Especial Fenasucro - 2013
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Publicação
Ano 8 - Edição nº 46 - Agosto de 2013
USINAS COMEÇAM
A SUPERAR A CRISE
Economia
Safra 2013/14 será mais alcooleira
Inovação Etanol de casca de eucalipto na mira das pesquisas
Tecnologia
Tecnologia para lavoura de cana leva empresa paulista a ranking de inovação nos EUA
editorial
mercado empresarial
expediente
Sucroenergético: enfim, os ventos começam a soprar a favor!
Coordenação: Mariza Simão Redatora: Sonnia Mateu - MTb 10362-SP contato: sonniamateu@yahoo.com.br Colaboraram nesta edição: Irineu Uehara e João Lopes Diagramação: Rogério Silva
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ma boa dose de renovação nos canaviais, o clima mais favorável e o mercado mais demandante. Este conjunto de circunstâncias propícias está possibilitando ao setor
Arte: José Francisco dos Santos, José Luiz Moreira,
sucroenergético retomar o fôlego e começar a tirar o pé da crise
Edmilson Mandiar, Ivanice Bovolenta, Marilene Moreno,
– ou pelo menos mitigar suas sequelas mais nefastas.
Hermínio Mirabete Junior, Adriano Ferrari
Lentamente, as empresas do ramo começam a se recobrar
Distribuição: 21ª FENASUCRO - Feira Internacional de
da aguda crise que grassou entre elas até pouco tempo atrás. Os
Tecnologia Sucroenergético
níveis de produção vêm subindo e as políticas governamentais
Matriz:
de estímulo ao uso do etanol estão fazendo com que as receitas
São Paulo - Rua Martins Fontes, 230 - Centro CEP 01050-907 - Tel.: (11) 3124-6200 - Fax: (11) 3124-6273 Filiais: Araçatuba - Rua Campos Sales, 97 3º and.- sl 32 CEP 16010-230 - Tel.: (18) 3622-1569 - Fax: (18) 3622-1309 Presidente Prudente - Av. Cel. José Soares Marcondes,
aumentem de modo progressivo. De agora em diante, o aquecimento na demanda pelo biocombustível acena, finalmente, com uma retomada mais consistente dos negócios em toda a cadeia produtiva. As estimativas divulgadas pela União da Indústria de Cana
871 - 8º and. - sl 81 - Centro - CEP 19010-000
de Açúcar (Única) para a safra 2013/2014 da região Centro-Sul
Tel.: (18) 3222-8444 - Fax: (18) 3223-3690
autorizam prognósticos otimistas. A moagem deverá bater nos
Ribeirão Preto - Rua Álvares Cabral, 576 -9º and.
589,60 milhões de toneladas, o que representaria um crescimento
cj 92 - Centro - CEP 14010-080 - Tel.: (16) 3636-4628
de 10,67% em relação aos 532,76 milhões da safra anterior. E com
Fax: (16) 3625-9895
a expansão de 6,5% na área disponível para a colheita, antecipa-se
São José do Rio Preto - Rua XV de Novembro, 3057 4º and. - cj 408 - CEP 15015-110 Tel.: (17) 3234-3599 - Fax: (17) 3233-7419
um aumento de 3,10% na eficiência produtiva. Há desafios a serem vencidos. Mas é com perspectivas otimistas que acontece, em Sertãozinho/SP, de 27 a 30/8, a Fenasucro
O editor não se responsabiliza pelas opiniões
2013, a maior feira mundial do setor – e onde será debatido,
expressas pelos entrevistados.
em seminário, o desenvolvimento da cadeia sucroenergética. A Mercado Empresarial espera contribuir, dedicando desta edição ao setor.
Mercado Empresarial
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sumário
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Panorama do setor
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Expansão
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Usinas começam a superar a crise
OX-FER - Excelência em comércio de ferro e aço
Meio Ambiente
Produtores comemoram uma série de circunstâncias propícias que estão possibilitando ao setor retomar o fôlego
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14 usinas sucroalcooleiras renovam selo Etanol Verde
Desenvolvimento
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Evento
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FENASUCRO 2013 - Tecnologia de ponta associada à inovação, desenvolvimento e manutenção
Inovação
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Economia
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Desoneração do etanol ainda não reduz preço do combustível
Etanol de casca de eucalipto na mira das pesquisas
Tecnologia
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Gestão
20
Nova tecnologia de fabricação de telas de ranhura contínua
O agronegócio mundial e o papel do Brasil
Tecnologia para lavoura de cana leva empresa paulista a ranking de inovação nos EUA
Pesquisa
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Pesquisas demonstram potencial energético da semente de tucumã
Mercado
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Bunge inaugura sua primeira fábrica de biodiesel no Brasil
Inovação
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Mundo
Cases & Cases
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Curando a malária com açúcar
Fascículo Sustentabilidade - Vol.3
Fonseca Vedações Industriais: qualidade, garantia e agilidade
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60 Nesta Nestaedição: edição:
O Brasil busca oportunidades no mercado sucroalcooleiro da Tailândia
Dicas de leitura
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Vitrine
Sustentabilidade no Campo
mercado empresarial
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panorama do setor
USINAS COMEÇAM
A SUPERAR A CRISE Produtores comemoram uma série de circunstâncias propícias que estão possibilitando ao setor retomar o fôlego
L
entamente, em maior ou menor grau, as empresas do ramo sucroenergético começam a se recobrar da aguda crise que grassou entre elas até pouco tempo atrás. Os níveis de produção vêm subindo e as políticas governamentais de estímulo ao uso do etanol estão fazendo com que as receitas aumentem de modo progressivo. Doravante, o aquecimento na demanda pelo biocombustível acena, finalmente, com uma retomada mais consistente dos negócios em toda a cadeia produtiva. O novo cenário que se desenha, portanto, é distinto daquele que se estabeleceu nos últimos anos, pontuado por um sem-número de mazelas, como o envelhecimento do plantio, as condições climáticas adversas, o arrefecimento no ritmo da moagem, a descapitalização das empresas, o endividamento, a
panorama do setor
mercado empresarial
insolvência generalizada e o desabastecimento, forçando o Brasil até a importar etanol dos EUA. “Os impactos negativos foram mais severos em 2010 e afetaram o desempenho em 2011. Somente em 2012 houve uma recuperação, permitindo o incremento da produtividade na atual safra”, situa Sergio Prado, representante da Unica em Ribeirão Preto. Recapitulando rapidamente os fatos: antes de 2008, a expectativa de um mercado próspero para o álcool combustível levou a uma grande inversão de capitais em novas usinas. Com a crise global de 2008-2009, entretanto, os investimentos recuaram e projetos foram cancelados ou suspensos. “Ao mesmo tempo, o setor sofreu aumento de custos ao entrar em um processo de reconfiguração da produtividade por conta das exigências de mecanização do plantio e da colheita. E o clima desfavorável teve também forte efeito”, assinala Renata Marconato, analista para o ramo sucroalcooleiro da consultoria MB Agro. A dinâmica dos acontecimentos acabou por criar um autêntico círculo vicioso na constituição da crise. A escassez de dinheiro impediu a renovação das plantações e a extensão da lavoura, ocasionando quedas na moagem, que fizeram as receitas despencarem. Os caixas vazios, por sua vez, levaram a maior endividamento e, para pagar os serviços dos débitos, não se investiu mais na produção e na logística. Esses revezes não poderiam senão desaguar no quadro de estagnação a que se assistiu. Conjuntura mais propícia A maré, felizmente, está virando a favor. E os produtores agora comemoram a reunião de uma série de circunstâncias propícias que lhes estão possibilitando retomar o fôlego e começar a tirar o pé da crise – ou pelo menos mitigar suas sequelas mais nefastas. Antes de mais nada, houve uma boa dose de renovação nos canaviais, o clima se mostra hoje mais favorável à agricultura e o mercado se tornou mais demandante. As estimativas divulgadas pela Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar) para a safra 2013/2014 da região Centro-Sul autorizam os prognósticos otimistas. A moagem, segundo a entidade, deverá bater nos 589,60 milhões de toneladas, o que representaria um crescimento de 10,67% em relação aos 532,76 milhões da safra anterior. Houve uma expansão de 6,5% na área disponível para a colheita. Mas, para além deste
Sergio Prado, representante da Unica em Ribeirão Preto.
“Os impactos negativos foram mais severos em 2010 e afetaram o desempenho em 2011. Somente em 2012 houve uma recuperação, permitindo o incremento da produtividade na atual safra”
incremento, a perspectiva é de um avanço significativo da produtividade, que deriva, sobretudo, da redução da idade da lavoura e da menor incidência de secas, geadas e chuvas. Detalhando melhor estes aspectos, teríamos o seguinte: o elevado índice de renovação, que atingiu 20,49% do total dos terrenos, diminuiu a idade média da cana a ser colhida em 2013/2014. Como reflexo disso, antecipa-se um aumento de 3,10% na eficiência produtiva. Além do mais, as condições meteorológicas menos inóspitas e as demais variáveis que influenciam o rendimento agrícola (incidência de florescimento, índice de infestação de pragas e doenças, etc) devem resultar em um avanço adicional projetado de 4,57% na produtividade. Como resultado final, o rendimento de 74,30 toneladas de cana por hectare registrado em 2012/2013 na região Centro-Sul deverá subir para 80 toneladas por hectare na atual safra, uma alta de 7,67%. Este aumento e a mencionada expansão de 6,5% na área de colheita redundarão em um crescimento total superior a 14% na disponibilidade da planta. “O segmento sucroalcooleiro continua endividado, com muitas empresas em recuperação judicial, mas as perspectivas são melhores”, observa Houve uma boa José Rezende, sócio e líder de agribusiness dose de renovação da PricewaterhouseCoopers. “Os dados positivos já se refletem nesta safra. A moagem nos canaviais, o começou mais cedo, com maior produtividaclima se mostra de e maior concentração de ATRs (Áçúcares hoje mais favorável Totais Recuperáveis)”, atesta ele. à agricultura e o A previsão da Unica, por sinal, indica um mercado se tornou nível de qualidade de 136,70 kg de ATRs por tonelada de cana em 2013/2014, índice mais demandante 0,83% superior aos 135,57 kg contabilizados na passada. A expectativa é de que se alcance agora a marca de 80,60 milhões de toneladas de ATRs, o que significaria uma elevação de 11,59% sobre a safra anterior, em decorrência do incremento de matéria-prima a ser processada e do maior teor de açúcares na planta.
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panorama do setor
Etanol toma conta da cena Fato notável é que o açúcar deixou de ter o protagonismo verificado nos anos anteriores, em razão do crescimento na proporção de matéria-prima direcionada à produção de etanol. Do total da moagem projetada para 2013/2014, a Unica calcula que 46,22% terá como destino a fabricação de açúcar, percentual inferior aos 49,54% registrados na safra passada. Dessa forma, o açúcar deverá somar 35,50 milhões de toneladas, alta de 4,11% em relação às 34,10 milhões de toneladas de 2012/2013. O volume de biocombustível, por sua vez, atingirá 25,37 bilhões de litros, uma expressiva elevação de 18,77% no cotejo com a última safra, que gerou 21,36 bilhões de litros. Daqueles 25,37 bilhões, 14,17 bilhões serão de etanol hidratado – 12,18% a mais em relação aos 12,63 bilhões produzidos na safra anterior. O restante, 11,20 bilhões de litros, será de etanol anidro, um salto de 28,29% frente ao período passado. Esta reviravolta em favor de uma produção mais alcooleira se explica facilmente, se forem considerados quatro vetores básicos: 1 - A subida no preço da gasolina no começo deste ano; 2 - O aumento, a partir de maio, do percentual de álcool anidro a ser adicionado à gasolina, que passou de 20% para 25%, causando uma reação automática na demanda; 3 - A desoneração do PIS/Cofins cobrado sobre o álcool hidratado (vendido nos postos de combustíveis); 4 - O superávit mundial de açúcar, induzindo o declínio nas cotações, tornando menos vantajosa sua fabricação. Como se sabe, no auge da crise vivida pelo segmento, o chamado “ouro branco” representou uma grande válvula de escape para os usineiros, remunerando a ponta da atividade. Isso ocorreu devido à quebra da safra em alguns países, fazendo com que os preços da “commodity” subissem enormemente, impulsionando a produção brasileira e trazendo alívio aos caixas das empresas.
Renata Marconato, analista para o ramo sucroalcooleiro da consultoria MB Agro.
Ao mesmo tempo, o setor sofreu aumento de custos ao entrar em um processo de reconfiguração da produtividade por conta das exigências de mecanização do plantio e da colheita. E o clima desfavorável teve também forte efeito”
O volume de biocombustível atingirá 25,37 bilhões de litros, uma expressiva elevação de 18,77% em relação à última safra, que gerou 21,36 bilhões de litros
“A situação se inverteu. O quadro é de perda de rentabilidade e as perspectivas para o açúcar não são boas. O mundo tem hoje um excedente”, nota Sergio Prado. A procura global vem crescendo, é verdade, mas a produção vem acompanhando a demanda, o que impede a alta das cotações. Nas safras 2008/09 e 2009/10, rememora Renata Marconato, a Índia teve recuo significativo na performance, entrando fortemente como compradora no mercado internacional, empurrando os preços a patamares elevados: “Estes valores no Brasil levaram a paridade, em R$/kg de ATR, a ficar muito mais atrativa para o açúcar, em comparação com o etanol, que possuía, e ainda possui, o teto do preço da gasolina como limite para o consumo”. Passado algum tempo, a oferta mundial da “commodity” cresceu e, nesta última safra, o Brasil também entrou em recuperação. “Assim, o superávit voltou a pressionar negativamente os preços do açúcar, fazendo com que o etanol aqui apresentasse melhor remuneração. Este foi um dos fatores que levaram a um mix mais voltado para o álcool neste momento”, acrescenta Renata. Dúvidas sobre o mercado A esperança é que o biocombustível possa agora, efetivamente, reequilibrar os negócios e puxar as receitas. Porém, a despeito dos bons ventos, ainda perduram muitas interrogações sobre a possibilidade real de esta alavancagem na demanda ter a permanência necessária (ver a matéria “Setor pede planejamento de longo prazo” para uma discussão mais detalhada do tema).
mercado empresarial
E será que a oferta está garantida? Este é um outro ponto sujeito a dúvidas. O fato inegável, como já se mencionou, é que as sequelas da crise recente ainda se fazem sentir pesadamente, sobretudo quando se constata o nível alto de endividamento de muitas empresas. Para se ter uma ideia, calcula-se que a soma das pendências de todo o setor esteja na casa dos R$ 50 bilhões, uma fábula que praticamente empata com o faturamento total. Não resistindo à “débâcle”, cerca de 40 usinas já fecharam as portas desde 2008 e se prevê que neste ano mais 12 devam interromper a moagem, acuadas pelas dificuldades de caixa e pelo aumento dos custos. Caso essa previsão se confirme, poderá haverá uma perda de capacidade produtiva superior a 18 milhões de toneladas de cana. Esse baque tem, aliás, impactos econômicos regionais, pois os municípios onde estão instaladas as empresas perderão fontes de receitas importantes, sem contar os empregos fadados à desaparição. Para piorar, na avaliação da Unica, apenas três novas unidades produtoras iniciarão suas atividades na safra 2013/2014 em sua região. Este número é significativamente menor que o registrado nos últimos anos, quando já se observara a inauguração de até 30 usinas em um único período. Tais lacunas na cadeia produtiva poderão ter sérios desdobramentos no mercado de álcool combustível. “O problema é que mais à frente a capacidade ociosa do setor vai acabar e a oferta pode ser comprometida. É preciso que se preste atenção neste quadro e se promovam novos investimentos”, sublinha Sergio Prado.
panorama do setor
Renata, da MB Agro, corrobora este diagnóstico: “A capacidade instalada disponível, por conta dos fechamentos de usinas ocorridos nos últimos anos, coloca um limite para a produção, que poderá não atender a demanda potencial do mercado”. Mas ela ressalva que, ao menos por enquanto, o aumento da produtividade agrícola e industrial induzido pela renovação do plantio torna possível atender a procura de biocombustível dos veículos flex. Não se pode esquecer, é claro, de um outro vetor que teve papel decisivo nesta conjuntura. No calor da crise, o ingresso acelerado do capital estrangeiro no ramo foi essencial por trazer novos investimentos e para manter a cadeia operando. A onda de fusões e aquisições salvou muitas empresas da insolvência e deu ao setor certo ânimo para atravessar os piores momentos. De acordo com dados da Unica, se no início da década passada o capital externo controlava apenas 7% dos empreendimentos, hoje o percentual já bate nos 50%. Por ora, constata Sergio Prado, os “players” de fora estão se adaptando à cultura da cana: “Eles aprendem a lidar com o negócio e buscam melhorar a eficiência da gestão e da mão de obra”. Mas a realidade, complementa ele, é que os estrangeiros estão também em compasso de espera para ver o que vai acontecer com o mercado daqui para frente.
