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2013.2 PUC-Rio DSG1041 - Projeto Final Mídia Digital José Felipe Gasparian Gueventer Orientadora: Roberta Portas Tutora: Claudia Bolshaw
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Í N D I C E
INTRODUÇÃO / 7 L E V A N TA M E N T O D E D A D O S / 9 INFOGRÁFICO / 13 PESQUISA TEÓRICA / 15 P A R T I D O A D O TA D O / 2 5 PESQUISA DE CAMPO / 27 PÚBLICO ALVO / 30 M E TO D O LO G I A / 3 1 PESQUISA DE SIMILARES / 33 PESQUISA ESTÉTICA / 41 PESQUISA TÉCNICA / 45 DEFINIÇÃO / 49 P L A N E J A M E N TO / 5 1 BIBLIOGRAFIA / 52
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I N T R O D U Ç Ã O Stille, stil.le, f., do alemão: 1. silêncio, 2. quietude, 3. calma.
O
projeto Stille surge por uma observação própria dos fios elétricos do Rio de Janeiro. Como ponto de partida, resolvi
retirar destes, as linhas que eles fazem por toda a cidade. A linha como forma crua trouxe muitos caminhos e questionamentos ao longo do meu processo de pesquisa. Ao ponto dessa linha se tornar a linha do som desse espaço urbano que ela se insere. Entretanto a ausência de som fez tornar esse projeto mais rico já que em uma cidade altamente caótica, o silêncio se torna algo quase tão valioso quanto qualquer outro aspecto. Meu projeto tem o âmbito de trazer essa nova percepção dentro do espaço urbano.
i n t r o d u ç ã o
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S T I L L E
L E V A N T A M E n t O d e d a d o s
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m Julho de 2013, saindo do Jardim Botânico (parque cituado no Rio de Janeiro), me deparei com esses fios elétricos
que compõe a cidade. Percebi alí que haveria algo tão instigante e relevante para a realização de um projeto. “Stille” nasce em sua forma mais bruta perante essa investigação. Através de questionamentos próprios e audácia pela busca de um ponto de partida, resolvi catalogar primeiramente o que esses fios representavam na cidade.
l e va n t a m e n t o
d e
d a d o s
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Através de perguntas e mais observações, esses fios carregam muito mais do que imaginava. Começando pela sua própria função de levar energia para quase todos os lugares da cidade, esses fios se tornam ícone do Rio de Janeiro e características como a confusão, o emaranhado e o caos da cidade estão explícitos neles mesmos. Outra funcionalidade destes é servir de caminho ou repouso dos animais. Muitas vezes me peguei olhando esses vultos rápidos passando pelos fios. Micos e gambás utilizando os fios no meio da cidade para se locomover. Enquanto as aves usam mais para um descanso do caos urbano. A ligação que esses fios fazem por todo o Rio de Janeiro é uma maneira de conectar bairros e por consequência fazê-los se comunicarem entre si. Apesar dos desenhos que esses fios fazem no ceu quando olhado de baixo pra cima, o visual traçado acaba se tornando um plano de fundo, um invisível. Está tão presente que ele se torna imperceptível. Em outras cidades mais desenvolvidas, a fibra ótica passa por baixo da terra e o efeito acaba sendo o mesmo: a inexistência dos fios. Trouxe essa reflexão como forma de valorização dessas linhas que dominam os bairros e a paisagem quando olhada para cima.
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minha visĂŁo dos fios elĂŠtricos na cidade.
l e va n t a m e n t o
d e
d a d o s
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Quando observo esses fios, penso logo em linhas que ligam um poste ao outro, que se manifestam no visual da cidade e que caracterizam esse espaço. Resolvi, portanto, retroceder para dar continuidade no meu projeto. Digo como retrocesso apenas para estudar essas linhas para entender e compreender melhor essa nova visão que eu quero trazer. Realizando uma pesquisa prévia, listei algumas propriedades da linha: •
grande expressividade gráfica e muita energia;
•
expressa dinamismo, movimento e direção;
•
cria tensão no espaço que se encontra;
•
cria separação de espaços no grafismo;
•
a repetição de linhas próximas gera planos e texturas.
Em seu raciocínio mais básico, a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos, enquanto que a linha curva é a linha mais livre e dinâmica, sugerindo desde um movimento perfeitamente definido até um movimento caótico, sem regras. Ainda com conceitos muito limitados, precisava de um aprofundamento maior para as subjetividades dessa linha pois queria dar uma certa expressividade à ela.
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I N F O G R Á F I C O L E v. d e dados fios elétricos, linha, som, espaço urbaPESQUISA
no, silêncio.
DE CAMPO
PESQUISA TéCNICA
o que é o silêncio
Arduino, Processing,
para você? nature-
After Effects, Final
za, a música, a cida-
Cut Pro, caixas de
de, paz, harmonia,
som. EnergyPods.
qualidade de vida,
STILLE
algo valioso.
