Revista Mercado Empresarial - Fispal

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fispal tecnologia 2011

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ano 6 - Edição nº 35 - Junho de 2011 Publicação

Gestão

Supermercado do futuro propõe uma nova experiência de compra

Economia

Pacote de tarifa bancária sobe até 124%

Inovação

Origami industrial faz caixa de aço totalmente dobrável

IndústrIa alIMEntícIa

creSce e puXa conSumo

DE EMBALAGENS



editorial

mercado empresarial

expediente Coordenação: Mariza Simão Redatora: Sonnia Mateu - MTb 10362-SP contato: sonniamateu@yahoo.com.br Colaboraram nesta edição: Irineu Uehara e João Lopes Diagramação: Vladimir A. Ramos e Ivanice Bovolenta Arte: Cesar Souza, José Francisco dos Santos, José Luiz Moreira, Edmilson Mandiar, Hermínio Mirabete Junior, Ricardo Satoshi Yamassaki, Danilo Barbosa Gomes Distribuição: Fispal Tecnologia 2011 Impressão: RR Donnelley Matriz: São Paulo - Rua Martins Fontes, 230 - Centro CEP 01050-907 - Tel.: (11) 3124-6200 - Fax: (11) 3124-6273 Filiais: Araçatuba - Rua Floriano Peixoto, 120 1º and. - s/ 14 - Centro - CEP 16010-220 - Tel.: (18) 3622-1569 Fax: (18) 3622-1309 Bauru - Edifício Metropolitan Rua Luso Brasileira, 4-44 - sl 1214 - 12º and. CEP 17016-230 - Tel.: (14) 3226-4068 Fax: (14) 3226-4098 Piracicaba Sisal Center - Rua Treze de Maio, 768 sl 53 - 5º and. CEP 13400-300 - Tel.: (19) 3432 - 1434 Fax.: (19) 3432-1524 Presidente Prudente - Av. Cel. José Soares Marcondes, 871 - 8º and. - sl 81 - Centro - CEP 19010-000 Tel.: (18) 3222-8444 - Fax: (18) 3223-3690 Ribeirão Preto - Rua Álvares Cabral, 576 -9º and. cj 92 - Centro - CEP 14010-080 - Tel.: (16) 3636-4628 Fax: (16) 3625-9895 Santos - Rua Leonardo Roitman, 27 - 4º and. cj 48 Santos - SP - CEP.: 11015-550 Tel.: (13) 3224-9326 / 3232-4763 São José do Rio Preto - Rua XV de Novembro, 3057 3º and. - cj 301 - CEP 15015-110 Tel.: (17) 3234-3599 - Fax: (17) 3233-7419 O editor não se responsabiliza pelas opiniões expressas pelos entrevistados.

Indústria alimentícia em alta faz crescer o setor de embalagens

O

consumo de embalagens é um dos principais termômetros da indústria e de toda a economia. E isso vale, em especial, para os fabricantes de alimentos e bebidas, que sozinhos absorvem aproximadamente 60% de toda a produção. Impulsionada pela aceleração do crescimento econômico do País, a indústria de alimentos e bebidas vem exibindo um desempenho robusto, e esta maré favorável está beneficiando diretamente o ramo de embalagens, assim como a cadeia produtiva que cerca todo o setor. Em 2010, tanto os produtores de alimentos e bebidas quanto os de embalagens lograram superar inteiramente os efeitos da crise econômico-financeira que se alastrou no biênio 2008-2009. As vendas de alimentos e bebidas registraram aumento de 7,2% vis-à-vis o ano antecedente, redundando em um faturamento de R$ 331 bilhões, cifra que corresponde a 9% do PIB do País. Só o comércio internacional, marcado pela enxurrada de importações e pelas graves dificuldades enfrentadas pelas vendas externas, é que dá um tom negativo nesse processo de alavancagem. As raízes desse gargalo são velhas conhecidas: o câmbio desfavorável e a incidência do chamado “Custo Brasil” sobre a atividade empresarial. No momento, crescem também as inquietações com a inflação e com o déficit fiscal, vetores que devem acarretar um arrefecimento no ímpeto da economia. Compartilhando a mesma escalada de ascensão dos negócios, a produção física de embalagens obteve um crescimento de 10,13% em 2010, o que significou uma drástica reação após a queda de 3,77% em 2009. O faturamento bateu nos R$ 41,1 bilhões e, em dezembro, encontrava-se empregado um contingente de 210 mil funcionários. Para este ano, o cenário não se mostra tão propício quanto o de 2010. Na estimativa da Abia, se houver uma expansão de 4% no PIB, as vendas reais de alimentos (descontada a inflação) deverão avançar entre 4% e 4,5%, com um aumento entre 4% a 5% na produção física. Em razão das pressões regulatórias, dos requisitos de governança e da maior vigilância da sociedade, a questão da sustentabilidade ambiental há tempos vem se posicionando no centro das agendas das indústrias alimentícia e de embalagens. Entretanto, estes setores passarão, doravante, por uma verdadeira prova de fogo quando entrar em pleno vigor a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), com tudo o que ela implica em termos de transformações no modus operandi e na condução dos negócios. Em paralelo, outro lado importante de todo esse processo é o design de embalagens, que hoje tem de contemplar uma série de requisitos, cada vez mais rigorosos, por conta das novas demandas da sociedade. Todas essa abordagens terão espaço na Fispal Tecnologia 2011, mega evento que apresenta as principais novidades e tendências do mercado, e as mais diversas soluções para os diferentes negócios do segmento. Mercado Empresarial também participa desse movimento, com esta edição especial sobre o setor.

Mercado Empresarial

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sumário

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panorama do setor

sustentabilidade

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Indústria alimentícia cresce e puxa consumo de embalagens

Inovação

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Fispal Tecnologia 2011: Novidades, tendências e soluções em embalagens, processos e logística para a indústria da alimentação

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Supermercado do futuro propõe uma nova experiência de compra

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Mercado de franquias cresce 20,4% e fatura R$ 75 bilhões em 2010

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Pacote de tarifa bancária sobe até 124%

60

Embalagem ativa mantém alimentos frescos por mais tempo

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Meio ambiente

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Fascículo Qualidade de Vida - Vol.4

Brasil avança em ranking de TI

pesquisa

Do papel pardo às embalagens

Folhas artificiais

Perigo no rótulo

tecnologia

desenvolvimento

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Fabricantes devem informar presença de Bisfenol nas embalagens de alguns produtos

defesa do consumidor

cases & cases

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Brasil deve dar mais atenção à formação profissional

legislação

Economia

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A embalagem como meio de relacionamento

qualidade

Mercado

18

Apelo saudável ao café da manhã líquido

comportamento

gestão

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Origami industrial faz caixa de aço totalmente dobrável

tendência

Evento

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A Pepsico cria primeira garrafa 100% reciclável

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dicas de leitura

Superplásticos naturais

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vitrine

Controle o Stress


CURSOS CURSOSCIESP/FIESP CIESP/FIESP2010 2010 O CIESP – Centro dasdas Indústrias do Estado de São Paulo O CIESP – Centro Indústrias do Estado de São Paulo desenvolve regularmente programas de cursos, seminários desenvolve regularmente programas de cursos, seminários e palestras comcom formatos diferenciados de capacitação e palestras formatos diferenciados de capacitação parapara seus associados. seus associados.

VENHA SESE ATUALIZAR COM A GENTE VENHA ATUALIZAR COM A GENTE Ï Ï Ï Ï

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A indústria a serviço do Brasil A indústria a serviço do Brasil Centro das Indústrias do Estado de São - CIESP Centro das Indústrias do Estado de Paulo São Paulo - CIESP Av. Paulista, 1313 1313 - 12º -andar - São-Paulo/SP Av. Paulista, 12º andar São Paulo/SP Tel.: 11Tel.: 3549-3258/3233/3288 - Fax:- 11 3251-2625 - e-mail: cursos@ciesp.org.br 11 3549-3258/3233/3288 Fax: 11 3251-2625 - e-mail: cursos@ciesp.org.br www.ciesp.com.br | www.fi esp.com.br www.ciesp.com.br | www.fi esp.com.br www.ciesp.com.br/redessociais - www.fi esp.com.br/redessociais www.ciesp.com.br/redessociais - www.fi esp.com.br/redessociais


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panorama do setor

indÚStria alimentÍcia

creSce e puXa

consuMo dE EMbalagEns

I

mpulsionada pela aceleração do crescimento econômico do País, com a expressiva melhoria dos níveis de renda, emprego e crédito da população, a indústria de alimentos e bebidas vem exibindo um desempenho robusto, recheado de bons números. Esta maré favorável está beneficiando diretamente o ramo de embalagens, assim como o conjunto da cadeia produtiva que cerca todo o setor. Como se sabe, o consumo de embalagens é tido como um dos principais termômetros da indústria e de toda a economia. E isso vale, em especial, para os fabricantes de alimentos e bebidas, que sozinhos absorvem aproximadamente 60% de toda a produção, conforme algumas estimativas do mercado. A forte alavancagem do segmento alimentício acabou por contribuir decisivamente para a vigorosa performance do setor embalador no ano passado.


panorama do setor

mercado empresarial

A nota negativa, porém, vai por conta do comércio internacional, marcado pela enxurrada de importações e pelas graves dificuldades enfrentadas pelas vendas externas. As raízes deste problema são arquiconhecidas e há tempos vêm sendo foco de um acirrado debate público: o câmbio desfavorável e a incidência do chamado “Custo Brasil” sobre a atividade empresarial. No momento, crescem também as inquietações com a inflação e com o déficit fiscal, vetores que devem acarretar um arrefecimento no ímpeto da economia. Tomando-se o ano de 2010, a verdade é que tanto os produtores de alimentos e bebidas quanto os de embalagens lograram superar inteiramente os efeitos da crise econômicofinanceira que se alastrou no biênio 2008-2009. Os números gerados refletem a recuperação havida, descontando-se, é claro, a fraca base de comparação representada pelo ano de 2009, no qual o impacto da turbulência internacional foi maior. As vendas de alimentos e bebidas no ano passado registraram aumento de 7,2% vis-à-vis o ano antecedente, redundando em um faturamento de R$ 331 bilhões, cifra que corresponde a 9% do PIB (Produto Interno Bruto) do País, segundo os dados consolidados e recém-divulgados da Pesquisa Conjuntural da Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação). As estatísticas foram elaboradas a partir de uma amostra que abrange os 200 maiores produtores do Brasil. A entidade representa mais de 70% do setor em produção física. Avaliando o quadro, Denis Ribeiro, diretor do Departamento Econômico da Abia, observa que 2010 recebeu o influxo dos programas de inclusão social, como o Bolsa Família, e de difusão do crédito, com a abertura de linhas de financiamento em numerosas frentes. “Este incentivo à demanda refletiu-se na expansão do PIB de 7,5%, embora não se possa esquecer que no ano de 2009 houve recuo de 0,2%”, assinala ele. Em face deste panorama, Alfredo Felipe Schimitt, presidente da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis), coloca em relevo na análise a concretização do processo pelo qual milhões de brasileiros ingressaram na classe C, com outros tantos deixando a linha da pobreza. “Este fenômeno tem influência marcante na utilização de embalagens, ao induzir uma alta do consumo de industrializados, em particular alimentos e bebidas”, aponta ele. O crescimento nominal (valor com inflação)

Alfredo Felipe Schimitt, presidente da Abief ( Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis)

“Este fenômeno tem influência marcante na utilização de embalagens, ao induzir uma alta do consumo de industrializados, em particular alimentos e bebidas”

do segmento alimentício acusou alta de 13,5%, o que provocou em 2010 a maior expansão da produção física nos últimos 15 anos, da ordem de 5%, considerando-se o uso médio de 71,2% da capacidade instalada nas fábricas. Os nichos que mais faturaram em 2010 foram os de derivados da carne (R$ 66,4 bilhões) e açúcares (R$ 37,7 bilhões), seguidos pelos de chá, café e cereais (R$ 35,9 bilhões) e laticínios (R$ 33 bilhões). A indústria também inflou o número de contratações em 2010, com a criação de 68.300 novos postos de trabalho, 4,7 % a mais que em 2009.

consumo de embalagens dispara

Compartilhando a mesma escalada de ascensão dos negócios, a produção física de embalagens obteve um crescimento de 10,13% em 2010, o que significou uma drástica reação após a queda de 3,77% em 2009, conforme o Estudo Macroeconômico da Embalagem, realizado pelo Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas). O faturamento bateu nos R$ 41,1 bilhões e, em dezembro, encontrava-se empregado um contingente de 210 mil funcionários. Desagregando-se os cálculos, o primeiro Brasil só investe semestre do ano passado pautou-se por uma 17% de seu PIB na taxa de expansão de 15,57%, em relação ao produção, o ideal mesmo período de 2009. Da metade do ano em diante, o ritmo declinou e houve avanço é 20% de 7%, também frente a igual período do ano anterior. Os segmentos usuários de embalagem que, em 2010, apresentaram melhor desempenho em volumes consumidos foram, segundo o Ibre/FGV, a indústria de bebidas (11,15%, contra 7,08% em 2009), vestuário e acessórios (7,17%; -7,88), calçados e artigos de couro (6,74%, -8,62%) e alimentos (4,39%; -1,66%). Os produtores de unidades plásticas flexíveis, isoladamente, tiveram um faturamento de R$ 10,52 bilhões em 2010, montante quase 19% superior ao verificado em 2009, com base em uma expedição que totalizou 1,79 milhão de toneladas. “Interessante notar que o fator que puxou as

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panorama do setor

receitas foi o incremento da fabricação e não dos preços”, diz Schimitt. Os alimentos respondem por 31% da demanda por recipientes de plástico, ficando as bebidas com 6%. No nicho, encontram-se na ativa aproximadamente quatro mil empresas, que abrigam cerca de 140 mil empregados. O setor de embalagens de aço, por seu turno, produziu no ano passado 604 mil toneladas, o que corresponde a aproximadamente 10 bilhões de latas, 4% a mais que em 2009, movimentando R$ 4,8 bilhões. “Alimentos e bebidas representam, hoje, 65% do consumo de latas de aço e em torno de 60% do faturamento”, informa Thais Fagury, gerente executiva da Abeaço (Associação Brasileira da Embalagem de Aço).

quadro do comércio externo

No que tange ao comércio internacional, a indústria alimentícia, revela a pesquisa da Abia, obteve saldo positivo de US$ 33,7 bilhões, com alta de 22% nas exportações, que responderam por receitas de US$ 37,8 bilhões. Já nas importações houve um incremento de 29,6%, acarretando um dispêndio de US$ 4,1 bilhões. Os produtos mais vendidos lá fora foram açúcar (51,2%), carnes (20%) e óleos e gorduras (12,9%). Na seara das embalagens, o descompasso entre os números fica patente. As exportações diretas geraram divisas de US$ 410,119 milhões em 2010, um acréscimo de 16,7% sobre 2009, calcula o Ibre/FGV. Em contrapartida, as importações subiram nada menos que 70%, somando US$ 794,057 milhões. “Contudo, o que nos atrapalha de fato não é o ingresso de embalagens importadas em si, mas sim de bens de consumo que já vêm embalados de fora, reduzindo nossas vendas. Não fosse isso, nossa performance geral seria bem melhor”, lamenta Maurício Groke, presidente da Abre, que adverte ainda para o risco de “desindustrialização” do Brasil, com o desmonte do nosso parque produtivo. Não é para menos que a sobrevalorização do real e suas sequelas no intercâmbio internacional venham concentrando as atenções de todo o empresariado. “Tem havido

Thais Fagury, gerente executiva da Abeaço ( Associação Brasileira da Embalagem de Aço )

“ Alimentos e bebidas representam, hoje, 65% do consumo de latas de aço e em torno de 60% do faturamento “

enorme entrada de dólares do Exterior, destinados a investimentos no mercado financeiro. A situação cambial tornou-se então muito ruim para o País, pois estamos perdendo clientes em outras nações e facilitando a vinda de bens importados, aproveitando o aquecimento interno”, pondera Denis Ribeiro, da Abia. O “Custo Brasil” também é unanimemente torpedeado. A juízo de Ribeiro, a indústria alimentícia nacional é competitiva, mas o governo não. “A ineficiência é muito maior da porta da fábrica para fora, visto que temos um Estado inchado, dono de uma máquina cujo custeio é dispendioso”, critica ele. Entre os entraves existentes, ele menciona a carga tributária onerosa, os juros cobrados das empresas, que batem nos 2% ou 3% mensais para empréstimos e duplicatas, a logística precária e a energia cara. Seja como for, a constante elevação da produtividade e da eficiência é uma condição sine qua non para que a indústria se mantenha com poder de competição, sobretudo para as organizações que atuam de maneira globalizada, disputando market share em outros países, ou que enfrentam localmente o assédio dos importados. Em termos de capacitação, ressalta Morais, os fabricantes brasileiros se encontram em pé de igualdade com os de outros países. “Muitos players, aliás, se transformaram em múltis, comercializando lá fora carne, frango, suco de laranja, entre outros itens”, ilustra ele. O especialista lembra, a propósito, que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem tido papel importante por incentivar a globalização de frigoríficos. No calor da crise passada, o banco oficial de fomento teve também o mérito de apoiar as políticas anticíclicas delineadas pelo Governo


mercado empresarial

Federal, lançando o Finame-PSI (Programa de Sustentação do Investimento), que oferece juros fixos de 5,5% ao ano (antes de julho de 2010, eram de 4,5%), com dois anos de carência e até 10 anos para quitação, possibilitando às fábricas modernizarem o maquinário. Este regime de funding introduziu, pela primeira vez no Brasil, níveis de juros alinhados aos do mercado internacional. Alfredo Schimitt assinala que “a grande maioria dos transformadores de plástico é de pequeno e médio portes, o que torna os financiamentos oficiais, como os previstos pelo PSI, ainda mais importantes”. De resto, a própria sobrevalorização do real está possibilitando a maior renovação tecnológica do parque instalado, mediante a aquisição de máquinas estrangeiras com preços mais em conta. Equipamentos da China, em especial, têm invadido a praça, visto que, segundo Denis Ribeiro, aquele país tem menos da metade do “Custo Brasil”. Outro passo relevante dado pela indústria é a adesão a novos modelos de gestão e de aprimoramento da qualidade e da eficiência, como os previstos nas normas ISO: “Estas iniciativas já se tornaram uma questão de sobrevivência para nós”, salienta o diretor da Abia. Por fim, a pressão por redução de custos está induzindo alguns acordos operacionais específicos no âmbito da cadeia que prevêem o compartilhamento da mesma infra-estrutura de produção e distribuição.

Cenário incerto em 2011

Para este ano, o cenário não se mostra tão propício quanto o de 2010, ponderam os entrevistados por Mercado Empresarial. Na estimativa da Abia, se houver uma expansão de 4% no PIB, as vendas reais de alimentos

panorama do setor

(descontada a inflação) deverão avançar entre 4% e 4,5%, com um aumento entre 4% a 5% na produção física. Para além dos obstáculos colocados pelo câmbio e pelo “Custo Brasil’, outros elementos conjunturais reforçam as incertezas sobre o desempenho deste ano. No entender de Denis Ribeiro, a inflação vem subindo em decorrência de fatores herdados do ano passado, como o surto na demanda. “Esse dado é preocupante, pois o índice pode ultrapassar o teto estipulado e requerer novas altas nos juros, embora o governo venha enfatizando as medidas macroprudenciais, como maior recolhimento de compulsórios, além de elevar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para empréstimos e crédito”, nota Ribeiro. O executivo recorda ainda o ajuste previsto de 13% no salário mínimo em 2012 (a prevalecerem as regras atuais), um ingrediente que pode favorecer as expectativas inflacionárias dos agentes. Estas adversidades devem refrear o crescimento, de sorte que o incremento do PIB pode não chegar sequer a 4% neste ano, adverte ele “Tudo o que afeta o ramo alimentício afeta diretamente nosso setor”, complementa Alfredo Schimmit, da Abief, que antecipa uma expansão entre 5% e 6% nos negócios com unidades plásticas flexíveis no corrente ano, tanto no faturamento quanto na tonelagem. De sua parte, Thais Fagury, da Abeaço, estima para 2011 um crescimento de 3% na produção de latas de aço. Reportando-se à área das embalagens em sua totalidade, a expectativa do Ibre/FGV para 2011 é de que ele siga acompanhando os demais departamentos da economia e apresente um balanço bem mais modesto. Para 2011, espera-se que sejam contabilizadas receitas de R$ 44 bilhões, subindo 2,2% sobre os resultados do ano passado. O nível de emprego formal deste segmento deve continuar consolidado em torno dos 220 mil vagas ao longo deste ano. Finalmente, o Ibre/FGV antecipa que o setor viverá um ano de reorganização após o forte crescimento de 2010, mas um expressivo aquecimento deverá ter lugar a partir de 2012 ME

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panorama do setor

reSÍduoS SÓlidoS:

uM dEsafIo para os fabrIcantEs

E

m razão das pressões regulatórias, dos requisitos de governança e da maior vigilância da sociedade, a questão da sustentabilidade ambiental há tempos vem se posicionando no centro das agendas das indústrias alimentícia e de embalagens. Entretanto, estes setores passarão, doravante, por uma verdadeira prova de fogo quando entrar em pleno vigor a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), com tudo o que ela implica em termos de transformações no modus operandi e na condução dos negócios. Em linha gerais, a PNRS estabelece diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, às responsabilidades compartilhadas dos geradores e do Poder Público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. Ela prevê a fixação de acordos entre governos e fabricantes,

Maurício Groke, presidente da Abre ( Associação Brasileira de Embalagem )

“ Todos estes enfoques estão integrados em uma visão desenvolvimentista, que deverá orientar a ação das empresas e dos governos federal, estaduais e municipais...”

importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista o ciclo de vida dos produtos (série de etapas que envolvem o desenvolvimento, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo de fabricação, o consumo e a disposição final). Mais pormenorizadamente, são englobados os seguintes pontos, entre outros: 1) Destinação final ambientalmente adequada dos resíduos, que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outros fins; 2) Disposição de rejeitos em aterros, obedecendo normas operacionais específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; 3) Adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços. Um dos ganhos trazidos pela nova legislação vem do fato de que ela ultrapassa a fronteira ambientalista, para levar em conta também os aspectos econômicos e sociais, como destaca Maurício Groke, presidente da Abre (Associação Brasileira de Embalagem). “Todos estes enfoques estão integrados em uma visão desenvolvimentista, que deverá orientar a ação das empresas e dos governos federal, estaduais e municipais, sob a ótica da responsabilidade compartilhada”, explica ele.

alinhamento de ações

A Abre, em sintonia com outras entidades industriais, relata Groke, está participando ativamente das discussões em curso em nível mi-


panorama do setor

mercado empresarial

nisterial e estadual. Foi constituído, em especial, um GTT (Grupo de Trabalho Temático) que trata de embalagens, buscando alinhar medidas e ações e formatar um modelo de governança que contemple todos os processos ligados à logística reversa. “Dentro do nosso setor, estamos conversando com todos os segmentos, de plásticos, aço, vidro, etc, além dos usuários. Para dar subsídios à discussão, convidamos experts europeus para falar de suas experiências”, detalha o presidente. Ao fim e ao cabo, a nova política para resíduos, prevê o executivo, vai possibilitar uma revalorização das matérias-primas com que são confeccionadas as embalagens, mediante a adoção de soluções mais corretas de descarte e reciclagem. “Saberemos criar um modelo vitorioso, de perfil desenvolvimentista, que dará ao Brasil posição de destaque mundial nesta área”, aposta ele. Ao observar que a indústria alimentícia está estudando o que fazer em relação à PNRS, Denis Ribeiro, diretor do Departamento Econômico da Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação), ressalva que os ajustes terão de ser graduais, a fim de que as empresas possam implantá-los sem maiores dificuldades. “Embalagens ecológicas são caras, sendo hoje acessíveis apenas aos grandes players. A maior parte dos nossos fabricantes é de pequeno e médio portes”, lembra. Também abraçando uma posição cautelosa, Alfredo Felipe Schimitt, presidente da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis), diz que seu setor está aguardando as metas a serem fixadas para procurar se adequar. “Mas é preciso que as medidas sejam bem discutidas e não impostas de cima para baixo”, adverte.

Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens e da consultoria FuturePack

“ Até agora a indústria de embalagens assumiu uma atitude irresponsável, não cuidando do meio ambiente como deveria. Os lixões, por exemplo, estão superlotados...”

De seu lado, Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens e da consultoria FuturePack, afirma que a nova política de tratamento de resíduos representa a “hora da verdade” para todos os envolvidos, após anos seguidos de imobilismo. “Até agora a indústria de embalagens assumiu uma atitude irresponsável, não cuidando do meio ambiente como deveria. Os lixões, por exemplo, estão superlotados. Daqui por diante, ela vai ter que se mexer. É fazer ou fazer”, enfatiza ela.

Iniciativas isoladas

Respondendo a essas críticas, Maurício Groke nega que esteja havendo grande atraso no encaminhamento de providências, ponderando que se trata de um processo necessariamente complexo, que tem de ser implementado de maneira pluralista. Mas ele reconhece que até o momento as iniciativas de reciclagem na área de embalagens – entre os fabricantes que lidam com os mais distintos materiais – são isoladas, sem maior coordenação, embora tenham méritos. “A partir da PNRS, conseguiremos formular regras comuns

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panorama do setor

e orquestrar todos esforços, com todos agindo sob a mesma batuta no País inteiro”, sublinha. Por sua vez, Denis Ribeiro afiança que a temática da sustentabilidade está trazendo uma mudança de paradigma na seara alimentícia. “É um enorme desafio dar conta de requisitos como reciclagem, reprocessamento, coleta seletiva e geração de produtos biodegradáveis”, admite ele. “O papel essencial das embalagens nas vendas é reconhecido há muito tempo. Contudo, com a sustentabilidade ganhando relevância, tudo o que vinha sendo feito tem de ser revisto e repensado”, completa. De resto, empreendimentos sustentáveis se disseminam no conjunto da indústria, embora a adesão das pequenas e médias empresas ocorra de forma mais gradual. “O setor de embalagens plásticas mantêm foco no ambientalismo, na premissa de que o plástico é 100% reciclável”, frisa Schimitt. Porém, ele cita o papel essencial da educação, argumentando que os artefatos não vão para a natureza de moto próprio, mas sim devido ao descarte incorreto. Outro exemplo vem da Abeaço (Associação Brasileira da Embalagem de Aço), que firmou parcerias com varejistas como o Carrefour (implantação de estações de descarte seletivo nas lojas da rede) e o Magazine Luiza (divulgação dos atributos ambientais das latas e conscientização sobre a importância da reciclagem), além de manter o Projeto Abeaço, de educação ambiental nas escolas. No que tange a volumes reciclados, Thais Fagury, gerente executiva da Abeaço, informa que foram beneficiados cerca de cinco bilhões de latas em 2010, um aumento de 0,5% sobre 2009. “Para 2011, a expectativa é de que o reaproveitamento seja mais estimulado, elevando os índices. A meta em 10 anos é processar 70% das latas, de acordo com a PNRS, em vista da formalização da coleta seletiva nos municípios”, conclui ela ME

Denis Ribeiro, diretor do Departamento Econômico da Abia ( Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação )

“ O papel essencial das embalagens nas vendas é reconhecido há muito tempo. Contudo, com sustentabilidade ganhando relevância, tudo o que vinha sendo feito tem de ser revisto e repensado “

deSign dEvE atEndEr nuMErosas dEMandas

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design de embalagens tem hoje de contemplar uma série de requisitos, cada vez mais rigorosos, para dar conta das novas demandas da sociedade. Muito mais do que um repositório físico que apoia a interação de um produto com os consumidores, a embalagem tem de carregar em si uma série de atributos, que dizem respeito a segurança alimentar, rastreabilidade, transparência das informações, praticidade e sustentabilidade socioambiental. “O consumidor do presente não aceita mais qualquer coisa, mudando facilmente de marca. Por isso, é preciso entender as suas necessidades, saber como atingir os públicos-alvo e que perfil de produto é mais adequado para cada caso. Isso vale tanto no comércio B2C (business-to-consumer) quanto no B2B (business-to-business)”, nota Carlos Zardo, coordenador do Comitê de Design da Abre (Associação Brasileira de Embalagem) e sócio-diretor da Haus + Packing. Essas diretivas, prossegue Zardo, exigem a introdução constante de inovações no chamado branding, se a meta é de fato agregar valor a uma empresa. “O design não concerne apenas à parte gráfica. É um conceito estratégico que trata da construção da imagem de uma organização, gerando oportunidades. A embalagem certa pode multiplicar o tamanho de um negócio”, salienta ele. O especialista avalia que a indústria já compreende a necessidade do design, atividade que hoje cobre todos os pontos da cadeia da embalagem, participando de vários segmentos e orientando o processo produtivo. “Gráficas e grandes fabricantes sempre tiveram departamentos internos de design. E os de menor porte


panorama do Setor

mercado empresarial

também já estão se conscientizando”, garante o sócio-diretor. Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens e da consultoria FuturePack, assinala que há algumas tendências globais que têm de ser consideradas nas pranchetas dos designers, afetando diretamente a indústria alimentícia: 1) Conveniência, para permitir acesso e manuseio facilitados aos alimentos e bebidas, além de descarte simplificado; 2) Saúde, impedindo-se a utilização de qualquer componente nocivo, resguardando o bem-estar do consumidor; 3) Segurança, pois os recipientes devem estar bem lacrados e inviolados, preservando a qualidade do conteúdo; 4) Estilo, com enfoque em embalagens atraentes e elegantes, de acordo com o perfil do usuário e a ocasião em que o produto é consumido; 5) Sustentabilidade ambiental (para uma discussão mais detalhada deste aspecto, ler o texto “Resíduos sólidos: um desafio para os fabricantes”).

Segurança e funcionalidade

Por seu turno, Zardo recorda que o quesito segurança alimentar sempre foi aventado nos projetos, mas atualmente ele se tornou ainda mais importante: “O consumidor exige, cada vez mais, data de validade e tabela nutricional”, ilustra ele. Outro ponto destacado por ele é a funcionalidade: “Se a embalagem não funcionar, se o comprador não conseguir abri-la em casa, serão inúteis os esforços de marketing de um produto”. Quanto às latas, por exemplo, Thais Fagury, gerente executiva da Abeaço (Associação Brasileira da Embalagem de Aço), atesta que quase todos os clientes exigem BPF (Boas Práticas

Carlos Zardo, coordenador do Comitê de Design da Abre ( Associação Brasileira de Embalagens )

“ O design não concerne apenas à parte gráfica. É um conceito estratégico que trata da construção da imagem de uma organização, gerando oportunidades...”

de Fabricação) e certificação de normas ISO. “Existe avidez por inovações, sistemas de aberturas mais práticos e eficientes, novos formatos/shapes, litografia que melhor reproduza as características e que valorizem a mercadoria nas gôndolas. Há igualmente bastante rigor nos aspectos relacionados ao meio ambiente, como sistemas de descarte das latas pós-consumo e logística reversa”, revela. No entanto, a executiva julga que “ainda há muito que se caminhar para haver sinergia com designers, que pouco conhecem os atributos das latas de aço”. Por fim, Carlos Zardo constata que, no contexto da globalização do design, agências e profissionais do Exterior estão desembarcando no Brasil, havendo também um movimento no sentido contrário. “O nível de expertise ficou equiparado em virtude deste intercâmbio, de sorte que é possível gerir um projeto na China a partir do Brasil, ou vice-versa”, ressalta ele, lembrando que os brasileiros têm ganhado vários prêmios internacionais, estando até à frente de seus pares estrangeiros em alguns nichos ME

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fiSpal tecnologia noVidadeS, tendÊnciaS e SoluÇõeS em emBalagenS, proceSSoS e logÍStica para a indÚStria da alimentaÇÃo

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eferência no setor de alimentação há mais de duas décadas, a Fispal Tecnologia (Feira Internacional de Embalagens, Processos e Logística para as Indústrias de Alimentos e Bebidas) promove a sua 27ª. edição, de 7 a 10 de junho próximo, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, com a expectativa de superar os 64 mil visitantes e mais de 2 mil expositores que participaram da edição passada. Considerada a porta de entrada para o mercado latino americano, que vive um momento muito favorável para novos investimentos, a Fispal Tecnologia proporcionará aos expositores o contato direto com os principais players do Há mais de 26 anos mercado. a feira mostra as A feira mostra as principais noviprincipais novidades e dades e tendências do mercado, como também as mais diversas soluções para tendências do setor os diferentes negócios do segmento. É nesse espaço que acontece também a maior e melhor mostra de embalagens da América Latina. Além das últimas inovações e tendências do mercado, nesse espaço se discute como o setor de embalagens pode contribuir para o desenvolvimento da indústria de alimentos e bebidas, através de eventos que têm como matéria-prima a informação e o relacionamento. O evento é organizado pela BTS – Brazil Trade Shows, a maior promotora de feiras ligadas à alimentação da América

2011

Latina, responsável pela Semana Internacional da Alimentação e Hospitalidade.

Matérias-primas e insumos: maior diversidade

Em cada edição, a indústria nacional e internacional se reúne para estreitar relacionamentos, trocar experiências, identificar oportunidades, realizar novas parcerias e principalmente fazer grandes negócios. Na atual edição, farão parte da feira maior e mais diversificado número de expositores de matérias-primas e insumos no setor de alimentação para atender os cerca de 12 mil visitantes que procuram, especificamente, este segmento. Trata-se de compradores de aditivos, ingredientes, corantes e conservantes, que visitam a feira com o intuito de encontrar, além de novidades em processos e tecnologias, a mais completa cadeia de produtos e serviços. Segundo o presidente da BTS, Alexandre Barbosa, a ideia foi reunir as maiores empresas e oferecer aos visitantes todas as oportunidades em um só lugar. “Nossa feira vem nesta edição ainda mais segmentada e completa com o objetivo de atender nosso público de maneira mais qualificada e eficiente” ME


evento

Divulgação

mercado empresarial

Brazil trade SHoWS Terceira maior promotora de feiras do País, a Brazil Trade Shows (BTS) consolida-se como a principal promotora voltada para a cadeia produtiva de alimentos e bebidas na América Latina, com feiras e publicações que são referência no mundo inteiro. Seu portfólio inclui nomes como: Fispal Tecnologia, Fispal Food Service, Fispal Bahia, Fispal Hotel, FispalCafé, ABF Franchising Expo, TecnoSorvetes, TecnoCarne, MercoAgro e ForMóbile. Na área editorial é responsável pela publicação da Revista Nacional da Carne e da revista Leite e Derivados, duas maiores e mais importantes publicações técnicas dos seus segmentos. Possui escritórios em São Paulo (sede) e Curitiba.

Fispal Tecnologia 2010

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Supermercado do futuro propõe uma nova experiência de compra *Por Assunta Napolitano Camilo

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emos acompanhado a evolução das propostas do laboratório de pesquisas do Grupo Metro®. Grande player alemão entre as redes de varejo e atacado mundial, reuniu nestes projetos grandes empresas do mercado de consumo, como Johnson&Johnson®, Nestlé®, L’oréal®, Coca Cola®, Procter&Gamble®, Microsoft® e outras do setor de tecnologia: IBM, Avery Dennison, Accenture, Siemens®, Fujitsu®, SAP®, Oracle® entre tantas outras. A ideia central é testar tecnologias dentro de vários cenários vislumbrados, e aplicar as melhores em mercados-teste. Monitoram de perto a grande concorrente, as compras por internet, tentando aliar-se a ela. Pretendem, sobretudo, proporcionar uma experiência de consumo agradável que promova a ida de consumidores aos supermercados. Até Os supermercados porque, há pesquisas que comprovam entenderam há que a compra presencial tende a ser tempos que teriam que maior do que a virtual, já que a exposição é maior no palco dos supermercados enfrentar as compras reais. Neste sentido estão sendo invespela internet como tidas consideráveis somas para rever o concorrência. Assim, conceito dos supermercados como são eles se movimentaram até hoje. A tecnologia do Radio Frequency para promover uma Identification (RFID) segue sendo a experiência de compra maior aposta. É usado para identificar, melhor rastrear e garantir uma série de “serviços” aos produtos. A aplicação dessa tecnologia garante o rastreamento desde os paletes, ou “big bags” do armazém geral até a casa do consumidor.

Alguns exemplos de aplicação do RFID

1 “Ver” através dos baús dos caminhões e das caixas de embarque. Por meio da leitura de scanners de mão ou de leitores fixados em portais, pode-se conferir não só o número de caixas (ou embalagem secundária), como também quantos produtos exatamente há dentro delas. Assim como, sem abrir e/ou conferir o baú, saber exatamente o que ele contém; 2 2Separar produtos para compras de multiprodutos, por exemplo, as compras de cada consultora de venda direta, ou separar diferentes pedidos de roupa para diversas lojas; 3 3Monitorar a validade para vender antes os produtos mais

antigos, até mesmo promoções diretamente na gôndola são feitas a partir da informação da proximidade da expiração dos produtos; 4 Realizar todo o controle de reposição desde a gôndola até os armazéns e de lá aos fornecedores, em tempo real; 5 Rastrear a origem dos alimentos, promovendo um nível de segurança alimentar maior, pode-se saber de qual árvore o produto veio; 6 Pagamento mais rápido e seguro: ao sair com a compra do supermercado, não há necessidade da leitura de cada item, o débito da compra vai direto ao cartão de crédito que o cliente apresentou; 7 Na casa do consumidor, o sistema continua prestando serviços: • a geladeira avisa ao ser aberta quais produtos estão próximo do final da validade; • o forno de micro-ondas identifica o produto e se autoprograma para prepará-lo; • o fogão inteligente faz o mesmo, e ainda indica os acompanhamentos e procedimentos de preparo; • da mesma forma os aparelhos de preparar pães, arroz, e outros equipamentos da cozinha; • a adega avisa qual o vinho que harmoniza melhor com o prato preparado pelo forno ou fogão; • a máquina de lavar roupas, além de se autoprogramar, identifica se há peças que podem se manchar entre si; • o armário de roupas pode te ajudar a compor o modelito, através do seu próprio espelho; • as lixeiras alertam se há algum engano no descarte das embalagens.

O grande palco: o Supermercado Desde a entrada, o cliente é identificado pela leitura do cartão de crédito ou do aparelho celular, desde então recebe informações relevantes para auxiliá-lo na sua tarefa de com-


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prar. A partir do histórico, mostram ao cliente seu perfil de compra, novidades relacionadas, promoções e ainda o avisa caso ele se esqueça de algum item. Na entrada principal é possível também se inscrever ou consultar ou seu programa de fidelidade, ou trocar seus cupons. Além disso, neste local ficam as máquinas de reciclagem (de vidro, PET e alumínio) e retorno de vasilhames de vidro ou PET retornável, até os engradados podem ser trocados por dinheiro ou pontos. Tudo muito simples e funcional: algumas máquinas de autosserviço leem os códigos, identificam o material, e já o separam do outro lado. Simples como deve ser. Você pode decidir se quer utilizar o assistente pessoal de compras (PSA) um pequeno equipamento que fica no seu carrinho, orientando sua compra, ou se prefere fazer isso sozinho ou pelo seu celular (MSA.). Espaços amplos, corredores largos, clima agradável e, se mesmo assim, você se entediar, faça uma pausa no quiosque de Café, que tem autosserviço e, ao lado, há estações com internet rápida a sua disposição. Display gigante e em 360° que mostra as ofertas, conferindo um ar de alta tecnologia. Para começar, que tal a escolha de seu CD de música ou DVD sem a necessidade de usar aqueles incômodos fones de ouvido? Apenas “mostre” ao leitor e a imagem do DVD aparecerá na tela ou o som do seu CD tocará num raio de alcance que apenas o atinja. Procurando aventura ou esportes? Se for uma bicicleta, ao se aproximar dela, ouvirá uma música. Patins ou remo? Outras opções de músicas serão tocadas no momento da aproximação. Excitante, não é? Produtos pessoais? No setor de tratamento de pele, é só “medir” sua pele através de um pequeno chumaço de algodão e depois de ele ser molhado em você, é lido pela máquina que te oferece um programa completo de tratamento, incluindo diversas marcas, listando-as com seus respectivos preços. Você decide quanto investir na sua beleza. É dia de festa? Quer sugestão de maquiagem especial? Ou normal? É só permitir que a câmera embutida capture a sua imagem, daí o programa especial propõe uma nova “imagem”, se você aprovar, indica os itens necessários para compor aquela situação. A seção de importados merece um destaque: todas as prateleiras (gôndolas) são organizadas em diagonal, de tal forma, que se pode ver o todo antes mesmo de entrar no corredor, e assim visualizar o setor aonde se quer ir. Na gôndola escolhida, ao se aproximar, uma música-tema do país começa a tocar. Sensacional.

E as bebidas? Está em dúvida? Para isso, há um serviço especial de degustação: apresente seu cartão de crédito, pague alguns centavos e saboreie a bebida que quiser, escolha e leve. Hoje é sexta feira, e decidiu por um peixe? Assim que se aproximar da peixaria, ela se acenderá com um sol enorme, as luzes proveram também efeitos especiais no piso, dando a clara sensação de estar no mar, há peixes nadando sob seus pés... Num visual muito dinâmico como são as ondas... E o som? Gaivotas, claro, a sensação é de que elas estão dando rasantes, ainda bem que a brisa é agradável e o cheiro da maresia, uma delícia. Prefere uma carne vermelha e com garantia e segurança alimentar? No setor de carnes, foi o primeiro a receber o sistema de RFID para rastreamento e controle de qualidade inteligente, que avalia não só o tempo, mas as condições de temperatura e umidade de armazenamento. Mesmo assim não sabe qual peixe levar? É só consultar o menu no monitor a sua frente, que, além de explicar sobre cada peixe e frutos do mar, oferece uma infinidade de receitas que você pode imprimir, “baixar” no seu celular ou mandar ao seu email. Você decide. Se ainda estiver em dúvida e o GPS do seu celular não está ajudando, você pode recorrer a Ally, “uma” robô esperta que está sempre atenta e de bom humor para te ajudar no que precisar, e ela não se esquece de nada! Sua tela é “touch screen” e em quatro línguas, afinal, atender a diversidade é importante!

a questão da saída

Pronto para ir para casa? Você também pode decidir se prefere contar com auxílio de pessoas ou prefere pagar sozinho? Há três tipos de saída possíveis. Consideram importante manter o modelo tradicional, o misto e o novo, assim atendem a todos. Meios de pagamentos: celular, cartão de crédito, dinheiro, cupons. Você pode ainda preferir manter as funcionalidades do sistema RFID ou desativá-lo, se assim decidir, será fácil. Alguns grupos de consumidores alegam que o sistema pode comprometer a privacidade, que seria o “grande irmão”. Radicalismos à parte, o sistema tem vários aspectos interessantes que muito pode contribuir para facilitar nossa atribulada “vida moderna”. Iremos visitar novamente este supermercado modelo para acompanhar a evolução em maio de 2011, quando ocorrerá a maior feira de embalagens do mundo, a InterPack, quem quiser pode nos acompanhar: consulte-nos no www.institutodeembalagens.com.br . Será uma ótima e agradável experiência!

*assunta napolitano camilo diretora do Instituto de Embalagens e da Consultoria FuturePack

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MERCADO DE FRANQUIAS CRESCE 20,4%

E FATURA R$ 75 BILHÕES EM 2010

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segmento de alimentação liderou os resultados obtidos pelo mercado brasileiro de franquias em 2010. O setor movimentou R$ 75,9 bilhões no ano passado, com alta de 20,4% sobre 2009, enquanto o ramo de alimentos faturou R$ 15,2 bilhões, superando em 20,1% o lucro anterior. As informações são do diretor executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Ricardo Camargo. “O crescimento do franchising tem acompanhado o desenvolvimento econômico do Brasil”, afirmou Camargo. Ele Mais 19 redes franlistou o alto nível de emprego, o aumento queadoras entraram da renda dos trabalhadores e a criação de para o mercado, amlinhas especiais de crédito para franquias pliando em 16,5 % o como os principais fatores que beneficianúmero de players ram o setor. Em 2010, 19 redes franqueadoras entraram para o mercado, ampliando em 16,5 % o número de players, enquanto 876 franquias e lojas próprias foram criadas, representando a variação de 27% sobre o total de unidades do ano anterior. Os três segmentos que mais cresceram, nesta ordem, foram os de alimentação, acessórios pessoais e calçados e de vestuário. “Com a mulher trabalhando fora de casa, ela passa a ter uma renda maior e a comprar esses produtos, o que favorece os segmentos”, justificou Camargo. Somente o

CUSTO DA DANONE CAI COM EMBALAGEM MAIS LEVE

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Empresa utiliza como alternativa para suas embalagens o processo “Foam”

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Boticário abriu quase 300 franquias em 2009, ano em que 14 redes especializadas em iogurte foram criadas, segundo o dirigente da ABF. “É um setor organizado que tem projeções amplas sobre o futuro”, observou. Para este ano, a associação espera que o mercado de franquias cresça 15%, em faturamento, e gere 62 mil empregos diretos. Um aumento de 8% é esperado para a criação de novas marcas e unidades do tipo franchising.