As sequelas da crise ainda se fazem sentir pesadamente, sobretudo quando se constata o nível alto de endividamento de muitas empresas
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panorama do setor
SETOR PEDE PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO
A
muito bem-vinda melhora no cenário não deve desviar a atenção das insuficiências de caráter estrutural que cronicamente vêm entravando os negócios do segmento sucroenergético. É imprescindível, insistem os especialistas ouvidos por MERCADO EMPRESARIAL, o desenho de uma estratégia governamental abrangente e de longo prazo que possa orientar as iniciativas e o planejamento das usinas e de toda a cadeia produtiva que as cerca. Trata-se de uma condição “sine qua non” para que as incertezas se dissipem de vez e os investimentos necessários sejam efetivamente realizados, com a expectativa de um retorno seguro mais à frente. “Apesar da melhora do mercado, o fato que é o etanol ainda se encontra em uma encruzilhada”, adverte Sergio Prado, representante da Unica em Ribeirão Preto (SP). Diante da perspectiva concreta de que a produção atual, em algum momento, não mais dará conta do surto na demanda, é urgente que haja um novo ciclo de injeções de recursos. Mas
José Rezende, sócio e líder de agribusiness da PricewaterhouseCoopes
“...ocorrerá um grande crescimento do setor de máquinas e implementos agrícolas para tratar a biomassa. Será criada toda uma cadeia de valor que criará empregos e fomentará o desenvolvimento tecnológico
isso só será possível se houver uma política pública duradoura, principalmente para o álcool hidratado. É preciso, em outras palavras, que se aponte para a definitiva inserção do etanol na matriz energética do País. “As medidas de incentivo anunciadas recentemente são boas, mas pontuais. É fundamental haver um marco regulatório, com regras claras. Os investidores precisam ter um horizonte para investir, senão eles vão retrair-se”, enfatiza Prado. Ele lembra, a propósito, que uma usina nova leva de três a quatro anos para ficar em pé, necessitando depois de uma década para que o dinheiro aplicado tenha retorno. Não se pode permitir, por exemplo, que haja outra retração do consumo de etanol. Se em 2010 o álcool combustível para a frota de automóveis tinha chegado a representar 50% do mercado, hoje este percentual declinou para 30%, ilustra o dirigente da Unica. Diante de fenômenos como este, o empresariado invariavelmente fica temeroso e recua, pois não sabe se haverá remuneração adequada no futuro. “Nós temos produto, mas precisamos de condições melhores para trabalhar, como tributação mais suave, maior rentabilidade e diretrizes mais favoráveis para os combustíveis. A gasolina não sobe quase nunca e, ao mesmo tempo, a geração do etanol tem custos crescentes”, lamenta Prado. Não é mais possível, pregam os analistas, agir no varejo, como sistematicamente vêm fazendo as autoridades. “O governo se utilizou nos últimos anos do controle de preços da ga-
mercado empresarial
solina para conter a inflação em detrimento do setor canavieiro, que emprega e promove renda para uma grande região do País”, critica Renata Marconato, analista para o ramo sucroalcooleiro da consultoria MB Agro. E sempre que o Estado atua neste terreno, completa ela, é para anunciar medidas parciais. “O apoio fiscal temporário dado nesta safra melhorou em parte a margem para os produtores. Mas não há um planejamento de longo prazo que evite surpresas a quem tente investir. É isto que falta para o etanol e outros nichos de energia renovável no país”, reforça. Nesse sentido, a concretização de uma política de preços para os combustíveis é o primeiro requisito para que se possa delinear os rumos a serem tomados, cita Renata. Definições estratégicas Batendo na mesma tecla que seus pares, José Rezende, sócio e líder de agribusiness da PricewaterhouseCoopes, ao também detectar a ausência de previsibilidade sobre o futuro da área e sobre os “paybacks” dos investidores, salienta que uma série de questões demandam respostas precisas, no âmbito de uma estratégia de País. Ele arrola as seguintes: qual será o foco daqui por diante, biocombustíveis ou pré-sal? A adição do álcool à gasolina deve ou não aumentar? E com que regras e padrões essa mistura se dará? “Em suma, deve haver definições que alcancem o curto, médio e longo prazos”, advoga ele. Seja como for, no que tange à concessão oficial de crédito, o segmento tem recebido suporte das linhas do Prorenova (Programa de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais), do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que têm como objetivo incentivar a produção por meio de financiamento à renovação dos canaviais antigos e à ampliação da área plantada. Lançado no início de 2012 com dotação de R$ 4 bilhões, como resposta do governo à estagnação do setor, o programa foi prorrogado até 31 de dezembro próximo, com uma alocação de mais R$ 4 bilhões. No primeiro ano de operação, o programa registrou mais de 70 operações, no valor de R$ 1,4 bilhão, até 31 de dezembro último. Os recursos viabilizaram o plantio de cerca de 410 mil hectares, dos quais 80% destinados à renovação. Calcula-se que o Brasil renove cerca de 1,6 milhões de hectares de lavoura de cana por ano.
panorama do setor
Os especialistas, no entanto, fazem reparos em relação à dificuldade colocada para o acesso a este dinheiro. “Existe disponibilidade de linhas. O problema é que grande parte das empresas já não têm como contratar este crédito, por encontrar-se em uma situação financeira difícil. E a simples expansão da produção não trará soluções”, pondera Renata. Concordando, José Rezende julga que, de fato, o acentuado endividamento representa um empecilho para se receber o dinheiro. “As usinas precisam apresentar planos de reestruturação bons, com ‘business cases’ adequados, alongando os perfis da dívida e com isso pagando menos juros”, constata. Além do mais, arremata ele, existem também entraves de ordem burocrática e restrições impostas por regulações como o Código Florestal. A fim de pavimentar o caminho para que as mudanças ocorram de maneira mais efetiva, o sócio da PricewaterhouseCoopers preconiza que os empreendimentos desta seara abracem práticas modernas de gestão, que devem cobrir todas as áreas e processos internos. “Teria de ser implantada uma cultura de planejamento e de controles para dentro das porteiras, fator primordial hoje para a sobrevivência dos negócios”, resume ele, sugerindo que se instaurem políticas de “change management” para se fazer esta adaptação cultural e ganhar a adesão de todos os colaboradores. Processos a gerenciar Assim, segundo ele, deveriam ser contemplados múltiplos aspectos, tais como: otimização das compras estratégicas, planos para uso de fertilizantes e outros insumos, gerenciamento de estoques para reduzir retenções excessivas e onerosas de produtos, gestão de fornecedores, práticas de responsabilidade socioambiental, capacitação de mão de obra, entre outros procedimentos. De resto, a profissionalização gerencial, assentada em “best practices”, afiança José Rezende, daria às empresas melhores credenciais para explorar as imensas potencialidades do nosso mercado. Para ele, o País desfruta de uma série de condições favoráveis e tem tudo para deslanchar daqui por diante. Ele lembra, por exemplo, citando projeções da consultoria Datagro, que a safra de cana deverá aumentar nada menos que 70% até 2022. Conforme o consultor, a frota de carros flex deverá expandirse expressivamente, o que fará com que por volta do ano 2020 o consumo de biocombustível dobre. Ademais, ele antevê um futuro promissor para o próprio açúcar, em virtude de dois fatores: 1 – A melhora da distribuição de renda no País, com maior número de brasileiros ingressando nas classes C e D; 2- O robustecimento do mercado nas nações asiáticas, em especial na China. Quanto ao etanol de segunda geração (também conhecido como etanol celulósico), em que pese o custo de produção ainda ser proibitivo, Rezende observa que as empresas já começaram os investimentos para colher e processar a palha. Ele faz, igualmente, alusão ao ótimo potencial da área de alcoolquímica, na qual produtos como o bioplástico deverão decolar. Numa perspectiva geral, “ocorrerá um grande crescimento do setor de máquinas e implementos agrícolas para tratar a biomassa. Será criada toda uma cadeia de valor que criará empregos e fomentará o desenvolvimento tecnológico”, frisa ele, apostando que o Brasil poderá até exportar todo este “know-how”. ME Texto: Irineu Uehara, Jornalista
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opinião
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O desafio de avançar com
a bioeletricidade
na matriz elétrica brasileira
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iomassa é todo recurso renovável resultante de matéria orgânica (de origem animal ou vegetal) que pode ser utilizado na produção de energia. Já a bioeletricidade pode ser definida como a energia elétrica gerada por meio de biomassa. No Brasil, a geração de bioeletricidade utiliza como biomassa as seguintes fontes: carvão vegetal, resíduos de madeira, bagaço e palha de cana-de-açúcar, casca de arroz, licor negro (resíduo da indústria de papel e celulose), biogás, capim elefante, óleo de palmiste, entre outras. Em 2013, dessas fontes de biomassa para a bioeletricidade, o bagaço e a palha da cana-de-açúcar representam a principal fonte de bioeletricidade no País, responsáveis por 93% da capacidade instalada na matriz elétrica no Brasil. Mas há muito que avançar ainda quanto ao aproveitamento do bagaço e da palha da cana-de-açúcar. Até porque, a venda de energia elétrica pelo setor sucroenergético para o Sistema Interligado Nacional é algo relativamente novo: começou em junho de 1987, em Sertãozinho - SP há apenas 26 anos. Demos um salto com o início dos leilões regulados, promovidos pelo Governo Federal, quando a biomassa já chegou a vender quase 600 MW médios em apenas um ano. Isto foi em 2008, mas de 2009 a 2012 a média foi inferior a 80 MW médios, algo como 15% da nossa capacidade fabril construída no interior do país, em cidades como Sertãozinho, Piracicaba, Jundiaí.
*Zilmar José de Souza
Entre 2011 e 2012, a bioeletricidade ofertada para a rede elétrica cresceu aproximadamente 250 MW médios, em torno de 22% de crescimento no período. Esses 250 MW médios significaram poupar algo como 650 milhões de reais com o despacho de térmicas convencionais para garantir o suprimento de energia no Brasil e evitar as emissões de quase um milhão de tCO2 em 2012. Só o crescimento entre 2011 e 2012! No entanto, esse crescimento ainda é fruto de decisões tomadas principalmente em 2007 e 2008, quando as perspectivas para o setor sucroenergético eram mais favoráveis. Como mencionado, entre 2009 a 2012 a média de venda de projetos nos leilões regulados, promovidos pelo Governo Federal, foi inferior a 80 MW médios. Dessa forma, quando se olha o futuro, temos uma grande preocupação. Em 2011 a bioeletricidade comercializou 12 projetos nos leilões regulados, e zero projeto em 2012. Estamos abrindo “buracos” no futuro para a bioeletricidade, que podem comprometer a expansão dessa fonte premium, renovável, gerada no coração do centro consumidor do país. Mas por que continuar avançando na inserção da bioeletricidade na matriz elétrica brasileira? Pelo menos quatro fatores podem ser mencionados: 1) É uma energia premium: Em 2012, a bioeletricidade sucroenergética ofertou para a rede 1.381 MW médios, equivalente a ter abastecido pelo ano inteiro 6,5 milhões de residências brasileiras, além de evitar a emissão de mais de cinco milhões de toneladas de CO2,
mercado empresarial
opinião
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* Zilmar José de Souza é Gerente em bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e professor do MBA em agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).
se consideramos o fator de emissão de 2012. Outro fator importante é sua complementariedade com a fonte hídrica, a principal na matriz elétrica brasileira. A água poupada nos reservatórios das grandes hidrelétricas com o uso da bioeletricidade, gerada justamente no período seco do sistema elétrico foi da ordem de 6% da água nos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste em 2012, considerado um ano crítico em termos de garantia de suprimento. Além do mais, a biomassa emprega mais de duas vezes e meia o que emprega a fonte eólica por MWh, 15 vezes mais que o carvão mineral e 22 vezes mais que a fonte gás natural. Estes são alguns pontos quantificáveis que tornam a bioeletricidade sucroenergética premium para o sistema e que deve ter sempre sua contratação estimulada por meio de políticas públicas e privadas. 2) Há potencial para expansão: segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o potencial técnico de produção de bioeletricidade para o Sistema interligado Nacional, considerando apenas o bagaço, deve superar os 10 GW médios até 2021, equivalentes a 17 GW em termos de potência instalada (mais do que uma Usina Itaipu). Considerando-se a utilização da palhada, a EPE estima que o potencial técnico de exportação de energia a partir de palha e ponta estaria entre 9,2 GW médios e 14,5 GW médios, ao fim de 2021, conforme o fator de exportação de energia considerado (kWh/ tonelada de palha e ponta), ou seja, há um potencial significativo para continuarmos a expandir com a bioeletricidade. 3) Tem espaço para contratação de todas as energias renováveis: ainda, segundo a EPE (2013), a matriz elétrica brasileira de 130 GW deverá chegar a 182 GW até 2021. Isto significa acrescentar algo como 6,5 GW novos todo ano, um esforço colossal para a sociedade civil. A UNICA estima que, para
manter operando a atual cadeia produtiva do setor sucroenergético seria necessária a contratação anual mínima de 1 GW. Desta forma, teríamos ainda 5,5 GW para contratação a partir das demais fontes. Sobra espaço para eólica, Pequenas Centrais Hidrelétricas, a nascente solar, grandes hídricas e até fontes não renováveis como gás natural. Precisamos apenas de uma política setorial de longo prazo para as fontes renováveis na base do planejamento energético e não um planejamento de curto prazo como se observa atualmente (de “stop and go”). 4) Contribuição para a consolidação e expansão do setor sucroenergético na matriz de energia: até 2021, segundo a EPE, a oferta de cana de açúcar deve aumentar em 97% e a de etanol em 181%. Estimular a bioeletricidade significa contribuir para a viabilidade e competitividade do setor sucroenergético como um todo. De acordo com a UNICA, o país precisará de ao menos 100 novas usinas de cana de açúcar até 2020 para conseguir atender a demanda crescente por etanol. A bioeletricidade tem papel importante para viabilizar isto. “Destravar” o desenvolvimento da bioeletricidade na matriz de energia elétrica significa contribuir na reconquista das condições que conduzirão à retomada dos investimentos e da ampliação da produção não só da bioeletricidade, mas do setor sucroenergético em geral. É fato que novos produtos e processos de baixo carbono a partir da cana de açúcar devem revolucionar o setor sucroenergético nos próximos anos. Contudo, para que isto aconteça efetivamente é importante também uma política energética de longo prazo para consolidar a linha de produtos existentes, nomeadamente o etanol e a bioeletricidade. Para ampliar a bioeletricidade na matriz energética, precisamos de uma política industrial em consonância com o planejamento energético brasileiro. Esperamos que ao menos os quatros argumentos apresentados acima continuem a sensibilizar policy makers quanto ao desafio de avançar com a bioeletricidade sucroenergética na matriz elétrica brasileira e que as intenções se transformem na prática de uma política de longo prazo para a bioeletricidade. ME
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FENASUCRO 2013
Tecnologia de ponta associada à inovação, desenvolvimento e manutenção
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á desafios a serem vencidos. Mas é com perspectivas bastante otimistas para o setor que acontece, em Sertãozinho/SP, de 27 a 30 de agosto, a 21ª FENASUCRO - Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergético, evento promovido pela Reed Multiplus, associada da Reed Exhibitions Alcantara Machado, e realizado pelo CEISE Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis). Considerada a maior feira do setor sucroenergético em todo o mundo, a Fenasucro se propõe a reunir o que há de mais moderno em relação a tecnologia de ponta associada à inovação, desenvolvimento e manutenção. A edição 2013 terá um novo layout, com exposição setorizada, novos acessos, mais áreas verdes e melhorias em sua infraestrutura. Segundo o diretor da Reed Multiplus, Fernando Barbosa, a setorização da feira em agrícola, processos industriais, transporte e logística e fornecedores industriais, contemplam toda a cadeia produtiva do setor sucroenergético, unificando assim a Fenasucro, Agrocana e Forind SP. A Nova Fenasucro, como já está sendo chamada, ocupará uma área de 60 mil m², no Centro de Exposições Zanini e deve superar o número de 500 empresas e receber mais de 30 mil visitantes. Pontos Positivos Antonio Eduardo Tonielo Filho, atual presidente do CEISE Br , confirma o papel da instituição como interlocutora da indústria de base da cadeia sucroenergética e defende o marco regulatório, além de mais
pesquisas para o setor. Segundo ele, apesar dos desafios que o setor enfrenta, existem boas perspectivas. Entre os pontos positivos, ele destaca que o setor identificou uma aproximação do governo federal com a cana-deaçúcar, e prevê cenário promissor em relação ao etanol celulósico. “Nos últimos meses houve uma mudança de postura do governo federal, que passou a conversar com o setor. É um bom sinal, e algumas medidas já começaram a ser adotadas, apesar de paliativas. Mesmo assim, não serão suficientes para a segurança e viabilidade de nossa esfera. É preciso, urgentemente, que o governo defina o marco regulatório do setor energético do país, que adote políticas públicas que incentivem a competitividade do etanol hidratado perante a gasolina”, afirma Tonielo. Espaço para etanol celulósico Uma tecnologia que terá espaço garantido nas inovações apresentadas na Fenasucro 2013, devido ao entusiasmo dos investidores, é a do etanol celulósico. A indústria da cana-de-açúcar não é uma
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cultura de raízes imóveis. Ao contrário, a cada ano e a cada safra, novas técnicas de plantio e produção de derivados ganham mais espaço. E um dos exemplos de inovação que deve ganhar cada vez mais mercado e já atrai investidores brasileiros e estrangeiros é o etanol celulósico, ou de segunda geração, obtido através do bagaço da cana, um dos tipos mais populares de biomassa. Esse tipo de combustível pode reduzir em 90% a emissão de gás carbônico em comparação com a gasolina. E, utilizando o bagaço que seria descartado ou sub-utilizado, as usinas têm fonte para a produção de mais açúcar. Segundo a Novozymes, empresa voltada à bioinovação, a demanda mundial prevista por etanol, em 2015, foi calculada em 9.540 bilhões de litros e o processo do etanol celulósico pode elevar a produção de uma usina em até 20%. A Raizen, sozinha a maior produtora de etanol e açúcar do Brasil, é uma das que pretende implantar sua primeira usina de etanol celulósico. É um investimento estimado em R$ 200 milhões, a ser aplicado na usina Costa Pinto, em Piracicaba (SP). Se sair do papel, estará pronta no fim de 2014, com capacidade instalada para
O 1º Seminário de Transporte e Logística será uma nova atração da Fenasucro 2013, e abordará o setor de Logística, responsável por 40% dos custos dos produtos sucroenergéticos. A programação de palestras do seminário será organizada pelo ESALQ-LOG e PECEGE, dois grupos de pesquisas e extensão da Escola de Agricultura da USP. Ao longo de duas manhãs, especialistas desde a “Logística Inbound” da produção canavieira, até a Logística Marítima Internacional estarão presentes no encontro, para discutir as principais tendências do segmento na cadeia sucroenergética.