PESQUISA PEsquisa
estética
teórica uma nova percepWassily
Kandinsky,
John Cage, João do Rio, Gabriela Gusmão.
ção estética do es-
a cidade, minima-
paço urbano através
lismo ponto e linha,
das linhas do som.
ondulações, conceitos de cor e temperatura Kandinsky.
I N F O G r á f i c o
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P E S Q U I S A T E Ó R I C A
p e s q u i s a
t e ó r i c a
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KANDINSKY Ponto e Linha sobre Plano
P
ara me aprofundar na questão das linhas que os fios elétricos formam, escolhi ninguém melhor que Wassily Kandinsky para tratar dessa questão. Kandinsky,
nascido em Moscou, Rússia, foi artista e professor da Bauhaus. Concebido pela arte abstrata, das obras escritas pelo artista escolhi “Ponto e linha sobre plano”. Primeiramente, digo que o artista em seu livro, me trouxe um significado da linha muito mais abrangente do que apenas sendo a menor distância entre um ponto e outro. Logo de início, Kandinsky traz uma observação sobre a rua sendo vista através de uma janela. Para ele, a rua através da janela é um ser isolado palpitando num “além” com barulhos atenuados e movimentos fantasmagóricos. E quando saímos do isolamento e participamos desse ser, a alternância do timbre e da cadência dos sons nos envolve do mesmo jeito que o jogo de linhas e de traços verticais e horizontais nos envolvem com os seus movimentos. Aqui, digo que foi a primeira aparição do som no projeto. Até então, tinha ficado muito preso à análise gráfica e esquecido de n o r way
outros sentidos sem ser a visão. Desde então, comecei a observar (enescutar) o r w aoysom what e ve r
fuck
rua vista de dentro da f urua ck fuck
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LALALAL
rua vista da janela
n o r way LALA LA L LAL LA LA
w h aw te hv ae tr ever
que esse espaço urbano emitia no dia-a-dia.
Antes de introduzir as linhas, o artista define o ponto. “O ponto geométrico é a derradeira e única união da palavra e do silêncio.” Novamente, ele traz a questão do som, só que na forma de “não-som”. Aqui o som começa a tomar um conceito maior para o projeto. O silêncio é alcançado dentro do espaço urbano movimentado e caótico? Entrarei nessa questão mais a seguir.
Em seu capítulo sobre a linha, o artista exmplifica as espécies de linha, seus comportamentos, expressões, temperaturas, luminosidade, ressonâncias, repetições, durações, combinações e aplicações. De todos esses conceitos, destaco os principais e que me fizeram pensar em uma linha como algo muito maior. Kandinsky embarca em questões do cotidiano, humaniza essas linhas e interioriza essas linhas.
A linha é um ser invisível e nasceu do movimento pela aniquilação da imobilidade suprema do ponto. A forma mais concisa das infinitas possibilidades de movimento.
E S TÁT I C O
DINÂMICA
ponto
linha
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As diferenças de inclinação das linhas (horizontal, vertical e diagonal) definem sua sonoridade interna e sua temperatura. Retiro daqui a expressividade que a linha toma para Kandinsky e uma nova maneira de se trabalhar nessas linhas. Fugindo do conceito tradicional, consigo desconstruir essa dinâmica proposta por ele de tal maneira que as cores podem vir a tomar forma no projeto mais tarde. Veja a tabela:
LINHA
COR
TEMPERATURA
LUZ
horizontal
preto
fria
azul
vertical
branco
quente
amarelo
diagonal
cinza/verde
quente/fria
vermelho
A movimentação das linhas dão o poder à elas de criar superfícies. As linhas retas livres tem dois aspectos: com centro comum e sem centro comum. E cada um representa uma escala de cores:
com centro comum
sem centro comum
preto e branco
cores vivas
O preto e o branco são cores silenciosas. Aqui a sonoridade é reduzida ao mínimo: silêncio ou, antes, sussurros apenas perceptíveis e calmos. Para o artista: “Hoje o homem é dominado pelo mundo exterior, e o interior morreu para ele. O homem moderno procura a calma interior pois já está aturdido pelo exterior e acredita alcançar essa calma no silêncio interior.” O desenvolvimento dessa perspectiva se concentra muito no meu objetivo. (ver pág 24)
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S T I L L E
A repetição foi um outro fator importante que eu retirei do livro. Existem três tipos de repetição: intervalos idênticos, intervalos crescentes e intervalos irregulares.
