Revista Mercado Empresarial - Brasilpack

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Especial Brasilpack 2010

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Ano 5 - Edição nº 27 - Março de 2010 Publicação

Qualidade oito embalagens brasileiras entre as melhores do mundo

sustentabilidade lata de aço também é sustentável

setor De

embalagens retoma crescimento

Panorama

gestão

economia

Design atende novas demandas sociais

o branding que você conhecia já evoluiu

brasil poderá ser a 5º economia mundial até 2030



editorial

mercado empresarial

expediente Coordenação: Mariza Simão Diagramação: Lisia Lemes Arte: Vladimir A. Ramos, Ivanice Bovolenta, Cesar Souza, Silvia Naomi Oshiro, José Francisco dos Santos, José Luiz Moreira, Edmilson Mandiar, Gustavo Monreal. Redatora: Sonnia Mateu - MTb 10362-SP contato: sonniamateu@yahoo.com.br Colaboraram nesta edição: Irineu Uehara e João Lopes Distribuição: Brasilpack - 7ª Feira Internacional da Embalagem Araçatuba - Rua Floriano Peixoto, 120 1º and. - s/ 14 - Centro - CEP 16010-220 - Tel.: (18) 3622-1569 Fax: (18) 3622-1309 Bauru - Centro Empresarial das Américas Av. Nações Unidas, 17-17 - s 1008/1009 - Vila Yara CEP 17013-905 - Tel.: (14) 3226-4098 / 3226-4068 Fax: (14) 3226-4046 Piracicaba: Sisal Center: Rua 13 de Maio, 768, sl 53 - 5ª andar - Cep.: 13400-300 - Tel.: (19) 3432-1524 Fax.: (19) 3432-1434 Presidente Prudente - Av. Cel. José Soares Marcondes, 871 - 8º and. - sl 81 - Centro - CEP 19010-000 Tel.: (18) 3222-8444 - Fax: (18) 3223-3690 Ribeirão Preto - Rua Álvares Cabral, 576 -9º and. cj 92 - Centro - CEP 14010-080 - Tel.: (16) 3636-4628 Fax: (16) 3625-9895 Santos - Rua Dr. Carvalho de Mendonça, 238 cj 43 4º andar - CEP 11070-101 - Vila Belmiro - Santos - SP Tel.: (13) 3232-4763 - Fax: (13) 3224-9326 São José do Rio Preto - Rua XV de Novembro, 3057 - 11º and. - cj 1106 - CEP 15015-110 Tel.: (17) 3234-3599 - Fax: (17) 3233-7419 São Paulo - Rua Martins Fontes, 230 - Centro CEP 01050-907 - Tel.: (11) 3124-6200 - Fax: (11) 3124-6273 O editor não se responsabiliza pelas opiniões expressas pelos entrevistados.

Setor de embalagens retoma crescimento

A

pós anos e anos de ventos soprando a favor, em 2009 o setor de embalagens foi colhido em cheio pela crise financeira global. Houve uma acentuada queda nas demandas interna e externa, com severo impacto sobre os vários elos que compõem a complexa e heterogênea cadeia da embalagem. De acordo com as estatísticas divulgadas pela Abre (Associação Brasileira da Embalagem), a crise desencadeou um recuo de nada menos que 9,67% na produção do primeiro semestre do ano passado. Mas o cenário mudou e as sequelas estão rapidamente ficando para trás. A recuperação do conjunto da economia brasileira ganhou ímpeto ao longo do segundo semestre do ano passado, trazendo de volta as encomendas e reaquecendo a produção, deixando entrever um 2010 francamente positivo para o setor. No plano macroeconômico, as medidas anticíclicas do governo lograram bons resultados: a taxa de desocupação cedeu, enquanto a renda e o consumo dos brasileiros aumentaram. A virada beneficiou diretamente o ramo de embalagens e, no curso do segundo semestre, foi se evidenciando uma recuperação gradual nos pedidos. Na comparação de cada mês com igual período de 2008, conforme a Abre, outubro já registrava o primeiro balanço positivo, com alta de 1,8%. Em novembro, o crescimento já batia em 5,9%. E a Abre aposta que, já no primeiro semestre de 2010, o ramo consiga retomar os níveis vigentes na conjuntura pré-crise. Claro que o segmento tem à frente uma série de desafios a transpor e talvez o principal deles seja estreitar a unidade em torno de objetivos comuns, independentemente dos nichos, em uma indústria marcada pela heterogeneidade e pelo enorme número de empresas que a compõem. Em outras palavras, fazer com que, na prática, todos os envolvidos ajam como participantes ativos de uma mesma cadeia de valor – meta na qual a Abre vem trabalhando sem descanso. Nesta edição especial sobre a embalagem no Brasil, a Mercado Empresarial traça um panorama do setor, com suas iniciativas, inovações, tecnologia, tendências, design e ética, entre outros assuntos. Boa leitura!

Mercado Empresarial

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sumário

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Economia

panorama do setor

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Setor de embalagens supera crise e retoma crescimento

Na análise da Fecomércio 2010 será bastante positivo Brasil poderá ser a 5ª economia mundial em 2030

legislação Produção reaquece, deixando entrever um 2010 francamente positivo

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Evento

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Brasilpack 2010 - Todo o avanço do setor reunido num mega evento

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O Branding que você conhecia já evoluiu

42 44 46

Klabin comemora produção acima da esperada

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Rexam lança no Brasil lata com 310 ML

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tecnologia

Embalagens: a mulher prioriza o visual, o homem a praticidade

dicas de leitura

Vitrine

Design com Z é premiada no festival de embalagem e design

Fascículo Meio Ambiente - Vol. 1

Oito embalagens brasileiras entre as melhores do mundo

pesquisa

Coca-Cola light plus: vitaminas e minerais e novas embalagens

design

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Latas de aço também é sustentável

qualidade

Activas prevê crescimento de 148% em 4 anos

cases & cases

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Renault recicla 4 toneladas de Isopor® por mês em parceria com a Plastivida

Sustentabilidade

Mercado

20 21

Agricultura aprova normas para embalagem de frutas e hortaliças

Meio ambiente

gestão

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Rótulos de medicamentos vão mudar

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Nesta edição:

Produtos e lançamentos do setor

Meio ambiente em risco



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panorama do setor

Setor de

embalagens supera crise e retoma

crescimento A

s sequelas da recente crise financeira internacional estão rapidamente ficando para trás no segmento de embalagens. A recuperação do conjunto da economia brasileira ganhou ímpeto ao longo do segundo semestre do ano passado, trazendo de volta as encomendas e reaquecendo a produção, deixando entrever um 2010 francamente positivo para o setor. A crise havia colhido em cheio os fabricantes desta área depois de anos seguidos de ventos propícios, na esteira da expansão do emprego, do crédito e da renda da população. Houve uma acentuada queda nas demandas interna e externa, com severo impacto sobre os vários elos que compõem a complexa e heterogênea cadeia da embalagem. Para se ter uma ideia, o agravamento do quadro desencadeou um recuo de nada menos que 9,67% na produção do primeiro semestre do ano passado, de acordo com as estatísticas elaboradas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e divulgadas pela Abre (Associação Brasileira da Embalagem), lançando pesadas sombras sobre os tempos que se seguiriam. Entretanto, no plano macroeconômico, o governo acabou por reforçar as medidas anticíclicas, tais como redução das taxas de juros pelo Banco Central, renúncia fiscal com abatimento de impostos sobre bens de consumo, ampliação de linhas de crédito, incentivos à


mercado empresarial

geração de empregos e demais formas de injetar maior vigor na economia. As providências tomadas lograram bons resultados: a taxa de desocupação cedeu, enquanto a renda e o consumo dos brasileiros aumentaram. A virada beneficiou diretamente o ramo de embalagens e, no curso do segundo semestre, foi se evidenciando uma recuperação gradual nos pedidos. Na comparação de cada mês com igual período de 2008, conforme a Abre, outubro já registrava o primeiro balanço positivo, com alta de 1,8%. Em novembro, o crescimento já batia em 5,9%.

recuo menor que o esperado

“Sentimos bastante o impacto da crise no início, mas agora nossa expectativa é termos fechado 2009 com um declínio na produção entre 4,5% e 5%, menor do que indicavam as previsões mais desfavoráveis”, afirma Luciana Pellegrino, diretora-executiva da Abre. Nos meses de janeiro a setembro, por exemplo, o segmento acumulou a expedição de 1,645 milhão de toneladas, uma redução de 4,5% sobre o montante de 1,722 milhão em igual período de 2008. Itens em papel, papelão e cartão representaram 33,2% da produção física, vindo a seguir plástico (29,7%), metal (26,6%), vidro (8,7%) e madeira (1,8%). Em termos de receitas, o setor inteiro calculava uma movimentação da ordem de R$ 33,2 bilhões no ano passado, contra os cerca de R$ 34 bilhões de 2008. Somados, os empregos gerados totalizavam em torno de 195 mil. (Os resultados finais e consolidados da FGV/Abre foram divulgados após o fechamento desta edição de Mercado Empresarial). Uma avaliação que também destaca a recuperação havida é feita por Ricardo Trombini, novo presidente da ABPO (Associação Brasileira do Papelão Ondulado) e diretor de operação da Divisão Ondulada da Trombini. O ramo de papelão, nota ele, vinha antevendo, no calor da crise, uma contração próxima de 4% na produção do ano passado (no primeiro semestre, as perdas já haviam ultrapassado os 7%). “Mas o quadro melhorou acentuadamente no decorrer do segundo semestre, deslanchando no fim, de modo que nosso nível de atividade

panorama do setor

deve ter praticamente empatado com o de 2008, quando foram produzidas 2,27 milhões de toneladas”, complementa. A reação da economia, adiciona ele, acabou por alavancar os negócios, salvando os balanços de 2009. O papelão ondulado, pondera Trombini, Produção reaquece, é um bem estreitamente atrelado ao consudeixando entrever mo interno, sobretudo da parte de setores como alimentos e higiene e limpeza, vindo um 2010 francaa seguir os bens duráveis, cujas vendas, por mente positivo sinal, foram aquecidas pelos incentivos fiscais concedidos aos móveis e à linha branca. A ABDO abriga no presente 25 empresas associadas com participação ativa, as quais respondem por 80% dos volumes produzidos no Brasil (as 10 maiores sozinhas manufaturam 70% do total). O setor mantém contratados em torno de 29 mil funcionários.

impacto maior sobre o plástico

Já na área de embalagens plásticas flexíveis, o baque foi mais sentido: a estimativa de perdas não foge muito da feita pela Abre: entre 3% e 5% no ano passado, frente à expedição de 1,45 milhão de toneladas em 2008. Se forem consideradas as receitas, a previsão é de que tenha havido um declínio de 5% sobre os US$ 5,5 bilhões faturados no ano retrasado. “O aquecimento havido a partir de agosto não foi suficiente para contrabalançar as consequências da crise”, constata Alfredo Felipe Schmitt, presidente da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis) e diretor da FFS Filmes. Os principais clientes são os setores de alimentos (comidas e bebidas), vindo depois o industrial. Calcula-se que a seara de plásticos flexíveis congregue atualmente um universo de dois mil fabricantes, mobilizando cerca de 100 mil empregados e gerando 37% das receitas de toda a indústria de embalagens. O guarda-chuva da Abief

“Sentimos bastante o impacto da crise no início, mas agora nossa expectativa é termos fechado 2009 com um declínio na produção entre 4,5% e 5%, menor do que indicavam as previsões mais desfavoráveis” Luciana Pellegrino, diretora-executiva da Abre.

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panorama do setor

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acolhe 170 empresas associadas de todos os portes, que respondem por mais de 70% da produção brasileira de filmes monocama, coextrusados e laminados; filmes de PVC; sacos e sacolas; sacaria industrial; filmes shrink e stretch; rótulos e etiquetas, entre outros itens. De seu lado, a Tetra Pak, multinacional peso-pesado do nicho de cartonados e soluções de envase, não tem do que se queixar. Segundo informa Eduardo Eisler, diretor-executivo de estratégia de negócios da empresa, a perspectiva é de que ela tenha encerrado 2009 com um crescimento entre 2,5% e 3% na produção. A subsidiária brasileira, conta ele, foi atingida pelas ondas de choque da crise até abril, mas já a partir de maio começou a reverter a maré negativa. A produção foi recobrando o fôlego até que, em outubro, conseguiu galgar os níveis anteriores a setembro de 2008, mês em que o terremoto financeiro irrompeu no mundo. “Crescemos num ritmo até acima do esperado, puxado pelos setores de leite e derivados, bebidas e alimentos sólidos, que compõem nosso core business”, diz ele.

“O aquecimento havido a partir de agosto não foi suficiente para contrabalançar as consequências da crise” Alfredo Felipe Schmitt, presidente da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis)

otimismo para 2010

No cômputo geral, o impulso que os negócios ganharam nos últimos meses do ano passado tem autorizado a Abre a difundir previsões otimistas para este ano. Ela aposta que, já no primeiro semestre de 2010, o ramo consiga retomar os níveis vigentes na conjuntura pré-crise. “Se antes chegamos a ocupar 90% da capacidade ociosa, agora já caminhamos para retornar a este patamar”, garante Luciana Pellegrino. Há um certo consenso, em meio aos distintos players que compõem a indústria da embalagem, de que a expansão neste ano deverá estar, a grosso modo, em linha com a variação do PIB (Produto Interno Bruto), cujo crescimento é estimado em cerca de 5%. Assim, por exemplo, a Abief prevê uma alta ao redor de 6% em sua área, ao passo que a ABPO e a Tetra Pak projetam um índice entre 5% e 6%. Diante deste horizonte promissor, Eduardo Eisler não tem dúvidas em afirmar: “É muito bom neste momento estar em um país como o Brasil, que, diferentemente de outras regiões do planeta, acena com muitas oportunidades para a nossa indústria. Estamos preparados para surfar nesta onda”. Esperanças à parte, no entanto, a verdade é que o segmento tem à frente hoje uma série de desafios a transpor para que os negócios possam ser empreendidos de uma maneira mais efetiva e profícua.

oS iMpactoS no coMércio ExtErno

C

omo não poderia deixar de ser, a performance da balança comercial no segmento de embalagens refletiu diretamente os desdobramentos da crise econômico-financeira e a sobrevalorização do câmbio. A diminuição generalizada na demanda global, sobretudo no Primeiro Mundo, e o real apreciado – estimulando importações e desincentivando exportações – deram o tom no cenário do comércio externo. Os números referentes ao primeiro semestre de 2009, contabilizados pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), já mostravam a dimensão dos estragos feitos. As exportações despencaram quase 43% no período, em comparação com janeiro-junho de 2008 – de US$ 279,945 milhões, foram para US$ 159,599 milhões. As embalagens plásticas sobressaíram nas vendas externas (41%), vindo a seguir metais (21%) e papel/papelão (19%). As importações, por sua vez, registraram uma diminuta queda, de apenas 3,5%, indo de US$ 211,378 milhões nos meses de janeiro a junho de 2008 para US$ 203,848 milhões em igual período de 2009. As compras do Exterior foram lideradas pelas

unidades de plástico (63%), seguidas pelas metálicas (17%) e de papel/papelão (11%). O que houve não foi tanto a entrada de embalagens de fora, mas sim o desembarque de produtos acabados que já vinham empacotados. “A maior quantidade de importados teve impacto direto, pois muitos manufaturados deixaram de ser produzidos e embalados no País”, nota Ricardo Trombini, presidente da ABPO (Associação Brasileira do Papelão Ondulado) e diretor de operação da Divisão Ondulada da Trombini. Tomando-se a produção nacional de papelão ondulado, apenas 0,5% deste montante é exportado. “Fabricantes do Sul querem expandir as vendas para fora, mas o câmbio está sendo prejudicial”, lamenta o presidente. Na seara das embalagens plásticas, as importações seguem avançando mais que as exportações. Em face desta realidade, Alfredo Felipe Schmitt, presidente da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis) e diretor da FFS Filmes, preconiza “a fixação de uma taxa cambial que, embora flutuante, seja adequada para conter a maré de importados”. A seu ver,


panorama do setor

mercado empresarial

Em primeiro lugar, trata-se de estreitar a unidade em torno de objetivos comuns, independentemente dos nichos, em uma indústria marcada pela heterogeneidade e pelo enorme número de empresas que a compõem. Em outras palavras, a meta é fazer com que, na prática, todos os envolvidos ajam como participantes ativos de uma mesma cadeia de valor. “Ainda não existe esta união geral. O que temos hoje são esforços isolados de atuação conjunta no âmbito de cada área, como a de papelão, de plásticos flexíveis e o de vidro”, opina Luciana, destacando, porém, que já há movimentos que acenam com uma coordenação mais forte.

Iniciativas de unificação

Ela cita como exemplos disso as iniciativas da Abre no sentido de criar fóruns comuns, promover eventos e encontros, discutir normas técnicas em parceria com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), entre outros ganhos. “A cadeia já adquiriu força e expressão. Conversamos com órgãos governamentais em nome de todos, mas precisamos seguir avançando”, preconiza Luciana. Na área da Abief, um dos principais objetivos que hoje se impõe é justamente o de consolidar o conceito de cadeia produtiva do plástico, conforme nota Alfredo Schmitt. “Estamos todos no mesmo barco e devemos nos

unir para incrementar a nossa competitividade, aumentar a capacitação, crescer e exportar mais”, conclama. Um dos alvos atuais desta movimentação é conseguir a isonomia do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), reivindicação pendente há cerca de três anos. Enquanto as petroquímicas vendem as resinas com 5% de IPI, declara Schmitt, as empresas de embalagens plásticas são tributadas em 15% sobre o valor de suas mercadorias. No entender do executivo, a conciliação dos interesses se vê dificultada diante, por exemplo, do risco de queda de arrecadação por parte do governo. “Estamos procurando mecanismos de compensação, com o intuito de evitar o pagamento desnecessário de tributos”, revela ele, esperando a celebração de um acordo já no primeiro semestre deste ano. Outros entraves são apontados pelos entrevistados. Luciana critica a infra-estrutura logística e de transportes existente no País: “É imprescindível promover melhorias para reduzir custos e evitar perdas de produtos”, resume. Por sua vez, Schmitt menciona os empecilhos no acesso ao crédito: “Embora o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ofereça linhas de financiamento, a concessão acaba esbarrando nos critérios seletivos adotados pelos bancos privados”, assinala ele. A juízo de Ricardo Trombini, o cenário para juros e tributos não deve mudar muito, lembrando que se trata de desafios que perduram há décadas. De qualquer modo, ele julga que o Banco Central está implantando uma política “responsável e necessária” ao manter os juros em níveis ainda elevados, em que pesem as reduções nas taxas havidas no ano passado.

