A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO
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A IGREJA Ea crise O futuro do jornalismo e da Democracia PÁG. 06
edição 34.883 · U 33 · 29 de outubro de 2012 · preço capa 1,00 € (iva incluído)
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EDITORIAL / SUMÁRIO
Fórmula para criar monstros TEXTO / Marco de Bettencourt Gomes | director@auniao.com
O dia 29 de outubro de 1929 entrou na história como “a” terça-feira negra. A grande depressão que se arrastou por mais de uma década e é considerada como o mais grave e mais prolongado período de recessão económica do século passado. Produziu elevadas taxas de desemprego, quedas vertiginosas do produto interno bruto dos países, arruinou o tecido industrial e desencadeou o colapso nas bolsas de valores. Uma rápida consulta pelos manuais de economia dános o cenário inequívoco. Apesar de os preços serem baixos, os produtores não conseguem vender por não haver poder de compra. Com a queda nas vendas, o empregador despensa colaboradores. Sem fonte de rendimentos, o ex-colaborador deixa de trocar um electrodoméstico por um modelo mais recente. Cai a venda de electrodomésticos. As lojas baixam os preços e diminui também a comissão dos vendedores, que deixam de poder ir almoçar o prato do dia ao restaurante da esquina. Num esforço por atrair clientes, o dono do restaurante inventa meio-prato do dia a preços supereconómicos mas ainda assim as suas receitas diminuem e também ele deixa de poder trocar de electrodoméstico. O dono da loja de electrodomésticos deixa de poder fazer viagens nas férias e cancela o seu contrato com a sua agência de viagens. E por aí fora. Esta é a trama da grande depressão de 1929. É a fórmula para criar monstros. Criou o monstro da segunda guerra mundial. E causas iguais provavelmente não gerarão efeitos diferentes.
SUMÁRIO poupanças e adágios
05 06
missionários digitais
“o espírito da igualdade”
14
bufallo springfield
15
o elogio das crises de fé
21
adagiário do nada
23
07
como “googlar”?
multi vitaminas e cancro
08
fosso entre ricos e pobres
10
copacabana aliança central
11
capas ao vento
29
o mar…
13
danças no outono
31
geração da plateia
NA CAPA... pág. 16
Em época de grande convulsão social, a Igreja Católica Portuguesa quer marcar posição na defesa dos que mais sofrem, pondo no terreno as directrizes do Concílio Vaticano II para um Catolicismo mais próximo da comunidade. Desenvolvendo, através das suas instituições de solidariedade social a prática activa da caridade, o Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa delineou os pontos chaves para a actuação da Igreja neste tempo de crise. 21 Janeiro 2012 / 03
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REVISÃO
DECO LANÇA PLATAFORMA
POUPAR NOS SUPERMERCADOS Para cada produto, os preços foram considerados e ponderados, consoante o peso no orçamento familiar A DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor criou uma plataforma digital para encontrar “os supermercados mais baratos” tanto no continente, como nas regiões autónomas. A aplicação – disponível em http://www. deco.proteste.pt – é baseada em “69.437 preços recolhidos de 100 produtos no primeiro trimestre de 2012”, conforme refere a DECO, tendo sido percorridos “593 estabelecimentos em todo o país, incluindo as ilhas”, embora somente duas: Terceira e São Miguel. A ferramenta, que não disponibiliza preços, atribui um índice a cada superfície comercial. A loja mais barata obtém o índice 100. Os restantes são calculados em função deste. “Para cada produto, os preços foram considerados e ponderados, consoante o peso no orçamento familiar. Para tal, usámos o estudo mais recente do Instituto Nacional de Estatística (2010). Estes preços não incluem descontos com a utilização de cartões de cliente. As lojas que vendem os produtos mais consumidos por um preço mais barato recebem uma classificação melhor”. A DECO salvaguarda que para os 15 supermercados açorianos analisados “adaptámos os cabazes com base nas marcas aí mais vendidas” porque, justifica “não se podem comparar os índices das Ilhas com os do Continente”. Apesar de constarem todas as ilhas no simulador da DECO, apenas duas, num total de 15 supermercados, conforme re-
PREÇOS COMPARADOS
ferido, apresentam resultados. Na ilha Terceira, foram incluídos na simulação cinco supermercados, sendo o mais barato o Continente-Modelo (índice 100) de São Bento, seguindo-se o GUARITA, da Terra do Pão (101), em São Mateus da Calheta, ambos em Angra, depois o GUARITA da Praia da Vitória (103), o Continente-Modelo da Estrada da Circunvalação (104), na Praia e a Cooperativa de Consumo Fonte do Bastardo (108). Em São Miguel surgem analisados 10 supermercados, sendo o mais barato o Continente Modelo do Parque Atlântico (índice 100) e o mais caro o Solmar da Avenida Infante D. Henrique, em Ponta Delgada (índice 103), ou seja, “13% mais caro” da amostra analisada. Na Madeira foram analisados 25 supermercados. Para efeitos de interpretação dos dados, a DECO explicar que a loja mais barata obtém o índice 100. Os restantes são calculados em função deste. Por exemplo:
CABAZES VISTOS EM DUAS ILHAS
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REVISÃO
um supermercado com o índice 115 apresenta um nível de preços 15% mais caro do que a loja mais barata, destacada com o índice 100. A DECO salvaguarda que “entre a recolha de preços nos supermercados e a publicação desta ferramenta, algumas lojas podem ter fechado as portas”. ATÉ 435 EUROS/ANO Segundo a DECO, com este simulador o consumidor poderá “poupar até 435 euros por ano”. Para o utilizar, informa a associação, basta indicar o distrito/ilha, seguido do concelho (opcional), e escolha o tipo de cabaz. Existindo o cabaz completo e o cabaz personalizado, com possibilidade de restringir a pesquisa a nove categorias: congelados, lacticínios, mercearia, bebidas, higiene pessoal, limpeza da casa, fruta e legumes, peixe e carne. A DECO explica quais os principais exemplos analisados em cada categoria: nos congelados: hambúrgueres, refeições (lasanha) e pescada; nos lacticínios: leite, iogurtes e queijo; na mercearia: gorduras (azeite, óleo, margarina), conservas, cereais, farinhas, açúcar, sal, charcutaria, bolachas, chocolate; nas bebidas: água, vinho, cerveja e sumos; na higiene pessoal: desodorizante, gel de barba e de banho, higiene íntima da mulher, fraldas e toalhitas para bebé; na limpeza da casa: detergentes da loiça e da roupa, multiusos, lava-tudo, papel higiénico e ambientadores; na fruta e legumes: maçã, pêra, batata e tomate; no peixe: bacalhau inteiro seco, dourada e robalo; na carne: aves, vaca e porco.
SEGUNDO A DECO, COM ESTE SIMULADOR O CONSUMIDOR PODERÁ “POUPAR ATÉ 435 EUROS POR ANO”. PARA O UTILIZAR, INFORMA A ASSOCIAÇÃO, BASTA INDICAR O DISTRITO/ ILHA, SEGUIDO DO CONCELHO (OPCIONAL), E ESCOLHA O TIPO DE CABAZ
POUPANÇAS e ADÁGIOS TEXTO / João Rocha / jrocha@auniao.com
O GANHO DO POUPAR
A IDEIA É LEVAR O CONSUMIDOR A POUPAR
Uma plataforma on line. Esta parece ser a única forma de endireitar um mundo que cambaleia mais do que um alcoólico a andar pelas ruas. A DECO, Associação da Defesa dos Consumidores, disponibiliza na sua plataforma online um simulador com os supermercados mais baratos do continente e ilhas. Dos 593 estabelecimentos analisados, 15 são nos Açores, mas somente nas ilhas Terceira e São Miguel. A ideia é levar o consumidor a poupar. Se no poupar é que está o ganho, estamos todos de acordo. Porém, é preciso recordar que praticamente todos os adágios populares acabam por se anular uns aos outros. Aqui segue um contraditório às poupanças: quem compra barato, compra duas vezes, ou seja, o barato sai caro. Por estas e por outras não consigo mesmo vislumbrar a saída para a crise exclusivamente através de plataformas. Ainda se fossem petrolíferas…
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OPINIÃO
O futuro do jornalismo TEXTO / Carmo Rodeia
A liberdade de expressão e a liberdade de informação, não sendo exatamente a mesma coisa, são indissociáveis e ambas são imprescindíveis à democracia. Qualquer limite que lhes seja imposto constitui fatalmente um constrangimento intolerável. Recupero esta ideia expressa por José Manuel Fernandes no livro “Liberdade e Informação” a propósito do que se passa na comunicação social portuguesa, com um futuro cada vez mais incerto. Os órgãos de comunicação social não estão imunes à crise. Aliás, são porventura, os primeiros a serem afetados pela crise económica e financeira que o país atravessa. Os públicos, como a RTP e a agência Lusa, sofrem cortes nas transferências das indemnizações compensatórias. Os privados perdem receitas publicitárias . Sobre uns e outros impende agora a guilhotina dos despedimentos. Há dois anos que a senti particularmente. Disseram-me que era por causa da crise. A mim e aos meus colegas. A verdade é que a comunicação social em Portugal vive momentos conturbados e a dúvida que ainda tenho é se, a pretexto da crise, se vão resolvendo alguns “problemas” mais incómodos para as empresas de comunicação social. Sou sensível ao argumento económico e financeiro mas sou ainda mais sensível a uma imprensa de qualidade como condição necessária à Democracia. Para isso são precisos jornalistas profissionais, com condições suficientes para fazerem o seu trabalho com qualidade, rigor e isenção. Sem jornalistas não há boa imprensa. Seja ela em papel ou em suporte digital. O amadorismo e a inexperiência nunca deram bons frutos. Os jornais não nos deram apenas o noticiário. Como lembra Paul Starr, co-fundador do American Prospect e professor de Pinceton, eles permitiram que o povo dispusesse de um poder de influência sobre o Estado e é esse poder que hoje está em risco, com todos estes despedimentos anunciados. Acompanho José Manuel Fernandes, quando lembrava que o jornalismo capaz teria de conseguir “ajudar a cidadania a decifrar a realidade e a ser capaz de escrutinar sem descanso todos os poderes”. Com todas estas limitações e insuficiências financeiras e humanas tenho dúvidas de que, os que restam, sejam capazes disso. Por todas as razões.