evento produzir 40 milhões de litros do biocombustível a partir do bagaço e da palha da cana. A empresa prevê que o crescimento da moagem de cana será grande em todo o Centro-Sul, e tem expectativa que a safra 2013/14 renda de 600 milhões de toneladas de cana. Empresas já buscam a produção de cana brasileira para a produção de outros produtos, ligados ao etanol, com o auxílio de órgãos federais como o BNDES, que já liberou aporte na casa dos R$ 8 milhões para tais operações. Entre os interesses estão o estímulo à pesquisa em ácido succínico, oriundo da cana-deaçúcar, que pode substituir o ácido adípico, de ampla utilização no setor industrial. Prevista para 2013 também estão as atividades da planta da GraalBio, um investimento de R$ 300 milhões que deve produzir 82 milhões de litros anuais de etanol de segunda geração, a partir de palha e bagaço de cana. A Petrobras, cada vez mais ligada a fontes de energia nãofósseis em seu plano estratégico 2011-2015 reservou investimentos de US$ 1,9 bilhão para ampliar a produção de etanol - US$ 300 milhões apenas para o desenvolvimento de novas tecnologias. ME
Com novo layout e setorização, contemplando toda a cadeia produtiva do setor sucroenergético, o evento unifica a Fenasucro, Agrocana e Forind SP
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Desoneração do etanol ainda não reduz preço do combustível Entretanto, segundo analistas, a medida é bem-vinda
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consumidor ainda não sentiu no bolso a desoneração do etanol. Por meio de créditos de PIS (Programa de Integração Social) / Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), o equivalente a R$ 0,12 de impostos foi suprimido pelo governo do custo do etanol hidratado no fim de abril. Segundo analistas, embora não tenha resultado significativa redução no preço do combustível, a medida é bem-vinda. A desoneração faz parte de um plano de estímulos ao setor sucroalcooleiro, que tem perdido competitividade tanto no mercado doméstico quanto no externo. Outra ação do governo foi uma linha de crédito de R$ 2 bilhões para estocagem de etanol, com prazo de 12 meses para o produtor e encargos de 7,7% ao ano. Além disso, passou a valer, a partir de 1º de maio, o aumento da mistura de etanol na gasolina, dos atuais 20% para 25%. Segundo o presidente da consultoria Datagro, Plínio Mario Nastari, as medidas do governo ainda não surtiram efeito relevante. Dos doze centavos de crédito tributário, 30% do valor ficou com os produtores, e mais de 40%, com os distribuidores e revendedores. O restante foi repassado aos consumidores. Apesar disso, a desoneração é vista com bons olhos por Nastari. Ele ressalta, no entanto, que o governo deve criar incentivos a longo prazo para o setor. “É preciso estabelecer uma meta clara e planejar. Nos últimos anos, o foco tinha sido a gasolina”, afirmou ao portal Terra. No mesmo tom, em discurso no plenário do Senado, no dia 29 de abril, o senador Casildo Madalner (PMDB-SC) criticou a imprevisibilidade das medidas
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de desoneração do governo federal. “Não há dúvidas de que o etanol é uma das grandes alternativas da matriz de combustíveis brasileira e exemplo de fonte energética limpa para o mundo. O problema está na volatilidade das políticas governamentais para o setor, que não inspiram, muitas vezes, a segurança necessária aos investimentos”, disse, temendo que o governo revise o incentivo. Competitividade A consultoria Datagro prevê que a competitividade do etanol brasileiro ainda será recuperada. Na visão de Nastari, o combustível só estava mais caro por conta do custo da mão de obra, da inflação de aluguéis e das condições climáticas das últimas safras de cana-de-açúcar. Já Dib Nunes Jr., presidente da consultoria de gestão agroindustrial IDEA, ressalta que a desoneração foi precedida de aumentos nos custos do óleo diesel, que é um componente importante no valor total. “Isso reduziu a possibilidade de repassar inteiramente a desoneração, que deve aumentar quando os estoques atuais terminarem”, analisou em entrevista ao Terra. Para ele, existe uma boa possibilidade de aumento de escala com a projeção de compra de três milhões de veículos flex anuais no Brasil. Mesmo assim, o consenso entre especialistas é de que ainda será necessário melhora na produtividade tanto das indústrias quanto das lavouras de cana e etanol. Para tanto, o setor precisaria de mais estímulos. Enquanto isso, o governo brasileiro projeta uma produção total de 25,8 bilhões de litros de etanol neste ano. Em 2012, o País produziu apenas 12 bilhões de litros. ME ME
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BNDES prevê R$ 6 bilhões para indústria de cana em 2013
Até abril já foram concedidos R$ 3,3 bilhões em financiamentos
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vice-presidente do BNDES, Wagner Bittencourt, afirmou em 27/6 último que os desembolsos concedidos pelo banco para a indústria de cana-de-açúcar deverão retornar este ano para o patamar histórico de R$ 6 bilhões. Ele destacou que no acumulado até abril já foram concedidos R$ 3,3 bilhões em financiamentos para o setor. "Nos últimos anos, de 2008 a 2012, R$ 30 bilhões desembolsados para a modernização e expansão de plantas e lavouras", afirmou Bittencourt. O vice-presidente defendeu o investimento em inovação e em infraestrutura como principal vetor para elevar a competitividade do etanol brasileiro e seus derivados. A presidente da Única, Elizabeth Farina, elencou como principais desafios para o etanol até 2020 a discussão do futuro do carro flex, o desenvolvimento do etanol de segunda geração, produzido a partir de bagaço e cana, a redefinição das questões regulatórias, e a introdução definitiva do combustível como commodity internacional. "No último ano, enquanto o PIB do Brasil cresceu menos de 1%, o consumo de combustíveis leves cresceu quase 8%. Até 2020, espera-se um crescimento desse consumo da ordem de 50%. Volume que terá que ser atendido em boa medida pelo aumento da oferta de etanol, se não quisermos que seja abastecido totalmente por gasolina importada", afirmou a representante da indústria de cana. Fonte: G1 e Agência UDOP ME
Datagro diz que safra 2013/14 será mais alcooleira
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presidente da Datagro, Plínio Nastari, afirmou que a safra 2013/14 será mais alcooleira do que a safra passada, que tinha mix de 50,59% para etanol na região CentroSul. Isso se deve ao excedente mundial de açúcar, o que deve fazer com que os produtores invistam mais na produção de etanol para obter uma melhor remuneração. Segundo ele, em 62% dos postos de combustíveis de São Paulo foi identificado um maior volume de saída de etanol em relação à gasolina para veículos flex, mesmo com a desvalorização do real aumentando a defasagem do preço da gasolina e uma possibilidade de aumento no subsídio por parte do governo, que hoje é de 16,6%. Isso significa que o Brasil continuará pagando um preço menor do que o resto do mundo na gasolina, e o governo continuará a arcar com a diferença. A produtividade da safra de cana na região Centro-Sul cresceu 11%, apesar das chuvas que comprometem o rendimento industrial. Mesmo com os bons resultados e a renovação de novos canaviais, a região Centro-Sul tem estado em alerta por conta da infestação de broca, que atinge 4% dos canaviais - o aceitável para que não prejudique a safra é de 3%. A broca compromete o rendimento por devorar parte do açúcar contido na cana. A praga cigarrinha também está preocupando os agricultores. A cigarrinha é encontrada na palha da cana e por conta da mecanização da safra e da lei que proíbe a queima da palha, está começando a aparecer mais nas plantações. Ela aumenta as falhas nos canaviais comendo a raiz da cana entre 4% e 5%. Sobre os gargalos no setor de cana de açúcar, Nastari comentou sobre a perda de oportunidades em transporte por conta da falta de ferrovias como opção de escoamento da safra. Apontou também que houve um aumento nos custos de transporte por conta da leia da balança e a lei do caminhoneiro. Com isso, mesmo com a recuperação na produtividade os custos não irão diminuir. Quanto à perspectiva de moagem, a Datagro manteve a estimativa anterior de 584,5 toneladas de cana. Fonte: Universoagro ME Divulgação
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Perspectiva de moagem se mantém 584,5 toneladas apesar das chuvas
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produção na região Centro-Sul deve atingir 27 bilhões de litros, segundo estimativa da Copersucar, principal comercializadora de açúcar no país. O volume é 29% maior que o da safra passada, de 21 bilhões de litros. Na Copersucar, 57,5% da cana processada será destinada à produção de etanol o restante (42,5%) produzirá açúcar. Segundo o presidente da empresa, Paulo Roberto de Souza, “antes, prevíamos 55% para o etanol”. Apesar dos recentes incentivos tributários em abril (o governo zerou PIS e Cofins para o etanol), o maior interesse em produzir álcool deve-se ao clima. O diretor-técnico da Unica (associação do setor), Antonio de Pádua Rodrigues, diz que as chuvas registradas entre o final de maio e o início de junho no Centro-Sul devem reduzir o teor de sacarose na cana, favorecendo o etanol em detrimento do açúcar. A produção de álcool também é estimulada pela queda do preço do açúcar. Do total, 15 bilhões de litros serão etanol hidratado. A oferta será superior ao consumo doméstico, que em 2012 ficou em 10 bilhões de litros. Como a tendência é de queda para as exportações, por causa da provável supersafra de milho
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nos Estados Unidos, o excedente deve ser destinado ao consumidor brasileiro. "Acreditamos que a paridade [entre álcool e gasolina] cairá para 62%. Com isso, o consumo mensal subiria para 1,8 bilhão de litros mensais, o suficiente para absorver o excedente", diz Souza. Se a expectativa dele for confirmada, o etanol na bomba deverá cair para perto de R$ 1,69 o litro. A estimativa da Copersucar para a produção de açúcar no Centro-Sul é de 35 milhões de toneladas, dos quais 9 milhões serão vendidos pela empresa. Desse volume, 7,5 milhões de toneladas serão exportadas, alta de 41% ante a temporada anterior. Esse aumento será possível graças ao novo terminal de açúcar na empresa, inaugurado recentemente no porto de Santos (SP). Com o projeto, que consumiu R$ 130 milhões, a empresa dobra a sua capacidade de exportação para 10 milhões de toneladas. O terminal é parte do plano de investimento da empresa em logística, de R$ 2 bilhões até 2015. Fontes: Folha de São Paulo e Agência UDOP ME
A oferta de etanol nesta safra será maior que a prevista inicialmente, o que pode contribuir para preços mais baixos ao consumidor final
Agronegócio contrata 92% dos recursos previstos para a safra atual
s financiamentos obtidos pela agricultura empresarial bateram recorde para a safra 2012/13, alcançando R$ 106,14 bilhões entre julho de 2012 e maio deste ano, alta de 30% sobre o mesmo período da safra anterior. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, comentou os resultados do Plano Agrícola e Pecuário 2012/13 no final de junho último, em Brasília. “Essa é a maior demonstração da confiança do produtor de que o mercado continuará aquecido. O valor dos empréstimos obtidos em 11 meses, além de recorde absoluto em uma safra, mostra que os produtores contratarão quase que totalmente os R$ 115,25 bilhões previstos na temporada atual. Isso se não ultrapassarem esse valor”, afirmou Antônio Andrade. O ministro destacou o resultado dos financiamentos para investimento, que refletem os gastos
do produtor para modernizar a produção nas propriedades rurais. “Foram R$ 28,89 bilhões contratados para modalidades de investimento no período, ou seja, 2% a mais que os R$ 28,3 bilhões previstos para a temporada atual”. O resultado também representa alta de quase 52% sobre os mesmos meses da safra 2011/12, quando somou R$ 19,06 bilhões. Os programas de Sustentação de Investimento (PSI-BK) e de Apoio Nacional ao Médio Produtor Rural (Pronamp) continuam como as principais modalidades de crédito rural em volume de financiamentos. O primeiro liberou R$ 10,5 bilhões no período, enquanto o segundo, R$ 10,12 bilhões. De acordo com o secretário de Política
Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) foi a que apresentou o maior crescimento em relação à safra anterior. “O volume de recursos para o financiamento de práticas sustentáveis nos campos brasileiros aumentou 142,7%, passando de R$ 1,12 bilhão em 11 meses da temporada 2011/12 para R$ 2,73 bilhões na safra atual. O resultado mostra o aumento cada vez maior do produtor em elevar a produtividade a partir de técnicas modernas e sustentáveis no país”, ressaltou. ME
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Oferta de etanol deve superar expectativas
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O agronegócio mundial e o papel do Brasil Luiz Albino Barbosa¹ e Rafaela Ponce2
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e acordo com as Nações Unidas, em 2050 a população mundial irá atingir 9,3 bilhões de pessoas, o que representaria um aumento de 33% na população atual. Para suprir a demanda desta nova população, a produção de alimentos terá que aumentar em 50%. Diante deste contexto, o Brasil deve ser um dos protagonistas na expansão da produção agrícola já que, conforme ilustrado na tabela abaixo, o país ocupa posições de destaque em diversos setores do agronegócio e tem recursos e tecnologias disponíveis que possibilitam expandir a sua produção. Além disso, a economia brasileira tem se destacado nos últimos anos, passando a se posicionar entre os principais países emergentes. Em 2012, o Brasil foi considerado a 7ª maior economia do mundo, obtendo avaliações positivas por parte das agências de classificação de riscos de investimento Standard & Poor’s e Fitch. No mesmo ano, enquanto alguns países europeus registravam as maiores taxas de desemprego de suas histórias, o Brasil conseguiu atingir o menor
nível de desemprego já registrado: 4,6%. O desenvolvimento econômico do país também melhorou a distribuição da renda, estimulando o crescimento do consumo interno. Os indicadores sociais, econômicos e políticos do país demonstram a solidez das instituições nacionais que atuam de forma independente e garantem a manutenção das regras políticas, jurídicas e de mercado. O Brasil tem hoje um Estado de Direito consolidado, onde há comprometimento com a democracia, direitos humanos e desenvolvimento, que são essenciais tanto para o produtor rural como para a agroindústria, na medida em que asseguram a propriedade privada e a manutenção da clareza nas regras. Assim, em caso de condições climáticas e de mercado favoráveis o retorno financeiro da produção é garantido. Com relação ao cenário internacional, o Brasil faz fronteira com 10 países da América do
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Sul, demonstrando uma boa relação com todos eles e apresentando neste contexto uma boa atuação de sua diplomacia política. Tal atuação também é notada no cenário global, onde o país mantém bom relacionamento com as principais lideranças de cada continente e se apresenta com proatividade sobre principais temas da agenda internacional: desenvolvimento sustentável, segurança internacional, cooperação, economia e comércio. Como exemplo, pode-se citar a atuação e representatividade do país no Fórum Econômico Mundial e seus diversos acordos de cooperação agrícola com países do continente africano, que têm sido amplamente elogiadas por analistas internacionais. Ainda assim, estaria o país preparado para enfrentar os desafios mundiais? Nesse sentido, quais são o os principais direcionadores globais para os próximos anos? A figura abaixo demonstra alguns desses direcionadores: Como mencionado anteriormente, muitos dos elementos que direcionam a produção agropecuária mundial estão relacionados com o crescimento da população. Para atender a segurança alimentar, a oferta adequada, estável com segurança de acesso aos alimentos, os países devem encontrar soluções não só para aumentar a produção agropecuária, como também para
tornar os preços de seus produtos acessíveis e garantir que eles cheguem a todos os cidadãos. Ao mesmo tempo, principalmente nos países emergentes como Brasil e China, verifica-se um incremento da renda da população combinado a melhorias em sua distribuição. O desenvolvimento da economia destes países também tem levado à migração da população para as cidades, o que influencia em mudanças no padrão de consumo, possibilitando que mais pessoas possuam automóveis próprios, realizem mais refeições fora de casa e demandem cada vez mais alimentos de maior valor agregado, com características como a rapidez no preparo e melhores valores nutricionais. Adicionalmente, o maior número de automóveis em circulação é um fator preocupante quando se leva em conta que os principais combustíveis usados no mundo hoje são derivados do petróleo, matéria prima cada dia mais escassa e com preços mais elevados. Assim, é evidente a necessidade de se buscar novas fontes energéticas, como os biocombustíveis que possibilitam um abastecimento adequado a preços acessíveis e com menores emissões de gases causadores do efeito estufa, além de promoverem a segurança energética dos países, definida como uma energia consumida por meio de fornecimento confiável
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Rafaela Ponce, Bacharel em Administração Rural pela UNESP e Analista do Centro de Inteligência em Agronegócio da PwC.
Tabela 1: Principais cadeias de valor do Agribusiness brasileiro
Fonte: USDA (2013), F.O.Licht (2012) e UNICA (2012). Adaptado por Centro de Inteligência em Agronegócios da PwC.