“A maior quantidade de importados teve impacto direto, pois muitos manufaturados deixaram de ser produzidos e embalados no País” Ricardo Trombini, presidente da ABPO (Associação Brasileira do Papelão Ondulado) e diretor de operação da Divisão Ondulada da Trombini.

cabe também rever o chamado “custo Brasil”, o que implicaria, por exemplo, reduzir as tarifas para a energia elétrica.

plataforma exportadora

No mais, a Abief traçou como estratégia batalhar pela criação de uma plataforma para exportação de transformados plásticos, além de ter eleito novos nichos a serem atacados lá fora, como o de filmes técnicos e embalagens industriais. Nesse quadro, a entidade seguirá apoiando o Programa Export Plastic, encabeçado pelo INP (Instituto Nacional do Plástico), com suporte da Apex (Agência de Promoção a Exportação) e das petroquí-

micas brasileiras, empreitada que Desdobramentos visa abrir mercados para nossos portfólios. da crise econôSeja como for, a Abre (Assomico-financeira ciação Brasileira de Embalagem) refletiram no setor prognostica uma reação gradativa das vendas externas no segundo semestre deste ano, antecipando ao mesmo tempo a manutenção do nível atual das importações. De acordo com Luciana Pellegrino, diretora-executiva da entidade, os países do Mercosul, por uma questão de proximidade geográfica e de facilidades logísticas, despontam hoje como o grande mercado para o setor, vindo a seguir o restante da América Latina e os EUA, com menor destaque para Ásia e África. A Tetra Pak, adepta da abordagem gerencial conhecida como “just in time” (pela qual se procura deixar os produtos perto dos clientes, com estoques enxutos e na medida das necessidades), mantém outras fábricas na América do Sul, região de importância para os negócios da empresa. “A crise e as dificuldades cambiais nos ensinaram como sermos mais competitivos lá fora também. Felizmente, o mercado brasileiro sozinho absorve 75% da nossa produção”, afirma Eduardo Eisler, diretor executivo de estratégia de negócios da Tetra Pak.

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panorama do setor

QualiDaDe na gEStão E na produção

T

endo em vista os requisitos competitivos hoje impostos pelo mercado, o segmento de embalagens vem abraçando, com ênfase crescente, novas práticas de gestão e programas de qualidade abrangentes, ao mesmo tempo em que busca permanentemente introduzir tecnologias mais eficazes no tecido produtivo. A procura por maior eficiência no ramo vem aumentando dia a dia, garante Alfredo Felipe Schmitt, presidente da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis) e diretor da FFS Filmes. “O foco em rastreabilidade, parametrização e produtividade está se consolidando. As empresas estão cientes de que pequenos desvios nos processos podem gerar atrasos e perda de competitividade”, sintetiza ele. Da mesma forma, os fabricantes de papelão ondulado, em sua maioria, têm investido em gesO foco em rastreabitão integrada, conforme relata Ricardo Trombini, presidente da ABPO (Associação Brasileira lidade, parametrizado Papelão Ondulado) e diretor de operação da ção e produtividade Divisão Ondulada da Trombini. “Já faz anos que está se consolidando estas práticas vêm sendo implementadas, até por uma necessidade de mercado”, salienta. A introdução de normas ISO (International Standard Organization), por exemplo, vem se tornando corriqueira, embora, observa Schmitt, haja organizações que resistem em aderir a essa vertente: “Elas possuem uma cultura avessa às tarefas de au-

Entre 2010 e 2012, a Tetra Pak lançará novas tecnologias na América Latina visando ao reforço da segurança alimentar. Eduardo Eisler, diretor executivo de estratégia de negócios da Tetra Pak

ditoria, indispensáveis para se obter uma certificação como a ISO 9000”, assinala ele. O presidente da Abief também recomenda a normatização de procedimentos no trato dos recursos humanos, lembrando que o segmento de embalagens de plástico é intensivo em mão de obra (a qual, aliás, segundo ele, não é adequadamente qualificada). “Normas no trabalho são essenciais no sentido de reduzir perdas e custos”, completa. Em um balanço geral, Schmitt avalia que o parque instalado para confecção de embalagens plásticas está em franco processo de modernização. Entre outras peculiaridades, “os equipamentos atuais se notabilizam por produzir mais com menor consumo de energia”, ilustra ele. Em meio aos fabricantes de papelão ondulado, também se encontra em andamento uma significativa evolução tecnológica, introduzida pelo maquinário trazido do Primeiro Mundo, que compõe o grosso da capacitação existente. Trombini destaca, a propósito, o aumento no índice de reaproveitamento de fibras recicladas na composição do papelão, que já bateu em mais de 70%. “Com aditivos químicos e tecnologia de processos, conseguimos obter maior qualidade física que no passado”, explica ele.

Equipamentos mais velozes

De outra parte, a produtividade subiu com a introdução de onduladeiras mais velozes, que operam com menos gramatura. Esta funcionalidade “elevou a quantidade fabricada com o uso de menos recursos, gerando-se bens com menor peso e maior resistência”, analisa o dirigente da ABPO. Outro avanço ressaltado por Trombini se deu no front das impressoras, que agora possibilitam efetuar composições de várias cores (policromia) nos produtos. Com isso, o setor de papelão conseguiu ampliar o mercado, dado que, no lugar de trabalhar apenas com embalagens terciárias ou de transporte (marrons), passou a fornecer também unidades primárias ou expositoras, as quais, ao contar com melhor apresentação e menor peso, são exibidas diretamente nas gôndolas de supermercados. Contudo, o presidente da ABPO ressalva que as embalagens terciárias ainda respondem pelo grosso da produção, em torno de 90% do total. Finalmente, Eduardo Eisler, diretor executivo de estratégia de negócios da Tetra Pak, nota que na seara de cartonados a chamada “rastreabilidade ativa” se firmou, apoiada em softwares que acompanham a manufatura das unidades desde a origem até o fim dos processos automatizados. Outro ganho apontado por ele é a maior oferta de equipamentos destinados a clientes de vários portes no processamento de alimentos. O executivo adianta que, entre 2010 e 2012, a Tetra Pak lançará novas tecnologias na América Latina visando ao reforço da segurança alimentar.


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panorama do setor

design atEndE noVaS dEMandaS SociaiS

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oje, mais do que nunca, as inovações pautam constantemente o design das embalagens. Trata-se de um fenômeno inevitável, que busca dar conta das complexas demandas que incidem sobre o setor. De um lado, há a globalização, que cedo ou tarde acaba disseminando e fixando tendências para além das fronteiras dos países. De outro, os designers têm de acompanhar ou antecipar as mudanças nos perfis e nas prefeAtualmente, há maior rências dos consumidores. Estes avanços vêm se traconsciência sobre o papel duzindo, no mais das vezes, estratégico da embalagem na melhora da qualidade das no desempenho e no plaembalagens, em benefício dos nejamento das empresas fabricantes, dos clientes finais e do conjunto da sociedade, cada vez mais rigorosos quanto ao atendimento de quesitos como praticidade, segurança, confiabilidade, ética e sustentabilidade socioambiental.

Nesse cenário bastante dinâmico, conforme os especialistas ouvidos por Mercado Empresarial, o design brasileiro, genericamente falando, estaria alinhado com as vertentes mais sofisticadas em vigor no Exterior. Como salienta Luciana Pellegrino, diretoraexecutiva da Abre (Associação Brasileira da Embalagem), “pelo fato de numerosos fabricantes e clientes serem multinacionais, muitas inovações acabam mesmo sendo trazidas de fora”. Ela nota, porém, uma diferença no que concerne ao item preços: se, no Primeiro Mundo, as embalagens trazem um custo maior por serem mais bem elaboradas, no Brasil o preço ainda pesa bastante no planejamento para certas categorias de produtos. Por outro lado, o crescimento econômico e populacional e a própria evolução do mercado interno, diz a especialista da Abre, determinaram a evolução técnica e do design para contemplar mais de perto as novas necessidades dos públicos-alvo. “Nos anos mais recentes, por exemplo, as classes C e D passaram a consumir mais, gerando maior escala e induzindo inovações e maior grau de investimentos para atender estas demandas”, analisa Luciana. Todo este conjunto de transformações estruturais fez com que despontassem e se con-


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mercado empresarial

solidassem algumas tendências, assim descritas pela diretora da Abre: • Maior conveniência, mediante a oferta de embalagens com sistemas de abertura e fechamento/refechamento facilitados; • Oferta de embalagens maiores contendo porções de produtos empacotadas separadamente, de modo a lhes prolongar a vida útil; • Multiplicação de embalagens menores, focadas no público single e em famílias pequenas; • Preocupação maior com a segurança alimentar, a fim de garantir a integridade e a qualidade dos produtos; • Criação de embalagens que assegurem maior prazo de validade, mesmo sem presença de regrigeração; • Na área gráfica, impressão de embalagens com maior qualidade, contemplando tanto pequenas quanto grandes tiragens. Para Luciana, existe atualmente maior consciência sobre o papel estratégico da embalagem no desempenho e no planejamento das empresas. Tanto assim que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Sebrae desenvolveram linhas de crédito para financiar o design, no entendimento de que uma boa embalagem reflete qualidade e valor agregado na atuação de um fornecedor.

ética no processo de design

De seu lado, Rodrigo More, sócio da More & Benevides Advogados, propõe uma abordagem que busca tratar da ética no processo de design de embalagens, uma questão que, a seu juízo, se relaciona estreitamente com os temas de responsabilidade social e de governança corporativa. A maioria das grandes empresas, na opinião de More, “conta com códigos de ética que ou são palavras sem conteúdo efetivamente vinculante da conduta ou são, na melhor hipótese, desavisadamente descumpridos na ponta do balcão de contratação de serviços, o que inclui o design”. A premência por redução de custos, constata ele, muitas vezes leva os contratantes a assumir, não raro involuntariamente, posturas incorretas frente aos contratados. “O resultado é uma concorrência antiética nos dois polos, tanto na tomada quanto na prestação de serviços, além da evidente degradação ou desvalorização da figura do profissional”, assinala o advogado. Avançando no seu diagnóstico, More adverte que, “sem uma injeção de ética, a profissão de designer de embalagem, já anêmica, pode

panorama do setor

“O desrespeito à ética no Brasil sem dúvida contamina produtos que seguem para o Exterior, pois não é raro que o design executado aqui seja empregado globalmente” Rodrigo More, sócio da More & Benevides Advogados

sucumbir às pressões do mercado. Quero dizer: não se venderá mais design como arte, mas simplesmente como preço”. Partindo da premissa de que a ética é questão de prática, o especialista preconiza que as empresas devem levar seus códigos à efetiva realização em toda a cadeia de produção. “Elas precisam decidir o que é mais importante no contexto da responsabilidade social que defendem e propagandeiam: o respeito à arte ou a sobrevalorização da redução de custos”, acrescenta. Avaliando as políticas implantadas pelo segmento de embalagens no sentido de contemplar os requerimentos éticos, More lembra que a Abre, há vários anos, conta com um código para orientar designers e contratantes. “Iniciativas como estas são extremamente importantes, pois não poucas vezes empresas demandam serviços e não têm parâmetro algum sobre como proceder”, ressalta. No Código de Ética do Comitê de Design de Abre, prossegue More, talvez o ponto mais relevante tenham sido as recomendações sobre a participação de agências e designers em concorrências que não remuneram as propostas, um problema que ainda persiste, mas que já é discutido no Comitê, tendo como base um texto de conteúdo jurídico válido e obrigatório para todos os membros. Na verdade, enfatiza o advogado, a orientação ao setor “só terá efetividade e ganhará contornos éticos e de responsabilidade social mais bem delineados quando as empresas passarem a assinar o Código de Ética”. Por fim, More observa que “o desrespeito à ética no Brasil sem dúvida contamina produtos que seguem para o Exterior, pois não é raro que o design executado aqui seja empregado globalmente”. Aliás, a utilização internacional é uma regra comumente imposta pelas empresas com relação aos direitos autorais e de propriedade industrial sobre as artes contratadas. “Se aqui há problemas, a exportação dos produtos e do design não acaba com eles, apenas os mascara”, conclui ele.

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panorama do setor

sustentabiliDaDe: aS iniciatiVaS SE MultiplicaM

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julgar pela multiplicidade e pela abrangência das iniciativas em curso, o tema da sustentabilidade socioambiental parece ter sido definitivamente incorporado à agenda da indústria de embalagens no Brasil. Empresas e entidades representativas do ramo protagonizam projetos com os mais variados perfis para contemplar as necessidades de reciclagem, descarte seletivo, consumo consciente e obtenção de matériasprimas a partir de fontes renováveis. Como enfatiza Luciana Pellegrino, diretora-executiva da Abre (Associação Brasileira da Embalagem), “a responsabilidade ambiental entrou na pauta de toda a sociedade. O nosso setor, em particular, vem registrando um grau elevado de adesão a práticas sustentáveis que se refletem em ações pró-ativas e efetivas”. Houve, na verdade, uma grande mudança de postura do segmento, acrescenta Alfredo Felipe Schmitt, presidente da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis) e diretor da FFS Filmes: “Antes, a atitude era meramente reativa, com pouca valorização do tema. Agora, perseguimos a pró-atividade, no reconhecimento de que a sustentabilidade é um valor essencial”, nota ele. Trata-se, ainda de acordo com Schmitt, de atacar ao mesmo tempo todas as vertentes de um tripé: sustentabilidade econômica, social e ambiental. “De nada adianta desfrutarmos de uma boa situação na economia se os aspectos sociais e ambientais não forem levados em consideração, visto que têm impactos evidentes sobre a vida dos cidadãos”, salienta o executivo. A propósito da relevância assumida por esta temática, Mercado Empresarial Empresarial, nesta edição especial, faz um breve levantamento das principais iniciativas em andamento, na indústria da embalagem, que elegeram como foco o cuidado na produção, manuseio, consumo e descarte de material, muitas vezes com desdobramentos diretos na área social. Tema foi definitivamente Fundamentalmente, poincorporado à agenda da dem ser mencionadas as indústria brasileira de seguintes movimentaembalagens ções do setor: Tendo criado seu Comitê de Meio Am-

biente e Sustentabilidade para tratar do assunto, a Abre lançou recentemente a cartilha “Diretrizes de Sustentabilidade para a Cadeia Produtiva de Embalagens e Bens de Consumo”. A meta da publicação, segundo Luciana Pellegrino, é “orientar o segmento sobre como trabalhar este tema de modo a ober ganhos ambientais concretos”. A obra possibilita a cada empresa proceder a uma auto-avaliação, conforme alguns indicadores desenvolvidos com base no conceito de ecodesign (design for environment). Assim, toda a cadeia produtiva pode agir em uma mesma direção, na busca da melhoria contínua do desempenho ambiental de seus produtos, processos produtivos e embalagens, ao longo de todas as etapas de fabricação. A Abre também deflagrou a campanha “A Embalagem Construindo Sustentabilidade”, que visa informar e conscientizar o consumidor sobre a importância da reutilização e reciclagem das embalagens, tendo como principais pilares valores como proteção, prolongamento da vida, saúde, segurança, economia e bem-estar social. O escopo é promover a responsabilidade em todas as etapas do ciclo de vida


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de uma embalagem, ou seja, desde o seu desenvolvimento até a sua revalorização após o consumo do produto. Em conjunto com esta empreitada, a Associação lançou a campanha “Embalagem, eu reciclo!”, almejando uma maior aproximação com o público, tendo sido desenvolvidos para tanto adesivos estilizados com o símbolo de descarte seletivo, o qual foi criado pela Abre e adotado internacionalmente pela ISO 14.021 de Auto-Declaração Ambiental. A ABPO (Associação Brasileira do Papelão Ondulado) engrossou os esforços ambientalistas tirando proveito das características do papelão, matéria-prima renovável e biodegradável, segundo explica Ricardo Trombini, presidente da entidade e diretor de operação da Divisão Ondulada da Trombini. “A cadeia produtiva do material permite criar uma economia plenamente sustentável”, garante ele. Na coleta para reciclagem, mais de 70% dos volumes são recolhidos de forma automatizada entre as organizações do comércio e da indústria, ficando o restante por conta de agentes como os catadores de rua, informa o executivo. “Além da possibilidade de se reaproveitar as fibras usadas para confeccionar o material, há também o cuidado de plantar árvores especificamente para este fim, conferindo sustentabilidade ao uso de fibras virgens”, adiciona Trombini. A Abief, com o intuito de disseminar a cultura do consumo responsável e criar parâmetros para a produção de sacolas plásticas condizentes com as normas em vigor, engajou-se, juntamente com a Plastivida e o INP (Instituto Nacional do

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Plástico), no Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas. Este tem como base os chamados 3Rs – Redução, Reutilização e Reciclagem. “É um exemplo do que pode ser feito concretamente e os resultados até agora têm sido muito positivos”, avalia Alfredo Schmitt, presidente da entidade. A multinacional Tetra Pak empreende numerosas ações na área, podendo ser citadas as seguintes: a) Desenvolvimento de tecnologias de reciclagem que possibilitam a fabricação de placas, telhas, móveis, canetas, vassouras e outros objetos a partir da mistura de plástico e alumínio das embalagens, após a retirada do papel, usado na produção de caixas de papelão e papel reciclado; b) Apoio às cooperativas de catadores nas principais capitais do País, o que inclui doação de materiais e cessão de prensas; c) Portal de Educação Ambiental, que oferece informações desde como gerenciar e selecionar o lixo até o reaproveitamento de cada material. Este website é uma evolução do Programa Cultura Ambiental nas Escolas, que consiste na distribuição de kits educativos com material informativo e lúdico sobre práticas ecológicas; d) Projeto Rota da Reciclagem, que leva orientações sobre coleta seletiva para a Internet, tornando disponível o primeiro buscador específico de pontos de recolhimento de materiais; e) Fixação de metas para redução das emissões de dióxido de carbono na multinacional: até 2010, estas emissões devem ser 10% menores do que em 2005 (40.000 toneladas), independentemente do crescimento da empresa, mediante maior eficiência energética e incremento na utilização de energias limpas. Em 2006, a Tetra Pak reduziu as emissões em 4%; e em 2007, 3%. Merece também destaque o acordo da Tetra Pak com a petroquímica Braskem, firmado em dezembro do ano passado, para o uso de plástico (polietileno de alta densidade) verde, baseado no etanol de cana, em embalagens cartonadas. “A Tetra Pak chegou a 100% de sustentabilidade com esse leque de iniciativas”, afirma Eduardo Eisler, diretor-executivo de estratégia de negócios da corporação, que lembra também a conquista do FSC (Forest Stewardship Council), selo verde que assegura práticas de preservação florestal no uso de papel. Isto significa que toda fibra de madeira utilizada para a confecção de embalagens longa vida deve ser proveniente de florestas aprovadas por um sistema independente de certificação, gerenciadas em conformidade com o princípio do manejo sustentável. No Brasil, a Tetra Pak atua em parceria com a Klabin, a maior indústria brasileira produtora de papel, da qual obtém matéria-prima proveniente, na maior parte, de florestas certificadas ME

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evento

BRASILPACK 2010

Todo o avanço do setor reunido num mega evento

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ais de 30 mil visitantes/compradores de 30 países são esperados na Brasilpack 2010 - Semana Internacional da Embalagem, Impressão e Logística, considerado o principal evento especializado na indústria de embalagens do Hemisfério Sul e que acontece de 22 a 26 de março no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. Participarão da feira cerca de 700 expositores, de mais de 25 países, que apresentarão os últimos avanços em tecnologias do mercado de embalagens. Entre eles, encontram-se fabricantes e distribuidores de equipamentos e máquinas para packaging e engarrafados, selagem e acabamentos, codificados, pesado, armazenamento e outros. Trata-se de um evento competitivo, com forte imagem de marcas e apelo mercadológico e que sintetiza bem a tendência que vem ganhando força nas feiras de negócios: público qualificado e volume expressivo de vendas.