intervalos idênticos intervalos crescentes intervalos irregulares
Os intervalos estão presente nas composições musicais e logo, no som que a rua emite. Os intervalos irregulares são os mais constantes dentro da cidade, apesar de que as linhas dos fios apresentam muitos intervalos idênticos. A pausa desses intervalos irregulares é o silêncio? De acordo com o artista, sim. Eu diria que são os pontos. Kandinsky aborda muito a questão do som. Essa relação som e linha se tornou base do projeto e consequentemente a linha que o som faz está presente no espaço urbano. Realizei um primeiro experimento. Gravei por 20 segundos a rua e obtive esse resultado. Pude notar pela primeira vez no projeto, a tenuidade entre a questão gráfica e o som, relação imagem x som.
análise som x imagem (retirado do site Soundcloud)
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O tempo para ele é o comprimento de linha. Tanto a linha reta quanto a linha curva tem durações diferentes. Por fim, Kandinsky conclui que a linha é esse aglomerado de ações. É uma tensão internamente ativa nascida do movimento. Enquanto que o ponto é a calma. Para analisar melhor a questão sonora, dentre as minhas pesquisas escolhi John Cage como a segunda base do meu projeto.
JOHN CAGE Silence John Cage, americano, nascido em Nova York é compositor, teórico musical, escritor e artista. De suas obras mais famosas, a música 4’33’’ composta em 1952, trouxe muitas percepções novas do que realmente é a música. São 4 minutos e 33 segundos de puro silêncio. Só que esse silêncio é o barulho da plateia, da orquestra se mexendo, da virada de página do maestro ou do pianista. É importante citar que em plenos anos 50, a visão de John Cage já estava muito a frente.
Nós fazemos música em tudo.
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Em um discurso sobre o silêncio, John Cage deixa implícito na capacidade que o som tem de ser apenas som e não ser feito a partir de algo. “Quando eu escuto o trânsito, o som do trânsito, (…) eu não tenho a sensação de alguém falando. Eu tenho a sensação de que o som está a atuar e eu amo atividade do som. Mas o que acontece é que ele fica ora mais baixo, ora mais alto, mais agudo, mais grave, longo, curto… O som faz tudo isso, por isso me dou por satisfeito. Eu não preciso de um som que ‘fale’ comigo.” Para ele, o silêncio hoje em dia está no trânsito. “A experiência do som que eu prefiro, é a experiência do silêncio e o silêncio hoje em dia, em quase todos os cantos, é o som do trânsito. Quando você escuta um Bethoven ou Mozart, você percebe que terminam quase iguais, mas quando você escuta o trânsito, ele é sempre diferente.” O trânsito se torna parte do nosso cotidiano, um plano de fundo distante em que ruídos pontuais são mais destacados por nós. O barulho dos carros, as buzinas, as motos, as pessoas, os ônibus, as construções, tudo faz parte de um ambiente que trabalha totalmente em conjunto. É uma orquestra ao vivo em constante mudança.
silêncio é o som do trânsito. Em seu livro “Silence”, John Cage questiona bastante sobre a possibilidade inconstante de som. “Aonde quer que esteja, o que nós escutamos é basicamente barulho. Quando ignoramos, isso nos perturba. Quando escutamos, nós achamos fascinante. (…) Nós queremos capturar e controlar esses sons [da rua] para usá-los não como efeitos de som mas como instrumentos de música.” Analisando “Silence”, retiro para o meu projeto o conceito de silêncio. Silêncio não é apenas estar sem som. E o som não é uma arte do tempo, mas sim uma arte do espaço.
som é espaço
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Para um terceiro olhar, já que havia me embasado em linhas e som, li “A alma encantadora das ruas” do João do Rio, para ter mais uma visão das ruas, um lado mais subjetivo do espaço urbano. Jornalista e cronista, percorre as ruas do Rio de Janeiro para reter a “cosmópolis num caleidoscópio”. A cidade vivia um processo de transformação acelerada, passando de corte modorrenta a ambiciosa capital federal.
JOÃO DO RIO A alma encantadora das ruas Para João do Rio, “a rua define a abertura, não só simbólica mas física, em perspectiva, de corredores flaqueados por edifícios laterais, cujas fachadas, a rigor, não mais delimitam volumes fechados e particulares, mas superfícies que, aos poucos, circunscrevem espaços vazios e abertos.” A rua carioca é uma rua janeleira, as pessoas ficam a observar a rua pela janela. Gostam de olhar e ser olhados.
Sou a rua, mulher eternamente viva, e nunca tive outra alternativa a não ser a rua e desde todo o sempre, desde que este penoso mundo é mundo, sou…
cançonetista de Monmartre
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O olhar apaixonado da rua de João do Rio me trouxe questões mais expressivas da rua. A rua é um ser vivo, ela tem autonomia, ela olha outras ruas, ela canta de manhã e descansa à noite, é a eterna imagem da ingenuidade… O autor considera-se flâneur. “Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem.” Uma crescente vontade de observar esse ser, me fez investigar ainda mais o que eu posso retirar dessa paisagem pulsante. A busca por respostas, é um processo de observação e levantamento de questões ao longo do projeto que é necessário.