Tendências

Uma novidade para o setor é o surgimento de microfranquias, estabelecidas ao custo médio de R$ 50 mil, que levam a ABF a pensar na contratação, ainda neste ano, de um diretor-adjunto exclusivo para o pequeno negócio. Como explicou Camargo, “isso vai crescer rápido demais, não queremos que seja de maneira desorganizada”. Outra tendência é a ocupação dos interiores estaduais por franquias de todos os ramos, principalmente no Estado de São Paulo, que concentra 56,9% de todas as sedes do setor. No nordeste, Pernambuco é “o centro nordestino das franquias”, com 7 % do total de unidades. Fonte: DCI ME

multinacional francesa Danone tem investido para tornar o Brasil uma base forte para seus negócios. Segundo o presidente da Danone, Mariano Lozano, o País já representa a quinta operação da companhia no mundo, e é o segundo lugar que recebeu tecnologia semelhante à da matriz, na França, para redução de custos nos processos de produção. Para otimizar a fabricação de seus produtos, reduzindo gastos com energia e insumos, a Danone Brasil, líder nacional em produtos lácteos frescos (PLF), desde 2009, utiliza como alternativa para suas embalagens o processo “Foam” (do inglês espuma). “Com essa embalagem, a companhia tem uma economia de 19%

na utilização de plástico, já que o mecanismo faz com que a chapa usada na produção das bandejas de plástico empregue menor quantidade de resina PS [Poliestireno]”, afirma Lozano. Atualmente, a subsidiária brasileira do Grupo Danone, que projeta faturar R$ 2 bilhões até 2012, é a única fábrica que adota a tecnologia em suas três plataformas de termoformados, que representam 70% do volume produzido pela empresa. Com ela, são fabricadas as bandejas Activia 400 g, bandejas de Danone polpa Morango 600 g e bandejas Danoninho Morango 360 g. Fonte: DCI


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Tangará Foods adquire Lativale por R$ 55 milhões

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Tangará Foods S/A, empresa com sede em Vila VeFaturamento lha (ES), acaba de adquirir a empresa de Estrela (RS) Laticínios deve chegar a Vale do Taquari (Lativale) por R$ R$ 300 milhões 55 milhões. A Lativale produz hoje até 2013 600 mil litros de leite por dia. A aquisição ainda passará pelo processo de due diligence – análise e avaliação de informações e documentos da aquisição – nos próximos 60 dias. “A Tangará, que já possui uma estrutura sólida e uma fortíssima presença no segmento de lácteos, agora amplia seu escopo com a aquisição da Lativale. Faz todo sentido para a estratégia de negócio do nosso grupo investir leite condensado e creme de leite, com matéria-prima forneste segmento e, assim, tornar-se um grande necida por uma rede de 12 mil produtores de todo o estado player também na produção de leite em pó”, do Rio Grande do Sul. A Lativale emprega atualmente uma afirma o vice-presidente de operações José equipe com cerca de 100 funcionários. A Tangará Foods - Fundada em 1993, é parte de um Aloizio Teixeira Junior. Após o processo de due dilligence, a Tangará pretende injetar R$ grupo com mais de 40 anos de atuação no segmento de 20 milhões na empresa e, com isso, aumentar alimentos. Com sede em Vila Velha (ES), a empresa coo faturamento de R$ 150 milhões para R$ 300 mercializa soluções lácteas, leite em pó, café e ingredientes para indústrias de alimentos, e também atua nas áreas de milhões até 2013. Atualmente a Lativale produz leite em pó, trading, atacado e logística ME

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Lucro de produtores bate recorde na safra de grãos

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stá difícil conter a euforia em algumas lavouras. É tempo de colheita de grãos no “Brasil profundo” e os produtores de soja, milho e algodão já suspeitam estar diante de uma das mais lucrativas safras da história do país. Com bons volumes e preços elevados, nas áreas de produção mais desenvolvidas as margens de lucro baterão recordes. Diferentemente do que costuma ocorrer no campo, muito poucos perderão dinheiro nesta safra. O jornal Valor visitou, de 14 a 19 de março último, 51 lavouras de soja, milho e algodão em 15 localidades mineiras, goianas e baianas. Acompanhou a Agroconsult, que há oito anos organiza a expedição “Rally da Safra”, participou de trabalhos de campo, conversou com agricultores e confirmou o cenário bastante positivo desenhado há meses por órgãos oficiais e especialistas, apesar de algumas adversidades climáticas. André Debastiani, coordenador Cenário é bastante do Rally da Safra, mostra números positivo, apesar das que confirmam o otimismo dos proadversidades dutores. No Paraná, por exemplo, climáticas a rentabilidade média das lavouras de milho de alta tecnologia deverá superar R$ 2 mil por hectare, valor 150% maior que os R$ 800 da safra anterior. Em Minas, a margem dos produtores de milho será ainda maior, de R$ 2,3 mil por hectare, quase 190% acima do valor do ano passado. As contas são preliminares, fechadas a partir de apurações realizadas até o início de março. No caso da soja, a Agroconsult estima a margem média em mais de R$ 1,3 mil por hectare no Paraná e R$ 849 no Mato Grosso, onde a safra foi “abençoada”, segundo Debastiani. “É um cenário que tende a motivar a ampliação de investimentos”, disse, em encontro com produtores em Unaí (MG). Nessa região específica, porém, problemas climáticos limitarão os ganhos. As chuvas diárias, que não dão trégua desde antes do Carnaval, reduziram a produtividade e provocaram alguma decepção, ainda que o lucro esteja garantido, em torno de R$ 800 por hectare. Para o algodão, a margem de lucro dos produtores mais eficientes do oeste da Bahia vai ultrapassar R$ 3 mil por hectare, segundo estimativas de agrônomos. Fonte: Valor ME

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arte dos 600 recém-contratados funcionários da Kraft Foods Brasil ajudaram a cortar o laço inaugural da nova fábrica Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, em 5/5 último. Com investimentos de mais de R$ 100 milhões, a nova planta vai produzir bebidas em pó e chocolates. Esse é o mais recente investimento da empresa no Norte-Nordeste do Brasil com o objetivo de acelerar ainda mais o crescimento nessas duas importantes regiões brasileiras. A nova fábrica é prova da importância do Brasil como um dos 10 mercados-foco dos negócios da multinacional americana nos países em desenvolvimento e, mais ainda, da força que o consumidor nordestino tem na atual economia brasileira. “Temos feito grandes investimentos no Brasil e os resultados mostram um crescimento orgânico das receitas líquidas em torno de mais de 16% em 2010. Mais do que nunca, estamos aumentando nosso compromisso num negócio que já funciona bem, com grandes expectativas nas oportunidades de crescimento fenomenal no Norte e Nordeste do Brasil”, afirma o presidente da Kraft Foods para Mercados Emergentes, Sanjay Khosla. A fábrica de Pernambuco gera, nesse primeiro momento, cerca de 600 empregos diretos. Esses novos colaboradores irão supervisionar a produção de marcas tradicionais e de grande importância para o consumidor brasileiro como Bis, os tabletes Lacta e os refrescos em pó Fresh e Tang.


mercado

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Kraft Foods Brasil inaugura primeira fábrica no Nordeste “Nos últimos cinco anos, fortalecemos nossa presença regionalmente, expandindo a distribuição e construindo uma estrutura local completa para estarmos mais próximos dos clientes e consumidores. A unidade de negócios Norte e Nordeste passa a contar, com a abertura dessa fábrica, com 1100 colaboradores dedicados exclusivamente ao consumidor nordestino”, ressalta o presidente da Kraft Foods Brasil, Marcos Grasso. “O Norte e Nordeste vem crescendo rapidamente e a nova fábrica dará mais agilidade para melhor atender as necessidades regionais”, diz Grasso. A expectativa de sucesso da operação do Nordeste é tão grande que, mesmo antes de entrar em funcionamento, a nova fábrica da Kraft Foods já está em expansão. Com um investimento adicional de R$ 50 milhões, a planta vai também produzir biscoitos até o fim de 2012.

Fábrica verde

A nova fábrica conta com alguns dos recursos mais modernos do mundo para a redução dos impactos ambientais. A nova estrutura possui, por exemplo, clarabóias prismáticas para utilização de iluminação natural, aquecimento solar da água, sofisticada estação de tratamento de efluentes, equipamentos de baixa emissão de carbono e estacionamentos “eco-pavimentados”. No Brasil, a companhia já possui muitas outras iniciativas sustentáveis em suas fábricas como programas de reaproveitamento de água da chuva, redução de uso de gás, água e luz, desUm investimento tinação adequada dos resíduos de prode mais de R$ 100 dução, além da preocupação constante milhões do uso racional dos recursos naturais e matérias-primas. A Kraft Foods Brasil, é subsidiária da Kraft Foods Global Brands LLC., maior indústria de alimentos nos Estados Unidos e a segunda maior no mundo ME

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economia

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Pacote de tarifa bancária sobe até 124%

Pesquisa do Idec mostra como instituições se comportaram desde que o Banco Central adotou norma para cobranças, em abril de 2008

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rês anos depois de o Banco Central (BC) adotar normas para padronizar as tarifas bancárias, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) fez um levantamento que chega a três conclusões principais: o pacote que inclui vários serviços ficou até 124% mais caro; as receitas dos bancos com tarifas subiram, em média, 30%, acima da inflação de 18% do período; e as queixas ao BC sobre o tema continuaram crescendo. “A padronização das tarifas foi positiva, pois organizou a nomenclatura para os clientes”, disse a gerente jurídica do Idec, Maria Elisa Novais. “Mas ainda falta clareza para o consumidor, que não sabe bem o que pode ter gratuitamente e se o pacote oferecido é adequado para seu nível de renda”, exemplificou. O levantamento, obtido com exclusividade pelo Estado, engloba as sete maiores instituições financeiras de varejo: Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander, Caixa, HSBC e Banrisul. Segundo o Idec, uma cópia do trabalho foi entregue ao BC na primeira semana de maio último. A

assessoria do BC confirmou o recebimento, mas observou que, até uma semana depois, o documento não havia sido encaminhado à área responsável por essa regulamentação, o Departamento de Normas. A pesquisa revela, por exemplo, que o Pacote Simples para correntistas do Santander saiu de R$ 8,90 por mês em abril de 2008 (quando a norma passou a vigorar) para R$ 19,90 em março último. É uma alta de 124%. Procurado, o banco informou que “os valores auferidos em 2008 e em 2011 não correspondem ao mesmo pacote de serviços”. “O atual pacote tem inúmeros serviços e vantagens adicionais.” Outra revelação é que, na média, as receitas dos bancos com tarifas cresceram 30% entre dezembro de 2008 e dezembro de 2010 (as datas são diferentes porque o Idec, neste caso, utilizou os balanços anuais divulgados pelas instituições). A Caixa foi o banco que teve a maior expansão no intervalo: 83%. O Idec também constatou que, apesar das regras, as queixas em torno de tarifas continuaram a crescer - segundo analistas, era de se esperar o contrário, porque a normatização veio para facilitar o entendimento. De abril de 2009 (quando o BC mudou a nomenclatura de seu ranking de queixas) a março de 2010, houve 1.406 reclamações contra tarifas. Nos 12 meses seguintes, foram 1.553, alta de 10%. Em resposta ao Idec, o diretor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) André Luiz Lopes dos Santos reconhece que “pode haver um déficit de informação”. “É praticamente impossível controlar a postura de cada vendedor (funcionário).” Ele pondera, no entanto, que a própria Febraban tem um site no qual é possível comparar as tarifas entre as instituições. “Sei que, na hora de abrir uma conta, no banco, é difícil lidar com tanta informação. Mas uma consulta ao site deixa o cliente mais bem preparado para decidir.” Fonte: Estadão ME


cases & cases

mercado empresarial

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As soluções não são simples e dependerão do apoio da sociedade

conomistas do gover no trabalham numa agenda ousada de desindexação da economia, que vai além dos contratos atrelados a índices de preços. Ela deve abranger os investimentos financeiros indexados ao DI (juros médios das operações interbancárias), a caderneta de poupança e o que eles estão chamando de indexação “oculta”. Esta se refere a preços que, embora livres, não obedecem aos ciclos econômicos. O mapa da indexação no país é mais extenso do que se imagina, conforme radiografia já concluída por esse grupo de técnicos. Mesmo no universo de preços livres há algum tipo de correção baseada na inflação passada. No mercado financeiro, prevalecem práticas criadas no tempo da superinflação. As soluções não são simples e dependerão do apoio da sociedade. Não é intenção do governo, porém, retomar o processo de desindexação de forma compulsória, para implementação em curto prazo. “Queremos fazer isso de maneira amigável, criando incentivos e penalizações e obedecendo às regras de mercado”, disse uma qualificada fonte oficial. As discussões em curso se alinham a uma outra agenda não menos importante: criar uma estrutura de incentivos que estimule as famílias a fazer poupanças financeiras de longo prazo. O estoque de aplicações em fundos e cadernetas de poupança soma, hoje, cerca de R$ 2 trilhões. São recursos em aplicações de curto ou curtíssimo prazos e que poderiam ser mais longas. Assim, contribuiriam, inclusive, com o financiamento de projetos que vão demandar cerca de R$ 1,3 trilhão nos próximos quatro anos. Se a iniciativa desse grupo vingar, será a primeira vez, desde de 1995, que o governo enfrentará a indexação. Em julho daquele ano foi editada a Medida Provisória 1.053, que proibiu o uso da correção monetária ou de índices de preços em todos os contratos de até um ano e estabeleceu a livre negociação para os salários. Passado todo esse tempo, subsiste o mecanismo perverso de propagação da inflação passada para a inflação futura, num sistema resistente às políticas de controle da inflação. Fonte: Valor ME

EMBALAGEM ATIVA MANTÉM ALIMENTOS FRESCOS POR MAIS TEMPO Imagem: Fraunhofer

Governo enfrentará a indexação

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A análise microbiológica confirmou que as embalagens ativas destruíam com sucesso grande parte dos germes sobre a carne.

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As embalagens

ientistas do Instituto antimicrobianas Fraunhofer, na Aleativas foram manha, criaram uma recentemente embalagem antimicrobiana ativa, que permitirá que os autorizadas pela alimentos fiquem armazenaUnião Europeia dos muito mais tempo sem se deteriorarem. As embalagens antimicrobianas ativas foram recentemente autorizadas pela União Europeia, que agora permite que as embalagens incorporem compostos especificamente projetados para liberar substâncias nos alimentos armazenados. Esse tipo de embalagem também já foi introduzida no Japão, onde prata, etanol e wasabi foram autorizados como ingredientes ativos. “Isto significa que, em um contato direto, um agente antimicrobiano é liberado para a superfície do produto,” explica Carolin Hauser, coordenadora da pesquisa. “A superfície é o principal ponto de ataque para os germes. Usando pequenas quantidades de agente ativo,


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cases & cases

a embalagem pode fornecer uma proteção eficaz aos alimentos.” Para atender à legislação dos diversos países, somente podem ser usados agentes ativos que cumpram as regras a que estão sujeitos os gêneros alimentícios eles não devem ser tóxicos ou alergênicos e devem ser neutros em termos de aroma e sabor. Além disso, do ponto de vista industrial, os agentes ativos devem ser facilmente incorporados na película da embalagem.

LEITE ESPECIAL PARA BARISTAS É NOVIDADE NA EUROPA

Ácido sórbico

Levando em conta todas estas considerações, Hauser acredita que o melhor composto antimicrobiano para uso em embalagens ativas é o ácido sórbico, que ela dissolveu em um verniz e depositou sobre o filme transparente que envolve o alimento. Nos testes, a pesquisadora usou vários pedaços de lombo de porco. Um dia após o abate, ela contaminou cada um deles com cerca de 1.000 unidades formadoras de colônias da bactéria Escherichia coli. A seguir, ela armazenou alguns pedaços em uma embalagem comum, e outros no seu novo filme ativo. Depois de sete dias em um freezer industrial, a oito graus Celsius, diferenças bem claras já eram aparentes entre os diversos pacotes. E a análise microbiológica confirmou que as embalagens ativas tinham destruído com sucesso grande parte dos germes sobre a carne: o número de bactérias de E. Coli sobre as peças era cerca de um quarto do número encontrado nas embalagens comuns. “Depois de uma semana, a contagem total de germes na superfície [do produto] diminuiu significativamente em comparação com a carne embalada em película não-tratada. Isso indica que nosso filme ativo é adequado para manter o frescor - e, acima de tudo, a segurança - de preparados de carnes, queijos, filés de peixe e outras carnes frias,” afirma Hauser. Fonte: Inovação Tecnológica ME

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cooperativa de lácteos Polonesa SM Rotr lançou um leite UHT específico para baristas e sua arte com café. O ‘Blanco Rotr para Baristas é um leite com 3,2% de gordura, em embalagem cartonada asséptica da SIG Combibloc, considerado ideal para criar ‘Latte Art’ (Arte com Leite). O produto foi usado, inclusive, como ingrediente na criação da bebida vencedora do Campeonato Polonês de Baristas 2010 que aconteceu dentro do evento EuroGastro, um dos maiores do mundo do setor. O ‘Blanco Rotr’ é oferecido em embalagem combiblocSlimline de 1 litro da SIG Combibloc com a tampa de rosca combiSwift que garante total conveniência na abertura e uso do produto. Outra vantagem é que depois de aberta, a embalagem pode ser facilmente fechada, garantindo proteção contra a contaminação por odores e demais agentes externos. Segundo Bartosz Więckowski, Gerente de Copnta da Rotr, “o novo produto é de longe a marca de leite mais popular entre os experts em café, já que é perfeita para o preparo de lindos cappuccinos, Latte Macchiatos e outras bebidas à base de café. O alto teor de gordura


cases & cases

SIG Combibloc

mercado empresarial

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WHIRLPOOL, DONA DA BRASTEMP, APOSTA NO EMOCIONAL PARA INOVAR

SIG Combibloc

Latte art: O ideal é que a arte criada como leite seja a marca registrada da bebida e/ou do lugar e seja facilmente reconhecível

Geladeiras coloridas e com design retrô são uma das inovações que tocam o emocional dos consumidores

Capuccino: Baristas em todo o mundo estão aperfeiçoando a habilidade do ‘Latte Art’ de forma que o leite crie padrões sobre a superfície do café

garante uma característica única quando ele é colocaProduto de alta do no vapor: uma textura qualidade, em uma cremosa e grossa. O leite embalagem de fica com uma densidade máxima conveniência, e consistência perfeitas ideal para criar Arte para a criação de peças de arte com café que fogem com Leite dos tradicionais leite e expresso”. Baristas de todo o mundo estão se aperfeiçoando na técnica de Latte Art, ou seja, a arte de preparar o café com leite ou o cappuccino artisticamente, usando o leite para criar um desenho único sobre a bebida. Para fazer isso, o leite deve deitar-se sobre a espuma do café. A arte é criada por movimentos suaves despejando o leite, o que requer prática e habilidade. Outro exemplo de leite para esta finalidade vem da Austríaca Gmundner Molkerei com a marca Rosan. O produto, vendido em embalagem combiblocSlimline de 1 litro da SIG Combibloc, tem um teor de gordura de 1,5% e uma proporção de proteína mais que a do leite normal. Johannes Schmid, da área de Desenvolvimento de Produto da empresa, explica: “o teor de proteína do leite é o que garante a textura do leite depois de passado pelo vapor e depois de criada a espuma. Nosso leite espumado tem um teor de proteína de 3,9 gramas por 100 ml. Quando ele é colocado no vapor, a espuma é criada pela mistura das proteínas do leite com o ar”. SIG Combibloc - é uma das principais fornecedoras mundiais de embalagens cartonadas e máquinas de envase para alimentos e bebidas. Em 2009 a empresa alcançou um faturamento de R$ 1,26 bilhão, com cerca de 4.250 funcionários em 40 países. A SIG Combibloc integra o Grupo Rank, com sede na Nova Zelândia. Fonte: revista Embalagem&Tecnologia ME

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o início dos anos Empresa usa 2000, em um pasreferências seio por algumas emocionais dos lojas, o então presidenteconsumidores para executivo da fabricante de eletrodomésticos Whirlpocriar novos aparelhos ol, David Whitman, percebeu que tanto os produtos de sua empresa, quanto os da concorrência tinham algo em comum: o branco. Neste momento, percebeu que era preciso mudar, já que, em um mercado onde os produtos são praticamente iguais, as chances de se destacar são bem menores. Assim teve início uma década de esforços cada vez maiores da Whirlpool para inovar em design, produtos e processos, contou o gerente geral de design e inovação da Whirlpool Latin America, Mário Fioretti. Passada mais de uma década, a companhia reúne vários casos de sucesso, apresentados durante a edição de 2011 do Café da Manhã dos Inovadores, em março último, em São Paulo. Neste ano, a Brastemp, uma das marcas da Whirlpool, lançou uma geladeira em estilo retrô, similar às usadas nos anos 50. “O design é redondinho, bonito, com cores diferentes da linha branca. Esse produto vai entrar na casa das pessoas com um valor emocional muito forte. É a força do design fazendo diferença na vida de cada um”, diz Fioretti. Foi a esse aspecto emocional que a Brastemp também recorreu quando precisou trocar o refrigerador BRM35, de grande sucesso de vendas, por um mais novo e moderno. Diante do desafio de ter que abandonar um produto com grande aprovação dos consumidores, a empresa resolveu inovar não no design, mas na forma como o refrigerador seria criado. “Em vez de fazer uma pesquisa normal, com questionários nas casas das pessoas, nós compramos algumas câmeras fotográficas, entregamos para um grupo de consumidores e dissemos: ‘vão para casa e fotografem aquilo que vocês acham bacana, que acham que traz valor no dia a dia e têm apego por ele’”, contou o executivo ME


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desenvolvimento

do papel pardo às EMbalagEns Por Sidney Anversa Victor e Pedro Vilas Boas

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s mercadorias embrulhadas em papel pardo ou jornal no próprio ponto de venda, há mais de 50 anos, até os produtos alimentícios oferecidos no comércio já devidamente embalados em papel-cartão nas fábricas, a revolução nesse campo foi gigantesca. O acondicionamento e proteção de produtos são, agora, apenas uma das funcionalidades da embalagem. A embalagem de papel-cartão representa atualmente cerca de 46% de toda a produção do parque gráfico nacional. Os atributos desse material para as indústrias alimentícia, farmacêutica, de cosméticos, higiene pessoal e limpeza, dentre outras, vêm consolidando o produto como preferencial do chão de fábrica ao consumidor final. O desenvolvimento da embalagem em papel-cartão, com impressão e acabamento sofisticados, ajuda hoje produtos a terem promoção, interação e comunicação com o consumidor,


mercado empresarial

desenvolvimento

pelo fato de se poder inserir conteúdos informativos em sua superfície de maneira lúdica e atraente. Outro ponto forte é a qualidade das cores e imagens, recursos gráficos que resultam em embalagens mais bonitas e expressivas. O fato é que a embalagem em papel-cartão tornou-se uma espécie de outdoor do produto, representando para a maioria dos itens dispostos em gôndolas o único meio de exposição, divulgação e apelo de venda — de acordo com pesquisas recentes, 90% dos produtos em pontos de venda não têm qualquer apoio de comunicação, como campanha de propaganda, publicidade ou marketing. Com infinitas possibilidades de formas e espessura, no aspecto da logística e distribuição, tem enorme contribuição por ser resistente, versátil e de fácil transporte, agregando ainda mais valor ao material. No âmbito socioambiental, tornou-se reconhecido item de proteção ao meio ambiente, já que o processamento de papel-cartão é proveniente, em sua totalidade, de florestas plantadas para fins industriais. As florestas plantadas, em seu período de crescimento e até o corte, sequestram grande quantidade de carbono na atmosfera, ajudando de modo direto na contenção do aquecimento global. Além disso, a embalagem de papel-cartão é totalmente biodegradável e 100% reciclável pós-consumo – o Brasil recicla 3,8 milhões de toneladas por ano de papel-cartão e reaproveita 100% das aparas pré-consumo do mesmo material. Assim, o estímulo ao uso da embalagem em papel-cartão tornou-se fundamental nos dias de hoje. Os aspectos positivos que proporcionam ao usuário final — com qualidades diversas de manuseio e capacidade informativa; aos negócios — pela facilidade de operação logística e promocional —; e ao meio ambiente, são argumentos decisivos para acreditar em uma expansão ainda mais significativa do material no cotidiano do brasileiro.