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Luiz Albino Barbosa, Bacharel em Relações Internacionais pela FAAP, Mestre em Agroenergia pela Esalq-USP/Embrapa/ FGV associado ao NupriUSP, e Coordenador do Centro de Inteligência em Agronegócio da PwC.
a um preço razoável. Neste quesito pode-se citar o mais um reflexo da vontade de sua população exemplo do etanol de cana-de-açúcar, que já possui que necessita, em última instância, de mais um setor consolidado no Brasil, apresenta potencial de alimentos a um bom preço. A queda gradativa das tarifas e barreiras incremento da sua produção, Figura 2: Direcionadores do agronegócio técnicas impostas ao emite menos poluentes que a comércio internaciogasolina e não compete com a nal será inevitável a produção de alimentos, como longo prazo e o livre ocorre com o etanol do milho comércio já é uma reanos Estados Unidos. lidade pressionada por Conforme a população algumas sociedades. O cresce e o consumo se intenBrasil ainda sofre com sifica, mais recursos naturais problemas causados são utilizados. Com maior por barreiras imposconsciência ecológica e social tas a alguns de seus por parte dos consumidores, produtos agrícolas, aumenta a preocupação pelo mas, mesmo assim, se atendimento a nor mas de mantém como um dos sustentabilidade (certificações) grandes exportadores Fonte: Centro de Inteligência em Agronegócios da PwC. que assegurem que as atividae consegue conduzir des agropecuárias e industriais seu agronegócio com sejam conduzidas prezando por padrões internacio- baixo nível de subsídios. nais de preservação ambiental, respeito ao ser humano Portanto, observa-se que o agronegócio e bem-estar animal (no caso da pecuária). Da mesma brasileiro é pautado por condições favoráveis maneira, a necessidade de se otimizar a utilização às atividades produtivas, além de possuir respeidos recursos naturais estimula o desenvolvimento tadas instituições de pesquisa, Estado de direito e disseminação de novas tecnologias que, muitas consolidado, empresas do setor com gestão vezes, resultam na redução de custos. Um bom profissionalizada e um mercado consumidor exemplo são os avanços no campo da biotecnologia pujante. Apresenta também alguns pontos de com vistas à obtenção de variedades que propiciem melhoria que necessitam de maior atenção, tanaumentos de produtividade e redução do uso de to do poder público quanto da iniciativa privada. insumos na agricultura. Porém, com o endereçamento destas questões Por fim, um mundo globalizado e com mais o país terá um ambiente de negócios ainda mais pessoas requer avanços no comércio internacional favorável ao agronegócio e conseguirá suprir de produtos agrícolas. O fato é que as fronteiras estão grande parte das necessidades mundiais que se cada vez mais se atenuando. Os governos são cada vez projeta para o séc. XXI. ME
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Bunge inaugura sua primeira fábrica de biodiesel no Brasil
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Bunge Brasil inaugurou em março último sua primeira adquire aproximadamente 150 mil toneladas fábrica para a produção de biodiesel no Brasil, em Nova de oleaginosas de cerca de 10 mil agricultores Mutum/MT. Com investimentos da ordem de R$ 60 familiares, por meio de 15 cooperativas agrícomilhões, a nova unidade produzirá aproximadamente las, localizadas na região sul e centro-oeste do país. Por essa razão, recentemen150 mil m3 de biodiesel por ano e te, a Bunge Brasil conquistou o atenderá a demanda crescente por Localizada no Mato Grosso, Selo Combustível Social que é esse combustível, principalmente a unidade produzirá cerca de concedido sob rígidas normas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste 150 mil m3 de biodiesel de regulamentação do Governo e Norte do Brasil. ao ano Federal – e que, para a empresa, é Mundialmente, a empresa já o passaporte para a participação atua na produção de biodiesel na Argentina e nos Estados Unidos, bem como na Europa, por competitiva nos leilões de biodiesel. meio de parcerias. Segundo Pedro Parente, presidente e CEO Nova unidade da Bunge Brasil, a decisão de entrar no mercado nacional está Com tecnologia de ponta e totalmente atrelada aos avanços na regulamentação do setor no Brasil, ocorridos nos últimos três anos, com normas mais claras que automatizada, a nova fábrica será operada permitem a expansão do mercado. “Com essa ação, damos um por 20 funcionários altamente especializados, importante passo estratégico, porque passamos a atuar em um além de envolver indiretamente o trabalho de setor complementar aos nossos negócios, ampliando nossa mais 60 pessoas, sem considerar os empregos gerados no campo. A unidade possui uma área participação na Cadeia da Soja”, afirma. O novo empreendimento conta com a parceria da Agricul- de 70 hectares destinada à reserva ambiental, a tura Familiar, uma vez que parte da soja utilizada na produção exemplo de outras áreas similares que a empresa do biodiesel virá desses produtores. Atualmente, a empresa mantém em Santa Catarina e São Paulo. ME
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Equilíbrio amplia exportação para AL de peneiras rotativas e ventiladores industriais Divulgação
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passou a realizar suas vendas diretas para o exportação de equiexterior, foi possível registrar uma alta significapamentos para o Estrutura fabril foi modertiva no volume de negócios com outros países. mercado sucroenernizada com o que há de “Praticamente dobramos nossas exportações. gético, sobretudo, em toda mais novo no mercado A expectativa para esse ano é elevar em até 15% a América Latina, deixou de mundial as vendas para esse mercado”, pontuou. ser uma atividade de pouco A fim de se adaptar a essas mudanças, a interesse por razões buroempresa também teve que se estruturar. Secráticas ou até logísticas, para se tornar um dos principais focos de empresas gundo Mendes Júnior, o mercado externo possui uma demanda brasileiras que vislumbram nessa estratégia por equipamentos com alta eficiência e valorizam produtos com uma forma de driblar a estagnação do mercado tecnologia de ponta. “Neste sentido, modernizamos toda nossa produção equipando nossa estrutura fabril com o que há de mais sucroenergético no país. Para Luís Mendes Júnior, diretor comercial novo em máquinas no mercado mundial”, comentou. Além disso, da empresa Equilíbrio, em Sertãozinho-SP, o diretor explicou que toda a estrutura física e também intelectual fabricante de peneiras rotativas, ventiladores da Equilíbrio sofreram adaptações. “Hoje contamos com fábricas industriais e telas de ranhura contínua em aço separadas para cada linha de produtos, além de engenharia e corpo inox, nos últimos três anos, quando a empresa técnico distintos para cada portfólio”, acrescentou. ME
MS abre safra 2013/2014 com inauguração de Usina em Ivinhema Nova unidade, quando completa, terá a capacidade de processar 6 milhões de toneladas de cana
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Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso Sul) abriu a safra de cana-de-açúcar 2013/2014 com a inauguração, em abril último, da Usina Ivinhema, do Grupo Adecoagro. O grupo possui várias instalações industriais distribuídas pelas regiões mais produtivas do Brasil, Argentina e Uruguai, onde produz mais de 1 milhão de toneladas de produtos agrícolas, incluindo açúcar, etanol, eletricidade, milho, trigo, soja, arroz e produtos lácteos, entre outros. A Ivinhema é a segunda unidade sucroenergética do Grupo e tem capacidade de moagem de 2 milhões de toneladas de cana nesta primeira fase de implantação e, completa, terá a capacidade de processar 6 milhões de toneladas de cana que, somadas às da unidade Angélica, atinge a capacidade de 10 milhões de toneladas por safra no cluster de Mato Grosso do Sul. De acordo com o presidente da Biosul, Roberto Hollanda Filho, Mato Grosso do Sul é o único estado que inaugura uma usina em período de safra. "Isso demonstra o crescimento contínuo que o Estado passa e atestam as estimativas traçadas", garantiu. Para esta safra, ele informa que o Estado deve moer 18,3% a mais de cana-deaçúcar do que na anterior, com expectativa de colher 44,1 milhões de toneladas de cana. Na safra 2012/2013, esse número foi de 37,29 mi t. Já a produção de etanol deve ultrapassar os 2 bilhões de litros. A estimativa da entidade é que a produção total seja de 2,35 bi l, um crescimento de 22,8% em relação à 2012/2013, quando foram processados 1,915 bi de litros. ME
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Curando a malária com açúcar
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primeiro lote de artemisinina, produzida com base no açúcar, ficou pronto. Em 2013 serão produzidas 35 toneladas, o suficiente para 100 milhões de doses. A cada ano, 200 milhões de pessoas contraem malária e 650 mil morrem por causa da doença. A artemisinina produzida por esse método tem grande chance de contribuir para erradicar a malária. Como é produzida por microrganismos, usando como matéria-prima o açúcar, e os inventores abriram mão de remuneração sobre a propriedade intelectual, ela é muito barata. Mas não é o único motivo para festejar. O trabalho científico descrevendo em detalhes esse feito tecnológico acabou de ser publicado.
Tudo começou em 2003. Quatro cientistas que trabalhavam na Universidade da Califórnia em Berkeley escolheram um problema socialmente relevante para demonstrar o poder das novas técnicas de biologia sintética que desenvolviam. Escolheram a artemisinina, um dos mais potentes antimaláricos conhecidos. Ela foi descoberta em uma planta originária da China, a Artemisia anura, mas nunca foi utilizada em larga escala. Sua síntese por métodos químicos é difícil. Até hoje, a pouca quantidade de artemisinina disponível é extraída da árvore, cultivada em diversos países. O resultado é que a produção é incerta e o custo, alto. O objetivo era transplantar todos os genes necessários para
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a síntese desse composto para um organismo simples, que produzisse muita artemisinina, usando como alimento um composto muito barato. O escolhido foi o Saccharomyces cerevisiae, o fungo usado para produzir a cerveja e o etanol. Esse fungo transforma o açúcar do caldo de cana em etanol. O trabalho consistia em produzir uma variedade desse fungo capaz de tornar açúcar em artemisinina. Para levar adiante o projeto foi feito um acordo inovador com a Bill e Melinda Gates Foundation. Segundo o biólogo Fernando Reinach, a fundação financiaria o desenvolvimento do projeto, com uma condição: os pesquisadores abririam mão de todos os direitos sobre a propriedade intelectual do produto final, de modo a garantir que ele chegaria aos pacientes com o menor custo. Em troca, a fundação permitiu que a tecnologia gerada pelo projeto fosse propriedade exclusiva dos pesquisadores, que poderiam usar o conhecimento para desenvolver produtos comerciais. Entre 2004 e 2008, a empresa descobriu como a árvore produzia artemisinina, isolou os genes que produziam a molécula e colocou esses genes em uma cepa do fungo. Foram mais de 17 genes isolados, modificados e combinados no novo hospedeiro. Dessa maneira, toda a linha de montagem da molécula de artemisinina foi transferida para o fungo, e ele começou a produ-
zir o ácido artemísico. Em seguida, essa "fábrica" de ácido artemísico, montada no interior de um ser vivo, teve de ser otimizada, garantindo que grande parte do açúcar utilizado fosse convertido em ácido artemísico. Por volta de 2008 a cepa estava pronta. Mais de 50 cientistas trabalharam no projeto durante cinco anos, gastaram mais de US$ 30 milhões e o projeto ainda não havia terminado. Um método de produção em escala industrial foi desenvolvido, a purificação do ácido artemísico foi padronizada e uma maneira barata de converter o ácido artemísico em artemisinina acabou descoberta. Esses últimos passos foram feitos em colaboração com uma indústria farmacêutica. No final de 2012 estava tudo terminado. A primeira batelada foi produzida e o trabalho científico descrevendo a tecnologia, publicado. Mas a história não acaba aqui. Talvez você já tenha visto diversos ônibus circulando em São Paulo com os seguintes dizeres: EcoFrota - Movido a Diesel de Cana. O diesel que move esses ônibus é produzido em Brotas, no interior de São Paulo. A fábrica, recém-inaugurada, é capaz de transformar a garapa de 1 milhão de toneladas de cana em diesel e outros produtos químicos. Funcionando desde janeiro, esta fábrica produz diesel utilizando uma cepa de Saccharomyces construída usando a tecnologia desenvolvida para produzir artemisinina. Fonte: Fernando Reinach, Biólogo ME
O fungo Saccharomyces cerevisiae é capaz de torna o açucar em artemisinina
A cada ano, 200 milhões de pessoas contraem malária e 650 mil morrem por causa da doença
A artemisinina produzida por microrganismos, usando como matéria-prima o açúcar
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O trabalho científico descreve em detalhes esse feito tecnológico
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OX-FER Excelência em
comércio de ferro e aço
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demanda por aço e ferro no Brasil está crescendo fortemente. Só no que se refere ao aço, o País tem potencial para produzir no mínimo 90 milhões de toneladas em 2020. Grande parte dessa demanda crescente deve-se ao que está sendo chamado de “revolução urbanizacional", processo de urbanização que tem ocorrido nos países emergentes, entre eles o nosso, e também ao desenvolvimento dos processos de geração de energia. Esse cenário vem impulsionando a OX-FER Indústria e Comércio de Ferro e Aço a investir cada vez mais em qualidade total com o intuito de atender o mercado com a eficácia que vem marcando sua trajetória. A empresa atua desde 1986 no fornecimento de chapas de aço em oxicorte, guilhotina, dobra, cortes em plasma e serra, atendendo os setores petroquímico, automotivo, sucroalcooleiro, geração de energia, metal-mecânico, entre outros – em todo o território brasileiro. Criada com o intuito de levar ao mercado nacional um conceito de excelência no fornecimento de peças oxicortadas, a OX-FER realizou seu objetivo: é reconhecida e respeitada no mercado não só pela qualidade no atendimento aos clientes, como pelo maquinário de última geração e pela diversidade de produtos e serviços. Conquistou a Certificação de Qualidade ISO 9001:2008. Em 2008, a empresa deu um grande salto expansionista: inaugurou sua nova sede no bairro de Itaquera, na capital paulista, investindo em uma estrutura moderna
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e em equipamento de alta tecnologia. Ali, à Rua Hisaji Morita, 651, a empresa oferece, através de seu Centro de Serviços, produtos de qualidade aprimorada em oxicorte de 1/8" a 18", cortes a frio e dobra em até 5/8" x 400mm, e com serras até 1300mm x 200 mm e 7000mm de comprimento, e plana até ½". Oxicorte A OX-FER produz peças oxicortadas, como: retangulares, discos, anéis, modelos e desenhos, com espessura de até 18", produzidas com qualidade e precisão em maquinários de última geração. Corte e Dobra Oferece em seu centro de serviços peças cortadas e dobradas tais como: perfil "u", perfil "l", perfis especiais conforme desenho ou modelos, tiras e blanks, executadas em maquinários de última geração. Chapas Siderúrgicas Fornece chapas de aço carbono em diversas normas, tais como: astm a-36, sae 1045, astm a-572 gr 50, Rst 52.3, astm a-516 gr 60 e 70, entre outras - atendendo prontamente, com seu estoque de 8.000 toneladas, os setores metal-mecânico, petroquímico, sucroalcooleiro, automotivo, geração de energia (hydro e eólica), entre outros. ME
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Sustentabilidade no campo
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oje, as fazendas são como indústrias e exploram a terra com uma dramática eficiência. O desenvolvimento de uma agricultura sustentável, assim como a sustentabilidade em torno das áreas agrícolas, pode ser a chave para que consolidemos a condição de “celeiro do mundo” e sejamos capazes de garantir uma melhor condição de vida não só para as futuras gerações que vivem do campo e em suas redondezas como das necessitam de seus produtos para viver.
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eja pela necessidade cada vez maior e mais urgente por grandes quantidades de grãos e outros alimentos, impondo uma produção em larga escala; seja pelo desmatamento crescente provocando o desequilíbrio da cadeia alimentar e o surgimento de pragas; seja pelo sistema econômico que norteia a cadeia produtiva, armazenamento e logística desses alimentos, o resultado é preocupante: é cada vez maior o uso de pesticidas e adubos químicos poderosos provocando e acentuando a degradação dos solos e dos recursos hídricos no campo, assim como de produtos químicos sintéticos ou organismos geneticamente modificados, que agridem a natureza e são prejudiciais à saúde. Segundo especialistas, a adoção de práticas preocupadas com a sustentabilidade manteriam a biodiversidade protetora nas áreas agriculturáveis e impediriam o ataque constante de pragas, reduzindo a necessidade de inseticidas poderosos e adubos artificiais e, por sua vez, a contaminação dos sistemas hídricos, e, finalmente, promovendo a recuperação das terras degradadas. O desenvolvimento da sustentabilidade na agricultura pode promover uma maior conservação dos recursos naturais e da produtividade das áreas exploradas; reduzindo drasticamente o impacto da produção em larga escala no ambiente e otimizando a produção (e os lucros) com um mínimo de influência de elementos artificiais. Em paralelo, essas técnicas, ao serem difundidas nas comunidades, geram novas oportunidades de melhoria das condições de vida e fomentam o desenvolvimento das cidades existentes ao redor das áreas produtivas.