Nós precisamos formular um problema para o mundo se energizar para a resposta. Charles Watson Professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
A rua é personagem das crônicas de João do Rio. Enquanto que a cidade é corpo por onde ela passa. O livro me fez criar uma nova percepção desse corpo que nos envolve todos os dias. Me ajudou a me estabelecer como cidadão dentro de um mundo de muitas possibilidades. Com base nessas pesquisas, Stille se concretiza e é definido por três pilares:
LINHAS
SOM
ESPAÇO URBANO
Os três autores comentaram da cidade de acordo com suas perspectivas e acabaram se conectando e fazendo ligações dentro do meu projeto. Começando a tomar forma e a metodologia sendo implementada, foram definidos o partido adotado e o objetivo para a continuação do desenvolvimento do projeto.
p e s q u i s a
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p a r t i d o a d o t a d o
Uma nova percepção estética do espaço urbano através das linhas do som.
S
tille se identifica por trazer esse novo olhar e audição do espaço urbano. Meu objetivo é trazer a ex-
periência do silêncio para o indivíduo dentro da cidade. A relevância do projeto vem dessa busca pelo silêncio em um lugar onde esse momento é conquistado por poucos. Se tornou instigante a procura por essa necessidade que avistei. As pessoas tentam conquistar seus próprios silêncios hoje em dia. O projeto envolve todo o conceito projetual dialogado por todo o curso de Design. As estratégias à campo, a experimentação, a necessidade identificada e o processo de projeto. Stille se diferencia por sua existência significativa de trazer essa nova observação do espaço urbano e na tentativa de alcançar esse silêncio interior.
pa r t i d o
a d o t a d o
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P E S Q U I S A d e c a m p o
S
enti a necessidade de após a minha pesquisa teórica, ter o 4º olhar do espaço urbano. E esse olhar que esta-
va faltando era o meu olhar, mas que foi só possível ser preciso por causa da pesquisa prévia realizada. Resolvi voltar ao local de origem do projeto: o Jardim Botânico. Com um novo olhar mais direcionado, pude registrar e captar momentos únicos de reflexão. Percebi o movimento das linhas que o cercam. E essas linhas só se movimentam por que nós damos movimentos a ela. Enquanto estava parado, as linhas (os fios) estavam lá em total plenitude. O vento talvez chegava a mexê-las, mas toda aquela energia passando, a confusão e o emaranhado de fios parecia estar em perfeita harmonia e calmaria. Essa quantidade de pulsações por segundo, não chega nem aos pés do estado natural que as florestas de postes estavam presentes. Elas pareciam estar em total silêncio. As plantas presas em alguns indicavam o ponto, a pausa nessa partitura criada pelos postes.
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Após o registro e a retirada das minhas próprias visões do silêncio e da linha, decidi perguntar para as pessoas o que seria o silêncio para elas na cidade. A necessidade de envolvimento das pessoas para o meu projeto veio de um similar pesquisado chamado “Rua dos Inventos” da Gabriela Gusmão (ver pág 33). A designer descobre o que mais comove na rua: as pessoas. Possíveis designers, os moradores de rua criam e inventam produtos de necessidade própria. Então captar esse fervor de pensamentos e opiniões diferentes fez com que eu tornasse esse projeto intimamente pessoal, no sentido das pessoas participarem do projeto. Entrevistei 26 pessoas, dentre elas 14 homens e 12 mulheres: •
Josefina (70) - Moradora da Gávea diz que o barulho é estressante e não consegue dormir. Para ela o silêncio é vida, é qualidade de vida, um alimento para uma vida melhor.
•
Astrogildo (62) - O silêncio é paz, saúde e harmonia.
•
Antônio (69) - Silêncio é tudo, é maravilhoso. Se já reduzissem o barulho em 50% já estava ótimo. É barulho pra acordar, pra dormir, pra sair pro mercado, pro shopping, pra tudo.
•
Betânea (35) - Silêncio é o sono.
•
Vanessa (24) - É a música que eu escuto.
•
Paulo (45) - Silêncio é o anonimato, a introspecção, se esconder dentro da cidade, olhar pra dentro de si.
•
Bruno (29) - Não existe! Impossível! O silêncio é para poucos, pra quem tem dinheiro, pra quem mora longe.
•
Carmem (56) - Professora de yoga. O silêncio está dentro da gente. Gostaria de ter mais silêncio. É você poder estar sem ruído. É conseguir escutar a música sem escutar os barulhinhos que o vinil faz. A gente perde energia quando presta atenção no ruído.