Sidney Anversa Victor é diretor do GE-EMBA - Grupo Empresarial de Embalagens da ABIGRAF - Associação Brasileira da Indústria Gráfica, região de São Paulo

Pedro Vilas Boas é executivo de Estatística e Produto da BRACELPA - Associação Brasileira de Celulose e Papel

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meio ambiente

folHaS artificiaiS A

melhor solução para os problemas globais de produção de energia já foi desenvolvida, é muito eficiente e vem sendo utilizada há mais de 2 bilhões de anos: a fotossíntese. A afirmação foi feita por , professor do Imperial College London, Reino Unido, durante o BIOEN Workshop on Molecular Mechanisms of Photosynthesis, promovido em outubro passado pelo Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo. Considerado um dos principais pesquisadores no mundo no tema da fotossíntese, Barber é membro da Royal Society of Chemistry e publicou 15 livros e mais de 500 artigos científicos sobre o assunto. “Imitar a natureza e desenvolver catalisadores capazes de mimetizar a fotossíntese – propiciando uma fonte de energia limpa e praticamente ilimitada – não é um sonho. É uma possibilidade real, contanto que seja feito um esforço internacional multidisciplinar que reúna os cientistas mais talentosos do planeta”, disse à Agência Fapesp. Segundo ele, uma tecnologia capaz de usar a luz do Sol com eficiência semelhante à observada nas plantas seria a solução definitiva para a questão energética. “A quantidade de radiação solar que se precipita no planeta Terra é gigantesca”, disse. “Uma hora de luz solar equivale à totalidade da energia que utilizamos em um ano em todo o mundo. É a maior quantidade de energia disponível. Não há nada que se aproxime disso. É também uma energia que incide sobre praticamente todo o globo. É, portanto, igualmente distribuída. Aprender a usar essa energia seria um salto sem precedentes na história da humanidade”, destacou. A população da Terra consome a cada ano, segundo Barber, 14 terawatts de energia, sendo que a maior parte é proveniente de combustíveis fósseis como petróleo (4,5 terawatts), gás (2,7 terawatts) e carvão (2,9 terawatts). “Como sabemos, isso é insustentável. Estamos queimando combustíveis fósseis desde a Revolução Industrial

e chegamos a emitir carbono em uma concentração de 360 partes por milhão (ppm). À medida que a população global aumenta de modo exponencial, essa emissão piora. Sabemos que se chegarmos a 550 ppm, haverá mudanças dramáticas no clima do planeta”, afirmou. Desenvolver uma “folha artificial” seria, segundo ele, a melhor solução a longo prazo. A tecnologia para capturar a energia solar e transformá-la em eletricidade já é bem conhecida: a energia fotovoltaica. Mas, embora seja importante, a energia fotovoltaica não resolve o problema energético. “A energia fotovoltaica é cara para competir com os baratos combustíveis fósseis. Em segundo lugar, não é suficiente apenas a produção de eletricidade. Precisamos de combustíveis para carros e aviões. O ideal é que tenhamos combustíveis líquidos de alta densidade, como é o caso do petróleo, do gás ou até mesmo dos biocombustíveis”, afirmou. A folha artificial, segundo Barber, é uma tecnologia que absorveria energia solar, armazenando-a em bombas químicas e produzindo combustível. “Talvez produza metanol, ou metano. Mas o importante é que teremos um combustível de alta densidade, como o petróleo, que tem uma quantidade incrível de energia armazenada em um pequeno barril”, disse. “É muito difícil armazenar grandes quantidades de energia em baterias. Ainda não temos a tecnologia para isso. Talvez um dia tenhamos, mas, no momento, acreditamos que armazenar


meio ambiente

mercado empresarial

única alternativa

Desafios para se usar a energia da fotossíntese energia em bombas químicas, como a fotossíntese faz, é o ideal”, apontou. Com o armazenamento em bombas químicas, a energia solar poderia ser guardada, transportada e distribuída. “Esse armazenamento se daria de uma forma mais complexa que a da energia fotovoltaica. O armazenamento é o verdadeiro desafio que temos pela frente para chegar à folha artificial”, afirmou. A solução desse desafio, no entanto, pode não estar tão distante quanto parece. Para Barber, a vantagem é que a química envolvida com a fotossíntese já foi desenvolvida, testada e aprovada pela natureza. “Conforme queimamos combustíveis fósseis, jogamos dióxido de carbono na atmosfera e isso é ruim para nós. Mas não e ruim para as plantas. Elas gostam de dióxido de carbono. Tanto que usamos o enriquecimento por CO2 em estufas. Então, trata-se de uma química que já existe. As plantas capturam o dióxido de carbono e o convertem novamente em combustível, em moléculas orgânicas”, disse. A folha artificial, segundo Barber, usará energia da luz para tirar oxigênio da água. Em seguida, o oxigênio servirá para converter o dióxido de carbono novamente em um composto rico em carbono. “Mas, para conseguir isso, teremos que desenvolver a catálise química. É preciso ter uma concepção robusta, usando materiais baratos e funcionando de maneira eficiente, que permita competir com os combustíveis fósseis”, afirmou.

O pesquisador britânico comparou o desafio do desenvolvimento da folha artificial ao desafio da aviação. “Leonardo da Vinci observou pássaros voando e sabia que o voo era fisicamente possível”, disse. “Ele tentou desenhar máquinas voadoras. Se olharmos os rascunhos, veremos que ele tentou, sem sucesso, mimetizar o voo de uma ave. No fim, conseguimos voar. Era possível. Há milhões de pessoas voando todos os anos em veículos construídos pelo homem, mas de uma maneira que Da Vinci jamais poderia imaginar.” Assim como os aviões voam de maneira completamente diferente das aves – embora elas tenham sido a primeira inspiração para os inventores –, as folhas artificiais, segundo Barber, provavelmente não terão semelhança com as folhas das árvores. “Não é preciso que se pareça com uma folha. Será uma tecnologia muito diferente da fotossíntese feita por elas. A forma como alcançaremos essa tecnologia poderá ser muito diferente da maneira encontrada pela natureza”, apontou. Para o cientista do Imperial College London, a folha artificial não foi desenvolvida até agora porque só recentemente se acelerou o avanço do conhecimento a respeito da fotossíntese. Os cientistas não sabiam, por exemplo, como ocorria a quebra da água no processo. “Hoje existe muito mais informação sobre os processos naturais. Os químicos estão trabalhando na construção de catalisadores artificiais e estão muito mais confiantes para começar a sintetizar”, disse. “Estamos no caminho do desenvolvimento dessa catálise. Mas, até agora, não tínhamos muitos trabalhos feitos sobre o tema, em nível global. Outro fator limitante é que os combustíveis fósseis dominam. E não houve ênfase em tentar desenvolver outras tecnologias inovadoras para o futuro. O motivo é simples: os combustíveis fósseis são baratos”, afirmou. Para Barber, o desenvolvimento da folha artificial seria a principal solução global para o problema energético. “Não consigo ver nenhuma outra alternativa a longo prazo. A curto prazo, provavelmente continuaremos queimando petróleo, carvão e gás. E rezar para que nada mais dramático aconteça com o clima. A médio prazo, deveremos usar biocombustíveis, mas nem todos os países poderão se valer dessas tecnologias”, disse. Segundo o cientista, a folha artificial é provavelmente mais viável, como solução global, do que as tecnologias limpas com uso de fusão nuclear. “Isso é algo difícil demais para se fazer. Não dá para comparar com a viabilidade da folha artificial, cuja tecnologia já existe”, ressaltou. “Posso produzir uma amanhã mesmo, usando um aparelho de produção de energia fotovoltaica, combinado com eletrodos de platina, alimentando o equipamento com energia solar, fazendo oxigênio e hidrogênio. Não é um sonho. É uma questão de otimização e de barateamento de produção”, afirmou. Fonte: Fábio de Castro/Agência Fapesp

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meio ambiente

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O MISTERIOSO SUMIÇO DAS

ÁRVORES CENTENÁRIAS E DIAGNOSTICADAS

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Foto: IPT

om o objetivo de preservar espécies centenárias, como tipuana, sibipiruna, pinheiro e palmeira, na região dos Jardins, uma das mais arborizadas na capital paulista, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a AES Eletropaulo e a associação AME Jardins – formada por moradores dos Jardins América, Europa, Paulista e Paulistano – anunciaram parceria para diagnosticar as condições de 2,2 mil árvores. O projeto, que começou no mês de abril último, avaliará exemplares nas avenidas Brigadeiro Faria Lima, Rebouças, 9 de Julho e na rua Estados Unidos. Caberá ao IPT o diagnóstico das árvores. Para isso, a instituição utilizará duas metodologias: a Avaliação Visual de Risco, que identifica o grau de risco das árvores em relação à rede de distribuição de energia elétrica; e o Diagnóstico para Análise de Risco de Queda de Árvores. Essa segunda metodologia, desenvolvida pela equipe do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do instituto, faz um levantamento das características da espécie e avalia as condições internas da árvore para verificar a presença de fungos e outros agentes biodeterioradores, identificando o grau de deterioração da vegetação. Segundo o IPT, espera-se que até dezembro o estudo esteja concluído. O relatório final será entregue à Prefeitura Municipal de São Paulo pela AME Jardins, com sugestões de manejo, poda, monitoramento de espécies e o mapeamento dos casos mais críticos e que oferecem risco de queda. O investimento da AES Eletropaulo na iniciativa é de R$ 500 mil e, de acordo com a empresa, servirá de diagnóstico para programar a poda de árvores com galhos próximos da rede elétrica nos Jardins ME

Parceria entre IPT, AES Eletropaulo e AME Jardins fará estudo de 2,2 mil árvores em bairro da capital paulista

ABELHAS

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á cerca de quatro anos, apicultores americanos, canadenses e europeus começaram a ter problemas com suas abelhas melíferas (Apis mellifera): elas estavam desaparecendo das colmeias. O sumiço estava causando prejuízo tanto aos que viviam diretamente da polinização e do beneficiamento dos produtos de origem apiária quanto aos agricultores, que dependiam dos insetos nas lavouras. “As colmeias tinham muita cria e poucas abelhas adultas. Destas, a maioria era recém-nascida, mas a rainha continuava presente”, afirma o professor de genética na Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, David D. Jong. O mesmo está acontecendo em Santa Catarina, onde a Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores (Faasc) recebeu tantas reclamações recentemente que criou uma comissão técnico-científica para estudar o assunto. “As maiores queixas foram de apicultores do litoral sul e da Grande Florianópolis. A média de perda de colmeias relatada gira em torno de 30%”, afirma Afonso Inácio Orth, professor do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e membro da comissão. Ele explica que sempre há uma perda no manejo das colmeias, algo entre 5% e 15% - 30% é muito. Nos EUA, a “doença” do desaparecimento das abelhas foi diagnosticada como Colony Collapse Disorder (CCD). As abelhas deixam para trás cria, mel e tudo o que produzem. O curioso é que nas colmeias atacadas não se veem abelhas mortas; nem dentro, nem ao redor. Algumas possíveis causas já foram apontadas, como o uso de novos inseticidas, aparição de vírus, problemas com a variabilidade genética, falta de alimentos adequados, fungicidas que afetam a alimentação das abelhas e a intensidade no manejo das colmeias, que são transportadas e alugadas para a polinização de lavouras em todo o País. Ácaros como o Varroa destructor e protozoários como a Nosema, conhecidos dos pesquisadores, também foram cogitados. Mas a abelha africanizada usada no Brasil, surgida a partir da mistura de uma subespécie


meio ambiente Divulgação

mercado empresarial

Desaparecimento preocupa os EUA e agora o Brasil; em SC, comissão investiga caso

energia eÓlica supEra a nuclEar na Espanha

Divulgação

europeia e uma africana, é mais resistente a doenças do que as europeias e não precisa de tratamento com fungicidas e, em condições normais, resiste ao ácaro. “Não podemos afirmar que seja o mesmo problema que ocorre nos EUA, mas os sintomas são bem parecidos”, diz Orth.

fenômeno mundial

De acordo com David D. Jong, o desaparecimento de abelhas já é um fenômeno mundial e pode causar danos à agricultura. “Nos EUA, no auge dos relatos, o aluguel de uma colmeia para polinização passou de US$ 40 por mês para algo entre US$ 150 e US$ 200.” Ele lembra que o Estado da Califórnia é totalmente dependente da polinização dirigida na produção de frutas e que só as plantações de amêndoa da Califórnia mobilizam 1,4 milhão de colmeias na florada. Em Santa Catarina, os preços também dispararam na safra do ano passado. “Quem contratou de última hora pagou R$ 75 por uma colmeia que até ontem era alugada a R$ 45 por florada”, afirma Orth. Santa Catarina foi pioneira no uso profissional das colmeias para a polinização das macieiras. Hoje são utilizadas cerca de 120 mil colmeias para isso, de acordo com Orth. O Estado produziu, na última safra, 700 milhões de toneladas de maçãs, mais de 50% da safra do sul do País, de 1,2 bilhão de toneladas. Segundo Nézio Fernandes de Medeiros, presidente da Faasc, os apicultores que perderam abelhas ficaram desesperados. “Quem sente mais depressa são os que vivem diretamente dos produtos. Há 30 mil famílias que dependem da produção de mel. A perda estimada foi de 6 mil toneladas do produto no ano passado”, disse ele. A boa notícia é que as abelhas, que vivem cerca de 30 dias, se reproduzem rapidamente: cada uma pode por até 3 mil ovos por dia, em média. Fonte: O Estado de S.Paulo

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energia eólica suE não emitem CO2 priu, em março último, 21% da demanda por eletricidade na Espanha e, pela primeira vez, esteve à frente da energia nuclear, que cobriu 19% do consumo do país. Os dados foram divulgados pela Rede Elétrica Espanhola. Os parques eólicos marcaram um recorde naquele mês, com uma geração de 4.738 GWh, cerca de 5% a mais do que em março de 2010, e superaram também o montante gerado por via hidráulica, consolidando-se como a primeira fonte renovável em volume de geração de energia no país. Ao todo, as renováveis supriram 42,2% da demanda por eletricidade na Espanha naquele mês - número que, apesar da contribuição da geração eólica, está abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, de 48,5%. A Rede Elétrica Espanhola explica que a produção de energia via hidrelétricas, em 2010, foi muito mais alta do que a que vem se observando este ano. Com este peso das renováveis, 57,9% da energia gerada foi por meio de tecnologias que não emitem CO2. O Ministério da Indústria detalhou que em 2010 as tecnologias “limpas” foram a principal fonte de geração elétrica na Espanha e representaram 13,2% da energia final gerada, quase um ponto porcentual acima dos 12,3% registrados em 2009. Fonte: Agência Estado ME


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meio ambiente

APROVADO NA CÂMARA, CÓDIGO FLORESTAL TAMBÉM DEVE PROVOCAR POLÊMICA NO SENADO

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liderança do governo no Senado terá a difícil tarefa de não deixar pontos passíveis de vetos da presidenta Dilma Rousseff no texto final sobre a reforma do Código Florestal. De acordo com o líder Romero Jucá (PMDB-RR), o projeto aprovado na Câmara dos Deputados na madrugada de 25 de maio último “é bom”, mas deverá sofrer alterações no Senado, especialmente com relação à emenda 164 para atender aos anseios do governo. “Precisamos construir uma alternativa que não vá a veto e que una toda a base. Provavelmente haverá emenda sobre isso [emenda 164] e outras coisas.” A emenda que causou polêmica transfere da União para os estados a comEmenda 164 e anistia a petência de legislar sobre a permissão desmatadores também para atividades agropecuárias em áreas de preservação ambiental. poderão receber vetos Para o presidente da Comissão de Meio da presidenta Dilma Ambiente (CMA) da Casa, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), esse trecho do texto aprovado pela Câmara dos Deputados deverá mesmo sofrer alterações. Ele defende que a União defina as diretrizes gerais sobre esse tipo de questão e os estados não possam alterar a definição para reduzir os benefícios ao meio ambiente. Outra questão que causou polêmica é a que trata da anistia dos produtores rurais que desmataram suas reservas obrigatórias. Para a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o assunto foi mal interpretado até pelo governo, que se manifestou contra a ideia

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CARTILHA AMBIENTAL SOBRE EMBALAGENS É FEITA COM VITOPAPER®

itopel, terceira maior produtora mundial de filmes flexíveis, vai fornecer com exclusividade seu papel sintético reciclado (Vitopaper®) para a produção de material didático sobre educação ambiental, que terá como tema as embalagens. O projeto “Nós, as Embalagens e o Meio Ambiente” é uma iniciativa do Instituto de Embalagens e O Vitopaper® é tem o objetivo de contribuir para que as resultado da reciclaembalagens possam ser entendidas e usadas gem de diferentes como aliadas na educação e conscientizatipos de plásticos ção ambiental das crianças.

depois de o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ter sido aprovado. “Não há anistia. Ele apenas manteve o que já está valendo agora pelo decreto presidencial. Ele suspende a validade das multas até que a pessoa regularize a área e recomponha a sua reserva. Ele troca a multa pela recomposição da reserva, o que é muito melhor.” Para o oposicionista Álvaro Dias (PSDB-SC), o texto aprovado pela Câmara prevê, sim, a anistia dos desmatadores e deve ser modificado pelo Senado. Na opinião dele, esses dois pontos devem provocar polêmica e rachas na base governista. Com isso, o senador acredita que as discussões sobre o novo código devem dividir, mais uma vez, os parlamentares em ruralistas e ambientalistas, e não mais em base aliada e oposição. “Como na Câmara, a base não deverá votar unida aqui”, afirmou o líder do PSDB. A divisão da base é o que Romero Jucá tentará evitar. Jucá pediu à presidenta Dilma que amplie o prazo do decreto que suspende as multas para os produtores que desmataram por 120 dias. Com isso, o líder acredita que ganhará tempo para discutir o assunto no Senado e evitar que esses produtores fiquem em dívida com o Estado e impedidos, por exemplo, de pegar empréstimos. O decreto, que foi assinado ainda pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vencerá no próximo dia 11 de junho. Se realmente o Senado aprovar emendas ao texto, o projeto precisará voltar à Câmara para deliberação. Só depois disso, a matéria seguirá para sanção presidencial, onde poderá receber vetos de Dilma. Fonte: Com informação da Agência Brasil

O pacote conta com a cartilha de 64 páginas que explica como são fabricadas as embalagens, fala de consumo consciente, reciclagem e sobre a simbologia que as identifica. Também acompanha um caderno de exercícios com 48 páginas que consolida os conceitos aprendidos e propõe construção de brinquedos e objetos com embalagens usadas. O conjunto vem numa sacola e ainda tem uma cartela com oito adesivos para que as crianças possam identificar as lixeiras de coleta seletiva. O material foi desenvolvido pela consultoria FuturePack e teve validação pedagógica dos colégios Pentágono, de São Paulo, e Onis, de Santos. Esta validação foi importante para adequar a linguagem e as atividades para a faixa etária do público de 8 a 10 anos de idade, garantindo assim um texto simples e fácil de ser entendido.


mercado empresarial

SISTEMA PARA PISCINA PODE SER USADO EM

USINAS DE ENERGIA

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omo o mundo agora está dolorosamente ciente, manter usinas nucleares perto do mar é brincar com fogo. A maioria das usinas de energia, independentemente do combustível usado, precisa de volumes imensos de água para resfriar o vapor usado para acionar turbogeradores. Quando as coisas saem errado, como o vazamento de água contaminada da usina japonesa de Fukushima Dai-Ichi no oceano Pacífico, as consequências podem ser assustadoras. Fernando Fischmann, bioquímico e empresário chileno do setor de construção, pode ter encontrado uma forma de usar sistemas de filtragem de piscinas - sim, piscinas - para resfriar as usinas de forma mais eficiente e eliminar a necessidade de instalá-las perto de fontes naturais de água. A Crystal Lagoons, empresa de Fischmann, projeta grandes lagoas em estações turísticas por todo mundo, como a de Algarrobo, no Chile, que tem 19 acres e que aparece no livro Guinness dos recordes como a maior piscina do mundo. Usando o que aprendeu com sua empresa, sediada em Santiago, Fischmann acredita que sua tecnologia pode dar conta dos milhões de litros de água que são bombeados diariamente nas usinas tradicionais de energia. Cerca de 40% da eletricidade gerada nos Estados Unidos vem de usinas que usam a água de lagos, rios ou oceanos e devolvem a água aquecida, o que prejudica a vida aquática. Esse é um dos motivos pelos quais as usinas podem

A revisão técnica final foi feita pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo e pelo Ministério do Meio Ambiente. Foram produzidos 30 mil conjuntos didáticos.

Material 100% reciclável

O Vitopaper® foi desenvolvido após três anos de pesquisas e seu diferencial é ser resultado da reciclagem de diferentes tipos de plásticos (PP, PE, EPS, entre outros). Esses plásticos são coletados no pós-consumo, como embalagens plásticas, rótulos e sacolas plásticas. “Para cada tonelada de Vitopaper® produzido, retiramos das ruas e lixões cerca de 850 quilos de resíduos plásticos”, destaca o presidente da Vitopel, José Ricardo Roriz Coelho.

meio ambiente

ser prejudiciais em termos ecológicos, mesmo sem desastres como o de Fukushima. A água que passa pela usina também precisa ser limpa, para não sujar os equipamentos. O sistema de filtragem de Fischmann usa ultrassom para aglomerar as partículas de sujeira, simplificando sua remoção. Um injetor computadorizado rastreia o crescimento de algas e bactérias e lança produtos químicos quando detecta seu desenvolvimento. “Você tem a mesma qualidade de água que a das piscinas, com cem vezes menos produtos químicos”, diz Fischmann. Algumas usinas usaram reservatórios gigantes de resfriamento por décadas; Fischmann diz que seu sistema reduzirá o tamanho necessário, o que significa custos menores de construção A lagoa de Algarrobo, e manutenção. O hidrólogo Tim Diehl, da Agência de Inspeção Geológica dos maior piscina do mundo, Estados Unidos (USGS, na sigla em é um dos projetos da inglês), diz que o sistema poderia funCrystal Lagoons, cionar em centenas de usinas nos EUA. do chileno “Claramente, seria possível readaptar sua Fernando Fischmann tecnologia”, diz. “Ela não é apenas para novas construções.” Fischmann, que estudou bioquímica na Universidad de Chile, em 1981, não usou seu aprendizado até 1997, quando o projeto de uma estação turística em que trabalhava passou a enfrentar problemas. Sua principal atração, uma lagoa para natação com seis acres, havia ficado verde, afetada pelo desenvolvimento de algas. Fischmann montou um laboratório em um prédio vazio no resort e projetou o sistema de limpeza da Crystal Lagoons. Ele diz que sua empresa, de 60 funcionários, é lucrativa; o Boston Consulting Group deu à companhia uma avaliação de mercado de US$ 1,8 bilhão, em 2009. O empresário espera assinar contratos com duas grandes empresas de energia, cujos nomes não revela, em um ano. “Essas duas empresas ficaram interessadas de imediato”, conta. “Levei muito mais tempo para encontrar construtoras interessadas nas piscinas normais da Crystal Lagoons.” (Fontes: Bloomberg Businessweek, Reuters, com tradução de Sabino Divulgação Ahumada) ME

Sua fabricação utiliza a mesma tecnologia aplicada na produção de filmes flexíveis de polipropileno – usados em rótulos, embalagens de alimentos e bebidas, pet food, indústria gráfica, entre outros. O resultado é um material de alta qualidade visual, similar ao papel “couché, de textura agradável ao toque e extremamente resistente (não rasga, não molha), que permite a escrita manual com caneta de diversos tipos ou lápis, além da impressão pelos processos gráficos editoriais usuais, como off-set plana ou rotativa. Outra vantagem do produto é no processo de impressão, que absorve menos tinta, gerando uma economia ao redor de 20% em relação a outros materiais. E, por ser de plástico, o Vitopaper® também é reciclável. A Vitopel investe anualmente cerca de US$ 2 milhões em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Fonte: Portal Fator Brasil ME

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sustentabilidade

REPSOL ALCANÇA A CLASSIFICAÇÃO

“ GOLD CLASS” DE SUSTENTABILIDADE

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É uma das únicas oito companhias do setor Oil & Gas no mundo que conseguiram a qualificação

Repsol recebeu pelo quarto ano consecutivo a qualificação como companhia “Gold Class” no Anuário de Sustentabilidade 2011 realizado pela consultora PricewaterhouseCoopers em colaboração com a Sustainable Asset Management (SAM), a companhia independente que elabora as análises anuais para o prestigiado índice de sustentabilidade Dow Jones. O Anuário de Sustentabilidade avalia empresas de todo o mundo por seu comportamento em termos de sustentabilidade e responsabilidade corporativa. A Repsol é uma das oito companhias do setor Oil&Gas que receberam a qualificação “Gold Class”, em reconhecimento a seu compromisso com a criação de valor a longo prazo, bem como com o acesso, cada vez mais difícil, a novos recursos energéticos de uma forma responsável e sustentável. A companhia se posiciona como líder por sua dimensão social no setor Oil & Gas, no qual obteve a pontuação máxima em critérios como código de conduta, estratégia frente às mudanças climáticas e padrões para fornecedores. Na análise geral, também alcançou a qualificação máxima em valores como transparência, sistema de gestão meio ambiental, relações com seus stakeholders, impactos sociais nas comunidades e gestão da relação com o cliente. O Anuário de Sustentabilidade analisa as práticas de sustentabilidade de 58 setores industriais e de mais de 1.200 companhias de todo o mundo, avaliando o desempenho das companhias nas esferas econômica, ambiental e social, levando em conta os critérios específicos incluídos no Dow Jones Sustainability Index (DJSI). Elaborado há mais de dez anos pela consultora PricewaterhouseCoopers (PwC) e a agência Sustainable Asset Management (SAM), é um dos informes mais prestigiados e valorizados no mundo em matéria de sustentabilidade. Este reconhecimento se soma aos já recebidos pela Repsol por seu comportamento em termos de sustentabilidade e responsabilidade corporativa. A companhia faz parte dos mais respeitados índices globais de sustentabilidade, entre os quais se encontram o DJSI World (Dow Jones Sustainability Index World), o europeu DJSI Europe, (Dow Jones Sustainability Index Europe), o Climate Disclosure Leadership (CDLI) e o Climate Performance Leadership (CPLI) ME


Fascículo

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estilo e a agitação da vida moderna frequentemente nos expõe a situações cronicamente estressantes. A violência, o trânsito, a pressão no trabalho, problemas financeiros, dificuldades nos relacionamentos, a solidão, a ansiedade, a insegurança, insatisfação com os próprios resultados, entre outras coisas, fazem com que recebamos doses diárias de stress. Temos que aprender a lidar com ele, não permitindo que traga consequências danosas à nossa saúde, prejudicando nossa qualidade de vida.

