editorial
mercado empresarial
Setor de tubos e conexões já retomando seu espaço
expediente Coordenação: Mariza Simão Diagramação: Lisia Lemes Arte: Vladimir A. Ramos, Ivanice Bovolenta, Cesar Souza, Silvia Naomi Oshiro, José Francisco dos Santos, José Luiz Moreira, Edmilson Mandiar, Gustavo Monreal. Redatora: Sonnia Mateu - MTb 10362-SP contato: sonniamateu@yahoo.com.br Colaboraram nesta edição: Irineu Uehara e João Lopes Distribuição: Febrava - 16ª Feira Internacional de Refrigeração, Ar condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar. Araçatuba - Rua Floriano Peixoto, 120 1º and. - s/ 14 - Centro - CEP 16010-220 - Tel.: (18) 3622-1569 Fax: (18) 3622-1309 Bauru - Centro Empresarial das Américas Av. Nações Unidas, 17-17 - s 1008/1009 - Vila Yara CEP 17013-905 - Tel.: (14) 3226-4098 / 3226-4068 Fax: (14) 3226-4046 Piracicaba: Sisal Center: Rua 13 de Maio, 768, sl 53 - 5ª andar - Cep.: 13400-300 - Tel.: (19) 3432-1524 Fax.: (19) 3432-1434 Presidente Prudente - Av. Cel. José Soares Marcondes, 871 - 8º and. - sl 81 - Centro - CEP 19010-000 Tel.: (18) 3222-8444 - Fax: (18) 3223-3690 Ribeirão Preto - Rua Álvares Cabral, 576 -9º and. cj 92 - Centro - CEP 14010-080 - Tel.: (16) 3636-4628 Fax: (16) 3625-9895 Santos - Rua Dr. Carvalho de Mendonça, 238 cj 43 4º andar - CEP 11070-101 - Vila Belmiro - Santos - SP Tel.: (13) 3232-4763 - Fax: (13) 3224-9326 São José do Rio Preto - Rua XV de Novembro, 3057 - 11º and. - cj 1106 - CEP 15015-110 Tel.: (17) 3234-3599 - Fax: (17) 3233-7419 São Paulo - Rua Martins Fontes, 230 - Centro CEP 01050-907 - Tel.: (11) 3124-6200 - Fax: (11) 3124-6273 O editor não se responsabiliza pelas opiniões expressas pelos entrevistados.
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pesar da relativa retração dos negócios, decorrente da tsunami financeira global, a indústria de tubos, conexões e acessórios vem retomando seu espaço. O mercado nacional do PVC, impulsionado pelas obras da construção civil, vai crescer em torno de 6% este ano, um desempenho que, embora inferior ao do ano passado, não deixa de ser expressivo em vista das circunstâncias adversas que emergiram da crise. Paralelamente, o segmento de tubos e componentes de aço começa a esboçar uma reação, após experimentar um forte recuo nas vendas no primeiro semestre. Para as duas maiores empresas do segmento na área do PVC, no mercado brasileiro, Amanco e Tigre, se houve uma desaceleração no segmento formal das construtoras, seguramente pela falta de liquidez, esse impacto foi amenizado pelo chamado ‘mercado formiga’ (ou seja, de autoconstrução), que representa 80% do volume global e vem crescendo desde maio. Ou seja, em meio às turbulências, uma conjugação de fatores positivos favoreceu a construção civil, tanto a industrial quanto a autogerida, beneficiando, por tabela, os negócios com tubos e acessórios – entre eles a redução do IPI, o lançamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, a redução da taxa de juros e a disponibilidade de melhores linhas de financiamento. Uma outra ramificação importante desta indústria, a de tubos de aço, começa a reagir. Gradualmente, as vendas estão sendo retomadas e as perspectivas se tornam menos sombrias. Este setor acompanha muito de perto as oscilações da área siderúrgica e seu desempenho foi muito negativo no primeiro semestre. Mas a Abitam (Associação Brasileira de Tubos e Acessórios de Metal) calcula que, no bimestre julho-agosto, houve uma retomada entre 10% e 15% nas vendas, e para todo o segundo semestre, é estimado um incremento que pode oscilar entre 20% e 30% em relação aos primeiros seis meses deste ano, o que elevaria o total de 2009 para um volume ao redor de 1,4 milhão de toneladas. A recuperação está sendo puxada sobretudo pelos segmentos automotivo e de linha branca, seguidos, embora com menor peso, pelos setores petrolífero e de construção civil. O cenário completo do setor pode ser conhecido na quinta edição da Tubotech, de 6 a 8 de outubro, em São Paulo. Referência mundial do que há de mais moderno no setor, o evento contará com um número de expositores 60% maior do que a edição anterior e prevê atrair pelo menos 16 mil visitantes. A Mercado Empresarial, por sua vez, dedica esta edição ao setor, participando, assim, do desenvolvimento de mais este importante mercado da economia brasileira.
Mercado Empresarial
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sumário
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Panorama do setor
06 Setor de tubos e conexões supera efeitos da crise Mercado de produtos de PVC vai crescer em torno de 5% ou 6% em 2009
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CSA vence sucessivos problemas e deve entrar em operação em 2010
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Protubo aposta no pré-sal e investe em novo equipamento Doutores da Construção: projeto formará 43 mil profissionais
Destaque
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Tubotech 2009 - Número de expositores aumentou em 60%
Economia Microfinanças amparam empreendedor de pequenos negócios
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Especial
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Novex - A marca número 1 no segmento
Gestão
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Cenários do futuro Leila Navarro
Mercado
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ebmpapst é parceira do Wal Mart em loja ecoeficiente Gerdau investirá US$ 149 milhões em projetos já em andamento Em julho, produção mundial de aço bruto foi a maior do ano
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Raritubos: credibilidade e liderança no segmento
Meio Ambiente Usiminas implanta Centro Supervisório de Emissões Atmosféricas
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Copa Verde exige obras sustentáveis Tecnologia Dicas de leitura
Vitrine
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Produtos e lançamentos do setor
Nesta edição:
Fascículo Saúde!
Fumo não!
Tudo o que você precisa saber sobre o tabaco
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panorama do setor
Setor de
tubos e conexões supera efeitos da crise
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mpulsionada pelas obras da construção civil, a indústria de tubos, conexões e acessórios em PVC segue crescendo, em que pese a relativa retração dos negócios decorrente da crise econômico-financeira. De seu lado, o setor de tubos e componentes de aço começa a esboçar uma reação, após experimentar um forte recuo nas vendas no primeiro semestre deste ano. Na estimativa da Amanco Brasil, o mercado nacional de produtos de PVC vai crescer em torno de 5% ou 6% em 2009, um desempenho que, embora inferior ao do ano passado, não deixa de ser expressivo em vista das circunstâncias adversas que emergiram da tsunami global em setembro de 2008. Avaliando o presente cenário, Marise Barroso, presidente da Amanco no País, afirma
que, na construção civil, “houve uma desaceleração no segmento formal das construtoras, seguramente impactado pela falta de liquidez”. Este impacto, contudo, ressalva ela, “foi amenizado pelo chamado ‘mercado formiga’ (ou seja, de autoconstrução), que representa 80% do volume global e vem crescendo desde maio”. Complementando, Evaldo Dreher, presidente da concorrente Tigre, pondera que, em meio às turbulências, uma conjugação de fatores positivos favoreceu a construção civil, tanto a industrial quanto a autogerida, beneficiando, por tabela, os negócios com tubos e acessórios. “Houve a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o lançamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, a redução da taxa de juros e a disponibi-
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mercado empresarial
PIB positivo em 2009
lidade de melhores linhas de financiamento”, enumera ele. No âmbito macroeconômico, essas impressões favoráveis foram reforçadas pelo recémanunciado crescimento de 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre deste ano, na comparação com o primeiro trimestre, de acordo com levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esta performance, melhor que a esperada, permite confirmar que o Brasil saiu tecnicamente da recessão em que mergulhou a partir do último trimestre de 2008. Um dos destaques deste resultado foi a significativa reação da indústria em sua totalidade ao crescer 2,1%, após um período de ajustes no qual a produção foi contida para desovar os estoques acumulados.
O governo, em face destas estatísticas, calcula agora uma expansão do PIB da ordem de 1% para 2009 inteiro e de, no mínimo, 4% para 2010. Economistas e entidades da indústria e do comércio mantêm O mercado de produtos um relativo otimismo a respeito. Concretamente, há boas chances de PVC vai crescer em de o Brasil avançar 1,4% neste setorno de 5% ou 6% gundo semestre, frente ao mesmo em 2009 e o de aço período de 2008, o nível mínimo já esboça reação após necessário para evitar um PIB forte recuo. negativo em 2009. É neste contexto que a construção civil relativiza os números negativos sobre o ramo embutidos nos dados do IBGE, pelos quais ela registrou queda de 9,5% no segundo trimestre de 2009, ante igual período de 2008, e de 9,6% em todo o primeiro semestre deste ano, no cotejo com os seis primeiros meses do ano passado. O Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), em manifestações públicas, insiste que a deterioração destes indicadores não reflete com fidelidade o que ocorreu no setor. Houve sim, argumenta a entidade, um grande declínio na produção de materiais de construção, mas as obras, pelo contrário, recobraram fôlego. O fato, segundo o Sinduscon, é que no primeiro semestre deste ano as construtoras vinham consumindo os altos estoques acumulados, o que forçou a queda na fabricação de materiais de construção, com reflexos no PIB. As obras das empreiteiras, portanto, tiveram pleno andamento, do que dá mostras a alta de 8,4% do nível de emprego formal no período janeiro-junho, em comparação com o mesmo semestre de 2008, quando havia um boom no mercado. Na prática, independentemente do que indique o PIB de 2009 (que deve apontar “Neste ano, retração no setor), o Sinduscon espera repea capacidade tir neste ano o mesmo nível de produção de produtiva está 2008. sendo ampliada Com os ventos soprando a favor, a Amanco estima que em 2009 seu faturamento deverá em 20%” crescer acima do índice de 5% a 6% que ela projeta para o mercado brasileiro em geral. Marise Barroso, Em 2008, a múlti havia obtido um incremento presidente da de 26% nas vendas em relação a 2007, com Amanco no Brasil um faturamento bruto de R$ 813 milhões. Ainda no ano passado, ela comercializou 103 mil toneladas de tubos e conexões, ocupando o correspondente a 82% da capacidade então
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instalada, que foi de 126 mil toneladas. “Neste ano, a capacidade produtiva está sendo ampliada em 20%”, informa Marise Barroso. A Tigre, por sua vez, mantém uma expectativa de expansão entre 4% e 6% em 2009, projetando índices entre 6 e 8% para 2010. “Entre janeiro e junho, mantivemos o mesmo volume de 2008. Julho e agosto já apresentaram resultados melhores. Historicamente, o segundo semestre costuma ser bem melhor para a Tigre”, situa Evaldo Dreher. No ano passado, o melhor de sua história, a empresa contabilizou um faturamento de R$ 2,3 bilhões, um avanço de 20% sobre 2007.
Governo Federal alocou R$ 7,3 bilhões do Orçamento da União de 2010 para o programa Minha Casa, Minha Vida
Verbas para programa habitacional
As perspectivas otimistas da indústria ganham bases sólidas se for notado que o Governo Federal alocou R$ 7,3 bilhões do Orçamento da União de 2010 para o programa Minha Casa, Minha Vida. Como se sabe, esta iniciativa visa possibilitar a aquisição de moradias por parte da população de baixa renda, colocando em pé um milhão de domicílios. Vale lembrar que o déficit habitacional no País é de 7,2 milhões de residências. Além do mais, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai oferecer linhas de financiamento à cadeia produtiva da construção civil, com o intuito de promover a competitividade e elevar o nível de qualidade das construtoras e fornecedores. Entretanto, se por este elenco de fatores – sem esquecer da melhora nos rendimentos das camadas mais pobres da população – a
“Entre janeiro e junho, mantivemos o mesmo volume de 2008. Julho e agosto já apresentaram resultados melhores. Historicamente, o segundo semestre costuma ser bem melhor para a Tigre” Evaldo Dreher, presidente da Tigre
construção está sendo efetivamente a mola propulsora nas vendas de tubos e conexões de PVC, a verdade é que a área de infra-estrutura ainda não registrou a demanda prometida. “Neste segmento, especialmente no saneamento básico, esperávamos um ano bastante melhor, mas ele caminha a passos lentos”, assinala Marise. A presidente da Amanco recorda a enorme carência de coleta e tratamento de esgoto no Brasil. Apenas 49,4% da população tem acesso à rede coletora, ou seja, quase 100 milhões de pessoas estão excluídas do benefício. A título de comparação, no Chile são abrangidos 97% dos domicílios. Se for integralmente levado a cabo, o PAC (com verbas previstas de R$ 23 bilhões para o próximo ano) pode ter desdobramentos extraordinário no saneamento, pois seu objetivo é chegar a 55% de coleta já em 2010. “O Governo Federal já fez a sua parte, aprovando a Lei de Saneamento e liberando os recursos para o PAC, mas a grande maioria das prefeituras, responsáveis pelo investimento desta verba, ainda não iniciaram os projetos”, constata Marise.
Vendas de tubos de aço
Uma outra ramificação importante desta indústria, a de tubos de aço, começa agora a reagir, após ter sofrido um duro baque em razão
panorama do setor
mercado empresarial
“O começo deste segundo semestre está sendo moderadamente positivo, com a redução dos piores efeitos internos da crise internacional” José Adolfo Siqueira, diretor-executivo da Abitam (Associação Brasileira de Tubos e Acessórios de Metal)
da crise econômico-financeira. Gradualmente, as vendas estão sendo retomadas e as perspectivas se tornam menos sombrias no horizonte mais à frente. Este setor acompanha muito de perto as oscilações da área siderúrgica e seu desempenho foi muito negativo no primeiro semestre. De acordo a Abitam (Associação Brasileira de Tubos e Acessórios de Metal), as vendas caíram a uma taxa de aproximadamente 53% no período, quando foram comercializadas 635.833 toneladas de tubos (sem incluir conexões e acessórios), na comparação com os seis primeiros meses de 2008. “O começo deste segundo semestre está sendo moderadamente positivo, com a redução dos piores efeitos internos da crise internacional”, analisa José Adolfo Siqueira, diretorexecutivo da Associação. A recuperação, diz ele, está sendo puxada sobretudo pelos segmentos automotivo e de linha branca, graças a medidas como redução do IPI e melhora na oferta do crédito. Também contribuíram para fomentar a demanda, embora com menor peso, os setores petrolífero e de construção civil. A Abitam calcula que, no bimestre julhoagosto, houve uma retomada entre 10% e 15% nas vendas. Para todo o segundo semestre, Siqueira estima um incremento que pode oscilar entre 20% e 30% em relação aos primeiros
seis meses deste ano, o que elevaria o total de 2009 para um volume ao redor de 1,4 milhão de toneladas. Este desempenho, porém, contrastaria enormemente com as vendas de 2008, que bateram em 2,257 milhões de toneladas. “Voltaremos hoje aos níveis registrados em 2004 ou 2005”, observa Siqueira. O segmento de tubos de aços perfaz um universo próximo a 70 empresas, com 12 pesos-pesados concentrando entre 80% e 85% de toda a produção.
Queda nas exportações
Em razão dos desdobramentos da crise no Exterior, as exportações de tubos de aço declinaram, exibindo uma performance inferior à do ano passado – de janeiro a julho, foram exportadas cerca de 147.367 toneladas de todas as variedades de tubos (em 2008 inteiro, foram comercializadas no mercado externo 352.876 toneladas). “O que ajudou as vendas lá fora foram os contratos assinados anteriormente, pois o consumo mundial – notadamente nos EUA – caiu, a China começou a ter muita capacidade ociosa, além do que o câmbio foi desfavorável”, reA Abitam calcula que, no capitula Siqueira. bimestre julho-agosto, Por seu turno, também no houve uma retomada intervalo janeiro-julho, as imentre 10% e 15% nas portações avançaram, somando em torno de 73.815 toneladas. A vendas China foi o país que mais vendeu tubos ao Brasil, acompanhada por países como Taiwan e Turquia. “Apesar de o mercado interno como um todo ter encolhido bastante, o fato é que as importações não caíram na mesma proporção”, afiança o diretor da Abitam. O PAC, declara ele, fazendo coro
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com os players da seara do PVC, representa teoricamente um grande estimulador da demanda, mas ele tem de ser realmente implementado para contemplar as expectativas despertadas. “Para que tenhamos pedidos em carteira, o programa precisa acontecer de modo continuado”, frisa Siqueira, que prevê, por outro lado, um deslanche no front do saneamento, uma vez superado o atraso das verbas. De qualquer maneira, a previsão é de que as encomendas de tubos de aço devam aumentar nos projetos de diversos segmentos da economia. Naturalmente, a preparação do País para explorar a camada do pré-sal desponta com uma imensa oportunidade de negócios. A Petrobras chegou a anunciar investimentos da ordem de US$ 111 bilhões até 2020 para extrair petróleo nesta nova fronteira. Ao mesmo tempo, essa iniciativa impõe um desafio ao fornecedores, que têm de produzir tubos com alta resistência mecânica e à corrosão ácida para uso em condições severas como a do pré-sal, onde predominam pressões extremas e altas temperaturas.
Disputa por espaço nas obras
Perspectivas à parte, começa a haver uma disputa mais acirrada entre tubos de aço, de PVC e de cobre para ganhar espaço nos canteiros de obras. Em princípio, o aço é mais consumido em projetos ligados à infra-estrutura, ao passo que o PVC e o cobre predominam em nichos tais como a construção de residências. Mas a realidade é que os distintos fabricantes estão procurando ampliar seus market shares com maior afinco. A juízo de Evaldo Dreher, da Tigre, “há mercado para todos os tipos de tubos, com aplicações específicas para todos os materiais”. Por outro lado, Laura Rosso, gerente de inovação/ produtos da Amanco Brasil, entende que “o cobre ainda tem uma grande participação, porém nos anos recentes tem perdido espaço para soluções plásticas”. Para José Adolfo Siqueira, o cobre e o PVC vêm predominando na condução e distribuição de água e gás, ao passo que o aço hoje é empregado em apenas casos específicos de condução hidráulica. Ocorre, conforme o executivos da Abitam, que aqueles dois primeiros materiais se tornaram mais competitivos ao evoluir para suportar engates e soldas mais rápidos, o que lhes facilita a instalação. “Queremos, no entanto, disputar esse mercado, mostrando que o aço pode ser utilizado em múltiplas aplicações. Estamos também trabalhando para que as implementações com este material fiquem mais fáceis”, frisa o executivo da Abitam. Uma tendência que pode impulsionar sobremaneira a adoção dos tubos de aço, adiciona ele, é o seu uso como elemento estrutural em construções, visto que o material pode ser transformado e deformado para esse fim. “Nesse sentido, está se fazendo um esforço de disseminar esta abordagem em faculdades de arquitetura”, conclui Siqueira.
