sumário
mercado empresarial
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Etanol Brasileiro: fórmula de sucesso que deve ser copiada
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Biocombustíveis: “parte de uma ampla solução para a dependência mundial do petróleo”
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Etanol: a favor da profissionalizaçã e contra o protecionismo
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Maior empresa de açúcar do mundo vai investir no Brasil
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Energias do Brasil estuda geração a partir da canade-açúcar no país
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FENASUCRO 2008: o maior palco mundial do setor sucroalcooleiro
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Biólogos buscam na natureza receita do etanol de celulose
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Produção de etanol pode triplicar com uso da biomassa
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Óleo de Dendê é opção energética para comunidades isoladas
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Pequenos negócios: inserção competitiva para o desenvolvimento sustentável
Projetos limpos vão evitar excesso de carbono
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Equipav demonstra geração de bioeletricidade com o uso de palha de cana
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O lixo da energia e a energia do lixo: problemas e soluções
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Cana-de-açúcar será matéria-prima para novo diesel em 2010
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Embrapa apresenta programa de P&DI em pinhão manso
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Caderno Especial - dados técnicos de produtos industriais.
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INOX-PAR Antecipando-se às necessidades dos clientes com qualidade, agilidade e tecnologia
Minas Gerais: uma nova fronteira para o etanol SKF do Brasil dobra participação no setor sucroalcooleiro.
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Grupo Orsa: desenvolvendo negócios sustentáveis na Amazônia
Estudo avalia impacto das mudanças climáticas em agroenergia
IBGE prevê safra de 143,6 milhões de toneladas para 2008
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Vitrine - Confira os últimos lançamentos do setor
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Índice de anunciantes
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editorial
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2008, ano de consolidação para o setor sucroalcooleiro expediente
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egundo maior produtor de álcool do mundo, superado apenas pelos Estados Unidos, o setor sucroalcooleiro brasileiro vive um momento especial – tanto pela demanda do álcool no mercado interno como pela recuperação dos preços do açúcar no mercado internacional. De acordo com o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Manoel Bertone, neste ano haverá aproximadamente 20 novas unidades produzindo, principalmente, álcool. “Em 2008 – afirmou ele – com a conclusão do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar (ZaeCana), que servirá de base para as políticas públicas e o ordenamento da expansão canavieira no país, o Brasil mostrará que sua política é baseada na sustentabilidade e reafirmará sua liderança na produção do etanol no mundo”. O grande debate internacional envolvendo o etanol brasileiro vs crise de alimentos, não encontrou eco internamente: entidades setoriais e o próprio governo vêm contrapondo a campanha contra o nosso etanol com fortes argumentos: ele reduz emissões de gás carbônico em até 90%; não sobrevive à base de subsídios governamentais; e, muito ao contrário do falatório internacional, nossos canaviais não crescem à custa do desmatamento da Amazônia – o grande pólo produtivo de cana fica no interior paulista, a milhares de quilômetros da Floresta Amazônica! Ainda em defesa do etanol brasileiro, encontramos também entidades internacionais, entre elas a própria ONU. O Banco Mundial confirma: o etanol brasileiro é uma das melhores alternativas para vir a compor a matriz energética de todos os países do mundo! A campanha contra o nosso etanol tampouco influenciou os produtores: o setor sucroalcooleiro brasileiro, que reúne hoje mais de 300 usinas, emprega diretamente mais de 1 milhão de pessoas e proporciona ao país uma substancial economia de divisas, manterá o crescimento em 2008. A produção de canade-açúcar cresce a uma taxa média de 11% ao ano nos últimos cinco anos e a produção de álcool teve um incremento de quase 20% nesta safra, motivada pelas vendas de carros flex-fuel, frota que representa 90% dos veículos novos. A produção de etanol no primeiro semestre deste ano cresceu 7,01% em relação à safra 2007/08, mantendo a tendência alcooleira registrada desde o início da nova safra. Até 15 de junho, 61,87% da cana-de-açúcar processada foi destinada à produção de etanol e 38,13% à de açúcar. Segundo dados da União da Indústria de Cana de Açúcar, só na safra atual (2008/2009) o consumo de etanol deverá aumentar 3,2 bilhões de litros, atingindo 20,4 bilhões, 19% superior ao volume da safra passada. Na última safra (2007/08), o Brasil produziu 425 milhões de toneladas de cana, matéria-prima utilizada para a produção de 29,8 milhões de toneladas de açúcar e 17,7 bilhões de litros de álcool. O Brasil dos canaviais é um país em plena expansão. Nos próximos anos, a cana deve gerar investimentos bilionários e, espera-se, até 2010, cerca de 300 mil empregos. É nesse cenário que acontece, de 2 a 5 de setembro, na cidade de Sertãozinho na região de Ribeirão Preto, no interior paulista, a Fenasucro 2008 - XVI Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira – o maior e mais diversificado espetáculo tecnológico do setor sucroalcooleiro. É com orgulho que a Mercado Empresarial participa desse grandioso evento, ao lado de toda a cadeia produtiva e entidades representativas de um setor tão pujante da economia brasileira trazendo informação, opiniões e interpretando os fatos.
Mercado Empresarial
Coordenação: Mariza Simão Projeto Gráfico: Lisia Lemes Diagramação: Lisia Lemes e Felipe Consales Arte: Ivanice Bovolenta; Cesar Souza; Silvia Naomi Oshiro, José Francisco dos Santos, Edmilson Mandiar; Alice Tomoko; Leonid Chyczy. Redatora: Sonnia Mateu - MTb 10362-SP Colaboraram nesta edição: Eliana Pace e João Lopes Distribuição: Fenasucro: XVI Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira. Araçatuba - Rua Floriano Peixoto, 120 1º and. - s/ 14 Centro - CEP 16010-220 - Tel.: (18) 3622-1569 Fax: (18) 3622-1309 Bauru - Centro Empresarial das Américas Av. Nações Unidas, 17-17 - s 1008/1009 - Vila Yara CEP 17013-905 - Tel.: (14) 3226-4098 / 3226-4068 Fax: (14) 3226-4046 Piracicaba: Sisal Center: Rua 13 de Maio, 768, sl 53 - 5ª andar - Cep.: 13400-300 - Tel.: (19) 3432-1524 Fax.: (19) 3432-1434 Presidente Prudente - Av. Cel. José Soares Marcondes, 871 - 8º and. - sl 81 - Centro - CEP 19010-000 Tel.: (18) 3222-8444 - Fax: (18) 3223-3690 Ribeirão Preto - Rua Álvares Cabral, 576 -9º and. cj 92 - Centro - CEP 14010-080 - Tel.: (16) 3636-4628 Fax: (16) 3625-9895 Santos - Av. Ana Costa,59 - 8º and. - cj 82- Vila Matias - CEP 11060-000 - Tel.: (13) 3232-4763 Fax: (13) 3224-9326 São José do Rio Preto - Rua XV de Novembro, 3057 - 11º and. - cj 1106 - CEP 15015-110 Tel.: (17) 3234-3599 - Fax: (17) 3233-7419 São Paulo - Rua Martins Fontes, 230 - Centro CEP 01050-907 - Tel.: (11) 3124-6200 - Fax: (11) 3124-6273 O editor não se responsabiliza pelas opiniões expressas pelos entrevistados.
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panorama do setor
ETANOL BRASILEIRO,
FÓRMULA DE SUCESSO QUE DEVE SER COPIADA Campanha contra o etanol brasileiro não faz côro internamente: os canaviais crescem e a produção das usinas continua em alta! brasileiro representa uma fórmula O etanol de sucesso que merece e deve ser co-
O etanol brasileiro é uma das melhores alternativas para vir a compor a matriz energética de todos os países do mundo.
piada, seja no aspecto de energia limpa e renovável, contribuição social na geração de empregos, possibilidade de ser produzido em mais de cem países e ser economicamente viável. Tudo isto torna o nosso etanol uma das melhores alternativas para vir a compor a matriz energética de todos os países do mundo. Segundo o Banco Mundial, em seu último relatório sobre desenvolvimento, “o Brasil é o maior e o mais eficiente produtor de biocombustíveis do mundo, com base na sua produção de cana-deaçúcar de baixo custo”.
No entanto, a disparada de preços dos alimentos, vista por muitos analistas europeus como conseqüência do desvio das safras de grãos para a produção de biocombustíveis, pode ter dado a largada em uma discussão bem mais ampla que coloca o etanol brasileiro na berlinda. A tentar mostrar os malefícios do etanol, estão vozes vindas do Exterior, como a do diretor gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Khan, para quem “a produção de biocombustíveis é um problema moral”. Ou a do consultor suíço Jean Ziegler, professor de sociologia da Universidade de Genebra e da Sorbonne, relator especial da ONU sobre o direito à alimentação que, ao expor o fato de que há 900 milhões de pessoas subalimentadas no mundo, considera a crise de alimentos “crime contra a humanidade”. Entidades internacionais, governos e ambientalistas fazem côro com essas opiniões, criticando o que até então era considerada uma fonte de energia limpa. Pressionada por sua forte indústria automobilística, a Alemanha desistiu de adotar um combustível formado por 90% de gasolina e 10% de etanol. E a ONU vai rever suas políticas internacionais sobre o tema. A defender o produto, incondicionalmente, está o presidente Luís Inácio Lula da Silva, que vem correndo o mundo
mercado empresarial
para impor ao debate fortes argumentos – inclusive que a cana-de-açúcar não é alimento. Produtores e entidades representativas do setor também vêm fazendo a sua parte, na defesa do etanol brasileiro – encontrando eco em organizações internacionais, como a própria ONU - Organização das Nações Unidas. E com razão, afinal, dos biocombustíveis produzidos, o etanol brasileiro de cana é “o mais favorável do mundo” segundo veredito da Oxfam, entidade britânica de combate à pobreza: ele reduz emissões de gás carbônico em até 90%; não sobrevive à base de subsídios governamentais; e, muito ao contrário do falatório internacional, nossos canaviais não crescem à custa do desmatamento da Amazônia – o grande pólo produtivo de cana fica no interior paulista, a milhares de quilômetros da Floresta Amazônica. Para reforçar o debate: o Brasil considera um equívoco a decisão dos Estados Unidos de produzirem álcool a partir do milho. Em entrevistas concedidas aos jornais de grande circulação, Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, diz que as crises de alimentos não são provocadas pelo biocombustível e acusa de estarem por trás da campanha de difamação do etanol, agricultores europeus e ONGs financiadas por petroleiras que não querem perder mercado. Para ele, o crescimento do biocombustível no mercado internacional e sua grande aceitação acabou por lançar o Brasil e a União Européia em uma batalha comercial. Para Álvaro Augusto Teixeira Vargas, diretor titular do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) - Diretoria Regional de Piracicaba, o governo tem agido visando mostrar os benefícios da utilização em maior escala do etanol para compor a matriz energética, mas as barreiras contrárias ainda são muito grandes. “A conscientização de vários políticos e associações na Europa e EUA, que vêm levantando a voz a nosso favor, tem sido fruto do trabalho de todo o setor produtivo e do governo, neste sentido. Entendemos a preocupação americana em não criar uma dependência com o etanol, como acontece com o petróleo. O EUA é o maior produtor, embora utilizando como principal fonte para o etanol, o milho, que cria
panorama do setor inclusive um sério problema de abastecimento mundial. Creio em uma maior conscientização das autoridades americanas de que a queda das barreiras ao etanol brasileiro seria benéfica até para consolidar esta fonte energética dentro da matriz energética mundial” - diz Álvaro Vargas. Talvez uma redução gradativa das barreiras, de modo a acomodar os lobbies das empresas americanas, justificando a economia que seria feita para o consumidor final, poderia ser um caminho alternativo. Do mesmo modo que não existem barreiras ao petróleo, não deveriam existir barreiras ao etanol. Mas ambos, EUA e Brasil, devem unir esforços para consolidar o etanol como commodity” – complementa o diretor do CIESP.
BRIGA DOS ALIMENTOS É COM O ETANOL AMERICANO
Segundo André Diz, economista da Sociedade Rural Brasileira, não existe uma briga entre alimentos e o etanol brasileiro, mas sim com o etanol americano, à base de milho, alimento nutricionalmente muito rico e cuja utilização para a produção de etanol pelos Estados Unidos afeta o mercado de alimentos sob diversas formas: seja pela redução tanto na produção de milho destinada à produção de alimentos quanto nos estoques mundiais, encarecendo o produto final - os preços atingidos pelo milho na Bolsa de Chicago bateram recordes históricos; seja no aumento nas cotações internacionais do milho que afeta a área destinada à soja, incentivando os produtores a elevaram a produção de milho frente à soja e gerando impactos em suas cotações. Tanto o milho como a soja são utilizados em toda a cadeia de alimentos, participando da composição de rações animais (bovinos, suínos e frangos) e na produção de óleos vegetais, de forma que seu encarecimento gera uma elevação de preços em cadeia, nos alimentos em si, óleos e carnes. “No caso do etanol brasileiro, que utiliza como insumo a cana-de-açúcar – analisa André Diz - essa ação em cadeia não ocorre, além da cana-de-açúcar apresentar menor importância nutricional frente ao milho.” A SRB não acredita numa crise de oferta, mas sim numa “crise” de demanda por alimentos, como declara André Diz:
“Não existe uma briga entre alimentos e o etanol brasileiro”
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panorama do setor
Segundo o Banco Mundial, em seu último relatório sobre desenvolvimento, “o Brasil é o maior e o mais eficiente produtor de biocombustíveis do mundo, com base na sua produção de cana-de-açúcar de baixo custo”.
“A crescente demanda por alimentos, principalmente pelos países asiáticos, não foi acompanhada pelo aumento de produção mundial (por diversos motivos, como os subsídios dos países desenvolvidos que distorcem os preços internacionais, não incentivando a inclusão de novos players mundiais). Essa maior demanda gerou o encarecimento dos alimentos que juntamente com as elevações dos preços do petróleo (e seus impactos sobre custos de frete, fertilizantes e defensivos), somados a problemas climáticos pontuais (como o caso do trigo na Austrália) são fatores que compõem esse cenário altista de preços das commodities agrícolas, com importantes desdobramentos sobre os níveis internacionais de inflação e de pessoas abaixo da linha de pobreza”.
TECNOLOGIA E PESQUISA
O Brasil é líder em tecnologia na produção de etanol, em boa parte como saldo de nossas pesquisas em melhoramentos genéticos da cana-de-açúcar. Essa maior preocupação com políticas de sustentabilidade como desdobramento dos efeitos do aquecimento global, tem atraído muito capital internacional para o Brasil e, junto com ele, melhoras de gestão e maiores investimentos em processos. Dessa forma, dado o caráter global de competição, o Brasil passa a ser mais um centro de produção a adotar as melhores tecnologias de implementos agrícolas e processos de produção, pois apesar das altas oscilações de preço do álcool, esta é uma commodity e, como todas as outras commodities, para ser rentável, o aumento de produtividade e controle de custos são essenciais. Em declaração recente, o vice-presidente executivo da Coalizão Americana pelo Etanol, Brian Jennings, disse que os EUA e o Brasil devem aumentar a aproximação estratégica na área de pesquisa e difusão do combustível para o resto do mundo. “Há muito a aprender com o Brasil, e há muitas áreas em que podemos trabalhar juntos”. Essas afirmações vêm ao encontro das afirmativas de Álvaro Augusto Teixeira Vargas, de que o governo brasileiro está apoiando países africanos por meio da transferência de tecnologia para o cultivo e produção do álcool da cana, por meio da EMBRAPA, a seu ver, “um passo
importante para difusão desta cultura”. Para André Diz, o Brasil tem um papel importantíssimo nesse cenário porque, além de grande fornecedor de alimentos, com todos os atributos para a expansão dessa produção (terra, tecnologia, clima e água), conta com as inovações tecnológicas desenvolvidas historicamente no país para a produção tropical de alimentos. “É importante que outras regiões do mundo, destacadamente a África, possam utilizar dessa experiência brasileira e atingir um padrão de produção agrícola compatível com sua demanda”.
PROPOSTAS DE CERTIFICAÇÃO
Para a Sociedade Rural Brasileira, a demanda mundial por políticas de sustentabilidade ambiental tem chamado muita atenção para as formas de produção de alimentos, fibras e combustíveis. “Propostas de certificação para a produção brasileira de etanol serviriam como uma bandeira em defesa das boas práticas de produção brasileiras. Sob esse aspecto de “marketing internacional”, acreditamos que o etanol é a grande bandeira do comércio exterior brasileiro. Dentro desse “pacote” de marketing industrial, ainda sob o aspecto da sustentabilidade ambiental, os esforços do Governo Federal no combate ao desmatamento têm surtido efeitos, ao menos por mostrar que essa é uma questão importante para o governo. Além disso, medidas pontuais como as acordadas dentro do Estado de São Paulo, como o combate às queimadas e treinamento de pessoal nas fazendas, caminham na direção correta”. Na visão da Sociedade Rural Brasileira, do ponto de vista tecnológico, o etanol brasileiro é muito superior ao americano, gerando um saldo energético positivo e muito superior. E sua tecnologia tropical na lavoura de cana-de-açúcar e seus ganhos na produção de etanol devem ser difundidos sim, principalmente entre regiões com baixa produção/produtividade. “Porém – enfatiza Carlos Diz - devemos manter a atenção para os gastos em pesquisa e inovação tecnológica entre os dois países. Enquanto os gastos americanos com pesquisa sobre o etanol de milho atingem a casa de bilhões de dólares, as verbas para pesquisa nacionais
mercado empresarial
são muito restritas, merecendo maior atenção do Governo Federal. Essa preocupação se faz pertinente porque ganhos tecnológicos são dinâmicos; não é porque atingimos um ótimo patamar tecnológico que podemos reduzir nosso esforço em pesquisa”.
O DINAMISMO DO SETOR
O Brasil é o segundo maior produtor de álcool do mundo, superado apenas pelos Estados Unidos. São Paulo é o Estado que responde por aproximadamente 60% da produção brasileira de cana, açúcar e álcool, liderando o País no uso do etanol como combustível. O setor sucroalcooleiro brasileiro, que reúne hoje mais de 300 usinas, emprega diretamente mais de 1 milhão de pessoas e proporciona ao país uma substancial economia de divisas, deve manter o crescimento em 2008. A produção de cana-de-açúcar cresce a uma taxa média de 11% ao ano nos últimos cinco anos e a produção de álcool teve um incremento de quase 20% nesta safra, motivada pelas vendas de carros flex-fuel, frota que representa 90% dos veículos novos. A produção de etanol no primeiro semestre deste ano cresceu 7,01% em relação à safra 2007/08, mantendo a tendência alcooleira registrada desde o início da nova safra. Até 15 de junho, 61,87% da cana-de-açúcar processada foi destinada à produção de etanol e 38,13% à de açúcar. Segundo dados da UNICA – União da Indústria de Cana de Açúcar, só na safra atual (2008/2009) o consumo de etanol deverá aumentar 3,2 bilhões de litros, atingindo 20,4 bilhões, 19% superior ao volume da safra passada. Na última safra (2007/08), o Brasil produziu 425 milhões de toneladas de cana, matéria-prima utilizada para a produção de 29,8 milhões de toneladas de açúcar e 17,7 bilhões de litros de álcool. “O Brasil consome 75% de sua produção – diz Álvaro Augusto Teixeira Vargas, diretor titular do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) - Diretoria Regional de Piracicaba. Com o aumento de novas usinas, necessitamos exportar mais, até para evitar prejuízos ao setor. Enquanto o álcool não for considerado uma commodity como o petróleo, por exemplo, e as barreiras hoje existentes à sua
panorama do setor exportação não Área de Cana Safra e Reforma na Região Centro-Sul - Safra 2007/2008 forem supera- Área de Cana (ha) das, teremos Estado um grande li- Safra Reforma Total 308.840 19.451 328.291 mitador à ex- Goiás 463.007 20.159 483.166 pansão de nos- Minas Gerais so mercado”. Mato Grosso 217.762 19.913 237.675 Para o eco- Mato G. do Sul 212.551 14,406 226.957 nomista André Paraná 514.678 26.525 541.203 Diz, da SocieSão Paulo 3.946.370 278.201 4.224.571 dade Rural Bra5.663.208 378.655 6.041.863 sileira, o pata- Total mar histórico CANASAT dos preços do petróleo é que está viabilizando o investimento em outras fontes de energia. “Segundo relatório da ONU, em 2007 o investimento em biocombustíveis ficou em torno de US$ 25 bilhões. No entanto, a produção brasileira é a que apresenta melhor produtividade e menor interferência no mercado de alimentos, diferentemente da produção americana baseada em milho, da européia baseada em canola e de outras baseadas em soja e girassol. Além disso, além de combustível, o álcool é também um importante insumo industrial. Dessa forma, nossa produção de álcool combustível mostra -se como importante player no cenário global de energia”. Mercado Empresarial perguntou ao economista André Diz quais as alternativas e caminhos que o Brasil deve seguir para aproveitar o atual momento favorável para o setor sucroalcooleiro. “Devemos cuidar de nossa produção interna, prestando atenção às demandas internacionais de certificação da produção de etanol. Agir mais efetivamente em termos de comércio internacional e colocarmos claramente o objetivo que queremos com nossa produção: ser um ponto
NOS EUA, PRESIDENCIÁVEIS BRIGAM PELO ETANOL
!
Declarado admirador do etanol brasileiro, John McCain acusa o subsídio ao etanol do milho de causar inflação e de ser uma política energética errada. Barack Obama posiciona-se a favor do etanol de milho e tem forte ligação com os produtores norte-americanos do grão, não fosse ele senador representando Illinois, o segundo maior estado norte- americano na produção do grão. Como se vê, a briga pelo etanol atinge também os candidatos à presidência dos Estados Unidos, país que tem em seu combustível até 10% de álcool feito de milho. Cerca de 14% da produção do alimento é utilizada na produção de álcool, com estimativa de chegar a 30% até 2010.
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panorama do setor
Licenças emitidas para usinas novas e ampliações
de referência na produção de biocombustíveis, sermos exportadores de tecnologia tropical em sua produção. Em termos políticos, acreditamos que as ações devem ser tomadas principalmente em relação as linhas de financiamento de pesquisa e melhoras efetivas em toda infra-estrutura que cerca o setor, desde canais de escoamento até melhorias e modernização de portos”.
2008, ANO ESTRATÉGICO
Para o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-
PUBLICIDADE NO EXTERIOR O setor sucroalcooleiro está divulgando no Exterior, pela primeira vez em sua história e por meio da UNICA - União da Indústria de Cana de Açúcar, as vantagens do etanol brasileiro. A UNICA, entidade representativa das principais unidades produtoras de açúcar e etanol da região CentroSul do Brasil, principalmente do Estado de São Paulo, reúne 110 usinas, responsáveis por cerca de 50% da produção nacional de cana. A campanha publicitária veiculada na Europa enfatiza a sustentabilidade do biocombustível produzido em nosso país por meio de dois anúncios de página inteira no jornal semanal European Voice, pertencente ao mesmo grupo da revista The Economist e com grande penetração nos meios políticos de Bruxelas, sede administrativa da União Européia. No primeiro desses anúncios, a mensagem diz respeito à redução de emissões de gases causadores do efeito estufa, que é possível com a utilização do etanol de cana. O foco da segunda peça é o uso de apenas 1% das terras aráveis brasileiras para substituir 50% da necessidade de gasolina do Brasil com o etanol.
cimento (Mapa), Manoel Bertone, o ano de 2008 é considerado estratégico para o setor sucroalcooleiro, tanto pela demanda do álcool no mercado interno, como pela recuperação dos preços do açúcar no mercado internacional. De acordo com o secretário, haverá aproximadamente 20 novas unidades produzindo, principalmente, álcool. “Em 2008 – diz ele – com a conclusão do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar (ZaeCana), que servirá de base para as políticas públicas e o ordenamento da expansão canavieira no país, o Brasil mostrará que sua política é baseada na sustentabilidade e reafirmará sua liderança na produção do etanol no
mundo”. Enquanto a discussão avança, estudos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelam que, no Brasil, os canaviais avançaram principalmente sobre as pastagens e na safra mais recente, a de 2007/2008, a cana ocupou apenas 0,4% da área total cultivada com grãos. O presidente daquele órgão, Wagner Rossi, já anunciou que a produção brasileira de grãos é suficiente para atender a demanda no mercado interno. A estimativa do governo para
! As peças publicitárias direcionadas para o mercado norte-americano questionam a tarifa de US$ 0,54 imposta pelo governo americano ao etanol brasileiro importado pelos Estados Unidos e defendem que, sem a tarifa, o etanol de cana produzido no Brasil poderia estar contribuindo para reduzir o preço da gasolina naquele país. Essa campanha utiliza três jornais, 55 emissoras de rádio e sites da internet nos estados da Califórnia e da Flórida, e na capital, Washington. As peças publicitárias são apoiadas por um site – www.sugarcaneethanolfacts.com - com informações detalhadas, downloads das peças criadas para mídia impressa e para rádio, e um vídeo com opiniões de consumidores americanos sobre a escalada do preço da gasolina e a possibilidade de atenuar a situação com a importação do etanol brasileiro sem a atual tarifa. O site também convoca o consumidor americano a escrever para deputados e senadores pedindo o fim da tarifa. A agência de publicidade que detém a conta da UNICA no Brasil é a Talent.
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a safra de grãos 2007/2008 foi projetada em 142,42 milhões de toneladas em julho. As exportações de etanol, por sua vez, continuam em nível elevado, embora tenhamos que conviver com um impasse, na visão de Álvaro Augusto Teixeira Vargas, do CIESP: “Face aos investimentos já feitos, estamos hoje com aumento de produção maior que a capacidade de escoamento, tanto por questões logísticas, como de mercado externo. Existe interesse no etanol brasileiro, mas nenhum país quer ficar dependente apenas do Brasil para este fornecimento. Teríamos de ter muitos fornecedores para que isto possa acontecer. E o timing não esta ajudando. Muito álcool sendo produzido e um mercado ainda se expandindo de forma lenta.” A SRB acredita que a redução das tarifas de importação do etanol brasileiro seria interessante do ponto de vista de inflação interna nos EUA. Nas palavras do economista André Diz, “o barateamento das nossas exportações ajudaria a diluir o encarecimento do preço da gasolina naquele país”.
E QUE CENÁRIO ESPERAR PARA OS PRÓXIMOS ANOS?