Novidade: a Área Verde A Brasilpack 2010 traz como grande novidade a criação de um novo setor, a Área Verde, visando atender às necessidades da atual economia de mercado cada vez mais preocupada com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente. A área, que será dedicada exclusivamente a materiais, produtos e serviços ecologicamente corretos, terá como um dos destaques o processo de reciclagem de papel, plástico, metal e vidro.

Integram também a Semana Internacional da Embalagem, Impressão e Logística a FIEPAG (Feira Internacional de Papel e Indústria Gráfica), a Flexo Latino América (Feira Internacional de Flexografia), o Salão Embala Inovação (Convertedores e agências de design e desenvolvimento de embalagens) e a Brasil Screen & Digital Show (Feira Internacional de Serigrafia e Impressão Digital). O objetivo é reunir as principais cadeias produtivas desses setores e, ao mesmo tempo, alinhar sua data no calendário internacional dos grandes eventos do ramo. A sinergia entre as feiras atrai e conquista novos compradores, assegurando aos expositores novas alternativas de crescimento. O evento é realizado pela Reed Exhibitions Alcantara Machado com o apoio das mais representativas entidades do setor, entre as quais Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos), Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), a Abflexo-FTA Brasil (Associação Brasileira Técnica de Flexografia), Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), Abiea (Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas Adesivas) e Abief (Associação Brasileira das Indústrias de Embalagens Plásticas Flexíveis) e muitas outras ME


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evento Brasilpack 2008 - Vista Parcial

Mais de 30 mil visitantes/compradores de 30 paĂ­ses sĂŁo esperados para a feira de 2010

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gestão

QUE VOCÊ CONHECIA JÁ EVOLUIU!

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er uma Marca sólida e respeitável é o objetivo da maioria das organizações, independente do porte ou segmento. Em um cenário onde os consumidores possuem muito mais possibilidades de escolha, as empresas podem ser embaladas por modismos ou mudanças repentinas. Não adianta uma empresa querer pegar carona nas O grande segredo é redes sociais, criar comunidades online e investir em perfis corpoentender a relação rativos na web se nem mesmo o da Marca com os SAC ou os colaboradores consepúblicos da empresa guem resolver questões e dúvidas dos clientes. Ao mesmo tempo, criar um site interativo ou fazer uma promoção via SMS não significa interagir com a sua comunidade de Marca. Se não for devidamente utilizada, estas novas ferramentas nunca atingirão os reais objetivos. E é aqui que entra o Branding, que, por ser uma prática razoavelmente nova no Brasil, ainda não chegou à maturidade. Antes de falar em tendências, o mercado ainda precisa conhecer evolução das práticas e disseminar os conceitos entre líderes das empresas. As agendas dos CEOs começam a abordar a relevância da Marca na tomada de decisões, na construção de novos indicadores de performance e na importância de

se desenvolver uma cultura de Marca dentro (e fora) das organizações. Ao entender que hoje a relação com seus stakeholders deve ser aberta para o diálogo maduro, as empresas são capazes de inovar mais, reduzir custos, ampliar mercado e agregar valor. Aquelas que não estão atentas a isso, certamente perderão competitividade. Atualmente, nos bastidores de mercado, os temas mais freqüentes entre os CEOs são eficiência e relevância. O que os gestores precisam entender é que investir na Marca não significa investir somente em propaganda. Quem mais investe em Branding otimiza os gastos com mídia e torna-se eficiente. As métricas antigas, que garantiam verbas enormes para os departamentos de marketing, sem uma demonstração clara dos resultados efetivamente gerados, estão com os dias contados. É melhor investir na criação de uma cultura de Marca, no desenvolvimento dos colaboradores, na capacitação em Branding e na implementação de novos KPIs (Indicadores Chave de Desempenho, em inglês Key Performance Indicators) a que gastar milhões anunciando uma Marca sem identidade. Hoje, o trabalho está muito mais interno do que antes. As empresas estão procurando um olhar crítico sobre elas mesmas com o objetivo de saber com clareza o que vale a pena falar, vender ou fazer.


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E é neste momento que entra a relevância. Com a identidade de Marca estabelecida, tudo ganha um novo significado. O convencimento passa a ser mais fácil, os relacionamentos mais fortes e o trabalho do marketing torna-se mais competente, aumentando os índices de produtividade e inovação. A Marca deve estar inserida no pensamento estratégico da empresa e em todas as formas de relacionamento da organização com os seus diferentes públicos, em todos seus processos, de colaboradores a clientes finais. O grande segredo aqui é entender a relação da Marca com esses públicos. Um bom exemplo que podemos citar é o do marketing esportivo. Podemos ver nele algumas ações de construção de identidade que conseguiram bons resultados, como foi o caso do Rio de Janeiro, eleito sede das Olimpíadas. A Marca “Rio de Janeiro” passou por um minucioso trabalho para conseguir reverter a imagem de uma cidade desorganizada e violenta. O discurso foi bem montado, acompanhado de uma comunicação bem elaborada, investimento político e apoio popular. Agora, após a vitória, entra em cena o mais importante dessa estratégia de Branding: a execução das promessas e implementação das ações, tudo para que esta não seja apenas mais uma campanha política ilusória. Cada

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vez mais, o público é exigente e, para uma boa construção de Marca, o consumidor não pode ser iludido ou enganado. A partir desse exemplo, é fundamental que os empresários saibam que a Marca deve ser uma premissa de negócios, que deve ser tratada como um ativo estratégico de toda a organização e não apenas um trabalho do departamento de marketing. Em mercados cada vez mais competitivos, sujeitos a alterações de humor do consumidor a cada minuto, os CEOs e CMOs devem saber construir e gerir as comunidades de suas Marcas. A comunidade de Marca é independente, tem vida própria e não pode ser controlada. É importante ouvir o que ela tem a dizer, mas acima disso, saber como utilizar a informação. O cenário hoje é um universo aberto e sem limites, onde cada cliente ou potencial cliente tem autonomia e liberdade de expressão. Por isso as empresas precisam aprender a ouvir e ter uma estratégia eficiente para atuar na resposta ME

* Sócio-diretor da Vallua Consultoria, Lucas Reñe Copelli é graduado em engenharia pela UNICAMP e pós-graduado em marketing pela ESPM. É especialista em planejamento estratégico e inovação em gestão, integrados à disciplina de Branding.

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mercado

Activas prevê crescimento de 148% em 4 anos A Activas, uma das maiores distribuidoras de resinas termoplásticas do Brasil, com sede no ABC Paulista, e que completará 20 anos em 2010, planeja aumentar seu faturamento de R$ 250 milhões para R$ 620 milhões em quatro anos, representando um crescimento de 148%. Para 2010, o faturamento ficará ao redor de R$ 320 milhões. Para alcançar essa meta, a empresa, que é distribuidora da bandeira Quattor, está investindo inicialmente R$ 7 milhões em ativos: nova sede administrativa, nova frota de veículos e na área de logística no ABC. A Activas possui filial em Jaboatão dos Guararapes (PE), Rio de Janeiro (RJ), Joinville (SC) e Caxias do Sul (RS) e prevê a inauguração de uma filial em Anápolis (GO) e outra na Região Norte. Segundo Laércio Gonçalves, presidente da empresa, hoje são distribuídas 50 mil toneladas para cerca de 3 mil empresas em todo o Brasil e, até 2013, esse volume passará para 105 mil toneladas/ano, dobrando também o número de clientes. “No Brasil existem 11 mil empresas transformadoras que utilizam essa matéria-prima. As maiores A empresa é uma das do segmento, que chegam a aproximadamente 2,5 maiores distribuidoras mil, são abastecidas diretamente pelas petroquímicas de resinas termopláse, as menores, são atendidas pelas distribuidoras. ticas do Brasil. A Activas, por exemplo, atende 3 mil empresas de menor porte e com os investimentos que estamos realizando triplicaremos o atendimento. Hoje 80% das entregas são efetuadas em até 18 horas após o pedido e chegaremos a mais de 90%, isto nacionalmente’’, explica Laércio Gonçalves. A Activas possui 150 colaboradores, é certificada na matriz e nas filiais com a ISO 9001:2008 (última atualização da norma) e associada e co-fundadora da Adirplast - Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas.

Novelprint, mais uma vez entre as empresas mais lembradas do setor A Novelprint está mais uma vez entre os primeiros colocados no ranking das empresas mais lembradas na Pesquisa Pack Destaque de Preferência 2009. Na categoria de rótulos e etiquetas, cujo mercado é bastante competitivo, a Novelprint empatou em terceiro lugar com a Baumgarten e a Dixie Toga. Mack Color e CCL Label ocuparam A empresa está entre os prio primeiro e o segundo lugares, respectivamente. meiros colocados no ranking A escolha dos fornecedores preferidos do setor de embalagem das empresas mais lembradas levou em consideração, além dos aspectos técnicos, os seguintes critérios: qualidade de atendimento, flexibilidade comercial, quana Pesquisa Pack Destaque de lidade de impressão, prazo de entrega, desempenho, portfólio, Preferência 2009. capacidade adesiva, resistência e durabilidade.


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International Paper: novo posicionamento estratégico da marca para a América Latina

A International Paper (IP), líder mundial na produção de papel não revestido para imprimir e escrever, acaba de apresentar seu novo posicionamento estratégico. Desenvolvido pela Tom Comunicação, o novo conceito de comunicação institucional utiliza o tema: ‘’Expresse o seu melhor’’, criado para refletir a postura da empresa, presente na vida das pessoas todos os dias com seus produtos. ‘’O novo conceito quer valorizar a presença do papel no cotidiano das pessoas e mostrar a relação entre o papel e a expressão. Para isso, traz consigo uma proposição: expresse o seu melhor, onde a expressão do melhor de cada um é apresentada como mola propulsora das transformações’’, destaca a gerente de Comunicação e Marketing Institucional da IP, Alessandra Fonseca. O novo posicionamento institucional da empresa mostra, por meio de uma linguagem emotiva, a presença do papel no dia-a-dia das pessoas como uma importante meio para diferentes formas de expressão. Para consolidar este posicionamento, a empresa estabeleceu um plano de ações e relacionamento para os próximos quatro anos. ‘’Criamos mais do que uma campanha. Desenvolvemos um conceito e também uma plataforma para que a comunicação da marca aconteça, em um trabalho que abrange desde a comunicação interna e peças publicitárias clássicas à presença nas redes sociais’’, destaca Vinicius Alzamora, diretor de Criação da Tom. Para divulgar o novo conceito foram desenvolvidos folders, apresentações, vídeo, entre outros, voltados para clientes, consumidores e fornecedores. As peças trazem personagens reais, professores e alunos que participam de programas socioambientais promovidos nas comunidades onde a empresa atua, demonstrando a utilização do papel para a expressão de sua criatividade, como ilustrações e poemas.

mercado

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Klabin comemora produção acima da esperada com máquina Voith Paper A Máquina 9, fornecida pela Voith Paper à planta da Klabin em Monte Alegre, Telêmaco Borba, Paraná, está obtendo produções acima da média esperada. A capacidade de produção diária estimada no start-up do equipamento, há quase dois anos, era de 1.100 toneladas. Em 2009, o recorde diário de produção chegou a 1.442 toneladas. A MP9 faz parte do Projeto MA-1100, maior investimento da história da empresa. Os resultados acima do esperado vêm se apresentando por toda a learning curve da máquina. Para 2008, estavam previstas 283.000 toneladas e a produção bruta foi de 299.279. A meta de 2009 é de 330.000 toneladas de papel cartão. Para a Voith Paper, o salto de desempenho se deve à boa performance da máquina, que apresentou ótima estabilidade e eficiência em pouco tempo. Para 2010, a Klabin espera que a MP 9 alcance uma produção de 380.000 toneladas. Divulgação


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coca-cola light pluS: VitaMinaS E MinEraiS E noVaS EMbalagEnS A Coca-Cola Brasil pretende inaugurar uma nova era no mercado de refrigerantes no País com o lançamento de Coca-Cola light plus, produto de baixas calorias e fonte de vitaminas B3, B6 e B12 e dos minerais magnésio e zinco. O novo produto foi lançado ao consumidor durante os dois principais eventos de moda do País - o Fashion Rio e o São Paulo Fashion Week - e chegou às lojas na primeira quinzena de janeiro. Coca-Cola light plus segue a tendência do consumidor adulto de conciliar prazer, hidratação, controle de calorias e nutrição, e já foi lançada com sucesso em países como Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha. Uma lata do produto pretende suprir 23% das necessidades diárias de vitaminas e minerais de um adulto. O refrigerante é resultado de uma tecnologia avançada que preserva o sabor e permite a adição de nutrientes importantes para a saúde. Sua inovadora formulação, desenvolvida para atender ao paladar do brasileiro, foi testada e aprovada pelos consumidores em pesquisas.

Embalagens também são novas Novo produto consolida no Brasil tendência mundial de refrigerantes com nutrientes.

Coca-Cola light plus inova também em embalagens, com uma versão mais moderna de lata: a sleek de 310 ml, com design especial, mais fino e alongado. O produto também poderá ser encontrado em garrafa de 1 L ou 1,5L.

noVidadES da VilMa,

Pimenta com maracujá

na piMEnta E no rótulo Pimenta com maracujá, com manga, com limão capeta. Uma combinação curiosa e saborosa de molhos promete aguçar o paladar dos apreciadores dessa, que é uma das especiarias mais admiradas dos brasileiros. O lançamento é da Vilma Alimentos em parceria com a Abrasel - Associação Nacional de Bares e Restaurantes. A linha, que também é composta por um molho de pimenta tradicional e de temperos, foi lançada com o rótulo do Brasil Sabor, marca do festival gastronômico da Abrasel, o maior festival de gastronomia do Brasil, realizado todos os anos, e que tem abrangência nacional. A Vilma é a primeira empresa brasileira a fechar a parceria. O vice-presidente de marketing e vendas da Vilma, Cezar Tavares, explica que o investimento da empresa no novo produto é de R$ 300 mil. “A expectativa de vendas são as melhores, pois a Vilma irá utilizar toda a sua logística de distribuição para alcançar o consumidor, por meio de mais de 22 mil pontos de vendas’’, detalha. A combinação de sabores, que são exclusividade da Abrasel, foi concebida pelo Chef Túlio Montenegro, conhecido pelas pesquisas que desenvolve com as pimentas e as receitas saborosas que sempre incluem a iguaria. ‘’A harmonização entre as frutas com o sabor picante da pimenta resulta numa mistura leve e agradável ao paladar’’, revela.

Lançamento é resultado de parceria entre Vilma Alimentos e a marca Festival Brasil Sabores


cases & cases

mercado empresarial

rExaM lança no braSil lata coM 310 Ml Chegou ao mercado de embalagens do Brasil um novo formato O primeiro produto a de lata, com 310 ml, fabricado pela utilizar o novo Rexam. O primeiro produto a utiformato é a cerveja lizar essa embalagem, que já pode Itaipava, já disponível ser encontrada nos supermercados, é a cerveja Itaipava, da cervejaria para os consumidores Petrópolis. A idéia do novo formato surgiu a partir do sucesso apresentado na fabricação da lata sleek de 270 ml, que a Rexam vem produzindo desde o final de 2008 para as cervejas Brahma, Skol Beats e Stella Artois. A sleek de 310 ml tem em seu formato a mesma tampa da lata tradicional de 350 ml, sendo que o corpo segue o diâmetro dessa tampa sem o pescoço mais pronunciado das latas tradicionais. A nova embalagem é vista como uma alternativa também para o mercado de energéticos. Para Renato Estevão, diretor comercial da Rexam, a lata com 310 ml é moderna e elegante, além de ser uma forma de levar a embalagem para o segmento de produtos Premium. ‘’Com o novo formato, nossos clientes podem oferecer ao consumidor a oportunidade de escolher uma embalagem adequada ao seu perfil e ocasiões de consumo’’ acrescenta. Com o lançamento da Itaipava de 310ml, agora três das cinco marcas de cerveja líderes no país já estão disponíveis ao consumidor em latas no formato sleek. A Rexam já está produzindo a nova embalagem para envasadores em outros países da América do Sul.

rótulos temáticos

Outra inovação da Rexam no Brasil são os latões de 473 ml com rótulos temáticos. A Pitú terá uma edição especial em comemoração aos 70 anos da marca. Além dos latões, as tradicionais latinhas de Pitú também terão o mesmo tema. Prova de que as embalagens temáticas dão resultado é que em 2007 elas representaram mais de 40% da produção da Rexam. Fontes: Abralatas e Mundo do Marketing

caladryl

ganha ExcluSiVa fórMula póS-Sol E noVo ViSual Chega ao mercado uma nova versão de Caladryl® Loção, que não tem mais as restrições de um medicamento OTC (medicamento isento de prescrição médica). “Por ser considerada cosmética, essa nova loção poderá ser encontrada não apenas em farmácias, como também em supermercados e perfumarias, facilitando a vida do consumidor’’, comenta Carolina Schomer, gerente de produto Caladryl®, que também aponta a nova embalagem como um diferencial. “A apresentação do produto ficou mais prática e moderna, além de termos eliminado o cartucho de papelão, diminuindo o consumo de papel, uma das atitudes de sustentabilidade promovidas pela Johnson & Johnson’’, afirma. Líder de um mercado que movimenta R$ 22 milhões e cresce 2% ao ano, Caladryl® atinge até 35% de market share durante os meses de verão, onde estão concentradas cerca de 50% de suas vendas.

benefícios da nova fórmula

A loção Caladryl® Pós-Sol promete só alivia os efeitos do sol na pele, como também recupera a hidratação perdida devido à exposição ao sol, deixando uma agradável sensação de frescor.

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design

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Pantanal cosmÉticos: rótuloS MEtalizadoS coM ModErno E SofiSticado dESign

tem rótulos tom sobre tom e efeitos metalizados.