Agricultura orgânica ou ecológica Convencionou-se chamar de agricultura orgânica todos os modelos de agricultura alternativa em que a produção de alimentos bane o uso de produtos químicos sintéticos. A agricultura orgânica ganha caráter sustentável, pois persegue três objetivos principais: a conservação do meio ambiente, a formação de unidades agrícolas lucrativas e a criação de comunidades agrícolas prósperas. Em um ambiente em equilíbrio, todos os seres vivos convivem em proporções que asseguram a sobrevivência das espécies, membros da cadeia alimentar decorrente do processo de evolução. Em um sistema agrícola convencional, o ambiente natural é transformado em um ambiente alterado, pois se cultiva uma única espécie vegetal em áreas extensas, semeada em solo revolvido, nu e acrescentado de corretivos e fertilizantes químicos inorgânicos e solúveis. Nesse solo parcial ou totalmente descoberto, revolvido por implementos agrícolas, os raios solares incidem diretamente, diminuem a umidade e aumentam o calor; ora, a capacidade de retenção de água é essencial a todo ser vivo. Nessas condições, os microorganismos decompositores de matéria orgânica já não encontram condições de vida no solo, assim como outros
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Sustentabilidade organismos benéficos (insetos, aracnídeos, fungos, bactérias, vírus, por exemplo) que são inimigos naturais de parasitos ou, ainda, predadores de insetos daninhos. Ocorre a morte também de minhocas e de outros decompositores que reciclam nutrientes e que fazem o papel de arados vivos, função muito importante para a estrutura do solo. Quanto à ocorrência constante de pragas na agricultura convencional, o biólogo e pesquisador francês Francis Charboussou desenvolveu, em 1969, uma contundente teoria, conhecida como teoria da trofobiose: a susceptibilidade da planta a insetos está diretamente ligada a fatores como a adubação mineral e o uso de pesticidas, que interferem no equilíbrio entre a síntese e a decomposição de proteínas no processo de crescimento vegetal. De acordo com essa teoria, a planta com nutrição equilibrada apresenta uma resistência natural a insetos, pois se compõe de maior quantidade de proteína e menor de aminoácidos. Em uma lavoura tradicional, os insetos fitófagos encontram abundância de alimento na forma de aminoácidos, assim como a redução de inimigos naturais devido à destruição de áreas de refúgios e das condições ambientais ideais (temperatura, umidade, diversidade alimentar). Desse quadro resultam ótimas condições de desenvolvimento e multiplicação dos insetos fitófagos que, em grande número, causam maiores prejuízos e ganham o “status” de praga. O controle normalmente é efetuado com produtos químicos sintéticos que, por sua vez, causarão maior desequilíbrio no ambiente e provocarão ressurgimento ou aparecimento de novas pragas; esse fato justificará novamente o controle químico e assim por diante, num processo em cadeia que se reflete na dependência cada vez maior de insumos. Como consequência direta, cerca de 22 novas espécies de praga aparecem a cada ano. No entanto, outras medidas de controle não agressivas ao ambiente podem ser tomadas, tais como utilização de métodos mecânicos, mudança ou implemento de práticas culturais, emprego de variedades mais resistentes, uso de insumos biológicos, entre vários exemplos possíveis. As técnicas utilizadas em agricultura orgânica buscam mobilizar harmoniosamente todos os recursos disponíveis na unidade de produção, com base na reciclagem de nutrientes e maximização do uso de insumos orgânicos gerados in loco. Busca-se também reduzir o impacto ambiental e a poluição; evitar a mecanização pesada; utilizar, quando necessário, tratores leves, aração superficial ou plantio direto que aumentem a produtividade; minimizar a dependência externa das matérias primas; otimizar o balanço energético da produção; produzir alimentos baratos e de alta qualidade biológica; suprir necessidades nacionais internas e gerar excedentes exportáveis. Ou seja, a agricultura orgânica não é apenas a produção sem agrotóxicos ou adubos sintéticos químicos. Ela envolve outras tecnologias que são importantíssimas para viabilizar a produção. A base de toda essa tecnologia é a natureza. A produção or-
3 gânica tem como premissa a produção em harmonia com a natureza, isto é, observando as leis ecológicas e utilizando-as para o bem do ser humano, mediante a produção de alimentos saudáveis e isentos de quaisquer contaminantes nocivos. Faz uso da biodiversidade, respeita a sustentabilidade da produção, prega a utilização do controle biológico de pragas e doenças das culturas, o emprego de adubos orgânicos e minerais naturais, enfim, uma lista extensa de técnicas de produção orgânica. Resumindo: toda agricultura orgânica prima pelas diretrizes de ser ecologicamente correta, socialmente justa, economicamente viável e culturalmente aceita. Hoje, no mundo, essa agricultura considerada sustentável cresce vertiginosamente em média 30% ao ano. Na Europa e nos Estados Unidos, já é uma realidade bem mais sedimentada do que no Brasil, onde há projetos avançados mas apenas em determinadas regiões. Em dezembro de 2003, o Governo Federal instituiu a Lei nº 10.831 que regulamenta a agricultura orgânica.
Agroecologia em assentamentos
Pequena empreendedora agrícola alcança certificação orgânica para sua produção e já planeja alcançar novos nichos de mercado.
A empreendedora Ivone Ribeiro Machado trabalhava de domingo a terça-feira, realizando entregas de frutas e verduras nas escolas. Nos outros dias, plantava hortaliças em seu terreno (no assentamento Chapadinha, localizado no Lago Oeste, em Sobradinho, no Distrito Federal), para consumo próprio e vendia a produção excedente. Foi assim até 2011, quando decidiu parar de realizar entregas e se dedicar exclusivamente ao projeto Produção Agroecológica Integrada Sustentável (Pais), uma iniciativa promovida pelo Sebrae no DF em parceria com a Fundação Banco do Brasil e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). O Pais é uma tecnologia social executada em torno de um sistema de anéis destinados a diferentes tipos de culturas como verduras e legumes. Ao utilizar essa metodologia, o produtor aproveita o centro para a criação de pequenos animais e o esterco é utilizado para adubar a produção. Cada produtor recebe um kit, com caixas-d’água, madeira, telas, sistema de irrigação por gotejamento, entre outros itens, para iniciar a produção. É um procedimento que favorece a agricultura sustentável, sem uso de agrotóxicos, e preserva o meio ambiente. Ivone conta que, no início, alguns moradores ficaram com receio de participar, pois se tratava de uma iniciativa nova e eles não sabiam se daria certo. Ela preferiu arriscar a ficar com medo. Os sete produtores iniciais, a maioria mulheres, realizaram um mutirão para instalar o Pais nas propriedades e, quando terminaram o primeiro, fizeram um almoço e brincaram que um dia iriam organizar um almoço de comemoração. A brincadeira se tornou realidade e, no fim de 2012, elas ofereceram uma farta refeição aos representantes das entidades de apoio ao projeto, comemorando 82 unidades implantadas em todo o Distrito Federal.
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A empreendedora começou com cinco anéis para produzir as hortaliças, dois a mais que o indicado inicialmente para o projeto. Até o fim de 2012, já eram 11 e o sonho é crescer ainda mais. Se antes ela recebia aproximadamente R$ 5 mil com as entregas de domingo a terça-feira, no primeiro semestre de 2012, Ivone conseguiu vender R$ 9 mil em hortaliças, cerca de R$ 1,5 mil por mês. A meta, agora, é alcançar R$ 60 mil por ano. A empreendedora participa de diversas feiras e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que possibilita aos agricultores a venda de produtos para o governo federal. Outra boa novidade para Ivone foi a certificação orgânica de sua produção, obtida este ano, e, agora, a expectativa é alcançar novos nichos de mercado. Em suas terras, ela também planeja plantar uma agrofloresta, com lavoura de cem mudas de frutas e árvores do cerrado, além de 70 plantas de caju.
Para conscientizar os fornecedores agricultores sobre a produção sustentável, a Bringe tem investido na capacitação (promoveu 60 cursos ao longo do ano de 2012 ) e reforçado a vigilância
Substituição de combustíveis fósseis por biomassa Com 150 fábricas, usinas e centros de distribuição por 19 estados, a Bunge – maior empresa de agronegócio do país – fez um grande avanço na área ambiental em 2011: diminuiu suas emissões de gases de efeito estufa em 20% em relação ao ano anterior. Isso foi possível com a substituição de combustíveis fósseis por biomassa – bagaço de cana, casca de arroz e resíduos de madeira, por exemplo – no aquecimento das caldeiras de seus processos industriais, como para a extração de óleo. O uso mais intenso de biomassa ajudou a empresa a aumentar a participação da energia renovável de 91% do total consumido em 2010 para 93% em 2011. Aproveitando a energia elétrica produzida pela queima do bagaço de cana, a Bunge gera hoje 78% de suas necessidades. A meta é tornar-se autossuficiente até 2014. “Queremos produzir cada vez mais, mas sem degradar o ambiente e os recursos naturais”, diz Pedro Parente, presidente da Bunge. Para alcançar esse objetivo, um dos pontos mais críticos é a produção no campo, uma vez que a empresa não tem controle total sobre as práticas de seus fornecedores. Para conscientizar os agricultores sobre a produção sustentável, a Bunge tem investido na capacitação – promoveu 60 cursos ao longo do ano de
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O etanol de cana-de-açúcar é considerado o biocombustível que causa menor impacto ao meio ambiente
2012 – e reforçado a vigilância. Em 2011, de um universo de 16 mil produtores com os quais faz negócios, a Bunge suspendeu os contratos de compra de 222 que descumpriram a legislação ambiental ou trabalhista.
Cana-de-açúcar: sustentável no carro e no campo A indústria sucroenergética foi por muito tempo vista como vilã, pelos impactos ambientais que causaria. Entretanto, de acordo com informações da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), o World Watch Institute aponta que o balanço energético do etanol brasileiro, ou seja, a energia contida no combustível em comparação com a energia fóssil usada para produzi-lo, é cerca de quatro vezes maior que a do etanol de beterraba e a do trigo e quase cinco vezes superior à do álcool produzido de milho. O etanol de cana-de-açúcar é o biocombustível que causa menor impacto ao meio ambiente. É uma fonte renovável de energia, e suas vantagens já foram reconhecidas inclusive pelo órgão ambiental norte-americano, EPA (Enviromental Protection Agency). Para se ter ideia, os resíduos gerados na produção de açúcar e álcool, principalmente bagaço, torta filtro e vinhaça, têm sido cada vez mais valorizados nas usinas, tornando o ciclo da cana
sustentável. São métodos mais baratos e inteligentes. Além disso, colheita mecanizada é uma realidade no Estado de São Paulo e, com isso, a queima da palhada, que gera grande quantidade de CO2 - um dos gases causadores do efeito estufa -, está desaparecendo das lavouras canavieiras. No Brasil, o segmento está sendo considerado como bastante avançado na parte sustentável. Uma usina modelo é altamente produtiva, tanto no campo como na indústria, aproveitando, com alta eficiência, os subprodutos gerados em seus processos. O bagaço, originado da extração do caldo da cana, tem alto teor de fibra e é usado na geração de calor para os processos de industrialização de açúcar e álcool. Hoje, as usinas sucroalcooleiras do Brasil são autossuficientes em energia, graças à produção de vapor por meio da queima do bagaço e, em alguns casos, de folhas e ponteiros (que antes eram queimados ou deixados no campo). Assim como o etanol, o bagaço também é uma fonte de energia mais limpa, na comparação de sua queima com a de outros combustíveis fósseis, uma vez que não libera compostos com base de enxofre. A energia gerada pelas usinas é superior às suas necessidades e pode ser usada de forma complementar
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Sustentabilidade à energia hidrelétrica, uma vez que a produção acontece no período se secas no Centro-Sul [de abril a novembro]. Já as cinzas restantes da queima do bagaço retornam às lavouras como fertilizantes. A vinhaça (subproduto de calda na destilação do licor de fermentação do álcool), por sua vez, pode ser empregada na fertirrigação dos canaviais, garantindo redução de gastos com adubo e aumento da produtividade agrícola. Segundo especialistas, a vinhaça melhora o condicionamento da superfície do solo e proporciona ganhos de, pelo menos, cinco toneladas de cana por hectare em relação ao potássio proveniente de adubo químico. Como o produto pode ser tóxico em doses altas, cada usina precisa de um projeto específico. A definição do volume de vinhaça que deverá ser aplicada em uma área depende de uma análise responsável do solo. A torta de filtro (subproduto do açúcar) também é rica em compostos orgânicos e minerais e ainda é utilizado como fertilizante nos canaviais. Bem combinadas, a vinhaça e a torta de filtro podem suprir 100% das necessidades nutricionais de um canavial.
Outras ações sustentáveis Outros exemplos importantes de ações sustentáveis: exploração dos recursos vegetais de florestas e matas, garantindo o replantio; preservação de áreas verdes não destinadas à exploração econômica; uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica); reciclagem dos resíduos sólidos e exploração do gás liberado em aterros sanitários como fonte de energia; e consumo controlado da água, visando evitar o desperdício, além da assunção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos; entre outras.
Na próxima edição: ÁGUA À BEIRA DO ESTRESSE
Fontes: Revista Interações/UCDB; Sebrae; Wikipédia; Guia Exame; portalorganico.com.br; ambientes. ambientesbrasil.com.br;.atitudessustentaveis.com.br; agrolink.com.br
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desenvolvimento meio ambiente
14 usinas
sucroalcooleiras renovam selo Etanol Verde Manter-se na lista do programa Etanol Verde implica em uma série de investimentos.
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té o fim de junho último, 14 usinas sucroalcooleiras da região de Presidente Prudente haviam renovado o compromisso com o Protocolo Socioambiental, que faz parte do Programa Etanol Verde. O número indica queda em relação a 2012, quando 18 agroindústrias regionais ostentavam o certificado. No entanto, as empresas que perderam o selo já abandonaram a moagem da cana. É o caso das usinas Floralco Açúcar e Álcool, de Flórida Paulista, Decasa, de Caiuá, Usina Alvorada do Oeste, de Santo Anastácio, e a unidade de Narandiba da Umoe Bioenergy. A mecanização da colheita da cana é uma das bandeiras do Protocolo Socioambiental, criado em 2007 pelo governo estadual. Atualmente, segundo dados da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Única), 72% das usinas paulistas não fazem mais a queima da palha da cana. No caso das empresas ligadas à Única, o
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índice sobe para 85% no Estado. “A obrigação legal é de mecanizar totalmente a colheita até 2021, mas as usinas que aderiram ao plano se comprometeram a atender à exigência antes de 2014”, afirma o consultor técnico da única, Alfred Schwartz. Contudo, manter-se na lista do programa Etanol Verde implica uma série de investimentos aos usineiros. De acordo com Schwartz, uma única colheitadeira, com seus equipamentos auxiliares, pode chegar a R$ 1,5 milhão. Além disso, outras ações fomentadas pelo programa, como a redução do consumo de água na produção sucroalcooleira, necessitam de gastos elevados com infraestrutura. Acompanhamento Manifestar interesse pelo certificado é o primeiro passo para que a usina seja outorgada com o selo Etanol Verde, mas a Secretaria de Meio Ambiente pondera que, para manter o título, é necessário comprovar que o plano está sendo cumprido. O acompanhamento do Protocolo Agroambiental é realizado por um grupo executivo, por meio da apresentação de relatórios e planilhas de dados e visitas técnicas às indústrias. Uma das usinas a sustentar o selo desde a criação do protocolo, em 2007, é a unidade de Sandovalina da Umoe Bioenergy. A indústria produz 220 milhões de litros de álcool por ano, resultado da moagem de 2,6 milhões de toneladas de cana. “Ter o selo é motivo de orgulho, pois comprova que estamos gerando empregos, energia e desenvolvimento para a região de maneira sustentável, ou seja, cumprindo com as normas estabelecidas pelo governo e mantendo ações de preservação e respeito ao meio ambiente”, afirma a assessoria. Acordo pioneiro O Protocolo Agroambiental surgiu como um acordo inédito entre as Secretarias Estaduais do Meio Ambiente e da Agricultura e Abastecimento e o Setor Sucroenergético, representado pela Única e pela Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana), “visando criar mecanismos para estimular e consolidar o desenvolvimento sustentável da indústria da cana no Estado”. A mecanização da colheita, o gerenciamento racional da água e dos resíduos, além da recuperação de matas ciliares, estão entre as principais metas do plano. Fonte: O Imparcial ME
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Imagem: Divulgação
Embrapa lança novas árvores do conhecimento sobre
espécies com potencial energético O assunto é destaque da pauta científica internacional, principalmente considerando-se o provável esgotamento das fontes de energia fóssil já nas próximas quatro ou cinco décadas. Aliado a isso, está a necessidade urgente de alternativas que conciliem o desenvolvimento à sustentabilidade e, em especial, às alterações climáticas.