Para o representante da CIESP, Álvaro Augusto Teixeira Vargas, “a curto prazo, devido aos altos custos dos insumos agrícolas e redução dos preços do etanol para o produtor, a situação será difícil, a menos que ocorra uma abertura maior de mercado e as questões de logística (transporte das usinas ate os portos) sejam equacionadas”. André Diz menciona: “Nós da SRB esperamos um cenário de consolidação dos investimentos estrangeiros no setor e, a médio prazo, teremos um cenário mais definido sobre o impacto da crise americana ao redor do mundo, os efeitos da inflação e elevação dos preços das commodities no desempenho econômico mundial, mas sempre dentro de um cenário de preocupação ambiental, do qual o etanol brasileiro é importante chave nesse processo”.
panorama do setor
OCDE DEFENDE ETANOL BRASILEIRO O etanol brasileiro é o biocombustível que mais contribui para reduzir as emissões de gases poluentes que estão por trás do aquecimento global - segundo relatório divulgado em julho último pela OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – entidade que reúne 30 países que produzem mais da metade da riqueza mundial. O estudo comparou o combustível feito no Brasil, de cana-deaçúcar, com os produzidos nos EUA, à base de milho, e na Europa, de beterraba, trigo ou óleos vegetais. “O etanol de cana-deaçúcar, a principal matéria-prima usada no Brasil, reduz os gases causadores do efeito estufa em pelo menos 80% em relação aos combustíveis fósseis” afirma o estudo da OCDE. No entanto, os percentuais são muito mais baixos (de 30% a 60%) para os biocombustíveis produzidos a partir das matérias-primas usadas na Europa e na América do Norte, acrescenta. “Indo além da questão ambiental, a OCDE condena os subsídios que os EUA, o Canadá e os países europeus estão dando à produção do etanol e do biodiesel à base de beterraba trigo e óleos vegetais, pois tendem a provocar um aumento da ordem de 13% no preço desses alimentos, de 2013 a 2017, enquanto que o do açúcar será pouco afetado a médio prazo – diz José Milton Dallari Soares, Diretor Administrativo e Financeiro do Sebrae/SP, que faz parte do Grupo de Estudos sobre Médias e Pequenas Empresas da OCDE como representante do Ministério da Indústria e Desenvolvimento brasileiro. Em virtude disso – continua Dallari, a OCDE defende “moratória” sobre biocombustíveis e revisão das políticas atuais, alegando que têm benefício ambiental duvidoso.” Os EUA, a União Européia e o Canadá gastaram US$ 11 bilhões em 2006 com subsídios, que deverão atingir US$25 bilhões de 2013 a 2017. O Brasil, segundo o estudo, reduziu seus incentivos fiscais ao etanol. Segundo a OCDE, a produção de biocombustíveis deve dobrar em dez anos.
“O etanol de cana-de-açúcar, a principal matéria-prima usada no Brasil, reduz os gases causadores do efeito estufa em pelo menos 80% em relação aos combustíveis fósseis”, José Milton Dallari Soares
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panorama do setor
Entidades conclamam G8
a tratar biocombustíveis como “parte de uma ampla solução para a dependência mundial do petróleo” s quatro principais entidades representativas dos produtores de etanol no mundo enviaram, em julho último, uma carta conjunta aos líderes dos países que integram o G8, cobrando posturas de longo prazo com relação aos biocombustíveis e frisando a importância dos biocombustíveis para a redução da demanda e da alta acentuada de preços do petróleo que se observa hoje. A UNICA é uma das signatárias do documento, junto com a Associação de Combustíveis Renováveis do Canadá (CRFA), a Associação de Bioetanol Combustível da Europa (eBio) e a Associação de Combustíveis Renováveis dos Estados Unidos (RFA). “Nos 200 anos em que o mundo vem utilizando combustíveis fósseis, nunca se viu o tipo de cobrança e o nível de expectativas que hoje estão sendo impostos aos biocombustíveis. Nunca ninguém cobrou a sustentabilidade do petróleo. Podemos cobrar tudo dos biocombustíveis, porém sem esquecer que até este momento, com a tecnologia disponível, eles são a única alternativa real que temos para reduzir nossa dependência nos combustíveis fósseis”, ressaltou o presidente da UNICA, Marcos Jank. A carta das entidades começa contextualizando as dificuldades atuais do mundo, como as crises de energia e economia sem precedentes. “Os preços do petróleo atingiram uma alta recorde e, apesar de a Arábia Saudita ter anunciado um aumento de produção, especialistas alertam que o barril continuará subindo até US$ 150 ou US$ 170 nos próximos dois meses”, afirma o documento. As associações citam como efeito do acréscimo de 40% no valor do petróleo, desde o começo do ano, a alta dos alimentos, que tiveram um aumento médio de 43% em seus preços, segundo levantamento do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas com picos de mais de 100% no caso do arroz e de 64% para o milho. E ainda, como causa da alta dos alimentos, são apresentados os problemas climáticos que
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“os biocombustíveis são parte de uma ampla solução para a dependência mundial de petróleo, um recurso que muitos acreditam estar em declínio”.
afetaram as safras em vários países, o aumento da demanda por comida na Ásia, a especulação com commodities, a desvalorização do dólar americano e, em menor grau, o crescimento da produção de biocombustíveis. O documento lembra que, nas Nações Unidas, muitas autoridades admitiram o papel limitado dos biocombustíveis na alta dos alimentos. Entre os exemplos foram citados Hafez Ghanem, diretor-geral assistente da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), que afirmou que “o mundo tem recursos e tecnologia para produzir lavouras suficientes para suprir a demanda por comida e biocombustíveis”. O caso de sucesso brasileiro, com a produção e utilização de etanol de cana-de- açúcar em larga escala, foi citado como demonstração clara de que os investimentos e o apoio público podem fazer dos biocombustíveis oportunidades excelentes para os países em desenvolvimento. “Esta promessa, no entanto, só pode ser realizada se a produção de biocombustíveis for encorajada para continuar sua evolução” diz o texto. As entidades alertam que novas reservas de petróleo estão cada vez mais difíceis de encontrar e mais caras para explorar. E complementam: “Se um dos objetivos dos líderes do G8 é auxiliar na saúde econômica de longo prazo e na segurança energética, então, os biocombustíveis precisam fazer parte da estratégia”. Para encerrar, o documento das quatro entidades declara: “Os biocombustíveis são parte de uma ampla solução para a dependência mundial de petróleo, um recurso que muitos acreditam estar em declínio”. LINK RELACIONADO:
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Leia a íntegra da carta, em inglês, no seguinte endereço: http://www.unica.com.brdownloadasp?mmdCode= FE1F0B33-23AB-42BB-9668-B877C41F4432
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opinião
Etanol:
a favor da
profissionalização
e contra o
protecionismo *Por Delmo Vilhena
ano de 2003 marcou o renascimento da indústria brasileira sucroalcooleira. O surgimento dos carros biocombustíveis, naquele ano, tornou-se o símbolo da mudança de mentalidade que tomou conta de todo o planeta. Cada vez mais, o mundo percebe a necessidade da substituição gradual do petróleo por fontes alternativas de energia. Três fatores contribuíram para potencializar a busca por combustíveis renováveis: o aumento contínuo do preço do petróleo, a pressão crescente da sociedade por combustíveis renováveis e menos poluentes e a certeza de que o petróleo vai acabar. Para se capitalizar, algumas empresas optaram pela abertura de capital. Outras fizeram parcerias para receber investimento direto, principalmente do exterior. Mais do que recursos, os investimentos estrangeiros trouxeram a profissionalização do setor. Esse é um movimento sem volta. A pequena usina com administração familiar, que determinava a produção – açúcar ou álcool – ao sabor das oscilações de preço, deu lugar a empresas profissionalizadas, com estrutura de administração responsável, gestão com foco na governança corporativa e responsabilidade contratual. A profissionalização do setor sucroalcooleiro traz transparência para a sociedade em relação às práticas utilizadas na
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A profissionalização do setor sucroalcooleiro traz transparência para a sociedade em relação às práticas utilizadas na produção...
produção, segurança ao investidor sobre a aplicação dos recursos e garantia aos (potenciais) mercados consumidores de cumprimento de contratos. O bom momento ajudou também na construção de pontes entre o mercado financeiro internacional e o produtivo setor sucroalcoleiro nacional. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a Comanche, multinacional da qual sou conselheiro. Com a certeza de que o Brasil é a terra da oportunidade e que aproveitar o potencial agrícola é a chave para o desenvolvimento da indústria do etanol, eu e
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meus sócios fomos em busca de investidores que acreditassem nesse projeto. Encontramos um grupo de investidores-parceiros, com know how no setor de energia e disposição para trabalhar. Com essa injeção de capital, a empresa cresceu e ganhou musculatura para competir. Pudemos também criar uma estrutura de governança e gestão, com capital social pulverizado e foco exclusivamente na produção de álcool e biodiesel. Agora, o controle da empresa é dividido com os demais sócios e ganhamos em tamanho, estrutura e gestão.
opinião Com a crise nos Estados Unidos, é forçoso reconhecer que o cenário internacional mudou. Após perdas financeiras, os investidores estão mais conservadores. A boa notícia é que a reação foi extremamente positiva. Os investimentos foram mantidos porque o setor sucroalcooleiro requer visão de médio e longo prazo, já que necessita de investimentos vultosos e o retorno do capital não se dá em curto prazo. Por isso, o investidor de biocombustíveis não altera seu planejamento estratégico devido a oscilações momentâneas de mercado. Ele sabe que as perspectivas para a expansão dos biocombustíveis permanecem as mesmas – o petróleo vai acabar e vai continuar poluindo –, assim como as boas condições agrícolas do país. A profissionalização do setor também ajuda a enfrentar o protecionismo das nações desenvolvidas, que agora têm o etanol como alvo. Fruto de desconhecimento e de informações equivocadas, governos de países europeus, influenciados pelos poderosos lobbies protecionistas, estudam reduzir a demanda pelo etanol. Desconhecimento por argumentarem sobre uma inexistente dicotomia entre produção de etanol e de alimentos; desinformação devido à tentativa de estigmatizar o álcool como combustível poluente, sob alegações fantasiosas de que a produção de cana-de-açúcar desmata a Amazônia. A boa notícia é que a Comissão Européia não cedeu às pressões e manteve a proposta de misturar 10% de etanol à gasolina da região até 2020. A razão para a cruzada contra o etanol é o fato de a indústria automobilística do velho continente ser lastreada no diesel. A preferência desses segmentos é a adoção do biodiesel. É de conhecimento público que também nesse combustível o Brasil tem um potencial vasto. Logo, há um mercado para ser explorado, no qual podemos mostrar toda a nossa produtividade. O que não pode acontecer é o Brasil assistir passivo à tentativa de transformar o álcool em vilão, por motivos meramente financeiros, e abortarmos a futura expansão de uma indústria que se baseia em um combustível limpo, renovável e economicamente viável.
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*Delmo Vilhena é membro do Conselho de Administração da Comanche Clean Energy
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FENASUCRO 2008 O maior palco mundial do setor sucroalcooleiro
Brasil dos canaviais é um país em plena
A cana-de-açúcar movimenta O expansão. hoje mais de 300 usinas espalhadas pelo
A economia regional é irrigada com a participação de mais de 11 mil profissionais, que atuam direta e indiretamente na organização da feira, e com a circulação de cerca de 30 mil visitantes, que lotam hotéis e restaurantes.
país. Nos próximos anos, a cana deve gerar investimentos bilionários e, espera-se, até 2010, cerca de 300 mil empregos. É nesse cenário que acontece, de 2 a 5 de setembro, na cidade de Sertãozinho na região de Ribeirão Preto, no interior paulista, a Fenasucro 2008 - XVI Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira – evento conhecido como o maior e mais diversificado espetáculo tecnológico do setor sucroalcooleiro. Eventos paralelos agregam valores e completam o encontro: a Agrocana - VI Feira de Negócios e Tecnologia da Agricultura da Canade-Açúcar, o X Fórum Internacional sobre o futuro do Álcool, o VIII Brasil Cana Show e o XII Simpósio Agroindustrial Internacional da Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil – STAB. O evento, que reúne no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho, 450 expositores e prevê um público de cerca de 30 mil pessoas, oferece aos visitantes a oportunidade de explorar toda a cadeia de produção como o preparo do solo,
plantio, tratos culturais, colheita, industrialização e aproveitamento dos derivados da canade-açúcar. Uma realização do CEISE-BR - Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético, com a Coordenação Técnica da STAB e promovida pela Multiplus Produções e Empreendimentos, a feira tem o apoio do CIESP - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, SICREDI - Cooperativa de Credito, ABIMAQ - Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos, Prefeitura Municipal de Sertãozinho, UNICA - União da Agroindústria Canavieira de São Paulo e SEBRAE-SP - Serviços de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo. “Vivemos um ótimo momento econômico no agronegócio brasileiro. Tenho certeza que Sertãozinho será, mais uma vez, um excelente palco de negócios” – afirma o diretor da Multiplus, Augusto Balieiro.
Investimentos e geração de emprego
Quase a população de uma cidade de médio porte deve ser atraída pela Fenasucro &
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Fenasucro 2007 Vista Parcial
Agrocana 2008. Além dos 30 mil visitantes esperados, que vêm para as feiras para fazer negócios, mais de 11 mil profissionais estarão envolvidos direta e indiretamente na produção do evento. A economia e o turismo de negócios de Sertãozinho e Ribeirão Preto serão aquecidos com a injeção de R$15 milhões na região. Segundo a Multiplus, promotora da feira, o investimento realizado conjuntamente por todos os expositores em itens como montagem de estandes, decoração, contratação de pessoal, buffet, material publicitário e hospedagem, entre outros, chega a R$ 10 milhões. Deste total, aproximadamente 75%, ou mais de R$ 7,5 milhões, são gastos no local ou na região. Já os organizadores investiram R$ 1,5 milhão em infra-estrutura, divulgação, locação, impostos, contratação de pessoal e realização de eventos simultâneos. Somente a geração de empregos diretos e indiretos promovida pela Multiplus movimenta 865 pessoas. São 35 profissionais da promotora, mais 200 contratados temporariamente para os eventos e cerca de 630 pessoas envolvidas em trabalhos das 41 empresas prestadoras de ser-
viços que atuam na organização da Fenasucro & Agrocana. Indiretamente, mais de 10 mil profissionais são atraídos para o megaevento. São 1700 para a montagem das feiras, outros 1160 contratados pelos expositores para prestar serviços e mais a enorme quantidade de técnicos, recepcionistas, vendedores e empresários que atuam nos estandes, resultando em um número de 7575. No total, 10455 profissionais que se beneficiam da geração de divisas promovida pela Fenasucro & Agrocana. Os visitantes aguardados vêm de diversas regiões de São Paulo e de outros Estados brasileiros, além de estrangeiros de aproximadamente 30 países. A estimativa é de que gastem algo em torno de R$ 6 milhões, principalmente em transporte, alimentação, hospedagem e lazer. “Os números e cifras comprovam a importância do evento e os benefícios trazidos para a economia local e regional”, diz Mário Garrefa, presidente do CEISE – BR (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético), entidade realizadora da Fenasucro e eventos paralelos.
11 mil profissionais estarão envolvidos direta e indiretamente na produção do evento
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Maior empresa de açúcar do mundo vai investir no Brasil empresa Al Khaleej Sugar Co., com sede nos Emirados Árabes que abastece de açúcar todo mundo árabe e é considerada a maior empresa de açúcar do mundo, está interessada em comprar usinas de açúcar no Brasil. Jamal Al Ghurair, um dos proprietários da Al Khaleej Sugar, já esteve em nosso país para pesquisar ofertas de negócio. O objetivo seria produzir açúcar demerara aqui, exportá-lo para os Emirados Árabes e lá refiná-lo e reexportá-lo para os países do Oriente Médio e Ásia. A Al Khaleej Sugar entrou em operação em 1995 e processa em uma única unidade cerca de 1,5 milhão de toneladas de açúcar por ano – noticiou o jornal Valor Econômico. A expectativa é industrializar de 2,4 milhões a 2,5 milhões de toneladas de açúcar em 2008. Exporta boa parte do açúcar branco para vários mercados da Ásia e Oriente Médio. A companhia ainda não tem atividades no Brasil. O grupo, assim como boa parte das refinarias sediadas no Oriente Médio, é importador de açúcar brasileiro. Na contramão da maioria dos empre-
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O objetivo seria produzir açúcar demerara aqui, exportá-lo para os Emirados Árabes e lá refiná-lo e reexportá-lo para os países do Oriente Médio e Ásia.
sários nacionais e estrangeiros que estão fazendo pesados investimentos no etanol, Al Ghurair disse que não tem interesse no mercado de agroenergia por não ser seu foco de negócios. Segundo o empresário, as refinarias do Oriente Médio têm capacidade para processar este ano 8 milhões de tonelada de açúcar e podem chegar a 11 milhões nos próximos anos. O mercado de açúcar branco ganhou novos contornos no mercado internacional após a União Européia ter perdido, em 2004, processo na Organização Mundial do Comércio (OMC), movido pelo Brasil, Austrália e Tailândia, que questionaram a política de subsídios do bloco ao açúcar. Com isso, a UE vai deixar de exportar de 3 a 4 milhões de toneladas de açúcar branco no mercado internacional, dando espaço a outros países. Boa parte das refinarias de açúcar está sediada no Oriente Médio. Na Síria, a Crystalsev e a Cargill anunciaram um investimento em uma refinaria em parceria com produtores locais para refinar um milhão de toneladas de açúcar.
Eth Bioenergia adquire Usina Eldorado, em Mato Grosso do Sul ETH Bioenergia, empresa da Organização Odebrecht que atua na produção de açúcar, etanol e energia elétrica, adquiriu a Usina Eldorado, localizada no município de Rio Brilhante (MS). O investimento total, incluindo o compromisso de ampliar a capacidade de moagem dos 2,2 milhões de toneladas de cana atuais para 5 milhões de toneladas por safra, é de R$ 700 milhões. Com essa aquisição, a ETH passa a contar com duas usinas em operação e nove projetos de construção distribuídos em três pólos – São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. A meta da empresa, fundada no ano passado, é estar entre as líderes do mercado em dez anos com onze usinas em mais de 600 mil hectares de área, com capacidade total de moagem de 50 milhões de toneladas de cana por safra e produção de 3,1 bilhões de litros de etanol e 1,9 milhão de toneladas de açúcar por ano e co-geração de energia de 1.300 MW/ano. A Usina Eldorado tem capacidade instalada de produção de 132 mil toneladas de açúcar e 110 milhões de litros de etanol etílico hidratado combustível e gera 12 megawatts (MW) de energia, potencial que no plano de expansão deverá saltar em três anos para 130 MW. Seu perfil e sua localização respeitam o modelo de negócio da ETH, que é estruturado em pólos,
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ou seja, núcleos concentrados de produção e de instalação de usinas. “Sua localização é estratégica para o pólo que está sendo estruturado na região. O escoamento dos produtos é facilitado e a proximidade geográfica das futuras unidades industriais permitirá redução de custos na produção, transporte e logística” afirma Clayton Hygino de Miranda, diretor presidente da ETH. Alinhada com a política da ETH de impulsionar o desenvolvimento econômico de forma sustentável, a colheita na Usina Eldorado terá alto índice de mecanização já na safra 2008/2009. A usina conta, ainda, com sistemas automatizados de controle para todas as fases do processo de produção. As tecnologias aplicadas garantem ganhos de produtividade e em linha com as melhores práticas ambientais. Outro destaque são os programas sociais, com ênfase para iniciativas de capacitação de trabalhadores das comunidades da região. Para a próxima safra de 2008/2009, as duas usinas em operação do grupo - Alcídia e Eldorado - devem processar juntas cerca de 3,8 milhões de toneladas de cana, volume que deve ser ampliado para 8 milhões em 2009/2010, com o início de operação de mais três usinas.
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Infinity Bio-Energy compra usinas capixabas A negociação inclui a Ceisa, uma unidade integrada de cogeração de energia a partir do bagaço da cana, além da Infisa, sociedade detentora de equipamentos agrícolas e infra-estrutura de plantio, manutenção e colheita de cana-de-açúcar.
Infinity Bio-Energy formalizou a aquisição das usinas capixabas Disa e Montasa, que juntas terão capacidade para moer aproximadamente 3,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano. A negociação faz parte da Operação Disa, joint venture formada pela Infinity e a Disa Overseas. A negociação inclui a Central Energética Itaúnas (Ceisa), uma unidade integrada de cogeração de energia a partir do bagaço da cana, além da Infinity Itaúnas Agrícola (Infisa), sociedade detentora de equipamentos agrícolas e infra-estrutura de plantio, manutenção e colheita de cana-de-açúcar. O investimento total no complexo industrial foi calculado em aproximadamente R$ 350 milhões. De acordo com o presidente da Infinity, Sergio Thompson - Flores, a operação faz parte
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da estratégia de aquisição e construção de usinas em clusters operacionais localizados em regiões com vantagens estruturais, de custo, logística e margem, em comparação com outras usinas no Brasil. “Neste caso, em particular, reforçamos significativamente nosso cluster na região entre os estados da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. Nós continuamos a demonstrar nossa habilidade de aquisição a preços bem abaixo da média da indústria. Estima-se que o custo médio de capacidade integralmente instalada para essa aquisição será de aproximadamente US$ 49 por tonelada”, afirmou. A companhia já investiu mais de US$ 400 milhões em aquisições estratégicas e no desenvolvimento de novos projetos (greenfields) com foco no Brasil. Fonte: Procana.
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Minas Gerais:
uma nova fronteira para o etanol
uem costuma percorrer as estradas do Triângulo Mineiro pode notar a rápida transformação na paisagem local. No lugar de pastos e lavouras de grãos, surgem agora canaviais. Nas rodovias, caminhões transportam gigantescos equipamentos que seguem para as obras das usinas de açúcar e álcool. Tradicional centro de pecuária de leite e de corte, a região tornou-se uma das principais fronteiras do setor sucroalcooleiro do país. Cidades como Uberaba, Ituiutaba, Santa Vitória, Canápolis e Carneirinho vivem uma fase de euforia graças à expansão global dos biocombustíveis. Hoje, 31 unidades estão em implantação em todo o estado. Outros 15 projetos se encontram em discussão com o Governo Estadual. “Estamos analisando as regiões que podem receber essas usinas, pois o Triângulo Mineiro está quase saturado” diz Maurício Cecílio, diretor do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), órgão do governo que analisa os investimentos no Estado. De acordo com o Indi, Minas Gerais deverá receber 10,1 bilhões de reais em investimentos no setor sucroalcooleiro até 2016, recursos que deverão gerar cerca de 65 000 empregos diretos e um número três vezes maior de indiretos. Há vários fatores que impulsionam os investimentos de usineiros no Estado. Além de possuir clima e regime de chuvas apropriados à cultura de cana, Minas tem custos muito inferiores aos da produção de São Paulo — sobretudo em relação ao arrendamento da terra. A vizinhança com os paulistas também facilita a administração, a logística e o treinamento de funcionários das unidades de grupos instalados em ambos os Estados. O conjunto de vantagens impulsionou o setor sucroalcooleiro de Minas e gerou uma mudança profunda no perfil de seu agronegócio. Somente no ano passado, quase 70 000 hectares de pastagens ou de terras ocupadas por soja e milho foram convertidos em canaviais no Estado, área equivalente à da cidade de Belém. No total, Minas tem hoje 467 000 hectares plantados de cana-de-açúcar. Naturalmente, os preços da terra aumentaram na mesma velocidade. Segundo a consultoria FNP, especializada em agronegócio, as áreas dedicadas ao cultivo de cana na região de Uberaba, por exemplo, subiram 30% nos últimos três anos. A valorização
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acabou contaminando também as áreas de pasto e de lavoura de grãos. Hoje, o Estado é o terceiro maior produtor de cana do Brasil, na briga para tomar o segundo lugar do Paraná. Ambos, porém, estão longe de alcançar São Paulo, que concentrou 60% da cana moída no Brasil na safra 2006/2007. O avanço do setor sucroalcooleiro em Minas provocou uma disputa local por investimentos. Os municípios que ainda não conseguiram uma usina brigam para ter uma unidade em seu perímetro. Na cidade de Santa Vitória, por exemplo, localizada na região do Triângulo, a população aguarda a confirmação de um dos mais disputados projetos do setor sucroalcooleiro no Brasil: o pólo alcoolquímico da Dow e da Crystalsev. Será o primeiro centro produtor de polietileno à base de cana-de-açúcar do mundo. Com investimentos estimados em 1,5 bilhão de reais, a usina demandará 8 milhões de toneladas de cana para a produção de 350 000 toneladas de plástico biodegradável para a confecção de embalagens. Os executivos das duas empresas já visitaram várias vezes Santa Vitória para avaliar a infra-estrutura agrícola e logística. “As estradas na região são ruins e podem pesar contra a cidade na decisão final” diz Diego Donoso, diretor comercial de plásticos para a Dow América Latina, que avalia opções também em Goiás e em São Paulo. Ele confirma, porém, que entre as alternativas estudadas, a cidade mineira é a favorita. Os municípios que já conquistaram um empreendimento do setor sucroalcooleiro vislumbram como o dinheiro de salários e de impostos vai mexer com a economia local. É o caso de Carneirinho, município de 8000 habitantes do Triângulo. Ele acabou de inaugurar sua primeira usina, empreendimento do grupo alagoano Tércio Wanderley. É a quarta unidade da empresa em Minas, obra construída em tempo recorde: 432 dias. Fonte: Anuário do Agronegócio Exame.
Minas Gerais se transforma em umas das principais áreas de expansão da produção sucroalcooleira com a implantação de 31 usinas.
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SKF do Brasil dobra participação no setor sucroalcooleiro e já é referência internacional nica fabricante de rolamentos que provê soluções integradas em engenharia de aplicação tanto para a área agrícola (plantio de cana) como para a área industrial(usinas), a SKF expande fronteiras e se prepara para fornecer, a partir do Brasil, serviços para outros países. O setor já representa 10% da Divisão de Vendas Industriais da companhia. O setor sucroalcooleiro ganhou destaque entre os negócios da SKF do Brasil em 2007. A Divisão de Vendas Industriais da empresa, responsável pela atuação da marca sueca junto às usinas de papel e celulose, siderurgia e metalurgia, petróleo & gás entre outras, criou uma estrutura específica para atender às usinas de açúcar e álcool no ano passado, e conseguiu dobrar os negócios nesse segmento. Além disso, as soluções integradas em engenharia de aplicação na área agrícola (plantio de cana) e na industrial (usinas) começam a atrair grupos internacionais que estão entrando no País e que já têm atuação em outros países. Os negócios da SKF no setor, que incluem as vendas de rolamentos para as máquinas e os serviços de engenharia de aplicação para as usinas brasileiras, já representam 10% do volume de negócios da Divisão de Vendas Industriais da companhia. E a estimativa é crescer cerca de 20% nesse próximo ano de 2008. “O setor sucroalcooleiro está se internacionalizando aceleradamente, buscando adequação aos níveis de exigência de qualidade e de produtividade do mercado mundial” diz Donizete Santos, presidente da SKF do Brasil. Segundo ele, isso implica em prover melhorias no parque industrial instalado do segmento e em melhorar os processos produtivos, abrindo espaço para investimentos em produtos e serviços de qualidade. Até há pouco tempo, a produção das usinas brasileiras era sazonal, com as máquinas trabalhando intensamente nos períodos da safra da cana-de-açúcar, nas proximida-
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Setor já representa 10% da Divisão de Vendas Industriais
foto: SKF
da companhia.
des dos meses de janeiro a março. Nos outros meses do ano, a operação ficava praticamente paralisada e os proprietários das usinas não tinham motivação para investir na produtividade do maquinário ou na manutenção dele. Com o interesse de grupos internacionais na produção brasileira de álcool para atender à crescente demanda mundial, cresce a exigência por produtividade e baixo custo, para competir com fortes produtores mundiais. Nesse novo cenário, a produção das usinas entra em ritmo de contínua operação. “O investimento em máquinas e peças de qualidade, na engenharia de produção e na manutenção preventiva, passa a significar ganhos de produtividade imprescindíveis no novo cenário” avalia o presidente da SKF. Uma quebra em um sistema de moagem no meio do processo, por exemplo, pode acarretar prejuízo de milhões de reais, além do descumprimento com compromisso firmado em um mercado altamente exigente como é o internacional. A repotencialização de rolamentos é um dos expertises que a SKF está levando ao setor sucroalcooleiro, com muito sucesso. Esse serviço industrial se caracteriza pela recuperação da peça de uma máquina e recolocá-la em operação com as mesmas características da original, por um custo até 50% mais baixo em relação a uma nova, e ainda com a garantia de fábrica da SKF. “A demanda do setor pela repotencialização tem crescido muito nos últimos meses” conta Donizete. A SKF reorganizou sua estrutura interna para atuar nesse setor. Realocou a equipe destinada ao atendimento das usinas na área de Energia, recém-criada para dar suporte a setores industriais que demandam alta produtividade e baixo custo de produção. “O etanol é uma commodity, e os produtores não têm margens de negociação muito confortáveis” diz Santos. A nova área de Energia reúne o conhecimento de todas as tecnologias geradas pelo grupo SKF em nível mundial, de produtos e serviços desenvolvidos aos setores industriais que permitam o aumento da vida útil dos equipamentos e o controle da produção. “O objetivo é disponibilizar aos clientes todo conhecimento tecnológico da SKF para atender às necessidades específicas de performance de cada empresa”, diz Donizete.