é prEMiada no fEStiVal dE EMbalagEM E dESign Divulgação

A Pantanal Cosméticos está lançando uma linha dedicada ao tratamento capilar para a revitalização de fios. Batizada de Nutriv, a linha é composta por sete produtos que vão de cremes de hidratação a reparadores de pontas. A produção dos rótulos ficou sob a responsabilidade da Novelprint que, seguindo a orientação do cliente, teve como desafio combinar a cor dos autoadesivos com as tampas de cada embalagem. ‘’O design do rótulo tem uma combinação harmônica de tom sobre tom e ainda um efeito metalizado. Produzimos um material especial e sem transparência para evitar que a cor do pote interferisse no autoadesivo. Além disso, usamos uma blindagem reforçada contra atritos e umidade’’, explica Guido Raccah, gerente comercial da Novelprint. De acordo com o fabricante da linha Nutriv, a intenção de combinar as peças autoadesivas com as tampas é uma forma de chamar a atenção do consumidor nos pontos de vendas. ‘’Existe uma gama enorme de concorrentes no mercado e os rótulos dão um destaque a mais, chamando o cliente a experimentar o novo produto’’, avalia Joelma Badini, da área de Pesquisa e Desenvolvimento da Pantanal Cosméticos. A empresa contou também com o trabalho do designer Carlos Kley, que deu aos rótulos um layout moderno e sofisticado. Inicialmente, os produtos podem ser encontrados no mercado varejo do Rio de Janeiro, Recife e Bahia. O fornecedor das Nova linha de tampas é a Artmed e o fornecedor dos potes, a CRB tratamento Embalagem. capilar Nutriv

Dezign com z

Ouro para os projetos FESA e AFroReggae e bronze pelo projeto para o Banco Real.

A Dezign com Z foi premiada pelo trabalho desenvolvido para FESA, AFroReggae e Banco Real, na XX Edição do Festival Brasileiro de Promoção, Embalagem e Design, realizada em dezembro último. No Festival, um evento anual que busca contribuir para o aperfeiçoamento das atividades técnicas destas três áreas no país, a Dezign com Z recebeu ouro para os projetos FESA e AFroReggae, além de um bronze pelo projeto desenvolvido para o Banco Real. Para a FESA, empresa brasileira de recrutamento de profissionais, a Dezign com Z criou um novo conceito e identidade visual para a marca. Com base nos valores humanos e na felicidade, a partir de reflexões sobre as crenças da empresa, a Dezign desenvolveu o slogan ‘’Liderança Consciente e Transformadora’’. Para os layouts da papelaria e do perfil institucional, foram utilizadas cores intensas, tipografias diversas e ilustrações que ultrapassam as fronteiras das páginas para transmitir a sensação de movimento contínuo. Já para o projeto do grupo cultural AFroReggae ‘’Partes que Constroem o todo’’, foram desenvolvidos três livros que apresentam o grupo e sua história, a partir da identificação dos elementos de sua identidade, tendo como resultado um projeto com conceito visual forte e alinhado com os valores da marca. O projeto desenvolvido para o Banco Real foi o Relatório de Sustentabilidade 2007. A idéia central era criar um relatório que fosse tratado como uma revista, com o alinhamento das linguagens verbais e visuais do banco para apresentar o conteúdo de forma séria e ao mesmo tempo com uma leitura mais leve e interessante. O relatório contextualiza os resultados do Banco e, ao mesmo tempo, traz histórias e personagens de verdade, que no relato de suas experiências, abrem espaço para reflexões importantes sobre o tema da sustentabilidade. Durante o Festival, são evidenciados desde profissionais, empresas especializadas, até agências, que merecem destaque no ano.


mercado empresarial

release

A Tecnologia Cofibam instalada na Nova Imigrantes

A

s rodovias estão entre as principais vias de exportação da América Latina e recebem mais de 30 milhões de veículos por ano. É destino de lazer e diversão nos feriados e finais de semana para as pessoas que procuram as praias do litoral paulista. A Nova Imigrantes, inaugurada em 17 de dezembro de 2002, possui 21 km de extensão e dois dos maiores túneis rodoviários do país, com mais de 3 km de extensão. O projeto de engenharia da Nova Imigrantes foi considerado uma obra singular no país, porque os túneis, embora extensos, permitiram somente sete pontos de interferência na vegetação de Mata Atlântica, o que afetou apenas 40 hectares da vegetação contra 1.600 hectares da primeira pista da Imigrantes, construída nos anos 70. A tecnologia empregada na construção da Nova Imigrantes contou com conceitos pioneiros na questão da segurança com a instalação de potentes ventiladores e exaustores de grande porte, que tem a função de retirar a fumaça

tóxica dos túneis em caso de acidentes e incêndios. Caso os equipamentos não funcionassem de maneira adequada, poderia haver um aglomerado de carros parados e em funcionamento dentro dos túneis, ocasionando uma tragédia. É nesta hora que a engenharia O Sistema Anchieta-Imiresponsável pela construção da grantes faz a ligação da rodovia pensou na qualidade e Região Metropolitana de durabilidade dos Cabos Elétricos São Paulo com a Região Cofibam, responsáveis pelo funcionamento dos equipamentos Metropolitana da Baixada de segurança. Os Cabos Cofibam Santista instalados nos Túneis da Rodovia Nova Imigrantes alimentam os ventiladores e exaustadores e foram fabricados com características especiais que permitem a baixa emissão de fumaça, preparados inclusive para suportar duas horas sob chama direta sem desligar os sistemas de segurança. Com a tecnologia empregada nesta importante rodovia, os motoristas podem transitar com segurança e tranqüilidade graças à qualidade, à alta tecnologia e à segurança dos Cabos Cofibam ME

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economia

na anÁliSE da fEcoMErcio,

2010 serÁ bastante Positivo

D

entro de três cenários possíveis (provável, otimista e pessimista), a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), após análise de alguns indicadores da economia brasileira, acredita que este ano será bastante positivo e faz projeções para o comércio, Selic e Balança Comercial.

comércio

No cenário provável, os economistas da Fecomercio avaliam que o comércio brasileiro deve crescer 8% em 2010. No quadro otimista, 10%. Já para os mais pessimistas a expectativa é que o segmento cresça 5%. Em relação ao desempenho do comércio em São Paulo, o mais provável é que, em 2010, a elevação seja de 6%. Do lado otimista essa projeção será de 8% e o pessimista, de 1%. fecomercio A Fecomercio acredita que, Federação do Comércio este ano, a economia deve voltar a do Estado de São Paulo é a crescer naturalmente, sem a ajuda principal entidade sindical do governo, que em 2009 teve de paulista dos setores de coreduzir o Imposto sobre Produtos mércio e serviços. Representa Industrializados (IPI). Além disso, a 152 sindicatos patronais, que economia contou com subsídios dos abrangem cerca de 600 mil bancos públicos, que cederam crédiempresas e respondem por to. Em 2010, o país não vai precisar 11% do PIB paulista - cerca de dessa ajuda porque a indústria vai 4% do PIB brasileiro - gerando se recuperar, haverá mais emprego em torno de cinco milhões de e com isso o consumo ficará mais empregos. aquecido.

Selic

Quanto à Selic, os economistas da Fecomercio avaliam que provavelmente a taxa ficará em torno de 10,5% ao ano. Em um cenário otimista, essa taxa giraria em torno de 9,5% ao ano. Em relação a uma perspectiva mais pessimista ficaria em 12,5% ao ano. Para a assessoria econômica da Federação, o Banco Central, bastante conservador no Brasil, deve elevar os juros neste ano devido à retomada do crescimento da economia, aquecendo a demanda. Além desse conservadorismo, o aumento dos juros também garante rendimentos atrativos para que os setores privado e externo financiem os gastos públicos. Para suprir essa necessidade de juros altos, entrave para os investimentos produtivos no país, a Federação defende uma reforma fiscal que garanta melhoria da redução dos gastos do governo.

balança comercial

Em relação à balança comercial, a Fecomercio analisa que o país está perdendo espaço no mercado. No cenário mais provável, a projeção é a de que a balança comercial termine com um saldo de US$ 15 bilhões no próximo ano. A mais otimista prevê um saldo de US$ 20 bilhões e os mais pessimistas, US$ 10 bilhões. Segundo a Fecomercio, o saldo menor em 2010 é explicado pelo ritmo de crescimento da importação que, neste ano, será maior que o da exportação, com a recuperação da indústria e a manutenção do consumo interno.


economia

mercado empresarial

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5ª economia

Brasil será a quinta maior economia do mundo em 2030, pelos cálculos da consultoria PricewaterhouseCoopers, divulgados no final de janeiro último, em Londres. Até lá, o país terá ultrapassado gigantes como Alemanha, Reino Unido e França. Os prognósticos econômicos indicam ainda que até 2020 o Produto Interno Bruto (PIB) do grupo de sete maiores emergentes - chamado E-7 e formado por China, Índia, Brasil, Rússia, México, Indonésia e Turquia será maior do que o do G-7. Cinco das dez maiores economias, até 2030, serão países hoje tidos como emergentes. O relatório leva em consideração o ritmo de crescimento e a valorização média das moedas de cada país para traçar perspectivas de médio e longo prazos. Para a PricewaterhouseCoopers, E-7 e G-7 terão pesos equivalentes por volta de 2019. A diferença de riquezas vem caindo - em 2000, o PIB dos sete países mais ricos do mundo era o dobro dos países hoje considerados emergentes pela consultoria - e, este ano, deve sofrer sua maior redução: 35%. Após a ultrapassagem, a distância seguirá aumentando: em 2030, o E-7 será 30% mais rico que Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Itália (G-7). “Em 2030, nossas projeções sugerem que o top 10 global do ranking de PIB terá a liderança da China, seguida dos Estados Unidos, Índia, Japão, Brasil, Rússia, Alemanha, México, França e Reino Unido”, afirmou o relatório, assinado pelo diretor de Macroeconomia da PwC, John Hawksworth. Entre os reposicionamentos, três chamam mais atenção: a China, que ultrapassa os EUA, a Índia, superando o Japão, e o Brasil deixando para trás todos os gigantes europeus. Outra constatação Até lá, o país terá do estudo é que a economia indiana crescerá mais rápido que a ultrapassado chinesa na década de 20. “A influência do E-7 já é enorme e esta análise mostra que a questão não é se o E-7 ultrapassará o G-7, gigantes como mas quando”, explicou Ian Powell, economista da PwC. Alemanha, Reino “O motor do fortalecimento do E7 é o rápido crescimenUnido e França. to da China. Apesar de esperarmos que este crescimento se desacelere progressivamente nos próximos 20 anos, a China provavelmente destronará os Estados Unidos e ocupará o lugar de primeira economia mundial por volta de 2020”, explica o estudo da PwC. A distância entre o G7 e o E7 se reduzirá a 35% este anos e desaparecerá totalmente no final da década, segundo os cálculos da consultora. Fontes: G1, Agência Estado e France Presse

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legislação

Rótulos de medicamentos vão mudar

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ornar os rótulos de medicamentos mais claros e úteis para a sociedade. Com esse objetivo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou em 23 de dezembro último, a RDC 71/09 que determina novas regras para a rotulagem de medicamentos. “A resolução foi elaborada para solucionar problemas que vinham sendo identificados no mercado e Devem facilitar reclamados tanto pela população a leitura e dar quanto por associações do setor mais segurança farmacêutico’’, afirma o diretoraos usuários presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello. A proposta ficou em consulta pública durante 60 dias, entre março e abril deste ano. Espera-se que os rótulos possibilitem a identificação adequada dos medicamentos durante sua dispensação e uso, o armazenamento adequado, o rastreamento do medicamento desde sua fabricação até o consumo, bem como orientação quanto ao uso seguro, com a disposição de informações e advertências que se façam necessárias para alertar grupos como diabéticos, celíacos, alérgicos, etc.

Principais novidades

Entre as novidades introduzidas está a obrigatoriedade de apresentação do nome do

medicamento em braile nas caixas, para garantir a acessibilidade e segurança no uso dos medicamentos pelas pessoas portadoras de deficiência visual. Já as informações impressas nas caixas e cartuchos (número do lote, data de validade e data de fabricação) terão que aparecer em tintas coloridas. A impressão apenas em baixo ou alto relevo, como é feita atualmente por algumas empresas, fica proibida. Os rótulos deverão trazer ainda alertas sobre cuidados de conservação após o preparado do medicamento ou tempo de validade reduzido após sua abertura.

Veja como ficam os novos rótulos:

Os laboratórios só poderão utilizar figuras nas embalagens se tiverem alguma finalidade de auxiliar no uso do medicamento. Outras figuras, que possam causar confusão ao paciente ou induzir ao uso inadequado do produto, não serão permitidas. A resolução prevê ainda a inclusão de mecanismos de identificação e segurança que possibilitem o rastreamento do produto desde a fabricação até o momento da dispensação nas embalagens de medicamentos, conforme disposto na RDC n° 59/09. A partir do momento em que este mecanismo for inserido na embalagem, a inclusão do código de barras GTIN e da tinta reativa (raspadinha) passará a ser facultativa. As empresas terão 540 dias para disponibilizar as novas embalagens no mercado.


legislação

mercado empresarial

agricultura aproVa norMaS para EMbalagEM dE frutaS E hortaliçaS

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Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou em 16/12 último o Projeto de Lei 4769/09, do deputado Germano Bonow (DEM-RS), que disciplina as características das embalagens dos produtos hortícolas in natura - frutas e hortaliças que não passaram por nenhum tipo de processo industrial. O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. De acordo com o texto aprovado, são os seguintes requisitos para as embalagens: • dimensões externas que permitam empilhamento, de preferência em palete (caixas), com medidas de 1 metro por 1,20 metro; • devem ser mantidas íntegras e higienizadas; • devem ser descartáveis ou retornáveis. As retornáveis devem ser resistentes ao manuseio a que se destinam e às operações de higienização e não devem se constituir em veículos de contaminação; • devem estar de acordo com as disposições específicas referentes às boas práticas de fabricação, ao uso apropriado e às normas higiênico-sanitárias relativas a alimentos.

redução das perdas

O relator, deputado Luiz Carlos Setim (DEM-PR), recomendou a aprovação por entender que a proposta “contribuirá para a redução das perdas desses produtos, que giram em torno de 30% da produção’’. Ele ressaltou ainda os ganhos ambientais, uma vez que as caixas de madeira têm baixa durabilidade, além de disseminarem doenças. “Países da Europa, da América do Norte e o Japão há muito já realizam trabalho para normatizar as embalagens de frutas e hortaliças, evitando perdas, melhorando o controle sanitário, oferecendo proteção ao produto, melhorando sua apresentação e, como consequência, incrementando suas vendas’’, disse.

caixas plásticas

Para o autor, o projeto servirá como um incentivo à substituição de caixas de madeira por caixas plásticas, que são de fácil higienização. Germano Bonow informa que essa substituição reduzirá custos, já que as caixas de plástico são reutilizáveis e possibilitam o manuseio mais adequado dos vegetais. O parlamentar lembra que as caixas de madeira têm baixa durabilidade (três meses, em média) e são meios de propagação de parasitas. ‘’Substituindo-se as caixas de madeira por

Países da Europa,

materiais reutilizáveis e hiAmérica do Norte gienizáveis, evita-se também e o Japão há muito a demanda por produtos já cumprem essas florestais’’, disse Bonow. A intenção do projeto, normas segundo seu autor, é dar força de lei às disposições da Instrução Normativa Conjunta 9/2002 dos ministérios da Agricultura; da Saúde; e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Na avaliação do deputado, essa instrução normativa promoveu uma reorganização considerável no setor de abastecimento, com resultados positivos nas áreas ambiental, sanitária e até mesmo econômica.

rotulagem

Segundo o projeto, as informações obrigatórias de marcação ou rotulagem, referentes às indicações quantitativas, qualitativas e a outras exigidas para o produto, devem estar de acordo com as legislações específicas estabelecidas pelos órgãos oficiais envolvidos. Além disso, o fabricante ou fornecedor da embalagem deverá estar identificado, com razão social, CNPJ e endereço. Será de inteira responsabilidade do fabricante informar as condições apropriadas de uso, como o peso máximo, o empilhamento suportável, as condições de manuseio e se é retornável ou descartável.

fiscalização

O projeto estabelece que a fiscalização dessas regras caberá aos órgãos técnicos responsáveis nas áreas de agricultura, abastecimento e vigilância sanitária. A proposta concede prazo de dois anos, contados da data da publicação, para a lei entrar em vigência.

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legislação

Projeto proíbe substância considerada tóxica em embalagens e produtos para lactentes

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Câmara analisa a proibição do uso da substância química Bisfenol-A na fabricação de produtos para crianças e bebês. O Projeto de Lei 5831/09, de autoria do deputado Beto Faro (PT-PA), proíbe a produção, a importação e a comercialização de embalagens, equipamentos e outros produtos para lactentes e crianças da primeira infância que contenham em suas composição essa substância, que também é conhecida pela sigla BPA. O BPA é um produto químico geralmente associado a outros produtos para a fabricação de plásticos e resinas. Faz parte da composição de policarbonato, um tipo de plástico rígido e transparente utilizado em vários recipientes alimentares, notadamente mamadeiras. O problema, para o deputado, é que diversos estudos relacionam o Bisfenol A como causador de problemas de saúde, especialmente distúrbios endócrinos. Ele também cita problemas de comportamento, reprodução e distúrbios em fetos e recémnascidos. A substância poderia contribuir, por exemplo, para o desenvolvimento de tumores mamários (benignos e malignos), diminuir a eficácia dos tratamentos quimioterápi-

Substância poderia provocar diversas doenças

cos do câncer de mama e de próstata, induzir anormalidades urogenitais em bebês, reduzir a qualidade do sêmen, provocar puberdade precoce em meninas e desordens metabólicas, incluindo diabetes tipo 2 e problemas neurocomportamentais. “Todo esse verdadeiro arsenal de ameaças à saúde humana tem sido denunciado, e muitos setores organizados em vários países têm exigido o estabelecimento de regras claras de proteção, especialmente para os recém-nascidos e crianças’’, afirma. Segundo o projeto, a proibição do Bisfenol A será regulamentada pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. O projeto prevê também que a proibição comece a valer 180 dias após a publicação da lei.