Segmento mantém
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s atividades na indústria de bombas e motobombas continuam em constante expansão. Em meio aos fabricantes do setor, o impacto da crise econômico-financeira foi bastante amenizado pelos pedidos originados de verticais econômicas emergentes ou que lograram manter um robusto ritmo de produção nos tempos recentes. A área de válvulas e acessórios, em contraste, vem se ressentindo de uma brusca queda nos negócios, com perspectivas de melhoras adiadas para 2010 apenas. Nas estimativas da Câmara Setorial de Bombas e Motobombas da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), o segmento poderá repetir em 2009 a taxa de crescimento de 20% que registrou no ano passado, quando totalizou um faturamento na casa dos R$ 2,5 bilhões. “As áreas de saneamento e de petróleo e gás foram responsáveis pelos nossos ganhos no ano passado e seguem muito aquecidas neste ano. Agora, sentimos também um incremento na demanda da construção civil”, informa Wagner Vilela Cipola, presidente da Câmara Setorial e diretor-presidente empresa Thebe Bombas Hidráulicas. Essas movimentações compensaram o recuo nas encomendas do setor de açúcar e álcool, duramente golpeado pela crise. A expectativa para a evolução do mercado entre os desenvolvedores de bombas e motobombas, que perfazem um universo de aproximadamente 200 empresas de todos os portes, é, portanto, bastante favorável. O próprio advento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), observa Cipola, deve provocar aumentos diretos e, principalmente, indiretos nas encomendas. Em geral, os fabricantes desta seara se dividem por numerosos nichos específicos, tais como saneamento, utilities, bombas seriadas (que atendem residências, prédios, piscinas, fazendas, etc), construção civil, irrigação, quí-
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de bombas expansão das vendas mica e petroquímica, celulose e papel e indústria naval, entre outros. O mercado interno, na verdade, é que vem sustentando o setor, devido às dificuldades enfrentadas pelo comércio externo, visto que as exportações esbarram no declínio da demanda lá fora e no real sobrevalorizado. Para se ter uma ideia do problema, em 2008 foi contabilizado um déficit comercial de US$ 225,543 milhões no ramo de bombas e motobombas. “Há empresas que deixaram de fabricar aqui e começaram a importar”, lamenta o presidente da Câmara Setorial. Tecnologicamente, os equipamentos nacionais, assegura ele, são de excelente qualidade, aptos a competir globalmente, como no caso, por exemplo, das bombas destinadas à vertical de óleo e gás. Outro ponto criticado pelo executivo é a pesada carga tributária e toda a burocracia que cerca o pagamento de impostos. “Cada Estado do País tem alíquotas e notas fiscais distintas, o que gera transtornos para nós. E o governo está agindo com excesso de lentidão para equacionar a questão”, frisa ele.
Retração na área de válvulas
Fazendo um contraponto com os fabricantes de bombas, a área de válvulas e acessórios vivenciou um considerável processo de retração. Conforme detalha Marcelo de Lima, diretor da Unival, distribuidora e importadora, “em razão da crise internacional, grandes projetos empresariais foram cancelados ou postergados”. Ele menciona como exemplos de recuos a nova fábrica da Aracruz Celulose, a revisão de todos os investimentos do Grupo Votorantim, a parada de cinco alto-fornos nas principais siderúrgicas do País, entre outros. De qualquer forma, ele assinala que o momento atual é de aprendizado e de preparo para ações futuras, apostando-se em uma retomada substancial das atividades nos próximos anos.
“Acredito que a bola da O segmento poderá vez será o segmento de repetir em 2009 a óleo e gás em função da expectativa criada com o taxa de crescimento pré-sal”, prevê ele. de 20% que regisAbordando especifitrou no ano passado. camente as importações de válvulas e acessórios, ele avalia que o mercado independe das variações cambiais e apenas se adequa à lei de oferta e demanda. “Desta forma, os importados sempre terão um espaço definido. O custo Brasil e falta de tecnologia de ponta em nosso setor também são fatores preponderantes para a fraca competitividade de nossos produtos”, salienta. Lima entende que os fabricantes nacionais precisam investir mais, não só em tecnologia como também no desenvolvimento de novos mercados, dando vazão ao seu excedente de produção. Como exemplos de implantação desta estratégia, o diretor cita os países asiáticos: “Eles são bastante agressivos, procurando romper fronteiras e investindo milhares de dólares anualmente em atualização tecnológica”, conclui.
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panorama do setor
Programas de qualidade se multiplicam As empresas se preocupam em garantir a excelência dos processos de fabricação, além de abraçar as boas práticas da sustentabilidade socioambiental.
O
amadurecimento do mercado de tubos e conexões pode ser atestado pela multiplicação dos vários programas de qualidade e de certificação que estão sendo implantados no setor. Com ênfase cada vez maior, as empresas se preocupam em garantir a excelência dos processos de fabricação e dos produtos e serviços oferecidos, além de abraçar as boas práticas que apontam para a sustentabilidade socioambiental. Assim sendo, a adesão às normas ISO (International Organization for Standardization) tornou-se um requisito imprescindível entre os fornecedores que atendem indústrias como a petrolífera, a automotiva, a eletroeletrônica e a de construção civil, para citar só algumas. “A Tigre tem todas as suas unidades do Brasil certificadas nas ISO 9001 e 14001. E nossas subsidiárias no Exterior caminham nesse sentido”, destaca Evaldo Dreher, presidente da empresa. Por sua vez, a Amanco Brasil implementou um Sistema de Gestão Integrado e é, segundo ela, o único fabricante de tubos e conexões do País a possuir as três principais certificações de mercado: ISO 9001 (qualidade), ISO 14001 (meio ambiente) e OHSAS 18001 (segurança do trabalho). “O mercado brasileiro de construção civil precisa incorporar premissas do conceito de sustentabilidade às suas práticas, projetos e operações, de forma a permitir não só sua viabilidade econômica, mas, sobretudo, trazer benefícios para o meio ambiente e para a sociedade”, enfatiza Marise Barroso, presidente da Amanco Brasil. No entendimento da executiva, integrar a sustentabilidade às estratégias corporativas é o grande desafio das organizações hoje e uma condição crítica de sucesso. “Dentro de uma
visão empresarial de vanguarda, é uma forma de atuação, um modelo de negócio em si, um modelo de sobrevivência no longo prazo”, acrescenta ela. Desse modo, resume Marise, o processo de fabricação na Amanco leva em conta o menor impacto ambiental e a saúde e a segurança dos colaboradores, além de se procurar gerar produtos de longa vida útil, em conformidade com as normas técnicas aplicáveis. Um outro exemplo ilustrativo do maior rigor com que o mercado vem trabalhando vem da Petrobras. Os fabricantes que atendem a empresa têm de ostentar o selo API (American Petroleum Institute), instituição dos EUA que concebeu normas para melhorar a eficiência operacional, a segurança, a sustentabilidade e a adesão aos requerimentos regulatórios e legais nas operações desta vertical econômica. “O ramo de tubos de aço tem total foco em qualidade hoje”, assegura José Adolfo Siqueira, diretor-executivo da Abitam (Associação Brasileira de Tubos e Acessórios de Metal). Esta entidade, por exemplo, patrocinou um programa de certificação pelo qual, desde 1º de julho último, todos os tubos para condução de fluidos têm de ostentar o selo do Inmetro. “Até os importados têm de obedecer as normas brasileiras e são certificados por nós”, afirma Siqueira. Para materializar esta iniciativa, o setor está fazendo uma campanha de marketing visando conscientizar os demais participantes da cadeia produtiva, como instaladores, controladores e constutores, sobre a importância de se trabalhar com selos e garantias. “O consumidor tem de estar atento para não adquirir em revendas tubos de segunda categoria”, adverte o executivo da Abitam.
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Produtos incorporam tecnologias avançadas
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iante de um mercado pautado por exigências crescentes nos quesitos qualidade, funcionalidade, segurança, sustentabilidade e, claro, preços, o segmento de tubos e conexões persegue incessantemente o aporte de novos avanços tecnológicos nos processos de design e de produção. Hoje, mais do que nunca, os fabricantes mobilizamse à cata de inovações que lhes permitam aumentar os diferenciais competitivos. Assim, por exemplo, no que se refere aos tubos de aço, José Adolfo Siqueira, diretor-executivo da Abitam (Associação Brasileira de Tubos e Acessórios de Metal), menciona a produção atual de peças mais adaptáveis, capazes de serem mais facilmente formatadas de acordo com as demandas específicas de consumidores. “Também estamos fabricando produtos com aços especiais, que oferecem maior nível de resistência”, acrescenta ele. Na Amanco Brasil, explica Laura Rosso, gerente de inovação de produtos da múlti, a elaboração de artigos de alta tecnologia se apoia nos conceitos de Ecodesign, Ecoeficiência e Ecoinovação. “Para executar uma mesma função, consomem menos água, menos energia e menos matéria-prima, mantendo a qualidade e a conformidade com as normas técnicas”, pormenoriza ela. No âmbito desta concepção geral, ela destaca itens recentemente lançados como tubos em PVC-O (biorientado) para redes de adução e distribuição de água bruta ou potável. Trata-se de produtos robustos, totalmente plásticos, capazes de atender às redes de tubulações com pressão PN16. “A Amanco é a única empresa que detém esta tecnologia no Brasil”, garante Laura. A multinacional dispõe também de conjuntos de tubos e conexões que interligam o ramal predial do sistema de distribuição de água com a instalação do consumidor, podendo ser utilizados como apoio para a instalação do hidrômetro. Possuem suporte especial que propicia a instalação diretamente no solo (horizontal) ou na parede (vertical). A gerente menciona também uma caixa de descarga que induz uma economia de até 33% no consumo de água. O equipamento foi projetado para atender à nova norma para caixas, que exige
execução da limpeza total dos vasos sanitários com seis litros de água por acionamento, com a mesma eficiência dos modelos atuais com capacidade para nove litros. A Amanco, nota Laura, está entre as primeiras fabricantes a lançar um produto desenvolvido de acordo com a nova regra. Outro lançamento recente foi a linha de tubos corrugados, especialmente desenhados para o segmento de saneamento básico. Os tubos, de 150 mm a 400 mm, têm como diferencial a parede externa corrugada (espécie de ondulação). Essa característica permite que o produto tenha melhor resistência mecânica e Mais do que peso reduzido. nunca, os fabricanNa Tigre, uma inovação importante é a tecnologia PEX, com a qual tes mobilizam-se à foi criada uma linha de tubos flexíveis cata de inovações monocamada e multicamadas, que visando maior tem como função principal conduzir competitividade água quente e fria em instalações hidráulicas prediais. Esta linha pode ser utilizada em sistemas de aquecimento solar, ar condicionado e sistemas de refrigeração e calefação. A proposta é introduzir flexibilidade nas aplicações e reduzir o tempo de instalação. A PEX favorece a utilização de bitolas menores, pois suas paredes internas lisas proporcionam melhor desempenho hidráulico. Além disso, tubos feitos de PEX não sofrem corrosão, ostentando baixa dilatação térmica e maior resiliência. De resto, a Tigre dispõe de conexões fabricadas em uma resina especial chamada PSU (polisulfona), na cor branca, podendo ser utilizadas com PEX multicamada e monocamada. Esta resina foi escolhida devido à performance hidráulica sob pressões e temperaturas altas. ME
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TUBOTECH 2009 Número de expositores cresceu 60% Feira prevê 16 mil visitantes.
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eferência mundial do que há de mais inovador no setor, a quinta edição da Tubotech (Feira Internacional de Tubos, Conexões e Componentes) será realizada de 6 a 8 de outubro no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, e deverá atrair pelo menos 16 mil visitantes das áreas de petróleo, gás, automotivo, construção, químico, petroquímico, farmacêutico, bebidas e infraestrutura, entre outras. O número de expositores cresceu em 60%, em relação a 2007, o que ampliará a quantidade de produtos, serviços e eventos simultâneos no encontro. Aplicados nos mais variados segmentos, tubos, conexões e componentes estão, de alguma forma, presentes no dia-a-dia de toda a sociedade, sendo utilizados, por exemplo, na indústria de bebidas e produtos alimentícios, na fabricação de automóveis, Tubotech 2007
aviões e residências, nos móveis e navios, na condução de petróleo, gás, energia, água e esgoto, na construção civil e em inúmeros outros mercados. Registrando um faturamento de US$ 5 bilhões em 2008, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Tubos e Acessórios de Metal (Abitam), somente em relação aos tubos de aço, o Brasil tem capacidade instalada para produzir mais de 4,3 milhões de toneladas ao ano. No mesmo período, a produção foi superior a 2,2 milhões de toneladas, as exportações atingiram US$ 679 milhões e mais de 353 mil toneladas foram vendidas. “Trata-se de um setor forte, empreendedor, dinâmico, de vanguarda tecnológica, fundamental para o desenvolvimento do País, e que possui um dos parques tecnológicos mais modernos do mundo”, ressalta Luciano Targiani, diretor da Tarcom Promoções, que promove
mercado empresarial
a Tubotech em parceria com o Grupo Cipa. Ainda de acordo com ele, além de ser grande gerador de empregos diretos e indiretos, o setor é capaz de atender às mais exigentes especificações técnicas, em nível regional e internacional. A Tubotech contará ainda com a realização dos eventos simultâneos: Metaltech (Feira Industrial de Tecnologias em Metais), Expobombas (Feira Internacional de Bombas, Motobombas e Acessórios), Expoválvulas (Feira Internacional de Válvulas Industriais e Acessórios) e Techshow (Jornada de Tecnologia dos Expositores). Com o intuito de abranger ainda mais segmentos relacionados às áreas compradoras e trazer um leque de produtos e serviços ainda mais amplo para o público, esta edição também acontecerá paralelamente à Termotech (Feira Industrial de Tecnologias Térmicas), à Joterm (Jornada de Tecnologias Térmicas)e à Feigás (Feira Industrial do Gás).
evento
“O público vai encontrar uma feira ainda mais completa. A diversidade de novidades em produtos, equipamentos, máquinas e tecnologias, que antes o visitante precisava buscar em eventos de diversos setores ou até no exterior, agora se concentra em um único local”, destaca José Roberto Sevieri, “O evento, que já é presidente do Grupo Cipa. referência mundial, Participarão da Tubotech, além trará o que há de de centenas de empresas nacionais, mais moderno no cerca de 100 companhias de outros 14 países, que se apresentarão em setor, dando grande uma área exclusiva dedicada a esses destaque às inovaexpositores internacionais. O númeções e tendências” ro de expositores e a área ocupada pela feira aumentam significativamente a cada ano. “O evento, que já é referência mundial, trará o que há de mais moderno no setor, dando grande destaque às inovações e tendências”, completa José Adolfo Siqueira, diretor executivo da Abitam, entidade que realiza o evento. ME
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Economia brasileira cresce 1,9% no 2º trimestre e sai da recessão, diz IBGE
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economia brasileira saiu da recessão no segundo trimestre de 2009, quando cresceu 1,9% em comparação aos três meses imediatamente anteriores, segundo dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 11/9 último. A recessão técnica, de acordo com economistas, configura-se quando uma nação registra contração da economia por dois trimestres consecutivos. No Brasil, isso ocorreu no quarto trimestre de 2008, quando o PIB ficou negativo em 3,6%, e no primeiro trimestre deste ano, quando a retração foi de 0,8%. Na comparação anual, no entanto, o PIB ainda mostra retração: queda de 1,2% sobre o segundo trimestre do ano passado, quando a economia ainda não havia sido atingida pela crise financeira mundial. Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 756,2 bilhões no segundo trimestre. No acumulado do ano até junho, a economia “encolheu” 1,5% em relação ao mesmo período de 2008. Nos últimos 12 meses até junho, há alta de 1,3% na comparação anual. O desempenho da economia ficou dentro da expectativa do governo federal, que previa crescimento entre 1,8% e 2%.
Consumo doméstico
O consumo das famílias continuou aquecido e foi um dos principais pontos favoráveis à demanda interna. Segundo o IBGE, o crescimento da despesa de consumo das famílias foi de 2,1% em relação ao primeiro trimestre. Já na comparação ao segundo trimestre do ano passado, os gastos das famílias brasileiras com consumo cresceram 3,2%, o 23º crescimento consecutivo nessa base de comparação. Estimularam esse resultado o aumento da massa salarial real (alta de 3,3%) e o aumento do crédito para pessoas físicas na comparação anual. Segundo o IBGE, houve aumento de 20,3%, em termos nominais, do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas.
Setores
O destaque na comparação com o trimestre anterior, segundo o IBGE, foi a indústria, que cresceu 2,1%; seguida por serviços (1,2%); a agropecuária apresentou variação negativa de 0,1%. Já a despesa de consumo da administração pública registrou variação negativa de 0,1%. Os números que medem o nível de investimentos no Brasil, a formação bruta de capital fixo, mostrou variação zero.
No setor externo, tanto as exportações como as importações de bens e serviços apresentaram crescimento, de 14,1% e 1,5%, respectivamente.