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Petrobras Bioenergia investirá US$ 1,5 bilhão nos próximos cinco anos setor US$ 1,5 bilhão nos próximos cinco anos. A nova empresa deverá ficar com as refinarias da Bahia, no sul de Minas e no Ceará. Segundo a Agência Brasil de notícias, o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou que a subsidiária nasce com “toda potencialidade para produzir biocombustíveis” e terá a vantagem de concentrar todas as atividades do setor, já que a Petrobras atua em uma área diferente. “Vamos tratar com agricultores, tanto produtores de álcool quanto de oleaginosas. Vamos ter
uma estratégia diferente. Toda uma especialização que requer uma centralização de esforços”. A área de Abastecimento da estatal continuará administrando os alcooldutos que serão constr uídos e também se responsabilizará pela comercialização do etanol. Já a produção ficará a cargo da nova subsidiária. A estatal pretende exportar 4,7 bilhões de litros de álcool a partir de 2012 e o seu principal alvo é o mercado japonês.
Logística pode compensar perdas de início de safra
foto: divulgação
Bioenergia, a subsidiária da estatal recém criada para cuidar do segA Petrobras mento de biocombustíveis, vai investir no
A demanda por soluções em logística aumenta no setor sucroalcooleiro:
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possibilitando maior produtividade, pode compensar perdas de início de safra e do aumento do diesel.
foto: divulgação
solução para o setor sucroalcooleiro compensar as perdas provocadas pelo início de safra, onde há grande oferta e preços abaixo do esperado, pode ser investir em logística. A otimização do transporte aumentaria a rentabilidade do negócio. Segundo Paulo Lordello Novaes, presidente da GAtec, consultoria especializada em desenvolvimento e implantação de sistemas para gestão agroindustrial, o uso de ferramentas de gestão de logística pode levar a uma redução de 5% dos custos com carregamentos/transporte. “Gastos com corte, carregamento e transporte são responsáveis por cerca de 25% dos custos totais de produção de cana de açúcar no Brasil, daí a importância dada para a redução nesses quesitos” afirma o presidente da GAtec. Os softwares de logística de transporte são uma das ferramentas preferidas dos produtores. Eles permitem, por exemplo, que as usinas trabalhem no sistema de filas únicas, como o existente nas agências bancárias. “Os caminhões somente são alocados para as frentes de corte caso existam equipamentos suficientes para atendê-los. Isto garante o abastecimento uniforme de cana para moagem na usina, considerando um dimensionamento adequado dos equipamentos (caminhões, colhedoras, carregadoras e tratores), redução das filas e também das horas paradas” explica Lordello.
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Energias do Brasil estuda geração a partir da canade-açúcar no país A
energia gerada a partir da biomassa oriunda da produção de uma cidade de 5,6 milhões de álcool e açúcar no país está na mira da Energias do Brasil. habitantes. Em 2007, as mesmas Holding do grupo português EDP e que controla ativos negociaram quase 2 mil MW, mas o de distribuição, comercialização e geração no país, a companhia potencial instalado pode chegar a 10 mil MW, com capacidade pretende firmar parcerias com usinas para ter acesso ao potencial para abastecer uma cidade de 14,5 milhões de habitantes. energético desse setor, que não é pequeno. Segundo fontes do Segundo Onório Kitayama, consultor de energia da União das setor sucroalcooleiro, o Brasil poderia gerar pelo menos 6 mil Indústrias da Cana-de-açúcar (Unica), os custos para transmissão megawatts (MW) a partir do etanol, o que equivaleria às duas da energia das usinas para a rede inviabilizam os investimentos hidrelétricas do rio Madeira. do setor. “Esse mercado pode ser lucrativo, considerando que os A Energias do Brasil admite que já estuda oportunidades preços do açúcar e do álcool oscilam bastante” diz. nessa área e garante ter recursos suficientes para a empreitada. A tacada em co-geração não é única investida do grupo Tanto que um dos projetos seria a construção de quatro módulos, português no Brasil. Além de descartar sua presença em grandes com capacidade individual de 100 MW e que demandaria invesprojetos hidrelétricos, como a usina de Belo Monte que deverá ir timentos totais estimados em R$ 1 bilhão. “É necessário investir à leilão em 2009, o executivo do grupo no país conta que busca R$ 2,5 milhões para implantar um megawatt de geração a partir incrementar no país projetos de fonte eólica, de Pequenas Centrais do etanol” afirma António Pita de Abreu, diretor-presidente da Hidrelétricas (PCHs) e também de hidrelétricas com capacidade Energias do Brasil. ao redor de 400 MW. A Energias do Brasil ainda estuda construir Um dos primeiros módulos seria instalado na cidade de Nova duas termelétricas a gás natural no país. Cada uma delas teria caAndradina (MS), que o grupo português admite estar em fase de pacidade de 500 MW, ficando uma no Estado do Rio de Janeiro formatação. A partir dessa “reserva de espaço”, a Energias do Brasil e outra no Espírito Santo. pretende participar dos leilões em 2013, segundo o Valor apurou. Há seis meses no Brasil, o executivo mostra bastante entuA região de Nova Andradina é considerada a nova fronteira para siasmo com a energia eólica, principalmente após as declarações cana e vários grupos, incluindo multinacionais, deverão erguer novas do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, de que pretende unidades produtoras e todas elas com projetos de co-geração. fazer um pregão específico para eólicas em 2009. “Temos intenção Pita de Abreu observa que um dos pontos fundamentais é em inscrever projetos nesse leilão” diz. garantir o suprimento da biomassa. Por isso, a empresa quer ter Recentemente, a empresa pagou R$ 51 milhões para comprar uma participação, mesmo que minoritária, no negócio de produa Central Nacional da Energia Elétrica (Cenaeel), herdando dois ção de etanol. parques eólicos e uma carteira de 70 MW em projetos desse tipo Várias usinas de açúcar e álcool estão sendo procuradas por de energia. Juntas, já geram 14 MW. Fonte: Valor Econômico. grandes companhias de energia para firmar parcerias em co-geração a partir do bagaço de cana. “Já fomos sondados por várias empresas, mas ainda não fechamos nada” informa Pedro Mizutani, vicepresidente-geral do Grupo Cosan, maior sucroalcooleiro do país. epois de três anos de estudo do comportamento do mercado, a Todas as 18 usinas da Cosan são auto-suficientes empresa americana AGCO Corporation, que usa o nome fantasia em energia. Nos últimos anos, a companhia investiu Valtra, ingressa na produção de colheitadeiras no Brasil. A produção R$ 420 milhões para aumentar a capacidade de suas se destinará ao mercado interno, tentando disputar a fatia com a John Deer, usinas. “Nos últimos leilões realizados pelo governo, mas também poderá exportar aos países do Mercosul e da América do Sul. o grupo já vendeu 120 MW, mas o seu potencial A Valtra já detém cerca de 30% do mercado nacional de tratores. pode chegar a 1.000 MW”, diz Mizutani. O grupo A fabrica estará sediada no município de Santa Rosa, no Rio Grande do está construindo três novas unidades, todas elas com Sul, aproveitando a economia de escala da região, que já possui as fábricas projeto de co-geração, no sudoeste de Goiás. E a da Massey Fergunson, da AGCO Allis, e da Challenger. A empresa pretende intenção da Cosan é fazer aportes de R$ 3,5 bilhões investir ao redor de 5 milhões de dólares em co-geração em suas usinas nos próximos anos. para essa nova linha e produzir ao redor de Um levantamento feito por Adriano Pires, dire2,5 mil unidades por ano. Cerca de 60% dos tor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), componentes serão nacionais, para facilitar a pedido do Jornal Valor Econômico, mostra que em o financiamento pelo Moderfrota do BN1999 as usinas de açúcar e álcool do Brasil geravam DES e os 40% de componentes restantes 936 MW de energia a partir da biomassa. Mas o poserão importados da China e Índia. tencial era de 3,744 mil MW, suficiente para abastecer
Valtra ingressa no mercado de colheitadeiras
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Equipav demonstra geração de bioeletricidade com o uso de palha de cana Equipav implantou em sua usina O Grupo da cidade de Promissão (SP) um processo
Com o novo processo, a usina gerará um total de 620 mil MWH
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por ano.
inovador para otimizar o uso da palha da cana-de-açúcar na co-geração de energia. A empresa, em parceria com a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), apresentou seu projeto de bioeletricidade, em julho último, para um grupo de 40 pessoas, incluindo representantes do Governo Federal e de entidades do setor elétrico. A Usina Equipav é a primeira a fazer o carregamento simultâneo da palha junto com a cana que será moída. A usina aproveita 50% da palha colhida na lavoura, que é separada por um sistema de ventiladores. Em seguida, a cana vai para a linha de moagem e a palha é picada para se juntar ao bagaço e seguir para a caldeira de alta pressão, que gera eletricidade. Com o novo processo, a usina gerará um total de 620 mil MWH por ano, sendo que desse total, 470 mil MWH serão exportados para a rede pública, o “Foi uma demonstração suficiente para real do potencial da bioeabastecer uma cidade de 500 nergia e muito importante mil habitantes. para a integração do setor “Foi uma demonstração real da cana-de-açúcar com o do potencial da setor elétrico,” bioenergia e Eduardo Leão de Sousa. muito importante para a in-
tegração do setor da cana-de-açúcar com o setor elétrico” afirmou o diretor executivo da UNICA, Eduardo Leão de Sousa. A visita, coordenada pelo presidente do Grupo Equipav, José Carlos Toledo, e o diretor de novos negócios, Ricardo Aquino, também contou com a participação do especialista em bioeletricidade da UNICA, Onorio Kitayama, e do vice-presidente executivo da Associação de Co-geração de Energia (COGEN), Carlos Roberto Silvestrin. De acordo com a COGEN, os investimentos em co-geração de energia têm sido crescentes. Ainda este ano, poderão ser comprados nos leilões de energia 2500 MW. No ano que vem, a oferta deverá ser de 5000 MW, devido aos novos projetos que estão sendo realizados pelo setor. “Os investimentos estão ocorrendo em cadeia. A bioeletricidade veio para ficar e deverá ser a segunda maior unidade de negócios das usinas, a partir de 2012, depois do etanol e seguida, em terceiro lugar, pela produção do açúcar” prevê Silvestrin. Entre os participantes, membros do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério de Minas e Energia (MME), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) e investidores.
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Embrapa apresenta programa de P&DI em pinhão manso P
esquisadores da Embrapa e de várias instituições de pesquisa do Brasil e do mundo discutiram, no I Jatropha World Congress 2008, sobre uma espécie potencial para o mercado de biodiesel, o pinhão manso (jatropha curcas). O evento internacional realizado em Palmas/TO, semanas atrás, abrigou o “I Workshop Público/ Privado de P&DI Jatropha para a Produção de Biodiesel”, coordenado pela Embrapa Agroenergia (Brasília/DF). A apresentação do chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães, abordou os principais pontos para estruturar um programa de melhoramento para a obtenção de novas cultivares, a fim de viabilizar os sistemas de produção de pinhão manso em diferentes regiões do Brasil, além de criar domínio tecnológico da espécie. “Mostramos as bases do programa de melhoramento de pinhão manso, em rede de P&DI, que a Embrapa lidera, e que tem as características de definir a variabilidade genética de inúmeros acessos ao pinhão manso, utilizando descritores botânicos (componentes de rendimento e características agronômicas) e ferramentas de biologia avançada” explicou. Segundo o pesquisador, a idéia é definir os critérios e descritores mínimos para o registro de cultivares e para organizar as bases do programa de melhoramento da espécie, com seleção assistida por marcadores. “Há necessidade de ser definir os critérios para a parceria público-privada, em P&DI, produção e uso de matéria-prima, processos, produtos e resíduos/co-produtos no negócio de biodiesel, e esses são os reais interesses da Embrapa em coeditar e participar de evento como este” explicou.
Programa Biodiesel Brasil 10 anos
Para Durães, é preciso investir em pesquisa de novas matérias-primas para a produção de biodiesel, considerando o Programa Biodiesel Brasil 10 anos. Atualmente, dentre todas as oleaginosas, a soja desponta como a maior contribuinte para a produção de matéria-prima, porém, segundo ele, a pesquisa nacional está trabalhando forte para resolver os gargalos técnico-científicos em outras espécies de alto desempenho agronômico, bem como para entender e promover as facilidades de logística de produção e uso, em distintas regiões do país. A disponibilidade de matéria-prima seria um desses gargalos, de acordo com o pesquisador. Por isso a aposta em parcerias público-privadas no Brasil, e na cooperação técnico-científica internacional para encurtar caminhos, poupar esforços e evitar desperdícios. “É uma forma de acelerar o
processo de obtenção de novas cultivares e ampliar a probabilidade de êxito dos sistemas de produção sustentáveis” comentou. O objetivo do workshop foi discutir cinco pontos principais: o mapeamento de aptidão da cultura (zoneamento preliminar); o banco ativo de germoplasma de Jatropha, a fim de obter a maior variabilidade genética possível da espécie para subsidiar trabalhos de melhoramento; descritores botânicos e genéticos da cultura; destoxificação da torta (subproduto do processo de extração do óleo), que apresenta fatores antinutricionais, alergênicos e tóxicos; e a agenda de pesquisa, desenvolvimento e inovação, em rede, envolvendo os esforços público e privados. Além de mostrar as características e o potencial do pinhão manso, Durães apresentou também os problemas e riscos existentes, a situação atual, perspectivas de pesquisa e as possibilidades de parceria, além da cooperação técnica e financeira. O Congresso teve a participação de cerca de 500 pessoas, representantes de instituições de pesquisa, como Embrapa (Agroenergia, Cerrados, Cenargen, Meio Norte, Algodão, Semi-Árido e Pecuária Oeste), de Institutos (Epamig, IAPAR, IAC, EBDA, Empaer, Emater, Sebrae, IEL-TO, Ruraltins, Seagro, ABPPM, ULBRA), de Agentes Financeiros (Banco da Amazônia), de Universidades, da Casa Civil da Presidência da República, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério de Ciência e Tecnologia de Cuba, e de representantes técnicos e empresariais de 19 países. O documento resultante da reunião está disponível em CD Rom, na Embrapa Agroenergia. Nele estão as contribuições sobre diversos temas de pesquisa, em três vertentes: agronômica, industrial e transversal. O trabalho apresentado em Tocantins é fruto de reuniões e esforços realizados desde o ano passado entre pesquisadores da Embrapa. A ação corporativa culminou em um documento sobre o estado da arte da cultura do pinhão manso. Em fevereiro deste ano, os pesquisadores discutiram sobre as políticas públicas para a produção da espécie. A idéia foi embasar as estratégias de ação a partir dos resultados técnico-científicos. Para o chefe de P&DI da Embrapa Agroenergia, Esdras Sundfeld, “com o programa de P&DI será possível definir tecnologias e estratégias específicas para a inserção do pinhão manso na cadeia produtiva do biodiesel.”
O objetivo é viabilizar os sistemas de produção de pinhão manso em diferentes regiões do Brasil, além de criar domínio tecnológico da espécie.
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Biólogos buscam na natureza receita do
etanol de celulose uando se formou em biologia, 20 anos atrás, Alexandre Rosado não imaginava que um dia daria entrevistas sobre o futuro energético do planeta. Naquela época, o aquecimento global era quase um mito, o preço do petróleo não chegava nem perto dos US$ 100 o barril e o programa de álcool brasileiro parecia sem futuro. Agora, a história é outra. A “redescoberta” do etanol e a busca por novas fontes de energia renovável a partir de plantas está transformando completamente o cenário científico da indústria de combustíveis. O líquido energético, que antes precisava ser extraído de rochas profundas, agora é plantado na superfície, colhido, e plantado de novo. Em vez de brocas, sonares e capacetes, os especialistas agora usam pinças, microscópios e jalecos brancos. As plataformas de petróleo viraram colheitadeiras. A geologia cedeu lugar à biologia. E Alexandre Rosado ganhou uma nova função. Enquanto a Petrobrás anuncia a descoberta de reservas petrolíferas milhares de metros abaixo da superfície, ele e outros biólogos ao redor do mundo vasculham o intestino de peixes, vacas e cupins à procura de micróbios capazes de digerir celulose e produzir os biocombustíveis do futuro. “É um momento muito interessante, a área está super quente” diz Rosado, professor há dez anos do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e chefe do Laboratório de Ecologia Microbiana Molecular. Mais especificamente, os cientistas estão à
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Biólogos vasculham o intestino de peixes, vacas e cupins à procura de micróbios capazes de digerir celulose e produzir os biocombustíveis do futuro
caça de enzimas com ação celulolítica - ou seja, capazes de quebrar as moléculas longas e duras de celulose em moléculas menores e mais “digeríveis” (do ponto de vista de uma levedura), que possam ser aproveitadas nos processos clássicos de fermentação para produção de etanol. E não há lugar melhor para isso do que o intestino de animais herbívoros, fundos de lagos e outros ambientes exóticos onde matéria vegetal é naturalmente degradada. A falta dessas enzimas, chamadas celulases, é um dos principais entraves à produção de etanol de celulose. “As enzimas que temos hoje são muito ineficientes e caras” diz Paulo Arruda, biólogo molecular da empresa Alellyx, de Campinas. “Precisamos digerir mais bagaço com menos enzima. Esse é o gargalo.” Os especialistas em produzir celulases na natureza são microrganismos. Na UFRJ, os cientistas estudam o arsenal enzimático de micróbios que vivem no intestino de peixes cascudos da mata atlântica. Dentre as centenas de bactérias identificadas, duas novas espécies já foram isoladas e caracterizadas. “São tipos tão diferentes que talvez sejam até gêneros novos”, diz Rosado, que orienta a pesquisa em parceria com a cientista Elba Bon, do Instituto de Química. O trabalho compõe a tese de mestrado do aluno André Castro. Outro projeto do laboratório é o estudo de comunidades microbianas da água de bromélias - aquelas “piscininhas” que se formam na base das folhas e estão recheadas com microrganismos. Cerca de 500 espécies já foram isoladas e 80%, segundo Rosado, têm ação celulolítica. “A motivação inicial era apenas estudar a biodiversidade microbiana Foto: Divulgação
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CUPINS
Nos EUA, um dos líderes nessa área é o microbiólogo Jared Leadbetter, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), que trabalha em parceria com a empresa Verenium. Em 2007, ele e vários cientistas da empresa publicaram na revista Nature Biotechnology uma análise de genes e proteínas de bactérias do intestino de cupins. Os insetos foram coletados na Costa Rica, com autorização do governo e participação de cientistas locais, que também assinam o estudo. A escolha faz sentido: se o objetivo é digerir biomassa, ninguém sabe fazer isso melhor do que um cupim. O intestino do inseto está recheado de bactérias e outros micróbios que secretam celulases. Os cientistas querem isolar essas enzimas e testá-las na produção de etanol. E depois, quem sabe, isolar os genes responsáveis pelas enzimas e transferi-los para outros microrganismos que possam ser incorporados ao processo produtivo. “Não há dúvida de que a solução para os biocombustíveis está nos micróbios” disse Leadbetter ao Jornal O Estado de S. Paulo. “É neles que vamos encontrar o software que precisamos para fazer o etanol de celulose funcionar.” Entender como funciona esse software genético, porém, não será fácil. O mais provável, diz Leadbetter, é que milhares de genes e enzimas participem do processo. “Todos os resultados indicam que se trata de sistema muito complexo” diz. A “receita mágica”, portanto, deverá ser um coquetel de enzimas selecionadas de vários organismos e misturadas sob medida para cada tipo de biomassa. Fonte: Herton Escobar/jornal O Estado de S. Paulo.
“É um momento muito interessante, a área está super quente” Alexandre Rosado, professor do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Sabonete com cana-de-açúcar uando decidiu inaugurar uma empresa de cosméticos, a farmacêutica Érica Ortolan investiu na estratégia comercial de se apresentar ao mercado por meio de uma linha de produtos diferenciada. Após um ano e meio de pesquisas, além de empresária, havia se tornado inventora. Registrou a patente de um sabonete esfoliante em barra fabricado a partir de extrato vegetal de cana-de-açúcar e bagaço. A gestação do invento começou durante a etapa de planejamento da empresa Aroma Tropical Cosméticos, instalada em Sertãozinho. Pesquisas de mercado indicaram que os produtos naturais são materiais com forte demanda atualmente – a primeira linha da empresa foi baseada em frutas. Mas a Aroma Tropical queria contextualizar sua atuação no mercado com a região sucroalcooleira em que está inserida. “Por isso, passei a pesquisar a possibilidade de usar a cana como matéria-prima para uma linha de produtos, começando por um sabonete” conta Érica. A pesquisadora descobriu a existência de um extrato vegetal produzido a partir do melaço da cana com propriedades capazes de nutrir, hidratar e regenerar a pele – características herdadas de uma junção de componentes da planta, como vários tipos de ácidos. O projeto passou a procurar, então, um produto que, combinado ao extrato vegetal de cana, proporcionasse ao sabonete a possibilidade de esfoliar a pele. A primeira tentativa foi o uso de uma sacarose. “Mas as pesquisas não evoluíram porque a substância era diluída dentro da base do sabonete” explica Érica. A idéia de testar o bagaço da cana transformou o produto em invenção reconhecida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Após ser submetida a diversos processos de secagem e granulagem, a matéria vegetal ofereceu a consistência necessária para a esfoliação. O último passo foi o desenvolvimento de uma fragrância que remete ao cheiro da cana, perfume também associado aos outros dois produtos da linha: o sabonete líquido e a loção hidratante. “A linha está em desenvolvimento. Vamos aprimorá-la. O próximo passo é pesquisar se o bagaço também pode ser usado como esfoliante no sabonete líquido” disse Érica. A nova linha baseada em cana teve repercussão inesperada até pela inventora. “Houve uma procura grande pelo sabonete esfoliante. Acho que, por ser uma novidade, despertou atenção do público” acredita Érica Ortolan. Mas os produtos ainda não são comercializados em grande escala. Podem ser comprados unitariamente na própria sede da Aroma Tropical. Vendido em uma embalagem também produzida a partir do bagaço de cana, um kit da linha tem sido encomendado por empresas e usinas para distribuição como brinde para empresas – opção demandada sobretudo em épocas de feiras industriais. Segundo Érica, a produção e comercialização em larga escala deve ser iniciada em alguns meses, a partir de quando os produtos poderão ser encontrados em supermercados, farmácias e perfumarias. Fonte: EPTV
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Imagem ilustrativa
desses ambientes. Quando vimos o potencial que isso tinha para os biocombustíveis, porém, iniciamos a busca por enzimas também” conta o cientista. Ele exalta o potencial biotecnológico da biodiversidade brasileira: “Temos reservatórios enormes de genes, enzimas e microrganismos que não são explorados”.
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Óleo de Dendê
é opção energética para comunidades isoladas reas afastadas de centros urbanos, que não diesel e também à vocação da região amazônica na têm acesso à rede de distribuição de energia sua produção. elétrica, podem ser beneficiadas pela geração De acordo com ela, são necessárias poucas de energia a partir do óleo de dendê in natura. É o adaptações no motor à diesel para que ele esteja apto que apontam pesquisas realizadas por Valéria Said a operar com o óleo de dendê de forma eficiente: de Barros Pimentel, chefe da Divisão de Engenharia aumentar a taxa de compressão do combustível em de Avaliação, do Instituto Nacional de Tecnologia cerca de 4% para facilitar sua queima, a temperatura (INT). de admissão do ar e o débito de combustível. Além Carioca de ascendência nortista, Pimentel desen- disso, o óleo precisa ser ministrado na temperatura volveu em seu doutorado, defendido na Universida- ideal. “A viscosidade do óleo de dendê in natura de Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma análise do em temperatura ambiente é maior que a do diesel” funcionamento de geradores à diesel operando com explica Pimentel. Por isso, detectou-se que o óleo óleo de dendê in natura. “Meu interesse era ajudar deveria ser aquecido a uma temperatura de 85 graus as comunidades amazônicas isoladas” lembra. para obter viscosidade similar à do diesel e permitir Segundo ela, quando deu início às suas pesqui- o melhor funcionamento do motor. sas, em 1995, os óleos vegetais, em especial os in “O poder calorífero do dendê é menor do que natura, ainda eram pouco pesquisados como fonte o do diesel” relata a pesquisadora. Sendo assim, o energética, realidade que mudou drasticamente com volume de óleo consumido supera em cerca de 10% a criação do Programa Nacional de Produção e Uso o de diesel. Por outro lado, nas condições analisade Biodiesel, em 2003. “Hoje, temos pesquisas sobre das, o dendê apresentou emissões de monóxido óleos derivados de muitas plantas de carbono, dióxido de carbono não só no Brasil, mas em diversos e hidrocarbonetos menores que a “O poder calorífero países” aponta. do outro combustível. A fuligem Para a pesquisadora, o óleo in gerada, entretanto, foi maior. do dendê é menor natura é a opção mais viável para a Uma das desvantagens encondo que o do diesel” geração de energia nas comunidades tradas foi o maior desgaste das isoladas devido à dificuldade que suas peças do motor em decorrência populações têm de acesso ao conhedo uso do óleo de dendê in natura, cimento, aos equipamentos e aos insumos industria- o que demanda maiores gastos com manutenção lizados, como o diesel. Muitas dessas localidades só preventiva do equipamento. Além disso, mesmo podem ser acessadas após longos percursos de barco operando com o óleo, o diesel-gerador ainda pree de acordo com a vazão dos rios, o que encarece o cisa de pequenas quantidades de diesel para dar a transporte e muitas vezes demanda a estocagem de partida no motor e limpar o sistema na hora de ser diesel para manter o gerador funcionando. Ao optar desligado. pelo dendê, a comunidade pode tornar-se autoA viabilidade da técnica já está sendo comprosuficiente, pois tem condições de cultivar, extrair e vada. A pesquisa de Pimentel foi implementada produzir todo o óleo de que necessita. “Além disso, duas vezes pelo Centro Nacional de Referência o óleo vegetal também já faz parte da cultura dessas em Biomassa (Cenbio), da Universidade de São comunidades” ressalta Pimentel. Paulo (USP), nas comunidades de Vila Soledade Ao contrário do biodiesel, em que o combustível e Igarapé-Açu, no município de Moju, Pará, com é que sofre transformações para garantir uma maior resultados bastante favoráveis. Em ambos os casos, eficiência, no caso dos óleos in natura, é o motor contudo, o motor utilizado não passou por nenhuma que passa por algumas modificações para se adaptar adaptação, que se restringiu apenas ao aquecimento a esse tipo de combustível. A opção que Pimentel do óleo. “Ainda existe muito a ser explorado. Esse fez de trabalhar com o óleo de dendê deveu-se às é um campo muito vasto” finaliza. Fonte: revista suas características físico-químicas similares às do Com Ciência/SBPC.