Controle o Stress


SÃO MUITOS OS CAMINHOS

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uitos são os caminhos de controle do stress. Exercite-se, relaxe, medite, mude seus hábitos. Conheça aqui algumas das técnicas que podem nos ajudar a conviver mais pacificamente com ele.

EXERCITE-SE Pesquisas científicas comprovam que mais da metade dos fatores de risco das mortes por problemas cardíacos relaciona-se com características presentes na vida moderna. Situações crônicas de stress também são responsáveis pela metade dos casos de morte por acidentes vasculares cerebrais, e por mais de um terço dos fatores determinantes de casos de câncer. Segundo Marilda Emmanuel Novaes Lipp, Diretora fundadora do CPCS-Centro Psicológico de Controle do Stress e do LEPS-Laboratório de Estudos Psicofisiológicos do Stress, da PUCAMP- Pontifícia Universidade Católica de Campinas, existem medidas de controle do stress a longo prazo e a curto prazo. As primeiras lidam diretamente com as causas do stress e com a nossa resistência. As outras têm a ver com uma redução imediata da tensão física e mental. Segundo pesquisas científicas, uma das maneiras mais eficazes que existem para reduzir este tipo de tensão é a atividade física.

A atividade física é um dos pilares do que é conhecido como o treinamento em controle do stress


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No Rio de Janeiro, um ônibus com bicicletas ergométricas circula pela cidade, subindo e descendo ladeiras e mudando a paisagem para quem não quer pedalar na academia. O Bus Bike foi ideia de três cariocas que perceberam que o que afastava as pessoas das academias era a falta de motivação. (http://www.bikebus.com.br).

na, conhecido como o hormônio do bom humor, por causa da sensação de bem-estar que provoca, elevando a auto-estima e colaborando no combate à depressão e a ansiedade. Ele também ajuda a melhorar o sono e provoca a conhecida sensação de relaxamento que vem logo após o final da atividade física. A atividade física promove a produção de substâncias positivas pelo organismo, tais como, LDL, catecolaminas, aminas e serotonina, entre outras, eliminando as substâncias negativas, como o HDL, melhorando todo o sistema cardiovascular. Nos diabéticos, a atividade física leva à queima de açúcar, catalisando a insulina produzida pelo organismo ou a artificial. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a atividade física como fator primordial na melhora do bem-estar físico, emocional e social.

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RELAXE! Relaxar é fundamental no controle do stress. Há quem prefira se isolar em silêncio por alguns instantes, outros optam por diferentes tipos de massagens, há ainda os adeptos da acupuntura, do Tai-chi ou da Ioga, além de outras técnicas. Faça suas escolhas.

Ioga

Ioga é um conceito que se refere às tradicionais disciplinas físicas e mentais originárias da Índia. A palavra está associada com as práticas meditativas tanto do budismo quanto do hinduísmo. Os principais ramos do ioga incluem a raja-ioga, carma-ioga, jnana-ioga, bacti-ioga e hata-ioga. Os exercícios de Ioga são tidos como um dos recursos mais eficientes para reduzir o stress a níveis saudáveis. Tal opinião é partilhada por um bom número de médicos que indicam sua prática a pacientes. Entre os principais benefícios está o aumento da energia, da concentração e do raciocínio; diminuição da pressão arterial; melhora da postura corporal e da respiração. Para os especialistas, o Yoga é um modo fácil e rápido de captar, armazenar e circular a energia, que é a interface entre os nossos níveis mental, físico e psíquico. A circulação harmoniosa da energia ao longo da coluna vertebral possibilita o equilíbrio do sistema nervoso e emocional. Respiração ampla e elástica, coluna vertebral flexível, equilíbrio dos eixos vertical e horizontal, treinando a concentração, abrindo caminho para a meditação: são ferramentas para enfrentar as situações do dia-a-dia. Segundo os especialistas, para melhores resultados recomendase a prática de, no mínimo, duas vezes por semana.

Tai Chi Chuan

O Tai Chi Chuan é uma arte marcial chinesa reconhecida também como uma forma de meditação em movimento. Seus criadores basearam sua arte na observação da Natureza - não apenas na observação dos animais, mas no estudo dos princípios da interação entre os diversos elementos naturais. Como somos parte desta natureza, o conhecimento destes princípios e de como atuam dentro de nós, estudados pela Medicina Tradicional Chinesa, revelam o Tai Chi como uma fonte efetiva de energia que encontra-se em nosso interior, situada no centro físico de gravidade do corpo denominado pelos chineses de


4 Dantian Médio (no abdômen, a cerca de 5 cm abaixo e 5 cm para dentro em relação ao umbigo). Segundo o médico Jou Eel Jia, estudioso de Medicina Tradicional Chinesa e pioneiro na prática de Acupuntura no Brasil, o Tai Chi Chuan combate o estresse, melhora flexibilidade e traz autoconhecimento, proporcionando maior equilíbrio emocional. Ele explica que o stress provoca um desequilíbrio de energia do organismo, levando à estagnação do circuito energético e, consequentemente, facilitando o surgimento de doenças. Os exercícios de Tai Chi Chuan, com seus movimentos lentos, contínuos e suaves, quebram esse círculo vicioso provocado pelo stress, pois ativam a circulação dos meridianos, canais onde circulam a energia, aumentando a resistência do sistema imunológico.

Pilates

Pilates é um método de alongamento e exercícios físicos que se utilizam do peso do próprio corpo em sua execução. É uma técnica de reeducação do movimento, composto por exercícios profundamente alicerçados na anatomia humana, capaz de restabelecer e aumentar a flexibilidade e força muscular, melhorar a respiração, corrigir a postura e prevenir lesões. Elaborado em 1920 pelo alemão Joseph Pilates, teve diversas influências como yoga, zen budismo, artes marciais e exercícios praticados pelos antigos gregos e romanos. Pensando no princípio de “mente sã e corpo são”, Joseph criou uma atividade física baseada em seis princípios básicos: respiração, concentração, controle, alinhamento, centralização e integração de movimentos. Bem executada e orientada, não traz impactos nocivos para as articulações, ligamentos e musculatura. Qualidade de vida, consciência corporal, respeito e integração plena corpo-mente são o foco desse método. Deve ser aplicado apenas por educadores físicos ou fisioterapeutas, através de aulas que usualmente têm duração de 1 hora em aparelhos próprios (criados pelo próprio Pilates) ou no solo. Pode ser praticado por pessoas de todas as idades.

Dança de Salão

A dança de salão é uma prazerosa opção para se exercitar e manter a forma (40 minutos de exercício gasta cerca de 600 calorias) divertindo-se. É também uma forma de prevenir doenças articulares, como artrose ou artrite e circulatórias, pois os movimentos e passos ativam a circulação do sangue, principalmente nas pernas, além de proporcionar uma melhora considerável na postura. Benefícios: segundo professor e bailarino Carlinhos de Jesus, a dança em geral é um meio de liberar toda a energia, de se des-

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contrair, animar. E a dança de salão otimiza isso, porque existe uma conotação social, uma integração devido à interação entre duas pessoas. Vem sendo recomendada até mesmo por psicólogos e psiquiatras, como forma de melhorar a vida social do indivíduo, pois é um meio de aproximação entre as pessoas. A aula pode ser feita em grupo ou particular e em qualquer idade. Geralmente tem uma hora de duração. Como toda atividade física, é necessário aquecer antes de dançar e também fazer alongamento no início e no final da aula. Apesar de apresentar diversos ritmos, em geral o professor inicia com apenas três, até que os alunos estejam dominando os passos básicos.

Massagem

Massagem ou massoterapia é a prática de aplicar força ou vibração sobre tecidos macios do corpo, incluindo músculos, tecidos conectivos, tendões, ligamentos e articulações para estimular a circulação, a mobilidade, a elasticidade ou alívio de determinadas dores corporais. Recomendada para curar traumas físicos, aliviar stress psicológico, controlar a dor, melhorar a circulação e aliviar tensão. Existem alguns tipos básicos e primordiais de massagem terapêutica, sendo que dois grupos se destacam: as massagens com óleos e as massagens “secas”. A partir delas proliferam centenas de correntes e estilos diferentes, sendo que hoje em dia existem massagens aplicadas para praticamente todos os fins. Desde massagens para bebês e idosos até massagens cosméticas, de rejuvenescimento localizado. Massagem havaiana (Lomilomi), Acupressura, Anma, Do-in, Drenagem linfática, Massagem de Esalem, Massagem sueca, Massagem ayurvédica, Massagem tântrica, Reflexologia podal, Shiatsu são algumas delas. Atualmente, a massagem está cada vez mais enraizada no estilo de vida das pessoas, chegando até mesmo às empresas.

Biodança

A Biodança (do espanhol biodanza, neologismo do grego bio (vida) + dança, literalmente a dança da vida) é um sistema de integração afetiva e desenvolvimento humano baseado em “vivências” (experiências intensas no “aqui e agora”) criadas através de movimentos de dança com músicas selecionadas, e através de situações de encontro não-verbal dentro de um grupo, centradas no olhar e no toque físico. Foi criada nos anos 1960 pelo antropólogo e psicólogo chileno Rolando Toro Araneda. Utilizando fundamentos da Biologia, da Antropologia e da Psicologia, a Biodança se define oficialmente como um sistema de integração afetiva, de renovação orgânica e de reaprendizagem das funções originais da vida. Apesar de produzir efeitos terapêuticos, a Biodança não é uma terapia, um esporte ou uma

simples dança. É uma pedagogia da arte de viver, uma poética do reencontro humano e um convite para que se crie uma nova cultura baseada no som da vida. Seus objetivos são a promoção da saúde, da consciência ética e da alegria de viver. As cinco linhas experienciais da Biodança são: vitalidade (vista como fonte e expansão da energia vital profunda e do impulso existencial); sexualidade (vista amplamente como o desenvolvimento do contato sensível e progressivo natural); criatividade (vista como o desenvolvimento da capacidade de renovação do ser e de renascimento interior); afetividade (tratada como pesquisa e obtenção da nutrição emocional oriunda da expressão afetiva espontânea, com os outros e por extensão com a natureza); transcendência (segundo a evolução da consciência e o desenvolvimento da consciência como ser participante e integrante da harmonia cósmica). Nas palavras do próprio Toro, a Biodança é “um sistema que reintegra os seres humanos para viver a vida plenamente, com toda a sua intensidade. Temos pouco a pouco esquecido a importância de coisas tão fundamentais para conseguir uma vida feliz como respirar, caminhar, comunicar nossas emoções e sentimentos, compartilhar, amar... Como dizer, nos esquecemos de sentir. A Biodanza pretende despertar estas funções inatas do ser humano que estão quase totalmente reprimidas em nossa civilização. Utilizamos uma metodologia simples e efetiva que facilita a conexão de cada um consigo mesmo (suas necessidades e desejos), com os semelhantes (amigos, familiares, companheiros...) e com o universo (o entorno imediato e mais além). Porque é indispensável que esses três níveis de comunicação estejam integrados”.

Acupuntura

A Acupuntura é outra prática muito procurada no controle do stress. Seu principal objetivo é encontrar ou restaurar o equilíbrio energético do organismo como um todo. É um ramo da Medicina Tradicional Chinesa e um método de tratamento considerado complementar de acordo com a nova terminologia da Organização Mundial da Saúde. É tida também como uma grande arma na prevenção de doença, pois reforça o sistema imunológico. Consiste na aplicação em geral de agulhas, em pontos definidos do corpo, chamados de “Pontos de Acupuntura” ou “Acupontos”, para obter efeito terapêutico em diversas condições. Mas os pontos e meridianos também podem ser estimulados por dedos (acupressão) caracterizando distintas variantes da técnica de massagem chinesa (tui na, shiatsu, do-in); stiper (do inglês Stimulation and Permanency/Estimulação Permanente); ventosa ou pelo aquecimento promovido por moxa ou seja, um bastão de artemísia em brasa, que é aproximado da pele para aquecer o ponto de acupuntura. Há, também, o método de estimulação por laser.


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A MEDITE!

palavra Meditação vem do latim meditare, que significa voltar-se para o centro no sentido de desligar-se do mundo exterior e voltar a atenção para dentro de si. Costuma ser definida das seguintes maneiras: um estado que é vivenciado quando a mente se torna vazia e sem pensamentos; prática de focar a mente em um único objeto (por exemplo: em uma estátua religiosa, na própria respiração, em um mantra); uma abertura mental para o divino, invocando a orientação de um poder mais alto; análise racional de ensinamentos religiosos (como a impermanência, para os Budistas). É fácil se observar que nossas mentes encontram-se continuamente pensando no passado (memórias) e no futuro (expectativas). Com a devida atenção, é possível diminuir a velocidade dos pensamentos, para se observar um silêncio mental em que o momento presente é vivenciado. Através da Meditação, é possível separar os pensamentos da parte de nossa consciência que realiza a percepção. É possível obter total descanso numa posição sentada e, por conseguinte, atingir maior profundidade na meditação assim dissolver preocupações e problemas que bloqueiam sua mente. Posição de lótus – muitas pessoas meditam na posição de lótus completo, o pé esquerdo apoiado sobre a coxa direita e o pé direito apoiado sobre a coxa esquerda. Outros preferem sentar em meio lótus, o pé esquerdo apoiado sobre a coxa direita ou o pé direito sobre a coxa esquerda. Há pessoas que não conseguem sentar em nenhuma dessas posições e por isso podem sentar a maneira japonesa, ou seja, com os joelhos dobrados e o tronco apoiado sobre ambas as pernas. Pondo alguma espécie de acolchoado sob os pés, a pessoa pode facilmente permanecer nessa posição por hora ou hora e meia. Mas na verdade qualquer pessoa pode aprender a sentar em meio lótus, ainda que no início possa causar alguma dor. Gradualmente, após algumas semanas de treino, a posição se tornará confortável. No início, enquanto a dor ainda causar muito desconforto, a pessoa, deve alterar a posição das pernas ou a posição de sentar. Para as posturas de lótus completo e meio lótus convém sentar-se sobre uma almofada, de forma a que os dois joelhos se apóiem contra o chão. Os três pontos de apoio dessa posição proporcionam uma grande estabilidade. Mantenha as costas eretas. Isso é muito importante. O pescoço e a cabeça devem ficar em alinhamento com a coluna. A postura deve ser reta mas não rígida. Mantenha os olhos semiabertos, focalizados a uns dois metros à sua frente. Mantenha

Medite regularmente: depois de relaxar, viagem dentro de si mesmo e encontre um lugar feliz; fuja do caos urbano, dos desencontros com o chefe, das discussões familiares e acalme sua mente. A consciência vai agradecer.

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leve sorriso. Agora comece a seguir sua respiração e a relaxar todos os músculos. Concentre-se em manter sua coluna ereta e em seguir sua respiração. Solte-se quanto a tudo mais. Abandone-se inteiramente. Se quiser relaxar os músculos de seu rosto, contraídos pelas preocupações, medo e tristeza, deixe um leve sorriso aflorar em sua face. Quando o leve sorriso surge, todos os músculos faciais começam a relaxar. Quanto mais tempo o leve sorriso for mantido, melhor. À altura do ventre, pouse sua mão esquerda com a palma voltada para cima sobre a palma da mão direita. Solte todos os músculos dos dedos, braços e pernas. Solte-se todo como as plantas aquáticas que flutuam na corrente, enquanto sob a superfície das águas o leito do rio permanece imóvel. Não se prenda a nada a não ser à respiração e ao leve sorriso. Para os principiantes, convém não ficar sentado além de vinte ou trinta minutos. Durante esse tempo você tem que ser capaz de obter descanso total. A técnica para tal obtenção reside em duas coisas: observar e soltar, observar a respiração e soltar tudo mais. Solte cada músculo de seu corpo. Após uns quinze minutos, uma serenidade profunda poderá ser alcançada, enchendo-o interiormente de paz e contentamento. Mantenhase nessa quietude. Esta prática é dos melhores remédios para aliviar o stress. Duração - Vinte a trinta minutos é provavelmente a duração típica de uma sessão de Meditação. Praticantes experientes frequentemente observam que o tempo de suas sessões de meditação se prolongam com o tempo. Variantes - Existem métodos que vem conquistando grande aceitação no ocidente, como a meditação feita em pé conhecida o Zhan Zhuang, devido a sua simplicidade e eficiência é muito praticada na China e Europa. É facilmente executada por pessoas com pouca flexibilidade e dificuldades nos joelhos e coluna, melhorando inclusive a postura. Facilmente praticada em qualquer local é um excelente método procurado por muitos praticantes de artes marciais experientes ou mesmo iniciantes. Esta prática é muito efetiva na redução do estresse.

DIVIRTA-SE! Não leve a vida tão a sério: Stress tem tudo a ver com o grau de importância demasiado que você atribui a determinados eventos que ocorrem na sua vida, portanto, quanto mais humor, menos sofrimento e dor. O seu futuro vai agradecer. Fontes: Marilda Emmanuel Novaes Lipp, Diretora fundadora do CPCS-Centro Psicológico de Controle do Stress e do LEPS-Laboratório de Estudos Psicofisiológicos do Stress, da PUC Campinas; médico Jou Eel Jia, especialista em Medicina Chinesa; Fisioterapeuta Marcelo Oliveira Silva (fisiomarcelo.com); consultor organizacional Jerônimo Mendes; Heudes Regis/ Vejinha; Wikipédia.

Próximo Módulo:

Estilo de Vida

Para uma vida mais saudável e tranquila Algumas dicas que o doutor Jou Eel Jia, especialista em Medicina Chinesa, dá a seus pacientes para minimizar os efeitos do stress: • Quando você estiver tenso, corra ou faça algum exercício aeróbico. Eles ajudam a aumentar o chi (energia) do corpo, melhorando o humor e a disposição. • Mantenha uma disciplina em relação ao horário de dormir e descanse bastante. Isso não significa dormir demais. Muitas horas de sono seguidas nem sempre fazem bem. • É preciso dosar a alimentação de acordo com as diferentes situações do dia-a-dia. Se você, por exemplo, irá enfrentar um compromisso estressante ou uma reunião em que precisará impor-se, coma carne. Um bom bife aumenta a agressividade. Se vai curtir um encontro entre amigos, prefira saladas e alimentos leves, que diminuem a agitação e a ansiedade. Nos fins de semana, quando o corpo descansa e não necessita da tantas calorias, coma menos. • Para quem sofre de gastrite, afta, herpes ou é ansioso e agitado demais, o ideal é beber bastante água-decoco e suco de melancia ou de melão. Assim, acalma-se o que na medicina chinesa é chamado de ascensão do fogo e esfria-se o organismo. • É ilusão achar que o álcool serve para relaxar. Apesar da sensação de relaxamento do início, depois ele gera muita ansiedade. Se você está passando por uma situação de pânico, lembre-se: todo medo é enfrentável. Sente-se e concentre-se em sua respiração por vinte minutos. Pode ter certeza de que, com isso, o medo ficará mais controlável. • Medite sempre. Com a meditação é possível transformar-se em uma pessoa melhor. Por meio dela, relaxam-se a mente, o corpo e o espírito.


sustentabilidade

mercado empresarial

A

fabricante americana de alimentos PepsiCo anunciou, em março último, ter criado a primeira garrafa plástica inteiramente feita a partir de materiais vegetais renováveis e 100% recicláveis. A garrafa é composta de “materiais brutos biológicos”, precisou a PepsiCo em um comunicado,citando a Panicum virgatum, uma gramínea encontrada principalmente em grandes planícies, cascas de coníferas e folhas de milho. “Futuramente, o grupo quer incluir cascas de laranja, maça, batata, aveia e outros produtos agrícolas derivados de atividades agroalimentares”, acrescentou o comunicado. “PepsiCo, que é um dos maiores grupos produtores de alimentos do mundo, está em uma posição única para utilizar os produtos derivados agrícolas a fim de fabricar uma garrafa ecologicamente correta para nossa produção de bebidas”, comentou a PDG Indra Nooyi, mencionando “um modelo de funcionamento sustentável”. A produção desta nova garrafa deve iniciar em 2012, em uma experiência piloto. A PepsiCo já havia inovado com embalagens plásticas 100% recicláveis para as batatas fritas Frito Lay. Mas elas foram retiradas do mercado americano porque os consumidores consideraram que os pacotes eram muito barulhentos. Para este novo projeto, a PepsiCo garante que a garrafa terá o mesmo aspecto, a mesma consistência e oferecerá a mesma proteção de uma garrafa plástica clássica. Na mesma época, na França, o grupo Danone anunciou que seu produto Actimel seria vendido no país em uma garrafa plástica composta por 95% de cana de açúcar, após ter introduzido plástico vegetal para a elaboração de garrafas de água Volvic. Fonte: Exame ME

a pepSico cria primeira garrafa 100% recicláVel

c-pacK novaMEntE prEMIada Embalagem foi produzida com materiais reciclados

O modelo, considerado sustentável, deve ser lançado no mercado em 2012

A

C-Pack, empresa líder no mercado Latino Americano de embalagens plásticas no formato de bisnaga (tubo), acaba de conquistar o Troféu Roberto Hiraishi 2011, na categoria sustentabilidade, do Prêmio Brasileiro de Embalagens Embanews. O produto em questão é o tubo PCR (Post Consumer Recicled), embalagem produzida com material oriundo da reciclagem. Esta é a quarta vez que a C-Pack conquista o Troféu Roberto Hiraishi: em 2008 venceu na categoria Tecnologia e Qualidade, com o produto Dove Advance Therapy; e em 2007 e 2006, venceu na categoria Marketing, com os cases “Repelex Kids” e “Slim Tube”, respectivamente. As duas embalagens apresentaram conceitos inovadores em suas estruturas ME

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destaque

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tellure rÔta do BraSil

S

atisfazer os clientes nas exigências de movimentação no setor cívil e industrial, através de projeto, produção e venda de rodas e rodízios: esta a grande razão para que a Tellure Rôta do Brasil esteja entre as empresas mais consideradas no seu segmento de mercado. Trata-se de uma companhia empenhada no melhoramento contínuo do produto, do processo, dos serviços e soluções, da garantia da qualidade, da procura constante de soluções inovadoras com a máxima atenção no ambiente, nas pessoas que trabalham na empresa direta ou indiretamente e nas temáticas sociais. Aberta de 22 de agosto de 2000, com sede em Guarulhos, a 20km de São Paulo, a Tellure Rôta do Brasil é a primeira filial produtiva da Tellure Rôta Spa (www.tellurerota.com), empresa italiana reconhecida no mercado internacional como uma das mais importantes indústrias no setor de fabricação e produção de rodas e rodízios para uso industrial, civil e doméstico.

linha prória

Investimento no brasil

parte comercial

“Desde 1990 a Tellure Rôta mantém importantes relacionamentos comerciais com diversos países sul-americanos, como Argentina, Chile, Peru, Venezuela, Colômbia, Uruguai e Paraguai. Analisando atentamente as potencialidades do mercado brasileiro e os índices de crescimento do sistema do país, líder econômico na América Latina e apontado como uma Garantia de qualidade potência a nível global, a Tellure Rôta, que e soluções inovadoras sempre esteve envolvida no mercado europeu e internacional, não podia deixar de escolher o Brasil para instalar sua primeira filial produtiva”, afirma Arã Leonardo, Coordenador Comercial da filial brasileira. Segundo o executivo, “a missão da Tellure Rôta é de satisfazer todos os seus clientes, através do design inovador de seus produtos, além de primorosa construção e rigoroso controle de qualidade. Tudo isso para oferecer o melhor para nossos Clientes”. Como diz o Presidente da Tellure Rôta internacional, Roberto Lancellotti, “estamos sempre trabalhando para melhorar”.

atividade produtiva

Entre as atividades produtivas da Tellure Rôta do Brasil, estão a fabricação de: rodas em em poliuretano, sobre licença e know-how da Tellure Rôta SPA; a rodas em borracha injetada, nylon e outros tipos de materias plásticos; suportes eletrosoldados; rodízios para andaimes; rodízios para caçamba de lixo; rodízios especiais atè 7.000Kg; suportes série MP; e, ainda, assemblagem de rodas e suportes série LV e LM e de rodas e rodízios italianos.