Tendência internacional

O primeiro país a proibir o uso da substância em mamadeiras foi o Canadá, em outubro de 2008. As agências canadenses de Saúde e de Meio Ambiente anunciaram várias medidas para restringir a utilização do BPA sob a alegação de que a exposição, mesmo a baixas doses, pode acarretar modificações permanentes das capacidades hormonais, de desenvolvimento ou reprodutivas, em particular em recém-nascidos e crianças. No Parlamento francês, tramita medida semelhante, já adotada também por alguns estados norte-americanos. ‘’Trata-se, assim, de uma tendência internacional, que se contrapõe a aqueles que sustentam que os níveis atuais permitidos de Bisfenol, inclusive no Brasil, estão dentro de parâmetros aceitáveis’’, acrescenta Beto Faro. O projeto do deputado Beto Faro tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


mercado empresarial

guaranÁ Jesus, paixão MaranhEnSE, dE cara noVa

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agência DIA Comunicação foi responsável A marca faz parte pela criação da nova lata do Guaraná Jesus, famoso por sua cor rosa, considerado um do portfolio da fenômeno de vendas no Maranhão - onde a bebida Coca-Cola é uma paixão regional. A marca foi adquirida pela Coca-Cola em 2003, e passou recentemente por um processo de branding que, entre outros fatores, buscou integrar a participação dos consumidores, inclusive na escolha da nova embalagem. Tomando como base a intensa relação entre os maranhenses e a marca, já que no Maranhão o Guaraná Jesus é líder de vendas, a agência criou uma campanha para que os consumidores de todo o Estado pudessem escolher a nova “cara” do refrigerante. De acordo com Leonardo Lanzetta, sócio-diretor da DIA Comunicação, “além de comunicar oficialmente que a marca agora faz parte da Coca-Cola, a campanha buscou valorizar o povo maranhense e sua cultura. Muito mais que um refrigerante, Jesus é um símbolo do Maranhão. Todos têm orgulho de ter no Estado uma marca regional tão forte. Entendemos esta relação e buscamos trazer toda esta proximidade para o processo de escolha da nova embalagem”. A agência criou três designs diferentes para embalagem do Guaraná Jesus, sempre visando o rejuvenescimento do produto. A campanha pela escolha do novo modelo ganhou filmes publicitários (TV), que circularam em redes sociais e sites de vídeos, outdoors e anúncios. Também contou com uma equipe de atores, fantasiados de latinha de refrigerante, que circularam pelas ruas da cidade em busca de votos. Foram desenvolvidos também cartazes, flyers de divulgação, ações promocionais direcionadas ao poder de escolha do consumidor e a uniformização de promotores. A agência ainda criou hot site exclusivo, ação viral em redes de relacionamento, wallpapers e ringtone com o jingle da campanha para celular.

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foto: Imagem: IMEC

Telas impressas levam filmes para a embalagem de produtos

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m vez de simples rótulos que, ainda que coloridos e criativos, são sempre estáticos, as embalagens poderão conter animações e até filmes. Brevemente, as indústrias terão um recurso a mais para tentar convencer os consumidores a comprar seus produtos. Em vez de simples rótulos que, ainda que coloridos e criativos, são sempre estáticos, as embalagens poderão conter animações e até filmes. A possibilidade surgiu a partir dos desenvolvimentos da eletrônica orgânica, que está permitindo a fabricação de circuitos eletrônicos, principalmente telas, por processos similares ao da impressão.

Embalagens com filmes e animações

A primeira empresa especializada na fabricação de telas para embalagens, que permitirá a criação dos rótulos animados, acaba de ser criada na Europa. A Lumoza é uma empresa emergente criada pela universidade holandesa de Hasselt, em colaboração com o instituto de microeletrônica IMEC e com a empresa Artist Screen. Em vez de simples A tecnologia empregada pela rótulos que, ainda que Lumoza para a impressão de telas coloridos e criativos, eletrônicas combina uma tinta elesão sempre estáticos, troluminescente com um circuito as embalagens poderão eletrônico que controla a sequência e conter animações e até a temporização das animações. O resultado é uma animação de filmes computador que pode ser impressa em virtualmente qualquer tipo de superfície, incluindo as caixas plastificadas usadas pela maioria dos produtos. Depois de impressa, a tela pode ser dobrada, enrolada e até mesmo ser utilizada para embrulhar outro produto, sem perder a funcionalidade.

Capas para DVDs

Mas as embalagens de produtos não representam a única possibilidade de uso das telas impressas. Como a tecnologia funciona para impressão em grandes áreas, as telas poderão ocupar tetos, cartazes, roupas, veículos e outdoors inteiros. “Nesta primeira fase, nós estamos focando a indústria de propaganda e de embalagens. A indústria de capas para DVDs também já demonstrou interesse. No longo prazo, vislumbramos aplicações mais duráveis, como na indústria da construção,” explica o pesquisador Wouter Moons, um dos criadores da empresa emergente.

Filme com instruções de uso

Embora chegar ao supermercado e se deparar com uma prateleira repleta de embalagens com animações, totalmente poluída visualmente, possa não surgir como um quadro muito agradável, abrir a caixa de um produto e assistir às instruções para a sua montagem na própria caixa pode ser bem útil. Como toda empresa emergente, somente os clientes em potencial - e, em última instância, os consumidores - poderão dizer se o que é tecnologicamente viável se tornará também um sucesso de mercado. Fonte: Inovação Tecnológica


Fascículo

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Meio Ambiente N

unca se falou tanto em meio ambiente, biosfera, ecossistema, proteção ambiental, aquecimento global, efeito estufa, camada de ozônio, biodiversidade, sustentabilidade e por aí vai. Um volume imenso de informações é disponibilizado nos mais variados tipos de mídia, diariamente, a respeito desses temas, especialmente falando dos riscos que a vida na Terra corre. Mas, você já se perguntou se realmente tem uma compreensão do que está acontecendo em nosso planeta? Pensando nisso é que a Mercado Empresarial assumiu a tarefa de, em seus fascículos educativos, resumir esse grande tema em módulos que procurarão atender a necessidade do leitor de compreender melhor a questão.

Meio

ambiente em risco


Meio Ambiente

Biosfera: a “teia da vida” especialmente nestes últimos 50 anos, muito lhe tem influenciado. Fisicamente a Biosfera está composta de três partes: a hidrosfera (água, ambiente líquido: rios, lagos, mares), a Ecologia é o litosfera (parte sólida da terra acima estudo do ambiendo nível das águas: rochas, solo) te em que vivemos, e a atmosfera (camada de gás ou melhor, é a ciência que envolve a terra: ar e seus rimeiro, vamos nos situar. Vivemos dentro de um componentes). Seus elemenque estuda as relações ecossistema que, por sua vez, se situa dentro de tos fundamentais (água, solo dos seres vivos entre uma biosfera, que é a parte da terra onde existe vida, e ar), junto com a energia do si e destes com o um espaço que vai desde a altitude de 6.200 metros sol (energia radiante) consambiente onde até profundidades de cerca de 10.100 metros. A biosfera inclui tituem a vida no planeta tal todos os ambientes onde existe vida: o terrestre, o de água salgada como a conhecemos, manifesvivem. e o de água doce. Ecossistema é uma parte da biosfera: uma florestada tanto na forma animal como ta, um lago, um pântano ou a caatinga, tomados em sua totalidade, vegetal. são exemplos de ecossistemas. Ou seja, ecossistema é o conjunto A posição do nosso planeta com relação ao sol fornece formado pelos seres vivos, pelo meio ambiente onde vivem e pelas condições únicas propícias para a existência da vida, pelo menos relações que esses seres mantêm entre si e com o meio. da forma como nós a conhecemos e percebemos. A biosfera fornece as condições de uma verdadeira estufa (daí o nome do fenômeno Segundo os pesquisadores *Daniel José da Silva e Sergio Roberto, efeito estufa), uma vez que permite a união ideal entre temperatura e ambos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a biosfera, água de forma constante e em quantidade ideal para a manifestação esse espaço da vida que envolve o planeta Terra, tem como seu limi- das diversas formas de vida animal e vegetal. te superior a camada de ozônio, situada a 14 km de altura no EquaDe um lado, a atmosfera com seus elementos – incluindo a cador e aproximadamente a 7 km dos Pólos; camada essa que protege mada de ozônio – nos protege da entrada da parte nociva da radiaos seres vivos da radiação ultravioleta do sol. Seu limite inferior varia ção solar (radiações ultravioletas) e não deixa escapar o calor que é desde os primeiros centímetros de profundidade do solo, junto à desprendido do solo depois que o sol se põe (atua como um mansua superfície, até o fundo do oceano (aproximadamente 10 km). A to protetor). De outro, o vapor que é desprendido da hidrosfera Biosfera como espaço de vida do planeta é muito pequeno, e pode (mares, lagos, rios, etc) também é aprisionado debaixo deste manto ser considerado como uma lâmina bastante estreita que envolve a e diariamente é transformado novamente em água pelo processo Terra, como se tratasse de uma folha de papel se compararmos sua de condensação (quando este vapor de água sobre e encontra o espessura com o volume total do planeta. frio das camadas superiores da atmosfera) transformando-se em chuva que, deste modo, enchem novamente os mananciais de água, Principais constituintes num ciclo continuo e interminável que conhecemos como ciclo hiEmbora seja uma película bastante estreita, a Biosfera apresenta drológico. Estas características permitem afirmar que nossa Biosfera uma estrutura bastante complexa e dinâmica: sua composição varia é única no Universo, pois este conjunto de fenômenos é exclusivo continuamente, pois é o resultado da atividade biológica que nela do nosso planeta. Isto não significa que não exista vida em outros se realiza permanentemente há milhares de anos. Entre as quais as planetas, outras biosferas, mas dificilmente serão similares as formas atividades antrópicas (do homem) que, de forma bastante rápida, de vida que aqui dispomos.

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1 A formação da terra e da biosfera

A história da biosfera, portanto, se confunde com a história do nosso planeta e com a própria história do Universo, cuja teoria de formação mais aceita é do Big Bang - a Grande Explosão. Há 15 bilhões de anos atrás uma quantidade formidável de matéria, até então concentrada num ponto imaginário, explodiu e a partir de então, em processos contínuos de expansão e condensação, por 11 bilhões de anos passou a formar as galáxias (conjunto de estrelas). Ao redor destas estrelas, processou-se a formação de planetas, a exemplo do nosso – planeta Terra – que se formou ao redor da estrela que conhecemos como sol, formando junto com os demais nove planetas o nosso Sistema Solar, pertencentes a galáxia chamada Via Láctea. Estima-se em 4,6 bilhões de anos o início da formação de nosso planeta, e a Biosfera um pouco depois (3,5 bilhões de anos) atingindo as características que permitiu o aparecimento de todas as espécies que conhecemos somente há um bilhão de anos atrás com a formação da camada de ozônio.

A Biosfera e os Ecossistemas

a interdependência dos seres vivos, uma vez que todas as formas de vida, das mais simples às mais complexas, não existem isoladamente na natureza. Na natureza todos os seres vivos interagem permanentemente entre si, constituindo um sistema onde cada um contribui à vida dos demais e destes se nutrem. Cada ser fornece e recebe matéria prima para os outros, tornando-se assim a vida possível para todos. É a idéia da teia da vida, retomada mais recentemente por vários autores. A partir desta metáfora, do símbolo da teia, tecido ou rede, se pode entender a vida como resultado de uma trama resultante da interação de partes (fios) que se unem para construir um todo diferente e novo. Os sistemas vivos – os ecossistemas – resultam de um processo similar ao ato de tecer, como se fora uma rede, cujas uniões (relações) entre os nós são mais importantes que estes. Os nós da rede são importantes, mas sempre serão resultantes das conexões estabelecidas entre si: o fortalecimento da rede será o resultado da qualidade das relações entre os nós. Por isso, dize-se que a biosfera é um sistema complexo (do latim – complexus: o que é tecido junto) e que para entender os sistemas vivos é necessário o pensamento complexo, de modo a se enxergar o conjunto, o todo, o sistema completo, a biosfera, a teia da vida.

A Biosfera como o espaço total de vida da Terra, poder ser considerado o maior sistema que representa o planeta. Este termo foi utilizado pela primeira no séc. XIX pelo geólogo austríaco Eduard Suess. Um sistema é um conjunto de partes que interagem entre si. *Fontes: Daniel José da Silva e Sergio Roberto Martins, Pesquisadores e Professores da Em 1934, um pesquisador inglês – Tansley – propôs o conceito de Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Daniel José da Silva é Engenheiro Civil, Especialista em Hidrologia, Mestre em Sociologia e Doutor em Engenharia de Produção. Ecossistema para designar um determinado ambiente povoado por Sergio Roberto Martins é Engenheiro Agrônomo, Mestre em Gestão e Planejamento do seres vivos e ao mesmo tempo o conjunto de seres vivos que po- Desenvolvimento e Doutor em Agronomia. voam este mesmo ambiente. Desta forma os ecossistemas podem ser considerados as unidades funcionais básicas da Biosfera. Resultam de um conjunto de fatores bióticos (seres vivos) e de fatores abióticos (meio físico/químico) que interagem de forma inseparável, num dado local, promovendo uma ciclagem de materiais entre componentes vivos e não vivos. Assim, cada local do planeta, em função de suas características próprias oriundas das interações entre solo, água, ar e energia do sol, apresenta manifestações peculiares de vida, que constituem por sua vez distintos ecossistemas. Com este entendimento considera-se, portanto, a Biosfera como o resultado da interação entre todos os ecossistemas do planeta. Os agrupamentos sociais e o conjunto das atividades humanas conferem características adicionais aos ecossistemas naturais, com inúmeras outras interações fruto dos Biomas e Ecossistemas aglomerados e atividades econômicas Não se deve confundir “ecossistema” com “bioma”. O bioma é geograficamente mais sejam nas cidades (ecossistemas urbaabrangente e é predominantemente definido de acordo com um conjunto de vegetanos) ou no campo (agroecossistemas). ções com características semelhantes além de outros requisitos (como a Mata Atlântica). Entretanto, como o ecossistema pode ser considerado em grande escala, as definições A teia da vida ficam um pouco confusas. Mas, geralmente para grandes extensões de território (de Ao apresentar o conceito de Ecossisdimensões regionais) usa-se a denominação “bioma”. tema Tansley deixou também o entenComo já dissemos, os ecossistemas são classificados de duas formas: em ecossistemas dimento de que nenhuma espécie vive terrestres e ecossistemas aquáticos. Ambos possuem o funcionamento parecido com sozinha: o ecossistema (ou sistema apenas a diferença óbvia da quantidade de água entre um e outro o que faz com que ecológico ou meio ambiente) é um comportem formas de vida completamente diferentes embora algumas possam comconjunto de seres vivos mutuapartilhar ou migrar de um meio para o outro. Aos locais onde os dois tipos de ecossismente dependentes uns dos outemas se encontram dá-se o nome de “wetlands”, no termo em inglês, que podemos tros e do meio ambiente no qual chamar de “terras alagadas”. São regiões como o Pantanal Matogrossense e as regiões eles vivem. Este conceito evidencia alagadas da Amazônia.

Vo l .


Meio Ambiente

Os

ecossistemas

brasileiros

indo de cerca de 6 a 32oS. Esta já cobriu cerca de 11% do território nacional. Hoje, porém a Mata Atlântica possui apenas 4% da cobertura original. A variabilidade climática ao longo de sua distribuição é grande, indo desde climas temperados superúmidos no extremo sul a tropical úmido e semi-árido no nordeste. O relevo acidentado da zona costeira adiciona ainda mais variabilidade a este ecossistema. Nos vales geralmente as árvores se desenvolvem muito, formando uma floresta densa. Nas encostas esta floresta é menos densa, devido à freqüente queda de árvores. Nos topos dos morros geralmente aparecem áreas de campos rupestres. No extremo sul a Mata Atlântica gradualmente se mescla com a floresta de Araucárias.

• O Pantanal Mato-Grossense

• A Amazônia

A Floresta Amazônica ocupa a Região Norte do Brasil, abrangendo cerca de 47% do território nacional. É a maior formação florestal do planeta, condicionada pelo clima equatorial úmido. Esta possui uma grande variedade de fisionomias vegetais, desde as florestas densas até os campos. Florestas densas são representadas pelas florestas de terra firme, as florestas de várzea, periodicamente alagadas, e as florestas de igapó, permanentemente inundadas e ocorrem na por quase toda a Amazônia central. Os campos de Roraima ocorrem sobre solos pobres no extremo setentrional da bacia do Rio Branco. As campinaranas desenvolvem-se sobre solos arenosos, espalhando-se em manchas ao longo da bacia do Rio Negro. Ocorrem ainda áreas de cerrado isoladas do ecossistema do Cerrado do planalto central brasileiro.

• O Semi-árido (Caatinga)

A área nuclear do Semi-Árido compreende todos os estados do Nordeste brasileiro, além do norte de Minas Gerais, ocupando cerca de 11% do território nacional. Seu interior, o Sertão nordestino, é caracterizado pela ocorrência da vegetação mais rala do Semi-árido, a Caatinga. As áreas mais elevadas sujeitas a secas menos intensas, localizadas mais próximas do litoral, são chamadas de Agreste. A área de transição entre a Caatinga e a Amazônia é conhecida como Meio-norte ou Zona dos cocais. Grande parte do Sertão nordestino sofre alto risco de desertificação devido à degradação da cobertura vegetal e do solo.

• O Cerrado

O Cerrado ocupa a região do Planalto Central brasileiro. A área nuclear contínua do Cerrado corresponde a cerca de 22% do território nacional, sendo que há grandes manchas desta fisionomia na Amazônia e algumas menores na Caatinga e na Mata Atlântica. Seu clima é particularmente marcante, apresentando duas estações bem definidas. O Cerrado apresenta fisionomias variadas, indo desde campos limpos desprovidos de vegetação lenhosa a cerradão, uma formação arbórea densa. Esta região é permeada por matas ciliares e veredas, que acompanham os cursos d’água.

• A Mata Atlântica

A Mata Atlântica, incluindo as florestas estacionais semideciduais, originalmente foi a floresta com a maior extensão latitudinal do planeta,

O Pantanal mato-grossense é a maior planície de inundação contínua do planeta, coberta por vegetação predominantemente aberta e que ocupa 1,8% do território nacional. Este ecossistema é formado por terrenos em grande parte arenosos, cobertos de diferentes fisionomias devido a variedade de microrelevos e regimes de inundação. Como área transicional entre Cerrado e Amazônia, o Pantanal ostenta um mosaico de ecossistemas terrestres com afinidades sobretudo com o Cerrado.

Outras Formações • Os Campos do Sul (Pampas)

No clima temperado do extremo sul do país desenvolvem-se os campos do sul ou pampas, que já representaram 2,4% da cobertura vegetal do país. Os terrenos planos das planícies e planaltos gaúchos e as coxilhas, de relevo suave-ondulado, são colonizados por espécies pioneiras campestres que formam uma vegetação tipo savana aberta. Há ainda áreas de florestas estacionais e de campos de cobertura gramíneo-lenhosa.