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O óleo in natura seria a opção mais viável
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Grupo Orsa: desenvolvendo negócios sustentáveis na Amazônia Agricultor em projeto de fomento de floresta de Eucalipto na região do Jari
ransformar a Amazônia em um pólo de desenvolvimento socioeconômico aliado à preservação do meio ambiente é o grande desafio para aqueles que têm ou pretendem ter negócios nesta complexa região no norte do país. Mas o sucesso dessa empreitada passa pela conjugação equilibrada e sustentável da floresta, suas oportunidades e sua gente. Nos dias atuais, não há mais lugar para a exploração desenfreada de recursos. A palavra da vez é o equilíbrio e isto só é possível quando todas as partes envolvidas se integram em torno de um objetivo comum. Para o Grupo Orsa, essa tem se mostrado a única solução viável, por exemplo, no Vale do Jari, entre os Estados do Pará e Amapá, onde se encontram duas de suas empresas, a Jari Celulose e a Orsa Florestal. Numa região complexa e repleta de desafios sociais e ambientais, é preciso pensar não somente na construção de negócios rentáveis, mas também na capacitação, na geração e na distribuição de riquezas para as comunidades locais. A corporação, que atua no setor de madeira, celulose, papel e embalagens em cinco Estados brasileiros, procura gerar a sustentabilidade nas regiões onde atua por meio de iniciativas que já atingiram milhares de pessoas. A empresa tem aplicado desde o ano passado o Programa de Fomento Florestal no Vale do Jari, desenvolvendo projetos de reflorestamento de eucalipto para produção de celulose branqueada. O fomento, além de ajudar a prevenir o êxodo rural, gera renda e valoriza a propriedade de pequenos agricultores da região,
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permitindo sua inclusão no mercado de madeira, ao mesmo tempo em que se evita a pressão sobre as florestas nativas. O programa também abre espaço para que o fomentado continue com atividades historicamente predominantes na região como a agricultura familiar O primeiro ano do projeto beneficiou 20 famílias, em uma área de 500 hectares de plantio, por meio dos contratos de fomento florestal firmados com o Grupo Orsa. Para este ano estão programados plantios de eucalipto em cerca de 1.500 hectares, o triplo do ano passado, o que revela o crescimento e a importância do programa nessa região. O objetivo é seguir os passos do Programa de Fomento Florestal aplicado desde 2001 na região sudoeste do Estado de São Paulo e que, até o final do ano passado, já havia beneficiado 452 famílias numa área plantada de 15.000 hectares. Além do fomento, o Grupo Orsa desenvolve muitos outros modelos de desenvolvimento econômico no Vale do Jari como o Projeto Cultura do Curauá, que estimula a agricultura familiar por meio do cultivo do planta, cuja fibra é hoje utilizada em peças da indústria automobilística. Outros exemplos são a Amarte e Agulhas Versáteis, que oferecem oportunidades de renda para as mulheres, estimulando a liderança e o empreendedorismo, ou o Centro de Oportunidades e Potencialidades Profissionalizantes (COPP), criado para oferecer aos jovens do Vale do Jari uma oportunidade de encontrar uma profissão e, conseqüentemente, reduzir a migração para Manaus, Macapá e Belém.
Numa região complexa e repleta de desafios sociais e ambientais, é preciso pensar também na capacitação, na geração e na distribuição de riquezas para as comunidades locais.
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meio ambiente
Projetos limpos vão evitar excesso de carbono 3.471 projetos de mecanismo de deO ssenvolvimento limpo (MDL) em algum
É como se a cidade de São Paulo, com seus 10 milhões de habitantes, não emitisse um grama sequer de CO2 pelos próximos 288 anos, isso mesmo.
estágio de aprovação em todo o mundo prevêem evitar a emissão de 4,54 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) ou o equivalente em outros gases de efeito estufa, que provocam as mudanças climáticas. Embora esse esforço ainda esteja longe dos bilhões e bilhões de toneladas de gases que causam o aquecimento global lançados na atmosfera, uma comparação pode dar a dimensão do que representa: é como se a cidade de São Paulo, com seus 10 milhões de habitantes, não emitisse um grama sequer de CO2 pelos próximos 288 anos, isso mesmo, quase três séculos! O MDL foi uma proposta do Brasil no âmbito do Protocolo de Kyoto que permite aos países pobres ou emergentes aplicar tecnologias em seus processos produtivos que reduzam as emissões de CO2. Cada tonelada de emissão evitada equivale a um crédito de carbono, normalmente vendido para os 32 países que assumiram metas obrigatórias de redução de emissão de gases-estufa até 2012. A China é o país que detém o maior número de projetos (1.212), seguida da Índia (987) e do Brasil (287). É da China também o maior volume esperado de redução de emissões de CO2, com 2,09 bilhões de toneladas, seguida também da Índia, com 1,11 bilhão de toneladas, e do Brasil, com 294,4 milhões de toneladas, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Fora os Estados Unidos, que não assinaram o Protocolo de Kyoto e não assumiram, portanto, nenhuma meta de combate ao aquecimento global, a China é o grande emissor, mas como é um país emergente, também não está
obrigada a assumir metas. É o país que tem uma das matrizes energéticas mais sujas do mundo, à base de carvão e outros combustíveis fósseis. O Brasil, embora tenha, ao contrário, uma das matrizes energéticas mais limpas, é considerado um grande emissor, mas por causa do desmatamento e das queimadas. No Brasil, a energia renovável lidera os projetos de MDL (138), seguido da suinocultura, que evita a emissão de gás metano (47) e da troca de combustível fóssil por renovável. Aterros sanitários aparecem em quarto lugar, com 26 projetos. A eficiência energética tem 15 projetos e a utilização de resíduos, 10. Depois vêm processos industriais, com 5, redução de N2O, emissões fugitivas e reflorestamento.
Etanol com
ser exportado
acordo pioneiro envolvendo as brasileiras Alcoeste, Cosan, U mempresas Guarani e NovAmérica e a importado-
ra sueca Sekab, a maior compradora de etanol brasileiro na Europa, permitiu a realização do primeiro embarque de etanol com verificação de critérios de sustentabilidade para a Suécia. O embarque inaugural partiu do Porto de Santos no dia 18 de junho último. Segundo o vice-presidente da Sekab, Anders Fredrikson, o acordo é fundamental para mostrar ao consumidor que o que está sendo entregue é exatamente aquilo que acredita que adquiriu: “um produto que atende às expectativas, especialmente de natureza ambiental e social, questões freqüentemente levantadas a respeito do etanol brasileiro e geradoras de polêmica na Europa.” A iniciativa será promovida mundialmente por um site específico criado pela Sekab, (SustainableEthanolInitiative.
meio ambiente
mercado empresarial
Biomassa comanda projetos de energia limpa
Os projetos de mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) no Brasil continuam a conta-gotas, mas a evolução tem-se concentrado em geração de energia, com destaque para o uso de bagaço de cana pelas usinas de açúcar e álcool. O mais recente informe do Ministério da Ciência e Tecnologia mostra que dois projetos foram acrescentados às atividades no País em 15 dias: um de energia renovável, com previsão de evitar 1,84 milhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2) ou seu equivalente em outros gases de efeito estufa e outro de troca de combustível fóssil, com possibilidade de reduzir em 206 mil toneladas, até 2012, as emissões. A geração de energia elétrica por meio de cogeração de biomassa já responde por 1.026,1 megawatts (MW) entre os projetos de MDL, à frente das hidrelétricas, como 949,7 MW e das pequenas centrais elétricas, com 571,7 MW. Do total de 282 projetos até agora em alguma fase de aprovação de acordo com as normas do Protocolo de Kyoto, que busca reduzir causas e efeitos do aquecimento global, a energia re-
novável domina, com 134 e previsão de evitar a emissão de 108,2 milhões de toneladas de CO2. Em segundo lugar em número de projetos está a suinocultura, com 47, e expectativa de 22,2 milhões de toneladas evitadas. Mas em tonelagem de gases-estufa evitada, os aterros sanitários aparecem em segundo: os 27 projetos prevêem captura de 66,82 milhões de toneladas de CO2 (normalmente os aterros emitem metano, um gás 21 vezes mais agressivo que o CO2). Em termos mundiais, a China segue na frente, com 34% dos 3.217 projetos de MDL e redução de 1,96 bilhão de toneladas de CO2. A Índia permanece em segundo, com 28% dos projetos e expectativa de evitar a emissão de 1,04 bilhão de toneladas. Com 283,15 milhões de toneladas, o Brasil aparece em terceiro(9%), à frente de México (6%) e Malásia (3%). Uma tonelada de CO2 evitada está cotada hoje em torno de 16 euros no mercado de MDL do carbono. Os preços variam muito de acordo com o projeto, estágio e momento da venda, mas considerandos-se que todos eles fossem cotados ao preço atual, renderiam a seus desenvolvedores cerca de R$ 178 bilhões. Ao Brasil caberiam R$ 11,77 bilhões. Fonte: Diário Net.
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No Brasil, a energia renovável lidera os projetos de MDL
verificação de sustentabilidade passa a para a Europa com) com informações em três línguas: sueco, inglês e português. Para o presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), Marcos Jank, o acordo é histórico, pois representa uma iniciativa pró-ativa para demonstrar que o etanol brasileiro não agride o meio-ambiente, reduz emissões de forma significativa e respeita as leis trabalhistas do País. Ele destacou a diferença entre a verificação de sustentabilidade e a certificação do produto, algo que A iniciativa será envolve mais participantes do promovida que apenas os vendedores e mundialmente os compradores e objetivo de inúmeros esforços multilaterais de desenvolvimento, em andamento em várias partes do mundo. “É inacreditável como se proliferam os processos para se definir a certificação de biocombustíveis, que representam apenas 1% da energia fóssil no mundo. Em 200 anos de uso de combustíveis fósseis no mundo, não se fez nem uma pequena fração disso para examinar ou assegurar a susten-
tabilidade desses combustíveis” - afirmou Jank. Também participou do lançamento o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, que frisou que atender demandas de um parceiro da importância da Suécia também atende os interesses do governo e da sociedade brasileiros: “ambos têm total interesse em garantir a sustentabilidade e a viabilidade do etanol que produzimos”. O acordo prevê a auditoria de todas as unidades produtoras por uma organização internacional independente, que fiscalizará seis pontos específicos: a redução da emissão de dióxido de carbono, a manutenção de patamares mínimos de mecanização da colheita, o compromisso com a conservação das áreas de mata nativa, tolerância zero quanto ao trabalho infantil e não regulamentado, respeito aos pisos salariais do setor e adesão e cumprimento das metas estabelecidas pelo Protocolo Agroambiental, que estabelece 2014 como ano-limite para a eliminação do processo da queima de cana antes da colheita. O contrato comercial de exportação prevê a venda de um volume total de 115 mil m3 de etanol durante um período de nove meses.
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meio ambiente
a i g r e n e a O lixo d e a energia do lixo: problemas e soluções L
O que é um grande problema pode ser, ao mesmo tempo, uma solução: o lixo pode se tornar ele mesmo uma fonte de energia.
ixo e energia podem ter mais em comum traz para o meio ambiente e para a saúde humana. do que se imagina. Além de serem dois dos Duas pesquisas feitas recentemente no Instituto maiores problemas atuais – o crescimento de Química da Unesp relacionaram essa queima a da atividade industrial e do consumo gera, por um problemas respiratórios e quantificaram as emissões lado, aumento na produção de lixo e, por outro, o de compostos de nitrogênio na atmosfera. “Este risco de falta de energia para atender a crescente processo acaba interferindo diretamente na saúde demanda – algumas das fontes de energia da população, pois a usadas atualmente são grandes produtoras combustão da palha de lixo, gerando resíduos, na maioria das veda cana-de-açúcar Pesquisadores aponzes, prejudiciais à saúde. No entanto, o que libera poluentes e o tam os problemas é um grande problema pode ser, ao mesmo principal dano é o tempo, uma solução: o lixo pode se tornar prejuízo à qualidade decorrentes da queima ele mesmo uma fonte de energia. do ar e, conseqüenA energia produzida no Brasil é matemente, da saúde, da palha da cana-dejoritariamente limpa, pois é centrada nas pela excessiva emisaçúcar. hidrelétricas, que são responsáveis por são de monóxido de 70,77% da matriz energética do país, seguncarbono e ozônio, do dados da Agência Nacional de Energia trazendo também Elétrica (ANEEL). No entanto, quando o nível dos danos ao solo, às plantas naturais e cultivadas, à reservatórios fica baixo, como na longa estiagem que fauna e à população”- escrevem Maria Nazareth houve em 2007, as termoelétricas movidas a gás ou Vianna Roseiro, mestre em saúde pública, e Âna óleo são acionadas e elas produzem resíduos no gela Maria Magosso Takayanagui, professora do processo de geração de energia. Na queima desses Departamento de Enfermagem Materno-Infantil combustíveis, há emissão de gases poluentes, como e Saúde Pública, ambas da Escola de Enfermagem o óxido nítrico (NO2) e o gás sulfuroso (SO2), que de Ribeirão Preto/USP, no artigo “Meio ambiente podem não apenas causar riscos à saúde, como e poluição atmosférica: o caso da cana-de-açúcar”. problemas respiratórios, mas também contribuir Em algumas regiões do Estado de São Paulo, a para o aumento do efeito estufa. Também pode queima da palha durante a colheita chegou a ser ocorrer contaminação de rios, lagos e mananciais, proibida em 2006, no período em que a umidade com o descarte incorreto dos resíduos gerados pelas relativa do ar atingiu níveis muito baixos. termoelétricas. O lixo nuclear talvez seja o caso mais emblemáUm caso que está criando polêmica atualmente é tico: apesar de ser uma energia limpa, seus resíduos o da cana-de-açúcar utilizada para gerar biocombus- são um dos pontos que mais pesam em relação à tível. O que em teoria deveria ser uma energia limpa rejeição ao seu uso. Esses resíduos são altamente está sendo colocado em xeque por vários pesquisa- tóxicos, com risco de desenvolvimento de câncer dores, que apontam os problemas que a queima da mesmo em pessoas expostas a baixas doses de palha da cana-de-açúcar, realizada durante a colheita, radiação. São também muito poluentes, podendo
mercado empresarial
meio ambiente
contaminar o ar, a água e o solo. Tanto que o Gre- transformar o óleo de cozinha em biodiesel, que enpeace lançou em 2005 um relatório de 128 pági- já responde pelo abastecimento de toda a frota do nas sobre os riscos desse tipo de energia. Embora Serviço Autônomo de Água e Esgotos da cidade. haja planos para a expansão da energia nuclear no Transformar resíduos em energia não é novidade Brasil, ainda não foi decidido qual será a destinação no mundo desenvolvido. Nos países europeus, nos de seus resíduos. Atualmente, os resíduos de baixa Estados Unidos e no Japão, essa técnica já está em e média densidade são depositados em tambores prática desde os anos 1980. Mas o Brasil ainda tem especiais, onde ficam armazenados até perderem um longo caminho a percorrer. De acordo com sua radioatividade. Já os resíduos de alta densidade o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística são depositados provisoriamente em (IBGE), o Brasil propiscinas de concreto especialmente duz cerca de 150 mil preparadas, porém ainda não se definiu toneladas de lixo por Atualmente, os resíduqual será o destino definitivo para eles. dia. A maior parte desDar uma destinação segura a esses reses resíduos (aproxios de baixa e média síduos diminuiria a rejeição a esse tipo madamente 60%) tem densidade são depode energia. seu destino em lixões, aterros sanitários irsitados em tambores O caminho inverso regulares, leitos de rio especiais O lixo nuclear é exemplo de resíduo ou ainda queima a céu que também pode ser reaproveitado na aberto. Os lixões e aterprópria geração de energia. O rejeito ros existentes já estão, de alta radioatividade, que a indústria chama de em sua maioria, saturados. Apesar disso, quase nada subproduto, é formado pelo elemento combustível dos resíduos brasileiros é transformado em energia, já irradiado dentro do reator. Normalmente, esse ao contrário dos países ricos, que processam 130 elemento é retirado do reator com apenas 15% da milhões de toneladas de lixo, gerando energia elésua capacidade utilizada, podendo, então, ser reutili- trica e térmica em 650 instalações. Somente a União zado. O que já ocorre hoje em dia, no caso da usina Européia extrai 8.800 megawatts de 50,2 milhões de receber elementos combustíveis com algum tipo de toneladas por ano em 301 usinas, segundo dados problema, é ela recorrer a esses resíduos em combi- da última edição da Waste to Energy International nação com o novo. No entanto, o desenvolvimento Exhibition & Conference from Waste and Biomass de pesquisas pode levar à reutilização de uma maior (http://www.wte-expo.com), conferência internaparte desses resíduos, tornando a energia nuclear cional sobre últimas novidades e tecnologias ligadas menos poluente e mais econômica. à geração de energia a partir do lixo, realizada em O óleo de cozinha também pode passar de maio de 2007 na Alemanha. poluente a fonte energética. O resíduo, geralmente “É muito significativa a contribuição que essa despejado em pias, ralos e até vasos sanitários, é nova forma de se gerar energia pode trazer. De um grave problema para rios, lagos e mananciais, fato, 200 toneladas por dia da fração orgânica dos pois não se dissolve nem se mistura com a água, resíduos sólidos domiciliares permitem a implanformando uma camada densa na superfície, que tação de uma usina termelétrica com a potência de impede as trocas gasosas e a oxigenação. Porém, se 3 megawatts, capaz de atender uma população de coletado, o óleo e outras gorduras de origem animal 30 mil habitantes. Isso quer dizer que, se a fração ou vegetal utilizado no preparo de alimentos pode orgânica (60%) de todo o lixo domiciliar brasileiro ser transformado em biodiesel – uma energia limpa fosse utilizada para produzir energia elétrica, podee barata. A técnica já provou dar certo: uma parceria ríamos implantar usinas termelétricas com potência entre a Unicamp e a prefeitura de Indaiatuba (SP) significativa, cujo valor seria apreciável”- escreve o possibilitou a instalação de uma usina capaz de economista Sabetai Calderoni, doutor em ciências
O óleo de cozinha também pode passar de poluente a fonte energética.
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meio ambiente pela USP, em seu livro “Os bilhões perdidos no lixo”. Contudo, o potencial brasileiro para transformar lixo em energia permanece subutilizado, mesmo com o aumento de 5,4% no consumo de energia no país no ano passado, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O dado é preocupante para um país que recentemente passou por um racionamento de energia e ainda vive sob o fantasma do apagão. “A maior parte dos problemas causados pelo lixo pode ser resolvida com sua conversão em energia”- explica Luciano Basto Oliveira, doutor em Planejamento Energético pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da UFRJ, e assessor da Superintendência de Gás e Biocombustíveis da EPE. “É uma questão tecnológica, com suas repercussões ambientais, sociais e financeiras. Isto já é feito em diversos lugares, sobretudo no hemisfério norte, onde se encontram os países mais ricos. Só no caso do lixo urbano, existem mais de 1.700 usinas de geração elétrica em funcionamento, aplicando cerca de 100 tecnologias” aponta. Usar o lixo para gerar energia é uma solução não apenas econômica, mas também social e ambiental. Basta pensar que o destino mais comum do lixo brasileiro, os lixões e aterros, também são um problema para a saúde e para o meio ambiente, pois contaminam o solo com um líquido altamente tóxico, chamado chorume, que polui também as águas de lençóis freáticos, e produzem metano (CH4), um gás ainda mais prejudicial à atUsar o lixo para gerar mosfera que o próprio dióxido energia é uma solução de carbono (CO2), considerado o grande vilão do efeito estufa. Essa não apenas econômisituação pode ser revertida com uma ação relativamente simples: o ca, mas também social aproveitamento do gás produzido e ambiental. nos depósitos de lixo como fonte de energia. “Os processos de geração de energia a partir de lixo sólido são basicamente dois: a fermentação anaeróbica de lixo por microorganismos, com geração de metano como produto metabólico, e a incineração controlada do lixo” explica José Aurélio Medeiros da Luz, um dos líderes do grupo de pesquisa sobre tratamento de minérios e resíduos da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Segundo o pesquisador, a fermentação – decomposição da matéria orgânica – é geralmente feita em biodigestores ou em aterros sanitários munidos de sistema de dutos de coleta do biogás, um conjunto de gases gerados por essa decomposição. O biogás possui entre 50% e 70% de metano, que tem poder calorífico, isto é, pode ser queimado para gerar energia. No caso da incineração, a energia é gerada através da queima completa dos resíduos. Esse processo produz monóxido de carbono, que
também apresenta poder calorífico. Em ambos os casos, é possível não apenas gerar energia a partir do lixo, mas também utilizar a redução das emissões de gases de efeito estufa para negociar certificados de créditos de carbono com valor no mercado financeiro, de acordo com o Protocolo de Kyoto. Potencial brasileiro O Brasil possui grande potencial para gerar energia elétrica a partir de resíduos sólidos e a alternativa poderia aumentar a atual oferta do país em 50 milhões de megawatt-hora por ano, o que representa mais de 15% do total atualmente disponível ou cerca de um quarto do que gera a usina hidrelétrica de Itaipu. “O caminho é mais curto que parece, pois a comprovação do baixo custo da eletricidade tornará esta fonte interessantíssima, sobretudo quando assimilada sua característica de segurança energética” declara Oliveira, da UFRJ. As vantagens são muitas. Diminuição dos aterros sanitários e lixões, menor produção de gases poluentes, menos riscos ao meio ambiente e à saúde humana, mais economia e mais empregos são apenas algumas delas. Aliás, a economia é um dos grandes chamarizes de se transformar lixo em energia: em seu artigo “Lixo que vale ouro”, Oliveira aponta que o Brasil pode vir a ter, com a implantação desse sistema, uma receita da ordem de R$ 9 bilhões por ano. O montante viria da conservação de energia, da venda de recicláveis e da comercialização de créditos nas emissões de gases evitadas, como o carbono e metano. “Na verdade, a questão energética ligada ao lixo deve ter duas vertentes: a que primeiramente nos ocorre é a geração de energia a partir de lixo, e a segunda, que não deve ser esquecida, é a reciclagem de produtos constituintes do lixo, de cuja produção primária a energia entra como insumo. Reciclá-los usualmente diminui a demanda energética dentro do setor industrial pertinente” afirma Luz, da Ufop. Porém ainda há muitos desafios a vencer. O maior deles, como aponta Oliveira, é a desinformação, já que poucos acreditam ser possível que o lixo pode se tornar fonte de energia, o que resulta no subaproveitamento do potencial brasileiro. “Além de algumas iniciativas quanto ao aproveitamento de biogás de aterros, não existem projetos com outras tecnologias em curso no país para explorar todo este potencial” explica o pesquisador. Mas isso não é motivo para desânimo. “Isso comprova a necessidade de planejamento, o que acaba de ser incorporado pela EPE, que está criando uma base de dados sobre os parâmetros das tecnologias disponíveis no mundo, a composição típica dos resíduos de cada região, a capacidade de aproveitamento dos co-produtos de cada processo, os preços dos energéticos e dos produtos que possam ser substituídos e a quantidade de emissões de gases de efeito estufa reduzida por tecnologia, com o intuito de facilitar a escolha sobre a tecnologia a ser aplicada”, conclui. Fonte: Chris Bueno/ revista Com Ciência/SBPC.