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amona, gergelim e agroenergia são os temas das três novas Árvores do Conhecimento lançadas pela Agência de Informação Embrapa (AIE), resultado da parceria entre a Embrapa Informação Tecnológica (Brasília/ DF), a Embrapa Informática Agropecuária (Campinas/SP), Embrapa Algodão (Campina Grande/PB) e Embrapa Agroenergia (Brasília/DF). Estão disponíveis para a consulta 28 árvores na categoria Cultivo, três da categoria Criações e nove temáticas. Cultivada principalmente na região Nordeste do Brasil, a mamona (Ricinus communis L.) é uma das espécies mais versáteis e de maior potencial de uso na indústria, entre as quais a de próteses ósseas e a de lubrificantes de motores. Desde 1987, a Embrapa coordena pesquisas na área e já desenvolveu quatro cultivares e vários sistemas de informação. Na Árvore do Conhecimento Agroenergia, a proposta foi reunir e oferecer informações sobre as formas de obtenção de energia proveniente da agricultura, a partir de quatro grandes temas: álcool,
biodiesel, florestas e resíduos (dejetos agropecuários da agricultura). O assunto é um dos principais destaques da pauta científica internacional, principalmente considerando-se o fato de que vários estudos apontam para o esgotamento das fontes de energia fóssil já nas próximas quatro ou cinco décadas. Aliado a isso, está a necessidade urgente de alternativas que conciliem o desenvolvimento à sustentabilidade e, em especial, às alterações climáticas. Socioeconomia, pesquisa, desenvolvimento e inovação, e o Plano Nacional de Energia (PNE 2030) são outros temas também abordados e complementados com material de consulta. O gergelim (Sesamum indicum L.), uma das oleaginosas mais antigas e usadas pela humanidade, é o tema de outra das novas árvores do conhecimento lançadas. Introduzido no Brasil pelos portugueses, no século XVI, é plantado tradicionalmente na região
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Rolls-Royce entrega sua primeira embarcação ecológica
Nordeste para consumo local, e vem sendo explorado comercialmente no Centro-Sul, especialmente no estado de São Paulo, que atende ao segmento agroindustrial de óleos e de alimentos in natura. As novas Árvores do Conhecimento da Agência de Informação Embrapa estão disponíveis no endereço: www.embrapa.br/ agencia ME
A Rolls-Royce, empresa global de sistemas de energia, presente no Brasil há mais de 50 anos, realizou a entrega de sua primeira embarcação do conceito Environship. O navio projetado pelo Grupo é capaz de reduzir em 40% as emissões de dióxido de carbono (CO2) no meio ambiente, quando comparado a outros navios similares movidos a diesel. Isso é possível graças à combinação de tecnologia de ponta, que inclui uma proa do tipo “wave piercing” (que perfura ondas) e um motor movido a gás natural. A primeira embarcação do conceito Environship, batizada de Eidsvaag Pioner, foi entregue à companhia norueguesa Eidsvaag AS. Em pouco tempo, deverá entrar em serviço na costa da Noruega, garantindo que peixes de fazendas produtoras da região sejam alimentados durante todo o ano. O conceito Environship, que poderá ser adaptado para diferentes tipos de embarcações, incorpora uma gama de tecnologias responsáveis por reduzir impactos ambientais e, ao mesmo tempo, garantir ganho de eficiência. ME
Primeira embarcação do conceito Environship, capaz de reduzir em 40% as emissões de dióxido de carbono (CO2), foi entregue à companhia norueguesa Eidsvaag AS
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Estado promete tratar 100% do esgoto até 2019
Grande SP será a última região a ter coleta total de dejetos; plano do governo começa no interior
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Estado de São Paulo pretende ter 100% de esgoto tratado até 2019. A promessa foi feita em abril último pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), durante evento em que anunciava um convênio com a iniciativa privada para limpar os rios Pinheiros e Tietê e reurbanizar seu entorno. A meta do governo é tratar todo o esgoto das cidades do interior do Estado até o ano que vem. Em 2016, ficariam prontas as estações de tratamento dos municípios do litoral. Três anos depois, seria concluída a operação para ter coleta dos dejetos na Região Metropolitana de São Paulo. " A universalização do tratamento do esgoto é uma questão de saúde pública. Vai afastar o esgoto de perto das casas das pessoas e vai propiciar a recuperação dos rios", afirmou Alckmin. Investimento Para conseguir limpar os rios que cortam a metrópole, o governo depende da ajuda da iniciativa privada. Um convênio já foi assinado com o Movimento Brasil Competitivo (MBC) - uma organização criada por empresários em 2001. O MBC deverá contribuir com
a gestão do projeto de despoluição, tentando deixar os processos mais eficientes. Nos últimos 20 anos, o investimento na limpeza dos rios foi capaz de reduzir a mancha de poluição em 160 quilômetros, segundo o governo. Em 1993, a mancha estendia-se por 260 quilômetros até Barra Bonita, na região de Bauru. Atualmente, tem 100 quilômetros e chega até a cidade de Salto, na área de Sorocaba. Na prática, a limpeza dos rios Tietê e Pinheiros depende de um pente-fino em rios menores que cortam a Grande São Paulo, na opinião do engenheiro e ex-deputado estadual Rodolfo Costa e Silva. Costa e Silva foi designado como coordenador do Comitê de Requalificação Urbana e Social das Marginais. "Estamos procurando garantir a qualidade dos rios da nascente para a frente. E precisa funcionar uma articulação com os municípios para conseguirmos fazer isso. Vamos ter que ter metas no curto prazo, além das metas de longo prazo", disse Costa e Silva. "A proteção dos quase 200 rios menores é importante para o Tietê", afirmou o engenheiro. Segundo ele, será preciso unificar dados e projetos de cidades e do próprio governo do Estado para que a limpeza seja eficiente. "Na hora que você limpa o rio, tem de garantir a qualidade do rio, garantir oxigênio e vida nele o ano inteiro." O governador afirmou que é injusta a comparação do Tietê com rios de outras grandes cidades do mundo, como o Sena, em Paris, e o Tâmisa, em Londres. "Aqui na capital, o Tietê é um rio de cabeceira. Está a 700 metros de altura e não tem muita água. Esses outros rios são de foz, estão pertinho do mar, então a poluição é muito mais diluída. " Fonte: O Estado de S.Paulo ME
desenvolvimento
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Divulgação
mercado empresarial
Nova tecnologia de fabricação de telas de ranhura contínua
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ecém instalado no parque fabril da Equilíbrio, em Sertãozinho, SP, o mais novo equipamento para produção de telas de ranhura contínua tem procedência inglesa, conta com a mais avançada tecnologia e garante aumentar a capacidade produtiva da empresa em aproximadamente quatro vezes. Isso porque, de 400 a produção de telas deve subir para 1500 m2/mês em horas normais de trabalho, segundo Danilo Daniel dos Santos, gerente administrativo da empresa. Além de ser um equipamento mais moderno e com capacidade produtiva superior, a maior penetração da Equilíbrio no mercado externo, sobretudo, no setor de açúcar e etanol, o planejamento para entrada em novos mercados e a crescente demanda por esse tipo de telas, foram determinantes para que o investimento fosse concluído. “Com a nova máquina pretendemos também alcançar as nossas projeções para os próximos anos”, acrescenta Santos. Já em operação, o novo equipamento apresenta di-
ferenciais significativos em velocidade produtiva e variedade de construção de telas, o que permite atender outros setores com maior precisão e qualidade. Outro destaque é a possibilidade de fabricar a mesma tela com diferentes materiais como o aço galvanizado e o aço carbono, além do inox de diferentes composições químicas. A decisão de adquirir um equipamento importado, segundo o gerente, é que ainda não há equipamentos com as mesmas similaridades no mercado nacional. Para capacitar os operadores, foram realizados treinamentos tanto no fabricante quanto na fábrica da Equilíbrio. “Com esta aquisição, nossa intenção é fornecer telas para aplicações industriais diversas, com mais agilidade e qualidade”, argumenta. De acordo com Santos, a perspectiva é atender ainda outros segmentos, fora o sucroenergético, como é o caso dos setores cimenteiro, celulose e papel, saneamento básico e alimentício. ME
Diferenciais significativos em velocidade e variedade produtiva
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Usinas formam parcerias para desenvolver novos produtos da cana O Em busca da matéria-prima para ir além do açúcar e do etanol
canavial brasileiro continua despertando o interesse de gigantes do agronegócio mundial, em busca da matéria-prima para ir além do açúcar e do etanol. Um exemplo dessa busca aconteceu em janeiro último, quando o primeiro carregamento de farmaceno, um hidrocarboneto produzido a partir do caldo da cana, foi entregue. O projeto é resultado de uma parceria entre a americana Amyris e a Paraiso Bioenergia, associada da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). Usado na fabricação de combustíveis, cosméticos, polímeros e lubrificantes, o farneceno renovável, que também é conhecido como Biofene, é a substância base de quase três mil produtos. Segundo a Agência Safra de Notícias, a fábrica, localizada na região de Brotas (SP), contou com investimento de quase US$ 60 milhões por parte da Amyris e é a primeira instalação industrial própria da companhia no mundo a usar a cana para a obtenção da substância química. A carga inicial de biofene atenderá a demanda por diesel de cana nas cidades de São Paulo e Rio
de Janeiro, abastecidas em parceria com a Petrobras Distribuidora. Nas duas principais metrópoles brasileiras, já existem ônibus urbanos que utilizam o diesel de cana misturado ao diesel convencional, de origem fóssil. No decorrer de 2013, parte da produção atenderá outros mercados, como o de emoliente para a indústria cosmética. "A cana-de-açúcar é uma ótima escolha devido a seu alto rendimento por área plantada e a excelente contribuição para reduzir a emissão de gases que causam o efeito estufa (GEEs). Demonstra ainda o dinamismo do setor sucroenergético na produção de uma gama maior de produtos sustentáveis," explica o vice-presidente da Amyris, Joel Velasco. Já para o diretor presidente da Paraíso Bioenergia, Dario Costa Gaeta, a empresa conseguiu atrair essa sociedade porque mostrou a mentalidade de entender o outro lado. "A fábrica precisa funcionar 12 meses por ano e não apenas oito
mercado empresarial
como uma unidade comum de processamento de cana. Por isso, estamos montando uma estrutura para que qualquer parceria que venha para cá, consiga se adaptar." disse. Gaeta acrescenta que apostar em produtos diversificados e com valor agregado é o futuro. "Quem fizer commodities, obrigatoriamente precisa ser grande e, principalmente, investir. Ou você tem produtos de valor agregado ou fará parte de uma gigante," finaliza. Tanto Amyris quanto Paraiso prevêem que quando atingir sua capacidade plena, a tecnologia empregada na fábrica, que modifica microrganismos (leveduras) e dá a eles a propriedade de transformar açúcares em produtos químicos e combustíveis renováveis alternativos, permitirá alcançar uma produção de cerca de 1 milhão de toneladas de farneceno de cana-de-açúcar por ano. Além da relação comercial com a Paraíso, a Amyris estuda sociedades com outras empresas do setor sucroenergético. Segundo Velasco, um dos próximos projetos a entrar em funcionamento é a fábrica de Pradópolis (SP), desenvolvida em parceria com a São Martinho, também associada da UNICA. "40% da construção deste complexo industrial já foi concluída, porém decidimos focar nossos esforços na unidade de Brotas por ser em menor escala, o que nos permitirá aperfeiçoar alguns processos," destaca.
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Óleo de cana Em abril de 2012, a americana Solazyme e o Grupo Bunge anunciaram um investimento de US$ 100 milhões na formação de joint-venture para a construção e operação de uma fábrica de óleos renováveis, em área adjacente à usina Moema, em Orindiuva (SP), também associada à UNICA. O início das atividades está previsto para este segundo semestre de 2013. A parceria vai operar com o nome Solazyme Bunge Produtos Renováveis Ltda. e utilizará a tecnologia de produção de óleos customizados da Solazyme aliada à capacidade de produção e processamento de cana da Bunge. O objetivo é a produção de óleos triglicérides customizados, usados em aplicações industriais não alimentícias no mercado doméstico brasileiro. "Com o anúncio deste investimento, a Bunge, presente no Brasil há 107 anos, reforça seu compromisso com o desenvolvimento do País, participando não só do crescimento sustentável do agronegócio brasileiro, como também do desenvolvimento de novas tecnologias que alavanquem a produtividade e a excelência industrial, gerando empregos e riqueza," afirma o presidente e CEO da Bunge Brasil e presidente do Conselho Deliberativo da UNICA, Pedro Parente. Para o consultor de Emissões e Tecnologia da UNICA, Alfred Szwarc, essas parcerias, além de comprovar a versatilidade da cana-de-açúcar, demonstram que o mercado de novos produtos segue em plena expansão. "A cana tem um potencial enorme para a economia do País. Não bastasse a fabricação do açúcar e do etanol, ela pode, através de novas tecnologias, servir de matéria-prima para inúmeros produtos, ampliando oportunidades e contribuindo cada vez mais para o crescimento do mercado de produtos derivados da quimica verde," destaca. ME
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Etanol de casca de eucalipto na mira das pesquisas
Uma tonelada de cana produz cerca de 80 litros de etanol, enquanto uma tonelada de casca fresca de eucalipto produz 106
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etanol proveniente das cascas do eucalipto ainda não está disponível em escala comercial, mas já está presente nos laboratórios do curso de engenharia de energia da PUC Minas, onde estudantes do segundo período, orientados pelo professor Otávio de Avelar Esteves, obtiveram o biocombustível a partir do processamento dessa parte específica da planta. Vale lembrar que enquanto as reservas de petróleo do mundo se tornam mais escassas e de mais difícil acesso e os preços dos combustíveis fósseis sobem, a demanda por etanol cresce no país com a expansão da frota de veículos flex, mas não é acompanhada por um aumento proporcional na produção. É por essas razões que os estudantes de Minas Gerais defendem que o procedimento deva ser adotado em larga escala no país. "Uma tonelada de cana produz cerca de 80 litros de etanol, enquanto uma tonelada de casca fresca de eucalipto produz 106, ou seja, no mínimo 20% a mais. É importante
lembrar que a casca degrada mais rapidamente que a cana e perde açucares mais rapidamente", destacou ao jornal O Estado de Minas o pesquisador Juliano Bragatto, autor de uma tese de doutorado desenvolvida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), em novembro de 2011. Dados do estudo apontam que a casca do eucalipto tem 20% menos carboidratos do que a de cana, mas como ela tem mais hidratos de carbono que podem sofrer fermentação (83%, contra 65% da cana), em um balanço final a casca fresca de eucalipto teria uma vantagem de cerca de 6%. Bragatto acredita que a tendência de aproveitar a biomassa deva crescer nos próximos anos em todo o mundo e defende que o Brasil precisa aproveitar isso. "Nosso país é o que chamam de 'hotspot de biomassa', temos o bagaço da cana e o rejeito de eucalipto em abundância", explicou. O pesquisador lembrou que as condições climáticas e de luminosidade são ideais no país para o crescimento das culturas de cana e de eucalipto. Bragatto sugeriu que a casca de eucalipto deva começar a ser aproveitada pela indústria de celulose nos próximos anos para produzir bioplástico ou para etanol. Efeito de comparação Na comparação com a cana, o pesquisador observou que o caldo ganha da casca de eucalipto por produtividade: "Um hectare de cana-de-açúcar produz cerca de 6 mil litros de etanol, enquanto um de casca de eucalipto produz 2,6 mil litros. Já o hectare de milho e de beterraba produz cerca de 3 mil litros, e é bom lembrar que eles são alimentos." Fonte: Painel Florestal ME
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mercado empresarial
Ênfase na gestão de recursos hídricos
Inovação no processamento da palha de cana-de-açúcar Equipamentos modernos transformam a biomassa do campo em energia e etanol de forma mais eficaz, econômica e sem prejuízos ao meio ambiente
A john Deere apresenta
soluções em irrigação e uso eficiente da água
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recém lançada Solução Verde John Deere é um sistema completo de irrigação, composto de filtros, válvulas e do tubo gotejador D5000. Mais adequado e sustentável para culturas extensivas, D5000 possui parede fina, ideal para ser enterrado no solo e utilizado em culturas de cana, grãos e algodão. “O mercado de irrigação localizada, por gotejamento e micro-aspersão, tem um enorme potencial de crescimento”, afirma a gerente de Marketing da John Deere no segmento, Gislene Pessin. “O uso eficiente da água é fundamental para garantir uma agricultura sustentável e mais produtiva. É por isso que a John Deere está focada no desenvolvimento de tecnologias que forneçam soluções inovadoras e precisas para a gestão dos recursos hídricos”, diz. Entre as vantagens da irrigação localizada estão o aumento da produtividade, a eficiência na aplicação dos nutrientes por meio da fertirrigação e a redução no consumo de água e de energia elétrica. A técnica proporciona ainda uma maior uniformidade no cultivo, o plantio de duas ou mais safras na mesma área e a redução da utilização de mão-de-obra e máquinas para tratos culturais, diminuindo, dessa forma, o impacto no solo. Fonte: Plantar ME
Siltomac, indústria de máquinas agrícolas, trouxe solução inovadora para o recolhimento, enfardamento, carregamento e processamento da palha de cana-de-açúcar, facilitando o trabalho dos produtores. Após muita pesquisa em parceria com a Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), foram produzidos equipamentos modernos para transformar a biomassa do campo em energia e etanol de forma mais eficaz, econômica e sem prejuízos ao meio ambiente. A FINEP (Agência Brasileira de Inovação) financiou a Siltomac com cerca de R$ 7,5 milhões em crédito e subvenção e possibilitou a produção dessas máquinas. Agora, usinas de açúcar e etanol podem transformar o palhiço de cana-de-açúcar em biomassa alternativa. É possível utilizar de 20% a 80% da matéria orgânica que é deixada no solo após a colheita. O novo sistema de processamento traz diversos benefícios para o solo, diminui os custos de produção de cana-de-açúcar e etanol e ainda faz melhor controle das pragas. Desde 2008, a Siltomac realiza junto com a Unesp pesquisas visando à solução ideal para o mercado da agroenergia. ME