Comparação anual
Na análise dos números do segundo trimestre de 2009 ante o mesmo período do ano passado, apenas as atividades de serviços apresentaram crescimento (2,4%). Todos os demais setores encolheram: indústria (-7,9%) e agropecuária (-4,2%). A atividade industrial caiu em todos os segmentos. A maior queda foi na indústria de transformação (-10%), influenciada principalmente pela redução na produção de máquinas e equipamentos; metalurgia; peças e acessórios para veículos; mobiliário; vestuário e calçados. Também houve retração de 9,5% na construção civil; queda de 4% em eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana; e redução de 0,8% na extrativa mineral, onde a extração de minérios ferrosos caiu 27,4%, e a extração de petróleo e gás natural aumentou 5,9%. O aumento dos serviços (2,4%) resultou das variações positivas da intermediação financeira e seguros (8,2%), que voltou a crescer no mesmo patamar do terceiro trimestre de 2008; outros serviços (7,3%); serviços de informação (6,8%), devido principalmente aos desempenhos da telefonia móvel e dos serviços de informática; administração, saúde e educação públicas (2,8%); e serviços imobiliários e aluguel (1,4%). Por outro lado, transporte (de carga e passageiros), armazenagem e correio teve queda de 5,3% no segundo trimestre, bem como o comércio (atacadista e varejista), que caiu 4,0% ambos influenciados pelo resultado da indústria de transformação. Fonte: O Globo.
economia
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Aço: Setor sinaliza uma retração da produção
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produção de aços planos, que já vinha caindo nos últimos meses, teve redução mais acentuada em Setembro, já sentindo os reflexos da crise no mercado internacional. Comparando o nono mês deste ano com o mesmo mês de 2007, houve queda de 8,2%, com a produção de planos caiu de 1,278 milhão de toneladas no ano passado para 1,173 milhão de toneladas neste ano. A laminação de planos também registrou queda de 2,3% entre Janeiro e Setembro de 2007 (11,637 milhões de toneladas) e o mesmo período de 2008 (11,369 milhões de toneladas). Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS). Mas, nem mesmo o aperto na produção de planos indica que novos aumentos do insumo estejam por vir, por causa dos reflexos da crise internacional. O Conselheiro executivo do grupo Nippon Steel, que detém 24,7% do controle acionário das Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (Usiminas), Yoshiaki Nakamura, já havia informado ao Diário do Comércio, que a intenção de realizar um novo reajuste, que seria o quarto deste ano, no preço do aço está sendo avaliada por causa do atual cenário de incertezas no mercado internacional, que já teve reflexos sobre a demanda mundial. Apenas a Usiminas, maior fornecedora da indústria automotiva no país, já reajustou os preços três vezes neste ano, somando aumento de aproximadamente 40%. Próximo de atingir a capacidade instalada, a produção de aços planos no país já está quase estagnada.
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Efeitos da crise começam a surgir. O estado de Minas Gerais responde pela maior parte da produção nacional de aço bruto, com participação de 35,7% em setembro.
Expansão - Já a produção brasileira de aço bruto cresceu 7,3% nos primeiros nove meses deste ano. As usinas produziram 26,826 milhões de toneladas do insumo entre janeiro e setembro de 2008 contra 25,002 milhões de toneladas em igual período de 2007. Na mesma base de comparação a fabricação de laminados cresceu 3,1%, saindo de 19,111 milhões de toneladas para 19,694 milhões de toneladas. Apesar do crescimento, os dados apontam para retração na comparação com os números do acumulado do ano até agosto, quando a evolução da produção de aço bruto foi de 7,5% e de laminados 3,2% frente o mesmo intervalo de 2007. Especialistas afirmam que os efeitos da crise devem ter reflexos sobre o desempenho de 2009, tendo em vista os contratos de longo prazo do segmento de siderurgia, que ainda estão sendo cumpridos este ano. Minas Gerais continua liderando a produção nacional e foi responsável por 35,7% do total de aço bruto brasileiro (9,585 milhões de toneladas) e pelo mesmo percentual de laminados (8,884 milhões de toneladas) no acumulado do ano até setembro. A produção brasileira de longos registrou forte expansão, passando de 7,473 milhões de toneladas nos primeiros nove meses do ano passado para 8,325 milhões de toneladas em igual intervalo do atual exercício, incremento de 11,4%. O crescimento da construção civil é o principal motor da fabricação de aços longos. Fonte: InfoMet
Camex reduz imposto sobre tubos de aço carbono A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu de 14% para 2% a alíquota do Imposto de Importação para tubos soldados de aço carbono. A isenção vale para uma cota de 38,794 milhões de toneladas nos próximos três meses. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a medida está sendo adotada para evitar um desabastecimento no mercado nacional. O produto é utilizado para transporte de minérios. Fontes do governo informaram que a resolução da Camex atende a um pedido da mineradora MMX, do empresário Eike Batista, que está construindo um mineroduto de 500 quilômetros entre Minas Gerais e Rio de Janeiro. A obra deve estar concluída em 2011 e deve proporcionar a exportação de 26,5 milhões de toneladas por ano de minério de ferro. Fonte: Agência Estado.
economia
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Microfinanças
amparam empreendedor de pequenos negócios
D “Fixamos uma meta de formalizar 250 mil novas empresas até dezembro de 2010”
Milton Dallari, diretor administrativo e financeiro do Sebrae-SP
esde o dia 1º de julho último, quando entrou em vigor a legislação do MEI – Micro Empreendedor Individual – até hoje, foram formalizados em torno de seis mil pequenos negócios que atuam por conta própria no estado de São Paulo, que estavam na informalidade por não possuírem o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Entre 41,7 milhões de habitantes do estado paulista, 20,3 milhões compreendem a faixa da População Economicamente Ativa (PEA) e 3,8 milhões de pessoas trabalham por conta própria. A maioria dos trabalhadores autônomos (57%) está concentrada em três regiões metropolitanas: São Paulo, Campinas e Baixada Santista. “Fixamos uma meta de formalizar 250 mil novas empresas até dezembro de 2010”, declara Milton Dallari, diretor administrativo e financeiro do Sebrae-SP. Dallari ressalta que a instituição está se estruturando para receber o microempreendedor com atendimentos presenciais individuais, nos escritórios regionais do Sebrae-SP ou nos Postos de Atendimento ao Empreendedor (PAEs). “O trabalho de orientação e sensibilização é um processo lento”, diz. Para ele, há três principais variáveis que favorecem o fechamento dos pequenos negócios. “O primeiro motivo é falta de planejamento; o segundo, o empresário abre a loja sem conhecer o segmento em que atua; e, em terceiro, lugar, falta capital de giro para investir no negócio”, afirma.
Na região de atuação do Sebrae-SP em Bauru, por exemplo, existem 89.529 pessoas que trabalham por conta própria, sendo que 55% estão concentradas nas cidades de Jaú, Lins e Bauru. Só nesta cidade, há 32,4 mil bauruenses autônomos. A legislação adotada pelo MEI atende esse público específico e trouxe benefícios como a desburocratização, a desoneração fiscal e o desenvolvimento com inovação aliado ao surgimento de novas oportunidades de trabalho para aqueles que possuem faturamento total anual de até R$ 36 mil. Essas empresas devem ser constituídas por apenas dois funcionários: o dono do negócio e um funcionário que receba um salário mínimo ou o piso da categoria. Por exemplo, os custos determinados a partir da legislação do MEI, incluem o salário mínimo de R$ 465 acrescido de mais 3% da Previdência Patronal (R$ 13,95) e FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), calculado em 8%, ou seja, R$ 37,20. “A taxa de abertura é gratuita no primeiro ano, já que a Lei Geral das MPEs institui que os escritórios de contabilidade devem dar consultoria de graça”, lembra Milton Dallari.
Microfinanças
De acordo com a diretora da empresa CREAR Brasil, especializada em empreendedorismo e microfinanças, Evanda Evani Burtet Kwitko,
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economia
o microcrédito faz parte das microfinanças, ou seja, são serviços financeiros adequados às pessoas de baixa renda A taxa de oferecidos por IMFs – Instituição Microfinanceira. Ela acredita que o microcrédito é uma promissora estratégia abertura é de combater a pobreza, ao mesmo tempo, fortalece as gratuita no ações produtivas, utilizando o capital local e a intensa mão primeiro ano de obra para satisfazer as necessidades básicas da família e dinamizar o desenvolvimento regional. No estado de São Paulo, o Banco do Povo, uma das IMFs existentes no Brasil, atende 421 municípios e já trabalha com o microcrédito, que beneficia empresas formais e informais, cooperativas e associações formalmente constituídas. A taxa de juros é pré-fixada em 1% ao mês e garante empréstimos com limite de financiamento dependendo do tipo de público alvo atendido: R$ 200 a R$ 5 mil para pessoas físicas; R$ 200 a R$ 7.500 para pessoas jurídicas; R$ 200 a R$ 25 mil para associações e cooperativas. Em Bauru, o Banco do Povo realizou R$ 4,6 milhões em empréstimos, efetuados em 1.116 operações. Desses, 72% eram destinados a empresas não-formais e 28% a negócios formais. Para o secretário de desenvolvimento econômico de Bauru, Antonio Mondelli Junior, o trabalho do Banco do Povo dobrou o volume de crédito à população, com relação ao ano passado. “Dá para contribuir ainda mais e se o empresário tem dúvidas, é só procurar a prefeitura para se atualizar o mais rápido possível sobre os benefícios advindos do MEI”, aconselha. ME
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NOVEX
A marca Número 1 no segmento
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ualidade e durabilidade: estas as principais características dos produtos da companhia que levaram a marca Novex, por 13 vezes a ser indicada na Pesquisa Nacional de Preferência de Marca como a Número 1 no Brasil, no segmento. Pioneira na fabricação de rodas e rodízios no mercado nacional, a Novex foi a primeira empresa do setor a obter a Certificação ISO 9001:2000. Muitos são os fatores que levaram a companhia a atingir esse patamar. “A Novex conta com uma experiência de 73 anos na fabricação de rodas Por 13 vezes a Novex e rodízios, o que permite obtém a liderança uma excelente percepção para na Pesquisa Naciodesenvolvimento de novos nal de Preferência conceitos de produtos diante de Marca no segda evolução e necessidades de mento, no Brasil. mercado. Os produtos Novex são mais robustos, resistentes, altamente técnicos e têm o melhor custo x benefício e estão está presentes em quase todos os países da América Latina”, ressalta Vera Bites, Supervisora de Marketing e Exportação da empresa. A companhia fabrica rodas e rodízios nos mais diversos tipos de materiais (poliuretano, borracha, nylon, polipropileno, celeron, ferro fundido, zamak, PVC, policabornato, borracha elástica, pneumáticos, borracha não-manchante)
e para inúmeros tipos de aplicações. São produtos que atendem desde as necessidades para uma carga leve até uma extra-pesada, sendo que todos os rodízios são projetados para que a movimentação seja suave e eficiente, com a segurança necessária para a aplicação de cada empresa. “A linha é muito extensa, decorrência das características específicas para cada necessidade. Se levarmos em conta todas as possíveis combinações, estaremos falando de algo em torno de 5.000 itens regulares e outros 1.000 itens especiais, vendidos sob encomenda. O carro-chefe, direcionado principalmente para atendimento através de Revendas, é a linha leve. Atendemos aos principais segmentos da indústria, tais como automobilístico, aeroportuário, cerâmico, eletroeletrônico, movimentação de cargas, dentre outros”, informa Vera Bites. “Ter a grife TENTE – empresa alemã e um dos maiores fabricantes do mundo de rodas e rodízios, com uma qualidade impecável - atrelada à marca Novex, consolida ainda mais o posicionamento de nossa marca como detentora de produtos de alta qualidade e performance”, complementa a executiva.
Trajetória
A empresa iniciou suas atividades em 1936 com 3 sócios e 3 funcionários. Chegou a ter um quadro de 300 funcionários em meados de 1986. A partir de 1994 foi iniciada a produção de rodas injetadas em plástico (aquisição de 4 injetoras), a usinagem com tornos CNC e a automação da estamparia, seguidas da primeira
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máquina no Brasil para mistura e dosagem de poliuretano, o desenvolvimento de dispositivos especiais para soldagem de precisão e a criação de linhas de montagem semi-automatizadas, nova cabine de pintura, esteira transportadora para embalagem, equipamentos de medição para área de CQ. Atualmente a empresa ocupa uma área construída de 7.000m2 em terreno de 23.000m2 na Vila Jaraguá, na capital paulista. Tem 160 funcionários e uma ampla rede de atendimento aos clientes, com fortes canais de distribuição em todo o território do Brasil e também está presente nos principais países da América Latina. “Nossos clientes contam com o apoio técnico prestado por uma equipe comercial especializada e com suporte e auxílio no desenvolvimento de aplicações especiais”, enfatiza Vera. Não só foi a primeira empresa do setor de rodas e rodízios a obter a certificação ISO 9000 e a iniciar a documentação de processos e
Fábrica da Novex
EPIL e NOVEX
produtos com desenhos em autocad, como agora, na área de informática, está sendo a pioneira na implantação de Sistema de Gestão Integrada de última geração, o JDEdwards. “Direcionamos aproximadamente 10% de nossos volumes para a Exportação, em estreita parceria com alguns importantes países como Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Equador, Venezuela, Honduras, Panamá, dentre outros. Importamos algumas linhas de rodas e rodízios para complementação de linha, e de produtos diferenciados para atender a nichos mais específicos de mercado”, explica a Supervisora de Marketing e Exportação.
Economia do setor
A posição da empresa é realista mas otimista em relação aos rumos da economia. “Apesar das dificuldades do momento, com base em um planejamento consistente e uma ação eficaz é totalmente factível a retomada de mercado. Observando os acontecimentos mundiais, analisando a economia e tendências que apontam para o mercado brasileiro como o foco de interesse de investidores devido a uma posição “mais confortável” diante da crise, é factível um crescimento industrial que permita a realização desta visão”, conclui Bites. ME
!
“A NOVEX investe em mídias especializadas no segmento industrial e logístico, preocupando-se com a qualidade do veículo e sua confiabilidade no mercado. Somos clientes da EPIL por mais de 10 anos e, como muitas empresas, não conhecíamos exatamente qual o retorno que o investimento em cada mídia proporcionava. Em 2007 começamos a mensurar este retorno e fomos surpreendidos pelo volume de contatos recebidos através das listas telefônicas EPIL. As listas ficaram como a segunda principal mídia de retorno da NOVEX. Num momento onde se questiona na era da informatização e Internet, se este veículo ainda é eficiente, nós comprovamos e mantemos o investimento neste canal de divulgação.” Vera Bites, Supervisora de Marketing e Exportação
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Cenários
do futuro Por Leila Navarro
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Leila Navarro é Conferencista e Especialista Comportamental. É também autora de 12 livros, ganhou por duas vezes o Prêmio de “Palestrante do Ano” (2002 e 2009) e disponibiliza conteúdo exclusivo para o autodesenvolvimento profissional e pessoal em seu Portal: www.leilanavarro.com.br
futuro depende do que fazemos no nosso presente. Portanto, se você fizer um simples processo de elaboração de prováveis cenários para o futuro, com os quais você até pode vir a se deparar, a probabilidade de que você tenha uma vida mais próspera, feliz e produtiva será bem maior. Quero dizer que para ter uma idéia de como será o futuro, você precisa pensar e analisar como o que você vive no presente irá apresentar-se adiante. Como será o cenário? Como seria cada atividade, cada coisa que você faz e vive hoje, daqui a vinte anos? Já pensou nisso? Por que isso é importante? Porque já vivemos mudanças que nos deixam cheios de incertezas e também estressados nos dias de hoje. Imagine daqui a alguns anos quando a velocidade dessas mudanças for tão rápida, que será impossível viver sem aprender a conviver com ela! A produção e a absorção do conhecimento passarão a ser mais velozes e intensas, e será necessário tomar medidas preventivas, pelo menos para tornar essas mudanças, quase que instantâneas, menos traumáticas. Só para você ter uma idéia disso, poucos acreditavam que os computadores fariam parte da nossa vida como acontece agora. Até mesmo o Bill Gates não acreditava! Há 25 anos foi
criado o primeiro computador pessoal. Hoje temos 1 bilhão de computadores no planeta e a perspectiva é de que esse número dobre em um quarto desse tempo! Nos últimos dois anos o Brasil passou de 10 para 14 milhões de residências conectadas à Internet. Pense nas transformações que você já presenciou e no impacto que teve na vida das pessoas. Segundo uma pesquisa da Arthur Andersen, o desenvolvimento do conhecimento humano está crescendo em uma velocidade inacreditável: dobra a cada três anos e, com perspectivas de a partir de 2020 dobrar a cada 73 dias! Veja como tem sido a velocidade da transformação tecnológica que vem ocorrendo em nossas vidas: Para atingir 50 milhões de usuários: • as telefônicas precisaram de 74 anos; • as emissoras de rádio precisaram de 38 anos; • a indústria de computadores pessoais precisou de 16 anos; • as emissoras de televisão precisaram de 13 anos; e os provedores de acesso à Internet somente de 4 anos! Muitos especialistas acreditam que as mudanças que virão nos próximos cinco anos poderão ser equivalentes às ocorridas nos últimos 50 anos. Então, e o que fazemos hoje? Será que poderá mudar, efetivamente, o nosso futuro?
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É necessário fazer uma análise profunda das reações, das consequências que os nossos atos de hoje terão amanhã
”
A resposta é sim, se pensarmos em cenários para esse futuro e tivermos consciência do que pode acontecer, adiante, por meio dessas simulações. É impossível prever o futuro ou não cometer erros quanto a como ele será. Mas, ao mesmo tempo, é fundamental enumerar as possibilidades do que pode ocorrer lá na frente, para estarmos melhor preparados para enfrentar essas novas possibilidades e tomar decisões mais acertadas, ou até mesmo antecipar as nossas ações, e assim, não desperdiçar recursos, tempo e energia. É necessário fazer uma análise profunda das reações, das consequências que os nossos atos de hoje terão amanhã. Informação não nos falta, pelo contrário, em alguns momentos tende a nos atrapalhar, principalmente, se não tivermos foco e objetivos claros para filtrá-las. Portanto, a prevenção e a preparação para tempos turbulentos vêm da elaboração de cenários de futuro com foco, discernimento, objetivos, várias projeções, várias hipóteses, simulando vários resultados e consequências. ME
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ebmpapst é parceira do Wal Mart em loja ecoeficiente
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ebmpapst, multinacional alemã líder mundial do segmento de motores ventiladores, é parceira do Wal Mart na unidade Wal Mart Morumbi, na Capital paulista. A loja é a primeira unidade da rede em São Paulo construída com o objetivo de minimizar o impacto no meio-ambiente e fomentar a economia e a sustentabilidade. Segundo Marcelo Vienna, vice-presidente comercial do Wal-Mart Brasil, desde o início da construção tudo foi pensado com foco na valorização e preservação da natureza. “Desde o princípio da construção da loja tivemos cuidado para usar de forma racional as matérias primas, escolhendo sistemas que fossem capazes de reduzir o consumo de água, de energia elétrica e que possam gerar muito menos resíduo para o meio ambiente”. A ebmpapst produz e desenvolve tecnologia para ventiladores com foco nas áreas de ventilação controlada – “ventilação inteligente”, baixo consumo de energia e rendimento aerodinâmico maximizado, além de ter como uma de suas principais premissas a produção de baixo nível de ruído. Os produtos são flexíveis podendo ser controlados de forma analógica ou digital, com longa durabilidade, isentos de manutenção e com estrutura robusta. Também possuem alta performance em toda a cadeia produtiva em questões de desenvolvimento de novas tecnologias, recursos financeiros e ambientais.