Missionários digitais TEXTO / João Aguiar
Recebi com alegria o anúncio do tema para o 47.o Dia Mundial das Comunicações Sociais: “Redes sociais: portais da verdade e da fé, novos espaços de evangelização”. Escrevi “com alegria”, mas posso acrescentar que “sem surpresa”. De facto, vinham-se acumulando os sinais reveladores da crescente atenção da Igreja Católica ao mundo digital como nova terra de Missão. Basta pensar, por exemplo, na Mensagem para o 43.o Dia Mundial, quando Bento XVI pediu aos jovens que levem ao continente digital o testemunho da sua fé, introduzindo na cultura desse ambiente comunicativo e informativo os valores em que assenta a sua vida crente. Subjacente a este interesse está a convicção de que a cultura mediática e digital “progressivamente se estrutura como o lugar da vida pública e da experiência social” (Instrumentum laboris para o próximo sínodo dos bispos, 59); e ainda que a sua influência pesa sobre a perceção que temos de nós mesmos, dos outros e do mundo. Esta noção de que estamos mergulhados num outro caldo cultural e não confrontados com meras
tecnologias, alterou atitudes: hoje, para a Igreja, a internet não é mais um mero meio de evangelização, mas um espaço a evangelizar, porque aí se exprime também a vida dos homens. Neste ciberespaço moram hoje milhões de destinatários do Evangelho; também eles com o direito a que lhes seja apresentado o Nome que está acima de todo o nome, como resposta ao apelo de Bento XVI a uma renovada urgência na Missão, nascida de uma caridade que impele a evangelizar. Precisamos, então, de missionários digitais. Não de meros conhecedores de tecnologias, mas de gente capaz de aí introduzir alma... Volto ao Instrumentum laboris (62) para o próximo sínodo dos bispos... Mencionando as novas fronteiras do cenário comunicativo em que a evangelização acontece, o documento reconhece benefícios e riscos na internet; mas pede aos cristãos “a audácia de frequentar estes novos areópagos, aprendendo a dar uma valorização evangélica, encontrando os instrumentos e os métodos para tornar audível também nestes lugares hodiernos o património educativo e de sapiência conservado pela tradição cristã”. Se a evangelização é uma prioridade à qual se deve adequar os estilos de vida, os planos pastorais e a organização diocesana, ao fazêlo não se esqueçam as redes que precisam de ser humanizadas e vitalizadas...
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FERRAMENTAS
Como “googlar”? TEXTO / Paulo Brasil Pereira
Há pequenos truques que fazem toda a diferença. Seja Pro!
Há coisas tão básicas na história a internet, que passou a ser desconhecido para os chamados “utilizadores na óptica do utilizador”. E dão tanto jeito... Quando se quer saber alguma coisa no vasto mundo da internet, os motores de busca são os nossos amigos. Há quem simplesmente despeje frases sem nexo nenhum, ou textos inteiros. O que acontece é que por vezes não “explicamos” o que realmente queremos porque... a máquina não se engana! Ora bem, o motor de busca analisa letras. Mas há truques que ajudam à nossa pesquisa: Se queremos procurar leitor de cd´s apenas no site da Fnac, metemos: leitor de cd site: fnac.pt. E o motor de busca
cinge-se apenas a leitor de cd no site da Fnac, dando-nos todos os leitores de cd´s disponiveis. Se quisermos procurar relações daquela palavra/produto na internet podemos fazer: cd E o google apresenta-nos informações sobre DVD´s, musica, etc, ou seja tudo o que está relacionado com a palavra CD. Se metermos o conteúdo da busca entre parêntesis, por exemplo: “festa da castanha”, o google procurará a exacta frase no seu todo. Para excluirmos uma determinada palavra da busca, basta meter hífen antes da palavra: -azul. E se quisermos que a nossa pesquisa se limite no tempo, basta fazer: 2010..2012.
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CIÊNCIA / OPINIÃO
investigação confirma relação
Suplementos MultiVitamínicos e o cancro A toma diária de multivitamínicos contribui para diminuir a ocorrência de cancro nos homens, segundo um estudo norte-americano realizado durante mais de 10 anos divulgado recentemente. Os investigadores estudaram mais de 14 mil homens, de 50 ou mais anos de idade, entre 1997 e 2011.Durante esse período, registaram-se 2.699 casos de cancro, 1.373 da próstata e 210 casos de tumor colorretal. “Encontraram uma redução de oito por cento no total de ocorrências de cancro entre os participantes que usam multivitamínicos”, segundo uma nota de divulgação do estudo, a que a agência Lusa teve acesso. Contudo, a análise, que vai ser hoje publicada no “Journal of the American Medical Association”,
não concluiu haver um efeito direto entre multivitamínicos e redução específica dos casos de cancro da próstata. Já nos outros tipos de cancro foi detetada uma redução global de ocorrência de 12 por cento. “O estudo sugere que, pelo menos nos homens, pode ser benéfico tomar multivitamínicos”, refere John Michael Gaziano, um dos autores. Gaziano sublinha contudo que os efeitos destes suplementos são moderados e que só devem ser recomendados a par de outros hábitos, como parar de fumar e praticar exercício físico. Os autores pretendem continuar seguir a população analisada no estudo, para analisar os efeitos ao longo de mais tempo, e reconhecem que é necessária uma análise centrada nas mulheres.
O NATAL NA AZULEJARIA PORTUGUESA TEXTO / Hernâni Matos* FOTO / Natividade ou Adoração dos Pastores (séc. XVI- c. 1580). **
Ao longo de mais de cinco séculos, o azulejo tem si usado em Portugal, como elemento associado à arquitectura, não só como revestimento de superfícies, mas também como elemento decorativo. Pela sua riqueza cromática e pelo seu poder descritivo, o azulejo ilustra bem a mentalidade, o gosto e a história de cada época, sendo muito justamente con21 janeiro 2012 / 08
MONTRA / OPINIÃO
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im dit, veniendae simaximod molorpo siderado como uma das criações mais ressund igendis non conessit reperae singulares da Cultura Portuguesa e um cuptatur? paradigma Siminte da nossavoluptur? IdentidadePoreium Cultural am, quas mi, voluptus, as porrorenis Nacional. pra dolut quam, quia derum, natibusA temática diversificada do património to illa nonecea alignimporro azulejar portuguêscusdam é diversificada e inclui, que ex etum ut lam lam autobjecto laborias naturalmente, o tema “Natal”, do pedignimenis excea volorro ma derpresente texto, ilustrado com imagens natquam molesequatasensivelmendis repuda de painéisaut apresentados sam te porresera ordemvoleceriae cronológicaidemagnimpos legendados sum sincit quas com a informaçãoalitemod que nos et foiipsundipossível tium explabo. Ebit fugit, sitiae eicim recolher. *escritor dem simus eicit qui aut aut expelit as ** Painel de azulejos (500 x 465 cm) atribuído et porio. Offictur? Illaut quatur sa aa Marçal de Matos./ Museu Nacional lendam Aniatur aut modidocuptat Azulejo, Lisboa. 21 janeiro 2012 / 09
CIÊNCIA
Fosso entre ricos e pobres em Portugal
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O fosso entre os mais pobres e os mais ricos diminuiu ligeiramente em Portugal nas últimas duas décadas, mas o país permanece como um dos “mais desiguais da União Europeia”, segundo o estudo “Desigualdade Económica em Portugal”. “Ao longo dos últimos anos, a desigualdade familiar tem vindo a atenuar-se ligeiramente, como é demonstrado pela redução do índice de Gini [que aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos] em cerca de cinco pontos percentuais entre 1993 e 2009”, refere o estudo, realizado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) para a Fundação Manuel dos Santos. Em declarações à agência Lusa, o coordenador do trabalho ressalvou que o estudo termina em 2009, último ano para o qual existem estatísticas oficiais sobre a distribuição do rendimento em Portugal: “De alguma forma, ele fica na antecâmara da atual crise”. Carlos Farinha Rodrigues observou que o estudo termina num ano que, provavelmente, representará “o fim
Portugal é dos países mais desiguais da União Europeia no que respeita ao fosso existente entre ricos e pobres, revela estudo do ISEG de um ciclo de redução das desigualdades”. “Todos os sinais que nós temos aponta para que a probabilidade de haver uma inversão deste ciclo é muito grande”, frisou. Portugal é um país com elevados níveis de desigualdade de rendimentos familiares e salariais, que faz com que seja “um dos países mais desiguais da Europa”, disse à agência Lusa Carlos Farinha Rodrigues. “Esta evolução da desigualdade das famílias está intimamente associada à evolução dos rendimentos das famílias mais pobres em Portugal”, explicou. Entre 1993 e 2009, a proporção do rendimento total auferido pelos cinco por cento da população mais pobre duplicou. Para esta situação contribuíram “as políticas sociais que viram o seu papel de redução da desigualdade aumentar fortemente” e “uma
evolução dos rendimentos que permitiu uma distribuição mais equilibrada”. O estudo analisou o impacto do sistema fiscal sobre a distribuição do rendimento e a desigualdade, tendo concluído que a acção conjunta do IRS e das contribuições para a Segurança Social correspondia, em 2009, a uma diminuição média de cerca de 20% dos rendimentos brutos auferidos pelas famílias.