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meio ambiente
Conferência discute o carvão líquido: combustível alternativo, mas poluente carvão líquido pode se converter num combustível alternativo para o transporte, mas sua produção ainda é muito poluente, indicaram os organizadores da conferência dedicada ao tema, a Coal-To-Liquid” (CLT), em Paris. “Essa tecnologia pode contribuir para diversificar o abastecimento de energia nos transportes”- afirmou Olivier Appert, presidente do Instituto Francês de Petróleo (IFO), durante o evento. De fato, os substitutos do petróleo no transporte são escassos. O ouro negro representa cerca de 94% da demanda de combustível no transporte, contra 1% para os biocombustíveis e 5% para a eletricidade e o carvão, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). Ao mesmo tempo, a demanda de produtores derivados do petróleo no transporte aumentou 1,7% ao ano, em média, entre 2005 e 2030, segundo a AIE. “O carvão pode também reduzir a dependência energética de vários países, já que está melhor dividido pelo mundo” destacou Serge Périneau, presiden-
divulgação
O
A fabricação de diesel com carvão líquido gera quase duas vezes mais CO2 que a fabricação de diesel com petróleo.
te do comitê de organização da conferência. Mais de 80% das reservas mundiais de carvão se encontram em seis países - Estados Unidos, Rússia, China, Índia, Austrália e África do Sul - que figuram entre os maiores consumidores de combustíveis. Além disso, o mundo dispõe de reservas de carvão por ainda 147 anos, contra apenas 63 anos para gás e 41 anos para o ouro negro. Contudo, o impacto negativo do CTL sobre o meio ambiente é um “grande freio” para seu desenvolvimento, reconheceu Périneau. A fabricação de diesel com carvão líquido gera quase duas vezes mais CO2 que a fabricação de diesel com petróleo. A rentabilidade do CLT divide os especialistas. Contudo, todos vêm que o interesse por essa vertente cresce à medida que aumentam os preços do petróleo. Um barril de carvão líquido custaria entre 60 e 100 dólares, segundo Périneau, o que tornaria o CLT rentável caso o barril de petróleo passe a barreira dos 100 dólares. Fonte: France Press
Amazônia: governo e agronegócio prorrogam moratória da soja ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, assinou o termo de compromisso que representa a entrada do governo na Moratória da Soja. O acordo foi firmado com ONGs, indústrias e exportadoras do setor. Com a prorrogação, a moratória vigora até julho de 2009: até lá as indústrias e empresas exportadoras com atividades ligadas à soja estão proibidas de comercializar grãos plantados em áreas desflorestadas da Amazônia. No encontro, assinaram um Termo de Compromisso associações civis, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a Abiove - Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, e a Anec - Associação Nacional dos Exportadores de Cereais. Estes dois grupos controlam, juntos, 94% do comércio brasileiro de soja. A moratória existe desde julho de 2006, quando foi instituída com validade de dois anos. Na época, o acordo fora estabelecido apenas pelo setor privado e por associações civis, como o Greenpeace e o WWF Brasil. Agora o governo quer potencializar as ações de preservação, com o cadastro e o licenciamento ambiental das propriedades rurais no bioma da Amazônia. Como contrapartida ao seu ingresso no acordo, o ministério pediu que o GTS - Grupo de Trabalho
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Até julho de 2009 as indústrias e empresas exportadoras com atividades ligadas à soja estão proibidas de comercializar grãos plantados em áreas desflorestadas da Amazônia.
da Moratória da Soja, responsável pela implementação e pelo controle da medida, apresente um balanço detalhado dos avanços obtidos até o momento, e que aponte as áreas mais problemáticas de atuação. O acordo é uma garantia na luta pela preservação da Amazônia, frente à pressão provocada pelos recentes recordes de alta nos preços dos grãos. Quando a restrição começou, em 2006, a saca de 60kg de soja custava US$10. Hoje, o preço fica em torno de US$23. Carlos Minc também anunciou que a moratória deverá ser expandida para os setores madeireiro e de carne bovina, num esforço de seu governo para “estimular a legalização das cadeias produtivas”. Fonte: Planeta Sustentável.
mercado empresarial
Menos Poluição: estudo propõe mistura de etanol e diesel poderia ser 10% mais limpo O arcasode aSãofrotaPaulo de ônibus e caminhões diluísse
uma pequena porcentagem de etanol no diesel comum. Não é sonho, afirma a autora do estudo, Simone El Khouri Miraglia, pesquisadora do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental (LPAE) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Para chegar ao resultado, a engenheira analisou uma combinação composta por 91,8% de diesel comum, 7,7% de etanol e 0,5% de aditivo. A base da pesquisa levou em conta uma frota de 180 700 caminhões - 50% utilizando a mistura e o restante o diesel comum - e 42 500 ônibus, dos quais 29 mil (cerca de 70% da frota) circulando com a mistura. Fonte: Revista Frota.
meio ambiente
Usinas paulistas aderem ao protocolo agroambiental de 177 usinas canavieiras paulisD otas,universo 145 já haviam aderido, até junho último,
ao Protocolo de Cooperação Agroambiental, cujo principal compromisso é o fim da queima da palha de cana-de-açúcar até 2017. Pela lei estadual, as queimadas podem acontecer até 2021, em áreas mecanizáveis, e 2031, em terrenos não mecanizáveis. Em todo o Estado, das 280 milhões de toneladas de cana processadas, cerca de 40% são colhidas com máquinas e 60% são queimadas, prática necessária para a colheita manual. As usinas que cumprirem as normas propostas no protocolo receberão selo ambiental, que deve facilitar, por exemplo, a exportação de açúcar e álcool para países que ameaçam impor barreiras técnicas aos produtos brasileiros.
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Este caderno é dedicado aos produtos e equipamentos do setor industrial.
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Controlador Lógico Programável CJ1 dedicado ao controle de processo A praticidade deste CLP modular de tamanho compacto dispensa a necessidade de bastidor para interligação dos módulos de expansão, com alta velocidade de processamento de controle, sendo uma solução viável em relação custo x benefício para controle de múltiplas malhas e possibilidade de utilização de ‘Function Block’ como linguagem de programação, a fim de facilitar o desenvolvimento de engenharia. Além disso pode ser desenvolvido com ferramentas integradas do Software CX-ONE, tornando a monitoração e controle do processo mais eficazes e inteligentes. Para mais informações use o código EPIL:
Empresa líder no setor Sucroalcoeiro A principal vantagem do Hidrojateamento é que ele realiza uma limpeza total e uniforme em toda a extensão do tubo sem danificá-lo, uma vez que não há contato mecânico com a parede do tubo, pois a água é o único instrumento responsável pela limpeza. Nas Usinas e Destilarias as principais aplicações são na limpeza de evaporadores, aquecedores, caldeiras, moendas, vácuos, etc. FN08 016-01
Usada no bombeamento de produtos cancerígenos, gases liquefeitos, explosivos, inflamáveis, letais, radiativos e tóxicos, é totalmente estanque e à prova de vazamentos, sem selo mecânico, sistema de selagem e lubrificação, luva elástica ou alinhamento. Suporta temperatura de -120 a 480OC e tem dimensionamento e desempenho de acordo com DIN EN 22858, ISO 2858 e API 685. Opera com motores elétricos à prova de explosão ATEX 100a Ex II G 2 EEx de II CT1 to T6. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 024-01
Redutores Especiais de Velocidade Para o setor sucroalcooleiro, Família Max A linha de Redutores Especiais de Velocidade segue normas e padrões de qualidade internacionais DIN, AGMA e API. Para o setor sucroalcooleiro oferecemos a Família Max, composta pelo Torqmax, redutor de eixos paralelos, mais compacto que os redutores tradicionais devido ao seu sistema interno de divisão automática de torque, fixado à fundação de concreto pode acionar um ou todos de moenda através de sua conexão com o eixo superior. O Pentamax, redutor com eixos coaxiais, estágios planetários, fixado à fundação de concreto, pode acionar um ou todos os rolos da moenda através de sua conexão com o rolo superior e o Fleximax, redutor com eixos coaxiais, estágios planetários, dependurado individualmente em cada rolo da moenda, acionado por motor elétrico, com giro da carcaça impedido através do braço de torque fixado à fundação de concreto. Para mais informações use o código EPIL:
Sonda Obliqua, Modelo SO-04M, Para obtenção de amostras de cana inteira ou picada. A Sonda Oblíqua é totalmente automatizada, facilitando a operação, diminuindo a possibilidade de erro operacional e resultando em alta produtividade Alta tecnologia aliada à um avançado projeto hidráulico proporciona à Sonda Obliqua alto índice de disponibilidade para o trabalho além de baixa manutenção, devido aos movimentos rápidos e ao mesmo tempo suaves, preservando todo o sistema hidráulico e mecânico do Equipamento. Níveis diferenciados de profundidade de amostragem e movimentos precisos geram total aproveitamento das amostras e maior eficiência na amostragem. Equipamento confiável, Equipe treinada e Assistência Técnica atuante garantem à Sonda Oblíqua a liderança do mercado e a satisfação de seus Clientes.” Para mais informações use o código EPIL:
É estanque e à prova de vazamentos
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Equipamentos para Hidrojateamento
Para mais informações use o código EPIL:
Bomba centrífuga hermética
FN08 019-01
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ROTAMASS Medição de líquidos e gases O ROTAMASS mede diretamente a vazão mássica de líquidos e gases, sem a necessidade da compensação de pressão, densidade, temperatura e viscosidade. Mede também diretamente a densidade e a temperatura do fluido podendo determinar o ºINPM e ºBrix, bem como qualquer concentração. Para identificação das variáveis, o equipamento trabalha com o efeito Coriolis, que se manifesta toda vez que um corpo trabalha sobre um sistema em movimento circular. Com isso, o ROTAMASS mede a freqüência e defasagem das oscilações e converte essa informação em um valor numérico da vazão mássica e densidade. Por meio de uma sonda, mede a temperatura do fluido. Com essas informações primárias, ele calcula valores de vazão volumétrica e concentração. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 041-01
caderno especial
mercado Para maisempresarial informações ligue: 0800 12 03 33
Gerozon Purificador de água e efluentes É indicado para tratamento de água de poços artesianos, piscinas e efluentes, nas indústrias, lavanderias, em reúso de água, saneamento básico, ozonioterapia e desinfecção de garrafões de água potável, oxidando matérias orgânicas e inorgânicas rapidamente, desinfetando e purificando com baixa concentração (0,01 ppm). Disponível em oito modelos, apresenta produção de 1 a 18 g/h para vazão de 5 a 60 m³/h. de água. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 031-01
IORGABIO GFE 91 Lubrificantes Biodegradáveis IORGABIO GFE 91 são óleos de base semi-sintética, voltado para o setor sucroalcooleiro, ecologicamente corretos, isentos de betume, metais pesados solventes clorados e sólidos, especialmente resistente a altas cargas e desgaste. Além de possuir um alto índice de biodegradabilidade, possui também um alto índice de viscosidade, não variando tanto de viscosidade em relação à temperaturas. Permite aplicação com sistemas centralizados e por banho em mancais de moenda, volandeiras e rodetes. Para mais informações use o código EPIL:
Computadores e IHM’s Industriais Pro-face A IHM mais vendida no mundo agora no Brasil Pro-face oferece Computadores Industriais Touch Screen de 8.4” a 19”, e IHM’s de 3.8”a 15”, coloridas e monocromáticas, portas serial, USB, Ethernet, comunicação com até 4 drives ao mesmo tempo. Certificação Global: RoHS, UL C1, Div2, CSA, CE Modelos com certificação ATEX (Atmosphères Explosibles). Para mais informações use o código EPIL:
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FN08 014-01
Banho Termostático Com ou sem refrigeração Com controle eletrônico digital de temperatura com várias faixas de trabalho. Sistema PID de controle de temperatura e sensor de temperatura do tipo PT100.Seleção de temperatura via painel de membrana à prova de produtos agressivos. Cubas com uma variedade de tamanhos a definir, construídas em aço inox sem soldas, com dreno e gabinete em pintura eletrostáticas.Classe de Segurança DIN 12876. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 015-01
HEC: Mancal de deslizamento Modelo de mancal de base bipartida com bucha de bronze também bipartida. Possui tampas laterais com vedação TC (feltro), que protegem contra a entrada de agentes contaminantes. Longo tempo de vida útil, eficiência na lubrificação, baixo desgaste e alta capacidade de carga. Eles podem ser aplicados em diversos equipamentos na produção, como em esteiras de arraste, mesas alimentadoras, esteirões de cana, entre outros. Para mais informações use o código EPIL:
HF: Mancal de deslizamento Modelo de mancal de tensor inteiriço com bucha de bronze, também inteiriça. É montado em uma estrutura metálica de chapa, e tem opções de tampas laterais e vedação TC (feltro). Para mais informações use o código EPIL:
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Placas Automáticas Sensor Indutivo E2FM
Modelo AP/NT
Os sensores da família E2FM foram concebidos para atender às mais altas exigências no setor de máquinas de usinagem além de processos altamente químicos devido ao robusto encapsulamento construído em aço tipo SUS303. Impactos laterais ou frontais que eventualmente o sensor sofra, não irão danificá-lo uma vez que a face e o corpo do sensor são constituídos de uma peça única. Estão disponíveis nos formatos M8, M12, M18 e M30.
Com 3 castanhas Autocentrantes e encaixe serrilhado, chavetado ou sistema de troca rápida. Completamente vedada contra entrada de cavacos e líquido refrigerante, “Proofline™”, sendo assim, não necessita que seja engraxada freqüentemente, resultando em baixa manutenção. Com ou sem compensação de força centrífuga. É aplicada em todo tipo de usinagem, principalmente em ferro fundido. Possui diâmetro de placa de 170 a 400 mm.
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FN08 026-02
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caderno especial
Geradores de Vapor de Alta Pressão. 99% de eficiência de combustão Os Geradores de Vapor de Alta Pressão atendem a capacidades de produção de vapor superiores a 1000 toneladas de vapor hora, pressão de até 150 kgf/cm2 e temperatura de 520 ºC. Os equipamentos podem alcançar 99% de eficiência de combustão, sendo fornecidos com diferentes tipos de grelhas: rotativas, pin hole ou basculante. Os equipamentos seguem rigosos padrões e normas de qualidade internacionais, certificados pela American Society of Mechanical Engineer. A maior inovação tecnológica em geradores de vapor são as caldeiras de Leito Fluidizado Circulante e Borbulhante fornecidas pelas empresas, sob acordo tecnológico da The Babcock and Wilcox Co, empresa americana com mais de 100 anos de tradição no segmento de Geradores de Vapor. Dentre as principais característica deste sistema de combustão pode-se destacar maior eficiência de combustão; menor emissão de poluentes na atmosfera; multi-combustível; queima de combustível de alta umidade e resposta rápida à variação de carga. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 033-01
Rolamentos autocompensadores de rolos O produto, desenvolvido em aço Xbite (patenteado), é utilizado em redutores, bombas, ventiladores, exaustores e equipamentos para os mais diversos tipos de indústrias (mineração, siderurgia, construção, têxtil, petroquímica, papel e celulose, marinha, alimentícia, eólica e ferroviária). Para os usuários, os benefícios são muitos: maior capacidade de carga; menor atrito e temperatura de operação; redução dos níveis de ruído e vibração; e maior vida útil do rolamento e do lubrificante. Como conseqüência dessas vantagens, os clientes aumentam a produtividade e reduzem os gastos com manutenção, uma vez que há a diminuição das quebras das máquinas e a elevação de performance das rotações elevadas. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 035-01
Gaxetas Quimgax® 2202 Desempenho em aplicações dinâmicas e estáticas Com elevada resistência à extrusão, as gaxetas Quimgax® 2202 são fabricadas com fios de grafite flexível, tendo em seus vértices e colunas reforço de fios de fibra de carbono entrelaçados. São especialmente indicadas para vedação de válvulas de vapor que operem sob pressões de até 300 bar e temperaturas de 650o C em vapor. De utilização extremamente versátil, suportam toda faixa de pH (0-14), podendo ser aplicada praticamente em todos os meios como vapor saturado ou superaquecido, produtos químicos, gases, fluidos térmicos e solventes, com exceção dos agentes oxidantes fortes. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 036-01
Curvas em Aço Carbono e Inox Curvas 90o e 45o em Aço Carbono e Inox de 1/2” a 60” para baixa e alta pressão, raio longo ou curto em padrão Schedule e O.D., produzidas conforme normas ASTM A234 e A403, para os mais diversos tipos de aplicações tais como, condução de fluídos e gases. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 012-01
Testo 330-LL Analisador de Gases de Combustão. Apresentamos a nova linha: Testo 330 LL (Long Life). Instrumentos para análise de gases de combustão (4 anos de garantia nas células e 2 anos parta instrumento) com TECNOLOGIA DE CÉLULAS DE MEDIÇÃO (expectativa de 6 anos de vida) para O2 e CO. Isso tudo significa confiabilidade e maior estabilidade das células que irão propiciar maior economia a médio e longo prazo além de reduzir o tempo com instrumento parado para troca de células. - Gases Padrão: O2; CO (até 30.000 ppm visualização); CO2 (calculado). - Gases Opcionais: CO baixo; NO; NO baixo; NOx; CO, CO2 e Gases de Fuga ambiente. - Outros Parâmetros: Temperatura dos Gases, Entrada de Ar e Delta T; Eficiência de queima; perdas na chaminé; medição de pressão de tiragem e diferencial de pressão; excesso de Ar. - Opcionais: CO com compensação de H2; Impressora; Software “Easy Heat” com interface IRDA e USB; Maleta para Transporte. Conheça também outras vantagens que diferenciam este confiável Instrumento para Análise dos Gases de Combustão: Aprovação TUV; função de auto diagnóstico do instrumento (estado funcional e de consumíveis); até 400 registros de medição; vários modelos de sondas para extensões de haste e outras temperaturas; conexão rápida de encaixe único para sonda; bateria selada e sem efeito memória com autonomia de funcionamento de até 6 horas; amplo display gráfico luminoso; design avançado; instrumento leve (600g) e robusto (opcional de proteção borracha externa); fácil Operação. Ideal para prestadores de serviço; Registra dados e analisa com PC; Mede O2, CO, NO(opcional), CO2(calculado), pressão, CO corrigido e temperatura; Calcula eficiência, perdas, rendimento, excesso de ar; Impressão no local. Garantia de 4 anos das células de medição. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 038-01
caderno especial
Para maisempresarial informações ligue: 0800 12 03 33 mercado
[ LANÇAMENTOS ] RFHE-Plus
Antibiótico Líquido Para processos fermentativo Novo conceito de antibiótico para utilização em processo fermentativo da indústria alcooleira. Trata-se de um antibiótico a base de monensina ativada em meio líquido, comercializado como NALCO BDI8008, registrado como tecnologia FERMAX, que garante que a monensina seja ativada durante seu processo de fabricação, estando pronta para usar, não necessitando de prévia diluição ou qualquer procedimento anterior à dosagem. Produto líquido e pronto para o uso, sua dosagem é facilitada, podendo-se utilizar inclusive bombas dosadoras, minimizando a exposição do operador porque não gera pó. Performance com menor custo. Facilidade e maior segurança na aplicação. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 021-01
Colhetora de cana para mudas A Tandem Mudas é a única colhedora no mundo projetada e desenvolvida especificamente para colheita mecanizada de mudas. O novo equipamento oferece menor impacto nas gemas e colmos de cana, aumentando o índice de germinação e reduzindo a quantidade necessária de mudas por metro linear. Conta com esteiras de borracha em vez de rolos e possui proteções de borracha em todos os pontos de impacto das mudas no equipamento. Com atrito zero no transporte da cana do corte de base ao picador e apoio total na superfície em contato com a cana, o equipamento oferece o maior índice de preservação das gemas e colmos do mercado. Mudas mais íntegras refletem melhor germinação permitindo que o produtor economize aproximadamente três toneladas de cana por hectare. No final de um período de plantio isso significa uma economia de aproximadamente nove mil toneladas de mudas de cana-de-açúcar. A Tandem Mudas ainda proporciona uniformidade e regulagem no tamanho dos toletes.
Soprador de Fuligem O soprador de fuligem rotativo fixo RFHEPlus tem como principal função a limpeza de feixes tubulares e economizadores de caldeiras e fornos em regiões de médias e baixas temperaturas. Possui flange Ø2.1/2”, entrada mais ampla que proporciona maior passagem de vapor, ideal para projetos que exigem um número maior de bocais na limpeza das superfícies de tubos de caldeiras de vapor. Sua válvula de admissão de vapor possui regulador de pressão, que permite reduzir a pressão para sopragem. A lança (multi-bocal) pode ser fornecida em vários tipos de materiais, de acordo com cada aplicação. Possui acionamento elétrico, motor 0,33CV ou 0,5CV (vapor saturado ou superaquecido). A válvula de vapor pode atender às classes de pressão de 300lbs e 600lbs. Possui ajuste interno da pressão do vapor, corpo em aço fundido, partes internas em aço inoxidável, revestimento com stellite opcional em função da temperatura e pressão de trabalho. Inclui placa de parede, junta universal, câmara de selagem e apito ou válvula de retenção. Tem como diferencial o sistema de vedação com ar comprimido, no qual o engaxetamento impede o vazamento de gases da caldeira. A caixa de vedação tem uma conexão para introdução do ar com baixa pressão, o qual irá circundar a lança através de uma luva de conexão. Este ar serve como uma vedação, que garante mais segurança ao equipamento. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 011-01
Redutor planetário Série XP alto torque de saída de até 4000 kNm
O SP1200 foi especialmente desenvolvido para atender a necessidade do segmento farmacêutico para o controle do Peso Médio de medicamentos encapsulados. Com desenho inovador traz como vantagem a economia de espaço na bancada por possuir sua impressora integrada ao equipamento. O funcionamento da impressora é silencioso, se mostrando mais adequada para o ambiente de uma farmácia de manipulação ou de laboratório de controle de qualidade.
A utilização de redutores planetários Série XP para o acionamento elétrico de ternos de moendas já é tendência no setor sucroalcooleiro. O equipamento possui como principais características: alto torque de saída de até 4000 kNm, montagem com pés ou braço de torque, eixo de baixa rotação oco ou sólido, flange para motor ou eixo cardan, sistema de lubrificação forçada. O maior diferencial da Série XP é a utilização de quatro engrenagens satélites no último trem planetário, permitindo melhor distribuição do torque ao eixo de baixa rotação e melhor absorção de eventuais choques provenientes dos rolos da moenda, sem comprometimento dos demais componentes do redutor; além de proporcionar redutores de menor massa e menores dimensões físicas. Os eixos e engrenagens e carcaças são produzidos em ligas de aço especiais. O acionamento individual dos rolos do terno, possível com este tipo de redutor, permite experiências com parâmetros de extração que não podem ser realizadas com os acionamentos convencionais, permite ainda entrada do setor em projetos de co-geração de energia elétrica, passando por repotenciamento de moendas para atingir maior produtividade sem a substituição dos redutores originais a custos competitivos.
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FN08 030-01
Controladores Estatísticos de Processos Compactos, com novo design e impressora acoplada Modelo SP 1200 FARMA
FN08 008-02
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caderno especial
[ LANÇAMENTOS ] Ray-Door RP Portas rápidas com sistema auto-reparável A Ray-Door RP possui um exclusivo sistema autoreparável, que permite a reparação automática das portas sem intervenção humana, em caso de colisões acidentais, na passagem de carrinhos ou empilhadeiras. Esse sistema de restabelecimento automático reduz a manutenção e evita possíveis trocas de peças, ao mesmo tempo em que elimina paradas de produção pelo não funcionamento da porta. Outra preocupação é a segurança dos usuários, para isso as portas são dotadas de um sistema detector de contato que comanda a abertura da porta caso venha a encontrar um obstáculo durante seu fechamento. Além de proteger os ambientes da contaminação externa e entrada de insetos, as Portas Ray-Door RP ainda preservam a temperatura e pressão do ambiente, reduzem ruídos e dividem áreas internas ou até mesmo externas, resistindo a ventos de até 70 Km/h. Todo funcionamento da porta é controlado por um microprocessador, composto por box de controle completo dedicado a portas rápidas, autodiagnosticável, de tecnologia alemã, que possibilita a regulagem dos principais parâmetros da porta, através de um display na tampa do painel. A vantagem de uso da Porta RAY-DOOR RP é a sua eficiência e o autodesempenho sem manutenção. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 028-01
Soluções Danfoss para o setor sucro-alcooleiro Apresenta soluções turn-key de alta performance em aplicações como Guinchos Hyllo, Esteiras de Cana, de Bagaço e de Açúcar, Mesas 15º. e 45º., Peneiras Rotativas, Acionamentos de Donelly, Rolos dos Ternos de Moenda, Picadores e Desfibradores, Acionamentos de Difusores, Centrífugas de Açúcar ( Contínuas e de Batelada ), Ventiladores e Exaustores de Caldeira, Bombas Dosadoras, de Caldo e de Lodo e muitas outras. Ainda para sistemas de resfriamento e tratamento de água, os Conversores de Freqüência VLT® apresentam soluções de controle dedicadas e inteligentes que permitem uma maior otimização e integração do processo como um todo. Comercializam montagens e manutenções de painéis elétricos, CCMs, mesas de comando, QGBT, quadros de média tensão; reparos em laboratório climatizado atendendo as normas nacionais e internacionais com técnicos treinados e especializados; inversores de freqüência de BT até 690 V, soft-starters de BT e MT até 13,8 KV e filtros de harmônicos ativos e passivos de BT; válvulas solenóides e termostáticas, pressostatos, termostatos, transmissores de pressão e sensores de temperatura. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 003-01
Fertirrigação Através de gotejamento A implantação da tecnologia de irrigação localizada pode fazer com que a lavoura de cana-de-açúcar alcance o dobro da produtividade por hectare, além de reduzir custos de produção e impactos ambientais. No sistema de gotejamento, a distribuição de água, fertilizantes e insumos é feita por meio de tubos gotejadores, o que reduz os custos de produção e os impactos ambientais. A utilização de água e energia elétrica são menores – de 30 a 50% de economia – uma vez que a irrigação é dirigida. O sistema de irrigação localizada aumenta a quantidade de açúcar por hectare e amplia a vida da lavoura. Utilizando a técnica de gotejamento é possível fazer até 12 colheitas sem reforma do canavial. A área alcança um rendimento de 12 a 13 mil litros de etanol por hectare cultivado, enquanto no sequeiro estes números não ultrapassam 6,5 mil litros. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 022-01
Sensor De Válvula M32 O sensor para sinalização de válvulas foi projetado para automatizar válvulas rotativas, principalmente com atuadores pneumáticos de 1/4 de volta (90º). Constituído basicamente de dois sensores, detectam a posição aberta e fechada da válvula que é indicada localmente pelo sinalizador de grande visibilidade. O invólucro do sensor possui design arrojado que se encaixa perfeitamente nos atuadores padrão Namur (furação 30x80mm) e proporciona ainda fácil substituição do sensor sem a necessidade de se soltar os cabos devido à exclusiva caixa de conexões e do derivador “plug in” interno, que permite a troca do sensor sem interromper a rede. Dispensa suportes e adapta-se diretamente no atuador Namur, possibilitando o acionamento da válvula solenóide e a sinalização remota através de sua comunicação na rede. Versões para uso geral e para redes industriais (Asi, Devicenet, Profibus). Para mais informações use o código EPIL:
FN08 032-01
LIGA 202 Chapas, tubos e barras A Liga 202 é um inoxidável Austenítico, também é conhecido como o substituto da liga 304, porém com percentual de níquel pouco menor que o 304, 4%. É recomendada para simples aplicações como em utensílios domésticos, decorativos, móveis, escadas, ganchos, maçanetas ou outras aplicações onde a exposição a corrosão seja limitada. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 004-01
caderno especial
Para maisempresarial informações ligue: 0800 12 03 33 mercado
[ LANÇAMENTOS ] Inversores de freqüência de média tensão
Relógio Apalpador com ponta de Rubi
Opera com 18, 24 e 36 pulsos
Alta performance ao seu alcance
Atendem a faixas de 3.3 kV, 4.16 kV e 6.6 kV e faixas de potência de 200 a 6.000 kva. Ideal para aplicação em exaustores, ventiladores, bombas, misturadores e em qualquer máquina que requer torque constante ou variável, o modelo FSDrive-MV1S é um inversor de média tensão PWM que opera com até 18, 24 ou 36 pulsos dependendo da classe de tensão. Dessa forma,o inversor opera com uma onda livre de harmônicos e com fator de potência próximo a um, garantindo a qualidade de energia em acordo com a IEEE519, sem necessitar de qualquer filtro harmônico ou banco de capacitor adicional. Para mais informações use o código EPIL:
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Lançamento de uma nova série de Relógios Apalpadores com ponta de Rubi. As excelentes qualidades do instrumento aliadas as vantagens do uso de rubi em suas pontas de contato, proporcionam maior durabilidade ao instrumento e confiabilidade as medições. O rubi além de ser um ótimo isolante e por isso indicado para trabalhar em operações onde o campo magnético e/ou elétrico possa interferir na medição como na segurança do operador, é também mais resistente a abrasão, o que proporciona uma sobrevida de pelo menos 50% se comparado às pontas convencionais de aço. O novo relógio já disponível no Brasil tem curso de 0,8mm e resolução de 0,01mm, com ponta de diâmetro de 2 mm. Para mais informações use o código EPIL:
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Inversores de freqüência de média tensão Reaproveita energia gasta na frenagem O FSDrive-MX1S, é o primeiro inversor de média tensão que utiliza tecnologia PWM matricial, sem barramento de corrente contínua. Isso faz com que o inversor seja capaz de operar nos quatro quadrantes, ou seja, que possa motorizar uma carga e gerar a energia de volta para a rede. Ideal para aplicação em exaustores, ventiladores, bombas, misturadores e em qualquer máquina que requer torque constante ou variável permitindo reaproveitar a energia gasta na frenagem, devolvendo-a para a rede. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 040-02
Flow Meter Remoção e inserção da placa de orifício
Micrômetro Digital “QuantuMike” O estado da arte O lançamento mundial do Micrômetro Digital “QuantuMike” vem revolucionar novamente o segmento de Metrologia Dimensional. Com um design inovador, velocidade de avanço 4 vezes maior, alto desempenho, qualidade e estabilidade nas medições o novo micrômetro faz parte de uma nova geração de instrumentos digitais com alto nível de proteção IP-65 (a prova de fluídos de corte e poeira), desenvolvida para atender os usuários mais exigentes e trabalhar em ambientes extremamente rigorosos que exigem alta performance. Possui função de desligamento automático, zeragem em qualquer ponto no modo incremental, origem, tecla de congelamento de dados e modelos em mm e pol/mm. Alguns modelos apresentam saída de dados para CEP (Controle Estatístico do Processo). Modelos com curso de medição de 0-25 mm e 25-50 mm e com resolução de 0,001mm estão disponíveis no mercado.
