nosso tetracampeonato. Nem mesmo o fato de que, de Santa Catarina, metade dos times disputa as séries A e B do Brasileirão e as outras cinco equipes brigam por uma vaga na Série D. Como nem tudo é perfeito, sofremos ainda a síndrome de 2012, de um ataque que não produz gols. Centroavantes artilheiros em outros clubes só tornam a marcar depois que saem do Avaí. Deve haver tratamento para isso. Ou, por outra, deve haver algum centroavante por aí, talvez por aqui, que não tome conhecimento dessa síndrome e saia fazendo gols da forma como dão os cocos: às pencas. Títulos estaduais são ótimos (e são ótimos e saborosos justamente porque conquistados à custa de todos os rivais), o campeonato na Copa do Brasil e o retorno à Série A, igualmente missões e sonhos para este ano, serão fantásticos, pois teremos a Ressacada com grandes jogos e grandes públicos contra adversários de respeito no cenário nacional e até internacional. Teremos os nossos craques desfilando suas virtudes e categorias por vitrinas de primeira linha e teremos mais dinheiro circulando pelas finanças do Clube. 68

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Isto é o que faz a grandeza de um clube de futebol: títulos, estádio, torcida, craques e dinheiro – o resto acontece, é decorrência desse conjunto básico de valores. Desses valores, torcida talvez seja o mais sensível deles, o que possivelmente mereça a maior atenção por parte da diretoria, dos funcionários e dos atletas: não a torcida em si, bem entendido (apesar do inegável respeito que a torcida toda merece), mas a formação de torcida, ou seja, a conquista de novos torcedores que sejam entusiastas do Clube. O importante, pois, é o Avaí empolgar os torcedores que vêm morar em Santa Catarina e, especialmente, vestir de azul e branco a garotada que nasce e vive aqui, os filhos dessa gente vinda de fora que torce por suas equipes originais e que gostaria de ver seus meninos e meninas seguirem os seus passos da mesma forma como uma família de médicos não admite que alguém dela nascido possa sonhar com os palcos, por exemplo, como meio de vida e profissão. No mais, é lotarmos a Ressacada e torcer pelo bicampeonato, título que somente o Avaí poderá conquistar em 2013.

Amilcar Neves

Avaiano, integra a Academia Catarinense de Letras e tem oito livros de ficção publicados


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P R O G R A M A

MELHOR CREDITO

O BANCO D A S MELH OR ES TA X A S É TAMBÉM O MA I OR INCENTIVA D OR DO ESPORTE B R A S I LEI R O.

SAC CAIXA: 0800 726 0101 (informações, reclamações, sugestões e elogios) Para pessoas com deficiência auditiva ou de fala: 0800 726 2492 Ouvidoria: 0800 725 7474

Joice Silva Atleta CAIXA medalha de prata em luta greco romana – Panamericano Sênior 2010.

A VIDA PEDE

MAIS APO O, S PER ÇÃO, CO QUIS AS.

A CAIXA INVESTIU MAIS DE 338 MILHÕES DE REAIS NOS ÚLTIMOS 10 ANOS E INCENTIVOU CENTENAS DE ATLETAS EM 28 CATEGORIAS ESPORTIVAS. É PATROCINADORA OFICIAL DO ATLETISMO, DA GINÁSTICA, DAS LUTAS E DO PARADESPORTO BRASILEIRO. APOIA 24 CENTROS DE TREINAMENTO QUE AJUDAM CRIANÇAS, JOVENS E ADULTOS A TEREM CONQUISTAS NA VIDA E NO ESPORTE. E DESTINA PARTE DA ARRECADAÇÃO COM AS APOSTAS DAS LOTERIAS DA CAIXA AO ESPORTE BRASILEIRO. OS PRÓXIMOS 10 ANOS PEDEM MAIS QUE UM BANCO.

www.facebook.com/CAIXAEsportes

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