Sistema de refrigeração
Na unidade do Wal Mart Morumbi o sistema de refrigeração é diferente das demais lojas da rede, pois no projeto ecoefientente são utilizados motores ventiladores da linha de produtos com tecnologia EC (eletronicamente comutado) da ebmpapst. Os equipamentos inteligentes, em algumas aplicações, economizam até 70% do consumo de energia dos sistemas de ventilação tradicional. Para o gerente de energia do Wal Mart, Sergio Costa Santos, a utilização destes equipamentos de corrente contínua além de trazer ao projeto uma economia de cerca de
11% tem outra vantagem, a de minimizar o nível de ruído. “Estamos no Morumbi, um bairro residencial, e esse equipamento vai trabalhar durante a noite com 70% de potência num patamar que não vai atrapalhar nenhum vizinho. É um excelente produto e nós estamos fazendo de tudo para viabilizá-lo também em outros empreendimentos do Wal Mart”, destaca Santos.
Nova tecnologia
Os produtos que utilizam a exclusiva tecnologia EC ebmpapst já são uma realidade nos mercados Europeu, Asiático e na América do Norte. Com este tipo ventilador, sistemas de ar condicionado e refrigeração, possuem durabilidade até quatro vezes maior que dos principais concorrentes, baixa geração de ruídos, principalmente em regimes de rotação reduzida e controlada e são isentos de manutenção. Todas essas vantagens aliadas ao desenvolvimento constante de tecnologia de ponta e o atendimento da multinacional no País, por meio de sua filial instalada na cidade de Cotia (SP), tornam o produto indispensável para os empreendimentos verdes. “Os ventiladores dessa linha têm como característica o fato de gerarem pouco calor, consumirem menos energia elétrica, diminuindo o tamanho da instalação e não gerando um custo adicional para o sistema de refrigeração e, com isso, reduzindo a agressão ao meio ambiente e os custos para os usuários”, explica Adriana Belmiro da Silva, diretora geral da ebmpapst Brasil. O controle da velocidade integrado, único no segmento, classifica o produto como inteligente. “Instalados em ar con-
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dicionados, por exemplo, com a simples adição de sensores diretamente no ventilador, pode-se efetuar o controle da temperatura, umidade, vazão, enfim, pureza e qualidade do ar em recintos fechados e trabalham automaticamente de acordo com a demanda necessária”, enfatiza a executiva. Em edifícios comerciais e shoppings centers, o sistema de ar condicionado é responsável por até 50% do consumo de energia. No Brasil, nos últimos três anos, os investimentos estrangeiros em shopping centers, principalmente, vindos dos Estados Unidos e Canadá, totalizaram US$ 7,5 bilhões. O segmento foi atraído pela estabilidade da economia nacional e pela indústria crescente do setor. Em 2007 foram abertos 22 empreendimentos na área.
Investimento Primeira unidade eco da rede em São Paulo apresenta sistema de refrigeração com equipamentos que reduzem consumo de energia e ruído.
Com o objetivo de aumentar a participação no mercado em países emergentes e dobrar seu faturamento mundial até 2015, dos atuais 1 bilhão de euros para 2 bilhões de euros, a ebmpapst reforça a atuação da tecnologia EC e pretende instalar, nos próximos anos, uma linha de produção no Brasil. A multinacional alemã tem 43 anos de atuação. No País, a filial da empresa se instalou em 1998 e hoje está localizada em uma moderna sede na cidade de Cotia (SP), e desenvolve negócios com companhias nos segmentos de refrigeração, automotivo, saúde e IT/Telecom, no Brasil e em toda a América Latina. ME
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Siderúrgicas japonesas
miram emergentes A maior siderúrgica do país, a Nippon Steel, está estudando a construção de fábricas no Brasil e na Tailândia.
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Sumitomo Metal Industries, terceira maior produtora de aço bruto do Japão, está trabalhando para lançar uma produção conjunta com a indiana Bhushan Steel de tubos de aço sem costura no Brasil e de chapas de aço no Vietnã, segundo o jornal japonês The Nikkei. Outras siderúrgicas japonesas também estariam procurando se expandir nos mercados emergentes, de acordo com o diário, já que enfrentam perspectiva de crescimento limitado no mercado doméstico. A maior siderúrgica do país, a Nippon Steel, está estudando a construção de fábricas no Brasil e na Tailândia, enquanto a JFE Steel considera instalar grandes altos-fornos no Sudeste Asiático e no Brasil, diz o jornal. O Nikkei informa ainda que a Sumitomo Metal está estudando a construção de um alto-forno na Índia em conjunto com a Bhushan Steel. A joint venture deverá ser controlada pela empresa indiana e a Sumitomo terá entre 30% e 40% de participação. O estudo de viabilidade e as negociações com as autoridades indianas ainda não começaram, mas a joint venture deverá fabricar produtos de aço semiacabados, além de chapas de aço e outros produtos finalizados, a partir de 2015. A unidade deverá ter capacidade de produção anual equivalente a cerca de 3 milhões de toneladas de aço bruto, ou cerca de 5% da produção da Índia no ano passado. O investimento total é avaliado entre 200 bilhões e 300 bilhões de ienes (entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões). O projeto será a primeira vez que uma grande siderúrgica japonesa coordena a construção de um alto-forno na Índia. A recessão global está pressionando a demanda por aço nos mercados emergentes, mas a Sumitomo Metal acredita que a demanda indiana vai crescer, impulsionada por projetos de infraestrutura e pelo crescimento da indústria automotiva local. Fonte: Agência Estado
Schulz investe 20 milhões na construção de fábrica em Campos A unidade fabricará tubulações especiais para condições extremas, como a exploração de petróleo na camada do pré-sal.
O grupo alemão Schulz, líder no segmento de suprimentos de conexão tubulares e tubulações em aço inoxidável e cobre níquel para os setores da indústria naval, petróleo, gás, petroquímico e siderúrgico, está investindo R$ 20 milhões a construção de sua quarta fábrica, em Campos, no norte fluminense. A nova unidade tem previsão para ser entregue no primeiro semestre de 2010 e deverá gerar cerca de 800 empregos. A unidade fabricará tubulações especiais para condições extremas, como a exploração de petróleo na camada do pré-sal. O início das obras acontece antes mesmo da conclusão das obras da terceira fábrica que a empresa possui no País. Além do reconhecido know how, a Schulz tem a seu favor a localização, que irá favorecer toda a sua logística, agilizando o atendimento à demanda das empresas localizadas no Espírito Santo, na Bacia de Campos e no norte do Estado do Rio de Janeiro.
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Mittal sinaliza boas perspectivas de recuperação
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dança no consumo provavelmente será maior que 10%. “No todo, estou projetando uma boa melhoria na posição da indústria do aço no ano que vem, comparado a 2009”, disse ele. Na opinião do magnata indiano, é possível que as projeções de observadores do setor, de uma queda de 15% a 20% na produção mundial de aço este ano, comparado a 2008, tenham sido desnecessariamente pessimistas demais. “Acho que o número será menor que esse”, disse ele, indicando que sua melhor estimativa é de uma queda de 15%. As vendas de aço são um indicador usado como referência, uma vez que o material é usado em muitos setores importantes, como os da construção, o automobilístico, o de eletrodomésticos da chamada linha branca e o de engenharia em geral.
ArcelorMittal
ontrastado com as previsões mais sóbrias de outros grandes executivos do setor, o indiano Lakshmi Mittal, presidente do conselho de administração da maior companhia siderúrgica do mundo, a ArcelorMittal , disse ao jornal “Financial Times” que está muito mais animado agora com as perspectivas de uma recuperação do que estava há três meses. “As economias emergentes estão saindo razoavelmente rápido da recessão, enquanto nos Estados Unidos e Europa há sinais de que os pacotes de estímulo dos governos começam a surtir efeito”, afirmou. As declarações foram feitas ao anunciar que a ArcelorMittal teve um prejuízo de US$ 792 milhões no segundo trimestre deste ano. Apesar do empresário ter alertado que a recuperação do setor siderúrgico será “lenta e progressiva”, afirmou que a esperada retomada na demanda no ano que vem estará longe de ser desprezível. Mudanças nas cláusulas de dívidas da companhia, para dar a ela mais liberdade para contabilizar lucros relativamente baixos - e ainda assim ser capaz de pagar empréstimos contraídos junto aos bancos - foram mais um dispositivo de “proteção”, do que um sinal de que a companhia esperava uma recessão prolongada, disse Mittal. Ele acrescentou que no ano que vem a demanda mundial por aço fora da China poderá aumentar 10% em relação a 2009, enquanto dentro da China - que produz e compra quase a metade da produção mundial de aço - a mu-
Presidente do Conselho da maior companhia siderúrgica do mundo prevê alta de 10% na venda de aço em 2010.
Vol. 5
Saúde Fascículo
Fumo
NÃO! O
fumo é hoje o campeão de mortes no mundo. A cada ano morrem mais pessoas vítimas do consumo de cigarros, charutos, cachimbos e similares que a soma das mortes devido à AIDS, violência, acidentes de trânsito, incêndios e suicídios: são cerca de 4 milhões de pessoas vitimadas, anualmente, pelo uso do tabaco - metade delas com idades entre 35 e 69, a maioria no auge de sua vida produtiva. Nesse ritmo, até 2020, o número de vítimas fatais subirá para 10 milhões de mortes ao ano. Isso porque o tabagismo está ligado a 50 tipos de doenças, como câncer de pulmão, de boca e de faringe, além de cardiopatias.
Saúde
Fumo
O mais grave problema de saúde pública do mundo
nando as campanhas de publicidade para os jovens, futuros consumidores. Entre as vítimas, as que sofrem menos morrem por ataque cardíaco ou acidente vascular (derrame). Os outros morrem lentamente, de forma bastante dolorosa e angustiante, inclusive para familiares e amigos. É este o caso das vítimas do câncer e, em particular, do enfisema pulmonar que, ao destruir A Organização Mundial da Saúde o pulmão, causa forte insuficiência respiratória. Os paestima que, a cada dia, 100 mil cientes com enfisema sentem uma permanente falta ar e se cansam ao menor esforço físico, ficando crianças tornam-se fumantes em de impossibilitados de levar uma vida normal. todo o mundo. Mas isso não é tudo. O cigarro e seus similares são também responsáveis por muitos outros danos, como menopausa precoce, abortos e partos prematuros, envelhecixistem hoje no mundo cerca de 1,3 bilhão de fumantes. mento acelerado da pele, especialmente no rosto, impotência Quarenta e sete por cento homens e 12% mulheres, o sexual, bronquite, asma, sinusite, hipertensão arterial, derrames, que representa um terço da população mundial adulta. úlcera do estômago e uma série de outras doenças relacionadas Desse total, mais de 900 milhões (em torno de 73%) ao fumo. Os fumantes passam a ter saúde mais frágil e adoecem estão nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização em média 2 a 3 vezes mais que os não fumantes. O desconforto causado pelas doenças e os prejuízos econômiMundial de Saúde (OMS), que coordena um sério e amplo escos delas decorrentes como gastos com hospitais, médicos e remétudo a respeito da questão, a epidemia de doenças relacionadas dios, faltas no trabalho, diminuição da expectativa de vida, além do ao fumo é um dos maiores desafios ao crescimento dos países sofrimento para os familiares e amigos tornam o tabaco o grande em desenvolvimento, pois grande número de pessoas morre na responsável pela queda da qualidade de vida dos fumantes e de fase mais produtiva de suas vidas devido a esse vício. A OMS quem convive com eles. A chance destas pessoas virem a sofrer de estima que, em 2025, 85% dos fumantes estarão nos países mealguma doença grave aumenta a cada dia e a cada cigarro fumado. nos desenvolvidos. A introdução de leis, proibindo fumar em ambientes fechados No mundo todo morrem a cada ano mais de 3,5 milhões de e controlando a publicidade de cigarros, é bastante positiva, mas pessoas de doenças relacionadas ao fumo. Segundo a OMS, se não suficiente para conseguir controlar o avanço desta verdapermanecer a tendência atual, entre 2020 e 2030 serão 10 mideira epidemia que ameaça a vida de milhões de pessoas. É prelhões de mortes a cada ano decorrentes do vício do fumo. No ciso realmente que as pessoas se conscientizem do problema. Terceiro Mundo, serão 7 milhões. No Brasil, cerca de 32 milhões de brasileiros são fumantes (22,7% de homens e 16% de mulheres), e há cerca de 200 mil Corrigindo alguns conceitos Na maior parte das vezes, quem começa a fumar não tem a mortes ao ano decorrentes do tabagismo. Assim como nos real dimensão de todo o mal que o tabaco provoca no orgaoutros países, em nosso País 90% dos fumantes começaram nismo. Mesmo recebendo informações a respeito, o indivíduo a fumar ainda crianças e jovens, induzidos pela publicidade e está focado nas sensações que o fumo lhe traz: prazer, relaxapelo exemplo de ídolos, pais e amigos. O hábito começa na mento, descontração, segurança e por aí vai. Sem contar nos juventude e a indústria do tabaco sabe disso e age, direcio-
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O fumo continua sendo apontado como o primeiro grande vilão para o aparecimento e/ou complicação de doenças cardíacas. Segundo o cardiologista Fábio Almeida de Medeiros, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o fumo provoca lesões na superfície dos vasos sanguíneos, favorecendo a entrada e o acúmulo do colesterol nas artérias coronárias. Além disso, pode provocar hipertensão e diversos tipos de câncer.
e faço?
Quero parar de fumar. O qu
Primeiro de tudo é preciso ter força de vontade. Para auxiliá-lo nessa batalha, vão aqui algumas dicas de especialistas: Marque uma data para parar definitivamente. Não mude essa data, e até lá vá diminuindo o fumo gradativamente. Desfaça-se de todos os cigarros ou similares e de tudo que o faça lembrar deles, como cinzeiros e isqueiros. Passe a eliminar da sua vida hábitos que faziam você fumar, como bebidas alcoólicas, cafezinho etc.
Um terço da população mundial adulta (cerca de 1,3 bilhão de pessoas) é de fumantes.
aspectos de “imagem” e “conceitos” vendidos pela publicidade, como atitude, liberdade, aventura, entre outros. Dessa forma, sem perceber vai cada vez mais aumentando a quantidade de cigarros e, quando interpelado, diz com firmeza: páro quando quiser! Mas, não é assim que o processo funciona. O cérebro possui receptores de nicotina, espécies de fechadura localizadas nas células nas quais o composto se encaixa. A partir daí começam a ser liberadas no corpo substâncias como a seretonina, catecolamida e dopamina. Elas estão envolvidas no processamento de sensações como bom-humor e relaxamento. Com o tempo, o corpo se acostuma com a nicotina e precisa cada vez mais dela para sentir as mesmas coisas. Está consolidada a dependência. No mundo dos fumantes, há muitos conceitos que precisam ser corrigidos. Em primeiro lugar, é bom saber que todo tipo de uso do tabaco causa o mesmo mal: seja o cigarro, o cachimbo, o charuto, o rapé, a folha, e o que atualmente está muito popular entre os jovens, o narguillé. Segundo a Associação Brasileira do Câncer, o narguillé ou narguile, também conhecido como cachimbo d´água, produz uma fumaça que contém quantidade significativa de constituintes perigosos além da nicotina, como metais pesados como o arsênico, cobalto, cromo e chumbo, e, quando produzida, contêm aproximadamente a mesma quantidade de nicotina livre e partículas de alcatrão que 20 cigarros. Outro equívoco: quem pensa a nicotina é a única “vilã”, se engana. A nicotina é só uma dentre as 4.700 substâncias tóxicas comprovadas no cigarro. Dentre elas, há substâncias químicas e até substâncias radioativas. Na queima de um cigarro essas substâncias são liberadas na forma de gases e partículas. Algumas têm propriedades irritativas e mais de 60 são conhecidas como carcinogênicas (que podem provocar câncer) em humanos e animais. Os componentes gasosos da fumaça são
Procure o apoio de amigos e familiares. Ou, se preferir, frequente um grupo de apoio em sua comunidade. Avise aos amigos fumantes que está parando de fumar. Peça a eles que não lhe ofereçam cigarro e afaste-se quando eles estiverem fumando. A princípio, eles podem até implicar, mas se você mostrar determinação, acabarão por lhe dar apoio. Mantenha-se ocupado e, sempre que você sentir vontade de fumar, beba água, chupe uma bala ou masque um chiclete ou tente se distrair com outros assuntos e atividades. Pense nos problemas que o cigarro pode trazer para a sua vida; faça exercícios de respiração, mude de ambiente. Se possível, saia para caminhar. Mentalize: “Eu optei por saúde e liberdade!” Caso continue com dificuldades, procure um profissional de saúde que ele o orientará sobre medidas para tratar da sua dependência.
Tratamento
Pode ser necessário algum tipo de tratamento que elimine a dependência física e psicológica da nicotina. Entre os sugeridos pelos especialistas, estão a participação em grupos de apoio. Também a hipnose e psicoterapia podem ajudar nos casos em que a ansiedade é um fator importante. Algumas pessoas se beneficiam do uso de acupuntura, outras com a reposição de nicotina, através do uso de adesivos para a pele (“nicotine patches”), spray nasal ou gomas de mascar - que liberam quantidades da substância sem que a pessoa precise fumar. Nessas formas de tratamento há apenas nicotina, e não as outras substâncias químicas contidas no cigarro. Mais recentemente, foi mostrado que o uso de alguns medicamentos antidepressivos pode auxiliar no tratamento da dependência. O ideal é procurar sempre o aconselhamento médico.