Permite a remoção e inserção da placa de orifício, com rapidez e qualidade, facilitando a sua operação em campo sem a necessidade de desmontagem do sistema na tubulação. Fácil operação pela pequena quantidade de partes móveis, desenvolvido para atender severas condições de trabalho, tomadas de pressão e dreno no próprio corpo da válvula, produto 100% nacional com baixo custo e alto benefício. Fabricado em aço carbono ASMT A216 Gr. WCB, aço liga ASTM A217 Gr. WC9 e WC6 e Aço inox ASTM A351 Gr. CF8 e CF8M. Projetado para atender as normas I SO, AGA, API e ASME. Disponíveis nos diâmetros 2” a 24”, nas classes de pressão de 150# a 2500#. Nas conexões ao processo, flangeada e pescoco para solda.Tipos de placas de orifício para Flowmeter: Entrada conica, bordo quadrante, segmental, excentrica, concentrica.
Características: Os evaporadores NK estão se destinam as instalações industriais de refrigeração, conservação e congelamento. Os 187 modelos cobrem um range de capacidade de 6 a 130 kw.
Para mais informações use o código EPIL:
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Evaporador NK Congelamento rápido
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caderno especial
[ LANÇAMENTOS ] Transporte Pneumático
Relógio Comparador Digital “ID-H” de Alta Exatidão Novo Relógio Comparador Digital ID-H, com mostrador de tolerância visual “Backlight” (controle passa/ não-passa) que muda de cor verde para vermelho, se os valores de limite máximo ou mínimo forem ultrapassados, ganhando assim tempo na verificação dos resultados. Possuí saída de dados para CEP RS-232 e DIGIMATIC podendo ser feito o armazenamento e análise dos dados através de programas de cálculo estatístico. Indicador analógico, resolução selecionável entre 0,0005 mm e 0,001 mm, exatidão a partir de 0,0015 mm, funções de zeragem em qualquer ponto, pré-seleção da cota, mudança da direção de contagem, limites de tolerância, bloqueio das teclas, PNP, modo máximo, mínimo e batimento, com comandos via controle remoto (opcional) ou no relógio. Para mais informações use o código EPIL:
Sistema ‘fase densa’ Transporte pneumático de açúcar e os mais diversos materiais a granel, são especialmente projetados para movimentação através do sistema “fase densa”, que mantém a integridade do produto, promove o transporte de maneira limpa sem a geração de partículas em suspensão, sem vazamentos e desperdícios, entre outras vantagens operacionais. Atende as normas internacionais de segurança e higiene para movimentação de produtos alimentícios. O sistema é dimensionado para trabalho com baixa velocidade aumentando sobremaneira a vida útil da tubulação de transporte e demais componentes do sistema, se comparado aos transportes pneumáticos convencionais. Para mais informações use o código EPIL:
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Centro de Usinagem MCV-450
Ventiladores e exaustores Para as mais diversas aplicações como caldeiras, secadores de açúcar, transporte de bagacilho, limpeza de cana, etc. Construção reforçada e de alto rendimento. Para mais informações use o código EPIL:
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O centro de usinagem MCV-450 possui uma estrutura robusta que oferece rigidez e estabilidade para a usinagem pesada. Compacto, ocupa o mínimo espaço. A mesa é apoiada em uma base monobloco concebida para absorver vibrações, permitindo a produção de peças de maior precisão geométrica. É equipado com CNC Fanuc, guias lineares e magazines de troca rápida de 1,5 segundo (ferramenta/ferramenta) ou 4,5 segundos (cavaco/cavaco) e fuso de 10.000 rpm. A máquina possui cursos de 800 mm no eixo X e 450 mm nos eixos Y e 500 mm no Z, com avanço rápido de 30/30/30 m/min com mesa de Standard dimensão de 1000 x 450 mm. Para mais informações use o código EPIL:
Sistemas de exaustão e filtragem de ar Os projetos e aplicações especiais são desenvolvidos pelo corpo de engenharia da Ventec Ambiental. São eles: sistemas de exaustão, salas de processamento, filtragem de ar para refinarias, empacotamento de açúcar, recebimento, expedição entre outros.. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 039-03
Sistema de ventilação adiabática O sistema de ventilação adiabática foi devidamente projetado para pressurizar e garantir a adequada temperatura em casas de força, CCMs, sala de painéis, entre outros ambientes que requer renovação de ar, controle de temperatura e qualidade do ar livre de impurezas. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 039-02
FN08 042-01
Centro de torneamento LT-20 Classic Projetado para operar em ambientes de alta produção, como na usinagem de componentes de máquinas, aeronaves, moldes, máquinas agrícolas, bem como em ferramentaria, o centro de torneamento LT-20 Classic, também equipado com CNC Fanuc, tem capacidade máxima torneável de 370 mm (diâmetro), 670 mm (comprimento) e capacidade de passagem de 63 mm de furo. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 042-02
Ligue para:
0800 12 03 33
para informações adicionais
caderno especial
mercado Para maisempresarial informações ligue: 0800 12 03 33
Filtro para Névoa Oleosa O Xcel2 remove névoa oleosa na fonte, operando com 215 a 2.400 m3/hora de fluxo de ar, com o retorno de ar limpo ao local de trabalho e de óleo limpo à máquina. Funciona através de impacto centrífugo para coleta da névoa oleosa, trabalhando com motores trifásicos de 220, 380 ou 440 V, 60 Hz. Pode ser instalado diretamente na máquina ou em suportes presos ao piso. Para mais informações use o código EPIL:
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Briquetadora para Cavaco de Materiais Ferrosos e não Ferrosos As prensas de briquetagem foram desenvolvidas para compactação de metais leves, altamente confiável e totalmente automática. As prensas de briquetagem processam cavacos curtos, soltos, derivados do processamento de usinagem de metais, peças de alumínio, latão, cobre , etc, aço, e peças fundidas e forjadas, assim como muitos outros materiais em forma de pó ou de granulados. Com a redução do volume através da briquetagem, permitem uma economia de espaço, menor volume, peso e custo de transporte, além da melhoria na limpeza e economia direta de custos e proteção do meio ambiente. Para mais informações use o código EPIL:
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Válvula Redutora de Pressão e Temperatura SÉRIE VRPTS Condicionadora de vapor Tem por finalidade reduzir o custo substancial de investimento na instalação, dispensando a utilização da válvula redutora de pressão e o dessuperaquecedor de vapor. Aplicações: A válvula VRPTS tem especial aceitação em áreas de utilidades para o condicionamento de vapor auxiliar e de processo, como também “by pass” para turbinas em geração de energia elétrica. Possui uma particularidade em cada dimensionamento, respeitando e atendendo as condições especiais de processo, sendo assim, traz na sua forma construtiva de projeto, uma rangeabilidade nas variadas aplicações. Para mais informações use o código EPIL:
FN08 044-01
ÍNDICE DE
PRODUTOS [ PRODUTOS ] PG. Agribomba.............................................................................................................. 42 Antibiótico Líquido.................................................................................................. 47 Banho Termostático................................................................................................. 45 Bomba Centrífuga Hermética................................................................................... 44 Briquetadora para Cavaco de Materiais Ferrosos e não Ferrosos............................ 51 Centrífugas Separadoras Tipo SCM........................................................................ 43 Centro de Torneamento – LT-20 Classic.................................................................. 50 Centro de Usinagem – MCV-450............................................................................ 50 Colhetora de Cana para Mudas............................................................................... 47 Computadores e IHM’s Industriais Pro-Face........................................................... 45 Controlador Lógico Programável CJI Dedicado ao Controle de Processo............... 44 Controladores Estatísticos de Processos – Modelo SP 1000.................................. 42 Controladores Estatísticos de Processos – Modelo SP 1200 FARMA..................... 47 Curvas em Aço Carbono e Inox............................................................................... 46 Eliminador de Gotas................................................................................................ 43 Equipamentos para Hidrojateamento....................................................................... 44 Estroboscópio PSP-50............................................................................................ 43 Evaporador NK........................................................................................................ 49 Fertirrigação............................................................................................................ 48 Filtro para Névoa Oleosa......................................................................................... 51 Flow Meter.............................................................................................................. 49 Gaxetas Quimgax® 2202.......................................................................................... 46 Geradores de Vapor de Alta Pressão........................................................................ 46 Gerozon................................................................................................................... 45 HEC: Mancal de Deslizamento................................................................................ 45 HF: Mancal de Deslizamento................................................................................... 45 Inversores de Frequência de Média Tensão............................................................. 49 Inversores de Frequência de Média Tensão............................................................. 49 Iorgabio GFE 91...................................................................................................... 45 Leito para Cabos com Reforço Estrutural................................................................ 42 Liga 202.................................................................................................................. 48 Limitadores de Torque de Fricção............................................................................ 43 Linha Vectra............................................................................................................ 42 Micrômetro Digital “QuantuMike”........................................................................... 49 Placas Automáticas................................................................................................. 45 Ray-Door RP........................................................................................................... 48 Redutor Planetário – Série XP................................................................................. 47 Redutores Especiais de Velocidade......................................................................... 44 Redutores Planetários............................................................................................. 42 Relógio Apalpador com Ponta de Rubi.................................................................... 49 Relógio Comparador Digital “ID-H” de Alta Exatidão............................................... 50 RFHE-Plus.............................................................................................................. 47 Rolamentos Autocompensadores de Rolos............................................................. 46 Rotamass................................................................................................................ 44 Sensor de Válvula................................................................................................... 48 Sensor indutivo E2FM............................................................................................. 45 Sistema de Ventilação Adiabática............................................................................ 50 Sistemas de Exaustão e Filtragem de Ar.................................................................. 50 Soluções Danfoss................................................................................................... 48 Sonda Obliqua, Modelo SO-04M............................................................................ 44 Testo 330-LL Analisador de Gases de Combustão.................................................. 46 Toftejorg.................................................................................................................. 42 Transporte Pneumático............................................................................................ 50 Válvula Redutora de Pressão e Temperatura............................................................ 51 Válvulas Série IP-50................................................................................................ 43 Ventiladores e Exaustores....................................................................................... 50 Veja Seção de Lançamentos
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mercado empresarial
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tendência
Produção de etanol pode triplicar com uso da biomassa produção do etanol a partir da hidrólise processo de hidrólise da celulose. Ele informou da biomassa da cana-de-açúcar pode que a empresa, porém, já tem uma planta-piloto triplicar a quantidade de combustível que utiliza essa tecnologia, sediada em Pirassuproduzido em relação à área plantada no Brasil. nunga (SP), com uma produção de 5 mil litros A informação é da Comissão de Meio Ambiente de etanol por dia. e Desenvolvimento Sustentável, veiculada pela Agência Câmara. A hidrólise da celulose é o INCENTIVOS FISCAIS Segundo a Agência Câmara de Notícias, processo que permite a produção de etanol a partir da biomassa, isto é, do bagaço e da palha o deputado Antonio Carlos Mendes Thame da cana. A celulose está nesses dois componen- (PSDB-SP), autor do requerimento para realização do debate, afirmou que o mundo está à tes, que são descartados na colheita. O pesquisador Carlos Eduardo Vaz Ros- beira de uma revolução energética ambiental. Segundo ele, o país que assegurar sel, do Núcleo Interdisciplinar o direito à propriedade intelectual de Planejamento Energético e industrial dos processos de (Nipe) da Universidade EstaUma tonelada produção do etanol por meio dual de Campinas (UNICAMP), de bagaço da celulose ou de resíduos terá afirmou que o processo é comgrande vantagem comparativa no plexo, exige maior uso de água e de cana pode mercado internacional. amplia a quantidade de vinhaça produzir até 186 O parlamentar ressaltou que, (ou vinhoto), um resíduo politros de etanol. além de incentivos fiscais para a luente. Por esse motivo, Rossel realização de pesquisa pelas emressaltou que a produção precipresas, o governo precisa garantir sa ser sustentável e envolver o reaproveitamento dos resíduos. Segundo ele, a investimentos para formação de pesquisadores principal vantagem do Brasil no aproveitamen- e desenvolvimento de tecnologias nacionais. to da biomassa da cana é que a matéria-prima “Se conseguirmos mais dotações orçamentárias está disponível com custo menor do que nos para a ciência e tecnologia, teremos auxiliado no desenvolvimento da produção do etanol, outros países. estratégica e mundialmente”, afirmou. VIABILIDADE ECONÔMICA Mendes Thame concordou com a coordenaO pesquisador informou que uma tonelada dora científica da Rede Bioetanol da Secretaria de bagaço de cana pode produzir até 186 litros de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação de etanol, sendo que uma produção de 100 li- do Ministério da Ciência e Tecnologia, Elba tros, em sua opinião, já tornaria essa tecnologia Pinto da Silva Bom. Para ela, o governo precisa economicamente viável. Para ele, a principal ampliar os investimentos em pesquisa na área de vantagem da hidrólise da celulose é permitir o produção do etanol a partir da biomassa, antes aproveitamento integral da biomassa da cana. que outros países detenham a tecnologia. Já o assessor da Vice-Presidência de Tecnologia e Desenvolvimento da Dedini Indústrias DESAFIOS O coordenador de Pesquisa Tecnológica de Base, Vadson Bastos do Carmo, avalia que ainda não há viabilidade econômica para o do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC),
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A produção precisa ser sustentável e envolver o reaproveitamento dos resíduos.
tendência
mercado empresarial
Suleiman José Hassuani, afirmou que a indústria tem diversos desafios para produzir etanol por meio da hidrólise da biomassa. Entre eles, estão o preparo da matéria-prima, a produção de enzimas de alta eficiência, a produção de leveduras para fermentação, a adaptação das usinas aos novos processos, os aspectos econômicos e a sustentabilidade das atividades.
nacional. Ela informou que muitas empresas internacionais já estão investindo na produção de enzimas porque elas compõem uma parte do custo do processo. Elba disse ainda que, atualmente, se fosse aproveitado apenas 12% do bagaço de cana produzido no Brasil, seria possível produzir 2 bilhões de litros de etanol sem expandir a área plantada.
VANTAGEM COMPETITIVA
PRODUÇÃO DE ENERGIA
O coordenador de Pesquisa Tecnológica do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Suleiman José Hassuani, informou que existem dois tipos de hidrólise da biomassa para produção de etanol: a ácida e a enzimática. A biomassa produzida a partir da cana-de-açúcar pode ser aproveitada em projeto de gaseificação - produção de gás que pode servir para energia elétrica, fertilizantes e combustíveis líquidos. Nesses casos, já existem estudos e plantas-piloto. Além disso, a biomassa pode ser utilizada na geração de energia elétrica, que já ocorre com a queima da palha.
Foto: Jornal Unicamp
Os participantes da audiência pública sobre a produção do etanol a partir do processo de hidrólise da celulose, promovida pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, foram unânimes ao destacar as vantagens comparativas do Brasil em relação aos demais países. O pesquisador Carlos Eduardo Vaz Rossel, do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), destacou que o País tem o maior mercado de bioetanol do mundo, a maior integração com unidades produtoras e maior disponibilidade de matéria-prima. A coordenadora científica da Rede Bioetanol da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, Elba Pinto da Silva Bom, ressaltou que há mais de dez opções de tecnologia que incluem os processos químico e de fermentação para essa produção. Ela destacou, ainda, a vantagem da biodiversidade brasileira, que produz todos os microorganismos necessários para a fermentação do álcool e todas as enzimas usadas na hidrólise enzimática. Segundo a coordenadora, as pesquisas sobre enzimas também são importantes como forma de antecipação econômica ao mercado inter-
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Uso da celulose triplicaria ganho de energia O jornal O Estado de S.Paulo dá uma explicação clara sobre o uso da celulose, leia a seguir. “Todo o etanol brasileiro hoje é produzido a partir de caldo de cana. Assim como nas barracas de feira e pastelarias, a cana passa por uma máquina de moagem, que separa a parte líquida (caldo), cheia de açúcar, da parte sólida (bagaço), recheada de celulose. Só que, em vez de servido no copo, o caldo é jogado num fermentador com leveduras (fungos microscópicos), que transformam o açúcar em álcool. Os EUA fazem o mesmo com o amido de milho. Mas o que todo mundo quer agora é fazer isso com a celulose. A celulose é um componente básico de todas as plantas, e é também uma molécula de açúcar. O problema é que é grande demais e dura demais para as leveduras se alimentarem dela. Como um tijolo de rapadura para uma formiga. O desafio é desenvolver processos capazes de desmontar a celulose em pedaços menores, que as leveduras consigam fermentar. Isso permitiria, em tese, transformar qualquer matéria vegetal em etanol. Para o Brasil, seria um ganho enorme, já que dois terços da energia estão no bagaço e na palha da cana. Ou seja: com o caldo, estamos usando só um terço do potencial energético da planta.”
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economia
Confiança da indústria volta a subir O setor industrial nacional registrou uma alta na confian- índices elevaram-se em 3,0%. ça na passagem de maio para junho, segundo a Fundação Dos quesitos integrantes do índice de confiança Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança da Indústria relacionados ao momento atual, destaca-se a avaliação elevou-se em 1,6% no período. No mesmo intervalo do ano favorável em relação à demanda. A parcela de empresas passado, o índice havia ficado estável segundo que consideram o nível atual de demanda o portal G1. Na comparação com o mesmo como forte aumentou de 27%, em junho Há otimismo maior mês do ano anterior, o índice avançou 3,0%, de 2007, para 31%, este mês; enquanto a contra 1,4% em maio de 2008, na mesma base proporção das que o avaliam como fraco tanto para a de comparação. O resultado mostra que o setor recuou de 8% para 6%. produção quanto industrial continuou sustentando, em junho, o Entre as expectativas, há um otimismo ritmo de atividade médio dos últimos meses, maior em junho deste ano tanto para a propara a contratação segundo a FGV. dução quanto para a contratação de pessoal. de pessoal. Entre os componentes do ICI, o Índice Das 1.031 empresas consultadas, 49% proda Situação Atual (ISA) avançou de 125,1 gramam expandir a produção industrial nos para 126,6 pontos entre maio e junho, o próximos três meses (contra 42% em junho maior registrado nos últimos três anos para esta época do de 2007) e 9%, redução (contra 8%); enquanto que para o ano. No mesmo período, o Índice de Expectativas (IE) contingente de mão-de-obra, 33% prevêem ampliação (26% subiu de 114,6 para 117,1 pontos. Em 12 meses, os dois em junho de 2007) e 9%, diminuição (contra 8%).
Cai tributação do bagaço para co-geração de energia Decreto recente do Governo do Estado de São Paulo coloca fim à cobrança do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nas operações realizadas entre usinas de açúcar e álcool e centrais de co-geração de energia. A medida serve tanto para as operações de saída de energia elétrica e bagaço, como também para vapor (energia térmica) e água. Segundo o assessor jurídico da Unica (União da Indústria de Cana-deaçúcar), Francesco Giannetti, a medida desonera o setor e estimula a produção de energia a partir da biomassa. “Muitas usinas abriram outras razões sociais para operar a co-geração. Por isso, teriam de pagar ICMS sobre o bagaço destinado a gerar bioeletricidade e também sobre a aquisição da energia gerada”, explicou Giannetti. “Com o decreto do governo estadual, essa cobrança deixa de ocorrer”.
mercado empresarial
economia
Máquinas agrícolas: em um ano, produção cresce 33% e vendas, 54,6%
Os altos preços das commodities e a recuperação do agronegócio brasileiro estão influenciando positivamente da indústria de máquinas agrícolas. O setor apresenta crescimento significativo na produção e nas vendas. Os resultados do primeiro trimestre de 2008 foram apresentados em abril último, em São Paulo, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A produção de máquinas agrícolas cresceu 33% em um ano. No primeiro trimestre do ano foram produzidas 19 mil máquinas agrícolas, contra 12 mil produzidas no mesmo período do ano passado, um crescimento de 56%. As vendas também aumentaram, passando de sete mil unidades nos três primeiros meses de 2007 para mais de 11 mil no mesmo período deste ano, uma alta de 54,6%. De acordo com a Anfavea, esses números refletem a retomada da capacidade de investimento do setor agropecuário. O vicepresidente da entidade, Milton Rego, afirma que a agricultura brasileira tem motivos para os bons resultados. “A colheita vai ser recorde, as culturas estão tendo boa produtividade, os preços das commodities estão recordes. Isso tudo aumenta a renda do agricultor, que investe em novos equipamentos” – justifica.
O aumento da demanda não preocupa o setor, que tem capacidade para produzir mais de 100 mil máquinas por ano. O presidente da Anfavea, Jackson Schneider, garante que a indústria está preparada para oferecer a tecnologia necessária para o aumento da produtividade e da eficiência no campo. Em contrapartida, a previsão para as exportações não é tão otimista. A projeção divulgada pela Anfavea no início do ano mostrava uma exportação de US$ 13,5 bilhões, mas até agora o país vendeu ao exterior US$ 3,2 bilhões. Se esse ritmo se mantiver, no final do ano o total exportado será 5% menor do que a expectativa da indústria. A provável queda nas exportações preocupa a indústria de veículos automotores. “O que preocupa é o impacto da desvalorização cambial vinda de um dólar mais fraco. Isso pode ter um impacto nas nossas exportações. Estamos olhando com cuidado para isso” – avalia Schneider. Fonte: Canal Rural
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desenvolvimento
Pequenos negócios:
inserção competitiva para o desenvolvimento sustentável
nserir as micro e pequenas empresas para participar de forma competitiva da cadeia de petróleo e gás. Este o objetivo do convênio Petrobras/Sebrae, parte do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Promimp), do Ministério das Minas e Energia, e que apresenta indicadores positivos e consolidados. Mais de 1.500 empresas já foram capacitadas e 11 estados têm Redes Petro estruturadas. Esses resultados foram apresentados recentemente pelo gerente da Área de Desenvolvimento Industrial do Sebrae no Rio de Janeiro, Renato Regazzi, durante o evento ‘Encadeamentos Empresariais ou Vínculos de Negócios: apoiando o empreendedorismo na base da pirâmide’. Organizado pela Corporação Financeira Internacional (IFC), ramo do setor privado do Banco Mundial, que promove o investimento sustentável dos países em desenvolvimento, o evento teve parceria com o Tribanco (Grupo Martins), Fórum Internacional de Líderes Empresariais e iniciativa de responsabilidade social corporativa da Universidade de Harvard (EUA). “Nessa nova fase, serão criadas mais duas Redes Petro estaduais e o investimento de R$ 32 milhões pode dobrar com a entrada de recursos de outros parceiros. Isso não só vai ampliar o leque de ações já desenvolvidas como vamos partir para uma fase de internacionalização das micro e pequenas empresas, usando as unidades da Petrobras no Exterior” anunciou Regazzi. A renovação do convênio deve se dar em bases ainda mais eficientes. O gerente responsável pelo cadastro de fornecedores de bens e serviços da Petrobras, Ernani Turazzi, disse que a primeira fase
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Representantes de diversos países discutem importância da inserção dos pequenos negócios para o desenvolvimento sustentável.
representou um aprendizado importante. A proposta agora é promover um refinamento do trabalho, sistematizando e uniformizando o processo para permitir, por exemplo, demandas mais detalhadas e ampliar a identificação dos fornecedores locais. “A inserção competitiva das micro e pequenas empresas é extremamente importante para a Petrobras. A capacitação envolve áreas que, além da inovação tecnológica, inclui cuidado com o meio ambiente e responsabilidade social. A entrada de dezenas de milhares de empresas neste segmento é um enorme fator de desenvolvimento” ressaltou.
Projeto Vínculos
O papel das grandes empresas que podem alavancar o desenvolvimento também foi apresentado por Evandro Mazo, diretor do projeto Vínculos, que tem parceria de organizações brasileiras e internacionais como o Instituto Ethos, Sebrae e GTZ - Agência de Cooperação Técnica da Alemanha. “O vínculo das grandes empresas com os fornecedores gera, além de bons negócios, a transferência de informações importantes na gestão de pessoas e do meio ambiente aumentando as boas práticas” ressalta Mazo. “O papel do Sebrae é liderar o projeto identificando o perfil das empresas que atuam no local. Com o trabalho de sensibilização, a instituição, juntamente com os parceiros, quer provocar um movimento para que as grandes empresas ampliem o vínculo com as micro e pequenas, uma união que beneficia os dois lados” reforça a coordenadora nacional de projetos do Sebrae para a cadeia de P&G, Eliane Borges.
desenvolvimento
mercado empresarial
Intercâmbio de experiências favorece a adoção de altos padrões pelo setor da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA) anunciou sua adesão à orgaA União nização internacional Better Sugarcane
Initiative (BSI ou, em português, Melhores Iniciativas em Cana-de-Açúcar), com sede em Londres. A organização reúne os integrantes do ecossistema produtivo da cana-de-açúcar, com o intuito de adotar padrões de boas práticas de produção em escala global. No primeiro encontro da BSI com participação da UNICA, a assessora internacional da entidade, Géraldine Kutas, comentou que a associação brasileira vê a BSI como a melhor plataforma para troca e disseminação de informações sobre melhores práticas de gerenciamento no setor. “O intercâmbio de experiências pode beneficiar fortemente o nosso setor e aperfeiçoar nossas práticas, o que já está sendo feito pela UNICA, favorecendo a adoção dos mais altos padrões possíveis e indo para além do que é determinado pela legislação”, adicionou. Para ilustrar, Géraldine mencionou o Pro-
tocolo Agroambiental, assinado em 2007 pelo setor sucroalcooleiro e o Governo do Estado de São Paulo, onde mais de 60% do plantio de cana-de-açúcar do Brasil é realizado, com o intuito de eliminar a prática da queima da lavoura no processo de colheita. Outro acordo semelhante foi assinado com a Feraesp (Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo), para melhorar as condições de trabalho dos cortadores de cana e enfrentar os problemas causados pela terceirização. “Nós esperamos participar intensamente de discussões construtivas com os outros membros do BSI e trabalhar duro para desenvolver e aplicar os princípios e critérios que beneficiem o setor como um todo”- concluiu Géraldine. Entre os membros da BSI estão organizações não-governamentais como a WWF, Ethical Sugar and Solidaridad e companhias como Cargill, British Sugar, Bacardi-Martini, Cadbury Schweppes, Shell, British Petroleum e Coca-Cola. O comitê executive da organização é presidido por Hari Morar, da Tate & Lyle Sugars.