•
Roberta (46) - Existe? Tem, mas acabou o silêncio. Silêncio representa isso aqui [Jardim Botânico]. Se incomoda com a falta de silêncio. Lembra que existe. O RJ cada vez mais barulhento.
•
Maria Clara (18) - É o barulho da natureza.
•
Valderez (24) - Não existe! O silêncio é o barulho do cotidiano. Enquanto que aqui [Jardim Botânico] esse barulho é somado com o barulho dos animais, da natureza.
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S T I L L E
•
Larissa (27) - O silêncio pra mim é quando eu boto meu fone de ouvido dentro do ônibus.
•
Karen (19) - É a greve!
•
Pedro (21) - O silêncio é o iPod. Porque só consigo me concentrar e excluir os barulhos da cidade quando os abafo com música.
•
Ton (26) - Silêncio é quando é feriado no RJ! Meu quarto também.
•
Fermínio (20) - Quando eu ligo o som do carro no máximo!
•
Caroline (36) - O Jardim Botânico é o silêncio.
•
Gustavo (36) - É paz e espírito.
•
Martha (62) - É paz, entretenimento. Silêncio é valioso. Silêncio da natureza. Sai do barulho.
•
Maria (66) - É a hora de ficar sozinho. É apreciativo.
•
João (22) - É o caos. O silêncio mede a “urbanicidade” da cidade. Quanto menos trabalho, quanto menos movimento, mais silêncio.
•
Paulo (24) - O silêncio é o barulho do meu carro.
•
Rafael (29) - É a natureza, o Jardim Botânico.
•
Denise (35) - É a leitura, a biblioteca.
•
Lopez (55) - México. É estar com a mente clara, em paz e sobre controle, mesmo tendo ruídos a volta é facil achar paz na floresta.
•
Thales (27) - Não existe! Depois das 10 da noite é o silêncio, mas antes das 10, só barulho. Escuto música é o silêncio.
Cinco pessoas citaram a natureza ou o Jardim Botânico como fonte de silêncio. Quatro comentaram num sentido muito maior, ditando a paz, a harmonia como o silêncio. Deu a perceber que o público dos jovens adultos (20 - 35) se preocupou muito mais no “meu” silêncio do que num sentido amplo da palavra. Um isolamento visto como necessário por parte da sociedade, é visto aqui. Enquanto que os mais velhos, olham para o silêncio como algo belo, vivo. Um olhou para o silêncio como o medidor de caos da cidade. Enquanto o outro como sendo o próprio barulho da cidade. A problematização do projeto veio através da pesquisa de campo, que muitas pessoas avistam o silêncio como algo impossível. Trazer essa reflexão para o indivíduo é o que dá movimento ao projeto. E a constante poluição sonora gera a necessidade dessa pessoa ir a algum lugar de descanso.
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P Ú B L I C O A L V o
A
definição do meu público-alvo se dá então pela conquista desse silêncio pessoal em que
prevejo a necessidade de um suporte de imersão. O meu público são jovens de 20-30 anos que tentam e desejam experimentar o silêncio pessoal dentro do espaço urbano.
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M E T O D O L O G I A
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a metodologia aplicada em Stille, dei muita importância na pesquisa teórica para a constru-
ção de bases sólidas com conceitos pertinentes ao andamento do projeto. Após a solidificação desses pilares é necessário saber voltar para esses conceitos para serem introduzidos na prática enquanto ando pelo projeto e pelas pesquisas que se seguem. A partir disso, o processo projetual irá implicar na linha divisória entre a conceituação e a experimentação. Com o desenvolvimento da conceituação, irei definir o local de aplicação do projeto e por consequência os testes de viabilização. Como todo projeto de design, a experimentação é essêncial para saber atender as necessidades das pessoas. Com esses relatos das pessoas, o projeto toma mais forma, até chegar em um produto final. O produto final é concluído quando o objetivo é alcançado. Não posso deixar de levantar que as questões propostas pelo projeto ao longo do seu desenvolvimento são de cunho total para a sua realização.
p ú b l i c o
a lv o
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m e t o d o l o g i a
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p e s q u i s a d e s i m i l a r e s
A
busca por similares é cativante. É necessário ver o que já foi realizado para poder entender
diferentes pontos de vista mas que ao mesmo tempo fazem parte da proposta que eu quero realizar. Analisá-los é um exercício e tanto para a formulação de novas ideias e questionamentos. Os similares serviram para me guiar nas possibilidaes existentes de projeto. Veja alguns exemplos a seguir:
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CHRISTINA KUBISH Electrical Walks A alemã desenvolveu um fone de ouvido que capta ondas eletromagnéticas de aparelhos elétricos e do exterior e os converte em sons. Ela mapeou alguns lugares que os sons são mais precisos e interessantes como caixas eletrônicos, caixas de banco, aparelhos de segurança de lojas, celulares e até elevadores. Ela ainda explicita que cada cidade tem o seu som próprio e que cidade é o seu local de atuação. Os sons emitidos criam um novo mundo por trás do mundo do cotidiano.