Saúde
No Brasil, 18,8% da população é de fumantes e cerca de 200 mil pessoas morrem ao ano por causa do hábito de fumar. O País é o segundo produtor de tabaco do mundo, atingindo a meta de 850 mil toneladas que correspondem a 1,5 bilhões de dólares ao ano, ficando atrás apenas da China, que produz 2 milhões de toneladas de tabaco. Um terço da população adulta fuma no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer.
o monóxido de carbono (principal constituinte), o dióxido de carbono, a amônia, o formaldeído, a acroleína, a dimetilnitrosamina e o hidróxido de cianeto. A porção particulada da fumaça é constituída de nicotina, alcatrão, benzeno e benzopireno. Outro conceito equivocado é que os cigarros de “baixos teores” de nicotina e alcatrão seriam menos prejudiciais. Trata-se de um conceito introduzido pelo marketing da indústria do tabaco como uma forma de amenizar os malefícios de seu produto. Na realidade, a principal modificação feita na elaboração dos cigarros de “baixos teores” foi na ventilação do filtro. Os dispositivos de ventilação dos filtros, geralmente, correspondem a um ou mais anéis de orifícios, que servem para diluir a fumaça como ar, e assim reduzir a concentração das emissões de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono. Porém, como o fumante é dependente de nicotina, e precisa receber as dosagens que estão habituadas, este compensa a redução da emissão de nicotina dando tragadas mais profundas, mantendo a fumaça mais tempo nos pulmões, fechando os poros do filtro com os dedos ou ainda fumando mais cigarros do que antes.
Os malefícios do tabaco
O primeiro impacto que seu corpo sofre com o cigarro é com a fumaça: seja no caso do fumante ativo ou do passivo. A nicotina em si demora só 10 segundos para chegar ao cérebro do fumante e trazer o efeito relaxante, que é provocado pela liberação de um entre tantos hormônios no organismo chamado dopamina, estimulante que dá sensação de prazer e motivação. A ida ao cérebro e o efeito são rápidos, mas as consequências ao passar pelo corpo são graves. Primeiro, a fumaça entra pelas vias respiratórias, entrando em contato com cílios e vasos da traqueia, brônquios etc. Com o tempo, a fumaça corrói os cílios do aparelho respiratório, fazendo com que eles não consigam mais manter bactérias e invasores do organismo afastados, facilitando assim problemas respiratórios crônicos. Ao mesmo tempo, as substâncias que saem dos brônquios e caem na corrente sanguínea passam pelos nossos vasos, facilitando o acúmulo de gordura, o que acaba impedindo a circulação correta do sangue no organismo. Isso traz duas graves
consequências: uma são as gangrenas, que obrigam as pessoas a amputarem partes de seus corpos pela má circulação do sangue, e a outra é a falta de oxigenação nos órgãos. Todo o nosso corpo, desde as minúsculas células até a nossa pele, que fica na parte de fora, precisa de oxigênio para sobreviver. Como ele consegue isso? Quando respiramos, as hemoglobinas, que ficam no sangue, se agarram ao oxigênio que absorvemos e o levam a todas as partes do organismo. Oxigênio não é gás carbônico. Fumaça de cigarro tem muito gás carbônico. E para o nosso azar, as hemoglobinas têm mais facilidade de carregar gás carbônico do que oxigênio. O que acaba acontecendo é que quando o corpo inala a fumaça do cigarro, as hemoglobinas se agarram no gás carbônico, levando-o às células e órgãos que, quando recebem as benditas, opa, não encontram o oxigênio que precisam ou apenas uma pequena porção dele. Falta de oxigênio leva à falência de todo e qualquer órgão, e eventualmente à morte. Só que o cigarro não é ruim apenas para o aparelho respiratório, para a respiração dos órgãos do nosso corpo e para a circulação do sangue. Não. Diversos tipos de cânceres já estão relacionados ao uso do tabaco, como câncer de pulmão, de boca, de nariz, de língua etc. Segundo o Hospital de Câncer de Barretos (SP), 96% dos pacientes com câncer do esôfago, da cavidade oral e do laringe e 88% dos pacientes com câncer de pulmão são fumantes.
Largou o vício? Veja os resultados:
Vinte minutos depois de deixar o cigarro, a pressão arterial e os batimentos cardíacos retornam ao normal. Um dia depois de largar o vício, as chances de infarto começam a se reduzir. Após três dias, há um aumento da capacidade respiratória. De duas a 12 semanas a circulação sanguínea melhora. No intervalo de 1 a 9 meses a tosse e as infecções das vias aéreas vão cessando. A capacidade física melhora. Em um ano diminui o risco de doença coronariana em 50% Em dez anos caem as chances do aparecimento de câncer. No período de dez a 15 anos o perigo de desenvolver problemas cardíacos se iguala ao de uma pessoa que nunca fumou.
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Grávidas fumantes expõem seus bebês a todas A OMS estima que as substâncias do cigarro. existam 2 bilhões de Alguns já nascem com doenfumantes passivos no ças respiratórias, e a maioria mundo, dos quais 700 estará suscetível a todas as milhões são crianças. complicações do cigarro. Em Faça a conta: aproxima- casos mais graves, a quantidamente, a metade das dade de cigarros fumados crianças do mundo é foi tamanha, que se chegou fumante passiva! a encontrar alcatrão nos fios de cabelo do recém-nascido. Nas mulheres, a menopausa precoce é mais freqüente entre as fumantes. Estas, quando associam fumo com a pílula anticoncepcional, têm o risco aumentado de até 700% de sofrer infarto do coração e derrame cerebral. O tabagismo nas mulheres também aumenta o risco de contrair câncer do colo de útero e da mama, além de contribuir para o aparecimento precoce de rugas, ressecamento da pele e do cabelo, amarelamento dos dentes entre outros problemas. No homem, o fumo provoca, além dos problemas já citados anteriormente, o envelhecimento precoce, a esclerose progressiva das artérias, inclusive das penianas. Portanto, reduz a capacidade erétil do pênis. Há evidências concretas de que nos homens fumantes é maior a freqüência de impotência sexual. Além disso, há outros perigos a acrescentar à lista: depressão, infertilidade, osteoporose, aumento de problemas alérgicos, notadamente respiratórios, asma, bronquite, manifestações nasais, irritação dos olhos, tosse, cefaléia. Sem contar que tanto o olfato quanto o paladar são prejudicados com o consumo contínuo do cigarro. Uma revisão de 2008 sobre o tema, publicada na Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, concluiu que a exposição ao fumo parece alterar significativamente os receptores da mucosa do nariz e da boca, componentes celulares que participam do processo fisiológico que resulta nessas sensações. Junto com toda a agressão sofrida pelo organismo, o tabaco ainda tem o agravante de causar dependência. Isso porque os hormônios e outras substâncias que a nicotina libera no organismo, e que trazem tanta sensação de prazer e motivação, acabam perdendo efeito rápido, normalmente em torno de 10 a 20 minutos. Quando esse nível de hormônios ou o efeito da nicotina cai, o fumante sente uma necessidade desesperada de repor a sensação. Isso porque a falta do hormônio causa o dobro do efeito da presença dele no corpo, ou seja, falta de dopamina provoca depressão, tristeza, nervosismo, ansiedade, em doses ainda maiores. E aí, depois que já ficou dependente, nem que o fumante, agora que sabe dos efeitos do cigarro, queira parar, conseguirá facilmente. A estimativa é de que apenas 5% dos fumantes consigam parar de fumar sem ajuda profissional.
Fumante passivo
O fumante passivo é outra vítima do tabaco. Fica exposto à fumaça do cigarro exalada pelo fumante e à fumaça da queima final do cigarro. A fumaça exalada pelo fumante é mais concentrada, contém maior umidade e mais substâncias voláteis, porém
Riscos do tabagismo passivo: Em esposa não fumante de marido fumante: Risco de acidente coronário aumenta 25% Risco de câncer do pulmão aumenta 26% Os quatro principais riscos do tabagismo passivo na criança Morte súbita do recém-nascido (Risco multiplicado por 2). Ataque de asma: Risco aumenta 14%, 38% e 48%, respectivamente, se for o pai, a mãe ou os 2 a fumar. Otite recidivante: Risco aumenta 21%, 38% e 48%, se for o pai, a mãe ou os 2 a fumar. Bronquites: Risco aumenta 72% se a fumante é a mãe e 29% se for outro membro da família. Fonte: Hospital Universitário da USP
é menos tóxica do que a fumaça exalada do cigarro, produzida pela sua queima entre as tragadas ou quando este é abandonado ainda aceso, possui maior quantidade de compostos tóxicos como por exemplo, N-nitrosaminas, benzopirenos, monóxido de carbono, nicotina e metais pesados. Há estudos comprovados de que a pessoa que não fuma mas está exposta à fumaça do tabaco, tem o dobro de chances de ter câncer, problemas respiratórios e muitas outras doenças do que uma pessoa que não se expõe à fumaça do cigarro. Isso porque o fumante passivo acaba fumando a fumaça não filtrada. Explicando: teoricamente, o fumante que fuma traga uma substância que antes passa pelo filtro do cigarro. Não que isso adiante algo efetivamente, mas ainda assim é diferente do que simplesmente queimar tudo ali e inalar. Já o fumante passivo respira a fumaça que queima da ponta do cigarro que, além de se espalhar homogeneamente pelo ambiente, não passa pelo filtro. A dose é menor do que no caso do fumante, mas o estrago é notoriamente alto. Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), o fumo passivo é a terceira maior causa de mortes evitáveis no mundo. Estima-se que aproximadamente 700 milhões de crianças, ou seja, quase a metade das crianças de todo o mundo são fumantes passivas, principalmente devido ao hábito de fumar de seus pais. “Pessoas que convivem com fumantes tem uma incidência 20% maior de câncer do que aquelas que não possuem contato nenhum. Quem aspira a fumaça também está sujeito a ter complicação”, alerta o pneumologista Valfredo Budin, do Hospital Amaral Carvalho, de Jaú, no interior de São Paulo.
Saúde
DROGA PESADA “A nicotina é um alcalóide. Fumada, é absorvida rapidamente nos pulmões, vai para o coração e, através do sangue arterial, se espalha pelo corpo todo e atinge o cérebro. No sistema nervoso central, age em receptores ligados às sensações de prazer. Esses, uma vez estimulados, comunicam-se com os circuitos de neurônios responsáveis pelo comportamento associado à busca do prazer. De todas as drogas conhecidas, é a que mais dependência química provoca. Vicia mais do que álcool, cocaína, morfina e crack. E vicia depressa: de cada dez adolescentes que experimentam o cigarro quatro vezes, seis se tornam dependentes para o resto da vida. A droga provoca crise de abstinência insuportável. Sem fumar, o dependente entra num quadro de ansiedade crescente, que só passa com uma tragada. Enquanto as demais drogas dão trégua de dias, ou pelo menos de muitas horas, ao usuário, as crises de abstinência da nicotina se sucedem em intervalos de minutos. Para evitá-las, o fumante precisa ter o maço ao alcance da mão; sem ele, parece que está faltando uma parte do corpo. Como o álcool dissolve a nicotina e favorece sua excreção por aumentar a diurese, quando o fumante bebe, as crises de abstinência se repetem em intervalos tão curtos que ele mal acaba de fumar um, já acende outro. Em 30 anos de profissão, assisti às mais humilhantes demonstrações do domínio que a nicotina exerce sobre o usuário. O doente tem um infarto do miocárdio, passa três dias na UTI entre a vida e a morte e não pára de fumar, mesmo que as pessoas mais queridas implorem.” Drauzio Varella, médico oncologista e premiado escritor
O tabaco e seus derivados
O tabaco pode ser usado de diversas maneiras de acordo com sua forma de apresentação: inalado (cigarro, charuto, cigarro de palha); aspirado (rapé); mascado (fumo-de-rolo). Sob todas as formas ele é maléfico à saúde.
O silencioso câncer de pulmão Um câncer silencioso, que exige muita atenção aos sintomas para ser identificado precocemente. Assim é o câncer de pulmão, atualmente um dos carcinomas de maior incidência no mundo. Exatamente porque está diretamente relacionada a um fator de risco muito comum: o tabagismo. “Atualmente o tabagismo é reconhecido como uma pandemia, constituindo a maior causa isolada evitável de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo. Mais de 90% das pessoas com diagnóstico de câncer de pulmão são ou já foram tabagistas. Quem fuma tem até 30% de chances a mais de desenvolver câncer de pulmão do que um não fumante”, destaca o médico Evandro Magno Mendes, pneumologista e cirurgião torácico da Med Imagem, de Teresina (PI). As lesões provocadas pelo cigarro no organismo são cumulativas e possuem um período de latência relativamente longo, por isso, o
câncer de pulmão costuma ter um pico de incidência na faixa etária em torno dos 65 anos. Levando em consideração esse dado, o pneumologista Zenon Rocha Filho, também da Med Imagem, recomenda que após os 40 anos de idade, os tabagistas fiquem mais vigilantes. “O pulmão é um órgão destituído de sensores dolorosos. Por isso, a presença do câncer de pulmão só vai causar dor quando o tumor já atingiu uma dimensão tão extensa que o pulmão está se chocando com a estrutura torácica”, ressalta. Tosse seca, falta de ar, cansaço, rouquidão, perda de peso e sangramentos são alguns sintomas que, quando associados ao tabagismo, podem denunciar a presença do câncer de pulmão. “O problema é que muitos desses sintomas, como tosse e cansaço, já ocorrem no fumante normalmente, como efeitos do cigarro. Por isso, quando o câncer se instala o paciente não percebe a diferença”, afirma o Dr. Zenon. Outra enfermidade causada pelo tabaco que vem preocupando os médicos, é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que causa obstrução do fluxo aéreo e dificulta a respiração. De acordo com a professora de fisioterapia da Universidade Nove de Julho, de São Paulo, Adriana Marques Battagin, cerca de 90% dos casos da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica estão relacionados ao cigarro.
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Nova Lei Antifumo
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esde o dia 7 de agosto último entrou em vigor no Estado de São Paulo a nova legislação antifumo, que proíbe o ato de fumar em ambientes fechados de uso coletivo. A lei estadual nº. 13.541/09 estabelece ambientes 100% livres do tabaco. Ou seja, não é mais permitido consumir cigarros, charutos, cigarrilhas, cachimbos, narguiles ou quaisquer outros produtos fumígenos em bares, restaurantes, danceterias, boates, cinemas, shoppings, bancos, supermercados, açougues, padarias, farmácias, repartições públicas, instituições de saúde e escolas. Também está proibido fumar em casas de espetáculo, ambientes de trabalho, estudo, culto religioso, lazer, esporte e entretenimento, bibliotecas, espaços de exposições, veículos de transporte coletivo, táxis e nas áreas comuns de hotéis, pousadas e dos condomínios residenciais e comerciais. Ficam excluídos da restrição apenas os locais de culto religioso onde o fumo faça parte do ritual, instituições de saúde que tenham pacientes autorizados a fumar pelo médico responsável, vias públicas, residências e estabelecimentos exclusivamente destinados à venda e consumo de produtos fumígenos. Em quartos de hotéis, de pousadas e similares o fumo será permitido para seus ocupantes. Com a medida, os municípios paulistas acabam com os fumódromos e se alinham às tendências internacionais de combate aos males causados pelo tabagismo passivo, que é considerado a terceira causa de mortes evitáveis no mundo, segundo a OMS. Os estabelecimentos paulistas tiveram 90 dias para se adaptar. Atualmente, se descumprirem a legislação, estão sujeitos a mul-
tas que variam de R$ 792,50 a R$ 1.585,00, valores que dobram na reincidência. Na terceira vez em que o local for flagrado desrespeitando a lei, poderá ser interditado por 48 horas e, na quarta vez, por 30 dias. As penalidades são aplicadas sempre contra os estabelecimentos, e não contra os fumantes. Cerca de 500 agentes da Vigilância Sanitária Estadual e da Fundação Procon foram recrutados e capacitados para fiscalizar o cumprimento da nova lei, inclusive durante o período noturno e nas madrugadas, sete dias por semana. Na primeira semana de vigência, os agentes antifumo fiscalizaram 7.428 estabelecimentos e 99,2% deles já cumpriam a lei. Segundo o Instituto Datafolha, a população paulista é favorável à Lei Antifumo. Pesquisa realizada pelo órgão apontou que 88% das pessoas que vivem no Estado concordam com as regras e apenas 10% são contra a lei e 2% se declaram indiferentes. Ação pioneira no Brasil, a proibição virou modelo. A Assembleia Legislativa do Rio aprovou em 11/8 último projeto de lei que restringe o consumo de cigarros a espaços ao ar livre e residências. Algumas cidades brasileiras também adotaram a prática. Em Salvador, é proibido fumar em locais fechados há três semanas. Em Goiânia, a lei foi sancionada em junho e entrará em vigor em setembro. Em Curitiba, a Câmara Municipal aprovou projeto de lei há cerca de 20 dias. Projeto semelhante também está em tramitação na Assembléia do Rio Grande do Sul. O governo de São Paulo disponibilizou o site www.leiantifumo.sp.gov.br e o telefone 0800-771-3541 para que a população possa fazer denúncias dos estabelecimentos que, eventualmente, descumpram a legislação.
Saúde
Luta mundial contra o tabaco
S
eja em português, espanhol, inglês, russo ou qualquer outro idioma, a frase “Proibido fumar” é cada vez mais constante mundo afora. Desde fevereiro de 2005 entrou em vigor a Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQTC), um tratado feito pela OMS e assinado por 192 países. A convenção traz em seu texto medidas para reduzir a epidemia do tabagismo em proporções mundiais, abordando temas como propaganda, publicidade e patrocínio, advertências, marketing, tabagismo passivo, tratamento de fumantes, comércio ilegal e impostos. O principal objetivo do tratado é, a partir de tais medidas, proteger gerações presentes e futuras das conseqüências sanitárias, sociais, ambientais e econômicas geradas pelo consumo e pela exposição ao tabaco. O Brasil foi um dos líderes em seu processo de desenvolvimento, entre 1999 e 2003. A Irlanda foi o primeiro país do mundo a aprovar uma lei nacional de banimento do fumo, em 2004, antes mesmo da CQTC entrar em vigor. A ideia logo foi seguida pela Noruega, Suécia e Nova Zelândia. No mesmo ano, o Butão, na Ásia, tomou uma atitude bem mais radical: baniu totalmente o tabaco de seu território, inclusive a venda de cigarros. Os cidadãos deste país que viajam ao exterior, podem entrar no país com cigarros, mas os produtos estão sujeitos a um imposto de pelo menos 100%. Mas foi o ano de 2006 que ficou marcado como o da luta contra o cigarro. No Canadá, as províncias de Ontário e Quebec, as mais populosas do país, aprovaram uma legislação rigorosa após a morte de uma garçonete por ser fumante passiva em seu ambiente de trabalho. Nos Estados Unidos já são 2.300 cidades que incluíram o tabaco na lista negra. E, em junho, o presidente Barack Obama assinou um projeto de lei que, pela primeira vez, confere ao governo dos EUA poderes amplos para regulamentar os cigarros e outros produtos à base de tabaco. A lei marcou o ponto culminante de uma luta lançada há mais de uma década por parlamentares adversários da indústria do tabaco para colocar os cigarros sob o controle da Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês). Mas, apesar de todo esse esforço em todo o planeta, um relatório publicado pela OMS em 2008 apontou que apenas 5% de população mundial está plenamente coberta por qualquer das principais intervenções que reduziram significativamente o consumo de tabaco nos países que as implementaram. Ou seja: ainda há muito a ser feito
Fontes: Ministério da Saúde, Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, Governo do Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Câncer, Instituto Fleury, Hospital Sírio Libanês, Hospital Universitário da USP
A revista The Economist comenta: “Os cigarros estão entre os produtos de consumo mais lucrativos do mundo. São também os únicos produtos (legais) que, usados como manda o figurino, viciam a maioria dos consumidores e muitas vezes os matam.”