“O intercâmbio de experiências pode beneficiar fortemente o nosso setor e aperfeiçoar nossas práticas...”
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desenvolvimento
Cana-de-açúcar
será matéria-prima para novo
diesel em 2010 empresa norte-americana esA Amyris, pecializada em desenvolvimento de
A cana-de-açúcar que já é cana-deetanol e cana-deeletricidade tem mais um passo em desenvolvimento. A partir de 2010, será a cana-dediesel.
o desenvolvimento e produzir o combustível da Amyris em escala comercial. A Amyrisbiocombustíveis, e a Crystalsev, uma das Crystalsev planeja envolver outros produtores maiores comercializadoras de etanol do Brasil de cana no empreendimento. “Esta é uma parceria histórica para a indúse associada à União da Indústria da Cana-deAçúcar (UNICA), anunciaram planos para tria mundial de combustíveis. Ao garantir um comercializar diesel, combustível de aviação e fornecimento significativo de matéria-prima gasolina fabricada a partir da cana. A previsão e colaborar com nossos renomados parceiros é de que em 2010 seja lançado o primeiro pro- mundiais, Crystalsev e Santelisa Vale, podemos duto: um diesel renovável para motores que já agora levar a nossa tecnologia, que é pioneira, estão sendo usados hoje. Segundo as empresas, do laboratório para produção em larga escala, as pesquisas indicam que o diesel de cana terá abastecendo as necessidades do emergente escala comercial mais rápida e econômica do mercado mundial de combustíveis renováveis” que os biocombustíveis já disponíveis no mer- disse o CEO da Amyris, John Melo. O novo tipo de combustível renovável devecado, com uma redução de 80% nas emissões rá funcionar nos motores atualmente utilizados em comparação com o diesel de petróleo. “A tecnologia inovadora se baseia na con- em automóveis e aviões sem causar perdas em versão de açúcares por bactérias em hidrocar- relação ao desempenho, oferecendo redução bonetos”, explica Alfred Szwarc, consultor de significativa de emissões. “Com o acesso a essa tecnoemissões e meio ambiente da logia, os produtores de etanol UNICA. “O processo está em terão uma oportunidade única fase de desenvolvimento e o Pesquisas indicam para expandir seus portfólios de combustível resultante poderá que o diesel de negócios e criar novas frentes de ser uma alternativa renovável cana terá escala crescimento, com um produto para o óleo diesel, contribuindo necessário ao nosso País e ao desta forma para a sustentabilicomercial mais rámundo, oferecendo importantes dade energética e ambiental dos pida e econômica benefícios ambientais. Estamos sistemas de transporte”. do que os biocommuito satisfeitos pela parceria A joint venture Amyriscom a Amyris e poder trazer essa Crystalsev trabalhará com probustíveis. promissora tecnologia ao Brasil” dutores brasileiros de etanol afirmou o CEO da Crystalsev, para expandir a base de produção do diesel renovável. A Amyris terá partici- Rui Lacerda Ferraz. Como parte do processo de produção em pação majoritária na joint venture e a Crystalsev entrará com sua expertise na comercialização. escala, a joint venture abrirá um centro de A Santelisa Vale, segunda maior produtora pesquisa e desenvolvimento, em junho, no Tede etanol e açúcar do Brasil, acionista majoritá- chnopark, em Campinas, região conhecida por ria da Crystalsev e associada à UNICA, destina- ser um pólo de inovação e pela sua localização rá dois milhões de toneladas de cana-de-açúcar estratégica, entre São Paulo e o principal centro para o projeto e adotará a nova tecnologia sucroalcooleiro brasileiro, Ribeirão Preto. O na sua principal planta, a usina Santa Elisa. mesmo local hospedará uma instalação piloto O Grupo Santelisa Vale também oferecerá a que deve começar a funcionar no início de experiência técnica e industrial para acelerar 2009.
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pesquisa
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Estudo avalia impacto das mudanças climáticas em agroenergia
As pesquisas
estão focadas em
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esquisa inédita, patrocinada pela Petro- e outros fatores ambientais vão influenciar bras (Petróleo Brasileiro S.A.), avaliará o as principais culturas voltadas à produção de impacto das mudanças climáticas globais biodiesel do País, como mamona, soja, girassol, nas energias renováveis do Brasil. O trabalho, amendoim, algodão, dendê e cana-de-açúcar” que já foi iniciado, está sendo coordenado diz o pesquisador. pelo pesquisador Carlos Nobre, do Centro As pesquisas estão focadas em estudos de de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos vulnerabilidade dessas culturas, com relação (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas às mudanças climáticas. Sendo vulneráveis, Espaciais – Inpe. A equipe pretende-se indicar quais envolvida no estudo inclui serão as tendências de desA idéia é verificar de mais de 20 pesquisadores locamento, ou seja, onde que maneira as variadas seguintes instituições: poderão ser plantadas, com Centro de Pesquisas e Demenor risco para produção ções de temperatura senvolvimento da Petrobras agrícola, em todo o Brasil. e outros fatores am(Cenpes); Coordenação dos Para isso, vão ser usados bientais vão influenciar Programas de Pós-Graduação modelos desenvolvidos de Engenharia - Coppe, da pelo Hadley Centre, os as principais culturas Universidade Federal do Rio quais serão adaptados ao voltadas à produção de de Janeiro; Embrapa; Cepacenário brasileiro, segundo biodiesel do País. gri-Unicamp; CPTEC-Inpe; Assad. Escola Superior de AgriculTambém será tura Luiz de Queiroz (Esalq) incorporada ao da Universidade de São Paulo; Universidade projeto toda a base metoSalvador - Unifacs; e Centro de Tecnologia dológica desenvolvida pela Canavieira - CTC. Embrapa para as pesquisas O impacto dessas mudanças nas culturas de de zoneamento agrícola e moagroenergia está sendo analisado pela Embrapa nitoramento agrometeorolóInformática Agropecuária (Campinas, SP), em gico. Os resultados vão ser parceria com o Centro de Pesquisas Meteoro- aplicados, ainda, em outras lógicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura - pesquisas em andamento na Cepagri, da Universidade Estadual de Campinas empresa. - Unicamp. Entre os vários componentes do Uma questão importante projeto, destacam-se o meteorológico, o agro- que está sendo observada é com meteorológico e o de tecnologia da informação, relação à necessidade de se investir que inclui geoprocessamento, banco de dados mais em tecnologias que utilizam energia e cálculo espacial. renovável, adianta Assad. Alguns cenários de O chefe-geral da Embrapa Informática alterações estão sendo apresentados pela EmAgropecuária, Eduardo Delgado Assad, explica brapa. “Já estamos aperfeiçoando as simulações, que a participação do centro de pesquisa busca que avançaram de uma escala de 110 para 50 avaliar as suscetibilidades das principais cultu- quilômetros de resolução, no Brasil inteiro. Para ras, desenvolvendo e aperfeiçoando modelos rodar os cenários agrícolas, vamos trabalhar para regionalização do cenário de mudanças com curvas de nível de 30 em 30 metros, o que climáticas na América do Sul. “A idéia é verificar vai melhorar consideravelmente a precisão de de que maneira as variações de temperatura temperatura” informa.
estudos de vulnerabilidade dessas culturas, com relação às mudanças climáticas.
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especial
INOX-PAR
Antecipando-se às necessidades dos clientes com qualidade, agilidade e tecnologia às necessidades dos clientes A ntecipar-se para oferecer o melhor em qualidade e
Investir em tecnologia é um dos nossos principais focos. Isso implica em desenvolvimento das operações industriais através da melhoria contínua, aperfeiçoando sempre a qualidade do produto
tecnologia é a grande meta da Inox-Par, fabricante e distribuidor da mais completa e variada linha de parafusos e fixadores em aço inoxidável disponível no mercado. Para atingir seu objetivo, a empresa faz constantes investimentos em máquinas e equipamentos modernos, com tecnologia de ponta, e, por outro lado, investe em seus recursos humanos com metodologia própria, capacitando para atender ao mercado profissionais especializados e altamente qualificados. Com isso, a Inox-Par garante que suas duas mais importantes frentes de atuação – a produção propriamente dita e o atendimento ao cliente – tenham o alto padrão de performance desejado. A empresa foi fundada em 1986 e começou a operar em um pequeno galpão no bairro paulistano da Penha. “Hoje temos uma carteira de 2000 clientes ativos e um volume de comercialização em torno de 20 ton/mês. Investir em tecnologia é um dos nossos principais focos e isso implica em desenvolvimento das operações industriais através da melhoria contínua, aperfeiçoando sempre a qualidade do produto, e com um layout de fábrica adequado para que a linha de produção flua harmoniosamente” – enfatiza Roberto Farina, um dos quatro sócios-proprietários. O arame de aço inoxidável (fornecido por tradicionais e qualificados fornecedores) é a principal matéria-prima utilizada pela INOX-PAR - pois a maior parte da produção da empresa é por estampagem a frio, o que lhe garante o atendimento em itens normais ou especiais de acordo com amostra ou desenho do cliente. “Fabricamos internamente uma
diversidade grande de linhas de parafusos standard, mas também importamos itens específicos para alguns de nossos clientes, objetivando competitividade em nosso negócios” explica Farina. A empresa fornece para uma gama ampla de segmentos como o da construção civil, indústrias de base, indústrias de transformação, de energia, de máquinas, entre outras.
Antecipar-se ao cliente, o grande diferencial Um dos maiores diferenciais da INOX-PAR é o comprometimento com as necessidades de sua clientela, sob a perspectiva não só de atender com qualidade mas de gerar economia aos clientes. Com base nesse princípio, a empresa não espera o cliente fazer o pedido e, sim, antecipase, provendo o estoque do cliente conforme as necessidades detectadas. “Implantamos e utilizamos o método Kanban, através do qual administramos o estoque de parafusos no almoxarifado do cliente. Atendemos São Paulo e outros Estados.” Farina detalha: “Por exemplo, toda a semana, um funcionário da INOX-PAR sai da fábrica e vai até um cliente fora do Estado de São Paulo, em um veículo contendo todos os parafusos que o cliente utiliza. Ele se dirige à área de produção do cliente, onde há 20 prateleiras com caixas contendo diversos itens, e faz toda a reposição necessária. Com isso, o sistema de estoque do cliente flui com mais regularidade e menos burocracia. Antes, o cliente tinha que contratar um funcionário apenas para isso...”
Crescimento
A Inox-Par vem tendo uma expansão significativa e consistente nos últimos anos. Possui um parque industrial com sede própria e, além disso, um bom espaço em um condomínio industrial em Arujá (SP) para a expansão da empresa. Além dos freqüentes investimentos
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em tecnologia, a empresa faz questão de investir também em uma ambientação saudável, livre de resíduos, em todas as áreas da empresa, especialmente na produção. A empresa é hoje uma das líderes no mercado de parafusos de inox. “Buscamos a qualidade em todos os níveis da produção” continua Farina. “Todos os lotes de produção têm controle com a data de fornecimento da matéria-prima. Investimos em treinamento de funcionários e em processos de produção - para que os nossos produtos, tanto em Inox 304 (A2) ou 316 (A4), mantenham a qualidade que já é nossa tradição. Somos certificados ISO 9001/2000. Hoje não exportamos diretamente, mas fornecemos para importantes fabricantes que exportam seus equipamentos com parafusos INOX-PAR.” Sobre o atual cenário econômico brasileiro, Farina acredita que “a economia nacional está em uma fase de amadurecimento, iniciando um saudável distanciamento entre economia e política, com um Banco Central mais independente e mecanismos de financeiro mais ágeis e eficientes ”.
O que é o INOX ?
É um tipo de aço contendo pelo menos 11% de cromo, com composição química balanceada para ter melhor resistência à corrosão ou ferrugem.
Por que Aço-Inox? O que é corrosão?
Quando os aços comuns reagem com o oxigênio do ar, forma-se uma camada superficial de óxido de ferro. Essa camada é extremamente porosa e permite a contínua oxidação do aço produzindo a corrosão, conhecida como ferrugem.
Quais as vantagens do Inox?
• Alta resistência à corrosão • Resistência mecânica adequada • Facilidade de limpeza • Aparência higiênica • Material inerte • Resistência a altas temperaturas • Resistência às variações bruscas de temperatura • Acabamento superficiais e formas variadas • Forte apelo visual • Relação Custo/Benefício favorável • Baixo custo de manutenção • Material reciclável
As aplicações do Inox
O inox é encontrado em pias, cozinhas industriais, talheres, equipamentos hospitalares, revestimento de elevadores e fachadas. Também está presente em locais sujeitos a variação atmosférica e ação de poluentes, como bancas de jornal e caixas d’àgua na fixação dos vasos sanitários. Equipamentos náuticos submetidos à salinidade, barris de chope, forno elétrico e equipamentos de refrigeração ganham mais eficiência e durabilidade com o material. Roberto Farina, sócio-proprietário.
O que é o método Kanban?
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O Kanban é um método de fabricação orientado para a produção em série. Seu desenvolvimento é creditado à Toyota Motor. É aplicável em sistemas de produção discreta e repetitiva, ou seja, de produtos standardizados e na produção de produtos cuja procura seja relativamente estável, sendo condição essencial que o processo de produção esteja organizado em fluxo. Pode-se dizer que o método Kanban é um método de “puxar” a produção a partir da procura, isto é, o ritmo de produção é determinado pelo ritmo de circulação de Kanban’s, o qual, por sua vez, é determinado pelo ritmo de consumo dos produtos, no sentido do fluxo de produção. Kanban é uma palavra japonesa que significa “etiqueta” ou “cartão”. Assim, o Kanban é um cartão retangular de dimensões reduzidas e normalmente plastificado, que é colocado num contentor. Em um Kanban encontra-se inscrito um certo número de informações que variam conforme as empresas, existindo, contudo, informações minimamente indispensáveis comuns a todas as empresas.
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internacional
Programa estimulará a produção de etanol na América Central Um programa de estímulo ao aumento da produção de etanol na América Central está sendo desenvolvido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID. O programa visa financiar a expansão dos atuais 350 mil hectares cultivados na região com cana, para 1, 05 milhão de hectares. Com isso, os países da região poderão exportar ao redor de 3 bilhões de litros de etanol para a economia dos Estados Unidos. Segundo o BID, esses países se encontram em vantagem em relação aos paises da América Latina e Caribe, pois a maioria deles já assinou tratados de livre comércio com os Estados Unidos, o que lhes permite vender naquele país sem as tarifas de importação. No entanto, alertou que, por política de cotas internas, a América Central estará condicionada a abastecer apenas 7% do mercado do etanol dos EUA.
Japão quer reduzir custos do biocombustível até 2015 Segundo o jornal Invest News, o Japão aumentará seus esforços para produzir biocombustíveis mais baratos até 2015, visando garantir a segurança energética em meio ao atual cenário global, com a alta constante dos preços do petróleo. O Ministério das Indústrias japonês observou que o país será capaz de produzir entre 100 mil quilolitros e 200 mil quilolitros de biocombustível anualmente, a partir da adoção de tecnologias inovadoras. O custo por litro será de 40 ienes. Para cumprir essa meta até 2015, o Japão tem de assegurar 670 mil toneladas de capim seco anualmente, a partir de um terreno com uma área total de 13.270 hectares. O país, que importa a maior parte do petróleo consumido, quer idealizar o projeto de biocombustíveis, seja em seu território ou em qualquer outro local da Ásia. Simultaneamente ao projeto, o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão apresentou um programa para que o país faça uma melhor utilização das fontes de energia de biomassa que atualmente não são exploradas, incluindo os resíduos da derrubada de árvores e a palha do arroz. Denominado de Biomass Nippon Case, o programa prevê que o Japão produzirá anualmente 15 mil quilolitros de biocombustíveis a partir de recursos já disponíveis, com um custo de 100 ienes por litro. A expectativa é que o Japão tenha, pelo menos, 500 mil quilolitros de biocombustíveis em uso até 2010.
SHELL se une à CODEXIS para produzir biocombustíveis de terceira geração A Shell e a CODEXIS criaram uma joint-venture para pesquisar e desenvolver enzimas voltadas à produção de biocombustíveis de terceira geração, a partir de qualquer tipo de biomassa. Com o acordo, a Shell deverá produzir, no futuro, etanol lignocelulósico a partir de restos de bagaço, madeira e todo material vegetal. Com essa joint-venture, a Shell expande o seu círculo de parceiros – a empresa já mantinha parcerias com a canadense IOGEN e com a alemã CHOREN. A empresa já adota 1% de biocombustíveis em seus produtos e espera no futuro alcançar 7%.
Infinity deve assumir usinas estatais de açúcar da Jamaica A empresa brasileira Infinity Bio-Energy deve assumir a indústria de açúcar da Jamaica, depois de vencer uma licitação pública para cinco fábricas estatais. Segundo a agência internacional de notícias Reuters, o chefe da Associação Jamaicana de Produtores de Cana, Allan Rickards, afirmou que a Infinity foi o único ofertante que restou pelos ativos e a venda deve ser finalizada até o final deste mês de setembro. O ministro das Finanças daquele país, Audley Shaw, afirmou que as fábricas seriam assumidas por uma empresa brasileira, mas não informou o nome. “Estamos no processo agora de finalizar o despojamento das fábricas e elas irão para uma empresa brasileira que tem uma enorme reputação no campo de produção de etanol” disse Shaw. Já o ministro da Agricultura, Chris Tufton, recusou-se a confirmar se a empresa brasileira surgiu como a licitante preferencial, afirmando que as negociações ainda estavam ocorrendo. As fábricas de açúcar que estão sendo vendidas são a Frome e Long Pond, na região oeste, Monymusk e Bernard Lodge, na região central, e Duckenfield, no leste. As fábricas acumularam perdas de US$ 250 milhões nos últimos 25 anos, e o governo afirmou que não poderia continuar a subsidiá-las. A Jamaica já foi uma força em açúcar, mas agora ganha mais com vendas de bauxita e com o turismo.
mercado empresarial
internacional
Espanha conhece experiência brasileira em biocombustíveis A experiência brasileira na área de biocomcobrir a demanda a partir da produção própria de bustíveis foi um dos destaques do seminário “Dematéria-prima é limitada. Por isso, países como senvolvimento da produção de biocombustíveis, a Espanha estão interessados na experiência de açúcar e suas relações com o meio ambiente na países iberoamericanos para consolidar prograIberoamérica”, realizado em junho mas, metas e projetos nacionais último na Casa do Brasil, em Madrid, destinados a melhorar, diversiO Brasil tem uma prona Espanha. O encontro promoveu o ficar e consolidar suas matrizes dução de aproximadebate técnico e de pesquisa em torno energéticas, ao mesmo tempo da realidade da produção de etanol e em que avançam na solução damente 20 bilhões biodiesel nos países da América Latina dos problemas ambientais. de litros de etanol e e suas implicações no desenvolvimenEntre esses países, o Brasil substitui mais de 50% to sustentável da região. é o que tem mais experiência, de seu consumo de O pesquisador Fábio César da principalmente no que diz resgasolina Silva, da Embrapa Informática Agropeito ao etanol. Atualmente, pecuária (Campinas – SP) – unidade o país tem uma produção de da Empresa Brasileira de Pesquisa aproximadamente 20 bilhões de Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agrilitros e substitui mais de 50% de seu consumo de cultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) - e um gasolina. As pesquisas com relação ao biodiesel são dos coordenadores técnicos do seminário, fez mais recentes, mas já garantem a substituição de 3% apresentação sobre o cultivo da cana-de-açúcar e os de todo o diesel comercializado no país. aspectos que a tornam uma das melhores matériasprimas para a indústria de álcool e de açúcar, bem como os processos industriais pelos quais ela passa até chegar a esses produtos finais, além de suas relações ambientais. A apresentação, dentre outros assuntos, destacou os avanços tecnológicos dos sistemas de produção de cana-de-açúcar, partindo do plantio de variedades adaptadas aos ambientes de produção, modelos e variedades que apresentam maior produtividade. Também mostrou os impactos técnicos, econômicos, sociais e ambientais da produção de biomassa energética no campo e suas implicações na eficiência energética da fabricação e qualidade de álcool e açúcar. O tema desperta o interesse de pesquisadores e instituições espanholas. “Na Europa, não há especialistas em operações unitárias de açúcar–de-cana”, destaca o pesquisador. Do lado brasileiro, houve ainda a participação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). O seminário foi organizado pela Embrapa, em conjunto com a Escola Técnica Superior de Engenheiros Agrônomos da Universidade Politécnica de Madrid e a Casa do Brasil e contou também com a colaboração da Editorial Agrícola Española, Fundación Carolina e Câmara de Comercio Brasil-España.
Experiência brasileira
A União Européia tem a meta de substituir, no setor de transportes, 5,75% da gasolina até 2010 e 10% do diesel até 2020 por etanol e biodiesel, respectivamente. Lá, a possibilidade de
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produção
IBGE prevê safra de 143,6 milhões de toneladas para 2008
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Em relação 2007, espera-se uma produção maior para 17 dos 25 produtos investigados no LSPA
egundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), embora a estimativa de junho último (143,6 milhões de toneladas) seja 0,5% menor que a de maio (144,3 milhões ton.), a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas esperada para 2008 deverá superar em 7,9% a de 2007 (133,1 milhões ton.) e atingir um volume recorde. A pequena redução na safra esperada deve-se, principalmente, às perdas na cultura do milho 2ª safra. A área plantada em 2008 (47,1 milhões de hectares) deverá ser 3,9% maior que a de 2007. Em relação a 2007, espera-se uma produção maior para 17 dos 25 produtos investigados no LSPA, inclusive arroz (11,0%), café (27,3%), canade-açúcar (14,0%), feijão 2ª safra (34,6%), mamona (64,8%) e trigo (28,3%), entre outros. Espera-se quedas nas produções de algodão (2,5%), batatainglesa 1ª safra (2,1%),cebola (4,2%), feijão 1ª safra (6,3%), feijão 3ª safra (6,3%), laranja (2,8%), mandioca (0,9%) e triticale (4,6%). A sexta estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas1 indica uma produção de 143,6 milhões de toneladas2, superior em 7,9% à de 2007 (133,1 milhões de toneladas) e 0,5% menor que o previsto em maio (144,3 milhões de toneladas). Esta redução deve-se, principalmente, às perdas na cultura do milho 2ª safra, por fatores climáticos adversos. A estimativa de junho para a área plantada de grãos (47,1 milhões de hectares) aponta 3,9% de acréscimo em relação a 2007. Dentre as culturas investigadas, a soja, o milho e o arroz devem ocupar as maiores áreas (respectivamente, 21,2; 14,4 e 2,9 milhões de hectares) em 2008. Somadas, as safras destes três produtos representam 90% da produção nacional estimada de grãos. Como mostra o gráfico 1, entre 1980 e 2008, a produção cresceu mais significativamente que a área cultivada, evidenciando os avanços tecnológicos que determinaram aumentos nos rendimentos médios das
culturas. Embora se registre pequena redução frente ao mês anterior, permanece a expectativa de obtenção de um novo recorde para 2008. Regionalmente, a estimativa da safra distribuí-se: Sul, 60,4 milhões de toneladas; Centro-Oeste, 49,4 milhões de toneladas; Sudeste, 17,2 milhões de toneladas; Nordeste, 12,8 milhões de toneladas e Norte, 3,8 milhões de toneladas. O gráfico 2 mostra os percentuais regionais e por UFs da safra de grãos. Dentre as principais culturas temporárias de verão, como a soja, o arroz e o milho 1ª safra, nos principais pólos produtores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, de uma maneira geral, a colheita encontra-se concluída sem grandes alterações em relação às estimativas de maio. Já para as culturas que ainda se encontram no campo, as condições climáticas nesta avaliação de junho, ao contrário do mês passado, não foram totalmente favoráveis.
Produção Agrícola 2008 – estimativa de junho em relação à safra 2007
Dentre os 25 produtos analisados, 17 apresentam alta na estimativa de produção em relação a 2007: amendoim em casca 1ª safra (29,5%), amendoim em casca 2ª safra (15,0%), arroz em casca (11,0%), aveia em grão (11,5%), batata-inglesa 2ª safra (20,9%), batata-inglesa 3ª safra (2,8%), cacau em amêndoa (3,5%), café em grão (27,3%), canade-açúcar (14,0%), cevada em grão (2,9%), feijão em
Gráfico 1
mercado empresarial
grão 2ª safra (34,6%), mamona em baga (64,8%), milho em grão 1ª safra (10,3%), milho em grão 2ª safra (11,4%), soja em grão (3,2%), sorgo em grão (27,6%) e trigo em grão (28,3%). Esperam-se quedas em algodão em caroço (2,5%), batata-inglesa 1ª safra (2,1%), cebola (4,2%), feijão em grão 1ª safra (6,3%), feijão 3ª safra (6,3%), laranja (2,8%), mandioca (0,9%) e triticale em grão (4,6%). Em percentuais, comparativamente ao ano anterior, os destaques ficam por conta da mamona, feijão 2ª safra, amendoim 1ª safra, trigo, sorgo e café. Em termos absolutos, porém, sobressaem-se o milho (ambas as safras), soja, arroz e trigo. Para a cana-deaçúcar, também com grande volume de produção, espera-se alta de 14,0% em relação a 2007. Para o café, todas as unidades da federação maiores produtoras informam aumentos no rendimento médio em relação a 2007: Minas Gerais (38,9%), Espírito Santo (2,9%), São Paulo (57,8%), Rondônia (22,7%), Bahia (5,7%) e Paraná (48,3%). Com relação à área colhida ou a colher, as variações frente a 2007, são: Minas Gerais (+2,5%), Espírito Santo (-2,1%), São Paulo (+1,1%), Rondônia (-1,2%), Bahia (+1,9%) e Paraná (-0,1%). No país, a área destinada à colheita deve chegar ao final da safra com um acréscimo de 0,7% em relação a 2007, e o rendimento médio deve subir 26,3%, evidenciando a bianualidade do café em seu ciclo de alta, conforme demonstra o gráfico 3.