A Tellure Rôta do rasil se renova e implanta sua própria gama de produtos, como os suportes eletrosoldados com mola, perfeitos para utilizações muito pesadas, também no caso de reboque mecanizado e na em pavimento desconexo e com obstáculos. As duas molas de carga em aço temperado podem ser personalizadas segundo a necessidade de cada Cliente, garantindo também uma ótima absorção dos choques e uma fácil movimentação do carrinho também em condições de trabalho não favoráveis. O suporte CPM suportam até 2.300 Kg, e podem ser usados em rodas de poliuretano “TR” e em borracha elástica de diâmetro entre 150 e 300 mm. A filial brasileira desenvolve sua atividade de comercialização do produto acabado seja diretamente, fornecendo construtores e utilizadores de carrinhos e equipamentos (na indústria automobilística, mecânica, alimentar, logística, hospitalar), ou indiretamente, servindo-se de uma rede de distribuição (centros de vendas de rodas industriais, casas de ferragens, artigos técnicos industriais, artigos técnicos em borracha, fábrica de parafusos, casa de utensílios). Dispõe, atualmente, de uma rede comercial que cobre o território brasileiro através de uma força de venda direta na cidade de São Paulo e dez representantes no resto do País.

produtoS • Rodas em Borracha Injetada • Rodas em Borracha Standard • Rodas em Borracha Elástica • Rodas Pneumáticas • Rodas em Poliuretano Injetado • Rodas em Poliuretano “ TR” • Rodas Injetadas • Rodas Monolíticas • Rodas para Carrinhos Hidráulicos • Ferragens

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SeSI e SenaI de São Paulo há mais de 65 anos contribuem para o desenvolvimento e a competitividade da indústria. O SENAI-SP e o SESI-SP oferecem educação profissional e melhorias na qualidade de vida para os profissionais da indústria e seus dependentes. Da criança ao adulto, do lazer à formação profissional em novas tecnologias, a indústria paulista investe continuamente na sua principal força: as pessoas. Conheça os serviços oferecidos pelas unidades SESI-SP e SENAI-SP e agende uma visita. SeSI-SP

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inovação

origami induStrial faz caiXa de aÇo totalmente doBráVel

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Divulgação

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pior em uma linha de monrigami, a famosa arte oriental da Pode revolucionar o tagem,” diz You. dobradura em papéis já havia sistema industrial de Caixas de embalagens chegado à biotecnologia, com empacotamento que já cheguem com o funos origamis de DNA, e até à robótica, do montado representarão originando um novo conceito chamado um ganho significativo de “matéria programável”. Agora ela chetempo, além da possibilidade de automação gou também a uma área onde o material parece bem mais do processo. difícil de dobrar: as embalagens metálicas. O protótipo foi construído com chapas de Os cientistas Zhong You e Weina Wu, da Universidade aço inoxidável coladas sobre um plástico flexíde Oxford, pegaram a mesma técnica de dobradura usada vel se funcionar com aço inoxidável funcionaem papéis e a aplicaram para construir uma sacola metálica rá com qualquer outro material rígido, afirmam que pode ser totalmente dobrada quando não está em uso. os pesquisadores. As bordas onde as placas de A caixa metálica de origami poderá ser útil para carregar aço se encontram funcionam como vincos, as produtos do supermercado, mas os cientistas esperam marcas onde as dobras devem ser feitas. mesmo é que ela revolucione o sistema industrial de empacotamento. Os painéis solares da Estação Espacial Internacional casa de origami Mas os pesquisadores não querem limitar foram levados para o espaço totalmente dobrados. Mas, até suas “brincadeiras” de origami às embalagens. agora, isso não era possível para as embalagens rígidas que Para Erik Demaine, do MIT, um matemático devem sair da fábrica de embalagens e ir até a fábrica dos que lida há muito tempo com os padrões teprodutos que elas vão embalar, com o frete representando óricos usados em dobraduras, o maior sonho um significativo adicional de custo devido não tanto ao dos “engenheiros de origami” é construir casas peso, mas ao volume a ser transportado. inteiras de materiais rígidos que possam ser reconfiguradas de acordo com as necessidades caixa dobrável Os engenheiros queriam, sobretudo, saber se era possí- do morador. Se eles conseguirem resolver o emaranhado vel fabricar uma embalagem de um material rígido - metal, de equações necessárias para isso, “então algum de plástico ou mesmo de papelão - que pudesse ser dobrada dia sua cozinha poderá ter armários que se para o transporte sem precisar abrir sua parte inferior. A dobram e desaparecem para liberar espaço e questão é importante para o setor de embalagens – pois, você poderá até mesmo dobrar sua televisão hoje, as caixas rígidas de papelão só podem ser dobradas para guardar,” sonha ele. para o transporte se suas partes superior e inferior estive“Isso ainda está longe de se tornar realidade, rem abertas. mas ver essas caixas metálicas rígidas totalmente “Se você já fez uma mudança [de residência] sabe o dobráveis é um passo significativo rumo a isso,” tempo que é gasto montando a base da caixa antes que conclui Demaine. Fonte: Inovação Tecnológica ME qualquer coisa possa ser colocada lá dentro - isso é ainda


inovação

mercado empresarial

neStlé traz Jogo dE rEalIdadE auMEntada nas EMbalagEns dos cErEaIs

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do computador. A realidade aumentada Nestlé inovou mais é possível a partir da sobreposição de uma vez e trouxe Tecnologia permitirá ao objetos virtuais tridimensionais, gerados para as embalagens consumidor interagir com pelo computador, em um ambiente real, dos cereais matinais, em a arara Blu, protagonista por meio da utilização da webcam. abril último, um inédito jogo do filme Rio Na brincadeira, há dois desafios. No de Realidade Aumentada. A primeiro, é preciso encher uma xícara iniciativa permite ao consucom o cereal que está em uma tigela na midor ter a experiência única de interagir com a estrela do filme Rio, a arara prateleira. Cada vez que a xícara estiver vazia, o jogador azul Blu, na tela de seu computador, utilizando deverá enchê-la novamente, alimentando a arara Blu em um cartão impresso nas embalagens de Nescau um mundo virtual 3D. Na segunda parte do jogo, o conCereal, Snow Flakes, e Moça Flakes. O filme sumidor poderá jogar com o Blu ou a Jade – a fêmea de Rio, dos mesmos produtores do sucesso de sua espécie que é outro personagem de destaque do filme bilheteria A Era do Gelo, estreou nos cinemas Rio. Também foi desenvolvida versão que pode ser jogada com o mouse para aqueles não tiverem webcam em seu brasileiros no dia 8 de abril. Para iniciar a ação, basta acessar o site computador. A inovação é resultado de uma parceria entre a Nestlé e http://www.nestle-rio.com e posicionar o cartão recortado da embalagem em frente à câmera a Twentieth Century Fox Film. Fonte: Guia da Embalagem

caStelo: produtos consagrados ganhaM EMbalagEns quE EvItaM dEspErdícIo Inovações priorizam economia e espaço

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Castelo Alimentos, marca líder no segmento de vinagres há 105 anos no mercado, está lançando produtos consagrados da casa em embalagens práticas, que evitam o desperdício. É o caso do Champignon Castelo agora disponível em embalagem stand-up pouch, de 100 gramas. A nova versão traz cogumelos na medida certa para o preparo de refeições ou para incrementar saladas, petiscos e outras receitas. O sachê, em plástico flexível e resistente, permite que o produto seja armazenado na vertical, ocupando menos espaço na prateleira ou na geladeira. A linha de Vinagres de Mesa, de vinho tinto, branco e maçã, também está de cara nova, com rótulo reformulado e nova garrafa de 500 ml, mais moderna e com bico dosador que evita desperdício. Outra novidade da Castelo é o Vinagre Tinto Castelo em Sachê, desenvolvido especialmente para atender restaurantes, fast foods, delivery, bares e lojas de conveniência. Disponível nas versões 4 ml e 8 ml.

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tendência

apElo saudávEl ao café da manHÃ lÍQuido

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o ponto de vista nutricional, os especialistas concordam que o café da manhã é a refeição mais importante do dia. E para as pessoas que não têm muito tempo, uma alternativa é o café da manhã líquido. Como parte de uma tendência global, o mercado de bebidas para o café da manhã cresce continuamente. A variedade de novos produtos é grande: do leite contendo especiarias poderosas, nozes, grãos de arroz ou outros cereais, às bebidas à base de suco contendo cereais, pétalas de tapioca e pedaços de frutas. “Esta tendência é fortalecida por novidades no comportamento de consumo como “Alimentação A variedade de novos Saudável” e “Mobilidade e Conveniência” e pela tenprodutos é grande dência da maioria das indústrias de oferecer conceitos criativos de produtos que misturam segmentos tradicionais”, explica Diana Bechtold, Gerente do Segmento de Lácteos Líquidos da SIG Combibloc. Globalmente a empresa tem assistido ao crescimento de produtos com conceito criativo para as bebidas nutritivas para o café da manhã. Normalmente estes produtos são oferecidos em embalagens cartonadas de 1 litro, para o consumo em família, e em embalagens menores que possibilitam o consumo em movimento. “Enquanto as ideias para bebidas de café da manhã são extremamente variadas, há também algumas similaridades entre os produtos ofertados. Além de um mix complexo de nutrientes, minerais e vitaminas, as bebidas normalmente contêm uma proporção saudável de fibra, que garante um prazer extra, um toque suave na boca”, completa Bechtold. Sobre como esta tendência se desenvolverá, Bechtold antecipa uma expansão significativa da categoria de “Bebidas para o café da manhã”, especialmente pelo conteúdo nutritivo extra. “A

variedade de texturas crescerá. Os consumidores querem realmente ter uma experiência com atributos saudáveis extras, e a indústria está se mexendo para atendê-los. As bebidas de café da manhã devem tornar-se o substituto para uma refeição nutritiva graças a, por exemplo, um alto conteúdo de muesli. Isso permitirá à indústria agregar alto valor à categoria mais uma vez”. Por conta de sua experiência, a SIG Combibloc está trabalhando com empresas como a Agrana, líder em preparados de fruta para a indústria láctea e líder no fornecimento de concentrado de frutas na Europa. A ideia é desenvolver conceitos de produtos inovadores que possam se tornar realidade a partir da tecnologia flexível de envase da SIG Combibloc em embalagens cartonadas assépticas. “A base do desenvolvimento destes produtos é o conceito da embalagem drinksplus, que possibilita envasar bebidas assepticamente contendo mais de 10% de conteúdo em partículas a partir da tecnologia padrão da SIG Combibloc. “A partir do lançamento do sistema drinksplus e do lançamento dos primeiros conceitos de produto em 2009, fizemos muitos avanços no sistema. Hoje a facilidade de instalar o “kit de partículas” possibilita envasar produtos com ingredientes que podem ter mais de seis milímetros de largura e comprimento. E agora também é possível envasar pedaços de maior consistência”, diz Bechtold. Um bom exemplo são os snacks de iogurte de frutas com pedaços de frutas que criam um produto que leva o conceito de smoothie um passo adiante. Estes produtos contêm uma grande proporção de pedaços de fruta nutritivos e “que criam uma experiência”. Além deles, as bebidas com muesli têm um papel importante entre as tendências desse mercado. De acordo com as estatísticas, em 2009 mais de 1.000 inovações em produtos no segmento de lácteos foram registradas na Europa e na América do Norte com o objetivo claro de garantir melhor digestão. O primeiro conceito de novo produto da Agrana, baseia-se em uma bebida à base de iogurte com cereais e pedaços de maçã que já está sendo envasado em embalagens SIG Combibloc. Vale lembrar que estes conceitos inovadores também podem ser adaptados às preferências regionais dos consumidores ME

Divulgação

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tendência

mercado empresarial

TRANSPORTE DA SAFRA CUSTA QUATRO VEZES MAIS NO BRASIL DO QUE NA ARGENTINA É preciso resolver o “colapso dos portos brasileiros”

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s custos logísticos são o principal problema da agricultura brasileira em comparação com outros grandes produtores do continente. Segundo o economista Luiz Antônio Fayet, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os produtores são eficientes, mas há uma discrepância “da porteira para fora”. Fayet disse que, segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), a média de gastos com logística no Brasil, principalmente no transporte da produção até o porto, foi de US$ 84 por tonelada de soja em 2009. Nos Estados Unidos, o custo médio foi de US$ 21 e, na Argentina, de US$ 23. “Se tivéssemos os custos dos Estados Unidos, os produtores poderiam ganhar cerca de R$ 6 a mais por saca” – afirmou Fayet. Esse valor representa aproximadamente 15% do preço da saca em Mato Grosso, um dos estados produtores mais afetados pelos problemas logísticos do país. Em Rondonópolis, um dos municípios matogrossenses com maior produção, a saca de 60 quilos está sendo vendida por R$ 42. Para solucionar o problema, segundo o presidente da Câmara de Infraestrutura e Logística do Agronegócio, José Torres de Melo, é preciso resolver o “colapso dos portos brasileiros, que não têm condições de exportar a safra”. Ele disse que a prioridade devem ser os portos das regiões Norte e Nordeste. “Se conseguirmos exportar por lá, vamos desafogar o Sul e o Sudeste. É chocante que no Porto de Belém a capacidade de exportação seja zero e que Itaqui, em São Luís, esteja desde 1992 da mesma forma” – afirmou. Escoando pelos portos do Norte do país, os produtores de Mato Grosso, por exemplo, Estado com a maior produção nacional de grãos, poderiam reduzir pela metade a necessidade de transporte terrestre. Atualmente, a produção viaja cerca dois mil quilômetros antes de ser embarcada nos navios graneleiros. Segundo Fayet, as regiões Sul e Sudeste produzem menos soja e milho do que consomem. Mesmo assim, os portos dessas regiões escoam mais de 80% da produção nacional. Fonte: Agência Brasil ME

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CENÁRIO DESAFIADOR PARA O SETOR DE LOGÍSTICA

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Profissionais e empresas m 2010, o Brasil atingiu índeverão estar preparados dices próximos aos que os economistas já consideram para o mercado como pleno emprego. Com isso, competitivo a dificuldade de contratar mão de obra está maior, exigindo cada vez mais das empresas e dos profissionais. Marcelo Murta, diretor comercial da Abrange Logística, apresenta uma visão bem otimista sobre este cenário, embora haja um aumento da competitividade. “Para vencer o jogo, a produtividade deve deixar de ser uma meta e passar a ser uma realidade”. Para as empresas, é preciso uma gestão forte, focada e sustentada em resultados concretos e reais. Murta acredita que as atividades precisam ser realizadas uma única vez (sem erros e retrabalhos). “Os projetos devem ser desenvolvidos aliando criatividade e soluções de valor agregado, mas fundamentalmente, as ideias devem sair do papel e serem implementadas”,enfatiza o diretor comercial. No setor de logística, o ano de 2010 exigiu dos operadores logísticos investimentos em recursos humanos, gestão e aumento na capacidade de operação. Percival Margato Júnior, diretor da Abrange Logística, conta que devido a este cenário, houve necessidade de renovação da frota de equipamentos de movimentação, transportes e infra-estrutura. “O ano de 2011 continuará exigindo a busca por novos modelos de negócios, através de fusões, alianças estratégicas e/ou da concentração do foco em nichos, como ocorreu nos EUA e na Europa” detalha. Murta afirma que este é o momento de aplicar todos os conhecimentos teóricos, técnicos e práticos que foram adquiridos durante os anos. “Os profissionais têm uma chance real de mostrar o valor que possuem, de diferenciarem-se pelos resultados obtidos, de crescerem e conquistarem novos degraus na escada do sucesso”, destaca. Ele afirma que este é o momento em que cada um deve se propor um desafio: fazer um pouco mais do que sempre fez, de conquistar a produtividade através do esforço, de valorizar-se através dos resultados. Margato afirma ainda que 2011 será um ano com excelentes oportunidades para a logística. A necessidade de repor estoques na indústria, a demanda interna aquecida, o aumento da renda, expresso no salário mínimo e as obras de infra-estrutura exigirão novas qualificações para os profissionais do segmento. “A Abrange Logística, que hoje opera em 14 estados brasileiros, tem como desafio o desenvolvimento e aprimoramento dos profissionais como um diferencial competitivo dos serviços. Não é uma tarefa fácil e o segredo está no comprometimento e na iniciativa dos próprios profissionais” ME


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comportamento

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emBalagem coMo MEIo dE

relacionamento *Gisela Schulzinger

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om o surgimento da internet e das redes sociais houve uma gigantesca mudança na forma do mundo se relacionar e por consequência, das empresas e suas marcas se relacionarem com seus públicos. Além das formas convencionais como proposto pela publicidade tradicional, por meio da TV, rádio, revistas e jornais hoje existem várias outras formas de comunicação e a embalagem se tornou uma das mais estratégicas porque tem uma relação quase simbiótica com o produto. Na verdade a embalagem já é entendida e percebida como uma das principais ferramentas de marketing e branding dentro dos processos de gestão das empresas. É considerada também um diferencial de competitividade, pois num mercado que gera um número excessivo de produtos semelhantes, com a mesma tecnologia, o mesmo preço, o mesmo desempenho e as mesmas características, as opções acabam confundindo o consumidor que tem dificuldade em reconhecer as diferenças entre eles e atribuir o seu devido valor. É a embalagem que, no momento do consumo, vai tornar perceptível essas propriedades: se um produto tiver qualidade excelente do ponto de vista técnico ou importantes diferenciais e sua embalagem não transmitir claramente estas idéias e informações, terá sérios problemas, pois não adianta somente ser bom ou diferente, tem que parecer que é bom ou diferente.


mercado empresarial

comportamento

É o design do produto ou da embalagem que seduzirá o consumidor, destacando o produto e distanciando-o dos seus concorrentes. Por meio da embalagem são transmitidos os benefícios e características do produto, comunicando e tornando claro o seu posicionamento, agregando percepção de valor, criando identidade e principalmente fortalecendo e valorizando a marca da empresa. Outra forma de relacionamento com o consumidor é que a embalagem, por ser um dos pontos de contato com a marca (brand experience), oferece ou deve oferecer uma experiência estimulante, prazerosa e positiva criando a mística do produto, estabelecendo o vínculo emocional com ele. Nesse sentido toda a atenção com novos formatos de frascos, saquinhos, garrafas, novas texturas, sistemas de abertura ou fechamento, entre outros, são fundamentais e às vezes decisivos para o sucesso de um produto. Para citar alguns exemplos: o sistema easy-open para abrir as latas de atomatados ou requeijões, os rótulos termo-encolhíveis dos iogurtes, os saquinhos com texturas opacas de snacks e assim por diante, sem comentar os grafismos que se tornam identidade da própria marca como a caixa azul com o tigre do Sucrilhos, ou o grafismo amarelo e preto da caixa de Maisena, ou o desenho inconfundível do fermento em pó Royal. Na verdade as questões técnicas, estruturais ou gráficas, aos olhos do consumidor, deixam de ser questões práticas e se tornam questões subjetivas e emocionais que ele utiliza para fazer suas escolhas, juízo de valor e julgamentos em relação às marcas elegendo suas “preferidas” e é assim que a percepção de valor de um produto muda completamente, a empresa se diferencia, se destaca no mercado e consequentemente aumenta o valor de sua marca. Outro ponto interessante é a embalagem como ferramenta de educação, pois através das informações disponibilizadas o consumidor aprende sobre sustentabilidade, reciclagem, nutrição, alimentação e vincula todo este aprendizado à marca. Desta forma, podemos perceber a grande oportunidade de estabelecer relacionamento e vínculos entre consumidores e empresas a partir do desenvolvimento de projetos de embalagem, por isso estes devem ser elaborados de forma profissional para explorar ao máximo esse potencial.