MESA
Copacabana Aliança Central
TEXTO / Joaquim Neves
A comida é um entretém e come-se do que há
Pomme-Restaurant St. Louis, USA
Nesta cidade, que é das mais belas que conheço, que inspirou terras além-mar na arquitectura, costumes, modos, trouxe gentes dos cantos dos mundos, repito-me, já falei nisso. Mas como ninguém me leva lá muito a sério, ou então preferem resignar-se ao está bem como está, ou então isto está mal e cada vez pior, mas nada muda, relembro a mediocridade, a razoabilidade, o suficiente, das coisas. É esta a imagem que se tem de Angra e da Terceira a nível de restaurantes. Come-se bem e muito bem, nunca excelente, sempre o mesmo, nas festas, touradas em casa de particulares. Nos restaurantes o panorama inferior em qualidade, salvo poucas excepções, das quais já escrevi, tudo parece igual. Considerando que nas zonas mais nobres da cidade, o único atractivo é o lugar. Esse é o encanto. A comida é um entretém e come-se do que há. Pastelaria, anda medianamente a mesma. O Central lá tem uma gama de pão diferente e variada. O café, enfim… Mas já todo lado sabe o que
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MESA
é um abatanado. Os empregados e serviço, tendo em conta o que têm que servir, após alguma interacção, lá se desprendem, deixam de julgar a aparência e até conseguem pôr de lado pré-conceitos desta feira de vaidades que esta cidade cultiva exaustivamente. O que eu quero afinal? Ter orgulho com razão e motivos. De não ter que ouvir que é tudo muito lindo e bonito e agradável mas que cansa e desespera não ter mais variedades com alguma originalidade e qualidade. Depois a comida dominantemente é mais salgada na Terceira. Queixa geral, mas ninguém se interessa muito com o sal refinado em prol de um evaporado natural. Ignorância não é pecado, mas insistir nela é. E intencionalmente dar (seja o que for) sabendo que faz mal e ser prejudicial também. Mas gula aqui não é pecado. E forma de estar e ser e ter. Então quando ouço dizer que as coisas não vão lá muito bem, mas tudo continua na mesma então é merecido. Lamento mas penso assim. Aconselho a leitura de: “Quem mexeu no meu queijo” de Spencer Johnson. (dá para descarregar o livro da net e para os que não sabem ler há um vídeo explicativo). Amo os Açores, mas detesto este acomodamento sistemático, esta arrogância resultante de um sentimento de inferioridade e de manias que desafiam a razão, por não querer ter vontade de esforçar e fazer mais. O outro, o cliente paga, e é só isso. Alternativas surgem, mas o que está podia ser melhor, ainda mais com o privilégio que gozam de estarem localizados nas zonas mais nobres da cidade. Ninguém merece, nem quem serve, nem quem é servido. E por favor alguém já ouviu falar de gelados a sério? Nem que sejam da Quinta dos Açores?
prater - biergarten
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vienna - austria
Receita
Pernas de rã Dedicado a colegas no Seminário de Angra
Ingredientes: Pernas de rã Leite Farinha, sal, pimenta Manteiga Paprica Alho e sumo de limão Maionese temperada Preparação: Põem-se as pernas de rã de molho em água salgada durante 15 minutos. Escorrem-se e enxugamse bem num pano. Humedecemse, então, num pouco de leite e passam-se por farinha temperada com sal, pimenta e paprica. Entretanto, frita-se em manteiga um dente de alho esborrachado, numa frigideira, em lume brando. Quando o alho principia a escurecer, retira-se e deitam-se as pernas de rã, dourando-as bem de ambos os lados. Desengorduramse em papel absorvente e servemse com sumo de limão ou - ainda mais agradável- com maionese temperada com caril. Lol
PALAVRAS
O mar… TEXTO / Melissa de Aveiro
O mar é infinito, Conta histórias de emoção Há quem lhe guarde grande mágoa Há quem o traga no coração. Eu vejo o mar assim, E talvez assim o veja mais alguém, Não pelos olhos de mim, Mas pelos de quem também os tem. Cada onda que nasce, Morre onde outra se perde Para por detrás dela surgir, Outra que assim lhe sucede. O mar é manhoso, e muito menos ouve preces Oh mar! Tu tens a fama e o proveito, Tanto roubas como ofereces, sem jeito, E nada te faz prender ou derrubar.
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Não tens braços nem pernas, Nem coração, talvez Mas tens uma grande alma Que se estende pelos quatro cantos do mundo Furioso, calmo e profundo És feito de graça e saber Guarda contigo tudo aquilo que quiseres, Mas devolve à terra, quem em ti se perder.
CONSUMO/OPINIÃO
Eficiência Energética Em guia Nas próximas edições daremos conta dos principais conselhos do “Guia da Eficiência Energética, elaborado pela Agência para a Energia (ADENE) que apresenta algumas das medidas para a utilização eficiente de energia em casa, no trabalho e nos transportes. “O objectivo é que to-
d o s poss a m o s cont r i buir com u m consumo mais racional e aumentar, deste modo, a eficiência global”, referem os promotores. A edição deste guia, realizada no âmbito do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE), explica que “algumas medidas de eficiência energética são amplamente conhecidas por serem do senso comum, por exemplo, apagar a luz quando não estamos numa divisão da casa. Outras, são alcançadas por desenvolvimentos tecnológicos e não são do conhecimento geral, por exemplo, a possibilidade de produzimos energia na nossa casa.” “Este guia pretende ajudar a utilizar a energia de forma moderada e eficiente assim como apresentar algumas medidas para que todos possamos contribuir com um consumo mais racional e aumentar deste modo, a eficiência global”. A publicação adverte para o facto de “à medida que uma sociedade é mais desenvolvida, aumenta o consumo de energia, mas nem sempre de um modo eficiente. (…) No entanto, nos sectores dos transportes e dos edifícios, incluindo as habitações, a situação é diferente, pois a eficiência energética não tem aumentado como seria desejável”.
Livro de referência
“O Espírito da Igualdade” TEXTO / Antonieta Costa * / antonieta_c@hotmail.com
PARA LER
“Entre os países desenvolvidos, a maior parte dos grandes problemas sociais e de saúde é mais comum nas sociedades mais desiguais. Em primeiro lugar, existem grandes diferenças entre sociedades mais ou menos igualitárias: os problemas são 3 a 10 vezes mais comuns nas sociedades mais desiguais. Em segundo lugar, estas diferenças não correspondem a diferenças entre grupos de alto ou baixo risco no seio de populações que se aplicariam apenas a uma pequena proporção da população, ou unicamente aos pobres; são, pelo contrário, diferenças entre a prevalência de problemas diferentes que se aplicam a populações inteiras”. Entre as sugestões de leitura referentes aos livros de referência do Portal do Consumidor, está “O Espírito da Igualdade”, da autoria de Richard Wilkinson e Kate Pickett, da Editorial Presença, 2010. “Dois estudiosos lançaram-se ousadamente numa investigação partindo de uma questão polémica e de alta voltagem ideológica: por que razão as sociedades mais igualitárias funcionam quase sempre melhor? Daí o livro “O Espírito da Igualdade”. Ao tentar compreender as causas das grandes diferenças na esperança de vida, estes dois investigadores cedo verificaram que a saúde piora sempre que se desce um degrau na escala social, ao ponto dos pobres serem, proporcionalmente, menos saudáveis do que aqueles que se encontram no nível intermédio. 21 janeiro 2012 / 14
OPINIÃO
Bufallo Springfield TEXTO / Pe. Teodoro Medeiros
Toda a gente conhece as melodias do grupo The Beattles. As duplas de compositores Lennon-Mcartney e Jagger-Richards dispensam apresentações. The Birds são também uma referência na sonoridade de Tom Petty and The Heartbreakers e tantos outros. Mas quem já ouviu falar dos Buffalo Springfield? Talvez não muita gente e é pena; o talento emana dos seus discos e canções como mel de uma colmeia sobrelotada. Canções tãos essenciais que foram mais descobertas do que compostas. E sim, a capacidade melódica rivaliza com Paul Simon. Existentes apenas entre 1966 e 68, o grupo gravou apenas 3 discos que tiveram impacto na música que se fez a seguir e que soam hoje precisamente àquilo que são: o que de melhor o final dos sessenta deixou. Os elementos principais foram Neil Young (então fazendo jus ao seu nome), Stephen Stills e Richie Furay: 3 compositores, guitarristas, vocalistas que evidenciariam os seus talentos. O som é sobretudo folk e rock, com o uso de harmonizações que os Crosby, Stills, Nash and Young haviam de tornar rotineiro. Quais as canções a ouvir? Recomenda-se sonhar com a pura beleza de Broken Arrow, Nowadays Clancy Can’t Even Sing, Hot Dustyroads, Down To The Wire, Expecting To Fly (sinfónica e etérea), Burned, Do I have To Come Right Out and Say It (quando os títulos eram intensos), Hung Upside Down, (“look what´s happening to me; I’m going blind” a
lavandarias
abrir uma canção?!), Out Of My Mind. Ah, não esquecendo as mais famosas; For What It’s Worth e Mr. Soul. For What It’s Worth (Pelo valor que tenha) Passa-se aqui alguma coisa O que será, não é muito claro Está um homem armado ali ao lado Diz que tenho de me portar bem Penso que é preciso parar, filhos, que som é esse? Olhem todos para o que está a contecer Há fileiras de batalha a desenhar-se Ninguém está acerto quando todos estão mal Gente nova dizendo o que pensa Recebedo muita resistência Penso que é preciso parar, que som é esse? Vejam todos o que está a acontecer Que trabalho de campo pelo entusiasmo Mil pessoas na rua Cantando e mostrando cartazes Muitos dizem: “viva o nosso lado!” É altura de parar, que som é esse? Vejam todos o que se passa A paranóia vai fundo Penetra na tua vida Começa quando andas assustado Sais da fila e levam-te para longe É melhor pararmos, que som é esse? Vejam todos o que se está a passar...