MAXIME LEFIN Refléxions sur Montréal É um livro com fotografias da cidade de Montreal vista através dos reflexos feitos pelos vidros e espelhos dos prédios. Com participação especial da água que também é um elemento que reflete a cidade. Maxime Lefin gera uma nova percepção da cidade, por isso vejo como um similar ao meu projeto.
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S T I L L E
JARDIM BOTÂNICO Trago o Jardim Botânico aqui como local de completo isolamento dentro do espaço urbano carioca. As pessoas vem aqui para alcançar o silêncio, entrar em contato com um novo que não é atingido pelo caos da cidade. É um local de imersão na natureza.
GABRIELA GUSMÃO Rua dos Inventos A Rua dos Inventos é um ensaio sobre a rua. É incrível como a forma que os moradores de rua criam seus próprios produtos dando riqueza a esse lugar que a gente passa todos os dias. Desse ensaio retiro o que estava faltando no meu projeto: as pessoas. São elas as criadoras, as inventoras, as construtoras que irão trazer suas experiências para o projeto. A nova percepção dos moradores de rua juntamente com a visão da designer, me fez conseguir entrar nesse espaço que ela criou. Achei significativo para o meu projeto.
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JANET CARDIFF The Forty Part Motet Forest (for a thousand years....)
O primeiro é uma instalação sonora em uma sala com 40 caixas de som e em cada uma delas contem uma pessoa cantando. O conjunto dessas vozes é uma música. Ela traz a experiência de estar na visão dos cantores para a platéia fazendo que o expectador conecte com cada voz. Janet Cardiff também quis trazer a visão de que o som constroi o espaço, fazendo com que as pessoas vão circulando pela sala oval escolhendo seu próprio caminho. O segundo é uma instalação sonora no meio da floresta. A artista utiliza 30 caixas de som, as pessoas sentam em troncos no meio das caixas e escuta os próprios barulhos da natureza (o vento, os pássaros, tempestade vindo...), só que muito mais alto. Você não sabe distinguir entre o que é real e o que não é. Seus olhos não veem o que você escuta. Para o projeto escolhi essas instalações como forma de imersão de um espaço construído pelo próprio som.
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A M I TAY T W E E TO The quiet place
Nesse mundo de hoje totalmente intenso, Amitay Tweeto cria esse aplicativo no intuito de fazer as pessoas darem uma pausa em seus dias. Esquecer as redes sociais, o stress e escutar uma música e relaxar, nem que sejam apaenas 90 segundos. É interessante notar que a veracidade que o aplicativo atingiu traz uma necessidade que as pessoas.
C H E L PA F E R R O Acqua Falsa O Chelpa Ferro, grupo de arte sonora, dentre muitos os seus trabalhos vistos, retiro Acqua Falsa por trazer a ligação som - fios - imagem. O som emitido da caixa passa pelos fios que estão submersos na água e as luzes de led tocam de acordo com a música.
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GOOGLE áreas de relaxamento no local de trabalho O Google é conhecido pela sua filosofia de criar “o mais feliz e divertido ambiente de trabalho do mundo”. Esses similares são imersões em horas que é necessária dar a pausa no trabalho. Na foto acima, a pessoa está utilizando tanto para trabalhar quanto para relaxar, já na segunda, a pessoa está em uma espécie de banheira com um áquario a sua frente, já havendo uma interação com a ïmagem, mas apenas de visão.
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S T I L L E
ELECTROPLANKTON jogo de Nintendo DS
O Electroplankton é um jogo musical para o console da Nintendo: o Nintendo DS. Utilizando a tela de toque do portátil, o jogador pode criar música a partir dos chamados “planctons”. O criador Toshio Iwai fez questão de não criar “save files” para que o jogo não se tornasse uma ferramenta e sim um momento de criação contínua e experiências diversas. Há 2 tipos de jogar: Audiência ou Performance. Na audiência o que vale é a experiência que o próprio jogo te proporciona, continua havendo interação mas é pouca comparada com a Performance em que você mesmo cria os sons. Dentre esses dois estilos, há 9 modos para escolha do jogador. Achei bem interessante a forma de interação homem - som - imagem como relaxamento e institivo.
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p e s q u i s a E S t é T I C A
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atmosfera urbana não deixaria de entrar no meu projeto. Tentarei trazer essa estética
industrial, incluindo os fios elétricos que foi o ponto de partida de Stille (ver foto ao lodo). Por outro lado, minha pesquisa estética vem muito da minha pesquisa teórica que envolve Kandinsky. As cores por ele determinadas serão levantadas e questionadas no meu projeto. O seu uso das linhas e pontos serão de extrema influência para o projeto. As cores serão utilizadas de acordo com o que foi estudado. Entretanto, suas obras de arte são de natureza única (foto abaixo), mas não será delas que virá a influência estética, e sim dos conceitos trazidos por ele (como visto na página 14).