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Gerdau investirá US$ 149 milhões em projetos já em andamento
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Gerdau investirá US$ 149 milhões em projetos já em andamento, sendo que 49% no Brasil, ainda neste segundo semestre de 2009, segundo informações da InfoMet. Com isso, a siderúrgica somará aportes em 2009 de US$ 550 milhões. O plano de investimentos em ativo imobilizado (bens destinados à manutenção das atividades da empresa) é de US$ 3,6 bilhões para o período de 2009 a 2013, número que pode ser reduzido por conta da redução dos custos de equipamentos e de construção civil. A expansão da construção civil no Brasil contribuiu para a melhora A siderúrgica sodas vendas da Gerdau no mercado mará aportes de interno durante o segundo trimestre do ano. As vendas físicas expandiUS$ 550 milhões ram-se 12,6% na comparação com este ano. o trimestre anterior, enquanto os volumes de produção da siderúrgica em suas unidades brasileiras subiram 32,9% na mesma comparação. “No Brasil, a perspectiva é que a melhora gradual deve continuar nos próximos meses, muito baseada nas medidas do governo. Em termos de obras de infraestrutura é esperado que se intensifiquem. Já estamos fornecendo aço para a hidroelétrica do Rio Madeira (RO) e também para o Rodoanel em São Paulo”, afirmou o diretor-presidente da Gerdau, André B. Ger-
dau Johannpeter. Segundo o executivo, o mês de julho já apresentou alta de vendas de 16% ante o mês anterior. Fora do Brasil, a perspectiva de melhora também levou a Gerdau a desistir de paralisar ao menos uma de suas unidades nos EUA. Em junho, a companhia havia anunciado que iria parar temporariamente as operações da unidade de Sayreville, em Nova Jersey. O presidente da Gerdau afirmou à InfoMet que a empresa está focada, no momento, em atender os clientes já existentes. “Vamos agora olhar para os nossos mercados para depois olhar para outros”, afirmou Johannpeter. Com a construção civil puxando parte das vendas das usinas, André Gerdau anunciou que a companhia já fez novas contratações, todas ligadas a esse setor. Observando sensação de melhora no mercado, a Gerdau apontou um “otimismo moderado” para o segundo semestre do ano. “Nosso foco tem sido no ajuste de operação para chegar ao ponto de equilíbrio e já julgamos que estamos prontos para esse nível de demanda”, destacou Gerdau, afirmando que a empresa tem condições de atender aumento de demanda. “A crise mundial ainda não terminou. Existem sinais de que vamos sair, mas acho que ainda levará algum tempo”. ME
mercado
mercado empresarial
Em julho, produção mundial de aço bruto foi a maior do ano
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A produção somou
egundo dados da Associação Mundial 103,9 milhões de de Aço, publicados em 21 de agosto toneladas. último, a produção global de aço bruto em julho caiu mais de 10 por cento na comparação anual, mas avançou para o ponto mais alto em 2009 com a retomada de capacidade produtiva parada e melhora na demanda. A produção somou 103,9 milhões de toneladas, queda de 11,1 por cento ante julho de 2008, mas alta em relação às 99,7 milhões de toneladas de junho deste ano. A produção de aço bruto na China, maior produtor e consumidor do metal, puxou a alta, subindo 12,6 por cento em julho, para 50,7 milhões de toneladas. Esta foi a primeira vez que o país produziu mais de 50 milhões de toneladas de aço em um único mês, representando quase metade da produção mundial, afirma a associação, cujos membros representam cerca de 85 por cento das usinas siderúrgicas do mundo. Em julho, quase todos os principais países produtores, incluindo China, Japão, Alemanha, Estados Unidos, Brasil, Turquia, Rússia e Ucrânia, alcançaram as maiores produções no ano. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Siderurgia, a produção de aço bruto do Brasil somou em julho último 2,496 milhões de toneladas, contra 1,941 milhão de toneladas em junho e o recorde histórico de 3,234 milhões de toneladas de julho de 2008. Siderúrgicas ao redor do mundo ampliaram produção nos últimos meses, depois que operadores do mercado e distribuidores voltaram ao mercado após virem seus estoques esgotarem. Mas no acumulado dos sete primeiros meses do ano, a produção continua 19,9 por cento abaixo do mesmo período de 2008, para 652,9 milhões de toneladas. A produção na Europa e América do Norte em julho caiu 36 e 40 por cento, respectivamente, na comparação anual, mas subiu em ambas as regiões em relação a junho. No Oriente Médio, onde a demanda estava aquecida no ano passado por conta de um boom nos investimentos em infra-estrutura, subiu 2,5 por cento em julho. ME
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mercado Imagem: Planar
CSA vence sucessivos problemas e deve entrar em operação em 2010
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enorme complexo siderúrgico em construção pelo grupo alemão ThyssenKrupp, no distrito industrial de Santa Cruz, no Rio - cuja área de 9 milhões de m2 equivale duas vezes os bairros de Ipanema e Leblon juntos -, está em plena atividade. Planejado para produzir 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano, o empreendimento tem nova data O complexo siderúrpara começar a operar. A primeira gico planeja produzir placa de aço deve sair da usina em 5 milhões de tonemeados de 2010 com atraso de mais ladas de placas de de seis meses em relação ao último cronograma fixado pela empresa. aço por ano. Desde o lançamento da pedra fundamental da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSAThyssenKrupp), nome oficial da nova empresa, o projeto enfrentou diversas dificuldades que adiaram por três vezes a arrancada do negócio. Entre elas, dificuldades nas obras de fundação, já que o terreno é alagadiço, questões ambientais e atrasos
na montagem dos altos-fornos. Também houve problemas na estrutura da coqueria e discussões com os empreiteiros encarregados de instalar a termelétrica que vai gerar energia elétrica para a usina. Todos esses obstáculos se somaram à crise econômica que derrubou a demanda mundial de aço, o que contribuiu para a revisão dos prazos da usina. Para enfrentar o desafio de conduzir a fase final do projeto da CSA, a ThyssenKrupp, controladora do projeto em parceria com a Vale, indicou o executivo alemão Axel Wippermann. O executivo assumiu o posto de gerente-geral do empreendimento em meados de agosto. Engenheiro de quase 70 anos, Wippermann fala bem português, mora no Rio e tem larga experiência no setor industrial ligado à fabricação de aço. Entre 1988 a 1991, presidiu a fabricante de tubos Mannesmann (atual V&M Tubes), em Minas Gerais. Em 1991, depois de deixar a siderúrgica de tubos, foi comandar a Demag, uma fabricante
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de equipamentos, na Alemanha. Algum tempo depois trabalhou na também alemã Ferrostaal, companhia provedora de serviços industriais que foi adquirida pelo grupo MAN. A missão de Wippermann é colocar a siderúrgica para rodar dentro do novo prazo fixado pelos alemães. Ele dispõe de quase um ano para dar conta do serviço. Desde o lançamento do projeto, em 2006, a CSA viu o seu orçamento quase dobrar. Dos € 3 bilhões estimados para o negócio em setembro de 2006, o valor saltou atualmente para € 4,5 bilhões. A cifra chega a € 5 bilhões se somados os € 500 milhões com despesas operacionais para a entrada em operação do projeto. Recentemente, combalida pelos efeitos da crise econômica mundial que afetou a demanda de aço, principalmente na Europa, a ThyssenKrupp - posicionada entre os 20 maiores fabricantes de aço do mundo - recorreu à Vale, sua parceira no empreendimento, para poder concluí-lo. As conversas entre os sócios levaram à assinatura de um memorando de entendimento em julho no qual a Vale se dispôs a ampliar de 10% para 26,85% sua participação na CSA através de uma injeção de capital no negócio de € 965 milhões. Neste mês de setembro, a questão será submetida a aprovação dos conselhos duas empresas. Além do impacto da crise financeira seguida de recessão, o projeto da CSA foi afetado pela perda de seu presidente , Erich W. Heine, 42, engenheiro mecânico sul africano, que substituiu Aristides Corbellini em maio de 2008. Quando completava um ano à frente da CSA, Heine morreu no desastre aéreo da Air France. Atualmente está em curso um processo de reestruturação da gestão da CSA conduzido pela ThyssenKrupp AG, holding do grupo, na
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Alemanha, para substituir Heine. A indicação de Axel Wippermann como gerente-geral do projeto faz parte das mudanças. Niclas Müller, membro da diretoria executiva da ThyssenKruppServices, foi indicado para suceder interinamente a Heine na presidência do conselho de administração da CSA. Müller ainda não tomou posse no cargo porque aguarda a liberação do visto de trabalho pelo Ao ficar pronta, a CSA governo brasileiro. Ao ficar pronta, a CSA terá sua terá sua produção produção destinada a duas unidades destinada a duas unide laminação: uma em Disbürg, dades de laminação: na Alemanha, e outra em Mobile, uma em Disbürg, na Alabama, nos Estados Unidos. Alemanha, e outra em Essas instalações vão transformar placas em material acabado de alta Mobile, Alabama, nos qualidade para o mercado de aço Estados Unidos destinado principalmente à indústria automobilística. A unidade de laminação da usina americana entrará em operação também em meados do primeiro semestre de 2010, coincidindo com a entrada em atividade da CSA. Após faturar € 53 bilhões no ano fiscal 2007/2008, a ThyssenKrupp acaba de divulgar o resultado do balanço do terceiro trimestre do ano fiscal 2008/2009 (o ano fiscal do grupo alemão vai de outubro de um ano a setembro do outro). Nos últimos nove meses - entre outubro de 2008 a junho de 2009 -, a receita do grupo alemão somou € 30,7 bilhões, caindo 23% ante os € 39,7 bilhões obtidos em igual período do ano fiscal 2007/2008. A crise derrubou as vendas e os preços dos produtos e serviços da ThyssenKrupp em suas unidades de aço, tecnologia, serviços e elevadores. Fonte: Valor Econômico. ME
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Protubo aposta no pré-sal e investe em novo equipamento
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Protubo
O novo equipamento nos permitirá atender a todos de uma forma melhor, reduzindo o nosso prazo de entrega
Protubo, empresa especializada em curvamento por indução de tubos, apresentou ao mercado, no final de agosto último, sua mais recente aquisição: uma nova máquina para curvamento por indução de tubos de 4” a 10” de diâmetro. Ele veio em resposta ao natural aumento de demanda gerado pelo início da exploração das reservas de petróleo do présal e da consequente renovação da frota naval brasileira. O novo equipamento – produzido pela Dai-Ichi High Frequency Company do Japão, uma das empresas acionistas da Protubo – já está em operação. “Teremos maior disponibilidade de máquinas, podendo produzir uma quantidade maior
de peças para os novos projetos que estão por vir. Existem também demandas, atuais e futuras, de outros clientes para as máquinas de 6”, 28” e 38”. Portanto, esse novo equipamento nos permitirá atender a todos de uma forma melhor, reduzindo o nosso prazo de entrega”, afirma Carlos Tavares, diretor de operações da Protubo. Osvaldo Inoue, presidente da Protubo, destaca a ousadia da empresa em buscar formas de melhor atender aos seus clientes e parceiros. “Com investimentos em equipamentos de última geração, infraestrutura e treinamento para seus funcionários, a Protubo vem aprimorando seus processos, aumentando a qualidade de seu produto final e reduzindo cada vez mais os prazos de entrega.” Osvaldo destacou também a recém-firmada parceria com a multinacional Cladtek e a brasileira Multialloy para a instalação, no início de 2010, de máquinas para cladeamento na planta da Protubo. Cladeamento é o revestimento interno de tubos, curvas, flanges, acessórios de tubulação, válvulas, blocos de válvulas e outros componentes por processo de soldagem overlay com deposição de ligas resistentes à corrosão tais como inconel, aços inoxidáveis, monel e hastelloy. Materiais cladeados são usados em grande parte dos projetos de construção de equipamentos offshore como manifolds, árvores de Natal molhadas, PLETS e risers de plataformas. A Primus Processamento de Tubos – Protubo foi criada em 1975, resultado da associação entre as empresas japonesas Dai-Ichi High Frequency Company e IHI Corporation para atender às necessidades da indústria naval do Rio de Janeiro. A empresa nasceu brasileira com investimento tecnológico, humano e capital japonês. Hoje é líder de mercado na América Latina e participa dos mais importantes projetos em setores estratégicos da economia brasileira. A fábrica da Protubo fica em Campo Grande (RJ) e a empresa possui também um escritório comercial em Macaé. ME
mercado empresarial
Parece loucura, mas funciona NASA
A estrutura feita com tubos de PVC tem mais de 7 metros de altura e parece um brinquedo de montar gigante, só que submerso e sua montagem não foi fácil. Este é o LunaSea, um exercício de treinamento dentro d’água para astronautas do programa Extreme Environment Mission Operations (NEEMO), da NASA. Em setembro de 2006, na 11ª excursão do NEEMO, os astronautas moraram no Aquarius, habitat da NASA submerso, no Santuário Marinho Nacional de Florida Keys, a mais de 15 metros de profundidade. Foram necessários três mergulhos para construir o LunaSea; duplas de mergulhadores trabalhavam do lado de fora, enquanto uma pessoa ficava dentro do Aquarius, com os procedimentos de construção, guiando os que construíam. No total, para a base e os três módulos da torre (cada um medindo 2mx2m), uma escada com suportes, além de um mastro e uma antena solar, foram utilizadas cerca de 200 peças de PVC, incluindo tubos, cotovelos e conexões em T. “Decidimos usar o PVC porque é durável e resistente”, explicou Alex Moore, controlador de vôo da estação espacial internacional, um dos designers do LunaSea. “É bom para o meio ambiente”, acrescentou. “Ele não sofre corrosão e não quebra. Isso é importante, principalmente em uma área próxima ao santuário nacional”. E também tem baixo custo. Caso sejam necessárias peças adicionais, é só ir a uma loja de materiais de construção, disse ele. Considerado como um dos exercícios de construção em equipe favoritos, em diversas missões da NEEMO, o projeto é sempre um desafio. Ás vezes, a corrente marítima leva as peças embora, às vezes, há algum problema de visibilidade. A porta-voz da NASA Kylie Clem explicou: “Esse exercício incentiva a capacidade da equipe de planejar uma tarefa complexa, seguindo um método e passando de equipe para equipe as tarefas que fazem parte das atividades de construção”. O LunaSea, entretanto, tem um propósito mais importante do que apenas um exercício. É um experimento para simular a construção de uma estação de transmissão de comunicação, como mini-torres de celular, na lua, para que, em futuras caminhadas lunares os astronautas possam ficar em contato direto com os colegas que ficam no interior da veículo espacial. No passado, eles só conseguiam falar diretamente com o Controle da Missão, em Houston. (Portanto, para o LunaSea da NASA, há um princípio nessa loucura). Fonte: Vinyl News.
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Doutores da Construção: projeto formará 43 mil profissionais
O principal objetivo é melhorar o atendimento ao consumidor. A Doutores da Construção é uma plataforma de negócios, que tem como apoiadoras as empresas Amanco, Astra, Coral, Sika, Docol, Xadrez (Lanxess) e Weber Quartzolit, e utiliza técnicas de treinamento, relacionamento e fidelização com o objetivo principal de melhorar a experiência do consumidor. O projeto receberá até o final de 2009 um aporte de cerca de R$ 7 milhões de investimentos, a fim de formar mais de 43 mil profissionais, visando expandir ainda mais a construção civil no Brasil. O trabalho é focado nos profissionais instaladores que atuam na construção civil como pedreiros, pintores, encanadores e eletricistas. O programa disponibiliza treinamento para este público por meio de salas de aulas nas lojas credenciadas, utilizando um sistema de transmissão ao vivo através da Sky e uma grade completa composta por 24 módulos distribuídos em cinco canais de conhecimento: alvenaria, hidráulica, elétrica, pintura e revestimento. Em conjunto com mais de 220 lojas de material de construção, dentre elas 127 centros de treinamento, o projeto já treinou desde 2006, gratuitamente, cerca de 38 mil profissionais do segmento em todo o território nacional. A Doutores da Construção continua sua busca por indústrias e lojas parceiras, com o objetivo de ampliar a grade de cursos e a qualificação de profissionais. Também busca parceiros que possam incorporar o programa com cursos como Finanças Pessoais, Alfabetização Digital e Segurança do Trabalho. Fonte: Obras24horas.