Produção Agrícola 2008 – estimativa de junho em relação a maio
No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho, em relação a maio, destacam-se as variações nas estimativas de arroz (0,8%), aveia em grão (-3,3%), café em grão (0,3%), cana-de-açúcar (0,4%), feijão em grão 3ª safra (-13,0%), milho em grão 2ª safra (-4,9%), soja em grão (-0,1%) e trigo em grão (1,7%). ARROZ em casca – A área de arroz a ser colhida é de 2.870.845 ha para uma produção estimada de 12,3 milhões de toneladas, indicando um acréscimo de 0,8%, em relação ao mês passado. A produção do Rio Grande Sul (recorde, de 7,4 milhões ton.) é 60,1% da produção nacional e foi a principal responsável pelos acréscimos de 0,5% na área e na produção esperados em junho. Na figura a seguir, o rol das principais UFs produtoras e a porcentagem da variação frente à estimativa anterior. AVEIA em grão - Para a aveia, estima-se uma produção de 237,4 mil toneladas, inferior 3,3 % à registrada no mês passado. Essa redução, conforme o gráfico a seguir, deve-se ao Paraná que reduziu a expectativa de produção como conseqüência da não efetivação do plantio anteriormente previsto. Cana-de-açúcar – Para o mês atual, aguarda-se produção nacional de 588,0 milhões de toneladas, superior 0,4% à estimada em maio, verificando-se
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um aumento de 0,5% na área destinada à colheita. Esta variação positiva na estimativa de produção, conforme figura a seguir, deve-se, principalmente, às novas informações de Goiás com base em pesquisas de campo, além de pequenas alterações em Minas Gerais e Paraná. FEIJÃO em grão 3ª safra – A terceira safra de feijão, a de menor participação quando consideradas as três safras do produto (10,6%), está estimada em junho/08 em 370,1 mil toneladas, menor 13% que a do mês anterior. Com relação à área a ser colhida de 173.692 ha, observa-se redução de 11,2%, justificada, especialmente, pela queda registrada em Goiás, onde a área de plantio encontra-se 41,7% menor. Salienta-se que como esta é a primeira estimativa e que o plantio estende-se até agosto, esta menor área de plantio pode ainda ser revista. Minas Gerais, maior produtor nacional dessa safra, responsável por 41,5% da produção, registra ligeiro acréscimo de 2,3%. A produção total de feijão, somatório das três safras, nesta avaliação de junho, é de 3.480.485 toneladas sendo 0,6% menor que a estimativa de maio, influenciada, principalmente, pela não confirmação do plantio da área total estimada do feijão terceira safra. MILHO em grão 2ª safra - O milho 2ª safra representa 30,5% da produção total de milho em grão para 2008, sendo estimada em 17,5 milhões de toneladas, menor em 4,9% que a informada em maio/08. Esta variação negativa é resultante, principalmente, da ocorrência de geadas no estado do Paraná, onde a produção esperada apresentou queda de 15,5% como conseqüência da redução do rendimento médio em 10,1%, passando de 4.036 kg/ha para 3.630 kg/ha, nesta avaliação de junho, e também devido à perda de 6,0% da área destinada a colheita (-95.241 ha). No Mato Grosso do Sul, apesar da geada também ter influenciado negativamente no rendimento médio da cultura em 2,9%, o novo levantamento de campo mostrou um incremento na área plantada de 3,9%, compensando a redução da produtividade com o acréscimo da produção em 0,9%, estimada agora em 2.947.800 toneladas.
Para o café, todas as unidades da federação, maiores produtoras, informam aumentos no rendimento médio em relação a 2007
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CAFÉ em grão – A estimativa realizada em junho para a safra nacional a ser colhida em 2008, totaliza 46,1 milhões de sacas de 60 kg (2.764.016 t), maior 0,3% que a de maio. Nos principais centros produtores, como pode ser observado no gráfico abaixo, foram registradas pequenas alterações. SOJA em grão - Para a soja estima-se uma produção recorde de 59,8 milhões de toneladas, distribuídas em 21,2 milhões de hectares com um
rendimento médio de 2.819 kg/ha. Mais de 73% da produção nacional desta oleaginosa concentra-se nos estados do Mato Grosso (29,7%), do Paraná (19,9%), do Rio Grande do Sul (13,0%) e Goiás (10,9%). Na estimativa deste mês, a pequena variação ocorrida foi devido a inexpressivos ajustes com base nas informações finais de colheita. TRIGO em grão – Estima-se uma produção de 5,2 milhões de toneladas, para uma área de 2,3 milhões de hectares e um rendimento médio de 2.295 kg/ha. Os estados da região Sul, que respondem por 93% da produção nacional. Salienta-se que as baixas temperaturas verificadas na região têm proporcionado um melhor perfilhamento, o que poderá elevar a estimativa da produção. As demais regiões produtoras apresentam, também, acréscimos, com destaque para o Centro-Oeste, onde a produção deverá crescer mais de 40%. Neste pólo produtor salienta-se Goiás, cujo rendimento médio (4.695 kg/ha) é superior ao dobro da média nacional (2.295 kg/ha) tendo em vista a alta tecnologia empregada na condução das lavouras inclusive com o auxílio da irrigação. Fonte: IBGE.
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Pneus Pirelli FG85 e TG85 oferecem tecnologia avançada para o setor sucroalcooleiro
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Pirelli Pneus está lançando novidades nas linhas FG85 e TG85, além dos outros produtos desenvolvidos para ônibus e caminhões. De acordo com Eduardo Sacco, gerente de Marketing Veículos Comerciais para América Latina da empresa, tanto o FG85 como o TG85 foram especialmente desenvolvidos para o segmento misto: terra e asfalto. Atendendo às necessidades do setor sucroalcooleiro, os pneus tiveram um reforço de tecido metálico na região do talão, o que confere maior resistência às condições de trabalho deste segmento. Além disso, para aumentar a resistência aos impactos e à oxidação e melhorar a durabilidade da carcaça, os modelos FG85 e TG85 contam com a tecnologia HETT (High Elongation Technology for Truck), empregada nas cinturas metálicas logo abaixo da banda de rodagem. “Sabemos que os veículos utilizados nesse setor trabalham em condições bastante severas, não só de pista, mas também de carga, por isso as soluções tecnológicas presentes nessa linha conferem um excelente resultado ao usuário” afirma Sacco. A Tecnologia HETT difere da tecnologia anterior por apresentar fios de aço espaçados que permitem uma maior penetração da borracha em volta dos fios, conferindo uma excelente resistência às deformações e aos impactos. O FG85 foi projetado para equipar eixos direcionais e livres de caminhões e o TG85 para os eixos trativos. A dupla garante elevada resistência à abrasão e picotamentos, além de possuir design diferenciado que favorece a auto-limpeza e a redução de captura de pedras durante o trajeto. Outro destaque da Pirelli é o recente lançamento para o segmento rodoviário: o FR85 Vanguard, que possui Banda de Rodagem Inteligente, com
indicadores que possibilitam ao usuário preservar a carcaça no início de sua utilização e no final da primeira vida do pneu. A novidade facilita o controle do desgaste do pneu. Dois sulcos de 1,5mm de profundidade acompanham toda a circunferência, localizados nas extremidades da banda de rodagem, um de cada lado. A linha de produtos em exposição no evento conta, ainda, com o TR85, com banda de rodagem mais larga e sulcos transversais profundos que garantem mais estabilidade, durabilidade e tratividade mesmo nas condições mais severas de uso. Sua aderência ao solo possibilita o aproveitamento de toda a potência do veículo. Além disso, oferece ótima tração tanto em pista seca como molhada, maior segurança, melhor dirigibilidade e desgaste mais uniforme. O novo composto utilizado, aliado ao desenho da banda de rodagem, possibilita ao pneu alcançar alto rendimento quilométrico com baixa geração de calor, o que permite ao usuário reconstruí-lo várias vezes. Tecnologia HETT - A tecnologia HETT (High Elongation Technology for Truck) funciona como um “amortecedor de impactos”. Ela oferece uma nova geometria de disposição dos fios de aço da cintura, com cordas metálicas que permitem a penetração do composto de borracha entre os fios. Na configuração original, os fios de aço se tocam e não permitem a presença do composto de borracha entre eles. A nova configuração aumenta a elasticidade e a resistência, já que o novo conjunto suporta melhor as deformações ou alongamentos. Com a nova geometria, os fios de aço ficam mais resistentes às oxidações, o que garante maior vida útil para a carcaça do pneu, amplia as oportunidades de reconstrução e reduz o custo por quilômetro rodado.
Empresa desenvolve tecnologias para oferecer produtos em linha com o crescimento do setor de agroenergia no Brasil.
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Romi apresenta máquinas robustas para indústria do açúcar e álcool Romi, empresa brasileira líA Indústrias der do setor de máquinas-ferramenta e
Em seu estande, a empresa mostrará máquinas em pleno funcio-
fotos: Divulgação Romi
namento.
máquinas para plástico, vai exibir vários modelos de equipamentos apropriados para a indústria sucroalcooleira na Fenasucro 2008. Em seu estande, a empresa mostrará quatro máquinas em pleno funcionamento, usinando diversas peças : um torno Centur 35/1500, com kit Multiplic; os centros de usinagem vertical Romi D800 e Romi D1600, e um centro de furação e rosqueamento Romi VTC 560B. “Essas máquinas são apropriadas para a usinagem de componentes utilizados no processo de fabricação de açúcar e álcool, como bombas, válvulas, componentes de turbinas e moendas” diz o diretor de comercialização de máquinasferramenta da Romi, Hermes Lago . A Romi também apresentará na feira sua linha de tornos pesados e extrapesados, utiliza-
da na produção de peças para usinas de álcool e açúcar, como eixos e cilindros de moendas de cana-de-açúcar. “Os novos modelos de tornos pesados e extrapesados e de tornos verticais apresentam robustez e versatilidade para a produção de diferentes tipos de peças, proporcionando produtividade e precisão”, afirma Lago.
Romi
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Fundada em 1930, e companhia aberta e listada no Novo Mercado da Bovespa desde março de 2007, a Romi fabrica: máquinas-ferramenta, com destaque para tornos e centros de usinagem; máquinas injetoras e sopradoras de plástico; sistemas de usinagem de furos de alta precisão Romicron®; e peças de ferro fundido cinzento, nodular e vermicular, fornecidas brutas ou usinadas. Seus produtos e serviços estão presentes em todos os continentes e são utilizados pelos mais diferentes segmentos produtivos, como as indústrias automobilística, de bens de consumo em geral, de máquinas e equipamentos industriais e de máquinas e implementos agrícolas.
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Semi-reboque da Rodo Línea possibilita resultados diferenciados A Rodo Linea, empresa de implementos rodoviários e canavieiros, lança na Fenasucro 2008 o semi-reboque cana picada 12,5 metros com freio a disco, para uso de composições rodotrem. O equipamento é fruto da parceria Rodo Linea/SAF-Holland. Segundo o gerente de vendas da empresa, Fernando Real, essa novidade possibilita resultados de frenagem rodotrem diferenciados dos demais produtos do mercado. “O desempenho apresentado nos testes é muito bom”. A empresa lançou este ano também dois reboques cana picada de 8,2 metros e um reboque
8,2 metros cana inteira. Todos os produtos estão equipados com eixos SAF-Holland. Há três anos no mercado, a Rodo Linea conquistou por dois anos consecutivos o Prêmio MasterCana.
Principal novidade direcionada para o setor sucroalcooleiro possibilita resultados diferenciados de frenagem rodotrem.
Mais uma empresa do mercado sucroalcoo- abrangente através de um novo nome: PIMEX. leiro aposta na força da tecnologia e investe nas Um nome que resgata as raízes da empresa e soluções da Star Soft, companhia especializada homenageia a pequena e aconchegante cidade no desenvolvimento de sistemas para gestão no interior de Minas Gerais, Piumhi, e reflete corporativa. É o Grupo PImelhor a nova realidade do MEX, tradicional exportador grupo, com mais oportunidade açúcar, que implementa o des e grandes negócios. A evolução tecnoERP Star Soft Applications. A Star Soft: Há 19 anos no lógica exigida pelo proposta é agilizar os procesmercado, conta com uma sos de vendas, compras, conequipe de 200 colaboradores e mercado sucroalcotrole de estoque e custos. Com unidades em São Paulo, Rio de essa iniciativa, a empresa prevê oleiro exige soluJaneiro, Minas Gerais, Paraná, ainda otimizar operações dos Santa Catarina e Bahia. ções integradas. setores financeiro, contabiCom investimentos lidade e também a folha de constantes na criapagamento. O Grupo PIMEX ção de novos sisoptou pelo ERP Star Soft Applications para temas, a Star Soft disponibiliza acompanhar a evolução tecnológica exigida ao mercado uma ampla linha de pelo seu segmento de atuação. produtos com tecnologia capaz Grupo PIMEX: Depois de um histórico de atender às necessidades de de crescimento e grandes realizações, a Safra mais de 400 empresas que se Comoditties expande seus mercados. Com beneficiam de suas soluções a mesma seriedade e transparência, passou a diariamente, facilitando todo atuar no mercado internacional sucroalcoolei- e qualquer processo de gestão ro, buscando assim um posicionamento mais corporativa.
Divulgação Star Soft
Star Soft avança no setor e integra gestão de processos do Grupo PIMEX
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exced – Escolta de cargas excedentes A Exced foi fundada em 1996, adquirida por Fernando Roberto Martins Nobre e Paulo Roberto Nobre, que nela imprimiram sua marca, tornando-a uma empresa de renome. E foi a somatória dos talentos destes dois empreendedores que construiu a rica história da Exced. Na ocasião nossa empresa contava com apenas 3 funcionários, mas com trabalho e experiência, foi ganhando gradativamente espaço e confiança do mercado, possibilitando que aos poucos fosse melhor se equipando, sempre visando melhor atender as empresas que a cada dia fiel aumentavam a preciosa carteira de clientes. Nosso primeiro serviço foi a escolta da Irga Lupércio Torres no transporte de um Rotor para Itaipu. No início as empresas contratavam por telefone, não havia a necessidade do envio de uma proposta formal, tamanha a confiança nas pessoas e no trabalho que realizávamos. Hoje, tudo tornou-se mais formal e impessoal, porém o espírito empreendedor ainda permanece presente nas equipes atuais. As Equipes foram treinadas por equipes mais antigas credenciada pelos órgãos competentes, tais como; DER / DNER / CET. Graças a essa transição, a Exced ficou com as melhores equipes de batedores já apresentado no país. A vontade de crescer e a força do trabalho fez com que o sonho de fazer a Exced uma grande empresa fosse aos poucos se concretizando.
Hoje, nossa empresa goza de reconhecimento por parte de grandes empresas de diversos segmentos do mercado, que compõem sua respeitada carteira de clientes. Passados 12 anos, entramos em 2008 com uma respeitável frota à disposição de nossos clientes, assim como nossos 28 colaboradores diretos onde podemos encontrar as melhores equipes especializadas do país. Sem perder de vista as mudanças do setor, a Exced tem orgulho de seu crescimento, que só foi possível graças à força e especialização de seus colaboradores e ao reconhecimento de nossos clientes. Esta qualidade e reconhecimento, fruto de intenso trabalho e dedicação é que colocamos à disposição para atender suas necessidades. Conte com nossa força.
Para maiores informações ligue: 11 2951-0651
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vedax: know-how nos processos de fabricação e satisfação dos clientes A VEDAX é uma empresa atuante no mercado desde 1976, especializada na fabricação de forjados na linha de flanges (pescoço, cego , rotativo, etc.), conexões (tubulares e de alta pressão), discos e anéis de até DN 3.000mm / 3 ton e forjados especiais (sob encomenda) nos materiais aço carbono, aço liga e aço inox. Através de anos de experiência, a VEDAX adquiriu know-how no processo de anéis laminados e forjamento de flanges, conexões e discos (com base nas normas ASME, API, DNV entre outras), sendo certificada pela NBR ISO 9001-2000, DNV e CRCC da Petrobrás para a fabricação destes produtos; esta capacidade foi desenvolvida através da tecnologia investida em processos de fabricação e capacitação de funcionários, possibilitando o grau de forjamento adequado aos mais rigorosos requisitos, controlando cada etapa de fabricação de forma a garantir um produto de excelente qualidade. O objetivo da VEDAX é continuar atendendo o mercado em que atua; • Indústrias de Óleo e Gás • Indústrias Quí-
micas e Petroquímicas • Indústrias Mecânica Pesada e Caldeiraria • Indústrias Navais • Indústrias Alimentícias • Indústrias de Saneamento Básico • Indústrias de Papel e Celulose • Usinas Termoelétricas, Hidroelétricas e Nucleares • Refinarias de Açúcar e Álcool A empresa busca sempre a satisfação de seus clientes, com um relacionamento baseado na confiança, credibilidade e respeito.
Vedax - Av. Cachoeira, 634 - Barueri Consulte nosso site: www.vedax.ind.br. 0800 55 3597
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mercado empresarial
nalco – líder em soluções que promovem benefícios ambientais A Nalco é líder mundial em aplicações para tratamento de águas, qualidade do ar de interiores e melhoria de processos, fornecendo soluções que promovem benefícios ambientais, sociais e econômicos, colaborando na redução do consumo de água, energia e outros recursos naturais, melhorando a qualidade do ar, reduzindo a emissão de poluentes ambientais e contribuindo para a produtividade e melhoria do produto final de seus clientes. As soluções inteligentes da Nalco colaboram com o desenvolvimento sustentável das operações nos diversos segmentos industriais e institucionais. Os mais de 11 mil funcionários da Companhia operam em 130 países, apoiados por uma rede de instalações industriais, escritórios de vendas e centros de pesquisa. Em 2007, as vendas da Nalco ultrapassaram 3,9 bilhões de dólares.
Para maiores informações acesse: www.nalco.com.br
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OMEGA TUBOS: Tubos de aço carbono Com início de suas atividades em 1998, a Omega Tubos construiu com bases sólidas sua história de comprometimento com seus valores, sempre respeitando o cliente e buscando através de parceria com seus colaboradores e fornecedores o aprimoramento contínuo de suas qualidades. A Omega Tubos investe continuamente em recursos humanos e qualidade, conscientizando os colaboradores de seu papel crucial não só perante a empresa, mas diante a sociedade. E aprimora suas qualidades, fato comprovado pela conquista de certificações como o ISO 9001:00 da Fundação Vanzolini e da IQNET. Dispondo de instalação de 2500m², próxima a importantes vias de tráfego, a Omega Tubos, oferece a seus clientes uma logística adequada e eficiente. Pensando no futuro e incentivando a eficácia, a Omega Tubos atua para o desenvolvimento contínuo de suas atividades e da sociedade. Tendo como trilha a busca de satisfação dos
clientes, e, demonstrando um trabalho que prima pela agilidade, segurança, bom atendimento e flexibilidade de negociação, demonstra que está no caminho correto para um desenvolvimento sustentável, embasado no bom relacionamento e no desejo de crescimento em conjunto com seus parceiros. Sempre trabalhando para se destacar e fornecer produtos e serviços diferenciados. Afinal, nós acreditamos, acima de tudo, na força e no diferencial do ser humano.
Omega Tubos Com. Imp. Exp. Ltda Consulte nosso site: www.omegatubos.com.br. 11 2066-9015
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mercado empresarial
FUROEXPRESS – INOVANDO SEMPRE A FUROEXPRESS se destaca por inovar sempre na comercialização de produtos siderúrgicos. Suas linhas de expansão, perfuração e conformação de chapas de aço inox, aço carbono, alumínio e latão, juntamente com sua linha eletrosoldada, fazem da empresa um grande sucesso, pois pela aplicabilidade é possível encontrar seus produtos em diversos segmentos de mercado. E desta forma, produzindo qualidade em linhas multi-aplicáveis, a Furoexpress vem marcando presença nos ramos de alimentação, química, petroquímica, naval (on-shore e off-shore), mineração, caldeiraria e muitos outros, que aproveitam as infinitas vantagens de aplicar produtos resistentes e duráveis Prezando pela qualidade do serviço agregado ao produto, a empresa conta com parceiras e processos que permitem oferecer o melhor acabamento de acordo com cada necessidade, sejam produtos galvanizados, revestimentos especiais ou até mesmo corte e dobra. Com compromisso e seriedade a empresa atende diversas necessidades, primando por um atendimento humanizado, valorizando assim a pessoa mais importante para a empresa. O Cliente. Nossos produtos são: Chapas perfuradas com perfuração em formatos: redondos, quadrados, retangulares, oblongos, losangulares, hexagonais e furos especiais sob encomenda. Chapas recalcadas com conformidades nos formatos: Redondo, quadrado, losangular, recalques diversos mais perfuração e outros.
Chapas expandidas tipo leve e tipo pesado e telas para concretagem. Além de componentes para a indústria sucroalcooleira, como chapas para equipamentos konti e chapas expandidas para piso. Soldadas por processo MIG esta linha é composta por grades para piso, gradis de proteção, grelhas e degraus. Podem ser fabricadas em aço inoxidável e ligas especiais, arames galvanizados a fogo ou revestidas em PVC, garantindo proteção e conservação do produto. Telas artísticas onduladas ou multionduladas, soldadas e alambrados.
Acesse nosso site: www.furoexpress.com Fone/Fax: (11) 2097-2085
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polimach: Inovando com soluções inteligentes Há quase uma década, a POLIMACH desenvolve máquinas e equipamentos para industria alimentícia,cosmético e outras, mantendo um alto padrão técnico e qualidade de atendimento. Dentre a gama de trabalhos que desenvolvemos, os principais são: Máquina dosadora volumétrica automática para aplicação de cremes com grande e pequena viscosidade, esteiras transportadoras de passo, que possibilita uma maior versatilidade, dispositivos automáticos para linhas de montagem e automação de linhas. Solicite uma visita técnica através do nosso site, teremos o prazer em atende-los.
POLIMACH - 11 2456-4311 Acesse nosso site www.polimach.com.br
mercado empresarial
Sertãozinho ganhará nova distribuidora de Aços 22.000 m² foi o espaço adquirido recentemente pela distribuidora de toda linha de Aço Carbono e Aço Inox, a Inoxforte Aços Ltda., que tem sua matriz em S.B.C – SP e filiais no Nordeste do Brasil. A empresa garante que até 2010 estará com mais uma unidade, agora em Sertãozinho, pronta para atender ao mercado regional, principalmente do setor sucroalcooleiro, onde já atua fortemente através de várias representações.
Inoxforte Aços Ltda. (11) 4393-6000 vendas@inoxforte.com.br www.inoxforte.com.br
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Diversificação para o atendimento completo
Aço Carbono e Aço Inox, produtos muito utilizados por vários segmentos, como o sucroalcooleiro, agora podem ser encontrados em uma única distribuidora, que até então era reconhecida como uma grande distribuidora de Aço Inox, a Inbranox Aço Inoxidável Ltda. “A idéia de levar mais essa linha de produtos ao mercado, deve-se à demanda e à preocupação constante que a empresa tem em atender cada vez melhor os seus clientes. Além de facilitar a compra e atender as necessidades por completo, passa aos compradores a confiança que conquistou ao longo de 30 anos distribuindo aço inox” - diz Paulo Marinho, gerente de vendas. Inbranox Aço Inoxidável Ltda. (11) 4393-3500 e-mail: inbranox@inbranox.com.br www.inbranox.com.br
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índice de anunciantes Aciclon Equipamentos Industriais Ltda......................................................... 84 Aços e Metais Moldalum Ind e Com Ltda..................................................... 89 Aços Radial Indústria e Comércio................................................................. 52 Acro Cabos de Aço Indústria e Comércio Ltda.............................................. 89 Aguiafix Comércio de Fixadores e Ferramentas Ltda.................................... 86 Alumix Climatização Ecológica...................................................................... 89 Bracol Divisão Epi’s....................................................................................... 05 Brasved......................................................................................................... 25 Bollhoff......................................................................................................... 75 BWM Válvulas e Conexões........................................................................... 56 Caboluc Comércio de Cabos de Aço e Acessórios Ltda................................. 90 Cemaço - Centro Manufatureiro de Aço........................................................ 70 Cestari............................................................................................................74 CIESP........................................................................................................ 40/82 Ciser - Parafusos e Porcas...............................................................................87 Conflan Industrial Ltda................................................................................. 63 D & D Manufatureira Ltda.............................................................................. 13 Damol Indústria e Comércio de Molas Ltda.................................................. 79 Dragtec Tubos de Aço Helicoidal.................................................................. 70 Durazzo......................................................................................................... 58 EPIL................................................................................................................37 Erg Eletromotores Ltda.................................................................................. 57 Escriart Locação de Bens Móveis Ltda.......................................................... 20 Exced Serviços Especializados de Escolta Ltda............................................. 64 Ferramentas Gerais Comércio e Importação S/A ......................................... 64 Fesma Indústria e Comércio de Ferramentas................................................. 90 Foxwall Indústria e Comércio Ltda................................................................ 90 FVR Indústria e Comércio de Fixação Ltda.................................................... 83 Furoexpress................................................................................................... 58 Grupo Feital.................................................................................................. 19
Imaforte Equipamentos Magnéticos Ltda..................................................... 64 Inox Par Indústria e Comércio Ltda................................................................ 71 Ipanema Importadora Ltda.......................................................................... 70 Isocon Hidráulicos e Acessórios Industriais Ltda.......................................... 53 Jamaica Indústria de Artefatos de Borracha Ltda......................................... 89 Jamaica Indústria de Artefatos de Borracha Ltda..........................................78 Jeraços...........................................................................................................78 Lamiflex do Brasil Equipamentos Industriais Ltda........................................ 70 MBA Mercantil Brasileira de Aço Ltda.......................................................... 85 Menkar Válvulas e Conexões........................................................................ 79 Mercosul Isolantes Refratários Ltda............................................................. 57 Metalúrgica Canindé Ltda.............................................................................72 Mogitubos Produtos Siderúrgicos................................................................. 39 Novoaço Especial Comércio de Aços Ltda.....................................................72 Parnox Indústria e Comércio de Artigos Industriais Ltda............................... 62 Partel Parafusos............................................................................................. 61 Pekon Condutores Elétricos Ind e Com Ltda.................................................. 59 Polimach Máquinas Acessórios e Projetos Industriais Ltda........................... 88 Pontabrás Abrasivos Industriais.................................................................... 70 Projilton Projetos e Construções Ltda............................................................ 69 Ramc Telecom............................................................................................... 57 Risasprings Amortecedores de Vibração Ltda.............................................. 56 Sparflex Fios e Cabos Especiais.....................................................................73 Salgueiro Indústria e Comércio de Aço Ltda................................................. 57 Super Finishing do Brasil Coml Ltda............................................................... 91 Tecnometal.................................................................................................... 92 Vedax Equipamentos Hidráulicos Ltda......................................................... 88 Vent Norte Sistemas e Equipamentos............................................................72 Vitória Válvulas e Conexões.......................................................................... 59