*Gisela Schulzinger é sócia-diretora da agência Haus + Packing, membro do Conselho de Administração e do Comitê de Design da ABRE (Associação Brasileira de Embalagem)

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Brasil deve dar mais atenção à formação profissional, diz oit

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Brasil deve dar mais atenção e recursos à intermediação de mão de obra e à formação profissional, segundo análise da OIT (Organização Internacional do Trabalho), publicada no relatório “Brasil, Uma Estratégia Inovadora Alavancada pela Renda”, recentemente divulgado. De acordo com o estudo, as duas áreas não receberam recursos adicionais durante a crise, porém, devem ser complementadas com ações de continuidade da integração entre os objetivos sociais e de emprego, além da continuação da melhoria dos níveis de investimento produtivo, sistema fiscal e gestão de fluxo de capitais. Ainda conforme o relatório, a política de geração de empregos adotada no Brasil no período da crise financeira internacional foi essencial para que o País saísse rapidamente da recessão, sendo que, entre 2008 e 2010, houve a criação de mais de 3 milhões de empregos formais. “O Brasil não ficou imune aos efeitos da crise financeira e econômica, mas se saiu razoavelmente bem em relação a muitos países, inclusive da América Latina, em termos de desempenho econômico e do mercado de trabalho”, disse a diretora da OIT no Brasil, Laís Abramo. Dentre as medidas que ajudaram o Brasil a proteger os empregos e a sair de forma mais rápida da crise, o

relatório ressalta, por exemplo, a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de veículos, que auxiliou a preservar entre 50 mil e 60 mil postos de trabalho. Além disso, enaltece o estudo, o Brasil conseguiu manter sob controle o aumento do emprego informal, que foi de curta duração e tem continuado sua tendência decrescente desde a crise, com o número de trabalhadores sem carteira assinada, nas seis principais regiões metropolitanas, recuado em cerca de 280 mil, ou -6,5%, entre agosto de 2008 e 2010. “Estimado em 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto), o pacote de estímulos do Brasil foi um dos mais baixos entre os países do G20. Mas, ele foi eficaz por dois motivos: porque expressou o entendimento de que a proteção e a criação de empregos são tão importantes quanto o crescimento econômico, e porque as principais medidas foram alcançadas por meio do diálogo social. Ambas as lições são fundamentais em tempos de crise, bem como de recuperação econômica”, finaliza Laís. Fonte: InfoMoney ME


qualidade

mercado empresarial

SPP-Nemo recebe Prêmio Werner Klatt de Excelência Gráfica

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filial do Rio de Janeiro da SPP-Nemo, uma das maiores distribuidoras de produtos gráficos do País, foi escolhida a melhor distribuidora de 2010 pelas gráficas associadas ao SIGRAF – Sindicato das Indústrias Gráficas do Município do Rio de Janeiro. O 7º Prêmio Werner Klatt de Excelência Gráfica na categoria Revendedor de Insumos Gráficos é um reconhecimento pelo bom trabalho desenvolvido no escritório local. Segundo Fábio Almeida, Gerente Geral da SPP-Nemo, o prêmio é resultado do esforço da equipe que está sempre preocupada em atender

Há 37 anos no os clientes da melhor maneira possível. mercado, a SPP-Nemo “Atuamos com foco em oferecer o que há de melhor em produtos gráficos, aliado a é a única distribuidora um serviço de alta qualidade. Além disso, que possui quatro estamos sempre em busca de novidades certificações: que possam facilitar nosso contato com FSC, ISO 9001, ISO o cliente e estreitar nossos laços de rela14001 E SA 8000 cionamento. Esse prêmio é a prova que estamos no caminho certo”. A filial do Rio de Janeiro, composta por 18 colaboradores, é responsável por 17% das vendas da SPP-Nemo e conta com o apoio de um depósito de produtos próprio. Com 22% de market do mercado do Rio de Janeiro, a representante carioca da distribuidora possui um vasto mix de produtos e compras pulverizadas de clientes ao longo do ano. Razões que, segundo Fábio, reforçam o motivo do prêmio ME

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qualidade

O principal objetivo é aumentar a receita e a produtividade dos clientes

Sebastian cria modelo de otimização de embalagens para a indústria do agronegócio

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partir de uma longa experiência como fornecedora de soluções em embalagem para as indústrias de fertilizantes, produtos agrícolas e nutrição animal, a Sebastian Embalagens criou um modelo específico de gerenciamento de riscos e gestão de resultados para este setor. O principal objetivo do trabalho é aumentar a receita e a produtividade dos clientes a partir de uma análise minuciosa da realidade das empresas e de seus principais gargalos. “A avaliação dos produtos e processos do cliente permite desenvolver um projeto amplo e personalizado que contemple maximização de vendas, de lucros e de valor da marca, além de redução do número de processos, estoques e mão de obra”, explica Rodrigo Loschi, Diretor da Sebastian. Segundo ele, em alguns casos é possível, inclusive, usar a tributação (ICMS) de forma mais inteligente para reduzir os custos nos processo. “Temos focado este serviço na área de bombonas plásticas, substituindo as embalagens de 20

litros pelas de 25 ou 30 litros”, explica. “Outra vantagem é o sistema de gerenciamento da operação de embalagem do cliente, em sua fábrica (in house). Neste caso, só são cobrados os itens efetivamente usados, reduzindo os gastos com manutenção de estoques e perdas.” Os benefícios diretos para o produto são melhoria de imagem, segurança contra falsificação, padronização da aplicação dos rótulos, rastreabilidade unitária dos produtos, maior segurança nas informações e agilidade e flexibilidade nos lançamentos. Já no processo consegue-se redução da mão de obra direta, redução das perdas, automação da aplicação dos rótulos, ganho de velocidade na aplicação dos rótulos, automação de inventários, redução do número de documentos manuscritos e transcritos e geração automática de códigos de rastreabilidade ME


qualidade

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Suzano papel e celuloSe conquIsta quatro trofÉus no prêMIo graphprInt

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eforçando sua forte atuação no segmento, a Suzano Papel e Celulose conquistou quatro troféus na 10ª edição do Prêmio Graphprint, em abril último, em São Paulo. As premiações foram nas seguintes categorias: Papel para Impressão Revestido e Não Revestido, Papel Reciclado e Papelcartão. O Prêmio Graphprint, realizado pela Agnelo Editora, foi criado para enaltecer empresas e personalidades que mais se destacam na indústria gráfica anualmente. O Prêmio é fruto dos dados colhidos por meio da pesquisa efetuada junto às empresas do setor que indicam mediante critérios de especificação, parceria, prazo, serviço e volume, sobre seus principais fornecedores ME

Os prêmios foram nas categorias Papel para Impressão Revestido e Não-Revestido, Papel Reciclado e Papelcartão

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expansão

mercado empresarial

ruKaVa

Marca consolIdada no sEgMEnto dE EstEIras transportadoras

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undada em 1998, em São Paulo, para desenvolver trabalhos de engenharia na área de meios auxiliares à Produção, três anos depois a Rukava já iniciava suas atividades em esteiras transportadoras de alumínio estrutural. E não parou mais! Consolidou sua marca no mercado e hoje está entre as melhores do País em seu segmento, trabalhando com sistemas logísticos pequenos, médios e grandes. Segundo o Diretor Industrial Rubens Godoy, o grande diferencial da empresa é a qualidade Rukava,“conquistada ao longo de anos de esforços e parcerias com empresas do exterior e solidificada com a obtenção da Certificação ISO9001:2008. Os carros-chefes da Rukava são os sistemas intralogísticos, dispositivos especiais para indústrias e automação, sendo que a produção dos equipamentos é toda realizada internamente. A empresa é reconhecida por reduzir custos e aumentar a eficiência nos processos produtivos. Do portfólio da empresa, Godoy aponta um produto que vem alcançando um grande destaque: “são nossos projetos para movimentação logística de materiais”. Os clientes que têm adquirido este equipamento estão muito satisfeitos com nossa qualidade e vem nos recomendando ao mercado”, ressalta. “Atendemos todos os segmentos de mercado, petroquímico, mineração, industrial em geral e agronegócios, e nossa atuação passou de nacional e internacional no início de 2009, quando iniciamos a internacionalização da Rukava. Em função disso, acreditamos que nosso volume de exportações tende a crescer em 2011, comparado a 2010. Como estamos buscando novas parcerias internacionais e levando nossa marca para todos os continentes, a tendência é nosso faturamento crescer cada vez mais. Acredito até que no início do próximo ano teremos que pensar em abrir uma filial!”, comemora o Diretor Rubens Godoy.

Temos base de negócios em todos os estados brasileiro e atendemos todos os continentes , com muitos clientes fidelizados, a Rukava se programa para ampliar esse número em virtude das parcerias internacionais que estão sendo efetuadas. Por outro lado, as parcerias com multinacionais exige que a empresa esteja na vanguarda na implantação de inovações tecnológicas, buscando o que há de mais avançado na área. A Rukava tem em seu quadro de funcionários um Departamento Técnico, que conta com engenheiros capacitados e treinados dentro das mais modernas técnicas internacionais de qualidade e inovação tecnológica. “DeEm plena expansão, senvolvemos parcerias em projetos incom qualidade, ternacionais com engenheiros de outros países”, complementa o Diretor. planejamento e Segundo Godoy, a Rukava está em muito gás, Rukava grande expansão no exterior, onde sua tem tudo para se marca já é conhecida e apreciada por tornar a grande líder empresas de peso no mercado.

na sua área

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legislação

FABRICANTES DEVEM INFORMAR PRESENÇA DE BISFENOL NAS EMBALAGENS DE ALGUNS PRODUTOS

ANVISA FIXA NOVAS REGRAS PARA IMPORTAÇÃO DE ALIMENTOS DO JAPÃO

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Justiça Federal em São Paulo determinou que, em 40 dias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamente a obrigatoriedade de informação “adequada e ostensiva” sobre a presença da substância bisfenol A (BPA) nas embalagens de alguns tipos de produtos. A decisão, tomada em 5 de abril último, é do juiz federal substituto Eurico Zecchin Maiolino, da 13ª Vara Federal Cível, em caráter liminar. A Anvisa informou que ainda não foi notificada. O bisfenol A é uma substância química utilizada na fabricação de plásticos que torna o produto final mais flexível, transparente e resistente. Em latas, é usado como revestimento interno para proteger a embalagem da ferrugem. No entanto, o bisfenol usado nesse tipo de embalagem pode contaminar os alimentos. No organismo, o produto funciona Substância pode como o estrogênio (hormônio feminino). Segundo o Ministério Público Federal contaminar os alimentos (MPF), estudos científicos comprovam o potencial nocivo do bisfenol à saúde das pessoas, em especial de mulheres e crianças. De acordo com a pesquisadora Fabiana Dupont, membro do grupo de estudos sobre desreguladores endócrinos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), o produto afeta, principalmente, os fetos e já foi relacionado a câncer de mama e de próstata, diabetes, obesidade, puberdade precoce, puberdade tardia, problemas cardíacos e comportamentos sociais atípicos em crianças. “Colocar na embalagem [o alerta sobre a presença de bisfenol] é um passo muito importante porque, só de estar na rotulagem, o consumidor vai estar ciente que essa substância está presente ou não. Além dessa rotulagem, seria importante desenvolver, lançar uma campanha para informar aos consumidores sobre os riscos potenciais”, disse a pesquisadora. Ela criou um site na internet para denunciar os riscos do bisfenol. O produto já foi proibido de ser usado em mamadeiras e copos infantis na União Europeia, no Canadá, na China e na Malásia. Nos Estados Unidos, algumas empresas já não utilizam mais o bisfenol e outras estabeleceram metas para deixar de usá-lo. No Japão, a indústria de bebidas também abandonou o produto. Fonte: Agência Brasil ME

Fica proibida a entrada no Brasil de produtos trazidos por pessoa física

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Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu critérios para a importação pelo Brasil de produtos e matérias-primas originários do Japão e fabricados a partir de 11 de março. A resolução foi publicada em 11/4 último no Diário Oficial da União. As normas detalham regras de outra resolução, publicada 01/4. Entre elas, está a de que os produtos importados do Japão só poderão chegar aos portos do Rio de Janeiro e de São Paulo. De acordo com a resolução, fica proibida a entrada no Brasil de produtos trazidos do Japão por pessoa física. No caso das empresas, a importadora deverá apresentar a Declaração da Autoridade Japonesa sobre cada produto. O rótulo do produto deverá conter informações como a origem e a data de fabricação e de embalagem. As mercadorias importadas só serão disponibilizadas para consumo após emissão do laudo laboratorial da Anvisa. Os produtos que estiverem em desacordo com os limites de radiação serão descartados ou devolvidos ao exportador. Fonte: Agência Brasil ME


legislação

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rÓtuloS de alimentoS podErão tEr sElos colorIdos para IndIcar valor nutrIcIonal

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s rótulos das embalagens de alimentos devem conter selos de identificação em cores diferenciadas para orientar o consumidor sobre a composição nutricional do produto. É o que prevê o projeto de lei do Senado PLS 489/08, do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), a ser examinado pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). Para orientar a escolha de uma alimentação saudável, o projeto original previa que os selos fossem nas cores vermelho, amarelo ou verde. No entanto, o relator, senador Paulo Davim (PV-RN), sugere que essa distinção seja feita pelo Poder Executivo. Ao justificar o projeto, Cristovam comenta as repercussões negativas da mudança do perfil alimentar do brasileiro. Ele considera “alarmante” a estimativa de que existam atualmente dez milhões de diabéticos no Brasil. A alimentação saudável e os exercícios físicos são formas de prevenção da diabetes, sustenta Cristovam Buarque. O parlamentar afirma ainda que a obesidade predomina entre os pobres do país porque os alimentos de elevada densidade calórica são encontrados a preços mais baratos em supermercados, lanchonetes e bares, na comparação com frutas, verduras e carnes magras. Outra razão seria a falta de tempo para as refeições, associada ao reduzido grau de informação sobre a qualidade nutricional dos alimentos. Isso levaria as pessoas a trocarem pratos saudáveis por salgadinhos, refrigerantes e sanduíches e

exagerarem no consumo de caloO objetivo é ajudar a rias e açúcar. Por tudo isso, Cristovam acrepopulação a fazer dita que o uso de selos de diferenescolhas mais saudáveis tes cores, conforme o conteúdo nutricional, “irá auxiliar a população a escolher os alimentos e melhorar suas condições de saúde”. O projeto altera o texto do Decreto-Lei 986, de 1969, que institui normas básicas sobre alimentos. De acordo com o relator, se convertido em lei, a proposta auxiliará no combate a graves problemas de saúde pública, num efetivo avanço na proteção ao consumidor. Depois do exame na CMA, a proposta seguirá para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde receberá decisão terminativa, aquela tomada por uma comissão com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis. Fonte: Agência Senado ME

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defesa do consumidor

PERIGO NO RÓTULO

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o dia 15 de março último, por meio de seu Depar- brasileiros nunca ouviram falar em transgenia. tamento de Proteção e Defesa do Consumidor, o Nessas condições, não têm como optar entre Ministério da Justiça abriu processos administrati- o transgênico e o produto convencional. E, vos contra dez empresas de alimentos por não notificarem até agora, o governo não entendeu que deva em rótulo que seus produtos contêm transgênicos. Os fazer algum esclarecimento público sobre o Procons de São Paulo, da Bahia e de Minas Gerais também tratamento a ser dado a esses produtos. Devem participaram da iniciativa que flagrou a irregularidade em eles ser evitados como o cigarro? biscoitos, bolos, salgadinhos e barras de cereais elaborados Edilson Paiva, pesquisador da Embrapa e com grãos produzidos a partir de sementes geneticamente presidente da Comissão Técnica Nacional de modificadas. Atinge tanto empresas relativamente peque- Biossegurança (CTNBio), observa que todos nas, como Zaeli e J. Macedo, como mulos produtos transgênicos tinacionais do porte de Nestlé, Kraft, cultivados no Brasil são subIrregularidades em Oetker e Pepsico. metidos a rígidos testes de biscoitos, bolos, A obrigatoriedade de rotulagem essegurança e que não há nepecial foi determinada pelo Código de nhuma evidência científica salgadinhos e barras de Defesa do Consumidor. Lei do Estado dos supostos males provocacereais elaborados com de São Paulo (número 14.274) também dos por eles. Se é assim, por grãos produzidos a partir exige que, a partir de 1o de junho, proque, então, insistir com essas de sementes dutos assim não só apresentem rotudeterminações sem sentido? geneticamente lagem diferenciada, mas, também, que Atrás apenas dos Estados sejam expostos e vendidos em lugares Unidos, o Brasil é o segundo modificadas especiais. maior produtor mundial de Esses procedimentos são, no mícommodities transgênicas nimo, discutíveis. Lembram os que vão nas embalagens há duas safras. Na última (2009/2010), foram de cigarro, em que a autoridade sanitária adverte para os produzidos a partir de sementes modificadas graves riscos para a saúde de quem inala os gases da quei- nada menos que 76% da soja, 57% do milho ma de tabaco. A maioria dos transgênicos (casos da soja e e 27% do algodão. Em alguns anos estarão do milho) foi desenvolvida para dispensar aplicações dos disponíveis mudas de cana-de-açúcar também agrotóxicos que vão nas culturas convencionais. Então, se transgênicas. é para alertar para eventuais riscos para a saúde humana Esse avanço da transgenia tem lá suas raou animal, seria preciso também advertir o consumidor de zões econômicas. Seus custos de produção são que o alimento que leva compostos convencionais pode substancialmente mais baixos: 5,4%, na média ser ainda mais nocivo do que o transgênico. nacional da soja, com um retorno 9,9% maior. Fora isso, não se sabe o que esperar do consumidor. O aumento da produtividade desse grão transPor que deveria ele rejeitar os transgênicos, se até agora gênico nos últimos dez anos no Brasil foi de não houve nenhuma evidência de prejuízos para a saúde? 45%. E, se o mundo aguarda uma nova crise de Uma pesquisa do instituto Ipos, encomendada pela Asso- oferta de alimentos, será ainda mais difícil obciação Brasileira das Indústrias de Alimentação, em 2010, servar determinações conservacionistas desse apresentou um resultado nada surpreendente: 74% dos tipo. Fontes: Celso Ming/O Estado de S.Paulo ME


mercado empresarial

defesa do consumidor

ALERTA CONTRA CÁRIE NAS EMBALAGENS DE GULOSEIMAS

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mbalagens de doces, balas, chocolates e outras guloseimas poderão trazer mensagens de advertência, assim como ocorre nos maços de cigarro. A intenção de um projeto de lei em curso no Congresso é alertar sobre o potencial cariogênico dos produtos com alto teor de açúcar. Cerca de 38% das crianças de 18 a 36 meses apresentam pelo menos um dente de leite que se desprende precocemente devido a cáries. A proporção sobe para 60% entre crianças de 5 anos. Com base nesses dados, levantados pelo Projeto SB Brasil entre maio de 2005 e novembro de 2006, em 250 municípios das cinco regiões brasileiras, o deputado Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB) justificou o projeto. Ele argumenta que o crescimento econômico brasileiro, associado ao avanço da tecnologia de alimentos, amplia o acesso aos produtos industrializados açucarados. Pelo projeto, os alimentos cariogênicos deverão conter em suas embalagens, frascos e recipientes a seguinte informação: “Este produto contém substâncias que provocam cáries”. A proposta, que tramita em caráter conclusivo, não precisa de apreciação em plenário, bastando a aprovação das comissões temáticas designadas. A de Defesa do Consumidor já avalizou a ideia, faltando agora a resposta das comissões de Constituição e Justiça, e de Cidadania. O projeto perderá esse caráter conclusivo se houver parecer divergente entre os grupos temáticos. Para a professora do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da UFMG Sheyla Márcia Auad, qualquer alerta em relação ao consumo de produtos cariogênicos é importante. Mas, segundo ela, a proposta do Congresso pode ter efeito inócuo se vier como uma medida isolada. No Brasil, explica, o açúcar tem uma forte aceitação social em função

de sua história canavieira. Somam-se a isso campanhas publicitárias que Projeto prevê mensagem tornam “inofensivo” o consumo de de advertência em balas, produtos cariogênicos, especialmente doces e chocolates entre crianças. Pessoas que desenvolvem cárie na dentição de leite têm maior probabilidade de ter os dentes permanentes afetados pelo mesmo problema quando adultas. “É uma doença que começa na infância. Se você trabalha a formação de hábitos de alimentação saudável e higienização bucal desde cedo, a prevenção é mais eficiente”. Por isso, continua a professora da UFMG, a impressão de alertas deveria vir acompanhada de outras prioridades, como campanhas educativas sobre higiene bucal e investimentos no serviço público de odontologia. O Ministério da Saúde informa que o acesso da população ao dentista aumentou nos últimos oito anos. O órgão contesta os dados apresentados pelo deputado Vital Filho. Pesquisa Nacional de Saúde Bucal realizada entre 2003 e 2010, em 177 municípios com 38 mil pessoas de diferentes grupos etários, apontou redução de 26% de cáries nas crianças de 12 anos. O número daquelas que nunca tiveram cárie na vida, nessa mesma faixa de idade, pulou de 31% para 44%. As irmãs Ludmilla, 8 anos, e Emanuelly, de 9, jamais farão parte dessa estatística. Ambas já desenvolveram cáries nos dentes de leite. Segundo a mãe delas, a manicure Marla Carvalho, as filhas são levadas ao dentista pelo menos duas vezes ao ano. “É difícil diminuir o consumo de doce entre as crianças. Acho que essa lei não vai ter efeito algum”, disse ela. Fonte: Hoje em Dia/MG ME

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tecnologia

BraSil aVanÇa EM ranKIng dE tI

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epois de alternar quedas e períodos de estagnação nos últimos quatro anos, o Brasil voltou a melhorar sua posição no relatório global de tecnologia da informação, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês). Na edição 2010-2011 do estudo, o Brasil subiu cinco posições e ocupa agora a 56ª colocação. A pesquisa avaliou a influência e os impactos da Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC) para o desenvolvimento e a competitividade de 138 países. O relatório analisa mais de 60 itens distribuídos em três temas: o ambiente empresarial, regulatório e de infraestrutura de TI; o preparo do governo, pessoas e empresas para usar os recursos; e a implementação de novas tecnologias. A Suécia continua na País sobe para a 56ª liderança do ranking, seguida por Cingacolocação em pura, Finlândia, Suíça e Estados Unidos. levantamento do Fórum Para Thierry Geiger, economista sênior do Fórum Econômico Mundial, algumas Econômico Mundial iniciativas do governo brasileiro, como a oferta de serviços on-line à população, explicam em parte a ligeira melhora nos resultados obtidos pelo país. “Há alguns anos, o governo vem colocando a TIC como uma das prioridades no desenvolvimento do país e isso começa a trazer reflexos positivos, mesmo que pontuais”, diz Geiger. O Brasil alcançou a 33ª posição no índice que mede o uso e a eficiência de ferramentas de TIC pelos governos. Já em relação ao interesse governamental por tecnologias inovadoras, o país ficou na 49ª colocação. A adoção e a procura por novas tecnologias no ambiente empresarial brasileiro são outros fatores que apresentaram índices razoáveis. O Brasil figurou na 29ª posição em termos de capacidade de inovação do mercado, mesma colocação obtida no quesito que mede os investimentos das companhias em pesquisa e desenvolvimento.

“Além de impulsionar novos modelos de negócio digitais, essas iniciativas das empresas estão encorajando o uso das TICs pela população”, opina Geiger. Por outro lado, o economista afirma que os esforços do governo brasileiro ainda não trouxeram grandes resultados na solução de velhos problemas que impedem o alcance de melhorias mais consistentes no país. Geiger aponta a burocracia, os impostos que incidem sobre o setor, o custo do acesso à tecnologia e o sistema educacional falho do país como barreiras que afetam o desenvolvimento da TIC no Brasil. Os reflexos do sistema educacional do país são expressos no item que contempla o preparo dos indivíduos para usar a tecnologia. Nessa categoria, o Brasil caiu da 99ª posição obtida em 2010 para 101ª colocação nesse ano. Entre os países da América Latina e do Caribe, o Brasil ficou atrás de Barbados, Chile, Porto Rico, Uruguai e Costa Rica no ranking geral do estudo. Por outro lado, superou Colômbia, Panamá, México, Peru e Argentina. O Brasil também ocupou uma posição intermediária na comparação com os países do BRIC, atrás de China e Índia, e à frente da Rússia. Tomando como exemplo a Índia, Geiger diz que o mercado empresarial de tecnologia do país está anos luz à frente do Brasil. “Ao mesmo tempo, no plano da adoção de tecnologia pela população, o Brasil está muito mais avançado”, diz o economista. Fonte: Valor Online ME


mercado empresarial

tecnologia

SantoS prepara

Expansão dE parquE tEcnológIco

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Prefeitura de Santos, no litoral de São Paulo, pretende destinar uma área de seis quilômetros quadrados para abrigar, na área continental da cidade, o segundo núcleo do Parque Tecnológico de Santos. O local escolhido fica no bairro de Guarapá, a cerca de 33 quilômetros do centro de Santos, vizinho ao futuro porto Barnabé Bagres. A caracterização do terreno como apto a receber atividade de tecnologia e inovação constará da lei de uso e ocupação do solo, que está em revisão, segundo o secretário de Desenvolvimento e Assuntos Estratégicos do município, Márcio Antonio Lara. A proposta terá de ser examinada pela Câmara Municipal. A expectativa é que o novo polo tecnológico esteja funcionando em dois anos. Hoje, a parte insular de Santos - onde historicamente a cidade se desenvolveu - conta com o primeiro núcleo do parque tecnológico. São 220 mil metros quadrados não contínuos, ocupados pelas instalações de universidades e centros de pesquisa, com os quais as empresas podem fazer acordos para usar laboratórios e outros recursos, com a finalidade de desenvolver inovação. Com o segundo núcleo, a ideia é criar áreas onde as companhias possam estabelecer seus próprios centros de desenvolvimento. “O núcleo terá um formato mais tradicional, com uma nova infra-estrutura para receber centros de pesquisas e empresas de inovação que dependem de áreas mais extensas para implementação”, explica Lara.De acordo com Lara, Santos tem potencial atrativo e demanda para expandir essa oferta. “Já está acontecendo. Por exemplo, temos aqui na região central a Halliburton e a Schlumberger, duas grandes empresas que compõem a organização nacional da indústria do petróleo e têm contratos com a Petrobras. Companhias dessa natureza promovem inovação, que gera efeito de atração de novas empresas”, afirma o secretário. Ainda no âmbito do pré-sal, diz Lara, a

Meta é atrair investimento e estar em atividade em dois anos

Petrobras - que está construindo uma sede em Santos - já decidiu que trará para a cidade um núcleo do Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) para atuar no desenvolvimento de pesquisa logística e inovação no pré-sal. Um trabalho realizado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e financiado pelo governo do Japão identificou o segmento de TI como um dos vetores de desenvolvimento da região santista, ao lado de atividades como porto, retroporto, logística, energia, ambiente e turismo. A expectativa de Lara é que o credenciamento da primeira etapa do parque ocorra no segundo semestre. Atualmente estão sendo elaborados dois planos - um de ciência e inovação e outro de marketing -, cuja meta é identificar empresas do setor e o potencial de atração de novos empreendimentos. Fonte: Valor Econômico ME

IMprEssora 3d IMprIME tEcIdos bIológIcos

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ientistas apresentaram no encontro da Associação Americana para o Avanço da Ciência uma impressora 3D que pode vir a imprimir tecidos biológicos. O pesquisador Hod Lipson, da universidade americana Cornell, afirma que o que ele e outros estudam é em vez de imprimir em plástico, imprimir com materiais biológicos, formando tecidos tridimensionais. Atualmente, a equipe trabalha na impressão de orelhas para serem usadas na medicina reconstrutiva. A impressora não é muito diferente de uma de jato de tinta ou um plotter de impressão.