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APPLE Designed by Apple A estética apresentada pela Apple neste video excepcional é uma das minhas maiores referências para a parte gráfica do projeto. A interação com a pessoa poderá ser trazida através dessa estética de linhas e pontos.
O S C I L AT E Daniel Serra Oscilate é uma espécie de animação sonora. As linhas do som se movimentam de forma exuberante de acordo com a música. As cores e as ondulações geram uma experiência enigmática de como esse ambiente fictício é gerado. Para o meu projeto, Oscilate entra como um guia de performance das linhas do som, além da estética ambiental. No processo de desenvolvimento foi utilizado os softwares: Houdini (animação), Reason (a música), Nuke (composição), After Effects (render final) e Processing (pré vizualização).
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p e s q u i s a T é C N I C A
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a aula de Interfaces Físicas e Lógicas dada pelo professor João Bonelli reali-
zei um experimento que reunia um hardware Arduino, os softwares Arduino e Processing, leds, cabo auxiliar de som e um iPhone para enviar a música para o computador. A medida que a música tocava os leds piscavam de acordo com a música e na tela do computador fiz um esboço gráfico de uma linha sonora com círculos.
screenshot do Processing sendo utilizado
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t é c n i c a
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Arduino com ligações para os LEDs
Pesquisando e estudando estes softwares e dispositivos, poderei ter domínio da ferramenta que usarei no meu projeto. Neste experimento, a única interação com a pessoa é trocar a música. Foi uma maneira de visualizar a relação do som com a imagem e o quão isso pode ser institivo.
Da instalação vista no capítulo de similares, é necessário caixas de som pré programadas, ligadas aos computadores. Meu projeto terá envolvimento com programação.
instalação The Forty Part Motet da Janet Cardiff
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S T I L L E
ENERGYPODS Google Esses lugares de descanso são os chamados EnergyPods. O Google implementou em seu escritório (ou melhor Googleplex) onde as pessoas vão para tirar um cochilo e “recarregar” suas energias. Os EnergyPods são esses espaços que isolam qualquer impulso externo e reclina as pessoas a posição de relaxamento (como na figura acima), para que haja uma maior circulação de sangue pelo corpo. Ele vem com um sistema de som (da marca Bose) para escutar uma música ambiente enquanto a pessoa relaxa. Ainda conta com um timer interno para ligar luzes e vibrar pra pessoa acordar. Interessante notar que a tecnologia existe e está sendo aplicada em ambientes de trabalho. Hoje em dia as empresas estão adotando muito a fórmula da responsabilidade + liberdade. A ambição dos chefões é trazer felicidade e motivação para os empregados. Não deixa de ser um local para se permanecer em silêncio e relaxar. As interações existentes são: som ambiente e o wake-up timer. Aqui a pessoa não interefere na sonoridade. No meu projeto, desejo que essa interação seja maior.
pessoa utilizando o EnergyPod
p e s q u i s a
t é c n i c a
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NOISE CANCELLING HEADPHONES Fones com noise canceling tem um microfone na parte de fora que capta os sons ambientes e um amplificador interno que adiciona ao sinal que tá vindo da música uma versão “negativa”, ou seja, com fase invertida do som externo captado pelo microfone (veja no gráfico a seguir).
cancelamento música
anti música
Um exemplo eficiente desse fone é em viagens de avião por que o grave é melhor captado. Trouxe como pesquisa para o projeto na ideia de tirar o som exterior e ficar em total silêncio. Entretanto, é uma tecnologia cara e sua funcionalidade não é 100%. Na parte tecnológica do projeto, pretendo utilizar o Arduino e o Processing como bases para o desenvolvimento.
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S T I L L E
D E F I N I ç Ã O
P
elo nível de imersão que eu quero estabelecer, uma instalação é ideal no meu
caso. Essa imersão é individual e necessita da atividade da pessoa para exercer a sua função. Um video, por exemplo, não exerceria a mesma percepção que eu quero passar. Mas não deixarei de realizar um registro do projeto através de um video. Neste caso, a instalação será o projeto e o video o suporte. Já uma CAVE é necessário um espaço maior e o nível imersivo é muito alto, que será de pouca utilidade além da implantação que exige uma infra estrutura alta que não cabe no projeto. Em contrapartida, dizer que não é necessário um espaço maior ilude o projeto. Por isso, o tamanho do espaço será investigado ainda, junto com o local onde será inserido.
d e f i n i ç ã o
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Um aplicativo, apesar da portabilidade, não irá causar o nível de imersão que eu quero passar. Quero que as pessoas vão a algum lugar e lembrem dessa experiência e não passe de pequenos momentos do cotidiano. Para o local, estabeleci três caminhos: •
lugar de maior silêncio;
•
lugar com mais barulho;
•
ou como John Cage explicita que som é um aspecto espacial, o espaço aqui pode ser construído pelo som independente da onde esteja.