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Crise. Há dia algum que um português não a oiça ou, cada vez mais, não a sinta? A Igreja Católica, através do seu Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, mostra-se sensível ao sofrimento da população, particularmente dos mais pobres e dos desempregados, independentemente da fé que professam. Como instituição enraizada e com um papel secular na sociedade, a Igreja é chamada a contribuir para o bem das pessoas e da comunidade nacional como um todo, resposta essa que tem sido dada pelas suas instituições de solidariedade social, como prática activa da caridade.
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DESTAQUE
Passados perto de 50 anos do Concílio Vaticano II, a Conferência Episcopal Portuguesa Apela a um regresso ao seu ensinamento de uma Igreja como uma comunidade estruturada e organizada, que assume como dever a procura do bem-comum de toda a sociedade. Esse é também o fim
pre necessária e indispensável. A superação das legítimas divergências, num alargado consenso nacional, supõe sabedoria e generosidade lúcida. - Direito ao trabalho. Este não deve ser concebido apenas como forma de manutenção económica, mas como meio de realização
HÁ CADA VEZ MAIS POBRES
da comunidade política. “No campo que lhe é próprio, a comunidade política e a Igreja são independentes e autónomas uma da outra. Mas ambas, embora a títulos diferentes, estão ao serviço da vocação pessoal e social dos mesmos homens” (Gaudium et Spes, nº 76). Segundo a doutrina do Magistério, a Igreja como comunidade intervém na sociedade a três níveis: os cristãos leigos, guiados pela sua consciência cristã, têm toda a liberdade de participação e intervenção política; as associações da Igreja, com particular relação à hierarquia, devem intervir tendo em conta o diálogo com os seus pastores; os sacerdotes e bispos têm como ministério anunciar o Evangelho e a doutrina da Igreja para todos, de modo que ela possa ser acolhida, nomeadamente no que diz respeito à sua doutrina social. A Igreja e a sociedade A doutrina social da Igreja interpela a consciência dos intervenientes na coisa pública e sugere atitudes que exprimam valores. - Busca do bem-comum. Esta primazia da busca do bem-comum de toda a sociedade atinge todas as pessoas e todos os corpos sociais. É o caminho para construir uma unidade de objectivos, no respeito das diferenças: governo e oposição, partidos políticos, associações de trabalhadores e de empresários, etc. As diferenças são legítimas, mas a unidade na procura do bem-comum é sem-
humana. O desemprego é, certamente, um dos aspectos mais graves desta crise, o que supõe, para a sua superação, um equilíbrio convergente de vários elementos: criatividade nas empresas, caminhos ousados no financiamento, diálogo social em que pessoas e grupos decidam dar as mãos, apesar das suas diferenças. - Estabilidade política. É exigida pela própria natureza da democracia e da responsabilidade dos seus atores, requerendo a busca permanente do maior consenso social e político. Numa democracia adulta, as “crises políticas” deverão ser sempre excepção. Em momentos críticos, podem comprometer soluções e atrasar dinamismos na sua busca. Todos sabemos que, para superar as presentes dificuldades, não existem muitos caminhos de solução. Compete aos políticos escolhêlos, estudá-los e apresentá-los com sabedoria. - Respeito pela verdade. O discurso público tem de respeitar a
IGREJA E A SOCIEDADE
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verdade do dinamismo das situações e da procura de soluções. - Generosidade na honestidade. O bem da comunidade nacional exige de todos generosidade para não dar prioridade à busca de interesses particulares e a honestidade para renunciar a caminhos pouco dignos de procura desses interesses. Só com generosidade se pode alcançar um bem maior. Renovação cultural Sendo as crises oportunidades por excelência para a Humanidade evoluir e criar algo melhor, a Igreja nacional expressa a vontade que a presente situação “faça avançar a verdadeira compreensão sobre alguns elementos decisivos do mundo económico-financeiro em que estamos inseridos”. Portugal, como membro da União Europeia e da Zona Euro, está inserido no quadro das economias liberais, vulgarmente designadas de capitalismo. A Igreja sempre defendeu, entre as expressões da liberdade, a liberdade económica, desde que as suas concretizações se submetam aos objectivos do bem-comum. Os próprios lucros das pessoas, das empresas e dos grupos devem orientar-se para o bem-comum de toda a sociedade. O equilíbrio entre finanças e economia. O Papa Bento XVI concretizou o pensamento da Igreja, salientando que as finanças devem ser um instrumento que tenha em vista a melhor produção de riqueza e o desenvolvimento. Importa que a economia e as finanças se pratiquem de modo ético a fim de criar as condições adequadas para o desenvolvimento da pessoa e dos povos. Os mercados. Sujeitos a uma dimensão ética de serviço à humanidade, os mercados não podem separar-se do dinamismo económico, transformando-se em fontes autónomas de lucro que não reverte, necessariamente, para o bem-comum da sociedade. A superação da crise supõe uma renovação cultural. A Igreja quer contribuir para esta renovação com os valores que lhe são próprios: a dignidade da pessoa humana, a solidariedade como vitória sobre os diversos egoísmos, a equidade nas soluções e na distribuição dos sacrifícios, atendendo aos mais desfavorecidos, a verdade nas afirmações e análises, a coragem para aceitar que momentos difíceis podem ser a semente de novas etapas de convivência e de sentido colectivo da vida.
MERCADOS A FAVOR DO BEM-COMUM DA SOCIEDADE EM TEMPOS DE CRISE
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Revista U Rua da Rosa, 19 9700-144 Angra do Heroísmo tel. 295 216 222 / fax. 295 214 030 Email u@auniao.com Director Marco Bettencourt Gomes Editora Humberta Augusto Redacção João Rocha, Humberta Augusto, Renato Gonçalves, Sónia Bettencourt Design gráfico Frederica Lourenço Paginação Ildeberto Brito
Colaboradores desta edição Adelina Fontes, Adriana Ávila, Carmo Rodeia, Cláudia Ferreira, Frederica Lourenço, Hernâni Matos, João Aguiar, Joaquim Neves, José Tolentino Mendonça, Margarida Cordo, Marisa Leonardo, Melissa de Aveiro, Paulo Brasil Pereira, Rildo Calado e Teodoro Medeiros Contribuinte nº 512 066 981 nº registo 100438 Assinatura mensal: 9,00€ Preço avulso: 1€ (IVA incluído) Tiragem desta edição 1600 exemplares Média referente ao mês anterior: 1600 exemplares
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Ano da Fé
O elogio das crises de fé TEXTO / José Tolentino Mendonça*
«Mais do que uma palavra, “crise” é uma árvore de ramos incessantes». «A crise é uma espécie de assinatura humana.» «A crise é essencial para podermos crescer.» «Não há vida», «maturação pessoal», «crescimento espiritual» nem «consciência de si» que «não suponha a experiência» da crise. «Não faz sentido alimentarmos uma visão puramente negativa da crise». O que nos é pedido, «antes de tudo, é que escutemos a sua voz», tornando-a um «lugar de aprendizagem». «A crise aparece como um apelo e uma mensagem que é preciso decifrar». «O verdadeiro problema que a crise coloca é como geri-la, que uso fazer dela.» A vida é o perde-ganha. E nesta perde inscreve-se a possibilidade surpreendente» por onde o «imprevisto de Deus pode entrar». «Temos, culturalmente, pouca disponibilidade para escutar a crise» e perceber que ela «pode ser um austero mestre» que «aparece para evitar o pior», ou seja, «o desencontro com a nossa verdade.» A crise, seja ela de fé, económica ou de qualquer outro tipo, pode ser entendida como «momento privilegiado de auscultação». Para isso é preciso olhar para ela «como um caminho, e não como o fim da estrada». Por vezes a crise convoca-nos a uma leitura «impiedosa» e «purificatória» da existência e dos tecidos económicos, éticos e eclesiais que tínhamos por adquiridos. «A crise obriga-nos a repensar a nossa posição no mundo». «Neste longo, paciente – às vezes impaciente – processo de maturação interior e crescimento espiritual temos de aceitar o que Camilo Pessanha dizia num dos seus sonetos: “Foi bom para nós esta demora”.» Toda a crise é constituída por três andamentos. O primeiro é a separação, por vezes violenta e inesperada. A primeira imagem que temos da cri21 janeiro 2012 / 21
Desencontro com a nossa verdade
Ano da Fé
se é a de um rasgão que descostura a vida. O segundo momento é o do umbral: na crise somos colocados perante o inédito. A experiência do novo acontece de uma forma surpreendente. A crise possibilita também a reconfiguração, uma nova compreensão, uma renovada presença no mundo e na história. A possibilidade de renascer. É muito fácil ficarmos no primeiro passo, pensando que a crise é simplesmente a morte. A vida pode ser bela e feliz para além das nossas ilusões. Por isso a crise pode ser uma alavanca para uma maturação mais funda e paciente da existência. A experiência de Deus não é necessariamente de consolação ou confirmação. A tradição bíblica fala de uma experiência de crise e de luta. «A fé não é a construção de uma estabilidade mas é a aceitação de um combate, que é também uma dança com o anjo de Deus.» A experiência de Deus é de nudez, muitas vezes mudez, de fragilidade, dúvida, silêncio e noite; é uma experiência de não saber, não ver, não conhecer, não ter, não poder... É um não repetido que paradoxalmente acaba por se tornar lugar de encontro. «O crente é aquele que se deixa colocar em crise.» As narrativas bíblicas do Natal são a «invasão da crise», desde a anunciação a Maria ao anúncio aos pastores. «Bendita noite, bendito silêncio de Deus, bendito caminho austero que a fé nos leva a fazer.» «O que nos é oferecido é o caminho, a viagem, o bordão e as sandálias de peregrino.» «Não há teologia de fé que não seja teologia de crise. A fé é para nos colocar em crise, isto é, em estado de abertura, renascimento e reconfiguração.» A figura de Pedro é trabalha desde o início a partir do motivo da crise. Pedro olha para a crise como um obs-
Caminho e não fim de estrada
táculo; Jesus olha para a crise como uma oportunidade. «Aprender a não temer e a sentir a crise como o momento do chamamento, da vocação, do seguimento e da descoberta mais funda.» «Também para nós a crise, “esse misterioso país das lágrimas”, não é um impedimento. Não só as crises de fé que nos impedem de acreditar. É nosso o conformismo, o acharmos que está tudo feito e resolvido.» «A crise de fé é o momento privilegiado que o Espírito Santo nos dá para mergulharmos mais profundamente na nossa existência, no nosso coração.» * Excertos da conferência “O elogio das crises de fé», proferida em Lisboa em dezembro de 2011 | SPNC.