• A Mata de Araucárias (Região dos Pinheirais)

No Planalto Meridional Brasileiro, com altitudes superiores a 500m, destaca-se a área de dispersão do pinheiro-do-paraná, Araucária angustifolia, que já ocupou cerca de 2,6% do território nacional. Nestas florestas coexistem representantes da flora tropical e temperada do Brasil, sendo dominadas, no entanto, pelo pinheiro-do-paraná. As florestas variam em densidade arbórea e altura da vegetação e podem ser classificadas de acordo com aspectos de solo, como aluviais, ao longo dos rios, submontanas, que já inexistem, e montanas, que dominavam a paisagem. A vegetação aberta dos campos gramíneo-lenhosos ocorre sobre solos rasos. Devido ao seu alto valor econômico a Mata de Araucária vêm sofrendo forte pressão de desmatamento.

• Ecossistemas costeiros e insulares

Os ecossistemas costeiros geralmente estão associados à Mata Atlântica devido a sua proximidade. Nos solos arenosos dos cordões litorâneos e dunas, desenvolvem-se as restingas, que pode ocorrer desde a forma rastejante até a forma arbórea. Os manguesais e os campos salinos de origem fluvio-marinha desenvolvem-se sobre solos salinos. No terreno plano arenoso ou lamacento da Plataforma Continental desenvolvem-se os ecossistemas bênticos. Na zona das marés destacam-se as praias e os rochedos, estes colonizados por algas. As ilhas e os recifes constituem-se acidentes geográficos marcantes da paisagem superficial. Fontes: Portal do Meio Ambiente, Portal Campus Fortunecity,”Curso Básico de Educação Ambiental” de Ayrton Marcontes, IBGE e Ibama.



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meio ambiente

Renault recicla 4 toneladas de Isopor® por mês em parceria com a Plastivida

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Renault do Brasil é a mais nova parceira da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, na reciclagem de poliestireno expandido e extrudado (EPS e XPS), mais conhecido no Brasil pela marca Isopor®. Desde outubro último, o parque industrial da Renault do Brasil, localizado em São José dos Pinhais (PR), faz parte do Projeto Repensar que envolve a cadeia produtiva do Isopor® na coleta e reciclagem deste material. As peças veiculares chegam à ReO Projeto Repensar, nault do Brasil embaladas em Isopor®. da Plastivida, reúne A cada mês, a montadora gera cerca de grandes redes vare4 toneladas do material, que demandajistas para promover vam transporte em 13 caminhões. ‘’O espaço era praticamente inutilizado a reciclagem do Isocom as embalagens’’, afirma Douglas por®, que é plástico e Vellasques de Castro, da divisão de é 100% reciclável. Em Engenharia de Materiais América da três anos, o Projeto já Renault. reciclou cerca de 300 Como solução, a Plastivida indicou a Santa Luzia, empresa recicladora toneladas do produto. de Isopor®, localizada em Santa Catarina, que forneceu em comodato à montadora uma máquina de degasagem processo térmico que retira o ar do Isopor® e o compacta. Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Plastivida, explica que o material, após ser processado, torna-se matéria-prima para fabricação de réguas, esquadros, brinquedos, rodapés e perfis para obra civil, molduras para quadros e solados plásticos para calçados, entre outros produtos.

O resultado foi a desocupação do espaço na empresa, além de economia no transporte atualmente os resíduos gerados em um mês são transportados em apenas um caminhão à Santa Luzia, que realiza a reciclagem. ‘’Projetos como este são extremamente importantes e benéficos para a natureza. Ao reciclar o Isopor® que vem de nosso processo de fabricação, conseguimos reduzir o consumo de matéria-prima virgem, minimizamos o impacto ambiental pela disposição de resíduos em aterros, economizamos energia elétrica e contribuímos para a geração de empregos’’, comenta Grazielle Coutinho, responsável pela Gestão de Resíduos da Renault do Brasil.

Repensar

Com objetivo de divulgar que o Isopor® é plástico e que é 100% reciclável e promover essa reciclagem, a Plastivida lançou, em 2006, o Projeto Repensar, que reúne fabricantes de matéria-prima, as indústrias transformadoras e as empresas recicladoras. Atualmente, participam do Projeto Repensar grandes redes de todo o Brasil, como Carrefour, Pão de Açúcar, Extra, Wal Mart, Magazine Luiza, Casas Bahia, Laboratórios Roche, entre outros. Em 2007, o Projeto Repensar destinou para reciclagem 32 toneladas de Isopor®. Em 2008, foram 112 toneladas e em 2009, com a entrada de novas empresas no Projeto, o número deverá ser ainda maior. Segundo Francisco de Assis Esmeraldo, a estimativa é que o Projeto Repensar


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mercado empresarial

encerre o ano com a coleta e reciclagem ente 165 e 170 toneladas de Isopor®, o que somará por volta de 300 toneladas do material, desde o início do Projeto até o momento. ‘’Até outubro de 2009, foram reciclados 141 toneladas’’, lembra Esmeraldo. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), em 2008, foram produzidos no Brasil aproximadamente 62,9 mil toneladas por ano de EPS e aproximadamente 20 mil toneladas por ano de XPS, totalizando cerca de 82,9 mil toneladas por ano de matéria-prima produzida. Desse total, estima-se que voltaram para o processo produtivo com destino à reciclagem, entre 6,8 a 7,2 mil toneladas por ano. Ou seja, mais de 8% de tudo que foi produzido, retornou para ser reciclado. Aproximadamente 70% desse montante foi coletado e destinado à reciclagem pelos recicladores associados à Plastivida

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e cooperativas de coleta seletiva parceiras do Projeto Repensar. ‘’Para que esse número aumente, é importante que as pessoas saibam que o Isopor® é plástico, é 100% reciclável e que tem destino certo no mercado de reciclagem brasileiro’’, completa Esmeraldo.

plastivida

A Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos foi fundada em 1994. Nesses anos, acumulou grande conhecimento em áreas como educação ambiental, responsabilidade social e legislação sobre manejo de resíduos sólidos urbanos, coleta seletiva e reciclagem. Com esse perfil, a entidade vem promovendo a interação entre a sociedade, os governos e as indústrias do setor. A utilização ambientalmente correta do plástico está entre seus principais objetivos. (Isopor® é marca registrada da Knauf-Isopor®)

vinÍcola reDuz o Peso De suas garrafas em 12% Através do uso de garrafas Ecoglass, a vinícola segue intensificando seus esforços para criar consciência ecológica e diminuir o impacto ao seu redor

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chilena Viña Ventisquero continua a investir no conceito eco-friendly, promovendo constantemente programas de conscientização ecológica. Uma de suas últimas ações é o uso de novas garrafas Ecoglass, que trazem o equilíbrio perfeito entre a satisfação do cliente e a preservação do meio ambiente. A tecnologia, que permite diminuir em 12% o peso das garrafas, será utilizada nas linhas Reserva e Varietal. Os benefícios do uso deste tipo de garrafa é que ao empregar uma quantidade menor de vidro, se gasta menos combustível e consequentemente há a diminuição das emissões de CO2 durante o transporte. Além disso, se contribui com a reciclagem do vidro. ‘’Esta ação se soma a todas as iniciativas que a Ventisquero realiza como parte de sua política ambiental, e entre as quais se encontra, por exemplo, a aliança com a Wrap, organização britânica que ajuda e assessora a redução de resíduos de lixo, a aplicação de medidas de reciclagem promovendo o melhor uso de recursos e a diminuição das mudanças climáticas. Os objetivos são muito claros e estão em sintonia com o que à Viña Ventisquero interessa

alcançar: redução de desperdícios, redução de emissões de CO2 e o uso eficiente dos recursos’’, explica Juan Ignacio Zuniga, diretor de exportações das Américas. A Ventisquero é a única vinícola do Chile que possui os certificados ISO 9001, da qualidade, e ISO 14001, do meio ambiente, e HACCP (Análise de Riscos e Pontos Críticos de Controle), assegurando o máximo controle de qualidade de seus vinhos. Além disso, foi a primeira vinícola do Chile a compensar voluntariamente a emissão de CO2 por meio de uma aliança com a organização inglesa Climatecare. Suas ações de integração com o meio ambiente e com o planeta também estão estampadas no nome da vinícola, que homenageia um tipo de geleira chamado Ventisquero (foto), e nos rótulos de seus vinhos, como o Grey e o Queulat, dois dos mais importantes ventisqueros do Chile. Os vinhos Ventisquero são trazidos ao Brasil com exclusividade pela Cantu Importadora.


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meio ambiente

aPoema e PacKing: rESponSabilidadE SocioaMbiEntal

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Selo no aromatizador Capim Santo atesta que o produto não utiliza matérias-primas de origem animal

desenvolvimento de produtos de higiene pessoal e cosméticos a partir de matérias-primas naturais e orgânicas tem sido o principal diferencial da Apoema, empresa do Grupo Iah Cosmetics que, no final de 2009 contratou a paulistana Packing como sua agência de marketing, comunicação. Além de desenhar o rótulo do aromatizador de ambientes Capim Santo e todo o material de apoio usado no evento de divulgação, a Packing foi responsável pela criação do selo da campanha “Adote essa Pegada” fruto da parceria da marca com a ONG Rancho dos Gnomos, reserva ecológica que cuida de animais silvestres em situação de risco. O selo aplicado no aromatizador Capim Santo atesta que durante a fabricação dos produtos Apoema não são utilizadas matériasprimas de origem animal e não são realizados testes em animais. “A renda obtida com a venda dos produtos que levam o selo é 100% revertida para o Rancho dos Gnomos”, explica Carlos Zardo, Diretor da Packing. A agência também desenvolveu as embalagens e rótulos da linha Apoema Fruits composta por hidratantes de mão e corporal, sabonete líquido e body splash. Segundo Zardo, o visual das novas embalagens traduz o compromisso da empresa e da marca Apoema com a responsabilidade socioambiental. Os produtos contam com ativos naturais, não têm corantes artificiais nem parabenos, e sua base é 100% vegetal.


sustentabilidade

mercado empresarial

papEl chaMEx tEM EMbalagEM

100% reciclÁvel

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A embalagem

omo parte de sua política de sustentabilidade, a é produzida em International Paper (IP) acaba de concluir um Polipropileno projeto para utilização de embalagem 100% Biorientado reciclável, produzida em BOPP (Polipropileno Biorientado), em toda a sua linha de papéis Chamex. O projeto foi conduzido durante aproximadamente um ano em parceria com os principais fornecedores deste tipo de insumo de forma que a mudança pudesse acontecer sem comprometer o andamento das fábricas. Para a substituição, a IP investiu cerca de 3 milhões de dólares em novas empacotadeiras. Além da embalagem 100% reciclável, a linha de papel Chamex possui o selo Cerflor, certificação florestal gerenciada pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e reconhecida internacionalmente pelo PEFC (Program for Endorsement on Forestry Certification), uma organização internacional que congrega sistemas de certificações florestais em todo o mundo. Segundo a gerente de marketing da linha Chamex, Gisele Gaspar, a demanda por produtos sustentáveis é um reflexo da preocupação das pessoas com as questões ambientais e sociais. Para Gisele, a marca Chamex está alinhada com este comportamento do consumidor e esta iniciativa representa mais uma oportunidade de reforçar o reconhecimento de Chamex como a melhor opção de consumo consciente e sustentável. “A International Paper está sempre buscando novas formas de fabricar seus produtos respeitando o meio ambiente e o bem-estar das pessoas, com atenção a esta questão em todos os pontos da cadeia de fabricação de seus papéis para imprimir e escrever”, afirma a gerente.

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sustentabilidade

O Ç A E D A LAT l e v Á t n e t s u s É m É b m ta

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embalagem tem papel fundamental na criação de produtos sustentáveis. Segundo a Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abraço), para uma embalagem tornar-se sustentável, ela precisa trabalhar em conjunto com o produto para maximizar seu uso e minimizar a geração de resíduo. Além disso, não pode ter efeitos indesejáveis ao meio ambiente, que possam reduzir a qualidade de vida das próximas gerações. Para a Abraço, a embalagem de aço cumpre categoricamente esse papel, e por isso pode ser tratada Além de poder retornar como uma embalagem sustentável: infinitas vezes ao é reciclável, reutilizável, trabalha processo produtivo, a constantemente a redução nos fabricação do aço apreníveis de CO2 no processo de senta baixo consumo de fabricação e a maximização do índice de reciclagem, limita o uso de energia e água quando combustíveis fósseis e ainda avança comparado a outros tecnologicamente na redução do materiais de embalagem peso da lata para que se gere menos resíduos pós-consumo. Ainda segundo a Associação, para que a sustentabilidade da embalagem seja trabalhada corretamente ela deve respeitar 3 pilares básicos: ambiental, econômico e social. No pilar ambiental, a primeira vantagem da lata de aço é a extrema facilidade de separação entre

materiais orgânicos e não orgânicos pela atração magnética, facilitando a seleção de resíduos. Além disso, ela é 100% reciclável, pois pode retornar infinitas vezes ao processo de fabricação sem que perca as características mecânicas do material. A lata de aço de hoje pode virar o carro de amanhã, depois a geladeira, depois uma nova lata e assim por diante. A cada ano, são recicladas no mundo 385 milhões de toneladas de latas de aço, ou seja, a cada dia mais de 1 milhão de toneladas são recicladas. A economia de energia também impressiona: a cada 75 embalagens de aço recicladas, salva-se uma árvore que, sem isso, estaria sendo transformada em carvão vegetal. A cada 100 embalagens de aço recicladas, poupa-se o equivalente a uma lâmpada de 60W acesa por uma hora. Ainda no pilar ambiental, a produção do material aço para embalagem apresenta baixíssimos níveis de consumo de água e energia quando comparado a outros materiais. A fabricação do aço consome 3 vezes menos energia que a fabricação do alumínio, por exemplo, e cerca de 9 vezes menos água que a fabricação do papel. A sustentabilidade da lata de aço ainda pode ser comprovada em seu processo de fabricação: o aço reciclado é ingrediente necessário e


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sustentabilidade

de 25% em um período de pouco mais de 10 anos. Em relação ao pilar sócio-econômico a lata de aço gera renda na reutilização da embalagem, a mesma pode virar desde simples objetos como carrinhos e porta trecos para serem vendidos em feiras de artesanato até objetos sofisticados como A cada 75 embalagens quadros e esculturas vende aço recicladas, salvadidos em renomadas galese uma árvore que, sem rias de arte. A reciclagem, isso, estaria sendo também fonte geradora transformada em carde renda, é trabalhada em diversos projetos. vão vegetal. Exemplo disso é o projeto desenvolvido pela Cia. Metalic do Nordeste que criou, em 2001, o programa Reciclaço, com o objetivo de trabalhar na recuperação de latas de aço para bebidas pós-consumo. O programa traz benefícios ambientais e sócio-econômicos: gera renda para cerca de 50 mil catadores de sucata da região. Eles são credenciados e recebem subsídio financeiro para a coleta da lata de aço. O resultado gera impacto direto no meio ambiente: o projeto alavancou o índice de reciclagem de latas de aço para bebidas em 88%, contra os 20% iniciais. O reaproveitamento das embalagens tem como resultado a diminuição na exploração de recursos naturais e a ampliação da vida útil de fundamental para a fabricação do novo aço. O aterros sanitários. Segundo dados da A cada 100 embalaprocesso também vem sofrendo cada vez maior Association of European Producers redução dos níveis de emissão de CO2, nas úl- of Steel for Packing (Apeal), países gens de aço reciclatimas 3 décadas a emissão foi reduzida em mais como Espanha e África do Sul das, poupa-se o equivade 50%. Além disso, reduziu-se também o nível registram índices de 100% de utililente a uma lâmpada de de consumo de energia primária no processo zação de latas de aço no segmento 60W acesa por uma hora. de bebidas. produtivo do aço em cerca de 40%. A Associação Brasileira de EmA redução no peso da embalagem também vem sendo trabalhada para que minimize a balagem de Aço foi criada em maio geração de resíduos, contribuindo para a sus- de 2003 para fortalecer o mercado de embalagem de tentabilidade da cadeia. A lata de aço de 425ml, aço e dar suporte técnico e mercadológico a seus fapor exemplo, teve seu peso reduzido em mais bricantes. ME

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qualidade

oito embalagens brasileiras entre as melhores Do munDo

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Brasi recebeu 8 troféus mundiais de embalagens no WorldStar 2009, prêmio que julga as melhores embalagens do mundo de acordo com 14 profissionais de instituições filiadas à WPO (World Packaging Organisation). Ao todo foram 280 recipientes avaliados após serem premiados em seus países de origem. As embalagens brasileiras premiadas foram Pizza Hot Pocket Sadia, Porta Club Social, Biodegradável de Fonte Renovável Margarina Cyclus, Cachaça Extra-Premium Reserva 51, Leite Ninho UHT, Whiteness HP Blue, Color Scents e Blade N.O Explode.

O Brasil concorreu com 10 embalagens já reconhecidas em sua maioria pelo Prêmio ABRE de Design & Embalagem 2009 – que consagrou 29 embalagens e também Elio Cepollina como personalidade do ano e a Bunge como empresa do ano.

pizza hot pocket

Neste ano, um dos projetos premiados de destaque foi o da Pizza Hot Pocket, da Sadia, embalagem para uma única fatia de pizza. “Essa embalagem cumpre todas as funções: acondiciona adequadamente o produto, traz


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todas as informações no rótulo, inclusive em braile, identifica O Brasil tem se de que forma deve ser feita a destacado no reciclagem e apresenta um proWorldStar: em média duto diferenciado,” diz Luciana ganha mais de 12 Pellegrino, diretora executiva da troféus todo ano. Associação Brasileira de Embalagem (Abre). Com essa embalagem, a Sadia concorre ao prêmio dado pelo presidente da WPO, entidade que realiza o evento. O vencedor do “WorldStar President’s Award” será divulgado durante a premiação do WorldStar na China, em junho de 2010. O Brasil tem se destacado no WorldStar: em média ganha mais de 12 troféus todo ano. Em 2008, os brasileiros foram o segundo país com mais embalagens premiadas. O primeiro foi a China. Acredita-se cada vez mais que a embalagem pode vender tanto quanto o próprio produto. É por isso que as empresas tendem a fez investimentos maiores no segmento. Muitos fabricantes usam, inclusive, a embalagem como a única forma de promoção junto ao consumidor. “Hoje mais de 90% dos produtos no mercado não têm apoio de mídia. Ou seja, eles dependem basicamente da embalagem para serem vistos e comprados pelo consumidor”, afirma Luciana Pellegrino. A Diretora da ABRE salienta também que o consumidor contemporâneo não dissocia o produto da embalagem. Mais do que um meio para ele usar o detergente líquido ou para transportar uma porção de ervilhas em conserva, a embalagem tornou-se parte da compra. Ou seja, eles preferem uma marca em detrimento da outra em razão da forma como o bem foi embalado. “No caso dos bens de consumo não duráveis, as pessoas olham produto e embalagem como um único componente em razão das facilidades que ele proporciona”, Luciana.