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Tecnologia para lavoura de cana
leva empresa paulista a ranking de inovação nos EUA
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s usinas de cana-de-açúcar "descobriram" o engenheiro eletricista Cléber Manzoni ( hoje dono da empresa de tecnologia para o setor sucroalcooleiro Enalta), pela primeira vez, em 1996. Então recém-formado, Manzoni, 40, era um dos poucos profissionais da área de eletrônica da região de Catanduva (SP), onde se concentram dezenas de empresas produtoras de cana. Por sua especialidade, foi chamado por uma usina para fazer a manutenção de máquinas com problemas na parte eletroeletrônica - se fossem enviadas aos Estados Unidos, onde eram fabricadas, o conserto poderia levar mais de um mês. O engenheiro encarou o serviço como um bico. Fazia o trabalho à noite, após o expediente em uma indústria da região. Mas a experiência de alguns meses trouxe a ideia que transformaria sua trajetória. "Percebi que havia uma demanda da indústria por informação de campo, sobre o que ocorria quando as máquinas estavam trabalhando", diz. "Senti que tinha uma oportunidade nas mãos." REENCONTRO Manzoni e a indústria de cana voltaram a se esbarrar uma década depois. Em 2008, após nove anos de pesquisa científica e sete patentes registradas, o primeiro produto da sua empresa, uma espécie de computador de bordo para máquinas agrícolas, foi
lançado. Hoje, a Enalta atende as cinco maiores usinas de cana do país, entre mais de 60 clientes, e expande suas fronteiras na América Latina. Seu faturamento saltou de R$ 1 milhão para R$ 13 milhões nos últimos três anos, graças à melhorias constantes, como um software de comando de voz que monitora o plantio e a irrigação. A trajetória levou a companhia sediada em São Carlos (SP) a figurar em uma lista anual das 50 empresas mais inovadoras do mundo, feita pela revista norte-americana "Fast Company". A publicação especializada em tecnologia, inovação e negócios considera fatores como velocidade da evolução, aprimoramento constante e ambição da proposta. A Enalta foi a única brasileira escolhida. Na 43ª posição, ficou à frente de empresas com Tumblr e, pode-se dizer, também do Facebook e do Twitter, que não apareceram no ranking. "A Enalta avançou enquanto as grandes indústrias brasileiras (de cana) vacilam", informou a revista, se referindo às dificuldades enfrentadas por usinas brasileiras nos últimos anos, com custos elevados e endividamento. Para José Carlos Hausknecht, consultor da MBAgro, a inovação desenvolvida pela empresa encontra terreno fértil no Brasil. "A
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pressão por aumento de eficiência no setor sucroalcooleiro é grande, diante do problema de rentabilidade das usinas, da dificuldade de abertura de novas áreas de plantio e da questão ambiental", afirma. O equipamento mede dados como peso da cana cortada, velocidade da colhedora e verifica até se o limpador de para-brisa foi acionado, para saber se houve chuva durante a colheita. "Com a leitura de informações em mais de 20 sensores espalhados nos tratores e colheitadeiras, conseguimos identificar problemas de produtividade e evitar acidentes", conta Manzoni. Essa "salada" de dados, por sua vez, é gerenciada pelo software da companhia, que fornece um mapa da produtividade do canavial. Ao atacar ineficiências, o ganho de produtividade pode chegar a 15% --ou "milhões de reais, dependendo da operação da empresa", diz Giandri Machado, diretor de negócios da Enalta. HISTÓRICO Os primeiros anos da companhia foram inteiramente dedicados à pesquisa e desenvolvimento. O primeiro impulso veio com um financiamento da Fapesp, em 2001, que permitiu
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que Manzoni e seu sócio na época (ele deixou a sociedade em 2008) se desligassem dos empregos e se dedicassem somente à empresa. Na mesma época, a companhia transferiu-se para São Carlos, onde ficou incubada no parque tecnológico ParqTec e fez parcerias com universidades e a Embrapa. No entanto, um dos maiores impulsos para a Enalta conquistar o mercado veio em 2010, quando recebeu um aporte de R$ 3,8 milhões do fundo de estímulo à inovação Criatec, do BNDES. "Enxergamos uma possibilidade de evolução enorme para a Enalta, com sua tecnologia inovadora e customizada para o agronegócio brasileiro", diz Francisco Jardim, gestor do Criatec São Paulo, que selecionou a companhia em 2010. O recurso permitiu à empresa lançar seu produto comercialmente. Até então, seu faturamento vinha da venda de pesquisas a outros grupos. Mas a veia de inovação continua ativa na empresa, que investe 20% da receita em P&D e mantém uma equipe de 22 pesquisadores. Agora, a companhia tenta desbravar novos mercados, como o de celulose e de mineração. A meta é faturar R$ 78 milhões em quatro anos. Fonte: Folha de São Paulo ME
Hoje, a Enalta atende as cinco maiores usinas de cana do país, entre mais de 60 clientes, e expande suas fronteiras na América Latina. Figura em uma lista anual das 50 empresas mais inovadoras do mundo
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Indústrias dos setores sucroenergético, cítrico, celulose e papel, mineração e saneamento básico podem desfrutar dessas novas tecnologias
Tecnologias em polímeros para proteção e recuperação aumentam vida útil de equipamentos
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odo equipamento que pode sofrer com a ação de agentes abrasivos, corrosivos ou de cavitação necessita de uma proteção para suportar a agressão desses agentes durante os mais variados processos aos quais são expostos, segundo Hércules Tchechel, presidente da Armo do Brasil. Em geral, bombas centrífugas, bipartidas e as de vácuo, válvulas rotativas, além de tubulações são as que mais sofrem com a força desses agentes destrutivos e apresentam maior procura pelas tecnologias de proteção e recuperação. No entanto, para executar esse tipo de serviço é necessário contar com uma mão de obra especializada. Tchechel explica que, cada processo que o equipamento é submetido, precisa passar por uma avaliação criteriosa. “Essa verificação envolve desde o tempo operacional diário até o tipo de agressão que o equipamento sofre. Esses dados ajudam a definir o tratamento mais adequado”, esclarece. De acordo com o presidente da Armo, muitas
empresas acabam aplicando os produtos sem os critérios corretos, o que pode prejudicar o bom funcionamento e até condenar o equipamento. “Problemas de cavitação e corrosão, por exemplo, são muito parecidos quando analisados a olho nu, porém exigem tratamentos diferenciados. Saber distinguir um do outro demanda um conhecimento técnico apropriado”, argumenta. Márcio José Bordolato, líder de manutenção em um dos 10 maiores grupos sucroalcooleiros do Brasil, diz utilizar os serviços de recuperação da Armo durante as paradas. “Já recuperamos algumas bombas e cabeçotes de filtro prensa em uma de nossas usinas e os resultados superaram nossas expectativas, além da assistência ser muito diferenciada”, comenta. A Armo realiza dois tipos de serviços que contam com as mais avançadas tecnologias em polímeros, um para recuperar equipamentos
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desgastados e outro para proteger equipamentos novos. Segundo Hércules Tchechel, esta segunda opção pode prolongar a vida útil do equipamento indefinidamente e se torna uma das mais indicadas. “Hoje, um dos grandes fatores de depreciação de uma indústria é o desgaste desses equipamentos. O empresário que compreende isto e investe na proteção do equipamento ainda novo, sabe que o retorno é garantido”, afirma. A técnica que recupera os dimensionais originais do equipamento ainda é a mais procurada, sobretudo, pelo setor sucroenergético, no entanto, indústrias dos setores cítrico, celulose e papel, mineração e saneamento básico, por exemplo, também estão atentas e podem desfrutar dessas novas tecnologias. Etapas e novidades Jateamento de limpeza, avaliação criteriosa, tratamento para descontaminação química, jateamento de rugosidade, aplicação técnica especializada de polímeros, acabamento e pintura. Estas são algumas das principais etapas para que as tecnologias de proteção e recuperação de equipamentos alcancem os objetivos de au-
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mentar a vida útil e atingir a mesma curva de produtividade de um maquinário novo. Nesse mundo de tecnologias químicas, novidades para melhores resultados aparecem a todo o momento. Segundo Tchechel, os polímeros existentes no mercado passaram por melhorias para aumentar a adesividade e a resistência química, permitindo trabalhar com pH do ácido ao alcalino (zero a 14), ampliando, desta forma, o leque de equipamentos que podem receber esses tratamentos. Foram lançados também produtos tixotrópicos, isto é, que não escorrem, muito utilizados em aplicações na vertical e que dão maior agilidade ao serviço. Outras novidades que a Armo disponibiliza são os polímeros a base de uretano para tubulações de vinhaça e vapor que, aplicados nas curvas das tubulações, proporcionam reforço estrutural do substrato metálico. Há ainda os polímeros emergenciais que, em cinco minutos, reparam válvulas, tubulações de vapor e são indicados principalmente para equipamentos da planta de produção e destilação do etanol, já que se trata de um processo de soldagem a frio. ME
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Pesquisas demonstram potencial energético da semente de tucumã Promissora fonte energética sustentável para comunidades das regiões onde a palmeira floresce
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tucumã-do-Amazonas é uma palmeira comumente encontrada na Amazônia central. Excepcionalmente tolerante a solos pobres e degradados, resiste a períodos de seca e também se espalha por toda a região amazônica, Guiana, Peru e Colômbia. Atinge até 20 metros de altura e suas folhas longas, semelhantes às do coqueiro, alcançam até 5 metros de comprimento. Encontrados em abundância ao longo do ano, os frutos são comestíveis ao natural e consumidos também na forma de sorvetes, sucos, licores e doces. A semente, um caroço duro e preto localizado no centro do fruto, é artesanalmente utilizada no preparo de anéis, brincos, pulseiras e colares, mas pode vir a ser uma promissora fonte energética sustentável para comunidades das regiões onde o tucumã floresce. É o que demonstra dissertação de mestrado defendida na Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) da Unicamp pelo aluno Claudio Silva Lira. De acordo com a orientadora Araí Augusta Bernárdez Pécora, atualmente não existem estudos sobre a utilização dessa biomassa e seu potencial como matéria-prima em processos de conversão térmica. A proposta da pesquisa foi, portanto, verificar as propriedades dos produtos fornecidos na pirólise da semente do tucumã (resíduo hoje descartado em aterros), visando a aproveitá-los como fonte energética em comunidades isoladas do Amazonas. Os resultados mostraram que o bio-óleo produzido na pirólise do tucumã tem potencial para ser utilizado como biocombustível e o carvão vegetal, também gerado no processo, poderia ser fonte de melhoria do solo e aditivo para fertilizantes.
Comunidades presentes na floresta Amazônica (bem como em outras regiões de difícil acesso no Brasil) dependem de energia elétrica gerada por meio de usinas termelétricas e o combustível utilizado é o óleo diesel. Contudo, salienta Claudio Lira em sua dissertação, as dificuldades de acesso a essas localidades em geral contribuem para comprometer o fornecimento de combustível, sobretudo no período de seca, já que todo o transporte é realizado exclusivamente por via fluvial. Outra desvantagem da geração de energia elétrica com combustível fóssil na região Amazônica reside em seu elevado custo, cita o pesquisador, que é natural de Manaus. Além disso, as termelétricas a diesel não contribuem para a economia local, pois não utilizam fontes regionais e exigem pessoal qualificado para sua operação, resultando em contratação de trabalhadores de fora da localidade. Desse modo, a geração de energia a partir de biomassa disponível nas próprias comunidades representaria uma solução sustentável para o problema do suprimento de eletricidade para áreas isoladas. Adicionalmente, a conversão de biomassa sólida em combustível líquido (bioóleo) por meio de pirólise teria a vantagem de simplificar o manuseio com transporte, armazenamento e utilização da biomassa, sem contar que o bio-óleo possui maior densidade energética do que a biomassa in-natura, enfatiza a pesquisa. Fonte: Jornal da Unicamp ME
Em sentido estrito, pirólise é uma reação de análise ou decomposição que ocorre pela ação de altas temperaturas. Ocorre uma ruptura da estrutura molecular original de um determinado composto pela ação do calor em um ambiente com pouco ou nenhum oxigênio. Entretanto, em sentido amplo, conceitua-se como pirólise todo e qualquer processo de decomposição ou de alteração da composição de um composto ou mistura pela ação de calor, nas condições acima descritas, como por exemplo a carbonização.
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grande sonho da geração sustentada e limpa de energia está na utilização da energia solar para produção de hidrogênio. Cientistas suíços agora parecem ter encontrado uma rota inusitada para realizar esse sonho. Jeremie Brillet e seus colegas da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL) criaram uma receita cujos ingredientes básicos são água e ferrugem, além de uma célula solar de baixo custo. O grande foco da pesquisa estava justamente em limitar os ingredientes a materiais baratos e que possam ser usados de forma escalonada, a fim de permitir que qualquer novo processo descoberto possa ser usado em escala industrial. Uma equipe norte-americana já havia conseguido produzir hidrogênio solar com uma eficiência impressionante de 12,4%. “O sistema é muito interessante de um ponto de vista teórico, mas com esse método custaria US$10.000 para produzir uma superfície de 10 centímetros quadrados," explica Kevin Sivula, orientador da pesquisa, referindo-se ao material responsável por capturar a energia solar e quebrar as moléculas da água para extração do hidrogênio. O novo protótipo junta uma célula fotoeletroquímica, conhecida como célula de Gratzel, criada no mesmo instituto, com um material semicondutor à base de óxido. É inteiramente autocontido. Duas camadas distintas do material sintetizado por Brillet têm a tarefa de gerar elétrons quando estimuladas pela luz solar. A célula de Gratzel O reator de hidrogênio libera o hidrogênio, enquanto o óxisolar é resultado da do semicondutor cuida do oxigênio. montagem de vários Ou seja, os elétrons produzidos pela componentes, todos célula solar são usados para quebrar as moléculas de água, reformando-a utilizando materiais de em oxigênio e hidrogênio. baixo custo. O material usado para fazer a chamada reação de evolução do oxigênio é simplesmente óxido de ferro, ou ferrugem, um material estável e muito barato. A eficiência do protótipo é baixa, entre 1,4% e 3,6%, dependendo da combinação de materiais usada, mas os cálculos teórico apontam para a possibilidade de se atingir 16% de eficiência. O resultado obtido é um melhoramento em relação a um trabalho anterior da equipe no campo da fotossíntese artificial, quando eles usavam cobre, que é mais caro do que o ferro. "Com o nosso conceito mais barato à base de óxido de ferro, esperamos atingir uma eficiência de 10% em poucos anos, por menos de US$ 80 por metro quadrado. A esse preço vamos ser competitivos com os métodos atuais de produção de hidrogênio," diz Sivula. Atualmente o hidrogênio é produzido a partir da reforma do gás natural, um primo do petróleo. Fonte: Inovação Tecnológica ME
Bahrein desenvolve técnica para extrair
biodiesel de tamareira Imagem: Foto Divulgação
Ferrugem e água produzem hidrogênio solar
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Economia do país depende da exploração de petróleo
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studo realizado por pesquisadores da Universidade do Bahrein mostra que é possível extrair biodiesel e glicerina do núcleo das árvores tamareiras, informa nota publicada pelo site Gulf News. O Bahrein é um reino insular, localizado na costa do Golfo Pérsico, e sua economia depende fortemente da indústria petrolífera, que responde por 60% da receita nacional. O químico Ahmed Abdurrahman Taha disse que a extração do óleo foi realizada em meio a uma série de estudos para o reaproveitamento de dejetos agrícolas. Segundo Taha, entre os subprodutos da transformação do óleo de tamareira em biodiesel aparecem ingredientes que podem ser usados na produção de glicerina, o que poderia interessar à indústria de cosméticos. Ainda de acordo com Taha, outros resíduos do processo poderiam ser reaproveitados em ração animal, “por conter quantidades consideráveis de fibra e proteína”. ME
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FONSECA VEDAÇÕES INDUSTRIAIS qualidade,
garantia
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agilidade
rocesso usado para impedir a passagem de maneira estática ou dinâmica de líquidos, gases e partículas sólidas de um meio para outro, a vedação é de extrema importância para o correto funcionamento de máquinas e equipamentos de diversos tipos. Vazamentos durante o processo industrial podem causar danos ao meio ambiente, afetar a qualidade do produto e o rendimento financeiro da empresa. Para evitar esse risco é necessário que os maquinários estejam bem vedados. Os transtornos causados pelo mau uso do material vedante, instalação incorreta ou falta de manutenção podem ser difíceis de corrigir. A Fonseca Vedações Industriais é destaque de qualidade e agilidade no segmento, comercializando diversos tipos de peças técnicas, utilizadas em equipamentos industriais aéreos, terrestres ou marítimos. Distribuidora autorizada das respeitadas marcas FREUDENBERG – NOK – SIMRIT - MERKEL, a empresa mantém estoque bem dimensionado e estruturado para atender atacado e varejo. Além disso, conforme a necessidade do cliente, desenvolve peças sob desenho ou amostra. Seus profissionais são qualificados e experientes, preparados tecnicamente para solucionar qualquer problema de vedação, garantindo qualidade e agilidade.
PRODUTOS • Retentores - Usados principalmente para vedações em eixos rotativos, fluídos e temperaturas diversas, fornecidos em diversos tipos de materiais • O´Rings - Utilizados em vedação estática e dinâmica de alta e baixa pressão, em tampas, flanges, hastes, êmbolos hidráulicos ou pneumáticos, fabricados em todos os elastômeros, PU, PTFE e Nylon.