Crente é o que é invadido pela crise
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FOTÓGRAFO
ADAGIÁRIO DO NADA TEXTO / Hernâni Matos* FOTO / Adelina Fontes
A nível físico, torna-se necessário distinguir três contextos: o “vácuo”, o “vazio” e o “nada” A palavra “nada”, do latim [res] nata, significa “coisa nascida”. Como pronome indefinido designa “coisa nenhuma”. Como substantivo masculino denomina “O que não existe; o não-ser”. Por extensão indica “Pouca coisa”. Como advérbio é sinónimo “de modo nenhum”. O problema do “nada” foi abordado a nível filosófico. Assim, ao definir o nada como a inexistência de qualquer coisa, do próprio existir, o idealista Immanuel Kant, concluiu a existência do “nada” como um “pseudo-problema”. Já o existencialista Jean-Paul Sartre tratou o “nada” em oposição ao “ser”, que corresponde à existên-
cia de algo. A nível poético: “Nada vem do nada”: Titus Lucretius Carus in “De Rerum Natura”; “Do nada, nada vem; e ao nada, nada pode reverter”: Aulus Persius Flaccus in “Sátiras”; “Deus fez tudo de nada. Mas o nada aparece”: Paul Valery in “Pensamentos Maus e Outros”; “Há metafísica bastante em não pensar em nada”: Alberto Caeiro, Heterónimo de Fernando Pessoa in “O Guardador de Rebanhos - Poema V”. A nível matemático, o conceito de “nada” é equivalente ao de “conjunto vazio”, conjunto sem elementos, que nessa qualidade é um elemento do conjunto dos subconjuntos de qualquer conjunto. A nível físico, torna-se necessário distinguir três contextos: o “vácuo”, o “vazio” e o “nada”. O “vácuo” é um espaço não preenchido por matéria, mas onde existem campos e radiações. O “vazio” é um espaço sem matéria, nem campos, nem radiações. O “nada” corresponde à inexistência de espaço, no qual não existe nem matéria, nem campo, nem radiações, nem sequer leis físicas para obedecer, tais como leis da conservação, leis da evolução temporal e lei do aumento da entropia.
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*Escritor
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OPINIÃO
GERAÇÃO DA PLATEIA TEXTO / Margarida Cordo*
Subia calmamente a Rua da Misericórdia para entrar lateralmente no Bairro Alto à procura da loja onde se fazem chapéus, fascinators, enfim, tudo o que é preciso para cabeças. Como raramente acontecia, ia em “tom” de passeio e de olhar os que andavam à volta, que é como quem diz, no jeito de reparar naquilo que nunca se vê. Houve uma sensação de quase estranheza ao perceber que muito mais de metade das pessoas que subiam e desciam não olhavam para o chão, não olhavam para o ar, nem olhavam para os outros. Fixavam o seu telemóvel, provavelmente enviando mensagens, atualizando páginas de facebook ou simplesmente “investigando” as “novidades” e a forma como cada um gere a destruição da sua privacidade. Diz-se frequentemente que estamos no tempo do virtual, mas eu acho mesmo é que somos a geração da plateia. Antes não se era feliz se não se era amado; hoje não se é feliz se não se é aplaudido. Antes não se era feliz se não se era tocado ou abraçado; hoje não se é feliz se se julgar que os outros julgam que ninguém nos toca ou que ninguém nos quer. Antes não se era feliz se se perdiam coisas com significado e com valor estimativo; hoje não se é feliz se não se tem o melhor i-pad ou i-phone, mas sobretudo se os outros não sabem disso. Antes não se era feliz se não se podia ir à aldeia, quando era o caso, visitar a família; hoje não se é feliz se não se fazem viagens de sonho, mas, sobretudo, se não se “apregoam” os destinos fascinantes aos quais se chegou… Este parece um texto de saudosismo, mas, de facto, não é disso que se trata. O caminho da vida é um desafio constante julgado interminável aos 20; limitado aos 50 e curto demais dos 60 ou 70 em diante (ainda que possa não o ser). Ainda assim, há momentos em que não nos sentimos vulneráveis porque o poder que julgamos ter advém do que consideramos controlar. É por isso que usamos mal o que pode ser bom; abusamos do que nos é dado, sem sequer, por um minuto, julgarmos que, se for demais, se virará contra nós; criamos “atalhos” para bem-fazer e percorremos longos caminhos para reparar os danos por eles causados. Num tempo em que está quase tudo inventado, há quase tudo por conquistar – recuperar o essencial; ser muito mais do que fazer de conta; viver com o outro e não para o público que se exige ter; limitar-se no fácil e desafiar o grande, ainda que invisível; caminhar para que os que hoje são filhos e amanhã serão pais aprendam a ser bem, como é preciso. Nós passamos, mas a sociedade continua para além de nós com todos os que cá ficam por mais uns tempos e assim perdura. Cabe-nos deixar as melhores memórias de quem fomos, sendo enquanto existimos o que percebemos que realmente é bom. A lucidez diz-nos que o amor é descendente – os pais gostam mais dos filhos do que o contrário. Mas, como amar não se pode exigir, há que acreditar que a boa obra, traduzida pelo bom testemunho, deixa aos mais novos a vontade de seguirem os antecessores da mesma maneira. Muitos pais consentem tudo por temerem, se o não fizerem, ser menos amados. Grande ilusão! O amor não resulta do que se facilita, mas, tão só, do que se vive sem ter medo. É desta liberdade que todos necessitamos ainda que não saibamos sequer sentir a sua falta. *Psicóloga, Hospitalidade, n.º296.
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PARTIDAS
O SONHO TEXTO / Cláudia Ferreira
Certo dia, um jovem adormeceu numa praia ao som das gaivotas e do rebentar das ondas. Sonhou que havia um ser sentado numa nuvem, que seguia sempre à sua frente. Não conseguiu ver-lhe o rosto, só as costas. Contudo, por onde passava criava coisas extraordinárias. O oceano, nuvens, estrelas, flores, paz, entre tantas outras coisas. O jovem continuava a segui-lo boquiaberto com toda aquela criação. Não havia palavras para descrever tal emoção, sentindo-se rodeado de luz e amor. Porém, a dado momento, tudo o que era belo, brilhante e seguro, tornou-se escuro e maléfico. O céu já não brilhava, era cinzento, as flores murcharam e havia abismos.
O jovem sentindo-se amedrontado, olhou em frente para ver se o ser da nuvem continuava no seu caminho, mas foi aí que sentiu-se perdido e abandonado, pois encontrava-se ali sozinho. - Não sei quem és, mas sentia-me seguro contigo no meu caminho. Tudo o que criaste era belo e perfeito, agora tenho medo do que vejo, porque me abandonaste neste momento de escuridão? – disse o jovem rapaz. - Meu filho, eu sou o senhor teu Deus. Tudo o que criei era perfeito e belo. Mas o que vês é obra do homem, este é ambicioso e quer mais e mais, acabando por destruir tudo à sua volta. O homem não olha a meios e usa a destruição para atingir os seus fins. Mas não te sintas só, porque apesar de não me veres à tua frente numa nuvem, eu é que te vejo e sigo todos os teus passos. Mas não desanimes, porque apesar do caos em que vives, tens a capacidade de lutar por um mundo melhor, e para isso não é necessário fazeres grandiosidades, basta contribuíres com justiça e caridade. Além do mais, não te esqueças de sonhar, lembra-te que os sonhos de Deus jamais morrerão. Acabando a conversa com o senhor Deus, o jovem acordou repentinamente e segurou um punhado de areia,
PARTIDAS
fintando-a meticulosamente. - Agora sei quem criou tudo o que me rodeia, e apesar de não o ver aqui, sei que olha por mim sem cessar. Prometo não desistir do mundo e depositar nele os meus sonhos. Obrigado por tudo meu Deus, até pelos grãos de areia. Cada dia é dia de novas descobertas e aprendizagens. Mas por mais escuro que o céu possa estar, o sol esconde-se por detrás das nuvens tempestuosas. Recordando a todos que a luz prevalecerá eternamente.