Blade N.O Explode

Outro destaque foi a embalagem do suplemento nutricional Blade N.O Explode, produto da Integralmédica que conquistou o Worldstar 2009 na categoria Fármacos e Medicamentos. Criada pelo time de marketing da própria Integralmédica, a embalagem foi desenvolvida com uma orientação criativa militar, suas cores escuras, como o preto e verde oliva, lembram os fardamentos de Grupos de Elite da Polícia. É o primeiro produto voltado ao mercado de suplementos nutricionais que utiliza uma nova técnica na embalagem, ou seja, a caixa cartucho é composta por texturas ‘’rugosas’’ que proporcionam uma experiência visual e tátil inovadora. O vermelho presente na embalagem remete a um produto forte e robusto. A embalagem foi impressa pela gráfica Lavezzo que compartilhou o Prêmio com a Integralmédica. Fontes: Investimentos e Notícias, Guia da embalagem e Época Negócios

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Grupo Orsa é premiado na edição 2009 do Qualidade Flexo Prof. Sérgio Vay

Empresa conquistou quatro prêmios (1º, 2º e 3º lugares) por embalagens desenvolvidas em papelão ondulado

O Grupo Orsa foi premiado em 4 projetos na categoria Embalagens de Papelão Ondulado na 17ª edição do mais importante prêmio da indústria gráfica nacional, o Qualidade Flexo Prof. Sérgio Vay, promovido pela Associação Brasileira Técnica de Flexografia (Abflexo), e entregue em dezembro último. Os destaques ficaram para a embalagem desenvolvida para o chocolate Alpino, da Nestlé, com o primeiro lugar na subcategoria ‘’Cromia 4 Cores’’ e para os segundos lugares nas subcategorias ‘’Reticulado 4 Cores’’, com a embalagem criada para o Projeto Talento, e ‘’Reticulado 6 Cores’’, com embalagem para impressora da HP. O quarto troféu recebido pela empresa foi para a embalagem da cerveja Xingu, da FEMSA, que ficou com o terceiro lugar na subcategoria ‘’Cromia 6 Cores’’.

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tecnologia

Nova balança da Toledo lê o código de barras sem a necessidade de localizar a etiqueta

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Toledo do Brasil está lançando no país a primeira balança para check-out com leitor bióptico de 5 lados, que permite a leitura do código de barras dos produtos nos sentidos vertical, horizontal e inclinado. ‘’Isso significa que o operador não precisa mais ficar procurando a posição da etiqueta antes de passar o produto. Não importa se ela está na frente, dos lados, atrás ou Basta que o embaixo da embalagem. Basta deslizar a mercadoria pela balança para que a operador do checkleitura do código de barras seja feita’’, out passe o produto observa Marcio Oliveira, coordenador em qualquer sentido de marketing e de soluções da Toledo. e direção Segundo ele, a novidade vai agilizar ainda mais o atendimento aos clientes, evitando problemas ocasionados por esforços repetitivos dos operadores do caixa. O novo produto da Toledo está sendo lançado com o mesmo nome do seu leitor de códigos de barra: Magellan 8300. Esse aparelho, que vem acoplado à balança, é produzido pela Datalogic Scanning, a maior fabricante de leitores do mundo. O Magellan 8300

também apresenta alto nível de desempenho ao registrar, já na primeira passagem, códigos de barra danificados, enrugados ou com má qualidade de impressão. Além dessa versatilidade, o produto ainda se destaca por possuir a maior velocidade de leitura do mercado. A nova balança da Toledo apresenta prato de pesagem exclusivo e patenteado, também fabricado pela Datalogic. O seu visor é composto por um display único com suporte, que possibilita, simultaneamente, a visualização do peso pelo operador e pelo cliente. Com capacidade de pesagem de 15 kg, a balança é indicada para pontos de venda que operam com produtos hortifrutigranjeiros. O Magellan 8300 foi projetado para atender as exigências da atual legislação referente à ergonomia observada nos caixas. O produto, que pode ser facilmente embutido no mobiliário do check-out, está sendo comercializado pela Toledo em todo o território nacional por meio de suas 21 filiais.


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PaperPouch: grande proteção ao conteúdo

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Ibema, Tradbor, Dow e o Laboratório de Embalagem ESPM uniram esforços e acabam de lançar uma nova embalagem, diferente e funcional: o PaperPouch. A inovação resulta de uma cuidadosa combinação de materiais. A rigidez do papel coloca o PaperPouch “de pé’’, além de conferir aparência e tato únicos para o mundo dos pouches no mercado nacional. Já o polietileno fica responsável pela integridade física e proteção do conteúdo. As possibilidades de incorporar outros materiais são praticamente infinitas, possibilitando oferecer a proteção necessária para as mais diversas aplicações. Rogério Junqueira, gerente de desenvolvimento de produtos da Ibema, destaca o esforço empregado para atingir o papel ideal. “Nos tivemos que desenvolver um novo papel especialmente para o PaperPouch. O resultado foi espetacular, balanceando textura, cor e as propriedades físicas necessárias para a aplicação’’. Alan Baumgartem, diretor da Tradbor, relata que “o PaperPouch trouxe inúmeros desafios na conformação da embalagem, mas nossa experiência de mais de dez anos no mercado de Stand up Pouches fez a diferença. Além de apresentar o PaperPouch nos mais elevados padrões de acabamento, oferecemos a possibilidade de incorporar acessórios tais como zipper e bicos dosadores. Nós da Tradbor sabemos que o cliente precisa de uma solução completa, por isso mesmo oferecemos não somente o PaperPouch pré-formado, mas também equipamentos práticos e de baixo custo para o enchimento automático.’’ Já no campo do plástico, Rosana Rosa, desenvolvimento e suporte técnico na Dow, garante que “proteger o produto é nossa prioridade número um. A versatilidade do polietileno aliado à outros materiais incorporáveis por coextrusão ou laminação habilitam o PaperPouch a armazenar grãos secos, cereais, café em grãos,

alimento para animais, produtos de limpeza em pó entre muitos outros.’’, Caroline Susca, gerente de contas, completa, “as possibilidades são praticamente infinitas. Estruturas já desenvolvidas em parceria com a Bazei oferecem soluções Plug & Play para diversas necessidades do mercado.’’ Para Fábio Mestriner, coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM, “esse projeto é um ‘pequeno milagre’ que nasceu no nosso núcleo. Empresas completamente diferentes, por vezes concorrentes, foram capazes de somar esforços e criar o impensável. Esse é o caminho para a inovação de embalagem: combinação de materiais com benefícios reais para o cliente.’’. Fábio completa, “ficamos muito felizes do Núcleo de Estudos da Embalagem ter catalizado o desenvolvimento do PaperPouch.’’ Reconhecemos que sustentabilidade é um fator importante no desenvolvimento de qualquer embalagem. Segundo Bruno Pereira, gerente de sustentabilidade para plásticos básicos na Dow, “o PaperPouch oferece uma solução mais sustentável para um amplo espectro de aplicações. Proteção ao produto, pouca geração de resíduos pósconsumo e baixo consumo de recursos naturais estão entre os pontos fortes dessa aplicação’’. Mas adverte, ‘’não existe embalagem universalmente mais sustentável que todas as outras, com o PaperPouch não é diferente, cada caso merece uma análise fundamentada no ciclo de vida como um todo.’’ O reponsável pela gestão de contas FSC da Ibema, Fernando Sandri, reforça a característica renovável da estrutura do Paperpouch pela presença de fibras celulósicas originadas de florestas plantadas e pelo uso intensivo de fontes energéticas renováveis na fabricação do papel base.

A nova embalagem é diferente e funcional.


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tecnologia

Basf: embalagem dará maior segurança aos consumidores Empresa cria novo filme plástico contra oxidação

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m novo filme plástico, com registro de patente já requerido, oferecerá maior proteção ao excipiente farmacêutico polivinilpirrolidona (PVP) produzido pela BASF, contra a entrada de oxigênio atmosférico e, consequentemente, contra oxidação. ‘’Com isto, a BASF poderá oferecer aos seus clientes na indústria farmacêutica um produto de mais qualidade e, desta forma, maior segurança ao consumidor final’’, diz o Dr. Boris Jenniches, da unidade mundial de negócios de PVP da BASF. As aplicações farmacêuticas exigem os mais altos padrões de qualidade. Os produtos, processos e instalações da BASF excedem os rigorosos padrões de qualidade internacionais da indústria farmacêutica. Conseqüentemente, a Farmacopéia Americana (USP), um instituto independente, certificou o PVP produzido pela BASF. A USP não verificou apenas a conformidade com as exigências das Melhores Práticas de Produção (cGMP) atuais, mas também a qualidade e a documentação dos controles de produção e de qualidade. Ao mesmo tempo, o PVP comercializado pela BASF também recebeu a certificação para o mercado europeu através de uma auditoria abrangente de GMP. ‘’O reconhecimento da qualidade de ingredientes farmacêuticos tornou-se uma constante. A BASF garante uma qualidade de produto consistentemente alta e, desta forma, contribui para o sucesso de seus clientes da indústria farmacêutica’’, diz Jenniches. PVP é usado em diversas linhas de produtos da BASF, incluindo os produtos destinados às indústrias de cosméticos, detergentes e alimentos. Luviskol®, por exemplo, já é utilizado como um componente em géis e sprays para o cabelo há 50 anos. Divergan® é usado no processo de filtragem de cerveja e no tratamento de vinho, assegurando que as bebidas mantenham sua claridade por mais tempo. Os produtos à base de PVP com a marca Luvitec® são usados em aplicações técnicas completamente diferentes. Por exemplo, o produto Luvitec desempenha um papel essencial na fabricação de membranas de diálise e filtragem de água. Nas colas em bastão, o produto fornece a quantidade certa de aderência. Graças às suas inúmeras propriedades, ainda hoje novas aplicações estão sendo encontradas para PVP e, portanto, o produto continuará ocupando no futuro um lugar no portfólio de produtos da BASF. O precursor de PVP, conhecido como N-vinilpirrolidona (NVP), é produzido desde 1939 em Ludwigshafen e desde 1992 na unidade produtiva da BASF em Geismar, nos EUA.


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Krones: garrafa mais leve e econômica com solução Short Height

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uscando oferecer a seus clientes soluções em desenvolvimento de garrafas PET que resultem em menores custos de produção e respeito ao meio ambiente, a Krones oferece a nova tecnologia de finish Short Height (altura baixa), que chegou ao mercado no fim do ano passado. Já existem preformas com esta solução tecnológica da Krones em vários fabricantes do sistema Coca-Cola. A solução será aplicada em todo tipo de embalagem PET da empresa. De acordo com Ayrton Irokawa, supervisor de Vendas da Krones do Brasil, a tecnologia do novo finish Short Height leva em consideração a necessidade da redução de matéria-prima e da gramatura das garrafas. ‘’Uma das alternativas encontradas para a redução de peso foi justamente a alteração do finish’’, explica Irokawa. A principal vantagem desta tecnologia está na economia de matéria-prima, tanto da resina PET da preforma como também da tampa da garrafa. Com um pescoço da garrafa mais curto, pode-se também utilizar uma tampa mais leve. As tampas são fornecidas por empresas como Alcoa e Bericap. Uma boa notícia para os clientes da Krones é que, a princípio, todos os modelos de sopradoras da Krones

Solução reduz de forma significativa a altura do gargalo e o tamanho da tampa, com custos mais baixos são capazes de operar com a tecnologia Short Height, apenas com a necessidade de uma conversão. Os modelos mais novos de sopradoras já têm a tecnologia incorporada como padrão. Para se ter uma idéia da redução de custos com as novas garrafas, em uma linha de 24.000 garrafas por hora, com eficiência de 92%, com seis dias de produção por semana em três turnos, a economia em resina para a preforma seria de R$ 75.000 por mês. O custo da resina virgem foi calculado em R$ 3.700 a tonelada e o peso da preforma de 1,55 grama. No caso da tampa, com redução de 10% (0,5 grama) e preço-base de R$ 28 o milheiro, a economia seria de R$ 37.000 por mês.

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Codificadora 5600 da Markem-Imaje: mais qualidade com economia

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nova codificadora Ink Jet 5600 da Markem-Imaje traz o mais recente desenvolvimento em tecnologia a jato de tinta líquida de secagem rápida, garantindo impressão de elevada resolução para a marcação direta de embalagens de papelão corrugado e laminado (substratos porosos), em condições ambientais de 0 a 40º C. O lançamento no Brasil acontece, simultaneamente, ao de outros países onde a empresa está presente. As tintas líquidas de secagem rápida da Markem-Imaje, combinadas com a tecnologia de cabeça de impressão desenvolvida pela empresa, proporcionam contraste de qualidade superior, produzindo imagens e textos nítidos e constantes, com códigos Produto oferece de barras legíveis (exigidos para uma melhor movimentação dos secagem rápida, mais produtos), e utilizando menos definição de caracteres e tinta a cada impressão. maior economia de tinta Entre as funcionalidades

mais eficientes da Ink Jet 5600 está um sistema de gestão de tinta composto de um cartucho independente com grande capacidade, projetado para recuperar a tinta excedente (para que não haja transbordamento e desperdício) e para ser substituído sem necessidade de interromper a produção. Os cuidados técnicos com as cabeças de impressão fazem com que sejam programáveis em função das opções do usuário, permitindo, assim, reduzir as interrupções de funcionamento. A Ink Jet 5600, que opera com uma velocidade de impressão até 182 m/min, representa a evolução das soluções a jato de tinta de alta resolução, integrando a linha de última geração de impressoras desenvolvidas pela MarkemImaje.O novo modelo existe em versão autônoma ou sob forma de equipamento integrado, utilizável com o software CoLOS Enterprise e possibilitando gestão centralizada dos dados a partir de banco de dados remotos ou de sistemas ERP. Possui touchscreen colorida, Ethernet, USB e oferece interfaces de usuário intuitivas, baseadas em ícones, proporcionando uma plataforma familiar.


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Embaquim: inovador sistema descartável para o desenvase de embalagens

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om o objetivo de atender à crescente demanda por embalagens que garantam total segurança contra contaminações, especialmente em alimentos e produtos químicos, a Embaquim desenvolveu o exclusivo sistema de desenvase de bag-in-box com rompedor descartável. O dispositivo, injetado em polipropileno (PP), possui serrilhas que rompem a membrana do saco plástico sem dificuldade, evitando a contaminação do sistema. O novo sistema está sendo adotado principalmente nas embalagens de 200 litros e nas octogonais para grandes volumes (até 1.000 litros), muito usadas para a exportação de polpas de frutas, sucos, adesivos, óleos e produtos químicos em geral. “De fato, todo o processo de desenvase é bastante simples e amigável. Depois de remover o rompedor descartável do saco plástico, basta posicionar a válvula de desenvase, rosqueá-la e desenvasar o produto normalmente”, explica Eduardo Casali, Gerente Comercial da Embaquim. A válvula não é descartável e o rompedor deve ser descartado junto com o bag de acordo com a legislação vigente para descarte de embalagens contaminadas com o produto envasado. Segundo Casali, a grande vantagem do sistema de rompedor descartável é a significativa redução do custo da válvula de envase. “Normalmente o cliente compra a válvula com o kit rompedor com peças feitas em torno mecânico e que chega a custar R$ 230,00. Embora ele seja infinito, os clientes acabam perdendo-o. Já com o rompedor descartável da Embaquim, o cliente compra apenas a válvula, que não custa mais do que R$ 30,00, em qualquer loja de material hidráulico.” De modo geral, os sistemas bag-in-box octogonais da Embaquim garantem uma redução significativa de custo em comparação às embalagens convencionais, além do aumento de 25% no volume transportado por container. “O sistema também se diferencia por ser facilmente

descartável como resíduo sólido, ser passível de reciclagem e dispensar a lavagem pós-uso, comum nos tambores.” Recentemente o sistema bag-in-box desenvolvido pela Embaquim em parceria com a Alcan Packaging e Rigesa, para a Coim, para a exportação de adesivos poliuretânicos, recebeu o Prêmio Embalagem Marca Grandes Cases de Embalagem; o destaque ficou por conta da estrutura multicamada do bag de 1.000 litros. A mesma embalagem já tinha sido uma das três finalistas na categoria “Embalagem para exportação” da 9ª edição do Prêmio ABRE de Design & Embalagem. Fundada há 28 anos, a Embaquim foi pioneira na produção de sistemas bag-in-box no Brasil; ela também produz bag-in-box assépticos e embalagens especiais. Além de produzir os filmes e formar as embalagens em máquinas automáticas, a empresa é responsável pela injeção de peças plásticas usadas no sistema, como bocais e tampas. Hoje a Embaquim fornece para várias indústrias entre elas alimentos, bebidas, químicos, cosméticos e farmacêuticos. Fonte: Maxpress Net

O dispositivo possui serrilhas que rompem a membrana do saco plástico sem dificuldade, evitando a contaminação do sistema.

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pesquisa

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Embalagens: a mulher prioriza o visual, o homem a praticidade

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las aparecem em formatos, cores, texturas e fechamentos diferentes. Tomam conta das gôndolas e prateleiras de supermercados, padarias, lojas e comércio em geral. As embalagens atraem os primeiros olhares dos consumidores que, segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre), muitas vezes não distinguem produto de embalagem, ou seja, a embalagem é praticamente “o produto”. Para a diretora de criação da Agência New 360ø, Angela Dourado, a relação entre produto e embalagem é muito forte e prevê sentimentos de satisfação. “A embalagem tem que despertar a vontade de consumir o produto e de leválo pra casa. Ela ajuda o consumidor a fazer a escolha no momento da O desafio das agências compra, uma vez que de publicidade é antecipa as caracterísatender os anseios dos ticas, as propriedades e consumidores a qualidade do produto que será encontrado no interior”, destaca. Diante de um cenário cada vez mais competitivo e congestionado de informações, o desafio das agências de publicidade e design é buscar o diferencial em cada projeto de embalagem, atendendo aos anseios de consumidores e às necessidades das empresas. “A embalagem é uma ferramenta fundamental para o sucesso de venda dos produtos. Através de cores, efeitos gráficos, imagens e formatos ela transmite aos consumidores as sensações e as vantagens do produto. O trabalho de criação

e desenvolvimento de embalagens precisa estar pautado em pesquisas de mercado e de hábitos de consumo e em tendências de design”, explica Angela Dourado. Ela acrescenta que os produtos estão cada vez mais parecidos nas prateleiras e que, justamente por isso, o design das embalagens se torna grande diferencial, com resultado direto nas vendas.