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RARITUBOS
Credibilidade e liderança no segmento
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Raritubos atua no mercado de tubos de aço carbono desde 1989. A qualidade de seus serviços e produtos, a agilidade na entrega dos materiais e a responsabilidade no cumprimento do pedido do cliente conquistaram para a empresa a credibilidade do mercado e a liderança no segmento. “Podemos dizer que é uma somatória de know how, traduzida pela vivência na área, com a busca pela excelência no atendimento ao cliente” – enfatiza o Diretor Comercial da empresa, Daniel G. Martins. Esse comprometimento no fornecimento ágil de produtos de alta qualidade a um mercado cada vez mais exigente, resultou na fidelização de clientes e êxito nas parcerias. Ao longo de seus 20 anos, a Raritubos estruturou-se de Ao longo dos anos, a forma a oferecer a máxima empresa estruturou-se qualidade no corte, armazede forma a oferecer a namento e distribuição de seus produtos, para a qual investiu máxima qualidade no fortemente na eficácia de sua corte, armazenamento logística – otimizando tempo e ágil distribuição de e custo no transporte de suas sua linha de produtos. linhas de tubos redondos, quadrados e retangulares, nas diversas normas, bitolas e espessuras. Atualmente, possui infra-estrutura completa, em suas duas unidades estrategicamente localizadas na Capital paulista, com modernos equipamentos e frota própria de caminhões. “O maior diferencial da Raritubos é a agilidade no fornecimento das matérias-primas. Possuindo um dos maiores estoques de tubos e aço do mercado, a empresa está pronta para
atender a qualquer solicitação de seus clientes com rapidez e qualidade. Nossos profissionais são altamente qualificados para desenvolver soluções para os mais diversos projetos. Com esse portfolio, a Raritubos se tornou conhecida e respeitada. Nossos clientes tornam-se em geral grandes parceiros”, ressalta o Diretor Administrativo, Jandislau Marqui (Jan). Se um de seus principais diferenciais em relação ao mercado é o comprometimento, outro é o suporte técnico. Desde o primeiro contato, até a entrega do produto, a equipe da Raritubos garante toda a assistência necessária. E para garantir uma manutenção perfeita, todos os profissionais destacados para a função passam por treinamentos e atualização tecnológica.
Diversidade de produtos
A princípio, a Raritubos fornecia tubos de aço redondos. A partir de novembro de 2003, passou a ser um distribuidor oficial da VM Vallourec & Mannesmann, uma das maiores empresas do mundo nesse mercado, o que garante tubos de aço carbono com padrão internacional. Hoje, um dos carros-chefe da empresa é o tubo de aço estrutural – quadrado e retangular, “sem costura”, de grandes diâmetros. “Com o desenvolvimento de novos nichos de mercado, esse produto que, a princípio, foi destinado ao setor de construção civil, passou a ser utilizado também em muitas outras áreas, como, por exemplo, a indústria de implementos agrícolas, como fabricantes de roçadeiras, colheitadeiras, pulverizadores e carrocerias - sendo que podem ser usados ainda na fabricação de estruturas
mercado empresarial
diversas, como eixos, engates e outros”, explica o Diretor Comercial da empresa. Os “tubos estruturais” até há pouco tempo eram importados. Hoje, porém, a V&M Vallourec & Mannesmann já os fabrica no Brasil. “O range desses tubos em geral varia de quadrados 50 x 50 a 290 x 290 e retangulares 60 x 40 a 360 x 210 nas espessuras de 3,6 a 12,7 mm.”. Os tubos com costura são fabricados normalmente em SAE 1008/1010, sendo que os sem costura VMB250/300/350 atendem outras normas como: ASTM A36, A500, A572 grau 50 – que são produtos com qualidades superiores aos fabricados com costura. Entretanto, quando as especificações passam a ser VMB 250 cor/VMB 300 cor/VMB350 passam a ser patináveis. Basicamente, a diferença é que os últimos possuem resistência à corrosão e, assim, são mais indicados a ambientes mais agressivos, como construção naval, estruturas expostas a corrosão salina, e indústrias químicas. Além dos tubos estruturais retangulares e quadrados, a Raritubos possui um estoque de tubos redondos (pretos, galvanizados) com costura e sem costura, e também eletrodutos nas normas 5597 e 5598. Buscando ainda mais ampliar sua linha de produtos a Raritubos incrementa com os Tubulões API 5L GRAU B, 12” a 24” nas espessuras de 6,35 a 12,7mm – com comprimentos de 6 ou 12 metros. Conhecidos como “tubos de condução”, muito usados nas usinas sucroalcooleiras, segmento no qual a Raritubos possui diversos clientes. “Todo material que distribuímos tem o certificado original emitido pelo fabricante correspondente. Nossos procedimentos de corte, armazenamento e distribuição de tubos de aço carbono, são realizados com base em um sistema de garantia, amparado pelo manual de qualidade elaborado segundo os padrões ISO 9001: 2008. Essa política visa o aprimoramento dos processos desenvolvidos, resultando em mais qualidade em nossa linha de produtos”, conclui o Diretor Comercial, Daniel Martins.
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Variedade sem perder qualidade
A Raritubos disponibiliza várias soluções em tubos de aço carbono. Confira cada modelo e suas especificações técnicas. Tubos de grandes dimensões (Tubulões): desenvolvidos com comprimentos de 6,000 a 12,000mm, com costura API e 5L Grau B. Eletrodutos Galvanizados: aplicados especialmente em estações elétricas que requerem alto grau de segurança - evitando, assim, risco de avarias na capa protetora dos condutores. Aplicação: instalações elétricas prediais petroquímicas, industriais, farmacêuticas. Tubos Pretos e Galvanizados: indicados para aplicação em instalações, redes prediais e indústrias da água, incêndio, gás, arcomprimido, fluídos não corrosivos entre outros. Também utilizados em larga escala na construção civil. Modelos disponíveis com costura nas classes Leve, Média e Pesada com as normas NBR 5580 / DIN 2440. Fabricados com costura (soldados por resistência elétrica - ERW) e produzidos com matéria-prima de alta qualidade para atender às mais rígidas normas internacionais e nacionais. Tubos quadrados e retangulares: Tubos estruturais sem costura, seção quadrada e retangular fabricados pela V&M do Brasil. Oferecemos inúmeras vantagens como: • Resistem de maneira econômica a altas solicitações de torção e efeitos combinados. Também resistem as solicitações de carga axial; • Propiciam soluções leves econômicas, face à sua elevada resistência e baixo peso próprio; • Propiciam maiores vãos livres com significativa redução do número de pilares; • Reduzem significativamente os desperdícios; • Podem ser utilizados como estruturas mistas (tubos preenchidos com concreto), ganhando resistência adicional a esforços de compressão e melhor proteção contra fogo; • Possuem menor área se comparadas às seções abertas, o que conduz a menores custos de pintura, proteção contra o fogo, etc., facilitando os serviços de manutenção e minimizando seus custos. Aplicações: Utilizados em elementos estruturais (colunas, vigas, treliças, estacas de fundação). Como exemplos da aplicação de estruturas utilizando tubos VMB, tem-se: pontes, passarelas, viadutos, instalações desportivas e de exposições, torres de transmissão/ telecomunicações, galpões e edificações em geral. Tubos Schedule 40/80: fornecidos nas normas ASTM A.53/ A106/ API5L Gr.B., são ideais para condução de fluídos, com requisitos de qualidade. Fornecidos sem costura. Tubos Schedule 40/80: fornecidos com costura na norma NBR 5590. Norma esta que substitui atualmente o que anteriormente era ASTM A53. ME
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meio ambiente
Usiminas implanta Centro Supervisório Para obter informações ainda mais precisas e garantir agilidade nas ações relativas à redução das emissões atmosféricas, a Usiminas acaba de implantar o Centro Supervisório de Emissões Atmosféricas, em Ipatinga (MG). Para acompanhar, em tempo real, as principais fontes de emissão da empresa, foram instaladas quatro câmeras na Usina: uma na planta de moagem de carvão, duas na torre de injeção de finos dos altos-fornos 1 e 2 e uma na torre da Unigal. Os equipamentos garantem uma visualização geral da Usina pela equipe de meio ambiente, que diante de qualquer emissão atmosférica atípica faz contato imediato com a área responsável, verificando as causas e as ações corretivas a serem tomadas. O Centro Supervisório recebe também, a cada hora, dados relativos à qualidade do ar da cidade, obtidos por uma rede automática que conta com três pontos de monitoramento. Antes, esses dados eram obtidos pela Usiminas uma vez por semana. Com a integração desses dados, a Usiminas amplia ainda mais seu campo de atuação e garante uma gestão eficiente das emissões atmosféricas na área interna da Usina e da qualidade do ar na área circunvizinha à empresa. O Centro Supervisório de Emissões Atmosféricas é mais um reflexo do compromisso da Usiminas - única siderúrgica brasileira presente no índice Dow Jones de Sustentabilidade - com o meio ambiente.
ArcelorMittal reúne empresas florestais A ArcelorMittal Aços Longos e a ArcelorMittal Inox Brasil unificaram, em 1/7 último, suas empresas florestais ArcelorMittal Florestas e ArcelorMittal Energética Jequitinhonha, criando a ArcelorMittal BioEnergia Ltda. A nova empresa nasce líder do setor, administrando um patrimônio florestal de 282.000 hectares, sendo 171.000 hectares plantados com florestas renováveis de eucalipto para a produção de bioredutor sólido renovável (carvão vegetal). A empresa gera ainda 2.800 empregos diretos. A ArcelorMittal BioEnergia otimizará a utilização dos seus ativos florestais, priorizando o atendimento às suas unidades industriais ( ArcelorMittal Aços Longos e ArcelorMittal Inox Brasil ) que utilizam o bioredutor sólido renovável (carvão vegetal ) e incrementará ações orientadas para saúde, segurança, meio ambiente, tecnologia e desenvolvimento sustentável. A nova empresa tem sede em Belo Horizonte.
ArcelorMittal
Usiminas
de Emissões Atmosféricas
A ArcelorMittal BioEnergia vai priorizar o atendimento às suas unidades industriais que utilizam o bioredutor sólido renovável (carvão vegetal).
meio ambiente
mercado empresarial
Maior usina de energia solar do mundo será construída na China A China, o maior país poluente do mundo e segundo maior consumidor de eletricidade, planeja aumentar a geração de eletricidade “limpa”: para isso, construirá a maior usina de energia solar do mundo. As obras serão realizadas pela First Solar Inc., uma empresa de energia renovável sediada no Arizona, nos Estados Unidos, segundo o DCI. A usina será cerca de 30 vezes maior do que as estações de energia solar existentes e que operam na Europa, segundo Dulce Qu, porta-voz da empresa, lotada em Pequim. O complexo, de 2 mil megawatts, será construído em Ordos, cidade da Mongólia Interior, região autônoma da China, até 2019. Um megawatt é energia suficiente para fornecer eletricidade para 800 casas nos Estados Unidos. A China, que queima carvão para produzir 80% de sua eletricidade, quer que, pelo menos, 15% de sua energia venha de fontes renováveis até 2020. Os EUA e a China estão tentando reduzir as emissões dos gases considerados responsáveis pelo aquecimento global, e, segundo informou na última terça-feira o jornal norte-americano The New York Times, a Bechtel Corp. tem planos de construir uma estação de energia solar na Califórnia. “Há alguns projetos solares de cerca de 50 a 60 megawatts, mas esse será, se concretizado, de longe o maior”, disse Charles Yonts, analista especializado em energia alternativa da CLSA Ltd. de Hong Kong. A China, que vem em segundo lugar no consumo de eletricidade do mundo, depois dos Estados Unidos, tem planos de investir 2 trilhões de iuanes (US$ 293 bilhões) no seu setor de energia alternativa entre 2006 e 2020, segundo a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, órgão de planejaA usina será cerca mento econômico do país.
de 30 vezes maior do que as estações de energia solar existentes e que operam na Europa.
sustentabilidade
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Copa Verde exige obras sustentáveis A realização da Copa As capitais escolhido Mundo de Futebol de das para sediar 2014 no Brasil acontecerá chaves do evento sob o tema “Copa Sustentável”, ou seja, as 12 capiesportivo precisarão tais escolhidas para sediar desenvolver projetos chaves do evento esportivo caracterizados pela precisarão desenvolver sustentabilidade amprojetos caracterizados biental e econômica. pela sustentabilidade ambiental e econômica. Para atender a esses requisitos definidos pela Fifa, os responsáveis públicos e privados pela construção/modernização das arenas e infraestrutura geral (transportes, hospedagem, aeroportos, portos, rodovias, etc.) necessárias à boa realização precisarão ficar atentos à qualidade dos materiais empregados, definidos já nos projetos de arquitetura e engenharia. A especificação, já no projeto, de materiais de aço ou ferro fundidos galvanizados é um item de sustentabilidade, econômica e ambiental, pois o aço revestido tem sua vida útil prolongada e exige menos manutenção se comparado ao aço nu ou pintado, o que resulta em considerável economia. A maioria das novas arenas brasileiras que sediarão chaves da Copa 2014 tem elementos metálicos importantes no conjunto da obra. Mesmo estruturas de concreto armado ganham em durabilidade quando as armaduras metálicas utilizadas são galvanizadas a fogo. Além disso, há guarda-corpos, cercas e alambrados, portões, detalhes arquitetônicos de fachada em aço ou ferro fundido e que ganham vida útil maior com a galvanizaç&a tilde;o a fogo, técnica pela qual a estrutura /elemento é recoberta com zinco. Isto evitaria a corrosão por oxidação das armaduras do concreto em pilares, vigas e lajes ou estruturas metálicas, de guarda-corpos e corrimãos, esquadrias de aço, portões, cercas, estrutura e cobertura metálica de estacionamentos, por exemplo. Esses componentes, se submetidos à galvanização a fogo, podem durar 75 anos sem manutenção, dependendo do ambiente onde estão inseridos. Está comprovado que a galvanização oferece muito maior resistência aos elementos metálicos em cidades situadas à beira-mar, caso de metade das 12 cidades-sede da Copa. Fonte: Metálica.
tecnologia
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Imagem: Cordis
Nanorrobô
industrial
manipula nanotubos de carbono
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Em nanoescala, as forças intermoleculares entre os objetos são mais fortes do que a gravidade. Assim, não basta abrir a garra para que o nanotubo solte-se e vá para a posição desejada.
s nanotubos de carbono, assim como uma série de outras nanoestruturas e nanofios, são interessantes e promissores para várias aplicações científicas e tecnológicas. Mas o desenvolvimento de tecnologias envolvendo objetos nessas dimensões tem um grande problema: como manipular estruturas tão pequenas que não podem ser vistas nem mesmo com o melhor dos microscópios ópticos? Este é o desafio que está sendo enfrentado pelo projeto NanoHand (nanomão), uma equipe que reúne cientistas de 12 centros de pesquisas europeus e cujo objetivo é construir aquele que provavelmente será o primeiro nanorrobô industrial. Os primeiros protótipos estão mais para uma nanogarra robótica do que para uma nanomão, o que é mais do que suficiente para pegar, manipular e posicionar nanotubos de carbono ou nanofios com enorme precisão. O nanorrobô inteiro mede dois milímetros, o que inclui todo o seu aparato de fixação no interior de um microscópio eletrônico de varredura, essencial para que o operador possa acompanhar o que a garra robótica está fazendo. “O conjunto inteiro é integrado no interior da câmara de vácuo do microscópio,” explica o Dr. Volkmar Eichhorn, coordenador do projeto.
Movimento eletrotermal
A garra do nanorrobô tem uma abertura de até 2 micrômetros, sendo capaz de segurar com precisão objetos com dimensões na escala das dezenas de nanômetros. Nessa escala, não é possível, e nem necessário, usar motores ou molas para acionar a garra mecânica: ela funciona por um princípio eletrotermal, em que uma pequena corrente elétrica causa a contração e a expansão da garra, fazendo-a fechar e abrir como se fosse uma pinça.
Forças intermoleculares
Mas isto não é tudo. Em nanoescala, as forças intermoleculares entre os objetos são mais fortes do que a gravidade. Desta forma, não basta abrir a garra para que o nanotubo solte-se e vá para a posição desejada. Na verdade, ele ficará grudado na garra do robô e não se soltará até que uma força maior do que a que o segura faça-o desgrudar-se. Os pesquisadores encontraram duas possíveis soluções para o problema, nenhuma das quais ligada à estrutura do próprio nanorrobô. A primeira delas consiste em colar o nanotubo na sua posição final usando um feixe de elétrons - depois de ter sua extremidade colada, a garra pode se abrir e deixar o nanotubo na posição. A segunda solução é mais exigente quanto ao local de deposição mas mais simples de operar. O local onde o nanotubo de carbono será deixado deve ser construído com princípios geométricos que garantam que ele exerça uma força molecular maior do que a força que mantém o nanotubo preso à garra do robô.
Nanofábricas
“No mundo todo, nós fomos o primeiro grupo que realmente conseguiu fazer experimentos automatizados de pegar e soltar objetos em nanoescala,” diz Eichhorn. Além do robô propriamente dito, os pesquisadores tiveram que desenvolver um programa de computador capaz de controlar todo o aparato, criando uma estação de trabalho para o controle e operação do nanorrobô. O próximo passo da pesquisa é integrar o nanorrobô em uma nanofábrica que seja capaz de fazer todo o trabalho, desde a seleção do nanotubo até a sua deposição nos experimentos, como em chips, por exemplo. Para saber mais, veja a reportagem Nano-linhas de produção começam a dar formas a nanofábricas. ME
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Impressão sem tinta cria cores naturais instantaneamente
O
s cientistas sempre ficaram curiosos com as impressionantes cores vistas na natureza, principalmente os padrões iridescentes e ultrabrilhantes encontrados nas penas dos pássaros, nas asas das borboletas e nas carapaças de vários insetos. O avanço da microscopia finalmente permitiu que eles compreendessem como essas cores são geradas. E o avanço da nanotecnologia está permitindo que eles reproduzam as técnicas que a natureza levou milhões de anos para aprimorar. Juntando as duas coisas, a equipe do professor Sunghoon Kwon, da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, afirma ter descoberto uma forma de revolucionar a impressão tradicional, abolindo as tintas, fazendo uma impressão em cores totais que fica pronta em um instante e que é capaz de reproduzir as cores encontradas na natureza. As cores exibidas por insetos e pássaros não são baseadas em pigmentos, mas em texturas microscópicas na superfície de suas asas, penas e carapaças. É a interação dessas superfícies com a luz que produz as suas cores. O que o Dr. Kwon e seus colegas fizeram foi desenvolver um método capaz de criar as texturas microscópicas que interagirão com a luz para gerar as cores.
Impressão sem tintas
A sua “tinta” é um composto formado por três ingredientes: nanopartículas magnéticas, uma resina e um solvente. As nanopartículas, que medem entre 100 e 200 nanômetros, dispersam-se na resina, dando ao material uma aparência acinzentada. Mas basta aplicar um campo magnético para que as nanopartículas ajustem-se imediatamente às linhas do campo magnético, alinhando-se e formando estruturas bem definidas. As cadeias de nanopartículas, que ficam espaçadas com grande regularidade, interferem com a luz que incide sobre elas, gerando uma cor. Para mudar a cor, basta alterar o campo magnético. “Se você quiser controlar o ângulo do campo magnético [para criar curvas no desenho, por exemplo] você pode combinar múltiplos eletroímãs,” disse o pesquisador à revista New Scientist.