O céu já não brilhava, era cinzento, as flores murcharam e havia abismos
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Não conseguiu ver-lhe o rosto, só as costas
ÓCIOS / OPINIÃO ENTRETENIMENTO / OPINIÃO
“As pessoas não têm muito sentido de humor em relação às coisas de que são fanáticas.”
“Citação e/ou frase aqui.” Ricardo Araújo Pereira
CARTOON
F. S. QUESTIONÁRIO
A maioria MAA ÇONARIA absoluINFLUta do PS/A ENCIA A constitui POLÍTICA uma surPORTUpresa? GUESA? SIM SIM NÃO NÃO
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AS MAIS VISTAS
Bispo de Angra esclarece Título Aqui ENCERRAMENTO DO JORNAL DIÁRIO A UNIÃO
126 (45,82%)
149 (54,18%)
TOTAL: 275 (100%)
REESTRUTURAÇÃO Título Aqui DA UNIÃO GRÁFICA ANGRENSE
OPINION ARTICLE HEADLINE COVERAGE
ci piscit verro quibus repre magnat magnam sunt dis nam quo dolorum quature scitium quatesto mos alicti rendiae similibere, cus, simusant, sae cum as sam ipiende rfernam se pro eicatibea quosa nonsed evendamet maximpo reicabo ritibusci sequostia nobitae ctoribu sciaeca boratquatem arum re repudit voluptate sus quiasi apereri onsent aliquatem illiquis est, sam qui demporporpor as dolectis aut quisque molupti assincti sit, ut labo. Bis derchil ilitam sit ped mi, officab ipsant est veleseq uodiamus es ilibus, ommoluptatur aci andam et alit TEXTO / Frederica Lourenço aut volorep ellendaero dolore mod et I am a fan of Corat res et pore, siminis et debitas ulparum incias molorro to blaboria imporrundis dolorem denihil iundis simoluptate nostion sectene vent vid explacias am, seque dolupta tem- undam ium qui quide consed quisqui quaspellandi debis a non eatur, im sequatus magnien imint, que re quo TEXTO / Frederica Lourenço lam reped ut aliquo omnit aut quae- moditate volore laut asitatus, quiaNumvoles mundo como o diation nosso, é inquestionável a importância do conhecicea autcompetitivo occus ut quatem temos que venet restia quia corunt. mento, e são as pessoas mais curiosascon aquelas que -ipsunt por norma - têm poratem excearumquid quepro-activas sequaere eCiendio rehenis ullupta si um futuro mais e tranquilo. Devemos conhecimento nonseque nietpromissor explitio blabo. Bo. Nam, net associar dolore nos assitatquia satisfação rerrovi di-e realização pessoal, já que évolore através dele que descobrimos das te sant exerit remodit nimod cidunt, quaturo maravilhoso rectiumquemundo rem que coisas, e porque é aprendendo que não estagnamos, e que concluímos que somos magnatat anit adi quo commolectur netur? Acerum eicae voluptiore miseresium em non constante desenvolvimento, independentemente da idade, estado civil,nihilit conaut pedignam invelenim vonihillabo. Vitatus, omnihicitate dição social. São alibea mais interessantes aquelesqui queut dominam assuntos aqueles que luptat. Hillabor con repremquid et volor audaeque quam essunti não dominam e tendemos cercar-nos de pessoas que possam endes sandecoisa duntalguma, eaturibusdam auta querer ossum, omnim hic totat. Uga. Itatem trazerrernam mais valias o nosso mundo, quer seja adolo títulotem. profissional como a título rest quidpara eatem sunditasped alibus Lesciam evelectur pessoal. coursera para mim, dosItatisites mais valiosospos de sempre, permite-nos que mi, Aodion poré,arciae maio. sanihiciae porum,pois si temporr ovitirar um semist, número cursos nos online - nadunt sua grande maiorianis deetforma gratuita bus, si odit quaede ditatem nes iatqui utenis volupiene vo-leccionadosquaepro por 33 das dustibus mais prestigiadas do llaces mundo,sinum, como éoccus o casoaut de dignatur, eatem Universidades lupta denduci Brown,auta Princeton, University London, Oxford, etc. Acessível os que queiram quis aliatiatum net of volorerum, volendi blaborema todos fugiaecupici aprender.que rere occuptature experwww.coursera.org consed
COURSERA
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CULTURA
LIVROS No próximo dia 3 de Novembro, pelas 18h30, são apresentados, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, os dois últimos livros de João Paulo Co-
DIA 3 trim e Carlos Alberto Machado da editora açoriana Companhia das Ilhas. Trata-se, respectivamente, de A Minha Gata e de Uma Viagem Romântica a Moscovo.
PONTA DELGADA A apresentação dos livros ficará a cargo do escritor e professor de literatura, Dr. Urbano Bettencourt, da Universidade dos Açores. A actriz Maria Simões, da Descalças Cooperativa Cultural, fará a leitura de excertos das duas obras. A venda dos livros será feita pela Livraria Gil, em colaboração com a Companhia das Ilhas.
Preocupo-me, Logo existo Ao longo de 1h15, Diogo Infante vai-se metamorfoseando em 8 personagens distintas, que podemos encontrar actualmente em muitas cidades ocidentais, apresentadas de forma caleidoscópica num confronto directo com o público, onde tabus e o absurdo de uma certa modernidade são expostos. A universalidade do discurso e dos paradigmas que representa, torna os textos de Bogosian profundamente actuais e pertinentes. A apatia generalizada, a ausência e/ou a contradição dos discursos, a ganância, a violência, o sexo, as drogas, a religião, a banalidade do quotidiano e a procura de sentidos para a vida, são temas visados pelas suas personagens. Todas usam o artifício do discurso directo para desabafar as suas frustrações e o público pode facilmente reconhecê-las ou identificar-se com elas. Dia 3 de Novembro, pelas 21h30, no Teatro Micaelense. 21 janeiro 2012 / 29
Capas ao vento TEXTO / Marisa Leonardo
Nos próximos finsde-semana a Terceira tra ja-se de negro e induz os caloiros para uma nova fase das suas vidas. E lá vão eles, a correr, levam em seus rostos os desenhos e riscos a caneta de feltro, maquilhagem e sabe se lá o que mais! São humilhados perante os veteranos, aos quais devem obedecer na recepção ao caloiro! Alunos da Universidade dos Açores e os alunos da Universidade Aberta, esta última pertencente ao CLA na Praia de Vitória, independentemente da escolha de ensino, presencial ou com o sistema e-learning que consiste em aulas virtuais com provas presenciais, todos os estudantes, vão em busca de um sonho ou consciencializando-se da necessidade de fazer mais por si! Muitos tentam esquecer nos convívios académicos as horas extensas de estudo, e as necessidades que os próprios ou os seus familiares, suportam para pagar as propinas! E terão mercado de trabalho assegurado? Temo que não, contudo, ficar parado igualmente não será a melhor alternativa! E lá vão eles, e lá vamos nós, na amargura dos trajes negros acreditar que o amanhã será breve. Os sorrisos e os copos que nas mãos permanecem durante as noites longas de farra, serão os aperitivos para uma força de vontade em prosseguir o tra jecto. Como “Amante da Sociedade”, deixo-vos a pensar neste tema com um novo olhar!
CULTURA
Daphni TEXTO / Adriana Ávila
Victor Daniel Snaith, compositor que nos chega do país dos plátanos, desde cedo se locomoveu pelo mundo da música eletrónica, estando também a outros como Caribou e Manitoba, no ano de 2005 lançou o seu primeiro disco de originais enquanto caribouintitulado “The Milk of Human kindness”, uma sonoridade com pitadas de indie rock, experimental, entre outros; Com um vasto currículo de Ep’s, singles e já com sete álbuns editados até ao presente, é visível a evolução e particularidade de cada um dos seus trabalhos.
Jiaolong Em 2011 apresenta o projecto Daphni com a edição de EP’s e singles e ainda este ano lançou o primeiro albúm “Jialong” com particularidades de experimental, house e leffield. É certamente um trabalho para bater o pé como também ideal para as pistas de dança.
PRÉMIO BOOM O Boom Festival, que se realizou entre 28 de Julho e 4 de Agosto na Herdade da Granja, em Idanha-a-Nova, foi distinguido o Prémio Green Inspiration no Outstanding Greener Festival Award. Esta é terceira vez consecutiva que o festival é premiado entre os melhores 21 festivais realizados nos Estados Unidos, Europa e Austrália.
OFICINA BD Dirigida a jovens e adultos. A partir da experiência concreta dos formadores, a oficina tem como objectivos apresentar o essencial da teoria e das técnicas para o desenvolvimento de histórias que possam ser contadas. Para o efeito usam ferramentas oriundas da banda desenhada, nas suas mais variadas componentes, mas sobretudo, ferramentas de desenho e texto. Será dada particular atenção à definição das personagens e ao delinear da trama. De 1 a 3 de Novembro na Biblioteca Pública de Ponta Delgada.