Preferências

De acordo com a pesquisa da Abre, os homens priorizam a praticidade, as informações e a possibilidade de reutilização das embalagens. Já as mulheres se preocupam com os aspectos visuais dos frascos, potes, caixas e outros formatos. Existem diferenças também entre os casados e os solteiros. Os primeiros preferem embalagens maiores e econômicas; enquanto os segundos valorizam as informações e itens como comodidade, praticidade e conforto. No momento da compra, os consumidores das classes C/D sempre buscam a melhor relação custo/benefício, já as classes A/B chegam a aceitar um valor mais alto quando a praticidade compensa. Angela Dourado esclarece que o ideal é que os fabricantes façam pesquisas para entender melhor cada público, antes de desenvolverem e produzirem as embalagens. “O cliente está cada vez mais seletivo e tem necessidades racionais, como praticidade, funcionalidade e resistência da embalagem. O maior desafio é, na verdade, atender aos desejos emocionais dos consumidores, que esperam ser seduzidos”. A New 360ø é a agência responsável pela criação das embalagens da Linha Premium Itambé, que contam com um design clean, uso de poucas cores e informação direta para ca-


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mercado empresarial

tivar o consumidor pela elegância e sobriedade. Além da linha de leites, a New desenvolveu para a mineira Itambé várias outras linhas tais como Leite Condensado, Creme de Leite, requeijão e iogurtes. No caso dos iogurtes, Angela Dourado exemplifica que a embalagem de um iogurte não tem que simplesmente mostrar o leite e o fruto, matérias-primas do produto, “mas tem que expressar seus diferencias, sejam eles cremosidade, vitaminas, o fato de serem saudáveis, entre outros”. A New 360ø já criou mais de 100 embalagens para 20 empresas de atuação regional e nacional. A agência de comunicação Torchetti Design assinou o conceito das embalagens da nova linha de produtos do Villa Café, marca mineira de cafés especiais. Os primeiros trabalhos são da linha de Cappuccino, que chega ao mercado em três sabores: tradicional, chocolate e light. O rótulo e o design do produto foram pensados a partir de pesquisas e análises de embalagens já existentes no mercado. “Para chegar à linguagem gráfica do Cappuccino Villa Café trabalhamos os conceitos inerentes à marca: qualidade e sabor genuínos do Sul de Minas”, avalia o diretor de criação da agência, Vittorio Torchetti. A nova embalagem do Cappuccino dá destaque à marca e, em segundo plano, para o cappuccino, cremoso e convidativo. As informações técnicas possuem unidade com a marca e cada sabor é caracterizado por uma cor referente. O rótulo ressalta a cremosidade do cappuccino para reforçar esta identificação. A sutileza da fumaça e as cores mais sóbrias foram escolhidas para destacar o sabor e a textura do novo produto do Villa Café. A marca de café ganha uma embalagem de médio porte, para melhor proveito do consumidor. A Torchetti é ainda responsável pela nova linha de chocolates artesanais, que será lançada pelo Villa Café até o primeiro trimestre de 2010. “Buscamos sempre parcerias de longo prazo, que mantenham uma linha de pensamento desenvolvida desde o início e garantam a identidade da marca. Ficamos muito satisfeitos com a qualidade do trabalho da Torchetti e estamos ansiosos para ver as embalagens da linha de chocolates finalizadas”, conclui Rafael Duarte. Fonte: Diário do Comércio - MG

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panoraMa do mercaDo De Design dE EMbalagEM EM 2009

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Associação Brasileira de Pesquisa foi realiEmbalagem (Abre), por zada pelo Comitê meio de seu Comitê de de Design da Abre Design, desenvolveu uma pesquisa para traçar e apresentar um panorama do mercado de design de embalagem em 2009 (ano base 2008). As informações foram coletadas mediante questionário enviado a todas as agências participantes do comitê. Desse total, 35 agências responderam à pesquisa, representando uma adesão de 92,11%. Entre os dados apurados estão informações sobre onde estão localizadas as principais agências do comitê, há quanto tempo atuam no mercado, há quanto tempo desenvolvem design de embalagem, número de profissionais envolvidos na operação, quanto o design de embalagem representa no faturamento da empresa, número de projetos concluídos, tipos de projetos realizados – novos ou redesign, qual mercado alvo – mercado nacional, latino-americano ou global, entre outros. Delineando as atividades desses escritórios, a pesquisa concluiu que 70,3% das agências participantes do comitê estão instaladas no estado de São Paulo, 71% das agências associadas estão no mercado há mais de dez anos e 40% desse total estão presentes há mais de 15 anos em sua área de atuação. Em relação à contratação do design de embalagem, foi apurado que 57% desses escritórios atendem entre 16 e 20 clientes por ano com 66% dos clientes sendo atendidos há pelo menos três anos pela mesma agência. Outro dado que chamou a atenção comprovou a expertise dessas agências no design de embalagem, pois 75% dos escritórios trabalham com embalagens há mais de dez anos com 31% desse total atuando na área há mais de 15 anos. As agências associadas tiveram, em média, 10 colaboradores envolvidos em suas operações em 2008 com 35% das agências empregando entre 11 e 20 profissionais e 42% das agências empregando mais de 20 profissionais com formação superior, multidisciplinar e altamente qualificados.


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dicas de leitura

Engenharia de Embalagens

Gestão Estratégica de Embalagem: Uma Ferramenta de Competitividade Você sabia que cerca de 80% das decisões de compra são tomadas no ponto-de-venda e que mais de 90% dos produtos vendidos em um supermercado não têm apoio de marketing e comunicação, dependendo, para sua sobrevivência, única e exclusivamente da embalagem? A obra “Gestão estratégica de embalagem” é um verdadeiro manual de apoio a todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente nas decisões relativas à embalagem, auxiliando-as a detectar os possíveis problemas presentes nos produtos disponíveis no mercado, assim como a desenvolver passo a passo a estratégia de embalagem mais adequada a cada um deles. Baseado na experiência de sucesso do autor, o livro aborda desde a pesquisa inicial de desempenho do produto nas prateleiras até o design final da embalagem - tudo para que as empresas e seus profissionais possam aprimorar seus produtos e adequá-los às necessidades do mercado. Autor: Fabio Mestriner Editora: Prentice-Hall / 2008 Número de páginas: 176

O livro aborda os diversos aspectos a serem considerados no projeto de uma embalagem, fala sobre a formação da equipe para o desenvolvimento do projeto e serve de guia para a especificação dos testes de verificação da estabilidade dos produtos e o desempenho das embalagens projetadas. Você aprenderá, antes de começar o projeto da embalagem, e mesmo do produto, como se organizar para atingir o sucesso esperado. Também responde a inúmeras questões que até hoje só se obtinham as respostas contratando (e pagando) um especialista por um projeto de embalagem. A autora é Engenheira mecânica formada pela Universidade Católica de Petrópolis é especialista em embalagens e desenvolvimento de produtos, árbitro formado pelo INAMA, articulista de revistas especializadas, diretora técnica da JIT Assessoria e Consultoria. Autor: Maria Aparecida Carvalho Editora: Novatec /2008 Número de páginas: 288

Embalagens para a Indústria Alimentar - Nova edição Esta nova edição do livro Embalagens para a Indústria Alimentar destina-se a todos os interessados nas diversas vertentes da indústria de embalagens, particularmente às que dizem respeito às questões relacionadas com a saúde do consumidor e a poluição ambiental. Autores: A.gomes De Castro & A.Sergio Pouzada Editora: Instituto Piaget /2003 Número de páginas: 609


dicas de leitura

mercado empresarial

ADMINISTRAÇÃO DA EMBALAGEM Trata-se de uma abordagem introdutória sobre a administração da embalagem, apresentando o que há de mais relevante e interessante sobre o assunto. O autor pretende proporcionar aos que nunca tiveram contato com o segmento uma forma de rapidamente se entrosar com a maioria dos temas conhecidos pelos profissionais mais experientes da área. Obra útil especialmente a estudantes e a executivos no diaa-dia nas empresas. Autor: Floriano C. Do Amaral Gurgel Editora: Cengage Learning / 2007 Número de páginas: 376

Embalagem, Unitização e Conteinerização 4ª. Ed. Este livro é o resultado de mais ou menos duas décadas de experiência dos autores no campo de movimentação e armazenagem de materiais, seja no exercício profissional de suas atividades em empresas, seja no treinamento e consultoria junto a centenas de empresas, através do IMAM. Autores: Reinaldo Aparecido Moura & Jose Mauricio Banzato Editora: Instituto IMAM /2003 Número de páginas: 354

O Livro e o Designer I: Embalagem, Navegação, Estrutura O Livro e o Designer I reúne os mais interessantes, influentes e talentosos designs de livros dos últimos dez anos. São mais de cem títulos selecionados entre publicações de grandes editoras estrangeiras independentes e até mesmo de livros artísticos por suas qualidades excepcionais de design. Também estão presentes publicações esmeradas que utilizam formatos não-convencionais e de técnicas de impressão e materiais incomuns e ainda são apresentadas publicações extravagantes produzidas para diferentes mercados. Uma grande variedade de livros é apresentada, de romances em edição de bolso de capa mole a monografias sobre arquitetura, de livros com muitas ilustrações a livros puramente textuais. O livro é dividido em quatro capítulos: embalagem, navegação, estrutura e especificações. Os capítulos examinam cada uma das facetas do design de livros: design da capa, conteúdo e estrutura, grades, tipografia, papel, impressão e encadernação. Cada capítulo inclui ainda uma entrevista com uma personalidade importante da indústria do livro, desde designers e editores a livreiros. Buscando exemplos surpreendentes e menos conhecidos de um leque bem variado de países esta obra oferece farta inspiração tanto aos estudantes de design quanto aos profissionais da área. Contém cerca de 700 imagens coloridas. Autor: Roger Fawcett-tang Editora: Rosari /2007 Número de páginas: 192

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vitrine

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rigESa: EMbalagEnS dE bardahl clEan papElão ondulado para ganha noVo ViSual E forMulação quE tranSportE dE toMatE proMEtE dESEMpEPara os produtores de tomate, o transporte está diretamente ligado à qualidade dos produtos. Afinal, os alimentos têm que chegar até o consumidor com uma aparência atraente, como se tivessem sido colhidos na hora. Pensando nisso, as caixas de transporte evoluem e as caixas de papelão ondulado ganham espaço no mercado devido aos seus benefícios. As caixas de papelão ondulado facilitam a logística, pois eliminam a necessidade de controle das caixas vazias e os espaços de armazenagem, além dos fretes de retorno. Por ser reciclável, não retorna com resíduos e fungos para o produtor, atendendo a todas as leis fitossanitárias. Além da vantagem econômica, são mais higiênicas, pois não são reutilizadas e, por serem produzidas a base de água, não agridem o meio ambiente. A Rigesa oferece ao mercado embalagens com tecnologia Plafprm®, patenteada pela empresa e ideal para o transporte de legumes e frutas frágeis, como o tomate. A embalagem resiste a condições de frio e umidade e contribui para a conservação da fruta, melhorando sua aparência, além de impedir o desenvolvimento de fungos. A empresa também possui a tecnologia Defor®, específica para o transporte de frutas. A embalagem é altamente resistente, pois é produzida com papelão ondulado de parede simples, com lateral dupla. Além disso, permite impressão em várias cores, dando mais visibilidade ao produto.

A Rigesa possui embalagens com tecnologia PLAFORM®, patenteada pela empresa e ideal para o transporte de legumes e frutas frágeis, como o tomate.

nho SupErior

Bardahl Clean, o limpador de sistemas de ar-condicionado e ventilação de veículos, passa a ser comercializado em nova embalagem, de 125 ml. Essa embalagem substitui a antiga, de 300 ml, e serve, como a anterior, para uma única aplicação. A nova formulação apresenta desempenho e características superiores à formulação anterior. O produto promete rápida limpeza das superfícies do sistema de ar-condicionado e ventilação, um odor agradável e utiliza componentes ecologicamente corretos e atóxicos. Segundo o fabricante, o propelente utilizado não destrói a camada de ozônio. A aplicação do produto Bardahl Clean atenua odores provocados por fungos e bactérias que se proliferam com a presença de umidade e resíduos orgânicos, como folhas, no sistema de ar dos veículos. Sem a correta manutenção, a sujeira no sistema pode acarretar doenças respiratórias e odores desagradáveis.


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3M rElança SupEr adESiVo uniVErSal crEME

Com o objetivo de oferecer praticidade e rapidez para os profissionais das mais diversas áreas, a 3M do Brasil relança o Super Adesivo Universal Creme. O produto é versátil, resiste a altas variações de temperatura e traz ainda nova embalagem em formato caixa, para facilitar exposição em gôndolas e ganchos. O produto possui fácil aplicação, além de secagem rápida, o que resulta em economia de tempo. ‘’Estamos relançando o Super Adesivo Universal Creme com preço muito competitivo. Além disso, a nova embalagem destaca as mais variadas aplicações em que o produto se adéqua’’, destaca Juliana Rodrigues da Silva, especialista de marketing da divisão de reparação automotiva da 3M do Brasil. O Super Adesivo Universal Creme apresenta boa adesão inicial quando utilizado em metais, borrachas, madeiras, vidros, porcelanas, compensados, plásticos, guarnições de portas, tecidos em geral, madeiras, lã de vidro, entre outros materiais. Profissionais das áreas de construção, papelaria e reparação automotiva constituem o target do adesivo. Com cor clara e pronto para o uso, o Super Adesivo Universal Creme é à base de borracha sintética e resistente à líquidos e detergentes em geral. Disponível em bisnagas de 75 gramas, pode ser encontrado em casas de materiais de construção e produtos automotivos ou por meio dos distribuidores 3M.

Produto mantém a formulação e pode ser utilizado em diversas aplicações

corES VibrantES noS noVoS rótuloS da MonangE hidraShinE A Mack Color, em parceria com a empresa Cosmed Cosméticos, produziu novos rótulos adesivos para a linha Hidrashine da Monange, marca líder em hidratantes no Brasil. A embalagem é moderna e remete ao balanço dos fios capilares com nova roupagem, design e cores vibrantes, valorizando os grafismos que são relacionados aos benefícios oferecidos. Os rótulos foram impressos no sistema letterpress em serigrafia rotativa e em 7 cores especiais.

boniquEt: EnxaguatórioS bucaiS coM pErSonagEnS da diSnEy O Laboratório Boniquet, empresa pioneira no mercado na fabricação de marcas próprias em todo o mundo, lança uma nova linha de produtos, que pretende auxiliar na proteção dos dentes das crianças. Além da linha dental com personagens Disney, já consolidada do mercado, a Boniquet lança três enxaguatórios bucais que vêm em divertidas embalagens com personagens da Disney e sabores que os pequenos, em geral, adoram. A linha Action Kids, para crianças de 4 a 12 anos, traz enxaguatórios bucais licenciados da Disney com personagens como Mickey e seus amigos, Princesas e Power Rangers, nos sabores morango, bubble gum e tutti frutti, respectivamente. Os Anti-sépticos bucais não possuem álcool.


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mercado empresarial

crEME dE lEitE

Supra SuMo

paStEurizado da lEco agora EM EMbalagEM tEtra paK

rEnoVa fórMula E EMbalagEnS

A Leco, marca da Bertin S.A, presente há mais de 70 anos no mercado, está lançando um novo conceito em produto lácteo. O consumidor já pode encontrar nas gôndolas dos supermercados o creme de leite pasteurizado. Com embalagem Tetra Pak, que permite maior desempenho durante a refrigeração, o produto pode ser utilizado em receitas doces e salgadas. Segundo o gerente de marcas da Leco, Rafael Souza, o desenvolvimento do creme de leite pasteurizado, na embalagem Tetra Pak, se deu com a Com a nova emconstatação de uma oportubalagem, o pronidade de vendas, pois o mesduto terá maior mo produto em embalagem durabilidade comum não apresenta grande durabilidade no varejo e nem na casa do consumidor. ‘’Essa nova embalagem permite que o produto tenha uma durabilidade maior, aproximadamente 20 dias, muito acima da média de validade de outros cremes de leite frescos. Além disso, o creme rende aproximadamente o dobro do seu volume quando batido como chantilly e ferve sem talhar durante a preparação dos pratos’’, explica Souza. O creme de leite é voltado para elaboração de pratos como suflês, sopas e molho para massas. Também pode ser usado no preparo de doces e ainda em drinques e coquetéis, o que comprova sua versatilidade. O consumidor encontra este lançamento nas prateleiras dos supermercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Paraná. Para clientes food service da Bertin a distribuição atenderá a todos os estados do País.

Balas estão mais refrescantes e pacotes chegam ao mercado em novas versões

Os consumidores já podem notar uma grande diferença em uma das mais lembradas linhas de balas do país: Supra Sumo, da Hypermarcas. Todos os sabores estão com novos layouts e contam com cores muito mais vibrantes, traços modernos e com embalagens maiores - antes tinham 61g e, agora, 150g. Há também a versão sortida de 700g que, além de tudo isso, vem com mais balas por embalagem. Isso significa mais economia e rendimento para o consumidor. Além disso, as balas de frutas ganharam o fator ‘’Super Refrescante’’, à base de mentol. A substância garante ao consumidor o seu tradicional sabor aliado a um hálito sempre refrescante. Para agradar aos diferentes paladares no segmento refrescante, os sabores disponíveis são: Abacaxi, Limão, Menta, Morango e Uva e versão sortida com Morango, Uva, Limão e Abacaxi. Já no segmento quente, Supra Sumo conta com os sabores Cappuccino e Leite nas versões 150g e sortida com 700g. Todas as balas da marca, presente no mercado há mais de 40 anos, são embaladas individualmente. O mercado de guloseimas movimentou aproximadamente R$ 1,4 bilhões em 2008 (Dados Nielsen). Dentro deste segmento Balas e Pirulitos representaram 47,5% das vendas. De 2004 para 2008, o setor cresceu cerca de 30%.

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índice de anunciantes

Anton Blaselbauer Artécnica.......................................................... 54 Anuário das Indústrias..................................................................... 17 Barão Móveis................................................................................... 43 Beerre Assessoria Empresarial....................................................... 41 Brasved Ind. e Com. de Borrachas................................................. 57 CIESP.................................................................................................. 37 Chapaço Distribuidora de Produtos Siderúrgicos.......................... 50 Cofibam Condutores Elétricos.................................................2ª Capa Eleko Parafusos................................................................................ 40 Equipamentos Vacuum Machine.................................................... 31 Fábrica de Escovas Tatuapé............................................................ 43 Fama Ind. e Com. de Equipamentos de Segurança..................... 41 Histec Comercial.................................................................. Selo Capa Inco-Rubber Produtos de Borracha .............................................. 55 Inova Laser Gravações.................................................................... 31 L G Comércio de Equipamentos de Segurança............................. 50 Lamiflex do Brasil............................................................................ 49 Lotus Metal Ltda.............................................................................. 54 Moreira Prado Mudanças................................................................ 49 Mudras Comercial e Industrial........................................46/ 4ª Capa Sensores Industriais Maksen.......................................................... 46 Sesi - SP e Senai - SP...................................................................... 11 Super Finishing do Brasil Coml......................................05 / 3ª Capa VC Máquinaspara Embalagens Plásticas....................................... 40




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