Fixando as cores
Assim que a cor desejada é produzida, as nanopartículas podem ser fixadas expondo a mistura à luz ultravioleta, que cura a resina. O sistema utiliza uma espécie de litografia para fazer com que a luz ultravioleta incida apenas sobre as áreas da imagem que já assumiram a cor desejada. A seguir,
Imagem: Nature Photonics
basta ir alterando os campos magnéticos e aplicando a luz ultravioleta seletivamente, até criar uma imagem totalmente colorida. E sem usar nenhum pigmento. “Nós primeiro configuramos o ímã para criar o vermelho e então incidimos a luz ultravioleta por 0,1 segundo, configuramos para produzir o azul, luz por 0,1 segundo novamente, então verde e assim por diante. Você consegue imprimir em página A4 totalmente colorida em um segundo,” disse o pesquisador. Agora eles pretendem aprimorar a técnica para que as cores sejam reversíveis, permitindo a criação de gadgets que mudam de cor conforme a vontade do dono. Fonte: Site Inovação Tecnológica.
O avanço da nanotecnologia está permitindo a reprodução de técnicas que a natureza levou milhões de anos para aprimorar.
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dicas de leitura
FUNDAMENTOS DE CALDEIRARIA E TUBULAÇÃO INDUSTRIAL Neste livro o leitor encontrará os mais diversos tópicos referentes à fabricação de tubulações industriais e a Caldeiraria Pesada; tabelas, ferramentas para cálculos, instruções e procedimentos aplicados na fabricação e montagem de estruturas metálicas e de tubulações industriais. Também terá a sua disposição métodos de traçagem de peças, tais como: bocasde-lobo, cones, informações básicas sobre metalurgia, soldagem, tratamento térmico e materiais aplicados em construção mecânica. Destina-se a todos os alunos de cursos técnicos, engenheiros e todos os profissionais envolvidos em Caldeiraria Pesada ou Tubulação Industrial. Autor: Vinicius Rabello de Abreu Lima Editora: Ciência Moderna / 2008 232 páginas
ENGENHARIA DA CONSTRUÇÃO Obras de Grande Porte
MONTAGENS INDUSTRIAIS Planejamento, Execução e Controle
Publicação de autoria do engenheiro civil Luiz Roberto Batista Chagas e editada pela PINI, o livro é finalista do Prêmio Jabuti 2009, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Aborda os principais conceitos aplicáveis à construção das grandes obras. Apresenta diversos estudos e premissas que devem embasar o orçamento e a execução, tais como a engenharia aplicada às metodologias de construção, os equipamentos, o dimensionamento racional das quantidades de recursos a mobilizar e as considerações de natureza do local. Segundo o autor, que atua há mais de 30 anos no apoio de engenharia às obras da Construtora Norberto Odebrecht no Exterior, um dos principais objetivos do livro é auxiliar os leitores na identificação dos pontos críticos das obras e aprimorar a capacidade de elaborar um plano de construção que seja o mais fiel prognóstico possível da sua futura execução.
Com mais de 20 anos de experiência na área de montagens, Paulo S. Thiago Fernandes escreveu este livro sob a óptica do montador, não do projetista, fabricante ou construtor. Trata-se de uma obra específica e abrangente, com os fundamentos e informações essenciais à implementação da atividade de montagem. Ele aborda as cinco modalidades básicas que compõe a montagem; estruturas metálicas, equipamentos mecânicos, tubulações, elétrica e instrumentação. Além destas, algumas técnicas sempre presentes, como o transporte e levantamento de cargas, a soldagem e a pintura. Complementando o assunto, noções de gerenciamento de obras, planejamento, programação e controle, qualidade, custos, orçamento e contratação de serviços. Os assuntos abordados poderão ser úteis aos profissionais ligados a obras de construção e montagem, incluindo engenheiros, técnicos, supervisores e administradores em geral, bem como aos professores e estudantes das escolas técnicas e de engenharia.
Autor: Luiz Roberto Batista Chagas Editora: Pini / 2008 251 páginas
Autor: Paulo S. Thiago Fernandes Editora: ArtLiber / 2006 344 páginas
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MANUAL DE TUBULAÇÕES DE POLIETILENO E POLIPROPILENO Características, Dimensionamento e Instalação Coincidindo com a entrada em vigor da norma NBR 15561, estipulada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e que especifica os requisitos necessários para fabricação de tubos de polietileno utilizados em redes de distribuição, adutoras e linhas de esgoto sob pressão, o engenheiro e diretor técnico da Poly Easy, José Roberto B. Danieletto, lança esta obra considerada de grande importância para as áreas de construção, infraestrutura e saneamento básico por ser a única publicação em português especializada no assunto. Trata-se de uma reedição revisada, atualizada e ampliada do livro Tubos de Polietileno e Polipropileno – Características e Dimensionamento - Volume I, também de sua autoria e lançado em 1990. Entre os temas abordados destaca-se o detalhamento das características dos materiais poliolefínicos - suas influências, propriedades e desempenhos -, os métodos de análise e controle de qualidade dos materiais, além das especificações européias (ISO e EN) e norte-americanas (ASTM e PPI) e um comparativo entre ambas. O descritivo de cada método de ensaio e especificação inclui, ainda, as informações das normas técnicas mundiais e brasileiras mais empregadas. É destinado a profissionais da área de sistemas de tubulações como projetistas, engenheiros e instaladores e voltado também para estudantes e docentes das áreas de engenharia e tecnologia. Autor: José Roberto B. Danieletto Editora: Linha Aberta / 2009 524 páginas
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS - 6ª. edição A obra de Hélio Creder mantém-se rigorosamente atualizada com as normas brasileiras vigentes na área, destacando-se, por outro lado, pelo pioneirismo na introdução de padrões de qualidade adotados internacionalmente e que regulam a utilização de materiais e procedimentos específicos visando à segurança, à simplicidade e à facilidade de manutenção das instalações. Exemplos dessa preocupação são o detalhamento de instalações especiais para deficientes físicos segundo normas internacionais (Suíça) e a incorporação de novos conceitos, como o Dry-Wall, visando à manutenção facilitada das instalações prediais, inovações trazidas por esta obra. Durante essa jornada de edições, o autor demonstrou a preocupação em acompanhar a evolução arquitetônica e ocupacional de edifícios mais sofisticados, atendendo a novas necessidades como, por exemplo, a pressurização de água quente e fria de apartamentos de cobertura, sendo pioneiro na orientação de pregar a supressão das onerosas instalações de ferro fundido, viáveis apenas em casos muito especiais. Dentro desse escopo, esta nova edição traz a atualização do capítulo sobre Tecnologia dos Materiais de Instalações Hidráulicas e Sanitárias, basicamente com a substituição de tubos e conexões de fibrocimento por PVC. Também foi ampliada a abrangência do tratamento de temas como as instalações de saunas e piscinas, cada dia mais comuns em edifícios residenciais e áreas de lazer de condomínios. Importante, também, é a transcrição comentada com exemplos do Código de Segurança contra Incêndio e Pânico, com Esquemas de Pressurização em função da classe de riscos, voltada para a prevenção de sinistros e a proteção dos residentes e usuários dessas instalações. Autor: Hélio Creder Editora: LTC (Grupo GEN) 6ª. Edição /2006 140 páginas
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Cemar Legrand
complementa sua linha de eletrodutos corrugados
Os produtos garantem isolação térmica, elétrica e à umidade, além de permitir a condução de cabos e fios sem a necessidade de acessórios, como curvas e cotovelos
A linha de eletrodutos corrugados da Cemar Legrand, empresa do Grupo Legrand, foi ampliada com o lançamento do eletroduto flexível corrugado no diâmetro de 32mm (1 “) visando atender as necessidades do mercado. Com essa solução, a linha promete trazer mais segurança e flexibilidade para o sistema de instalação elétrica, pois garante isolação térmica, elétrica e à umidade, além da praticidade de condução de cabos e fios sem a necessidade de acessórios, como curvas e cotovelos. Os eletrodutos flexíveis corrugados Cemar Legrand fazem sinergia com outros produtos da marca, como o quadro de distribuição Cemarplast II; caixa telefônica TLBE, rack´s e caixa de derivação e passagem, para os segmentos terciário e residencial. Os eletrodutos leves são aplicados em paredes de tijolos, paredes de Dry Wall (sistema construtivo a seco de alta tecnologia que utiliza chapas de gesso acartonado) e outras funções que exijam um leve esforço mecânico. Já os eletrodutos médios, permitem instalações que necessitam de um esforço mecânico maior por serem mais reforçados, como lajes, paredes de tijolos, concretos, etc.
Os produtos são fabricados em conformidade com a Norma NBR 15465 (criada pela ABNT para padronizar os eletrodutos plásticos ou flexíveis, utilizados embutidos, enterrados ou aparentes, que são empregados em instalações elétricas de baixa tensão), que os identifica quanto ao grau de resistência pelas seguintes cores: amarelo - leve esforço mecânico (320N/5cm); laranja - médio esforço mecânico (750N/5cm); preto – pesado esforço mecânico (1.250N/5cm). Cemar Legrand - maior fabricante de centros e quadros de distribuição, quadros de comando e painéis para automação aos mercados industrial, terciário e residencial do Brasil, está instalada em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. É especializada em produtos e sistemas para instalações elétricas, automação residencial, encaminhamento de cabos para voz, dados e imagem e sistemas de segurança para aplicações residenciais, comerciais e industriais e comercializa mais de 8.000 itens, incluindo disjuntores e acessórios para instalações elétricas (tomadas, bornes, identificadores, etc).
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Meincol: tubos de aço carbono
estruturais e mecânicos A Meincol voestalpine, reconhecida por apresentar soluções diferenciadas, disponibiliza para o mercado uma variada linha de tubos e perfis produzidos a partir de aços laminados a quente, a frio e revestidos, de acordo com as normas e especificações vigentes e respeitando os padrões de qualidade mundiais. Os produtos são submetidos a rigorosos testes de controle de qualidade, garantindo confiabilidade e segurança aos clientes. A empresa é certificada pela ISO 9001:2000. • Tubos de aço carbono com costura - processados com a mais alta tecnologia em conformação, corte de metais e soldagem (ERW), podem ser produzidos em aços laminados a frio, laminados a quente, decapados, galvanizados, nas qualidades de tubos mecânicos, estruturas e de condução. • Tubos estruturais - produzidos nos formatos quadrado s, retangulares e circulares, onde as dimensões e propriedades mecânicas são fundamentais. Suas principais aplicações são coberturas, estruturas metáticas, indústria automotiva, andaimes, entre outros. Normas: NBR 8261 e ASTM A 500. • Tubos Mecânicos - produzidos em diferentes seções, onde o acabamento superficial, as dimensões e a soldabilidade são os principais requisitos. Suas aplicações estão na indústria moveleira, indústria automotiva, escapamentos, máquinas e equipamentos diversos, implementos agrícolas e rodoviários, postes, bicicletas, trefilação, entre outros. Normas: NBR 6591, ASTM A 513 e DIN EN 10305-3 (DIN 2394) Pertencente ao grupo austríaco voestalpine, líder europeu no segmento de tubos e perfis especiais, a Meincol vive um novo tempo na sua trajetória de 63 anos. Desde o final de 2007 a companhia, que passou a ter suas operações no Brasil e na América do Sul controladas pela voestalpine através da divisão Profilform, vem implantando uma série de mudanças e melhorias visando o crescimento ordenado e sustentado e a consolidação no mercado brasileiro e sul-americano. A transferência das operações para uma corporação globalizada referência mundial no segmento de tubos e perfis especiais agregou know-how, tecnologia e qualidade de ponta, colocando a empresa brasileira em um patamar diferenciado no seu mercado de atuação. A companhia vem investindo num plano de melhoria contínua que contempla a otimização dos procedimentos internos e a reestruturação de todo o processo produtivo. Para
A companhia se pre-
isso, lança mão de modernas para para atender ferramentas de gestão que visam manter a produção ennichos de mercaxuta, a redução de custos, de do com produtos desperdício e de retrabalho e o especiais e soluções aumento da performance e da competitividade da empresa. customizadas. Com esse modelo de gestão, a Meincol voestalpine começa a se preparar para atender nichos de mercado com produtos especiais e soluções customizadas. Com know-how do grupo voestalpine associado à tecnologia e capacidade instalada para processar aproximadamente 240 mil toneladas de aço anuais, a empresa avalia as oportunidades do mercado e foca seu negócio no desenvolvimento de tubos e perfis especiais para atender a demanda e o projeto de cada cliente, ofertando soluções completas em aço voltadas aos segmentos automobilístico, agrícola, construção civil, moveleiro, metalmecânico, sistemas de armazenagem, entre outros. A companhia conta com uma unidade produtiva e matriz administrativa instaladas em Caxias do Sul (RS), e uma filial em São Paulo, dispondo de equipe comercial e logística de distribuição para atender todo o Brasil e América do Sul.
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Polimeter traz soluções ao mercado de ensaios não destrutivos
A empresa é reconhecida no mercado pela ênfase que dá ao atendimento pós-venda.
A Polimeter oferece ao mercado soluções aos problemas de ensaios não destrutivos, através de seus aparelhos e sistemas automáticos de ensaios por correntes parasitas (Eddy-Current), ultra-som e georadar (Ground Penetrating Radar). Entre os sistemas que a companhia oferece, destacam-se: • Sistemas da MAC-Magnetic Analysis Corporation (USA) – trata-se de sistemas de ensaios por correntes parasitas com bobinas envolventes, modelos MAC 40 / MAC 400 / MultiMAC para detecção de defeitos em tubos com ou sem costura, barras e arames. • Sistemas de ensaios por correntes parasitas com sondas rotativas, modelos ROTOMAC - para detecção de defeitos em tubos, barras e arames, incluindo materiais com condição superficial de laminação (material “preto”). • Sistemas de ensaios por correntes parasitas com sondas rotativas e bobinas envolventes - para detecção de defeitos em arames e barras durante a laminação a quente. • Sistemas de ultra-som com transdutores fixos ou rotativos, modelos ECHOMAC - para detecção de defeitos em tubos, barras e arames.
• Sistemas de ensaios por campo de fuga (Leakage Flux) - para detecção de defeitos em tubos de materiais ferromagnéticos, modelo Rotoflux.
Polimeter - Fundada em 1999 e instalada atualmente em duas unidades (na Granja Viana e no Centro Empresarial São Paulo), na capital paulista, a empresa enfatiza o atendimento pós-venda, inclusive com o fornecimento de aparelhos e sistemas com software e/ou manuais de instruções de operação em português.
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TUBONIL – DESDE 2006, UMA NOVA OPÇÃO A Tubonil está no mercado desde 2006, mas seus profissionais contam com muitos anos de experiência no segmento. A empresa atua no mercado de tubos de aço carbono sem costura e com costura, de pequenos e grandes diâmetros, comercializando também a linha de Tubos Especiais de 12” a 24” SCH 40 A SCH 160, Tubos Mecânicos ST52 de 50,00mm a 650,00mm paredes grossas, padrão e fora de padrão. Localizada no município de Guarulhos – SP, numa área de 2.500m2, tem instalações modernas e funcionais que lhe permitem atender, com alto nível de qualidade, todas as demandas de seus clientes e fornecedores em todo o Brasil. A maior preocupação da empresa é com a satisfação de seus clientes e com o cumprimento qualitativo de suas atividades: assim,
dedica-se à melhoria contínua de seus produtos e serviços. Tudo isso faz da Tubonil mais que um distribuidor de tubos de aço, um parceiro de negócios preocupado em atender seus clientes de forma diferenciada, orientando e prestando suporte técnico.
Tubonil Comercial de Tubos de Aço Ltda. vendas@tubonil.com.br • www.tubonil.com.br Fone/Fax: (11) 2406-7494
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Aerodinâmica - tubulações e válvulas termoplásticas industriais Fundada em 1971, a Aerodinâmica empresa do mesmo grupo da Tecnoplástico Belfano Ltda., fabricante de tubos e conexões de Polipropileno (PP) e Polietileno (PEAD), trabalha com plásticos de engenharia, com foco nos termoplásticos. Fornece para todo o Brasil tubos, conexões e válvulas industriais termoplásticas nos seguintes materiais: PVC, CPVC (ou PVC-C), PP (polipropileno), PEAD (polietileno), PVDF entre outros. As tubulações termoplásticas tem certificado ISO 9001, além de atender as melhores normas de qualidade específica a cada tipo de indústria. As válvulas industriais são 100% testadas e inspecionadas. Peças especiais em termoplástico são executadas sob desenho ou conforme as necessidades do cliente. A Aerodinâmica é representante e distribuidora exclusiva no Brasil da empresa Ipex Inc.,
líder mundial na fabricação de tubos vinílicos (PVC e C-PVC) As Tubulações e Válvulas resistem a maioria dos líquidos corrosivos, sendo eles ácidos (Acido Sulfúrico, Crômico , Clorídrico, Nítrico, etc.), alcalinos (Hipoclorito de Sódio, Soda Cáustica, etc.), sais e água.
Aerodinâmica Equipamentos Industriais www.aerodinamica.com Tel.: (11) 3718-1818 • Fax: (11) 3714-4346
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SESI-SP e SENAI-SP aumentando a competitividade da sua empresa
SESI-SP 53 Centros de Ativi dades • 215 Un idades Escolares: ensino fundamen tal, médio e integra • 18 te atros l • 37 un idades odontológ icas • 41 co zinhas didáticas •
SENAI-SP 159 Unidades Esco lares • Curso s de aprendizagem industrial, técnico, formação continuada, tecnó logo, pós-graduaçã o e educação a distân • Servi ços técnicos e tecn cia. ológicos • Atua ção em 28 áreas tecnológicas •
A indústria de São Paulo, por meio do SESI-SP e do SENAI-SP, proporciona educação e qualidade de vida para seus profissionais e dependentes. Da criança ao adulto, do lazer à formação técnica em novas tecnologias, a indústria paulista investe continuamente na sua principal força: as pessoas que fazem parte dela. Conheça os serviços oferecidos pelas Unidades SESI-SP e SENAI-SP e agende uma visita.
www.sp.senai.br | www.sesisp.org.br