RESIDENT EVIL
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Para celebrar o Dia das Bruxas, a Culturangra prepara uma sessão especial de cinema com o filme Resident Evil: A Retaliação. O terrível T-Virus continua a devastar a Terra e a transformar milhares de humanos em zombies. A Umbrella Corporation também continua determinada em deixar morrer todos os sobreviventes, que agora só podem contar com a preciosa ajuda de Alice, que decide reunir velhos conhecidos e novos aliados numa última investida contra os vários laboratórios da Umbrella.
OPINIÃO / AGENDA OPINIÃO / AGENDA
C-SPOT
TEXTO / Rildo Calado
O atelier portuense Segmento Urbano (www.segmentourbano.com) integrou recentemente a shortlist do 2012 World Architecture Festival com esta C-Spot, uma intervenção localizada em Angola, e que traduz a importância daqueles que contribuem para o desenvolvimento das estradas, pontes e viadutos têm na diminuição da iliteracia das comunidades mais isoladas, construindo espaços como este nas aldeias mais isoladas. Mais do que uma escola, é um edifício que se integra na paisagem, ao inverter a típica abordagem de espaços fechados que associamos a este tipo de infra-estruturas. Estas unidades são construídas em locais sem água e electricidade, são auto-suficientes (o telhado possui um sistema de captação das águas das chuvas) e portáteis. São modulares e feitas em aço, madeira e painéis de aglomerados de cimento.
HEADLINE HERE
DANÇAS NO OUTONO Lores aut quidebis dis nitatem et que pel ime nossequam, officae cesecto etum quibus acesto Integrado na programação da rae edição de 2012 da quaspiet faccum sam et, quidebitis antia iniciativa cultural iligenimi, da Câmara Municipal da Praia da Vitória “Outono-Vivo”, será exibido no dia 1 de No-
TITLE HERE
RAMO GRANDE
dolorestibus consequate into entus quo vembro documendoluptiatus earum tário sobre dolo o patrimórem cultural arum volora vita nio imaterial arumAçores reictissiintitulado utatae. dos Et aboreroacone etur, “Montar Tenda”, cuptatem que uma obra de 2012comsomoluptas quiae et, vebre os bastidores do liqui accusam facculp teatro popular da Terceira que dá ênfase às
TITLE HERE 1 DE NOVEMBRO
ariorum vel il es volor simus, core quistib eribus voluptis earum vendae cum exerum arum quiant. Danças-de-Espada, numa sessão pública que conEhendit, verovitio. Ut ut incid quas inullor tará comsinto a participação da est, realizadora, Montserrat estiusainvestigadora picaboremque quibearum est, Ciges, dononsed Departamento de que História quiasped eos auditem poreptas omnimpoda Universidade dos Açores, e dedoloriti Tiago Melo Benga do trabalho. riate invellaut expediciis quiasde mos sam alite quide to, o responsável pela recolha som e imagem, quas ella Lit et da quientidade debis magnates dolupta erfe representante produtora, a Associação vigor. Cultural O Corredor, de Ponta Delgada.
O Outono Vivo 2012 inclui o concerto de Miguel Araújo Xeratem (autor de “Oquost Maautemos dipsam rido das Outras” e ut imagnam, offic vocalista dos Azeitotatur? Quiditam tonas), agendado alia iducidentia para o dia 31, siàs tias millupis et om21h30, no Auditório nim Ramo ex enisGrande; as eost do eosaper ibeaquo inclui o espectácuma “Os del ipis dolor ad lo Fadalistas eument, con + FF, fado e cornão ectatiam dolorese só”, no dia 03, às pratiantno quam que 21h30, Auditóvolodo molorro ex et rio Ramo Granvit qui ditessunde; e o concerto di unte ella Wave nate do projecto nobitatem Jazz Ensemble,quis no quossimodia quis dia 27, às 21h30, no delisci psapedi Auditório do Ramo beritem ilit quis inGrande. venis consequ unNo Café-concerto, dignam aut most, na Academia de cum fugition eium Juventude, actueraturMaria res ipsamus arão e Luís eatum etur sapitat Bettencourt (28, às iaecaep Diáspora udaera20h00); tiatur aditatis Insular (dia 29 node bitib usante qui 02 as Outubro e dia rersperae latis ex de Novembro, às exerae. eIpicipitium 21h00); Entre Paque et, quatur rentes (dia 30,res às 21h00).
07 maio 2012 / 31 21 janeiro 2012 / 31
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MADALENA Director: Pe. Manuel Carlos • Sábado - 04 Dezembro 2010 • Ano: 118 • Jornal Diário • N.º 34.321 • Preço (Iva incluído): 0,50¤
Aos funcionários públicos Pag|04
Director: Pe. Manuel Carlos 2010
2009 Director: Pe. Manuel
Carlos
GRÁTIS
Suplemento
Apoios sem custos para o Estado O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, assegurou ontem que a medida de apoio aos funcionários públicos aprovada pelo parlamento regional “não custa um cêntimo ao Estado ou aos cidadãos de qualquer região do país”. “Trata-se de uma questão de opções e prioridades”, afirmou Carlos César, em declarações aos jornalistas em Vila Franca do Campo.
última hora. porém, a existência de alterações de pelos seus elementos, os quais salvaguardaram,
CARNAVAL 2 0 1 0
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Coordenação: Departamento
D. António Marcelino pag|09 INVESTIGAÇÃO
Jul./Ago./Set. 2010
de Formação
N.º 73
pag|02
José do Canto em livro
NO ARQUIPÉLAGO
VERÃO... Sol Calor Mar Luz Liberdade Vontade Querer Ser!
pag|07
Autocarros mais ecológicos > A renovação da frota de autocarros nos Açores iniciada em 2001 já permitiu “baixar para seis vezes menos a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera” dos veículos que asseguram o transporte colectivo de passageiros no arquipélago.
Câmara de Angra investe 20 milhões de euros em 2011.
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Em São Mateus Pag|05
e os Bailinhos de Carnaval foram disponibilizadas
Pesca também para as mulheres A Associação das Mulheres de Pescadores e Armadores da Ilha Terceira, localizada na freguesia de São Mateus, concelho de Angra do Heroísmo, faz balanço positivo de quase três anos desde o início da sua actividade. Segundo a responsável, Maria Glória Brasil, a instituição, que apostou fortemente na formação e informação de várias temática direccionadas para as mulheres de pescadores, prepara-se agora para desenvolver um projecto na pesca-turismo.
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opunião
> Considerado um visionário da economia açoriana do século XIX, a vida e história de José do Canto acabam de ser compilados em livro, num trabalho da investigação inédito de Maria Filomena Mónica. A apresentação da obra decorre em três ilhas dos Açores. Hoje, é a vez da Terceira.