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• Vedações Hidraúlicas e Pneumáticas Gaxetas simétricas e assimétricas, para embôlo, haste de cilindros, gaxetas amortecedoras e combinadas, o'rings e anéis encapsulados, raspadores, guias, chevron, peças técnicas, utilizadas em cilindros hidraúlicos e pneumáticos, máquinas e equipamentos em geral, fornecidas em diversos materiais NBR - FKM - PU - PTFE e outros
SERVIÇOS A partir de desenhos ou amostras, a Fonseca Vedações Industriais desenvolve e fabrica peças especiais, personalizadas de acordo com as necessidades dos clientes e atendendo às especificações e materiais solicitados - inclusive formação de kits para hidráulica e pneumática. Além disso, a empresa está apta a prestar serviços de assistência técnica, em pré e pós-venda para os produtos das linhas FREUDENBERG – NOK – SIMRIT- MERKEL
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O Brasil busca oportunidades no mercado sucroalcooleiro da Tailândia
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ara avaliar o segundo maior produtor de cana da Ásia e quarto do mundo, o diretor executivo do Apla (Arranjo Produtivo Local do Álcool), Flavio Castelar esteve recentemente na cidade de Bangkok, capital da Tailândia. A missão prospectiva, realizada com o apoio da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) por intermédio do Projeto Brazil Sugarcane Bioenergy Solution, tem como objetivo fazer um levantamento do mercado e identificar oportunidades para a cadeia produtiva de todo setor da cana no Brasil – referência mundial na produção de açúcar, etanol e grande fornecedor de tecnologia, máquinas, equipamentos e serviços. A Tailândia, o segundo maior exportador de açúcar do mundo, pretende construir 14 usinas de cana-de-açúcar até 2017, somando-se às atuais 47 unidades produtoras. O país conseguiu aumentar a produção da cana em mais de 40% nos últimos três anos, passando das 68,5 milhões de toneladas em 2009/10 para 98 milhões de toneladas na safra de 2011/12, o que representa um recorde de 10,24 milhões de toneladas de açúcar. Com a construção das novas usinas, a capacidade de processamento do país
deve crescer de 800 mil toneladas por dia em 2011 para 1,2 milhão de toneladas em 2016. Na Tailândia, o aumento na produção da cana nos últimos anos é resultado de melhorias nas safras, que cresceram de 73 para 79 toneladas por hectare. Em comparação com o Brasil, este dado mostra que a safra tailandesa está maior do que as safras atuais de cerca de 70 toneladas por hectare no centro-sul brasileiro - líder mundial na produção e tecnologia da cana-de-açúcar. Atualmente, o açúcar é uma das melhores oportunidades de negócios na Tailândia. Segundo dados divulgados em abril deste ano, o país asiático produziu até o último dia 21 de março, 9,17 milhões de toneladas de açúcar, valor 2% maior em comparação com o mesmo período de 2011/12. Para Castelar, a Tailândia é um mercado promissor para o setor. ME
Missão prospectiva realizada pela parceria Apex-Brasil e Apla busca mais informações sobre o setor no país asiático, que pretende construir mais 14 usinas até 2017
mundo
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Imagem: Foto Divulgação
mercado empresarial
Maior hidrelétrica do mundo será construída na África
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maior hidrelétrica do mundo será construída no Rio Congo, o maior rio do mundo depois do Amazonas. As obras deverão começar em 2015. Segundo o portal Inovação Tecnológica, a hidrelétrica Inga, que será construída na República Democrática do Congo, terá uma capacidade de geração de eletricidade duas vezes maior do que a maior hidrelétrica do mundo atualmente, a usina de Três de Gargantas, na China. Além da potência, entretanto, ela terá uma vantagem imbatível: a hidrelétrica será construída sem a necessidade de construir uma represa. Isso será possível porque, nas chamadas Cataratas Inga, cerca de 42.000 metros cúbicos de água por segundo descem uma sucessão de corredeiras única na Terra. Assim, as turbinas da usina de 40 GW serão acionadas pelo próprio fluxo normal do rio Congo, sem represa, sem terras inundadas e sem desalojamento da população. Aliás, assim que foi anunciado, o projeto já recebeu inúmeras críticas porque, segundo algumas organizações não-governamentais, não irá beneficiar
a população do Congo: metade da energia será usada nas minas de cobre do país, cujo metal é exportado para o primeiro mundo, e a outra metade será comprada pela África do Sul. Segundo seus defensores, com a instalação da infraestrutura adequada de transmissão, a energia gerada na usina de Inga poderá abastecer a Nigéria, o Egito e até a Europa. O Banco Mundial, que está financiando o projeto, não vê sentido na polêmica, afirmando em nota que a usina vai "catalisar benefícios de larga escala para melhorar o acesso aos serviços de infraestrutura na África. Segundo o Banco, a usina de Inga terá um dos custos de energia mais baixos do mundo, de cerca de US$0,02/kWh. ME
O projeto, conhecido como Grande Inga, usará a água em vários pontos do Rio Congo, sem precisar fazer represas. Entretanto, já há críticas quanto à sua utilização
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dicas de leitura
BIOENERGIA & BIORREFINARIA – CANA-DE-AÇÚCAR & ESPÉCIES FLORESTAIS A obra, recém lançada, trata da biorrefinaria de biomassas lignocelulósicas, especificamente da canade-açúcar e de espécies florestais, considerando a produção da biomassa e o seu processamento em energia, combustíveis, materiais e produtos químicos. Vale ressaltar que, dada a grande abrangência dos processos de bioenergia e biorrefinaria existentes e sob investigação na atualidade, os autores, professores da Universidade Federal de Viçosa, não puderam cobrir todos os aspectos relativos a estes tópicos nesta obra. O livro aborda não só o cultivo e processamento da canadeaçúcar e das espécies florestais nas chamadas biorrefinarias como também aspectos relacionados à sua sustentabilidade, discutindo as perspectivas de pesquisa e desenvolvimento para a expansão destas indústrias. Dividido em 20 capítulos, elaborados por renomados pesquisadores, empresários e representantes do governo, a obra é uma importante contribuição para a difusão do conhecimento e a consolidação do uso diversificado da biomassa no Brasil e no mundo. Editores: Fernando Santos, Jorge Colodette e José Humberto de Queiroz Ano: 2013 Número de páginas: 552
SETOR SUCROENERGÉTICO E SUA ADEQUADA REGULAÇÃO - SUSTENTABILIDADE X VIABILIDADE ECONÔMICA Dentre outros possíveis temas polêmicos envolvendo o setor sucroenergético, a obra analisa as questões sociais dos seus trabalhadores (enquadramento equivocado do trabalho rural em condição análoga à de escravo e cumprimento da cota de deficientes), questões ambientais como alternativa, queimada de cana e irrigação dos canaviais com vinhaça (fertirrigação) e, ainda, questão de regulação do mercado de etanol combustível (maior intervenção do estado). Para o autor, a consolidação e a expansão do setor sucroenergético brasileiro, tanto no mercado interno como no externo, dependem de regulação clara e harmoniosa entre a necessidade de se buscar a sua devida sustentabilidade socioambiental e a sua necessária viabilidade econômica, os grandes desafios do complexo e pujante setor. Autor: Rogério Alessandre de Oliveira Castro Editora: Juruá/2012 Número de páginas: 234
dicas de leitura
mercado empresarial
PLANTIO DE CANA -DEAÇÚCAR: ESTADO DA ARTE - 2ª EDIÇÃO Ilustrado por 259 gráficos, figuras e fotografias e com base em 125 referências de maneira sintética, mas, sem perda do fundamental, o livro pretende reunir o atual Estado da Arte desta fase do processo de produção da cana de açúcar, na região Centro Sul do Brasil. Autor: T.C.C. Ripoli; M.L.C. Ripoli; D.V. Casagrandi & B.Y. Ide 2ª Edição Número de páginas: 198
NUTRIÇÃO DA CANA-DEAÇÚCAR Trata-se de um guia completo para a identificação das desordens nutricionais (essenciais e funcionais) em cana-deaçúcar. As desordens nutricionais na planta podem, na maioria das vezes, ser identificadas visualmente. Entretanto, doenças, injúrias químicas, estresses ambientais (por exemplo, por temperatura, seca, inundação, raios), adubações excessivas e desequilíbrios nutricionais, tornam difícil ou impossível uma acurada identificação visual dos distúrbios nutricionais. O estudo das anotações de campo e das análises de solo e de planta deve preceder o processo de identificação. A obra trata das técnicas de análises de tecido vegetal e dos esforços contínuos para o entendimento das bases fisiológicas e bioquímicas que sustentam o conceito dessas análises. Autores: D. L. Anderson e J. E. Bowen Editora: Potafos Número de páginas: 40
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dicas de leitura
BIOMASSA DE CANA-DE-AÇÚCAR: COLHEITA, ENERGIA E AMBIENTE Este livro apresenta, por meio de 414 gráficos, figuras e fotografias e 409 referências, de maneira sintética, mas sem perda do fundamental, a evolução e o atual estágio de desenvolvimento de sistemas de colheita da biomassa canavieira, sua caracterização e as eventuais conseqüências ao ambiente, além de oferecer considerações a respeito de sistemas de plantio e propostas metodológicas para ensaios padronizados de máquinas utilizadas em sistemas de colheita de cana-de-açúcar e de seu palhiço. Autores: Tomaz Caetano Cannavam Ripoli; Marco Lorenzzo Cunali Ripoli Ano: 2004 Número de páginas: 302
BIOETANOL DE CANA-DEAÇÚCAR Coletânea de textos escritos a partir dos workshops do Projeto de Políticas Públicas PPP Etanol da Fapesp e também de autores convidados pela relevância de suas pesquisas a respeito do tema etanol, esta publicação conclui a primeira fase do projeto que teve início em 2005 e se desenvolveu em todo o país. A obra tem por objetivo auxiliar jovens pesquisadores neste importante momento mundial em que a cana-de-açúcar é foco de interesse como base para obtenção de combustíveis líquidos, bioprodutos (plásticos entre outros) e bioeletricidade. A publicação do livro nas versões português e inglês traduz uma realização compartilhada com a comunidade científica ligada a matéria-prima cana-de-açúcar, geradora de absolutas inovações humanas e tecnológicas Coordenador : Luís Augusto Barbosa Cortez Ano: 2010 Número de páginas: 992
ADUBOS VERDES E PRODUÇÃO DE BIOMASSA Indicado para todos os técnicos e produtores que desejam aproveitar os benefícios da elevada produção de fitomassa pelos adubos verdes. Apresenta dados sobre o processo de produção de biomassa vegetal, adubação verdes, tipos de adubos verdes, épocas de plantio, suas vantagens e desvantagens. Traz fotos e tabelas de emprego. Aproveitamento da biomassa vegetal para recuperar e regenerar os solos. Potencial e vantagens da adubação verde. Plantio e incorporação de adubos verdes. Indicação das principais espécies de adubos verdes. Épocas de plantio e corte. Processo de incorporação no solo. Rotação e consorciação para pomares e hortas, culturas anuais e perenes. Autor: Silvio Roberto Penteado Editora: Via Orgânica/ 2012 Número de páginas: 168
CANA-DE-AÇÚCAR: BIOENERGIA, AÇÚCAR E ETANOL O sucesso deste livro foi tão grande que motivou o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) a traduzi-lo para o inglês, Sugarcane: Bioenergy, Sugar and Ethanol – Technology and Prospects. Trata-se de uma obra adotada como livro-texto em diversas universidades e que aborda tanto a parte agrícola com a parte industrial do setor sucroenergético. Os temas tratados: Planejamento Agrícola, Fisiologia, Plantio, Nutrição e Adubação, Manejo de Pragas e Nematóides, Manejo de Doenças, Manejo de Plantas Daninhas, Manejo de Irrigação, Agricultura de Precisão e Sensoriamento Remoto, Sistema de Colheita de Colmos, Melhoramento Remoto e Recomendação de Cultivares, Experimento e Análise Estatística, Biologia Molecular e Biotecnologia, Controle de Qualidade nas Indústrias de Açúcar e Etanol ,Processo de Produção do Açúcar, Fermentação Etanólica, Destilação, Aproveitamento de Resíduos Industriais, Biologia Sintética, Bioenergia da Cana, Sistema de Remuneração da Cana Fundamentos Teóricos das Análises Sucroalcooleiras, e Gestão de Custos na Produção e Processamento. Editores: Fernando Santos, Aluízio Borém e Celso Caldas Edição: 2ª ed./2011 Número de páginas: 637
mercado empresarial
Produtos Quimatic Tapmatic para aumentar
durabilidade de equipamentos agroindustriais
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Máquina de marcação a laser TruMark Station 1000
Melhor custo benefício na manutenção de equipamentos que sofrem abrasão, corrosão e ataque químico A Quimatic Tapmatic, empresa de soluções químicas do Brasil, apresenta dois produtos da linha Epóxi Plasteel: Plasteel Diamantado e Plasteel Cerâmico Pintável Azul, capazes de aumentar a vida útil dos equipamentos utilizados nas usinas de cana-de-açúcar que sofrem abrasão, corrosão e ataque químico. São soluções consideradas ideais para recuperação e proteção de roscas transportadoras, carcaças e rotores de bombas, faca de picadores, canaletas, moegas, balanças de fluxo e dutos. A resina é aplicada sobre a superfície que foi danificada e, após a sua cura, esta camada de revestimento torna-se uma placa de sacrifício moldada à superfície para manter a estrutura metálica intacta. O Plasteel Diamantado é um revestimento epóxi bi componente reforçado com micro esferas inertes especiais de altíssima dureza conferindo à superfície dureza e resistência à abrasão semelhante a do diamante. Aplicado manualmente, o produto é facilmente modelável em superfícies com formas complexas. Já o Plasteel Cerâmico Pintável Azul promove principalmente proteção contra o ataque químico e corrosão, sendo facilmente aplicado utilizando pincel ou rolo de pintura. O seu acabamento liso e vitrificado melhora o fluxo em bombas e tubulações e aumenta o rendimento mecânico nestes equipamentos ME .
Qualidade em acabamento em superfícies de metal Líder mundial em máquinas para corte, conformação e marcação de metais a laser, a Trumpf traz ao mercado a máquina de gravação a laser TruMark Station 1000. Segundo o fabricante, com o equipamento o trabalho de marcação resulta em acabamento excelente em superfícies de metal, sendo que ele pode ser usado para logomarcas, nomes, códigos e números seriados, de modo fácil e sem a necessidade de softwares adicionais. A nova máquina, considerada rápida, simples e flexível, oferece proteção contra o laser classe 1 (máxima), ergonômica, poder ser integrada a uma linha de produção, compacta e transportável. A mesa de trabalho com ajuste manual até 6 polegadas pode ser usada para ajustar o foco a altura da peça. A área de trabalho é acessível por três lados, permitindo iluminação ideal na estação de trabalho tanto fixa quanto móvel. O acesso à porta do laser é monitorado automaticamente, para maior segurança ao operador. ME
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Retificadora de alta Climatizadores evaporativos velocidade da Junker da Auccon com rebolo CBN
Economia em energia e proteção à saúde com ar úmido, filtrado e renovado de 20 a 30 vezes por hora
Alta velocidade e rendimento na usinagem de pequenas e médias séries, em um ou dois turnos A Junker, líder mundial na fabricação de retificadoras de alta velocidade e alto rendimento com rebolo CBN, traz ao mercado brasileiro o modelo speed, da série Lean Selection, reconhecido pela eficiência em retificação cilíndrica externa em alta velocidade. A máquina agrega mais de três décadas de experiência com a tecnologia Quickpoint, desenvolvida pela Junker, que combina máxima precisão com máxima flexibilidade na retificação de alta performance mediante o uso de rebolos CBN ou também diamante. Rápida e flexível, a máquina garante a melhor relação custo x benefício na usinagem de peças tipo eixo com até dois fusos de retificação e peças brutas para ferramentas de corte em metal duro, aço rápido e outros tipos de aço. A performance superior é garantida em peças de pequenas e médias séries, em um ou dois turnos, das mais diferentes geometrias: diâmetros cilíndricos, cones e raios, ressaltos, e assentos e partes rebaixadas (com retificação cilíndrica). Entre os principais diferenciais da retificadora speed estão: arraste das peças entre pontas, ou seja, sem placa; anel de precisão do rebolo patenteado Junker, que garante maior precisão e menor tempo de set-up; comando CNC de alto rendimento, com a possibilidade de utilizar diversos tipos de programação (DIN/ISO, JUWOP/R-P), de acordo com o espectro e o lote das peças, que se processa em um computador tipo PC ou laptop e é transmitida via DNC ao comando. ME
A Auccon do Brasil apresenta seus climatizadores evaporativos, que reduzem a temperatura de ambientes de produção com baixo consumo de energia elétrica. A economia de energia pode chegar a 90% em comparação a um sistema de ar condicionado comum. Os climatizadores funcionam com a alimentação de um ventilador e uma pequena bomba d’água. O que resfria o local é o processo de evaporação da água que retira calor do ar, fazendo com que a temperatura ambiente fique mais amena. Segundo o fabricante, além de economia em energia elétrica, a solução traz benefícios para a saúde dos funcionários como ar úmido, filtrado e renovado de 20 a 30 vezes por hora, diminuição de odores, de fumaça, bactérias, poeira e vírus. A produtividade também aumenta, já que o ambiente fica mais agradável e saudável, ao mesmo tempo que diminui afastamentos por doenças e acidentes. ME
mercado empresarial
Acionamentos industriais
da Bonfiglioli para usinas de açúcar e etanol
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CAP-300, da GEMS,
sensor de nível pontual para refrigeração
Os compactos redutores planetários das séries 300 e HDP/HDO têm elevada capacidade de torque e permitem diversas configurações Em sintonia com o cenário atual do setor sucroenergético brasileiro, o Grupo Bonfiglioli tem desenvolvido produtos compactos de alta tecnologia e soluções que integrem sistemas e processos, para atender as necessidades de produtores de açúcar e etanol em todo o País. Cada projeto é tratado de forma exclusiva. Além de fornecer produtos com o melhor custo-benefício, a empresa acompanha o startup e monitora o desempenho do equipamento no período da safra. Na Fenasucro - 21ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergético, A unidade brasileira do Grupo Bonfiglioli traz ao mercado sucroenergético as linhas de redutores planetários das séries 300 e HDP/HDO. Envolvendo todas as etapas do processo numa usina, desde a recepção da cana, preparo, moagem e produção de açúcar e energia, os redutores da série 300 são aplicados em acionamentos de moendas (central ou por rolos) e difusores. Atingem torque nominal de até 1.287.000 Nm, desenvolvendo uma capacidade elevada de torque em dimensões reduzidas. A configuração do produto também é extremamente versátil, devido às diversas opções disponíveis para vários tipos de fixação, eixos de saída e a interface com motor. Todos os recursos tecnológicos, incluindo as entradas com acesso para sensores que controlam a temperatura, pressão e vibração, estão presentes em cada um dos 20 tamanhos disponíveis da série 300. Já os redutores das séries HDP/HDO, os equipamentos de eixos paralelos permitem aplicações com torque de até 195 mil Nm, com uma excelente opção de configuração padrão, com inúmeras variantes de eixo de saída (sólido, oco e disco de contração) e variantes de seção de entrada, e também uma abrangente seleção de opções de lubrificação e resfriamento. Os produtos agregam diferenciais como, por exemplo, redução de espaço, o que resulta em menor custo de instalação, manutenção, além de facilitar a movimentação dos equipamentos. ME
Projetado para trabalhar durante longos períodos de tempo sob as aplicações de refrigeração mais robustas A Gems Sensors & Controls, líder na fabricação de chaves de nível, pressostato, transdutores de pressão, chaves de fluxo, válvulas solenoide em miniatura, sensores de proximidade e controle de nível de líquido, apresenta a nova série CAP-300. Trata-se de um sensor de nível pontual para refrigeração, durável e confiável projetado para trabalhar durante longos períodos de tempo sob as aplicações de refrigeração mais robustas. O CAP-300 não necessita de manutenção. É um sensor pequeno com 50,8 mm de comprimento que permite revestimento e ainda permanece confiável, mesmo em modo de espera. Compatível com temperaturas de até 125°C, o sensor capacitivo é adequado para ambientes agressivos. É o único que opera em faixas de frequência que minimizam os efeitos da condutividade do fluido, assegurando o desempenho de longo prazo em um formato vedado que impede qualquer intrusão de liquido. Disponível em uma variedades de tipos de montagem e conectores elétricos de fácil instalação e alimentação de 9 a 32Vdc, o CAP-300 tem hoje diversas certificações como CE, IP67, RoHS e IP6K9K. A Gems é uma empresa do Grupo Danaher, com atuação em diferentes mercados, nos cinco continentes. ME
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índice de anunciantes
Aços Lapefer...................................................................................30
MercoSul Refratários Ltda........................................... 61 e 4ª Capa
Amorim Móveis.............................................................................61
Metalmag Produtos Magnéticos..................................................30
Beerre Assessoria Empresarial.....................................................30
Ox-Fer Ind e Com de Ferro e Aço................................................30
DN Aço Distribuidora Nacional de Aços......................................60
Pekon Condutores Elétricos..........................................................39
Extretec Indústria e Comércio de Trefilados...............................60
Portal 123Achei.............................................................................39
Fonseca Vedações Industriais.......................................................56
Rotofilme............................................................................... 3ª Capa
Geradores Jundiaí..........................................................................60
Tekno S/A Indústria e Comércio..................................................23
Intersteel Aços e Metais...............................................................05
Torame Ind de Cabos de Aço.......................................................61
Jamaica Indústria de Artefatos de Borracha...............................39
Vibramol Indústria e Comércio de Molas....................................23
Kort Fort................................................................................. 2ª Capa
Wimaq Industrial............................................................................05
Lotus Metal ...................................................................................30 M & A Ambiental...........................................................................39
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