Dentre estes, o que mais torna o projeto mais flexível é o terceiro ponto em que posso criar um espaço ou espaços de interação sem a necessidade de um lugar específico. Por fim, o projeto se fixa em quatro pontos essenciais para o desenvolvimento.
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SOM
LINHA
PESSOA
V I D EO
silêncio
elemento do som
ativa
suporte
S T I L L E
P L A N E J A M E N T O SEMANA 20/10 . 27/10
FINALIZAÇÃO PESQUISA DEFINIÇÃO LOCAL DE APLICAÇÃO DEFINIÇÃO CONCEITO
SEMANA 27/10 . 03/11
SEMANA 03/11 . 10/11
ESTUDOS PROCESSING X ARDUINO APLICAÇÃO CONCEITO
TESTES LINGUAGEM GRÁFICA TESTES INTERATIVOS EXPERIMENTO 1
SEMANA 10/11 . 17/11
SEMANA 17/11 . 24/11
SEMANA 24/11 . 01/12
ESTUDOS DE INSTALAÇÃO TESTES DE OBJETOS
DESENHO TÉCNICO FINAL EXPERIMENTO 2 - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
ÚLTIMOS AJUSTES DIAGRAMAÇÃO APRESENTAÇÃO DIAGRAMAÇÃO RELATÓRIO
SEMANA 01/12 . 08/12
APRESENTAÇÃO G2 FINALIZADA RELATÓRIO G2 FINALIZADO 1º VIDEO SUPORTE
P L a n e j a m e n t o
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B I B L I O G R A F I A Kandinsky, Wassily. Ponto E Linha Sobre Plano: Contribuiç=o À Análise Dos Elementos Da Pintura. Tradução: Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2012. Livro. Cage, John. Silence: Lectures and Writings. Middletown, CT: Wesleyan UP, 1961. Livro. Rio, João Do. A Alma Encantadora Das Ruas: Crônicas. São Paulo: Companhia De Bolso, 2008. Livro. Calvino, Italo. As Cidades Invisíveis. Tradução: Diogo Mainardi. São Paulo: Companhia Das Letras, 2005. Livro. Lefin, Maxime. Réflexions Sur Montréal. Saint-Constant, Québec: Broquet, 2009.Livro. Gusmão, Gabriela. “Rua dos Inventos”. Rio de Janeiro, 2002. PDF / http:// www.ruadosinventos.com.br/texts/rua-dos-inventos--livro.pdf Benjamin, Walter. “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”. 2ª versão. 1955. Texto. Cardiff, Janet. “Janet Cardiff & George Bures Miller.” Janet Cardiff & George Bures Miller. Site. Acessado em: 24 Set. 2013. / http://cardiffmiller.com/ index.html Cage, John. “O som”. Video. / http://www.youtube.com/watch?v=klpCX9xoHY4 Ferro, Chelpa. “Chelpa Ferro”. Site. Acessado em: 28 Set. 2013. / http:// chelpaferro.com.br “Noise cancelling headphones”. Site. Acessado em: 4 Out 2013. / http:// en.wikipedia.org/wiki/Noise-cancelling_headphones Willians, Alisson. “Best places to work”, 2012. Artigo. Acessado em: 8 Out. 2013. / http://www.seattlemet.com/news-and-profiles/best-places-to -work/articles/best-places-to-work-january-2013 Serra, Daniel. “Oscillate.” DBSerra. Site. 9 Oct. 2013. / http://dbserra.com
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S T I L L E
Tweeto, Amitay. “The Quiet Place”. Site. Acessado em: 9 Out. 2013. / http://thequietplaceproject.com/ Osborne, Doug. “Google uses high-tech nap pods to keep employees energized”, 2010. Artigo. Acessado em: 9 Out. 2013. / http://www.geek. com/news/google-uses-high-tech-nap-pods-to-keep-employees-energized-1264430/ Apple. “Apple designed by Apple - Intention”. 2013. Video. / http://www. youtube.com/watch?v=VpZmIiIXuZ0 “Electroplankton”. Site. Acessado em: 9 Out. 2013. / http://en.wikipedia. org/wiki/Electroplankton “Oscillation”. Site. Acessado em: 9 Out. 2013. / http://en.wikipedia.org/ wiki/Oscillation
PARA ACOMPANHAR O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ACESSE:
PROJECTSTILLE.TUMBLR.COM
B I B L I O G R A F I A
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