Diminuição de 15% Pag|03
Sanjoaninas 2009
Desfiles Touradas Concertos Festa
Fotos: Fotaçor
Junta de Freguesia
de São Mateus
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da Calheta
Angra
5 e 6 de Setembro de 2010 Nº 24 BOLETIM
revistas jornais
O Negrito Gaspar Rosa Director: José Nº 50 Ano XVI –
de Lima
Gratuita Distribuição 2010 Janeiro a Junho
Boletim Informativo em
gravada Telenovela São Mateus
São Mateus, limpa uma freguesia
Meia Maratona dos Bravos
EDITORIAL
novo Aprovado de Taxas regulamento
é de três de fotocópias pelo reapro- ção taxa devida Freguesia ende euros. A A junta de e gatos varia gisto de cães doença careuros. o novo regulamento contra uma por vou cobradas pela autarquia tre os 0.90 e os 14.40 do da que luta à coe que aguarda taxas dos serviços prestados centro histórico Os custos díaca terminal os cinpelos serviços inicio de 2010. vações no variam entre no Angra do Heroísmo. um novo coração. Eduarda Borpor cemitério os três mil euros. munidades cidade de estreada em e cobradas a Ângelo Meneses, Graça DrumSão taxas A telenovela, a cinco actoregis- co euros à casa mortuária, Sales, os é da ba, Francisco Parreira foram casa Quanto o seu uso serviços administrativos, Março, recorreu cemitério, devida sobre e a 65 figurantes mond e Judite seleccionauso do tro de animais, jogos e taxa res locais da históPor fim, o terceirenses campo de com alguns de 25 euros. entre os con- actores mortuária, ilha. A protagonista de jogos varia a união Lobo Antunes, como dos para contracenar Fotografia: outros serviços. cobrada pela campo 45 euros, mediante ria, Paula protagonistas. os com actores dos principais 65 figuranAssim, a taxa certi- 10 e de uma caução e o tracena Pereira, Rogério Foram recrutados o quadro de atestados, de um apresentação São Mateus José Carlos é de 250 euros. O Porto de para preenchermaioria com- emissão Martelo e Delfina Cruz. para tes dões e declaraçõesa certifica- no valor Quinta do sendo a escolhido mês Samora sobre espaço da piscatório, da fregueno passado o local foi euro e a taxa por habitantes aldeia piscatória, foram palco, das gravações da da posta recriar uma de Fevereiro, telenovela do mote à história sia. dando o de 17 uma pescadora mais recente Paixão. previstas cerca das Mar de Junho, estão gra- protagonista, canal TVI, do mês de com um resumo realizadas Até ao princípio em São Mateus. Fique Também foram acompanhá-las. corda, para poder touradas à já programadas que estão Datas a de Maio Local No primeiro Serreta e São 10 Julho a Tipo de promovido estrada entre Capitão-Mor Canada do a encher-se no concurso do Ambi11 Julho tem guesia Mateus voltou e andariRegional Capitão-Mor corredores de Freguesia pela Direcção Canada do corajosos A Junta edição da 28 Agosto um trabalho o Eco-Freguesias. de todos vigésima Touradas lhos, na Bravio vindo a cumprirtornar São Ma- ente, também, dos Bravos. o Depende, para 29 Agosto Meia Maratonano campo de joe melhorarmos persistente conotada não tradicionais freguesia Bravio nós mantermosÉ com o esforço de Com meta teus numa 1 Maio feito. e com o asseio. alcan- gos, os quase 21 quilómetros Capitão-Mor com a limpeza contribuído, ao trabalho conseguiremos por 39 atletas. Canada do todos que 22 Maio cuja importân- foram galgados e Ângela ArruPara isso têm protocolo tempo, o çar este galardão, acima de Paulo Marques Largo da Igreja vencedolongo do 3 Junho com a Câmara está relacionada, prémio de da foram os grandes com estabelecido angra do Heroís- cia Cantinho organizado com o melhor de 5 Junho da fre- tudo, termos uma freguesia res do evento, do Grupo Baile Municipal limpeza diária todos: Terreiro a colaboração limpa. mo para a Bezerrada a Regional Terceiren6 Junho da Canção que a verdadeiramente guesia. dia 20 de Março, Terra do Pão o serviço No passado Gê-Questa se. de Além disso, participa7 Agosto ambiental na recolha orla Paralelamente, Biscoitinho limpeza da na décijunta presta tem-se provado associação a cabo uma 26 Maio num na iniciativa ram 31 concorrentes resíduos sólidos e decisiva para levou integrada Terreiro A Gê- ma edição da caminhada, a útil à população de sucatas e marítima Limpar Portugal. 1 Junho atletas a cruzar imagem em parceria total de 70 Em nacional Terra Alta eliminar a de jogos . beira da estrada. 2 Junho Questa trabalhou de Escutei- meta do campo monstros à transportadas com o Agrupamento Terreiro os Escode resí2009, foram 497, com Touradas 13 Agosto toneladas Marítimos com a Junta Porto cerca de 10 e detritos para o ros Portugal, Tradicionais empresa 14 Agosto do teiros de duos sólidos e com a de Angra Freguesia Porto que deAterro Sanitário esforço exclu- de mostrando 31 Maio num de nós a já que Floriazoris, Heroísmo, Cantinho cada um de freguesia pende de sivo da junta Vacada em não é protocolado limpeza da freguesia. de lixos em este serviço entidade. em cerrado Fazer separação lixeiras ilegais o brio com nenhuma denunciar São MaMais recentemente, esforços casa; Vamos tornar feito e nos levaram baldios... Eco-Freguesia! no trabalho numa de limpeza a fre- teus constantes inscrevesse a que a Junta
boletins e muito mais
Touradas
Órgãos Autárquicos
EDITORIAL 185 anos da freguesia
a 183 anos em que foi elevada da Terra Chã da Terra Chã vai comemorar os No dia 6 de Setembro a Freguesia que independente. freguesia comemorações do Dia da Freguesia Caros cidadãos, mais um aniversário vão decorrer, pela 18.ª vez, as este se aproxima. Chã,evento assinalar da Terra Para dia 7. da freguesia dois no primeiro domingo de Setembro, dois tradicional, é alberga formatojáque Este ano numcomo acontecem, das obras que efectuamos nos que se pretende novidade marcamos esta data com a apresentaçãoe o novo miradouro com vista para dias festivos, é habitual, também Como do Alto das Lages manter, sendo uma aposta do programa das Veredas: o antigo miradouro miradouros eleitoral do Partido Social Democrata. ainda O início deste mandato não foi nascente. importantes projectos arranquem temos vindo a trabalhar para que à vida da autaro pulso melhoramentos tomado fácil, destes além Para de quia, verificou-se que parte da obra ano. do nosso Bairro Social, da neste estava requalificação do Largo da Igreja à e urgente obra de requalificação necessária o referirmo-nos que veio condicionar Estamos do Heroísmo. por pagar,asituação e da Câmara Municipal de Angra nós Tivemos Regional Governo doJunta normal andamento da das habitações, a necessidade de responsabilidade que dos projectos em que se encontra a maior parte abdicar de de degradação situação a alguns verdade, a necessidade da renovação de Na que nos propunhamos para pagar o montante aos actuais agregados familiares, habitações adequadas é de ruas e espaços de construírem se que estava em dívida. Uma situação que de dotar todas as habitações espaço que seria a necessidade de esgotos, porqueeo dinheiro de águas desagradável rede central do bairro, dotando-o de um do nosso prograa necessidade de modificar o local apropriados, para utilizar nos projectos levou-nos a considerar este estacionamento tiveram que ser adiados, foisociais que promovam o seu desenvolvimento, ma eleitoral, com equipamentos amplo dívida mais usado para saldar o montante em na Freguesia. como 1.ª prioridade do Largo da a realizar investimento NOVO ELENCO AUTÁRQUICO das obras de requalificação
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Igreja. A novidade nesta comemoração dos 185 anos de existência como freguesia, dias. é o facto de ser festejado em dois Pretende-se assim dar maior intensidade na e importância que deve ter este dia freguesia e para os seus habitantes. feita No dia 5 de Setembro, a aposta é que com um programa intenso e variado, Fonte decorrerá por inteiro na Quinta da ponto Faneca, ou tendo pelo menos como local. de partida e chegada esse mesmo O programa contempla variadíssimas o maior componentes, tentando abranger da número de preferências da população Terra Chã. No dia 6 de Setembro, a festa será concentrada no Largo da Igreja, com o indispensável bolo de
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elegeu nas últimas eleições A Junta de Freguesia da Terra Chã, pelo Partido Social Demoautárquicas, novo elenco, que foi eleito desta tomada de posse à volta crata – várias foram as peripécias perdido, a tomada de (mas após algum tempo desnecessariamente posse tornou-se efectiva).
O elenco autárquico ficou assim distribuído: Presidente: Rómulo Ficher Correia Secretária: Sandra Maria Viegas Borges Tesoureiro: Bruno Miguel Ferreira Fagundes
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Assembleia de Freguesia:
animação musical, Silva Presidente: Jorge António Ávila da aniversário e uma surpresa no final. da Silva O Dia da Freguesia, reúne grande 1º Secretário: Paulo Manuel Correia Festa número da população desta localidade, 2º Secretário: Durval Henrique Melo Francisco Severino sendo de realçar o almoço de confraterniem que nos de Reis Leonardo Lourenço; sempre do Governo Regional Vogais: Elvino Elsa Maria zação que a Junta irá servir, sendo é outro investimento da Terceira dos Santos Bertão; José Luís Tecnológico levam o Trata-se, com Parque Bettencourt; famílias que Matos várias da Universidade. O projecto de saudar asdo nos terrenosFernando Terra Chã, Linhares Rosa; Paulo agradável naqueleser implementado na da e se juntampara seu “farnel” Rocha Freitas,jáUlisses empenhado temos se encontra em elaboração, abrangendo freguesia queSoares. e desfrutando de toda relevo para aSérgio espaço, Corvelo uma iniciativa de grande deconvivendo efeito, nas áreas das novas tecnologias. excea ambiência de um local que é por de âmbito local e regional com intervenção privadas e estar e saudável públicas do Largo de Belém (Largo da de bem entidades lência promotor freguesia será a obra de requalificação por uma em relação ser elaborado convívio. importante para a nossa projecto àa Junta Também seuchegado estando otêm reclamações a corrente ano, ainda noAlgumas início o seutoda teráconvidar obra quepara Igreja)Aproveitamos da da Fonte Faneca até aos Chã, população a comparecer na Quinta à limpeza na zona da calçada Freguesia da Terra técnica. Largo equipa bem estar e aqui Fonte Faneca e no dia seguinte no para o progresso a notadade que a limpeza deixamos temos de trabalhado sempre um usufruir Miradouros, que para forma aproveitando É desta da Igreja, para com a freguesia. Câmara Municipal convívio. os compromissos que assumimos um saudável assim nessa zona é da responsabilidade da cumprindo
de Angra do Heroísmo.
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Sábado, 1 de Setembro de 2012
Médicos preocupados | pág. 07
Semana Educativa | pág. 05
Na Turquia | pág. 04
A UNIÃO Director: Marco de Bettencourt Gomes
• Ano 119 • Jornal Diário • nº 34.837
FOTOS: JOÃO COSTA
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CDS-PP, afirmou qualidade de vice-presidente do de antecipação” à Lusa que se trata de um “esforço no âmbito dos apoios destinados ao sector agrícola, de compensação das medidas agro-ambientais e decidiu pagar pelas intempéries que o executivo pág. 06 mais cedo.
Sociedade Musical Recreio da Terra Chã 17 de Junho de 2010 21H00
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pág. 03
AIS ANTECIPADO DE AJUDAS AGRO-AMBIENT
antecipado O Governo iniciou ontem o pagamento no valor de ajudas agro-ambientais aos agricultores, a ministra da de 13,7 milhões de euros, anunciou uma visita Agricultura, Assunção Cristas, durante às ilhas do Faial e do Pico, nos Açores. ao arquipélago na Assunção Cristas, que se deslocou
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XV Congresso Ibérico de Entomologia
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