Memória do corpo

A ideia é que no futuro cada paciente tenha detalhes minuciosos do seu corpo armazenados no computador dos médicos. Se no futuro, ele vier a necessitar de uma nova cartilagem, um menisco, uma orelha ou até um osso, bastaria recuperar aquelas informações. Depois células do próprio paciente seriam coletadas e postas em cultura para serem usadas como “tinta” para imprimir novas partes do corpo. ME

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pesquisa

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SUPERPLÁSTICOS NATURAIS

Pesquisadores da Unesp desenvolvem nova geração de plásticos a partir de fibras naturais extraídas de resíduos agroindustriais. Trabalho atrai a atenção da indústria automobilística

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e resíduos agroindustriais saem fibras que poderão dar origem a uma nova geração de superplásticos. Mais leves, resistentes e ecologicamente corretos do que os polímeros convencionais utilizados industrialmente, as alternativas vêm sendo pesquisadas pelo grupo coordenado pelo professor Alcides Lopes Leão na Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), em Botucatu. Obtidas de resíduos de cultivares Mais fortes, duráveis e como o curauá (Ananas erectifolius) – planta amazônica da mesma família totalmente renováveis do abacaxi –, além da banana, casca de coco, sisal, o próprio abacaxi, madeira e resíduos da fabricação de celulose, as fibras naturais começaram a ser estudadas em escalas de centímetros e milímetros pelo professor Lopes Leão e colegas no início da década de 1990. Ao testá-las nos últimos dois anos em escala nanométrica (da bilionésima parte do metro), os pesquisadores des-

cobriram que as fibras apresentam resistência similar às fibras de carbono e de vidro. E, por isso, podem substituí-las como matérias-primas para a fabricação de plásticos. O resultado são materiais mais fortes e duráveis e com a vantagem de, diferentemente dos plásticos convencionais originados do petróleo e de gás natural, serem totalmente renováveis. “As propriedades mecânicas dessas fibras em escala nanométrica aumentam enormemente. A peça feita com esse tipo de material se torna 30 vezes mais leve e entre três e quatro vezes mais resistente”, disse Lopes Leão à Agência FAPESP. Em testes realizados pelo grupo por meio de um acordo de pesquisa com a Braskem, em que foi adicionado 0,2% de nanofibra ao polipropileno fabricado pela empresa, o material apresentou aumento de resistência de mais de 50%. Já em ensaios realizados com plástico injetável utilizado na fabricação de para-choques, painéis internos e laterais e protetor de cárter de automóveis, em que foi adicionado entre 0,2% e 1,2% de nanofibras, as peças apresentaram maior resistência e leveza do que as encontradas no mercado atualmente, segundo o cientista. “Em todas as peças utilizadas pela indústria automobilística à base de polipropileno injetado nós substituímos a fibra de vidro pela nanocelulose e obtivemos melhora das propriedades”, afirmou. Além do aumento na segurança, os plásticos feitos de nanofibras possibilitam reduzir o peso do veículo e aumentar a economia de combustível. Também apresentam maior resistência a danos causados pelo calor e por derramamento de líquidos, como a gasolina. “Por enquanto, estamos focando a aplicação das nanofibras na substituição dos plásticos automotivos. Mas, no futuro, poderemos substituir peças que hoje são feitas de aço ou alumínio por esses materiais”, disse Lopes Leão. Por meio de um projeto apoiado por meio do Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) da FAPESP, a fibra de curauá passou a ser utilizada no teto, na parte interna das portas e na tampa de compartimento da bagagem dos automóveis Fox e Polo, fabricados pela Volkswagen. Outras indústrias automobilísticas já manifestaram interesse pela tecnologia, segundo Lopes Leão. Entre elas está uma empresa indiana, cujo nome não foi revelado, que tomou conhecimento da pesquisa após ela ser apresentada no 241º Encontro e Exposição Nacional da Sociedade Norte-Americana de Química


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mercado empresarial

(ACS, na sigla em inglês), que ocorreu no final de março em Anaheim, nos Estados Unidos.

Fibras mais promissoras

Segundo o coordenador da pesquisa, além da indústria automobilística as nanofibras podem ser aplicadas em outros setores, como o de materiais médicos e odontológicos. Em um projeto realizado em parceria com a Faculdade de Odontologia da Unesp de Araraquara, os pesquisadores pretendem substituir o titânio utilizado na fabricação de pinos metálicos para implantes dentários pelas nanofibras. Em outro projeto desenvolvido com a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu, o grupo utiliza as nanofibras para desenvolver membranas de celulose bacteriana vegetal. Em testes de biocompatibilidade in vivo, realizados com ratos, os animais sobreviveram por seis meses com o material. “Nenhuma pesquisa do tipo tinha conseguido atingir, até então, esse resultado”, afirmou Lopes Leão. Por meio de outros projetos financiados pela FAPESP, o grupo da Unesp também está estudando a utilização de fibras naturais para o desenvolvimento de compósitos reforçados e para o tratamento de águas poluídas por óleo. De acordo com o coordenador, entre as fibras de plantas, as do abacaxi são as que apresentam maior resistência e vocação para serem utilizadas na fabricação de bioplásticos. Dos materiais, o mais promissor é o lodo da celulose de papel, um resíduo do processo de fabricação que as indústrias costumam descartar em enormes quantidades e com grandes custos financeiros e ambientais em aterros sanitários. Para utilizar esse resíduo como fonte de nanofibras, Lopes Leão pretende iniciar um projeto de pesquisa com a fabricante de papel Fibria em que o lodo da celulose produzido pela empresa seria transformado em um produto comercial. “É muito mais simples extrair as nanofibras desse material do que da madeira, porque ele já está limpo e tratado pelas fábricas de papel”, disse. Para preparar as nanofibras, os cientistas desenvolveram um método em que colocam as folhas e caules de abacaxi ou das demais plantas em um equipamento parecido com uma panela de pressão. O “molho” resultado dessa mistura é formado por um conjunto de compostos químicos e o cozimento é feito em vários ciclos, até produzir um material fino, parecido com o talco. Um quilograma do material pode produzir 100 quilogramas de plásticos leves e super-reforçados. Fonte: Agência FAPESP ME

PREFERÊNCIA ALIMENTAR DAS CRIANÇAS É INFLUENCIADA PELOS DESENHOS NAS EMBALAGENS

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m estudo feito pela UniverHábitos errados de sidade da Pensilvânia, nos alimentação podem Estados Unidos, descobriu que as crianças são altamente começar por aí influenciáveis pelos desenhos contidos nas embalagens de produtos alimentícios, e tendem sempre a preferir aqueles que contenham representações de seus personagens preferidos, não importando qual seja o sabor do alimento. Embalagens com desenhos famosos, como Shrek ou os penguins do filme Happy Feet, fazem as crianças terem hábitos errados de alimentação. “Personagens comerciais fazem com que seja mais fácil para as crianças lembrarem e identificarem os produtos. São uma identidade visual”, afirma Sarah Vaala, uma das autoras da pesquisa. O problema, diz ela, é que a indústria de alimentos usa isso de forma errada, colocando nas embalagens dos produtos menos saudáveis e nutritivos os desenhos mais populares entre as crianças. “As crianças transferem sua preferência pelo personagem para o produto, e querem comprá-lo mais (que outro que até tenha um gosto melhor)”, disse Vaala. “O que queríamos saber era se essa preferência se refletia também no sabor do produto; se colocando esses personagens as empresas estavam, na verdade, influenciando subconscientemente o julgamento das crianças”. Para comprovar a tese, os pesquisadores convidaram 80 crianças entre quatro e seis anos para fazer um teste de sabor cego. Colocaram, em quatro embalagens, o mesmo cereal - um tipo saudável e que não costuma ser vendido em super mercados -, sendo que em duas dessas embalagens lia-se “flocos saudáveis” e, nas outras duas, “flocos doces”. Também em uma embalagem de cada suposto tipo de flocos foram desenhados personagens do filme Happy Feet. O resultado mostrou que as crianças tendiam a preferir o conteúdo das embalagens com os desenhos e, dentre essas duas, aquela que continha o aviso “flocos saudáveis”. Segundo os pesquisadores, esse fato talvez seja explicado pelo fato de que, desde muito pequena, a criança é ensinada que comer produtos com mais açúcar faz mal. “Há algo desconcertante acontecendo hoje em dia. Nós nos preocupamos em dizer às crianças para comer algo saudável, e isso parece fazer sentido. Mas, na verdade, estamos enganando-as, porque é, de fato, o desenho que elas vêem na embalagem que influencia na decisão final”, afirmou Vaala. Por mais que o produto seja saudável e, supostamente, não atraente para uma criança, o que o estudo mostrou é que isso pouco interessa quando ela se sente atraída pela embalagem. O que pode estar errado, segundo a representante da Associação Dietética Americana, Keri Gans, é que a indústria precisa usar esses personagens nas embalagens dos produtos saudáveis, não dos pouco nutritivos. “Esta pode ser uma oportunidade para os produtores que se dizem preocupados com a epidemia de obesidade nas gerações mais novas”, disse. Fonte: Revista Época ME

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dicas de leitura

EMBALAGENS PARA A INDÚSTRIA ALIMENTAR Esta nova edição do livro Embalagens para a Indústria Alimentar destina-se a todos quantos se interessarem pelos problemas ligados à indústria de embalagens nas suas mais diversas vertentes, particularmente às que dizem respeito que a uma adequada utilização dos diversos materiais até hoje utilizados pela embalagem alimentar quer, ainda, os relacionados com a saúde do consumidor e a poluição ambiental. Ela será também de inegável interesse para aqueles que frequentam licenciaturas em ciência ou engenharia alimentar.

DESIGN DE EMBALAGEM: CURSO AVANÇADO “A melhor coisa que pode acontecer a um produto é ter uma boa embalagem.” Os profissionais de marketing bem sucedidos concordam com essa afirmação, mas como conseguir dar aos produtos uma boa e, se possível, ótima embalagem? É isso o que este livro apresenta de maneira clara, didática e objetiva. Aqueles que têm a responsabilidade de conduzir seus produtos ao sucesso num mundo cada vez mais competitivo e todos os que se interessam por embalagem encontrarão nesta obra uma fonte de conhecimento com informações valiosas e úteis para o dia-a-dia. Autor: Fabio Mestriner Editora: Pearson (Universitários)/ 2004 - 2ª. edição Número de páginas: 178

Autores: A.Gomes de Castro e A.Sergio Pouzada Editora: Instituto Piaget Número de páginas: 609

NANOTECNOLOGIA EM EMBALAGENS HISTÓRIA DA EMBALAGEM NO BRASIL Este livro aborda não só a evolução das indústrias de embalagem, mas apresenta todos os seus segmentos como madeira, vidro, papel, alumínio, aço, plásticos rígidos e flexíveis, e papelão ondulado, entre outros, além de enfatizar o trabalho de indústrias que contribuíram para o desenvolvimento tecnológico do setor. Editora: ABRE /2006 Autor: Pedro Cavalcanti & Carmo Chagas Número de páginas: 253

Este volume tem como foco principal as aplicações já em desenvolvimento ou que ainda estão chegando ao mercado, com bastante ênfase nas indústrias de papel e nas embalagens, e com isso engloba também o papel de tintas e revestimentos. Mostra que técnicas desenvolvidas nestas áreas podem beneficiar a produção de circuitos moleculares com técnicas de impressão. Este livro apresenta para o público em geral exemplos do uso da nanotecnologia, além de ser útil para uma parcela de profissionais de indústrias que podem ser bastante afetadas pela incorporação de soluções da nanotecnologia em produtos e processos. Autores: Edgard Blucher e Grahan Moore Editora: Edgard Blucher LV/2010 Número de páginas: 114


dicas de leitura

mercado empresarial

PLANEJAMENTO DE EMBALAGENS DE PAPEL Uma visão abrangente e consistente do universo do design de embalagens em papel, do projeto à produção: os diversos tipos de embalagem, diagramas estruturais, a organização do briefing, os aspectos de marketing, as implicações da psicologia da percepção, os processos de produção, as questões ecológicas envolvidas. Inclui ainda relação completa das normas da ABNT e links na Internet sobre o assunto. Porém, sem abandonar seu perfil de manual técnico sobre esta área cada vez mais presente para o designer, Planejamento de Embalagens de Papel também aborda os aspectos culturais e sociais da questão. “As embalagens, por meio de seu design formal e gráfico”, observa o autor, “correspondem ou não ao valor substancial que possuem, superando ou frustrando as expectativas dos indivíduos. A partir delas, podemos observar aspectos da cultura, do padrão social, do carinho, da estima, da confiança que elas e seus respectivos conteúdos transmitem — aspectos psico-sociais contidos nas embalagens, nos objetos que elas envolvem, de seus criadores e para quem estas serão enviadas”. Autor: José Luís Pereira Editora: 2AB Editora Número de páginas: 96

INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS E PROCESSOS PARA DESIGNERS Este trabalho caracteriza-se como uma síntese do universo dos materiais e dos respectivos processos de transformação mais significativos para a indústria. Ricamente ilustrado e empregando uma linguagem acessível, o livro facilita o entendimento do assunto pelos estudantes e profissionais de diferentes segmentos do design, o que, certamente, poderá contribuir para uma especificação de materiais e processos mais adequados para os produtos resultantes de seus projetos, facilitando a integração destes profissionais com fornecedores, fabricantes e profissionais de engenharia. Autor : Marco Antonio Magalhães Editora: Ciência Moderna/2006 Número de páginas: 240

DESIGN DE EMBALAGEM: 100 FUNDAMENTOS DE PROJETO E APLICAÇÃO ENGENHARIA DE EMBALAGENS

Este livro aborda os diversos aspectos a serem considerados no projeto de uma embalagem, fala sobre a formação da equipe para o desenvolvimento do projeto e serve de guia para a especificação dos testes de verificação da estabilidade dos produtos e o desempenho das embalagens projetadas. Você irá aprender, antes de começar o projeto da embalagem, e mesmo do produto, como se organizar para atingir o sucesso esperado. Também responde a inúmeras questões que até hoje só se obtinham as respostas contratando (e pagando) um especialista por um projeto de embalagem. Sobre a autora: Engenheira mecânica formada pela Universidade Católica de Petrópolis, é especialista em embalagens e desenvolvimento de produtos, árbitro formado pelo INAMA, articulista de revistas especializadas em embalagens e atuou como professora convidada no curso de MBA Gestão e Engenharia de Produtos da USP. É diretora técnica da JIT Assessoria e Consultoria, que presta consultoria para empresas nacionais e multinacionais das áreas de eletrônica, laboratórios, alimentos, produtos químicos e indústria mecânica. Autora: Maria Aparecida Carvalho Editora: Novas Conquistas/2008 Número de páginas: 288

São duzentas páginas de projetos inspiradores de design de embalagens do mundo todo, proporcionando uma visão prática do trabalho de designers de sucesso. Um design de embalagem eficiente equilibra considerações estéticas, tais como forma, cor, materiais, tipografia, imagens e técnicas de impressão, com requisitos práticos como a apresentação na prateleira, branding e marketing. Design de Embalagem é um guia completo que reúne diversos desafios que os designers costumam encontrar e os motiva com desenvoltura, criatividade e praticidade. Este livro proporciona ainda uma grande variedade de exemplos úteis para cada estágio do processo de design, incluindo o briefing criativo, o desenvolvimento do conceito, o processo de produção, impressão, apresentação e marketing. Ao mesmo tempo que transmite informações práticas, exemplos surpreendentes e inspiradores acompanham cada conceito abordado. Candace Ellicott e Sarah Roncarelli são diretoras da Fifty Strategy & Creative, uma empresa de design especializada em design de marcas e em marketing. Criam logotipos, identidades de marcas e aplicações para todas as mídias, incluindo transmissão e distribuição de informações, peças impressas e internet para produtos e serviços de vários setores de mercado. Autoras: Sarah Roncarelli e Candace Ellicott Editora: Edgard Blucher/2011 Número de páginas: 208

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café do centro rEnova EMbalagEM dE cafÉ a vácuo

neStlé Homenageia 90 anoS do leite moÇa no BraSil

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Nova roupagem trazem detalhes sutis que fazem a diferença

Divulgação

Café do Centro, torrefadora de grãos gourmet e especiais do país, apresenta a nova embalagem do seu Café Tradicional, a vácuo, torrado e moído de 500 gramas, comercializado exclusivamente no varejo, canal atendido pela empresa nas redes de super e hipermercados Angeloni e Zaffari. Após dez anos de mercado, o produto surpreende os consumidores com seu visual mais moderno, sem perder os traços de originalidade e tradição conhecidos no Sul do país e em São Paulo. As características da embalagem foram mantidas, como a cor forte do fundo que remete ao frescor dos grãos torrados e moídos e a logomarca do Café do Centro. A novidade ficou por conta da xícara, que remete ainda mais ao sabor caseiro do café tradicional. Rodrigo e Rafael Branco Peres, diretores da empresa, destacam que a mudança é fruto de um trabalho minucioso e muito importante para a marca. “O grande desafio nesta modificação foi não alterar a identidade do produto, tão presente no dia a dia dos consumidores. Este foi um trabalho muito delicado e sutil que levou 6 meses até a aprovação final, quando conseguimos mudar de maneira leve alguns detalhes”, ressaltam os diretores. O trabalho de renovação do layout da embalagem do Café tradicional a vácuo do Café do Centro é da designer Flávia Sigrist.

Nestlé Professional, divisão de food service da Nestlé, acaba de criar uma solução especial com a chef Carole Crema, do La Vie en Douce para comemorar os 90 anos de Leite Moça no Brasil. A parceria conta com a criação de três receitas de mini ovos com Cobertura e Recheio Moça, nos sabores Pistache, Pavê e Framboesa. As delícias são acondicionadas em uma elegante caixinha dourada com a simpática leiteira estampada junto a uma faixa que homenageia os 90 anos de Leite Moça no Brasil. “A criação de receitas com marcas consagradas no varejo é uma estratégia da Nestlé Professional e dos parceiros para atrair consumidores que confiam na marca e nos produtos”, revela Patrick Traelnes, diretor de Nestlé Professional. “Quando a pessoa encontra em um restaurante, padaria ou confeitaria a marca que há gerações faz parte do seu dia a dia, já sabe o sabor e a qualidade que irá encontrar naquele prato”, finaliza.

Embrulhados em uma delicada caixinha floral, ovinhos recheados têm receita da Chef Carole Crema


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NOVO VISUAL MARCA 40 ANOS DOS PALMITOS GINI

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marca de palmitos Gini, da Inaceres, completou, no final de 2010, 40 anos de existência no mercado e, para marcar este feito, ganhou uma nova embalagem. Quatro meses depois do lançamento da nova identidade visual, comemora um incremento nas vendas superior a 50%. O novo layout agrega conceitos de modernidade com sustentabilidade, e reúne elementos que ressaltam o frescor e a leveza dos palmitos cultivados Gini. A criação é da agência Ozonio Propaganda & Marketing e os fabricantes são a Multilabel (Rótulo), Rojek (Tampa Abre-Fácil) e Verallia (Frasco). Segundo o Diretor Superintendente da Inaceres, Ricardo Araújo Ribeiral, a nova embalagem caiu no gosto dos consumidores. Em pesquisa recente, realizada em determinados pontos de venda, a Inaceres constatou que muitos identificam na reformulação o cuidado da marca em aperfeiçoar-se não só nos aspectos mercadológicos, mas também nos processos de qualidade e segurança alimentar. A reformulação do visual foi apenas o primeiro passo no plano estratégico de desenvolvimento e crescimento da marca Gini. Outras novidades estão sendo trabalhadas e devem chegar ao mercado ainda esse ano.

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cafÉ Motta:

EMbalagEM rEModElada EnaltEcE novo padrão dE qualIdadE

doIs sErvIços da avErY dEnnIson agIlIzaM trabalho dos convErtEdorEs dE rótulos

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om design moderno e cores vibrantes, a nova embalagem do Café Motta, em pacotes de 250 e 500 gramas, faz parte das mudanças que serão implantadas na empresa, recém adquirida pela Torrefações Noivacolinenses Ltda., detentora de marcas consagradas no mercado, entre elas o Café Morro Grande. Fundado em 1922, na cidade de Campinas, o Café Motta também passa a ter o padrão de excelência aprovado selo PQC - Programa de Qualidade do Café da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), ISO 9001 2000 - SGS ICS e produto orgânico - OIA Brasil. A nova embalagem foi elaborada com gramatura especial para garantir maior durabilidade do café e consequente aumento no prazo de validade. O design traz cores e formato definidos pelo Departamento de Marketing, sob o comando da publicitária e designer gráfica Lia Gatti Höfling. As cores marrom escuro, verde, vermelho e amarelo provocam a lembrança do consumidor, remetendo justamente às embalagens dos tradicionais cafés produzidos na empresa. “Um diferencial é a manutenção do selo “Motta Desde 1922 – Café Torrado e Moído”, afinal, uma história de 89 anos não pode ser esquecida. Também valorizamos as informações nutricionais e a exposição do selo de qualidade da Abic”, explica Lia. Uma xícara branca decorada com grãos maduros ainda no ramo de café sintetiza o prazer de saborear uma bebida especial, diferenciada, cujos grãos são escolhidos em lavouras também certificadas. Ao olhar, o consumidor tem a sensibilidade do convite para degustação.

A

Avery Dennison, líder global em tecnologia e soluções inovadoras em materiais autoadesivos para produtos de consumo e rotulagem, disponibiliza dois serviços que reduzem a perda de materiais e aumentam a eficiência do processo produtivo; a redução de estoques é outro ponto favorável. Trata-se do Fasson Exact® e do Fasson Pronto®. O Fasson Exact® é um serviço que oferece a possibilidade de receber bobinas cortadas em tamanhos específicos, conforme a necessidade do cliente. Já o Fasson Pronto® oferece a possibilidade de receber rolos pré cortados, também em tamanhos específicos, sem a necessidade de adquirir um rolo completo. Os dois serviços se aplicam a uma grande gama de materiais e o pedido mínimo é de 500 m². Todos os materiais seguem para o cliente paletizados e os pedidos devem ser colocados até às 14:00 horas para que os prazos de entrega possam serem respeitados. Sediada em Pasadena, Califórnia, a empresa registrou vendas de US$ 6 bilhões em 2009. No Brasil há 40 anos, a empresa é reconhecida pela marca Fasson. Mantém uma planta e um centro de distribuição em Vinhedo, interior de São Paulo, e outro centro de distribuição em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.


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